Deus é Soberano
Texto: 1 Crônicas 29:11,12
"Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e
a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na
terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos. E
riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há
força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo."
INTRODUÇÃO
1. Duas Verdades Bíblicas
1.1. Deus é Soberano
1.2. O homem é responsável!
2. Perigo: salientar uma doutrina e desprezar a
outra.
2.1. Fatalismo: Ressaltar demasiadamente a
Soberania.
2.2. Humanismo: Ressaltar demasiadamente a
Responsabilidade.
2.3. Exemplo: O mais lindo rosto ficaria
desfigurado se apenas um membro começasse a crescer, e os demais não se
desenvolvessem.
3. Duas facetas da verdade
3.1. Jesus era “servo” (Fp.2:6), e “Cristo o
Senhor” (Lc.2:11).
3.2. Levar as cargas dos outros (Gl.6:2), e a
própria carga (Gl.6:6).
3.3. Não se inquietar (Mt.6:34), mas ter cuidado
com os seus (1Tm.5:8).
3.4. Promessa de não perecer (Jo.10:28,29), mas
confirmar a eleição (2Pe.1:10).
3.5. Fazer prova de Deus (Ml.3:10) e não prová-lo
(1Co.10:9).
3.6. Deus é Luz [santidade/justiça] (1Jo.1:5) mas
também é amor (1Jo.4:8).
3.7. A bondade de Deus e a sua severidade
(Rm.11:22).
3.8. Está escrito que Jesus tomou nossas
enfermidades (Is.53:4), mas também está escrito que os crentes tinham
enfermidades (Fp.1:25-27). O sábado é dia do Senhor, mas também que não há dia
específico para adoração a Deus (Jo.4:23; Gl.4:10,11; Cl.2:16). Em Cristo não
há mais homem nem mulher (Gl.3:28), mas também está escrito que o
homossexualismo é pecado (Rm.1:24-27). A teologia bíblica é importante, mas
deve harmonizar-se com toda a Escritura (teologia sistemática).
4. Por que esta doutrina?
4.1. É um dever: “...porque nunca deixei de vos
anunciar todo o conselho de Deus”. (At.20:27).
4.2. É uma necessidade: pregar o que as ovelhas
necessitam, e não o que elas gostam de ouvir.
4.3. Enfermidades graves precisam de remédios
fortes: “...mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará
proezas”. (Dn.11:32).
I. DEUS REINA NOS CÉUS
1. Todos concordam que Deus reina nos céus.
2. Ele reina: “...o bem-aventurado, e único
poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores; Aquele que tem, ele só, a
imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem
pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”. (1Tm.6:15,16).
II. DEUS REINA NA TERRA
1. Muitos discordam que Deus reina na terra.
2. Tudo é regido pelas leis da natureza.
3. O homem determina sua própria sorte com seu
“livre-arbítrio”.
4. Mas negam sua responsabilidade, atribuindo ao
Diabo o mal que procede em seu próprio coração (Mc.7:21-23).
5. Parece que é o Diabo quem reina: “Homens
desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo;
porquanto as virtudes do céu serão abaladas”. (Lc.21:26).
6. Muitos incrédulos declaram que o cristianismo é
um fracasso!
7. Consideram que Deus está decepcionado pelo que
acontece no mundo. Dizem que Ele nada pode fazer.
8. Jesus tem todo o poder: “É-me dado todo o poder
no céu e na terra...” (Mt.28:18)
III. DEVEMOS CRER PELA FÉ
1. O que acontece na terra demonstra que Deus está
no controle (Is.46:9-11).
2. Deus é justo e seus juízos caem sobre os
rebeldes (Is.24:3-6).
3. Deus é fiel e cumpre suas ameaças (Is.45:8-18).
4. Deus é onipotente, ninguém pode resistí-lo (Jó
9:12; Jó 42:1; Is.45:22-24).
6. Se olharmos para a evidência dos nossos próprios
olhos, acreditaremos que o Diabo reina na terra. Mas tudo coopera para o bem do
crente (Rm.8:28).
7. Devemos admitir que há muita coisa na
providência divina que nos assusta e abala. Por exemplo, a ordem para matar crianças
(Js.6:21; 1Sm.15:3), o caso de Uzá que se preocupou com a queda da arca
(1Cr.13:10), a morte prematura dos justos, como o rei Josias (2Rs.23:29; Jó
21:30; Jó 22:16; Is.57:1). Mas não devemos dizer com o descrente: “Se eu fosse
Deus, não permitiria tal coisa”. Muito melhor, ante os mistérios que nos deixam
perplexos é dizer: “Emudeci; não abro a minha boca, porquanto tu o fizeste”.
(Sl.39:9).
8. Por que as coisas são assim? Para testar e
provar nossa fé, e promover nossa submissão à vontade de Deus: “Ó profundidade
das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são
os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!” (Rm.11:33).
IV. A SOBERANIA DE DEUS DEFINIDA NA BÍBLIA
1. Deus é Supremo, Deus é Deus! Ele é o Altíssimo:
“...todos os moradores da terra são por Ele reputados em nada; e, segundo a sua
vontade, Ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem
lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn.4:35).
2. Deus é Onipotente, possuidor de todo o poder nos
céus e na terra (Mt.28:18): É dizer que “...no céu está o nosso Deus e tudo faz
como lhe agrada.” (Sl.115:3).
3. Deus governa as nações: “Porque o reino é do
SENHOR, e ele domina entre as nações”. (Sl.22:28).
4. Deus é o Único Soberano: “...único Soberano, o
Rei dos reis e Senhor dos senhores...” (1Tm.6:15).
5. Deus é Soberano nas ações humanas: porque
“...até a ira humana há de louvar-te; e do resíduo das iras te cinges.”
(Sl.76:10).
6. Deus controla tudo: “Tua é, SENHOR, a magnificência,
e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há
nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre
todos. E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na
tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a
tudo”. (1ª Crônicas 29:11,12).
7. Deus é o Soberano Senhor: do grego “déspota”
(#1203, Strongs), que significa “Senhor Absoluto, ou Aquele que tem poder e
domínio absoluto”. “...Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e
vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Ap.6:10). Soberano
Senhor na ARA (2Pe.2:1).
8. Deus é Soberano universal e absolutamente:
(1Cr.29:10-12; 2Cr.20:6; Sl.22:28; Sl.47:2,3,7-9; Sl.50:10-12; Sl.72:8-11;
Sl.93; Sl.95:3-5; Sl.103:19; Sl.145:11-13). Ninguém pode impedir o que Deus
resolve fazer (Jó 23:13; Jó 42:2; Sl.115:3; Pv.21:30).
9. Deus é Soberano como o Oleiro sobre o Vaso: O
direito de Deus é o direito do oleiro sobre o barro: moldá-lo a qualquer forma
que deseje, produzindo, do mesmo pedaço de barro, um vaso para honra e outro
para desonra. Afirmamos que Deus não está sujeito a nenhuma regra ou lei fora
da sua própria vontade e natureza e que Deus é sua própria lei, não tendo
qualquer obrigação de prestar contas dos seus propósitos a quem quer que seja.
(Mt.20:15; Mt.25:15).
V. A SOBERANIA DE DEUS E O MAL
1. Deus é o responsável pela existência do mal.
2. Ele não é o autor do pecado.
3. Deus cria o mal (Is.45:7), mas Ele não é o
fazedor do mal.
4. O mal sempre existiu, na mente eterna e
onisciente de Deus.
5. No zoroatrianismo (Zend-Avesta), o bom deus
Ormuz criou as coisas boas, o mau Arimã criou todas as coisas más.
6. Quando Deus diz, “Eu crio o mal”, Ele assume
toda a responsabilidade pelo mal em meio à sua criação.
7. Não basta dizer, como Calvino, que este mal se
refere aos males dos juízos e punições que Deus envia aos homens.
8. Há duas palavras para o verbo criar: criar e
fundar. O primeiro significa criar do nada, trazer à existência. Refere-se ao
ato criativo de Deus (Rm.4:17; Hb.11:3; 2Pe.3:5). O verbo fundar refere-se ao
ato formativo (Sl.89:11; Sl.102:25; Sl.104:5; Sl.119:90).
10. Deus criou a luz e a paz (Is.45:7), mas não
havia necessidade que Deus criasse a luz ou a paz, pois “Deus é luz” (1Jo.1:5),
e o “fruto do Espírito é... paz” (Gl.5:22). Portanto, assim como Ele criou a
luz e a paz, criou também o mal: “Eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.”
(Is.45:7).
11. Contudo, dizendo assim,devemos acrescentar que
em nenhum sentido isto implica em
que Deus é o autor do mal.
12. O ato criativo e o ato formativo de Deus são
declarados nas Escrituras: “Louvem o nome do SENHOR, pois mandou ele, e foram
criados. E os estabeleceu (fundou) para todo o sempre; fixou-lhes uma ordem que
não passará”. (Sl.148:5,6). “Porque assim diz o SENHOR, que criou os céus, o
Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um
caos, mas para ser habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro”. (Is.45:18).
13. Quem criou o Diabo? A Bíblia responde: “Eis que
eu criei o ferreiro, que assopra as brasas no fogo e que produz a arma para o
seu devido fim; também criei o assolador, para destruir”. (Is.54:16). “Pelo seu
Espírito ornou os céus; a sua mão formou a serpente enroscadiça”. (Jó 26:13).
Seu poder o criou e seu poder o destruirá: “Naquele dia, o SENHOR castigará com
a sua dura espada, grande e forte, o dragão, serpente veloz, e o dragão,
serpente sinuosa, e matará o monstro que está no mar.” (Is.27:1).
VI. DEUS É SOBERANO NO USO DO SEU PODER
1. Seu poder é exercido conforme Ele quer, quando
Ele quer e onde Ele quer.
1.1. Seu poder foi usado contra Faraó (Ex.14:13,14;
Ex.14:30,31).
1.2. Contra os amalequitas (Ex.17:14-16).
1.3. Contra Jericó (Js.6:2,16).
1.4. Contra o gigante Golias (1Sm.17:46,47).
1.5. Deus livrou Daniel da boca do leão (Dn.6:22).
1.6. Deus livrou seus servos da fornalha de fogo
ardente (Dn.3:26).
2. Nem todos foram libertos da aflição
(Hb.11:36,37)
1.1. Pedro foi liberto da prisão (At.5:18,19), mas
Estevão foi apedrejado (At.7:59,60).
1.2. Somente a Metusalém Deus capacitou a viver 979
anos (Gn.5:25,26).
1.3. Somente a Sansão Deus deu força física
(Jz.14:6; Dt.8:18).
VII. DEUS É SOBERANO NO USO DE SUA MISERICÓRDIA
2. Jesus exerceu misericórdia para o paralítico
apenas (Jo.5:1-9). Ele não pediu a Jesus para ser curado. Jesus não curou a
todos.
VIII. DEUS É SOBERANO NO USO DE SUA GRAÇA
1. Deus revelou sua graça para o desonesto Jacó
(Rm.9:11-13). E Esaú?
2. Deus revelou sua verdade aos humildes
(Mt.11:25). Por que não aos sábios?
3. Deus revelou seu plano aos pastores (Lc.2:8-15).
Por que não ao Sinédrio?
O esboço deste sermão foi por mim elaborado e
pregado na Igreja Batista da Esperança, em Cruzeiro, interior de São Paulo.
Foram 12 sermões preparados e pregados, tendo como base o livro Deus é
Soberano, de A. W. Pink da Editora Fiel. Apenas os títulos de cada sermão
seguem à risca os títulos apresentados no livro, entretanto alguns sermões
podem conter mais de um capítulo do livro. As proposições e as divisões do
sermão foram acrescentadas por minha conta. O conteúdo das argumentações foram
extraídas do livro de Pink, com acréscimos de argumentos teológicos de minha
própria autoria, assim como muitas outras referências bíblicas, a fim de melhor
adaptar o conteúdo do livro à forma de sermão.
Deus é Soberano na Criação
Texto: Apocalipse 4:11
"Digno és, Senhor, de receber glória, e honra,
e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram
criadas." (Apocalipse 4:11).
I. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DOS CÉUS
3. Estrelas de primeira grandeza e outras de décima
grandeza.
4. Eis a resposta: “...por tua vontade são e foram
criadas”. (Ap.4:11).
II. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DA TERRA
1. Dois terços da superfície da terra estão
cobertos de água.
2. Outra parte do terço é imprópria para agricultura
e para habitação.
3. Por que há tão vastas áreas pantanosas, desertos
e campos de gelo?
4. Por que um país é topograficamente tão inferior
a outros?
5. Por que um é fértil e outro quase estéril?
6. Por que um é rico em minérios, enquanto outro
nada oferece?
7. Por que o clima de um país é ameno e saudável e
o de outro não?
8. Por que um país tem rios e lagos em abundância e
outro não?
9. Por que um país tem terremotos e outro não?
10. Eis a resposta: “...por tua vontade são e foram
criadas”. (Ap.4:11).
III. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DOS ANIMAIS
1. Por que o leão é diferente do cordeiro?
2. Por que há diferença entre o urso e o cabrito?
3. E entre o elefante e o ratinho?
4. Por que o cavalo e o cachorro são dotados de
inteligência, e ovelhas e porcos, parecem tolos?
5. Alguns são destinados a serem animais de carga e
outros não
7. Alguns são destinados ao consumo humano,
enquanto outros são tão belos, que servem apenas para a apreciação?
8. Por que alguns são tão feios?
9. Por que alguns são dotados de grande força
física, enquanto outros parecem totalmente indefesos?
10. Alguns correm velozes; outros mal conseguem arrastar-se.
É o contraste entre o coelho e a tartaruga.
11. Alguns têm utilidade; outros parecem não ter
qualquer valor.
12. Alguns vivem durante anos; outros sobrevivem,
no máximo, alguns meses.
13. Alguns são mansos; outros ferozes. Por que
todas essas variações e diferenças?
14. Eis a resposta: “...por tua vontade são e foram
criadas”. (Ap.4:11).
IV. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DOS VEGETAIS
1. Por que as rosas têm espinhos e os lírios
crescem sem os ter?
2. Por que uma flor emite aroma fragrante, e outra
não possui odor nenhum?
3. Por que uma árvore tem frutos sadios e outra dá
fruto venenoso?
4. Por que um vegetal suporta bem a geada, enquanto
outro murcha?
5. Por que uma macieira se enche de frutos,
enquanto outra, até mesmo da mesma espécie e idade e pomar, é quase estéril?
6. Por que uma planta floresce uma dúzia de vezes
por ano, e outra o faz apenas uma vez em cada século?
7. Eis a resposta: “Tudo o que o SENHOR quis, fez,
nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos. Faz subir os vapores das
extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus
tesouros”. (Sl.135:6,7).
V. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DAS HOSTES ANGÉLICAS
1. Alguns anjos têm posição superior a outros.
2. Alguns são mais poderosos.
3. Alguns estão mais próximos de Deus do que
outros.
4.1. Arcanjos
4.2. Serafins
4.3. Querubins
4.5. Principados e Potestades (Ef.3:10)
4.6. Dominadores (Ef.6:12)
4.7. Anjos.
5. Por que alguns foram eleitos (1Tm.5:21) e outros
não?
6. Eis a resposta: “Mas o nosso Deus está nos céus;
fez tudo o que lhe agradou”. (Sl.115:3).
VI. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DA FAMÍLIA
1. Por que há diferenças na família humana?
2. Por que alguns homens recebem cinco talentos e
outros apenas um?
3. Por que um nasce robusto, e outro, até mesmo
tendo o mesmo pai, nasce fraco e raquítico?
4. Por que Abel que era justo, foi ceiado na flor
da idade, enquanto Caim teve permissão para viver muitos anos?
5. Por que alguns têm pele negra, enquanto outros
nascem brancos?
6. Por que alguns nascem idiotas enquanto outros
com grandes dotes intelectuais?
7. Por que alguns são egoístas e violentos e outros
são meigos e cordatos?
8. Por que alguns têm qualidades para liderar
enquanto outros têm capacidade apenas para seguir e servir?
10. Por que Ele faz assim as pessoas? Eis a
resposta: “Sim, ó Pai, porque assim te aprouve”. (Mt.11:26).
CONCLUSÃO
1. O Criador é absolutamente Soberano!
2. Deus cumpre seu beneplácito.
3. Deus nada considera senão sua própria glória: “O
SENHOR fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o
ímpio para o dia do mal”. (Pv.16:4).
4. Ele é Deus e tem o direito absoluto de agir como
quer.
5. Quem ousaria desafiar sua vontade?
6. Murmurar contra Ele é rebeldia!
7. Questionar seus caminhos é contestar sua
sabedoria.
8. Criticá-lo é cometer pecado gravíssimo.
9. Ter-nos-íamos esquecido de quem é Ele? Veja:
“Todas as nações são como nada perante ele; ele as considera menos do que nada
e como uma coisa vã. A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o
comparareis?”. (Is.40:17,18).
6. Nenhum homem pode impedir Deus:
Jó 23:13 - “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem
então o desviará? O que a sua alma quiser, isso fará”.
Sl.33:11 - “O conselho do SENHOR permanece para
sempre; os intentos do seu coração de geração em geração”.
Pv.21:30 - “Não há sabedoria, nem inteligência, nem
conselho contra o SENHOR”.
Isaias 14:27 - “Porque o SENHOR dos Exércitos o
determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará
voltar atrás?”
Isaias 46:9,10 - “ Lembrai-vos das coisas passadas
desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro
semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as
coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei
toda a minha vontade”.
7. O SENHOR ri da criatura humana (Sl.21:4).
IV. DEUS GOVERNA OS ANJOS BONS E MAUS
1. Deus comanda os anjos (1Cr.21:15,27).
2. Deus usou um anjo para libertar Pedro
(At.12:11).
3. Deus usou um anjo para revelar coisas a João
(Ap.22:6).
4. Jesus dará ordem aos anjos (Mt.13:41; 24:31).
5. Deus controla os anjos maus.
6. Enviou um anjo mau contra Abimeleque (Jz.9:23).
7. Enviou outro para confundir Acabe (1Rs.22:23).
8. Enviou um anjo mau para atormentar Saul
(1Sm.16:4).
9. Satanás precisou pedir consentimento a Jesus
para “peneirar” Pedro (Lc.22:31).
10. Jesus ordenou e o Diabo se retirou (Mt.4:11).
CONCLUSÃO
1. Deus é Soberano no Governo das coisas
inanimadas.
2. Deus é Soberano no Governo das criaturas
irracionais.
3. Deus é Soberano no Governo dos filhos dos
homens.
4. Deus é Soberano no Governo dos anjos bons.
5. Deus é Soberano no Governo dos anjos maus.
Deus é Soberano no seu Governo
Texto: Salmo 103:19
“O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e
o seu reino domina sobre tudo”.
INTRODUÇÃO
1. Deus Precisa Governar o Mundo Material
1.1. Se Deus não governasse o mundo seria governado
por leis naturais e pessoais (deísmo).
1.2. Não teríamos garantia para o futuro.
1.3. “O vento sopra onde quer...” (Jo.8:3)
1.4. O homem não pode domar o vento (Ec.11:5).
1.5. Ele pode transformar-se num furacão ou tufão.
1.6. Haveria uma inundação.
1.7. O homem estaria indefeso contra a força da
natureza.
1.8. Que garantia teríamos de que não haveria outro
dilúvio?
1.9. O que dizer dos terremotos?
2. Negue-se que Deus “Sustenta todas as coisas pela
palavra do seu poder” (Hb.1:3) e perdemos qualquer senso de segurança.
Suponhamos que Deus entregou o governo do mundo às
mãos de suas criaturas, que cada homem neste mundo é dotado de vontade
absolutamente livre e que é impossível controlá-lo sem destruir sua liberdade.
Se esse é o caso, não teríamos qualquer garantia de que a raça humana inteira
não se suicidaria moralmente. Uma vez removidas as restrições divinas, deixando
o homem absolutamente livre para fazer o que lhe agrada, logo desapareceriam
todas as distinções éticas e o espírito de barbárie prevaleceria universalmente
e o pandemônio reinaria supremo.
I. DEUS GOVERNA A MATÉRIA INANIMADA
1. Ele decretou “haja luz” e “houve luz” (Gn.1:3)
2. Ordenou às águas e elas obedeceram (Gn.1:9)
3. Deus falou e tudo se fez (Sl.33:9).
4. Mandou o dilúvio sobre a terra (Gn.6:17;
7:11,12).
5. Transformou a luz em trevas (Ex.10:11), o rio em
sangue (Ex.7:14) e fez chover granizo sobre o Egito (Ex.9:13).
6. Jesus deu ordem aos ventos (Mc.4:39)
7. Deus usou a estrela para anunciar o nascimento
de Jesus (Mt.2:9).
8. Deus governa a matéria inanimada
Salmos 147:15-18 - “O que envia o seu mandamento à
terra; a sua palavra corre velozmente. O que dá a neve como lã; esparge a geada
como cinza; O que lança o seu gelo em pedaços; quem pode resistir ao seu frio?
Manda a sua palavra, e os faz derreter; faz soprar o vento, e correm as águas”.
9. Deus controla a terra, o ar, o fogo, a água, a
neve, os ventos, os mares bravios (Am.4:7-10).
II. DEUS GOVERNA AS CRIATURAS IRRACIONAIS
1. Deus trouxe os animais para Adão das seus nomes
(Gn.2:19)
2. Deus trouxe os animais para Noé na Arca
(Gn.6:19,20).
3. Deus enviou pragas contra os egípcios: rãs
(Ex.8:1), piolhos (Ex.8:16), moscas (Ex.8:20), gafanhotos (Ex.10:1).
4. Deus ordenou a morte do rebanho dos egípcios
(Ex.9:1).
5. Deus guiou duas vacas para conduzir a Arca
(1Sm.6).
6. Deus usou um corvo para sustentar Elias
(1Rs.17:2-4).
III. DEUS GOVERNA OS FILHOS DOS HOMENS
1. Deus governa a vida humana: Atos 17:28 - “Porque
nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas
disseram: Pois somos também sua geração”.
2. Deus dirige os planos humanos (Pv.16:1).
3. Deus dirige os passos do homem (Pv.16:9).
4. Deus dirige os desígnios humanos (Pv.19:21).
5. Deus dirige o coração do homem:
Provérbios 21:1 - “COMO ribeiros de águas assim é o
coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer”.
6. Nenhum homem pode impedir Deus:
Jó 23:13 - “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem
então o desviará? O que a sua alma quiser, isso fará”.
Sl.33:11 - “O conselho do SENHOR permanece para
sempre; os intentos do seu coração de geração em geração”.
Pv.21:30 - “Não há sabedoria, nem inteligência, nem
conselho contra o SENHOR”.
Isaias 14:27 - “Porque o SENHOR dos Exércitos o
determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará
voltar atrás?”
Isaias 46:9,10 - “ Lembrai-vos das coisas passadas
desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro
semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as
coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei
toda a minha vontade”.
7. O SENHOR ri da criatura humana (Sl.21:4).
IV. DEUS GOVERNA OS ANJOS BONS E MAUS
1. Deus comanda os anjos (1Cr.21:15,27).
2. Deus usou um anjo para libertar Pedro
(At.12:11).
3. Deus usou um anjo para revelar coisas a João
(Ap.22:6).
4. Jesus dará ordem aos anjos (Mt.13:41; 24:31).
5. Deus controla os anjos maus.
6. Enviou um anjo mau contra Abimeleque (Jz.9:23).
7. Enviou outro para confundir Acabe (1Rs.22:23).
8. Enviou um anjo mau para atormentar Saul
(1Sm.16:4).
9. Satanás precisou pedir consentimento a Jesus para
“peneirar” Pedro (Lc.22:31).
10. Jesus ordenou e o Diabo se retirou (Mt.4:11).
CONCLUSÃO
1. Deus é Soberano no Governo das coisas
inanimadas.
2. Deus é Soberano no Governo das criaturas
irracionais.
3. Deus é Soberano no Governo dos filhos dos homens.
4. Deus é Soberano no Governo dos anjos bons.
5. Deus é Soberano no Governo dos anjos maus.
Deus é Soberano na Salvação
Texto: Romanos 11:33-36
“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria,
como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão
inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou
quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja
recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória,
pois, a ele eternamente. Amém”.
INTRODUÇÃO
Jonas 2:9 - “Mas eu te oferecerei sacrifício com a
voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do SENHOR vem a salvação”.
2. Deus salva do início ao fim:
Filipenses 1:6 - “Tendo por certo isto mesmo, que
aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus
Cristo.”
I. DEUS É SOBERANO NA SALVAÇÃO DOS PECADORES DE
CORAÇÃO DURO
1. Mas o Senhor não salva a todos. Por que?
2. É por que são por demais pecadores e depravados?
Não!
1 Timóteo 1:15 - “Esta é uma palavra fiel, e digna
de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores,
dos quais eu sou o principal.
3. Se Deus salvou o principal dos pecadores,
ninguém é excluído por ser demais depravado. Então por que Deus não salva a
todos?
4. Seria por que alguns têm o coração tão
endurecido que não se deixam vencer? Não!
5. Deus tem pode para mudar um coração endurecido:
Ezequiel 11:19 - “E lhes darei um só coração, e um
espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e
lhes darei um coração de carne”.
6. Será que alguns são tão atrevidos, que Deus não
os pode atrair para si?
Provérbios 21:1 - “Como ribeiros de águas assim é o
coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer.
1 Reis 18:37 - “Responde-me, SENHOR, responde-me,
para que este povo conheça que tu és o SENHOR Deus, e que tu fizeste voltar o
seu coração.”
Salmos 33:13-15 - “O SENHOR olha desde os céus e
está vendo a todos os filhos dos homens. Do lugar da sua habitação contempla
todos os moradores da terra. Ele é que forma o coração de todos eles, que
contempla todas as suas obras.” (Veja Salmos 86:11).
Ezequiel 36:26,27 - “E dar-vos-ei um coração novo,
e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de
pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e
farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os
observeis.”
Deuteronômio 30:6 - “E o SENHOR teu Deus circuncidará
o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao SENHOR teu Deus
com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas.”
II. DEUS É SOBERANO NA MINHA PRÓPRIA SALVAÇÃO
Considere agora sua própria experiência.
1. Houve tempo em que você odiava a Cristo:
Lucas 19:14 - “Mas os seus concidadãos odiavam-no,
e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre
nós.”
2. Houve tempo em que você não desejava ir a
Cristo:
João 5:40 - “E não quereis vir a mim para terdes
vida.”
3. Houve tempo em que você rejeitava a Cristo:
Jó 21:14,15 - “E, todavia, dizem a Deus: Retira-te
de nós; porque não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos. Quem é o
Todo-Poderoso, paraque nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos
orações?
4. Mas agora você ama a Cristo! Por que?
1 Coríntios 15:10 - “Mas pela graça de Deus sou o
que sou...”
5. Se Deus teve poder para subjugar a sua vontade e
rebeldia e ganhar o seu coração (sem interferir na sua responsabilidade moral),
então não poderia fazer o mesmo para com outras pessoas rebeldes?
6. É claro que sim!!!
7. Então por que você diz que Deus é incapaz de
salvar os pecadores que não desejam receber a Cristo?
8. Talvez você argumente que um dia se dispôs a
receber a Cristo, mas foi o Senhor quem lhe deu essa disposição:
Salmos 110:3 - “O teu povo será mui voluntário no
dia do teu poder...”
Filipenses 2:13 - Porque Deus é o que opera em vós
tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
III. DEUS É SOBERANO NA SALVAÇÃO DOS INCAPAZES
1. Por que não são salvos todos o que ouvem o
evangelho?
2. Você creu! Seria porque você é mais capaz ou
mais inteligente?
3. Os salvos não são mais capazes:
1 Coríntios 4:7 - “Porque, quem te faz diferente? E
que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias,
como se não o houveras recebido?”
4. Os salvos tem capacidade para entender, mas esta
capacidade é devido a eleição:
1 João 5:20 - “E sabemos que já o Filho de Deus é
vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é
verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus
e a vida eterna.”
IV. DEUS É SOBERANO NA SALVAÇÃO DOS INCRÉDULOS
1. Por que alguns não crêem? Não querem ou não
podem crer?
2. Porque não querem:
João 5:40 - “E não quereis vir a mim para terdes
vida.”
3. Porque não podem:
2 Tessalonicenses 3:2 - “...porque a fé não é de
todos.”
4. Quem podem crer?
5. Os eleitos de Deus:
Tito 1:1 - “a fé dos eleitos de Deus”.
6. Crêem porque foram eleitos (não são eleitos
porque crêem!):
Atos 13:48 - “...e creram todos quantos estavam
ordenados para a vida eterna.”
CONCLUSÃO
Esta doutrina te deixa indignado e te faz murmurar?
1. Deus é Soberano para amar a quem Ele quer:
Mateus 20:15 - “Ou não me é lícito fazer o que
quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?”
2. Deus é Soberano para condenar os pecadores:
Provérbios 16:4 - “O SENHOR fez todas as coisas
para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal.”
3. Você acha que Deus é injusto?
Romanos 9: 14-16 - Que diremos pois? que há
injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a Moisés:
Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver
misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas
de Deus, que se compadece.”
4. Você ainda murmura contra Deus?
Romanos 9:20,21 - “Mas, ó homem, quem és tu, que a
Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me
fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa
fazer um vaso para honra e outro para desonra?”
Isaias 45:9,10 - “Ai daquele que contende com o seu
Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o
formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos? Ai daquele que diz ao pai: Que
é o que geras? E à mulher: Que dás tu à luz?”
Deus Pai é Soberano na Salvação
Texto: Romanos 9:1-33
INTRODUÇÃO
1. Romanos 9 é a passagem mais clara sobre a
Soberania de Deus.
2. O arminianos dizem que a passagem não defende a
eleição soberana de Deus, mas a eleição de Israel.
3. Mas Paulo usa a eleição de Israel para ilustrar
a eleição soberna de Deus na escolha de judeus e gentios (Rm.9:24, 30-32).
PROPOSIÇÃO: DEUS PAI É SOBERANO NA SALVAÇÃO
I. PORQUE ELE É O OLEIRO
1. Não há diferença entre os eleitos e não-eleitos:
Tanto os “vasos da ira” (9:22) quanto os “vasos de misericórdia” (9:23) foram
preparados da mesma massa (9:21).
Efésios 2:3 - “Entre os quais todos nós também
antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”
2. É Deus quem decide o destino final de cada
criatura:
2.1. O Oleiro tem poder para fazer “vaso para
deshonra” (9:21).
Ele fez “vasos de ira” e os “preparou para a
perdição” (9:22).
Provérbios 16:4 - “O SENHOR fez todas as coisas
para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal.”
2.2. Deus fez “vasos para honra” e os preparou de
antemão:
“Para que também desse a conhecer as riquezas da
sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou.”
(9:23).
3.1. A criatura não pode resistir a vontade de Deus
(9:19).
3.2. A criatura não pode questionar Deus (9:20).
Isaias 45:9 - “Ai daquele que contende com o seu
Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o
formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos?” (Isaias 10:15).
II. PORQUE ELE OPERA A FÉ NOS ELEITOS
1. O ato de crer é conseqüência do decreto eletivo
e não causa:
Atos 13:48 - “E os gentios, ouvindo isto,
alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos
estavam ordenados para a vida eterna.”
Atos 18:27 - “Querendo ele passar à Acaia, o
animaram os irmãos, e escreveram aos discípulos que o recebessem; o qual, tendo
chegado, aproveitou muito aos que pela graça criam.”
Filipenses 1:29 - “Porque a vós vos foi concedido,
em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.”
Romanos 12:3 - “Porque pela graça que me é dada,
digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes,
pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.”
Atos 3:16 - “E pela fé no seu nome fez o seu nome
fortalecer a este que vedes e conheceis; sim, a fé que vem por ele, deu a este,
na presença de todos vós, esta perfeita saúde.”
1 Pedro 1:21 - “E por ele credes em Deus, que o
ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança
estivessem em Deus.”
Romanos 4:16 - “Portanto, é pela fé, para que seja
segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não
somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai
de todos nós.”
1 Coríntios 15:10,11 - “Mas pela graça de Deus sou
o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do
que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo. Então, ou
seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim haveis crido.”
2. Cremos porque somos eleitos:
Deus não nos escolheu porque previu fé em nós. A fé é dom de Deus; o
pecador não pode crer se Deus não lhe conceder fé. Portanto não fomos eleitos
porque cremos, mas cremos porque fomos eleitos.
III. PORQUE ELE OPERA PELA GRAÇA NOS ELEITOS
1. Graça que reina:
Romanos 11:4-6 - “Mas que lhe diz a resposta
divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal.
Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição
da graça. Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça
já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira
a obra já não é obra.”
1.2. O verbo reservei, no grego kataleipo “enfatiza
o pensamento de que o remanescente é preservado por Deus para si mesmo, para
seu propósito gracioso.” (Chave Linguística do NT Grego, pg.274).
1.2. Assim como houve um remanescente fiel nos dias
de Elias, também há na presente dispensação.
1.3. Houve um remanescente “segundo a eleição da
graça”: Deus elegeu este remanescente com base em sua graça e não nas boas
obras ou na fé prevista. Se fosse fé prevista no homem, então o mérito seria do
homem que crê, e, portanto, seria por obras, e se fosse por obras a graça já não
seria graça!
1.4. Graça e obras não se misturam, são como água e
óleo. A eleição é, portanto, absolutamente gratuita!
2. Graça que chama eficazmente:
1 Coríntios 1:26-29 - “Porque, vede, irmãos, a
vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os
poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas
loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas
deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo,
e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que
nenhuma carne se glorie perante ele.”
2.1. Três vezes esta passagem fala da escolha feita
por Deus.
2.2. Uma escolha pressupõe uma seleção:
Uma seleção pressupõe um número. A quantidade dos
escolhidos é determinada: “não são muitos... nem muitos...”.
2.3. Uma seleção também pressupõe “quem?”: Deus
escolheu “as coisas loucas deste mundo”. Por que? Para engrandecer a sua graça!
Não somente os pensamentos de Deus, mas também os seus caminhos estão em total
contraste com os do homem (Is.55:8,9). A mente carnal suporia que a seleção
seria entre as fileiras dos opulentos e influentes, dos admirados e cultos, de
tal modo que o cristianismo teria merecido a aprovação e os aplausos do mundo,
com sua ostentação e glória carnais. Entretanto, “o que entre os homens é
elevado, perante Deus é abominação.” (Lc.16:15).
2.4. Deus não escolheu os egípcios nem os gregos,
com seu alto nível de civilização e cultura. A “menina dos olhos de Deus” (Zc.2:8)
foi o desprezado povo hebreu (Dt.7:7).
3. Graça que salva segundo o seu propósito e
beneplácito:
Efésios 1:3-5 - “Bendito o Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos
lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do
mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos
predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o
beneplácito de sua vontade.”
Efésios 1:11 - “Nele, digo, em quem também fomos
feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que
faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade.”
3.1. O propósito da eleição: “para que fôssemos
santos e irrepreensíveis... para filhos de adoção...” (1:4,5), e para que
fôssemos “feito herança” (1:11).
3.2. O motivo da eleição: o amor e o beneplácito de
Deus: “...nos elegeu nele... em amor” (1:4). “...nos predestinou... segundo o
beneplácito de sua vontade” (1:5).
Efésios 2:7 - “Para mostrar nos séculos vindouros
as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.”
4. Graça que elege para a salvação:
2 Tessalonicenses 2:13 - “Mas devemos sempre dar
graças a Deus por vós, irmãos amados do SENHOR, por vos ter Deus elegido desde
o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade.”
4.1. Eleitos para quê? O texto diz “elegidos...
para a salvação”. Não se trata de eleição para serviços e ministérios
específicos, mas para a salvação.
4.2. Eleitos como? O texto diz “...em santificação
do Espírito, e fé da verdade.” Deus emprega meios para salvar. O meio é a “fé
na verdade”. É errada a idéia de que Deus salvará o perdido, quer ele queira ou
não, quer ele creia ou não.
4.3. O mesmo Deus que predestinou o fim, também
indicou os meios. O mesmo Deus que elegeu para a salvação, também decretou que
seu propósito salvífico seja realizado através da obra de santificação do
Espírito e fé na verdade.
5. Graça que nos foi dada na eternidade:
2 Timóteo 1:9 - “Que nos salvou, e chamou com uma
santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito
e graça que nos foi dada em
Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos.”
5.1. A salvação não vem pelas nossas obras, mas
“...segundo o seu próprio propósito e graça”.
5.2. Esta graça nos foi dada “antes dos tempos
eternos”. Antes de criar o universo e os seres-humanos Deus escolheu aqueles
que quis, antes mesmo de praticarem qualquer obra.
6. Graça predestinadora:
1 Pedro 1:2 - “Eleitos segundo a presciência de
Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue
de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.”
6.1. A eleição precede a obra do Espírito Santo e
precede a obediência que os eleitos prestam mediante a fé: “Eleitos... para a
obediência...”.
6.2. Somente os eleitos recebem os benefícios da
morte de Cristo: “Eleitos... para a obediência e aspersão do sangue de Jesus
Cristo...”
6.3. Eleitos segundo a presciência de Deus: A
presciência não se refere ao conhecimento prévio de todas as coisas.
Simplesmente significa que os santos estavam todos eternamente presentes em
Cristo, na mente de Deus. Em Cristo todos os eleitos foram conhecidos. O que
Deus previu nos homens foi amor ao pecado e ódio contra sua pessoa divina e sua
natureza santa (Lc.18:8; Jo.15:18).
6.4. A predeterminação vem antes da presciência:
Atos 2:23 - “A este que vos foi entregue pelo
determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e
matastes pelas mãos de injustos.” Deus elegeu Cristo para morrer por que Ele
previu que Jesus morreria? Claro que não! Deus previu que Cristo morreria
porque Ele havia determinado sua morte. Note que o “determinado conselho” de
Deus vem primeiro que a “presciência de Deus”.
Romanos 8:28,29 - “E sabemos que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos.” Este testo também ensina que a predestinação
vem antes da presciência de Deus, porque o advérbio “porque” do v.29, diz
respeito ao verso anterior que fala “daqueles que são chamados segundo o seu
propósito”.
6.5. A presciência de Deus não é “conhecimento
prévio”, mas “conhecimento com aprovação e amor”: “Mas, se alguém ama a Deus,
esse é conhecido dele.” (1Co.8:3). Deus conhece todos os homens, inclusive o
soberbos: “Ainda que o SENHOR é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao
soberbo conhece-o de longe.” (Sl.138:6). Mas a Bíblia diz que Ele “conhece
[ama] o caminho dos justos” (Sl.1:6). “Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes,
sendo conhecidos por Deus...” (Gl.4:9).
O verbo “conhecer” tem o sentido de “conhecer
intimamente”, “amar” (Gn.4:1; Gn.24:16; Dt.9:24).
6.7. Em Gênesis 18:19 o verbo “conhecer” vem do
hebraico (Strong = 03045 yada), e significa “escolher”. Tanto a ACF quanto a
ARC traduziram este verbo como “conhecer”, mas a ARA o traduziu como“escolher”:
“Porque eu o escolhi...”. Então conhecer é sinônimo de “escolher”, “amar”.
CONCLUSÃO
1. Por quê Deus escolheu alguns para salvação?
2. Foram escolhidos porque eram bons? Não
(Lc.18;19).
3. Foram escolhidos porque tinham praticado boas obras?
Não (Rm.3:12).
4. Foram escolhidos porque buscaram a Deus? Não
(Rm.3:11).
6. O propósito de Deus em salvar alguns foi dado em Cristo Jesus “antes
dos tempos eternos”; muito antes de terem sido criados, os eleitos de Deus já
estavam presentes em sua mente, tendo sido “conhecidos de antemão” por Ele,
isto é, já constituíam objetos definidos de seu amor eterno.
Texto: João 10:11-16
“(11) Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua
vida pelas ovelhas. (12) Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não
são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata
e dispersa as ovelhas. (13) Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não
tem cuidado das ovelhas. (14) Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas,
e das minhas sou conhecido. (15) Assim como o Pai me conhece a mim, também eu
conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. (16) Ainda tenho outras
ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas
ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor”.
1. O Universalismo Real diz que Cristo morreu por
todos e que todos sem excessão serão salvos.
2. O Universalismo Hipotético diz que Cristo morreu
por todos, mas que sua morte não tem efeito salvador sem a adição de fé e
arrependimento, não previstos na sua morte. Em outras palavras, Cristo teria
morrido com o propósito geral de tornar a salvação possível, mas a salvação de
indivíduos específicos não estava incluída na sua morte. Diz-se que A morte de
Cristo é suficiente para todos, mas eficiente para os eleitos.
4. Por quem Cristo morreu? Por todos ou somente
pelos eleitos?
5. Qual foi o propósito da morte de Cristo? Prover
salvação para todos ou somente para os eleitos?
6. Cristo morreu para possibilitar a salvação de
toda a humanidade ou assegurar a salvação dos eleitos?
PROPOSIÇÃO: SOBERANIA DE CRISTO NA SALVAÇÃO, POR
ISSO TODAS AS BÊNÇÃOS (EF.1:3) RESULTANTES DE SUA MORTE SÃO CONCEDIDAS ÀQUELES
POR QUEM ELE MORREU (RM.8:32)
I. O Fruto de seu Trabalho é Eficiente
1. Cristo morreu pela posteridade:
Isaias 53:10 - “...expiação pelo pecado, verá a sua
posteridade...”
Isaias 53:10 - “...o bom prazer do SENHOR
prosperará na sua mão...”
3. Cristo ficou satisfeito:
Isaias 53:11 - “...verá o fruto do trabalho da sua
alma, e ficará satisfeito...”
Mateus 7:14 - “...estreita é a porta, e apertado o
caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.”
Cristo ficaria satisfeito com poucas almas que se
salvam? Ele ficou satisfeito porque todos por quem Ele morreu serão salvos:
João 17:12 - “Estando eu com eles no mundo,
guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles
se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.”
4. Justificará aqueles por quem morreu:
Isaias 53:11 - “...o meu servo, o justo,
justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.”
Romanos 5:18,19 - “Pois assim como por uma só
ofensa veio o juízo sobre todos os homens [incluindo Cristo] para condenação,
assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para
justificação de vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos
foram feitos pecadores [exceto Cristo], assim pela obediência de um muitos
serão feitos justos [os eleitos].”
5. Cristo morreu pelo seu povo (Israel e Igreja):
Isaias 53:8 - “...pela transgressão do meu povo ele
foi atingido.”
Mateus 1:21 - “...porque ele salvará o seu povo dos
seus pecados.”
Lucas 1:68 - “Bendito o Senhor Deus de Israel,
Porque visitou e remiu o seu povo.”
6. Cristo morreu pela Igreja:
Atos 20:28 - “Olhai, pois, por vós, e por todo o
rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a
igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”
João 11:49-52 - “E Caifás, um deles que era sumo
sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis, Nem considerais que nos
convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação [Israel].
Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano,
profetizou que Jesus devia morrer pela nação [Israel]. E não somente pela
nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus [Igreja] que
andavam dispersos.”
7. Cristo morreu pelas ovelhas de Israel e Igreja:
João 10:16 - “Ainda tenho outras ovelhas
[gentios/Igreja]que não são deste aprisco [Israel]; também me convém agregar
estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.”
João 13:1 - “...havia amado os seus, que estavam no
mundo, amou-os até o fim.”
João 17:19,20 - “E por eles me santifico a mim
mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente
por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim.”
II. SUA MORTE ANIQUILOU O PECADO
1. Cristo não morreu para possibilitar o perdão dos
pecados, mas para aniquilar o pecado:
Hebreus 9:26 - “...agora na consumação dos séculos
uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.”
A ira de Deus foi aplacada e sua justiça satisfeita
em favor daqueles por quem Cristo morreu:
João 3:36 - “Aquele que crê no Filho tem a vida
eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus
sobre ele permanece.”
1 João 2:2 - “E ele é a propiciação pelos nossos
pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”
III. SUA MORTE ANIQUILOU A CONDENAÇÃO
1. Cristo morreu como Substituto:
Jesus tomou o lugar do pecador. Se Ele tomou o
lugar de todos os pecadores, então a dívida de todos os pecadores foi paga.
2. Cristo se deu como Resgate:
Se Cristo pagou o pecado de todos, porque os
pecadores condenados pagarão novamente por seus pecados no lago de fogo? Deus
não pode exigir duas vezes, uma do Fiador, outra do pecador, o pagamento da
dívida.
3. Cristo não levou sobre si o pecado de todos:
João 8:21 - “...morrereis no vosso pecado...”
4. Cristo não não se fez maldição por todos:
Mateus 25:41 - “...apartai-vos de mim, malditos,
para o fogo...”
IV. CRISTO INTERCEDE PELOS ELEITOS
1. Cristo intercede somente pelos seus:
João 17:2 - “Assim como lhe deste poder sobre toda
a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.”
João 17:9 - “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo,
mas por aqueles que me deste, porque são teus.”
Hebreus 7:25 - “Portanto, pode também salvar
perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder
por eles.”
Hebreus 9:24 - “Porque Cristo não entrou num
santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora
comparecer por nós perante a face de Deus.”
2. Cristo Intercede somente por seu Povo (Israel e
Igreja):
2.1. Israel: Arão o sacerdote entrava perante Deus
com os nomes das doze tribos de israel, e rogava por ele, não por todas as
nações.
2.2. Igreja: Jesus não intercede por todos:
Romanos 8:33,34 - “Quem intentará acusação contra
os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é
Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à
direita de Deus, e também intercede por nós.”
V. CRISTO MORREU POR TODOS SEM DISTINÇÃO
1. Todos “sem distinção” e não todos “sem
excessão”:
2 Coríntios 5:14 - “...se um morreu por todos, logo
todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais
para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”
Cristo não é Mediador de todos os homens, então Ele
se deu por todos aqueles pelos quais Ele é Mediador. Ele não é Mediador do
homem, mas dos homens:
1 Timóteo 2:5,6 - “Porque há um só Deus, e um só
Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo
em preço de redenção por todos...”
2. Cristo não faz diferença [acepção] de pessoas
(Dt.10:17; Rm.2:11):
Romanos 3:22 - “Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para
todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.”
1 Pedro 1:2 - “Eleitos segundo a presciência de
Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue
de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.
Mt.26:28 - Porque isto é o meu sangue, o sangue do
novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.”
3. Cristo faz acepção “espiritual” entre eleitos e
não-eleitos:
Gênesis 18:25; Êxodo 8:23; Êxodo 11:7; Malaquias
3:18
Romanos 1:16 - “Porque não me envergonho do
evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que
crê; primeiro do judeu, e também do grego.”
4. Significado da palavra “Todos” e “Mundo”:
Todos significa todas as classes de pessoas. Marcos
diz que todos eram batizados por Cristo (Mc.1:5; Lc.3:21), mas Lucas diz que
muitos rejeitaram o batismo (Lc.7:30). Todo o povo ia com Ele (Jo.8:2). Paulo
teria que testemunhar a todo homem (At.22:15).
Hebreus 2:9 - “...para que, pela graça de Deus,
provasse a morte por todos.” No grego não existe a palavra “homem”.
1 João 2:2 - “E ele é a propiciação pelos nossos
pecados [judeus], e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo
[gentios/Igreja].
CONCLUSÃO
1. Cristo veio salvar os pecadores, mas não todos
(1Tm.1:15).
2. Cristo veio libertar os eleitos do mundo mau
(Gl.1:4).
3. Cristo veio tornar os eleitos pessoas puras e
santas e zelosas de boas obras (Tt.2:14).
4. Cristo veio justificar e trazer paz aos os
eleitos de Deus (Rm.5:1).
5. Cristo veio perdoar e justificar (Rm.3:24).
6. Cristo veio purificar e santificar os eleitos
(Hb.9:14).
7. Cristo se fez pecado pelos eleitos para que eles
fossem feitos justiça (2Co.5:21).
8. Se Cristo morreu pelo pecado de todos, por que
não estão [ou serão] todos livres do pecado? Por causa da incredulidade deles?
Não, porque a incredulidade é um pecado!
Deus é Soberano sobre a Vontade Humana
Texto: Romanos 11:36
“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as
coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.”
I. SOBRE A VONTADE HUMANA DOS JUSTOS
1.1 Sobre os eleitos Deus exerce poder vivificante
1. Deus ressuscita os mortos espirituais:
Efésios 2:5 - “Estando nós ainda mortos em nossas
ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo...”
Colossenses 2:13 - “E, quando vós estáveis mortos
nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com
ele, perdoando-vos todas as ofensas.”
2. Deus concede sua natureza divina:
2 Pedro 1:4 - “Pelas quais ele nos tem dado
grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da
natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no
mundo.”
3. Sem a natureza divina, comunicada no novo
nascimento, é impossível a qualquer homem gerar um impulso espiritual, formar
um conceito espiritual, ter pensamento espiritual, entender realidades espirituais,
e, muito menos ainda dedicar-se a obras espirituais:
Lucas 6:43-45 - “Porque não há boa árvore que dê
mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo
seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam
uvas dos abrolhos. O homem bom [Lc.18:19; Rm.3:10-18; Mt.7:11], do bom tesouro
do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o
mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.”
Tiago 3:11,12 - “Porventura deita alguma fonte de
um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a
figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte
dar água salgada e doce.”
Jeremias 13:23 - “Porventura pode o etíope mudar a
sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo
ensinados a fazer o mal.”
4. Deus transporta para o reino da luz:
Colossenses 1:13 - “O qual nos tirou da potestade
das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.”
2.1 Sobre os eleitos Deus exerce poder dinamizante
Efésios 1:18,19 - “Tendo iluminados os olhos do
vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e
quais as riquezas da glória da sua herança nos santos; E qual a sobreexcelente
grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do
seu poder.”
Efésios 3:16 - “Para que, segundo as riquezas da
sua glória, vos conceda que sejais corroborados [fortalecidos] com poder pelo
seu Espírito no homem interior.”
Isaias 40:29 - “Dá força ao cansado, e multiplica
as forças ao que não tem nenhum vigor.”
Miquéias 3:8 - “Mas eu estou cheio do poder do
Espírito do SENHOR, e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a sua
transgressão e a Israel o seu pecado.”
Atos 1:8 - “Mas recebereis a virtude do Espírito
Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém
como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”
Atos 4:33 - “E os apóstolos davam, com grande
poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia
abundante graça.”
1Coríntios 2:4 - “A minha palavra, e a minha
pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em
demonstração de Espírito e de poder.”
3.1 Sobre os eleitos Deus exerce poder orientador
Salmo 48:14 - “Porque este Deus é o nosso Deus para
sempre; ele será nosso guia até à morte.”
Efésios 2:10 - “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as
boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”
Isaías 26:12 - “SENHOR, tu nos darás a paz, porque
tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras.”
Salmo 90:17 - “E seja sobre nós a formosura do
SENHOR nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a
obra das nossas mãos.”
4.1 Sobre os eleitos Deus exerce poder preservador
Salmo 97:10 - “Vós, que amais ao SENHOR, odiai o
mal. Ele guarda as almas dos seus santos; ele os livra das mãos dos ímpios.”
Salmo 37:28 - “Deixa a ira, e abandona o furor; não
te indignes de forma alguma para fazer o mal.”
Salmo 145:20 - “O SENHOR guarda a todos os que o
amam; mas todos os ímpios serão destruídos.”
Os crentes perseveram porque Deus os preserva!
1 Pedro 1:5 - “Que mediante a fé estais guardados
na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último
tempo.”
Judas 25,26 - “Ora, àquele que é poderoso para vos
guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a
sua glória, Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade,
domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém.”
II. SOBRE A VONTADE HUMANA DOS INJUSTOS
1. Sobre os ímpios Deus exerce poder restringidor
Gênesis 20:6 - “E disse-lhe Deus em sonhos: Bem sei
eu que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te tenho impedido
de pecar contra mim; por isso não te permiti tocá-la.”
Gênesis 37:20 - “Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e
lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma fera o comeu; e veremos que será
dos seus sonhos.”
Gênesis 45:8 - “Assim não fostes vós que me enviastes
para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a
sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.”
Números 23:8,20 - “(8) Como amaldiçoarei o que Deus
não amaldiçoa? E como denunciarei, quando o SENHOR não denuncia? (20) Eis que
recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar.”
2. Sobre os ímpios Deus exerce poder suavizante
Gênesis 39:3,4,21 - “(3) Vendo, pois, o seu senhor
que o SENHOR estava com ele, e tudo o que fazia o SENHOR prosperava em sua mão,
(4) José achou graça em seus olhos, e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa, e
entregou na sua mão tudo o que tinha. (21) O SENHOR, porém, estava com José, e
estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor.”
Atos 7:10 - “E livrou-o de todas as suas
tribulações, e lhe deu graça e sabedoria ante Faraó, rei do Egito, que o
constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa.”
Êxodo 2:6 - “E abrindo-a, viu ao menino e eis que o
menino chorava; e moveu-se de compaixão dele, e disse: Dos meninos dos hebreus
é este.”
Gênesis 33:4 - “Então Esaú correu-lhe ao encontro,
e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram.”
Ester 4:16 - “Vai, ajunta a todos os judeus que se
acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem
de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim
irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci.”
Ester 5:2 - “E sucedeu que, vendo o rei à rainha
Ester, que estava no pátio, alcançou graça aos seus olhos; e o rei estendeu
para Ester o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a
ponta do cetro.
Daniel 1:9 - “Ora, Deus fez com que Daniel achasse
graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.”
Provérbios 21:1- “COMO ribeiros de águas assim é o
coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer.”
Esdras 1:1,2 - “NO primeiro ano de Ciro, rei da
Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias),
despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão
por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da
Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou
de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá.”
Esdras 7:27 - “Bendito seja o SENHOR Deus de nossos
pais, que tal inspirou ao coração do rei, para ornar a casa do SENHOR, que está
em Jerusalém.”
3. Sobre os ímpios Deus exerce poder orientador
Isaias 10:5-7 - “Ai da Assíria, a vara da minha
ira, porque a minha indignação é como bordão nas suas mãos. Enviá-la-ei contra
uma nação hipócrita, e contra o povo do meu furor lhe darei ordem, para que lhe
roube a presa, e lhe tome o despojo, e o ponha para ser pisado aos pés, como a
lama das ruas. Ainda que ele não cuide assim, nem o seu coração assim o
imagine; antes no seu coração intenta destruir e desarraigar não poucas
nações.”
4. Deus endurece o coração dos ímpios e lhes cega
as mentes
Salmo 105:25 - “ Virou o coração deles [Egito] para
que odiassem o seu povo, para que tratassem astutamente aos seus servos.”
Êxodo 4:21 - “E disse o SENHOR a Moisés: Quando
voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que
tenho posto na tua mão; mas eu lhe endurecerei o coração, para que não deixe ir
o povo.”
Romanos 9:17 - “Porque diz a Escritura a Faraó:
Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu
nome seja anunciado em toda a terra.”
Êxodo 14:17,18 - “E eis que endurecerei o coração
dos egípcios, e estes entrarão atrás deles; e eu serei glorificado em Faraó e
em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavaleiros, E os egípcios
saberão que eu sou o SENHOR, quando for glorificado em Faraó, nos seus carros e
nos seus cavaleiros.”
Deuteronômio 2:30 - “Mas Siom, rei de Hesbom, não
nos quis deixar passar por sua terra, porquanto o SENHOR teu Deus endurecera o
seu espírito, e fizera obstinado o seu coração para to dar na tua mão, como
hoje se vê.”
Josué 11:19,20 - “Não houve cidade que fizesse paz
com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeom; por guerra as
tomaram todas. Porquanto do SENHOR vinha o endurecimento de seus corações, para
saírem à guerra contra Israel, para que fossem totalmente destruídos e não
achassem piedade alguma; mas para os destruir a todos como o SENHOR tinha
ordenado a Moisés.”
João 12:37-40 - “E, ainda que tinha feito tantos
sinais diante deles, não criam nele; Para que se cumprisse a palavra do profeta
Isaías, que diz: SENHOR, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o
braço do Senhor? Por isso não podiam crer, então Isaías disse outra vez:
Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os
olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure.”
2 Tessalonicenses 2:11 - “ E por isso Deus lhes
enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.”
Deus é Soberano na Oração
Texto: 1ª João 5:14
“E esta é a confiança que temos nele, que, se
pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.”
INTRODUÇÃO
1. Há uma tendência universal de elevar a criatura
e rebaixar o Criador
2. Esta tendência também se vê na oração
3. Fala-se muito no elemento humano, que temos que
reivindicar as promessas
4. Não há lugar para as exigências, para os
direitos e para a glória de Deus
5. Afirma-se que a oração muda as coisas, pode
modificar Deus; pode mover o céu! Mentira!
6. Porque Deus é Soberano Absoluto:
1 Samuel 2:6-8 - “O SENHOR é o que tira a vida e a
dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. O SENHOR empobrece e
enriquece; abaixa e também exalta. Levanta o pobre do pó, e desde o monturo
exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer
herdar o trono de glória; porque do SENHOR são os alicerces da terra, e
assentou sobre eles o mundo.”
8. O propósito de Deus ocorrerá mesmo sem a nossa
oração
9. Deus não irá mudar seu propósito porque Ele é
imutável:
Tiago 5:17 - “Toda a boa dádiva e todo o dom
perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem
sombra de variação.”
Malaquias 3:6 - “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por
isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”
10. O propósito divino é sábio
Romanos 11:33-36 - “Ó profundidade das riquezas,
tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus
juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente
do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para
que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as
coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.”
11. O propósito divino é eterno (Ef.3:11)
Salmo 119:142 - “A tua justiça é uma justiça
eterna, e a tua lei é a verdade.”
Salmo 119:144 - “A justiça dos teus testemunhos é
eterna; dá-me inteligência, e viverei.”
Salmo 148:6 - E os confirmou eternamente para
sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassarão.
Eclesiastes 3:14 - Eu sei que tudo quanto Deus faz
durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e
isto faz Deus para que haja temor diante dele.
Isaias 14:24-27 - O SENHOR dos Exércitos jurou,
dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará.
Quebrantarei a Assíria na minha terra, e nas minhas montanhas a pisarei, para
que o seu jugo se aparte deles e a sua carga se desvie dos seus ombros. Este é
o propósito que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está
estendida sobre todas as nações. Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou;
quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?”
12. Nossas orações é que devem estar de acordo com
o propósito divino
1 João 5:14 - “E esta é a confiança que temos nele,
que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.”
13. Deus decretou os fins e os meios. Se Deus
decretou um fato e que Ele ocorra através da oração de petição, Ele efetuará o
fato, mas também concederá espírito de súplica. Lutero disse: “A oração não
visa a vencer a relutância de Deus, mas a aprender-lhe a disposição favorável.”
I. A ORAÇÃO TEM O PROPÓSITO DE TRAZER HONRA A DEUS
1. Pelo reconhecimento de seu domínio universal
2. Pelo reconhecimento de sua bondade, poder,
imutabilidade, graça e soberania
3. Pelo reconhecimento de ser Ele o Autor de toda
dádiva boa e perfeita.
II. A ORAÇÃO TEM O PROPÓSITO DE CUMPRIR A VONTADE
DIVINA
2 Pedro 3:18 - “Antes crescei na graça e
conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a
glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.”
Tiago 4:10 - “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele
vos exaltará.”
1 Pedro 5:5-7 - “Semelhantemente vós jovens, sede
sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de
humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos
exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de
vós.”
Hebreus 4:16 - “Cheguemos, pois, com confiança ao
trono da graça...”
Hebreus 10:22 - “Cheguemo-nos com verdadeiro
coração, em inteira certeza de fé...”
Salmo 116:1 - “Amo ao SENHOR, porque ele ouviu a
minha voz e a minha súplica.”
1 Coríntios 2:5-9 - “Para que a vossa fé não se
apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. Todavia falamos
sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos
príncipes deste mundo, que se aniquilam; Mas falamos a sabedoria de Deus,
oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; A
qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca
crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho
não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que
Deus preparou para os que o amam.”
9. Paulo orava pelo seu povo (Rm.10:1), mesmo
sabendo que muitos não iriam salvar-se. Por quê? Porque Paulo orava pela
salvação dos eleitos:
Romanos 10:1 - “Irmãos, o bom desejo do meu coração
e a oração a Deus por Israel é para sua salvação.”
Romanos 11: 1-6 - “Digo, pois: Porventura rejeitou
Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da
descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que
antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus
contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus
altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? Mas que lhe diz a resposta
divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal.
Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição
da graça. Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça
já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira
a obra já não é obra.”
III. A ORAÇÃO TEM O PROPÓSITO DE CONCEDER BENÇÃOS
1. Mas se todas as coisas vêm “dele e por meio dele
e para ele” (Rm.11:36), então por quê orar?
2. Se tudo já foi determinado, então para que orar?
3. Igualmente perguntamos: Qual é a necessidade de
chegar-se alguém a Deus para dizer-lhe aquilo que Ele já sabe?
Mateus 6:8 - “Não vos assemelheis, pois, a eles;
porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.”
5. O desígnio da oração é este: ela não tem o
propósito de alterar a vontade de Deus, mas antes que ela seja cumprida.
6. Cristo sabia que seria exaltado pelo Pai, mas
mesmo assim orou:
João 17:5 - “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto
de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.”
Jeremias 15:1 - “Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda
que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não estaria a minha alma com
este povo...”
CONCLUSÃO
1. As crenças populares reduzem Deus à função de
servo, cumprindo nossas ordens que enviamos através da oração.
2. O que necessitamos é que Deus nos encha o
coração com seus pensamentos, e então os seus desejos serão nossos, e assim
pediremos de acordo com sua vontade, e seremos ouvidos.
3. Rogar algo a Deus “em nome de Jesus” significa
rogar-lhe algo em sintonia com sua vontade, ou com a natureza de Cristo.
4. Pedir “em nome de Cristo” é como se o próprio
Cristo estivesse fazendo a petição.
5. Só podemos pedir a Deus aquilo que Cristo
pediria.
6. Quando rogamos pela salvação de um pecador,
estamos reconhecendo a soberania divina! “Um calvinista é arminiano de pé, e um
arminiano é calvinista de joelhos, porque os calvinistas apelam para a vontade
do homem e sua escolha quando pregam, e os arminianos reconhecem que tudo
depende de Deus quando oram. Devemos orar como se tudo dependesse de Deus, e
pregar como se tudo dependesse do homem.” (Reverendo Samuel Falcão,
Predestinação, Casa Editora Presbiteriana, São Paulo, 1981, p.26).
7. Quando oramos pela salvação de alguém, um
pecador morto em delitos e pecados, estamos pedindo a Deus que o ressuscite
espiritualmente. Se pudéssemos ressuscitar mortos, nós mesmos converteríamos os
pecadores, e não haveria necessidade de rogarmos a Deus.
8 Vejamos o que J. I. Packer diz sobre a oração:
“Você ora pedindo a conversão de outras pessoas.
Porém segundo quais termos você intercede por elas? Você limita-se a pedir que
Deus as leve a um ponto em que possam salvar-se a si mesmas, independentemente
dele? Não penso que você costuma fazer isso. Penso que o que você faz é orar,
em termos categóricos, que Deus queira, de maneira simples e decisiva, salvar
as pessoas; que Ele queira abrir os olhos do entendimento delas, abrandando os
seus corações, renovando a natureza delas, e impulsionando suas vontades para
que recebam o Salvador. Você pede que Deus opere nas pessoas tudo quanto for
necessário para a salvação delas. Você nem pensaria em salientar, em sua
oração, que você não está realmente pedindo de Deus que Ele leve as pessoas à
fé, por reconhecer que isso é algo que Ele não pode fazer. Nada de coisas dessa
ordem! Quando alguém ora em favor de pessoas não-convertidas, ora com base no
pressuposto que está ao alcance do poder de Deus levar os pecadores à fé. E
implora a Deus para que ele faça precisamente isso, e a sua confiança, na
oração, repousa sobre a certeza de que Ele é poderoso para fazer o que lhe é
pedido. E realmente Ele é poderoso para isso. Aquela convicção, que anima as
nossas intercessões, é a própria verdade de Deus, escrita em nossos corações
pelo Espírito Santo. Quando você ora, portanto, você sabe que Deus é quem
salva; você sabe que o que faz os homens voltarem-se para Deus é a própria
atuação graciosa de Deus que os atrai a si. E quando você ora, o conteúdo das
suas orações é determinado por esse conhecimento. Portanto, pela sua prática de
intercessão, não menos do que pelas suas ações de graças por sua conversão,
você reconhece e confessa a soberania da graça de Deus. E o mesmo fazem todos
os crentes, em todo lugar.” (J. I. Packer, Evangelismo e Soberania de Deus,
Fiel, p.15).
Nossa Atitude diante da Soberania de Deus
Texto: Lucas 10:21,22
“Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito
Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste
estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é,
ó Pai, porque assim te aprouve. Tudo por meu Pai me foi entregue; e ninguém
conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a
quem o Filho o quiser revelar.”
INTRODUÇÃO
1. Estudaremos hoje a aplicação prática desta
doutrina em nossas vidas.
2. Jesus é o exemplo máximo. Ele não rejeitou a
doutrina, mas se alegrou com ela!
3. Esta doutrina nos informa, mas também nos
inspira.
4. Não foi dada para satisfazer nossa vã
curiosidade, mas para edificar nossas vidas.
QUAL DEVE SER NOSSA ATITUDE DIANTE DA SOBERANIA DE
DEUS?
I. NOSSA ATITUDE DEVE SER DE PIEDOSO TEMOR
1. Por que, hoje em dia, as grande maioria das
pessoas se despreocupam com as realidades espirituais, amando os prazeres, ao
invés de amar a Deus?
2. Por que o desafio contra o céu vai se tornando
cada vez mais evidente, mais desenfreado, mais ousado?
3. Por que a autoridade da Escritura tem sido tão
deploravelmente rebaixada?
4. Por que até mesmo entre aqueles que professam
pertencer ao Senhor há tão pouca submissão à sua palavra, sendo seus preceitos
estimados como coisa de pouca importância, e deixados de lado?
5. Eis a resposta: Porque não há temor de Deus!
Romanos 3:18 - “Não há temor de Deus diante de seus
olhos.”
6. Deus precisa ser temido!
7. Os não salvos precisam temer a Deus
8. Os salvos precisam temer a Deus:
Efésios 6:5 - “Vós, servos, obedecei a vossos
senhores segundo a carne, com temor e tremor...”
Filipenses 2:12 - “De sorte que, meus amados, assim
como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na
minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor.”
10. Houve época na qual era costume descrever o
crente como “homem temente a Deus”. Infelizmente esse costume tornou-se quase
extinto!
12. Precisamos proclamar a pleno pulmões a doutrina
da soberania de Deus.
13. Deus se compadecerá de nós:
Salmo 103:13 - “Assim como um pai se compadece de
seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem.”
14. Deus olhará para nós:
Isaias 66:2 - “Porque a minha mão fez todas estas
coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei,
para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra.
15. Devemos obedecer a Escritura:
1 Pedro 2:17 - “Honrai a todos. Amai a
fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei
II. NOSSA ATITUDE DEVE SER DE OBEDIÊNCIA IMPLÍCITA
1. O homem se considera auto-suficiente
2. O homem natural está cheio de orgulho e rebeldia
3. O remédio para essa doença é uma visão correta
da Soberania de Deus
4. Faraó não queria obedecer a Deus.
Êxodo 5:2 - “Mas Faraó disse: Quem é o SENHOR, cuja
voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco
deixarei ir Israel.
5. Faraó achava que Deus era apenas mais um deus
entre muitos, destituído de poder, que não necessitava ser temido e obedecido.
7. Uma visão de Deus e de sua soberania produzirá a
obediência.
8. Jó teve uma visão correta de Deus e isso mudou
sua atitude:
Jó 42:5,6 - “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas
agora te vêem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na
cinza.”
9. Isaias também teve uma visão de Deus:
Isaias 6:5 - “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou
perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de
impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos.”
10. O mesmo ocorreu com Daniel:
Daniel 10:6-9 - “E o seu corpo era como berilo, e o
seu rosto parecia um relâmpago, e os seus olhos como tochas de fogo, e os seus
braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras
era como a voz de uma multidão. E só eu, Daniel, tive aquela visão. Os homens
que estavam comigo não a viram; contudo caiu sobre eles um grande temor, e
fugiram, escondendo-se. Fiquei, pois, eu só, a contemplar esta grande visão, e
não ficou força em mim; transmudou-se o meu semblante em corrupção, e não tive
força alguma. Contudo ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo o som das suas
palavras, eu caí sobre o meu rosto num profundo sono, com o meu rosto em
terra.”
III. NOSSA ATITUDE DEVE SER DE TOTAL RESIGNAÇÃO
[RENÚNCIA]
1. O reconhecimento da Soberania de Deus excluirá
toda murmuração.
2. É natural que queixemos, que lamentemos, quando
somos privados de coisas que nos apegamos. Somos propensos a considerar que
nossos bens nos pertencem.
3. Quando nossos planos são bem sucedido achamos
que temos o direito de conservá-lo.
4. Quando temos uma família feliz achamos que
nenhum poder tem o direito de penentrar o círculo familiar e abater um ente
querido.
5. O instinto perverso do coração humano é clamar
contra Deus.
6. Aquele, porém, que reconhece a Soberania de
Deus, cala tais queixas, curva-se perante a vontade divina, reconhecendo que
Deus não o afligiu tão gravemente quanto ele merece.
7. O verdadeiro reconhecimento da Soberania de Deus
admitirá o perfeito direito que Deus tem de fazer conosco o que bem quiser.
8. O crente espiritual dirá: “não fará justiça o
Juiz de toda a terra?” (Gn.18:25).
9. Frequentemente há luta, porque a mente carnal
permanece no crente até o fim de sua peregrinação na terra. Mas, embora lhe
haja um conflito no peito, ainda assim, aquele que aceitou essa bendita verdade
logo passará a ouvir aquela voz interior lhe falando “acalma-te, emudece”
(Mc.4:39), e a tempestade que ruge em seu interior se aquietará, e a alma submissa
elevará seus olhos, lacrimosos, é verdade, mas confiantes, aos céus e dirá:
“Seja feita a tua vontade”.
10. Um exemplo dessa atitude temos em Eli, quando
ouviu a terrível notícia sobre as vontade do Senhor:
1 Samuel 3:18 - “Então Samuel lhe contou todas
aquelas palavras, e nada lhe encobriu. E disse ele: Ele é o SENHOR; faça o que
bem parecer aos seus olhos.”
11. Jó também teve uma atitude de resignação. Ele
era justo e integro, e se há alguém que não merecia passar pelo que passou,
este alguém foi Jó. No entanto Jó não somente reconheceu a soberania de Deus
quando disse “o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou”, como também se regozijou com
ela “bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1:21).
12. O verdadeiro reconhecimento da soberania de
Deus leva-nos a submeter nossos planos à vontade de Deus:
Tiago 4:13-15 - “Eia agora vós, que dizeis: Hoje,
ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e
ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a
vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em
lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou
aquilo.”
IV. NOSSA ATITUDE DEVE SER DE PROFUNDA GRATIDÃO E
ALEGRIA
1. Quando o coração aprende essa elevada e bendita
verdade da soberania de Deus, o resultado é bem diferente da submissão a
contragosoto, àquilo que é inevitável.
2. Haverá uma atitude de gratidão e alegria, como
nos ordena a palavra de Deus, para que demos graças a Deus por tudo:
Efésios 5:20 - “Dando sempre graças por tudo a
nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Salmo 103:1 - “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e
tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.”
3. Quando tudo ocorre conforme os nossos desejos
damos graças a Deus e demonstramos profunda gratidão a Deus. Mas que dizer
daquelas ocasiões em que as coisas ocorrem de maneira contrária a nossos planos
e desejos?
4. Devemos reconhecer que todo bem temporal e
espiritual vem de Deus:
Tiago 1:17 - “Toda a boa dádiva (temporal) e todo o
dom perfeito (espiritual) vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não
há mudança nem sombra de variação.”
5. O crente submisso e confiante na soberania de
Deus terá uma fé operante, e uma fé operante sabe alegrar-se sempre, em qualquer
circunstância:
Filipenses 4:4 - “Regozijai-vos sempre no Senhor;
outra vez digo, regozijai-vos.”
6. Jesus se alegrou com a soberania de Deus:
Lucas 10:21,22 - “Naquela mesma hora se alegrou
Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da
terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às
criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve. Tudo por meu Pai me foi
entregue; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão
o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”
V. NOSSA ATITUDE DEVE SER DE ADORAÇÃO E CULTO
1. J. B. Moody disse: “a verdadeira adoração se
estriba na grandeza reconhecida, e essa grandeza se vê de maneira superlativa
na soberania divina, e os homens não podem, realmente, prestar culto postados
em qualquer outro escabelo”
2. Na presença do Rei divino até os serafins
“escondem o rosto” em atitude de adoração.
3 . Qual foi a atitude de Jó? Jó lamentou o seu
“azar”? Amaldiçoou os bandidos? Murmurou contra Deus? Não! Curvou-se perante
Deus, em adoração!
Jó 1:20 - “Então Jó se levantou, e rasgou o seu
manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou.”
Romanos 8:28 - “E sabemos que todas as coisas
contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são
chamados segundo o seu propósito.”
QUAL DEVE SER NOSSA ATITUDE DIANTE DA SOBERANIA DE
DEUS?
CONCLUSÃO
1. Atitude de piedoso temor.
2. Atitude de obediência implícita.
3. Atitude de total resignação.
4. Atitude de gratidão e alegria.
5. Atitude de adoração e culto.
O Valor da Doutrina da Soberania de Deus
Texto: 2 Timóteo 3:16,17
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em
justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para
toda a boa obra.”
INTRODUÇÃO
1. “Toda a Escritura é inspirada...”
2. “Toda a Escritura é util para o ensino...”
3. “Doutrina” significa “ensino”.
4. É através da doutrina que a realidades de Deus,
de Cristo, do Espirito Santo, da salvação, da graça e da glória nos são
reveladas.
5. É pela doutrina que os crentes são alimentados e
edificados.
6. Atualmente a doutrina está sendo depreciada.
Dizem que ela não é “prática”.
7. Mas a doutrina é a própria base da vida prática.
8. Há uma inseparável conexão entre a crença e a
prática:
Provérbios 23:7 - “Porque, como imaginou no seu
coração, assim é ele...”
João 8:32 - “E conhecereis a verdade, e a verdade
vos libertará.”
10. Toda Escritura útil primeiro para o “ensino”.
Todas as epístolas seguem essa ordem: doutrina, depois, exortação e
admoestação.
13. Estamos vivendo dias que os crentes não gostam
de doutrina:
2 Timóteo 4:3 - “Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si
doutores conforme as suas próprias concupiscências.”
16. Ela é o centro de gravidade do sistema da
verdade cristã.
17. Ela é o sol ao redor do qual se agrupam as
esferas menores.
18. Ela é o fio no qual as demais doutrinas são
enfileiradas como um colar de pérolas, a mantê-las no devido lugar e a dar-lhes
unidade.
19. Ela é o prumo pelo qual cada credo precisa ser
testado.
20. Ela é a balança na qual cada dogma humano deve
ser pesado.
21. Ela é a principal âncora de nossa alma.
22. Ela é um tônico divino a refrigerar-nos o espírito.
23. Ela cria gratidão na prosperidade e paciência
na adversidade!
24. Oferece consolação no presente e senso de
segurança quanto ao futuro.
25. Atribui a Deus - Pai, Filho e Espírito Santo -
a glória que lhe é devida, colocando a criatura no correto lugar diante dele -
no pó!
QUAL É O VALOR DA DOUTRINA DA SOBERANIA DE DEUS?
I. AUMENTA NOSSA VENERAÇÃO PELO CARÁTER DE DEUS
1. Oferece um exaltado conceito das perfeições de
Deus.
2. Exibe a inescrutabilidade da sabedoria de Deus.
3. Demonstra a irreversibilidade da vontade divina.
4. Até o pecado glorifica a Deus (Sl.76:10).
5. Exalta a graça divina. A graça é livre! A graça
reina! A graça e é soberana.
II. É O ALICERCE SÓLIDO DA VERDADEIRA RELIGIÃO
1. Cada oração seria presunção carnal se não
oferecida “segundo a vontade de Deus”.
2. Cada culto seria “obra morta”.
III. REPUDIA A HERESIA DA SALVAÇÃO PELAS OBRAS
2. é errado dizer que Deus está disposto a fazer a
parte dele desde que façamos a nossa. Declarar que Deus só ajuda àqueles que se
ajudam a si mesmos é um erro. Deus ajuda aqueles que são incapazes de se
ajudarem a si mesmos.
3. Dizer que a salvação depende da própria vontade
é expressar de outra forma o dogma da salvação pelo esforço humano. Este dogma
avilta Deus e zomba dele!
4. Alguém diria que esta doutrina levaria o pecador
ao desespero. É exatamente isto que ele precisa para humilhar-se diante de Deus
e buscar socorro somente naquele que pode salvá-lo!
IV. LEVA A CRIATURA A HUMILHAR-SE PROFUNDAMENTE
1. As realizações do homem, seu desenvolvimento e
progresso, sua grandeza e auto-suficiência, são o santuário onde o mundo presta
culto hoje em dia.
2. Mas a doutrina da Soberania de Deus remove todos
os alicerces da jactância humana e implanta espirito de humildade.
3. Declara que a salvação vem do Senhor, na sua
origem, na sua operação e na sua consumação.
4. Declara que o Senhor tem que aplicar, e não
somente suprir, que tem que completar, e não somente iniciar a obra da
salvação, que não somente precisa restaurar-nos, mas também manter-nos e
sustentar-nos até o fim: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós
começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” (Fp.1:6).
5. Declara que Deus é a fonte de todo bem:
Salmos 87:7 - “...todas as minhas fontes estão em
ti.”
V. CONFERE SENSO DE SEGURANÇA ABSOLUTA
1. O poder infinito de Deus nos dá segurança:
Hebreus 13:6 - “...não temerei o que me possa fazer
o homem.”
Salmo 56:3 - “Em qualquer tempo em que eu temer,
confiarei em ti.”
Deuteronômio 33:26,27 - “Não há outro, ó Jesurum,
semelhante a Deus, que cavalga sobre os céus para a tua ajuda, e com a sua
majestade sobre as mais altas nuvens. O Deus eterno é a tua habitação, e por
baixo estão os braços eternos; e ele lançará o inimigo de diante de ti, e dirá:
Destrói-o.”
2. Estou seguro nas mãos do Pai e de Cristo
(Jo.10:28,29).
3. Meu depósito está garantido até o dia final
(2Tm.1:12).
VI. OFERECE CONSOLAÇÃO NA TRISTEZA
1. Porque nenhum pardal cai se não for da vontade
de Deus (Mt.10:29).
2. Os fios de nossos cabelos estão todos contados
(Mt.10:30).
3. Nossos dias estão contados (Jó 7:1; 14:5;
23:14).
VII. PRODUZ ESPIRITO DE RESIGNAÇÃO
1. O exemplo de Arão: “...porém Arão calou-se.”
(Lv.10:3).
2. O exemplo de Davi: “...faça de mim como parecer
bem aos seus olhos.” (2Sm.15:26).
VIII. ESTIMULA AO CÂNTICO DE LOUVOR
1. Se minha mente não consegue entender o amor de
Deus, que excede todo entendimento (Ef.3:19), e a razão porque me escolheu, meu
coração pode exprimir sua gratidão, em louvor e adoração.
2. Posse me alegrar sempre no Senhor (Fp.4:4). Não
diz o texto alegrai-vos no “Salvador”, mas no “Senhor”.
IX. GARANTE O TRIUNFO FINAL DO BEM SOBRE O MAL
1. As nações serão humilhadas (Is.34:1,2).
2. Todo ser altivo será humilhado (Is.2:11).
X. OFERECE LUGAR DE DESCANSO PARA O CORAÇÃO
3. Pela cruz aquele que já era Senhor de nosso
destino, tornou-se o Senhor de nossos corações! (2Co.5:14).
CONCLUSÃO
1. Não é terror mas adoração o dobrar-se perante o
Altíssimo:
“Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o
poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.”
(Ap.5:12)
2. Deus é Soberano! Aleluia!
“Eis que arrebata a presa; quem lha fará restituir?
Quem lhe dirá: Que é o que fazes?” (Jó 9:12).
A Soberania de Deus em Ação
Texto: Apocalipse 19:6
“E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e
como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia:
Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina.”
INTRODUÇÃO
1. Se Deus predeterminou a salvação dos seus, que
utilidade há que nos esforcemos pessoalmente na piedade (2Tm.4:7)?
2. Se Deus preparou de antemão as boas obras na
qual hão de andar os predestinados (Ef.2:10), que utilidade há em sermos
solícitos na prática de boas obras (Tt.3:8)?
3. Se Deus já determinou o número dos salvos, que
encorajamento teremos para pregarmos o evangelho aos perdidos?
I. A SOBERANIA DE DEUS E O CRESCIMENTO DO CRENTE NA
GRAÇA
1. Aprender e apreciar devidamente a Soberania de
Deus, longe de ser um empecilho ao desenvolvimento do caráter, servirá para
fomentá-lo.
2. Assim como o desespero do pecador, por causa de
sua incapacidade, é a primeira condição para que haja conversão, assim também a
perda de toda confiança em si mesmo é, da parte do crente, o primeiro ponto
essencial para seu crescimento na graça.
3. O segredo do desenvolvimento do caráter cristão
está em percebermos e confessarmos nossa própria incapacidade.
4. Somos completamente incapazes de praticar um
único preceito ou obedecer um único mandamento. Não podemos “amar nossos
inimigos” (Mt.5:44), sem a operação de Deus (Jo.15:4,5).
5. Deus então zomba de nós, quando nos manda que
façamos o que sabe sermos incapazes de fazer? Respondemos como Agostinho: “Deus
dá mandamentos que não podemos cumprir para que saibamos o que devemos pedir da
parte dele.”
II. A SOBERANIA DE DEUS E O SERVIÇO DO CRENTE
1. Que lugar há para o zelo no serviço cristão?
3. Suponha que alguém é chamado para ser
evangelista, e sai crendo na liberdade da vontade humana e na capacidade do
próprio pecador de vir a Cristo. Prega o evangelho com fidelidade, mas descobre
que a vasta maioria dos ouvintes é indiferente à mensagem. Descobre que os
homens estão, na sua maioria, preocupados com as coisas deste mundo. Implora
aos homens que se reconciliem com Deus. Tudo em vão. Fica totalmente
desencorajado e pensa consigo mesmo: Qual é a utilidade de tudo isto? Devo
abandonar a vocação, mudar a missão ou a mensagem?
4. Qual é o corretivo que Deus dá ao seu servo
desencorajado?
(1) Ele precisa aprender pela Escritura que Deus
não está procurando agora converter o mundo, mas está “constituindo um povo
para o seu nome” (At.15:14).
(2) Ele precisa ter uma correta compreensão do
plano de Deus. Qual é a resposta de Deus para o aparente fracasso? A certeza de
que o propósito de Deus não pode falhar. Jamais houve a intenção de que nossos
esforços cumprissem aquilo que Deus nunca decretou!
(3) Ele precisa aprender que não somos nós os
responsáveis pelos resultados. Paulo plantou, Apolo regou, mas Deus deu o
crescimento (1Co.3:6).
João 10:16 - “Ainda tenho outras ovelhas que não
são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz,
e haverá um rebanho e um Pastor.”
(1) Jesus disse “tenho” e não “terei”, porque as
ovelhas lhe foram dadas pelo Pai antes da fundação do mundo (Jo.17:2-9;
Ap.13:8).
(2) Jesus disse “ouvirão a minha voz” e não
“ouvirão se for da vontade delas”.
6. O amor do Pai pelo Filho é eterno:
João 17:24 - “Pai, aqueles que me deste quero que,
onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que
me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.”
7. É este o amor que Deus tem pelos eleitos:
João 17:23 - “Eu neles, e tu em mim, para que eles
sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a
mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.”
8. Eles foram amados “antes da fundação do mundo”.
9. Por isso eles ouvirão a palavra:
João 17:8 - “Porque lhes dei as palavras que tu me
deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e
creram que me enviaste.
10. Se os “cabritos” não ouvem, as “ovelhas” [os
eleitos] ouvirão.
11. Jesus garante uma grande “pescaria”
Lucas 5:5,6 - “E, respondendo Simão, disse-lhe:
Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua
palavra, lançarei a rede. E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de
peixes, e rompia-se-lhes a rede.”
12. Portanto a pregação do evangelho nunca será é
inútil:
1 Coríntios 15:58 - “Portanto, meus amados irmãos,
sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o
vosso trabalho não é vão no Senhor.”
CONCLUSÃO
3. Se a salvação é resultado da predeterminação de
Deus, por que Ele não escolheu todos? Não seria mais sábio?
4. Do mesmo modo podemos perguntar: Não seria mais
sábio se Deus não tivesse criado o Diabo, ou se jamais tivesse permitido que o
pecado entrasse no mundo?
5. Os caminhos de Deus são inescrutáveis!
(Is.55:8,9; Rm.11:33-36).
6. Embora somente a eternidade seja suficiente para
se aprender toda a revelação divina, o inefável resultado é declarado em cinco
palavras: DEUS SERÁ TUDO EM TODOS (1Co.15:28; Cl.3:11).
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