quarta-feira, 30 de junho de 2010

A IGREJA DE CRISTO

                                                    O QUE A IGREJA NÃO É:
1) Não é a continuação da Dispensação Judaica com nome diferente.
Como já vimos referente aos JUDEUS, estes tem sido colocados de lado por um tempo para que a passagem fique clara e aberta para a IGREJA. JESUS disse, "Os profetas e a lei... até João" (Mat.11:13). Se as Escrituras colocam a Moisés, a Lei e os Profetas numa só dispensação, fazem com que JESUS CRISTO e a GRAÇA estejam noutra dispensação. Assim, esta é a ORDEM DIVINA e nós a iremos respeitar e não ajuntar aquilo que DEUS separou.
É por alguns acreditarem que a IGREJA não passa de apenas outra face do que eles chamam "A IGREJA JUDIA", que insistem com "rituais cerimoniais" e mantém o sacerdócio com seu altar, vestuário, etc., seus edifícios (prédios para adoração) com o formato do Templo, e chamam as ORDENANÇAS da IGREJA de "SACRIFÍCIOS" e "SACRAMENTOS". Vão ainda além ao denominar (ou querer chamar) a IGREJA de A IGREJA DO ESTADO - isto é, do governo querendo com isto fazer da IGREJA cabeça do governo do pais. Declaram e reclamam que as promessas de riquezas e glória do Velho Testamento tem sido transferidas dos JUDEUS a IGREJA. Veremos, no entanto, que isto não é o ensino das Sagradas Escrituras.
2) Não é "O REINO"
João Batista veio pregando que o REINO DOS CÉUS tinha chegado, e JESUS enviou os 12 (doze) e os 70 (setenta) a fazer isso mesmo. Mas o povo JUDEU rejeitou o REI, e o estabelecimento do REINO foi "prorrogado" ou ADIADO. Não poderá haver nenhum REINO até que "... certo homem nobre" que "... partiu para uma terra remota" a fim de tomar o REINO, possa VOLTAR. (Lucas 19:12)
A IGREJA nunca é confundida com o REINO nas Escrituras. A IGREJA é comparada -
a) a uma casa (I Tim. 3:15);
b) a um templo (I Cor. 3:16,17);
c) a um corpo (I Cor. 12:27-31); mas nunca a UM REINO. CRISTO é a Cabeça da IGREJA (Ef. 1:22; 4:15; Col. 1:18) e nunca se diz ser SEU REI mas, sim, a relação de Cristo com a IGREJA é a de NOIVOS (Ef. 5:23-32; Apoc. 21:2,9,10).
                                                                     QUE A IGREJA É:
É um "MISTÉRIO"
O REINO não era um mistério. Os profetas do Velho Testamento o descreveram em termos luminosos. Mas havia ALGO que era um MISTÉRIO para eles, e isso era o que viria entre "... os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória...". Então temos ALGO aqui que vem entre "o sofrimento e a glória" (I Pedro 1:9-12). Isto é, entre a CRUZ e a COROA. JESUS foi quem "confidenciou" que isto seria a IGREJA, em Mat. 16:13-20, não dizendo nessa oportunidade como, nem quando, ela haveria de aparecer.
O mistério da IGREJA foi primeiramente REVELADO ao apóstolo Paulo em Efésios 3:1-11, "Por esta causa, eu Paulo, sou o prisioneiro de JESUS CRISTO por vós, os gentios; se é que tendes ouvido A DISPENSAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS, que para convosco me foi dada; Como me foi este MISTÉRIO manifestado pela REVELAÇÃO... O qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido REVELADO pelo Espirito aos seus santos apóstolos e profetas, a saber: que OS GENTIOS são co-herdeiros, e de UM MESMO CORPO e participantes da promessa em Cristo pelo EVANGELHO;... Para que agora, pela IGREJA, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida... Segundo O ETERNO PROPÓSITO que fez em Cristo JESUS nosso Senhor."
Destas Escrituras vemos que a IGREJA era desconhecida aos Patriarcas e Profetas do Velho Testamento. AGORA, que OS GENTIOS teriam oportunidade para se salvar NÃO era MISTÉRIO, como se pode verificar em Rom. 9:24-30. O MISTÉRIO era que Deus iria formar um corpo diferente, ou "UMA COISA NOVA", composta de JUDEUS e GENTIOS (Ef. 2:11-16) e esta NOVA COISA que Deus iria fazer é a IGREJA. A Igreja é o "elo" de ligação dos judeus aos gentios; dos descendentes de Sem aos descendentes de Jafet e Cam. A Igreja, que é de origem judaica abriga os gentios. Significa: Jafet e Cam habitando nas tendas de Sem.

SIGNIFICADO: É um corpo composto dos "chamados para fora".
A palavra IGREJA vem da palavra Grega "ECCLESIA" que significa "assembléia, ou congregação, ou "chamado para fora". Mas esta não é uma palavra usada exclusivamente para a IGREJA, pois ISRAEL também era uma congregação "chamada para fora do Egito" e de outras nações, o qual é chamado de "congregação (IGREJA) do deserto" em Atos 7:38. Qualquer Assembléia de adoradores que se congregam ou ajuntam num lugar de reunião para cultuar a Deus é uma "ECCLESIA" (Mat. 18:17; I Cor. 14:19,35).
O propósito desta dispensação pode ser visto no "Programa Divino" esboçado pelo Apóstolo Tiago na sua mensagem a Igreja Primitiva que estava reunida no seu primeiro congresso (concílio, convenção) em Jerusalém (Atos 15:13-18), onde ele declara que "Deus visitou os gentios, para tomar deles UM POVO PARA O SEU NOME."
Então, o propósito desta dispensação não é a conversão de TODO O MUNDO mas, sim, o de CONGREGAR (reunir, ajuntar) UM POVO para o SEU NOME. Isto é, a IGREJA.
Enquanto que ISRAEL é um CORPO DE CONGREGADOS (chamados para fora), é "UM CORPO NACIONAL", composto exclusivamente dos descendentes de Abraão; mas a IGREJA não é UM CORPO NACIONAL, porque não se compõe dos descendentes de uma só nação, porém de INDIVÍDUOS chamados de todas as nações, tribos, povos e línguas. Que Israel e a IGREJA são diferentes e separados, e portanto não os podemos misturar, fica claro no fato de que sua Eleição foi feita em épocas diferentes; e que a ELEIÇÃO da IGREJA é ANTERIOR a ELEIÇÃO de ISRAEL. Israel foi escolhido desde a FUNDAÇÃO DO MUNDO (Mat. 25:34); A IGREJA foi escolhida (ELEITA) antes da FUNDAÇÃO DO MUNDO (Ef. 1:4-6).
Desde a criação do homem, Deus tem estabelecido na Sua Palavra, o Seu Plano de ter um povo separado para o Seu Nome. Essa maravilhosa história iniciou-se e teve seqüência com os nossos primeiros pais: Adão, Abel, Sete, Matusalém, Enoque e Noé (este, salvo do dilúvio por sua justiça e fé em Deus). Após o dilúvio, Deus escolheu a Abraão e seus descendentes - O povo de Israel, no meio do qual habitou, sendo o Seu Guia, Pastor, Pai, Rei, Senhor e Salvador. Israel foi a "congregação" de Deus, no Antigo Testamento. Quando a Congregação de Israel rejeitou o seu Redentor, entregando-o a morte de cruz, a salvação foi estendida a todos os povos gentios, aos que crerem no Seu Nome - JESUS (João 1:12), em cumprimento a profecia do profeta Isaías (42:1-6; 49:6), citada no primeiro Concílio de Jerusalém (Atos 15:14-17), antes ouvida por Paulo na visão a caminho de Damasco, e mais tarde mencionada por ele mesmo aos Romanos (11:11).

                                                         É O CORPO DE CRISTO
Em Ef 1:22,23. lemos, "E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o construiu como cabeça da IGREJA, que é O SEU CORPO...". No versículo 20 é demonstrado que para ser a CABEÇA, Cristo foi colocado a direita (lugar de PODER) nos céus. Assim, primeiro foi formada a CABEÇA para dar vida ao CORPO. A IGREJA assim veio a ser o CORPO e a CABEÇA é CRISTO. Para ver como é que este CORPO funciona e foi formado nos é revelado em I Cor. 12:12,13.
a) O CORPO é um;
b) Tem muitos membros;
c) Muitos membros formam um CORPO - assim é CRISTO;
d) Por um mesmo ESPÍRITO somos TODOS batizados (batismo com o Espírito Santo) em um CORPO;
e) Todos temos bebido do mesmo ESPÍRITO.
Vemos deste modo que - O BATISMO DO ESPÍRITO SANTO nos incorpora (torna uma parte) do CORPO DE CRISTO.
É por isto que NÃO PODIA existir (haver) A IGREJA até o DIA DE PENTECOSTES (Atos 1:8; 2:1-4).
Na sua epístola aos Efésios, aonde trata quase que exclusivamente do que é a IGREJA, Paulo enfatiza este BATISMO - "HÁ UM SÓ CORPO (A IGREJA) É UM SÓ ESPÍRITO, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
Um só Senhor, Uma só fé, Um só batismo, Um só Deus (o Senhor JESUS Cristo) o qual é sobre todos, e por todos e em todos (Ef. 4:4-6).
Para que não haja erro (confusão) do que Paulo está se referindo, ao falar de UM CORPO, em I Cor. 12:27 diz, "Vós sois o CORPO DE CRISTO."; e em Rom 12:5 o reafirma dizendo, "Assim nós, que somos muitos, somos UM SÓ CORPO EM CRISTO."
O fato de que a IGREJA é UM CORPO composto de MEMBROS VIVOS nos mostra que ela não é uma organização, mas um ORGANISMO. Uma organização pode ser desmantelada parte por parte e voltar a ser organizada para que funcione novamente. Um ORGANISMO é diferente em que, sendo composto por membros vivos, ele não pode ser desmantelado e depois ser colocado novamente em funcionamento. Exemplo: Arrancamos o coração, ou o cérebro, ou qualquer outro órgão vital dum ser humano e não conseguiremos os colocar ou montar de volta para que o órgão funcione. Essa é a diferença de ORGANIZAÇÃO para ORGANISMO. No CORPO DE CRISTO é assim. Portanto, não podemos perder membros do SEU CORPO, pois isto seria multilá-lo. Mas temos uma CERTEZA, e esta é de que a IGREJA não pode, e não morrerá porque Cristo, que é A CABEÇA, está VIVO e VIVE ETERNAMENTE. É ELE que dá VIDA ao CORPO (A IGREJA) (Apoc. 1:18; Col. 3:4). Ele já deu a SUA VIDA pela IGREJA (Ef. 5:23-25).
Por que chama-se a IGREJA de O CORPO DE CRISTO? Porque é através do corpo (cada crente é uma parte desse corpo) que é CABEÇA, que é Cristo, pode se manifestar. Cristo pode ser visto hoje só por meio da vida de cada crente. São os crentes que, ao se manifestarem pelo seu modo de viver, REVELAM ao mundo quem é CRISTO (Fil. 1:21). O HOMEM PERFEITO. Desde que CRISTO é a CABEÇA e o CORPO é a IGREJA, vemos que uma CABEÇA PERFEITA como CRISTO pode tornar o CORPO PERFEITO. "E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores. Querendo o APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS, para a OBRA DO MINISTÉRIO, para edificação do CORPO DE CRISTO; até que todos cheguemos a unidade da fé... A VARÃO PERFEITO, a medida da estatura completa de Cristo." (Ef.4:11-13).
6) A IGREJA É DESCRITA POR PAULO EM I COR. 3:9-17 COMO:
A figura dum EDIFÍCIO ou de um TEMPLO, de quem Cristo é a PEDRA ANGULAR (principal da esquina). "No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois EDIFICADOS para morada de Deus em Espirito." (Ef. 2:21,22) S. João 1:14 diz que, "O Verbo (A PALAVRA - JESUS) se fez carne, e habitou entre nós".
a. Deus se manifestou em carne - JESUS;
b. A GLÓRIA SHEKINAH estava tabernacularizada no CORPO de JESUS CRISTO;
c. Isto foi uma demonstração do que faria em nós para nos tornar a morada de Deus em Espirito.
d. Quem nos vê (os crentes batizados com o Espírito Santo) está vendo o CORPO de CRISTO ou a morada de Deus em Espírito.
7) É A NOIVA DE CRISTO
No presente tempo a IGREJA é uma NOIVA dada em casamento. "Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo." (II Cor. 11:2)
primeiro Adão teve sua esposa. Gen. 2:18, 21-24 nos fala de como Adão obteve sua esposa, "E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada VAROA, porquanto do VARÃO foi tomada."
segundo Adão, JESUS Cristo, viveu só durante sua vida na terra; mas um profundo sono o acometeu - o sono da morte - e seu lado foi ferido, e como RESULTADO da EXPIAÇÃO que fez na CRUZ, saiu do seu lado (como saiu do primeiro Adão uma esposa) - a IGREJA, a qual o ESPIRITO SANTO deu VIDA no DIA de PENTECOSTES. Da mesma maneira que Adão disse de Eva, "Esta é osso dos meus ossos e carne da minha carne", a IGREJA pode dizer "Somos membros do SEU CORPO, da sua carne, e dos seus ossos". (Ef. 5:22-33).
a) Eva foi apresentada (trazida) a Adão. Do mesmo modo a IGREJA a CRISTO, Ef. 5:27.
b) Eva foi dada (casada) a Adão, assim como a IGREJA o será a CRISTO, Gen. 2:24; Mat. 19:4,5; Ef. 5:31.
A IGREJA é tanto a NOIVA como a ESPOSA de CRISTO; foi assim também com EVA que era parte do corpo de Adão antes de ser a esposa dele.
A Igreja é a mais excelente obra do Criador, por ter-lhe custado o mais alto preço: o Seu próprio sangue, no corpo que Ele tomou - JESUS CRISTO, para salvar a humanidade (At. 20:28; Tito 2:14; 1Ped. 1:13-18).

Como já vimos, a IGREJA teve suas ORIGENS na mente de Deus ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO, mas não veio a existência até que CRISTO ascendeu aos céus.
No verão do terceiro ano do ministério de CRISTO, quando ISRAEL já o tinha praticamente rejeitado, quando a "sombra da CRUZ" se parecia projetar sobre ele, e sabendo que tendo "oferecido" o REINO esta oferta seria RETIRADA e a IGREJA seria estabelecida, desejando preparar seus discípulos para o que estava por vir, JESUS os levou até Cessaréia de Filipo, e ali lhes perguntou, de acordo com Mat. 16:13-20, "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?". Depois que ouviu os discípulos falar do que os homens diziam ser Ele, fez a pergunta, agora dirigida a eles, "E vós, quem dizeis que eu sou?". Simão Pedro respondeu, "Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo", ao que JESUS respondeu, "... tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei A MINHA IGREJA, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela." Lendo o versículo na forma literal não percebemos as palavras na sua mensagem e seu significado espiritual.
PEDRO no idioma Grego quer dizer "pedra" (pequena).
PETRA no idioma Grego quer dizer "pedra" mas no sentido de uma enorme massa de pedra, ou seja, ROCHA
CRISTO é a ROCHA, portanto as palavras de JESUS simplesmente aludiram a confissão de Pedro, que diz "TU ÉS O CRISTO" - A ROCHA. Para confirmar isto, deixamos o próprio Apóstolo falar na sua epístola (I Pedro 2:4-8), aonde chama Ele (JESUS) de:
1) PEDRA VIVA (Vs. 4)
2) PEDRA PRINCIPAL DA ESQUINA (Vs. 6)
3) A PEDRA que os edificadores rejeitaram (reprovaram)(Vs. 7)
4) Para os incrédulos:
a) PEDRA DE TROPEÇO
b) ROCHA DE ESCÂNDALO
O Apóstolo Paulo diz em Ef. 2:20-22, "Edificados sobre o FUNDAMENTO dos apóstolos e dos profetas, de que JESUS CRISTO é a PEDRA PRINCIPAL DA ESQUINA; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para TEMPLO SANTO no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para "MORADA DE DEUS EM ESPÍRITO".
A FUNDAÇÃO da IGREJA aconteceu com a MORTE, RESSURREIÇÃO e ASCENSÃO de CRISTO, quando ele se tornou a ROCHA DA ESQUINA da fundação ou do FUNDAMENTO da IGREJA. Nesta PEDRA DA ESQUINA surgiu a IGREJA no Dia de Pentecostes com mais 120 pedras que amarravam bem o fundamento e naquele mesmo dia mais 3.000 (três mil) outras pedras foram colocadas na estrutura do EDIFÍCIO (a IGREJA - Atos 2,4). Poucos dias depois mais 5.000 (cinco mil) pedras foram acrescentadas ao glorioso EDIFÍCIO para morada de Deus em espirito. Assim, através dos séculos, até chegar a nós, milhões tem sido agregados e assim, "Sois edificados CASA ESPIRITUAL e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por JESUS CRISTO" (I Pedro 2:5). Quando JESUS disse a Pedro que edificaria Sua IGREJA na confissão de Pedro ("TU ÉS CRISTO" - A ROCHA), ele disse, em Mat. 16:18, "... e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Quer dizer, as portas do HADES o qual vemos em Lucas 16:26 que é, "... um grande ABISMO (que está dividido em duas partes)... de sorte que os que quisessem passar (de um lado para outro)... não poderiam." As chaves da porta desse lugar (o inferno) estão com JESUS (Apoc. 1:17-18), o que vem a ser um golpe muito grande na Igreja Católica Romana de que Pedro tem estas chaves.
As chaves que JESUS deu a Pedro são AS CHAVES DO REINO DOS CÉUS (Mat. 16:19), e estas Pedro usou no Dia de Pentecostes para dar entrada ao Reino dos Céus - a IGREJA - a 3.000 (três mil) almas. Estas chaves são três:
1) Arrependimento
2) Batismo nas águas em NOME DE JESUS
3) Batismo com o Espirito Santo (Atos 2:38).
Então quem pertence a IGREJA? Se a IGREJA começou no Dia de Pentecostes e se completa no ARREBATAMENTO da SEGUNDA VINDA de CRISTO, o qual é a IGREJA que constituí a NOIVA de CRISTO? Por lógica os que entraram pela porta da qual pertencem as chaves de Atos 2:38. Apenas os que entrarem usando essas chaves entre o Dia de Pentecostes e o Arrebatamento na Segunda Vinda de CRISTO pertencem a Igreja.
                                                                 A MISSÃO DA IGREJA
Desde que a IGREJA não é uma ORGANIZAÇÃO, mas sim um ORGANISMO, A IGREJA não é:
Um clube social,
Um lugar de lazer
Um negocio para vender indulgencias ou outras mercadorias,

Um reformatório para "reformar" viciados e outras espécies que ajudam só o corpo físico da pessoa. A obra social não é a missão da IGREJA (Mar. 14:7).
1) Nos dias que CRISTO andou na terra com seus discípulos o mundo era cheio de misérias e vícios, mas JESUS não organizou nenhuma agencia social ou reformatória, o que na verdade é obrigação do governo e do Estado e NÃO da IGREJA.
2) CRISTO mostrou que os males do mundo são causados pelo PECADO, e que o único caminho para a erradicação do pecado a pela REGENERAÇÃO do SER HUMANO, a começar de dentro do coração. Assim JESUS deu o EVANGELHO ao mundo.
3) A missão da IGREJA é a de levar o EVANGELHO a todo o mundo (Mar. 16:15; Rom 1:16).
4) O EVANGELHO não é um sistema de Ética, ou código de moral mas, sim, é o PODER de DEUS para SALVAÇÃO a TODOS os que CRÊEM.
5) O propósito do EVANGELHO não é o de salvar todo o mundo mas de salvar indivíduos que formarão o CORPO DE CRISTO, que é a IGREJA.
6) O grande erro que muitos tem feito é que tem tomado As Promessas que Deus fez a Israel apropriando-as ou aplicando-as a IGREJA, crendo assim que a IGREJA deve governar a sociedade, países ou o mundo. Estas Promessas são para Israel na Dispensação Milenial e não para a IGREJA.
Tão logo que a IGREJA entra em alianças com parlamentos, senados, congressos de deputados, governadores e prefeitos para ajudar a REFORMAR a sociedade, nega sua verdadeira MISSÃO que é pregar o EVANGELHO (o poder de Deus na Sua Palavra) a TODA CRIATURA, trocando sua missão de salvar as almas pela de reformar o homem físico carnal. Deste modo não poderá produzir os frutos para conseguir O HOMEM ESPIRITUAL.
                                                   O DESTINO DA IGREJA
A IGREJA será arrebatada, e este evento acontecerá em duas fases:
1) Os mortos em CRISTO
2) Os que estão vivos
I Tes. 4:16-17 diz, "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus;
a) e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro,
b) Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos ARREBATADOS JUNTAMENTE COM ELES nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares,
(Isto é, duas coisas acontecerão simultaneamente) e assim estaremos sempre com o Senhor.")
Enoque (Gen. 5:24) e Elias (II Reis 2:11) são "tipos" do "arrebatamento da IGREJA e seus santos." O quadro no Monte da Transfiguração são "tipos" da IGREJA já arrebatada estando com o Senhor nos ares (Mar. 9:2-9).
1) Moisés - o "tipo" dos santos ressuscitados.
2) Elias - o "tipo" dos santos arrebatados.
JESUS revelou isso a Marta em S. João 11:25,26, "Eu sou a RESSURREIÇÃO e a VIDA; quem crê em mim, ainda que esteja morto, VIVERÁ; e todo aquele que VIVE, e crê em mim, nunca morrerá..." Harmonize esta Escritura com o que disse Paulo em I Tes. 4:16-17 e verá que tudo encaixa perfeitamente.
No seu capitulo IMORTAL, acerca da RESSURREIÇÃO (I Cor. 15:1-58), depois de descrever a "ordem" da ressurreição (vs. 22-24), Paulo prossegue a nos dizer o que acontecerá com os SANTOS que estiverem vivos. "Eis aqui vos digo um mistério:...
1) nem todos dormiremos (morreremos),
2) mas todos seremos transformados,
3) Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a ultima trombeta; porque a trombeta soará,
a) e os mortos ressuscitarão incorruptíveis,
b) e nós seremos transformados.
4) Porque convém que:
a) isto que é corruptível se revista de incorruptibilidade,
b) e isto que é mortal se revestir de imortalidade, então cumprisse- á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitoria?" (vs. 51-55) Somente aqueles que estarão vivos poderão gritar essas duas ultimas frases com todo o direito. Outra vez, veja como I Tes. 4:16-17 corresponde perfeitamente, declarando que o ARREBATAMENTO e a RESSURREIÇÃO serão duas coisas que acontecerão simultaneamente (Mat. 24:27).
Em II Cor. 5:1-4, expressando o seu anseio que é o mesmo de todos nós, os santos de CRISTO JESUS, Paulo diz, "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre (nosso corpo) deste tabernáculo se desfizer (morrer), temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E por isso também gememos (neste corpo) desejando ser revestidos da nossa habitação, que é a do céu; Se todavia, estando vestidos, não formos achados nus. Porque também nós, os que estamos neste tabernáculo (corpo), gememos carregados; não porque queremos ser despidos (pela morte), mas revestidos (pela imortalidade), para que o mortal seja absorvido pela vida (o corpo seja transformado)." Em Fil. 3:11-14, "Para ver se de alguma maneira posso chegar a ressurreição dos mortos. Não que já a tenha alcançado... Prossigo para o ALVO, pelo PRÊMIO da soberana vocação de Deus em CRISTO JESUS." Em outras palavras, o PRÊMIO será para os que, sem morrer, possam ser trasladados (arrebatados).
                                                        A ÉPOCA DO ARREBATAMENTO
Tanto os que ensinam que a IGREJA irá passar pela GRANDE TRIBULAÇÃO, como os que ensinam que chegará até o meio dos sete anos da GRANDE TRIBULAÇÃO, quando o homem de pecado se manifestar - isto é, o ANTICRISTO se dá a conhecer - não conhecem que essa época é para os SANTOS, mas só para os SANTOS do povo JUDEU, e que é conhecida como o TEMPO de ANGUSTIA para JACÓ (Jer. 30:7) e da GRANDE TRIBULAÇÃO (Mat. 24:21). Portanto, a IGREJA não passa pelo período da GRANDE TRIBULAÇÃO que haverá aqui na terra, porque ela terá sido trasladada (os que morreram em Cristo) e arrebatada (os que estiverem vivos). E assim estaremos sempre com o Senhor (I Tes. 4:13-18).
A GRANDE TRIBULAÇÃO não é para o aperfeiçoamento da IGREJA, pois não tem nada a ver com a IGREJA. Esta estará com Cristo nos ares (atmosfera). A IGREJA é arrebatada quando começa a GRANDE TRIBULAÇÃO. A GRANDE TRIBULAÇÃO será aqui na terra para os JUDEUS. A IGREJA estará nesse período recebendo O Galardão nas Bodas do Cordeiro ( Mat. 22:1-14; Apoc. 4:1-2; 19:7-9). (Veja os capítulos da Segunda Vinda de Cristo.)
                                              O JULGAMENTO DA IGREJA
1) Será para os CRENTES, pelas suas obras.
2) Será depois que a IGREJA for arrebatada.
3) Será no Tribunal de Cristo (II Cor. 5:10; I Cor. 3:11-15).
4) O resultado - um galardão.
Assim que vemos que o JULGAMENTO da IGREJA é para o futuro. II Cor 5:10 diz, "Porque todos (a IGREJA) devemos comparecer ante o TRIBUNAL DE CRISTO, para que cada um receba (galardão) segundo tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal."
a) Não será um julgamento no sentido de ACUSAÇÃO, mas no sentido de I Cor. 9:24-27, "... os que correm no estádio,... um só leva o PRÊMIO? Correi de tal modo que o alcanceis."
b) Não é um julgamento por pecados mas de OBRAS, como está descrito em I Cor. 3:11-15, o "fundamento... é JESUS CRISTO... se alguém formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um... o dia a declarará... e o fogo provará qual seja a obra de cada um."
c) O galardão (ou prêmio) será representado na coroação do CRENTE:
1) A coroa da VIDA (Tiago 1:12; Apoc:2:10).
2) A coroa de GLÓRIA (I Pedro 5:2-4).
3) A coroa de ALEGRIA (I Tes. 2:19,20; Fil. 4:1).
4) A coroa da JUSTIÇA (II Tim. 4:8).
5) A coroa INCORRUPTÍVEL (I Cor. 9:25).
Então vivamos preparados para o ARREBATAMENTO e o JULGAMENTO da IGREJA (I João 2:28).
                                                                   AS BODAS DA IGREJA
Apoc. 19:7-9 diz, "Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e damos-lhe glória: porque vindas são as BODAS DO CORDEIRO, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos. E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados a CEIA das BODAS DO CORDEIRO."
Notemos bem que não disse "as bodas da noiva", mas do CORDEIRO. Este grande evento não será tanto a consumação das "esperanças" da NOIVA, mas a consumação do PLANO DE DEUS, que Ele estabeleceu ANTES da fundação do mundo (Ef. 1:4).
Nas bodas dos reis daqui da terra nada poderia ser comparável ao INCOMPARÁVEL, pois nas BODAS DO CORDEIRO haverá a UNIÃO dos céus e da terra:
a) JESUS e dos céus;
b) a IGREJA foi tirada da terra.
Esta UNIÃO nunca será quebrada, pois o que Deus une que não o separe o homem (ou, o homem não o pode separar). Depois das BODAS DO CORDEIRO, quando JESUS (o esposo) tiver recebido o REINO, voltará a terra. Lhe será dado o TRONO DE DAVI no qual reinará aqui na terra por 1.000 (mil) anos (Apoc. 20: 1-6). Quando os mil anos se terminarem haverá o JUÍZO FINAL, o GRANDE TRONO BRANCO (Apoc. 20:11; 22:1-7).
                       FUNDAÇÃO HISTÓRICA E EXPANSÃO DO CRISTIANISMO

1) CONDIÇÕES POLÍTICAS E RELIGIOSAS DA ÉPOCA:
O cristianismo não veio a preencher um vácuo religioso. Na época do seu surgimento, pululavam na mente dos homens, concepções várias do Universo, da religião, do pecado e da recompensa e punição. O cristianismo tinha de defrontar-se com elas e procurar ajustar-se. Não se tratava, portanto, de semear em solo virgem. As concepções já existentes forneciam muito do material a ser usado na formação da sua estrutura. Muitas dessas idéias feneceram e desapareceram do mundo moderno. Além dos diversos conceitos comuns a religião popular, o mundo a que se dirigiu o cristianismo devia muito a influencia especifica do pensamento grego. As idéias helênicas dominavam a inteligência do império Romano. Durante o período em que surgiu o cristianismo, os antigos sistemas filosóficos sofreram mudanças notáveis. A tendência ao sincretismo (conciliação dos princípios de várias doutrinas) era largamente difundida e as várias escolas influenciavam-se mutuamente. Por exemplo: a Ética rigorosa original dos estóicos foi modificada pela idéia do termo médio aristotélico. O celebre filósofo estóico Possidônio (135-51 a.C.) mostra influencia platônica. Foi, aliás um dos espíritos mais universais da antigüidade. O caráter sincretico do pensamento helênico torna-se evidente em muitos pais da Igreja. Pode-se dizer que ao tempo de Cristo, a tendência principal do pensamento mais refinado em Roma e nas províncias encaminhavam-se em direção ao monoteísmo panteísta, ao conceito de Deus como bom, contrastando com o caráter amoral das antigas divindades gregas e romanas: a crença numa providência divina, soberana, a idéia de que a verdadeira religião não consiste em cerimonias, mas em imitação das qualidades morais de Deus e é uma atitude mais humana para com as criaturas.
Faltavam a filosofia de então, dois exemplos que o cristianismo viria realçar, a saber: a certeza que só pode advir da crença numa revelação divina, e a idéia de lealdade a uma pessoa.
O povo em geral, no entanto, desfrutava de poucos benefícios advindos do pensamento filosófico. Campeava no seu meio a superstição mais crua. Se é verdade que o predomínio das velhas religiões da Grécia e de Roma diminuíra, não menos verdade é que o povo comum permanecia na crença em deuses muitos e senhores vários.
Cada cidade, cada profissão, a agricultura, a primavera, o lar, os eventos principais da existência, o casamento, o nascimento - tudo tinha o seu patrono na pessoa de um deus ou deusa (essas nações viriam mais tarde a aparecer na história cristã sob forma de veneração de santos). Advinhos e mágicos, especialmente os de raça judaica, faziam comércio próspero entre os ignorantes, que criam que a preservação do Estado estava condicionada a prática desses cultos pagãos.
Essas idéias populares não encontravam oposição da parte dos mais cultos, os quais em geral, admitiam que as velhas religiões tinham valor policial, e consideravam as cerimonias do Estado, como uma necessidade do homem comum. Sêneca expressou sem rodeios a opinião dos filósofos, ao declarar que "o homem sábio observa todos os costumes da religião, tais como ordenados pela Lei, e não como agradáveis aos deuses".
Eram as massas que apelavam os pregadores cínicos desse período. A corrupção moral do império favoreceu o reavivamento desse antigo credo de independência e auto-suficiência. Seu campeão fora Diogenes de Sinope (400-325 a.C.). Embora muitos desses pregadores intinerantes fossem grosseiros e mesmo obscenos, havia os que eram dignos de honra, como Dio Crisostomo (40-112 d.C.), que discursava contra o vício e a sensualidade, propunha a vida do campo como muito superior a do citadino abastado, e proclamava uma mensagem de harmonia mundial e verdadeira piedade, fundamentada na idéia universal e inata de Deus. Por razões patrióticas, os imperadores mais atilados procuravam fortalecer as religiões populares antigas e transformá-las em adoração do Estado e do seu chefe. Na verdade, foi nos dias da república que começou a deificação patriótica do Estado Romano. Já em 195 a.C., encontrava-se em Esmirna o culto da Dea Roma. Essa reverencia era favorecida pela popularidade do império nas províncias, já que ele assegurava um governo melhor do que o da republica. Em 29 a.C., Pergamo já dispunha de um templo dedicado a Roma e a Augusto. Espalhou-se rapidamente esse culto dedicado ao governante como corporificação do Estado, ou, melhor dizendo, ao seu "gênio" ou espirito que nele habitava. Criou-se logo um sistema sacerdotal patrocinado pelo Estado dividido e organizado em províncias, encarregado da celebração não só do culto como também dos jogos anuais em larga escala. Foi essa, provavelmente a organização de caráter religioso mais desenvolvida ao tempo do primeiro império; ainda esta, por ser verificado com exatidão o grau de influencia que exerceu sobre as instituições cristãs. Do ponto de vista do homem moderno, havia nesse sistema muito mais patriotismo do que religião. Mas a sensibilidade cristã primitiva considerava a adoração do imperador absolutamente irreconciliável com a lealdade a Cristo. A descrição da Igreja de Pergamo (Ap.2:13) e exemplo típico dessa opinião. Para os romanos, a recusa dos cristãos em render culto ao imperador parecia pura e simples traição, razão porque se iniciou a grande era dos mártires.
A necessidade que o homem tem de religião é muito mais profunda do que de filosofias ou cerimonias. A grande maioria dos que sentiam necessidade de ordem religiosa, simplesmente adotavam as religiões orientais, notadamente as que demonstravam preocupação com a redenção, marcada pelo misticismo e o sacramentismo.
Resumindo a situação do mundo pagão na época de Cristo, pode se dizer que eram evidentes certas necessidades religiosas, mesmo em meio a grande confusão e expressas em formas as mais variadas. Para fazer face as exigências da época, uma religião teria de pregar um Deus único e justo, embora deixasse lugar para inúmeros espíritos bons e maus. Teria de possuir uma relação definida da vontade de Deus, isto é, de uma Escritura dotada de autoridade como era o caso do judaísmo. Teria de inculcar nos seus seguidores a virtude da negação do mundo, baseada em ações morais agradáveis a vontade e a natureza do seu Deus. Teria de apontar uma vida futura repleta de recompensas e castigos. Deveria dispor de ritos simbólicos de iniciação e prometer efetivo perdão de pecados. Teria de possuir um Deus-redentor com o qual os homens pudessem unir-se mediante atos sacramentais. Deveria pregar a irmandade de todos os homens, ou, ao menos dos seus seguidores.
Por mais simples que fosse o seu começo, o cristianismo tinha de possuir tais características, ou delas apropriar-se, a fim de conquistar o Império Romano, ou tornar-se-ia uma religião universal. Em sentido muito mais amplo do que se pensava, o cristianismo surgiu "NA PLENITUDE DOS TEMPOS". Para os que crêem na providencia de Deus, é evidente a importância fundamental nessa preparação, por mais que se reconheça o fato de que algumas das características do cristianismo primitivo levavam o timbre e as limitações da época e tem de ser joeiradas (escolhidas) para que nele se percebam os elementos eternos.
                                             ANTECEDENTES JUDAICOS
O Desenvolvimento nos seis séculos anteriores ao nascimento de Cristo, foi determinado pelos eventos concretos da História. Desde a conquista de Jerusalém por Nabucodonozor, em 586 a.C., a Judéia estava sob controle político estrangeiro. Apesar de todas as intervenções políticas sofridas por esse povo, por tão longo tempo, não lhes foi tirada a convicção de que era uma nação eleita, "povo santo", que vivia sob o domínio da Lei santa de Javé.
A esperança Messiânica, nutrida tanto pelos fariseus como pelo povo em geral, era fruto da forte consciência nacional e da fé em Deus. Nos tempos da opressão nacional ela tornava ainda mais vigorosa. Tornara-se débil ao tempo do governo dos primeiros Macabeus quando uma dinastia temente a Deus trouxera independência ao povo. A tradição familiar, porém, foi abandonada pelos últimos Macabeus, Os romanos conquistaram o pais em 63 a.C. Do ponto de vista estritamente judaico, a situação em nada melhorou quando um aventureiro, pelo sangue, meio judeu, Herodes, filho do idumeu Antipater, governava como rei vassalo do poder romano, entre 37 a.C. e 4a.C.
O povo considerava-o instrumento dócil nas mãos dos romanos e, no fundo, um helenizante, apesar dos inegáveis serviços que prestou a prosperidade material do pais e da suntuosa reconstrução do templo por ele empreendida. Os herodianos eram odiados tanto pelos fariseus, quanto por Saduceus. Morto Herodes, seu reino foi dividido entre três dos seus filhos: Arquelau tornou-se tetrarca da Judéia, Samaria e Iduméia (4 a.C. - 6 d.C.); Herodes Antipas tetrarca da Galiléia e Peréia (4 a.C.-39 d.C.), e Felipe, tetrarca da região situada a leste e nordeste do mar da Galiléia, predominantemente pagã. Arquelau suscitou profundas inimizades, foi deposto pelo imperador Augusto e sucedido por um procurador romano. O ocupante deste cargo, entre 26 e 36 d.C. era Pôncio Pilatos.
Diante de condições políticas tão desalentadoramente adversas, parecia que só por intervenção divina mediante um Messias, e o estabelecimento de um reino de Deus, no qual floresceria um judaísmo libertado e poderoso, sob o governo de um Rei messiânico justo, de descendência davidica, reino esse para o qual concorreria todos os judeus dispersos pelo império romano. Seria o início de uma idade áurea. Para o judeu comum, era provável que isso significasse simplesmente a expulsão dos romanos por intervenção divina e a restauração do reino de Israel. Exemplo da crença dos judeus nessa intervenção divina, foi a pergunta dos discípulos ao Senhor, no monte da ascensão: "Restaurarás Tu neste tempo, o reino a Israel?"
O Caminho para JESUS foi preparado por João Batista, o precursor do Messias. De vida ascética, pregou na região do Jordão que o julgamento de Israel estava próximo e que o Messias estava prestes a chegar. Desprezando todo formalismo religioso e qualquer dependência em relação a descendência de Abraão, proclamava a mensagem dos antigos profetas: "Arrependei-vos, fazei justiça..." As instruções que dava aos vários tipos de ouvintes eram simples e radicalmente não legalistas. Batizava seus discípulos como sinal de purificação dos seus pecados. (O ato do batismo talvez simbolizasse submissão ao rio de fogo que se aproximava, pelo qual Deus haveria de purificar e redimir o mundo). Ensinava-lhes um tipo especial de oração. João Batista foi descrito por JESUS como o último dos profetas e um dos maiores entre eles. Embora muitos dos seus seguidores se tivessem tornado discípulos de JESUS, alguns deles continuaram independentes, sendo encontrados por Paulo, muitos anos mais tarde, no seu ministério, em Éfeso (At.19:4) João Batista descendia de uma geração sacerdotal, tanto por Isabel, como por Zacarias, ambos descendentes de Arão. Sua mãe, Isabel, era prima de Maria, mãe do Senhor, que era da tribo de Judá. O seu nascimento foi anunciado por um anjo de Deus, enquanto seu pai ministrava o sacerdócio, no templo.
Dando continuidade aos antecedentes judaicos da IGREJA CRISTÃ, o seu Fundador, JESUS CRISTO, foi, segundo a carne, o maior de todos os judeus. O Evangelho de Mateus, registra sua genealogia, partindo de José (seu pai emprestado), para provar que ele descendia de Davi, portanto, com todo o direito de ser o Messias - Rei de Israel (Mat.1:1-17).
                                               O FUNDADOR DA IGREJA
Depois de ter sido batizado por João Batista (nesta oportunidade, Cristo recebeu a "unção" do Espirito Santo), JESUS imediatamente começou a pregar o Evangelho do Reino de Deus, e a curar os atribulados na Galiléia, granjeando desde logo grande número de seguidores dentre o povo. Reuniu ao redor de si um grupo pequeno de companheiros mais íntimos (os apóstolos), e um outro maior de discípulos menos chegados. Tendo iniciado o seu ministério de salvação aos trinta anos de idade, durante três anos e meio, Cristo palmilhou as terras da Palestina, da Galileia a Judéia, de Jerusalém a Síria, semeando a paz, o amor, a liberdade aos cativos; dando vista aos cegos, curando leprosos e paralíticos, expulsando os demônios e ressuscitando mortos. No ensino de JESUS, "o reino de Deus" subentende-se o reconhecimento da soberania e paternidade de Deus. Devemos amá-lo, e ao nosso próximo. O padrão ético do reino é o mais elevado que se possa conceber: "...Portanto, sede vós perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celeste", implica em atitude absolutamente enérgica em relação ao "eu", é ilimitada disposição de perdoar em relação aos outros. O perdoar aos outros é condição necessária para que Deus nos perdoe. Quando Ele escolheu os seus primeiros seguidores os doze discípulos, que logo mais estavam consagrados "apóstolos" do Senhor, Cristo JESUS iniciava uma Nova Ordem: era a restauração da verdadeira adoração a Deus, em espirito e em verdade, uma religião diferente daquela conhecida e praticada tradicionalmente pelos escribas e fariseus, que consistia em formalidades, regras e costumes puramente dos homens, onde a verdadeira adoração ao Deus de Israel, estava apenas nas palavras dos patriarcas e profetas registradas no Torá, porém, longe da prática. Cristo dizia: "Misericórdia quero, e não sacrifício; amai a vossos inimigos, orai pelos que vos perseguem." Era a lei do amor, da misericórdia, da liberdade, da sinceridade. Em lugar da religião de exterioridade, de obras meritórias e de cerimonias, JESUS apregoou a idéia de que a piedade consiste no amor ao próximo a um Deus que é Pai e a um próximo que é irmão - manifesto principalmente numa atitude do coração e da vida interior, tendo como fruto os atos externos. A força propulsora dessa vida é a lealdade ao próprio JESUS como revelação do Pai, o tipo da humanidade redimida.
Cristo dispensou a sabedoria dos sábios de seus dias (os escribas os principais dos fariseus, os sacerdotes e sumo-sacerdotes), para confiar a liderança da sua Igreja ao "pequeninos" ... Graças te dou, ó Pai! Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos! A atitude de JESUS, tal como a dos da sua época, era fortemente escatológica. Sentia Ele que, embora começasse agora, o Reino se manifestaria com poder muito maior no futuro próximo. O fim da presente época não parecia muito distante. Não há duvida de que muitos dos seus pronunciamentos e idéias encontram paralelo no pensamento religioso da época. Seu efeito global, porém, foi revolucionário. Ele os ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas. JESUS podia dizer que o menor dos seus discípulos era maior do que João Batista, e que o céu e a terra haveriam de passar, mas não as suas palavras. Chamava a si os cansados e oferecia-lhes descanso. Aos que O confessassem diante dos homens, prometia que haveria de confessá-los diante do Pai. Declarava que "ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar". Afirmava que tinha autoridade para perdoar pecados, e proclamava-se Senhor do sábado que, no pensamento popular, era o que havia de mais sagrado na Lei dada por Deus ao povo judeu. De outro lado, não era menor a clareza com que sentia sua própria humanidade e limitações. Ele orava e ensinava os discípulos a orar. Declarava não saber o dia e a hora do fim do presente século, coisa que só o Pai conhecia. Não lhe competia resolver quem, quando da sua exaltação, havia de sentar-se a sua direita ou a sua esquerda. Orava para que se cumprisse não a sua vontade, mas a vontade do Pai. E, na agonia da cruz, clamou: Deus meu, pôr que me desamparaste?
Está nesses pronunciamentos o mistério da Sua pessoa. Sua humanidade é tão evidente quanto a sua divindade: Ele podia dizer: "EU E O PAI SOMOS UM; QUEM ME VÊ A MIM VÊ O PAI; ANTES QUE ABRAÃO EXISTISSE EU SOU". Na sua natureza divina, Ele podia: andar sobre o mar, como em terra seca; repreender o mar e o vento, e estes Lhe obedeciam; transformar água em vinho, multiplicar pães e peixes para alimentar multidões; limpar leprosos, dar vista a cegos, ressuscitar mortos, e dar Vida Eterna aos que nEle cressem.
O que deu imensa significação ao que JESUS ensinava e era, foi a convicção dos seus discípulos de que a sua morte não era o fim, isto é, foi a fé na Sua Ressurreição. O "como" dessa convicção constitui um dos problemas históricos mais enigmáticos. O fato de tal convicção é, não obstante, irrefutável. Ao que parece, o primeiro de quem ela apossou foi Pedro (1Cor.15:5), o qual ao menos nesse sentido, foi o apóstolo que se constituiu em "pedra fundamental" da Igreja. Tal convicção era comum a todos os primeiros discípulos. Foi o ponto decisivo na conversão de Paulo. Transmitiu coragem aos discípulos dispersos, reuniu-os de novo e fez deles "testemunhas". De agora em diante, eles tinham um Senhor Ressurrecto, exaltado em glória, e no entanto, sempre interessado neles. Com um realismo muito mais profundo do que o judaísmo jamais imaginara, o Messias da Esperança judaica tinha de fato vivido, morrido e ressurgido novamente para sua salvação. Tais convicções tornaram-se ainda mais sólidas nas experiências do dia de Pentecostes.
                                                A IGREJA NA ERA APOSTÓLICA
a) - O DERRAMAMENTO DO ESPIRITO SANTO
Conforme as últimas instruções do Senhor JESUS antes da sua ascensão (Atos Cap.1:1-8), os discípulos deveriam permanecer em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos do poder do Espirito Santo. Só assim estariam capacitados a iniciarem a Obra de evangelização.
O Capítulo 2 de Atos narra a descida do Espirito Santo sobre os discípulos reunidos no Cenáculo, no Dia de Pentecostes, 10 dias após Sua ascensão, 50 dias após Sua ressurreição, em cumprimento a profecia do profeta Joel (2:28), acontecimento que despertou a curiosidade do povo judeu de várias partes do mundo que se encontravam em Jerusalém, para a festa de Pentecostes, exigindo, assim, a primeira pregação, feita por S. Pedro, da qual resultou a conversão de quase três mil almas (At.14-41).
No Capitulo 3, encontramos o primeiro milagre realizado pelos apóstolos, em nome de JESUS, confirmando a Sua obra. Este milagre seguido da segunda pregação por parte de Pedro e João, trazendo a conversão mais cinco mil almas, causou grande perturbação aos principais dos sacerdotes, levando-os a prenderem Pedro e João para serem interrogados perante o Sinédrio, tendo-os soltado no dia seguinte. Outra prisão é registrada no Cap. 5:17,18, quando os apóstolos foram soltos milagrosamente pelo anjo do Senhor, prosseguindo na santa missão, e a Igreja crescia maravilhosamente.
b) - A EXPANSÃO DO CRISTIANISMO
O fato de os cristãos pregarem JESUS como o verdadeiro Messias, e o medo da conseqüente desconsideração do ritual histórico, levaram os judeus helenistas farisaicos ao ataque, de que resultou a morte do primeiro mártir cristão Estevão - apedrejado pela multidão. Conseqüência imediata foi uma dispersão da congregação de Jerusalém. Foi assim que a semente do cristianismo começou a ser semeada pela Judéia, Samaria e mesmo em regiões mais remotas, como Cesaréia, Damasco, Antioquia e a Ilha de Chipre. A paz relativa desfrutada pela Igreja de Jerusalém, logo após o martírio de Estevão, foi perturbada por uma perseguição mais severa instigada em 44d.C., por Herodes Agripa-I. Pedro foi preso, mas escapou milagrosamente; Tiago (apóstolo) foi decapitado. O pouco de verdade que se possa provar esteja implícita, na tradição de que os apóstolos deixaram Jerusalém doze anos após a crucificação, vincula-se a dispersão que se seguiu a essa perseguição. A liderança da Igreja em Jerusalém passou a Tiago, o irmão do Senhor, ate 63 d.C.
A perseguição que deu causa ao martírio de Estevão, teve também como conseqüência o fato de o cristianismo ter sido levado para além das fronteiras da Palestina. Missionários, cujos nomes ficaram esquecidos, pregaram Cristo aos seus irmãos de raça judaica.
Em Antioquia um fato novo viria acontecer: Capital da Síria, Antioquia era cidade de grande importância, notavelmente cosmopolita, verdadeira encruzilhada em que se encontravam gregos, sírios e judeus. Ali a nova fé foi pregada aos gregos, e o resultado consistiu no fato de o Evangelho espalhar-se entre homens de cepa gentílica. Começaram a ser apelidados de "cristãos" pelo populacho. Só por volta do século II é que os seguidores de Cristo começaram a aplicar essa designação a si mesmos, embora ela já antes se tivera tornado popular entre os pagãos. Antioquia não ficou sendo o ponto final do esforço de expansão dos cristãos. No ano 51 ou 52, na própria cidade de Roma, a atenção do governo dirigido por Cláudio, foi suscitada por alguns tumultos havidos entre os judeus da cidade, como conseqüência da pregação feita por missionários cristãos desconhecidos. Neste primeiro período porém, Antioquia foi o centro da expansão e ponto focal importante da atividade cristã.
Paulo, logo após sua conversão, pregou primeiramente na Arábia. Três anos após sua conversão visitou rapidamente Jerusalém, onde esteve com Pedro e Tiago, irmão do Senhor. Durante anos trabalhou na Síria, e na Cilícia, enfrentando perigos, sofrimentos e fraqueza física (2Cor Caps. 11 e 12). Não poderia ter deixado de pregar aos gentios. De Antioquia, partiu com Barnabé, em viajem missionária, que os levou a Chipre, Perga, Antioquia da Psidia, Icônio, Listra e Derbe. Foi essa a primeira viajem missionária, descrita nos capítulos 13 e 14 de Atos. Ao que parece, esse foi o esforço mais frutífero da História da Igreja. Como resultado, estabelecesse um grupo de congregações no Sul da Ásia menor, as quais Paulo mais tarde se dirigiria pelo nome de "Igrejas da Galáxia".
O crescimento da Igreja em Antioquia e o estabelecimento de congregações mistas em Chipre e na Galáxia fez com que assumisse maiores dimensões o problema da relação entre os gentios e a Lei.
A congregação de Antioquia era agitada por visitantes vindos de Jerusalém, que afirmavam: "Se não vos circuncidardes segundo o costume da Lei de Moisés, não podereis ser salvos" (At.15:4).
Paulo resolveu servir-se de um caso concreto para chegar a uma conclusão: levando consigo a Tito, um converso gentio não circuncidado, como exemplo concreto de cristianismo não legalista, foi com Barnabé a Jerusalém e entrevistou-se pessoalmente com os lideres da Igreja. O resultado dessa entrevista, de que participaram Pedro, João e Tiago (irmão do Senhor), foi o reconhecimento cordial da genuinidade do trabalho de Paulo entre os gentios, e um acordo no sentido de dividir o âmbito dos trabalhos: os lideres de Jerusalém continuariam a missão entre os judeus, mantendo evidentemente a Lei, enquanto Paulo e Barnabé levariam a mensagem aos gentios, dispensando a insistência da Lei (Gal. 2:1-10).
Qual seria a relação entre judeus e gentios numa Igreja mista? Poderiam judeus e gentios comer juntos? essa questão levou a uma forte discussão pública na congregação de Jerusalém, da qual resultou o conhecido "Concílio de Jerusalém" (provavelmente. ano 49).
Seguiram-se então os poucos anos de maior atividade missionária de Paulo, o período em que escreveu todas as suas Cartas.

Levando consigo a Silas, proveniente de Jerusalém, mas cidadão romano, Paulo separou-se de Barnabé, por causa da discordância com respeito a comida e a conduta de Marcos, primo de Barnabé. Durante uma viajem pela Galáxia, juntou-se a ele Timóteo Impedidos de trabalhar na região ocidental da Ásia Menor, Paulo e seus companheiros entraram na Macedonia, fundando Igrejas em Filipos e Tessalônica. Foram recebidos com frieza em Atenas e passaram dezoito meses em Corinto, onde obtiveram grande sucesso (provavelmente entre 51 e 53). Em Éfeso, onde o cristianismo já tinha se estabelecido, iniciou um ministério que durou três anos (53 a 56?). Apesar do sucesso que obteve, Paulo teve de enfrentar grande oposição e perigos tais, que chegou a desesperar da vida (2Cor.1:8). Ainda nos dias de Paulo, o Evangelho já havia expandido tanto, que ele chegou a escrever que o Evangelho havia chegado em todo o mundo (conhecido da época). Convém lembrar que entre os convertidos no dia de Pentecostes, havia judeus e prosélitos de cerca de 15 países ou regiões diferentes, desde a Líbia, Egito, Arábia, Síria, Ásia Menor, Bitinia e Ponto, Mesopotamia, Capadócia, Partos e Medas, Creta até Roma, de onde, sem dúvida alcançou o resto do mundo ocidental. É certo que o eunuco etíope levou o Evangelho para a sua terra, que por certo alcançou grande parte da África conhecida na época.
Pouco se sabe da vida dos outros apóstolos (exceto Pedro, João e Tiago, este último, martirizado logo no início da Igreja). Mesmo de Mateus, temos apenas o seu Evangelho, do qual não temos nenhuma informação precisa do ano em que foi escrito. Da pessoa de Mateus, nada mais se sabe. Tomé, segundo a tradição, trabalhou na Pérsia (possivelmente na Índia), onde sofreu o martírio. De Santo André, informam que sofreu o martírio na Acaia (Grécia). Dos demais, nada mais se informam, além de que o grupo permaneceu coeso, até o martírio. (cont.)
                                  A IGREJA NO PERÍODO PÓS-APOSTÓLICO
a) - O FIM DA ERA APOSTÓLICA
São desconhecidos os fatos referentes a vida da maioria dos apóstolos. A perseguição iniciada por Nero, foi feroz e restringiu-se aos limites da capital do império. Depois do grande incêndio de Roma, em julho de 64, levantaram-se, provavelmente por instigação de Nero, acusações que envolviam injustamente os cristãos. Nero queria com isso desviar os rumores que o apontavam como culpado. Inúmeros cristãos foram mortos em meio a horríveis torturas nos jardins do Vaticano, onde o imperador transformou o martírio dos cristãos em espetáculo público. Desde então, Nero passou a ser considerado o protótipo do Anti-Cristo pela tradição cristã. A Igreja romana, porém, não só sobreviveu a essa provação como fortaleceu-se. A destruição de Jerusalém, no ano 70, foi um evento de importância mais permanente, pois quase pôs fim a já decrescente influencia das congregações da Palestina sobre os aspectos mais vastos da Igreja. Tal colapso aliado ao rápido crescimento do número de conversos de origem pagã, logo fez com que a luta de Paulo em favor da liberdade, em relação a Lei judaica, perdesse sua importância. Antioquia, Roma, e, antes do fim do século, Éfeso, tornaram-se então os centros principais da expansão do cristianismo. Apesar de um ou outro indício reservado os quarenta anos entre 70 e 110, são até hoje um dos períodos mais obscuros da história da Igreja. Só temos a lamentar tal fato, pois essa foi uma época de rápidas mudanças na própria Igreja.
b) - A ENTRADA DE HERESIAS NA IGREJA
Quando mais tarde, os característicos da Igreja voltam a ser claramente identificados, nota-se que pouquíssimos traços distintivos deixados por Paulo estão presentes. Muitos outros missionários além de Paulo, hoje desconhecidos, devem ter trabalhado. Além disso, a penetração de idéias provindas de fontes outras que não as cristãs, sem dúvida trazidas por conversos de antecedentes pagãos, modificaram as crenças e as práticas cristãs, especialmente no que tange aos sacramentos, aos jejuns e ao surgimento das formulas litúrgicas (cerimonial do culto), e sem dúvida, também a interpretação errada da Teologia, com a crença na trindade, pois, essa doutrina começou a ser defendida, precisamente por "mestres cristãos" de formação pagã.
Já no declinar do primeiro século, especialmente na Ásia Menor, haviam se espalhado concepções que negavam a humanidade e a morte efetiva de JESUS, afirmando que Ele não viera na carne, mas sim, no aspecto de um fantasma, aparência docética (Já nos dias do Apóstolo João, corriam esses pensamentos. Confira 1Joao 1:1-3; 2:22; 4:2,3). Argumentavam que Cristo, na realidade apareceu e ensinou os seus discípulos mas, durante esse tempo era um ser celestial e não carne e sangue. Por volta do ano 135 a 160, surgiu ou foi se consolidando o agnosticismo (filosofia de auto-conhecimento de Deus).
O agnosticismo representava um enorme perigo para a Igreja. Solapava os fundamentos do cristianismo. O seu deus não é o Deus do A.T., o qual para eles era considerado um ser inferior e perverso. O seu Cristo não tivera encarnação, morte e ressurreição reais. Sua salvação restringia-se a uns poucos "iluminados".
A tradição cristã atribuía a Simão o magico, a fundação do gnosicismo. Porém, pouco se conhece de concreto a respeito de sua relação com esta doutrina. Mais provavelmente, cabe a pensadores "brilhantes" da época, tais como Satornilo de Antioquia (150), Basilides de Alexandria (130), e, com destaque especial, Valentino, que trabalhou em Roma entre 135 e 165 aproximadamente. A escola gnostica produziu ainda, entre muitos outros:

MARCIÃO (139), atacava toda sorte de judaísmo ou legalismo, afirmava que o Deus do A.T. não era o mesmo revelado no Cristo. O Deus do Antigo Testamento era um Deus justo e vingativo. Cristo e a manifestação docética do Deus bom e misericordioso, até então desconhecido. Por conseguinte, o A.T. e seu Deus tem de ser rejeitados pelos cristãos. Com seus seguidores, Marcião fundou uma Igreja separada, compilaram um cânon de livros sagrados, composto de dez epístolas de Paulo (omitindo as pastorais) e do Evangelho de Lucas. Eliminou desses livros todas as passagens que subentendessem que Cristo considerava o Deus do A.T. seu Pai, ou de alguma maneira relacionado com Ele. Dentre os movimentos vinculados ao agnosticismo, o de Marcião foi provavelmente o mais perigoso. Separava o cristianismo de suas raízes históricas de modo tão radical, quanto o fizeram as teorias gnosticas mais abstratas. Negava a encarnação real de Cristo e condenava o A.T. e seu Deus. As igrejas de Marcião espalharam-se muito notadamente no oriente, e existiram até o século V.
MONTANO, fundador do montanismo (156-200?). Ao contrário do gnosticismo, o montanismo foi um movimento de origem claramente cristã. Na maioria das Igrejas do século II, a primitiva esperança na próxima volta de Cristo, desaparecia. A consciência do Espirito, característica da Igreja Apostólica, praticamente extinguira-se. Com o declínio do sentido da ação constante e imediata do Espirito, ia crescendo a ênfase na sua importância como agente da revelação. Fora o Espirito Santo quem guiara os escritores do A.T. para o pensamento cristão do começo do século II, havia uma diferenciação entre o Espirito Santo e Cristo, mas eram ambos considerados Deus. Isso é evidente na fórmula batismal trinitária que, a essa época já estava substituindo a primitiva apostólica "EM NOME DE JESUS CRISTO".
Ao fim do século I e começo do século II a fórmula trinitária já era de uso freqüente. TERTULIANO, foi o mais fiel discípulo do montanismo. Converteu-se a essa doutrina por volta do ano 200, atraído por suas exigências ascéticas. Em Cartago, os seguidores de Tertuliano subsistiram até o tempo de Agostinho. Este Tertuliano, influente discípulo de Montano, foi o primeiro defensor público da doutrina da trindade. Como sempre, a doutrina não oferece segurança; os seus seguidores são inseguros na exposição da mesma.
Vejamos a teologia tertuliana que tenta ensinar a trindade: - "O Pai, o Filho e o Espirito Santo, todos são de um, por unidade de substancia, embora ainda esteja oculto o mistério da dispensação que atribui a unidade numa trindade, colocando em ordem Pai, Filho e Espirito Santo. Três, contudo, não em substancia, mas em forma; não em poder, mas em aparência; pois eles são de uma mesma substancia e de uma só essência e de um poder só, já que é de um só Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai, Filho e Espirito Santo." Tertuliano descreve essas distinções da Divindade como pessoas. No pensamento de Tertuliano essa unidade de substancia é material, pois a influencia estóica é que estava sujeito era bastante para fazê-lo afirmar que Deus é corpo e que o espirito tem uma substancia corpórea de sua própria espécie, e que, por derivarem-se do Pai por emanação, o Filho e o Espirito Santo são subordinados a Ele. Tertuliano afirmava ainda: "Os simples, os quais constituem a maioria dos fieis, mostram-se perplexos diante da explanação dos "três em um", alegando que a sua própria fé os afasta da pluralidade de deuses existentes no mundo e os leva ao ÚNICO DEUS VERDADEIRO. Era-lhes difícil perceber a distinção entre a idéia trinitária e as afirmações triteistas. A obra de Tertuliano "Contra Praxeas", foi, sem dúvida, a responsável pela definição, e mais tarde a dogmatizacao da doutrina da trindade, sendo confirmada por um dos seus discípulos - Novaciano de Roma (240-250), no seu tratado sobre a trindade e Atanasio (325?).
NOVACIANO, chegava até a sugerir a idéia de uma "trindade social' Comentando o texto de João 10:30 "Eu e o Pai somos um", afirmava que Cristo disse: "uma só coisa". Entendem os hereges que Ele não disse: "uma pessoa", pois a palavra "um" no neutro, subentende o acordo social, e não a unidade pessoal. Como em todos os expoentes do pensamento trinitário, não poderia faltar, também a este, a dúvida da sua própria exposição, quando conclui: "Cristo era plenamente Deus e, ao mesmo tempo, plenamente homem".
Ainda entre os expoentes trinitários, encontramos Dionisio, bispo de Roma (259-268), que foi um ferrenho perseguidor dos sabelianos (que pregavam a Unicidade de Deus).
c) A GRANDE BATALHA TEOLÓGICA
Se por um lado a heresia em torno da interpretação da Doutrina de Deus, penetrava na Igreja, através de pensadores de formação pagã como vimos em Tertuliano, Cipriano, Montano e outros, defensores da doutrina da trindade, entre outras heresias, encontramos de outro lado, vozes firmes na defesa da Unicidade de Deus, como INÁCIO de Antioquia que professava o mesmo tipo de Cristologia encontrado no Evangelho de João. Afirma que o sangue de Cristo e o sangue de Deus; saúda os cristãos romanos em nome de JESUS Cristo nosso Deus". A idéia mais original de Inácio é a de que a encarnação foi a manifestação de Deus para revelar uma nova humanidade.
Antes de Cristo, o mundo estava sob o poder do diabo e da morte. Cristo trouxe a vida e a imortalidade. Já mais a frente, ao mesmo tempo de Cipriano, encontramos o líder mais notável da escola modalista, cujo nome ficou até hoje vinculado a esse pensamento cristológico:
SABÉLIO (de onde os unicistas são apelidados de sabelianos ou sabelitas), afirmava: "Pai, Filho e Espirito Santo" são um só e o mesmo. Pai, Filho e Espirito Santo, são nomes (títulos) do Deus único, que se manifesta de formas diferentes, segundo as circunstancias. Enquanto Pai, é o Legislador do A.T.; enquanto Filho, é encarnado; enquanto Espirito Santo, é o inspirador dos apóstolos. Mas é o mesmo e único Deus que assim aparece nessas relações sucessivas, e transitórias, exatamente como se pode a um mesmo indivíduo atribuir títulos diferentes, segundo os diversos papeis que represente. Embora tenha sido excomungado em Roma, Sabelio granjeou inúmeros seguidores no oriente, especialmente no Egito e na Líbia. Não deixou de influenciar consideravelmente o que viria a ser considerado a "CRISTOLOGIA ORTODOXA". A identificação absoluta entre Pai, Filho e Espirito Santo, por ele proposta, foi rejeitada, mas subentendia uma noção de igualdade que veio por fim, como no caso de Agostinho suplantar a idéia de subordinação do Filho e do Espirito Santo, que caracterizava a cristologia defendida por Tertuliano. Calixto, em sua explanação da Cristologia, explicava: Pai, Filho e Logos, são nomes do Espirito único e indivisível. Filho é a designação própria daquele que se tornou visível - JESUS, ao passo que o Pai e o Espirito que nele habitava. Essa presença do Pai em JESUS é o "Logos". CALIXTO asseverava claramente que o Pai não padecera na cruz, mas sofrera com os sofrimentos do Filho JESUS. No entanto, o Pai, "depois de tomar sobre Si a nossa carne elevou-a a natureza da divindade, mediante a união dela consigo e a fez "uma", de forma tal que O PAI E O FILHO DEVEM SER CONSIDERADOS "UM SÓ DEUS!".



fontes: "A História da Igreja Cristã" (W.Walker)



" Dicionário da Bíblia - John D. Davis"

DOUTRINAS ESSÉNCIAIS DA BÍBLIA

                                  A Existência de Deus
O primeiro versículo da Bíblia apresenta Deus como o Criador do universo. A Bíblia não tenta provar que Deus existe; presume Sua existência como fundamental. A Criação em si mesma dá testemunho que há um Criador inteligente, onipotente, e amoroso (Romanos 1:20). Pode haver somente três explicações pela existência do universo:(1) tem sempre existido (universo eterno); (2) veio à existência por seu próprio poder (universo auto-criador), ou (3) Deus o criou. Aceitar qualquer uma destas requer uma fé que transcende provas científicas. E mais plausível crer em um Criador inteligente, eterno, e onipotente do que na eternizarão ou habilidade auto-criativa de massa não racional.
A regularidade e designo do universo requer a existência de um desenhista. A complexidade incrível de até as formas mais simples de vida mostram que a vida não começou por acidente ou por acaso. A natureza moral do homem revela que ele é mais do que um animal inteligente; ele foi criado na imagem de um Ser racional, espiritual e moral. Toda a criança desenvolve uma consciência, e cada sociedade humana tem um senso de moralidade (Romanos 2:15).
Como poderia a mente humana finita até conceber um Deus infinito, onipresente, onipotente, onisciente, e perfeito, a não ser que Deus concedesse aquele conceito? Cada sociedade na história tem expressado crença em um Ser Supremo, e estudos antropológicos modernos mostram que a crença religiosa antiga e mais fundamental não é politeísmo mas monoteísmo.
O testemunho das Escrituras e a confirmação de experiência pessoal asseguram-nos que Deus de fato vive e comunica-se com a humanidade. Enfim, aceitamos a verdade de Sua existência por fé (Hebreus 11:6).
                                                       A Bíblia

Desde que Deus existe, a Palavra de Deus também existe, pois o Criador não se comunicaria com Sua criação? Desde que Deus nos criou como seres racionais e desde que Ele nos ama o suficiente para prover por nós, certamente Ele deseja comunicar-se conosco e assim cumprir Seu propósito pela criação. Todos os seres inteligentes procuram comunicar-se, e a Inteligência Suprema não é uma exceção.
Esperaríamos que Deus registrasse Sua mensagem por escrito, o meio histórico mais apropriado para precisão, preservação, e propagação. E, a evidência a seguir convincentemente demonstra que a Bíblia é a singular Palavra de Deus escrita para o homem:

(1) suas reivindicações singulares,

(2) autoridade auto-vindicativa.

(3) testemunho dos apóstolos e profetas.

(4) integridade de Jesus Cristo, que endossou o Antigo Testamento e comissionou os escritores do Novo,

(5) natureza e qualidade do seu conteúdo,

(6) superioridade moral,

(7) unidade, apesar de mais do que 40 escritores num período de 1 .600 anos,

(8) falta de uma alternativa acreditável,

(9) concordância com a história, arqueologia e ciência,

(10) indestrutibilidade,

(11) universalidade,

(12) influência na sociedade,

(13) testemunho do Espírito,

(14) poder transformador de vida,

(15) promessas cumpridas e milagres,

(16) profecias cumpridas, e

(17) falta de uma explanação alternativa de sua origem.
Certamente esperaríamos que a Palavra de Deus se identificasse como tal, e cada livro da Biblia reivindica, ou diretamente ou indireta¬mente, ser a Palavra de Deus. De todos os livros das grandes religiões do mundo, somente um outro livro gaba-se de autoridade igual—o Alcorão—e seu conteúdo irreal e contraditório não suporta esta reivin¬dicação. O livro mais moral do mundo, a Bíblia, não proclamaria a maior mentira do mundo, O homem mais nobre e sábio do mundo, Jesus, não perpetuaria o maior engano do mundo. Ninguém. a não ser Deus, poderia ter sido o autor da Bíblia, pois seres bons não reivindicariam a inspiração divina falsamente, e seres maus não ensinariam tão alto nível de moralidade.

A Bíblia é inspirada por Deus, literalmente “soprada por Deus”. “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (II Timóteo 3:16). Homens santos escreveram enquanto o Espírito Santo os moveu (II Pedro 1:21). A inspiração estende-se para todas as partes da Bíblia e para cada palavra. Enquanto os escritores humanos escolheram palavras que refletiram sua linguagem, cultura, personalidade, circunstâncias e estilo, Deus guiou o processo para que cada palavra transmitisse acuradamente Sua mensagem. Como resultado, a Bíblia é infalível, inerrante, e autoridade única por doutrina e o viver cristão. A Bíblia é verdade.
Os trinta e nove livros do Antigo Testamento foram reconhecidos como Escritura pelos Hebreus antigos. e Jesus e os apóstolos citaram deles ou se aludiram a quase todos eles. Os vinte sete livros do Novo Testamento foram aceitos por Cristãos dos tempos mais antigos, incluindo escritores contemporâneos na maioria dos casos (II Pedro 3:15-16), e são reconhecidos corno Escritura por toda a Cristandade.
Erros podem surgir às vezes, no copiar, traduzir, ou imprimir as Escrituras, mas Deus tem mantido a Sua mão sobre o processo de transmissão para preservar Sua Palavra por todo o tempo (Salmos 100:5). A acuracidade do texto Hebraico do Antigo Testamento foi salvaguardada pela qualidade extremamente alta do processo de transmissão pelos escribas e tem recebido verificação dramática por descoberta recente dos rolos antigos do Mar Morto. A acuracidade do texto Grego do Novo Testamento é assegurada pelo número extremamente grande de manuscritos — mais que 5.000 — que cancelam os erros dos copistas.

A Versão King James [Versão do Rei Tiago] é a Bíblia mais popular em Inglês. Ela foi traduzida num período de sete anos por 47 teólogos e lingüistas. Cada um foi um estudioso notável que estava firmemente comprometido a inspiração e autoridade das Escrituras. A Nova Versão King James é uma revisão de linguagem moderna que procura preservar a acuracidade e aumentar a compreensibilidade.

Estudantes da Bíblia deveriam usar o método literal de interpretação, que significa seguir a natural ou implicação usual de uma expressão, — o significado costumeiro e aparente das palavras — antes que procurar um significado escondido, alegórico, ou “espiritual”. É importante usar lógica sã e estudar palavras, gramática, acontecimentos anteriores, contexto, estilo literário, história, geografia, cultura, figuras de retórica, símbolos, parábolas e tipos. Quando estudarmos a Bíblia, deveríamos manter em mente diversos pontos: (1) iluminação do Espírito é necessária. (2) a Bíblia é basicamente simples e destinada a ser entendida. (3) Escritura interpreta Escritura. (4) verdade é revelada progressivamente do Antigo Testamento ao Novo Testamento. (5) a Bíblia apresenta uma teologia unificada. (6) nenhuma doutrina baseia-se em somente uma passagem ou está escondida em passagens obscuras, (7) a Bíblia está acomodada á mente humana (mas não ao erro), e (8) cada passagem tem um significado primário, mas pode ter muitas aplicações.

Podemos ter confiança que Deus tem revelada, preservada, e transmitida Sua Palavra para nós hoje e que podemos entendê-la, Sua Palavra é a Bíblia.

                                 A Doutrina de Deus

“Deus é Espírito” (João 4:24). Ele não é feito de carne, sangue, ossos ou massa física. Ele é invisível ao olho humano a não ser que Ele escolha para revelar Si mesmo de alguma maneira (João 1:18). Deus tem individualidade, racionalidade, e personalidade. Ele é auto-existente, eterno, e imutável. Ele é onipresente (presente em todo lugar), onisciente (conhece tudo e tem toda sabedoria), e onipotente (todo poderoso).
A natureza moral de Deus inclui santidade, justiça e retidão, misericórdia e graça, amor, fidelidade, verdade, e bondade. Ele é absolutamente perfeito em tudo. 1 João 4:8 diz: “Deus é amor”; nenhuma outra religião identifica Deus assim totalmente com amor.
Deus é santo Ele não pode ter comunhão com o pecado. A justiça de Deus demanda punição pelo pecado, mas em Seu amor e misericórdia Ele deu Seu Filho para preencher os requerimentos de Sua justiça e ainda prover salvação para pecadores arrependidos. Aqueles que rejeitam Sua provisão graciosa de salvação enfrentarão Seu julgamento. Deus ama o pecador, mas Sua natureza santa não o permitirá amar, desculpar, ou ignorar o pecado.
Deus é absolutamente e indivisivelmente um. “Ouve. Israel. o SENHOR nosso Deus é o Único SENHOR” (Deuteronômio 6:4). Sua natureza eterna não contém essenciais distinções ou divisões. Todos os nomes e títulos da Deidade tais como Deus, Jeová, Senhor, Pai, Palavra e Espírito Santo, referem-se ao mesmo e único Ser. Qualquer pluralidade associado com Deus é somente uma pluralidade de atribu¬tos, títulos, papéis, manifestações, modos de atividade, ou relaciona¬mentos ao homem. Muitas passagens enfatizam a unicidade de Deus (Isaias 42:8; 43:10-11; 44:6-8, 24; 45:21-23; 46:6-9; Marcos 12:28-30; Gálatas 3:20; 1 Timóteo 2:5; Tiago 2:19).
O título de Pai descreve os papéis de Deus como pai de toda a criação, pai do Filho unigênito, e pai do crente novo nascido (Deuteronômio 32:6; Malaquias 2:10). O título de Filho refere-se a Deus vindo em carne, pois o bebê Jesus foi literalmente concebido pelo Espírito Santo, que foi literalmente Seu Pai (Mateus 1:18-20; Lucas 1:35). O título de Espírito Santo identifica o caráter fundamental da natureza de Deus. A santidade forma a base dos Seus atributos morais, enquanto a espiritualidade é a base de Seus atributos não morais. O Espírito Santo é Deus especificamente em atividade, ungindo particularmente, regenerando, e habitando no homem — obras que Deus pode fazer porque Ele é Espírito (Gênesis 1:2; Atos 1:5-8).
Estes termos podem ser compreendidos também na revelação de Deus ao homem: Pai refere-se a Deus em relacionamento de família ao homem; Filho refere-se a Deus encarnado; e Espírito refere-se a Deus em atividade. Por exemplo, um homem pode ter três relacionamentos ou funções significantes — tais como administrador, professor e conselheiro — e ainda ser uma pessoa em todo sentido. Deus não é definido por ou limitado a uma essencial tríade. A Bíblia não fala em lugar nenhum de Deus como uma “trindade” ou como “três pessoas” mas freqüentemente o chama de O Santo.
O título de Verbo relaciona-se com a auto-expressão ou auto-revelação de Deus. O Verbo é Deus mesmo (João 1:1), particularmente Seu pensamento, mente, raciocínio, ou plano. Na pessoa de Jesus Cristo “o Verbo se fez carne” (João 1:14). “Aquele [Deus] que foi manifestado na carne” (1 Timóteo 3:16).
       A Identidade de Jesus Cristo

Jesus Cristo é tanto Deus e homem. Ele é o único Deus encarnado. “Porquanto nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2:9). “... Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo” (II Coríntios 5:19). Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível, Deus manifestado na carne, nosso Deus e Salvador, e a imagem expressa da própria pessoa (substancia) de Deus (II Coríntios 4:4; Colossenses 1:15; 1 Timóteo 3:16; Tito 2:13; Hebreus 1:3; II Pedro 1:1). Ele não é a encarnação de urna pessoa da trindade, mas a encarnação de todo caráter, qualidade, e personalidade do único Deus.
Reconhecer a deidade de Jesus Cristo é essencial a salvação. Jesus disse, “Porque se não credes que eu sou morrereis nos vossos pecados”, fazendo referência ao nome de Deus, Eu Sou (João 8:24, 58). Somente se Jesus é verdadeiramente Deus é que Ele tem poder para salvar do pecado, pois somente Deus é o Salvador e somente Ele pode perdoar pecado (Isaias 43:25; 45:21-22; Marcos 2:7).
Todos os nomes e títulos da Deidade propriamente aplicam-se a Jesus. Ele é Deus (João 20:28). Senhor (Atos 9:5), Jeová (Isaias 45:23 com Filipenses 2:10-11). Eu Sou (João 8:58), Pai (Isaias 9:6; Apoca¬lipse 21:6-7), Verbo (João 1:14), e Espírito Santo (João 14:17-18).
Deus o Pai habitou no homem Cristo. Jesus disse. ‘Eu e o Pai somos um” (João 10:30). .‘O Pai está em mim, e eu estou no Pai” (João 10:38). “Quem me vê a mim, vê o Pai... mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras” (João 14: 9, l0). A natureza divina de Jesus Cristo é o Espírito Santo (Gálatas 4:6; Filipenses 1:19), o qual é o Espírito do Pai (Mateus 1:18-20; 10:20). “Ora, o Senhor é o Espírito” (II Coríntios 3:17). Jesus é Aquele no trono celestial, como vemos por comparar a descrição de Jesus em Apocalipse 1 com dAquele no trono em Apocalipse 4 e por notar que “Deus e o Cordeiro” é um Ser em Apocalipse 22:3-4.
Jesus é também o Filho de Deus. O termo Filho pode significar a natureza humana de Cristo somente (como em “o Filho morreu”) ou a união de deidade e humanidade (como em “o Filho retornará a terra em glória”), mas nunca é usado separado da encarnação de Deus. Ele nunca se refere somente a deidade. Os termos “Deus o Filho” e “Filho eterno” não são bíblicos. O papel do Filho começou quando Jesus foi concebido miraculosamente no ventre de uma virgem pelo Espírito Santo (Lucas 1:35; Gálatas 4:4; Hebreus 1:5).
As Escrituras proclamam enfaticamente humanidade genuína e completa de Cristo (Romanos 1:3; Hebreus 2:14-17; 5:7-8). Ele tinha um corpo humano, alma, espírito, mente, e vontade (Lucas 22:42; 23:46; Atos 2:31; Filipenses 2:5; Hebreus 10:5,10). Jesus foi um humano perfeito, com tudo que humanidade genuína inclui. A humanidade verdadeira de Cristo não significa que Ele tinha uma natureza pecaminosa. Ele era sem pecado, Ele não cometeu o pecado, e pecado não foi achado nEle (Hebreus 4:15; 1 Pedro 2:22; 1 João 3:5). Ele veio com o tipo de natureza humana inocente que Adão e Eva tinham no começo.
Crer na humanidade verdadeira de Cristo é essencial a salvação (1 João 4:3). Se Deus não veio verdadeiramente na carne, então não há sangue para remissão de pecados, nenhum sacrifício de expiação. O verdadeiro propósito da encarnação foi para prover um homem santo para mediar entre o Deus santo e humanidade pecadora.
É necessário distinguir claramente entre a deidade e a humanidade de Cristo. Enquanto Jesus era tanto Deus e homem ao mesmo tempo, Ele agiu do ponto de vista humano e as vezes do ponto de vista divino. Como Pai, Ele às vezes falou de Sua autoconsciência divina; como Filho, Ele as vezes falou de Sua autoconsciência humana. Somente como homem Jesus poderia nascer, crescer, ser tentado pelo diabo, ter fome, ter sede, ficar cansado, dormir, orar, ser espancado, morrer, não saber todas as coisas, não ter todo poder, ser inferior a Deus, e ser um servo. Somente como Deus Ele poderia existir na eternidade, ser imutável, expulsar demônios por Sua própria autoridade, ser o pão da vida, dar água viva, dar descanso espiritual, acalmar a tempestade, responder as orações, curar os enfermos, ressuscitar Seu corpo da morte, perdoar pecados, saber todas as coisas, ter todo o poder, ser identificado como Deus, e ser o Rei dos reis. Numa pessoa comum, estas duas listas contrastantes seriam mutuamente exclusivas, no entanto as Escrituras atribuem todos eles a Jesus, revelando Sua natureza dupla.
Embora que devamos fazer distinguir entre a deidade e a humanidade de Cristo, é impossível separar as duas em Cristo (João 1:1, 14; 10:30, 38; 14:10-11; 16:32). O Pai uniu-se com humanidade para formar um Ser — Jesus Cristo, a Divindade encarnada. Enquanto na terra Jesus foi plenamente Deus, não meramente um homem ungido. Ao mesmo tempo, Ele foi plenamente homem, não somente uma aparência de homem. Ele possuiu poder ilimitado, autoridade, e caráter de Deus. Ele era Deus por natureza, por direito, e por identidade; Ele não foi meramente deificado por uma unção ou habitação do Espírito. De modo diferente do crente cheio do Espírito Santo, a humanidade de Jesus foi inextricavelmente ligada com a plenitude do Espírito de Deus
Podemos identificar quatro temas maiores na descrição bíblica da Encarnação:

(1) a deidade absoluta e completa de Jesus Cristo;

(2) a humanidade perfeita e sem pecado de Jesus Cristo;

(3) a distinção clara entre a humanidade e deidade de Jesus Cristo; e ainda (4) a união inseparável da deidade e humanidade de Jesus Cristo.
Jesus é a plenitude de Deus habitando em humanidade perfeita e se manifestando a Si mesmo como um ser humano perfeito. Ele não é uma transmutação de Deus em carne, a manifestação de uma porção de Deus, a animação de um corpo humano por Deus, ou Deus temporariamente habitando numa pessoa humana separada. Jesus Cristo é a encarnação — incorporação, personificação humana — do único Deus.
                          Anjos e Demônios

O único Deus criou tudo, incluindo o céu e terra e todo ser vivente (Gênesis 1:1; Apocalipse 4:11). Antes da criação deste mundo Deus criou os anjos, que são seres espirituais com personalidades individuais. Parece que há tipos diferentes ou graduações de anjos, incluindo serafins, querubins, e pelo menos um arcanjo (Miguel). Os anjos têm um ministério celestial: eles rodeiam o trono de Deus e O adoram. Eles têm também um ministério terrestre como mensageiros de Deus. Eles fortalecem, encorajam, protegem. e livram os santos. Eles colaboram em realizar a obra de Deus, particularmente Seu julgamento.
Os anjos foram criados bons mas alguns se tornaram maus por escolha. Uma terça parte caiu por transgressão. e a Bíblia não fala de qualquer plano de redenção por eles. Alguns desses anjos caídos estão presos (II Pedro 2:4).
As Escrituras indicam que Satanás, ou o diabo, foi originalmente criado como Lúcifer, um anjo bom segundo a Deus em poder. Ele pecou através do orgulho e rebelião contra Deus. Agora Satanás é o adversário maior de Deus e o homem. A Bíblia o chama de tentador, acusador, o maligno, assassino, pai da mentira, serpente, dragão, leão que ruge, deus deste mundo, príncipe do poder do ar, e príncipe de diabos (demônios). Apesar de ser poderoso, ele não é onisciente, onipresente, ou onipotente. O Espírito de Deus dá poder aos crentes sobre Satanás (Tiago 4:7: 1 João 4:4). Os agentes de Satanás são os demônios. Eles parecem ser anjos caídos que não estão presos (Mateus 25:41). Eles procuram possuir corpos humanos, e eles causam muitos tipos de enfermidades física e mental, tentação, e opressão. Eles estão envolvidos na adivinhação, heresias, idolatria, e governo mundial. No último dia, Satanás e seus agentes serão lançados no lago de fogo por eternidade. Os cristãos têm poder para expulsar demônios em nome de Jesus (Marcos 6:13; 16, 17).
                                         Humanidade

Deus criou o homem e a mulher em Sua imagem espiritual, moral, e intelectual (Gênesis 1:27). Os seres humanos são compostos de como, alma, e espírito (1 Tessalonicenses 5:23). A alma e o espírito compõem a parte eterna do homem, incluindo intelecto, personalidade, emoções, vontade, autoconsciência, intuição, consciência, e conscientização de Deus.

Originalmente, a natureza humana era inocente e sem pecado, com uma vontade totalmente livre. Adão e Eva escolheram desobedecer a Deus e assim trouxeram pecado para dentro da raça humana. Agora todos nascem com uma natureza pecaminosa — a compulsão para pecar, o domínio de pecado (Romanos 3:9; 5:12, 19; 7:14). A natureza pecaminosa inevitavelmente leva a atos pecaminosos, resultando em condenação.
A Bíblia enfaticamente declara que todos os seres humanos são pecaminosos (1 Reis 8:46; Provérbios 20:9; Isaias 64:6). Todos estão sob o pecado e culpados diante de Deus (Romanos 3:9, 19). “Não há justo, nenhum sequer um” (Romanos 3:10). “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23).
Como um resultado, a humanidade está sob a sentença de morte, física e espiritualmente. “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). “O pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1:15). A morte significa separação, e a última morte espiritual é separação eterna de Deus.

Todos precisam salvação do pecado e sua penalidade, a morte. E Deus tem provido salvação através de Jesus Cristo.
A Obra Salvadora de Jesus Cristo

Deus veio na carne como Jesus Cristo afim de prover salvação para Sua criação caída. A Encarnação era para o propósito da Expiação. O evangelho, literalmente as “boas novas”, é que Jesus morreu, foi sepultado, e ressurgiu para nossa salvação. Distinto de qualquer outra religião, a Cristandade depende da morte e ressurreição do seu fundador.
A santidade de Deus demanda que Ele separa Si mesmo da humanidade pecaminosa. A separação de Deus, a fonte de toda a vida, significa morte — física, espiritual e eternamente — portanto a lei santa de Deus requer a morte como a penalidade para os pecadores. Deus escolheu para vincular-se a Si mesmo pelo principio de morte pelo pecado. Sem derramamento de sangue (o dar de uma vida), não pode haver remissão ou livramento desta penalidade e nem restauração a comunhão com o Deus santo (Hebreus 9:22). A morte de animais não é suficiente para remir nossos pecados (Hebreus 10:4), porque somos muito maiores do que eles em que fomos criados na imagem espiritual de Deus. Tão pouco pode uma pessoa comum sofrer a penalidade em nosso lugar, pois cada um merece a morte eterna por seus próprios pecados.
Afim de prover um substituto apropriado, Deus veio à terra como um homem sem pecado Jesus Cristo. Jesus foi o único homem sem pecado que já viveu, portanto Ele foi o único que não mereceu morrer e que poderia ser um substituto perfeito. Sua morte se tornou a expiação permanente por nossos pecados. Deus não escusa nossos pecados, mas Ele tem infligido a penalidade por aqueles pecados no homem inocente — Cristo. Assim a morte de Cristo se tornou necessária por (1) a pecaminosidade de toda a humanidade, (2) a santidade de Deus, (3) a lei de Deus requerendo a morte como a penalidade pelo pecado, e (4) o desejo de Deus para prover salvação para os pecadores.
Não há nenhuma salvação fora do Senhor Jesus Cristo. Jesus afirmou, “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). (Veja João 8:24; Romanos 10:9-17).
O Antigo Testamento prefigurou a morte de Cristo por sacrifícios de animais. O povo de Deus ofereceu sacrifícios de sangue para expiar por cobrir, perdoar, absolver, remir, ou expiar seus pecados. Esses sacrificios realmente não tiravam o pecado, mas demonstravam fé e obediência ao plano de salvação de Deus. Na cruz, Jesus pagou a penalidade pelos pecados por todo o tempo, e Seu sacrifício vale-se para todos em toda época que crêem e obedecem a Deus (Romanos 3:25)
 A Bíblia descreve a morte de
  Cristo em diversas maneiras:

1. Redenção ou resgate (Mateus 20:28; Gálatas 3:13; 1 Timóteo 2:6). Redimir significa libertar por pagar um preço; o resgate é o preço pago. O sangue (vida) de Cristo foi o resgate requerido pela lei santa de Deus para nos redimir da escravidão e penalidade do pecado (1 Pedro 1:18-20; Apocalipse 5:8-10).

2. Propiciação (Romanos 3:25; 1 João 2:2). Isto significa expiação, satisfação, ou apaziguamento — algo que permite Deus perdoar o pecado sem comprometer Sua santidade e justiça. A morte de Cristo cumpriu os requerimentos justos de Deus comprando remissão de pecados (Mateus 26:28: João 1:29).

3. Reconciliação (Romanos 5:6-11; II Coríntios 5:14-21). Cristo o homem media entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5). Como um homem sem pecado Ele removeu a barreira entre o Deus santo e o homem pecaminoso, restaurando-nos a comunhão com Deus.

4. Subshtuição (Isaias 53:5-6; II Coríntios 5:21; 1 Pedro 2:24). Jesus Cristo tomou nosso lugar e sofreu a penalidade que merecemos pelos nossos pecados. Neste sentido Ele se tornou o carregador de pecados, o sacrifício pelos nossos pecados (1 Coríntios 5:7; Hebreus 9:28: 10:10-17).

Depois que Cristo morreu Seu corpo foi sepultado no sepulcro e Sua alma desceu ao inferno (Hades. o lugar de almas partidas, não o lago de fogo) (Atos 2:25-32). Depois de três dias Ele levantou-se com um corpo físico glorificado, vitorioso sobre a morte e o inferno. Sua ressurreição é essencial para nossa salvação porque ela o fez Sua morte efetiva: ela assegurou Sua vitória sobre a morte (Romanos 4:25; 1 Coríntios 15:14). Por causa de Sua ressurreição temos poder vence¬dor e vida nova em Cristo bem como a garantia de imortalidade futura (Romanos 5:10; 6:4: 1 Coríntios 15:20-23).

Quarenta dias depois da ressurreição. Jesus ascendeu ao céu, onde Ele é exaltado para sempre (Efésios 1:20-21: Filipenses 2:9). Durante Sua vida terrestre, Ele renunciou prerrogativas divinas de glória, honra, e reconhecimento e se submeteu às limitações humanas, que não mais ocorre. No céu, Jesus Cristo é investido abertamente com todo o poder, autoridade e glória como Deus. A cruz foi o sacrifício único e final por todo o tempo (Hebreus 10:12), e aquele sacrifício supremo provêm intercessão presente pelos nossos pecados e acesso livre ao trono de Deus (Romanos 8:34; Hebreus 4:14-16; 1 João 2:1).
A cruz reverte todas as conseqüências do pecado. Tudo que a raça humana perdeu por causa do pecado, a igreja recuperará em demasia em Cristo. Os crentes gozam muitas bênçãos resultantes nesta vida e receberão a plenitude na eternidade. Os benefícios da obra de Cristo incluem o perdão dos pecados, vida espiritual nova, poder sobre o diabo, cura do corpo, e finalmente libertação da criação da maldição do pecado e vida eterna para OS crentes Isaias 55:5; Romanos 8:19-23: Colossenses 1:14,20; Hebreus 2:14).
A obra presente de salvação tem diversos aspectos, os quais a pessoa recebe por fé quando ele se arrepende, é batizada em nome de Jesus e recebe o Espírito Santo (1 Corintios 6:11):
1. Justificação (Romanos 3:24. 26). Justificar significa declarar, contar ou reconhecer como justo. Isto envolve perdão de pecado, incluindo a remoção de toda culpa e punição, e a imputação da justiça de Cristo.

2. Regeneração, ou novo nascimento (João 3:3; Títo 3:5). Isto é mais do que uma reforma: é a concessão de uma nova natureza — a natureza de Deus -- com uma mudança de desejos e poder para viver uma vida nova.

3. Adoção (Romanos 8:14-17: Gálatas 4:7). O crente é colocado na família espiritual de Deus e escolhido como Seu herdeiro.

4. Santificação, ou separação (Hebreus 10:10). Na conversão, uma pessoa é separada do pecado. O Espírito Santo, então, continua a transformá-la. Aperfeiçoá-la, e a fazer santa (II Corintios 3:18; 1 Tessalonicenses 3:13: 5:23).
A obra expiatória de Cristo é a base de salvação em todas as eras. A salvação sempre origina na graça de Deus e é apropriada pela fé obediente. Cristo morreu por toda a raça humana (João 1 29 1 Timóteo 2:6; 1 João 2:2). Os benefícios de Sua expiação vem a todos que crêem nEle e aplicam Sua obra as sujas vidas (João 3:16: Hebreus 5:9).
   A salvação do Novo Testamento

No contexto das Escrituras, salvação significa libertação de todo o poder e efeitos do pecado. e tem seus aspectos passado. presente e futuro. A salvação pela graça através da fé. Uma pessoa não pode fazer nada para salvar a si mesma. Nenhuma quantidade de boas obras ou aderência a Lei pode salvá-la. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé: e isso não vem de vós, é dom de Deus: não de obras, para que ninguém se glorie (Efésios 2:8-9). A salvação é uma dádiva gratuita de Deus, que o homem não pode merecer, ganhar, ou receber por ser digno. A obra expiatória de Jesus Cristo tem feito este dom gratuito de salvação disponível, e a única maneira de receber é crer em Jesus e na suficiência de Seu sacrifício (Romanos 3:24-28; 4:22-25).
Fé salvadora. Crer em Jesus inclui o crê na Sua Palavra, e verdadeiramente crendo que Sua Palavra inclui obediência. Fé é mais do que consentimento mental, aceitação intelectual, ou profissão verbal: pois inclui confiança, segurança, comprometimento, apropriação e aplicação. Não podemos separar fé salvadora da obediência (Atos 6:7; Romanos 1:5: 2:6-l0: 10:16: 16:26; Hebreus 11:6-8). Obediência a Palavra de Deus é absolutamente necessário para a salvação (Mateus 7:21-27: João 14:15. 23: Romanos 6:17; 15:18; II Tessalonicenses 1:7-10; Hebreus 5:9; 1 Pedro l:21-23; 4:17:1 João 2:3-5; 5:1-3). Fé é viva somente através de respostas e ação (Tiago 2:14-16) É possível ter um grau inicial de fé em Cristo e ainda não ser salvo, se não há aceitação, comprometimento e obediência completa ( Mateus 7:21-23; João 2:23-25; 12:42-43; Atos 8:12-23; Tiago 2:19).
Fé é o meio de apropriar a graça de Deus. É o meio pelo qual as pessoas cedem a Deus, obedecem Sua Palavra, e o permitem realizar Sua obra salvadora neles. Fé salvadora, então, é (1) aceitação do evangelho de Jesus Cristo como o único meio de salvação e obediência àquele evangelho (aplicação ou apropriação do evangelho).
O Evangelho e o Novo Nascimento. O evangelho de Jesus Cristo é Sua morte, sepultamento, e ressurreição para a nossa salvação (1 Coríntios 15:1-4). Uma pessoa responde ao evangelho, ou aplica o evangelho a sua vida, por arrependimento do pecado (morte ao pecado), batismo nas águias por imersão em nome de Jesus Cristo (sepultamento com Cristo), e o recebimento do Espírito Santo (nova vida em Cristo) (Atos 2:1-4, 38: Romanos 6:1 -7: 7:6: 8:2).
Jesus disse. “Quem não nascer da água e do Espírito, não pode enti’ar no reino de Deus” (João 3:5). Quando alguém crê em Jesus Cristo obedece Atos 2:38. ele experimenta o nascimento da água e do Espírito. Ele é “nascido de novo.” torna-se realmente uma nova criação (João 3:3, 7: II Corintios 5:17). No arrependimento e batismo nas águas, ele sepulta o velho estilo de vida pecaminoso, o registro de pecados passados, e a morte que é a penalidade pelos pecados. Quando ele recebe o Espírito Santo ele começa a viver uma vida nova e piedosa.
No Dia de Pentecostes, o aniversário da igreja do Novo Testamento, o Apóstolo Pedro pregou o primeiro sermão evangélico às multidões que se ajuntaram para observar os crentes recém cheios do Espírito enquanto eles falavam em línguas e adoravam a Deus, Convictos dos seus pecados por esta mensagem simples no entanto poderosa, a multidão bradou, “Que faremos, irmãos?” (Atos 2:37). Pedro deu uma resposta precisa, completa e inequívoca: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).
Aqueles salvos nos evangelhos foram salvos sob a Antiga Aliança enquanto eles aguardavam a Nova. A Nova Aliança não veio a entrar em efeito até depois da ascensão de Cristo (Lucas 7:28 24:47-49: João 7:39; 16:7; Atos 1:4-8; Hebreus 9:14-17). Assim Atos 2:38 é a resposta compreensiva a uma inquirição acerca da conversão do Novo Testamento, expressando em poucas palavras a resposta certa ao evangelho.
Não somente os Judeus no Pentecoste receberam a experiência de Atos 2:38, mas assim receberam os Samaritanos, o Apóstolo Paulo, os Gentios, e os discípulos de João em Éfeso (Atos 8:12-17: 9:17-18 com 22:16: 10:44-48; 19:1-6). Em Resumo, a mensagem do Novo Testa¬mento é arrependimento do pecado. batismo nas águas em nome de Jesus Cristo para remissão de pecados, e o recebimento do Espírito Santo com a evidência inicial de falar em línguas.
Arrependimento. Arrependimento é voltar do pecado para Deus (Atos 26:18-20). Ele tem três aspectos necessários: uma mudança intelectual (mudança de opiniões), uma mudança emocional (mudança de sentimentos), e uma mudança volitiva (mudança voluntária de propósito). Ele inclui o reconhecimento de pecado (Marcos 2:17), confissão de pecado a Deus (Provérbios 28:13; 1 João 1:9), contrição ou tristeza segundo Deus pelo pecado (Salmos 51:17; II Coríntios 7:10), e uma decisão para renunciar o pecado (Provérbios 28:13: Lucas 3:7-8). Com o arrependimento vem uma disposição para fazer restituição pelos pecados passados na medida do possível (Mateus 5:23-24; Lucas 19:8).
O arrependimento é a primeira resposta de fé à chamada de Deus (Marcos 1:15). É absolutamente necessário a salvação (Lucas 13:3. 5; Atos 17:30; II Pedro 3:9). Sem o arrependimento o batismo não é efetivo, e sem arrependimento uma pessoa não pode receber o Espírito Santo (Atos 2:38; 3:19).
No arrependimento, uma pessoa começa deixar Deus operar em sua vida. Ela decide voltar do pecado e deixa Deus voltar a ele. Como parte da volta do pecado, Deus o habilita para quebrar os hábitos e desejos pecaminosos. Como parte da volta a Deus, o arrependimento prepara o caminho para ele ter um relacionamento pessoal com Deus, o qualificando para o batismo nas águas e Espírito.
A obra de perdão e remissão vem através do arrependimento e batismo nas águas (Atos 2:38). O arrependimento lida com o estilo de vida pecaminoso da pessoa, e o batismo lida com o registro e as conseqüências de pecado.
Batismo nas Águas. O batismo nas águas é parte de salvação (1 Pedro 3:21). Ele expressa fé em Deus pela obediência a Sua Palavra (Marcos 16:16; Atos 2:41). O modo de batismo das Escrituras é imersão nas águas, e somente este método retém o simbolismo bíblico de batismo como um sepultamento (Mateus 3:16; Atos 8:36-39; Romanos 6:4). Fé em Cristo e arrependimento do pecado são necessários para sua validez; assim batismo de infantes não é correto (Mateus 3:6-11; Atos 2:38; 8:37).
A significação bíblica do batismo nas águas é como segue: (1) Deus remi pecados no batismo nas águas (Atos 2:38; 22:16). Deus apaga o registro de pecado e cancela sua penalidade. Ele lava os pecados, sepultando-os para sempre. (2) Batismo é parte do novo nascimento (João 3:5; Tito 3:5). (3) Batismo identifica uma pessoa com o sepultamento de Jesus (Romanos 6:4; Colossenses 2:12). Ele indica que a pessoa morreu para o pecado por arrependimento e está sepultando seus pecados passados, o domínio de pecado, e o estilo de vida pecaminosa. (4) O batismo nas águas é parte de um batismo de água e Espírito que coloca os crentes em Cristo (Romanos 6:3-4; Gálatas 3:27; Efésios 4:5). Ele os identifica pessoalmente com Jesus e é parte da entrada na Sua família. (5) O batismo é parte de circuncisão espiritual (Colossenses 2:11-13).
A Bíblia ensina que o batismo deveria ser administrado em o nome de Jesus Cristo. Isto significa invocar o nome de Jesus oralmente (Atos 22:16; Tiago 2:7) e rebatizar aqueles que tem sido batizado de outra maneira (Atos 19:1-5). O nome de Jesus na fórmula batismal expressa fé em Sua identidade verdadeira, obra expiatória, e poder salvador e autoridade, O nome de Jesus é o único nome salvador, o nome pelo qual de receber remissão de pecados, o nome mais sublime, e o nome no qual cristãos deverão falar e fazer todas as coisas (Atos 4:12; 10:43; Filípenses 2:9-11; Colossenses 3:17). Usando assim o nome de Jesus é a maneira correta para cumprir todos os propósitos do batismo.
A Bíblia contém cinco registros históricos de batismo da igreja do Novo Testamento que descrevem um nome ou fórmula. Em cada caso o nome é Jesus (Atos 2:38; 8:16; 10:48; 19:5; 22:16). As epístolas também se aludem à fórmula do nome de Jesus (Romanos 6:3-4; 1 Coríntios 1:13; 6:11; Gálatas 3:27; Colossenses 2:12). Até Mateus 28:19 refere-se a esta fórmula, pois descreve um nome singular que representa todas as manifestações remissórias da Divindade, e aquele nome é Jesus (Zacarias 14:9; Mateus 1:21; João 5:43; 14:26; Apocalipse 22:3-4). Além do mais, Jesus é o nome descrito nos outros registros da Grande Comissão (Marcos 16:17; Lucas 24:47).
O Batismo do Espírito Santo. O batismo com, por, no ou do Espírito Santo é parte da salvação do Novo Testamento (João 3:5; Romanos 8:1-16; 1 Coríntios 12:13; Efésios 1:13-14; Tito 3:5). A frase descreve como o crente é imergido no e cheio do Espírito de Deus. Em Atos os termos "batizado, cheio, recebeu, caiu sobre, veio sobre, e derramou o dom sobre” todos descrevem esta experiência (Atos 1:4-5; 2:4; 10:44-47; 11:15-17; 19:1-6). É prometido a todos que crêem em Jesus e obedecem Sua palavra (João 7:38-39; Atos 5:32: 11:15-17; 19:2; Gálatas 3:14; Efésios 1:13).
A Bíblia contém cinco registros históricos do recebimento do Espírito Santo na igreja do Novo Testamento: os Judeus, os Samaritanos, os Gentios, o Apóstolo Paulo, e os discípulos de João em Éfeso. Este registro estabelece que o batismo do Espírito é de fato para todos (Lucas 11:13; Atos 2:39) e é acompanhado pelo sinal inicial de línguas (Marcos 16:17). Falar em línguas significa falar sobrenaturalmente, segundo o Espírito concede, numa língua que a pessoa que fala jamais tem aprendido (Atos 2:1-1 1).
Três destes relatos descrevem explicitamente o falar em línguas como a evidência inicial do recebimento do Espírito. No Dia de Pentecoste, um som de vento significou a vinda do Espírito e chamas em forma de línguas significaram a disponibilidade de cada pessoa, mas falar em línguas “como o Espírito lhes concedeu” foi o sinal inicial de cada recebimento individual (Atos 2:1-4). As línguas convenceram os Judeus cépticos e atônitos que os Gentios acabaram de receber o Espírito Santo; somente línguas identificaram isto suficientemente como a experiência Pentecostal (Atos 10:44-47; 11:15-17). Os discípulos Efésios também falaram em línguas como o primeiro sinal do recebimento do Espírito Santo (Atos 19:6).
Línguas são implícitas em outros dois relatos. Um sinal miraculoso não denominado indicou o momento exato que os Samaritanos receberam o Espírito; sua ausência anterior denotou que eles não tinham já o Espírito apesar do gozo, crença e batismo, e foi tão espetacular que Simão o Mágico cobiçou o poder para conceder o Espírito com este sinal (Atos 8:5-19). Atos 9:17 menciona a experiência de Paulo sem descrição, mas 1 Coríntios 14:18 diz que ele falou em línguas freqüentemente.
O batismo do Espírito Santo é a experiência normal e básica com Deus no Novo Testamento, o nascimento do Espírito. O Espírito é o descanso, guia para toda verdade, adotante, intercessor, selo, penhor da nossa herança, e santificador (Isaias 28:11-12: João 16:13; Romanos 8:15, 26; Efésios 1:13-14: 1 Pedro 1:2). Alguém pode receber o Espírito por arrepender-se, tendo fé em Deus, e pedindo para Deus por Sua dádiva. Quando uma pessoa recebe o Espírito Santo, ela recebe poder para vencer o pecado e viver uma vida santa (Atos 1:8; Romanos 8:4. 13). Se ela deixar o Espírito continuamente enchê-la (controlar e guiar), ela produzirá o fruto do Espírito e se tornará semelhante a Cristo (Gálatas 5:22-23).
Conclusão. Não deveria haver nenhuma rejeição daqueles que não tem recebido a experiência do Novo Testamento, mas eles deveriam ser encorajados. para receber tudo que Deus tem para eles. Há muitas pessoas sinceras e até arrependidas, pessoas como ApoIo e os discípulos de João em Éfeso que precisam ser levados a mais verdade para que eles possam ter um novo nascimento apostólico. A experiência e doutrina de uma pessoa deveria conformar-se com o completo padrão bíblico e apostólico: aqueles que buscam a Deus sem cumprir este padrão responderá a Deus. A responsabilidade de uma pessoa é clara: ela deve agir sobre a verdade.
Em resumo, (1) a Bíblia é autoridade única para a salvação: (2) a base de salvação é a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo; (3) salvação vem somente por graça através de fé em Jesus Cristo; e (4) a aplicação de graça e a expressão de fé vêm a medida que a pessoa obedece Atos 2:38, assim recebendo o novo nascimento de João 3:3-5.
          Santidade e Viver Cristão

A vida Cristã é um andar diário por fé (Romanos 1:17). Ninguém é salvo por predestinação individual; todos são salvos à medida que respondem em fé à graça universal de Deus (João 3:16: Tito 2:11-12). A Bíblia não ensina segurança incondicional: cada pessoa vive por fé obediente em Cristo (Romanos 11:17-23; Hebreus 2:1-4; 10:35-39). Se os Cristãos permanecem nEle, terão segurança de vida eterna, pois nenhuma força externa pode tirar sua salvação (Romanos 8:35-39; Hebreus 6:11; 10:22).

     Várias disciplinas básicas são partes integrais do viver Cristão.
1. Oração (Mateus 6:5-15; Efésios 6:18; 1 Tessalonicenses 5:17; Judas 20-21). A oração habilita um Cristão receber as promessas de Deus bem como direção e poder espiritual. Deus promete responder suas orações, suprir suas necessidades, livrá-lo da tentação, e fazer as coisas cooperarem para o seu bem (Mateus 6:33; 7:7; 17:20; 21:22; João 14:14; Romanos 8:28; 1 Coríntios 10:13; Filipenses 4:6, 19). Para receber estas promessas, ela deve pedir com fé, de um coração arrependido, na vontade de Deus e não de desejos carnais (Salmos 66:18; Tiago 1:5-8; 4:2-3; 5:16; 1 João 3:20-22; 5:14-15).

2. Estudar a Bíblia (Salmos 119:11, 16, 105; II Timóteo 2:15;3:14-17). Para conhecer verdade, executar a vontade de Deus, e vencer a tentação, o Cristão deve ler, estudar, meditar, e aprender a Palavra de Deus.

3. Assistência fiel à igreja e submissão a liderança espiritual (Salmos 122:1; Hebreus 10:25; 13:17). Todos os Cristãos precisam de instrução, comunhão, adoração em grupo, e trabalho evangelístico que a igreja local e o pastor provêm.

4. O dar de dízimos e ofertas (Malaquias 3:8-12; Mateus 6:1-4; Lucas 6:38; 16:10-12; 1 Coríntios 9:7-14; II Coríntios 9:6-7). O dar do dízimo começou antes da Lei de Moisés e continua depois dela. Abraão e Jacó pagavam dízimos. Os dízimos são dez por cento de “aumento” (renda) e são usados para sustentar a igreja. As ofertas são contribuições voluntárias adicionais.

5. Adoração (Salmos 100:1-5; 111:1; João 4:24; 1 Coríntios 14:26-33, 40; II Coríntios 3:17). Os Cristãos devem adorar em Espíri¬to e em verdade. As expressões das Escrituras de adoração incluem devoções pessoais, adoração em grupo, louvor em voz alta, cantando, tocando instrumentos musicais, orando em voz alta, levantando mãos, batendo palmas, chorando e dançando diante do Senhor (Salmos 33:2-3; 47:1; 141:2; 149:3-5; 150:1-6; Atos 4:24-31; 1 Timóteo 2:8; Efésios 5:19).

6. Jejum (Mateus 6:16-18; 9:14-15; 17:21). Jejuar não ganha favores de Deus, nem é destinado para punir o corpo. Antes, ajuda a pessoa a disciplinar si mesmo, focar em prioridades, e aproximar-se ao reino espiritual.

7. Santidade de vida. Seguir a santidade é tão importante quanto o novo nascimento. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14).

Deus ordena que Seu povo seja santo em toda a conduta porque Ele é santo (1 Pedro 1:15-16). Eles devem obedecer esta ordem para poder (1) agradar a Deus, pois eles pertencem a Ele. (2) comunicar Cristo aos outros, e (3) beneficiar si mesmo, tanto agora corno na eternidade.
                            Para o povo de Deus santidade significa
                       conformidade ao caráter de Deus

— pensar como Ele pensa, amar como Ele ama, odiar o que Ele odeia, e comportar-se como Cristo se comportaria. Especificamente, santidade é (1) separação de pecado e o sistema do mundo e (2) dedicação a Deus (Romanos 12:1-2; II Corintios 6:17-7:1).
Os cristãos não devem amar este sistema pecaminoso do mundo, identificar-se com ele, se tornar ligado as coisas dele, ou participar nos seus prazeres e atividades pecaminosas (Tiago 1:27; 4:4; 1 João 2:15). Eles devem evitar três áreas maiores de pecado: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida (1 João 2:16). Eles devem disciplinar a si mesmo, e devem abster-se de toda a aparência do mal (1 Corintios 9:24-27; 1 Tessalonicenses 5:22).
A santidade é tanto interna como externa (1 Coríntios 6:19-20; II Corintios 7:1: 1 Tessalonicenses 5:23). Ela inclui atitudes, pensamentos, e mordomia espiritual, mas também ações, aparência, e mordomia física. Ambos os aspectos são essenciais.
A vida de santidade é um esforço continuo para alcançar a perfeição (Mateus 5:48; II Coríntios 7:1; Filipenses 3:12-16). Ninguém é absolutamente perfeito, mas todos podem ser relativamente perfeitos e maduros. Deus espera crescimento continuo em graça e conhecimento e um aumento na produção de fruto espiritual (João 15:1-8; II Pedro 3:18). O alvo diário do Cristão e para vencer o pecado (João 5:14; 8:11). Ele não deve pecar; se fizer, ele pode receber perdão por arrependimento e confissão (1 João 1:9; 2:1).
A santidade não é um meio para ganhar salvação mas um resultado de salvação. Ela vem por (1) fé, (2) amor, e (3) andar segundo o Espírito. Todos os aspectos de salvação, incluindo a obra santificadora do Espírito Santo, vem por fé (Efésios 2:8). Se alguém crê verdadeiramente em Deus, ele obedecerá a Palavra de Deus. Além do mais, se alguém verdadeiramente ama a Deus obedecerá as ordens de Deus (João 14:15, 23; 1 João 2:3-6). O amor é bem mais estrito e exigente do que a lei ou o dever. O Espírito Santo transmite uma natureza santa. Através da orientação e poder do Espírito, o crente pode vencer o pecado e viver justamente (Romanos 8:2-4; Gálatas 5:16; 1 Tessalonicenses 4:7-8).
O Espírito Santo ensina a santidade pela (1) Palavra de Deus inspirada, (2) pregadores e professores ungidos que proclamam e aplicam a Palavra, e (3) induções e convicções internas (que não se divergem da Palavra).
Seguir a santidade requer um esforço pessoal; não é algo automático, O Cristão deve ceder à operação do Espírito de Deus e ativamente implementar princípios espirituais (Romanos 6:11-14; Filipenses 2:12; II Pedro 3:14).
A vida Cristã é uma vida de liberdade, não legalismo. O legalismo significa basear a salvação sobre obras ou lei ou impor regras não bíblicas. Todos os padrões verdadeiros de santidade são declarações específicas bíblicas ou aplicações válidas de princípios bíblicos as situações contemporâneas.
Os Cristãos tem liberdade de pecado, liberdade da lei, e liberdade para comportar-se como eles preferem em assuntos não morais. A liberdade Cristã não nega a responsabilidade para seguir a lei moral e ensinamentos das Escrituras (Romanos 6:15; Gálatas 5:13). Além do mais, a Bíblia apresenta diversas diretrizes para o exercício correto de liberdade Cristã até em assuntos não morais: (1) Fazer tudo para a glória de Deus (1 Coríntios 10:31; Colossenses 3:17). (2) Evitar qualquer coisa não benéfica, prejudicial ou “peso” (1 Coríntios 6:12; 10:23; Hebreus 12:1). (3) Evitar qualquer coisa que ganhará dominância (1 Coríntios 6:12). (4) Evitar dano a outros (Romanos 14:13-21; 1 Corintios 8:9-13; 10:32-33).
                              Aqui são áreas importantes nas quais princípios   bíblicos  de
                                 santidade,  e portanto universais e imutáveis, aplicam-se:

1. Atitudes (Gálatas 5:19-21; Efésios 4:23-32). Os cristãos devem afastar-se das más atitudes, incluindo ódio, malícia, ira, inveja, ciúme, cobiça, amargura, orgulho, preconceito, vingança, contenda, e discórdia. A essência de santidade é produzir o fruto do Espírito, que inclui amor, gozo, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fé, mansidão e temperança. Os cristãos devem perdoar, ser obedientes a autoridade, ser agradecidos, não permitir que nada os ofendem, e não ser intrometidos nas vida de outrem.
2. Pensamentos (Mateus 15:18-20; II Coríntios l0:5; Filipenses 4:8). Uma pessoa é o que ela pensa, e se torna o que ela deixa sua mente meditar. Os Cristãos devem pensar em coisas verdadeiras, honestas, justas, puras. amáveis, reputáveis. virtuosas, e dignas de louvor. Eles devem lançar fora pensamentos maus, levando cativo cada pensamento para fazê-lo obediente a Cristo.

3. A língua (Tiago 1:26: 3:1-2: 4:11: 5:12). Os Cristãos devem evitar tagarelice, calúnias. difamações, semeadura de discórdia, juramento, usar o nome do Senhor em vão, pronunciar maldições. Ultrajes, mentiras, palavras frívolas, e linguagem sugestiva, indecente ou obscena.

4. O olho (Salmos 101:2-3; 119:37: Mateus 6:22-23). O olho é a porta da alma e a fonte principal de entrada para a mente. Os Cristãos não deveriam ler matérias sensuais ou vulgares. Eles não deveriam assistir a televisão e o cinema, porque a violência, sexo ilícito, pecaminosidade e vaidade dominam estas mídias.
5. Aparência (adorno, vestimenta e cabelo) (Deuteronômio 22:5: 1 Coríntios 11:1-1.6; 1 Timóteo 2:8-10; 1 Pedro 3:1-5). A aparência reflete o ser intimo, tanto para Deus quanto aos outros. A aparência impiedosa promove a concupiscência da carne, concupiscência dos olhos, e soberba da vida, ou dando a pessoa trajada e a sociedade a caminhos impiedosos. Princípios bíblicos aqui são (a) modéstia, (b) rejeição a ornamentação. (c) moderação no custo. (d) distinção entre o macho e a fêmea, e (e) separação de conotações mundanas. Assim os cristãos deveriam abster-se de vestimenta imodesta, jóias ornamentalistas extravagantes e que tortura o corpo, trajes caros, extravagantes ou ostentosos, vestidos femininos nos homens, calças escandalosas nas mulheres, cabelos demasiadamente compridos nos homens, cabelos cortados nas mulheres, e modas com associações carnais.

6. Mordomia do corpo (1 Corintios 3:16-17; 6:12, 19-20). O corpo é o templo do Espírito, por isso os Cristãos não deveriam usar coisas que prejudicam ou contaminam o corpo, causam uma intoxicação ou causam vícios. Bebidas alcoólicas, tabaco, e drogas ilegais violam este princípio.

7. Santidade de casamento (1 Coríntios 6:9-10; Colossenses 3:5; Hebreus 13:4). A Biblia condena todas as relações sexuais fora de um casamento vitalício de um homem e uma mulher. Ela opõe pensamen¬tos e ações concupiscentes.

8. Santidade de vida humana (Êxodo 20:13: Mateus 5:39, 44). Os Cristãos não deveriam participar de violência ou tirar uma vida humana, incluindo na guerra, aborto, e suicídio.

9. Honestidade (Marcos 10:19). A Bíblia rejeita toda desonestidade, incluindo o mentir, roubo, fraude, recusa em pagar dívidas, extorsão, suborno, e engano.

10. Comunhão (Mateus 18:15-18; 1 Coríntios 5:9-6:8; 15:33; II Coríntios 6:14). Os Cristãos não devem ser identificados com atitudes e estilos de vida pecaminosos. Eles não deveriam ter comunhão com os crentes assim chamados que continuamente favorecem atividades pecaminosas. Não devem se colocar em jugo desigual com incrédulos, tal como por casamento. Eles devem resolver disputas internas de acordo com o procedimento dado por Cristo, não por processo em cortes civis.

11. Atividades mundanas (1 Tessalonicenses 5:22; Tito 3:3; 1 João 2:15). Os Cristãos devem maduramente regular divertimentos, música, esportes, e jogos, evitando ambientes e aparências mundanas. Alguns divertimentos são inerentemente mundanos, tais como jogos com aposta, danças obscenas, Rock pesado ligado ao ocultismo.
Em resumo, a santidade significa imitar a Cristo, ser semelhante a Cristo. A pessoa santa não satisfará os desejos da natureza pecaminosa, mas revestirá com personalidade e mente de Cristo (Romanos 13:14; Gálatas 4:19). Ela julgará cada decisão e ação por perguntar, O que faria Jesus?”.

A santidade é uma parte integral da salvação do homem total, do poder e efeito do pecado. E um privilégio jubiloso; uma parte da vida abundante; uma bênção da graça de Deus; uma vida gloriosa de liberdade e poder. A vida de santidade cumpre a intenção e desenho original de Deus para a humanidade. Para o crente cheio do Espírito que verdadeiramente ama a Deus, santidade é o normal — de fato— a única maneira para viver. A santidade é a essência da vida Cristã.
                                              A Igreja

A igreja de Jesus Cristo é o corpo dos crentes chamados para fora, aqueles que tem sido batizados em Cristo por água e Espírito. A Bíblia descreve a igreja como o corpo de Cristo, a noiva de Cristo, e o templo espiritual no qual o Espírito de Cristo habita. A igreja é tanto local quanto universal. A sua missão na terra é para (1) adorar e glorificar a Deus, (2) evangelizar o mundo, e (3) desenvolver os santos a maturidade.
Cada crente é seu próprio sacerdote a Deus (através de Jesus) e pode comunicar-se com Deus diretamente (Hebreus 4:14-16; Apocalipse 1:6). Cada membro da igreja tem uma posição de serviço, que inclui o levar das cargas uns dos outros e orar uns pelos outros (Gálatas 6:1-2; Colossenses 4:3, 12).
Para treinar e equipar os cristãos para a tarefa da igreja, Deus tem a dado ministros especiais (Efésios 4:11-16). (1) Apóstolo - alguém enviado com uma comissão. Embora que ninguém possa tomar o lugar dos doze apóstolos do Cordeiro, que eram testemunhas oculares de Cristo; outros exercitam um ministério apostólico por servir como missionários pioneiros e líderes (Atos 13:2-4; 14:14). (2) Profeta — alguém que divulga mensagens especiais ou direção de Deus (Atos 11:27; 15:32; 21:10). (3) Evangelista — pregador para os incrédulos (Atos 21:8; II Timóteo 4:5). (4) Pastor — alguém que guia e cuida do povo de Deus, também chamado bispo (alguém que supervisiona) e ancião (Atos 14:23; 20:28; 1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9; 1 Pedro 5:1-4). (5) Mestre — alguém que instrui na Palavra de Deus (Atos 13:1).
Há também o ofício de diácono (servo). Os diáconos assistem a liderança espiritual nas atividades e assuntos de negócios da igreja (Atos 6:3; 1 Timóteo 3:8-13). Deus tem ordenado o governo da igreja, e Ele dá vários ministérios, papéis, tarefas, ou ofícios além dos que foram mencionados acima (Romanos 12:4-8; 1 Coríntios 12:28). Todos devem ser submissos aos lideres espirituais e obedecê-los enquanto eles são consistentes com as Escrituras (1 Tessalonicenses 5:12-13; Hebreus 13:17). Ao mesmo tempo, os líderes devem ser servos e exemplos, não ditadores (Mateus 20:25-28; 1 Pedro 5:3).

A igreja também tem dons do Espírito, que permanecerão até a volta de Cristo (1 Coríntios 1:2, 7; 12:8-10). Estes dons nunca deveriam ser exercitados contrário a Bíblia ou liderança piedosa, mas sempre com amor, em ordem, e para edificação do corpo. Os dons espirituais são miraculosos e sobrenaturais. Eles podem ser classificados como segue.
                               Dons de revelação.

(1) Palavra de sabedoria — liderança divina, direção, ou discernimento para uma situação específica (Atos 27:9-11).

(2) Palavra de conhecimento — revelação divina de um fato de outra maneira desconhecida do recipiente (Atos 5: 1-1 1).

(3) Discernimento de espíritos — percebendo se algo é motivado por Deus, um espírito mal, ou um espírito humano. (Atos 16:16-18).

Dons de poder.

(4) Fé — uma dádiva especial de confiança em Deus para uma crise particular ou uma situação aparentemente deses¬perada (Atos 27:21-25). (5) Dons de cura — curas divinas, ou instan¬tâneas ou progressivas, para vários tipos de enfermidades físicas e mentais (Atos 5:12-16). Cristo comprou cura para o corpo (Isaias 53:5; Mateus 8:16-17) e deu aos crentes autoridade para impor as mãos sobre os enfermos para sua recuperação (Marcos 16:17-18). Os anciões devem ungir o enfermo com óleo e orar para cura em nome de Jesus (Tiago 5:13-16).

(6) Operação de milagres — intervenção direta por Deus em uma situação, transcendendo leis naturais (Atos 20:7-12; 28:1-6).

Dons de expressão vocal.

(7) Profecia — uma mensagem de Deus numa linguagem conhecida (1 Coríntios 14:3-4, 29-33). Num sentido mais geral, cada testemunho ungido, pregação, ou louvor pode ser chamado profecia (Apocalipse 19:10). (8) Variedades de línguas uma mensagem de Deus numa língua desconhecida da congregação, para ser interpretada para o beneficio da igreja (1 Coríntios 14:5, 27-28). Cada crente pode também falar em línguas sem interpretação para uma devoção e beneficio pessoal (1 Coríntios 14:4, 14-15, 18, 28).

(9) Interpretação de línguas — dar o significado de uma mensa¬gem pública divulgada em línguas (1 Coríntios 14:5, 27-28).
Jesus Cristo instituiu a Ceia do Senhor e o lavar dos pés na Sua igreja, ordenando a observância de ambos (Lucas 22:14-20; João 13:2-17; 1 Coríntios 10:16-17; 11:23-34).
A Ceia do Senhor consiste em comer de pão não levedado e beber o fruto da vinha, que simbolizam o corpo quebrado e o sangue derramado de Cristo. A igreja deve participar com reverência, auto-examinação, e arrependimento, solenemente lembrando a morte expiatória do Senhor e jubilosamente antecipando Seu retomo. Deste modo os santos gozam comunhão com Ele e comunhão uns com os outros. O lavar dos pés quando possível, ensina humildade, serviço, e comunhão.
A igreja local deveria reunir-se regularmente e freqüentemente. Não é requerido observar leis de sábado, pois a igreja não está constrangida por leis cerimoniais (Atos 15:19-29; Romanos 14:5-6; Gálatas 4:9-11; Colossenses 2:16-17). Os cristãos gozam santificação espiritual e descanso cada dia no Espírito Santo. No entanto, separar um dia semanalmente para descanso e designando tempos para adoração em grupo, comunhão, e instrução ainda são princípios válidos. A igreja primitiva reunia-se aos domingos em comemoração da ressurreição do Senhor, mas considerando que todos os dias são santos no Senhor. (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2). Cada Cristão deveria ser fiel às reuniões de sua igreja local (Atos 2:42; Hebreus 10:25).
                           As Últimas Coisas

Quando uma pessoa morre seu corpo vai ao sepulcro, em um estado que a Bíblia compara ao sono, para aguardar a ressurreição, ou reunião de corpo e alma. A alma injusta espera num lugar de desassossego, enquanto a alma justa está no descanso (Lucas 16:22-28). A habitação temporária das almas dos mortos é o Seol (Hebraico) ou flades (Grego) (Salmos 16:10; Atos 2:27). Quando Cristo ressuscitou dos mortos, Ele venceu Hades e morte, e como parte de Sua vitória Ele aparentemente levou as almas justas de Hades (Efésios 4:8-10). Quando um Cristão morre hoje, sua alma descansa na presença do Senhor (II Coríntios 5:8; Filipenses 1:21-24).

O próximo grande evento para a igreja é o arrebatamento dos santos e d retorno de Jesus Cristo (Tito 2:13). No arrebatamento os mortos em Cristo serão ressuscitados e os santos vivos serão transformados, ambos recebendo corpos imortais e glorificados (1 Coríntios 15:51-54; Filipenses 3:20-21; 1 Tessalonicenses 4:13-18). Juntos eles encontrarão o Senhor no ar para viver com Ele eternamente.
Um tempo sem paralelo de grande tribulação virá sobre o mundo (Mateus 24:21; Apocalipse 6-19). Satanás procurará dominar o mundo através de um homem e sistema descritos como “a besta” (as vezes chamado o Anticristo) (Apocalipse 1 3). A besta e seu profeta falso estabelecerão um sistema religioso, político, e econômico para controlar o mundo. Estas manobras satânicas trarão guerra, fome, e morte. Eventualmente a besta reivindicará ser Deus e profanará e reedificará o templo Judaico. Aqueles que apóiam este sistema mal e voltarem a Deus serão perseguidos e martirizados; alguns terão proteção divina.
No meio da tribulação, Deus derramará Seu julgamento sobre a humanidade não arrependida e degenerada várias grandes pragas (Apocalipse 6-18). Muitos crêem que a igreja será arrebatada antes da tribulação, enquanto alguns crêem que a igreja passará por uma parte ou todo dela. De qualquer forma, a igreja será protegida da ira de Deus (Lucas 21:36).
No final da tribulação, os exércitos satânicos se juntarão no vale de Armagedom para esmagar toda oposição. Aparentemente vitoriosos, eles marcharão a Jerusalém para reivindicar seu prêmio. Então, Jesus Cristo retomará fisicamente à terra com Seus santos, descendo no Monte das Oliveiras (Zacarias 12-14; Atos 1:9-12; Apocalipse 19). A nação Judaica O reconhecerá como seu Messias, e Ele destruirá a besta e seus exércitos.
Jesus estabelecerá Seu reino na terra por mil anos (freqüentemente chamado o Milênio), e os santos reinarão com Ele (Apocalipse 20). Satanás será preso, mas no final da época será solto por um curto prazo de tempo. Ele fomentará uma rebelião final, que Deus destruirá com fogo do céu.

Então virá o Juízo Final, ou Julgamento do Trono Branco (Apocalipse 20:11-15). Todos aqueles que não estão inscritos no Livro da Vida serão lançados no lago de fogo (também chamado de Gehenna em Grego), e lá serão separados eternamente de Deus. Deus destruirá o mundo presente e criará um novo céu e uma nova terra. Os santos viverão com Ele para sempre na Nova Jerusalém (Apocalipse 21-22).
A Bíblia descreve muitos sinais que precederão a segunda vinda de Cristo, e estão sendo cumpridos hoje (Mateus 24:1-39; Lucas 2 1:7-31; II Tessalonicenses 2:1-8; II Timóteo 3:1-13). A época presente logo terminará. Apesar de idéias diferentes acerca de detalhes proféticos, diversas verdades chaves são evidentes de qualquer interpretação literal das Escrituras:

1. Jesus Cristo logo retomará fisicamente a terra.

2. Ninguém sabe ou pode estabelecer o tempo de Sua vinda; a igreja deve estar pronta em todo o tempo (Mateus 24:42-44; Marcos 13:33-37; Romanos 13:11-14).

3. Cada pessoa O enfrentará no julgamento para receber a recompensa de vida eterna ou a punição de morte eterna.
Qual é a reação correta à luz destas verdades pavorosas? “O Espírito e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem. Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a água da vida... Aquele que dá testemunho destas cousas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22:17, 20).
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