sábado, 14 de janeiro de 2012


Deus é Soberano

Texto: 1 Crônicas 29:11,12
"Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos. E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo."
INTRODUÇÃO
1. Duas Verdades Bíblicas
1.1. Deus é Soberano
1.2. O homem é responsável!
2. Perigo: salientar uma doutrina e desprezar a outra.
2.1. Fatalismo: Ressaltar demasiadamente a Soberania.
2.2. Humanismo: Ressaltar demasiadamente a Responsabilidade.
2.3. Exemplo: O mais lindo rosto ficaria desfigurado se apenas um membro começasse a crescer, e os demais não se desenvolvessem.
3. Duas facetas da verdade
3.1. Jesus era “servo” (Fp.2:6), e “Cristo o Senhor” (Lc.2:11).
3.2. Levar as cargas dos outros (Gl.6:2), e a própria carga (Gl.6:6).
3.3. Não se inquietar (Mt.6:34), mas ter cuidado com os seus (1Tm.5:8).
3.4. Promessa de não perecer (Jo.10:28,29), mas confirmar a eleição (2Pe.1:10).
3.5. Fazer prova de Deus (Ml.3:10) e não prová-lo (1Co.10:9).
3.6. Deus é Luz [santidade/justiça] (1Jo.1:5) mas também é amor (1Jo.4:8).
3.7. A bondade de Deus e a sua severidade (Rm.11:22).
3.8. Está escrito que Jesus tomou nossas enfermidades (Is.53:4), mas também está escrito que os crentes tinham enfermidades (Fp.1:25-27). O sábado é dia do Senhor, mas também que não há dia específico para adoração a Deus (Jo.4:23; Gl.4:10,11; Cl.2:16). Em Cristo não há mais homem nem mulher (Gl.3:28), mas também está escrito que o homossexualismo é pecado (Rm.1:24-27). A teologia bíblica é importante, mas deve harmonizar-se com toda a Escritura (teologia sistemática).
4. Por que esta doutrina?
4.1. É um dever: “...porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus”. (At.20:27).
4.2. É uma necessidade: pregar o que as ovelhas necessitam, e não o que elas gostam de ouvir.
4.3. Enfermidades graves precisam de remédios fortes: “...mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas”. (Dn.11:32).
I. DEUS REINA NOS CÉUS
1. Todos concordam que Deus reina nos céus.
2. Ele reina: “...o bem-aventurado, e único poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores; Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém”. (1Tm.6:15,16).
II. DEUS REINA NA TERRA
1. Muitos discordam que Deus reina na terra.
2. Tudo é regido pelas leis da natureza.
3. O homem determina sua própria sorte com seu “livre-arbítrio”.
4. Mas negam sua responsabilidade, atribuindo ao Diabo o mal que procede em seu próprio coração (Mc.7:21-23).
5. Parece que é o Diabo quem reina: “Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas”. (Lc.21:26).
6. Muitos incrédulos declaram que o cristianismo é um fracasso!
7. Consideram que Deus está decepcionado pelo que acontece no mundo. Dizem que Ele nada pode fazer.
8. Jesus tem todo o poder: “É-me dado todo o poder no céu e na terra...” (Mt.28:18)
III. DEVEMOS CRER PELA FÉ
1. O que acontece na terra demonstra que Deus está no controle (Is.46:9-11).
2. Deus é justo e seus juízos caem sobre os rebeldes (Is.24:3-6).
3. Deus é fiel e cumpre suas ameaças (Is.45:8-18).
4. Deus é onipotente, ninguém pode resistí-lo (Jó 9:12; Jó 42:1; Is.45:22-24).
5. A fé vê o invisível (Hb.11:27).
6. Se olharmos para a evidência dos nossos próprios olhos, acreditaremos que o Diabo reina na terra. Mas tudo coopera para o bem do crente (Rm.8:28).
7. Devemos admitir que há muita coisa na providência divina que nos assusta e abala. Por exemplo, a ordem para matar crianças (Js.6:21; 1Sm.15:3), o caso de Uzá que se preocupou com a queda da arca (1Cr.13:10), a morte prematura dos justos, como o rei Josias (2Rs.23:29; Jó 21:30; Jó 22:16; Is.57:1). Mas não devemos dizer com o descrente: “Se eu fosse Deus, não permitiria tal coisa”. Muito melhor, ante os mistérios que nos deixam perplexos é dizer: “Emudeci; não abro a minha boca, porquanto tu o fizeste”. (Sl.39:9).
8. Por que as coisas são assim? Para testar e provar nossa fé, e promover nossa submissão à vontade de Deus: “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!” (Rm.11:33).
IV. A SOBERANIA DE DEUS DEFINIDA NA BÍBLIA
1. Deus é Supremo, Deus é Deus! Ele é o Altíssimo: “...todos os moradores da terra são por Ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, Ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn.4:35).
2. Deus é Onipotente, possuidor de todo o poder nos céus e na terra (Mt.28:18): É dizer que “...no céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.” (Sl.115:3).
3. Deus governa as nações: “Porque o reino é do SENHOR, e ele domina entre as nações”. (Sl.22:28).
4. Deus é o Único Soberano: “...único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores...” (1Tm.6:15).
5. Deus é Soberano nas ações humanas: porque “...até a ira humana há de louvar-te; e do resíduo das iras te cinges.” (Sl.76:10).
6. Deus controla tudo: “Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos. E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo”. (1ª Crônicas 29:11,12).
7. Deus é o Soberano Senhor: do grego “déspota” (#1203, Strongs), que significa “Senhor Absoluto, ou Aquele que tem poder e domínio absoluto”. “...Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Ap.6:10). Soberano Senhor na ARA (2Pe.2:1).
8. Deus é Soberano universal e absolutamente: (1Cr.29:10-12; 2Cr.20:6; Sl.22:28; Sl.47:2,3,7-9; Sl.50:10-12; Sl.72:8-11; Sl.93; Sl.95:3-5; Sl.103:19; Sl.145:11-13). Ninguém pode impedir o que Deus resolve fazer (Jó 23:13; Jó 42:2; Sl.115:3; Pv.21:30).
9. Deus é Soberano como o Oleiro sobre o Vaso: O direito de Deus é o direito do oleiro sobre o barro: moldá-lo a qualquer forma que deseje, produzindo, do mesmo pedaço de barro, um vaso para honra e outro para desonra. Afirmamos que Deus não está sujeito a nenhuma regra ou lei fora da sua própria vontade e natureza e que Deus é sua própria lei, não tendo qualquer obrigação de prestar contas dos seus propósitos a quem quer que seja. (Mt.20:15; Mt.25:15).
V. A SOBERANIA DE DEUS E O MAL
1. Deus é o responsável pela existência do mal.
2. Ele não é o autor do pecado.
3. Deus cria o mal (Is.45:7), mas Ele não é o fazedor do mal.
4. O mal sempre existiu, na mente eterna e onisciente de Deus.
5. No zoroatrianismo (Zend-Avesta), o bom deus Ormuz criou as coisas boas, o mau Arimã criou todas as coisas más.
6. Quando Deus diz, “Eu crio o mal”, Ele assume toda a responsabilidade pelo mal em meio à sua criação.
7. Não basta dizer, como Calvino, que este mal se refere aos males dos juízos e punições que Deus envia aos homens.
8. Há duas palavras para o verbo criar: criar e fundar. O primeiro significa criar do nada, trazer à existência. Refere-se ao ato criativo de Deus (Rm.4:17; Hb.11:3; 2Pe.3:5). O verbo fundar refere-se ao ato formativo (Sl.89:11; Sl.102:25; Sl.104:5; Sl.119:90).
9. A palavra hebraica empregada em Isaías 45:7, onde diz que “Deus cria o mal” é "bara" (#01254, Strongs) e se refere ao ato criativo de Deus. É a mesma palavra usada em Gênesis 1:1 e 27. Também encontrada em diversas passagens: (Gn.2:3; Gn.5:2; Gn.6:7; Dt.4:32; Sl.89:12(13); Sl.89:47(48); Sl.104:30; Sl.102:18(19); Sl.148:5; Is.4:5; Is.40:26; Is.41:20; Is.45:8; Is.45:12; Is.48:7; Ml.2:10).
10. Deus criou a luz e a paz (Is.45:7), mas não havia necessidade que Deus criasse a luz ou a paz, pois “Deus é luz” (1Jo.1:5), e o “fruto do Espírito é... paz” (Gl.5:22). Portanto, assim como Ele criou a luz e a paz, criou também o mal: “Eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.” (Is.45:7).
11. Contudo, dizendo assim,devemos acrescentar que em nenhum sentido isto implica em que Deus é o autor do mal.
12. O ato criativo e o ato formativo de Deus são declarados nas Escrituras: “Louvem o nome do SENHOR, pois mandou ele, e foram criados. E os estabeleceu (fundou) para todo o sempre; fixou-lhes uma ordem que não passará”. (Sl.148:5,6). “Porque assim diz o SENHOR, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro”. (Is.45:18).
13. Quem criou o Diabo? A Bíblia responde: “Eis que eu criei o ferreiro, que assopra as brasas no fogo e que produz a arma para o seu devido fim; também criei o assolador, para destruir”. (Is.54:16). “Pelo seu Espírito ornou os céus; a sua mão formou a serpente enroscadiça”. (Jó 26:13). Seu poder o criou e seu poder o destruirá: “Naquele dia, o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o dragão, serpente veloz, e o dragão, serpente sinuosa, e matará o monstro que está no mar.” (Is.27:1).
VI. DEUS É SOBERANO NO USO DO SEU PODER
1. Seu poder é exercido conforme Ele quer, quando Ele quer e onde Ele quer.
1.1. Seu poder foi usado contra Faraó (Ex.14:13,14; Ex.14:30,31).
1.2. Contra os amalequitas (Ex.17:14-16).
1.3. Contra Jericó (Js.6:2,16).
1.4. Contra o gigante Golias (1Sm.17:46,47).
1.5. Deus livrou Daniel da boca do leão (Dn.6:22).
1.6. Deus livrou seus servos da fornalha de fogo ardente (Dn.3:26).
2. Nem todos foram libertos da aflição (Hb.11:36,37)
1.1. Pedro foi liberto da prisão (At.5:18,19), mas Estevão foi apedrejado (At.7:59,60).
1.2. Somente a Metusalém Deus capacitou a viver 979 anos (Gn.5:25,26).
1.3. Somente a Sansão Deus deu força física (Jz.14:6; Dt.8:18).
VII. DEUS É SOBERANO NO USO DE SUA MISERICÓRDIA
1. A misericórdia não é um direito ao qual o homem faz juz. Misericórdia é o atributo de Deus, pelo qual Ele tem dó e compaixão dos miseráveis e os alivia. Mas, sob a justiça de Deus, ninguém é miserável que não mereça estar nessa situação. O objeto da misericórdia, portanto, são os miseráveis, e a miséria é o resultado do pecado. Então os miseráveis merecem o castigo, não a misericórdia. Falar sobre misericórdia merecida é uma contradição!
2. Jesus exerceu misericórdia para o paralítico apenas (Jo.5:1-9). Ele não pediu a Jesus para ser curado. Jesus não curou a todos.
VIII. DEUS É SOBERANO NO USO DE SUA GRAÇA
1. Deus revelou sua graça para o desonesto Jacó (Rm.9:11-13). E Esaú?
2. Deus revelou sua verdade aos humildes (Mt.11:25). Por que não aos sábios?
3. Deus revelou seu plano aos pastores (Lc.2:8-15). Por que não ao Sinédrio?
O esboço deste sermão foi por mim elaborado e pregado na Igreja Batista da Esperança, em Cruzeiro, interior de São Paulo. Foram 12 sermões preparados e pregados, tendo como base o livro Deus é Soberano, de A. W. Pink da Editora Fiel. Apenas os títulos de cada sermão seguem à risca os títulos apresentados no livro, entretanto alguns sermões podem conter mais de um capítulo do livro. As proposições e as divisões do sermão foram acrescentadas por minha conta. O conteúdo das argumentações foram extraídas do livro de Pink, com acréscimos de argumentos teológicos de minha própria autoria, assim como muitas outras referências bíblicas, a fim de melhor adaptar o conteúdo do livro à forma de sermão.

Deus é Soberano na Criação

Texto: Apocalipse 4:11
"Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas." (Apocalipse 4:11).
I. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DOS CÉUS
1. A glória do sol é diferente da glória da lua (1Co.15:41).
2. A glória das estrelas é diferente uma das outras (1Co.15:41).
3. Estrelas de primeira grandeza e outras de décima grandeza.
4. Eis a resposta: “...por tua vontade são e foram criadas”. (Ap.4:11).
II. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DA TERRA
1. Dois terços da superfície da terra estão cobertos de água.
2. Outra parte do terço é imprópria para agricultura e para habitação.
3. Por que há tão vastas áreas pantanosas, desertos e campos de gelo?
4. Por que um país é topograficamente tão inferior a outros?
5. Por que um é fértil e outro quase estéril?
6. Por que um é rico em minérios, enquanto outro nada oferece?
7. Por que o clima de um país é ameno e saudável e o de outro não?
8. Por que um país tem rios e lagos em abundância e outro não?
9. Por que um país tem terremotos e outro não?
10. Eis a resposta: “...por tua vontade são e foram criadas”. (Ap.4:11).
III. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DOS ANIMAIS
1. Por que o leão é diferente do cordeiro?
2. Por que há diferença entre o urso e o cabrito?
3. E entre o elefante e o ratinho?
4. Por que o cavalo e o cachorro são dotados de inteligência, e ovelhas e porcos, parecem tolos?
5. Alguns são destinados a serem animais de carga e outros não
6. A mula e o jumento estão destinados ao jugo, enquanto o leão tigre têm liberdade para percorrer livremente a floresta?
7. Alguns são destinados ao consumo humano, enquanto outros são tão belos, que servem apenas para a apreciação?
8. Por que alguns são tão feios?
9. Por que alguns são dotados de grande força física, enquanto outros parecem totalmente indefesos?
10. Alguns correm velozes; outros mal conseguem arrastar-se. É o contraste entre o coelho e a tartaruga.
11. Alguns têm utilidade; outros parecem não ter qualquer valor.
12. Alguns vivem durante anos; outros sobrevivem, no máximo, alguns meses.
13. Alguns são mansos; outros ferozes. Por que todas essas variações e diferenças?
14. Eis a resposta: “...por tua vontade são e foram criadas”. (Ap.4:11).
IV. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DOS VEGETAIS
1. Por que as rosas têm espinhos e os lírios crescem sem os ter?
2. Por que uma flor emite aroma fragrante, e outra não possui odor nenhum?
3. Por que uma árvore tem frutos sadios e outra dá fruto venenoso?
4. Por que um vegetal suporta bem a geada, enquanto outro murcha?
5. Por que uma macieira se enche de frutos, enquanto outra, até mesmo da mesma espécie e idade e pomar, é quase estéril?
6. Por que uma planta floresce uma dúzia de vezes por ano, e outra o faz apenas uma vez em cada século?
7. Eis a resposta: “Tudo o que o SENHOR quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos. Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros”. (Sl.135:6,7).
V. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DAS HOSTES ANGÉLICAS
1. Alguns anjos têm posição superior a outros.
2. Alguns são mais poderosos.
3. Alguns estão mais próximos de Deus do que outros.
4. A Escritura revela uma graduação angélica:
4.1. Arcanjos
4.2. Serafins
4.3. Querubins
4.5. Principados e Potestades (Ef.3:10)
4.6. Dominadores (Ef.6:12)
4.7. Anjos.
5. Por que alguns foram eleitos (1Tm.5:21) e outros não?
6. Eis a resposta: “Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou”. (Sl.115:3).
VI. DEUS É SOBERANO NA CRIAÇÃO DA FAMÍLIA
1. Por que há diferenças na família humana?
2. Por que alguns homens recebem cinco talentos e outros apenas um?
3. Por que um nasce robusto, e outro, até mesmo tendo o mesmo pai, nasce fraco e raquítico?
4. Por que Abel que era justo, foi ceiado na flor da idade, enquanto Caim teve permissão para viver muitos anos?
5. Por que alguns têm pele negra, enquanto outros nascem brancos?
6. Por que alguns nascem idiotas enquanto outros com grandes dotes intelectuais?
7. Por que alguns são egoístas e violentos e outros são meigos e cordatos?
8. Por que alguns têm qualidades para liderar enquanto outros têm capacidade apenas para seguir e servir?
9. A hereditariedade e o meio ambiente não conseguem explicar todas essas variedades e desigualdades. Não, pois é Deus quem faz uma coisa diferente da outra.
10. Por que Ele faz assim as pessoas? Eis a resposta: “Sim, ó Pai, porque assim te aprouve”. (Mt.11:26).
CONCLUSÃO
1. O Criador é absolutamente Soberano!
2. Deus cumpre seu beneplácito.
3. Deus nada considera senão sua própria glória: “O SENHOR fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal”. (Pv.16:4).
4. Ele é Deus e tem o direito absoluto de agir como quer.
5. Quem ousaria desafiar sua vontade?
6. Murmurar contra Ele é rebeldia!
7. Questionar seus caminhos é contestar sua sabedoria.
8. Criticá-lo é cometer pecado gravíssimo.
9. Ter-nos-íamos esquecido de quem é Ele? Veja: “Todas as nações são como nada perante ele; ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã. A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou com que o comparareis?”. (Is.40:17,18).
6. Nenhum homem pode impedir Deus:
Jó 23:13 - “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem então o desviará? O que a sua alma quiser, isso fará”.
Sl.33:11 - “O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração”.
Pv.21:30 - “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o SENHOR”.
Isaias 14:27 - “Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?”
Isaias 46:9,10 - “ Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade”.
7. O SENHOR ri da criatura humana (Sl.21:4).
IV. DEUS GOVERNA OS ANJOS BONS E MAUS
1. Deus comanda os anjos (1Cr.21:15,27).
2. Deus usou um anjo para libertar Pedro (At.12:11).
3. Deus usou um anjo para revelar coisas a João (Ap.22:6).
4. Jesus dará ordem aos anjos (Mt.13:41; 24:31).
5. Deus controla os anjos maus.
6. Enviou um anjo mau contra Abimeleque (Jz.9:23).
7. Enviou outro para confundir Acabe (1Rs.22:23).
8. Enviou um anjo mau para atormentar Saul (1Sm.16:4).
9. Satanás precisou pedir consentimento a Jesus para “peneirar” Pedro (Lc.22:31).
10. Jesus ordenou e o Diabo se retirou (Mt.4:11).
CONCLUSÃO
1. Deus é Soberano no Governo das coisas inanimadas.
2. Deus é Soberano no Governo das criaturas irracionais.
3. Deus é Soberano no Governo dos filhos dos homens.
4. Deus é Soberano no Governo dos anjos bons.
5. Deus é Soberano no Governo dos anjos maus.

Deus é Soberano no seu Governo

Texto: Salmo 103:19
“O SENHOR tem estabelecido o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo”.
INTRODUÇÃO
1. Deus Precisa Governar o Mundo Material
1.1. Se Deus não governasse o mundo seria governado por leis naturais e pessoais (deísmo).
1.2. Não teríamos garantia para o futuro.
1.3. “O vento sopra onde quer...” (Jo.8:3)
1.4. O homem não pode domar o vento (Ec.11:5).
1.5. Ele pode transformar-se num furacão ou tufão.
1.6. Haveria uma inundação.
1.7. O homem estaria indefeso contra a força da natureza.
1.8. Que garantia teríamos de que não haveria outro dilúvio?
1.9. O que dizer dos terremotos?
2. Negue-se que Deus “Sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb.1:3) e perdemos qualquer senso de segurança.
Suponhamos que Deus entregou o governo do mundo às mãos de suas criaturas, que cada homem neste mundo é dotado de vontade absolutamente livre e que é impossível controlá-lo sem destruir sua liberdade. Se esse é o caso, não teríamos qualquer garantia de que a raça humana inteira não se suicidaria moralmente. Uma vez removidas as restrições divinas, deixando o homem absolutamente livre para fazer o que lhe agrada, logo desapareceriam todas as distinções éticas e o espírito de barbárie prevaleceria universalmente e o pandemônio reinaria supremo.
I. DEUS GOVERNA A MATÉRIA INANIMADA
1. Ele decretou “haja luz” e “houve luz” (Gn.1:3)
2. Ordenou às águas e elas obedeceram (Gn.1:9)
3. Deus falou e tudo se fez (Sl.33:9).
4. Mandou o dilúvio sobre a terra (Gn.6:17; 7:11,12).
5. Transformou a luz em trevas (Ex.10:11), o rio em sangue (Ex.7:14) e fez chover granizo sobre o Egito (Ex.9:13).
6. Jesus deu ordem aos ventos (Mc.4:39)
7. Deus usou a estrela para anunciar o nascimento de Jesus (Mt.2:9).
8. Deus governa a matéria inanimada
Salmos 147:15-18 - “O que envia o seu mandamento à terra; a sua palavra corre velozmente. O que dá a neve como lã; esparge a geada como cinza; O que lança o seu gelo em pedaços; quem pode resistir ao seu frio? Manda a sua palavra, e os faz derreter; faz soprar o vento, e correm as águas”.
9. Deus controla a terra, o ar, o fogo, a água, a neve, os ventos, os mares bravios (Am.4:7-10).
II. DEUS GOVERNA AS CRIATURAS IRRACIONAIS
1. Deus trouxe os animais para Adão das seus nomes (Gn.2:19)
2. Deus trouxe os animais para Noé na Arca (Gn.6:19,20).
3. Deus enviou pragas contra os egípcios: rãs (Ex.8:1), piolhos (Ex.8:16), moscas (Ex.8:20), gafanhotos (Ex.10:1).
4. Deus ordenou a morte do rebanho dos egípcios (Ex.9:1).
5. Deus guiou duas vacas para conduzir a Arca (1Sm.6).
6. Deus usou um corvo para sustentar Elias (1Rs.17:2-4).

III. DEUS GOVERNA OS FILHOS DOS HOMENS
1. Deus governa a vida humana: Atos 17:28 - “Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração”.
2. Deus dirige os planos humanos (Pv.16:1).
3. Deus dirige os passos do homem (Pv.16:9).
4. Deus dirige os desígnios humanos (Pv.19:21).
5. Deus dirige o coração do homem:
Provérbios 21:1 - “COMO ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer”.
6. Nenhum homem pode impedir Deus:
Jó 23:13 - “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem então o desviará? O que a sua alma quiser, isso fará”.
Sl.33:11 - “O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração”.
Pv.21:30 - “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o SENHOR”.
Isaias 14:27 - “Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?”
Isaias 46:9,10 - “ Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade”.
7. O SENHOR ri da criatura humana (Sl.21:4).
IV. DEUS GOVERNA OS ANJOS BONS E MAUS
1. Deus comanda os anjos (1Cr.21:15,27).
2. Deus usou um anjo para libertar Pedro (At.12:11).
3. Deus usou um anjo para revelar coisas a João (Ap.22:6).
4. Jesus dará ordem aos anjos (Mt.13:41; 24:31).
5. Deus controla os anjos maus.
6. Enviou um anjo mau contra Abimeleque (Jz.9:23).
7. Enviou outro para confundir Acabe (1Rs.22:23).
8. Enviou um anjo mau para atormentar Saul (1Sm.16:4).
9. Satanás precisou pedir consentimento a Jesus para “peneirar” Pedro (Lc.22:31).
10. Jesus ordenou e o Diabo se retirou (Mt.4:11).
CONCLUSÃO
1. Deus é Soberano no Governo das coisas inanimadas.
2. Deus é Soberano no Governo das criaturas irracionais.
3. Deus é Soberano no Governo dos filhos dos homens.
4. Deus é Soberano no Governo dos anjos bons.
5. Deus é Soberano no Governo dos anjos maus.

Deus é Soberano na Salvação

Texto: Romanos 11:33-36
“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém”.
INTRODUÇÃO
1. A Salvação pertence ao Senhor:
Jonas 2:9 - “Mas eu te oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento; o que votei pagarei. Do SENHOR vem a salvação”.
2. Deus salva do início ao fim:
Filipenses 1:6 - “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.”
I. DEUS É SOBERANO NA SALVAÇÃO DOS PECADORES DE CORAÇÃO DURO
1. Mas o Senhor não salva a todos. Por que?
2. É por que são por demais pecadores e depravados? Não!
1 Timóteo 1:15 - “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
3. Se Deus salvou o principal dos pecadores, ninguém é excluído por ser demais depravado. Então por que Deus não salva a todos?
4. Seria por que alguns têm o coração tão endurecido que não se deixam vencer? Não!
5. Deus tem pode para mudar um coração endurecido:
Ezequiel 11:19 - “E lhes darei um só coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne”.
6. Será que alguns são tão atrevidos, que Deus não os pode atrair para si?
Provérbios 21:1 - “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer.
1 Reis 18:37 - “Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu és o SENHOR Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração.”
Salmos 33:13-15 - “O SENHOR olha desde os céus e está vendo a todos os filhos dos homens. Do lugar da sua habitação contempla todos os moradores da terra. Ele é que forma o coração de todos eles, que contempla todas as suas obras.” (Veja Salmos 86:11).
Ezequiel 36:26,27 - “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.”
Deuteronômio 30:6 - “E o SENHOR teu Deus circuncidará o teu coração, e o coração de tua descendência, para amares ao SENHOR teu Deus com todo o coração, e com toda a tua alma, para que vivas.”
II. DEUS É SOBERANO NA MINHA PRÓPRIA SALVAÇÃO
Considere agora sua própria experiência.
1. Houve tempo em que você odiava a Cristo:
Lucas 19:14 - “Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.”
2. Houve tempo em que você não desejava ir a Cristo:
João 5:40 - “E não quereis vir a mim para terdes vida.”
3. Houve tempo em que você rejeitava a Cristo:
Jó 21:14,15 - “E, todavia, dizem a Deus: Retira-te de nós; porque não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos. Quem é o Todo-Poderoso, paraque nós o sirvamos? E que nos aproveitará que lhe façamos orações?
4. Mas agora você ama a Cristo! Por que?
1 Coríntios 15:10 - “Mas pela graça de Deus sou o que sou...”
5. Se Deus teve poder para subjugar a sua vontade e rebeldia e ganhar o seu coração (sem interferir na sua responsabilidade moral), então não poderia fazer o mesmo para com outras pessoas rebeldes?
6. É claro que sim!!!
7. Então por que você diz que Deus é incapaz de salvar os pecadores que não desejam receber a Cristo?
8. Talvez você argumente que um dia se dispôs a receber a Cristo, mas foi o Senhor quem lhe deu essa disposição:
Salmos 110:3 - “O teu povo será mui voluntário no dia do teu poder...”
Filipenses 2:13 - Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
III. DEUS É SOBERANO NA SALVAÇÃO DOS INCAPAZES
1. Por que não são salvos todos o que ouvem o evangelho?
2. Você creu! Seria porque você é mais capaz ou mais inteligente?
3. Os salvos não são mais capazes:
1 Coríntios 4:7 - “Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?”
4. Os salvos tem capacidade para entender, mas esta capacidade é devido a eleição:
1 João 5:20 - “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.”
IV. DEUS É SOBERANO NA SALVAÇÃO DOS INCRÉDULOS
1. Por que alguns não crêem? Não querem ou não podem crer?
2. Porque não querem:
João 5:40 - “E não quereis vir a mim para terdes vida.”
3. Porque não podem:
2 Tessalonicenses 3:2 - “...porque a fé não é de todos.”
4. Quem podem crer?
5. Os eleitos de Deus:
Tito 1:1 - “a fé dos eleitos de Deus”.
6. Crêem porque foram eleitos (não são eleitos porque crêem!):
Atos 13:48 - “...e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna.”

CONCLUSÃO
Esta doutrina te deixa indignado e te faz murmurar?
1. Deus é Soberano para amar a quem Ele quer:
Mateus 20:15 - “Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?”
2. Deus é Soberano para condenar os pecadores:
Provérbios 16:4 - “O SENHOR fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal.”
3. Você acha que Deus é injusto?
Romanos 9: 14-16 - Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.”
4. Você ainda murmura contra Deus?
Romanos 9:20,21 - “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?”
Isaias 45:9,10 - “Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos? Ai daquele que diz ao pai: Que é o que geras? E à mulher: Que dás tu à luz?”

Deus Pai é Soberano na Salvação

Texto: Romanos 9:1-33
INTRODUÇÃO
1. Romanos 9 é a passagem mais clara sobre a Soberania de Deus.
2. O arminianos dizem que a passagem não defende a eleição soberana de Deus, mas a eleição de Israel.
3. Mas Paulo usa a eleição de Israel para ilustrar a eleição soberna de Deus na escolha de judeus e gentios (Rm.9:24, 30-32).
PROPOSIÇÃO: DEUS PAI É SOBERANO NA SALVAÇÃO
I. PORQUE ELE É O OLEIRO
1. Não há diferença entre os eleitos e não-eleitos: Tanto os “vasos da ira” (9:22) quanto os “vasos de misericórdia” (9:23) foram preparados da mesma massa (9:21).
Efésios 2:3 - “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.”
2. É Deus quem decide o destino final de cada criatura:
2.1. O Oleiro tem poder para fazer “vaso para deshonra” (9:21).
Ele fez “vasos de ira” e os “preparou para a perdição” (9:22).
Provérbios 16:4 - “O SENHOR fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal.”
2.2. Deus fez “vasos para honra” e os preparou de antemão:
“Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou.” (9:23).
3. A criatura não pode discutir com Deus:
3.1. A criatura não pode resistir a vontade de Deus (9:19).
3.2. A criatura não pode questionar Deus (9:20).
Isaias 45:9 - “Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos?” (Isaias 10:15).
II. PORQUE ELE OPERA A FÉ NOS ELEITOS
1. O ato de crer é conseqüência do decreto eletivo e não causa:
Atos 13:48 - “E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna.”
Atos 18:27 - “Querendo ele passar à Acaia, o animaram os irmãos, e escreveram aos discípulos que o recebessem; o qual, tendo chegado, aproveitou muito aos que pela graça criam.”
Filipenses 1:29 - “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele.”
Romanos 12:3 - “Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.”
Atos 3:16 - “E pela fé no seu nome fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; sim, a fé que vem por ele, deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde.”
1 Pedro 1:21 - “E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.”
Romanos 4:16 - “Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós.”
1 Coríntios 15:10,11 - “Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo. Então, ou seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim haveis crido.”
2. Cremos porque somos eleitos:
Deus não nos escolheu porque previu fé em nós. A fé é dom de Deus; o pecador não pode crer se Deus não lhe conceder fé. Portanto não fomos eleitos porque cremos, mas cremos porque fomos eleitos.
III. PORQUE ELE OPERA PELA GRAÇA NOS ELEITOS
1. Graça que reina:
Romanos 11:4-6 - “Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal. Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça. Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra.”
1.2. O verbo reservei, no grego kataleipo “enfatiza o pensamento de que o remanescente é preservado por Deus para si mesmo, para seu propósito gracioso.” (Chave Linguística do NT Grego, pg.274).
1.2. Assim como houve um remanescente fiel nos dias de Elias, também há na presente dispensação.
1.3. Houve um remanescente “segundo a eleição da graça”: Deus elegeu este remanescente com base em sua graça e não nas boas obras ou na fé prevista. Se fosse fé prevista no homem, então o mérito seria do homem que crê, e, portanto, seria por obras, e se fosse por obras a graça já não seria graça!
1.4. Graça e obras não se misturam, são como água e óleo. A eleição é, portanto, absolutamente gratuita!
2. Graça que chama eficazmente:
1 Coríntios 1:26-29 - “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se glorie perante ele.”
2.1. Três vezes esta passagem fala da escolha feita por Deus.
2.2. Uma escolha pressupõe uma seleção:
Uma seleção pressupõe um número. A quantidade dos escolhidos é determinada: “não são muitos... nem muitos...”.
2.3. Uma seleção também pressupõe “quem?”: Deus escolheu “as coisas loucas deste mundo”. Por que? Para engrandecer a sua graça! Não somente os pensamentos de Deus, mas também os seus caminhos estão em total contraste com os do homem (Is.55:8,9). A mente carnal suporia que a seleção seria entre as fileiras dos opulentos e influentes, dos admirados e cultos, de tal modo que o cristianismo teria merecido a aprovação e os aplausos do mundo, com sua ostentação e glória carnais. Entretanto, “o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” (Lc.16:15).
2.4. Deus não escolheu os egípcios nem os gregos, com seu alto nível de civilização e cultura. A “menina dos olhos de Deus” (Zc.2:8) foi o desprezado povo hebreu (Dt.7:7).
3. Graça que salva segundo o seu propósito e beneplácito:
Efésios 1:3-5 - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.”
Efésios 1:11 - “Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade.”
3.1. O propósito da eleição: “para que fôssemos santos e irrepreensíveis... para filhos de adoção...” (1:4,5), e para que fôssemos “feito herança” (1:11).
3.2. O motivo da eleição: o amor e o beneplácito de Deus: “...nos elegeu nele... em amor” (1:4). “...nos predestinou... segundo o beneplácito de sua vontade” (1:5).
Efésios 2:7 - “Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.”
4. Graça que elege para a salvação:
2 Tessalonicenses 2:13 - “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do SENHOR, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade.”
4.1. Eleitos para quê? O texto diz “elegidos... para a salvação”. Não se trata de eleição para serviços e ministérios específicos, mas para a salvação.
4.2. Eleitos como? O texto diz “...em santificação do Espírito, e fé da verdade.” Deus emprega meios para salvar. O meio é a “fé na verdade”. É errada a idéia de que Deus salvará o perdido, quer ele queira ou não, quer ele creia ou não.
4.3. O mesmo Deus que predestinou o fim, também indicou os meios. O mesmo Deus que elegeu para a salvação, também decretou que seu propósito salvífico seja realizado através da obra de santificação do Espírito e fé na verdade.
5. Graça que nos foi dada na eternidade:
2 Timóteo 1:9 - “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos.”
5.1. A salvação não vem pelas nossas obras, mas “...segundo o seu próprio propósito e graça”.
5.2. Esta graça nos foi dada “antes dos tempos eternos”. Antes de criar o universo e os seres-humanos Deus escolheu aqueles que quis, antes mesmo de praticarem qualquer obra.

6. Graça predestinadora:
1 Pedro 1:2 - “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.”
6.1. A eleição precede a obra do Espírito Santo e precede a obediência que os eleitos prestam mediante a fé: “Eleitos... para a obediência...”.
6.2. Somente os eleitos recebem os benefícios da morte de Cristo: “Eleitos... para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo...”
6.3. Eleitos segundo a presciência de Deus: A presciência não se refere ao conhecimento prévio de todas as coisas. Simplesmente significa que os santos estavam todos eternamente presentes em Cristo, na mente de Deus. Em Cristo todos os eleitos foram conhecidos. O que Deus previu nos homens foi amor ao pecado e ódio contra sua pessoa divina e sua natureza santa (Lc.18:8; Jo.15:18).
6.4. A predeterminação vem antes da presciência:
Atos 2:23 - “A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos.” Deus elegeu Cristo para morrer por que Ele previu que Jesus morreria? Claro que não! Deus previu que Cristo morreria porque Ele havia determinado sua morte. Note que o “determinado conselho” de Deus vem primeiro que a “presciência de Deus”.
Romanos 8:28,29 - “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.” Este testo também ensina que a predestinação vem antes da presciência de Deus, porque o advérbio “porque” do v.29, diz respeito ao verso anterior que fala “daqueles que são chamados segundo o seu propósito”.
6.5. A presciência de Deus não é “conhecimento prévio”, mas “conhecimento com aprovação e amor”: “Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido dele.” (1Co.8:3). Deus conhece todos os homens, inclusive o soberbos: “Ainda que o SENHOR é excelso, atenta todavia para o humilde; mas ao soberbo conhece-o de longe.” (Sl.138:6). Mas a Bíblia diz que Ele “conhece [ama] o caminho dos justos” (Sl.1:6). “Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus...” (Gl.4:9).
O verbo “conhecer” tem o sentido de “conhecer intimamente”, “amar” (Gn.4:1; Gn.24:16; Dt.9:24).
6.7. Em Gênesis 18:19 o verbo “conhecer” vem do hebraico (Strong = 03045 yada), e significa “escolher”. Tanto a ACF quanto a ARC traduziram este verbo como “conhecer”, mas a ARA o traduziu como“escolher”: “Porque eu o escolhi...”. Então conhecer é sinônimo de “escolher”, “amar”.
CONCLUSÃO
1. Por quê Deus escolheu alguns para salvação?
2. Foram escolhidos porque eram bons? Não (Lc.18;19).
3. Foram escolhidos porque tinham praticado boas obras? Não (Rm.3:12).
4. Foram escolhidos porque buscaram a Deus? Não (Rm.3:11).
5. A causa da escolha feita por Deus se encontra em si mesmo, e não nos objetos de sua escolha.
6. O propósito de Deus em salvar alguns foi dado em Cristo Jesus “antes dos tempos eternos”; muito antes de terem sido criados, os eleitos de Deus já estavam presentes em sua mente, tendo sido “conhecidos de antemão” por Ele, isto é, já constituíam objetos definidos de seu amor eterno.
Texto: João 10:11-16
“(11) Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. (12) Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. (13) Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas. (14) Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. (15) Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. (16) Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor”.
1. O Universalismo Real diz que Cristo morreu por todos e que todos sem excessão serão salvos.
2. O Universalismo Hipotético diz que Cristo morreu por todos, mas que sua morte não tem efeito salvador sem a adição de fé e arrependimento, não previstos na sua morte. Em outras palavras, Cristo teria morrido com o propósito geral de tornar a salvação possível, mas a salvação de indivíduos específicos não estava incluída na sua morte. Diz-se que A morte de Cristo é suficiente para todos, mas eficiente para os eleitos.
3. A Redenção Limitada, também chamada Redenção Particular ou Expiação Limitada (defendida pela Reforma) diz que a morte de Cristo é infinita no seu valor, mas só visava salvar alguns, aqueles que foram conhecidos de antemão.
4. Por quem Cristo morreu? Por todos ou somente pelos eleitos?
5. Qual foi o propósito da morte de Cristo? Prover salvação para todos ou somente para os eleitos?
6. Cristo morreu para possibilitar a salvação de toda a humanidade ou assegurar a salvação dos eleitos?
PROPOSIÇÃO: SOBERANIA DE CRISTO NA SALVAÇÃO, POR ISSO TODAS AS BÊNÇÃOS (EF.1:3) RESULTANTES DE SUA MORTE SÃO CONCEDIDAS ÀQUELES POR QUEM ELE MORREU (RM.8:32)
I. O Fruto de seu Trabalho é Eficiente
1. Cristo morreu pela posteridade:
Isaias 53:10 - “...expiação pelo pecado, verá a sua posteridade...”
2. A Obra do Senhor prosperará na sua mão:
Isaias 53:10 - “...o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão...”
3. Cristo ficou satisfeito:
Isaias 53:11 - “...verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito...”
Mateus 7:14 - “...estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.”
Cristo ficaria satisfeito com poucas almas que se salvam? Ele ficou satisfeito porque todos por quem Ele morreu serão salvos:
João 17:12 - “Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.”
4. Justificará aqueles por quem morreu:
Isaias 53:11 - “...o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.”
Romanos 5:18,19 - “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens [incluindo Cristo] para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores [exceto Cristo], assim pela obediência de um muitos serão feitos justos [os eleitos].”
5. Cristo morreu pelo seu povo (Israel e Igreja):
Isaias 53:8 - “...pela transgressão do meu povo ele foi atingido.”
Mateus 1:21 - “...porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.”
Lucas 1:68 - “Bendito o Senhor Deus de Israel, Porque visitou e remiu o seu povo.”
6. Cristo morreu pela Igreja:
Atos 20:28 - “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.”
João 11:49-52 - “E Caifás, um deles que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis, Nem considerais que nos convém que um homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação [Israel]. Ora ele não disse isto de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação [Israel]. E não somente pela nação, mas também para reunir em um corpo os filhos de Deus [Igreja] que andavam dispersos.”
7. Cristo morreu pelas ovelhas de Israel e Igreja:
João 10:16 - “Ainda tenho outras ovelhas [gentios/Igreja]que não são deste aprisco [Israel]; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.”
8. A Morte de Cristo foi demonstração de amor pelos eleitos:
João 13:1 - “...havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.”
João 17:19,20 - “E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim.”
II. SUA MORTE ANIQUILOU O PECADO
1. Cristo não morreu para possibilitar o perdão dos pecados, mas para aniquilar o pecado:
Hebreus 9:26 - “...agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.”
2. A morte de Cristo é propiciatória e aplacou a ira de Deus
A ira de Deus foi aplacada e sua justiça satisfeita em favor daqueles por quem Cristo morreu:
João 3:36 - “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.”
1 João 2:2 - “E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”
III. SUA MORTE ANIQUILOU A CONDENAÇÃO
1. Cristo morreu como Substituto:
Jesus tomou o lugar do pecador. Se Ele tomou o lugar de todos os pecadores, então a dívida de todos os pecadores foi paga.
2. Cristo se deu como Resgate:
Se Cristo pagou o pecado de todos, porque os pecadores condenados pagarão novamente por seus pecados no lago de fogo? Deus não pode exigir duas vezes, uma do Fiador, outra do pecador, o pagamento da dívida.
3. Cristo não levou sobre si o pecado de todos:
João 8:21 - “...morrereis no vosso pecado...”
4. Cristo não não se fez maldição por todos:
Mateus 25:41 - “...apartai-vos de mim, malditos, para o fogo...”
IV. CRISTO INTERCEDE PELOS ELEITOS
1. Cristo intercede somente pelos seus:
João 17:2 - “Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.”
João 17:9 - “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.”
Hebreus 7:25 - “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”
Hebreus 9:24 - “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus.”
2. Cristo Intercede somente por seu Povo (Israel e Igreja):
2.1. Israel: Arão o sacerdote entrava perante Deus com os nomes das doze tribos de israel, e rogava por ele, não por todas as nações.
2.2. Igreja: Jesus não intercede por todos:
Romanos 8:33,34 - “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.”
V. CRISTO MORREU POR TODOS SEM DISTINÇÃO
1. Todos “sem distinção” e não todos “sem excessão”:
2 Coríntios 5:14 - “...se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”
Cristo não é Mediador de todos os homens, então Ele se deu por todos aqueles pelos quais Ele é Mediador. Ele não é Mediador do homem, mas dos homens:
1 Timóteo 2:5,6 - “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos...”
2. Cristo não faz diferença [acepção] de pessoas (Dt.10:17; Rm.2:11):
Romanos 3:22 - “Isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que crêem; porque não há diferença.”
1 Pedro 1:2 - “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.
Mt.26:28 - Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.”
3. Cristo faz acepção “espiritual” entre eleitos e não-eleitos:
Gênesis 18:25; Êxodo 8:23; Êxodo 11:7; Malaquias 3:18
Romanos 1:16 - “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.”
4. Significado da palavra “Todos” e “Mundo”:
Todos significa todas as classes de pessoas. Marcos diz que todos eram batizados por Cristo (Mc.1:5; Lc.3:21), mas Lucas diz que muitos rejeitaram o batismo (Lc.7:30). Todo o povo ia com Ele (Jo.8:2). Paulo teria que testemunhar a todo homem (At.22:15).
Hebreus 2:9 - “...para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.” No grego não existe a palavra “homem”.
1 João 2:2 - “E ele é a propiciação pelos nossos pecados [judeus], e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo [gentios/Igreja].
CONCLUSÃO
1. Cristo veio salvar os pecadores, mas não todos (1Tm.1:15).
2. Cristo veio libertar os eleitos do mundo mau (Gl.1:4).
3. Cristo veio tornar os eleitos pessoas puras e santas e zelosas de boas obras (Tt.2:14).
4. Cristo veio justificar e trazer paz aos os eleitos de Deus (Rm.5:1).
5. Cristo veio perdoar e justificar (Rm.3:24).
6. Cristo veio purificar e santificar os eleitos (Hb.9:14).
7. Cristo se fez pecado pelos eleitos para que eles fossem feitos justiça (2Co.5:21).
8. Se Cristo morreu pelo pecado de todos, por que não estão [ou serão] todos livres do pecado? Por causa da incredulidade deles? Não, porque a incredulidade é um pecado!

Deus é Soberano sobre a Vontade Humana

Texto: Romanos 11:36
“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.”
I. SOBRE A VONTADE HUMANA DOS JUSTOS
1.1 Sobre os eleitos Deus exerce poder vivificante
1. Deus ressuscita os mortos espirituais:
Efésios 2:5 - “Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo...”
Colossenses 2:13 - “E, quando vós estáveis mortos nos pecados, e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas.”
2. Deus concede sua natureza divina:
2 Pedro 1:4 - “Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.”
3. Sem a natureza divina, comunicada no novo nascimento, é impossível a qualquer homem gerar um impulso espiritual, formar um conceito espiritual, ter pensamento espiritual, entender realidades espirituais, e, muito menos ainda dedicar-se a obras espirituais:
Lucas 6:43-45 - “Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos. O homem bom [Lc.18:19; Rm.3:10-18; Mt.7:11], do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca.”
Tiago 3:11,12 - “Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.”
Jeremias 13:23 - “Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal.”
4. Deus transporta para o reino da luz:
Colossenses 1:13 - “O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.”
2.1 Sobre os eleitos Deus exerce poder dinamizante
Efésios 1:18,19 - “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos; E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder.”
Efésios 3:16 - “Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados [fortalecidos] com poder pelo seu Espírito no homem interior.”
Isaias 40:29 - “Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.”
Miquéias 3:8 - “Mas eu estou cheio do poder do Espírito do SENHOR, e de juízo e de força, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado.”
Atos 1:8 - “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”
Atos 4:33 - “E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.”
1Coríntios 2:4 - “A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder.”
3.1 Sobre os eleitos Deus exerce poder orientador
Salmo 48:14 - “Porque este Deus é o nosso Deus para sempre; ele será nosso guia até à morte.”
Efésios 2:10 - “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”
Isaías 26:12 - “SENHOR, tu nos darás a paz, porque tu és o que fizeste em nós todas as nossas obras.”
Salmo 90:17 - “E seja sobre nós a formosura do SENHOR nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.”
4.1 Sobre os eleitos Deus exerce poder preservador
Salmo 97:10 - “Vós, que amais ao SENHOR, odiai o mal. Ele guarda as almas dos seus santos; ele os livra das mãos dos ímpios.”
Salmo 37:28 - “Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma alguma para fazer o mal.”
Salmo 145:20 - “O SENHOR guarda a todos os que o amam; mas todos os ímpios serão destruídos.”
Os crentes perseveram porque Deus os preserva!
1 Pedro 1:5 - “Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo.”
Judas 25,26 - “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre. Amém.”
II. SOBRE A VONTADE HUMANA DOS INJUSTOS
1. Sobre os ímpios Deus exerce poder restringidor
Gênesis 20:6 - “E disse-lhe Deus em sonhos: Bem sei eu que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso não te permiti tocá-la.”
Gênesis 37:20 - “Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos.”
Gênesis 45:8 - “Assim não fostes vós que me enviastes para cá, senão Deus, que me tem posto por pai de Faraó, e por senhor de toda a sua casa, e como regente em toda a terra do Egito.”
Números 23:8,20 - “(8) Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa? E como denunciarei, quando o SENHOR não denuncia? (20) Eis que recebi mandado de abençoar; pois ele tem abençoado, e eu não o posso revogar.”
2. Sobre os ímpios Deus exerce poder suavizante
Gênesis 39:3,4,21 - “(3) Vendo, pois, o seu senhor que o SENHOR estava com ele, e tudo o que fazia o SENHOR prosperava em sua mão, (4) José achou graça em seus olhos, e servia-o; e ele o pôs sobre a sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha. (21) O SENHOR, porém, estava com José, e estendeu sobre ele a sua benignidade, e deu-lhe graça aos olhos do carcereiro-mor.”
Atos 7:10 - “E livrou-o de todas as suas tribulações, e lhe deu graça e sabedoria ante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa.”
Êxodo 2:6 - “E abrindo-a, viu ao menino e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele, e disse: Dos meninos dos hebreus é este.”
Gênesis 33:4 - “Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram.”
Ester 4:16 - “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci.”
Ester 5:2 - “E sucedeu que, vendo o rei à rainha Ester, que estava no pátio, alcançou graça aos seus olhos; e o rei estendeu para Ester o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a ponta do cetro.
Daniel 1:9 - “Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.”
Provérbios 21:1- “COMO ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer.”
Esdras 1:1,2 - “NO primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá.”
Esdras 7:27 - “Bendito seja o SENHOR Deus de nossos pais, que tal inspirou ao coração do rei, para ornar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém.”
3. Sobre os ímpios Deus exerce poder orientador
Isaias 10:5-7 - “Ai da Assíria, a vara da minha ira, porque a minha indignação é como bordão nas suas mãos. Enviá-la-ei contra uma nação hipócrita, e contra o povo do meu furor lhe darei ordem, para que lhe roube a presa, e lhe tome o despojo, e o ponha para ser pisado aos pés, como a lama das ruas. Ainda que ele não cuide assim, nem o seu coração assim o imagine; antes no seu coração intenta destruir e desarraigar não poucas nações.”
4. Deus endurece o coração dos ímpios e lhes cega as mentes
Salmo 105:25 - “ Virou o coração deles [Egito] para que odiassem o seu povo, para que tratassem astutamente aos seus servos.”
Êxodo 4:21 - “E disse o SENHOR a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu lhe endurecerei o coração, para que não deixe ir o povo.”
Romanos 9:17 - “Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.”
Êxodo 14:17,18 - “E eis que endurecerei o coração dos egípcios, e estes entrarão atrás deles; e eu serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavaleiros, E os egípcios saberão que eu sou o SENHOR, quando for glorificado em Faraó, nos seus carros e nos seus cavaleiros.”
Deuteronômio 2:30 - “Mas Siom, rei de Hesbom, não nos quis deixar passar por sua terra, porquanto o SENHOR teu Deus endurecera o seu espírito, e fizera obstinado o seu coração para to dar na tua mão, como hoje se vê.”
Josué 11:19,20 - “Não houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeom; por guerra as tomaram todas. Porquanto do SENHOR vinha o endurecimento de seus corações, para saírem à guerra contra Israel, para que fossem totalmente destruídos e não achassem piedade alguma; mas para os destruir a todos como o SENHOR tinha ordenado a Moisés.”
João 12:37-40 - “E, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele; Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: SENHOR, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? Por isso não podiam crer, então Isaías disse outra vez: Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure.”
2 Tessalonicenses 2:11 - “ E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira.”

Deus é Soberano na Oração

Texto: 1ª João 5:14
“E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.”
INTRODUÇÃO
1. Há uma tendência universal de elevar a criatura e rebaixar o Criador
2. Esta tendência também se vê na oração
3. Fala-se muito no elemento humano, que temos que reivindicar as promessas
4. Não há lugar para as exigências, para os direitos e para a glória de Deus
5. Afirma-se que a oração muda as coisas, pode modificar Deus; pode mover o céu! Mentira!
6. Porque Deus é Soberano Absoluto:
1 Samuel 2:6-8 - “O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela. O SENHOR empobrece e enriquece; abaixa e também exalta. Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do SENHOR são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo.”
7. A oração não muda o propósito de Deus
8. O propósito de Deus ocorrerá mesmo sem a nossa oração
9. Deus não irá mudar seu propósito porque Ele é imutável:
Tiago 5:17 - “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.”
Malaquias 3:6 - “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”
10. O propósito divino é sábio
Romanos 11:33-36 - “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.”
11. O propósito divino é eterno (Ef.3:11)
Salmo 119:142 - “A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade.”
Salmo 119:144 - “A justiça dos teus testemunhos é eterna; dá-me inteligência, e viverei.”
Salmo 148:6 - E os confirmou eternamente para sempre, e lhes deu um decreto que não ultrapassarão.
Eclesiastes 3:14 - Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.
Isaias 14:24-27 - O SENHOR dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará. Quebrantarei a Assíria na minha terra, e nas minhas montanhas a pisarei, para que o seu jugo se aparte deles e a sua carga se desvie dos seus ombros. Este é o propósito que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem pois a fará voltar atrás?”
12. Nossas orações é que devem estar de acordo com o propósito divino
1 João 5:14 - “E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.”
13. Deus decretou os fins e os meios. Se Deus decretou um fato e que Ele ocorra através da oração de petição, Ele efetuará o fato, mas também concederá espírito de súplica. Lutero disse: “A oração não visa a vencer a relutância de Deus, mas a aprender-lhe a disposição favorável.”
I. A ORAÇÃO TEM O PROPÓSITO DE TRAZER HONRA A DEUS
1. Pelo reconhecimento de seu domínio universal
2. Pelo reconhecimento de sua bondade, poder, imutabilidade, graça e soberania
3. Pelo reconhecimento de ser Ele o Autor de toda dádiva boa e perfeita.
II. A ORAÇÃO TEM O PROPÓSITO DE CUMPRIR A VONTADE DIVINA
1. A vontade dele é que cresçamos na graça:
2 Pedro 3:18 - “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.”
2. A vontade dele é que nos humilhemos perante Deus:
Tiago 4:10 - “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.”
1 Pedro 5:5-7 - “Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte; Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.”
3. A vontade dele é que cheguemos à presença de Deus:
Hebreus 4:16 - “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça...”
4. A vontade dele é que exercitemos nossa fé:
Hebreus 10:22 - “Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé...”
5. A vontade dele é que o nosso amor seja fortalecido:
Salmo 116:1 - “Amo ao SENHOR, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica.”
6. A vontade de Deus é que sejamos cooperadores de sua obra:
1 Coríntios 2:5-9 - “Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus. Todavia falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam; Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória. Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam.”
9. Paulo orava pelo seu povo (Rm.10:1), mesmo sabendo que muitos não iriam salvar-se. Por quê? Porque Paulo orava pela salvação dos eleitos:
Romanos 10:1 - “Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação.”
Romanos 11: 1-6 - “Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo: Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma? Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos a Baal. Assim, pois, também agora neste tempo ficou um remanescente, segundo a eleição da graça. Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra.”
III. A ORAÇÃO TEM O PROPÓSITO DE CONCEDER BENÇÃOS
1. Mas se todas as coisas vêm “dele e por meio dele e para ele” (Rm.11:36), então por quê orar?
2. Se tudo já foi determinado, então para que orar?
3. Igualmente perguntamos: Qual é a necessidade de chegar-se alguém a Deus para dizer-lhe aquilo que Ele já sabe?
4. A oração não tem o propósito de dar informações a Deus, mas expressar nosso reconhecimento de que Ele sabe o que precisamos:
Mateus 6:8 - “Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.”
5. O desígnio da oração é este: ela não tem o propósito de alterar a vontade de Deus, mas antes que ela seja cumprida.
6. Cristo sabia que seria exaltado pelo Pai, mas mesmo assim orou:
João 17:5 - “E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.”
7. A vontade de Deus é imutável, e não pode ser alterada por nossos clamores. Nem as orações mais fervorosas podem alterá-la:
Jeremias 15:1 - “Disse-me, porém, o SENHOR: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não estaria a minha alma com este povo...”
CONCLUSÃO
1. As crenças populares reduzem Deus à função de servo, cumprindo nossas ordens que enviamos através da oração.
2. O que necessitamos é que Deus nos encha o coração com seus pensamentos, e então os seus desejos serão nossos, e assim pediremos de acordo com sua vontade, e seremos ouvidos.
3. Rogar algo a Deus “em nome de Jesus” significa rogar-lhe algo em sintonia com sua vontade, ou com a natureza de Cristo.
4. Pedir “em nome de Cristo” é como se o próprio Cristo estivesse fazendo a petição.
5. Só podemos pedir a Deus aquilo que Cristo pediria.
6. Quando rogamos pela salvação de um pecador, estamos reconhecendo a soberania divina! “Um calvinista é arminiano de pé, e um arminiano é calvinista de joelhos, porque os calvinistas apelam para a vontade do homem e sua escolha quando pregam, e os arminianos reconhecem que tudo depende de Deus quando oram. Devemos orar como se tudo dependesse de Deus, e pregar como se tudo dependesse do homem.” (Reverendo Samuel Falcão, Predestinação, Casa Editora Presbiteriana, São Paulo, 1981, p.26).
7. Quando oramos pela salvação de alguém, um pecador morto em delitos e pecados, estamos pedindo a Deus que o ressuscite espiritualmente. Se pudéssemos ressuscitar mortos, nós mesmos converteríamos os pecadores, e não haveria necessidade de rogarmos a Deus.
8 Vejamos o que J. I. Packer diz sobre a oração:
“Você ora pedindo a conversão de outras pessoas. Porém segundo quais termos você intercede por elas? Você limita-se a pedir que Deus as leve a um ponto em que possam salvar-se a si mesmas, independentemente dele? Não penso que você costuma fazer isso. Penso que o que você faz é orar, em termos categóricos, que Deus queira, de maneira simples e decisiva, salvar as pessoas; que Ele queira abrir os olhos do entendimento delas, abrandando os seus corações, renovando a natureza delas, e impulsionando suas vontades para que recebam o Salvador. Você pede que Deus opere nas pessoas tudo quanto for necessário para a salvação delas. Você nem pensaria em salientar, em sua oração, que você não está realmente pedindo de Deus que Ele leve as pessoas à fé, por reconhecer que isso é algo que Ele não pode fazer. Nada de coisas dessa ordem! Quando alguém ora em favor de pessoas não-convertidas, ora com base no pressuposto que está ao alcance do poder de Deus levar os pecadores à fé. E implora a Deus para que ele faça precisamente isso, e a sua confiança, na oração, repousa sobre a certeza de que Ele é poderoso para fazer o que lhe é pedido. E realmente Ele é poderoso para isso. Aquela convicção, que anima as nossas intercessões, é a própria verdade de Deus, escrita em nossos corações pelo Espírito Santo. Quando você ora, portanto, você sabe que Deus é quem salva; você sabe que o que faz os homens voltarem-se para Deus é a própria atuação graciosa de Deus que os atrai a si. E quando você ora, o conteúdo das suas orações é determinado por esse conhecimento. Portanto, pela sua prática de intercessão, não menos do que pelas suas ações de graças por sua conversão, você reconhece e confessa a soberania da graça de Deus. E o mesmo fazem todos os crentes, em todo lugar.” (J. I. Packer, Evangelismo e Soberania de Deus, Fiel, p.15).

Nossa Atitude diante da Soberania de Deus

Texto: Lucas 10:21,22
“Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve. Tudo por meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”
INTRODUÇÃO
1. Estudaremos hoje a aplicação prática desta doutrina em nossas vidas.
2. Jesus é o exemplo máximo. Ele não rejeitou a doutrina, mas se alegrou com ela!
3. Esta doutrina nos informa, mas também nos inspira.
4. Não foi dada para satisfazer nossa vã curiosidade, mas para edificar nossas vidas.
5. A Soberania de Deus significa a Divindade de Deus. Quando falamos da soberania de Deus, queremos dizer muito mais do que o exercício do seu poder. Quando colocamos esse poder em cheque, colocamos em dúvida a própria divindade de Deus. Reconhecer a soberania de Deus é reconhecer o próprio Deus Soberano!
QUAL DEVE SER NOSSA ATITUDE DIANTE DA SOBERANIA DE DEUS?
I. NOSSA ATITUDE DEVE SER DE PIEDOSO TEMOR
1. Por que, hoje em dia, as grande maioria das pessoas se despreocupam com as realidades espirituais, amando os prazeres, ao invés de amar a Deus?
2. Por que o desafio contra o céu vai se tornando cada vez mais evidente, mais desenfreado, mais ousado?
3. Por que a autoridade da Escritura tem sido tão deploravelmente rebaixada?
4. Por que até mesmo entre aqueles que professam pertencer ao Senhor há tão pouca submissão à sua palavra, sendo seus preceitos estimados como coisa de pouca importância, e deixados de lado?
5. Eis a resposta: Porque não há temor de Deus!
Romanos 3:18 - “Não há temor de Deus diante de seus olhos.”
6. Deus precisa ser temido!
7. Os não salvos precisam temer a Deus
8. Os salvos precisam temer a Deus:
9. A Bíblia ordena que temamos os homens superiores a nós. Por que não temeríamos a Deus que é superior aos homens?
Efésios 6:5 - “Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor...”
Filipenses 2:12 - “De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor.”
10. Houve época na qual era costume descrever o crente como “homem temente a Deus”. Infelizmente esse costume tornou-se quase extinto!
11. A falta de temor é resultado da rejeição da doutrina da soberania de Deus!
12. Precisamos proclamar a pleno pulmões a doutrina da soberania de Deus.
13. Deus se compadecerá de nós:
Salmo 103:13 - “Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece daqueles que o temem.”
14. Deus olhará para nós:
Isaias 66:2 - “Porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra.
15. Devemos obedecer a Escritura:
1 Pedro 2:17 - “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei
II. NOSSA ATITUDE DEVE SER DE OBEDIÊNCIA IMPLÍCITA
1. O homem se considera auto-suficiente
2. O homem natural está cheio de orgulho e rebeldia
3. O remédio para essa doença é uma visão correta da Soberania de Deus
4. Faraó não queria obedecer a Deus.
Êxodo 5:2 - “Mas Faraó disse: Quem é o SENHOR, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir Israel.
5. Faraó achava que Deus era apenas mais um deus entre muitos, destituído de poder, que não necessitava ser temido e obedecido.
6. A rebeldia de Faraó era fruto de sua ignorância quanto à majestade, autoridade e soberania do ser divino.
7. Uma visão de Deus e de sua soberania produzirá a obediência.
8. Jó teve uma visão correta de Deus e isso mudou sua atitude:
Jó 42:5,6 - “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”
9. Isaias também teve uma visão de Deus:
Isaias 6:5 - “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos.”
10. O mesmo ocorreu com Daniel:
Daniel 10:6-9 - “E o seu corpo era como berilo, e o seu rosto parecia um relâmpago, e os seus olhos como tochas de fogo, e os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como a voz de uma multidão. E só eu, Daniel, tive aquela visão. Os homens que estavam comigo não a viram; contudo caiu sobre eles um grande temor, e fugiram, escondendo-se. Fiquei, pois, eu só, a contemplar esta grande visão, e não ficou força em mim; transmudou-se o meu semblante em corrupção, e não tive força alguma. Contudo ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo o som das suas palavras, eu caí sobre o meu rosto num profundo sono, com o meu rosto em terra.”
III. NOSSA ATITUDE DEVE SER DE TOTAL RESIGNAÇÃO [RENÚNCIA]
1. O reconhecimento da Soberania de Deus excluirá toda murmuração.
2. É natural que queixemos, que lamentemos, quando somos privados de coisas que nos apegamos. Somos propensos a considerar que nossos bens nos pertencem.
3. Quando nossos planos são bem sucedido achamos que temos o direito de conservá-lo.
4. Quando temos uma família feliz achamos que nenhum poder tem o direito de penentrar o círculo familiar e abater um ente querido.
5. O instinto perverso do coração humano é clamar contra Deus.
6. Aquele, porém, que reconhece a Soberania de Deus, cala tais queixas, curva-se perante a vontade divina, reconhecendo que Deus não o afligiu tão gravemente quanto ele merece.
7. O verdadeiro reconhecimento da Soberania de Deus admitirá o perfeito direito que Deus tem de fazer conosco o que bem quiser.
8. O crente espiritual dirá: “não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn.18:25).
9. Frequentemente há luta, porque a mente carnal permanece no crente até o fim de sua peregrinação na terra. Mas, embora lhe haja um conflito no peito, ainda assim, aquele que aceitou essa bendita verdade logo passará a ouvir aquela voz interior lhe falando “acalma-te, emudece” (Mc.4:39), e a tempestade que ruge em seu interior se aquietará, e a alma submissa elevará seus olhos, lacrimosos, é verdade, mas confiantes, aos céus e dirá: “Seja feita a tua vontade”.
10. Um exemplo dessa atitude temos em Eli, quando ouviu a terrível notícia sobre as vontade do Senhor:
1 Samuel 3:18 - “Então Samuel lhe contou todas aquelas palavras, e nada lhe encobriu. E disse ele: Ele é o SENHOR; faça o que bem parecer aos seus olhos.”
11. Jó também teve uma atitude de resignação. Ele era justo e integro, e se há alguém que não merecia passar pelo que passou, este alguém foi Jó. No entanto Jó não somente reconheceu a soberania de Deus quando disse “o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou”, como também se regozijou com ela “bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1:21).
12. O verdadeiro reconhecimento da soberania de Deus leva-nos a submeter nossos planos à vontade de Deus:
Tiago 4:13-15 - “Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.”
IV. NOSSA ATITUDE DEVE SER DE PROFUNDA GRATIDÃO E ALEGRIA
1. Quando o coração aprende essa elevada e bendita verdade da soberania de Deus, o resultado é bem diferente da submissão a contragosoto, àquilo que é inevitável.
2. Haverá uma atitude de gratidão e alegria, como nos ordena a palavra de Deus, para que demos graças a Deus por tudo:
Efésios 5:20 - “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Salmo 103:1 - “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome.”
3. Quando tudo ocorre conforme os nossos desejos damos graças a Deus e demonstramos profunda gratidão a Deus. Mas que dizer daquelas ocasiões em que as coisas ocorrem de maneira contrária a nossos planos e desejos?
4. Devemos reconhecer que todo bem temporal e espiritual vem de Deus:
Tiago 1:17 - “Toda a boa dádiva (temporal) e todo o dom perfeito (espiritual) vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.”
5. O crente submisso e confiante na soberania de Deus terá uma fé operante, e uma fé operante sabe alegrar-se sempre, em qualquer circunstância:
Filipenses 4:4 - “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos.”
6. Jesus se alegrou com a soberania de Deus:
Lucas 10:21,22 - “Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve. Tudo por meu Pai me foi entregue; e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”

V. NOSSA ATITUDE DEVE SER DE ADORAÇÃO E CULTO
1. J. B. Moody disse: “a verdadeira adoração se estriba na grandeza reconhecida, e essa grandeza se vê de maneira superlativa na soberania divina, e os homens não podem, realmente, prestar culto postados em qualquer outro escabelo”
2. Na presença do Rei divino até os serafins “escondem o rosto” em atitude de adoração.
3 . Qual foi a atitude de Jó? Jó lamentou o seu “azar”? Amaldiçoou os bandidos? Murmurou contra Deus? Não! Curvou-se perante Deus, em adoração!
Jó 1:20 - “Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou.”
4. A soberania divina não é a soberania de qualquer déspota ou tirano, mas é o beneplácito em exercício daquele que é infinitamente sábio e bom. Porque Deus é infinitamente sábio não pode errar, e, porque é infitamente justo não fará qualquer injustiça. Aqui, pois, se acha a preciosidade dessa verdade. O simples fato que a vontade de Deus é irresistível e irreversível enche-me de receio; mas tão logo reconheço que Deus só quer aquilo que é bom, meu coração se regozija!
Romanos 8:28 - “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
QUAL DEVE SER NOSSA ATITUDE DIANTE DA SOBERANIA DE DEUS?
CONCLUSÃO
1. Atitude de piedoso temor.
2. Atitude de obediência implícita.
3. Atitude de total resignação.
4. Atitude de gratidão e alegria.
5. Atitude de adoração e culto.

O Valor da Doutrina da Soberania de Deus

Texto: 2 Timóteo 3:16,17
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.”
INTRODUÇÃO
1. “Toda a Escritura é inspirada...”
2. “Toda a Escritura é util para o ensino...”
3. “Doutrina” significa “ensino”.
4. É através da doutrina que a realidades de Deus, de Cristo, do Espirito Santo, da salvação, da graça e da glória nos são reveladas.
5. É pela doutrina que os crentes são alimentados e edificados.
6. Atualmente a doutrina está sendo depreciada. Dizem que ela não é “prática”.
7. Mas a doutrina é a própria base da vida prática.
8. Há uma inseparável conexão entre a crença e a prática:
Provérbios 23:7 - “Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele...”
9. A relação entre verdade [doutrina] e prática é de causa e efeito:
João 8:32 - “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
10. Toda Escritura útil primeiro para o “ensino”. Todas as epístolas seguem essa ordem: doutrina, depois, exortação e admoestação.
11. A substituição da exposição doutrinária pela chamada “pregação prática”, é a causa fundamental de muitas e graves enfermidades que afligem a igreja.
12. A ignorância doutrinária tem levado muitos crentes à fraqueza espiritual e ao naufrágio da fé.
13. Estamos vivendo dias que os crentes não gostam de doutrina:
2 Timóteo 4:3 - “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências.”
14. A doutrina da Soberania de Deus, portanto, não é um mero dogma, desprovido de valor prático. É uma doutrina que forçosamente produzirá poderoso efeito sobre o caráter cristão e sobre a vida diária.
15. A doutrina da Soberania de Deus é fundamental na teologia cristã, cedendo lugar somente à doutrina da inspiração.
16. Ela é o centro de gravidade do sistema da verdade cristã.
17. Ela é o sol ao redor do qual se agrupam as esferas menores.
18. Ela é o fio no qual as demais doutrinas são enfileiradas como um colar de pérolas, a mantê-las no devido lugar e a dar-lhes unidade.
19. Ela é o prumo pelo qual cada credo precisa ser testado.
20. Ela é a balança na qual cada dogma humano deve ser pesado.
21. Ela é a principal âncora de nossa alma.
22. Ela é um tônico divino a refrigerar-nos o espírito.
23. Ela cria gratidão na prosperidade e paciência na adversidade!
24. Oferece consolação no presente e senso de segurança quanto ao futuro.
25. Atribui a Deus - Pai, Filho e Espírito Santo - a glória que lhe é devida, colocando a criatura no correto lugar diante dele - no pó!
QUAL É O VALOR DA DOUTRINA DA SOBERANIA DE DEUS?
I. AUMENTA NOSSA VENERAÇÃO PELO CARÁTER DE DEUS
1. Oferece um exaltado conceito das perfeições de Deus.
2. Exibe a inescrutabilidade da sabedoria de Deus.
3. Demonstra a irreversibilidade da vontade divina.
4. Até o pecado glorifica a Deus (Sl.76:10).
5. Exalta a graça divina. A graça é livre! A graça reina! A graça e é soberana.
II. É O ALICERCE SÓLIDO DA VERDADEIRA RELIGIÃO
1. Cada oração seria presunção carnal se não oferecida “segundo a vontade de Deus”.
2. Cada culto seria “obra morta”.
3. A religião experimental consiste da percepção do cumprimento da vontade de Deus. Fomos predestinados a ser conformes a imagem do Filho de Deus, cuja comida consiste em praticar a vontade de Deus.
III. REPUDIA A HERESIA DA SALVAÇÃO PELAS OBRAS
1. A salvação pelas obras é um caminho que leva à morte (Pv.14:12).
2. é errado dizer que Deus está disposto a fazer a parte dele desde que façamos a nossa. Declarar que Deus só ajuda àqueles que se ajudam a si mesmos é um erro. Deus ajuda aqueles que são incapazes de se ajudarem a si mesmos.
3. Dizer que a salvação depende da própria vontade é expressar de outra forma o dogma da salvação pelo esforço humano. Este dogma avilta Deus e zomba dele!
4. Alguém diria que esta doutrina levaria o pecador ao desespero. É exatamente isto que ele precisa para humilhar-se diante de Deus e buscar socorro somente naquele que pode salvá-lo!
IV. LEVA A CRIATURA A HUMILHAR-SE PROFUNDAMENTE
1. As realizações do homem, seu desenvolvimento e progresso, sua grandeza e auto-suficiência, são o santuário onde o mundo presta culto hoje em dia.
2. Mas a doutrina da Soberania de Deus remove todos os alicerces da jactância humana e implanta espirito de humildade.
3. Declara que a salvação vem do Senhor, na sua origem, na sua operação e na sua consumação.
4. Declara que o Senhor tem que aplicar, e não somente suprir, que tem que completar, e não somente iniciar a obra da salvação, que não somente precisa restaurar-nos, mas também manter-nos e sustentar-nos até o fim: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo.” (Fp.1:6).
5. Declara que Deus é a fonte de todo bem:
Salmos 87:7 - “...todas as minhas fontes estão em ti.”
V. CONFERE SENSO DE SEGURANÇA ABSOLUTA
1. O poder infinito de Deus nos dá segurança:
Hebreus 13:6 - “...não temerei o que me possa fazer o homem.”
Salmo 56:3 - “Em qualquer tempo em que eu temer, confiarei em ti.”
Deuteronômio 33:26,27 - “Não há outro, ó Jesurum, semelhante a Deus, que cavalga sobre os céus para a tua ajuda, e com a sua majestade sobre as mais altas nuvens. O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo estão os braços eternos; e ele lançará o inimigo de diante de ti, e dirá: Destrói-o.”
2. Estou seguro nas mãos do Pai e de Cristo (Jo.10:28,29).
3. Meu depósito está garantido até o dia final (2Tm.1:12).
VI. OFERECE CONSOLAÇÃO NA TRISTEZA
1. Porque nenhum pardal cai se não for da vontade de Deus (Mt.10:29).
2. Os fios de nossos cabelos estão todos contados (Mt.10:30).
3. Nossos dias estão contados (Jó 7:1; 14:5; 23:14).
VII. PRODUZ ESPIRITO DE RESIGNAÇÃO
1. O exemplo de Arão: “...porém Arão calou-se.” (Lv.10:3).
2. O exemplo de Davi: “...faça de mim como parecer bem aos seus olhos.” (2Sm.15:26).
VIII. ESTIMULA AO CÂNTICO DE LOUVOR
1. Se minha mente não consegue entender o amor de Deus, que excede todo entendimento (Ef.3:19), e a razão porque me escolheu, meu coração pode exprimir sua gratidão, em louvor e adoração.
2. Posse me alegrar sempre no Senhor (Fp.4:4). Não diz o texto alegrai-vos no “Salvador”, mas no “Senhor”.
IX. GARANTE O TRIUNFO FINAL DO BEM SOBRE O MAL
1. As nações serão humilhadas (Is.34:1,2).
2. Todo ser altivo será humilhado (Is.2:11).
X. OFERECE LUGAR DE DESCANSO PARA O CORAÇÃO
1. A glória de Deus não consiste somente no fato dele ser o Altíssimo.
2. A glória de Deus está no fato dele descer humilde, em amor, para a obra da cruz. A glória está na cruz! (Gl.6:14).
3. Pela cruz aquele que já era Senhor de nosso destino, tornou-se o Senhor de nossos corações! (2Co.5:14).
CONCLUSÃO
1. Não é terror mas adoração o dobrar-se perante o Altíssimo:
“Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.” (Ap.5:12)
2. Deus é Soberano! Aleluia!
“Eis que arrebata a presa; quem lha fará restituir? Quem lhe dirá: Que é o que fazes?” (Jó 9:12).

A Soberania de Deus em Ação

Texto: Apocalipse 19:6
“E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso reina.”
INTRODUÇÃO
1. Se Deus predeterminou a salvação dos seus, que utilidade há que nos esforcemos pessoalmente na piedade (2Tm.4:7)?
2. Se Deus preparou de antemão as boas obras na qual hão de andar os predestinados (Ef.2:10), que utilidade há em sermos solícitos na prática de boas obras (Tt.3:8)?
3. Se Deus já determinou o número dos salvos, que encorajamento teremos para pregarmos o evangelho aos perdidos?
I. A SOBERANIA DE DEUS E O CRESCIMENTO DO CRENTE NA GRAÇA
1. Aprender e apreciar devidamente a Soberania de Deus, longe de ser um empecilho ao desenvolvimento do caráter, servirá para fomentá-lo.
2. Assim como o desespero do pecador, por causa de sua incapacidade, é a primeira condição para que haja conversão, assim também a perda de toda confiança em si mesmo é, da parte do crente, o primeiro ponto essencial para seu crescimento na graça.
3. O segredo do desenvolvimento do caráter cristão está em percebermos e confessarmos nossa própria incapacidade.
4. Somos completamente incapazes de praticar um único preceito ou obedecer um único mandamento. Não podemos “amar nossos inimigos” (Mt.5:44), sem a operação de Deus (Jo.15:4,5).
5. Deus então zomba de nós, quando nos manda que façamos o que sabe sermos incapazes de fazer? Respondemos como Agostinho: “Deus dá mandamentos que não podemos cumprir para que saibamos o que devemos pedir da parte dele.”
II. A SOBERANIA DE DEUS E O SERVIÇO DO CRENTE
1. Que lugar há para o zelo no serviço cristão?
2. A doutrina da Soberania de Deus não desencoraja os crentes na evangelização?
3. Suponha que alguém é chamado para ser evangelista, e sai crendo na liberdade da vontade humana e na capacidade do próprio pecador de vir a Cristo. Prega o evangelho com fidelidade, mas descobre que a vasta maioria dos ouvintes é indiferente à mensagem. Descobre que os homens estão, na sua maioria, preocupados com as coisas deste mundo. Implora aos homens que se reconciliem com Deus. Tudo em vão. Fica totalmente desencorajado e pensa consigo mesmo: Qual é a utilidade de tudo isto? Devo abandonar a vocação, mudar a missão ou a mensagem?
4. Qual é o corretivo que Deus dá ao seu servo desencorajado?
(1) Ele precisa aprender pela Escritura que Deus não está procurando agora converter o mundo, mas está “constituindo um povo para o seu nome” (At.15:14).
(2) Ele precisa ter uma correta compreensão do plano de Deus. Qual é a resposta de Deus para o aparente fracasso? A certeza de que o propósito de Deus não pode falhar. Jamais houve a intenção de que nossos esforços cumprissem aquilo que Deus nunca decretou!
(3) Ele precisa aprender que não somos nós os responsáveis pelos resultados. Paulo plantou, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento (1Co.3:6).
5. A doutrina da Soberania de Deus nos encoraja ao evangelismo:
João 10:16 - “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.”
(1) Jesus disse “tenho” e não “terei”, porque as ovelhas lhe foram dadas pelo Pai antes da fundação do mundo (Jo.17:2-9; Ap.13:8).
(2) Jesus disse “ouvirão a minha voz” e não “ouvirão se for da vontade delas”.
6. O amor do Pai pelo Filho é eterno:
João 17:24 - “Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.”
7. É este o amor que Deus tem pelos eleitos:
João 17:23 - “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.”
8. Eles foram amados “antes da fundação do mundo”.
9. Por isso eles ouvirão a palavra:
João 17:8 - “Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.
10. Se os “cabritos” não ouvem, as “ovelhas” [os eleitos] ouvirão.
11. Jesus garante uma grande “pescaria”
Lucas 5:5,6 - “E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede. E, fazendo assim, colheram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se-lhes a rede.”
12. Portanto a pregação do evangelho nunca será é inútil:
1 Coríntios 15:58 - “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.”
CONCLUSÃO
1. A doutrina da Soberania de Deus oferece estímulo para o crescimento na graça e encoraja para o evangelismo.
2. A doutrina da Soberania de Deus não é cruel nem injusta. É uma provisão misericordiosa! Se Deus não tivesse escolhido alguns para a salvação ninguém seria salvo, porque “...não há ninguém que busque a Deus” (Rm.3:11), “...teríamos nos tornado como Sodoma, e teríamos sido feitos como Gomorra.” (Rm.9:29).
3. Se a salvação é resultado da predeterminação de Deus, por que Ele não escolheu todos? Não seria mais sábio?
4. Do mesmo modo podemos perguntar: Não seria mais sábio se Deus não tivesse criado o Diabo, ou se jamais tivesse permitido que o pecado entrasse no mundo?
5. Os caminhos de Deus são inescrutáveis! (Is.55:8,9; Rm.11:33-36).
6. Embora somente a eternidade seja suficiente para se aprender toda a revelação divina, o inefável resultado é declarado em cinco palavras: DEUS SERÁ TUDO EM TODOS (1Co.15:28; Cl.3:11).


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