FACULDADE DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS HOJE
CURSO LIVRE
APOLOGIA
A REVELAÇÃO DE DEUS
APOLOGIA
A
REVELAÇÃO DE DEUS
Ouve, Israel: o SENHOR nosso
Deus é o único SENHOR" (Deuteronômio 6:4)
"Deus
é um" (Gálatas 3:20).
Há um Deus. Há só um Deus.
Esta descoberta é a base sólida o alicerce da mensagem Bíblica, e tanto o Velho
quanto o Novo Testamento, trata de apresentar enfaticamente e com simplicidade,
porque Deus é simples não é um elemento composto porque não há perfeição no composto,
mais Deus é perfeito. A simplicidade com que a Bíblia apresenta o nosso Deus leva muitos a não
entenderam isto. E acreditam na existência de Deus baseados em dogmas e
conceitos humano.
Até mesmo dentro do
Cristianismo, muitas pessoas, teólogos, grandes sábios e entendidos não
compreenderam este mistério maravilhoso de Deus Pai, Filho e Espírito Santo,
Que é essencial para o nosso crescimento
espiritual de verdadeiros filhos de Deus. A crença em um único Deus é chamada
de monoteísmo que deriva de duas palavras gregas: monos, significando só,
singular, um; e theos, significando Deus. Aqueles que não aceitam o monoteísmo
pode ser classificado em uma das seguintes categorias: ateísta - que nega a
existência de Deus; agnóstico - que afirma
ser a existência de Deus desconhecida e provavelmente incognoscível;
panteísta - que compara Deus com a
natureza ou as forças do universo; ou um politeísta - que acredita em mais de
um Deus. Diteismo, a crença em dois deuses, é uma forma de politeísmo, assim
como o triteismo, a crença em três deuses. Entre as principais religiões do
mundo, três são monoteísticas: o Judaísmo, o Islamismo, e o Cristianismo.
Como se vê dentro dos grupos
dos que se denominam cristãos há pontos de vistas divergentes em relação à
natureza da Divindade.
Uma dessas correntes,
chamada trinitarianismo, afirma que há três pessoas distintas na Divindade - Deus Pai, Deus Filho, e Deus Espírito Santo - mas ainda um só Deus. Dentro dos
graus do trinitarianismo, podemos distinguir duas tendências extremas. Por um
lado, alguns trinitarianos enfatizam a unidade de Deus sem ter desenvolvido uma
compreensão cuidadosa do significado das três pessoas distintas da Divindade.
Por outro lado, outros trinitarianos dão ênfase a triplicidade da trindade a
ponto de acreditarem em três seres auto-concientes, e o seu ponto de vista é
essencialmente triteistico. Além do
trinitarianismo, há a doutrina de binitarianismo que não classifica o Espírito
Santo como uma pessoa separada, mas afirma crer em duas pessoas na Divindade.
Muitos monoteístas têm destacado que tanto o trinitarianismo quanto o
binitarianismo debilitam o monoteísmo rígido ensinado pela Bíblia. Eles
insistem que a Divindade não pode ser dividido em pessoas e que Deus é
absolutamente uno. Os que acreditam no monoteísmo rígido se dividem em duas
classes. Uma classe afirma que há só um Deus, e assim fazendo, nega, de uma
maneira ou de outra, a perfeita divindade de Jesus Cristo. Este ponto de vista
foi representado na história da igreja primitiva pelos dinâmicos monarquistas,
como Paulo de Samosata, e pelos Arenistas, liderados por Arius. Estes grupos
relegavam Jesus à posição de um deus criado, deus subordinado, deus filho, ou
semideus. A segunda classe dos verdadeiros monoteísta acredita em um Deus, mas,
além disso, acredita que a plenitude da Divindade é manifestada em Jesus
Cristo. Eles acreditam que o Pai, Filho, e Espírito Santo são manifestações,
modos, funções, ou relacionamentos que o Deus único tem exibido ao homem. Os
historiadores da igreja têm usado os termos moralismo e monarcianismo
modalistico para descrever esse ponto de vista, sustentado na igreja primitiva
por líderes como Noetus, Praxeas, e Sabellius. No século vinte, aqueles que
acreditam tanto na indivisível unicidade de Deus, quanto na perfeita divindade
de Jesus Cristo, frequentemente usam a termo Unicidade para descrever aquilo em
que crêem. Eles também usam os termos “Um Deus” e “Nome de Jesus” como
adjetivos para se auto-denominarem, enquanto os oponentes às vezes usam
expressões errôneas e desacreditadas como " Só Jesus" e" Assunto
Novo." (O rótulo" Só Jesus " é errôneo porque os trinitarianos
insinua uma negação do Pai e do Espírito Santo. Porém, os que acreditam na
Unicidade não negam o Pai e Espírito, mas antes vêem o Pai e o Espírito como
papéis diferentes do Deus único que é o Espírito de Jesus.) Em resumo, o
Cristianismo apresenta quatro pontos de vista básicos a respeito da
Divindade:(1) trinitarianismo,(2) binitarianismo, (3) monoteísmo estrito, com a
negação da perfeita divindade de Jesus Cristo, e (4) monoteísmo estrito com a afirmação da
completa deidade de Jesus Cristo, a Unicidade. Tendo examinado de modo geral o
conjunto das crenças humanas sobre a Divindade, vamos olhar o que a Palavra de
Deus - a Bíblia - tem a dizer sobre o assunto. O Velho
Testamento Ensina Que Não Há Senão Um Deus. A expressão clássica da doutrina de
um só Deus se encontra em Deuteronômio 6:4. "Ouve, Israel: o SENHOR nosso
Deus é o único SENHOR." Este verso da Bíblia se tornou a declaração mais
distintiva e importante de fé para os judeus. Eles chamam isto o Shema, de
acordo com a primeira palavra da frase em hebraico, e eles citam freqüentemente
" Ouve, O Israel, o SENHOR é nosso Deus, o SENHOR é único". Tradicionalmente, um judeu devoto sempre
tentou fazer esta confissão de fé antes de morrer. Em Deuteronômio 6:5, Deus
continuou o anúncio do versículo precedente com uma ordem que requer crença
total e amor por Ele como um só
e único Deus: "Amarás, pois o
SENHOR teu Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma, e com toda a tua
força". Devemos notar a importância que Deus atribui a Deuteronômio 6:4-5.
Ele ordena que estes versos sejam colocados no coração (verso 6), ensinados às
crianças ao longo do dia (verso 7), atado à mão e à testa (verso 8), e escrito
nos umbrais e nas portas das casas (verso 9).
Os Judeus ortodoxos obedecem literalmente essa ordem ainda hoje
amarrando o tefillin (phylacteries) nos seus antebraços esquerdos e nas testas
quando oram, e colocando mezuzzah em suas portas e portões. (Teffilin são
pequenas caixas amarradas ao corpo através de correias de couro, e mezuzzah são
pequenos recipientes contendo pequenos
rolos das escrituras.) Dentro dos dois tipos de recipientes estão versículos
das Escrituras manuscrito em tinta preta escrito por um homem piedoso que
observou certos rituais de purificação dentro de ambos. Os versos da Bíblia
geralmente são Deuteronômio 6:4-9,11: 18-21, Êxodo 13:8-10, e 13:14-16. Muitos
outros versos da Bíblia no Velho Testamento afirmam enfaticamente o monoteísmo
estrito. Os Dez Mandamentos começam com, “Não terás outros deuses diante de
mim" (Êxodo 20:3; Deuteronômio 5:7). Deus enfatizou este comando
declarando que Ele é um Deus zeloso (Êxodo 20:5). Em Deuteronômio 32:39, Deus
disse que não há nenhum outro deus com ele. Não há nenhum deus semelhante ao
SENHOR e não há nenhum Deus ao lado d’Ele (II Samuel 7:22; I Crônicas 17:20).
só Ele é Deus (Salmo 86:10). Há enfáticas declarações de Deus em Isaias.
"Antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu,
eu, sou o SENHOR; e fora de mim não há salvador" (Isaias 43:10-11).
"Eu sou o primeiro, e eu sou o último; e ao lado de mim não há nenhum
Deus" (Isaias 44:6). "Há outro Deus além de mim? Não, não há outra
rocha que eu conheça" (Isaias 44:8). "Eu sou o SENHOR que faço todas
as coisas; que sozinho estendi os céus; e sozinho espraiei a terra " (Isaias 44:24). Além de mim não há outro. Eu sou o SENHOR e não há
nenhum outro" (Isaias 45:6). Não há outro Deus senão eu; um Deus justo e
Salvador; não há além de mim. Olhai para mim, e sede salvos, vós todos os
termos da terra: porque eu sou Deus, e não há nenhum outro" (Isaias
45:21-22). "Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade; porque eu sou
Deus, e não há nenhum outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim"
(Isaias 46:9).
"Eu não darei minha
glória a outrem" (Isaias 48:11; veja também Isaias 42:8). “Ó SENHOR dos
exércitos, Deus de Israel que estás entronizado acima dos querubins, tu somente
és o Deus de todos os reinos da terra, tu só fizestes os céus e a terra (Isaias
37:16)”.Há somente um Deus que é o Criador e Pai da humanidade (Malaquias
2:10). Durante o Reinado do Milênio, haverá um só SENHOR com um só nome
(Zacarias 14:9). Em resumo, o Velho Testamento fala de Deus como sendo único.
Muitas vezes a Bíblia chama Deus de o Santo de
Israel (Salmo 71:22; 78:41; Isaias 1:4; 5:19; 5:24), mas nunca de "
santo dois, santo três," ou " muitos santos." Uma observação
comum feita por alguns trinitarianos
sobre a doutrina do Velho Testamento da unicidade de Deus é que Deus teria
apenas pretendido dá ênfase à sua unicidade em oposição aos deuses pagãos,
embora Ele ainda existisse como uma
pluralidade. Porém, se esta conjetura fosse verdade, por que Deus não fez isto
claro? Por que os judeus não entenderam uma teologia de "pessoas" mas
insistiu em um monoteísmo absoluto? Nos deixe olhar para isto do ponto de vista
de Deus. Suponha que Ele quis excluir
qualquer crença na pluralidade da
Divindade. Como Ele poderia fazer usando terminologia então-existente
assim? Que palavras Ele poderia usar, fortes bastante, para comunicar sua
mensagem ao seu povo? Pensando sobre isso, nós perceberemos que Ele usou a
linguagem mais forte possível capaz de descrever a unicidade absoluta. Nos versos
antes citados em Isaias, nós notamos o uso de palavras e frases como"
nenhum, não há outro, nenhum semelhante, nenhum ao lado de mim, só,
sozinho," e" um só." Seguramente, Deus não pôde fazer isto mais
claro que não existe nenhuma pluralidade na Divindade. Em resumo, o Velho
Testamento afirma que Deus é absolutamente um, em número. O Novo Testamento
Ensina Que Não Há Senão Um Deus, Jesus ensinou enfaticamente Deuteronômio 6:4,
chamando-o de primeiro de todos os mandamentos (Marcos 12:29-30). O Novo
Testamento pressupõe o que ensina o Velho Testamento de que há um só Deus e
explicitamente repete esta mensagem muitas vezes.
"Visto que Deus é um só
o qual justificará" (Romanos 3:30).
“Não há senão um só Deus” (I
Corintios 8:4).
"Para nós há um só
Deus, o Pai" (I Corintios 8:6).
"Mas Deus é um"
(Gálatas 3:20).
"Um só Deus e Pai de
todos" (Efésios 4:6).
"Porquanto há um só
Deus" (I Timóteo 2:5).
"Tu crês que há um só
Deus; fazes bem: os demônios também acreditam, e tremem" (Tiago 2:19).
Novamente, a Bíblia chama
Deus de o Santo (I Jo. 2:20). Há um trono no céu e apenas um sentado nele
(Apocalipse 4:2).
Como nós vimos, a Bíblia
inteira ensina um monoteísmo estrito. O povo de Deus sempre foi identificado
com a mensagem de um - único Deus. Deus escolheu Abraão por sua disposição de
abandonar os deuses de sua nação e do seu pai e adorar o único Deus verdadeiro
(Gênese 12:1-8). Deus castigou Israel todas as vezes que o povo começou a
adorar outros deuses, e adoração politeísta foi uma das principais razões para
que Deus finalmente os enviasse para o cativeiro (Atos 7:43). O Salvador veio
ao mundo através de uma nação (Israel) e através de uma religião (o Judaísmo)
cujo povo tinha se libertado finalmente do politeísmo. Eles eram completamente
monoteístas. Hoje, Deus ainda exige para Ele uma adoração monoteísta. Nós na
igreja somos os herdeiros de Abraão pela fé, e essa posição de honra exige que
tenhamos a mesma fé monoteísta no Deus de Abraão (Romanos 4:13-17).
Como cristãos no mundo
jamais temos que deixar de exaltar e proclamar a mensagem de que há apenas um
único e verdadeiro Deus vivo que é Senhor Jesus Cristo.
A
NATUREZA DE DEUS
"Deus é Espírito: e
importa que os seus adoradores o
adorarem em espírito e em verdade" (João 4:24).
Para continuarmos nosso
estudo sobre a unicidade de Deus, é essencial que saibamos mais sobre a
natureza de Deus. Claro que, nossas mentes humanas são limitadas e não podem
naturalmente descobrir ou compreender tudo que há para ser conhecido com
relação a Deus, mas a Bíblia descreve com clareza muitas características
importantes e atributos que Deus possui. Neste capítulo nós discutiremos alguns
dos atributos de Deus que os fazem Deus
- esses que formam uma parte essencial e substancial de sua natureza.
Nós também estudaremos alguns dos modos nos quais Deus revelou a sua natureza à
humanidade, particularmente por manifestações visíveis.
DEUS
É ESPÍRITO
Jesus proclamou esta verdade
em João 4:24. A Bíblia revela se maneira consistente, desde Gênese 1:2 ("
E o Espírito de Deus movia sobre a face das águas") até Apocalipse 22:17
(" E o Espírito e a noiva dizem, Vem"). Hebreus 12:9 chama Deus de
Pai dos espíritos. O que é um espírito? O Dicionário de Webster inclui em sua
definição da palavra o seguinte": UM ser sobrenatural, um ser incorpóreo,
racional.geralmente invisível aos seres humanos mas que tem o poder para ficar
visível segundo à sua vontade. um ser
que tem uma natureza incorpórea" ou imaterial. a palavra hebraica traduzida como espírito é
ruwach, e pode significar vento, respiração, vida, raiva, sopro, sem
substancialidade, região do céu, ou espírito de um ser racional.
A palavra grega traduzida
por espírito, pneuma, pode
significar uma corrente de ar, respiração, sopro, explosão, vento, brisa,
espírito, alma, princípio vital, disposição, anjo, demônio, ou Deus. todas essas definições enfatizam que um
espírito não tem carne e ossos (Lucas 24:39). Semelhantemente, Jesus indicou
que o Espírito de Deus não tem carne e sangue (Mateus 16:17). Assim, quando a
Bíblia diz que Deus é Espírito, significa que Ele não pode ser visto ou pode
ser tocado fisicamente por seres humanos. Como um Espírito, ele é um Ser
inteligente, sobrenatural que não tem um corpo físico.
DEUS
É INVISÍVEL
Considerando que Deus é um
Espírito, Ele é invisível a menos que Ele escolha se manifestar em alguma forma
visível para o homem. Deus falou para Moises, “Tu não poderás ver a minha face:
porquanto nenhum homem verá a minha face, e viverá" (Êxodo 33:20).
"Ninguém jamais viu a Deus” (João 1:18; I João 4:12). Não apenas ninguém
jamais viu a Deus, como algum homem é capaz de ver Deus (I Timóteo 6:16).
Várias vezes a Bíblia descreve Deus como invisível (Colossenses 1:15; I Timóteo
1:17, Hebreus 11:27). Embora o homem possa ver Deus quando Ele aparece em
várias formas, nenhum homem pode ver o Espírito invisível de Deus diretamente.
DEUS
É ONIPRESENTE (PRESENTE EM TODOS OS LUGARES)
Porque Deus é um Espírito
Ele pode estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Ele é o único
Espírito que é verdadeiramente onipresente; para todos os outros espíritos como
demônios, anjos e o próprio Satanás podem ser limitados, a locais específicos
(Marcos 5:10; Judas 6; Apocalipse 20:1-3). Embora Deus seja onipresente, nós
não O podemos comparar com a natureza, substância, ou forças do mundo (o que
seria panteísmo), porque Ele tem individualidade, personalidade, e inteligência
reais.
Salomão reconheceu a
onipresença de Deus quando orou na dedicação do Templo, dizendo: “Veja, o céu e
até o céu dos céus não podem conter” (I Reis 8:27; veja II Crônicas 2:6; 6:18).
Deus declarou sua onipresença dizendo: “O céu é meu trono, e a terra é o
estrado dos meus pés" (Isaias 66:1; veja também Atos 7:49). Paulo pregou
que o Senhor não está “longe de cada um de nós: Pois nele vivemos, e nos
movemos, e existimos" (Atos 17:27-28). Talvez a mais bela descrição da
onipresença de Deus encontramos no Salmo 139:7-13: “Para onde ausentarei do teu
espírito? Para onde eu fugirei de tua presença? Se eu subo aos céus, tu lá
estás: se eu arrumar minha cama no mais profundo do abismo, veja, tu lá estás
também. Se tomar às asas da alvorada, e me detenho nos confins dos mares; Ainda
lá me conduzirá, e a tua mão direita me segurará. Se eu disser, Seguramente a
escuridão me cobrirá; até mesmo a noite estará clara sobre mim. Até as próprias
trevas não te serão escuras: a escuridão e a luz são ambos semelhante para ti.
Pois tu formaste o meu interior: tu me teceste no” útero de minha mãe.
Se Deus é onipresente, por
que a Bíblia O descreve como estando no céu? Há
várias razões. (1) Esse fato ensina que Deus é transcendental. Em outras
palavras, Ele está além da compreensão humana e Ele não está limitado a esta
terra. (2) Essa descrição se refere ao centro do raciocínio e atividade de
Deus - sua própria matriz, por assim
dizer. (3) Ele se refere à presença imediata de Deus; quer dizer, a totalidade
da glória e do poder Deus a que nenhum homem mortal pode ver e ainda pode
continuar vivo (Êxodo 33:20). (4) , pode se referir também à manifestação
visível de Deus aos anjos nos céus. Não significando isso, no entanto que Deus
não esteja onipresente, não que esteja limitado a um lugar, ou é limitado a um
corpo. Semelhantemente, quando a Bíblia diz que Deus veio para terra ou se
apareceu a um homem, ele não nega a sua onipresença. Ela simplesmente significa
que o foco da sua atividade se deslocou para a terra pelo menos no que se
refere a determinado indivíduo ou uma certa situação. Quando Deus vem à terra,
o céu não se torna vazio. Ele continua no céu como sempre. Ele pode agir
simultaneamente no céu e na terra, ou em vários locais em terra. É muito
importante que reconheçamos a magnitude da onipresença de Deus e não a limitemos
à nossa experiência humana.
DEUS
TEM CORPO?
Sendo Deus um Espírito
invisível e onipresente, Ele certamente não tem um corpo do modo como
entendemos que um corpo seja. Ele realmente assumiu várias formas e
manifestações temporárias ao longo do Velho Testamento de forma que o homem
pudesse vê-lo. Porém, a Bíblia não registra qualquer manifestação corpórea
permanente de Deus até o nascimento de Jesus Cristo. Claro que, em Cristo, Deus
teve um corpo humano e agora tem um corpo glorificado, corpo humano imortal.
Fora das manifestações
temporárias de Deus e fora da revelação de Deus em Cristo no Novo Testamento,
acreditamos que as referências bíblicas encontradas aos olhos, mãos, braços,
pés, coração, e outras partes do corpo de Deus sejam exemplos de linguagem
figurativa ou antropomorfismos (interpretações de algo não humano em termos
humanos de forma que o homem possa entender).
Em outras palavras, a Bíblia
descreve o Deus infinito em termos humanos finitos, para que nós O possamos
compreender melhor. Por exemplo, o coração de Deus denota seu intelecto e as
suas emoções, não um órgão bombeador do
sangue- (Gênesis 6:6; 8:21). Quando Deus disse que o céu era o seu trono e
terra era estrado de seus pés, Ele descreveu a sua onipresença, não um par de
pés literalmente sustentados sobre o globo (Isaias 66:1). Quando Deus disse que
a sua mão direita estendeu os céus, Ele descreveu o seu grande poder e não uma
grande mão desdobrando os céus (Isaias 48:13). "Os olhos do SENHOR estão
em todo lugar" não significa que Deus tem olhos físicos em todos os
locais, mas indica sua onipresença e onisciência (Provérbios 15:3). Quando
Jesus expulsou demônio pelo dedo de Deus, Ele não baixou um dedo gigantesco
vindo dos céus, mas Ele exercitou o poder de Deus (Lucas 11:20). O refolgar das
narinas de Deus não era partículas literais emitidas por narinas divinas
gigantescas, mas o vento oriental forte enviado por Deus para separar o Mar
Vermelho (Êxodo 15:8; 14:21). Na realidade, a interpretação literal de todas as
visões e descrições físicas de Deus nos levariam a acreditar que Deus tem asas
(Salmo 91:4) ou rodas (Daniel 7:9). Em resumo, nós acreditamos em Deus como um
Espírito não tem corpo a menos que Ele escolha se manifestar em uma forma
corpórea como Ele o fez na pessoa de Jesus Cristo. Alguns dizem que no
Testamento Velho Deus tinha um corpo espiritual visível aos outros seres
espirituais como os anjos. Eles levantam esta hipótese porque os espíritos
humanos parecem ter uma forma capaz de ser reconhecida pelos outros espíritos
(Lucas 16:22-31) e porque algumas passagens indicam que os anjos e Satanás
presenciaram uma manifestação visível de Deus no Velho Testamento (I Reis
22:19-22; Jó 1:6). Porém, Deus não precisava de um corpo espiritual para fazer
isto porque Ele poderia ter se manifestado por várias vezes a outros espíritos
da mesma maneira como se manifestou ao homem. Um verso fundamental da Bíblia
insinua que comumente Deus não é mesmo visível aos seres espirituais a menos
que Ele escolha se manifestar de algum modo": Deus foi manifesto na carne.
"contemplado por anjos (I Timóteo 3:16). Finalmente, se Deus tivesse mesmo
algum tipo de corpo espiritual Ele certamente não estaria limitado a isto como
outros seres espirituais estão confinados a seus corpos; porém então Ele não
seria verdadeiramente onipresente. Por exemplo, a onipresença de Deus significa
que Ele poderia ter aparecido simultaneamente aos homens na terra e aos anjos
nos céu. Precisamos ter em mente, Também, que nos tempos do Novo Testamento
Deus escolheu se revelar completamente através de Jesus Cristo (Colossenses
2:9). Não há nenhuma possibilidade de separar Deus e Jesus, e não há outro Deus
visível fora de Jesus.
Deus é Onisciente (Conhece
Tudo) Salmo 139:1-6 nos ensina que Deus sabe todas as coisas, inclusive nossos
movimentos, pensamentos, caminhos, modos, e palavras. Jó confessou: " Bem
sei que tudo podes, e que nenhum dos teus pensamentos pode ser frustrados
" (Jó 42:2). Deus tem o conhecimento completo de todas as coisas,
inclusive o conhecimento antecipado do futuro (Atos 2:23). Como a onipresença,
onisciência são atributos que pertence
somente a Deus. Ele é “o único Deus sábio" (I Timóteo 1:17). A Bíblia não
identifica nenhum outro ser (inclusive Satanás) que possa ler todos os
pensamentos do homem, pode prever o futuro com exatidão, ou pode saber tudo que
há para ser conhecido. Deus é Onipotente (Todo Poderoso) Muitas vezes ao longo
da Bíblia, Deus chama a si mesmo de Todo-poderoso (Gênesis 17:1; 35:11, etc.).
Ele tem todo o poder que existe, e nenhum ser pode exercer qualquer poder a
menos que Deus permita isto (Romanos 13:1). Novamente, só Deus é onipotente,
pois só um ser pode ter todo o poder. I Timóteo 6:15 descreve Deus como
“Bendito e único soberano, o Rei dos reis, e Senhor dos senhores”.Os santos de
Deus nos céus proclamarão “Aleluia: pois reina o Senhor nosso Deus o
Todo-poderoso" (Apocalipse 19:6). Deus descreve sua grande onipotência
maravilhosamente em Jó, capítulos 38 a 41. As únicas limitações que Deus tem
são aquelas que Ele coloca de boa vontade em si mesmo ou aquelas sendo o
resultado de sua natureza moral. Considerando que Ele é santo e sem pecado, Ele
permanece dentro de suas próprias limitações morais. Então, é impossível,
portanto para Deus mentir ou contradizer Sua própria Palavra (Tito 1:2; Hebreus
6:18).
Deus é Eterno - Deus é
eterno, imortal, e perpétuo (Deuteronômio 33:27; Isaias 9:6; I Timóteo 1:17).
Ele é o primeiro e o último (Isaias 44:6). Ele não tem começo e não terá fim;
outros seres espirituais, inclusive o homem, são imortais no que se refere ao
futuro, mas só Deus é eterno no passado e no futuro. Deus é Imutável (Não Muda)
O caráter e os atributos de Deus nunca mudam “:
Porque eu sou o SENHOR, não
mudo (Malaquias 3:6). É verdade que Deus às vezes se arrepende (muda seu curso
de ação em relação ao homem), mas isso acontece porque o homem muda suas ações.
A natureza de Deus permanece a mesma; apenas Seu futuro curso de ação se
modifica para responder às mudanças do homem. Por exemplo, o arrependimento de
Nínive fez Deus mudar seus planos de
destruir aquela cidade (Jonas 3:10). A Bíblia também, às vezes fala do
arrependimento de Deus no sentido de comover-se ou entristecer-se mas do que no
sentido de mudança no seu pensamento (Gênesis 6:6)”.
Deus Tem Individualidade,
Personalidade, e Racionalidade Deus é um ser inteligente com vontade (Romanos
9:19) e capacidade de raciocinar (Isaias 1:18). Ele tem uma mente inteligente
(Romanos 11:33-34). O fato de o homem ser capaz de ter emoções indica que Deus tem emoções, pois o homem foi
criado por Deus à sua própria imagem (Gênese 1:27). A natureza emocional
essencial de Deus é o amor, mas Ele tem muitas emoções tais como prazer,
piedade ou compaixão, ódio ao pecado e zelo pela retidão (Salmo 18:19; Salmo
103:13; Provérbios 6:16; Êxodo 20:5). Ele demora enfurecer, mas Ele pode ter
sua ira provocada (Salmo 103:8;
Deuteronômio 4:25). Deus pode ser afligido (Gênese 6:6) e santificado (Salmo
103:1). Claro que, suas emoções transcendem nossas emoções, mas podemos
descrevê-lo usando condições que descrevem emoções humanas. (Para mais prova de
que Deus é um ser individual com personalidade e racionalidade, veja as
discussões neste capítulo a respeito da onisciência de Deus e seus atributos
morais.)
Os Atributos Morais de Deus
"Deus é amor" (I Jô. 4:8, 16). Amor é a essência de Deus; ele é sua
mesma natureza. Deus tem muitas outras qualidades e atributos muitos dos quais
prolongamentos do seu amor.
A
NATUREZA MORAL DE DEUS
1-Amor I João.4:8
2-Luz I João.1:5
3-Santidade I Pedro.1:16
4-Misericórdia Salmo.103:8
5-Bondade Salmo.18:35
6-RetidãoSalmo.129:4
7-Benignidade Romanos.2:4
8-Perfeição Mateus.5:48
9-JustiçaIsaias.45:21
10-fidelidade I Corintios.10:13
11-Verdade João.17:17
12-Graça Salmo.103:8
Estes atributos morais de
Deus não são contraditórios, antes operam em harmonia. Por exemplo, a santidade
de Deus exigiu uma separação imediata entre Deus e o homem quando o homem
pecou. Então, a justiça e a retidão de Deus exigiam a morte como a penalidade
do pecado, mas o amor e a misericórdia de Deus procuraram o perdão. Deus
satisfez tanto a justiça quanto a misericórdia pela morte de Cristo no Calvário
e do plano de salvação que daí resultou. Nós desfrutamos os benefícios da
misericórdia de Deus quando nós aceitarmos a obra expiatória de Cristo e a
aplicamos à nossas vidas pela fé. Quando nós aceitamos e obedecemos pela fé o
plano de salvação de Deus, Deus imputa a retidão de Cristo a nós (Romanos
3:21-5:21). Então, Deus pode nos perdoar justamente do pecado (I João 1:9) e
pode nos restabelecer a comunhão com Ele sem violar sua santidade. A morte do
Cristo inocente, e sem pecado e a imputação da justiça de Cristo em nós
satisfizeram à justiça e à santidade de Deus. Porém, se nós rejeitarmos a
expiação de Cristo, seremos deixados sós para enfrentar o julgamento de Deus.
Neste caso sua santidade exige separação do homem pecador e sua justiça exige a
morte para o homem pecador. Assim justiça e misericórdia são aspectos
complementares, não contraditórios, da natureza de Deus, como é a santidade e o
amor. Se nós aceitamos o amor e a misericórdia de Deus Ele nos ajudará a
satisfazer a sua justiça e santidade. Se nós rejeitamos o amor de Deus e a sua
misericórdia nós temos que enfrentar sozinhos a sua justiça e santidade
(Romanos 11:22). Claro que, a lista anterior não contém naturalmente de modo
exaustivo as qualidades de Deus. Deus é transcendental e nenhum ser humano pode
compreendê-lo completamente. "Porque os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, nem os vossos caminhos são meus caminhos, diz o SENHOR. Porque
assim como os céus são mais altos que a terra, assim são meus caminhos mais
alto que vossos caminhos, e meus pensamentos mais altos que os vossos
pensamentos" (Isaias 55:8-9). "Ó profundidade das riquezas tanto da
sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e
quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem, pois conheceu a mente do Senhor? Ou
quem foi o seu conselheiro?” (Romanos 11:33-34).
OS
NOMES E TÍTULOS DE DEUS
"E não há salvação em nenhum outro:
porque debaixo de céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens, por
meio do qual devemos ser salvos" (Atos 4:12).
Embora o homem não possa
compreender completamente a Deus, Deus empregou vários métodos para se revelar
à humanidade. Um destes métodos é o uso de diferentes nomes ou títulos para
identificar a si mesmo.
O
SIGNIFICADO DE UM NOME
A escolha de um nome nos
tempos da Bíblia, especialmente nos tempos do Velho Testamento, era muito mais
significativo do que costuma ser em nossos dias. As pessoas usavam nomes
freqüentemente para revelar algo sobre as suas características, história, ou
natureza de indivíduos, e Deus também agiu assim. Assim, Deus mudou o nome de
Abrão (significando pai exaltado) para Abraão (pai de uma multidão), e o nome
de Jacó (suplantador) para Israel (o que luta como Deus). Até mesmo no Novo
Testamento, Jesus mudou o nome de Simão (audição) para Pedro (rocha). As
citações da Bíblia Amplificada em nota de rodapé em I Reis 8:43 Faz uma citação
de Davis no Dicionário Bíblico, do Comentário de Ellicott sobre a Bíblia, e do
Novo Dicionário Bíblico para destacar o significado do nome de Deus. Saber o
nome de Deus é testemunhar a manifestação desses atributos e temer aquele caráter
que o nome denota. O nome de Deus, quer dizer, a sua própria revelação. O nome
significa a presença ativa da pessoa na perfeição do caráter revelado.”Os
professores Flanders e Cresson da Universidade de Baylor afirmam:” para os
antigos, o nome é à parte da pessoa, é uma extensão da personalidade do
indivíduo." Deus usou alguns nomes como meios de aos poucos, se
auto-revelar. Por exemplo, em Êxodo Deus disse: 6:3 “Eu me apareci a Abraão, a
Isaque, e a Jacó, pelo nome de Deus Todo-poderoso, mas pelo meu nome JEOVÁ eu
não lhes fui conhecido”.Versos 4 a 8 tornam claro que o significado do nome
Senhor ou Jeová para Israel estava associado com redenção e salvação. Nós
sabemos que Abraão realmente usou o nome Jeová (Gênese 22:14); porém, Deus não
fez conhecido a ele o significado completo deste nome em seu aspecto redentor.
Assim, em Êxodo 6:3 Deus prometeu se revelar a Si próprio ao seu povo de uma
nova maneira. Quer dizer, Ele começou a associar o seu nome com uma compreensão
nova do seu caráter e presença. Além de usar nomes para manifestar seu caráter,
Deus usou seu nome para manifestar sua presença.
Por ocasião da dedicação do
Templo, Salomão reconheceu que Deus era onipresente e que nenhum templo O
poderia conter (I Reis 8:27). Como Deus preenche o universo, Salomão perguntou
como o Templo, uma estrutura artificial erguida pelo homem, poderia conter
Deus. Então ele respondeu à sua própria pergunta lembrando Deus de sua
promessa: “O meu nome estará ali" (I Reis 8:29). Embora a onipresença de
Deus não pudesse ser limitada ao Templo, contudo a plenitude de Seu caráter
representado por seu nome poderia habitar ali. Salomão continuou orando:
"afim de que todas as pessoas da terra possam saber o seu nome" (I
Reis 8:43). Mais uma vez, isto une o nome de Deus com a revelação de seu
caráter. O próprio Deus usou o conceito de seu nome para representar a
revelação de sua natureza e poder. Ele disse ao Faraó: “Mas deveras para isso
te hei mantido, a fim de mostrar-te o meu poder; e para que seja o meu nome anunciado
em toda a terra" (Êxodo 9:16).
O nome de Deus representa
Sua autoridade também como o seu poder. Por exemplo, Ele revestiu com a
autoridade de seu nome o anjo que conduziu os Israelitas (Êxodo 23:21). Esse
anjo provavelmente era uma teofanía de Deus uma vez que a passagem expressa a
idéia de que o anjo agiu com toda a autoridade do próprio Deus. O nome de Deus
representa o seguinte: (1) A presença de Deus, (2) A revelação de Seu caráter,
(3) Seu poder e (4) Sua autoridade. Aqui estão outros pontos que demonstram a
importância dada por Deus ao Seu próprio nome:
1. Deus exige temor
(reverência, respeito) a Seu nome (Deuteronômio 28:58-59). Ele ordena que o
homem não tome Seu nome em vão (Êxodo 20:7).
2. Deus adverte Seu povo a
não se esquecer do seu nome (Salmo 44:20-21; Jeremias 23:25-27).
3. Deus promete uma bênção a
todo aquele que conhecer o Seu nome (Salmo 91:14-16). Há uma bênção também para
aqueles que se lembram do Seu nome (Malaquias 3:16). Yahweh (Jeová criado
apartir de 1520 por teologos) é o nome redentor de Deus no Antigo Testamento
(Êxodo 6:3-8), e o nome sem igual pelo qual o único Deus verdadeiro se
distinguiu no Antigo Testamento de todos os outros deuses (Isaias 42:8).
Significa "Aquele que é por si mesmo, ou o Eterno”.Esse conceito também
aparece nas expressões "EU SOU O QUE SOU" e "Eu SOU",
usadas por Deus a Seu próprio respeito. Flandres e Cresson explicam que Yahweh
é a forma da terceira pessoa do verbo "ser" em Hebraico. [7] Yahweh
quer dizer "Ele é." Quando usado por Deus, a forma verbal está na primeira pessoa, ou "Eu
Sou." Em outras palavras, Yahweh e "Eu Sou" são formas
diferentes do mesmo verbo. Além disso, ambas indicam uma existência ativa
(possivelmente causadora ou criativa) muito mais que apenas uma existência
passiva.
No inglês, Jah aparece uma
vez na versão KJV como uma abreviação de Jeová (Salmos 68:4). Jeová aparece apenas quatro vezes na versão
KJV (Êxodo 6:3; Salmos 83:18; Isaias 12:2; Isaias 26:4) e apenas três vezes
como parte de um nome composto (Gêneses 22:14; Êxodo 17:15; Juízes 6:24). Em
todos os outros lugares, os tradutores da versão King James usam DEUS ou SENHOR
(com maiúsculas) para representar YHWH ou sua abreviação YH. Na maioria das
vezes eles usam SENHOR (exemplo: Gêneses 2:4),
usando DEUS apenas quando Adonai (Senhor) também apareceu na mesma frase (exemplo: Gêneses
15:2).
Usando SENHOR para
substituir YHWH, eles estavam apenas seguindo uma tradição judaica antiga de
substituir Adonai por YHWH simplesmente quando estavam copiando ou lendo as Escrituras.
Este costume surgiu porque os judeus quiseram salvaguardar de levar o nome de
Deus em vão, o que violaria o Terceiro Mandamento (Êxodo 20:7).
Eles pensavam que pela
repetição constantemente do nome sagrado de Deus, poderiam começar a tratá-lo
casualmente demais ou mesmo levianamente. O nome de Deus era tão santo e sagrado
que eles não deveriam usá-lo.
JESUS
E OS APÓSTOLOS TAMBÉM SEGUIRAM ESTE COSTUME.
O Novo Testamento usa a palavra grega kurios,
significando Senhor, ao citar passagens do Antigo Testamento que usam YHWH
(Mateus 3:3; 4:7, etc.). Como os antigos Hebreus não costumavam usar vogais
escritas e desde que os judeus deixavam de pronunciar o nome sagrado, ninguém
sabe qual era a pronúncia original de YHWH. Tudo que temos são as quatro letras
hebraicas (chamadas tetragrama), que normalmente são traduzidas literalmente
por YHWH ou JHVH e pronunciadas com Yahweh (Hebraico) ou Jeová (português).
Vamos usar Jeová pelo resto do livro como é tradicionalmente usado em português
e na versão KJV.
NOMES
COMPOSTOS DE YAHWEH(JEOVÁ)
Além das designações já citadas para Deus, o Antigo
Testamento usa vários nomes compostos de
Jeová para descrever Deus e mais completamente revelá-lo. Eles são listados no
quadro abaixo. Os números 1, 3, e 5
aparecem como tal na maioria das versões inglesas; o resto aparece no Hebraico mas são traduzidos para o
inglês. Além disso, o Novo Testamento usa ainda por duas vezes “o Senhor
Sabaoth" (o Senhor dos Exércitos) (Romanos 9:29; Tiago 5:4).
A
REVELAÇÃO PROGRESSIVA DO NOME
Ficamos sabendo que, no
Velho Testamento Deus revelou mais sobre Ele mesmo à medida que as necessidades
surgiam na vida do homem, e Ele usou nomes para expressar esta auto-revelação.
Quando Abraão precisou de um cordeiro para o sacrificio, Deus se revelou como
Jeová-jireh, o SENHOR que provê. Quando Israel precisou de libertação, Deus
revelou que o Seu nome Jeová tinha um significado anteriormente desconhecido
com respeito a libertação e salvação (Êxodo 6:3-8). Quando Israel precisou de
proteção para as doença, Deus se revelou
como Jeová-rapha, o SENHOR que cura. Quando
Israel precisou vencer seus inimigos, Deus se revelou como Jeová-nissi,
o SENHOR nossa bandeira, i.e., vitória. Assim, os nomes e títulos descritos
acima, revelam todos aspectos importantes
sobre a natureza de Deus. Porém, nenhum
deles é uma revelação completa da natureza de Deus. Muitas pessoas no Velho
Testamento perceberam isto; eles desejaram saber mais a respeito de Deus e
expressaram seu desejo pedindo para conhecer seu nome. Quando Jacó lutou com o
homem em Peniel (uma manifestação de Deus), ele perguntou: “Dize-me, rogo-te”,
como te chamas. Deus não lhe revelou Seu nome, mas o abençoou (Gênese 32:29).
Manoá, o pai de Sansão, perguntou para o anjo do SENHOR qual era seu nome e recebeu
a seguinte resposta": Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é
maravilhoso?" (Juizes 13:18). O profeta Agur perguntou a respeito de Deus," qual é o seu nome, e qual é o
nome de seu filho, se é que o sabes?" (Provérbios 30:4), Ele estava olhando
para o futuro, tentando saber com que nome Deus se revelaria quando Ele
apareceria como o Filho. Zecarias profetizou que a hora virá quando o SENHOR
será o rei sobre toda a terra, e que “aquele dia um será o SENHOR, e um só será
o seu nome” (Zecarias 14:9).
O
NOME JESUS
Quando vier a
plenitude dos tempos, Deus satisfará os desejos do seu povo e revelará a Si
próprio em todo Seu poder e gloria pelo nome de Jesus. Jesus é o equivalente
grego para o nome hebraico Jehoshua (Números 13:16), Jeshua (Esdras 2:2), ou
Joshua (Êxodo 17:9). Atos 7:45 e Hebreus 4:8 mostra que Jesus é o mesmo nome
que Joshua. (Veja NIV.). Jesus quer dizer Jeová-salvador, Jeová nossa Salvação,
ou Jeová é Salvação. Por isso o anjo
disse: "Ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS: porque ele
salvará o seu povo dos pecados deles"
(Mateus 1:21).
A identificação do nome Jesus com salvação fica particularmente
evidente porque a palavra grega para Jeshua é praticamente idêntico à hebraica
para salvação, especialmente porque o hebraico antigo não usava vogais
escritas. Na realidade, a Concordância Exaustiva Forte traduz Jeshua como
Yeshuwa e a palavra hebraica para salvação como Yeshuwah. Embora outros aguentaram
nome de Jehoshua, Joshua, ou Jesus, o Senhor Jesus Cristo é o único que de fato
viveu de acordo com esse nome. Ele é o único que é de fato o que o nome
descreve. Jesus é a culminância de
todos os nomes de Deus no Velho Testamento. Ele é o nome mais alto, o mais
exaltado jamais revelado à humanidade. O nome de Jesus é o nome de Deus que Ele
prometeu revelar quando Ele disse: "Por isso o meu povo saberá o meu
nome" (Isaias.52:6). é o único nome de Zecarias.14:9 que encerra e inclui
todos os outros nomes de Deus dentro de seu significado. A igreja do Novo
Testamento é identificada pelo nome de Jesus. Na realidade Jesus disse que nós
seríamos odiados entre todos os homens por causa do seu nome (Mateus.10:22). A
Igreja Primitiva foi perseguida por causa do nome de Jesus (Atos.5:28; 9:21;
15:26), e eles consideraram isto um privilégio a ser contado merecedor para
sofrer pelo seu nome (Atos 5:41). Pedro declarou que o homem manco (coxo) junto
à porta do templo chamada Formosa foi curado “pelo nome de Jesus Cristo de
Nazaré" (Atos.4:10). Ele explicou a supremacia e necessidade deste nome
para que recebamos a salvação ": E não há salvação em nenhum outro; porque
debaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre homens, por meio de quem
nós devemos ser salvados" (Atos.4:12). O Apóstolo Paulo escreveu:
“Portanto Deus o exaltou altamente, e lhe deu um nome que está sobre todo nome:
para que ao nome de Jesus se curve todo joelho, nos céus, na terra, e debaixo da
terra" (Filipenses.2:9-10). Por causa da posição exaltada deste nome, nós
somos exortados confiar no nome de Jesus em tudo que fazemos ou dizemos “: E
tudo o que fizerdes seja em palavra ou ação, fazei-o no nome do Senhor
Jesus" (Colossenses.3:17).
Nós ensinamos e oramos no
nome de Jesus (Atos.4:17-18; 5:28). Nós expulsamos demônios, falamos em
línguas, recebemos proteção e poder sobrenatural, e oramos pelos enfermos - tudo no nome de Jesus (Marcos 16:17-18;
Tiago 5:14). Sinais e maravilhas são operados pelo nome de Jesus (Atos 4:30).
Oramos e fazemos pedidos a Deus no nome de Jesus (João.14:13-14;16:23). Nós nos
reunimos no nome de Jesus (Mateus 18:20). Nós batizamos no nome de Jesus (Atos.2:38). Isto significa que o nome de Jesus é um tipo
de fórmula mágica? Não. Para que o nome de Jesus seja eficiente nós temos que
ter fé em Seu nome (Atos.3:16). Precisamos ter fé e conhecer aquele que é o
único representado por esse nome (Atos.19:13-17). O nome de Jesus é sem igual
porque como nenhum outro ele representa a presença de seu dono. Representa a
presença o poder e a obra de Deus. Quando falamos o nome de Jesus com fé, o
próprio Jesus se torna realmente presente e começa a trabalhar. O poder não vem
do modo como o nome soa, mas vem porque a expressão vocal do nome em fé
demonstra obediência à Palavra de Deus e fé na obra de Jesus. Quando chamamos
Seu nome com fé, Jesus manifesta Sua presença, opera Sua obra, e satisfaz à
nossa necessidade. Pelo nome Jesus,
então, Deus se revela completamente. Vemos, conhecemos, honramos, cremos, e
recebemos Jesus, na mesma medida em que vemos, conhecemos, honramos, cremos, e
recebemos Deus o Pai (João.5:23; 8:19;12:44-45;13:20; 14:7-9). Se nós negarmos
Jesus, nós negamos o Pai (I João 2:23), mas se usamos o nome de Jesus glorificamos
o Pai (Colossenses.3:17). A Bíblia
profetizou que o Messias declararia o nome do SENHOR (Salmo.22:22; veja Hebreu.2:12).
Jesus afirmou que Ele tinha manifestado e tinha declarado o nome do Pai (João
17:6, 26). Na realidade, Ele herdou o nome do Pai (Hebreus.1:4). Como Jesus
manifestou e declarou o nome do Pai? Ele o fez revelando o significado do nome
pelas obras que Ele fez, as quais eram obras de Jeová (João.14:10-11). Da mesma
maneira que Deus no Velho Testamento revelou mais progressivamente sobre a
natureza dele e o seu nome respondendo às necessidades de seu povo, assim Jesus
no Novo Testamento revelou mais a respeito da
natureza e nome de Deus completamente por milagres, curas, expulsando
demônios, e perdoando pecados. Jesus declarou o nome do Pai através de suas
obras; por elas provou que Ele realmente era o Pai, o Jeová do Velho
Testamento. (Veja Isaias.35:4-6 com Lucas.7: 19-22.) Demonstrando o poder de
Deus conforme as profecias, Ele provou que Jesus era o nome do Pai. Por que o nome de Jesus é a revelação completa
de Deus? Simplesmente porque Jesus é Jeová e em Jesus habita corporalmente toda
plenitude da Divindade, inclusive o papel do Pai (Colossenses.2:9). .
JESUS
É DEUS
"Porquanto nele habita
corporalmente toda a plenitude da Divindade" (Colossenses.2:9). O fato que
Jesus é Deus está tão firmemente estabelecido nas Escrituras quanto o fato de
que Deus é único. A Bíblia ensina que Jesus é totalmente Deus e Totalmente
Homem;
O
VELHO TESTAMENTO TESTIFICA QUE JESUS É DEUS
1. Isaias 9:6 é um das
provas mais poderosas de que Jesus é Deus": Porque um menino nos nasceu,
um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros e o seu nome será:
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, O Pai da Eternidade O Príncipe da
Paz." Os termos menino e filho se referem à Encarnação ou manifestação do
"Deus Todo-poderoso" e" do Pai eterno."
2. Isaias profetizou que o
Messias seria chamado Emanuel, isso é, Deus conosco (Isaias.7:14 Mateus.1:22-23).
3. Isaias descreveu o
Messias como rebento do trono de Jessé (o pai de Davi) e como renovo das raízes
de Jessé (Isaias.11:1, 10; veja também Apocalipse.22:16). De acordo com a carne
Ele era um descendente (rebento do tronco) de Jessé e Davi, mas de acordo com o
Seu Espírito Ele era Seu Criador e fonte de vida (raiz). Jesus usou este
conceito para confundir os Fariseus quando Ele citou Salmo.110:1 e perguntou,
em essência, “Se Davi, pois lhe chama Senhor, como é ele seu filho (o
descendente) de Davi?" (Mateus.22:41-46).
4. Isaias 35:4-6 mostra que
Jesus é Deus: Veja, seu Deus. “Ele virá e vos salvará”. Nessa passagem
encontramos que quando Deus vier, os olhos dos cegos se abrirão, os ouvidos do
surdo serão desimpedidos, os mancos saltarão, e as línguas dos mudos falarão.
Jesus aplicou essa passagem das Escrituras a Si próprio (Lucas.7:22) e, claro
que, em Seu ministério todas essas coisas aconteceram.
5. Isaias.40:3 declara que
alguém clamaria no deserto: “Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo
vereda a nosso Deus." João Batista cumpriu esta profecia quando ele preparou
o caminho para Jesus (Mateus.3:3); Jesus portanto é o SENHOR (Jeová) e nosso
Deus.
6. Miquéias 5:2 prova que o
Messias é Deus. "Mas tu, Belém Efrata... de ti me sairá o que há de reinar
em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade”.
Assim o Velho Testamento
afirma claramente que o Messias e Salvador que estava para vir seria o próprio
Deus.
O
NOVO TESTAMENTO PROCLAMA QUE JESUS É DEUS
1. De acordo com Atos.20:28,
a igreja foi comprada com o próprio sangue de Deus, isto é o sangue de Jesus.
2. Tomé confessou que Jesus
era Senhor e Deus (João.20:28).
3. Paulo descreveu Jesus
como" nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (Tito.2:13; a NIV diz:" nosso grande Deus e
Salvador, Jesus Cristo").
4. Pedro O descreveu como
“nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (II Pedro 1:1; as versões NIV e TAB
ambos registram," nosso Deus e Salvador o Jesus Cristo").
5. Nossos corpos são templos
de Deus (I Corintios.3:16-17), contudo nós sabemos que Cristo mora em nossos
corações (Efésios.3:17).
6. A carta aos Colossenses,
enfatiza a divindade de Cristo fortemente. "Porquanto nele habita
corporalmente toda a plenitude da Divindade" (Colossenses 2:9; veja também
1:19). De acordo com estes versos da Bíblia, Jesus não é só uma parte de Deus,
mas a totalidade de Deus reside nele. Se houvesse várias pessoas na Divindade,
de acordo com Colossenses 2:9 todas eles habitariam na forma corpórea de Jesus.
Nós nos aperfeiçoamos nele (Colossenses 2:10). O que quer que seja que
precisamos de Deus podemos achar em Jesus Cristo sozinho. Concluímos que o Novo
Testamento testifica a completa Divindade de Jesus Cristo.
DEUS
SE MANIFESTOU NA CARNE COMO JESUS
A afirmação de que Jesus é
Deus implica necessariamente em que Deus assumiu a carne humana. Isso é na
realidade o que a Bíblia diz.
1. "Aquele que foi
manifestado na carne, foi justificado em Espírito, visto por anjos, pregado
entre os gentios, crido no mundo, recebido em cima na glória" (I Timóteo
3:16; veja o verso 15 para confirmação adicional de que Deus é o assunto do
verso 16). Deus foi manifestado (feito visível) na carne; Deus foi justificado
(manifestado justo) no Espírito; Deus foi visto por anjos; Deus foi crido no
mundo; e Deus foi recebido em cima na glória. Como e quando tudo isto
aconteceu? Em Jesus Cristo.
2. "No princípio era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e O Verbo era Deus. E o Verbo foi feito
carne”.(João.1:1, 14). Literalmente, o Verbo (Deus) foi obrigado ou habitou
como em tenda na carne. Quando Deus se abrigou ou se vestiu de carne? Em Jesus
Cristo. Ambos os versos da Bíblia provam que Jesus é Deus - que Ele é Deus manifestado (revelado, feito
conhecido, tornado evidente, exibido, mostrado) em carne.
Deus é Espírito sem carne e
sangue e invisível ao homem. Para se tornar visível ao homem e para derramar
sangue inocente pelos nossos pecados, Ele tinha que se tornar carne. (Para
saber mais sobre os propósitos do Filho, veja Capítulo 5 – O FILHO DE DEUS.)
Jesus não é um outro Deus ou uma parte de Deus, mas Ele é o Deus do Velho
Testamento encarnado. Ele é o Pai; Ele é Jeová que veio em carne para servir de
ponte no abismo existente entre o homem e Deus e criado pelo pecado do homem.
Ele vestiu carne como um homem veste um manto.
Muitos versos da Bíblia declaram que Jesus Cristo é o Deus do Velho
Testamento revestido de carne com a finalidade de auto-revelação e
reconciliação.
3. "A saber, que Deus
estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo” (II Corintios.5:19).
4. "Ninguém jamais viu
a Deus; o Filho unigênito que está no seio do Pai é quem o tem revelado [falado,
revelou]” (João.1:18).
5. "Deus que há vários
tempos falou muitas vezes e de muitas maneiras aos pais pelos profetas, nestes
últimos dias nos falou pelo Filho. O brilho de sua glória, e uma imagem
expressa de sua pessoa". (Hebreus 1:1-3).
6. Jesus é “a imagem do Deus
invisível" (Colossenses.1:15; II Corintios.4:4).
7. Ele é Deus ocultou em
carne (Hebreus.10:20). Como profetizou Abraão, provavelmente sem entender o
significado completo de suas próprias palavras, “Deus proverá um cordeiro para
Si meu filho" (Gênesis.22:8). Deus realmente providenciou um corpo para Si
mesmo “: Sacrifício e oferta não quiseste, antes corpo tu me" preparou
(Hebreus.10:5).
8. Jesus foi o construtor da
casa (Deus o Pai e Criador) e também um filho com maior honra que a própria
casa que estabeleceu (Hebreus.3:3-6).
9. Ele veio para sua própria
criação e para seu próprio povo escolhido, mas eles não O reconheceram nem O
receberam (João 1:10-11).
O
VERBO
João capítulo 1 ensina de
modo maravilhoso o conceito de Deus manifesto em carne. No princípio era o
Verbo (em grego, Logos). O Verbo não era uma pessoa separada ou um deus à
parte, assim como a palavra de um homem não é uma pessoa separada dele. O Verbo
era antes, o pensamento ou um plano, na mente de Deus. A Palavra estava no
princípio de fato com Deus era o próprio Deus (João 1:1). A Encarnação existiu
na mente de Deus antes do mundo existir. Na verdade, na mente de Deus o
Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo (I Pedro.1:19-20; Apocalipse.13:8).
No grego, logos pode
significar a expressão ou o plano tal como existe na mente do proclamador - como uma peça na cabeça de um autor - ou pode significar o pensamento como
proferido ou caso contrário fisicamente expresso - como uma peça encenada em um palco. João 1
diz que o Verbo existia na mente de Deus desde o começo dos tempos. Quando
chegou a hora, Deus pôs Seu plano em ação. Ele pôs carne naquele plano na forma
do homem Jesus Cristo. O Logos é Deus expresso. Como diz John Miller, o Logos é
“Deus anunciando a Si mesmo". De
fato, a versão TAB traduz a última frase
de João 1:1 como: "O Verbo era o próprio Deus." Flandres e Cresson
afirmam," O Verbo era a intenção de Deus de Se auto-revelar". Esse pensamento é destacado posteriormente
pelo versículo 14, que diz que o Verbo encarnado tinha a glória como do
unigênito do Pai, e pelo versículo 18, que afirma que o Filho revelou o Pai.
Na filosofia grega, o Logos
passou a significar razão ou sabedoria como o princípio controlador do
universo. Nos dias de João, alguns filósofos gregos e teólogos judeus
influenciados pelos pensamentos grego (especialmente o pensador judeu, Philo de
Alexandria) considerou no Logos como uma divindade inferior ou secundária, ou o
aceitavam como uma emanação de Deus no tempo. [12] Algumas heresias cristãs,
inclusive uma forma emergente de Gnosticismo, já estavam incorporando essas
teorias em suas doutrinas, e portanto relegando Jesus então a um papel
inferior. João usou deliberadamente a terminologia própria desses pensadores
para refutar estas doutrinas e declarar a verdade. O Verbo não era inferior a
Deus; Ele era Deus (João 1:1). O Verbo não emanou durante um certo tempo de
Deus; estava no princípio com Deus (João 1:1-2). Jesus Cristo, o Filho de Deus,
não era outro senão o Verbo, ou Deus, revelado na carne. Também note que a
palavra grego pros, traduzida como " com" no verso 1, é a mesma
palavra traduzida como " pertencendo a" em Hebreus 2:17 e 5:1. João
1:1 poderia incluir em seus significados, então, o seguinte": O Verbo se
referia a Deus e a Palavra era Deus," ou," O Verbo pertencia a Deus e
era Deus."
JESUS
ERA DEUS DESDE O PRINCÍPIO DE SUA VIDA HUMANA
Deus foi manifestado na
carne através de Jesus Cristo, mas a que ponto de sua vida Deus realmente
habitou o Filho? A Bíblia declara inequivocamente que a plenitude de Deus
estava em Jesus desde o momento que sua vida humana começou.
1. Mateus.1:23 diz, “Veja,
uma virgem conceberá, e dará a luz um filho, e ele será chamado pelo nome dele
Emanuel que quer dizer, Deus conosco". Ele era “Deus conosco" desde o
Seu nascimento.
2. Os anjos O adoraram em
seu nascimento (Hebreus.1:6), Simeão reconheceu a criança como sendo o Cristo
(Lucas.2:26), Ana viu o bebê como sendo o redentor de Israel (Lucas 2:38), e os
magos adoraram a criança (Mateus.2:11).
3. Miquéias.5:2 atribuía
divindade ao Messias em seu nascimento em Belém, não depois de sua vida em Nazaré
ou Seu batismo no Jordão.
4. Lucas.1:35 explica porque
Jesus era Deus desde o princípio de sua vida humana. O anjo disse a Maria:
“Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a
sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer, será chamada Filho
de Deus”. Jesus nasceu de uma virgem, sua concepção sendo efetuado pelo
Espírito Santo. Por causa disto (“então"), Ele era o Filho de Deus. Em
outras palavras, Jesus é o Filho de Deus porque Deus, e não um homem, foi
responsável por sua concepção. Deus era literalmente seu Pai. "Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito". (João.3:16).
Gerar significa procriar, ser o genitor, ou produzir. Jesus foi gerado por Deus
no útero da virgem a Maria.
Isaias.7:14 também liga a
concepção da virgem com o reconhecimento que o Filho assim nascido seria Deus.
Em outras palavras, no momento da concepção, Deus colocou sua natureza divina
na semente da mulher. A criança que nasceria recebeu de Deus naquele momento
sua vida e o lado paterno de sua natureza. Do lado da mãe recebeu a natureza
humana de Maria; do lado do pai (Deus, não José) recebeu a natureza de Deus.
Jesus obteve a natureza divina pelo processo de concepção; Ele não se tornou
divino por algum ato posterior de Deus. Seu nascimento de uma virgem, Jesus
estabelece sua divindade. Alguns
acreditam que Jesus recebeu a plenitude de Deus em algum momento posterior na
vida dele, como, por exemplo, pela ocasião do seu batismo. Porém, levando em
conta o nascimento de uma virgem e Lucas.1:35 isso não pode ser assim. Jesus
recebeu Sua natureza de divindade como também a natureza de humanidade no
momento de Sua concepção. A descida do Espírito Santo como uma pomba no batismo
de Jesus não era um batismo do Espírito Santo; Jesus já trazia dentro de Si
toda plenitude de Deus (Colossenses.2:9). Antes, Seu batismo, entre outras
coisas, aconteceu como uma unção simbólica para o início de seu ministério
terrestre e como uma confirmação para João Batista de Sua divindade (João
1:32-34).
O
MISTÉRIO DA PIEDADE
O fato de Deus ter se
tornado carne que é uma das coisas mais maravilhosas e incompreensíveis sobre Deus. "E sem
controvérsia grande é o mistério de piedade: Deus foi manifestado na carne…” (I
Timóteo.3:16). Jesus é diferente de
qualquer outro homem que já existiu, ou que jamais existirá. Ele tem duas
naturezas; Ele é completamente Deus e completamente homem. A maior parte dos
problemas na mente das pessoas relativos à Divindade, vem deste grande
mistério. Eles não conseguem entender a dualidade da natureza de Cristo e não
podem separar corretamente esses dois papéis.
Eles não podem compreender como Deus poderia assumir a forma de um bebê
e habitar entre os homens.
É verdade que nós não
podemos compreender completamente o milagre da concepção - a união de Deus e o
homem - no útero de Maria, mas podemos aceitá-lo pela fé. Na realidade, se nós
não acreditamos que Jesus veio em carne, temos um espírito de anticristo (II
João.7), mas se aceitamos realmente essa
doutrina de Cristo, teremos o Pai e o
Filho (II João 9). Ambos, o Pai e Filho são revelados em Cristo (João.10:30;14:6-11).
O mistério de Deus em carne foi uma grande pedra de tropeçando para os judeus.
Eles nunca poderiam entender como Jesus, sendo um homem, poderia também ser
Deus (João.10:33). Porque Ele afirmava ser Deus, eles O rejeitaram e buscaram
matá-lo (João.5:18;10:33).
Embora seja humanamente
difícil entender como Deus infinito poderia habitar na carne, ainda assim, é
isso que as Escrituras afirmam. Jamais houve um mistério quanto às
"pessoas" na Divindade. A Bíblia claramente afirma que há apenas um
Deus, e isso pode ser facilmente entendido por todos. O único mistério a
respeito da Divindade é como Deus pôde vir em carne, como Jesus pôde nascer
tanto Deus quanto homem. Mas a verdade deste mistério tem sido revelada àqueles
que crerem. O mistério de Jesus Cristo foi mantido em segredo desde que o mundo
foi fundado, mas foi revelado na era do Novo Testamento (Romanos.16:25-26;
Colossenses.1:25-27). UM mistério no Testamento Novo é simplesmente um plano de
Deus que não foi compreendido no Velho Testamento mas que foi feito conhecido a nós. "Nós
podemos entender… o mistério de Cristo que em outras gerações não foi feito
conhecido aos filhos dos homens, como agora foi revelado aos seus santos
apóstolos e profetas pelo Espírito" (Efésios.3:4-5).
Podemos conhecer o mistério
de Deus e do Pai que é Cristo (Colossenses.2:2; também veja as versões NIV e
TAB). Na realidade, Paulo explicou este mistério dizendo que em Jesus Cristo
estão todos os tesouros da sabedoria, conhecimento, e plenitude de Deus
(Colossenses.2:3, 9). O mistério de Deus foi revelado a nós pelo Espírito de
Deus (I Corintios.2:7-10). Esta revelação vem a nós pela Palavra de Deus que é
iluminada pelo Espírito Santo (I Corintios.2:7-10). A luz de Cristo que é a
imagem de Deus brilhou em nossos corações (II Corintios.4:3-4). Não há,
portanto nenhum mistério bíblico sobre a Divindade e certamente nenhum mistério
sobre o número de pessoas na Divindade. O único mistério é Cristo, e Ele nos
foi revelado! O mistério de Deus e o mistério de Cristo convergem na Encarnação.
É que simplesmente o único Deus de Israel veio a terra em carne. Este mistério
foi revelado e a Palavra de Deus declara que ele se tornou conhecido a nós
hoje.
JESUS
É O PAI
Se há somente um Deus sendo
Deus o Pai (Malaquias 2:10), e se Jesus é Deus, então logicamente segue-se o
fato de que Jesus é o Pai. Para esses que de alguma maneira pensam que Jesus
pode ser Deus e ainda não pode ser o Pai, nós ofereceremos provas bíblicas
adicional que o Jesus é o Pai.
Elas servirão também como
maior evidência que Jesus é Deus. Na verdade dois versículos da Bíblia são
suficientes para provar este ponto de vista.
1. Isaias 9:6 chama o Filho
de Pai da eternidade. Jesus é o Filho profetizado e há somente um Pai
(Malaquias 2:10; Efésios 4:6), assim Jesus deve ser Deus o Pai.
2. Colossenses 2:9 proclama
que toda a plenitude da Divindade habita em Jesus. A Divindade inclui o papel
do Pai, assim o Pai deve habitar em Jesus.
3. Além destes dois
versículos, o próprio Jesus ensinou que Ele era o Pai. Uma vez, quando Jesus
estava falando sobre o Pai, os Fariseus perguntaram: “Onde está teu Pai? Jesus
respondeu, não me conheceis a mim, nem a meu Pai: se tivessem me conhecido,
também" deveriam ter conhecido meu Pai (João 8:19). Jesus continuou
dizendo: “porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados"
(João 8:24).
Em algumas versões aparece
“ele” em itálico após eu “sou”, fato que indica que “ele” foi acrescentado
pelos tradutores, não existindo no original grego. Jesus estava na verdade se
identificando como o “Eu SOU" de Êxodo 3:14. Os judeus que não entenderam
o Ele queria dizer perguntaram: “Quem és tu?" Jesus respondeu, “Que é que
desde o princípio vos tenho dito?” (João 8:25). Porém, “eles não entenderam que
ele lhes falava do Pai" (João 8:27). Em outras palavras, Jesus tentava
dizer-lhes que Ele era o Pai e o Eu SOU, e que se eles não O aceitassem como
Deus morreriam em seus próprios pecados.
4. Em outro lugar Jesus
disse: “Eu e meu Pai somos um" (João 10:30). Alguns tentam dizer que Ele
era um com o Pai assim como um marido e a esposa são um ou como dois homens
podem ser um quando concordam.
Esta interpretação tenta
debilitar a afirmativa de Jesus. Porém, outros versos sustentam de nodo
completo que Jesus não era somente o Filho em Sua humanidade, mas também o Pai
em sua divindade.
5. Por exemplo, Jesus
declarou em João.12:45, “E quem me vê a mim vê aquele que me enviou". Em
outras palavras, se uma pessoa ver Jesus no que diz respeito a sua divindade,
vê o Pai.
6. Em João 14:7 Jesus disse
a seus discípulos: “Se vós me tivessem conhecido, conheceríeis também a meu
Pai. E desde agora o conheceis e o tendes visto”. Ao ouvir esta declaração,
Filipe replicou: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta" (João 14:8).
Em outras palavras, ele pediu que Jesus lhes mostrasse o Pai e então eles
ficariam satisfeitos. A resposta de Jesus foi: “Há tanto tempo estou convosco e
não me tendes conhecido Filipe? Quem me vê a mim, vê o Pai; e como dizes tu
então, mostra-nos o Pai? Tu não crês que eu estou no Pai, e o Pai em mim? As
palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai que permanece em
mim, é quem faz as obras. Crede-me que eu estou no Pai e o Pai em mim; crede ao
menos por causa das mesmas obras” (João 14:9-11). Esta declaração vai além de
um simples relacionamento harmonioso; ela pode ser visto como nada menos que a
afirmação de Cristo de ser o Pai manifestado em carne. Como muitas pessoas
hoje, Filipe não tinha compreendido que o Pai é um Espírito invisível e que o
único modo de alguém jamais O ver, seria através da pessoa de Jesus Cristo.
7. Jesus disse: “O Pai está
em mim, e eu nele" (João 10:38).
8. Jesus prometeu ser o Pai
de todos os vencedores (Apocalipse 21:6-7).
9. Em João 14:18 Jesus
disse: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós outros”. A palavra grega
traduzida para órfãos é orphanos que a Concordância Exaustiva de Strong, define
como “despojado (' órfãos), i.e. sem pais”. Jesus estava dizendo:
“eu não os deixarei como
órfãos" (NIV e TAB), ou “eu não o deixarei órfão: Voltarei para
vós”.Jesus, falando como o Pai, prometeu que Ele não deixaria seus discípulos
órfãos.
Abaixo se seguem algumas
comparações que oferece prova adicional de que Jesus é o Pai.
10. Jesus profetizou que Ele
haveria de ressuscitar Seu próprio corpo da morte, em três dias (João 2:19-21),
todavia Pedro pregou que Deus ressuscitou Jesus de entre os mortos (Atos 2:24).
11. Jesus disse que nos
mandaria o Consolador (João 16:7), mas disse, também, que o Pai enviaria o
Consolador (João 14:26).
12. O Pai, sozinho, pôde
trazer os homens a Deus (João 6:44), ainda assim, Jesus disse que Ele atrairia
todos os homens (João 12:32).
13. No último dia, Jesus
ressuscitará a todos os que crerem (João 6:40), embora Deus o Pai vivifique (dê
vida) aos morto e nos levantará (Romanos 4:17; I Corintios 6:14).
14. Jesus prometeu responder
às orações daqueles que crêem (João 14:14), mas também disse que o Pai responderia
as orações (João 16:23).
15. Cristo é nosso
purificador (Efésios 5:26), mas o Pai também nos santifica (Judas 1).
16. I João 3:1, 5 afirma que
o Pai nos amou e se manifestou para retirar os nossos pecados, contudo nós
sabemos que era Cristo que foi manifestado no mundo para tomar pecado (John
1:29-31). Podemos compreender facilmente
tudo isso se atentarmos para o fato de que Jesus tem uma dupla natureza. Ele é
tanto Espírito como carne, Deus e homem, Pai e Filho. No lado humano Ele é o
Filho do homem; em seu lado divino Ele é o Filho de Deus e é o Pai habitando em
carne.
JESUS
É JEOVÁ
As passagens das Escrituras
demonstrando que Jesus é o Pai não enfraquecem nossa prova de que o Jesus é o
único Deus. Abaixo seguem doze versículos das Escrituras provando
especificamente que Jesus é Jeová - o único
Deus do Velho Testamento.
1. Isaias 40:3 profetizou que
uma voz clamaria no deserto: “Preparai o caminho do SENHOR" (Jeová);
Mateus 3:3 diz que o João Batista é o cumprimento desta profecia. Sabemos que
João preparou o caminho do Senhor Jesus Cristo. Uma vez que o nome Jeová era o
nome sagrado para o único Deus, a Bíblia não aplicaria a nenhum outro que não o
Santo de Israel; aqui ele se refere a Jesus.
2. Malaquias 3:1 afirma, “De
repente virá ao seu templo o SENHOR, a quem vós buscais, o Anjo da
Aliança". Isto foi cumprido por Jesus, seja significando o Templo,
literalmente, ou seja, significando o templo do corpo de Jesus (João 2:21).
3. Jeremias 23:5-6 fala de
um Renovo justo de Davi - uma clara
referência ao Messias - e o chama de
“SENHOR JUSTIÇA NOSSA." (Também veja JeremiaS 33:15-16.) Em outras palavras,
Jesus é "Jeová Justiça Nossa."
4. Falando de Jeová Isaías
diz: "Pelo que o seu próprio braço lhe trouxe salvação" (Isaías
59:16), “e o seu braço dominará" (Isaías 40:10). Isaías 53:1-2 descreve o
Messias como a revelação do braço do SENHOR. Então, Jesus o Salvador não é
outro Deus, mas uma extensão de Jeová em carne humana, para trazer salvação ao
mundo.
5. Isaías profetizou que a
glória do SENHOR seria revelada a toda a carne (Isaías 40:5). Tendo Jeová dito
que não daria a sua glória a nenhum outro (Isaías 42:8; 48:11), sabemos que Ele
poderia cumprir essa profecia apenas através da revelação de Si mesmo. De fato,
no Novo Testamento encontramos que Jesus tinha a glória do Pai (João 1:14;
17:5). Ele é o Senhor da glória (I Corintios 2:8).
Quando Jesus vier novamente,
Ele virá na glória do Pai (Mateus 16:27; Marcos 8:38). Se Jesus tem a glória de
Jeová, Ele tem que ser Jeová.
6. Jeová disse: “Por isso o
meu povo saberá o meu nome: portanto naquele dia saberá que eu sou quem fala:
Eis-me aqui" (Isaías 52:6). Ainda assim sabemos que Jesus é o único que
revelou o Pai, manifestou o nome do Pai, e tornou conhecido o nome do Pai (João
1:18; 17:6; 17:26). Jesus declarou o nome do Senhor (Salmos 22:22; Hebreus
2:12). Portanto, Ele tem que ser Jeová.
7. O SENHOR disse, “Diante
de mim se dobrará todo joelho, toda língua jurará" (Isaías 45:23). Paulo
citou este versículo das Escrituras para provar que todos permanecerão diante
do trono de julgamento de Cristo (Romanos 14:10-11). Paulo escreveu, também:
“Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho” (Filipenses 2:10).
8. Zacarias oferece prova
convincente que Jesus é Jeová. Na passagem começando com Zacarias 11:4, “Assim
diz o SENHOR meu Deus": “Pesaram, pois por meu preço trinta moedas de
prata”.Em Zacarias 12:10 Jeová afirmou: “olharão para mim a quem
transpassaram”.Claro que, foi Jesus que foi vendido por trinta moedas de prata
e quem foi perfurado (Mateus 26:14-16; João 19:34). Zacarias 12:8 diz com
referência ao Messias, “a casa de Davi será como Deus”.Zacarias escreveu,
também “Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos com ele" e O
descreve lutando contra muitas nações e diz que naquele dia seus pés estarão
sobre o Monte das Oliveiras (Zacarias 14:3-5). Sabemos que Jesus é aquele que
virá de volta ao Monte das Oliveiras como Rei dos reis e Senhor dos senhores
para guerra contra as nações (Atos 1:9-12; I Timóteo 6:14-16; Apocalipse
19:11-16).
9. Quando Paulo, judeu
instruído, fariseu dos Fariseus, perseguidor fanático do Cristianismo, foi
ferido na estrada de Damasco por uma luz ofuscante de Deus, ele perguntou,
“Quem és tu, Senhor?"
Como um judeu, ele sabia que havia só um Deus e Senhor, e ele estava
perguntando: “Quem és tu, Jeová?" O Senhor respondeu, “eu sou Jesus"
(Atos 9:5).
10. Embora Moises tratasse
com Jeová Deus, Hebreus 11:26 diz que o Moises considerou o opróbrio de Cristo
como maiores riquezas que os tesouros do Egito. Assim o Deus de Moises era o
Jesus Cristo.
11. O Salmo 68:18 descreve
uma cena na qual Jeová ascende ao alto e conduz cativo o cativeiro, contudo nós
sabemos que Jesus ascendeu às alturas e levou cativo o cativeiro. Na realidade,
Efésios 4:7-10 aplica essa profecia a Jesus.
12. Apocalipse 22:6 diz: “o
Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas enviou seu anjo" a João, mas
verso 16 diz, “eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas”.
Ainda há muito mais
passagens da Bíblia que identifica Jesus com o único Jeová Deus. Abaixo
encontramos uma lista de versículos que lado a lado descrevem Jeová de determinadas
maneiras com versos que descrevem Jesus da mesma maneira. Assim, todos esses
versículos das escrituras provam que Jesus é Jeová.
YAHWEH(JEOVÁ)
JESUS
1-Todo-poderoso Gênesis 17:1 Todo-poderoso
Apocalipse 1: 8
2-EU SOU Êxodo 3:14-16 Eu sou
João 8:58
3-Rocha Salmo 18:2; 28:1 Pedra I Corintios 10:4
4-Salvação Salmo 18:2 Salvação
Lucas 1:69
5-Pastor Salmo
23:1; Isaias 40:10-11.Bom pastor, Grande Pastor, Sumo Pastor, Heb. 13:20; João 10:11; I Pedro 5:4.
6-Rei da Glória Salmo 24:7-10 Deus de Glória I Corintios 2:8
7-Luz Salmo 27:1; Isaias 60:19 Luz
João 1:4-9; João 8:12; Apocalipse 21:23
8 -Salvação Salmo 27:1; Isaias 12:2 Única Salvação Atos 4:10-12
9-Senhor dos senhores Salmo
136:3 Senhor dos senhores Apocalipse
19:16
10-Santo Isaias 12:6 Santo Atos 2:27
11-Legislador Isaias
33:22 Testador do Primeiro Testamento (a Lei) Hebreus 9:14-17
12-Juiz Isaias 33:22 Juiz Mique. 5:1; Atos 10:42
13-Primeiro e o Último Isaias
41:4; 44:6; 48:12 Alfa e Omega,
Primeiro e Último, Começo e Fim. Apocalipse 1:8; 22:13
14-Único Salvador Isaias 43:11; 45:21; 60:16 Salvador
Tito 2:13; 3:6
15-Aquele que dá Água
Espiritual Isaias 44:3; 55:1- Aquele
que dá Água Viva João 4:10-14;
7:38-39
16-Rei de Israel Isaias 44:6 Rei de Israel, Rei dos reis, João 1:49; Apocalipse 19:16
17-Único Criador Isaias 44:24; 45:8; 48:13 Criador de tudo João 1:3; Colossen. 1:16
18-Deus Justo Isaias 45:21 Justo Atos 7:52
19-Redentor Isaias 54:5; 60:16 Redentor Gálatas 3:13; Apocalipse 5:9
JESUS
É NOSSO
1-Jeová-jireh
(provedor) Provedor do
SACRIFÍCIO Hebreus 10:10-12
2-Jeová-rapha (aquele que cura) Médico
Tiago 5:14-15
3-Jeová-nissi (bandeira,
vitória) Vitória I Corintios 15:57
4-Jeová-m'kaddesh
(santificador) Santificador Efesios 5:26
5-Jeová-shalom (paz) Paz
João 14:27
6-Jeová-sabaoth (Senhor dos
Exércitos) Senhor dos Exércitos
Tiago 5:4-7
7-Jeová-elyon
(altíssimo) Altíssimo Lucas 1:32, 76, 78,
8-Jeová-raah (pastor) Pastor João 10:11
9-Jeová-hoseenu (aquele que
nos fez) Aquele que nos fez João 1:3
10-Jeová-tsidkenu
(Justiça) Retidão I Corintios 1:30
11-Jeová-shammah
(presente) Aquele que está sempre
conosco Mateus 28:20
Há
apenas um Yaweh(Jeová) (Deuteronômio 6:4), assim isto significa que Jesus é o único
Deus do Velho Testamento.
OS
JUDEUS ENTENDERAM QUE JESUS AFIRMAVA SER DEUS
Os judeus não compreenderam
como Deus poderia vir em carne. Eles não entenderam Jesus quando em uma ocasião
Ele lhes falou que Ele era o Pai (João 8:19-27). Porém, em muitas outras
ocasiões eles realmente compreenderam sua afirmativa de que era Deus. Uma vez
quando Jesus curou um homem no Sábado sagrado e creditou a obra a seu Pai, os
judeus buscaram matá-lo não apenas porque Ele tinha violado o Sábado sagrado,
mas porque Ele disse que Deus era Seu Pai, fazendo-se a Si mesmo igual a Deus
(João 5:17-18). Uma outra vez, Jesus
disse que Abraão alegrou ao ver o seu dia. Quando os judeus lhe perguntaram
como poderia ser isso, Jesus respondeu: “Antes que Abraão existisse, eu sou”. Os
judeus imediatamente reconheceram que Ele afirmava ser o EU SOU o nome pelo
qual Jeová tinha se identificado em Êxodo 3:14 - então procuraram apedrejá-lo e
matá-lo por causa da blasfêmia (João 8:56-59).
Quando Jesus disse: “Eu e meu Pai somos um”, os judeus pegaram pedras
para lhe atirar por causa da blasfêmia, porque sendo homem se fazia Deus o Pai
(João 10:30-33). Eles tentaram matá-lo quando Ele disse que o Pai estava nele,
novamente porque Ele estava afirmando ser o Pai (João 10:38-39). Quando o Jesus perdoou um homem paralítico de
seus pecados, os judeus pensaram que Ele tinha blasfemado porque sabiam que só
Deus pode perdoar pecado (Isaias 43:25). Jesus, sabendo seus pensamentos, curou
o homem; mostrando desse modo Seu o poder divino e provando Sua divindade
(Lucas 5:20-26). Os judeus tinham razão ao acreditar na existência de um só
Deus, ao acreditar que apenas Deus perdoa os pecados, e ao compreender que
Jesus estava afirmando ser o único Deus (o Pai e Jeová). Eles só estavam
errados porque eles recusaram a crer naquilo que Jesus afirmava. É espantoso como algumas pessoas hoje em dia
não só rejeitam a afirmativa do Senhor a respeito da sua verdadeira identidade,
como também deixam de compreender o que Ele realmente afirmou. Até mesmo os
judeus contrários a Jesus perceberam que Jesus afirmava ser Deus, o Pai, e
Jeová, mas alguns hoje não conseguem ver o que as Escrituras declaram tão
claramente.
JESUS
É O ÚNICO NO TRONO
Há um só trono nos céus e
apenas Um, sentado no trono. João descreve isso em Apocalipse 4:2: “E
imediatamente eu me achei em espírito; e eis armado no céu, um trono, e no
trono alguém assentado”.Sem dúvida esse alguém é Deus porque os vinte e quatro
anciões ao redor do trono se dirigem a Ele dizendo: " Santo, Santo, Santo,
é o Senhor Deus o Todo-poderoso aquele que era e é, e que há de vir"
(Apocalipse 4:8). Quando nós compararmos essa passagem a Apocalipse 1:5-18, descobrimos
uma notável semelhança entre a descrição de Jesus e do Único sentado no trono.
"Eu sou Alfa e Omega, o começo e o fim, diz o Senhor que é e que era, e
que há de vir, o Todo-poderoso" (Apocalipse 1:8). Os versos 5-7 deixam
claro que Jesus é aquele de quem se fala no verso 8. Além disso, Jesus é
claramente o assunto de Apocalipse 1:11-18. No verso 11, Jesus se identificou
como o Alfa e Omega, o primeiro e o último. Nos versos 17-18 Jesus disse: “Eu
sou o primeiro e o último; Eu sou aquele que vive, estive morto; mas eis que
estou vivo eternamente, Amém; e tenho as chaves da morte e do inferno”. Desde o
primeiro capítulo de Apocalipse, portanto, encontramos que Jesus é o Senhor, o
Todo-poderoso, e Aquele que é, que era, e que há de vir. Desde que as mesmas
condições descritivas e títulos se aplicam a Jesus e ao Único sentando no
trono, não é outro senão Jesus Cristo.
Há ainda maior fundamento para essa conclusão. Apocalipse 4:11 nos diz
que o Único no trono é o Criador, e nós sabemos que Jesus é o Criador (João 1:3;
Colossenses 1:16). Além disso, o Único no trono é merecedor de receber glória,
honra, e poder (Apocalipse 4:11); nós lemos que o Cordeiro que foi sacrificado
(Jesus) é merecedor de receber poder, riquezas, sabedoria, força, honra,
glória, e louvor (Apocalipse 5:12). Apocalipse 20:11-12 nos diz que o Único no
trono é o Juiz, e nós sabemos que o Jesus é o Juiz de todos (João 5:22, 27;
Romanos 2:16; 14:10-11). Nós concluímos que Jesus é Aquele que está no trono em
Apocalipse 4. Apocalipse 22:3-4 fala do trono
de Deus e do Cordeiro. Estes versos falam de um trono, uma face, e um nome.
Então, Deus e o Cordeiro devem ser o único Ser que tem uma face e um nome e que
está sentado no trono. A única pessoa que é tanto Deus e o Cordeiro é Jesus
Cristo. Resumindo: o Livro do Apocalipse nos fala que quando chegarmos ao céu,
veremos Jesus sozinho no trono. Jesus é a única manifestação visível de Deus
que jamais veremos no céu.
A
REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO
O Livro do Apocalipse contém
muitas outras afirmações valiosas a respeito da divindade de Jesus. O propósito
de Deus ao fazer com que João escrevesse o livro, era revelar ou desvelar Jesus
Cristo, não somente revelar os acontecimentos futuros. Na realidade, todas as
escritas de João enfatizam a unidade de Deus, a deidade de Cristo, e a natureza
dual de Cristo. João escreveu o Evangelho de João de forma que crêssemos que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (João 20:31). Aceitar Jesus como Filho de
Deus significa aceitá-lo como Deus, porque o título “Filho de Deus" significa
simplesmente Deus manifestado na carne. (Veja Capítulo 5 - O FILHO DE DEUS para discussões adicionais.) João identificou
Jesus como Deus, o Verbo, o Pai, e Jeová (o Eu sou). Todas as escritas de João
elevam a divindade de Jesus; o Livro do Apocalipse não é nenhuma exceção.
Apocalipse 1:1 nos fala que
o livro é a revelação de Jesus Cristo. A palavra grega para revelação é
apokalupsis do qual nós obtemos a palavra apocalipse. Significa literalmente um
desvendar ou um descobrir. Certamente o livro é uma profecia de coisas por vir,
mas um das principais razões para esta profecia é revelar Cristo - mostrar quem Ele realmente é. O estudante
zeloso da Bíblia deve buscar entender as predições no livro; mas, mais importante,
ele deverá buscar compreender a razão dessas profecias. Ele deve buscar
entender a revelação de Jesus Cristo nestes eventos futuros.
O Livro do Apocalipse
apresenta Jesus tanto em sua humanidade quanto em Sua divindade. Ele é o
Cordeiro por causa de nossos pecados, mas Ele é também o Deus Todo-poderoso no
trono. Abaixo temos uma lista de algumas das maneiras pelas quais o livro
apresenta Cristo.
JESUS
NO LIVRO DO APOCALIPSE
1-Testemunha fiel O profeta
e apóstolo1:5
2-Primogênito dos mortos1:5
3-Soberano dos reis1:5
4-Alfa e Omega 1:8, 11;
21:6; 22:13
5-Princípio e Fim 1:8; 21:6;
6-Aquele que é, que era, e
que há de vir1:8; 4:8
7-O Todo-poderoso1:8; 4:8
8-Filho do homem O mesmo que
Ancião de Dias em Daniel 7:9 1:13
9-Primeiro e último 1:17;
22:13
10-Aquele que vive, esteve
morto, está vivo pelos séculos dos séculos1:18
11-Possuidor dos sete Espíritos
3:1; 5:6
12-Único no trono 4:2
13-Deus 4:8; 21:7
14-Criador 4:11
15-Leão da tribo de Judá
Humanidade 5:5
16-Raiz de Davi O criador de
Davi 5:5; 22:16
17-Cordeiro Sacrifício pelos
pecados 5:6
18-Redentor 5:9
19-Fiel19:11
20-Verdadeiro19:11
21-Verbo de Deus19:13
22-Rei dos reis19:16
23-Senhor dos senhores 19:16
24-Geração de Davi
Humanidade 22:16
25-Brilhante estrela
d'alva 22:16
Cada um destes títulos e
papéis é uma revelação maravilhosa de Jesus. Junto, eles representam um retrato
daquele que veio em carne, morreu, e ressuscitou, mas, também, o Único que vive
pelos séculos dos séculos o Senhor Deus Todo-poderoso.
O último capítulo do
Apocalipse descreve Deus e o Cordeiro no singular (Apocalipse 22:3-4) e
identificam o Senhor Deus dos santos profetas como Jesus (Apocalipse 22:6, 16).
Essas referências nos dizem que o Jesus é o Deus da eternidade e que Ele
aparecerá com Seu corpo humano glorificado (o Cordeiro) por toda a eternidade.
A glória de Deus será a luz da Nova Jerusalém brilhando através do corpo
glorificado de Jesus (Apocalipse 21:23). Estes capítulos finais do Livro de
Apocalipse descrevem como Deus revelará (desvendará) a Si mesmo em toda a Sua
glória para todos eternamente. Eles nos contam que Jesus é o Deus eterno e que
Jesus se revelará como Deus pelos séculos dos séculos. Então, o livro realmente
é a revelação de Jesus Cristo.
JESUS
TEM TODOS OS ATRIBUTOS
E
PRERROGATIVAS DE DEUS
Se mais alguma prova for
necessária para demonstrar que Jesus é Deus, podemos comparar os atributos de
Jesus com os atributos de Deus. Fazendo assim nós descobriremos que Jesus
possui todos os atributos e prerrogativas de Deus, particularmente aqueles que
podem pertencer apenas a Deus. Em Sua humanidade, Jesus é visível, limitado a
um corpo físico, fraco, imperfeito em poder, e assim por diante. Em Sua
natureza divina, porém, Jesus é Espírito; pois Romanos 8:9 fala do Espírito de
Cristo. Em Sua divindade, Jesus era e é onipresente. Por exemplo, em João 3:13
Jesus se referiu ao “Filho do homem que está no céu" embora Ele ainda
estivesse na terra. Sua onipresença explica porque Ele podia dizer ainda na
terra usando o tempo presente do verbo: “Porque onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (Mateus 18:20). Em outras
palavras, enquanto a plenitude do caráter de Deus estava localizado no corpo
humano de Jesus, o Espírito onipresente de Jesus não podia estar assim
limitado.
Enquanto Jesus caminhava
pela terra como homem, Seu Espírito estava em todos os lugares ao mesmo
tempo. Jesus também é onisciente; porque
Ele podia ler pensamentos (Marcos 2:6-12). Ele conheceu Natanael antes que ele
O conhecesse (João 1:47-50). Ele sabe todas as coisas (João 21:17), e toda a sabedoria
e conhecimento estava escondidos n’Ele (Colossenses 2:3). Jesus é onipotente; Ele tem todo o poder, é
o cabeça de todo o principado e potestade, e é o Todo-poderoso (Mateus 28:18;
Colossenses 2:10; Apocalipse 1:8). Jesus
é imutável (Hebreus 13:8). Ele é eterno e também imortal (Hebreus 1:8-12;
Apocalipse 1:8, 18). Somente Deus
deveria receber adoração (Êxodo 20:1-5; 34:14), contudo Jesus recebeu adoração
em muitas ocasiões e será adorado de toda a criação (Lucas 24:52; Filipenses
2:10; Hebreus 1:6). Somente Deus pode perdoar pecado (Isaias 43:25), contudo
Jesus tem poder para perdoar pecados (Marcos 2:5). Deus recebe os espíritos dos
homens (Eclesiastes 12:7), contudo Jesus recebeu o espírito de Estevão (Atos
7:59). Deus é o edificador dos céus (Hebreus 11:10), contudo Jesus é o
edificador dos céus (João 14:3). Então, nós vemos que Jesus tem todos os
atributos e prerrogativas que pertencem apenas a Deus. Além disso, Jesus demonstra todas as outras
características que Deus possui. Por exemplo, enquanto na terra Jesus
demonstrava emoções piedosas como alegria, compaixão, e tristeza (Lucas 10:21;
Marcos 6:34; João 11:35). A Bíblia testifica também que Ele tem os atributos
morais de Deus. Abaixo encontramos uma lista de alguns atributos morais de Jesus
que corresponde a esses de Deus.
JESUS
TEM A NATUREZA MORAL DE DEUS
1-amor Efésios 5:25,
2-luz João 1:3-9.
3-Santidade Lucas.1:35
4-Misericórdia Hebreus.2:17
5-Bondade II Co.10:1
6 -Retidão II Tm.4:8
7- bondade Mateus 19:16
8- Perfeição Efésios 4:13
9-Justiça Atos 3:14
10-Fidelidade Apocalipse
19:11
11-Verdade João 14:6
12-Graça João1: 16-17
O Jesus é tudo que a Bíblia
descreve que Deus é. Ele tem todos os atributos, prerrogativas, e
características do próprio Deus. Para colocar de modo bem simples, tudo o que
Deus é, Jesus é também. Jesus é o único Deus. Não há melhor modo de sintetizar
tudo que dizer com o inspirado Apóstolo Paulo: “Porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da Divindade. Também nele estais aperfeiçoados"
(Colossenses 2:9-10).
O
FILHO DE DEUS
“Vindo, porém a plenitude do
tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gálatas
4:4). JESUS É DEUS E HOMEM afirmou que Jesus é Deus. Agora vamos estudar e ver
o outro lado da dual natureza de Cristo - sua humanidade - e o conceito bíblico do Filho de Deus.
O
SIGNIFICADO DE JESUS CRISTO
Antes de chegarmos ao ponto
central deste capítulo, vamos explicar brevemente o significado das duas
palavras, Jesus e Cristo. Jesus é a versão grega da palavra hebraica Jehoshua,
que significa Jeová--Salvador, o Jeová e a salvação. É o nome escolhido por
Deus para seu filho e o nome através do qual Deus revelou a si mesmo, no Novo
testamento. E o nome que o Filho recebeu por herança (Hebreus 1:4). Cristo é o
equivalente grego para a palavra hebraica Messias; a, mas as palavras
significam "O ungido". Especificamente falando, Cristo é um título,
não um nome. Entretanto, nas epístolas e no uso comum hoje em dia, Cristo é
usado muitas vezes, como simplesmente outro nome para Jesus, uma vez que Jesus
é o Cristo. Em muitos casos, Jesus e Cristo são apenas dois nomes usados
indiferentemente para se referir a mesma pessoa sem distinção intencional de
significado.
A
DUALIDADE DA NATUREZA DE CRISTO
Na Bíblia, vemos que Jesus Cristo tinha duas
naturezas distintas, de um modo como nenhum outro ser humano jamais teve. Uma
natureza é humana ou carnal; a outra é divina ou Espírito. Jesus era
completamente homem e completamente Deus. O nome Jesus se refere ao eterno
Espírito de Deus (o Pai) habitando na carne. Podemos usar o nome Jesus para
descrever uma de suas duas naturezas, ou ambas. Por exemplo, quando dizemos que
Jesus morreu na cruz, queremos dizer que sua carne morreu na cruz. Quando
dizemos que Jesus vive em nossos corações, queremos dizer que Seu Espírito mora
lá.
A
DUALIDADE DA NATUREZA DE JESUS CRISTO
COMO
HOMEM, JESUS ECOMO DEUS
1-Nasceu como um bebê (Lucas
2:7).
Existiu desde a eternidade
(Miquéias 5:2; João 1:1 e 2).
2-Cresceu mental, física,
espiritual e socialmente(Lucas.2:52).
Nunca muda (Hebreus 13:8).
3-Foi tentado pelo diabo (Lucas
4:2).
Expulsou demônios (Mateus 12:38).
4-Teve fome (Mateus
4:2)
Era o pão da vida e alimentou multidões (João 6:35); (Marcos
6:38-44 e 52).
5-Teve sede (João 19:28).
Deu água viva (João 4:14).
6-Cansou-se João 4:6.
Deu descanso Mateus 11:28.
7-Dormido durante a
tempestade Marcos 4:38.
Acalmou a tempestade Marcos 4:39-41.
8-Orou Lucas 22:41.
Respondeu às orações João
14:14.
9-Foi açoitado e batido John
19:1-3.
Curou doentes Mateus 8:16-17; I Peter 2:24.
10-Morreu Marcos 15:37
Ressuscitou seu próprio
corpo de entre os mortos John 2:19-21;
20:9.
11-Foi o sacrifício pelos
pecados Hebreus 10:10-12.
Perdou pecados
Marcos 2:5-7.
12 -Não sabia todas as
coisas Marcos 13:32.
Sabia todas as coisas João 21:17.
13-Não tinha autoridade João
5:30.
Tinha toda autoridade Mateus
28:18; Colossenses 2:10.
14-Era inferior a Deus João
14:28.
Era igual a Deus João 5:18.
15-Era um servo Filipenses
2:7-8.
Era Rei dos reis Apocalipse
19:16.
Podemos resolver a maior
parte das questões a respeito da Divindade se compreendermos apropriadamente a
dualidade da natureza de Jesus. Quando lemos uma afirmativa a respeito de
Jesus, devemos determinar se ela descreve Jesus como um homem ou como Deus.
Além disso, sempre que Jesus fala, nas Escrituras, devemos determinar se Ele está
falando como homem ou como Deus. Sempre que vemos uma descrição das duas
naturezas, com respeito a Jesus, não devemos pensar em duas pessoas na
Divindade, ou dois deuses, mas devemos pensar em Espírito e carne.
Às vezes, é fácil ficar
confundido quando a Bíblia descreve Jesus nesses dois diferentes papéis,
especialmente quando ela o descreve atuando em ambos os papéis, na mesma
história. Por exemplo: Ele podia dormir,
num momento, e acalmar a tempestade no minuto seguinte. Ele podia falar como
homem, num momento, e, então, como Deus no momento seguinte. Entretanto,
precisamos nos lembrar, sempre, que Jesus é totalmente Deus se não, apenas, um
homem ungido. Ao mesmo tempo, ele era
completamente homem, não tinha apenas a aparência de um homem. Ele tinha uma
dupla natureza, como nenhum de nós tem,
e não podemos comparar adequadamente nossa existência e experiência com a Dele.
O que poderia parecer estranho ou impossível se aplicado a meros seres humanos,
o que se torna compreensível quando visto no contexto do único que é tanto Deus
completamente quanto completamente homem, ao mesmo tempo.
DOUTRINAS
HISTÓRICAS A RESPEITO DO CRISTO
Através de toda a história
da igreja, a dualidade da natureza de Cristo, tem sido vista de muitas
maneiras. Vamos estudar esses variados pontos de vista, de modo breve e geral.
Para referência e estudo posterior concluímos entre parênteses, vários nomes
históricos associados a essas crenças. Para conhecer mais a respeito desses
termos e doutrinas, procure qualquer boa obra a respeito da história do dogma,
especialmente a história do trinitarianismo e da ciência cristã.
Alguns acreditam que Jesus
foi apenas um homem grandemente ungido e usado pelo Espírito (Ebionismo veja
também Unitarismo). Esse ponto de vista errônea ignora completamente a natureza
de seu Espírito. Outros têm afirmado que Jesus era apenas um ser espiritual
(Docetismo, uma doutrina do Cnosticismo). Esse modo de pensar ignora Sua
natureza humana. João escreveu que aqueles que negam que Jesus Cristo veio na
carne não são de Deus, mas tenho espírito do anticristo (I João 4:2 e 3). Há Muitas crenças erradas, mesmo entre
aqueles que acreditam na dupla natureza de Jesus Cristo. Alguns tentam fazer
distinção entre Jesus e Cristo dizendo que Cristo era um ser divino que habitou
temporariamente em Jesus a partir do seu batismo, mas se apartando do homem
Jesus na ocasião de sua morte (doutrina do Gnosticismo). De modo semelhante,
alguns dizem que Jesus era um homem que se tornou o Deus apenas a partir de
determinado ponto de sua vida adulta--por exemplo, no batismo--como resultado
de um ato de adoção por parte de Deus (monarquianismo dinâmico, Adocionismo).
Em outras palavras; e esses pontos de vista afirmam que Jesus era humano e que
foi, eventualmente, dei ficado. Outros vêem Jesus como uma divindade criada,
uma divindade como o pai, mas inferior ao pai, um semi-deus (Arianismo).
Outros, ainda, acreditam que
Jesus tem a mesma essência do pai, embora não seja o pai, mais subordinado ao
pai em divindade. (Subordinacionismo). Refutamos essas falsas doutrinas no
Capítulo 4 - JESUS É DEUS usando referências das escrituras. Lá, observamos que
Jesus é totalmente Deus (como demonstra colossenses 2:9) e que Jesus era
completamente Deus desde o começo de sua existência humana (como fica
demonstrado por seu nascimento de uma virgem, em Lucas 1:35). O Espírito inspira João e Paulo a refutarem
muitas dessas doutrinas errôneas, particularmente as crenças gnósticas de que
Cristo era apenas um ser espiritual e de que Cristo era um ser inferior ao Deus
supremo. Entre outras coisas, os gnósticos criam que toda a matéria era má.
Portanto, eles raciocinavam, Cristo, como um Espírito divino, não poderia ter
um corpo humano real. Sustentando que o Deus supremo era tão transcendental e
santo que não poderia manter contato direto com o mundo depravado da matéria,
eles ensinavam que de Deus partir uma série de emanação, uma das quais o
ser-espiritual Cristo, que veio a este mundo. O livro de Colossenses refuta
essas doutrinas e estabelece que Jesus é o Deus todo-poderoso encarnado. Apesar de a Bíblia ser clara ao enfatizar
tanto a completa divindade quanto à completa humanidade de Jesus, ela não
descreve em pormenores como essas duas naturezas estão unidas na pessoa única
de Jesus Cristos. Isso, também, tem sido objeto de muita especulação e debate.
Talvez haja espaço para pontos de vista diferentes a esse respeito, uma vez que
a Bíblia não se ocupa dele diretamente. Na verdade, se há algum mistério a
respeito da divindade, esse será determinar precisamente como Deus se
manifestou em carne (veja I Timóteo 3:16). O estudo da natureza ou a natureza
de Cristo é chamado de Cristologia.
Muitos teólogos, no entanto, inclusive Martinho Lutero, tem ensinado que
Nestório, o principal expoente dessa doutrina, não acreditava numa separação
tão drástica, mas que seus oponentes distorceram e deturparam suas opiniões.
Aparentemente, ele negou que dividisse Cristo em duas pessoas. O conceito
principal expresso por Nestório, era o seguinte:
ele pretendia diferenciar as
duas naturezas de Cristo, a fim de que ninguém pudesse chamar Maria de mãe de
Deus, como era prática comum naqueles dias.
No outro ponto de vista, dentro da Cristologia, afirma que o aspecto
humano e divino de Cristo era tão intermeadas que havia apenas uma natureza
dominante e esta é divina (Monofisismo). Uma crença semelhante que a que afirma
que Jesus não tinha duas vontades, mas
apenas uma vontade divina- humana. outros acreditam que Jesus tinha uma
natureza humana incompleta (Apolinarianismo); isto é, Jesus tinha um corpo
humano e alma, mas em vez de um espírito humano, ele tinha apenas espírito de
Deus habitando nele. Outros modos de manifestar essa crença afirmam que Jesus
era um corpo humano animado apenas pelo Espírito de Deus, ou que Jesus não tinha
mente humana, mas, apenas, a mente divina (o logos).
De um lado temos um ponto de
vista que enfatiza a separação entre as duas naturezas de Cristo. De outro
lado, temos várias opiniões que descrevem uma natureza divina, totalmente
dominante, natureza totalmente unificada, ou uma natureza humana e incompleta.
JESUS
TINHA UMA NATUREZA HUMANA
COMPLETA, MAS SEM PECADOS
A verdade pode estar entre
esses vários pontos de vista expressos pelos teólogos. O ensinamento das
escrituras é que Jesus tinha uma natureza humana completa e, ao mesmo tempo,
uma natureza divina completa, mas não podemos separar essas duas naturezas em
sua vida terrena. E evidente que Jesus tinha vontade, mente, espírito, alma e
corpo humanos, mas é igualmente evidente que Ele tinha a plenitude da Divindade residindo naquele corpo. De
nosso ponto de vista finito, seu espírito humano e seu espírito divino eram
inseparáveis.
O Espírito divino poderia
ser separado do humano pela morte, mas Sua humanidade era mais que um corpo
humano -- um invólucro humano -- com Deus dentro, Ele era humano em corpo, alma
e espírito, com a plenitude do Espírito de Deus habitando naquele corpo, alma e
espírito. Jesus diferia de um outro ser humano comum (que pode estar pleno do
Espírito de Deus) no fato de que Ele tinha toda a natureza de Deus dentro dele.
Ele possuía o poder ilimitado, a autoridade o caráter de Deus. Além disso, em
contraste com alguém nascido de novo, e pleno do Espírito, o Espírito de Deus
estava inextrincável e inseparável mente ligado à humanidade de Jesus. Sem o
espírito de deus teria existido apenas um ser humano inanimado, sem vida, que
não teria sido Jesus Cristo. Somente nesses termos podemos descrever e
distinguir as duas naturezas de Jesus; sabemos que ele agia e falava em um papel,
ou outro, mas sabemos, também, que as duas naturezas não estavam realmente
separadas nele. Com nossas mentes limitadas podemos fazer apenas uma distinção,
não há uma separação das duas naturezas que se fundiam, perfeitamente, nele. Embora Jesus tivesse uma natureza humana
completa, ele não tinha a natureza pecadora da humanidade decaída. Se ele
tivesse tido uma natureza pecadora, ele teria pecado. Sabemos, no entanto, que
não teve nem uma natureza pecadora nem cometeu pecado. Ele era sem pecado, ele
não pecou, e o pecado não estava nele (Hebreus 4:15; I Pedro 2:22; I João 3:5).
Não tendo pai humano ele não herdou natureza pecaminosa de Adão. Em vez disso, ele veio como o
segundo Adão, com natureza inocente como a de Adão antes do pecado (romanos
5:12-21; I Corintios 15:45 a 49). Jesus tinha uma natureza humana completa, mas
sem pecado. A Bíblia afirma que Jesus
tinha vontade humana e vontade Divina. Ele orou ao pai, dizendo: "Não se
faça a minha vontade, e sim, a tua" (Lucas 22:42). João 6:38 mostra a
existência de duas vontades: ele veio não para fazer sua própria vontade
(vontade humana), mas para fazer a vontade do pai (a vontade divina). Que Jesus tinha um espírito humano parece
evidente, quando ele falou, na cruz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu
Espírito!" (Lucas no 23:46).
Embora seja difícil
distinguir entre as naturezas humana e divina de seu espírito, algumas
referências aparentemente enfocam um aspecto humano. Por exemplo, "Jesus,
porém, arrancou do íntimo do seu espírito um gemido" (Marcos 8:2),
"Crescia o menino... enchendo-se de sabedoria" (Lucas 2:40),
"Exultou Jesus no Espírito Santo" (Lucas 10:21), "Agitou-se no
espírito" (João 11:33) e "Angustiou-se Jesus em Espírito" (João
13:21). Jesus tinha alma, porque ele
disse: "A minha alma está profundamente triste até a morte" (Mateus
26:38; veja marcos 14:34 é) e "Agora está angustiada a minha alma"
(João 12:27). Após sua morte, sua alma visitou o inferno (do grego Hades --
sepultura o lugar das almas que partiram), como acontecia com todas as almas
antes do calvário (Atos 2:27-30); mas ele venceu o inferno (outra vez, Hades) e
a morte (Apocalipse 1:18). A alma de
Jesus tinha que estar inseparavelmente ligada ao Espírito divino de Jesus. De
outro modo, Jesus teria vivido como homem, mesmo com o Espírito eterno afastado
dele. Isso não aconteceu, nem podia ter acontecido, tendo em vista que Jesus é
Deus tornado conhecido na carne. Sabemos que Jesus, como Deus, nunca muda
(Hebreus 13:8). A alma de Jesus tinha que estar inseparavelmente ligada ao
Espírito divino de Jesus. De outro modo, Jesus teria vivido como homem, mesmo
com o Espírito eterno afastado dele. Isso não aconteceu, nem podia ter
acontecido, tendo em vista que Jesus é Deus tornado conhecido na carne. Sabemos
que Jesus, como Deus, nunca muda (Hebreus 13:8). Se não aceitarmos o fato de que Jesus era
completamente humano, então as passagens das escrituras referentes à sua
tentação perdem o sentido (Mateus 4:1-18; Hebreus 2:16-18; 4:14-16). Assim
também a descrição de sua luta e a agonia no Getsêmani (Lucas 22:39-44). Duas
passagens em Aos Hebreus destacam o fato de que Jesus foi tentado como somos,
ele se qualifica como o nosso sumo sacerdote, nos entende perfeitamente, e nos
ajuda em nossas enfermidades: “convinha que em todas as coisas, se tornasse
semelhante aos irmãos" (Hebreus 2:17) ; "Porque não temos um sumo
sacerdote que não possa comparecer-se das nossas fraquezas, antes foi ele
tentado em todas as coisas, a nossa semelhança, mas sem pecado (Hebreus 4:15).
Hebreus 5:7 e 8, diz:” Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com
forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte, e
tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a
obediência pelas coisas que sofreu “. Esses versículos não apresentam o retrato
de alguém que não tenha sido afetado
pelas emoções, temores e dúvidas. Descrevem, antes, alguém sofrendo
essas fraquezas humanas; ele teve que superar a vontade humana e se submeter ao
Espírito eterno”. A humanidade de
Cristo orou, chorou, aprendeu a obedecer, e sofreu. A natureza divina estava no
controle e Deus era fiel a seu próprio plano, mas a natureza humana tinha que
buscar auxílio novo Espírito e, aprender a obedecer ao plano divino. Todos
esses versículos das escrituras, com certeza, mostram que Jesus era
completamente humano-- que ele tinha todos os atributos da humanidade exceto a natureza pecadora herdada por
ocasião da queda. Se negar amos a humanidade de Jesus, que encontraremos em
choque com o conceito de redenção e expiação. Não sendo completamente humano,
poderia ser o sacrifício suficiente para redimir a humanidade? Poderia ele nos
servir de verdadeiro substituto da morte? Poderia ele, realmente, se qualificar
como nosso redentor?
JESUS
PODIA PECAR?
A afirmação de que Jesus era
perfeito em humanidade, nos leva a questão: Jesus podia pecar? Essa é,
realmente, uma pergunta abstrata e enganosa, pois sabemos que Jesus não pecou
(Hebreus.4:15). A resposta é mais acadêmica que prática, mais especulativa que
consistente. Em sua humanidade, Jesus foi tentado por Satanás e lutou contra
sua própria vontade, no Getsêmani.
Embora não tivesse nossa
natureza depravada Ele tinha a mesma
natureza inocente sem pecado de Adão, originalmente Ele tinha a mesma
capacidade de ir contra a vontade de Deus, como a tinham Adão e Eva . A parte
divina de Jesus, certamente, não podia pecar e nem mesmo ser tentada a pecar
(Tiago 1:13) . A parte humana de Jesus, quando vista sozinha, tinha,
teoricamente, a capacidade de pecar. Mas isso é apenas teórico, não o real.
Vista sozinha, parece que a humanidade de Cristo tinha capacidade para optar
pelo pecado. Entretanto, sua natureza humana estava sempre voluntariamente
submissa à natureza divina, à qual não poderia pecar. Assim, de modo prático Jesus Cristo-visto
como a combinação da humanidade e divindade que ele era -- não podia pecar. O
espírito estava sempre no controle e à humanidade controlada pelo espírito não
comete o pecado (veja I JOÃO 3:9, para uma analogia).
O que teria acontecido se a
humanidade de Jesus estivesse rebelada contra a liderança divina?
Essa é outra questão totalmente teórica,
porque tal coisa não aconteceu e, na prática, não poderia acontecer. Essa
questão não leva em conta a presciência e o poder de Deus. Ainda assim, se
alguém insiste em obter uma resposta, podemos dizer que se a humanidade de
Jesus tivesse tentado pecar (uma suposição tola), 0 Espírito divino de Jesus
teria se separado imediatamente do corpo
humano, deixando-o sem vida. Esse corpo
inanimado não seria Jesus Cristo, portanto tecnicamente, Cristo não poderia ter
pecado, embora o plano de Deus tivesse sido temporariamente frustrado.
Uma vez que Jesus não
poderia ter pecado, isso significa que as tentações foram sem valor?
Não. Sendo Jesus, também,
completamente humano ele era realmente capaz de sentir a força e a atração da
tentação. Ele venceu a tentação, não como o próprio Deus, mas como ser humano
com todo o poder de Deus à sua disposição. Ele sabe, agora, por experiência, o
que sentimos quando somos tentados. Naturalmente, ele sabia que seria vitorioso
pelo espírito, mas nós podemos ter a mesma segurança, poder e Vitória,
confiando no mesmo Espírito que estava em Cristo.
ENTÃO,
PORQUE SATANÁS TENTOU JESUS?
Aparentemente, ele não sabia
que Jesus seria vitorioso, inevitavelmente, e não compreendeu, naquela hora,
todo o mistério do Deus encarnado. Se tivesse compreendido, jamais teria
incitado o povo à crucificação. Talvez ele pensasse ter destruído o plano de
Deus, com a crucificação, mas, em vez disso ele realmente o cumpriu. É, também,
provável que o Espírito de Deus tenha permitido que Satanás tentasse Jesus para
que Jesus pudesse sentir a tentação, como nós a sentimos. Foi-nos dito que o
Espírito levou Jesus ao deserto para que fosse tentado (Mateus 4:1; Lucas 4:1).
Vamos apresentar algumas considerações a esse respeito para aqueles que
entendem que nossa posição deprecia, de algum modo, a realidade das tentações
de Cristo. Sabemos que Jesus não tinha uma natureza pecaminosa. Sabemos que ele
não tinha a inclinação e a compulsão para pecar que temos por causa da nossa
natureza decaída. Ainda assim, esses fatos não desmerecem a realidade da aquilo
que ele experimentou. Ele vivenciou a mesma luta que temos vivenciado. Do mesmo
modo, fato de que, como Deus, Jesus não poderia ter pecado não tira o mérito da
realidade de suas tentações:
ele sentiu as mesmas lutas e
provações que nós sentimos. Por outro lado, se dissemos que Jesus podia pecar
estamos desmerecendo sua divindade absoluta, porque estaremos indicando que, de
alguma maneira, Deus existe separado de Jesus e vice-versa. Concluímos que a natureza humana de Jesus
podia ser, e foi, tentada. Uma vez que a divina natureza estava no controle,
entretanto, Jesus não podia pecar e nem pecou. Se Jesus tivesse uma natureza
humana incompleta, a realidade e o significado das tentações e da agonia no
Getsêmani seriam reduzidos. Acreditamos que ele tinha, realmente, uma natureza
humana completa. Ele experimentou exatamente, aquilo que o homem experimenta quando
é tentado e luta contra a tentação. O
fato de Jesus saber que venceria pelo Espírito, não diminui o valor da
realidade das tentações. A questão toda, sobre se Jesus poderia ou não pecar, é
abstrata como já observamos antes. Ela se esgota na afirmativa de que a
natureza humana de Jesus era como a nossa em todos os pontos, exceto quanto ao
assunto do pecado original. Ele foi tentado em tudo, como nós, e, ainda assim,
o espírito de Deus, esteve sempre controlando tudo. O fato mais relevante para
nós, é que ele foi tentado, e, mesmo assim, não pecou.
O
FILHO NA TERMINOLOGIA BÍBLICA
Devemos considerar a
dualidade da natureza de Cristo enquadrada na estrutura da terminologia
bíblica. O termo Pai se refere a Deus mesmo -- Deus em toda a sua divindade. Quando falamos do eterno
Espírito de Deus, queremos falar de Deus mesmo, o Pai. Deus Pai, portanto, é um
termo bíblico perfeitamente aceitável para se usar para Deus (Tito 1:4). A
Bíblia, no entanto, não usa nem uma só vez o termo "DEUS FILHO". Não é
um termo correto porque filho de Deus se refere à humanidade de Jesus Cristo.
A Bíblia define o Filho de
Deus como a criança nascida de Maria, não como o Eterno Espírito de Deus (Lucas
1:35). Filho de Deus pode se referir apenas a natureza humana ou pode se
referir ao Deus manifestado em carne -- o que significa divindade na natureza
humana. Filho de Deus nunca significa o
incorpóreo Espírito, sozinho, entretanto. Não podemos, jamais, usar o termo
"FILHO", corretamente, separado da humanidade de Jesus Cristo. Os termos
"FILHO de DEUS", "FILHO do HOMEM" e "FILHO", são
apropriados e bíblicos. No entanto, o termo "Deus FILHO", não é
apropriado porque, iguala o filho com a divindade única, e está, portanto em
desacordo com as escrituras. O filho de
Deus não é uma pessoa separada da divindade, mas é a expressão física do único
Deus. O filho é "Imagem do Deus
invisível" (Colossenses 1:13-15) e "A expressão exata do seu ser
(Deus)" (Hebreus 1:2 e 3), como um carimbo deixa no papel uma assinatura
exatamente igual, ou como um sinete marca o lacre com a impressão exata, quando
pressionado contra a cera, assim o Filho de Deus é a expressão exata do
Espírito de Deus, na carne. O homem não podia ver o Deus invisível, assim Deus
fez uma semelhança exata de si mesmo na carne, imprimiu sua verdadeira natureza
na carne, veio ele mesmo na carne, para que o homem pudesse vê-lo e
conhecê-lo. Muitos outros versículos das
escrituras revelam que podemos usar o termo "Filho de DEUS", corretamente,
apenas quando ele inclui a humanidade a Jesus. Por exemplo, o Filho nasceu de
uma mulher (Gálatas 4:4), o Filho era unigênito (João 3:16), o Filho nasceu
(Mateus 1:21-23; Lucas 1:35), o Filho não sabia quando aconteceria a segunda
vinda (Marcos 13:32), o Filho não podia
fazer nada de si mesmo (João 5:19), o Filho comia e bebia (Mateus 11:19), o
Filho sofreu (Mateus 7:12), uma pessoa pode blasfemar contra o Filho e ser
perdoada, mas não contra o Espírito (Lucas 12:10), o Filho foi crucificado
(João 13:14; 12:30-34) e o Filho morreu (Mateus 27:40-54; Romanos 5:10). A
morte de Jesus é um exemplo particularmente bom. Seu Espírito divino não morreu
mas seu corpo humano morreu.
Não podemos dizer que Deus
morreu, portanto, não podemos dizer que "DEUS FILHO" morreu. Por
outro lado, podemos dizer que o Filho de Deus morreu, que Filho se refere à humanidade.
Como ficou afirmado acima, "FILHO"
nem sempre se refere apenas à humanidade, mas a divindade e humanidade juntas,
como existem na única pessoa de Cristo. Por exemplo, o Filho tem poder para
perdoar pecados (Mateus 9:6). O Filho estava no céu e na terra, ao mesmo tempo
(João 3:13), o Filho subiu ao céu (João 6 : 62), e o Filho vai voltar, em
glória, para julgar e governar (Mateus 25:31).
FILHO
DE DEUS
Uma observação deve ser
acrescentada a nossa discussão a respeito da expressão "DEUS FILHO".
Em João.1:18 a versão King James usa a frase, "O filho unigênito" e a
versão RSV diz "O único Filho". Entretanto, a NIV diz "Deus o
único Filho", e a TAB". Essas duas últimas versões são baseadas em
variadas leituras de alguns textos gregos. Não acreditamos que estejam
corretas. Se pudéssemos justificar o uso da expressão "DEUS FILHO",
de algum modo seria para destacar, como temos feito, que "Filho de
Deus", pode significar não apenas à humanidade de Jesus mas também, a
divindade enquanto habitando a humanidade. Entretanto, João 1: 18 FILHO para se referir à humanidade, porque
ele disse que o Pai a divindades de Jesus) é revelado pelo Filho. Esse
versículo das escrituras não significa que Deus é revelado por Deus, mas que
Deus é revelado na carne através da humanidade do Filho. Qual é o significado
do título "FILHO DE DEUS?” Ele enfatiza a natureza divina de Jesus e o
fato de ter nascido de uma virgem. Ele é o Filho de Deus porque ele foi
concebido pelo Espírito de Deus, o que tornou Deus, literalmente, seu Pai
(Lucas 12. 35).
Quando Pedro confessou que
Jesus era "O Cristo, o Filho de Deus vivo", reconheceu o papel
messiânico e a divindade de Jesus (Mateus 16: 16). Os judeus compreenderam o
que Jesus queria dizer quando chamava a si próprio de Filho de Deus e quando
chamava Deus seu pai, porque tentaram matá-lo por afirmar ser Deus (João 5: 18;
10: 33). Resumindo: o título "Filho de Deus" reconhece a humanidade e
chama a atenção para a divindade de Jesus. Ele significa que DEUS manifestou a
si mesmo na carne. Devemos notar que os anjos são chamados filhos de Deus (38:
7) por que Deus os criou diretamente. Do mesmo modo, Adão era o filho de Deus
pela criação (Lucas 3:38). Os santos (membros da igreja de Deus) também são filhos
de Deus, porque ele nos adotou em seu parentesco (Romanos 8:18 a 19). Somos
herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, tendo todos os direitos de
filiação. Jesus, entretanto, é o Filho de Deu no sentido em que nenhum outro
ser ou é ou pode ser, porque Jesus é o unigênito Filho de Deus (João 3:16). Ele
é o único jamais concebido ou gerado pelo Espírito de Deus. Assim a sua filiação
única atesta sua divindade.
FILHO
DE HOMEM
O termo "FILHO do
HOMEM" chama a atenção primeiramente para a humanidade de Jesus Cristo;
ele faz alusão ao fato de que ele é o rebento da humanidade. O Velho Testamento
usa essa expressão, muitas vezes para se referir à humanidade. Os seguintes
versículos das escrituras, por exemplo, o usa para significar a humanidade em
geral, ou qualquer homem, sem identificação específica: Salmos 146:3; Isaías
51:12; Jeremias 49:18 (o Salmo 8:4 tem o significado suficiente que se refere
profeticamente ao Messias, como é mostrado em Hebreus 6 e 7). O termo “FILHO do HOMEM" se refere,
também muitas vezes, a um homem específico, especialmente em Ezequiel, onde ele
designa o profeta (Ezequiel 2:1, 3,6,8; Daniel 8:17). Em alguns versículos das
escrituras ele a indica um homem a quem Deus deu soberania e poder (Salmos
80:17; Daniel 7:13). Esses últimos significados aparecem freqüentemente na
literatura apocalíptica judaica do período intertestamental. Jesus usou o termo “FILHO do HOMEM"
referindo-se a si mesmo, muitas vezes. Na maior parte das ocasiões, ele o usou
como sinônimo de que "Eu" ou como um título, dando ênfase à sua
humanidade. Em alguns exemplos, a expressão implica não simples fato de sua
humanidade, bem como o poder e a autoridade outorgada ao Filho pelo eterno
Espírito de Deus (Mateus 24:30; 25:32). Jesus abordou o título, com suas conotações
de poder e de soberano do mundo, mas aplicou-o a si mesmo em todas as
situações. O título serve para nos lembrar que Jesus era, realmente, um homem.
O
VERBO
O Verbo ou Logos pode
significar o plano ou pensamento, como ele existia na mente de Deus. Esse
pensamento era um plano predestinado -- um acontecimento futuro absolutamente
certo e, portanto, tinha uma realidade
ligada a ele que nenhum pensamento humano poderia jamais possuir. O verbo pode, também significar o plano ou
pensamento de Deus enquanto expresso na carne, quer dizer no Filho. Qual é a
diferença, portanto, entre os dois termos, VERBO e FILHO. O verbo tinha
preexistência e o Verbo era Deus (O Pai), assim, podemos usá-lo sem nos referir
à humanidade. Entretanto, o Filho se refere sempre a encarnação e não podemos
usá-lo na ausência do elemento humano. Exceto como um plano preestabelecido na
mente de Deus, o Filho não tinha pré-existência antes da concepção no ventre de
Maria. O Filho de Deus preexistia em pensamento, mas não em substância. A
Bíblia chama de Verbo, esse plano preestabelecido. (João 01:1 e 14).
FILHO
UNIGÊNITO OU O FILHO ETERNO?
João 3:16 chama Jesus de
Filho unigênito de Deus. Muitas pessoas, entretanto, usam a expressão
"FILHO Eterno". Esta expressão é correta? Não. A Bíblia não a usa
nunca e ela expressa um conceito
desmentido pelas Escrituras. A palavra gênito vem do verbo gerar, que significa
"Procriar, da existência, ser o pai". Desse modo, genito, indica um
momento definido no tempo -- o instante quando a concepção se deu. Por
definição, o genitor (pai) sempre existe antes do gerado (rebento). Deve haver
um tempo quando o genitor existe e o
gerado ainda não tenha existência, e deve haver um instante no tempo quando o
ato de geração ocorre. De outro modo a palavra unigênito não tem sentido.
Assim, as próprias palavras gênito e filho contradizem, cada uma, palavra
eterno quando aplicada ao Filho de Deus.
Já discutimos que "FILHO DE DEUS", se refere à humanidade de
Jesus. Está claro que a humanidade de Jesus não é eterna, mas nasceu em Belém.
Só podemos falar de eternidade-passado, presente e futuro-com referência a
Deus. Uma vez que "FILHO de DEUS" se refere a uma humanidade ou
divindade enquanto manifestada em carne, a idéia de um Filho eterno se torna
incompreensível. O filho de Deus teve um começo.
O
COMEÇO DO FILHO
A filiação -- ou o papel de
filho -- o que começou com a concepção da criança no ventre de Maria. As
escrituras deixam isso completamente claro.Gálata 4:4 diz: "Vendo, porém,
a plenitude do tempo, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a
lei".
O filho veio na plenitude do
tempo -- não na eternidade passada. O filho foi nascido de mulher e não gerado
eternamente o filho foi nascido sob a
lei não antes da lei (veja, também, Hebreus 7:28).
O termo unigênito se refere
a concepção de Jesus, descrita em Mateus 1:18-20 e Lucas 1:35. O filho de Deus
foi gerado quando o Espírito Santo, miraculosamente, fez com que acontecesse a
concepção no ventre de Maria. Isso fica evidente no próprio significado da
palavra unigênito de, também, do relato de Lucas 1:35, que explica que, porque
o Espírito Santo envolveria Maria com sua sombra, por isso, sua criança seria
filho o de Deus. Devemos observar o tempo futuro do verbo nessa frase: "O
ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus". Hebreus 1:5-6 revela também que a geração do
filho ocorreu em um determinado instante do tempo em que o filho teve um começo
no tempo: "Pois a qual dos anjos disse jamais: tu és meu filho, eu hoje te
gerei? E outra vez: eu lhe serei pai, e ele me será filho? E, novamente, ao
introduzir o primogênito no mundo, diz: e todos os anjos de Deus o
adorem". Desses versículos, podemos
concluir o seguinte: o Filho foi gerado em um determinado dia, no tempo; houve
um tempo quando Filho não existia; Deus
profetizou a respeito da futura existência do Filho ("Será"); e Deus
trouxe o Filho ao mundo algum tempo após a criação dos anjos. Outros versículos
das escrituras enfatizam o fato de que o
Filho foi gerado num determinado dia do tempo -- "Eu hoje te gerei"
(Salmos 2:7; Atos 13:33). (Todos versículos do Velho Testamento que mencionam o
Filho são claramente proféticos, prevendo o dia quando o Filho de Deus seria
gerado Salmos 2:7 e 12; Isaías 7:14; 9:6).
Daniel 3:25 se refere a um anjo. Mesmo se de fato descrevesse uma teofanía de Deus, não poderia significar
o então inexistente corpo de Jesus Cristo).
A partir desses versículos, fica fácil ver que
o Filho não é eterno, mas foi gerada por Deus a mais de 2000 anos atrás. Muitos
teólogos que não tem aceitado completamente a grande verdade da unicidade de
Deus, tem ainda, rejeitado a doutrina do "FILHO ETERNO", como auto contraditória, em desacordo com as
escrituras e falsa. São exemplos: Tertuliano (pai da doutrina do trinitarianismo,
na história da igreja primitiva), Adam Clarke (o conhecido comentarista
bíblico), e Finis Dake (anotador da
Bíblia pentecostal, que é essencialmente triteistico).
O
TÉRMINO DA FILIAÇÃO
A Filiação não apenas teve
um começo, mas terá, em pelo menos sentido, um fim. Isso se torna evidente a
partir de I Corintios 15: 23-28
particular o verso 24, que diz: "E então virá o fim, quando Ele (Cristo
entregar o Reino ao Deus e Pai...” o versículo 28 diz: "Quando porém,
todas as cousas lhe estiverem sujeitas, então o próprio filho também se
sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em
todos". Esse versículo das escrituras se torna inexplicável se pensarmos em um " Deus
filho" equiparado e co-eterno com Deus Pai. Mas ele se torna facilmente
explicável se nos dermos conta de que "Filho de Deus" se refere a um
papel específico que Deus assumiu temporariamente com o propósito de redenção.
Quando as razões da filiação deixarem de existir Deus (Jesus) deixará de
assumir seu papel de Filho e a filiação será, outra vez, absorvida pela
grandeza de Deus, que retornará a seu papel original como Pai, criador e soberano de tudo. Efésios 5:27 descreve essa
mesma cena em termos diferentes: "Para apresentar a si mesmo (Cristo)
igreja gloriosa...”, Jesus apresentará a
igreja a si mesmo! Como pode ser isso à luz de I Corintios 15:24, que descreve
o filho apresentando o reino ao Pai? A resposta é clara: Jesus em seu papel de
filho, e como seu ato final como filho, apresentará a igreja a si mesmo em seu
papel de Deus Pai”. Encontramos, ainda,
outra indicação de que a Filiação terá
um fim. Em atos 2:34 e 35.
Pedro citou Davi no salmo
110:1: "Disse o Senhor ao meu Senhor: assenta ti à minha direita, até que
eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés". Devemos notar a
palavra até. Essa passagem descreve a natureza dual de Cristo, com o Espírito
de Deus (o senhor) falando profeticamente a manifestação humana de Cristo (o Senhor). A mão direita de
Deus representa o poder e autoridade de Deus. Fazer dos inimigos estrado para
os pés significa derrotar completamente o inimigo e tornar bem clara essa
derrota. Nos tempos antigos, o vitorioso, muitas vezes, fazia isso
literalmente, pisando sobre a cabeça o pescoço de seus inimigos (Josué 10:24).
Portanto, a profecia de Salmos 110 é a seguinte: o Espírito de Deus dará poder
e autoridade ao homem Cristo Jesus, o Filho de Deus, até que o Filho tenha
conquistado completamente os inimigos, o pecado e o mal. O Filho terá poder até que faça isso. O que acontece
ao Filho depois disso? Isso significa que uma pessoa terna da trindade deixará
de estar assentada à direita de Deus e perderá todo o poder? Não. Isso
significa simplesmente que o papel do Filho como soberano cessará. Deus usará
seu papel como Filho -- Deus manifestado em carne -- para vencer Satanás,
cumprindo assim, Gênesis 3:15 onde Deus
afirmou que a semente da mulher
esmagaria a cabeça do mal. Depois
disso, Deus não precisará mais do papel humano para governar. Depois que satanás for lançado no lago de
fogo, e todo o pecado for julgado no último juízo (Apocalipse 20), não mais
será necessário que o Filho use o trono do poder. Jesus Cristo deixará de atuar
em sua Filiação e será Deus para sempre.
Isso significa que Deus deixará de usar o corpo ressurreto e glorificado
de Cristo? Acreditamos que Jesus continuará a usar seu corpo glorificado por
toda a eternidade. Isso está indicado em Apocalipse 22:3 e 4, que descreve um
Deus visível mesmo após o último dos juízos e após a criação do novo céu e da nova
terra: "Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus
servos o servirão, contemplarão a sua face, e nas suas frontes estará o nome
dele".
Jesus é sacerdote para
sempre, segundo a ordem de Melquesedeque (Hebreus 7:21), mesmo que ele deixe de
atuar em seu papel de sacerdote, após o último julgamento. O corpo humano
glorificado do Senhor é imortal, assim como serão imortais os nossos corpos (I
João 3:2; I Corintios 15:50-54). Embora o corpo glorificado de Cristo continue
a existir, todas as razões para o reinado da filiação terão deixado de existir
e todos os papéis atuados pelo Filho e estarão cumpridos. Mesmo o Filho será
colocado sobre sujeição para que Deus
possa ser tudo em todos. É nesse sentido que a filiação deixará de existir.
O
PROPÓSITO DO FILHO
Sendo o papel de Filho de
Deus temporário, não eterno, por que escolheu Deus manifestar-se através do
Filho? Por que ele gerou o Filho? O propósito primário do Filho é ser nosso
Salvador. A obra da salvação exigia muitos papéis que só um ser humano poderia cumprir, incluindo os papéis de sacrifício, propiciação,
substituto, parente-resgatador, reconciliador, mediador, advogado, sumo sacerdote,
segundo dão e exemplo. Esses termos se
sobrepõem de muitas maneiras, mas cada um representa um aspecto importante da
obra de salvação que, de acordo com o plano de Deus, poderia ser cumprida por
um ser humano. De acordo com o plano de Deus, era necessário que o sangue os
derramado para remissão dos pecados do homem (Hebreus 9:22). O sangue de
animais não removeria o pecado do porque
os animais são inferiores ao homem (Hebreus 10:4). Nenhum ser humano poderia
resgatar o pecado de outro ser humano, porque todos pecaram e todos trouxeram
para si mesmos a penalidade para morte (Romanos 3:23; 6:23). Apenas Deus era
sem pecado, mas ele não tinha carne e sangue. Assim, Deus preparou um
corpo para Si mesmo (Hebreus 10:5), para
que ele pudesse viver uma vida sem pecado na carne, que pudessem derramar
sangue inocente para salvar a humanidade.
Ele se tornou carne e sangue
para poder, através da morte, vencer o mal e de bem-estar à humanidade (Hebreus
2:14 e 15). Desse modo, Cristo é nossa propiciação -- o modo pelo qual obtemos
perdão, a satisfação da justiça de Deus, o apaziguamento da santa ira de Deus
(Romanos 3:25. O sacrifício de Cristo é o meio pelo qual Deus perdoa nossos
pecados sem comprometer sua justiça. Somos salvos, hoje, pelo sacrifício de
Jesus Cristo -- pela oferta do Filho de Deus (Hebreus 10:20; João 3:16). Assim,
o Filho é o sacrifício e a propiciação pelos nossos pecados). Quando Filho de Deus se tornou um sacrifício,
ele se tornou, também, o nosso substituto. Ele morreu em nosso lugar, levou
sobre se os nossos pecados, que pagou à pena de morte pelos nossos pecados
(Isaías 53:5 e 6 ; I Pedro 2:24). Ele foi mais que um Marte; ele realmente
tomou o nosso lugar. Ele provou a morte por todos os homens (Hebreus 2: 9).
Naturalmente, a única maneira pela qual Jesus poderia ser nosso substituto e
morrer em nosso lugar, seria através de sua vida em carne. O papel de Cristo como nosso
parente-resgatador se torna possível através da filiação. No Velho Testamento,
se um homem vendesse sua propriedade. Ou se vendesse como escravo, um parente
próximo tinha o direito de comprar de
volta à propriedade daquele homem , ou de compra sua liberdade, em seu lugar
(Leviticos 25:25; 47:49). Vindo em carne Jesus se tornou nosso irmão (Hebreus
2:11 e 12). Assim, ele qualificou se a si mesmo como nosso parente-resgatador.
A Bíblia o descreve como nosso redentor (Romanos 3:24; Apocalipse 5:9) .
Por sua humanidade, Jesus Cristo é capaz de
mediar, quer dizer, ficar entre o homem e Deus, e representar o homem diante de
Deus. Como mediador Jesus reconcilia o homem com Deus. Ele traz um homem de volta
à comunhão com Deus (II Corintios 5:18-19). O abismo existente entre o Deus
santo e o homem pecador encontrou uma ponte m sem pecado, Jesus Cristo:
"Por quanto a um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, o homem" (1 Timóteo 2:5).
Devemos observar com que
cuidado Paulo manteve a unicidade de Deus, esse versículo. Não há distinção em
Deus, mais uma distinção entre Deus e o homem Jesus Cristo. Não há duas
personalidades em Deus a dualidade existe em Jesus como Deus e Jesus como homem.
Não é o Deus intermediário entre Deus e
o homem; nem é "Deus Filho". É, antes, o homem Jesus que o mediador;
somente um homem sem pecado poderá se aproximar de um Deus Santo, em favor da
humanidade. Estreitamente ligado com o papel de Cristo como mediador sendo
papel de sumo sacerdote (Hebreus 2:16-18; 4:14-16). Em sua humanidade Jesus foi
tentado como nós somos; e por causa de sua experiência humana que ele pode nos
ajudar como um sacerdote chefe de compaixão. Ele penetrou o tabernáculo
celestial, esteve atrás do véu, dentro do mais santo dos lugares e lá ofereceu
seu próprio sangue (Hebreus 6:19; 9:11 e 12). Através de seu sacrifício de
morte, nós temos acesso direto ao trono de Deus (Hebreus 4:16; 6:20). O filho é
nosso sumo sacerdote, através de quem pode nos chegar, corajosamente, diante de
Deus. Do mesmo modo, a filiação permite que Cristo seja nosso advogado, alguém
chamado para nos ajudar (I João 2:1). Se pecarmos, mesmo após a conversão,
temos alguém que pedirá misericórdia,
por nós, diante de Deus. É mais uma vez, o papel do filho que conseguE isso,
porque, quando confessando os nossos pecados, o sangue de Cristo é aplicado
sobre esses pecados tornando possível sua
defesa, em nosso favor.
Através de sua humanidade.
Jesus é o segundo Adão (I Corintios 15:45-47). Ele veio para conquistar e
condenar o pecado na carne, e para vencer a própria morte (Romanos 8:3; I
Corintios 15: 55-57) ele veio como Homem para que pudesse recolocar Adão como
representante da raça humana. Agindo assim, ele anulou todas as
conseqüências da queda de Adão, para
todos aqueles que crêem nele (Romanos 5:12-21). Tudo aquilo que a humanidade
perdeu por causa do pecado de Adão, Jesus contestou de volta, como o segundo
Adão o novo representante da raça humana. Há um outro aspecto da vitória de
Cristo sobre o pecado na carne. Jesus não apenas feio na carne para morrer,
mas, também, para nos dar o exemplo de uma vida vitoriosa, para que pudéssemos
seguisse os passos (I Pedro 2:21). Ele nos mostrou como viver de modo a vencer
o pecado na carne. Ele se tornou o Verbo de Deus interpretado em carne (João
1:1). Ele se tornou o Verbo vivo para que pudéssemos compreender claramente
como Deus queria que fôssemos. Naturalmente, ele nos dá poder para seguir seu
exemplo. Assim como somos reconciliados pela sua morte, somos salvos por sua
vida (Romanos 5:10). Seu Espírito nos dá poder para viver a vida justa que Ele
quer que vivamos (Atos 1:8; Romanos 8:4). O Filho não apenas apresenta o homem
a Deus, como ele, também, apresenta Deus ao homem. Ele é um apóstolo, alguém
escolhido por Deus e enviado por Deus com um propósito específico (Hebreus
3:1). Ele é um profeta, apresentando Deus ao homem e revelando a palavra de
Deus ao homem (Atos: 3:20-23; Hebreus1: 1 e 2). Sua humanidade é crucial a esse
respeito, por que Deus usou a humanidade do Filho para alcançar o homem, no
nível do homem. Além de proclamar a
palavra de Deus, o Filho revelou o homem à natureza de Deus. Através do Filho,
Deus comunicou seu grande amor pelo homem e demonstrou seu grande poder, de um
modo que o homem pode entender. Deus
usou o nome de Jesus como a revelação culminante de sua natureza e a pessoa de
Jesus como a culminação profética das teofanías do Velho Testamento. Esse
propósito da filiação se expressa em muitos versículos das escrituras que
ensinam a manifestação de Deus na carne. João 1:18 descreve esse propósito do
filho: "Ninguém jamais viu a Deus o Deus unigênito, que está no seio do
Pai, é quem o revelou". Isaías profetizou que essa revelação aconteceria:
"A glória do Senhor se manifestará, e da carne a verá" (Isaías 40:5).
Paulo escreveu, que isso, realmente, aconteceu em Cristo:
"Por que Deus que
disse: das trevas resplandeça a luz - ele mesmo resplandeceu em nossos
corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de
Cristo" (II Corintios 4:6). Em outras palavras, o Filho de Deus se tornou
um meio pelo qual o Deus invisível e incompreensível se revelou ao homem.
Um outro propósito do Filho é providenciar
o cumprimento de muitas promessas do Velho Testamento, feitas a Abraão, e
Isaque, Jacó, a nação de Israel e a Davi. Jesus Cristo cumprirá as promessas
relativas aos descendentes desses homens, e ele fará isso durante o Reino do
milênio na terra o (Apocalipse 20:4). Ele será, literalmente, o rei de Israel e
de toda a terra (Zacarias 14:16 e 17; João 1:49). Deus prometeu a Davi que sua
casa e trono seriam estabelecidos para sempre (II Samuel 7:16). Jesus cumprirá
isso, literalmente, em si mesmo, da verdadeira linhagem de Davi, através de
Maria. E sendo herdeiro do trono de Davi o seu pai legal José (Mateus 1). A filiação permite a Deus, também, a julgar o
homem. Deus é justo e bom. Ele é, também, misericordioso. Em sua justiça e
misericórdia ele resolveu não julgar o homem até que ele tivesse, realmente,
experimentado todas as tentações e problemas da humanidade e até que tivesse
demonstrado que é possível viver justamente na carne (com poder divino,
naturalmente, mas com mesmo poder que ele tem colocado à nossa disposição). A
bíblia afirma, especificamente, que o Pai não jogará ninguém; somente o Filho
será um juiz (João 5:22 e 27). Deus jogará através de Jesus Cristo (Romanos
2:16). Em outras palavras, Deus (Jesus) julgará o mundo no papel daquele que
viveu na carne, que venceu o pecado na carne, e que tornou possível que o mesmo
poder vencedor estivesse disponível a toda a humanidade. Em resumo, ha muitos propósitos para o Filho.
No plano de Deus o Filho era necessário para trazer a salvação ao mundo.
Isso incluem os papéis de:
1) sacrifício,
2) substituto
3) parente-redentor,
4) e conciliador,
5) mediador,
6) sumos sacerdotes,
7) advogado,
8) segundo Adão,
9) exemplo de retidão. A
filiação também tornou possível para Cristo ser:
10) apóstolo,
11) profeta,
12) revelador da natureza de
Deus,
13) rei e
14) juiz.
Todos esses papéis exigiam
um ser humano para que fossem realizados; a partir deles vemos por ter deus vê
o mundo, em carne, como Filho. Após estudamos os propósitos da filiação, é
fácil ver por que o Filho veio a existir
em um determinado instante do tempo, em vez de existir desde toda a eternidade.
Deus simplesmente esperou a plenitude do tempo, quando todos esses propósitos
poderiam, de modo melhor, serem postos em ação (Gálatas 4:4). Assim, o Filho
não tinha existência substancial até o momento da concepção de Cristo, no
ventre de Maria. Após o reinado do milênio e do último julgamento, os
propósitos da filiação estarão cumpridos e o reinado do Filho terá fim. Quando
temos em vista o propósito do Filho, podemos entender que a filiação é
temporária e não eterna: a Bíblia nos diz quando a filiação começou e quando o
ministério da filiação acabará. Para recordar e para obter maiores explicações
sobre alguns conceitos a respeito do filho, podemos estudar Hebreus 1, que
contém várias referências interessantes
a esse respeito. O versículo 3 descreve o Filho como brilho da glória de Deus e
a imagem expressa de sua pessoa. A palavra hypostasis, traduzida como
"Pessoa" na versão King James, significa substância, natureza ou ser.
A NIV traduz o versículo 3, da seguinte maneira:
"O Filho é a radiação
da glória de Deus e a representação exata de seu ser". Numa passagem
similar, Colossenses 1:15 diz que o filho é a imagem do Deus invisível. Vemos,
outra vez, que o Filho é uma manifestação visível do Pai, em carne. O Filho é
uma representação exata ou imagem de Deus, com toda a glória de Deus. Em outras
palavras, o Deus invisível (Pai) se manifestou em carne visível, como o Filho,
para que os homens pudessem contemplar a glória de Deus e pudessem entender
como Deus realmente é. Hebreus 1 pode
ser visto como uma reafirmação de João 1, passagem na qual lemos que Deus pai
foi feito carne. Hebreus 1:2 diz que Deus nos falou através do Filho; João 1:
14 diz que o Verbo se fez carne, e João 1:18 afirma que o Filho revelou Deus o
Pai. desses versículos compreendemos que o Filho não é distinto do Pai em
personalidade, mas é o modo pelo qual o Pai revelou a Si mesmo ao homem.
O
FILHO E A CRIAÇÃO
Hebreus 1:2 afirma que Deus
criou o universo através do Filho. Do mesmo modo, Colossenses 1:13-17 diz que todas as coisas foram criadas
pelo Filho, e Efésios 3:9 diz que todas as coisas foram criadas por Jesus
Cristo. O que significam criadas "Pelo Filho", uma vez que o Filho
não tinham uma pré-existência substancial, antes da encarnação? Naturalmente,
sabemos que Jesus, como Deus, pré existiu a encarnação uma vez que a divindade
de Jesus não é outro senão a do próprio Pai. Reconhecemos que Jesus (o Espírito
divino de Jesus) é realmente o criador. Esses versículos descrevem o Espírito
eterno que estava no Filho -- a divindade que mais tarde foi encarnada como o
Filho -- como o criador. A humanidade de Jesus não poderia criar, mas Deus, que
veio no Filho como Jesus Cristo, criou o mundo. Hebreus 1:10 declara que Jesus,
como o Senhor, foi o criador.
Essas passagens das
escrituras talvez tenham, ainda, um significado mais profundo: embora o Filho
não existisse no tempo da criação, exceto como o Verbo na mente de Deus, Deus
usou seu pré-conhecimento do Filho, quando criou o mundo. Sabemos que ele criou
o mundo pela palavra de Deus (Hebreus 11:3 ele criou o mundo tendo em sua mente
o conhecimento de seu plano para a encarnação de redenção na cruz. Talvez, com
esses mesmo pré-conhecimento eles usassem a filiação para criar o mundo. Quer
dizer, ele fundamentou toda a criação na futura vinda de Cristo. Como John
Miller explica: embora ele não manifestasse sua humanidade até a plenitude do
tempo, ainda assim ele a usou e agiu com ela, desde toda a eternidade".
Romanos.5:14 afirma que Adão
três figurava aquele que havia de vir, a saber, Cristo; pois Deus, e
evidentemente tinha o Filho em mente, quando criou Adão. Sabemos que Deus não
vive no tempo e que ele não é limitado pelo tempo como nós somos. Ele conhece o
futuro com certeza e pode, com certeza, predeterminar um plano. Assim, ele pode
exigir em um acontecimento futuro porque ele sabe o que vai acontecer. Ele pode
ver coisas que não existem, como se existissem (Romanos 4:17). Assim foi o
cordeiro sacrificado antes da criação do mundo (Apocalipse 13:8), e é por isso
que o homem Jesus pode orar: "E agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo,
com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo" (João
17:5). Embora Deus criar o homem para que o amasse e adorasse (Isaías 43:7;
Apocalipse 4:11), o pecado do homem teria contrariado propósito de Deus na
criação, não tivesse tido Deus o plano de restauração homem através do Filho.
Deus previu a queda do homem, mas, não obstante, ele criou o homem uma vez que
tinha predestinado o Filho e o futuro plano da redenção (Romanos 8:29-32). O
plano a respeito do Filho estava na mente de Deus no momento da criação e era
necessário para que a criação tivesse bom êxito. Portanto, ele criou o mundo
através do Filho. Sabemos que os
versículos das escrituras que fala da criação pelo Filho não podem significar
que o Filho existia substancialmente no momento da criação, como pessoa
separada do Pai. O Velho Testamento proclama que um ser individual nos criou, e
ele é Jeová, o Pai: "Não temos nós todos um mesmo pai? Não nos criou o
mesmo Deus?" (Malaquias 2:10); "Assim diz o SENHOR, que te redime, o
mesmo que formou desde o ventre materno: eu sou o SENHOR que faço todas as
coisas, que sozinho estendi os céus, e sozinho espraiei a terra" (Isaías
44:24). Jesus não foi crucificado, num sentido físico, antes da criação, o
Filho não foi gerado antes da criação, e o homem Jesus não existia para ter
glória, antes da criação. (nota: Jesus falou como homem, em João 17:5, porque
por definição, Deus não ora nem tem necessidade de orar). Como pode abrir
descrever todas essas coisas como existindo antes da criação?
Elas existiam na mente de
Deus como um plano futuro e predeterminado. Aparentemente, os versículos das
escrituras, que fala de Deus criando o mundo pelo Filho, querem dizer que Deus
usou e aproveitou seu futuro plano de filiação quando ele criou o mundo. Com
certeza o plano para o Filho e para a redenção e existiu na mente de Deus,
antes e durante a criação.
Podemos olhar a criação pelo
Filho, de duas maneiras:
1) o próprio espírito de
Deus, que mais tarde se encarnou como Filho, era o criador.
2) embora o filho não
existisse fisicamente, Deus tinha o plano do Filho em sua mente, no momento da
criação e. Ele confiou naquele plano -- ele confiou na filiação - para cumprir
seu propósito na criação, apesar de seu pré-conhecimento do pecado do homem.
O
PRIMOGÊNITO
Hebreus 1:6 chama o Filho de primogênito. E isso não significa
que o Filho foi o primeiro ser criado por Deus, nem mesmo que ele foi criado
pois esse mesmo a versículo indica que a "genitura" ocorreu depois da
criação dos anjos. Com certeza, o Filho não foi "Gerado eternamente",
porque o versículo 5 descreve a genitura acontecendo a um determinado momento
no tempo: "Tu és meu Filho, eu hoje te gerei". Portanto, em que o
Filho é o "Primogênito"?
O termo tem vários sentidos. Em um sentido da
palavra, o Filho não era apenas o primeiro gerado como também o único gerado
(João 3:16). Isso quer dizer, o Filho é a única pessoa, literalmente, concebida
pelo Espírito Santo (Deus); seu nascimento de uma virgem tornou possível que a
completa divindade e a completa humanidade se unissem em uma pessoa. Ainda
mais, o Filho é o primogênito no sentido de que ele foi planejado na mente de
Deus antes de qualquer outra coisa. Além disso, o Filho é o primogênito por ter
sido o primeiro a conquistar o pecado e a morte. Ele é "O primogênito dos
mortos" (Apocalipse 1:5), "O primogênito entre muitos irmãos"
(Romanos 8:29) e "O primogênito de entre os mortos". (Colossenses
1:18). Todos esses versículos usam a mesma palavra grega Prototokos, como em
Hebreus 1:6. Cristo era as primícias da ressurreição, uma vez que ele foi o
primeiro a ser fisicamente ressuscitado e o primeiro a receber um corpo
glorificado (I Corintios 15:20). Sendo
Jesus Cristo o cabeça da igreja, que é chamada a "Igreja dos
(pertencentes) primogênitos" (Hebreus 12:23), podemos interpretar a
designação de Cristo como "O primogênito (prototokos) de toda a
criação", em Colossenses 1:15, como significando primeiro nascido da
família espiritual de Deus a ser escolhido de toda criação. Pela fé nele,
podemos nos tornar filhos de Deus, pelo novo nascimento (Romano 8:14-17 de).
Jesus é o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12:2 ), o capitão de nossa salvação
(Hebreus 2:10), o apóstolo e o sumo sacerdote de nossa confissão (Hebreus 3:1),
e nosso irmão (Hebreus 2:11 e 12). É em seu papel redentor que ele pode ser
chamado de primogênito ou primeiro nascido entre muitos irmãos. O título de
Cristo, de primogênito, tem significado não apenas no sentido de primeiro em
ordem, mas, também, de primeiro em poder, autoridade e primazia, assim como o
irmão mais velho tem primazia entre seus irmãos. Enquanto aplicado a Cristo,
primogênito não significa que ele foi o primeiro homem fisicamente nascido, mas
que ele é o primeiro em autoridade. Esse é o significado I Colossenses 1:15, quando diz que ele é
"O primogênito de toda a criação", como vemos nos versículos subsequentes.
Os versículos 16-18
descrevem Jesus como criador de todas as coisas, o detentor de todo o poder e a
cabeça da igreja. Em particular, o versículo 18 disse que ele é "O
primogênito de entre os mortos, para em todas as cousas ter a primazia".
Para resumir, Jesus é o primogênito ou o primeiro nascido, em vários
sentido. 1) Ele é o primeiro e único
Filho gerado por Deus, pois foi concebido pelo Espírito Santo. 2) o plano da encarnação existia na mente de
Deus desde o princípio, antes de qualquer outra coisa .3) que em sua
humanidade, Jesus é o primeiro homem a conquistar o pecado e ele é, portanto, o
primeiro nascido da família espiritual de Deus. 4) em sua humanidade, Jesus é o
primeiro homem a vencer a morte e, assim, Ele é as primícias da ressurreição ou
primogênito dos mortos.5) Jesus é a cabeça de toda a criação e a cabeça da
igreja, portanto, Ele é o primogênito no sentido de ter primazia e autoridade
sobre todas as coisas, assim como irmão mais velho, tradicionalmente, tem
primazia entre seus irmãos. Os quatro primeiros pontos se referem a ser o primeiro
em ordem, enquanto o quinto se refere a ser o primeiro em poder e grandeza. A
designação de Cristo como o primogênito não significa que ele foi criado ou
gerado por um outro Deus. Significa, antes, que como homem, Cristo é o primeiro
e o mais velho dos irmãos, na família espiritual de Deus, em que Ele tem
autoridade e poder sobre toda a criação.
Hebreus 1:8-9 "Mas, acerca
do Filho: o teu trono, ó Deus, é para
todo o sempre... Deus, o teu Deus, de ungiu com o óleo de alegria como a nenhum
dos seus companheiros." a primeira parte desta passagem se refere
claramente à divindade do Filho, enquanto a segunda parte se refere à
humanidade do Filho. O escritor de Hebreus está citando uma passagem profética
que encontramos no Salmo 45:6 e 7. Esse assunto não é sobre a Divindade,
mas uma afirmação profética inspirada
por deus e tendo em vista a futura encarnação de Deus. Deus estava falando
profeticamente, através do salmista, para se revelar num futuro papel.
Em conclusão, temos
aprendido que o termo "Filho de Deus" se refere a encarnação, ou a
manifestação de Deus com em carne. Deus planejou o Filho
antes do começo do mundo, mas o Filho não teve real existência
substancial até a plenitude do tempo. O Filho teve um começo porque o Espírito de Deus gerou (concebeu) o
Filho no ventre de Maria. O reinado do Filho terá um fim porque quando a igreja
for apresentada a Deus e quando Satanás, o pecado e a morte, tiverem sido
julgados e dominados, o papel do Filho cessará. O Filho cumpre muitos papéis
que no plano de Deus poderiam ser cumpridos apenas por um ser humano sem
pecados. Naturalmente, o definitivo propósito do Filho e providenciar os meios
de salvação para a humanidade decaída.
Concluímos três coisas a respeito do uso da expressão "Filho de
Deus". 1) não podemos usá-la separadamente da humanidade de Cristo, porque
ela se refere, sempre, a carne ou ao Espírito de Deus em carne.2) Filho é
sempre usado com referência ao termo, porque a filiação teve um começo e terá
um fim . 3) como Deus, Jesus tem todo o poder, mas como Filho ele era limitado
em poder. Jesus era tanto o homem quanto Deus. A doutrina bíblica do Filho é
uma verdade maravilhosa. Ela apresenta algumas idéias complexas, principalmente
porque é difícil para a mente humana compreender um ser que tenha uma natureza tanto humana
quanto divina. Através do Filho, Deus apresenta vivida- mente sua natureza ao
homem, particularmente seu amor incomparável. A doutrina do Filho não ensina
que Deus Pai amou o mundo de tal maneira que enviou outra pessoa, "Deus
Filho", para morrer e reconciliar o mundo como Pai. Pelo contrário, ela
ensina que Deus Pai amou o mundo de tal maneira que Se vestiu em carne e deu a
Si mesmo, como Filho de Deus, para reconciliar consigo o mundo (II Corintios
5:19). O único Jeová de Deus, do Velho Testamento, o grande criador do
universo, o humilhou-se a Si mesmo, na forma de um homem para que o homem
pudesse vê-lo, compreendê-lo e se comunicar com ele. Ele fez um corpo para si
mesmo, chamado Filho de Deus. Deus mesmo providenciou meios para redimir a
humanidade. "Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não
houvesse um intercessor pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação" (Isaías 59:16). Para seu próprio braço providenciou
salvação . Uma compreensão correta do Filho tem, portanto, o efeito de
engrandecer e glorifica o Pai. De seu papel como Filho, Jesus orou ao Pai:
"Eu te glorifiquei na terra... manifestei o teu nome... eu lhes fiz
conhecer o teu nome" (João 17 4,6 e 26.) O Pai revelou a Si mesmo ao mundo
e reconciliou consigo mundo, através do Filho.
PAI,
FILHO, E ESPÍRITO SANTO
"Eu
e o Pai somos um" (João 10:30).
"E eu rogarei ao Pai, e
ele vos dará outro Consolado... o Espírito da verdade" (João 14:16 e 17).
Examinamos o significado dos termos Pai e Espírito Santo, enquanto aplicados a
Deus. Estudamos os relacionamentos e as
distinções existentes entre os três termos: Pai, Filho e Espírito Santo. Será
que esses termos identificam, realmente, três pessoas diferentes ou três
personalidades na divindade? Ou será que eles indicam três papéis, modos,
funções ou ofícios diferentes, pelos quais o único deus opera e revela a si
próprio?
O
PAI
A expressão "Deus
Pai" é bíblica e se refere ao próprio Deus (Gálatas 1:1-4). Deus é o Pai; ele não é meramente Pai do
filho, mas o Pai de toda a criação (Malaquias 2:10; e Hebreus 12:9). Ele é,
também, nosso pai, em razão do novo nascimento (Romanos 8:14-16). O título pai
indica relacionamento entre Deus e o homem, particularmente entre Deus e seu
Filho e entre Deus e o homem regenerado. Jesus ensinou, muitas vezes, que Deus
é nosso pai (Mat. 5:16,45 e 48). Ele nos ensinou orar: "Pai nosso que
estados nos céus" (Mateus 6:9). Como homem, no entanto, Jesus tinha,
ainda, um relacionamento especial com Deus de um modo que nenhum outro homem
jamais teve. Ele era a único filho gerado pelo Pai (João 3:16), o único que foi
realmente concebido pelo Espírito de Deus e o único que tinha a plenitude de
Deus, sem limites. A Bíblia ensina claramente que há apenas um Pai (Malaquias 2:10,
Efésios 4:6). Ela também afirma que Jesus é o único Pai (Isaías 9:6; João
10:30). O Espírito que habitava o Filho de Deus não era outro senão o Pai. É
importante observar que o nome do pai é Jesus, porque esse nome expressa e
revela plenamente o Pai. Em João 5:43, Jesus disse: "Eu vim em nome de meu
Pai". De acordo com hebreus 1:4, o filho "Herdou mais excelente
nome". Em outras palavras, o filho herdou o nome de seu pai. Assim,
entendemos por que Jesus disse que ele manifestou e declarou o nome do pai (João
17:6 e 26). Ele cumpriu a profecia do velho testamento que afirma que o Messias
declararia o nome do Senhor (Salmos 22:22; Hebreus 2:12). Em nome de quem veio o filho? Que nome ele
obteve de seu pai, por herança? Que nome
o filho manifestou? A resposta é clara. O único nome que ele usou foi o nome de
Jesus, o nome de seu pai.
O
FILHO
Basicamente, a expressão
"Filho de Deus" se refere a Deus quando manifestado em carne, na
pessoa de Jesus Cristo, para a salvação da humanidade. O nome do filho é Jesus:
"Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus" (Mateus 1:21).
Uma vez que vai se refere apenas à divindade, ao passo que "Filho de
Deus" se refere à divindade enquanto encarnada em humanidade, não cremos
que o Pai seja o filho. Embora não acreditamos que o Pai seja o filho,
acreditamos, com certeza, que o Pai está no Filho (João 14:10). Sendo Jesus o
nome do Filho de Deus, tanto em relação à sua divindade como Pai quanto à sua
humanidade como filho, Jesus é o nome de ambos, do Pai e do Filho.
O
ESPÍRITO SANTO
Esse termo "Espírito
Santo", no KJV é traduzido da
palavra grega PNEUMA.
O Espírito Santo é,
simplesmente, Deus. Deus é santo (Leviticos 11:44; I Pedro 1:16). De fato,
apenas Ele é santo em Si mesmo. Deus é também Espírito (João 42: 4) e há somente
um Espírito de Deus (I Corintios 12:11; Efésios 4:4). Portanto, "Espírito
Santo" é um outro termo para o único Deus.
Fica evidente que o Espírito Santo é Deus se compararmos Atos 5:3 com
5:4, e se compararmos I Corintios 3:16 com 6:19. Essas passagens identificam o
Espírito Santo com o próprio Deus. Não podemos limitar os termos "Espírito
Santo" e "O Espírito de Deus" ao Novo Testamento, nem limitar,
do mesmo modo, o papel ou manifestação de Deus que eles descrevem. Encontramos o
Espírito mencionado através de todo o Velho Testamento, a partir de Gênesis
1:2. Pedro nos diz que os profetas antigos foram movidos pelo Espírito Santo
(II Pedro 1:21).
Se Espírito Santo é
simplesmente Deus, porque há necessidade desse termo? O motivo é que ele dá
ênfase a um aspecto particular de Deus: Ele enfatiza que ele, que é um Espírito
Santo, onipresente e invisível, opera entre todos os homens, em todos os
lugares, e pode preencher os corações dos homens. Quando falamos do Espírito
Santo, estamos lembrando a nós mesmos da obra invisível de Deus entre os homens
e de seu poder para ungir, batizar, tornar plenas, e a habitar as vidas
humanas. O termo fala de Deus em atividade."E o Espírito de Deus pairava
sobre as águas" (Gênesis 1:2). Ele se refere a Deus agindo entre os homens
a fim de regenerar sua natureza decaída e capacitá-los a realizar a vontade
sobrenatural de Deus no mundo. Observamos que o Espírito é o agente do novo
nascimento (João 3:5; Tito 3:5). Uma vez
que o Espírito é o próprio Deus, o modo correto de usarmos os pronomes Ele e
Seu para nos referimos ao Espírito será com letras maiúsculas. Muitas vezes os
amos "Espírito Santo" como uma forma abreviada de nos referir ao
"Batismo (ou dom) Espírito Santo", e, em tais casos, podemos, a também,
apropriadamente, usar ele e seu com letras minúsculas. Quando fazemos isso,
temos que nos lembrar, no entanto, que o Espírito Santo é Deus e não
simplesmente uma força ou fluído sem inteligência. Os versículos seguintes
revelam que o Espírito Santo é, de fato, Deus e não uma força sem inteligência:
Atos 5:3 e 4, 9; 20:23 e 28; 21:11. Pelo nome de Jesus o Espírito é revelado e
recebido. Ele não é uma pessoa à parte, com identidade separada, que vem em
outro nome. Jesus disse: "O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará
em meu nome..." (João 14:26). O Espírito Santo vem, portanto, em nome de
Jesus.
O
PAI É O ESPÍRITO SANTO
O único Deus é Pai de todos,
é Santo, e é Espírito. Portanto, os títulos Pai e Espírito Santo descrevem o
mesmo ser. Para dizer de outro modo, o único Deus pode realmente cumprir dois
papéis, de Pai e Espírito Santo. As escrituras atestam isso.
1- João 3: 16 diz que Deus é
o Pai de Jesus Cristo e Jesus se referiu ao Pai como seu próprio Pai, muitas
vezes (João 5:17 e 18). Ainda Mateus 1:18-20 e Lucas 1: 35 revelam, claramente,
que o Espírito Santo é o Pai de Jesus Cristo. De acordo com esses versículos
das escrituras, Jesus foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu, Filho de
Deus. O único que faz com que haja a
concepção é o Pai. Como todos os versículos das escrituras, que se referem à
concepção ou genitor do Filho de Deus, fala do Espírito Santo como sendo o
agente da concepção, fica evidente que o Pai do corpo humano de Jesus é o
Espírito e é lógico concluímos que o Espírito Santo é o Pai de Jesus Cristo, o
filho de Deus.
2 - Joel 2: 27-29 registram
as palavras de Jeová Deus: "Derramarei o meu Espírito sobre toda a
carne". Pedro aplicou esses versículos ao batismo do Espírito Santo,
obviamente o Espírito de Jeová tem que ser um Espírito Santo.
3 - A bíblia chama o
Espírito Santo de "O Espírito do Senhor" (Isaías 40:13), o Espírito
de Deus (Gênesis 1: 2), o Espírito do Pai (Mateus 10:20). Havendo um único
Espírito, todas essas expressões devem se referia ao mesmo ser. O Espírito
Santo não é outro senão Jeová Deus, nem outro senão o Pai.
Para um estudo mais completo
da identificação do Espírito Santo com o Pai, considere as seguintes
comparações da Bíblia:
1- Deus Pai ressuscitou
Jesus dos mortos (Atos 2:24; Efésios 1:17-20), todavia o Espírito ressuscitou
Jesus de entre os mortos (Romanos 8:11).
2 - Deus Pai vivifica (dá
vida) aos mortos (Romanos 4:17; I Timóteo 6:13), no entanto Espírito também o
faz (Romanos 8:11).
3 - O Espírito nos adota, o
que significa que Ele é o nosso Pai (Romanos 8:15 e 16).
4 - O Espírito habita a vida
de um cristão (João 14:17; Atos 4:31), o Espírito do Pai habita os corações dos
homens (Efésios 3:14-16). É o pai que vive em nós (João 14:23).
5 - O Espírito Santo é nosso
condicionador (João 14:26, em grego parakletos), mas Deus Pai é o Deus de toda
consolação (paraklesis) que nos conforta (parakaleo) em toda tribulação (II
Corintios 1:3 e 4).
6 - O Espírito nos retifica
(I Pedro 1:2), também o Pai nos santifica (Judas 1).
7 - Toda a escritura é dada
por inspiração de Deus (II Timóteo 3:16), ainda assim, os profetas do Velho
Testamento eram movidos pelo Espírito Santo (II Pedro 1: 21).
8 - Nossos corpos são
templos de Deus (I Corintios 3:16 e 17), são, também, templos do Espírito Santo
(I Corintios 6:19).
9 - O Espírito do Pai nos
dirá o que dizer em tempos de perseguição (Mateus 10:20), mas o Espírito Santo,
também (Marcos 13:11). De todos esses
versículos das Escrituras, concluímos que o Pai e o Espírito Santo são,
simplesmente, duas descrições diferentes de um único Deus. Os dois termos
descrevem um mesmo ser, mas dão ênfase ou esclarecem diferentes aspectos, papéis
ou funções que Ele possui.
A
DIVINDADE DE JESUS CRISTO É O PAI
A divindade residente em
Jesus não é senão o Pai. Em outras palavras, o Espírito no Filho é o Pai. (veja
a parte, “Jesus é o Pai, no Capítulo 4 - JESUS É DEUS para um estudo completo
desse ponto.
A
DIVINDADE DE JESUS CRISTO É O ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo é chamado
de o Espírito de Jesus Cristo (Filipenses 1:19), e de o Espírito do filho
(Gálatas 4:6). 2 Corintianos 3:17 fala do único Espírito: "Ora o Senhor é
o Espírito", e "O Senhor que é o Espírito" (versículo 18). Em
resumo, o Espírito que habita em Jesus Cristo não é outro senão o Espírito
Santo. O Espírito no filho é o Espírito Santo.
Veja o paralelismo de alguns versículos das
Escrituras que revelam que o Espírito de Cristo é o Espírito Santo.
1 - O Espírito de Cristo
estava nos profetas do passado (1 Pedro 1: 10 e 11), embora saibamos que eles
vieram movidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:21).
2 - Jesus ressuscitará os
crentes da morte (João 6:40), ainda assim, o Espírito vivificará (dará vida) os
mortos (Romanos 8:11).
3 - O Espírito ressuscitou a
Cristo de entre os mortos (Romanos 8:9-11), embora Jesus afirmasse que Ele
ressuscitaria a Si mesmo de entre os mortos (João 23:19-21).
4 – João 14:16 diz que o Pai
enviaria outro Consolador, a saber, o Espírito Santo, embora, em João 14:18,
Jesus tenha dito: "Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós
outros". Em outras palavras, o outro consolador é Jesus em uma outra forma
__em Espírito, e não em carne. Jesus explicou isso no versículo 17, dizendo que
o Conservador já habitava entre os discípulos de que Ele logo estaria neles.
Quer dizer, o Espírito Santo estava com eles na pessoa de Jesus Cristo, mas o
Espírito Santo, o Espírito de Jesus Cristo, logo estaria neles. Jesus explicou
mais sobre esse ponto em João 16:7, dizendo que ele tinha que partir, pois, se
não, o outro consulado não viria. Por que? Enquanto Jesus estivesse junto deles
em carne não poderia estar presente espiritualmente em seus corações, mas
depois que partisse fisicamente ele enviaria de novo seu próprio Espírito para
estar com eles.
5 – O Espírito Santo habita
o coração dos cristãos (João 14:16), e ainda assim Jesus prometeu que a
habitaria seus seguidores até o fim do mundo (Mateus 28:20). Do mesmo modo, os
crentes são plenos do Espírito Santo (Atos 2:4 e 38), e ainda é Cristo que habita
em nós (colossenses. 1: 27).
6 - Efésios 3:16 e 17 dizem
que tendo Espírito no homem interior, temos Cristo em nossos corações.
7 - Cristo Santifica a
Igreja (Efésios 5: 26), mas também o Espírito o faz (1 Pedro 1:2).
8 - O Espírito Santo é o
prometido parakletos de João 14:26 (palavra grega traduzida como
"Consolador" na versão King James), e ainda Jesus é o nosso
parakletos em 1 João 2:1 (a mesma palavra grega traduzida como
"Advogado", na versão King James). Devemos notar que o mesmo autor -
o apóstolo João - escreveu ambos os versículos, devendo, presumivelmente, estar
atento ao paralelismo.
9 – O Espírito é nosso
intercessor (Romanos 8:26), mas Jesus é, também, nosso intercessor (Hebreus
7:25).
10 - O Espírito Santo nos
dirá o que falar em tempos de perseguição (Marcos 13:11), embora Jesus tenha
dito que ele o faria (Lucas 21:15).
11 - Em Atos 16:6 e 7, a RSV
e a NIV igualam, amos, o Espírito Santo ao Espírito de Jesus.
PAI,
FILHO, E ESPÍRITO SANTO
Está claro que os termos
Pai, Filho e Espírito Santo não pode implicar em três pessoas, personalidades,
vontade ou serem separados. Eles podem significar, apenas, aspecto ou papéis
diferenciados de um ser - Espírito - o único Deus. Eles descrevem o
relacionamento de Deus com o homem, não pessoas existentes numa Divindade.
Usamos Pai para enfatizar o papel de Deus como Criador, Pai de espíritos, Pai dos
crentes regenerados e Pai da humanidade de Jesus Cristo. Usamos Filho para
significar ambos, a humanidade de Jesus Cristo e Deus como ele se manifestou na
carne com o propósito de salvar o homem. Usamos Espírito Santo para enfatizar o
poder ativo de Deus no mundo, e entre os homens, particularmente sua obra de
regeneração.
Devemos observar que esses
três títulos não são os únicos que deus possui. Muitos outros títulos com nomes
usados para deus são significativos e aparecem freqüentemente na bíblia, inclusive
termos com SENHOR (Jeová), senhor, palavra, deus Todo-Poderoso, e o único santo
de Israel. A unicidade, como ponto de vista, não nega o pai, o filho e o
Espírito Santo, mas rejeita que esses termos sirvam para designar pessoas da
divindade. Deus tem muitos títulos, mas ele é um único ponto ele é indivisível
quanto à sua existência, mas sua revelação de si mesmo a humanidade tem sido
expressa através de muitos meios, inclusive sua revelação como o pai, no filho,
e como Espírito Santo. Efésios 3:14-17, que, citamos, várias vezes, neste
capítulo, demonstra que o pai, o espírito e Cristo são um, no sentido descrito.
"Por esta causa nem
ponha de joelhos diante do pai, de quem toma o nome de toda a família, tanto no
céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda
que seja mais fortalecido com poder, mediante o seu espírito no homem interior;
e assim habita Cristo nos vossos corações, pela fé..." a versão King James
é ambígua quanto à "Seu espírito" se referia ao espírito do pai ou
espírito de Cristo. As versões NIV, TAB, RS e o texto grego de Nestle, todos,
tornam claro que "Seu" se refere ao "Pai". Essa passagem e
identifica, portanto, o Espírito que está no coração do cristão como o Espírito
do pai e, também, como Cristo. O pai, Cristo e o Espírito se referem, todos, a
Um Único Deus Indivisível.
O que podemos comentar a
respeito de passagens das Escrituras que parecem descrever mais que uma pessoa
na Divindade? Isso acontece apenas por causa dos anos que têm sido usadas como
argumentos por parte daqueles que acreditam em mais de uma pessoa da Divindade.
Quando uma pessoa liberta sua mente de todas as interpretações, conotações e
doutrinas forjadas pelos homens, vendo esses versículos do ponto de vista dos
seus autores originais (que eram judeus monoteístas devotos), compreendemos que
esses versículos descrevem os títulos atributos e papéis de Deus ou a dualidade
da natureza de Jesus Cristo. Apenas dois versículos das escrituras, em toda a
bíblia, mencionam Pai, Filho (ou Verbo) e Espírito Santo, de modo a sugerir
três pessoas, o significado especial ao número três em relação à Divindade.
São, Mateus 28:19 e 1 João 5:7. Ambas as passagens, no entanto, apresentam
sérios problemas para o trinitarianismo.
MATEUS
28:19
“Ide, portanto, fazer
discípulos de todas as nações, batizando os em nome do pai e do filho e do Espírito
Santo" (Mateus 28:19).
Nessa passagem, Jesus
ordenou a seus discípulos que batizar sem "Em nome do pai e do filho e do
Espírito Santo". No entanto, esse versículo o não ensina que o pai, o
filho e o Espírito Santo seja três pessoas separadas. Ele ensina antes, que os
títulos de pai, filho e Espírito Santo identificam um nome e, portanto, um ser.
O versículo diz, explicitamente, "Em nome", não "nos nomes". Para dirimir qualquer dúvida de qualquer a
distinção singular plural seja significativa o tenha sido deliberadamente por
deus, precisamos, apenas, ler Gálatas 3:16, onde Paulo dá ênfase ao significado
do singular “teu descendente", referindo-se a Gênesis 22:17. Muitos
estudiosos trinitárianista têm reconhecido, ao menos parcialmente, o
significado do singular, em Mateus 28:19. Por exemplo, o professor
presbiteriano James Buswell afirma: “O nome, não nomes do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, no qual devemos ser batizados, deve ser entendido como Jahweh,
o nome do Deus-Triúno." [17] Essa maneira de ver o singular está correta,
embora sua identificação do nome singular esteja errada. Jeová ou Yahweh era o
nome de Deus revelado no Velho Testamento, mas Jesus é o nome de Deus revelado
no Novo Testamento. Entretanto, o nome Jesus inclue Jeová, uma vez que Jesus
significa Jeová-Salvador”. Pai, Filho e
Espírito Santo descrevem todos, o único Deus; portanto a frase em Mateus 28:19
descreve, simplesmente, o único nome do único Deus. O Velho Testamento prometeu
que viria um tempo quando Jeová teria um nome e esse único nome se tornaria
conhecido (Zacarias 14:9; Isaías 52:6). Sabemos que o único nome de Mateus
28:19 é Jesus, por que Jesus é o nome do pai (João 5:43; Hebreus 1: 4), do
Filho (Mateus 1:21 e do Espírito Santo
(João 14:26). A igreja do Novo testamento entendeu assim, pois batizava no nome
de Jesus Cristo (Atos 2:38;8:16;10:48;19:5; 22:16; 1 Corintios 1:13).
O próprio Mateus confirmou
essa interpretação permanecendo ao lado de Pedro e dos outros apóstolos durante
o sermão no qual Pedro ordenou que o povo fosse batizado em nome de Jesus
Cristo (Atos 2:14-38). Alguns afirmam que as referências em atos não significam
que o nome de Jesus fosse pronunciado oralmente como parte forma do batismo. Entretanto, isso
parece ser uma tentativa de torcer a linguagem para adaptá-la à uma doutrina e
prática errôneas. Atos 22:16 diz: "Levanta-te, recebe o batismo e lavo os
teus pecados, invocando o nome dele".O Novo testamento interlinear
Greco-Inglês diz:"Invocando o nome". Esse versículo indica, portanto,
que o nome de Jesus era invocado oralmente por ocasião do batismo. Tiago 2:7,
diz:"Não são eles os que blasfemam ao bom nome que sobre vós foi
invocado?" a fraseelogia grega indica que o nome era invocado sobre os
cristãos, num momento específico. A bíblia amplificada diz:"Não são eles
que caluniam e blasfemam aquele nome precioso pelo qual são distiguídos e
chamados (o nome de Cristo invocado no batismo)?"
Para termos um exemplo do que
significa “Em nome de Jesus”, precisamos apenas da história de cura do coxo, em
atos 3. Jesus disse para pelos enfermos em seu nome “Marcos 16:17 (e 18), e
Pedro disse ao coxo que ele estava curado em nome de Jesus (atos 4:10). Como isso aconteceu? Pedro, realmente,
pronunciou as palavras: em” nome de Jesus Cristo “(atos 3:6). O nome Jesus,
invocado com fé, conseguiu o milagre. O nome significa poder ou autoridade, mas
se significado não afastam o fato de que Pedro tenha invocado, moralmente, o
nome de Jesus ao efetuar a cura”. Si as
muitas passagens, em atos, que se referem ao batismo pela água, em nome de
Jesus, não descrevem uma formula batismal, então a verdade é que Mateus 28:19
também não indicam uma fórmula. Essa interpretação deixaria a igreja sem
qualquer fórmula batismal para distinguir o batismo cristão do batismo judaico
e do batismo pagão.
Mas, o senhor não nos deixou
sem uma fórmula batismal; a igreja cumprir corretamente as instruções dadas por
Jesus em Mateus 28:19, quando os apóstolos e usavam o nome de Jesus no batismo
pela água. Muitas enciclopédias e muitos
historiadores da igreja concordam que a fórmula de batismo original usada na
história da igreja primitiva era "Em nome de Jesus". O professor
luterano Otto Heick, por exemplo, diz: no princípio, o batismo era administrado
em nome de Jesus, mas, gradualmente, passou a ser administrado em nome do
Deus-Triúno: Pai, filho e Espírito Santo". [18] Essa não foi uma
afirmativa impensada, porque ele, mais tarde, reafirmou seu ponto de vista:"No
princípio o batismo era em nome de Cristo". Essa interpretação de que nome, Jesus, em
Mateus 28:19, em contrato maior apoio na completa descrição dos acontecimentos,
dos quais esse versículo é uma parte. Em Mateus 28:18 e 19, Jesus disse: “Ou dá
à autoridade me foi dada no céu e na terra.
I de, portanto, fazer discípulos de todas as nações, batizando as em
nome..." em outras palavras Jesus disse: “Eu tenho todo o poder, portanto
batizar aí em meu nome". Toda a lógica da passagem seria distorcida, se a
lêssemos como o: “Eu tenho todo o poder, portanto, batizar em nome de três
pessoas diferentes". Nos outros
registros da grande comissão, o nome de Jesus figura com destaque (marcos
16:17; Lucas 24:47). O de Mateus diz: “Em nome do pai e do filho e do Espírito
Santo". Marcos: o "Em meu nome". E Lucas: o "Em seu
nome". Todos se referem ao nome de Jesus.
Devemos nos lembrar que o batismo pela água é administrado por causa de
nossa vida passada, de pecado; para a "Remissão 2... Pecados" (atos 2:38). Sendo nome de
Jesus o único que salva (atos 4:12) ,é lógico que seja o nome usado no batismo.
Jesus mesmo ligou seu nome a remissão dos pecados: “E que em seu nome se
pegasse arrependimento para remissão de pecados, a todas as nações, começando
de Jerusalém" (Lucas 24:47). Mateus 28:19 não ensina que há três pessoas
em um único Deus, mais dá, antes, três títulos de Deus todos eles,
apropriadamente aplicados a Jesus Cristo.
Esses títulos resumem os
diferentes papéis de Deus ou modos de sua revelação; por sua referência ao
"nome", no singular, a passagem chama a atenção para o único nome de
Deus que é revelado no Novo testamento. Esse nome é Jesus. Maior luz sobre a interpretação de que o nome
de Deus e Jesus vem de uma comparação entre apocalipse 14 :1 e apocalipse 22:3
e 4. Há um nome para o Pai, Deus, e o cordeiro. O cordeiro Jesus, assim Jesus é
o nome de Deus e do Pai
I
JOÃO 5:7
"Pois a três que se dão
testemunho no céu; que o pai, a palavra, e o Espírito Santo; e esses três são
um”. (I João 5:7). Embora esses versículos das escrituras sejam, muitas vezes,
usado por aqueles que acreditam na existência de três pessoas em deus, ele, na
realidade, refuta a esse ponto de vista, pois afirma: "Esses três são
um". Alguns interpretam esse texto como significando um em união como
marido e esposa são um. Mas é preciso destacar que esse ponto de vista é
essencialmente politeísta. Se a palavra
um se refere à união, em vez de uma designação numérica, então à divindade pode
ser vista como muitos deuses em um conselho ou governo unido. Se devesse
significar união, o versículo deveria ser: "Estes três concordam entre si,
como um". É, também, interessante notar que si versículo não usa a palavra
Filho, mas palavra. Se Filho era o nome especial de uma pessoa distinta na
Divindade, e se esse versículo estivesse tentando ensinar que há pessoas
separadas, porque usa a palavra em lugar de Filho? Filho não se refere,
primária mente, à divindade, mas palavra, sim. A palavra não é uma pessoa
separada do pai, assim como homem e sua palavra não são pessoas separadas. A
palavra é, antes, o pensamento o plano na mente de deus e também a expressão de
Deus.
De modo semelhante, o
Espírito Santo não é uma pessoa separada do pai, como um homem e seu espírito
não são pessoas distintas. O Espírito Santo apenas descreve o que Deus é. 1
João 5:7, disse que os três dão testemunho no céu; que dizer, Deus testemunhou
a si mesmo em três maneiras de atividade ou revelou a si mesmo de três modos.
Ele tem, pelo menos, três papéis celestiais: Pai, palavra (e não Filho), e
Espírito Santo. Além disso, esses três papéis descrevem um Deus: "Estes
três são um". * Apenas explicamos 1 João 5:7 de modo coerente com o resto
das escrituras. Há, entretanto, concordância praticamente unânime, entre os
estudiosos da bíblia, de que esse versículo não faz, é realmente, de modo
algum, parte em da bíblia! Todas as principais traduções desde a versão King
James tem omitido esse versículo, inclusive revised standard version the
Amplified Bible, o a new International
version, bem como o texto grego (texto de Nestle), amplamente aceita. A NIV
traduz 1 João 5:7 e 8 como o:"Por que a três que testemunham: o espírito,
água e o sangue; e estes três estão em
acordo". A versão King James inclue o versículo 7 apenas porque a edição
de 1522 do texto grego compilado por Erasmo, o incluía. Anteriormente, Erasmo
tinha a excluído essa passagem de suas edições de 1516 e 1519, porque ela não estava em Nenhum dos 5.000 manuscritos gregos, mas
apenas nos últimos manuscritos da vulgata- a versão latina usada, pela a igreja
católica romana. Quando a igreja católica pressionou Erasmo para que ele
incluísse esse versículo, ele prometeu que o faria se eles pudessem contra a
pelo menos um manuscrito que o registrasse. Finalmente conseguiram um e, então,
com relutância, Erasmo acrescentou o versículo, embora o manuscrito apresentado
fosse datado de 1520.(veja Norma Geisler e William Nix, em uma introdução geral
para a Bíblia, Chicago: Moody Press), 1968,p. (370). Assim, parece plausível
que algum copista super zeloso tenha visto "ha três que dão
testemunho" e tenha decidido inserir uma explicação própria a respeito. Na
realidade, a passagem em questão está completamente desligada do resto do
discurso de João, I e interrompe o fluxo lógico de sua argumentação. Embora toda a evidência indique que esta
passagem não fazia parte originariamente
de 1 João, Deus protege e preserva com sua mão, a sua palavra. Apesar dos
esforços do homem, Deus não permitiu que a passagem viesse a contradizer Sua
palavra. Quer alguém acredite que 1 João 5:7 fosse parte original da Bíblia,
quer acredite que tenha sido inserida mais tarde, ela não ensina que existem
três pessoas em Deus, mas, sim, reafirma o ensino bíblico de um Deus indivisível,
com várias manifestações.
DEUS
SE LIMITA A TRÊS MANIFESTAÇÕES?
Discutimos, neste capítulo,
três principais manifestações de deus. Isso significa que deus se limita a três
papéis? Os termos pai, filho e Espírito Santo
englobam tudo aquilo que deus é? Apesar da importância que essas manifestações
têm no plano de redenção e salvação do Novo testamento, e não parece que deus
possa ser limitado a esses três papéis, títulos ou manifestações. Deus
manifestou assim mesmo de muitas maneiras, no velho testamento. Ele se revelou
em muitas teofanías, inclusive em forma humana e em forma angelica A Bíblia usa
muitos outros nomes e títulos para Deus. Por exemplo: SENHOR (JEOVÁ) e SENHOR, aparecem
freqüentemente na Bíblia. Deus se revelou ao homem em muitos outros
relacionamentos, também. Ele é, por exemplo, Rei, Senhor, e Noivo, o Marido,
Irmão, Apóstolo, Sumos Sacerdotes, Cordeiro, Pastor e o Verbo embora Pai, Filho
e Espírito Santo representem s importantes papéis, títulos ou manifestações de
Deus, não se limita a esses três, nem o número três tem qualquer significado
especial, com relação a Deus. Uma explicação popular de Pai, Filho e Espírito
Santo é de que há um Deus que se revelou como Pai na criação, Filho na redenção
e Espírito Santo na regeneração.
O reconhecimento destas três
manifestações não implica em que Deus seja limitado às três ou que exista uma
tríade na natureza de Deus. Além disso, não há uma distinção total entre uma
manifestação e outra. Por exemplo, Deus era o Espírito Santo, anteriormente, na
criação e usou seu papel como espírito na criação (Gênesis 1: 2). Mais ainda,
Deus usou seu papel como filho--quer dizer, ele dependia de seu plano para a
futura filiação--antes, na criação (Hebreus 1:2). Deus é nosso pai na regeneração tanto quanto
na criação, porque pelo novo nascimento nós nos tornamos filhos espirituais de
Deus. Não podemos confinar Deus a três
ou a qualquer número de papéis ou títulos nem podemos. Dividi-lo, porque ele é
um. Mesmo porque seus títulos e papéis se sobrepõem. Ele pode se manifestar de
muitos modos, mas ele é um e apenas um ser.
Como podemos, então, nos referir a Deus o de
um modo que descreva tudo que ele é? Que nome inclui os muitos papéis e
atributos de Deus? Podemos, naturalmente usar simplesmente o termo deus ou nome
do Velho Testamento-- JEOVÁ. Temos, no entanto, um novo nome que nos foi
revelado--o nome de Jesus. Quando usamos o nome de Jesus, abrangemos tudo que
Deus é. Jesus é o Pai e, o Filho, e o Espírito Santo. Jesus resume todos os
nomes compostos de Jeová. Jesus é tudo que Deus é. Quaisquer que sejam os
papéis ou manifestações de Deus, estão todos em Jesus (Colossenses 2: 9).
Podemos usar o nome de Jesus para o próprio Deus, pois ele representa a
totalidade do caráter de Deus, seus atributos e sua auto-revelação.
A Bíblia fala do Pai, do
Filho e do Espírito Santo como diferentes manifestações, papéis, modos,
títulos, atributos, relacionamento com o homem, as funções de um Deus, mas ela
não se refere ao Pai, Filho e Espírito Santo como três pessoas, personalidades,
vontades, mentes os deuses. Deus é o Pai de todos nós e de um modo um ímpar, é
o pai do homem Jesus Cristo. Deus se manifestou em carne, na pessoa de Jesus
Cristo, chamado o Filho de Deus. Deus é, também, chamado de Espírito Santo, o
que enfatiza sua atividade na as vidas e assuntos do homem. Deus não está
limitado a essas três manifestações. Entretanto, na gloriosa revelação do único
Deus, o Novo testamento não se desvia do Monoteísmo estrito do Velho
Testamento. Antes, a Bíblia apresenta Jesus como o Pai, o Filho e o Espírito
Santo. Jesus não é apenas a manifestação de uma de três pessoas da à divindade,
mas ele é a encarnação do Pai, o Jeová do Velho Testamento. Na realidade, em
Jesus habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.
ELOHIM
A palavra hebraica mais
comumente usada é Eloim. Essa é a palavra original em quase todas as passagens
do Velho Testamento, onde, em português, a palavra Deus é usada. Ela é a forma
plural da palavra hebraica Eloah, que significa Deus ou Divindade.
Muitos estudiosos concordam
que o uso do plural Elohim indica a grandeza de Deus ou seus múltiplos
atributos; ela não traz implícita uma noção de pluralidade de pessoas ou
personalidades. Os judeus não viam, certamente, a forma plural como um
comprometimento a seu firme monoteísmo: Flanderes e Cressson explicam que o uso
do plural no hebraico tem outra função que apenas indicar pluralidade:
"A forma da palavra,
Elohim, é plural. Os hebreus pluralizavam os nomes para expressar grandeza ou
majestade". A própria Bíblia
revela que a única maneira para se compreender a forma plural de Elohim é
entender que ela expressa a majestade de Deus e não uma pluralidade na
divindade, tanto pela sua insistência sobre o único Deus como pelo uso de
Elohim em situações que definitivamente retratam apenas uma pessoa ou personalidade.
Por exemplo, Elohim identifica a singular manifestação de Deus, em forma
humana, para Jacó (Gênesis 32:30). Os israelitas usavam a palavra Elohim para o
bezerro de ouro que construíram no deserto (Êxodo 32: 1, 4, 8,23 e 31), embora
a Bíblia registre claramente que havia apenas um bezerro de ouro (Êxodo 32:
4,5, 8,19-20,24 e 35). O Velho Testamento usa, muitas vezes, Elohim para deuses
pagãos únicos, tais como Ball-Berite (Juízes 8:33), Camos (Juízes 11:24), Dagom
(Juízes 16:23), Baal-Zebube (II Reis 1:2
e 3), e Nisroque (II Reis 19:37). A Bíblia usa Elohim até mesmo com referência
a Jesus Cristo (Salmos 45:6; Zacarias 12:8-10; 14:5) e ninguém sugere que
exista uma pluralidade de pessoas em Jesus. Portanto, a palavra Elohim não
indica três pessoas na divindade. Apenas um ser chamado Elohim lutou com Jacó,
apenas um bezerro de ouro foi chamado Elohim, e um Senhor Jesus Cristo é Deus
manifestado em carne.
POR
QUE ESSES VERSÍCULOS
USAM
PARA NOME PLURAL PARA DEUS?
Gênesis 1:26 “Também disse
Deus: façamos o homem à nossa imagem”. Antes, vamos observar que a Bíblia ou
usa pronomes no singular para se referir a Deus, e centenas de vezes. O próprio
versículo seguinte usa o singular para mostrar como Deus cumpriu o versículo
26:
"Criou Deus, pois, o
homem à sua imagem" (Gênesis 1:27). Gênesis 2:7 diz: "Então formou o
SENHOR Deus ao homem". Devemos, portanto, a justa o plural de 1:26 com
singular de 1:27 e 2:7. Precisamos olhar, também, a criatura a imagem de Deus,
que é o homem. Deixando de lado o modo como identificamos os vários componentes
que formam o nome, esse item, definitivamente, uma personalidade vontade. Ele é
uma pessoa em todos os modos. Isso indica que o criador, a cuja imagem o homem
foi feito é também um ser com uma personalidade e vontade. Ele é uma pessoa em
todos os modos. Isso indica que o criador, a cuja imagem o homem foi feito é
também um ser com uma personalidade vontade.
Qualquer interpretação de Gênesis 1:26, que aceite a existência de mais
de uma pessoa em Deus, enfrenta pelas sérias contestações. Isaías 44:24 disse
que o SENHOR criou o céu sozinho e criou a terra por si mesmo. Havia apenas um
criador, de acordo com Malaquias 2:10. Além disso, se o plural de Gênesis 1:26
se refere ao Filho de Deus, como podemos conciliar esse fato com registro das
Escrituras de que o Filho não era nascido até, pelo menos, 4000 anos mais
tarde, em Belém? O Filho nasceu de uma mulher (Gálatas 4:4); se o Filho estava
presente no começo, quem foi sua mãe? Se o filho é um ser espiritual, quem era
a mãe de Seu Espírito? Se Gênesis 1:26
não pode significar duas ou mais pessoas na divindade, o que significa? Os
judeus têm, tradicionalmente, interpretado que a passagem indica que Deus falou
com os anjos, no momento da criação. [22] Isso não significa que os anjos
tomaram parte ativa na criação, mais que Deus nos informou a respeito de seus
planos e solicitou seus comentários de cortesia e respeito. Em pelo menos uma
outra ocasião, Deus falou com os anjos e pediu sua opinião, ao formular seus
planos (I Reis e 22:19-22). Sabemos que os anjos estavam presentes por ocasião
da criação (Jó 38:4-7). Outros comentadores têm sugerido que Gênesis 1:26
descreve, simplesmente, Deus aconselhando-se com sua própria vontade. Efésios
1:11 sustenta esse ponto de vista, dizendo que Deus opera todas as coisas
"Conforme o conselho da sua vontade".
Por analogia, isso é como
homem dizendo "Vamos ver", mesmo quando está planejando sozinho.
Outros explicam essa passagem como um plural de majestade ou literário. Quer
dizer, na maneira formal de falar ou escrever quando um orador ou o escritor se
refere a si mesmos, muitas vezes, no plural, especialmente se o orador faz
parte da realeza. Os exemplos bíblicos de plural majestático podem ser citados
para ilustrar essa prática. Por exemplo, Daniel disse ao rei Nebucodonozor:
"Este é o sonho; e também a sua interpretação diremos ao rei", mesmo
que apenas Daniel passasse a dar a interpretação diante do rei (Daniel 2:36). O
rei Artaxexes e se referia a si mesmo, alternadamente, no singular e no plural
em sua correspondência. Certa vez, ele escreveu: "A carta que nos
enviastes foi distintamente lida na minha presença" (Esdras 4:18). Numa
carta para Esdras, Artaxexes usou "mim", em um lugar (Esdras 7:131) e
"nós", em outro (7:24). O uso
do plural, em Gênesis 1:26, pode, também, se semelhante ao plural usado em
Elohim, denotando a grandeza e a majestade de Deus ou seus múltiplos atributos.
Em outras palavras, o pronome no plural estar apenas concordando com o plural
do substantivo Elohim. Uma outra explicação, ainda, seria a de que essa
passagem descreve a precognição de Deus sobre a futura vinda do filho, como
muitas outras passagens proféticas encontradas nos Salmos. Precisamos ter em
mente que Deus não vive no tempo. Seus planos são reais para ele ainda que
estejam no futuro no que se refere a nós. Ele chama a existência as coisas que
não existem (Romano 4 :17). Um dia é como mil anos para Ele e mil anos
como um dia (II Pedro 3: 8). Seu
plano--o Verbo--existia desde o princípio na mente de Deus (João 1:1). No que
dizia respeito a deus, o cordeiro foi sacrificado antes da fundação do mundo (I
Pedro 1:19 e 20; Apocalipse 13:8). Não deve causar surpresa que Deus pudesse
olhar pelos corredores do tempo e endereçar uma afirmativa profética ao filho.
Romanos 5:14 afirma que Adão prefigurava aquele que estava para vir, isto é,
Jesus Cristo. Quando Deus criou Adão, ele já tinha pensado na encarnação e
criou Adão, tendo esse plano em mente. Levando esta idéia um pouco adiante, e
Hebreus 1:1 e 2 diz que Deus fez o mundo pelo filho. Como poderia ser isso se o
filho não existiu a não ser a partir de certo ponto no tempo, muito depois da
criação? (Hebreus 1:5 e 6). (Veja Capítulo 5 - O FILHO DE DEUS.) Para
parafrasear John Miller (citado no Capítulo 5 – O FILHO DE DEUS), Deus usou a
filiação para fazer o mundo. Quer dizer, ele fez tudo articulado com a futura
vinda de Cristo. Embora ele não manifestasse a humanidade até que viesse a
plenitude do tempo, ela estava em seu plano desde o começo e ele a usou e agiu
com ela, desde o princípio. Ele criou o homem a imagem do futuro Filho de Deus,
e criou o homem sabendo que, embora o homem viesse a pecar, a futura filiação
providenciaria um caminho para a salvação. Deus criou o homem para amá-lo e
adorá-lo (Isaías 43:7; Apocalipse 4:11). No entanto, por causa de seu
preconhecimento, Deus sabia que o homem cairia em pecado, frustrando assim o
seu propósito. Se toda a perspectiva de futuro fosse essa, Deus não teria
criado homem. Mas deus tinha em sua mente o plano da encarnação e o plano da
salvação através da morte expiatória de Cristo. Assim, mesmo sabendo que o
homem iría pecar Deus sabia, também, que pelo Filho de Deus e o homem seria
regenerado e poderia cumprir o seu propósito original. Fica claro, então, que
quando Deus criou o homem, ele tinha em mente a futura vinda do Filho. É nesse
sentido que Deus criou o universo pelo Filho, ou usando o Filho, porque sem o
Filho, todo o propósito de Deus, ao criar o homem, perderia o sentido. Resumindo:
Gênesis.1:26 não pode significar
uma pluralidade na Divindade por que isso ia contradizer todo o resto das
Escrituras. Temos apresentado em várias outras explicações conciliatórias. 1 -
Os judeus e muitos cristãos vêem essa passagem como se referido aos anjos. 2 -
Muitos outros cristãos a vêem como uma descrição de Deus se aconselhando com
sua própria vontade 3 - Seria plural de majestade, ou literário. 4- O pronome
estaria, simplesmente, concordando com Elohim. 5 - Uma preferência profética a
futura manifestação do filho de Deus.
OUTROS
PRONOMES NO PLURAL
No Velho Testamento, há
vários outros exemplos de passagens onde Deus usa o pronome plural, a saber:
Gênesis 3: 22,11:7 e Isaías 6:8. Uma leitura desses versículos mostrará que
eles podem simplesmente significado Deus e os anjos (todos os três versículos)
ou, possivelmente, Deus e a justiça (Isaías 6:8). Qualquer uma das quatro
explicações anteriores, dadas para Gênesis 1:26, poderia justificar o uso do
plural.
O
SIGNIFICADO DE UM (HEBRAICO, ECHAD)
Sem hesitação a Bíblia
afirma que Deus é um (Deuteronômio 6:4). Alguns trinitarianos sugerem que um,
com respeito a Deus, significa um em unanimidade e não, absolutamente, um em
valor numérico. Para sustentar essa teoria, apelam para a palavra hebraica
echad, que a Bíblia usa para expressar o conceito de um Deus. A palavra,
aparentemente, tanto pode significar um em união, quanto um numericamente, pois
Strong a define como "Unidade, um, primeiro". Os exemplos bíblicos da
palavra usada no sentido de absoluta unicidade numérica são esclarecedores: uma
lista de reais cananitas, cada um deles designado pela palavra echad (Josué
12:9-24); o profeta Micaías (I reis 22.8); Abraão (Ezequiel 33:24); uma lista
de portas da cidade, cada qual designada por echad (Ezequiel 48:31-34); e o
anjo Miguel (Daniel 10:13). Com certeza, em cada um dos exemplos acima echad
significa um em valor numérico.
A vista de muitas passagens
do Velho Testamento que descrevem em termos inequívocos a absoluta unicidade de
Deus é evidente que echad, como usado por Deus, significa a absoluta unicidade
numérica de seu Ser. Enquanto expressa um conceito de unidade, echad implica,
realmente, numa unidade dos múltiplos atributos de Deus, não numa união
cooperativista de pessoas separadas. Se echad não significa uma unidade
numérica, então não teremos argumentos contra o politeísmo, porque três (ou
mais) deuses separados poderiam ser um em unidade de mente e propósito. É
claro, entretanto, o propósito do Velho Testamento de negar o politeísmo, e ele
usa echad para significar um em valor numérico.
O
FILHO E OUTRAS REFERÊNCIAS AO MESSIAS
Há muitas referências ao
Filho Velho Testamento. Elas significam uma dualidade na Divindade? Elas provam
a preexistente do Filho? Vamos analisar essas passagens para responder a essas
questões. O Salmo 2:2 fala do SENHOR e de seu ungido. O salmo 2:7 diz:
"Proclama o decreto do SENHOR: ele me disse: tu és meu Filho, eu hoje te
gerei". O Salmos 8:4 e 5 falam do Filho do homem. O Salmo 45:6 e 7 e os
Salmos 110: 1 contém, ambos, referências bem conhecidas a respeito de Jesus
Cristo, o primeiro O descrevendo como Deus e como um homem ungido e o segundo,
o descrevendo como o Senhor de Davi. Provérbios 30:4, Isaías 7:14 e Isaías 9:6,
também mencionam o Filho. Entretanto, uma leitura destes versículos mostrará que
tem, cada um deles, natureza profética. Os capítulos 1 e 2 de Hebreus citam
cada uma das passagens acima, dos Salmos, e as descrevem como profecias
cumpridas por Jesus Cristo. Assim, as passagens, nos Salmos, não se referem a
uma conversa entre duas pessoas da divindade, mas são retratos proféticos de
Deus e do homem Cristo. Descrevem Deus gerando e ungindo o homem Cristo (Salmos
2:2-7), o homem Cristo se submetendo a vontade de Deus e se tornando um
sacrifício pelos pecados (Salmos 45:6-7), e Deus glorificando e dando poder ao
homem Cristo (Salmos 110:1). Tudo isso se cumpriu quando Deus se manifestou em
carne, como Jesus Cristo. As passagens
em Isaías são claramente proféticas, uma vez que usam o tempo futuro. Em resumo:
as referências ao Filho, encontradas no Velho Testamento, se antecipam ao
futuro, ao dia quando o Filho seria gerado. Elas não falam de dois deuses ou de
duas pessoas em Deus, mas sim da humanidade na qual Deus viria a se encarnar.
Do mesmo modo, outras referências do Velho Testamento ao Messias São proféticas
e o apresentam como Deus e homem (Isaías 4:2; 42:1-7; Jeremias 23:4-8;
33:14-26; Miquéias 5:1-5; Zacarias 6:12 e 13). Qualquer dualidade vista nesses
versículos das escrituras indica uma distinção entre Deus e a humanidade do
Messias. Para um estudo do quarto homem no fogo (Daniel 3:25),
O
VERBO DE DEUS
Ninguém pode afirmar,
seriamente, que o Verbo de Deus, no Velho Testamento, seja uma segunda pessoa
na Divindade. O Verbo de Deus é parte dele não pode ser separada. O Verbo de
Deus não significa uma pessoa distinta tanto quanto a palavra de um homem não
significa que ele seja composto por duas pessoas. O salmo 107:20 diz:
"Enviou-lhes a sua Palavra". Isaías 55:11 diz: "Assim será
palavra que sair da minha boca". Desses versículos fica claro que o Verbo
de Deus é algo que pertence a Ele e é uma expressão vinda dele, não uma pessoa
separada da Divindade.
A
SABEDORIA DE DEUS
Alguns vêem uma distinção de
pessoas nas descrições da sabedoria de Deus, particularmente aquelas em
Provérbios 1:20-33; 8:1-36 e 9:1-3. No entanto, essas passagens das escrituras
simplesmente personificam a sabedoria como um artifício literário e poético.
Todos nós conhecemos muitos exemplos, na literatura, onde um autor personifica
uma idéia, emoção ou qualquer coisa intangível, em busca de ênfase, mas vida e
ilustração. É fácil notar o engano completo de tentar fazer a personificação
literária da sabedoria, na Bíblia, implicar em uma pessoa distinta de Deus,
porque em todas as passagens citadas a sabedoria é personificado como uma
mulher! Assim, se a sabedoria é a segunda pessoa na Divindade, a segunda pessoa
é feminina. O modo correto de considerar a sabedoria, na Bíblia, é vê-la como
um atributo de Deus -- parte de sua onisciência. Ele usou sua sabedoria ao
criar o mundo (Salmos 136:5; Provérbios 3:19; Jeremias 10:12). Assim como a
sabedoria de uma pessoa não se separada da própria pessoa, também a sabedoria
de Deus não é uma pessoa separada de Deus. A sabedoria é algo que Deus possui e
algo que ele reparte com os homens.
Naturalmente, Cristo sendo Deus manifestado em carne, toda a sabedoria
de Deus está em Cristo (Colossenses 2:3). Ele e a sabedoria de Deus, bem como o
poder de Deus (I Corintios 1:24). Isso não significa que Cristo seja uma pessoa
distinta de Deus, mas, antes, que em Cristo habita toda a sabedoria de todo o
poder de Deus (juntamente com os outros atributos de Deus). Através de Cristo,
Deus revela aos homens sua sabedoria e seu poder. A sabedoria é simplesmente um
atributo de Deus descrito no Velho Testamento e revelado por Cristo no Novo
Testamento.
SANTO,
SANTO, SANTO
Essa tríplice repetição,
encontrada em Isaías 6:3, significa, de algum modo, que Deus é uma trindade?
Não achamos que essa teoria mereça crédito. Repetição dupla ou tripla era uma
prática literária hebraica comum, e acontece, muitas vezes, nas Escrituras. Ela
era usada, basicamente para conseguir maior ênfase. Por exemplo, Jeremias 22:29
diz: "Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do SENHOR". Esse
versículo, certamente, não indica três terras. (se a tríplice repetição da
palavra santo tem qualquer outro significado, este é a sugestão da existência
passada, presente e futura de Deus, registrada em apocalipse 4:8). Concluímos
que "Santo, santo, santo" destaca enfaticamente a santidade de Deus e
não implica na pluralidade de pessoas. Repetições de Deus ou Senhor Há evidência da pluralidade de pessoas nas
repetições de Deus ou SENHOR, no mesmo versículo, tais como as tripas
repetições (Números 6:24-26; Deuteronômio 6:4 e as duplas repetições (Gênesis
19:24; Daniel 9:17; Oséias 1:7)? Uma leitura atenta dessas passagens nos
mostrará que não indicam pluralidade na Divindade. Vamos analisá-la
resumidamente). Números 6:24-26 é,
simplesmente, uma bênção tripla. Deuteronômio 6:4 diz que Deus é um. Duas das
repetições nos versículos são: "SENHOR" e "DEUS". Será que
todas as vezes que em que "SENHOR" e "DEUS" aparecem,
indicam duas pessoas para Deus? Claro que não. Identificam, apenas, o único
Deus como sendo o SENHOR (Jeová) adorado por Israel. Já examinamos Gênesis
19:24, neste capítulo. Em Daniel 9:17, o profeta simplesmente fala de Deus na
terceira pessoa, e, em Oséias 1:7, Deus fala de si mesmo na terceira pessoa.
Isso não é incomum, porque no Novo Testamento Jesus falou de si mesmo usando a
terceira pessoa (Marcos 8:38). Resumindo: todas as passagens das escrituras que
repete as palavras de Deus, SENHOR, ou algum outro nome para Deus, seguem um
uso comum, normal. Nenhuma delas sugere uma pluralidade na Divindade.
O
ESPÍRITO DO SENHOR
Várias passagens no Velho
Testamento mencionam o Espírito do SENHOR. Isso não nos traz problema algum,
pois Deus é Espírito. A expressão "Espírito do Senhor" meramente
destaca que o SENHOR é, realmente, um Espírito. Ela dá ênfase à obra do SENHOR
entre os homens e sobre os indivíduos. Não sugere pluralidade de pessoas mais
do que quando falamos sobre o espírito de um homem. Realmente, o SENHOR deixa
isso claro quando ele fala "O meu Espírito" (Isaías 59:21).
O
SENHOR DEUS E SEU ESPÍRITO
Essa expressão, encontrada
em Isaías 48:16, não indica duas pessoas, assim como as frases do tipo "Um
homem e seu espírito" o "Um homem e sua alma", não indicam
pluralidade. Por exemplo, o rico insensato falou com sua alma (Lucas 12:19),
mas isso não significa que ele fosse duas pessoas. "SENHOR DEUS"
significa a soma total de Deus em toda a sua glória e transcendência, enquanto
"Seu ESPÍRITO" se refere aquele seu aspecto com o qual o profeta teve
contato e que se movia sobre o profeta. O próprio versículo seguinte (Isaías 48:17)
fala de "O Santo de Israel", não de dois ou três santos. Isaías
63:7-11 fala do SENHOR e de "Seu Espírito Santo" enquanto Isaías
63:14 fala do "Espírito do SENHOR". Está claro que não existe
diferenciação de pessoas entre Espírito e SENHOR. (veja o Capítulo 9 - EXPLICAÇÕES
DO NOVO TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE para ter mais exemplos do Novo
Testamento, nos quais, e não significa distinção de pessoas). O SENHOR é um
Espírito, e o Espírito do Senhor é, simplesmente, Deus em ação.
O
ANCIÃO DE DIAS E O FILHO DO HOMEM
Daniel teve uma visão,
registrada em Daniel 7:9-28, na qual ele viu duas figuras. O primeiro ser que
Daniel viu foi chamado o Ancião de Dias. Suas vestes eram brancas com na neve,
seus cabelos como pura lã, seu trono era chamas de fogo com rodas de fogo ardente.
Ele estava assentado no trono e julgava milhares de pessoas. Então, Daniel viu
"Um como o Filho do homem" se aproximando do Ancião de Dias. Esse
homem recebeu o domínio eterno sobre todos os povos e um reino que jamais será
destruído. Alguns trinitárianista interpretam essa visão como sendo a visão de
Deus, o Pai e Deus, o Filho. Entretanto, vamos examinar a passagem um pouco
mais acuradamente. No livro do Apocalipse, parece que o Ancião de Dias não é
outro senão Jesus Cristo mesmo! Apocalipse 1:12-18 descreve Jesus Cristo
vestido com vestes talares, cabelos como alva lã olhos como chama de fogo e pés
semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha. Além disso,
muitas passagens das escrituras explicam que Jesus Cristo, o Filho do homem, será
o juiz de todos (Mateus 25:31-32; João 5:22 e 27; Romanos 2:16; II Co.5:10).
Ainda mais, Jesus se assentará no trono (IV capítulo). Na visão de Daniel, o
chifre (Anticristo) fazia guerra até a chegada do Ancião de Dias (Daniel
7:21-22), mas sabemos que Jesus Cristo voltará a terra e destruirá os exércitos
do anticristo (Apocalipse 19:11-21). Em resumo, concluímos que a descrição de
Jesus, no Apocalipse, é igual à descrição do Ancião de Dias, em Daniel 7. Se o
Ancião de Dias em Daniel 7, é o Pai, então Jesus deve ser o Pai. Em Daniel 7: 13, um como que o Filho homem se
aproxima do Ancião de Dias e recebe dele, o domínio. Quem é esse? A cena parece
ser a visão de um homem que representa os santos de Deus. Essa explicação é,
possivelmente, a que está mais de acordo com o capítulo.
Daniel recebeu a
interpretação da visão, a partir do versículo 16. O versículo 18 diz que os
santos do Altíssimo possuirão o reino para todo o sempre. Então, o versículo 22
diz que os santos possuirão o Reino. Os versículos 26 e 27 dizem que o Reino e
o domínio (mesmas palavras do versículo 14) serão dados aos santos do Altíssimo
e que o Reino será reino eterno. O versículo 27 conclui afirmando que todos os
domínios estarão, em última instância subordinados a Deus. Daniel 7:16-28,
portanto, nos da interpretação de 7:9-14. Em seus próprios termos, o capítulo
identifica o "Como o Filho do homem". Devemos observar a falta do
artigo definido ("O") nessa tradução, o que reflete a falta do mesmo
na linguagem original. Devemos, também, ter em mente que, no Velho Testamento,
"Filho do homem" pode se referir a qualquer homem em particular
(Ezequiel 2:1) ou à humanidade, em geral (Salmos 8:4; 146:3; Isaías 51:12). Nos
Salmos 80:17 a expressão significa um homem a quem Deus delegou soberania e
poder. Assim, a interpretação de que "Filho do homem" representa os
santos está de acordo com o uso da expressão em outras passagens nas
Escrituras. Alguns comparam "Um como o Filho do homem" de Daniel com
Jesus Cristo, uma vez que Jesus muitas vezes se chamou de o Filho do homem.
Essa identificação, entretanto, a interpretação dada pelo próprio texto de
Daniel 7. Se Daniel pretendia se referir ao Cristo, por que não o chamou de Messias, como o fez em 9:25?
Além disso, mesmo que o "Filho do homem", em Daniel, fosse Jesus
Cristo "Um como o Filho do homem", não precisaria, necessariamente,
ser. De fato, a expressão poderia indicar que o homem na visão de Daniel não é
Jesus, mas apenas alguém parecido com Ele, quer dizer, os santos da igreja. Sabemos
que os santos são filhos de Deus, co-herdeiros com Cristo, irmãos de Cristo,
(Romanos 8:17 e 29; I João 3:1 e 2). De qualquer modo precisamos lembrar que a
visão de Daniel era profética em sua natureza e não descritiva de uma situação
real, em seu tempo. Se presumirmos que o homem em Daniel 7 é Jesus Cristo,
então, no máximo, a visão mostra Jesus em dois papéis: do Pai do Filho.
Ela não pode ensinar duas
pessoas porque o Ancião de Dias é identificado com Jesus em sua divindade. No
máximo, essa passagem pode retratar a dual natureza e o papel de Jesus,
semelhante mente a visão em Apocalipse 5 sobre o Único no trono (Deus em toda
sua divindade) e o Cordeiro (Jesus em seu papel humano e sacrifical). Em
conclusão, tanto "Um como o Filho do homem" como "Um semelhante
a um Filho do homem", de Daniel 7, representam os santos que herdaram o
Reino de Deus. Se a passagem, realmente, se referir a Jesus Cristo, então
estará se referindo a Ele em seu papel humano, assim como o Ancião de Dias O
descrevem em seu papel divino.
COMPANHEIRO
DE YAWEH
Em Zacarias 13:7, o SENHOR
falou do Messias e O chamou "O homem que é meu companheiro". A chave
para a compreensão desse versículo é ter em mente que o SENHOR descrevia um
"Homem". Quer dizer, Ele estava falando a respeito do homem Jesus
Cristo, dizendo que esse homem seria companheiro, ou alguém chegado a Ele. Esse
versículo não descreve um Deus chamando o outro Deus de "Meu Deus
companheiro". Isso está mais claro ainda nas versões NIV e TAB. A primeira
traduz a expressão como "O homem que está perto de mim", e a segunda
a traduz como "O homem que está associado a mim". Somente Jesus
Cristo, o homem sem pecado, poderia se aproximar do Santo Espírito de Deus e
está, realmente, junto de Deus. É por isso que I Timóteo 2:5 diz:
"Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, o homem". Naturalmente, por Cristo, podemos alcançar comunhão com
Deus.
O Velho Testamento não
ensina nem sugere uma pluralidade de pessoas na divindade. Podemos,
satisfatoriamente, explicar todas as passagens do Velho Testamento usadas por
alguns trinitárianista para ensinar a pluralidade de pessoas, harmonizando-as
com as muitas outras passagens que, inequivocamente, ensinam o monoteísmo
estrito. Com certeza, os judeus não tiveram dificuldade para aceitar todo o
Velho Testamento com a Palavra de Deus, e, ao mesmo tempo, aderirem à crença de
um Deus indivisível. Do princípio ao fim, e sem contradição, o Velho Testamento
ensina a bela verdade de um só Deus.
A
UNICIDADE DE DEUS
OS
EVANGELHOS: As referências encontradas nos Evangelhos, que têm sido
usadas por alguns para ensinar a pluralidade de pessoas na Divindade. Embora
faça parte do próximo capítulo o exame de certas passagens de Atos ao
Apocalipse, esse capítulo explica a algumas delas enquanto relacionadas a
questões suscitadas nos Evangelhos. Precisamos colocar todos esses versículos
das Escrituras em harmonia com o resto da palavra de Deus, que ensina um único
Deus. De um modo bem interessante, esses versículos, quando corretamente entendidos,
afirmam a unicidade de Deus.
Quatro Importantes Auxílios
Ao Entendimento. temos enfatizado quatro pontos importantes. Se o entendermos
claramente, muitos dos nossos aparentemente difíceis versículos das Escrituras,
se tornarão prontamente explicáveis.
1) Quando vimos um plural (especialmente uma
dualidade) usando com referência a Jesus, precisamos pensar na humanidade e na
Divindade de Jesus Cristo. Há uma dualidade real, mas ela é uma distinção entre
o Espírito e carne, não uma distinção de pessoas em Deus.
2) Quando lemos uma passagem relativa a
Jesus, devemos nos perguntar se ela se refere a ele em seu papel de Deus, ou em
seu papel de homem, ou a ambos. Ele está falando como Deus ou como o homem,
nessa passagem? Lembre-se de que Jesus tem uma dualidade de natureza que
ninguém jamais possuiu.
3) Quando encontramos um plural referente a
Deus, devemos entendê-lo como uma pluralidade de papéis ou de relacionamentos
com a humanidade, não uma pluralidade de
pessoas.
4) Devemos nos lembrar que os escritores do
Novo Testamento não tinham, no momento em
que escreveram as escrituras, noção da doutrina da Trindade, a qual
surgiria muito mais tarde. Eles vinham de uma herança judaica estritamente
monoteísta; a existência de um Deus único não era, para eles, absolutamente, um
ponto de discussão. Algumas passagens podem nos parecer
"trinitárianista" ao primeiro olhar, porque trinitárianistas, através
dos séculos, as tem usado e interpretado de acordo com sua doutrina. Mas para a
Igreja Primitiva, que não tinha noção da futura doutrina da trindade, essas
mesmas passagens eram muito normais, comuns e prontamente atendidas em sua percepção do poderoso Deus em Cristo. Para
eles, não havia contradição entre o estrito monoteísmo e a Divindade de
Jesus. Tendo em mente esses quatro
pontos, vamos voltar a algumas passagens específicas das Escrituras.
O
BATISMO DE CRISTO
"Batizado em Jesus,
saiu logo d'água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus
descendo como bomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: este é
o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mateus 3:16 e 17). De acordo com
essas passagens, o Filho de Deus foi batizado, o Espírito desceu como uma
bomba, e uma voz falou, vinda do céu. Lucas 3:22 acrescenta uma informação, dizendo
que "O Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea como pomba".
Para entender a cena corretamente, precisamos nos lembrar que Deus é
onipresente. Jesus é Deus, e foi Deus manifestado em carne, enquanto esteve
sobre a terra. Ele não podia e não sacrificou sua onipresença, enquanto esteve
na terra, porque esse é um dos atributos básicos de Deus, e Deus nunca muda. O
corpo físico de Jesus, naturalmente, não era onipresente, mas seu Espírito era.
Além disso, embora a plenitude do caráter de Deus habitasse o corpo de Jesus, o
Espírito onipresente de Jesus não podia ser assim confinado. Desse modo, Jesus
podia estar no céu e na terra, ao mesmo tempo (João 3:13) e com dois ou três de
seus discípulos, a qualquer tempo (Mateus 18:20). Tendo em mente a onipresença
de Deus, podemos compreender o batismo de Cristo, muito facilmente. Não foi
difícil, de modo algum, para o Espírito de Jesus falar dos céus e enviar
manifestação de seu Espírito em forma de pomba, mesmo quando seu corpo humano
estava no rio Jordão. a voz e a pompa não representavam pessoas separadas,
assim como a voz de Deus, vinha do Sinai, não significava que a montanha é uma
pessoa inteligente, separada da Divindade.
Sendo a voz e a pomba manifestações simbólicas de um Deus onipresente,
podemos perguntar o que significam. Qual era seu propósito? Primeiro,
precisamos perguntar qual era o propósito do batismo de Jesus. Certamente ele não foi batizado para remissão dos
pecados, como nós, porque ele era sem pecados (I Pedro 2:22). Em vez disso, a Bíblia
diz que ele foi batizado para cumprir toda justiça (Mateus 3:15). Ele é nosso
exemplo e foi batizado para nos deixar um exemplo a ser seguido (I Pedro 2:21).
Além disso, Jesus foi batizado como um modo de se manifestar, ou se tornar
conhecido para Israel (João 1:26 e 27,31). Em outras palavras, Jesus usou
o batismo como ponto de partida de seu
ministério. Ele foi uma declaração pública de quem ele era e do que tinha vindo
fazer. Por exemplo, por ocasião do batismo de Cristo, João Batista entendeu quem
era Jesus. Até o batismo, ele não sabia que Jesus era realmente o Messias, e,
após o batismo ele estava apto a declarar ao povo que Jesus era o Filho de Deus
e o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29-34). Tendo estabelecido o propósito do batismo de
Cristo, vamos ver como a pomba e a voz facilitaram esse propósito. João 1:32-34 afirma, claramente, que a pomba
é um sinal que veio por causa de João Batista. Sendo João o precursor de Jeová (Isaías 40:3), ele
precisava saber que Jesus era realmente Jeová vindo em carne. Deus tinha dito a
João que aquele que seria batizada com Espírito Santo seria identificado pelo Espírito que desceria sobre
ele. Naturalmente, João era incapaz de ver Espírito de Deus ungido a Cristo,
portanto Deus escolheu uma pomba como sinal visível de seu Espírito. Por isso
a pomba era um sinal especial para João,
para fazê-lo saber que Jesus era Jeová e o Messias. A pomba era, também, um
tipo de unção que significava o início do ministério de Cristo. No Novo
Testamento, profetas, sacerdotes e reis eram ungidos com óleo para indicar que
Deus os havia escolhido (Êxodo 28:41; I Reis 19:16). Os sacerdotes, em
particular, eram lavados em água e ungidos com óleo (Êxodo 29:4 e 7). O óleo
simbolizava o Espírito de Deus. O Velho Testamento profetizou que Jesus seria
ungido de modo semelhante (Salmo 2:2; 45:7; Isaías 61:1). De fato, a palavra
hebraica Messiah (Cristo, em grego) significa "O Ungido". Jesus veio
para cumprir os papéis de profeta, sacerdote e rei (Atos 3:20-23; Hebreus 3:1;
Apocalipse 1:5). Ele veio, também, para cumprir a lei (Mateus 5:17 e 18), e
para cumprir sua própria lei, ele precisava ser
ungido como profeta, sacerdote e rei.. Sendo Jesus o próprio deus e um
homem sem pecados, não era suficiente que fosse ungido por um homem pecador e
com olhos simbólico. Em lugar disso, Jesus foi o ungido diretamente pelo
espírito de deus. Desse modo, por ocasião de seu batismo pela água, Jesus fez
oficialmente ungido para o início de seu ministério terreno, não pelo olho simbólico,
mas pelo espírito de deus na forma de uma pomba.
A voz veio do céu por causa do povo. João
12:28-30 registra um acontecimento semelhante no qual uma voz veio do céu e
confirmou a divindade de Jesus para o povo. Jesus disse que a voz viera não por
sua causa, mas por causa do povo. A voz era a maneira de Deus apresentar Jesus,
formalmente, a Israel, como o Filho de Deus. Muitas pessoas estavam presentes
ao batismo de Jesus, e muitos estavam sendo batizados (Lucas 3:21), portanto o Espírito destacou o
homem Jesus e o identificou a todos como
o Filho de Deus, através de uma voz miraculosa, vinda do céu. Isso era muito
mais eficiente e convincente que uma declaração feita por Jesus, como homem. De
fato, parece que essa manifestação miraculosa demonstrou, efetivamente, na
ocasião de seu batismo, o propósito de Jesus. O batismo de Jesus não nos ensina
que Deus é três pessoas, mas, apenas, revela a onipresença de Deus e a
humanidade do Filho de Deus. Quando Deus fala a quatro pessoas diferentes, em
quatro diferentes continentes, ao mesmo tempo, não pensamos em quatro pessoas
de Deus, mas, o sim, na onipresença de Deus. Deus não pretendeu, com o batismo,
revelar aos monoteístas espectadores judeus uma manifestação radicalmente nova
de pluralidade da Divindade, e não temos indícios de que os judeus têm
interpretado dessa maneira o acontecimento. Até mesmo muitos dos modernos
estudiosos têm visto o batismo de Cristo não como uma indicação da trindade,
mas como uma referência à "Unção autorizada de Jesus como o Messias".
A
VOZ DO CÉU
Três vezes, na vida de
Jesus, uma voz veio do céu: por ocasião de seu batismo, em sua transfiguração
(Mateus 17:1-9), e após sua entrada triunfal em Jerusalém (João 12:20-33).
Acabamos de explicar que a voz não indica uma pessoa separada na Divindade,
mas, apenas, uma outra manifestação do Espírito onipresente de Deus. Em cada um desses três casos, a voz não foi
por causa de Jesus, mas por causa de outros, e ela veio com o propósito
específico. Como já estudamos, a voz, no batismo de Cristo, era parte do início
de seu ministério terreno. Ela veio por causa do povo, assim a pomba desceu por
causa de João. A voz apresentou Jesus como Filho de Deus: "Este é meu Filho amado, em quem me
comprazo" (Mateus 3: 17). A voz, na transfiguração, era,
inquestionavelmente, por causa do os discípulos que ali estavam, pois sua
mensagem era: "Esse é o meu Filho amado, em quem me comprazo: a ele
ouvi" (Mateus 17:5). A terceira manifestação da voz aconteceu quando um
grupo de gregos (aparentemente prosélitos gentios) vieram ver Jesus. Jesus
explicou que a voz não era por sua causa, mas por causa do povo (João 12:30).
AS
ORAÇÕES DE CRISTO
As orações de Cristo indicam
uma distinção de pessoas separadas entre Jesus e o Pai? Não. Ao contrário, suas
orações indicam uma distinção entre o Filho de Deus e Deus. Jesus olhou em sua
humanidade, não em sua divindade. Se as ações de Jesus demonstram que a
natureza divina de Jesus é diferente do Pai, então, Jesus é inferior ao Pai, em
divindade. Em outras palavras, se Jesus ou como Deus, então sua posição na
divindade seria, de algum modo, inferior às outras "Pessoas". Esse
exemplo destrói efetivamente o conceito de uma trindade de pessoas idênticas.
Como pode Deus orar e ainda ser Deus? Por definição, Deus em sua onipresença
não tem necessidade de orar, e em sua unicidade não tem outro a quem ele possa
orar. Se as operações de Jesus provam que existem duas pessoas na divindade,
então uma dessas pessoas se subordina a outra e não é, portanto, completa e
verdadeiramente Deus.
Qual é, então, a explicação para as orações de
Jesus? Só pode ser a de que a natureza humana de Jesus orou ao eterno Espírito
de Deus. A natureza divina não precisava de ajuda; somente a natureza humana.
Como disse Jesus, no jardim do Getsêmani, a vontade humana se submeteu a
vontade divina. Através da oração, sua natureza humana aprendeu a ser submissa
e obediente ao Espírito de Deus (Filipenses 2:8; Hebreus 5:7 e 8). Essa não foi
uma luta travada entre duas vontades divinas, mas uma luta entre as vontades
divina e humana que havia em Jesus. Como homem submeteu-se ao Espírito de Deus,
e dele recebeu força.
Alguns podem se opor a esta
explicação, argumentando que ela significa que Jesus orou a Si mesmo.
Entretanto, precisamos nos dar conta que, diferentemente de qualquer outro ser
humano, Jesus tinha duas naturezas perfeitas e completas -- a humanidade e à
divindade. O que poderia ser absurdo ou impossível para o homem comum, não é
tão estranho tratando-se de Jesus. Nós não dizemos que Jesus orou a si mesmo
porque isso implicaria, de modo incorreto, em que Jesus tivesse apenas uma
natureza, como o homem comum. Antes, afirmamos que a natureza humana de Jesus
orou ao Espírito divino de Jesus, que habitava o homem.
A escolha é simples. Ou
Jesus, como Deus, orou ao Pai, ou Jesus, como homem, orou Pai, ou Jesus, como
homem, orou ao Pai. Se a primeira alternativa for verdadeira, então, temos uma
forma de submissão ou Arianismo, no qual uma das pessoas da Divindade é
inferior, e não o equivalente, a outra pessoa da Divindade. Isso contradiz o
conceito bíblico de um único Deus, a completa divindade de Jesus, e a
onipresença de Deus. Se a segunda alternativa estiver correta, e assim
acreditamos, então não existe nenhuma distinção de pessoas na divindade. A
única distinção existente está entre a humanidade é a divindade, não entre Deus
e Deus.
"DEUS,
MEU, DEUS MEU, POR QUE ME DESAMPARASTE?"
Este versículo (Mateus
27:46) não pode escrever uma separação real entre o Pai e o Filho por que Jesus
é o Pai. Jesus disse: "Eu e o Pai somos um" (João 10:30). A Bíblia
diz que "Deus estava em Cristo,
conciliando consigo o mundo" (II Corintios 5:19). Jesus era Deus
Pai manifestado em carne para reconciliar consigo mesmo, o mundo. O grito de
Jesus na cruz não significa que o Espírito de Deus tivesse se separado do
corpo, mas que não havia ajuda do Espírito em sua morte sacrificial de
substituição a humanidade pecadora. Não era uma pessoa da divindade sendo
abandonada por outra, mas a natureza humana sentindo a ira e o julgamento de Deus sobre os pecados
da humanidade.
Não havia dois Filhos - um Filho Divino e um
Filho humano - mas havia duas naturezas - Divindade e humanidade - fundidas em
uma pessoa. O Divino Espírito não poderia ser separado da natureza humana e a
vida ainda continuar. Mas, em sua agonia de morte, Jesus sofreu a dor pelos
nossos pecados. A morte veio quando ele entregou o seu Espírito.
Em outras palavras, o que
Jesus poderia dizer quando clamou: "Deus meu, Deus meu, porque me
desamparaste?” Era que Ele tinha tomado o lugar do homem pecador na cruz e
estava recebendo a punição pelos pecados. O sofrimento não foi diminuído por
causa de sua divindade. Sendo que todos pecamos (Romanos 3:23) e sendo o salário do pecado a morte (Romanos
6:23), toda a humanidade (exceto o Cristo sem pecado) devia morrer. Cristo tomou nosso lugar e sofreu a morte que nós
merecíamos (Romanos 5:6-9). Na cruz ele experimentou a morte por todos os
homens (Romanos 2:9). Essa morte foi mais que uma morte física; ela abrangia a
morte espiritual, que é a separação de Deus (II Tessalonicenses 1:9;
Apocalipse 20:14).
Nenhum ser vivo da terra sentiu essa morte
espiritual em seu mais alto grau, porque todos nós vivemos e nos movemos e
existimos em Deus (Atos 17:28). Mesmo o ateísta goza de muitas coisas boas como
a alegria, o amor e a própria vida. Tudo que é bom vem de Deus (Tiago 1:17), e
toda vida tem origem nele e é mantida
por ele. Mas, Jesus provocou a morte definitiva -- a separação de Deus que o
pecador sentirá no lago de fogo. Ele sentiu a angústia, a desesperança e o
desalento, como se ele fosse um homem abandonado eternamente por Deus. Assim, a
natureza humana de Jesus gritou na cruz, quando Jesus tomou sobre si o pecado
do mundo todo e sentiu castigo eterno da separação por causa do pecado (I Pedro
2:24). Não devemos supor que o Espírito de Deus se separou do corpo de Jesus no momento em que ele proferiu
as palavras: "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?" o Espírito
Divino deixou o corpo humano somente por ocasião da morte. Hebreus 9:14 diz que
Cristo se ofereceu a Deus pelo Espírito eterno. Também Jesus disse a seus
discípulos, a respeito de sua morte: "Eis que vem a hora e já é chegada,
em que sereis dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo não
estou só, porque o Pai está comigo" (João 16:32). Assim, o Espírito eterno
de Deus, o Pai, não deixou o corpo humano de Cristo até sua morte.
COMUNICAÇÃO
DE CONHECIMENTO
ENTRE
AS PESSOAS DA DIVINDADE?
Alguns acreditam que a
Bíblia descreve transferência de conhecimento entre diferentes pessoas na
divindade. Esse é um argumento perigoso
pois traz implícita a ideia de que possa haver uma pessoa na divindade
sabendo algo que uma outra pessoa não saiba. Isso implica numa doutrina de
personalidades e mentes separadas em Deus, o que, por sua vez, leva ao
triteismo ou politeísmo. Examinemos melhor algumas passagens das Escrituras.
Mateus 11:27 diz: "Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece
o Pai senão Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar". Esse
versículo afirma, apenas, que ninguém pode compreender quem o Filho (a
manifestação de Deus na carne), é, exceto pela revelação divina (do Pai).
Jesus, sem dúvida, tinha isso em mente quando disse a Pedro: "Não foi
carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus" (Mateus
16:17). Foi-nos dito que nenhum homem pode dizer que Jesus é o Senhor senão
pelo seu Espírito (I Corintios 12:3). O Pai revelou aos homens sua natureza e
caráter, pela encarnação -- através de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Romanos
8:26 e 27 dizem: "O mesmo Espírito intercede por nós", e "Aquele
que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito". Essas afirmativas
indicam apenas uma pluralidade de funções do Espírito. De um lado, Deus coloca
seu Espírito em nossos corações para nos ensinar a orar e para orar através de
nós. De outro lado, Deus ouve nossas preces, sonda e conhece nossos corações e
compreende as orações que ele ora através de nós, pela interseção de seu
próprio Espírito. Esse versículo não implica na separação de Deus e seu
Espírito, porque Deus é Espírito. Nem ele indica uma separação de Cristo, como
aquele que sonda os corações, do Espírito como intercessor, porque a Bíblia
afirma, também, que Cristo intercede por nós (Hebreus 7: 25; Romanos 8:34), e o
Espírito sonda todas as coisas, inclusive nossos corações. "Mas Deus no-lo
revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo
as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as cousas do homem, senão
o seu próprio Espírito que nele está? Assim também as cousas de Deus ninguém as
conhece senão o Espírito de Deus" (I Corintios 2:10 e 11). Embora o
Espírito sonde "As profundezas de Deus ", não devemos pensar que há
uma separação entre Deus e seu Espírito. O que nos é dito é que Deus revela coisas
a nós pelo seu Espírito em nossas vidas. Seu Espírito em nós comunica verdades
de sua mente para nossa mente: "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito,
porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de
Deus". Então a passagem compara o homem e seu espírito, com Deus e Seu
Espírito. Um homem não é duas pessoas, nem Deus. Mateus 28:19, mostra-nos que ele descreve Deus com
múltiplos ofícios, mas com somente um nome. O ponto enfocado não é uma
pluralidade, mas a unicidade.
A
PREEXISTÊNCIA DE JESUS
Muitas passagens das
escrituras se referem à a existência de Jesus, antes do começo de sua vida
humana. Entretanto, a Bíblia não nos ensina que ele existia separado e distante
do Pai. O Espírito de Jesus existiu desde toda a eternidade porque Ele é o
próprio Deus.
A humanidade de Jesus, no
entanto, não existiu antes da encarnação, a não ser como um plano na mente de
Deus. Podemos afirmar, portanto, que o Espírito de Jesus preexistiu à
encarnação, mas não podemos dizer que o Filho à encarnação em qualquer sentido
substancial. João 1:1 e 14 são um bom resumo do ensino data preexistência de
Jesus: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus... E o verbo se fez carne... "Em outras palavras, Jesus existiu como
Deus, desde toda a eternidade. O plano da futura filiação existia em Deus,
desde o princípio -- como uma idéia na mente de Deus. Posteriormente, esse
Verbo se tornou carne -- como extensão de Deus Pai, em forma humana. Nestes conceitos há vários versículos que falam
da preexistência de Cristo. Podemos entender João 8:58 ( " antes que
Abraão existisse, eu sou") como uma referência a
preexistência de Jesus como o Deus do Velho Testamento. Do mesmo modo, podemos
entender João 6:62 ("Que será, pois, se virdes o Filho do homem subir para
o lugar onde primeiro estava?"), com Jesus usando expressão "Filho do
homem" mais para significar "Eu" ou "Mim" do que para
enfatizar sua humanidade. Em João 16:28, Jesus disse: "Vim do Pai".
Isso se refere, também, à sua preexistência como Deus. A natureza divina de
Jesus era Deus Pai, por isso a dupla natureza de Cristo podia dizer: "Vim
do Pai". Essa afirmativa pode descrever, também, o governo o plano que
existia na mente de Deus, que se tornou carne e foi enviado ao mundo. Em João
17:5, Jesus orou: "E agora,
glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes
que houvesse mundo". Outra vez, Jesus falava da glória que ele tinha com
Deus, no começo, e da glória que o Filho tinha no plano e na mente de Deus.
Essa afirmativa não pode significar que Jesus preexistiu com glória como o
Filho. Jesus estava orando, portanto, ele devia estar falando como homem, não
como Deus. Sabemos que a humanidade não preexistiu a encarnação, portanto,
Jesus estava falando a respeito da glória que o Filho tinha no plano de Deus,
desde o princípio.
O
FILHO ENVIADO PELO PAI
João 3:17 e 5:30, juntamente
com outros versos da Bíblia, afirmam que o Pai enviou o Filho. Isso significa
que Jesus, o Filho de Deus, seja uma pessoa separada do Pai? Sabemos que não é
assim porque muitos versos da Bíblia ensinam que Deus se manifestou na carne
(II Corintios 5:19, I Timóteo 3:16). Ele deu-se a Si mesmo; Ele não enviou
outra pessoa (João 3:16). O Filho foi enviado por Deus como um homem, não como
Deus": Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher" (Gálatas 4:4). A
palavra enviou não implica preexistência do Filho ou preexistência do homem.
João 1:6 afirma que João Batista era um homem enviado por Deus, e sabemos que
ele não existiu antes de sua concepção. Ao invés disso, a palavra enviou indica
que Deus escolheu o Filho com um propósito especial. Deus elaborou um plano,
revestiu de carne aquele plano, e então o pôs em operação. Deus deu para o
Filho uma tarefa especial. Deus se manifestou em carne para alcançar um
objetivo especial. Hebreus 3:1 chamadas Jesus de o Apóstolo de nossa confissão,
apóstolo que significa" a pessoa enviada" em grego. Resumidamente,
enviar o Filho enfatiza a humanidade do Filho e o propósito específico para o
qual o Filho nasceu.
AMOR
ENTRE PESSOAS EM NA DIVINDADE?
Um argumento filosófico
popular a respeito da trindade está baseado no fato que Deus é amor. O
argumento básico é o seguinte: Como pode Deus ser amor e mostrar amor antes de
ter criado o mundo, a menos que fosse uma pluralidade de pessoas que se amavam
entre si? Essa linha de raciocínio é falha por várias razões. Primeiro, mesmo
sendo correta não provaria uma trindade. Na realidade, poderia conduzir ao
politeísmo. Segundo, por que Deus precisa provar-nos a natureza eterna de Seu
amor? Por que não podemos aceitar a declaração simplesmente que Deus é amor?
Por que limitamos Deus a nosso conceito de amor, argumentando que Ele não
poderia ter sido amor na eternidade passado a menos que Ele tivesse um objeto
então-existente de amor? Terceiro, como a solução trinitária evita o politeísmo
e ao mesmo tempo evita dizer simplesmente que Deus amava a Si próprio? Quarto,
não podemos limitar Deus no tempo. Ele podia nos amar e o fez, desde a
eternidade passada. Embora nós não estivéssemos ainda, Ele previa a nossa
existência. Para Sua mente nós existimos e Ele nos amava. João 3: 35,5:20 e 15:9 afirmam que o Pai ama
o Filho, e João 17:24 diz que o Pai amou
Jesus antes que o mundo fosse fundado. Em João 14:31 Jesus expressou amor pelo
Pai. Todas essas afirmações não significam pessoas distintas. (não é estranho
que essas passagens omitam o Espírito Santo desse relacionamento de amor?). O
que esses versículos expressam é o relacionamento entre as duas naturezas de
Cristo. O Espírito de Jesus amava a humanidade e vice-versa. O Espírito amavam
o homem Jesus assim como ele ama toda a humanidade, e o homem Jesus amava a
Deus assim como todo homem deve amar a Deus. Lembre-se, o Filho veio ao mundo
para nos mostrar o quanto Deus nos ama e, também, para ser nosso exemplo. Por
causa desses dois objetivos a serem alcançados, o Pai e o Filho mostraram amor
um pelo outro. Antes que o mundo fosse fundado, Deus sabia que ele se
manifestaria como o Filho. Ele amou esse plano, desde o começo. Ele amou aquele
futuro Filho tanto quanto ele nos amou desde o princípio dos tempos.
OUTRAS
DISTINÇÕES ENTRE O PAI E FILHO
Muitos versículos das
Escrituras fazem distinção entre o Pai e o Filho no que diz respeito a poder,
grandeza e conhecimento. Entretanto, é um grande erro usá-los para mostrar a
existência de duas pessoas na Divindade. Se existe uma distinção entre o Pai e
Filho, na divindade, então o Filho é subordinado, ou inferior, ao Pai, em
divindade. Isso significaria que o Filho não é plenamente Deus, porque, por
definição, Deus não é inferior a ninguém. Por definição, Deus tem todo o poder
(onipotência) e todo o conhecimento (onisciência). Para entendermos esses
versículos devemos olhá-los como distinguindo entre a divindade de Jesus (o
Pai) e a humanidade de Jesus (o Filho). A humanidade ou o papel da filiação de
Cristo está subordinado à sua divindade. João 5:19 diz: "O Filho nada pode
fazer de Si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo que
este fizer, o Filho também semelhantemente o faz". (veja, também, João
5:30; 8:28). Em Mateus 28:18, Jesus proclamou: "Toda a autoridade me foi
dada no céu e na terra", o que significa que o Pai deu a ele esse poder.
Em João 14:28, Jesus disse: "O Pai é maior do que eu". A primeira
carta aos Corintios 11:3, afirma que o cabeça de Cristo é Deus. Todos esses
versículos indicam que a natureza humana de Jesus não podia fazer nada de si
mesma, mas recebia poder do Espírito. A carne estava sujeita ao Espírito. Ao falar de sua segunda vinda Jesus disse:
"Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu,
nem o Filho, senão somente o Pai" (Marcos 13:32). A humanidade de Cristo
não sabia todas as coisas, mas o Espírito de Jesus sabia. João 3:17 fala do
Filho como tendo sido enviado por Deus. Em João 6:38, Jesus disse: "Porque
eu desci do céu não para fazer a minha própria vontade; e, sim, à vontade
daquele que me enviou". (Jesus não veio de si mesmo, isto é, de sua
humanidade, mas ele foi enviado por Deus (João 7:28); 8:42; 16:28). O Filho não
ensinou sua própria doutrina, mas aquela do Pai (João 7:16 e 17). Ele não
ensinou seus próprios mandamentos, mas ensinou e guardou os mandamentos do Pai
(João 12:49-50; 15: 10). Ele não buscou sua própria glória, mas glorificou o
Pai (João 8:50; 17:4). Todas essas passagens descrevem a distinção existente
entre Jesus, como homem (Filho) e Jesus como Deus (Pai). O homem Jesus não teve
sua origem na humanidade, nem o homem Jesus veio para manifestar a humanidade. O Espírito formulou o plano, concebeu o bebê
no ventre, colocou naquela carne todo caráter e qualidade de Deus, e, então,
enviou aquela carne ao mundo para manifestar Deus ao mundo. No final, aquela
carne terá cumprido seu propósito. O Filho então voltará a ser, parte do plano
de Deus para que Deus possa ser tudo em todos (I Corintios 15:28). Esses
versículos descrevem o relacionamento da natureza humana de Cristo como homem,
com sua natureza divina, como Deus. Se as interpretarmos como fazendo uma
distinção entre duas pessoas chamadas Deus Pai de Deus Filho, cairemos em
contradição. Teríamos o Deus Filho com as seguintes características que não são
de Deus: ele não teria, de Si mesmo, qualquer autoridade; Ele não saberia todas
as coisas; Ele não faria sua própria vontade; Ele teria alguém maior que ele
próprio; Ele teria sua origem devida a outro alguém; e ele, eventualmente,
perderia sua própria individualidade. Esses fatos das Escrituras contradizem o
conceito de "Deus Filho”.
AS
PASSAGENS QUE USAM COM
Como explicarmos o uso da
palavra com, em João 1:1 e 2 e I João 1:2? João 1:1 diz que o verbo estava com
Deus, e continua, dizendo que o Verbo era Deus. Como foi explicado no Capítulo
4 - JESUS É DEUS, o Verbo é o pensamento, o plano, ou expressão na mente de
Deus. É assim que o Verbo poderia estar com Deus e, ao mesmo tempo, ser o
próprio Deus. Devemos, também, notar que a palavra grega pros, aqui traduzida
como "com", é traduzida como "Referente a", em Hebreus 2:17
e 5:1. Portanto, o Verbo estava com Deus, no sentido de pertencer a Deus e não
no sentido de uma pessoa à parte, além de Deus. Mais que isso, se Deus, em João
1:1, significa Deus Pai, então o Verbo não é uma pessoa separada por que o
versículo poderia ser lido assim: "O Verbo estava com o Pai e o Verbo era
o Pai". Para que isso implicasse em uma pluralidade de pessoas em Deus,
seria necessária uma mudança na definição de Deus, no meio do versículo.
Devemos também notar que I João 1:2 não indica que o Filho estava com Deus na
eternidade. Afirma, antes, que a vida eterna estava com o Pai. Naturalmente,
Jesus Cristo manifestou a vida eterna para nós. Ele é o Verbo da vida no
versículo um. Entretanto, isso não significa que a vida eterna existia como uma
pessoa separada do Pai. Significa, simplesmente, que o Pai possuía vida eterna
em Si mesmo-Ele estava com Ele - desde o princípio. Essa vida eterna ele a
mostrou a nós, através do seu aparecimento na carne, em Jesus Cristo. Dois
Testemunhos Jesus disse: "Não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou.
Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro.
Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de
mim" (João 8:16-18). Pouco antes desses versículos, Jesus havia dito:
"Eu sou a luz do mundo" (versículo 12). Esta era uma afirmação de seu
papel messiânico (Isaías 9:2; 49:6). Os fariseus replicaram: "Tu dás
testemunho de ti mesmo, logo teu testemunho não é verdadeiro" (João 8:13).
Em resposta a essa acusação, Jesus explicou que Ele não era o único a
testemunhar, mas que dois davam testemunho do fato de que Ele era o Messias, o
Filho de Deus. As duas testemunhas eram o Pai (o divino Espírito) e o homem
Jesus. Em outras palavras, tanto Deus Pai como homem Jesus podiam testificar
que o Pai estava manifestado em carne, em Jesus. Jesus era ambos, Deus e homem
de ambas as naturezas podiam testificar esse fato.
Nenhuma separação de
pessoas, na divindade era necessária para que tal ocorresse. Na verdade, se
alguém entende que as duas testemunhas eram pessoas separadas em uma trindade,
ela precisa explicar porque Jesus não disse que havia três testemunhas. Afinal
de contas, a lei requeria duas testemunhas, mas pedia três, se possível
(Deuteronômio.17:6; 19:15). Quando Jesus se referiu a seu Pai, os fariseus
questionaram Jesus a respeito do Pai, sem dúvida se perguntando quando teria o
Pai testemunhado diante deles. Em vez de dizer que o Pai era outra pessoa na
divindade, Jesus identificou-se com o Pai-o "Eu sou" do Velho
Testamento (João 8:19-27). Os dois testemunhos vinham do Espírito de Deus e do
homem Cristo, e ambos testificavam que Jesus era Deus na carne.
O
USO DO PLURAL
Várias vezes Jesus se
referiu ao Pai e a Si mesmo, no plural essas passagens estão no livro de João,
o escritor no Novo Testamento que mais do que qualquer outro, identificou Jesus
como Deus e o Pai. É um erro supor que o uso do plural significa que Jesus é
uma pessoa separada do Pai, na divindade. Esse uso, no entanto, indica uma
distinção entre a divindade (Pai) e à
humanidade (Filho) de Jesus Cristo. O Filho, que é visível, revelou Pai, que é
invisível. Jesus disse: "Se conhecêsseis a mim, a também conheceríeis a
meu Pai (João 8:19)”; Aquele que me enviou... Não me deixou só “(João 8:29);
Quem me odeia, odeia também a meu Pai" (João 15:23); "Mas agora não
somente têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim, como a meu Pai"
(João 15:24); e, "Não estou só, porque o Pai está comigo" (João
16:32). Esses versículos das uma usam o plural para expressar um tema
consistente: Jesus não é apenas um homem, mas Ele é Deus, também. Jesus não era
um homem comum, como Ele parecia ser exteriormente. Ele não estava só; Ele
tinha o Espírito do Pai em seu interior. Isso explica a dual natureza de Jesus e revela a unicidade de Deus.
Como o Pai estava com Jesus? A explicação
lógica é que Ele estava em Jesus. Portanto, se você conhece Jesus, você conhece
o Pai; se você vê Jesus, vê o Pai; e se você odeia Jesus, você odeia o Pai. II
João 9 afirma: "O que permanece na doutrina, esse tem assim o Pai como o
Filho" e. Qual é a doutrina de Cristo? É a doutrina que afirma que Jesus é
o Messias; Ele é o Deus do Velho Testamento manifestado na carne. Quer dizer, o
apóstolo escreveu que se compreendermos a doutrina de Cristo, entenderemos que
Jesus é ambos, o Pai que o Filho. Não negamos, assim, nem o Pai, nem o Filho.
Quando aceitamos a doutrina de Cristo, aceitamos a doutrina de ambos, do Pai e
do Filho. É verdade também, que se negamos o Filho estamos negando o Pai, mas
se confessamos o Filho, temos confessado, também, o Pai (I João e 2:23).
Uma outra passagem com
plural que merece especial atenção, João 14:23 "Se alguém me ama, guardará
a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele
morada". A chave para o entendimento desse versículo é ter em conta que o
Senhor não estava falando de habitar em nós fisicamente. Além do mais, se há
dois Espíritos Deus, um do Filho e outro do Pai, haveria pelo menos dois
Espíritos em nosso coração. Entretanto, Efésios 4:4 declara que há um Espírito.
Sabemos que João 14:23 não quer dizer entrada corpórea, porque Jesus tinha
dito: "Naquele dia vós conhecereis que Eu estou em meu Pai e vós em mim e
Eu em vós" (João 14:20). Naturalmente nós não estamos em Jesus no sentido
físico. Portanto, o que significa essa passagem? Ela significa uma união _ um
em mente, propósito, plano de vida _ com Cristo. Essa é a mesma ideia expressa
em João 17:21-22, quando Jesus orou:
"A fim de que todos
sejam um; e como és tu, ó Pai; em mim e eu em ti, também sejam eles em nós;
para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória
que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos". Mesmo assim,
porque Jesus usou o plural ao falar da união dos crentes com Deus?
Naturalmente, Deus tinha planejado a salvação para reconciliar o crente com Ele
mesmo. Mas, o homem pecador não pode aproximar se de um Deus santo, e um homem
finito não pode compreender um Deus infinito. O único modo pelo qual podemos
nos reconciliar com Deus e compreendê-lo é através de sua manifestação na
carne, através do homem sem pecados, Jesus Cristo. Quando somos um com Jesus,
automaticamente somos um com Deus, uma vez que Jesus não é apenas um homem,
mas, também, Deus. Jesus usou o plural
para enfatizar o fato de que, para estarmos unidos com Deus, precisamos,
primeiro, receber a expiação através do sangue de Jesus. Há apenas um mediador
entre o homem e Deus, o homem Jesus (I Timóteo 2:5). Ninguém vem ao Pai a não
ser por intermédio de Jesus (João 14:6). Para estarmos doutrinariamente
corretos, precisamos confessar que Jesus veio em carne (I João 4:2-3). Quando
recebemos Cristo, temos recebido ambos, o Pai e o Filho (II João 9). Nossa
união com o Pai e o Filho não é uma união com duas pessoas da divindade, mas
simplesmente uma união com Deus através do homem Jesus: "A saber, que Deus
estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo" (II corintios 5:19). Uma
outra maneira de se pensar a respeito de nossa união com Deus é nos lembrarmos
dos dois ofícios diferentes ou relacionamentos, representados pelo Pai e pelo
Filho. O crente tem a sua disposição as qualidades de ambos os papéis, tais
como a onipotência do Pai e o sacerdócio e a submissão do Filho. Ele tem o Pai
e o Filho. Entretanto, ele recebe todas essas qualidades de Deus quando recebem
o único o Espírito de Deus, o Espírito Santo. Ele não recebe dois ou três
Espíritos. Quando Deus vem habitar o crente isso se chama o dom (ou batismo) do
Espírito Santo, e esse dom põe à nossa disposição todos os atributos e papéis
de Deus: "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um
corpo" (I Corintios 12:13).
Se, por outro lado, uma pessoa interpretasse
João 14:23 e 17:21-22, como descrevendo a união de duas pessoas na divindade,
então, para ser coerente, teria que interpretar que as Escrituras afirmam que
os crentes se tornam membros da divindade, assim como Jesus. Essas passagens,
claramente aludem a união com Deus que o Filho de Deus tem é que podemos
usufruir, acreditando no evangelho e obedecendo-o. (Jesus, naturalmente, ele,
também, um com o Pai no sentido de que Ele é o Pai, mas não é isso que esses
versículos, em particular, descrevem).
Conversas Entre Pessoas Na
Divindade? Não há registro na Bíblia de
uma conversa entre duas pessoas de Deus, mas há muitas representações de
comunhão entre as duas naturezas de Cristo. Por exemplo, as orações de Cristo
retratam sua natureza humana buscando auxílio do eterno.
ESPÍRITO
DE DEUS.
João 12:28 registra um
pedido, da parte de Jesus, para que o Pai glorificasse seu próprio nome. Uma
voz do céu falou, respondendo a esse pedido. Isso demonstra que Jesus era um
homem, na terra, mas seu Espírito era o Deus onipresente no universo. A voz não
veio por causa de Jesus, mas por causa daqueles que ali estavam (João e 12:30).
A oração e a voz não constituem uma conversa entre duas pessoas na Divindade;
pode-se dizer que é uma comunicação entre a humanidade de Jesus e sua
Divindade.
A voz era um testemunho ao
povo, vindo do Espírito de Deus e revelando a aprovação de Deus ao Filho.
Hebreus 10:5-9 cita uma passagem profética do salmo 40:6-8. Nessa representação
profética da vinda do Messias, Cristo, como homem, fala ao Deus eterno,
expressando sua obediência e submissão à vontade de Deus com. Essa cena é
essencialmente semelhante àquela da oração de Cristo no Getsêmani. É óbvio que
Cristo está falando como homem, porque ele diz: "Antes corpo me
formaste" e "Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade".
Concluindo, a Bíblia não registra conversas entre pessoas na divindade, mas
entre as naturezas divina e humana. Interpretar essas duas naturezas como
"Pessoas" cria a crença de pelo menos, dois "Deuses". (é
muito estranho que o Espírito Santo nunca tome parte nessa conversas!). Além
disso, "Pessoas" implicaria em inteligências separadas em uma
divindade, um conceito que não difere do politeísmo.
UM
OUTRO CONSOLADOR
PARACLETOS
–(
Consolador, Advogado, Parákleto e Espírito Santo ) PARA = OUTRO- CLITOS =IGUAL
A MIM – Outra versão, outra configuração, outra manifestação, outro ofício de
Um Único Deus (Jo.14:16), Jesus prometeu
enviar um outro Consolador. No versículo 26, ele identificou o Consolador como
o Espírito Santo. Isso quer dizer que o Espírito Santo é outra pessoa na
Divindade? Não. Fica claro que no contexto que o Espírito Santo é,
simplesmente, Jesus em uma outra forma de manifestação. Em outras palavras,
"Outro Consolador" significa Jesus no Espírito, em oposição a Jesus
na carne. No versículo 16, Jesus falou com os dois discípulos a respeito de
outro Consolador. Então, no versículo 17, Jesus lhes falou que já conheciam o
Consolador porque ele habitava com eles e estaria neles. Quem vivia com os
discípulos naqueles dias? Jesus, naturalmente. O Espírito de Jesus habitava com
os discípulos uma vez que o Espírito se vestia de carne, mas, logo, o Espírito
estaria o nos discípulos, pelo dom do Espírito Santo.
Jesus tornou isso claro,
quando disse, no versículo 18: "Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós
outros". Jesus foi para os céus em seu corpo glorificado para poder formar
um novo relacionamento com seus discípulos, enviando de volta Seu próprio
Espírito, como Consolador. Ele disse a eles: "Convém-vos que eu vá, porque
se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu
vo-lo enviarei" (João 16:7). O Espírito Santo é o Espírito de Cristo
(Romanos 8: 9; II Corintios 3:17 e 18). Quando temos o Espírito em nós, temos
Cristo em nós (Efésios 3:16 e 17). Em resumo, Jesus tinha convivido com os
discípulos, fisicamente, por, aproximadamente, três anos, mas tinha chegado a
hora dele partir. Entretanto, ele prometeu que não os deixaria só, sem consolo,
como órfãos. Em vez disso, ele prometeu voltar de um modo novo. O ele não
voltaria num corpo visível para habitar entre eles e ser limitado por aquele
corpo, mas voltaria em Espírito para que pudesse habitar neles. Portanto, o
Consolador, o Espírito Santo, é Espírito de Jesus. Ele é Jesus manifestado de
uma outra forma; Jesus pode estar conosco e em nós. Ele pode estar em todos os
discípulos, pelo mundo todo, ao mesmo tempo e ele pode cumprir sua promessa de
estar conosco até o final dos tempos (Mateus 28:20).
Jesus e o Pai São Um Apenas Em Propósito? De acordo com João 17:20 e 22, os cristãos
devem ser um, em relação uns aos outros, assim como Jesus era um com o Pai.
Isso destrói nossa crença de que Jesus é o Pai? Não. Nessa passagem, Jesus falou
como homem -- como o Filho. Isso é evidente porque ele estava orando ao Pai, e
Deus não precisa orar. Em sua humanidade, Jesus era um com o Pai, no sentido de
unidade de propósito, mente e vontade. Nesse sentido, os cristãos podem ser um
com Deus e um,uns com os outros (Atos
4:32; I Corintios 3:8; Efésios 2:14). Precisamos lembrar que o Filho não é o
mesmo que o Pai. O título Pai não se refere a humanidade, enquanto Filho se
refere. Embora Jesus seja ambos, Pai e
Filho, não podemos dizer que o Pai é o Filho.
Que em João 17:21 e 22,
Jesus, falando como homem, não afirmou que ele era o Pai. No entanto, outras
passagens descrevem a unicidade de Jesus
com o Pai, num modo que transcende a mera unicidade de propósito, e de um modo
que indica que Jesus é o Pai. Esse é um nível adicional de unicidade que está
além do nosso alcance porque fala de sua absoluta divindade. Quando Jesus
disse: "Eu e o Pai somos um", os judeus entenderam corretamente que
ele queria dizer que ele era Deus, e procurar matá-lo (João 10:30-33). Naquela
ocasião, Ele não apenas proclamou unidade com Deus, mas identidade com Deus.
Jesus disse, também: "Quem me vê a mim, vê o Pai" (João 14: 9). Não
importa quanto um cristão seja unidos com Deus, nunca poderia fazer tal afirmação.
Não importa quão unidos dois cristãos sejam, não podem dizer: "Se você me
viu, viu meu amigo". Assim também entre marido e mulher, mesmo que sejam
uma só carne (Gênesis 2:24). Portanto, a unicidade de Jesus com o Pai significa
mais que a unicidade que possa ser encontrada no relacionamento humano. Como
homem, Jesus era um como Pai no sentido
de unidade de propósito, mente e vontade (João 17:22). Como Deus, Jesus é um
com o Pai no sentido de identidade com o Pai -- no sentido em que Ele é o Pai
(João 10:30; 14:9).
A
MÃO DIREITA DE DEUS
Numerosas passagens, no Novo
Testamento, nos falam de Jesus assentado à mão direita de Deus. Pedro usou essa
expressão em Atos 2:34, citando o Salmo 110:1.
De acordo com Atos 7:55, Estevão levantou seus olhos para os Céus,
enquanto era apedrejada até a morte e "viu a glória de Deus, Jesus, que
estava à sua direita." o que significa essa expressão? Significa que há
duas manifestações físicas de Deus, no céu? Deus e Jesus, com o segundo
permanecendo permanentemente a mão direita de Deus? Foi isso que Estevão
viu? Não é correto interpretarmos
"a mão direita de Deus", literalmente, como uma mão física. Primeiro
porque nenhum homem jamais, a Deus, nem ninguém pode vê-lo (João 1:18; I Timóteo
6:16; I João 4:12). Deus é Espírito e, como tal, Ele é invisível (I Timóteo 1:17). Ele não tem uma mão direita
física, a menos que Ele escolha se manifestar em forma humana. Sabemos que
Estevão não viu, literalmente Deus de Jesus, separados. Se ele viu duas pessoas,
porque iria ignorar uma delas, orando
apenas a Jesus? (Atos 7:59 e 60). Se ele viu manifestações físicas, separadas,
do Pai e do Filho, por que não viu o Espírito Santo, a terceira pessoa?
Uma leitura cuidadosa de
Atos 7:55, nos permitirá afirmar que Estevão não viu Deus separado de Jesus. O
versículo 55 não diz que Estevão viu o Espírito de Deus, mas nos diz que ele
viu "A glória de Deus e Jesus. No versículo 56, Estevão disse:” Eis que
vejo céus abertos e o Filho do homem em pé à destra de Deus “. A única imagem
visual ou pessoa que Estevão realmente viu foi Jesus Cristo. Outros problemas
surgem quando tomamos "A mão direita de Deus" no seu sentido literal.
Jesus está sentado à mão direita de Deus, como registra Atos 2:34, ou está em
pé à destra de Deus, como está registrado em Atos 7:55 e 56? Jesus está sentado
sobre a mão direita de Deus, e estendida, o está sentado ao lado da mão
direita? Jesus está no colo de Deus? (João
1:18). O que comentar a respeito de Apocalipse 4:2, que descreve no
trono no céu e Um que está sentado no trono? O Pai está sentado no trono, e
Jesus está assentado ao lado? O que dizer, então, a respeito do fato de Jesus
ser o que está sentado no trono? (Apocalipse 4: 2,8; 1: 8,18). Obviamente,
então, a descrição de Jesus, à mão direita de Deus, tem que ser figurativa ou
simbólica. Na verdade isso fica evidente a partir de numerosas referências,
através de toda a Bíblia, a mão direita de Deus. No Salmo 16:8, Davi escreveu:
"O SENHOR, tendo-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita
não serei abalado". Será que isso significa que o SENHOR estava sempre,
fisicamente, presente à direita de Davi? O Salmo 77:10 diz: "E logo me
lembrei dos anos da destra do Altíssimo". O salmista prometeu se lembrar
dois anos quando Deus tinha a mão direita? O Salmo 9:1 declara, a respeito do
SENHOR: "A sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória".
Isso significa que Deus derrotou seus inimigos, tendo a mão esquerda mantida às
costas, e esmagando-os com a sua mão direita física? O Salmo 109:30 de uma
firma que o SENHOR "Se põe em à direita do pobre". Ele, fisicamente,
permanece junto aos pobres, durante todo o tempo? O SENHOR declarou, em Isaías
48:13: "A minha destra estendeu os céus", e, em que o Isaías 62:8 o
SENHOR jogou pela sua mão direita. Deus estendeu uma grande mão e,
literalmente, cobriu o céu? O Deus colocou sua mão esquerda sobre sua mão
direita e jurou por ela? Jesus expulsou demônios pelo dedo de Deus (Lucas
11:20). Ele apanhou dos céus um dedo
gigantesco e expulsou o demônio das pessoas? Naturalmente, a resposta a todas
essas perguntas é "Não". Portanto, precisamos entender "Mão
direita de Deus" num sentido figurativo, simbólico ou poético e não no
sentido físico, real. Assim sendo, o que significa a frase? Na Bíblia, a mão
direita significa força, poder, importância e preeminência, assim como no nosso
uso comum, em frases como: "Ele é minha mão direita", ou, "Eu
daria minha mão direita por isso". O estudioso trinitárianista Bernard Ramm diz: "Falamos
da onipotência de Deus em termos de mão direita, porque, entre os homens, a mão
direita é símbolo de força e autoridade.
Nos referimos a estar assentado à direita de Deus como primazia, porque nos
relacionamentos sociais dos homens, a posição à direita, ocupada pelo hóspede
era o lugar de mais alta honra".
É interessante e instrutivo
usarmos alguns exemplos bíblicos para mostrar essa associação que existe entre
a mão direita e o poder. Êxodo 15:6 proclama: "A tua destra, ó SENHOR, e
gloriosa em poder". O Salmo 98:1 e o Salmo 110:1 associam a destra de Deus
com a vitória sobre os inimigos. Quando a Bíblia fala de Jesus sentado à
direita de Deus, ela quer dizer que Jesus tem todo o poder de autoridade de
Deus. O próprio Jesus deixou isso claro, em Mateus 26:64: "Entretanto, eu
vos declaro que desde agora vereis o Filho do homem assentado à destra do
Todo-Poderoso, e vídeos sobre as nuvens do céu". (veja, também, Marcos
14:62; Lucas 22:69). Desse modo, Jesus declarou ter todo o poder de Deus; por
consequência, ele declarou que ele mesmo era Deus. Os judeus entenderam essas
declarações e por causa delas, o sumo sacerdote acusou Jesus de blasfêmia
(Mateus 26:65). Aparentemente, o sumo sacerdote conhecia o significado dado à
mão direita no Velho na e, assim compreendeu que Jesus estava afirmando ter o
poder de Deus e ser Deus. I Pedro 3: 22 demonstra que a "Destra"
significa que Jesus tem todo o poder e autoridade: "O qual, depois de ir
para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e
potestades, e poderes". Do mesmo modo, Efésios 1:21-22 usa essa expressão
para dizer que Jesus tem primazia sobre todo principado, e potestade, e poder,
e domínio e de todo nome. Essa passagem liga, também, a mão direita com a
exaltação de Cristo. Nesse contexto, Ato 5:31 afirma: "Deus, porém, com a
sua destra, o exaltou a príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel arrependimento e a remissão de
pecados". (veja, também, Salmos 110:1; Atos 2:33 e 34).
Ato 5:31 indica que a mão direita ou braço de Deus, às vezes, se referem
especificamente o poder de salvação de Deus. Muitos outros versículos das
Escrituras falam da desta de Deus como representando a libertação e a vitória
que Deus como concede a seu povo (Êxodo 15:6; Salmo 44:3; Salmo 98:1). Isaías
59:16 diz: "O seu próprio braço e lhe trouxe a salvação". Parece, portanto,
que a discrição de Jesus à direita de Deus significa que Jesus é o poder
salvador de Deus. Esse conceito está de acordo com a associação da posição de
Jesus à direita de Deus e seu papel mediador, particularmente sua obra como
nosso intercessor e sumo sacerdote (Romanos 8:34; Hebreus 8:1). Mesmo
compreendendo a destra de Deus dessa maneira, podemos ainda nos deixar intrigar
porque a Bíblia fala, às vezes, de Jesus
"Assentado " à direita de Deus (como em Hebreus 10:12) em vez de
simplesmente dizer que ele está à direita de Deus (como em Romanos 8:34). É
provável que essa frase, em particular, indique que Jesus recebeu completa glória, poder e autoridade, a um
determinado ponto, no tempo. Essa exaltação começou com sua ressurreição e se
completou com sua ascensão. Naquele momento ele se libertou de todas as
limitações humanas e restrições físicas da auto limitação à qual Jesus se
submetera na encarnação, como está descrita em Filipenses 2:6-8. Ele cumprira
seu papel como homem sobre a face da terra. Jesus não está mais submisso a
fragilidade e fraquezas humanas. Não é mais o servo sofredor. Sua glória
majestade e seus outros atributos divinos não estão mais escondidos do
espectador casual. Ele, agora, exerce seu poder como Deus, através de um corpo
humano glorificado. Agora, ele mostra e se mostrará, como o Senhor de tudo, o Justo Juiz, e o Rei de toda terra.
Foi por isso que Estevão não viu Jesus como o homem comum que Ele parecia ser
quando estava na terra, mas viu a Jesus com a glória e o poder de Deus. Assim,
também, João viu Jesus revelado como Deus em toda sua glória e poder
(Apocalipse 1). Essa exaltação, glorificação e revelação de Cristo culminou em
sua ascensão. Marcos 16:19 diz: "De fato o Senhor Jesus, depois de lhes
ter falado, foi recebido no céu, e assentou-se a à destra de Deus". A
frase "Assentou-se" indica que a obra sacrificial de Cristo não vai
continuar, mas está completa. "Depois de ter feito a purificação dos
pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas”.(Hebreus 1:3). “Ora,
todos sacerdotes se apresentam dia após dia a exercer o serviço sagrado e a
oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios... Jesus, porém tendo oferecido,
para sempre, um único sacrifício pelos pecados, a sentou-se à destra de Deus,
aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado
dos seus pés”.(Hebreus 10:11-3). Em resumo, encontraríamos muitas contradições
se interpretássemos a descrição de Jesus à destra de Deus como significando um
posicionamento físico de dois Deuses, com corpos separados. Se entendermos essa
descrição como simbolizando poder, força, autoridade, a preeminência, vitória,
exaltação e capacidade de salvar de Jesus, manifestados na carne, então
eliminaremos os conceitos conflitantes. Mais que isso, essa interpretação
condiz com o uso da expressão "A mão direita de Deus", através de
toda a Bíblia. A "Mão direita" revela a onipotência e a absoluta
divindade de Jesus e sustenta a mensagem de um Deus em Cristo. Voltando à
questão original, o que Estevão, realmente, viu? Está claro que ele viu Jesus.
Isaías 40:5, com referência à vinda do Messias, diz: "A glória do SENHOR
se manifestará, e toda a carne a verá". Jesus é a glória de Deus revelada.
Estevão viu a glória de Deus, quando ele viu Jesus. Ele viu Jesus irradiando a
glória que possuía como Deus e com todo o poder e autoridade de Deus. Em
resumo, ele viu o Cristo exaltado. Ele viu Jesus, não simplesmente como homem,
mas como o próprio Deus, com toda a glória, poder e autoridade. Por isso ele
invocou a Deus dizendo: “Senhor Jesus, recebe o meu Espírito! (Atos 7:59)”.
AS
SAUDAÇÕES NAS EPÍSTOLAS
A maior parte das epístolas
apresenta uma saudação que menciona Deus, o Pai e o Senhor Jesus Cristo. Paulo,
por exemplo, escreveu: "Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso
Pai e do Senhor Jesus Cristo" (Romanos 1:7), e: "Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e
do Senhor Jesus Cristo" (I Corintios 1:3). Será que essas expressões
indicam uma separação de pessoas? Se as interpretássemos assim, teríamos que responder
a sérias questões. Primeiro, por que essas saudações não mencionam o Espírito
Santo? Ainda que elas sejam interpretadas como ensinando uma separação de
pessoas, elas não comprovam a doutrina da trindade. Assim interpretadas essa
saudações poderiam ensinar o binitarianismo; poderiam, também, relegar o
Espírito Santo a um papel menor, na trindade. Segundo, se interpretarmos outras
passagens semelhantes para indicar pessoas separadas na divindade, poderemos,
facilmente, encontrar quatro pessoas na divindade. Por exemplo, colossenses 2:2
fala do "Mistério de Deus, Cristo". Outros versículos das escrituras
falam sobre o "Senhor Jesus e Deus Pai" (Colossenses 3:17; Tiago
1:27) ou "Nosso Deus de Pai" (I Tessalonicenses 1:3). I
Tessalonicenses 3:11 diz: "Ora, o nosso mesmo Deus e Pai, com Jesus, nosso
Senhor, dirijam-nos o caminho até a vós". Portanto, se e separa diferentes
pessoas, temos, pelo menos, quatro pessoas: Deus, o Pai, o Senhor Jesus Cristo,
e Espírito Santo.
Se as saudações não indicam
pluralidade de pessoas na divindade, o que elas significam? Fazendo referência
ao Pai e a nosso Senhor Jesus Cristo, os escritores estavam dando ênfase aos
dois papéis de Deus e a importância de o aceitarmos em ambos os papéis. Não
apenas precisamos acreditar em Deus como nosso criador e Pai, mas devemos
aceitá-lo, também, manifestado em carne, através de Jesus Cristo. Todos devem
saber que Jesus veio na carne e que ele é tanto Deus como Cristo (Messias).
Conseqüentemente, as saudações reforçam a crença, não apenas em Deus, que os
judeus e muitos pagãos aceitavam, mas, também, em Deus revelado em Cristo. Isso
explica por que era desnecessário mencionar o Espírito Santo; o conceito de
Deus, como Espírito, estava encerrado no título de Deus pai, especialmente na
mente dos judeus. Precisamos nos lembrar, também, que a doutrina da trindade
não surgiu senão muito mais tarde, na história da igreja. Portanto, essas
expressões não soavam nem um pouco estranhas aos escritores ou aos leitores. Um
estudo do original grego é muito interessante, em relação a essas passagens
onde encontramos as saudações. A palavra
traduzida por e vem da palavra Grega Kai.
Ela pode ser traduzida como
" e" ou como" até " (no sentido de" isto é"
ou" que é igual a"). Por exemplo, a versão KJV traduz kai como"
e" em II Corinthians 1:2 mas como" até " em verso 3. Verso 2
diz," de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo," enquanto o verso
3 diz," Deus, até o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo". Verso 2
poderia aparecer corretamente como," de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus
Cristo". O KJV traduz kai até " como" em vários outros lugares,
inclusive as frases" Deus, até o Pai" (I Corinthians 15:24; Tiago
3:9) e" Deus, até nosso Pai" (I Tessalonicenses 3:13). Assim as saudações
poderiam se ler da mesma maneira
que," de Deus nosso Pai, até o Senhor Jesus Cristo". Para apoio
adicional disto, o grego não tem o artigo definido (" o") antes
de" Senhor Jesus Cristo" em quaisquer das saudações. Assim, ainda que
traduzimos kai como" e," as frases se lêem literalmente," de
Deus nosso Pai e Senhor Jesus Cristo."
Mesmo quando kai é traduzida como "e", os tradutores, a maior
parte das vezes, concordam que a frase indica apenas um ser ou pessoa. Abaixo
estão alguns exemplos:
O
USO DE KAI.
REFERÊNCIA
BÍBLICA VERSÃO TRADUÇÃO
1- Galatas 1:4
KJV- Deus e nosso Pai
NIV-nosso Deus e Pai
ABA -nosso Deus e Pai
2- Efésios 5:5
KJV -O reino de Cristo e
de Deus
NIV -O reino de Cristo e de Deus
NIV -(nota
de rodapé) Ou' reino de Cristo e Deus’
3 - Colossenses 2:2
KJV -O mistério de Deus, e do Pai, e de
Cristo
NIV -O mistério de Deus Isto é, Cristo
NIV -(nota de rodapé) Alguns
manuscritos, ‘Deus o mesmo o Pai, e de Cristo’
TAB -Deus [que é] o Cristo
4- KJV -A graça de nosso Deus e o
Senhor Jesus Cristo
NIV -A graça de nosso Deus e o Senhor Jesus
Cristo
NIV -(nota de rodapé) Ou' Deus e Senhor, Jesus
Cristo’
5- I Timoteo 5:21- KJV- Antes Deus, e o Senhor Jesus Cristo
NIV- À vista de Deus e Cristo
Jesus
6 Tito 2:13 - KJV -O grande Deus e nosso Salvador Jesus
Cristo
NIV -Nosso grande Deus e Salvador, Jesus
Cristo
TAB -Nosso grande Deus e Salvador
Cristo Jesus
7- II Pedro 1:1
- KJV- Deus e nosso Salvador
Jesus Cristo
NIV - Nosso Deus e Salvador Jesus Cristo
TAB -Nosso Deus e Salvador Jesus
Cristo
8 – Judas, 4 KJV -O único Senhor Deus, e nosso Deus
Jesus Cristo
NIV -Jesus Cristo
nosso único Soberano e Senhor
TAB- Nosso único Mestre e Senhor, Jesus
Cristo,
Essa tabela mostra que Kai,
vezes de às, identifica como de Deus o Pai, mesmo de ou o Jesus, como Deus. Daí
fica fácil notar que Kai, às vezes identifica Jesus como Pai, uma vez que a
construção gramatical é semelhante, nos três casos.
Concluímos, então, que as
saudações não indicam qualquer distinção de pessoas em Deus. No máximo, o uso
de Kai nesses casos, indica uma distinção de papéis, manifestações ou nomes
pelos quais o homem conhece Deus. Em pelo menos alguns casos, o uso de Kai
realmente identifica Jesus como sendo Deus - como sendo Pai.
"A
BÊNÇÃO APOSTÓLICA"
II Co.13:13 diz: "A
graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo
sejam com todos vós". Ainda uma vez devemos nos lembrar que Paulo escreveu
esse versículo das Escrituras, num tempo quando o trinitarianismo não era senão
uma doutrina no futuro, e, portanto, o versículo, na época não parecia
complicado ou incomum. Basicamente, o versículo expressa três aspectos o
atributo de Deus que podemos conhecer e obter. Primeiro, a graça de Deus. Deus
tornou sua graça acessível à humanidade através de sua manifestação na carne,
Jesus Cristo. Em outras palavras, favor imerecido, ajuda divina, e salvação vem
até nós pela obra expiatória de Jesus. Deus é amor, e amor sempre tem sido
parte da sua natureza básica. Ele nos amou antes mesmo de se envolver em carne,
como Cristo. E, finalmente, o batismo do Espírito Santo nos dá comunhão com
Deus e com nossos companheiros que crêem: "Pois, em um só Espírito, todos
nós fomos batizados em um corpo” - o corpo de Cristo (I Co.12:13). Tendo
Espírito de Deus habitando em nós, não a presença do corpo físico de Jesus
Cristo, temos um relacionamento contínuo e atual com Deus, de modo diferente
daquele disponível aos santos no Velho Testamento. II Co.13:13 é lógico e
compreensível, quando o interpretamos como os três importantes relacionamentos
que Deus compartilhou conosco ou como três diferentes obras, executada por um
único Espírito. Há diversidade de operações, mas apenas um Deus operando tudo
em todos (I Corintios 12:4-6).
OUTRAS
TRÍPLICES REFERÊNCIAS
NAS
EPÍSTOLAS E APOCALIPSE
Diversos outros versículos
das Escrituras estabelecem a identidade de Deus através de três títulos ou
nomes. Entretanto, muitos mais versículos usam apenas duas identificações para
Deus em particular, Deus e Senhor Jesus Cristo. Mas, a maior parte dos
versículos das Escrituras usam apenas uma designação para Deus. Nas referências
tríplices não parece haver qualquer significado especial no que diz respeito à
divindade; nenhuma delas implica em separação de pessoas. Vamos analisá-las,
uma de cada vez.
Efésios 3:14-17 usa os
seguintes títulos para descrever Deus: "Pai", "Espírito", e
"Cristo". De modo interessante, essa passagem da ênfase a um único
Deus, sem distinção de pessoas, porque ela descreve o Espírito, I, como o
Espírito do Pai e, então, como Cristo em nosso coração. Embora a KJV não seja
clara a respeito do significado de "Seu", as NIV, TAB, RSV, e o texto
grego de Nestle, demonstram claramente que "Seu Espírito" significa
"O Espírito do Pai". Assim, nessa passagem, o Pai, o Espírito, e
Cristo são todos identificados como o mesmo ser. A única distinção se acha na
frase: "Pai de nosso Senhor Jesus Cristo", que distingue entre o
Espírito de Deus e sua manifestação na carne. Efésios 4:4-6 afirma que há um
Espírito, um Senhor e um Deus e Pai. Outra vez, isso prova a unicidade de Deus.
O único Deus é Espírito e Ele é o Senhor de tudo.
A ideia básica expressa
nesses versículos é a da unicidade de Deus, não a de uma triplicidade. Por que
esse pensamento foi reafirmado de três maneiras diferentes? O versículo 4
relaciona o único Espírito com a afirmativa de que há um corpo, lembrando-nos
que o único Espírito de Deus nos batiza no único corpo ( I Coríntios 12:13). O
versículo 5 agrupa "um Senhor", "uma fé" e "um
batismo", indicando que devemos condicionar nossa fé e nosso batismo à
pessoa, ao nome e à obra do Senhor Jesus, não apenas a uma crença em Deus como
Espírito. O versículo 6 resume tudo, dizendo: "um só Deus e Pai de todos,
o qual é sobre todos (isto é, Senhor), age por meio de todos e está em todos
(isto é, é o Espírito em você)".
O único Deus é o único
Senhor e o único Espírito. Uma interpretação trinitarianista de Efésios 4:4-6
não é lógica porque separa Jesus de Deus. Se esses versículos afirmam a
existência de três pessoas, elas seriam: Deus e pai, Senhor, Espírito. Essa
afirmação implica que o Pai é Deus num modo em que Jesus não o é. É contra a
teoria da trindade pensar em Jesus como separado de Deus. Os trinitarianista
devem ser coerentes com sua teoria e aceitar Jesus como o único Deus da Bíblia
ou então abandonar sua teologia de um único Deus. De acordo com Hebreus 9:14,
Cristo se ofereceu a Deus através do Espírito eterno. O assunto do versículo é
o sangue de Cristo, portanto obviamente, o versículo se refere ao papel humano
e intercessor de Cristo.
Como Cristo ofertou seu
grande sacrifício? Através de sua
natureza divina -- o Espírito eterno -- que não é outro senão o Pai. No Getsêmani, Jesus orou ao Pai e recebeu
dele força para suportar a crucificação. Esse versículo ensina, simplesmente,
que Cristo foi capaz de oferecer seu corpo humano a Deus, através do auxílio do
Espírito de Deus. Do mesmo modo, I Pedro 3:18 diz que Cristo foi condenado à
morte na carne, mas reviveu (foi revivido) pelo Espírito para que ele pudesse
nos levar a Deus. Sabemos que Jesus ressuscitou a si mesmo de entre os mortos
por seu próprio Espírito divino (João 2:19-21; Romanos 8:9 -11). Em outras
passagens da Bíblia diz que Deus ressuscitou Jesus de entre os mortos (atos
2:32). Assim, temos o homem Cristo ressuscitado dos mortos pelo Espírito de
Deus -- a natureza divina de Cristo -- para reconciliar com Deus a humanidade.
I Pedro 1:2 menciona a presciência de Deus Pai, a santificação do Espírito e o
sangue de Jesus. Esse versículo descreve, simplesmente, diferentes aspectos de
Deus e em relação à nossa salvação. Primeiro, presciência, é parte da
onisciência de Deus, e Ele a tinha antes da encarnação e antes da posterior
emanação do Espírito. Assim, é natural que nós a associe mos com papel de Deus
como Pai. Em segundo lugar, Deus não tem sangue a não ser pelo homem Jesus,
assim é mais natural dizer o sangue de Jesus, que o sangue de Deus e o sangue
de Espírito. Finalmente, somos santificados, colocado separados do pecado, pelo
poder da presença de Deus habitando em nós, ele, portanto, Pedro, naturalmente,
falou da santificação pelo Espírito. Quanto a II Coríntios 13:13, a Bíblia usa
o modo mais lógico para descrever esses atributos ou ofícios de Deus, isto é
associando-se com os papéis, nomes, ou títulos que Deus possui. Judas 20,21 e
25 é uma outra passagem das escrituras semelhante. Fala de oração Espírito
Santo, do amor de Deus, e da misericórdia de Jesus. Como antes, podemos
entender isso facilmente como expressando diferentes operações de Deus pelo uso
de papéis mais intimamente associados com essas obras. Apocalipse 1:4 e 5
dizem: "Graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há
de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono, e da
parte de Jesus Cristo". De acordo com o versículo 8, Jesus é Aquele"
que é, que era e que há de vir". Ele é aquele que está assentado no trono
(Apocalipse 4:2 e 8). Os sete Espíritos pertencem a Jesus (Apocalipse 3:1; 5:6).
Esta passagem, portanto, nos
mostra, simplesmente, variados modos de olhar para o único Deus, que é Jesus
Cristo. Versículo 5 menciona Jesus Cristo, além da descrição precedente de
Deus, a fim de enfatizar sua humanidade, porque esse versículo chama Jesus de
primogênitos dos mortos. Se uma pessoa
entender que essa passagem significa a existência de três pessoas, o que a
impediria de dividir o Espírito em sete pessoas, baseada no versículo 4? Também
o versículo 6 fala de "Seu (de
Jesus Cristo) Deus e Pai", e a mesma lógica acharia ai duas pessoas --
Deus e Pai. Os diversos versículos das escrituras usam três títulos ou nomes
para Deus. Em cada caso a Bíblia usa uma maneira muito natural e fácil de
entender, a fim de descrever uma pluralidade de papéis, atributos, ou ofícios
de Deus. Em muitos casos, esses versículos, na realidade, providenciam a maior
evidência de que a um só Deus, sem distinção de pessoas.
A
PLENITUDE DE DEUS
Destacamos Colossenses 2:9
várias vezes, porque ensina que toda a plenitude da Divindade habita,
corporalmente, em Jesus Cristo. Entendemos que isso significa que tudo o que
Deus possui - seus atributos, poder e caráter - está em Jesus. Pai, Filho, Espírito
Santo, Jeová, Verbo, etc., estão todos em Jesus. Alguns trinitarianista tentam
rebater essa interpretação referindo-se a Efésios 3:19, que diz que como
cristãos, podemos ser tomados de toda a plenitude de Deus. Portanto,
argumentam, Colossenses 2:9 não indica a plena divindade de Jesus mais do que
Efésios 3:19 indica a plena divindade dos cristãos. Vamos responder a esse
argumento, analisando esses dois versículos, um de cada vez.
Colossenses 2:9 não se
refere a plenitude da divindade do mesmo modo que Efésios 3:19. Imediatamente
após afirmar que toda a plenitude da divindade habita corporalmente em Jesus, a
Bíblia acrescenta: "Também nele estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de
todo principado e potestade” • (Colossenses.2:10). Em outras palavras, tudo
aquilo que necessitamos está em Jesus, e Jesus é onipotente. Essas afirmativas
se baseiam no versículo 9, e, portanto, o versículo 9 deve realmente significar
que tudo que Deus possui está em Jesus.
De fato, esse é a única
conclusão lógica, em relação a esse ponto, com base no assunto tratado pelo
livro. Os capítulos 1 e 2 fazem a seguintes declarações a respeito de Jesus:
A
PLENITUDE DA DIVINDADE DE JESUS AFIRMADA EM COLOSSENSES - DESCRIÇÃO DE JESUS
a- 1:15 Ele é a imagem do Deus invisível
b- 1:16 Ele é o Criador de todas as coisas
c- 1:17 Ele está antes de todas as coisas (Eterno)
d- 1:17 Nele tudo subsiste
e-1:18 Ele é a Cabeça da igreja
f- 1:18 Ele tenha a primazia
g- 1:19 Nele reside toda a plenitude de Deus
h- 1:20 Ele reconciliou com Deus todas as coisas
i- 2:3 Ele tem todos os tesouros da sabedoria e
conhecimento (Onisciência)
j- 2:5 Devemos ter fé nele
k- 2:6
Devemos andar nele
l- 2:7 Devemos ser radicados e edificados nele
m- 2:9 Toda a plenitude da Divindade habita nele
corporalmente
n- 2:10 Nele estamos aperfeiçoados
o- 2:10 Ele é a Cabeça de todo o principado e
potestade(Onipotência)
Devemos notar que em
Colossenses 2: 2 o assunto é "O mistério de Deus, Cristo", ou como
diz a NIV "O mistério de Deus, a saber, Cristo". O versículo 9 é
apenas uma elaboração ou explicação complementar desse mistério. O mistério de
Deus (Cristo) é que toda a plenitude da divindade habita em Cristo. Assim,
vemos, pelo contexto, que Colossenses 2:9 é uma explicação da completo
divindade de Cristo. A palavra grega para Divindade, em Colossenses 2:9 é
Theotes. A palavra corporalmente nos lembra a palavra encarnação que significa
a corporificação de um Espírito em forma terrena. Juntando ambos, Colossenses
2:9 nos diz que Jesus é a encarnação da plenitude de Deus -- Ele é a manifestação
corpórea de tudo que Deus é. A Bíblia amplificada traduz Colossenses 2: 9:
"Porque nele toda a plenitude da Divindade continua a habitar em forma
corpórea -- dando completa expressão à natureza divina". Ela traduz
Colossenses 1:19 como: "Porque foi do agrado do Pai que toda divina
plenitude -- a soma total de perfeição, dos poderes e dos atributos divinos
-- habitassem nele permanentemente. A
NIV traduz Colossenses 2:9 como: "Porque em Cristo toda a plenitude da
Divindade habita em forma corpórea". E traduz Colossenses 1:19 com:
"Por que foi do agrado de Deus ter toda sua plenitude habitando
nele". Buscando outras traduções de
Colossenses 2:9 encontramos, no Novo Testamento do Século Vinte: "Porque
em Cristo a Divindade habita encarnada em toda sua plenitude". O Novo
Testamento em inglês moderno (J. B. Phillips) diz: "É nele que Deus se
expressa completo e perfeitamente (dentro dos limites físicos que ele mesmo se
impôs em Cristo)"; e, Cartas Vivas: parafraseando as Epístolas diz:
"Porque em Cristo existe tudo de Deus em um corpo humano". Fica claro, portanto, que Colossenses 1:19 e
2:9, descrevem a completa Divindade de Jesus Cristo. Não podemos corretamente,
aplicar a nós mesmos as afirmativas encontradas em Colossenses 1 e 2. Não somos
a encarnação da plenitude de Deus. Nem somos oniscientes, onipotentes, etc.
seja o que for que Efésios 3:19 queira significar, não pode ser a mesma coisa
que Colossenses 1:19 e 2: 9. O que Efésios 3:19 quer dizer, então, quando
afirma: "Para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus?” Quando
observamos o contexto, vemos o que a passagem enfatiza: os cristãos poder que a
plenitude de deus neles porque eles têm a Cristo. Uma vez que Cristo é a
plenitude de Deus, quando temos Cristo em nós, temos a plenitude de Deus. O
versículo 17 fala de Cristo habitando nosso coração, e o versículo 19 nos diz
que podemos ter a plenitude de Deus, quando temos a Cristo. Longe de negar a
divindade absoluta de Cristo, Efésios 3:19 estabelece, uma vez mais, tem tudo
que há em Deus está em Cristo. Colossenses 2:10 reforça essa interpretação da
passagem em Efésios, afirmando: também nele (Cristo) estás aperfeiçoados".
A NIV o torna ainda mais claro: "Em Cristo recebereis a plenitude...”Do mesmo modo a TAB diz:
"E estais nele, tornados defeitos e tendo alcançado a plenitude de vida --
em Cristo estais plenos da Divindade". Isso traz à tona uma questão: em
que um cristão difere do homem Cristo, se ambos têm residente em si, a
plenitude da Divindade? A resposta é Jesus é Deus revelado na carne. Ele tem
sua natureza divina porque ele foi concebido pelo Espírito de Deus. Sua
natureza humana tem a natureza divina habitando-a, mas sua natureza divina
Deus. Portanto, nada pode, jamais, separa Jesus de sua divindade. Podemos viver
sem o Espírito de Deus em nós e Espírito pode se afastar de nós, mas isso não
pode acontecer com o homem Jesus. Cristo tem todos os atributos e o caráter de
Deus como sua própria natureza, enquanto nós o temos apenas por que Cristo
habita em nós. A natureza de Deus não é a nossa. Podemos deixar que ela brilhe
em nós e nos oriente (caminhando segundo o Espírito), mas, também, podemos
sufocá-la e deixa a nossa própria natureza humana predomina (caminhando segundo
a carne). Jesus Cristo tem toda a clínica de Deus culturalmente, porque ele é o
próprio Deus e encarnado. Podemos ter a plenitude de Deus em nossas vidas
apenas quando permitimos que Jesus Cristo viva em nós. Há, ainda, um outro
aspecto que devemos considerar com respeito a Colossenses 2:9. Alguns apontam
que o propósito de Paulo ao escrever a passagem não era se opor ao
trinitarianismo, mas sim ao Gnosticismo. Paulo, naturalmente, não dirigiu sua
argumentação diretamente contra o trinitarianismo, pois essa doutrina não havia
surgido ainda! Paula estava, sem dúvida, se colocando contra a crença Gnóstica
que sustentava ser Cristo uma emanação inferior do supremo Deus. Permanece, no
entanto, o fato de que a linguagem de Paulo, inspirada pelo Espírito Santo,
exclui o trinitarianismo. Colossenses é, claramente, uma afirmação da crença da
unicidade. Não importa contra a qual das crenças falsas Paulo estava se opondo;
o que permanece e a sua doutrina positiva. A doutrina da unicidade que ele
ensinou permanece, com certeza, em oposição ao Gnosticismo, mas permanece, também,
contra o trinitarianismo e contra qualquer outra crença que negue o fato de que
a completa divindade habita em Jesus Cristo. Filipenses 2: 6-8 Essa passagem descreve Jesus Cristo da
seguinte maneira: "Pois ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como
usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma
de servo, tornando-se e semelhança de um homem; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de
cruz". A NIV diz: "Aquele que, sendo Deus em sua própria natureza,
não considerou a igualdade com Deus como algo a ser alcançado, antes, seu
humilhou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, sendo
achado semelhante ao homem, humilhou-se e se tornou obediente até a morte e
morte na cruz”! Aparentemente, esse
versículo está afirmando que Jesus tinha
a natureza de Deus, que Ele era o próprio Deus. Deus não tem nenhum igual
(Isaías 40:25; 46:5 e 9). O único modo pelo qual Jesus pode ser igual a Deus é
sendo Deus. Assim, Jesus era igual (o mesmo que) Deus no sentido de que ele era
Deus.
Entretanto, Ele não
considerou suas prerrogativas de Deus como algo a ser seguro ou mantido a
qualquer custo, mas Ele desejou por tudo isso de lado e assumir a natureza
humana para que pudesse salvar a humanidade perdida. Ele voluntariamente, se
humilhou, servo obediente, e se entregou à morte de cruz. Adão desobediência.
Jesus obediência, Mt.26:39,51-54; Jo.10:17,18;
Os trinitarianistas
interpretam esse versículo das Escrituras como descrevendo 2 pessoas na
divindade-Deus Pai e Deus Filho. Sob esse ponto de vista, o Filho tinha a mesma
natureza do Pai, mas não era o Pai. Eles argumentam que o Filho divino
encarnou, não o Pai. Muitos trinitarianistas argumentam ainda que na encarnação
esse Filho divino se submeteu ou se esvaziou de muitos de seus atributos como
Deus, inclusive da onipresença. Assim, eles falam do Kenosis ou esvaziamento de
Cristo que vem da palavra grega Kenoo, na primeira parte do versículo 7. Embora
essa palavra contenha em seu significado o conceito de "Esvaziar",
muitas versões não escolhem esse significado. Aqui são três traduções para
Kenoo, em Filipenses 2:7 "Aniquilou se a si mesmo" (KJV),
"Anulou se" (NIV), e "Desde o jogo se (de todos os privilégios e
méritos legítimos)". Do ponto de vista da unicidade Jesus não é Deus
Filho, mas é tudo que Deus é, inclusive o Pai é Filho. Assim, em sua divindade,
Ele é verdadeiramente igual ou idêntico a Deus. A palavra é igual, aqui
significa que a natureza divina de Jesus era a própria natureza de Deus Pai.
Jesus não se despojou dos atributos da divindade, antes se despojou de suas
prerrogativas legítima como Deus, enquanto habitou, como homem, entre os
homens. O Espírito de Jesus e que era o próprio Deus, jamais perdeu nada de sua
onisciência, onipresença ou onipotência.
Esse versículo se refere unicamente às limitações que Jesus impôs-se a
si mesmo com respeito à sua vida humana. Como as três traduções, antes citadas,
indicam, o Kenosis de Cristo consistiu numa entrega voluntária da glória e dos
méritos, e não numa entrega de sua natureza de Deus. Cristo, como o homem, não
recebeu a honra que lhe era devida como Deus. Em vez de agir em seu legítimo
papel de Rei da humanidade, Ele se fez servo da humanidade. Como o homem Ele se
submeteu à morte na cruz. Ele não morreu como Deus, mas como o homem. Portanto,
esse versículo expressa um pensamento muito bonito: embora Jesus fosse Deus,
Ele não insistiu em manter todos os seus direitos de Deus. Em vez disso, Ele,
voluntariamente, se despojou de seus direitos à glória e a honra sobre a terra,
assumindo a natureza do homem e morrendo.
ELE
FEZ TUDO ISSO PARA NOS PROVIDENCIAR A SALVAÇÃO.
Como resultado da humilhação
de Cristo, Deus (o Espírito de Jesus) exaltou enormemente Jesus Cristo (Deus
manifestado em carne). Jesus tem um nome que é sobre todos os nomes -um nome
que representa tudo o que Deus é. O Espírito de Deus deu esse nome a Cristo
(Messias), por que Cristo era Deus manifestado em carne. Também, Jesus Cristo
tem todo o poder sobre as coisas no céu, na terra, e debaixo da terra. Toda
língua confessar que Jesus Cristo é Senhor, dando, dessa maneira, glória Deus
Pai, na vez que o Pai está em Cristo. Filipenses 2:9-11 afirma: "Pelo que
também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o
nome, para que o nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e de
baixo da terra, e toda linda confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de
Deus Pai" Muitos, talvez a maior parte dos trinitarianistas entendem, na
verdade, o Kenosis de Cristo de um modo coerente com a unicidade. Por exemplo,
um preeminente estudioso diz que Cristo não "E esvaziou" assim mesmo,
realmente, dos atributos da divindade, pois isso significaria a abdicar da
divindade, o que faria de Jesus um mero semi-deus. Ao contrário, ele explica a passagem do
seguinte modo: Jesus não renunciou à sua divindade, mas a seu ser na forma de
Deus. Ele não se desfez de seus atributos divinos, mas o ocultou-os na fraqueza
da carne humana. Eles estavam sempre à disposição, mas Ele escolheu não
usá-los, ou Ele os usou de um novo modo. Ele impôs limitações a Si mesmo. Sua
glória e majestade celestiais não estavam mais aparentes. Resumindo, Ele ocupou
sua divindade em na humanidade, mas sua divindade era ainda evidente aos olhos da
fé. Colossenses 1:15-17 .
APOCALIPSE 1:1 "REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO
"Revelação de Jesus
Cristo, que Deus lhe deu." aqui encontramos a distinção entre o eterno
Espírito de Deus e o homem Cristo. Apenas o Espírito poderia revelar os eventos
do final dos tempos. A humanidade de Cristo não poderia saber essas coisas
(Marcos.13:32), portanto, Jesus Cristo as conhecia unicamente através do
Espírito. Além disso, a divindade de Cristo não era um produto de sua humanidade,
mas a união divino-humana era um produto da divindade. O livro do Apocalipse
não revela apenas as coisas por vir, mas revela também divindade de Jesus
Cristo e o conhecimento de ambos devem vir do Espírito de Deus. Muito depressa
entendemos que o Apocalipse revela
verdadeiramente Jesus como Deus, porque já no primeiro Capítulo João tem uma
visão de Jesus, em toda a na glória e poder de Deus.
OS
SETE ESPÍRITOS DE DEUS
Essa frase aparece em
Apocalipse 1: 4,3:1, e 5:6. Será que ela descreve sete pessoas na Divindade? Não,
mas se algumas pessoas aplicarem a mesma lógica à essa passagem que usam a
respeito de outras passagens das Escrituras, então terão sete pessoas no
Espírito. A Bíblia nos faz saber, no entanto, que há apenas um Espírito (I
Coríntios 12:13; Efésios 4:4). Por que,
então, Apocalipse fala de sete espíritos? Devemos recordar que Apocalipse é um
livro pleno de simbolismo. Além disso,
sete é um número muito simbólico na Bíblia, e, freqüentemente, representa
perfeição, conclusão, plenitude. Por exemplo, Deus descansou da criação ao
sétimo dia (Gênesis 2:2), o Sabbath do Velho Testamento era ao sétimo dia
(Êxodo 20:10), o candelabro no tabernáculo tinha sete velas (Êxodo 25:37), Noé
levou sete pares de animais limpos para
a arca (Gênesis 7:2), Jesus disse ao seus discípulos que perdoassem a um irmão
sete vezes por dia (Lucas 17:4), e o
livro do Apocalipse contém cartas às sete igrejas (Apocalipse 1:11). Assim, os sete espíritos
de Deus indicam, simplesmente, a plenitude e a perfeição do Espírito de Deus. Esse
é apenas um modo de dar ênfase a totalidade do Espírito de Deus. A frase pode,
também, aludir aos sete aspectos do Espírito registradas em Isaías 11:2,
especialmente porque tanto Isaías quanto apocalipse descrevem os sete espíritos
como pertencentes a Jesus. Isso nos leva a um outro ponto: a Bíblia não
identifica sete espíritos como sete pessoas separadas ou mesmo como uma pessoa
separada. Antes, João nos disse, claramente, que os sete espíritos pertencem a
Jesus Cristo (Apocalipse 22:17). Assim, os sete espíritos representam
simbolicamente a plenitude e o poder do único Espírito Santo que não é outro
senão o Espírito de Jesus.
O
CORDEIRO EM APOCALIPSE 5
Apocalipse 5:1 descreve
alguém sentado no trono, no céu com o livro (rolo) em sua mão direita. Então,
nos versículos 6 e 7 descreve um Cordeiro que vem e toma o livro na mão direita
daquele que está sentado no trono. Será que isso significa que há duas pessoas
em Deus? Não. Uma vez mais queremos lembrar que o livro do Apocalipse é grande
mente simbólico. Primeiro João não viu o invisível Espírito de Deus, ó porque o
próprio João disse que o homem a um jamais o vira (João 1:18; I João 4:12). De
fato nenhum homem pode ver a Deus (I Timóteo 6:16). Apocalipse 5:5 diz que um
"Leão" abriria o livro, mas, em vez disso, no versículo 6, João viu
um "Cordeiro". O versículo 6 diz que o Cordeiro tinha sido morto, mas
mesmo assim, se movia. Ele tinha sete olhos, que simbolizam os sete espíritos
ou o setenário Espírito de Deus (versículo 6) e a onisciência de Deus (Provérbios
15:3). O Cordeiro tinha sete chifres, que segui ficam a plenitude do poder de
Deus ou a onipotência de Deus, porque os chifres, na bíblia, usualmente,
simbolizam poder. (veja Zacarias 1:18 e 19; Apocalipse 17:12-17). Toda a
descrição da cena demonstra a natureza simbólica da passagem. Para
compreendê-la precisamos descobrir quem é Aquele no trono quem é o Cordeiro.
Apocalipse 4:2 e 8 descrevem Aquele que está no trono como o
"Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir". Ainda, em
Apocalipse 1:8, Jesus descreve a si mesmo como "O Senhor Deus, aquele que
é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso". (veja 1:11-18 e 22:12-16
para mais provas de que é Jesus quem fala em 1:8). Aquele que está no trono é,
também, o juiz (Apocalipse 20:11-12) e, sabemos que Jesus será um Juiz de todos
(João 5:22 e 27; Romanos 2:16; 14:10 e 11). Podemos, portanto, concluir que
aquele que está sentado no trono é Jesus, com toda a sua divindade poder. O
Cordeiro é Filho de Deus-Jesus Cristo em humanidade, particularmente em seu
papel sacrificial. O Novo Testamento identifica Jesus como Cordeiro que
derramou seu sangue pelos nossos pecados (João 1:36; I Pedro 1:19). É por isso
que Apocalipse 5:6 descreve o Cordeiro como sacrificado em. Deus não poderia
morrer, e não morreu; apenas à humanidade Jesus morreu. Portanto, o Cordeiro
representa Jesus somente em sua humanidade como sacrifício pelo pecado. O
restante do V capítulo prova isso, também, ao descrever o Cordeiro como nosso
Redentor. Que se Cordeiro não é apenas o
ser humano comum fica evidente uma vez que Ele tenha plenitude do Espírito de
Deus, inclusive a onisciência e a onipresença (versículo 6). Ele tem outro
papel como Leão da Tribo de Judá e como a raiz de Davi (versículo 5). O Leão
significa o papel real de Cristo e sua descendência do rei Davi. Jesus era da
tribo de Judá (Mateus 1:1-3; Lucas 3:33), que era a tribo real desde o tempo de
Davi. O leão é o símbolo de Judá como soberano (Gênesis 49:9-10). A raiz de
Davi faz alusão ao papel de Cristo como origem (criador) de Davi e Deus de
Davi. Há ainda, um outro fato que dá
sustento ao nosso ponto de vista de que o Cordeiro representa Jesus em sua
humanidade mais do que uma segunda pessoa na divindade. O Cordeiro aparece para
abrir o livro que está na mão de Deus. Muitos interpretam esse livro como sendo
o documento da redenção. Outros o vêem como símbolo dos mistérios e planos de
Deus. De qualquer modo, ele devia ser aberto por um ser humano, porque Deus não
nos redimiria nem revelaria a Si mesmo a nós, em seu papel de Deus
transcendental. Ele usou sua manifestação em carne humana como um meio tanto
para se revelar como para ser nosso parente resgatador. (veja Levítico 25:25;
47-49). Portanto, o Cordeiro representa a humanidade de Cristo. Muitos
eminentes estudiosos trinitarianistas concordam que Apocalipse 5 é simbólico e
não descreve Deus Pai no trono e Deus Filho ao lado do trono. The Pulpit
Commentary identifica aquele que está no trono como Deus triuno, [28] e o
Cordeiro como Cristo, em seu ofício humano. Ele afirma: "O Filho, em seu
ofício humano; como indicado por sua forma sacrificial de Cordeiro, pode tomar
e revelar os mistérios da eterna divindade, na qual Ele, como Deus, toma
parte". Assim, mesmo aos olhos de
estudiosos trinitarianistas, essa cena não indica a existência de uma trindade
na Divindade. Podemos concluir que a
visão, em Apocalipse 5, descreve, simbolicamente, as duas natureza se e os dois
papéis Jesus Cristo. Como Pai, Juiz, Criador e Rei, Ele se assenta no trono;
porque em sua divindade Ele é o Senhor Deus Todo-Poderoso. Como Filho, Ele
apareceu como um Cordeiro sacrificado; porque em sua humanidade Ele é o
sacrifício, morto por nosso pecado. João não viu o invisível Espírito de Deus,
mas ele teve uma visão retratando, simbolicamente, Jesus no trono em seu papel
de Deus e como um Cordeiro em seu papel de Filho de Deus, sacrificado pelo
pecado. Se uma pessoa insistir em tomar literalmente essa passagem
comprovadamente simbólica, então terá que concluir que João não viu duas
pessoas de Deus, mas, antes, viu um Deus no trono em um Cordeiro perto do
trono. Isso não é lógico, mas revela que o esforço dos trinitarianistas de
fazer da passagem uma prova da trindade, é vão.
Outros versículos do Apocalipse tornam claro que o Cordeiro não é uma
pessoa separada de Deus. Em particular, Apocalipse 22:1 e 3 falam do
"Trono de Deus e do Cordeiro", referindo-se ao único trono de 4:2 e
5:1. Depois de mencionar "Deus e o Cordeiro", Apocalipse 22:3 falam
dos "Seus servos", e o versículo 4 se refere a "Sua face" e
seu "Nome". O Cordeiro e a glória de Deus iluminam a Nova Jerusalém
(Apocalipse 21:23), embora o Senhor Deus seja a luz (Apocalipse 22:5).
Portanto, "Deus e o Cordeiro" são um único ser. A frase se refere a
Jesus Cristo e indica sua dual natureza.
Concluímos que Apocalipse 5, simbólica por natureza, revela a unicidade
de Deus. Ela descreve Um no trono, mas descreve, também, um Leão, uma Raiz e um
Cordeiro. Será que essa descrição revela quatro seres na divindade? Claro que
não. Há, antes, apenas Um no trono. O Leão, a Raiz, e o Cordeiro representam,
todos de forma simbólica, as características e as qualificações do Único digno
de abrir os selos do livro. O Leão nos diz que Ele é o Rei da tribo de Judá. A
Raiz nos fala que Ele é o Criador. O Cordeiro nos conta que Ele é Deus
encarnado em nosso sacrifício. É apenas nesse último papel que Ele pode ser
nosso Redentor, e pode abrir o livro. Portanto, Apocalipse 5 ensina que há um
Deus e esse único Deus veio na carne como o Cordeiro (o Filho) para se revelar
a humanidade e redimir o homem do pecado.
PORQUE
PERMITE DEUS
QUE
EXISTAM VERSÍCULOS SUJEITOS À "CONFUSÃO"?
Muitas pessoas perguntam:
“Se a doutrina da unicidade e correta, porque Deus permite a alguns versículos
que, aparentemente, trazem confusão ao assunto?” Por exemplo, se deus pretendia
que batizássemos em nome de Jesus, porque permitiu que Mateus 28:19 fosse
registrado tal como se encontra? Mesmo entendendo que esse versículo significa
que devemos batizar no nome de Jesus Cristo, ele não é uma fonte desnecessária
de confusão?
Primeiro, esses versículos das escrituras não
trazem confusão, quando lidos no contexto original. Deus não pode ser
responsabilizado pelos enganos dos homens. O versículo, como está registrado em
Mateus, era compreendido perfeitamente, na época apostólica, e não é culpa de
Deus que mais tarde os doutrinadores tenham torcido o significado das
escrituras, interpretando-a fora do contexto.
Segundo, Deus, às vezes, tem
o propósito apresentar a verdade de modo a deixá-la meio oculto. Em Mateus
13:10, por discípulos perguntaram a Jesus porque ele falava ao povo em
parábolas. Ele explicou que os mistérios do Reino dos céus não eram dados ao
povo (versículo 11). Por quê? "Por que, vendo, não vêem; e, ouvindo, não
ouvem entendem... Porque o coração deste povo está em um merecido, de mal grado
ouviram com seus ouvidos, e fecharam os seus olhos; para não suceder que vejam
com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e
sejam por mim curados". (Mateus 13: 13 e 15). Em outras palavras, o povo
não quer, realmente, ouvir, ver e entender mais sobre Deus. Se ele falasse a
Ele claramente, talvez entendessem apesar de sua falta de anseio espiritual.
Portanto, Jesus falava por parábolas para que apenas àqueles que têm realmente
fome e sede de justiça pudessem ser satisfeitos (Mateus 5:6), é que somente
aqueles que procurassem diligentemente pudessem encontrar a verdade (Hebreus
11:6). Após dar essa resposta, Jesus continuou a explicar a seus discípulos a
parábola que tinha acabado de contar a multidão. Poderia Deus permitir que
alguns versículos das escrituras se tornassem pedra de tropeço àqueles que
estão satisfeitos com as tradições dos homens e aqueles que não procuram a
verdade sincera e honestamente de todo o coração? Poderia ser que esses mesmos
versículos se tornassem grandes revelações para os que honestamente buscam a
intenção do Espírito? Se assim for, isso coloca uma grande responsabilidade
sobre aqueles que foram instruídos conhecendo a verdade. Se não possuem a fome e
o amor pela verdade e iguais àqueles exigidos dos outros, por Deus, eles
próprios, eventualmente, abandonaram a verdade (II Tessalonicenses 2:10-12).
Talvez isso explique porque muitos, entre os cristãos, jamais encontrem a
verdade; porque alguns que a alcançaram vieram a perdê-la, e porque alguns que
possuem pelo menos parte dela acabam perdendo o que tem.
OS
QUE ACREDITAM NA UNICIDADE E A HISTÓRIA DA IGREJA
Como temos visto nos
capítulos precedentes, a Bíblia ensina, de modo coerente, a unicidade de Deus.
No entanto, a igreja, hoje, quer nos fazer crer que, através de toda a
história, a igreja cristã tenha aceitado a doutrina da trindade. Será verdade?
Os líderes da igreja, na era pós-apostólica, eram trinitarianistas? Há, na
história da igreja, pessoas que tenham acreditado na Unicidade?
Em nossos estudos sobre esse
assunto, chegamos a três conclusões que passaremos a discutir neste capítulo.
1- Tanto quanto podemos
afirmar, os primeiros líderes cristãos, nos dias que se seguiram imediatamente
à era apostólica, acreditavam na Unicidade. Não há dúvidas de que jamais
ensinar a doutrina da trindade, como ela se apresenta mais tarde e como existe
nos dias de hoje.
2- Mesmo após o aparecimento
da doutrina da trindade, na parte final do segundo século, ela não tomou o
lugar da unicidade, como doutrina dominante até por volta de 300 d C., e não se
estabeleceu universalmente senão mais tarde, no quarto século.
3 - Mesmo depois do crime de
Arianismo se tornar dominante, os crentes da unicidade continuarão a existir
através de toda a história da igreja.
A
ERA PÓS-APOSTÓLICA
Os historiadores da igreja
concordam que a doutrina da trindade não existiu, como a conhecemos hoje,
imediatamente depois da era pós-apostólica.
Os líderes cristãos que vieram logo após os Apóstolos não se referiam a uma trindade, antes,
afirmavam sua crença no monoteísmo do Velho Testamento e aceitavam sem
questionar a Divindade e a humanidade de Jesus Cristo. Uma vez que esses
líderes deram ênfase a doutrina associadas à Unicidade, podemos supor que a
igreja pós-apostólica aceitavam a unicidade de Deus. Os mais prementes
patriarcas pós-apostólicos foram Hermas, Clemente de Roma, Policarpo e Inácio.
Seu ministério abrangeu o período de mais ou menos 90 a 140 d.C. Irineu, um preeminente líder cristão, que
morreu por volta de 200 d.C., tinha uma teologia essencialmente Cristocêntrica
e a crença firme de que Jesus era Deus
manifestado em carne. Ele acreditava que
o Logos, que se encarnou em Jesus Cristo, estava na mente de Deus, e era o
próprio Deus. Alguns estudiosos
classificam Irineu como um crente na "trindade econômica". Esse ponto
de vista afirma que não há trindade eterna, mas, apenas, uma trindade
temporária. É muito provável, portanto, quem Lineu acreditasse numa tríplice
idade de papéis ou atividades de Deus mais do que numa trindade de pessoas,
acreditando, assim, na Unicidade. O certo é que ele não acreditava na doutrina
da trindade do modo como ela se estabeleceu mais tarde. Não encontramos
referências à trindade como tal os primeiros escritos pós-apostólicos; eles se
referem a apenas um Deus e a Jesus como Deus. Possíveis referências a uma
emergente doutrina trinitarianista, entretanto, aparece em alguns escritos do
segundo século, principalmente em algumas referências que parecem apontar a uma
fórmula batismal triúna. Há várias explicações possíveis para essas poucas
referências a um conceito trinitariano, existentes nesses escritos.
1 - Os leitores e estudiosos
trinitarianistas podem ter entendido mal essas passagens devido a sua própria
tendência, assim como interpretaram mal as passagens bíblicas tais como Mateus
28:19.
2 - há uma forte
possibilidade de que os copistas trinitarianistas, mais tarde, intercalaram
(adicionaram) passagens de sua própria autoria -- uma prática muito comum na
história da igreja. Isso é muito provável uma vez que as únicas cópias
existentes desses primeiros inscritos foram feitas centenas de anos após os
originais. Existe, por exemplo, um escrito primitivo chamado Didakhe que afirma
que a comunhão deveria ser ministrada apenas àqueles que são batizados no nome
do Senhor, mas menciona, também, o batismo em nome do Pai, do Filho, do
Espírito Santo. Entretanto, a cópia mais antiga existente do Didakhe está
datada de 1056 d.C. Sem dúvida falsas doutrinas já tinham começado surgido
entre a igreja, em alguns casos. De fato, falsas doutrinas existiam mesmo nos dias
apostólicos (Apocalipse 2 e 3) até mesmo falsas doutrinas a respeito de Cristo
(II João 7; Judas,4). Levando tudo isso em consideração, no entanto, concluímos,
a partir da evidência histórica, que os líderes da igreja, nos tempos que se
seguiram imediatamente aos dias dos doze apóstolos de Cristo, acreditavam na
Unicidade.
UNICIDADE
A
CRENÇA DOMINANTE NO SEGUNDO E NO TERCEIRO SÉCULO
Temos salientado que a
unicidade era a única crença significativa nos dois primeiros séculos, com
relação à Divindade. Mesmo quando formas de binitarianismo começaram a se
desenvolver, não alcançaram projeção senão no final do terceiro século. Durante
esse tempo, havia muitos notáveis líderes e mestres da Unicidade que se opunham
à essa mudança na doutrina. (para apoio à nossa afirmativa de que a Unicidade
era a crença predominante durante o período que se seguiu aos apóstolos veja o
estudo intitulado "Monarquianismo Modalistico: Unicidade na história da
Igreja Primitiva", no final deste capítulo. É um estudo a respeito dos
maiores mestres da Unicidade e sua doutrina durante esse período da história da
igreja).
MONARQUIANISMO MODALÍSTICO
Monarquianismo Modalístico é
o termo usado, muitas vezes, pelos historiadores da igreja para se referir ao
ponto de vista da Unicidade. A enciclopédia Britânica o define do seguinte
modo:
O Monarquianismo
Modalístico, aceitando que toda a plenitude da Divindade habita em Cristo, se
opôs à "Subordinação" de alguns escritores da igreja, e sustentou que
os nomes Pai e Filho eram somente diferentes designações do mesmo sujeito, o
único Deus, que 'com referência às relações que tinha previamente mantido com o
mundo é chamado Pai, mas que com referência à sua aparição em humanidade, é
chamado o Filho”. Os mais prementes líderes modalistas foram Noetus, de Smirna
,Práxeas, e Sabellius .Noetus foi mestre de Práxeas, na Ásia Menor; Práxeas
pregou em Roma, por volta de 190, e Sabellius pregou em Roma por volta de 215.
Por ser Sabellius o mais conhecido dos modalistas, os historiadores, muitas
vezes, chamam a doutrina de Sabelionismo. Sabellius se baseou fortemente nas
Escrituras, especialmente em algumas passagens, tais como: Êxodo 20:3,
Deuteronômio 6: 4 Isaías 44:6 e João 10:38. Ele disse que Deus revelou a Si
mesmo, como o Pai na criação, Filho na encarnação e Espírito Santo na
regeneração e santificação. Alguns interpretam essa afirmativa como querendo
dizer que ele acreditava que essas três manifestações fossem estritamente consecutivas no tempo. Se for
assim interpretada, Sabellius não refletia as crenças do antigo modalismo ou da
moderna Unicidade. A Enciclopédia Britânica descreve da seguinte maneira, a
crença de Sabellius: "Sua proposição central era, com efeito, que o Pai, o
Filho e Espírito Santo são a mesma pessoa, três nomes ligados a um mesmo ser. O
que mais pesava para Sabellius era interesse monoteísta". Encontramos
muito de nossa informação sobre os modalistas em Tertuliano (falecido em 225),
que escreveu um trabalho contra Práxeas. Nesse tratado ele registrou que
durante o seu ministério, "A maior parte dos crentes" aderiu a
doutrina da Unicidade. "O simples, na verdade (não os chamarei de
ignorantes ou iletrados) que sempre constituem a maioria dos crentes, são
iniciados na dispensação (de três em um), no próprio terreno em que sua regra
de fé e os traz da pluralidade de deuses do mundo para o único Deus verdadeiro;
não entendendo que, embora Ele seja o único Deus, tem que ser aceito em sua própria
economia. A ordem numérica e a distribuição da trindade, eles presumem ser uma
divisão da unidade".
OS
CRENTES DA UNICIDADE DESDE O
QUARTO
SÉCULOS ATÉ O PRESENTE
Encontramos evidência da
existência de muitos outros crentes da unicidade através de toda a história da
igreja, além daqueles descrito no documento apresentado neste capítulo. Achamos
que os crentes que descobrimos representam apenas a ponta de um iceberg. Alguns
escritores têm encontrado evidências da existência da doutrina da unicidade entre
os Priscilianistas (de 350 a 700), Euchetas (por volta de 550 a 900), e
Bogomilos (por volta de 900 a 1400). Parece que a maior parte dos e crentes da
unicidade não deixaram registro escrito. Outros tiveram suas obras escritas
destruídas pelos seus oponentes vitoriosos. Muitos foram perseguidos em
martirizados, e seus movimentos foram destruídos pelo cristianismo oficial. Não
sabemos quantos dos crentes da unicidade e de seus movimentos a história deixou
de registrar, ou, quantos dos assim chamados hereges eram, na realidade,
crentes da unicidade. O que encontramos, no entanto, revela que a crença da
unicidade sobreviveu apesar da violenta oposição que enfrentou. Na idade média, o preeminente estudioso e
teólogo Abelardo (1079-1142) foi acusado de ensinar a doutrina de Sabellius
(unicidade). Seus inimigos o impediram de continuar ensinando. Ele procurou
refúgio num mosteiro em Cluny, França, e lá morreu. Com a reforma muitos se
opuseram a doutrina da trindade, aceitando a crença da unicidade. Um antitrinitarianista
famoso do tempo da reforma foi Miguel Serveto (1511-1553), físico espanhol. Ele
teve apenas alguns seguidores, embora alguns historiadores o considerem como
força motriz do desenvolvimento do unitarianismo. Ele, entretanto, não era,
absolutamente, unitarista, pois aceitava Jesus como Deus. O modo como é
descrito indica, claramente, que ele era um verdadeiro crente da unicidade:
"A negação, por parte de Serveto, da tripersonalidade da divindade e da
eternidade do Filho, junto disse que seu anabatismo tornou seu sistema
abominável tanto aos católicos quanto aos protestantes, apesar de ser intenso
Biblicismo, sou apaixonada devoção a pessoa de Cristo, e seu esquema
Cristocêntrico do universo". Serveto escreveu: "Não há outra pessoa
de Deus a não ser Cristo... a completa divindade do Pai está nele". Serveto foi tão longe a ponto de chamar a
doutrina da trindade de monstro de três cabeças. Ele acreditava que ela,
necessariamente, levava ao politeísmo que era um engano proveniente do diabo.
Ele acreditava, também, que porque a igreja aceitara o trinitarianismo, Deus
permitiria que ela viesse a ser governada pelos papas e assim, perdesse a
Cristo. Ele não podia entender por que os protestantes mesmo se afastando do
catolicismo ainda insistiam em manter a doutrina da trindade, não bíblica e
criada pelos homens.
Serveto foi queimado numa
fogueira, em 1553, por sua crença na unicidade, com a aprovação de João Calvino
(embora Calvino preferisse que fosse decapitado).
Emmanuel Swedenborg (1688-1772) foi um escritor
religioso e filósofo sueco que manifestou um bom entendimento da unicidade de
Deus. Ele ensinou várias outras doutrinas que são muito diferentes daquilo que
cremos, mas ele compreendeu o que Jesus é, realmente. Ele usou o termo
trindade, mas observando que significava apenas "Três tipos de
manifestações" e não uma trindade de pessoas eternas. Ele o usou
Colossenses 2:9 para provar que toda a "Trindade" estava em Jesus
Cristo, e se referiu a Isaías 9:6 e João 10:30 para provar que Jesus era o Pai.
Ele negava que o Filho tivesse sido gerado desde a eternidade, afirmando que o
Filho de Deus era a humanidade pela qual Deus enviara a Si mesmo o mundo. Ele
acreditava, também, que Jesus era Jeová Deus, que assumira a humanidade para
salvar o homem. Swedenborg escreveu: "Aquele que não buscar o Deus
verdadeiro do céu e da terra, não poderá entrar no céu, porque o céu é céu do
único Deus, e esse é Jesus Cristo, que é Jeová, o Senhor, desde eternidade o
Criador, no tempo o Redentor, e para a eternidade o Regenerador:
conseqüentemente, Aquele que é, ao mesmo tempo, o Pai, Filho e Espírito Santo;
e esse é o evangelho que deve ser pregado". Para ele Deus (Jesus) se
compunha do Pai, do Filho, e do Espírito, assim como o homem se compõe da alma,
do corpo e do espírito - uma analogia inapropriada. No entanto, a explicação de
Swedenborg para a divindade é espantosamente semelhante à aceita pelos crentes
da unicidade, hoje. O século XIX viu o aparecimento dos escritores da
unicidade. John Miller, ministro presbiteriano, foi um desses crentes da
unicidade, na América. Em seu livro: "É Deus uma Trindade?", escrito
em 1876, ele o usou uma terminologia ligeiramente diferente daquela dos
modernos escritores da unicidade, mas as crenças que ele expressava são basicamente
idênticas às dos crentes da unicidade, hoje. É espantoso ler seu livro e ver
quão perto ele se coloca do ensino da moderna unicidade, inclusive em seu modo
de entender Mateus 28:19. Miller acreditava que a doutrina da trindade não era
bíblica e que ela impedia enormemente a igreja de alcançar os judeus e os
muçulmanos. Ele declarou, enfaticamente, a perfeita divindade de Jesus Cristo.
Os crentes da unicidade existiram, também, na Inglaterra do século XIX. David
Campbell relatou ter encontrado um livro, escrito em 1828, que ensinava a
unicidade. O autor era John Clowes, pastor da igreja de São João, em
Manchester. O século XX a força mais significativa da unicidade têm sido os
Pentecostais da unicidade, embora alguns estudiosos classifiquem o famoso
teólogo neo-ortodoxo, Karl Barth, como modalista (unicidade). Charles Parham, o
primeiro líder do movimento pentecostal do vigésimo século, começou a ministrar
o batismo pela água, em nome de Jesus, embora, aparentemente, não ligasse essa
prática a uma negação explícita do trinitarianismo. Depois de 1913, muitos
Pentecostais rejeitaram o trinitarianismo e a fórmula batismal trinitarianista,
dando início ao movimento da moderna unicidade Pentecostal. Outros
historiadores, tomando os argumentos de Tertulliano como verdade, rotularam a
doutrina modalistica como Patripassianismo.
Não há, entretanto, nenhum
registro de qualquer modalista afirmando,explicitamente que o Pai sofreu ou que
o Pai morreu. Sabellius evidentemente , negava a acusação de
Patripassionismo. O assunto todo pode
ser facilmente resolvido, percebendo-nos
que o modalismo não ensinava, como Tertulliano suppôs, que o Pai é o Filho,
sim, que o Pai está no Filho. Como afirmou Commodiano, "O Pai entrou no
Filho, em Deus onde que seja."
Semelhantemente, Sabellius explicou que o Logos não era o Filho mas era
vestido pelo Filho." Outro
modalistas em resposta à acusação,explicavam que o Filho sofreu, enquanto o Pai
simpatizava ou "sentia com."
Com isso queriam dizer que o
Filho, o homem Jesus, sofreu e morreu. O
Pai, o Espírito de Deus dentro de Jesus, não poderia ter sofrido ou poderia ter
morrido em qualquer sentido físico, mas, ainda assim, Ele deve ter sido afetado
por, ou participou no sofrimento da carne. Adequadamente, Zephyrinus diz:
"Conheço apenas um Deus, Cristo Jesus, e além dele nenhum outro que nasceu
ou possa ter sofrido… não foia o Pai que morreu mas o Filho." Apartir dessas declarações parece claro que
os modalistas afirmaram que o Pai não era a carne, mas foi revestido ou
manifestado na carne. A carne morreu, mas o Espírito eterno não. Portanto, o
Patripassianism é um e termo enganandor
e incorreto para ser usado em relação ao
monarquianismo modalistico.
Basicamente, então,
monarquianismo modalistico ensinavam que Deus não tem nenhuma distinção de
número mas de nome ou modo apenas. O termo Filho se refere à Encarnação. Isso
significa que o Filho não é uma natureza eterna, mas um modo da atividade de
Deus, criado especialmente com a finalidade de salvar a humanidade. Não há um
Filho pre-existente, mas podemos falar
de um Cristo pre-existente uma vez que o Espírito de Cristo é o próprio Deus. O
Logos é visto como se referindo à atividade de Deus. Jesus é, portanto o Verbo
ou a atividade do Pai revestido de carne. O Espírito Santo não é um ser separado
tanto quanto o Logos. O termo Espírito Santo descreve o que Deus é, e se refere
ao poder e açãode Deus no mundo. Assim,
ambos os termos Logos e Espírito Santo
se referem ao próprio Deus, em maneiras específicas de atividade. O efeito do
monarquianismo modalistico é reafirmação
do conceito do VelhoTestamento de um,
Deus indivisível que pode e realmente se manifesta, e o seu poder
de várias maneiras diferentes. Além disso, Jesus Cristo é identificado
como aquele Deus que se manifestou através da encarnação em um corpo
humano. O Modalismo dessa maneira,
reconhece muito mais que o trinitarianismo, a completa Divindade de Jesus, que é exatamente o aquilo que os modalistas afirmam.. A perfeição e plenitude de Deus é Jesus. Em resumo, o monarquianismo modalistico pode
ser definido como crença de que Pai, Filho, e Espírito Santo são
manifestações do único Deus sem distinções de pessoas. Além disso, o único Deus
se expressa completamente na pessoa de Jesus Cristo.
As Escrituras não ensinam a
doutrina da trindade, mas trinitarianismo tem suas raízes no paganismo. Como,
então, veio esta doutrina pagã achar um lugar na Cristandade? Para uma resposta
a esta questão, temos confiado primeiramente nos professores seminaristas
luteranos principalmente Otto Heick e E. H. Klotsche, o professor de história
da igreja de Universidade do Yale, Roland Bainton, professor de universidade
John Noss, o notável filósofo-historiador Will Durant, e a Enciclopédia de
Religião e Éticas.
No Capítulo 10, notamos que
os pais pós-apostólicos (90 - 140 D.C.)
não abraçaram a ideia de uma trindade. Pelo contrário, eles enfatizaram o
monoteísmo do Velho Testamento, a
deidade de Cristo, e a humanidade de Cristo. Os apologistas gregos (130 - 180
D.C.) também enfatizaram a unidade de Deus. Porém, alguns deles moveram para o
trinitarianismo. Esta tendência em
direção ao trinitarianismo começou por fazer o Logos (a Palavra de João 1) uma
pessoa separada. Seguindo um pensamento na filosofia grega, particularmente nos
ensinamentos de Philo, alguns dos apologistas gregos começaram a ver o Logos
como uma pessoa separada do Pai. Porém, isto não era trinitarianismo mas uma
forma de binitarianismo, e uma que subordinou o Logos ao Pai. Para eles somente
o Pai era o Deus real e o Logos eram um ser
divino criado de segunda ordem. Eventualmente, o Logos foi comparado com o
Filho. Aparentemente, a fórmula
batismal triuna se tornou uma prática
entre algumas igrejas Cristãs, embora que haja
poucas referências primitivas a ele poderia ser ou recitações de Mateus
28:19 ou interpolações somadas por copistas posteriores. Além disso, durante
este tempo, nomeado um apologista chamado Theophilus usou a palavra tríade
(triados) para descrever a Deus. Porém; ele não usou isto para significar uma
trindade de pessoas provavelmente mas antes uma tríade das atividades de
Deus.
Irenaeus (morreu c. 200)
é frequentemente considerado o
primeiro teólogo verdadeiro desta época.
Ele enfatizou a manifestação de Deus em Cristo por causa da redenção. Alguns
estudiosos tem caracterizado as crenças de Irenaeus como "trinitarianismo
econômico." Por isto querem dizer que ele não creu em uma trindade eterna
ou uma essência da trindade mas somente
numa trindade que é temporária em natureza - provavelmente a trindade das
atividades de Deus ou somente suas operações. Irenaeus que não usou a doutrina
grega do Logos identificou o Logos com o
Pai. Sua teologia teve três
características chave: uma ênfase
bíblica forte, uma reverência por tradição apostólica, e uma ênfase forte de Cristocentrico . Parece ele
não era um verdadeiro trinitário mas no máximo uma figura transitiva. Em
resumo, no primeiro século depois dos apóstolos, a doutrina da trindade não
tinha nem mesmo ainda se desenvolvido. Porém, em alguns círculos uma forma de
binitarianismo subordinationistica
emergiu baseado em idéias filosóficas gregas, uma doutrina denunciada no
primeiro capítulo do Evangelho de João. Veja Capítulo 4 - The New Catholic
Encyclopedia diz de trinitarianismo nesta época na história da igreja:
"Entre os Pais Apostólicos, remotamente não tinha havido nada ainda igual
e chegado a tal uma mentalidade ou perspectiva ; entre os Apologistas do
segundo século, pouco mais que focalizar
o problema como aquele da pluralidade dentro da Única Divindade… Na última
análise, a realização da teologia do segundo século foi limitada… UMA solução trinitariana ainda
estava no futuro."
TERTULIANO - O PAI DO TRINITARIANISMO CRISTÃO
Tertulliano (c. 150 - c. 225
D.C.) foi a primeira pessoa registrada pela história para usar as palavras
trindade (latim: trinitas), substância
(substância), e pessoa (persona) em relação a Deus. [92] Ele foi o primeiro a
falar de três pessoas em uma substância (o latim: una substantia et tres
personae). Tertulliano aderiu à concepção econômica da trindade. Quer dizer,
ele creu que a trindade existe somente
com a finalidade de revelação, e depois que isso tem sido realizado a distinção
entre as pessoas cessará. Porém, ele definitivamente diferiu de Irenaeus em que
ele usou a doutrina do Logos dos apologistas gregos. Tertulliano comparou o
Logos com o Filho. Ele acreditava que o Pai trouxe o Logos a existência para a
criação do mundo e que o Logos era subordinado ao Pai. A doutrina da trindade
não apresentou nenhum problema para Tertulliano, pois sua teologia inteira apoiou-se no pensamento que o quanto mais
impossível é o objeto da fé, o mais certo ela é. Ele foi caracterizado pela
declaração, "eu acredito porque é absurdo." Existe alguma questão sobre o que Tertulliano
realmente significou por sua formulação trinitariana, especialmente seu uso da
palavra latim persona. De acordo com o manual de termos teológicos, na lei
Romana a palavra significa uma entidade ou pessoa legal. No drama ela significa a máscara usada por um
ator ou, por extensão, um papel feito por um ator. Nenhum uso necessariamente
indica o significado moderno de pessoa como um ser auto-consciente. Por
exemplo, um ator poderia fazer vários papéis (personae) e uma corporação legal
(persona) poderia consistir de diversos indivíduos. Por outro lado,
presumivelmente a palavra poderia também designar seres humanos individuais. No quarto século,
a palavra grega hypostasis foi usado na
formulação oficial da doutrina trinitária. De acordo com Noss, hypostasis era
uma palavra abstrata significado subsistência ou manifestação individualizada.
Ele diz, "Quando esta formulação foi traduzida para o latim, o grego um
tanto abstrato por manifestação individualizada se tornou a palavra bastante
concreta persona , e foram sugeridas conotações de personalidade distinta e
auto-suficiente de certo modo não entendida pelo fraseado grego original.
" Porém, esta palavra latina
concreta foi precisamente aquela que Tertulliano tinha usado anteriormente. Um
outro estudioso declara que até a época que hypostasis foi traduzido persona as duas palavras foram basicamente
equivalente ambas significado "ser individual." É aparente que muitas pessoas na época de Tertulliano opunham sua nova
formulação. Pela sua própria admissão da
maioria dos crentes pelo seu dia rejeitaram sua doutrina por duas razões: Sua
Regra de Fé (credo primitivo ou
declaração de crença) proibiu politeísmo, e sua doutrina dividiu a unidade de Deus. Nosso conhecimento
dos crentes modalistas (Unicistas)
primitivos, Noetus e Praxeas, vêm da sua oposição forte a Tertulliano e sua
oposição forte contra eles. Se Tertulliano quisesse dizer somente que Deus teve
três papéis, máscaras, ou manifestações, não havia nenhum conflito com
modalismo, especialmente desde que Tertulliano não creu em uma trindade eterna.
Então, concluímos que Tertulliano quis
dizer três diferenças essenciais em Deus e que persona não conotou ou implicou
uma personalidade distinta, como sugerido por Noss. Em todo caso, é claro que
na época de Tertulliano os crentes Unicistas, viram sua doutrina como
agudamente oposta a sua própria, que foi a cença majoritária da época. Aqui é uma anotação
final sobre Tertulliano. Ele se tornou um seguidor de Montanus, um herege
primitivo que reivindicou ser o Paraclete (Consolador) prometido em João 14 e o
último profeta antes do fim do mundo. Tertulliano eventualmente começou louvar
o celibato e condenar o matrimônio. No final, ele foi excomungado junto com o
resto dos Montanistas.
OUTROS
TRINITARIANOS PRIMITIVOS
Tertulliano introduziu a
terminologia do trinitarianismo e se tornou seu primeiro grande proponente no
Ocidente, mas Orígene (morto 254 d.C.) se tornou seu primeiro grande proponente
no Oriente. Orígene tentou fundir a
filosofia grega e o Cristianismo em um sistema de conhecimento elevado que os
historiadores freqüentemente descrevem como Gnosticismo Cristão. Ele aceitou a
doutrina grega do Logos (isto é que o Logos foi uma pessoa separada do Pai),
mas ele somou uma característica sem igual não proposto até sua época. Esta foi
a doutrina do Filho eterno. Ele ensinou que o Filho ou Logos foi uma pessoa
separada desde toda a eternidade. Além disso, ele disse que o Filho foi gerado
desde toda a eternidade e está sendo gerado eternamente. Ele reteve a
subordinação do Filho ao Pai em existência ou origem, mas chegou mais perto à
doutrina posterior de co-igualdade.
Orígene teve muitas crenças heréticas devido a sua aceitação de doutrina
da filosofia grega, sua ênfase no conhecimento místico em lugar de fé, e a sua
interpretação extremamente alegórica das Escrituras. Por exemplo, ele creu na
preexistência das almas dos homens, negou a necessidade da obra redentora de
Cristo, e creu na salvação final dos maus, inclusive o diabo. Para estas e
outras doutrinas heréticas, ele foi excomungado da igreja. Concílios da igreja
formalmente anatematizou (amaldiçoou) muitas das suas doutrinas em 543 e
553. Outros trinitarianos proeminentes
da história da igreja primitiva foram Hippolytus e Novatian. Hippolytus foi o
oponente trinitário de Sabellius. Ele opôs Callistus, bispo de Roma, e
encabeçou um grupo cismático contra ele. Apesar disto, a Igreja católica o
canonizou mais tarde. Novatian foi um dos primeiro em enfatizar o
Espírito Santo como uma terceira pessoa. Ele ensinou subordinação do Filho ao
Pai, dizendo que o Filho foi uma pessoa separada, mas teve um começo e veio do
Pai. Cornelius, bispo de Roma, excomungou Novatian por acreditar que vários
pecados sérios não podiam ser perdoados se cometidos depois da conversão.
O
CONCÍLIO DE NICÉIA
Ao final do terceiro século,
o trinitarianismo tinha substituído o modalismo (Unicidade) como a crença
apoiada pela maioria da Cristandade, embora as visões primitivas de
trinitarianismo ainda não estavam na forma da doutrina moderna. Durante a primeira parte do quarto século,
uma grande controvérsia sobre a Divindade deu ao seu clímax - o choque entre os ensinamentos de Atanásio
e Arius. Arios desejou preservar a unicidade de Deus e ainda proclamar a personalidade
independente do Logos. Como os trinitarianos, ele igualou o Logos com o Filho e
com Cristo. Ele ensinou que Cristo é um ser
criado - um ser divino, mas não da mesma essência que o Pai e não
co-igual com o Pai. Em outras palavras, para ele Cristo é um semideus. Com
efeito, Arius ensinou uma forma nova de politeísmo. Arius definitivamente não
era um crente Unicista, e o movimento Unicista moderno rejeita fortemente
qualquer forma do Arianismo. Em oposição
a Arius, Athanasius tomou a posição que o Filho é co-igual, co-eterno, e co-
essência com o Pai. Esta é agora a opinião do trinitarianismo moderno.
Portanto, enquanto Tertulliano apresentou muitos conceitos e termos trinitários
à Cristandade, Athanasius pode ser considerado o verdadeiro pai do
trinitarianismo moderno. Quando a
controvérsia Ariana-Athanasiana começou a varrer pelo Império romano, o
Imperador Constantino decidiu intervir. Recentemente convertido ao Cristianismo
e fazendo isto então a religião aceita ele sentia a necessidade de proteger a
unidade da Cristandade pelo bem-estar do império. De acordo com tradição sua
conversão veio como o resultado de uma visão que ele viu pouco antes de uma
batalha crucial. Supostamente, ele viu uma cruz no céu com uma mensagem
dizendo: “Neste sinal conquista”.Ele seguiu para ganhar a batalha, se tornando co-imperador em 312 D.C. e imperador
exclusivo em 324 D.C. Quando a grande controvérsia Ariana-Athanasiana ameaçou
dividir seu império recentemente ganho e destruir seu plano para usar o
Cristianismo consolidando e mantendo poder político, ele convocou o primeiro
concílio ecumênico da igreja que aconteceu em Nicéia em 325 D.C. Constantino não foi nenhum modelo perfeito de Cristão. Em 326 ele matou seu
filho, sobrinho, e esposa. Ele adiou o seu batismo de propósito até pouco antes
da sua morte, sobre a teoria que ele seria assim purificado de todos os pecados da sua vida. Durant diz a
respeito dele, "Cristianismo foi para ele um meio, mas não o fim. Enquanto o Cristianismo converteu o mundo, o
mundo converteu o Cristianismo e demonstrou o paganismo natural da
humanidade." Estabelecendo o Cristianismo como a religião preferida do
Império Romano (que ultimamente a levou a se tornar a religião oficial do
estado), Constantino radicalmente alterou a igreja e acelerou sua aceitação de
rituais pagãos e doutrinas heréticas. Como
historiador da igreja, Walter Nigg diz: "assim que o Imperador
Constantino abriu as comportas e as massas do povo fluíram completamente para a
Igreja de mero oportunismo , a imponência do caráter Cristão se
terminou." Quando o Concílio de
Nicéia se reuniu, Constantino não estava interessado em qualquer resultado
particular, enquanto que os participantes chegassem a um acordo. Uma vez
ocorrendo isto, Constantino colocou todo o seu poder em apoio do resultado. "Constantino que tratou quetões
religiosas somente de um ponto de vista político, assegurou unanimidade por banir todos os bispos que não assinariam
as novas profissões de fé. Foi desta maneira que a unidade foi
concebida. Foi completamente desconhecido
que um credo universal deveria ser instituído somente ou puramente na
autoridade do imperador… Nenhum bispo
disse uma única palavra contra esta coisa monstruosa." Heick divide os participantes em Niceia em
três grupos: uma minoria de Arianos, uma minoria de Athanasianos, e uma maioria
que não entenderam o conflito, mas queriam a paz. O Concílio finalmente adotou um credo que
claramente denunciou Arianismo mas disse pouco em relação de ensinamento
trinitário finalmente positivo. A frase
fundamental declarada que Cristo era da mesma essência (grego: homoousios) como
o Pai e não somente como uma essência (homoiousios). De forma bastante
interessante, os modalistas (crentes
Unicistas) tinha usado primeiramente a palavra escolhida (homoousios)
para expressar a identidade de Jesus com o Pai. Muitos que defenderam sem suscesso o uso do último
termo (homoiousios) não tencionaram
realmente que Jesus era diferente do
Pai em substância, mas antes queriam evitar as implicações Unicistas do primeiro termo. Assim o credo
resultante foi uma rejeição clara de Arianismo, mas uma rejeição não-tão-clara
de modalismo (Unicidade). A versão original do Credo Niceno formulada pelo
Concílio de Nicéia em relação a Unicidade é como segue: "Cremos em um Deus, o Pai Todo-poderoso , o criador de todas as
coisas visíveis e invisíveis. E em um Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus,
gerado do Pai, ou único gerado, isto.é., da natureza do Pai. Deus de Deus, Luz
de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não formado, de uma
substância com o Pai, por quem todas as coisas foram feitas , tanto as coisas
no céu e coisas na terra; quem por nós
homens e por nossa salvação veio e foi feito carne e assumiu a natureza
do homem, sofreu e ressuscitou no terceiro dia, ascendeu ao céus, (e) virá julgar
novamente os vivos e os mortos. E no Espírito Santo. Mas a igreja santa e
apostólica anatematiza aqueles que dizem que havia uma época quando ele não
existia, e que ele foi feito de coisas não existentes, ou de uma outra pessoa
ou ser, dizendo que o Filho de Deus é mudável, ou mutável." Não há uma
declaração clara da trindade neste credo, mas ele afirma que Jesus é de uma
substância com o Pai em oposição ao Arianismo. Não há nenhuma referência ao
Espírito Santo como uma pessoa separada na Divindade, mas ele meramente
expressa uma crença no Espírito Santo. Este Credo Niceno original indica uma
distinção pessoal entre Pai e Filho e declara que o Filho não é mudável ou
mutável. Esta última frase é um afastamento da doutrina bíblica do Filho e
apóia trinitarianismo moderno desde que ela ensina um Filho eterno.
Basicamente, então, o Concílio de Nicéia tem uma significância tripla: ele é
uma rejeição de Arianismo; ele é a primeira declaração oficial incompatível com
modalismo (Unicidade); e ele é a primeira declaração oficial em apoio ao
trinitarianismo.
DEPOIS
DE NICÉIA
A vitória trinitária de
Niceia, portanto, não estava completa, porém. Os próximos sessenta anos foi uma
batalha entre os Arianos e os Athanasianos. Alguns participantes no concílio
como Marcellus, bispo de Ancyra, saíram a favor do Sabellianismo (Unicidade).
Arius enviou uma carta conciliatória a Constantino que o fez reabrir o assunto.
Um concílio realizado em Tiro em 335 atualmente reverteu a doutrina Niceno em favor do Arianismo. Athanasius foi
ao exílio, e Arius teria sido restabelecido como bispo se não tivesse morrido
na noite anterior. Athanasius foi
banido cinco ou seis vezes durante este período. Muito do conflito foi devido a
circunstâncias políticas. Por exemplo, quando o filho de Constantino,
Constantius chegou ao poder ele apoiou os Arianos, depondo os bispos
Athanasianos e apoiando os Arianos nos seus lugares.
A controvérsia produziu
lutas políticas violentas e muito derramamento de sangue. O professor Heick credita o último sucesso do
Athanasianismo à eloqüência e perseverança do próprio Athanasius. "O fator
decisivo na vitória… foi a determinação firme de Athanasius durante uma vida
longa de perseguição e opressão." Porém, não foi até o segundo concílio
ecumênico, convocado pelo Imperador Theodosius e realizado em Constantinopla em
381, que o assunto foi resolvido. Este concílio, realizado depois da morte de
Athanasius, ratificou o Credo Niceno.
Resolveu também outro grande assunto que tinha o estado assolando após Niceia, isto é a relação do Espírito Santo a
Deus. O Espírito Santo era uma pessoa separada na Divindade ou não? Muitos
pensaram que o Espírito era uma energia, uma criatura, ou um ser angelical. O
concílio acrescentou declarações ao Credo
Niceno original para ensinar que
o Espírito Santo era uma pessoa separada como o Pai e o Filho. Não foi até o
Concílio de Constantinopla em 381, então, que a doutrina moderna da trindade
ganhou vitória permanente. Aquele concílio foi o primeiro em declarar que Pai,
Filho, e Espírito Santo inequivocamente eram três pessoas separadas de Deus,
co-iguais, co-eternos, e de co-essência. Um Credo Niceno revisado veio do concílio em 381.
A forma presente do
Credo Niceno que provavelmente emergiu
ao redor do ano 500, é então mais fortemente
trinitário que o Credo Niceno
original. Havia uma outra grande ameaça
a Athanasianismo. O Império romano tinha começado a desmonorar sob ataques
bárbaros, e as tribos bárbaras a ascendência para predomínio eram Arianas.
Concebivelmente, Arianismo poderia ter emergido vitorioso pelas conquistas
bárbaras. Porém, esta ameaça terminou finalmente quando os Francos se
converteram ao Athanasianismo em 496. Durante este período de tempo, um outro
credo importante Emergiu - o Credo
Athanasiano que não veio de Athanasius. Ele provavelmente representa a doutrina
trinitária de Augustino (354-430), depois se desenvolveu durante ou após seu
tempo.
Este credo é a mais
compreensiva declaração de trinitarianismo na história antiga da igreja.
Somente a parte ocidental da Cristandade o reconheceu oficialmente. Os pontos principais de diferença entre o
Leste e o Oeste na doutrina da trindade foram como segue. Primeiro, o Leste
tendeu para enfatizar a trindade de Deus. Por exemplo, para os Capadocianos o
grande mistério era como as três pessoas poderiam ser uma. No Oeste havia um
pouco mais de ênfase sobre a unidade de Deus. Segundo, o Oeste creu que o
Espírito procedeu do Pai e do Filho (a
doutrina de filioque- Em síntese: As relações entre cristãos gregos e
latinos se tornaram tensas por um motivo teológico: o Espírito Santo procede do
Pai e do Filho? (posição latina) ou procede do Pai pelo Filho? (posição grega).
A controvérsia se tornou candente nos séculos IX-XI, levando ao cisma bizantino
de 1054, cisma que até hoje perdura, embora as conversações dos teólogos de
parte a parte estejam contribuindo para aproximar entre si os irmãos. No fundo,
pode-se dizer que a controvérsia é mais lingüistica do que propriamente
teológica: gregos e latinos não entendem do mesmo modo o vocábulo
"proceder". Dando continuidade ao artigo anterior, voltamos-nos
explicitamente para a controvérsia do Filioque, tida pelos gregos como motivo
de cisma em 1054. Na verdade, o Evangelho afirma que o Espírito Santo procede
do Pai (cf. Jo 15, 26); o Credo niceno-constantinopolitano (381) repetiu esta
profissão de fé. Todavia os latinos acrescentaram ao Credo a partícula
Filioque, professando que o Espírito procede do Pai e do Filho. Isto deu origem
a calorosa controvérsia, pois os cristãos orientais se puseram a acusar os
ocidentais de haver alterado o Símbolo da Fé. A seguir, examinaremos o
desenrolar dos acontecimentos desde o início e a atual posição da Igreja.
1. O Problema Lingüístico - A
doutrina segundo a qual o Espírito Santo procede do Pai, está no Evangelho de
S. João: "...o Espírito da verdade, que procede (ekporeúetai) do Pai"
(15,26). A Escritura também se refere à relação do Espírito com o Filho, quando
Jesus diz: "Receberá do que é meu e vô-lo anunciará" (Jo 16,14s) ou
ainda: "Quando vier o Paráclito, que vos enviarei de junto do Pai"
(Jo 15,26). Estes dizeres levaram alguns Padres gregos a afirmar que o Espírito
Santo é "do Pai e do Filho". Assim S. Cirilo de Alexandria (+444): "O Espírito é o Espírito de Deus Pai e,
ao mesmo tempo, Espírito do Filho, saindo substancialmente de ambos
simultaneamente, isto é, derramado pelo Pai a partir do Filho" (De
adoratione, livro I, PG 68,148). S. João Damasceno (+749) professava: "O
Espírito Santo provém das duas Pessoas simultaneamente" (De recta fide 21,
PG 76,1408). S. Epifânio de Salamina (+403) escrevia: "É preciso crer, a
respeito de Cristo, que Ele vem do Pai, é Deus proveniente de Deus, e, a
respeito do Espírito, que Ele provém do Cristo, ou, melhor; de ambos, pois
Cristo disse: '...Ele procede do Pai' e 'receberá do meu'" (Ancoratus 67)."Já
que o Pai chama Filho o que procede do Pai e Espírito Santo o que provém de
ambos,... fica sabendo que o Espírito Santo é a luz que vem do Pai e do
Filho" (Ancoratus 71).Dídimo de Alexandria (+398) professava, comentando
palavras de Jesus: "Ele não falará sem mim e sem a decisão do Pai, porque
Ele não tem origem em si, mas é do Pai e de mim. Pois o que Ele é como
subsistência e como palavra, Ele o é pelo Pai e por mim" (De Spiritu
Sancto 34).Deve-se observar que tais autores admitem, de certo modo, a origem
do Espírito Santo a partir do Pai e do Filho, mas não dizem que o Espírito
procede do Filho. Segundo esses escritores, o Espírito procede do Pai pelo
Filho ou ainda provém do Filho, mas não procede do Filho. Acontece, porém, que,
para os latinos, a tradução do verbo ekporeúetai, proceder, não tinha
exatamente o mesmo sentido que para os gregos. Para estes, ekporeúetai
significava procedência a partir de um Princípio absoluto, não procedente, não
gerado, como somente é o Pai; o Filho é um Principio gerado, do qual, por
conseguinte, não se pode dizer que dele procede (ekporeúetai) o Espírito Santo.
Já que os latinos traduziam
ekporeúesthai por procedere, entendido como "derivar-se de, originar-se
de, provir de ...", aplicaram o verbo latino para designar a relação do
Filho com o Espírito Santo[2]. Ora isto ofendeu os gregos, que fizeram deste
gesto a ocasião de candente litígio até hoje não plenamente resolvido.),
enquanto o Leste sustentou que o Espírito procedeu somente do Pai. No final das
contas isto se tornou um assunto doutrinário principal atrás do cisma entre
Catolicismo Romano e Ortodoxo Oriental em 1054.
O Credo Atanasiano Para poder dar para ao leitor uma visão mais
completa da doutrina da trindade, uma parte do Credo Atanasiano é dado abaixo:
“Quem quiser será salvo: antes de todas as coisas é necessário que ele mantenha
a Fé católica. Qual Fé todo o mundo a mantenha integral e imaculada: de fora
sem duvida ele perecerá eternamente. E A Fé católica é esta: que adoramos um
Deus em Trindade, e Trindade em Unidade. Nenhum que confunde as Pessoas: nem
dividindo a Substância. Pois há uma Pessoa do Pai, outra do Filho, outra do
Espírito Santo. Mas a Divindade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, é todo o
um: A Glória co-igual, a Majestade co-eterna. Como o Pai é, tal é o Filho, e
tal é o Espírito Santo: O Pai não criado, o Filho não criado, e o Espírito
Santo não criado. O Pai incompreensível, o Filho incompreensível, e o Espírito
Santo incompreensível. O Pai eterno, o Filho eterno, e o Espírito Santo eterno.
E ainda eles não são três eternos: mas um Eterno. Como também não há três
incompreensíveis, nem três não criados: mas um Não Criado e um Incompreensível.
Igualmente o Pai é Todo-poderoso, e o Filho Todo-poderoso, e o”. Espírito santo
Todo-poderoso. E ainda eles não são três todo-poderosos: mas um Todo-poderoso.
Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. E ainda eles não
são três deuses: mas um Deus. Igualmente o Pai é Senhor, o Filho Senhor e o
Espírito Santo Senhor. E ainda não são três senhores: mas um Senhor. Da mesma
forma como somos compelidos pela verdade Cristã para reconhecer cada Pessoa por
Si mesma para ser Deus e Senhor: Assim somos proibidos pela religião católica
dizer, há três deuses, ou três senhores. O Pai não é feito por ninguém: nem
crido, nem gerado. O Filho é do Pai somente, não feito, nem criado, mas gerado.
O Espírito Santo é do Pai e do Filho, nem feito nem criado, nem gerado, mas
procedente. Assim há um Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos, e um
Espírito Santo, não três Espíritos Santos. E nesta Trindade nenhum é adiante,
ou depois do outro: nenhum é o maior ou menos que o outro. Mas o conjunto de três Pessoas são
co-eternas, e co-iguais. De forma que em todas as coisas, como é dito antes, a
Unidade em Trindade, e a Trindade em Unidade é para ser louvada. Ele então que
será salvo: deve pensar assim na Trindade...”
O
CREDO DOS APÓSTOLOS
Antes de fecharmos este
capítulo, precisamos responder questões sobre o assim denominado Credo
Apostólico. Ele originou com os Apóstolos? Ele ensina trinitarianismo? A
resposta para ambas às perguntas é não. Este credo teve seu início em uma
confissão mais antiga de fé usada na igreja Romana. Foi chamado o Símbolo romano
Antigo (ou Credo). Vários estudiosos dataram o Símbolo romano Antigo de até 100
a 200 D.C. Ele diz: "Creio em Deus
Pai Todo-poderoso . E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor;
Que nasceu pelo Espírito Santo da Virgem Maria;
Padeceu sob Pôncio Pilatos Foi crucificado foi sepultado; Ao terceiro
dia ressuscitou dos mortos; Ele ascendeu aos céus; e está sentado à mão
direita do Pai; De onde virá julgar os
vivos e os mortos. E no Espírito Santo; Na remissão dos pecados; Na
ressurreição do corpo (carne). " Este credo foi revisado para enfrentar o
desafio de assuntos doutrinais novos, até que finalmente ele alcançou sua forma
presente perto do fim do quinto século. As mudanças mais importantes foram as
adições que afirmam o seguinte: Deus é o criador do céu e da terra; Jesus foi
concebido pelo Espírito Santo; Jesus
sofreu e morreu; Jesus desceu ao inferno (a sepultura); crença na santa igreja católica (geral); crença na comunhão
dos santos; e crença na vida eterna.
Há duas coisas importantes
sobre as versões originais e posteriores. Primeiro, nenhum tem uma ligação
histórica direta com os doze apóstolos. Portanto as versões não são mais sagradas ou confiáveis que qualquer
outra escrita dos primeiros séculos depois da época dos apóstolos. Segundo, elas
não ensinam a doutrina trinitária. Na maior parte elas seguem a linguagem
bíblica muito de perto. Elas descrevem
somente o Filho de Deus em termos da Encarnação, não indicando em nenhuma parte que o Filho é
uma pessoa separada na Divindade ou que o Filho é eterno. Elas afirmam crença
no Espírito Santo, mas não como uma pessoa separada da Divindade.Em vez disto
elas colocam esta afirmação junto com outras declarações relacionadas à
salvação, levando-nos a acreditar que
elas estão falando sobre o dom ou batismo do Espírito Santo e à obra do
Espírito santo na igreja. Assim, não há nada realmente censurável na linguagem
se nós definimos as condições da mesma maneira que a Bíblia os usa. Porém, os
trinitarianos têm reinterpretado o Credo dos Apóstolos, reivindicando que apóia a sua doutrina. Os
católicos romanos e protestantes ambos usam isto hoje para declarar a sua cença
trinitária. Eles associaram isto com trinitarianismo a tal grau que os não trinitarianos não o usam por medo de ser mal compreendido. Nós não
recomendamos o uso do Credo dos Apóstolos pelas
seguintes razões. (1) Ele não originou com os apóstolos como seu nome
insinua. Nós não queremos criar uma falsa impressão entre as pessoas usando
aquele título. (2) Ele não enfatiza
necessariamente todos os temas importantes do Novo Testamento , especialmente
alguns aspectos que são importante para enfatizar hoje levando em conta falsas
doutrinas desenvolveram durante os séculos. (3) em vez de tentar formular um
credo que compreencivelmente declara doutrina de uma maneira restrita, preferimos usar a própria Bíblia para
declarações sumárias de doutrina. (4) O uso deste credo hoje nos associaria com
o trinitarianismo. Embora os escritores não tivessem esta doutrina em mente, a
vasta maioria de pessoas comuns hoje
consideraria como uma declaração trinitária. Para evitar identificação com o
trinitarianismo e Catolicismo Romano,
não usamos o Credo dos Apóstolos.
A
DIVINDADE DE JESUS CRISTO
O trinitarianismo afirma a
deidade de Cristo. Porém, diminui da plena deidade de Cristo como descrita na
Bíblia. Como um assunto prático, o
trinitarianismo nega que a
plenitude da Divindade está em Jesus porque ele nega que Jesus é o Pai e o Espírito Santo. Veja Capítulo 11 - Ela não exalta o nome e a
pessoa de Jesus suficientemente ou Lhe dá o pleno reconhecimento que a Bíblia
O dá.
CONTRADIÇÕES
O problema básico é que o
trinitarianismo é uma doutrina não
bíblica que contradiz vários ensinos bíblicos e muitos versículos específicos
das Escrituras. Além disso, a doutrina contém várias contradições internas. É
claro que, a contradição interna mais óbvia é como pode haver três pessoas de
Deus em qualquer sentido significante e ainda haver somente um Deus. Abaixo
temos compilado várias outras contradições e problemas associados com o
trinitarianismo. Esta lista não é exaustiva, mas dá uma idéia de quanto que a
doutrina se diverge da Bíblia.
1. Jesus Cristo teve dois
pais? O Pai é o Pai do Filho (I John 1:3), contudo a criança nascida de Maria
foi concebida pelo Espírito Santo (Mateus os dizem que o Espírito Santo foi
meramente o agente do Pai na concepção - um processo que eles comparam com
inseminação artificial![109]
2. Quantos Espíritos são?
Deus o Pai é um Espírito (João 4:24), o Senhor Jesus é um Espírito (II coríntios
3:17), e o Espírito Santo é um Espírito
por definição. Contudo há um Espírito (I coríntios 12:13; Efesios.4:4).
3. Se o Pai e Filho são
pessoas co-iguais, por que o Jesus orou ao Pai? (Mateus 11:25). Deus pode orar
a Deus?
4. Semelhantemente, como o
Filho não pode saber tanto quanto o Pai? (Mateus 24:36; Marcos 13:32).
5. Semelhantemente, como o
Filho não pode ter poder a não que o Pai
Lhe dá? (João 5:19, 30; 6:38).
6. Semelhantemente, como
explicar sobre os outros versículos das Escrituras que indica a desigualdade do
Filho e o Pai? (João 8:42; 14:28; I Co.11:3).
7. Como foi que "Deus o
Filho" morreu? A Bíblia diz que o Filho morreu (Romanos 5:10). Nesse caso,
Deus pode morrer? Pode uma parte de Deus morrer?
8. Como pode ser um Filho eterno
quando a Bíblia fala de um Filho gerado,
indicando claramente que o Filho teve um início? (João 3:16; Hebreus
1:5-6).
9. Se o Filho é eterno e
existiu na criação quem foi sua mãe naquele momento? Sabemos que o Filho foi feito
de mulher (Galatas.4:4).
10.Será que "Deus o
Filho" entregou Sua onipresença
enquanto estava na terra? Nesse caso, como ele pode ainda ser Deus?
11. Se o Filho é eterno e
imutável (inalterável), como pode o reinado do Filho ter um fim? (I coríntios 15:24-28).
12. Se em resposta às
perguntas 3 a 11 dizemos que o Filho humano de Deus foi limitado em
conhecimento, foi limitado em poder, e morreu, então como podemos falar de "Deus o Filho?" Há
dois Filhos?
13. Quem é que louvamos e a
quem é que oramos? Jesus disse para adorar o Pai (João 4:21-24), contudo Estevão orou a Jesus (Atos 7:59-60).
14. Pode haver mais de três
pessoas na Divindade? Certamente o Antigo Testamento não ensina três mas enfatiza Unicidade. Se o
Novo Testamento acrescenta à mensagem do
Antigo Testamento e ensina três pessoas,
então o que há de prevenir subsequentes
revelações de pessoas adicionais? Se
aplicarmos a lógica trinitária para interpretar alguns versos da
Bíblia, poderíamos ensinar uma quarta
pessoa (Isaias 48:16; Colossenses 1:3; 2:2; I Tessalonicenses 3:11; Tiago
1:27). Igualmente, poderíamos
interpretar alguns versos da Bíblia para significar seis ou mais pessoas (Apocalipse
3:1; 5:6).
15. Há três Espíritos no
coração de um Cristão? Pai, Jesus, e o Espírito habitam dentro do Cristão (João
14:17, 23; Romanos 8:9; Efesios 3:14-17). Todavia há um Espírito (I coríntios
12:13; Efesios 4:4).
16. (Há somente um trono no
céu (Apocalipse 4:2). Quem senta sobre ele? Sabemos que Jesus senta (Apocalipse
1:8,18, 4:8). Onde o Pai e o Espírito Santo sentam?
17. Se Jesus está no trono, como Ele pode sentar mão
direita de Deus ? (Marcos 16:19). Ele senta ou está de pé à direita de Deus? (Atos 7:55). Ou Ele está no seio do
Pai? (João 1:18).
18. Está Jesus na Divindade
ou está a Divindade em Jesus? Colossenses 2:9 diz que é o último.
19. Determinado Mateus
28:19, por que os apóstolos consistentemente batizaram tanto Judeus como
Gentios usando o nome de Jesus, até a extensão do rebatismo? (Atos 2:38; 8:16; 10:48;
19:5; 22:16; I coríntios 1:13).
20. Quem ressuscitou Jesus
dos mortos? O Pai o fez (Efesios 1:20), ou Jesus (João 2:19-21), ou o Espírito?
(Romanos 8:11).
21. Se o Filho e Espírito
Santo são pessoas co-iguais na Divindade, por que a blasfêmia contra o Espírito
Santo é imperdoável mas a blasfêmia contra o Filho não é? (Lucas 12:10).
22. Se o Espírito Santo é um
membro co-igual da trindade, por que a Bíblia sempre fala dEle como sendo
enviado do Pai e de Jesus? (João 14:26; 15:26).
23. O Pai sabe algo que o
Espírito Santo não sabe? Nesse caso, como eles podem ser co-iguais? Somente o
Pai sabe o dia e hora da Segunda Vinda de Cristo (Marcos 13:32).
24. A trindade fez as Velhas
e Novas alianças? Sabemos que o SENHOR (Yaweh-Jeová) fez (Jeremias 31:31-34;
Hebreus 8:7-13). Se Yaweh(Jeová) é então
uma trindade o Pai, Filho, e Espírito
tiveram que morrer para fazer a aliança nova efetiva (Hebreus 9:16-17).
25. Se o Espírito procede do
Pai, o Espírito também é filho do Pai? Se não, por que não?
26. Se o Espírito procede do
Filho, o Espírito é neto do Pai? Se não, por que não?
AVALIAÇÃO
DO TRINITARIANISMO
Cremos que o trinitarianismo
não é uma doutrina bíblica e que ele contradiz a Bíblia em muitas maneiras. As
Escrituras não ensinam uma trindade de pessoas. A doutrina da trindade usa
terminologia não usada na Bíblia. Ela ensina e enfatiza pluralidade na
Divindade enquanto a Bíblia enfatizar a Unicidade de Deus. Ela diminui a
plena deidade de Jesus Cristo. Ela
contradiz muitos versos específicos da Bíblia. Ela não é lógica. Ninguém pode
entender ou explicar racionalmente, nem
mesmo aqueles que a defendem. Em resumo, o trinitarianismo é uma doutrina que
não pertence ao Cristianismo.
A
DOUTRINA DA TRINDADE CONTRASTADA COM A UNICIDADE
Para entender claramente
como o trinitarianismo difere os ensinamentos da Bíblia sobre a Divindade, preparamos uma tabela contrastante. A lista
lateral esquerdas registra os ensinos essenciais do trinitarianismo. As listas
laterais direitas os ensinos da Unicidade ou monoteísmo Cristão. Acreditamos
que o lado direito reflete os ensinos da Bíblia, e este é o sistema de crença
que tentamos apresentar ao longo deste
livro.
TRINITARIANISMO
E UNICIDADE COMPARADOS
TRINITARIANISMO
- UNICIDADE
a- Há três pessoas em um
Deus. Quer dizer, há três distinções essenciais na
Natureza de Deus. Deus é uma
Trindade Santa. Há um Deus sem nenhuma
divisão essenciais na sua natureza. Ele não é uma pluralidade de pessoas, mas
Ele tem uma pluralidade de manifestações, papéis, títulos, atributos, ou
relacionamentos com o homem. Além disso, estas não são limitados a três,
b- Pai, Filho, e Espírito
Santo são as três pessoas na Divindade. Elas são pessoas distintas, e eles são
co-iguais, co-eternos e de co-essência. Porém, Deus o Pai é a cabeça da
Trindade em algum sentido, e o Filho e Espírito procedem de Ele em algum
sentido. Pai, Filho, e Espírito Santo
são designações diferentes para o único Deus. Deus é o Pai. Deus é o Espírito
Santo. O Filho é Deus manifestado em carne. O termo Filho sempre se refere à
Encarnação, e nunca a uma deidade aparte da humanidade.
c- Jesus Cristo é a
encarnação de Deus o Filho. Jesus não é o Pai ou o Espírito Santo. Jesus Cristo é o Filho de Deus. Ele é a
encarnação da plenitude de Deus. Na Sua deidade, Jesus é o Pai, (Espírito Santo)
encarnado. Jesus é o tabernáculo de Deus, o Espírito Santo tabernáculou em
Jesus, Emanuel Deus conosco.
d- O Filho é eterno. Deus o
Filho existiu desde toda a eternidade. O Filho foi gerado eternamente pelo
Pai. O Filho é gerado, não eterno. O
Filho de Deus existiu desde toda a eternidade somente como um plano na mente de
Deus. O Filho de Deus veio à existência atual (significativo) na Encarnação em
qual época o Filho foi concebido (gerado) pelo Espírito de Deus.
e- A Palavra de João 1 (o
Logos) é a segunda pessoa da Divindade, isto é Deus o Filho. A Palavra de João 1 (o Logos) não é
uma pessoa separada, mas é o pensamento, plano, atividade, ou expressão de
Deus. A Palavra foi expressa em carne como o Filho de Deus.
f- Jesus é o nome humano
dado a Deus o Filho como manifestado na carne. Jesus (significando Jeová-salvador)
é o nome revelado de Deus no Novo Testamento. Jesus é o nome do Pai, Filho, e
Espírito Santo.
g- O batismo nas águas é
administrado corretamente dizendo "no nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo”. Batismo nas águas é
administrado corretamente dizendo "no nome de Jesus." O nome de Jesus
normalmente é acompanhado com os títulos de Deus, Cristo, ou ambos.
h- Veremos a Trindade ou o
Triuno Deus no céu. (Muitos trinitarianos dizem que veremos três corpos que é triteismo
declarado. Outros deixam aberta a possibilidade que veremos somente um ser
Espírito com um corpo. A maioria do trinitarianos não sabem o que creem sobre
isto, e alguns admitem francamente que não sabem. Veremos Jesus Cristo no céu.
Ele é o único no trono e o único Deus que jamais veremos.
i- A Divindade é um
mistério. Temos que aceitar pela fé o mistério da Trindade apesar de suas
contradições aparentes. A Divindade não
é nenhum mistério, especialmente para a igreja, já tem sido revelado. Não
podemos entender tudo que há de saber acerca de Deus, mas a Bíblia ensina
claramente que Deus é um em número e que Jesus Cristo é o único Deus manifesto
na carne. ITm.3:16.
O
QUE O MEMBRO COMUM DA IGREJA CRÊ?
Vendo os contrastes entre trinitarianismo
e Unicidade, poderíamos perguntar o
que a pessoa comum que se chama uma
Cristã realmente crê? É claro que, a maioria das denominações Cristãs
oficialmente aceita trinitarianismo. Porém, a maioria de estudiosos trinitários
cuidadosamente se distânciam do triteismo e muitos usam terminologia que soam quase como Unicidade. Muitos membros de igreja realmente não
entendem a doutrina do trinitarianismo e, como um assunto prático, estão mais
perto da crença, Unicista. Algumas perguntas que se respondidas no afirmativo
indicam uma tendência em direção a Unidade ou uma aceitação funcional são:
- Você normalmente ora
diretamente a Jesus? Quando você ora ao Pai, você muda para uma linguagem que
indica que de fato você está pensando acerca de Jesus (por exemplo, usando
"Senhor", "em seu nome", ou "Jesus")?
- Você espera ver somente um
Deus no céu, a saber, Jesus Cristo?
- É correto dizer que você
raramente ou nunca ora diretamente ao Espírito Santo como uma pessoa separada?
- A doutrina da trindade é
desconcertante para você ou é um mistério para você?
Baseado nas respostas a
estas questões e outras semelhantes a elas,
sentimos que a maioria de crentes
Bíblicos instintivamente pensam em termos da Unicidade e não em termos
trinitários. Além disso, parece que quando uma pessoa recebe o batismo do
Espírito Santo ela instintivamente pensa
em termos da crença Unicista.
A maioria dos católicos e
protestantes não tem um conceito bem desenvolvido da trindade, não sabem em
detalhes o que o trinitarianismo ensina, e não podem explicar passagens
Bíblicas em termos trinitarianos. Hoje, achamos uma ênfase forte no
trinitarianismo e formas extremamente triteisticas principalmente de trinitarianismo em alguns
grupos Pentecostais trinitarianos. A
razão aparente para isto é que eles tem enfrentado o assunto da Unicidade, tem
rejeitado conscientemente a Unicidade, e assim tem ido ao
trinitarianismo radical. Uma pergunta simples ajudará o membro da igreja
trinitariana esclarecer suas próprias crenças. A pergunta é: "Quando vemos Deus no céu, o que veremos? " Se
ele responde que veremos três pessoas
com três corpos, então ele é um trinitariano forte e radical. Sua resposta indica
um triteismo pagão, não o monoteísmo forte da Bíblia. Veja Capítulo 1 - Se ele responde que veremos um Deus com um corpo, então ele está
perto da Unicidade. Dada esta resposta, é fácil demonstrar de Apocalipse que o
único que veremos é de fato Jesus Cristo, pois
nEle habita toda a plenitude da Divindade completamente.
A Bíblia não ensina a
doutrina da trindade, o trinitarianismo na verdade contradiz a Bíblia. O
trinitarianismo não acrescenta qualquer benefício positivo à mensagem Cristã.
Sem a doutrina artificial da trindade feita pelos homens podemos ainda afirmar
a deidade de Jesus, a humanidade de Jesus, o nascimento virginal, a morte,
sepultamento, e ressurreição de Cristo, a expiação, justificação pela fé, a
autoridade exclusiva das Escrituras, e qualquer outra doutrina que é essencial
ao r Cristianismo verdadeiro. Na realidade, realçamos estas doutrinas quando
aderimos estritamente à mensagem Bíblica
que Jesus é o único Deus manifesto em
carne. Aderência à Unicidade não significa a rejeição que Deus veio em carne
como o Filho ou uma rejeição que Deus cumpre os papéis de Pai e Espírito Santo.
Por outro lado, a doutrina da trindade diminui dos temas bíblicos importantes
da Unicidade de Deus e a deidade absoluta de Jesus Cristo. Portanto, o
Cristianismo deveria deixar de usar a terminologia trinitáriana e deveria
voltar para trás para enfatizar a mensagem básica da Bíblia. A maioria dos
crentes Bíblicos não pensam em termos fortes trinitários, portanto é uma
transição a parte dele não seria muito difícil, pelo menos não no nível
individual. No outro lado, aderência
estrita à crença da Unicidade traz muitas bênçãos. Ela coloca uma ênfase onde
deveria ser - na importância de terminologia bíblica, pensamento, e temas. Ela
estabelece o Cristianismo como o verdadeiro herdeiro de Judaísmo e como uma
crença verdadeiramente monoteística. Ela nos lembra que Deus nosso Pai e Criador nos amou tanto que Ele Se vestiu em
carne para vir como nosso Redentor. Ela nos lembra que podemos receber este Criador e Redentor em nossos corações pelo
Seu Próprio Espírito. A Unicidade
magnífica Jesus Cristo, exalta Seu nome, reconhece quem Ele realmente é, e
reconhece Sua plena deidade. Exaltar
Jesus e Seu nome na pregação e no louvor traz um movimento poderoso do Seu
poder em bênçãos, libertação, oração
respondida, milagres, cura, e salvação. Coisas maravilhosas acontecem quando
alguém prega a mensagem da deidade de Jesus, o nome de Jesus, e a Unicidade de
Deus, mas raramente alguém se inspira sobre a mensagem da trindade. Uma crença
forte na Unicidade de Deus e a deidade absoluta de Jesus Cristo é um elemento
crucial na restauração da igreja a retificar as crenças bíblicas e poder
apostólico.
O
QUE PODEMOS DIZER ACERCA DE DEUS?
Sabemos que há um Deus
indivisível (Deuteronomio.6:4). Deus é
Espírito (João 4:24) e portanto invisível ao homem (João 1:18; I Timoteo
6:16). Ele é onisciente, onipresente, e onipotente (Salmo 139; Apocalipse
19:6). No Antigo Testamento, Deus se manifestou muitas vezes de modos visíveis
(Gêneses 18:1; Êxodo 33:22-23). Estas manifestações temporárias e visíveis são
chamadas teofanias. No Novo Testamento, Deus se manifestou em carne humana como Jesus Cristo, o Filho de Deus (João
1:1, 14; I Timoteo 3:16).
No Velho Testamento Deus se
revelou pelo nome de Jeová ou Yahweh que significa o Auto-Suficiente ou único Eterno.
O Novo Testamento descreve
frequentemente o único Deus como o Pai. Este título enfatiza Seu papel como Criador
e Pai de todos (Malaquias.2:10), como Pai dos crentes renascidos (Romanos
8:14-16), e como Pai do único Filho
unigênito (João 3:16).
Além disso, a Bíblia usa o
termo Espírito Santo para se referir ao
único Deus. Isto descreve o que Deus é e enfatiza Deus em atividade (Gênesis
1:2), particularmente na atividade relacionado ao homem tais como a
regeneração, batismo, enchimento, e unção (Atos.1:4-8; 2:1-4).
A Bíblia também usa a termo
Palavra para se referir ao único Deus, particularmente ao pensamento, plano, ou
expressão de Deus (João.1:1, 14).
No Novo Testamento, Deus se
manifestou na carne na pessoa de Jesus Cristo. Esta manifestação de Deus é
chamada o Filho de Deus (não Deus o Filho) porque Ele foi concebido
literalmente no útero de uma mulher pela operação milagrosa do Espírito de Deus
(Mateus 1:18-20; Lucas 1:35). Assim a palavra Filho nunca denota deidade
sozinho, mas sempre descreve Deus como manifestado na carne, em Cristo (Mateus
25:31), e às vezes descreve somente a humanidade de Cristo (Romanos 5:10). Não
dizemos que o Pai é o Filho, mas que o Pai está no Filho. Não podemos separar o
Filho da Encarnação (Gálatas 4:4). Então, o Filho não preexistiu a Encarnação a
não ser como um plano na mente de Deus, isto é como a Palavra.
Jesus Cristo é o Filho de
Deus - Deus em carne (Mateus 1:21-23). Ele tem uma natureza dupla - humana e divina, ou carne e Espírito. Em
outras palavras, duas naturezas completas são unidas inseparavelmente na pessoa
de Jesus Cristo. Em Sua natureza humana
Jesus é o filho de Maria. Na Sua natureza divina Jesus é o único Deus em Si mesmo (II Coríntios
5:19; Colossenses 2:9; I Timoteo 3:16). Jesus é o Pai (Isaias 9:6; João 10:30;
14:6-11), Jeová (Jeremias 23:6), a Palavra (João 1:14), e o Espírito Santo (II
Coríntios 3:17; Gálatas 4:6; Efesios 3:16-17).
A Bíblia claramente ensina a
doutrina da Unicidade de Deus e a deidade absoluta de Jesus Cristo claramente.
Os cristãos primitivos acreditaram nesta grande verdade, e muitas pessoas tem
aderido a ela ao longo da história. Embora que no curso da historia o
trinitarianismo se tornou a doutrina predominante na Cristandade, as Escrituras
não o ensinam. Na realidade, a Bíblia não menciona em nenhuma parte ou se alude
a palavra trindade, a frase "três pessoas em uma substância", ou a
frase "três pessoas em um Deus." Podemos explicar todos as Escrituras
adequadamente em ambos os testamentos sem qualquer necessidade de recorrer à
doutrina da trindade.
O trinitarianismo contradiz
e diminui dos importantes ensinos
bíblicos. Diminui a ênfase Bíblica na
unidade absoluta de Deus, e diminui da deidade plena de Jesus Cristo. A doutrina
trinitária como existe hoje não se desenvolveu completamente e a maioria da
Cristandade não a aceitou completamente até o quarto século depois de Cristo.
Aqui estão cinco maneiras
específicas nas quais a doutrina bíblica do monoteísmo Cristão difere da
presente doutrina existente do trinitarianismo.
(1) A Bíblia não fala de um
eterno existente"Deus o Filho; " pois o Filho refere somente à
Encarnação.
(2) a frase "três
pessoas em um Deus" é incorreta porque não há nenhuma distinção de pessoas
em Deus. Se "pessoas" indicam
uma pluralidade de personalidades, vontades, mentes, seres, ou corpos visíveis,
então é incorreto porque Deus é um ser com uma personalidade, vontade e mente.
Ele tem um corpo visível - o
corpo humano glorificado de Jesus Cristo. (3) o termo "três pessoas"
é incorreto porque não há nenhuma triplicidade essencial sobre Deus. O único
número relevante a Deus é um. Ele tem muitos papéis diferentes, títulos,
manifestações, ou atributos, e não podemos as limitar a três.
(4) o Jesus é o nome do Pai,
Filho, e Espírito Santo, pois Jesus é o nome revelado de Deus no Novo Testamento (João 5:43; Mateus 1:21; João 14:26). Então,
podemos administramos corretamente o batismo nas águas usando o nome de Jesus (Atos 2:38).
(5) Jesus é a encarnação da plenitude de Deus.
Ele é a encarnação do Pai (a Palavra, o Espírito, Jeová) não somente a encarnação de uma pessoa
chamada "Deus o Filho."
O que é a essência da
doutrina de Deus como ensinado pela Bíblia - a doutrina que temos rotulado
Unicidade? Primeiro, há um Deus indivisível sem nenhuma distinção de pessoas.
Segundo, Jesus Cristo é a plenitude da
Divindade encarnada. Ele é Deus o Pai - o Jeová do Antigo Testamento - vestido em carne. Tudo de Deus está em
Jesus Cristo, e achamos tudo que precisamos nEle. O único Deus que nós veremos no céu é Jesus Cristo.
Tendo dito tudo disto, por
que uma compreensão correta de e crença nesta doutrina são importante? Aqui
estão quatro razões.
(1) é importante porque a
Bíblia inteira a ensina e enfatiza.
(2) Jesus deu ênfase como é importante para nós entendermos que Ele realmente é o Jeová do Antigo Testamento:
"Porque se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados"
(João 8:24). A palavra ele está em itálico na King James Version, que indica não está no grego mas foi
adicionada pelos tradutores. Portanto
Jesus chamou a Si mesmo o
"EU SOU", o nome que Jeová
usou em Êxodo 3:14-15. Jesus estava dizendo, "Se não crerdes que eu
SOU, morrereis nos vossos pecados."
Não é obrigatório que uma pessoa tenha uma compreensão completa de todas as
perguntas relativas a Divindade para ser salva, mas ela deve crer que há um
Deus e que Jesus é Deus.
(3) a mensagem Unicista
determina a fórmula para o batismo nas águas - em o nome de Jesus (Atos 2:38).
(4) A Unicidade nos ensina
como é realmente importante o batismo do Espírito Santo. Desde que há somente
um Espírito de Deus, e desde que o Espírito Santo é o Espírito de Cristo,
Unicidade nos mostra que recebemos
Cristo em nossas vidas quando somos cheios ou batizados com o Espírito
Santo (Romanos 8:9).
Escrituras. Ela vem através
de estudo com oração, procurando diligentemente, o intenso desejo pela verdade.
Quando Pedro fez sua grande
confissão da deidade de Jesus, Jesus disse: "Porque não foi carne
e sangue quem to revelou, mas meu Pai
que está no céu" (Mateus.16:16-17). Portanto, se quisermos entender o
grande Deus em Cristo devemos colocar de lado as doutrinas
humanas, tradições, filosofias, e teorias. No seu lugar devemos colocar
a pura Palavra de Deus. Devemos pedir
para Deus nos revelar esta grande verdade através da sua Palavra. Devemos
buscar Seu Espírito para iluminar Sua Palavra e nos guiar em toda a verdade
(João 14:26; 16:13). Não é suficiente confiar em dogmas da igreja, pois os
dogmas da igreja só são válidos se eles forem ensinados conforme a Bíblia.
Devemos voltar a própria Bíblia, temos que estudá-la, e temos que pedir a Deus
que nos ilumine pelo Seu Espírito.
DEIDADE
DE JESUS CRISTO.
"Cuidado que ninguém
vos venha enredar com sua filosofia e vã sutileza conforme a tradição dos homens,
conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo: Porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da Divindade. Também nele estais aperfeiçoados.
Ele é o cabeça de todo principado e potestade."
O MONOTEÍSMO DE DEUS É UMA
REVELAÇÃO ESCRITA E MARAVILHOSA; IMPORTANTE E NECESSÁRIA PARA TODOS OS
CRISTÃOS DE TODO O MUNDO.
A Salvação, e a Gloria e o
poder são do nosso Deus o todo poderoso. Alegremo-nos, exultemos, e damos-lhe a
Gloria, pois, ELE É O REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.
TODA HONRA, TODA GLÓRIA
SEJA DADA AO ÚNICO DEUS, QUE ERA, QUE É, QUE HÁ DE VIR O DEUS TODO PODEROS, REI
DE REIS E SENHOR DE SENHORES BENDITO ETERNAMENTE DESDE HOJE COMO PARA TODO
SEMPRE, AMÉM
O
Senhor já vos tem abençoado!!!
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