quarta-feira, 21 de setembro de 2011



CRISTOLOGIA
ESTUDO SOBRE CRISTO

I. A NATUREZA DE CRISTO
1. Filho de Deus (deidade).
2. O Verbo (preexistência e atividade eternas).
3. Senhor (deidade, exaltação e soberania).
4. Filho do Homem (humanidade).
5. Cristo (título oficial e missão).
6. Filho de Davi (linhagem real).
7. Jesus (obra salvadora).
II. OS OFÍCIOS DE CRISTO
1. Profeta.
2. Sacerdote.
3. Rei.
III. OBRA DE CRISTO
1. Sua morte.
a. Sua importância.
b. Seu significado.
2. Sua ressurreição.
a. O fato.
b. A evidencia.
c. O significado.
3. Sua ascensão constituiu-o.
a. O Cristo celestial.
b. O Cristo exaltado.
c. O Cristo soberano.
d. O Cristo que prepara o caminho.
e. O Cristo intercessor.
f. O Cristo onipresente.
g. Conclusão: valores da ascensão.
I. A NATUREZA DE CRISTO
1. Filho de Deus (Deidade)
O título “Filho de Deus” significa um nascido de Deus, Ele é o filho de Deus no sentido único.
(a).Consciência de si mesmo. Lucas em seu livro nos relata que Jesus estava ciente de duas coisas: a primeira, uma revelação especial para com Deus a quem Ele descreve como seu Pai; segunda uma missão especial na terra.
Quando exatamente o conhecimento de si veio a Ele, certo é permanecer em mistério, mas acreditamos que ao estudar as sagradas escrituras de Deus, veio a Ele a revelação de que seria o Messias.
Por muitas vezes foi confirmado seu conhecimento íntimo para com Deus, no rio Jordão; no deserto resistindo a satanás, e, principalmente diante do concilio judaico Ele afirmou ser O Filho de Deus, mesmo sabendo que isso significaria sentença de morte.
(b) As reivindicações de Jesus. Ele exigia uma rendição e uma lealdade que somente Deus por direito podia reivindicar, insistia em uma absoluta rendição da parte dos seus seguidores.
Se Ele dissesse que era divino, sabendo que não era então não seria bom; se ele falsamente se imaginasse Deus, então não poderia ser sábio.
(c) A autoridade de Cristo. Jesus em seus ensinos falava com a autoridade do próprio Deus, Ele nunca usou meias palavras ou expressões de si mesmo. Temos como exemplo o sermão da Montanha (Mat. 7:24).
(d) A impecabilidade de Cristo. Nas palavras e nas obras de Jesus há ausência completa do pecado, porém, conhecia profundamente o mal. Mas em sua alma não havia a mais leve sombra do pecado, isto é, Jesus não era de uma natureza pecaminosa, e sim concebido pelo “Espírito Santo”.
(e) O testemunho dos discípulos. O novo testamento expõe o seguinte: um grupo de homens que andavam com Jesus e o viu em todos os aspectos característicos e humanos, mas, mesmo assim mais tarde O adorou como divino, o proclamou como o poder para a salvação e invocou o seu nome em oração.
2. O VERBO (preexistência e atividade eternas).
A “Palavra de Deus” é o veiculo mediante o qual Deus se comunica com os outros seres, e é o meio pelo qual Deus expressa o seu poder, a sua inteligência e a sua vontade. Cristo é a Palavra ou Verbo, porque por meio dele, Deus revelou sua atividade, sua vontade e propósito, e por meio dele tem contato com o mundo, o eterno Deus se expressa a si mesmo por meio de seu Filho, o qual é a expressa imagem da sua pessoa. Cristo não somente traz à mensagem de Deus, Ele é a mensagem de Deus.
3. SENHOR (deidade, exaltação e soberania).
O título Senhor dado a Jesus indica sua deidade, exaltação e soberania.
(a) Deidade. Para os judeus como para os gentios o título “Senhor” usado antes do nome, significava deidade, portanto para os judeus o Senhor Jesus era claramente uma atribuição de deidade.
(b) Exaltação. Jesus voluntariamente se sujeitou as limitações humanas, mas sem pecado, mesmo tendo a mesma Natureza de Deus, tomou sobre si a natureza do homem e fez-se servo do homem e enfim morreu na cruz pelo próprio homem. E como recompensa merecida foi exaltado ao domínio de todas as criaturas.
(c) Soberania. Os cristãos primitivos reconheceram instintivamente como todos os verdadeiros discípulos, que aquele que os redimiu do pecado e da destruição, tem o direito de ser o Senhor de suas vidas.
4 . FILHO DO HOMEM (humanidade)
(a) Quem? Filho do homem aplicado a Cristo designa-o como participante da natureza e das qualidades humanas, e como sujeito as fraquezas humanas. Ao referir-se como “Filho do homem”, Jesus desejava expressar a seguinte mensagem: “Eu, o Filho de Deus, sou Homem, em debilidade, em sofrimento, mesmo até a morte, todavia, ainda estou em contato com o Céu de onde vim e mantendo uma relação tal com Deus que posso perdoar os pecados”.
(b) Como? O Filho de Deus veio ao mundo como Filho do homem concebido no ventre de Maria pelo Espírito Santo, e não por um pai humano. Jesus que nasceu milagrosamente viveu milagrosamente, ressuscitou dentre os mortos milagrosamente e deixou o mundo milagrosamente.
(c) Por que o Filho de Deus se fez Filho do homem, ou quais foram os propósitos da encarnação?
1. O Filho de Deus veio ao mundo para ser revelador de Deus.
2. Jesus se fez filho do homem, para que os filhos dos homens pudessem um dia serem filhos de Deus, e um dia ser semelhante a Ele.
3. Porém o que separa o homem de Deus era o pecado e Jesus morreu na cruz como sacrifício pelos nossos pecados.
5. CRISTO (título oficial e missão).
(a) A profecia. Desde o antigo testamento os profetas de Deus já diziam que viria um rei da casa de Davi, ainda maior do que Davi, e que sobre Ele descansaria o Espírito do Senhor. Seria filho de Jeová, recebendo nomes divinos, e seu reino seria eterno.
(b) O cumprimento. No Novo Testamento Jesus se declarava o Messias, o Cristo prometido pelos profetas. Deus ungiu seu Filho com o Espírito de poder e confirmou em seus ouvidos dizendo: “Tu és o Filho de Jeová, cuja vinda foi predita pelos profetas, e agora te doto de autoridade e poder para a tua missão, e te envio com minhas bênçãos”.
O povo ao qual Jesus tinha que alcançar esperava um Messias mais político, um soldado valente, mas Jesus seguiria a direção de seu Pai e confiaria somente nas armas espirituais para conquistar os corações dos homens, ainda que a vereda conduzisse a falta de compreensão, ao sofrimento e até a morte.
6. FILHO DE DAVI (linhagem real).
Esse título é igual a “Messias”.
(a) A profecia. Davi sempre foi muito fiel a Deus e como recompensa a tal fidelidade, e à sua casa foi dada uma soberania eterna sobre Israel. Esta foi à aliança davídica. Nesta época Israel tinha a esperança de que acontecesse o que fora a nação, no tempo certo de Deus apareceria um rei pertencente ao trono e a linhagem de Davi.
(b)  O cumprimento. Judá foi levado ao cativeiro e desse cativeiro voltou sem rei para ser subjugado na Pérsia, mas mesmo assim os judeus nunca perderam a esperança na profecia em que viria o filho de Davi.
Séculos depois os judeus não foram desapontados, um anjo desceu a uma judia chamada Maria e lhe disse que em seu ventre ela geraria o Salvador do mundo. Assim quando parecia que a casa de Davi estava em estado decadente, veio o Libertador.
7. JESUS (obra salvadora).
Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E seu nome significava sua missão suprema, “Salvador”.
II. OS OFÍCIOS DE CRISTO
1. PROFETA.
(a) Como profeta Jesus pregou a salvação. O profeta no Antigo Testamento era o representante de Deus na terra, e exerciam seu ministério mais importante em tempo de crises quando os homens da lei estavam confusos a atuar, o profeta entrava com a sabedoria divina e lhes mostrava o cominho a ser tomado.
A mesma coisa aconteceu com Jesus, Ele apareceu quando a nação judaica estava quase em decadência.
O Senhor Jesus mostrou o caminho de escape do poder e da culpa do pecado, não somente a nação, mas também ao individuo. Ele não somente mostrou, mas também abriu o caminho da salvação por sua morte na cruz.
(b) Como profeta Jesus anunciou o reino. Esse era uns dos temas pricipais da pregação de Jesus “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus”.
(c) Como profeta Jesus predisse o futuro. Cristo previu o triunfo de sua causa e de seu reino mediante as mudanças da história humana.
2. Sacerdote.
No sentido bíblico sacerdote é quem representa o homem perante Deus, e oferece sacrifícios. Porém, Cristo o sacerdote, no calvário ofereceu a si mesmo, para que o homem tivesse o perdão eterno de Deus e a salvação.
Apesar de Cristo ter oferecido um sacrifício perfeito uma vez por todas, sua obra sacerdotal ainda continua.
3. Rei.
O plano de Deus para o Governante foi o de ter os dois ofícios juntos na mesma pessoa, ou seja, o de sacerdote e o de rei. Esse era o Messias esperado, um Governante e Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, Tal é o Cristo glorificado.
Na presença de Pilatos Jesus testemunhou ser rei, e que seu reino era celestial, estando pendurado na cruz ele ainda falava como rei, que o ladrão da cruz o admitiu como o Senhor de sua vida e clamou que Jesus lembrasse dele quando entrasse em seu reino.
III. A OBRA DE CRISTO
1. SUA MORTE.
(a). Sua importância. A morte expiatória de Cristo é o fato que caracteriza a doutrina Cristã. O maior evento do Novo Testamento é que “Jesus morreu na cruz para nos limpar dos pecados deste mundo”.
(b). Seu significado. No principio Deus e o homem tinha uma relação verdadeira entre eles, mas o pecado veio sobre a vida do homem que o distanciou de Deus de tal forma que nada podia remover esse grande abismo entre Deus e o homem. Para essa distância ser quebrada e o homem ser salvo Deus então enviou seu único Filho para morrer pelo pecado do homem, ficando então o homem mais uma vez perto de Deus.
2. SUA RESSURREIÇÃO.
(a). O fato. A ressurreição é a pedra angular, pois se Cristo não tivesse ressuscitado, então não seria o que ele próprio afirmou ser, e sua morte não seria expiatória.
(b). A evidência. Quem seria um louco de ser martirizado por testificar a ressurreição de Cristo se tudo fosse uma farsa? Além de Maria Madalena, os discípulos puderam ver e tocar em suas feridas, e depois mais de quinhentas pessoas também puderam estar com o Senhor. Tanto discípulos quanto as pessoas que O seguia foram martirizadas, então se isso não fosse uma grande verdade até os dias de hoje essa fé já teria se acabado.
(c). O significado. A ressurreição de Cristo não somente constitui a prova da imortalidade, mas também a certeza da imortalidade pessoal, isto significa que há juízo futuro. Tão certo como Jesus ressuscitou dos mortos para ser o Juiz dos homens, assim ressuscitarão também os homens da morte para serem julgados Poe Ele.

3. SUA ASCENÇÃO.
(a). O Cristo celestial. Jesus que desceu agora subiu para onde estava antes, e, assim como sua entrada no mundo foi sobrenatural, assim mesmo foi sua partida. Antes da ascensão, o Mestre aparecia, desaparecia e reaparecia de tempos em tempos para fazer com que passo a passo os discípulos perdessem a necessidade de um contacto visual e terreno com ele, e acostuma-los a uma comunhão espiritual e invisível com Ele.
(b). O Cristo exaltado. Cristo foi exaltado por Deus segundo a sua obediência até a morte. Também sua lenta ascensão fez com que olhares vagarosos de discípulos fossem testemunhas deste fato.
(c). O Cristo soberano. Cristo é a cabeça de todo varão, a cabeça de todo o principado e potestade, todas as autoridades do mundo invisível e dos homens, estão sob seu domínio. Ele possui essa soberania universal para ser exercida para o bem da igreja, a qual é seu corpo.
(d). O Cristo que prepara o caminho. Como João preparou o caminho para Cristo, assim também o Cristo glorificado prepara o caminho para a sua noiva que é a igreja. A separação entre a igreja e Cristo foi exatamente para que Ele pudesse preparar o caminho junto ao Pai, para a sua noiva. Em sentido espiritual, a igreja já está seguindo o Cristo glorificado, e tem-se assentado nos lugares celestiais, em “Cristo Jesus”.
(e). O Cristo intercessor. Cristo morreu por nós; ressuscitou por nós; ascendeu por nós; e intercede por nós. Ele é nosso intercessor, e por isso forma o apogeu das suas atividades salvadoras.
(f). O Cristo onipresente. Após a sua ascensão, Cristo pode estar em todos os lugares em todas as horas e atendendo a todos que o clama. Diferentemente de quando estava na terra, pois estava limitado ao corpo humano e só podia estar em um lugar de cada vez.
(g). Conclusão: Valores da ascensão:
1. O conhecimento interno do Cristo glorificado, a que brevemente esperamos ver.
2. O conhecimento da ascensão proporciona um conceito correto da igreja.
3. O conhecimento interno do Cristo glorificado produzirá uma atitude correta para com o mundo.
4. A fé no Cristo glorificado inspirará um profundo sentimento de responsabilidade pessoal.
5. Junto à fé no Cristo glorificado temos bendita e alegre esperança de seu regresso.

UM ESTUDO SOBRE A DIVINDADE DE JESUS CRISTO - JESUS É DEUS

Como as profecias do VELHO Testamento e o ensino do NOVO Testamento demonstram que o Messias judaico é Deus.
Se existe uma doutrina de grande importância no cristianismo, essa é a doutrina da natureza de Cristo - Sua divindade e humanidade.
É somente nesta axiomática doutrina que está edificada a fé cristã. As Escrituras cristãs, compostas por 66 livros do Velho e Novo Testamentos, enfatizam a necessidade de um Redentor para os homens que estão em pecado. Todos eles estão mortos, perdidos e sob a ira de Deus, à espera do julgamento final pelos seus pecados, a não ser que o Salvador os resgate. Esse Salvador não é apenas um bom mestre, um homem sábio, como alguns supõem. O Redentor da Bíblia cristã é o próprio Deus, que toma na carne a forma humana e morre pelos pecados do Seu povo. Ele é o único homem-Deus, uma Pessoa com duas naturezas não misturadas, mas unidas. Não existe religião alguma com a Divindade de um Redentor e a complexidade das duas naturezas do Messias. Sim, existiram muitas religiões de mistério na antiguidade, as quais, de um modo ou de outro, enfatizaram uma divindade ou um semideus, vindo para salvar os homens, ou ajudá-los de várias maneiras. Porém nenhuma delas enfatizou a divindade suprema de um Deus Todo-Poderoso, o qual tomou a forma humana, para salvar do horror de Sua própria ira alguns que estavam mortos em ofensas e pecados. Neste ponto, Jesus Cristo permanece exclusivo. Maomé, Krishna, Buda e outras figuras religiosas jamais fizeram as afirmações que Cristo fez. Eles jamais afirmaram ser Deus. Jesus Cristo foi o único homem que afirmou ser Deus e manteve essa afirmação, sempre e sempre. Neste estudo veremos que os escritores bíblicos afirmaram constantemente que o seu Salvador era Deus em carne. Maomé, Krishna, Buda e outras figuras religiosas, mantiveram todos a afirmação de serem mais iluminados do que os outros, ou divinamente tocados, mas nunca que eram Deus. Como poderiam fazê-lo? Como poderiam eles comprovar suas afirmações? Porventura eles podiam ressuscitar os mortos? Podiam transformar água em vinho? Podiam andar sobre o mar? Não! Somente Jesus Cristo e unicamente Cristo, afirmou ser Deus.
O objetivo deste artigo é demonstrar o inegável testemunho bíblico ao fato histórico de que Jesus Cristo, o único Redentor dos homens, é Deus. Somente Ele fez essa afirmação e o registro bíblico torna isso constantemente conhecido.
Exemplos da Divindade do Messias no Velho Testamento
Começo usando algumas profecias do Velho Testamento, a fim de provar que o Messias vindouro era Divino. Ele não era especial de alguma maneira abstrata, mas o próprio Deus. O servo sofredor de Isaías 53 não é apenas um homem que morre na cruz. Esta seria uma morte sem significação alguma, pois muitos outros homens já haviam morrido crucificados, muito antes de Jesus Cristo vir à Terra. Em vez disso, as profecias do Velho Testamento confirmam enfaticamente e provam a divindade do Messias como Deus.
Primeiro, numa nota preliminar, é importante salientar que o finito não pode conter o infinito. Seres humanos não compartilham dos atributos incomunicáveis de Deus, em hipótese alguma. Seres humanos não podem ser infinitos, eternos, imutáveis, etc. Eles são criaturas limitadas e não podem se tornar Deus, nem tomar os Seus atributos. Com o Messias, isso também é verdade. Contudo, Deus pode adicionar-se à natureza humana, sem misturar Sua divindade com a humanidade. Essa ligação é feita sem a mistura das duas naturezas. A natureza humana continua a ser humana e a natureza divina, sempre divina, embora numa só pessoa. O Filho de Deus possui duas naturezas. É uma Pessoa com duas naturezas. A completa união desta natureza é um mistério, mas essencial e necessário, conforme a Bíblia ensina. As Escrituras atestam este fato numa variedade de exemplos. Menciono aqui que Deus não pode compartilhar Sua divindade na natureza da humanidade do homem. Isto é importante, quando se consideram os versos referentes ao unigênito Filho do Pai e provas idênticas. Deus não pode criar outro Deus, nem um homem pode se tornar Deus. Dizer isso é deixar de pensar, penetrando no reino da fantasia. Não estamos falando de Zeus ou Hermes, figuras fantásticas criadas, os quais são homens com extraordinários poderes (como os nossos super-heróis de hoje). Em vez disso, estamos falando de um ser. Deus não pode compartilhar o Seu Ser com criatura alguma. Ele só pode compartilhar o Seu Ser dentro de Si mesmo. Veremos, então, que Jesus Cristo é Deus e que o Filho de Deus é o segundo membro na economia Divina, embora tendo uma natureza humana. O Filho é da mesma substância do Pai e do Espírito, igual e totalmente Deus. Contudo, o Filho tomou a natureza humana, como o homem Jesus Cristo. Aqui, Jesus continua dizendo que é Deus, Aquele que é o único e todo-poderoso.

A Bíblia comprova que isto é verdade? Sim, ela o faz e de forma poderosa.
No Velho Testamento existe uma porção de Escrituras que testificam que o Messias judeu que haveria de vir é Deus. Para os israelitas, o Messias profetizado seria o próprio Deus. Temos aqui algumas das mais memoráveis Escrituras que foram registradas. A primeira é Salmo 2:6-12, no qual acontece um diálogo entre Deus e o Seu Filho unigênito:
"Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião. Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos com tremor. Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam."
Vemos aqui que o Senhor gera o Seu Filho. Esta é a eterna geração do Filho pelo Pai. Então, o Filho deve ser adorado, pois "beijar" significa "dobrar os joelhos diante". Se o Filho não for adorado, Ele ficará zangado e levará os homens a perecer em seus caminhos. O Filho fica irado, e o único meio de escapar é NELE confiar para o livramento. Como poderiam o Filho e o Senhor ter essas qualidades? A resposta é que o Senhor é o Filho, e o Filho é o Senhor, pois nenhum mero homem seria profetizado dessa maneira. Somente Deus pode acender Sua ira por causa da falta de adoração ao Seu Divino Ser.

O Salmo 110:1 também atesta o diálogo entre Deus e Deus. Davi escreve: "Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés." Jesus usa isso lindamente contra os fariseus, quando indaga como poderia o Messias ser o Senhor de Davi e o seu filho ao mesmo tempo? A palavra aqui deve ser observada. A tradução literal diz: "Yahweh disse ao meu Adonai." O termo "Yahweh" corresponde ao nome de Deus, literalmente declarando "Eu Sou". Sempre que a designação Yahweh é usada na Bíblia em todo o Velho Testamento, ela se refere ao "Grande Eu Sou". O título "Adonai" é usado para designar a suprema posição de Deus como "Senhor". Então, Yahweh está falando para Adonai. Vemos aqui Deus falando para Deus. O escritor de Hebreus usa este Salmo diversas vezes para designar o ofício do Messias como o Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque. Esta promessa, ou pacto, feito por Deus para Deus como o Messias é terrivelmente destrutiva para os que não crêem na Trindade. Aqui, o Messias é, pelo pacto, destinado à função Messiânica, como o Sumo Sacerdote de uma melhor aliança. Aqui, Deus fala com Deus. Vemos o eterno conselho em ação; filho de Davi e, contudo, o Senhor de Davi.
Daniel 7:13 é também um verso muito importante, e um dos meus favoritos. Nesse verso encontramos o título "Filho do Homem", não como um título de humanidade, mas de deidade: "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele." Duas figuras são apresentadas nesta visão, uma do Ancião de Dias e uma do Filho do Homem, que vinha nas nuvens do céu, ou a glória shekiná do céu. Quem quer que seja o Filho do Homem, Ele é Divino. De fato, Ele é tão brilhante em Sua glória, que brilha em Si mesmo como as nuvens do céu. Compactas nuvens de glória de brilho divino ilustram ante o Ancião de Dias, quando o Filho do Homem entra na Corte Divina e os livros do julgamento são abertos. Como veremos, a designação favorita de Jesus a Si Mesmo é este título: Filho do Homem. Ele certamente sabe que é o divino Filho do Homem, que compartilha a glória de Deus. De fato, Ele resplandece com o brilho da glória de Deus.
Em Miquéias 5:2 encontramos a profecia do local de nascimento do Messias. Mas ela não apenas marca o local do nascimento da humanidade de Cristo, como também marca a dupla natureza de que Aquele que vai nascer é eterno: "E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Os dias do Messias são de 'eternidade'. Ao Messias são atribuídos incomunicáveis atributos divinos - como a eternidade ou a natureza do que é eterno. Somente Deus é eterno e, contudo, vemos que o Messias é considerado Eterno.
Zacarias 13:7 também designa o Messias com o título divino de Deus Todo-Poderoso. Quando Cristo estava no jardim com Seus discípulos e foi preso, cumpriu-se a profecia de que o pastor seria ferido e as ovelhas se dispersariam: "Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão sobre os pequenos." A chave aqui é "volverei a minha mão sobre os pequenos". O Senhor está falando de Si mesmo. Ele é o pastor que vai estender Sua mão sobre os pequenos [irmãos judeus] e os juntará para trazê-los de volta. Ele é o Messias e também o Senhor.

Uma das profecias mais específicas referindo-se ao Messias é Isaías 9:6. Vamos ler o bem conhecido verso da natividade, referindo-se ao advento do Messias como um menino nascido e, em seguida, a designação que Lhe é dada: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Aqui, o Messias é chamado de Maravilhoso! Por quê? Uma resposta pode ser encontrada em Juízes 13, onde encontramos a narrativa do nascimento de Sansão. Os pais de sansão, Manoá e sua mulher, encontram-se com o Anjo do Senhor. Após longa conversa sobre o nascimento de Sansão, Manoá pergunta o nome do anjo. A resposta se encontra em Juízes 13:18: "E o anjo do SENHOR lhe disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso?" O nome do anjo é Maravilhoso! Em geral, os anjos têm nomes como Gabriel ou Miguel. Contudo, esse anjo tem um nome maravilhoso demais para mencionar. Após a partida do anjo, Manoá faz uma importante declaração, conforme Juízes 13:22: "E disse Manoá à sua mulher: Certamente morreremos, porquanto temos visto a Deus." O anjo do Senhor, cujo nome é Maravilhoso, é Deus. Isso nos esclarece, quando consideramos Isaías 9:6. O Messias é Deus e o Seu Nome é Maravilhoso. Contudo, a profecia de Isaías não pára aqui. O Messias não apenas é chamado Maravilhoso, como Deus, mas também é chamado Deus Poderoso. Se essa designação não for bastante explícita, a profecia também O chama de Pai da Eternidade. O Messias não é apenas o Redentor terreno, mas o Deus Poderoso, Pai da Eternidade. Pai da Eternidade é a designação que Cristo dá a Deus, nos evangelhos. O Messias é chamado Deus nesse verso profético de Isaías, por três vezes: uma vez, sutilmente, como Maravilhoso. Uma vez, explicitamente, como Deus Poderoso e uma vez como o Pai da Eternidade. Portanto, o Messias é Deus!
Junto com Isaías 9:6, como uma amada profecia referente ao advento, vem a profecia do Emanuel, de Isaías 7:14: "Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel." Mateus interpreta o nome Emanuel corretamente, em Mateus 1:23, como sendo 'Deus conosco'. A profecia referente à narrativa do nascimento de Cristo, conforme designada e interpretada por Mateus, um meticuloso contabilista e coletor de impostos, diz que Cristo é Deus. Sim, o Cristo nascido de uma virgem é Deus!
Outra profecia referente a Cristo é Jeremias 23:5-6: "Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA. O descendente levantado a Davi será um Renovo justo. O Messias virá da linhagem de Davi e será exaltado como Deus. Ele também será chamado "O Senhor, Justiça Nossa." Essa designação é dada exclusiva e literalmente a Deus, como "Yahweh Tsidkenu". O Messias não somente é exaltado como Deus, mas também é chamado "O Senhor Justiça Nossa". O Messias é Yahweh. O Messias é Deus!

A última profecia que gostaríamos de examinar rapidamente é Malaquias 3:1: "EIS que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos." Vemos aqui que o Messias é identificado como "O Senhor", o qual virá ao Seu templo. Ele é o Mensageiro da Aliança e o Servo eleito em quem Deus se compraz. Mas Ele é o próprio Deus. Marcos 1:2 confirma esse verso de Malaquias, quando atesta a vinda de João Batista: "Como está escrito nos profetas: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti." O mensageiro vem e, em seguida, vem o Senhor. Lucas também diz isso, em Lucas 1:76: "E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos." Lucas registra que João Batista será o profeta que preparará o caminho do Altíssimo, o Senhor que virá ao Seu templo. O Messias é o Altíssimo Deus.
Estas profecias são apenas uma seção de cruzamento entre aqueles que falam do Messias como sendo divino. Mas cada um deles credita o Messias como Deus. O Messias, ou o Cristo, que virá é o Senhor Deus do céu e da terra. As projeções das Escrituras do Velho Testamento respaldam este assunto. Isso é inegável, visto como o Novo Testamento confirma as projeções do Velho Testamento como o fato histórico na vida de Jesus Cristo.
Passagens Selecionadas do Novo Testamento Que Provam Que Jesus é Divino

O Novo Testamento não deixa qualquer dúvida sobre Cristo ser o Messias ou que o Messias é Deus. Jesus falou isso de Si mesmo e os apóstolos falaram sobre Jesus, mesmo depois que Ele subiu ao céu, e em todas as cartas do Novo Testamento dirigidas às igrejas. Negar esse fato é reinterpretar a mensagem da Bíblia, desprezando o próprio texto - algo que a maioria das pessoas que odeia a Cristo faz. Examinar o texto e tratar honestamente com o mesmo é ver a divindade de Jesus Cristo como o único verdadeiro Deus.
Vamos começar um breve exame dessas passagens com o texto constantemente explorado de João 1:1-3: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." O Verbo aqui mencionado é Cristo. João utiliza uma efetiva designação do Logos Eterno, a fim de que sua audiência gentia/romana ficasse convencida de que o Verbo Eterno, o Eterno Logos, era Aquele que desceu do céu. Esta seria, e de fato foi, uma ferramenta efetiva no ensino aos gentios aristotelianos e platônicos sobre o Único Deus Verdadeiro. Vemos aqui que o Verbo Eterno é o próprio Deus. O texto grego não permite uma tradução de "um Deus", mas somente de "Deus". As Testemunhas de Jeová assassinaram o texto grego aqui e também negaram a sua tradução nos versos seguintes. Por exemplo, se o texto diz "um Deus", então essa tradução deveria ser usada no restante do capítulo. A mesma construção usada no verso 1 é também usada mais 13 vezes no capítulo, referindo-se ao próprio Jeová. Ora, se as Testemunhas de Jeová traduzem o verso 1 como "um deus", então deveriam traduzir os demais 13 versos sobre Jeová com sendo Ele "um deus". Contudo elas não o fazem porque isso iria prejudicar a sua falsa ambição teológica. Elas simplesmente negam que Jesus Cristo é Deus, traduzindo horrivelmente o verso 1 e depois traduzindo corretamente o restante da passagem, visto como esta se refere a Jeová. Esta é uma interpretação satânica, a fim de negar a divindade do Verbo. Em vez disso, o Verbo é Deus, vindo de Deus e Criador de todas as coisas. Ele é o eterno Verbo de Deus, o exato Logos do próprio Deus, o qual veio à Terra em forma de homem, a fim de salvar Seu povo.
Depois, na mesma passagem de João 1, encontramos o verso 14 declarando: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." Ora, João não apenas afirma que o Verbo é Deus, mas explica que o Verbo mantém toda a glória do Pai, pois é o unigênito Filho de Deus. O Verbo desceu do céu, habitou entre os homens, e Sua glória, a glória somente de Deus, brilhou entre os homens, por algum tempo. Sabemos disso, visto como esse Verbo eterno era a forma do próprio Deus, conforme Filipenses 2:6-7 explica: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens." Paulo está falando de Jesus Cristo. O Messias é Deus, por isso Ele não achou que era usurpação ser igual a Deus. Ser igual a Deus é ser Deus. Pensem sobre os atributos de Deus e na incomunicável natureza dos Seus atributos. Somente Deus pode se igualar a Si mesmo. Mas Deus tomou a forma de homem e foi feito à semelhança de homens, para salvar os homens dos seus pecados.

Paulo não confunde as palavras sobre Deus manifestado em carne de homem, quando diz em 1 Timóteo 3:16: "E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória." Quem foi manifestado em carne? Foi Deus. Não foi um ser semelhante a Deus, mas o próprio Deus. Deus tomou a forma de servo. Adotou em Si mesmo uma nova natureza, que antes não havia adotado: uma natureza humana.
Sabemos que Jesus Cristo é o Salvador dos cristãos. Sabemos, por inúmeras passagens do Novo Testamento, que os apóstolos acreditavam que "Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (Atos 4:12). Isto é axiomático para os apóstolos - Jesus é o Salvador. É o Seu sacrifício que salva os homens. Em Atos 20:28, vemos o registro de Lucas sobre a obra de Cristo ser atribuída ao próprio Deus: "Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue." Esse "Ele" é o próprio Deus. Ele comprou a igreja com Seu próprio sangue. Deus tem sangue? Sim, Ele tem sangue pela natureza humana de Jesus Cristo. Ele morre e o seu sangue é considerado como o sangue de Deus. Eles são sinônimos. Desse modo, os cristãos são remidos da condenação eterna pelo sangue do próprio Deus. Lucas descreve a obra de Jesus como aquela que é feita por Deus. Isso é verdade porque Jesus é Deus e todos os Seus apóstolos o sabiam. De outro modo, teria sido blasfêmia honrar um simples homem mortal por uma obra que somente Deus poderia fazer.
No Livro de Hebreus vemos o escritor citando muitas passagens do Velho Testamento, comprovando a divindade do Messias como Deus. Em Hebreus 1:8-9, diz o escritor: "Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros." Aqui, ele está citando o Salmo 45:7: "Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros." Vemos aqui Deus falando com Deus. O Ungido tem um trono e este é o Trono de Deus. O escritor de Hebreus está provando que Cristo é maior do que Moisés e maior do que os anjos, o que teria sido um choque para os neoplatonistas, contra os quais ele está escrevendo. Os platonistas acreditavam em um supremo, único e perfeito Ser. Esse "Único" tem emanações que fluem do Seu ser perfeito para os serem inferiores, isto é, Moisés, os anjos e até mesmo os mestres como Jesus. Mas o autor de Hebreus prova que o Messias é o Único, o próprio Deus eterno, superior a Moisés e a todos os anjos.
Uma das últimas provas gerais do Novo Testamento para a divindade de Cristo encontra-se em Lucas 22:48, em que Judas trai o Filho do Homem. Lembrem-se que o título "Filho do Homem" é usado 80 vezes por Cristo, somente nos evangelhos. Esta é a Sua auto designação favorita. "E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?" Os homens têm-se traído uns aos outros com resultados catastróficos... Mas neste caso, Judas, um homem, trai o Filho do Homem. Nessa colocação histórica, o maligno e rebelde servo do pecado trai o próprio Deus. Judas cuspiu na face Daquele que Daniel descreve como vindo sobre as nuvens do próprio céu. Isso leva a traição de Judas ao infinito grau de malignidade! Teria sido melhor para Judas que ele não tivesse nascido, para depois trair o Filho do Homem com um beijo. Ironicamente, o salmista havia dito que devemos beijar o Filho para que Ele não se zangue e pereçamos no caminho. Judas beijou o Filho de um modo perverso e por isso está no inferno, pagando esse pecado, agora e por toda a eternidade.
Designações do Novo Testamento a Jesus Cristo, Que São Atribuídas ao Deus do Velho Testamento

Existem muitas passagens do Novo Testamento que são interpretadas à luz do Velho Testamento como ações realizadas por Deus, porém atribuídas a Cristo. Algumas dessas espero poder explicar em seguida. Acho que elas são de muita ajuda para comprovar a Divindade do Messias.
A tentação contra o Senhor pelos israelitas no deserto é registrada inúmeras vezes. Esse registro é tão repetitivo que algumas vezes o leitor fica revoltado diante do aparente pecado dos israelitas nessa narrativa. Será que o leitor conhece bem este assunto, ou não? Vamos dar alguns exemplos: Números 14:22: "E que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz..." Em Números 21:5-6, lemos: "E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil. Então o SENHOR mandou entre o povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em Israel." Os israelitas desafiaram Deus e as serpentes foram o meio de o Senhor os castigar. No Novo Testamento, Paulo nos admoesta a não tentarmos a Cristo. Em seguida, ele liga o evento a Cristo, em 1 Coríntios 10:9: "E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes." Que não tentemos Cristo agora, a fim de não seguirmos os israelitas que tentaram a Cristo. Sua frase é "como alguns deles também tentaram", referindo-se aos patriarcas e aos israelitas, que tentaram Deus. Para Paulo tentar Deus é como tentar Cristo, visto como ambos são exatamente o mesmo Deus.
Outra passagem do Novo Testamento à luz das profecias do Velho Testamento encontra-se em Hebreus 110-11: "E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão..." Esta é uma descrição do Messias, Jesus Cristo. É uma citação da obra de Deus citada no Salmo 102:26: "Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás; e ficarão mudados." Aqui vemos novamente a obra de Deus considerada como obra de Cristo, no Novo Testamento.
Em João 12:40-41, diz a Escritura: "Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure. Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele." Isso mesmo Isaías disse, quando falou Dele e de Sua glória. João está citando Isaías 6:9-10. Essa visão veio a Isaías no capítulo 6: "Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado." Aquele que é santo, santo, santo e se assenta no trono é Cristo, conforme João diz em sua inspirada palavra. Esta é a significação da visão de Isaías. Os anjos aparecem nessa visão dizendo: "Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória." (verso 3). Esse Deus Todo-Poderoso é Jesus Cristo, conforme João 12:40-41.
Em Isaías 45:23, lemos: "Por mim mesmo tenho jurado, já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás; que diante de mim se dobrará todo o joelho, e por mim jurará toda a língua." Isso é copiado pelo apóstolo Paulo, em Romanos 14:11: "Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, e toda a língua confessará a Deus." Esse ato do joelho se dobrar será feito pelos homens diante do Senhor e esse Senhor é Jesus Cristo. Paulo atribui o dobrar o joelho dos homens a Jesus Cristo, visto que, "como eu vivo" e "a mim", estão falando da Redenção de Deus em Cristo.
Uma das clássicas ofertas do evangelho encontra-se em Mateus 11:28: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei." Nesta graciosa ordem, Jesus diz que os homens devem ir a quem? Ele diz: "a mim", isto é, ao próprio Jesus.
Em Isaías 45:22, Jesus toma emprestadas as palavras do profeta: "Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro." 'Olhai para mim' em ambas as passagens são frases paralelas. Jesus afirma sua chamada no evangelho, como Deus afirma sua chamada em Isaías. Deus é a única fonte de salvação – e Jesus é Deus!
No texto supra citado, vemos Cristo creditar as palavras de Deus a Si mesmo. Em Romanos 10:13, Paulo escreve a mesma coisa, referindo-se à Redenção em Cristo: "Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo." Em Joel 10:32, o profeta declara: "E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar." A Jesus é novamente dado o mesmo e igual peso em Sua obra e palavras, que é dado a Deus. Somente Deus pode ser glorificado dessa maneira, a fim de que o resultado não seja a blasfêmia. Paulo assegura que as palavras em Joel são, do mesmo modo, as palavras de Cristo. Aos olhos de Paulo, Cristo é Deus.
Paulo também afirma isso em Efésios 4:8-9: "Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?" Ele está citando o Salmo 68:18: "Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e até para os rebeldes, para que o SENHOR Deus habitasse entre eles." O salmista está falando das obras de Deus; literalmente, "Yahweh Elohim". Paulo, em seguida, toma essa designação e a interpreta como a obra de Cristo em Sua ascensão ao céu. Na obra redentora de Cristo, Ele dá dons aos homens e leva o cativeiro (os que morreram no pecado) cativo (agora livres em Cristo). A obra de Deus é novamente atribuída a Cristo.
Por que será que todos esses versos das profecias e idéias do Novo Testamento atribuem as obras de Deus a Jesus Cristo? Para quem trata fielmente com o texto, logo claramente é visto que Jesus Cristo é Deus. Ele realiza a mesma obra de Deus e faz a mesma chamada feita por Deus à salvação, visto como somente Deus pode agir dessa maneira. Como isso é possível? Vamos mostrar como isso é possível, na próxima seção, que comprova que Jesus, em seus vários nomes, poder e atitudes, é Deus.


NOMES, PODER E ATRIBUTOS
DIVINOS APLICADOS A CRISTO

Se Jesus Cristo é Deus, então deveria haver amplas provas no Novo Testamente para respaldar essa afirmação. Não existem apenas amplas provas, mas elas são tantas que não é possível registrar todas elas aqui. Apanhei alguns versos selecionados, que demonstram que Jesus Cristo é Deus, ao contrário da opinião popular.
O nome significa muito na Bíblia. A designação de um nome pode ser essencial na identificação da pessoa, ou de um evento ou tempo especial. Por exemplo, "Icabode" foi o nome dado a uma criança nascida no Velho Testamento, quando Arca da Aliança foi capturada pelos filisteus, quando o sumo sacerdote Eli morreu. Esse nome significa "Foi-se a glória". Significativo? Certamente. Desse mesmo modo, o nome de Cristo vai mostrar o Seu caráter e o Seu Ser.
Em 1 João 5:20, Jesus é chamado o verdadeiro Deus e a vida eterna: "E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." Isso poderia ser mais explícito? Jesus é o verdadeiro Deus. Paulo afirma isso em Romanos 9:5, onde ele chama Jesus Cristo de "Deus bendito eternamente": "Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém." Jesus é o Deus bendito eternamente." Em Tito 2:13, Paulo chama Jesus de "grande Deus e nosso Salvador". Ele diz: "Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo." Em João 20:28, Tomé faz a confissão: "E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!" Jesus não é somente Senhor; Ele também é Deus!
Em João 8:58-59, encontramos uma acirrada discussão entre os fariseus e Jesus. Esse debate faz aumentar o ódio contra Cristo por parte dos judeus. Diz o texto: "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou." Por que eles lançaram mão de pedras para apedrejá-lo? Porque sabiam exatamente o que Jesus estava dizendo. Jesus estava afirmando ser Aquele que havia libertado os israelitas do Egito. Ele era o "Eu Sou", que havia falado a Moisés, conforme Êxodo 3, na sarça ardente. Isso fica mais forte, quando nos lembramos da discussão anterior com eles, em João 5:17-19, em que Jesus faz algumas declarações que os judeus não puderam suportar: "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente." Jesus faz o mesmo que o Pai faz. Isso porque Ele é Deus e pode realizar as mesmas obras do Pai. Ele está em pé de igualdade com o Pai e pode realizar as mesmas ações do Pai. Se Ele não fosse Deus não poderia dizer isso. Os judeus entenderam perfeitamente e por isso quiseram matá-lo. Em seguida, vem o incidente em que Jesus declarou ostensivamente que Ele era o "Eu Sou", ou o próprio Yahweh.
Deus é glorioso. Somente Ele é gloriosíssimo e possui uma glória que somente Ele conhece. Isso é parte Dele. Ele não a divide com os outros. Em João 17:5, Jesus diz: "E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse." Jesus já possuía a glória divina, antes mesmo que o mundo existisse. Essa glória só pôde ser atribuída a Cristo porque Ele é "Deus bendito eternamente".
Em João 1:1-3, Jesus é apresentado como possuindo o atributo da eternidade: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Ele é o verbo que estava com Deus desde o princípio. Isto significa que Ele é eterno. Ele é também o Criador pode criar tudo do nada. Seu poder criador comprova a Sua Onipotência. Ele tem os mesmo atributos de Deus porque é Deus.
Em Mateus 18:20, a onipresença é atribuída a Jesus: "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." Isso não significa que a humanidade de Cristo esteja presente em toda parte, pois assim Ele não seria realmente humano. Sua humanidade seria predominante em Sua Divindade. Ou então Sua Divindade seria negada, caso fosse misturada à Sua humanidade. Nos dois casos, atribuir uma mistura de Suas duas naturezas seria cair numa heresia nada ortodoxa. Em vez disso, sua Divina Natureza como Deus está presente em toda parte. Ele pode estar no meio do Seu povo, quando dois ou mais se reúnem em Seu Nome. Como poderia Ele estar no meio de tantas igrejas em determinados dias, se Ele não fosse Deus?
Cristo não apenas é onipresente, como outra designação teológica lhe é atribuída - imanência. Em João 3:13, lemos: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu." Este verso é muito rico. Jesus não é simplesmente Aquele que veio do céu, mas, em Sua divindade, Ele permanece no céu. A frase "que está no céu" demonstra a imanência do Ser Divino. Não apenas o Filho Divino está andando na Terra, em Sua natureza humana, mas, ao mesmo tempo, Ele continua enchendo o céu como o Deus imanente de todas as eras.
Visto como Jesus Cristo é Deus, Ele deve, necessariamente, ser Todo-Poderoso. Tanto Apocalipse 1:8,18 como 11:17, mostram que a Jesus são atribuídos atributos de onipotência:
"Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso."
"E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno."
"Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste."
Jesus tem as chaves da morte e do inferno, o que significa ser Ele o Todo-Poderoso Senhor sobre a morte. O único que pode ter esse poder é Deus. Deus é o Senhor Todo-Poderoso que controla o inferno e a morte. Jesus pode se levantar sozinho de entre os mortos, estando no comando dos que estão mortos e no inferno, como o Senhor Todo-Poderoso.
Em João 5:17, Jesus é apresentado como tendo os mesmo atributos do Pai: "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." Ele trabalha do mesmo modo que o Pai. Novamente, se Ele está realizando as obras do Pai e fazendo a Si mesmo igual para realizar as mesmas obras do Pai, Ele deve ser Deus para conseguir isso. Suas obras têm a mesma qualidade das obras do Pai. Os judeus odiavam essas palavras porque sabiam que Ele estava se fazendo igual a Deus. Por quê? Porque Jesus é Deus e eles simplesmente odiavam esse fato.
Os evangelhos também registram que Jesus é onisciente. O Filho de Deus comunicou à natureza humana o conhecimento que a natureza divina possuía, em alguns casos. Não completamente, mas em variadas porções. Isto só poderia ter sido possível porque Jesus é Deus. E não é que os escritores achassem que Ele conhecia algumas coisas, mas todas as coisas, algo que somente Deus poderia conhecer. Vemos isso em João 1:48: "Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira." Pedro Lhe diz em João 21:17: "Tu sabes todas as coisas." Jesus conhecia detalhes específicos que somente Deus poderia conhecer. Por exemplo, em Apocalipse 2:3-4 Ele diz: "E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor." Como poderia Jesus conhecer todas essas obras sobre a igreja de Éfeso? Ele teria de ser onisciente, a fim de perscrutar o coração, a fim de conhecer a sua paciência, trabalho e perseverança - para não mencionar sua disposição referente ao amor por Ele. Jesus conhece todas as coisas porque é Deus.
O autor de Hebreus também escreve que Jesus, o Filho, é imutável – Ele nunca muda. Hebreus 1:11-12 diz: "Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, e como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão." Em Hebreus 13:8 lemos: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." Ele é o mesmo e Seus anos nunca chegarão ao fim. Ele permanece eternamente. Ele pode permanecer eternamente porque é Deus. Isso não significa que Ele não atingisse a idade nem crescesse em Sua natureza humana. Em vez disso, significa que Cristo, sendo o Divino Filho de Deus, em Sua Divindade jamais mudará.
Jesus não somente é Deus, mas Paulo descreve sua imagem exclusiva como o Único a conter toda plenitude da Divindade corporalmente. Colossenses 2:9 diz: "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." Quem quiser ver Deus, basta olhar para Cristo. Ele é a imagem do Deus vivo e essa imagem e perfeição são manifestadas somente Nele, porque Ele é Deus. Nenhum homem poderia jamais afirmar isso - e nenhum, a não ser Jesus Cristo, fez isso. Por que nenhum homem o fez? Porque simplesmente não poderia respaldar sua afirmação através do seu ser. Nenhum homem poderia ressuscitar a si mesmo da morte, nem manter as chaves da morte e do inferno, porque não é todo-poderoso, nem onisciente, nem onipresente. Mas Cristo afirmou isso, respaldou suas afirmações e tudo isso Lhe foi atribuído, constantemente, pelos autores do Novo Testamento.
Sendo Deus, Jesus Cristo respalda cada afirmação e age como Deus - pois é o Criador. Colossenses 1:16-17 diz: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele." Este texto é muito rico. Ele criou todas as coisas, sem importar o que sejam: até os principados e potestades (que podem se referir aos seres angélicos) foram criados por Ele e também para Ele, para darem toda a glória, louvor e honra que seu Nome merece. Mas Paulo não pára aqui. Ele diz que todas as coisas subsistem pelo Seu poder. A Terra, os céus, o universo poderiam cair, se Cristo não os sustentasse pelo poder de Sua vontade onipotente. Todas as coisas subsistem NELE, foram criadas por Ele e para Ele.
Jesus também é Aquele que elege os homens para a salvação. Em João 13:18, Ele elege os apóstolos e condena o traidor Judas: "Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar." Judas não foi escolhido e por isso foi apontado como aquele que levantaria o calcanhar contra o Ungido.
Em 1 Timóteo 6:15-16, Jesus é chamado de Senhor dos senhores: "A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém." Ele é o Potentado, significando que é o Todo-Poderoso... Somente Deus pode viver "na luz inacessível". Isso é atribuído a Cristo. Ele é o Deus eterno que habita na luz inacessível.
Jesus tem o poder de revelar ou esconder a salvação dos homens. Isso comprova Sua Divindade porque em todo o Velho Testamento, Deus é o único com poder para salvar e condenar. Mateus 11:26-27 diz: "Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar." Quando Cristo quer revelar a salvação, Ele o faz e se quiser escondê-la de outros homens, Ele o fará. A razão pela qual Ele pode declarar ou esconder a salvação é porque Ele é Deus. Ele tem o direito de dar a vida, quando o deseja, conforme João 5:21: "Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer." Ele não faz isso com todos. Ele ressuscita apenas os eleitos. Como poderia um mero homem mortal ressuscitar outro homem? Eu mesmo fico imaginando como isso poderia ser feito, a não ser que Jesus fosse Deus.
Visto como Cristo é onisciente, Ele pode responder as orações dos santos, o que somente Deus pode fazer. João 14:13 diz: "E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho." (Confira 2 Coríntios 12:8-9) Como poderia um homem finito conhecer todas as orações dos discípulos, quando eles oram em toda parte e em diversas horas? Impossível, a não ser que Jesus seja Deus.
Ele não somente revela a salvação aos homens e responde as orações, mas também perdoa pecados. Somente Deus pode perdoar pecados. As passagens de Mateus 9:6; Marcos 2:9-10 e Lucas 5:24 respaldam isso. Ele pode perdoar pecados e somente Deus pode fazer isso: "Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa." Aqui os judeus ficaram admirados de quem seria esse homem que podia perdoar pecados. Por isso Ele lhes perguntou: "Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?" (Marcos 2:9) Para demonstrar Sua Divindade, Ele realizou as duas coisas, ambas impossíveis aos homens e somente possíveis a Deus.
Em todo o Velho Testamento, Deus ordena que os homens olhem para Ele, a fim de serem salvos e que depositem sua confiança Nele. Ele estendeu Sua mão a um povo rebelde, todo o tempo. Houve os que mantiveram sua fé e creram em Deus. Contudo, no Novo Testamento Jesus é o objeto da fé. Em João 14:1, Ele diz: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim." Ele se coloca igual a Deus. A mesma crença que o povo tinha em Deus deveria agora ser dada a Ele. Crer em Deus é crer em Cristo, pois ambos são o mesmo Deus. Seu poder é tão imenso e espantoso que Jesus pode chamar os homens para fora do túmulo, conforme lemos em João 5:28-29: "Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação." Jesus tem tal poder sobre a morte que, o som de Sua voz, pode convocar os cadáveres em decomposição a atenderem Sua voz. E o Seu poder, no último dia, é registrado como sendo tão grande que esse dia não será igual a nenhum outro, conforme Mateus 24:20-21: "E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." Ele vai voltar em poder e glória. O sol, a lua e as estrelas cairão do firmamento e Sua glória brilhará em todo o seu esplendor. Sua glória será tão radiante que o brilho do sol vai parecer insignificante.

A ADORAÇÃO DADA A CRISTO COMPROVA QUE ELE É DEUS

Adorar a Deus é tão importante que o Senhor gasta tempo, em toda a Bíblia, explicando como isso deve ser feito. Em Êxodo 20:1-7, lemos:
"Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão."
Aqui, encontramos o objeto, os meios e a maneira de adorar. Somente Deus deve ser adorado e nenhum outro deus deve ser tolerado. Adorar outros deuses é provocar a ira de Deus contra o pecador rebelde. Deus é enfático e explícito ao dizer que nenhum outro deus deve ser adorado porque Ele é o único Deus vivo e verdadeiro de todas as eras. Todos os outros deuses não passam de ídolos mudos. Em Deuteronômio 6:13-16, Moisés diz:
"O SENHOR teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós; porque o SENHOR teu Deus é um Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do SENHOR teu Deus se não acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra. Não tentareis o SENHOR vosso Deus, como o tentastes em Massá."
Deus fica irado quando Seu povo se desvia para adorar os falsos deuses. Sua ira se acende como um fogo. Juízes 2:12 diz: "E deixaram ao SENHOR Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos povos, que havia ao redor deles, e adoraram a eles; e provocaram o SENHOR à ira." Quando isso acontece, o Senhor envia o julgamento sobre o pecado do Seu povo. Em Jeremias 1:16 e 7:18 lemos: "E eu pronunciarei contra eles os meus juízos, por causa de toda a sua malícia; pois me deixaram, e queimaram incenso a deuses estranhos, e se encurvaram diante das obras das suas mãos... Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira." O povo de Deus deve desprezar os deuses estranhos dos pagãos, como fizeram os amigos de Daniel, segundo lemos em Daniel 3:18: "E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste." Paulo observa que existe um só Deus verdadeiro, em 1 Coríntios 8:5-6: "Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele." Tudo isso é mostrado para que saibamos que somente Deus deve ser adorado. Adorar qualquer outro que não seja o Deus vivo e verdadeiro é quebrar a Lei do Senhor e desobedecer-Lhe com o hediondo pecado da rebelião.
Também é importante lembrar que Deus não divide a Sua Glória com outro deus. Isaías 42:8 diz: "Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura." Somente é aceitável adorar o Deus verdadeiro e nenhum outro. Mesmo assim, Jesus é sempre adorado em todo o Novo Testamento e até mesmo do Velho Testamento, por meio da profecia. Este fato é notável por duas razões: 1) Jesus permitiu ser adorado, o que significa que Ele é Deus e sabia disso; 2) Somente Deus deve ser adorado e centenas de Escrituras sobre este assunto o comprovam. Ele compartilha da glória divina. Deus só divide Sua glória com Ele. Se Jesus não é Deus, então exatamente neste ponto toda a fé cristã desmorona e se transforma em nada.
Jesus diz aos Seus discípulos que eles deveriam crer em Deus como o seu objeto de fé. Contudo, em João 14:1 Ele diz: "Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim." Crer em Deus é um ato de adoração e confiança em Seu Nome. Jesus ordenou que creiamos Nele como cremos em Deus. O elemento de fé é o mesmo. Nesta confiança, Jesus é exaltado. A profecia do Velho Testamento referente ao Filho, no Salmo 2:12 pode ajudar: "Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam." Os que confiam no Filho são chamados de bem-aventurados. Ele deve ser beijado [isto é, adorado de joelhos] e Nele devemos confiar porque Jesus é Deus.
Jesus Cristo deve ser honrado da mesma maneira como o Pai, conforme é demonstrado em João 5:23: "Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou." Ambos devem ser adorados, o que não seria legítimo, se Jesus não fosse Deus. Se isso acontecesse estaríamos dando honra a um simples homem mortal, uma honra que é devida somente a Deus.
Não apenas os homens devem adorar ao Senhor Jesus, mas também os anjos são ordenados a fazê-lo, conforme Hebreus 1:6: "E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem." De fato, todos os anjos, homens e criaturas são comandados a dobrar os joelhos para adorá-Lo, conforme Filipenses 2:9-11: "Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai."
Também lemos em Apocalipse 5:13: "E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre". O Cordeiro, Jesus Cristo, deve ser adorado para todo o sempre! Porque Jesus é Deus!
Ele sempre foi adorado: um leproso o adorou, conforme Mateus 8:2: "E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo." Em Mateus 9:18, vemos que um líder o adorou: "Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que chegou um chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá." Em Mateus 28:9,17, após Sua ressurreição, as mulheres O adoraram: "E, indo elas a dar as novas aos seus discípulos, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram. E, quando o viram, o adoraram e alguns duvidaram." (A idéia de que alguns duvidaram é inacreditável!). Os demônios O adoraram, como aconteceu com o possesso gadareno: "E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o." (Marcos 5:6) No caminho de Emaús, dois discípulos O adoraram, conforme Lucas 24:52: "E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém." Até mesmo o cego de nascença, quando O encontrou, O adorou: "Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou."
Jesus permitiu que os homens O adorassem e admitiu essa adoração. Essa era uma razão para um israelita ser apedrejado e por isso os judeus quiseram apedrejar Jesus. Demônios, anjos, leprosos, gentios, judeus, Seus próprios discípulos e outros O adoraram. Sempre e sempre vemos que Jesus foi adorado e todos os que O adoraram agiram corretamente. Ele merecia essa adoração porque Jesus é Deus!


A PRÉ-EXISTÊNCIA DO FILHO

A última área que eu gostaria de acrescentar é mais notável do que tudo o mais, ou seja, a natureza pré-existente do Filho de Deus. Aqui vemos que Jesus, o Filho de Deus, sempre existiu. Ele não é um ser criado na natureza de Sua Divindade como Filho, mas Ele mesmo usou Sua Divindade para criar a carne de Jesus Cristo. A Bíblia não apóia o arianismo. Jesus não é o primeiro ser criado, mas o único Ser auto-suficiente, o Deus que sempre existiu, infinitamente.
Em João 3:13 vemos que o Filho sobe e desce do céu: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu." Conforme Sua imanência, vemos que Sua origem é "do céu" e que do céu Ele "desceu". Isso é reiterado em João 6:38: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." Se isso não fosse verdade, Jesus teria dito que nasceu de Maria e José, a fim de fazer a vontade do Pai que O enviou.
Ele ainda atesta que ninguém viu o Pai, exceto Ele: "Não que alguém visse ao Pai, a não ser aquele que é de Deus; este tem visto ao Pai." (João 6:46) Isso mostra que Jesus sabia de Sua natureza divina, e que Ele estava com o Pai, antes da formação do mundo. Somente Ele viu o Pai e sua residência com o Pai é atestada em João 6:62. Aqui Jesus sobe ao céu, de onde veio: "Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?" Ora, se estas palavras não são bastante claras, o Eterno Logos do Evangelho de João diz aos judeus: "Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo." (João 8:23) Se esta declaração fosse falsa, todo o cristianismo e todos os cristãos, desde o tempo de Cristo até agora, estariam participando de uma farsa. Eles iriam apresentar-se como sendo o povo mais estúpido e ignorante de todos os tempos. Em vez disso, os discípulos jamais se abstiveram dessa declaração porque bem conheciam a verdade da mesma. Não somente Cristo havia comprovado isso, como eles também a haviam testemunhado a divindade Dele no Monte da Transfiguração.
Sua afirmação permanece, de ter Ele residido com o Pai, segundo João 8:42: "Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou." Ele tinha uma íntima relação com o Pai, o que comprova a Sua eterna Divindade... Também em João 16:28, lemos: "Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai." Como o Pai é Deus, Jesus saiu do Pai e regressou à exclusiva relação com Ele, isso comprova, maravilhosamente, a Sua pré-existência eterna, como o Filho de Deus. Se Jesus Cristo não é Divino, então o Pai também não o é, pois ambos são UM.

Nesta breve pesquisa, o leitor inteligente não pode duvidar das afirmações das profecias referentes a Cristo; dos escritores da Bíblia e dos seus testemunhos sobre Cristo; dos registros daqueles que se opunham a Cristo (os quais queriam matá-Lo por causa de suas afirmações); dos que O adoraram e das afirmações do próprio Cristo. A verdade é que as profecias da Bíblia, os discípulos, os ouvintes, os seguidores, os oponentes e as palavras do próprio Cristo [pelas quais seremos julgados] apontam para o inegável fato de que todos sabiam que Jesus Cristo é Deus. Eles O odiavam por causa disso ou então O adoravam. Jesus sabia que Ele é Deus. Ele confirmou isso através de Suas palavras, ações e testemunho da verdade. Ninguém pode chamar Cristo de "um bom Mestre". Essa é a voz de quem não é inteligente. Jesus Cristo não é "um bom Mestre" nem um "Homem Moral". Isso não está em questão. Você pode fazer apenas uma escolha: ou Ele é o Senhor do Céu e da Terra, o Justo Juiz do mundo, ou então Ele não passa de um lunático, um louco, um enganador pior do que o diabo. Como você vai decidir chamá-Lo?
Fica evidente, no material acima, que muita coisa foi esquecida. Parecia-me que em certos pontos eu fui repetitivo e monótono. Eu até pensei em retirar alguns pontos deste artigo, em consideração ao leitor e pela possibilidade de ter usado idéias cíclicas e recorrentes. Mas foi isso exatamente o que eu tentei fazer. Os que acham que Jesus foi apenas um bom Mestre ou um exemplo de moralidade, não estão levando em conta os registros bíblicos. As Escrituras afirmam continuamente a Divindade de Cristo. Este é um fato inegável no registro bíblico.
Pense nisto: a palavra escrita confirmando essas coisas não pode ter sido escrita por demônios ou homens perversos. Os demônios são diabos e os homens maus não iriam registrar a bondade de Cristo de um modo tão brilhante, nem iriam apresentá-Lo como o poderoso e Divino Filho do Deus Vivo. Eles não teriam descrito o homem como um ser tão desprezível e maligno, condenado ao inferno, perdido e amaldiçoado por toda eternidade, se tivessem escrito estas páginas para enganá-los. Certamente não teriam escritos coisas ruins sobre eles mesmos e seus companheiros e escrito coisas tão maravilhosas sobre Jesus Cristo. Isso não faria qualquer sentido. Nem ainda poderia a Bíblia ter sido escrita por homens piedosos ou santos anjos, sem o poder do Espírito Santo. Nenhum homem poderia ter escrito um bom livro sem dizer algumas mentiras, a fim de enganar o leitor, dizendo: "Assim diz o Senhor", enquanto o que dizem é de sua pura lavra. [NT: Como os carismáticos andam fazendo agora.] Se o fizessem não iriam se tornar homens bons, de modo algum, mas demoníacos e malignos, conforme estamos voltando ao ponto anterior. Em vez disso, a Bíblia é o registro da própria revelação de Deus aos homens, para que esses homens perdidos em seus pecados possam possa buscar, esperançosamente, o Redentor dos homens, o homem-Deus, Jesus Cristo. O testemunho de Jesus Cristo como Deus é o único meio pelo qual importa que sejamos salvos da futura ira divina (Atos 4:12). A ira do Cordeiro será horrenda contra os que estão perdidos. Eles correrão para as montanhas, implorando que os montes caiam sobre eles, para se livrarem da ira do Cordeiro. Contudo, o Senhor colocou ao alcance de todos um meio para os que desejam escapar da destruição que os aguarda.
 A resposta se encontra em Jesus Cristo, o Deus de todas as eras. Que olhem para Ele todos os quadrantes da Terra, para serem salvos... [Porque Jesus Cristo é Deus!]

QUAL JESUS?
"Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me, pois. Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esses de boa mente o tolerais" (2 Coríntios 11.1-4).
"Então lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo" (Marcos 8.29).
"Irmão, eu não estou interessado em qualquer conversa sobre doutrinas que nos dividam. A única coisa que me importa saber é se alguém ama a Jesus. Se ele me diz que ama a Jesus, não me interessa a qual igreja vai; eu o considero meu irmão em Cristo." Naquele momento, não me pareceu que fosse a hora e o lugar certo para argumentar com a pessoa que dizia isso. No entanto, eu me senti compelido a fazer uma pergunta para ela antes que a conversa se encerrasse: "Quando você fala com alguém que lhe diz amar a Jesus, você nunca lhe pergunta: ‘Qual Jesus?'"
Após um breve momento de reflexão, tal pessoa me respondeu que nunca faria tal pergunta. "Não seria simpático".
Sempre que visito alguns amigos de um outro estado, há um homem que me esforço em encontrar. Ele é a alegria em pessoa, um dos homens mais amigáveis que conheço. Mesmo sendo um muçulmano consagrado, ele se declara ecumênico, e orgulha-se do fato de compartilhar algumas das crenças tanto dos judeus como dos cristãos. Ocasionalmente ele freqüenta uma igreja com um de meus amigos e de fato aprecia a experiência e a comunhão. Certa vez em um restaurante, ele estava expondo o seu amor por Jesus para mim e nossos amigos cristãos, e encerrou a sua declaração com as seguintes palavras: "Se eu pudesse rasgar a minha carne de tal maneira que todos vocês entrassem em meu coração, vocês saberiam o quanto eu amo a Jesus." Os sentimentos que envolveram suas palavras foram impressionantes; na verdade, é incomum ouvir este tipo de declaração tão devotada, até mesmo em círculos cristãos.
Estamos falando da mesma pessoa?
Voltando agora para o meu dilema inicial. Eu estava admirando a expressão de amor de meu amigo quando um pensamento preocupante tomou conta de mim: Qual Jesus? Um breve conflito mental aconteceu. Pensei se eu devia ou não lhe fazer tal pergunta. Minhas palavras, no entanto, saíram antes que minha mente tomasse uma decisão. "Fale-me sobre o Jesus que você ama." Meu amigo muçulmano nem hesitou: "Ele é o mesmo Jesus que você ama." Antes de me tornar muito "doutrinário" com meu amigo, achei que deveria mostrar-lhe como era importante definirmos se estávamos realmente falando sobre o mesmo Jesus.
Eu usei o seu vizinho, que é um grande amigo nosso, como exemplo. Ele e eu realmente amamos esse cidadão. Depois de concordarmos sobre nossos sentimentos mútuos, eu comecei a dar uma descrição das características físicas de nosso amigo comum: "Ele tem um metro e setenta de altura, é totalmente careca, pesa mais ou menos uns 150 quilos e usa um brinco em sua orelha esquerda..." Na verdade, eu não pude ir muito longe, pois logo algumas objeções foram feitas. "Espere aí... ele tem quase dois metros, eu gostaria de ter todo o cabelo que ele tem, e ele é o homem mais magro que eu conheço!" Meu amigo acrescentou que certamente não estávamos falando sobre a mesma pessoa. "Mas isto realmente faz alguma diferença?", perguntei. Ele me olhou com incredulidade. "Mas é claro que faz! Eu não tenho um vizinho que se encaixa com a sua descrição. Talvez você esteja falando de uma outra pessoa, mas não de meu bom vizinho e amigo." Então destaquei o fato de que se nós verdadeiramente aceitássemos a descrição que eu acabara de dar, certamente não estávamos falando da mesma pessoa. Ele concordou.
A seguir continuei descrevendo o Jesus que eu conhecia. "Ele foi crucificado e morreu na cruz pelos meus pecados. O Jesus que você conhece fez o mesmo?"
"Não, Alá o levou para o céu logo antes da crucificação. Judas é quem morreu na cruz."
"O Jesus que eu conheço é o próprio Deus, que se tornou homem. O seu Jesus é assim?"

Ele negou com a cabeça e disse: "Não, Alá é o único Deus. Jesus foi um grande profeta, mas somente um homem." A discussão prosseguiu a respeito das muitas características que a Bíblia atribui a Jesus. Em quase todos os casos, meu amigo muçulmano tinha uma perspectiva diferente. Mesmo mantendo-se convencido de que ele tinha o ponto de vista correto sobre Jesus, o fato de que nossas convicções contraditórias não podiam ser reconciliadas pareceu reduzir o seu zelo em proclamar o seu amor por Jesus.
Discussão doutrinária é sectarismo?
Alguns enxergam este meu questionamento como algo não amoroso – como uma prova do sectarismo que a discussão doutrinária produz. Eu o vejo como uma tentativa de clarear o caminho para que meu amigo tenha um relacionamento genuíno com o único Salvador verdadeiro, o nosso Senhor Jesus Cristo – não com alguém que ele ou outros homens, intencionalmente ou não, têm imaginado ou inventado.
Doutrinas, simplesmente, são ensinamentos. Elas podem ser verdadeiras ou falsas. Uma doutrina verdadeira não pode ser divisiva de maneira prejudicial; esta característica se aplica somente a ensinos falsos. "Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles" (Rm 16.17; veja também Rm 2.8-9). Jesus, que é a Verdade, só pode ser conhecido em verdade e somente por aqueles que buscam a verdade (Jo 14.6; 18.37; 2 Ts 2.13; Dt 4.29). O próprio Cristo causou divisão (Mt 10.35; Jo 7.35; 9.16; 10.19), divisão entre a verdade e o erro (Lc 12.51).
"Qual Jesus?" é uma pergunta importantíssima para todo crente em Cristo. Nós deveríamos primeiro nos questionar, testar nossas próprias crenças sobre Jesus (2 Co 13.5; 1 Ts 5.21). Incompreensões sobre o Senhor inevitavelmente se tornam obstáculos em nosso relacionamento com Ele. A avaliação também pode ser vital com respeito à nossa comunhão com aqueles que se dizem cristãos. Recentemente, durante uma rápida viagem aérea, um dos meus amigos, preocupado o suficiente, fez algumas perguntas cruciais à pessoa próxima a ele sobre o relacionamento dela com Jesus. Mesmo tendo confessado ser um cristão, participando há quatro anos de uma comunidade cristã, essa pessoa na verdade não conhecia a Jesus nem entendia o evangelho da Salvação. Meu amigo o levou ao Senhor antes que o avião aterrizasse.
A "UNIDADE CRISTÃ"
Com muita freqüência, frases parecidas com "nós teremos comunhão com qualquer um que confessar o nome de Cristo", estão sensivelmente impregnadas de camuflagens ecumênicas. O medo de destruir a unidade domina os que levam a sério este tipo de propaganda antibíblica, até mesmo ao ponto de desencorajar qualquer menor interesse em lutar pela fé. Surpreendentemente, "a unidade cristã" agora inclui a colaboração para o bem moral da sociedade com qualquer seita "que confessa o nome de Jesus."
"Jesus", o irmão de Lúcifer
Os ensinamentos heréticos sobre Jesus incluem todo tipo inimaginável de idéias sem base bíblica. O "Jesus Cristo" dos mórmons, por exemplo, não poderia estar mais longe do Jesus da Bíblia. O Jesus inventado por Joseph Smith, que a seguir inspirou o nome de sua igreja, é o primeiro filho de Elohim, tal como todos os humanos, anjos e demônios são filhos espirituais de Elohim. Este Jesus mórmon se tornou carne através de relações físicas entre Elohim (Deus, o Pai, o qual tinha um corpo físico) e a virgem Maria. O Jesus mórmon é meio-irmão de Lúcifer. Ele veio à terra para se tornar um deus. Sua morte sacrificial dará imortalidade para qualquer criatura (incluindo animais) na ressurreição. No entanto, se uma certa criatura, individualmente, vai passar a sua eternidade no inferno ou em um dos três céus, isto fica por conta de seu comportamento (incluindo o comportamento dos animais).
"Jesus", uma idéia espiritual
O Jesus Cristo das seitas da ciência da mente (Ciência Cristã, Ciência Religiosa, Escola Unitária do Cristianismo, etc.) não é diferente de qualquer outro ser humano. "Cristo" é uma idéia espiritual de Deus e não uma pessoa. Jesus nem sofreu nem morreu pelos pecados da humanidade, porque o pecado não existe. Ao invés disto, ele ajudou a humanidade a desacreditar que o pecado e a morte são fatos. Esta é a "salvação" ensinada pela tal Ciência Cristã.
"Jesus ", o arcanjo Miguel
As Testemunhas de Jeová também amam a Jesus, mas não o Jesus da Bíblia. Antes de nascer nesta terra, Jesus era Miguel, o Arcanjo. Ele é um deus, mas não o Deus Jeová. Quando o Jesus deles se tornou um homem, parou então de ser um deus. Não houve ressurreição física do Jesus dos Testemunhas de Jeová; Jeová suscitou o seu corpo espiritual, escondeu os seus restos mortais, e agora, novamente, Jesus existe como um anjo chamado Miguel. A Bíblia promete que, ao morrer um crente em nosso Senhor e Salvador, a pessoa imediatamente estará com Jesus (2 Co 5.8; Fp 1.21-23). Com o Jesus deles, no entanto, somente 144.000 Testemunhas de Jeová terão este privilégio – mas não depois da morte, porque eles são aniquilados quando morrem. Ou seja, eles gastam um período indefinido em um estado inativo e inconsciente; de fato deixam de existir. Minha comunhão com Jesus bíblico, no entanto, é inquebrável e eterna.


"JESUS", AINDA PRESO NUMA CRUZ .
Os católicos romanos também amam a Jesus. Eu também o amei da mesma forma durante vinte e poucos anos de minha vida, mas ele era muito diferente do Jesus que eu conheço e amo agora. Algumas vezes ele era apenas um bebê ou, no máximo, um garoto protegido pela sua mãe. Quando queria a sua ajuda eu me assegurava rezando primeiro para sua mãe. O Jesus para quem eu oro hoje já deixou de ser um bebê por quase 2000 anos. O Jesus que eu amava como católico morava corporalmente em uma pequena caixa, parecida com um tabernáculo que ficava no altar de nossa igreja, na forma de pequenas hóstias brancas, enquanto que, simultaneamente, morava em milhões de hóstias ao redor do mundo. Meu Jesus, na verdade, é o Filho de Deus ressuscitado corporalmente; Ele não habita em objetos inanimados.
O Jesus dos católicos romanos que eu conhecia era o Cristo do crucifixo, com seu corpo continuamente dependurado na cruz, simbolizando, de forma apropriada, o sacrifício repetido perpetuamente na missa e a Sua obra de salvação incompleta. Aproximadamente há dois milênios, o Jesus da Bíblia pagou totalmente a dívida dos meus pecados. Ele não necessita mais dos sete sacramentos, da liturgia, do sacerdócio, do papado, da intercessão de Sua mãe, das indulgências, das orações pelos mortos, do purgatório, etc. para ajudar a salvar alguém. Os católicos romanos dizem que amam a Jesus, mesmo quando se chamam de católicos carismáticos, católicos "evangélicos", ou católicos renascidos, mas na verdade eles amam um Jesus que não é o Jesus bíblico. Ele é "um outro Jesus".
"Jesus", o bilionário
Até mesmo alguns que se dizem evangélicos promovem um Jesus diferente. Os chamados pregadores do movimento da fé e da prosperidade promovem um Jesus que foi materialmente próspero. De acordo com o evangelista John Avanzini, cujas roupas chiques refletem o seu ensino, Jesus vestia roupas de marca (uma referência à sua capa sem costura) semelhantes às vestidas por reis e mercadores ricos. Usando uma argumentação distorcida, um pregador do sucesso chamado Robert Tilton declarava que ser pobre é pecado, e já que Jesus não tinha pecado, então, obviamente, ele devia ter sido extremamente rico. O pregador da confissão positiva Fred Price explica que dirige um Rolls Royce simplesmente porque está seguindo os passos de Jesus. Oral Roberts sustenta a idéia de que, pelo fato de terem tido um tesoureiro (Judas), Jesus e Seus discípulos deviam ter muito dinheiro.
O "Jesus" do movimento da fé e das igrejas psicologizadas
Além da pregação sobre um Cristo que era materialmente rico, muitos pregadores do movimento da fé, tais como Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, proclamam um Jesus que desceu ao inferno e foi torturado por Satanás a fim de completar a expiação pelos pecados dos homens. Este não é o Jesus que eu conheço e amo.
O Jesus de Tony Campolo habita em todas as pessoas. O televangelista Robert Schuller apresenta um Jesus que morreu na cruz para nos assegurar uma auto-estima positiva. Para apoiar sua tese sobre Jesus, psicólogos cristãos e numerosos pregadores evangélicos dizem que Sua morte na cruz prova o nosso valor infinito para com Deus e que isto é a base para nosso valor pessoal. Não somente existe uma variedade enorme de "jesuses" que promovem o ego humano hoje em dia, como também estamos ouvindo em nossas "igrejas" psicologizadas que a verdade sobre Jesus pode não ser tão importante para o nosso bem psicológico do que nossa própria percepção sobre Ele. Esta é a base para o ensino atual do integracionista psicoespiritual Neil Anderson e outros que promovem técnicas não-bíblicas de cura interior. Eles dizem que nós devemos perdoar Jesus pelas situações passadas, nas quais nós sentimos que Ele nos desapontou ou nos feriu emocionalmente. Mas, qual Jesus?
Conclusão

A comunhão com Jesus é o coração do Cristianismo. Não é algo que meramente imaginamos, mas é uma realidade. Ele literalmente habita em todos que colocam nEle a sua fé como Senhor e Salvador (Cl 1.27; Jo 14.20; 15.4). O relacionamento que temos com Ele é ao mesmo tempo subjetivo e objetivo. Nossas experiências pessoais genuínas com Jesus estão sempre em harmonia com a Sua Palavra objetiva (Is 8.20). O Seu Espírito nos ministra a Sua Palavra, e este conhecimento é o fundamento para nossa comunhão com Ele (Jo 8.31; Fp 3.8). Nosso amor por Ele é demonstrado e aumenta através de nossa obediência aos Seus mandamentos; nossa confiança nEle é fortalecida através do conhecimento do que Ele revela sobre Si mesmo (Jo 14.15; Fp 1.9). Jesus disse: "Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (Jo 18.37). Na proporção em que nós crentes aceitarmos falsas doutrinas sobre Jesus e Seus ensinamentos, também minaremos nosso relacionamento vital com Ele.
Nada pode ser melhor nesta terra do que a alegria da comunhão com Jesus e com aqueles que O conhecem e são conhecidos por Ele. Por outro lado, nada pode ser mais trágico do que alguém oferecer suas afeições para outro Jesus, inventado por homens e demônios. Nosso Senhor profetizou que muitos cairiam na armadilha daquela grande sedução que viria logo antes de Seu retorno (Mt 24.23-26). Haverá muitos que, por causa de sinais e maravilhas, como são chamados, feitos em Seu nome, se convencerão de que conhecem a Jesus e O estão servindo. Para estes, um dia, Ele falará estas solenes palavras: "...Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade" (Mt 7.23). Mesmo que sejamos considerados divisivos por perguntarmos "Qual Jesus?", entendam que este pode ser o ministério mais amoroso que podemos ter hoje em dia. Porque a resposta desta pergunta traz conseqüências eternas.

OS ENSINOS DE JESUS
Jesus foi o maior professor que já viveu. No entanto ele era muito mais que isso. Como Filho de Deus, os seus ensinamentos eram a verdade. Sua missão era instruir aos outros como conhecer a Deus. Sua mensagem principal era que Deus queria nos amar e nos conhecer. Ele ensinava enquanto andava com os seus seguidores. Ele ensinou de um barco, de um monte, de uma casa e do templo. Ele ensinava em sermões, mas ele preferia usar uma história ou uma parábola. Muitas pessoas têm perguntas sobre o que Jesus falou sobre vários tópicos. O que ele ensinou sobre Deus? O que ele pensava de si próprio? O que ele queria dizer quando ele falou do reino? Qual era o significado de sua morte? O que ele falou do Espírito Santo? Como ele descreveu os seres humanos e suas necessidades? E a igreja cristã? Ele ensinou alguma coisa sobre o fim do mundo? Quais eram as principais características de seus ensinamentos morais?

1- OS ENSINAMENTOS SOBRE DEUS

Qualquer um que chega aos ensinamentos de Jesus depois de ter lido o Velho Testamento, percebe de cara que os ensinamentos sobre Deus são paralelos. Jesus ensinou que Deus é o Criador que se preocupa com a sua criação e cuida dela desde as menores criaturas como o pardal (Mateus 10:29). Não a um suporte nos ensinamentos de Jesus para a visão que diz que Deus não se importa com o mundo que ele criou. Jesus nos lembra que ele é um Deus de detalhes - intimamente preocupado com a nossa vida. Um dos títulos mais característicos que Jesus usou para Deus foi Pai. Isso não era novidade, pois essa idéia ocorre no Velho Testamento, aonde Deus é visto como o Pai de seu povo. Esse tipo de paternidade era nacional ao invés de pessoal. No período entre o Velho Testamento e o Novo Testamento, os judeus consideravam Deus tão santo que ele foi removido do contato imediato com os compromissos humanos. Na verdade, eles acreditavam que tinha que haver um mediador entre Deus e o povo. Essa noção exaltada de Deus contradizia a idéia de Deus como um Pai pessoal e amoroso. É por causa disso que os ensinamentos de Jesus quanto à paternidade pessoal é tão única. Há alguma evidência nos ensinamentos judaicos dizendo para orar a Deus como "Nosso Pai". No entanto, o que distingui Jesus de seus contemporâneos é que a paternidade de Deus era o centro de seus ensinamentos. A relação pai e filho é particularmente vívida no evangelho de João, aonde Jesus como o Filho é visto como tendo uma comunhão íntima com o Deus Pai. Isso aparece fortemente na oração de Jesus em João 17 e nas afirmações freqüentes que o Pai tinha mandado o Filho e que o Filho estava cumprindo a vontade do Pai. È esse forte relacionamento entre Deus e Jesus em termos de Pai e Filho que fez Jesus ensinar as pessoas a se aproximarem de Deus da mesma maneira.

2- ENSINAMENTOS SOBRE SI PRÓPRIO

O que Jesus falou de si próprio é de muita importância, pois foi isso que a igreja primitiva veio a ensinar sobre ele. Jesus usou alguns títulos para se descrever ou os aceitava quando os outros os usavam.

FILHO DO HOMEM

O título mais usado é Filho do Homem. Algumas vezes ele relacionava isso diretamente na sua ministração pública, como por exemplo quando ele disse que o Filho do Homem era o Senhor do sábado (Marcos 2:28), ou que o Filho do Homem tinha o poder de perdoar os pecados (2:10). Às vezes os dizeres lidavam com o seu sofrimento, como quando Jesus falou que o Filho do Homem tinha que sofrer várias coisas (8:31; note que Mateus 16:21 usa "ele" ao invés de "Filho do Homem"). Em outros trechos a referência é para uma aparição futura, como quando ele disse ao sumo sacerdote que ele veria o Filho do Homem assentado a destra de Deus vindo sobre as nuvens do céu (Marcos 14:62). O que Jesus quis dizer com o título, e porque que ele usou? A razão mais provável é porque ele queria evitar o termo Messias, que já carregava muitas implicações políticas.

MESSIAS

O termo "Messias" ou "Cristo", não pertencem estritamente aos ensinamentos de Jesus, já que ele mesmo nunca usou. No entanto, ele aceitou esse título quando foi usado por Pedro. Ele também não negou ser o Messias quando respondeu ao sumo sacerdote que perguntou se ele era o Messias. No evangelho de João, André diz a Pedro que havia achado o Messias (João 1:41); a mulher em Samaria também conversa com Jesus e ele revela que ele é o Messias (4:25-26). Havia uma expectativa comum entre os judeus que o libertador viria para derrubar os seus inimigos políticos, os romanos. Havia várias idéias sobre a sua origem (um líder militar ou um guerreiro celestial) e seus métodos.

FILHO DE DEUS

O título "Filho de Deus" ocorre principalmente no evangelho de João. Tanto Marcos como João consideravam Jesus assim (compare Marcos 1:1 e João 20:30-31). Há algumas passagens aonde o Messias é ligado ao Filho de Deus e que Jesus não rejeita nenhum dos títulos (compare a Mateus 16:16). Mas nos ensinamentos de Jesus, uma passagem faz ficar muito clara a relação especial que Jesus tinha com Deus como Filho (Mateus 11:27; veja também Lucas 10:22). Muitas passagens parecidas no evangelho de João, no entanto, são mais explicitas. O Filho é inquestionavelmente pré-existente - já vivia antes do tempo começar. Jesus sabe que ele veio do Pai e retornaria ao Pai. Jesus se considerava divino - ele era inteiramente Deus. No entanto, João retrata Jesus mais claramente também na sua natureza terrena - ele também era inteiramente humano. Jesus não explicou em nenhuma parte de seus ensinamentos como que Deus poderia se tornar homem, mas ele assumiu isso como um fato. Como Filho de Deus, ele ensinou com a autoridade de Deus.

3- ENSINAMENTOS SOBRE O REINO DE DEUS

Ninguém pode ler os evangelhos sinópticos sem notar que o "reino de Deus" (ou dos céus) aparece freqüentemente. Muitas das parábolas de Jesus são especificamente chamadas de parábolas do reino. O conceito de Jesus sobre o reino era uma idéia básica do evangelho cristão. A idéia principal é o reinado de Deus sobre as pessoas ao invés de um reino físico que pertence a Deus. Em outras palavras, a ênfase está no reinado ativo de Deus como Rei. O reino de Deus consiste do relacionamento entre os membros e o Rei. Também significa que o reino não será expresso em termos institucionais.

O REINADO PRESENTE

Em Lucas 17:20-21 fica claro que o reino era um tema de interesse comum, aonde os fariseus perguntaram a Jesus quando viria. Eles estavam esperando que o Messias estabelecesse um derrubamento político dos romanos. Sua resposta, que estava "entre eles", é claramente uma idéia presente. Espíritos imundos também foram exorcizados como evidência que o reinado havia chegado (Mateus 12:28; Lucas 11:20). Além disso, Jesus menciona que o reino havia sido vigorosamente avançado (Mateus 11:12), mas não por métodos revolucionários. Ainda, alguma coisa dinâmica já estava acontecendo. Essa idéia de poder dinâmico é um dos traços mais característicos do reino. Jesus falou em amarrar os homens fortes e armados (Lucas 11:21-22), o que mostra que no seu ministério ele esperava dar uma demonstração poderosa contra as forças das trevas. É evidente que o reino que Jesus proclamava, presente ou futuro, era um reino aonde Deus era supremo. O reino era parte de seu ministério, onde Deus estava trazendo a libertação espiritual para o seu povo. Além disso, os ensinamentos de Jesus sobre o reino é uma parte da mensagem total. Nenhuma parte dessa mensagem pode ser separada de qualquer outra parte sem que o resto seja distorcido.

O REINO FUTURO

As parábolas têm os ensinamentos mais claros no aspecto futuro do reino (Mateus 13). Jesus falou do uso futuro da imagem retirada da literatura judaica. Ele relaciona nuvens, glória e anjos com a vinda do Filho do Homem (Marcos 13:26-27). Mateus fala de um som de trombeta, outro traço familiar (Mateus 24:31). Vários traços das parábolas do reino nos dá a mais clara idéia da natureza do reino. A condição de membro do reino não é considerada universal. Os membros do reino são aqueles que escutam e entendem a palavra do reino (Mateus 13:23). Apesar de todas as nossas diferenças raciais, culturais e de gênero só existem dois tipos de pessoas no mundo: as que são salvas e as que não são. Cada pessoa responde individualmente a oferta de salvação oferecida por Jesus para que seja parte do reino. Há uma ênfase na parábola sobre o crescimento da semente de mostarda, aonde um pequeno começo cresce para se tornar uma grande coisa.

4- OS ENSINAMENTOS SOBRE A SUA PRÓPRIA MORTE

O anunciamento do reino deve ser ligado à abordagem de Jesus a sua própria morte. Será que Jesus via a sua morte como uma parte chave de sua missão? Alguns acreditam que ele terminou a vida desiludido com algum tipo de desejo de morte. No entanto, sua morte não foi um desvio de sua missão. Isso era inteiramente a sua missão. Jesus sabia que os detalhes de sua vida eram a realização das escrituras (compare a Mateus 26:24; 56; Marcos 9:12; Lucas 18:31; 24:25-27, 44-45). O sofrimento de Jesus é o assunto da profecia do Velho Testamento. Ele conhecia as previsões do Velho Testamento e reconhecia que elas só poderiam se realizar através de seu próprio sofrimento. Evidentemente que Jesus via a sua morte como um sacrifício. Na última ceia, o cálice é ligado ao sangue da nova aliança, que é conhecida como sendo para a "remissão dos pecados" (Mateus 26:26-28). Nenhuma explicação é dada sobre a maneira em que a morte que estava próxima, simbolizada pelo pão partido e pelo vinho servido, traria o perdão dos pecados. Mas a igreja primitiva entendeu que Cristo morreu pelos nossos pecados (compare a 1 Coríntios 15:3). A idéia da nova aliança é paralela a Velha aliança, que de acordo com Êxodo 24, foi selada com o sangue de um sacrifício. Jesus tinha isso em mente quando ele falou da nova aliança. Também era parecido com a idéia expressada em Jeremias 31, que se refere a uma aliança escrita no coração ao invés de numa pedra. Na oração de Jesus em João 17, ao encarar a cruz, ele declara que ele terminou a obra que o Pai deu a ele (17:4). Isso é reforçado quando ele fala, já na cruz "está consumado", que só João menciona (19:30). Esse senso de missão cumprida da um ar de triunfo para o que de outra maneira, poderia ser visto como um desastre. Jesus não foi assassinado. Ele deu a sua vida como um sacrifício pelos nossos pecados. Apesar dos homens terem colocado ele numa cruz superficialmente, o amor dele por todo o povo de Deus é o que o manteve ali até o fim.

5- OS ENSINAMENTOS SOBRE O ESPÍRITO SANTO

Em vários dos eventos principais na vida de Jesus, os escritores dos evangelhos notam a atividade do Espírito Santo. Por exemplo, o nascimento virgem, o batismo de Jesus e a sua tentação mencionam o Espírito. A maioria dos ensinamentos vem dos evangelhos de João. Quando Jesus começou a pregar o seu ministério em Nazaré, de acordo com Lucas, ele leu o depoimento em Isaías 61:1-2 sobre o Espírito de Deus e aplicou a ele. Ele viu o Espírito marcando o começo de seu ministério. Ele foi acusado de expulsar demônios como Belzebu, príncipe dos demônios. No entanto, ele estava realmente expulsando espíritos imundos pelo Espírito de Deus (Mateus 12:28). Ele era, além disso, sensível a seriedade de blasfemar contra o Espírito, que ele implica que os seus acusadores estavam perigando fazer. Criticar o seu ministério era criticar o mover do Espírito.
Enquanto avisava os seus discípulos que eles encontrariam com a oposição, Jesus os assegurou que o Espírito os apoiaria quando eles fossem forçados a encontrar com reis e governadores (Mateus 10:19-20; Marcos 13:11). De fato, ele falou que o Espírito continuaria a falar através deles muito tempo depois que Jesus tivesse retornado ao céu. Lucas registra a promessa de Jesus que Deus daria o Espírito Santo para aqueles que pedissem (Lucas 11:13), como um pai dá bons presentes para os seus filhos. Nós geralmente pedimos a Deus por paz, propósito ou proteção. No entanto, Deus considera o Espírito Santo o melhor presente que ele pode dar a seus filhos. Em uma outra ocasião, Jesus reconheceu que Davi havia escrito o Salmo 110 (Marcos 12:36) com a influência do Espírito. Como resultado desse e de outros exemplos, sabemos que a bíblia não é um livro comum escrito por homens. De fato, o Espírito Santo inspirou as escrituras.

SALVAÇÃO

O evangelho de João nos dá um desenvolvimento mais detalhado de o que Jesus ensinou sobre o Espírito. Os ensinamentos do Espírito são geralmente ligados aos ensinamentos de Jesus sobre dar a vida eterna a aqueles que acreditassem nele e o recebessem. Quando ele falou com Nicodemos sobre o novo nascimento e a vida eterna, Jesus também falou do Espírito (João 3:3-8, 15-16). Quando ele falou da água da vida para a mulher samaritana, ele também falou do Espírito (4:14, 23-24). Por toda a escritura, Jesus declara a várias pessoas que ele poderia lhes dar a vida eterna se eles acreditassem nele. Ele prometeu a água da vida, o pão da vida e a luz da vida, mas eles só receberiam a vida eterna quando viesse o Espírito depois de sua ressurreição. Jesus disse "É o Espírito que dá a vida eterna" (João 6:63). Quando o Espírito se tornasse disponível, eles poderiam ter vida. Uma vez que Jesus havia sido glorificado através de sua ressurreição, o Espírito de Jesus glorificado estaria disponível a todos aqueles que cressem.
A SEGUNDA VINDA

Ele falou para os discípulos que o Filho do Homem viria com os seus anjos na glória de seu Pai (Mateus 16:27). Ele descreve o Filho do Homem vindo em nuvens com poder e glória (Marcos 13:26). Jesus descreve vários sinais que precederia a sua segunda vinda. Ele falou de guerras, conflitos, terremotos, fome e distúrbios nos céus. O evangelho seria primeiramente pregado a todas as nações. Ao mesmo tempo falsos "Cristos" surgiriam. Jesus deu vários detalhes de seu retorno para encorajar os seus discípulos a encararem a perseguição. Os discípulos teriam que vigiar, pois a vinda aconteceria inesperadamente como um ladrão na noite. Jesus disse que nem ele mesmo sabia quando isso aconteceria (Marcos 13:32).

RESSURREIÇÃO

Um outro tema importante afetando o futuro é enfatizado nos ensinamentos de Cristo sobre a ressurreição. Os saduceus não acreditavam na ressurreição do corpo. Eles tentaram enganar Jesus com uma pergunta sobre uma mulher que havia se casado sete vezes. Eles queriam saber esposa de qual dos sete maridos ela seria depois da ressurreição (Marcos 12:18-27). Jesus apontou que não haveria casamento quando os mortos ressurgissem. A idéia dos saduceus sobre a ressurreição estava claramente errada. Os ensinamentos de Jesus seriam como os anjos. Não há dúvida sobre a ressurreição dos mortos, apesar de não nos ser dada informações específicas sobre o corpo ressurreto.

JULGAMENTO
Jesus contou uma história sobre um homem rico e um homem pobre que morreram (Lucas 16:19-31). Na vida após a morte, o homem rico gritava no tormento, enquanto o homem pobre curtia o estado de benção. A distinção entre os dois homens nos dá uma dica do julgamento, apesar de não nos ser falado como essa distinção é feita. Em outros lugares de seus ensinamentos, Jesus disse que o requisito vital é a fé. A conversa entre Jesus e o ladrão que estava morrendo na cruz ao seu lado, sugere que o ladrão arrependido foi salvo (Lucas 23:42-43). O tema de recompensa e punição é visto em muitas passagens. Em Mateus 16:27, Jesus diz que o Filho do Homem recompensará todos de acordo com o que ele(a) fez. Aqueles que são inúteis serão punidos nas trevas (25:30). Mais adiante, Jesus fala de um dia de julgamento, no qual homens e mulheres prestarão contas até mesmo de suas palavras descuidadas (12:36-37). Entre todas as afirmações solenes de Jesus estão aquelas aonde ele fala do inferno. Seus ensinamentos sobre punição eterna para injustos (Mateus 25:41,46) são o oposto para a vida eterna prometida para os justos. Ele disse que seus discípulos teriam um lugar preparado para eles no céu (João 14:2), e ele também falou de um Livro da Vida aonde o nome de todos aqueles que crêem está escrito (Lucas 10:20).

JESUS CRISTO: PERFEITAMENTE HOMEM! PERFEITAMENTE DEUS!

Jesus Cristo: Perfeitamente homem!
A verdade com respeito à Pessoa do Senhor Jesus, Filho de Deus, é simples e profunda. Ela se encontra revelada na Palavra de Deus, e podemos conhecê-la mediante a revelação que nos é dada pelo Espírito Santo. Há que se considerar que esta revelação sobrepuja a inteligência humana; a fé, contudo, se apropria das declarações da Sagrada Escritura, e adora.


CRISTO NA ETERNIDADE, ANTES DO TEMPO
O Deus eterno:
- “No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1). - “...pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus” (Filipenses 2:6).
Desde a eternidade, antes do tempo, Deus o Filho já existia (ou “era”). Ele, portanto, é sem início, existe eternamente, e é tão elevado e digno de honra como Deus o Pai e Deus o Espírito Santo.
-“Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (João 1:18).
-“Tu és o cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16).
-“. . .me amaste antes da fundação do mundo” (João 17:24).
Cristo é Filho desde toda a eternidade. Mas o fato dEle ser Filho não implica um começo nem uma posição inferior à do Pai. Ele é, como já foi dito, igual a Deus e de uma existência eterna. Desde a eternidade Ele era o objeto do amor do Pai - É o “Filho do seu amor” (Colossenses 1:13).

CRISTO NO TEMPO SOBRE A TERRA,
 E AGORA NO CÉU
O Filho eterno de Deus:
-“Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo” (1 João 4:9).
-“A si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo” (Filipenses 2:7).
-“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (João 1:14).
-“Mas acerca do Filho [diz]: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre” (Hebreus 1:8).
Quando o Filho de Deus se tornou homem, ocultou a glória de Sua divindade. A si mesmo se esvaziou; do contrário, o homem não teria suportado Sua presença (Êxodo 33:20). Apesar disso, permaneceu sempre como o Filho eterno de Deus. Como tal, é eternamente onipresente (João 1:18), onisciente (João 18:4) e onipotente (João 18:6). Ele permanece Deus depois de Sua ressurreição e ascensão, e por toda a eternidade.

O Filho de Deus, gerado pelo Espírito Santo:
-“Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei” (Salmo 2:7)
-“Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:35).
O fato de que o Senhor Jesus tenha sido gerado por Deus o Espírito Santo é também uma razão para que seja chamado Filho de Deus. Tal como havia sido anunciado no Antigo Testamento, Maria assim O recebeu (Lucas 1:35), Natanael O reconheceu (João 1:49), o cego de nascimento O adorou (João 9:35-38), e Tomé dirigiu-se a ele depois de Sua ressurreição (João 20:28).

JESUS, PERFEITAMENTE HOMEM:

1)  Um homem que nasceu e viveu aqui na terra
-“Ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura” (Lucas 2:7).
-“O Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10).
Há 2000 anos, o Filho de Deus veio a ser de fato homem em Belém. Tinha um espírito humano (João 13:21), uma alma humana (12:27) e um corpo humano (2:2 1).
Teve fome (Mateus 21:18), esteve cansado (João 4:6). Como homem, tinha que andar de um lugar para outro (João 4:4) por mais que, como Deus, fosse sempre onipresente. Em Marcos 13:32 está escrito que nem os anjos, nem mesmo o Filho conhecem o dia e a hora da vinda do Filho do homem. Ele disse isso como homem na posição de Servo e de Profeta. Como Deus, contudo, é onisciente. Estas coisas vão além de nosso entendimento humano, mas a fé O considera como sendo perfeitamente homem, sem esquecer jamais que é, ao mesmo tempo, eternamente Deus.
2)  Um homem semelhante a nós, mas sem pecado
-‘Nele não existe pecado” (1 João 3:5).
Exteriormente, o Senhor Jesus não se distinguia dos demais homens, nos quais habita o pecado (Romanos 8:3). Contudo, nEle não existe pecado. Não podia pecar nem cometeu pecado algum. Por isso, o céu se abriu duas vezes sobre Ele, no princípio e no final de seu ministério como homem aqui na terra. “Foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo (Marcos 1:11; veja também 9:7).
3)  Um homem que morreu e ressuscitou
-“Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir” (João 10:17).
Jesus foi até o Gólgota e, como homem, deixou Sua vida. Sabemos porquê! Ali cumpriu a obra da redenção a fim de que pudéssemos ser salvos. Realmente morreu. Quanto a Seu espírito e alma, entrou no paraíso (Lucas 23:43); quanto a Seu corpo, foi colocado na sepultura (João 19:42). Depois de três dias, ressuscitou corporalmente. Como homem ressuscitado, foi visto por Cefas, logo pelos doze, e depois por mais quinhentos irmãos de uma só vez (1 Coríntios 15:5-6).
4) Um homem no céu por toda a eternidade
-“Sentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem” (Ap 14:14).
-“Então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” (1Coríntios 15:28).
Depois de Sua ressurreição, Jesus subiu ao céu. Agora está ali assentado, como homem glorificado, no lugar mais elevado, à destra de Deus. Como homem, voltará para levar Consigo os Seus e introduzi-los na casa do Pai. Logo aparecera ao mundo em glória.
Como homem, exercerá o juízo (Apocalipse 14:14) e, segundo 1Co 15:28, vemos claramente que permanecerá homem eternamente. Como homem, o Filho se sujeitará a Deus por toda a eternidade.
Podemos dizer que deixou Sua vida como homem pelo poder de Deus. Também pelo mesmo poder divino ressuscitou como homem. Por último, pelo poder de Deus subiu ao céu (Efésios 4:10). E agora está assentado à direita da Majestade, como homem glorificado, nas alturas (Hebreus 1:3).
RESUMO
O Senhor Jesus é Deus eternamente, sem princípio, tão elevado como Deus o Pai. Era e é o Filho eterno, em comunhão de amor com o Pai. Tornou-Se verdadeiro homem como nós, mas era sem pecado; não cometeu pecado nenhum. Está fora de todo alcance do pecado, porque é santo. Permanece eternamente homem.
Estas são verdades fundamentais das Sagradas Escrituras. Não somente algumas passagens confirmam isso, mas toda a Palavra de Deus. Tal é a doutrina de Cristo. (2 João 7-11).
CRISTOLOGIA

Objetivo: Mostrar que Jesus Cristo é Deus, que encarnou como homem e o único que pode salvar o ser humano de sua condição pecaminosa.
Para nós, cristão e que já entregamos a nossa vida a Jesus, não temos dúvidas quanto á sua natureza: Ele é Deus, e junto com o Pai e o Espírito Santo, formam a Trindade. Sabemos e cremos que ele tomou a forma humana morreu em nosso lugar, para que a nossa dívida de pecado fosse paga.
Embora creiamos nisto, existem duas principais razões pelas quais devemos estudar sobre a pessoa de Jesus: as seitas e heresias que distorcem a verdade sobre Cristo, e a necessidade de conhecermos o que a Bíblia fala de Jesus.
Para fins de ordem, costumamos dizer que Jesus é a segunda pessoas da Trindade, apesar de não existir hierarquia entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Jesus reivindicou a natureza divina – Jo 8.58; 10.30; 17.5. Esta é a maior prova de sua divindade porque ou ele seria louco, e isto ficaria provado após sua morte. Se um louco vivo tem poucos seguidores, que dirá de um morto! Ou ele era o que ele disse que era, ficando provado pela sua ressurreição, testificada por mais de quinhentas pessoas e pelos guardas que aceitaram suborno para dizer que seu corpo fora roubado.
A – Atributos divinos. Jesus possui atributos que provam que ele é Deus.
Onipresença  -  Mt 28.20; Ef 1.23
Onipotência  -   Jo 5.19
Onisciência  -    Jo 16.30; 21.17
Eternidade  -     Jo 1.1; 8.58; 17,5
Imutabilidade -   Hb  1.12; 13.8
Além disso, Jesus realiza obras Divinas, o que por analogia faz dele Deus.
Jesus como Criador  -  Jo 1.3; Cl 1.16
Prerrogativa de perdoar pecados  -  Mt 9.2; Lc 7.47
Alguns nomes atribuidos a Deus no Velho Testamento também são atribuidos a Jesus. Vale lembrar que neste contexto o nome tem tudo a ver com o caráter, a natureza da pessoa:
Alfa e Omega (o princípio e o fim de tudo) -  Ap 22.13
“Eu Sou”  -  Jo 8.58
Emanuel (Deus Conosco) Mt 1.22
Senhor  -  Mt 7.21
Deus  -  Jo 1.1; 2 Pe 1.1, Jo 20.21
B – Jesus é Homem
Todo o mundo conhece a história do nascimento de Jesus. Através da Bíblia acompanhamos o seu nascimento e seu crescimento – Mt 1.18-2.11; Lc 1.30-38; 2.50-52. Jesus possuía corpo humano – Mt 26.12; Jo 2.21, intelecto e vontade – Mt 26.38; Mc 2.8. Como qualquer um de nós, sentiu cansaço – Jo 4.6, fome – Mt 4.2; 21.18, sede – Jo 19.28 e foi tentado – Mt 4; Hb 2.18.
C – A Kenosis – Filipenses 2-7
A palavra literalmente significa esvaziamento, ou seja, Cristo esvazio-se do exercício de seus atributos divinos, mas não de sua natureza e prerrogativas divinas. Em todo o momento, quando encarnado, Jesus tinha consciência da sua natureza divina.
A união das duas naturezas de Cristo em uma só substância pessoal é chamada de Hipostática. Todos os seus atos e qualidades podem ser atribuídos às duas naturezas. De outra forma, as duas naturezas são inseparáveis.
D – O Caráter de Cristo
Muito se discute a respeito do caráter de Cristo no que diz respeito à sua pecabilidade. Teólogos gastam muita saliva tentando explicar se Cristo podia pecar ou não. Podia no sentido de, como tendo a natureza humana, e como o homem é pecador, Cristo estaria debaixo da possibilidade de pecar.
Bem, se Cristo podia ou não pecar (sem querer ser simplista) não interessa. O fato é que ele nunca pecou – Hb 4.15 “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”;  1 Pe 2.22 “Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano”.
E – A Morte de Cristo e sua Ressurreição
A morte de Jesus foi o propósito principal de sua encarnação. Através dela foi aberto o caminho de reconciliação do homem com Deus. Jesus nos resgatou das trevas para a luz. Ele foi, na sua morte, a propiciação desejável pelo Pai e nos substitui na cruz, tomando nosso lugar.
Sem a morte de Cristo, nós jamais conseguiríamos nos achegar ao Criador, por isso ela, talvez seja mais importante do que o seu nascimento.
Entretanto, ao contrário de todos os outros líderes religiosos, Jesus não permaneceu no túmulo. Ao terceiro dia ressuscitou, como nos conta os quatro evangelhos.
F – Falsas Teorias
Falsas teorias a respeito da morte e ressurreição de Jesus começaram logo no domingo de sua ressurreição. A mando dos sacerdotes, os guardas disseram que o corpo do Mestre foi roubado, quando a narrativa bíblica diz que ele ressurgiu – Mt 28.12 “E congregados eles com os anciãos e tendo consultado entre si, deram muito dinheiro aos soldados, e ordenaram-lhes que dissessem: Vieram de noite os seus discípulos e, estando nós dormindo, furtaram-no. E, se isto chegar aos ouvidos do governador, nós o persuadiremos, e vos livraremos de cuidado". Se fosse verdade, que os soldados deixaram o corpo ser roubado, seriam mortos por causa disto. Se o testemunho da Bíblia, onde se diz que foram comprados é falso, então podemos rasgar a Bíblia pois mais nada nela é verdadeiro.
Algumas das falsas explicações para negar a ressurreição:
Teria sido uma lenda
Ele ressuscitou apenas espiritualmente
O corpo teria sido sepultado num lugar desconhecido pelos discípulos
Teriam os discípulos visto alucinações de Jesus após sua morte
Jesus forjou sua morte
Jesus não chegou a morrer na cruz, apenas desmaiou
Jesus ressuscita em nossos corações quando cremos

25 PROFECIAS CUMPRIDAS EM TORNO DA MORTE DE CRISTO

“Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas”. Mateus 26.56ª
As seguintes profecias do Antigo Testamento (Bíblia Sagrada), sobre a traição, o julgamento, a morte e o sepultamento de nosso Senhor Jesus Cristo, foram feitas por diferentes pessoas, em épocas distintas, em um espaço de cinco séculos, de 1000 a 500 a.C.. Todas se cumpriram, literalmente.

1. Vendido por trinta moedas de prata
Profecia: “Eu lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário trinta moedas de prata”. Zacarias 11.12
Cumprimento: “Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, indo ter com os principais sacerdotes, propôs: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata”. Mateus 26.14-15

2. Traído por um amigo
Profecia: “...mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus. A morte os assalte, e vivos desçam à cova! Porque há maldade nas suas moradas e no seu íntimo”. Salmos 55.13-15
Cumprimento: “E logo, aproximando-se de Jesus, lhe disse: Salve, Mestre! E o beijou. 50 Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus e o prenderam”. Mateus 26.49-50

3. O Dinheiro foi atirado para o oleiro
Profecia: “Então, o SENHOR me disse: Arroja isso ao oleiro, esse magnífico preço em que fui avaliado por eles. Tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na Casa do SENHOR”. Zacarias 11.13
Cumprimento: “Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se. (...) E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros”. Mateus 27.3-5,7

4. Os discípulos O abandonaram
Profecia: “Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos”. Zacarias 13.7
Cumprimento: “Então, os discípulos todos, deixando-o, fugiram”. Mateus 26.56
“Então, lhes disse Jesus: Todos vós vos escandalizareis, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas”. Marcos 14.27

5. Acusado por falsas testemunhas
Profecia: “Levantam-se iníquas testemunhas e me argúem de coisas que eu não sei”. Salmo 35.11
Cumprimento: “Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas, afirmando: Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias”. Mateus 26.59-61

6. Bateu-se e cuspiu-se nEle
Profecia: “Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam”. Isaías 50.6
Cumprimento: “Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu!” Mateus 26.67,68
Observem-se os detalhes na concordância da profecia e do cumprimento:
Bater-se-á nEle
No rosto e em outras partes do corpo
Cuspir-se-á nEle
Cuspir-se-á no Seu rosto

7. Mudo diante dos Seus acusadores
Profecia: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca”. Isaías 53.7
Cumprimento: “E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu. Então, lhe perguntou Pilatos: Não ouves quantas acusações te fazem? Jesus não respondeu nem uma palavra, vindo com isto a admirar-se grandemente o governador”. Mateus 27.12-14

8. Ferido e pisado
Profecia: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Isaías 53.5
Cumprimento: “Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado. Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o pretório, reuniram em torno dele toda a coorte. Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate; tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, na mão direita, um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: Salve, rei dos judeus!” Mateus 27.26-29

9. Ele sucumbiu sob o peso da cruz
Profecia: “De tanto jejuar, os joelhos me vacilam, e de magreza vai mirrando a minha carne”. Salmo 109.24
Cumprimento: “Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico”. João 19.17
“E, como o conduzissem, constrangendo um cireneu, chamado Simão, que vinha do campo, puseram-lhe a cruz sobre os ombros, para que a levasse após Jesus”. Lucas 23.26

O Senhor Jesus Cristo, após ter sofrido muito com os açoites, ficou fraco, Seus joelhos se dobraram sob a pesada cruz. Por isso, foi necessário entregá-la a outro para ser carregada.

10. Mãos e pés traspassados
Profecia: “Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés”. Salmo 22.16
Cumprimento: “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda”. Lucas 23.33

Jesus Cristo, foi crucificado segundo o costume dos romanos: as mãos e os pés eram perfurados por longos cravos, para pregar o corpo na cruz (compare João 20.25-27)

“Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei. Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente”. João 20.25-27

11. Crucificado junto com malfeitores
Profecia: “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”. Isaías 53.12
Cumprimento: “Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda. E cumpriu-se a Escritura que diz: Com malfeitores foi contado”. Marcos 15.27-28

12. Ele orou pelos Seus inimigos
Profecia: “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”. Isaías 53.12

Cumprimento: “Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes”. Lucas 23.34

13. Eles menearam a cabeça
Profecia: “Tornei-me para eles objeto de opróbrio; quando me vêem, meneiam a cabeça”. Salmo 109.25
Cumprimento: “Os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ó tu que destróis o santuário e em três dias o reedificas! Salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus, e desce da cruz!” Mateus 27.39,40

14. As pessoas zombaram de Jesus
Profecia: “Todos os que me vêem zombam de mim; afrouxam os lábios e meneiam a cabeça: Confiou no SENHOR! Livre-o ele; salve-o, pois nele tem prazer”. Salmo 22.7,8
Cumprimento: “De igual modo, os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus”. Mateus 27.41-43
15. Eles O olhavam
Profecia: “Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim”. Salmo 22.17
Cumprimento: “O povo estava ali e a tudo observava. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros; a si mesmo se salve, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido”. Lucas 23.35

16. Suas vestes foram repartidas e sorteadas

Profecia: “Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes”. Salmo 22.18
Cumprimento: “Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá—para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados”. João 19.23,24

17. Foi abandonado
Profecia: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido?” Salmo 22.1
Cumprimento: “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Mateus 27.46

18. Foram-lhe dados vinagre e fel
Profecia: “Por alimento me deram fel e na minha sede me deram a beber vinagre”. Salmo 69.21
Cumprimento: “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca”. João 19.28,29

“Deram-lhe a beber vinho com fel; mas ele, provando-o, não o quis beber”. Mateus 27.34

19. Ele entregou Seu espírito a Deus
Profecia: “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito; tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade”. Salmo 31.5
Cumprimento: “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou”. Lucas 23.46

20.Seus amigos ficaram de longe
Profecia: “Os meus amigos e companheiros afastam-se da minha praga, e os meus parentes ficam de longe”. Salmo 38.11
Cumprimento: “Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia permaneceram a contemplar de longe estas coisas”. Lucas 23.49

21. Seus ossos não foram quebrados
Profecia: “Preserva-lhe todos os ossos, nem um deles sequer será quebrado”. Salmo 34.20

Cumprimento: “Chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que isto viu testificou, sendo verdadeiro o seu testemunho; e ele sabe que diz a verdade, para que também vós creiais. E isto aconteceu para se cumprir a Escritura: Nenhum dos seus ossos será quebrado”. João 19.33-36

Compensa analisar ainda duas outras profecias, que se referem aos Seus ossos, que também tiveram cumprimento exato, se bem que nesse caso ele não é mostrado tão claramente na Escritura:
“Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram ...” Salmo 22.14

Não difícil entender que Jesus, tendo Suas mãos e pés pregados na cruz, teve os ossos desconjuntados, especialmente se lembrarmos que Ele foi pregado na cruz deitada no chão, que foi depois levantada.

“Posso contar todos os meus ossos...” Salmo 22.17
Ele foi dependurado nu na cruz (João 19.23), de modo que seus ossos podiam ser vistos. A distensão do Seu corpo e os suplícios terríveis da crucificação levavam os ossos a ficarem ressaltados.

22. Seu coração parou
Profecia: “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim”. Salmo 22.14
Cumprimento: “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”. João 19.34

23. Seu lado foi traspassado
Profecia: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito”. Zacarias 12.10
Cumprimento: “Contudo, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”. João 19.34 (Edição Revista e Corrigida)
24. Trevas sobre a Terra
Profecia: “Sucederá que, naquele dia, diz o SENHOR Deus, farei que o sol se ponha ao meio-dia e entenebrecerei a terra em dia claro”. Amós 8.9
Cumprimento: “Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra”. Mateus 27.45

25. Sepultado no túmulo de um rico
Profecia: “Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca”. Isaías 53.9

Cumprimento: “Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue. E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou”. Mateus 27. 57-60.


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