Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente
Jesus é Deus
Como as profecias do Velho Testamento e o ensino do
Novo Testamento demonstram que o Messias judaico é Deus.
Se existe uma
doutrina de grande importância no cristianismo, essa é a doutrina da natureza
de Cristo - Sua divindade e humanidade.
É somente nesta
axiomática doutrina que está edificada a fé cristã. As Escrituras cristãs,
compostas por 66 livros do Velho e NovoTestamentos, enfatizam a necessidade de
um Redentor para os homens que estão em pecado. Todos eles estão mortos,
perdidos e sob a ira de Deus, à espera do julgamento final pelos seus pecados,
a não ser que o Salvador os resgate. Esse Salvador não é apenas um bom mestre,
um homem sábio, como alguns supõem. O Redentor da Bíblia cristã é o próprio
Deus, que toma na carne a forma humana e morre pelos pecados do Seu povo. Ele é
o único homem-Deus, uma Pessoa com duas naturezas não misturadas, mas unidas.
Não existe religião alguma com a Divindade de um Redentor e a complexidade das
duas naturezas do Messias. Sim, existiram muitas religiões de mistério na
antiguidade, as quais, de um modo ou de outro, enfatizaram uma divindade ou um
semideus, vindo para salvar os homens, ou ajudá-los de várias maneiras. Porém
nenhuma delas enfatizou a divindade suprema de um Deus Todo-Poderoso, o qual
tomou a forma humana, para salvar do horror de Sua própria ira alguns que
estavam mortos em ofensas e pecados. Neste ponto, Jesus Cristo permanece
exclusivo. Maomé, Krishna, Buda e outras figuras religiosas jamais fizeram as
afirmações que Cristo fez. Eles jamais afirmaram ser Deus. Jesus Cristo foi o
único homem que afirmou ser Deus e manteve essa afirmação, sempre e sempre.
Neste estudo veremos que os escritores bíblicos afirmaram constantemente que o
seu Salvador era Deus em
carne. Maomé , Krishna, Buda e outras figuras religiosas,
mantiveram todos a afirmação de serem mais iluminados do que os outros, ou
divinamente tocados, mas nunca que eram Deus. Como poderiam fazê-lo? Como
poderiam eles comprovar suas afirmações? Porventura eles podiam ressuscitar os
mortos? Podiam transformar água em vinho? Podiam andar sobre o mar? Não!
Somente Jesus Cristo e unicamente Cristo, afirmou ser Deus.
O objetivo deste
artigo é demonstrar o inegável testemunho bíblico ao fato histórico de que
Jesus Cristo, o único Redentor dos homens, é Deus. Somente Ele fez essa
afirmação e o registro bíblico torna isso constantemente conhecido.
Exemplos da Divindade
do Messias no Velho Testamento
Começo usando algumas
profecias do Velho Testamento, a fim de provar que o Messias vindouro era
Divino. Ele não era especial de alguma maneira abstrata, mas o próprio Deus. O
servo sofredor de Isaías 53 não é apenas um homem que morre na cruz. Esta seria
uma morte sem significação alguma, pois muitos outros homens já haviam morrido
crucificados, muito antes de Jesus Cristo vir à Terra. Em vez disso, as
profecias do Velho Testamento confirmam enfaticamente e provam a divindade do
Messias como Deus.
Primeiro, numa nota
preliminar, é importante salientar que o finito não pode conter o infinito.
Seres humanos não compartilham dos atributos incomunicáveis de Deus, em
hipótese alguma. Seres humanos não podem ser infinitos, eternos, imutáveis,
etc. Eles são criaturas limitadas e não podem se tornar Deus, nem tomar os Seus
atributos. Com o Messias, isso também é verdade. Contudo, Deus pode
adicionar-se à natureza humana, sem misturar Sua divindade com a humanidade.
Essa ligação é feita sem a mistura das duas naturezas. A natureza humana
continua a ser humana e a natureza divina, sempre divina, embora numa só
pessoa. O Filho de Deus possui duas naturezas. É uma Pessoa com duas naturezas.
A completa união desta natureza é um mistério, mas essencial e necessário,
conforme a Bíblia ensina. As Escrituras atestam este fato numa variedade de
exemplos. Menciono aqui que Deus não pode compartilhar Sua divindade na
natureza da humanidade do homem. Isto é importante, quando se consideram os
versos referentes ao unigênito Filho do Pai e provas idênticas. Deus não pode
criar outro Deus, nem um homem pode se tornar Deus. Dizer isso é deixar de
pensar, penetrando no reino da fantasia. Não estamos falando de Zeus ou Hermes,
figuras fantásticas criadas, os quais são homens com extraordinários poderes
(como os nossos super-heróis de hoje). Em vez disso, estamos falando de um ser.
Deus não pode compartilhar o Seu Ser com criatura alguma. Ele só pode
compartilhar o Seu Ser dentro de Si mesmo. Veremos, então, que Jesus Cristo é
Deus e que o Filho de Deus é outro oficio, manifestação ou ministério na
economia Divina, agora tendo uma natureza humana. O mesmo Deus Pai, Filho e
Espírito Santo, sendo o Único Deus.
Contudo, Deus tomou a natureza humana, como o homem Jesus Cristo. Aqui, Jesus
continua dizendo que é Deus, Aquele que é o único e todo-poderoso. A Bíblia
comprova que isto é verdade? Sim, ela o faz e de forma poderosa.
No Velho Testamento
existe uma porção de Escrituras que testificam que o Messias judeu que haveria
de vir é Deus. Para os israelitas, o Messias profetizado seria o próprio Deus.
Temos aqui algumas das mais memoráveis Escrituras que foram registradas. A
primeira é Salmo 2:6-12, no qual acontece um diálogo entre Deus e o Seu Filho
unigênito:
"Eu, porém, ungi
o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião. Proclamarei o decreto: o SENHOR me
disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por
herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara
de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede
prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor, e
alegrai-vos com tremor. Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no
caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles
que nele confiam."
Vemos aqui que o
Senhor gera o Seu Filho. Esta é a eterna geração do Filho pelo Pai. Então, o
Filho deve ser adorado, pois "beijar" significa "dobrar os
joelhos diante". Se o Filho não for adorado, Ele ficará zangado e levará
os homens a perecer em seus caminhos. O Filho fica irado, e o único meio de
escapar é NELE confiar para o livramento. Como poderiam o Filho e o Senhor ter
essas qualidades? A resposta é que o Senhor é o Filho, e o Filho é o Senhor,
pois nenhum mero homem seria profetizado dessa maneira. Somente Deus pode
acender Sua ira por causa da falta de adoração ao Seu Divino Ser.
O Salmo 110:1 também
atesta o diálogo entre Deus e Deus. Davi escreve: "Disse o SENHOR ao meu
Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo
dos teus pés." Jesus usa isso lindamente contra os fariseus, quando indaga
como poderia o Messias ser o Senhor de Davi e o seu filho ao mesmo tempo? A
palavra aqui deve ser observada. A tradução literal diz: "Yahweh disse ao
meu Adonai." O termo "Yahweh" corresponde ao nome de Deus,
literalmente declarando "Eu Sou". Sempre que a designação Yahweh é
usada na Bíblia em todo o Velho Testamento, ela se refere ao "Grande Eu
Sou". O título "Adonai" é usado para designar a suprema posição
de Deus como "Senhor". Então, Yahweh está falando para Adonai. Vemos
aqui Deus falando para Deus. O escritor de Hebreus usa este Salmo diversas
vezes para designar o ofício do Messias como o Sumo Sacerdote da ordem de
Melquisedeque. Esta promessa, ou pacto, feito por Deus consigo mesmo o Messias.
Aqui, o Messias é, pelo pacto, destinado à função Messiânica, como o Sumo
Sacerdote de uma melhor aliança. Aqui, Deus fala com Deus. Vemos o eterno
conselho em ação; filho de Davi e, contudo, o Senhor de Davi.
Daniel 7:13 é também um verso muito
importante, e um dos meus favoritos. Nesse verso encontramos o título
"Filho do Homem", não como um título de humanidade, mas de deidade:
"Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens
do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram
chegar até ele." Duas figuras são apresentadas nesta visão, uma do Ancião
de Dias e uma do Filho do Homem, que vinha nas nuvens do céu, ou a glória
shekiná do céu. Quem quer que seja o Filho do Homem, Ele é Divino. De fato, Ele
é tão brilhante em Sua glória, que brilha em Si mesmo como as nuvens do céu.
Compactas nuvens de glória de brilho divino ilustram ante o Ancião de Dias,
quando o Filho do Homem entra na Corte Divina e os livros do julgamento são
abertos. Como veremos, a designação favorita de Jesus a Si Mesmo é este título:
Filho do Homem. Ele certamente sabe que é o divino Filho do Homem, que
compartilha a glória de Deus. De fato, Ele resplandece com o brilho da glória
de Deus.
Em Miquéias 5:2
encontramos a profecia do local de nascimento do Messias. Mas ela não apenas
marca o local do nascimento da humanidade de Cristo, como também marca a dupla
natureza de que Aquele que vai nascer é eterno: "E tu, Belém Efrata, posto
que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em
Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade." Os dias do Messias são de 'eternidade'. Ao Messias são
atribuídos incomunicáveis atributos divinos - como a eternidade ou a natureza do
que é eterno. Somente Deus é eterno e, contudo, vemos que o Messias é
considerado Eterno.
Zacarias 13:7 também
designa o Messias com o título divino de Deus Todo-Poderoso. Quando Cristo
estava no jardim com Seus discípulos e foi preso, cumpriu-se a profecia de que
o pastor seria ferido e as ovelhas se dispersariam: "Ó espada, desperta-te
contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos
Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha
mão sobre os pequenos." A chave aqui é "volverei a minha mão sobre os
pequenos". O Senhor está falando de Si mesmo. Ele é o pastor que vai
estender Sua mão sobre os pequenos [irmãos judeus] e os juntará para trazê-los
de volta. Ele é o Messias e também o Senhor.
Uma das profecias
mais específicas referindo-se ao Messias é Isaías 9:6. Vamos ler o bem
conhecido verso da natividade, referindo-se ao advento do Messias como um
menino nascido e, em seguida, a designação que Lhe é dada: "Porque um
menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus
ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz." Aqui, o Messias é chamado de Maravilhoso!
Por quê? Uma resposta pode ser encontrada em Juízes 13, onde encontramos a
narrativa do nascimento de Sansão. Os pais de sansão, Manoá e sua mulher,
encontram-se com o Anjo do Senhor. Após longa conversa sobre o nascimento de
Sansão, Manoá pergunta o nome do anjo. A resposta se encontra em Juízes 13:18: "E o anjo do SENHOR lhe
disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso?" O
nome do anjo é Maravilhoso! Em geral, os anjos têm nomes como Gabriel ou
Miguel. Contudo, esse anjo tem um nome maravilhoso demais para mencionar. Após
a partida do anjo, Manoá faz uma importante declaração, conforme Juízes 13:22: "E disse Manoá à sua
mulher: Certamente morreremos, porquanto temos visto a Deus." O anjo do
Senhor, cujo nome é Maravilhoso, é Deus. Isso nos esclarece, quando
consideramos Isaías 9:6. O Messias é Deus e o Seu Nome é Maravilhoso. Contudo,
a profecia de Isaías não pára aqui. O Messias não apenas é chamado Maravilhoso,
como Deus, mas também é chamado Deus Poderoso. Se essa designação não for
bastante explícita, a profecia também O chama de Pai da Eternidade. O Messias
não é apenas o Redentor terreno, mas o Deus Poderoso, Pai da Eternidade. Pai da
Eternidade é a designação que Cristo dá a Deus, nos evangelhos. O Messias é
chamado Deus nesse verso profético de Isaías, por três vezes: uma vez, sutilmente,
como Maravilhoso. Uma vez, explicitamente, como Deus Poderoso e uma vez como o
Pai da Eternidade. Portanto, o Messias é Deus!
Junto com Isaías 9:6,
como uma amada profecia referente ao advento, vem a profecia do Emanuel, de
Isaías 7:14: "Portanto
o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um
filho, e chamará o seu nome Emanuel." Mateus interpreta o nome Emanuel
corretamente, em Mateus 1:23,
como sendo 'Deus conosco'. A profecia referente à narrativa do nascimento de Cristo,
conforme designada e interpretada por Mateus, um meticuloso contabilista e
coletor de impostos, diz que Cristo é Deus. Sim, o Cristo nascido de uma virgem
é Deus!
Outra profecia
referente a Cristo é Jeremias 23:5-6: "Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em
que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá
sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será
salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o
chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA. O descendente levantado a Davi será um Renovo
justo. O Messias virá da linhagem de Davi e será exaltado como Deus. Ele também
será chamado "O Senhor, Justiça Nossa." Essa designação é dada
exclusiva e literalmente a Deus, como "Yahweh Tsidkenu". O Messias
não somente é exaltado como Deus, mas também é chamado "O Senhor Justiça
Nossa". O Messias é Yahweh. O Messias é Deus!
A última profecia que
gostaríamos de examinar rapidamente é Malaquias 3:1: "EIS que eu envio o
meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu
templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós
desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos." Vemos aqui que o
Messias é identificado como "O Senhor", o qual virá ao Seu templo.
Ele é o Mensageiro da Aliança e o Servo eleito em quem Deus se compraz.
Mas Ele é o próprio Deus. Marcos 1:2 confirma esse verso de Malaquias, quando
atesta a vinda de João Batista: "Como está escrito nos profetas: Eis que
eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de
ti." O mensageiro vem e, em seguida, vem o Senhor. Lucas também diz isso,
em Lucas 1:76: "E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque
hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos." Lucas
registra que João Batista será o profeta que preparará o caminho do Altíssimo,
o Senhor que virá ao Seu templo. O Messias é o Altíssimo Deus.
Estas profecias são
apenas uma seção de cruzamento entre aqueles que falam do Messias como sendo
divino. Mas cada um deles credita o Messias como Deus. O Messias, ou o Cristo,
que virá é o Senhor Deus do céu e da terra. As projeções das Escrituras do
Velho Testamento respaldam este assunto. Isso é inegável, visto como o Novo
Testamento confirma as projeções do Velho Testamento como o fato histórico na
vida de Jesus Cristo.
Passagens
Selecionadas do Novo Testamento Que Provam Que Jesus é Divino
O Novo Testamento não
deixa qualquer dúvida sobre Cristo ser o Messias ou que o Messias é Deus. Jesus
falou isso de Si mesmo e os apóstolos falaram sobre Jesus, mesmo depois que Ele
subiu ao céu, e em todas as cartas do Novo Testamento dirigidas às igrejas.
Negar esse fato é reinterpretar a mensagem da Bíblia, desprezando o próprio
texto - algo que a maioria das pessoas que odeia a Cristo faz. Examinar o texto
e tratar honestamente com o mesmo é ver a divindade de Jesus Cristo como o
único verdadeiro Deus.
Vamos começar um
breve exame dessas passagens com o texto constantemente explorado de João
1:1-3: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e
sem ele nada do que foi feito se fez." O Verbo aqui mencionado é Cristo.
João utiliza uma efetiva designação do Logos Eterno, a fim de que sua audiência
gentia/romana ficasse convencida de que o Verbo Eterno, o Eterno Logos, era
Aquele que desceu do céu. Esta seria, e de fato foi, uma ferramenta efetiva no
ensino aos gentios aristotelianos e platônicos sobre o Único Deus Verdadeiro.
Vemos aqui que o Verbo Eterno é o próprio Deus. O texto grego não permite uma
tradução de "um Deus", mas somente de "Deus". As
Testemunhas de Jeová assassinaram o texto grego aqui e também negaram a sua
tradução nos versos seguintes. Por exemplo, se o texto diz "um Deus",
então essa tradução deveria ser usada no restante do capítulo. A mesma
construção usada no verso 1 é também usada mais 13 vezes no capítulo,
referindo-se ao próprio Jeová. Ora, se as Testemunhas de Jeová traduzem o verso
1 como "um deus", então deveriam traduzir os demais 13 versos sobre
Jeová com sendo Ele "um deus". Contudo elas não o fazem porque isso
iria prejudicar a sua falsa ambição teológica. Elas simplesmente negam que
Jesus Cristo é Deus, traduzindo horrivelmente o verso 1 e depois traduzindo
corretamente o restante da passagem, visto como esta se refere a Jeová. Esta é
uma interpretação satânica, a fim de negar a divindade do Verbo. Em vez disso,
o Verbo é Deus, vindo de Deus e Criador de todas as coisas. Ele é o eterno Verbo
de Deus, o exato Logos do próprio Deus, o qual veio à Terra em forma de homem,
a fim de salvar Seu povo.
Depois, na mesma
passagem de João 1, encontramos o verso 14 declarando: "E o Verbo se fez
carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade." Ora, João não apenas afirma que o Verbo
é Deus, mas explica que o Verbo mantém toda a glória do Pai, pois é o unigênito
Filho de Deus. O Verbo desceu do céu, habitou entre os homens, e Sua glória, a
glória somente de Deus, brilhou entre os homens, por algum tempo. Sabemos
disso, visto como esse Verbo eterno era a forma do próprio Deus, conforme
Filipenses 2:6-7 explica: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por
usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo, fazendo-se semelhante aos homens." Paulo está falando de Jesus
Cristo. O Messias é Deus, por isso Ele não achou que era usurpação ser igual a
Deus. Ser igual a Deus é ser Deus. Pensem sobre os atributos de Deus e na
incomunicável natureza dos Seus atributos. Somente Deus pode se igualar a Si
mesmo. Mas Deus tomou a forma de homem e foi feito à semelhança de homens, para
salvar os homens dos seus pecados.
Paulo não confunde as
palavras sobre Deus manifestado em carne de homem, quando diz em 1 Timóteo 3:16: "E, sem dúvida alguma,
grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no
Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima
na glória." Quem foi manifestado em carne? Foi Deus. Não foi um ser
semelhante a Deus, mas o próprio Deus. Deus tomou a forma de servo. Adotou em
Si mesmo uma nova natureza, que antes não havia adotado: uma natureza humana.
Sabemos que Jesus
Cristo é o Salvador dos cristãos. Sabemos, por inúmeras passagens do Novo
Testamento, que os apóstolos acreditavam que "Em nenhum outro há salvação,
porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo
qual devamos ser salvos." (Atos 4:12). Isto é axiomático para os apóstolos
- Jesus é o Salvador. É o Seu sacrifício que salva os homens. Em Atos 20:28, vemos o registro de Lucas
sobre a obra de Cristo ser atribuída ao próprio Deus: "Olhai, pois, por
vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para
apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue."
Esse "Ele" é o próprio Deus. Ele comprou a igreja com Seu próprio
sangue. Deus tem sangue? Sim, Ele tem sangue pela natureza humana de Jesus
Cristo. Ele morre e o seu sangue é considerado como o sangue de Deus. Eles são
sinônimos. Desse modo, os cristãos são remidos da condenação eterna pelo sangue
do próprio Deus. Lucas descreve a obra de Jesus como aquela que é feita por
Deus. Isso é verdade porque Jesus é Deus e todos os Seus apóstolos o sabiam. De
outro modo, teria sido blasfêmia honrar um simples homem mortal por uma obra
que somente Deus poderia fazer.
No Livro de Hebreus
vemos o escritor citando muitas passagens do Velho Testamento, comprovando a
divindade do Messias como Deus. Em Hebreus 1:8-9, diz o escritor: "Mas, do
Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de
eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por
isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus
companheiros." Aqui, ele está citando o Salmo 45:7: "Tu amas a
justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de
alegria mais do que a teus companheiros." Vemos aqui Deus falando com
Deus. O Ungido tem um trono e este é o Trono de Deus. O escritor de Hebreus
está provando que Cristo é maior do que Moisés e maior do que os anjos, o que
teria sido um choque para os neoplatonistas, contra os quais ele está
escrevendo. Os platonistas acreditavam em um supremo, único e perfeito Ser.
Esse "Único" tem emanações que fluem do Seu ser perfeito para os
serem inferiores, isto é, Moisés, os anjos e até mesmo os mestres como Jesus.
Mas o autor de Hebreus prova que o Messias é o Único, o próprio Deus eterno,
superior a Moisés e a todos os anjos.
Uma das últimas
provas gerais do Novo Testamento para a divindade de Cristo encontra-se em
Lucas 22:48, em que Judas trai o Filho
do Homem. Lembrem-se que o título "Filho do Homem" é usado 80 vezes
por Cristo, somente nos evangelhos. Esta é a Sua autodesignação favorita.
"E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?" Os
homens têm-se traído uns aos outros com resultados catastróficos... Mas neste
caso, Judas, um homem, trai o Filho do Homem. Nessa colocação histórica, o
maligno e rebelde servo do pecado trai o próprio Deus. Judas cuspiu na face
Daquele que Daniel descreve como vindo sobre as nuvens do próprio céu. Isso
leva a traição de Judas ao infinito grau de malignidade! Teria sido melhor para
Judas que ele não tivesse nascido, para depois trair o Filho do Homem com um
beijo. Ironicamente, o salmista havia dito que devemos beijar o Filho para que
Ele não se zangue e pereçamos no caminho. Judas beijou o Filho de um modo
perverso e por isso está no inferno, pagando esse pecado, agora e por toda a
eternidade.
Designações do Novo
Testamento a Jesus Cristo, Que São Atribuídas ao Deus do Velho Testamento
Existem muitas
passagens do Novo Testamento que são interpretadas à luz do Velho Testamento
como ações realizadas por Deus, porém atribuídas a Cristo. Algumas dessas
espero poder explicar em
seguida. Acho que elas são de muita ajuda para comprovar a
Divindade do Messias.
A tentação contra o
Senhor pelos israelitas no deserto é registrada inúmeras vezes. Esse registro é
tão repetitivo que algumas vezes o leitor fica revoltado diante do aparente
pecado dos israelitas nessa narrativa. Será que o leitor conhece bem este
assunto, ou não? Vamos dar alguns exemplos: Números 14:22: "E que todos os homens que viram a
minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram
estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz..." Em Números 21:5-6,
lemos: "E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes
subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água
há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil. Então o SENHOR mandou entre o
povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em
Israel." Os israelitas desafiaram Deus e as serpentes foram o meio de o
Senhor os castigar. No Novo Testamento, Paulo nos admoesta a não tentarmos a
Cristo. Em seguida, ele liga o evento a Cristo, em 1 Coríntios 10:9: "E
não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas
serpentes." Que não tentemos Cristo agora, a fim de não seguirmos os
israelitas que tentaram a Cristo. Sua frase é "como alguns deles também
tentaram", referindo-se aos patriarcas e aos israelitas, que tentaram
Deus. Para Paulo tentar Deus é como tentar Cristo, visto como ambos são exatamente
o mesmo Deus.
Outra passagem do
Novo Testamento à luz das profecias do Velho Testamento encontra-se em Hebreus
110-11: "E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra
de tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa,
envelhecerão..." Esta é uma descrição do Messias, Jesus Cristo. É uma
citação da obra de Deus citada no Salmo 102:26: "Eles perecerão, mas tu
permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os
mudarás; e ficarão mudados." Aqui vemos novamente a obra de Deus
considerada como obra de Cristo, no Novo Testamento.
Em João 12:40-41, diz
a Escritura: "Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, a fim de
que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os
cure. Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele." Isso mesmo
Isaías disse, quando falou Dele e de Sua glória. João está citando Isaías
6:9-10. Essa visão veio a Isaías no capítulo 6: "Então disse ele: Vai, e
dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não
percebeis. Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e
fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os
seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja
sarado." Aquele que é santo, santo, santo e se assenta no trono é Cristo,
conforme João diz em sua inspirada palavra. Esta é a significação da visão de
Isaías. Os anjos aparecem nessa visão dizendo: "Santo, Santo, Santo é o
SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória." (verso 3).
Esse Deus Todo-Poderoso é Jesus Cristo, conforme João 12:40-41.
Em Isaías 45:23,
lemos: "Por mim mesmo tenho jurado, já saiu da minha boca a palavra de
justiça, e não tornará atrás; que diante de mim se dobrará todo o joelho, e por
mim jurará toda a língua." Isso é copiado pelo apóstolo Paulo, em Romanos 14:11: "Porque está escrito:
Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, e toda a língua
confessará a Deus." Esse ato do joelho se dobrar será feito pelos homens
diante do Senhor e esse Senhor é Jesus Cristo. Paulo atribui o dobrar o joelho
dos homens a Jesus Cristo, visto que, "como eu vivo" e "a
mim", estão falando da Redenção de Deus em Cristo.
Uma das clássicas
ofertas do evangelho encontra-se em Mateus 11:28: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e
oprimidos, e eu vos aliviarei." Nesta graciosa ordem, Jesus diz que os
homens devem ir a quem? Ele diz: "a mim", isto é, ao próprio Jesus.
Em Isaías 45:22,
Jesus toma emprestadas as palavras do profeta: "Olhai para mim, e sereis
salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há
outro." 'Olhai para mim' em ambas as passagens são frases paralelas. Jesus
afirma sua chamada no evangelho, como Deus afirma sua chamada em Isaías. Deus é a
única fonte de salvação – e Jesus é Deus!
No texto supra
citado, vemos Cristo creditar as palavras de Deus a Si mesmo. Em Romanos 10:13, Paulo escreve a mesma coisa,
referindo-se à Redenção em Cristo: "Porque todo aquele que invocar o nome
do SENHOR será salvo." Em Joel 10:32,
o profeta declara: "E há de ser que todo aquele que invocar o nome do
SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim
como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar."
A Jesus é novamente dado o mesmo e igual peso em Sua obra e palavras, que é
dado a Deus. Somente Deus pode ser glorificado dessa maneira, a fim de que o
resultado não seja a blasfêmia. Paulo assegura que as palavras em Joel são, do
mesmo modo, as palavras de Cristo. Aos olhos de Paulo, Cristo é Deus.
Paulo também afirma
isso em Efésios 4:8-9: "Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o
cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto ele subiu que é, senão que também
antes tinha descido às partes mais baixas da terra?" Ele está citando o
Salmo 68:18: "Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste
dons para os homens, e até para os rebeldes, para que o SENHOR Deus habitasse
entre eles." O salmista está falando das obras de Deus; literalmente,
"Yahweh Elohim". Paulo, em seguida, toma essa designação e a
interpreta como a obra de Cristo em Sua ascensão ao céu. Na obra redentora de
Cristo, Ele dá dons aos homens e leva o cativeiro (os que morreram no pecado)
cativo (agora livres em Cristo). A obra de Deus é novamente atribuída a Cristo.
Por que será que
todos esses versos das profecias e idéias do Novo Testamento atribuem as obras
de Deus a Jesus Cristo? Para quem trata fielmente com o texto, logo claramente
é visto que Jesus Cristo é Deus. Ele realiza a mesma obra de Deus e faz a mesma
chamada feita por Deus à salvação, visto como somente Deus pode agir dessa
maneira. Como isso é possível? Vamos mostrar como isso é possível, na próxima
seção, que comprova que Jesus, em seus vários nomes, poder e atitudes, é Deus.
Nomes, Poder e
Atributos Divinos Aplicados a Cristo
Se Jesus Cristo é
Deus, então deveria haver amplas provas no Novo Testamente para respaldar essa
afirmação. Não existem apenas amplas provas, mas elas são tantas que não é
possível registrar todas elas aqui. Apanhei alguns versos selecionados, que
demonstram que Jesus Cristo é Deus, ao contrário da opinião popular.
O nome significa
muito na Bíblia. A designação de um nome pode ser essencial na identificação da
pessoa, ou de um evento ou tempo especial. Por exemplo, "Icabode" foi
o nome dado a uma criança nascida no Velho Testamento, quando Arca da Aliança
foi capturada pelos filisteus, quando o sumo sacerdote Eli morreu. Esse nome
significa "Foi-se a glória". Significativo? Certamente. Desse mesmo
modo, o nome de Cristo vai mostrar o Seu caráter e o Seu Ser.
Em 1 João 5:20, Jesus é chamado o verdadeiro
Deus e a vida eterna: "E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu
entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro
estamos, isto é, em
seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida
eterna." Isso poderia ser mais explícito? Jesus é o verdadeiro Deus. Paulo
afirma isso em Romanos 9:5, onde ele chama Jesus Cristo de "Deus bendito
eternamente": "Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a
carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém." Jesus é o
Deus bendito eternamente." Em Tito 2:13,
Paulo chama Jesus de "grande Deus e nosso Salvador". Ele diz:
"Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do
grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo." Em João 20:28, Tomé faz a confissão: "E Tomé
respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!" Jesus não é somente
Senhor; Ele também é Deus!
Em João 8:58-59,
encontramos uma acirrada discussão entre os fariseus e Jesus. Esse debate faz
aumentar o ódio contra Cristo por parte dos judeus. Diz o texto:
"Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão
existisse, eu sou. Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus
ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se
retirou." Por que eles lançaram mão de pedras para apedrejá-lo? Porque
sabiam exatamente o que Jesus estava dizendo. Jesus estava afirmando ser Aquele
que havia libertado os israelitas do Egito. Ele era o "Eu Sou", que
havia falado a Moisés, conforme Êxodo 4, na sarça ardente. Isso fica mais
forte, quando nos lembramos da discussão anterior com eles, em João 5:17-19, em que Jesus faz algumas
declarações que os judeus não puderam suportar: "E Jesus lhes respondeu:
Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus
ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também
dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Mas Jesus
respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si
mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto
ele faz, o Filho o faz igualmente." Jesus faz o mesmo que o Pai faz. Isso
porque Ele é Deus e pode realizar as mesmas obras do Pai. Ele está em pé de
igualdade com o Pai e pode realizar as mesmas ações do Pai. Se Ele não fosse
Deus não poderia dizer isso. Os judeus entenderam perfeitamente e por isso
quiseram matá-lo. Em seguida, vem o incidente em que Jesus declarou
ostensivamente que Ele era o "Eu Sou", ou o próprio Yahweh.
Deus é glorioso.
Somente Ele é gloriosíssimo e possui uma glória que somente Ele conhece. Isso é
parte Dele. Ele não a divide com os outros. Em João 17:5, Jesus diz: "E agora
glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo
antes que o mundo existisse." Jesus já possuía a glória divina, antes
mesmo que o mundo existisse. Essa glória só pôde ser atribuída a Cristo porque
Ele é "Deus bendito eternamente".
Em João 1:1-3, Jesus
é apresentado como possuindo o atributo da eternidade: "No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio
com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito
se fez." Ele é o verbo que estava com Deus desde o princípio. Isto
significa que Ele é eterno. Ele é também o Criador pode criar tudo do nada. Seu
poder criador comprova a Sua Onipotência. Ele tem os mesmo atributos de Deus
porque é Deus.
Em Mateus 18:20, a onipresença é atribuída a
Jesus: "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou
eu no meio deles." Isso não significa que a humanidade de Cristo esteja
presente em toda parte, pois assim Ele não seria realmente humano. Sua
humanidade seria predominante em Sua Divindade. Ou então Sua Divindade seria
negada, caso fosse misturada à Sua humanidade. Nos dois casos, atribuir uma
mistura de Suas duas naturezas seria cair numa heresia nada ortodoxa. Em vez
disso, sua Divina Natureza como Deus está presente em toda parte. Ele pode
estar no meio do Seu povo, quando dois ou mais se reúnem em Seu Nome. Como
poderia Ele estar no meio de tantas igrejas em determinados dias, se Ele não
fosse Deus?
Cristo não apenas é
onipresente, como outra designação teológica lhe é atribuída - imanência. Em
João 3:13, lemos:
"Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem,
que está no céu." Este verso é muito rico. Jesus não é simplesmente Aquele
que veio do céu, mas, em Sua divindade, Ele permanece no céu. A frase "que
está no céu" demonstra a imanência do Ser Divino. Não apenas o Filho
Divino está andando na Terra, em Sua natureza humana, mas, ao mesmo tempo, Ele
continua enchendo o céu como o Deus imanente de todas as eras.
Visto como Jesus
Cristo é Deus, Ele deve, necessariamente, ser Todo-Poderoso. Tanto Apocalipse
1:8,18 como 11:17, mostram
que a Jesus são atribuídos atributos de onipotência:
"Eu sou o Alfa e
o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir,
o Todo-Poderoso."
"E o que vivo e
fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves
da morte e do inferno."
"Dizendo: Graças
te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que
tomaste o teu grande poder, e reinaste."
Jesus tem as chaves
da morte e do inferno, o que significa ser Ele o Todo-Poderoso Senhor sobre a
morte. O único que pode ter esse poder é Deus. Deus é o Senhor Todo-Poderoso
que controla o inferno e a morte. Jesus pode se levantar sozinho de entre os
mortos, estando no comando dos que estão mortos e no inferno, como o Senhor
Todo-Poderoso.
Em João 5:17, Jesus é apresentado como tendo
os mesmo atributos do Pai: "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até
agora, e eu trabalho também." Ele trabalha do mesmo modo que o Pai.
Novamente, se Ele está realizando as obras do Pai e fazendo a Si mesmo igual
para realizar as mesmas obras do Pai, Ele deve ser Deus para conseguir isso.
Suas obras têm a mesma qualidade das obras do Pai. Os judeus odiavam essas
palavras porque sabiam que Ele estava se fazendo igual a Deus. Por quê? Porque
Jesus é Deus e eles simplesmente odiavam esse fato.
Os evangelhos também
registram que Jesus é onisciente. O Filho de Deus comunicou à natureza humana o
conhecimento que a natureza divina possuía, em alguns casos. Não completamente,
mas em variadas porções. Isto só poderia ter sido possível porque Jesus é Deus.
E não é que os escritores achassem que Ele conhecia algumas coisas, mas todas
as coisas, algo que somente Deus poderia conhecer. Vemos isso em João 1:48: "Disse-lhe Natanael: De
onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te
chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira." Pedro Lhe diz em João
21:17: "Tu sabes
todas as coisas." Jesus conhecia detalhes específicos que somente Deus
poderia conhecer. Por exemplo, em Apocalipse 2:3-4 Ele diz: "E sofreste, e
tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém,
contra ti que deixaste o teu primeiro amor." Como poderia Jesus conhecer
todas essas obras sobre a igreja de Éfeso? Ele teria de ser onisciente, a fim
de perscrutar o coração, a fim de conhecer a sua paciência, trabalho e
perseverança - para não mencionar sua disposição referente ao amor por Ele.
Jesus conhece todas as coisas porque é Deus.
O autor de Hebreus
também escreve que Jesus, o Filho, é imutável – Ele nunca muda. Hebreus 1:11-12
diz: "Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa,
envelhecerão, e como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo,
e os teus anos não acabarão." Em Hebreus 13:8 lemos: "Jesus Cristo é
o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." Ele é o mesmo e Seus anos nunca
chegarão ao fim. Ele permanece eternamente. Ele pode permanecer eternamente
porque é Deus. Isso não significa que Ele não atingisse a idade nem crescesse
em Sua natureza humana. Em vez disso, significa que Cristo, sendo o Divino
Filho de Deus, em Sua
Divindade jamais mudará.
Jesus não somente é
Deus, mas Paulo descreve sua imagem exclusiva como o Único a conter toda
plenitude da Divindade corporalmente. Colossenses 2:9 diz: "Porque nele
habita corporalmente toda a plenitude da divindade." Quem quiser ver Deus,
basta olhar para Cristo. Ele é a imagem do Deus vivo e essa imagem e perfeição
são manifestadas somente Nele, porque Ele é Deus. Nenhum homem poderia jamais
afirmar isso - e nenhum, a não ser Jesus Cristo, fez isso. Por que nenhum homem
o fez? Porque simplesmente não poderia respaldar sua afirmação através do seu
ser. Nenhum homem poderia ressuscitar a si mesmo da morte, nem manter as chaves
da morte e do inferno, porque não é todo-poderoso, nem onisciente, nem
onipresente. Mas Cristo afirmou isso, respaldou suas afirmações e tudo isso Lhe
foi atribuído, constantemente, pelos autores do Novo Testamento.
Sendo Deus, Jesus
Cristo respalda cada afirmação e age como Deus - pois é o Criador. Colossenses
1:16-17 diz: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e
na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam
principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é
antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele." Este texto
é muito rico. Ele criou todas as coisas, sem importar o que sejam: até os
principados e potestades (que podem se referir aos seres angélicos) foram
criados por Ele e também para Ele, para darem toda a glória, louvor e honra que
seu Nome merece. Mas Paulo não pára aqui. Ele diz que todas as coisas subsistem
pelo Seu poder. A Terra, os céus, o universo poderiam cair, se Cristo não os
sustentasse pelo poder de Sua vontade onipotente. Todas as coisas subsistem
NELE, foram criadas por Ele e para Ele.
Jesus também é Aquele
que elege os homens para a salvação. Em João 13:18, Ele elege os apóstolos e condena o traidor Judas:
"Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se
cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu
calcanhar." Judas não foi escolhido e por isso foi apontado como aquele que
levantaria o calcanhar contra o Ungido.
Em 1 Timóteo 6:15-16,
Jesus é chamado de Senhor dos senhores: "A qual a seu tempo mostrará o
bem-aventurado, e único poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores;
aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem
nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno.
Amém." Ele é o Potentado, significando que é o Todo-Poderoso... Somente
Deus pode viver "na luz inacessível". Isso é atribuído a Cristo. Ele é
o Deus eterno que habita na luz inacessível.
Jesus tem o poder de
revelar ou esconder a salvação dos homens. Isso comprova Sua Divindade porque
em todo o Velho Testamento, Deus é o único com poder para salvar e condenar.
Mateus 11:26-27 diz: "Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as coisas
me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e
ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser
revelar." Quando Cristo quer revelar a salvação, Ele o faz e se quiser
escondê-la de outros homens, Ele o fará. A razão pela qual Ele pode declarar ou
esconder a salvação é porque Ele é Deus. Ele tem o direito de dar a vida,
quando o deseja, conforme João 5:21:
"Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também
o Filho vivifica aqueles que quer." Ele não faz isso com todos. Ele
ressuscita apenas os eleitos. Como poderia um mero homem mortal ressuscitar
outro homem? Eu mesmo fico imaginando como isso poderia ser feito, a não ser
que Jesus fosse Deus.
Visto como Cristo é
onisciente, Ele pode responder as orações dos santos, o que somente Deus pode
fazer. João 14:13 diz:
"E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja
glorificado no Filho." (Confira 2 Coríntios 12:8-9) Como poderia um homem
finito conhecer todas as orações dos discípulos, quando eles oram em toda parte
e em diversas horas? Impossível, a não ser que Jesus seja Deus.
Ele não somente
revela a salvação aos homens e responde as orações, mas também perdoa pecados.
Somente Deus pode perdoar pecados. As passagens de Mateus 9:6; Marcos 2:9-10 e
Lucas 5:24 respaldam isso.
Ele pode perdoar pecados e somente Deus pode fazer isso: "Ora, para que
saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados
(disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua
casa." Aqui os judeus ficaram admirados de quem seria esse homem que podia
perdoar pecados. Por isso Ele lhes perguntou: "Qual é mais fácil? dizer ao
paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o
teu leito, e anda?" (Marcos 2:9) Para demonstrar Sua Divindade, Ele
realizou as duas coisas, ambas impossíveis aos homens e somente possíveis a
Deus.
Em todo o Velho
Testamento, Deus ordena que os homens olhem para Ele, a fim de serem salvos e
que depositem sua confiança Nele. Ele estendeu Sua mão a um povo rebelde, todo
o tempo. Houve os que mantiveram sua fé e creram em Deus. Contudo , no
Novo Testamento Jesus é o objeto da fé. Em João 14:1, Ele diz: "Não se
turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim." Ele se coloca
igual a Deus. A mesma crença que o povo tinha em Deus deveria agora ser dada a
Ele. Crer em Deus é crer em Cristo, pois ambos são o mesmo Deus. Seu poder é
tão imenso e espantoso que Jesus pode chamar os homens para fora do túmulo,
conforme lemos em João 5:28-29: "Não vos maravilheis disto; porque vem a
hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que
fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a
ressurreição da condenação." Jesus tem tal poder sobre a morte que, o som
de Sua voz, pode convocar os cadáveres em decomposição a atenderem Sua voz. E o
Seu poder, no último dia, é registrado como sendo tão grande que esse dia não
será igual a nenhum outro, conforme Mateus 24:20-21: "E orai para que a
vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então grande
aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há
de haver." Ele vai voltar em poder e glória. O sol, a lua e as estrelas
cairão do firmamento e Sua glória brilhará em todo o seu esplendor. Sua glória
será tão radiante que o brilho do sol vai parecer insignificante.
A Adoração Dada a
Cristo Comprova Que Ele é Deus
Adorar a Deus é tão
importante que o Senhor gasta tempo, em toda a Bíblia, explicando como isso
deve ser feito. Em Êxodo 20:1-7, lemos:
"Então falou
Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da
terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não
farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos
céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás
a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que
visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração
daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos
que guardam os meus mandamentos. Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão;
porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão."
Aqui, encontramos o
objeto, os meios e a maneira de adorar. Somente Deus deve ser adorado e nenhum
outro deus deve ser tolerado. Adorar outros deuses é provocar a ira de Deus
contra o pecador rebelde. Deus é enfático e explícito ao dizer que nenhum outro
deus deve ser adorado porque Ele é o único Deus vivo e verdadeiro de todas as
eras. Todos os outros deuses não passam de ídolos mudos. Em Deuteronômio
6:13-16, Moisés diz:
"O SENHOR teu
Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. Não seguireis outros
deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós; porque o SENHOR teu
Deus é um Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do SENHOR teu Deus se não
acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra. Não tentareis o SENHOR
vosso Deus, como o tentastes em Massá."
Deus fica irado
quando Seu povo se desvia para adorar os falsos deuses. Sua ira se acende como
um fogo. Juízes 2:12 diz:
"E deixaram ao SENHOR Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito,
e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos povos, que havia ao redor
deles, e adoraram a eles; e provocaram o SENHOR à ira." Quando isso
acontece, o Senhor envia o julgamento sobre o pecado do Seu povo. Em Jeremias 1:16 e 7:18 lemos: "E eu pronunciarei contra eles os meus
juízos, por causa de toda a sua malícia; pois me deixaram, e queimaram incenso
a deuses estranhos, e se encurvaram diante das obras das suas mãos... Os filhos
apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para
fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me
provocarem à ira." O povo de Deus deve desprezar os deuses estranhos dos
pagãos, como fizeram os amigos de Daniel, segundo lemos em Daniel 3:18: "E, se não, fica sabendo ó
rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que
levantaste." Paulo observa que existe um só Deus verdadeiro, em 1
Coríntios 8:5-6: "Porque, ainda que haja também alguns que se chamem
deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores),
todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos;
e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por
ele." Tudo isso é mostrado para que saibamos que somente Deus deve ser adorado.
Adorar qualquer outro que não seja o Deus vivo e verdadeiro é quebrar a Lei do
Senhor e desobedecer-Lhe com o hediondo pecado da rebelião.
Também é importante
lembrar que Deus não divide a Sua Glória com outro deus. Isaías 42:8 diz:
"Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não
darei, nem o meu louvor às imagens de escultura." Somente é aceitável
adorar o Deus verdadeiro e nenhum outro. Mesmo assim, Jesus é sempre adorado em
todo o Novo Testamento e até mesmo do Velho Testamento, por meio da profecia.
Este fato é notável por duas razões: 1) Jesus permitiu ser adorado, o que
significa que Ele é Deus e sabia disso; 2) Somente Deus deve ser adorado e
centenas de Escrituras sobre este assunto o comprovam. Ele compartilha da
glória divina. Deus só divide Sua glória com Ele. Se Jesus não é Deus, então
exatamente neste ponto toda a fé cristã desmorona e se transforma em nada.
Jesus diz aos Seus
discípulos que eles deveriam crer em Deus como o seu objeto de fé. Contudo, em
João 14:1 Ele diz: "Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede
também em mim." Crer em Deus é um ato de adoração e confiança em Seu Nome. Jesus
ordenou que creiamos Nele como cremos em Deus. O elemento de fé é o mesmo. Nesta
confiança, Jesus é exaltado. A profecia do Velho Testamento referente ao Filho,
no Salmo 2:12 pode ajudar:
"Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em
breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele
confiam." Os que confiam no Filho são chamados de bem-aventurados. Ele
deve ser beijado [isto é, adorado de joelhos] e Nele devemos confiar porque
Jesus é Deus.
Jesus Cristo deve ser
honrado da mesma maneira como o Pai, conforme é demonstrado em João 5:23: "Para que todos honrem o
Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o
enviou." Ambos devem ser adorados, o que não seria legítimo, se Jesus não
fosse Deus. Se isso acontecesse estaríamos dando honra a um simples homem
mortal, uma honra que é devida somente a Deus.
Não apenas os homens
devem adorar ao Senhor Jesus, mas também os anjos são ordenados a fazê-lo,
conforme Hebreus 1:6: "E outra vez, quando introduz no mundo o
primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem." De fato, todos os
anjos, homens e criaturas são comandados a dobrar os joelhos para adorá-Lo,
conforme Filipenses 2:9-11: "Por isso, também Deus o exaltou
soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de
Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da
terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de
Deus Pai."
Também lemos em
Apocalipse 5:13: "E
ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que
está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado
sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e
poder para todo o sempre". O Cordeiro, Jesus Cristo, deve ser adorado para
todo o sempre! Porque Jesus é Deus!
Ele sempre foi
adorado: um leproso o adorou, conforme Mateus 8:2: "E, eis que veio um
leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo."
Em Mateus 9:18, vemos que
um líder o adorou: "Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que chegou um
chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe
a tua mão, e ela viverá." Em Mateus 28:9,17, após Sua ressurreição, as
mulheres O adoraram: "E, indo elas a dar as novas aos seus discípulos, eis
que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando,
abraçaram os seus pés, e o adoraram. E, quando o viram, o adoraram e alguns
duvidaram." (A idéia de que alguns duvidaram é inacreditável!). Os
demônios O adoraram, como aconteceu com o possesso gadareno: "E, quando
viu Jesus ao longe, correu e adorou-o." (Marcos 5:6) No caminho de Emaús,
dois discípulos O adoraram, conforme Lucas 24:52: "E, adorando-o eles,
tornaram com grande júbilo para Jerusalém." Até mesmo o cego de nascença,
quando O encontrou, O adorou: "Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou."
Jesus permitiu que os
homens O adorassem e admitiu essa adoração. Essa era uma razão para um
israelita ser apedrejado e por isso os judeus quiseram apedrejar Jesus.
Demônios, anjos, leprosos, gentios, judeus, Seus próprios discípulos e outros O
adoraram. Sempre e sempre vemos que Jesus foi adorado e todos os que O adoraram
agiram corretamente. Ele merecia essa adoração porque Jesus é Deus!
A Pré-Existência do
Filho
A última área que eu
gostaria de acrescentar é mais notável do que tudo o mais, ou seja, a natureza
pré-existente do Filho de Deus. Aqui vemos que Jesus, o Filho de Deus, sempre
existiu. Ele não é um ser criado na natureza de Sua Divindade como Filho, mas
Ele mesmo usou Sua Divindade para criar a carne de Jesus Cristo. A Bíblia não
apóia o arianismo. Jesus não é o primeiro ser criado, mas o único Ser
auto-suficiente, o Deus que sempre existiu, infinitamente.
Em João 3:13 vemos que o Filho sobe e desce
do céu: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do
homem, que está no céu." Conforme Sua imanência, vemos que Sua origem é
"do céu" e que do céu Ele "desceu". Isso é reiterado em
João 6:38: "Porque eu
desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me
enviou." Se isso não fosse verdade, Jesus teria dito que nasceu de Maria e
José, a fim de fazer a vontade do Pai que O enviou.
Ele ainda atesta que
ninguém viu o Pai, exceto Ele: "Não que alguém visse ao Pai, a não ser
aquele que é de Deus; este tem visto ao Pai." (João 6:46) Isso mostra que
Jesus sabia de Sua natureza divina, e que Ele estava com o Pai, antes da
formação do mundo. Somente Ele viu o Pai e sua residência com o Pai é atestada
em João 6:62. Aqui Jesus sobe ao céu, de onde veio: "Que seria, pois, se
vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?" Ora, se estas
palavras não são bastante claras, o Eterno Logos do Evangelho de João diz aos
judeus: "Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não
sou deste mundo." (João 8:23) Se esta declaração fosse falsa, todo o
cristianismo e todos os cristãos, desde o tempo de Cristo até agora, estariam
participando de uma farsa. Eles iriam apresentar-se como sendo o povo mais
estúpido e ignorante de todos os tempos. Em vez disso, os discípulos jamais se
abstiveram dessa declaração porque bem conheciam a verdade da mesma. Não
somente Cristo havia comprovado isso, como eles também a haviam testemunhado a
divindade Dele no Monte da Transfiguração.
Sua afirmação
permanece, de ter Ele residido com o Pai, segundo João 8:42: "Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus
fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não
vim de mim mesmo, mas ele me enviou." Ele tinha uma íntima relação com o
Pai, o que comprova a Sua eterna Divindade... Também em João 16:28, lemos: "Saí do Pai, e vim
ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai." Como o Pai é Deus,
Jesus saiu do Pai e regressou à exclusiva relação com Ele, isso comprova,
maravilhosamente, a Sua pré-existência eterna, como o Filho de Deus. Se Jesus
Cristo não é Divino, então o Pai também não o é, pois ambos são UM.
Conclusão
Nesta breve pesquisa,
o leitor inteligente não pode duvidar das afirmações das profecias referentes a
Cristo; dos escritores da Bíblia e dos seus testemunhos sobre Cristo; dos
registros daqueles que se opunham a Cristo (os quais queriam matá-Lo por causa
de suas afirmações); dos que O adoraram e das afirmações do próprio Cristo. A
verdade é que as profecias da Bíblia, os discípulos, os ouvintes, os
seguidores, os oponentes e as palavras do próprio Cristo [pelas quais seremos
julgados] apontam para o inegável fato de que todos sabiam que Jesus Cristo é
Deus. Eles O odiavam por causa disso ou então O adoravam. Jesus sabia que Ele é
Deus. Ele confirmou isso através de Suas palavras, ações e testemunho da verdade.
Ninguém pode chamar Cristo de "um bom Mestre". Essa é a voz de quem
não é inteligente. Jesus Cristo não é "um bom Mestre" nem um
"Homem Moral". Isso não está em questão. Você pode
fazer apenas uma escolha: ou Ele é o Senhor do Céu e da Terra, o Justo Juiz do
mundo, ou então Ele não passa de um lunático, um louco, um enganador pior do
que o diabo. Como você vai decidir chamá-Lo?
Fica evidente, no
material acima, que muita coisa foi esquecida. Parecia-me que em certos pontos
eu fui repetitivo e monótono. Eu até pensei em retirar alguns pontos deste
artigo, em consideração ao leitor e pela possibilidade de ter usado idéias
cíclicas e recorrentes. Mas foi isso exatamente o que eu tentei fazer. Os que
acham que Jesus foi apenas um bom Mestre ou um exemplo de moralidade, não estão
levando em conta os registros bíblicos. As Escrituras afirmam continuamente a
Divindade de Cristo. Este é um fato inegável no registro bíblico.
Pense nisto: a
palavra escrita confirmando essas coisas não pode ter sido escrita por demônios
ou homens perversos. Os demônios são diabos e os homens maus não iriam
registrar a bondade de Cristo de um modo tão brilhante, nem iriam apresentá-Lo
como o poderoso e Divino Filho do Deus Vivo. Eles não teriam descrito o homem
como um ser tão desprezível e maligno, condenado ao inferno, perdido e
amaldiçoado por toda eternidade, se tivessem escrito estas páginas para
enganá-los. Certamente não teriam escritos coisas ruins sobre eles mesmos e
seus companheiros e escrito coisas tão maravilhosas sobre Jesus Cristo. Isso
não faria qualquer sentido. Nem ainda poderia a Bíblia ter sido escrita por
homens piedosos ou santos anjos, sem o poder do Espírito Santo. Nenhum homem
poderia ter escrito um bom livro sem dizer algumas mentiras, a fim de enganar o
leitor, dizendo: "Assim diz o Senhor", enquanto o que dizem é de sua
pura lavra. [NT: Como os carismáticos andam fazendo agora.] Se o fizessem não
iriam se tornar homens bons, de modo algum, mas demoníacos e malignos, conforme
estamos voltando ao ponto anterior. Em vez disso, a Bíblia é o registro da
própria revelação de Deus aos homens, para que esses homens perdidos em seus
pecados possam possa buscar, esperançosamente, o Redentor dos homens, o
homem-Deus, Jesus Cristo. O testemunho de Jesus Cristo como Deus é o único meio
pelo qual importa que sejamos salvos da futura ira divina (Atos 4:12). A ira do
Cordeiro será horrenda contra os que estão perdidos. Eles correrão para as
montanhas, implorando que os montes caiam sobre eles, para se livrarem da ira
do Cordeiro. Contudo, o Senhor colocou ao alcance de todos um meio para os que
desejam escapar da destruição que os aguarda. A resposta se encontra em Jesus Cristo , o Deus
de todas as eras. Que olhem para Ele todos os quadrantes da Terra, para serem
salvos... [Porque Jesus Cristo é Deus!]
Doutrina da Trindade não é verdadeira
Doutrina da Trindade
Evangélica REINTERPRETANDO O INTERPRETADO
Introdução Através
desse estudo bíblico será feita a reinterpretação da doutrina da Trindade,
dominante no cristianismo.
Alguns conceitos
básicos, necessários para progredir nas interpretações que interessam aos
fundamentos dos apóstolos para a Igreja de Jesus Cristo. (Efésios 2:20)
O principal,
incomparável, será a interpretação da Palavra de Deus.
Se você dispõe de uma
Concordância Bíblica e, fizer um levantamento por palavras ou frases
específicas, tipo: Senhor, Senhor Jeová, Jeová, Deus, Espírito de Deus,
Espírito Santo, Espírito do Senhor, Pai ... e, lendo o conteúdo, na primeira
impressão poderá dizer: "Como separar isso?" "Quem é quem?"
Mas, nada na Bíblia
fica sem interpretação, sobretudo a interpretação revelada.
Se eu creio na
Trindade? Vamos meditando juntos na Palavra de Deus ...
O que é Trindade? A
doutrina da Trindade argumenta que há um único Deus em três pessoas (*)
diferentes, que são: Pai, Filho e Espírito Santo.
Segundo a doutrina da
Trindade, cada uma das três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo, pode ser
chamada de Deus.
Isso determina o
monoteísmo, que é a doutrina que admite um único Deus.
A Trindade é uma
doutrina fundamental do cristianismo.
O que é Unicismo? Os
unicistas afirmam que há um só Deus e que Jesus Cristo é Deus, daí, decorre a
sustentação de que Jesus Cristo é Deus na sua totalidade e, ainda, Jesus Cristo
tem que ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A doutrina unicista
anula a doutrina da Trindade.
Conceitos: Monoteísmo
e Politeísmo O monoteísmo é a crença em um só Deus. A divindade no monoteísmo
é: onipresente, onisciente e onipotente. O monoteísmo trinitário é a afirmação
de um só Deus em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.
O politeísmo consiste
na crença em mais de uma divindade. A divindade pode ser de gênero masculino,
feminino ou indefinido.
Cada divindade, no
politeísmo, é individual e independente. No politeísmo reconhecem deuses e
deusas, originados de fontes diversas.
Vamos iniciar a
interpretação seguindo um caminho progressivo.
O que é PESSOA? (*)
Pessoa, segundo o dicionário: Criatura humana, individualidade.
O que é CRIATURA?
Criatura, segundo o dicionário: Efeito de criar, todo ser criado, homem,
indivíduo.
O que é CRIAÇÃO?
Criação, segundo o dicionário: Ação ou efeito de criar, de tirar do nada.
Totalidade dos seres criados. O universo visível. Produção, obra, invento.
O Tetragrama YHVH.
Conviria realizar uma abordagem separada para o Tetragrama YHVH e tudo o que
nos é possível pesquisar e, sobretudo, interpretar, pela Palavra de Deus. Por
enquanto, não entrarei nesse tema.
EU SOU O QUE SOU.
Deus se apresentou ao povo de Israel, conforme consta no livro do Êxodo,
capítulo 3, versículo 14. dizendo: " E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE
SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.
"
Deus, o Deus de
Israel é auto-existente, o único Deus verdadeiro. Ele é a plenitude do
absoluto.
Sendo Deus, ESPÍRITO
e plenitude que não foi criada, ou seja, existe por si mesmo, auto-existente,
SE FOSSE CRIADO, deixaria de ser o verdadeiro e único Deus, essa glória seria
de outro, então, essa plenitude auto-existente chamada Deus, NÃO PODE SER UMA
PESSOA.
O Pai, o Espírito
Santo.
Quando
"alguém" é chamado de pai é porque gerou um filho.
O Pai que gerou o
Filho Jesus, gerou pelo seu ESPÍRITO. Maria não concebeu de ação de pessoa
física, mas, pelo ESPÍRITO SANTO. (Evangelho: Mateus 1:18 - Lucas 1:35) Mateus 1:18, diz:" Ora o nascimento de Jesus
Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se
ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. "
Se, Deus Pai gerou o
seu Filho Jesus Cristo, então, o Espírito Santo é o próprio Espírito do Pai,
senão, não seria chamado Filho de Deus. Jesus é identificado por Filho de Deus
e Filho do Pai, ou seja, quem o gerou está em Deus e no Pai.
Se, o Pai é Deus,
logo o Pai é o Espírito Santo. Se o Pai não é o Espírito, então fica entendido
que o Pai é outra pessoa "gerada" por Deus.
Jesus, sendo Filho de
Deus, fala com Aquele que o gerou chamando-o de Pai.
1 Coríntios 8:6, diz:
" Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós
vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por
ele. "
Se, é Filho de Deus,
o Espírito Santo, por conseqüência, não pode ser considerado PESSOA, pois é
plenitude de Deus, e Deus é ESPÍRITO. O Espírito de Deus é auto-existente. O
Espírito Santo é a Vida do próprio Deus.
O Deus criador de
todas as coisas, gerou tudo pelo poder da Sua Palavra.
Do nada tudo foi
trazido à existência.
Então:
A Trindade, doutrina
de domínio no cristianismo, diz que, um único Deus subsiste em três pessoas
distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Que a divindade está
no Pai, no Filho e no Espírito Santo, um único Deus em três pessoas.
Que essas pessoas são
distintas.
Agora, vou
interpretar:
Para poder
individualizar o Pai como uma pessoa, e é o Pai quem gerou o Filho Jesus,
implicaria afirmar, inclusive, que esse Pai foi criado e é distinto.
Se, esse Pai é o
próprio Deus, então, esse Pai não foi criado e É O PRÓPRIO ESPÍRITO DE DEUS.
DEUS ESTÁ SE TORNANDO
"PAI", AO MESMO TEMPO, PORQUE GEROU O FILHO. DEUS É ESPÍRITO.
Se, não aceitar que o
Pai é o próprio Deus, então teremos um Deus e mais outra pessoa distinta, o
Pai, conforme diz a doutrina da Trindade.
Se a plenitude de
Deus habita no Filho e, é o Unigênito do Pai, o Pai está acima Dele e, o Pai é
o próprio Deus. DEUS É ESPÍRITO.
O Espírito Santo não
pode ser separado do Pai e do Filho porque é o próprio Deus e sua plenitude
auto-existente. DEUS É ESPÍRITO.
Interpretando um
texto da Bíblia em 1 João 5:7, diz: " Porque três são os que testificam no
céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. "
Se nos é dado que os
três, Pai, Palavra e Espírito Santo, são UM, implica que são o mesmo ser, a
mesma existência. A doutrina da Trindade diz que o Pai é uma pessoa e o Espírito
Santo é outra pessoa.
Se assim for aceito,
então, não poderei dizer que o Pai e o Espírito Santo são UM. Mesmo que Deus
esteja nos dois, porque não posso individualizar o que é indivisível.
Se O PRÓPRIO PAI É
DEUS, o Pai é a plenitude da auto-existência, da mesma forma o Espírito Santo.
Não podem ser
considerados como pessoas separadas.
>>> Um
exemplo simples e preciso é:
Um ser humano, homem,
gera um filho. Esse homem, que gerou o filho, recebe a qualificação de pai.
A qualificação é
acrescentada, mas, continua sendo, PLENAMENTE, o mesmo homem.
Esse pai não é outra
pessoa, é o mesmo homem.
Esse homem, de si,
deu algo para gerar o filho e, esse algo, também, não é outra pessoa, é a sua
própria existência, sua semente, SEU ESPÍRITO.
Aquele que nasce
desse pai é outra pessoa.
Tem tudo o que é do
pai, sua imagem e sua semelhança, possuindo a plenitude do pai.
O filho possui A VIDA
DO PAI, OU SEJA, O ESPÍRITO DO PAI. O pai existe no filho. <<<
Observação: Isso não
confirma os unicistas, ao contrário, afasta ainda mais.
Por isso temos as
passagens bíblicas onde Jesus e outros dizem: " Meu Pai e meu Deus ".
Algumas passagens da
Bíblia:
João 8:42, diz: " Disse-lhes, pois,
Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente, me amaríeis, pois que eu saí e
vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. "
João 14:10, diz: " Não crês tu que
eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as
digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. "
João 20:17, diz: " Disse-lhe Jesus:
Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e
dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. "
Quem é essa Palavra?
No que diz respeito à
Palavra, requer agora interpretação de "Quem é essa Palavra".
Alguns textos
bíblicos:
Efésios 6:17, diz: " Tomai também o
capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. "
Hebreus 4:12, diz: " Porque a palavra de
Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes,
e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é
apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. "
Hebreus 11:3, diz:
" Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados;
de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. "
A Palavra não é uma
pessoa. A Palavra é DEUS FALANDO. DEUS trazendo à existência aquilo que não
existe. Alguns afirmam que Jesus é a Palavra. Isso está errado.
JESUS É A
MANIFESTAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS E, O PRÓPRIO JESUS FALA A PALAVRA DE DEUS, QUE
ESTÁ NELE E FLUI DELE, PELO ESPÍRITO DE DEUS QUE É O ESPÍRITO DO PAI.
Por isso, o Pai, a
Palavra e o Espírito Santo são UM. Ou seja, UM = DEUS.
DEUS É ESPÍRITO,
plenitude e auto-existência absoluta.
O Pai e o Espírito Santo seriam considerados pessoas se
tivessem sido criados.
Isso não é possível,
pois são a mesma existência. São expressões que identificam o que É em si
mesmo, mas, não são pessoas diferentes do Único Deus. "EU SOU O QUE
SOU".
Pai, Palavra e Espírito
Santo não são nomes que individualizam pessoas, mas, são expressões que se
identificam dentro da mesma "existência".
E a Trindade?
Já não pode ser
sustentada a doutrina da Trindade, porque, o Pai e o Espírito Santo, conforme
exposto acima, são uma só existência e, não são duas pessoas distintas.
O Pai não foi criado,
pois é o próprio Deus auto-existente. É chamado Pai porque é Aquele que gerou o
Filho Jesus Cristo.
O Espírito Santo não
foi criado, pois é o próprio Deus auto-existente.
A manifestação da
vontade do Deus auto-existente em plenitude, gerou Jesus Cristo e, assim, é o próprio Pai.
Se o Pai fosse uma pessoa, parte distinta, caberia ao argumento da doutrina da
Trindade, mas, se o Pai é o próprio Deus, não há como separá-LO porque é a
mesma existência.
Conforme a Bíblia
diz, nos dirigimos ao nosso Deus e Pai ou ao nosso Deus Pai.
Em um trecho do
estudo sobre a doutrina da Trindade, no site do CACP, escrevem que, aceitam a
Trindade de acordo com o que expõe a Bíblia Sagrada nas seguintes passagens
bíblicas:
Mateus 28:19, diz:
" Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do
Filho, e do Espírito Santo. "
(essa passagem é uma
manipulação feita na Bíblia - abaixo, breve consideração)
Efésios 4:4-6, diz:
" Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só
esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus
e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos. "
1 Coríntios 12:4-6,
diz: " Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há
diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de
operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. "
2 Coríntios 13:13, diz: " A graça do nosso
Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com
vós todos, Amém. "
Números 6:24-26, diz:
" O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto
sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e
te dê a paz. "
Texto bíblico
adulterado - Mateus 28:19.
Evangelho de Mateus
28:19, diz:
" Portanto, ide,
ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; "
Para saber se um
texto está em desacordo ou fora de contexto bíblico, basta INTERPRETAR A BÍBLIA
para que o erro fique em evidência.
Esse texto em questão
é uma aberração, mas, para os que querem sustentar doutrinas, ele é
indispensável.
Quando foi
desenvolvida questão sobre o * Batismo nas Águas (ver estudo) ser em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo ou em nome de Jesus Cristo, O Senhor, essa
evidente manipulação também manifestou. Essa manipulação visa sustentar o
interesse da igreja católica apostólica romana, através da doutrina da
Santíssima Trindade e a marca, o sinal da cruz.
Se a igreja católica
apostólica romana ia evangelizar o mundo e tendo o Papa como referência de ser
Deus em plenitude na terra, a doutrina da Trindade lhe dá essa sustentação. O
Papa é, conforme pretendem sugestionar, a própria personificação da Trindade e,
o sinal da cruz se tornaria uma marca, seguindo a evangelização feita por eles
ao redor do mundo.
Nas considerações
sobre o Batismo nas Águas, é infantil dizer que os apóstolos fizeram exatamente
aquilo que não deveria ser feito, ou seja, batizar nas águas EM NOME DO SENHOR
JESUS.
E, o único texto que
sustenta isso é Mateus 28:19.
A doutrina da
Trindade aplicada pelo catolicismo romano e, adotada dissimuladamente pela
igreja evangélica, removeu a plenitude da autoridade de Jesus Cristo, único
Senhor, que lhe foi conferida pelo seu Deus e Pai.
Isso é uma sutileza
diabólica. A expressão "Em nome do Senhor Jesus Cristo" não interessa
para o catolicismo romano.
Não teria nem como
fazer o sinal da cruz.
O principal
interessado de que o batismo nas águas seja em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, é da igreja católica apostólica romana, fortalecendo a doutrina
da Santíssima Trindade.
O principal
enteressado em que se faça uma oração (reza) em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, é da igreja católica apostólica romana, fortalecendo a doutrina
da Santíssima Trindade.
No meio evangélico já
muitos adotaram a "reza" em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
em circunstâncias diversas.
Aceitaram o engano.
Jesus Cristo é Deus?
Carta aos Hebreus,
capítulo 1, versículos de 1 a
5, diz: " Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas
maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo
Filho, A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
O qual, sendo o
resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando
todas as coisas, pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a
purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto mais excelente nome do que
eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E
outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho? "
Colossenses 1:15-19,
diz:
" O qual é
imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.
Porque nele foram
criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis,
sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi
criado por ele e para ele.
Ele é antes de todas
as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
E ele é a cabeça do
corpo da igreja: é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em
tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude
nele habitasse. "
Colossenses 2:9, diz:
" Porque nele
habita corporalmente toda a plenitude da divindade. "
Estamos diante de
dois textos aparentemente divergentes sobre a mesma referência que é Jesus
Cristo.
Um diz que Jesus é a
imagem expressa de sua pessoa (Deus), enquanto que o outro texto diz que Jesus
é a imagem do Deus invisível.
Pela interpretação,
fica em evidência que o texto de Hebreus está montado ou traduzido de modo a
criar uma ambigüidade, pois, a plenitude do EU SOU não permite limitá-lo a uma
individualidade pela expressão pessoa.
Tudo que existe foi
criado pela Palavra de Deus, Palavra do Deus "EU SOU".
A primeira
manifestação da Palavra do nosso Deus e Pai, foi gerar o Filho.
O Filho é, por isso,
a plenitude da glória do Pai, a plena manifestação da glória do Deus EU SOU.
O Filho é a primazia
em tudo o que existe. O Filho é antes de tudo o que foi criado.
Tendo Jesus Cristo
recebido TODO O PODER, dado por seu Deus e Pai, essa plenitude lhe dá essa
posição.
Por isso, também, é o
único que pode ser Mediador entre Deus e os homens.
Jesus Cristo é UM COM
O PAI. Tudo ele recebeu do Pai. TUDO! mas, não teve por usurpação tomar o lugar
do Pai. No Filho Jesus Cristo o Deus vivo habita em plenitude.
Assim, mais uma vez,
fica firmado que, TODAS AS OBRAS da Igreja são feitas em nome do Senhor Jesus
Cristo, e, não, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Conclusão:
- O Pai, a Palavra e
o Espírito Santo, não são a mesma pessoa, mas, É o mesmo Deus auto-existente em
plenitude.
- O Pai e o Espírito
Santo não podem ser considerados pessoas.
- A expressão pessoa
é uma individualização de personagens, como se pudessem ter vida própria, o que
não pode acontecer com o único Deus quando falamos de Pai, Palavra e Espírito
Santo. (explicado acima)
- Jesus Cristo foi
gerado na terra como homem carnal e, assim, assumiu a condição de pessoa,
conhecida e individualizada entre os homens. As duas naturezas estavam em
Cristo, a terrena e a celestial. Mesmo nascido em corpo carnal, tinha dentro de
si a divindade. Por isso é chamado Filho do homem.
- A plenitude de Deus
Pai está em seu
Filho Unigênito e, do mesmo Deus e Pai, recebeu Todo o Poder.
- Tendo Jesus,
recebido Todo o Poder, lhe foi dada toda a autoridade, por isso, TUDO se faz em nome Dele , ou seja, em
Nome do Senhor Jesus Cristo. (Batismo nas Águas e orações (rezas) pela Trindade
é doutrina do catolicismo romano)
- Jesus Cristo foi
individualizado na terra, da mesma forma como os demais filhos de Deus, que
crêem Nele.
Não apenas em uma
passagem na Bíblia, mas, em uma dessas, com simplicidade podemos dizer:
" Dando sempre
graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome do Senhor Jesus Cristo. "
(Efésios 5:20)
Nem Unicismo, nem
Trinitarismo, somente Palavra de Deus.
... Paz ao seu
coração.
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