A
Igreja Verdadeira
Com
tantas igrejas existentes, cria-se uma dificuldade: Qual igreja seguir e em
qual acreditar? Quem "pegar o bonde da salvação errado, vai desembarcar no
céu errado"? Muitas têm características da igreja verdadeira, mas só com
objetivo de atrair as pessoas. A igreja verdadeira não é caracterizada pela
prática de expulsão de demônios ou pelo uso do nome de Jesus. Há igrejas que
até usam o nome de Jesus, expelem demônios em seu nome, mas ele não as
reconhece (Mateus 7:22-23). Há elementos fundamentais que não podem faltar a
uma igreja verdadeira. Vejamos alguns.
ServIR ao Deus verdadeiro
Os
hindus crêem em cerca de 300 milhões de deuses. Adoram macacos, elefantes,
vacas, cobras e até ratos. Embora se creia na existência de muitos deuses, que
elementos os tornam verdadeiros? O apóstolo Paulo disse aos coríntios:
"Pois,
ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra
(como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o
Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus
Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também" (I
Coríntios 8:5-6).
Não
é somente a letra maiúscula que define um Deus verdadeiro, é a sua natureza
(Gálatas 4:8). Um Deus verdadeiro não tem princípio nem fim (Gênesis 21:33). É
o criador de todas as coisas (Salmo 102:25) (Isaías 44:24; 45:18). É único
(Deuteronômio 6:4) (Isaías 44:6; 46:9). Ele sabe todas as coisas (Isaías
44:7-9). Ele não se deixa manipular através de imagens (Êxodo 20:3-5) (Salmo
115:3-10). Não é uma energia ou uma força impessoal, ele é uma pessoa e se
comunica com seu povo (Gênesis 9:8; 12:1) (II Crônicas 7:14). Conhece
profundamente o homem (Hebreus 4:13). Um "Deus conosco" (Mateus
1:23), presente entre o seu povo. Que se manifestou em carne, e se fez homem
(João 1:14). Só restará um Deus no universo (Jeremias 10:11), o Deus que se
manifestou a Israel (Deuteronômio 7:6), e que foi revelado no Senhor Jesus
Cristo (João 17:3-6; ITm.6:14-16)
Tem a Escritura verdadeira
Conta-se
que o filósofo francês Voltaire (1694-1778) teria afirmado que a Bíblia, cem
anos após a sua morte, seria um livro esquecido, ultrapassado, e empoeirado em
todas as estantes em que estivesse. Antes que se completassem os cem anos de
sua morte, na casa em que ele residia, abriu-se uma editora de Bíblias.
Voltaire não conhecia a Bíblia, pois ela diz:
"Passará
o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão" (Mateus 24:35).
São
palavras verdadeiras (João 17:17), de um Deus verdadeiro (I João 5:20). A
Bíblia é divinamente inspirada (II Timóteo 3:16-17) (II Pedro 1:20-21). Ela
mergulha profundamente dentro do homem com eficácia, discernindo todo o seu
interior (Hebreus 4:12). Nela o homem deve meditar de dia e de noite (Josué
1:8) (Salmo 1:2).
Vale
a pena ressaltar que alguns céticos, tentando denegrir as palavras da Bíblia,
têm afirmado pejorativamente: "Lembrem-se, a Bíblia foi escrita por
homens"! Citando as palavras do pastor Paulo Romero, respondemos: "E
vocês queriam que fosse escrita por um cavalo?" Deus usou o que era mais
óbvio, o homem, ser inteligente e capaz. E a escrita, comum a todos os povos, o
meio prático de que sua Palavra passaria de geração a geração (Deuteronômio
6:6-9).
Tem o Messias verdadeiro
Muitos
homens têm vindo ao mundo afirmando que foram enviados por Deus ou foram tidos
como deuses: Buda, Maomé, Zoroastro, Confúcio, reverendo Moon, Yuri Tais, e
tantos outros. Dizem-se portadores de uma mensagem divina. São eles messias
verdadeiros? O que dizem veio de um Deus verdadeiro? quais as credenciais de um
verdadeiro messias? Vejamos algumas: O reconhecimento do próprio Deus (Mateus
3:17) (I João 5:9), profecias se cumpriram a seu respeito (Isaías 7:14; 9:6;
11:1-5; 53:1-7), a natureza de sua missão (Lucas 4:14-21), os poderes que
possui (Lucas 7:12-15), a autoridade que tem (Mateus 7:29), a capacidade de
aproximar o homem de Deus (João 1:29) (I João 1:7), a capacidade de vencer a
morte (Lucas 24:1-6), de perdoar pecados (Lucas 5:20), sua origem celestial
(João 3:11-13).
Napoleão
Bonaparte, francês que tentou conquistar o mundo, disse o seguinte sobre Jesus:
"Eu tive um reino que desmoronou rapidamente. Onde estão os meus
seguidores? Onde estão aqueles que vinham aprender as minhas palavras? Onde
estão os impérios que se ergueram na humanidade: babilônios, assírios, gregos e
romanos? Todos acabaram assim como o meu. Mas Jesus Cristo ergueu um reino que
já dura quase dois mil anos, e não terá fim". Jesus dividiu a história, e
sem ele a história é incompreensível. Ele é Senhor, Rei e Deus (Apocalipse
17:14) (Tito 2:13). O Messias verdadeiro traz em suas mãos as chagas deixadas
pela cruz, na qual morreu para salvar todo aquele que nele crê (João 20:24-29)
(Colossenses 2:13-17). Jesus Cristo é o Messias verdadeiro, todos os outros são
falsos (Mateus 24:24). "Jesus não é maior do que Buda, Maomé, Zoroastro,
Confúcio, Kardec, ou qualquer outro, Jesus é incomparável".
Tem a Mensagem verdadeira
Conta-se
que um menino de cinco anos estava no gabinete de seu pai fazendo-lhe várias
perguntas. O pai, não conseguindo trabalhar, pegou um mapa com todos os países
do mundo e recortou-os um por um, pedindo ao menino que os levasse para seu
quarto e os colocasse em ordem. Não demorou cinco minutos e o menino já estava
de volta com o mapa montado. O pai, espantado com a rapidez do menino,
perguntou-lhe como havia montado tão facilmente o mapa. O Menino respondeu:
"Havia um homem desenhado do outro lado, do tamanho do mapa, depois que
coloquei o homem em ordem, vi que tinha colocado o mundo também". Só há
uma forma deste mundo se tornar melhor, é mudar o ser humano, e a Bíblia é o
livro que tem esta proposta (João 2:25) (I Coríntios 15:1-4). A mensagem
verdadeira é baseada na graça de Deus, arrependimento de pecados, não em
méritos humanos. (Atos 17:30) (Efésios 2:8-9). É uma mensagem de salvação e
vida eterna (Atos 16:29-31) (João 3:16). Infelizmente esta mensagem tem sido
distorcida, e muitas pessoas já não se aproximam mais de Jesus pela cruz (João
12:32-33), mas por interesses pessoais. Várias tendências teológicas têm
surgido, distorcendo a verdadeira mensagem da salvação: unção do riso, vômito
do Espírito, maldição hereditária, regressão, dente de ouro, teologia da
prosperidade. Vale a pena ressaltar que para tudo se encontra uma passagem
bíblica. O chavão é: "Está na Bíblia". Satanás usou esta técnica com
Jesus quando lhe disse: "...lança-te daqui abaixo; porque está
escrito..." (Mateus 4:6). E citou para Jesus o Salmo 91:11-12, para que
Jesus se atirasse do pináculo do templo, afirmando que os anjos do Senhor não o
deixariam cair. Jesus respondeu a Satanás: "Também está escrito: Não
tentarás ao Senhor teu Deus" (Mateus 4:7). Jesus usou o texto de
Deuteronômio 6:16 para mostrar a Satanás que não basta apenas usar da autoridade
da Bíblia em textos isolados, ela é um todo, e interpreta-se a si mesma. Apesar
de todas as circunstâncias a Bíblia continua e continuará sendo o único livro
verdadeiro e digno de confiança.
Tem um povo verdadeiro
Adolf
Hitler quase destruiu o mundo porque achava que os alemães eram uma raça pura,
superior e que só eles deveriam mandar e governar o planeta, mas os seus ideais
não permaneceram. Os judeus foram considerados para Deus um povo especial, o
qual ele escolheu para se manifestar (Deuteronômio 7:6). Hoje, o povo de Deus
não é caracterizado pela raça, etnia, mas por ter nascido de novo (João 3:3-8).
É um povo chamado e escolhido por Deus, mediante Jesus Cristo (Gálatas 3:28)
(Romanos 9:21-25) (Romanos 9:27-33), que recebeu Jesus como Salvador,
tornando-se filho de Deus (João 1:12). Esse povo busca as coisas de Deus
(Colossenses 3:1-3) é templo do Deus verdadeiro (I Coríntios 3:16), anda nos
passos de seu Redentor (Colossenses 2:6-7), e espera a sua volta (Atos 1:11) (I
Tessalonicenses 4:16-17). Deus tem tolerado a maldade do mundo somente por
causa deste povo (Mateus 24:22). É um povo selado pelo Deus verdadeiro (Efésios
1:13). É importante que se tenha em mente que a igreja é composta de pessoas
imperfeitas: A igreja não é um museu para santos, mas um hospital para doentes.
Jesus disse que não veio chamar justos ao arrependimento, mas pecadores (Mateus
9:12). Obviamente, espera-se que as pessoas que compõem a igreja sejam
transformadas em seu viver, mas elas ainda não atingiram a perfeição.
Conta-se
que uma irmã, insatisfeita com sua igreja, teria chegado para o seu pastor e
lhe dito: "Estou à procura de uma igreja perfeita, com um pastor perfeito,
diáconos perfeitos, ministro de música perfeito, regentes perfeitos,
professores perfeitos, e membros perfeitos". O pastor lhe respondeu:
"O dia em que irmã encontrar, por favor, não entre, senão a irmã vai
estragá-la."
Alguém
já disse: "Se a igreja não fosse de Deus os homens já teriam terminado com
ela". Deus criou todas as coisas, e teve o bom gosto de criar tudo em
ordem e perfeito. Mas o homem tem o poder de estragar tudo. A igreja foi criada
por Jesus, que se entregou por ela (Efésios 5:25), ela é a noiva, bela, bonita
e perfeita, e ele virá buscá-la (Apocalipse 19:7). Esta é a igreja verdadeira.
Você é parte dela? Sua igreja tem estas marcas?
As
Igrejas de Deus
"Pois vós, irmãos, vos tornastes imitadores
das igrejas de Deus em Cristo Jesus que estão na Judéia" (1 Tes. 2:14)
A
ignorância que prevalece no Cristianismo agora em relação às Igrejas de Deus é
profunda e mais geral que qualquer outro erro sobre qualquer outro tema das
Escrituras. Muitos que são fortes em relação ao Evangelho e são corretamente
ensinados sobre os grandes fundamentos da fé, estão equivocados em relação à
Igreja. Há de se notar que a confusão que abunda diz mais respeito a palavra
"Igreja". Há poucas palavras com tamanha variedade de sentidos. O
homem comum entende por "igreja" um edifício no qual as pessoas se
congregam para a adoração pública. Porém os que compreendem melhor, sabem que o
termo se refere as pessoas que se congregam neste edifício.
Outros
usam o termo em um sentido denominacional e chamam de a "Igreja
Metodista" ou a "Igreja Presbiteriana". Também se emprega para
chamar de instituições do Estado como a "Igreja da Inglaterra" ou a
"Igreja da Escócia".
Para
os papistas, a palavra "igreja" é quase sinônimo da palavra
"salvação", porque eles ensinam que todos os que estão fora da
"Santa Igreja Mãe" estão eternamente perdidos.
Para
muitos que são até mesmo povo de Deus, parece não interessar-lhes o que Deus
pensa sobre o tema. É triste notar que homens devotos no Evangelho, que
proclamam a Palavra de Deus, nos comentam que não se molestam em relação à
doutrina da Igreja; que a salvação é um tema mais importante; e o estabelecimento
dos Cristão nos fundamentos é tudo o que é necessário.
Vemos
que eles dão capítulo e versículo para cada declaração que fazem e enfatizam a
autoridade da Palavra de Deus, porém cerram os olhos à seus ensinamentos sobre
a Igreja.
Que
constitui uma Igreja Neotestamentária ?
Que
haja multidões de supostos Cristãos que desdenham a importância desta questão
em manifesto. Suas ações os demonstram. Não se molestam em contestar a
pergunta. Alguns estão contentes em ficar fora de qualquer Igreja terrenal.
Outros se unem a alguma igreja por considerações sentimentais, porque seus pais
ou seus parentes pertencem à ela. Todavia outros se unem a uma igreja por
motivos mais baixos, por razões políticas ou de negócios. Porém isto não deve
ser assim.
Se
o leitor é um Anglicano, deve sê-lo porque está convencido de que sua igreja é
a mais bíblica. Se é presbiteriano, deve sê-lo pela convicção de que sua igreja
está mais de acordo com a Palavra de Deus. E assim também se és Batista, ou
Metodista, etc.
Há
muitos outros que não guardam nenhuma esperança de poder contestar
satisfatoriamente a pergunta: O que é uma Igreja Neotestamentária ? A confusão
que causam no Cristianismo, as numerosas seitas e denominações, que diferem
amplamente na doutrina e na constituição da igreja e na sua idéia sobre o
governo, tem desanimado a muitos. Não dispõe de tempo necessário para examinar
as declarações de muitas denominações. Muitos Cristãos são pessoas muito
ocupadas, que trabalham muito para ganhar a vida, e não tem o tempo necessário
para investigar adequadamente os méritos escriturísticos dos diferentes
sistemas eclesiásticos. Conseqüentemente deixam de um lado a questão, porque a
vem demasiadamente difícil e complexa para poder chegar a uma conclusão
satisfatória e conclusiva. Porém não, a solução não deve ser assim. Em vez de
que estas diferenças de opiniões nos deixem perplexos, devem estimular-nos a
chegar a compreender a mente de Deus em relação ao assunto. Se Ele nos diz que
devemos "comprar a verdade", o que implica que o esforço e o
sacrifício são necessários, somos convidados a "provar todas as
coisas".
Agora,
é óbvio a todos que deve haver uma maneira mais excelente do que examinar os
credos e os artigos de fé de todas as demais denominações. O único método
satisfatório para descobrir a resposta divina à pergunta é voltarmos para o
próprio Novo Testamento e estudar seus ensinamentos relacionados à
"Igreja"; não os pontos de vista de algum homem piedoso; não
aceitando o credo de uma Igreja a qual pertencem os meus pais; mas sim provando
todas as coisas por si mesma. O povo de Deus não tem nenhum direito de
organizar uma igreja sobre fundamentos que não são os que governaram as Igrejas
no tempo do Novo Testamento. Uma instituição cujos ensinamentos ou governo são
contrários aos Novo Testamento sem dúvida não é uma igreja neotestamentária.
Agora,
se Deus tem considerado de suma importância colocar entre as páginas de
inspiração, o que é uma igreja neotestamentária, então deve ser importante para
cada homem ou mulher estudar o que está escrito, e submetermos a sua autoridade
e conformarmos à sua conduta. Assim que apelo ao Novo Testamento unicamente e
busco a resposta a nossa pergunta.
1.
Uma Igreja Neotestamentária é um corpo local de crentes.
Muita
confusão tem sido o resultado de se utilizar adjetivos que não se encontram no
Novo Testamento. Se fossemos perguntar a alguns Cristãos: a que igreja você
pertence ? Contestariam: a grande igreja invisível de Cristo – uma igreja que é
intangível e invisível. Quantos repetem o Credo dos Apóstolos, "Creio na
santa igreja católica ?, que certamente não era parte alguma no credo que os
apóstolos mantiveram. Outros falam de uma "igreja militante" e de uma
"igreja triunfante", porém nenhum destes termos se encontram nas
Escrituras, e os empregarmos somente cria dificuldade e confusão. No momento
que deixamos de reter "o modelo das sãs palavras" (2 Timóteo 2:13) e
usamos termos não-escriturísticos, somente nos confundimos ainda mais. Não
podemos melhorar as Sagradas Escrituras. Não há necessidade de inventar mais
temos, fazê-lo é criticar o vocabulário do Espírito Santo. Quando alguns falam
de uma igreja universal de Cristo, empregam um termo anti-escriturístico. O que
querem dizer é "a família de Deus". Esta última expressão inclui toda
a companhia dos eleitos, porém a palavra "Igreja" não tem o mesmo
sentido.
O
tipo de Igreja que é enfatizado no Novo Testamento, não é nem invisível nem
universal, mas visível e local. A palavra para "igreja" é ekklesia e
os que conhecem a língua grega estão de acordo que significa uma assembléia.
Uma assembléia é uma companhia de gente que realmente se reúne. Se nunca se
reúnem, então isso seria um mal uso da linguagem dizer que são uma assembléia.
Por isso, como todo o povo de Deus nunca tem estado em uma assembléia, juntos,
não há uma Igreja ou assembléia universal. Essa igreja é todavia futura porque
ainda não tem uma existência corporal.
Para
provar o que se disse acima, vamos examinar as passagens onde o termo foi usado
pelo nosso próprio Senhor durante os dias de sua carne. Somente duas vezes nos
quatro Evangelhos encontramos a Cristo falando de sua "Igreja". A
primeira está em Mateus 16:18, onde disse Jesus a Pedro "Sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra
ela". A que tipo de Igreja se referia o Salvador? A grande maioria dos
Cristãos pensam que foi a grande Igreja invisível, mística e universal, que
inclui todos os redimidos. Porém certamente estão equivocados. Se isto houvesse
sido o sentido da palavras, necessariamente haveria dito "Sobre esta pedra
estou construindo minha Igreja". Porém disse "construirei",
tempo futuro. O que demonstra que quando falou estas palavras, a Igreja não
tinha existência, salvo no seu propósito. A igreja à qual Cristo se refere em
Mateus 16:18 não podia ser universal, isto é, uma igreja que inclui todos os
santos de Deus, porque o tempo do verbo que emprega manifestamente exclui os
santos do Antigo Testamento. Além disso, nosso Senhor não se referia à Igreja
na glória, porque essa Igreja já não estará sob o perigo das portas do inferno.
Sua declaração que "as portas do inferno não prevalecerão contra ela"
sem dúvida esclarece que se refere a Sua Igreja sobre a terra, uma Igreja
visível e universal.
O
único outro exemplo de nosso Senhor falando da Igreja quando esteve na terra,
se encontra em Mateus 18:17 : "Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se
também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e publicano".
Agora, o único tipo de Igreja a qual um irmão pode falar de seus problemas é um
Igreja visível e local. Isto é tão óbvio que não há necessidade de falar mais
deste ponto.
No
último livro do Novo Testamento, encontramos o nosso Senhor usando o termo
outra vez. Primeiro em 1:11 disse a João "Escreve em um livro o que vês, e
enviá-lo às sete igrejas que estão na Ásia". Outra vez, é claro que o
Senhor fala de igrejas locais. Depois disto, o Senhor usa a palavra 19 vezes no
Apocalipse e em cada passagem a referência foi à Igrejas locais. Sete vezes
repete "O que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas", não
disse "ouça o que o Espírito diz à Igreja" - o que haveria dito se a
opinião popular fosse a correta.
A
última referência no Apocalipse está em Apocalipse 22:16: "Eu, Jesus,
enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas a favor das igrejas. Eu sou
a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã". A razão
disto é que a Igreja de Cristo ainda não tem nenhuma existência tangível e
incorporada, seja na glória ou sobre a terra; tudo o que tem agora são suas
Igrejas locais.
Uma
prova adicional de que o tipo de Igreja que é enfatizado no Novo Testamento é
local e visível, está em outros passagens da Escritura. Lemos da "igreja
que estava em Jerusalém" (Atos 8:1), "a igreja que estava em Antioquia"
(Atos 13:1); "a igreja de Deus que está em Corinto" (1 Coríntios 1:2)
– tomem nota de que ainda que esta Igreja tinha vínculos com as demais Igrejas,
se distingue de "todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor
Jesus Cristo" (1 Coríntios 1:2). Outra vez lemos de Igrejas, plural no
número. "Assim as igrejas em toda a Judéia, Galiléia e Samária, tinham
paz..." (Atos 9:31); "...As igrejas de Cristo vos saúdam"
(Romanos 16:16); "...as igrejas da Galácia" (Gálatas 1:2). Assim que
se pode ver que a idéia proeminente e dominante no Novo Testamento, foi de
Igrejas locais e visíveis.
2.
Uma Igreja Neotestamentária é um corpo local de crentes batizados.
Por
"crentes batizados" quero dizer Cristão que tenha sido submergido em
água. Em todo o Novo Testamento, não há nem um só caso de alguém que chegara a
ser membro de uma igreja de Jesus Cristo sem ser primeiro batizado; há muitos
casos, muitas indicações e provas de que todos os que pertenciam às igrejas nos
dias dos apóstolos eram Cristãos batizados.
Vamos
ver primeiro a última parte de Atos 2:47: "E cada dia acrescentava-lhes o
Senhor os que iam sendo salvos". Notem que o versículo não diz que
"Deus" ou "o Espírito Santo" ou "Cristo" mas
"o Senhor" acrescentava. A razão é esta: "o Senhor" leva a
idéia de autoridade e os que Ele acrescentava à igreja haviam se submetido ao
Seu senhorio. E a maneira pela qual haviam submetido a Ele está nos versículos
41-42: "De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e
naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos
apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações". Assim que
durante os dias mais primitivos desta dispensação, o Senhor acrescentava à Sua
igreja pessoas que estavam batizadas.
Vejam
a primeira das epístolas. Romanos 12:4-5 demonstra que os santos em Roma
formavam uma igreja local. Agora regressemos a Romanos 6:4-5 onde encontramos o
apóstolo dizendo aos membros de Roma (e deles): "Fomos, pois, sepultados
com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os
mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente
também o seremos na semelhança da sua ressurreição". Assim que os membros da
igreja local em Roma eram cristãos batizados.
Agora
considerem a igreja em Corinto. Em Atos 18:8 lemos: "e muitos dos
coríntios, ouvindo, criam e eram batizados". Outra prova de que os santos
de Corinto foram batizados se acha em 1 Coríntios 1:13-14; 10:2,6. E 1
Coríntios 12:13 traduzido corretamente (espero comentar sobre esta passagem em
outro artigo mais adiante) expressamente afirma que a entrada à assembléia
local é pelo batismo nas águas. E antes de passar a outro ponto, permita-me
dizer que um igreja composta de crentes batizados é óbvia e necessariamente uma
igreja cristã. E por isso os verdadeiros cristãos não devem ter vergonha do
nome que levam.
3.
Uma Igreja Neotestamentária é um corpo local de crentes batizados que formam
uma organização.
Uma assembléia é uma companhia de pessoas que
se reúnem juntos em uma organização, de outro modo não haveria nada para
distinguir-lhes de uma multidão qualquer. Prova clara disto se acha em Atos
19:39: "E se demandais alguma outra coisa, averiguar-se-á em legítima
assembléia". Estas palavras foram pronunciadas pelo escrivão do povo à
multidão que quebrantava a paz. E havendo "apaziguado a multidão" e
havendo afirmado que os apóstolos não eram nem ladrões de igrejas ou
blasfemadores da deusa do povo, lhes recordou a Demétrio e seus seguidores que
"os tribunais estão abertos e há procônsules"; e lhes convida a
acusar-se uns aos outros. A palavra grega para "assembléia" nesta
passagem é ekklesia e a referência foi à corte jurídica Romana, isto é, uma
organização governada por leis.
Também
as figuras usadas pelo Espírito Santo em relação com a "igreja" são
pertinentes unicamente a uma organização local. Em Romanos 12 e em 1 Coríntios
12 Ele emprega o "corpo" humano como uma analogia ou ilustração. Este
exemplo não é próprio para representar uma igreja "invisível" ou
"universal" cujos membros estão esparzidos por toda a terra. Não é
necessário recordar ao leitor que não há organização mais perfeita na terra que
o corpo humano, cada membro em seu lugar apropriado, cada um cumprindo seu
dever e função. Em 1 Timóteo 3:15 a igreja é chamada "a casa de
Deus". Esta "casa" fala de organização, cada habitante tendo sua
própria recâmara, os móveis em seu lugar, etc.
Outra
prova de que uma "igreja" neotestamentária é uma companhia local de
crentes batizados, em uma relação organizada, se acha em Atos 7:38, onde o
Espírito Santo aplica o termo ekklesia aos filhos de Israel – "na
congregação (igreja) no deserto". Agora bem, os filhos de Israel no
deserto eram uma assembléia organizada, redimida e batizada. Será que alguém se
surpreenda que foram batizados ? Porém a Palavra de Deus é mui explícita neste
ponto: "Pois não quero, irmãos, que ignoreis que nossos pais estiveram
todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar; e, na nuvem e no mar, todos
foram batizados em Moisés" (1 Coríntios 10:1-2). Também estavam
organizados; tinham seus "príncipes" (Números 7:2) e seus
"sacerdotes", "anciões" (Êxodo 24:1) e seus
"oficiais" (Deuteronômio). Assim pois podemos ver que foi correto
aplicar o termo ekklesia a Israel no deserto. E podemos descobrir como sua
aplicação a Israel nos ajudar a definir seu sentido exato. Vemos que uma igreja
neotestamentária tem seus "oficiais ou ministros", que podem ser seus "anciões" (que é
o mesmo que "bispos"), "diáconos" (Timóteo 3:11,12),
"tesoureiro" (João 12:6; 2 Coríntios 8:19), e "escrivão" –
a enumeração dos membros (Atos 1:15) claramente implica um registro.
4.
Uma Igreja Neotestamentária é um corpo local de crentes batizados em uma
organização, pública e corporalmente adorando a Deus pela maneiras que Ele
estabeleceu.
Seria
necessário citar uma boa parte do Novo Testamento, para amplificarmos sobre
este tema. Melhor é que o leitor leia com cuidado o livro dos Atos e as
epístolas, com uma mente aberta, e encontrará abundante confirmação do tema.
Porém somente permita-me dizer em resumo: Primeiro, para manter "a
doutrina dos apóstolos" e o companheirismo (Atos 2:42). Segundo, para
preservar e perpetuar o batismo escriturístico em o nome do Senhor Jesus Cristo
(At.2:38) e a ceia do Senhor: "as instruções tal como" Paulo as
entregou à Igreja (1 Coríntios 11:2). Terceiro, para manter a disciplina santa:
Atos 13:17; 1 Timóteo 5:20-21, etc. Quarto, para ir a todo o mundo e pregar o
Evangelho a toda criatura (Marcos 16:15).
5.
Uma Igreja Neotestamentária é independente de tudo, menos de Deus.
Cada
igreja local é completamente independente de todas as demais. Cada igreja tem
seu próprio governo, conforme 1 Coríntios 16:3; 2 Coríntios 8:19. Por
"governo" quero dizer que sua obra é administrativa e não
legislativa.
Uma
igreja neotestamentária deve fazer todas as coisas decentemente e em ordem (1
Coríntios 14:40), e sua única regra para ordenar as coisas, é a Sagrada
Escritura. Seu único modelo, sua corte de apelação, é a Bíblia e nada mais que
a Bíblia, pela qual todas as questões de fé, doutrina, e a vida Cristã são
determinadas. Sua única cabeça é Cristo: Ele é seu Legislador, Fonte e Senhor.
A
Igreja local deve ser governada pelo que o Espírito de Cristo disse às igrejas.
Por isso logicamente está separada do Estado e deve recusar o sustento
econômico do Estado. Ainda que seus membros são instruídos a submeterem-se
"às autoridades superiores" (Romanos 13:1), não devem permitir que o
Estado lhes dite nos assuntos da fé ou da prática.
A
administração do governo de uma igreja neotestamentária reside em sua própria
membresia e não em um corpo especial de homens, seja dentro ou fora da igreja.
Uma maioria de seus membros decidem as ações da igreja. Isto se vê claramente
em 2 Coríntios 2:6: "Basta a esse tal (a pessoa disciplinada) esta
repreensão feita por muitos". As últimas duas palavras "por
muitos" é tradução de hupo ton pleionon. Pleionon é um adjetivo e
literalmente significa pela maioria e é traduzido assim pelo Dr. Charles Hodge,
um dos melhores e competentes conhecedores do Grego.
Em
resumo: a menos que haja uma companhia de pessoas regeneradas, batizadas de
acordo com as Escrituras, organizadas segundo o Novo Testamento, adorando a
Deus segundo suas instruções, tendo companheirismo com a doutrina dos
apóstolos, mantendo as ordenanças, preservando a disciplina estrita, ativa na
evangelização, então não há uma igreja neotestamentária, chame o que se chame.
Porém se uma igreja possui estas características, é então a única instituição
em toda terra ordenada, construída e aprovada pelo Senhor Jesus Cristo. Assim
que o escritor considera seu maior privilégio, depois de ser salvo, pertencer a
uma de Suas igrejas. Que a graça divina nos ajude a andar dignamente como
membros de Sua Igreja noiva!
O
BATISMO BÍBLICO
Este
estudo visa esclarecer a questão do batismo em todos os seus termos. Busca
primeiramente esclarecer o que é o batismo bíblico. Depois enfoca o batismo
bíblico e o que os Cristãos genuínos ensinam sobre o mesmo; E finalmente
esclarece porque não aceitamos o batismo
da maioria das denominações católicas e protestantes.
O BATISMO BÍBLICO
O
primeiro batismo de que se tem noticia no Novo Testamento é o praticado por
João, o batista. Este batismo foi chamado de o batismo do arrependimento pelo
apóstolo Paulo. Por ele passou todos os apóstolos de Jesus. Jesus foi batizado
por João, mas o batismo de Jesus tem um desígnio totalmente diferente do
administrado por João aos pecadores confessos. Finalmente temos o batismo
administrado pela Igreja de Jesus, primeiramente pelos apóstolos antes de sua
morte, depois, pela Igreja organizada de Jerusalém.
O BATISMO DE JOÃO AOS PECADORES CONFESSOS
Esse
batismo era por imersão (veremos mais adiante um estudo específico sobre o
significado da palavra). Seu desígnio era totalmente diferente do administrado
pela Igreja. Simbolizava que Jesus iria morrer, iria ser sepultado e iria
ressuscitar dentre os mortos. Era uma crença "Naquele que há de vir",
como dizia o próprio João. João podia administrá-lo porque como ele confirmou,
e não negou: "aquele que me mandou batizar", referindo-se ao próprio
Deus, dera-lhe tal autoridade. Importante lembrar que João só batizava
pecadores confessos, ou seja, pessoas que estavam conscientes de que eram
pecadores.
Grande
número de pessoas participaram desse batismo administrado por João. Inclusive
os doze apóstolos do Senhor Jesus. Foi um ministério tão grande que muitos anos
depois Paulo encontrou alguns de seus discípulos na longínqua cidade de Éfeso.
Apolo, grande pregador e cooperador de Paulo, foi um de seus discípulos. Este
batismo terminou quando João foi encerrado na prisão, coincidindo com o início
do ministério de Jesus. Aquele que havia de vir chegou, e por isso, não necessitavam
mais ser batizados para aquele fim. Quando Jesus iniciou seu ministério João
foi preso, e da prisão foi decapitado. Findou-se assim o batismo de João aos
pecadores confessos.
O BATISMO DE JOÃO A JESUS
O
batismo de Jesus também foi por imersão. Seu desígnio também era diferente do
administrado por João aos pecadores confessos e dos administrado pela Igreja
aos crentes arrependidos. Simbolizava que Ele daria sua vida nossos pecados,
seria sepultado e depois ressuscitaria em Glória. Não era uma crença, era o
cumprimento da vontade do Pai, ou como o próprio Senhor Jesus disse: "Para
que se cumpra toda a justiça". Nesta passagem vemos a importância da
pessoa que administra o batismo, pois, o Senhor Jesus podia ter batizado a si
próprio, mas não o fez. Andou mais de cem quilômetros e foi até onde João
estava batizando, e lá, recebeu o batismo da pessoa que o próprio Deus tinha
ordenado para o ato.
O BATISMO ADMINISTRADO PELA IGREJA PRIMITIVA
Esse
batismo também foi por imersão. Seu desígnio inaugurava um propósito todo novo.
Simbolizava que Jesus morreu pelos nossos pecados, que foi sepultado e que
ressuscitou dentre os mortos. Só era batizado aquele que tinha feito profissão
sincera de sua fé no Senhor Jesus. Nunca, em momento algum, temos a notícia de que
pelo menos um dos batizados pela igreja fosse pessoas não convertidas, ou
forçadas para o ato, ou qualquer recém-nascido. Consideremos o que disse Filipe
para o Eunuco: "Você pode ser batizado, se creres de todo o seu
coração"; e após a pregação de Pedro em Atos 2 vemos a Bíblia esclarecendo
que "foram batizados todos os que voluntariamente... ", portanto,
eram batizados após terem a certeza de salvação e de livre e espontânea
vontade. Também não era qualquer um que podia batizar. Não vemos dizer que os membros
excluídos batizaram alguém, que também os facciosos batizaram alguém e fosse
aceito, e não há nenhuma menção de que alguém tenha sido batizada por si mesma.
Do membro excluído a Bíblia ensina a se afastar dele, e do faccioso a evitá-lo.
Assim temos que A IGREJA ESTAVA COM A ORDENANÇA DO BATISMO, e só podia realizar
o batismo ou um pastor ou um membro que estivesse em plena comunhão com a
igreja biblicamente correta.
BATISMO NAS ÁGUAS
O
batismo nas águas é o próximo passo importante nos primeiros princípios da
doutrina de Cristo. O batismo nas águas não é apenas uma forma ou uma cerimônia
sem sentido, mas uma experiência definida na vida de um crente
néo-testamentário, como nos relatam, não só os evangelhos, senão também os Atos
dos Apóstolos e as Epístolas. Hebreus 6:1-2; Atos 2:38-41. Batismo nas Águas. O
batismo nas águas é parte de salvação (1 Pedro 3:21). Ele expressa fé em Deus
pela obediência a Sua Palavra (Marcos 16:16; Atos 2:41). O modo de batismo das
Escrituras é imersão nas águas, e somente este método retém o simbolismo
bíblico de batismo como um sepultamento (Mateus 3:16; Atos 8:36-39; Romanos
6:4). Fé em Cristo e arrependimento do pecado são necessários para sua validez;
assim batismo de infantes não é correto (Mateus 3:6-11; Atos 2:38; 8:37).
QUAL É O SENTIDO DA PALAVRA “BATIZAR”?
Batismo
ou batizar quer dizer “mergulhar, submergir, imergir” Marcos 1:5, João 3:23;
Atos 8:36-39. Por definição e uso a palavra quer dizer “meter em água ou
debaixo dela de modo a inteiramente imergir ou submergir”. A significação
bíblica do batismo nas águas é como segue: (1) Deus remi pecados no batismo nas
águas (Atos 2:38; 22:16). Deus apaga o registro de pecado e cancela sua
penalidade. Ele lava os pecados, sepultando-os para sempre. (2) Batismo é parte
do novo nascimento (João 3:5; Tito 3:5). (3) Batismo identifica uma pessoa com
o sepultamento de Jesus (Romanos 6:4; Colossenses 2:12). Ele indica que a
pessoa morreu para o pecado por arrependimento e está sepultando seus pecados
passados, o domínio de pecado, e o estilo de vida pecaminosa. (4) O batismo nas
águas é parte de um batismo de água e Espírito que coloca os crentes em Cristo
(Romanos 6:3-4; Gálatas 3:27; Efésios 4:5). Ele os identifica pessoalmente com
Jesus e é parte da entrada na Sua família. (5) O batismo é parte de circuncisão
espiritual (Colossenses 2:11-13).
PARA QUE TER A ORDENAÇÃO DE BATISMO NAS ÁGUAS?
a.
Jesus o ordenou. Marcos 16:16; Mateus 28:16-20
b.
Jesus foi batizado. Mateus 3:13-17
c.
Os apóstolos o ordenaram. Atos 2:37-47; Atos 10:44-48
d.
Se o amarmos, guardaremos seus mandamentos. João14:15
e.
Validamos nossa fé pela obediência. Tiago 2:17-18
PARA QUEM É ESTA ORDENAÇÃO?
Em
cada Escritura registrada abaixo veremos que as pessoas ouviram, creram e
receberam a Palavra, então eram batizadas. O arrependimento e a fé sempre
precediam o batismo nas águas. Portanto é um “batismo de crentes” , isto é,
daqueles que crêem. A Bíblia ensina que o batismo deveria ser administrado em o
nome de Jesus Cristo. Isto significa
invocar o nome de Jesus oralmente (Atos 22:16; Tiago 2:7) e rebatizar aqueles
que tem sido batizado de outra maneira (Atos 19:1-5). O nome de Jesus na
fórmula batismal expressa fé em Sua identidade verdadeira, obra expiatória, e
poder salvador e autoridade, O nome de Jesus é o único nome salvador, o nome
pelo qual deve receber remissão de pecados, o nome mais sublime, e o nome no
qual cristãos deverão falar e fazer todas as coisas (Atos 4:12; 10:43;
Filípenses 2:9-11; Colossenses 3:17). Usando assim o nome do Senhor Jesus é a
maneira correta para cumprir todos os propósitos do batismo.
a.
“Quem crer e for batizado...” Marcos 16:16
b.
O samaritanos creram e foram batizados. Atos 8:12-15
c.
O eunuco creu e foi batizado. Atos 8:35-38
d.
Pedro ordenou que os gentios fossem batizados. Atos 10:47-48
e.
Os discípulos de Éfeso creram e foram batizados. Atos 19:4,5
Leia
também Atos 9:17-18; 16:30-34; 18:8. O batismo nas águas é uma parte essencial
da obediência; não é opcional. Recusar o batismo nas águas é viver em
desobediência à Palavra revelada de Deus. A Bíblia contém cinco registros
históricos de batismo da igreja do Novo Testamento que descrevem um nome ou
fórmula. Em cada caso o nome é Jesus (Atos 2:38; 8:16; 10:48; 19:5; 22:16). As
epístolas também se aludem à fórmula do nome de Jesus (Romanos 6:3-4; 1
Coríntios 1:13; 6:11; Gálatas 3:27; Colossenses 2:12). Até Mateus 28:19
refere-se a esta fórmula, pois descreve um nome singular que representa todas
as manifestações remissórias da Divindade, e aquele nome é Jesus (Zacarias
14:9; Mateus 1:21; João 5:43; 14:26; Apocalipse 22:3-4). Além do mais, Jesus é
o nome descrito nos outros registros da Grande Comissão (Marcos 16:17; Lucas
24:47).
NOTA:
O batismo nas águas envolve uma confissão de fé no Senhorio de Cristo, Atos
8:36-39; Romanos 10:9-10. Os pré-requisitos do batismo são arrependimento, fé e
confissão (isto claramente exclui o batismo infantil).
Em
Mateus 28:19, Jesus ordenou a seus onze Apóstolos que batizassem. “Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo;... “. Ele falou aos homens cujo entendimento estava
aberto às escrituras (Lucas 24:45). Obviamente, suas palavras cativaram os
ouvintes. Eles sabiam que Ele possuía as palavras de vida eterna, as quais não
esqueceriam.
Ele
os instruiu previamente: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” (João
14:15). Tomé, o incrédulo, assim que viu as marcas dos cravos em suas mãos e a
ferida em seu lado, fez a confissão: “Senhor meu e Deus meu!” (João 20:28). Os
discípulos sabiam que Ele era Deus manifestado em carne; eles o amavam e não
falhariam em guardar este mandamento.
No
grandioso dia de Pentecostes, registrado em Atos 2, lemos pela primeira vez que
eles obedeceram o mandamento de batizar. “Todos ficaram cheios do Espírito
Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia
que falassem.” (Atos 2:4). Pedro se pôs em pé com os onze e pregou uma mensagem
de Jesus Cristo e de sua crucificação. Judeus e prosélitos, que se reuniram em Jerusalém
para a Festa de Pentecostes, mudaram de zombadores a perguntadores. Compungidos
de coração pela mensagem de Pedro, eles perguntaram o que deviam fazer para
serem salvos. Pedro, o orador indicado, devido ao fato que Jesus lhe deu as
chaves do reino dos céus (Mateus 16:19), deu esta resposta: “Arrependei-vos, e
cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos
pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (O Espírito de Deus que os
apóstolos receberam).
Pedro
exerceu sua autoridade recebida de Deus. Os outros onze apóstolos, tendo se
posto em pé juntamente com Pedro, permaneceram em acordo silencioso com ele. O
povo era receptivo, “Então os que lhe aceitaram a palavra foram batizados;
havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. “(Atos 2:41).
A
primeira vista isto parece uma contradição do que Jesus lhes ordenou em Mateus
28:19 quanto à fórmula para o batismo (Palavras a serem ditas sobre o candidato
para o batismo enquanto este é submergido nas águas). Sabendo que “Toda
Escritura é inspirada por Deus...” (II Timóteo 3:16), e portanto não pode haver
contradição nela, devemos analisar estes dois versículos com mais cuidado. Ao
fazer isso notaremos que Atos 2:38 não é uma contradição, mas que é a aplicação
de Mateus 28:19.
Primeiramente,
observemos o que o Senhor Jesus ordenou “. . . batizando-os em nome do Pai e do
Filho e do Espírito Santo.” O mandamento é batizar EM NOME (singular) do Pai e
do Filho e do Espírito Santo. Na resposta de Pedro quanto ao que deveriam
fazer, ele disse:
“...e
cada um de vós seja batizado EM NOME de Jesus Cristo...” Para que estes
concordassem, e desde que estejam contidos na Palavra de Deus, devem concordar;
O NOME do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo deve ser O NOME DE JESUS CRISTO.
As
Escrituras confirmam isto. “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de
Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” (Mateus 1:21). Mateus
1:25 acrescenta, “... a quem pôs o nome de Jesus.” O Filho, mencionado em
Mateus 28:19 concebido pela virgem Maria por obra do Espírito Santo, recebeu o
nome JESUS. O mesmo Jesus disse: “Eu vim em nome de meu Pai...” (João 5:43).
Jesus herdou o nome de seu Pai, tal como você e eu o herdamos de nossos pais.
(Hebreus 1:4). O Espírito Santo vem no mesmo nome, tal como Jesus fala em João
14:26, “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu
nome...” O NOME do Pai é JESUS; O NOME do Filho é JESUS; e O NOME do Espírito
Santo é JESUS.
A
Palavra de Deus novamente demonstra que é a verdade; não há contradição. Pai,
Filho e Espírito Santo são títulos de um Deus cujo nome é Jesus. Pedro e os
outros apóstolos sabiam disto. Por isso, Pedro deu a fórmula batismal de Atos
2:38, e os demais apóstolos concordaram com ele.
Assim,
no dia de Pentecostes, três mil almas tomaram o nome de Jesus no batismo. O
nome que Pedro declarou em Atos 4:12 foi o único nome abaixo do céu. dado entre
os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. Filipe invocou o mesmo nome ao
batizar os samaritanos em Atos 8, “...somente haviam sido batizados em o nome
do Senhor Jesus”. Pedro continuou o modelo em Atos 10:48. Ele ordenou a
Cornélio e aos de sua casa (todos Gentios) os quais já haviam recebido o
Espírito Santo, que fossem batizados em nome do Senhor Jesus. A palavra “ordenou”
tem um significado especial aqui considerando que foi dada a um oficial do
exército italiano. Para ele, desobedecer a uma ordem significava graves
conseqüências.
Em
Atos 19:1-7, lemos sobre os doze homens em Éfeso que precisavam do dom do
Espírito Santo. Ao saber que eles não haviam recebido o Espírito Santo, Paulo
imediatamente lhes perguntou em que foram batizados. Como eles foram batizados
no batismo de João Batista, um batismo de arrependimento, Paulo lhes explicou
que teriam que crer naquele que veio depois de João, Jesus Cristo. Quando
ouviram isto, foram batizados em nome do Senhor Jesus. Logo Paulo impôs-lhe as
mãos, e veio sobre eles o Espírito Santo. Esta narração bíblica representa dois
pontos importantes acerca do batismo: (1) Se uma pessoa não recebeu o Espírito
Santo, pode ser porque ainda não tem sido batizada em nome de Jesus; (2) Se uma
pessoa previamente batizada, mas não em nome de Jesus; Paulo lhe batizaria
novamente nesse nome.
Paulo
era um crente firme em o nome de Jesus. Ele conheceu o nome do Senhor em uma
experiência inesquecível que aconteceu em sua vida no caminho de Damasco.
“Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do
céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia:
Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou Quem és tu, Senhor? E a
resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues;...” (Atos 9:3-5). Paulo, antes
um perseguidor dos cristãos, chegou a ser um Cristão. Em Atos 22:16, ele fala
de invocar o nome do Senhor em seu próprio batismo.
Algumas
outras referências que expressam que a fórmula para o batismo é em nome do
Senhor Jesus, são:
“...fomos
batizados em Cristo Jesus...” (Romanos 6:3); “... mas vós vos lavastes, mas
fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo
e no Espírito de nosso Deus.” (1 Coríntios 6:11). “E tudo o que fizerdes, seja
em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças
a Deus Pai.” (Colossenses 3:17).
Livros
de referências adicionalmente sustentam que a Igreja Primitiva usou a forma “em
nome do Senhor Jesus Cristo” como sua fórmula para o batismo. O dicionário da
Bíblia por Scribners, página 241, volume 1, afirma: “A forma original das
palavras foram ‘em o nome de Jesus Cristo o Senhor Jesus,’. O batismo da
trindade foi acrescentado mais tarde. A Canney Enciclopédia, página 53,
salienta: “A Igreja Primitiva sempre batizou em nome do Senhor Jesus até o
desenvolvimento da trindade.” A doutrina da trindade foi oficialmente adotada
pela Igreja Católica no ano 325 d.C., aproximadamente 300 anos depois do
nascimento da Igreja.
Jesus
ordenou o batismo. Os discípulos e a Igreja Primitiva obedeceram Sua ordem e a
transmitiram a outros. A Bíblia Sagrada entregue a nós pela mão do Senhor, o
ordena. Portanto, é a responsabilidade de cada indivíduo que busca a completa
salvação, ser batizado, usando a fórmula e modo bíblico apropriado.
A
Bíblia não contém o registro de alguém que tenha sido batizado de outra maneira
a não ser por imersão nas águas (modo), em o nome do Senhor Jesus Cristo
(fórmula). Portanto, concluímos que batizar nos títulos, usando as palavras,
“em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” é uma tradição instituída
pelos homens. A ordem de Jesus em Mateus 28:19 não está sendo obedecida por
usar os títulos; está sendo somente repetida. Pedro e os demais apóstolos
obedeceram a Deus no dia de Pentecostes ao declarar que o batismo deveria ser
administrado em nome de Jesus.
A
salvação vem unicamente pela graça de Deus. É somente por sua graça que podemos
arrepender-nos e ser batizados em o nome do Senhor Jesus Cristo para remissão
de nossos pecados. É nosso privilégio e nossa honra sermos sepultados com
Cristo pelo batismo. Por causa da nossa obediência ao batismo em nome de Jesus,
recebemos a promessa do dom do Espírito Santo. Todos os que se arrependem
deveriam ser batizados em nome do Senhor Jesus Cristo, mesmo que já tenham
recebido o Espírito Santo (Atos 10:44-48). Deus assim ordenou. Cada crente
verdadeiro fará o possível para obedecer aos mandamentos de Deus. Não permitirá
que nada o impeça de fazê-lo
QUAL É O SENTIDO DESTA ORDENAÇÃO?
O
batismo nas águas é uma experiência espiritual simbólica, contudo também real.
Somos batizados em: Em o Nome do Senhor Jesus Cristo At.2:38. Confirmando
assim:
a.
Sua morte – Romanos 6:3,4,5,11
b.
Seu sepultamento – Colossenses 2:12
c.
A ressureição – Colossenses 3:1; Romanos 6:4,5
O
batismo é a identificação com Cristo. Na salvação aceitamos a morte, o
sepultamento, e a ressurreição de Cristo.
No
batismo nas águas identificamo-nos com este fato triúno:
a.
Pelo batismo nós nos apresentamos como “mortos”.
b.
Pela imersão sepultamos o “morto”.
c.
Saindo das águas, ressuscitamos para andar em novidade de vida.
O
BATISMO, ENTÃO PODE SER ADMINISTRADO SOMENTE POR AQUELES A QUEM A IGREJA
AUTORIZA.
Sem dúvidas que a Igreja como um todo, não
pode batizar; ela deve realizar a ordenança por meio daqueles a quem ela
autoriza, tanto como Jesus batizou por meio dos apóstolos (João 4: 1,2).
Isto levanta duas questões, que
consideremos agora; a saber:
(1)
Pode a Igreja autorizar qualquer um de seus membros a realizar a ordenança do
batismo?
Para fazer o alcance desta pergunta mais
claro, podemos apresentá-la como segue: a realização do batismo esta limitada
ao ministério, ou pode um leigo oficiar?
O Novo testamento não é tão claro neste
ponto como noutros, mas o peso da evidência é em favor da administração do
batismo como uma função peculiar do ministério. Filipe foi primeiro um diácono
e então um pregador. A tradição tem que Ananias, que batizou Paulo, foi mais
tarde Biso de Damasco. A verisimilitude é que ele já era um ancião quando
batizou Paulo. Em todos os outros casos de batismo está evidente que foi
administrado por um ancião.
(2)
Deveria ser considerada a ordenação como conferindo ao ministério autoridade
para batizar sem outra ação por parte da Igreja?
Os apóstolos que tiveram de Cristo sua
comissão, e outros, tais como Felipe e Ananias, que estiveram intimamente
associados aos apóstolos em alguns casos, pelo menos, autorizados diretamente
pelo Espírito Santo, batizaram crentes sem terem o juízo da Igreja sobre o
assunto. Tal foi necessário no tempo quando as Igrejas foram poucas e vagarosas
e difíceis às viagens. Foi parte do regime indicador do cristianismo. Mas a
regra permanente é que o batismo põe alguém no corpo de Cristo, a Igreja; e,
desde que a Igreja é uma democracia e está responsável a Deus pela fiel
execução da grande comissão, ela, devêra, quando possível e de todo praticável,
opinar sobre cada candidato ao batismo.
(3)
Devêra um pregador, indo a um campo abandonado, ser autorizado a batizar
crentes sem outra ação por parte de qualquer Igreja?
Respondemos que isto deveria ser feito só
quando absolutamente necessário, como quando um missionário vai para um campo
estrangeiro onde não há verdadeira igreja acessível. Onde tudo é praticável, os
candidatos ao batismo deveriam ser levados a uma igreja visinha em que possam
pedir o batismo. Nalguns casos pode ser achado conveniente à igreja enviar um
gruo de membros seus ao logar onde os candidatos estão, para recebê-los. Onde
nenhum desses planos é fatível, os candidatos podem ser movidos a fazerem
pedido de batismo por escrito às mãos de alguma Igreja. Em todo caso as igrejas
deveriam seguir o curso que estiver no máximo de harmonia com a democracia da
Igreja e o que for mais seguro em principio.
O CANDIDATO
Quais são as qualificações, se alguma,
devem ser possuídas pelo candidato antes de o batismo ser devidamente
administrado? A posição de alguns é que a única qualificação requerida de
adultos é "um desejo de fugir da ira vindoura e salvar-se de seus
pecados" (Wesley) (*). Outros ensinam que uma simples fé intelectual na
deidade de Jesus Cristo qualifica alguém para o batismo, sustentando também que
o batismo tem eficácia salvadora. Para uma discussão das passagens em que se
baseiam para ensinar que a fé evangélica é uma simples crença intelectual que
Jesus Cristo é o filho de Deus, vide o capítulo sobre arrependimento e fé. É
também sustentado por alguns que as criancinhas dos crentes podem adequadamente
receber o batismo.
Mas, que dizem as escrituras? As
escrituras são claras e iniludíveis no seu ensino que:
A FÉ SALVADORA PESSOAL É UM PRÉ-REQUISITO DO
BATISMO.
A
fé salvadora é confiança e firmeza em Jesus Cristo como salvador pessoal
todo-suficiente de alguém. Para mais discussão vide o capítulo supra referido.
(1)
Não há nas escrituras indicação alguma de qualquer pessoa que alguma vez foi
batizado sem fé.
A.
Onde se dão as minúcias, aí está claramente indicada à fé dos batizandos.
Para casos destes, vide Atos 2:41; 8:12-37;
18:8; 19:4. Duas destas passagens (Atos 8:37 e 19:4) bastam para mostrar que a
conexão de fé com batismo nestas mesmas não é incidental nem acidental. Em Atos
8:37 temos a declaração virtual de Filipe que o Eunuco não podia ser batizado,
salvo se cresse. Em Atos 19:4 está claro que Paulo batizou os doze homens
porque não tinham compreendido corretamente a pregação de João Batista, de fé
no Messias vindouro (pregação imperfeitamente transmitida por Apolos a eles,
quiçá), logo, não tinham crido, a assim tornaram inválidos o seu primeiro
batismo.
B.
Noutras passagens onde os pormenores não estão feitos explícitos, está
subentendida a fé dos batizandos.
Vide Mat. 3:1,2,6; Mat. 28:19; Marcos
16:16; João 4:1; Atos 9:17-18; 10:47; 16:30-33. João pregou o arrependimento e
exigiu frutos dignos do arrependimento daqueles que ele batizou. E o
arrependimento e a fé são graças sincrônicas, inseparáveis. Na grande comissão
Jesus engatou fé com batismo (Marcos 16:16) e colocou discipular antes de os
batizar (Mat. 28:19). A versão Revista Inglesa retamente traduz esta passagem
para que se leia: "Fazei discípulos de dotas as nações", em vez de
"ensinai todas as nações"; porque a palavra traduzida
"ensinando" no verso seguinte é diferente da palavra no verso 19, que
esta traduzida por "ensinai" na versão comum. Que os discípulos não
se fazem por batismo está evidente em João 4:1, que indica que tanto João como
Jesus "fizeram e batizaram discípulos". Em o Novo Testamento os
discípulos foram primeiro feitos e então batizados e a versão da grande
comissão por Marcos mostra que os discípulos foram feitos por meio da pregação
do evangelho e fé nele. O alegado batismo de criancinhas irresponsáveis no caso
do batismo de família será tratado quando viermos a falar do batismo infantil.
(O Simbolismo da Ordenança Exige fé por parte do
batizando.
O simbolismo do batismo está claramente
estabelecido em Rom. 6:2-5 e Col 2:12. ele significa nossa morte para o pecado
e ressurreição para andarmos em novidade de vida. Semelhante experiência só
pode vir por intermédio da fé. A passagem de Colossenses nos informa que ela
vem "pela fé no poder de Deus" (*) .
LOGO SOMOS PARA BATIZAR SOMENTE OS SALVOS,
PRESUMIDADMENTE
Se a fé exigida como um pré-requisito do
batismo é a fé salvadora, então só o povo salvo é balizável. Que esta fé é fé
salvadora está feito evidente pelo fato que a salvação está condicionada sobre
a fé e diz-se que o crente possuía vida eterna. Vide Atos 16:31; Efes. 2:8-10;
João 5:24. Não somos para batizarmos gente para podermos salvá-la, nem porque
quer salvar-se, mas só porque já está salva. O simbolismo da ordenança prova isto
ainda mais. Quando alguém está batizado sem ter morrido por meio do poder
regenerador do Espírito Santo para o pecado, que é o único modo porque alguém
pode morrer para o pecado, professa uma falsidade perante o mundo.
E à luz dos fatos escrituristico
pré-citados muitos eruditos pedobatistas não tentarão manter que o batismo
infantil foi uma instituição apostólica. Isso veremos em notar:
(1).
O testemunho de pedobatistas eruditos sobre o batismo infantil.
LUTÉRO
? "Não pode ser provado pelas sagradas Escrituras que o batismo infantil
foi instituído por Cristo ou começado pelos cristãos prístinos depois dos
apóstolos."
ERASMO
? "Em nenhum logar dos escritores apostólicos está expresso que batizaram
criancinhas."
OLSHAUSEN
? "Há totalmente em falta qualquer passagem prova conclusiva para o
batismo infantil no tempo dos apóstolos, nem pode para o mesmo haver qualquer
necessidade e deduzir-se da natureza do batismo."
GEORDE EDUARD STEITZ ? SCHAFF ? HERZOG ENCY. ? Art Bapt. ? "Não há nenhum traço de infantil
em o Novo Testamento."
A. T. BLEDSOE, LL. D. ? "É artigo de nossa fé (Metodista Episcopal),
que o batismo de criancinhas é para de nenhuma maneira ser retido na igreja,
como agradabilidade à instituição de Cristo. Ainda assim, com toda a nossa pesquisa,
não temos podido achar em o Novo Testamento uma só declaração expressa ou
palavra a favor do batismo infantil." (Southern Review, Vol. 14). E esse
mesmo escritor diz: "Centenas de cultos pedobatistas tem chegado à mesma
conclusão, especialmente desde que o Novo Testamento esteve sujeito a uma
exegese mais íntima, mais conscienciosa e mais cândida do que foi anteriormente
praticada pelos controversistas."
H.
A. W. MEYER, TH. D. (chamado "o príncipe dos exegetas") ? "O
batismo das crianças, do qual não se acha traço em o Novo Testamento, é para
não ser sustentado como ordenança apostólica..."
NEANDER
? "O batismo, no princípio, foi administrado só a adultos, pois os homens
estavam acostumados a conceber batismo e fé como estritamente ligados. Não aparece
qualquer razão para derivar-se o batismo infantil de uma instituição apostólica
e o reconhecimento dele, que se seguiu um tanto mais tarde, como de tradição
apostólica, serve para confirmar esta hipótese." (Church History).
GEORGE
HODGE ? "Os recipientes do batismo parecem ter sido originalmente pessoas
de vida madura. O mandamento. "Ide ensinai todas as nações e
batizai-as", e as duas condições, "Arrependei-vos e sede
batizados", e "O que crer e for batizado" indica adultos"
(The Episcopal Church, Its Faith and Order, pág. 51).
A.
B. MCGIFFERT ? "Se as criancinhas foram batizadas na era apostólica, não
temos meios de o determinar" (History os Chistianity im the Apostolic Age,
pág. 543).
ROBERT
RAINY, ao tratar do período A. D. 98-180 ? "O batismo pressupunha alguma
instrução cristã e precedida de jejum. Significava perdão dos pecados passados
e era um ponto de partida visível da nova vida sob as influências cristãs e com
a inspiração dos fins e alvos cristãos" (Ancient Catholic Church, pág. 75).
HARNACK,
ao tratar do período pos apostólico ? "Não há traço seguro de batismo
infantil na época; a fé pessoal é uma condição necessária." (History of
Dogma, Vol. I, pag. 20).
H.
M. GWATKIN ? "Temos boa evidencia que o batismo infantil não é instituição
direta quer do Senhor mesmo, quer dos Seus apóstolos. Não há traço dele em o
Novo Testamento" (Early Church History to 313, Vol. I, pág. 250).
O espaço veda-nos continuar. Estas
citações mostram a posição da maioria dos eruditos pedobatistas.
Mas, não obstante, à face de tudo quanto
foi dito, alguns há que fazem determinado esforço para provarem que os
apóstolos praticaram o batismo infantil. Daí, notamos:
A.
A tentativa mais atrevida que se tem feito para justificar o batismo infantil
está em buscar provar que a criança está salva. "O bebe e a pessoa
convertida estão ambas num estado correspondendo à regeneração. Se uma se
intitula ao batismo, assim a outra. Se é necessário batizar um adulto
convertido, pela mesma razão é necessário batizar uma criancinha... Nunca
podemos estar seguros de que um adulto está salvo quando o batizamos, mas,
concernentes às crianças, não há possibilidade de engano (?). E a cerimônia
usada pela Igreja Metodista Episcopal do Sul, quando administra o "batismo"
às criancinhas, reza em parte com segue: "Caros amados, porquanto todos os
homens, ainda que caídos em Adão, são nascidos nesse mundo em Cristo o
Redentor, herdeiros da vida eterna e sujeitos a graça salvadora do Espírito
Santo," etc".
Quer isso aí dizer que as criancinhas são
tão verdadeiramente salvas quanto às pessoas crentes adultas em idade. Contra
isso observamos:
(a)
Ou nega a depravação hereditária natural ou nega a verdadeira natureza da
regeneração. Se os advogados do sentimento supra querem dizer que a criancinha
está sem mácula do pecado, então negam a depravação. Se negam que isto se
envolve ao sentimento delas, então negam a verdadeira natureza da regeneração,
porque dizem que as criancinhas estão em um "estado de responderem à
regeneração" e estão "nascidas neste mundo em Cristo o Redentor,
herdeiros da vida eterna".
A regeneração purifica todo pecado da alma
ou da natureza imaterial do homem, como evidenciada pelo fato que a alma
regenerada vai imediatamente à presença de Cristo ao morrer e que nenhum pecado
entra lá. Não há qualquer indicação de algo na morte ou depois da morte que
prepare ulteriormente a alma para chegar a Cristo, exceto a simples separação
do corpo. E esta é a única ocasião de sua entrada e não aquela que moralmente
ajusta a alma para a entrada, como provado pelo fato que a alma irregenerada
vai ao tormento imediatamente depois da morte. Se a morte ajustasse moralmente
a alma para a entrada a Cristo, então a alma de todo homem estaria qualificada
para entrar ao morrer.
A
depravação hereditária natural das criancinhas está patente no Sal. 51:5, 58:3;
Jô.14:4. Esta última passagem é muito conclusiva: ela declara uma lei
irrevogável que opera em todo o universo. Uma coisa impura não pode jamais vir
de uma impura. Tal pai, tal filho. Mesmo que o pai seja regenerado, ele não
pode comunicar regeneração ao filho. A regeneração não é um "fator
genético". É uma mudança induzida, da qual nenhuma quantidade, diz a lei
de Mendel, "pode conseguir por si mesma registrar-se no organismo de modo
a vir a este círculo encantado de caracteres ancestrais que ele só parece estar
passado à posteridade" (Price, Q. E. D., pág. 91). A Palavra de Deus nega
que a nova natureza seja hereditária quando ela declara que os filhos de Deus
são nascidos "não do sangue". (João 1:13).
Há duas passagens que se usam para
provarem que as criancinhas estão salvas. Uma delas se menciona na disciplina
metodista citada acima logo em seguida às palavras citadas. Esta passagem se
acha em Mat. 19:14; Marcos 10:14 e Lucas 18:16. Nela, ao falar de criancinhas,
Jesus disse: "Das tais é o reino de Deus" ou "aos tais pertence
o reino de Deus". As citações seguintes mostram a verdade desta passagem:
"Tais quer dizer, certamente, pessoas
de simplicidade infantil e aparentemente não significa criancinhas de modo
algum. Assim o memfítico, "para pessoas desta espécie, delas é o reino do
céu". E a peshito incomoda-se, "para os que são iguais a elas, deles
é o reino do céu". Todos os comentaristas gregos a explicam como
significando puerilidade, nenhum deles mencionando criancinhas como incluídas e
diversos representando expressamente o contrário. Nem nenhum comentarista grego
menciona tanto quanto podemos achar, o batismo infantil em conexão com esta
passagem, ainda que todos eles praticaram o rito" (Broadus, sobre Mateus).
"Não criancinhas, mas homens de disposição
infantil" (Meyer).
"Dessa referência ao batismo infantil
que é tão comum buscar nesta narrativa, claramente não há o mais leve traço a
achar-se. O Salvador assentou as crianças perante os apóstolos como símbolos de
regeneração espiritual e do simples sentimento juvenil nelas instilado"
(Olshausen).
Mas, a despeito do sentido desta passagem,
ela não autoriza o batismo infantil. O fim de Lhe trazer as criancinhas está
apresentado explicitamente e a objeção dos discípulos mostra claramente que
isto mesmo era desacostumado. De maneira que a passagem é morta contra o
batismo infantil, pouco importando que interpretação se ponha sabre as palavras
"dos tais é o reino de Deus."
Pode bem ser notado, como nosso estimado
contemporâneo, David Burris, Th. D., disse: "Jesus disse
"pequeninos" (não criancinhas), deixando-os vir (não sendo elas
escouceadas e chorando) a mim" (Infant Baptism A Sin).
A outra passagem usada para provar que as
criancinhas estão salvas está em 1 Cor. 7:14 ? "Porque o marido descrente
é santificado na esposa e a esposa descrente é santificada no irmão; doutro
modo vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos."
Mas primeiro que tudo, precisa notar-se
que esta passagem prova demais para os pedobatistas, segundo o seu uso dela. Se
ela prova que os filhos da união entre um crente e uma descrente tem direito ao
batismo em virtude de sua ligação com o cônjuge crente, então o cônjuge
descrente também tem direito ao batismo, sem mais qualificações, porque a mesma
santidade que é comunicada aos filhos de uma semelhante união também se
comunica ao membro descrente.
A
santidade mencionada nesta passagem não é, claramente, santidade moral, mas
somente uma santidade exterior fazendo lícita no lar a associação do membro
salvo. "A justeza do argumento de Paulo pode ser mais obvia se tiver em
mente que a influência judaica era ainda poderosamente operante na igreja;
portanto, é provável que os cristãos que tinham caído debaixo dessa influência,
que tinham maridos ou esposas descrentes, temiam contaminação ritual por
relação conjugal com descrentes. Isto, contudo, Paulo declara ser infundado
temor; porque, como toda a espécie de alimento é santificado pela oração (1
Tim. 4:5), de modo que um cristão possa recebê-lo sem contaminação ritual, todo
associado legal ou companheiro na vida é santificado ao cristão." (Alvah
Hovey).
E
esta passagem realmente prova a falsidade da contenção que todas as criancinhas
estão salvas. Se todas as criancinhas estão salvas, então todas são santas e o
argumento de Paulo seria inadequado.
(b).
Mais ainda, esta idéia de salvação infantil nega a necessidade da regeneração.
Quando corretamente trazidas, as palavras de Jesus a Nicodemos sobre o novo
nascimento não são "Exceto um homem, etc.," como se aplicassem a
adultos somente, mas são "Exceto alguém, etc.". Os Católicos Romanos
usam justamente esta passagem para provarem que as criancinhas devem ser nascidas
de novo para serem salvas e, assim porque erradamente crêem que o batismo é
necessário à regeneração, acham fundamento para o batismo infantil. Se eles
estivessem direitos na sua idéia de batismo, então totalmente direitos estariam
na sua noção desta passagem. Esta passagem ensina que todos , não excetuando as
criancinhas, devem de nascer outra vez para serem salvas. Quando as criancinhas
que morrem recebem a regeneração, não está revelado na Bíblia; mas está claro
que elas não nascem salvas e que elas devem de ser regeneradas para serem
salvas. Nossa opinião é que a regeneração nas criancinhas tem lugar no momento
da separação entre alma e corpo. Temos tratado por exemplo da salvação dos que
morrem na infância no capítulo sobre Responsabilidade Humana.
B.
Outra tentativa de justificar o batismo infantil pela Escritura quer basear-se
no concerto de Deus com Abraão. Este concerto, segundo os pedobatistas, foi um
"concerto da igreja". E a igreja que se fundou sobre ele é a mesma
como a igreja do Novo Testamento. Cristo nunca fundou igreja, dizem eles. Neste
"concerto da igreja" instituiu-se a circuncisão como um sinal e um
selo. Nos tempos do Novo Testamento instituiu-se o batismo e substituiu a
circuncisão. E desde que Deus incluiu criancinhas neste concerto e ordenou a
circuncisão delas, elas estão ainda incluídas neste concerto e tem direito ao
batismo. Este concerto com Abraão, no qual seus filhos foram incluídos, foi o
concerto eterno. É por semelhante arrazoamento viciado que os pedobatistas
salvariam suas faces. O argumento supra, argumento pudesse ser chamado, tem uma
falsa proposição em cada sentença, como notaremos agora.
(a).
A referência ao concerto de Deus com Abraão como um "concerto da
igreja" está totalmente sem garantia escrituristica. A palavra
"ekklesia" aparece na Septuaginta somente no seu sentido amplo de uma
assembléia. É aplicada aos judeus somente quando reunidos em assembléia, nunca
é usada no sentido de uma instituição ou corpo permanente. Seguramente que os
eruditos entre os pedobatistas devem saber isto. Quando Cristo disse:
"Minha igreja", Ele evidentemente distinguiu a igreja do Novo
Testamento de tudo o mais. A igreja é, puramente, uma instituição do Novo
Testamento e toda a prosa sobre ela voltar ao Velho Testamento como uma instituição
é uma evidência de crassa e indesculpável ignorância.
(b).
Da mesma maneira não há garantia escrituristica alguma para a asserção que o
batismo veio em lugar da circuncisão. Nem um indício de semelhante coisa
aparece em qualquer lugar do Novo Testamento, nem mesmo na discussão da
coerência sobre a circuncisão em Jerusalém. De fato, esta conferência provou
que a circuncisão não cedeu lugar ao batismo; do contrário a questão em foco
podia ser resolvida prontamente por dizer simplesmente que os gentios não
estavam obrigados a serem circuncidados porque o batismo tomára o lugar da
circuncisão; mas, pelo, contrário, resolvendo e proibindo as contaminações da
idolatria, a impureza, as carnes sufocadas e o sangue, pareceu bem a
conferência e ao Espírito Santo não lhes impor mais encargo algum além dos já
sancionados (Atos 15:28,29), mau grado os perturbadores terem tocado na
circuncisão (v. 24) também. Estivera um pedobatista na conferência de
Jerusalém, seguro estivera de propor a solução... E isso, a propósito, é prova
de que lá não houve pedobatistas. Os crentes judeus continuaram a praticar
tanto a circuncisão como o batismo sem um indício dos apóstolos em contrário.
(c)
À parte do concerto abraamico a que a circuncisão pertencera foi totalmente
natural. Os gentios nada absolutamente tem a fazer com ela. A fase natural do
concerto abraamico teve que ver com a formação de uma grande nação oriunda da
semente de Abraão e a herança da terra de Canaã por essa semente. A fase
espiritual do concerto abraamico teve de ver com a benção de todas as nações
por meio da semente de Abraão. Estes três elementos do concerto de Abraão com
Deus ? um natural e outro espiritual ? podem ser vistos pela consulta de Gên.
12:2,3, 17:7-14, 22:17,18. Agora, quando se deu a circuncisão, não se fez
menção da fase espiritual do concerto; ela teve que ver somente com a fase
natural do concerto.
Esta divisão do concerto abraamico numa
fase natural e numa espiritual está confirmada por Paulo na sua afirmação que a
semente de Abraão, à qual pertenciam as promessas, era Cristo. Vide Gal. 3:6.
Sabemos que a promessa de Deus, que a semente de Abraão se tornaria uma grande
nação (Gen. 12:2), e mesmo uma multidão de nações (Gen. 17:4-6), e que essa
semente possuiria a terra de Canaã (Gen. 17:18), foram os descendentes naturais
de Abraão. Daí Paulo podia ter-se referido somente à promessa que todas as
nações seriam abençoadas através de Abraão, no que Paulo assim se faz nossa
autoridade para uma divisão do concerto abraamico. A promessa de que fala Paulo
realizou-se através de Cristo e nem a circuncisão, nem qualquer outro rito é
condição de se participar dessas bênçãos, que somente em fé estão
condicionadas.
As duas fases deste concerto com Abraão
estão ilustradas em Ismael e Isaque (Gal. 4:21-30). Ismael nasceu segundo a
carne assim representou a semente natural. Isaque nasceu segundo o Espírito
(Gal. 4:29), e assim representou a semente espiritual. A circuncisão teve de
ver somente com semente natural. Todavia, Isaque, porque foi num sentido um
descendente natural e era para participar das bênçãos naturais, foi
circuncidado; mas a semente espiritual, que nada tem a ver diretamente com as
bênçãos do concerto abraamico, também nada tem a ver com a circuncisão, exceto
aquela circuncisão espiritual que é do coração e não é feita com mãos (Gal.
5:6; Fil. 3:3). E Paulo diz expressamente que qualquer homem que tentar obter
um quinhão na fase espiritual do concerto abraamico por meio da circuncisão,
não o poderá ter (Gal. 5:2).
Agora a fase nacional ou natural do
concerto abraamico foi um concerto eterno (Gen. 17:7). Não foi revogado. Foi
nulificado, temporariamente, pela cegueira de Israel, mas Deus não lançou fora
a Israel e ele ainda está para ser ajuntado e tratado sob ambas as fases do
concerto abraamico.
(d)
Mas esta fase natural do concerto não é o "novo concerto" de Heb.
8:8-12. Este é o concerto do tempo da igreja,o concerto da igreja e também um
novo concerto para Israel como uma nação; porque, se fosse o concerto natural
com Abraão, ou se fosse qualquer parte do concerto abraamico que tivesse a ver
com a circuncisão, e o batismo veio em logar dela, como pretendem os
pedobatistas, então batismo seria uma condição de se participar deste concerto.
Isto a maioria dos pedobatistas protestantes não concederia. Por exemplo, um
certo pedobatista declarou: "O "novo concerto" de Heb. 8:8 é
este concerto abraamico", (isto é, o concerto ou parte do concerto a que
pertenceu a circuncisão), e então declarou também: "Objetamos a fazer a
água assencial à salvação". O novo concerto é o concerto é o concerto a
que pertenceu a circuncisão e esta deu caminho ao batismo; mas o batismo não é
essencial à salvação! Marque os lógicos para que eles possam inspecionar esta
nova peça de lógica! Assim se conquista a si mesmos os pedobatistas no campo de
batalha.
Nada pode ser enxertado na igreja do
Senhor Jesus Cristo sob alegação que ela veio em lugar da circuncisão. A igreja
do Senhor Jesus Cristo é para a semente espiritual de Abraão na sua herança das
bênçãos espirituais do concerto; não é para a semente como tal.
C.
Contende-se que "Cristo foi batizado quando um bebe aos oito dias de idade
e dedicado ao ofício sacerdotal quando aos trinta anos... O Seu batismo real da
igreja? o rito iniciatório na igreja judaica ? ocorreu quando Ele tinha oito
dias de idade". E afirma-se que "nenhum erudito da Bíblia pode exibir
uma só passagem tranchante para provar que João o Batista, qualquer dos doze
apóstolos, ou qualquer do oito escritores do Novo Testamento, salvo Paulo,
foram de qualquer modo batizados em idade madura. Onde foram batizados Mateus,
Marcos, Lucas, Pedro, etc., se não na infância?"
(a).
Estranho, na verdade, que, enquanto João administrava o batismo comum, Jesus
veio a ele para a unção sacerdotal. E também estranho é que semelhante fato
raro não recebeu nenhuma atenção de qualquer dos evangelistas. E por que devera
Cristo ter ido a João no Jordão para unção sacerdotal em vez de ir ao sacerdote
no templo. João era da linhagem sacerdotal, mas não era um levita. Que direito
teve Jesus ao sacerdócio legal, desde que Ele procedeu "de Judá, de cuja
tribo Moisés nada falou no tocante ao sacerdócio" (Heb. 7:14)? O contraste
ente o modo porque os sacerdotes foram feitos segundo a Lei e o modo por que
Jesus foi feito um sumo sacerdote está exposto em Heb. 7:28.
(b).
Quanto a João o Batista, estamos prontos a admitir que ele nunca teve o batismo
cristão. Ninguém houve para lho administrar no princípio e não lhe cabia
recebê-lo de um dos seus discípulos em fidelidade à sua missão. E João o
Batista não estava mesmo no reino, no sentido estrito do Novo Testamento. (Mat.
11:11).
(c).
Mas aceitamos o desfio de achar uma passagem trachante que mostre que os
apóstolos foram batizados em idade madura. Essa passagem está em Atos 1:21,22,
a qual mostra que todos os apóstolos tiveram de ser discípulos de João a todos
por ele foram batizados. Foi o batismo de João que de homens constitui seus
discípulos. Desafiamos a qualquer pedobatista para provar o contrário, antes que
João foi enviado a preparar um povo para Cristo, o que ele fez trazendo-os à fé
e então batizando-os.
(d).
E podemos perguntar por que a exceção admitir no caso de Paulo? Asseverou-se
que Paulo foi considerado prosélito e, portanto, o seu batismo judaico, assim
chamado, não foi aceito; mas, isso não oferecer razão, porque, por que foram
batizados as multidões que prontamente receberam a pregação de João o Batista
(Mat. 3:5,6)? Foram todas elas consideradas prosélitas? Se foram, por que
deveria qualquer judeu ter sido considerado mais que um prosélito?
(e).
Se o batismo judaico, assim chamado, foi suficiente, como deve ter sido na
"igreja judaica", se ela e a do Novo Testamento são as mesmas, então
por que os fariseus e os legalistas foram censurados por não receberem batismo
das mãos de João o Batista? Vide Lucas 7:30. Um pedobatistas podia ter
fornecido esses hipócritas com uma defesa contra a acusação do Espírito Santo
contra eles mesmos. E o fato que os fariseus e legistas não pensaram nesta
defesa mostra que, conquanto fossem hipócritas, não foram pedobatistas.
Desde que o pré-citado mostra que a
teocracia judaica e a igreja do Novo Testamento não foram as mesmas, anula-se o
valor argumentativo, nesta conexão, de todo outro caso suposto de batismo
infantil no Velho Testamento; porque, pouco importando quantas criancinhas
podem ter sido respingadas sob a teocracia judaica, igreja, em o Novo
Testamento, é uma instituição diferente, então nenhum argumento se fornece para
o batismo infantil na igreja.
D.
O próximo argumento para o batismo infantil que tomaremos em conta está baseado
supostamente em Atos 2:39. Tem sido apresentado assim: "Pedro,
dirigindo-se a uma multidão de judeus no dia de Pentecostes, disse (Atos 2:39):
"Porque a promessa é para vós e para vossos filhos". Podeis
compreender esta afirmação? Estes judeus tinham sido ensinados a receber
criancinhas e a dar-lhes o sinal do concerto abraamico. Não há duvidas para nós
sobre as criancinhas serem batizadas no dia de Pentecostes."
Mas esta firmação mui geitosamente omite a
última parte da passagem só no princípio dela citada, segundo a tática
costumeira dos pedobatistas. A última parte explica a passagem e, se
devidamente considerada, mostrará que qualquer criancinha batizada no Pentecostes,
ou em qualquer outro tempo na época novotestementina, foram só aquelas que
foram chamadas do Senhor. Isto necessita serem bastante de idade para receberem
o Evangelho e conduzirem-se por ele. À parte da passagem que lemos, reza:
"Mesmo tantos quantos o Senhor nosso Deus chamar". Felizes seremos em
batizar todos os filhos que o Senhor nosso Deus chama, mas não mais; porque não
temos fundamento para batizar aqueles a quem o Senhor não autorizou.
E.
O próximo e último argumento do batismo infantil que notaremos está baseado nos
batismos de famílias mencionadas em pó Novo Testamento.
(a).
Semelhante argumento assume duas coisas para as quais não há provas: (1) Que
havia criancinhas nessas famílias; (2) Que essas criancinhas foram batizadas e
isso em oposição direta a tudo revelado na Bíblia sobre e sentido de batismo e
as qualificações dos recipientes do Batismo.
Da Teologia de Knapp (Knapp era
pedobatista) lemos: "Pode objetar-se contra essas passagens em que está
mencionado o batismo de famílias inteiras, a saber, Atos 10:42-48; 16:15-33; 1
Cor. 1:16, que é duvidoso se havia criancinhas nessas famílias e, se houve, se
foram batizados então."
(b).
Uma inspeção dos batismos de cinco famílias arquivados em o Novo Testamento não
deixa prova que seja de batismo infantil, mas antes, em muitos casos, fornece
prova conclusiva do contrário.
De Cornélio se diz ter sido "homem
devoto, que temia a Deus com toda a sua casa" (Atos 10:2). E lemos que
"o Espírito Santo caiu sobre eles que ouviram a Palavra" (Atos
10:44), coisa que se evidenciou por eles falarem línguas (v. 46). Se houve
quaisquer criancinhas na família de Cornélio, elas não foram incluídas quando a
sua casa foi mencionada na sua relação com Deus, daí não seria batizada. E,
outra vez, se quaisquer crianças foram batizadas nesta ocasião, então também
elas receberam o Espírito Santo e falaram em línguas.
A probabilidade forte é que Lídia não era
mulher casada: uma comerciante e ao tempo de sua conversão tão longe de sua
casa em Tiatira. Mesmo se tivesse sido casada, o fato de ela estar em negócio
fá-lo-ia inverossímil que ela tivesse filhos. Sua família, não resta dúvida,
consistia de servos e empregados, como na "casa de César" (Fil.
4:22). Esta expressão não pode referir-se ou incluir qualquer dos filhos de
Nero, pois certamente nenhum deles era membro da igreja em Roma.
Quando Paulo disse ao carcereiro de
Filipos: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e tua casa",
suas palavras significam que os demais membros da família do carcereiro eram
para ser salvos pela sua fé pessoal e não, certamente, pela fé do carcereiro;
porque, se assim fosse, então os adultos na família eram para salvar-se sem fé
pessoal. E está dito que o carcereiro "regosijou-se grandemente, com toda
a sua casa, tendo crido em Deus." Tudo isto mostra que, ou não havia
criancinhas na família do carcereiro ou então não foram tomadas em consideração
nas coisas que se desenrolaram naquela noite.
Nada se dá dos pormenores da conversão da
família de Estefanas. Diz-nos Paulo que ele e sua família estavam entre os
poucos que ele batizará em Corinto (1 Cor. 1:16). Mas três ou quatro anos mais
tarde Paulo escreveu à igreja de Corinto e falou da família de Estefanas como
"se tendo dedicado ao ministério dos santos" (1 Cor. 6:15). É
incrível que se dissesse isto de uma família batizada há poucos anos prévios e
que no seu batismo incluíra criancinhas.
No caso de Crispo, regente da sinagoga em
Corinto, diz-se distintamente que "ele creu em Deus com toda a sua
casa". Aqui não há criancinhas.
De modo que este caso dos batismos de
família é o em que se arrimam tanto os pedobatistas. Nem um vislumbre da
evidência de haver criancinhas em quaisquer dessas famílias e muito menos que
elas teriam recebido o batismo se lá estivessem estado.
Não desperdiçaremos tempo respondendo às
tentativas dos pedobatistas para justificarem o batismo infantil com argumentos
outros que não os tirados da Escritura. Estes estudos estão preparados para os
que crêem em seguir a Cristo e os apóstolos e nenhum argumento pode induzir os
tais a favorecer aquilo que é subversivo às suas práticas e isto é certamente
verdadeiro do batismo infantil.
Qual é o fim ou designo do batismo? É o
para a salvação, como alguns mantêm? Ou é, como outros contendem, para o fim de
manifestar salvação, exibindo a morte do crente para o pecado e a ressurreição
para a justiça ? Tomamos posição que a última é verdadeira. Em consideração
desta posição assumimos:
AS PASSAGENS QUE MOSTRAM QUE O BATISMO NÃO TEM EFICÁCIA
SALVADORA.
Todas as passagens que nos contam que a
salvação não é de obras, tais como Rom. 4:1-6, 11:6; Efe. 2:8-10; Tito 3:5,
mostram que o batismo não tem eficácia salvadora. O batismo é uma obra, um ato
físico. Jesus implicou, distintamente, que é uma satisfação da justiça (Mat.
3:15). Está assim estabelecido como uma obra de justiça.
Todas as passagens que condicionam a
salvação sobre o arrependimento e a fé só mostram que o batismo não tem
eficácia salvadora. Vide João 3:16,18; 5:24; Lucas 13:3; Atos 16:31; Rom. 4:5;
Efe. 2:8. Se o batismo é essencial à salvação, porque foram elas deixadas
destas passagens que se propõem apontar o caminho da vida aos perdidos? Verdade
é que todas elas não mencionam tanto o arrependimento como a fé, mas a razão
disto é que tanto o arrependimento como a fé estão entrosadas uma noutra. Mas
isto não é verdadeiro quanto ao batismo.
Em 1 João 1:7 e todas as passagens iguais,
por mostrar que o sangue de Jesus purifica do pecado, proíbe a crença que o
batismo tem poder purificador. E sabemos que nada há no batismo que lhe dê
poder de atualmente purificar a alma. Ele pode salvar a imundícia corporal, mas
nunca a corrupção ou culpa morais.
Então Pedro diz distintamente que o batismo
"não é o despojo da sujeira da carne, mas a resposta de uma boa
consciência para com Deus." (1 Ped. 3:21).
Para outra consideração da relação do
batismo com a salvação, vide o capítulo sobre o Novo Testamento.
AS PASSAGENS QUE ALGUNS TOMAM COMO DANDO AO BATISMO
EFICÁCIA SALVADORA.
Outras passagens há que alguns tomam como
ensinando que o batismo tem eficácia salvadora. Já vimos que semelhante sentido
é estranho à Escritura como um todo, mas examinaremos estas passagens, de modo
que vejamos inteiramente que elas não estão fora de harmonia com outra
Escritura.
(1).
Marcos 16:16 ? "O que crer e for batizado será salvo."
Se
esta passagem fosse tomada isoladamente, pareceria ensinar que a salvação está
condicionada tanto sobre a fé como sobre o batismo. Mais isto não pode ser
verdadeiro à luz de outras passagens plenas. À luz da Escritura como um todo, e
isto é o único método são de interpretar qualquer passagem, esta passagem aqui
não pode significar mais que o que crê e prova a genuídade de sua fé por ser
batizado será salvo. Precisamos de nos lembrar que alguém pode crer em vão (1
Cor. 15:2). Alguém pode ter só uma fé intelectual, que é uma fé morta (Tia.
2:20). Isto é a espécie de fé a que se alude em Mat. 13:20. Notai também a
força da última parte desta passagem. Não diz: "O que não for batizado
será condenado" mas "o que não crer", etc. Assim vemos que é a
fé que salva. O batismo e outros atos de obediência só provam a genuidade de
nossa fé.
(2).
João 3:5 ? "Aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no
reino de Deus."
Para muitos "nascer da água"
refere-se ao batismo, e tomam esta passagem como ensinando que o novo
nascimento se cumpre no batismo; mas à luz da Escritura como um todo não
podemos entender esta passagem como ensinando a regeneração batismal. Outros
têm entendido "nascer da água" como se referindo ao nascimento
natural. Pensam que Jesus disse: "Se um homem nascer da carne e do
Espírito, ele não pode entrar no reino de Deus." Mas a Jesus foi
desnecessário dizer que um homem não podia entrar no reino de Deus sem ser
nascido da carne. Ninguém suporia diferente. E parece manifesto que a passagem
se refere só a um nascimento; ela não diz: "Se um homem for nascido da
água e também do Espírito", etc. Aqui entendemos água ser símbolo da
Palavra. A favor desta interpretação urgimos as seguintes considerações:
A.
A regeneração é uma lavagem. Tito 3:5.
B.
A regeneração é por meio da Palavra. Tia. 1:18; 1 Ped. 1:23.
C.
A palavra é comparada com a água no seu poder purificador. Efe. 5:25,26.
Agora,
quando todos estes fatos se ajuntam, pensamos que não há nada mais simples
senão que "nascer de água" quer dizer "nascer da Palavra".
Assim temos em João 3:5 uma alusão tanto ao agente (O Espírito) como ao
instrumento (a Palavra) em o novo nascimento.
(3).
Atos 2:38 ? "Arrependei-vos e sede cada um de vós batizados em o nome de
Jesus Cristo para remissão dos pecados e recebereis e Espírito Santo."
Ao considerarmos esta passagem, notemos:
A.
A pergunta feita no verso precedente não é a restrita: "Que devo fazer
para me salvar?" de Atos 16:30, mas a ampla: "Que faremos?" Logo
não é estranho que tenhamos uma resposta mais ampla do que Atos 16:31.
B.
O arrependimento está colocado antes do batismo e quando alguém se arrependeu,
já está salvo e portanto não pode ser batizado para poder salvar-se. O
arrependimento é uma mudança completa de mente baseada numa nova disposição que
foi implantada pelo Espírito Santo. O arrependimento e a fé são inseparáveis e
simultâneas, como se mostra no fato que algumas vezes se menciona um e algumas
vezes outra isolados como o meio de salvação. E quando alguém creu, já um filho
de Deus. Vide 1 João 5:1.
C.
A passagem não diz: "Sede batizados para ou na recepção da remissão de
pecados" e o que afirma que este é o sentido deve arcar com o ônus da
prova.
D.
O sentido da passagem, como interpretada à luz do teor geral da Bíblia e seu
ensino é: "Sede batizados para ou no reconhecimento, simbolizando ou
mostrando a remissão dos pecados."
Não faz diferença quer sigamos a versão
comum e lemos "para" ou a revisão e lemos "na"; o sentido é
o mesmo e o Novo Testamento proporciona incisivas ilustrações do sentido.
Se "para" for tomado como a
tradução correta inglesa da preposição grega "eis", então vamos a
Lucas 15:12-14 para uma ilustração: aqui, um homem já purificado de lepra é
mandado: "Mostra-te ao sacerdote e oferece PELA tua purificação como
Moisés ordenou para que lhes sirva de testemunho." Foi para o homem
oferecer sacrifício POR uma purificação que ele já recebera. Da mesma maneira
somos batizados PARA a remissão dos pecados já recebidos. O antecedente
entendido de "lhes" é o povo em geral. Assim o batismo é um
testemunho de nossa parte a todos que a observem que estamos salvos.
Se "para" for considerado como a
tradução adequada, então temos duas excelentes ilustrações do significado. A
primeira acha-se em Mat. 3:11, onde João fala do seu batismo como "para
arrependimento." Isto não pode significar que João batizava o povo para
que ele se arrependesse, que o batismo nada tem em si que possa produzir
arrependimento. Por outro lado João representava o arrependimento como uma
condição prévia de batismo e com ele muitíssima gente concorda. O sentido é que
João batizava para o reconhecimento do arrependimento.
Uma outra passagem oportuna aqui é 1 Cor.
10:2. Neste lugar se diz que os israelitas "foram todos batizados EM
Moisés na nuvem e no mar." O sentido é que como o povo atravessou o Mar
Vermelho, escondido dos egípcios pela nuvem e pelo mar, lhes foi mostrado estarem
cometidos a Moisés como seu líder. Não o arranjaram como seu líder pela
passagem.
E. Um tratamento mais além por Pedro das
relações de batismo para salvação, achado em 1 Pedro 3:20, corrobora a
interpretação que temos dado.
Nesta última passagem Pedro diz que o
batismo salva somente no sentido em que a água do dilúvio salvou os ocupantes
da arca. Notai que a água não botou Noé e os outros na arca. Estavam na arca,
trancados por Deus mesmo, sete dias antes da água vir, vide Gen. 7:16,7-10.
Durante esses sete dias estiveram tão seguros como estiveram em qualquer outro
tempo mais tarde. A vinda da água não fez qualquer contribuição para sua atual
salvação, mas conduziu a arca no seu seio e assim exibiu sua salvação.
Ao estudar Atos 2:38 é bom também
conservar em mente que Pedro falou estas palavras a judeus, que estavam
cortidos na linguagem do simbolismo.
(4).
Atos 22:16 ? "E agora, porque demoras? Levanta-te, seja batizado, lava os
teus pecados, invocando o Seu nome."
A lavagem de que se fala nesta passagem é
figurada. É o sangue que atualmente purifica (1 João 1:7). A água não pode
lavar pecados. E, como notamos, Pedro diz que isto não é o fim do batismo.
(5).
Rom. 6:3 ? "Ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus
fomos batizados na Sua morte?"
O grego para "na" (eis) é a
mesma palavra que está traduzida por "na" em 1 Cor. 10:2. O batismo
nos põe no mesmo parentesco com Jesus que a travessia do Mar Vermelho pôs os
israelitas em referência a Moisés. Por este meio os israelitas foram
manifestados ser os seguidores de Moisés. Batismo nos revela sermos seguidores
de Jesus.
(6).
Gal. 3:27 ? "Quantos de vós fostes batizados em Cristo vestistes-vos de
Cristo."
Esta passagem explica a precedente. O
batismo é um vestir-se de Cristo. É uma declaração pública de nosso
discipulado. É assumir perante o mundo a obrigação de viver para Cristo. O
batismo subentende prévia investidura.
(7).
Tito 3:5 ? "Não pelas obras feitas em justiça, que nós mesmos fizemos, mas
segundo Sua misericórdia Ele nos salvou por meio da lavagem da regeneração e
renovação do Espírito Santo."
A
"lavagem da regeneração" é a purificação moral da alma pela Palavra
de Deus na regeneração (Ef. 5:26; Tia. 1:18; 1 Ped. 1:23).
(8).
1 Pedro 3:20-21 ? "... a arca... em que poucos, isto é, oito almas,
salvaram-se pela água; a qual também segundo uma verdadeira figura agora vos
salva, pelo batismo."
O batismo nos salva no mesmo sentido em
que a água salvou oito almas na arca. Mas não foi a água que atualmente salvou
essas almas. A arca foi o meio atual de salvação; mas a água, que trouxe a
morte a todos os outros , levantou a arca e assim manifestou a salvação dos que
estavam dentro. O batismo manifesta a nossa salvação e isto é o único sentido em
que ele salva, o único sentido em que as obras justificam. Vide o capítulo
sobre a justificação para uma discussão do ensino de Tiago sobre a
justificação.
Aqui
está o nosso fim para inquirirmos se o batismo pode ser escrituristicamente
administrado por outro modo qualquer que a imersão. Mantemos que não pode e
oferecemos as seguintes provas:
O SENTIDO DE "BATIZO"
O autor tem lido extensivamente no campo da
controvérsia sobre o significado desta palavra grega em o Novo Testamento. Mas
aqui só é possível dar um resumo da evidencia em sustento da posição tomada em
vista do tempo e do espaço.
(1).
O testemunho dos Léxicos
Não podemos aqui principiar alistar o
testemunho de todos os léxicos, mas daremos o de três em evidência. Estes três
são: Liddel and Scott no grego clássico; Sófocles para os períodos romano e
bisantino; Thayer, para o grego do Novo Testamento.
A.
Liddel and Scott: "Mergulhar em ou debaixo d?água; No latim:
immergere".
B.
Sófocles: "Mergulhar, imergir, afundar... Não há evidência de Lucas, Paulo
e os outros escritores do Novo Testamento darem a este verbo significados não
reconhecidos pelos gregos."
C.
Thayer: "Em o Novo Testamento ele (o verbo) é usado particularmente do
rito da sagrada ablução, primeiro instituída por João o Batista; depois
recebida pelos cristãos por mandamento de Cristo e ajustada a conteúdos e
natureza de sua religião... a saber uma imersão e água, realizada como um sinal
da remoção do pecado e administrada aqueles que, impelidos por um desejo de
salvação, procuravam admissão aos benefícios do reino do Messias."
(2).
A prática atual dos gregos.
Os cristãos batizam batizando, isto é,
imergindo, e De Stourdza, o maior teólogo grego moderno, escreveu que
"baptizo" significa literalmente e sempre "MERGULHAR". Ele
também ajuntou: "O batismo é a imersão, portanto, são idênticos e dizer
"batismo por aspersão" ou qualquer outra besteira da mesma natureza.
A igreja grega mantém que a igreja latina, em vez de "baptismos" ,
pratica um mero "rantismos" (aspersão, - em vez de
"baptismo", um mero derramamento".
(3).
Os testemunhos das Enciclopédias
Não temos espaço para citarmos as
enciclopédias, mas mencionaremos simplesmente o nome daquelas que tanto falam
do sentido da palavra grega como da natureza da ordenança, ou de ambos, e as
quais dão o significado da palavra como "imersão" ou falam do modo
original da ordenança como tal , ou ambos.
Elas são: Encyclopedia Americana, Idem
Metropolitana, Penny Cyclopedia, Chamber?s Encyclopédia, National Cyclopedia,
Ree?s Cyclopedia, Brand´s Cyclopedia, Encyclopedia Eclesisastica (?).
(4).
O testemunho de eruditos e líderes pedobatistas.
A.
Lutero: "Batismo é uma palavra grega e pode ser traduzida por imersão,
como quando imergidos alguma coisa na água para que ela fique totalmente
coberta; e, conquanto esteja sempre inteiramente abolida (porque não mergulham
as crianças inteiramente, mas apenas lhes derramam um pouco d?água), deviam,
não obstante, ser totalmente imergidos e então imediatamente retirados, que isto
parece exigir a etimologia da palavra."
B.
Calvino: "A própria palavra batizar, todavia, significa imergir e é certo
que a imersão foi a prática da igreja antiga." ? do comentário sobre Atos
8:38.
C.
Zwinglio: "Na Sua morte. Quando fostes imergidos (intingeremini) na água
do batismo, fostes enxertados na morte de Cristo." ? Anno. sobre Rom. 6:3.
D.
Meyer: "Imersão, cuja palavra no grego clássico, em o Novo Testamento e em
toda a parte significa" (Comentários de Marcos 7:4).
E.
Lightfoot: "Que o batismo de João foi por imersão do corpo (segundo a
mesma maneira da lavagem de pessoas imundas e o batismo de prosélitos foi)
parece resultar daquelas coisas que dele se relatam; nomeadamente, que ele
batizou no Jordão, que ele batizou em Enon, porque ali havia muita água",
etc.
F.
James Macknight, notável autor escocês e presbiteriano e líder: "Jesus
submeteu-se a ser batizado ? isto é, sepultado debaixo d?água e a ser levantado
dela outra vez como um emblema de Sua futura morte e ressurreição." ?
Apost. Epist., Note em Rom. 6:4,5.
G.
Whitfield: "É certo é que nas palavras de nosso texto (Rom. 6:4) há uma
alusão à maneira de batismo por imersão."
H.
Augusti: "A palavra "batismo" segundo a etimologia e uso,
significa imergir, submergir", etc.
I.
Lange: "E foram batizados, imergidos, no Jordão, confessando os seus
pecados. A imersão era o símbolo de arrependimento" (Comentário de Mat.
3:6).
J.
Geo. Campbell: "A palavra batismo, tanto nos autores sacros como nos
clássicos, significa mergulhar, afundar, imergir."
K.
Chalmers: "O sentido original da palavra batismo é imersão."
L.
Schaff: "Imersão, não aspersão, foi inquestionavelmente à forma normal
original (de batismo). Está isto patente pelo próprio sentido da palavra grega
baptizo, baptisma e a analogia do batismo de João que se realizou no
Jordão..." (Hist. Of the Apost. Ch., pag. 568).
As
citações podiam ser multiplicadas.
(5).
O peso da erudição batista
Só temos referido supra autoridade
pedobatistas padrões, mas está em ordem observar que a denominação batista, na
sua aderência à imersão, está amparada por uma chusma de eruditos dentro do seu
próprio redil que não podem ser igualados por qualquer das denominações que
praticam o derramamento. De fato, as denominações que o praticam tem a vasta
maioria dos seus eruditos contra si mesmos quanto ao sentido de
"baptizo" e à maneira apostólica de administrar a ordenança.
Mas se os batistas tem um só dos seus
eruditos contra eles mesmos, disso não estamos cônscios. Temos Gale, Fuller,
Conant, Carson, Ingham, Pendleton, Kendrick, Harvey, Hovey, Bliss, Ford,
Graves, Boyce, Broadus, Strong, Carroll, Christian, Mullins e Robertson,
eruditos da primeira grandeza, para não mencionar outros; e todos eles
sustentam-nos inteiramente na prática da imersão como a forma apostólica de
batismo. Desafiamos todas as denominações que praticam o derramamento a
apresentar tantos eruditos da mesma magnitude tirados de todos os seus arraiais
combinados que os sustentem na aspersão ou derramamento como a forma primitiva
de batismo.
O SIMBOLISMO DA ORDENANÇA REQUER IMERSÃO
A escritura alude ao batismo como um
enterro (Rom. 5:4; Col. 2:12). Um enterro exige imersão. A objeção que estas
passagens não aludem ao batismo de água, mas ao batismo só espírito ou à
conversão num sentido figurado, é infundada e da evidência clara de ter nascido
antes do prejuízo do que de uma consideração razoável e imparcial das
passagens. Tanto quanto os pedobatistas se referem ao batismo como um
"sinal de regeneração", como temos observado, não podem, se em
harmonia consigo mesmos, eliminar dessas passagens uma alusão ao significado
simbólico do batismo. Nem jamais acharão este sentido no derramamento ou na
aspersão. O único meio perceptível de interpretar a linguagem está em tomá-la
como tendo o seu sentido usual, a menos que outro sentido se indique ou
requeira. Esta regra requer que o batismo signifique batismo na água, exceto
onde alguma outra espécie de batismo esteja especificada ou de modo exigida. No
caso das passagens sob consideração nada é verdadeiro. A réplica que, se essas
passagens referem ao batismo na água, elas ensinam a regeneração batismal sem
fundamento perante a luz do fato que elas falam manifestadamente do batismo
quanto ao que ele simboliza e não quanto ao que ele atualmente executa.
AS CIRCUNSTÂNCIAS QUE ACOMPANHAM A ADMINISTRAÇÃO DO
BATISMO EM O NOVO TESTAMENTO INDICAM A IMERSÃO
(1).
João batizou no Rio Jordão
Marcos 1:5. O sentido naturalisssimo
disto e o que devemos tomar, a menos que boas razões possam ser aduzidas em
contrário, é que o rito foi administrado EM o rio, segundo compreendemos
semelhante expressão e não meramente nas imediações do rio. O v. 8 o confirma
quando, segundo a melhor tradução, diz: "Eu vos batizo EM água."
Isto não é contrariado pelo uso do dativo
de instrumento, como em Lucas 3:16; Atos 1:5; 11:16. W. N. Clark diz bem:
"A idéia grega podia bem por igual contemplar o elemento envolvente,
localmente, como aquele em que,ou, instrumentalmente, como aquele com que, foi
afetado o mergulho. E enquanto é abstruso nós falarmos de imergir uma coisa com
água, é simplesmente uma questão de familiaridade, ou de idioma; e apenas
precisamos tomar um sinônimo verbal, "abater" e é perfeitamente
natural falarmos de "abater com água" (Comentário em Lucas 3:16).
Conant, mais ainda, assinala que o emprego do dativo instrumental é para o fim
de distinguir-se "o elementos usado para imersão num caso só empregado em
outro" e ajunta: "O simples dativo ocorre em o Novo Testamento só
onde o material ou elemento usado para imergir é para ser distinguido assim. Em
todos estes casos a distinção é entre o elemento de água e o Espírito Santo...;
e como o último podia ser menos propriamente concebido como o mero instrumento
de um ato, ele está em todo o caso semelhante construído com a preposição em...
Esta é a única explicação do uso de ambos: o simples dativo e o dativo com a
preposição na mesma conexão e relação" (The Meaning and use of Baptizein,
pág. 100).
E
o argumento que o Jordão, no logar em que se supões ter João batizado, é razo
demais e rápido demais para permitir a imersão nele, tem-se provado falso
repetidamente pelos que o têem visitado.
(2).
Noutra ocasião João batizou em Enon, "porque ali havia muita água."
João
3:23. Aspersionistas e derramadores tentam explicar que a água era precisada
para outros fins que não o batismo, como num encontro metodista campesino. Mas
Hovey habilmente responde: "Esta passagem afirma virtualmente que o
batismo não podia ser convenientemente administrado sem uma porção de água
considerável. A defesa que a água era necessária para outros fins que não o
batismo está posta de lado pela linguagem do escritor sagrado. Porque a razão
de João estar batizando lá (Não porque estava pregando lá) foi porque havia
muita água no logar." (Comentário em João 3:23).
"Muita
água", literalmente, e, no grego, "muitas águas"; mas é
sustentado por muitos eminentes eruditos da Bíblia que quer dizer "muita
água", sendo assim vertido pelos revisores, dos quais os mais foram
pedobatistas. A razão da expressão que literalmente significa "muitas
águas" e a razão por que esta expressão aqui é sustentada como valendo
realmente "muita água" está suprida por C. R. Condor (Tent Work in
Palestine, I., Pág. 91 e seg.). Diz ele que no quase certo sítio de Enon
"acham-se nascentes num vale aberto, cercadas de colinas desoladas e
disformes. A água jorra sobre um leito pétreo e desliza rapidamente numa bela
caudal cercada de arbustos de oleandro. O suprimento é perene e uma sucessão
contínua de pequenas fontes ocorre pelo leito do vale, de modo que a corrente
vem a ser o principal afluente ocidental do Jordão, ao sul do Vale de Jezrel. O
vale está devassado na maior parte do seu curso e achamos os dois requisitos
para a cena do batismo de uma densa multidão, - espaço aberto e abundância de
água. Enon quer dizer "fontes" e três milhas ao sul do vale acima
descrito há uma vila chamada Salem. As "muitas águas" são as
nascentes e a "sucessão contínua de pequenas fontes". E essas
"muitas águas" unem-se numa caudal regular, fazendo assim "muita
água".
3.
Filipe levou o eunuco "na água" para batizá-lo
Atos
8:38,39. A preposição grega para "dentro" é eis. Pode significar
"para"; mas, como Hackett assinala, aqui não pode significar
"para a água", como se só tivessem ido á beira dela; mas deve
significar "na água", porque está usada em contraste com "fora
da água"- ek tou hudatos, no verso seguinte. E Plumtre observa: "A
preposição grega (a saber, eis) podia significar simplesmente "para a água",
mas a universalidade da imersão na prática da igreja prístina sustenta a versão
inglesa". (Ellicott?s New Test. Commentary).
É
escassamente necessário observar que seria desnatural para o candidato ser
levado à água para poder ser aspergido ou respingado.
UMA ANALISE SOBRE A VERDADEIRA IGREJA DE CRISTO
SERIA O CATOLICISMO?
A
Igreja Católica julga-se a herdeira apóstolica da sucessão. Mentira! Sua
sucessão, não a apostólica, mas a neotestamentária, acabou no ano de 225 d.C.
Nessa data, as igrejas que nos séculos seguintes formariam a hierarquia papal,
foram excluídas da comunhão por erros doutrinários e heréticos: Foram dois
estes erros:
-
Buscar primazia entre irmão e igrejas co-irmãs;
-
Pregar a salvação através do batismo;
Depois
de excluídas, após a subida de Constantino no Trono de Roma, essas igrejas
casaram-se com o Império, sua cabeça deixou de ser Cristo para ser o Imperador,
e foram chamadas de Católicas. Seus erros continuaram a aumentar, e as heresias
também. Exemplo:
-
Prática do batismo infantil; 370 d.C.
-
Mariolatria; 451 d.C
-
Ensinamento do Purgatório; 590 d.C.
-
Venda de Indulgências; Desde o século VII até os dias atuais;
-
Adoração de Santos e Imagens;
Isso
sem mencionar uma grande multidão de outros erros. Já pensou se essas igrejas
não fossem excluídas a tempo da comunhão pelas igrejas fiéis? É essa uma igreja
de Jesus Cristo? Estaria Cristo sendo a cabeça de um corpo tão deplorável como
este? Historiadores como Neander e McCintock e Strong comentaram como se deu
essa exclusão das igrejas erradas pelas igrejas fiéis. Vejamos um pequeno
trecho documentário de Neander, V.I. pg. 318:
"Outra
vez um bispo romano, Estevão, que instigado pelo espirito de arrogância
eclesiástica, dominação e zelo, sem conhecimento, ligou a este ponto (salvação
pelo batismo), uma importância dominante. Daí, para o fim do ano de 253 d.C.
lavrou uma sentença de excomunhão contra os bispos (ou pastores) da Ásia Menor,
Capadócia, Galáxia, e Cilicia, estigmatizando-os (dando-lhes o apelido) de
anabatistas, um nome, contudo, que eles podiam afirmar que não mereciam por
seus princípios: porque não era o seu desejo administrar um segundo batismo
aqueles que tinham sido batizados, mas disputavam que o prévio batismo dado por
hereges não podia ser reconhecido como verdadeiro. Isto induziu Cipriano, o
bispo a propor o ponto para a discussão em dois sínodos reunidos em Cartago em
225 d.C. um composto de 18, outro de 71 pastores, Ambas as assembléias
declarando-se a favor da idéia de que o batismo de heréticos não devia ser
considerado como válido".
As
Igrejas fiéis que excluíram as erradas da comunhão foram chamadas de
anabatistas pelas igrejas erradas. E porque foram chamadas assim? O motivo foi
que não mais aceitaram o batismo de um pastor que fosse ordenado por uma igreja
sem a comunhão das demais. Por isso começaram a rebatizar os membros vindos das
igrejas erradas. A própria palavra anabatista é uma palavra grega que significa
"batizar outra vez".
Estas
igrejas que foram chamadas de anabatistas foram duramente perseguidas pelas
igrejas erradas após o ano de 313 d.C. Isso pode ser visto em qualquer
enciclopédia honesta. Basta o leitor procurar a palavra Inquisição e verá com
seus próprios olhos o que a Igreja católica fez para tentar exterminar os
anabatistas da face da terra. Só que cumpriu-se as escrituras. As portas do
inferno não prevaleceram, e sempre, sem interrupção de tempo, houve igrejas
anabatistas esparramadas por todos os lugares. Viveram escondidos, humilhados e
perseguidos por mais de mil e quatrocentos anos, mas nunca deixaram de existir.
Sempre levaram o sobrenome de anabatista.
Este
sobrenome só caiu no começo do século XVII, quando o prefixo "ana"
deixou de ser usado, e ficando apenas o apelido de "batistas". Os
batistas são os verdadeiros descendentes espirituais da igreja primitiva do
Novo Testamento.
SERIAM AS IGREJAS QUE VIERAM DA REFORMA?
No
início do século XVI a Igreja Católica teve pelo menos três grandes divisões. A
divisão Luterana na Alemanha e países Nórdicos. A divisão Calvinista na Europa
Central. E a divisão Anglicana na Inglaterra. Hoje essas igrejas são chamadas
de: Luteranas, Presbiterianas, Reformadas da Holanda, Anglicana e
Congregacionalistas. São estas as igrejas que vieram do Protestantismo
Histórico. Tinham elas a autoridade de realizar batismos? Vamos analisar isso
usando como base os quatro elementos básicos para se realizar um batismo:
O Candidato delas Eram Apropriados?
Na
Alemanha quem era católico tornou-se luterano. Na Escócia quem era católico
tornou-se presbiteriano. Na Holanda quem era católico tornou-se membro da
Igreja reformada da Holanda. Na Inglaterra quem era católico tornou-se membro
da igreja Anglicana. Será que eles tinham idéia das palavras de Paulo aos
Coríntios, de que: "Quem está em Cristo, é nova criatura, as coisas velhas
já passaram, tudo se fez novo". II. Co 5,17;
Eram
crentes nascidos de novo? Um crente nascido de novo pegaria em armas para
instituir sua Igreja? Jesus ensinou a amar e a orar pelos nossos inimigos, e
não matá-los à espada. E como explicar as guerras que houveram para se impor
essas novas religiões? Jesus disse que pelos frutos se conhece a árvore, e que
tipo de fruto deram esses novos crentes? Seus frutos estão até hoje dando
resultados negativos. Olhe-se o exemplo da cidade de Belfaste, capital da
Irlanda do Norte. Quanto ódio dos protestantes pelos católicos daquela região?
E mais, quem começou a II. guerra mundial? Não foram justamente os alemães, que
é um país majoritariamente luterano? Eram apropriados os candidatos que apenas
mudaram o nome da religião e nunca experimentaram o novo nascimento? Um simples
historiador da época do século XVI pode nos dizer que tipo de crentes eram
aqueles protestantes, e do que eles foram capaz para impor sua nova fé. Morte
aos católicos! Morte aos anabatistas!
O Modo de Batizar Eram Apropriados?
Todas
estas denominações protestantes batizavam e ainda batizam por aspersão. E
porque batizavam assim? É porque foi assim que aprenderam da Mãe Roma. É bom
lembrar que não temos registros de que pessoas foram "rebatizadas"
quando entraram nessas igrejas protestantes. Elas foram aceitas, mesmo
possuindo o batismo católico. A questão foi mais política do que teológica. As
igrejas da reforma não evangelizavam, e sim, recrutavam membros do catolicismo.
O Desígnio de Seus Batismos São Apropriados?
Para
a Igreja Católica o batismo é um meio de salvação, ou como eles mesmo chamam
"sacramento". Foi visto já neste estudo que para a igrejas Luteranas,
Presbiterianas, Congregacionais, Anglicanas e as reformadas da Holanda, o
batismo tem como desígnio não um quadro simbolizando a morte, sepultamento e
ressurreição de Cristo, mas é um sacramento também, e se é sacramento é um meio
de Salvação. Para eles o batismo não é uma ordenança e sim um sacramento, e
isso mantiveram da Mãe Roma.
Os Administrantes Eram Apropriados?
Você
já ouviu falar quando Lutero, Calvino, Zwinglio e outros reformadores foram
batizados? Ou, por quem foram batizados? Será que algum pastor anabatista
batizou-os, já que os anabatistas foram os únicos a não participar das heresias
romanas? Não. Os chefes da reforma nunca foram batizados, a não ser pelos
padres católicos. E então perguntamos: Pode valer o batismo administrado por
Lutero ou Calvino, desde que os mesmos nunca foram batizados? Se aceitarmos o
batismo deles como válido, temos que aceitar o batismo dos católicos também, já
que foram os padres católicos que lhes administraram o batismo. E se aceitarmos
o batismo católico como ficaremos diante de Deus? Como explicar as heresias?
Que tal a idolatria, a Inquisição, o Purgatório, as Indulgências? Se aceitarmos
o batismo católico estamos aceitando que a igreja de Jesus é uma Igreja
antibíblica.
Se
o batismo de Calvino ou Lutero não podiam valer, que autoridade suas igrejas
tinham de ordenar pastores para a ordenança do batismo? Não estou aqui
condenando a sinceridade de seus membros da atualidade, ou a profissão de fé
dos mesmos, pois basta-lhes a fé para ir para o céu. Estou expondo um problema
que já dura quase quinhentos anos e os seus membros nem tem idéia disso, muito
menos culpa.
Os
anabatistas do século XVI não aceitaram como válido os batismos dos
protestantes históricos. E tinham plena razão. Devido a essa não aceitação que
Lutero ordenou a morte de mais de cem mil anabatistas em um só dia na Alemanha.
Calvino também, irado por não ser aceito pelos anabatistas como um pastor
bíblico (pois não era) perseguiu e ordenou a morte de alguns anabatistas na
cidade de Genebra.
Se
o leitor estudar cuidadosamente esse assunto verá que as igrejas protestantes
históricas também não tem a autoridade do batismo, pois sua mãe era a Mãe Roma,
uma igreja excluída em 225 d.C.
SERIAM AS OUTRAS DENOMINAÇÕES ?
A Igreja Metodista
Teria
essa igreja a autoridade do batismo? Passaria no teste dos quatro elementos
básicos do batismo bíblico? Eram seus candidatos apropriados? Sim, eram. O
conhecedor da história sabe que o principio do metodismo trouxe uma grande
transformação da vida de seus crentes. Eram batizados da forma correta? Aos
metodistas originais não. Eram batizados por aspersão. Mas há casos de
metodistas batizados por imersão, e assim o modo torna-se correto. Eram
batizados pelo desígnio correto? Não. Basicamente o batismo era para eles um
sacramento e não uma ordenança. Mas já vi livros que indicam que entre os
Metodistas Livres há uma aceitação de que o batismo é uma ordenança e não um
sacramento. E o administrante? Eis aí o problema dos metodistas. Wesley foi
batizado por imersão pelos irmãos morávios em um navio. Esses irmãos morávios
eram verdadeiros anabatistas. O problema foi que Wesley não se desligou da
igreja da Inglaterra, e tanto é que a igreja Metodista só foi fundada após a
sua morte. Devido a isso não podemos considerar os batismos administrados por
ele ou por seus pastores um batismo completamente bíblico (ele mesmo batizava
por aspersão). Assim, a igreja metodista não participa de erros grotescos como
as outras denominações protestantes históricas, mas também traz o epíteto de
neta da Igreja de Roma, o que invalida a sua ordenança batismal.
As Igrejas Adventistas, Mórmons, e
Testemunha de Jeová
Não
podemos falar dessas igrejas como falamos das igrejas que vieram da reforma ou
pós reforma que é o caso dos metodistas. Assim como temos de fazer diferença
entre a origem das igrejas reformadas com os metodistas, é preciso fazer diferença
entre as reformadas e metodistas com as igrejas adventistas, Mórmons e
testemunhas de Jeová. E porque? Quando falamos de uma igreja presbiteriana,
metodista, e outras reformadas, estamos falando de igrejas que possuem erros,
às vezes grotescos, porém, encontramos nelas pregadores que anunciam a salvação
pela graça, base da remissão do pecador. Apesar de uma origem errada,
encontramos em seu seio uma grande massa de salvos pelo sangue de Jesus. Já as
igrejas Adventistas por exemplo, pregam a salvação por guardar a Lei, ou o
Sábado. Isso não é erro, é pura heresia. Os Testemunhas de Jeová nem ao menos
crêem em Jesus como parte da Trindade, heresia sem fundamento. Os Mórmons são
uma aberração do cristianismo. Assim, nem discutiremos os elementos básicos de
seu batismo, pois, são tão grandes as heresias que não podemos chamá-las de
igrejas erradas, e sim, seitas abomináveis.
Os Pentecostais
Os
pentecostais estão divididos em três grandes grupos. Os históricos que são:
Assembléia de Deus e Cristã no Brasil; Os da segunda geração: Quadrangular,
Brasil Para Cristo, Deus é Amor, Casa da Benção, entre outras; e os
Neopentecostais: Os que vieram das igrejas renovadas (batistas, presbiterianos,
metodistas, luteranos e católicos), e os que nasceram na década de 70 e 80,
Igreja Vida Nova, IURD, Internacional da Graça, entre outras. São tantos os
grupos pentecostais que fica muito difícil generalizar em questão doutrinárias,
porém, não em questão disciplinar.
COMO ANALISAR A VALIDADE DO BATISMO
PENTECOSTAL?
Observando
sobre os quatro elementos básicos do batismo, em pelo menos um é quase uma
unanimidade, que é a prática do modo correto, ou seja, por imersão. Já na
questão de um candidato apropriado há grandes diferenças. É mais fácil
encontrar um candidato que está se batizando porque já aceitou Jesus numa
Assembléia, do que numa das igrejas neopentecostais, às quais, pregam a
teologia da prosperidade. Quanto ao desígnio há grandes controvérsias entre
eles. Enquanto alguns pregam que o batismo é uma ordenança, outras (como a
Cristã no Brasil) pregam que o batismo é um sacramento essencial a salvação.
Mas é na questão do administrante apropriado que vamos encontrar o fator
determinante de uma igreja batista não aceitar os seus batismos como válido.
PODEM SER VÁLIDOS SEUS BATISMOS?
As
igrejas pentecostais tem duas origens distintas. A primeira origem é a que veio
das Igrejas Holiness Weslyanas. Essas igrejas são uma divisão das igrejas
metodistas originais. A ordenança de seus pastores para batizar esbarra no
mesmo problema que sua igreja mãe, a metodista. Notemos. A igreja Metodista
nasceu da igreja Anglicana. A igreja Anglicana nasceu da igreja Católica. A
Igreja Católica é a igreja Apóstata, por isso, sem a autorização de ordenar
pastores. A ordenação de um pastor holiness weslyano veio de pastores
metodistas, e os dos metodistas dos anglicanos, e o dos anglicanos dos padres.
Se aceitarmos dos holiness weslyanos teremos por justiça de ter que aceitar o
batismo católico, pois o catolicismo é bisavô de um dos braços do
pentecostalismo. Já que é inaceitável a ordenação católica, não podemos aceitar
a de seus bisnetos, os holiness.
A
segunda origem do pentecostalismo está das igrejas que saíram dos grupos
reformados. Muitos pastores pentecostais eram ex-luteranos, ex-metodistas,
ex-presbiterianos, e os tais se encontram no mesmo problema dos holiness
weslyanos. Porém, a maior igreja pentecostal, principalmente no Brasil, que é a
Assembléia de Deus, nasceu dentro da Igreja Batista de Belém do Pará. E então,
aceitamos ou não o seu batismo como válido?
O Caso da Assembléia de Deus
O
caso da Assembléia é muito importante, pois ela é a mãe e avó da maioria das
igrejas pentecostais no Brasil (com exceção da Cristã do Brasil). Se
entendermos porque não aceitamos o seu batismo como válido, valerá para os
pentecostais da segunda geração e os neopentecostais. Os fundadores das
Assembléias de Deus no Brasil. Em 1909
desembarcaram no Brasil dois pastores batistas. Chamavam-se: Gunnar Vingren e
Daniel Berg.
Estes
dois foram pastores batistas nos Estados Unidos, mas devido se unirem ao
movimento pentecostal realizado na Rua Azuza 312, em Los Angeles, precisaram
ser excluídos das igrejas batistas que ministravam por causarem a divisão dos
membros e distúrbios da ordem na igreja. Ao chegarem no Brasil foram
apresentados ao pastor Justus Nelson, o pastor da Igreja Batista de Belém do
Pará. Pediram entrada nessa igreja, entrada esta que foi de princípio negada
por não terem carta de transferencia (e nem poderiam ter, pois tinham sido excluídos).
Omitindo que eram membros excluídos, apresentaram-se como verdadeiros pastores
batistas, e isso lhes deu o privilégio de morarem no porão da igreja até
conseguirem se instalar em outro lugar. Por aquele tempo o pastor Justus Nelson
precisou viajar para o Sudeste do país, pois veio a uma Convenção Batista. Foi
neste tempo que esses dois pastores agiram de má fé e causaram um grande
problema ao pastor que gentilmente os recebeu.
Sem
a presença do pastor, e ajudado por um co-moderador da igreja, José Plácito da
Costa, eles conseguiram filiação na igreja, mesmo sem as cartas de
transferência. Começaram então a induzir alguns membros a ficarem após o culto
a assistir suas reuniões, às quais, eram feitas sem o conhecimento da igreja e
no porão onde estavam instalados. Em seus cultos havia muito barulho e êxtases,
e alguns começaram a dizer que tinham recebido dos dois pastores o que eles
chamam de "batismo com fogo".
Um
irmão da igreja, o evangelista Raimundo Nobre, descobriu o caso, e logo
comunicou a igreja. Foi feita uma reunião para apurar o caso, e nessa reunião
os dois pastores e mais onze membros da igreja foram excluídos, isso no ano de
1910. Segundo o historiador da Igreja Batista de Belém, Antônio B Almeida,
Vingren e Berg continuaram a realizar trabalho de proselitismo entre os membros
da Igreja, em lugar de evangelizarem os descrentes (é típico deles). O
proselitismo perdurou por toda a sua vida. Em seu diário Vingren diz: "Por
onde iam, buscavam nas igrejas e casas dos batistas infundirem o novo
batismo".
Pois
bem. Os fundadores das igrejas Assembléias de Deus no Brasil tiveram duas
exclusões. Uma em suas igrejas originais dos Estados Unidos, e outra aqui no
Brasil pelos irmãos da Igreja Batista do Pará. Perguntamos: É válido o batismo
de um membro excluído? É bíblico um membro excluído abrir uma nova igreja e
sair batizando as pessoas na doutrina trinitária de três deuses. Se é bíblico
qual é a necessidade das exclusão dentro de uma igreja? Não, não é bíblico uma
pessoa sob a disciplina da Igreja sair por aí abrindo novas igrejas. Se hoje
aceitarmos um batismo de uma pessoa vindo da Assembléia, estamos dizendo que as
igrejas de Cristo não tem necessidade de disciplina. Em nenhum versículo do
Novo Testamento temos uma igreja sendo aberta por um membro que tenha sido
excluído da Igreja de Jesus Cristo. Vimos NE estudo que todas as igrejas
primitivas batizavam em o nome do Senhor Jesus. O que os fundadores da
Assembléia de Deus fizeram foi desonesto. Mentiram que eram batistas quando não
eram. Diziam estar em comunhão quando na verdade foram excluídos. Esperaram um
pastor viajar para poderem agir de forma sorrateira. E pior, dividiram um corpo
de Cristo. A Bíblia é clara sobre esse assunto de divisão: "Quem comigo
não ajunta se espalha". Dividir a Igreja de Cristo é dividi-lo, e a
maioria das igrejas pentecostais que saíram dos grupos reformados deixaram para
trás grandes divisões e mágoas contra pessoas que simplesmente amavam Jesus da
mesma maneira que se amou a dois mil anos atrás.
A
Assembléia é mãe de quase todas as igrejas pentecostais no Brasil e no mundo,
com raras exceções (que é o caso da Congregação Cristã). Ela é mãe da
Quadrangular, Brasil Para Cristo, Deus é Amor, Só o Senhor é Deus, Casa da
Benção e aí a fora. Estas igrejas, por sua vez, são mães de outras igrejas como
a IURD, Vida Nova, Internacional da Graça entre muitas outras consideradas
neopentecostais. Portanto, zelar pela palavra verdadeira e genuína negará a
validade dos batismos pentecostais, pois são igrejas nascidas da heresia,
divisão, discórdia e contendas catolicas. Atrás do nascimento dessas igrejas
existe muitas mágoas e pecados a serem confessos. Seria Bíblico as Divisões que
vem causando o Pentecostalismo brasileiro? Vejamos o que a Bíblia diz sobre
divisões no Corpo de Cristo (que é sua Igreja).
I
Co 1,10; "Rogo-vos, porém irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
que digais todos a mesma coisa, e que não haja entre vós divisões, para que
sejais unidos no mesmo sentido e no mesmo parecer".
Efésios
4,3; "Procurando guardar a unidade do Espírito no vinculo da paz"
Tentai levar ao conhecimento do leitor o que
é, o que representa, o verdadeiro evangelho e o que a Bíblia diz e o modo
bíblico de realizar o batismo cristão. Minha oração é que todos aqueles que
lerem este estudo possa compreender que nosso objetivo não é a condenação desse
ou daquele, mas a informação completa a respeito do batismo cristão. Considero
que há muitas pessoas salvas nas igrejas denominadas de cristãs, pois a
salvação é pela graça e não pelo batismo. Mas o fato dessas pessoas serem
sinceras e verdadeiras crentes, não supre a falta dos quesitos necessários ao
batismo que é ser batizado por imersão, em nome do Senhor Jesus Cristo,representando
a morte, sepultamento e sua ressurreição, mostrando ao mundo que morre o velho
homem e nasce o novo, e que só uma igreja verdadeiramente bíblica que prega a
palavra genuína o pode realizar.
Talvez
você tenha chegado à conclusão que seu batismo não é válido e se chegou a essa
conclusão é preciso que você seja batizado outra vez. Seu coração vai dizer que
está errado. O simples fato de alguém estar em dúvida é uma das provas que seu
coração está indeciso. Procure uma igreja Cristã genuína e verdadeira e
converse com o pastor, e peça o batismo
legitimo em o nome do Senhor Jesus Cristo. E busque entender mais sobre o
assunto. Deus vos tem abençoado!