quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

CURSO MATURIDADE CRISTÃ II
Propósito: Alcançar, Consolidar, Treinar e Enviar.

Edificando Uma Igreja, Uma Família de Vencedores!


- 3 –
APRESENTAÇÃO

Nesse volume, continuamos este maravilhoso processo de treinamento e aperfeiçoamento no ministério das Testemunhas do Senhor Jesus Cristo. Saiba que você não está participando por acaso, pois, com certeza, isto é parte do plano de Deus para desenvolver todo o potencial que Ele já lhe deu, a fim de que a luz de Jesus Cristo brilhe intensamente em sua vida, e muitos possam ser alcançados.

Somos uma nação sacerdotal e por isso precisamos estar preparados para ministrar diante do Senhor e cumprir o ministério da reconciliação que ele nos confiou. Portanto, participe intensamente deste curso, absorva tudo o que puder, estenda a visão e veja-se ministrando a muitos outros nos grupos familiares, porque este deve ser o alvo. Seja fiel e o Senhor Deus realizará em sua vida todas as obras que Ele já preparou para você.

Nós estamos felizes e entusiasmados por ter você conosco e, juntos, participarmos da obra do Senhor Jesus Cristo nosso Deus e Pai. E que, sem dúvida, é a coisa mais importante das nossas vidas.

O nosso desejo e oração é que você se torne um líder frutífero e experimente em plenitude,a graça e unção que o Senhor tem derramado sobre nós nestes dias.



Lição 01 - O PODER DA PALAVRA FALADA

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem”. (Ef 4.29)

O Que a Bíblia Diz a Respeito da Palavra Falada.

Nós falamos milhares de palavras todos os dias e certamente muitas destas palavras revelam o que temos dentro do coração. Jesus disse: “Do que temos em abundância no coração, disso fala a boca” (Mt 12: 34). Portanto, as nossas palavras são a expressão do que temos, do que cremos e do que somos. Quer saber quem uma pessoa é? Ouça as suas palavras. Quer saber o que alguém tem? Ouça as suas palavras. Bem, pode parecer até estranho, mas é exatamente assim, ou seja, você tem o que fala, você crê o que fala, você é o que fala.

“Porque como ele pensa consigo mesmo, assim é...”. (Pv 23.7a)

“Porque pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado”. (Mt 12.37)

De acordo com a Bíblia, nossas palavras estão intimamente ligadas com o que somos, assim como a palavra de Deus revela quem Ele é.

Palavra de Vida ou de Morte.

“O homem se fartará do fruto da sua boca; dos renovos dos seus lábios se fartará. A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto”. (Pv 18.20,21)

De fato, temos pouco entendimento sobre o poder das nossas palavras. Conforme o texto acima, elas podem matar ou trazer vida. Ampliando um pouco, compreenderemos que elas poderão trazer bênção ou maldição, serão sementes para Deus ou para o diabo. Palavras podem edificar ou destruir, ascender o fogo ou apagá-lo. Podem justificar ou condenar, curar ou trazer doenças, abrir o coração ou fechá-lo, aproximar ou afastar, dividir ou unir, criar algo que ainda não existe ou destruir algo existente, produzir esperança ou desespero e assim por diante.

No capítulo 3 de Tiago, encontramos muitas verdades que o Senhor quer que saibamos a respeito das palavras que saem da nossa boca. Eis algumas:

1) Quem controla as suas palavras, também será capaz de controlar todo o corpo – v. 3;

2) Uma palavra nossa pode ser a fagulha que vai destruir toda a floresta - v. 5;

3) A língua fora do padrão de Deus é um mundo de iniqüidade, inflama a natureza e é inflamada pelo inferno – v. 6;

4) Dependa de Deus para domar a sua língua – v. 8;

5) Se vamos falar contra alguém, devemos lembrar que aquela pessoa é a imagem e semelhança de Deus – v. 9.

Por exemplo: Se um pai furioso diz para o filho: “Você não presta para nada, você é uma maldição, você é um peso em minha vida, etc”, visto que o filho é a semelhança de Deus e herança do Senhor, a quem o pai está ofendendo?

“Como o pássaro no seu vaguear, como a andorinha no seu voar, assim a maldição sem causa não encontra pouso” (Pv 26.2).

Muitas pessoas buscam se livrar das maldições sem prestar atenção à causa. Querem tratar dos problemas superficialmente sem eliminar a raiz. Eu costumo dizer: “Se um cano está enchendo a sua sala de fumaça, não basta simplesmente ligar o ventilador para que a fumaça se dissipe. Você precisa tapar o cano”.

Se você tem discernido que muitas palavras que liberou foram palavras de maldição sobre a sua própria vida, ou sobre outros, quebre o processo de maldição. A mudança passa por dois princípios básicos:



1) ARREPENDIMENTO: Arrependimento é muito mais do que um sentimento é uma decisão de mudança. Quando o Espírito Santo o convence do seu pecado, então você deve tomar uma decisão de se arrepender. Essa é nossa responsabilidade e não de Deus. Você escolhe se arrepender ou continuar do mesmo jeito. Arrependimento é o ponto de partida para qualquer mudança em nossa vida. A mensagem de João Batista, o homem que veio preparar o caminho de Jesus, tinha um único tema: Arrependei-vos. Isso nos mostra que, se desejamos que Jesus passe a reinar em alguma área da nossa vida, o caminho que devemos fazer para que Ele entre chama-se: arrependimento.

Quando nos arrependemos verdadeiramente, alguns sinais serão evidentes:

a) Quebrantamento: Uma pessoa quebrantada reconhece o seu erro, se humilha perante o Senhor, sente a sua miséria, lamenta e chora com facilidade.

b) Não tem dificuldade de pedir perdão: alguém que realmente está arrependido entende que pecou contra o Senhor, e também não terá dificuldades de pedir perdão, para quem ofendeu.

c) Confissão: Quando o arrependimento é genuíno, o que mais a pessoa busca é ter uma consciência limpa diante de Deus (Tg 5.16).

De preferência, se você entender que é necessário confessar algo, fale com aquele que está posto em autoridade sobre a sua vida no corpo. Exemplo: o líder, seu discipulador, um irmão mais íntimo ou o pastor.



2) LIBERANDO A BÊNÇÃO.

Este é o terceiro passo para reverter a maldição e se apropriar e liberar a bênção de Deus. Se a maldição estava sobre a sua vida, você deve rejeitar, renunciar e se apropriar da bênção de Deus. Somos descendentes de Abraão em Cristo e herdeiros da mesma promessa. Deus disse a Abraão: “Sê tu uma bênção” (Gn 12: 2). Esta mesma palavra nos pertence. O Senhor nos chamou em Cristo para sermos abençoados em todas as áreas e abençoadores.

Se, entretanto, você liberou palavras de maldição sobre a vida de outras pessoas, deve revogá-las e abençoá-las em nome de Jesus. Quando abençoa, você está liberando a pessoa. Declare diante dos céus o seu amor por ela, procure oportunidades de fazer o bem. Talvez você pense: “É fácil falar, mas na prática existem algumas pessoas que eu não consigo amar”. Se este é o seu caso, quero dizer em primeiro lugar que todo amor de que precisamos já está em nós na pessoa do Espírito Santo.

Romanos 5: 5 – “... o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”.

Em segundo lugar, devemos lembrar do que Jesus nos mandou fazer:

Lucas 6: 27, 28 – “Mas a vós que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam”. Se Ele nos mandou fazer, certamente sabia que teríamos nele todas as condições de agirmos assim.

Em terceiro lugar, nós como filhos da luz temos um mandamento para abençoar: Romanos 12: 14 – “Abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis”.

Números 23: 20 – “Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar”.

Conclusão

Jesus disse: Do que temos em abundância no coração, disso fala a boca; Porque pelas nossas palavras seremos justificados ou condenados; O homem se fartará do fruto da sua boca; eis que a morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto; Quem controla as suas palavras, também será capaz de controlar todo o corpo; Uma palavra nossa pode ser a fagulha que vai destruir toda a floresta; A língua fora do padrão de Deus é um mundo de iniqüidade, inflama a natureza e é inflamada pelo inferno; Eu dependo de Deus para domar a minha língua; Se vamos falar contra alguém, devemos lembrar que aquela pessoa é a imagem e semelhança de Deus; Não podemos ter dois tipos de palavra (bênção e maldição) Arrependimento é muito mais do que um sentimento: é uma decisão de mudança; Quando o arrependimento é genuíno, o que mais a pessoa busca é ter uma consciência limpa diante de Deus; Se, em algum momento da minha vida, eu liberei palavras de maldição sobre a vida alguém, devo revogar estas palavras e abençoar estas pessoas em nome de Jesus.









Lição 02 - LIBERTAÇÃO I

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do Senhor”. (Lc 4.18)

Libertar os cativos e oprimidos é parte importante da comissão dada por Jesus à igreja. Por isso, precisamos estar aptos para esta boa obra. O homem só pode ser totalmente liberto após ter feito uma decisão sincera recebendo Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador e Senhor, pois, do contrário, ainda estará em trevas e o “senhor das trevas” continuará tendo autoridade sobre sua vida. “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8: 32).

Muitas pessoas desejam ser libertas dos espíritos malignos que as oprimem, sem, contudo entender que a permanência da libertação nas suas vidas depende da decisão de ter Jesus como Senhor, do contrário voltarão à situação anterior e o estado será ainda pior (Mt 12: 43- 45).

Porque Demônios Atuam nas Pessoas. Certamente encontramos a causa deste problema na queda do homem. Em Gênesis 1: 27- 28 – vemos que Deus criou o homem e concedeu a ele autoridade sobre a terra. Gênesis 2: 16- 17 - Deus ordenou que o homem não comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal.



A árvore do conhecimento do bem e do mal tipifica a vontade do homem. A implicação é: enquanto o homem estava sujeito a Deus, tinha comunhão com Ele e autoridade sobre a terra. O Senhor era autoridade sobre o homem enquanto este permanecia sujeito a Deus. Gênesis 3: 6 – O homem desobedeceu a Deus e morreu (Gn 2: 17) – separou-se espiritualmente de Deus. O homem desobedeceu a Deus e conseqüentemente obedeceu ao diabo. Neste momento, o homem morre (separa-se espiritualmente de Deus, de Seu reino e de Seu padrão, é expulso do Jardim).

Somos Escravos de Quem Obedecemos.

João 8: 34 – Todo o que comete pecado é escravo do pecado.

Romanos 6: 16 - Somos servos de quem obedecemos. 2Pedro 2: 19 - De quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo.

Tanto o “reino de Deus” quanto o “reino das trevas” são estabelecido no homem através da obediência.



Formas do inimigo Conseguir a Obediência do Homem. De uma forma geral, a grande arma que o inimigo usa para conseguir a obediência do homem é a mesma que ele tem usado desde o princípio do mundo: a Mentira (Jo 8.44; 2Co 11.13,14)

A mentira do diabo tem muitas facetas e ele se utiliza de pessoas para propagá-las, assim como Deus atua através do homem para proclamar sua verdade.

O processo de escravidão que o inimigo impõe sobre as pessoas basicamente é o seguinte:

a) Ele lança suas mentiras, seus enganos e ciladas nos corações;

b) Os homens tomam estas mentiras por verdades e conseqüentemente passam a pensar, falar e agir de acordo com elas;

c) Pensando, falando e agindo de acordo com ele, portas serão abertas para demônios;

d) Após os demônios ganharem autoridade, passaram a oprimir, roubar, matar e destruir seus cativos.

A seguir, algumas facetas das mentiras do inimigo.

Cativeiro da Idolatria.

Desde o início quando o homem separou-se de Deus, os homens passaram a ter dificuldades para se relacionar com o Deus único e invisível. O homem separado do espírito de Deus e andando somente através dos seus sentidos naturais, começou a desejar relacionar-se neste nível físico com Deus, ou seja, eles queriam um deus que pudessem ver, tocar, etc. (Êx 32.1-4).

Em Êxodo 32.1-4, o povo queria algo que representasse fisicamente Deus e fizeram um bezerro de ouro, mudando a imagem do Deus incorruptível para uma imagem de animal corruptível (cf. Rm 1.18-25). Certamente, o inimigo sabendo que o homem tinha necessidade de se relacionar com Deus, mas tendo dificuldades de crer no Deus invisível, inspirou a criação de deuses em todos os povos e nações.

A ordem expressa de Deus foi que o povo não prestasse culto a nenhuma imagem de homem ou mulher ou animal, ave ou peixe, ou ainda, sol, lua e estrelas (cf. Dt 4.15-19).

Panteísmo

É um sistema de pensamento que identifica Deus com o universo. Árvores e pedras, pássaros, terra e água, répteis e homens, todos são declarados parte de Deus. Filosofia básica da maior parte das religiões na Índia, também na ciência cristã, em que unidos seus fundamentos são: Deus é tudo e tudo é Deus.

No texto bíblico acima, Deus condena expressamente esta prática.

Salmos 115: 4- 8 – Os ídolos não tem poder algum.

Jeremias 10: 1- 5 - São como o espantalho num pepinal.

Entendendo o Processo de Representação:

Nos textos vistos acima, sabemos que Deus nunca se apresentou ao homem em figura humana e que seria uma abominação adorar ou prestar culto a qualquer imagem.

Também entendemos o fato de que só existe um mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo.

1ª Timóteo 2: 5 - Há um só mediador, Jesus Cristo, Homem.

João 14: 6 - Há um único caminho para Deus.

João 10: 9 - Eu sou a porta, se alguém entrar por mim será salvo.

1ª João 2: 1 - Temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.

Hebreus 7: 25 - Jesus salva perfeitamente e vive sempre para interceder.

Porém, há uma outra questão envolvida em se cultuar imagens, que é a representação.

a) O inimigo quer a obediência do homem.

b) O homem não pode obedecer ao que não vê.

c) Satanás estabeleceu uma representação na terra para cada um de seus demônios.

e) Esta representação pode ser feita através de uma imagem (ídolo), de um nome ou de um símbolo, etc.

Então, todas as vezes que uma pessoa faz pedidos, cultua, faz oferendas a uma imagem, não está fazendo a imagem em si, mas ao espírito que ela representa (veja1Co 10: 14- 22); Verso 14 – “Portanto, meus amados, fugi da idolatria”. É você quem foge. Verso 16 - “Porventura, o cálice de bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos, não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?”.

Quando participamos da ceia do Senhor, tomamos um cálice físico com suco de uva, porém isto aponta para a comunhão que temos com o sangue de Cristo derramado por nós.

O pão que partimos na ceia é um pão físico, mas este pão fala da comunhão que temos com o Corpo de Cristo.

Verso 19 – “Mas que digo? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o ídolo é alguma coisa?”. O ídolo em si mesmo não é nada, nem aquilo que é oferecido ao ídolo, mas o ídolo representa demônios.

Verso 21 – “Não podeis beber do cálice do Senhor e do cálice de demônios; não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa de demônios”.

1. Ninguém pode servir a dois senhores.

2. Quando uma pessoa faz pedidos a uma imagem, sem perceber está fazendo pedidos a demônios.

3. Quando uma pessoa se dobra a imagens, se dobra a demônios.

4. Quando uma pessoa faz oferendas às imagens, faz oferendas a demônios e assim por diante.

Como já vimos que o homem é escravo de quem ele obedece, esta pessoa fica então vinculada aos demônios a que ela está obedecendo e o resultado será a opressão. Os demônios ganham direito de agir na pessoa que os obedece

“Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça”. (Rm 6.16)

Cativeiro do Ocultismo.

Muitas são as pessoas que para resolver problemas, atingir objetivos de formas mais “fáceis” ou até mesmo por curiosidade acabam se enveredando através das “ciências ocultas” e se tornam presas de espíritos malignos que passam a manipular e oprimir suas vidas.

Há muitas seitas espalhadas, muitos “ismos” - Budismo, Espiritismo, esoterismo, Hinduísmo, etc., que com suas doutrinas de engano, têm uma finalidade em comum, que é estabelecer obediência para que os espíritos adquiram uma base de operação na vida das pessoas, oprimindo-as e ainda as usando como instrumento para contaminar a outros.

Algumas Práticas e Crenças do Ocultismo.

A) Possibilidade de Comunicação de Espíritos Mortos com os Vivos.

Deus na sua palavra proíbe explicitamente tal prática:

Deuteronômio 18: 9- 14 - As abominações das nações são proibidas.

Isaias 8: 19- 20 - Consultar feiticeiros e adivinhos .

Levítico 19: 31 - Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus.

Levítico 20: 6 - Quanto àquele que se voltar para os que consultam os mortos, serão extirpados do meio do povo. Na verdade, são os demônios que se fazem passar por pessoas mortas.

Se o diabo anda ao nosso derredor (1Pe 5.8), significa também que ele conhece boa parte da nossa vida, incluindo a intimidade, e um demônio pode facilmente fazer se passar pela pessoa que já morreu. Mas, de acordo com a Palavra de Deus, o homem está ordenado morrer uma só vez (Hb 9.27).

B) Reencarnação.

Esta doutrina afirma que nós temos que estar reencarnando (voltando a viver num outro corpo) para nos purificarmos.

Os espíritos no processo de reencarnação são classificados basicamente em 4 categorias: Imperfeitos, Bons, Superiores e Puros.

Esta doutrina anula completamente a idéia de salvação e perdão através da obra do Senhor Jesus Cristo na cruz.

Hebreus 9: 27 - E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo.

Lucas 16: 22- 29 - A parábola do rico e Lázaro.

Apocalipse 14: 13 - Bem aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham.

Jó 10: 21 - Antes que me vá para o lugar de que não voltarei, para a terra da escuridão e das densas trevas.

C) Salvação Pelas Obras.

Esta doutrina afirma que fora da caridade não há salvação.

Efésios. 2: 8- 9 - “ Porque pela graça sois salvos, por meio da fé”.

Romanos 5: 1 - “Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus”.

Os espíritas crêem que se aperfeiçoam pela evolução espiritual através do sofrimento e pela prática das boas obras.

A Bíblia nos mostra que salvação só se alcança mediante a fé em Jesus Cristo como Salvador e nunca meritoriamente.

João 1: 12 - “ Todos quanto O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos”.

João 3: 16 - “ Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho”.

João 5: 24 - “ Quem ouve minha palavra, tem vida eterna, não entra em juízo”.

João 6: 47 - “ Aquele que crê tem a vida eterna”.

Atos 16: 31 - “ Crê no Senhor Jesus e será salvo, tu e a tua casa”.

Rom. 3: 10 -12 - “Não há justo, nem sequer um, não há quem busque a Deus”.



D) Feitiçaria, Magia, Adivinhação e Consagrações.

Magia.

“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro”. (Dt 18.9,10)

A magia e a feitiçaria são tentativas de influenciar indivíduos e acontecimentos por meios sobrenaturais ou ocultos. Podem ser associados com alguma forma de adivinhação, embora a adivinhação, por si mesma, é a tentativa de usar meios sobrenaturais para descobrir acontecimentos, sem procurar influenciá-los. A magia é universal e classifica-se em Negra ou Branca.



A magia negra tenta produzir resultados maus por intermédio de métodos , tais como maldições, fascínios, destruição de bonecos, representando o inimigo alvejado e aliança com maus espíritos. Freqüentemente toma forma de feitiçaria. Chega até mesmo a fazer sacrifícios de pessoas.



A magia branca procura desfazer as maldições e fascínios e empregar forças ocultas para o “bem” estar próprio ou dos outros. O mágico tenta compelir um demônio a trabalhar para ele, ou então segue um padrão de práticas ocultas para inclinar forças psíquicas conforme sua vontade. Não há dúvidas que a magia e a feitiçaria nem sempre são meras suposições, mas têm certas realidades por detrás, precisam ser resistidas e vencidas pelo poder de Deus em nome de Jesus Cristo. Grande número de pessoas acreditam que por estarem envolvidas com “magia branca” empregando feitiços para desfazer maldições, não estão envolvidas com as trevas, mas, sim, cooperando com Deus para o bem estar dos homens. Porém, torna-se claro que tanto a magia branca como a magia negra são somente duas faces da mesma moeda, ou seja, duas formas de engano de satanás, fazendo com que as pessoas se envolvam com seu reino, servindo-o. Não podemos nos esquecer que o próprio satanás se disfarça em anjo de luz (2Co 11.13,14).

Adivinhação.

Atos 16: 16 - 18 – “Ora, aconteceu que quando íamos ao lugar de oração, nos veio ao encontro uma jovem, que tinha um espírito adivinhador, e que, adivinhando, dava grande lucro a seus senhores. Ela, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: São servos do Deus Altíssimo estes homens que vos anunciam um caminho de salvação. E fazia isto por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Eu te ordeno em nome de Jesus Cristo que saias dela. E na mesma hora saiu”.

Consagração.

Objetos e coisas podem ser consagrados a demônios, a fim de oprimir os que deles se utilizam (Dt 7.25,26).

E) Cativeiro dos pecados encobertos.

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia”. (Pv 28.13)

Muitas vezes, a causa de pessoas estarem oprimidas, são pecados encobertos, ou seja, aqueles que não foram confessados e abandonados. Freqüentemente tais pecados continuam encobertos porque a pessoa não tem certeza se quer deixá-los. Devemos expor as conseqüências do pecado, mostrando que haverá graça suficiente da parte de Deus para abandoná-lo e ser livre do pecado (Is 29: 13- 15). Salmos 32: 1- 5: Verso 3 – “Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos”.



F) Cativeiros dos Relacionamentos Ilícitos.

Todo relacionamento ilícito na área sexual (fora do casamento) estabelece, um vínculo maligno (1Co 6.15-18).

a) Quando uma pessoa se relaciona sexualmente com outra, fica estabelecido entre as duas um vínculo..

b) Se o relacionamento acontece fora do casamento (fora do padrão de Deus - Hb 13: 4), este relacionamento acontece no reino das trevas e o diabo é imperador do reino das trevas.

c) Provérbios 5: 8- 10 - Prostituição desvia as bênçãos.

1. Darás a outros a tua honra e os teus anos a cruéis.

2. Os estranhos se fartarão dos teus bens.

3. O resultado de todo o trabalho irá para o estrangeiro.

e) Luz e trevas não podem ter harmonia – (2 Co 6: 14- 18).

f) A libertação ocorre quando há: Arrependimento e Confissão.



As Cadeias do Sentimento de Culpa.

Algumas pessoas são oprimidas por demônios através de um sentimento de culpa. Sentem que de alguma maneira devem pagar pelos seus pecados, julgam-se imerecedoras de qualquer benção de Deus para suas vidas e tendem a se conformar com as ações de demônios, imaginando ser “castigo de Deus”.

Romanos 5: 1 – “Justificados, pois, pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”.

Tais pessoas precisam conhecer a justiça de Deus que provém da fé.

a) Deus não é o nosso acusador João 12: 47; Apocalipse 12: 10- 11.

b) Em Cristo nós somos a Justiça de Deus – 2ª Coríntios 5: 21.

c) Justiça é a capacidade de estar diante de Deus, sem culpa ou condenação, como se o pecado nunca houvesse existido em nossas vidas.

d) Não estamos mais debaixo de condenação – João 5: 24; Romanos 8: 1- 2.

e) Um sentimento de culpa nos impedirá de andar por fé e sem fé não recebemos nada de Deus - Tiago 1: 6- 8.

f) Se temos algum pecado não confessado, devemos nos arrepender, confessá-lo diante do Senhor e receber pela fé o perdão. Feito isso, continuamos a andar em justiça – (1João 1: 9; 2:1).

CONCLUSÃO

Alguém só pode ser totalmente liberto após receber Jesus como seu Senhor e Salvador.

Homem natural ligado a Adão, está debaixo do poder do pecado.

Somos escravos de quem obedecemos.

Idolatria é um meio que o diabo utiliza para prender as pessoas.

Demônios atuam por trás de imagens.

A doutrina da reencarnação é maligna, pois anula a obra de Cristo na cruz.

Magias, feitiçarias e adivinhações são abominações para Deus.

Relacionamentos ilícitos estabelecem vínculos malignos.

Sentimentos de culpa mantêm as pessoas presas.

A libertação ocorre quando há: arrependimento e confissão.



Lição 03 - LIBERTAÇÃO II

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porquanto me ungiu para anunciar boas novas aos pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos, e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e para proclamar o ano aceitável do Senhor”. (Lc 4.18)

Libertar os cativos e oprimidos é parte importante da comissão dada por Jesus à igreja. Por isso, precisamos estar aptos para esta boa obra.



É importante conhecer as bases pelas quais o diabo opera em seus cativos e obviamente qual a maneira de anular completamente esse direito. O homem só pode ser totalmente liberto após ter feito uma decisão sincera recebendo Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador e Senhor, pois do contrário ainda estará em trevas e o “senhor das trevas” continuará tendo autoridade sobre sua vida.

“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” João 8: 32.



Muitas pessoas desejam ser libertas dos espíritos malignos que as oprimem, sem, contudo entender que a permanência da libertação nas suas vidas depende da decisão de fazer Jesus como Senhor, do contrário voltarão à situação anterior e o estado será ainda pior. É necessário tomar posição (Mateus 12: 43- 45).



Influências malignas Mentais e Culturais.

Uma das formas de influências malignas mais comuns que enfrentamos está na área mental. E se manifesta através dos conceitos errados, da mentira, dos valores pervertidos que foram sendo depositados na mente ao longo da vida afetando o caráter e, conseqüentemente, produzindo pensamentos, palavras e atitudes que afastam a pessoa da vontade de Deus. Pensar segundo o curso deste mundo é pensar de uma forma maligna. Mateus 16: 23 - “Ele, porém, voltando-se disse à Pedro: Para trás de mim satanás, que me serves de escândalo; porque não estas pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens”.



Dardos inflamados do maligno podem vir na forma de pensamentos.

Efésios 6: 16 - “tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podeis apagar todos os dardos inflamados do Maligno”.

Em II Cor. 10:3-6 encontramos a batalha espiritual que se trava em nossa alma.

Vers. 4 - Temos uma guerra e armas poderosas que Deus nos dá para guerrearmos.

Para vencer essa guerra, precisamos destruir as fortalezas.

Vers. 5 - Fortalezas são pensamentos contrários a Deus ou a sua palavra.

Devemos levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo, ou seja, a verdade de Cristo revelada na palavra deve prevalecer em nós e todo pensamento contrário deve ser lançado fora.

Vers. 6 - Quando decidimos realmente obedecer a palavra de Deus, venceremos sobre tudo que é contrário e não seremos mais influenciados.

“Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas “resisti ao Diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7).

Falta de Um Posicionamento Correto

Quando aceitamos a Jesus, já recebemos tudo, perdão dos nossos pecados, salvação eterna, todas as promessas de Deus e o poder e autoridade para desfazer as obras do diabo, porém, se estamos numa guerra com uma metralhadora potente, e nosso inimigo tem apenas um canivete, poderemos morrer por golpes de canivete se não usarmos nossas armas.



“As armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para demolição de fortalezas”. (2Co 10.4)

A) 2º Tm. 2: 25, 26 - Vemos nesse texto um processo que ocorre com a vida de todo cristão.

1º - Vers. 25 - Arrependimento: Quando recebemos a Jesus, nos arrependemos e somos perdoados por Deus.

2º - Vers. 25 - Conhecer plenamente a verdade: Isto ocorre em nossas vidas a medida que nos envolvemos com a palavra.

3º - Vers. 26 – Desprender-nos dos laços do diabo: Isto ocorre somente quando conhecemos a verdade e tomamos a decisão de viver nela. Uma pessoa pode já ter se arrependido, mas se não conhece a verdade, ainda estará presa por laços do diabo.

4º - Vers. 26 - Cumprir a vontade de Deus: Só depois de libertos dos laços é que podemos cumprir a vontade de Deus adequadamente.

B) Tt. 2: 11, 12 - Se quisermos viver sóbria, justa e piamente, temos que renunciar toda impiedade (renunciarmos, crendo no coração, confessando com a boca e depois tendo atitudes coerentes com a nossa decisão).

C) Cl. 3: 1- 17 - Se já fomos ressuscitados com Cristo, agora temos o dever de:

1º - Vers. 1 - Buscar as coisas do alto.

2º - Vers. 2 - Pensar nas coisas que são de cima.

3º - Vers. 5 - Exterminar nossas inclinações carnais.

4º - Vers. 8 - Despojar-nos da ira, cólera, malícia, etc.

5º - Vers. 9 - Despir-nos do velho homem.

6º - Vers. 10 - Nos vestir do novo Homem em Cristo.

7º - Vers. 12 - Nos revestir de um coração compassivo, humilde, etc.

8º - Vers. 14 - Nos revestir do amor.



Todas estas ações são de nossa responsabilidade. Deus não fará por nós; é nosso dever. Temos que decidir e nos posicionar. Se não fazermos o diabo poderá achar espaço para nos oprimir.

D) Tg. 4: 7 - Se eu não me sujeito à Deus e também não resisto ao diabo, este andará comigo. Iº Pedro 5: 8, 9.



O cristão tem autoridade de Cristo, mas precisa exercê-la.

1) Mt. 28: 16- 20 - Jesus recebeu toda autoridade e a transferiu para a igreja.

2) Mc. 16: 17, 18 - Aquele que está em Cristo, tem autoridade contra os demônios. - Lc. 10: 19.

3) Cl. 3: 14, 15 - Jesus despojou as autoridades das trevas e triunfou sobre elas na cruz.

4) Ef. 1: 19- 23 - Jesus está acima de todo poder e domínio e de todo o nome que se nomeia. A igreja é o complemento de Cristo (seu corpo) e o meio pelo qual seu poder opera na terra.

5) 1 Jo. 3: 8b - O Filho de Deus se manifestou para destruir as obras do diabo.



Como Devemos Resistir ao Diabo

a) O primeiro passo para a libertação é fazer uma avaliação da nossa vida, os pecados precisam ser confessados e abandonados - “Sujeitai-vos pois a Deus, resisti ao diabo e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

Não podemos resistir ao diabo, se não temos a intenção de nos sujeitar a Deus.

Às vezes, temos que considerar a necessidade de confessarmos o nosso pecado à outra pessoa (Tg 5: 16). Geralmente o fazemos a nossa autoridade espiritual.

b) Depois de estarmos sujeitos a Deus, temos que resistir ao diabo. Fazemos isto usando a mesma forma que Jesus usou “Está escrito”, ou seja, falando com a boca a palavra que deve estar em nosso coração e também praticando a Palavra de Deus. .

c) II Cor. 4: 13 - O espírito da fé, é crer e falar, você crê que o diabo já foi despojado (Cl. 2: 15), que Jesus já te deu autoridade (Lc. 10: 19), que maior é Jesus que habita em você, do que aquele que opera no mundo (1 Jo. 4: 4). Então, através de uma palavra de ordem, você manda que os demônios saiam e eles têm que obedecer, porque não se trata da sua autoridade, mas a de Cristo através de você.



Como se Preparar Para Ministrar Libertação

1) Faça uma revisão de sua vida espiritual.

Verifique se não há coisas que precisam ser resolvidas, confessadas diante de Deus. Ex.: pecados não confessados, problemas no relacionamento com o cônjuge ou com a família, mágoa ou ressentimentos no coração, etc. para que os demônios não venham acusá-lo no momento em que estiver orando por outra pessoa. Lembre-se: o inimigo conhece o que você faz.

2) Tenha sempre uma cobertura espiritual, ou seja, alguém que esteja orando e intercedendo por você e por sua família.

3) Você deve estar em concordância com a sua autoridade espiritual, se o teu pastor ou líder achar que você não deve atuar nesta área, não faça, e o que você estiver fazendo deve ter a aprovação e a benção da sua liderança.

4) Ore pedindo a direção e discernimento do Espírito Santo para tudo o que você vai fazer.

5) Esteja seguro de que você está vestido com a armadura de Deus. Ef. 6: 13- 18.

6) Peça a Deus que lhe dê compaixão pelas pessoas a quem você vai ministrar, para que você não as julgue nem as condene quando souber dos problemas com as quais estão envolvidas. Lembre-se: tudo o que é feito sem a base do amor, não tem valor diante de Deus. Iº Cor. 13.

7) Procure estar cheio do Espírito Santo (Ef. 5: 18). O Espírito Santo o ajudará a ter direção, perseverança, equilíbrio emocional e espiritual.

8) Não deixe sua mente ser influenciada pelos problemas. Mantenha a sua mente e coração na paz de Deus (Fl. 4: 7). Pessoas que são instáveis emocionalmente, normalmente não estão aptas para atuar na área de libertação.

9) Tome cuidado com o orgulho espiritual (“Aquele pois que pensa esta em pé, cuide para que não caia - 1Cor. 10: 12). Não deprecie as pessoas para as quais você ministra. Nós devemos olhar as pessoas como imagem e semelhança de Deus, tendo respeito e consideração.

10) Evite ministrar para pessoas do sexo oposto em ambientes fechado e sozinho, se possível tenha sempre outra pessoa junto na sala. Devemos evitar toda aparência do mal e também situações em que fiquemos vulneráveis. Outras vezes, por causa da situação de carência emocional, pode haver inclinação para uma dependência emocional da pessoa que recebe ministração, para com aquela que ministra. Isso deve ser evitado. Devemos orientar a pessoa a desenvolver um relacionamento pessoal com Cristo.

11) Não gaste todo o seu tempo somente numa área. Há pessoas envolvidas com a área de libertação que em todo o tempo só pensam em demônios o que prejudica o relacionamento com o Senhor e impede o crescimento espiritual.

12) Você pode compartilhar de situações enfrentadas na ministração com outros irmãos que estejam atuando na mesma área, a fim de compartilhar experiências, mas nunca saia falando dos problemas das pessoas para as quais você ministrou. Isto seria trair a confiança que as pessoas depositaram em você.

13) Conheça e exercite a autoridade que temos em Jesus (Mt. 28: 18). Ordene aos demônios que saiam em nome de Jesus. Evite ficar gritando. A autoridade faz a diferença (Mt. 8: 7- 10).

Algumas Dicas Que Evidenciam a Libertação

1) Relaxamento total;

2) Olhe nos olhos da pessoa. Olhando nos olhos, podemos perceber se no olhar existe ódio, cinismo, mentira ou se o olhar transmite paz. (Quando uma pessoa esta liberta haverá paz em seus olhos);

3) Lágrimas de alegria;

4) Grito prolongado e profundo (quando o espírito sai);

5) Suspiros profundos;

6) A pessoa pode declarar o senhorio de Jesus Cristo sobre sua vida com liberdade;

7) A pessoa normalmente sente um grande alívio.







Como Manter a Libertação

1) Tão importante quanto ser liberto é permanecer em liberdade. Oriente a pessoa mostrando que agora que está liberta não significa que aqueles demônios não podem voltar e tenta-la, ou que ela não sentirá nenhuma inclinação para aquelas áreas de pecado que foram vencidas, mas significa que agora os espíritos não têm mais autoridade sobre sua vida e que ela tem poder em Cristo para permanecer em vitória (1Cor. 10: 13). “Não podemos impedir que um pássaro sobrevoe nossa cabeça, mas podemos impedir que ele pouse e faça ninho”.

2) Diariamente ore submetendo o seu espírito e alma e corpo ao domínio de Jesus Cristo e do Espírito Santo.

3) Mantenha vigilância sobre as coisas com as quais você costuma ter contato, o que você está vendo (leitura, filmes, ambientes), o que você costuma escutar, ou os seus pensamentos, aquilo que está saindo de sua boca e também as situações em que possa ficar vulnerável.

4) Leia a Bíblia diariamente, meditando nas escrituras e aplicando-as em sua vida.

5) Mantenha sua mente firme em Jesus, na paz de Deus e não permita no coração nenhuma falta de perdão.

6) Se cometer algum erro, arrependa-se rapidamente e peça que o sangue de Jesus te purifique de toda injustiça. (1Jo 1: 9).

7) Continue a cada dia sendo cheio do Espírito Santo (Ef 5: 18).

8) Não fique isolado, mantenha comunhão com a igreja e com os irmãos, para que você continue sendo edificado (Hb 10:25).

Algumas características dos demônios que devemos conhecer.

1) Têm conhecimento (At. 19: 15 - “Respondendo, porém, o espírito maligno disse: A Jesus conheço e sei quem é Paulo; mas vós, quem sois? ” ).

2) Falam através das pessoas em que habitam. (Mc. 1: 24).

3) Expressam seus desejos. (Mt. 8: 31).

4) Sentem medo e tormento. (Mt. 8: 29).

5) Estão sempre procurando repouso. (Mt. 12: 43).

6) Têm vontade, pensam, e podem tomar decisões. (Mt. 12: 44, 45).

7) Podem multiplicar a força daquele a quem possuem, bem como fazer coisas extraordinárias. (Mt. 8: 28).

8) Podem possuir tanto homens como animais (veja Mc 5.1-20).

9) Fazem previsões. (At. 16: 16).

10) Falsificam as obras de Deus, como os magos do Egito fizeram (Ex. 7: 9- 12).



Procure não entrevistar demônios. Você deve lembrar-se que o diabo é pai da mentira, e que todo a informação dada por demônios poderá ser mentirosa. Também devemos lembrar que não há um padrão único na área de libertação, precisamos depender do discernimento, da sabedoria e orientação do Espírito Santo.



Critérios bíblicos para discernir os espíritos

1 – Os espíritos são criaturas, portanto, não são onipotentes, oniscientes, onipresentes, etc. – Isso fica bem claro a partir do livro de Jó cap. 1:6-7, 12; 2:2,6. Satanás não é onipresente porque precisa rodear a terra para saber o que está acontecendo, seu poder é limitado porque só pode fazer o que Deus permitiu, e assim também são os demônios.

2 – A essência de Satanás e seu exército é dupla: mentira e homicídio (Jo. 8:44) – Logo não podemos aceitar as aulas dos demônios que vão sendo exorcizados por aí. Eles só sabem falar mentiras e só sabem produzir morte espiritual. Portanto, construir ensinos a partir das falas de demônios é um erro absurdo e tremendamente prejudicial para as igrejas de Cristo.

3 – Nos conflitos contra as potências espirituais, não podemos ser zombeteiros ou ofensivos – Práticas hoje generalizada de xingar e humilhar demônios durante exorcismos negam a Palavra de Deus. São frutos de pessoas que não conhecem ao Senhor, conforme adverte Judas (Jd. 8-10). Não podemos construir doutrina a partir de experiência, nem das doutrinas de outras religiões. O fundamento da verdade é a Escritura. Ai de nós, se seguirmos as modas e costumes humanos e infiéis a Deus na batalha espiritual! Seremos destruídos pelo próprio falso saber que construirmos.

4 – Os inimigos de nossa luta já são inimigos derrotados (Mc. 3:20-35) – Por serem derrotados, os inimigos de nossa luta não são menos perigosos. Podem, porém ser vencidos plena e facilmente. A vitória não depende de nosso esforço, de nossas técnicas, ou de fórmulas mágicas. A vitória é o conhecimento de Deus (I Jo. 4:4-6), a fé manifestada pelo amor de Deus (I Jo. 5:3-5), e pelo amor aos irmãos (I Jo. 2:9-11; 4:11-18). Se nos revestimos da armadura de Deus, podemos resistir no dia mau e não seremos derrotados (Ef. 6:10-20). Note, porém, que se revestir da armadura de Deus não se reduz a uma experiência mística. É a caminhada de toda a vida cristã.

5 – Não podemos atribuir os males individuais à atuação direta de demônios, a não ser que haja provas definitivas para tanto – As doenças, os temores, as alucinações, etc., são conseqüências da queda, ou seja, da pecaminosidade da natureza humana, e não de pecados individuais das pessoas.

Precisamos aprender a viver na tensão escatológica do Reino de Deus, já inaugurado, mas ainda não consumado. A vitória sobre o mal já foi ganha, mas ainda não consumada. Os inimigos já foram derrotados, mas há ainda um tempo, antes da concretização final de nossa salvação. Fomos salvos em esperança. Cuidado, pois, para não querermos viver já o que só poderá ser vivido após a consumação dos séculos (Rm. 8:18-38, I Co. 15:20-28). A presença de doenças, pobreza, incredulidade, sofrimento, etc., entre os cristãos, não é necessariamente sinal de atividade demoníaca direta, mas sinal de que ainda não está consumado o Reino de Deus.

6 – Os sintomas de opressão, influência e possessão demoníacas são ambíguos – Podemos ser facilmente enganados, quanto a tais sintomas. Problemas psicológicos comuns podem parecer aos olhos de pessoas sem discernimento, ação demoníaca. Embora o discernimento seja tarefa de todos os cristãos, no caso do discernimento dos espíritos, há também um dom específico (I Co 12:10).

7 – Quem vence os poderes espirituais é o próprio Deus, e não nós – Isso não quer dizer que podemos esquecer da batalha espiritual. Ao contrário, devemos estar vigilantes – mas sem medo, traumas ou paranóias. Onde houver medo, ali o Espírito de Deus não estará presente. Devemos sempre depender do Senhor, pois é dEle que vem a nossa vitória.

8 – O discernimento dos espíritos possui íntima ligação com o discernimento do poder – Algumas pessoas são vítimas da tentação do poder absoluto. Seremos reprovados no discernimento de espíritos sempre que nos tornarmos orgulhosos, ou fizermos das pessoas que ajudamos dependentes de nós e não do Senhor, sempre que tiramos proveito pessoal do nosso trabalho no Senhor. Precisamos exercer o poder espiritual conforme o modelo de Cristo – poder para servir e amar (Mc 10:45), não para dominar e tirar vantagens.

Em última análise, a vitória sobre Satanás e os demônios é baseada não em poder, mas em amor! Pois o poder de Deus é o poder do amor. Sem ingenuidade, sem romantismo, mas firmes no amor, venceremos as hostes espirituais da maldade. Ou não foi na cruz que Cristo despojou os inimigos?

“Que sua vida seja instrumento de Deus para a libertação dos cativos”.



CONCLUSÃO

A maior batalha que travamos acontece em nossa mente. Quando recebemos Jesus, a salvação está completa, mas precisamos resistir ao diabo para que ele fuja.

Para atuar na área de libertação precisamos ter uma vida santa e plena comunhão com Deus.

Curso de Maturidade Espiritual II

Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo - Edificando uma igreja de vencedores através dos grupos familiares



Lição 04 - EVANGELISMO I – As boas novas de salvação

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados”. Mc. 16:15-17.



PREGADORES DE BOAS NOVAS

A verdade da cruz é algo maravilhoso. Aqueles que entendem o plano de salvação preparado por Deus não têm como rejeitá-lo, se estiverem sob a ação do Espírito Santo. O preço pago por Cristo foi extremo. Ele o fez para que "todos os homens" fossem salvos (l Tm 2:4). Mas a obra da cruz não fará diferença alguma na vida daqueles que a ignoram. Se é verdade que o perdão e a vida eterna estão disponíveis a todos, desde que invoquem o nome de Jesus, também é verdade que isso em nada lhes aproveitará se não souberam do fato. Paulo sabia e dramaticamente, pergunta: "Como, pois invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue?" (R m 10:14). Esta pergunta deveria inquietar-nos tanto quanto inquieta o coração de Deus. O evangelho é a maior de todas as notícias e apenas nós, a Igreja, temos conhecimento dela. Teríamos, portanto, o direito de retê-la?

1. INCUMBIDOS DE UMA GRANDE RESPONSABILIDADE - Deus escolheu a Igreja para levar o evangelho aos perdidos (2Co 5.18,19). Portanto, somos os porta-vozes da cruz, os únicos canais da mensagem da salvação. Deus não tem um "Plano B". Paulo diz que nós somos "a carta de Cristo" (2Co 3: 3). Sendo assim, sobre nós está a responsabilidade de fazer valer a obra da cruz em nossa geração.

2. DEUS CERTAMENTE NOS COBRARÁ SOBRE ESTE ASSUNTO - Talvez tenhamos dificuldade em aceitar esta perspectiva, mas deixar de pregar o evangelho para aqueles que cruzam o nosso caminho ou para aqueles a quem o Senhor nos envia, não seria um sério pecado? Usando Ezequiel, o Senhor diz: “Quando o atalaia vir que vem a espada, e não toca a trombeta, e não for avisado o povo, e vier a espada e levar alguma pessoa dentre eles, este tal foi levado na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o requererei da mão do atalaia” (Ez 33:6).

O atalaia é uma espécie de vigia levantado para avisar quando vem o perigo. De certa forma, todos nós somos constituídos atalaias de Deus no mundo, visto que ele nos incumbiu da pregação do evangelho. Sabemos que o inferno ameaça cada ser humano à nossa volta. Ora, se nos negamos a anunciá-lo, podemos esperar que Deus requeira isso de nossas mãos. Talvez por esta consciência, Paulo escreveu: “Pois, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, porque me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (l Cor. 9:16).

3. UMA RECOMPENSA CERTA PARA OS FIÉIS - Afirmamos que Deus cobrará a nossa infidelidade quanto ao evangelismo. É importante também dizer que ele galardoará a nossa fidelidade nisto. Não há nada que possa agradar mais o seu coração do que ver homens sendo salvos. Ora, se nós somos o canal desta bênção, certamente o Senhor nos fará participantes de sua alegria. Ele prometeu: “Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir à cada um segundo a sua obra” Ap. 22:12). Podemos estar certos de que seremos galardoados de acordo com os frutos que tivermos nas mãos para oferecer ao Senhor no último dia, e o fruto que ele mais aprecia são pessoas.

4. UMA TAREFA DE TODO CRISTÃO - Talvez alguns imaginem que a responsabilidade de pregar o evangelho é apenas dos pastores e líderes da Igreja. Este sofisma tem sido uma das principais armas de Satanás contra o avanço do cristianismo. Assim ele faz com que aquilo que deveria ser feito por todos, caia sobre os ombros de uns poucos.

Quando olhamos para o começo da igreja, não é esta a realidade que encontramos. Sobre a comunidade de cristãos que nasceu em Jerusalém, a Bíblia diz: “No entanto os que foram dispersos iam por toda parte, anunciando a Palavra” (At 8.4). Talvez você pense que o texto se refere aos apóstolos, mas veja o que está registrado três versículos antes: “Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e da Samaria” (At 8.1). Portanto, quem saiu espalhando o evangelho e plantando igrejas por toda parte foi o povo em geral.



EVANGELISMO, UM ESTILO DE VIDA

O desafio de evangelizar assusta algumas pessoas. A timidez, a falta de conhecimento, o receio da ridicularização são fatores que muitas vezes inibem os crentes e os impedem de ser fiéis nisto. Entretanto, a tarefa de evangelizar deveria ser o mais natural comportamento de um crente. A vontade de Deus é que ela se torne o nosso estilo de vida.

Quando Jesus disse: “ Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15), Ele estava dando uma ordem, mas estava também esperando que ela se cumprisse espontaneamente em nossas vidas. O tempo usado no grego para o verbo “ir” traz a idéia de continuidade. O texto poderia ser mais bem traduzido assim: “Indo por todo o mundo, preguem o evangelho a todos”. Muda alguma coisa? Sim, muda. Jesus está dizendo que, enquanto caminhamos, nos divertimos, trabalhamos, enfim, cuidamos de nossa vida, devemos anunciar a salvação. Portanto, não se trata necessariamente de uma tarefa formal ou de um chamado específico para ir a determinado lugar (ainda que alguns o tenham), mas da responsabilidade de pregar, onde quer que estejamos.

O que significa evangelho? Literalmente, evangelho significa "boas novas". Logo, evangelizar é transmitir as boas novas de salvação. O homem estava irremediavelmente perdido. Seu destino era a morte eterna, o inferno. Mas, então, Cristo veio e ofereceu seu sangue para resgate dos pecadores. A grande notícia da cruz é que há perdão e vida eterna para todo aquele que n´Ele crê. É esta mensagem que o Pai espera que seja transmitida a todos os homens. São estas verdades que estamos incumbidos de tornar conhecidas.



1. SENDO MOVIDOS POR COMPAIXÃO - A grande motivação para pregarmos o evangelho

deve vir da cruz de Cristo. O amor de Deus foi revelado a nós e nos alcançou. Temos conhecimento da verdade e sabemos quão perdidos estávamos. Isto deve mover o nosso coração em direção aos que ainda não foram alcançados pela graça, pois o amor de Deus nos constrange (II Cor 5:14). Quando olhamos para as pessoas sem Deus, precisamos ter a mesma visão que Jesus teve delas: são como "ovelhas sem pastor", perdidas, caminhando para o abismo (Mt 9:36). Suas vidas estão destruídas pelo pecado e sua infelicidade, vazio de coração e ignorância espiritual devem nos comover. Logo, o grande combustível daquele que evangeliza precisa ser o amor de Deus.



2. A NECESSIDADE DE SAIR EM BUSCA DO PERDIDO - Embora o Senhor tenha nos mandado pregar “indo", isto não nos isenta da responsabilidade de tomar iniciativas no sentido de nos aproximar dos perdidos. Ele quer que nos interessemos e façamos do "ganhar” nossa prioridade de vida. Temos muitos argumentos para fazê-lo. A urgência da salvação (não sabemos quando virá a morte de alguém e precisamos nos apressar em evangelizar a todos, antes que seja tarde).



3. DEPENDENDO DO ESPÍRITO SANTO - O desafio de conquistar vidas para Cristo deve ser desempenhado sob completa dependência do Espírito Santo. É Ele que convence o homem e conhece profundamente seu coração. Quando abordamos alguém, precisamos confiar na direção interior do Espírito, para tocar nos pontos que levarão a pessoa a dar atenção ao que temos para lhe apresentar. Quanto mais sintonizados com Ele estivermos, mais eficazes serão os nossos argumentos.

4. SENDO PRECEDIDOS PELA ORAÇÃO - A Bíblia diz que Satanás "cegou os entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus" (II Cor 4:4). Diz ainda que ele é como um homem valente que procura guardar os seus bens, pessoas que ele mantém reféns através do pecado (Lc 11:21). Assim, a tarefa de evangelizar e ganhar vidas precisa ser precedida pela oração. Se não houver intercessão em favor daqueles que iremos abordar com o evangelho, poucos frutos haveremos de colher.



5. USANDO A "ISCA" ADEQUADA - O evangelismo é uma arte que desenvolvemos ouvindo. Deus e praticando. Apresentar as verdades espirituais para alguém que não se interessa por elas é um desafio que precisa ser vencido com discernimento e criatividade. Ninguém consegue fisgar um peixe apenas com um anzol. É necessário usar a isca adequada, a mais atraente possível. Isso significa que temos que apresentar a verdade dentro de um contexto que interesse a pessoa. Jesus fez isso repetidas vezes. Com a samaritana, à beira de um poço, falou sobre a água da vida. Com o pescador Pedro, usou o milagre de uma grande pescaria. Desta maneira ele despertava a atenção das pessoas para o evangelho e lhes anunciava a verdade.



6. SUA EXPERIÊNCIA COM DEUS É UMA CHAVE - Não há nada que possa falar mais que a experiência. Contra fatos é difícil argumentar. Para sermos ganhadores de almas, não precisamos ter grande conhecimento bíblico (embora devamos buscá-lo, porque ele amplia nossas possibilidades). Se tivermos uma experiência com Deus para contar, se o evangelho mudou a nossa vida, já temos tudo o que precisamos para evangelizar as pessoas. Basta contar o que Ele fez em nós e como fez. Isso será suficiente para despertar em muitos o desejo de se aproximarem do nosso Deus.

Conclusão

A verdade da cruz é algo maravilhoso.

O preço pago por Cristo foi extremo.

Ele o fez para que "todos os homens" fossem salvos. Deus escolheu a Igreja para levar o evangelho aos perdidos. Somos os porta-vozes da cruz, os únicos canais da mensagem da salvação. O atalaia é uma espécie de vigia levantado para avisar quando vem o perigo. Não há nada que possa agradar mais o seu coração do que ver homens sendo salvos. Evangelizar é transmitir as boas novas de salvação. A grande motivação para pregarmos o evangelho deve vir da cruz de Cristo. O amor de Deus foi revelado a nós e nos alcançou. Ele quer que nos interessemos e façamos “do ganhar” nossa prioridade de vida. A Palavra de Deus nos diz que fomos salvos para frutificar. O desafio de conquistar vidas para Cristo deve ser desempenhado sob completa dependência do Espírito Santo.



A tarefa de evangelizar e ganhar vidas precisa ser precedida pela oração.

Se não houver intercessão em favor daqueles que iremos abordar com o evangelho, poucos frutos haveremos de colher. Não há nada que possa falar mais que a experiência. Contra fatos é difícil argumentar. Já temos tudo o que precisamos para evangelizar as pessoas, basta contar o que Ele fez em nós e como fez. Isso será suficiente para despertar em muitos o desejo de se aproximarem do nosso Deus.



Lição 05 - EVANGELISMO – Anunciadores de boas novas

“Disse-lhes Jesus: Vinde após mim e eu farei que vos torneis pescadores” Marcos 1:17

Como vimos na lição passada, se tivermos uma experiência com Deus para contar, se o evangelho mudou a nossa vida, já temos tudo o que precisamos para evangelizar as pessoas. Basta contar o que Ele fez em nós e como fez. Isso será suficiente para despertar em muitos o desejo de se aproximarem do nosso Deus.

Neste estudo, vamos aprender a usar a Bíblia para ganhar vidas. Ela é nossa principal ferramenta de evangelismo, uma vez que traz a verdade absoluta de Deus revelada aos homens. Para isto, vamos preparar as nossas Bíblias de tal maneira que tenhamos facilidade de abri-las e mostrar aos perdidos os tesouros e benefícios do evangelho. Vamos usar uma técnica facilitadora. Estabeleceremos uma série de temas comuns e importantes no nosso contato com as pessoas. Para cada tema, estabeleceremos um texto-chave e uma série de textos complementares. O que você vai fazer é anotar na contra-capa posterior de sua Bíblia (ou outra página em branco que ela possua) o tema e a referência do texto-chave. Assim, todas as vezes que você estiver evangelizando alguém, poderá rapidamente buscar o tema apropriado na contra-capa de sua Bíblia, abrir e ler para a pessoa sobre aquele assunto. Ao lado dele você anotará a primeira referência de texto complementar. Desta maneira, ao ler com a pessoa esse texto, você já terá à vista a indicação de um outro texto bíblico que confirmará ou ampliará aquela verdade. Ao lado do primeiro texto complementar, você colocará a referência do próximo e assim por diante. Isto lhe dará uma grande agilidade para usar a Palavra de Deus no evangelismo. Vamos ver um exemplo:



Tema: Todo homem é pecador

Texto: Romanos 3:23

Textos complementares: 1 Jo. 1:8; Sl 51:5; Sl 53:3; Tg. 2:10; Tg. 4:17 Jó 25:4

Neste exemplo, você anotará na contra-capa da sua Bíblia o tema e o texto-chave (Todo homem é pecador – Rm. 3:23). Ao abrir neste texto, encontrará as palavras: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". Ao lado desse verso, você anotará o primeiro texto complementar (I Jo 1:8). Abrindo lá, verá escrito: "Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos e a verdade não está em nós". Então anotará ao lado deste versículo a próxima referência complementar (Sl 51:5). Você repetirá esse processo, até que chegue ao último texto. Desta forma, terá agilidade para mostrar a quem estiver evangelizando vários argumentos bíblicos indicando que "todo homem é pecador".



O PLANO DE SALVAÇÃO

Anunciar o evangelho é muito mais que convidar alguém para ir a uma reunião da igreja ou simplesmente contar o que Deus fez em nossas vidas. Embora estas coisas possam ser instrumentos para atrair pessoas a Cristo, temos que buscar conduzir os perdidos a uma compreensão exata do plano de salvação. Somente se elas entenderem a realidade do pecado e do perdão, poderão nascer de novo.



O plano de salvação pode ser exposto de várias maneiras, mas vamos aprender a fazê-lo usando apenas cinco verdades muito importantes e fundamentais para que as pessoas entendam a necessidade de crer e se entregar a Jesus.

1. Todo homem é pecador ( Rm. 3:23).

2. O pecado nos separa de Deus (Is. 59:1,2).

3. O homem não pode salvar-se a si mesmo (Ef. 2: 8, 9).

4. Cristo é o único meio de salvação Jô. 14:6; I Tm. 2:5).

5. Pela fé somos salvos Jo. 3:16; Rom. 3:28).

Vamos ver estas cinco verdades



1. TODO HOMEM É PECADOR - A primeira verdade que precisamos esclarecer para as pessoas que evangelizarmos é o fato de que todos os homens são pecadores. Se alguém não sabe que está doente, nunca procurará um remédio. Da mesma forma, se o ser humano não reconhecer o seu estado de miséria e perdição, nunca buscará a salvação. É óbvio: só precisa de salvação quem se reconhece perdido.

O conceito de pecado é mais amplo do que a maioria das pessoas pensa. Ele é antes de tudo uma atitude de independência em relação à vontade de Deus. Toda vez que pensamos, agimos ou sentimos de uma maneira divergente do coração de Deus, pecamos. Por isso, a Bíblia diz que "todos os homens pecaram e destituídos estão da glória de Deus'' (Rm 3:23). Diz ainda que "não há um Justo sequer'' (Rm 3:10). Embora muitas pessoas se estribem em sua própria justiça, dizendo-se corretas e, portanto, merecedoras do céu, a Palavra de Deus afirma que todo homem nasce em pecado e dele permanece escravo. Mesmo aqueles que procuram manter uma vida religiosa e de bom padrão moral, estão encerrados debaixo de culpa, pois a Bíblia afirma que "se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós" (1 Jo 1:8). Além disso, está escrito que "qualquer que guardar toda a lei (de Deus), mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos "(Tg 2.10).

Mostrar esta verdade para as pessoas é essencial para que elas sejam levadas a um genuíno arrependimento e busca ao Senhor. Agora, é fundamental que façamos isto com espírito sábio e não com postura de acusação, como se fôssemos superiores ou melhores. Assim, é melhor dizer "todos nós somos pecadores" do que "você é um pecador".



2. O PECADO NOS SEPARA DE DEUS - A segunda grande verdade a ser proclamada é que o pecado traz conseqüências terríveis à vida do homem, visto que se coloca como um grande abismo entre ele e Deus (Is 59.1,2). Esta separação o impede de ser abençoado e ter comunhão com o Senhor. Aí está a fonte de todo sofrimento humano.

A Bíblia diz que "o salário do pecado é a morte" (Rm 6.23a). Isso significa que o homem está espiritualmente morto por causa do pecado, sem a vida de Deus. Esta morte atinge a sua vida temporal, mas também a sua eternidade, pois seu espírito é eterno (Ec 3:11). Aqueles que partem desta existência em pecado estarão em angústia eterna, lançados para sempre longe da presença do Senhor e, conseqüentemente, em trevas e tormento sem fim.



3. O HOMEM NÃO PODE SALVAR-SE A SI MESMO - As religiões nada mais são do que tentativas humanas frustradas de estabelecer uma ponte sobre o abismo causado pelo pecado. Entretanto, não há nada que o ser humano possa fazer que anule a terrível dívida do pecado. Satanás tem tentado enganá-lo, levando-o a crer que vivendo uma vida moralmente correta, professando uma religião ou ainda fazendo boas obras ele se tornará digno do céu.

É aí que se baseiam doutrinas demoníacas como a da reencarnação, do purgatório ou da eficácia da caridade para salvação. A Palavra do Senhor diz que a salvação "não vem de obras, para que ninguém se glorie "(Ef 2:9).



4. CRISTO É O ÚNICO MEIO DE SALVAÇÃO - Deus poderia ter abandonado o homem na sua perdição, mas não o fez. Ele o ama profundamente, por isso, proveu um meio de cobrir o seu pecado e oferecer-lhe perdão. Ao entregar-se à morte na pessoa de Jesus, Deus pagou a dívida que pesava sobre os seres humanos e abriu as portas para o perdão. O sangue do Cordeiro é a única oferta eficaz para tornar o pecador aceito diante de Deus.

Exatamente por isso, Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; e ninguém vem ao Pai senão por mim'' (Jo 14:6). Note que sua afirmação é absoluta e completa. Ele não é "um" caminho, mas "o" caminho. Ninguém chegará a Deus por outras vias. O único mediador verdadeiro entre nós e o Pai, expressão exata do seu amor, é Jesus de Nazaré (l Tm 2:5).

5. PELA FÉ EM CRISTO SOMOS SALVOS - Uma vez que Deus ofereceu o perdão e a salvação através de Cristo, o homem só precisa corresponder em fé. "Todo aquele que n´Ele crê, tem a vida eterna'' (Jo 3:16). A fé é absolutamente necessária à salvação. Ela é a resposta do homem ao amor do Pai. Pela graça (favor que não merecemos), Deus nos deu o perdão e pela fé em Cristo nós o recebemos (Ef 2:8).

É importante mostrar que esta fé não é apenas intelectual, mas de coração. Ela está ligada ao arrependimento e à obediência. Até os demônios crêem em Jesus (Tg 2:19), mas a verdadeira fé leva o homem a rejeitar o pecado e assumir o compromisso de viver uma vida de acordo com a Palavra de Deus.

PLANO DE SALVAÇÃO

TEMA

TEXTO-CHAVE

TEXTOS COMPLEMENTARES

Todo homem é pecador

Rm 3.23

Sl 51.5; 53.3; Tg 2.10; 1Jo 1.8

O pecado nos separa de Deus

Is 59.1,2

Rm 5.12; 6.23; Ef 2.1-7; Tg 1.15

O homem não pode salvar-se a si

Ef 2.8,9

Rm 11.6; Gl 2.16

Cristo é o único meio de salvação

Jo 14.6

Is 45.21,22; At 4.12; 1Tm 2.5

Pela fé em Cristo somos salvos

Jo 3.16

Jo 1.12; 3.36; 5.24; Rm 10.9,10



PROCLAMANDO UM EVANGELHO INTEGRAL

Já sabemos que cabe a todo cristão anunciar o evangelho. Isso quer dizer que temos a missão de tornar conhecidas de todos os homens as boas novas advindas da cruz de Cristo. Ora, quando falamos dos benefícios da cruz, referimo-nos a restauração de todas as áreas afetadas pelo pecado na vida humana. Assim, embora a maior de todas as verdades a serem anunciadas seja a reconciliação com Deus e o perdão dos pecados, devemos também fazer com que as pessoas saibam que, através de Jesus, Deus pode pôr em boa ordem todas as áreas de suas vidas (saúde, emoções, famílias, finanças, relacionamentos, etc...). Portanto, devemos pregar um evangelho integral, mostrando que a ação do Espírito pode levar as pessoas a uma autêntica libertação e felicidade, tocando nas áreas mais evidentes da carência e mostrando que a saída está em Cristo. Veja os textos do quadro abaixo:



O EVANGELHO INTEGRAL

Direitos exclusivos daqueles que estão em Cristo

TEMA

TEXTO-CHAVE

TEXTOS COMPLEMENTARES

Benção sobre a família

At 16.31

Sl 128.3,4; Ml 4.6

Libertação

Jo 8.32

Lc 4.18; Jo 8.36; At 10.38

Alívio para a alma angustiada

Mt 11.28

Sl 34.19; Rm 8.35-37

Deus põe fim a solidão humana

Is 49.15

Sl 68.6; Ef 2.19

Vencendo o medo

Sl 27.1

Dt 28.7; Sl 91.7; Jo 14.1; 1Jo 4.18

Passando pelo sofrimento

Sl 23.4

Sl 118.5; MT 5.4

Acusação pelo pecado

1Jo 1.9

Jr 31.34; 33.8; 2Cr 7.14

Conclusão

A Palavra de Deus é a nossa principal ferramenta de evangelismo. É ela que traz a verdade absoluta de Deus revelada aos homens. Anunciar o evangelho é muito mais que convidar alguém para ir a uma reunião da igreja ou simplesmente contar o que Deus fez em nossas vidas. A primeira verdade que precisamos esclarecer para as pessoas que evangelizamos é o fato de que todos os homens são pecadores. Mostrar esta verdade para as pessoas é essencial para que elas sejam levadas a um genuíno arrependimento e busca ao Senhor. A segunda grande verdade a ser proclamada é que o pecado traz conseqüências terríveis à vida do homem. A Bíblia diz que "o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). O homem está espiritualmente morto por causa do pecado, sem a vida de Deus. As religiões nada mais são do que tentativas humanas frustradas de estabelecer uma ponte sobre o abismo causado pelo pecado. A Palavra do Senhor diz que a salvação “não vem de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8). Deus poderia ter abandonado o homem na sua perdição, mas não o fez, por amor. Ao entregar-se à morte na pessoa de Jesus, Deus pagou a dívida que pesava sobre os seres humanos e abriu as portas para o perdão. Jesus disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; e ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Uma vez que Deus ofereceu o perdão e a salvação através de Cristo, o homem só precisa corresponder em fé. Já sabemos que cabe a todo cristão anunciar o evangelho.



Lição 06 - EVANGELISMO III

Pontes incompletas acerca da verdade

“Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo.” (2Co 10:5)



A ANTIGA ARTIMANHA DE SATANÁS

Desde o princípio da humanidade, Satanás tenta desviar o homem do seu Criador. Quando ele se apresentou no Éden travestido de serpente e lhe ofereceu uma alternativa ao que o Senhor havia estabelecido por Sua Palavra, estava revelando sua intenção maligna de desviá-lo de Deus e conduzi-lo à perdição eterna. Desde lá, Satanás tem feito isso, geração após geração, pessoa por pessoa, apresentando caminhos falsos para a felicidade e a eternidade.



A Bíblia diz que “o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (II Co 4:4). Ele faz isto especialmente levantando fortalezas na mente das pessoas, para que a verdade de Deus não encontre lugar.



Algumas correntes da filosofia têm sido instrumentos terríveis do inferno para desviar as pessoas do verdadeiro Deus. Elas negam a verdade absoluta da Palavra de Deus e tentam estabelecer uma verdade paralela ou alternativa.

Além dessas correntes filosóficas, as religiões são outra terrível arma de engano. A raiz da palavra traz a idéia de "religação", ou seja, a tentativa humana de se reaproximar de Deus. O grande problema é que a maioria das religiões se baseia em conceitos que contradizem a Bíblia e, portanto, são absolutamente ineficazes. Como a torre de Babel (Gn 11:1 -9), o desejo do homem para chegar aos céus através de seus próprios esforços tem acabado sempre em juízo e confusão.



EVANGELISMO E DESTRUIÇÃO DE FORTALEZAS

Como as "pontes incompletas" da filosofia e da religião são um enorme empecilho para que muitos cheguem ao pleno conhecimento da verdade, devemos considerá-las como fortalezas resistentes ao evangelismo. Muitas vezes, quando vamos anunciar o evangelho a alguém, encontramos a oposição de conceitos que impedem a pessoa de corresponder a Deus. Ela está no engano e será necessário destruir o engano para que a Palavra finalmente tenha lugar e frutifique em sua vida.



O evangelista (no sentido mais genérico possível) deve ser alguém que conhece o plano de Deus para a salvação, mas também conhece os enganos de Satanás. Ele deve ser um dedicado pesquisador e estudioso, a fim de trazer sempre em sua mente argumentos que desfaçam todo engano e abram lugar para a Verdade.

O que pretendemos aqui não é dar um curso sobre seitas e heresias, nem tampouco estabelecer um conhecimento profundo sobre o tema. Queremos apenas abordar as principais e mais comuns resistências doutrinárias que encontramos na mente das pessoas que evangelizamos, dando subsídios ao crente para destruir estes sofismas com a Palavra de Deus. Este assunto sobre seitas e heresias é de relevância, por isso abordaremos mais à frente de forma mais abrangente.

AS PONTES INCOMPLETAS DO ROMANISMO

Curso de Maturidade Espiritual II

Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo - Edificando uma igreja, uma família de vencedores através dos grupos familiares



O catolicismo romano é oficialmente a religião dominante no Brasil, embora esteja em franca decadência e seus seguidores praticantes diminuam a cada dia. Ainda que advogue para si o direito de “igreja verdadeira nascida na era apostólica”, a Igreja Católica Romana se estabeleceu no terceiro século de nossa era, com a cristianização do Império Romano decretada por Constantino. Desde então, ela tem sido mãe de inúmeras heresias, dentre as quais destacaremos a seguir aquelas que mais impedem o povo de chegar à salvação.



1. A SALVAÇÃO PELAS OBRAS - A primeira grande mentira proclamada pelo catolicismo é a salvação por meio das obras. Segundo este conceito, o homem pode merecer ou não o céu, de acordo com aquilo que faz na terra. Em outras palavras, o esforço humano poderia conduzi-lo à salvação. Em contraste com este ensinamento, a Bíblia é clara em afirmar: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; Não vem das obras, para que ninguém se glorie” Ef. 2:8,9). As obras do homem são levadas em conta para galardão ou peso de castigo, mas nunca para salvação. Eis uma seqüência de passagens bíblicas que confirmam esta verdade: Rm 3:20; 11:6, Gl 2:16; Is 64:6.



2. O CULTO ÀS IMAGENS - O primeiro mandamento bíblico prescreve: “Eu sou o Senhor teu Deus! Não farás para ti imagens de escultura, nem semelhança do que há em cima nos Céus... Não te curvarás diante delas e nem lhes prestarás culto” (Ex 20.4). No entanto, no catolicismo romano, as imagens têm prioridade por serem elementos indispensáveis ao culto e à fé. Como qualquer outro ídolo do paganismo, as estatuetas da Igreja Católica são formas de idolatria que se confrontam com a Bíblia Sagrada. Confira os textos: Sl 115:2-8; Ez 14:6; Lv: 26:1; Dt 4:23; Is 44:17, 18; Jr 10:5; Os 4:12; At 17:16; At 17:29; l Jo 5:21.



3. O CULTO AOS SANTOS - Outra prática do culto romano é a veneração (adoração) de supostos “santos”, ou seja, pessoas que já morreram e foram endeusadas pela Igreja Católica. Ao contrário do que a Bíblia ensina, tendo como santos todos aqueles que se converteram a Cristo e nasceram de novo (Rm 1:2,6; Ef 2:19), o catolicismo confere a algumas pessoas poderes de divindade e estimulam o culto e a comunicação com tais personalidades. Em contraste com estas práticas, vemos personagens bíblicos, inclusive alguns dos que o romanismo “canonizou”, rejeitando a adoração a si mesmos e apresentando Deus como único digno de culto (At 10:25,26; At 14:11-18; Ap 19:10).



4. A EXALTAÇÃO DE MARIA - Entre os inúmeros ídolos do catolicismo, Maria, mãe de Jesus, é exaltada sobre todos de maneira terrivelmente antibíblica. Roma ensina que ela foi concebida sem pecado, enquanto ela mesma declara Jesus como seu Salvador (só tem Salvador quem se reconhece perdido) e é tratada como agraciada (alguém que recebe um favor imerecido), conforme o relato de Lucas 1: 28, 46, 47. Roma diz que ela é mediadora, enquanto a Bíblia diz que "há um só Mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem" (I Tm 2:5) e ainda outros textos confirmam a mesma verdade (At 4:12; Jo 14:6). Roma a coloca como "Senhora" e enquanto a Palavra Eterna diz que “para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele” (I Cor 8.6). Termos como "Rainha dos Céus", usados pelo catolicismo para designar Maria são, na Bíblia, expressões atribuídas profeticamente a principados demoníacos. Confira Is 47:1-15 e Jr 44: 25,26.



5. A OPORTUNIDADE DE SALVAÇÃO APÓS A MORTE - Sustentando que há um purgatório (lugar de purificação de pecados após a morte) e ensinando seus seguidores a fazerem missas e orações pelas almas dos que já morreram, a Igreja Católica contradiz a Bíblia e mais uma vez corrompe seus adeptos, deixando-lhes uma esperança de salvação a ser conquistada após a morte, quando a Palavra de Deus é clara em dizer que o homem tem que selar o seu destino eterno enquanto vive. O escritor da carta aos Hebreus diz taxativamente: “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o Juízo''(Hb 9:27). Jesus disse que o evangelho deveria ser pregado a toda criatura e sentencia: “Quem que crer e for batizado, será salvo. Quem, porém, não crer já está' condenado "(Mc 16:16). Em Lucas 16:19-26 também o Senhor reforça esta idéia ao contar a parábola do rico e Lázaro. Quando o rico morre perdido, é lançado no inferno e nenhuma chance há para que o seu estado seja revertido. Textos como estes refutam (rebatem) a idéia da oportunidade de salvação após a morte ensinada pelo catolicismo e por outras religiões.



6. CARÁTER SAGRADO DAS TRADIÇÕES - A Igreja Católica justifica suas práticas antibíblicas dizendo que as chamadas “santas tradições” têm caráter divino. Foi assim que tanto paganismo foi sendo introduzido através dos séculos em seus rituais e doutrinas. No entanto, o apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo escreveu: “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema” (Gl 1:8). Jesus repreendeu severamente os religiosos de sua época porque caíam no mesmo erro: “E vós, porque transgredis o mandamento de Deus por causa da vossa tradição?” (Mt 15:3). Eis outros textos sobre acréscimos e negações à Palavra de Deus: Ap 22; 18; l Tm 6: 3,4.



AS PONTES INCOMPLETAS DO ESPIRITISMO

Alguém já disse, brincando, que primeira sessão espírita teve lugar no Éden, onde a serpente serviu de médium, Satanás de guia e Eva de assistente. A verdade é que até hoje, as sessões espíritas são feitas com esses elementos: os médiuns, os demônios ou "guias" e os assistentes.

O espiritismo moderno é o desenvolvimento das práticas espíritas antigas chamadas, como podemos notar nas páginas das Escrituras, de necromancia, feitiçaria ou magia. Seus praticantes eram denominados magos, pitonisas, adivinhos, bruxas, feiticeiros, etc...

Hoje poderíamos classificar as práticas espíritas em nossa nação sob quatro categorias: O espiritismo comum (quiromancia ou leitura da mão, cartomancia, grafologia, hidromancia, astrologia, etc...); o baixo espiritismo (é a feitiçaria sem disfarce em suas diversas manifestações como o vodu, o candomblé, a umbanda, a quimbanda, etc...); o chamado espiritismo científico ou alto espiritismo (espiritismo ortodoxo ou espiritualismo, no qual encontramos inclusive “sociedades” que se dizem filosóficas, científicas ou beneficentes, incluindo LBV, teosofismo, rosacrucianismo); e finalmente, o espiritismo kardecista (que tem como base as obras de Allan Kardec), sendo o mais difundido e praticado no Brasil.



1. A COMUNICAÇÃO COM OS MORTOS - As doutrinas e práticas espíritas baseiam-se na idéia de que pode haver comunicação de espíritos mortos com os vivos. Deus, na sua Palavra proíbe explicitamente tal prática, por ser enganosa. Na realidade são os demônios que se fazem passar por pessoas. Por isto, esta prática é taxada na Bíblia de abominável. Eis uma série de textos que condenam a necromancia, tão praticada nos terreiros e centros espíritas: Ec 9:5,6; Dt 18:10-12; I Cr 10:13,14; Is 8:19.



2. A REENCARNAÇÃO - Os espíritas propagam a chamada doutrina da reencarnação na qual classificam os espíritos, de um modo geral, em quatro categorias: imperfeitos, bons, superiores e puros. Segundo este conceito, as pessoas nascem e morrem muitas vezes e reencarnam em novos corpos para novas vidas, até que sejam purgados seus pecados. Isso significa que, para eles, as pessoas estão em estado de aperfeiçoamento através da reencarnação. Se fosse assim, o mundo deveria estar melhorando a cada geração, pois a humanidade estaria sendo aperfeiçoada, mas todos nós sabemos que não é o que acontece. Na realidade, essa doutrina anula a idéia de salvação e invalida a obra da redenção do pecador mediante a morte de Jesus Cristo. Se o homem pode salvar-se reencarnando e fazendo obras melhores na vida, por que teria Ele morrido? Como já vimos anteriormente em Hebreus 9:27 está escrito que “ao homem está ordenado morrer uma só vez”. Jesus disse ao ladrão que se converteu na cruz: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23.43). Por que não lhe falou da necessidade de reencarnar? Eis outros textos que refutam (rebatem) esta doutrina tão difundida em nossa sociedade: II Sm 12:15-23; Jó 7:9,10.



AS PONTES INCOMPLETAS DO RUSSELISMO

Uma das seitas mais desafiadoras que encontramos no nosso país são os russelitas ou Testemunhas de Jeová. Com o costume de entrar nas casas a pretexto de vender sua literatura e usando uma versão adulterada da Bíblia, eles têm feito muitos adeptos, como também confundido a mente de muitos crentes imaturos. Seu proselitismo obtém certo sucesso especialmente porque se beneficiam do respeito que a Bíblia tem entre os cristãos para usá-la como argumento, mas distorcem seus ensinos e os interpretam segundo a ótica de Charles Tozel Russel, mentor da seita.

Como líderes da igreja, precisamos estar preparados para responder-lhes e mostrar quão equivocados estão seus conceitos. Eis as principais heresias de sua doutrina



1. NEGAÇÃO DA DIVINDADE E ENCARNAÇÃO DE CRISTO - Para os Testemunhas de Jeová, Jesus não é Deus. Afirmam eles que Jesus é a primeira das criaturas de Jeová e não encarnou. Negam a ressurreição corpórea do Senhor e afirmam que Ele nunca voltará fisicamente. Aliás, uma de suas doutrinas é a suposta volta de Cristo, que teria acontecido espiritualmente para um grupo seleto de TJs no início do século passado. Na Bíblia, entretanto, deparamo-nos com verdades acerca de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que se chocam frontalmente com as heresias da seita: a divindade de Jesus Cristo (Jo 1:1; 5:19, 21; 14:30 e 31; Mt 1:23; Rm 9:5); a sua encarnação (Jo 1:14; At 1:11; l Tm 2:5; 3:16); a ressurreição (Lc 24:39-41 ;Jo 20:27, 28; Rm 4:25) e a promessa de sua volta (Jo 14:3; At 1:11; ITs 1:10; 2:19; 3:13; 4:14, 17).

2. NEGAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO COMO UMA PESSOA DA TRINDADE - Os TJ ensinam que o Espírito Santo não é uma pessoa, pois não admitem a doutrina da Trindade. Para eles, trata-se apenas de uma força ativa de Deus, através da qual Ele realiza os seus propósitos e executa sua vontade. Em contraste com isso, a Bíblia nos fala do Espírito Santo como alguém que possui personalidade: tem intelecto (l Co 2:10 e 13; Ef 1:17; Rm 8:27); emoções (Ef 4:30); vontade (At 16: 6-11; l Co 12:11). Pela Palavra também podemos estar seguros de que o Espírito é Deus: É chamado 22 vezes de Espírito de Yahweh, 31 vezes de Espírito de Deus; 30 vezes de Espírito do Senhor. É Onipresente (SI 139:7); participou da criação (Jó 33:4; Gn 1:2); é doador da vida (Rm 8:2,11); possui sabedoria criadora (Is 40:13); é chamado de Deus (At 5:3, 4).



3. SALVAÇÃO QUE NÃO DEPENDE DA CRUZ - Para os Testemunhas de Jeová, o sacrifício de Cristo não garante a vida eterna, mas somente nos propicia uma nova oportunidade. Afirmam que a pessoa que crê em Jesus Cristo não é nascida de Deus e não pode ter certeza hoje da eternidade. Crêem na salvação através da práticas de obras, principalmente assistir as suas reuniões e conseguir adeptos para a seita. Ora, todas estas afirmações entram em rota de colisão com a sã doutrina de Deus, pois sabemos que a salvação ocorre pela fé (Ef 2:8,9), que o sacrifício de Cristo é plenamente redentivo (Ef 1:7; Cl 1:14) e que podemos ter total certeza da salvação (Jo 3: 36; 6:47; At 4.12), se recebemos Jesus como Senhor e Salvador.



AS PONTES INCOMPLETAS DO HUMANISMO

O humanismo é o sistema filosófico mundano do nosso tempo. Ele coloca o homem no centro de todas as coisas e tenta excluir a idéia da existência de um Deus-Pessoal. Quando não consegue, seu papel é reduzir Deus ao status de servidor do homem.

Para o humanismo, o ser humano é seu próprio deus e tudo o que deve fazer é buscar por conta própria a sua felicidade, que seria conquistada através do materialismo, da busca sem limites do prazer pessoal e do esforço por uma sociedade justa. O que os humanistas não sabem é que a natureza humana está corrompida pelo pecado (Tt 1:15) e não é possível mudar a humanidade sem mudar a natureza de cada homem, milagre que só pode acontecer pelo novo nascimento em Cristo (Jo 3:7).



1. O MOVIMENTO DE NOVA ERA - A grande expressão espiritual do humanismo é o movimento de Nova Era, uma espécie de religião na qual o homem é deus e onde Deus é tratado como um ser bom e mal ao mesmo tempo. A esta heresia, a Palavra diz: “Ai dos que puxam para si a iniquidade com cordas de injustiça e o pecado como tirantes de carro. Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade... Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e prudentes ao seu próprio conceito” (Is5:18,20,21). Nova Era é uma expressão moderna da Torre de Babel (Gn 11:1 -9), em que o homem tenta comandar e chegar, por seus próprios esforços, à realização e ao céu. Como foi com aquela geração do passado que terminou confundida, assim será também com todos aqueles que negarem a Palavra Eterna de Deus para entregarem-se à soberba humana.



Existem milhares de seitas tentando levar o homem a Deus pelo caminho errado. Qualquer religião que coloca outras coisas no lugar de Cristo e sua Palavra, é uma seita. Existem igrejas que prega salvação através de Cristo, mas que tem heresias na sua doutrina ocasionando sofrimentos ou até cadeias nas vidas das pessoas. Por isso, precisamos conhecer bem a Palavra de Deus e o lugar onde estamos servindo o Senhor Jesus. Precisamos conhecer a doutrina fundamental da igreja de onde fazemos parte. Veja no final da apostila a Confissão de Fé da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Conclusão



Desde o princípio da Humanidade, Satanás tenta desviar o homem do seu Criador. Desde o Édem Satanás tem apresentando caminhos falsos para a felicidade e a eternidade. Algumas correntes filosóficas e as religiões têm sido instrumentos terríveis do inferno para desviar as pessoas do verdadeiro Deus.



Nós, os servos do Deus vivo, devemos conhecer bem o plano de Deus para a salvação, e também conhecer os enganos de Satanás. A primeira grande mentira proclamada pelo catolicismo é a salvação por meio das obras. As obras do homem são levadas em conta para galardão ou peso de castigo, mas nunca para salvação. A prática do culto romano é a veneração (adoração) de supostos “santos”, ou seja, pessoas que já morreram e foram endeusadas pela Igreja Católica. A Bíblia condena tal prática. Entre os inúmeros ídolos do catolicismo, Maria, mãe de Jesus, é exaltada sobre todos de maneira terrivelmente antibíblica. A Igreja Católica justifica suas práticas antibíblicas dizendo que as chamadas “santas tradições” têm caráter divino. Isto não é verdade. Hoje poderíamos classificar as práticas espíritas em nossa nação sob várias categorias: O espiritismo comum, baixo espiritismo, espiritismo científico e espiritismo cardecista. Os espíritas propagam a chamada doutrina da reencarnação e classificam os espíritos, de um modo geral, em quatro categorias: imperfeitos, bons, superiores e puros. Isso é um grande engano. Se a reencarnação fosse verdade, o mundo deveria estar melhorando a cada geração, pois a humanidade estaria sendo aperfeiçoada, mas todos sabemos que não é o que acontece. Hebreus 9:27 está escrito que “ao homem está ordenado morrer uma só vez e depois disso o juízo eterno”. Para os Testemunhas de Jeová, Jesus não é Deus, mas a Bíblia, entretanto, fala acerca de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que se chocam frontalmente com as heresias da seita. Jesus é Deus. Pela Palavra também podemos estar seguros de que o Espírito Santo é Deus. Para o humanismo, o ser humano é seu próprio deus e tudo o que deve fazer é buscar por conta própria a sua felicidade, que seria conquistada através do materialismo. Grande engano. Existem milhares de seitas tentando levar o homem a Deus pelo caminho errado. Qualquer religião que coloca outras coisas no lugar de Cristo e sua Palavra, é uma seita. Jesus é o centro de tudo.



Lição 07 A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO



NOMES DO ESPÍRITO SANTO

São os nomes e títulos atribuídos ao Espírito Santo, que provam ser o mesmo e Único Deus. Vamos estudá-los e você verá claramente que é um só Deus em ofícios e manifestações:

Espírito de Deus ( 1 Co 3.16; Gn 1. 2 ). Isto significa que é o Pai, no que concerne ao nosso bem-estar espiritual e segurança. "Não sabeis que o Espírito de Deus habita em vós?”

Espírito de Cristo ( Rm 8.9 ) " Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele". Esse nome dado ao Espírito Santo não significa que sejam dois espíritos distintos, como alguns têm pensado erradamente, e sim, que o Espírito é dado em nome de Cristo, pois é enviado por Cristo.



Introdução

Este é um assunto importantíssimo para a nossa vida com Deus. Satanás tem procurado de todas as maneiras trazer confusão sobre este assunto, mas cada vez mais o Espírito Santo tem sido experimentado pelos filhos de Deus. Para desfrutarmos plenamente da nova vida que Deus nos dá, precisamos ter a convicção de que O Espírito de Deus habita em nós e também entender as conseqüências dessa habitação.



O Batismo no Espírito Santo é uma experiência simples, é para todos os filhos de Deus e deve ser encarado de forma prática. Não adianta saber tudo sobre o Espírito Santo e não ter uma experiência com Ele.

Existem teólogos, doutores em Espírito Santo que nunca foram batizados no Espírito Santo. Sabem tudo sobre o assunto, mas não tem uma experiência prática. (ex.: copo d’água )



O Batismo no Espírito Santo não é o nosso diploma de formatura da “faculdade espiritual". É o certificado de matrícula no EJA da fé.



O Espírito Santo

Antes de falarmos sobre o batismo no Espírito Santo, vamos entender melhor o Espírito Santo.

O nosso Deus, o Deus em quem nós cremos, é um Deus Triuno, ou seja, um único Deus em três Ofícios ou manifestações (II Co 13:13).

“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.”

Um único Deus em três manifestações, Ofícios, Operações Pai,Filho,Espírito Santo

• Pai : O Criador dos céus e da terra , o El Shadai, o Deus invisível.

• Filho : Jesus, o Cristo, a imagem do Deus invisível, o que era, que é e que há de vir, a plenitude de todas as coisa, o Verbo da Vida, o Príncipe da Paz, o Leão de Judá, o Cabeça da Igreja. Deus tomando forma de homem para salvar o mundo.

• Espírito Santo: O Espírito de Deus, o Consolador, A voz do Verbo,o Espírito da Verdade que é O Senhor Jesus Cristo (Jo.14:6).



A três manifestações, operações, ofícios, de um único Deus triuno como o homem é triuno, (ITs.5:23). São indivisíveis, inseparáveis, são uma unidade Simples, portanto perfeita.”Quem me vê a mim vê o Pai”(Jo.14:9b). O homem quando casa-se torna-se uma unidade com a mulher porém uma unidade composta por isso imperfeita. (Ef.5:31).



Símbolos do Espírito Santo



Muitas vezes o Espírito Santo aparece na bíblia representado por um símbolo, Por exemplo: Fogo ( Lc 3:16 ), Vento (At 2:2), Água, rio, chuva (Jo 7:37-39), Óleo (Zc 4:2-6 - Unção ), Selo (Ef 1:13) , Pomba (Mt 3:16).



O Espírito Santo não é nenhum desses símbolos (um vento, uma pomba, fogo, etc.) Ele apenas aparece representado por eles nestas passagens.



O Espírito Santo é o Próprio Deus (Jo.4:24). Muitos fazem uma tremenda confusão: Dizem que Ele é uma energia cósmica, uma substância nebulosa, uma nuvem que paira sobre a cabeça dos cristãos e muitos outro enganos. É o próprio DEUS se manifestando agora na igreja. Pai no deserto coluna de fogo, nuvem. Filho Jesus, vento viemente Espírito Santo.



• Eterno. Hb 9:14

• Onipresente. Sl 139:7-10

• Onisciente. I Co 2:10

• Onipotente. Lc 1:35



O Espírito Santo é a presença do SENHOR JESUS CRISTO em nós

(PAI), (FILHO), (ESPÍRITO SANTO)



Jesus quando fala sobre o Espírito Santo o apresenta a si mesmo:

(Jo 14:15) - “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador a fim de que esteja convosco para sempre”

A palavra usada para consolador aqui vem do grego PARAKLETOS: ADVOGADO (IJo.2:1).



PARAKLETOS - alguém que fica ao lado, junto. Esta palavra traz o sentido de aconselhador, exortador, intercessor, estimulador, consolador, fortalecedor. O Espírito Santo é O Espírito de Jesus Cristo conosco:(Jo.14:18).



• Ele ama Rm 15:30

• Fala Ap 2:7

• Pensa

• Vê

• Ouve

• Ensina I Co 2:13

• Ordena At 16:6-7

• Nos ajuda

• Se entristece Ef 4:30

• Tem Compaixão

• Tem vontade própria I Co 12:11

• Intercede por nós Rm8:26-27

• Temos comunhão com Ele IICo13:13



Velho Testamento era diferente da de hoje. Ele atuava sobre pessoas capacitando-as para uma tarefa específica e depois se retirava.

• Na criação Gn 1:2;26

• Na vida de Sansão Jz 14:6-19; 15:14

• Em Moisés Nm 11:16;24-30

• Em Josué Dt 34:9

• Em Gideão Jz 6:34

• Em Davi I Sm 16:13

• Em Ezequiel ( e os outros profetas Elias, Eliseu, etc ) Ez 37:1-5

• Em Joel Jl 2:28-29



A obra de Jesus e a promessa do Espírito Santo

Jesus era um homem com um corpo de carne e osso, como o nosso. Ele sentia fome, sede, frio, se cansava, chorava, se alegrava, sentia dor, etc. Jesus era Deus e é Deus, mas enquanto esteve em carne, ele não operava nem agia segundo a sua divindade, tinha se esvaziado, Fp2:6-8.



O Verbo se fez carne, se fez homem, e como homem dependia do Espírito Santo para pregar, curar, orar, etc. Tudo que Ele fez e ensinou foi pelo poder do Espírito Santo.



"...concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e [curando a todos ]os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele." (At 10:38)





Jesus prometeu o Espírito Santo a todos que cressem em seu nome. “Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.” (Jo 7:38-39).



Jesus então se entregou por nós, tomou sobre si os nossos pecados e morreu na cruz, por nós. Mas ao terceiro dia ELE RESSURGE dentre os mortos, RESSUCITA!! Reaparece aos discípulos e por 40 dias permanece com eles falando com respeito ao reino de Deus, e diz: “Aos quais também, depois de haver padecido, se apresentou vivo, com muitas provas infalíveis, aparecendo-lhes por espaço de quarenta dias, e lhes falando das coisas concernentes ao reino de Deus. Estando com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo, dentro de poucos dias. Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntavam-lhe, dizendo: Senhor, é nesse tempo que restauras o reino a Israel? Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.” (At 1:3-8)



O livro de Atos é chamado Atos dos Apóstolos, mas também é conhecido como Atos do Espírito Santo, porque tudo que fizeram foi através do Espírito que receberam da parte de Jesus.



A VINDA DO ESPÍRITO SANTO

Os Discípulos então permaneceram em Jerusalém juntos, orando, unânimes. Eram cerca de 120 pessoas.

No dia da festa do Pentecostes, enquanto estavam reunidos, algo aconteceu :

O capítulo 2 do livro de Atos conta a vinda do Espírito Santo. “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas línguas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Habitavam então em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua”( At 2:1-6).

• É o cumprimento da promessa.

• O derramamento do Espírito Santo

• É a maior prova da vitória e da ressurreição de Jesus

• Jesus tinha sido exaltado, e como havia prometido enviou o Espírito Santo.



“Ora, a este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.” (At 2:32-33).



Deus(Espírito) ressuscitou a Jesus(Homem) ; e aprova era que o Espírito Santo havia sido derramado como Jesus dissera e agora eles eram testemunhas disso. Agora o mesmo poder que operará em Jesus estava operando nos apóstolos e nos discípulos capacitando-os a testemunhar e proclamar o evangelho.

O Espírito Santo habita em nós

Jesus prometeu o Espírito Santo a todos que cressem no seu nome. O Espírito Santo habit, mora, em todos os que se converteram genuinamente, amam a Jesus e guardam suas palavras (Jo 14:23-26).



TODOS OS CRISTÃOS TEM O ESPÍRITO SANTO MORANDO DENTRO DE SI.

É Ele quem nos capacita a uma nova vida:



“Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Co 3:16).





“Os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita” (Rm 8:8-11).



Agora Ele está presente o tempo todo, morando dentro de nós.

( Pessoa Viva ).



É Deus habitando em nós. Isto significa que todas as barreiras de pecado que nos separavam de Deus foram vencidas. Pela fé no nome de Jesus somos declarados "sem culpa" e agora somos habitação do Espírito Santo. Será que podemos compreender realmente o que isto significa? ...



O Batismo no Espírito Santo

Como vimos todos os cristãos tem o Espírito de Deus habitando em seu interior ( Rm 8:9 ). Existe, porém um momento em que o Espírito Santo opera em nós de forma mais poderosa, nos enchendo de virtude, poder e manifestando seus dons. Esta experiência é chamada Batismo no Espírito Santo. Satanás quer contradizer , trazer confusão e anular esta experiência na vida da Igreja. Cada dia surge uma novidade, alguém que pega um texto isolado da bíblia e começa a pregar gerando muita confusão. Existem muitas idéias erradas com respeito a isto também. Dizem alguns que:

• É só para pastores, presbíteros, missionários.

• É só para quem atinge um determinado grau de santidade.

• É um prêmio, uma recompensa por obedecer ou fazer a obra de Deus.

• É muito complicado, não precisamos saber disso agora.



Dois enganos principais

1) Os grupos tradicionais: rejeitam a experiência do batismo dizendo que o Espírito é dado automaticamente no momento da conversão. Todos os que creram, se arrependeram e foram batizados já receberam o Espírito Santo e não necessitam de nenhuma outra experiência.

2) Os grupos chamados pentecostais: pregam corretamente que existe uma experiência a mais, além da conversão, um batismo. Porém dizem que há uma "espera", dando a entender que este dom deve ser esperado, buscado e até suplicado. Vão para outro extremo e ignoram que o Espírito Santo já foi dado a todos os que creram.



Onde está o equilíbrio? - Precisamos entender que por um lado, o Dom do Espírito Santo já foi dado a todos que os creram e que portanto não é necessário buscar nem esperar aquilo que o Senhor já deu. Mas por outro lado quando alguém se converte deve ser instruído a respeito deste dom, receber imposição de mãos e se apossar da promessa de tal maneira que ela seja evidente, palpável e consciente.



Vamos examinar tudo a luz da Palavra de Deus e procurar responder as seguintes perguntas :

• Quais as bases bíblicas?

• O que é o Batismo no Espírito Santo?

• Por que Jesus quer nos batizar?

• Como receber o batismo?



QUAIS AS BASE BÍBLICAS PARA O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?

Porque devemos crer que este batismo existe e é necessário para nós?

• João Batista disse que Jesus batizaria com o Espírito Santo Mt 3-11

• Jesus disse que batizaria At 1:4-8

• A promessa se cumpriu At 2:1-4

• A promessa é para todos os cristãos At 2:38-39

• Os apóstolos encaminhavam os cristãos para isso At 8:14-17

• A experiência de Paulo At 9:17

• A experiência de Cornélio e sua família At 10:44-47

• Os efésios At 19:1-7



Os textos que falam dos Efésios e dos samaritanos derruba um engano muito grande de que o Espírito Santo só é dados no momento da conversão. Eles tinham crido e ainda não tinham sido batizados no Espírito Santo. E , quando Paulo lhes impôs as mãos foram batizados , falando em línguas e profetizando sem necessidade de ficar "esperando".



O que é o batismo com o Espírito Santo?

Na bíblia esta experiência é apresentada através de vários termos diferentes:

• Batismo com o Espírito Santo - Mt 3:11 At 1:5

• Receber o Dom do Espírito Santo - At 2:38 At 10:35

• A promessa do Pai - Lc 24:49 At 1:4 At 2:33,39

• Ficar cheio do Espírito Santo - At 2:4

• Receber o Espírito Santo - At 8:17 At 10:47

• Caiu o Espírito Santo sobre …. - At 10:44 At 11:15

• Derramar do Espírito Santo - At 2:17,18,33 At 10:45



Todos estes termos se referem a uma mesma experiência: O batismo no Espírito Santo. Mas afinal, o que é?



1) É um DOM, uma promessa e um mandamento. “...recebereis o dom do Espírito Santo.”

O que é um dom? (At 2:38). Dom é um presente , dádiva, algo que foi dado.

• NÃO é um prêmio: um prêmio é uma recompensa dada pelo esforço ou mérito de alguém.

• NÃO é uma conquista, algo que adquirimos depois de caminhar anos com o Senhor

• NÃO está ligado ao que eu faço ou a merecimento. (Ex.: corrida , se eu não merecer eu não ganho).



O Senhor Jesus é o doador e Ele dá o Espírito Santo a todos. A virtude está em quem dá. Isto significa que não depende do caráter da pessoa nem de sua santidade. Em qualquer momento, seja qual for a situação que você estiver atravessando, você pode se colocar diante de Deus e ser batizado no Espírito.

• É o Espírito que nos leva a uma vida santa e não uma vida santa que nos leva ao Espírito. É o Espírito que irá transformar o nosso caráter.

• ( At 3:12 - ...como se pela nossa própria santidade ... )

Temos que crer na promessa do Pai. Ele prometeu e cumpriu, e receber a promessa depende apenas de crer na fidelidade do Pai.



2) É uma experiência definida e pessoal. Aquele que recebe fica consciente que recebeu. É uma experiência porque nós experimentamos algo diferente. É definida porque quando experimentamos somem as dúvidas e é pessoal porque com cada um de nós pode ser diferente. Uns podem profetizar, outros rir, chorar, orar, falar em outras línguas. Aquele que crer, se arrependeu e foi batizado tem o espírito santo morando dentro de si. Mas o dom é uma experiência definida que o manifesta.



Tomamos posse da promessa de uma maneira evidente, consciente e NÃO TEMOS MAIS DÚVIDA se temos o Espírito de Deus.



“Perguntou-lhes: Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes? Responderam-lhe eles: Não, nem sequer ouvimos que haja Espírito Santo. Tornou-lhes ele: Em que fostes batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo respondeu: João administrou o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que após ele havia de vir, isto é, em Jesus. Quando ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam em línguas e profetizavam.” (At 19:2-6).



3) É um revestimento de poder. “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lc 24:49).

• É poder espiritual.

• Você é revestido com o poder de Deus

• E você pode curar enfermos, operar milagres, profetizar, falar em outras línguas, ter revelação da Palavra de Deus , etc.



4) É a capacitação para sermos testemunhas de Cristo. “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra”(At 1:8).



Um dos significados da palavra poder é “capacidade para fazer”.

É a nossa capacitação para:

• Fazer discípulos

• Ser testemunhas de Cristo

• Anunciar o Evangelho do Reino

• Falar com autoridade e poder.





“A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito de poder” (I Co 2:4).



Se estamos cheios do Espírito seremos testemunhas eficientes de Cristo e manifestaremos o Senhor Jesus não apenas com palavras, mas com poder, pelo Espírito Santo que habita em nós.



POR QUE CRISTO QUER NOS BATIZAR ?

Para nos dar poder , força , graça , virtude , dinamismo, unção. “...recebeis poder... ” (At.1.8).

Poder para fazermos toda a vontade de Deus.(Ez 36:26-27 - novo coração). Isso é possível e fácil se andarmos no espírito (Rm 8:3-9).

“Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado. Para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.”

• Poder para amar, louvar, perdoar, suportar, obedecer e para tudo que Deus mandar fazer.

• Poder para sermos testemunhas dando-nos ousadia, graça, palavra , etc.

• Poder para sermos transformados à imagem de Cristo





“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (Rm 3:18).



Como receber o batismo no Espírito Santo



“Para que aos gentios viesse a bênção de Abraão em Jesus Cristo, a fim de que nós recebêssemos pela fé a promessa do Espírito.” (Gl 3:14).

Nós recebemos pela fé, como todas as promessas de Deus. Não é por um esforço mental, recitando alguma fórmula, repetindo uma oração, ou fazendo algum ritual. (Ex : repetir glória, glória, gloglo... = tijolo, tijolo )

• Devemos ouvir a palavra com fé e crer em no Senhor Jesus Cristo, que fez a promessa.

• Pedir com fé (não o Espírito que já foi dado, mas a experiência, o batismo o mergulhar no Espírito).

Lc 11:9-13 Mc 11:24 Jo 4:14-15

• Receber com fé Jo 7:37-39

• Deixar fluir com fé ( os rios de água viva ) ;(v38) Se render a Deus. Não resistir. Deixe fluir, dando graças a Deus, louvando falando em línguas. Se tiver que ajoelhar, ajoelhe. Se quiser chorar, chore. Se quiser rir, ria. Não tenha vergonha, não tenha medo.



Ele está em nós, mas pode agir ou não.

• Ele age quando dependemos dele, quando nos rendemos a Ele , quando nos esvaziamos de nós mesmos.

• Se formos soberbos, cheios de si, ele não encontra espaço e se cala. Ele não forçará nada.



Ao receber o batismo é necessário falar em línguas?

Muitos pensam que uma pessoa é batizada no Espírito quando começa a falar em línguas. Mas isto nem sempre é verdadeiro. Não há nenhum texto que fale claramente que só recebe o Espírito quem fala em línguas. Por isso devemos estar abertos para aceitar que alguém seja batizado sem falar em línguas. O falar em línguas é uma evidência, mas não necessariamente o batismo no Espírito Santo. Uma pessoa pode ser batizada no Espírito e não falar em línguas. Ela pode profetizar, glorificar a Deus em espírito, chorar de arrependimento, se quebrantar, dar vivas de júbilo e muitas outras manifestações. Mas mediante as evidências que encontramos no livro de Atos dos apóstolos, devemos considerar como exceção o fato de uma pessoa ser batizada no Espírito e não falar em línguas; e não como regra.

Vemos que isto aconteceu

• No pentecostes - (At 2:4).

• Na casa de Cornélio - (At 10:46).

• Com os doze efésios - (At 19:6).

• Sobre Paulo ( At 9:17 ) não diz nada, mas vemos em I Corintios que ele falava em línguas, e inclusive queria que todos falassem (1Co14:5;18).

Normalmente quando a pessoa não fala em línguas é porque existe algum bloqueio. A nossa mente nesse caso atrapalha. Ficamos tentando entender o que acontece e impedimos a manifestação do Espírito. As vezes por medo, as vezes por religiosidade.

O batismo com o Espírito Santo é a mesma

coisa que ser cheio do Espírito Santo?

Quando a bíblia fala se ser cheio do Espírito Santo, nem sempre ela está falando de uma mesma experiência. No texto original, em grego, aparecem duas palavras diferentes descrevendo experiências diferentes, mas quando foram traduzidas para o português usou-se uma única palavra (cheio) como se fosse uma única experiência.

A primeira palavra é PIMPLEIMI: Aparece em, Lc 1:15; Lc 1:41;Lc 1:67-68; At 4:31 ;At 4:8;At 9:17;At 13:9-11. Ela significa ficar cheio.

• Dá a entender que antes não estava.

• É uma experiência repentina, momentânea.

• Não é contínua

• É para cumprir um determinado propósito.

• É o revestimento de poder para profetizar, testemunhar, fazer a obra de Deus.

A segunda palavra é PLEIROS: Aparece em ,Lc 4:1;Ef 5:18;At 6:3;At 7:55;At 11:24. Esta palavra significa ser cheio.

• Não como uma experiência momentânea

• De maneira continua

• Estar sempre cheio.

• Não está relacionada com uma obra a fazer, mas com uma vida no Espírito.



As diferenças :

• Os textos em que aparece a palavra PIMPLEIME dão a idéia se ser enchido de fora para dentro, o que combina com as palavras caiu, e derramado.

• Já a palavra PLEIROS dá a entender um enchimento de dentro para fora.

• A primeira é um derramamento.

• A segunda é um transbordamento

• A primeira nos dá poder.

• A segunda nos dá vida, nos enche de vida.

• A primeira dá poder para testemunhar falando de Cristo.

• A segunda é para mostrar o caráter de Cristo.

• A primeira nos capacita a manifestar os dons do Espírito descritos em ICo 12:7-11

• A segunda nos capacita a manifestar o fruto do Espírito descrito em Gl 5:22-23

• A primeira é uma experiência definida.

• A segunda é um processo de crescimento.



A maior diferença é que:

1-A primeira, se recebe na porta, sem nenhuma condição a não ser arrependimento e batismo.

2-A segunda, requer um contínuo esvaziamento de si mesmo, uma contínua operação da cruz de Cristo, um quebrantamento contínuo aceitando o governo de Deus.







BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

FRUTO DO ESPÍRITO SANTO x REVESTIMENTO DE PODER

FRUTO DO ESPÍRITO: karpov karpos pneuma pneuma

O CRISTÃO: O homem no qual habita o Espírito Santo! Santificado como o Tabernáculo Santo, por dever guardar a Santidade do Seu Templo interior (ICo.6:19 ; Rm.12:1).

O Espírito Santo opera na alma gradualmente; fé fortalecida pelas provas e amor fortificado pelas dificuldades e tentações. O Evangelho que foi o nosso Novo Nascimento, continua a ser nosso Crescimento na Vida Cristã. O Espírito Santo age diretamente sobre a alma, produzindo virtudes especiais do caráter cristão conhecidos como fruto do Espírito (GI.5:22-3).



A obra do Espírito é progressiva, de dentro para fora, atacando falhas e fazendo um dia, o homem ser perfeito, glorificado e resplandecente pelo Espírito Santo. Essa é a regeneração para a vida eterna.

REVESTIMENTO DE PODER: enduow enduo dunamiv dunamis - Jesus: Encarnado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, mas batizado no Espírito Santo, como adulto: E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus. (LC 1:35 ; MC 1:7) - E João pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas alparcas. Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo. E aconteceu naqueles dias que Jesus, tendo ido de Nazaré da Galiléia, foi batizado por João, no Jordão. E, logo que saiu da água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia sobre ele. E ouviu-se uma voz dos céus, que dizia: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo. E logo o Espírito o impeliu para o deserto. Batismo no Espírito Santo antes do Batismo nas Águas: (At.10:44-Cornélio e sua família):E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus. Respondeu, então, Pedro: Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo? E mandou que fossem batizados em nome do SENHOR. Então rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns dias. (Batismo de Paulo):At.19:7- Manias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o SENHOR Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado. Batismo no Espírito Santo após o Batismo nas águas - (At.19:1-Paulo e alguns discípulos em Éfeso) - Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam. E estes eram, ao todo, uns doze homens.

a) Sua natureza:Mas recebereis a virtude do Espírito (At.1:8);

1) Poder para servir;não a regeneração para a vida eterna.(Espírito vem, repousa, enche).

2) Essas palavras de Atos, foram dirigidas a homens que já estavam em íntima relação com Cristo. Foram enviados a pregar; armados com poder espiritual (Mt.10:1).(At.8:12-16)-Pessoas batizadas nas águas em Cristo,receberam o Espírito Santo dias depois.Existe a possibilidade de uma pessoa estar em contato com Cristo e ser seu discípulo, mas carecer do revestimento especial.

3) Houve manifestação especial (At.2: 1-4), dessa promessa (AI. 1:8), com falar em outros idiomas(Sobrenatural)-At.10:44-46; 19:1-6 e 9:14-19.

4) Esse revestimento é descrito como batismo (At.1:5) Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Quando Paulo fala que há um só batismo, se referia ao batismo literal nas águas. (Ef.4:5)-Tanto os judeus como os pagãos praticavam lavagens cerimoniais, mas o batismo anunciado por João era o batismo cristão, realizado uma única vez.

5) Batismo é usado para experiência espiritual porque é a imersão no poder vitalizante do Espírito, descrevendo como ser cheio do Espírito Santo.

b) Características Especiais:É claro que a pessoa não pode ser cristã sem ter o Espírito(Rm.8:9); todas as pessoas regeneradas têm o Espírito, então, que há de diferente no Batismo no Espírito Santo?E claro que é o mesmo Espírito que regenera(conversão), santifica(produzindo fruto do Espírito), dá vigor, ilumina e reveste de dons espirituais.

ATENÇAO: Existe um propósito especial de dar energia à natureza humana para o serviço da obra de Deus.

Poder que vem do céu, produzindo efeitos extraordinários. O batismo com o Espírito Santo é um batismo de poder, de caráter especial, que nem todos os cristãos têm experimentado, ainda.

LÍNGUAS ESTRANHAS – Evidência na igreja primitiva por necessidade da época (1 Co.12:30), mas após o batismo sempre aparece algum dom.

c) Evidência inicial:Acompanhada da expressão oral repentina e sobrenatural.

A glossolália(o falar em línguas)era o dom mais popular dos primeiros séculos da igreja(1 Co.14).

A recepção do Espírito Santo não é uma cerimônia, nem teoria doutrinária, mas uma verdadeira experiência. (Língua Estranha no NT: Mc.16:17; At.2:3-1 1;At.1O:46; At.19:6; 1 Co.12:10).



O Novo testamento estava em processo de formação; O Espírito Santo precisava ajudar as igrejas a se orientarem na verdade. Os apóstolos eram poucos, as igrejas distantes, os meios de transporte e comunicação vagarosos. As idéias se propagavam nos passos das pessoas e as igrejas em toda parte eram infestadas de falsos mestres, a afirmarem toda espécie de coisas a respeito de Cristo, sem nenhum registro escrito de veracidade. O dom de línguas, provavelmente, estrangeiras, em Corinto evidenciava que se um irmão se levantasse numa reunião e falasse em uma língua que os seus conhecidos soubessem que ele não havia estudado a língua, era clara evidência de que estava no domínio direto do Espírito Santo.



ESPÍRITO SANTO ( At 1. 5 ). " Vós sereis batizados com o Espírito Santo ..." Em algumas partes da Bíblia, o Espírito Santo é chamado de o "Espírito". Veja 1 Jo 3. 24; e 1 Co2.10. Entretanto , o nome que lhe é dado com mais freqüência é "Espírito Santo ". A ênfase aqui, recai sobre a santidade. O Nome, portanto, indica a Sua natureza santa. O Espírito Santo, igualmente é o Pai, Filho, pois Espírito Santo é o atributo divino do mesmo Deus, sendo a qualidade mais gloriosa, a sua santidade.

A designação "SANTO" afirma que nEle reside o fogo abrasador da pureza e da santidade do Deus Onipotente . O Espírito Santo descobre e condena o pecado, ( Jo 16.8 ). Pelo poder do Espírito Santo o crente é habilitado a viver uma vida vitoriosa sobre o pecado. Santidade é, portanto, uma característica distinta do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo. O Espírito é a santidade de Cristo em nós esperança da glória (Cl.1.26-28). Se Lho permitirmos cumprir em nós este mistério e no ministério particular, sentiremos a Sua ação divina iluminando, expondo e detestando em nós qualquer aspecto do pecado, induzindo-nos ao mesmo tempo a buscar a santidade. Assim, facilmente admitiremos que o Espírito Santo é a essência da santidade. Dele emana a santidade. Não esqueça, entretanto, que isto é diferente de algo que nós venhamos a realizar. É o Espírito em nós que opera essa bendita renovação, criando em nós um ardente desejo de santidade.

ESPÍRITO DE VIDA (Rm 8.2). "O Espírito de vida te livrou da lei do pecado e da morte". A vida que Jesus prometeu aos Seus servos nos vem através da agência do Espírito Santo. Por Ele, são destruídos o poder do pecado e da morte. Não somente isto; pela virtude do Espírito Santo também recebemos a cura das enfermidades. Além disso, conforme já estudamos, virá o dia quando, assim como o Espírito de Vida levantou da morte o Senhor Jesus, também trará à vida os nossos corpos.

O ESPÍRITO DE AÇÃO (Rm. 8.15,16; Gl. 4.5,6 ). À semelhança do que fazem muitos cristãos, com justa razão, você também se regozija no fato de ser herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo. É interessante sabermos que isso acontecerá pela ação do Espírito Santo que em (Rm 8.15) é chamado "o Espírito de Adoção". É mediante o testemunho do Espírito em nossos corações que nos sentimos realmente habilitados como filhos de Deus, com direito à Sua herança. "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rm 8.16).







Lição 08 - OS DONS ESPIRITUAIS I

1. O que são dons espirituais?

São capacidades divinas distribuídas pelo Espírito Santo a todo crente, segundo os desígnios e a graça de Deus.

Dons Espirituais – este nome vem de dois termos gregos, o primeiro “pneumatikos” indica “causado pelo Espírito”; o segundo “xarismatos” é um presente dado de graça e pela graça. Na Bíblia, os termos (às vezes juntos, às vezes separados) se referem a dons ou capacidades especiais de servir, dados por Deus a cristãos individuais. (Lawrence. Teologia da Educação p. 186)

São dons extraordinários que distingue certos cristãos, dando-lhes o poder de servir a igreja de Cristo, sendo este poder e estes dons o resultado da graça divina nas suas almas. (W.Taylor. Dicionário de grego do Novo Testamento p. 243)

Os textos-chave sobre os dons espirituais são Rm. 12:6-8; I Co. 12; Ef. 4:11; I Pe. 4:11. Podemos ver que não há no NT uma lista exaustiva de dons. As listas são diversas – uma com mais dons outras com menos dons; e nem em todas são citadas todos os dons; alguns são citados em certas passagens e omitidos em outras. É possível que haja mais dons espirituais do que aqueles que são mencionados nestas listas.

É importante observar diversas coisas acerca dos dons, em termos de serviço:

1.1. Eles foram concedidos pelo Espírito Santo. Talvez a melhor maneira de definir um dom espiritual é dizer simplesmente que um “dom” é a maneira do Espírito servir a outros através de você. Os dons não se baseiam em talentos ou capacidades naturais, mas depende totalmente da posição que o Espírito confere soberanamente a cada indivíduo no Corpo.

1.2. São concedidos a cada pessoa. A Bíblia deixa claro que cada membro do Corpo de Cristo tem pelo menos um dom espiritual (I Co. 12:4-7), que lhe dá condições de servir e contribuir para o proveito comum.

1.3. O serviço de cada pessoa é essencial. As passagens dos dons enfatizam o conceito de que o Corpo de Cristo é uma unidade interdependente, a contribuição de cada crente é indispensável (I Co. 12:22).

2. O Propósito dos Dons. Os dons espirituais têm como propósito a edificação do Corpo (Ef. 4:12); nunca devem dividir o Corpo de Cristo; devem mantê-lo unido. Eles são dados para equipar a igreja afim de que ela desenvolva seu ministério até que Cristo volte (I Co. 1:7; 13:10). (W. Grudem Teologia Sistemática p. 861)

3. Os dons são ferramentas para o Ministério e não se relacionam necessariamente com a maturidade cristã. Devemos reconhecer que os dons espirituais são dados a todo crente (I Co. 12:7, 11; I Pe. 4:11). Mesmo os cristãos imaturos recebem dons espirituais do Senhor – isso com certeza era evidente na igreja de Corinto, que tinha uma abundância de dons espirituais (I Co. 1:7), mas ainda era muito imatura em muitas áreas de conduta e doutrina (1Co 3.1). Portanto, dons espirituais não são necessariamente sinais de maturidade espiritual. Não devemos avaliar a maturidade espiritual com base nos dons espirituais. A maturidade vem quando se anda em comunhão com Jesus, e resulta em obediência às suas ordens diárias (I Jo. 2:6); o cristão é exortado a crescer na graça e conhecimento (IIPe. 3:18), ele deve crescer em santificação, amor, fé, esperança, etc.



DONS DE REVELAÇÃO

Você vai estudar agora o primeiro dos três grupos dos dons do Espírito, assim constituído:

A PALAVRA DA SABEDORIA (1Co. 12.8)

É bom que tenhamos uma definição de termos, quando discutimos esses assuntos espirituais. Não raro ouvimos de alguém a frase: "o dom da sabedoria". Não é desta maneira que a Bíblia se refere a essa dádiva divina. O que lemos é: “Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria” (1 Co 12.8 ).

Considerando este importante assunto, atentemos

bem para os três tipos de sabedoria;

1. A sabedoria humana, que se limita aos interesses desta vida;

2. A sabedoria satânica, que é sempre usada com propósitos definitivamente malignos;

3. A sabedoria divina, que é empregada objetivando os melhores meios para o engrandecimento do Reino de Deus.

O dom da Palavra da Sabedoria se baseia no fato de que Deus, na Sua presciência, tem perante Si fatos e ocorrências da terra e do céu, do presente e do futuro, do tempo e da eternidade. Deus é consciente tanto das coisas que acontecem no presente como das que acontecerão num futuro mui distante. Esse conhecimento, inclusive do infinito, é realmente a expressão da sabedoria de Deus que, por sua vez, é comunicada pelo Espírito Santo a certos servos de Deus, através do dom da Palavra da Sabedoria.

O homem pode obter a sabedoria divina através do estudo cuidadoso das Escrituras, ouvindo mensagens inspiradas ou lendo obras escritas por homens de grande cultura espiritual, mas a Palavra da Sabedoria é dada sobrenaturalmente.

No Novo Testamento, esse dom de Deus se manifesta de maneira ampla, notadamente no ministério de Jesus. Manifestou-se quando Ele confundiu os seus opositores na questão acerca do batismo de João (Mt 21.24 ,25). Quando os seus adversários pretendiam surpreendê-lo no caso do pagamento de impostos a César, proferiu a insuperável sentença, conforme Mt 22.21. Jesus também prometeu dar aos seus seguidores (cf. Lc 21.15).

A Palavra da Sabedoria é, portanto, a participação parcial da infinita sabedoria de Deus, dada a conhecer através da instrumentalidade de um crente, para a solução de problemas.

É a habilidade de compreender e de transmitir as coisas mais profundas do Espírito de Deus, de compreender os mistérios cristãos, como também a capacidade de transmitir a outros esse conhecimento.

Está relacionado em primeiro lugar, com a capacidade de defender o evangelho. Em segundo lugar, ter a palavra de sabedoria significa ainda mais: ter sempre uma palavra prudente, a fim de esclarecer questões controvertidas. E, por último, é também saber o que é prático e correto para o funcionamento do Corpo de Cristo. Sabedoria é o dom do Espírito que nos mostra como usar o conhecimento.

A PALAVRA DO CONHECIMENTO (1Co.12.8)

A definição de Palavra do Conhecimento envolve uma implicação sobrenatural de fatos que, no momento, nenhum indivíduo, por nenhum modo, poderia aprender por meio natural. Quando Paulo diz; "ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência....", obviamente referiu-se àquelas palavras que nem ele nem outro homem entendiam por meio natural (1 Co 13.2).

A Palavra do Conhecimento é a revelação de ações e fatos que se baseiam no perfeito conhecimento de Deus.

À semelhança da Palavra da Sabedoria, a origem deste dom é a onisciência de Deus, que é um dos Seus atributos. A palavra tem numerosas instâncias nas quais os homens recebem conhecimentos de fatos que poderiam vir ao conhecimento humano tão somente através de um dom sobrenatural.

Muitos estudiosos acreditam que a Palavra do Conhecimento estava especialmente relacionada com o ministério de ensino na Igreja primitiva. Mas você não deve pensar que isto se refere à habilidade natural de análise lógica e de exposição. "A Palavra do Conhecimento” é sempre resultado da manifestação do elemento sobrenatural.

As faculdades intelectuais do homem são úteis ao trabalho, mas a "Palavra do Conhecimento" vem por concessão, por intermédio do Espírito Santo.



É a capacidade dada por Deus para descobrir, coletar, analisar e formular informações e idéias importantes para o crescimento do Corpo de Cristo. Significa descobrir, acumular informações e esclarecer verdades valiosas para a edificação e instrução teológica e espiritual da igreja. Podemos ver explicitamente este dom na vida de Paulo (2Pe 3.15,16). A palavra que aparece no texto de Pedro, relacionado à habilidade espiritual de Paulo, é sabedoria. Mas o contexto deixa claro que o dom ao qual Pedro se refere – e que Paulo possuía – era o de conhecimento. Paulo, portanto, tinha a palavra de conhecimento; ele acumulava, descobria, esclarecia informações valiosas para o Corpo de Cristo.



DISCERNIMENTO DE ESPÍRITO (1Co.12.10)

Muitos falharam na concepção real de discernimento dos espíritos. Pensam erradamente que este dom se relaciona com o julgamento das relações humanas. Para facilitar a sua definição, veja o que o dom de discernimento de espírito não é:

1. Discernimento de espírito não é habilidade para descobrir faltas alheias.

2. Discernimento de espíritos não é capacidade para ler os pensamentos das pessoas.

3. Discernimentos de espíritos nada tem a ver com os fenômenos espiritistas.

4. Discernimentos de espíritos não tem relação com a psicologia.

Todas estas coisas podem ser praticadas por pessoas puramente ignorantes quanto às operações sobrenaturais do Espírito de Deus. O dom de discernir espíritos não é meramente perspicácia natural.

A Natureza do Dom de Discernir

Deve ser acentuado que a operação deste dom, como de todos os outros, está no domínio do sobrenatural. O sentido etimológico da palavra grega “diakrino” é: "separar, distinguir uma coisa da outra, examinar, julgar de perto, julgar perfeitamente". Em relação às ações puramente naturais dos homens, isto significa simplesmente habilidade natural, mas para julgar os espíritos precisamos ser ajudados por Deus.

Discernimento é o atributo de Deus pelo qual Ele conhece absolutamente todas as coisas e tem autoridade para julgar. Por esse poder e conhecimento, Deus pode julgar a todas as coisas com retidão e justiça. Leia cuidadosamente 1 Cr 28.9 ; Jr 17.10.



É a capacidade espiritual para discernir com segurança se um determinado comportamento tem origem divina, humana ou diabólica. É a capacidade de discernir entre a presença do Espírito Santo e de demônios na vida de uma pessoa. Existem falsos profetas e espíritos enganadores; e até mesmo o próprio Satanás pode se transformar em anjos de luz... (II Co. 11:14-15).

Espiritismo, ocultismo, adoração a Satanás e atividades dos demônios têm aumentado rapidamente no mundo ocidental. Ensinos falsos (Paulo chama doutrinas de demônios I Tm. 4:1; cf. I Jo. 4:1) acompanham seu surgimento.

- Instância de Sua Operação.

Pedro denunciou a Simão, o mágico, descobrindo a condição do seu coração imperfeito. Simão lograra enganar outros crentes com sua aparente piedade, mas foi desmascarado diante da manifestação do dom de discernir. (Leia At 8.23).

Paulo discerniu que Elimas era um "filho do Diabo” e pela palavra da autoridade lhe impôs o julgamento de Deus (At 13.6-12). Outra vez, em Filipos, a moça possessa de um espírito de adivinhação seguia a Paulo e Silas, gritando: “Estes homens são servos de Deus Altíssimo". Mas Paulo desmascarou o espírito do demônio como um inimigo e expulsou-o (At 16.16-18).





- A Necessidade de Hoje.

Muitos cristãos nos dias atuais estão visivelmente desapercebidos quanto a fatos do reino espiritual. Esse dom pode revelar a uma congregação do povo de Deus, cheia do Espírito, a origem de qualquer manifestação sobrenatural. Somos avisados, pela palavra do Ssnhor, que estes tempos são caracterizados por uma tremenda influência sobrenatural satânica. Predominarão as falsas doutrinas propagadas pela sedução de espíritos demoníacos (1 Tm 4.1). Também os dias de tribulação serão marcados por milagres de Satanás (2Ts 2.9; Ap 13.14). A mais disto, as Escrituras nos advertem que nos últimos dias muitos poderão ficar impressionados com operações satânicas sobrenaturais, que enganarão, se possível, até mesmo os escolhidos (Mc 3.22).

É claro que, em qualquer situação, somente um dos três espíritos pode agir. O Espírito Santo, o espírito humano ou o espírito do mau. O dom do discernimento de espíritos nos habilitará a conhecer o espírito que opera.

CONCLUSÃO

1- Dons espirituais são capacidades divinas distribuídas pelo Espírito Santo aos crentes.

2- O propósito dos dons espirituais é a edificação do Corpo de Cristo.

3- Os dons são ferramentas para o ministério e não se relaciona necessariamente com a maturidade espiritual.

4- O dom de sabedoria é a capacidade de compreender e transmitir verdades espirituais; de defender o evangelho e de sempre ter uma palavra prudente, a fim de esclarecer questões controvertidas.

5- O dom de conhecimento é a capacidade dada pelo Espírito Santo para descobrir, coletar, analisar e formular idéias importantes para o ensino, edificação e crescimento da Igreja.

6- O dom de discernimento é a capacidade de julgar perfeitamente. É a capacidade espiritual para julgar com segurança se um determinado comportamento tem origem divina, humana ou diabólica.

Lição 09 OS DONS ESPIRITUAIS II

DONS DE ELOCUÇÃO O DOM DA PROFECIA (1 Co 12.10):

Três dos dons mencionados em 1 Co 12.8-11 têm relação com a palavra falada. Destes, a profecia ocupa o primeiro lugar. A profecia tem sido definida como "falar na própria língua sob a inteira unção do Espírito Santo". O dom de profecia, de acordo com 1Co 14.3, é aquele que diz uma palavra direta do Senhor, palavra essa que exorta, consola e edifica. Aquele que tem o dom de profetizar é capaz de proclamar e tornar conhecida a vontade de Deus aos homens. Profetizar é dizer algo que Deus traz de modo espontâneo à mente.

Uma pregação inspirada pode ter um elemento profético, contudo a profecia é inteiramente diferente da pregação ordinária. "Profecia é a voz através da qual falam a sabedoria e a fé. É a voz do Espírito Santo".

Observe agora alguns pontos interessantes a respeito da profecia e seus propósitos, como se segue:

A Profecia nem sempre é Predição. Muitos ministros podem testificar de ocasiões quando no meio de um sermão, subitamente o Espírito veio sobre eles de maneira fora do comum, e, por um bom período de tempo, foram tomados por este poder, proferindo verdades em que não pensaram, nem entenderam antes. Deve ter sido alguma instância de predição, mas nem sempre a profecia tem função preditiva.



Não tem a finalidade de estabelecer normas. É interessante observarmos que não há coisa alguma no Novo Testamento que indique ser a função dos profetas na Igreja a de servirem como guia no sentido em que os profetas se dirigiam a Israel na antigüidade, por um regime de "consultas ao Senhor". Há, de fato, exemplos tais como a profecia de Ágabo, acerca da fome que viria ( At 11.28 ), e quanto ao que aconteceria a Paulo em Jerusalém quando o profeta predizia claramente o que iria acontecer ( At 21.11 ). Mas é significativo que ele não proferiu uma palavra de direção; o modo de proceder ficou a critério da Igreja. (Donald Gee, Acerca dos dons Espirituais). Os discípulos é que resolveram quanto às providências a serem adotadas.



A profecia tem função preditiva, e não diretiva. O profeta limitou-se a predizer as tribulações que sobreviriam ao apóstolo em Jerusalém. Quanto aos conselhos para que Paulo "não subisse a Jerusalém", Lucas deixa bem claro que eram dele e dos demais amigos de Paulo. Não duvidamos que o próprio Ágabo, na qualidade de amigo de Paulo, concordasse em aconselhá-lo a evitar a ida a Jerusalém. No entanto, prevaleceu a vontade de Paulo e por fim concordaram com ele, dizendo; "Faça-se a vontade do Senhor (At 21.12-14). Certamente, Ágabo não ficou ressentido, atribuindo ao apóstolo uma atitude rebelde. Como profeta que realmente era, sabia que a missão que lhe fora dada pelo Espírito Santo, era apenas predizer o que aconteceria a Paulo, não para que esse fugisse à determinação de Deus a seu respeito, mas para que Paulo se preparasse para aquela fase perigosa do seu ministério. O objetivo da profecia foi alcançado, entendemos por estas palavras de Paulo em At 21.13. (Leia também At 19.21; 23. 11).



Não é Infalível. Atente bem para este assunto, pois muitos não o admitem facilmente. O dom de profecia é somente Deus quem fala. Em alguns casos isto pode ser verdade, mas cabe aqui uma explicação; se o dom de profecia é inteiramente uma operação de Deus, sem participação alguma do homem, não seria necessário qualquer instrução quanto ao exercício do mesmo. Deus não necessita de instrução. A inspiração divina não excluí a participação do espírito humano. O Espírito de Deus é infalível, mas o do homem não o é. Como prova disto, em sua instrução Paulo afirma “o espírito dos profetas está sujeito aos profetas” (1 Co 14. 32 ). É claro que o Espírito de Deus não está sujeito aos profetas. Há, portanto, a participação do imperfeito espírito humano na profecia. Se não houvesse, não haveria perigo de falhas nem necessidade de ser submetido a julgamento (1Co. 14.29-33).



A Importância da Profecia. Tudo o que você está estudando merece sua melhor atenção. Leia 1 Co 14.1 e 39 e considere que Paulo dá à profecia o primeiro lugar entre os dons de elocução. Tem algo de diferente e de comparável com o ministério do ensino. Este é um apelo ao entendimento, ao intelecto.



A profecia ministra verdadeira exortação, edificação e conforto aos crentes. Veja 1 Co 14.3 . Nos descrentes, pode produzir pungente convicção (1 Co 14.20-25). Exortação é uma fase distinta do dom de profecia (1 Co 14.3). É dignificada por ser chamada um dom - carisma. Constitui o apelo emocional característica dos sons de elocução, não em uma exploração emocional, como um desprendimento brusco, irresistível, dos sentimentos, mas em uma emanação controlada, numa demonstração sincera de zelo espiritual, em vibrantes palavras dirigidas pelo Espírito ao pecador ou ao santo, com instância para retorná-lo do erro à verdade, da impiedade à justiça, à obediência e a fé..." (Ralph Riggs).



O DOM DE LÍNGUAS –glossolalia - (1 Co 12.14)

Esse dom, diz Donald Gee, "é o poder de expressão vocal em línguas desconhecidas ao que fala, concedido a certos indivíduos na Igreja, pelo Espírito de Deus, capaz de ser interpretado por meio de outro dom, igualmente sobrenatural, de modo que tais expressões tornam-se desta forma, inteligíveis a toda a congregação. Falar em línguas estranhas é orar ou louvar em sílabas não compreendidas pelo locutor. É o poder de falar sobrenaturalmente em uma língua nunca aprendida por quem fala”.

1. Palavras de oração ou louvor dirigidas a Deus. Essa definição indica que falar em línguas é principalmente um discurso dirigido a Deus. Assim, é diferente do dom de profecia que, com freqüência, consiste em mensagens pronunciadas por Deus para as pessoas na igreja (I Co. 14:2), e se não estiver presente no culto um interprete, Paulo diz que o indivíduo com o dom de línguas deve ficar calado, falando consigo mesmo e com Deus (I Co. 14:28).

Com base em I Co. 14:14-17 onde Paulo caracteriza o discurso em línguas como oração e ação de graças, v. 28, falar em línguas é oração ou louvor dirigidas a Deus, brotando do “espírito” da pessoa que está falando. (GRUDEM Teologia Sistemática p. 910,911)

2. Orar com o espírito, não com a mente (I Co. 14:14-15) – Aqui Paulo não está falando do Espírito Santo orando por nosso intermédio. O contraste entre “meu espírito” e “minha mente” no versículo 14 indica que é do próprio espírito humano de Paulo que ele está falando, do aspecto imaterial do seu ser. Quando ele usa esse dom, seu espírito fala diretamente a Deus, ainda que sua mente não precise formular palavras e frases, nem decidir por que assunto orar. Paulo vê esse tipo de oração como uma atividade que ocorre na esfera espiritual, pela qual nosso espírito fala diretamente a Deus, mas nossa mente é de algum modo desviada, não compreendendo nossa oração.

3. Não estático, mas autocontrolado (I Co. 14:27-28). Alguns dos elementos extremos no movimento pentecostal admite condutas frenéticas e desordenadas nos cultos de adoração e isso, na mente de alguns, tem perpetuado a noção de que falar em línguas é um tipo de discurso estático. Mas esse não é o quadro apresentado no NT. Mesmo quando o Espírito Santo desceu com poder no Pentecostes, os discípulos foram capazes de parar de falar em línguas para que Pedro pudesse pregar seu sermão à multidão reunida. Aqui, Paulo orienta que os que falam em línguas revezem-se e limita o número a três, indicando claramente que os que falavam em línguas estavam cientes do que acontecia à sua volta e eram capazes de se controlar, só falando quando chegava sua vez, quando ninguém mais estivesse falando. Se não houvesse ninguém para interpretar, era-lhes fácil manter silêncio e se calar. Todos esses fatores indicam elevado grau de autocontrole, não se sustentando a idéia de que Paulo entendesse as línguas como algum tipo de discurso estático. GRUDEM, Teologia Sistemática p. 913)

4. Línguas sem interpretação – Paulo fala de orar em línguas quando diz : “Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”. (I Co. 14:15). Isso legitima a prática de cantar em línguas, de maneira pública ou privada. Mas aplicam-se ao cantar as mesmas regras que se aplicam ao falar: se não houver interprete, só deve ser feito em particular (cf. I Co. 14:5).



5. Línguas com interpretação: edificação para a igreja (I Co. 14:5).



6. Nem todos falam em línguas (I Co. 14:29-30). O dom de língua assim como os demais dons, é distribuído em conformidade com a vontade do Espírito Santo. O texto bíblico diz “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando o bem comum. Pelo Espírito, a um é dado a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra de conhecimento(...) a outro variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, como quer” (1Co 12.7-11). As perguntas retóricas que o Apóstolo Paulo faz nos versículos 29 e 30 requer um não como resposta: São todos apóstolos? (não) São todos profetas? (não) - Todos falam em línguas? (não). Sendo assim, concluímos que nem todos falam em línguas. Os dons são distribuídos à igreja, e cada cristão recebeu pelo menos um dom, mas necessariamente que todos recebam o mesmo dom.



7. Cuidados com o dom de língua. É bom sabermos que o falar em línguas pode vir do Espírito Santo, de fatores psicológicos e de demônios. Por isso, é necessário o dom de discernimento, para discernirmos se a língua falada procede do Espírito, de fatores puramente humano, ou de demônios.

a) Não devemos considerar o dom de línguas como o ponto alto da maturidade cristã. Milhões de cristãos maduros nunca falaram em línguas, e muitos do que falam em línguas não são maduros espiritualmente.

b) A Bíblia e a experiência nos advertem que facilmente pode haver abuso do dom de línguas e que pode ser até perigoso. Ele, muitas vezes, tem levado, por exemplo, ao orgulho espiritual.

c) Podemos mencionar ainda outros perigos: (1) divisões - línguas pode provocar divisões; (2) esquecimento dos outros dons - pessoas que dão muita ênfase ao dom de línguas acabam se esquecendo dos outros dons; (3) apresenta pouco interesse por uma vida santa e justa, pelo fruto do Espírito; (4) pouco interesse pela evangelização, etc.



INTERPRETAÇÃO DAS LÍNGUAS (1 Co 12.10):

O "dom de interpretação das línguas" é algo semelhante à interpretação de uma língua estrangeira por um hábil intérprete que explica o mesmo sentido numa língua que conhecemos. Há, contudo, algo muito mais importante que você vai estudar em seguida:

Como é feita a Interpretação

Não obstante à semelhança acima aludida, a interpretação das línguas estranhas é feita sobrenaturalmente. Esta diferença provém do fato de que as línguas estranhas são dom de Deus, e só podem ser interpretadas mediante outro dom igualmente sobrenatural.

Assim deve ser enfatizado que isto não é feito como quem traduz as palavras. O trabalho é realizado por intermédio do espírito humano, mas é originado e operado através do ministério do Espírito Santo.

A interpretação é dada não mediante a atenção prestada às palavras do que fala em línguas, e, sim, por meio de concentração em espírito com o Senhor, que dá a interpretação, mediante o aludido dom.

A Interpretação é Elocução Inspirada

Na interpretação, as palavras são dadas por revelação e seguem as regras da profecia e toda a elocução inspirada, vindo tanto por visão, como por outro meio escolhido por Deus, e de acordo com a sua infinita sabedoria.

Quando o "dom" de interpretação opera em consonância com o "dom" de línguas, os dois juntos são equivalentes ao dom de profecia.

Não há necessidade de Intérprete Oficial na Igreja.

Não há necessidade de intérprete oficial na Igreja neste particular. Algumas vezes a manifestação do dom pode sobrevir como uma mensagem a descrentes em uma língua que ele entende (I Cor. 14:22 a 25). Neste sentido, as línguas podem ser um sinal. Em outras ocasiões, pode haver nelas uma mensagem de edificação ou exortação para toda a Igreja. Em tais oportunidades, entretanto, deve haver interpretação. Sem a complementação desse dom, a mensagem em línguas não terá utilidade; não trará proveito à congregação. Seria uma violação da regra estabelecida por Deus, mediante Paulo.

O mesmo Espírito Santo que ungiu o crente para falar em outras línguas pode também ungi-lo para dar a sua interpretação. Esta é a forma que melhor satisfaz o ensino bíblico. (Veja I Cor. 14:13).

DONS DE PODER

Agora pedimos sua atenção para os "dons de poder", o terceiro trio dos dons descritos por Paulo em I Cor. 12.

O DOM DA FÉ (1 Co 12.9) - Você vai estudar um assunto fundamental. Merece cuidado por ser necessária para dar operação dos dons de curar e de operação de milagres.

Há muito o que estudar acerca da fé, em seu caráter humano e sobrenatural; de suas diversidades de operação, do seu modo de manifestar-se, sua intensidade nas vidas e ministérios de diferentes pessoas.

Atente para este importante assunto, considerando que há três tipos de fé: a fé natural, a fé comum, que opera para a salvação, e a fé como dom, que é propriamente o objetivo deste estudo.

Considere:

Fé Natural

O homem é obra prima do Criador, tendo sido criado com responsabilidades naturais de relacionar-se com Deus. Mesmo ao homem perdido Deus tem dado sabedoria natural. De igual modo, tem dado a fé ou capacidade para acreditar na Sua Existência e nas coisas invisíveis. Com este tipo de fé, o homem pode crer acertada ou erradamente nas coisas espirituais. Pode crer, mesmo sem obedecer ou seguir a Deus. A definição primária de fé natural é a capacidade que todo homem tem de crer em um Ser Supremo. Isto pode ter fundamento nas palavras de Paulo em Rm. 1:19,20.

Fé Comum

Aqui temos propriamente uma expressão bíblica. Paulo escreve: "a Tito, verdadeiro Filho, segundo a fé comum..." (Tt 1:4). Esta é a fé que opera para a salvação (Jd v.3). É certo que em Efésios 2.8 ela é descrita como um dom, mas nesta passagem, a palavra dom é usada em oposição às obras humanas, enquanto que em 1Co 12.9 a palavra usada significa uma “dotação especial do poder do Espírito”.

Observe o seguinte a respeito deste tipo de fé:

1. Vem pela pregação da Palavra de Deus e traz à pessoa a graça salvadora (Rm. 10:17; Ef. 2:8).

2. Mediante a oração no Espírito Santo, toma o caráter de fé santíssima e torna-se a firmeza do crente, (Jd. v.20). Não é especificamente a fé que opera milagres.

3. É evidenciada praticamente pela submissão a Deus e pela prática das boas obras ou pela obediência a Deus. (Lc. 17:5-10; Tg. 2:14-26). Leia cuidadosamente as referências.

Fé - Dom do Espírito

Além da fé natural e fé comum, há também a fé que é dom do Espírito e é este ponto que você vai estudar em seguida. Em certo sentido, toda a fé é dom de Deus, mas há a fé sobrenatural. Pode partir do nível natural, exceder aos limites do comum a todos os homens, tornar-se mais e mais poderosa, mediante as bênçãos recebidas como resposta às orações e chegar às culminâncias da definição bíblica (Leia Hb 11:1).

A fé tem dimensões indefinidas. A Bíblia fala de:

a. Fé pequena, Mt. 14:31;

b. Fé crescente, II Ts. 1:3;

c. Fé como grão de mostarda, Lc. 17:6;

d. Fé grande, Mt. 15:28.

O nosso estudo não comporta um comentário detalhado sobre estes aspectos da fé. O que expusemos tem por fim mostrar-lhe os diferentes estágios da fé e demonstrar que esse dom do Espírito é passível de progresso e de aprimoramento.

O dom da fé habilita o crente a aceitar como realidade todas as promessas de Deus e agir na certeza plena de que Deus vai cumprir a Sua Palavra. Desse tipo de fé poderosa e dinâmica necessitamos tremendamente em nossos dias. A fé que domina todo o poder do inimigo e liberta a todos os prisioneiros do Diabo. A fé que vence o poder das doenças e enfermidades. A fé que nos habilita a triunfar contra todo o poder do mal. A fé que nos dá a certeza de que Deus tudo nos suprirá, na hora da necessidade. Que abre as portas das prisões, que acalma o mar tempestuoso e dá ao cristão a certeza de uma vitória contínua em toda a sua vida. Isto é o trabalho sobrenatural do Espírito Santo.

Uma porção desta fé divina, que de fato é um dom do Espírito Santo derramado sobre a alma do homem, pode fazer até mesmo o que é aparentemente impossível. Eis o dom de fé. Não o confundamos, pois, com a "fé comum", que se manifesta para a salvação, logo que ouvimos a Palavra de Cristo (Rm 10:17).

Essa fé parece vir sobre alguns dos servos de Deus em tempos de crise e oportunidades especiais duma maneira tão poderosa, que são elevados fora do reino da fé comum em Deus, de forma que tem uma certeza posta em suas almas que os faz triunfar sobre tudo. Possivelmente é desta fé que Jesus fala em Marcos 11:22; cf. Mt. 17:20.

Trata-se da possibilidade de discernir os propósitos de Deus para o futuro, mesmo que as coisas se desencadeiam em condições desfavoráveis no presente. Paulo parece ter possuído este dom (cf. At 27:21-26).

DONS DE CURAR (1 Co 12.9): - O poder de curar é muito desejado, em virtude de ser um sinal eloqüente e ostensivo na confirmação da mensagem do evangelho, como também em razão da verdadeira simpatia cristã para com os sofredores e do desejo de proporcionar-lhes alívio, etc. À semelhança de todos os outros, esse dom está na dependência da soberania de Deus.

É uma capacidade especial de poder concedido pelo Espírito Santo a certas pessoas para curar enfermidades, e até mesmo pessoas que não têm nenhuma esperança de cura.

Dizer que uma pessoa tem esse dom significa que é usada por Deus de uma maneira sobrenatural para dar saúde aos enfermos por meio da oração. É um dom de sinal, de valor especial ao evangelista para atrair o povo ao evangelho (At. 8:6-7; 28:8-10). Não se deve entender que quem o tenha poder para curar a todos. Deve-se dar lugar à soberania de Deus e à atitude espiritual do enfermo. O próprio Cristo foi limitado de operar milagres por causa da incredulidade do povo (Mt. 13:58).

A respeito dos dons de curar, considere o seguinte:

A cura pode ser operada gradualmente. Se bem que há muitos casos de cura instantânea, há também muitos outros que não o são. Ou noutras palavras: a causa da ferida é eliminada pelo poder de Deus, mas não é sarada imediatamente. Talvez tenhamos exemplos disto no caso dos dez leprosos (Lc 17.11-19). Jesus os curou, porém mandou que fossem apresentar-se aos sacerdotes. Certamente não havia evidências de que já estavam curados. Obedeceram à ordem de Jesus e seguiram. Ao certo, não desapareceram logo os sinais da lepra, mas, à certa distância, viram que já estavam curados.

Estavam limpos. Sua fé aceitou a palavra do Senhor Jesus, e, consequentemente, a libertação da enfermidade, antes que vissem qualquer mudança em seus corpos ou mesmo em seus membros deformados.

Em tais casos de cura, o Senhor ensina importante lição. Ele quer que a nossa fé seja fundamentada em Sua Palavra, e não apenas em sinais e maravilhas que podemos ver com os olhos físicos. Duas ocorrências do ministério de Jesus podem elucidar bem este ensino (Veja Jo. 4:48). Em contraste com este exemplo de incredulidade, lemos as palavras do centurião (veja Lc. 7:7).

Os dons de Curar fazem parte de uma Categoria Especial

O texto não registra os dons de curar como significando que um homem possa possuí-los e assim esteja habilitado a curar todos os casos de enfermidades sem acepção. Antes, Deus tem feito residir na Sua Igreja as potencialidades para a cura de enfermidades.

O propósito dos "dons de curar" é naturalmente libertar das enfermidades os sofredores. Além deste, têm ainda um propósito mais elevado - a glória de Deus. Eles chamam a atenção para a majestade do poder de Deus pela confirmação de Sua Palavra. Contribuem para abrir os corações de tal maneira que muitos aceitam o evangelho da salvação.



O DOM DE OPERAÇÃO DE MILAGRES ( I Co 12:10 ) -A Magnitude do Dom. Operação de milagres é um outro dom de poder. É tão estupendo que se torna inconcebível à mente finita do homem. Entretanto, ele faz parte do ministério sobrenatural do Espírito Santo, através das vidas de crentes cheios do Espírito Divino.



Operação de milagres – (gr nergémata dunameon) literalmente operação de poderes sobrenaturais, ou atividades sobrenaturais (12:10). É uma capacidade espiritual que o Espírito Santo concede a certas pessoas para autenticar o ministério e a mensagem de Deus através de intervenções sobrenaturais que o glorifiquem; esse dom foi bem explícito na vida dos apóstolos.

Refere-se a qualquer tipo de atividade em que se evidencie o grande poder de Deus. Isso pode incluir respostas a orações por livramento de perigos físicos (como nos caso dos apóstolos da prisão em At. 5:19-20; 12:6-11), ou atos poderosos de julgamento contra inimigos do evangelho ou contra os que precisam de disciplina dentro da igreja (veja At. 5:1-11; 13:9-12), ou proteções miraculosas de ferimentos (como aconteceu com Paulo At. 28:3-6). Mais tais atos de poder espiritual também podem incluir poder para triunfar sobre a oposição demoníaca (como em At. 16:18; cf. Lc. 10:17).

Definição de Milagres

O dicionarista Webster dá a seguinte definição: "Um milagre é um evento ou um efeito no mundo físico, distinto das leis da natureza ou que sobrepuja ao nosso conhecimento dessas leis". A Bíblia é o livro dos Milagres; de fato, ela é o maior milagre. No Egito, Deus operou muitos milagres para a libertação dos israelitas. (Ex. 8:12). A separação das águas do Mar Vermelho, o maná que enviou ao povo no deserto, a água provinda da rocha em Refidim foram milagres realizados por Deus, por intermédio daqueles a quem Ele encheu do Seu Espírito (Ex. 14:17). A paralisação do sol, por intermédio de Josué (Js. 10:12); o machado que emergiu do fundo das águas, pela palavra de Elizeu.....(II Rs. 6:6); a sombra do sol que retrocedeu, atendendo à oração de Ezequias (II Rs. 20:9) - todos esses foram milagres testemunhados por muitos e estão registrados na Bíblia.



Os milagres do Novo Testamento

O Novo Testamento está cheio de milagres. Lemos de Jesus acalmando a tempestade Mt. 8:26; fartando a multidão faminta no deserto (Jo. 6:5); fazendo ver os cegos de nascença (Mt. 20:30); ressuscitando os mortos (Jo. 11:43,44). Igualmente, lemos de Pedro liberto da prisão (At. 12:7-11), sem qualquer intervenção humana, e dos milagres especiais de Paulo em Éfeso (At.19:8,20). Todos são autênticas demonstrações do poder sobrenatural de Deus.

A Necessidade dos Milagres na Igreja - O aumento das atividades de Satanás nestes dias requer da parte da Igreja o crescimento da fé e mais poder para que possa ser vitoriosa contra as forças do inferno. Permita Deus, nunca tenhamos que confessar, como seus servos no passado "Já não vemos nossos sinais..." (Sl. 74:9 ARC). Que Deus na Sua infinita graça, nos dias atuais levante homens e mulheres bastante humildes e consagrados, que possam ser usados no exercício deste maravilhoso dom do Espírito Santo.



Conclusão

Nesta lição, foram abordados os dons de elocução e de poder. Observamos também o quanto a Igreja necessita da operação destes dons. Não existe outro meio para ela avançar, a não ser através da operação do Espírito Santo, que lhe distribui os dons. O dom de profecia – é a capacidade de dizer uma palavra direta do Senhor, palavra essa que exorta, consola e edifica. Profetizar é dizer algo que Deus traz de modo espontâneo à mente. O dom de línguas - falar em línguas estranhas é orar ou louvar em palavras não compreendidas pelo locutor. É o poder de falar sobrenaturalmente em uma língua não aprendida por quem fala. Quem fala em língua edifica a si mesmo; por isso, deve falar diretamente a Deus. Caso haja interpretação toda a igreja é edificada. Interpretação de línguas – é a capacidade que o Espírito concede a determinados crentes para interpretar as línguas e transmitir de forma compreensível a toda a congregação. O dom de fé – habilita o crente a aceitar como realidade todas as promessas de Deus e agir na certeza plena de que Deus vai cumprir Sua palavra. Dons de Cura – é uma capacidade especial de poder concedida pelo Espírito Santo a certos crentes para curar enfermidades. O crente que tem este dom é usado por Deus de forma poderosa para dar saúde aos enfermos. Dom de operação de milagres – é uma capacidade espiritual que o Espírito concede a certos crentes para autenticar o ministério e a mensagem de Deus através de intervenções sobrenaturais que O glorificam. Refere-se a qualquer tipo de atividade em que se evidencia o grande poder de Deus.

Lição 10 O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

É um dom (presente) para todos os cristãos.

Algumas pessoas imaginam erroneamente que o batismo no Espírito Santo não é para todos, ou então que é algo muito difícil de ser alcançado, pois requer um nível de santificação muito alto até sermos “merecedores” desta bênção.

No entanto, as escrituras afirmam que esta é uma promessa (já consumada) para todos os cristãos.

Isto significa que você não precisa lutar por esta bênção, nem ficar aguardando até que Deus o julgue merecedor. Precisa simplesmente receber pela fé. Da mesma maneira que recebeu Jesus pela fé, receba também o Batismo no Espírito Santo.

O apóstolo Pedro, falando sobre o assunto, disse: “Porque a promessa vos pertence à vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” (Atos 2: 39).

O batismo no Espírito Santo fora profetizado no Velho Testamento por dois profetas, a saber: Isaías e Joel.

Isaías 44: 3, 4 : “Porque derramarei água sobre o sedento, e correntes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre a tua descendência; e brotarão como a erva, com salgueiros junto às correntes de águas”. Joel 2: 28- 30 : “Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo e colunas de fumo”.

Setecentos anos depois, João Batista é enviado para preparar o caminho de Jesus e reafirmar esta maravilhosa verdade dizendo: “Ele vos batizará no Espírito Santo e com fogo”.

Mateus 3: 11- “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo”.

Jesus também falou sobre a promessa do Batismo no Espírito Santo. Ele estava preparando os discípulos para sua ascensão e confortou-os falando sobre o Espírito que seria derramado.

João 7: 37- 39 – “E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios d’água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado”.

A promessa do Espírito Santo incluía os apóstolos e todos os que viessem a crer em Jesus.



O Espírito Santo Derramado.

O cumprimento dessa maravilhosa promessa aconteceu no dia de Pentecostes. Esta era uma festa realizada pelos judeus, na qual eles ofereciam ao Senhor as primícias das suas produções.

Naqueles dias, havia uma multidão de pessoas em Jerusalém que representavam 16 diferentes nacionalidades. Lá, também estavam os discípulos cumprindo a ordem do mestre conforme Lucas 24: 49 – “ . . . ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”. Eles oravam unanimemente e aguardavam a promessa quando, por volta das nove horas da manhã, veio do céu um ruído como de um vento forte e encheu a casa onde estavam, umas línguas como de fogo pousaram sobre suas cabeças e todos ficaram cheios do Espírito Santo e falavam noutras línguas. Exatamente como Jesus prometerá aos discípulos dizendo: “Convém-vos que eu vá, pois se eu não for, o ajudador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei”. (João 16: 17). Assim, o Pentecostes marcou essa transição de Jesus para o Espírito, ou seja, antes Jesus estava aqui na terra para nos guiar e ajudar, agora está o Espírito Santo. Está, e permanece.

O Que Significa o Derramar do Espírito Santo

Existem razões muito importantes para a descida do Espírito no Pentecostes.

A primeira está relacionada à uma questão histórica: Como já vimos, naquele lugar estavam reunidas várias nações. Isto aponta para o fato de que o espírito fora dado a todos os que cressem, até os confins da terra (Atos 1: 8).

A segunda mostra que: Se o Espírito foi derramado, isto atestava que o sacrifício de Cristo na cruz fora aceito totalmente pelo Pai.

A terceira nos revela que, se os crentes foram cheios do Espírito, dali para frente, aqueles que cressem também seriam totalmente aceitos por Deus e aptos para receber a mesma promessa.

Diferença Entre Ter o Espírito e Ser Batizado no Espírito

Recebemos o Espírito Santo quando nascemos de novo, ou seja, o Espírito veio habitar em nós assim que aceitamos a Cristo.

É o Espírito Santo que age na nossa vida, a fim de nos levar ao Senhor. É o Espírito que nos batiza no corpo de Cristo quando nascemos de novo e daí para frente passa a habitar em nós (1Co 12: 13).

Conhecemos esta verdade em 1 Coríntios 3: 16 – “Não sabeis vós que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?“. O verbo “habitar” está no presente e indica uma ação continuada. Isto quer dizer que: Aquele que nasceu de novo e foi lavado no sangue de Jesus recebeu o Espírito Santo. Este habita e continuará habitando no cristão.

Todo o cristão tem o Espírito Santo. Se não tem, não é salvo e precisa se converter (Rm 8.9).

Então, uma coisa é o crente ter o Espírito Santo, e outra coisa bem diferente é estar cheio ou ser batizado no Espírito Santo.

Na igreja podemos distinguir claramente crentes que tem o Espírito e outros que estão cheios do Espírito. Na conversão, o crente recebe o Espírito Santo, no batismo, o crente é cheio do Espírito.

Um crente pode ser salvo (tem o Espírito), mas não ser cheio do Espírito.

A carta de Paulo aos Coríntios nos fornece um bom exemplo desta situação. Em I Coríntios 1: 2 lemos: “...à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. Não há dúvidas que Paulo estava escrevendo para a igreja, portanto, crentes salvos em Cristo. Consequentemente tinham o Espírito. Mas no capítulo 3, em razão dos muitos problemas de pecado na igreja, o mesmo Paulo os chama de carnais (1Co 3.3).

Este é um exemplo muito claro de crentes que tem o Espírito, mas não são cheios do Espírito.



O Que Pode Impedir um Cristão de Ser Cheio do Espírito Santo.



1- FALTA DE CONHECIMENTO - Oséias 4: 6 diz que o povo de Deus é destruído por falta de conhecimento. Alguns cristãos simplesmente não conhecem nada sobre o batismo no Espírito Santo ou ainda pior, foram ensinados em suas igrejas que não existe batismo no Espírito Santo. Mas para isso não há desculpas, porque é só abrirmos a Bíblia no Novo Testamento e encontraremos muitas passagens sobre o assunto.

2- RESISTIR AO ESPÍRITO NO CORAÇÃO - Atos 7: 51 – “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; como o fizeram os vossos pais, assim também vós”.

3- ENTRISTECER O ESPÍRITO - Efésios 4: 30 – “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, nos qual fostes selados para o dia da redenção”.

O contexto mostra que nós entristecemos o Espírito quando permitimos que palavras torpes saiam da nossa boca ou quando vivemos deliberadamente no pecado.

4- APAGAR O ESPÍRITO - 1Tessalonicenses 5: 19 – “Não extingais o Espírito”.

Se nós nos endurecermos quando o Espírito quiser se manifestar, então estaremos impedindo a sua obra.

Apagamos o Espírito quando deixamos de praticar as coisas que nos enchem dele, a saber: a oração, intimidade com a Palavra, adoração no espírito, etc.

Na verdade, o pecado é que impede que o crente seja cheio do Espírito, principalmente aqueles que parecem não ter muita importância.

Quem Está Apto e Como Receber o Batismo no Espírito Santo

Toda pessoa que já recebeu Jesus como Senhor está apta para receber o batismo no Espírito Santo. Alguns recebem logo após a conversão, mas nunca antes, ou seja, é preciso crer em Jesus primeiro e depois ser cheio do Espírito.

Se uma pessoa já recebeu Jesus, ela já tem o Espírito Santo, pois, foi o Espírito que a levou até Cristo e a batizou no corpo de Cristo, entretanto ela agora precisa ser batizada ou cheia Dele. Isso pode ser claramente visto em Atos, capítulo 8: 5, 12, 14, 16 e 17. Note que os samaritanos já eram salvos antes da visita de Pedro e João. O verso 12 demonstra que eles haviam crido em Jesus e tinham sido batizados (nas águas).



Pedro e João não oraram pela salvação daqueles homens, mas oraram para que eles recebessem o Espírito Santo. Perceba que eles não oraram para que concedesse o Espírito Santo aos samaritanos. Oraram simplesmente para que eles recebessem.

Deus enviou o Espírito Santo no dia de Pentecostes e Ele tem estado aqui desde então. Deus não vai enviá-lo mais, Ele já está aqui. Imagine os apóstolos andando com Cristo e fazendo a seguinte oração: “Deus, envia-nos o Salvador! Não seria uma oração absurda? Assim também não devemos mais pedir à Deus que envie o Espírito Santo.

Ele já está aqui. Precisamos recebê-lo por fé.

Alguns cristãos erroneamente imaginam que nada se pode fazer para receberem o batismo no Espírito. Eles simplesmente aguardam até que Deus os julgue “dignos” ou santificados suficientemente para receber. Mas não é isso que as Escrituras mostram. Os discípulos tiveram que esperar em Jerusalém até que chegasse o grande dia, mas agora não precisamos esperar mais.

Assim como um ímpio não precisa esperar para receber salvação, da mesma maneira o cristão não precisa esperar para ser cheio do Espírito, pois tanto a salvação quanto o batismo no Espírito são dons de Deus para nós. A salvação para todo ímpio e o batismo no Espírito para todo cristão.

O Que é o Batismo no Espírito Santo?

A bênção de Pentecostes, porém, é para todo crente no Senhor Jesus (At. 2:39). E a bênção do batismo no Espírito não confere ao crente nenhuma imunidade ao pecado, nem qualquer superioridade sobre os demais, não absolutamente. Batismo no Espírito Santo é exclusivamente para o que já nasceu de novo e é “capacitação para trabalhar na seara do Mestre e trabalho específico de ganhar almas para o Reino”. Os apóstolos só começaram ganhar almas para o Reino depois do Pentecostes. Paulo foi batizado no Espírito Santo e logo começou a trabalhar para o seu novo Senhor (At. 9:17). Batismo no Espírito Santo é receber poder para testemunhar (At. 1:8).

Terminologia – há várias expressões para designar batismo no Espírito Santo, tais como: batismo, cheio, plenitude, derramar, etc. Todas, no entanto, apontam para a mesma bênção (cf. At. 1:5 e 2:4) – na primeira, Lucas, fiel historiador, conserva a linguagem de Jesus que é batismo no Espírito Santo; na segunda, ele, para descrever o cumprimento de Atos 1:5 usa a sua própria terminologia, que é “cheio do Espírito”. De onde se conclui que batismo no Espírito e cheio do Espírito são as mesmas coisas.

Você Precisa Querer

Se você é crente, aceitou a Cristo como seu Salvador pessoal, tem o Espírito Santo habitando em seu espírito. Mas, para ser cheio, precisa querer. Jesus disse em João 7: 37 – “Se alguém tem sede, venha a mim e beba”.

Note que Jesus disse: “Se alguém tem sede”. É necessário desejar, querer. Você precisa ter sede do Espírito. E se tem sede, o Senhor te diz: “Venha a mim e beba”. Você vai pela fé até Jesus e se enche do Espírito. Jesus não disse: “Venha e se esforce”. Ele não disse: “Venha e grite”; Ele não disse: “Venha e fale palavras rápidas até a sua língua ficar enrolada”; Ele não disse: “Venha e diga muitas vezes – glórias” . Jesus disse: “Venha e beba”.



Qual é a evidência do batismo no Espírito Santo?

Acreditamos que muitas pessoas ao serem batizadas no Espírito Santo podem falar em línguas estranhas, como evidência. Mas também entendo que esta evidência não pode ser absolutizada e colocada como norma para todos, como é defendido por alguns que afirmam que uma pessoa só recebe o batismo no Espírito Santo se falar em línguas, ou que todos que são batizados no Espírito falam em línguas. Além disso, é necessário deixarmos bem claro que não se faz doutrina em cima de experiências particulares (nem a Bíblia é de particular interpretação 2Pe. 1:20). Existem experiências que certos cristãos têm que outros não têm. O que acontece com determinada pessoa não quer dizer que pode acontecer com todas.

Jesus disse que receberíamos poder ao sermos batizados com o Espírito (At. 1:8). Só para falar em línguas? Não, mas para testemunhar, para pregar o evangelho, para nos envolvermos na obra de Deus, para servir ao Senhor. Qual é a certeza, então, que alguém é batizado com o Espírito? Ela tem testemunhado, pregado o evangelho com ousadia e poder? Ela tem sido um cristão fiel nos princípios bíblicos, compromissados com a causa do Reino? Se Jesus disse que o propósito do batismo no Espírito era poder para testemunhar, então, esta é a evidência do batismo no Espírito – poder para testemunhar.

Uma outra maneira de sabermos se somos batizados no Espírito é pela qualidade do fruto que temos produzido. Jesus disse que conheceremos os falsos mestres pelos seus frutos. Assim também sabemos que somos batizados no Espírito através dos nossos frutos. Qualquer pessoa batizada no Espírito produz bons frutos. E não podemos deixar de lembrar que o fruto do Espírito é o amor... (Gl. 5:22-23). Esse é o sinal mais evidente do batismo no Espírito Santo. Qualquer pessoa batizada nele deve possuir essas virtudes ou qualidades.

Outra maneira de sabermos se formos batizados no Espírito é se estamos glorificando a Cristo. A sua vida tem glorificado a Cristo? O Espírito Santo veio para glorificar a Cristo, portanto, uma pessoa batizada no Espírito glorifica a Cristo (João 16:14).

Também podemos ver que o dom de línguas é um dom igual aos outros dons que são distribuídos pelo Espírito à Igreja (I Co. 12:1-4). Neste mesmo capítulo o Apóstolo Paulo deixa bem claro que uma pessoa não tem todos os dons, nem todos falam em línguas, nem todos profetizam... basta observarmos as perguntas retóricas feitas pelo apóstolo (12:27-30).

Concluindo: Nem todas as pessoas que são batizadas no Espírito falam em línguas estranhas. Todo crente tem o Espírito Santo. Ele recebe no momento da conversão (Rm 8:9). Se ele tem o Espírito Santo, com certeza, tem algum dom espiritual. O batismo no Espírito Santo é o revestimento, a capacitação para por estes dons a serviço do Reino e para a edificação da igreja.

CONCLUSÃO

• O batismo no Espírito Santo é um dom (presente) para todos os cristãos.

• Há uma diferença entre ter o Espírito e ser cheio do Espírito.

• Um cristão pode se esvaziar do Espírito por causa das suas atitudes.

• Todo crente nascido de novo está apto para receber o batismo no Espírito.

• Para ser cheio do Espírito, você precisa querer.

• Para permanecermos cheios do Espírito, precisamos nos esvaziar do nosso “Eu” e praticar disciplinas espirituais como: Adoração, Oração, Meditação na Palavra e desenvolvimento do fruto do Espírito.

O batismo no Espírito Santo é um revestimento de poder que capacita o crente para testemunhar, para pregar o evangelho com poder e ousadia, viver uma vida santa e glorificar a Cristo.

Lição 11 O PODER DO LOUVOR E ADORAÇÃ

A ADORAÇÃO VERDADEIRA - João 4:23,24

Quando pensamos em adorar a Deus, geralmente imaginamos algo que emana de nós, a fim de expressarmos louvor às qualidades de Deus. Seja através da música, do serviço, da oração ou de outra forma de expressarmos adoração, pensamos que o louvor se origina em nós. A adoração verdadeira é produzida pelo homem e dada, com os devidos merecimentos, ao único Deus vivo e verdadeiro? Será essa a verdadeira adoração que Deus deseja receber do homem?



Definição de Adoração

O dicionário Aurélio define adoração como culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo dicionário define o verbete adorar como render culto a (divindade); reverenciar, venerar (Dicionário Aurélio Eletrónico). As palavras equivalentes a adoração no Velho Testamento significam ajoelhar-se a, prostrar-se (7812, Strongs) como em Êx. 20:5. As palavras equivalentes a adoração no Novo Testamento significam beijar a mão de alguém, para mostrar reverência; ajoelhar ou prostrar para mostrar culto ou submissão, respeito ou súplica (4352, Strongs) como em Mat. 4:10 e João 4:24.

Existe Adoração Falsa

• Existe adoração com forma mas sem substância. Nos últimos dias, como nos dias passados, falsos profetas virão (II Tm 3:1-8). Eles terão uma aparência de piedade (v. 5) e aprendem o que diz a Bíblia (v.7), mas, na verdade, negam a substância, o próprio poder da verdade (v.5) e são réprobos quanto àquela fé uma vez dada aos santos (v. 8; Judas 1:3,4). É fácil percebê-los, pois eles querem propagar somente as coisas aprazíveis (Is 30:10), fábulas (II Tm 4:3,4) e freqüentemente apregoam tradições dos homens como se fossem mandamentos de Deus (Mc 7:7,9). A adoração da forma correta leva-nos à essência da verdade, ao aperfeiçoamento (II Tm 3:16,17).

• Existe adoração com os lábios, mas não de coração. Essa adoração pode ter uma aparência impecável, como se o povo estivesse chegando a Deus, assentando diante dele como o povo verdadeiro de Deus, ouvindo as palavras de Deus, mas, por fim, o coração segue o pecado (Ez 33:31; Mt. 7:7; 15:8). Essa é uma adoração falsa. Em Isaías 1:2-17, o povo de Israel tinha oblações (v.13), orações e o levantar das mãos (v.15), aproximação a Deus (v. 12), reuniões solenes (v.13), holocaustos abundantes (v.11-13), mas não reconheciam o Senhor em seus corações. Isso era visto por Deus como iniquidade e maldade (v. 13-16) e Ele escondeu os Seus olhos deles (v. 15). A adoração ocupou os lábios de todo o povo, mas o coração deles estava longe de Deus. Não há adoração verdadeira se não houver a obediência de um coração singular e temente a Deus (Jr 9:23,24).

• Existe adoração com a lei, mas não com o espírito. Os fariseus eram religiosos que faziam tudo pela lei com a esperança sincera de deixar Deus o mais alegre possível. Socialmente eram bem aceitos. Religiosamente também. A cerimônia era exatamente conforme a lei que Deus estipulava, mas era uma adoração falsa. Deixaram o espírito da lei desfeito (Mt. 23:15,23). Por sinal, quando a Verdade passava por perto, os que adoravam por meio da letra da lei, zangavam -se. No fim da história, crucificaram a Verdade, para que pudessem continuar em adoração pela lei (Mt. 26:57-68; 27:1). Não podemos classificar como uma adoração verdadeira aquela que aborrece a Verdade.

•Existe adoração com ignorância e é tida como adoração falsa. Jesus, em a sua conversa com a mulher Samaritana, chegou a dizer-lhe que os Samaritanos adoram ao que não sabem (Jo 4:22). A instrução de Cristo é: que se não está adorando em espírito e em verdade, não está adorando ao Seu agrado (Jo 4:24). Jesus disse que os Fariseus erraram praticando seus ensinamentos com ignorância da verdade (Mt. 22:29, “Errais, não conhecendo as Escrituras ...”). Paulo notou a existência da adoração com ignorância. Em Atenas ele viu um altar, “AO DEUS DESCONHECIDO”. Ele julgava que isso não era adoração verdadeira, mas superstição (At 17:22,23). Se a adoração não é baseada na verdade das Escrituras, é uma adoração falsa.

• Existe adoração com sacrifício, mas não com obediência. O Rei Saul foi instruído para que destruísse completamente os Amalequitas. Tudo: homem, mulher, crianças e animais deviam ser destruídos. Nada deveria ser perdoado. O Rei Saul foi à cidade e feriu-a, mas tomou o Rei Agague, rei dos Amalequitas, vivo, como também o melhor das ovelhas e das vacas, e também as de segunda ordem. Quando encontrou-se com o Rei Saul na volta da campanha de guerra, Samuel perguntou-lhe se a palavra do Senhor foi obedecida. O Rei Saul disse que sim. Mas os balidos das ovelhas e o mugido das vacas veio aos ouvidos de Samuel. Saul explicou que estas foram poupados porque podiam ser oferecidas ao SENHOR, em Gilgal. Samuel explicou que essa é uma adoração falsa, pois o obedecer é melhor que o sacrificar, e o atender melhor que a gordura dos carneiros (I Sm 15:3,8-9,14,21-22). As ações do Rei Saul tinham o aval do público. Todos estavam contentes por terem o estômago cheio, e, também tinham agora as riquezas dos Amalequitas. Humilhar o rei pagão era gostoso. Porém, apesar do grau de aceitação humana da ação, deve se levar em conta o fato de que só a obediência completa aos olhos de Deus, é adoração verdadeira.

• Existe adoração com intenção pura, mas que não vale como adoração verdadeira. Saulo de Tarso tinha a melhor das intenções na destruição dos crentes, mas era uma adoração falsa (At 22:1-5; Fp. 3:4-6). Quando o Rei Davi quis trazer de volta a arca da promessa, ele tinha intenções puras. Ele e todo o povo de Deus estavam empenhados em fazer o que achavam correto segundo Deus. Tinham a intenção de levar a arca da terra dos inimigos sujos e pagãos à terra de Deus. Sendo assim, não fizeram da maneira correta e Deus ministrou morte entre eles, por misturarem a sabedoria humana em meio à adoração e pensarem que era agradável a Ele (II Sm 6:1-8). Deve ser a mesma coisa entre os religiosos em Mateus 7:15-23. Na adoração verdadeira, a intenção não é o que vale mais, mas, a obediência em amor. Nenhum destes exemplos, apesar da aceitação por parte do povo, foram aceitos por Deus. Todavia eram abomináveis e uma desgraça para Ele. Foram repreendidos por Deus, às vezes, até a morte. Agora, pelos exemplos citados, estamos informados de que aquilo que queremos dar ao Senhor pode ser uma abominação para Ele. Em verdade, a adoração verdadeira não é aquilo produzido pelo homem e dado, com os devidos merecimentos, ao único Deus vivo e verdadeiro. Aquilo que é produzido pelo homem é contaminado pela natureza do homem, o pecado, e pela mente limitada do homem.

Existe Adoração Verdadeira João 4:23,24.

É muito claro o que Deus procura no assunto de adoração. Ele quer ser adorado em “espírito e em verdade”. O que cria confusão entre os que querem adorar é a falta de coerência entre a teoria e a prática. Podemos entender melhor este assunto se entendermos o próprio espírito do homem.

A Adoração Verdadeira - Em Espírito

Por causa destas duas naturezas habitarem no crente, há conflitos. Uma natureza deseja os prazeres da carne e batalha contra a outra que vive segundo a justiça e a santidade (Rm 7:23,24; Gl 5:17). As tentações vêm ao crente através da sua carne (I Co 10:13; Tg 1:13-15). O crente é justificado eternamente por Jesus Cristo (Jo 3:16; 10:28,29; Hb 9:12, “eterna redenção”), mas vive confessando seus pecados para ser purificado em seu viver no mundo (I Jo 1:9; Pv 4:18).

A adoração que agrada a Deus não é produto dos esforços do homem natural mas fruto do Espírito Santo que está no novo homem. Isso é o que significa “adorar em espírito”.



Só o que é produzido por Deus é aceito por Ele, pois o que o homem natural toca, suja. Para podermos adorar a Deus verdadeiramente temos que estar “em espírito”, movidos e feito por aquela nova natureza nascida de Deus no crente. Isto seria visto naquele que é separado do mundo e obediente à Palavra de Deus. A adoração movida pelas emoções da carne e pelas maneiras e métodos de culto inventados pelo homem, mesmo que sejam dirigidas a Deus, são vãs e não aceitas por Ele, já que não são dEle. O que Deus aceita é feito por Ele e evidenciado pela santidade, silêncio, temor e por uma crescente obediência (Sl 97:10; Hb. 2:20; Mt. 7:21; Rm 8:27; Fp 1:6; 2:13).

A Necessidade da Verdade

O homem sempre precisa ter um equilíbrio. Por ele ter as duas naturezas, é preciso ser sempre lembrada a influência que a natureza pecaminosa pode exercer no crente. Por isso, há tantos versículos na Bíblia sobre a necessidade do Cristão ser vigilante e sóbrio (I Ts 5:6; I Pe 5:8) despertado do sono (Rm.13:11-14) e ser espiritual (Mt. 26:41; Gl 5:16,17,24-26; Ef 5:14-21). Também, por termos um inimigo astuto, cheio de ardis (Gn. 3:1; II Co 2:10,11; Ap 12:9) incansável (I Pe 5:8) que arma lutas espirituais contra nós (Ef 6:11), precisamos de um alicerce forte no qual podemos nos estabelecer. A Palavra de Deus é o equilíbrio que o Cristão precisa. Ela é a verdade (Jo 17:17), mui firme (II Pe 1:19) viva e eficaz (Hb 4:12) em meio à mentira e ao engano sagaz que opera ao nosso redor (Hb 12:1). Ela nos aperfeiçoa para a defesa (Ef 6:13-17) e resistência (I Pe 5:9) contra as astutas ciladas do diabo e o engano do nosso próprio coração (Sl 119:130; I Tm 3:16,17). São provados os espíritos pela verdade (I Jo 4:3; I Tm 4:1) e não por nossos pensamentos manipuláveis ou emoções enganadoras. De fato, a Bíblia é a única regra de fé e ordem para o crente e isso também vale para a adoração. Tendo a adoração verdadeira - em espírito e em verdade - o Cristão pode adorar durante um dilúvio, peregrinação no deserto, na fornalha, na cova dos leões, em prisões ou exilado em uma ilha. Não são necessário microfones, música talentosa, cerimônia, sorridentes, ambiente agradável, uniformes ou prédios lindos. É necessário estarmos em Cristo e Ele em nós, e isso se evidencia em uma vida obediente.



A Maior Verdade - Cristo

Cristo é a Verdade (Jo 14:6). O que Deus produz pelo Seu Espírito traz à lembrança o que Cristo ensinou (Jo 14:26) e testifica de Cristo (Jo 15:26). A adoração verdadeira nunca pode agir contrariamente aos ensinamentos de Cristo ou exemplificar outra vida se não a de Cristo. Se Cristo é a verdade, tudo que agrada a Deus deve estar em conformidade com Ele, pois o Pai se compraz no Filho (Mt. 3:17 ; 17:5).



A Espiritualidade deve ter Obediência

Excluir a obediência da Palavra de Deus seria uma abominação para Ele (Lc 6:46). Substituir as Escrituras Sagradas por algo diferente também é uma abominação (Mc 7:7; Tt 1:14). Há uma multiplicidade de atrativos para afastar o Cristão de uma adoração verdadeira. Há fabulas ou genealogias intermináveis (I Tm 1:4; 4:7) ofertas vãs, incenso, observação de luas novas e sábados (Isa 1:13,14). Mas tudo isso tende a adicionar algo à Palavra de Deus em vez de seguir a sua pureza (Pv 30:5). Não devemos melhorar a verdade (Dt 12:32; Ap 22:18,19); devemos só observá-la. Uma sensível atenção, um estudo constante, uma meditação contínua em conjunto com uma obediência temente a verdade, a Palavra de Deus, é essencial para uma adoração verdadeira. Não podemos separar a adoração espiritual da adoração prática (obediência). O próprio Espírito Santo é chamado Espírito da verdade (Jo 14:17; 15:26; 16:13) que nos aponta a Cristo, que era perfeitamente espiritual e mostrou a Sua espiritualidade pela Sua obediência (Fp 2:8; Jo 14:11). É certo que somos menos espirituais que Cristo, entretanto, de nenhum jeito podemos ser tão espirituais para que a obediência à verdade torne-se desnecessária.







A Obediência deve ser Espiritual

Pode haver obediência sem espiritualidade. Aqueles que crucificaram a Cristo cumpriram a Palavra de Deus completamente, mas, mesmo sendo obedientes, não operaram com o desejo de adorar ao Senhor (At 2:21,22; 4:27,28). Os demônios crêem que existem um só Deus contudo não adoram ao Senhor segundo a operação do Espírito Santo (Tg 2:19). Os fariseus obedeceram à lei à risca, mas não entraram no reino de Deus (Mt. 5:20). Pelo estudo feito, podemos entender bem melhor que o que Deus deseja (adoração em espírito e em verdade) é algo que não pode ser produzido pelo homem, mas por Deus. É produzida pelo Espírito de Deus na vida do Cristão que vive segundo a Sua Palavra em amor.

O Louvor e a Batalha Espiritual.

Salmos 149: 6- 9 -“Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus, e na sua mão espada de dois gumes, para exercerem vingança sobre as nações e castigos sobre os povos: para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus nobres com grilhões de ferro; para executarem neles o juízo escrito; esta honra será para todos os santos. Louvai ao Senhor!”.

Todo este salmo fala sobre louvor e as suas conseqüências espirituais. O verso 6 nos mostra que os altos louvores devem atuar juntamente com a espada de dois gumes. Isto indica que o nosso louvor deve estar em sintonia com a palavra de Deus. E ainda: os “altos louvores” apontam para níveis diferentes de louvor.

Devemos começar pela fé e permitir que o Espírito Santo nos conduza aos altos louvores. O verso 7 nos revela que pelo louvor exercemos vingança e castigo sobre os povos. Neste ponto, pensamos: Como isso pode acontecer? Por que o louvor exerce vingança? Bem, o fato é que se há um povo na terra, vivendo sob as mesmas circunstâncias que os outros povos, enfrentando as mesmas dificuldades e problemas, mas dando louvor a Deus, esse povo deixa os outros indesculpáveis diante do Senhor. O povo que louva a Deus é um padrão de Deus na terra e nesse sentido exerce vingança entre as nações, assim como Noé, pela sua fé, condenou o mundo (Hebreus 11:7) e foi um padrão de Deus para o seu tempo e para sua geração. O verso 8 nos da conta de que as palavras de louvor que lançamos, ativam o mundo espiritual e neutralizam as ações de demônios, pois reis e nobres são principados e poderes demoníacos. O versos 9 nos lembra que esta honra pertence a todos os santos; portanto, você deve ser participante.

Motivos de Louvor

a) O louvor exalta o Senhor;

b) É uma forma de lembrar as verdades de Deus;

c) É uma forma de confissão;

d) Influencia a alma. Filipenses 4:8 diz que devemos encher nossa alma com coisas de Deus;

e) Faz guerra espiritual (Sl 149);

f) Nos introduz na presença de Deus ( Sl 100 ).

O louvor deve ser:

1. Condizente com a palavra de Deus - Muitas canções têm músicas belas, mas suas letras não estão em harmonia com a palavra de Deus. Algumas chegaram até mesmo a contrariar princípios de fé. Precisamos avaliar e julgar o que cantamos de acordo com a palavra e jogar fora o que for contrário.

2. Condizente com a palavra ministrada - Numa reunião com a igreja, é muito importante que o louvor e a palavra estejam em sintonia de maneira que pareça uma só coisa. O louvor não deve ser uma parte do culto e a palavra outra. Nesse sentido, sempre que for possível é bom que o ministro de louvor converse com o pregador sobre a palavra que será ministrada para que busque direção sobre quais cânticos serão apropriados.







Sacrifício de Louvor

Quando o ambiente ou a situação pessoal é difícil, nos custa louvar. É nesse momento que devemos oferecer sacrifícios de louvor. Hebreus 13:15: “... Portanto ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifícios de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome”.

Eis algumas considerações que precisamos fazer sobre sacrifícios de louvor.

1. Devemos louvar a Deus acima das nossas emoções.

2. Um “alto nível de louvor” não acontece automaticamente. Começamos com uma decisão de louvar e prosseguimos em fé.

3. Quando você estiver oferecendo sacrifício de louvor, não cante o que não está disposto a viver (praticar).

Por exemplo:

- Eu confio em ti - quando não está disposto a confiar.

- Eu me rendo - quando não está disposto a se render.

- Vou perdoar - quando não está disposto a perdoar.

Salmo 50-14 - 17, 23 “ Oferece a Deus por sacrifício ações de graças, e paga ao Altíssimo os teus votos; e invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás. Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitares os meus estatutos, e em tomares o meu pacto na tua boca, visto que aborreces a correção, e lanças as minhas palavras para trás de ti? Aquele que oferece por sacrifício ações de graças me glorifica; e àquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus”.

O Louvor Expressa a Presença de Deus no Meio do Povo.

Sofonias 3: 17 - “O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo”.

2ª Samuel 6: 14, 15 - “E Davi dançava com todas as suas forças diante do Senhor, e estava Davi cingido de um colete sacerdotal de linho. Assim Davi e toda a casa de Israel subiam, trazendo a arca do Senhor com júbilo e ao som de trombetas”.

Davi estava trazendo de volta a arca de Deus (presença de Deus). Ele e o restante do povo louvavam com danças, cânticos, júbilo e ao som das trombetas. Eles agiram com toda essa intensidade por causa da presença do Senhor que foi resgatada.



“LOUVEMOS AO SENHOR E ADOREMOS DIANTE DE SUA PRESENÇA”.



Lição 12 AS BASES DE UM LAR ABENÇOADO

“Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa”. (Sl 128.1,3)

Estamos chegando ao desfecho da História e já vimos que a família ocupará um papel importantíssimo na revelação do reino de Deus sobre a terra. Precisamos alinhar nossas casas com os princípios da Palavra do Senhor, fazendo deles nosso alicerce e segurança.

1. DEUS ESTÁ TRATANDO DE RESTAURAR NOSSAS ESTRUTURAS FAMILIARES – Não estaremos aptos para sair e conquistar a terra como Igreja, se as nossas famílias não forem um lugar de santidade e vida.

2. A RESTAURAÇÃO NADA MAIS É DO QUE UMA VOLTA AO COMEÇO - Quando Deus criou o homem, deu-lhe a incumbência de tornar-se um conquistador. Dominar sobre toda a terra seria o seu alvo. Entretanto, Deus preparou um lugar chamado Jardim do Éden, um ambiente onde a primeira família seria forjada para iniciar esta tarefa. O Éden foi um lar preparado por Deus para o homem. Ali havia perfeita harmonia e bênção porque princípios divinos reinavam naquele lugar. Vamos voltar lá e extrair esses princípios que, agora em Cristo, podem se tornar a base para que sejamos famílias cheias da glória de Deus.

LARES COMPLETAMENTE VOLTADOS PARA CRISTO

Diz a Bíblia que "o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado" (Gn 2:8). Que simbologia magnífica! O lugar que Deus preparou para o homem estava voltado para o leste, para o nascente. É interessante notar que também o tabernáculo de Moisés e o templo de Jerusalém (Ez 11:23; 43:1,2) tinham suas entradas voltadas para a mesma direção. Isso traz um sentido espiritual. Jesus é o Sol da Justiça (Ml 4:2). Nossas vidas e famílias precisam estar completamente voltadas para sua Pessoa, "porque dele, por Ele e para Ele são todas as coisas" (Rm 11:36). Muitos se casam com o objetivo de ser felizes, mas Deus precisa estabelecer famílias para sua glória, que almejem toda a sua vontade, que andem na direção do seu propósito.

1. BONS VALORES MORAIS NÃO BASTAM - Muitos pensam que bons valores morais são suficientes para expressar a glória de Deus. Entretanto, um lar abençoado começa com um posicionamento correto em relação a Cristo. Ele é a Fonte de toda bênção. O homem bem sucedido, segundo a Bíblia, é alguém que teme ao Senhor. Sua vida familiar prospera em decorrência disso. Sua mulher é como uma "videira frutífera" no interior da sua casa e seus filhos como "plantas de oliveira" ao redor da sua mesa (S1128:3). O trabalho de suas mãos tem recompensa e ele é feliz (S1128:2). Mas o segredo está em temer ao Senhor (S1128:1,4), viver em função de sua presença e sua vontade.

2. O LAR COMO UM LUGAR DE COMUNHÃO COM DEUS - O Éden era um lugar de relacionamento com Deus. Sua presença era desfrutada todos os dias naquele ambiente (Gn 3:8). Assim devem ser os nossos lares, lugares de altar, de culto ao Senhor. Jesus confirmou este

propósito ao dizer: "Entra no teu quarto e, fechando a porta atrás de ti, ora ao teu Pai que está em secreto. E o teu Pai que vê em secreto te recompensará"(Mt 6:6). Ele não espera que a vida espiritual se desenvolva apenas nos templos ou nos ambientes públicos. O lar foi feito para receber a presença de Deus. Por isso, a igreja primitiva cresceu "de casa em casa" (At 2:46). Como aconteceu com Obede-Edon (II Sm 6:9-11), que recebeu em seu lar a arca da aliança e prosperou, assim devemos nós também fazer dos nossos lares um lugar para o Senhor.



A NECESSIDADE DE CULTIVAR O AMBIENTE FAMILIAR

O homem deveria cuidar do Éden para que ele permanecesse como um lugar de bênção. Deus o colocou ali para cultivá-lo (Gn 2:15). Esta era sua responsabilidade e dela dependia seu bem estar e o de sua casa. Hoje, se queremos famílias cheias da glória de Deus, precisamos fazer o mesmo. O lar cristão é um ambiente a ser cultivado, manejado segundo a boa vontade de Deus. Isso implica em investir esforços para que a vida e a bênção floresçam.

1. REMOVENDO ERVAS DANINHAS - Não vivemos mais num mundo tão harmonioso quanto era o de Adão antes da queda. Temos um inimigo que procura de todas as formas semear problemas em nossas casas (Mt 13:24,25). Lutamos ainda com uma natureza carnal que acolhe com muita facilidade tais sementes malignas. Pecados, discussões, ressentimentos, excesso de trabalho, ira, violência, consumismo, insensibilidade e tantas outras coisas são ervas daninhas que tomarão o lugar da benção e do fruto do Espírito, se deixarmos. Portanto, compete a nós arrancar tudo aquilo que Deus não plantou e manter limpos os nossos relacionamentos familiares.

2. ARANDO A TERRA - Cultivar implica também em preparar a terra para a boa semente. É preciso quebrar a dureza do solo e revolvê-lo para que ele se torne apto para a semeadura. No relacionamento familiar isso é feito quando desenvolvemos o quebrantamento, praticamos a confissão de pecados (Tg 5:16), usamos o perdoar e pedir perdão, renunciamos nossa própria vontade em favor do bem comum.

PLANTANDO BOAS SEMENTES - A semeadura é parte fundamental da vida cristã. Há uma lei espiritual sobre isso: Quem semeia pouco, colhe pouco. Quem semeia muito, colhe muito (II Cor. 9:6). Se os nossos lares são uns jardins a ser cultivados, então precisamos semear neles e não apenas esperar que a terra dê o seu fruto espontaneamente. Deus incumbiu Adão de cultivar o Éden. Isso significa que a bênção dependia de uma diligência humana também. Embora aquele lugar fosse naturalmente abençoado pelo Senhor, era necessário que o homem investisse nele para colher o seu fruto.

Há boas sementes que precisamos plantar todos os dias nos nossos lares: amor, carinho, aceitação, encorajamento, comunicação, fé, disciplina, obediência, submissão... Quando nos esforçamos por desenvolver tais atitudes, ainda que de imediato não vejamos os frutos, estamos cumprindo a lei da semeadura e, mais cedo ou mais tarde, vamos colher seus frutos.



VIGIANDO E GUERREANDO POR NOSSAS FAMÍLIAS

A outra responsabilidade que Deus deu ao homem foi a de guardar o jardim (Gn 2:15). Ora, isso é muito interessante, pois naquele contexto o mundo estava em ordem, a natureza era harmoniosa e não oferecia nenhum perigo. Guardar então o jardim "de que" (ou "de quem")? A verdade é que o homem já tinha um inimigo e deveria impedir que ele invadisse seu espaço. Quando Satanás se dissimulou de serpente e apresentou-se para tentar (Gn 3:1), ele estava se aproveitando da falta de vigilância de Adão. Com nossas famílias não é diferente. Guardar nosso lar é viver atento à intenção satânica de invadi-lo. Satanás vem para matar, roubar e destruir (Jo 10:10) e ele não pode encontrar espaço para fazê-lo nas nossas casas.

1. GUARDANDO AS ENTRADAS - Nosso ambiente familiar tem portas que precisam ser atentamente vigiadas. Os canais por onde o Diabo pode invadir nossa casa têm que estar debaixo de nosso absoluto controle. No Éden, Satanás se dissimulou de serpente para agir. Se descuidarmos hoje, a televisão, a Internet, a literatura mundana ou até mesmo pessoas contaminadas podem ser o seu disfarce para penetrar no ambiente sagrado de nossa casa e provocar destruição.

2. DETECTANDO ELEMENTOS ESTRANHOS - Precisamos conhecer a vontade e o padrão de Deus para nossas famílias, a fim de identificarmos qualquer elemento estranho que se apresente. Linguajar corrompido, doenças, objetos contaminados, sofismas, confusão são sinais de que o inimigo precisa ser confrontado.

3. GUERREANDO TODO O TEMPO - A Palavra de Deus diz que nós temos que lutar contra o império das trevas (Ef 6:12). Nossas armas são tanto defensivas quanto ofensivas (Ef 6:14-17). Portanto, precisamos estar todo o tempo confrontando os demônios nas regiões celestiais, para que eles não tenham ocasião contra nossas casas.



O CARÁTER ABSOLUTO DA PALAVRA DE DEUS

Ao colocar o homem no Éden, Deus estabeleceu a sua Palavra com um caráter absoluto. Diz a Bíblia: "E o Senhor Deus lhe deu uma ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás'' (Gn 2:17,18). Note que Deus não abriu espaços para que a Palavra fosse negociada ou questionada. Quem fez isso depois foi o Diabo (Gn 3:1-5). O que Deus falou era uma ordem e teria que ser obedecido.

Esta é a base para lares abençoados hoje. A casa edificada sobre a rocha permanece. A edificada sobre a areia cai (Mt 7:24-27). O que deve governar não são sentimentos ou conceitos humanos, mas os princípios eternos da Palavra de Deus.

1. DIREÇÕES ESPECÍFICAS PARA CADA ÁREA - A Bíblia traz direção clara para cada área de nossas vidas. Temos que partir do pressuposto de que aquilo que ela diz é absoluto e precisamos nos submeter, ainda que contrarie nossa vontade e sentimentos. Submissão da esposa ao marido, disciplina de filhos, fidelidade nos dízimos e ofertas, indissolubilidade do casamento são conceitos estabelecidos por Deus que, se desobedecidos, trarão ruína ao lar.

2. A DESOBEDIÊNCIA GERA MALDIÇÃO - O Senhor disse a Adão: “No dia em que delas comeres, certamente morrerás”. É assim em relação a toda Palavra de Deus: a desobediência trará maldição. O que não entrega dízimos, atrai miséria (Ml 3:8-10); o que não honra pai e mãe, perde a bênção de viver muito (Ex 20:12); a falta de disciplina nos filhos produzirá vergonha (Pv 29:15) e assim por diante. Portanto, um lar abençoado será sempre resultado de vidas que se submetem por completo à vontade de Deus.





ESTABELECENDO RELACIONAMENTOS NA LUZ

O primeiro casal não tinha segredos. Eles "estavam nus e não se envergonhavam"(Gn 2:15). Isso fala de um relacionamento em plena sinceridade. Nada estava oculto ou em segredo. Somente depois do pecado eles se preocuparam em ocultar aspectos de suas vidas (Gn 3:6-8). Hoje em dia, grande parte dos fracassos familiares estão relacionados com áreas que permanecem em trevas na vida dos casais, dos pais ou dos filhos e é nas trevas que Satanás opera.

1. PRESERVANDO A VIDA EM SANTIDADE - Enquanto o homem andou na luz, sua vida foi santa. Esse deve ser o nosso objetivo central. Uma vida sem pecado preservará a bênção de Deus e nos fará prosperar em todos os nossos caminhos, ao passo que o pecado trará desarmonia e vergonha.

2. RESOLVENDO PROBLEMAS DE PECADO - A sinceridade tem um preço alto, mas vale a pena pagá-lo. Quando a mentira, os pecados ocultos e a dissimulação invadem os relaciona mentos familiares, a ruína está às portas. A Bíblia diz que quando o homem pecou, tentou ocultar sua nudez com folhas de figueira (Gn 3:7). Isso seria completamente ineficaz, pois não se encobrem pecados com artifícios humanos, mas com o sangue de Jesus. Por isso, Deus imolou um animal e cobriu o homem e a mulher com sua pele (Gn 3:21). Da mesma sorte, pecados precisam ser enfrentados na família hoje com sinceridade. Somente o arrependimento e a confissão, não apenas a Deus, mas aos que foram ofendidos, poderá trazer bênção e vitória.



Conclusão

Precisamos alinhar nossas casas com os princípios da Palavra do Senhor, fazendo deles nosso alicerce e segurança; Não estaremos aptos para sair e conquistar a terra como Igreja, se as nossas famílias não forem um lugar de santidade e vida; Um lar abençoado começa com um posicionamento correto em relação a Cristo; Ele é a Fonte de toda bênção; O Éden era um lugar de relacionamento com Deus; O homem deveria cuidar do Éden para que ele permanecesse como um lugar de bênção; Não vivemos mais num mundo tão harmonioso quanto era o de Adão antes da queda; Portanto, compete a nós arrancar tudo aquilo que Deus não plantou e manter limpos os nossos relacionamentos familiares; A semeadura é parte fundamental da vida cristã; Quem semeia pouco, colhe pouco. Quem semeia muito, colhe muito; Há boas sementes que precisamos plantar todos os dias nos nossos lares: amor, carinho, aceitação, encorajamento, comunicação, fé, disciplina, obediência, submissão...; A outra responsabilidade que Deus deu ao homem foi a de guardar o jardim; Guardar nosso lar é viver atento à intenção satânica de invadi-lo. Satanás vem para matar, roubar e destruir; Nosso ambiente familiar tem portas que precisam ser atentamente vigiadas; Precisamos conhecer a vontade e o padrão de Deus para nossas famílias; A Palavra de Deus diz que nós temos que lutar contra o império das trevas; Ao colocar o homem no Éden, Deus estabeleceu a sua Palavra com um caráter absoluto; Portanto, um lar abençoado será sempre resultado de vidas que se submetem por completo à vontade de Deus.



Lição 13 RESOLVENDO CONFLITOS NA FAMÍLIA

“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. (1Pe 5.6,7)

UM LUGAR DE ATRITOS INEVITÁVEIS

Não há espaço onde o desafio de conviver bem seja mais intenso que no lar. Ali nossas deficiências estão expostas e somos conhecidos além da aparência. Ali convivemos de maneira mais profunda com as pessoas, num espaço limitado onde os atritos e choques de vontade são inevitáveis. Não há como fugir dessa realidade. A única perspectiva viável é amadurecer e aprender a solucionar conflitos, observando conselhos da Palavra de Deus.

1. O SONHO ROMÂNTICO DO CASAMENTO - Muitas pessoas se casam sob uma expectativa exageradamente sentimental. Vislumbram o matrimônio de maneira puramente romântica e logo se desiludem, ao perceber que não há cônjuge perfeito e que a felicidade familiar não é uma terra pronta, mas um sonho a ser conquistado dia após dia, com muito trabalho.

Um casamento feliz não surge do nada ou de uma intervenção sobrenatural instantânea. Ele é conquistado através de dedicação e renúncia, à medida que a relação e as pessoas amadurecem e são aperfeiçoadas em Deus. Esse processo dura tempo e causará atritos que, se não forem adequadamente tratados, poderão resultar na infelicidade e até mesmo na destruição da família.

2. CONFLITO DE GERAÇÕES - Outro grande desafio para a harmonia familiar é o conflito de gerações. Não raramente, pais e filhos não se entendem, falam linguagens diferentes e criam um terrível abismo entre si, especialmente quando enfrentam as fases da adolescência e da primeira juventude. Não é à toa que o Antigo Testamento termina com a promessa de que Deus converteria o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais, no meio do seu povo, nos últimos dias (Ml 4:6).

A ORIGEM DOS PROBLEMAS

A origem de todos os problemas familiares está na estrutura humana, falha e vulnerável. Quando duas pessoas se casam, há uma série de diferenças e imperfeições que precisarão ser tratadas. Cada um tem sua história com formação e traumas particulares. Da mesma maneira, quando os filhos crescem, fazem-no debaixo de uma natureza pecaminosa, tendente à rebelião. O desafio da felicidade familiar passa por compreender essas dificuldades e tratá-las, buscando sempre o alvo da excelência proposto pela Palavra de Deus.

1. FERIDAS EMOCIONAIS - Muitas pessoas não conseguem romper na vida porque estão presas por feridas emocionais. Queira ou não, a alma do ser humano é resultado de suas experiências e o mundo espiritual produz influências reais em sua vida. No contexto do lar, esta é uma verdade muito importante a ser considerada. Traumas emocionais precisam ser curados em Deus, caso contrário, problemas crônicos minarão a família e poderão levá-la à ruína.

2. FALHAS NA COMUNICAÇÃO - A comunicação é um dos principais atributos que Deus deu ao ser humano. Como um ente social, ele se relaciona com seu semelhante comunicando-se (falando e expressando-se de outras formas). As falhas nesta área (desinteresse, impaciência, superficialidade, falta de clareza, linguagem ofensiva, agressividade, etc...) são a causa de muitos problemas no ambiente familiar.

3. UMA BOMBA CHAMADA PECADO - O pecado funciona como uma bomba no centro da família. Muitas vidas têm sido destruídas pelo adultério, pela mentira, pela violência (física, moral e sexual) e por outros comportamentos pecaminosos. Através do pecado, a confiança, o respeito e os sonhos das pessoas são abalados a ponto de muitas perderem a vontade de viver e outras tantas desistirem do alvo da felicidade.

4. FALTA DE ESPIRITUALIDADE - Às vezes, o problema não está em pecados grosseiros, mas na falta de espiritualidade. A ausência de oração, de temor a Deus, de consideração à Palavra e os comportamentos carnais de seus membros levam a família a perder a influência do Espírito Santo e entrar numa desordem perigosa, às vezes, fatal.

5. EGOCENTRISMO - A proposta de vida em família concebida por Deus se baseia no amor mútuo, na abnegação, na busca pelos interesses e felicidade do outro (Fp 2:4). Quando essa atitude é substituída pelo egocentrismo, cada um buscando sua própria satisfação, o resultado é sempre quebra dos vínculos afetivos e frustração.

6. O DESGASTE DO TEMPO - O tempo pode ser um grande amigo da família, trazendo-lhe experiência e maturidade, mas pode ser também seu maior inimigo. À medida que os anos passam, o desgaste dos relacionamentos, a falta de semeadura e os problemas não resolvidos podem produzir crises insuportáveis no relacionamento conjugal e entre os demais membros da família.

REAÇÕES COMUNS E INÚTEIS

Os problemas e as crises agudas decorrentes deles são muitas vezes agravados por atitudes erradas que adotamos. Há reações que somente piorarão o ambiente familiar e funcionarão como um fermento maligno na situação.

1. FUGIR DOS PROBLEMAS - A Bíblia diz: "Não se ponha o sol sobre a vossa ira" (Ef 4:26). Fugir dos problemas ou deixar que o tempo passe sobre eles é uma grande cilada. Isso só dará oportunidade para que suas raízes cresçam e se tornem mais poderosas. Temos que olhar para os problemas no relacionamento familiar como "ervas daninhas" que precisam ser arrancadas o quanto antes. Assim, não enfrentá-los ou adiar sempre o enfrentamento nunca será uma escolha sábia.

2. A TERRÍVEL ARMA DO SILÊNCIO - Há pessoas que, quando feridas, respondem com o silêncio. Cortam a comunicação ou a mantêm em níveis absolutamente superficiais. Com isso, as portas de saída que sempre dependerão do diálogo permanecem trancadas. Ora, não convém que seja assim. O silêncio, além de atrair trevas para a situação (porque na boa comunicação há luz), fere as pessoas e produz amargura. Uma boa regra para a convivência familiar é: Ninguém nesta casa tem o direito de calar-se, de "emburrar" ou negar-se ao diálogo. Ainda que seja, às vezes, necessário esperar o momento certo para falar (Pv 25:11), o silêncio punitivo ou de fuga nunca ajudará na solução dos problemas.

3. A IRA E A GRITARIA - O extremo oposto do silêncio, tão ou mais prejudicial que ele, é a comunicação agressiva. Resolver conflitos com gritaria ou linguajar ofensivo só agravará as situações. A gritaria, a ira, a raiva devem estar longe dos lares cristãos (Ef 4:31). Quando a comunicação chega a esses níveis, o respeito é abalado e mágoas são produzidas no coração daqueles que estão envolvidos.

4. VINGANÇA E REBELIÃO - "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem'' (Rm 12:21). Se todos seguissem esse conselho da Palavra de Deus, muitas crises agudas no lar seriam evitadas. A vingança e a retaliação são sempre o caminho proposto pela carne para responder às ofensas. Entretanto, aquele que semeia na carne, da carne colherá corrupção (Gl 6:8). Muitos casamentos estão estragados pela ação do espírito vingativo, que lança em rosto as coisas passadas ou retribui o mal com o mal. Muitos filhos estão debaixo de maldição (Mt 15:4) e aumentando o abismo entre seu coração e o de seus pais porque escolheram a rebelião como forma de protesto ou vingança.



CHAVES PARA SOLUCIONAR CONFLITOS

Conflitos familiares são resolvidos com quebrantamento e espiritualidade. Sem esses elementos, fica difícil encontrar saída no emaranhado de interesses e razões de cada um.

1. ENTENDER E AFIRMAR A POSSIBILIDADE DE SOLUÇÃO - Não há impossibilidades para Deus (Lc 1:37; 18:27). É dessa premissa que deve partir o crente para a solução de todos os seus problemas, inclusive os familiares. É comum ver pessoas afirmando que chegaram ao seu limite e não têm mais reservas para investir em seus relacionamentos e problemas. Entretanto, isso é uma negação da Palavra de Deus. O crente tem que afirmar sempre: "Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:13). Ele tem que buscar saídas em Deus e não pode abrir mão desse objetivo, pois o Senhor não tem prazer naquele que retrocede (Hb 10:38).

2. ENFRENTAR OS PROBLEMAS SEM PAIXÃO - Conflitos nunca são resolvidos passionalmente. Não ajuda em nada colocar as emoções para falarem alto, porque elas costumam distorcer a realidade. Um ambiente de tranquilidade e diálogo será sempre fértil para a sabedoria, mas dar vazão ao sentimentalismo ou à agressividade agravará a situação (Pv 15:1). É preciso acalmar os nervos e apaziguar os sentimentos antes de falar. É preciso raciocinar, tentando colocar-se no lugar do outro, para que o equilíbrio reine sobre as palavras e decisões.

3. LEVAR OS CONFLITOS À CRUZ - Nenhuma solução será adequada ou duradoura se não nascer de Deus. Por isso, nossos conflitos familiares têm que ser antes de tudo levados à cruz. Isso fala de entrega e quebrantamento, de busca em oração. Quando nos humilhamos diante do Senhor e lhe apresentamos as nossas aflições (l Pe 5:6-11), Ele interfere. Muitos problemas não são resolvidos porque as pessoas se apegam às suas razões e não renunciam pelo bem comum. Não estão dispostas ao quebrantamento, que de maneira prática se manifesta através da confissão, do reconhecimento de erros, do arrependimento e do perdão.

4. NÃO DEIXAR QUE OS PROBLEMAS SE ACUMULEM - Deus trata conosco cada dia. Por isso, suas misericórdias (Lm 3:22,23) se renovam cada manhã e Jesus nos ensinou pedir o pão nosso cotidiano (Mt 6:11). Da mesma maneira, nossos conflitos têm que ser enfrentados logo e não deixados para depois (Ef 4:26), pois eles se tornarão mais fortes contra nós. Acumular problemas é uma escolha errada. Podemos fazer isso silenciando até que a bomba estoure (e quando isso acontece o estrago costuma ser grande) ou trazendo sempre à tona velhos argumentos que já deveriam ter sido esquecidos, evocando erros do passado.

5. RECONHECER O PRINCÍPIO DE AUTORIDADE - O princípio de autoridade independe das circunstâncias. Segundo a Palavra de Deus, maridos têm que se sujeitar a Cristo (l Co.11: 3), mulheres têm que ser submissas a seus esposos (Ef 5:22) e filhos têm que obedecer aos pais (Cl 3:20). Isso não significa perder o direito da argumentação, do diálogo, mas usá-lo com uma predisposição de render-se ao que tem maior autoridade. Assim, mulheres cristãs podem e devem respeitosamente expor seus pensamentos e discordâncias aos seus maridos, bem como os filhos aos pais, mas tudo isso deve ser feito observando o princípio de autoridade.

6. ESTABELECER METAS DE PROGRESSO - A maioria dos desafios familiares precisarão de tempo para ser resolvidos. Há sempre um processo até que se chegue ao alvo da excelência em cada área. É muito importante que as pessoas creiam e busquem esse alvo, caso contrário, desanimarão. Entretanto, elas precisam também estabelecer metas intermediárias, que sejam conquistas progressivas e mais acessíveis. Por exemplo: um casamento que foi marcado pelo adultério terá que ser restaurado passo a passo. Primeiro vem a confissão daquele que pecou, depois a decisão de perdoar por parte do que foi traído, em seguida a conquista do perdão nas emoções e finalmente a volta da confiança plena. Tentar fazer com que essas coisas aconteçam do dia para a noite só acarretará desânimo e frustrações.

7. RESPEITAR AS ORIENTAÇÕES DE NOSSOS LÍDERES - Todos somos ovelhas e precisamos de pastoreamento. Nossa vida pessoal e familiar deve estar sendo acompanhada de perto por aqueles que Deus levantou para esta tarefa, nossos líderes e pastores (Hb 13:17). Isso dependerá mais de nós do que deles, porque a iniciativa de colocar todas as situações na luz precisa ser nossa. Assim, teremos direção para os desafios de nossas vidas.

Quando surgem crises agudas no meio da família e as tentativas internas de solução fracassam, é muito importante a interferência de um líder maduro como árbitro e conselheiro sobre a situação. A sabedoria de Deus se manifesta através do conselho de pessoas ungidas para a tarefa do pastoreamento (Pv 11:14).

Conclusão

Não há espaço onde o desafio de conviver bem seja mais intenso que no lar.

Ali nossas deficiências estão expostas e somos conhecidos além da aparência.

A única perspectiva viável é amadurecer e aprender a solucionar conflitos, observando conselhos da Palavra de Deus. Um casamento feliz não surge do nada ou de uma intervenção sobrenatural instantânea. Ele é conquistado através de dedicação e renúncia, à medida que a relação e as pessoas amadurecem e são aperfeiçoadas em Deus. A comunicação é um dos principais atributos que Deus deu ao ser humano. O pecado funciona como uma bomba no centro da família. Às vezes, o problema não está em pecados grosseiros, mas na falta de espiritualidade. O tempo pode ser um grande amigo da família, trazendo-lhe experiência e maturidade, porém pode ser também seu maior inimigo.

Não há impossibilidades para Deus.

Nenhuma solução será adequada ou duradoura se não nascer de Deus. Por isso, nossos conflitos familiares têm que ser antes de tudo levados à cruz. Isso fala de entrega e quebrantamento, de busca em oração.

O princípio de autoridade independe das circunstâncias.

Segundo a Palavra de Deus, maridos têm que se sujeitar a Cristo; mulheres têm que ser submissas a seus esposos; Todos somos ovelhas e todos nós precisamos de pastoreamento. Nossa vida pessoal e familiar deve estar sendo acompanhada de perto por aqueles que Deus levantou para esta tarefa, nossos líderes e pastores.



Lição 14 A IMPORTÂNCIA DA

FAMÍLIA NA VIDA DO LÍDER

Queremos compartilhar neste estudo a importância da família no ministério. Ela é o termômetro da vida espiritual e ministerial de uma pessoa. Sem ter uma família estruturada, equilibrada, que une os princípios da Palavra de Deus, dificilmente um líder alcançará grandes êxitos no seu ministério. Deus estabeleceu a família para que, em cada um cumprindo o seu papel, pudéssemos viver em paz, amor e prosperidade no centro da sua vontade para que o nome do Senhor seja glorificado. Mas o diabo, nosso arquiinimigo, sabedor disso tem investido contra as famílias terrivelmente, colocando pai contra filho e filho contra pai. Separação conjugal, hoje, é a coisa mais natural e normal que possa existir. As famílias estão sendo destruídas e com elas toda moral, dignidade e valores bíblicos estabelecidos por Deus. Noé, um exemplo a ser seguido.



Não é fácil ser uma Família Cristã Feliz.

- As pressões são grandes,

- Mas há também muito encorajamento.

A família, a primeira instituição criada por Deus, não está sem auxílio. Lembre-se da história de Noé, relatada em Gênesis 6:8-11: “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor. São estas as gerações de Noé. Era ele homem justo e íntegro em suas Gerações e andava com Deus. Gerou Noé a três filhos: Sem, Cão e Jafé. A terra, porém estava corrompida diante de Deus, e cheia de violência”.

a) Acha-se neste texto uma grande inspiração para todas as famílias:

• Durante dias de enorme decadência moral, Noé instilou (introduzir gota a gota; infiltrou) na esposa e nos filhos respeito pela Lei Moral Divina;

• O que você tem instilado em sua casa?

• Qual é o padrão moral que sua família vive?

b) Enquanto outras famílias desviavam-se de Deus.

• A Família de Noé mantinha uma fé firme;

• Seguindo o exemplo do esposo e pai;

• Os filhos e a esposa ficaram firmes e não se contaminaram com a rebelião contra Deus e contra tudo que era digno.

c) Somente a sua família obedeceu aos mandamentos de Deus.

• Noé colocou Deus e a Adoração a Ele em primeiro lugar na sua casa.

• Pela firmeza da sua fé e compromisso para com Deus, Noé convenceu a sua família e viu a salvação de todos eles.







Que desafio! Como teria Noé conseguido isso?

Essa pergunta nos leva a outro texto:

Atos 10:24 - "E no dia imediato chegaram a Cesárea. e Cornélio os estava esperando, tendo já convidado os seus parentes e amigos mais íntimos".

O padrão para uma Família Cristã é:

Ter um lar atraente; Ter um lar que vive em unidade; Ter um lar que vive o amor.

A) Pense um pouco:

O seu lar tem sido um ambiente cheio do amor de Deus ou não?

1. Deus tem uma palavra radical para você: Romanos 12:2 "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis a boa, perfeita e agradável vontade de Deus".

2. Talvez você esteja pensando: Mas o que este versículo tem haver com a minha família? Primeiro, vamos entender algumas coisas:

CONFORMAR - Adequar, moldar, ajustar, buscar a forma de; passar a ter a forma de.

O versículo começa falando que eu não tenho que me adequar, moldar, ajustar-me ou buscar ter a forma, ou seja, o padrão do mundo!

"E não vos conformeis com este mundo"

3. O que o Padrão do Mundo tem para sua Família?

• Tem novela, tem brigas, tem homossexualismo, tem cobiça, tem adultério, tem mentira, tem rebeldia, tem vícios...

• Afinal o que é que tem? Não tem nada ver. Todo mundo faz?

• Você não tem que aceitar isso!

B) Segundo Ponto Importante:

TRANSFORMAR - Tornar diferente, dar nova forma, modificar, converter.

1. O que não está bom tem que ser mudado!

• O que está fora do padrão de Deus tem que ser convertido.

2. Não é normal ter lar que mais parece campo de guerra!

• Não é normal ter filhos que vivam na rebeldia e imoralidade;

• Não é normal viver em casa com seu cônjuge como se não se conhecesse!

3. Hoje os padrões impostos pelo mundo às famílias são:

• Casa delegacia: só tem brigas e reclamações;

• Casa pensão: cada um vive sua própria vida;

• Casa cemitério: aquele silêncio. Não tem comunicação;

• Casa quartel: não há liberdade, as regras são impostas.

4. Meu irmão, se revolte com qualquer situação que está destruindo sua família.

• Esse é o padrão do mundo e você não tem que aceitar.

C) "Transformai-vos pela renovação da vossa mente... "

Precisamos mudar nossos conceitos mundanos, e moldar-nos segundo o padrão de Deus.

Mateus 19:6 - "O que Deus uniu, não o separe o homem”...

No entanto, essa unidade não é alcançada automaticamente só porque o casal participou de uma reunião, um seminário para casais ou participa de uma Igreja.

• Essa unidade acontece quando o casal resolve tornar-se tudo o que Deus quer que eles sejam como pessoas;

• Cada cônjuge decide ser conforme a imagem de JESUS CRISTO; então, sua intimidade e unidade de espírito serão uma realidade (entre o casal);

• O casamento, a família precisa estar ancorada no centro da vontade e do propósito de Deus;

• O segredo para o aperfeiçoamento conjugal está em ambos se proporem a fazer o que Deus exige deles individualmente;

• Geralmente o outro assume a responsabilidade a partir do momento em que eu, você, nós cumpramos a nossa parte.

Quando fazemos o que devemos, estamos bem com Deus e a solução do problema dependerá de um acerto entre o outro e Deus.

• Antes de cobrar mudanças em seu cônjuge, avalie as áreas em que você precisa ser aperfeiçoado e assuma atitudes práticas para que as mudanças ocorram;.

• O objetivo do cônjuge é: "Senhor, o que é que exiges de mim, como cônjuge, independente da atitude de minha esposa (esposo) para contigo e comigo?”.

D) Dicas que o marido deve observar que agrada a esposa:

• As esposas sentem-se bem de ver o seu marido bem vestido, bem arrumado, cabelo cortado, perfumado, tendo uma palavra de carinho, sendo amoroso, compreensivo etc...

• Agora o que vemos muitas vezes são maridos relaxados, sujos, fedidos a suor, cabeludo, com chulé, barbudo, unhas sujas; não se cuida; não escova os dentes, vai ao banheiro e não lava as mãos, não dar descarga, urina fora do vaso, etc.

• Assim como gostamos de ter nossas esposas bem cuidadas e perfumadas, precisamos também nos manter cuidados e perfumados.

a. Imagine sua esposa com chulé, mau hálito, mau cheirosa.

b. Não queremos pensar nisto. Pois é, elas também não!

O marido que não se cuida;

a. Não faz um carinho na esposa;

b. Nunca trás um presente (uma rosa ou bombom);

c. Não pode cobrar nada, nem esperar muita coisa da esposa;

d. Qual foi a última vez que você disse para sua esposa: "Eu te amo"?

E) Valores importantes que o marido deve observar:

• Pessoas antes de coisas;

• Equilíbrio entre lar e profissão;

• Esposa antes de filhos;

• Filhos antes de amigos;

• Esposa antes de si mesmo;

• Coisas espirituais antes de coisas materiais.

F) Como não se deve liderar:

1- O marido passivo:

a. Simplesmente não assume e não toma decisões, segue os passos da esposa;

b. Seu lema é: "Sim, sim,sim, Bem..."

2- O marido democrático:

a. As decisões são baseadas em votações.

b. Seu lema é: "A voz do povo é a voz de Deus".

3- O marido teimoso:

a. Nunca admite estar errado;

b. Seu lema é: "Eu me engano, mas não erro".

4- O marido insensível:

a). Não percebe as necessidades do lar;

b). Seu lema é: "Está tudo bem".

5- O marido silencioso:

Governa seu lar sem comunicação verbal;

Seu lema é: "Adivinhem o que eu estou pensando?".

6- O marido explosivo:

A família nunca sabe quando ele vai explodir;

Seu lema é: "Cuidado comigo! Eu sou uma bomba".

7. O marido brincalhão:

Não leva nada a sério;

Seu lema é: “Só alegria’”.

8- O marido pessimista:

Vê dificuldade em tudo.

Seu lema é: "Eu sou realista"...

9- O marido crítico:

Em tudo vê algo errado;

Seu lema é: "Tudo pode ser melhor".

10- O marido ditador:

Vive dando ordens;

Seu lema é: "Aqui quem manda sou eu".

G) As cinco necessidades básicas da mulher casada:

1ª. CARINHO:

• Ela precisa saber que você realmente a ama;

2ª DIÁLOGO:

• A mulher sente mais necessidade de falar do que o homem, seja um bom ouvinte;

3ª. HONESTIDADE E TRANSPARÊNCIA:

• Não tenha medo de abrir seu coração;

4ª. SEGURANCA FINANCEIRA:

• As mulheres são mais sensíveis nesta área do que os homens;

5ª COMPROMISSO FAMILIAR:

• Ela precisa saber que você tem um forte compromisso com a família (tempo com qualidade);

H) Algumas dicas:

As necessidades básicas do homem casado são diferentes e a esposa precisa observar.

1- SATISFACÃO SEXUAL (é também uma necessidade da mulher)

I Co 7. 4,5 - "A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo... Não vos priveis uns ao outros... para que satanás não vos tente por causa da incontinência”.

2- COMPANHIA AGRADÁVEL

Pv 21: 19 – “Melhor é morar numa terra deserta do que com uma mulher rixosa e iracunda” Pv 27:15 – “O gotejar contínuo no dia de grande chuva e a mulher rixosa, são semelhantes”.

3- UMA ESPOSA ATRAENTE - devemos aprender a nos cuidar, cuidar do corpo, fazer dietas, exercícios, boa alimentação, cuidar dos cabelos etc...

4- SUPORTE FAMILIAR - Cuidar da casa, dos filhos, ser zelosa, ter prazer em ser dona de casa, sendo influência positiva sobre as filhas.

5- ADMIRAÇÃO

• O homem pode não demonstrar muito, mas gosta de saber que sua esposa o admira;

• E não pense você que ele lê os seus pensamentos;

• Diga a ele, e aos outros também!

6- TENHA UM ESPÍRITO MANSO E TRANQUILO

I Pedro 3:3-4 "Não seja o adorno das esposas o que é exterior, como frisado de cabelo, adereços de ouro, aparato de vestuário: seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus ".

• Os maridos não suportam confrontação;

• Seja mansa e tranqüila, fale de suas diferenças de forma correta.

7- A MULHER TEM LIGACÕES EMOCIONAIS DIFERENTES COM SEUS FILHOS DO QUE DOS MARIDOS

• Seu marido não é seu substituto no lar, nos seus afazeres, no seu cuidado com as crianças;

• Ele não é o "Ajudante da mamãe" no lar;

• É um erro achar que ele experimentará um enriquecimento emocional ou maior experiência como pai, tentando agir como a mamãe, isSo ao contrário, somente irá desvalorizar suas próprias atividades aos olhos dos filhos.

8- SEUS FILHOS SÃO FLECHAS, PORTANTO NÃO PENSE QUE FICARÃO NA ALJAVA POR MUITO TEMPO

Salmo 127:5 "Feliz o homem que enche deles a sua aljava; não será envergonhado quando pleitear com os inimigos à porta"

• Quando eles se forem de casa, com quem você estará casada?

• Para quem será o seu melhor?

• Para quem ficar bonita?

• Para quem se enfeitar?

• A quem conquistar?

Entenda suas prioridades:

• Deus, Marido, Filhos, Lar e Igreja. Igreja e família são a mesma coisa, a família precisa estar integrada na igreja. assim todos estarão juntos no mistério.

Uma família forte não acontece por acaso, não depende da sorte.

Vejamos o que é preciso:

1º. Lugar: AMOR

• O amor é a essência de um bom relacionamento.

2°. Lugar: COMPROMISSO ESPIRITUAL

• Entender que, se não mantivermos envolvidos com o Senhor, nós fracassaremos.

3°. Lugar: APRENDIZADO NA PALAVRA

• Esse é o alicerce da família forte e abençoada.

4°. Lugar: COMUNICAÇÃO CLARA

• Um obstáculo nas famílias é a falta de comunicação aberta e transparente.

5º Lugar: CAPACIDADE DE RESOLVER OS PROBLEMAS DE ACORDO COM DEUS NOS MOMENTOS DE CRISE.

• É muito importante reunião familiar para rever áreas ou conversar sobre situações a serem resolvidas, à luz da Palavra de Deus, e assim orarem juntos e se fortalecerem em Deus. Os problemas certamente se resolverão.



CONCLUSÃO

1) Segundo a Palavra de Deus, precisamos nos moldar e buscar a forma estabelecida por Ele para nossa família;

2) Antes de cobrar mudança em meu cônjuge, preciso avaliar a minha própria vida e ver em quais áreas eu preciso mudar;

3) Valores importantes que o marido deve observar:

a) As pessoas antes de coisas;

b) Equilíbrio entre lar e profissão;

c) Esposa antes de filhos;

d) Filhos antes de amigos;

e) Esposa antes de si mesmo;

f) Coisas espirituais antes de coisas matérias.

4) Submissão para as mulheres deve ser um estilo de vida;

a) Esta submissão é voluntária, é uma escolha de obedecer a Deus;

b) É como um presente da esposa para o marido;

c) A submissão e uma lei que jamais deixará de vigorar.

5) As necessidades básicas do homem casado que a mulher deve observar:

a) Satisfação sexual;

b) Companhia agradável;

c) Uma esposa atraente;

d) Suporte familiar;

e) Admiração;

f) Respeito e honra principalmente diante dos filhos;

g) Ter um espírito manso e tranqüilo.

6) O segredo para ter uma família forte:

a) Amor;

b) Compromisso espiritual;

c) Aprendizado na Palavra

d) Comunicação clara;

e) Capacidade de resolver os problemas de acordo com Deus nos momentos de Crise.

7) Praticar os princípios de Deus na família, pois são estes que trarão resultados positivos em todas as áreas da nossa vida.



Lição 15 CASAMENTO E PAPEIS DE CADA UM

“Por isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher,, serão os dois uma só carne. De modo que já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Marcos 10:7-9

O CASAMENTO COMO BASE DA FAMÍLIA

Já temos estudado sobre a importância da família no plano de Deus e na vida do líder. Vimos também sobre os conflitos e como resolvê-los. Agora vamos focalizar o casamento, porque ele é a raiz da família e nele estão os vínculos mais fortes e profundos. Deus o estabeleceu com princípios e ordem muito bem definidos e absolutos.

1. UMA INSTITUIÇÃO DIVINA - Não foi o homem que criou o casamento. Foi Deus. O

matrimônio antecede qualquer cultura, tradição, povo ou lei. Desde o Éden, o Senhor estabeleceu esta aliança e em todas as gerações velou por ela.

2. UNIÃO INDISSOLÚVEL – Como já vimos, do ponto de vista divino, o casamento é monogâmico (feito entre um homem e uma mulher) e indissolúvel. Trata-se de uma união tão profunda que Deus os considera "uma só carne" (Mt 19:5,6; Ef 5:31). A Bíblia diz que o Senhor mesmo é testemunha da aliança matrimonial e que Ele odeia o divórcio (Ml 2:14-16). Foi assim desde o princípio. Ele mesmo sentenciou a respeito: "o que Deus ajuntou, não o separe o homem" (MT 19:6). Isso quer dizer que o casamento é sagrado, pois é, acima de tudo, resultado de uma ação divina. É Deus quem ajunta. Leis e homens não têm o poder de desfazer o que Ele fez.

3. AS EXCEÇÕES - Há algumas exceções na Palavra quanto à indissolubilidade. São concessões em situações específicas. A primeira delas é em caso de adultério. Quando alguém trai o seu cônjuge, mantendo relações sexuais com outra pessoa, está quebrando a aliança do matrimônio. Neste caso, Deus permite o divórcio ao que foi traído (Mt 19:6). Mesmo assim, Ele não ordena o divórcio. Apenas o permite, já que a sua vontade perfeita será sempre o perdão e a reconciliação. O perdão traz cura e restauração. A segunda exceção ocorre quando um descrente abandona ou separa-se do cônjuge crente. Neste caso, diz a Bíblia, "não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã"(I Cor. 7:15).

4. OS TEMPOS DA IGNORÂNCIA - Muitas pessoas conhecem a Cristo depois de seus casamentos já terem sido destruídos. Infelizmente, isso é muito comum em nossos dias. Boa parte já chega à igreja numa condição irreversível no que diz respeito a reconstruir o primeiro matrimônio. Como fazer então? A Bíblia diz que "Deus não levou em conta os tempos da ignorância"(At. 17:30) e que dos nossos pecados Ele não se lembrará (Hb 8:12). Não é possível ao homem voltar atrás e consertar tudo o que fez. Por isso, o sangue de Jesus encerra todo erro no passado e dá a oportunidade de se começar uma nova vida, sem as velhas pendências (II Co 5:17). Sendo assim, pessoas que tiveram seus casamentos destruídos no mundo e não têm como reavê-los, estão livres para olhar para frente e reconstruir sua vida no temor do Senhor.



A ORDEM DE DEUS PARA O CASAMENTO

Deus estabeleceu não apenas o casamento, mas os princípios que devem regê-lo. Ele distribuiu papéis e responsabilidades específicas para marido e mulher. Quando esses papéis são invertidos ou negligenciados, o casamento fica comprometido e, muitas vezes, entra em colapso.

Os princípios divinos de Deus são inegociáveis - Vivemos numa geração de lares confusos. O feminismo distorceu o papel da mulher e o materialismo inverteu prioridades na vida da família. Os pais perderam a autoridade sobre os filhos porque deixaram de exercer a disciplina. O resultado disso é o caos porque valores eternos estabelecidos por Deus têm sido substituídos por conceitos humanistas. Mas a Palavra Eterna nunca é revogada. O que o Senhor estabeleceu como princípio ou norma para o casamento é inegociável e aqueles que ignorarem essas leis certamente sofrerão as conseqüências do seu erro.



A LIDERANÇA DO MARIDO NO LAR

Está sobre o marido a responsabilidade de liderança no lar. O conceito bíblico de "liderar" está longe da idéia de se estabelecer uma ditadura machista. Não se trata de autoritarismo. O referencial de liderança estabelecido pela Palavra é Cristo. Portanto, o líder do ponto de vista de Deus é aquele que se coloca como modelo e vai à frente, pagando um preço de amor pelos que o seguem. Como Jesus fez com a igreja, como o pastor faz com suas ovelhas, o marido precisa fazer com sua casa.

1. AMAR COM ABNEGAÇÃO - Está sobre o homem a missão de amar sua esposa "como

Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela'' (Ef 5:25). Significa renunciar a si

mesmo em favor da mulher, priorizando seus sentimentos e necessidades, suprindo-a em

tudo e esforçando-se para aperfeiçoá-la cada dia.

a) A palavra "amor" que aparece em Efésios é um amor puro, sacrificial, perfeito e permanente.

b) Por isso, Paulo usa Cristo como exemplo.

c) Cristo não é apenas o modelo, mas também a fonte do Amor.

d) Somente através do seu amor em nós é possível amar como ele amou e entregar a vida a Deus por nossas esposas.

e) O marido que trata a sua esposa com amor, faz um bem a si mesmo e fortalece a unidade no casamento.

f) Aquele que trata mal a sua esposa, destrói a si mesmo.

2. COMUNHÃO, CONSIDERAÇÃO E PROTEÇÃO – O apóstolo Pedro inspirado pelo Espírito Santo escreve em sua primeira epístola: "Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações" (I Pe 3:7). Há três atitudes importantes nesse texto que Deus cobra do marido.

A primeira atitude é a comunhão. "Viver a vida comum do lar" significa participar de tudo o que acontece na família, dividindo com a esposa as responsabilidades da administração da casa e do ensino e disciplina em relação aos filhos. Assim, o homem de Deus precisa ser um homem caseiro, presente, que se envolve com todos os aspectos da vida de sua família.

A segunda atitude é consideração. O Senhor estabeleceu como mandamento que o marido busque considerar e entender sua mulher, tratando-a com dignidade, sem aspereza. Para isso, ele terá que encontrar e ressaltar suas virtudes, promovendo encorajamento e ânimo constantes.

A terceira atitude é de proteção. A mulher deve ser considerada como parte mais frágil (não como parte inferior). Sua estrutura física e emocional requer cuidado e cobertura. A Palavra diz que a esposa é como uma "videira frutífera" (Sl 128:3). Ela requer um cuidado especial para produzir o bom vinho da alegria no casamento.

3. O CABEÇA DA ESPOSA - Deus estabeleceu uma ordem de autoridade no lar. "O marido é o cabeça da mulher, assim como Cristo é o cabeça da igreja"(Ef. 5:23). Isso não tem a ver com dignidade, mas com papéis. O fato de o homem ser autoridade sobre a esposa não o faz mais digno ou importante. Trata-se apenas de distribuição de responsabilidades segundo a sabedoria e vontade de Deus. Na Trindade, o Filho se submete ao Pai e isso não implica em nenhum tipo de inferioridade, pois eles são um. Essa liderança exigida do homem atinge todas as áreas. Ele é o primeiro responsável pelo sustento material, emocional e espiritual do lar. Quando as coisas estão edificadas nesta boa ordem divina, toda a casa sente segurança (1Co 11.3).

A) A autoridade foi dada ao marido e deve ser assumida:

1. Você não deve considerá-la um direito seu, mas um dever, uma obrigação.

2. Você não deve pensar no poder que lhe foi entregue sem antes pensar na responsabilidade que está sobre os seus ombros. Você marido é responsável pela sua família.

3. Um marido não poderá justificar-se se tolera o que é insensato e prejudicial a sua família.

• Somos responsáveis por tudo que com o nosso consentimento acontece em nosso lar.

• Não reclame daquilo que você permite. Pense bem antes de permitir certas coisas.

4. O bom marido é o próprio modelo. Prova disso é o que a família é e faz como resultado de sua liderança.

UMA AJUDADORA IDÔNEA

Ao criar a mulher. Deus a concebeu como "ajudadora idônea" em relação ao seu marido (Gn 2:18). Isso traz dois conceitos importantes. O primeiro é que ela deve auxiliar o seu esposo em tudo o que lhe diz respeito (decisões no lar, ensino e disciplina dos filhos, finanças, etc...). Não significa exercer sobre ele o papel de comando, mas de apoio. O outro conceito é o de que a mulher tem uma voz que deve ser considerada. Ela é idônea, confiável. Portanto, embora a última palavra sempre seja a do homem, as decisões devem ser tomadas em conjunto, sempre buscando o consenso e a unidade.

1. SUBMISSÃO EM AMOR - A submissão é o reconhecimento da autoridade que está sobre alguém, através de uma predisposição do coração em obedecer. No contexto do lar. Deus ordena que a mulher seja submissa ao seu marido, como ao Senhor (Ef 5:22), ainda que ele seja um descrente e não cumpra o seu papel corretamente (l Pe 3:1,2). Isso não significa anular-se, mas reconhecer no marido a autoridade de Deus e sujeitar-se à sua direção em tudo, como diz a Palavra (Ef 5:24). Só há um limite para a submissão: quando, para mantê-la, precisamos desobedecer a Deus, ou seja, pecar. Neste caso, a autoridade maior é que deve ser seguida (At 4:19).

A) Definição de Submissão

• Render uma obediência inteligente e humilde a uma pessoa, na qual Deus tem investido poder e autoridade.

• SUB= estar debaixo da mesma missão;

• MISSÃO= vocação, profissão, propósito, chamado.

B) O que a Submissão não é:

• Não tenho opinião própria;

• Eu sou simplesmente uma escrava do meu marido;

• Meu marido não valoriza minhas sugestões.

C) As características da Submissão:

• É parte da natureza da mulher Gen. 2:18 - "uma auxiliadora que lhe seja idônea".

• É caracterizada por um bom comportamento (I Pedro 3: I -2)

A submissão é obrigatória?

• É um mandamento que traz segurança, proteção e bênção, e é uma escolha;

• É como um presente da esposa, para o marido;

• Ninguém pode obrigá-la a se submeter, nem mesmo Deus, Ele não obriga ninguém a nada;

• Podemos lutar contra essa determinação o quanto quisermos, mas ela é e continuará a ser uma lei que jamais deixará de vigorar ( Ef 5.21,22).

A quem devo me submeter? Meu marido não é Cristão!

Efésios 5:22 - "As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido"

• Não a qualquer outra pessoa, por mais que ela seja admirada ou respeitada;

• O versículo não continua dizendo que somente ao marido cristão deve-se submissão, mas, sim, ao marido, seja ele cristão ou não;

• A única circunstância em que a mulher deve fugir da orientação do seu marido é se ele pedir para violar algum ensinamento da Palavra de Deus ou pedir para fazer alguma coisa ilegal ou imoral. Nesse caso, não devo obedecer a ninguém e sim a Deus.

2. TRATO RESPEITOSO – A Palavra de Deus ordena que a mulher respeite o seu marido (Ef 5:23) e o Apóstolo Pedro refere-se à "conduta casta e respeitosa" da mulher (l Pe 3:2). De maneira prática, isso implica em manter uma vida recatada e de fidelidade, servindo ao esposo como quem serve ao Senhor e cuidando de honrá-lo com seu procedimento e palavras.

3. DEDICAÇÃO AO LAR - Diz o salmista que a mulher deve ser "como videira frutífera no interior da sua casa" (Sl 128:3). Isso fala de sua função dentro do lar, na administração doméstica, cuidado com os filhos e com o esposo. Não quer dizer que ela não possa ter atividades externas (trabalhar fora) ou desempenhar ministérios no reino de Deus, mas nunca esquecer que sua prioridade é a família. A Bíblia descreve a mulher virtuosa como aquela que é empreendedora, que tem visão para coisas elevadas, que inclusive atua fora de casa, mas que prioriza o seu lar e usa sua capacidade para abençoar seu marido juntamente com sua família. ( veja Pv 31:10-31 sobre a Mulher Exemplar)



Conclusão

Não foi o homem que criou o casamento. Foi Deus. O matrimônio antecede qualquer cultura, tradição, povo ou lei. Como já vimos, do ponto de vista divino, o casamento é monogâmico (feito entre um homem e uma mulher) e indissolúvel. Quando alguém trai o seu cônjuge, mantendo relações sexuais com outra pessoa, está quebrando a aliança do matrimônio. No caso de adultério Deus permite o divórcio ao que foi traído, mesmo assim Ele não ordena o divórcio. Apenas o permite, pois a sua vontade perfeita será sempre o perdão e a reconciliação. O perdão traz cura e restaura. Deus estabeleceu não apenas o casamento, mas os princípios que devem regê-lo. Está sobre o marido a responsabilidade de liderança no lar. Está sobre o homem a missão de amar sua esposa "como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela''. Viver a vida comum do lar significa participar de tudo o que acontece na família, dividindo com a esposa as responsabilidades da administração da casa e do ensino e disciplina em relação aos filhos. A mulher deve ser considerada como parte mais frágil (não como parte inferior). Somos responsáveis por tudo que com o nosso consentimento acontece em nosso lar. Não reclame daquilo que você permite, pense bem antes de permitir certas coisas. Ao criar a mulher, Deus a concebeu como "ajudadora idônea" em relação ao seu marido. A submissão é o reconhecimento da autoridade que está sobre alguém, através de uma predisposição do coração em obedecer. A Palavra de Deus ordena que a mulher respeite o seu marido. A Bíblia descreve a mulher virtuosa como aquela que é empreendedora, que tem visão para coisas elevadas, que inclusive atua fora de casa, mas que prioriza o seu lar e usa sua capacidade para abençoar seu marido juntamente com sua família.



Lição 16 ACERTANDO NA CRIAÇÃO DOS FILHOS

“Como flechas na mão dum homem valente, assim são os filhos da mocidade”. Salmos 127:4



PROJETANDO FILHOS NO ALVO DE DEUS

Uma das funções mais gloriosas da família é a geração e a formação de filhos. Num lar cristão, filhos são discípulos do Senhor colocados sob a responsabilidade dos pais. Diz a Bíblia que eles são "como flechas na mão do guerreiro" (Sl 127:4). Em outras palavras. Deus espera que os pais preparem e projetem seus filhos nos alvos estabelecidos por Ele, como discípulos bem formados. Diz o salmista: "Que nossos filhos sejam, na sua mocidade, como plantas viçosas, e nossas filhas, como pedras angulares, lavradas como colunas de palácio "(Sl 144:12). Fazer discípulos, porém, exige dedicação. É uma tarefa artesanal. A única maneira de sermos bem sucedidos nela é observarmos rigorosamente os ensinamentos da Bíblia sobre o assunto.

1. COMO SERÁ A PRÓXIMA GERAÇÃO? - Alguns podem pensar que filhos cristãos são o resultado natural de pais cristãos, mas a coisa não acontece nesse automatismo todo. Há relatos na Bíblia e na História de gerações inteiras que se desviaram de Deus, mesmo sendo fruto de pais crentes. Em Juízes 2:10,11, há um fato assustador: "Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as obras que fizera a Israel. Então, fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor; pois serviram aos baalins". O texto está falando dos filhos daqueles, homens comandados por Josué, que conquistaram a terra de Canaã. A fé e a intrepidez de seus pais não lhes foram transmitidas e eles desviaram-se de Deus.

2. PERSPECTIVAS EQUIVOCADAS NA CRIAÇÃO DOS FILHOS - Uns confiam num "derramar do Espírito" e vivem numa expectativa mística. Acham que, simplesmente por servirem a Deus, às vezes, com muita dedicação, o Senhor se responsabilizará pelos seus filhos. Outros confiam na ação dos ministérios sobre eles. Pensam que uma boa escola cristã ou a influência da igreja será suficiente para firmá-los no caminho do Senhor. Entretanto, essas expectativas estão erradas. Filhos são formados no contexto da família. As demais estruturas são estruturas de apoio e cooperação.

3. O AMOR É A BASE PARA O DISCIPULADO DOS FILHOS - Não haverá formação de caráter cristão num ambiente que não seja impregnado do amor de Deus. "O amor é o vínculo da perfeição'' (Cl 3:14). Antes de qualquer coisa, filhos precisam estar seguros de que são amados pelos seus pais. Isso tem que ser revelado de maneira prática através da amizade, do tempo de qualidade, das manifestações físicas e verbais de carinho, do perdão e de tantas outras práticas que demonstram o valor que eles têm.



EVITANDO OU CORRIGINDO ATITUDES

A Bíblia diz: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele'' (Pv 22:6). Esta é uma promessa condicional. Nossos filhos serão firmes se os ensinarmos "no caminho". Note que não se trata apenas de apontar ou ensinar "o" caminho, mas "no" caminho. Isto fala de relacionamento, de andar junto, de se oferecer como exemplo de vida. Para tanto, precisamos nos policiar em relação a atitudes comuns no convívio humano, porém prejudiciais, para que não comprometamos a direção que estamos dando a eles. Vamos tomar alguns exemplos das Escrituras Sagradas, para apontar os erros mais comuns na desafiadora tarefa de formá-los para Deus.



TROCAR OS FILHOS PELAS "COISAS DE DEUS"

Ló vivia em Sodoma com sua família e, certa vez, recebeu dois anjos em sua casa, materializados em figura humana. O texto está em Gn 19:1-8. Quando os homens pervertidos da cidade souberam que havia visitantes na casa de Ló, vieram e insistiram para que lhes fossem entregues porque queriam ter relações sexuais com eles. Numa decisão infeliz, Ló ofereceu suas filhas para serem abusadas pelos homens da cidade, a fim de "proteger" os anjos. Se não houvesse uma intervenção misericordiosa do Senhor, cegando os olhos daqueles homens, as filhas de Ló terminariam suas vidas envergonhadas e arruinadas.

1. UMA ORDEM EQUIVOCADA DE VALORES - Ao entregar suas filhas nas mãos dos homens pervertidos, Ló pensava estar fazendo a coisa mais espiritual que podia. Na sua mente, anjos eram mais sagrados que filhos e, portanto, mais importantes. Talvez ele pensasse que Deus o aprovaria em tal escolha. Mas estava enganado. Para o Senhor, nossa família é santa e deve ser a prioridade do nosso ministério. Trocá-la pelas "coisas de Deus" é um sofisma, um grande engodo do diabo. Quando Moisés tentava tirar o povo hebreu do Egito, Faraó lhe propôs que fossem apenas os homens servir ao Senhor, mas as mulheres e as crianças ficassem (Ex. 10:8-13). Moisés, porém, repeliu veementemente tal proposta, porque sabia que toda a família era santa diante de Deus.

2. PODEMOS AGIR DA MESMA MANEIRA - à medida que nos envolvemos no ministério da Casa de Deus, podemos confundir os valores em relação as nossas famílias. Muitos são os que literalmente trocam seu lar pelo serviço da Casa de Deus. Podemos fazer isso de muitas maneiras. Uma delas é envolvendo tanto o nosso tempo com o serviço para o Senhor, que acabamos abandonando nossos filhos e cônjuges em suas carências. Homens tremendos caíram nesse erro e sofreram amargamente as conseqüências. Davi foi um deles. Nunca houve um rei tão amado em Israel, mas por uma dedicação exagerada ao ministério em detrimento do lar, ele amargou um trágico fim na vida de vários de seus filhos.



3. MINHA CASA É MEU PRIMEIRO MINISTÉRIO - Ao descrever o perfil necessário a um ministro de Deus, Paulo ressalta seu testemunho familiar (Tt 1:6; l Tm 3:12). Sem ter em boa ordem sua casa, especialmente seus filhos, um homem não está apto para o ministério.



O ENGANO DA SUPERPROTEÇÃO

Outro grande problema na criação de filhos é a superproteção. Muitas vezes, o amor mal aplicado acaba sendo o fator de deformação do caráter das pessoas. A Bíblia conta a história de Jacó, que era desequilibradamente preferido e superprotegido por sua mãe Rebeca (Gn 25:27,18). Isso ajudou a fazer dele um trapaceiro sem caráter e gerou um tremendo conflito no seio daquela família (Gn 27:41).

1. A SUPERPROTEÇÃO DEFORMA O CARÁTER - Normalmente, o filho superprotegido sente-se o "centro do universo" e desenvolve uma personalidade egocêntrica. Jacó é um exemplo claro disto. Sua vida durante muito tempo girou em torno de seus próprios interesses e ele foi capaz de fazer qualquer coisa, inclusive as mais erradas, para alcançar seus objetivos

egoístas.

2. O RESULTADO É COVARDIA E DESPREPARO PARA A VIDA - Quando pais sufocam seus filhos durante a formação de sua personalidade e caráter, exagerando no cuidado, acabam impedindo que mecanismos de defesa se desenvolvam em suas vidas. Como sempre encontraram nos pais pessoas dispostas a livrá-los de qualquer dificuldade, quando se virem confrontados no mundo, não saberão como se defender.

3. EQUILÍBRIO ENTRE CUIDADO E LIBERDADE - Nossos filhos precisam de cuidado. É verdade que eles não podem ficar soltos como se tivessem condição de fazer todas as escolhas sozinhos. Quanto mais novos, mais eles precisam da presença próxima dos pais para dar-lhes segurança e direção. Entretanto, esse cuidado não pode ser sufocante a ponto de não permitir que enfrentem e vençam desafios e aprendam a tomar decisões corretas diante da vida. Isso significa que eles precisam de alguma liberdade e, à medida que crescem, têm necessidade de sentir que confiamos neles, ainda que não os percamos de vista por muito tempo.



PREDILEÇÃO E PARCIALIDADE

Outro grande problema na criação dos filhos é a predileção e a parcialidade por parte dos pais. A Bíblia conta que "Israel amava mais a José do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no e não lhe podiam falar pacificamente "(Gn 37:3,4). A família desse homem de Deus viveu um terrível drama durante muitos anos originado desse amor especial de Israel por José.

1. O PROBLEMA ESTÁ NA PREDILEÇÃO REVELADA - Muitas vezes, podemos nos identificar mais com um filho ou outro, mas erramos quando isso se torna visível e determina um tratamento diferenciado. "A túnica de várias cores" que Israel fez foi uma expressão visível de sua predileção por José e desencadeou um processo de ciúme e ódio de seus irmãos para com ele, trazendo prejuízo para todas as partes.

2. INDIVIDUALIDADE É O CRITÉRIO - Na formação e educação dos filhos, muitas vezes é necessário tratamento diferenciado. Isso, porém, deve basear-se na individualidade deles e não na predileção dos pais. São as características de temperamento e personalidade que devem apontar o modo de tratar com cada um, seja na correção, seja na aprovação.





3. SENDO REFLEXOS DO PAI CELESTE - Deus, o nosso Pai Perfeito, não faz acepção de pessoas (Rm 2:11). Ele trata seus filhos sob os mesmos pesos e medidas, embora lhes considere a individualidade. Assim devemos ser no tratamento com nossos próprios filhos, refletindo a sabedoria, a justiça e o cuidado de Deus sobre suas vidas, a fim de que o temam e o amem. A causa de muitas pessoas não conseguirem um nível de liberdade em seu relacionamento com Deus é resultado de uma distorção que receberam na criação. Por não terem um referencial de justiça em seu pai natural, não conseguem ver isso em Deus.

FALTA DE DISCIPLINA

A disciplina é uma das ferramentas mais fundamentais para a formação do caráter humano. Por isso, a Bíblia diz: "Não retires da criança a disciplina, pois se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno"(Pv 23:13,14). Esse princípio vale para todo o tempo em que os filhos estão sob o cuidado e autoridade dos pais. A Bíblia conta de um sacerdote, Eli, que teve o seu ministério rejeitado e um fim trágico para sua família, porque não exerceu a disciplina sobre seus filhos. Um dia, Deus lhe trouxe o seguinte juízo: "Naquele dia cumprirei contra Eli, de princípio a fim, tudo quanto tenho falado a respeito da sua casa. Porque já lhe fiz saber que hei de julgar a sua casa para sempre, por causa da iniquidade que ele bem sabia, pois os seus filhos ofendiam a Deus e ele não os repreendeu" (Sm 3:12,13). Isso mesmo! Deus rejeitou o ministério de Eli porque ele não foi zeloso ao ponto de repreender seus filhos, que chegavam a roubar das ofertas e agiam com imoralidade para com as mulheres que ministravam na Casa do Senhor.

1. EQUILÍBRIO ENTRE ENSINO E CORREÇÃO - A disciplina é um instrumento eficaz quando aplicada com o ensino (Ef 6:4) e o amor (Hb 12:6). Se não for assim, produzirá mágoa e rebelião na vida dos filhos. Antes de serem punidos por um erro, eles têm que estar absolutamente seguros de que são amados e precisam receber ensinamento sobre "o que é correto".

2. A PSICOLOGIA OU A PALAVRA DE DEUS? - A Bíblia aconselha repetidas vezes o uso da vara na correção dos filhos, enquanto crianças (Pv 22:15; 23:13,14; 29:15). Isso choca frontalmente com os conceitos da Psicologia moderna, que ensina que crianças não devem ser punidas pelos seus erros, muito menos com correção física. Por isso, os cristãos têm que fazer uma opção séria entre a filosofia humanista e a Palavra eterna de Deus. Aqueles que têm optado pela frouxidão, estão colhendo filhos rebeldes e sem limites sobre si.

3. O SENTIDO DA DISCIPLINA - Ao disciplinar um filho (puni-lo por uma atitude ou comportamento reprovável), os pais devem ter em mente o objetivo de ensinar o caminho correto, apontando para o fato de que escolhas erradas sempre trarão conseqüências dolorosas. A disciplina, portanto, nunca pode ser mero "castigo" e muito menos uma forma de se extravasar a ira. Se não observarmos este cuidado, ao invés de contribuir para a formação de seu caráter, vamos gerar nele mágoa e revolta.

4. CONSIDERANDO A IDADE DOS FILHOS - É muito importante discernir a idade dos filhos para aplicar-lhes a disciplina correta. A Bíblia fala do uso da "vara" para as crianças. Entretanto, correções físicas para adolescentes ou jovens quase nunca resultarão em quebrantamento. Ao contrário, a reação diante da vergonha e da humilhação tenderá a ser mais rebeldia ou mágoa. À medida que os filhos crescem, a disciplina deve mudar, privando-os por um tempo de coisas que gostam de fazer, para levá-los à correção.

5. O EXCESSO PREJUDICA - Há limites para a disciplina. É óbvio que a Bíblia não ensina a violência. A Bíblia diz: "Corrige o teu filho enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo" (Pv. 19:18). Isso pode ser entendido de duas maneiras. Primeiro, o uso da vara não pode ser uma expressão de violência. Nenhum pai tem direito de fazer marcas no corpo ou na alma de seus filhos. Segundo, não pode haver excesso nem na intensidade e nem da quantidade de disciplina, porque isso prejudica. Se uma criança ou jovem é excessivamente punido por seus erros, poderá se tornar inseguro diante da vida e amanhã terá medo de ousar ao enfrentar desafios.

Conclusão

Num lar cristão, filhos são discípulos do Senhor colocados sob a responsabilidade dos pais.

Não haverá formação de caráter cristão num ambiente que não seja impregnado do amor de Deus. Antes de qualquer coisa, filhos precisam estar seguros de que são amados pelos seus pais.

Nossos filhos serão firmes se os ensinarmos "no caminho". A disciplina é uma das ferramentas mais fundamentais para a formação do caráter humano. A disciplina é um instrumento eficaz quando aplicada com o ensino. A Bíblia aconselha repetidas vezes o uso da vara na correção dos filhos, enquanto crianças, mas isso com sabedoria. Se não observarmos este cuidado, ao invés de contribuir para a formação de seu caráter, vamos gerar nele mágoa e revolta.O uso da vara não pode ser uma expressão de violência. Nossos filhos precisam de cuidado, proteção e amor.



Lição 17 FILHOS E SEU PAPEL NA FAMÍLIA

“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra”. (Ef 6:1-3)

UM CONCEITO CELESTIAL SOBRE O QUE É SER FILHO

Em Provérbios 1:7, vemos que o princípio da sabedoria é o temor do Senhor, assim como a insensatez é qualidade própria de mentes confundidas por Satanás. Vivemos num tempo em que os conceitos de família estão se deteriorando, gerando uma inversão de papéis e valores. No mundo, a adolescência e a juventude são chamadas de "fase da rebeldia" e a confusão é tal que o comportamento rebelde é tido como normal e aceitável. Deus, entretanto, estabeleceu princípios para toda a família. Eles ordenam que os filhos vivam em obediência e submissão aos pais, que haja um relacionamento amoroso no ambiente familiar. Quando um jovem decide entregar seu caminho a Cristo e receber seu senhorio, tem que abrir mão dos conceitos mundanos e assumir a Palavra como sua fonte inquestionável de fé e prática. Por esse motivo, vamos estudar os princípios bíblicos que devem dirigir a conduta dos filhos, especialmente focalizando os jovens solteiros, no que diz respeito à família.



RECONHECENDO A GRAÇA NAQUILO QUE TEMOS

No ambiente família, o filho desfruta de muitos benefícios e privilégios. Infelizmente, nem todos têm olhos para perceber, mas costumamos receber muito em nossas casas, mesmo considerando que tantos vivam em ambientes de pobreza e de desestrutura. A maioria dos pais dá aos filhos muito mais do que o estritamente necessário. Nos limites de cada um (inclusive considerando que muitos nunca conheceram a Deus), houve investimento por parte dos pais para que seus filhos pudessem chegar à juventude. Embora não se costume valorizar, noites mal dormidas, esforço por suprir, alimentar, vestir, educar e dar condição de sobrevivência são verdades que precisam ser levadas em conta. A gratidão, mesmo quando não temos tudo o que gostaríamos, pode nos ajudar a conquistar a bênção de Deus e contar com Ele até para mudar circunstâncias familiares que não são ideais.



FILHOS TÊM SEU PAPEL DENTRO DA FAMÍLIA

Assim como cada pessoa da família, os filhos têm seus direitos e também suas responsabilidades. Gostamos de reivindicar direitos, mas precisamos, antes de mais nada, cumprir o nosso papel. Vejamos à luz da Palavra algumas das responsabilidade dos filhos na família:

1. OBEDIÊNCIA E SUBMISSÃO - A obediência aos pais não é opcional para o jovem cristão, é um mandamento. Em Colossenses 3:20, Paulo escreve: "Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor". Note que a obediência deve ser total, "em tudo". É claro que, pelo teor geral da Palavra, subtende-se que o limite para esta obediência é apenas a Lei de Deus, ou seja, a obediência aos pais vai até que esta não leve alguém a quebrar princípios estabelecidos pelo Senhor na Bíblia. Conforme vimos no texto acima, a Palavra orienta: "Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor; pois isto é Justo" (Ef. 6:1 ).Vemos que a obediência aos pais é "no Senhor", uma atitude de fé e temor diante de Deus. Assim, devemos considerar que a desobediência aos pais é desobediência a Deus.



Na verdade, a obediência deve nascer da submissão. O conceito de submissão tem sido muito distorcido em nossos dias, pois é relacionado com humilhação, como se a pessoa submissa fosse um ser dominado e forçado a agir contra sua vontade. Pela Palavra de Deus, porém, submissão é uma decisão através do qual nos sujeitamos ao governo de outra pessoa, reconhecendo que há uma fonte de bênção nessa postura. O que se submete reconhece sobre o outro um manto de autoridade que não é humano, mas divino e, dessa forma, decide pela obediência. Aliás, submissão é a decisão de viver numa postura em que o coração está sempre predisposto a obedecer.

a) JESUS É REFERENCIAL DE FILHO SUBMISSO - Quando buscamos na Palavra, encontramos muitas pessoas que foram modelo como filhos, mas o principal deles foi o próprio Jesus. Ele não apenas submeteu-se a toda a vontade de seu Pai celestial, inclusive aceitando a cruz (Mt 26:39), como foi um exemplo em sua casa. Eis um testemunho das Escrituras, falando do seu relacionamento com Maria e José, enquanto jovem; "E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração” (Lc 2:51; cf. Hb 5.7,8).

b) FILHOS CRENTES E PAIS DESCRENTES - Alguns jovens pensam que pelo fato de seus pais não serem convertidos a Cristo, não devem se sujeitar a eles. No entanto, ainda que não sejam cristãos, os pais continuam detendo autoridade sobre suas vidas. A questão da submissão deve ter como foco Deus e não o homem. A autoridade é divina, ainda que esteja sobre uma pessoa que não conheça ao Senhor ou até mesmo que não se mostre digna dela. Pedro fala que a submissão é devida "não somente ao bom e cordato, mas também ao perverso " (l Pe 2:18).

2. HONRA E RESPEITO - Dos dez mandamentos, há um que traz atrelado a si uma promessa e ele diz respeito ao trato dos filhos para com seus pais. Efésios 6:2-3, diz: "Honra a teu pai e tua mãe, que é primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem e sejas de longa vida sobre a terra". Honra é um conceito confuso na sociedade moderna. Hoje em dia, muitos filhos perdem a noção de respeito, tratando seus pais como iguais. Entretanto, a Palavra eterna de Deus exige uma postura de respeito, consideração, temor, amizade e, inclusive, amparo na velhice dos pais (l Tm 5:4,16). Simplesmente pelo fato de alguém ser mais velho, a Palavra já impõe a necessidade de um trato respeitoso, como está escrito em Levítico 19:32: “Levante-se na presença dos idosos, honrem os anciãos, temam o seu Deus. Eu sou o Senhor”.



3. FONTES DE BÊNÇÃO NA FAMÍLIA - Os filhos devem ser uma fonte de bênção em sua casa. Não estão ali apenas para obedecer e receber, mas para produzir alegria e unção. Salomão escreveu: "O filho sábio alegra a seu pai, mas o homem insensato despreza a sua mãe"(Mt. 15:20). Além disso, no Salmo 128:3, os filhos são descritos como "plantas de oliveira ao redor da mesa", o que podemos entender muito bem como fonte de unção no seio da família. É preciso desenvolver um trato afetuoso com os pais, expressando amor através de palavras e gestos. Muitos se queixam de que os pais não suprem suas expectativas, porém é comum vermos filhos que não investem nesse relacionamento, não o cultivam e até mesmo usam a igreja e a vida cristã como uma fuga, uma desculpa para estarem longe de casa.













OUTRAS ÁREAS DE RESPONSABILIDADE PRÁTICA

Na medida em que se passam os anos, cada vez mais os filhos devem ir assumindo obrigações específicas dentro do lar. Isso os fará contribuir para o bom andamento da casa e para o desenvolvimento de seu caráter. É na condição de filhos que ganhamos ferramentas para futuramente assumirmos a tarefa de edificar nossa própria casa e para vivermos bem em sociedade, inclusive na igreja.

TAREFAS DOMÉSTICAS - Os filhos jovens devem contribuir com as tarefas da casa. Não só precisam manter seu espaço arrumado e limpo, como também devem participar das demais tarefas (lavar e passar roupa, limpar a casa, fazer compras, cozinhar, etc...). Devem saber que não estão fazendo um favor por isso, mas assumindo uma carga de trabalho que lhes corresponde na casa, além estarem sendo treinados para a o futuro. Os jovens devem entender que com o passar dos anos as forças e a saúde dos pais decrescem e que eles precisam mais e mais de sua cooperação e atitude positiva.

ESTUDOS - Enquanto estão na fase escolar, a educação deve ser uma prioridade na vida dos jovens. Precisam dedicar tempo e esforço não só para serem aprovados, mas para ganharem conhecimento, a fim de amanhã poderem manter sua própria vida e desenvolver uma carreira de êxito, seja na área profissional ou ministerial. Devem ter em mente que o grau de sucesso que irão alcançar está diretamente ligado a quão bem sucedidos forem nos estudos. É preciso que o jovem se capacite intelectualmente e em tarefas manuais e com isso ele estará de alguma maneira correspondendo ao investimento de seus pais em sua educação.

TRABALHO - Muitas vezes é necessário que os filhos contribuam financeiramente para o sustento da casa. No entanto, ainda que não haja uma necessidade, é importante que a partir de certa idade trabalhem, mesmo que numa atividade que não remunere tanto, para aprenderem a conquistar o seu sustento. Se eles conseguirem cobrir seus gastos pessoais, isso já será de grande valia para a família. A Palavra parece indicar que o próprio Jesus ajudava seu pai no ofício de carpinteiro e, como conseqüência, tornou-se um profissional conhecido no lugar em que vivia (Mt 13:55; Mc 6:5). Vemos na Bíblia que muitos homens foram chamados por Deus para exercerem fortes ministérios enquanto serviam a seus pais trabalhando com eles, Eliseu (l Rs 19:19), Saul (I Sm 9:1-17), Davi (II Sm 16:11-13) são alguns exemplos.



VENCENDO AS SÍNDROMES DE CAlM

Um dos aspectos mais desafiadores no convívio familiar é o relacionamento entre irmãos. A Palavra do Senhor relata muitos casos em que famílias foram terrivelmente prejudicadas pela inimizade entre os filhos. Desde que Caim matou seu irmão Abel, uma pergunta de Deus tem ecoado no seio de muitos lares: "Onde está teu irmão?". Infelizmente, a resposta de muitos jovens cristãos tem sido a mesma do assassino Caim: "Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?''(Gn 4:9). Essa atitude de inimizade e irresponsabilidade tem tomado o coração de muitos e comprometido um espaço (o relacionamento fraterno) que, se bem cultivado, pode gerar riquíssimos frutos. Há uma série de posturas muito comuns no relacionamento entre irmãos, mas que precisam ser abolidas pelo menos por parte daqueles que receberam o Espírito de Deus em suas vidas. Vejamos algumas delas:

INDIFERENÇA - A indiferença e o isolamento são atitudes que bloqueiam a boa relação. Quando alguém se encerra em si mesmo, automaticamente deixa outro de fora. Quem se fecha, não pode compartilhar nem dor nem alegrias. Vive sob uma perspectiva individualista e egocêntrica. Ora, não deve ser assim entre irmãos. O relacionamento fraterno na família deve se desenvolver como uma forte amizade na qual, ainda que respeitando a individualidade do outro, as conquistas e perdas possam ser repartidas e vividas em unidade.

1. CIÚME E INVEJA - Vemos famílias que foram marcadas pela tragédia porque os filhos se relacionaram na base do ciúme ou da inveja. José quase foi destruído por seus irmãos, sendo traído e vendido como escravo, porque estavam cegos pelo ciúme (Gn 37:1 -36). Pelo mesmo motivo, Caim matou Abel e muitas lares têm sido privados da paz e da felicidade.

2. DISPUTAS E BRIGAS - A Bíblia ordena: "Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia" (Ef 4:31). Isso é especialmente importante dentro do lar e no relacionamento entre irmãos, onde os atritos tendem a acontecer e se não forem administrados com domínio próprio e respeito, darão lugar ao mau testemunho, a amargura, a violência e até a inimizade, destruindo completamente a possibilidade de que aquela casa se torne um lugar para a glória de Deus.

Conclusão

Vivemos num tempo em que os conceitos de família estão se deteriorando, gerando uma inversão de papéis e valores. Quando um jovem decide entregar seu caminho a Cristo e receber seu senhorio, tem que abrir mão dos conceitos mundanos e assumir a Palavra como sua fonte inquestionável de fé e prática. A gratidão, mesmo quando não temos tudo o que gostaríamos, pode nos ajudar a conquistar a bênção de Deus. A obediência aos pais não é opcional para o jovem cristão, é um mandamento. Os filhos devem ser uma fonte de bênção em sua casa. Os filhos jovens devem contribuir com as tarefas da casa. Um dos aspectos mais desafiadores no convívio familiar é o relacionamento entre irmãos. Muitas vezes, é necessário que os filhos contribuam financeiramente para o sustento da casa. A indiferença e o isolamento são atitudes que bloqueiam a boa relação. O relacionamento fraterno na família deve se desenvolver como uma forte amizade na qual, ainda que respeitando a individualidade do outro, as conquistas e perdas possam ser repartidas e vividas em unidade. Nossa casa é lugar de paz, harmonia, consolo, amor, compreensão e relacionamento.



Lição 18 OS SOLTEIROS E SEU CORAÇÃO

Ministração alternativa para solteiros

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (I Cor. 13: 4,5,7)



TOCANDO NUMA ÁREA DELICADA

Falar da área sentimental da vida de qualquer pessoa é uma tarefa delicada, pois nesse campo podem residir muitas marcas, sonhos, mitos e propósitos santos. Deus está interessado em que os jovens guardem esse espaço sagrado do coração para desfrutar dele no momento apropriado. Por outro lado, Satanás tenta de todas as formas distorcer valores e atrair os solteiros a experiências prematuras, equivocadas e frustrantes.

Quando vamos explorar esse tema, precisamos observar diferentes categorias entre os solteiros cristãos no que diz respeito à sua atitude em relação a namoro, casamento e experiências afetivas. Vamos procurar nesse estudo avaliar os jovens em suas diversas experiências e tendências, a fim de dar orientação bíblica e segura.



OS QUE SABEM QUE NÃO ESTÁ NA HORA

Há jovens que estão tranqüilos em relação à sua vida afetiva. Sabem que ainda não chegou a hora de investir neste departamento de suas vidas e por isso permanecem concentrados em outras prioridades ou simplesmente dominam seus sentimentos por uma consciência da vontade de Deus..

1. A IDADE DA ESTRUTURAÇÃO - Embora seja um grande desafio para alguns compreender isto, a adolescência e comumente os primeiros anos da chamada idade adulta constituem um tempo de formação, de estruturação em todas as áreas (caráter, personalidade, espiritualidade, vocação, estrutura social e financeira, entre outras). Por essa razão, esse normalmente não é o melhor momento para se assumir grandes responsabilidades, especialmente no que diz respeito a casamento. Quando há essa compreensão, torna-se mais fácil lidar com os sentimentos de maneira sóbria e racional, evidenciando-se assim uma escolha pelo padrão bíblico e uma disposição de esperar até que a maturidade esteja bem desenvolvida.

2. O DESAFIO DE ESPERAR EM DEUS - Esperar não significa passividade ou repressão dos sentimentos. Trata-se de encarar o desafio de aguardar e buscar em Deus o tempo certo para o estabelecimento de um compromisso. A Palavra de Deus traz o seguinte tesouro de sabedoria: "A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele. Bom é o Senhor para os que esperam por Ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. Bom é para o homem suportar o Jugo na sua mocidade. Que se assente ele, sozinho, e fique calado, porquanto Deus o pôs sobre ele" (Lm. 3:24-28). É bom aqui afirmar que um relacionamento com compromisso é para gente madura e pronta para o casamento, não para os que desejam experiências. Não precipitar as coisas tem o seu preço, mas também tem suas recompensas:

2.1. PROTEÇÃO CONTRA DEFRAUDAÇÕES EMOCIONAIS - Lançar-se em aventuras amorosas irresponsáveis quase sempre provoca feridas na alma, como frustrações, rejeição, culpa, abandono, etc... Há uma grande possibilidade de que feridas sejam abertas porque alguém não continuou a ser correspondido, ou se descobriu incapaz de continuar correspondendo num relacionamento afetivo, levando a um rompimento. Não são poucos os que sofreram ou estão marcados por esse tipo de frustração.

2.2. POSSIBILIDADE DE ENTRAR NO CASAMENTO COM UMA BASE SÓLIDA - Os que não se precipitam, podem ganhar toda a estrutura e maturidade necessária para entrar de modo equilibrado nesta fase desafiadora que é a vida a dois. É comum vermos pessoas infelizes no casamento, simplesmente porque aceleraram as coisas e não souberam esperar o tempo certo. Por outro lado, aqueles que sabem se dominar aumentam a base para um futuro abençoado.



OS QUE ESTÃO ENFRENTANDO PRESSÕES

Há uma segunda categoria de jovens. São aqueles que, embora não estejam prontos para o casamento, vivem debaixo de fortes pressões para ter experiências afetivas, entrar em namoros ou até mesmo se entregarem a superficialidades do tipo relacionamento-relâmpago. Não são poucos os que, inclusive, abrem mão do ministério na Casa de Deus para lançar-se em aventuras que só trarão prejuízo.

1. A PRESSÃO DA SOCIEDADE MUNDANA - Para o mundo, tornou-se normal o jovem desde muito cedo ter experiências afetivas e sexuais. Assim, o cristão que decide permanecer fiel aos princípios bíblicos muitas vezes é ridicularizado e pressionado por aqueles que o rodeiam. Se, porém, cedermos às pressões mundanas, estaremos ignorando o que diz a Palavra de Deus: "infiéis, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus " (Tg 4:4).

2. A PRESSÃO DOS PRÓPRIOS SENTIMENTOS - Maior do que a pressão mundana, é a pressão interna, dos sentimentos que afloram no coração do jovem. Muitos concordam com a visão bíblica de esperar em Deus, até que comecem a gostar de alguém. Quando os sentimentos afloram, porém, princípios eternos são muitas vezes ignorados. Deixar que o coração fale mais alto do que a razão normalmente é uma porta de engano, uma abertura para que voltemos a ter um comportamento característico da vida velha: "Porque também nós éramos outrora insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias paixões e deleites, vivendo em malícia... "(Tt 3:3). O que deve nortear a vida de um cristão é a Palavra de Deus, e não seus sentimentos.

3. A CONFUSÃO ENTRE PAIXÃO E AMOR - Quando existe a incapacidade de esperar o momento certo, estamos diante de um sentimento de paixão, não de um amor genuíno. O amor, em seus mais profundos detalhes, é descrito em l Coríntios 13, particularmente conceituado com os atributos da espera e da paciência. Quanto às paixões, o conselho do apóstolo Paulo é: "Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor" (II Tm 2:22).

4. O ALTO CUSTO DA PRECIPITAÇÃO - Submeter-se às paixões pode trazer sérios prejuízos. A paixão pode proporcionar um período de intenso prazer, mas irremediavelmente terminará em sofrimento porque, cedo ou tarde, conduzirá ao pecado. Por ser um sentimento indomado, ela tende a controlar o homem e tirar-lhe a sobriedade necessária a uma vida santa. Quando um sentimento domina alguém a ponto de levá-lo a abrir mão de uma visão e questionar conceitos estabelecidos por Deus, esse sentimento provavelmente o dominará para coisas piores. Se um casal de jovens não sabe esperar o tempo certo para estabelecer um compromisso, provavelmente não saberá esperar o tempo certo para as carícias e, quem sabe, para o sexo.



OS QUE ESTÃO PRONTOS E NÃO TÊM SEU PAR

A terceira categoria de solteiros sobre a qual vamos falar compreende aqueles que estão amadurecidos, prontos para o casamento e, conseqüentemente para os compromissos que o precedem, mas ainda não têm definição da pessoa com quem devem estabelecer uma aliança desse tipo. Essas pessoas, muitas vezes, estão sob fortes pressões porque, além das que já citamos, ainda se sentem forçadas pelo tempo, com receio de que se tornem velhas demais para um relacionamento.

1. A POSTURA CORRETA - Tendo atingido a maturidade necessária para assumir um compromisso, é necessário permanecer sujeito aos princípios estabelecidos por Deus, sem lançar-se a aventuras. Não se deve correr o risco de defraudar alguém, com exposição precipitada de sentimentos. Ao surgir um sentimento, deve-se buscar a Deus em oração, durante certo tempo, para a confirmação do mesmo. Havendo uma base de segurança, buscar cobertura nos líderes e, discretamente, aproximar-se da pessoa para conhecê-la melhor. Declarações e gestos de conquista devem ser guardados para o tempo adequado, pois podem despertar o interesse da pessoa errada.

2. ENCONTRANDO E NÃO CAÇANDO O SEU PAR - O cristão tem um comportamento sóbrio e cuidadoso. Infelizmente há os que, por não confiarem em Deus, passam a insinuar-se agressiva e precipitadamente sobre outros, na tentativa de conquista ou para definirem uma situação. Essa atitude somente abrirá portas para enganos ou afugentará aqueles que têm vida com Deus e são sérios no trato com seus sentimentos.

3. ENVOLVENDO-SE COM O REINO DE DEUS - Há uma grande bênção em ser solteiro. Paulo faz uma exposição maravilhosa do que essa fase da existência humana pode significar: "Pois quero que estejais livres de cuidado. Quem não é casado cuida das coisas do Senhor, em como há de agradar ao Senhor, mas quem é casado cuida das coisas do mundo,em como há de agradar a sua mulher, e está dividido... " ICor. 7:32,33 NVI). Isso quer dizer que pessoas não casadas podem dedicar-se muito mais a obra do Senhor, e essa deve ser a atitude de quem realmente O ama. Assim, deve-se extrair dessa fase aquilo que ela tem de precioso, que é a liberdade, a disponibilidade de tempo e a possibilidade de investir nos estudos, relacionamentos familiares, crescimento profissional e no trabalho ministerial. Nesse caso, deve-se estar sempre orando e esperando em Deus, que na hora certa Ele suprirá esta área na vida daqueles que se dedica em servir o Senhor sem preocupações.



OS QUE NÃO QUEREM PENSAR EM CASAMENTO

O último grupo que vamos analisar é o daqueles solteiros que, tendo idade e estrutura para pensarem em casamento, não querem fazê-lo. Uma parte age assim por decisão sadia e até por um chamado, por sentirem que Deus os quer sozinhos. O chamado celibato é uma opção viável e bíblica e deve ser respeitada. Entretanto, a maioria das pessoas que já atingiu uma idade madura e não deseja o casamento está presa a feridas de alma e são estas que as impedem de assumirem relacionamentos. Se essas vidas não forem curadas, poderão perder uma das melhores experiências da vida cristã: o matrimônio.

1. O CELIBATO É O DOM DE ALGUNS - Paulo era um solteiro convicto e chegou a expressar o desejo de que outros o seguissem neste caminho (l Cor. 7:1-9), mas admitiu que "cada um tem o seu próprio dom" (vers. 7). Desta maneira, podemos compreender que a opção de não se casar (e obviamente não se envolver em relacionamentos afetivos) é legítima e deve ser respeitada na vida daqueles que se decidem por ela.

2. VENCENDO AS MARCAS DO PASSADO - Muitas pessoas fogem dos relacionamentos, não por convicção ou dom, mas por estarem presas em sua alma. Seja porque foram frutos de lares destruídos, porque sofreram grandes decepções ou porque se tornaram inseguras devido a outros fatores, não conseguem andar na perspectiva do casamento. Ora, aqueles que vivem assim precisam de ajuda, de ministração de cura, para terem esta área tão importante de suas vidas liberadas e poderem experimentar o melhor de Deus em todos os sentidos.

3. ABRINDO OS OLHOS PARA VER - Alguns simplesmente tornaram-se passivos, acostumaram-se a viver sozinhos e, embora tenha chegado o tempo de investirem num relacionamento, não despertaram para isto. Esta atitude precisa ser confrontada. Quando Deus criou Adão, tendo ele maturidade para cumprir todo o plano do Senhor, uma das primeiras coisas que fez foi buscar uma companheira que lhe correspondesse. Sua atitude foi tão louvável que o Senhor se fez parceiro em sua busca e tomou a iniciativa de criar uma mulher que pudesse completá-lo, colocando-a bem diante de seus olhos (Gn 2:20-23). A questão é que, muitas vezes, Deus já fez isso na vida de certos cristãos, mas eles não abriram ainda os olhos para ver...



Conclusão

Satanás tenta de todas as formas distorcer valores e atrair os solteiros a experiências prematuras, equivocadas e frustrantes. Não precipitar as coisas tem o seu preço, mas também tem suas recompensas. Lançar-se em aventuras amorosas irresponsáveis quase sempre provoca feridas na alma, como frustrações, rejeição, abandono, culpa. Não são poucos os que, inclusive, abrem mão do ministério na Casa de Deus para lançar-se em aventuras que só trarão prejuízo. Para o mundo, tornou-se normal o jovem desde muito cedo ter experiências afetivas e sexuais e isto se torna uma pressão para induzi-los ao pecado. Maior do que a pressão mundana, é a pressão interna, dos sentimentos que afloram no coração do jovem. O que deve nortear a vida de um cristão é a Palavra de Deus, e não seus sentimentos. Esperar não significa passividade ou repressão dos sentimentos. Trata-se de encarar o desafio de aguardar e buscar em Deus o tempo certo para o estabelecimento de um compromisso. Tendo atingido a maturidade necessária para assumir um compromisso, é necessário permanecer sujeito aos princípios estabelecidos por Deus, sem lançar-se a aventuras. Alguns se precipitam e erram, outros estão prontos e outros não querem, mas Deus deseja que o homem forme a sua família. Muitas pessoas fogem dos relacionamentos, não por convicção ou dom, mas por estarem presas em sua alma.



CONFISSÃO DE FÉ DA IGREJA DE

NOSSO SENHOR JESUS CRISTO

I. Das Escrituras

Cremos que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus, a verdade dada aos homens. Não foi escrita por vontade humana, mas inspirada por Deus (2Tm 3.16; 2Pe 1.21). A Bíblia é a nossa regra de fé e prática, é Ela quem determina em quem devemos crer e o que devemos fazer. A Bíblia é infalível, portanto, quem desobedecer aos seus ensinos, estará desobedecendo ao próprio Deus.

II. De Deus - NOMENCLATURA NO ANTIGO TESTAMENTO EM HEBRÁICO (NOME DE DEUS):

* Myhla ‘elohiym - plural = (grandeza) - o (verdadeiro) Deus (Gn. 1:1);

* hwhy Yahovah - Javé =" Aquele que existe"; o nome próprio do único Deus verdadeiro; nome impronunciável.YHWH = O TETRAGRAMA(Gn.2:4);

* ynda ‘Adonay - Senhor-título, usado para substituir Javé como expressão judáica de reverência (Gn.15:2);

NOMENCLATURA NO NOVO TESTAMENTO

EM GREGO (NOME DE DEUS):

* yeov theos - A divindade suprema; Deus. (Mt. 1:23);

* kuriov kurios – (supremacia) - aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; Mestre, Messias. (Mt.1:20).

1) IDÉIAS SOBRE A REALIDADE DE DEUS: COSMOVISÃO:

Há várias maneiras pelos quais as pessoas podem entender a vida, influenciando a maneira pelo qual a pessoa pode ver Deus, origens, mal, natureza humana, valores e destino.

Cada uma é singular pois seus conceitos são exclusivos. Apenas uma cosmovisão pode ser verdadeira:

• Deus é um ser infinito e pessoal (1 Co.8:6);

• O mundo foi criado e é finito (Sl.89:11);

• Deus é além do mundo e atua no universo (Rm.1:25);

• Os milagres são possíveis e reais (Hb.2:4);

• Possuímos alma imortal e corpo mortal (1 Co.15:54);

• No destino humano haverá julgamento com recompensas para os justos e juízos para os ímpios (1 Pe.4:17);

• No fim, o mal será derrotado por Deus (Ap.3:21);

• A base de toda ética é baseada em Deus (2 Co.1:12);

• A natureza da ética de Deus é absoluta (Ml.3:6);

• Na história e seus objetivos, ela é linear, proposital e determinada por Deus (Is. 14:26).



2) A REVELAÇÃO DE DEUS: 2 TIPOS: (Natural ou Geral) e (Especial ou Sobrenatural)

Deus é o “mysterium tremendum”, mistério fascinador, oculto e desconhecido (At.17:23), mas a história humana é o registro das ações de Deus no tempo (At.17:26), pois Deus domina sobre todos os homens (Dn.4:17), num plano e propósitos divinos para o Reino de Deus na terra (Dn.2:7).

Se Deus não se revelar, o homem não pode conhecê-lo. Ele é incompreensível; só o próprio Deus o Espírito Santo conhece suas profundezas. Ele deseja que o homem o conheça, o adore e viva em sua comunhão.

COMENTÁRIO

Alguns pontos que provam que o Senhor Jesus é o próprio Deus e que a Trindade não tem nenhuma base bíblica, sendo que a mesma surgiu ou foi oficializada no ano 156 - d.C. (início), 325d.C. no Concílio de Nicéia (oficializada 2 pessoas) e 381d.C. no Concílio de Constantinopla (oficializada as 3 pessoas), sendo que Montano e Tertuliano fizeram parte deste surgimento. Antes destes anos cria-se que Jesus era o único Deus e só se batizava em nome de Jesus. Bem, apesar dos fatos históricos mencionados acima tomemos, porém somente a bíblia como fonte confiável e vejamos quem está com a verdade: A Unicidade (Jesus é o próprio e o único Deus) ou a Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo são separados e formam Deus). Vejamos por tópicos e paralelos: Mas primeiro quero colocar em foco duas coisas principais: "Há um só Espírito" Efésios 4:4 > então há um só Espírito na divindade, por isso Deus é formado de um só Espírito, qualquer coisa que sair fora deste padrão não tem base bíblica. Só há um Deus e só o Pai é Deus (I Coríntios 8:6) sendo assim todo aquele que não for o Pai não é Deus... se o Filho e o Espírito Santo forem separados então eles não são Deus....!!



JESUS É DEUS: PROVAS BÍBLICAS - 1. A Bíblia diz em Isaías 45:21: "... e não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador". 43:11: "... fora de mim não há Salvador" A Bíblia está dizendo aí que só Deus é Salvador e que não existe nenhum Salvador a não ser ele e nenhum outro Deus a não ser ele...mas a Bíblia chama Jesus no Novo Testamento de Deus e de Salvador (Tito 2:13 "... do nosso GRANDE Deus e Salvador Jesus Cristo"). Bem se Jesus é separado de Deus, ou seja, se ele não é Deus, então há uma confusão porque a Bíblia diz que só o Pai é Deus e Salvador e depois chama Jesus de Deus e de Salvador???!!! Mas se Jesus é Deus não tem confusão, simplesmente a Bíblia mudou a forma de se dirigir ao mesmo Deus e Salvador chamando-o de Jesus.

2. Jesus não disse que ele e o Pai eram dois, mas ele disse: "Eu e o Pai somos um" João 10:30... assim ele disse que Ele era o próprio Deus...os judeus perceberam isto e pegaram em pedras para mata-lo dizendo que ele havia blasfemado, mas o enfoco é que até eles perceberam que ele disse ser o próprio Deus...João 10:33> "Responderam os judeus: Não te apedrejamos por nenhum milagre, mas pela blasfêmia, porque tu, mero homem, te fazes Deus a ti mesmo"

3. Até Tomé que era um dos mais incrédulos entre os apóstolos percebeu que Jesus era Deus... João 20:28 "Então disse Tomé: Senhor meu e Deus meu".

4. Até os DEMÔNIOS crêem que há um só Deus... Tiago 2:19> "Tu crês que há um só Deus: fazes bem: até os demônios crêem, e estremecem". Bem se cremos que Deus é divido em três estamos piores do que os demônios pois até eles sabem que Deus é UM SÒ, e se a Bíblia chama Jesus de Deus é porque esse único Deus é Jesus. II Pedro 1:1 "...do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo".

5. E mais: Lucas 23:42> "Então disse: Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino." O ladrão declarou com esta frase que o reino era de Jesus, mas Jesus pregava o reino de Deus... e agora será que há dois reinos....Há um só reino e Jesus é o Deus e Rei deste reino...

6. Não foi o Filho que se fez carne mas sim o próprio Deus que se fez carne para nos salvar... João 1:1,14.

7. Jesus é Emanuel que traduzido significa DEUS CONOSCO... bem se existe trindade quem estava no mundo era o Filho, então a Bíblia tinha de dar um nome a Jesus que significasse Filho Conosco....mas ela faz ao contrário fala que Jesus é Deus Conosco...porque ele é Deus, o próprio Deus.... e se Jesus é Deus realmente Jesus quando esteve vivo era Deus conosco!

8. Porque o próprio nome JESUS prova que ele é Deus - ou seja o Jeová do Velho Testamento. Veja só: O Nome JESUS é a forma grega do nome JAHOSHEA. JAH= Jeová; OSHEA=Salvador. Sendo assim a palavra Jesus significa JEOVÁ-SALVADOR... ou seja não contradiz com a Bíblia porque ela diz que só Deus (Deus era chamado de Jeová no Velho Testamento) é Salvador...se Jesus é Jeová ele é o único Salvador e o próprio nome dele diz isto mostrando que ele é Jeová ou seja Deus...!!! Jesus é Jeová- Salvador... em outras palavras Ele é Deus-Salvador e Ele é o Pai porque a Bíblia diz que só o Pai é Salvador!!!! Isaías 43:11: "... fora de mim não há Salvador"

9. Filipe também pensou que Jesus e o Pai eram dois ou seja separados mas veja o que aconteceu em João 14:8-11: "Disse-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces, Felipe? Quem vê a mim, vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. Crede-me que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras."

Em outras palavras Jesus quis dizer a Filipe: Filipe eu estou a tanto tempo com você e você não percebeu até hoje que eu sou o Pai... Jesus com estas palavras descartou a possibilidade de trindade existir, mas ele disse ser o próprio Deus!

10. A profecia de Ezequiel 44:2> "E disse-me o Senhor: Esta porta ficará fechada, não se abrirá, nem entrará por ela homem algum; porque o Senhor Deus de Israel entrou por ela; por isso ficará fechada."

Existe uma porta em Jerusalém que está fechada até hoje desde que Jesus passou por ela...mas a profecia fala que quem passou por ela é O DEUS DE ISRAEL OU SEJA JEOVÁ.... quem passou por ela foi Jesus... a Bíblia acaba novamente chamando Jesus de Deus..... (em estudo)

11. A Bíblia chama Jesus de Deus e de Pai no seguinte versículo... II Tessalonicenses 2:16 "E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Deus e Pai, que nos amou e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança" (Edição Revista e Corrigida 1969)...será que há dois deuses, será que há dois pais...não Jesus é Deus e é Pai.

12. Quem derramou sangue para salvar o homem foi Jesus mas a Bíblia diz em Atos 20:28 que o Espírito Santo é quem derramou sangue pelo homem> "Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue." Porque Jesus é o próprio Espírito Santo!!!

13. Quer prova mais clara....quando Jesus declara em João 13:20> "Em verdade, em verdade vos digo: Todo aquele que receber o que eu enviar, a mim recebe; e aquele que me receber, recebe aquele que me enviou". Agora vai a pergunta: se existe trindade então você está recebendo três espíritos dentro de você? Não, quando Jesus disse isto ele demonstrou que só há um Deus que se mostrou ao mundo de formas diferentes. Quem recebe o Espírito recebe Jesus porque Jesus é o Espírito Santo. E quem recebe Jesus recebe o Pai porque Jesus é o Pai.

14. João 14:18> "Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós."....afinal quem deixa órfão não é o Pai???? Jesus é o Pai!!!

15. João 14:6> "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim"......1º> Se fossem 2 ele teria que dizer VAI, mas ele disse "ninguém VEM ao Pai"...isto porque o Pai estava dentro dele, o Espírito de Deus estava no corpo de Jesus. Jesus é Deus. 2º> Jesus é a Verdade...mas ele disse que o Espírito que seria enviado, no caso o Espírito Santo, era o Espírito da Verdade....então era o Espírito de Jesus porque ele é a Verdade!!!!!

16. João 17:6> "(Jesus disse) Manifestei o teu nome (ou seja, o nome do Pai) aos homens que me deste do mundo..."....qual nome Jesus manifestou ao mundo senão o seu próprio nome: JESUS. Então Jesus manifestou o nome do Pai ao mundo, se o nome que ele manifestou e Jesus então Jesus é o nome do Pai...

17. Romanos 9:5> "Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos., Deus bendito eternamente. Amém" Pertencia aos israelitas o sacerdócio, os patriarcas eram deles e Cristo era deles (israelita) mas segundo a carne porque segundo o Espírito o próprio Paulo diz: Deus Bendito ETERNAMENTE......e completa AMÉM!!!!!

18. "Pois nele habita CORPORALMENTE TODA A PLENITUDE DA DIVINDADE" Colossenses 2:9> A Bíblia diz que tudo de Deus habita corporalmente no corpo de Jesus; não é uma terça parte ou uma parte ou um pouco e sim TODA PLENITUDE.... TUDO DE DEUS em outras palavras, DEUS ESTÁ COMPLETAMENTE NELE!!!

19. A trindade diz que há três pessoas EM um Deus... a bíblia diz em I João 5:7> Pois três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito; e estes três SÃO UM. (não é EM porque em significa que está dentro.....SÃO mostra que as três palavras se referem ao mesmo ser)

20. Em Salmos 73:25 o salmista faz uma pergunta: "A quem tenho no céu senão a ti?...". Bem o salmista não via ninguém no céu além de Deus, por que as pessoas hoje em dia têm visto mais 2?

21. Isaías 40:3> "Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda ao nosso Deus"..........Aí diz que a voz iria endireitar vereda a Deus..........João Batista que era essa voz endireitou vereda a Jesus!!!!!!! Isto porque Jesus é Deus!!!

22. Zacarias declarou (14:9): "O Senhor será rei sobre toda a terra. NAQUELE DIA UM SERÁ O SENHOR, E UM SERÁ O SEU NOME."

23. Para finalizar nada mais do que a declaração de Jesus em Apocalipse 21:5-7> "E o que estava assentado no trono disse (note bem que só tem UM assentado e em UM só trono... não tinham três): Faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, pois estas palavras são verdadeiras e fiéis. Disse-me mais: Está cumprido,. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer herdará todas as coisas, e EU SEREI SEU DEUS, ele será meu filho.



REVELAÇÃO NATURAL OU GERAL

A criação pode nos revelar a existência de Deus: Deus é o Criador; é uma norma para a sociedade e meio de condenação (Insuficiente porque o pecado adulterou a fé humana-(Rm.1:19-20).

- Nas Artes: Deus se revela nas artes pois Deus é belo e fez um belo mundo e criou seres para apreciarem essa beleza. O homem é apenas um “subcriador”, dotados de dons criativos que revelam algo de sua natureza maravilhosa.

- Na Música: Deus se revela na música pois os anjos o louvam (Jó.38:7;Is.6:3;Ap.4:8; Ap.5:12). A voz humana é um instrumento musical criado por Deus e também os anjos, foram criados para louvar a Deus (Sl.150:3-5; Ap.8:2; Ap.14:2).

A música manifesta a glória de Deus, bem como a criação.

- Na Natureza: A revelação geral revela Deus como criador, mas não revela o redentor, narrando apenas a grandeza de Deus (Sl.8:1; Is.40:12-17). Ela é ampla, revelando as verdades da ciência, história e matemática, pelas leis da natureza e também é essencial para a razão humana pelo questionamento dos fatos da vida.

- Nos governos: Ademais, a revelação geral de Deus (Criação) é essencial a governo humano pois apesar de nem todas as sociedades estarem debaixo da lei judaica, estão embaixo das leis universais que regem a natureza.



REVELAÇÃO ESPECIAL OU SOBRENATURAL

A revelação especial nos revela a teologia cristã: Deus é o redentor; é uma norma para a igreja e meio para salvação. A Bíblia é a norma para todo o ensinamento cristão, revelando a graça redentora de Deus e a mensagem da salvação, explicando o acesso do homem a Deus.

Tanto as revelações gerais como especiais são necessárias, pois Deus se revelou em sua Palavra e no mundo. A verdade é encontrada tanto na Bíblia quanto na ciência, mas temos que distinguir a interpretação bíblica e a do leitor. As revelações de Deus na Palavra e no mundo nunca se contradizem, pois a Bíblia é inerrante.



1) DEFINIÇÃO DE DEUS NA TEOLOGIA: - Deus é o Ser Supremo Espírito Infinito, Eterno, Imutável em seu Ser, Sabedoria, Poder, Santidade, Justiça, Bondade, Verdade e Amor, Único, Perfeito, Criador e Sustentador do universo, Pessoal e subsiste em três Ofícios ou manifestações: Pai, Filho e Espírito Santos.



2) DEFINIÇÃO BÍBLICA DE DEUS: - Deus é testemunha entre os homens (Gn.31:50); zeloso (Dt.4:24); misericordioso (DT.4:31); único (Dt.6:4); grande e poderoso (Dt.10:17); perfeito, verdadeiro, justo e reto (Dt.32:4); salvador (2 Sm.22:3); excelso em poder (Jó.36:22); misterioso e eterno (Jó.36:26); justo juiz (Sl.7:11); bem presente (Sl.46:1); santo (Sl.99:9); a verdade real e eterna (Jr.10:10); Espírito (Jo.4:24); Fiel (2 Co.1:18); Poderoso (2 Co.9:8); único (Gl.3:20); Amor (1 Jo.4:8); é verdadeiro em seu Filho Jesus Cristo, o verdadeiro Deus e a vida eterna. (1Jo.5:20).



NOMES DE DEUS:

Nas escrituras significa mais que uma combinação de sons; representa seu caráter revelado. Deus revela-se a si mesmo, fazendo-se conhecer ou proclamando o seu nome: Nomes de Deus:

a) El (Deus), Elah, Elohim (aumentativo de El, pra designar Deus supremo, sentido de força e poder), Eloah (Deus da Eternidade);

b) Jeová (artificialmente criado:YHWH (yahweh)+Adonai (Senhor);

c)Yaweh ou Javé (Eu Sou o que Sou);OBS:Yaweh +: Elohim (Deus dos deuses);Yireh (o que provê);Nissi (minha bandeira);Shalom (paz);tsidquenu(nossa justiça);shammat (está ali); Shapat (juiz);Yasha(Salvador); Palat (libertador); El Roi (Deus vê); Tsaddiq (Justo);Ego eimi (EU SOU); Pater (Pai das Luzes); Elohim (Deus vivo); Elohim Sabaoth ou Kúrios (Senhor dos Exércitos); Eyaluth (Força); Maor (Doador da Luz); Abba (Pai); Rocha; Theótes ou Théos (Divindade); Senhor dos Senhores; Qadosh (Santo de Israel)



SENHOR JESUS CRISTO

NOMENCLATURA NO NOVO TESTAMENTO:

* Ihsouv Iesous, de origem hebraica ewvy - Jesus =" Jeová é salvação"; o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado.

1)CRISTOLOGIA:UM RESUMO DO ESTUDO DE JESUS CRISTO: - Deus tornado ser humano (Jo 1.14) para salvar as pessoas (1Jo 4.14). “Jesus” quer dizer “Javé é Salvador”; é a forma grega de “Josué” (Mt 1.21). “Cristo” quer dizer “Ungido”; é o mesmo que o termo hebraico MESSIAS (At 17.3).Genealogia de Jesus (Lc.3:23-38) Jesus Cristo é o Espírito da Profecia.



2)TÍTULOS: - EMANUEL (Mt 1.23); FILHO DE DAVI (Lc 20.41); FILHO DE DEUS (Jo 1.34); FILHO, DO HOMEM (Mt 25.31); SENHOR (At 2.36); VERBO (Jo 1.1-14= Palavra); SERVO; ( Fp 2.7); SERVO DO SENHOR (Is.53); CORDEIRO de Deus (Jo 1.29); SUMO SACERDOTE.(Hb 7.26; Hb.8.6); MEDIADOR (1Tm 2.5);NAZARENO (At.2:22-36); SALVADOR (Mt.1:18-25);PRINCIPE DA PAZ (Is.9:7).



3) QUEM É ELE? - Resposta pela declaração explicativa dos nomes e títulos pelos quais Ele é conhecido conforme a Bíblia. Jesus veio à terra no tempo anunciado por Deus (Gl.4:4), num momento em que o povo esperava Messias (Mt.11:3; Jo.4:25; Jo.1:41; Ag.2:7). Mas Jesus era humilde e diferente do que o povo achava para ser o Messias (Jo.1:11). Jesus queria saber o que as pessoas sabiam dele, apesar de acharem que Ele era João Batista ou Elias ou Jeremias ou um antigo profeta. (Mt.16:13; Mt.14:1-2; Lc.9:8; Ml.4:5-6). Jesus Cristo é a segunda pessoa da TRINDADE. Através dele o universo foi criado e é mantido em existência (Jo 1.3; Cl 1.16-17).

Ele é o ANJO do Senhor que aparece no AT (Gn 16:7-11; Gn. 22:11-15; Ex.3:2; Nm.22:23-35; Js.2:1-4; Jz.2:4; Jz.6:11-22; Jz.13:3-21; Sl.34:7; Zc.3:5; Zc.12:8; ). Esvaziou-se da sua glória e se humilhou, tomando a forma de ser humano (Fp 2.6-11). O seu ministério terreno durou mais ou menos 3 anos e meio. Jesus ensinou a verdade de Deus por preceitos e por parábolas. Ele fez milagres, curando enfermos e endemoniados, fazendo o bem. Foi rejeitado pela maioria do povo e autoridades, submetido à morte de cruz. Foi sepultado, mas ressuscitou ao terceiro dia. Depois subiu ao céu, onde está para interceder pelos seus (Hb 7.25). E o salvo está unido com Cristo, que vive nele pelo seu Espírito (Rm 8.9-11; Gl 2.20; 4.6; Fp 1.19). Na sua segunda vinda Jesus Cristo julgará os vivos e os mortos (2Tm 4.1).





JESUS CRISTO É O JEOVA DO VELHO TESTAMENTO JEOVÁ JESUS

Jeová - "Quem é o Rei da Glória? O Senhor dos Exércitos; Ele é o rei da Glória". Salmo 24:10 Jesus - Porque se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória. I Cor. 2:8 Jeová - "Assim diz o Senhor. . . Eu sou o Primeiro e o Último e fora de mim não há Deus." Isaias 44:6 Jesus - "Quando o ví caí a seus pés como morto, e Ele pôs sobre mim a sua destra dizendo-me: Eu sou o Primeiro e o Último." Apoc. 1:17. "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o Primeiro e o Derradeiro" - Apoc 22:13 Jeová - "Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus". Êxodo 20:10. Jesus - "Porque o Filho do homem até do sábado é Senhor" Mateus 12:8 Jeová - "E disse Deus a Moisés: Eu sou o que sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou me enviou a vós." Êxodo 3:14. Jesus - "Disse-lhe Jesus: em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse Eu sou." João 8:58 Jeová - "Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro: e este será o seu nome com que o nomearão: Senhor justiça nossa." Jer. 23:6. Jesus - "Mas vos sois dele em Jesus Cristo, o qual foi feito para nós por Deus sabedoria, justiça, santificação e redenção." I Cor. 1: 30. Jeová - "Então disse-lhe Jesus: Vai-te Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele servirás." Mateus 4:10 "Ao Senhor Teu Deus temerás, e a Ele servirás e pelo seu nome jurarás." Deut.6:13 Jesus - "E elas chegando abraçaram a seus pés e O adoraram." Mateus 28:9 "Disse: Creio Senhor. E O adorou." João 9:38 Jeová - "Amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz e te achegando a Ele, pois Ele é a tua vida, e a longura de teus dias." Deut. 30:20. Jesus - "Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens." João 1: 4 Jeová - "O Senhor é o meu Pastor, nada me faltará." Salmo 23: 1 Jesus - "Eu sou o bom pastor, o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas." João 10:11 Jeová - "O Senhor é a minha luz e a minha salvação." Salmo 27: 1 Jesus - "Falou-lhes Jesus dizendo: Eu sou a luz do mundo", João 8:12 Jeová - "Vêde agora que eu sou, e mais nenhum deus comigo." Deut. 32:39 Jesus - ". . . e negaram a Deus único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo." Judas 4. Jeová - "Não terás outros deuses diante de mim". Êxodo 20: 3 Jesus - "Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu e Deus meu." João 20:28 Jeová - "O Senhor tem o seu caminho na tormenta... Ele repreende o mar." Naum 1: 3 - 4 Jesus - "Então, levantando-se repreendeu os ventos e o mar e seguiu-se grande bonança." Mateus 8: 26

AS ESCRITURAS AFIRMAM

Que:

1 - Deus é invisível - I Tim. 6:16 e I Tim. 1:17

2 - Deus é Espírito - João 4:24

3 - Deus é infinito - Jeremias 23:24

Que:

1 - Jesus Cristo é a revelação de Deus - João 1:18

2 - Jesus é a imagem de Deus - Col. 1:15 e II Cor. 4:4 - 6

3 - Jesus é Deus conosco - Mat. 1:23

Que:

1 - Deus estava em Cristo - II Cor. 5: 19

2 - Deus habita em Cristo - Col. 2: 9

3 - Deus é salvador em Cristo - Judas 25



PORTANTO,

• Jesus Cristo é a revelação de Deus. Ele é Deus encarnado. João 1:14

• Quem vê a Jesus vê a Deus; quem conhece a Jesus, conhece a Deus. João 8:19

• Ninguém vê ao Pai senão em Jesus. João 14: 6-10

• Não que alguém visse ao Pai a não ser aquele que é de Deus, este tem visto ao Pai. João 6: 46

" Quem vê a mim vê ao Pai" - João 14:9, pois "Eu e o Pai somos um". João 10:30



FOI POR ESSA RAZÃO QUE:

• Tomé exclamou: "Senhor meu e Deus meu" - João 20:28

• Pedro disse: "Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" - II Pedro 1:1

• E Paulo escreveu: ". . .Cristo. . . Deus eternamente" - Romanos 9:5. Os apóstolos tendo a revelação (Lucas 24:45, Gálatas 1:12) em cumprimento a Mateus 28:19, batizaram usando o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme vemos em : Atos 2:38; Atos 8: 14-16 ; Atos 10: 47-48; Atos 19: 1- 5.



CONCLUÍMOS ENTÃO QUE:

Jesus veio manifestar o Nome de Deus aos homens:

1 - "Manifestei o Teu Nome" - João 17:6

2 - "Eu lhes fiz conhecer o Teu Nome" - João 17:26

3 - "Eu vim em Nome de meu Pai" - João 5:43

4 - ". . .O Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome" João 14:26 ". . .O que nos basta" - João 14:8.



JESUS - SENHOR E CRISTO

A doutrina da "Trindade", inteiramente inescriturística, não é encontrada na era apostólica. A Bíblia não diz nada de uma primeira, segunda e terceira pessoa. Mas sim, que Deus foi manifestado em carne: E sem dúvida alguma grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória. I Tim. 3:16

Isso deveria por fim ao assunto. Deus veio em forma humana. Ele era Senhor e Cristo, porém o tabernáculo de fora que os homens podiam ver foi chamado Jesus. Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel, que este Jesus que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Atos 2:36



Podes ver aí? Senhor Jesus Cristo. - Se Jesus é Senhor e Cristo, então Ele (Jesus) é e não pode ser outra coisa menos que "Pai, Filho e Espírito Santo", em uma pessoa manifesta em carne. E não três pessoas, mas um Deus manifesto em três títulos maiores. Em Apocalípse diz plenamente que Jesus é "O que é", "O que era", e "O que há de vir". Ele é o Alfa e o Ômega, o que significa que Ele é o "A até o Z", ou melhor, o Tudo. Ele é o Deus Poderoso. Ele é a Rosa de Saron, o Lírio dos Vales, a Estrela resplandecente da Manhã, a Videira Verdadeira, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Ele é Deus, Deus Todo Poderoso. O único Deus. Agora esta verdade tem sido tão pervertida, que se necessita de uma revelação para se ver a verdade da Deidade. Busque-a em humildade de coração; você a receberá e então poderá ver Jesus como a imagem expressa de Deus. A Semente da mulher concebida pelo próprio Deus. Deus criou no ventre de Maria tanto o óvulo quanto o germe sanguíneo, sendo Jesus portanto, todo de Deus, sem nenhuma mistura humana, e Maria a incubadora humana que Deus usou. O Grande Arquiteto construiu para Sí mesmo um Corpo. Ele não teve que pedir emprestado a alguém a nenhuma mulher ou a nenhum homem. Deus construiu para Sí mesmo uma Casa (Jesus) e nela habitou em plenitude. Colossenses 2: 9 Agora, em meio a tanta confusão religiosa, ao se deparar com a Verdade, é muito natural que algumas indagações surjam na mente daqueles que realmente anseiam pela verdade. Você poderia dizer: "Entendo agora a relação entre Mateus 28:19 e Atos 2:38 , mas como se explicaria então Apocalípse 14:1 onde se lê: "E que em suas testas tinham escrito o nome dele e o de seu pai"? Observe na Bíblia e veja que Ele nasceu o Cristo, no entanto, qual foi o nome que o anjo anunciou? ". . .e chamará o seu nome JESUS" Mateus 1:21. O anjo não disse que Ele chamaria Jesus Cristo, pois o nome que lhe foi dado aqui entre os homens foi Jesus. Agora, há muitas pessoas hoje no mundo que se chamam "Jesus", porém somente há um nascido o Cristo. Vê você "o nome d'Ele e o de Seu Pai"? Em Mateus 1:18; 1:21 e João 4:24 você conclui que Deus é Espírito e que o Pai de Jesus é o Espírito Santo. E o Pai estava n'Ele. Assim sendo, Ele é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Qual é o nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo?







SENHOR ( PAI ) - JESUS ( FILHO ) - CRISTO ( ESPÍRITO SANTO ).

". . .e que em suas testas tinham escrito o nome d'Ele e o de seu Pai". Apoc. 14:1 Nas testas, quer dizer, na mente. A marca da besta também não é um sinal de tinta na testa, mas é uma marca na mente. Leia Ezequiel 9:4, este sinal é o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo: Senhor Jesus Cristo. Apesar disso você ainda pode indagar: "Mas como se explica então S. João 15:26, onde diz: "Mas quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de Verdade que procede do Pai, Ele testificará de mim"? Pois bem, vamos começar por aqui: Espírito de Verdade." Perguntamos: Espírito é pessoa?



A Bíblia diz que não. Em Lucas 24:39, Jesus disse: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne e nem ossos, como vedes que eu tenho". Espírito não é pessoa. Agora, para melhor esclarecer, vamos perguntar: Quem é o Pai de Jesus? A própria Bíblia tem resposta para as perguntas bíblicas: "Achou-se ter concebido do Espírito Santo. " Mateus 1:18 Aquele de quem a mulher concebe, é logicamente o pai da criança. Então, se Maria concebeu do Espírito Santo, conforme Mateus 1:18, está claro que o Pai de Jesus é o Espírito Santo. Mas, que Espírito é esse? É Deus. Em S.João 4:24 Jesus disse: ". . .porque Deus é Espírito". O Espírito Santo veio no Pentecostes e se repartiu em cada um para que pudesse cumprir o que disse Jesus: "Naquele dia vós conhecereis que eu estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós". João 14:20. O Deus Todo Poderoso tem vindo como Espírito para encher Sua verdadeira Igreja.



Vê você? Onde estão pois as três Pessoas? Essa doutrina da Trindade foi elaborada no ano 325 depois de Cristo sob o papa S. Silvestre e confirmada como dogma no ano 381 A. D. pelo papa S. Dâmaso. Onde a Bíblia cita o nome "Trindade"? Onde? Se isto fosse de Deus estaria em Sua Palavra. Contudo, alguém ainda poderia dizer: "Bem, mas o próprio Jesus diz: "Meu Pai trabalha até agora e eu também." S. João 5:17 Isto não quer dizer duas pessoas. O Pai (Espírito) estava trabalhando através do Filho (Corpo). O Filho é quem estava fazendo a obra do Pai : "Importa fazer a vontade daquele que me enviou". "Eu e o Pai somos um". Estava ali o Espírito realizando a obra através da carne chamada Jesus. O Espírito Deus em Jesus, "Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo". II Cor. 5:19. "No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus e nada do que foi feito foi feito sem Ele." João 1:1 "Mas - dirá você - em São João 14:23 está escrito: "Se alguém me ama guardará a Minha Palavra e o meu Pai o amará e viremos e faremos nele morada." Não pense em três pessoas, mas em três ofícios. Se você crê que Deus é Onipotente, então crerá também que Ele pode se manifestar em vários modos, várias formas ao mesmo tempo. Então pense em três manifestações: Rei, Sacerdote e Profeta. Como Deus sendo pessoa pode juntar-se a outra pessoa para fazer morada em seu corpo ? No caso você tem duas pessoas morando em seu corpo?



E a terceira? Aí Jesus está falando Dele e de Seu Pai. O Espírito que faz morada no homem é o Espírito Santo. "Não sabeis vós que sois templos de Deus e que o Espírito Santo habita em vós?" I Cor. 3:16. Este Espírito exerce os três ofícios sobre o homem: Reina, Intercede, Ilumina, isto é, exorta, edifica e consola. Você não tem três pessoas em seu corpo. "Viremos e faremos nele morada". Será que o Pai deixou o trono? O Filho deixou a intercessão? É o Espírito de Verdade que o mundo não pode conhecer, reinando, intercedendo e consolando. Por isso está no plural. Deus em Seus ofícios. É Deus sobre nós, Deus por nós e Deus em nós. "Um só Deus e Pai, que é sobre todos, por todos e em todos." Efésios.4:6. Será que seria bastante? "Bom, contudo ainda não posso entender por que Jesus disse em São João.14:16: "Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro consolador" Não pare a leitura no verso 16, mas prossiga no verso 17: "O Espírito de verdade que o mundo não pode receber, porque não vê, nem o conhece, mas vós (se referindo aos apóstolos) o conheceis porque habita convosco". Ele estava ali encarnado em Jesus Cristo, habitando com eles. E o mesmo versículo ainda prossegue dizendo:". . .e estará em vós", quer dizer, em Espírito. Veja ainda o verso 18. "Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós". Isto bastou para Filipe que era discípulo de Jesus. E eu creio que isto também será suficiente para você como o foi para mim. Em Mateus.13:11 está escrito: "Porque a vós vos é dado a conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado". Alguém pode tomar esses versículos e dizer que isto é se referindo aos judeus, mas a Palavra tem o seu exercício em seu dia, no seu determinado dia. Deus está parado com os judeus. Inconscientemente eles estão aguardando o Evangelho voltar para eles. O que vemos é a Escritura se repetindo. A filha de Herodias, representada pelo sistema denominacional dançando frente ao rei, procurando agradá-lo e tomando conselho com sua mãe, contra o profeta. Deus precisa de homens que queiram sofrer pelo Seu Nome, não pelo nome "Trindade". O que tem Roma de Deus? E no entanto os protestantes estão unidos com ela através da doutrina da Trindade. Porém - diria você - ainda me resta uma dúvida, pois Jesus disse: "O Pai é maior do que eu." De fato, e quem é o Pai? É o Espírito Santo.



É o Espírito que ninguém pode ver, senão sua glória, como aconteceu com Estevão. Não negamos o Pai, absolutamente: Só que não podemos ver o Pai como pessoa distinta, mas sim como o Espírito que enche os céus e a terra. Jeremias.23:24 "Também não entendí ainda porque Paulo falou distintamente: "A graça e a misericórdia de Deus e de Jesus Cristo" Gálatas.1:3 Olhe para o Pai como Espírito. Como Espírito que não se vê, e então o verás em Jesus Cristo, o Filho Amado, "Quem vê a mim, vê ao Pai." João.14:9. Veja o relato que transcrevemos do livro: "O Apóstolo dos Pés Sangrentos" de autoria do reverendo Boanerges Ribeiro, sobre uma experiência de Sadu Sundar Sing. Não é uma teoria, mas uma experiência daquele grande homem que imitou a Cristo em tudo. Sadu disse assim (O Apóstolo dos pés Sangrentos - pág.109): "Houve um tempo que a doutrina da Trindade me deixava confuso. Pensava em três pessoas assentadas em três tronos. Mas tudo se esclareceu numa visão... Ali ví Cristo com seu glorioso corpo espiritual, assentado no trono. Onde quer que fosse, sempre O via. Cristo estava sempre no centro - figura que palavras não descrevem. Rosto brilhante como o sol, mas não ofuscante e amigo que com facilidade eu O contemplava. Sorria sempre com sorriso de afeto glorioso.



Quando O ví pela primeira vez, tive a impressão que entre nós existia uma antiga união; era como se Ele dissesse sem palavras: "Fui eu quem te criou." Sentí com maior intensidade o que me sobreveio quando contemplei meu pai, após vários anos de separação. O velho afeto voltou; senti que fora dele anteriormente. Quando pela primeira vez entrei no céu olhei em torno e perguntei: mas onde está Deus? E alguém respondeu: como na terra aqui também Deus não é visto, porque é infinito. Mas aqui está Cristo, e Cristo é Deus; é a imagem do Deus invisível e somente n'Ele podemos ver Deus, tanto no céu como na terra". Além de muito bela, esta visão possui bases bíblicas: "Assentado no trono"- Apoc.4:2; I Reis.22: 19, Ez.1:26 e 10:1 "Brilhante como o sol." Apoc. 1: 14-16 "Fui eu quem te criou" Apoc. 4:11; S. João.1:3 "Aqui também Deus não é visto" - I Tim. 6:16 ; Col. 1:15 e I Tim. 1:17 "Porque é infinito" - Jer. 23:24; Salmo.147:5 "Cristo é Deus" - II Pedro.1: ll; S. João.20:28; Apoc. 21:7 e I João.5: 20 "É a imagem do Deus invisível" - Col. l:15; II Cor. 4: 4 - 6. "Somente n'Ele podemos ver Deus" – João.14:9 Somente em Cristo você pode ver Deus, o Pai. Como falar então em três pessoas distintas? Onde está a confusão? Sabemos perfeitamente que a nuvem que separava Israel dos egípcios, à medida que clareava para Israel, escurecia para os egípcios. O mesmo acontece com esta mensagem: à medida que traz luz para os eleitos de Deus, mais vai escurecendo para os que não são. Por isso se põem a clamar contra a verdadeira mensagem de Deus dizendo: É confusão! É confusão!" Mas a Bíblia diz: ". . .todo aquele que nela crer não será confundido." Rom.9: 33 Lembre-se que a Bíblia não pode ser de particular interpretação. Ela depende de revelação. Está nela o maná escondido que alcançamos através da revelação. Para concluir, lembre-se que o Pai é Senhor, o Filho é Jesus e o Espírito Santo é Cristo. Então se você tem crido nestas verdades, receba no seu batismo o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que é Senhor Jesus Cristo, e numa só fé, num só batismo e num só Senhor vamos aguardar a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, certos de que nossa redenção se aproxima.

MAT.11:25-27.



. Como podemos amar alguém se conhecermos pouco a seu respeito?

. Se alguém conhece pouco a respeito de Deus, as suas relações com Ele serão muito frágeis.

. É através das Suas Palavras que Deus se dá a conhecer aos Seus filhos. É através da compreensão - dada pelo Senhor - da Bíblia Sagrada que Ele se revela aos Seus pequeninos.

. Nosso chamado, nesta dispensação, é "antes de tudo crescer na graça e no conhecimento de Deus". Os filhos devem crescer e se tornar maduros mergulhando profundamente nesta Palavra, compreendendo-A com a mente e abrigando-A no coração, tendo a noção perfeita de Quem é Deus.

. O que falta ao crente para causar impacto em sua família? O que faltou à Igreja, nestes mais de cem anos de evangelização no Brasil, para que causasse impacto à sociedade?

Heb.5:11-14.

. Falta experiência com a Palavra. Crianças fazem coisas de criança, e a Igreja no Brasil não tem causado impacto porque tem se alimentado de "leite", deixando de crescer e amadurecer. A chamada do Novo Pacto é de maturidade.

. Só o adulto pode discernir entre bem e mal, pois tem suas faculdades exercitadas.

I COR.13:11

. Só crescendo e se tornando adulto para desistir das "coisas de menino".

I COR.14:20

. Somos chamados a amadurecer no conhecimento de Deus, desviando-nos da malícia da carne.

Barreiras que Retardam o Amadurecimento Espiritual

1ª) Estado de Infantilidade

MAR.10:15

. Quando a Bíblia fala sobre os "pequeninos" e "crianças" herdarem o Reino do Senhor, está se referindo à inocência de filhos que confiam plenamente no Pai, e não ao estado de infantilidade daqueles que não avançam no conhecimento de Deus.

2ª) Crença Fácil

I PED.1:1-2

. Ser cristão é ser discípulo, e o discípulo é um aprendiz. Fomos chamados para a obediência da Palavra que aprendemos.

. Estamos na escola de Cristo.

3ª) Envolvimento com o mundo



1ª Verdade Essencial da Fé Cristã:



A REVELAÇÃO DIVINA: CRISTO É DEUS!

. Revelar é retirar o véu de algo que estava oculto. Tudo que sabemos de Deus é Ele mesmo Quem o revela.

. Se desejamos conhecê-lO de verdade, temos que saber o que Ele próprio diz a Seu respeito.

HEB 1:1-2



. Jesus é a revelação completa de Deus, a "expressão exata do Seu ser". Jesus é o zenith, o apogeu de Deus.

TIM 3:16

. O mistério da piedade: Deus revelou-Se em Jesus e fez-Se Ele mesmo propiciação pelos nossos pecados, a fim de reconciliar-Nos consigo.

COL 3:1-3.

. Devemos "buscar as coisas do alto", onde nossa vida encontra-se "oculta com Cristo em Deus".

I JOÃO 5:20

. Em Jesus reconhecemos o Pai como o verdadeiro e único Deus, em Quem temos vida eterna.





A DEIDADE DE CRISTO

1ª Timóteo 3: 16

PENSAMENTO: O propósito desse estudo é mostrarmos a deidade de Cristo para entendermos que Aquele que veio a este mundo como filho de Deus era Deus mesmo.

1. A Bíblia estabelece claramente que há um só Deus.

a) Dt. 6: 4-9

* Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.

b) Mc. 12: 29

* O Senhor nosso Deus é o único Senhor.

c) Dt. 32: 39 * Vede, agora, que Eu sou, Eu somente, e mais nenhum Deus além de mim... d) Jo 5: 44

* Deus único.

2. Todos os nomes de Deus foram reunidos em Cristo.

a) Ef. 1: 9, 10

* Ele reuniu em sim mesmo todas as cousas.

b) Cl. 2: 9

* Porquanto nele habita corporalmente, toda a plenitude da Divindade.

3. O filho de Deus que andou sobre a terra era Deus mesmo.

a) Is. 9: 6

* Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será...

b) Jo 14: 8-11

* Quem me vê a mim, vê ao pai.

c) 2ª Co 5: 19

* Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo.

d) Jo 10: 30

Eu e o Pai somos um.

e) Rm. 9: 5

* Cristo é Deus sobre todos.

4. O Mistério da Piedade explica que aquele que se manifestou em carne como filho foi Deus mesmo.

a) 1ª Tm 3: 16

* O grande mistério da piedade revela que Cristo era Deus em Carne.

b) Jo 1: 1, 14

* O Verbo (Deus ) se fez carne (Jesus).

c) Is 7: 14

* A virgem dará a luz um filho, e lhe chamará Emanuel ( Deus conosco).

d) Jo 8: 58

* ...Eu Sou

5. Paulo orou para que a igreja entendesse o mistério de Deus Pai e Cristo que eram Um Cl 2: 1-9; Ef. 3: 1-6.

6. A Bíblia diz que Cristo se sentou a destra de Deus no céu. Destra ou mão direita significa máxima autoridade, pleno poder de Deus.

a) Mc 14: 60-65

* Jesus disse: Eu sou, e vereis o filho do homem assentado à direita de Deus.

b) At 5: 31

* Deus, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador.

c) Sl 118: 15-18

* A destra do Senhor faz proeza.

7. A bíblia, em Apocalipse, nos fala de um trono no céu e alguém nele sentado.

a) Ap 4: 2;

Ap 7: 9-11

* Eis, armado no céu, um trono.

b) Ap 22: 1-3

* O rio da água da vida sai do trono de Deus e do Cordeiro.

c) Ap 3: 21

* Assim como também eu venci, e me sentei com meu Pai no seu trono.

d) Cl 3: 1-3

* Vossa vida está oculta juntamente, com Cristo, em Deus.

e) Jo 3: 13

* Aquele que desceu do trono.

f) Jo 6: 62

* Onde primeiro estava.

CONCLUSÃO

A Bíblia estabelece que há um só Deus verdadeiro, e em 1ª Jo 5: 20 diz que Jesus Cristo é o verdadeiro Deus. Hb 13: 8 diz que Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre. Se é para sempre, então, concluímos que Jesus Cristo é o Deus Jeová feito carne. Agora o nome de Jesus está sobre todo o nome (Fp 2: 9-11) e Ele é o Deus único e Soberano (Jd 4).



PARALELOS MOSTRANDO QUE O QUE SE REFERE A DEUS SE REFERE A JESUS MOSTRANDO QUE JESUS É DEUS

1. Todo joelho se dobrará perante Deus - Isaías 45:23....a bíblia diz que todo joelho se dobrará perante Jesus - Filipenses 2:10

2. Deus pisou no lagar - Isaías 63:1-3......Jesus pisa no lagar - Apocalipse 19:13-15

3. Deus domina o mar - Salmos 89:8-9......Jesus domina o mar - Marcos 4:38-41

4. Deus é grande - Deuteronômio 10:17....Jesus é Deus grande - Tito 2:13

5. Deus é Pai - Isaías 63:16.....Jesus é Pai da eternidade e Deus Forte - Isaías 9:6

6. Deus fez o mundo - Gênesis 1:27....Jesus fez o mundo - Colossenses 1:15-16

7. Deus atende as orações - João 16:23...Jesus recebe as orações - João 14:14

8. Deus recebe o espírito - Eclesiastes 12:7...Jesus recebe o espírito - Atos 7:59

9. Só a Deus se deve adorar - Mateus 4:10...Jesus já nasceu sendo adorado - Mateus 2:2...os discípulos o adoraram e Jesus não os repreendeu por isto porque Ele é Deus!!! - Mateus 28:17

10. João viu o anjo de Deus - Apocalipse 22:6,8.......esse anjo era de Jesus – Apocalipse.22:16.



JESUS É DEUS!

PARTE HISTÓRICA

(Na história tem-se o relato da origem da trindade e na mesma história tem-se o relato que as pessoas da época de Jesus sabiam que Ele era o próprio Jeová encarnado, ou seja, Deus-Conosco, o Verbo em carne. As informações abaixo mencionadas foram tiradas de enciclopédias e outras fontes.

Cristianismo > ENCICL. "...O cristianismo, em sua origem uma seita surgida do judaísmo, afirma-se como uma religião revelada, isto é, de origem divina, mas com a particularidade de que Jesus, seu fundador, não era um simples intermediário entre Deus e a humanidade, mas o próprio Deus." (Grande Enciclopédia Larousse Cultural (7); Editora Nova Cultura)O Monoteísmo se Desenvolve (Cristianismo) > "Os cristãos, que surgiram como uma seita distinta... veneravam Jesus. Eles acreditavam que ele fosse uma encarnação de um deus adorado pelos judeus, e que retornaria em breve para passar o julgamento final no mundo." (Escola Viva; Programa de pesquisa e apoio escolar; 1º e 2º graus; 4ª edição; Editora Meca; 1999).

Obs: Como o objetivo ao mencionar esta fonte foi o de mostrar historicamente que na época de Jesus os apóstolos criam que Jesus era o próprio Deus, algumas palavras foram ocultadas, visto que a fonte usa palavras blasfemas contra a Palavra de Deus como se pode perceber quando ela usa "deus" para se referir a Deus no Antigo Testamento (Jeová)



O CONCÍLIO DE NICÉIA, ORIGEM DA CRENÇA EM TRÊS DEUSES

A crença na trindade de pessoas Divinas não teve origem na Bíblia, mas no Concílio ou Sínodo de Nicéia, o primeiro concílio ecumênico da história, do qual participaram 318 bispos, no ano 325 da era cristã.

Leiamos um relato histórico desse evento: "Quanto ao que concerne a este Sínodo de Nicéia, o Imperador Constantino, o Grande, por persuasão de Alexandre, bispo de Alexandria, o reuniu em seu palácio de Nicéia, cidade da Bitínia, depois de ter convocado todos os bispos da Ásia, da África e da Europa, para combater e condenar, de acordo com a Escritura Santa, a heresia de Arius, um padre de Alexandria que negava a Divindade de Jesus Cristo (...)

"Os bispos convocados concluíram que houve de toda a eternidade três Pessoas Divinas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, conforme se pode ver principalmente pelos dois Credos, chamados Credo de Nicéia e Credo de Atanásio.

"No Credo de Atanásio estão estas palavras:

'Outra é a Pessoa do Pai, outra a Pessoa do Filho, e outra a Pessoa do Espírito Santo' (...)

'O Pai é Deus e Senhor, o Filho é Deus e Senhor, e o Espírito Santo é Deus e Senhor' (...)

'Mas, assim como somos forçados pela verdade cristã a confessar cada Pessoa Deus e Senhor em particular, do mesmo modo somos impedidos pela religião católica [universal] de dizer três Deuses ou três Senhores".

"Quer dizer que é permitido confessar três Deuses e três Senhores, mas que é proibido dizer, e isso porque a religião proíbe um, enquanto a verdade dita o outro."

"Uma trindade de pessoas Divinas, isto é, trindade de Deuses, é contrária à razão esclarecida. Pois "qual é o homem, com uma razão sã, que pode ouvir que três Deuses criaram o mundo, ou pode ouvir dizer que a criação e a conservação, a redenção e a salvação, a reforma e a regeneração, são obras de três Deuses, e não de um só Deus? E, reciprocamente, qual é o homem, com uma razão sã, que não queira ouvir dizer que o Deus que nos criou também nos resgatou, nos regenera e nos salva?" (2)



OS ACRÉSCIMOS E TEXTOS MAL TRADUZIDOS

PARA APOIAR DOUTRINAS ROMANAS

1° João 5:7,8, em algumas traduções da Bíblia trazem um acréscimo a este texto, que tem sido denominado - "as três testemunhas celestiais", por aparecer da seguinte maneira: no céu, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra.

O texto dos versos 7 e 8 está acrescido na Vulgata de um inciso ausente nos antigos manuscritos gregos, nas antigas versões e nos melhores manuscritos da Vulgata, e que parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.

"Cipriano, Bispo de Cartago (que morreu em 258), escreveu as palavras na margem do versículo, como simples anotação sua. Mais tarde foram acrescentadas aos manuscritos posteriores da Vulgata de S. Jerônimo". (Estudo de Passagens Com Problemas de Interpretação, Pr. Pedro Apolinário)

Sociedade Bíblica do Brasil. Bíblia Revista e Atualizada no Brasil 2a. edição. Explicação... "Finalmente, algumas passagens do Novo Testamento aparecem entre colchetes. Essas passagens não se encontram no texto grego adotado pela Comissão Revisora, mas haviam sido incluídas por Almeida com base no texto grego disponível na época." (Texto entre colchete, [no céu:... na terra] 10 João 5:7,8)

* Introduzindo erros tanto na Igreja como nas Escrituras, satanás levou o povo de Deus à apostasia, a ponto da própria Igreja perseguir os seus irmãos. Dias difíceis foram aqueles! Primeiro a apostasia, para depois ser introduzido o sistema papal. Sistema esse, que unicamente possuía o direito à interpretação das Escrituras. Para que tal objetivo fosse alcançado, satanás mexeu na Bíblia, destruiu os outros exemplares; para depois introduzir uma nova Bíblia: A VULGATA, essa nova tradução fora feita por "São Jerônimo", uma Bíblia que estava à altura do cristianismo nascente nos meados do ano 400.

A tradução da Bíblia para o português de João Ferreira de Almeida e outras traduções foi traduzida Bíblia Vulgata Latina de São Jerônimo.

* Mudança na formula batismal: Ver Atos 2:38 8:12,16 10:48 19:5 22:16 Tiago 2:7 Col. 3:17

Yehoshua = Yahweh Salva

Mateus 28:19, "E possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso litúrgico posteriormente (depois) fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro Atos fala em batizar no nome de Jesus.

Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batizado às três pessoas da trindade". (Bíblia de Jerusalém, rodapé, letra L, pág. 1896)

O atual evangelho de Mt, cujo original foi escrito em grego, seria portanto uma tradução livre do original aramaico. Mas a crítica não aceita uma identificação substancial entre o Mt aramaico e o Mt grego. Conseqüentemente o evangelho grego de Mt não pode ser obra de um discípulo direto de Jesus (de Levi = Mateus). A tônica didática, não biográfica e impessoal de Mt, sua teologia pós-apostólica e sua dependência de Mc, são incompreensíveis numa testemunha ocular. (Comentário da Bíblia King James) "Para o pensamento cristão do começo do século 2, isso é evidente na fórmula batismal trinitário, que, a essa época (começo do século 2), já estava substituindo as outras fórmulas mais antigas, em nome de Cristo. Ao fim do século 1 e começo do século 2, as fórmulas trinitárias já eram de uso freqüente." (História da Igreja Cristã, pág. 86)

"Entre os primeiros discípulos o batismo era, em geral, feito em nome de Jesus Cristo.

Não há menção ao batismo em o nome da trindade no Novo Testamento, exceto no mandato atribuído a Cristo em Mateus 28:19.

Esse texto é no entanto, muito antigo. Os lideres cristão do século 3 continuaram a reconhecer a forma mais antigas e o batismo em nome de Cristo era considerado valido, embora irregular ao menos em Roma, a parti da época do Bispo Estevão (254-257), com toda a certeza. (História da Igreja Cristã pág. 129,130)

Não é fácil comprovar, a partir de Mt. 28:16,20 e Mc. 16:15, a existência de uma fórmula trinitária para o batismo, uma fórmula que tenha emanada do próprio Cristo. Como observamos, muitos exegetas vêem, nos textos acima citados, ou a inclusão de uma prática da Igreja primitiva (no caso de Mt. 28:16,20) ou a inautenticidade do texto (no caso de Mc.16:15 16:15), como vimos.

"Se quereis, diz Tertuliano, uma lei tirada da Escritura para estas e outras práticas semelhantes, não a encontrareis; dir-vos-ão que a tradição as introduziu, que o uso as confirmou, e que a fé as observa." (Tratado de História Eclesiástica, Tomo I, pág. 146, pelo Padre Rivaux.)



MAIS UM POUCO SOBRE A ORIGEM DA TRINDADE

A teologia, nos primórdios, rumou-se para a filosofia neo-platônica buscando idéias para definir o Pai, o filho e o Espírito Santo.

"A filosofia grega, que primava pelo seu acume lógico, forneceu aos teólogos cristãos o instrumental necessário para que pudessem elaborar a reta formula da fé." (Diálogo Ecumênico, 2° ed. pág. 67)

A controvérsia trinitariana, que chegou ao clímax no conflito entre Ário e Atanásio, teve suas raízes no passado. Os Pais da Igreja Primitiva, conforme vimos, não tinham idéias claras sobre a Trindade. Alguns deles concebiam o Logos como razão impessoal, que se tornara pessoal quando da criação; outros, porém, reputavam-nO pessoal e co-eterno com o Pai, participante da essência divina, embora Lhe atribuíssem certa subordinação ao Pai. O Espírito Santo não ocupava lugar importante nas discussões deles. Aludiam a Ele primaria-mente em conexão com a obra de redenção aplicada aos corações e à vida dos crentes. Alguns consideravam-no subordinado, não somente ao Pai, e sim também ao Filho. Tertuliano foi o primeiro a declarar claramente a tri-personalidade de Deus e a manter a unidade substancial das três Pessoas. Mas não Chegou a exprimir de forma clara a doutrina da Trindade.

Ário e o arianismo. O grande conflito trinitariano geralmente se chama de controvérsia ariana, por ter sido motivado pelas idéias anti-trinitarianas de Ário, um presbítero de Alexandria, o qual sabia debater com maestria, embora não fosse um espírito profundo. Suas idéias dominante era o princípio monoteísta do monarquianismo, isto é, que só existe um Deus não gerado, um único Ser não-originado, sem qualquer começo de existência. Oposição ao arianismo. Ário foi contestado, primeiramente pelo seu próprio bispo, Alexandre, que contendia pela verdadeira e devida deidade do Filho, ao mesmo tempo que mantinha o ensino da filiação eterna por geração. No decorrer do tempo, entretanto, seu real oponente mostrou-se ser o arqui-diácono de Alexandria, o grande Atanásio, que figura nas páginas da história como um poderoso, inflexível e resoluto campeão da verdade. Atanásio salientava bem a unidade de Deus e insistia em verbalizar a doutrina da Trindade de um modo que não pudesse em perigo essa unidade. Se o Pai e o Filho são da mesma essência divina, por outro lado não há divisão ou separação no Ser essencial de Deus, e assim é errôneo falar de um Theos Deuteros.

O Concílio de Nicéia foi convocado em 325 d.c para solucionar a disputa. Após considerável debate, finalmente o Imperador lançou o peso de sua autoridade na balança, dando a vitória ao partido de Atanásio. O concílio adotou a seguinte declaração a respeito da questão em pauta:

"Cremos em um Deus, o Pai Todo-Poderoso, Criador das coisas visível e invisível . E em um Senhor Jesus Cristo, gerado, não criado, sendo da mesma substância (homoousios) com o Pai", etc. A disputa em torno do Espírito Santo. Até esse tempo não se tinham feito intensas considerações sobre o Espírito Santo. Embora houvessem sido expressadas opiniões discordantes sobre o assunto. Ário afirmara que o Espírito Santo fora o primeiro ser criado pelo Filho, opinião que se harmonizava bem como a de Orígenes. Atanásio dizia que o Espírito Santo é da mesma essência que o Pai, mas o Credo Niceno contém apenas uma declaração indefinida: "E (eu creio) no Espírito Santo".

A concepção ocidental da Trindade chegou à sua declaração final na grande obra de Agostinho, De Trinitate. Ele também ressaltou a unidade de essência e a trindade de Pessoas. (A História das Doutrinas Cristãs, pág. 77-84 - cap. 12)

* O Concílio de Nicéia realizado no ano 325, no período da Igreja de Pérgamo. Este concílio foi o mais famoso da história da Igreja, por ter sido convocado pelo Imperador Constantino, que nele pronunciou um discurso assentado sobre o seu trono de ouro, por ser encontrarem presentes 318 bispo... Tais foram às influências que se concentraram ao redor do bispo de Roma, e assim tendeu tudo a rapidamente elevá-lo ao domínio espiritual da cristandade.



III. Do Homem - Cremos que o homem foi criado por um ato especial de Deus, à sua própria imagem, e é a obra coroa da criação (Gn 1.26,27). O homem foi criado em santidade, sob a lei de seu criador, mas voluntariamente se rebelou contra o seu Criador e caiu do estado santo e feliz. Pelo fato de o primeiro homem ter desobedecido a seu Criador, como conseqüência toda a humanidade agora é pecadora (Rm 5.12). Somente a graça de Deus pode levar o homem à sua santa comunhão e capacitá-lo a cumprir o propósito criativo de Deus. A natureza sagrada da personalidade humana é evidente no fato de que Deus criou o homem à sua própria imagem e de que Cristo morreu pelo o homem; portanto, todo o homem possui dignidade, sendo digno de respeito e amor.

IV. Da Salvação - Cremos que a salvação envolve a redenção do homem e é oferecida a todos que aceitarem Jesus Cristo como Senhor e Salvador, que por seu próprio sangue obteve eterna redenção para o homem. Na salvação estão envolvidas: a justificação, regeneração, santificação e glorificação.

1. A Justificação – é o ato pelo qual Deus declara justos todos aqueles que confiarem no sacrifício oferecido por Jesus Cristo na cruz do Calvário. A justificação leva o crente a um relacionamento de paz e de favor para com Deus. Na justificação, somos perdoados (Rm 3.24-26; 5.1-10).

2. A Regeneração – ou o novo nascimento é a obra da graça de Deus, por meio da qual os crentes tornam-se novas criaturas em Cristo Jesus (Jo 3.1-8; 2Co 5.17). É o ato pelo qual Deus por meio do Espírito Santo concede nova vida àqueles que aceitaram ao Senhor Jesus. É uma mudança de coração realizada pelo Espírito Santo através da convicção de pecado, na qual o pecador responde com arrependimento para com Deus e com fé no Senhor Jesus Cristo.

3. A Santificação – é a experiência que se inicia na regeneração, pela qual o crente é separado para os propósitos de Deus e capacitado a progredir à perfeição moral e espiritual através da presença e do poder do Espírito Santo que nele habita (Hb 12.14).

4. A Glorificação – é a culminação da salvação e o bendito e o duradouro estado final dos remidos. É a santificação plena que se dará quando nos encontrarmos com o Senhor (Rm 5.9,10; 1Pe 1.5).

Vida Da Igreja- Cremos que a Igreja é uma instituição divina, edificada pelo próprio Senhor Jesus (Mt 16.18). A Igreja é uma congregação de crentes batizados, associados por aliança na fé e na comunhão do evangelho, observando as ordenanças de Cristo; governados por suas leis, e exercendo os dons, direitos e privilégios neles investidos pela Sua Palavra. A Igreja é o Corpo de Cristo, sendo Ele, por sua vez, o Cabeça da Igreja. Os oficiais que presidem na Igreja são aqueles instituídos pelo próprio Senhor Jesus (Ef 4.11,12). A Igreja tem uma tríplice missão: adoração (Ef 1.6), edificação (discipulado) e evangelização.



VI. Do Batismo – BATISMO NAS ÁGUAS - Conceitos Bíblicos do Batismo Cristão

1. A Origem do Batismo

O rito de lavar com água, simbolizando a purificação religiosa, ou consagração a Deus, era usado pelos israelitas com muita freqüência, pelas ordenanças bíblicas da Lei. Crêem muitos que no tempo de Cristo, e em tempos anteriores e posteriores, os prosélitos do Judaísmo eram batizados. Assim, quando João Batista foi enviado por Deus, a pregar o arrependimento a Israel, aplicava o batismo a todos que aceitavam a sua mensagem (João 1:33). Este era o “batismo de arrependimento”, e não perdoava pecados, porque o doador do perdão ainda não tinha Se revelado, e mesmo após ter-Se revelado, o perdão dos pecados através do batismo, viria somente no Seu Nome, após a Sua glorificação (Luc. 24:45-47; At. 2:38).



O Batismo de João continuou a ser praticado pelos seus seguidores, por algum tempo, mesmo após o nascimento da Igreja, no Dia de Pentecostes. Possivelmente, o batismo que os discípulos de Cristo praticavam (João 4:1,2) era uma seqüência do Batismo de João, pois alguns deles haviam seguido o Batista e agora eram discípulos do Senhor.

Como símbolo (ou sombra), Israel foi batizado na nuvem e no mar (nuvem de fogo = batismo no Espírito Santo; mar = batismo nas águas).



2. O SIGNIFICADO DO BATISMO:

2.1 - Em termos literais, a palavra vem do grego "baptizo", que quer dizer "mergulho ou imersão", e significa "morte, sepultamento e ressurreição", à semelhança da morte de Cristo (Rom.6:3) - (morte = arrependimento; sepultamento = batismo; ressurreição = nova vida na fé do Evangelho). O batismo nas águas é o "novo nascimento" no Reino de Deus. É a exigência primária para nos tornarmos "membros do corpo de Cristo" (João 3:3-5). É o rito iniciatório da Religião - Evangelho de Jesus Cristo (Mc. 16:15).



2.2. Através do batismo nas águas, "No nome de Jesus Cristo", temos a remissão dos pecados. O cristão, ao descer às águas batismais, estará ali deixando o "velho homem", remindo os seus pecados "EM NOME DE JESUS CRISTO" (Lucas 24:47; Atos 22:16);



2.3. O BATISMO NAS ÁGUAS é o "testemunho" da fé em Jesus Cristo: "Porque três são os que testificam na terra: O Espírito, a água e o sangue; e estes três são unânimes em propósito” (1Jo. 5:7,8):

a) o Espírito, na vivificação (regeneração) -Rom. 8:2,6 10,13; 1Cor. 15:45; 2Cor. 3:6);

b) a água, na lavagem do corpo para purificação (Ef. 5:26; Heb. 10:22; Tito 3:5; Joâo 3:5; 1Ped. 3:21);

c) o sangue, na expiação dos nossos pecados (At. 20:28; Heb. 9:22; 1Ped. 1:18,19).

Cristo considerou tão importante este ato, que Ele mesmo batizou-Se para nosso exemplo, e destaca: "...quem crer e for batizado, será salvo".



4. A FÓRMULA DO BATISMO: - As Escrituras nos ensinam que há um só batismo (Ef. 4:5). Tendo sido o batismo bíblico realizado pelos apóstolos, em sua única fórmula, todas as vezes, "EM NOME DE JESUS CRISTO", e sendo a mensagem dos apóstolos, o fundamento da fé cristã (Ef. 2:20), todo crente em Jesus Cristo, deve compreender que o texto bíblico de Mateus 28:19 "Ide, ensinai, batizando em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, foi uma ordem de Cristo aos discípulos, que necessitou de que o próprio Senhor Jesus lhes abrisse o entendimento para que compreendessem as Escrituras, isto é, para que entendessem que o Pai, e o Filho, e o Espírito Santo não são três pessoas, nem são três nomes, mas três títulos do Deus único, que tem um nome, a saber: "JESUS CRISTO". (Lucas 24:45-49).

5. O BATISMO REALIZADO

Os apóstolos entenderam, e não erraram, nem desobedeceram ao Senhor Jesus, quando da realização do primeiro batismo, mas usaram "O NOME" que o Senhor lhes deu, o Único que pode salvar (Atos 4:12; Mat. 1:21; etc.).

Os que argumentam que o batismo realizado por Pedro, em Atos 2:38, foi especificamente para os judeus, ainda não leram, ou negligenciam as demais Escrituras do Livro de Atos e das Epistolas, que nos informam que:

5.1 - Os samaritanos (At. 8:12-16);

5.2 - Os etíopes, através do eunuco (8:26-40);

5.3 - Os romanos (10:48);

5.4 - Os filipenses (16:31-33);

5.5 - Os efésios (19:5);

5.6 - Os corintios (1Co. 1:13-15),

5.7 - O apóstolo Paulo (At. 22:16), todos foram batizados “EM NOME DE JESUS CRISTO”, e não na fórmula registrada por Mateus. É importante observarmos que quando da realização dos batismos pelos apóstolos, o Livro de Mateus ainda não havia sido escrito, pois o mesmo deve ter sido escrito após o Ano 60d.C. Sendo os Livros de Lucas e Atos, da mesma época (aproximadamente), não faria sentido o registro por Mateus, no Cap. 28:19, a não ser para provar a "inspiração das Escrituras". Outro detalhe é que o apóstolo Mateus estava entre os doze presentes ao primeiro batismo (At. 1:13), e não se opôs à fórmula, ou nome usado pelo apóstolo Pedro, para batizar quase três mil almas.



Ou aceitamos o Batismo Bíblico Apostólico, ou deixamos em dúvida a total inspiração das Escrituras Sagradas, ou ainda deixamos em dúvida a autoridade dos apóstolos, concedida por Cristo para abrirem "as portas do Reino dos céus”, pela pregação do Evangelho, o que põe em risco a própria fé dos que não aceitam o batismo realizado por Pedro, dizendo que preferem crer nas palavras de Jesus, registradas por Mateus. Se a fé cristã está edificada sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, como ficaria a construção do edifício da nossa fé, se Pedro tivesse errado?

O QUE DIZ A HISTÓRIA DA IGREJA

Ao contrário do que afirmam os “teólogos” de nossa época, em seus livros de Doutrina,

a História da Igreja prova que:

a) Entre os primeiros discípulos o batismo era, em geral, feito ‘Em o Nome de Jesus Cristo’.

b) Não há menção ao batismo em o nome da Trindade no Novo Testamento, a não ser no mandato atribuído a Cristo, em Mateus 28:19.

c) Os líderes cristãos do Século III continuaram a reconhecer a forma mais antiga e o batismo Em Nome de Cristo era considerado válido. (W.Walker, p.127)



Todos os batismos realizados pelos apóstolos e pela Igreja Cristã, conforme as Escrituras, e segundo prova a História da Igreja, até cerca do ano 185d.C, foram “Em Nome de Jesus Cristo”, e não na forma trinitária.



Cremos no Deus Trino em ofícios e manifestações o único Deus, não na doutrina da Trindade, que divide o eterno e indivisível Deus, em três Pessoas, esta foi introduzida na Igreja Cristã pelos chamados “pais da Igreja romana, não a igreja nascida em Jerusalem”: Tertuliano, Cipriano, Atanásio e outros, entre 185 a 250d.C., e oficializada pelo primeiro Papa-Imperador Constantino, no Concilio de Nicéia, no ano 325d.C. Tertuliano tornou-se o “pai da doutrina da Trindade”, como também o pai do termo “católica” para a Igreja, para dar-lhe o sentido de “universal”. Foram esses mesmos teólogos que mudaram a fórmula batismal bíblica apostólica “Em Nome de Jesus Cristo”, para uma fórmula que viesse satisfazer os seus conceitos pagãos. Infelizmente, os defensores da verdade da Unicidade de Deus e do Nome de Jesus cristo (Noelio, Sabelio, Calixto e outros), foram tachados de hereges, perseguidos, excomungados, e até martirizados. E embora tenham se passado tantos séculos, os “teólogos” cristãos de hoje nada tem feito pela verdade da Palavra de Deus, preferindo se acomodarem sobre uma doutrina padrão da Igreja Católica Romana.



6. Batizamos Em Nome de Jesus Cristo, porquê:

a) Este é o único batismo bíblico, e somente no Nome de Jesus Cristo há perdão para os nossos pecados, e em nenhum outro nome há salvação. (Luc. 24:47; 1João 2:12; Atos 4:12);

b) Aquele que nasceu de novo, tornou-se filho de Deus, deve aceitar o nome do Pai através do batismo, para se tornar herdeiro.

c) Jesus Cristo é o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Is. 7:14; Mat. 1:23; João 17:6,12).

d) Jesus Cristo não é a segunda Pessoa. Ele é o Primeiro e o Último, o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, aquele que era, e que é, e que há de vir, o Todo-Poderoso!

Prepara-te, Israel, para te encontrares com o teu Deus! Prepara-te, Igreja, para te encontrares com o teu Senhor, Jesus Cristo, o verdadeiro Deus e a Vida eterna!



VII- Ceia do Senhor - Cremos que a Ceia do Senhor é um ato simbólico pelo qual os membros da igreja, através da participação do pão e do vinho, recordam como memorial a morte de Cristo e anunciam a sua segunda vinda (Mt 26.26-30; 1Co 11.17-32).



VIII. Do Governo Civil - Cremos que o governo civil é instituído por Deus e designado para os interesses e para a boa ordem da sociedade humana; portanto, deve-se orar pelas autoridades, e serem conscientemente honradas e obedecidas (Rm 13.1-7), exceto nas coisas que se opõem à vontade de nosso Senhor Jesus Cristo que governa todas as coisas.



IX. Da Evangelização e Missões - Cremos que é dever e privilégio de cada seguidor de Cristo e de toda a igreja do Senhor Jesus Cristo fazer discípulo de todas as nações. Todos os filhos de Deus devem constantemente ganhar os perdidos para Cristo (Mt 28.18-20).

X. A Mordomia - Cremos que Deus é dono de Todas as coisas, é o Senhor do universo e fonte de todas as bênçãos, temporais e espirituais; tudo o que temos e somos devemos a Ele (Sl 24.1; 102.25; Is 4025; 45.12;1Pe 4.10; Ef 5.16). Portanto, temos a obrigação de servi-lO com tempo, talentos e bens materiais; e devemos reconhecer todos esses bens como confiados a nós para serem usados para a glória de Deus e para ajudar o próximo. De acordo com as Escrituras, os cristãos devem contribuir com dízimos e ofertas de modo alegre, regular, sistemático, proporcional e liberalmente para o avanço da causa do Reino de Deus (Ml 3.10; Mt 23.23; 2Co 8-9).



XI. Das Últimas Coisas - Cremos que Deus, em seu próprio tempo e de seu próprio modo, levará o mundo ao final que lhe cabe. De acordo com sua promessa, Jesus Cristo voltará pessoalmente e visivelmente em glória à terra e a Igreja será arrebatada (Mt 24.29-31,36; At 1.11; 1Ts 4.13-18); os mortos serão ressuscitados e Cristo julgará todos os homens em justiça. A primeira ressurreição será para aqueles que morreram em Cristo, esta é a ressurreição para a vida, a segunda ressurreição será para julgamento e condenação (Dn 12.2; Jo 5.28,29; Ap 20.4-6). Os ímpios serão destinados ao inferno (lago de fogo que é o lugar de eterna punição); os justos, em corpo ressurreto e glorificado, receberão sua recompensa e galardão e habitarão para sempre com o Senhor.




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