quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
















MANUAL DE

GRUPOS

DE

CRESCIMENTO

FAMILIAR



1







INTRODUÇÃO



Somos a IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. O nosso propósito é que cada membro seja um ministro, e cada casa uma extensão da Igreja, conquistando a nossa geração para Cristo, através dos grupos familiares, que se multiplicam todo ano. Somos uma igreja Uma Família de vencedores, para isso precisamos continuar lutando organizados. A nossa organização é assim: Temos um Pastor Presidente com uma junta de pastores, que dá suporte aos Pastores Regionais, e estes aos Pastores e Obreiros Locais. Dentro da juntas de Pastores, há o Diretor de Educação, responsável por elaborar os materiais a serem ministrados nos grupos, de acordo com a orientação do Pastor Presidente. As Igrejas Locais são organizadas com suas Lideranças, seguindo o Estatuto e o exemplo da Diretoria Geral. Para que o Pastor possa cuidar de um grande rebanho, a igreja é organizada com grupos familiares, com coordenadores e Líderes dos mesmos. Cada coordenador se responsabiliza por no máximo doze Líderes. Um grupo familiar não pode ter mais do que quinze pessoas. Iniciam-se com cinco membros da igreja que se responsabilizam por levar um visitante cada. Quando esses visitantes se batizarem e trouxerem mais um cada, o grupo familiar se multiplica (veja no capítulo 9).



Os grupos se reúnem nas casas uma vez por semana para receberem as ministrações dos seus Líderes, e no templo aos domingos à noite para o Culto de Celebração. Os Líderes de grupos familiares se reúnem uma vez por semana para receberem as ministrações de seus coordenadores, estes recebem semanalmente as ministrações do Pastor. Aos sábados à noite há os cultos dos ministérios (Jovens, Mulheres, Casais, e outros) e aos domingos de manhã existe a Escola de formação de líderes(Escola de Líderes).



Para fortalecimento Espiritual de todos os participantes dos grupos familiares, os membros da igreja fazem um propósito de jejum por um período de 12 horas, três dias, da Semanas em propósito do Retiro Espiritual denominado Peniel à realizar no mês, no qual leva todos os visitantes para passarem o fim de semana num local especial para receberem as ministrações de uma série de palestras espirituais e orações, iniciando sexta á noite no local e encerrando domingo à noite no templo, com um grande culto.

Para fortalecimento Social (comunhão), todo final de mês é realizado um evento social, denominado evento-ponte, em que todos os participantes dos grupos se reúnem para um dia de lazer, um jantar, etc.

Além deste Manual de grupos familiares, temos a Apostila do Curso de Maturidade Espiritual, o Manual de Discipulado, a Apostila do Curso de Formação de Líderes (CFL), e o Manual de Palestras que são ministradas no Peniel. Esses materiais devem ser estudados por todos os membros da Igreja, podendo ser na Escola Bíblica Dominical (Escola de líderes), organizada uma classe para cada apostila, seguindo um rodízio de pessoas à medida que vão chegando.

Para crescermos, precisamos buscar mais poder do Espírito Santo, e praticar isso constantemente. Para tanto, é necessário realizarmos vigílias de oração, jejuns, e de vez em quando (pelo menos a cada três meses), nos retirarmos para um Sitio, chácara, colégio ou um lugar mais reservado, a fim de estarmos mais desligados das nossas preocupações diárias, e recebermos mais do poder de Deus, e também levarmos outras pessoas a receberem.

Não conseguiremos atrair o mundo apenas com nossas canções, pois as pessoas do mundo têm músicas até melhor conduzidas que as nossas. Não conseguiremos atrair o mundo apenas com teatros, pois lá eles fazem muito melhor do que nós. Nem conseguiremos atraí-los só com os grupos familiares, pois eles também possuem. Entretanto, existe algo que eles não têm, o poder de Deus. Sem o poder de Deus, entretemos os santos e nos iludimos com as atividades. A Igreja não é terrena, a sua origem é celestial, assim como o seu poder e a sua própria vida. Qualquer coisa que não for feita com base nesta força espiritual não traduzirá a realidade da Igreja; seja comunhão, pregação, aconselhamento, músicas ou os grupos familiares. Precisamos da unção do Senhor, pois ela supera a nossa ordem e os nossos conceitos. Ela transcende o padrão do nosso trabalho. Nossa comunhão não pode ser comum, natural, mas, sim, do tipo com o qual o próprio Deus subsiste. Não vamos multiplicar porque temos técnicas, mas porque possuímos a unção At.4:32;5:42.



CAPÍTULO I

UMA IGREJA UMA FAMÍLIA DE VENCEDORES



Esse é o nosso propósito: Uma Igreja Uma Família de Vencedores, na qual cada membro passa a ser um ministro e cada casa uma extensão da igreja, conquistando, assim, a nossa geração para Cristo, através de grupos familiares que se multiplicam uma vez ao ano.

A primeira parte dele diz que o nosso propósito é

ser uma igreja família.O que é ser uma igreja família?



É ser uma igreja que cumpre o propósito de Deus.

E qual é esse propósito?

Ter pessoas cheia de amor pelo próximo, Sua imagem e semelhança, que se multiplica.

Deus deseja que o homem seja cheio por Ele mesmo, a fim de expressá-Lo e que tenha o Seu domínio para representá-Lo na Terra.



E a segunda parte Vencedores, que se tornaram

Vencedores pelo Senhor Jesus Cristo.



Uma vez que o homem recebe a Pessoa de Jesus Cristo como vida dentro de si mesmo, ele se torna um instrumento nas mãos de Deus. Para que o homem fosse usado como instrumento, Deus deu a ele a seguinte ordem: “Sede fecundos multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar; sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn 1.28). Dominador, vencedor



Crescer e multiplicar

A primeira ordem dada ao homem, na velha criação, foi para crescer e multiplicar-se. A mesma ordem nos é dada, hoje, na nova criação. Todos nós recebemos a ordem de crescer e multiplicar (Mt 28.19,20; Mc 16.15). A diferença é que Adão se multiplicava como alma vivente; hoje, porém, nós nos multiplicamos pelo espírito de vida (1 Co 15).

Uma igreja uma família de vencedores, portanto, é aquela que cumpre o propósito original de Deus: crescimento e multiplicação. Não há como cumprir o propósito de Deus sem fecundidade e multiplicação; por isso, nossa visão exige a multiplicação de cada grupo familiar pelo menos uma vez por ano. Um líder vencedor é aquele que multiplica seu grupo familiar pelo menos uma vez por ano.



Sujeitar e dominar

Deus também disse para o homem dominar, ou seja, deu-lhe autoridade para exercer o domínio como se fosse o próprio Deus. Qualquer um que visse Adão saberia que ele representava Deus, pois, em tudo, era semelhante ao Criador. Conserve em sua mente estas duas palavras: imagem e domínio. Porque temos a imagem, exercemos o domínio. Imagem é para expressar (o próprio Deus) e domínio é para exercer autoridade (de Deus).

Todos nós precisamos lidar com o inimigo sujeitando-o em todas as esferas de nossas vidas (Mt 16.19; Mt 18.18; Rm.16.20). Sujeitar o inimigo significa vencê-lo em todas as circunstâncias e não deixá-lo levar vantagem em nenhum momento.



Quando sujeitamos e exercemos domínio, dizemos que estamos cumprindo a visão de que cada crente é um ministro. O ministro sujeita e domina através da oração e da autoridade no nome de nosso Senhor Jesus. Assim, uma igreja uma família de vencedores é aquela que cresce e se multiplica, mas que também exerce domínio, porque possui a imagem de Deus em seu caráter. Guarde o propósito duplo de Deus. Primeiro, Ele quer ter o homem à Sua imagem para exercer domínio, ou seja: ser um ministro. Em segundo lugar, Deus deseja que esse homem se multiplique. Uma igreja uma família de vencedores tem a visão de conquistar a sua geração.



Não apenas salvos, mas vencedores.

O entendimento comum no meio evangélico é de que todo crente é um vencedor. De fato, isso é parcialmente verdadeiro. “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8:37).

Na verdade, todo crente é legalmente um vencedor, por causa da vitória de Cristo. Mas, experimentalmente, muitos vivem como derrotados. Os crentes vencedores cumprem o propósito de Deus, enquanto os crentes derrotados ignoram e desprezam o encargo de Deus para esta geração. Há uma diferença entre posição legal e posição experimental. Posição legal é aquilo que, por direito, é nosso. Legalmente, já somos mais que vencedores - Cristo já nos garantiu a vitória. Ele já pagou o preço da nossa Redenção na cruz, e subjugou todos os principados e potestades. Ele venceu, e assim, porque estamos nEle, nós também somos vencedores.



A posição dEle é a nossa posição também. Entretanto, posição experimental é algo bem diferente. Tomar algo experimentalmente significa experimentar algo que já é verdade legalmente. Há muitos crentes que legalmente são herdeiros de uma grande fortuna, mas, experimentalmente, vivem numa miséria absoluta. Sendo filhos do Rei, vivem como se fossem escravos.



Em nossa igreja temos este propósito: Ser uma igreja uma família de vencedores. Vencedores são aqueles crentes que já experimentam, na prática, aquilo que lhes pertence legalmente. Uma coisa é ser salvo outra coisa é ser vencedor, Apesar de todo crente nascido de novo ser um vencedor legalmente, sabemos que essa não é a experiência de todos. Na verdade, existem muitos crentes que vivem como derrotados. Talvez, você não concorde com essa tese e questione: Você está dizendo que um crente derrotado é salvo? Entenda isto: a condição para alguém obter a salvação é uma, enquanto a condição para o salvo tornar-se vencedor é outra. A recompensa é apenas para os vencedores. Você pode ter a vida eterna, você pode ter a salvação e viver aqui na terra como um derrotado, passando sempre por dificuldades. Essa é uma questão muito séria. Poucos se importam também com a questão da recompensa ou do galardão que receberemos diante de Deus. Ninguém se engane pensando que receberemos galardão por que aceitamos a Jesus. Galardão tem a ver com trabalho feito para Deus. A grande recompensa dos crentes será reinar com Cristo durante o milênio, depois que Ele voltar; Reinar, o próprio nome diz, não é estar apenas com Ele. Mas se o salvo não está disposto nem mesmo a liderar um grupo familiar, como poderá reinar com Cristo?

Estar em uma igreja uma família de vencedores, o lema é cada membro um ministro. O sinal de que estamos atuando como uma igreja uma família de vencedores é ver os grupos familiares se multiplicarem.

CAPÍTULO 2

CADA MEMBRO UM MINISTRO

Nosso propósito, ou encargo é ser uma igreja uma família de vencedores, na qual cada membro é um ministro e cada casa uma extensão da igreja, conquistando, assim, a nossa geração através de grupos familiares que se multiplicam uma vez ao ano.

Nossa visão é um propósito, um encargo em nosso coração. Há uma diferença entre o cargo e o encargo. Cargo é a posição que as pessoas assumem dentro de uma organização. Encargo é um desejo profundo no coração, compartilhado por aqueles que fazem parte de um mesmo organismo. Cargos são posições que geram status, encargos são sonhos do espírito. Quem trabalha por cargo precisa ser supervisionado o tempo todo, não tem motivação para criar nada e só faz o que mandam; quem tem encargo está disposto a dar a própria vida pelo objetivo proposto.

Existem dois tipos de líderes que não queremos em nossa igreja: aqueles que não fazem o que se manda e aqueles que só fazem o que se manda. Os primeiros são ineficazes e os segundos possuem apenas o cargo, mas não o encargo. O líder que recebeu o encargo não apenas faz o que se manda, mas vai além: ele cria, ele sonha e realiza além do que foi pedido. São homens que estão dispostos a verter suor e lágrimas, por amor às almas e a Cristo. Cada crente é um ministro (exerce um ministério na Igreja)



Na maioria das igrejas, hoje, não há nenhum senso de Corpo de Cristo, ou estrutura na qual os membros possam estar envolvidos de maneira funcional. Por causa disso, a maioria, por decisão pessoal, escolhe sentar-se nos bancos do prédio da igreja, disposta a não se envolver. Ao contrário dessa concepção, na visão de grupo familiar, não há como se omitir ou não se envolver! Estar na visão é estar comprometido!

Crentes que não se envolvem são crentes parasitas. Eles esperam ser mimados, ministrados e entretidos pela igreja. Em troca, são contabilizados na estatística e, eventualmente, dão uma oferta, ou algo parecido, para manter "o sistema". Esse tipo de crente em muitas igrejas são 85% dos membros, que são carregados e ministrados pelos outros 15% que estão atuantes em todas as atividades.

Na igreja com grupos familiares, seus membros têm oportunidade de desenvolver seus potenciais e se tornarem produtivos. Lamentavelmente, essa dinâmica não está sendo experimentada na maioria das igrejas cristãs hoje. Muitos de seus membros freqüentam apenas os cultos aos domingos à noite, e não se dispõem a envolver-se nos programas de atividades de suas igrejas durante a semana. Jesus implantou uma igreja para resultar em produtores, e não em consumidores, ou parasitas. Precisamos retomar, nesses dias, ao fundamento do sacerdócio universal do crente, a verdade de que cada um de nós é um ministro, um sacerdote (1Pe 2.9)

Não existe em nossa igreja um departamento ou um programa de grupos familiares. Nosso propósito é seguir o exemplo da igreja primitiva com um novo tipo de membro. Isso, na verdade, representa o restabelecimento do paradigma original da igreja, no qual o membro não é mais um mero consumidor espiritual da igreja, mas um produtor útil e frutífero na família de Deus.

Muitos encaram a igreja como uma prestadora de serviços espirituais, na qual podem buscar, quando desejarem, uma ministração forte, uma palavra interessante, uma aula apropriada para seus filhos, um ambiente agradável, e assim por diante. Quando, por algum motivo, os serviços da igreja caem de qualidade, esses consumidores saem à procura de outra igreja mais eficiente. Membros assim não têm aliança com Cristo.

Jesus nos chamou para fazer discípulos e não apenas convertidos! Por isso queremos ser um povo com uma vida cristã sólida, com a prática regular de oração e leitura da Palavra de Deus. Queremos ser um povo que serve a Deus com os dons na família, na escola, no trabalho, na igreja, ou em qualquer lugar. Em outras palavras, nós desejamos ser ministros.

Como é que cada crente se torna um ministro?

- Não se preocupando em saber o que a igreja pode lhe oferecer; antes, se preocupando com o que ele pode oferecer à igreja;

- Não responsabilizando o Pastor ou algum Líder pelo seu crescimento espiritual; antes, sabendo que ele pode e deve crescer, tendo intimidade com Deus.

- Encarando suas próprias guerras conscientes de que foram chamados por Cristo para lutarem, e ainda tendo disposição para apoiar e socorrer os novos convertidos, novos soldados, em suas guerras;

- Se tiver que se mudar para outra cidade, saber que a igreja vai junto, pois a igreja é ele e não o prédio; sabendo que mesmo distante do prédio a igreja acontece onde ele estiver, pois a sua casa é a casa de Deus.



CAPÍTULO 3

CADA CASA UMA EXTENSÃO DA IGREJA

Vejamos agora o terceiro aspecto do nosso propósito: cada casa é uma extensão da igreja. Nos grupos familiares, existe uma mobilização natural para ajudar os necessitados. Os mais velhos ensinam aos mais novos o que é ser crente; os pastores treinam os novos líderes para o desempenho do serviço e todo o corpo se mobiliza para a festa da colheita de almas. Afinal, cada grupo familiar visa se reproduzir e se multiplicar uma vez por ano. Falamos todos uma mesma linguagem e há uma unanimidade santa de propósito entre nós. Em nosso coração sentimos que estamos voltando para os primórdios da Igreja do primeiro século. Nós somos uma igreja com grupos familiares. Cada instituição é a cara do prédio onde se reúne, mas a nossa igreja não existe em função do prédio onde nos reunimos, que para nós é um lugar de treinamento e celebração (cultos).



A vida normal da igreja também acontece em outros lugares, isto é, nas nossas casas.

João, capítulo quatro, nos mostra que a mulher samaritana estava em dúvida se deveria adorar a Deus no monte ou no templo. Jesus lhe disse que Deus quer adoradores em espírito, ou seja, onde nós estivermos; não importa o lugar. Ao usar a analogia do templo, não estamos dizendo que somos contra os prédios; cremos mesmo que eles são necessários. Acabou-se o tempo em que a vida da igreja era algo que acontecia aos domingos, nos templos. Numa igreja uma família de vencedores, ser cristão é um estilo de vida que praticamos em nosso dia-a-dia. A igreja acontece em todo lugar: nas ruas, nos colégios, nos supermercados, nos shoppings.



CAPÍTULO 4

CONQUISTANDO A NOSSA GERAÇÃO

Nosso propósito é ganhar a nossa geração para Cristo através de uma Igreja uma família de vencedores. E uma igreja uma família de vencedores é aquela em que cada um é um ministro e faz de sua casa uma extensão da igreja. Através dos grupos familiares sermos uma igreja uma família de vencedores e ganharmos a nossa geração. O alvo é ser uma igreja uma família de vencedores; o meio são os grupos familiares. Todo líder cristão sonha em encher sua igreja com milhares de vidas. Nós sabemos que os grupos familiares têm suprido essa ânsia em muitas igrejas. Elas são uma base sólida para a manifestação dos dons, para o surgimento de líderes, para o apascentamento das ovelhas e para a multiplicação. Através dos grupos familiares, podemos realizar o sonho de ver a nossa cidade completamente tomada por grupos que expressam a Cristo em vida, amor e santidade.

Os grupos são uma possibilidade real de crescimento exponencial. Considere a seguinte possibilidade: se uma igreja tem a maioria de seus membros em grupos familiares, nas quais se reúnem cinco pessoas, e se cada grupo familiar ganhar apenas uma única pessoa ao ano, o número de membros dessa igreja poderia dobrar a cada cinco anos. E uma única alma por ano para cada grupo familiar é um alvo muito pessimista; tem que ser uma alma por pessoa.

Este é o nosso desafio e o nosso propósito. E convidamos você a abraçá-lo. Nossa geração, nossa cidade, nossa nação podem ser alcançadas para Cristo. Para isso, basta que multipliquemos nossos grupos familiares uma vez a cada ano.

Nós podemos transformar nosso país num exército de líderes de grupos familiares, os quais, como você, abraçarão a visão de multiplicar os seus grupos familiares anualmente. É possível fazer isso porque podemos todas as coisas naquele que nos fortalece. Queremos fazer isso. E você? Pense nisso!

Um grupo familiar, normalmente, começa com cinco pessoas. Para duplicá-lo em um ano sua tarefa será levar esse grupo a ganhar uma pessoa cada um. Isso não é difícil; é que nós não praticamos! Há muitos anos, o número de membros de nossa igreja está estagnado.



Nós queremos a multiplicação. Em alguns ministérios, não acontece isso? É só nós fazermos um pouquinho cada um, pois já somos um número bom. Uma multiplicação já faz muita diferença, e sabemos que todos os irmãos querem ver seus templos cheios de pessoas novas, trabalhando, trazendo outras pessoas, ampliando os templos, etc.



CAPÍTULO 5

POR QUE GRUPOS FAMILIARES?

Em nossa igreja os grupos familiares é um método que faz parte de como a igreja deve ser.

O nosso objetivo não é simplesmente levar a nossa igreja a crescer numericamente. Nós desejamos estar, de fato, trabalhando na edificação da Igreja como a noiva de Cristo.

Não consideramos os grupos familiares uma doutrina, mas cremos que elas estabelecem uma visão e definem o nosso modelo de igreja.



Vamos enumerar algumas razões por que somos

uma igreja com grupos familiares:

1. A igreja deve crescer e se multiplicar.

Assim como as células biológicas se juntam para formar o corpo humano, os grupos familiares da igreja se juntam para formar o Corpo de Cristo. Do mesmo modo como o corpo humano cresce e se desenvolve através do processo de multiplicação celular (cada uma delas, ao atingir a maturidade, se divide), a Igreja também cresce através da multiplicação de grupos familiares sadios.



2. Ser uma comunidade terapêutica e transformadora.

Esta é a vocação da Igreja: ser um lugar onde há vida, libertação, cura e aconchego. Queremos ser um povo que conhece e vive plenamente a Verdade. Queremos ser uma comunidade carismática e missionária, que cresce na vida interior e se expande para o exterior, para ganhar a nossa cidade, o nosso país e a nossa geração! Os grupos familiares são a nossa estratégia.



3. O crente cresce saudável se ouvir e praticar.

Todos nós necessitamos de uma dieta espiritual equilibrada, que envolve ouvir e praticar (Tg 1.22-25; Mt 7.24-27). Em Romanos 10.17, vemos que a fé vem pelo ouvir a Palavra. Por um lado, quando participamos do culto, o alvo é recebermos fé pelo ouvir. Mas por outro lado, se quisermos crescer, precisamos também compartilhar o que ouvimos. É pelo falar que somos cheios do Espírito; é pelo falar que geramos vidas! Nos cultos, ouvimos para receber fé; nas reuniões do grupo familiar, falamos para crescer em fé.

4. A Igreja é um edifício, não um monte de pedras.

A Igreja, indiscutivelmente, não é o prédio onde nos reunimos. É um edifício, ou seja, um edifício espiritual feito de pedras vivas.

Toda Igreja local deve ser um edifício. Todavia, um grupo de crentes pode se reunir aos domingos e, ainda assim, não ser um edifício. Para isso, as pedras devem estar edificadas mutuamente e ligadas pela argamassa do Espírito.

Desejamos ser uma grande igreja na qual os vínculos entre os irmãos sejam preservados. Mas a única maneira de atingirmos esse alvo é edificando a igreja nas reuniões menores, ou seja, nos grupos familiares.



5. A Igreja deve ser um Corpo (Ef 4.15,16, 1 Co 12.12-27).

Para ser um corpo, pelo menos duas condições são necessárias: os membros precisam estar ligados e também precisam estar funcionando. Vejamos primeiro a questão de se estar vinculado.



Se pegarmos pernas, braços, cabeça e tronco, e os ajuntarmos, teremos um amontoado de membros. Ter um amontoado de membros em nossas reuniões não faz de nós um corpo! Para ser um corpo, os membros precisam estar vinculados - ligados uns aos outros - para que o sangue da vida de Deus circule entre eles.



Que fazer irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro doutrina, um traz revelação, outro língua, e ainda outro interpretação. Tudo seja feito para edificação. (ICo 14.26)

Não podemos simplesmente dizer que não é mais possível praticarmos, nas reuniões da igreja, o padrão da Palavra de Deus. Esse é o segredo da edificação da igreja e do seu crescimento. É preciso enfatizar que a reunião do grupo familiar é tão importante quanto as reuniões gerais de celebração. Um crente que deixa de participar do grupo familiar está comprometendo o seu próprio crescimento espiritual, do mesmo modo que aquele que deixa de participar da reunião geral de celebração está se privando do alimento da fé. Nós precisamos desses dois tipos de reuniões para crescermos apropriadamente.



Os dons são um grande instrumento para a edificação e o crescimento da Igreja. Quando há profecia, fé, milagres, curas, palavras de sabedoria e de conhecimento, os não crentes são impactados e os crentes, renovados na sua fé. A reunião em grupos pequenos é a ocasião mais apropriada para a manifestação dos dons do Espírito disponíveis a todo membro do corpo.



6. A igreja precisa ser uma grande família

De um modo geral, as pessoas estão carentes de amor e aceitação. Por isso, precisamos ser a resposta de Deus para os seus anseios! A igreja precisa ser uma grande família. A sociedade está cheia de pessoas feridas e desajustadas emocionalmente, as quais somente serão alcançadas através de um ambiente de amor e aceitação familiar. É justamente esta a visão que temos para os grupos familiares de nossa igreja: que as pessoas sejam aceitas, amadas e restauradas.

Na mente de todo homem, o lar é o ponto de convergência, o lugar de aceitação e de expressão incondicionais, o lugar de acolhimento e aconchego. A igreja, dentre tantas ilustrações bíblicas, é um lar, que deve ter todas essas expressões de vida e amor. É por isso que somos uma igreja com grupos familiares; porque desejamos ser um lugar de acolhimento, amor e restauração.



7. Não há maneira melhor de se fazer discípulos

O plano de Deus para formar discípulos espiritualmente maduros envolve a colocação deles dentro de um contexto de grupos pequenos. Ninguém jamais escalou o monte Everest sozinho, mas, a cada ano, pequenas equipes o fazem, atingindo as maiores alturas!



CAPÍTULO 6

BASES BÍBLICAS PARA OS GRUPOS FAMILIARES

Em 1 Pedro 2.5, entendemos que a verdadeira casa espiritual somos nós. Durante os três primeiros séculos, a igreja não tinha templos. E foi nesse período que ela experimentou o maior crescimento de sua história. Os irmãos se reuniam basicamente nos lares e usavam lugares neutros como sinagogas e anfiteatros apenas para evangelizar. A igreja era uma comunidade nos lares. Vejam também Atos 2:46.



Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas se dirigiram para a casa de Lídia, que era o lugar onde os irmãos se reuniam, (At.16:40).

Falando aos presbíteros de Éfeso, Paulo os exorta dizendo que ele próprio jamais havia deixado de anunciar coisa alguma proveitosa, de ensinar publicamente e também de casa em casa (At 20.20) .



Em Romanos 16.5 e em 1 Coríntios 16.19, Paulo faz uma saudação à igreja que se reúne na casa de Áquila e Priscila. Ao que tudo indica, não era uma reunião temporária, mas uma prática normal dos cristãos. Em Colossenses 4.15, Paulo saúda os irmãos de Laodicéia, a Ninfa e a igreja que ela hospedava em sua casa. E, finalmente, em Filemon 1.2, ficamos sabendo de uma igreja que se reunia na casa de um certo irmão Arquipo.



No Velho Testamento, quando Moisés se sentiu cansado, por causa do peso do trabalho, a orientação dada por Deus nos faz lembrar dos grupos familiares. Todo o povo deveria ser dividido em grupos de mil, de cem, de cinqüenta e de dez pessoas. Cada um com o seu líder (Êx 18.1-27). Foi uma estratégia dada diretamente por Deus pois é impossível um único líder cuidar de centenas de pessoas.



Jesus priorizou uma quantidade pequena de pessoas no seu ministério. E, apesar de ter gasto um tempo considerável ensinando nas sinagogas e ao ar livre, o Senhor parece dar especial atenção a grupos pequenos. Quando separou setenta os enviou de dois em dois (Lc 10.1), e também inúmeras vezes ministrou em casas. (Mc 1.29-34; 2.15; 3.20-34; 7.17; 9.28; Mt 10.12-14; Lc 10.5-7)



CAPÍTULO 7

O QUE É UM GRUPO FAMILIAR?

Um grupo familiar é um grupo aberto e focalizado no evangelismo que está embutido na vida da igreja, constituído de cinco a quinze pessoas, que se reúnem semanalmente, para aprenderem como se tornar uma família, adorar ao Senhor, edificar a vida espiritual uns dos outros, orar uns pelos outros e levar pessoas ao evangelho.

Cada um deve ter no mínimo cinco pessoas e não deverá ultrapassar o limite de quinze. Moisés tinha grupos constituídos de dez (Ex.18:21), e Jesus liderou doze. Quinze é o número máximo de membros para um grupo. Quando atingir esse limite, deve se multiplicar.



1. Onde o grupo familiar se reúne?

De preferência, em residências, podendo fazê-lo em empresas, escolas, salões de festas de condomínios, ou lugares semelhantes nos quais haja o mínimo de silêncio e privacidade possível.



2. Por que o grupo familiar não deve ter mais de quinze pessoas?

Não há tempo suficiente numa reunião para mais de quinze pessoas receberem ministrações e compartilharem no grupo. É muito difícil para um líder, mesmo com um auxiliar (líder em treinamento), apascentar mais de quinze pessoas. Também, as casas não comportam mais que esse número numa sala.



A. O grupo familiar não é um lugar onde, a cada semana, comparece um grupo diferente de pessoas.

A reunião não está voltada só para a evangelização, e, sim, para a edificação. Contudo os visitantes são sempre bem-vindos, pois o projeto final é a multiplicação. Entendemos que crentes realmente edificados na palavra, são frutíferos, e esses frutos surgirão no circulo familiar, na escola, no trabalho, etc. A reunião funciona como um lugar de treinamento e motivação, para que cada um possa enfrentar com ousadia a guerra lá fora.

B. Os grupos familiares possuem endereço e dias certos de reunião

Existem igrejas em que a reunião do grupo familiar é feita cada semana na casa de um dos membros; porém, um lugar de reunião definido produz um senso de identidade, constância e segurança aos participantes.

C. O grupo familiar se reúne regularmente

A chave para a comunhão é a constância e a regularidade. Não basta ter um lugar de reunião, é preciso que o grupo congregue numa base regular semanalmente, pois nenhum relacionamento sólido e gratificante pode ser construído sem conivência. É ela que vai produzir vínculos de amor amizade e aceitação.

D. O grupo familiar homogêneo

Quando participamos de um grupo que tem características com as quais nos identificamos, nos sentimos muito mais à vontade para compartilhar. Os grupos podem ser padronizados por faixa etária e não só por sexo. Assim, podemos ter os de Adolescentes, Crianças, Homens, Jovens, Mulheres, Casais, e até da Terceira Idade. Mas pode haver mistos.



CAPÍTULO 8

OS OBJETIVOS DOS GRUPOS FAMILIARES

Um grupo familiar é mais do que uma reunião semanal. Não queremos ter apenas cultos nos lares, mas, sim, edificar pessoas. A diferença entre estas duas coisas é muito grande; Um culto doméstico é uma reunião realizada numa casa, na qual os presentes não estão necessariamente vinculados, e, às vezes nem sempre se conhecem. O grupo familiar por outro lado, é mais que uma reunião, porque irmãos e amigos estão ligados e vinculados entre si. Esses irmãos buscam, ao mesmo tempo, uma vida de comunidade e almejam multiplicar-se uma vez por ano. Ele é maior que a sua reunião e vai muito além dela e acontece todos os dias, uma vez que a comunicação é constante.

Os objetivos do grupo familiar: comunhão, ensino, serviço, e multiplicação.



1. Comunhão

A igreja é um corpo vivo, Nela, através dos grupos familiares, os vínculos de comunhão do corpo são edificados. Esses são importantes, pois eles propiciam circulação de vida. A palavra de Deus diz que o sangue é vida, é um símbolo perfeito da vida do próprio Deus. Aquilo que o sangue faz em nosso corpo físico ,a vida de Deus faz na igreja – o corpo de Cristo. O sangue realiza, pelo menos, cinco funções no corpo:

- retira as impurezas;

- mata os germes;

- alimenta os grupos familiares;

- traz energia;

- mantém a temperatura.

A. A comunhão retira as impurezas

Em primeiro lugar, o sangue tem o poder de retirar as impurezas do nosso organismo. Do mesmo modo, a vida de Deus, circulando entre os membros do corpo, expele todo tipo de impureza dos membros. Quanto mais a vida de Deus fluir em um grupo familiar maior será a expressão de santidade pessoal.

A vida de Deus se manifesta plenamente nos relacionamentos. Quando estamos conectados uns aos outros, através de elos de amor e comunhão, a vida espontaneamente elimina as impurezas do pecado. Se tudo na igreja se resume em fazer coisas, não passamos de organização morta, uma instituição, um monumento. Seremos um corpo quando formos membros uns dos outros e, ajudados e consolidados pelo auxílio de toda junta, efetuarmos o nosso próprio crescimento pela vida de Cristo (Rm 12:5; Ef 4:16).

B. A comunhão mata os germes

Um dos componentes do sangue são os leucócitos, glóbulos brancos, cuja função é promover a imunização do organismo celular. Ou seja, eles são os agentes de defesa do corpo humano. Semelhantemente, a vida de Deus, que circula entre os membros do corpo de Cristo, destrói as setas do diabo e expulsa os demônios invasores.

Cada membro do corpo precisa compreender a importância de estarmos juntos, ministrando uns aos outros e funcionando como membros de um corpo.

C. A comunhão alimenta os grupos familiares

Assim como os membros do corpo são supridos e alimentados pelo mesmo sangue que circula entre eles, a vida de Deus também supre e alimenta os membros do corpo de Cristo em comunhão uns com os outros, que, mesmo sendo muitos, recebem de um mesmo alimento: a vida de Deus.

Muitos testificam que são alimentados pela palavra no culto público; isso é inegável. No entanto, a comunhão no grupo fortalece o membro, e alimenta a vida.

D. A comunhão traz energia

Quando estamos vinculados uns aos outros, somos supridos de energia e vigor espiritual. O poder e a vida de Deus são liberados através da comunhão. Uma boa coisa é a oração individual; outra muito diferente é a oração em um grupo.

E. A comunhão mantém a temperatura

Enfim, é o sangue que tem a propriedade de manter a temperatura do nosso corpo humano. Um grupo familiar cheio de vida, invariavelmente, será um lugar quente, cheio do fogo do Espírito. Quando não há vida, os membros se tornam frios. Mas, se o sangue circula entre eles, a temperatura se eleva. O ficar só, leva muitos ao esfriamento. Individualismo, definitivamente, é uma palavra que não combina com cristianismo. Uma brasa sozinha logo se apaga. A Bíblia fala mais de comunhão do que evangelismo. Logo a melhor estratégia de evangelismo é a verdadeira comunhão entre os irmãos. Jesus disse que o mundo nos conheceria através da comunhão entre os irmãos.

Você notou quantas coisas a vida do Senhor Jesus Cristo pode operar em nós? Basta que os membros estejam devidamente ligados pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte. (Ef 4.16).

Precisamos ser cuidadosos para que a nossa comunhão não se transforme em clube social e, assim, sermos distraídos por outras coisas.

Tudo isso foi dito para mostrar o quanto é importante a questão dos vínculos de comunhão dentro da igreja. Por isso cada líder deve priorizar a comunhão de seu grupo familiar. Cada um deve ter alguém a quem se sujeitar, para receber edificação pessoal e suprimento em amor. Independentemente do tempo de fé, todos devem estar debaixo de uma cadeia de submissão. Não deve existir ninguém sem vínculo.









2. Ensino

Todos os grupos precisam ter um nível forte de compartilhamento da Palavra. Quando se fala de nível, não se refere à erudição (saber vasto), nem à cultura dos membros, mas de um ensino ministrado com amor. A Palavra de Deus deve ser ensinada com simplicidade e clareza visando ao crescimento de cada membro.

Este é o segundo objetivo: compartilhar a palavra de Deus com vida. Não é ensinar muito, mas de forma correta, com revelação e sempre observando as orientações do coordenador.



3. Serviço Mútuo

Muita gente pensa que servir a Deus é fazer qualquer coisa na igreja. Poucos percebem que O servimos de fato quando exercitamos nossos dons e conhecimentos para ajudar a edificar as pessoas, sejam irmãos ou não. Por ex: ajudar novas mães, ensinando como cuidar dos filhos, servindo de babá para que um casal possa sair uma noite, pagando um cursinho para alguém, etc.

Jesus disse que seríamos conhecidos como seus discípulos se nos amássemos uns aos outros. Não há como expressarmos nosso amor, se não for praticando, servindo os nossos irmãos e amigos. Quando pratica esse mandamento, com certeza se multiplica.



4. Multiplicação

Cada grupo familiar deve se multiplicar pelo menos uma vez ao ano. Para que esse alvo seja alcançado, é necessário ganhar e consolidar pessoas. Assim não é somente para ganhar, mas também para consolidar e cuidar das novas ovelhas. A multiplicação é fruto desse trabalho.

Como todo recém-nascido, o novo convertido precisa de alguns cuidados básicos, tais como: alimento, proteção, ensino, disciplina e amor. Esses cuidados não podem ser dados de maneira massificada, mas individual. Por isso, o líder deve ter um ou mais líderes em treinamento, e o grupo familiar deve se multiplicar quando atingir o número de quinze pessoas.



a. Alimento

Todo novo convertido necessita de um acompanhamento especial. Se não for alimentado nessa fase da vida espiritual, poderá morrer ou se tornar um crente problemático. No grupo familiar, eles são alimentados com palavras de fé, encorajamento e ânimo.



b. Proteção

Além de alimento, o recém-nascido precisa de proteção. A rotatividade nas igrejas, é fruto da falta de cuidado e proteção. O lobo entra e leva as ovelhas, por falta de pastores guardando o rebanho. Os líderes são responsáveis pela proteção dos recém-nascidos. Nos primeiros dias, o novo convertido precisa de um discipulador, alguém indicado pelo líder, que o ajuda a dar os primeiros passos em seu novo caminho.



c. Ensino

O ensino aponta para a conduta e as atitudes que devem ser desenvolvidas no novo crente. Se, por exemplo, o novo na fé não é ensinado a ser dizimista, se torna difícil mudá-lo no futuro. É no grupo familiar que a criança espiritual recebe esses ensinos.



d. Disciplina

Todo novo convertido deve ser alimentado, protegido, ensinado, mas também corrigido quando sair do padrão da palavra. No grupo existe um ambiente para que ele seja exortado, admoestado e corrigido em amor.





e. Amor

Por último, a criança na fé precisa ser amada. Alguns vêm para a vida da igreja com suas emoções destruídas. Entretanto, o amor paciente dos irmãos restaura a sua alma. Uma criança só recebe amor e suprimento adequado em um ambiente familiar. E a proposta em questão é justamente esta: ser uma família vinculada pelo amor. Nesse ambiente familiar, nossos filhos serão supridos e, de forma alguma, algum deles se extraviará.



CAPÍTULO 9

O QUE É A MULTIPLICAÇÃO?

Multiplicação é o processo pelo qual um grupo familiar se transforma em dois ao atingir o número de quinze pessoas. Normalmente, começa com cinco crentes e cinco não crentes. O capítulo 17 fala de como se começar, e explica que se inicia com oração. Cada um dos cinco crentes orando trinta dias por três não crentes, depois convidando-os para um evento social denominado evento-ponte, ocasião em se convida para no final de semana seguinte participarem de um retiro espiritual denominado peniel, e acompanhando-os pelo método discipulador. Considerando que dos três, só um permaneça, quando este se converter, se batizar, e fizer o mesmo (trouxer mais um), o número vai para quinze. Sendo assim, precisamos em quatro meses (um de oração e três após o peniel), batizar cinco pessoas, para que elas em oito meses participando do grupo familiar, façam a escola de líderes (quatro apostilas), e em seguida o pastor faça a multiplicação, enviando-as para orarem por três, atingindo, assim, o nosso propósito de multiplicação uma vez por ano.



Este alvo é perfeitamente alcançável! Para isso, o líder deve apresentá-lo para todo o grupo familiar em seu início, mostrando sua praticidade e simplicidade.

Como é feita a multiplicação?



Esses cinco crentes que iniciaram o grupo familiar, formam um núcleo, no qual há um Líder Titular e um Líder em treinamento (auxiliar). Na multiplicação, o Líder titular, mais experiente, sai com a metade dos membros para formar outro grupo familiar, enquanto o Líder que estava em treinamento fica com a outra metade, na casa em que já está funcionando. A distribuição dos membros deve ser feita pelo líder com o auxílio do coordenador.

Formas de multiplicação

1. A multiplicação normal

Quando acontece da maneira citada acima.



2. A multiplicação por tempo decorrido

Um grupo familiar não deve demorar mais do que um ano para se multiplicar. Passado esse tempo, se a multiplicação não aconteceu, é necessário multiplicá-lo assim mesmo, ainda que não tenha atingido o número de quinze pessoas (dez batizados e cinco visitantes). Caso contrário, ele morrerá ou ficará improdutivo. Para isso, o Coordenador deverá solicitar ao Pastor que envie mais membros batizados para completar os dez.



3. A multiplicação em mais de dois grupos familiares

Esta situação ocorre quando um grupo familiar cresce de maneira explosiva. Dos três convidados de cada, ou mais, se converteram dois ou mais, ou seja, no final do ano estava com quinze batizados ou mais. Para isso, é preciso que o núcleo também seja desenvolvido, através do treinamento de outros líderes.









Considerações para se fazer a multiplicação.

1. Relacionamentos

Na distribuição das pessoas entre os dois novos grupos familiares, o primeiro critério a ser observado são os relacionamentos e vínculos pessoais: O novo convertido fica ou vai com aquele que o ganhou. Se pertencerem à mesma família, também é bom que fiquem ou vão juntos.

2. Localização geográfica

Esse deve ser o segundo critério a ser seguido. As pessoas que moram mais perto da casa do anfitrião, devem ficar no grupo que se reúne ali. O processo da multiplicação deve ser o mais suave possível.



3. Faixa etária

Quando participamos de um grupo que tem as mesmas características, nos sentimos muito mais à vontade para compartilhar. Os grupos familiares podem ser multiplicados por faixa etária ou por sexo. Nesse caso, a localização geográfica já não é importante. Podemos também lançar mão da maturidade espiritual dos irmãos.



Quando a multiplicação não é feita no tempo certo

A multiplicação é uma necessidade. Quando o grupo familiar atinge o número de quinze pessoas, ele deve multiplicar. Se assim não o fizer, algumas conseqüências virão:

1. A reunião já não é produtiva

Como foi dito, depois que o número de pessoas ultrapassa o limite de quinze, o grupo familiar desvirtua-se e torna-se apenas um culto doméstico. As pessoas já não têm liberdade para testemunhar, e o ambiente passa a ser impessoal.

2. Os membros tornam-se turistas

Quando o grupo familiar fica demasiadamente grande, começam a ocorrer uma rotatividade entre os membros. O raciocínio é simples: quando havia dez pessoas e um casal faltava, o percentual era de 20%. Mas com um grupo familiar maior essa falta tem um impacto menor, e a tendência é se degenerar.

3. A intimidade diminui

Num grupo muito grande, as pessoas perdem a liberdade para compartilhar necessidades, e o líder não tem como fazer um apascentamento efetivo.

4. O anfitrião fica desanimado

Um grupo gigante pode ser um tremendo problema para o anfitrião, e ele pode acabar fechando sua casa para a reunião. Imagine ter 20, 30 ou 40 pessoas em sua casa toda semana? O lanche vira uma festa; a casa, uma bagunça e os principais objetivos não são atingidos.

5. O grupo familiar pode morrer

Se um grupo familiar chega a ponto de multiplicação, e ela não é feita, ele pode vir a morrer. Isso acontece muito. Por todos os motivos já mencionados o grupo pode vir a se desintegrar.

A festa da multiplicação

É o dia marcado para a multiplicação de um grupo familiar. Não pode ser uma ocasião triste de separação, mas, sim, a celebração de uma vitória alcançada, e de um alvo atingido. O líder precisa fazer com que seja uma data significativa. É tempo de comemorar, ouvir testemunhos, desejar sucesso uns aos outros e receber a bênção do Pastor.

A festa da colheita

Na medida do possível, todos os grupos familiares devem se multiplicar numa mesma época do ano. Quando isso acontece, fazemos uma grande celebração em agradecimento a Deus pela grande colheita. Todos os líderes devem participar dessa festa.



CAPÍTULO 10

AS PESSOAS DE UM GRUPO FAMILIAR

Dentro da estrutura de grupo familiar existem algumas pessoas fundamentais. Elas desempenham funções básicas e imprescindíveis para o funcionamento dele.



O líder

É alguém que se converteu, foi ao retiro espiritual (Peniel), batizou-se, estudou o manual de grupos familiares, fez o Curso de Maturidade no Espírito, discipulou alguém, fez o Curso de Formação de Líder, tornou-se Líder em treinamento no grupo familiar durante algum tempo, e agora, depois da multiplicação, tornou-se Líder, sendo enviado pelo Pastor para ter o seu próprio grupo.

O líder é a figura-chave dentro dessa estrutura. Ele não precisa ter um alto nível cultural ou intelectual e tampouco ser um grande conhecedor das Escrituras. Não precisa saber responder a todas as perguntas sobre a Bíblia, nem ter uma retórica impecável. Todavia, deve apresentar as seguintes características: ser cheio do Espírito Santo, submisso, ensinável, transparente, tratável e buscar sempre o conhecimento da Palavra de Deus.



1. Ser cheio do Espírito

O que se espera de um líder, em primeiro lugar, é que ele seja cheio do Espírito Santo. Isso vai gerar vida no grupo familiar e fazer frutificar seu trabalho. É preciso uma vida de oração e íntimidade com Deus e com a Sua Palavra. As pessoas vão à reunião esperando receber vida de Deus, e o líder cheio do Espírito vai manifestar alegria, intensidade, profundidade e amor.

2. Ser submisso

Quem não aprender a se submeter ao seu Líder, também não pode liderar. Não podemos tolerar pessoas arrogantes, soberbas e facciosas na liderança. Tais pessoas acabam por esfacelar o Corpo de Cristo. Precisamos ser cuidadosos neste ponto.

3. Ser apto ao aprendizado

Deve estar disposto a aprender, disposto a ser corrigido. Precisa ser submisso à Palavra de Deus, tendo a capacidade de ouvi-lo. Não é alguém perfeito ou infalível, mas alguém que tem desejo de crescer e está crescendo. Deve estar interessado e disposto para ser treinado. Ser aprendiz é a principal de todas estas características, pois, com base nisso, pode adquirir ou aprender as demais qualidades.

4. Ser transparente.

O líder, como homem de Deus, deve andar na luz e não ocultar coisa alguma de seu caráter. Isso é o que o torna alguém confiável. Ele não dissimula coisa alguma e os seus problemas podem ser percebidos e, conseqüentemente, corrigidos.

5. Ser tratável.

Se na sua transparência percebemos algo errado, ele deve ser suficientemente aberto para ser tratado e corrigido. Um líder não pode ser melindroso e deve estar disposto a ouvir o que precisa e não somente o que lhe é agradável. Sem essas características básicas, uma pessoa não deve ser constituída como líder de grupo familiar.



O Líder em treinamento

É alguém que se converteu, foi ao retiro espiritual (Peniel), batizou-se, estudou o manual de grupos familiares, concluiu ou está cursando a maturidade no espírito e o curso de formação de líderes (CFL), discipulou alguém, e que agora está sendo treinado de forma prática, pelo líder de grupo familiar para se tornar líder após a multiplicação.

Todos os aspectos de caráter que se aplica a um líder devem ser observados na vida de quem está em treinamento. Todo trabalho do titular deve ser em conjunto com o líder em treinamento, pois essa é uma forma prática de treiná-lo.

Quando se faz a multiplicação, para que o novo grupo familiar seja concebido com saúde, deve ter a mesma característica do grupo de origem, e esta é carregada pelo líder em treinamento, a fim de que o novo mantenha a visão e o propósito da multiplicação. Os líderes não são mestres ou professores, mas servos e facilitadores, que conduzem os grupos familiares de tal forma que cada membro possa funcionar de acordo com o seu dom.



O Anfitrião

É aquele que recebe os irmãos em sua casa com disposição e amor, para o bom funcionamento do grupo familiar, que pode ser por tempo determinado ou não. O anfitrião pode receber um grupo familiar de adulto e outro de criança simultaneamente na mesma casa.

O grupo familiar pode funcionar perfeitamente, onde apenas um dos cônjuges é convertido, uma vez que o outro não oponha.

O anfitrião tem duas funções básicas: receber bem os irmãos e se envolver na vida do grupo, sendo, assim, uma peça-chave na multiplicação, pois, se os irmãos não se sentirem à vontade, esse não prosperará. Para isso, ele precisa no mínimo conhecer o manual de grupos familiares.

Se o anfitrião tem algo a reclamar sobre o comportamento dos irmãos, deve fazer ao líder, à parte, e nunca na frente dos demais membros. Quando o próprio líder for o anfitrião, o líder em treinamento deve desempenhar esse papel.



O coordenador

É um líder que multiplicou várias vezes seus grupos familiares. Ele coordena uma quantidade X de grupos familiares, de acordo com sua capacidade e disponibilidade de tempo. A princípio, ele pode coordenar enquanto ainda lidera seu próprio grupo familiar. Sua principal função: coordenar os grupos familiares e zelar pela visão, para que não se degenere.

CAPÍTULO 11

DEFININDO AS FUNÇÕES

Precisamos estabelecer uma cadeia de autoridade, para que se definam as funções. Podemos usar o modelo de Jétro. Veja modelo a seguir:

Líderes de grupo familiar

1. O líder de grupo familiar

Pré-requisitos

1- Aliança com o propósito da igreja e com a sua liderança;

2- Vida santa, irrepreensível e consagrada ao Senhor (coração aprendiz, transparência e submissão);

3- Prática diária de oração e leitura bíblica.



Objetivos

O líder deve ter como objetivo principal no grupo familiar a edificação dos irmãos, levando cada membro do grupo familiar a funcionar no Corpo, providenciando para que seja suprido em amor, disciplina, alimento e proteção. Deve levar o grupo familiar à multiplicação, no mínimo, uma vez ao ano. Deve trabalhar sempre com muita alegria, diligência e motivação, lembrando que, no Senhor, o nosso trabalho não é em vão.

Responsabilidades no grupo familiar

1. Estar na reunião do grupo familiar sempre com disposição e alegria.

2. Planejar junto com seus auxiliares a reunião principal.

3. Coordenar o compartilhamento da palavra com a participação de todos os membros do grupo familiar.

4. Resolver todos os problemas de discórdia durante a reunião.

5. Proporcionar vínculos de comunhão no grupo familiar.

6. Entrar em contato com os membros que faltaram à reunião o mais rápido possível.

7. Fazer o apascentamento dos membros, semanalmente.

8. Visitar os membros e aqueles que visitarem o grupo familiar.

9. Resolver e comunicar imediatamente ao coordenador todos os casos de pecado dentro do grupo familiar.

10. Planejar e realizar reuniões extras.

11. Monitorar a assistência social aos carentes.

12. Repassar todos os avisos da semana.

13. Participar do projeto de oração e de reuniões previamente marcadas.

14. Participar da reunião com o coordenador e entregar o relatório semanalmente.

15. Planejar junto com o coordenador, a multiplicação do grupo familiar.

pastor

Coordenador

coordenador

coordenador

16. Valorizar cada momento da reunião do grupo familiar.

17. Responder amorosa e imediatamente a uma necessidade surgida.

18. Lidar com pessoas problemáticas, individualmente, fora do contexto do grupo familiar.

19. Manter um ambiente calmo e descontraído no grupo familiar.

20. Consolidar os novos convertidos.



Responsabilidades na igreja

1. Estar sempre presente nas celebrações da igreja.

2. Ter compromisso de oração e ministração nas celebrações da igreja.

3. Ser modelo de intensidade nas orações, no louvor e na adoração nas celebrações.

4. Auxiliar na ministração dos apelos.

5. Ser exemplo nos dízimos e ofertas.

6. Anotar e repassar para os grupos familiares todos os avisos da igreja.



Autoridade

No grupo familiar, o líder tem autoridade máxima para resolver questões relativas ao grupo, desde que não ultrapasse os níveis do coordenador e do pastor.



Submissão

O líder está diretamente submisso ao seu coordenador, a quem deve sempre prestar relatórios de suas responsabilidades.

Tipos equivocados de liderança.

Existem atitudes na vida de um líder que bloqueiam o fluir de Deus no grupo familiar e sua conseqüente multiplicação. São atitudes contrárias à metodologia de trabalho.

1. O monopolizador. Ele é o pregador e não permite que os membros se expressem nas reuniões. Ele faz tudo no grupo familiar, não distribui funções e impede, com essa atitude, o grupo familiar de funcionar como um corpo. Normalmente, são líderes bem intencionados. Eles presumem que os membros mais novos ou novos convertidos são incapazes de assumir responsabilidades; por isso, fazem tudo por todos.



2. O nominal - Essa situação é comum quando o verdadeiro líder é a esposa do líder (ou o contrário), apesar de ele ter sido oficialmente constituído na liderança. Também acontece quando o líder não compreendeu bem a visão e pensa que o seu trabalho é apenas dirigir a reunião. Assim, ele não toma nenhuma iniciativa e nem conduz o grupo com firmeza em direção à multiplicação.



3. O deprimido - É o líder que vive em crise. O seu lema é: Minha capacidade e não a unção de Deus que move o grupo. Como se sente incapaz, ele logo conclui que seu grupo familiar não multiplicará. Ele é muito voltado para si mesmo e vive de baixo de auto-acusação, por sempre se comparar com outros.



4. O ansioso - A pressão pela multiplicação, em vez de produzir motivação nele, tem produzido angústia. Ele se torna melancólico e inseguro. O medo está na base dessa situação de ansiedade. É preciso que ele se sinta seguro de que o alvo é alcançável e que, no Senhor, tudo é possível.



5. O superstar - Alguns líderes possuem a noção equivocada de que eles são a razão da unção, do crescimento e do êxito. Desenvolvem a postura de independência e de busca de reconhecimento para si mesmos. Seu lema é: Sem mim, este grupo não é nada.



6. O rebelde e o dependente - Existem dois tipos de líderes que não são úteis na visão de grupos familiares: o que não faz o que se manda e aquele que só faz o que se manda. O primeiro tipo é rebelde; o segundo, dependente: não tem ousadia, nem criatividade – depende do coordenador para as mínimas coisas.



O líder de grupo familiar ideal

O líder de grupo familiar ideal age como um maestro. Ele faz o funcionar em harmonia em todos os seus aspectos. É um facilitador e não um manipulador. Seu alvo são todos os membros funcionando. Ele trabalha para o reino e tributa toda glória ao Senhor. Seu lema é: Eu sou instrumento de Deus para edificação do seu povo.



O líder em treinamento

Objetivos - Juntamente com o líder, deve haver como objetivo principal no grupo familiar, a edificação dos irmãos e a multiplicação do grupo familiar, no mínimo uma vez ao ano.

Responsabilidades

1. Participar do planejamento de todos os eventos do grupo familiar, junto com o líder.

2. Facilitar e proporcionar os vínculos de comunhão no grupo familiar.

3. Fazer o apascentamento dos membros durante a semana.

4. Organizar uma escala de visitas entre os membros.

5. Monitorar a assistência social no grupo familiar.

6. Participar do projeto de oração e de reuniões previamente marcadas, assim como manter uma vida constante de oração, jejum, leitura da Palavra e santidade.

7. Fazer a consolidação de novos convertidos.

8. Participar, quando solicitado pelo líder, da reunião de discipulado.

9. Planejar a multiplicação do grupo familiar, junto com o líder.

10. Motivar o surgimento de novos líderes.



Autoridade

No grupo familiar, está submisso à autoridade do seu líder, ao qual deverá consultar sobre suas ações; e, debaixo das orientações do líder, poderá assumir outros níveis de liderança dentro do grupo.

Submissão

Está diretamente submisso ao líder, a quem deve sempre prestar relatório pessoal e de suas responsabilidades no grupo familiar.





O Anfitrião

Objetivos - O propósito básico da função do anfitrião de grupo familiar é produzir um ambiente físico propício para o fluir de Deus, ser agradável e hospitaleiro para com os irmãos.

Responsabilidades

1. Estar sempre presente à reunião, resguardar-se das possíveis eventualidades no grupo familiar.

2. Participar do projeto de oração e de reunião previamente marcadas.

3. Receber bem os membros do grupo familiar, com alegria e sem formalidades.

4. Preparar o ambiente com oração, desligar televisão e organizar os assentos.

5. Participar ativamente do grupo familiar.

6. Comunicar ao líder qualquer irregularidade que ocorrer na reunião

7. Auxiliar e motivar junto com o líder o surgimento de novos anfitriões.

Autoridade

Tem autoridade no grupo familiar para organizar e preparar o ambiente como achar melhor, porém sempre checando com o líder se está satisfatório.

Submissão

O anfitrião está diretamente submisso ao líder a quem deve sempre prestar relatório pessoal e de suas atividades no grupo.



Tipos equivocados de hospitalidade.

1. Indiferente - Há anfitriões que julgam fazer um grande favor em ceder suas casas para um grupo familiar e, por isso, não participam da reunião, não recebem as pessoas calorosamente, não se envolvem com a reunião e muito menos com os membros do grupo familiar. Eles não são anfitriões apenas cedem a casa.

2. Falante. - Por ser muito falante, não dá oportunidade para o líder e nem para os membros do grupo familiar falarem; tende a monopolizar todas as atenções e comumente fala o que não deve, tornando-se inconveniente.

3. Constrangedor. - É o tipo que não dá liberdade para o uso da casa. Restringe áreas essenciais e mostra descontentamento com incidentes durante as reuniões. O seu lema é:Cedi a minha casa, mas as minhas coisas não estão à disposição do grupo familiar.

4. Mal – humorado - Não basta ceder a casa para o grupo familiar. É preciso que seja hospitaleiro, receba bem as pessoas, tenha sempre um sorriso nos lábios. Se as pessoas sentem que estão incomodando, elas não retornarão.

5. Controlador. - Ele quer determinar todas as regras e definir tudo no grupo familiar porque é o dono da casa. Esse tipo de hospitalidade impede a multiplicação do grupo.

O anfitrião de grupo familiar ideal. È aquele que é gentil no acolhimento das pessoas, espontâneo nos relacionamentos, educado para dar orientações quanto ao uso da casa, paciente para tratar com incidentes e que participa ativa e intensamente da reunião do grupo familiar. Seu lema é: O grupo familiar é minha família.

O coordenador.

Pré-requisitos

- Ter aliança com a visão da igreja e com sua liderança

- Ter vida santa, irrepreensível e consagrada ao Senhor, expressando um coração aprendiz, transparência e submissão.

- Ter uma prática diária de oração e leitura bíblica.

- Ter frutificado na função de líder de grupos familiares, multiplicando-os várias vezes.

Objetivos

Coordenar o grupo familiar, apascentar e discípular os líderes e levar todos os grupos familiares debaixo da sua coordenação a se multiplicarem, no mínimo uma vez ao ano.



Responsabilidades

1. Reunir-se semanalmente e individualmente com os líderes de grupo familiar, para apascentamento, discipulado e coordenação dos grupos familiares.

2. Coordenar a assistência aos carentes dos grupos, não permitindo uma única pessoa com necessidades básicas não supridas em nosso meio.

3. Participar das reuniões previamente marcadas pela igreja.

4. Gerar novos coordenadores entre seus líderes de grupo familiar.

5. Entregar mensalmente a ficha de coordenação de grupo familiar, participar do grupo de discipulado do pastor.

6. Verificar se está havendo consolidação dos novos convertidos.

7. Observar se o grupo familiar tem crescido em comunhão.

8. Checar se o ensino tem sido ministrado, quando esse for previamente determinado.

9. Reunir-se semanalmente com o pastor para ser apascentado.

10. Acompanhar o crescimento de cada grupo familiar debaixo de sua coordenação.

11. Verificar se cada grupo familiar possui um líder em treinamento.

12. Acompanhar de perto a freqüência de cada grupo.

13. Atualizar mensalmente a listagem dos grupos familiares.

14. Verificar se estão acontecendo as visitas e os eventos ponte.

15. Estabelecer escala de visitação semanal e visitar os grupos familiares mensalmente.



Autoridade

O coordenador tem autoridade plena para resolver todas as questões relativas aos grupos familiares que estão sob sua responsabilidade, dentro dos limites de orientação do seu pastor.

Submissão

O coordenador está diretamente submisso ao pastor, a quem deve sempre prestar contas através de relatórios e de quem deve receber direção para o trabalho.



C A P Í T U L O 1 2

O DISCIPULADO E A COORDENAÇÃO

Todo organismo é organizado, mas nem tudo que é organizado é um organismo. Ás vezes, é apenas uma organização. Quando falamos de coordenação e relatórios, podemos incorrer no extremo de nos tornar uma mera organização humana.

Por outro lado, não podemos pensar que um organismo seja desorganizado. A organização humana é inteiramente diferente da organização feita por Deus. Vamos tomar a natureza como exemplo.

Quando olhamos uma floresta tendemos a pensar que aquilo tudo é uma grande bagunça. É um tremendo engano. Existe uma ordem sutil, uma hierarquia finamente estabelecida e um equilíbrio maravilhoso. Cada animal, cada planta, cada elemento, estão todos organizados e perfeitamente integrados dentro de um todo que é vivo e altamente organizado.

O poder do Espírito Santo. Nada vai funcionar sem o óleo do Espírito. Muitos pensam que não precisam orar por uma festa, um dia de lazer ou uma comunhão do grupo. Sem oração e sem a presença de Deus, tudo é insípido; até mesmo a atividade mais estimulante. Que a dependência de Deus seja base de nossos grupos familiares.

Precisamos praticar essa organização divina. Creio que a igreja deve ser assim. Nossa organização precisa ser clara, as funções devidamente definidas e o propósito claramente estabelecido, mas com bastante espaço para o agir de Deus. A organização que vem de Deus é algo vivo, é um organismo.







Temos que ser um organismo organizado.

A organização, quando apropriada, nos ajuda a crescer e a frutificar mais. Vamos tomar a lavoura como exemplo. A lavoura é uma organização humana tirando o máximo do potencial da vida.

Muitos dizem que a igreja deve crescer espontaneamente, sem a cooperação do homem. Isso não é totalmente correto. A Bíblia não diz que a igreja é apenas uma planta, ela diz que a igreja é uma lavoura. O quanto a lavoura vai produzir não depende só de Deus, mas do empenho e da técnica do agricultor. Essa cooperação humana é maravilhosa e divina. É Deus quem gera a vida, mas o quanto vamos colher depende de nós. E o quanto colhemos depende de técnica, planejamento, estratégia, trabalho ou seja, de uma organização.

O quanto uma igreja vai alcançar, o quanto um grupo familiar poderá se multiplicar depende da organização, da estrutura e da liderança que houver ali.



O relatório

O líder de deve preencher semanalmente uma ficha de acompanhamento, na qual descreverá o andamento do grupo. Essa ficha contém dados que sinalizam quando há qualquer problema, o que permite ao coordenador corrigi-lo imediatamente.



A ficha de acompanhamento deve conter os seguintes dados:

1-O número de membros do grupo familiar

2- O número de membros presentes na reunião.

3- A freqüência de visitantes.

4- Quantas visitas cada membro do núcleo fez.

5- Se o líder tem vindo às reuniões com o coordenador.

6- Se tem havido comunhão.

7- Se há novos convertidos.

8- Se tem havido eventos de evangelismo (evento-ponte)

9- O relato de qualquer situação fora do habitual.

Os dados do relatório demonstram para o coordenador se há problemas no grupo familiar. Tais relatórios devem ser feitos de forma espontânea e sem formalidades ou burocracias. As fichas devem servir mais como roteiro de conversa do que documentos a serem arquivados.



O discipulado

Cada líder deve se reunir semanalmente com seu coordenador. É uma reunião de pastoreamento do líder, que visa orientá-lo, motivá-lo e assisti-lo em qualquer dificuldade. A reunião deve enfocar os aspectos positivos e as bênçãos que tem acontecido no grupo familiar. Normalmente, os problemas serão tratados de maneira individual. Não nos reunimos só para tratar de problemas. Isso seria completamente desestimulante. É nessa reunião que os líderes devem entregar seus relatórios semanais. Cada coordenador, por sua vez, deve se reunir semanalmente com o pastor, que visa orientá-lo, motivá-lo e assisti-lo em qualquer dificuldade. Nessa reunião serão checados os objetivos do método, isto é, se os alvos estão sendo atingidos em cada grupo familiar.



O coordenador deve entregar mensalmente um relatório de cada grupo que coordena ao pastor da igreja. Esse relatório é baseado tanto nas fichas semanais entregues pelos líderes que lhe são submissos, quanto nas visitas que porventura tiver feito aos grupos, durante o mês.



Todo líder é acompanhado por um coordenador. Ninguém lidera se não estiver debaixo de liderança. O coordenador desenvolve com o líder de grupo familiar um relacionamento de pai e filho. Nesse aspecto, o coordenador tem uma responsabilidade maior que a do líder de um grupo familiar, pois vai cuidar de vários lideres, de acordo com a sua capacidade e disponibilidade.

Como foi visto, no grupo familiar temos as ovelhas; no grupo de líderes, os discípulos. A seguir, mostramos algumas diferenças entre o tratamento dispensado a cada um desses grupos:

1- Conduzimos as ovelhas pela mão, ensinando-as a galgar os degraus do crescimento. Ouvimos suas queixas e reclamações, atendemos suas necessidades, curamos suas feridas, não lhes fazemos grandes exigências nem lhes atribuímos grandes encargos.

2- Com o líder é diferente, pois ele já está amadurecido. Ele transpõe os degraus do crescimento com maturidade. Aponta o caminho, e segue sozinho.

3- A ovelha não lidera; ainda precisa de colo, e nós lhe damos.

4- Aos líderes delegamos responsabilidades.

Dessa maneira, o papel de coordenador é fundamental nessa estrutura, porque o líder bem acompanhado cuidará bem de seu grupo e gerará ovelhas sadias, que logo virão a ser líderes também.

A coordenação

1. Cada coordenador deve usar o formato do "VOS"

V: Ver. Visite os grupos familiares constantemente para ver como estão se desenvolvendo para ao invés de resolver problemas, evitar que eles surjam. Repita sempre aos líderes o propósito da igreja, que é a multiplicação.

O: Ouvir. Gaste o tempo necessário para ouvir os seus líderes e tomar conhecimento sobre o que está acontecendo nos grupos familiares, tanto em relação às notícias boas, quanto ás dificuldades.

S: Servir. Sirva aos seus líderes em qualquer circunstância, procurando suprir, de imediato, as necessidades apresentadas.



Tanto o pastor da igreja quanto o coordenador

precisam aprender a praticar o método de Jesus:

a. Faça.

b. Delegue.

c. Deixe que os outros façam enquanto você os guia.

2. O líder em treinamento é discipulado pelo líder do grupo familiar



Eis o padrão do treinamento:

1. O líder em treinamento observa o que você está fazendo.

2. Verbalize o que fez e explique a ele porque razão o fez.

3. Observe o líder em treinamento fazer aquilo que você já fez.

4. Encoraje-o e mencione os pontos fortes e fracos que observou na atuação dele.

5. Providencie atividades que o ajudem a se fortalecer nas áreas em que há fraqueza.

6. Entregue ao líder em treinamento a responsabilidade por uma determinada tarefa.

7. Deixe essa tarefa na mão dele, empregando a estratégia da “responsabilidade vigiada”.

8. Após a multiplicação, observe cuidadosamente a maneira como o seu ex-líder em treinamento discípula agora o líder em treinamento dele.

9. Continue sendo amigo próximo do seu ex-líder em treinamento, tratando de igual para igual.

Ensine o líder em treinamento a conduzir as

reuniões do grupo familiar.

1. Antes de cada reunião, conte para ele o que você pretende fazer, explicando o porquê.

2. Depois da reunião, troquem idéias sobre o que aprenderam por meio daquilo que aconteceu. Aí, elaborem juntos o plano da próxima reunião.

3. Troquem idéias sobre problemas que tiverem surgido. Por exemplo: alguém que travou a reunião por falar demais. Seja onde for ministrar, leve junto seu líder em treinamento.

4. Quando julgar que o líder em treinamento está pronto, deixe-o conduzir as reuniões.

5. Avalie os aspectos fortes e fracos da maneira com que ele conduziu a reunião.

6. Durante o último mês, antes da multiplicação, deixe o líder em treinamento dirigir todas as reuniões do grupo familiar. Dessa maneira, quando metade for embora sob a liderança dele, esses membros estarão sentindo plena confiança em seu novo líder.

7. Quando for oportuno, deixe que o líder em treinamento assista enquanto você aconselha alguém. Depois, explique o porquê de cada coisa que você fez.

8. Quando fizer visitas ou procurar fazer novos contatos, leve junto seu líder em treinamento.

9. Deixe que ele o observe ganhando pessoas para Cristo.

C A P I TU LO 1 3

A REUNIÃO DO GRUPO FAMILIAR - A DESCONTRACÃO

Numa reunião normal de grupo familiar pelo menos seis momentos devem acontecer:

1. Envolvimento ou descontração.

2. Louvor e adoração.

3. Ensino da palavra.

4. Compartilhamento da palavra.

5. Oração pelas necessidades.

6. Comunhão.

Qual é a razão para ser bem sucedido? É Deus fluindo entre nós, nas pessoas do Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo. O que faz um grupo familiar ser bem-sucedido é a unção poderosa do Senhor. É a unção que permite uma comunhão genuína e gratificante. É a unção que libera a palavra. É a unção que faz fluírem os dons, milagres e o poder de Deus.

Uma reunião bem-sucedida, cheia do poder e da presença de Deus, é resultado da unidade de propósito de todos. A principal característica do grupo familiar é a espontaneidade e a liberdade para a atuação do Espírito Santo. É preciso seguir o mover do Espírito. Numa reunião, o Espírito pode mover para o quebrantamento, em outra para a adoração profunda, em outras para a comunhão. Cada líder deve procurar perceber em qual direção o Espírito está soprando.

Tudo o que Deus faz é pela palavra e pelo Espírito. Da união da palavra com o Espírito, a vida é gerada. Cada grupo familiar precisa, basicamente, destes dois ingredientes: unção do Espírito e revelação da palavra. Tendo esses dois ingredientes, o resultado será a vida, Deus fluindo no grupo familiar. Essa vida se manifestará na forma de comunhão.



ALGUNS LEMBRETES PARA A REUNIÃO DO GRUPO FAMILIAR

1- Coloque as cadeiras em forma de círculo.

2- Apresente os visitantes.

3- Use uma forma de descontração.

4- Testemunhe alguns motivos de louvor.

5- Ministre a palavra para aquela reunião.

6- Facilite a conversa no compartilhamento.

7- Compartilhe "o propósito do grupo".

8- Ore pelas pessoas necessitadas.

9- Faça um apelo para a salvação.

10- Termine com um lanche

A Descontração

A primeira parte da reunião do grupo familiar é a descontração. A descontração é de suma importância, principalmente quando o grupo familiar é novo e as pessoas ainda não se conhecem bem. O seu objetivo é produzir um ambiente informal.

As perguntas de apresentação, devem ser feitas a todos, iniciando pelos membros do núcleo. Por exemplo: Onde você passou sua infância? O que você sonhava em ser quando criança? Quantos irmãos você tem? Onde você mora? O que você faz? Quem é a pessoa mais próxima de você? Quando foi que Deus se tornou mais que uma palavra para você? Nenhuma das perguntas expõe a intimidade da pessoa. É importante que todos respondam a uma mesma pergunta, antes de ir à próxima.

A descontração deve ser apropriada para o grupo familiar, a fim de que as pessoas não se sintam desconfortáveis, para elas não se afastarem. Existem alguns métodos que são mais apropriados para o inicio de um grupo. Por exemplo: Qual foi a coisa mais importante que aconteceu com você nesta semana?

Lembre-se sempre de que a descontração não é um jogo; é uma atividade que ajuda a pessoa a tirar a atenção de si mesma, para se sentir à vontade com os outros. Ela ajuda a concentrar a atenção de todo o grupo familiar numa única direção.

Não espere muito da descontração. A comunhão que ele produz é sempre superficial, mas nunca a despreze, ela não é um tempo jogado fora. Use-a em cada reunião!



CUIDADOS NO PERÍODO DE DESCONTRACÃO

1- Não prolongue-o por mais de dez minutos;

2- Cuidado para que não pareça triste ou melancólico;

3- Faça um rodízio, deixando um irmão responsável pela descontração de cada grupo familiar;

4- Permita sempre um testemunho novo no grupo familiar;

5- Seja positivo! Tenha uma palavra de fé!



CAPÍTULO 14

O LOUVOR E A ADORAÇÃO

É possível se realizar uma reunião de grupo familiar sem louvor, mas temos que evitar, pois fica muito “sem graça”. O normal é termos um bom tempo de louvor, principalmente no início de cada reunião. Por isso, no núcleo do grupo familiar, dentre os cinco primeiros participantes, deve haver um ministro de louvor ou alguém que toca violão ou teclado. Cada grupo familiar deve desenvolver um ambiente de adoração. Deus não apenas habita no meio dos louvores, mas também age poderosamente através dele.



1. O caminho do louvor em uma reunião

O louvor em uma reunião segue um padrão ou uma ordem específica: envolvimento, louvor e adoração. Sendo assim, o líder deve ter uma lista dos cânticos subdivididos por tópicos e por ordem alfabética. Essas divisões nos ajudam a escolher um cântico adequado para cada momento do louvor.

2. Diretrizes para o louvor no grupo familiar

O nosso objetivo é louvarmos e adorarmos a Deus. O fato de enfatizarmos alguns cânticos em determinados momentos é visando desobstruir o espírito das pessoas e gerar fé para se achegarem diante de Deus. Devemos evitar todas as distrações possíveis.

Inicie o período de louvor com músicas leves e conhecidas. Escolher um cântico que o povo não conhece pode prejudicar e muito a reunião. Use cânticos que testemunhem ou enfatizem com leveza e alegria o amor, a graça e a misericórdia de Deus.

Todavia, não tenha medo de cantar um cântico mais de uma vez, nem tenha receio de conduzir o grupo a um cântico espiritual. Não espere que algo extraordinário aconteça para ministrar um novo cântico ao Senhor.

Conforme Efésios 5.19, cânticos espirituais são a resposta interior espontânea de um adorador tocado pelo Espírito Santo. Isso é expresso numa oferta pura de amor com frescor e espontaneidade (SI 149.6; 96.1; 66.17; Ap 5.9).

3. Orientações para o dirigente de louvor.

Procure dirigir o louvor, e não apenas anunciar os cânticos que serão cantados.

Providencie uma folha escrita com os cânticos, em cada reunião. A secretaria da igreja pode fornecer as fotocópias. Se não há nenhum músico no grupo familiar, o louvor pode ser feito sem acompanhamento, desde que haja alguém com a voz forte e firme. Caso contrário é melhor usar um CD ou uma fita gravada e acompanhar a reprodução do cântico. Cante em voz alta, com confiança e firmeza, pois isto incentiva os outros a se unirem a ele. No começo da estrofe, antecipe-se uma fração de segundos, para dar segurança aos irmãos.

Mantenha o controle do louvor. Não se perca na sua própria adoração, ou você não estará liderando. Mantenha os olhos abertos e atentos ao ambiente, sem descuidar-se de manter uma receptividade espiritual interna.

Evite exortar o povo para ser mais expressivo. Lembre-se: as ovelhas devem ser dirigidas, nunca forçadas. Constrangendo-as, você estará somente reforçando a religiosidade, fazendo com que apenas respondam exteriormente. Temos que achar a chave para guiá-Ias a Deus, numa resposta que vem do íntimo.

Evite cânticos com ações que obriguem as pessoas a uma resposta externa, quando ainda não houver um ambiente no louvor. Precisamos de muita sensibilidade e sabedoria para sabermos quando usar cânticos com movimentos.

Considere sempre o tipo de reunião que você está dirigindo. É importante considerarmos as pessoas que estão participando da reunião: se é o grupo costumeiro, se há muitos visitantes, se é um evento-ponte, se é um aniversário etc. Em cada tipo de reunião temos de tomar uma direção adequada.

Não pregue sermões entre cada cântico, nem faça comentários sobre cada um deles. Ocasionalmente, isto é apropriado, especialmente quando as pessoas precisam ter suas atenções voltadas para o que estão cantando. Mas isto é mais exceção do que regra.

Não use um mesmo cântico em demasia. Se cantarmos um cântico, semana após semana, ele perderá o seu frescor e significado para o povo. Mais para frente, pode-se voltar para eles. Existem centenas de bons cânticos. Por isso, não há necessidade de cantarmos o mesmo em todas as reuniões. Não prolongue demasiadamente o louvor. Deus manifesta-se através do louvor, da Palavra e no compartilhar.

4. Aspectos que influenciam o louvor na reunião. Os caminhos de Deus são tão definidos quanto qualquer lei científica. Deve haver uma razão específica pela qual a reunião vai bem e também deve haver uma razão específica pela qual a reunião não flui. Vamos enumerar alguns princípios que afetam a sua reunião, tanto positiva quanto negativamente. Vejamos:

Oração

Se desejarmos uma reunião forte, com um louvor fluente, devemos antes orar.

Fé e dependência

Quando há fé suficiente para seguir a direção do Espírito e existe completa dependência, então haverá um ambiente adequado para Deus atuar.

Cânticos adequados

Este é um aspecto muito importante, pois, se escolhermos os cânticos a esmo, não teremos nenhuma ênfase na reunião; mas se os escolhermos adequadamente segundo a ênfase que o Espírito quer trazer, então, o nível do louvor terá influência.

Tempo com Deus

Se estamos dispostos a termos tempo diante de Deus, podemos esperar grandes manifestações da Sua presença.

Novo Líder

Quando há um novo líder no grupo familiar, a tendência é os irmãos se sentirem inseguros, porque ainda não estão acostumados com ele. E essa insegurança afetará o nível do louvor. Não fique muito preocupado com isso. Logo as pessoas se acostumarão e o louvor fluirá.

Localização

Faça com que as pessoas sentem-se próximas umas das outras, em círculo. Se as pessoas ficarem dispersas, o louvor não fluirá.





Desatenção

Se há muita desatenção no ambiente, é bom corrigirmos. Por exemplo: com oração, louvor, testemunho etc. Caso contrário, não conseguiremos levar o povo a lugar algum.



CAPÍTULO 15

A EDIFICAÇÃO NA PALAVRA

No momento do ensino da Palavra, o líder precisa ter clareza sobre a diferença entre uma escola e uma família. O grupo familiar é para ser família. O alvo não é fazer um treinamento, mas ministrar às vidas.

Cada líder receberá periodicamente, uma apostila com as palavras que devem ser ministradas no grupo familiar. A apostila deve ser lida na reunião; é um auxílio para ele. Além disso, o líder deve sempre fazer as anotações referentes à Palavra pregada no domingo, podendo compartilhá-la no grupo familiar.



O alvo da ministrarão é o ensino e a prática da Palavra de Deus. Quando compartilhamos a Palavra, queremos levar o grupo familiar à prática da verdade exposta. O líder deve cuidar para que muitos irmãos se revezem com ele, no compartilhamento da Palavra. Quanto mais irmãos falarem, mais forte o grupo familiar se tornará! Se um irmão novo convertido quiser pregar, o líder deve permitir que ele o faça, reservando, porém, um tempo, no final, para complementar algum ponto que não tenha sido falado por ele. A maneira como as pessoas se sentam no grupo familiar faz muita diferença na sua participação. O melhor modelo é sempre um círculo, com uma ou duas cadeiras vazias. Nunca organize o grupo familiar como se fosse uma congregação com os bancos enfileirados. No final da Palavra, o líder pode usar o momento para reler o texto bíblico sobre o qual foi pregado com todo o grupo. Além de facilitar a memorização e o aprendizado, esse método permite que a Palavra penetre em nosso ser e nos transforme.



Marcas de um bom ensino

1. Paixão - Quando apresentamos a verdade da Palavra, precisamos fazê-Io com paixão! Se a verdade não empolga nem a você que a ministra, não empolgará a mais ninguém! Se quisermos entediar as pessoas, não devemos usar a Palavra de Deus para isso. Todo líder precisa perseguir este alvo: cultivar um coração cheio de paixão pela Palavra! A ordem bíblica é clara: Sede fervorosos de espírito! (Rm 12.11).

2. Praticidade - O ensino não tem sentido se não tiver uma aplicação prática. Tenha idéias práticas do que as pessoas podem fazer durante a semana, para viverem o que foi ensinado. Não busque mudanças dramáticas nas pessoas todas as semanas, mas estimule passos simples e práticos.

3. Humor - Existem momentos em que o grupo familiar cairá na risada.

Isso é bom! Risos são um dos maiores indicadores de saúde em um grupo familiar. Quando as pessoas se amam e gostam de estar umas com as outras, elas riem bastante. A Palavra não tem de ser chata. Jesus foi desafiado a transformar pedras em pães, mas muitos têm transformado o pão (a Palavra) em pedra. Bom humor não significa contar piadas, mas fazer comparações interessantes ou contar histórias engraçadas, como exemplos práticos.

4. Testemunho pessoal - O ensino que não se aplica a mim não pode ser aplicável aos outros também. O bom ensino não é vago e abstrato. Relate algumas experiências pessoais, para mostrar a realidade do ensino da Palavra. Ser igual às pessoas é uma ótima maneira de gerar interesse. As pessoas sempre querem saber a respeito da nossa vida. Conte a elas aquilo que lhes possa ser edificante. Seja transparente e honesto, mas não ultrapasse os limites do bom senso e da discrição!

5. Envolvente - A Palavra tem estimulado a participação de todos no grupo familiar? Todos estão interessados? Uma maneira de manter as pessoas atentas e interessadas é fazendo perguntas a elas. Quando elas estiverem falando, você pode estar certo de que elas estarão interessadas. Uma outra maneira de manter o interesse é levar as pessoas a relatarem experiências pessoais a respeito do assunto. Quanto mais o grupo familiar for envolvido, mais as pessoas se interessarão!

6. Preparação anterior- Não chegue diante de seu grupo familiar sem um mínimo preparo anterior. Normalmente, o líder recebe, previamente, o material a ser ministrado. Prepare-se de antemão! Preparo produz confiança e segurança. Não tente saber tudo ou responder a todas as perguntas, mas tente saber o máximo que puder!

7. Ilustração - Jesus sempre empregou parábolas e analogias. Uma boa ilustração vale mais que mil palavras. Você não tem de ser original.

Conte ilustrações que você ouviu ou leu. Na medida do possível, não fale sem citar nenhuma ilustração. Ilustrações esclarecem, inspiram e motivam.

8. Inspiração e motivação - O objetivo básico do ensino é inspirar e motivar as pessoas. Por isso, seja positivo! A melhor maneira de motivar alguém é mostrando-lhe as vantagens e as recompensas de alguma coisa. Mostre sempre a recompensa e a vantagem de se obedecer a Palavra que você está ensinando! Pregar é inspirar e motivar as pessoas. Lembre-se que inspiração tem a ver com entusiasmo. Se você estiver entusiasmado com a Palavra, o grupo se motivará a praticá-la!

9. Focalizada numa idéia principal - Não seja uma metralhadora, atirando em todas as direções! Se alguém perguntar para você, antes da reunião, a respeito do que você irá falar, você precisa ser capaz de responder com uma única frase! Você não tem de falar muito e nem deve falar sobre muita coisa. Seja breve e específico!



CAPÍTULO 16

COMPARTILHANDO A PALAVRA

O período de compartilhamento é fundamental para a edificação dos membros. Nesse momento, o líder deve pedir a cada irmão que compartilhe aquilo que Deus falou com ele durante a ministração da Palavra ou algo que tem acontecido em sua vida naqueles dias.

O alvo é que cada um possa compartilhar o que ouviu de Deus, se está ou não praticando o que foi ministrado. Todos devem falar, ainda que por poucos minutos.



1. Diretrizes para compartilhar a Palavra

a. Não pressione ninguém a orar, falar ou compartilhar. Estimule as pessoas, mas não as pressione! Isso pode afastá-Ias.

b. Não deixe que os irmãos aproveitem a oportunidade para falar de assuntos irrelevantes. Cada um deve compartilhar somente o que Deus falou consigo, através da Palavra ministrada no dia ou sobre algo que ele está enfrentando em sua vida diária.

c. Estimule o compartilhamento de problemas e lutas pessoais com o grupo. Onde há honestidade, os vínculos são firmados. Tenha o bom senso de perceber o limite de detalhes das confidências compartilhadas.

d. Todo testemunho deve ser para edificar e motivar. Desestimule toda palavra negativa e pessimista!

e. Nunca permita discussões doutrinárias! O momento não é para debater doutrina, mas para relatar vivências pessoais.

f . Não deixe que uma pessoa monopolize esse tempo, falando excessivamente.

g. Não permita que um irmão exponha a falha de outro! Cada um deve falar somente dos seus próprios pecados, suas próprias lutas e fracassos.

h. Não tente ter todas as respostas! Uma vez que alguém faça uma pergunta, não se julgue na obrigação de dar uma resposta. Caso não saiba, diga que vai perguntar a um dos pastores e depois trará a resposta.

i. A regra geral para o líder é: Sempre esteja alegre e bem humorado nas reuniões! Isso quebra a tensão, relaxa o corpo e descansa o espírito. Todos se ressentem de líderes constantemente melancólicos.

j. Lembre-se sempre de deixar o Espírito dirigir a reunião. Deus pode usar alguém nesse momento de compartilhamento e dar uma virada na reunião. Seja sensível a isso!

2. A melhor forma é fazer perguntas

As pessoas estão mais interessadas no que elas têm a dizer do que no que elas têm a ouvir. Por isso, a melhor forma de estimular o compartilhamento no grupo familiar é fazer perguntas. No final de cada Palavra, escreva algumas perguntas para facilitar o compartilhamento.

a. Perguntas envolvem

Quando não há envolvimento, não há discipulado.

Quando não há envolvimento, não há mudança. Quando não há envolvimento, não há instrução e ensino. É impossível envolver pessoas sem fazer perguntas. O líder precisa trabalhar para que cada membro do grupo compartilhe algo significativo com os outros, a cada semana.

b. Perguntas edificam relacionamentos

O grupo familiar possui muitos objetivos, um deles é a edificação de relacionamentos e vínculos de amor. Boas perguntas ajudam os irmãos a se conhecerem e a aprofundarem os vínculos. Quando respondemos a perguntas, falamos de nós mesmos e nos damos a conhecer. Quando somos conhecidos e conhecemos os outros, os medos e constrangimentos desaparecem.

c. Perguntas revelam as necessidades

Os líderes precisam conhecer o nível espiritual de cada membro e quais suas necessidades mais urgentes. Essas informações são claramente fornecidas quando as pessoas respondem às perguntas. Elas revelam o grau de maturidade dos irmãos. Não é possível haver compartilhamento sem perguntas.

3. Elaborando boas perguntas

Todo líder precisa ser um especialista na arte de formular perguntas. Não podemos deixar nenhuma pessoa excluída do compartilhamento, e as perguntas são a melhor forma de envolvê-las.

a. Boas perguntas são amplas

Nunca faça uma pergunta cuja resposta seja simplesmente sim ou não. Uma boa pergunta deve estimular o compartilhamento e não bloqueá-lo.

b. Boas perguntas não inibem a resposta

Um líder resolve perguntar para alguém: Você crê na Bíblia, não crê?

Esta é uma pergunta repressora que já traz a resposta que esperamos que a pessoa nos dê.

c. Boas perguntas estimulam a honestidade

É melhor perguntar: O quê? Qual? Ou Como? Do que perguntar o Por quê? É melhor perguntar, por exemplo, Como você se sentiu? do que Por que você sentiu? Respostas aos porquês difíceis são quase sempre polêmicas. Mas, quando perguntamos: O quê? Qual? Ou Como? A resposta é quase sempre pessoal e prática; é um estímulo à honestidade.

d. Boas perguntas produzem novas perguntas

Perguntas amplas estimulam as opiniões e as experiências, além de favorecerem o pensamento e aprendizagem. Se depois de perguntar algo a alguém, o compartilhamento acaba, então a nossa pergunta não foi feliz.

4. A honestidade no grupo familiar

Um dos objetivos do compartilhamento é que as pessoas possam também abrir eventuais dificuldades pessoais e buscar ajuda no grupo familiar. Somos perdoados quando confessamos nossos pecados a Deus, mas também somos curados quando confessamos aos nossos irmãos.

Sua tarefa como líder é criar um ambiente no qual as pessoas possam ser honestas e possam encontrar ajuda para as suas dificuldades. Procure eliminar toda barreira à honestidade em seu grupo familiar. Veja como você pode estimular a honestidade.



a. Estimule um ambiente adequado

Os membros do grupo familiar estão mais interessados em discutir teologia do que se envolver com vidas carentes do amor de Deus? Estão mais interessadas na festividade do que nas pessoas? Crie, então, um ambiente que valorize as pessoas e suas necessidades.

b. Ensine as pessoas a serem sensíveis

Uma das maiores barreiras à honestidade surge quando pensamos que somos os únicos com problemas. Quando estamos numa batalha e ninguém se solidariza conosco, a tendência é nos sentirmos os piores e mais fracos da igreja. Sempre que alguém estiver em dificuldade, seja solidário com ele e compartilhe algo pessoal também.

5 . Não permita a presença dos “amigos de Jó”

Eventualmente, alguns irmãos bem intencionados são muito rápidos em oferecer diagnósticos. E assim, em vez de ajudar-nos, acusam-nos, dizendo: Você não tem orado o suficiente, O diabo está oprimindo você, etc. Tais comentários até podem ser verdadeiros, mas precisam ser expostos de forma a não produzir mais fardo e acusação.

Há pessoas que não expõem suas dificuldades financeiras, por temor de serem acusados de infidelidade nos dízimos e nas ofertas; outras carregam enfermidades sozinhas com receio de alguém afirmar que aquela doença é castigo de Deus, por algum pecado oculto e não-confessado. O que não falta em nosso meio são os "amigos de JÓ". Estão sempre prontos a dizer: "Se não houvesse pecado na sua vida, você não estaria assim".

6. Não permita inconfidências

Uma das maiores barreiras à honestidade é o medo das fofocas. Se as pessoas perceberem que algum membro do grupo não é confiável, elas jamais se abrirão ali honestamente.



CAPÍTULO 17

COMO COMEÇAR UM GRUPO FAMILIAR

Utilizamos cinco estratégias básicas para começarmos um grupo familiar: Oração de concordância, Evento-ponte, Peniel, Visitas de consolidação e Discipulado.

Para se iniciar um grupo familiar, o pastor da igreja local chama cinco membros batizados, que estudou as cinco apostilas da Escola de Líderes, que são: Maturidade no Espírito, Metodologia de Crescimento da Igreja, Curso de Formação de Líderes, e Manual de Discipulado, e envia para a casa de um deles, com a finalidade de orarem com jejuns trinta dias, cada um por três pessoas não evangélicas, e se reunirem uma vez por semana para compartilharem e orarem juntos. Depois de um mês, convidam as pessoas que receberam oração para um evento social denominado evento-ponte, no qual as convidam para no final de semana seguinte participarem de um retiro espiritual denominado Peniel. A partir daí, os cinco fazem as visitas consolidando suas presenças, e os instrui como aprenderam no Manual de Discipulado.



1. Oração de concordância

A oração de concordância é a primeira coisa a ser feita para se iniciar um grupo familiar. Os cinco primeiros membros enviados se comprometem a orar com jejuns trinta dias antes do início do grupo familiar, cada um por três pessoas não evangélicas. No final desse período, as pessoas que receberam oração serão convidadas para participar de um "evento-ponte" na casa onde será iniciado o grupo familiar.

2. Evento-ponte

Cada grupo familiar deve realizar um evento-ponte a cada mês. Esses eventos podem ser de muitos tipos: Um almoço, um jantar, um passeio, um piquenique ou uma festa. O mais comum é fazermos uma festa com comidas, brincadeiras, e um convite para participarem de um retiro espiritual denominado peniel, que será realizado no final da semana seguinte.

3 - Peniel (retiro espiritual)

Esse nome é dado ao retiro espiritual em consideração ao encontro que Jacó teve com Deus e deu esse nome, em que fica de sexta-feira à noite até domingo à tarde em uma chácara, ouvindo palestras, louvando a Deus, orando, e recebendo mais do poder do Espírito Santo. No início se faz com a igreja. Para que todos sejam renovados por Deus e conheçam o que vamos passar para os novos convertidos.



4. O Discipulado

Cada novo convertido do grupo deve receber um Discipulador para acompanhá-lo. É um irmão mais velho na fé que já participou do Peniel e está fazendo o curso de maturidade no espírito, que se responsabilizará por discípular alguém na vida do grupo familiar. Os objetivos principais são a proteção do novo convertido e o estabelecimento de amizades dentro do grupo, de preferência quem o convidou.



Como organizar um evento-ponte

a. Planejamento e preparação

Um evento-ponte é um evento de evangelismo. O mais comum é fazermos algum tipo de festa. Todo grupo familiar deve realizar um evento-ponte por mês. Nem sempre as pessoas se converterão nele, mas, certamente, um laço de amizade será formado para uma oportunidade futura.

O planejamento é a chave para o sucesso de um evento-ponte. Preparação é a chave para a implementação de um plano. Eventos-ponte não acontecem por acaso. Alguém deve fazer com que eles aconteçam! Alguém deve decidir que tipo de festa se fará, onde será e quando irá acontecer.

No planejamento do evento, o líder precisa pensar em coisas como:

- O que vestiremos? Sempre há a possibilidade de um convidado vir com roupa inadequada.

- O que comeremos? Uma festa sem comida é uma incoerência.

- Como os convidados se sentirão? Ou Quem irá recebê-los à porta? E ainda, Quem irá acolhê-los?

- O que fazer com as crianças? Ou se os convidados trouxerem seus filhos pequenos?

- Como reagir se o convidado pedir uma bebida alcoólica?

Nós precisamos planejar nosso trabalho e trabalhar nosso plano depois. Depois de planejar, precisamos, então, distribuir responsabilidades. É preciso decidir quem fará cada coisa. Mas lembre-se: distribua responsabilidades e faça as cobranças devidas no tempo certo! Não permita que ninguém deixe de fazer a sua parte!

b. As atividades

Defina se na festa haverá algum tipo de brincadeira, como jogos ou• dinâmicas. Escolha atividades que não exijam experiência. Quanto mais a atividade tirar o constrangimento das pessoas e puder fazê-las rir, melhor. Charadas e jogos de mímica são muito simples e divertidos. Nâo importa o que se faça no evento, o importante é que a festa não seja chata e maçante.

c. Crie afinidades

O alvo do evento-ponte é que as pessoas se sintam tão à vontade, que desejem vir a fazer parte do grupo familiar. Para isso, elas têm de ter afinidade, sentir que possuem algo em comum com os irmâos. As pessoas gostam de estar com quem elas sentem afinidade. Engenheiros gostam de estar com engenheiros, músicos com outros músicos, e assim por diante. Depois de algum tempo conversando, as pessoas perceberão que não somos tão diferentes como elas imaginam.

d. Converse com o convidado

A maneira de estabelecermos afinidade é através de conversas. Os membros do grupo não devem fazer rodinhas para conversarem entre si. O alvo é envolver e fazer amizades com os convidados. Se um convidado ficar sozinho, enquanto os crentes conversam entre si, ele se sentirá excluído e, provavelmente, nunca irá à igreja.

Normalmente, serão os membros do grupo familiar que terão de puxar conversa com o convidado. Use perguntas comuns que não tenham tom de interrogatório, tais como: Há quanto tempo você vive aqui? De onde você é? Você trabalha em quê? Você tem filhos? É casado? etc. Se o convidado tocar num assunto que você conhece, vá fundo nele, mas se ele tocar em algo que você desconhece completamente, faça disso sua arma para prolongar a conversa. Nada melhor do que fazer uma investigação sobre uma profissâo ou assunto dos quais você não sabe nada a respeito.

O melhor assunto para se conversar é aquele a respeito do qual não sabemos nada. É bom porque não temos de fazer nada, apenas ouvir o outro. As pessoas amam falar de si mesmas. Conversação é uma habilidade: para mostrar-se curioso, para fazer perguntas e, acima de tudo, para ouvir. Mas também envolve habilidade para contar histórias e para manter um clima de bom humor.

e. A hora da refeição

No momento da refeição, o ambiente já deverá estar mais livre e as pessoas provavelmente já estarão rindo e contando as suas histórias. Não podemos programar o riso, mas, numa festa em que não há risos, certamente há algo errado. Rir é estar transbordante com a vida!

f. Finalize com um testemunho

Tudo o que for feito deve ser permeado de oração e jejum. Todo o grupo familiar deve se envolver, orando pelas pessoas que serão convidadas. Teremos momentos de descontração e conversa, mas precisamos terminar com um testemunho. É melhor que ele seja antes dos comes-e-bebes. Que seja breve e focalizado nas necessidades das pessoas.

g. Consolide os convertidos

Podemos fazer apelo ou não em um evento-ponte, tudo depende do ambiente. Mas, uma vez que façamos o apelo, algumas pessoas poderão se decidir. Nesse caso, precisamos consolidá-Ias nos grupos familiares.

5. Visitas de consolidação

Um grupo familiar que não visita efetivamente, nunca se multiplicará. Os grupos familiares recebem, a cada semana, cartões com o nome de pessoas que se decidiram no domingo anterior e elas próprias também recebem visitantes cada semana. Cada um desses visitantes do culto de celebração ou da reunião do grupo devem ser visitados na semana seguinte.

A visita não deve ser feita apenas pelo líder, mas todos os membros do grupo familiar devem ser envolvidos.

Orientação para a visita de consolidação

a. Estabeleça um horário definido para fazer visitas

O melhor é termos em nossa agenda um tempo separado para fazê-las. Precisamos vigiar esse tempo porque o inimigo tentará impedir o nosso intento.

b. Esteja limpo e bem arrumado

Não deixe que a sua aparência impeça as pessoas de virem a Cristo. Esteja limpo e bem arrumado. A aparência é fundamental no evangelismo.

c. Saia em duplas

Jesus enviou os seus discípulos de dois em dois. Nunca vá fazer uma visita sozinho. Além de evitar a aparência do mal, quando saímos em duplas, um estimula o outro.

d. Deixe que apenas uma pessoa fale

É terrível quando duas pessoas tentam falar ao mesmo tempo. Deixe que apenas um fale e o outro deve concordar e interceder.

e. Saia em fé e cheio do Espírito

Tenha uma atitude positiva. Creia que o Espírito já está operando na vida do novo convertido. O Espírito Santo vai inspirar você nas palavras que você deve falar. Por isso, não visite sem antes colocar a pessoa diante de Deus, em oração.





f. Seja gentil

Não fique usando o tempo todo a linguagem religiosa. Cuidado para não dizer demais "glórias a Deus" e "aleluias". As pessoas se sentem intimidadas com isso. Seja sempre cortês e nunca discuta com as pessoas que estiver visitando.

g. Seja um bom ouvinte

As pessoas sempre querem compartilhar alguma luta ou dúvida. Ouça bastante. Quando ouvimos, valorizamos as pessoas e as conquistamos. Além disso, ao ouvir, você capta informações a respeito das necessidades deles e assim você pode aplicar melhor a mensagem do Evangelho.

h. Seja cauteloso para entrar na casa

Não temos necessariamente de entrar na casa. Nós podemos ficar na garagem, na varanda ou até no portão. As pessoas, às vezes, se constragem com suas casas por estarem desarrumadas ou algo assim. Seja sensível a isso.

i. Mantenha o objetivo da visita

Não se perca em discussões de doutrinas controversas ou opiniões. Não critique outras religiões ou igrejas. Não tente ter resposta para tudo, apenas se mantenha no ponto central do Evangelho, que é a salvação em Cristo.

j. Use uma mensagem simples

Use as quatro leis espirituais da Cruzada Estudantil.

Elas são simples e fáceis de memorizar. Mas, se preferir, siga outros modelos. Uma progressão simples de versículos para salvação é encontrada em Romanos (3.23; 6.23; 5.8 e 10.13).

l. Faça sempre um apelo no final

Pergunte para ele se ele iria para o Céu se morresse hoje.

Convença-o a confessar a Cristo como Senhor e Salvador.

m. Convide-o para ir à igreja e ao grupo familiar

Quando ele for à igreja, sente-se ao lado dele durante o culto. Vá à frente com ele no momento do apelo. Convide-o para estar em seu grupo.

n. Dê a ele algum material da igreja

Sempre fornecemos material para ser dado ao novo convertido. Use-o como um presente. Assim, as pessoas se sentirão valorizadas e se abrirão para voltar ao grupo familiar.

o. Mantenha contato

Envie uma mensagem fonada para ela durante a semana e ligue para ela no dia da reunião. Não tenha receio de parecer insistente, lembre-se de que é a vida eterna dela que está em jogo.

CAPÍTULO 18

UM GRUPO FAMILIAR FORTE



Existem três princípios espirituais tão básicos e fundamentais que são a chave para o crescimento de qualquer pessoa em qualquer circunstância, seja no grupo familiar, na vida espiritual, profissional etc.

Esses três princípios são: Compromisso,

Disciplina e Relacionamento.

O primeiro princípio é o compromisso. Todo crescimento começa com compromisso. Nós nos tornamos semelhantes àqueles com quem nos comprometemos. No casamento, os cônjuges se tornam parecidos, depois de algum tempo, por causa do compromisso. Nossa igreja será conhecida também pelo nível de compromisso que tivermos como membro. Um líder precisa se comprometer com Deus e com o seu propósito se deseja ver seu grupo se multiplicando. Um grupo comprometido com Deus e com a igreja, com certeza, se multiplicará. Porque de vós repercutiu a Palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma. (I Ts 1.8)

Jesus exige compromisso dos seus discípulos. Não podemos seguir a Jesus sem compromisso. Precisamos ter compromisso com Deus em primeiro lugar, mas devemos ter também compromisso com a igreja, com os líderes, com uma visão e com irmãos.



O segundo princípio é a disciplina. Os hábitos são formados por disciplina e repetição durante um certo tempo. Depois que os hábitos são formados, eles dificilmente são removidos. Eles são também chamados de disciplinas espirituais. Eles são muitos, mas podemos resumi-Ios em três grupos: precisamos colocar Deus em primeiro lugar no nosso tempo (Mc 1.35), dinheiro (1 Co 16.2) e relacionamentos (Hb 10.25).



O terceiro princípio são relacionamentos corretos. Nossa personalidade é formada pelo nosso relacionamento com nossos pais e irmãos. O mesmo acontece na vida espiritual. Nós crescemos quando nos relacionamos com pais e irmãos espirituais.

Costumamos dizer que todos nós precisamos em nossa vida de um Paulo, de um Barnabé e de um Timóteo Paulo aponta para o nosso discipulador, aquele que fala em nossa vida. Barnabé é aquele que caminha conosco, é o nosso companheiro de jugo.



Timóteo é o nosso filho na fé, nosso discípulo. Todos nós precisamos de um pai espiritual a quem possamos imitar, mas também de um irmão que possa caminhar conosco. Todavia, o crescimento só se completará quando eu tiver um filho espiritual. A partir desses princípios, podemos estabelecer um grupo familiar saudável, ou seja, aquele que possui um compromisso firme, que caminha de forma disciplinada e se relaciona entre si e com Deus dinamicamente.

Pontos cruciais de um grupo familiar saudável

1. Um líder forte. Liderança é um dom de Deus (Rm 12.8)

Líder forte não é aquele que possui o dom de evangelista, ou que possui uma personalidade carismática, ou uma formação educacional superior. Líder forte é aquele que ora, jejua, se alimenta da Palavra e se enche do Espírito. A vida de oração do líder é o fator mais importante para a saúde e a multiplicação do grupo. Líder forte é aquele que é determinado e perseverante.

2. O grupo é mobilizado para o serviço

O trabalho no grupo familiar é um trabalho em equipe. Quando todos exercitam seus dons, ele cresce saudável e se multiplica. Num grupo saudável, a pescaria é feita em grupo. Seus membros usam a rede (esforço coletivo), em vez de anzóis (esforço individual). Quanto mais os membros estreitarem seus vínculos de amor e amizade, mais forte será!

3. Alvos claros de multiplicação

Alvos claramente definidos e uma atuação bem-sucedida formam um elo fortíssimo! O grupo forte tem uma data definida para a sua multiplicação. Com isso, todos trabalham e se esforçam para atingí-la.

4. Prática da visão de que cada crente é um ministro

Um grupo familiar forte tem um ou mais líderes em treinamento. Seu líder não recruta novos membros, mas novos líderes. Seu alvo prioritário é treinar outros líderes. Ali, todo membro em treinamento é um líder em potencial.

5. Evangelismo

Um grupo familiar no qual não há visitantes acaba por definhar ou voltar-se para si mesmo, numa comunhão doentia entre os membros. Novos convertidos trazem mudança, afeto e crescimento. Por isso, um grupo forte sempre tem novos filhos na fé.

6. Visitas

Se as pessoas vão à reunião e não recebem uma visita dentro das próximas quarenta e oito horas, dificilmente voltarão. A visitação, portanto, é vital para a consolidação do novo convertido, mas também é importante para o crescimento e o fortalecimento do grupo familiar. Não pense que apenas os novos devem ser visitados, os membros também devem ser visitados pelo líder. Um grupo que visita é forte!



7. Multiplicação

O maior e mais evidente sinal de saúde é o seu crescimento e, conseqüentemente, sua multiplicarão. Um grupo que não se multiplica revela membros espiritualmente enfermos. Há uma relação direta entre a saúde e a fecundidade dos componentes.



Ambientes de um grupo familiar saudável

1. Um ambiente diretivo

Um grupo saudável é aquele em que existe um ambienta diretivo, ou seja, o líder diz o que se deve fazer, demonstra como fazer e leva cada membro a fazer o que ele faz. Num ambiente diretivo, o líder estimulará a participação de cada membro, seja no louvor, na oração, no evangelismo ou nos eventos. Num grupo normal, o líder é a cabeça; não há espaço para o provérbio: cada um faça o que quiser.

2. Um ambiente facilitador

Num grupo familiar saudável, as pessoas se sentirão à vontade para aprender fazendo, ou seja, por tentativa e erro. Nele, o líder, apesar de ser diretivo, também é um facilitador. Ele não faz tudo, mas deixa que os membros ajam, exercitando seus próprios dons.

3. Um ambiente descontraído e não ameaçador

O grupo familiar saudável é um lugar de descontração e risos.

Não possui qualquer tipo de formalidade. As pessoas vêm e se sentem em casa. Se elas não tiverem liberdade para a abertura e transparência umas com as outras, jamais se livrarão de seus temores. Quanto mais livres forem, mais descontraídas serão!

4. Um ambiente alegre e festivo

Um grupo familiar saudável não perde nenhuma oportunidade de festejar. Aniversários, chás-de-berço, chás de panela, noivados, casamentos, e qualquer outro tipo de evento são motivos para um churrasco, uma pizza ou um jantar. Naturalmente, haverá dias de lutas e de luto, mas, normalmente, deve ter um ambiente alegre e festivo.



CAPÍTULO 19

ESTÁGIOS DE UM GRUPO FAMILIAR NORMAL

Um grupo familiar pode nascer basicamente de duas formas: A partir de uma obra pioneira (com cinco membros e cinco visitantes) Vindo da multiplicação de outro grupo familiar. Normalmente, ele passará por quatro fases: comunhão, edificação, evangelismo e multiplicação. A duração média de um grupo fica entre seis meses e um ano, quando, obrigatoriamente, terá de se multiplicar. Após a multiplicação, os dois resultantes são considerados novos. E como tais talvez tenham de passar novamente por esses quatro estágios. Contudo, há casos em que não será necessário.

Alguns poderão passar de uma fase a outra tão rapidamente que, talvez, nem percebamos; outros também poderão demorar-se mais numa determinada fase que a maioria. Cada um possui características próprias. Seja sensível e perceba a personalidade dele. Existem aqueles que são dinâmicos, passivos, alegres, jovem, mais velhos e assim por diante.



1. Estágio da comunhão - (primeiras 4 ou 6 semanas) O alvo neste período é produzir vínculos e relacionamentos de comunhão. Os eventos sociais devem ser mais freqüentes, para que as pessoas se conheçam e criem intimidade entre si. Será necessário dedicar pelo menos um mês inteiro para isso, até que haja afinidade entre os irmãos. O processo pode ser acelerado, se for programado um retiro de final de semana (Peniel) ou pelo menos a realização do Evento-Ponte. .

Nesse estágio, deve ser avaliado se as pessoas se sentem parte do grupo ou não, conforme os seguintes critérios:

A. Vínculos no grupo familiar

Quando visitar, pergunte às pessoas se elas se sentem incluídas no grupo ou não. Verifique também se elas estão incluindo os outros no seu círculo de amizade.

Procure observar se as pessoas conseguem expressar seus pensamentos e sentimentos nele. Verifique se na hora de decidir uma questão o grupo familiar tem postura própria ou fica apática, esperando por uma definição do líder. Grupos apáticos são aqueles ainda desvinculadas entre si. O que também pode ser observado na hora do compartilhamento na reunião.

Observe como a comunhão acontece no final da reunião. Em grupos desvinculados, as pessoas se dispersam rapidamente ou simplesmente ficam sentadas.



B. Entendimento do compromisso e do propósito

Todas as partes básicas da visão devem ser estabelecidas: a multiplicação se dará quando o grupo familiar atingir a faixa de 15 membros (quando o cinco primeiros visitantes se batizarem e trazerem outros cinco), cada crente for um ministro, cada casa se abrir para receber a igreja e os outros objetivos básicos do grupo familiar (oração, comunhão e edificação). Cada membro deve ter bem claro que tipo de compromisso se espera dele no grupo, deve estar orando por três, para, até a finalização do grupo (multiplicação), pelo menos um se converta e se batize. As quatro primeiras reuniões serão dedicadas, basicamente, ao entendimento da visão, ao estabelecimento dos compromissos dos membros e à compreensão dos objetivos e da dinâmica da reunião. Nunca é demais lembrar que a reunião é composta de: envolvimento ministração, edificação, compartilhamento e comunhão.



C. Princípios enfatizados

Muitos grupos familiares, no começo, são apenas cultos nos lares. Trabalhe para mudar isso. Fale, explique, exorte, mas não permita que seja apenas um culto familiar.

Todos devem ter, no mínimo, um líder em treinamento. O líder em treinamento funciona como o DNA, ou seja, ele é quem leva as informações básicas que edificarão o próximo grupo dentro da visão. Se não houver líder em treinamento, a tendência é que o próximo resultante da multiplicação atual, se fragilize e a visão se degenere.



Enfatize as alianças do grupo familiar

Enfatize os objetivos: oração, comunhão, edificação e multiplicação.

Nessa primeira fase, a ênfase maior deve ser dada à comunhão. Estabeleça e monitore junto com o líder os eventos de comunhão.

Faça um treinamento para demonstrar o nosso padrão de reunião de grupo, realçando cada parte dela e mostrando a importância e a necessidade de cada uma.

Deixe claro, desde o início, os objetivos e o padrão da igreja: oração de concordância - consolidação - Peniel - Curso de Maturidade no Espírito - Escola de formação de líderes.



2. Estágio de edificação (do segundo ao quarto mês)

Esse é o estágio de conflito na vida dos componentes, uma vez que os relacionamentos terão de passar do nível social para o pessoal. Nesse momento, é natural a ocorrência de conflitos nos relacionamentos. Não pense que, com isso, o grupo está decaindo, na verdade, é um grande avanço, pois mostra que já não são indiferentes uns com os outros.

A. Relacionamentos pessoais

Nesta fase todos já devem se conhecer dentro do grupo familiar. Espera-se que o líder já tenha sido reconhecido pelos membros.

Espera-se que ele tenha avançado de um mero culto doméstico para um grupo razoavelmente vinculado. Além disso, mais pessoas já podem ministrar a Palavra e o compartilhamento na reunião deve estar bem mais participativo.



B. Compreensão do propósito

Dos quatro propósitos, o da edificação deve ocupar a posição central. (Lembre-se de que os quatro objetivos do grupo familiar são: comunhão, edificação, serviço e multiplicação.) Muitos dos propósitos estabelecidos para ele serão desafiados.

As tensões dentro dele podem ser resolvidas pelo compromisso.

C. Princípios enfatizados

Cada crente é um ministro. Estimule o revezamento da Palavra, monitore e estimule o compartilhamento.

Todos os membros devem entender o nosso paradigma: oração de concordância - evento-ponte - consolidação - Peniel - Curso de Maturidade no Espírito - Escola de formação de líderes.

Monitore quantos membros ainda não fizeram todo o processo até o CFL.

Na medida do possível, inclua o líder em treinamento na reunião de supervisão e discipulado. Uma outra possibilidade seria fazer uma reunião mensal que incluísse quem está em treinamento e o anfitrião.



3. Estágio de evangelismo (depois do quinto mês)

Os membros do grupo familiar tornam-se livres para se expressar, se comprometer e falar abertamente. É neste tempo que o grupo torna-se um verdadeiro purê de batata, ou seja, o relacionamento sai do nível pessoal para o nível comunitário.

Os objetivos a serem mais realçados são: a oração e a edificação. É também uma fase em que o grupo familiar corre o risco de ficar fechado consigo mesmo, visto que os relacionamentos são excelentes, a comunhão é real e a reunião é viva. Se não for enfatizada a visão da multiplicação, o grupo familiar pode se estagnar.

Se acontecer de o grupo familiar não sofrer a multiplicação, é porque a visão não foi assimilada apropriadamente.

A.Princípios enfatizados

Procure ajudar o grupo familiar através do projeto de oração e das vigílias. Nesse momento, os jejuns devem ser comuns. Mais do que em qualquer outra fase, os eventos-ponte poderão ser centralizados na vida do grupo.

Em hipótese alguma, tolere um grupo sem um líder em treinamento nessa fase.

Procure mostrar a importância e a bênção da multiplicação.

Comece a estimular irmãos a cederem suas casas para a futura multiplicação. É tempo de localizar anfitriões.



4. Estágio de multiplicação (ou finalização)

Geralmente, o tempo de vida será de 6 meses a um ano. Qualquer grupo familiar, que não se multiplica depois de 12 meses, poderá se estagnar, perder seu dinamismo e, eventualmente, morrer.

Todo grupo deve ter uma finalização de algum tipo, e cada membro deve estar atento para isso, desde o início. Consideramos que um grupo não se encerra ao se multiplicar. Os dois grupos resultantes da multiplicação são confederados. Então, considera-se como dois novos. E como tais, talvez se tornem necessário passarem novamente por todas as fases.

A. Princípios enfatizados

Esse é um tempo de celebração. O líder deve ajudar os membros a verem a multiplicação como uma ocasião de alegria para todos os envolvidos. .'

É tempo de planejar a multiplicação. Espera-se que o líder em treinamento tenha tido oportunidade de realizar todas as tarefas, ao lado do líder do grupo familiar. Se for necessário, ministre esse manual para quem está em treinamento e para o anfitrião, para reafirmar a visão.

Atividades constantes em todas as fases de um grupo familiar

- Preencha a ficha de avaliação mensal e apresente ao pastor.

- Envie todos os novos convertidos e visitantes para o Peniel.

- Os novos membros vindo de outras igrejas somente serão recebidos, pela ficha de indicação de novos membros, depois de, pelo menos, oito reuniões, através do pastor.

- Os eventos-ponte devem acontecer mesmo quando o grupo familiar ainda é recém-formado; por isso, planeje-os junto com o líder e o líder em treinamento.

- O padrão deve tornar-se nítido para todo o grupo, e a sua prática deve ser normal e comum. A oração de concordância, o evento-ponte, a consolidação, o Peniel, o Curso de Maturidade no Espírito, o CFL - Escola de Formação de Líderes devem ser mostrados sempre como o caminho normal para cada membro em nossa igreja.

- Esteja sempre atento para gerar novos anfitriões e líderes.

- Estimule cada membro a passar pelo processo completo: da consolidação ao Curso de Formação de Líderes.

CAPÍTULO 20

O CRESCIMENTO DO GRUPO FAMILIAR

Para que um grupo familiar cresça, precisam ser obedecidas três fases: comunhão, consolidação e multiplicação.

A primeira fase é a comunhão.

Nessa fase, que dura em torno de um mês, pelo menos quatro passos devem ser dados (cada um deles, numa reunião):

- Convergir expectativas.

- Estabelecer o alvo.

- Reafirmar a visão da igreja.

- Estabelecer os compromissos com o grupo familiar.

Vejamos como:

1 - Convergir expectativas

Ao iniciar-se um grupo familiar, logo na primeira reunião, o líder deve explicar aos membros o que é e como funciona um grupo familiar. Cada membro precisa saber qual é a dinâmica da reunião e o que espera dele. Além disso, é bom esclarecer o que não é grupo familiar, para que ninguém tenha expectativas erradas.

2 - Estabelecer o alvo

Na segunda reunião, o líder deve expor, de forma bem clara, os quatro objetivos do grupo familiar: comunhão, edificação, serviço e multiplicação. Também deve ser definida a data da multiplicação do grupo familiar. Quando os membros do grupo familiar são previamente informados sobre os objetivos, eles se comprometem e se motivam mais.

3 - Reafirmar a visão da igreja

Cada membro precisa ver o grupo familiar como parte da Igreja, e ele próprio como parte do grupo. E tudo que fazemos é a partir deles. Além disso, procuramos manter um equilíbrio entre a reunião do grupo familiar e a reunião de celebração. Todos os membros do grupo familiar, crentes e convidados, devem participar já das três primeiras reuniões, pois delas se origina a trilha de crescimento da Igreja: Ganhar, Consolidar, Discipular e Enviar, Ganhar através do grupo familiar – Peniel – Batismo; Consolidar através do Curso de Maturidade no Espírito – Treinar através do Curso de Formação de Líderes (CFL) – Líder em treinamento; E Enviar como Líder de grupo familiar – Coordenador. Tudo isso deve ser explicado na terceira reunião.

4 - Estabelecendo os compromissos com o grupo familiar

O nosso crescimento espiritual depende de três coisas: compromisso, relacionamento e disciplina. Sem compromisso não podemos edificar verdadeiramente a Igreja. Sem compromisso mútuo, o grupo familiar não pode existir. Mostramos nosso compromisso com os nossos irmãos. Os compromissos devem ser firmados na quarta reunião e relembrados freqüentemente:



O compromisso do amor incondicional (Cl 3.14-15; 1Co 13)

Eu escolho amar vocês, edificá-los e aceitá-los, não importa o que digam ou façam. Eu escolho amá-los, do jeito que vocês são. Nada do que fizeram ou venham a fazer poderá me impedir de amá-los. Posso não concordar com suas ações, mas vou amá-los como pessoas e fazer tudo para suportá-los, na força do amor de Deus que habita em mim.



O compromisso da honestidade (Ef 4.25-32)

Eu não vou esconder como me sinto a respeito de vocês. Contudo, pelo Espírito Santo, procurarei conversar francamente com vocês, de modo amoroso e perdoador, para que nossas frustrações mútuas não se transformem em amargura. Comprometo-me a ser sincero e honesto com vocês, pois sei que, quando falamos a verdade em amor, é que crescemos em tudo, naquele que é o cabeça, Cristo (Ef 4.15). Empenhar-me-ei para expressar essa honestidade de maneira sincera e controlada.



O compromisso da oração (2Ts 1.11,12)

Eu faço um pacto de orar regularmente por vocês, pois creio que é isso que nosso amado Pai deseja: que oremos uns pelos outros, para que todos sejam supridos em suas necessidades. Participarei ativamente de quaisquer circunstâncias pelas quais vocês estejam passando, ajudando a cada um levar o seu fardo.



O compromisso da sensibilidade (Jo 4.1-29 )

Assim como desejo ser ouvido, conhecido e compreendido por vocês, do mesmo modo farei tudo ao meu alcance para ouvi-los, conhecê-los, e compreendê-los. Também prometo ser sensível tanto a vocês, quanto às necessidades, e esforçar-me para livrá-los do abismo do desânimo e do isolamento. E, com esse propósito, recusar-me-ei a dar-lhes respostas simplistas para as situações difíceis em que vocês se encontrarem.



O compromisso de ser confiável (Pv 10.19;11.13;12.23;15.4;18.6-8)

Prometo manter em segredo tudo o que for compartilhado dentro do grupo familiar, de modo a proporcionar uma atmosfera de confiança, necessária à transparência. Entendo, no entanto, que essa discrição não proíbe o meu líder de compartilhar informações ao meu pastor. Entendo que ele trabalha sob a supervisão pastoral.



O compromisso da prestação de contas

Dou a vocês o direito de questionar-me, confrontar-me e desafiar-me em amor, quando eu estiver trabalhando em relação à minha vida com Deus, à minha família e ao meu crescimento espiritual (oração, estudo da Palavra etc.) Confio que vocês serão guiados pelo Espírito, quando assim o fizerem. Preciso de sua correção e repreensão, de modo a aperfeiçoar meu ministério, dado por Deus, no meio de vocês. Faço o pacto de não reagir. (Pv 12.1; Hb 12.5-10).

O compromisso da assiduidade (Lc 9.57-62)

Não entristecerei o Espírito, nem impedirei o Seu trabalho na vida dos meus irmãos, por minha ausência às reuniões, exceto em caso de emergência. Somente com a permissão dEle, em oração, considerarei a ausência uma possibilidade. Se estiver impossibilitado de comparecer, por qualquer razão, em consideração aos irmãos, comunicarei ao meu líder, para que todos os membros saibam o que está acontecendo, a fim de que possam orar por mim e não tenham maiores preocupações comigo.





O compromisso da multiplicação (Mt. 25.31-46)

Faço o compromisso de encontrar meios de me sacrificar por aqueles que se encontram fora da Igreja, da mesma forma como fiz o compromisso de me sacrificar por vocês, meus irmãos e irmãs. Darei o máximo de mim para trazer dois ou mais não evangélicos para o meu grupo familiar, durante o seu ciclo de vida. Quero fazê-lo em nome de Jesus, para que outras pessoas sejam adicionadas ao reino de Deus, por amor a Ele!



CAPÍTULO 21

COMO GUARDAR A VISÃO DE GRUPOS FAMILIARES?

Cada líder é um guardião da visão. Se desejarmos manter a direção, precisamos ser radicais na prática de alguns valores. Por exemplo: cada grupo familiar existe para se multiplicar, todo líder deve fazer o Curso de Treinamento, todo líder em treinamento é um discípulo e cada crente é um ministro. Além desses, outros valores devem ser guardados. Colocamos aqui alguns, na forma de mandamentos, para que sejam ainda mais reforçados.



Mandamentos que protegem a Visão

1. O grupo familiar com 15 pessoas deve se multiplicar

A tendência de um grupo familiar que não se multiplica é a estagnação. A assiduidade cai, pois já não há como todos participarem do compartilhamento. Já não há um apascentamento adequado e os membros ficam acomodados.

2. O grupo familiar não deve fechar-se consigo mesmo

Grupos familiares que ficam apenas olhando o próprio umbigo estão condenados ao fracasso. Se não houver intenção de ganhar os perdidos, então perde a razão de existir.

3. O grupo familiar não deve ficar mais de um ano sem se multiplicar

Faremos tudo ao nosso alcance para monitorar o crescimento do grupo. Se for preciso, trocaremos de anfitrião, mudaremos de bairro e até colocaremos membros de outros grupos.

4. Não fecharemos grupos familiares

Para nós, o fechamento ou encerramento de um grupo familiar significa derrota. Faremos tudo o que for possível para salvá-lo e levá-lo a se multiplicar.

5. O grupo familiar deve ter um líder em treinamento

O líder em treinamento é o DNA do grupo. É ele que vai reproduzir exatamente aquele padrão. Se fizermos uma multiplicação, sem que um líder tenha sido bem treinado, o DNA não será transferido. Conseqüentemente, o novo poderá morrer, ou então, reproduzir a visão de forma errada.

6. Um único grupo familiar não deve se transformar em congregação

Uma congregação só será formada com a autorização do pastor local por um conjunto de grupos familiares numa determinada região, nunca por um único que se recusa a multiplicar.

7. Não permitiremos atividades que concorram com os grupos familiares

No geral, as pessoas preferem os grandes eventos às reuniões do grupo familiar. Apesar de considerarmos isso absolutamente natural, não concordamos que outras atividades concorram com as reuniões do grupo. È impossível conciliá-las.

8. Não permitiremos grupos familiares sem supervisão

Todo líder deve ter sobre si uma autoridade. Alguém que não admite estar debaixo de autoridade também não está qualificado para exercer autoridade. Isso é proteção para o rebanho.

9. Não permitiremos pregadores de fora nos grupos familiares

Apenas os pastores estão habilitados a fazer convites a pregadores de fora. Pessoas estranhas à visão costumam ensinar padrões diferentes e contrários ao ensino da igreja local, os quais podem produzir confusão entre os membros. Os líderes podem não perceber tais ensinos errados, por inexperiência; por isso, somente o pastor tem autoridade para convidar um pregador.

CAPÍTULO 22

BENEFÍCIOS DA VISÃO

1. Não há gastos

Para o funcionamento de um grupo familiar, muito pouco é necessário, além da residência de um irmão. Nunca poderemos nos justificar diante de Deus, dizendo que a nossa obra não prosperou por falta de recursos financeiros. Com essa estratégia, podemos fazer a obra mesmo não tendo recurso algum.

2.Não há limite para o crescimento

Quando atinge certo tamanho, o grupo familiar deve se multiplicar e, portanto, nunca chega ao ponto de não poder conter mais ninguém. Depois de cada multiplicação, o grupo diminui, o que produz um novo ciclo de oração entre os membros, para o grupo crescer novamente. Este ciclo se renova cada vez que o grupo se multiplica, tornando o crescimento virtualmente ilimitado.

3.Criam-se lideranças reais

No grupo familiar, esse processo acontece de maneira natural. Quando chega o tempo de se multiplicar, todos, naturalmente, já percebem quem deve ser o líder do novo. O novo líder é reconhecido por causa da sua vida.

4.É uma estrutura flexível

O grupo familiar pode se adaptar às novas exigências, circunstâncias emergenciais, ou até mesmo a uma situação de perseguição. As reuniões podem mudar de dia, horário ou duração, e novos métodos e estratégias podem ser testados, sem perda ou risco para a estrutura geral da igreja, de acordo com as orientações do pastor.

5. Facilita a mobilização da igreja

Uma necessidade da liderança é poder mobilizar toda a igreja, de maneira rápida e eficiente, para a realização de um programa ou atividade. Isto se torna muito simples, quando temos esse modelo.

6. Produz crescimento numérico

O crescimento vem através do trabalho dos membros, os quais, no grupo familiar, se tornam responsáveis pelo crescimento da igreja. Os membros dos grupos entendem que evangelizar é mais do que convidar alguém para ir ao culto. Além disso, cada grupo deve se multiplicar uma vez ao ano, no mínimo. Isso produz crescimento em todos. É o grande segredo do crescimento de uma igreja com usa essa estratégia.

7. O ambiente familiar

O ambiente familiar estimula a espontaneidade. Na maior parte das igrejas pentecostais, os dons se manifestam muito mais freqüente e livremente nas casas do que nas reuniões da igreja. É comum ouvirmos que pequenas reuniões de orações nos lares mudaram a história de toda uma igreja. A partir daí, um mover de Deus se estabeleceu, contagiando a muitos.

8. Os dons

Os dons são um grande instrumento para a edificação e o crescimento da igreja. Quando há profecia, fé, milagres, curas, palavras de sabedoria e de conhecimento, os não evangélicos são impactado, e os crentes renovados na sua fé.

9. Gera apascentamento

Todo novo convertido é como uma criança , e como tal necessita de alguns cuidados fundamentais. Toda criança necessita de cinco coisas: alimento, proteção, ensino, disciplina e amor. Esses cuidados não podem ser dados de maneira massificada, mas sim, individualmente, nos grupos familiares.

10. Propicia uma assistência social mais eficiente

No grupo familiar, conhecemos as necessidades dos nossos irmãos. Temos visto os que se mobilizaram para ajudar os irmãos nas mais diversas situações. A igreja deve ter uma assistência social mais abrangente e estruturada, mas o grupo deve procurar assistir aos seus membros e só levar para igreja aquilo que estiver fora do seu alcance.

11. Estabelece vínculos de comunhão

Muitos podem testemunhar que se converteram a Jesus através da amizade com os irmãos. A comunhão foi a isca com a qual foram fisgados. A principal característica da igreja deve ser o vínculo entre os irmãos. Podemos dizer que a igreja é uma grande rede e os vínculos são os nós da rede. Quando essa rede tem os seus nós firmes e bem ligados, os peixes são naturalmente presos.

CAPÍTULO 23

INIMIGOS DA VISÃO

A estrutura de grupo familiar é muito sensível. É como uma lavoura. Se a abandonamos por um momento ela pode ser atacada por todo tipo de praga. Cultivar a visão, portanto, é, acima de tudo, guardá-la e protegê-la. Vamos enumerar algumas pragas que podem destruir tal metodologia.

1. O clericalismo

O sistema de clérigos e leigos é totalmente deficiente e uma grande ameaça para os grupos familiares, pois anula completamente o conceito básico do sacerdócio universal do crente.

2. Falta de visão de crescimento

O objetivo final é dar à igreja uma estrutura para controlar o crescimento. Se as lideranças não têm uma visão de crescimento, os grupos familiares perdem a razão de existir. Sem visão não há projeto; sem projeto não há alvos e, sem alvos, ficamos à deriva, pois não teremos um rumo para seguir. Se desejamos grupos familiares, precisamos pensar em termos de multiplicação.

3. Falta de unidade

Um povo dividido não constitui ameaça para o inferno, e muito pouco pode realizar para o reino de Deus. É imprescindível que o povo de Deus cultive a unanimidade.

4. O grupo familiar ser apenas uma atividade da igreja

Não é possível conciliar os grupos familiares com muitas programações semanais. Em geral, as pessoas preferem os grandes eventos às reuniões dos grupos. Isso é absolutamente natural; por isso, não deve haver concorrência com as reuniões de grupos familiares. Quando eles são apenas mais uma atividade da igreja, essa situação será muito freqüente e logo definharão.

5. Imediatisno

Precisamos ser cautelosos quando colocamos alvos de multiplicação para os grupos familiares. Um alvo exageradamente alto influenciado pelo nosso imediatismo, pode ter efeito contrário ao desejado. Em vez de estimular, pode trazer prostração. Antes de estabelecer alvos, devemos pedir discernimento ao Senhor e ouvir os nossos liderados.

6. Modismo

Precisamos ter consciência de que os grupos familiares são, antes de tudo, uma orientação bíblica, e que tem demonstrado ser muito funcional em todo o mundo. Eles são uma estratégia para a edificação da igreja. Mas somente funcionarão se tivermos clareza sobre o que significa edificar a igreja. Se não sabemos como edificar a igreja, os grupos familiares serão uma boa ferramenta, mas inútil. Isto é modismo: quando copiamos um método, sem entender a sua finalidade, só porque está na moda.





7. Falta de treinamento dos líderes

Um grande impedimento para o crescimento é a falta de treinamento adequado para os líderes. Eles precisam de treinamento básico. Multiplicar grupos familiares é multiplicar líderes! Se os líderes não são treinados, os grupos morrem.

8. Falta de disciplina nas reuniões

Uma situação relativamente comum é quando o grupo familiar degenera o conceito de reunião e se transforma numa constante festa. A reunião é um momento de ministração e deve ser preservada. O oposto também pode acontecer, quando o líder, demasiadamente zeloso pela espiritualidade do grupo, anula qualquer tipo de festa. Não podemos ter o que faz de cada reunião um evento festivo; entretanto, o que retira a comemoração da dimensão da sua espiritualidade está condenado a morrer.

9. O grupo familiar não possui um líder em treinamento

O treinamento mais apropriado é aquele feito pelo discipulado. O líder em treinamento de um grupo familiar é muito mais do que um ajudante do líder; ele é alguém que está aprendendo, com o objetivo de assumir a liderança. Ele é um discípulo! Se esta visão for ignorada, o resultado será que, em duas ou três gerações, a visão se perderá.

10. Demora em se multiplicar

Quando um grupo familiar atinge 15 pessoas, ela deve se multiplicar rapidamente. O Coordenador e o líder devem planejar a multiplicação com bastante antecedência, para que, no momento de executá-la, já tenha o novo anfitrião e o novo líder.

11. Competição entre grupos familiares

Naturalmente, os participantes de um grupo familiar tendem a desenvolver um ambiente de equipe e passam a encarar os alvos de multiplicação como uma competição entre grupos. A competição é um meio de interação que não deveria ser estimulado na igreja. O ambiente dos grupos deve ser de cooperação mútua. A competição produz discórdia e, eventualmente, separação.

CAPÍTULO 24

RESOLVENDO PROBLEMAS NO GRUPO FAMILIAR

Cada líder enfrentará diversos problemas durante a reunião e na vida do grupo familiar. Normalmente, serão pessoas que, pelas suas atitudes, poderão criar obstáculos à comunhão. Para proteger os membros e manter a integridade, o líder deve corrigir essas atitudes em amor, ciente de que ele está ali, confirmado pela autoridade que lhe foi dada pelo pastor da igreja.

1. O membro pecaminoso

A palavra de Deus diz em 1Co 5.13 que devemos expulsar de entre nós o malfeitor. Deus é muito zeloso pela Sua santidade e também é muito zeloso pela santidade da Igreja. Ele não permitirá de forma alguma o pecado no meio do Seu povo. Cada líder deve saber que não basta haver crescimento numérico, é preciso haver santidade!

Baseados em 1Co 5.11-13, dizemos que seis grupos de pecados não podem ser tolerados:

- Impureza. Inclui todos os pecados sexuais.

- Avareza. É o amor ao dinheiro.

- Idolatria. Inclui feitiçaria, adivinhação, prognósticos, astrologia, consulta aos mortos etc.

- Maledicência. Inclui calúnia, difamação, infâmia, mexerico, fofoca, etc.

- Bebedices. Toda embriaguez provocada por bebida alcoólica, drogas ou remédios.

- Furto. Aqui, inclui-se: ladrão, assaltante, sonegador, chantagista, etc.

Como lidar com o pecaminoso?

O membro faltoso deverá primeiro ser admoestado pelo irmão que testemunhou ou tomou conhecimento do erro. Se o faltoso ouvir e abandonar o erro, continuará na comunhão do grupo.

Se o membro faltoso voltar a pecar, deverá ser admoestado pelo líder, em companhia da testemunha do pecado.

Caso o pecaminoso não mude de conduta e continue no pecado, o líder deve entregar o problema para o coordenador, e este, para o pastor. Caso o irmão não ouça também os pastores, ele deverá ser convidado a se retirar do grupo até que resolva mudar de vida.

2. O que se acha mais espiritual que os outros

O supercrente, certamente, tentará impressionar o grupo com seus dons e poderes especiais. Ele sempre discorre sobre passagens bíblicas difíceis e assuntos polêmicos. E, se lhe deixarem falar, provavelmente criticará o líder, ainda que sutilmente, procurando mostrar o quanto é mais capacitado e experiente.

Como lidar com esse tipo de membro?

Durante o compartilhamento, o líder não deve encorajá-lo a falar muito sobre suas experiências. Deve também procurar redirecionar o assunto e dar oportunidade a outros. Deve conversar com a pessoa em particular, mostrando-lhe os objetivos do grupo familiar e o quanto ela pode ser útil servindo os irmãos. Sutilmente, coloque-o para se ocupar em outras coisas, a fim de tratar do seu ego.

3. O que é discipulado à distância por líderes de outras igrejas

Normalmente, esse membro estará sempre se referindo ao conhecimento obtido fora da igreja local e assumindo uma atitude crítica tanto em relação ao grupo familiar, quanto ao líder. Tais pessoas podem trazer confusão e, até mesmo, leva o grupo a morrer.

Como lidar com esse tipo de membro?

Não permita que alguém com estas características ensine no grupo familiar muito menos aos novos convertidos. Não admita críticas contra a visão da igreja, nem comparações com o que acontece em outros lugares. Procure estar com ele a sós, e mostre-lhe a necessidade de ter como discipulador alguém da liderança da igreja local, e não pessoas de fora.

4. O pastor que vêm de fora

Depois que a igreja cresce, passa a atrair muitos pastores desgarrados de outras igrejas. Geralmente, eles vão ao grupo familiar e, sutilmente, resistem a autoridade de líder, tentando até mesmo controlar o grupo familiar. Comumente, se utilizam do título de pastor para causar impressão e ficam indignados quando não são reconhecidos como pregadores.

Como lidar com esse tipo de membro?

O líder não deve se intimidar com o título de pastor ostentado pelo irmão. Ao contrário, deve procurar mostrar-lhe que ele é bem-vindo ao grupo, mas somente será reconhecido como pastor ali depois que a Diretoria Geral da igreja reconhecê-lo. Por outro lado, o líder não deve permitir que ele monopolize a Palavra, durante o tempo de compartilhamento.

5. O irmão muito falante

É aquele que procura monopolizar o tempo de compartilhamento. Normalmente, opina sobre todos os assuntos, ainda que não os conheça a fundo. Conta longas histórias ou ilustrações que não têm nada a ver com o que está sendo discutido e muda de assunto o tempo todo. É muito imprudente em seus discursos: fala de situações íntimas que não deveriam ser compartilhadas no grupo e geralmente mata a reunião quando abre a boca. Este tipo de irmão atrai a antipatia dos outros, que passam,então, a rejeitá-lo.

Como lidar com esse tipo de membro?

O líder deve ajudar o irmão falante a se expressar dirigindo-lhe comentários do tipo: Parece que você tem experimentado muitas coisas, mas o que gostaríamos de saber é o que Deus falou com você hoje, nesta reunião. Se ele persistir em sua digressão, o líder deverá confrontá-lo, dizendo: Para que os outros também possam compartilhar, por favor, resuma sua conclusão em trinta segundos. O líder deve mostrar amor e paciência, sem rejeitar o irmão.









6. O antigo na igreja, mas que não lidera.

Existem pessoas mais antigas, que não atingiram posição de liderança, tendem a participar do grupo familiar de forma inconstante e sem compromisso. Pessoas desse tipo, quando participam, são difíceis de serem lideradas e sempre pensam que, por serem mais antigas, devem ter uma posição diferente.

Como lidar com esse tipo de membro?

Não se deve dar nenhum tratamento especial a tais pessoas. O líder deve sempre respeitá-las. No tempo de compartilhamento, estimule os irmãos a falar sobre o que Deus está fazendo em sua vida hoje, e quais são os seus alvos imediatos em Deus. Procure motivá-las a compreenderem o método e serem participantes do grupo.

7. O crítico do método de trabalho

Tais pessoas serão muito sutis, mas no decorrer do tempo expressarão suas opiniões acerca da liderança e da igreja. Talvez apenas façam expressões de ironia e sarcasmo, quando algum líder for mencionado na reunião. Estas pessoas, além de fazerem com que um espírito de divisão e sectarismo penetre no grupo familiar, podem também se tornar um tropeço na vida da igreja.

Como lidar com esse tipo de membro?

Quando ele expressar suas críticas, o líder deve dizer ao grupo que todos, ali, têm a liberdade para fazer suas críticas; todavia, não é o lugar nem o momento apropriados para isso. Quem tiver críticas e/ou sugestões a fazer, faça-as pessoalmente aos líderes. Se o irmão insistir, diga que, se todos concordarem, anotará as críticas e entregará pessoalmente ao pastor. O líder deve mostrar aos irmãos que todos têm liberdade de dar sugestões construtivas e trazer novas idéias, mas que as críticas negativas devem ser abolidas.

8. O anfitrião não-hospitaleiro

O anfitrião é uma pessoa muito importante no contexto da reunião. Um anfitrião que freqüentemente esteja ausente no dia da reunião pode ser um grave problema. Existem aqueles que, pela idade e temperamento, tendem a manipular o grupo e se julgam no direito de falar o que bem quiserem, a qualquer hora.

Como lidar com esse tipo de anfitrião?

O líder deve admoestá-lo amorosamente e mostra-lhe o seu papel no grupo familiar. Deve também conscientizá-lo tanto sobre o dom da hospitalidade, quanto sobre os benefícios que, na Bíblia, são prometidos aos que recebem a igreja na sua casa. Se os problemas continuarem, a única alternativa é mudar de residência.

9. Crianças indisciplinadas

Esta é uma situação delicada que o líder deve administrar com muito cuidado e paciência. Uma repreensão pública pode ser danosa e inibir os pais de levar os filhos à reunião. Por outro lado, tolerar por muito tempo o problema pode causar muito desgaste aos anfitriões.

Como lidar com esse tipo de membro?

Se os pais da criança forem novos no grupo familiar, todos devem exercitar paciência e procurar contornar o problema, segurando as crianças de uma maneira a demonstrar a insatisfação. Caso seja um grupo maduro, a melhor alternativa é uma orientação pública sobre o problema. Separe uma reunião para falar sobre o papel de cada um e o dever dos pais de cuidar dos seus filhos.

10. O grupo familiar se recusa a multiplicar

Existem muitas causas para este problema. A primeira é que os membros se tornaram confortáveis demais na companhia uns dos outros. Eles se apegam fortemente a esses relacionamentos e não querem deixá-los.

A segunda causa desse problema é que as pessoas experimentaram um grande mover no seu grupo e agora temem que esse mover desapareça no novo.

Como lidar com essa situação?

Nas duas situações, a solução é relembrar a todos a visão da multiplicação e mostrar-lhes a necessidade da salvação das vidas. Todos precisam estar cientes de que a unção é boa, mas que ela existe para o propósito da multiplicação. A comunhão é boa, mas também só tem sentido quando gera fecundidade e produz filhos.

11. Os membros do grupo familiar não vão aos cultos de celebração

Depois que uma igreja transaciona-se para esse modelo, um fenômeno poderá ocorrer: as pessoas começarão a preferir as reuniões do grupo familiar e não desejarem participar dos cultos de celebração. Os motivos podem ser muitos, mas, o mais comum é a distância. À medida que a igreja cresce, os grupos vão ficando cada vez mais distantes. Às vezes, a causa é não haver estacionamento no prédio da igreja, o trânsito ser ruim, os cultos muito lotados e até mesmo o horário do culto pode ser um problema numa área particularmente perigosa.

Como lidar com essa situação?

O líder deve observar se essa situação é falta de compromisso com a igreja local. Se esse for o caso, os membros devem ser orientados. Toda igreja precisa crescer em quantidade, qualidade e também em estrutura física.



CAPÍTULO 25

POR QUE O MEU GRUPO FAMILIAR NÃO CRESCE?

Recusamo-nos a fechar grupo familiar em nossa igreja.

Consideramos o fechamento de um grupo familiar uma grande derrota. Se ele não cresce, o coordenador precisa observar os seguintes fatores:

1. Falta de oração. Pode ser a falta de oração do líder juntamente com o grupo. Se o líder não tiver o hábito de orar, não haverá multiplicação.

2. O líder não intercede pelos membros do grupo familiar

Os líderes que oram diariamente pelos membros têm maiores probabilidades de multiplicar. O coordenador deve fazer com que o líder carregue consigo uma lista com os nomes dos membros do grupo familiar, levando-o a orar por eles individualmente, todo o tempo que lhe for possível.

3. Não há jejum

O coordenador deve programar campanhas de jejum, com os membros do grupo que não se multiplicou depois de um ano inteiro. Não existem cadeias malignas que resistam ao jejum e oração!

4. O líder não se prepara para a reunião

Investir tempo com Deus e no preparo do estudo. Quando o líder chega com o coração aquecido e cheio de fé, o seu grupo será contagiado e se disporá a atingir o alvo da multiplicação.

5.Os alvos não são devidamente estabelecidos

O líder que falha na fixação de alvos, dos quais os membros recordem, tem 50% menos probabilidade de multiplicar a seu grupo familiar. Fixar alvos aumenta em 75% a probabilidade de multiplicação. Cada Coordenador deve checar se o líder tem lançado os alvos com clareza e se os membros têm compreendido. Todos precisam saber a data da multiplicação.

6. O líder não foi bem treinado

Líderes que forem bem treinados multiplicam seus grupos familiares com maior rapidez. Quando o líder não conduz o grupo com segurança e firmeza, as pessoas se sentem inseguras e não respondem adequadamente. O Coordenador deve atualizar e capacitar o líder.

7. O líder não visita

Líderes que fazem contato com cinco a sete pessoas novas por mês têm 80 % de probabilidade de multiplicar o seu grupo familiar. Quando o líder visita somente de uma a três pessoas ao mês, as chances caem para 60%. Líderes que visitam oito pessoas novas, ou mais, a cada mês, multiplicam seus grupos duas vezes mais do que aqueles que visitam uma ou duas vezes apenas.

8. Não há visitantes no grupo familiar

Líderes que encorajam semanalmente os membros a convidar visitantes duplicam sua capacidade de multiplicar seus grupos familiares, em contraposição àqueles líderes que o fazem apenas ocasionalmente – ou nunca. Se nunca houver visitantes no grupo, não há como multiplicá-lo. Há uma relação direta entre o número de visitantes e o número de vezes que o líder multiplica o grupo.



9. O grupo familiar é muito formal

Os grupos familiares que têm seis ou mais encontros sociais por mês se multiplicam duas vezes mais do que aquelas que têm apenas um ou nenhum. Quanto mais se parecer com uma família, ou com uma equipe bem unida, mais facilmente ele se multiplicará.

10. Não há cuidado pastoral

Visitação regular pelo líder aos membros ajuda a consolidar o grupo familiar. Se um membro falta à reunião e o líder sequer faz uma ligação para saber o que está acontecendo, fatalmente o membro se afastará.

Sugestões práticas para tirar o grupo familiar da estagnação

- Experimente mudar o líder ou o líder em treinamento;

- Experimente mudar o anfitrião, mesmo sendo aparentemente, um bom anfitrião;

- Experimente mudar do bairro;

- Experimente mudar o dia da reunião;

- Experimente mudar o horário da reunião.

Nem pense nisto! Não fechamos grupos familiares

Fechar um grupo familiar é um acontecimento muito traumático. Quando isso acontece, o líder e os membros ficam com um sentimento de fracasso e incapacidade. Isso pode afetar a fé deles para uma nova tentativa.

Se não houver outro meio, e a saída for fechar, que se faça da maneira mais discreta possível, como juntar um grupo familiar a outro, por exemplo.

Cremos que não é apropriado colocar sobre o líder a pressão esmagadora de “multiplicar ou fechar”. Precisamos fazer como Jesus, na parábola da figueira: precisamos dar tempo para que o líder e o grupo frutifiquem. Em Lucas 13.6-9, o prazo que o Senhor deu para a figueira frutificar foi de quatro anos. Nossa visão é multiplicar cada um uma vez por ano, mas precisamos ser pacientes como o Senhor foi com a figueira.

Se os grupos familiares que fecham são iguais em número aos novos que são abertos, então não temos crescimento real. Fechar deve ser a última possibilidade a passar pela cabeça de um líder, Coordenador ou pastor.

CAPÍTULO 26

O GRUPO FAMILIAR INFANTO - JUVENIL

A melhor maneira de você se interessar por um assunto é identificando-se com ele!

Como eu poderia me identificar com as crianças, se elas não têm nada a ver comigo?

Talvez seja esta a primeira vez que você se faz esta pergunta. Em todo caso, deixe-me dar-lhe três razões por que este assunto não é direcionado apenas aos líderes de crianças, mas a todos quantos se interessarem pelo reino de Deus.



Em primeiro lugar, ainda que elas lhe sejam indiferentes, Deus age de modo totalmente contrário. Para ele, as crianças são incomensuravelmente importantes. A própria Bíblia – o livro dos livros – trata-as de uma forma especial. Se elas são objetos do enfoque bíblico, não há nenhuma razão para dúvidas: é um assunto importante. E se é um assunto importante para Deus, deve ser importante para nós também.







Em segundo lugar, ser “perfeito” é uma virtude que só Jesus teve. No entanto, Ele próprio se referiu certa vez a um ato humano considerado perfeito aos olhos de Deus: o perfeito louvor extraído da boca de pequeninos e crianças de peito (Mt 21.16).



Houve alguma ocasião em que Deus fez uma declaração semelhante sobre você? Neste caso, ou você tem algo em comum com as crianças ou, então, algo a aprender com elas.

Em terceiro lugar, Jesus – o nosso modelo de vida, de liderança e de caráter – usou uma criança como modelo para ensinar aos discípulos sobre o tipo de pessoa que agrada a Deus.

Se a criança é um assunto importante para Deus, se ela consegue agradar o padrão perfeito de Deus, e se Ele diz que ela é modelos para nós, quem somos nós para discutir com Ele? O melhor que temos a fazer é começar a olhar para ela da mesma forma como Deus olha e tratá-la da forma como Ele próprio trata e nos ordenou a tratar.

Como Deus nos manda tratar as crianças?



A resposta vem logo a seguir, em forma de mandamentos. Antes de expô-los, é importante esclarecer duas coisas:

1) Os mandamentos foram dados por Deus, no Velho Testamento, para expressar o próprio Deus: aquilo que Ele é e a Sua maneira de agir. Deus é santo e justo; por isso, Seus mandamentos expressam Sua santidade e justiça.

2) Os mandamentos elaborados para os grupos familiares de crianças expressam o padrão do líder, tanto no ser quanto no fazer. Mas, desde já, garantimos-lhe uma coisa: não tente cumpri-los com seu próprio esforço. É algo tão impossível quanto cumprir os primeiros mandamentos do Velho Testamento.

Entretanto, se você depender de Deus, aí, sim, você cumprirá cada um deles, pois Jesus mesmo disse: “sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5).

Os 10 mandamentos do grupo familiar de crianças e juvenis

1. Veja as crianças da mesma forma como Deus as vê.

A visão é ganhar essa geração e também a próxima!

2. Receba-as como se elas fossem a própria Pessoa de Jesus.

Receba com o melhor!

3. Não seja tropeço para as crianças.

Seja o primeiro a abrir-lhes o caminho até Jesus.

4. Ame-as como Jesus as amou.

Invista tempo com elas!

5. Valorize as habilidades das crianças.

As pessoas são sempre mais importantes do que as coisas.

6. Supre as suas necessidades espirituais.

Crianças também fazem parte do Corpo.

7. Toque o coração delas com a unção.

Ministre com Vida!

8. Não desista delas.

Persevere até ver os resultados!

9. Identifique-se com elas.

Torne-se como uma criança!

10. Transforme-as em agentes do reino.



Crianças não dão trabalho; elas dão frutos.

1. Veja as crianças como Deus as vê

Deus sempre trabalha “de geração para geração”. Desde o princípio, quando Ele disse:”multiplicai-vos”, Ele via as crianças trazendo dentro de si o potencial para multiplicar-se à Sua imagem e semelhança. Foi o próprio Deus quem ordenou para ensinar-lhes enquanto fossem pequenas, pois Ele sabia o que elas poderiam fazer quando crescessem. Por isso, nosso encargo é alcançar tanto esta quanto a próxima geração.

Este é o nosso propósito: "Edificar uma igreja de vencedores, na qual cada criança torne-se um líder e leve a igreja para as suas casas. Assim, conquistaremos essa geração através dos grupos familiares!”

Quando nos reunimos nos grupos familiares, o nosso propósito não é dar entretenimento às crianças, e sim levá-las a conhecer Jesus, formar nelas a Sua imagem e levá-las à multiplicação.

Como isso é possível?

Seguindo os mesmos passos da vida da igreja e adaptando-os as contexto infanto-juvenil. Esses passos são: a comunhão, a edificação, o serviço e o evangelismo.

Como isso acontece na prática?

A comunhão

Visa a atrair as crianças para o grupo familiar, através de um ambiente familiar. Conseqüentemente, elas também estarão sendo atraídas para Jesus.

A faixa etária das crianças com as quais trabalhamos nos grupos familiares é entre 5 e 12 anos de idade. A maioria delas, nesta faixa etária, gosta de fazer parte de uma turma, principalmente os maiores. (A comunhão é o ponto forte de uma turma.) Inturmando-se, elas se sentirão mais à vontade e, assim, o alvo será alcançado.

A Bíblia diz que esse estilo é bom: ... "Como é bom que os irmãos vivam em união" (Sl 133.1)

Comunhão é viver unido com os irmãos

Para estimular a comunhão, o líder deve promover eventos especiais com o grupo. Por exemplo: "A noite do pijama”, “Uma tarde no shopping”, etc. As crianças amam isso!

Edificação

Edificar é fortalecer. Isso acontece através da Palavra liberada pela boca do líder e também de uns para com os outros.

O líder deve ensinar as crianças a declararem a Palavra, sozinhas e também em grupo.

Edificar visa também “formar uma mentalidade de filho de Deus”. Edificar é construir. Forme nas crianças uma mentalidade de filho de Deus, isto é, de vencedor!

Serviço

Visa inserir a criança na vida normal da igreja.

O sentido espiritual de corpo é que cada membro sirva uns aos outros, de acordo com a função de cada um. Um dedo mindinho é pequenino, mas é muito importante para o corpo. Assim também são as crianças: apesar de pequenas, podem e devem servir ao Corpo de Cristo.

As crianças devem crescer, aprendendo a fazer isso. Comece com coisas simples, tais como: servir o lanche, manter limpo o lugar de reunião, etc. Depois elas estarão abertas para novos desafios. Lembre-se: Quem aprende a ser fiel no pouco, certamente o será no muito.

Evangelismo

O objetivo final é dar frutos.

Primeiro, elas devem alcançar outras crianças, vizinhos, colegas da escola e amigos. Depois, alcançar os familiares. O líder deve ensiná-las como falar de Jesus às outras pessoas.

Marque, com antecedência, eventos evangelísticos e mobilize todo o grupo familiar para orar e jejuar. No dia programado, elas poderão praticar o que aprenderam através de testemunhos, encenações teatrais, músicas, etc. Esses eventos alcançam tanto crianças quanto adultos.

Uma boa sugestão para o evangelismo é comemorar os aniversários no grupo, especialmente daquelas crianças cujos pais ainda não se converteram. Nem sempre evangelizamos pregando, mas podemos fazer isso expressando o amor de Deus.



2. Receba-as como se fosse o próprio Senhor Jesus

Jesus disse que devemos receber as crianças:

"E quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe". (Mt 18.5)

Receber significa: mostrar-se aberto a um relacionamento. É importante que as crianças se sintam aceitas no grupo familiar. Se elas se sentirem aceitas, certamente elas se sentirão como parte dela.

Jesus acrescentou que deveríamos recebê-las como se tivéssemos recebendo-O! Se fôssemos receber a Jesus, como O receberíamos? Certamente com o melhor. É assim que devemos receber as crianças: com o melhor que nós temos. Isso implica em termos um lugar limpo e descente; investirmos em material para; prepararmos a reunião com antecedência; colocarmos cartazes de boas vindas; orarmos pela reunião e pelas crianças.

O melhor de um grupo pode não ser o mesmo para outra. Mas o importante é que todos façam o melhor dentro de sua realidade.

3. Não seja tropeço para as crianças

"Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar". (Mt 18.6)

Isso acontece quando se coloca empecilho no caminho delas, impedindo-lhes o acesso à Deus. A reunião do grupo familiar de crianças e de juvenis é tão importante quanto a de adultos. Nada deve impedir que ela aconteça.

Tenha muito cuidado com a sua atitude em relação a essa questão, pois o grupo familiar nunca é neutro. Ele pode ser um canal para levar uma criança a Deus e firmá-la em seus caminhos, como também pode tornar uma criança indiferente à Palavra de Deus.

O desprezo da parte daqueles que deveriam ser os primeiros a liberar o caminho tem sido a maior pedra de tropeço para conduzir as crianças a Cristo. Desprezo é a atitude de ignorar o outro, não fazer caso, não dar importância. Essa tem sido a atitude de alguns pais, líderes de crianças e, até mesmo, pastores em relação ao trabalho infanto-juvenil nas igrejas.

Aos que assim procedem, o Senhor Jesus faz esta advertência: Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos. O líder deve ser o primeiro a mudar. Como? Valorizando o grupo familiar, cuidando e protegendo as crianças de tudo que vem para destruí-las e impedir-lhes de ter um encontro verdadeiro com Deus. É dever do líder incentivar os pais das crianças a investirem e participarem desse trabalho.

4. Ame-as como Jesus as amou

"...se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei". (1Co 13.2)

Toda obra de Deus deve ser feita com amor. Guarde estas duas maneiras bem práticas de expressar o amor de Deus às crianças:

1)Seja paciente

Para lidar com crianças, é preciso paciência. E paciência é uma Pessoa: Jesus! Por isso elas gostavam de ficar perto dEle. Criança gosta de ficar perto de gente alegre. Jesus, com certeza, era alegre e sorridente. O líder deve ser assim também. Portanto, do mesmo modo como Jesus se relacionou com as crianças, relacione-se você também.

Se você conquistar o coração das crianças, poderá influenciá-las com a Palavra de Deus. A seguir, damos algumas sugestões que o ajudarão a atingir esse objetivo.

a) Gaste tempo com elas

Jesus expressou seu amor pelas crianças ao gastar Seu tempo com elas. Líder, o seu tempo não é mais valioso do que o de Jesus! Portanto, invista e valorize seu tempo na reunião. O ideal é que a reunião dure uma hora, não mais que isso.

É bom lembrar que o grupo familiar existe todo o tempo, além do período da reunião. Por isso, o relacionamento entre o líder e as crianças deve estender-se além da reunião.

b) Ouça o que elas têm a dizer

Para desenvolver um relacionamento de amor, você precisa aprender a ouvir. Mostre preocupação com os problemas e dificuldades delas.

Na reunião do grupo familiar, o compartilhamento é o momento mais importante pois, através do que a criança fala, você pode conhecê-la melhor. Então, ouça-a.

c) Ore com elas e abençoe-as

Abençoar é um ato de amor. É importante que o líder, antes de orar abençoando, ore intercedendo. Intercessão é colocar-se no lugar daquele por quem você intercede. Ore pelas crianças, para que elas conheçam a Deus e sejam sensíveis ao Espírito Santo. Ore também pelas famílias delas.

Depois, ore abençoando-as. Faça isso com elas e deixe que elas ouçam. Declare que elas são crianças inteligentes, obedientes, amadas, preciosas e que serão cheias do poder de Deus. Ao fazer isto, você estará ligando o céu à terra, isto é, trazendo a existência o propósito de Deus para elas.

2) Mantenha a disciplina

"Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade".(Hb 12.10b)

Onde existe a vida de Deus, há ordem! O líder deve manter a disciplina, para que a vida de Deus possa se manifestar. A disciplina visa ao aproveitamento, isto é, ao bem das crianças. Do contrário, elas mesmas serão prejudicadas.

Mantenha um quadro na parede, com as regras escritas em letras grandes e faça-os lembrar-se delas, se precisar.

A disciplina depende muito de como é conduzida a reunião. Portanto, seja criativo. A seguir, damos algumas sugestões simples e práticas:

- De vez em quando, sente-se no chão com elas.

- Use uma linguagem clara, que elas entendam bem. Uma mente dispersa pode levar à indisciplina.

- Seja espontâneo e alegre. Evite chamar-lhes a atenção, a todo instante (Isso traz peso à reunião). Lembre-se: o ideal é elogiar em público e repreender em particular.

- Tenha sempre à mão algo interessante, que possa prender a atenção das crianças, enquanto você fala. Pode ser uma gravura, ou algo relacionado com a lição. As crianças têm a capacidade de prestar atenção em duas coisas ao mesmo tempo.

- Deixe-as participar. Você pode passar a mensagem, enquanto brinca com elas.

3. Valorize as habilidades das crianças

As crianças são, normalmente, ativas: gostam de fazer uma série de coisas. O líder deve explorar essas habilidades naturais para ensinar-lhes princípios espirituais. Portanto:

- Descubra aquilo de que elas gostam e que sabem fazer.

- Deixe que elas percebam que você realmente aprecia aquilo que elas fazem. Um dos papéis do líder é ser um motivador.

As crianças são muito criativas: gostam de inventar coisas. Portanto:

- Deixe que elas expressem com desenhos, pinturas e trabalhos manuais, como elas se sentem, ou o que aprenderam no dia.

Elas gostam de representar Portanto:

- Estimule um grupo de teatro no grupo familiar;

Elas gostam de contar suas experiências. Portanto:

- Reserve uma reunião só para testemunhos. (Não deixe de compartilhar com os adultos aquilo que Deus tem feito na vida delas.)

Elas gostam de ler histórias. Portanto:

- Faça um plano de leitura bíblica específico para elas e deixe que elas contem a história que leram.

Elas gostam de ouvir histórias. Portanto:

- O líder deve ser um bom contador de histórias. Uma boa história pode despertar a sede em conhecer mais de Jesus.

Além de habilidades naturais, as crianças possuem outras:

- Elas podem orar nas reuniões. Então, a cada reunião, escale duas crianças: uma criança para conduzir o período de oração e outra para declamar a Palavra.

- Elas podem orar com os enfermos. Leve-as a orar com outras crianças enfermas e depois, com os adultos enfermos também.

Elas gostam de cantar. Cante com elas. Se não houver acompanhamento de algum instrumento musical, use um CD. Estimule a adoração. Foi através de um grupo de crianças que Jesus declarou ter sido expresso o perfeito louvor.

4. Supra as necessidades espirituais das crianças

Toda criança possui espírito, alma e corpo. Cada uma dessas partes tem suas necessidades próprias. Toda criança tem necessidades espirituais, que devem ser conhecidas e supridas por aqueles que trabalham com elas. Portanto, a criança precisa:

- Ter um conceito verdadeiro de Deus. Para que isso aconteça, ela precisa conhecer o Deus da Bíblia, pois, quando a Bíblia fala, Deus fala. O líder deve evitar usar frases prontas, do tipo: “Deus não gosta de criança que faz isso ou aquilo” pois distorcem o caráter de Deus. Deus nunca deixa de amar uma criança, porque ela fez algo errado. Ele odeia o pecado, mas ama o pecador arrependido.

- Saber que ela tem valor para Deus. A criança precisa saber que ela é importante para Deus e que Deus quer morar dentro dela.

- Saber que a Bíblia é a verdade e aprender a aplicá-la à sua vida. Ela precisa saber que Deus é o autor da Bíblia e que Ele a escreveu porque queria que O conhecêssemos. A Bíblia mostra a vontade de Deus para nós; por isso, deve ser obedecida.

- Saber que tem um inimigo. Ela precisa saber que existem dois reinos: o reino do céu, onde Deus reina; e o reino do mal, onde o diabo reina. Ela não precisa temer o inimigo, porque Deus está sempre com ela e, ainda, é maior e mais poderoso do que esse inimigo.

- Ela precisa conhecer e receber o plano de salvação. Todos precisam de salvação, que é gratuita. Para a criança ser salva, basta crer e confessar a Jesus como seu Salvador e Senhor. Através do novo nascimento, qualquer um, e, não apenas a criança, torna-se um filho de Deus. É a única maneira de viver com Deus para sempre. Ela pode escolher, Deus não à força. Mas essa escolha só pode ser feita nesta vida; não haverá uma outra oportunidade.

5. Toque o coração delas com a Palavra de Deus

A Palavra de Deus produz vida que flui através de você. Ela tem o poder de transformar as pessoas. E as crianças também precisam, de transformação.

O coração é a porta de entrada e saída de toda pessoa. Se você tocar o coração da criança, ela irá abri-lo para receber a Palavra de Deus.

Não é por tratar-se de crianças que a reunião tem de ser superficial. Isso é um engano! As crianças não precisam de um animador de auditório, nem de alguém para distraí-las enquanto os pais fazem alguma coisa. Elas precisam ter contato com Deus. E esse líder de grupo familiar é o canal. As reuniões acontecem com o propósito de transmitir a Palavra de Deus a um grupo de pessoas carentes e sedentas, as crianças. Portanto, não fuja do alvo.

As crianças precisam nascer de novo; por isso pregue o Evangelho para elas, faça apelos, leve-as a confessar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas.

Elas precisam de transformação na alma, e isso só acontece mediante a Palavra. Fale a Palavra de Deus e aplique-a à vida das crianças, isso tem poder! A Palavra é viva! Ensine-as a viver com Deus no dia-a-dia: influencie-as a orar, a ler a Bíblia, a obedecer, a desejar Deus. Para isso, você líder, precisa ser alguém que vive e conhece a Deus. Por quê? Porque as crianças receberão aquilo que você der para elas. Se o que você tem for só aparência, de nada adiantará; dependa do Espírito Santo.









6. Não desista delas!

"É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma". (Lc 21.19)

A palavra-chave para o líder é determinação. Determinação é a decisão de continuar até atingir o objetivo. Por isso, o líder deve sempre estar:

- Determinado a vencer os testes. Muitos líderes de crianças desistem na primeira dificuldade. Lembre-se: dificuldades, freqüentemente, são testes, sob a permissão de Deus, para nos aprovar. Então, persevere e responda a Deus.

- Determinado a vencer as resistências. Você luta contra um inimigo determinado, o diabo, mas se você resisti-lo, a sua determinação prevalecerá. Resistências são vencidas com oração, perseverança no trabalho e exercício de autoridade no mundo espiritual. Deus deu autoridade ao líder para agir no nome dEle.

- Determinado a vencer os desafios. Os testes e resistência são os desafios que nós não escolhemos, mas temos de enfrentar. Os alvos, porém, são aqueles desafios que nós mesmos estabelecemos. Ao estabelecer alvos, determine aquilo que você quer alcançar. Seja específico e estabeleça alvos para o mês, para o semestre e para o ano, mas não se esqueça de envolver as crianças neles. Crie estratégias para alcançá-las. Lembre-se de sonhar grande, porque o seu Deus é muito grande! Ele é o maior interessado em que seu grupo permaneça e dê frutos!

- Determinado a manter o seu compromisso com as pessoas. Seu compromisso começa com Deus, depois com os pastores e coordenadores e, também, com as crianças. No dia da reunião do grupo familiar, o seu compromisso principal é com as crianças. Não pode haver outro. O líder não deve desmarcar a reunião a menos que seja inviável. Quando o líder deixa de ir à reunião, por displicência, estará passando a mensagem de que nem as crianças, nem os seus líderes são importantes. Estará dando um mau exemplo de lideranças às crianças.Um líder que tem compromisso jamais abandona seu grupo.



Compromisso é sinônimo de responsabilidade. O líder é responsável tanto pelo sucesso, quanto pelo fracasso do grupo familiar.

- Determinado a vencer o desânimo. O desânimo é a ferramenta mais eficaz que o diabo usa para nos paralisar. Cuidado com ela! A maneira mais comum de sermos atingidos pelo desânimo é através de palavras de desencorajamento.

Conta-se que, certa vez, uma formiguinha decidiu subir um monte muito alto. Durante o trajeto, ela encontrou outras formigas, que tentaram dissuadi-la de alcançar o topo do monte.

É melhor você parar e voltar – disseram-lhe.

Você nunca conseguirá chegar ao topo. Este monte é muito alto. Volte!

A formiguinha, porém, continuou assim mesmo. Logo a seguir, apareceu outro grupo e, entre eles, mais conselheiros.

Você é muito pequenininha – disse-lhe uma operária, às voltas com um enorme torrão de açúcar. Não vai chegar lá em cima.

Olhe as suas perninhas. – Agora era um robusto soldado, chamando-a à razão. São tão finas, uma sonora gargalhada soou, sarcasticamente.

Você não vai agüentar – continuou o defensor do ninho. – Desista!

Ela, porém, continuou. De repente, olhando para o alto, viu, lá no topo, outra formiguinha. Então , ela se voltou para os outros membros da colônia e perguntou:

Uai! Se é tão difícil assim, como é que aquela formiguinha chegou lá?

Ah!Você não sabe? Ela é surda!

Moral da história: Decida-se a respeito daquilo que você quer ouvir e daquilo em que vai acreditar. Existe tipo de declaração pessimista, que vem só para desanimar.

Por isso, recuse-se a ouvir esses relatórios negativos. Firme-se na Palavra de Deus e mantenha os olhos fixos nos alvos.

Nosso alvo é consolidar as crianças e firmá-las na igreja. Toda criança na faixa etária entre 12 e 14 anos deve ser preparada para o batismo. O líder deve esforçar-se para levá-las ao Peniel e, logo após, batizá-las, inseri-las no grupo familiar, como líderes em treinamento. Além da consolidação, visamos também à multiplicação, que deve ocorrer simultaneamente à multiplicação dos adultos. No capítulo 8, você encontrará instruções sobre os procedimentos para esses processos.

- Determinado a ver um milagre. Tenha certeza de uma coisa: A menos que Deus realize um milagre, você fracassará! Por isso, volte os seus olhos para o Senhor, porque dEle vem o seu socorro. A única garantia de que você jamais fracassará é a intervenção de Deus. Trabalhe sempre com a expectativa de que o seu trabalho é fruto de um milagre de Deus.

7. Identifique-se com as crianças

O líder de criança deve tornar-se como uma criança! Como?

- Seja alegre. A alegria é uma característica própria das crianças. Elas gostam de coisas alegres: o ambiente (decore o ambiente), as histórias, as músicas... Alegria se traduz em bom humor. O líder de crianças deve ser uma pessoa bem-humorada. Sendo assim, as crianças certamente vão querer ficar perto de você. Explore ao máximo essa virtude e você terá um grupo familiar forte. Pois é na alegria que está a sua força!

- Seja espontâneo. Ser espontâneo é ser livre! Você pode seguir cada passo do Manual de Líder e, mesmo assim, ser livre. A sua espontaneidade deve estar na sua expressão. Ser espontâneo é ser criativo. Use a sua criatividade e brinque com as crianças!

- Seja dependente. As crianças são as pessoas mais dependentes que existem. Aprenda com elas a depender de Deus e certamente você irá alcançá-las com muito mais eficácia.

8. Transforme-as em agentes do reino

O verdadeiro líder é aquele que consegue despertar nas pessoas aquilo que elas têm, mas não sabem o que possuem!



As crianças têm um grande potencial, do qual elas não têm conhecimento. A melhor maneira de começar é formando nelas uma identidade de vencedor. Mostre, então, que este é o perfil de um agente do reino:

- Ele é um vencedor – alguém que obedece a Deus.

- Ele é alguém que trabalha com Deus; por isso, é chamado de agente do reino, pois conhece os planos de Deus.

- Ele é um guerreiro; ele luta contra o pecado – que nos separa de Deus; contra o mundo – que só tem ilusão, contra o diabo – que engana a mente.

- Ele é alguém que agrada a Deus. Conte histórias de pessoas que enfrentaram desafios, que venceram e que agradaram a Deus. Diga-lhes que elas também vencerão.

- Um agente do reino é alguém que ora! Cremos que Deus quer levantar uma geração de intercessores, mas para que isso aconteça, primeiro precisamos ensiná-las a orar.

- O vencedor realiza os sonhos de Deus. Plante sonhos no coração delas. Estimule o crescimento espiritual e estabeleça desafios. Por exemplo: ”Vamos ver quem consegue orar mais tempo esta semana?” Ou então: “Este mês, a criança que memorizar mais versículos do livro... (escolha um livro da Bíblia) terá direito a um lanche”. Lembre-se: Você alcançará melhores resultados, se associar os desafios – que visam explorar o potencial – com a recompensa.



Crianças não dão trabalho, elas dão frutos

Estimule-as a testemunhar daquilo que Deus tem feito em suas vidas. Uma criança de dez anos testemunhou que ganhou para Jesus cinco amigas da escola e levou-as para o grupo familiar. Uma dessas amigas se converteu. Sabe por quê? Porque a amiguinha cristã orou pelos pais dela, que estavam separados e, depois de um mês, eles se reconciliaram. Uma simples ação de fé de uma criança pode salvar toda uma família.

As crianças, comumente, têm uma fé mais prática do que os adultos. Mas elas precisam ser estimuladas a pregar. Líderes, vocês têm um grande potencial nas mãos. Não o desperdice.





Creiam e vocês verão a glória de Deus.

As crianças são líderes em potencial. Inculca isso na mente delas. Se elas acreditarem, no tempo certo estarão liderando e, nós teremos uma geração de líderes.

Por isso, você deve manter uma expectativa igual para com todas as crianças. Talvez, uma criança que você pense não ter condições para liderar poderá tornar-se um grande líder. Lembre-se: Nem sempre a resposta vem rápido. Crescer leva tempo!

Conclusão



Nós da INSJC temos que incentivar o trabalho com as crianças. Temos que ter uma estrutura especial para elas, no grupo infantil. Os grupos de crianças podem funcionar simultaneamente com os de adultos. Elas podem funcionar no mesmo dia e hora que o grupo de adultos, em outro local da casa, ou em outra residência.

Os grupos de adultos, que não têm um infantil paralelo, passam por dificuldades pelos seguintes motivos:

- Muitos pais deixam de ir à reunião, pois não têm com quem deixar as crianças e ficam constrangidos em levá-las, com receio de que perturbem a reunião.

- Quando os pais levam as crianças e não há um grupo infantil, as crianças ficam inquietas e passam a não querer mais ir ao grupo familiar.

- Os anfitriões ficam incomodados com a bagunça e com o barulho das crianças. Grupos familiares com esse perfil chegam a fechar, pois as reuniões não são produtivas.

- Muitos adultos pensam erroneamente que é só para adultos, e que as crianças precisam apenas ser entretidas com alguma atividade.



Precisamos ter treinamentos específicos para preparar líderes de crianças, que devem estar ligados aos Coordenadores, os quais por sua vez devem estar ligados ao pastor local.

Os grupos infantis também devem ser cadastrados e prestarem relatórios. Neles devem existir o mesmo acompanhamento e apoio que também há no grupo de adultos.


BIBLIOGRAFIA

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2- Ed René Kivits, Koinonia, Manual Para Lideres de Pequenos Grupos (Abba Press, 1994).

3- Mikel Neumann, Alcançar a Cidade – as células na evangelização urbana (Ed. Vida Nova, 1993).

4- Roy Pointer, Good thigs come in small groups (Intervarsyty, 1985).

5- Ralph Neigbour, Where do we go from here (Touch publications, 1990).

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7- Vários, Manual do Auxiliar de Célula ( Ministério Igreja em Células, 1995).

8- Vários, Manual do Líder de célula ( Ministério Igreja em Célula, 1995).

9- Vários, Manual do Supervisor de Célula ( Ministério Igreja em Célula, 1995.

10- O Ano da Transição ( Ministério igreja em Célula, 1995).

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12- Larry Stockstill, Igreja em Célula ( Editora Betânia, 2000).

13- Joel Comiskey, Crescimento explosivo da Igreja em células ( Ministério Igreja em Célula, 1997).

14- Dinamarcia F. B. Moreira, Igreja em Célula (Ed Profetizado Vida, 2000).

15- Aluízio A. Silva, Manual da Visão e Pratica de células (Ed. Videira, 1998).

16- Aluízio A. Silva, Manual da Visão de Células (Edição Julho de 2004)



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