quarta-feira, 30 de junho de 2010

DOUTRINAS ESSÉNCIAIS DA BÍBLIA

                                  A Existência de Deus
O primeiro versículo da Bíblia apresenta Deus como o Criador do universo. A Bíblia não tenta provar que Deus existe; presume Sua existência como fundamental. A Criação em si mesma dá testemunho que há um Criador inteligente, onipotente, e amoroso (Romanos 1:20). Pode haver somente três explicações pela existência do universo:(1) tem sempre existido (universo eterno); (2) veio à existência por seu próprio poder (universo auto-criador), ou (3) Deus o criou. Aceitar qualquer uma destas requer uma fé que transcende provas científicas. E mais plausível crer em um Criador inteligente, eterno, e onipotente do que na eternizarão ou habilidade auto-criativa de massa não racional.
A regularidade e designo do universo requer a existência de um desenhista. A complexidade incrível de até as formas mais simples de vida mostram que a vida não começou por acidente ou por acaso. A natureza moral do homem revela que ele é mais do que um animal inteligente; ele foi criado na imagem de um Ser racional, espiritual e moral. Toda a criança desenvolve uma consciência, e cada sociedade humana tem um senso de moralidade (Romanos 2:15).
Como poderia a mente humana finita até conceber um Deus infinito, onipresente, onipotente, onisciente, e perfeito, a não ser que Deus concedesse aquele conceito? Cada sociedade na história tem expressado crença em um Ser Supremo, e estudos antropológicos modernos mostram que a crença religiosa antiga e mais fundamental não é politeísmo mas monoteísmo.
O testemunho das Escrituras e a confirmação de experiência pessoal asseguram-nos que Deus de fato vive e comunica-se com a humanidade. Enfim, aceitamos a verdade de Sua existência por fé (Hebreus 11:6).
                                                       A Bíblia

Desde que Deus existe, a Palavra de Deus também existe, pois o Criador não se comunicaria com Sua criação? Desde que Deus nos criou como seres racionais e desde que Ele nos ama o suficiente para prover por nós, certamente Ele deseja comunicar-se conosco e assim cumprir Seu propósito pela criação. Todos os seres inteligentes procuram comunicar-se, e a Inteligência Suprema não é uma exceção.
Esperaríamos que Deus registrasse Sua mensagem por escrito, o meio histórico mais apropriado para precisão, preservação, e propagação. E, a evidência a seguir convincentemente demonstra que a Bíblia é a singular Palavra de Deus escrita para o homem:

(1) suas reivindicações singulares,

(2) autoridade auto-vindicativa.

(3) testemunho dos apóstolos e profetas.

(4) integridade de Jesus Cristo, que endossou o Antigo Testamento e comissionou os escritores do Novo,

(5) natureza e qualidade do seu conteúdo,

(6) superioridade moral,

(7) unidade, apesar de mais do que 40 escritores num período de 1 .600 anos,

(8) falta de uma alternativa acreditável,

(9) concordância com a história, arqueologia e ciência,

(10) indestrutibilidade,

(11) universalidade,

(12) influência na sociedade,

(13) testemunho do Espírito,

(14) poder transformador de vida,

(15) promessas cumpridas e milagres,

(16) profecias cumpridas, e

(17) falta de uma explanação alternativa de sua origem.
Certamente esperaríamos que a Palavra de Deus se identificasse como tal, e cada livro da Biblia reivindica, ou diretamente ou indireta¬mente, ser a Palavra de Deus. De todos os livros das grandes religiões do mundo, somente um outro livro gaba-se de autoridade igual—o Alcorão—e seu conteúdo irreal e contraditório não suporta esta reivin¬dicação. O livro mais moral do mundo, a Bíblia, não proclamaria a maior mentira do mundo, O homem mais nobre e sábio do mundo, Jesus, não perpetuaria o maior engano do mundo. Ninguém. a não ser Deus, poderia ter sido o autor da Bíblia, pois seres bons não reivindicariam a inspiração divina falsamente, e seres maus não ensinariam tão alto nível de moralidade.

A Bíblia é inspirada por Deus, literalmente “soprada por Deus”. “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (II Timóteo 3:16). Homens santos escreveram enquanto o Espírito Santo os moveu (II Pedro 1:21). A inspiração estende-se para todas as partes da Bíblia e para cada palavra. Enquanto os escritores humanos escolheram palavras que refletiram sua linguagem, cultura, personalidade, circunstâncias e estilo, Deus guiou o processo para que cada palavra transmitisse acuradamente Sua mensagem. Como resultado, a Bíblia é infalível, inerrante, e autoridade única por doutrina e o viver cristão. A Bíblia é verdade.
Os trinta e nove livros do Antigo Testamento foram reconhecidos como Escritura pelos Hebreus antigos. e Jesus e os apóstolos citaram deles ou se aludiram a quase todos eles. Os vinte sete livros do Novo Testamento foram aceitos por Cristãos dos tempos mais antigos, incluindo escritores contemporâneos na maioria dos casos (II Pedro 3:15-16), e são reconhecidos corno Escritura por toda a Cristandade.
Erros podem surgir às vezes, no copiar, traduzir, ou imprimir as Escrituras, mas Deus tem mantido a Sua mão sobre o processo de transmissão para preservar Sua Palavra por todo o tempo (Salmos 100:5). A acuracidade do texto Hebraico do Antigo Testamento foi salvaguardada pela qualidade extremamente alta do processo de transmissão pelos escribas e tem recebido verificação dramática por descoberta recente dos rolos antigos do Mar Morto. A acuracidade do texto Grego do Novo Testamento é assegurada pelo número extremamente grande de manuscritos — mais que 5.000 — que cancelam os erros dos copistas.

A Versão King James [Versão do Rei Tiago] é a Bíblia mais popular em Inglês. Ela foi traduzida num período de sete anos por 47 teólogos e lingüistas. Cada um foi um estudioso notável que estava firmemente comprometido a inspiração e autoridade das Escrituras. A Nova Versão King James é uma revisão de linguagem moderna que procura preservar a acuracidade e aumentar a compreensibilidade.

Estudantes da Bíblia deveriam usar o método literal de interpretação, que significa seguir a natural ou implicação usual de uma expressão, — o significado costumeiro e aparente das palavras — antes que procurar um significado escondido, alegórico, ou “espiritual”. É importante usar lógica sã e estudar palavras, gramática, acontecimentos anteriores, contexto, estilo literário, história, geografia, cultura, figuras de retórica, símbolos, parábolas e tipos. Quando estudarmos a Bíblia, deveríamos manter em mente diversos pontos: (1) iluminação do Espírito é necessária. (2) a Bíblia é basicamente simples e destinada a ser entendida. (3) Escritura interpreta Escritura. (4) verdade é revelada progressivamente do Antigo Testamento ao Novo Testamento. (5) a Bíblia apresenta uma teologia unificada. (6) nenhuma doutrina baseia-se em somente uma passagem ou está escondida em passagens obscuras, (7) a Bíblia está acomodada á mente humana (mas não ao erro), e (8) cada passagem tem um significado primário, mas pode ter muitas aplicações.

Podemos ter confiança que Deus tem revelada, preservada, e transmitida Sua Palavra para nós hoje e que podemos entendê-la, Sua Palavra é a Bíblia.

                                 A Doutrina de Deus

“Deus é Espírito” (João 4:24). Ele não é feito de carne, sangue, ossos ou massa física. Ele é invisível ao olho humano a não ser que Ele escolha para revelar Si mesmo de alguma maneira (João 1:18). Deus tem individualidade, racionalidade, e personalidade. Ele é auto-existente, eterno, e imutável. Ele é onipresente (presente em todo lugar), onisciente (conhece tudo e tem toda sabedoria), e onipotente (todo poderoso).
A natureza moral de Deus inclui santidade, justiça e retidão, misericórdia e graça, amor, fidelidade, verdade, e bondade. Ele é absolutamente perfeito em tudo. 1 João 4:8 diz: “Deus é amor”; nenhuma outra religião identifica Deus assim totalmente com amor.
Deus é santo Ele não pode ter comunhão com o pecado. A justiça de Deus demanda punição pelo pecado, mas em Seu amor e misericórdia Ele deu Seu Filho para preencher os requerimentos de Sua justiça e ainda prover salvação para pecadores arrependidos. Aqueles que rejeitam Sua provisão graciosa de salvação enfrentarão Seu julgamento. Deus ama o pecador, mas Sua natureza santa não o permitirá amar, desculpar, ou ignorar o pecado.
Deus é absolutamente e indivisivelmente um. “Ouve. Israel. o SENHOR nosso Deus é o Único SENHOR” (Deuteronômio 6:4). Sua natureza eterna não contém essenciais distinções ou divisões. Todos os nomes e títulos da Deidade tais como Deus, Jeová, Senhor, Pai, Palavra e Espírito Santo, referem-se ao mesmo e único Ser. Qualquer pluralidade associado com Deus é somente uma pluralidade de atribu¬tos, títulos, papéis, manifestações, modos de atividade, ou relaciona¬mentos ao homem. Muitas passagens enfatizam a unicidade de Deus (Isaias 42:8; 43:10-11; 44:6-8, 24; 45:21-23; 46:6-9; Marcos 12:28-30; Gálatas 3:20; 1 Timóteo 2:5; Tiago 2:19).
O título de Pai descreve os papéis de Deus como pai de toda a criação, pai do Filho unigênito, e pai do crente novo nascido (Deuteronômio 32:6; Malaquias 2:10). O título de Filho refere-se a Deus vindo em carne, pois o bebê Jesus foi literalmente concebido pelo Espírito Santo, que foi literalmente Seu Pai (Mateus 1:18-20; Lucas 1:35). O título de Espírito Santo identifica o caráter fundamental da natureza de Deus. A santidade forma a base dos Seus atributos morais, enquanto a espiritualidade é a base de Seus atributos não morais. O Espírito Santo é Deus especificamente em atividade, ungindo particularmente, regenerando, e habitando no homem — obras que Deus pode fazer porque Ele é Espírito (Gênesis 1:2; Atos 1:5-8).
Estes termos podem ser compreendidos também na revelação de Deus ao homem: Pai refere-se a Deus em relacionamento de família ao homem; Filho refere-se a Deus encarnado; e Espírito refere-se a Deus em atividade. Por exemplo, um homem pode ter três relacionamentos ou funções significantes — tais como administrador, professor e conselheiro — e ainda ser uma pessoa em todo sentido. Deus não é definido por ou limitado a uma essencial tríade. A Bíblia não fala em lugar nenhum de Deus como uma “trindade” ou como “três pessoas” mas freqüentemente o chama de O Santo.
O título de Verbo relaciona-se com a auto-expressão ou auto-revelação de Deus. O Verbo é Deus mesmo (João 1:1), particularmente Seu pensamento, mente, raciocínio, ou plano. Na pessoa de Jesus Cristo “o Verbo se fez carne” (João 1:14). “Aquele [Deus] que foi manifestado na carne” (1 Timóteo 3:16).
       A Identidade de Jesus Cristo

Jesus Cristo é tanto Deus e homem. Ele é o único Deus encarnado. “Porquanto nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2:9). “... Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo” (II Coríntios 5:19). Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível, Deus manifestado na carne, nosso Deus e Salvador, e a imagem expressa da própria pessoa (substancia) de Deus (II Coríntios 4:4; Colossenses 1:15; 1 Timóteo 3:16; Tito 2:13; Hebreus 1:3; II Pedro 1:1). Ele não é a encarnação de urna pessoa da trindade, mas a encarnação de todo caráter, qualidade, e personalidade do único Deus.
Reconhecer a deidade de Jesus Cristo é essencial a salvação. Jesus disse, “Porque se não credes que eu sou morrereis nos vossos pecados”, fazendo referência ao nome de Deus, Eu Sou (João 8:24, 58). Somente se Jesus é verdadeiramente Deus é que Ele tem poder para salvar do pecado, pois somente Deus é o Salvador e somente Ele pode perdoar pecado (Isaias 43:25; 45:21-22; Marcos 2:7).
Todos os nomes e títulos da Deidade propriamente aplicam-se a Jesus. Ele é Deus (João 20:28). Senhor (Atos 9:5), Jeová (Isaias 45:23 com Filipenses 2:10-11). Eu Sou (João 8:58), Pai (Isaias 9:6; Apoca¬lipse 21:6-7), Verbo (João 1:14), e Espírito Santo (João 14:17-18).
Deus o Pai habitou no homem Cristo. Jesus disse. ‘Eu e o Pai somos um” (João 10:30). .‘O Pai está em mim, e eu estou no Pai” (João 10:38). “Quem me vê a mim, vê o Pai... mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras” (João 14: 9, l0). A natureza divina de Jesus Cristo é o Espírito Santo (Gálatas 4:6; Filipenses 1:19), o qual é o Espírito do Pai (Mateus 1:18-20; 10:20). “Ora, o Senhor é o Espírito” (II Coríntios 3:17). Jesus é Aquele no trono celestial, como vemos por comparar a descrição de Jesus em Apocalipse 1 com dAquele no trono em Apocalipse 4 e por notar que “Deus e o Cordeiro” é um Ser em Apocalipse 22:3-4.
Jesus é também o Filho de Deus. O termo Filho pode significar a natureza humana de Cristo somente (como em “o Filho morreu”) ou a união de deidade e humanidade (como em “o Filho retornará a terra em glória”), mas nunca é usado separado da encarnação de Deus. Ele nunca se refere somente a deidade. Os termos “Deus o Filho” e “Filho eterno” não são bíblicos. O papel do Filho começou quando Jesus foi concebido miraculosamente no ventre de uma virgem pelo Espírito Santo (Lucas 1:35; Gálatas 4:4; Hebreus 1:5).
As Escrituras proclamam enfaticamente humanidade genuína e completa de Cristo (Romanos 1:3; Hebreus 2:14-17; 5:7-8). Ele tinha um corpo humano, alma, espírito, mente, e vontade (Lucas 22:42; 23:46; Atos 2:31; Filipenses 2:5; Hebreus 10:5,10). Jesus foi um humano perfeito, com tudo que humanidade genuína inclui. A humanidade verdadeira de Cristo não significa que Ele tinha uma natureza pecaminosa. Ele era sem pecado, Ele não cometeu o pecado, e pecado não foi achado nEle (Hebreus 4:15; 1 Pedro 2:22; 1 João 3:5). Ele veio com o tipo de natureza humana inocente que Adão e Eva tinham no começo.
Crer na humanidade verdadeira de Cristo é essencial a salvação (1 João 4:3). Se Deus não veio verdadeiramente na carne, então não há sangue para remissão de pecados, nenhum sacrifício de expiação. O verdadeiro propósito da encarnação foi para prover um homem santo para mediar entre o Deus santo e humanidade pecadora.
É necessário distinguir claramente entre a deidade e a humanidade de Cristo. Enquanto Jesus era tanto Deus e homem ao mesmo tempo, Ele agiu do ponto de vista humano e as vezes do ponto de vista divino. Como Pai, Ele às vezes falou de Sua autoconsciência divina; como Filho, Ele as vezes falou de Sua autoconsciência humana. Somente como homem Jesus poderia nascer, crescer, ser tentado pelo diabo, ter fome, ter sede, ficar cansado, dormir, orar, ser espancado, morrer, não saber todas as coisas, não ter todo poder, ser inferior a Deus, e ser um servo. Somente como Deus Ele poderia existir na eternidade, ser imutável, expulsar demônios por Sua própria autoridade, ser o pão da vida, dar água viva, dar descanso espiritual, acalmar a tempestade, responder as orações, curar os enfermos, ressuscitar Seu corpo da morte, perdoar pecados, saber todas as coisas, ter todo o poder, ser identificado como Deus, e ser o Rei dos reis. Numa pessoa comum, estas duas listas contrastantes seriam mutuamente exclusivas, no entanto as Escrituras atribuem todos eles a Jesus, revelando Sua natureza dupla.
Embora que devamos fazer distinguir entre a deidade e a humanidade de Cristo, é impossível separar as duas em Cristo (João 1:1, 14; 10:30, 38; 14:10-11; 16:32). O Pai uniu-se com humanidade para formar um Ser — Jesus Cristo, a Divindade encarnada. Enquanto na terra Jesus foi plenamente Deus, não meramente um homem ungido. Ao mesmo tempo, Ele foi plenamente homem, não somente uma aparência de homem. Ele possuiu poder ilimitado, autoridade, e caráter de Deus. Ele era Deus por natureza, por direito, e por identidade; Ele não foi meramente deificado por uma unção ou habitação do Espírito. De modo diferente do crente cheio do Espírito Santo, a humanidade de Jesus foi inextricavelmente ligada com a plenitude do Espírito de Deus
Podemos identificar quatro temas maiores na descrição bíblica da Encarnação:

(1) a deidade absoluta e completa de Jesus Cristo;

(2) a humanidade perfeita e sem pecado de Jesus Cristo;

(3) a distinção clara entre a humanidade e deidade de Jesus Cristo; e ainda (4) a união inseparável da deidade e humanidade de Jesus Cristo.
Jesus é a plenitude de Deus habitando em humanidade perfeita e se manifestando a Si mesmo como um ser humano perfeito. Ele não é uma transmutação de Deus em carne, a manifestação de uma porção de Deus, a animação de um corpo humano por Deus, ou Deus temporariamente habitando numa pessoa humana separada. Jesus Cristo é a encarnação — incorporação, personificação humana — do único Deus.
                          Anjos e Demônios

O único Deus criou tudo, incluindo o céu e terra e todo ser vivente (Gênesis 1:1; Apocalipse 4:11). Antes da criação deste mundo Deus criou os anjos, que são seres espirituais com personalidades individuais. Parece que há tipos diferentes ou graduações de anjos, incluindo serafins, querubins, e pelo menos um arcanjo (Miguel). Os anjos têm um ministério celestial: eles rodeiam o trono de Deus e O adoram. Eles têm também um ministério terrestre como mensageiros de Deus. Eles fortalecem, encorajam, protegem. e livram os santos. Eles colaboram em realizar a obra de Deus, particularmente Seu julgamento.
Os anjos foram criados bons mas alguns se tornaram maus por escolha. Uma terça parte caiu por transgressão. e a Bíblia não fala de qualquer plano de redenção por eles. Alguns desses anjos caídos estão presos (II Pedro 2:4).
As Escrituras indicam que Satanás, ou o diabo, foi originalmente criado como Lúcifer, um anjo bom segundo a Deus em poder. Ele pecou através do orgulho e rebelião contra Deus. Agora Satanás é o adversário maior de Deus e o homem. A Bíblia o chama de tentador, acusador, o maligno, assassino, pai da mentira, serpente, dragão, leão que ruge, deus deste mundo, príncipe do poder do ar, e príncipe de diabos (demônios). Apesar de ser poderoso, ele não é onisciente, onipresente, ou onipotente. O Espírito de Deus dá poder aos crentes sobre Satanás (Tiago 4:7: 1 João 4:4). Os agentes de Satanás são os demônios. Eles parecem ser anjos caídos que não estão presos (Mateus 25:41). Eles procuram possuir corpos humanos, e eles causam muitos tipos de enfermidades física e mental, tentação, e opressão. Eles estão envolvidos na adivinhação, heresias, idolatria, e governo mundial. No último dia, Satanás e seus agentes serão lançados no lago de fogo por eternidade. Os cristãos têm poder para expulsar demônios em nome de Jesus (Marcos 6:13; 16, 17).
                                         Humanidade

Deus criou o homem e a mulher em Sua imagem espiritual, moral, e intelectual (Gênesis 1:27). Os seres humanos são compostos de como, alma, e espírito (1 Tessalonicenses 5:23). A alma e o espírito compõem a parte eterna do homem, incluindo intelecto, personalidade, emoções, vontade, autoconsciência, intuição, consciência, e conscientização de Deus.

Originalmente, a natureza humana era inocente e sem pecado, com uma vontade totalmente livre. Adão e Eva escolheram desobedecer a Deus e assim trouxeram pecado para dentro da raça humana. Agora todos nascem com uma natureza pecaminosa — a compulsão para pecar, o domínio de pecado (Romanos 3:9; 5:12, 19; 7:14). A natureza pecaminosa inevitavelmente leva a atos pecaminosos, resultando em condenação.
A Bíblia enfaticamente declara que todos os seres humanos são pecaminosos (1 Reis 8:46; Provérbios 20:9; Isaias 64:6). Todos estão sob o pecado e culpados diante de Deus (Romanos 3:9, 19). “Não há justo, nenhum sequer um” (Romanos 3:10). “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23).
Como um resultado, a humanidade está sob a sentença de morte, física e espiritualmente. “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23). “O pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1:15). A morte significa separação, e a última morte espiritual é separação eterna de Deus.

Todos precisam salvação do pecado e sua penalidade, a morte. E Deus tem provido salvação através de Jesus Cristo.
A Obra Salvadora de Jesus Cristo

Deus veio na carne como Jesus Cristo afim de prover salvação para Sua criação caída. A Encarnação era para o propósito da Expiação. O evangelho, literalmente as “boas novas”, é que Jesus morreu, foi sepultado, e ressurgiu para nossa salvação. Distinto de qualquer outra religião, a Cristandade depende da morte e ressurreição do seu fundador.
A santidade de Deus demanda que Ele separa Si mesmo da humanidade pecaminosa. A separação de Deus, a fonte de toda a vida, significa morte — física, espiritual e eternamente — portanto a lei santa de Deus requer a morte como a penalidade para os pecadores. Deus escolheu para vincular-se a Si mesmo pelo principio de morte pelo pecado. Sem derramamento de sangue (o dar de uma vida), não pode haver remissão ou livramento desta penalidade e nem restauração a comunhão com o Deus santo (Hebreus 9:22). A morte de animais não é suficiente para remir nossos pecados (Hebreus 10:4), porque somos muito maiores do que eles em que fomos criados na imagem espiritual de Deus. Tão pouco pode uma pessoa comum sofrer a penalidade em nosso lugar, pois cada um merece a morte eterna por seus próprios pecados.
Afim de prover um substituto apropriado, Deus veio à terra como um homem sem pecado Jesus Cristo. Jesus foi o único homem sem pecado que já viveu, portanto Ele foi o único que não mereceu morrer e que poderia ser um substituto perfeito. Sua morte se tornou a expiação permanente por nossos pecados. Deus não escusa nossos pecados, mas Ele tem infligido a penalidade por aqueles pecados no homem inocente — Cristo. Assim a morte de Cristo se tornou necessária por (1) a pecaminosidade de toda a humanidade, (2) a santidade de Deus, (3) a lei de Deus requerendo a morte como a penalidade pelo pecado, e (4) o desejo de Deus para prover salvação para os pecadores.
Não há nenhuma salvação fora do Senhor Jesus Cristo. Jesus afirmou, “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). (Veja João 8:24; Romanos 10:9-17).
O Antigo Testamento prefigurou a morte de Cristo por sacrifícios de animais. O povo de Deus ofereceu sacrifícios de sangue para expiar por cobrir, perdoar, absolver, remir, ou expiar seus pecados. Esses sacrificios realmente não tiravam o pecado, mas demonstravam fé e obediência ao plano de salvação de Deus. Na cruz, Jesus pagou a penalidade pelos pecados por todo o tempo, e Seu sacrifício vale-se para todos em toda época que crêem e obedecem a Deus (Romanos 3:25)
 A Bíblia descreve a morte de
  Cristo em diversas maneiras:

1. Redenção ou resgate (Mateus 20:28; Gálatas 3:13; 1 Timóteo 2:6). Redimir significa libertar por pagar um preço; o resgate é o preço pago. O sangue (vida) de Cristo foi o resgate requerido pela lei santa de Deus para nos redimir da escravidão e penalidade do pecado (1 Pedro 1:18-20; Apocalipse 5:8-10).

2. Propiciação (Romanos 3:25; 1 João 2:2). Isto significa expiação, satisfação, ou apaziguamento — algo que permite Deus perdoar o pecado sem comprometer Sua santidade e justiça. A morte de Cristo cumpriu os requerimentos justos de Deus comprando remissão de pecados (Mateus 26:28: João 1:29).

3. Reconciliação (Romanos 5:6-11; II Coríntios 5:14-21). Cristo o homem media entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5). Como um homem sem pecado Ele removeu a barreira entre o Deus santo e o homem pecaminoso, restaurando-nos a comunhão com Deus.

4. Subshtuição (Isaias 53:5-6; II Coríntios 5:21; 1 Pedro 2:24). Jesus Cristo tomou nosso lugar e sofreu a penalidade que merecemos pelos nossos pecados. Neste sentido Ele se tornou o carregador de pecados, o sacrifício pelos nossos pecados (1 Coríntios 5:7; Hebreus 9:28: 10:10-17).

Depois que Cristo morreu Seu corpo foi sepultado no sepulcro e Sua alma desceu ao inferno (Hades. o lugar de almas partidas, não o lago de fogo) (Atos 2:25-32). Depois de três dias Ele levantou-se com um corpo físico glorificado, vitorioso sobre a morte e o inferno. Sua ressurreição é essencial para nossa salvação porque ela o fez Sua morte efetiva: ela assegurou Sua vitória sobre a morte (Romanos 4:25; 1 Coríntios 15:14). Por causa de Sua ressurreição temos poder vence¬dor e vida nova em Cristo bem como a garantia de imortalidade futura (Romanos 5:10; 6:4: 1 Coríntios 15:20-23).

Quarenta dias depois da ressurreição. Jesus ascendeu ao céu, onde Ele é exaltado para sempre (Efésios 1:20-21: Filipenses 2:9). Durante Sua vida terrestre, Ele renunciou prerrogativas divinas de glória, honra, e reconhecimento e se submeteu às limitações humanas, que não mais ocorre. No céu, Jesus Cristo é investido abertamente com todo o poder, autoridade e glória como Deus. A cruz foi o sacrifício único e final por todo o tempo (Hebreus 10:12), e aquele sacrifício supremo provêm intercessão presente pelos nossos pecados e acesso livre ao trono de Deus (Romanos 8:34; Hebreus 4:14-16; 1 João 2:1).
A cruz reverte todas as conseqüências do pecado. Tudo que a raça humana perdeu por causa do pecado, a igreja recuperará em demasia em Cristo. Os crentes gozam muitas bênçãos resultantes nesta vida e receberão a plenitude na eternidade. Os benefícios da obra de Cristo incluem o perdão dos pecados, vida espiritual nova, poder sobre o diabo, cura do corpo, e finalmente libertação da criação da maldição do pecado e vida eterna para OS crentes Isaias 55:5; Romanos 8:19-23: Colossenses 1:14,20; Hebreus 2:14).
A obra presente de salvação tem diversos aspectos, os quais a pessoa recebe por fé quando ele se arrepende, é batizada em nome de Jesus e recebe o Espírito Santo (1 Corintios 6:11):
1. Justificação (Romanos 3:24. 26). Justificar significa declarar, contar ou reconhecer como justo. Isto envolve perdão de pecado, incluindo a remoção de toda culpa e punição, e a imputação da justiça de Cristo.

2. Regeneração, ou novo nascimento (João 3:3; Títo 3:5). Isto é mais do que uma reforma: é a concessão de uma nova natureza — a natureza de Deus -- com uma mudança de desejos e poder para viver uma vida nova.

3. Adoção (Romanos 8:14-17: Gálatas 4:7). O crente é colocado na família espiritual de Deus e escolhido como Seu herdeiro.

4. Santificação, ou separação (Hebreus 10:10). Na conversão, uma pessoa é separada do pecado. O Espírito Santo, então, continua a transformá-la. Aperfeiçoá-la, e a fazer santa (II Corintios 3:18; 1 Tessalonicenses 3:13: 5:23).
A obra expiatória de Cristo é a base de salvação em todas as eras. A salvação sempre origina na graça de Deus e é apropriada pela fé obediente. Cristo morreu por toda a raça humana (João 1 29 1 Timóteo 2:6; 1 João 2:2). Os benefícios de Sua expiação vem a todos que crêem nEle e aplicam Sua obra as sujas vidas (João 3:16: Hebreus 5:9).
   A salvação do Novo Testamento

No contexto das Escrituras, salvação significa libertação de todo o poder e efeitos do pecado. e tem seus aspectos passado. presente e futuro. A salvação pela graça através da fé. Uma pessoa não pode fazer nada para salvar a si mesma. Nenhuma quantidade de boas obras ou aderência a Lei pode salvá-la. “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé: e isso não vem de vós, é dom de Deus: não de obras, para que ninguém se glorie (Efésios 2:8-9). A salvação é uma dádiva gratuita de Deus, que o homem não pode merecer, ganhar, ou receber por ser digno. A obra expiatória de Jesus Cristo tem feito este dom gratuito de salvação disponível, e a única maneira de receber é crer em Jesus e na suficiência de Seu sacrifício (Romanos 3:24-28; 4:22-25).
Fé salvadora. Crer em Jesus inclui o crê na Sua Palavra, e verdadeiramente crendo que Sua Palavra inclui obediência. Fé é mais do que consentimento mental, aceitação intelectual, ou profissão verbal: pois inclui confiança, segurança, comprometimento, apropriação e aplicação. Não podemos separar fé salvadora da obediência (Atos 6:7; Romanos 1:5: 2:6-l0: 10:16: 16:26; Hebreus 11:6-8). Obediência a Palavra de Deus é absolutamente necessário para a salvação (Mateus 7:21-27: João 14:15. 23: Romanos 6:17; 15:18; II Tessalonicenses 1:7-10; Hebreus 5:9; 1 Pedro l:21-23; 4:17:1 João 2:3-5; 5:1-3). Fé é viva somente através de respostas e ação (Tiago 2:14-16) É possível ter um grau inicial de fé em Cristo e ainda não ser salvo, se não há aceitação, comprometimento e obediência completa ( Mateus 7:21-23; João 2:23-25; 12:42-43; Atos 8:12-23; Tiago 2:19).
Fé é o meio de apropriar a graça de Deus. É o meio pelo qual as pessoas cedem a Deus, obedecem Sua Palavra, e o permitem realizar Sua obra salvadora neles. Fé salvadora, então, é (1) aceitação do evangelho de Jesus Cristo como o único meio de salvação e obediência àquele evangelho (aplicação ou apropriação do evangelho).
O Evangelho e o Novo Nascimento. O evangelho de Jesus Cristo é Sua morte, sepultamento, e ressurreição para a nossa salvação (1 Coríntios 15:1-4). Uma pessoa responde ao evangelho, ou aplica o evangelho a sua vida, por arrependimento do pecado (morte ao pecado), batismo nas águias por imersão em nome de Jesus Cristo (sepultamento com Cristo), e o recebimento do Espírito Santo (nova vida em Cristo) (Atos 2:1-4, 38: Romanos 6:1 -7: 7:6: 8:2).
Jesus disse. “Quem não nascer da água e do Espírito, não pode enti’ar no reino de Deus” (João 3:5). Quando alguém crê em Jesus Cristo obedece Atos 2:38. ele experimenta o nascimento da água e do Espírito. Ele é “nascido de novo.” torna-se realmente uma nova criação (João 3:3, 7: II Corintios 5:17). No arrependimento e batismo nas águas, ele sepulta o velho estilo de vida pecaminoso, o registro de pecados passados, e a morte que é a penalidade pelos pecados. Quando ele recebe o Espírito Santo ele começa a viver uma vida nova e piedosa.
No Dia de Pentecostes, o aniversário da igreja do Novo Testamento, o Apóstolo Pedro pregou o primeiro sermão evangélico às multidões que se ajuntaram para observar os crentes recém cheios do Espírito enquanto eles falavam em línguas e adoravam a Deus, Convictos dos seus pecados por esta mensagem simples no entanto poderosa, a multidão bradou, “Que faremos, irmãos?” (Atos 2:37). Pedro deu uma resposta precisa, completa e inequívoca: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38).
Aqueles salvos nos evangelhos foram salvos sob a Antiga Aliança enquanto eles aguardavam a Nova. A Nova Aliança não veio a entrar em efeito até depois da ascensão de Cristo (Lucas 7:28 24:47-49: João 7:39; 16:7; Atos 1:4-8; Hebreus 9:14-17). Assim Atos 2:38 é a resposta compreensiva a uma inquirição acerca da conversão do Novo Testamento, expressando em poucas palavras a resposta certa ao evangelho.
Não somente os Judeus no Pentecoste receberam a experiência de Atos 2:38, mas assim receberam os Samaritanos, o Apóstolo Paulo, os Gentios, e os discípulos de João em Éfeso (Atos 8:12-17: 9:17-18 com 22:16: 10:44-48; 19:1-6). Em Resumo, a mensagem do Novo Testa¬mento é arrependimento do pecado. batismo nas águas em nome de Jesus Cristo para remissão de pecados, e o recebimento do Espírito Santo com a evidência inicial de falar em línguas.
Arrependimento. Arrependimento é voltar do pecado para Deus (Atos 26:18-20). Ele tem três aspectos necessários: uma mudança intelectual (mudança de opiniões), uma mudança emocional (mudança de sentimentos), e uma mudança volitiva (mudança voluntária de propósito). Ele inclui o reconhecimento de pecado (Marcos 2:17), confissão de pecado a Deus (Provérbios 28:13; 1 João 1:9), contrição ou tristeza segundo Deus pelo pecado (Salmos 51:17; II Coríntios 7:10), e uma decisão para renunciar o pecado (Provérbios 28:13: Lucas 3:7-8). Com o arrependimento vem uma disposição para fazer restituição pelos pecados passados na medida do possível (Mateus 5:23-24; Lucas 19:8).
O arrependimento é a primeira resposta de fé à chamada de Deus (Marcos 1:15). É absolutamente necessário a salvação (Lucas 13:3. 5; Atos 17:30; II Pedro 3:9). Sem o arrependimento o batismo não é efetivo, e sem arrependimento uma pessoa não pode receber o Espírito Santo (Atos 2:38; 3:19).
No arrependimento, uma pessoa começa deixar Deus operar em sua vida. Ela decide voltar do pecado e deixa Deus voltar a ele. Como parte da volta do pecado, Deus o habilita para quebrar os hábitos e desejos pecaminosos. Como parte da volta a Deus, o arrependimento prepara o caminho para ele ter um relacionamento pessoal com Deus, o qualificando para o batismo nas águas e Espírito.
A obra de perdão e remissão vem através do arrependimento e batismo nas águas (Atos 2:38). O arrependimento lida com o estilo de vida pecaminoso da pessoa, e o batismo lida com o registro e as conseqüências de pecado.
Batismo nas Águas. O batismo nas águas é parte de salvação (1 Pedro 3:21). Ele expressa fé em Deus pela obediência a Sua Palavra (Marcos 16:16; Atos 2:41). O modo de batismo das Escrituras é imersão nas águas, e somente este método retém o simbolismo bíblico de batismo como um sepultamento (Mateus 3:16; Atos 8:36-39; Romanos 6:4). Fé em Cristo e arrependimento do pecado são necessários para sua validez; assim batismo de infantes não é correto (Mateus 3:6-11; Atos 2:38; 8:37).
A significação bíblica do batismo nas águas é como segue: (1) Deus remi pecados no batismo nas águas (Atos 2:38; 22:16). Deus apaga o registro de pecado e cancela sua penalidade. Ele lava os pecados, sepultando-os para sempre. (2) Batismo é parte do novo nascimento (João 3:5; Tito 3:5). (3) Batismo identifica uma pessoa com o sepultamento de Jesus (Romanos 6:4; Colossenses 2:12). Ele indica que a pessoa morreu para o pecado por arrependimento e está sepultando seus pecados passados, o domínio de pecado, e o estilo de vida pecaminosa. (4) O batismo nas águas é parte de um batismo de água e Espírito que coloca os crentes em Cristo (Romanos 6:3-4; Gálatas 3:27; Efésios 4:5). Ele os identifica pessoalmente com Jesus e é parte da entrada na Sua família. (5) O batismo é parte de circuncisão espiritual (Colossenses 2:11-13).
A Bíblia ensina que o batismo deveria ser administrado em o nome de Jesus Cristo. Isto significa invocar o nome de Jesus oralmente (Atos 22:16; Tiago 2:7) e rebatizar aqueles que tem sido batizado de outra maneira (Atos 19:1-5). O nome de Jesus na fórmula batismal expressa fé em Sua identidade verdadeira, obra expiatória, e poder salvador e autoridade, O nome de Jesus é o único nome salvador, o nome pelo qual de receber remissão de pecados, o nome mais sublime, e o nome no qual cristãos deverão falar e fazer todas as coisas (Atos 4:12; 10:43; Filípenses 2:9-11; Colossenses 3:17). Usando assim o nome de Jesus é a maneira correta para cumprir todos os propósitos do batismo.
A Bíblia contém cinco registros históricos de batismo da igreja do Novo Testamento que descrevem um nome ou fórmula. Em cada caso o nome é Jesus (Atos 2:38; 8:16; 10:48; 19:5; 22:16). As epístolas também se aludem à fórmula do nome de Jesus (Romanos 6:3-4; 1 Coríntios 1:13; 6:11; Gálatas 3:27; Colossenses 2:12). Até Mateus 28:19 refere-se a esta fórmula, pois descreve um nome singular que representa todas as manifestações remissórias da Divindade, e aquele nome é Jesus (Zacarias 14:9; Mateus 1:21; João 5:43; 14:26; Apocalipse 22:3-4). Além do mais, Jesus é o nome descrito nos outros registros da Grande Comissão (Marcos 16:17; Lucas 24:47).
O Batismo do Espírito Santo. O batismo com, por, no ou do Espírito Santo é parte da salvação do Novo Testamento (João 3:5; Romanos 8:1-16; 1 Coríntios 12:13; Efésios 1:13-14; Tito 3:5). A frase descreve como o crente é imergido no e cheio do Espírito de Deus. Em Atos os termos "batizado, cheio, recebeu, caiu sobre, veio sobre, e derramou o dom sobre” todos descrevem esta experiência (Atos 1:4-5; 2:4; 10:44-47; 11:15-17; 19:1-6). É prometido a todos que crêem em Jesus e obedecem Sua palavra (João 7:38-39; Atos 5:32: 11:15-17; 19:2; Gálatas 3:14; Efésios 1:13).
A Bíblia contém cinco registros históricos do recebimento do Espírito Santo na igreja do Novo Testamento: os Judeus, os Samaritanos, os Gentios, o Apóstolo Paulo, e os discípulos de João em Éfeso. Este registro estabelece que o batismo do Espírito é de fato para todos (Lucas 11:13; Atos 2:39) e é acompanhado pelo sinal inicial de línguas (Marcos 16:17). Falar em línguas significa falar sobrenaturalmente, segundo o Espírito concede, numa língua que a pessoa que fala jamais tem aprendido (Atos 2:1-1 1).
Três destes relatos descrevem explicitamente o falar em línguas como a evidência inicial do recebimento do Espírito. No Dia de Pentecoste, um som de vento significou a vinda do Espírito e chamas em forma de línguas significaram a disponibilidade de cada pessoa, mas falar em línguas “como o Espírito lhes concedeu” foi o sinal inicial de cada recebimento individual (Atos 2:1-4). As línguas convenceram os Judeus cépticos e atônitos que os Gentios acabaram de receber o Espírito Santo; somente línguas identificaram isto suficientemente como a experiência Pentecostal (Atos 10:44-47; 11:15-17). Os discípulos Efésios também falaram em línguas como o primeiro sinal do recebimento do Espírito Santo (Atos 19:6).
Línguas são implícitas em outros dois relatos. Um sinal miraculoso não denominado indicou o momento exato que os Samaritanos receberam o Espírito; sua ausência anterior denotou que eles não tinham já o Espírito apesar do gozo, crença e batismo, e foi tão espetacular que Simão o Mágico cobiçou o poder para conceder o Espírito com este sinal (Atos 8:5-19). Atos 9:17 menciona a experiência de Paulo sem descrição, mas 1 Coríntios 14:18 diz que ele falou em línguas freqüentemente.
O batismo do Espírito Santo é a experiência normal e básica com Deus no Novo Testamento, o nascimento do Espírito. O Espírito é o descanso, guia para toda verdade, adotante, intercessor, selo, penhor da nossa herança, e santificador (Isaias 28:11-12: João 16:13; Romanos 8:15, 26; Efésios 1:13-14: 1 Pedro 1:2). Alguém pode receber o Espírito por arrepender-se, tendo fé em Deus, e pedindo para Deus por Sua dádiva. Quando uma pessoa recebe o Espírito Santo, ela recebe poder para vencer o pecado e viver uma vida santa (Atos 1:8; Romanos 8:4. 13). Se ela deixar o Espírito continuamente enchê-la (controlar e guiar), ela produzirá o fruto do Espírito e se tornará semelhante a Cristo (Gálatas 5:22-23).
Conclusão. Não deveria haver nenhuma rejeição daqueles que não tem recebido a experiência do Novo Testamento, mas eles deveriam ser encorajados. para receber tudo que Deus tem para eles. Há muitas pessoas sinceras e até arrependidas, pessoas como ApoIo e os discípulos de João em Éfeso que precisam ser levados a mais verdade para que eles possam ter um novo nascimento apostólico. A experiência e doutrina de uma pessoa deveria conformar-se com o completo padrão bíblico e apostólico: aqueles que buscam a Deus sem cumprir este padrão responderá a Deus. A responsabilidade de uma pessoa é clara: ela deve agir sobre a verdade.
Em resumo, (1) a Bíblia é autoridade única para a salvação: (2) a base de salvação é a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo; (3) salvação vem somente por graça através de fé em Jesus Cristo; e (4) a aplicação de graça e a expressão de fé vêm a medida que a pessoa obedece Atos 2:38, assim recebendo o novo nascimento de João 3:3-5.
          Santidade e Viver Cristão

A vida Cristã é um andar diário por fé (Romanos 1:17). Ninguém é salvo por predestinação individual; todos são salvos à medida que respondem em fé à graça universal de Deus (João 3:16: Tito 2:11-12). A Bíblia não ensina segurança incondicional: cada pessoa vive por fé obediente em Cristo (Romanos 11:17-23; Hebreus 2:1-4; 10:35-39). Se os Cristãos permanecem nEle, terão segurança de vida eterna, pois nenhuma força externa pode tirar sua salvação (Romanos 8:35-39; Hebreus 6:11; 10:22).

     Várias disciplinas básicas são partes integrais do viver Cristão.
1. Oração (Mateus 6:5-15; Efésios 6:18; 1 Tessalonicenses 5:17; Judas 20-21). A oração habilita um Cristão receber as promessas de Deus bem como direção e poder espiritual. Deus promete responder suas orações, suprir suas necessidades, livrá-lo da tentação, e fazer as coisas cooperarem para o seu bem (Mateus 6:33; 7:7; 17:20; 21:22; João 14:14; Romanos 8:28; 1 Coríntios 10:13; Filipenses 4:6, 19). Para receber estas promessas, ela deve pedir com fé, de um coração arrependido, na vontade de Deus e não de desejos carnais (Salmos 66:18; Tiago 1:5-8; 4:2-3; 5:16; 1 João 3:20-22; 5:14-15).

2. Estudar a Bíblia (Salmos 119:11, 16, 105; II Timóteo 2:15;3:14-17). Para conhecer verdade, executar a vontade de Deus, e vencer a tentação, o Cristão deve ler, estudar, meditar, e aprender a Palavra de Deus.

3. Assistência fiel à igreja e submissão a liderança espiritual (Salmos 122:1; Hebreus 10:25; 13:17). Todos os Cristãos precisam de instrução, comunhão, adoração em grupo, e trabalho evangelístico que a igreja local e o pastor provêm.

4. O dar de dízimos e ofertas (Malaquias 3:8-12; Mateus 6:1-4; Lucas 6:38; 16:10-12; 1 Coríntios 9:7-14; II Coríntios 9:6-7). O dar do dízimo começou antes da Lei de Moisés e continua depois dela. Abraão e Jacó pagavam dízimos. Os dízimos são dez por cento de “aumento” (renda) e são usados para sustentar a igreja. As ofertas são contribuições voluntárias adicionais.

5. Adoração (Salmos 100:1-5; 111:1; João 4:24; 1 Coríntios 14:26-33, 40; II Coríntios 3:17). Os Cristãos devem adorar em Espíri¬to e em verdade. As expressões das Escrituras de adoração incluem devoções pessoais, adoração em grupo, louvor em voz alta, cantando, tocando instrumentos musicais, orando em voz alta, levantando mãos, batendo palmas, chorando e dançando diante do Senhor (Salmos 33:2-3; 47:1; 141:2; 149:3-5; 150:1-6; Atos 4:24-31; 1 Timóteo 2:8; Efésios 5:19).

6. Jejum (Mateus 6:16-18; 9:14-15; 17:21). Jejuar não ganha favores de Deus, nem é destinado para punir o corpo. Antes, ajuda a pessoa a disciplinar si mesmo, focar em prioridades, e aproximar-se ao reino espiritual.

7. Santidade de vida. Seguir a santidade é tão importante quanto o novo nascimento. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14).

Deus ordena que Seu povo seja santo em toda a conduta porque Ele é santo (1 Pedro 1:15-16). Eles devem obedecer esta ordem para poder (1) agradar a Deus, pois eles pertencem a Ele. (2) comunicar Cristo aos outros, e (3) beneficiar si mesmo, tanto agora corno na eternidade.
                            Para o povo de Deus santidade significa
                       conformidade ao caráter de Deus

— pensar como Ele pensa, amar como Ele ama, odiar o que Ele odeia, e comportar-se como Cristo se comportaria. Especificamente, santidade é (1) separação de pecado e o sistema do mundo e (2) dedicação a Deus (Romanos 12:1-2; II Corintios 6:17-7:1).
Os cristãos não devem amar este sistema pecaminoso do mundo, identificar-se com ele, se tornar ligado as coisas dele, ou participar nos seus prazeres e atividades pecaminosas (Tiago 1:27; 4:4; 1 João 2:15). Eles devem evitar três áreas maiores de pecado: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, e a soberba da vida (1 João 2:16). Eles devem disciplinar a si mesmo, e devem abster-se de toda a aparência do mal (1 Corintios 9:24-27; 1 Tessalonicenses 5:22).
A santidade é tanto interna como externa (1 Coríntios 6:19-20; II Corintios 7:1: 1 Tessalonicenses 5:23). Ela inclui atitudes, pensamentos, e mordomia espiritual, mas também ações, aparência, e mordomia física. Ambos os aspectos são essenciais.
A vida de santidade é um esforço continuo para alcançar a perfeição (Mateus 5:48; II Coríntios 7:1; Filipenses 3:12-16). Ninguém é absolutamente perfeito, mas todos podem ser relativamente perfeitos e maduros. Deus espera crescimento continuo em graça e conhecimento e um aumento na produção de fruto espiritual (João 15:1-8; II Pedro 3:18). O alvo diário do Cristão e para vencer o pecado (João 5:14; 8:11). Ele não deve pecar; se fizer, ele pode receber perdão por arrependimento e confissão (1 João 1:9; 2:1).
A santidade não é um meio para ganhar salvação mas um resultado de salvação. Ela vem por (1) fé, (2) amor, e (3) andar segundo o Espírito. Todos os aspectos de salvação, incluindo a obra santificadora do Espírito Santo, vem por fé (Efésios 2:8). Se alguém crê verdadeiramente em Deus, ele obedecerá a Palavra de Deus. Além do mais, se alguém verdadeiramente ama a Deus obedecerá as ordens de Deus (João 14:15, 23; 1 João 2:3-6). O amor é bem mais estrito e exigente do que a lei ou o dever. O Espírito Santo transmite uma natureza santa. Através da orientação e poder do Espírito, o crente pode vencer o pecado e viver justamente (Romanos 8:2-4; Gálatas 5:16; 1 Tessalonicenses 4:7-8).
O Espírito Santo ensina a santidade pela (1) Palavra de Deus inspirada, (2) pregadores e professores ungidos que proclamam e aplicam a Palavra, e (3) induções e convicções internas (que não se divergem da Palavra).
Seguir a santidade requer um esforço pessoal; não é algo automático, O Cristão deve ceder à operação do Espírito de Deus e ativamente implementar princípios espirituais (Romanos 6:11-14; Filipenses 2:12; II Pedro 3:14).
A vida Cristã é uma vida de liberdade, não legalismo. O legalismo significa basear a salvação sobre obras ou lei ou impor regras não bíblicas. Todos os padrões verdadeiros de santidade são declarações específicas bíblicas ou aplicações válidas de princípios bíblicos as situações contemporâneas.
Os Cristãos tem liberdade de pecado, liberdade da lei, e liberdade para comportar-se como eles preferem em assuntos não morais. A liberdade Cristã não nega a responsabilidade para seguir a lei moral e ensinamentos das Escrituras (Romanos 6:15; Gálatas 5:13). Além do mais, a Bíblia apresenta diversas diretrizes para o exercício correto de liberdade Cristã até em assuntos não morais: (1) Fazer tudo para a glória de Deus (1 Coríntios 10:31; Colossenses 3:17). (2) Evitar qualquer coisa não benéfica, prejudicial ou “peso” (1 Coríntios 6:12; 10:23; Hebreus 12:1). (3) Evitar qualquer coisa que ganhará dominância (1 Coríntios 6:12). (4) Evitar dano a outros (Romanos 14:13-21; 1 Corintios 8:9-13; 10:32-33).
                              Aqui são áreas importantes nas quais princípios   bíblicos  de
                                 santidade,  e portanto universais e imutáveis, aplicam-se:

1. Atitudes (Gálatas 5:19-21; Efésios 4:23-32). Os cristãos devem afastar-se das más atitudes, incluindo ódio, malícia, ira, inveja, ciúme, cobiça, amargura, orgulho, preconceito, vingança, contenda, e discórdia. A essência de santidade é produzir o fruto do Espírito, que inclui amor, gozo, paz, longanimidade, bondade, benignidade, fé, mansidão e temperança. Os cristãos devem perdoar, ser obedientes a autoridade, ser agradecidos, não permitir que nada os ofendem, e não ser intrometidos nas vida de outrem.
2. Pensamentos (Mateus 15:18-20; II Coríntios l0:5; Filipenses 4:8). Uma pessoa é o que ela pensa, e se torna o que ela deixa sua mente meditar. Os Cristãos devem pensar em coisas verdadeiras, honestas, justas, puras. amáveis, reputáveis. virtuosas, e dignas de louvor. Eles devem lançar fora pensamentos maus, levando cativo cada pensamento para fazê-lo obediente a Cristo.

3. A língua (Tiago 1:26: 3:1-2: 4:11: 5:12). Os Cristãos devem evitar tagarelice, calúnias. difamações, semeadura de discórdia, juramento, usar o nome do Senhor em vão, pronunciar maldições. Ultrajes, mentiras, palavras frívolas, e linguagem sugestiva, indecente ou obscena.

4. O olho (Salmos 101:2-3; 119:37: Mateus 6:22-23). O olho é a porta da alma e a fonte principal de entrada para a mente. Os Cristãos não deveriam ler matérias sensuais ou vulgares. Eles não deveriam assistir a televisão e o cinema, porque a violência, sexo ilícito, pecaminosidade e vaidade dominam estas mídias.
5. Aparência (adorno, vestimenta e cabelo) (Deuteronômio 22:5: 1 Coríntios 11:1-1.6; 1 Timóteo 2:8-10; 1 Pedro 3:1-5). A aparência reflete o ser intimo, tanto para Deus quanto aos outros. A aparência impiedosa promove a concupiscência da carne, concupiscência dos olhos, e soberba da vida, ou dando a pessoa trajada e a sociedade a caminhos impiedosos. Princípios bíblicos aqui são (a) modéstia, (b) rejeição a ornamentação. (c) moderação no custo. (d) distinção entre o macho e a fêmea, e (e) separação de conotações mundanas. Assim os cristãos deveriam abster-se de vestimenta imodesta, jóias ornamentalistas extravagantes e que tortura o corpo, trajes caros, extravagantes ou ostentosos, vestidos femininos nos homens, calças escandalosas nas mulheres, cabelos demasiadamente compridos nos homens, cabelos cortados nas mulheres, e modas com associações carnais.

6. Mordomia do corpo (1 Corintios 3:16-17; 6:12, 19-20). O corpo é o templo do Espírito, por isso os Cristãos não deveriam usar coisas que prejudicam ou contaminam o corpo, causam uma intoxicação ou causam vícios. Bebidas alcoólicas, tabaco, e drogas ilegais violam este princípio.

7. Santidade de casamento (1 Coríntios 6:9-10; Colossenses 3:5; Hebreus 13:4). A Biblia condena todas as relações sexuais fora de um casamento vitalício de um homem e uma mulher. Ela opõe pensamen¬tos e ações concupiscentes.

8. Santidade de vida humana (Êxodo 20:13: Mateus 5:39, 44). Os Cristãos não deveriam participar de violência ou tirar uma vida humana, incluindo na guerra, aborto, e suicídio.

9. Honestidade (Marcos 10:19). A Bíblia rejeita toda desonestidade, incluindo o mentir, roubo, fraude, recusa em pagar dívidas, extorsão, suborno, e engano.

10. Comunhão (Mateus 18:15-18; 1 Coríntios 5:9-6:8; 15:33; II Coríntios 6:14). Os Cristãos não devem ser identificados com atitudes e estilos de vida pecaminosos. Eles não deveriam ter comunhão com os crentes assim chamados que continuamente favorecem atividades pecaminosas. Não devem se colocar em jugo desigual com incrédulos, tal como por casamento. Eles devem resolver disputas internas de acordo com o procedimento dado por Cristo, não por processo em cortes civis.

11. Atividades mundanas (1 Tessalonicenses 5:22; Tito 3:3; 1 João 2:15). Os Cristãos devem maduramente regular divertimentos, música, esportes, e jogos, evitando ambientes e aparências mundanas. Alguns divertimentos são inerentemente mundanos, tais como jogos com aposta, danças obscenas, Rock pesado ligado ao ocultismo.
Em resumo, a santidade significa imitar a Cristo, ser semelhante a Cristo. A pessoa santa não satisfará os desejos da natureza pecaminosa, mas revestirá com personalidade e mente de Cristo (Romanos 13:14; Gálatas 4:19). Ela julgará cada decisão e ação por perguntar, O que faria Jesus?”.

A santidade é uma parte integral da salvação do homem total, do poder e efeito do pecado. E um privilégio jubiloso; uma parte da vida abundante; uma bênção da graça de Deus; uma vida gloriosa de liberdade e poder. A vida de santidade cumpre a intenção e desenho original de Deus para a humanidade. Para o crente cheio do Espírito que verdadeiramente ama a Deus, santidade é o normal — de fato— a única maneira para viver. A santidade é a essência da vida Cristã.
                                              A Igreja

A igreja de Jesus Cristo é o corpo dos crentes chamados para fora, aqueles que tem sido batizados em Cristo por água e Espírito. A Bíblia descreve a igreja como o corpo de Cristo, a noiva de Cristo, e o templo espiritual no qual o Espírito de Cristo habita. A igreja é tanto local quanto universal. A sua missão na terra é para (1) adorar e glorificar a Deus, (2) evangelizar o mundo, e (3) desenvolver os santos a maturidade.
Cada crente é seu próprio sacerdote a Deus (através de Jesus) e pode comunicar-se com Deus diretamente (Hebreus 4:14-16; Apocalipse 1:6). Cada membro da igreja tem uma posição de serviço, que inclui o levar das cargas uns dos outros e orar uns pelos outros (Gálatas 6:1-2; Colossenses 4:3, 12).
Para treinar e equipar os cristãos para a tarefa da igreja, Deus tem a dado ministros especiais (Efésios 4:11-16). (1) Apóstolo - alguém enviado com uma comissão. Embora que ninguém possa tomar o lugar dos doze apóstolos do Cordeiro, que eram testemunhas oculares de Cristo; outros exercitam um ministério apostólico por servir como missionários pioneiros e líderes (Atos 13:2-4; 14:14). (2) Profeta — alguém que divulga mensagens especiais ou direção de Deus (Atos 11:27; 15:32; 21:10). (3) Evangelista — pregador para os incrédulos (Atos 21:8; II Timóteo 4:5). (4) Pastor — alguém que guia e cuida do povo de Deus, também chamado bispo (alguém que supervisiona) e ancião (Atos 14:23; 20:28; 1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9; 1 Pedro 5:1-4). (5) Mestre — alguém que instrui na Palavra de Deus (Atos 13:1).
Há também o ofício de diácono (servo). Os diáconos assistem a liderança espiritual nas atividades e assuntos de negócios da igreja (Atos 6:3; 1 Timóteo 3:8-13). Deus tem ordenado o governo da igreja, e Ele dá vários ministérios, papéis, tarefas, ou ofícios além dos que foram mencionados acima (Romanos 12:4-8; 1 Coríntios 12:28). Todos devem ser submissos aos lideres espirituais e obedecê-los enquanto eles são consistentes com as Escrituras (1 Tessalonicenses 5:12-13; Hebreus 13:17). Ao mesmo tempo, os líderes devem ser servos e exemplos, não ditadores (Mateus 20:25-28; 1 Pedro 5:3).

A igreja também tem dons do Espírito, que permanecerão até a volta de Cristo (1 Coríntios 1:2, 7; 12:8-10). Estes dons nunca deveriam ser exercitados contrário a Bíblia ou liderança piedosa, mas sempre com amor, em ordem, e para edificação do corpo. Os dons espirituais são miraculosos e sobrenaturais. Eles podem ser classificados como segue.
                               Dons de revelação.

(1) Palavra de sabedoria — liderança divina, direção, ou discernimento para uma situação específica (Atos 27:9-11).

(2) Palavra de conhecimento — revelação divina de um fato de outra maneira desconhecida do recipiente (Atos 5: 1-1 1).

(3) Discernimento de espíritos — percebendo se algo é motivado por Deus, um espírito mal, ou um espírito humano. (Atos 16:16-18).

Dons de poder.

(4) Fé — uma dádiva especial de confiança em Deus para uma crise particular ou uma situação aparentemente deses¬perada (Atos 27:21-25). (5) Dons de cura — curas divinas, ou instan¬tâneas ou progressivas, para vários tipos de enfermidades físicas e mentais (Atos 5:12-16). Cristo comprou cura para o corpo (Isaias 53:5; Mateus 8:16-17) e deu aos crentes autoridade para impor as mãos sobre os enfermos para sua recuperação (Marcos 16:17-18). Os anciões devem ungir o enfermo com óleo e orar para cura em nome de Jesus (Tiago 5:13-16).

(6) Operação de milagres — intervenção direta por Deus em uma situação, transcendendo leis naturais (Atos 20:7-12; 28:1-6).

Dons de expressão vocal.

(7) Profecia — uma mensagem de Deus numa linguagem conhecida (1 Coríntios 14:3-4, 29-33). Num sentido mais geral, cada testemunho ungido, pregação, ou louvor pode ser chamado profecia (Apocalipse 19:10). (8) Variedades de línguas uma mensagem de Deus numa língua desconhecida da congregação, para ser interpretada para o beneficio da igreja (1 Coríntios 14:5, 27-28). Cada crente pode também falar em línguas sem interpretação para uma devoção e beneficio pessoal (1 Coríntios 14:4, 14-15, 18, 28).

(9) Interpretação de línguas — dar o significado de uma mensa¬gem pública divulgada em línguas (1 Coríntios 14:5, 27-28).
Jesus Cristo instituiu a Ceia do Senhor e o lavar dos pés na Sua igreja, ordenando a observância de ambos (Lucas 22:14-20; João 13:2-17; 1 Coríntios 10:16-17; 11:23-34).
A Ceia do Senhor consiste em comer de pão não levedado e beber o fruto da vinha, que simbolizam o corpo quebrado e o sangue derramado de Cristo. A igreja deve participar com reverência, auto-examinação, e arrependimento, solenemente lembrando a morte expiatória do Senhor e jubilosamente antecipando Seu retomo. Deste modo os santos gozam comunhão com Ele e comunhão uns com os outros. O lavar dos pés quando possível, ensina humildade, serviço, e comunhão.
A igreja local deveria reunir-se regularmente e freqüentemente. Não é requerido observar leis de sábado, pois a igreja não está constrangida por leis cerimoniais (Atos 15:19-29; Romanos 14:5-6; Gálatas 4:9-11; Colossenses 2:16-17). Os cristãos gozam santificação espiritual e descanso cada dia no Espírito Santo. No entanto, separar um dia semanalmente para descanso e designando tempos para adoração em grupo, comunhão, e instrução ainda são princípios válidos. A igreja primitiva reunia-se aos domingos em comemoração da ressurreição do Senhor, mas considerando que todos os dias são santos no Senhor. (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2). Cada Cristão deveria ser fiel às reuniões de sua igreja local (Atos 2:42; Hebreus 10:25).
                           As Últimas Coisas

Quando uma pessoa morre seu corpo vai ao sepulcro, em um estado que a Bíblia compara ao sono, para aguardar a ressurreição, ou reunião de corpo e alma. A alma injusta espera num lugar de desassossego, enquanto a alma justa está no descanso (Lucas 16:22-28). A habitação temporária das almas dos mortos é o Seol (Hebraico) ou flades (Grego) (Salmos 16:10; Atos 2:27). Quando Cristo ressuscitou dos mortos, Ele venceu Hades e morte, e como parte de Sua vitória Ele aparentemente levou as almas justas de Hades (Efésios 4:8-10). Quando um Cristão morre hoje, sua alma descansa na presença do Senhor (II Coríntios 5:8; Filipenses 1:21-24).

O próximo grande evento para a igreja é o arrebatamento dos santos e d retorno de Jesus Cristo (Tito 2:13). No arrebatamento os mortos em Cristo serão ressuscitados e os santos vivos serão transformados, ambos recebendo corpos imortais e glorificados (1 Coríntios 15:51-54; Filipenses 3:20-21; 1 Tessalonicenses 4:13-18). Juntos eles encontrarão o Senhor no ar para viver com Ele eternamente.
Um tempo sem paralelo de grande tribulação virá sobre o mundo (Mateus 24:21; Apocalipse 6-19). Satanás procurará dominar o mundo através de um homem e sistema descritos como “a besta” (as vezes chamado o Anticristo) (Apocalipse 1 3). A besta e seu profeta falso estabelecerão um sistema religioso, político, e econômico para controlar o mundo. Estas manobras satânicas trarão guerra, fome, e morte. Eventualmente a besta reivindicará ser Deus e profanará e reedificará o templo Judaico. Aqueles que apóiam este sistema mal e voltarem a Deus serão perseguidos e martirizados; alguns terão proteção divina.
No meio da tribulação, Deus derramará Seu julgamento sobre a humanidade não arrependida e degenerada várias grandes pragas (Apocalipse 6-18). Muitos crêem que a igreja será arrebatada antes da tribulação, enquanto alguns crêem que a igreja passará por uma parte ou todo dela. De qualquer forma, a igreja será protegida da ira de Deus (Lucas 21:36).
No final da tribulação, os exércitos satânicos se juntarão no vale de Armagedom para esmagar toda oposição. Aparentemente vitoriosos, eles marcharão a Jerusalém para reivindicar seu prêmio. Então, Jesus Cristo retomará fisicamente à terra com Seus santos, descendo no Monte das Oliveiras (Zacarias 12-14; Atos 1:9-12; Apocalipse 19). A nação Judaica O reconhecerá como seu Messias, e Ele destruirá a besta e seus exércitos.
Jesus estabelecerá Seu reino na terra por mil anos (freqüentemente chamado o Milênio), e os santos reinarão com Ele (Apocalipse 20). Satanás será preso, mas no final da época será solto por um curto prazo de tempo. Ele fomentará uma rebelião final, que Deus destruirá com fogo do céu.

Então virá o Juízo Final, ou Julgamento do Trono Branco (Apocalipse 20:11-15). Todos aqueles que não estão inscritos no Livro da Vida serão lançados no lago de fogo (também chamado de Gehenna em Grego), e lá serão separados eternamente de Deus. Deus destruirá o mundo presente e criará um novo céu e uma nova terra. Os santos viverão com Ele para sempre na Nova Jerusalém (Apocalipse 21-22).
A Bíblia descreve muitos sinais que precederão a segunda vinda de Cristo, e estão sendo cumpridos hoje (Mateus 24:1-39; Lucas 2 1:7-31; II Tessalonicenses 2:1-8; II Timóteo 3:1-13). A época presente logo terminará. Apesar de idéias diferentes acerca de detalhes proféticos, diversas verdades chaves são evidentes de qualquer interpretação literal das Escrituras:

1. Jesus Cristo logo retomará fisicamente a terra.

2. Ninguém sabe ou pode estabelecer o tempo de Sua vinda; a igreja deve estar pronta em todo o tempo (Mateus 24:42-44; Marcos 13:33-37; Romanos 13:11-14).

3. Cada pessoa O enfrentará no julgamento para receber a recompensa de vida eterna ou a punição de morte eterna.
Qual é a reação correta à luz destas verdades pavorosas? “O Espírito e a noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem. Aquele que tem sede, venha, e quem quiser receba de graça a água da vida... Aquele que dá testemunho destas cousas diz: Certamente venho sem demora. Amém. Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22:17, 20).
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