quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


















CURSO

DE MATURIDADE CRISTÃ I

Propósito: Alcançar, Consolidar, Treinar e Enviar.



Edificando

Uma Igreja Uma Família de Vencedores!
2
Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo – edificando uma igreja uma família de vencedores através dos grupos familiares 2


CURSO DE MATURIDADE ESPIRITUAL I

Seja bem vindo ao Curso de Maturidade Espiritual I

Uma das primeiras experiências com os quais o novo crente vive é o contato e relacionamento com Deus através da igreja que é a família de Deus na terra. Através dela Jesus manifesta o seu amor e graça, e desta forma o novo cristão começa o caminhar na vida cristã. Ocorre, porém, a necessidade de crescimento e conhecimento da Palavra de Deus e de seus princípios. Pois estes princípios regem a nossa vida e descobri-los, praticá-los, são os passos para que a vitória em todas as áreas da nossa vida se transforme na experiência do dia a dia.

Oramos para que o neste volume I do presente estudo seja uma bênção na sua vida. Certamente este curso não é tudo, é apenas o começo, há muita coisa a aprender. Cremos que o Espírito Santo, que é o Mestre, virá em nosso auxílio e tornará nossa vida com Deus cada vez mais real. Precisamos dar um passo de cada vez, não podemos pular etapas, quando chegar a hora certa você poderá fazer o curso médio em teologia. Somos uma nação sacerdotal e por isso precisamos estar preparados para ministrar diante do Senhor e cumprir o ministério da reconciliação que ele nos confiou. Portanto participe intensamente deste curso, absorva tudo o que puder, estenda a visão e veja-se ministrando a muitos outros nos grupos familiares, pois este deve ser o alvo. Seja fiel e Deus realizará em sua vida todas as obras que Ele já preparou para você. Nós estamos felizes e entusiasmados por ter você conosco e, juntos, participarmos da obra de Deus que sem dúvida, é a coisa mais importante das nossas vidas. O nosso desejo e oração é que você se torne um líder frutífero e experimente em plenitude a graça e a unção que o Senhor tem derramado sobre nós nestes dias.

OBJETIVO: Este estudo tem por finalidade a edificação de vidas que desejam estar mais perto de Deus e usufruir maior comunhão com Ele. Desde o passado, Deus tem, à Sua maneira, procurado manter o contato e a comunhão com o homem. A história e a Bíblia nos mostram que com o passar do tempo o homem foi se distanciando cada vez mais de Deus e não Deus do homem. Deus criou o homem com o propósito de manter um relacionamento íntimo com ele. A Bíblia registra no livro de Gênesis que quando Deus criou o homem e a mulher Ele os colocou num jardim, um local apropriado, preparado para a Sua criação especial, e todos os dias Ele visitava o casal. Havia comunhão, ou seja, intimidade entre Deus e o casal (leia Gênesis 2). O casal gozou desta intimidade, da comunhão com Deus até no dia que ele resolveu desobedecer-lho. O capítulo 3 de Gênesis relata o que aconteceu com Adão e Eva: o casal pecou e se distanciou de Deus. O pecado abriu um abismo entre Deus e o homem. A partir daí o homem iniciou uma caminhada rumo a destruição; passou a viver independente de Deus; tomar as suas próprias decisões. Ainda assim, Deus não desistiu do casal, Deus continuou amando-o, procurando manter comunhão com ele.

Deus vai em busca de Adão e Eva (Gn 3.8-10);

Deus chama Noé para uma grande missão, preservar a raça humana (Gn. 6 – 9).

Deus chama Abraão para ser uma bênção para todas as nações ( Gn. 12).

Deus chama a Moisés para um grande projeto, e muitos outros, até que Ele enviou o seu próprio filho para restaurar a comunhão, a intimidade com o homem pecador.

A vida cristã é uma vida de relacionamento pessoal com o Deus criador, que se revelou ao homem através da pessoa do Senhor Jesus Cristo.



Lição 01 A SALVAÇÃO

“E todo o povo verá a salvação de Deus” (Lucas 3:6).

OBJETIVO: Entender o ensino bíblico a respeito da salvação. Atentar para a salvação oferecida em Cristo. Agradecer a Deus pela salvação.

Introdução

O termo ―salvação é usado na Bíblia com significados diferentes. Pode se referir a um livramento de morte, de perigo, de perseguição. Aqui está relacionado a uma salvação física. Também é usado para se referir a uma libertação espiritual, ou seja, um livramento da condenação eterna. Esta é a salvação espiritual, a mais importante.

O propósito e plano de salvação vêm do coração de Deus que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (II Tm. 2:4). Neste propósito, a Trindade está evolvida: Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo. Através da salvação, o homem pecador recebe uma nova vida (II Co. 5:17; Tt. 3:5), ganha uma nova posição diante de Deus (Gl. 3:26).

1. O TRÍPLICE ASPECTO TEMPORAL DA SALVAÇÃO.

A salvação pode ser descrita em termos do passado: ―fomos salvos, presente: ―estamos sendo salvos e futuro: ―seremos salvos. O homem está salvo, está sendo salvo e será salvo. (Ef. 2:8; I Co. 1:18; Mt. 10:22; Rm. 5:9-10; 8:24).

1.1. ASPECTO PASSADO – Quando alguém aceita a Cristo, Ele é justificado e recebe uma nova posição em Cristo. É salvo pela fé (Ef. 2:8), já passou da morte para a vida e recebeu a certeza do testemunho do Espírito Santo em seu próprio espírito, de que é Filho de Deus (Rm. 8:16; cf. Jo. 1:11-12). Neste caso, a salvação é possessiva. Tomamos posse no momento em que aceitamos a Cristo (I Co. 1:18).

1.2. ASPECTO PRESENTE – PROGRESSIVAMENTE – Nós fomos salvos em esperança (Rm. 8:24) e esta salvação vai se desenvolvendo no decorrer da caminhada cristã por meio da santificação. A graça de Deus, que traz a salvação (Tt. 2:11), que é o poder transmitido pela pregação da cruz àqueles que estão sendo salvos (I Co. 1:18) ensina a necessidade da operação do Espírito Santo (Fp. 2:12), evidenciando a negação da impiedade e as concupiscências mundanas, e produzir uma vida sóbria, reta e piedosa no mundo presente.

1.3. ASPECTO FUTURO – A salvação do homem em sua plenitude será realizada no futuro. O homem é salvo em esperança (Rm. 8:24), a salvação total está prestes a ser revelada no último tempo (Mt. 10:22; Rm. 5:9-10; I Ts. 5:9; II Ts. 2:13; II Tm. 2:10; Hb. 1:14; I Pe. 1:5).

2. A NATUREZA DA SALVAÇÃO

2.1. A SALVAÇÃO É ESSENCIALMENTE DIVINA EM SUA ORIGEM – A salvação se originou no coração de Deus e foi demonstrada pela vinda de Cristo ao mundo (Jo. 3:16; Rm. 5:8).

2.2. A SALVAÇÃO ESTÁ ESSENCIALMENTE RELACIONADA AO EVENTO CRUZ-RESSURREIÇÃO – Desde a eternidade, a cruz era uma realidade no plano de Deus. Foi morrendo na cruz do calvário e ressuscitando dentre os mortos que Jesus garantiu a nossa salvação (Rm. 3:25; Ef. 1:4; 3:11; I Pe. 1:20; Ap. 13:8).

2.3. A SALVAÇÃO É ESSENCIALMENTE GRATUITA – Somos salvos pela graça (Ef. 2:8-9).

2.4. A SALVAÇÃO É INTECIONALMENTE UNIVERSAL – Cristo morreu por todos. Deus proveu uma salvação em potencial para todos os homens (Jo. 1:29; II Co. 5:19; I Tm. 2:3-4; Hb. 2:9; I Jo. 2:1,2).

CONCLUSÃO

A salvação é o maior milagre e o maior presente que o homem pode receber de Deus. A salvação revela o amor de Deus pela humanidade e ao mesmo tempo revela o nosso valor para Ele. Na salvação, nós somos libertos do pecado, recebemos uma nova vida e somos feitos filhos de Deus. E ainda mais:

Somos participantes de Jesus Cristo (Hb. 3:14);

Somos participantes de Sua natureza divina (II Pe. 1:14)

Somos participantes das aflições do Evangelho (II Tm. 1:8).

Recebemos perdão total (Is. 55:7).

Recebemos a Sua eterna companhia (Is. 41:10; Mt. 28:20; Jo. 10:28; Rm. 8:38).

É tão valiosa a graça salvadora que Deus, com todo o Seu poder, não encontrou outra forma de redimir-nos, senão através do bendito sangue de Seu próprio Filho. Por meio de Jesus, tudo o que o homem perdeu no paraíso, foi-lhe restituído por meio da fé. Nenhum homem poderá voltar a desfrutar da vida e das riquezas espirituais, se antes não reconhecer sua condição de pecador e aceitar o sacrifício de Cristo na cruz, depositando sua fé nEle.

AVALIAÇÃO

1. A salvação é o maior milagre e o maior presente que o homem pode receber de Deus. A salvação revela o amor de Deus pela humanidade e ao mesmo tempo revela o nosso valor para Ele. Em relação a salvação é correto afirmar:

(a) A salvação que a Bíblia ensina nada tem a ver com a salvação da alma.

(b) Somente os que merecem serão salvos.

(c) O propósito e plano de salvação vêm do coração de Deus que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

(d) A salvação depende das boas obras.

2. Em que sentido a salvação está relacionada ao evento cruz-ressureição?

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3. De acordo com Efésios 2.8-10, o que devemos fazer para receber a salvação?

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4. Fale em poucas palavras o que você aprendeu nesta lição.

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Lição 02 - A CONDIÇÃO DO HOMEM ANTES E DEPOIS DO ENCONTRO COM CRISTO

“Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus”. (Rm 3.23)

OBJETIVOS: Identificar a condição do homem sem Cristo. Compreender que o homem pecador por si mesmo é incapaz de redimir-se. Compreender que a salvação é somente pela graça de Deus e não por mérito humano.

Introdução

Antes do pecado, o homem desfrutava de plena comunhão com Deus. Ele criou o homem segundo a sua imagem e semelhança (Gn. 1:26-27) e o criou para a glória Dele. Ao cair em tentação (Gn. 3), o homem perdeu sua comunhão com Deus, pois o pecado separa o homem de Deus (Is. 59:1,2).

A partir daí, o homem se tornou inimigo de Deus, escravo do pecado e destinado à morte (Gn. 2:17). Esse é o estado de todo o homem sem Cristo. Antes de Cristo, todos nós éramos inimigos de Deus (Rm. 5:10); escravos do pecado (Rm. 3:23; 6:23). A salvação de nossas almas só pôde ser alcançada pela graça de Deus.

Na carta aos Efésios, no capítulo 2:1-10, o Apóstolo Paulo descreve a condição do homem antes e depois de Cristo. Vejamos esta condição: Nesta lição, abordaremos a condição do homem antes do encontro com Cristo, e na próxima lição o homem depois do encontro com Cristo.



I. A CONDIÇÃO DO HOMEM ANTES DO ENCONTRO COM CRISTO

1. Se encontrava num estado de morte espiritual (v.1)

O homem desobedeceu a Deus, esta desobediência trouxe conseqüências que perdura por toda a vida – trouxe morte – tanto física como espiritual (Rm. 5:12). Todos nascem debaixo do pecado, todos estão espiritualmente mortos, e por si mesmos não podem fazer nada. Sem Deus, ainda que fisicamente o homem esteja vivo, espiritualmente, ele está morto.

1.1. PECADO. Pecar significa errar o alvo. É qualquer falta de conformidade com a lei moral de Deus, dada como regra à criatura racional.

Pecado é muito mais do que lista do que é certo e errado. Pecado não é simplesmente matar, roubar, prostituir-se, etc. Esses são atos pecaminosos. Em primeiro lugar, pecado é rejeitar a Deus.

Pecado é uma inclinação interior. É uma disposição interior inerente que nos inclina para fazer atos errados. Em outras palavras: é uma força que age dentro do coração do homem impulsionando-o praticar atos errados, tais como: matar, mentir, roubar, prostituir, etc. Não somos pecadores, porque pecamos; pecamos porque somos pecadores.

A essência do pecado é o egoísmo. É entregar-se a si mesmo, ou seja, agir de acorde com seus desejos carnais.





2. Estava num estado de rebeldia ativa (v. 2a).

Não estávamos somente mortos espiritualmente, mas vivíamos num estado perverso e ativo. O homem sem Cristo vive na perversidade, impiedade e injustiça. Seu estilo de vida é marcado pela rebeldia agindo sempre contra a vontade de Deus (II Pe. 2:13-14), ultrapassando os limites estabelecidos por Ele, afastando-se dos propósitos de Dele (Rm. 1:18ss).



3. Era escravo (v.2). O pecado reduz o homem ao estado de escravidão.

3.1. Escravo do mundo. O mundo que escraviza o homem pecador é o sistema perverso, devasso que o homem caído tem criado. É um mundo cheio de fantasia e engano; é um sistema maligno. Este sistema é um poder que arrasta o homem pecador.

AS DUAS CARACTERÍSTICAS DOMINANTES DESSE MUNDO SÃO:

1- Orgulho - o homem não aceita sua posição de criatura nem de sua dependência do Criador e age como se ele fosse um deus.

2- Cobiça – que o leva a desejar e a possuir tudo quanto é atrativo aos seus sentidos físicos (I Jo. 2:16); é a tendência de adorar aquilo que deseja (Cl. 3:5).

3.2. Escravo do diabo. Todos aqueles que estão sem Cristo estão sob o poder de Satanás, que é o deus deste século (II Co. 4:4) andam e agem segundo a vontade perversa dele (II Co. 11:14-15).

3.3. Escravo de sua própria natureza carnal (v.3 – cf. Gl. 5:19-21.)

3.3.1. Fazendo a vontade da carne. Obedecendo às ordens da natureza pecaminosa. (Carne – significa a natureza pecaminosa do homem).

3.3.2. Dos pensamentos. O pensamento de um homem sem Cristo é impuro. Não só pensam como também colocam em prática.

3.4. Sem Cristo todos são filhos da ira - João 3:36.



II. A CONDIÇÃO DO HOMEM DEPOIS DO ENCONTRO COM CRISTO

“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos”. (Ef 2.10).

Antes de Cristo, o homem se encontrava num estado de perdição. Mas Deus interveio na história humana. Mesmo o homem se rebelando, Ele entrou no tempo e na história para resgatar o homem do pecado. É Deus quem vai à busca do pecador. Quando Adão pecou, foi Deus quem tomou a iniciativa de ir até ele (Gn. 3). Nenhum pedido foi enviado ao céu pedindo a vinda do Senhor Jesus. Deus mesmo foi quem tomou a iniciativa de resgatar a humanidade. Jesus veio ―não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos‖ (Mc. 10:45).

Vemos aqui a diferença entre o Cristianismo e as demais religiões. Nas religiões os homens vão em busca dos deuses; no cristianismo, é Deus que vem em busca dos homens.

1. O que o homem se tornou depois do encontro com Cristo? Ele se torna objeto da misericórdia, do amor e da graça de Deus (Ef. 2:4-5).

1.1. Misericórdia – é o mesmo que compaixão, dó, simpatia. A misericórdia de Deus se manifesta tirando a culpa. Misericórdia é não recebermos aquilo que merecemos. Merecíamos a condenação, mas, por causa da misericórdia de Deus, recebemos a salvação.

1.2. Amor – A misericórdia de Deus repousa em seu amor por todos os homens. O amor põe a misericórdia em ação, desviando-nos do julgamento e conferindo a vida eterna em Cristo Jesus. Dizer que Deus nos ama é dizer que Ele se doa em nosso favor. ―Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores‖ (Rm. 5:8).

1.3. Graça – benevolência, amabilidade; graça é o favor imerecido; é o favor divino contrário ao merecimento humano. Somos salvos pela graça (Ef. 2:8-9). Ninguém pode salvar a si mesmo, e nem merece a salvação, mas somos salvos pelo amor de Deus. Graça é a manifestação deste amor. Ela é o poder deste amor apagando o passado, mudando o presente e garantindo o futuro do homem.

2. Depois do encontro com Cristo, voltou a viver nele (Ef. 2:5). Essa é a vida do próprio Deus comunicada a nós por meio de Jesus (Rm. 8:1,2). Recebemos uma qualidade especial de vida.

2.1. Ressuscitou com Cristo. (Ef. 2:6).

1- Espiritualmente – O indivíduo passa a ser espiritual e busca ter comunhão com Deus. Busca conhecer a Deus, ler a Bíblia, se envolve com o Reino de Deus.

2- Moralmente – Sai de uma vida inteira de pecaminosidade para uma vida de santidade.

2.2. Tornou-se feitura de Deus e entra no serviço que lhe era destinado (Ef 1:10). Não somos salvos por nenhum mérito, por nenhuma obra, mas pela ―graça mediante a fé que é dom de Deus‖ (Ef. 2:8). Mas também somos salvos para realizarmos boas obras. As boas obras são o resultado da salvação que recebemos em Cristo.

Em síntese: As boas obras não resultam em salvação; no entanto, a salvação leva o homem a realizar boas obras.

CONCLUSÃO

A condição a que estávamos submetidos era terrível e sem saída, porém o próprio Deus providenciou uma saída para nós: deu Seu próprio Filho para morrer por nós revertendo à condição de perdição do homem.

Quando aceitamos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, entramos num relacionamento íntimo com Deus, experimentamos o seu amor e recebemos dele uma qualidade especial de vida, somos tirados das trevas e transportados para luz, saímos de um vida marcada pela solidão, tristeza, e pela falta de paz, para uma vida cheia de alegria e paz na companhia de Jesus Cristo.

AVALIAÇÃO

1. Antes do pecado, o homem desfrutava de plena comunhão com Deus. Ele criou o homem segundo a sua imagem e semelhança e o criou para a glória Dele. Ao cair em tentação o homem perdeu sua comunhão com Deus, pois o pecado separa o homem de Deus. Assinale a baixo a alternativa que julgar correta.

(a) O pecado trouxe separação entre o homem e Deus, mas não prejudicou a vida espiritual do homem.

(b) O pecado foi apenas uma leve desobediência a Deus.

(c) O pecado trouxe morte para o homem, tanto física quanto espiritual.

(d) Todas as alternativas estão corretas.

2. “Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Sobre o peado assinale a alternativa correta.

(a) Pecar é errar o alvo.

(b) É qualquer falta de conformidade com a lei moral de Deus.

(c) É uma inclinação interior.

(d) Todas as alternativas estão corretas.

3. Leia – João 3:16 – o que levou Deus enviar o seu Filho para morrer pelos pecadores?

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4. Leia – Lamentações de Jeremias 3:22: Por que não somos destruídos?

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5. Leia – I João 3:1 – Qual é o benefício do amor de Deus?

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6. Leia – João 10:10 – Jesus veio para nos dar __________________________________________________________________________________________________________________________________

7. Fale em poucas palavras sobre o que você aprendeu nesta liçã0. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________



Lição 03 - A VIDA CRISTÃ: ONOVO NASCIMENTO

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas” (2Co 5.17).

OBJETIVOS: Entender o significado do novo nascimento. Reconhecer a necessidade de nascer de novo. Explicar os elementos que estão envolvidos na regeneração.

Introdução

Na lição anterior, foi abordada a questão da condição humana antes e depois de Cristo. Vimos que antes de aceitar a Cristo como Senhor e Salvador, a condição do homem era de morte espiritual, mas, depois de aceitar a Cristo, o homem recebeu nova vida. Nesta lição, trataremos da vida cristã, ou seja, a nova vida que inicia com o novo nascimento, ou ―regeneração.

Quando a maioria das pessoas pensa em um ―crente, logo imaginam várias coisas, como por exemplo:

- Freqüentar igreja, fazer orações, entoar cânticos, obedecer as doutrinas, mudar costumes, mudar o vocabulário, ler a Bíblia, seguir uma religião; enfim, ser ―crente.

Porém, uma pessoa pode praticar todas estas coisas e ainda assim não conhecer a Deus, se não nascer de novo, ou seja, se não nascer para Deus.

Isto significa que alguém pode praticar religião sem ter um relacionamento verdadeiro com Deus. E neste caso, as práticas religiosas substituem ―Deus. Alguns estão envolvidos com as coisas de Deus, mas não se envolveram com Deus.

Praticar religião é fazer obras sem relacionamento com Deus, ou seja, as pessoas fazem coisas boas (aparentemente) e imaginam que por causa dessas práticas elas têm relacionamento com Deus.

No entanto, estas coisas podem servir para aumentar os problemas, pois uma pessoa que pensa (mas não tem) ter um relacionamento com Deus, não buscará ter.

Imagine que alguém esteja muito doente. Esta pessoa apesar de muito doente não sente qualquer dor ou sintoma da sua doença. Após a consulta, o médico dá o diagnóstico, dizendo: - ―Não se preocupe, você não tem nenhum problema, volte para sua casa e viva sua vida tranqüilamente‖.

A pessoa agradece, volta para casa e morre uma semana depois. O grande problema foi a pessoa não se tratar, imaginando gozar de perfeita saúde.

A religião é como este médico. Ela diz: ―Pratique alguns rituais, mude alguns comportamentos, aprenda certas regras e costumes e Deus se agradará de você.

1. O NOVO NASCIMENTO

“Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo” – João 3: 7

No diálogo com Nicodemos, Jesus foi enfático ao falar do Novo Nascimento (Jo. 3:1-8). Ele deixa claro que para alguém entrar no Reino de Deus precisa nascer de novo. Como é possível nascer pela segunda vez? A pergunta de Nicodemos era bastante razoável. De que Jesus estava falando? Nicodemos não entendeu porque Jesus não se referia ao nascimento físico, mas espiritual. Jesus estava ensinado que é preciso haver um nascimento espiritual além do nascimento físico. Nicodemos era fariseu, um homem bom, que dedicara sua vida à tentativa de agradar a Deus. Ele havia obedecido à lei judaica, buscando satisfazer o padrão de justiça divino. Mas, segundo Jesus, Nicodemos precisava nascer de novo para entrar no Reio de Deus. Não importa o quanto sejamos justos ou religiosos, mesmo assim continuamos pecando. O pecado causa separação de Deus e morte espiritual. Por melhor que a pessoa seja, a mancha do pecado não pode ser apagada de seu coração. Somente Deus pode fazer isso através do perdão oferecido em Cristo. Somente Deus tem o poder de recriar o homem para uma nova vida.



2. O QUE É NASCER DE NOVO? (Jo. 3:3,7)

Como já falamos, é um nascimento espiritual. É nascer do alto, ou seja, nascer de Deus, segundo a vontade de Deus e não dos homens (veja Jo. 1:12-13). É a regeneração, é a nova criação realizada pelo Espírito Santo no coração do homem, fazendo dele um novo homem. É a transformação que Deus opera no coração dos que crêem concedendo uma nova vitalidade e direção espirituais. Não há uma alteração na personalidade, a pessoa é a mesma antes e depois. Porém, ela é diferentemente controlada. Antes do Novo Nascimento, o pecado a controlava e a tornava rebelde contra Deus; agora, porém, o Espírito de Deus a controla e a dirige em direção a Deus. O homem regenerado, pois, anda conforme o Espírito e vive no Espírito e é liderado pelo Espírito (Rm. 8:4,9; Ef.5:18). Tal homem, todavia, não é perfeito, mas deve crescer e progredir em sua nova vida (IPe. 2:2).



3. COMO PODE UM HOMEM NASCER DE NOVO

O novo nascimento acontece quando confessamos nossos pecados e reconhecemos que não temos poder para salvar-nos, pedindo, então, a Cristo que nos perdoe e entre em nosso coração. Os agentes que atuam no novo nascimento são:

1. A Palavra de Deus (Tg 1.18; 1Pe 1.23).

2. O Espírito Santo (Jo 3.6).

4. AS CARACTERÍSTICAS DE QUEM NASCEU DE NOVO

1- O indivíduo que nasceu de novo passa odiar o pecado e a amar a Cristo (1Jo 5.18);

2- Passa a amar e a obedecer a Palavra de Deus;

3- Ama os irmãos (1Jo 5.1), e a Deus (1Jo 5.2,4,19);

4- Há uma mudança de caráter moral – de inteira pecaminosidade para inteira santidade.



O Escorpião e a Rã

Leia a fábula a seguir e reflita sobre o que acabamos de falar, que demonstra de uma maneira bem clara as atitudes de uma natureza não regenerada.

Parado ao sol, o escorpião olhava ao redor da montanha onde morava. ―Positivamente, tenho de me mudar daqui — pensou.

Esperou a madrugada chegar, lançou-se por caminhos empoeirados até atingir a floresta. Escalou rochedos, cruzou bosques e, finalmente, chegou às margens do rio largo e caudaloso.

―Que imensidão de águas! A outra margem parece tão convidativa... Se eu soubesse nadar...

Subiu longo trecho da margem, desceu novamente, olhou para trás. Aquele rio certamente não teria medo de escorpião. A travessia era impossível.

―Não vai dar. Tenho de reconsiderar minha decisão — lamentou.

Estava quase desistindo quando viu uma rã sobre a relva, bem próxima à correnteza. Os olhos do escorpião brilharam:

―Ora, ora... Acho que encontrei a solução! — pensou rápido.

— Olá, rãzinha! Me diga uma coisa: você é capaz de atravessar o rio?

— Ih, já fiz essa travessia muitas vezes até a outra margem. Mas por que você pergunta? — disse a rã, desconfiada.

— Ah, deve ser tão agradável do outro lado — disse. Pena eu não saber nadar.

A rã já estava com os olhos arregalados.

―Será que ele vai me pedir...?

— Se eu pedisse um favor, você me faria? — disse o escorpião mansamente.

— Que favor? Murmurou a rã.

— Bem — o tom da voz era mais brando ainda — bem, você me carregaria nas costas até a outra margem?

A rã hesitou:

— Como é que eu vou ter certeza de que você não vai me matar?

— Ora, não tenha medo. Evidentemente, se eu matar você, também morrerei — argumentou o escorpião.

— Mas... e se quando estivermos saindo daqui você me matar e pular de volta para a margem?

— Nesse caso eu não cruzaria o rio nem atingiria meu destino — replicou o escorpião.

— E como vou saber se você não vai me matar quando atingirmos a outra margem? — perguntou a rã.

— Ora, ora... quando chegarmos ao outro lado eu estarei tão agradecido pela sua ajuda que não vou pagar essa gentileza com a morte.

Os argumentos do escorpião eram muito lógicos. A rã ponderou, ponderou e, afinal, convenceu-se.

O escorpião acomodou-se nas costas macias da agora companheira de viagem e começaram a travessia. A rã nadava suavemente e o escorpião chegou quase a cochilar. Perdeu-se em pensamentos e planos futuros, olhando a extensão enorme do rio. De repente, se deu conta de que estava dependendo de alguém. De que ficaria devendo um favor para a rãzinha. Reagiu, ergueu o ferrão.

— ―Antes a morte que tal sorte — pensou.

A rã sentiu uma violenta dor nas costas e, com o rabo do olho, viu o escorpião recolher o ferrão.

Um torpor cada vez mais acentuado começava a invadir-lhe o corpo.

— Seu tolo! — gritou a rã. — agora nós dois vamos morrer! Por que fez isso?

O escorpião deu uma risadinha sarcástica e sacudiu o corpo.

— Desculpe, mas eu não pude evitar. Essa é a minha natureza.

O que está fábula tem em comum com nosso estudo?

Se nos compararmos a estes personagens, o que seremos escorpiões ou rãs?

O que seria melhor para o padrão de Deus? Escorpião, rã, ambos ou nenhum dos dois? Para Deus o que importa é o ser uma nova criatura (Gl 6.15).

O apóstolo Paulo, na sua carta aos Efésios, no capítulo 4: 17-32, ressalta a necessidade de deixarmos o pecado e nos renovarmos em Cristo.

Você já pensou no que precisa ser deixado para trás na sua vida?

Paulo diz que é preciso deixar de lado:

• A vaidade,

• A ignorância,

• A dureza de coração,

• A insensibilidade,

• A mentira,

• A ira,

• Os maus hábitos,

• As palavras torpes,

• A amargura,

• A malícia

• As blasfêmias, etc.

E estes espaços agora vazios devem ser preenchidos com:

• Benignidade,

• Compaixão,

• Perdão,

• Amor,

• Palavras que edificam,

• Justiça,

• Retidão,

• Verdade,

• Sabedoria.

Enfim, devemos deixar o velho homem e nos instruirmos em Cristo. Devemos renovar o nosso espírito e nos revestir do novo homem, criado segundo a imagem e semelhança de Deus. Não faça como o escorpião que disse:

— Eu não pude evitar. Essa é a minha natureza.

Nós devemos deixar a carne (nossa natureza humana). Ela não pode nos dominar. Devemos vencer as tentações e deixar que o Espírito de Deus nos guie. (Romanos 8: 12-17)

E somente assim seremos filhos de Deus, seus herdeiros e co-herdeiros com Cristo. Poderemos de fato declarar que:

―...as coisas antigas já passaram e que tudo se fez novo 2 Co. 5.17;

Que verdadeiramente somos novas criaturas em Cristo.



Conclusão

Assim como um recém-nascido começa a reconhecer as coisas ao seu redor, se alimenta e cresce, assim é aquele que nasce para Deus, começa conhecer as coisas espirituais, se alimenta da Palavra de Deus e cresce em sua nova vida ((2Co 5.17).

É importante compreender que você tem agora uma nova vida em seu íntimo: a nova vida de Cristo. As mudanças que vê surgirem na sua vida estão acontecendo porque o poder de Cristo está operando em você, tornando-o o tipo de pessoa que você foi criado para ser.



AVALIAÇÃO

1. No diálogo com Nicodemos, Jesus foi enfático ao falar do Novo Nascimento. Ele deixa claro que para alguém entrar no Reino de Deus precisa nascer de novo. Sobre o novo nascimento assinale a alternativa correta.

(a) É nascer do alto, ou seja, nascer de Deus, segundo a vontade de Deus e não dos homens.

(b) É a nova criação realizada pelo Espírito Santo no coração do homem, fazendo dele um novo homem.

(c) É a transformação que Deus opera no coração dos que crêem concedendo uma nova vitalidade e direção espirituais.

(d) Todas as alternativas estão corretas.

2. O homem regenerado, pois, anda conforme o Espírito e vive no Espírito e é liderado pelo Espírito. Cite as características de uma pessoa que nasceu de novo.

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3. Em que sentido a fábula da rã e do escorpião ilustra a vida de uma pessoa não regenerada?

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4. Fale em poucas palavras o que você aprendeu nesta lição.

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Lição 04 - A VIDA CRISTÃ: A CONVERSÃO

“Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino de Deus” (Mt 18.3).

OBJETIVOS: Compreender que conversão não é adesão a determinado grupo religioso, mas um rompimento radical com o mundo e voltar para Deus. Identificar os elementos da conversão.

Introdução

O que é a conversão? Como uma pessoa se converte verdadeiramente a Deus? São assuntos pouco abordados em nossos dias, pois a conversão genuína tem sido substituída por uma simples adesão a determinado movimento religioso. Às vezes, quando eu pergunto a uma pessoa se ela é evangélica, ela me responde: estou frequentando tal igreja. Os termos "cristão" ou "servo de Deus" estão fora de moda; se ouve até mesmo falar de cliente ou associados de determinados ministérios. Por isso, é fundamental ponderarmos sobre o que a Bíblia tem a nos ensinar a respeito da conversão e não nos contentarmos com apenas os movimentos de adesões que tem ocorrido na igreja do Brasil.

A conversão é necessária para entrar no Reino de Deus. Todos que desejarem entrar no Reino de Deus devem passar por esse processo. Ela é o primeiro passo da caminhada cristã.

Uma pessoa se torna cristã não por aderir a determinado grupo evangélico, mas pela experiência da conversão. Sem essa experiência, a pessoa pode se tornar um religioso, um freqüentador de igreja, mas jamais será um cristão.



1. O QUE É CONVERSÃO?

É o ato de deixar o pecado mediante o arrependimento e voltar para Deus mediante a fé.

A palavra ―conversão significa ―voltar-se ou ―retornar, dar meia-volta.

―Conversão é a nossa resposta espontânea ao chamado do evangelho, pela qual sinceramente nos arrependemos dos nossos pecados e colocamos a confiança em Cristo para receber a salvação. (Grudem p; 592)

A conversão consiste em mais do que simplesmente sinais externos de tristeza ou reforma habituais. A conversão autêntica para Deus, sob quaisquer circunstâncias envolverá sempre:

A auto-humilhação no íntimo;

E busca sincera pela face do Senhor (Dt 4.29-31; 30.2; Jr 24.7);

De acordo com Atos 26:18, a conversão é:

Deixar de ser escravo de Satanás, ou seja, ser liberto do poder de Satanás, e ir para Deus;

O resultado é: perdão e herança do Senhor.

2. ELEMENTOS DA CONVERSÃO

A conversão possui dois elementos inseparáveis: arrependimento e fé.

2.1. Arrependimento – Mt. 3:2; Mc. 1:15; Mt. 4:17; Ap. 3:19.

O que é arrependimento? Às vezes, fazemos alguma coisa errada ou prejudicamos alguém, pedimos desculpas e falamos que estamos arrependidos. Mas pouco tempo depois voltamos a fazer tudo de novo. Arrependimento não é um simples sentimento momentâneo de tristeza; é muito mais: é abandonar a velha vida de pecado.

A palavra ―arrependimento vem do grego ―metanoia, que literalmente significa mudança de mente, de pensamento – consiste em uma radical transformação de pensamento, atitude e direção, é deixar, abandonar o pecado.

―É uma sincera tristeza por causa do pecado, é renunciá-lo, e comprometer-se sinceramente a abandoná-lo, e prosseguir obedecendo a Cristo (Grudem).

2.2. Fé – O segundo componente da conversão é a fé.

Com o arrependimento, o indivíduo abandona o pecado; pela fé, ele se aproxima de Cristo, ou seja, ele volta para Cristo. A fé bíblica não é mera crença, mas, sim, total confiança, total entrega a Cristo. A fé é a atitude mediante a qual o homem abandona toda a confiança em seus próprios esforços para obter a salvação, quer sejam eles ações de piedade, de bondade, ética, ou seja lá o que for.

Fé – uma confiança inabalável no caráter de Deus. É uma confiança pessoal em Jesus, que nos salva. A base do nosso relacionamento com deus é a fé – Hb. 11:6. Leia também Jo. 3:15; 16:36; 5:24; 6:40; 11:25; 12:46; 20:31; Rm. 10:9; I Jo. 5:1.



Conclusão

Embora consideramos a fé e o arrependimento iniciais como os dois elementos da conversão no começo da vida cristã, é importante compreender que eles não se limitam ao início dela. Ao contrário, são atitudes do coração que continuam por toda a nossa vida como cristãos (Mt. 6:12; I Co. 13:13; II Co. 7:10; Gl. 2:20). A cada dia deve haver sincero arrependimento pelos pecados que cometemos e fé em Cristo quanto ao suprimento do necessário e a capacitação para vivermos a vida cristã (Grudem p. 600).



AVALIAÇÃO

1. Uma pessoa se torna cristã não por aderir a determinado grupo evangélico, mas pela experiência da conversão. Sem essa experiência, a pessoa pode se tornar um religioso, um freqüentador de igreja, mas jamais será um cristão. Em relação à conversão assinale a alternativa correta.

(a) É o ato de deixar o pecado mediante o arrependimento e voltar para Deus mediante a fé.

(b) A palavra ―conversão significa ―voltar-se ou ―retornar, dar meia-volta.

(c) Conversão é a nossa resposta espontânea ao chamado do evangelho, pela qual sinceramente nos arrependemos dos nossos pecados e colocamos a confiança em Cristo para receber a salvação.

(d) Todas as alternativas estão corretas.

2. A conversão consiste em mais do que simplesmente sinais externos de tristeza ou reforma habituais. Sobre a conversão é incorreto afirmar:

(a) A conversão autêntica para Deus, sob quaisquer circunstâncias envolverá sempre: a auto-humilhação no íntimo e busca sincera pela face do Senhor.

(b) A verdadeira demonstração de conversão está nas roupas que pessoa passa usar.

(c) De acordo com Atos 26:18, a conversão é deixar de ser escravo de Satanás, ou seja, ser liberto do poder de Satanás, e ir para Deus.

(d) Conversão é uma obra de fé e arrependimento.

3. De acordo com Efésios 5:8, o que nós éramos antes da conversão?

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4. De acordo com I Pedro 2:25 nós éramos como ________________________________________

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5. De acordo com Romanos 10:17 – de que maneira a fé é gerada?___________________________________________________________

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6. De acordo com Hebreus 11:11 – o que é fé? _________________________________________________________________

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7. Fale em poucas palavras sobre o que você aprendeu nesta lição. _________________________________________________________________

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Lição 05 - A VIDA CRISTÃ: A JUSTIFICAÇÃO

―Tendo sido, pois, justificado pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).

OBJETIVOS: Compreender a doutrina bíblica da justificação; identificar os meios da justificação; agradecer a Deus pela justificação.

Introdução

A maioria das pessoas quer sempre ter razão e sempre está procurando justificar os seus erros. Ninguém quer estar errado. O ser humano está tão alienado de Deus e simplesmente ignora que está separado dele. Não tem consciência de retidão e da santidade de Deus, e, em conseqüência, não sente de maneira alguma a necessidade da justificação divina. Aos seus próprios olhos, o homem se sente perfeitamente justificado.

A realidade é que todos são devedores. Não há um justo se quer. Todos pecaram, todos estão mortos em pecados e delitos. Sem a justificação divina, que é pela fé em Jesus, jamais o homem alcançará a salvação, jamais terá intimidade com Deus.

Somente pela graça de Deus o homem pode ser justificado, e não pelos seus próprios méritos.





1. O QUE É JUSTIFICAÇÃO?

Justificação é um ato de Deus declarar que os pecadores que confiarem em Cristo são justos aos seus olhos. São absolvidos de seus pecados. São vistos como justos, pois em Cristo chegou a um relacionamento justo com Deus. (Romanos 3:21-28).

Justificação é um ato da livre graça de Deus, mediante a qual Ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como pessoas justas – não em face de qualquer coisa feita por nós ou operada em nós, mas tão-somente em virtude da retidão de Jesus Cristo, a nós imputada, a qual é recebida pela fé. (Catecismo de Westminster).

Aprendemos aqui que é Deus quem justifica; portanto, os esforços humanos para se justificar não têm valor nenhum diante de Deus.

O fundamento da justificação não é a obediência à lei, mas a morte de Cristo. Sua morte é a suprema manifestação do amor de Deus pelos pecados e o fundamento sobre o qual a justificação está assegurada (Rm. 5:9).



2. O QUE ESTÁ ENVOLVIDO NA JUSTIFICAÇÃO

2.1. A remissão da pena - A pena para o pecado é a morte tanto física quanto eterna (Gn. 2:16-17, cf. Rm. 5:12-14; 6:23). Para o homem ser salvo, esta pena deve ser removida primeiro. Ela foi removida pela morte de Cristo na cruz do calvário (Is. 53:5-6; I Pe. 2:24).

Cristo levou sobre seu corpo os nossos pecados; logo, já não estamos mais debaixo de condenação. ―Agora nenhum condenação há para os que estão em Cristo Jesus...‖ (Rm. 8:1, veja também vs. 33-34).

A ira de Deus que estava sobre o pecador foi apropiciada, ou seja, foi aplacada, acalmada pelo sacrifício de Cristo.

2.2. Restauração da comunhão – O pecado levou o homem a perder a comunhão com Deus (Jo. 3:36; Rm. 1:18; Gl 2:16-17). A justificação assegura a restauração da comunhão com Deus. A justificação trouxe reconciliação (II Co. 5:18-21).

Curso de Maturidade Espiritual I

Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo – edificando uma igreja de vencedores através dos grupos familiares 16

2.3. A imputação da justiça de cristo em nós – Deus considera a justiça de Cristo como pertencente a nós. É desta maneira que nós somos considerados justos aos olhos de Deus (Rm. 1:17; 5:17; I Co. 1:30; II Co. 5:21).



3. OS MEIOS DE JUSTIFICAÇÃO

Não é pelas obras da lei – Pelas obras da lei ninguém é justificado diante de Deus (Rm. 3:20; Gl. 2:16).

É pela graça de Deus – Graça é favor imerecido; é recebermos de Deus o que não merecemos (Rm. 3:24; Tt. 3:7).

É pelo sangue de Cristo – Jesus foi punido em nosso lugar; portanto, no seu sangue, somos absolvidos do pecado (Rm 5.9; Hb 9.22).

É pela fé – a fé é a condição para a nossa justificação. A justificação é uma dádiva concedida para ser recebida pela fé. A fé significa a aceitação desta obra de Deus em Cristo (Rm, 3.26-30; Gl 2.16; 3.8,24).



4. OS BENEFÍCIOS DA JUSTIFICAÇÃO (Rm 5.1-11)

A justificação em Jesus Cristo traz consigo benefícios maravilhosos a todos que crêem. Vejamos: A paz com Deus (v.1); Graça – experimentamos a graça de Deus (v.2); Esperança da glória de Deus (v.2b); Regozijo nas tribulações (vv.3-5) – as tribulações são o caminho para a glória (Rm 8.17); levam à perseverança, à experiência, à esperança (Tg 1.2-4,12); nas tribulações não se tem confusão mas certeza do amor de Deus (Rm 8.39). O amor de Deus que é derramado em nosso coração (vv.5-8). A salvação por meio de Cristo (vv.9,10). Gloriar-se em Deus (v.11). O gloriar-se em Deus começa quando reconhecemos quem Deus é; gloriar-se em Deus é contemplar a obra de Deus em Cristo. É ser grato a Deus pelo seu grande amor.

Conclusão

A doutrina da justificação envolve infinitamente mais do que perdão dos pecados. Um governador, um executivo, um juiz pode perdoar um criminoso. Entretanto, jamais um juiz conseguiu que um criminoso perdoado torna-se um justo. E nem o adotou em sua família, nem lhe confiou uma herança. Todas essas coisas e muitas outras. Deus tem feito por nós. Todavia, Ele nos declara justos somente por causa da justiça de Jesus Cristo, o nosso Senhor. (Kennedy, p. 91)

AVALIAÇÃO

1. Sem a justificação divina, que é pela fé em Jesus, jamais o homem alcançará a salvação, jamais terá intimidade com Deus. Somente pela graça de Deus o homem pode ser justificado, e não pelos seus próprios méritos. Sobre a justificação assinale a alternativa que estiver correta.

(a) A justificação é uma das doutrinas bíblicas de menor importância.

(b) Nem todos podem ser justificados, pois alguns pecam mais que outros.

(c) Justificação é um ato de Deus declarar que os pecadores que confiarem em Cristo são justos aos seus olhos e são absolvidos de seus pecados.

(d) Nenhuma alternativa está correta.

2. Sobre a justificação é correto afirmar:

(a) O fundamento da justificação é obras da lei.

(b) A justificação está fundamentada na morte de Cristo.

(c) O fundamento da justificação é a fé.

(d) Todas as alternativas estão incorretas.

3. O que está envolvido na justificação? _________________________________________________________________

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4. Quais são os meios da justificação?

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5. De acordo com Romanos 5.1-11, quais são os benefícios da justificação para crente?

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6. Fale em poucas palavras sobre o que você aprendeu nesta lição.

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Lição 06 - O HOMEM COMO CRIAÇÃO DE DEUS

OBJETIVOS: Compreender que o ser humano não é um mero produto do acaso, mas uma criação divina. Entender e explicar o sentido da imagem de Deus no homem.





Introdução

Que é o homem? Esta é uma pergunta que tem sido feita pelo homem através dos séculos, relacionada consigo mesmo (cf. Sl. 8:3-4; 144:3-4). Filósofos e cientistas têm procurado responder esta pergunta de várias maneiras, tanto racionalmente quanto empiricamente (através da pesquisa científica). Uma das explicações que a ciência tem proposto para o mundo é a teoria da evolução desenvolvida pelo naturalista Charles Darwin. Segundo ele, o ser humano é produto de mutações de seres inferiores para superiores; em outras palavras, o homem, que é um animal racional é o resultado da evolução de um animal inferior. Daí as teorias de que nós evoluímos dos macacos. Mas é importante ressaltar que essas teorias, como muitas outras, são apenas modelos explicativos, são teorias e, portanto, não são leis absolutas, carecem de comprovação científica. Muitas das teorias de Darwin já foram até mesmo refutadas pela própria ciência. O que nós vemos hoje não é uma ciência que procura explicar a realidade de forma verdadeira, pelo contrário, ela tem trazido mais complexidade, ilusão e angústia ao coração humano, pois as suas explicações são verdadeiras depreciações do propósito de Deus para a humanidade. Pois a intenção dela não é responder a pergunta: "Que é o homem?" Mas, sim, desvincular o homem dos propósitos determinados pelo criador. Logo não podemos nos contentar apenas com as especulações, mas buscarmos respostas alicerçadas na revelação divina.

1. O HOMEM É UM SER CRIADO

Quando falamos da origem da humanidade, estamos falando de algo mais que seu simples início. ―Início refere-se simplesmente ao fato de ganhar existência. A teologia, no entanto, não pergunta apenas como os homens vieram a existir na face da terra, mas qual o propósito que está por trás de sua presença neste lugar. O quadro bíblico é que um Deus totalmente sábio, poderoso e bom criou a raça humana para amá-lo e servi-lo, e para desfrutar de um relacionamento com Ele. (Erickson p. 208).

A Bíblia nos dá a certeza de que o homem teve sua origem em Deus (Gn. 1:26-27; 2:4-25). Deus é o Criador do homem. Foi Ele quem, num ato especial, o fez em conjunto com os demais elementos constituintes da criação, porém o homem é a coroa da criação.

O relato da criação, no livro de Gênesis, dá ao homem um lugar supremo dentro do cosmo. Sua criação não foi apenas a obra final de Deus, mas no homem é que a obra dos outros cinco dias encontra seu cumprimento e seu significado. O homem devia possuir a terra, dominá-la, servi-lo e dominar as outras criaturas (Gn. 1:27-2:3). O mesmo testemunho sobre o domínio do homem e sua posição central na criação é dado noutros lugares (Am. 4:13; Is. 42:5ss; Sl. 8:5ss; 104:14ss). Ao criar o homem, Deus usou uma linguagem especial, linguagem essa que não foi usada em relação aos animais e outros seres criados: “façamos o homem à nossa imagem”.

1.1 – Por que o homem foi criado? Deus nos criou para a sua própria glória (Is. 43:7; cf. 1:11-12), portanto, devemos fazer de tudo para a glória de Deus. (I Co. 10:31).

1.2 – Qual o nosso propósito na vida? Nosso propósito deve ser cumprir a meta para o que Deus nos criou: glorificá-lo (Sl. 27:4; 84:1,2,10). Por isso, a atitude normal do cristão é alegrar-se no Senhor e nas lições da vida que Ele nos dá (Rm. 5:2-3; Fp. 4:4; I Ts. 5:16-18; Tg. 1:2; I Pe. 1:6,8).

1.3 – Como criatura o homem foi feito do pó da terra. O relato da criação vem trazer conhecimento do homem que ele é uma criatura radicalmente dependente de Deus e, por isso, pode dispensar qualquer outra dependência, e receber segurança da presença de Deus. Esse relato também traz o conhecimento de que Deus se volta benignamente para sua obra, especialmente para o ser humano.

1.4 - Ser criado significa ser querido por Deus, ser favorecido por ele, ser pensado por sua bondade. Ser criado significa não que o homem teria sido colocado a uma infinita distância de Deus, um voltar-se misericordiosamente para o homem num ato que já apresenta certo caráter de graça, e por parte do homem indica a mais íntima relação com Deus, como Criador e conservador de seu ser.

O corpo do homem foi formado do pó da terra, à semelhança do que se deu com os animais (2:7,19). A ciência tem demonstrado que a substância do corpo humano contém os mesmos elementos químicos do solo. São eles: carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro e vestígio de iodo, ferro, cobre, zinco, etc. Não existe no corpo humano qualquer elemento químico que também não possa ser encontrado na terra.

1.5 –Deus criou o homem para ser tanto do mundo espiritual como do físico, pois tem corpo, espírito e alma (Gn. 1:26) ;(ITs.5:23) .



2. O HOMEM COMO A IMAGEM DE DEUS

A Bíblia nos diz que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança (Gn. 1:26) Mas o que significa isto?

O fato de ser o homem à imagem de Deus significa que o homem é como Deus nos seguintes aspectos: capacidade intelectual, pureza moral, natureza espiritual, domínio sobre a terra, criatividade, capacidade de tomar decisões éticas e imortalidade. A frase ―façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança‖, significa simplesmente: ―façamos o homem como nós, para que nos represente‖. Aqui, as palavras imagem e semelhança são sinônimas, (cf. v. 27).

A imagem de Deus no homem o distingue de todas as outras criaturas; é o que nos faz humano. Como a imagem de Deus, o homem ocupa uma posição toda especial também pelo papel dentro do conjunto da criação; é parte da criação, mas é diferente dela. Deus tornou o homem seu representante, destinou-o à comunhão com ele e o encarregou do cultivo e guarda da terra toda.

2.1 – Aspectos da imagem de Deus em nós:

2.1.1 – Aspectos morais. Somos criaturas moralmente responsáveis pelos nossos atos perante Deus. Correspondente a essa responsabilidade temos um senso íntimo de certo e errado que nos separa dos animais. Quando agimos segundo os parâmetros morais divinos, vemos nossa semelhança a Deus numa conduta santa e justa perante Ele, mas, por outro lado, nossa dessemelhança a Deus se revela sempre que pecamos.

2.1.2 – Aspectos espirituais. Não temos somente corpo físico, mas também espírito, e podemos, portanto, agir de modos significativos no plano de existência espiritual. Isso significa que temos uma vida espiritual que possibilita que nos relacionamos pessoalmente com Deus, que oremos, louvemos ou ouçamos a Palavra de Deus. Vinculado a essa vida espiritual está o fato de possuirmos a imortalidade, um espírito eterno.

2.1.3 – Aspectos mentais. Temos a capacidade de raciocinar e pensar logicamente e de conhecer o que nos distingue do mundo animal. O uso que fazemos da linguagem nos distingue dos animais.

2.1.4 – Aspectos relacionais. Além da capacidade única de nos relacionarmos com Deus, há outros aspectos relacionais ligados à imagem de Deus. Embora os animais sem sombra de dúvida tenham alguma noção de comunidade, a profundeza de harmonia interpessoal que se vivencia no casamento humano, numa família humana que funciona segundo os princípios divinos, e numa igreja em que a comunidade de crentes ande em comunhão com o Senhor e uns com os outros, é muito maior do que a harmonia interpessoal vivenciada pelos animais. Esta capacidade de se relacionar reflete a imagem de Deus no homem.

2.2 – A imagem de Deus no homem pode também ser vista nos seguintes aspectos:

2.2.1 – Somente o homem recebeu o sopro de Deus, e, por conseguinte, tem um espírito imortal, por meio do qual pode ter comunhão com Deus;

2.2.2 – É um ser moral não obrigado a obedecer a seus instintos, como os animais, porém, possui livre-arbítrio e consciência;

2.2.3 – É um ser racional, com capacidade para pensar no abstrato e formar idéias;

2.2.4 – À semelhança de Deus: tem domínio sobre a natureza e sobre os animais. Havia de ser o representante de Deus, investido de autoridade e domínio, como visível monarca e cabeça do mundo.

2.3 – Homem e Mulher como portadores da imagem de Deus. Gênesis 1:27 nega especificamente a distinção fenomenológica entre feminino e masculino. A imagem de Deus não está no masculino, mas na raça humana, da qual a mulher faz parte. Assim, a afirmação mais básica sobre o ser humano, de acordo com Gênesis 1, de que ele existe à imagem de Deus, não encontra seu sentido completo apenas no homem, mas no homem e na mulher. Além disso, a imagem de Deus é transmitida às sucessivas gerações, assim como a imagem de um pai é transmitida a seu filho (Gn. 5:1-3). Isso significa que todas as pessoas continuam, portanto, a imagem de Deus.

2.4 – Depois do pecado, o homem perdeu a imagem de Deus?

Com a queda do homem, a imagem de Deus se distorce, mas não se perde. Mesmo sendo os homens pecadores, ainda resta neles bastante semelhança com Deus, tanto que assassinar uma pessoa é atacar a parte da criação que mais se parece com Deus (Gn. 9:6). O homem ainda é a imagem de Deus (veja Tg. 3:9). Todavia, como o homem pecou, ele, sem dúvida, não é tão semelhante a Deus como era antes. Sua pureza moral se perdeu, e seu caráter pecaminoso certamente não espelha a santidade de Deus.

2.5 – A redenção em Cristo: a recuperação gradual da imagem de Deus. No NT, podemos ver que a nossa redenção em Cristo significa que podemos, mesmo nesta vida, gradualmente crescer cada vez mais na semelhança de Deus (Cl. 3:10). À medida que vamos crescendo no verdadeiro conhecimento de Deus, da sua palavra e do seu mundo, começamos a pensar cada vez mais os pensamentos que o próprio Deus tem. Desta forma, somos refeitos para o pleno conhecimento e nos tornamos mais semelhantes a Deus no nosso pensar (II Co. 3:18). Ao longo desta vida, à proporção que crescemos em maturidade cristã, aumenta a nossa semelhança a Deus. Mais especificamente, nós vamos tornando cada vez mais semelhantes a Cristo na nossa vida e no nosso caráter (Rm. 8:29).

2.6 – Na volta de Cristo: a completa restauração da imagem de Deus.

A admirável promessa do NT é que, assim como somos hoje como Adão (sujeitos à morte e ao pecado), também seremos como Cristo na nossa vida e no nosso caráter (Rm. 8:29).



Conclusão

A ciência procura reduzir a humanidade a um mero produto do acaso; mas a Bíblia Sagrada nos revela que a humanidade foi pensada por Deus. Por isso, ao criar o homem, Deus usou uma linguagem especial, linguagem essa que não foi usada em relação aos animais e outros seres

criados: “façamos o homem à nossa imagem”. Compreender o sentido da vida é reconhecer que tudo começa em Deus. Não surgimos do acaso, pelo contrário, o Deus criador pensou ao nosso respeito. Antes de criar o homem, primeiro foi criado um ambiente, um lugar especial para receber a mais alta e especial criação de Deus. O surgimento da vida humana não foi aleatório, mas pré-planejada desde a origem do Cosmo em si, essa foi a conclusão que se chegou o físico e cosmólogo Brando Carter numa palestra em 1973 para a União Astronômica Internacional na Polônia. (citado em Patrick Glynn, Deus a evidência p. 16).



AVALIAÇÃO

1. Qual a razão para não acreditarmos na teoria da evolução de Charles Darwin?

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2. Por que Deus criou o homem?

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3. Qual é o propósito da vida?

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4. Em que sentido o fato de ser criado significa também ser querido por Deus?

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5. O fato de que os membros da Trindade falaram entre si (Gn. 1:26), indica que este foi o ato transcendental e a consumação da obra criadora. Deus criou o homem para ser tanto do mundo espiritual como do físico, pois tem corpo, espírito e alma. Sobre a imagem de Deus no homem é correto afirmar:

(a) O fato de ser o homem à imagem de Deus significa que o homem é como Deus nos seguintes aspectos: capacidade intelectual, pureza moral, natureza espiritual, domínio sobre a terra, criatividade, capacidade de tomar decisões éticas e imortalidade.

(b) A imagem de Deus no homem o distingue de todas as outras criaturas, é parte da criação, mas é diferente dela.

(c) A imagem de Deus não está no masculino, mas na raça humana, da qual a mulher faz parte.

(d) Todas as alternativas estão corretas.

6. Fale em poucas palavras sobre o que você aprendeu nesta lição.

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Lição 07 - A NATUREZA HUMANA: CORPO, ALMA E ESPÍRITO.

“E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5: 23).

OBJETIVOS: Compreender e explicar os elementos que forma a natureza humana.

Introdução

Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e ele (o homem) tornou-se alma vivente (Gn 2.7). Isto nos revela que o homem é uma unidade constituída de uma parte material (o corpo formado do pó da terra) e outra imaterial (formada pelo sopro divino). No hebraico (idioma em que foi escrito o Antigo testamento) a palavra ―sopro, chayyim, está no plural. A conclusão que muitos estudiosos chegam deste fato é que Deus colocou em Adão, ao mesmo tempo, tanto a vida espiritual quanto a física. E foi assim que Adão se tornou alma vivente. A palavra hebraica para ―alma-vivente é nephesh, que é traduzida por alma neste versículo, mas é também traduzida por ―seres em 1.24 e em outras passagens. A ênfase em 2.7, é que Adão se tornou uma pessoa real, viva. A vida de Deus tomou posse do barro dando-lhe vida.

Fica claro pelos relatos da criação que a natureza humana é tanto material quanto também imaterial. Mais adiante, percebemos que a Bíblia enfatiza tanto o corpo físico, quanto a alma e o espírito. Aqui já temos a idéia da natureza humana constituída de três partes (tricotomia): corpo, alma e espírito (1Ts 5.23; Hb 4.12). Isto não significa que a natureza humana está dividida em três entidades. Mas que na natureza há três funções indicadas pelas três categorias.

De acordo com 1Ts 5.23, os três elementos (espírito, alma e corpo) que formam a natureza humana devem ser conservados em plena santidade. É interessante que neste texto Deus não quer que apenas o espírito do homem seja santificado, mas também o corpo e a alma. Em outras palavras, o ser humano como um todo, ou em sua plenitude, deve ser santificado.



1. A DISTINÇÃO ENTRE AS PARTES MATERIAL E IMATERIAL DO HOMEM - O corpo por si só nada pode fazer. Ele é a expressão de algo superior, que é a vida, a qual flui da alma humana. O Corpo é a sede dos sentidos físicos, pelos quais a alma se manifesta ao mundo exterior. O corpo e a alma, além de bem distintos, são dependentes entre si. O corpo sem a alma fica inerte. A alma precisa do corpo para expressar a sua função racional. O corpo com vida não se separa da alma. Só a morte causa essa separação provisória, visto que na ressurreição dos mortos, os mesmo corpos sepultados e separados da alma e do espírito ressuscitarão para unirem-se, outra vez, em glória (1Co 15.42-44). Esta é a glória da ressurreição dos justos.

2. A DIFERENÇA ENTRE ALMA E ESPÍRITO

Pelo fato de tanto a alma quanto o espírito compartilharem da mesma dimensão espiritual no ser humano, parece, ás vezes, que os dois se confundem. Entretanto, de acordo com as Escrituras Sagradas, alma e espírito são distintos no ser humano (cf. Ec 12.7 e Mt 10.28; Ap 6.9 e Hb 12.23; Lc 8.55 e At 20.10; 1Ts 23). Jesus, o Homem perfeito, tinha corpo (Hb 10.5), alma (Mt 26.38), e espírito (Lc 23.46). Isto evidencia a diferença entre alma e espírito.

Considerando-se o homem como tríplice em sua essência, o corpo pertence à terra e tem contato com ela; a alma proporciona ao corpo vida e inteligência, usando os sentidos físicos para receber impressões, e usando os órgãos do corpo para expressar-se; o espírito, embora receba impressões do corpo e da alma, também é capaz de receber conhecimentos diretamente de Deus, e de manter com Ele uma comunhão espiritual que ultrapassa os raciocínios da alma. Isso explica o motivo pelo qual o ‗homem animal‘ ou ‗natural‘ “... não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2.14). Em outras palavras, o homem guiado pela alma (fazendo contraste com o homem espiritual), aquele que atende somente às cosias desta vida, quer do corpo, quer da inteligência, não importa – coisas não espirituais – não percebe as cosias de Deus nem pode alcançá-las mediante mera educação. (Dr Donald D. Turner. A doutrina dos anjos e do homem p. 244)

O corpo nos torna cônscios do mundo deste mundo físico; a alma nos torna cônscio de nós mesmos; e o espírito nos torna cônscios de Deus.

3. O ESPÍRITO HUMANO

O homem é uma criatura singular porque é constituído de algo que lhe possibilita relacionar-se com Deus, Seu Criador, que é o seu espírito. O espírito do homem identifica a sua natureza espiritual e possibilita a comunhão pessoal com seu Criador. Essa comunhão só pode se efetivar quando permitimos que o Espírito Santo nos convença do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Através da salvação esse componente imaterial do homem é vivificado. No novo nascimento, o espírito do homem é vivificado (Jo 3.6; Ef 2.1-4). O espírito do indivíduo sem Cristo está inativo, sufocado pelas concupiscências da carne, pois, aquele que está separado de Cristo, está espiritualmente morto.

O espírito humano é mais que a simples respiração ou fôlego de vida. É parte principal que habilita a ter comunhão pessoal com seu Criador, mediante a salvação em Cristo e do Espírito Santo. É o espírito que vivifica a alma e dá-lhe consciência de Deus. Mediante Cristo, é ele que nos relaciona com Deus na oração, na adoração e não comunhão (Jo 4.24; Rm 8.16). De todos os seres criados por Deus, somente o ser humano possui espírito, o que o torna singular no reino físico (Jó 12.10).

Neste ponto, precisamos lembrar que o Espírito Santo habita e se move em nosso espírito. Romanos 8.16 declara que o Espírito Santo testifica com o nosso espírito. 1 Coríntios 6.17 diz que ―o que se une ao Senhor é um só espírito com ele‖. Portanto, é pelo espírito que entramos em contato com Deus. O Espírito Santo vai nos guiar através do nosso espírito.

4. A ALMA HUMANA

4.1. A natureza da alma. A alma é aquele princípio inteligente e vivificante que anima o corpo humano, usando os sentidos físicos como seus agentes na exploração das coisas materiais e os órgãos do corpo para se expressar e comunicar-se com o mundo exterior. Originalmente a alma veio a existir em resultado do sopro sobrenatural de Deus. Podemos descrevê-la como espiritual e vivente, porque opera por meio do corpo. No entanto, não devemos crer que a alma seja parte de Deus, pois a alma peca. É mais correto dizer que é dom e obra de Deus (Zc 12:1).

Devem ser notadas quatro distinções:

4.2. A alma distingue a vida humana e a vida dos irracionais das coisas inanimadas e também da vida inconsciente como o vegetal. Tanto os homens como os irracionais possuem almas (em Gn 1:20), a palavra "vida" é "alma" no original). Poderíamos dizer que as plantas têm alma (no sentido de um princípio de vida), mas não é uma alma consciente.

Espírito: parte mais nobre do ser humano, é o seu centro vital.

Corpo: parte física que entra em contato com o mundo material e nos dá consciência do mundo. Possui cinco sentidos.

Alma: sede da personalidade, incluindo razão, intelecto e emoções.

4.3. A alma do homem o distingue dos irracionais. Estes possuem alma, mas é alma terrena que vive somente enquanto durar o corpo (Ec 3:21). A alma do homem é de qualidade diferente sendo vivificada pelo espírito humano. Como "toda carne não é a mesma carne", assim sucede com a alma, existe alma humana e existe alma dos irracionais.

Evidentemente, os homens fazem o que os irracionais não podem fazer, por muito inteligente que sejam; a sua inteligência é de instinto e não proveniente de razão. Tanto os homens como os irracionais constroem casas. Mas o homem progrediu, vindo a construir catedrais, escolas e arranha-céus, enquanto os animais, inferiores, constroem suas casas hoje da mesma maneira como as construíam quando Deus os criou. Os irracionais podem guinchar (como o macaco), cantar (como o pássaro), falar (como o papagaio), mas somente o homem pode produzir arte, a literatura, a música e as invenções científicas. O instinto dos animais pode manifestar a sabedoria do seu Criador, mas somente o homem pode conhecer e adorar seu Criador.

4.4. A origem da alma.

Sabemos que a primeira alma veio a existir como resultado de Deus ter soprado no homem o sopro de vida. Mas como chegaram a existir as almas desde esse tempo? Os estudantes da Bíblia se dividem em dois grupos de idéias diferentes: (1) Um grupo afirma que cada alma individual não vem proviniente dos pais, mas, sim, pela criação Divina imediata. Citam as seguintes passagens bíblicas: Is 57.16, Ec 12.7, Hb 12.9, Zc 12.1. (2) Outros pensam que a alma é transmitida pelos pais. Apontam o fato de que a transmissão da natureza pecaminosa de Adão à posteridade milita contra a criação divina de cada alma, também o fato de que as características dos pais se transmitirem a sua descendência. Citam as seguintes passagens bíblicas: Jo 1.13; 3.6, Rm 5.12; I Co 15.22, Ef 2.3; Hb 7.10.



A origem da alma pode explicar-se pela cooperação tanto do Criador como dos pais. No princípio duma nova vida, a Divina criação e o uso criativo dos meios agem em cooperação. O homem gera o homem em cooperação com "Pai dos espíritos". O poder de Deus domina e permeia o mundo (At 17.28; Hb 1.3) de maneira que todas as criaturas venham a ter existência segundo as leis que Ele ordenou. Portanto, os processos normais da reprodução humana põem em execução as leis da vida fazendo com que a alma nasça no mundo.

A origem de todas as formas de vida está encoberta por um véu de mistérios (Ec 11.5; Sl 139.13-16; Jó 10.8-12), e esse fato deve servir de aviso contra a especulação sobre as coisas que estão além dos limites das declarações bíblicas.

4.5. Alma e corpo. A relação da alma com o corpo pode ser descrita e ilustrada da seguinte maneira:

4.6. A alma é a depositária da vida, ela figura entre tudo que pertence ao sustento, ao risco, e a perda da vida. É por isso que em muitos casos a palavra "alma" tem sido traduzida "vida". (Examine Gn 9.5; 1 Rs 19.3; Pv 7.23; Êx 21.23,30; At 15.26). A vida é o entrosamento do corpo com a alma. Quando a alma e o corpo se separam, o corpo não existe mais, o que resta apenas é um grupo de partículas materiais num estado de rápida decomposição.

4.7. Por meio do corpo, a alma recebe impressões do mundo exterior. Essas impressões são percebidas por estes sentidos: visão, audição, paladar, olfato e tato, e são transmitidas ao cérebro por via do sistema nervoso. Por meio do cérebro, a alma elabora essas impressões pelos processos do intelecto, da razão, da memória e da imaginação. A alma atua sobre essas impressões enviando ordens às várias partes do corpo através do cérebro e do sistema nervoso.

4.8. A alma estabelece contato com o mundo por meio do corpo, que é o instrumento da alma. O sentir, o pensar, o exercer vontade e outros atos, são todos eles atividades da alma ou do "eu". É o "eu" que vê e não somente os olhos; é o "eu" que pensa e não meramente o intelecto; é o "eu" que joga a bola e não meramente o meu braço; é o "eu" que pede e não simplesmente a língua ou os membros.

Quando um membro é ferido, a alma não pode funcionar bem por meio dele. Em caso de uma lesão cerebral, pode resultar a demência. A alma então passa a ser como um músico com um instrumento danificado ou quebrado.

4.9. A alma e o pecado

A alma vive a sua vida natural através dos instintos, termo que vamos empregar por falta de outro melhor. Esses instintos são forças motrizes da personalidade, com as quais o Criador dotou o homem para fazê-lo apto a uma existência terrena ( assim como o dotou de faculdades espirituais para capacitá-lo a uma existência celestial ). Chamamo-los instintos porque são impulsos inatos, implantados na criatura a fim de capacitá-la a fazer instintivamente o que é necessário para originar e preservar a vida natural.

Assim escreve o Dr. Leander Keyser: "Se no início de uma vida o infante humano não tivesse certos instintos, não poderia sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno e médico." Vamos considerar os cinco instintos mais importantes.

O primeiro, é o instinto da auto-preservação que nos avisa de perigo e nos capacita a cuidar de nós mesmos. O segundo, é o instinto de aquisição (conseguir), que nos conduz a adquirir as provisões para o sustento próprio. O terceiro, é o instinto pela busca do alimento, o impulso que leva a satisfazer a fome natural. O quarto, é o instinto da reprodução que conduz à perpetuação da espécie. O quinto, é o instinto do domínio que conduz a exercer certa iniciativa própria necessária para o desempenho da vocação e das responsabilidades.

O registro destes dotes (ou instintos) do homem concedidos pelo Criador acha-se nos primeiros dois capítulos do livro de Gênesis. O instinto de auto-preservação implica em proibição e aviso: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás, porque no dia em que dela comeres certamente morrerás". O instinto de aquisição aparece no fato de ter Adão recebido da mão de Deus o lindo jardim do Éden. O instinto da busca pelo alimento percebe-se nas palavras: "Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão sementes, as quais se acham sobre a face de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente ser-vos-ão para alimento". Ao instinto de reprodução referem-se estas declarações: "Homem e mulher os criou." "Deus os abençoou e lhes disse: "frutificai, multiplicai-vos." Ao quinto instinto, domínio, refere-se o mandamento: "Enchei a terra, e sujeitai-a; dominai....". Como guia para o regulamento das faculdades do homem, Deus impôs uma lei. O entendimento do homem quanto a essa lei produziu uma consciência, que significa literalmente "com conhecimento". Quando o homem deu ouvidos à lei, teve a consciência esclarecida; quando desobedeceu a Deus, sofreu, pois, a sua consciência o acusava. Quando a carne é condenada, a referência não é ao corpo material (o elemento material não pode pecar), mas ao corpo usado pela alma pecadora. É a alma que peca. Ainda que a língua do difamador fosse cortada o difamador seria o mesmo. Amputam-se as mãos de um ladrão, mas de coração ele ainda seria um ladrão. Os impulsos pecaminosos da alma devem ser extirpados; é essa a obra do Espírito Santo (Cl 3.5; Rm 8.13).



Conclusão

Sobre a influência do materialismo e do existencialismo ateus, muitos têm negado a parte espiritual do ser humano. Para eles o ser humano não tem uma alma ou um espírito que sobrevivem após a morte física, consequentemente negam a vida após a morte. Por outro lado, a Bíblia Sagrada, que é a nossa regra de fé e prática nos ensina que o ser humano é tanto matéria quanto espírito. E esse ensino é também confirmado pela experiência do homem no mundo. Existe algo no interior do homem que o impulsiona a buscar a transcendência, ou seja, anseia pela presença de Deus. Portanto, a Bíblia nos ensina que o ser humano tem um espírito, a parte mais nobre do ser humano, é o seu centro vital. É através dele que o ser humano tem contato com Deus. Ele tem também uma alma, a sede da personalidade, incluindo razão, intelecto e emoções. E um corpo, a parte física que entra em contato com o mundo material e nos dá consciência do mundo. Possui cinco sentidos: visão, olfato, tato, audição e paladar. O nosso corpo é morada do Espírito Santo e, como tal, deve ser preservado. Assim como nós, Ele também gosta de viver em uma casa limpa e adornada e, para alcançarmos este objetivo, precisamos nos manter afastados de tudo aquilo que possa torná-lo impróprio para habitar. O nosso corpo deve ser conservado em santidade.



AVALIAÇÃO

1. Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e ele (o homem) tornou-se alma vivente (Gn 2.7). Sobre o homem é correto afirmar.

(a) Apesar de ter recebido de Deus uma alma, ao morrer ele deixa de existir.

(b) O homem é uma unidade constituída de uma parte material (o corpo formado do pó da terra) e outra imaterial (formada pelo sopro divino).

(c) A alma é uma emanação de Deus, o que faz do homem o pequeno Deus.

(d) Todas as alternativas estão incorretas.

2. Deus colocou em Adão, ao mesmo tempo, tanto a vida espiritual quanto a física. E foi assim que Adão se tornou alma vivente. A vida de Deus tomou posse do barro dando-lhe vida. Em relação ao corpo humano assinale a alternativa que julgar correta.

(a) Ele é a expressão de algo superior, que é a vida, a qual flui da alma humana.

(b) O Corpo é a sede dos sentidos físicos, pelos quais a alma se manifesta ao mundo exterior.

(c) O corpo sem a alma fica inerte. A alma precisa do corpo para expressar a sua função racional.

(d) Todas as alternativas estão corretas.

3. Qual a diferença entre corpo, alma e espírito?

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4. A alma do homem o distingue dos irracionais. Estes possuem alma, mas é alma terrena que vive somente enquanto durar o corpo (Ec 3:21). A alma do homem é de qualidade diferente sendo vivificada pelo espírito humano. Sobre a alma assinale a alternativa que estiver correta.

(a) A alma é aquele princípio inteligente e vivificante que anima o corpo humano.

(b) Originalmente a alma veio a existir em resultado do sopro sobrenatural de Deus.

(c) Podemos descrevê-la como espiritual e vivente, porque opera por meio do corpo. No entanto, não devemos crer que a alma seja parte de Deus, pois a alma peca. É mais correto dizer que é dom e obra de Deus.

(d) Todas as alternativas estão corretas.

5. Como podemos explicar a origem da alma? _________________________________

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6. Fale sobre o que você aprendeu nesta lição. _________________________________

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Lição 08 - DISCIPLINA:

Expressão da paternidade de Deus

OBJETIVOS: Compreender que a disciplina de Deus, mesmo sendo incômoda, revela Seu amor por nós. Reconhecer que a disciplina é necessária para o crescimento espiritual.

Introdução

Todo atleta antes de uma grande competição, passa por um período de grande preparação, no qual ele busca a preparação física e emocional. Durante esse período, o treinamento chega às raias da exaustão. Treina-se quase 12 horas por dia, 7 dias por semana, come comidas especialmente preparadas, dorme cedo e acorda mais cedo ainda, corre, pula, se exercita, compete. Mesmo perdendo algumas vezes, seu coração e mente estão impregnados com o objetivo de vencer, chegar ao topo do pódio e receber os louros da vitória. Nesse processo, há uma pessoa imprescindível, o técnico, aquele que desenvolve o programa de treinamento todo, que ao mesmo tempo é pai, amigo, verdugo tudo com o objetivo de disciplinar o atleta, a fim de que seja um vencedor. No fim desse processo, o melhor atleta, melhor preparado desfrutará de todas as glórias possíveis e imagináveis. Apesar de a glória ser do atleta, o segredo do sucesso não está nele em si, mas em seu instrutor; sem técnico não existem campeões. Hebreus 12.1-13 nos fala sobre a importância da disciplina.

Por que precisamos de disciplina?

1. PORQUE EVIDENCIA A GENUINIDADE DA NOSSA FILIAÇÃO

No versículo 6, temos a expressão grega "paidéia" que no seu sentido original quer dizer" treinar uma criança". Gostaria de esclarecer que o autor de Hebreus trabalha magistralmente todos os conceitos de "paidéia", ou seja, é possível compreendê-la como instruir, treinar, corrigir, repreender, a ponto de podermos aplicá-los quase simultâneos ao texto, tornando-se difícil desassociá-los.

Algo muito interessante neste texto é o antagonismo aparente entre disciplina e amor; paternidade e açoite. Para o mundo, isso soa incoerente, mas para Deus esse antagonismo é o que caracteriza que somos seus filhos.

Pois como um pai terreno que disciplina, quando precisa, assim quando Deus nos recebe como filhos e torna sua paternidade evidente, muitas vezes nos treina como a crianças e outras ensina-nos lições rigorosas, porém necessárias.

1.1. Quando Deus nos faz seus filhos, traz junto o direito de usar o açoite, mas também nos dá os privilégios que só os filhos têm direito. "Ele acolhe como seu filho legítimo, recebendo-o em seu coração, estimando-o".

Porém uma declaração de Calvino fala-nos profundamente: “Quando os filhos percebem que Deus intervém disciplinando-os, percebem um sinal seguro do seu amor. Pois Deus se apresenta por Pai para todos quanto são por Ele corrigidos. Pois aqueles que escoiceiam como cavalos fogosos ou que resistem obstinadamente, não pertencem a essa classe de homens”. Em suma, portanto, Ele ensina-nos que a correção de Deus só é paternal ao nos submetermos a ele. "O propósito dos testes e das tribulações é a nossa disciplina; e a disciplina forma filhos dignos da família divina." (Champlin).

A expressão "panta huion" (todo filho) que designa a relação nossa em relação a Deus, como filhos, é o que permite entender esse tópico todo.

1.2. A disciplina paterna é sinal de confirmação da nossa filiação; e se somos disciplinados pelo Pai celeste, é evidente que somos filhos. Essa relação de "como filhos" é totalmente antagônica ao versículo 8 quando o autor usa o adjetivo grego "nothos" que quer dizer bastardo, filho de uma relação adúltera, ilegítimo.

A prova dessa relação paternal de Deus para conosco pesa sob o fato de sermos por Ele disciplinados. Alguns poderiam achar que os legítimos não deveriam sofrer; mas, pelo contrário, aqueles que não estão sob a disciplina de Deus não são filhos; são bastardos.

Crisóstomo disse: "Visto que o não ser disciplinado é prova de que esse alguém é bastardo, devemos regozijar debaixo da disciplina, como sinal de genuína filiação."

Esse ensino está de pleno acordo com :

1-Pv. 13:24: "O que retém a vara não ama seu filho; mas, o que o ama, cedo disciplina."

2- Pv. 19:18: "Castiga teu filho enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo."

3- Pv. 23:13-14: "Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerás. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.

4- Pv. 29:15: "A vara e a disciplina são sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a mãe."

Cabe aqui uma comparação entre o substantivo "HUIÓS" (filho) e "NOTHOS" (bastardo), atentando para comparação que o autor faz entre ambas, deixando clara a relação paternal só em relação aos legítimos, ou melhor dizendo: o autor deixa claro que na casa de Deus só há lugar para filhos legítimos e, se somos legítimos devemos estar submissos a "paidéia" (disciplina) divina.

Sociologicamente, define-se essa relação assim: Somente os ilegítimos estão isentos de disciplina; por isso, tendem para o crime e a delinqüência; o pai consciente disciplina, a fim de evitar as armadilhas da degradação.

E platonicamente assim: ―Nossos erros não devem ficar de forma nenhuma sem punição; pois tornaria nossa alma pecaminosa e rebelde‖.

2. PORQUE NOS FAZ PARTICIPANTES DA SUA NATUREZA.

Todo filho legítimo, ao mesmo tempo que é passível de todas as obrigações de filho, também tem o privilégio de desfrutar das regalias do mesmo ofício. A expressão "metalabein aguiotetos" (v.10) quer dizer receber sua parte, compartilhar, receber santidade, pureza, sinceridade. Essa expressão traz consigo a idéia de uma ação que aconteceu e continua acontecendo.

2.1. A função da disciplina. Uma vez que como filhos estamos sob a disciplina de Deus , e a disciplina tem como função domesticar e mortificar a carne, nos purificando para a vida, podemos inferir que a disciplina divina, tem um papel muito maior, que é o de nos fazer participantes, recebedores ou compartilhadores da santidade de Deus e é justamente esse o sentido da expressão analisada.

2.2. A disciplina de Deus é perfeita. A disciplina de Deus não é algo imperfeito como a disciplina de nossos pais terrenos, os quais nos corrigiam como bem lhes parecia. Deus nos corrige para um propósito definido, para nosso aproveitamento (v.11). E que propósito é esse senão o de implantar a sua natureza em nós, fazendo de nós homens e mulheres santos, a fim de que onde Ele esteja, estejamos nós também? "Metalabein Aghiothetos" nos transporta para o transcendente, onde só os santos podem habitar; por isso, Deus tem tanto interesse em nos disciplinar, porque, sem santidade, é impossível ver ao Senhor ( Hb 12:14).

Assim como para ser filhos precisamos estar sob a tutela disciplinar de Deus, assim para chegar aos céus temos que ser participantes da natureza de Deus, ou seja santos, pois Ele mesmo diz: "Sede santos como Eu sou santo"( Lv 11:44). E o caminho para se alcançar é o da disciplina em suas múltiplas facetas. A disciplina está para o crente assim como o fogo está para o ouro, quanto ao seu processo purificador de remover as impurezas, tornando o material bruto em algo valioso, desejável e aceitável.

Isso nos leva ao texto de Isaías 48:10b"... provei-te na fornalha da aflição.", onde a impurezas espirituais de Israel foram depuradas. Ao passarmos pela nossa fornalha da aflição por meio da disciplina, temos que ter uma coisa em mente: isso é parte do processo pelo qual Deus tenciona nos fazer participantes da sua santidade.

Todos os atos de Deus para conosco tem objetivos definidos, ou seja nunca visam nosso mal-estar, mas sempre para o nosso proveito a fim de compartilhar conosco sua natureza santa. Temos o privilégio de compartilhar com Deus, isto é, partilhar com Ele algo que só compartilha com seus íntimos e legítimos filhos, a sua santidade. Metalabein Aghiothetos, além desse significado, tem um outro sentido muito importante, que é um significado amplamente escatológico. Ser participantes da santidade nos habilita a sermos participantes da eternidade com Deus. E essa idéia esta ligada ao verbo "zao" no futuro contido no v.9, que é viveremos. A conclusão lógica a que podemos chegar é que a disciplina depuradora de Deus como expressão de sua paternidade e de que sejamos participantes de sua santidade e vivamos com Ele no futuro. Participar da santidade é ter a certeza que não somos bastardos, mas legítimos e santos.



3. PORQUE FAZ DE NÓS RESTAURADOS E RESTAURADORES.

(v.12-13).

A disciplina, a princípio sem vantagem aparente (V.11), nesses versículos começamos a observar seus resultados em uma perspectiva mais terrena. Todo esse período disciplinatório já passou. Agora levante a cabeça, tome um banho. Não precisa ficar com essa cara de coitado. Levante os ombros, os joelhos. Erga a cabeça, pois você é filho legítimo, participante da santidade. Você está restaurado. Agora, já não estamos sob disciplina, mas pós-disciplina, aptos para andarmos eretos e conscientes que temos um Pai que cuida de nós, usando a vara quando necessário, mas que também nos incita e encoraja a buscar uma melhor qualidade de vida, na qual somos cabeça e não cauda. Uma outra palavra que merece a nossa atenção é "poieite" que é um imperativo presente ativo. Quer dizer fazei veredas, uma ação que devia ser praticada pelo indivíduo e não esperar que caísse do céu. Ou seja, construa, abra um caminho próprio para vossos pés. A disciplina sofrida lhe habilitou a edificar seu próprio caminho, conhecendo sua capacidade e seus limites. Seu caminho agora não será mais baseado em circunstâncias, mas em fé e em fatos. E esse edificar de veredas tem uma conseqüência muito benéfica sobre a comunidade da qual fazemos parte, pois ajudaremos evitar que os mancos se desviem, vivendo de modo que agrade a Deus, o manco e o que sofre serão restaurados através de nós e não sofrerão agravos em sua situação. Em outras palavras: o nosso amadurecimento pela disciplina que nos conscientizou da nossa legítima filiação e da nossa participação da santidade de Deus e nos reanimou levando-nos a construir caminhos para nossos pés, faz com que agora funcionemos como colunas as quais aliviaram o peso de sobre os fracos.

O interessante é a ordem como o versículo se segue:

1-Levantai as mãos cansadas, e joelhos vacilantes;

2- Fazei veredas direitas para os vossos pés;

3- Para que não se extravie o que é manco, antes seja curado.

As duas primeiras visam a uma restauração própria, mas a terceira é em prol dos outros, ou seja, da comunidade. Em nossos corações, só deve haver um desejo: o de ser filhos abençoados de Deus e bênção para os outros.





Conclusão

Nossa realidade hoje, amados, não difere muito dos Hebreus. Também somos carentes de disciplina, em todos os aspectos, necessitamos ser legitimados como filhos, ser participantes da santidade, restaurados e restauradores.

Tudo isso nos leva a uma questão profunda:

Queremos ser "huiós" (filhos) ou "nothos" (bastardos)?

Que sejamos todos nós "Huiós" de Deus.

Acabou o campeonato, o louro e a coroa da vitória estão sobre o atleta, a fama e o dinheiro também, mas o que ninguém sabe, somente o atleta sabe, é que a vitória não é só dele, pois ele não existiria sem o técnico; não existiria sem seu disciplinador, seu mentor, seu pai, seu tutor.

Assim somos nós quando todos nos acharem super-crentes, super-pastores. Não nos esqueçamos que o mérito não é nosso, mas, sim, de nosso Pai celeste, que nos instruiu e disciplinou.

AVALIAÇÃO

1. Em que sentido a disciplina de Deus revela Seu amor por nós?

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2. Qual o propósito da disciplina?

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3. Por que precisamos de disciplina?

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4. A disciplina é sempre encarada como um coisa ruim. Como o cristão deve receber a disciplina?

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5. Na casa de Deus só há lugar para filhos legítimos e, se somos legítimos devemos estar submissos a "paidéia" (disciplina) divina. Fale a respeito do que você entendeu sobre disciplina.

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Lição 09 - PERDOADOS E SEMPRE PERDOANDO

"Assim como o Senhor perdoou, assim também perdoai-vos"

OBJETIVOS: Atentar para o ensino bíblico a respeito do perdão. Atentar para relevância do perdão na vida cristã. Explicar as características do perdão.

Introdução

O perdão é essencial para a vida do cristão, pois é impossível ter comunhão com Deus sem que perdoemos aqueles que nos ofenderam. Esta realmente é uma área que devemos tratar com todo cuidado para que não pensemos que está tudo resolvido enquanto em nosso coração permanecem raízes de amargura.

Todos nós, com mais ou menos intensidade, fomos atingidos por pessoas, palavras, atitudes. Enfim, situações que nos prejudicaram assim como também em outras situações fomos causadores.

Porém, no momento que realmente entregamos a nossa vida a Jesus, começamos um processo novo e as coisas do passado devem ficar para trás. Do contrário, não podemos prosseguir.

Há muitas pessoas vagando no mundo e nas igrejas cheias de auto-piedade, contando a todos como elas foram terrivelmente atingidas pelas pessoas, pela vida e pelo próprio Deus.

Tais pessoas vivem amarguradas; contudo, a realidade é que estão cheias de orgulho, incredulidade e engano nos seus corações.



1. PERDÃO É CONFIAR NA JUSTIÇA DE DEUS

A grande dificuldade da maioria das pessoas que não perdoam é o fato de elas acharem que a ofensa foi muito grave e não pode ficar sem punição. Afinal, elas foram muito prejudicadas.

Porém, se confiamos na justiça de Deus, não teremos problemas em perdoar, porque sabemos que o Senhor certamente cuidará do caso da melhor maneira .

Quando não confiamos, agimos por conta própria e nos colocamos no lugar do Juiz. Se você é o juiz, Deus não o poderá justificar (Rm 12:19, 20)

Não se pode ignorar o fato de que algo aconteceu. Quando se tenta esquecer sem perdoar, qualquer circunstância difícil irá disparar o gatilho das raízes de amargura no coração (Hb 12:15).

1.1. Perdoar não é exigir mudanças por parte da outra pessoa antes de perdoar. Se a outra pessoa nunca mudar, você terá que perdoá-la mesmo assim. Devemos entregar nas mãos do Senhor nossa causa, nossa vida e os nossos ofensores (1Pe 2.19-23)

1.2. Perdão é um dever de todo cristão, não uma opção. Ele deve ser o nosso estilo de vida. Algumas pessoas chegam a ficar impressionadas quando ouvem que alguém perdoou seu ofensor. Porém, para nós, deve ser normal viver perdoando uns aos outros. Quem não perdoa, não pode ser perdoado por Deus (Mt 6.14,15; Lc 6.37).

1.3. O Orgulho é o principal inimigo do perdão. Temos dificuldades em perdoar, porque estamos muito vivos para nós mesmos. O nosso velho homem que deveria estar morto, assume o comando da situação. Não perdoar é uma evidência do ego entronizado. Devemos morrer para nós mesmos, a fim de vivermos para Deus.



2. PERDOAR É UMA DAS CARACTERÍSTICAS DA VIDA CRISTÃ

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente; caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor perdoou, assim também perdoai-vos; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que, é vínculo da perfeição” (Col 3:12-14).

2.1. O perdão é mais que a remissão da penalidade. Significa a restauração da comunhão interrompida. O perdão é a manifestação concreta da graça de Deus em benefício do indigno. É a justiça de Deus produzindo satisfação para rebeldia humana.



2.2. A virtude central do cristianismo é o poder do perdão, e sua maior equivalência está fundamentada na atitude de como recebê-lo. O espírito orgulhoso rejeita qualquer donativo que afronte o seu mérito. A religião das obras estriba sua pregação na mensagem da relevância e de reciprocidade de valores. Mas Deus não irá adiante com o homem que marcha com suas próprias forças. A obra-prima do pecado é levar os homens a pensar que podem permutar com Deus a salvação. Não há compensação na esfera da graça. Deus não premia os vencedores com a salvação, nem troca o perdão pelas qualidades excelentes. Não somos perdoados porque merecemos. A verdade do evangelho mostra com clareza um outro enfoque: fomos perdoados gratuitamente pela graça de Deus. Ambrósio compreendia muito bem esta posição; por isso, expressou com sabedoria: ―Não me vangloriei por ser justo, mas por ser remido; não por ser livre de pecado, mas porque meus pecados são perdoados. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. (Rm 3:23-26). A morte de Cristo na cruz foi uma expiação que demonstrou um sucesso pleno, não uma tentativa parcial que requer retoques de nossa parte.

2.3. Por outro lado, todos os perdoados são necessariamente perdoadores. Se realmente conhecermos a Cristo como nosso Salvador, os nossos corações são quebrantados, não podem ser duro, e não podemos negar o perdão, ensinava o Dr. Martyn Lloyd Jones. É impossível Ter sido perdoado totalmente por Cristo e não se tornar um verdadeiro perdoador. Nada neste mundo vil e em ruínas ostenta a suave marca do Filho de Deus tanto quanto o perdão. E nada nos torna mais associados com Satanás, do que a falta de perdão. O apóstolo Paulo mostrou qual é a tática sutil do inferno nestas palavras: ―A quem perdoais alguma coisa, também eu perdôo; porque, de fato, o que tenho perdoado ( se alguma coisa tenho perdoado ), por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”. (2 Co 2:10-11). O tranco no coração oprimido tem um troco forjado no tronco da vingança. Mas o tranco no coração redimido tem um saldo de perdão oferecido pelo trono da graça. A moeda do inferno comercializa nos relacionamentos humanos é vindita que inspira punição. Porém os numerários celestiais circulam com riquezas do perdão (veja Rm 12.17-21).

2.4. Não há limite para o perdão. Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. (Mt 18:21-22). Errar é humano; perdoar é divino. A vingança é próprio dos espíritos perversos que jamais conheceram o perdão de Deus. Nunca um ser humano se assemelha tanto com Deus, como renunciando a vingança, perdoa de coração uma injustiça. Perdoar é banir do coração todo o desejo de vingança, todo apetite rancoroso, em face do grande amor que reina, sob comando do Senhor Jesus Cristo. Assim, a vingança pertence aos escravos, subalternos e infelizes, mas o perdão é característica viva dos libertos e salvo por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

Conclusão:

- Faça uma reflexão sobre sua vida e verifique se não existem situações não concluídas

- Confie na justiça de Deus.

- Não tente fingir que nada aconteceu, quando se trata de ofensas.

- Não espere a mudança do (a) outro (a), perdoe antes.

- O perdão para o cristão não é uma opção, é um mandamento

- Sem perdão, a justiça de Deus não pode atuar.

- O orgulho é o principal inimigo do perdão.

- Jesus foi rejeitado, mas, nunca abriu mão de sua verdadeira identidade.

- Nossa verdadeira identidade está em Cristo.

AVALIAÇÃO

1. O perdão é essencial para a vida do cristão, pois é impossível ter comunhão com Deus sem que perdoemos aqueles que nos ofenderam. Qual é maior dificuldade que as pessoas tem para perdoar?

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2. O que significa perdoar?

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3. Qual é o maior motivo que temos para perdoar o próximo?

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4. De acordo com Romanos 12.19,20, por que o cristão pode ter desejo de vingança em seu coração?

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5. De acordo com Hebreus 12.15, o que pode acontecer na igreja quando há dificuldade para perdoar?

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6. O que Mateus 6.14,15 nos ensina a respeito do perdão?

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7. Em que sentido o perdão está relacionado à justiça de Deus?

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8. Fale sobre o que você aprendeu nesta lição.

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Lição 10 - FÉ: A VIDA DO CRISTÃO

“Todavia, o meu justo viverá pela fé e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma . Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto da fé, para a conservação da alma”. (Hb 10.38,39

OBJETIVOS: Atentar para o ensino bíblico a respeito da fé. Compreender a natureza da fé e cultivá-la.

Introdução

Quando nos tornamos cristãos, logo percebemos que tudo o que fazemos está relacionado à fé. Recebemos Jesus pela fé, vida eterna pela fé, fomos justificados pela fé, recebemos cura pela fé, batismo no Espírito Santo pela fé. Enfim, a fé é o nosso modo de vida. E não poderia ser diferente. Veja o que está dito nos textos abaixo.

Habacuque 2:4: “Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé”.

Romanos 1:17: “ Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”.

Como vimos, viver pela fé não é uma opção, é um mandamento. Sem fé, podemos tentar fazer muitas coisas para Deus, mas tudo não passará de religiosidade e obra morta. A nossa fé deve ser aumentada e fortalecida. Quando nós nascemos no natural, o nosso corpo físico já estava definido. Simplesmente nós nos alimentamos para que o corpo pudesse crescer e ganhar força. O mesmo processo ocorre quando você nasce de novo. Você recebe a fé, que deve ser fortalecida com a palavra de Deus (Rm 10.17).

1. O QUE É A FÉ?

A simples fé implica uma disposição de alma para confiar noutra pessoa. Difere de credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso.

A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como "uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras". A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração.



1.1. A Fé no Antigo Testamento - A atitudes para com Deus que no NT a fé nos indica, é largamente designada no AT pela palavra "temor". O temor está antes que a fé; a reverência em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no AT, sendo isso particularmente entendido naquela parte do AT, que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não está longe da verdade, quando se sugere que o "temor do Senhor" contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no NT. As palavras "confiar" e "confiança" ocorrem muitas vezes; e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15.6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática.

1.2. A Fé no Novo Testamento – Há uma palavra grega muito importante para fé no NT é a palavra pistis e o verbo oisteuõ, ocorrem mais de 240 vezes. Esta ênfase sobre a fé deve ser vista em contraste com a obra salvadora de Deus em Cristo. Cristo realizou a salvação do homem ao morrer expiatoriamente na cruz do Calvário. “a fé é a atitude mediante a qual o homem abandona toda confiança em seus próprios esforços para obter a salvação, quer sejam elas ações de piedade, de bondade ética, ou seja, o que for. É a atitude de completa confiança em Cristo, de dependência exclusiva dEle”. No NT, há uma construção muito interessante do verbo pisteuõ seguido da preposição eis. Literalmente esta construção significa “crê dentro” ou “crê em”. Denota uma fé que, para assim dizer, tira o homem de si mesmo e coloca em Cristo. Essa experiência também pode ser indicada pela expressão “fé-união com Cristo”. Denota não apenas uma crença que implica em assentimento intelectual, mas uma fé em que o crente se apega ao seu Salvador de todo o seu coração. O homem que confia dessa forma permanece em Cristo e Cristo nele (Jo 15.4). (Grudem)

2. DIFERENTES TIPOS DE FÉ

2.1. A Fé Histórica. A fé Histórica é puramente a aceitação intelectual da verdade da Escritura sem qualquer resposta moral ou espiritual. Essa fé aceita as verdades da Escritura como alguém aceita qualquer história pela qual pessoalmente não se interessa. Isto significa que, embora a verdade seja aceita intelectualmente, não é considerada com seriedade e não desperta nenhum interesse real. A Bíblia refere-se a ela em At 26.27,28; Tg 2.19.

2.2. A Fé para milagres. A fé para milagres consiste na convicção de alguém de que um milagre será efetuado a em seu favor (cf. Mt 8.11-13; Jo 11.22; At 14.9). Esta fé pode ou não ser acompanhada da fé salvadora.

2.3. A fé Temporal. A fé temporal é uma persuasão das verdades religiosas acompanhadas de algum despertamento de consciência e um excitamento das emoções, mas que não está enraizada em um coração regenerado (cf. Mt 13.20,21). Em geral pode-se dizer que a fé temporal se baseia na vida emotiva e procura antes o gozo pessoal que a glória de Deus.

2.4. A Verdadeira Fé. A verdadeira fé é a que tem sua sede no coração e está enraizada na vida regenerada. Esta fé pode ser definida como “uma firme convicção, efetuada no coração pelo Espírito Santo, quanto a verdade do evangelho, e uma confiança sincera e entusiástica nas promessas de Deus em Cristo.” (Luis Berkhof. Teologia Sistemática)

A fé é a certeza de que a palavra de Deus vai se realizar, mesmo que todas as circunstâncias digam o contrário, mesmo que não possamos ver, mesmo que passe muito tempo sem se manifestar, mesmo que os nossos sentimentos digam o contrário; todavia, acontecerá porque Deus é fiel e cumpre a sua palavra. É uma confiança inabalável do caráter de Deus.



3. A FÉ E AS AÇÕES CORRESPONDENTES

Se você tem uma fé verdadeira, naturalmente produzirá frutos, ou seja, as suas ações estarão em harmonia com sua fé. Em Tiago capítulo 1, verso 17 está dito: ―Assim, também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma‖. A fé não é somente algo abstrato. Ela é um fato e também um ato. ―A fé é a capacidade de mover a nossa própria mão em favor do próximo e de deixar as preocupações com a própria vida nas mãos de Deus ‖.

3.1. A fé é o que nos coloca em movimento. A fé não mobiliza Deus, e sim, o fiel. Deus não precisa ser mobilizado. Quem precisa ser mobilizado não é Deus, somos nós. Esse é o ensinamento de Tiago. Você tem fé? Então mostre suas obras. Fé é aquilo que nos arremessa na direção do próximo: quem tem fé e não reparte o pão com o faminto ou não veste o que tem frio, possui uma fé morta, que não vale nada, pois a fé é a capacidade de mover a nossa própria mão a favor do próximo. (Ed René Kivitz)

Abraão é chamado o ―Pai da Fé, e a fé que Abraão tinha, o levou a entregar o seu filho Isaque sobre o altar do Senhor. Note que ele não somente ouviu a palavra de Deus, mas principalmente agiu de acordo com ela.

3.2. As obras revelam a vida da fé. Em Lucas capítulo 5, temos um excelente exemplo de fé e ações correspondentes. Jesus está ministrando num lugar com muitas pessoas. Alguns homens trouxeram um paralítico para que Jesus o curasse. Logo perceberam que seria muito difícil passar com aquele leito por todos. Esses homens, entretanto, não voltaram atrás.

Eles tinham tanta convicção que o amigo seria curado, que decidiram subir no telhado da casa e baixar o leito por entre as telhas até o local onde estava Jesus.

Todos ficaram impressionados com aquela atitude. E Jesus pode ver a fé, através da atitude (Lc 5.20). A atitude desses homens demonstrou a fé.

4. A FÉ E A MEDITAÇÃO DA PALAVRA

A Bíblia nos ensina que a fé vem pelo o ouvir da Palavra (Rm 10.17). Você só poderá ter uma fé forte, se estiver cheio da palavra de Deus e só poderá ser cheio, se meditar na palavra constantemente. Veja o que diz a Bíblia.

Salmo 1: 1, 2: “Bem aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita dia e noite”.

Salmo 119:97: “Oh! Quanto amo a tua lei! Ela é minha meditação o dia todo”.

Meditar é ponderar, é considerar, é pensar em, é falar consigo mesmo em voz baixa. A meditação na palavra tem dois aspectos principais:

4.1. Em primeiro lugar, vão firmar as verdades de Deus em você. O Espírito Santo nos guia pela palavra e certamente utilizará a porção que nós temos.

4.2. Em segundo lugar, a meditação na palavra impede que a dúvida tome lugar em nossa mente. Desde o momento que você crê em algo, até a manifestação plena do que você creu, geralmente existe um período de tempo e é neste período que a dúvida tenta penetrar em nossa mente trazendo medo, para que falemos e façamos coisas contrárias a nossa fé. Se você permite que a dúvida entre, os resultados serão de acordo com a dúvida. A dúvida neutraliza completamente a fé (Tg 1.6,7).



5. RECEBENDO A PALAVRA COM MANSIDÃO

Sabemos segundo Romanos 10: 17 que a fé vem pelo ouvir; logo, ouvir é fundamental para nossa fé. Porém, precisamos avaliar de que maneira vamos ouvir, para que a fé possa ser gerada em nós, porque muitos são os que ouvem sem que nada aconteça, como está escrito em Marcos 4: 12 ―... e ouvindo, ouçam, e não entendam...‖.

A pergunta então é: Por que alguém que ouve a palavra não é transformado? Eis algumas razões:

5.1. Não dar o devido valor à palavra. Há pessoas que ouvem, mas não colocam a palavra em primeiro lugar. Ela fica a beira do caminho e as aves do céu (espíritos malignos) roubam a semente que foi lançada (Mc 4.4).

5.2. Não permitir que a palavra penetre fundo. Outras pessoas recebem até com alegria a palavra, no entanto ficam só na superfície. A palavra não cria raízes nessas vidas. Sobrevindo os problemas ou tribulações, elas se escandalizam e vão embora (Mc 4.5,16,17).

5.3. Estar cheio dos cuidados do mundo. Alguns estão tão envolvidos com o mundo que, por um lado recebem a palavra, mas por outro, não querem deixar seus pecados ou seus prazeres. Isto faz com que a palavra seja sufocada e se torne infrutífera. Não podemos ser amigos do mundo e de Deus ao mesmo tempo (Mc 4:7,18,19; 1Jo 2.15).

5.4. Falta de perdão. Um cristão pode aprender todos os princípios de fé, mas, se não perdoar, nada funcionará. Perdoar é uma ordem para todos nós. Nossa fé funcionará na medida em que o coração estiver livre para Deus (Mc 11:26).

5.5. Pecados encobertos. Provérbios 28: 13 diz: “O que encobre suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. O pecado quebra a nossa comunhão com o Pai e não podemos viver uma vida de fé vitoriosa sem comunhão.

5.6. Coração endurecido e soberbo. O acúmulo de coisas mal resolvidas faz com que o coração se endureça. Forma-se uma capa de incredulidade e a palavra não pode penetrar. Outras vezes o problema está na soberba. Pessoas auto-suficientes não admitem ser ensinadas (Tg 1.21). Uma pessoa mansa é aquela que está pronta para ouvir, é Aprendiz, tem o coração aberto para Deus, deseja a verdade e decide praticá-la.







CONCLUSÃO

- Devemos ter uma vida de fé. Isso não é uma opção, mas um mandamento de Deus.

- Quando nascemos de novo, recebemos a medida da fé. Daí para frente ela deve ser aumentada e fortalecida.

- A fé viva terá ações correspondentes.

- A nossa fé é também demonstrada por atitudes.

- A meditação coopera com a fé.

- A meditação firma a palavra em nós e impede que a dúvida penetre.

- Devemos receber a palavra com mansidão para que fé seja gerada em nós.

- Devemos viver por fé e não pelo que vemos (2Co 5.7).



AVALIAÇÃO

1. O que é fé de acordo com o Novo Testamento?

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2. Qual a diferença entre a fé histórica e a fé temporal? Explique por que elas não são verdadeiras.

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3. Como podemos definir a verdadeira fé?

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4. Em que sentido a fé nos coloca em movimento?

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5. Qual a relação entre fé e obras? _________________________________________

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Lição 11 - A NOSSA IDENTIDADE EM CRISTO

“Como meninos recém-nascidos, desejai o puro leite espiritual, a fim de por ele crescerdes para a salvação”. (1Pe 2.2)

Introdução

Após o novo nascimento, temos diante de nós uma carreira que está proposta (Hb12: 1). Devemos, então, crescer e abraçar nossa identidade em Cristo. Você pode ter muito conhecimento de quem era, mas somente pela palavra conhecerá quem você é em Cristo. Essa é a nossa realidade; somos o que somos em Cristo não em Adão; somos o que somos no espírito, não na carne; somos o que a palavra de Deus diz a nosso respeito e não o que o mundo diz.

IDENTIDADE: Qualidade de idêntico, os caracteres próprios e exclusivos duma pessoa: nome, idade, sexo, filiação, estado, profissão, etc. (Dicionário Aurélio).

1. DESLIGADOS DE ADÃO E LIGADOS A CRISTO

Para que conheçamos a nossa identidade em Cristo, é necessário que entendamos como a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo afeta nossa vida. Esse é o ponto principal do evangelho. A morte e ressurreição de Cristo não é um mero fato histórico. É um fundamento de onde se originam todos os outros assuntos como a fé, dons, etc. Precisamos compreender que somos participantes da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (Rm 6.1ss.).

Esse assunto é um alicerce da nossa vida cristã, ou seja, a nossa identificação com Cristo. Identificar significa “tornar idêntico”, “determinar a identidade”, “comprovar a própria identidade”.

Descobrimos quem somos na medida em que conhecemos nossa identificação com Cristo.

Identificação: Reconhecimento duma coisa ou dum indivíduo como os próprios. Podemos ter tudo o que temos hoje por causa da nossa identificação com Cristo. Ele se identificou conosco e nós com ele. Esse assunto tem uma importância especial porque lança um fundamento em nossa vida com Deus.

O apóstolo Paulo declara que ele, como sábio construtor lançou o fundamento para depois outros edificarem sobre ele (1Co 3.10,11).



2. OS DOIS HOMENS MAIS IMPORTANTES DA BÍBLIA (ADÃO E CRISTO)

“Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos”. (1Co 15.21)

Existem grandes homens na Bíblia, mas os mais importantes são Adão e Cristo. Visto que são homens representativos, ou seja, os únicos homens na Bíblia que representam toda a humanidade. Através de Adão, todos morreram; Através de Jesus são vivificados.

Adão representa a humanidade no que se refere à desobediência, ao pecado e à morte que nos foram transmitidos. Jesus, porém, transfere a nós o que Ele obteve por sua obediência.

Adão e Jesus transmitem os resultados das suas ações para a humanidade. Quando Adão caiu, ele abriu a porta para o diabo e, consequentemente, à doença, pobreza, confusão, etc. Em Cristo, foi-nos resgatada a vida com Deus, entendimento, autoridade, etc.

Julgue a você mesmo: Antes de ser salvo você tinha dificuldades em pensar segundo o mundo, manter os seus vícios ou os seus maus hábitos? É claro que não, porque em Adão tudo estava lá. Você se identificava com Adão naturalmente. Podemos dizer que para o ímpio é natural pecar porque ele está identificado com Adão e a lei do pecado e da morte está em operação nele. Mas agora você está em Cristo! Deve ser natural identificar-se com Ele. Ele lhe trouxe vida abundante, saúde, prosperidade, conhecimento, amor e tudo o mais que foi perdido em Adão. Então por que ficar se esforçando tanto por algo que você já tem? Basta crer! Você não precisa obter por esforço, mérito ou qualquer outra coisa, porque agora está identificado com Cristo e a lei do Espírito de vida está em operação dentro de você e esta lei é maior do que a do pecado e da morte que operava antes por causa de Adão (Rm 8.1,2).

Você não precisa viver por sua força de vontade ou por seu esforço. Essa é a razão de muitos cristãos fracassarem repetidamente. A sua vontade diz: ―Eu quero Deus, quero ser obediente, quero viver em santidade, não aceito pecar, eu odeio o pecado, vou me ―esforçar.

Embora a intenção esteja correta, a sua força de vontade nunca poderá vencer o pecado, já que a sua carne é absolutamente fraca diante dele. A sua força de vontade não pode ser a força do seu viver, pois, se assim for, o resultado será uma vida espiritual fracassada. Não quero dizer com isso que o cristão não precise de restrições e vigilância, no entanto muitos querem vigorosamente refrear a si mesmos e vencer a carne com a carne.

Por causa de Adão, a lei do pecado e da morte operava em nós. Por causa de Cristo, a lei do Espírito da vida opera em nós.

Em Romanos 8, verso 2, está escrito que a lei do Espírito da vida já o livrou da lei do pecado e da morte. O verbo “livrou” está no passado, indicando que você em Cristo já obteve vitória sobre o pecado, sobre a miséria, sobre os maus hábitos, etc.

O Pecado, a morte e a vida também são uma lei. Deus não lhe pede para usar a sua força para fluir na vida. Se você o fizer, vai ser muito difícil perdoar, ter paz, vencer a ansiedade, a tristeza, etc. Mas será natural se você fluir na vida de Deus.



3. EM ADÃO FOMOS CONSTITUÍDOS PECADORES

“Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos”. (Rm 5.19)

Geralmente somos conscientes dos pecados que temos cometido diante de Deus e buscamos pelo sangue de Jesus a purificação deles. Entretanto, além de estarmos conscientes dos nossos pecados e da necessidade de perdão, precisamos compreender o princípio do pecado operando em nós. O texto acima nos revela que somos pecadores não porque cometemos pecados, mas porque somos pecadores. Somos pecadores por constituição e não por ação.

Quando ouvimos a palavra de Deus pela primeira vez e o Espírito Santo tocou em nosso coração, logo percebemos que precisamos de perdão para os nossos pecados. Porém, uma vez que conhecemos o perdão, necessitamos ampliar o nosso entendimento e compreender a natureza do pecado que herdamos de Adão (leia 1Jo 1.7-9).

4. “EM ADÃO” E “EM CRISTO”

Os termos ―em Adão e ―em Cristo são muito pouco compreendidos pelos cristãos. Todos nascemos ―em Adão e Romanos 5: 12- 21 nos revela o que somos ―em Adão.

Somos constituídos pecadores, não pelos pecados que cometemos, mas simplesmente por estarmos em Adão. Todos nós pecamos ―em Adão quando ele pecou. Todos nós nascemos em pecado (Sl 51.5). Estamos envolvidos no pecado de Adão, recebemos tudo o que é de Adão, isto é, a natureza de Adão, que é a natureza de um pecador. Então, a questão vital é – como posso escapar de Adão? Descendemos dele pelo nascimento, portanto podemos escapar somente pela morte; e é justamente este modo de escapar que Deus providenciou. ―Todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte” (Rm 6: 3). Estar ―em Cristo‖ é ter sido identificado com Ele em sua morte e ressurreição. A cruz, isto é, a morte de Cristo, é o poder de Deus que nos transporta de Adão para dentro de Cristo.



5. É CERTO CRUCIFICAR O NOSSO “EU”?

Talvez você já tenha ouvido muitas vezes o ensino sobre crucificar o eu ou o ―ego. Contudo, se você tem tentado fazer isto em sua própria força de vontade, será derrotado todas as vezes que tentar. E por que isso acontece?

A razão é que Deus sabia que por nossa força jamais poderíamos tratar com o velho homem. Por isso, Deus decidiu matá-lo na cruz. Agir em nossa própria força para tentar matar o velho homem seria tentar vencer a natureza de pecado pela fraqueza da carne. A solução é Cristo.

Ele já venceu todo o pecado e nos libertou na cruz.

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. (Gl 2.20)



6. SEPULTADOS COM CRISTO (ROMANOS 6.1-14)

“Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova” (Rm 6.4)

O sepultamento sela a morte; assim o batismo cristão é um sepultamento simbólico em que a velha ordem da vida chega ao fim, para ser substituída pela nova ordem da vida em Cristo. O batismo cristão, que é o emergir nas águas é um testemunho público de fé e arrependimento. Aqui Paulo usa a figura do batismo por imersão, para representar uma verdade espiritual que é o morrer do crente para a velha vida e o ressurgir para uma nova vida em Cristo. ―...Batizados em Cristo... v.3 é o mesmo que está unido a Cristo pela fé v.5 , ―pois todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes (Gl 3.27), revestir-se de Cristo é ser moldado conforme o seu caráter. Ser sepultado em Cristo significa morrer para o pecado, a crucificação do homem velho e a destruição do corpo do pecado (v.6). Positivamente, isto significa libertação do pecado e vida para Deus.



7. IDENTIFICADOS COM CRISTO

Hebreus 2: 14 – ―Portanto, visto como os filhos são participantes comuns da carne e sangue, também ele semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o diabo”.

Vimos anteriormente que Jesus despojou o diabo, e agora vemos que Ele destruiu o seu poder. Jesus como seu representante, destruiu por você, o poder do diabo, deste modo, o seu nome também está anotado no livro de Deus, marcando o instante em que isso aconteceu. Como pode então o diabo ter poder, quando você em Cristo o destruiu há dois mil anos atrás?

Saiba que o que ele tenta fazer é enganá-lo dizendo que tem poder sobre você. Esta palavra ―destruir significa: tornar nulo, ou seja, com Cristo destruímos ou anulamos o poder do diabo.

Devemos aprender quem somos em Cristo e proferir isso ao diabo. Todo o poder de Deus foi-nos entregue. Pela fé, assuma a sua identidade em Cristo e experimente a vida de vitória que Ele já lhe deu (Rm 5.17).

CONCLUSÃO

1. Conhecemos a nossa identidade em Cristo, na medida em que conhecemos a palavra de Deus.

2. Para que conheçamos a nossa identidade, é necessário saber como a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo afeta a nossa vida.

3. Cristo se identificou conosco e nós com Ele.

4. Tudo o que temos em Deus é derivado do calvário.

5. Os dois homens mais importantes na Bíblia são Adão e Cristo, visto que são homens representativos.

6. O que foi perdido em Adão foi resgatado em Cristo.

7. Para vivermos em Cristo, dependemos da lei do Espírito da vida, e não dos nossos esforços.

8. Em Adão fomos ―constituídos pecadores.

9. Nossos pecados são tratados pelo sangue de Cristo, enquanto o velho homem é tratado pela cruz.

10. O nascimento físico atesta que estamos ligados a Adão, mas o nascimento espiritual fala da nossa ligação com Cristo.

11. Morremos com Cristo; logo, não precisamos mais morrer.

12. Cristo ressuscitou e nós fomos vivificados juntamente com Ele.

13. Vencemos o diabo juntamente com Cristo.

14. Temos uma posição de autoridade em Cristo.

15. Devemos assumir nossa identidade em Cristo pela fé.



AVALIAÇÃO

1. De acordo com Romanos 6, como nos identificamos com Cristo?

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2. O que você deve fazer agora, em razão do que aprendeu?

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3. Como você se identifica com a crucificação, morte, sepultamento e ressurreição de Cristo?

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4. Faça um resumo do que você aprendeu nesta lição.

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Lição 12 - ORAÇÃO E AUTORIDADE I

"Orai sem cessar" (1Ts 5.17)

Introdução

Um dos primeiros assuntos com os quais o crente entra em contato é a oração. Através dela ele se comunica com Deus e começa a caminhada da vida cristã. Ocorre, porém, que muitas vezes vem a frustração porque sua experiência não corresponde ao ensino. Onde estará o erro?

A melhor oração vem de uma poderosa necessidade interior. Todos temos experimentado que isso é verdade. Quando as nossas vidas são serenas e plácidas, as nossas orações tendem a ser insípidas e indiferentes. Quando topamos uma crise, um momento de perigo, uma enfermidade grave, uma dura privação, as nossas orações são fervorosas e vitais.

Uma das condições da oração vitoriosa é que precisamos aproximar-nos "com sincero coração" (Hb 10:22). Isto significa que precisamos ser genuínos e sinceros perante o Senhor. Não pode haver hipocrisia. Ela deve ser simples, confiante e sem levantar dúvidas.

A oração efetiva é a chave para o sucesso em cada área da vida; é o segredo da vitória no trabalho de Deus e na vida pessoal. A oração verdadeira é a mais poderosa arma contra os poderes das trevas; é também a chave que abre os tesouros do céu para o homem (Lc 18.1-8; 1Ts 5.17). Fica, pois, claro que cada esforço no reino de Deus só terá sucesso se for gerado e sustentado pela oração.

1. O QUE É ORAÇÃO?

Por causa da maneira que o evangelho tem sido pregado em nossos dias, o entendimento da oração em muitas igrejas não é muito diferente do conceito pagão de oração ―um meio de manipular e subordinar as divindades. É como se Deus estivesse a serviço dos seres humanos para satisfazer as suas vontades e necessidades. Nessa filosofia o homem está no centro e Deus é mero coadjuvante.

No sentido bíblico, ―oração é a comunicação pessoal com Deus. Essa comunicação envolve: petição, confissão de pecados, adoração, louvor e ações de graça e também a comunicação divina como resposta a nós.

Oração é o diálogo da alma com Deus; da criatura com o seu Criador; do filho com o Pai Celestial. Oração é quando abrimos nosso coração e confessamos ao Pai Celestial, derramando diante dele o nosso coração. (Enéas Tognini)

Orar é ter um encontro íntimo com Deus, uma audiência privada com o Rei dos reis; é falar e ser ouvido, pedir e receber, buscar e encontrar, é a certeza das coisas incertas (Ricardo Gondim).

A oração não é um meio para arrancarmos alguma coisa de Deus, mas um meio que Deus usa para nos dar o que ele quer. Orar também é um meio para termos comunhão com Deus, é experimentá-lo e usufruir de Sua presença. É aproximar-se dele não somente para pedir alguma coisa, mas também senti-lo, para ter intimidade com ele. Na oração, devemos estar cientes de que estamos nos aproximando de Deus, o Criador. É importante saber que estamos na presença dele, e isto deve fazer da oração algo poderoso e extraordinário.

Através da oração, revelamos o nosso amor ao Pai, pois, se você ama alguém desejará se comunicar; pela oração entramos na intimidade de Deus, porque ele se revela para aqueles que o buscam; pela oração o nosso espírito, alma e corpo são renovados; pela oração a nossa fé é edificada; pela oração os anjos são liberados a nosso favor; pela oração as cadeias do inferno são quebradas em nossa vida e na vida das pessoas pelas quais intercedemos; pela oração, pessoas são geradas para Cristo; pela oração as obras do diabo são desfeitas; pela oração , a Palavra é liberada e o reino de Deus é estabelecido. Separe tempo para oração, pois aí está sua vitória espiritual.



2. POR QUE ORAR?

2.1. Porque Deus insistentemente o ordena na Bíblia: Lc.18:1; I Ts. 5:17; Fl.4:6; Ef.6:18-19; I Tm. 2:1; Mt. 26:41; Cl.4:3; 1 Ts.5:25; 2 Ts.3:1; Hb.13:18; Mt.6:5.

2.2. Porque é o caminho indicado por Deus para o cristão receber coisas de que precisa (Tg.1:5-8).

2.3. Porque a oração é o caminho que Deus aponta para que o cristão tenha a plenitude do gozo (Jo.16:24; Pv.10:20).

2.4. Porque a oração é a saída para os problemas, (Fp.4:6; I Pe. 5:7; Sl.55:22).

2.5. Porque a oração respondida é o único argumento irrefutável contra o ceticismo, a incredulidade, o modernismo e a infidelidade (Hb.11:6;I Rs.18:36,38; Jz.6:12-13; Ex.8:19; Dn.2:47; At. 13:6-12).

2.6. Porque a oração é o caminho para o poder do Espírito Santo no serviço cristão (Lc.11:13; 2Cor.7:14; Hc.3:2; At. 1:13-14; 4:31; 8:14-16; 9:9,11,17; 13:1-4; Ef. 1:15-19; 3:14-19).







3. IMPEDIMENTOS À ORAÇÃO

3.1. Relacionamentos errados na família (I PE 3.1,7). O não cumprimento dos deveres dos cônjuges um para com o outro faz com que as orações não sejam respondidas.

3.2. Falta de perdão (Mc. 11.25; Mt 6.12; 14.18,21,22- 35. At.7.54-60). Nossas orações são ouvidas à medida que nossos pecados estão perdoados; mas Deus não pode tratar conosco sobre tal base de perdão, enquanto guardamos o mal, desejo de vingança contra aqueles que nos ofenderam. Qualquer que guarda sentimento de rancor ou mágoa contra alguém, fecha os ouvidos de Deus para sua própria petição.

Quando estamos orando, uma das coisas importantes é sondarmos o nosso coração para que não permaneça nenhuma amargura ou falta de perdão. A falta de perdão fará fracassar sua oração, porque levantará uma barreira entre você e Deus. Portanto, quando estiver orando, perdoe todos os seus inimigos para que a oração não seja impedida.

3.3. Contenda (Tg 3.16). A contenda é simplesmente agir movido pela falta de perdão. A ausência de contendas é a chave para afastar a confusão e o mal. Dê a Deus a oportunidade de criar um sistema de harmonia em volta de você e sua vida de oração começará a funcionar.

3.4. Motivação errada (Tg 4.3). Um sério obstáculo à oração é pedir a Deus coisas de que realmente não necessitamos, com o propósito de satisfazer desejos egoístas. Orar com uma motivação egoísta. Podemos orar por coisas em harmonia com a vontade de Deus, mas, se o motivo for errado, não haverá resposta. O propósito primeiro da oração deve ser a glória de Deus.

3.5. Desobediência a Deus (Is 59.1,2). Uma atitude de rebeldia ou desobediência à palavra de Deus fecha os céus para nós. Qualquer pecado inconfessado torna-se inimigo da oração. Uma vida de obediência, porém, abre o caminho à resposta de Deus ―E aquilo que pedimos, dEle recebemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante dEle o que lhe é agradável‖(I Jo 3.22).

3.6. Ídolos no coração ( Ez 14.3). Ídolo é toda e qualquer pessoa ou coisa que toma o lugar de Deus na vida de alguém. É aquilo que se torna o objeto supremo da afeição. Aquilo que mais ocupa nosso pensamento. Deus deve ser supremo em nossa vida..

3.7. Falta generosidade para com os pobres e o trabalho de Deus. (Pv 21.13; Tg 4.17). A recusa de ajudar o que se encontra em necessidade, quando podemos fazê-lo, impede a resposta às nossas orações.

3.8. Dúvida e Incredulidade (Tg 1.5-7; MT 14.31; Mc 4.40). A dúvida é a ladra da bênção de Deus. A dúvida vem da ignorância da Palavra de Deus. A incredulidade é quando alguém sabe que há um Deus que responde as orações, e ainda assim não crê em sua Palavra. E não crer nas promessas é duvidar do caráter de Deus.



4. ASPECTOS IMPORTANTES DA ORAÇÃO BEM SUCEDIDA

A quem e como oramos?

4.1. Oramos ao pai, em nome de Jesus (Jo 16.23,24). É o Nome de Jesus que garante a resposta de Deus. Oramos ao Pai, em nome de Jesus. A Bíblia diz que Jesus é único mediador entre Deus e os homens, ou seja, somente Jesus é que pode fazer uma ligação entre ambos.

4.2. Creia que Deus responde sua oração. Mc. 11:24;I Jo. 5:14,15- A oração sem fé não produz resultados.

4.3. Dependa do Espírito Santo em sua vida de oração. Sem auxílio não se chega ao trono (Rm 8.16,26,27).









5. MÉTODOS OU FORMAS DE ORAÇÃO

5.1. Oração privada (Mt 6:6). Cada filho tem direito de entrar na presença de Deus com confiança ( Hb. 4:16) e apresentar suas orações. (Só você e Deus)

5.2. Oração de concordância (Mt. 18:8-20). Esta é uma tremenda promessa do Senhor para nós. Jesus disse em Mateus 18:19: ― Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nós céus . Ele estava realmente dizendo que: se dois cristãos (portanto em harmonia com Deus) concordarem acerca de qualquer coisa (Obviamente que não vá contra a integridade de Deus) que pedirem, O Pai fará. Jesus estava falando sobre irmãos em profunda unidade de fé, no mesmo espírito, na mesma visão, com a mesma intensidade. Muitas vezes, essa oração não tem funcionado porque as pessoas a fazem de uma forma habitual e até religiosa. Peça ao Espírito Santo entendimento e discernimento para que você saiba o que pedir, dentro da vontade do Senhor.

A versão ampliada da Bíblia traduz o versículo 19 como ―concordarem e harmonizarem juntos ou fazerem uma sinfonia juntos. ―Sinfonia é quando todos os instrumentos tocam em harmonia. Concordar espiritualmente envolve:

5.2.1. Concordar com a Palavra de Deus. Tenha a plena convicção de que a Palavra de Deus é verdadeira e ela será cumprida.

5.2.2. Concordância envolve também a mente. Pensar a mesma coisa. Na mente se trava um campo de batalha e os pensamentos deverão ser controlados para que estejam em harmonia com Deus e a Palavra. Quando a mente se inclinar para outra direção controle-a, levando a concordar com a Palavra de Deus.

5.2.3. Concordar com outro crente com quem se ora. Essa concordância é mais que Palavras. É preciso haver harmonia (Mc 11.25,26).

5.3. Oração coletiva (At 4.23-31). O corpo orando, em perfeita concordância, com o Espírito Santo e a Palavra de Deus. Esse tipo de oração tem um tremendo poder (At 5.12).

Conclusão

A palavra de Deus nos alerta para orarmos sem cessar. Jesus orava constantemente. Todos os grandes homens de Deus, foram homens de oração. Não espere ter uma vida espiritual frutífera, vitoriosa e abundante sem uma vida de intensa oração. O nosso alvo é fazer da oração o nosso estilo de vida. Todas as nossas ações devem ser regadas com oração. As conquistas acontecem primeiro em oração e depois se manifestam fisicamente.



1) A oração efetiva é a chave para o sucesso em cada área da vida;

2) Na oração, devemos estar cientes de que estamos nos aproximando de Deus;

3) Perdoar os nossos ofensores é condição essencial para que nossa oração seja respondida.

4) A palavra de Deus nos alerta para orarmos sem cessar;

5) Através da oração nós revelamos o nosso amor ao Pai;

6) Separe tempo para oração, pois aí está sua vitória espiritual;

7) Oramos ao Pai; em nome de Jesus;

8) Oração de concordância é uma oração poderosa;

9) A oração exige uma atitude de fé e humildade;

10) Oração é uma forma de entrarmos em íntima comunhão com Deus;

11) Enfrentamos grande resistência às orações, porque nossa carne não quer orar, mas precisamos vencê-la;

12) Não espere ter uma vida espiritual vitoriosa sem uma vida de intensa oração.









AVALIAÇÃO

1. Qual tem sido sua maior dificuldade na oração?

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2. Comente esta frase: através da oração temos intimidade com Deus.

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3. Por causa da maneira que o evangelho tem sido pregado em nossos dias, o entendimento da oração em muitas igrejas não é muito diferente do conceito pagão de oração ―um meio de manipular e subordinar as divindades‖. É como se Deus estivesse a serviço dos seres humanos para satisfazer as suas vontades e necessidades. Nessa filosofia o homem está no centro e Deus é mero coadjuvante. Em relação à oração é correto afirmar:

(a) Oração é a comunicação pessoal com Deus. Essa comunicação envolve: petição, confissão de pecados, adoração, louvor e ações de graça.

(b) Oração é o diálogo da alma com Deus.

(c) A oração não é um meio para arrancarmos alguma coisa de Deus, mas um meio que Deus usa para nos dar o que ele quer. Orar também é um meio para termos comunhão com Deus, é experimentá-lo e usufruir de Sua presença.

(d) Todas as alternativas estão corretas.

4. Quais ao fatores que tornam a oração inoperante?

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5. Fale sobe o que você aprendeu nesta lição.

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Lição 13 - ORAÇÃO E AUTORIDADE II

Introdução

Como vimos na lição anterior, a oração é o meio pela qual temos comunhão com Deus; é a nossa comunicação com o Pai. Na oração, devemos estar cientes de que estamos nos aproximando de Deus, o criador. É importante saber que estamos na presença dele, e isto deve fazer da oração algo poderoso e extraordinário.

A oração exige uma atitude de fé e humildade, pois estamos na presença de Deus.“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6).

Tiago 4:6... “Portanto diz: Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes”.

Há diversos tipos de oração e cada um deles segue princípios claros. Existem regras estabelecidas na Palavra de Deus para esses diferentes tipos de oração. E é aqui que há grande confusão. Costumamos definir nosso relacionamento com Deus em uma palavra: Oração. Tudo o que lhe dizemos ou pedimos chamamos ―oração‖. Sim, tudo é oração.

Existem orações que não buscam necessariamente alguma coisa de Deus. Outras visam alterar uma circunstância em nossa vida e de outros. A todas elas Deus deseja ouvir. “ó tu que escutas as orações, a ti virão todos os homens” (Sl 62:2), pois “a oração dos retos é o seu contentamento”(Pv 15:8B).

Poderíamos classificar as orações em três níveis diferentes:

1-Nível de Deus: oração de ações de graças, de louvor e de adoração.

2- Nível do homem: oração de petição, consagração e entrega.

3- Nível de outros: intercessão.



1. PRIMEIRO NÍVEL: DEUS COMO CENTRO DAS NOSSAS ORAÇÕES

Esse nível de oração é dirigido a Deus, visando Deus mesmo, o que Ele é, o que Ele faz e o que Ele nos tem feito. Outra coisa não buscamos, senão apresentar-lhe nossa gratidão, louvor e adoração. Dentro desse nível temos três tipos de oração:

1.1. Ações de graça. A expressão do nosso reconhecimento e gratidão a Deus pelo que nos tem feito. Basicamente é a oração que expressa gratidão a Deus pelas bênçãos que Ele tem derramado sobre nós. ―Entrai por suas portas com ações de graça (Sl.100.4). A gratidão é uma das virtudes que embelezam o caráter cristão e expressam um coração caloroso e cheio de amor e das palavras do seu Deus. Paulo declara: “Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vossos corações” (Cl.3.15,16).

Ações de graça é basicamente o ato de expressar gratidão a Deus por bênção que Ele tem derramado sobre nós. Pode ser mental ou vocal. Ações de graça difere de louvor porque no louvor é focalizado o que Deus faz, suas obras e realizações, enquanto as ações de graça focalizam o que Deus nos dá ou faz por nós.

Essa atitude estava presente na vida de Jesus (Jo11.41 pela resposta à oração; Mc8:6, pelo pão; Mt. 11:25, pela revelação).

1- As ações de graça devem ser abundantes (2Co.4:15), devem permear nossa conversação (Ef.5;4) e devemos crescer nelas (Cl.2:6).

2- As Ações de graça estão presentes no céu (Ap.4:9; 7:12).

3- Ações de graça são a porta de entrada para o louvor.

1.2. Louvor. A oração de louvor é um passo além das ações de graça. São expressões de louvor a Deus pelo que ele faz. Louvar é reunir todos os feitos que conhecemos de Deus e expressá-los em palavras, numa atitude de exaltação e glorificação ao Seu Nome, que é digno de ser louvado. E isso deve ser feito como um modo de vida (Sl 34.1; 119.62,164; 145:1-7).

O louvor é o sacrifício espiritual ordenado aos cristãos (Hb13:15). A igreja primitiva estava sempre louvando (Lc 24.53), porque sabia que Deus habita nos louvores do Seu povo ( Sl 22:3).

O louvor é a atitude adequada de quem vai a uma reunião da Igreja (Sl 100.4).

1.3. Oração de adoração (O reconhecimento do que Deus é (Ap 4.8,11). O tipo de oração que exalta a Deus pelo que Ele é. É a entrada no Santo dos Santos para responder ao amor de Deus. Ali nada fala do homem, mas de Deus. É o reconhecimento do que Deus é. É a resposta do nosso amor ao amor divino.

A adoração fala do nosso amor respondendo ao amor de Deus. É uma resposta voluntária a um estímulo espiritual. E Jesus nos garante que esse amor que sentimos, e o fluir do Espírito que experimentamos encontrará sua expressão e satisfação quando os liberamos de volta para Deus em adoração ( Jo. 4:23).

A palavra mais comum no hebraico é ―shachah( 172 vezes), traduzida por ―adoração, ―curvar-se, prostrar-se. No grego a mais comum é ―Proskeneo(59 vezes) . É a composição de duas palavras; ―pros, que significa ―para em direção a―, e ―Keneo, que significa beijar. Alguns eruditos dão o significado de ―beijar a mão com admiração‖, outros ―beijar os pés em homenagem.

Etimologicamente adoração é curvar-se, prostrar-se, beijar as mãos , pés ou lábios, com um sentimento de temor e devoção, enquanto serve ao Senhor com todo o coração. É uma atitude expressa em ação. Infere profundidade de sentimento, proximidade dos parceiros e um relacionamento de aliança. Envolve moção e emoção, mas a verdadeira adoração é mais profunda que tudo isso e usa simplesmente esses canais para liberar o amor profundo e devoção que impele o crente para presença de um Deus de amor.

A definição mais próxima de adoração está em Mc.12:30,31- Aí está um amor que libera toda a adoração do coração, expressa todas as atitudes da alma, expressa toda a determinação da mente e utiliza toda a força do corpo do adorador. Isso é adoração.



2. ATITUDES DE ADORAÇÃO

Lc. 7: 37, 38 Revela a atitude de uma adoradora, a atitude de um espectador e a de Jesus. Vejamos a da adoradora.

2.1. Quebrantamento. O contraste entre a presença santa e perfeita de Deus e a nossa pequenez, quebranta o coração. ―Sacrificios agradáveis a deus são o espírito quebrantado (shabor) ; coração compungido e contrito (dakah) não desprezarás, ó deus (Sl 51:17).

1―Shabor- significa ―temer, quebrar em pedaços ou reduzir.

2 ―Dakah- Quer dizer ―esmagar, quebrar, machucar, ferir, esmagar e humilhar.

3 ―Contrito- Usado para descrever o processo de fazer pó ( talco)

A adoração requer quebrantamento. Muitos constroem em volta de si paredes de proteção e não deixam que seja liberado o amor, a ternura e a adoração.

2.2. Humildade. Ela soltou os cabelos em lugar indevido, segundo o costume (I Co.11:15). Deixou sua reputação de lado para adorar do modo que ela sentia que Jesus devia ser adorado.Usou os cabelos para enxugar pés empoeirados. Tomou sua glória (o cabelo) para lavar a lama. ( Ler Is.57:15; I Pe. 5:5). Adoração sem humildade é como o amor sem compromisso.

1.3. Amor. Sua atitude estava repleta de amor. ―ela muito amou.

1.4. Dádiva. Ela não se limitou à expressão de suas emoções; também deu uma evidência tangível do seu amor, devoção e adoração. A dádiva está associada à adoração (Ex. 23:15; 34:20; Dt. 16:16; Sl. 96:1-9). A atitude de Jesus em resposta a essa adoração é: “a tua fé te salvou; vai-te em paz”. (Lc 7:49) - Fé, libertação e Paz. O objeto da adoração é Deus mesmo (Jo.4:20,21). Só pelo Espírito Santo se pode adorar. (Rm 8.16).



3. LOUVOR E ADORAÇÃO

O louvor nos prepara Sl. 96:4, 7- 9. para adoração. É o prelúdio, a porta da entrada para a adoração. Ex.: Sl. 95:1, 2, 6. Mas ainda que a adoração possa depender do louvor, o ele não é substituto da oração, mas um precioso suplemento. Há diferença entre Louvor e adoração.

3.1. Na motivação. Geralmente louvamos com a motivação de sermos abençoados por Deus. Existe um desejo de despertar as agradáveis emoções que o louvor produz. No louvor aproximamo-nos de Deus com um coração entusiasta e feliz, para gozar do prazer de Sua presença. Mas na adoração apresentamos algo a Deus, como um reconhecimento de amor e expressão da nossa profunda apreciação do que Deus é.

A chave da adoração é dar, e não receber. A adoração dá glória a Deus e não busca conseguir glória de Deus. Um adorador vai a Ele não para ser abençoado, não como um pedinte, mas como um admirador.

Os que louvam e querem ser adoradores devem aplicar o teste: Estou indo a Deus para dar ou para receber? Estou ministrando ao Senhor, ou buscando ser ministrado por Deus?



3.2. Ações de graça, louvor e adoração na oração. As ações de graça agradam a Deus e Ele habita no meio dos louvores, e a adoração traz a presença de Deus. Geralmente temos a tendência de pedir muitas coisas em nossa oração, mas, é muito importante que separemos um tempo para agradecer, louvar e adorar ao Senhor. A oração modelo que Jesus deu aos seus discípulos em Mateus capítulo 6 começa no nível de Deus, com adoração.

Quando agradecemos, louvamos e adoramos o ambiente fica cheio de sua presença e as forças que operam contra a oração caem por terra. Em Atos 16:25, 26 está dito que Paulo e Silas oravam e cantavam hinos de louvor à Deus. De repente, houve um terremoto e os alicerces da prisão foram abalados, as portas se abriram e foram soltos os grilhões de todos. Lembre-se que eles tinham sido açoitados com varas e, é claro, estavam com muitas dores, mas não reclamaram nem murmuraram; porém, entraram em intensa oração com louvores e esta foi a razão do rompimento das cadeias.

Conclusão

1. A oração exige uma atitude de fé e humildade, pois estamos na presença de Deus;

2. Há diversos tipos de oração e cada um deles segue princípios claros. A tentativa de orar em desarmonia com eles resulta em uma experiência frustrante de não ver as orações e súplicas respondidas;

3. Oração é algo sério, específico e objetivo;

4. Poderíamos classificar as orações em três NÍVEIS diferentes: DEUS, NÓS e OS OUTROS:

• Nível de Deus: Ações de graça, Louvor e Adoração;

• Nível do homem: Petição, Consagração e Entrega;

• Nível de outros: Intercessão.

AVALIAÇÃO

1. Quais os níveis de oração?

2. De acordo com Lucas 7.37,38, que atitudes devemos ter em relação à oração?

3. Qual a relação entre louvor e adoração?

4. O que você aprendeu sobre esta lição?



Lição 14 - ORAÇÃO E AUTORIDADE III

“Não andeis ansiosos de cousa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça” ( Fl 4:6 ).

Como vimos nas lições anteriores, há vários tipos de oração. Reforçando esse assunto, precisamos praticar os princípios estabelecidos na Palavra de Deus, orar em desarmonia com eles resulta em uma experiência frustrante de não ver as orações e súplicas respondidas. Vamos rever Efésios 6:18: “Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os Santos”.











1. SEGUNDO NÍVEL: NÓS COMO CENTRO DAS ORAÇÕES

Nesse nível, eu vou a Deus por causa de uma necessidade pessoal. Nele temos três tipos de oração: Petição, consagração e entrega.

1.1. Oração de petição e súplica. (Mt.21:22; Mc. 11:24): “Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco”. Deus é a fonte de toda a bênção e Ele tem a solução para todos os nossos problemas. Ele tem recursos inesgotáveis para satisfazer cada uma das nossas necessidades ( Fl. 4:19).

1.2. Oração de consagração ou dedicação. Surgem ocasiões em nossa vida quando teremos que tomar algumas decisões, seguir por um determinado caminho e a vontade de Deus naquela área não está claramente revelada em Sua Palavra. É nesse momento que, em vez de começar a pedir, devemos buscar Sua face e esperar em sua presença a fim de conhecer o desejo do Seu coração para aquela situação específica. Esse tipo de oração é mais uma atitude de submissão, dedicação, entrega e obediência a Deus do que petição. Uma vez conhecida Sua vontade é só segui-la. Nesse tipo de oração, há uma disposição de fazer ou aceitar qualquer que seja a vontade de Deus naquela circunstância.

1- Ela é feita numa situação em que se busca o conhecimento da vontade de Deus, ainda não revelada. Isso é feito com a mais profunda atitude de submissão a Deus.

2- A oração de dedicação é harmonizar nossa vontade com a verdade de Deus para trazer sucesso numa determinada situação. A vontade de Deus é sempre para nosso benefício.

3- Jesus fez esta oração no Getsêmani (Lc. 22:42): ―Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a Tua‖.

4- É mais uma atitude de submissão e obediência do que palavras.

5- Exige um tempo maior de busca, repetidas vezes, até a convicção do plano divino.

6- Requer a renúncia da vontade própria. A mente deve ser esvaziada das preferências pessoais para aceitar o plano de Deus, não importa qual seja.

1.3. Oração de entrega (1 Pe 5:7; Mt 6:25-27). A oração de entrega fala também de uma atitude do coração. Quando os cuidados, inquietações e pesos nos batem à porta, transferimo-los para o Senhor, que tem condições de levá-los e entramos no descanso da fé.

1- Podemos entregar nossos cuidados, preocupações e a nós mesmos a Deus e gozar Sua paz Divina (Sl. 37:5).

2- Deus é contra a preocupação. Ela nada produz senão stress, esgotamento e morte. Jesus pregou contra ela (Mt 6.25-34), e Paulo também.

3- Todo ou qualquer preocupação deve ser erradicado de nossas vidas (Fp 4.6,7).

4- Poder de Deus começa a operar quando lançamos nossos cuidados sobre Ele. As preocupações apenas bloqueiam essa operação.

5- A entrega dos fardos a Deus traz o descanso (Sl. 37:7).



2. TERCEIRO NÍVEL: OUTROS COMO CENTRO DE NOSSAS ORAÇÕES - INTERCESSÃO

1- Deus chamou o Corpo de Cristo para o ministério da intercessão por todos os homens (1Tm.2:1-4). Deus está para fazer um grande derramamento de Seu Espírito nestes últimos dias, com grande demonstração de poder. A oração intercessória é o instrumento que o Espírito de Deus usará para trazer esse derramamento. Deus revela Seus propósitos e Seus servos falam na Terra em harmonia com Ele tornando-os instrumentos dEle.

2- Deus busca intercessores (Is 59.16,17; Jó 9.32,33; Nm 16.48; Is 64.7).

3- Jesus, o intercessor provido por Deus (Hb. 7:25; Rm 8:34). Ele intercede no céu.

4 Espírito Santo como Intercessor (Rm. 8:26).

5- Ele intercede na terra, de dentro de santuários humanos, redimidos pelo sangue do Cordeiro.

6- Deus precisa hoje de servos na ―brecha (Ez. 22.30,31). Devemos entender a palavra ―brecha neste texto como uma figura de linguagem, ou seja, não no sentido literal, mas significando o compromisso de interceder por outras pessoas.

2.1. Elementos indispensáveis à intercessão

1- Identificação - Interceder é tomar o lugar de outro e pleitear sua causa como se fosse sua (Ex. 32:31,32).

2- Amor- (Rm 5:5).

3 Compaixão- (Mt. 9:36-38; 15:35; 20:34).

A oração de intercessão é aquela que é feita em lugar de outros. O tipo de oração em que se vai a Deus para colocar-se entre Ele e o homem, tomando seu lugar como se fora seu.

2.2. A perseverança na oração. Muitas vezes a oração exigirá perseverança até que alcancemos a resposta. A perseverança impedirá que a incredulidade ou ansiedade tome conta da nossa alma. Em Lucas 21:19 está escrito “Pela vossa perseverança ganhareis as vossas almas”.

A perseverança também revelará a qualidade da nossa fé, porque somente aquele que tem uma fé forte, fundamentada na palavra é que vai continuar crendo independentemente do tempo e das circunstâncias. A palavra de Deus nos exorta em Hebreus 6:12, a sermos imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas .

E ainda a perseverança na oração ajudará a romper todo o bloqueio maligno que tenta impedir que a resposta chegue até nós. Em Daniel 10: 2-13 vemos que Daniel orou e um anjo foi enviado com resposta logo no primeiro dia de oração. Entretanto, a resposta só chegou a ele 21 dias depois.

O problema é que naquele lugar, na dimensão espiritual, havia um principado (um demônio que estava posto em autoridade) e, quando o anjo de Deus veio trazendo a resposta, houve uma resistência, uma luta por 21 dias. Por fim, Deus enviou Miguel e a resposta chegou até o profeta.

É importante notarmos que em todo o tempo ele não parou de orar e, quando o anjo chegou diante dele disse: ―Por causa das tuas palavras eu vim.

Quando falamos em perseverança na oração, isso não quer dizer que devemos ficar pedindo dia e noite a mesma coisa. Geralmente quando uma pessoa pede constantemente a mesma coisa, está demonstrando que não creu na oração que fez. É a perseverança na fé que funciona e não no pedido. Se você orou e pediu algo em fé para o Senhor, nas próximas orações, apenas mencione que você já creu e simplesmente está aguardando a manifestação. Dê glória a Deus pela vitória alcançada, relembre as promessas do Senhor para afastar toda incredulidade e exerça autoridade no nome de Jesus contra toda resistência do diabo. Esta perseverança na fé, certamente trará resultados.

Conclusão

- Há vários níveis e tipos de oração são eles:

• 1º) Nível de Deus: Ações de graças, Louvor e Adoração;

• 2º) Nível do indivíduo: Petição, Consagração e Entrega;

• 3º) Nível de outros: Intercessão

- Louvor e adoração devem ser ingredientes de nossa oração.

- A perseverança na fé traz resultados

- ―Orai sem cessar (1Ts 5.17).

AVALIAÇÃO

1. Quais as falhas que você tem identificado em sua oração?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________2. Quais são as características do segundo nível de oração?

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3. Qual a finalidade da oração de consagração ou dedicação?

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4. O que é oração de intercessão?

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5. Quais os elementos indispensáveis à intercessão?

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Lição 15 - O JEJUM

OBJETIVOS: Atentar para o ensino bíblico a respeito do jejum. Compreender a base bíblica do jejum.

Introdução

Porque Jejuamos?

Hebreus, capítulo 12, verso 1 nos orienta a deixar todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia. Isso nos revela um pouco do quanto as coisas externas querem impedir o nosso crescimento espiritual. Temos a tendência de nos inclinarmos e acostumarmos mais com as coisas naturais do que com as espirituais. Aí está exatamente o propósito do jejum, que é colocar a carne em sujeição para que o espírito fique em evidência. A nossa carne é insaciável, quanto mais nós a alimentarmos, mais ela terá fome quanto mais nós cedermos mais ela nos controlará. Há uma luta no interior de cada cristão entre a carne e o espírito.

Gálatas 5: 17 – “Porque a carne luta contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o que quereis”.

Esta luta será ganha por quem estiver mais forte, e o mais forte obviamente é aquele a quem mais alimentarmos. É por essa razão que precisamos algumas vezes deixar o conforto, a comida, a dormida, vida em família, etc., e nos separarmos para Deus em jejum e oração.

1. JEJUM E ORAÇÃO

O jejum sempre deve ser acompanhado de oração. Jejuar não significa simplesmente deixar de comer ou de fazer qualquer outra coisa. Ele deve ser acompanhado da decisão de colocar a vontade de Deus em primeiro lugar. Aliás, é por isso que jejuamos, ou seja, para ficarmos mais sensíveis em nosso espírito quanto ao que Deus está nos dizendo.

Jejum significa persistência em oração. Podemos orar freqüentemente, mas não oramos muito. Separar um tempo para jejum e oração, é dispor-se a um sério trabalho com uma persistência que não aceitará a negação. A oração persistente, que deixa tudo mais e dá a Deus o devido lugar, freqüentemente envolve o jejum. Jejum é uma decisão de remover todo obstáculo à oração. Ele manifesta a intensidade de um desejo, a grandeza de uma determinação e da fé. Ele, pois, revela o fervor e a seriedade da busca da resposta à oração.



2. O JEJUM QUE NÃO AGRADA A DEUS

Quando jejuamos devemos ter uma motivação correta em nosso coração. Isso significa que precisamos estar dispostos a cumprir a vontade de Deus acima da nossa.

Algumas pessoas erroneamente pensam que o jejum vai pressionar a Deus para atender às nossas necessidades. Ele não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois do nosso jejum. O benefício do jejum é para nós, pois ajuda-nos a estar mais sensíveis ao Espírito de Deus. Jejuamos porque queremos uma maior intimidade com o Senhor, queremos compreender melhor a vontade dEle para uma situação específica. Quando, porém, já sabemos o que devemos fazer, então não precisamos jejuar, mas, sim, obedecer.

Encontramos em Isaías 58 um tipo de jejum que era uma mera prática religiosa. Sabiam o que deviam fazer, mas não obedeciam a Deus e entregavam-se à prática de jejum imaginando que assim estariam agradando ao Senhor. Quem jejua desta forma está disposto a sacrificar, mas não a obedecer (veja 1Sm 15.22).

Por isso quando você estabelecer seu objetivo para jejuar, faça a seguinte pergunta para si mesmo: “Tenho feito aquilo que eu sei que devo fazer?”

Se a resposta for sim, prossiga no seu jejum; se, porém, for negativa, talvez seja melhor obedecer naquilo que já sabe. No caso do jejum citado em Isaías, eles perguntavam a Deus: ―Porque o Senhor não nos responde? Veja Deus, estamos jejuando!‖. Na resposta, o Senhor lhes mostrou que as motivações estavam erradas. Eles não estavam dispostos a abrir mão daquilo que faziam de errado, mas mesmo assim jejuavam.

Quando jejuamos com o coração fechado para Deus, o nosso jejum não passará de uma obra morta (veja Is 58.3-10).

3. MOTIVOS QUE LEVARAM AS PESSOAS A JEJUAR NO ANTIGO TESTAMENTO

Busca de auxílio em tempo de aflição (Sl 50. 15).

1- Josué e os anciãos de Israel diante da derrota em Ai (Js 7: 6).

2- As tribos de Israel, quando a tribo de Benjamim foi contra elas (Jz 20: 26).

3- Ester, Mordecai e os judeus, quando ameaçados de destruição (Et 4: 16)

4- Esdras, quando temeu os inimigos no deserto (Ed 8: 21- 23).

5- Confissão de pecados (1 Sm 7:6; Jn3: 5 – 8).

6- Oração por cura (2 Sm12: 16, 21, 22).

7- Intercessão (Ne 1: 4 Dn 9: 2, 3- 19).





4. O JEJUM NO NOVO TESTAMENTO

Não há uma única ordem no Novo Testamento para a Igreja jejuar. Também não há normas estabelecidas. No entanto, parece que o jejum é algo que faz parte da vida normal do povo de Deus. Os judeus já eram dados ao jejum semanal e os fariseus jejuavam duas vezes por semana.

Jesus jejuou após o batismo (Mt 4: 2; Lc 4: 2). Ele passava noite em oração e, ao que parece, sem comer. Mas não praticava o tipo de jejum dos fariseus ou mesmo de João Batista. Ele deixou, contudo, ensinos sobre o jejum.

Lc 5: 33- 35: Haveria um tempo, depois da Sua partida, em que os discípulos jejuariam. Há tempos em que o jejum não se faz necessário (Ver ainda Mt 17: 21).

O jejum deve ser ao Senhor, sem a motivação de impressionar (Mt 6: 16-18). ―Quando jejuardes‖. Está implícito que jejum era uma prática indiscutível. Talvez por essa razão não haja nenhum mandamento para que se jejue.



4.1. O Jejum no Livro de Atos

• Saulo jejuou após o encontro com Cristo, a caminho de Damasco (At 9:9). Motivo: espera em Deus e busca de revelação.

• Cornélio jejuava, quando o anjo lhe trouxe a mensagem de Deus (At 10:30). Motivo: exercício espiritual diante do Senhor.

• Os profetas e mestres na igreja de Antioquia (At 13: 1- 3). Motivo: ministrar ao Senhor, impor as mãos sobre os apóstolos e enviá-los à obra missionária.

• Paulo, para a separação dos presbíteros. (At 14: 23).

4.2. O Jejum nas Cartas

• Paulo era dado à pratica do jejum (2 Co 6: 4, 5).

• A única instrução sobre jejum e oração nas cartas é no que se refere ao casal (1Co 7: 4,5).



5. COMO COMEÇAR UM JEJUM

Como você inicia e conduz seu jejum determina largamente seu sucesso. Seguindo estes passos básicos para jejuar, você tornará seu tempo com o Senhor mais significativo e espiritualmente compensador.

5.1. Passo um: estabeleça seu objetivo. Por que você está jejuando? É por renovação espiritual, por direção, por cura, pela resolução de problemas, por graça especial para lidar com uma situação difícil? Peça para o Espírito Santo clarear sua direção e objetivos, para você orar e jejuar. Isso permitirá que você ore mais específica e estrategicamente. Não podemos esquecer que o propósito primordial do jejum é o desenvolvimento da vida espiritual.

Durante o jejum e a oração, humilhamo-nos diante de Deus, então o Espírito Santo despertará nossas almas, acordará nossas igrejas e sarará nossa terra de acordo com 2ª Crônicas 7: 14. Faça disso uma prioridade em seu jejum.

5.2. Passo dois: faça seu compromisso. Ore sobre o tipo de jejum que você deve incumbir-se. Jesus fez supor que todos os Seus seguidores deveriam jejuar. (Mt 6: 16- 18; 9: 14, 15). Para Ele, a questão era ―quando os crentes deveriam jejuar‖ e não se eles deveriam jejuar. Antes de você jejuar, decida primeiramente o seguinte:

1- Quanto tempo você jejuará – uma refeição, uma semana, várias semanas, quarenta dias (Principalmente deve começar vagarosamente, crescendo para longos jejuns).

2- Quais atividades físicas e sociais você limitará.

3- Que tempo você dedicará para orar e ler a Palavra de Deus.

Fazendo esses compromissos antes de iniciar o jejum, ajudará você a manter seu propósito quando as tentações e as pressões da vida tentarem fazê-lo abandonar.

5.3. Passo três: prepare-se espiritualmente. Como já dissemos: Obedecer é melhor do que sacrificar. Sendo assim julgamos ser de grande importância fazermos uma avaliação da nossa vida com Deus antes de jejuarmos e corrigirmos o que precisa ser corrigido. Peça ao Espírito Santo que sonde o seu coração e o guie nesse sentido.

5.4. Passo quatro: prepare-se fisicamente. Se você goza de boa saúde, provavelmente não terá dificuldades. Mas, para outros que tomam medicamentos fortes ou tem algum tipo de doença crônica, o mais prudente talvez seja consultar um médico e avaliar as condições para o jejum.

6. ENQUANTO VOCÊ JEJUA:

a) Separe o maior tempo que puder para estar em oração na presença do Senhor;

b) Limite o quanto possível suas atividades e contatos com outras pessoas. Isso o ajudará a manter-se concentrado (a) e sensível ao Espírito Santo.

c) Não subestime a oposição espiritual. Satanás muitas vezes procura trazer um peso para que não alcancemos nosso objetivo. Use da autoridade que você tem no Nome de Jesus contra toda oposição.

d) Prepare-se para desconfortos temporários, tais como: impaciência, mau humor, ansiedade, etc.

Obs.: A retirada de açúcar e cafeína pode causar dores de cabeça.



7. ENCERRANDO O JEJUM

Quando seu tempo determinado para o jejum tiver terminado, ore agradecendo ao Senhor pelos resultados. Comece a comer gradualmente. Geralmente não é bom comer alimentos sólidos imediatamente após o jejum. Comece com coisas leves, tais como: frutas ou legumes até voltar para sua dieta normal.



8. AGUARDE OS RESULTADOS

Se você sinceramente humilhou-se perante o Senhor, arrependeu-se, orou e buscou a face de Deus durante esse período, certamente obterá resultados positivos. Experimentará quebrantamento, será fortalecido no espírito, receberá clareza e direção de Deus.

Contudo, um único jejum não será a solução para tudo. Um jejum semanal tem sido de grande valia para muitos cristãos. Na verdade, precisamos de perseverança para quebrarmos as barreiras da carne e conquistarmos esta área.

Se você falhar em fazer isso durante o seu primeiro jejum, não fique desencorajado. Continue exercendo domínio sobre sua vontade e tão logo quanto possível, comprometa-se com outro até ser bem sucedido. Deus certamente o fortalecerá para que você obtenha vitória e alcance os resultados desejados.

Conclusão

1. Jejuamos para colocar nossa carne em sujeição e para que nosso espírito fique em evidência.

2. Jejum sempre deve ser acompanhado de oração.

3. No jejum devemos buscar a vontade de Deus em primeiro lugar.

4. Jejum é uma decisão de remover todo obstáculo à oração.

5. Jejum revela o fervor e a intensidade da busca de resposta à oração.

6. Jejum como uma mera atividade religiosa não agrada a Deus.

7. Antes de começar o jejum, estabeleça seu objetivo, faça seu compromisso e prepare-se espiritualmente.

8. Durante o jejum, separe o maior tempo possível para estar em oração na presença do Senhor.

9. Vença as oposições físicas e espirituais.

10. Permita que o Espírito Santo o guie a respeito de quando e como jejuar.



AVALIAÇÃO

1. Qual o propósito principal do jejum?

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2. Quais as principais forças que operam contra o jejum?

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3. Você já teve alguma experiência com jejum?

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4. De acordo Isaias 58, qual é o jejum que agrada a Deus?

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Lição 16 - O CARÁTER DE CRISTO EM NÓS I

“Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8: 29).

Introdução

Desde que nascemos de novo, estamos no processo de conformar-nos (tomar a forma, entrar no molde) a Cristo. O propósito de Deus é fazer com que os seus filhos sejam iguais a Jesus. Isso significa que Deus espera que a nossa vida reflita a imagem de Cristo. Como o apóstolo Paulo disse: “Já não sou eu mais que vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). O nosso alvo é fazer dessa frase uma realidade em nosso caminhar.



1. DEFINIÇÃO DE CARÁTER

Caráter é aquilo que você é quando ninguém está te olhando.

(Epícuro)

Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação, porque seu caráter é o que você realmente é, enquanto a reputação é apenas o que os outros pensam que você é.

John Wooden

Reputação é aquilo que os outros pensam de você. Caráter é aquilo que você é. (Autor desconhecido)

Caráter é a soma total de todas as influências positivas ou negativas aprendidas na vida de uma pessoa. Caráter é como uma marca impressa que distingue a pessoa. Esse processo de aprendizagem é feito por: Identificação, Imitação, Punição, Recompensa.

Segundo o dicionário Aurélio, caráter está relacionado às qualidades, o modo de ser, sentir e agir de um indivíduo.

Em Hb. 1:3, o escritor afirma que Cristo é o próprio caráter de Deus. No grego, caráter significa ―imagem. Cristo é a imagem de Deus, ou seja, Cristo é o caráter do Pai, aquele em que Deus estampou ou imprimiu o seu ser.

O caráter refletirá os traços da natureza pecaminosa se for influenciado pelo mundo, ou os traços da natureza divina se for influenciado pela Palavra de Deus.



2. O CARÁTER É FORMADO PELA APRENDIZAGEM.

Toda pessoa a partir do seu nascimento começa a receber influências do meio onde se encontra. Elas são assimiladas com o tempo e passam a fazer parte do caráter.

O propósito de Deus é formar em nós o caráter de Cristo, para que sua imagem seja vista através das nossas vidas, ou seja, através dos nossos atos, palavras, do nosso estilo de vida.



3. COMO O CARÁTER SE EXPRESSA

O caráter de alguém se expressa através de pelo menos três aspectos:

3.1. Forma de pensar. A forma de pensar é percebida pela maneira como alguém constrói a sua escala de valores. Seu caráter é determinado em primeiro lugar pelo aspecto moral, ou seja, aquilo que considera certo ou errado, permitido ou proibido e assim por diante. Se ela aprova algo que definitivamente é errado, então se pode dizer que o seu caráter é defeituoso, um ―mau-caráter.

Por isso, é tão importante que comecemos a renovar nossa mente a partir da conversão.

3.2. Estilo de vida. O estilo de vida de uma pessoa é determinado pelos seus alvos, hábitos e costumes. Caso o grande alvo na vida de alguém seja ganhar dinheiro, essa pessoa desenvolverá um estilo de vida compatível com esse alvo. Se uma pessoa quer ser atleta, treinará muito e desenvolverá hábitos e costumes coerentes com o alvo que se pretende alcançar. Se alguém quer se desenvolver nos estudos, mas não se aplica a ler, algo está errado.

O estilo de vida traz parte do nosso caráter. Normalmente as pessoas com a mesma profissão apresentam características semelhantes.

3.3. Conduta. Conduta é tudo aquilo que fazemos, falamos, sentimos, esperamos e desejamos. A conduta se manifesta na relação com outras pessoas. A maneira como nos comportamos diante dos outros expressa o caráter, ou seja, a forma de pensar e os motivos que vão dentro do coração.

Esses três elementos basicamente compõem o nosso caráter. Em tudo o que fazemos manifestamos simultaneamente. É claro que quando nos convertemos já possuímos um caráter. Muitas coisas dele poderão ser boas, mas, certamente, outras precisarão de uma mudança completa.

Todo o nosso crescimento espiritual é demonstrado pelo nosso caráter.

Se alguém passa muitos anos acumulando conhecimento da Palavra de Deus, mas sem nenhuma mudança no caráter, tal conhecimento foi em vão. Na verdade, a pessoa não abriu o coração o suficiente para ser transformado pela palavra de Deus.

Não são poucos os escândalos que tem surgido entre os cristãos e líderes que não foram transformados em seu caráter. Um cristão que apresenta problemas sérios nessa área, constitui-se um grande obstáculo para que Deus possa atuar.



4. A INFLUÊNCIA DO CARÁTER DO LÍDER EM SEUS LIDERADOS

Não podemos deixar de lembrar aqui que há uma influencia do caráter do líder em seus liderados. Em parte, as qualidades ou deficiências na vida dos membros se devem aos líderes. Por exemplo: um grupo será de certa maneira retrato do seu líder.

Isso significa que líderes relapsos geram pessoas relapsas; líderes preguiçosos, geram um povo igualmente preguiçoso; líderes inseguros transmitirão essa característica; se a liderança é imatura os liderados também serão. Mas, por outro lado, líder forte gera povo forte. Um líder cheio do Espírito fará com que o grupo também o seja, um líder cheio de revelação e sabedoria vai gerar pessoas semelhantes, o que é disciplinado forjará pessoas assim.

Por isso, é tão importante enfatizarmos o caráter do obreiro, pois isto determina o sucesso do ministério. Somente um caráter formado e aprovado estará apto para cumprir em plenitude o propósito do Senhor.



5. O CARÁTER E OS DONS

Existe uma confusão que se faz na igreja entre caráter e dons. As pessoas geralmente tendem a valorizar os dons em detrimento do caráter.

Por exemplo: se alguém traz uma profecia ou opera num dom de cura, logo é vista pelos outros como alguém que tem grande intimidade com Deus. Mas, se este dom não está ligado a um caráter aprovado, isto terá pouca utilidade no reino de Deus e na edificação do corpo de Cristo.

Ao contrário, tal pessoa poderá deixar muitas outras escandalizadas, na medida em que perceberem as suas deficiências.

Os dons são dados pelo Espírito Santo à igreja e são de grande importância, mas não são a base do ministério. O caráter é que vem em primeiro lugar. Se uma pessoa que está pronta em autoridade na igreja não tem o seu caráter bem formado conforme Cristo, certamente trará problemas para ela e confusão para os outros.

Quando a Bíblia fala das qualificações de um obreiro, não coloca os dons espirituais na lista dos requisitos necessários, mas, sim, coisas relacionadas ao caráter. Tais como: ser irrepreensível, temperante, sóbrio, moderado, inimigo de contendas, não neófito, etc. Também é necessário que primeiro seja provado e se for irrepreensível, poderá atuar na função, ou seja, primeiro deve recebera responsabilidade da função para depois ser posto na autoridade da função (1Tm 3.1-13). Os dons atraem os homens, mas o caráter atrai a Deus.



6. DISTINÇÃO ENTRE CARÁTER, PERSONALIDADE E TEMPERAMENTO

Muitas pessoas fazem confusão entre Caráter, Personalidade e Temperamento. É importante entendermos a diferença que há entre essas três coisas, a fim de não ficarmos confusos quanto ao que Deus pode mudar em nossas vidas. Entretanto, seja muito cuidadoso em não usar este estudo para se auto-analisar e comparar-se com outras pessoas. Essa atitude é altamente nociva para o progresso espiritual.

Vejamos então a distinção que há entre Caráter, Personalidade e Temperamento:

6.1. O caráter. Como já vimos, o caráter é a imagem que refletimos como resultado da soma de todas as influências que recebemos em nossa história de vida. O Caráter pode ser mudado. Sempre estamos sendo aperfeiçoados em nosso Caráter. Isso começou desde o nosso novo nascimento e continuará para sempre. Deus está, a cada dia, nos tratando, treinando e equipando. Esse processo não termina nunca.

6.2. A personalidade. Quanto a nossa personalidade, nada poderá mudá-la. Se fosse possível mudá-la, não seríamos mais nós mesmos, nos tornaríamos outra pessoa. Nossa Personalidade é o que veio à existência através do nascimento humano. A nossa vinda a terra ocorreu de modo inédito. Cada um de nós que veio à existência tem uma origem única e peculiar. Não há duas pessoas iguais sobre a terra.

6.3. O Temperamento. O que é? Podemos dizer que temperamento é a expressão da Personalidade. Através deste, você se dá a conhecer às outras pessoas com quem se relaciona. Segundo uma classificação de Tim LaHaye, que não é muito bem aceita pelos psicólogos, o Temperamento é dividido em quatro tipos básicos que podem se combinar depois. Ninguém manifesta só um desses tipos. Nosso temperamento normalmente é resultado de uma combinação entre dois ou três desses tipos fundamentais. Vejamos, então quais são:

1- Sangüíneo é aquela pessoa alegre e comunicativa, que tem grande facilidade em se expressar. Geralmente também passa dos limites dizendo o que não devia ou se precipitando em decisões impensadas. O Sangüíneo é um bom líder, sensível aos outros e afetuoso. Entretanto, pode ser também desleal e inconstante. Geralmente é sentimental.

2- Colérico é o líder entre todos os temperamentos. É prático, claro e direto e normalmente não leva em conta o que seus liderados pensam ou sentem. Tende a ser bruto, frio, indiferente e desleal. Na sua visão prática da vida, faz, normalmente, o que mais lhe trará benefícios, custe o que custar.

3- Melancólico é aquele temperamento emocional e altamente sensível. Tudo será objeto de análise e meditação. Tudo o que acontece em sua vida merece uma interpretação. Ele sofre cada circunstância e toma sempre as dores dos outros por si mesmo. Por outro lado, é o mais fiel às amizades entre todos os temperamentos. Quando entra em um relacionamento, aplica tudo que tem com altas expectativas. Por isso, sofre muito e tende a introspecção como nenhum outro.

4- Fleumático é aquele Temperamento calculista, prático. Normalmente tem dificuldade de demonstrar suas emoções, não tem muita liderança, é calado e sempre tem críticas a fazer a respeito dos demais, principalmente do líder. É sarcástico e irônico.

Saiba discernir seu Temperamento. Só lhe será possível usar o conceito de temperamento quando você souber discernir qual é o tipo do seu próprio temperamento.

Depois de você examinar minuciosamente o gráfico dos temperamentos, poderá descobrir o (s) seu(s) temperamento (s), predominante (s) fazendo uma lista das características que se destacam em sua personalidade.

Veja primeiro os seus pontos fortes, suas qualidades, porque é mais fácil ser objetivo quanto às suas qualidades do que quanto às suas fraquezas. Uma vez determinadas as qualidades, procure encontrar os defeitos correspondentes.

Muitas pessoas têm a tendência de mudar de idéia quando examinam seus defeitos, mas é melhor você resistir a essa tentação e enfrentar com realismo as suas fraquezas.

Conclusão

1. Propósito de Deus é que sejamos dia após dia conformados à Cristo.

2. O caráter refletirá os traços da natureza pecaminosa; se for influenciado pelo mundo, ou os traços da natureza divina; se for influenciado pela palavra de Deus.

3. O caráter se expressa através de três aspectos: Forma de Pensar, Estilo de Vida e Conduta.

4. O caráter do líder influenciará os seus liderados.

5. Os dons atraem os homens, mas o caráter atrai a Deus.

6. Caráter, personalidade e temperamento são bem distintos um do outro.

PUSILÂNIME/VOLUVEL/IMPULSIVO/INDISCIPLINADO/INSEGURO/EXAGERADO/BARULHENTO/EGOCÊNTRICO/MEDROSO/INFLEXÍVEL/VINGATIVO/CRÍ-TICO/ANTISOCIAL/CONFUSO/TEÓRICO/EGOÍSTA/INSENSÍVEL/AUTO/SUFICIENTE/ASTUCIOSO/VAIDOSO/PREPOTENTE/IMPACIENTE/SARCÁSTICO/IRACUNDO/DESMOTIVADO/INTROVERTIDO/PRETENCIOSO/DESCONFIADO/INDECISO/CONTEMPLATIVO/TEMEROSO/CALCULISTA/CRÉDULO/COMPREENSIVO/BOM/COMPANHEIRO/SIMPÁTICO/AFÁVEL/ENTUSIASTA/DESTACADO/COMUNICATIVO/LEAL/IDEALISTA/ESTRELA/PERFECCIONISTA/SENSÍVEL/HABILIDOSO/DEDICADO/EFICIENTE/OTMISTA/INDEPENDENTE/ENÉRGICO/PRÁTICO/CONSERVADOR/EFICIENTE/CUMPRIDOR/AUDACIOSO/DECIDIDO/LÍDER/BEMHUMORADO/Atores/Vendedores/Oradores/Produtores/Construtores/Líderes/Diplomatas/Administradores/Professores/Técnicos/Artistas/Músicos/Inventoes/Filósofos/Mestres/SANGUÍNEO/FLEUMÁTICO/MELANCÓLICOCOLÉRI-CO.

7. Caráter é a imagem que refletimos como resultado de todas as influências que recebemos em nossa história da vida.

8. Personalidade não pode ser mudada.

9. A personalidade é o que veio à existência através do nascimento humano.

10. Temperamento é a expressão da personalidade. Através dele, você se dá a conhecer às outras pessoas com quem se relaciona.

11. O temperamento é dividido em quatro tipos básicos que podem se combinar, que são:

o Sangüíneo;

o Colérico;

o Melancólico;

o Fleumático.

12. Em nosso temperamento, há manifestações positivas e negativas, precisamos identificar quais são as positivas e as negativas, com a finalidade de nos conhecer melhor e assim identificar áreas de mudança em nossa vida.

AVALIAÇÃO

1. Como podemos definir o caráter?

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2. Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação, porque seu caráter é o que você realmente é, enquanto a reputação é apenas o que os outros pensam que você é. (John Wooden). Com base em seus conhecimentos a respeito do caráter comente esta frase.

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3. O caráter se expressa através de pelo menos três aspectos, quais são eles?

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4. Qual a diferença entre caráter, temperamento e personalidade?

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5. O que você aprendeu sobre os tipos de temperamento? Você é capaz de identificar o seu tipo de temperamento?

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Lição 17 - O CARÁTER DE CRISTO EM NÓS II

“Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”- Romanos 8: 29

Introdução

Terminamos a lição passada falando e refletindo acerca do nosso temperamento e aprendemos que os temperamentos são a expressões da Personalidade e através destes, você se dá a conhecer às outras pessoas com quem se relaciona.

Vamos começar nesta lição aprendendo como o caráter de Cristo é formado em nós e qual é a nossa parte.

1. A FORMAÇÃO DO CARÁTER E A CRUZ

Somos novas criaturas em Cristo, diz a Bíblia em 2 Coríntios 5: 17. Porém, para que apareça a nova, a velha deve morrer.

Quando Jesus foi levantado na cruz, nós fomos colocados junto com Ele. Todos os nossos pecados estavam lá. Ele foi o nosso substituto. “Um morreu por todos. Logo, todos morreram” (Rm 6: 5,7).

Antes estávamos em Adão e tudo o que era próprio da natureza caída nós herdamos. Passou a ser automaticamente nosso. Agora estamos em Cristo e tudo que há em Cristo nós também recebemos. Pela fé temos que deixar a velha natureza para trás e nos apropriarmos da nova, para que o nosso caráter seja o de Cristo.

Nesse ponto, enfrentamos um problema: a teimosia do ―EU‖. Ele não quer sair do trono, do comando da nossa vida para que Jesus reine. O nosso velho homem é teimoso e se recusa a morrer, e não devemos esperar que Deus faça algo com ele, porque esta é a nossa responsabilidade (leia Cl 3.1-6).

1.1. A responsabilidade é nossa. Como percebemos no texto acima, devemos ter um estilo de vida em que constantemente fazemos morrer qualquer característica da velha natureza que queira influenciar a nossa nova vida.

Nesse sentido, podemos dizer que quanto mais morremos, mais vivemos. Quanto mais deixamos as coisas velhas para trás, mais a vida de Deus vai operar em nós; mais seremos úteis para revelar Cristo aos outros; mais o caráter dele se manifestará em nós (2Co 4.10-12).

1.2. A formação do caráter e as tribulações. Deus freqüentemente se utiliza das tribulações para alinhar o nosso caráter. Quando falamos em tribulação, não nos referimos as dificuldades causadas pela ignorância ou pelo não cumprimento de algum princípio da palavra, mas nos referimos às situações que Deus permite que passemos a fim de que a nossa vida seja lapidada e o nosso caráter feito à imagem do Senhor.

A palavra ―tribulação no vocábulo grego é ―THLIPSIS, que traz em si a idéia de pressão, é como se houvesse uma grande carga posta sobre a pessoa. Devemos lembrar aqui, que para que o vinho seja produzido (símbolo do Espírito), a uva deve ser esmagada no lagar. Da mesma maneira, a azeitona, se não for esmagada, o azeite não aparecerá. Esse processo precisa acontecer em nossa vida para que o poder de Deus se manifesta em nós.

O termo ―tribulação em português se deriva do latim ―tribulum que era o instrumento de desterroar, o rastelo, mediante o qual o lavrador romano separava a espiga da sua palha. Embora a tribulação possa esmagar-nos e ferir-nos, separa nossa palha do trigo. Porém, não é porque passamos por tribulações que o nosso caráter automaticamente será aperfeiçoado.

Há pessoas que ao passarem por tribulações ficam magoadas, ressentidas e freqüentemente se revoltam contra os outros e contra Deus. Outras, entretanto, enfrentam as dificuldades com fé, confiança e são amadurecidas e aperfeiçoadas. Onde está então o segredo para enfrentar e vencer as tribulações?

É simples. O segredo está na atitude. Podemos ter uma atitude positiva ou negativa diante das tribulações.

Vejamos a atitude de Jesus e a dos discípulos em Mateus 8: 23- 26. O Mestre entra num barco com os discípulos e vai dormir. Logo após se levanta uma grande tempestade e os discípulos ficam apavorados. Começam a dizer que iam perecer, permitem que a incredulidade tome conta de seus corações.

Essa foi uma atitude completamente negativa no meio da tribulação.

Quando os discípulos acordaram Jesus, a primeira coisa que ele fez não foi tratar do problema da tempestade, mas, sim, corrigir os discípulos. Ele mostrou que o problema deles não era a tempestade, mas o medo e a incredulidade. Ele então repreendeu os ventos e o mar e seguiu-se grande bonança.

A atitude de Jesus foi completamente positiva.

1.3. O que devemos saber e fazer nas tribulações:

1- Lembre-se que o Senhor nunca o abandonará (Mt 28.20).

2- Lembre-se que o propósito da tribulação é trazer algo positivo para sua vida (Rm 5.3-5).

3- Não desfaleça nem desanime. Tome a decisão de ter bom ânimo (Jo 16.33).

4- Encha a sua mente com a palavra de Deus (Lm 3.21-24).

5- Tenha sempre uma atitude de fé (Hb 6.12).

Quando reagimos da forma correta no meio das tribulações, Deus pode trabalhar tremendamente em nosso caráter.

Deus quer lapidar a nossa vida para que cheguemos ao pleno cumprimento do propósito que ele tem para nós. Foi assim com Jesus e será assim conosco.

Em cada dificuldade, em cada tribulação, Jesus era aperfeiçoado para o cumprimento do propósito de Deus. Ele não murmurou, não se revoltou. Simplesmente se entregou totalmente nas mão de Deus e foi vitorioso em todas as coisas (Hb 5.8,9).



3. O QUEBRANTAMENTO

Deus quer produzir em nós o quebrantamento, assim nos tornaremos mais sensíveis, humildes e dependentes de Deus e interdependentes uns dos outros.

O quebrantamento aponta o caminho para que o caráter de Cristo seja produzido em nós. Segundo o dicionário, quebrantar significa enfraquecer, debilitar, quebrar, dobrar. Para que o caráter de Cristo seja formado em nós, é necessário que toda a arrogância, prepotência, orgulho sejam quebrados.

O processo da transformação do nosso caráter começa com quebrantamento.

Mas o que é estar quebrantado?

Esse processo é basicamente deixar as coisas que impedem que o Espírito de Deus se mova livremente em nós, é se render a Deus totalmente, é rasgar a capa de dureza que envolve a nossa vida.

Vejamos algumas qualidades produzidas no quebrantamento:

3.1. Meiguice - uma pessoa quebrantada pelo Espírito naturalmente possui a meiguice. Seus contatos com as pessoas já não são marcados por aquela teimosia, dureza e aspereza que são as marcas registradas de um homem não quebrantado. Já foi trazido ao ponto em que sua atitude é tão meiga quanto sua voz é mansa. O temor a Deus no seu coração naturalmente acha expressão nas suas palavras e nas suas maneiras.

3.2. Abordável - há várias qualidades que caracterizam uma pessoa que é meiga: ela é abordável – é tão fácil ter contato com ela, falar com ela, e fazer perguntas a ela. Confessa prontamente os seus pecados e derrama lágrimas livremente. Para alguns, é tão difícil derramar lágrimas. Não é que haja qualquer valor especial nas lágrimas, mas naquele cujo pensamento, vontade e emoção foram tratados por Deus, as lágrimas freqüentemente denotam sua disposição para ver e reconhecer sua falta. É fácil conversar com ela, porque sua casca exterior foi quebrada. Aberto às opiniões dos outros, dá as boas vindas às instruções, e, nesta posição nova, pode ser edificado em todas as coisas.

3.3. Altamente sensível – está sempre atento aos movimentos e sentimentos de outra pessoa. Imediatamente ele pode perceber o verdadeiro significado de uma situação – seja ela certa ou errada. Suas ações são bem consideradas, não será complacente com o erro nem magoará os sentimentos dos outros com falta de consideração.

3.4. Pronto para uma vida em conjunto - somente estes quebrantados sabem o que é o corpo de Cristo. Sem a meiguice, dificilmente estariam prontos para participar da vida no corpo. Se alguém não tem este senso de Corpo, é como um membro falso, igual a uma mão artificial de Cristo, que pode movimentar-se com o corpo físico, mas que não tem nenhuma sensação.

4.5. Facilmente edificado - a maior vantagem do quebrantamento, no entanto, não está em ter nosso erro corrigido, mas, sim, em capacitar-nos a receber o suprimento do Corpo. Nosso espírito é liberado e aberto para receber a ajuda espiritual de qualquer parte do corpo. Quem não for quebrantado dificilmente, poderá ser ajudado.



5. TRAÇOS DO CARÁTER DE CRISTO EM NÓS

5.1. Humildade. Humildade de espírito aponta para a completa ausência de orgulho pessoal, para a completa ausência de segurança própria e auto-dependência. Ser humilde de espírito significa que, se alguém é crente autêntico, então não está dependendo dos seus dotes naturais, que lhe vêm do berço. Os humildes de espírito não dependem do fato que pertencem a determinadas famílias; não edificam as suas vidas sobre o alicerce do seu temperamento natural. Nem acreditam que haja alguma vantagem em sua posição natural na vida, e nem dependem disso ou de quaisquer potencialidades que lhes hajam sido conferidas. A pessoa que é humilde de espírito não depende do dinheiro ou de quaisquer riquezas de que porventura seja possuidora. Ser humilde é também pensar menos em nós e mais no próximo. A humildade indica a consciência de que sem Deus nada somos (veja Fp 2.1-11; cf. Mt 11.28-30).

5.1.1. Evidências de Humildade:

1- Aceita Repreensão – é uma pessoa corrigível, sabe que tem muito que aprender ainda.

2- Confessa Suas Falhas, Seus Pecados – Pede perdão e admite sempre seu erro.

3- É Transparente – não tem nada a esconder.

4- É Ensinável – está crescendo, aceita ensino, pratica o aprendido.

5- Compreensivo com as debilidades das outras pessoas.

6- Ama sem esperar receber algo em troca.

5.1.2. Evidências da Falta de Humildade:

1- Preocupação excessiva com a reputação. O que os outros vão pensar de mim?

2- Busca os melhores lugares e gosta de estar em evidência (Lucas 14: 7- 9).

3- Tendência de exigir dos outros que o tratem de maneira especial.

4- Exige justiça quando sente-se alvo de falta de consideração –Romanos 12: 3.

5- Demora a pedir perdão e perdoar ofensas recebidas.

6- Se exaspera e busca justificar-se quando corrigido. Não aceita definitivamente: ―Quem ele pensa que é ? Eu só aceito se ele . . ..

7- Tem uma vida secreta que ninguém sabe ou conhece: duas faces.

8- Reservado em elogiar outros e pronto para receber glória para si mesmo.

5.2. Disposição para servir. Um verdadeiro servo está sempre atento aos problemas e necessidades que os outros estão enfrentando, e espontaneamente se dispõe a ajudar, alimentando um desejo de servir aos outros. No Novo Testamento, há várias palavras gregas que apresentam o conceito de serviço. Destas, a mais usada é ―diácono (Atos 6: 1- 6).

Todo líder deve, primeiramente, aprender a servir. Sobre a base de serviço será edificada uma liderança. Um coração de servo foi o suporte do ministério de Jesus (Marcos 10: 45 e Lucas 22: 27).

Estar sempre preocupado com a própria felicidade ou comodidade é contrário a ter um coração de servo.

A palavra ―diácono aplica-se em dois sentidos:

1- A todos os cristãos que são chamados para servir ao Senhor Jesus Cristo ao Seu povo.

2- Na designação oficial de certas pessoas que representam a igreja apontados pela liderança local (Atos 1; 4).

A Igreja Primitiva acreditava que a capacidade oficial de servir ao povo de Deus era tão importante que ela apontava pessoas específicas para exercerem o diaconato (Filipenses 1: 1) e ressaltava certas qualificações para esses e suas esposas (1ª Timóteo 3: 10- 13).

5.3. Espírito Aprendiz. Estar aberto para aprender com quem quer que seja é algo muito dolorido. Sabemos que Jesus saiu para ser batizado por João Batista diante dos olhos de todos. Isso era muito arriscado, pois poderia ser que, mais tarde, algum fariseu se dirigisse a ele dizendo: ―Acaso não estivemos junto nas aulas de batismo de João? E isso certamente deve ter acontecido, já que Jesus usa algumas ilustrações feitas por João Batista (Comparar Mateus 3: 10 com 7: 16 –20) no sermão da montanha. Deve ser bastante constrangedor se colocar ao lado de pecadores para ser batizado alguém que nunca tenha pecado, como foi o caso de Jesus.

Ter um coração de Aprendiz é estar aberto para aprender com quem quer que seja, mesmo que isso muitas vezes seja extremamente constrangedor. Ninguém se diminui por ouvir e aprender algo com quem sabe menos.

5.4. Ponderação nas palavras. Por falta de moderação nas palavras, é seriamente comprometida a utilidade de muitos obreiros cristãos. Em lugar de serem instrumentos poderosos no serviço do Senhor, o seu ministério produz pouco efeito, devido ao seu falar descuidado, sem nenhuma cautela. Ler Tiago, Capítulo três.

5.5. Fidelidade. Provérbios 25: 18, 19 diz: “Espada e flecha aguda é o homem que levanta falso testemunho contra seu próximo. Como dente quebrado, e pé sem firmeza, assim é a confiança no desleal, no tempo da angústia”.

5.5.1. O Que é Lealdade? É o termo que expressa uma pessoa: franca, sincera, honesta, confiável ou alguém que é fiel aos seus compromissos até o fim, mesmo que isso implique em dano.

5.5.2. A Lealdade Em Meio a Problemas e Conflitos. Nossa melhor atitude para com aqueles com os quais temos aliança em tempos de dificuldades é:

1- Ficar em silêncio. Não faça comentários desagradáveis.

2- Não criticar. Um momento em que mais nos tornamos desleais é quando criticamos as características físicas ou morais de uma pessoa.

3- Não usar de traição. Judas expressou através do seu ato de traição que não conhecia lealdade.

4- Não divulgar segredos de outrem. Provérbios 25:9- ―. . . E não descubras o segredo de outrem”. Provérbios 20: 19 – ―O mexeriqueiro revela o segredo, portanto não te metas com quem muito abre os teus lábios”. Provérbios 17: 9 – “. . . o que traz o assunto à baila separa os maiores amigos”.

6. TRAÇOS DO CARÁTER DE CRISTO:

Humildade; Disposição para servir; Espírito Aprendiz; Dependência de Deus; Disposição para sofrer; Ponderação nas palavras Disposição para ouvir; Diligência; Fidelidade Estabilidade; Mansidão.

Conclusão

1. Antes estávamos em Adão e tudo o que era próprio da natureza caída, herdamos. Agora estamos em Cristo e tudo o que há em Cristo também recebemos.

2. Pela fé temos que deixar a velha natureza para trás a nos apropriarmos da nova, para que o nosso caráter seja o de Cristo.

3. Caráter de Cristo deve ser formado em nós pelo processo da Cruz.

4. Deus utiliza tribulações para trabalhar em nosso caráter.

5. Processo de transformação do nosso caráter começa com quebrantamento.

6. Quebrantamento produz uma pessoa meiga, abordável, sensível, pronta para uma vida em conjunto, facilmente edificada.

7. Humildade, disposição para servir, espírito Aprendiz, ponderação nas palavras, e fidelidade são traços do caráter de Cristo em nós.





AVALIAÇÃO

1. Quais são os traços do caráter de Cristo nós?

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2. Em que sentido a formação do caráter cristão está associado à cruz?

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3. Você pode identificar áreas em seu caráter que necessitam de transformação? Quais?

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4. O que você está disposto (a) a fazer para mudá-las?

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5. O que você ouviu sobre caráter que não sabia?

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Lição 18 - DÍZIMOS E OFERTAS NA VIDA DO CRISTÃO

"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa"

Introdução

Este não é um assunto muito abordado, mas é de tremenda importância para vida da Igreja.

Muitas pessoas têm problemas sérios na área financeira por não contribuir ou contribuir de maneira equivocada. Pessoas inconstantes em seus dízimos tendem a ser instáveis na sua vida financeira. Pessoas que têm dificuldade para dar, têm dificuldade para receber.

Ex.: Se a pessoa está com a mão fechada para dar, não receberá. Para que Deus coloque algo na sua mão ela tem que estar aberta.

A Palavra de Deus diz : "Coisa mais bem aventurada é dar do que receber " (At 20:35). Precisamos entender que nosso compromisso com o corpo (irmãos em Cristo) também é um compromisso financeiro .

Quando damos algum presente a uma pessoa, é uma demonstração de nossa gratidão e reconhecimento de tal pessoa. A oferta é um meio de reconhecermos e honramos a Deus pelo que Ele é e tem feito em nosso favor. A oferta faz parte da vida do crente por ser um meio de o cristão honrar a Deus.

Pv 3.9,10: "Honra ao Senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a sua renda; então se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de vinho os seus lagares".



PORQUE PRECISAMOS OFERTAR DIZIMAR A DEUS?

1.1. Porque Ele é dono de tudo - Sl 24.1: "Do Senhor é a terra e a plenitude, o mundo e todos que nele habita". Ag 2.8: "Minha é a prata e meu é o ouro, diz o Senhor dos exércitos".

1.2. Fomos criados para glorificar a Deus - recebemos dele a vida, o ar que respiramos. Tudo que temos deve ser usado para a glória de Deus.

1.3. Devemos ofertar porque isso é bom - At 20.35c: "Mas bem-aventurada coisa é dar do que receber".



2. O QUE DEUS PEDE DE NÓS?

Que sejamos fiéis a Ele - nos dízimos e nas ofertas.

Ml 3.8-10: "Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas... Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas dos céus, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança".

DÍZIMO - é décima parte dos ganhos, e pertence ao Senhor. É uma oferta delimitada, de tudo o que recebermos devemos separar o dízimo. Devemos nos lembrar que não são somente 10% que pertencem a Deus, mas 100%. O dízimo é um testemunho da bondade criadora de Deus. Quando entregamos o dízimo, provamos a nossa dependência de Deus e de suas bênçãos. O dízimo é o mínimo que o crente dispõe a Deus. Ser dizimista é estar compromissado com a obra de Deus.

Mas eu não concordo, porque o dizimo pertence à lei e nós vivemos na graça, portanto, dízimo é coisa do passado. Certo? Não. Errado. O dízimo veio antes da lei. Antes mesmo de Deus dar a lei a Moisés, já se praticava o dízimo.

Abraão, que vivei antes da lei, deu o dízimo - Gn 14.20b: “Então Abraão deu-lhe o dízimo de tudo”.

A entrega do dízimo era voluntária e era uma maneira de demonstrar gratidão a Deus e reconhecer seu direito soberano sobre o sucesso de sua vida.

A primeira menção bíblica sobre o dízimo acontece com Abraão e Melquizedeque em Gênesis 14: 20. Abraão, neste caso, está representando a igreja, pois é o homem com o qual Deus fez aliança. Já Melquisedeque, que era sacerdote do Deus Altíssimo e que é rei de justiça por interpretação do seu nome e também rei de paz por ser rei de Salém (antigo nome dado a Jerusalém), é uma figura de Jesus Cristo o nosso Senhor, o nosso Sumo Sacerdote, o Rei de paz e de justiça sobre nós, e também aquele que recebe os nossos dízimos (Leia Hebreus 7: 1- 8). Assim como Abraão deu os dízimos a Melquisedeque, nós hoje damos os nossos dízimos a Jesus.

Faça a escolha de Abraão. Fique com Jesus. Abraão deu os dízimos e foi grandemente abençoado, teve vitórias sobre os seus inimigos e prosperou em todas as áreas, porquanto a mão do Deus Altíssimo era com ele. A prosperidade dele não dependia dos homens, mas de Deus. Ele fez a escolha certa.

Jacó deu dízimo Gn 28.22b: "...e de tudo que me deres, certamente darei o dízimo". O voto que ele fez decorreu de sua experiência com Deus e mostra uma atitude de gratidão pelas bênçãos que Deus lhe daria.

Mais tarde o dízimo foi incluído na Lei (Lv 27.30,32ss. etc). Dizimar era uma bênção para os judeus, da mesma maneira será uma bênção para os que seguirem até o fim dos tempos.



AH! MAS O NOVO TESTAMENTO NÃO ENSINA DAR O DÍZIMO

O NT de fato não fala sobre o cristão dar o dízimo, pois já é tido por certo. Os cristãos primitivos não tinham problemas em dar o dízimo, porque já eram doutrinados nisso. O cristão deve glorificar a Deus entregando a si mesmo como um sacrifício vivo (Rm 12.1).

Devemos também ressaltar que o Senhor Jesus não condenou a prática do dízimo, ao contrário, confirmou. Mt 23.23: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas negligenciais o mais importante da lei, a justiça, a misericórdia e a fé. Devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas."

Jesus disse aos fariseus que eles deveriam cumprir o mais importante da lei, que eram a justiça, a misericórdia e a fé (fidelidade), sem deixar de devolver o dízimo. Com isso, o Senhor quis ensinar que não adiantava ser dizimista sem levar em conta os valores espirituais da lei. Hoje, da mesma forma, o cristão deve dar o dizimo não como quem estar fazendo um favor à igreja, mas como forma de gratidão a Deus. Portanto, ser dizimista é uma questão de obediência a Deus, e à sua palavra.





3. ATITUDES ERRADAS COM RELAÇÃO AO DÍZIMO

3.1. Alguns pensam de uma forma carnal e dizem: ―Eu vou dar só um pouquinho este mês e no próximo, se sobrar, eu dou um pouquinho mais e algum dia, se tiver bastante, então poderei dar muito‖. Certamente os que pensam assim têm um engano nos seus corações.

Em Lucas 16: 10 lemos: ―Quem é fiel no mínimo também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo também é injusto no muito‖. Logo, a pessoa que diz que gostaria de dizimar, mas não faz porque tem muito pouco, está mentindo para si mesma.

Esta é uma afirmação feita por aquele que o formou e que o conhece melhor do que você mesmo: Jesus.

3.2. Outro engano e dificuldade com relação ao dízimo se manifestam na atitude daqueles que dizem: ―Vou pagar todas as minhas contas e depois, se sobrar, darei o dízimo ao Senhor‖. Em primeiro lugar, esse é um grande engano porque nunca vai sobrar. Em segundo lugar, essa é uma atitude de pura incredulidade, pois não estão dependendo de Deus como provedor das suas vidas.

3.3. Há ainda aqueles que pensam que 10% são uma parte muito grande para entregar ao Senhor. Contudo, ao pensar assim, só estão atestando que os seus corações estão totalmente ligados ao dinheiro, e não reconhecem que tudo vem de Deus: a vida, a saúde, as habilidades, o trabalho, as realizações, etc. Jesus disse: ―Onde estiver o teu tesouro, ali estará também o seu coração. Se o seu coração estiver no dinheiro, esse será o seu tesouro.

3.4. Atitude do ―tanto - faz. Alguns podem achar que tanto faz dar ou não dar o dízimo. Afinal de contas, não fará diferença. Porém, não é isso que a Bíblia ensina. Temos que lembrar que o dízimo é uma lei espiritual estabelecida por Deus para a nossa bênção e proteção. Nas coisas espirituais não existe neutralidade, ou seja, ou é bênção ou maldição, ou faz bem ou faz mal, ou edifica ou destrói, ou liberta ou amarra e assim por diante. Logo, se o dízimo foi estabelecido para nos abençoar, certamente, quando não o fazemos, teremos maldição.

3.5. A atitude de: ―Eu não vou dizimar para ficar enriquecendo pastores. Se você acha que o seu pastor é um ladrão e falso profeta, você deve orar por ele imediatamente para que se arrependa, pois ele está a caminho do inferno e dará contas de todas estas coisas diante de Deus, caso isso seja verdade. Mas, se você estiver enganado e ele realmente for um homem levantado por Deus para edificação da igreja, administra corretamente os recursos, recebe somente o que lhe é lícito e tem prosperado na presença do Senhor, então talvez você esteja indo para o inferno. Por roubar a Deus, por julgar alguém estabelecido pelo Senhor e ainda ser um tropeço para o corpo de Cristo. Você deve se arrepender, pedir perdão ao pastor e mudar sua atitude.

4. COMO DEVEMOS DAR O DÍZIMO?

4.1. Devemos dar como reconhecimento pelas bênçãos divinas, não damos para receber. Estamos dando porque já recebemos. Rm 11. 35,36: "Ou que lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas...".

4.2. Devemos dar o dízimo como adoração.

4.3. Devemos dar com fé - a entrega do dízimo sem fé é legalismo - é formal. Dar o dízimo pela fé. Tudo o que fazemos em Deus, devemos fazê-lo por fé. Com o dízimo não é diferente. A fé deve ser liberada. Devemos crer que somos livres do sistema financeiro maligno que há no mundo, que as janelas dos céus serão abertas sobre nós, todas as nossas necessidades serão supridas e o devorador não terá acesso a nós.

4.4. Entregar o dízimo com gratidão no coração. Um aspecto muito importante do ato de entregar o dízimo é a gratidão no coração. Deuteronômio 26: 1- 4 nos mostra esse princípio. Quando o povo vinha trazer as suas primícias diante do sacerdote, eles recordavam que no passado haviam sido escravos no Egito e pelo poder de Deus estavam livres e assim faziam declarações de gratidão a Deus.

4.5. Entregar o dízimo com alegria. Em 2Coríntios 9: 7 está escrito que Deus ama ao que dá com alegria. Cremos que isso obviamente também se aplica ao ato de pagar o dízimo. Devemos manifestar nossa alegria em ofertar e dizimar por sermos livres em Cristo Jesus. Ninguém deve fazê-lo constrangido ou com tristeza.

4.6. Entregar o dízimo em obediência. Pagar o dízimo faz parte da aliança que temos com o Senhor, pois assim como Abraão deu os dízimos a Melquisedeque, nós, hoje, damos os dízimos a Jesus e o fazemos também em obediência, isso faz parte da nossa responsabilidade na aliança.

4.7. Entregar o dízimo na igreja a que você pertence. Malaquias 3: 10 declara que os dízimos devem ser trazidos a casa do tesouro. A casa do tesouro hoje é a igreja onde você participa. Não cremos que o crente deve pagar parte do seu dízimo numa igreja e parte noutra. Traga o seu dízimo onde você está compromissado, onde você recebe alimento, onde você está recebendo a vida que flui no corpo.

4.8. Entregar o dízimo sobre tudo o que você recebe. Ainda em Malaquias 3: 10, lemos: ―Trazei todos os dízimos... É uma menção clara de que devemos dizimar sobre tudo que chega em nossas mãos. Se recebermos salário, dizimamos sobre o salário; se recebemos em oferta ou presente, dizimamos sobre a oferta ou presente e assim por diante.







5. APLICACÃO DA LEI DA COLHEITA SEGUNDO A SEMEADURA

"E digo isto: que o que semeia pouco, pouco também ceifará, e o que semeia com fartura, com fartura também ceifará". (2Co 9.6)

5.1. Se deseja receber, dê. O dar promove o benefício mútuo; mas devemos dar motivados pelo amor, pois, do contrário, nada representará. Paulo deixa claro que uma lei relativa à semeadura, de acordo com colheita.

Portanto, se quisermos ser abençoados, temos que abençoar; se desejamos prosperar financeiramente, precisamos ser generosos com os nosso dinheiro.

- Aquele que semeia pouco - (reter, refrear) é aquele que pode fazer e não faz, quando faz, faz de qualquer jeito.

- Com fartura - lit. com bênção.

5.2. A contribuição deve ter um propósito. 2Co 9.7: "Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não por tristeza ou por necessidade, pois Deus ama ao que dá com alegria".

Segundo o propósito do coração. O dar não pode ser movido por impulso, mas com propósito - o nosso coração deve ser generoso. O dar começa com os dízimos, mas o crente deve dar muito mais que isso.

Devemos Ter um propósito em nossas contribuições, a fim de promover o trabalho na igreja e ajudar os irmãos necessitados.

O dar, tal como todas as demais virtudes espirituais, deve esta alicerçado no amor.

O dar deve voluntário e jubiloso - dar com alegria. Não com tristeza - não com sentimento de perda de valor.

Ou por necessidade (anake) ser forçado a fazer isso. A oferta não pode ser feita sob pressão, porém voluntariamente.

Deus ama quem dar com alegria (ilaros= hilariante) - animado, satisfeito. Para o crente que sabe estar prestando um serviço a Deus e ao próximo, dar é motivo de regozijo. E por isso há recompensas.

Pv 11.25: "A alma generosa prosperará; o que regar também será regado".

Pv 22.9: "O generoso será abençoado, pois dá do seu pão ao pobre".

Deus ama... expressa seu deleite, o seu senso de ser agradado - aceitação. Quando damos livremente, motivados pelo amor, sem duvidar do caráter de Deus, a oferta é aceita por Ele.

5.3. Deus é poderoso para fazer abundar toda a graça. 2Co 9.8: "E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra". Deus faz abundar a graça com o seguinte propósito:

1- Não termos falta de nada;

2- Sermos também abençoadores - 2Co 9.9: "conforme está escrito: espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre".

5.4. A fonte da semeadura é Deus - tudo provém de Deus (v.10,11)

5.5. Dar é uma obra espiritual que leva o participante a louvar a Deus vv. 12-15.

v.12 - a oferta é um serviço que:

1-Supre as necessidades dos santos e,

2- Louva a Deus - ofertar é também adorar



Conclusão

• O princípio do dízimo começou com Abraão e Melquisedeque, figuras da Igreja e Cristo;

• Abraão dizimou e foi suprido e abençoado por Deus; nós devemos fazer o mesmo;

• Recuse todas as idéias carnais e malignas sobre o dízimo;

• Devemos dizimar com fé, alegria e gratidão;

• Os dízimos são entregues a Deus e Ele os utiliza para sustentar os ministros;

• Os dízimos foram estabelecidos por Deus para nossa bênção e proteção.



AVALIAÇÃO

1. Por que precisamos ofertar e dizimar na casa do Senhor?

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2. Como devemos dar o dízimo?

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3. De quanto devemos dar o dízimo?

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4. De acordo com 2Corintios 9, qual é a atitude que o cristão deve ter em relação às ofertas?

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5. O que você aprendeu com esta lição?

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Lição 19 - AUTORIDADE, SUBMISSÃO E INTEGRAÇÃO NO CORPO

Introdução

Deus estabeleceu autoridades sobre nossas vidas. As pessoas bem sucedidas no reino de Deus são aquelas que têm a capacidade de ver a mão de Deus nas atitudes, ações e reações daqueles que exercem autoridade sobre suas vidas. Essa verdade precisa entrar em teu espírito: ―Autoridades são ministros de Deus para o seu bem.

O motivo de compreendermos e praticarmos o princípio de autoridade é estarmos submisso a Deus, ou seja, debaixo de sua autoridade.

O reino de Deus é estabelecido pela obediência.

Caso nos sujeitemos a Deus, Ele será autoridade sobre a nossa vida e nos abençoará. Se resistirmos a Deus, automaticamente nos colocamos em sujeição ao diabo e ele terá autoridade sobre a nossa vida para nos roubar, matar e destruir.

Por isso, é tão importante que aprendamos a obediência, pois isto determinará nossa liberdade ou escravidão. Há uma lei espiritual que diz: ―O homem é escravo de quem ele obedece (Rm 6.16).

Morte ou justiça em nossa vida dependerá de qual autoridade opera sobre nós.

Há um grande engano no coração de muitos cristãos quando dizem: ―Eu só obedeço a Deus e não aos homens.

Precisamos nos lembrar, no entanto, de que Deus estabeleceu autoridades sobre nós (homens) e resisti-las seria resistir a Deus.

1. OS PAIS SÃO AS PRIMEIRAS AUTORIDADES ESTABELECIDAS POR DEUS SOBRE NÓS E EXERCEM O MAIS IMPORTANTE IMPACTO NA VIDA DE UMA PESSOA.

Algo vital que devemos aprender sobre autoridade é que a maneira com a qual reagimos a ela determinará a nossa liberdade ou escravidão. Os pais são os ministros de Deus sobre nós.

Lembrem-se: autoridades são ministros de Deus colocados sobre nós para nos aperfeiçoar.

Talvez você possa pensar: ―Como poderei ser aperfeiçoado por pessoas tão cheias de falhas e pecados?‖ Neste ponto, precisamos entender outra coisa: As pessoas que Deus utiliza para nos aperfeiçoar, não são perfeitas.

Jesus é para nós um exemplo muito claro disso. Ele padeceu muitas coisas nas mãos de homens que não temiam a Deus, mas por causa da sua atitude de obediência, Ele foi aperfeiçoado e cumpriu plenamente o propósito de Deus. “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu; e, tendo sido aperfeiçoado, veio a ser autor de eterna salvação para todos os que lhe obedecem” (Hb 5.8,9).

Jesus tinha todos os motivos para se rebelar em sua carne em razão das afrontas que sofria. No entanto, percebemos que o segredo da sua vitória foi compreender que o Pai havia preparado todo o cenário, ou seja, no meio de todas aquelas dificuldades, estava também a oportunidade dada por Deus para o cumprimento do propósito e por isso ele reagiu corretamente em relação ao Pai.

Não queremos dizer com isso que todas as coisas, boas ou ruins já estão preparadas e é impossível que mudemos as circunstâncias. Porém, pretendemos mostrar que Deus coloca diante de nós a bênção e a maldição e nossa escolha determina a conseqüência (Dt 30.19).

Nunca se esqueça que as autoridades que Deus estabeleceu sobre nós são portas onde flui a bênção. Nossa reação em relação às autoridades determinará a bênção ou maldição, a vida ou a morte.

2. Na Família:

1-De Deus para com o marido: 1ª Coríntios 11: 3a – ―Quero porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem. . . .

2- Do homem para com a mulher: 1ª Coríntios 11: 3b – ―. . . o homem a cabeça da mulher . . .‖ 3- Dos pais para os filhos: Êxodo 20: 12 – ―Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá‖.

3. Na Igreja:

1 Tessalonicenses 5: 12 –“Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam”.

Hebreus 13: 17 – “Obedecei a vossos guias, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”.

1- De Deus para com os pastores;

2- Dos pastores para com os supervisores;

3- Dos supervisores para com os líderes;

4- Dos líderes para com o grupo familiar;

5- Dos líderes de Departamentos para com seus liderados.







4. No Trabalho:

1- De Deus para com o empregador: Efésios 6: 9 – ―E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor tanto deles como vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas.

2- Do Empregador para com o empregado: Efésios 6: 5 – ―Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo.

5. No Estado

1- Do Governo para com os cidadãos ( Mt 22.21; Rm 13.1-7; 1Pe 2.13-18).

Quem Ele Pensa Que É?

Geralmente essa é a pergunta que a nossa carne faz quando temos dificuldades com algum tipo de autoridade. Se pensarmos assim, é porque deixamos de lado algumas verdades essenciais para uma vida bem sucedida.

Vejamos algumas dessas verdades:

A) Precisamos compreender que Deus é responsável pelas autoridades que nos deu, portanto, são ministros de Deus para algum benefício em nossa vida.

B) Deus é maior do que nossas autoridades. Muitas vezes somos tentados a pensar que as autoridades querem impedir o nosso sucesso. Todavia, Deus é maior do que as autoridades. Se uma autoridade se posicionar contra Deus e contra você, o Senhor a removerá.

C) A facilidade com que nós nos submetemos a Deus está diretamente ligada com o nosso grau de quebrantamento. As áreas em que nós nos rebelamos ao invés de nos submetermos serão as raízes dos problemas de nossa vida.

D) Se justificamos e racionalizamos a nossa rebeldia, ficamos cegos para a direção de Deus e isso certamente trará prejuízos. Não se engane, a sua carne é perita em justificativas. Ela sempre tentará influenciar a sua alma com afirmações, tais como: ―Você não merece ser tratado(a) assim; você está sendo desconsiderado(a); você está correto(a) e sua autoridade está errada, faça alguma coisa, não fique passivo, etc‖. A nossa alma não aceita a atitude de cordeiro. A Bíblia diz que Jesus foi conduzido como um cordeiro mudo ao matadouro (At 8.32).

6. OBEDIÊNCIA À AUTORIDADE É ABSOLUTA?

Neste ponto do estudo talvez você esteja pensando: ―Eu sempre terei que obedecer a autoridade em todas as circunstâncias? E quando a obediência implicar em pecado também devo fazê-lo?

Podemos dizer que a obediência a autoridade é absoluta, mas a submissão as suas ordens é relativa. Isto quer dizer que você deve obediência sempre, mas se a sua autoridade exige que você peque, ou seja, fira um princípio da palavra de Deus, então, neste caso, e somente neste caso, você não deve obedecê-la, porque nessa situação importa mais agradar a Deus do que aos homens. Essa exceção de obediência a autoridade fica clara nos exemplos de Sadraque, Mesaque e Abednego, os quais se recusaram a se prostrar e adorar a estátua de ouro que o rei Nabucodonozor fizera (Daniel 3). Eles eram servos do Deus Altíssimo, e, embora Nabucodonozor estivesse em autoridade sobre eles, neste caso não deveriam submeter-se porque Deus estava em primeiro lugar. Foram milagrosamente salvos.

Em Daniel, capítulo seis, vemos o próprio Daniel sendo jogado na cova dos leões porque se recusou a interromper suas orações diárias em razão do edital assinado pelo rei Dario. Neste caso também ele não deveria submeter-se porque o edital visava impedir o seu relacionamento com Deus. Ele também foi milagrosamente salvo. Um terceiro exemplo temos em Atos 5: 28, 29 quando os apóstolos foram admoestados pelo sinédrio para não ensinarem no Nome de Jesus. Neste caso também a autoridade humana não deveria ser reconhecida porque esta os obrigava a desobedecer a Deus. Sendo assim, é importante que compreendamos que a única exceção de obediência à autoridade acontece quando esta exige que pequemos. Quando falamos em pecado, neste caso, nos referimos ao descumprimento de uma ordem explícita da palavra de Deus. Muitos irmãos se enganam neste ponto porque raciocinam da seguinte maneira: ―A minha autoridade mandou que eu vá pelo caminho ―A ― porém, eu sinto que devo ir pelo caminho ―B , eu acho que a direção que eu tenho vem de Deus; logo, não preciso submeter-me a minha autoridade porque se o fizer estarei contrariando a Deus e importa para mim agradar ao Senhor.

Este é um grande engano da sua alma, e agindo desta maneira, você é quem está ferindo um princípio estabelecido por Deus.

Vejamos algumas verdades sobre autoridade:

a) Este é o método de Deus. Tenha confiança na capacidade de Deus para mudar as decisões em qualquer área da vida, quer seja dos pais, do líder da igreja, do professor ou do governo. Lembre-se: Autoridades são ministros de Deus. Provérbios 21: 1- ― O coração do rei (o que está posto em autoridade) é inclinado pelo Senhor‖.

b) Deus é maior que as nossas autoridades. Neste exemplo que consideramos, se era a direção de Deus que a jovem participasse do evangelismo, Deus certamente criaria uma situação para liberá-la. Nenhuma autoridade pode impedir os planos que o Senhor tem para nós, por isso é importante que estejamos prontos a colaborar.

c) Devemos mostrar consideração. Pressinta e procure oportunidade de cooperar, tome a iniciativa de procurar agradar seus pais (ou outras autoridades). Consideração consiste em ceder aos desejos de outrem. Quando isso é feito com um espírito alegre, tem grande impacto em revelar obediência. Certamente no caso desta jovem do exemplo, é mais importante que ela obedeça e ganhe o seu pai para Cristo primeiro.

d) Não reaja ao que a autoridade diz. Procure discernir o que está por trás da ordem. Quando as ordens parecem contrariar seus desejos e convicções, antes de reagir, procure compreender o propósito daquela ordem, e ainda o que Deus está falando a você naquela situação. Isso certamente terá grande proveito.

Integração ao Corpo

É fundamental entendermos que receberemos a vida de Deus que flui no corpo de Cristo na medida em que estamos integrados do corpo. E só estamos integrados na medida em que aceitamos as autoridades estabelecidas por Deus nele. Estar integrados ao corpo de Cristo, que é a igreja, é fundamental porque:

1-Temos vida através do corpo;

2- Somos edificados pelo corpo - temos proteção no corpo;

3- Crescemos no corpo;

4- Cumprimos o propósito de Deus somente através do corpo;

5- Somos curados através do corpo.

Enfim, o Senhor não nos fez para sermos independentes, mas para crescermos em comunhão. Contudo, se não compreendemos e praticamos o princípio de submissão e autoridade, os relacionamentos serão quebrados e a vida não fluirá. Estar integrado ao Corpo de Cristo é mais do que freqüentar reuniões aos domingos. É, sobretudo, estar compromissado, é estar aliançado perseverando na comunhão dos santos (1Co 12.12-27). Devemos corrigir os erros e prosseguirmos progredindo na presença do Senhor alcançando o propósito para o qual fomos chamados.

CONCLUSÃO

• Autoridades são ministros de Deus para nós.

• Resistir a autoridade é resistir a Deus.

• A maneira com a qual reagiremos a autoridade, determinará nossa benção ou maldição.

• Os pais são os primeiros ministros de Deus colocados sobre nós.

• Deus é responsável pelas autoridades que nos deu e é maior do que elas.

• Obediência às autoridades é absoluta, mas submissão é relativa.

• Devemos reagir às autoridades mostrando cooperação.

• Submissão é render obediência a alguém em que Deus tem investido de autoridade.

• A submissão correta não traz jugo, mas sim liberdade e proteção.

• Nos integramos ao corpo na medida em que aceitamos as autoridades estabelecidas nele.

• Se não entendermos corretamente como funciona submissão e autoridade, os relacionamentos serão quebrados e a vida do corpo não fluirá.



PRATICANDO A PALAVRA

Em quais relacionamentos você percebe que falhou em cumprir corretamente a palavra com respeito à autoridade e submissão: com os pais, autoridades na igreja, professores .... Quais?

O que você aprendeu que ainda não sabia sobre autoridade e submissão?

O que pretende fazer para cumprir a palavra nesta área ?

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BIBLIOGRAFIA

DOUGLAS. J.D. (org) O Novo Dicionário da Bíblia. Editora Vida Nova

GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. Editora Vida Nova.

ERICKSON. Millard. J. Introdução à Teologia Sistemática. Editora Vida Nova

CHAMPLIN, Russel Normam. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. Editora Candeia.

PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. Editora Vida.









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