quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

COMUNICAÇÃO / MARKETING PESSOAL
1. Objetivo do Curso:
Este curso tem como objetivo:
• Preparar o participante para compreender a profundidade da arte de se comunicar;

• Trabalhar a dicção e identificar bloqueios;

• Conscientizar para a necessidade da coerência quanto à postura, idéias, olhar, fala e gestos;

• Fornecer subsídios para cuidados estéticos/pessoais;

• Fornecer suportes teóricos e práticos para uma boa apresentação pessoal, tanto no que se refere à dicção/ voz e estética.

• Desenvolver o marketing pessoal.
2. Introdução:
Há muito tempo a arte da oratória vem ganhando notoriedade e importância. São raríssimos os comunicadores tais como jornalistas, apresentadores de televisão, radialistas, Pastores,conferencistas, professores, recepcionistas, secretárias ou qualquer outro profissional que lide com o público, que não procuram aperfeiçoar sua oratória.

É praticamente uma unanimidade a noção de que aprimorar a dicção, o gestual, a expressão facial e corporal, e até mesmo a nossa apresentação física (considerada nosso “cartão de apresentação”), entre outras coisas, é fator fundamental e decisivo para o desempenho da tarefa de bem falar.

Estamos sempre nos comunicando uns com os outros e sabemos que toda relação supõe comunicação, seja falada, escrita, gesticulada ou a nossa própria aparência.

Assim, cada vez que uma pessoa se expressa enquanto outra lhe dá atenção, temos aí um orador a exercer a oratória.
3. Conhecendo o seu público
Cada platéia, cada grupo, tem suas características próprias.
• Público infantil: necessitam de uma linguagem simples e material audiovisual como quadros, cartazes, vídeos, entre outros.

• Jovens: apreciam uma linguagem mais descontraída, com relatos de acontecimentos pitorescos, curiosos.

• Adultos: exigem uma comunicação mais sofisticada, exemplos sérios, práticos.

• Idosos: em geral, são exigentes e precisam ser respeitados e muito valorizados. Gostam de ouvir experiências antigas, apreciam a simplicidade e a verdade.

• Público feminino: gostam de elogios e valorização profissional. Gostam de ouvir palavras agradáveis e gentis. São mais observadoras.


4. Organização do discurso
O orador tem necessidade de organizar-se. Saber o objetivo que o leva a falar. Deve refletir sobre organização e lógica. Não pode iniciar falando de um tema e partir para outro, pois isso gera confusão no ouvinte, que perde o fio da meada.
Assim, o orador deve deixar uma impressão bem definida na mente dos ouvintes de forma que a platéia possa transmitir a mensagem a outras pessoas também de forma organizada e clara.
Para facilitar a apresentação pode-se seguir a seguinte estrutura:
• Introdução (ou exórdio);

• Desenvolvimento (ou corpo do discurso, ou exposição);

• Conclusão (ou término ou peroração).
Introdução:
O propósito da introdução é despertar a curiosidade e fazer suspense, ganhar atenção da platéia, fazer uma pequena transição lógica para entrar no assunto principal, central.

A introdução do discurso deve ser sempre curta, pois a verdadeira essência do discurso deve estar dentro do corpo do discurso.
Desenvolvimento:
É a parte mais importante do discurso, o orador vai passar aos ouvintes o que realmente está pretendendo, é aí que se encontra o verdadeiro objetivo, a finalidade da mensagem.

O que você deseja registrar na memória de seus ouvintes? Concentre-se no objetivo principal.

• Prepare-se. É isto que lhe dará segurança. Conhecendo bem o assunto você terá entusiasmo e serenidade.

• Use exemplos, fatos, histórias. Os ouvintes vão entender melhor quando você exemplifica o que está sendo dito.

• Divida o seu discurso em três ou no máximo quatro partes. O ouvinte vai compreender melhor a idéia central desta maneira.
Conclusão:
O término de um discurso não deve apresentar nenhuma dúvida, hesitação. Algumas sugestões:

• Faça um resumo;

• Use um exemplo;

• Reforce a mensagem;

• Termine com uma interrogação sobre algo importante (dentro do tema, é claro).
5. Sugestões para a boa comunicação
Podemos considerar seis elementos fundamentais para a boa comunicação:

1 Postura correta

2 Idéias organizadas

3 Olhar concentrado

4 Ouvir com atenção

5 Falar com clareza

6 Gestos adequados, coerentes.
6. Erros da comunicação / o que impede uma boa comunicação
1 Não saber ouvir

2 Não responder quando é perguntado

3 Interromper alguém que está falando

4 Mudar de assunto sem concluí-lo

5 Não prestar atenção na pessoa que está falando.
7. Comunicação corporal / gestos/ olhar
“ Tanto na voz quanto no corpo, trazemos impressa nossa história de vida; este registro aparece em nossa estrutura corporal, em nossos bloqueios, em nossos gestos e em nossas expressões faciais. Nosso estado corporal é conseqüência das pressões externas ( do meio ambiente) e internas (idealizações) que, entrando em choque, provocam conflitos que se traduzem em contrações musculares” .
Comunicamo-nos não somente pelo uso da voz, mas com todo nosso corpo. A integração corpo-voz é um dos parâmetros básicos pelos quais devemos avaliar o equilíbrio emocional de um indivíduo. Assim, para uma comunicação ser efetiva e não gerar dúvidas no ouvinte, o corpo e a voz devem expressar a mesma intenção.
* O OLHAR:
O olhar é fundamental para demonstrar o domínio da situação, o controle dinâmico e psicológico da platéia. Um olhar de simplicidade exerce extrema força sobre o público que, empaticamente, retribui o mesmo sem consciência disso.
Em contato individual o olhar deve ser definido. Você não deve evitar olhar nos olhos do outro mesmo que esteja se sentindo constrangido. Através do olhar você pode transmitir firmeza e segurança.
Dinâmica manter contato visual com um dos integrantes do grupo. Lembrar que o olhar é a porta da alma.
* A VOZ:
A voz revela o nosso estado de saúde físico , psíquico e emocional.
Existem numerosos exercícios que auxiliam grandemente o aparelho fonador e que fornecem um excelente resultado. Falaremos sobre os exercícios adequados a cada um num segundo momento.
Dinâmica: mostrar fita com vários tipos de voz que demonstram segurança, insegurança...
* OS GESTOS:
Existem duas correntes que discorrem sobre o gestual: uma prefere os gestos bem expressivos e a outra defende mais expressões do rosto. O ideal é que os gestos estejam compatíveis com a inflexão da voz e com o que o orador quer passar.
Gestos que devem ser evitados:

- esfregar freqüentemente o nariz

- limpar diligentemente os óculos com o lenço

- tossir várias vezes para clarear a voz

- coçar a cabeça

- brincar com as chaves ou qualquer outro objeto

- consultar várias vezes o relógio

- apoiar-se na parede

- apalpar várias vezes a gravata ou o cabelo

- sentar-se em cima da mesa

- apontar o dedo para o ouvinte.

Tais gestos podem demonstrar insegurança.
Dinâmica: observar os locutores e repórteres da televisão.
8. Uso do microfone
• Falar com os lábios em direção ao microfone (em direção não quer dizer com os lábios grudados no microfone);

• Não falar próximo demais do microfone, colando-se a ele, para evitar o pupear, o som do sopro. Em geral, é bom falar à distância média de um punho fechado ou um pouco mais de distância.

• O próprio locutor ou leitor deve procurar ouvir o retorno de sua voz. Se ele ouvir com distinção e clareza, é sinal certo de que os ouvintes também estão ouvindo com distinção e agradabilidade.
Dinâmica: pedir para cada um ir falar no microfone.
9. Higiene Vocal
Definição:
São normas básicas que auxiliam a preservar a saúde vocal e prevenir o aparecimento de alterações e doenças.
“As normas de higiene vocal são simples devendo, portanto, serem respeitadas para que se evite o estabelecimento ou piora de algum problema vocal”.
Algumas normas básicas:
• Pigarro, tosses: provocam atrito das pregas vocais de forma brusca;

• Ar condicionado: reduz a umidade do ar ressecando o trato vocal;

• Não fumar: a fumaça quente agride todo o sistema respiratório e principalmente as pregas vocais causando edemas.

• Evitar café, mate e refrigerante gasosos, pois provocam o ressecamento das pregas vocais;

• Balas, pastilhas e sprays locais acabam por mascarar a dor do esforço vocal, prejudicando mais ainda o estado das mucosas;

• Hidratoterapia: ingestão de água numa média de 2 litros ao dia é importantíssima;

• Postura corporal: o palestrante deverá manter o corpo livre para acompanhar espontaneamente o seu discurso;

• Maçã: por sua propriedade adstringente é aconselhada antes de atividades que exijam maior tempo de fala.
10. Avaliação vocal
Avaliação individual (digitar)
11. Pensamento, linguagem e emoção
A fala é composta por um dos movimentos mais finos e mais precisos que o corpo humano pode realizar. Essa condição, implica por si só, em possíveis falhas na produção articulatória.
Além disso, para que se fale algo é necessário considerar o trabalho de elaboração do pensamento em linguagem, que encontra na atividade articulatória sua principal forma de expressão. Se considerarmos que o nosso pensamento flui muito mais rapidamente do que a nossa própria fala, percebemos que falhas como hesitações, repetições de palavras, entre outras, podem surgir.
Finalizando, a emoção influência de forma definitiva os dois processos citados anteriormente (movimento preciso e pensamento). Do ponto de vista motor, devemos considerar, que as emoções experimentadas pelo indivíduo manifestam-se sempre por meio de modificações no tônus e na musculatura envolvida no processo do “falar”. De forma semelhante, quando a emoção está “ativiada” o processo de transformação do pensamento em linguagem fica prejudicado podendo gerar o “branco”.
Assim, fica claro que qualquer emoção (tensão, nervosismo...) que tome conta do indivíduo no momento de fala ficará evidente em sua voz.
12. Produção da voz
“ A voz é uma das extensões mais fortes da nossa personalidade, nosso sentido de inter relação na comunicação interpessoal, um meio de atingir o outro. E a voz só existe porque existe o outro”.
Considerações anátomo-fisiológicas da laringe:
Ressonância / articulação
Cavidades supra – glóticas
Som: fraca intensidade
Pregas vocais aduzidas
Traquéia
Ar dos pulmões
Assim, para uma voz clara e com alcance é necessário:
a) coordenação e adequação da respiração;

b) laringe solta para produzir a vibração, ou seja, sem tensões;

c) boa articulação e projeção da voz.
13. Dinâmica em grupo
• Relaxamento

• Respiração

• Coordenação fono-respiratória

• Dicção

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