TEOLOGIA
DA
UNICIDADE DE
DEUS
UNICIDADE é a qualidade daquEle que é Único. O dicionário assim define o termo "único":
1) que é um só;
2) de cuja espécie não existe outro;
3) exclusivo, excepcional;
4) a que nada é comparável
5) superior a todos os demais". é isso que Deus, o Senhor diz de Si. "Eu Sou Deus, e fora de mim não há outro"; há outro Deus além de mim? Não , não há outra Rocha que Eu conheça".
Cada Capítulo deste estudo está repleto de provas bíblicas, sem contradições, da verdade da unicidade de Deus, Os argumentos apresentados pelos teólogos trinitários, na tentativa de explicar a "trindade", na verdade, fornecem-nos mais subsídios para esclarecimento da "Unicidade de Deus". Aqui trataremos de esclarecer supostas contradições levantadas sobre textos bíblicos e dúvidas daqueles que desejam com mansidão e temor conhecer a Verdade da Palavra de Deus. A UNICIDADE DE DEUS não foi produzida por concepção de nenhum "pensador judeu ou pagão. É Deus mesmo quem diz: "Ouve, Israel; O Senhor nosso Deus é o único Senhor" (Deut 6:4).
Os Teólogos trinitários atribuem a Sabélio (cerca de 215a.D.) o que eles chamam de "Heresia", isto é a defesa da Unicidade de Deus. Na verdade Sabélio (que foi antecedido por Noeto, Epigono, Cleomenes, o bispo Zeferino, no período entre 180 a 217),ensinou a mais fiel cristologia do Logos, a mesma defendida pelos apóstolos Paulo e João. Eis o ensino de Sabélio: Pai, Filho e Espírito Santo são um só e o mesmo. São os três oficios do Deus Único que se manifesta de formas diferentes. Segundo as circunstâncias. Enquanto Pai, é o Legislador do Antigo Testamento, enquanto Filho, é encarnado, e enquanto Espírito Santo, é o inspirador dos apóstolos. Mas é o mesmo e único Deus que assim aparece nessas relações sucessivas e transitórias, exatamente como se pode, a um mesmo indivíduo, atribuir diferentes títulos segundo os diversos papeis de Sabélio:
Tão bem conceituada foi a teologia defendida por Sabélio, que veio influenciar consideravelmente o desenvolvimento do que viria a ser a "Cristologia ortodoxa". A crítica derramada sobre Sabélio e os seus antecessores, era na realidade, política, por serem considerados "Monarquianos modalistas". ou "monarquianos dinâmicos". opostos aos "montanistas" (discípulos de Montano), como era o caso de Tertuliano, que conseguiu bastante influência com os "mestres" da Igreja, dada a sua habilidade literária.
Não entendemos porque os teólogos trinitários, encontram somente Sabélio, quando tantos outro influentes "Pais da Igreja" defenderam tão claramente a doutrina bíblica da Unicidade de Deus, citando por ex.: Inácio de Antioquia (110?), que foi discípulo do apóstolo João, que ensinava: O Sacrifício de Cristo é o sangue de Deus". Saudava os cristãos romanos em Jesus Cristo, nosso Deus, e afirmava que a Encarnação foi manifestação de Deus para revelar uma nova humanidade". Calixto, afirmava: "Pai, Filho e Logos, são nomes do Espírito único e indivisível; Filho é designação própria daquele que era visível, ao passo que Pai é o Espírito que nele habitava. Essa presença do Pai em Jesus é o Logos.
Contudo, a Teologia que ensina e prova biblicamente que Deus é um só, em três manifestações, não é de autoria de Sabélio, nem de nenhum outro intérprete do período pós-apostólico. Irineu, Sabélio e os demais aprenderam dos ensinos paulinos e Joaninos. Para Paulo, a identificação do Cristo exaltado com a sabedoria, o Logos, era não somente fácil, mas também natural. E a sabedoria, o Logos era forçosamente preexistente e devia ter estado sempre com Deus. Ele é o Espírito de Deus, a sabedoria de Deus; nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.
No Evangelho de João, a preexistência e a atividade criadora do Logos (a Palavra que se fez carne), merecem o mesmo lugar de destaque do pensamento de Paulo. Cristo é o Logos, o Verbo que estava com Deus, e o Verbo era Deus (Observemos: "O Verbo era Deus", não "um Deus").
Concluindo: Jesus Cristo é Deus. O Verdadeiro Deus e a Vida Eterna.
Na "oração Sacerdotal " (Jo 17:3) o Senhor Jesus declara:
"A Vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só por único Deus Verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste".
Aqui Jesus está nos ensinando que é dever do cristão conhecer a Deus, único, e reconhecê-lo em Jesus Cristo. Disto depende a Vida eterna. Ele é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
BASE BÍBLICA DA UNICIDADE DE DEUS:
1) “Eu Sou o Senhor teu Deus... não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:2,3);
2) “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Deut. 6:4; Marcos 12:29);
3) “Eu, o Senhor, o Primeiro, e com os últimos, Eu mesmo” (Is. 41:4);
4) “Eu Sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, não darei a outrem” (Is. 42:8);
5) “Eu, Eu Sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador” (Is. 43:11);
6) “Assim diz o Senhor, Rei de Israel e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu Sou o Primeiro e Eu Sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is. 44:6);
7) Há outro Deus além de mim? Não! Não há outra Rocha que Eu conheça (Is. 44:8);
8) Eu Sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há deus; (Is. 45:5);
9) Eu Sou o Senhor, e não há outro. (Is. 45:6);
10) Deveras Deus está em ti, e nenhum outro deus há mais. (Is. 45:14);
11) Porventura, não Sou Eu, o Senhor? E não há outro Deus senão Eu; Deus Justo e Salvador, não há fora de mim (Is. 45:14);
12) Lembrai-vos das coisas passadas desde a Antigüidade: que Eu Sou Deus, e não há outro semelhante a mim (Is. 46:9);
13) A vida eterna é esta (consiste em): que te conheçam a Ti, só por Único Deus Verdadeiro e a (que O reconheçam em) Jesus Cristo a quem enviaste (João 17:3).
14) Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo (Rom 16:27);
15) ...JESUS CRISTO Deus bendito eternamente (Rm. 9:5)
16) “... sabemos que o ídolo nada é no mundo e que não há outro Deus, senão Um Só” (1Cor. 8:4);
17) Todavia, para nós há Um Só Deus, o Pai de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele (1 Cor. 8:6);
18) Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém (1Tim. 1:17);
19) Porque há Um Só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1Tim. 2:5);
20) “Um Só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos” (Ef. 4:6);
21) Tu crês que há Um Só Deus? Fazes bem; também os demônios o crêem, e estremecem (Tg 2:19);
22) Ora, ao Único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre (Judas v.25).
O ÚNICO DEUS, REVELOU-SE EM CORPO HUMANO. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele, nada do que foi feito se fez. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como a do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade - João 1:1-3, 10, 14 - E chamou-Se JESUS CRISTO. Isto quer dizer: “Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo”.
Deus, olhando dos céus à terra, viu que “...não havia um justo, nenhum sequer” (Rom. 3:10); Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu braço lhe trouxe a salvação, e a sua justiça o susteve (Is. 59:16). Jesus Cristo é o braço de Deus (Is. 53:1), e é também a Justiça de Deus (Jer. 23:5,6).
Sabemos pelas Escrituras, de algumas intervenções diretas de Deus, para salvar, ou para julgar o seu povo, que resultaram em destruição de grande número de almas, porque o Santo Deus, não tolera a impiedade, e certamente toda a raça humana seria destruída, por uma intervenção divina, direta, ou através de anjos, uma vez que estes seres celestiais, ministros de Deus, não conheceram a natureza pecaminosa do homem. Graças a Deus! Pela sua infinita misericórdia, o Amor de Deus se revelou, no corpo humano de Jesus Cristo, para salvar os pecadores: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. Dessa forma, Jesus Cristo é o Amor de Deus Revelado.
JESUS CRISTO É A FORMA FÍSICA DE DEUS:
Eis o que Ele declara acerca de Si mesmo: “Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora O conheceis e O tendes visto”.
Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. E o Senhor lhe respondeu: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: mostra-nos o Pai? Não crês tu que eu estou no Pai e o Pai está em mim?” (João 14:16-10). “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Antes que Abraão existisse, “EU SOU” (8:58). Se não crerdes que EU SOU, morrereis em vossos pecados (8;24).
O apóstolo Paulo escreve ao Filipenses: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus (ou seja: a forma física de Deus), não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Fil. 2:5-8). Isto é, mesmo sendo Ele, a forma visível de Deus (o Emanuel), não se gloriou de ser Deus, não se revelou como Deus, mas sim, na qualidade de “servo”.
JESUS CRISTO É JEHOVAH
Jehovah Titulo ou atributo Jesus Cristo
--------- ------------------- -------------
Isaías 40:28 Criador Jo. 1:3 e refs.
Isaías 45:22, 43:11 Salvador Jo. 4:42 idem
1Samuel 2:6 Ressuc. os mortos Jo. 5:21 idem
Joel 3:2 Juiz Jo. 5:27 "
Isaías 60:1-20 Luz Jo. 8:12 "
Êxodo 3:14 Eu Sou Jo. 8:24, 58
Salmo 23:1 Pastor Jo.10:11
Isaías 42:8, 48:11 Glória de Deus Jo.1 7:5
Isaías 41:4, 44:6 O Primeiro e o último Ap. 1:17, 2:8
Oséias 13:14 Redentor Ap. 5:9
Isaías 62:5 Noivo Ap. 21:2
Salmo 18:2 e refs. Rocha 1Co.10:4 e refs.
Jeremias 31:34 Perdoa os pecados Mc. 2:7,10
Salmo 148:2 Adorado pelos anjos Heb. 1:6
Em todo o A.t. Invocado em oração At.7:59 e refs.
Salmo 148:5 Criador dos anjos Col. 1:16
Isaías 45:23 Reconhecido como Senhor Fil. 2:11.
Outros títulos da Deidade aplicados ao Senhor Jesus Cristo:
Maravilhoso, Grande Deus e Salvador, O braço do Senhor, Conselheiro, Pai, Filho Esp. Santo, Luz do mundo, Deus forte, Santo, Sol da Justiça, Pai da eternidade, Jehovah o forte, Estrela da manha, Príncipe da Paz, Todo-Poderoso, Supremo Pastor, Emanuel, Alfa e Omega, Príncipe da Salvação,Reis dos Reis, O princípio e o Fim, Autor e Consumador da Fé, Senhor dos Senhores, Vida eterna,Leão da Tribo de Judá,Construtor,Torre forte, Deus Bendito eterno Deus, sábio, Deus Único.
"J E S U S C R I S T O É T U D O E M T O D O S "
"Não é exagero dizer que nossa esperança de redenção do pecado, depende do fato da deidade de Jesus. Se Jesus Cristo fosse somente humano estaríamos ainda mortos em nossos pecados, separados de Deus, sem esperança neste mundo e sem auxilio no porvir. Por que nenhum homem poderia ser o salvador dos homens. É igualmente certo que, sendo Jesus Cristo Deus, antes de se tornar homem, o Deus que assim se manifestou em carne humana pode ser o salvador dos homens. Basta somente que esperemos em Cristo, em confiança e segurança, se soubermos além de qualquer dúvida que Ele É o Deus capaz de salvar. Por esta razão devemos sustentar que o fato da Deidade em nosso Redentor é um requisito indispensável a nossa Salvação".
"Se é Verdade que Deus é único, legítimo objeto de culto, o cristão inteligente adorará a Jesus Cristo como seu Salvador. O Honrá-lo como Senhor e Mestre".
"Porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos".
"O verdadeiro cristão é aquele que levanta os olhos aos céus, e vê somente Jesus." "Cristianismo é Cristo. conhece-LO adequadamente e ter vida eterna". "Não há outro nome dado debaixo dos céus, em que possamos ser salvos".
Trindade ou Unicidade?
,
1. OS ARGUMENTOS DA DOUTRINA DA TRINDADE.
Os teólogos trinitários, não conseguem apresentar argumentos convincentes do conceito da "Trindade". Enquanto as Escrituras afirmam desde o Gêneses a Apocalípse que Deus É "Único", esses "teólogos" conseguem ver uma trindade.
Eis um resumo do conceito trinitário: "O termo "Trindade" não aparece na bíblia; a trindade é um conceito difícil, não inteiramente suscetível de explicação humana, pois envolve categorias que nossos finitos poderes mentais não podem captar; a doutrina é que Deus é um em essência, mas que a divina essência subsiste de três modos ou formas, cada uma constituindo uma pessoa, mas de tal maneira que a divina essência é completa em cada uma das pessoas; Deus é um só ser, mas subsiste em três pessoas"(Paul E. Little "Saiba o que você crê" pg.20).
Apresentam como primeira pista da doutrina da trindade, a história da criação (Gen 1:1-3), interpretando "Elohim", (forma plural de Deus), como sendo três pessoas na Divindade. Já vimos no capítulo "A natureza de Deus Revelada nos Seus Nomes", que Elohim representa a totalidade de poderes enfeixados em Deus - "O Deus Todo-Poderoso."
Acham a trindade na criação do homem, quando Deus disse: "Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança", (Gen 1:26). Não conseguem raciocinar que quando da recriação da terra e a criação dos seres que a povoaram, Deus o Criador não estava sozinho, mas com as hostes celestiais, chamadas de "estrelas" (Jó 38:7, Apo. 12:4). A Criação não foi feita em segredo por Deus, foi em presença dos Seus Anjos, Arcanjos, Querubins e Serafins.
No N.T. Eles vêem a trindade no batismo de Jesus: a voz que foi ouvida dos céus (o Pai); a Pomba que desceu sobre Jesus (o Espírito Santo) e o Filho estava sendo batizado por João Batista. Porém neste ato vemos claramente UMA pessoa: Jesus. A voz não é uma outra pessoa; Jesus estava na terra (o corpo visível de Deus), porém o Espírito Eterno estava tanto na terra, como no céu; uma pomba não é uma pessoa; o Espírito Santo não é uma pomba; a pomba é um símbolo do Espírito Santo; Deus é Espírito Santo, invisível; Jesus Cristo é a forma visível de Deus.
Conseguem ver a trindade no anúncio do nascimento de Jesus pelo anjo: "O Filho de Deus, concebido pelo Espírito Santo". Deus É Espírito; o seu espírito (virtude) desceu sobre a virgem Maria, e ela concebeu.
Em João 14:16, Jesus diz: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique sempre convosco". Jesus estava no corpo humano, como filho, e tudo o que Ele falava, falava como o Filho. Era necessário que Ele subisse (voltasse a Sua glória), para que o Espírito Santo habitasse com os discípulos. Ele disse: "É necessário que Eu vá, porque se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas quando eu for, enviar-vos-ei" (Jó. 16:7). Enquanto Ele estava na terra os discípulos desfrutavam da Sua Gloriosa presença, pois o Espírito Eterno estava nele.
Os escritores trinitários mesmos nos mostram a fragilidade e a confusão dos seus argumentos.
Apresentam "um problema de Semântica": "Parte do problema de se entender a trindade consiste na falta de capacidade das palavras humanas de expressarem uma realidade divina. Como, por Ex.: quando falamos de pessoas" na Divindade. Usamos esse termo porque Ele descreve um Ser que tem intelecto, emoções e vontade. Podemos entendê-lo, mas devemos tomar cuidado ao aplicar tais termos a Deus. Na maioria dos casos, a doutrina é apresentada dizendo-se que Deus é um só, mas que nessa essência, na Sua essência, há três pessoas, de um modo tal que não formam indivíduos separados e distintos. Esses três são modos ou forma de a divina essência subsistir. "Pessoa" é entretanto, uma expressão imperfeita (errada) da verdade, visto que o termo indica, segundo o nosso entender, um indivíduo racional e moralmente separado. mas na essência de Deus não existem três indivíduos, mas apenas três diferentes egos dentro de uma essência divina"(Paul E. Litte, Saiba o que você crê pg. 31)".
Aqui, nesse artigo, o escritor prova que Deus não pode ser três pessoas, porém, continuando o seu argumento em favor da trindade, ele cita Deus como sendo três pessoas:
"...a personalidade do homem implica independência de vontade, ações e sentimentos, que orientam o comportamento peculiar do indivíduo; isso não se pode imaginar em relação a trindade: cada "pessoa" é auto consciente e auto orientadora, mas nunca age independentemente ou em oposição as outras. Quando dizemos que Deus é uma unidade, queremos dizer que mesmo sendo um centro tripulo de Vida, Sua vida não se reparte em três. Ele é um na essência, na personalidade e na vontade. Quando dizemos que Deus é uma trindade em unidade, queremos dizer que há unidade na diversidade, e que a diversidade manifesta-se em pessoas, em características e em operações".
Observem-se as contradições de termos a que eles mesmos se impõem! Ao mesmo tempo em que afirmam que Deus não pode ser compreendido como sendo três pessoas, afirmam que cada pessoa é auto consciente; afirmam que Deus não se reparte em três, que Ele é um em essência, na personalidade e na vontade; por fim concluem que Deus e uma unidade. e que há unidade na diversidade (de manifestações), e que a diversidade manifesta-se em pessoas (as três pessoas), características e operações.
Mais absurdos do conceito trinitário: "O relacionamento das Pessoas da Trindade": O filho e o Espírito são subordinados ao Pai, mas isso não significa que sejam inferiores. O Pai como a fonte da Divindade, é o primeiro. Diz-se que Ele origina. O Filho, eterna geração do Pai, é o segundo. Diz-se que Ele revela. O Espírito, fluindo eternamente do Pai e do Filho, e o terceiro. Diz-se que Ele executa... Assim podem (os trinitarianos) dizer que a criação é o Pai, mediante o Filho, pelo Espírito Santo.
Nesse artigo, encontramos várias contradições:
1) subordinação implica inferioridade (submissão);
2) Que o Pai é o Primeiro, também nós sabemos. Porém é bom lembrar que Jesus Cristo, o Filho, afirma: "Eu Sou o Primeiro e o Último". Se Jesus Cristo declara ser o Primeiro e o último, não há segundo, nem terceiro;
3) A Bíblia afirma que todas as coisas foram feitas por Jesus Cristo (o Filho), e sem Ele, nada do que foi feito se fez: É mais fácil, mais simples dizermos que Deus É o Espírito Santo, e que o Espírito Santo é a ação de Deus, realizando as Suas obras.
Mas as absurdas interpretações trinitárias prosseguem. Eles ensinam que "a própria salvação apresenta o trabalho do Deus triuno: o Pai mandou o Filho realizar a obra de redenção; O Filho mandou o Espírito Santo trazer a convicção e aplicar aos homens aquilo que cristo realizou. (Paul E. Little "Saiba o que você crê" pg. 30-32).
Jesus Cristo, ao prometer o Espírito Santo aos crentes, diz: "Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós. Então, o Espírito Santo é o Senhor Jesus mesmo, que veio morar nos corações dos crentes (Jo. 14:18) col. 1:27).
De um outro autor, temos outra interpretação absurda com a seguinte expressão: "As Escrituras ensinam que Deus é Um, e que além dEle não existe outro Deus: pergunta: "Como poderia Deus ter comunhão com alguém antes que existissem as criaturas finitas? A resposta é que a Unidade Divina é uma Unidade composta e que nesta Unidade há realmente três pessoas distintas, cada uma das quais é a divindade, e que, no entanto, cada uma está sumamente consciente das outras duas. Assim vemos que havia comunhão antes que fossem criadas quaisquer criaturas finitas. Portanto, Deus nunca esteve só" (Myer Pearlman, "Conhecendo as Doutrinas da Bíblia" Pg. 51). Esse artigo, quase que dispensa comentários, em vista de já termos contra-argumentado, nos itens acima. Porém, não custa relembrarmos as contradições que o artigo apresenta:
1- Se Deus é UM, não pode ser traduzido por três pessoas; Deus é Todo-Poderoso, portanto pode (e o fez) manifestar-se de formas diferentes: Pai, Filho e Espírito Santo, e ainda através de um de seus anjos;
2- Já contra-argumentamos acima que Deus realizou a obra da criação, na presença e com a participação dos exércitos celestiais (anjos, arcanjos, querubins e serafins). portanto os seres com quem Deus mantinha comunhão antes da criação (e ainda há de manter eternamente, são esses seres celestiais, e não as "Pessoas da Trindade", como pensam os teólogos trinitários).
Continua o Dr. Myer Peralmam: Não é o caso de haver três Deuses, todos três independentes e de existência própria. Os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra são "Um". O Pai Cria, o Filho redime, e o Espírito Santo Santifica; e no entanto, em cada uma dessas operações divinas os três estão presentes. O Pai é preeminentemente o criador, mas o Filho e o Espírito Santo são tidos como cooperadores na mesma obra. O Filho é preeminentemente o redentor, mas Deus o Pai e o Espírito Santo são considerados como pessoas que enviam o Filho a redimir. O Espírito Santo é o Santificador, mas o Pai e o Filho cooperam nessa obra".
Cita o escritor, todas as passagens bíblicas que falam do Pai ou do Espírito de Deus, como sendo o criador, e acha haver duas Pessoas. Com Respeito ao Filho, aplica todas as referencias proféticas sobre a manifestação de Deus em seu Filho Jesus Cristo (Deus manifestado em carne), como se o filho existisse como outra Pessoa, ao lado de Deus, na eternidade (conceito já refutado por nós no capítulo: Jesus Cristo Deus Revelado).
A Doutrina da Trindade Ilustrada. Os Teólogos trinitários ilustram a sua teologia com:
* A natureza.
1. água é uma, porém conhecida sob três formas: água gelo e vapor;
2. eletricidade, que gera movimento, luz e calor;
3. O Sol, que se manifesta como luz, calor e fogo (esqueceu da energia);
4. Deus é luz. Deus o Pai é invisível; se tornou visível em seu Filho, e opera no mundo pelo espírito, que é invisível, no entanto e eficaz.
* A personalidade humana. "O homem é um, constituído pelo Espírito alma e corpo".
Em todas estas ilustrações, não vemos, nem encontramos três coisas nem três substâncias, nem três pessoas. A Água é uma, a eletricidade é uma, o Sol é um, Deus é um em três manifestações, no plano de salvação. Assim também o homem é uma só pessoa, constituído de três partes.
A ORIGEM DA DOUTRINA DA TRINDADE
Como nos mostra a "História da Igreja" após a destruição de Jerusalém, no ano 70, e a dispersão que esse acontecimento provocou aos cristãos que habitavam em Jerusalém (já a essa época, vários apóstolos haviam sido executados, e os que restaram também se dispersaram para as cidades gentílicas já cristianizadas, como Éfeso, Antioquia e outras), O período entre os anos 70 e 110, foi um dos mais obscuros da história da Igreja. Embora não haja registros históricos desse período, sabemos que foi marcado por rápidas mudanças na Igreja, isso pelos registros do período imediatamente posterior. Segundo os escritos do Apóstolo S. João (1° Carta) foi nesse período que começou a surgir o agnosticismo, que negava a manifestação de Cristo em corpo humano, e também negava a ressurreição do Senhor Jesus. Quando mais tarde, os característicos da Igreja voltaram a ser identificados, pouquíssimos traços distintivos deixados pôr Paulo se acham presentes. Devido a expansão do cristianismo para as regiões gentílicas pagãs) a penetração de idéias provindas de outras fontes não cristãs, trazidas por conversos de antecedentes pagãos, modificaram as crenças e as práticas cristãs, especialmente no que tange aos sacramentos, aos jejuns, e ao surgimento das formas litúrgicas (cerimonial do culto), e sem dúvida também a interpretação errada da Teologia, com a crença na trindade, tendo em vista que essa doutrina começou a ser defendida, precisamente por "Mestres Cristãos" de formação pagã. Já no fim do século II, e início do século III, a teologia trinitariana era defendida por alguns discípulos de Montano (156-200?). Tertuliano, foi o mais fiel discípulo do montanismo. Este Tertuliano foi o primeiro defensor público da doutrina da trindade (185-200). A teologia tertuliana assim ensina a trindade: "O Pai, o Filho e o Espírito Santo, todos são um por unidade de substância, embora esteja oculto o ministério da dispensação que atribui a unidade numa trindade, colocando em ordem Pai, Filho e Espírito Santo. Três, contudo não em substância, mas em forma; não em poder, mas em aparência; pois eles são de uma só essência e de um poder só, já que é de só Deus que esses graus e formas e aspectos são reconhecidos com o nome de Pai Filho e Espírito Santo. Tertuliano descreve essas distinções da divindade como pessoas. No pensamento dele essa unidade de substância é material, pois a influência estóica a que estava sujeito era bastante para fazê-lo afirmar que Deus é corpo, e que o Espírito tem uma substância corpórea de sua própria espécie, e que por derivarem-se do Pai. o Filho e o Espírito Santo são subordinados a Ele. Tertuliano afirmava: "os simples", os quais constituem a maioria dos fieis (à época) mostram-se perplexos diante da explanação dos "três em um", pois a sua fé os afasta da pluralidade de deuses existentes no mundo, e os leva ao ÚNICO DEUS VERDADEIRO. Era difícil para eles (os verdadeiros cristãos), fazer distinção entre a idéia trinitária e as afirmações "triteístas". ou seja: Os cristãos, monoteístas, não podiam, nem deviam aceitar a idéia de três deuses (politeísmo). A obra de Tertuliano "Contra Praxeas foi, sem dúvida, a responsável pela definição, e mais tarde a dogmatização da doutrina da trindade, sendo confirmada por um de seus discípulos Novaciano, de Roma (240-250), no seu tratado sobre a trindade, e Atanasio (325?), autor do "Credo Atanasiano", no qual os trinitarianos depositam cegamente a sua fé teológica até hoje. O CREDO ATANASIANO: "Adoramos um Deus em trindade, e trindade em unidade. Não confundimos as pessoas, nem separamos a substância. Pois a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. Mas o Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma divindade, glória igual e majestade co-eterna. Tal qual é o Pai, o mesmo são Filho e o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho é incriado e o Espírito santo é Incriado. O Pai é imensurável. o mesmo acontecendo com o Filho e o Espírito Santo. O Pai é eterno, o Filho é eterno, e o Espírito Santo é eterno. E não obstante, não há três eternos, e sim um eterno. Da mesma forma não há três seres incriados, nem três seres imensuráveis, mas um incriado e um imensurável. Da mesma maneira, o Pai é onipotente, no entanto não há três seres onipotentes, mas sim um onipotente. Assim o Pai é Deus o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. no entanto, não há três Deuses, mas um só Deus (e assim, com os demais títulos e atributos de Deus, que são vistos em Cristo, ou manifestados pelo Espírito Santo). O Pai não foi feito de coisa alguma, nem criado, nem gerado. O Filho procede do Pai somente, não foi feito, não foi criado, mas foi gerado. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procedente. Nessa trindade não existe primeiro nem último; maior nem menor. mas as três pessoas co-eternas são iguais entre si mesmas; de sorte que tanto a unidade na trindade, quanto a trindade na unidade devem ser adoradas. Na verdade, esse "credo", não passa de uma intrincada confusão. Tudo o que nele está mostrando é que Deus é único, em três manifestações. Divide o eterno Deus em três pessoas; afirma não existir primeiro nem último; diz que cada uma das "pessoas" é "incriada", "eterna" imensurável, onipotente, no entanto, só há um possuidor desses atributos. Como poderia um povo cristão, nascido do judeu, monoteísta, aceitar uma teologia de três Deuses? É o que já mencionamos anteriormente, que a expansão do cristianismo trouxe para a Igreja, pensadores de origem pagã, como é o caso de Marciano, Montano, Tertuliano e Atanasio, entre outros. E esses pensadores, chamados de "Pais da Igreja", na sua maioria da região da Ásia menor, tiveram muita influência do paganismo estabelecido em Constantinopla e Roma (antiga Saturnia, sede do culto ao deus Saturno, e de Babilônia). Quando da destruição de Babilônia e expulsão de seus sacerdotes pagãos, estes se estabeleceram em Saturnia, que é Roma atual. Os babilônios adoravam uma trindade: Ninrode (Saturno), Semiramis (Ishtar, que é o planeta Vênus), e Tamuz, Filho de Ninrode. Então para esses pensadores cristãos de origem pagã, não foi difícil assimilar os três títulos da Deidade, a uma "Trindade". Aproveitando-se do texto de Mat. 28:19 (mal interpretado), passaram a ensinar que o batismo nas águas devia ser na fórmula trinitária; mal interpretaram a Teologia do Logos, e passaram a ensinar que o Filho é eterno em sua existência, que o Espírito Santo é a terceira pessoa e outros erros dessa perigosa teologia. perigosa porque induz aos cristãos a aceitarem a fé politeísta. A palavra "Trindade" não se encontra na Bíblia Sagrada. A doutrina foi introduzida na Igreja Cristã, pelos defensores do "Catolicismo Romano", entre eles Tertuliano, e mais tarde Atanasio. O dogma da trindade, foi oficializado por Constantino (primeiro Papa-imperador, de origem pagã), no Concílio de Nicéia (325 d.C.), Juntamente com outros dogmas adotados pela Igreja Católica. A Palavra "pessoas", quando usada para a Divindade, violenta a absoluta unicidade de Deus. Dividindo-se Deus em três pessoas, fazemos três deuses. o que significa "triteismo" não importando os argumentos em contrário. Mais uma vez, voltamos a palavra hebraica c"Elohim", que os trinitários ensinam representar a "Trindade". Já mencionamos várias vezes neste estudo, que "a forma plural de "Elohim", representa a totalidade de poderes enfeixados em Deus. Elohim, portanto, significa: "O Todo-Poderoso". "Elohim" foi vendido por trinta peças de prata (Zac.11:4,12,13) "Elohim" foi traspassado no calvário (Zac 12:10) "Elohim" voltará como Rei (Zac 14:5 ). Todas estas referências Bíblicas a "Elohim". referem-se a Cristo. Donde podemos concluir: "Elohim" (Deus), que é o Pai, é o mesmo que se manifestou naquele que foi vendido e traspassado no Calvário, e que voltará como Rei - JESUS.
O ERRO DA DOUTRINA DA TRINDADE PROVOCA MUITA CONFUSÃO. A VERDADE DA UNICIDADE DE DEUS ESCLARECE TODAS AS DÚVIDAS. - Quem era o pai do menino da manjedoura de Belém? O Pai, ou o Espírito Santo. Teve Cristo criança, dois pais? - Como pode o Pai ser maior do que o Filho, se ambos são iguais? - Jo.10:30 "Eu e o Pai somos um" Jo. 14:23 "Meu Pai é maior que Eu". - Deus ora? Como pode Ele ser Deus e ter que orar? R.: Jesus Cristo, em sua natureza humana precisava orar; Ele era o Filho, gerado, portanto necessitava como todo homem, da ajuda divina. - Pode Deus morrer? Como pode a "Segunda Pessoa" da divindade ter morrido ? R.: Quem morreu foi o homem Jesus Cristo. Quando na cruz, Jesus exclamou: "Deus meu, Deus meu porque me desamparaste?" Era a sua natureza humana sentindo-se "esvaziada" do Eterno. O Espírito Eterno, "Deus estava em Cristo", as Escrituras nos ensinam que fomos comprados com o sangue de Deus (Atos. 20:28). - É Maria a mãe de Deus? - Se já há três pessoas na divindade, o que poderia estar errado em se adicionar uma quarta? Porque não deificar Maria, como fez a Igreja católica? - A quem devemos orar, e a quem devemos adorar? Ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo. - Quantos veremos lá no céu? Quantos tronos há no céu? - Como pode o Filho, a "Segunda pessoa" da Divindade, não saber o tempo da Sua volta? - Há três Espíritos habitando no coração do crente? - Não haviam três no batismo de Jesus? - Qual foi a glória que Cristo teve junto com o Pai, antes que o mundo existisse? (Jo 17:5, Ap. 13:8, Mat. 25:31, Zac 14:5, At 1:11, 1Tess 4:16, 2Tess 1:7, Judas 14, Ap. 1:7). R.: Na eternidade, na mente e no propósito de Deus, a cruz e a coroa, já haviam acontecido, A vinda de Cristo ao mundo foi, a concretização do "Plano e Propósito de Deus para as Idades". Seria como se algum de nós, um dia sonhasse em realizar um empreendimento (por Exemplo: construirmos uma "Casa dos nossos sonhos"). Esse empreendimento teria sido planejado na nossa mente, com todos os detalhes, até que um dia, se as nossas possibilidades o permitissem, veríamos o "Sonho realizado". Para Deus, não foi um sonho. foi um "Desígnio" daquele que é eterno, e sabe de todas as coisas, e pode fazer tudo, pelo Seu grande poder. Deus É "onipotente, onipresente, e onisciente".
A DIFERENÇA ENTRE UNICISTAS E UNITARISTAS
Crer na Unicidade de Deus é a convicção de que Deus Supremo é UNO, Único, Ímpar e Eterno...
A Doutrina da Unicidade de Deus é a convicção de que Deus Supremo é Uno, Único, Ímpar e Eterno... e que Ele é o Criador deste Universo e ninguém se Lhe associa - isto é, não tem parceiro, nem outro igual, como não tem pai, nem mãe, nem esposa - pois Ele é a procedência da criação, a razão das dores e a motivação dos princípios, como é, a Ele se aplicam as magníficas qualidades e os atributos mais sublimes, porque Ele é o Sapientíssimo, o Prudentíssimo, o Poderosíssimo e o Imortal... Ele é o Misericordioso, o Eqüitativo, o Generosíssimo, o Influente, o Grande e o Altíssimo! Em Suas mãos está o bem e tudo Ele pode... Ele é o Único e é o Supremo que cria e dispõe, faz viver e faz morrer e destina os mortos às moradas merecidas... e ninguém possui a capacidade de efetivar as Suas realizações ou se associar às Suas decisões - e não existe divindade além d'Ele - e a evidência disto, é o que nos rodeia em pistas e vestígios sobre a Sua Magnitude, e minuciosidade de Sua constituição universal. Aliás, tudo que existe no Universo, lembra Deus Supremo Glorificado! Enfim, se o ser humano olhar para sí mesmo, já lhe bastaria crer na Unicidade de Deus!
Se passarmos a meditar sobre a imensidão do Universo, verificaremos que tudo que há nele são os próprios vestígios de Deus, porque se houvesse outra divindade além de Deus Supremo, teríamos sem dúvida, outros rastros (Is. 42:8; 43:10; 44:6, 8; 45:5, 18, 21; 46:9 e refs.).
A DIFERENÇA ENTRE UNICISTAS E UNITARISTAS
Os Unicistas pregam Deus Único, revelado ao mundo no corpo humano de Jesus Cristo – e é o que a Bíblia Sagrada nos ensina: 1) “No princípio era o Verbo (a Palavra), e a o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele (o Verbo), e sem Ele nada do que foi feito se fez. E o Verbo (a Palavra) se fez carne, e habitou entre nós...” (João 1:1, 3, 14); 2) “Eu e o Pai somos UM” (João 10:30). 3) “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14:6-10). 4) “Ora, a vida eterna é: que conheçam a Ti, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo (isto é, que O reconheçam em Jesus Cristo) a quem enviaste” (João 17:3) 5) “Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo” (2Co. 5:19). 6) “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus (ou sendo a forma visível de Deus), não teve por usurpação (não gloriou-se) ser igual a Deus...” Fl. 2:5-11). 7) “Eis que um menino nos nasceu, um Filho se nos deu; o principado (o governo) está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz” (Is. 9:6) 8) “Eis que o mesmo Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e o seu nome será Emanuel – Deus conosco” (Is. 7:14).
Enquanto que os Unitaristas (Miguel Servet, Século XVI), argumentam que o unitarismo teria seu início com o próprio Jesus, que, defendem, tinha consciência de ser simplesmente um homem enviado de Deus ao Mundo para transmitir Sua vontade, sem, todavia, ser divino, nem compartilhando da natureza do Pai. Tais ensinamentos tendem a um cristianismo judaizado, pois assim entendem até hoje os judeus, que Jesus Cristo foi simplesmente um Profeta.
MIGUEL SERVET E AS PRIMEIRAS IGREJAS UNITÁRIAS
Ao iniciar-se a Reforma Protestante no século XVI, numerosos intelectuais começaram a publicar seus próprios pontos de vista acerca da doutrina cristã, sem esperar o beneplácito de Roma, dentro do espírito protestante de livre exame da Bíblia. Um destes foi Miguel Servet, médico e teólogo espanhol. Em seus livros De Trinitatis Erroribus (1531), Dialogorum de Trinitate (1532) e Christianismi Restitutio' (1553), questionou a base bíblica e racional da doutrina trinitária. Suas opiniões heterodoxas e sua liberdade de espírito, fizeram-no ser perseguido como herege pela Inquisição. Em Genebra foi preso pelos seguidores de Calvino e condenado a morrer na fogueira por negar a Trindade e condenar o batismo infantil (27 de outubro de 1553);
Dado que a palavra e o conceito de Trindade, tal como se entende no sentido cristão, não constam no Novo Testamento, os unitários argumentam que o unitarismo teria seu início com o próprio Jesus, que, defendem, tinha consciência de ser simplesmente um homem enviado de Deus ao Mundo para transmitir Sua vontate, sem, todavia, ser divino, nem compartilhando da natureza do Pai. Ao longo dos três primeiros séculos do cristianismo aparecem diversos autores que afirmam a natureza "mais que humana" de Cristo e atribuem-lhe um caráter divino, ou semidivino, como filho de Deus. Os subordinacionistas afirmavam que o Filho estava subordinado ao Pai e submetido a sua vontade, enquanto que outros pensadores cristãos começavam a trabalhar com a idéia do caráter divino de Jesus Cristo e sua identificação com a Divindade. Em outro extremo se situavam os que identificavam totalmente o Pai ao Filho, entendendo que o Pai também havia sofrido e morto na cruz (patripassianismo) e que Pai, Filho e Espírito Santo, não eram mais que modalidades ou manifestações de uma única realidade divina (Sabelianismo ou modalismo). O primeiro a utilizar a palavra "Trindade" foi Tertuliano
Servet influenciou vários de seus contemporâneos. O estudioso lituano Piotr de Goniadz admitiu a validade de seus argumentos e convenceu uma parte da nascente Igreja Calvinista da Polônia, que formou a chamada Igreja Reformada Menor, mais conhecida como Irmãos Poloneses sobre os postulador antitrinitários. De outra parte, o reformado liberal Sebastião Castellio reprovou duramente Calvino sua intolerância e seus fanatismo e proclamou a liberdade de consciência em assuntos de fé, um princípio que logo foi postulado pela tradição Unitária.
Alguns anos depois, o reformador humanista italiano Fauto Sozzini (1539-1604) desenvolveu sua própria obra teológica, marcada pelo antitrinitarianismo e o uso da racionalidade. Para Sozzini, a religião evocava questões que estavam "além da razão" (contra rationem), pelo que os credos deviam concordar com a razão humana. Sozzini encontrou refúgio na Polônia, onde foi recebido pelos Irmãos Poloneses, onde nunca chegou a ser membro oficial do grupo, por negar-se a ser batizado de novo. Na cidade de Rakow, próximo à Cracóvia, os Irmãos Poloneses desenvolveram um grande centro de estudos que atraiu numerosos eruditos e intelectuais de diferentes países.
Em 1605, um ano depois da morte de Sozzini, os sozzinianos da Igreja Menor publicaram o Catecismo Racoviano, resumo das doutrinas de seus mestre e que teve uma grande influência nos anos posteriores na Alemanha, nos Países Baixos e na Inglaterra. A Igreja Reformada Menor desapareceu em 1640 pela crescente intolerância na Polônia em decorrência do início da Contra-Reforma.
Entretanto, o reformado húngaro Ferenc Dávid havia abandonado o Calvinismo para pregar o Cristianismo Unitário na Transilvânia (região que atualmente se encontra na Romênia), influenciado pelo médico italiano Giorgio Blandrata, seguidor das idéias de Servet. O rei João Sigmundo da Transilvânia aceitou o unitarismo e ditou o primeiro Edito de Tolerância religiosa da história moderna da Europa, em 1568, para permitir a livre prática religiosa em seu país, incluindo o Catolicismo. Este status especial perdurou, com dificuldades por conta da invasão da Transilvânia pela Áustria no século XVIII e o domínio mais ou menos efetivo do Império Austro-Húngaro e, posteriormente...
Nenhum comentário:
Postar um comentário