segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A VERDADEIRA IGREJA CRISTÃ E A APOSTASIA

A VERDADEIRA IGREJA CRISTÃ E A APOSTASIA




Prefácio

Se cada um de nós pudesse viajar de volta no tempo para o final dos anos 1960, encontraria um período de grande contestação e agitação entre as principais denominações protestantes. O Movimento Ecumênico estava a pleno vapor e a Igreja de Roma tinha visões de trazer as "ovelhas afastadas" de volta ao aprisco da igreja-mãe. Ao mesmo tempo, a vitória na Guerra dos Seis Dias deu aos israelenses o domínio sobre Jerusalém pela primeira vez desde que o general romano Tito destruiu a cidade no ano 70. Nos círculos fundamentalistas, muitos começaram a propagar a noção que a apostasia do "fim dos tempos", que tinha iniciado no século XIX, estava se aproximando da fase de produzir frutos. Alguns chegaram até a predizer que o Arrebatamento da Igreja ocorreria antes do bicentenário da Independência Americana, em 1976. Esses fatores combinados contribuíram para o crescimento explosivo das Igrejas Batistas Independentes, das Igrejas Bíblicas não-denominacionais, e outros grupos, como aqueles afiliados ao Conselho Americano das Igrejas Cristãs, liderado pelo Dr. Carl McIntire. Na mente daqueles que estavam na linha de frente da "guerra contra a grande apostasia no fim dos tempos", Deus estava juntando os membros finais da verdadeira igreja para preparar a noiva de Cristo para a ceia das bodas do Cordeiro. Embora alguns tenham percebido a ameaça representada por grupos como a Associação Nacional dos Evangélicos (NAE), ninguém poderia ter imaginado a futura enganação da apostasia sorrateira que corromperia a própria fibra das igrejas que foram fundadas ou que cresceram a partir da apostasia dos anos 1960.



Para aqueles de nós que viveram e passaram por essas experiências, é muito difícil compreender o fato que esses eventos ocorreram há mais de trinta anos. O Movimento Batista Independente começou a fraquejar a partir de meados dos anos 1970 e a década testemunhou o crescimento das Assembléias de Deus na segunda onda do Movimento Carismático. Gradualmente, a igreja local foi transformada de um lugar onde se ouvia um homem de Deus expor a Palavra de Deus ao povo, para um local de entretenimento religioso. A situação se deteriorou tanto que chegamos ao ponto em que a igreja agora precisa recorrer ao marketing profissional para alcançar o mundo e conseguir crescer mais. O crescimento de igreja tornou-se a ordem do dia, e os programas e esquemas precisam ser colocados em ação para atender aos objetivos estabelecidos para o crescimento. Essa é a base para a RELIGIÃO ORIENTADA PARA RESULTADOS.



Muitos que lêem isto estão familiarizados com a Educação Orientada Para Resultados:



"A Educação Orientada Para Resultados é uma filosofia que proclama que o fim justifica os meios. O conteúdo não é especificamente definido, mas escolhido com base na percepção do professor. Nessa filosofia, a educação é uma experiência contínua e que dura a vida inteira, e não é uma preparação para a vida. É um processo para o governo dizer às nossas crianças como viver, o que dizer, o que pensar, o que saber, o que não saber." [1]



A religião orientada para resultados baseia-se basicamente nos mesmos princípios. Ela também proclama a filosofia que o fim justifica os meios. O "fim", na maioria das vezes, é o crescimento da igreja e os padrões das Escrituras são subordinados ou ignorados quando observa-se que prejudicam esse crescimento. Os métodos para o crescimento da igreja também não são especificamente definidos e dependem principalmente dos aspectos demográficos e mercadológicos de uma determinada localidade. Usar uma diretriz específica "preto-e-branco", como as Escrituras, é um empecilho a esses esforços de marketing e, portanto, as percepções do pastor e da agência de consultoria precisam ser utilizadas para obter o resultado adequado. O ensino dogmático das doutrinas e da teologia também pode ser um empecilho ao crescimento da igreja, simplesmente por que a "doutrina divide". Portanto, a abordagem deve ser mais de um guia prático para tratar os problemas do dia a dia, como as finanças pessoais, relacionamentos, educação de filhos, e outras necessidades sociais daqueles que responderam aos programas de evangelização. Todos os programas, música e teatro devem ser coreografados com a noção de entreter com uma mensagem religiosa positiva, de modo a atrair mais pessoas aos serviços da igreja e, ao mesmo tempo, sem deixar ninguém de fora. Sob esses auspícios, a igreja evoluiu de uma fortaleza onde aqueles de mesma fé eram convencidos do pecado, repreendidos, nutridos, edificados, instruídos, e enviados ao mundo para alcançar os perdidos - para um palco aberto para que todos os presentes "experimentem Deus". Para garantir que essa seja uma experiência positiva para todos, as exposições negativas de qualquer grupo ou indivíduo visto como nominalmente "cristão" não podem ser toleradas e uma atitude de "religiosamente correto" deve prevalecer. A igreja também precisa ter uma equipe de "conselheiros cristãos" formados em "Psicologia Cristã" para atender às necessidades das pessoas que ficaram frustradas na busca de respostas para os "problemas complexos" do mundo de hoje nas páginas daquele documento antigo e simplista que chamamos de Palavra de Deus. Basicamente, todos os que estão envolvidos no ministério precisam ter em vista os RESULTADOS - TUDO O MAIS ESTÁ SUBORDINADO AOS RESULTADOS.

"O que caracteriza uma igreja verdadeira?"

1 PARTE

Em seu livro Biblical Separation [Separação Bíblica], o Dr. Ernest Pickering faz a seguinte pergunta: "O que caracteriza uma igreja verdadeira?"



Proposição: Uma igreja verdadeira é uma assembléia de pessoas que compartilham uma experiência comum de fé em Jesus Cristo.



Quem é Jesus Cristo? Você se refere ao Jesus Cristo humano dos modernistas ou o Jesus Cristo, a teantrópica Segunda Pessoa da Trindade? Você se refere ao Jesus Cristo dos maometanos, dos gnósticos, dos aderentes da Nova Era, ou o neo-ortodoxo? Você se refere a este Cristo ou a algum outro Cristo?



O que você quer dizer com compartilhar uma experiência? Essa experiência depende do recebimento de sacramentos, batismo, ou alguma outra ordenança religiosa? Depende da realização de um ato de caridade, filantropia, ou auto-anulação? Você professa ter a experiência de "nascer de novo", mas o que quer dizer com "nascer de novo"?



Até que ponto a sã doutrina é necessária para uma igreja ser verdadeira? Ao afastar-se da sã doutrina, em que ponto uma igreja cessa de ser uma igreja verdadeira? (1)



A essência dessa linha de raciocínio baseia-se no fato que Lúcifer declarou uma guerra de enganação contra a igreja. Logo após a igreja primitiva ter sido formada, ela foi cruelmente atacada pela infusão cabalista, gnóstica e pagã. Os falsos mestres segmentaram e corromperam as doutrinas cruciais da igreja, o que levou às diversas filosofias heréticas adotadas até mesmo por muitos daqueles que eram contados entre os "Pais da Igreja". Como resultado dessa conspiração satânica, as advertências contra os falsos mestres aparecem em todas as epístolas do Novo Testamento. Uma dessas advertência é sucintamente apresentada em 2 Pedro 2:1-2:



"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade."



A estratégia de Lúcifer desde os dias de Pedro não mudou. Os termos eram cristãos, mas as definições e práticas eram gnósticas ou pagãs. Esse sincretismo do puro cristianismo com as religiões ocultistas culminou com o advento de muitos grupos pseudo-cristãos e as seitas. O mais notável, é claro, foi evidenciado na ascensão da Igreja Católica Romana e do papado. Contrariamente à crença popular mal-orientada, os papas não são sucessores do apóstolo Pedro (não há uma evidência histórica verdadeira de que Pedro realmente esteve em Roma). Os papas são, entretanto, os sucessores do Imperador Romano Constantino. Foi Constantino quem legalizou o cristianismo com a esperança de unificar um Império fragmentado e decadente. Ele mudou a capital do império para Constantinopla em 330, deixando o bispo de Roma a cargo do Ocidente. (3) Ele próprio, entretanto, continuou adorando o deus-sol. Embora Constantino tenha permanecido pagão pelo resto de sua vida, manteve influência sobre os negócios do que tinha se transformado a igreja "estatal" no Império. (Essa influência foi evidenciada pelo fato de ter ele mesmo convocado o Concílio de Nicéia.) Posteriormente, Teodósio, o Grande, tornou o cristianismo a religião oficial do Império, e a participação na igreja tornou-se obrigatória por lei. (Podemos apenas imaginar o efeito que isso teve sobre o caráter espiritual da igreja.) (4) Neste ponto, os templos pagãos foram transformados em igrejas, as estátuas de Júpiter tornaram-se estátuas de Pedro, as imagens de Ísis e Vênus tornaram-se imagens da "virgem abençoada", e a mistura do paganismo com o cristianismo resultou nas diversas doutrinas sem base bíblica e as tradições da Igreja de Roma. Justiniano I (527-565), o maior de todos os imperadores, regulamentava todas as questões teológicas definindo o Bispo de Roma como o "líder de todas as santas igrejas", lançando assim a base legal para a supremacia papal. (5) O papado envolveu-se em intrigas políticas internacionais a partir de 678, com o assassínio do rei merovíngio Dagoberto II. A Igreja orquestrou o fim da Dinastia Merovíngia em uma tentativa fracassada de garantir o título de "Rei de Jerusalém" para o papa. (6) A autoridade papal foi então grandemente expandida em 750 com a assim chamada "descoberta" de um documento conhecido como a "Doação de Constantino" (em 1440, Lorenzo Valla provou que esse documento foi uma falsificação) (7) Esse suposto documento do ano 312 dava oficialmente ao bispo de Roma os símbolos e as vestes imperiais do Imperador, que tornaram-se propriedades da Igreja. Ele declarava que o bispo de Roma era o "Vigário de Cristo" e oferecia-lhe o status de Imperador. As vestes foram supostamente devolvidas a Constantino, que as vestia com permissão eclesiástica, mais ou menos como um empréstimo. (8) Com esse documento em mãos, a Igreja reivindicou o direito de coroar e depor os monarcas, e o papa tornou-se o supremo mediador entre Deus e os reis. (9)



A influência dos imperadores nos assuntos da Igreja para suportar uma máquina imperial que estava entrando em colapso resultou em uma profunda e rápida apostasia. Em poucos séculos, "o cristianismo transformou-se em algo totalmente diferente de seu início, como Jesus Cristo e seus apóstolos ensinaram. Tornou-se uma filosofia pagã sofisticada influenciada pelos ensinos sobre um Deus transcendente e onipotente." (10) Com essa infidelidade espiriitual veio uma espiral decadente na moralidade da hierarquia da Igreja Católica Romana. O poder absoluto começou a corromper absolutamente, e aqueles que se opunham aos ensinos da Igreja logo tornaram-se alvo da sua ira. A perseguição aos dissidentes tornou-se a ordem do dia, e a Igreja começou a encarcerar os "heréticos", e a confiscar suas propriedades. Em 1203, o papa Inocêncio III publicou um decreto da Inquisição para erradicar a heresia do sul da França e da Itália. (11) Inocêncio III, naquilo que chamou de "a realização que coroou seu papado", ordenou o massacre de 60.000 albigenses em um único dia. (12) Outros eventos documentados incluem o "Massacre da Noite de São Bartolomeu", em que 70.000 huguenotes (calvinistas franceses) foram assassinados em um único dia. (13) e o papa Martinho V (1417-31) ordenou que o rei da Polônia exterminasse os hussitas. (14) A Inquisição durou até 1870, englobando o papado de oitenta papas que nunca se arrependeram, nunca se retrataram, e nunca reconheceram qualquer erro por parte da Igreja em torturar e/ou assassinar milhões de vítimas inocentes.



A Igreja de Roma tinha, na verdade, desde sua formação, cessado de ser uma igreja verdadeira. O Estado tornou-se a entidade controladora dessa organização, e a sã doutrina foi substituída por uma síntese de paganismo com crenças cristãs. O resultado foi uma entidade em que um filho de Deus verdadeiramente redimido não poderia participar. Na verdade, muitos cristãos e igrejas individuais recusaram-se a participar no sistema de igreja/estado. Esses foram aqueles que ficaram conhecidos como anabatistas (rebatizadores), que mantinham o ensino bíblico do batismo após a salvação, rejeitavam o batismo infantil, o casamento civil, o governo religioso centralizado, e qualquer hierarquia eclesiástica acima da igreja local. Aqueles que defenderam essa posição e morreram por manter as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus eram os verdadeiros cristãos, e suas igrejas eram as verdadeiras igrejas.



A Igreja de Roma é apenas um dos muitos exemplos de organizações que têm o nome de "igreja" mas exibem pouca ou nenhuma semelhança com a definição bíblica do termo. Entretanto, é preciso compreender que qualquer organização religiosa que afirme ser igreja precisa atender a certos critérios:



Uma igreja verdadeira tem somente Jesus Cristo como seu líder e legislador.



Uma igreja verdadeira somente deve aceitar como membro aqueles que professam fé salvadora em Jesus Cristo. No momento em que uma organização recebe como membro um único indivíduo que nega a fé em Jesus Cristo, essa organização deixa de ser uma igreja.



Uma igreja verdadeira, por meio da sua declaração de fé, precisa aderir às doutrinas fundamentais conforme ensinadas na Palavra de Deus. Essas doutrinas incluem a inerrância das Escrituras, a encarnação de Jesus Cristo, a divindade de Jesus Cristo, o sacrífico vicário de Jesus Cristo, a ressurreição física de Jesus Cristo, a justificação pela fé, e a promessa da vida eterna para aqueles que professam essa fé. (A Declaração de Fé de uma igreja verdadeira deve ser mais detalhada que essa relação, mas deve SEMPRE conter pelo menos esses princípios).



Uma igreja verdadeira precisa ser governada pelos métodos delineados nas Escrituras, com líderes, oficiais e administração conforme especificado no Novo Testamento.



Sim, uma igreja verdadeira é uma assembléia daqueles que compartilham uma experiência comum de fé em Jesus Cristo. Entretanto, é preciso elaborar um pouco mais que essa experiência é o resultado da operação da graça soberana de Deus exercida pelo arrependimento de um indivíduo por meio da fé no sangue derramado de Jesus Cristo para total perdão dos pecados. Além disso, uma observação particular precisa ser acrescentada que essa operação de Deus não é de forma alguma dependente de ser membro de uma igreja, participar em sacramentos religiosos, participar em atividades religiosas, contribuir com dinheiro para as causas religiosas, moralidade geral, ou outras boas obras do indivíduo. Esses indivíduos "nascidos de novo" são além disso ordenados pelas Escrituras a aderir aos ensinos doutrinários encontrados na Palavra de Deus (incluindo aqueles da pessoa de Jesus Cristo), e não aceitar ninguém na comunhão do corpo de crentes cuja profissão de fé omita esses ensinos doutrinários. Entretanto, Lúcifer é um enganador sutil, e os falsos mestres que enganosamente professam cristianismo genuíno infiltram-se e corrompem uma igreja verdadeira. Isso freqüentemente leva à apostasia final das igrejas locais e das organizações eclesiásticas. A palavra "apostasia" (um afastamento da verdade por parte daqueles que antes defendiam a verdade) encontra-se na Bíblia em 1 Timóteo 4:1:



"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios."



Os cristãos certamente não podem dizer que não foram avisados. Entretanto, surge a seguinte questão: O que os cristãos devem fazer quando forem controntados pela infiltração enganosa dos falsos mestres? Além disso, o que devem os cristãos fazer quando os falsos mestres tiverem desviado ou enganado seus líderes ou outros membros do corpo da igreja?



O ataque de Lúcifer à igreja verdadeira desde o tempo da igreja primitiva tem sido enfrentado por duas estratégias distintas. A primeira é a idéia que aqueles que estão do lado da verdade devem permanecer no corpo eclesiástico e tentar reformá-lo, expondo o erro dentro da igreja. Isso é exatamente o que os líderes da Reforma Protestante tentaram fazer. O desejo deles era reformar a Igreja Católica; não desejavam se separar de Roma, mas a Igreja os excomungou. A segunda estratégia baseia-se na Doutrina Bíblica da Salvação. Quando um corpo eclesiástico afasta-se do ensino bíblico, aqueles que estão do lado da verdade escolhem obedecer as Escrituras e separar-se do corpo, em vez de tentar reformar a organização. Esse padrão pode ser visto durante toda a história da igreja organizada. Houve aqueles que tentaram reformar, e houve aqueles que se separaram. A Bíblia é bem clara que aqueles que erram na fé devem ser abordados e confrontados com relação ao erro, mas também é muito clara que chega um ponto em que aqueles que estão do lado da verdade precisam se separar:



"E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles." [Romanos 16:17]



"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, E eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso." [2 Coríntios 6:14-18]



"Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu." [2 Tessalonicenses 3:6]



Charles Spurgeon escreveu:



"A cumplicidade com o erro tirará dos melhores homens o poder de entrar em qualquer protesto bem sucedido contra o erro. É nossa convicção solene que não pode haver nenhuma comunhão espiritual real, nenhuma falsa associação. A associação com o erro vital e conhecido é participação no pecado. Assim que vi, ou pensei que vi, que o erro tinha se tornado firmemente estabelecido, não vacilei, mas deixei o corpo imediatamente. Desde então meu conselho é, "Saí do meio deles". Acho que nenhum protesto poderia ser igual à separação distinta do mal conhecido. Para não tornar ridículo meu testemunho, afastei-me daqueles que se desviaram da fé, e até mesmo daqueles que se associam com eles. Custe o que custar, a separação daqueles que se separaram da verdade de Deus não é não apenas nossa liberdade, mas nosso dever." (15)



A luta para manter uma verdadeira igreja foi e continuará sendo uma questão crítica para todos os cristãos até o arrebatamento. Ao tratarmos do tema "Pragmatismo na Igreja - Uma Religião Orientada Para Resultados", a doutrina bíblica da separação precisa ser enfatizada em toda a análise, pois uma vez que a apostasia da Religião Orientada Para Resultados seja reconhecida dentro do corpo eclesiástico, o único rumo de ação para aqueles que queiram permanecer fiéis à Palavra de Deus é a separação de tal corpo. Esse processo de separação pode ser mais difícil do que em muitas situações nos anos passados simplesmente porque muitas das igrejas envolvidas na Religião Orientada Para Resultados ainda pregam o evangelho, e ainda têm muitas boas qualidades baseadas na Bíblia. Entretanto, os cristãos modernos precisam adotar a mesma posição de Spurgeon, quando ele disse, "... afastei-me daqueles que se desviaram na fé, e até mesmo daqueles que se associam com eles."



Capítulo 2: As Origens da Moderna Apostasia



A filosofia da Educação Orientada Para Resultados - o fim justifica os meios - em si mesma não necessariamente a condena como uma pedagogia falha. A fonte básica de disputa sobre as origens questionáveis da EOPR provém dos resultados questionáveis e "politicamente corretos" que ensinam habilidades de aprendizagem afetivas, em vez de cognitivas. Embora resultados como cidadania, integridade e ética do grupo de trabalho possam parecer admiráveis à primeira vista, podem essas habilidades substituir a competência em línguas, matemática e ciências? Em outras palavras, quando se caracteriza a EOPR, nem mesmo o fim é justificado - muito menos os meios.



Em contraste, a filosofia “o fim justifica os meios” é precisamente o que condena a Religião Orientada Para Resultados desde o princípio. Quando se envolve o trabalho de Deus, O FIM NUNCA JUSTIFICA OS MEIOS. Basicamente, o trabalho de Deus é para ser feito da maneira de Deus. Mesmo resultados claramente espirituais, como a evangelização em massa e o crescimento exponencial da igreja devem ser tratados dentro dos limites da metodologia esquematizada nas Escrituras. Como visto nas passagens ilustradas no Capítulo 1, a cooperação, colaboração, e/ou comparação com os ímpios em esforços religiosos são especificamente proibidas nas Escrituras, e usar os resultados desses esforços como justificativa do método é um sério desvio dos ensinos da Palavra de Deus. Além disso, a mentalidade “o fim justifica os meios” é o caminho certo para uma profunda apostasia. Um vez que as Escrituras são ignoradas em uma área, outro desvio logo ocorrerá. O “efeito bola de neve” evidenciado pela história então leva um corpo religioso após o outro de pequenas contemporizações a um completo afastamento da verdade. Essa apostasia sorrateira é muito sutil e deve-se olhar para a história e entender a batalha pela pura e verdadeira igreja para combater a natureza enganadora da apostasia.



O forte domínio da Igreja Romana sobre a Civilização Ocidental durante a Idade das Trevas não pode ser apenas classificada como brutal. Qualquer ensino ou evidência contrária à doutrina de Roma foi destruído ou reprimido, e aqueles indivíduos que se opuseram foram forçados a viver na clandestinidade, ou foram exterminados. Como resultado, a Igreja Romana sufocou a aquisição generalizada do conhecimento acadêmico e conseguiu manter completo controle sobre uma sociedade intimidada. Esses membros da verdadeira igreja (valdenses, anabatistas, e outros) não somente foram forçados à clandestinidade, mas também foram virtualmente apagados das páginas da história secular (ou aparecem como uma mera nota de rodapé). Até mesmo as doutrinas desses primeiros fundamentalistas foram suprimidas e somente recentemente suas crenças doutrinárias, como o arrebatamento pré-milenar da igreja, foram evidenciadas por manuscritos encontrados. Além disso, as atrocidades do catolicismo fizeram do "cristianismo" uma praga na face da Terra, tanto para os historiadores, quanto para as pessoas praticantes de outras religiões. Para a população em geral, o controle severo do papado levou à sombra opressiva de ignorância, pobreza e miséria na Idade das Trevas. Todavia, a ambição do papado pelo poder levaria no final à diluição do impasse da Igreja Romana sobre a sociedade. Essa diluição começou quando o papa Urbano II estimulou o desejo de recuperar a Terra Santa para a Igreja. As cruzadas foram envidadas em 1099 para libertar a Terra Santa (especialmente Jerusalém) dos infiéis que ocupavam a região. Assim, o desejo da Igreja por Jerusalém levou à criação de uma entidade concorrente pelo poder econômico e político do mundo, os Cavaleiros Templários. Não apenas a Ordem dos Templários emergiu das Cruzadas como os banqueiros internacionais, mas também trouxe de volta para a aristocracia da Europa as religiões ocultistas condenadas pela Igreja.



O declínio do poder político da Igreja de Roma abriu a porta para o renascimento de filosofias da Grécia antiga, e culminou com o período conhecido como Renascimento. Embora muitos se recordem dos estudos históricos da expansão das artes, as invenções e o avanço cultural dos anos de 1300 até 1500, poucos percebem que a então recém-descoberta libertação da opressão intelectual da Igreja Romana também produziu um crescimento do ocultismo, da magia e da astrologia. A Reforma Protestante terminou com o Renascimento, mas a infusão das ciências ocultas ressoou na mente e na alma da população ocidental. A fé religiosa ficou tão ferida em muitos que eles a abandonaram e adotaram o método científico de Aristóteles. Isso iniciou a ascensão da Idade da Razão e a corrupção da Reforma Protestante em meados do século XVIII. A Idade da Razão, liderada por homens como John Locke, na Inglaterra, e o francês Voltaire, foi um ataque direto às religiões cristãs.



Na sombra da Reforma Protestante estavam aqueles conhecidos como batistas:



“Os primeiros batistas apareceram na Suiça por volta de 1523, onde foram perseguidos por Zwinglio (o insigne reformador) e pelos romanistas. Eles foram encontrados nos anos seguintes, 1525-1530, com muitas igrejas grandes, totalmente organizadas, no centro e no sul da Alemanha, e no Tirol, na Áustria.” (1)



Esses batistas não eram protestantes, pois tiveram muitas igrejas antes das Reforma. Mesmo assim, durante todo o século XVII, as perseguições aos batistas continuaram com carga total. Nesse tempo, a Alemanha era predominantemente luterana, a Escócia era presbiteriana, a Inglaterra era anglicana, e o restante da Europa era católica. Os reformadores deixaram de aprender os riscos de uma igreja vinculada ao Estado, e existia certamente grande risco de vida aos que se opunham à religião oficial do Estado - qualquer que tenha sido essa religião.



A apostasia doutrinária entre os protestantes ergueu publicamente sua horrenda cabeça por volta de 1780. Frederich Schleiermacher, um jovem ministro alemão, apesar de ter negado a divindade e a morte vicária de Cristo, tornou-se conhecido como “O Pai da Teologia Moderna”:



"... Como ministro e metafísico, Schleiermarcher entronizou em lugar da doutrina, 'o poder da própria consciência de Jesus' o qual estava difundido na comunidade dos fiéis e ensinava que a conversão é uma elevação da consciência universal de Deus. Como a unidade da igreja original era a "influência" do Salvador, na visão de Schleiermacher, 'a essência da igreja é a comunidade'." (2)



(Neste ponto, a prudência recomenda um princípio de desenvolvimento no estudo da "apostasia". Esse princípio foi a primeira arma de Lúcifer contra a nova igreja, e ainda é estrategicamente utilizada hoje no caso da religião orientada para resultados. Esse princípio é simplesmente o abandono da superioridade da doutrina como essência da verdadeira igreja em favor da unidade. Isso é exatamente o que estava por trás da "essência da comunidade" de Sheleiermacher e o mantra que "a doutrina divide" (e, portanto, prejudica a comunhão) é precisamente uma das motivações governantes que está por trás do movimento neo-evangélico hoje. Aqueles que abraçaram a Religião Orientada Para Resultados devem, portanto, diminuir a ênfase em doutrina e em teologia, a fim de evitar a perda daqueles que estão na lista de possíveis membros da igreja. O centro da questão é simplesmente esta: A DOUTRINA DIVIDE PORQUE A VERDADE DIVIDE. A apostasia vista na Alemanha em 1780 é exatamente a mesma vista hoje em dia. Claro, o gnosticismo luciferiano de Shleiermacher lhe deu fama, mas sua ênfase na comunhão acima da doutrina revela que seus métodos foram em princípio os mesmos que os dos "evangélicos" atuais que estão envolvidos na Religião Orientada Para Resultados.)



À medida que o século XVIII chegou ao fim, os princípios de "alta crítica" de Shleiermarcher, que rejeitava a autenticidade dos evangelhos, a inerrância das Escrituras e as doutrinas cardeais da fé foram igualados no fronte político pela Revolução Francesa.



"A nação francesa tinha derrubado o governo de Deus... depondo o rei indicado por ele. Em seu lugar, os revolucionários elegeram um comitê de homens sem o temor de Deus para governar pela razão humana... Em 1793, a Assembléia Legislativa... renunciou unanimemente à crença na divindade. Mais tarde, ocorreu uma grande procissão... a deusa da Razão foi colocada em uma carruagem aberta ... virada para a catedral de Notre Dame. Ali, tomou seu lugar como divindade... elevada no altar maior... Seguiu-se a queima pública da Bíblia..." (3)



Estranhamente, parece que as implicações espirituais da Revolução Francesa foram ignoradas por muitos historiadores. Todavia, quando essa revolução é acoplada com o crescimento da apostasia na Alemanha, a alta crítica do Método Científico e infusões do ocultismo dentro do pensamento dominante desde os tempos do Renascimento, o cenário ficou estabelecido para grandes agitações no século XIX.



A história revela que o século XIX foi um grande ponto de mudança na evolução da sociedade. O Método Científico, nascido do Renascimento e da Idade da Razão, mais tarde levou ao nascimento de uma nova ordem mundial, liderada por homens como Marx, Engels, Hegel e Darwin. Além disso, a Revolução Industrial plantou as sementes do materialismo que dominaria no século XX. Politicamente, o século XIX foi o auge do Reino Unido e do Império Britânico. A rainha Vitória governava como a Grande Senhora de toda a terra e, apesar de ter ocorrido aquela pequena derrota que foi a Revolução Americana, no século XVIII, o "sol nunca se punha no Império Britânico".



Na aurora do século XIX, os grandes reavivamentos do século anterior, o "Grande Despertar" nos Estados Unidos e os reavivamentos metodistas de John e Charles Wesley ainda estavam produzindo frutos com enormes resultados nos Estados Unidos e na Inglaterra. Os Wesleys defendiam o arminianismo evangélico, que insiste que Cristo morreu por todos os homens, em oposição à doutrina da expiação limitada, dos puritanos e presbiterianos de João Calvino. Além disso, muitos cristãos viam o império britânico e "o reinado justo da rainha Vitória" como o advento do reino de Deus na Terra. Assim o pós-milenismo tornou-se um sistema aceitável de escatologia, forçando uma interpretação simbólica de muitas profecias do Antigo Testamento, ou vendo as promessas de Deus a Israel como cumpridas no império brintânico.



Embora as teorias do Israel-Britânico não pudessem ser apoiadas pelas Escrituras ou pela história, o poder do Espírito Santo foi certamente evidenciado na Grã-Bretanha. Quando Henrique VIII enfrentou o papa, o cenário ficou preparado para a Inglaterra se separar do resto da Europa católica, e o papa perdeu seu poder nas ilhas britânicas (exceto durante o curto reinado de Maria, a Sangüinária, e na Irlanda católica). A chave para esse manifestar do poder de Deus na Inglaterra foi sem dúvida a tradução da Palavra de Deus na língua inglesa, e sua disponibilidade para o homem comum. Cópias da primeira edição do Novo Testamento traduzidas por Tyndale foram contrabandeadas para a Inglaterra em carregamentos de grãos e tecidos. As autoridades em Bruxelas logo executaram Tyndale, mas seu trabalho se tornou a base para todas as versões inglesas das Escrituras desde aquele tempo. Coverdale então levou o trabalho adiante, e a primeira edição inglesa da Bíblia foi concluída em 1535. (4) Foi essa disponibilidade da Palavra de Deus e seu profundo efeito nos corações dos homens que levou ao crescimento o puritanismo na Inglaterra. O Movimento Puritano baseava-se em três princípios: "A supremacia das Escrituras sobre a autoridade humana; a independência da igreja do Estado; e a própria natureza do governo da igreja." (5).



Por volta de 1850, uma nova geração apareceu em cena na Inglaterra. Os pais e avós dessa geração foram aqueles que testemunharam as revoluções e os reavivamentos do fim do século XVIII à primeira metade do século XIX. Essa nova geração, entretanto, foi a do ceticismo:



"O erudito alemão Shleiermacher estava nesse tempo moldando a teologia de Oxford e de Cambridge na tradição gnóstica... poetas do panteísmo, William Wordsworth e Samuel Taylor Coleridge eram muito lidos e venerados pela elite intelectual da universidade... O ceticismo baseado na ciência fluía e reforçava a antiga torrente de dúvidas que vinham de considerações históricas e éticas... Os extraordinários homens de Cambridge de 1840 - B. F. Westcott, C. B. Scott, J. Llewenllyn Davies, J. E. E. Mayer, Lord Alwyne Compton, E. H. Bickersteth, C. F. Mackenzie, Charles Evans, J. B. Lightfoot, E. W. Benson e F. J. A Hort... Os intelectuais dos anos 1870... Henry Sidgwick e Henry Jackson e incluindo Frederic Myers, G. W. e B. J. Balfour, Walter Leaf, Edmund Gurney, Arthur Verrall, F. W. Maitland, Henry Butcher e George Prothero - tendiam para o gnosticismo ou para o deísmo hesitante." (6)



Lúcifer é muito inteligente. Ele encontra uma estratégia que funciona e continua repetindo-a muitas vezes. Por outro lado, a humanidade, em geral, é muito estúpida. O homem afirma que aprende com a história e com seus erros, mas continua caindo nas mesmas armadilhas ao longo do tempo. Isto posto, a descrição anterior da Inglaterra em meados do século XIX parece muito familiar. Na verdade, esse período exibe uma repetição do mesmo cenário mostrado na formação da igreja. Falsos mestres se infiltraram com doutrinas do gnosticismo, e as ciências ocultas do paganismo, o politeísmo pagão e o paganismo panteísta imediatamente atacaram a igreja primitiva. Isso é exatamente o que aconteceu na Inglaterra no século XIX. A nação que distribuiu a Palavra de Deus e experimentou em primeira mão a operação do Espírito Santo nos grandes reavivamentos, começou a resvalar com a mistura da igreja com o Estado quando o puritanismo tornou-se um movimento político (a Igreja Anglicana - a Igreja da Inglaterra há muito tempo já era a igreja estatal. Todavia, o movimento político dos puritanos logo uniu aqueles que tinham crenças fundamentalistas com o Estado). Quando as filosofias de Schleiermarcher, Wordsworth, Coleridge, e Darwin foram infundidas na aristocracia intelectual nas Universidades de Oxford e Cambridge, o cenário ficou armado para os eventos críticos que levariam ao crescimento da moderna descrença religiosa.



Todos os cristãos devem perceber que a essência básica de nossa fé encontra-se na Palavra de Deus. Sem uma Escritura inerrante, não pode existir base para a fé. Portanto, faz sentido que Lúcifer tenha atacado o verdadeiro cristianismo exatamente em seu fundamento e tenha agido para implementar essa estratégia em 1853. Um comitê secreto foi formado para lançar uma nova tradução da Bíblia em inglês. Esse comitê confiou a B. F. Westcott e F. J. A. Hort o fornecimento de um Novo Testamento em grego para a nova Versão Revisada da Bíblia. Westcott e Hort começaram em 1853 e trabalharam em segredo durante vinte anos para produzir o Novo Testamento grego. O aspecto interessante desse trabalho foi o fato que eles não revisaram o texto usado por Tyndale ou por Coverdale na primeira tradução para o inglês, mas deram preferência a dois manuscritos completamente diferentes, textos alexandrinos corrompidos pelas filosofias arianas e gnósticas. O objetivo deles parece que foi apenas desacreditar o Texto Bizantino (Textus Receptus), que representava 98% das evidências dos manuscritos do Novo Testamento, em favor de 1% dos documentos de Alexandria. O estudioso dos textos Dean John William Burgon refutou as afirmações da teoria de Westcott-Hort como:



"O resultado mais recente dessa violenta reação contrária ao Texto Grego Tradicional, - essa estranha impaciência de sua autoridade, ou melhor, a negação que ele tenha qualquer autoridade, que começou com Lachmann apenas cinqüenta anos atrás (por volta de 1831), e prevalece desde então; seus promotores mais notáveis são Tragelles (1857-72) e Tischendorf (1865-72)... Os Drs. Westcott e Hort, de fato excederam seus prodecessores nessa corrida singular. O desprezo absoluto deles pelo Texto Tradicional e a veneração supersticiosa a alguns poucos documentos antigos (os quais, todavia, confessam que não são mais antigos que os 'Textos Tradicionais', que menosprezam) - não conhecem limites." [7 (ênfase adicionada)]



O Novo Testamento Grego de Wescott e Hort foi uma tentativa maliciosa de destruir a integridade e infalibilidade da Palavra de Deus e, particularmente, a divindade de Jesus Cristo. Embora a Versão Revisada de 1881 tenha sido rejeitada, o Novo Testamento Grego de Wescott e Hort, foi usado para outras traduções posteriores da Bíblia inglesa, com a exceção da New King James Version [Nova Versão do Rei Tiago]. Esse ataque à infalibilidade da Palavra de Deus foi uma tentativa evidente de Lúcifer de destruir a verdadeira igreja. Aqueles que se desviaram da fé descartam a Versão Autorizada do Rei Tiago das Escrituras, e muitos, até mesmo nos círculos fundamentalistas, recusam-se a tomar uma posição nesse assunto. Todavia, a Versão Autorizada do Rei Tiago sobreviveu aos ataques de seus inimigos e permanece como prova infalível da promessa de preservação por Jesus Cristo de que a Palavra de Deus não passará.



Embora alguns não categorizem o Novo Testamento Grego, de Wescott e Hort, como fator contribuinte para a origem da moderna apostasia, os princípios e métodos de ambos foram especificamente direcionados à destruição do Texto Bizantino. Considerando-se isso em conjunto com os outros eventos em todo o século XIX, o plano de Lúcifer começa a se tornar mais discernível. Fazendo uma revisão, a seguinte seqüência de eventos deve ser considerada com atenção:



O Renascimento tornou as ciências ocultas acessíveis ao público.

A Reforma Protestante, embora piedosa em muitos aspectos, deixou de seguir todas as instruções das Escrituras.

Aqueles que realmente seguiram os ensinos da Palavra de Deus foram apagados até das páginas da história e perseguidos tantos pelos católicos quanto pelos protestantes.

A chegada da Idade da Razão, a Revolução Francesa e a adoção do método científico de Aristóteles deixou um grande vácuo na alma do homem, que tem uma necessidade inata de espiritualidade.

Esse vazio foi preenchido por muitos nos reavivamentos da época de Wesley e do Grande Despertar, mas muitos outros preencheram essa necessidade de espiritualidade aderindo às práticas ocultistas, como o espiritismo e a teosofia.

O conflito do cristianismo, o ocultismo e a Razão Humana levaram a um grande ceticismo religioso em meados do século XIX.

Foram três os resultados desse ceticismo:

O evidente ateísmo do darwinismo.

O ataque à infalibilidade da Palavra de Deus pelos intelectuais da Universidade de Cambridge.

A apostasia de muitos que anteriormente professavam as doutrinas fundamentais da fé.

Com a rejeição geral da verdade por parte dos intelectuais, muitas igrejas e organizações protestantes nos Estados Unidos começaram a ver traições dentro de suas próprias fileiras. Do outro lado do Atlântico, a batalha espiritual da Inglaterra parecia sombria e desanimadora no fim do século XIX. A nação que se tornara um bastião do cristianismo, sucumbia rapidamente para a apostasia. A batalha no século XX mudaria prncipalmente para os Estados Unidos, mas as origens da grande apostasia que começou no século XVIII, já vitimavam a maior parte da Europa por volta do ano 1900.



Capítulo 3: A Apostasia no Século XX Até 1965



Os homens do século XIX que moldaram as filosofias que iriam permear o futuro da sociedade tinham pouco em comum: Charles Darwin era formado em teologia, Charles Lyall era advogado, Thomas Huxley tinha uma graduação duvidosa em medicina, Jean Baptiste Lamarck e Herbert Spencer não tinham nenhuma educação formal, Hegel e Marx tinham formação em filosofia. Entretanto, uma coisa que todos eles compartilhavam era o ódio a Deus e ao cristianismo bíblico. Até mesmo Wescott e Hort negaram a inerrância das Escrituras, e estavam determinados a remover a tradução do Textus Receptus do alcance do público. Esses foram os homens que lançaram o fundamento para as batalhas espirituais a serem travadas em todo o século XX - um século que veria organizações religiosas se desviarem da verdade, o surgimento da nação de Israel, as profecias do fim dos tempos tornarem-se realidade, e a enganação da Religião Orientada Para Resultados.



O mundo no início do século XX estava grandemente mudado em relação ao que existia no início do século XIX. As invenções e a produção em massa da Revolução Industrial provocaram uma transição rápida no mundo ocidental de uma sociedade agrária para uma sociedade consumidora e, com a deflagração da Primeira Guerra Mundial, a mecanização avançada do mundo foi exibida na tecnologia da guerra moderna. Esse "admirável mundo novo" retornou dos horrores da guerra mundial com a reação filosófica exibida em uma tentativa da elite de estabelecer um governo mundial por meio da Liga das Nações. Sem o apoio dos Estados Unidos, essa organização falhou, mas as sementes de globalismo tinham sido plantadas na psiquê moderna. Além disso, a idéia do Reino de Deus na Terra foi expandida além das fronteiras do Império Britânico para uma liga honrada de todas as nações:



"'A Liga de Nações', disse o arcebispo de Canterbury em Genebra, 'pode fazer muito para tornar o Reino de Deus uma realidade em nossas vidas... 'A Liga de Nações', diz o Dr. Jowett, tem como alvo 'a transformação do reino deste mundo no Reino de Deus'" [1]



No centro dessa nova mentalidade do "pensamento de grupo" estavam organizações ocultistas e iluministas muito bem financiadas, como a Sociedade Teosófica, a Lucis Trust, e a Sociedade Fabiana, que finalmente promoveram os conceitos de socialismo dentro do pensamento corrente. Em 1925, foi acrescentado o elemento de darwinismo na consciência pública, e o conceito de "sobrevivência da espécie" aumentou a noção do século XIX de "darwinismo social". Essas filosofias, quando misturadas dentro das atitudes e dos valores das massas humanas, diminuem a importância do indivíduo e elevam as virtudes do grupo. Biblicamente, isso está em contradição com os ensinos doutrinários do Novo Testamento, o amor de Deus e seu interesse pelo indivíduo e, finalmente, a salvação individual. Ao mesmo tempo, uma mentalidade de pensamento de grupo promove os falsos conceitos de "irmandade dos homens", unidade eclesiástica, globalismo político e o sacrifício de indivíduos a fim de assegurar a "sobrevivência da espécie" - até mesmo o genocídio em massa para eliminar os "deficientes mentais" e outros elementos indesejáveis da sociedade que podem, posteriormente, tornar-se uma ameaça à espécie como um todo.



Modernismo x Fundamentalismo

Quando essas filosofias começaram a se infiltrar no cristianismo, o modernismo produzido na Alemanha quase dois séculos antes começou a infectar as grandes denominações nos Estados Unidos como um câncer incurável. As heresias desovadas no século XIX e que escarneciam das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus culminaram no dogma do modernismo do século XX:



A Bíblia é o resultado de um processo evolucionário humano

Negacão dos milagres

Nenhuma validade para os relatos bíblicos históricos (por exemplo, Adão ou Eva não existiram, o Dilúvio não aconteceu)

Muitos eventos do Velho Testamento são meramente mitos

Não houve o nascimento virginal, negação da divindade de Cristo e da sua ressurreição física.

As narrativas do Evangelho não são factuais

Nenhuma idéia precisa de como Jesus realmente era

Abordagem histórica-crítica para interpretar a Bíblia (2)

Não é necessário formação em Teologia para ver a correlação entre essas corrupções da verdade de Deus com a blasfêmia filosófica instigada no século XIX. As mãos de Hegel, Darwin, Marx, Wescott e Hort estão aparentes nessa clara aprovação contra o Deus Todo Poderoso. Nos anos 1900s, as filosofias desses homens estavam se alastrando como fogo entre as igrejas nos Estados Unidos, acendendo controvérsias ferozes dentro das denominações. Enquanto a maioria dos fundamentalistas tenha preferido lutar essas batalhas dentro de suas respectivas denominações até aproximadamente 1930, grupos separatistas mais tarde surgiram em todas as denominações, à medida que as lideranças caíam como pedras de dominó nas mãos dos liberais infiéis. A situação deteriorou-se ao ponto que algumas denominações recusaram-se até mesmo a produzir declarações doutrinárias oficiais que indicariam os hereges dentro de suas fileiras.



Foi nesse clima que apareceu o termo "fundamentalista". Embora o termo tenha sido cunhado em 1920, foi explicitamente definido pelo Congresso Mundial dos Fundamentalistas, em 1976:



"O fundamentalista é um crente nascido de novo no Senhor Jesus Cristo que:



1) Mantém uma crença inabalável na Bíblia, afirmando que a mesma é inerrante, infalível, e verbalmente inspirada por Deus;



2) Crê em tudo o que a Bíblia diz;



3) Julga todas as questões e a si próprio por meio da Bíblia;



4) Afirma as verdades fundamentais da fé cristã histórica:



A doutrina da Trindade

A encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício vicário e expiatório, a ressurreição corporal, a ascensão ao céu e a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo

O novo nascimento por meio da regeneração do Espírito Santo

A ressurreição dos santos para a vida eterna

A ressurreição dos perdidos para o julgamento final e a morte eterna

A comunhão dos santos, que são o corpo de Cristo.

5) Pratica a fidelidade a essa fé, e dedica-se a pregá-la à toda criatura;



6) Expõe e separa-se de toda distorção eclesiástica dessa fé, da contemporização com o erro, e da apostasia da Verdade; e



7) Batalha diligentemente pela fé uma vez entregue aos santos.



Portanto, o fundamentalismo é uma ortodoxia militante com um zelo para ganhar almas. Embora os fundamentalistas possam divergir em certas interpretações das Escrituras Sagradas, nós nos juntamos em unidade de coração e propósito comum para a defesa da fé e a pregação do evangelho, sem contemporização ou divisão.



A não ser que um homem mantenha e defenda a fé das Sagradas Escrituras, e esteja interessado na salvação dos perdidos, ele não é um verdadeiro fundamentalista." [3]



No mesmo Congresso, o Dr. Bob Jones Jr. eloqüentemente acrescentou:



"A própria palavra carrega consigo o choque das armas e o brado da batalha." "Ela fala das ondas batendo contra uma rocha que está acima das águas marítimas - uma rocha que fica firme no meio da tempestade. O fundamentalista é um homem que toma as armas da armadura da graça e avança firmado no Senhor e na força do seu poder para lutar pela fé." [4]



Homens de Deus como esse ficaram firmes contra a tempestade furiosa do modernismo dentro de suas respectivas denominações até aproximadamente 1930. Isto foi devido ao fato de que as principais denominações protestantes estavam todas originalmente baseadas nas doutrinas cardeais essenciais mantidas por todos os fundamentalistas, e seus credos e declarações de fé oficiais confirmavam o fundamento teológico básico dessas organizações. Mesmo com o número crescente de liberais dentro dessas organizações, a maioria dos que defendiam a verdade ardentemente acreditava que Deus lhes daria a vitória; e a denominação seria resgatada da matança modernista. Mais realisticamente, "os pastores e leigos conservadores simplesmente deixaram de compreender a extensão em que modernismo já tinha permeado seus seminários e agências". [5]



Nos anos 1920, liberais bem-patrocinados, como Harry Emerson Fodsdick, continuaram a ofensiva contra o fundamentalismo. Fodsdick, que era financiado pelo bilionário John D. Rockefeller, dispararou um torpedo em 21 de maio de 1922 com seu sermão, "Os Fundamentalistas Vencerão?", em que afirmava que doutrinas como "O Nascimento Virginal", "A Inerrância das Escrituras", e "A Segunda Vinda" não eram essenciais e ele as rejeitava. [6] Esse sermão também serviu para sinalizar que a tolerância liberal com aqueles que defendiam a ortodoxia estava muito reduzida, e os credos e as declarações doutrinárias que denominacionais liberais tinham simplesmente ignorado por décadas agora se tornaram os objetos de crítica aberta. O foco principal desses ataques começou exatamente onde Lucifer atacou no século XIX - a inerrância das Sagradas Escrituras. Em 1924, um grupo de 149 ministros presbiterianos reunidos em Auburn, no estado de Nova York, redigiu a "Declaração de Auburn". Sob o disfarce de "apaziguadores", que simplesmente desejavam encerrar a divisão dentro da denominação, esse grupo explicitamente repudiou a doutrina da inerrância das Escrituras Sagradas. [7] A "Doutrina da Inerrância", que tinha sido a ponta de lança dos ataques dos intelectuais e seminários no século XIX, tornou-se o alvo de novos e ferozes ataques no campo público de todas as denominações. A verdade foi que Lucifer e seus cúmplices liberais compreendiam perfeitamente que se um grupo negasse a inerrância da Palavra de Deus, outras doutrinas essenciais seriam alvos fáceis. Uma vez que a inerrância das Sagradas Escrituras é questionada, a espiral descendente para a apostasia total torna-se um trem de carga descontrolado que não pode ser detido. A revista liberal Christian Century resumiu o clima dos anos 1920 muito bem quando afirmou:



"Dois mundos se chocam … Há uma disputa aqui tão profunda e tão sinistra como entre o cristianismo e o confucianismo… O Deus do fundamentalista é um e o do modernista é outro (ênfase acrescentada.)… A incompatibilidade inerente desses dois mundos ultrapassa o estágio de tolerância mútua." [8]



Finalmente, ao compreenderem que não haveria reavivamento na apostasia, os fundamentalistas seguiram o exemplo de Spurgeon, separando-se não apenas daqueles que negavam os fundamentos da fé, mas também daqueles que se associavam com eles. A. W. Tozer exemplificou esse princípio quando declarou, "Eu me afastei de pregar em quase todos os púlpitos da América do Norte." [9]



Alguém deveria tomar nota neste ponto que Spurgeon e Tozer (para não mencionar Scofield, Gordon, Ironside, Jones, McIntire, Machen, e outros) não seriam muito apreciados em muitas igrejas evangélicas hoje. Não apenas seriam considerados muito divisivos, como não pregarariam muitos sermões sobre relacionamentos, finanças pessoais, métodos de criação de filhos, etc., para atrair uma multidão moderna grande o suficiente para garantir o pagamento das despesas com a manutenção do edifício da igreja. Além disso, exatamente como as novas e radicais visões políticas de centro da "Terceira Via" fizeram com que aqueles que são considerados como "politicamente incorretos" sejam objeto de escárnio, a "comunidade evangélica" basicamente rotulou os fundamentalistas de hoje como "religiosamente incorretos" (talvez não usem esse termo, mas cunharam outros termos depreciativos, como "xiitas"). Embora alguns que usam desonrosamente a insígnia de fundamentalista mereçam ser marcados, devido às suas atitudes indecentes e demagógicas, o rótulo "religiosamente incorreto" é reservado àqueles que, em defesa da fé (e de uma maneira bíblica), propagam coisas com um "espírito crítico" contra cristãos famosos, como Max Lucado, Paul Crouch, Chuck Colson, Pat Robertson, Bill McCartney, Jack Van Impe, Billy Graham, ou o papa João Paulo II. Em defesa do fundamentalista bíblico, sua posição deveria ser conforme ordenado pela Palavra de Deus:



"... noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples." [Romanos 16:17-18]



Os anos 1930 trouxeram mais mudanças arrebatadoras ao mundo ocidental. A Grande Depressão fez muitos rejeitarem a fábula modernista de que o homem estava no controle de seu próprio destino, e forçou os indivíduos a deixarem sua posição de auto-suficiência e de controle para a busca da simples sobrevivência. Esse mergulhar repentino no modo de sobrevivência tornou as famílias mais próximas e forçou os indivíduos a reformularem suas prioridades. Além disso, a deflagração da guerra na Europa dissipou a idéia de que a Primeira Guerra Mundial foi a guerra para terminar com todas as guerras; virtualmente extinguindo a teoria de que a Liga de Nações era um passo para tornar o "Reino de Deus" uma realidade. A Segunda Guerra Mundial também levou muitos a reavaliarem a escatologia do pós-milenismo, que ensinava que a humanidade estava realmente progredindo ao ponto de que o Reino de Deus seria revelado na Terra. Todos esses fatores impulsionaram o fundamentalismo pré-milenista e separatista. Como resultado desses e de outros fatores, os separatistas no arraial fundamentalista fizeram grandes avanços nas décadas de 1930 e 1940 por meio da organização de Conferências Bíblicas, fundando Faculdades Bíblicas, Ministérios no Rádio, e organizações de largas bases fundamentalistas, como o Conselho Americano das Igrejas Cristãs e a Associação Nacional de Evangélicos. Líderes fundamentalistas, como Charles Woodbridge, Carl McIntire, John R. Rice, Bob Jones, Charles Fuller, M. R. DeHaan, Harry Ironside, R. G. Lee e muitos outros, estiveram à frente do subitamente vibrante movimento separatista.



O Neo-Evangelicalismo

Exatamente quando o fundamentalismo parecia estar ganhando a maior parte do terreno, um novo movimento de dentro de suas fileiras lançou as sementes que iriam provocar sua futura decadência. Esse grupo de indivíduos chamava a si mesmo de "neo-evangélicos". Harold J. Ockenga, o primeiro presidente do Seminário Teológico Fuller, cunhou o termo "neo-evangélicos" em 1947. Ele insistia que a palavra-chave para espalhar o evangelho não era mais a separação, conforme prescrito na Bíblia, mas a infiltração nas igrejas apóstatas. Ele se encarregou de detalhar as diferenças entre fundamentalismo e neo-evangelicalismo:



Os neo-evangélicos enfocariam as questões sociais que os fundamentalistas evitavam. Os neo-evangélicos incluiriam com a salvação uma "filosofia social".

Os neo-evangélicos não "se concentrariam nas personalidades que adotam o erro".

O cristão não deve ser "obscurantista nas questões científicas, como a criação, a idade da humanidade, a universalidade do dilúvio, e outras questões bíblicas questionáveis".

As questões intelectuais deveriam ser respondidas dentro da estrutura de aprendizagem moderna e deveria haver liberdade nas áreas menos importantes. [10]

Além disso, Ockenga especificamente designou e promoveu quatro agências para o progresso do neo-evangelicalismo:



A Associação Nacional de Evangélicos

O Seminário Teológico Fuller

A revista Christianity Today

Evangelismo ecumênico encabeçado pelos Ministérios Billy Graham [11]

Embora o papel do Seminário Fuller se tornará ainda mais crucial na discussão posterior da Religião Orientada Para Resultados, Fuller se tornou não apenas a base de treinamento dos neo-evangélicos, mas também a principal fonte para instilar os princípios da Religião Orientada Para Resultados desde sua origem. Essa orientação do Seminário Fuller foi muito explícita:



"Os primeiros líderes do Fuller estavam cientemente rejeitando os aspectos negativos do fundamentalismo da linha antiga … O fundamentalismo era caracterizado pela militância… uma disposição de lidar com os aspectos negativos, e por separação, e foi isso que trouxe à tona o movimento neo-evangélico." [12]



Como presidente do Seminário Fuller, Ockenga também tornou suas metas bem claras:



"Desejamos que nossos rapazes sejam tão treinados, que quando vierem de uma denominação, voltem para sua denominação adequadamente preparados para pregar o evangelho e defender a fé e prosseguir no trabalho de Deus." [13]



De uma só vez, essa declaração revelou a essência do ecumenismo evangélico, declarou de forma sucinta a estratégia de infiltração no lugar da separação, e revelou a posição de que a aderência à doutrina está subordinada ao evangelismo. Todos esses pontos estão em conflito direto com a Palavra de Deus.



A Bíblia exige separação - não infiltração.

A Bíblia também diz claramente que cristãos não devem tolerar os falsos mestres e a falsa doutrina.

Em contraste com a Religião Orientada Para Resultados, a Bíblia não ensina que o fim justifica os meios.

Em oposição à metodologia do Seminário Fuller, Francis Schaeffer declarou, "O evangelismo que não conduz à … pureza doutrinária é simplesmente tão falho e incompleto quanto a ortodoxia que não conduz a um interesse e uma comunicação com os perdidos." [14]



O evangelismo não é mutuamente exclusivo de doutrina. Como pode a mensagem do evangelho coexistir com aqueles que negam a divindade de Cristo, o nascimento virginal, a ressurreição física, a justificação pela fé, ou a inerrância das Escrituras Sagradas? A realidade é que em um ambiente de falsas doutrinas (como é o caso de uma organização religiosa cuja hierarquia professa os ensinos do modernismo ou do catolicismo) o infiltrador deve comprometer sua posição para evitar embaraço, exposição e/ou expulsão final. Quando o infiltrador segue esse roteiro até sua conclusão lógica, uma concessão aqui leva à outra ali até que a apostasia aberta uma vez mais controla a situação, e o infiltrador passa ele próprio a adotar a doutrina falsa. Isso foi evidenciado até mesmo em Fuller, pois no início dos anos 60, "o corpo docente estava dividido se a inerrância se aplicava às Escrituras Sagradas inteiras, ou somente às passagens que tratavam da redenção". [15] À medida que a situação deteriorou, em 1982 apenas 15% dos estudantes da Escola de Teologia Fuller "sustentavam a convicção dos fundadores do Seminário sobre a inerrância". [16] O Dr. Charles Woodbridge resumiu com exatidão a situação quando declarou:



"O neo-evangelicalismo defende a tolerância ao erro. Ele segue o caminho descendente da acomodação ao erro, cooperação com o erro, contaminação pelo erro e, finalmente, capitulação ao erro." [17]



O neo-evangélico compreendia o erro dos modernistas, mas ofendia-se pela militância dos fundamentalistas. Esses indivíduos estavam preocupados que a atitude separatista dos fundamentalistas era muito dura e sem amor. Isso pode provavelmente ser melhor exemplificado pelos métodos do evangelismo ecumênico de Billy Graham. Ninguém nega que o evangelho de Jesus Cristo seja apresentado de forma clara e correta nas cruzadas de Billy Graham. Entretanto, ao invés de trabalhar com os fundamentalistas que pregavam o evangelho, de meados dos anos 50 em diante, o Ministério Billy Graham alinhou-se com os católicos romanos e os modernistas que negavam ou pervertiam a própria doutrina de justificação pela fé apresentada por Graham da plataforma de suas cruzadas. Embora à primeira vista isso possa parecer contraditório, essa metodologia é a aplicação perfeita da estratégia de Ockenga de infiltração, em vez de separação das organizações apóstatas. Além disso, os convertidos dessas cruzadas eram então enviados para infiltrar as próprias organizações apóstatas que patrocinaram a cruzada. Em vez de a infiltração de indivíduos nascidos de novo dentro de organizações apóstatas inverter a infidelidade, os resultados trágicos dessa estratégia produziram uma geração inteira de indivíduos nascidos de novo cujo impacto à causa de Cristo foi virtualmente nulo devido à falta de crescimento e de maturidade cristã que ocorre somente com o ensino bíblico sadio, com comunhão cristã verdadeira e com a pregação expositiva da Palavra de Deus. O mais trágico é que os filhos dessa geração, que cresceram em um ambiente sem um testemunho do evangelho puro e dos princípios bíblicos, correm o risco de formar uma geração totalmente perdida.



De uma perspectiva humana, o motivo era realmente nobre. O resultado declarado - a evangelização em massa - era louvável. Entretanto, a metodologia que contradizia ou completamente ignorava as instruções da Palavra de Deus estava seriamente furada. Na análise final, o evangelismo na ausência de sã doutrina deixa de perpetuar a si mesmo. A utilização dessa metodologia do neo-evangelicalismo sufoca a passagem da "tocha do evangelho" às futuras gerações - um exemplo da falha trágica da implementação inicial dos princípios básicos da Religião Orientada Para Resultados.



O Movimento Ecumênico

O Movimento Ecumênico começou dentro das principais denominações protestantes como um ímpeto para a unidade global e cooperação entre as igrejas cristãs. Embora o evento historicamente percebido como a fundação do Movimento Ecumênico tenha sido a Conferência Missionária Mundial, em Edimburgo, em 1910, essas tentativas tinham sido experimentadas já em meados do século XIX. [18] A unidade entre os crentes é absolutamente bíblica e deve ser encorajada. Entretanto, o Movimento Ecumênico moderno é claramente contrário à Bíblia. Esse movimento começou como um esforço de primeiro unir as denominações, foi expandido para trazer as ovelhas errantes nas denominações protestantes de volta para o aprisco da Igreja de Roma, e agora se desenvolveu ao ponto em que está sendo procurada uma base comum entre todas as religiões do mundo.



O espírito do ecumenismo primitivo foi ilustrado com a fundação do Conselho Federal de Igrejas, em 2 de dezembro de 1908. Os membros originais consistiam das 31 principais denominações norte-americanas e, por volta de 1950, tinha crescido para 144.000 congregações locais com um total de 32.000.000 membros. [19] À primeira vista, alguém pode assumir que essa organização baseava-se no princípio da unidade bíblica. Entretanto, quando examinamos os fundadores da organização, vemos nomes como Harry F. Ward, um professor no Seminário Teológico União, que foi identificado sob juramento pelo ex-comunista Manning Johnson como "o arquiteto-chefe da infiltração e subversão comunista no campo religioso." [20] Outro fundador do CFI foi Walter Rauschenbusch, um professor batista no Seminário Teológico Rochester. Ele também era membro da socialista Sociedade Fabiana, e "conclamava os cristãos a construirem uma ordem social justa baseada na lei moral… Ele achava que os cristãos tinham falhado em levar a cabo o mandamento de Cristo de construir o reino de Deus na Terra…" [21] Em 1942, o Conselho Federal de Igrejas lançou uma plataforma propondo um "governo mundial, o controle internacional de todos os Exércitos e Marinhas, um sistema universal de dinheiro, e um banco internacional controlado de forma democrática." [22] Certamente então vem sem surpresa que em 1927, o congressista Arthur Free apresentou uma resolução na Casa de Representantes dos Estados Unidos especificando o Conselho Federal de Igrejas como "uma organização comunista que objetivava o estabelecimento de uma igreja estatal…" [23] Em 29 de novembro de 1950, o Conselho Federal de Igrejas fundiu-se com várias outras organizações interdenominacionais para formar o Conselho Nacional de Igrejas. O Conselho Nacional de Igrejas passou então a participar no Conselho Mundial de Igrejas.



A história uma vez mais se repetiu depois da Segunda Guerra Mundial. Exatamente como o movimento para um governo mundial sob a Liga de Nações foi tentado depois da Primeira Guerra Mundial, a elite iluminista uma vez mais organizou um encontro mundial nas Nações Unidas. Esse movimento de um só mundo foi também simultaneamente duplicado no campo teológico com a fundação do Conselho Mundial das Igrejas Cristãs. O CMIC foi formado em 1948 com 147 denominações de origem protestante e ortodoxas. (Ele atualmente cresceu para 293 denominações-membro, representando 400.000.000 pessoas.) Essa organização tornou-se o novo bastião do liberalismo protestante e do modernismo. Fundado com base no princípio sem base bíblica da "'unidade das igrejas', a nova visão é pela unidade de todas as religiões - e, de fato, de toda a humanidade." [24] O encontro inaugural do CMIC (agosto de 1948) estendeu um convite de participação às "igrejas que aceitam nosso Senhor Jesus Cristo como Deus e Salvador", mas não se interessou em quantificar a interpretação dessa afirmação. [25] Nesse mesmo encontro, a meta da organização foi claramente declarada pelo Secretário Geral do CMIC, W. A. Visser't Hooft:



"… pode haver e há finalmente apenas uma igreja de Cristo na Terra… estamos cientes da situação, que não a aceitamos passivamente, que nos movamos rumo à manifestação da SANTA IGREJA ÚNICA." [26]



Para evitar qualquer mal-entendido, a Igreja Universal certamente existe. Essa igreja é o "corpo de Cristo", consistindo de todo aquele que foi redimido de forma vicária pelo sangue de Jesus Cristo. Entretanto, essa igreja universal NÃO inclui todos os membros de todas as igrejas e/ou religiões. Esse "corpo" também NÃO inclui aqueles que meramente afirmam o cristianismo mas nunca passaram pelo novo nascimento. Além disso, essa declaração particular paralelizou o sentimento por um governo único mundial com uma religião única mundial. A visão oposta do CMIC foi corretamente expressa pelo Dr. David Cloud:



"Poderíamos descrever o erro da igreja cristã mundial em diversas categorias. Poderíamos falar de suas heresias doutrinárias, do modernismo…. do universalismo. O simples fato é que a Igreja Cristã Mundial falha em todos os testes bíblicos que poderiam ser aplicados. Claramente, ela não tem base nas Escrituras." [27]



Em referência à Declaração de Fé do CMIC, até mesmo E. J. Carnell, presidente do Seminário Teológico Fuller, teve estas pouco lisonjeiras palavras (apesar de sua crítica, ele ainda enviou formandos do Seminário Fuller para se infiltrarem nas igrejas que participam do CMIC):



(A Declaração de Fé do Conselho Mundial de Igrejas) "não é bastante digna de honras para se adequar à ortodoxia, porque a única heresia que pega é o unitarianismo. Os buracos na rede são tão grandes que um mar de erros teológicos pode seguramente passar por eles. Isso prova que o movimento ecumênico está mais interessado na unidade do que na verdade." [28]



A premissa básica do CMIC é o estabelecimento desse místico "reino de Deus" na Terra. É a mesma velha canção cantada no mesmo velho tom. A idéia de estabelecer o "reino de Deus" é tão velha quanto a formação da Igreja de Roma. Essa torrente de pensamento flui pelas páginas da história da Igreja Romana, pelo Império Britânico e, no século XX, sob os auspícios da Liga de Nações. Entretanto, Deus não precisa da ajuda do homem para estabelecer seu reino na Terra, e o reino de Deus na Terra não é e não será revelado na igreja. O reino de Deus será estabelecido apenas na segunda vinda de Jesus Cristo. Ele só - sem a ajuda do homem - estabelecerá seu reino, e reinará então em toda a Terra a partir de Jerusalém por 1000 anos - o Milênio. Portanto, o reino socialista sonhado pelo Conselho Mundial de Igrejas é nada mais que uma fabricação luciferiana. Philip Potter, secretário geral do CMIC, declarou em 1969:



"Conclamamos as igrejas a se moverem… para a relevante e sacrificial ação que conduzirá a novos relacionamentos de dignidade e justiça entre todos os homens e para se tornarem os agentes para a reconstrução radical da sociedade… É necessária uma mudança radical das estruturas sociais, econômicas e políticas, e não a mera transferência prudente dos recursos e das tecnologias." [29]



Sob a liderança dúbia dos Conselhos Mundial e Nacional de Igrejas, o Movimento Ecumênico tornou-se um alvo fácil para o fundamentalismo militante. Além da recusa continuada das doutrinas fundamentais da fé cristã, a longa lista de organizações e associações de frente comunistas dentro do CNI e o CMIC somaram novo fervor para as organizações fundamentalistas. Como resultado, durante os anos 1950 e os anos 1960, fundamentalistas de grande destaque, como o Dr. Carl McIntire, com o Conselho Americano de Igrejas Cristãs, Edgar Bundy, da Liga de Igrejas da América, e Billy James Hargis (mais tarde implicado em um escândalo sexual), da Cruzada Cristã, expuseram o ecumenismo e o comunismo do CNI e o CMIC tanto por meio das transmissões nacionais de rádio quanto de encontros patrióticos.



"Eles enfocaram seus ataques no Conselho Nacional de Igrejas e no Conselho Mundial de Igrejas como 'apóstatas, anti-americanos, pró-comunistas e organizações eclesiásticas insurretas.'" [30]



Os esforços desses e de outros fundamentalistas, junto com a disposição conservadora geral do povo americano nos anos 1950, levou a outro êxodo em massa das principais denominações nos anos 1960. Isso tudo parecia sinalizar o fracasso do movimento ecumênico mas, em 1963, a cavalaria chegou para tentar resgatar os infiéis religiosos.



O Concílio Vaticano II

Por mais de 1400 anos a Igreja Católica Romana não foi apenas correta aos seus próprios olhos, mas também aos seus próprios olhos possuía infalibilidade absoluta. Ela reinava sobre os monarcas, sobre os ricos e sobre os pobres com mão de ferro. Independente da posição social, se as crenças pessoais de alguém eram inconsistentes com as da Igreja, as conseqüências eram ou prisão, ou tortura, ou morte na fogueira, ou tudo isso. A partir do ponto de vista da Igreja, não havia salvação à parte de Roma, nenhum cristianismo à parte de Roma, e nenhum espaço para discussão. Entretanto, em 1962, alguma coisa muito estranha ocorreu, e muitas das atitudes que prevaleciam por mais de um milênio subitamente desapareceram.



O Concílio Vaticano I foi adiado em 1870 depois de estabelecer definições para a "doutrina" da infabilidade papal. [31] O Concílio Vaticano II foi inaugurado em 11 de outubro de 1962 pelo papa João XXIII e encerrado em 8 de dezembro de 1965 por Paulo VI. Os decretos e declarações do Vaticano II sinalizaram uma mudança de paradigmas no pensamento católico que não apenas resultou em uma guerra civil cismática dentro das fileiras do catolicismo, mas também levantou sérias questões quanto à verdadeira origem das mudanças. A essência dessas mudanças começou em 1959, quando João XXIII convocou o Concílio "para completar o trabalho do Concílio Vaticano I". (32) Em 1961, ele abriu um precedente histórico ao permitir que observadores católicos participassem oficialmente da Terceira Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas e também ofereceu lugares de honra aos observadores protestantes e ortodoxos em todas as sessões do Vaticano II. [33] A bomba resultante, chamada de "Decretos do Ecumenismo", incluía os seguintes excertos:



Todos que foram "justificados em fé no batismo" são membros do corpo de Cristo; todos têm o direito de serem chamados cristãos; os fiéis da Igreja Católica os chama de irmãos.

A Igreja Católica crê que as igrejas e comunidades separadas "são eficientes em alguns aspectos." O Espírito Santo faz uso dessas igrejas; elas são um meio de salvação para seus membros.

Os católicos são encorajados a se unirem em atividade ecumênica e a se reunirem com cristãos não católicos em verdade e amor…

Os católicos não devem ignorar seu dever para com os outros cristãos… mesmo assim… os católicos sinceramente acreditam que a sua é a Igreja de Cristo; tudo o que for necessário deve ser feito para que os outros claramente a reconheçam como a Igreja de Cristo.

… os teólogos e outros católicos competentes devem estudar a história, os ensinos, e a liturgia de igrejas separadas…

Em circunstâncias apropriadas, orações para a unidade devem ser feitas em conjunto com os cristãos não católicos…

… Diferenças importantes permanecem… mas… o fato é que os cristãos crêem na divindade de Cristo e no fato da reverência pela palavra de Deus revelada na Bíblia.

Na causa do ecumenismo, o católico sempre deve permanecer verdadeiro à fé que recebeu... [34]

Os novos conceitos iniciados pelo papa João XXIII e pelo Vaticano II foram um afastamento radical da posição histórica da instituição Católica Romana. Sugerir que protestantes e ortodoxos eram cristãos, e ainda usar o termo "irmãos" estava em contradição completa com a doutrina católica tradicional. Os tradicionalistas dentro da Igreja Católica acusaram os autores dos documentos do Vaticano II de "favorecimento da filosofia moderna sobre a doutrina católica tradicional"; favorecimento do humanismo, do naturalismo e da evolução; recusando-se a condenar o socialismo e o comunismo; e fazendo acordos com a "Maçonaria", com o Conselho Mundial de Igrejas, e com "Moscou". [35] O tempo provou que essas acusações estavam corretas, e alguns chegam a sugerir que o Vaticano II foi um afastamento tão radical do catolicismo estabelecido, que é possível considerar seriamente a possibilidade de um grande golpe no interior do Vaticano. Nas palavras do tradicionalista católico, R. P. Georges de Nantes:



"No Concílio Vaticano II (1962-1965), dois homens apresentando-se como papas católicos, João XXIII e Paulo VI, lideraram o corpo inteiro de cardeais e bispos para fora da Igreja Católica e para dentro da seita Vaticano II…" [36]



Embora alguém possa se perguntar o que aconteceu para causar tal mudança radical, [39] para os propósitos desta discussão, a resposta a essa pergunta é irrelevante. A questão importante agora é que exatamente quando o Movimento Ecumênico estava para ser sepultado, a Igreja Católica Romana apareceu em cena como o cavaleiro em armadura brilhante para resgatá-lo. Não apenas a Igreja de Roma abraçou os "irmãos separados", mas também iniciou novas estratégias para aumentar os esforços do ecumenismo. (Essas estratégias serão discutidas em capítulos subseqüentes.)



Conclusão

O século XIX testemunhou o assentar da fundação para os eventos das primeiras seis décadas do século XX. Por volta de 1965, o palco parecia armado para a aliança dos protestantes e católicos se unirem e formarem a Igreja Única Mundial. Os fundamentalistas nesse tempo estavam não apenas confusos com a batalha contra a aliança Modernista - Católica Romana, mas também encaravam a ameaça da Religião Orientada Para Resultados dos neo-evangélicos. Com o fundamentalismo empenhado na batalha em duas frentes, as mega-igrejas pareciam estar posicionadas para terminar a ameaça do fundamentalismo fragmentado. Entretanto, Deus tinha outros planos para a humanidade, e os eventos mundiais tomariam outro giro para lançar um grande ataque no coração do Movimento Ecumênico.



Capítulo 4: O Movimento Carismático

Os fatores que contribuíram para formar aquilo que veio a ser a Religião Orientada Para Resultados não apareceram da noite para o dia. Os capítulos anteriores descreveram os eventos desde os primóridos da igreja que se tornaram aspectos fundamentais da moderna Religião Orientada Para Resultados. À medida que os componentes remanescentes são colocados para formar o quadro completo, deve-se avaliar meticulosamente todos os principais movimentos religiosos, não somente aqueles que estão baseados de maneira geral no cristianismo, mas particularmente entre os da "Grande Comunidade Evangélica". Lembre-se disso, mesmo que o perigo manifesto do Ecumenismo tenha entrado em hibernação com o crescimento exponencial do fundamentalismo no fim dos anos 60, vê-se, entretanto, que por volta de 1975 o declínio do fundamentalismo já tinha iniciado e a verdadeira igreja estava abertamente vulnerável aos ataques de um engano em grande dimensão. Lúcifer estava muito atento quanto a essa vulnerabilidade e nos anos 70 iniciou aquilo que ficaria conhecido como a "Era do Engano". Esse engano foi caracterizado pela entrada dos princípios panteístas nos anos 60 que, em meados dos anos 70 foi infundido com 'termos cristãos' e, eventualmente, culminará na Religião do Mundo Unificado do Anticristo. Um fator importantíssimo que colaborou para esse engano foi a "Segunda Onda" do Movimento Carismático!, que se alastrou e começou a permear os círculos evangélicos e fundamentalistas. Embora as raízes do Movimento Carismático não estejam 'baseadas na Bíblia', como é ilustrado no exemplo a seguir, os perigos se estendem muito mais profundamente do que se possa imaginar.



O pastor Burns notou o homem idoso com uma inquietação ansiosa. O pastor era o primeiro a admitir que aquele tinha sido um culto muito incomum - afinal de contas era a primeira vez que a igreja testemunhava a manisfestação dos "dons de línguas", mas com a "interpretação de línguas". Ele achava que todos os requisitos bíblicos tinham sido satisfeitos. Logo após a arenga de Roger Simpson tê-lo rendido imóvel no chão, Norm Turner interpretou as maravilhosas obras de Deus, descritas numa "linguagem angelical", desconhecida dos ouvidos da mesmerizada congregação.



O pastor Burns podia perceber facilmente que aquele senhor idoso, que agora permanecia atrás do local onde o pastor costumeiramente cumprimentava as pessoas no final do culto, não iria elogiá-lo pela 'grande renovação espiritual' que ocorrera naquele culto singular. Esse senhor, entretanto, não era um membro comum da Igreja Batista do Calvário. Era um homem que tinha servido a Deus nas tribos dos caçadores de cabeças da Nova Guiné por mais de quarenta anos. Sua experiência e sabedoria eram reconhecidamente preciosas ao pastor Burns, e ele certamante não poupava palavras para aconselhar o pastor em certos assuntos que punham em risco a verdade da Palavra de Deus.



O pastor Burns podia ver o fogo nos olhos do homem naquela ocasião, e recebeu seu firme aperto de mão em antecipação a uma severa repreensão. Entretanto, nem mesmo o pastor pôde prever o que estava prestes a ouvir.



"- O senhor sabe, pastor Burns, passei muitos anos entre as tribos selvagens das florestas da Nova Guiné. O poder dos lacaios demoníacos era abertamente manifesto entre aquelas pessoas e espíritos malignos dominavam os corações e as mentes de tribos inteiras. Com base na minha experiência ali, digo que o senhor deve pôr imediatamente Simpson e Turner para fora da igreja."



"- Irmão Adams, compreendo que existem aqueles que ensinam que as línguas não são para agora - e assim as deixam fora da igreja… Mas o que isso tem que ver com a Nova Guiné?"



"- Pastor, Roger Simpson falou exatamente no idioma de uma das tribos que procurei evangelizar; e as palavras que ele disse foram as mais vis blasfêmias contra nosso Senhor Jesus Cristo que já ouvi!" [1]



Conceitos Básicos do Movimento Carismático

O Senhor Jesus Cristo advertiu claramente em João 8:44 que Lúcifer é mentiroso. Ele não somente espalha mentiras para toda a humanidade, mas também, como ilustrado anteriormente, seus falsos ensinos semeiam mentiras entre os cristãos da igreja. No início do século XX, Lúcifer começou a repetir as mesmas antigas mentiras que deram tão certo em seu plano no passado. Entretanto, sabendo que seu tempo é curto, levou sua estratégia apenas um passo à frente. Essas mentiras tornaram-se muito transparentes conforme o tempo passa, mas as massas crédulas da humanidade ainda parecem cair nas mesmas velhas mentiras. Algumas delas são:



O homem é um deus;

O homem pode se tornar um deus;

O homem pode se tornar como Deus;

A fé é uma "lei" ou "força", que pode ser ativada por qualquer pessoa - cristã ou não;

A habilidade de realizar milagres, sinais e maravilhas é um talento intrínseco em nós; precisamos apenas aprender as técnicas para ativar as leis espirituais em que a fé está baseada;

Deus está preso a essas leis espirituais, e deve responder a qualquer pessoa - mesmo aos seus piores inimigos - que usa tais conhecimentos;

Como "deuses" ("seres divinos"), temos o "direito divino" à saúde e à prosperidade;

Jesus é o nosso "irmão mais velho", que dominou as leis espirituais da natureza e é, portanto, nosso exemplo para que façamos o mesmo;

O homem pode se tornar espiritual e fisicamente perfeito quando aprende a dominar essas leis espirituais;

O Reino de Deus será estabelecido na Terra quando um número suficiente de pessoas tiver se aperfeiçoado. [2]

Nenhuma dessas afirmações é verdadeira, mas essas são exatamente o alicerce em que se baseiam as modernas teologias carismática e do domínio. As notáveis celebridades carismáticas da atualidade - Benny Hinn, Kenneth Copeland e Kenneth Hagin estão expondo filosofias e doutrinas mais parecidas com o panteísmo, misticismo oriental e ocultismo do que com o cristianismo. Por exemplo, sabe-se que Benny Hinn (foto 1) esteve nos túmulos de carismáticos famosos da primeira onda, entre eles Aimee Semple McPherson (foto 2) e Kathryn Kuhlman (foto 3) para receber uma unção de seus ossos [3]. Essa prática macabra e paranormal não é nada novo. Embora pareça ser uma prática originada por Mary Shelley, a autora de Frankenstien, na verdade, Adolf Hitler enviava suas tropas de elite SS para o cemitério com suas mulheres para conceberem filhos sobre os túmulos de personagens famosos da raça ariana. Ele acreditava que o espírito de uma criança concebida receberia uma unção especial dos ossos daqueles que jaziam nos túmulos. Essa prática paranormal e ocultista é agora repetida mecanicamente pelo famoso pastor e escritor carismático. Mesmo com ações inimagináveis e luciferianas como essa, o Movimento Carismático cresceu em três ondas, que progrediram de maneira gigantesca durante todo o século XX.





As Origens do Movimento Carismático

Na virada para o século 20, ninguém no mundo usava os termos pentecostal ou carismático para descrever sua doutrina de fé teológica. Isso não quer dizer que não houvessem aqueles no passado que "falavam em línguas", chamando a si mesmos de "curandeiros da fé", ou que utilizavam os "manisfestos sinais e maravilhas". Na verdade, tudo isso era esporadicamente evidente nas religiões pagãs e nas seitas ocultistas desde os tempos do Antigo Testamento. Entre os mais notáveis que exerciam os metódos dos modernos carismáticos estava Joseph Smith e outros na hierarquia no início do mormonismo. O próprio Joseph Smith descreve:



"… Em uma de nossas entrevistas, o irmão Brigham Young e John P. Greene falaram em línguas, … e eu mesmo recebi o dom (Joseph Smith, History of the Church, Volume 1, pg 295-97). Duas das mais de quarenta mulheres de Joseph Smith escreveram sobre suas experiências de falar em línguas. Foram elas Mary Lightner e Zina Huntington… Zina 'recebeu o dom de línguas'. Mais tarde, num povoado dos mórmons em Kirtland, Ohio, ela 'recebeu o dom de interpretação' (Andrew Jenson, LDS Biographical Encyclopedia, 1951, vol 1, pg 697). Mary Lightner testificou: 'Oliver Cowdery, John Whitmer e Thomas B. Marsh freqüentemente falavam em línguas ao pregarem às pessoas no dia do descanso… Uma noite os irmãos vieram à casa do tio para discutirmos a respeito das revelações que ainda não haviam sido passadas para o papel. Enquanto eles estavam conversando, ficaram cheios com o espírito e falaram em línguas. Então, fui chamada para interpretar as línguas. Senti o espírito que estava ali num instante" ("Mary Elizabeth Rollins Lightner, "The Utah Genealogical and Historical Magazine", 17 de julho de 1926)." (ênfase adicionada) [4]









Alguns pontos muito interessantes dessas citações precisam ser observados em detalhes:

A doutrina mórmom NÃO É CRISTÃ. Os mórmons ensinam que todos os seres humanos nasceram como espíritos-filhos de Deus e de suas mulheres. O filho mais velho se tornou conhecido como Jesus, e o segundo mais velho como Lúcifer. Conforme os espíritos-filhos conquistaram determinadas posições no mundo espiritual, ganhavam um corpo e nasciam no mundo físico. Aqueles que seguem os ensinamentos da Igreja Mórmons e se casam em um Templo Mórmon se tornarão um "deus" ou a esposa de um "deus" e conceberão espíritos-filhos que se manifestarão fisicamente em seus próprios planetas. Essa doutrina nem mesmo se assemelha com os ensinos da Palavra de Deus, mas tem suas raízes no ocultismo. Assim, como pôde um ocultista como Joseph Smith e seus companheiros falarem em línguas como se estivessem sendo dirigidos pelo Espírito Santo? A única resposta que parece plausível é que Deus está obrigado a responder mesmo àqueles que confessam "doutrinas de demônios" e concede-lhes acesso aos dons do espírito. Entretanto, a Bíblia ensina que os cristãos devem se desviar daqueles que promovem "dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes" (Romanos 16:17). Como então aqueles que ensinam essas doutrinas contrárias à Palavra de Deus puderam receber os dons do Espírito Santo? Eles absolutamente não deveriam.



Quando eles dizem que ficaram "cheios do espírito", com qual espírito ficaram cheios?



O fato de que alguém presente possuía o "dom de interpretação" (justamente uma das dezenas de mulheres de um mesmo homem polígamo) não oferece nenhum crédito que confirme que tal fenômeno tenha sido iniciado por Deus ou pelo Espírito Santo.



Não é muito difícil discernir a verdade nessa situação. Se aqueles que sustentavam as crenças e práticas ocultistas do mormonismo falavam uma glossolalia incompreensível, que hoje é definida como "línguas", essa assim chamada manifestação do espírito não era a manifestação do Espírito Santo de Deus, mas algum outro espírito. Além do mais, se os primeiros mórmons e outros ocultistas falavam em línguas, como alguém poderia estar convencido que verdadeiros cristãos praticariam esse fenômeno? Com esse objetivo, uma análise minuciosa da progressão do Movimento Carismático revelará uma infinidade de anormalidades e contradições que de fato revelam a verdadeira fonte dessas doutrinas.



A história do Movimento Carismático pode ser apresentada resumidamente como segue:



Primeira Onda - Pentecostalismo Antigo, ou Clássico:



1901, Topeka, Kansas, Seminário Bíblico Betel, - Agnes Ozman recebeu o que chamou de "batismo no Espírito Santo" e falou em "línguas".

1906, Los Angeles, Califórnia - Igreja da Rua Azusa

Segunda Onda - Renovação Carismática:



1960 - O Movimento Carismático Moderno começou na Igreja Episcopal de São Marcos, Van Nuys, Califórnia.

1962 - O fenômeno da glossolalia explodiu na Universidade de Yale [2] entre os membros da evangélica Comunidade Cristã Intervarsity. Ela incluía episcopais, luteranos, presbiterianos, metodistas e um católico romano.

1967 - Spring Vacation - Trinta católicos zelosos da área de Notre Dame receberam o "batismo do Espírito Santo".

1974 - 30.000 católicos carismáticos realizaram uma conferência em Notre Dame.

1977 - Conferência Carismática em Kansas City, 50.000 participantes - quase metade deles eram católicos romanos.

1977 - A AP estima em 10 milhões o número de carismáticos nos Estados Unidos.

1983 - A edição de 18 de janeiro da revista Christianity Today informou que as Assembléias de Deus era a denominação que mais crescia nos Estados Unidos. Nessa época, ela tinha 1,7 milhão de membros e crescia rapidamente.

Terceira Onda - Movimento de Sinais e Maravilhas - enfatiza mais o dom de profecia e cura do que o de línguas:



1983 - "Terceira Onda" - termo cunhado por Peter Wagner: "… estamos agora na terceira onda. Vejo a terceira onda dos anos 80 como uma abertura dos evangélicos tradicionais e outros cristãos ao trabalho sobrenatural do Espírito Santo que os pentecostais e carismáticos experimentaram, mas sem se tornarem carismáticos ou pentecostais."





A Primeira Onda

A origem "oficial" do pentecostalismo moderno começou em 1901, no Colégio Bíblico Betel, em Topeka, Kansas, quando Charles Parham impôs as mãos sobre Agnes Ozman. Ela imediatamente começou a falar em "línguas".



"Afirmou-se (apesar de que nunca foi confirmado com credibilidade) que ela falou em chinês durante três dias, incapaz de falar em inglês, e no segundo dia falou em boêmio. Logo, a maioria dos outros na escola estavam falando e cantando em 'línguas'… os jornais locais do dia descreveram o fênomeno como linguagem ininteligível… Em 1914, Charles Shumway procurou diligentemente por evidências para comprovar que as línguas dos primeiros pentecostais eram línguas reais, isto é, línguas conhecidas. Ele não conseguiu sequer uma pessoa para confirmar as afirmações…"



Um dos aspectos mais interessantes dos eventos no Colégio Bíblico Betel foi a tentativa dos participantes de provar que suas "línguas" eram na verdade línguas faladas. Eles achavam que de acordo com a Palavra de Deus, o dom de "Falar em Línguas" era a habilidade que um indivíduo tinha de falar numa língua que lhe era desconhecida para comunicar o Evangelho na língua de quem estivesse ouvindo. Tal tentativa cessaria muito cedo, pois aqueles que "falavam em línguas" não conseguiam produzir nenhuma evidência de que aquelas assim chamadas línguas, não eram nada mais do que uma linguagem sem sentido e obscura [3]. Assim, o incidente no Colégio Bíblico Betel era somente o precursor do que ainda estava por vir, a Primeira Onda Carismática começou com os cultos de avivamento na Missão da Rua Azusa, em Los Angeles, Califórnia. Essa Missão era pastoreada por William Seymour, que cria na necessidade de "duas obras da graça" para a salvação, que a verdadeira igreja estava sendo restaurada em um milagroso reavivamento dos últimos tempos, e (apesar que ele mesmo nunca ter falado em línguas) fortemente argumentava que as línguas eram a evidência do recebimento do Espírito Santo. Seymour raramente pregava, mas ao invés disso ficava atrás do púlpito com um caixote vazio cobrindo sua cabeça. Os cultos na Missão da Rua Azusa eram "caracterizados por confusão, dança, pulos, quedas no chão, transes, quedas no espírito, línguas, contorções, histeria, sons estranhos, e risada santa… descrito como 'demonstrações selvagens e histéricas". Charles Parham, conhecido como o Pai do Pentecostalismo e presidente do referido Colégio Bíblico Betel, fez uma avaliação menos que satisfatória em sua visita à Missão da Rua Azusa, em 1906:



"Parham descreveu as 'línguas' de Azusa como 'confusas e inarticuladas, desenfreadas e exasperadas, falando absolutamente nenhuma língua existente'… De acordo com Parham, dois terços das pessoas que seguiam o pentecostalismo em seus dias foram 'ou hipnotizadas ou conduzidas à loucura (total falsa de senso)'… assim, o 'Pai do Pentecostalismo' rejeitou totalmente as reuniões da Rua Azusa como sendo uma imitação fraudulenta, manipulada e demoníaca, e mesmo assim praticamente todas as denominações pentecostais rastreiam suas origens a essas reuniões na Rua Azusa."



A Primeira Onda continuou com aqueles que diziam ressuscitar os mortos (ninguém jamais provou isso), oravam sobre lenços, curavam os enfermos, caíam no espírito, garantiam prosperidade àqueles que contribuíssem com o ministério deles, e ainda desenvolviam o diálogo católico romano-pentecostal. Entretanto, os membros da Primeira Onda nunca receberam o respeito dos protestantes tradicionais ou da população em geral. O caráter moral de muitos de seus seguidores e líderes não ajudava muito. William Parham (o Pai do Pentecostalismo) foi removido do ministério depois de ser preso acusado de sodomia. William Branham profetizou falsamente que o arrebatamento ocorreria em 1977. Aimee McPherson (depois do divórcio e diversos relacionamentos amorosos) morreu de overdose. Kathryn Kuhlman envolveu-se romanticamente com um homem casado, com o qual se casou após ele se divorciar de sua mulher (posteriormente, ela se divorciou dele). [10] Benny Hinn, um dos atuais líderes da Segunda Onda, afirma que o manto de Aimee McPherson caiu sobre Kathryn Kuhlman; e então foi passado dela para ele. De acordo com Benny Hinn:



"… o dia virá, e digo isso a vocês, sei disso como sei meu nome, o dia virá em que não haverá nem um santo doente no corpo de Cristo. Ninguém ficará doente, ninguém será arrebatado de uma cadeira de rodas. Ninguém será arrebatado de uma cama de hospital. Todos vocês serão curados antes do arrebatamento." [12]



A Segunda Onda e Seus Resultados

Os aspectos mais críticos do Movimento Carismático passarão completamente desapercebidos a menos que alguém pare para questionar os detalhes desse movimento. Essas perguntas se aplicam ao desenvolvimento do Pentecostalismo entre a Primeira e a Segunda Onda. A pergunta óbvia é esta:





O que aconteceu para que se iniciasse a Segunda Onda no Movimento Carismático?



As discussões nos capítulos anteriores nos dão alguns indícios dos fatores contribuintes:

O fracasso do Movimento Ecumênico

O declínio do Movimento Batista Independente

Divergências dentro da Convenção Batista do Sul

O surgimento do Movimento das Igrejas Comunitárias

Entretanto, seriam apenas esses fatores capazes de servir de suporte para posições teológicas que há tempo tinham sido geralmente vistas como pertencentes a um segmento marginal e lunático dos "Bíblias"? O que faria um católico romano que tivesse sido criado em uma tradição de formalismo rígido interessar-se pelos atos extravagantes dos pentecostais? Como os batistas e os outros evangélicos poderiam ser atraídos às posições que foram tradicionalmente ensinadas como sendo descaradamente antibíblicas? Deve ter havido algo mais em ação aqui - algo quase como (Deus nos livre) uma conspiração. Mas quem ganharia com isso? E qual seria o resultado de tal conspiração?



Historicamente, a primeira organização que vem à mente junto com a palavra "conspiração" é a Ordem dos Illuminati. Para os propósitos desta discussão, a história do Iluminismo não será discutida em detalhes exceto para dizer que a Ordem dos Illuminati (organizada em 1776) ainda existe nos dias de hoje, e essa organização compreende aqueles que literalmente governam o mundo. Esses indivíduos tambem têm um plano proeminente para instituir um Governo Mundial Unificado e uma Religião Mundial Unificada. De fato, é essa mesma organização que tem em seu poder a chave não somente para essa questão, mas também para o entendimento da Religião Orientada Para Resultados.



Um relato (não confirmado) de uma testemunha ocular revela que os Illuminati se infiltraram intencionalmente entre os pastores pentecostais em 1946. Por que a "Elite Globalista" se incomodaria em se infiltrar nessa ramificação marginal do cristianismo? Para achar a resposta, é necessário considerar cuidadosamente este cenário:



1906-------- Fundação oficial do pentecostalismo

1906-60-- Os pentecostais são geralmente vistos como um segmento marginal e lunático dos "Bíblias"

1946-------- Os pentecostais são intencionalmente infiltrados pelos agentes dos Illuminati

1960-------- Nascimento repentino da Segunda Onda do Movimento Carismático

1962-------- O Movimento da Glossolalia ocorre na Universidade de Yale. Nessa universidade está a sede da "Sociedade Caveira e Ossos" - o campo de treinamento dos Illuminati nos Estados Unidos. Esse fato suporta a hipótese que os membros da "Caveira e Ossos" possam ter se infiltrado facilmente na Comunidade Cristã Intervarsity, em Yale. O fato de que isso aconteceu em Yale é demais para ser apenas uma coincidência.

1960-63---- O Vaticano II foi conduzido por papas que repentinamente embraçaram os conceitos do Governo Mundial Unificado e da Religião Mundial Unificada. Católicos tradicionais admitem que o papado foi infiltrado pelos Illuminati. Como resultado do Vaticano II, o Movimento Ecumênico Católico foi lançado.

1963-67---- O fundamentalismo cristão continua em rápido crescimento e o Movimento Ecumênico católico fracassa.

1967-------- Trinta zelosos católicos de Notre Dame quebram a tradição e receberam o "batismo no Espírito Santo".

1973-------- 30.000 católicos carismáticos se reúnem em Notre Dame.

1977-------- A Conferência Carismática da cidade do Kansas atrai 50.000 pessoas - metade delas católicas.

1983-------- O fundamentalismo declina, as Assembléias de Deus são agora as igrejas que mais crescem no mundo, com mais de 10.000.000 de carismáticos nos Estados Unidos.

Desde 1983, os laços entre carismáticos, Roma e os evangélicos têm se estreitado cada dia mais. Isso é resultado de vários fatores:



O Movimento Salvemos Nossa Herança Cristã

O Movimento Salvemos Nossa Cultura

A Maioria Moral

A Coalizão Cristã

O Movimento Pró-Vida

O Documento Evangélicos e Católicos Juntos

Os Promise Keepers



A Iniciativa das Religiões Unidas

Enquanto alguns desses movimentos e organizações são realmente conservadores e bem-intencionados (outros não são nem conservadores e nem bem-intencionados), a trágica verdade é que essas "boas causas" fizeram vastas contribuições para enganar os verdadeiros cristãos a fim de abraçarem o Movimento Carismático, suportando assim a construção da Religião Mundial Unificada do Anticristo.



Os fatos desse cenário exibem um chocante alerta para todos aqueles que estão dispostos a considerá-los até às conclusões lógicas:



Os Illuminati viram o potencial de manipular os pentecostais, e se infiltraram em grupos pentecostais logo após a Segunda Guerra Mundial.



O papado foi infiltrado pelos Illuminati nos anos 50 (1950), e não somente resultou em diretrizes contrárias ao catolicismo tradicional por ocasião do Vaticano II, mas publicamente acolheu os objetivos dos Illuminati numa abrangente Religião Mundial Unificada.



Quando o Movimento Ecumênico fracassou, o solo fértil dos Illuminati na Universidade de Yale tornou-se um ninho de desova para os carismáticos católicos e protestantes.



Aqueles que acham a sugestão de uma conspiração nesse cenário uma idéia execrável não estão enxergando a visão de longo prazo dos Illuminati dentro (e não entre) das linhas apresentadas anteriormente. O plano é criar uma Igreja Mundial Unificada debaixo da liderança do papado e a Bíblia confirma o sucesso final desse plano em Apocalipse 13 e 17. O ponto principal nesse caso é o ataque contínuo aos cristãos fundamentalistas, que se mantêm em oposição ao sucesso do plano. Entretanto, a calamidade do fundamentalismo e do evangelismo é encontrada na Religião Orientada Para Resultados, que produz crescimento da igreja em detrimento da doutrina. Esses métodos produzem membros que não têm a menor idéia no que creêm ou por que creêm. Tais soldados mal-equipados são presas fáceis nas batalhas espirituais que aqueles que são verdadeiramente nascidos de novo no Espírito de Deus enfrentam.



Esses membros de igreja que são produto da Religião Orientada Para Resultados são ainda engandos por causa da fama dos líderes carismáticos, que não podem ser criticados pelo fato de terem igrejas grandes e lotadas. Este autor presenciou isso em primeira mão em uma Igreja Batista Independente. No culto de domingo à noite, um famoso pastor carismático do Brooklyn, em Nova York, estaria pregando em uma mensagem gravada em vídeo. O pastor local declarou, "Podemos discordar desse homem em alguns pontos doutrinários "menos importantes", mas ele tem uma grande igreja, de modo que deve estar fazendo alguma coisa certa!". Essa é a essência da Religião Orientada Para Resultados - O pastor, nesse exemplo, estava disposto a violar os mandamentos das Escrituras sobre separação por que achava que a congregação se beneficiaria com as instruções sobre "a igreja em crescimento" que aquele homem podia transmitir.



A Terceira Onda

A Terceira Onda do Movimento Carismático foi concebida no interior do Seminário Teológico Fuller, em Pasadena, na Califórnia, pelos professores de Crescimento de Igrejas Peter Wagner e o falecido John Wimber. Ambos lecionavam no curso "Sinais e Maravilhas e Crescimento de Igrejas", no Seminário de Pasadena. Evidentemente, eles nunca leram as palavras de Jesus quando disse: "Uma geração má e adúltera pede um sinal" [Mateus 16:11a]. Esses dois homens se tornaram os co-conspiradores em um plano de marketing para incitar o crescimento de igrejas por meio do livro de Wimber, "Evangelismo de Poder", que definia o conceito de poder do Reino e sua relação com o evangelismo. Wimber afirmou, "Os primeiros cristãos claramente tinham uma abertura ao poder do Espírito, o que resultou em sinais e maravilhas e crescimento da igreja." [13]. Essa afirmação pode ser escrita de forma analítica para definir a essência exata da teologia da Terceira Onda Carismática:



(Poder do Reino+Autoridade do Reino+Evangelismo do Reino) x (Sinais + Maravilhas) = Crescimento da Igreja



Essa equação tem mais complexidades intrínsecas do que os nossos olhos podem ver. Em primeiro lugar, qualquer referência a uma frase como "Poder do Reino" já deveria ser imediatamente um alerta vermelho a qualquer indivíduo que estuda a Palavra de Deus. Biblicamente falando, não existe "Poder do Reino" nesta era, e não importa quão constantemente essa ou frases semelhantes como "Autoridade do Reino" apareçam nos textos de Wimber ou nos modernos hinos de louvor (veja o hino, Majesty, de Jack Hayford), esse é um conceito antibíblico. Em suas observações editadas nas salas de aula do Seminário, Wimber empregava grosseiramente mal o conceito do Reino de Deus à igreja. Sua tese inteira baseava-se em uma falsa premissa que como a igreja é o Reino de Deus, seus membros devem exercer os sinais e maravilhas que Jesus operava. Ele foi tão longe que atacou a onisciência (como também a fundamental deidade de Jesus Cristo) quando declarou:



"Jesus frequentemente fazia perguntas sobre a necessidade de cura, indicando que (a) embora algumas vezes recebesse palavras de conhecimento, outras vezes não as recebia, e (b) queria ter seu foco exatamente no alvo." [14]



Será que Wimber não percebeu que Jesus Cristo, quando andou aqui na Terra era Deus em carne? Será que não percebeu que Jesus Cristo era Deus, possuindo todos os atributos de Deus? A discrepância de que Jesus às vezes não tinha conhecimento de uma enfermidade e precisava de assistência do Espírito Santo é blasfêmia contra o Deus encarnado! No entanto, os métodos de crescimento da igreja nas aulas de Wimber e Wagner eram um exercício de Evangelismo do Reino, Princípios do Reino e Autoridade do Reino. Para que isso acontecesse o "Povo do Reino" deveria utilizar sua Autoridade do Reino para, entre outras coisas, "ressuscitar os mortos".



Observe também a seguinte declaração de Wimber:



"Deus usa nossas experiências para nos mostrar mais completamente o que ensina para nós nas Escrituras, muitas vezes derrubando ou alterando elementos de nossa teologia e da nossa cosmovisão." [15]



Se esse é o caso, todo cristão que já andou na face da Terra deveria escrever crônicas de suas experiências como apêndices à inspirada Palavra de Deus. Se nossas experiências alteram nossa teologia, isso não faz com que a Palavra de Deus esteja subordinada à experiência humana? De onde nossa teologia deve se originar? A única fonte para a verdadeira teologia está dentro das páginas da escrita e preservada Palavra de Deus. A teologia não deve vir de visões, sonhos ou experiências humanas. Ela é derivada apenas do ensino doutrinário encontrado na Palavra de Deus.



Quando o clamor contra o curso de Wagner e Wimber no Seminário de Pasadena chegou ao ponto em que o curso foi cancelado (a despeito do fato de ser a maior classe do seminário), Wimber colocou sua teologia em ação e fundou a Comunidade Cristã Vineyard (Videira). As Comunidades Videira cresceram sob a liderança de Wimber para setecentas congregações no mundo inteiro, e tornaram-se o catalisador para a TERCEIRA ONDA do Movimento Carismático, que enfatizava os "sinais e maravilhas", sobre aqueles que no passado enfatizaram o falar em "línguas". O efeito torrencial do Movimento Videira incluiu a formação da organização do Promise Keepers (o fundador do Promise Keepers, Bill McCartney, é membro da Comunidade Videira, em Boulder, no Colorado, e os membros da Videira dominam o quadro dos PK) e o infame e sem base bíblica "Reavivamento do Riso", que varreu o mundo todo e foi originado na Comunidade Videira do Aeroporto, em Toronto, no Canadá. Embora Wimber tenha cortado relações com a Comunidade de Toronto por causa de extravagâncias como "o rugido do leão" em 1996, em 1995 a revista Charisma informou que em mais de 500 igrejas Videira nos Estados Unidos ocorria o fenômeno do Avivamento do Riso. [16] A Comunidade Videira em Kansas City tornou-se a casa dos infames "Profetas de Kansas City", liderados por Paul Cain. Hank Hanegraaf relata:



"John Wimber, o fundador da Videira, acredita que Paul Cain é o principal profeta da Terceira Onda (ênfase adicionada)... que viria com sinais e maravilhas... nas palavras de Wimber, 'ele é muito parecido com Jeremias e com João Batista, separado antes do nascimento para o ministério que exerce agora.'" [17]



A Teologia do Domínio

Um dos fios de ligação mais comuns que permeiam a teologia carismática de Seymour a Robertson é a idéia de que a verdadeira igreja está sendo restaurada (ou resconstruída) em um grande reavivamento dos últimos tempos. Parece que muitos, se não a maioria dos notáveis pregadores e evangelistas carismáticos acreditaram que foram chamados por Deus se não para iniciar, ou certamente para lançar tal reavivamento na criação erronêa de uma "coisa nova" baseando-se em Isaías 43:18-19 "Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo". Por exemplo, Alexander Dowie (que foi justamente o mentor de Charles Parham) proclamou-se "Elias, o Restaurador" e o "primeiro apóstolo da igreja dos últimos tempos" [18]. Embora o termo técnico para alguém que proclama tal coisa seja "paranóia esquizofrênica com mania de grandeza", proclamações desse tipo continuam nos círculos carismáticos até os dias de hoje. No momento que essa linha de pensamento alcançou o sistema da Videira, sob a liderança de John Wimber, os profetas da Videira estavam anunciando "que nos últimos dias o Senhor estaria restaurando ministérios quíntuplos, caracterizados por apóstolos, profetas, pastores, mestres e evangelistas para a igreja atual" para também iniciar um grande reavivamento no fim dos tempos. [19]



A questão então deve ser perguntada: Aonde tão grande reavivamento nos guiaria? Quando levado a conclusões lógicas, a resposta é muito simples. Se tivesse de haver tão grande reavivamento que afetaria a humanidade, não seria então a condição mundial mudada drasticamente? A lei secular não se tornaria a lei do próprio Deus? Não seriam os pastores a classe dominante a interpretar e estabelecer as leis de Deus? Isso não daria domínio à igreja de toda a humanidade? Isso não restauraria assim o sistema da Lei do Antigo Testamento como governante catalisador para iniciar uma nova era de paz e justiça? Isso não prepararia a Terra para sua apresentação a Jesus Cristo, para seu retorno físico e reinado?



A resposta para todas essas perguntas é: SIM. Entretanto, essa linha de pensamento apresenta muitas barreiras bíblicas:



1. A origem de um "Reino Cristão" terreno governado por homens de carne e sangue não-ressurretos foi a fabricação do sistema católico romano. A Igreja de Roma era (e é) antimilenar - rejeita o reinado literal de mil anos de Cristo, e vê as referências ao Reino terreno de Deus como manisfestas em si mesma - A Igreja Católica Romana. Sendo assim, algumas denominações protestantes (por exemplo, a luterana) retiveram a idéia que a igreja é a manifestação do Reino de Deus.



2. Outros protestantes seguiram os ensinos de Knox e Calvino e alegorizaram as Escrituras proféticas dentro de um produto pós-milenar de suas imaginações. Essa visão pós-milenar conjecturava que o Reino Milenar de Deus era a igreja, e que os mil anos não eram anos literais, mas simbólicos.



O sincretismo dessas posições errôneas conduzem ao conceito de que o Reino de Deus na Terra seria:







Representado pela verdadeira igreja.

A verdadeira igreja foi corrompida depois do primeiro século e entrou em um estado de semiletargia.

A verdadeira igreja seria reconstruida nos últimos tempos, sob a liderança de um novo grupo de profetas e apóstolos, que se caracterizariam pela utilização dos sinais e maravilhas restaurados.

Essa igreja reconstruída dos últimos tempos prepararia então a Terra para o Rei Jesus Cristo, que governaria o mundo.

4. Esse cenário requeriria que a igreja dos últimos tempos ganhasse o controle sobre toda a humanidade, tomando posse do controle do sistema jurídico. Isso requer um governo mundial, controlado pela igreja, funcionando como a entidade legislativa para toda a humanidade.



Em resumo, essa é a essência da Teologia Reconstrutivista, ou de Domínio. Ela ensina que a igreja ou que os cristãos ganharão o controle do planeta antes da Segunda Vinda para tornar o mundo um lugar perfeito para o reinado de Jesus Cristo. Os assim-chamados profetas e apóstolos do reavivamento dos últimos tempos criariam uma força tão forte que todos na Terra se renderiam ao controle da igreja. Quando o dominionista Pat Robertson declarou que a organização dos Promise Keepers era um "direto cumprimento da profecia bíblica", estava fazendo referência ao fato de que sentia que os Promise Keepers eram um dos primeiros passos em direção ao domínio cristão na Terra.



Para citar apenas algumas questões associadas com a Teologia do Domínio:

É grosseiramente antibíblica. DEUS NÃO ESTÁ FAZENDO UMA "COISA NOVA". Aqueles que estão procurando por essa coisa nova precisam voltar para a "Velha História" do Evangelho de Jesus Cristo.



A Teologia do Domínio é uma armação para ligar os "evangélicos" e carismáticos de hoje na construção da Religião Mundial Unificada do Anticristo.



Os falsos conceitos da Teologia do Domínio estão entrando sorrateiramente nas igrejas conservadoras e fundamentalistas por meio das livrarias "cristãs", das redes de TV "cristãs" e da música "cristã".



Os proponentes da Religião Orientada Para Resultados utilizam fortemente todas as formas de mídia descritas acima.



Análise Final

Uma análise detalhada do Movimento Carismático nas três ondas leva a algumas conclusões muito significativas:



Desde o começo do pentecostalismo moderno, o movimento esteve envolvido em práticas ocultistas e o fenômeno das línguas nunca se alinhou com a Palavra de Deus.



O conceito de que a igreja é o Reino de Deus foi originado pelo catolicismo e não é ensinado no Novo Testamento.



A teoria de que aqueles que guiaram os movimentos da teologia carismática e pentecostal eram profetas e apóstolos que conduziriam a esse elusivo grande reavivamento dos últimos tempos, o qual daria à igreja domínio político sobre o mundo, fazendo-o entrar no Milênio é biblicamente errônea.



Devido ao fato de que os pentecostais criam nessa Teologia do Domínio e "Teologia Reconstrutivista", foram alvos fáceis para os autênticos ocultistas, cujo objetivo é construir uma Igreja Mundial Unificada sob o controle do Anticristo e do Falso Profeta.



Como resultado da infiltração desses autênticos ocultistas dentro do Movimento Carismático, os números cresceram exponencialmente em toda a cristandade professa, desde os católicos, batistas e membros das Assembléias de Deus.



Com essa influência pandenominacional, um novo espírito do ecumenismo permeou todos os grupos cristãos. Isso é acrescido pelos elementos carismáticos dentro de todas as denominações, que agora procurarão unidade com base unicamente nas "línguas" ou nos "sinais e maravilhas", enquanto que ao mesmo tempo descartam ou minimizam as diferenças doutrinárias.



Devido ao pensamento popular carismático, as assim-chamadas "Livrarias Cristãs" oferecem agora uma avalanche de livros com "doutrinas" carismáticas. Além disso, a Música Cristã Contemporânea está sutilmente penetrando nos corações e nas mentes com teologias carismática e de domínio.



Algumas "Redes de Televisão Cristã" como a TBN, infiltram a linha carismática e de domínio nos lares ao redor do mundo 24 horas por dia.



Contribuição Para a Religião Orientada Para Resultados

Embora existam inumeráveis aspectos antibíblicos nas filosofias carismáticas e de domínio que poderiam ser exploradas, esta discussão deve ficar limitada aos efeitos e contribuições para a Religião Orientada Para Resultados. Ninguém precisa fazer mais nada do que apenas recordar as experiências pessoais deste autor para ficar grandemente preocupado com os efeitos do Movimento Carismático naqueles que se consideram "evangélicos" ou "fundamentalistas". Para reiterar a ilustração, este autor foi um membro de uma Igreja Batista Independente cujo pastor pelo menos uma vez chamou a si próprio de fundamentalista. O pastor dessa congregação se tornou obcecado com o crescimento da igreja e rapidamente se tornou completamente consumido pela Religião Orientada Para Resultados. No culto de um domingo à noite, um famoso pastor carismático do Brooklyn, Nova York, pregaria em uma mensagem gravada em fita de vídeo. O pastor local disse, "-Podemos discordar deste homem em alguns pontos doutrinários 'menos importantes', mas ele tem uma grande igreja - de modo que deve estar fazendo alguma coisa certa!"



Aqueles que aderiram ao "Movimento de Crescimento de Igrejas" estão perfeitamente dispostos a fazer sua cama junto com tipos como Jim Cymballa, John Maxwell, Peter Wagner e até com o Seminário Fuller, de Pasadena, de modo a alcançar os resultados - o crescimento exponencial da igreja. Lembre-se, Peter Wagner, o progenitor da Terceira Onda, é um "especialista em crescimento de igrejas".



A Religião Orientada Para Resultados foi a exata estratégia de Wimber e Wagner. Eles utilizaram sinais e maravilhas para atingir o resultado desejado. As congregações conservadoras, evangélicas ou fundamentalistas que iriam se levantar ostensivamente contra o Movimento Carismático estão diariamente se tornando mais e mais tolerantes com seus métodos, sua música e sua teologia, a fim de alcançar "aqueles que não freqüentam a igreja". Esse é o perigo intrínseco das filosofias carismáticas e de domínio:



Algumas congregações tornaram-se tão cegas, enfocando os resultados (o crescimento da igreja), que não vêem problema algum com as pequenas contemporizações, o que depressa as conduzirá a um ponto sem base nas Escrituras e sem retorno, em que elas abertamente abraçarão o erro ao obterem o tão desejado resultado.



Capítulo 7: Novos Valores Para um Novo Milênio



Nota de A Espada do Espírito: A Parte 6 desta série, "A Ascensão e Queda da Direita Religiosa" não foi traduzida, mas pode ser lida no original em http://www.espada.eti.br/n1506cap-6.htm.



Os membros da Igreja de Jesus Cristo devem se perguntar honestamente: "Como permitimos que isto nos acontecesse e onde foi que erramos tanto?" A profana e manipulada Guerra Cultural foi reconhecidamente perdida e houve uma óbvia inclinação à esquerda - na teologia, no estilo de vida, nas atitudes e nos valores - até mesmo nos círculos evangélicos e fundamentalistas. Na cena política, existem aqueles que se alegram por que muitos cristãos agora sentem que possuem um dos seus na Casa Branca e os republicanos conservadores dominam ambas as Casas do Congresso. No entanto, mesmo assim, as questões críticas diante das quais a nação se defronta não apenas continuam a descer a espiral moral, mas parece haver pouca ou nenhuma evidência de uma reviravolta nas tendências atuais. Existem aqueles, é claro, que ainda insistem que o mundo inteiro está diante de um grande reavivamento - existem alguns que até chegam o predizer que um novo e maciço exército de jovens cabeludos assumirá o voto de nazireu do Antigo Testamento e inspirará suas vidas no revolucionário original, Jesus Cristo (1). (Francamente, como um indivíduo que afirma ser um filho de Deus purificado em Seu sangue pode insinuar que o Deus encarnado foi um revolucionário está além de qualquer lógica, muito mais de qualquer possível compreensão erudita.) No entanto, essa atitude equivocada ocupa um grande espaço nos mesmos temas que ameaçam a igreja. Na análise final, o Seminário Teológico Fuller, a revista Christianity Today, os neo-evangélicos, os modernistas, carismáticos, reconstrucionistas e dominionistas devem ser sarcasticamente parabenizados. Eles conseguiram alinhar-se cegamente com as forças obscuras de Lúcifer em um nível suficientemente sutil para seduzir toda a comunidade evangélica, dos fundamentalistas aos católicos carismáticos, e cair na armadilha que veio a caracterizar a religião orientada para resultados.



Esse alinhamento com as forças luciferianas não ocorreu da noite para o dia. A transição foi tão sutil e gradual que pode ser comparada ao sapo que foi colocado no caldeirão de água e cozinhado lenta e mortalmente sem se dar conta. Nem ocorreu uma mudança de atitudes e valores em um cataclismo violento, catastrófico, destruidor ou transformador. As mudanças vieram à tona sutil, lenta, sistemática e intencionalmente. Sob o risco de uma análise histórica excessivamente longa, deve-se, no mínimo, examinar as metas e aspirações daqueles envolvidos diretamente com as forças luciferianas para alcançar uma compreensão minuciosa sobre o desejo não apenas por um novo paradigma político, mas também por aqueles que desejam uma "igreja do novo paradigma" que culminará na religião mundial única, tão sucintamente profetizada na Palavra de Deus.



Inicialmente, deve-se entender que esse chamado por um novo paradigma político conhecido como a Nova Ordem Mundial está baseado primariamente nos antigos valores daqueles que sobreviveram ao Dilúvio de Noé e em seus desejos satanicamente inspirados de um retorno à civilização pagã que existia antes do Dilúvio. Esse movimento foi liderado pelo bisneto de Noé, Ninrode, que tentou abrir o portão para o controle demoníaco de toda a humanidade. (O relato de seu fracasso e da destruição de sua religião global estão registrados em Gênesis 11.) Naquele ponto, Deus interveio para dispersar os homens pela face da Terra, confundindo seus idiomas e preservando uma linhagem justa por meio da qual emergiria Jesus Cristo - o Redentor da humanidade perdida e sem condições de salvar a si mesma. (Essa ação de Deus também estabeleceu o fundamento para a estrutura política do estado-nação soberano que tem sido predominante desde a queda do Império Romano.) Após a derrota inicial de Lúcifer pela morte sacrifical de Cristo na cruz, as forças demoníacas assumiram então o desafio de atacar a Igreja, buscando destruir o legado da ressurreição e, em última instância, obter a vitória para o senhor das trevas. O relato bíblico dessa batalha pode certamente ser discutido ao longo de muitas páginas, mas os eventos começaram a ganhar um impacto exponencial no início do século XX. Em seu livro The Externalization Of The Hierarchy, a ocultista Alice Bailey (por meio da escrita automática) registrou as palavras do seu espírito-guia demoníaco, Mestre Djwahl Kuhl:



"1934 marca o início da organização dos homens e mulheres… o trabalho grupal de uma nova ordem… com o progresso definido pelo serviço… a obra da Fraternidade… as Forças da Luz… e a partir da destruição de todas as culturas e civilizações existentes, a nova ordem mundial deverá ser construída." (2)



Mesmo antes de 1934, Alice Bailey certamente não tinha o monopólio dos poderes ocultistas. Um jovem pintor muito eloquente na Alemanha, discursando para as massas de cima dos barris de cerveja do lado de fora dos bares e usando os Protocolos dos Sábios de Sião como fonte de autoridade, proclamava:



"A raça ariana é um salto no processo de evolução humana... para criar uma raça-raiz que viveria em novas condições no ambiente que seguiu à destruição da Atlântida (Nota: A veracidade da Atlântida de Platão é amplamente entendida como o mundo pré-diluviano real de Noé). (3) Ensinada a respeitar e proteger a pureza de seu sangue. (4) Sob o símbolo da "Roda Solar", ou Suástica, os novos iniciados assumirão a liderança... e se tornarão mediadores entre as massas e os elevados poderes invisíveis." (5)



Esse mesmo indíviduo, Adolph Hitler, proclamou mais tarde:



"… com a noção de raça, o Nacional Socialismo (Nazismo) usará sua própria revolução para o estabelecimento de uma nova ordem mundial." (6)



Esses mesmos conceitos foram imitados nos EUA e na Grã-Bretanha pelo socialista fabiano e insigne autor H. G. Wells:



"A organização disto que eu chamo de Conspiração Aberta... que irá, por fim, prover ensino e serviços públicos coercitivos e diretivos a todo o mundo, é a tarefa imediata diante de todas as pessoas racionais... um Estado-mundial planejado está surgindo em milhares de pontos... um 'estado global-coletivista', ou 'nova ordem mundial', composta pelas 'democracias socialistas'. ... o individualismo nacionalista... é a doença do mundo... A necessidade manifesta de um controle mundial coletivo para eliminar a beligerância e... a necessidade de um controle coletivo das vidas econômica e biológica da humanidade, são aspectos de um único e mesmo processo." Proponho que isso seja alcançado por meio de uma 'lei universal' e da propaganda (ou educação)." (7)



Com a Segunda Guerra Mundial surgindo no horizonte, os planos para um governo global aceleraram-se em um ritmo veloz. Conforme anunciou M. J. Bonn:



"… o planejamento nacional significa anarquia internacional deliberada… Duvido que a ordem mundial de amanhã seja capitalista ou socialista. Ela provavelmente será as duas ou nenhuma... O gênio da História não marcha pelas eras no solene passo do ganso... Mas o tempo todo ele segue avançando, e a cada avanço um passo rumo à nova ordem mundial é dado." (8)



Percebe-se o perigo envolvido quando os líderes do sistema público de educação aderem ao cenário ocultista:



"A Associação de Educação Progressiva, organizada por John Dewey (o infame pai da Educação Progressiva), em 1947 dirigiu-se aos professores da nação, clamando pelo 'estabelecimento de uma ordem mundial genuína'... uma ordem na qual a soberania nacional esteja subordinada à autoridade mundial... uma ordem na qual a 'cidadania do mundo' assuma, assim, ao menos um status igual à cidadania nacional... A tarefa é experimentar técnicas de aprendizado que visem um consenso social inteligente. Conforme a antiga ordem vai se desmoronando, e há uma nova e gratuita ordem lutando para nascer... Há uma febre de nacionalismo... mas o Estado-nação está se tornando menos e menos competente para exercer suas tarefas políticas internacionais... Essas são algumas das razões que estão nos pressionando para nos dirigirmos vigorosamente rumo à verdadeira construção de uma nova ordem mundial..." (9)



A essência desse sentimento despertou suspeitas até mesmo no Congresso dos EUA. Em 24 de abril de 1954, o deputado republicano Usher Burdick, do Nebraska, relatou ao Congresso:



"Sr. Presidente da Casa, não há dúvida de que agora existem uma compreensão e um acordo amplamente difundidos realizados entre os agentes deste governo e as Nações Unidas e a Organização do Tratado do Atlântico Norte para construirem um governo mundial, e para tornarem as Nações Unidas uma parte dele - a despeito da nossa Constituição, das nossas leis e tradições... Isso será feito em nome da paz... mas resultará na destruição total das nossas liberdades. Os agentes que representam os EUA podem não estar tentando deliberadamente realizar esse trabalho desleal, mas o melhor que pode ser dito a respeito deles é que são uns tolos..." (10)



Nos anos 70, as coisas haviam se agravado progressivamente. Richard Gardner escreveu na Foreign Affairs, a publicação oficial do Conselho de Relações Exteriores (CFR):



"Em resumo, a 'casa da ordem mundial' terá de ser construída de baixo para cima em vez de cima para baixo... um ponto final na soberania nacional, erodindo-a parte por parte, conseguirá muito mais do que o ataque frontal à moda antiga..." (11)



Em 1975, na Assembléia Legislativa dos EUA, 32 senadores e 92 deputados assinaram a "Declaração de Independência". O documento afirmava:



"… precisamos nos unir a outros para trazer à tona a nova ordem mundial… Noções estreitas de soberania nacional não devem se interpor a essa obrigação." (12)



Em 1991, o presidente George H. Bush fez a seguinte declaração no discurso "O Estado da União":



"… a crise no Golfo Pérsico oferece uma rara oportunidade para avançarmos rumo a um período histórico de cooperação. A partir destes tempos tumultuosos... uma nova ordem mundial poderá emergir..." (13)



Quando a administração Clinton passou a controlar a burocracia de Washington, a situação deteriorada tornou-se ainda pior. O subsecretário de Estado, Strobe Talbot, membro dos Federalistas Mundiais, fez a seguinte declaração alarmante:



"No próximo século, as nações como as conhecemos agora, serão obsoletas. Todos os Estados reconhecerão uma única autoridade global. Talvez a soberania nacional não tenha sido uma idéia tão boa assim, afinal." (14)



Neste momento, o leitor precisa voltar atrás e reler atentamente as frases destacadas em vermelho. Primeiro, a frase "nova ordem mundial" é geralmente interpretada pelo cidadão comum como um termo usado por fanáticos da direita que vivem sob uma constante e opressora névoa de paranóia incurável e fatal. Entretanto, os fatos provam exatamente o contrário: o uso dessa terminologia pelos indivíduos específicos supracitados (em suas próprias palavras) atesta que de fato existe uma hierarquia ocultista que está se esforçando para construir uma sociedade socialista utópica baseada nos mistérios pré-diluvianos de origem luciferiana. Acusar esses indivíduos de praticar a religião do satanismo pode ser algo muito extremo, mas identificar suas motivações como inspirações luciferianas é certamente qualquer coisa menos extremo.



As demais frases destacadas, além de "nova ordem mundial", também indicam alguns pontos relevantes para discussão:



1. "Surgindo em milhares de pontos": Alice Bailey, em The Externalization Of The Hierarchy, usou pela primeira vez essa frase de H. G. Wells. Ela também repetiu essa frase em sua obra Discipleship In The New Age, como "a vida dedicada ao serviço", "pontos de luz ininterruptamente brilhantes", e novamente em The Externalization Of The Hierarchy, como as "Forças da Luz". A Lucis (Lúcifer) Trust, em sua publicação "Becoming Sunlike", reiterou esse conceito com a declaração: "Entre todos os que se identificam com este grupo, buscando cooperar com seu propósito e aliando seus pequenos pontos de luz, o novo grupo de servos mundiais cumprirá sua promessa e se tornará o portador da luz planetária da Era de Aquário, a tocha radiante a iluminar o caminho para uma humanidade carente." Essa mesma frase também foi repetida pelo presidente Bush em 1991 quando elogiou a Nova Ordem Mundial no discurso "O Estado da União":



"O que está em jogo é mais do que um pequeno país, é uma grande idéia - uma nova ordem mundial... para atingir as aspirações universais da humanidade... baseada nos princípios compartilhados e no império da lei... a iluminação de milhares de pontos de luz... os ventos da mudança estão conosco..." (15)



Por que um presidente norte-americano usaria essa terminologia? Esses termos são elementos-chave da ideologia ocultista - serviço voluntário em milhares de pontos de modo a preservar e ampliar o grupo (sobrevivência da espécie) que resultará na nova ordem mundial. Se de fato deve haver um esforço para construir uma nova ordem mundial, ela deve substituir a antiga ordem mundial. Se a antiga ordem deve ser substituída, então os valores individuais devem se subordinar aos valores do grupo.



2. Quando M. J. Bonn afirmou que o mundo de amanhã não será socialista nem capitalista, estava apenas confirmando a declaração de Wells de que sua Nova Ordem Mundial seria composta de "democracias socialistas". Esse conceito se torna ainda mais esclarecedor quando percebemos que as declarações feitas por personalidades como Al Gore, Bill Clinton, George Bush, George W. Bush, e muitas outras, que falam em "tornar o mundo seguro para a democracia", transformando o Iraque em uma "democracia", etc., não fazem referência ao fato de que essas novas "democracias" serão governadas da mesma maneira que são os EUA. Em primeiro lugar, é preciso entender a definição de democracia:



"Uma democracia é quando dois lobos e uma ovelha decidem o que terão para o jantar." (16)



Os Estados Unidos da América não são uma democracia - são uma república representativa. Em uma república representativa, a maioria governa por meio de seus representantes, mas os direitos da minoria são protegidos pelo Estado de Direito. (O Estado de Direito equivale à Justiça - não à tolerância pós-moderna como base dos padrões morais.) A república representativa está baseada no sistema econômico do capitalismo.



No outro extremo do espectro está o comunismo, o sistema que deriva do socialismo marxista. Quando alguém utiliza a dialética hegeliana para sintetizar a democracia e o socialismo, a síntese resultante é exatamente aquilo que M. J. Bonn e H. G. Wells vislumbraram - uma democracia socialista. Uma democracia socialista, portanto, é um sistema por meio do qual a maioria governa buscando a distribuição eqüitativa da riqueza da nação. Por que a maioria governaria para o socialismo? Simples - em uma democracia socialista a maioria está sob a caridade do governo, e votará para manter tal governo intacto. Um governo desse tipo seria tirânico, e as liberdades individuais seriam voluntariamente sacrificadas pela maioria votante para manter o caminhão de mantimentos do governo passando diante da sua porta. Essas são as novas democracias de Clinton, Gore e Bush.



3. "Nova Ordem Mundial": O conceito de uma Nova Ordem Mundial é bastante simples: o sistema político mundial deve ser revertido ao conceito de império mundial, abandonando o atual sistema de Estados-nação. Quando Strobe Talbot afirmou que "talvez a soberania nacional não tenha sido uma idéia tão boa assim, afinal ", estava falando de um sistema de federalismo mundial - um governo global. A Bíblia é muito clara quanto ao fato de que essa busca por uma Nova Ordem Mundial eventualmente acontecerá. A profecia de Daniel é bastante clara ao demonstrar que um governo mundial composto por dez reinos individuais será o sistema político do líder mundial - o Anticristo.



Valores Comuns: Os Tijolos da Construção do Globalismo

Se alguém ambiciona criar a unidade global na diversidade, que estratégia serviria para unificar aqueles que possuem histórias, religiões e culturas diferentes? A solução para essa questão é realmente muito simples (a implementação da solução não é tão simples, mas a solução em si é simples): buscar um terreno comum entre os que são diferentes e cultivá-lo. Uma vez que o terreno comum seja encontrado, construa sobre ele um sistema de valores comuns e, dessa forma, estabeleça a unidade. Assim que os valores comuns estiverem estabelecidos, aqueles cujos valores estiverem em oposição à maioria precisarão mudar (ou algo mais). O cerne da questão gira em torno do fato de que os valores globais estão em conflito direto não apenas com os cristãos fundamentalistas, mas também com as atitudes e valores daqueles que tornaram este país grandioso. Por exemplo, os valores básicos daqueles que forjaram uma nação a partir de uma terra selvagem estavam baseados no individualismo rude que exemplificava o "espírito pioneiro" daqueles indivíduos. De modo semelhante, a fé cristã também está baseada na salvação individual, na responsabilidade e na relação pessoal com o Deus Todo Poderoso. Em contraste, os valores do "novo paradigma" enfatizam o bem do grupo - não do indivíduo. É essa supervalorização do grupo copiada pelas organizações ocultistas e por outros globalistas que se infiltrou na psique das novas gerações. É esse mesmo sistema de valores de pensamento de grupo que sutilmente anuviou a igreja de Jesus Cristo e a maioria de seus membros nem sequer percebe o que aconteceu. Esses são aqueles que estão começando a se perguntar: "Como foi que isto aconteceu?" Entretanto, a maioria foi ludibriada a mudar suas atitudes a ponto de estar à beira do (ou ter mergulhado no) precipício de acolher a tolerância pós-moderna e rejeitar as verdades eternas da Palavra de Deus.



Embora o movimento por uma mudança de valores seja aparentemente político, ele irá, por fim, resultar em mudanças espirituais avassaladoras. O aspecto político tem sido abertamente exposto em diversas frentes. A publicação das Nações Unidas, "Our Global Neighborhood" (Nossa Vizinhança Global), faz apelo após apelo por novos valores que enfatizem a necessidade de se criar uma nova ética global:



"A nova ordem mundial precisa ser organizada em torno da noção de governo da diversidade, não da uniformidade; governo da democracia, não do domínio... construídos sobre o fundamento da primazia dos valores de convivência global sobre o nacionalismo da discórdia..." (17)



O ex-premier russo Mikhail Gorbachev, falando como fundador do grupo ambientalista radical Green Cross, afirmou:



"... o século XXI será um século de crise total... ou da regeneração humana..." (18)



Ele fez a seguinte afirmação em uma entrevista para uma organização ocultista chamada Instituto de Ciências Noéticas:



"Hoje a humanidade está diante de uma escolha… precisamos encontrar um novo paradigma… que possa estar baseado em valores comuns… desenvolvido ao longo de muitos séculos... a busca por um novo paradigma deve ser a busca pela síntese, por aquilo que é comum e une as pessoas, os povos e as nações, em vez de aquilo que os divide." (19)



Observe que o "novo paradigma" sobre o qual ele fala evoca a dialética hegeliana exatamente da mesma maneira como fez H. G. Wells: a busca pela síntese - o terreno comum que une o grupo - e, dessa forma, toda a humanidade. Esse, mais uma vez, é o mesmo plano executado por Ninrode - o plano que o Deus Todo Poderoso rejeitou. A humanidade, sob a influência e a orientação diretas de Lúcifer, está buscando adorar e servir a criatura ao invés do Criador ao construir uma nova torre de Babel - a preciosa Nova Ordem Mundial.



Outras organizações estão seguindo a mesma estratégia. Por exemplo, a Carta da Terra, dirigida pelo Dr. Stephen Rockefeller, afirma:



"… uma declaração de princípios fundamentais… clarificando os valores humanos compartilhados e desenvolvendo uma nova ética global por um modo de vida sustentável... A Terra está em um momento decisivo... crescimento dramático da população... modelo de dominação da produção e do consumo... meio-ambiente em degradação... extinção maciça de espécies... pobreza... criminalidade... violência... Mudanças fundamentais em nossas atitudes, valores e modos de vida... reconhecemos a necessidade urgente de uma visão comum de valores básicos que garantirá uma fundamentação ética para a comunidade mundial emergente... afirmamos os seguintes princípios para o desenvolvimento sustentável..." (20)



Novamente, na Carta da Terra aparece o sistema de valores de pensamento de grupo. Um sistema de valores que estará baseado na nova tolerância e culminará numa visão de mundo pós-moderna - um sistema de valores que diminuirá a importância do indivíduo, das liberdades pessoais, da responsabilidade pessoal perante um Deus Todo Poderoso - tudo o que importa é o grupo. A tese da Carta da Terra é que a humanidade deve mudar seus valores ou enfrentar a destruição da Terra e a extinção da espécie humana. Como Wells afirmou, a humanidade deve avançar rumo à Era de Aquário - a era em que o homem perceberá que, de fato, é um deus.



O que está em jogo aqui é um dos principais temas religiosos, pois esse movimento é tanto religioso quanto político. Esse fato é claramente evidenciado em muitas frentes. Como declara o documento "Nossa Vizinhança Global":



"Precisamos de um conjunto de valores comuns e centrais ao redor do qual possamos unir os povos, a despeito de seus históricos culturais, políticos, religiosos..." (21)



Entretanto, se o objetivo é unir a humanidade com base em valores religiosos comuns, qual religião o mundo deve abraçar? A Boa Vontade Mundial, uma divisão da Lucis Trust, afirma:



"… A preparação por homens e mulheres de boa vontade é necessária para introduzir novos valores de vida, novos padrões de comportamento, novas atitudes... de não-segregação e cooperação que conduzam a relações humanas adequadas e um mundo de paz. O vindouro Instrutor Mundial estará fundamentalmente preocupado com os requisitos para uma nova ordem mundial..." (22)



"... O Novo Grupo de Servos Mundiais... pode ser referido como a personificação do emergente Reino de Deus na Terra, mas deve-se lembrar que esse reino não é um reino cristão ou um governo terreal." (23)



Essa afirmação deve fazer gelar o sangue de qualquer um que esteja mesmo que apenas remotamente familiarizado com a profecia bíblica. A Lucis Trust e o Novo Grupo de Servos Mundiais estão, com toda a certeza, trabalhando em preparação para a vinda do governante mundial - nenhum outro senão o Anticristo. Além disso, a terminologia deles deve fazer qualquer cristão com discernimento tomar nota de todos os que falaram abertamente do chamado da Nova Ordem Mundial. Esses são os indivíduos que estão marchando segundo os tambores de Lúcifer, e preparando a Terra para o próprio Anticristo.



A chave para as "novas atitudes de não-segregação e cooperação" está personificada no valor mais reverenciado do novo milênio - a tolerância. Cada aspecto dos valores alterados e das crenças alteradas da Nova Ordem Mundial pode ser resumido na total aceitação da nova tolerância. Para reiterar aquilo que foi afirmado no Capítulo 6, a definição da palavra "tolerância" foi modificada. No passado, a definição de tolerância estava baseada na valorização e no respeito às culturas, crenças, comportamentos e estilos de vida de um indivíduo, sem necessariamente aprovar ou participar dessas mesmas crenças e comportamentos. A tolerância diferenciava o próprio indivíduo do seu comportamento. Em termos claros, a tolerância costumava significar que alguém "tolerava aquilo de que não gostava ou do que discordava". (24) Entretanto, os anos 90 introduziram uma nova definição pós-moderna de tolerância. A definição está baseada no conceito de que, já que toda verdade é relativa, existem muitas verdades diferentes. Além disso, nem uma verdade é superior a alguma outra verdade. Todas as verdades são iguais. (25) Se todas as alegações de verdade são iguais, então todas as religiões são iguais. Se todas as religiões são iguais, então qualquer cristão que citar as palavras de Jesus Cristo: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" [João 14:6] está sendo preconceituoso e arrogante. Já que a nova tolerância permeia a cultura e o sistema jurídico, o cristão não terá o direito legal de propagar sua religião, cumprir a "grande comissão" ou até mesmo de expressar suas convicções.







Os Evangélicos e a Nova Ordem Mundial

O parágrafo de abertura deste capítulo perguntava: Como o cristianismo chegou a este ponto? Como todo esse discurso da Nova Ordem Mundial e a nova tolerância se relacionam com o Movimento Carismático, o dominionismo, o Seminário Teológico Fuller ou a religião orientada para resultados? Qual possível correlação pode existir entre as facções ocultistas que regem este mundo e os evangélicos modernos? Os seis primeiros capítulos deste manuscrito detalharam o movimento do cristianismo conservador num contínuo desvio para a esquerda, e a igreja tem enfrentado uma batalha ininterrupta pela preservação da pureza desde o começo do século XX. Mal a busca pela verdade ganha força e outro ataque procura atingir o coração da verdade bíblica. Esses ataques se manifestam quando a igreja perde o foco de sua verdadeira missão e divaga em áreas fora dos mandamentos e preceitos das Escrituras. (A verdadeira missão da igreja é a edificação dos santos, alcançar os perdidos para Cristo e, subseqüentemente, educar esses convertidos para que atinjam a maturidade espiritual.) A grande tragédia da segunda metade do século XX e início do século XXI é o fato de que muitas das igrejas fiéis à Bíblia que foram organizadas em oposição e como resultado direto do Modernismo nos anos 60 e 70 estão agora sucumbindo ao neo-evangelicalismo e à religião orientada para resultados.



A ascensão da religião orientada para resultados pode ser diretamente ligada à infusão dos valores mutáveis de pensamento de grupo do globalismo e da vindoura religião global. Na religião orientada para resultados, o foco torna-se o crescimento da igreja. Ao tornar o crescimento da igreja o resultado final, o foco da missão integral da igreja é subjugado ao ponto que aspectos críticos da missão da igreja são sacrificados, os ensinos doutrinários são minimizados, os padrões são ignorados para aumentar os números, e temas populares extra-bíblicos tornam-se o centro do dogma da igreja. Embora todos esses assuntos venham a ser discutidos em profundidade em capítulos subseqüentes, a falta de ensino doutrinário tem sido o principal catalisador a levar os evangélicos modernos à enganação. As seguintes estatísticas confirmam esse fato:



57% dos jovens que freqüentam a igreja não acreditam que exista um padrão objetivo de verdade;

53% daqueles que se identificam como cristãos conservadores não acreditam na verdade absoluta;

84% dos calouros de faculdades cristãs não são capazes de defender ou explicar suas crenças;

66% daqueles que dizem ser importante seguir os ensinos bíblicos rejeitam os absolutos morais. (26)

Todas as doutrinas bíblicas dependem da doutrina da inspiração das Escrituras. Os que aceitam essa doutrina acreditam que a Bíblia é inerrante e infalível. Assim, para aceitar a doutrina da inspiração, deve-se sustentar que a Palavra de Deus é a verdade absoluta. Portanto, se "cristãos conservadores" adultos ou "jovens freqüentadores" rejeitam a verdade absoluta, estão na verdade rejeitando a Palavra de Deus. Por que tal indivíduo rejeitaria a verdade absoluta? Uma pessoa rejeitaria a verdade absoluta caso abraçasse o valor predominante do novo paradigma - a tolerância. Existem duas razões pelas quais alguém que se diz cristão abraçaria a tolerância pós-moderna:



Esse indivíduo não aprendeu a doutrina da inspiração em sua igreja.

O valor do pensamento de grupo da tolerância permeou sua psique ao ponto que esse indivíduo subordinou a verdade bíblica ao erro ocultista.

O fato de 84% dos calouros de faculdades cristãs não serem capazes de defender ou explicar suas crenças é evidência incriminante de que a igreja não está ensinando doutrina aos jovens. O que as igrejas estão ensinando aos jovens? No caso da religião orientada para resultados, é inevitável concluir que as igrejas estão ensinando aquilo que atrai mais jovens ao grupo de jovens. Os marqueteiros condutores do crescimento da igreja dirão que a igreja deve ir de encontro às "necessidades sentidas" dos não-freqüentadores de modo a trazê-los ao redil. Esse é o caso tanto com os jovens quanto com os adultos. Ir de encontro às necessidades sentidas pode levar a animadoras sessões de terapia em grupo, mas não incluirá qualquer ensino de doutrinas. Dessa forma, esses jovens e adultos não têm idéia daquilo em que acreditam e jamais serão capazes de defender a fé.



A experiência pessoal deste autor pode novamente ser utilizada nesta situação. Como membro de uma igreja batista independente, o pastor fez a seguinte declaração em referência ao programa da Escola Dominical da igreja:



"Em nossa Escola Dominical ofereceremos um currículo interessante que irá de encontro às necessidades dos participantes. Não perderemos tempo ensinando teologia entediante."



Quantos outros pastores evangélicos acham que teologia é entediante? Se a teologia é rotulada como entediante por um pastor, quantos membros da igreja dele tomarão a iniciativa de estudar teologia em casa? Se nenhuma teologia for ensinada na igreja ou estudada em casa, como um membro dessa igreja conhecerá aquilo em que realmente crê? Se um indivíduo não conhece aquilo em que realmente crê (ou se um indivíduo não sabe por que crê naquilo que crê), esse indivíduo é um alvo fácil para a enganação. O antigo adágio certamente se aplica nesse caso:



"Aquele que não se atém a alguma coisa cairá por qualquer coisa."



O ministério orientado para resultados evita o ensino da doutrina por que a DOUTRINA DIVIDE. Mais do que isso, A DOUTRINA DIVIDE POR QUE A VERDADE DIVIDE. Dessa forma, aqueles que subjugam tudo ao crescimento da igreja desencorajam a ênfase no ensino da doutrina porque tal divisão atrapalha o crescimento exponencial. É nesse ponto que os "agentes da mudança" do novo paradigma causam um impacto maior na igreja. A ausência de ensino de doutrinas na igreja abriu a porta para aqueles que procuram mudar os valores cristãos em valores de pensamento de grupo do novo paradigma. O fato duro e frio da questão é que acolher o valor da nova tolerância acabará minando todas as facetas do ensino bíblico.



Os perigos do novo paradigma são aumentados ainda mais por aqueles que foram influenciados pelo Movimento Carismático e pela Teologia do Domínio. As questões que surgem com aqueles que estão envolvidos no Movimento Carismático são a abertura para outra avenida de união com aqueles que rejeitam as doutrinas fundamentais da Palavra de Deus. Uma vez que alguém abrace a onda do "Movimento de Sinais e Maravilhas" (essa é a estratégia de marketing desenvolvida no Seminário Teológico Fuller por Peter Wagner e pelo falecido John Wimber) ou mesmo o falar em línguas, esse indivíduo tende a basear o ponto de camaradagem ou união em manifestações carismáticas, em vez de na pureza doutrinária. Isso é evidenciado pelo fato de pentecostais e católicos romanos se reunirem em conferências carismáticas, como a Conferência da Cidade de Kansas em 1977, onde 50% dos participantes eram católicos romanos. A Teologia do Domínio vai um passo além, pois ensina que a Igreja governará o mundo antes do retorno de Cristo. Já que a maioria dos que aceitam esse ensino desviante também abraça as manifestações carismáticas, a falsa união evidenciada nesse movimento prepara os envolvidos para a enganação da tolerância e do globalismo, como a manifestação do Domínio Cristão. Isso foi exemplificado pelo dominionista Pat Robertson em seus comentários a respeito da organização Promise Keepers. Robertson afirmou animadamente no Clube 700: "Os Promise Keepers são um cumprimento direto da profecia bíblica". Ao fazer essa afirmação, ele revelou no ato que fundamentalistas, evangélicos, mórmons e católicos romanos estavam todos se unindo em "nome de Jesus" e, assim, dando a oportunidade para grupos de diversas posições doutrinárias se unirem em torno daquilo que têm em comum. Obviamente, essa é a crença dos teólogos do Domínio. Para tornar as teorias dominionistas uma realidade, grupos distintos devem deixar de lado suas diferenças e se unirem em torno daquilo que têm em comum. Esse tipo de erro está preparando os carismáticos e os dominionistas para que caíam vítimas da enganação luciferiana dos valores e atitudes de pensamento de grupo que os levará a apoiar aquilo que todos os cristãos deveriam dogmaticamente rejeitar.



A Cosmovisão Pós-Moderna

O pós-modernismo não é nada mais que o sistema de valores reprocessado dos valores de pensamento de grupo ocultistas da Nova Ordem Mundial com as definições alteradas. Um artigo no sítio da Xenos Christian Fellowship traz exemplos da cosmovisão pós-moderna conforme evidenciados em diversas facetas da vida:



Educação - Os professores não são mais transmissores de informação para as crianças, mas facilitadores à medida que as crianças constroem seu próprio conhecimento.



Ciência - Muitos afirmam hoje que a Física prova que o mundo todo está interconectado, e alguns afirmam até mesmo que a Física Quântica mostra que o universo não é racional. A verdadeira ciência e a cultura ocidental também estão constantemente sob o ataque de Hollywood.



Psicoterapia - Se o psicoterapeuta deve fazer um julgamento que resulte num melhor estado de espírito para o paciente, tendo em vista o pensamento pós-moderno, a questão é: "O que constitui um melhor estado de espírito?" Como um julgamento de valores desse tipo pode ser feito quando a realidade é construída na mente do paciente?



Religião - A nova tolerância do pós-modernismo não permite o questionamento das visões religiosas dos outros. A única exceção é não apenas a permissão, mas o encorajamento à censura de qualquer religião arrogante o suficiente para pensar que conhece a verdade.



História - Não olhamos mais para o que aconteceu na História. Aquilo jamais será conhecido e, além de tudo, a realidade de cada um era diferente na época, bem como agora. Na história cultural pós-moderna, cada grupo marginalizado teve sua própria experiência, sua própria realidade. O objetivo da história é dar voz às minorias silenciadas e marginalizadas.



Literatura - O foco do significado literário passou do autor para o leitor, que produz ou constrói novos significados a partir do texto, como alguém que observa uma pintura.



Interpretação Bíblica - Deus não tem mais a autoridade na Sua Palavra. Agora, o leitor constrói o significado: "O que isso significa para mim?" - é a única coisa que podemos saber.



Lei e Governo - As pessoas são o produto da sua cultura e apenas imaginam que se auto-governam. Toda lei é vista como um engenho político planejado para conter os pobres, as mulheres, as minorias ou aqueles que têm preferências sexuais alternativas. (27)



O pós-modernismo é o ápice do curso natural da história. É o clímax da progressão natural da história conforme a humanidade desce a ladeira escorregadia que leva ao reino do Anticristo. A enganação associada necessária para trazer essa filosofia fatal à tona lançará os cristãos imprudentes em um estado de completa ineficácia - se não de total desilusão.



Conclusão

O Dr. Rod Bell respondeu à questão "Como chegamos a esta situação?" observando um cisma no fundamentalismo durante a década passada devido às seguintes razões:



Pregação superficial no púlpito - com a ênfase alterada da pregação do púlpito para a promoção na Escola Dominical.



Evangelismo super-agressivo - O fim justifica os meios, espetáculos paralelos, gigantes do ringue, táticas carnavalescas vulgares - dependentes da motivação exterior ao invés do motivador -, supermétodos de venda com abordagem positiva: essas filosofias produziram a "crença fácil".



Separação de segundo grau - "Somos apenas tão fortes e duradouros quanto somos biblicamente separados da contemporização."



Filosofia da imagem de sucesso.



Ignorância nas Escrituras quanto à separação bíblica.



Humanismo secular - "A igreja está seguindo as opiniões dos homens, não a Palavra de Deus."



Rejeição do suporte às missões. (28)



Essas questões se tornaram os tijolos de uma igreja fraca - uma igreja sem substância nem estrutura. Essa é a igreja fadada à enganação.



Quando um homem nasce de novo, ele não se torna misticamente imune à enganação. É a responsabilidade desse homem "sujeitar-se a Deus" (Tiago 4:7), estudando e prestando atenção aos preceitos da Palavra de Deus. Um cristão deve estudar para se estabelecer na Doutrina da Bíblia (2 Timóteo 2:15), pois somente a doutrina é a chave para discernir e combater a enganação. A igreja evangélica de hoje, sob a influência da religião orientada para resultados, está subordinando o ensino da doutrina aos assuntos sociais, ao desenvolvimento psicológico, à crise cultural, à adoração e ao louvor emocionalmente distorcidos e praticamente qualquer outro "ismo" pseudo-espiritual ou estudo imagináveis que apelem aos sentidos ou vão de encontro às necessidades sentidas para promover o crescimento da igreja. Esse curso de eventos produziu uma geração crescente de cristãos que não têm idéia daquilo em que crêem ou de como discernir a heresia. Como resultado, a tolerância pós-moderna dos novos paradigmas se incrustou na psique da igreja. É essa tolerância que arrastará a humanidade a uma Nova Ordem Mundial, a uma religião global e aos braços do Anticristo.



A igreja de Jesus Cristo deveria posicionar-se de forma diametralmente oposta a qualquer indivíduo, grupo, filosofia ou movimento que promova ativamente a união ecumênica ou política que contribua de alguma forma para a construção da Nova Ordem Mundial. A igreja evangélica de hoje, porém, está descendo velozmente essa ladeira escorregadia. Nesse ritmo, "será apenas uma questão de tempo até que essa igreja moderna, tendo perdido sua mensagem, comprometido sua fé, confundido o sucesso numérico com as bênçãos de Deus, imploda, pois não restará nada que a sustente.".



Capítulo 8: Brincando de Igreja com o Jogo dos Números - Parte 1

As crianças na Escola Dominical têm uma brincadeira em que fazem movimentos com as mãos e cantam uma rima que diz assim: "Aqui está a igreja e aqui está a torre, abra as portas e veja o povo!" Por mais interessante que seja, esse modo básico de brincar de igreja não é totalmente diferente do modo como muitos adultos brincam com a "grande igreja". Uma versão adulta dessa rima poderia realisticamente dizer, "Aqui está a igreja - veja um magnífico e confortável edifício religioso. Abra as portas, ouça a ótima música Rock com letra religiosa, emocione-se com as belas apresentações dramáticas, experimente Deus nos nossos grupos de enriquecimento pessoal; ouça uma mensagem que eleve sua auto-estima e que mostre como se tornar um cristão lhe trará saúde, relacionamentos perfeitos e uma completa realização psicológica; e observe como a casa estará lotada de gente todos os domingos." Esse jogo está se tornando mais comum a cada nova semana, e milhares de pastores estão comprando livros de auto-ajuda e participando de conferências onde aprendem a metodologia do plano do "novo paradigma". A verdade é que o plano de jogo para a igreja do novo paradigma funciona. Ele pode não funcionar tão bem em todas as implementações, mas realmente funciona. Combinado com o curso de eventos delineados nos capítulos anteriores deste manuscrito, o pragmatismo religioso está varrendo o país e está influenciando aqueles que chamam a si mesmos de evangélicos e até os fundamentalistas para aceitarem e promoverem os homens, métodos e programas que levarão toda a humanidade à Religião do Mundo Global do Anticristo. Como se pode suspeitar, esses métodos e programas estão baseados nos desejos e caprichos da cultura popular em vez de na Palavra de Deus. Basicamente, para ostensivamente ganhar a guerra cultural e levar multidões a Cristo, a igreja evangélica está se identificando, está sendo editada e fazendo concessões à cultura popular. A culminância dessas forças rejeita o plano de Deus para a igreja local, conforme prescrito nas Escrituras, e cria em seu lugar a Religião Orientada Para Resultados.



Os sete primeiros capítulos deste manuscrito descreveram os fatores ao longo da história que contribuíram para a ascensão da Religião Orientada Para Resultados. Em resumo, toda a história da igreja foi caracterizada por múltiplos assaltos pelas forças luciferianas em sua tentativa de derrotar Deus. Esses assaltos ocorreram como emboscadas ao longo da margem do Rio da História, à medida que suas águas fluíram pelo paganismo, catolicismo, a Reforma Protestante e o modernismo, antes de chegar ao ponto atual da geografia cronológica. Além disso, fatores externos no curso da história secular e a paisagem política não somente exerceram influência, mas moldaram as atitudes e valores em preparação para a vindoura Religão do Mundo Global do Anticristo. Essa combinação de fatores contribuintes (especialmente desde a Segunda Guerra Mundial) está agora culminando na Religião Orientada Para Resultados. A apostasia da Religião Orientada Para Resultados não é tão facilmente detectável quanto a do modernismo e de outros ensinos claramente heréticos. O modernista nega abertamente (entre outras coisas) o nascimento virginal, o sacrifício expiatório de Jesus Cristo e a inerrância das Escrituras. Aqueles que se identificam com a Religião Orientada Para Resultados podem se opor à heresia do modernismo, mas estarão mais do que dispostos a contemporizar com os modernistas ou até ignorar os claros ensinos da Palavra de Deus para atingir seu propósito final - o crescimento exponencial da igreja.



O Modelo Bíblico Para a Igreja Local

Pode-se legitimamente perguntar, "Qual é o plano bíblico para a igreja local?" A resposta a essa pergunta pode ser encontrada em um único lugar - na inerrante, infalível e inspirada Palavra de Deus, e a busca pela resposta na verdade não é tão difícil. As epístolas de 1 e 2 Timóteo foram endereçadas a um jovem pastor, e Timóteo recebeu orientações relacionadas com os aspectos mais críticos do pastorado de uma igreja neotestamentária. Os princípios aplicáveis nessas epístolas são facilmente observáveis:



O pastor deve estudar a Palavra de Deus [2 Timóteo 2:15]

O pastor deve alimentar a congregação com a palavra da fé e da boa doutrina [1 Timóteo 4:6]

O pastor deve manejar bem a palavra da verdade [2 Timóteo 2:15]

O pastor deve pregar a palavra [2 Timóteo 4:2]

O pastor deve redargüir, repreender, e exortar os membros da igreja com doutrina [2 Timóteo 4:2]

O pastor deve confiar o depósito da verdade a homens fiéis e idôneos, de modo a garantir a perpetuação dessa verdade para as gerações seguintes [2 Timóteo 2:2]

O pastor deve utilizar a inspirada Palavra de Deus para ensinar a doutrina, para repreender, corrigir e instruir em toda a justiça [2 Timóteo 3:16]

A segunda fase da busca pela resposta deve ser conduzida pesquisando-se o livro de 1 Coríntios. Essa epístola foi escrita para lidar com problemas específicos que surgiram na igreja de Corinto. Esses problemas na igreja de Corinto são melhor identificados quando os membros das igrejas compreendem os seguintes princípios:



A pregação da Palavra de Deus é loucura para os que perecem [2 Coríntios 1:18]

Aprouve a Deus salvar aqueles que crêem pela loucura da pregação [1 Coríntios 1:21]

Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias [1 Coríntios 1:27]

O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus [1 Coríntios 2:14]

A sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus [1 Coríntios 3:19]

Deus não é Deus de confusão [2 Coríntios 14:33]

Os livros de 2 Coríntios e 2 Tessalonicenses adicionam o conceito da separação bíblica:



O fiel cristão não deve se colocar em jugo desigual com os incrédulos [2 Coríntios 6:14]

O fiel cristão deve se afastar de qualquer irmão que ande desordenadamente [2 Tessalonicenses 3:6]

Com base nesses princípios, o ensino da Palavra de Deus é muito claro:



Quando os cristãos se reúnem no Dia do Senhor, a ênfase da reunião deve ser a pregação da Palavra de Deus. Essa pregação, por sua vez, deve enfatizar a doutrina. Outras passagens tratam de outros aspectos da reunião, como o canto, a oração, a comunhão, mas a ênfase majoritária do Novo Testamento está na pregação. É pela pregação expositiva que a Palavra de Deus é apresentada, explicada e detalhada. Destarte, a pregação da Palavra de Deus dever ser o ponto focal do serviço de adoração e tal pregação deve "redargüir, repreender e exortar", conforme o apóstolo Paulo delineou para Timóteo. Dessa maneira, os fiéis são corrigidos, edificados e equipados para enfrentar as provações e tentações que encontram fora das paredes da igreja.



Na epístola de 1 Coríntios, Paulo fala também dos descrentes que podem estar presentes nas reuniões da igreja. [1 Coríntios 14:23] Portanto, a reunião dos crentes não está fechada aos incrédulos, de modo que o evangelismo precisa ser um componente vital do serviço da igreja. Entretanto, o foco principal da igreja reunida deve estar direcionado para os salvos - não para os perdidos. É também desnecessário dizer que (falando com base nas Escrituras) a participação como membro da igreja está reservada unicamente àqueles que nasceram de novo. Qualquer "igreja" que receba em seu rol de membros indivíduos que rejeitam a fé salvadora em Jesus Cristo não é uma igreja neotestamentária. A verdadeira igreja precisa também (de acordo com 2 Coríntios 6:14-18 e 2 Tessalonicenses 3:6-16) separar-se de qualquer outra organização religiosa que negue as doutrinas fundamentais da fé, ou de quaisquer cristãos ou "organizações cristãs" que andem desordenadamente.



Um Novo Modo de Brincar de Igreja

A Religião Orientada Para Resultados ignora completamente os princípios acima mencionados da Palavra de Deus e emprega a inserção de filosofias humanistas e mundanas na igreja. A síntese dessas filosofias com o cristianismo bíblico produz os "novos modos de ser igreja" - ou, melhor ainda, um novo modo de "brincar de igreja". Se uma igreja subordina ou sintetiza o ensino das Escrituras aos métodos do homem, essa igreja cessa de ser uma verdadeira igreja [veja o Capítulo 1]. O processo de construir tal organização também cessa de ser um autêntico ministério e em seu lugar torna-se apenas um jogo religioso. Esse jogo não é para ser encarado com leviandade, pois envolve riscos mais elevados que qualquer outro jogo no mundo. Dependendo dos resultados desse jogo estão não somente as almas perdidas da geração atual e o crescimento espiritual dos membros das igrejas do novo paradigma, mas todo o legado do verdadeiro cristianismo. A Religião Orientada Para Resultados não se perpetuará. Quando a doutrina é colocada de lado como um ingrediente desnecessário ou um obstáculo ao crescimento da igreja, nenhum alicerce sólido é estabelecido - e a casa é construída sobre areias que se deslocam de forma violenta. O jogo pode realmente continuar em futuras gerações, mas todos os vestígios da verdade serão subseqüentemente perdidos com a passagem do tempo.



Assim, chegamos à décima primeira hora e o futuro do verdadeiro cristianismo bíblico está pendurado de forma precária por um mero fiapo da corda. Mais do que em qualquer outro tempo desde o primeiro século, aquilo que os indivíduos verdadeiramente nascidos de novo fizerem terá uma profunda diferença para o futuro do cristianismo. Além disso, se nada for feito, e se todos os verdadeiros cristãos continuarem a percorrer cegamente esse caminho precipitoso, estarão aqueles da geração seguinte, que chamarem a si mesmos de cristãos, preparados para um mundo movendo-se mais para perto da vinda do Anticristo? Serão os membros da igreja (ou os jogadores) da próxima geração verdadeiramente salvos, ou estarão totalmente enganados como resultado da falta de teologia, de doutrina e da pregação expositiva? E mais, o que a geração atual precisa fazer para trazer o navio de volta ao curso correto? Os cristãos de hoje que crêem na Bíblia compreendem o jogo, os jogadores, as novas definições, e as regras do jogo? A preparação para a guerra contra esse movimento precisa ser feita, e as batalhas precisam ser lutadas. Chegou a hora de os cristãos que crêem na Bíblia tirarem a cabeça da areia e se prepararem para fazer parar o rolo compressor da Religião Orientada Para Resultados.



A Luta Contra a Religião Orientada Para Resultados

O modelo estereótipo do homem atual é o sujeito que senta-se diante de sua televisão toda tarde de sábado para assistir partidas de futebol. O "homem real" de hoje come, bebe e respira futebol, e qualquer macho da espécie que não faça a mesma coisa é considerado um frouxo, ou é conhecido por qualquer outro título depreciativo. Por outro lado, o estereótipo da esposa desse "homem real" é uma mulher que ignora totalmente o futebol. Ela não compreende o jogo, não tem vontade alguma de aprender o jogo, e detesta o início de cada novo campeonato. Entretanto, ocasionalmente, uma mulher decide que poderá se relacionar melhor com seu marido e passar mais tempo de qualidade com ele se aprender a gostar de futebol Essa tarefa não é fácil, pois ela está em uma desvantagem distinta. Ela nunca aprenderá o jogo fazendo perguntas ao marido - na mente do "homem real", futebol não é coisa para mulheres. Assim, para conseguir realizar essa tarefa gigantesca, ela precisa seguir a abordagem de entrar nesse território desconhecido em etapas. Ela precisa: 1) Aprender as definições antes de poder compreender as regras e, em seguida 2) Aprender as regras e, finalmente, para realmente gastar tempo de qualidade - isto é, discutir os fatos cruciais, por exemplo, quais jogadores dos dois times são os melhores - ela precisa 3) Aprender algo sobre os melhores atletas em campo.



O mesmo é verdade com relação aos cristãos bíblicos que estão se preparando para a batalha contra a Religião Orientada Para Resultados. Muitos membros das igrejas do novo paradigma sentem que algo está muito estranho, mas não sabem como colocar exatamente o dedo no problema. Embora eles possam sentir um vago senso de desconforto com o modo como as coisas estão sendo feitas na igreja, são lentamente puxados para dentro de uma rede de enganação. Mesmo se alguns resistem ao ponto de lutar contra a transformação da igreja, são abertamente colocados em ostracismo por "não apoiarem o pastor" ou por fazerem oposição à "obra de Deus" no ministério. Aqueles que fazem objeção alto demais são isolados ao ponto de serem totalmente marginalizados e não terem influência alguma para fazer parar o rolo compressor. Portanto, todos os crentes precisam ser instruídos sobre a metodologia da Religião Orientada Para Resultados, pois nenhuma igreja está imune a essa nova e enganosa forma de apostasia. É necessário conhecer as definições dos termos, conhecer as regras do jogo, e conhecer os líderes do movimento. Sem esse conhecimento, o combatente estará condenado ao fracasso e à derrota na batalha. Assim, cada uma das áreas será subseqüentemente detalhada para dar ao crente a artilharia necessária para ir à batalha.



Definindo os Termos

As definições utilizadas pelos proponentes da Religião Orientada Para Resultados precisam ser avaliadas com cuidado. Como discutido em um capítulo anterior, as definições de certas palavras (como tolerância) foram modificadas pela cultura moderna. Assim, as palavras e termos com uma definição em uma geração anterior podem ter mudado completamente por uma cultura subseqüente. Embora na maior parte das vezes esse processo seja completamente inocente, a redefinição de termos também pode ser usada como um plano enganoso para manipular aqueles que estão operando usando a definição anterior ou fora de moda dos termos. Portanto, é fundamental que as definições adequadas sejam utilizadas ao interpretar as regras do jogo da igreja. A seguintes definições e explicações devem ser bem compreendidas:



IGREJA DIRIGIDA POR PROPÓSITOS - Este termo foi inventado pelo pastor Rick Warren, da Igreja da Comunidade de Saddleback, no sul de Los Angeles. A idéia é que uma igreja deve colocar sua visão nos seus propósitos finais e estruturar sua metodologia de modo a alcançar esses propósitos. O termo "dirigida por propósito" é sinômino de "orientada para resultados". Em seu livro "Uma Igreja com Propósitos", Rick Warren relaciona o processo de se tornar "dirigida por propósitos". Para os objetivos desta análise, a palavra "resultado" foi substituída por "propósitos". O significado é o mesmo. O plano dele é como segue:



Defina o resultado

Exija o resultado

Baseie as atividades de modo a alcançar o resultado

Inicie o programa para alcançar o resultado (1)

O resultado nesse caso é o crescimento exponencial da igreja.



IGREJA DO NOVO PARADIGMA - Novamente, o pastor Rick Warren, em seu livro inovador, "Uma Igreja com Propósitos", diz que o escreveu para oferecer um "novo paradigma". (2) A definição básica do novo paradigma relaciona-se com um "novo modo de pensar". Nesse caso, um novo modo de pensar sobre como "fazer igreja". A razão determina que se esse é um novo modo de pensar no ministério, o modo antigo deve estar seriamente errado. Isso precisa então levar a pessoa a avaliar o "modo antigo" conforme criticado pelo pastor Warren em seu livro. O "velho modo de pensar", de acordo com Warren, é caracterizado em sua maior parte, por aqueles que continuam a tentar comunicar o evangelho para a cultura moderna em um "estilo fora de moda". (3) A filosofia de Warren exibe a superioridade do estilo sobre o conteúdo, o que é contrário ao ensino bíblico. A Bíblia diz que o homem deve "procurar apresentar-se aprovado... que maneja bem a Palavra da Verdade..." [4] A Bíblia também é clara que Deus fala aos seus filhos por meio de sua Palavra revelada. Os dias dos sonhos e visões (a despeito do ensino errôneo daqueles que estão envolvidos no Movimento Carismático) já passaram. [1 Coríntios 13] Entretanto, quando alguém defende o estilo sobre a substância no caso de uma igreja, está basicamente dizendo que o processo usado para fazer a igreja crescer é mais importante que o ensino doutrinário da igreja. O pastor Warren rejeita qualquer problema com essa metodologia perigosa declarando, "... o estilo de adorar que você tem diz mais sobre sua origem cultural do que sobre sua teologia." [5] Se isso fosse verdade e se a cultura determinasse um estilo de adoração utilizando música Rock Acid, drogas e orgias - isso não implicaria em uma teologia furada? Essa ilustração pode ser absolutamente risível, mas claramente exibe os extremos que podem ser derivados da assim chamada abordagem "do novo paradigma" para o ministério.



Em segundo lugar, a igreja do novo paradigma está intencionalmente projetada para rápido crescimento, pois o crescimento da igreja é o resultado desejado da Religião Orientada Para Resultados. Para alcançar esse objetivo, o projeto desse tipo de igreja baseia-se nos princípios da Administração de Empresas e nas pesquisas de mercado do Marketing. O problema que surge com essa metodologia é visto na revelação bíblica, "A palavra da cruz é loucura para os que perecem." [1 Coríntios 1:18] A Bíblia também ensina que o próprio Jesus Cristo é "uma pedra de tropeço e rocha de escândalo" [1 Pedro 2:8] Com base nessa aparente contradição, a pergunta precisa então ser feita, "Como então você coloca no mercado um produto que é tão ofensivo e louco?" A resposta é simples. Você precisa modificar o "apelo" do produto para distrair a percepção das pessoas de sua ofensa e loucura, de modo a atrair o público-alvo. Essas mudanças necessárias inevitavelmente resultam em um afastamento da Palavra de Deus e uma apostasia sorrateira que no final apagará o último traço de verdade em um período muito curto de tempo.



Um aspecto final e muito preocupante do rótulo "novo paradigma" é o fato que o termo "paradigma" foi popularizado no fim dos anos 70 e início dos anos 80 por Marilyn Ferguson em seu livro "A Conspiração de Aquário". Esse livro foi outra obra de referência que caracterizou o trabalho interno do Movimento de Nova Era com o termo "Mudança de Paradigmas". A autora Ferguson afirmava que a nova espiritualidade produzida pelas filosofias de Nova Era eventualmente levaria a uma "massa crítica" na consciência humana para provocar uma grande Mudança de Paradigmas que iniciaria um novo nível de evolução do homo sapiens para o homo noeticus, o homem-deus. Equiparar Rick Warren com Marilyn Ferguson pode não parecer justo, mas algumas perguntas simples devem ser feitas: Por que um pastor batista utilizaria terminologia de Nova Era para descrever sua nova metodologia de crescimento de igreja? Deve qualquer cristão que crê na Bíblia utilizar qualquer tipo de terminologia que o equipare (justa ou injustamente) com aqueles que estão envolvidos com as práticas ocultistas? O senso comum não diria que tais comparações seriam feitas com a utilização dessa terminologia? Aqueles que estão envolvidos nas práticas ocultistas não veriam essa terminologia como um sinal que as coisas não são como realmente parecem no Movimento de Crescimento de Igrejas? Embora todas essas perguntas possam ser respondidas de uma maneira positiva, o simples uso dessa terminologia é no mínimo, desconcertante.



OS SEM-IGREJA - Os indivíduos que não são membros ativos em alguma igreja são os "sem-igreja". Esses são os indivíduos que a Igreja do Novo Paradigma busca alcançar para obter o verdadeiro crescimento da igreja. O pastor Rick Warren está posicionando a Igreja da Comunidade de Saddleback como "uma igreja para os sem-igreja" [6]. Se alguém perguntasse novamente: "O que é uma verdadeira igreja?" A resposta seria a mesma - Uma verdadeira igreja é um corpo de crentes nascidos de novo reunidos para a adoração, comunhão, e para estarem equipados para o serviço. Uma vez que uma igreja aceite um único membro que negue a salvação pessoal em Jesus Cristo, essa organização cessa de ser uma verdadeira igreja. Como então pode uma igreja tornar-se "uma igreja para os sem-igreja?" A própria frase não é um oximoro? Quando isso acontece, a igreja não é nada mais do que um clube, e o ministério não é nada mais que um jogo.



PREGAÇÃO EXPOSITIVA - A pregação expositiva é a pregação verso por verso da Palavra de Deus. Esse não somente tem sido o método de pregação utilizado pelos mais notáveis pregadores desde a Reforma Protestante, mas também o método dado pelo exemplo de Isaías no Antigo Testamento: "A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a entender doutrina? Ao desmamado de leite, e ao arrancado dos seios? Porque é mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali." [Isaías 28:9-10]



PRAGMATISMO - O pragmatismo cristão é a filosofia que declara, "Se algo funciona, está funcionando como resultado direto das bênçãos de Deus." Embora esse seja certamente o caso em muitas situações, uma afirmação ampla e genérica desse tipo simplesmente não é verdade. Se fôssemos assumir que esse é o caso, a Igreja Católica Romana e a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (os Mórmons) seriam as duas organizações mais abençoadas na face da Terra.



O teste do ácido para qualquer organização religiosa é muito simples: Essa organização ou metodologia obedece aos princípios da Palavra de Deus? Se esses princípios são violados, o sucesso, crescimento, ou qualquer outra medida positiva da perspectiva humana são resultantes de outra fonte que não a "mão de Deus" nesses assim chamados ministérios.



ADORAÇÃO - Esse é um termo que foi redefinido pela cultura moderna. No Antigo Testamento, a palavra hebraica traduzida como "adoração" é shachah. No Novo Testamento, a palavra grega que foi traduzida como "adoração" é proskuneo. Em ambos os casos, a definição dessas palavras é "prostrar-se em humilde homenagem" [7]. Isso simplesmente transmite o conceito que a verdadeira adoração a um Deus Santo envolve total submissão e humildade. Em contraste, parece hoje que a influência carismática naquilo que é percebido como adoração é olhar para o alto e erguer as mãos para Deus enquanto balança o corpo ao som da música Rock "cristã". Dan Lucarni, em seu livro "Why I Left The Contemporary Christian Music Movement" [Por Que Deixei o Movimento da Música Cristã Contemporânea], relata o seguinte testemunho de sua experiência pessoal:



"Eu me lembro de quando primeiro mudei meu estilo pessoal de adoração de abaixar minha cabeça para olhar para o alto. Fui influenciado pelos carismáticos que oravam em uma das nossas reuniões de oração em toda a cidade. Lembro-me da sensação boa que ela me proporcionou que eu era pela primeira vez um participante na adoração com Deus, não um verme desprezível que tinha de se prostrar. Eu me senti melhor sobre mim mesmo" [8]



A conclusão é esta: Adorar a Deus não tem que ver com o adorador, mas com Deus. A adoração a Deus não objetiva fazer o adorador sentir-se melhor sobre si mesmo, mas a verdadeira adoração a um Deus Santo fará o adorador ver a si mesmo como ele realmente é diante da magnificente e incompreensível santidade de Deus. A verdadeira adoração não é acompanhada por música Rock que apela à carne. A verdadeira adoração envolve a submissão à verdade da Palavra de Deus. "A verdeiro coração de adoração é o coração que se inclina diante de Deus e se submete à sua Palavra, nada mais, nada menos." [9]



A adoração no novo paradigma é completamente o oposto do que acaba de ser descrito. Ela envolve a música carnal, de influência carismática, de olhar para cima para Deus, e fazer o adorador sentir-se bem consigo mesmo. Aqueles que promovem a Religião Orientada Para Resultados acham que os perdidos não têm problemas com Deus - eles têm problemas com a igreja local. Eles querem deixar o serviço da igreja "sentindo-se melhor consigo mesmos, em vez de serem chamados para o auto-exame, o arrependimento sincero, e a fé em um Deus santo". [10] Portanto, o serviço precisa ser exatamente como descrito por Dan Lucarni - eles querem participar na adoração com Deus e elevar-se em uma pseudo-adoração carnal em vez de se humilhar na presença da santidade de Deus.



SENSÍVEL AOS QUE PROCURAM - De acordo com os "especialistas em crescimento de igrejas", a população dos EUA está se tornando cada vez mais espiritual. A nova espiritualidade não é a espiritualidade coerente com os ensinos da Palavra de Deus, mas é mais uma busca interior por felicidade, realização verdadeira e propósito na vida. Os mesmos especialistas também revelam que o homem perdido sem-igreja mediano demostra interesse e amizade em relação a Deus, mas sente-se repelido pela igreja. [11] Esse indivíduo então está buscando um caminho para Deus, mas quer evitar a igreja tradicional. Ele acha que a igreja é irrelevante e fracassou em atender às necessidades de seus membros. Ele acha que a igreja não pode relacionar-se com ele onde vive e, portanto, não consegue se sentir à vontade em um serviço da igreja. A despeito de todas as inibições criadas pela igreja, ele ainda está buscando a Deus e a paz interior resultante que encontrar Deus trará à sua vida.



As conclusões naturais obtidas a partir desse dilema é uma condenação da igreja por aqueles que desejam um novo paradigma. Eles defendem a idéia que a falha não é do indivíduo que está buscando a Deus, e certamente não é do próprio Deus. Portanto, de acordo com os proponentes do novo paradigma, o velho modo de "fazer igreja" não serve para o homem moderno. O homem moderno está buscando realização e felicidade, mas aqueles que são rígidos no modo antigo de pensar estão, na realidade, condenando a cultura atual por meio de uma completa falta de identidade e empatia com o mundo desse homem moderno. Assim, há realmente a necessidade de um novo paradigma - um novo modo de pensar, e um novo modo de "fazer igreja" que seja sensível às necessidades daqueles que buscam a Deus. A igreja precisa se tornar "sensível aos que procuram", ou então esta geração atual será perdida.



Em muitos modos, a igreja têm realmente falhado. A igreja falhou em cumprir a Grande Comissão. A igreja falhou em viver uma vida separada ao ponto em que os perdidos não podem ver Jesus Cristo exemplificado nas ações diárias da igreja. A igreja falhou em não estabelecer um padrão elevado de piedade. A igreja tornou-se tão distraída e enamorada com o mundo que é muito difícil discernir a maioria dos cristãos de seus vizinhos incrédulos. Os membros da igreja estão tão ocupados com seu emprego, com a família e com as atividades de lazer que não têm mais tempo para o Senhor. Sim, a igreja precisa mudar, mas essa mudança está longe de se tornar "sensível aos que procuram". Os membros da igreja de Jesus Cristo precisam obedecer as Escrituras. Em particular, os membros da igreja precisam obedecer ao mandamento "... sede santos porque eu sou santo." Esse é o mandamento mais repetido em toda a Palavra de Deus, porém a maioria dos cristãos o ignora completamente. A santidade pessoal é exemplificada por uma vida correta e separada. Se esse é o caso, os cristãos não devem se tornar como o mundo para ganhar o mundo. A abordagem "sensível aos que procuram" exige que o buscador sinta-se confortável quando vier à igreja. Como a igreja garante que o buscador sinta-se confortável?



A igreja não deve ter bancos no estilo tradicional, nem parecer ser muito formal.

Os buscadores são incentivados a "virem como estão". Não há um código específico de traje apropriado e o uso de roupas casuais é incentivado.

Os trajes da equipe ministerial e do pastor também devem ser casuais.

O recinto deve incluir os recursos mais modernos em vídeo e áudio.

Produções dramáticas com temas espirituais devem ser usadas para sutilmente transmitir uma mensagem religiosa ou de conteúdo moral.

A pregação sobre o pecado, sobre mortificar o velho homem e sobre examinar a si mesmo realmente deixaria o buscador em desconforto. Portanto, os sermões devem ser voltados mais para as aplicações da vida, a redução do estresse, em atender às necessidades sentidas, os relacionamentos diários, a educação de filhos, a auto-estima, e outros assuntos baseados mais na psicologia moderna do que no "Assim diz o SENHOR".

A música tocada no serviço deve imitar o estilo musical que o buscador ouve diariamente em sua estação de rádio preferida.

A Bíblia na tradução de João Ferreira de Almeida, versão Corrigida e Fiel (Bíblia da Reforma, equivalente à King James Version, em inglês) não deve ser usada, mas uma das várias traduções modernas, que deixarão o buscador mais à vontade.

O buscador precisa ver que a mensagem da igreja é relevante para sua vida diária.

O buscador precisa ver que o cristianismo funciona e que lhe trará resultados imediatos.

A verdade da questão é que as respostas procuradas pelo buscador não são as respostas fornecidas na Palavra de Deus. Deus nunca promete ao crente (muito menos ao homem perdido) que ele viverá em perpétua felicidade. Sim, o crente recebe os frutos da alegria, mas a verdadeira alegria e felicidade humanas não são termos sinônimos. De uma perspectiva humana, a felicidade e realização que o buscador deseja tão fervorosamente podem não ter nenhuma conexão com Deus ou até com a realidade. Portanto, o único método pelo qual a igreja pode atender às necessidades percebidas do buscador é pela manipulação emocional e/ou pelo engano. Em outras palavras, a igreja precisa se conformar à cultura do buscador para tornar-se "sensível aos que procuram". A Palavra de Deus, porém, diz, ".. não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." [Tiago 4:4] Essa advertência das Escrituras exige a abordagem exatamente oposta para o ministério e, quando uma igreja desafia os mandamentos das Escrituras, essa igreja está simplesmente brincando com o jogo de igreja.



DOUTRINA - A doutrina é um ensino fundamental na fé cristã. Sem doutrina, não existe o verdadeiro cristianismo. Os fundamentalistas acreditam que para ser salvo, o indivíduo precisa aderir sem reservas aos fundamentos da fé. Embora existam pequenas variações nesses pontos, os básicos são os seguintes:



A inspiração das Escrituras (a Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de Deus).

Criação do homem por um ato direto de Deus.

A encarnação, o nascimento virginal, a morte vicária, a ressurreição física e a ascensão de Jesus Cristo aos céus, e sua segunda vinda futura.

O novo nascimento por meio da regeneração do Espírito Santo.

A ressurreição dos santos para a vida eterna.

A ressurreição dos perdidos para o julgamento final e a morte eterna.

A comunhão dos santos, que são o corpo de Cristo.

Esses conceitos formam o núcleo da verdade bíblica, e um verdadeiro crente permanecerá firme nessas verdades. Aqui está o grande problema. Muitos (se não a maioria) dos buscadores sem-igreja não afirmam várias dessas crenças. Como resultado, as igrejas do novo paradigma minimizam o ensino da doutrina, pois a doutrina não somente divide, mas a pregação expositiva da doutrina pode deixar o buscador de felicidade e realização em um desconforto tão grande que ele nunca retornará novamente para assistir os serviços da igreja. Além disso, sob o modelo do novo paradigma, uma igreja não pode esperar crescer com base na premissa que oferece a verdade para aqueles que a procuram. A cultura moderna está convencida que toda a verdade é relativa e que as afirmações de verdade de todas as religiões são iguais. Se todas as afirmações de verdade são realmente iguais, a afirmação de exclusividade para a verdade é uma definitiva deterrência ao crescimento. Portanto, a visão doutrinária das igrejas do novo paradigma são editadas culturalmente para subordinar o ensino da doutrina às aplicações da vida, a atender às necessidades sentidas, os relacionamentos diários, a criação de filhos, a auto-estima e outros assuntos baseados mais na psicologia moderna do que em "Assim diz o SENHOR".



PECADO - Bill Hybels, pastor sênior da Igreja da Comunidade de Willow Creek define pecado como "uma estratégia falha para obter realização" [12] Essa definição é muito parecida com a da ocultista Jean Houston, que descreve o pecado como "um comportamento não habilidoso". Ambas essas definições ficam aquém do retrato do pecado na Palavra de Deus. De acordo com as Escrituras, pecado é aquilo que afasta o indivíduo injusto de um Deus que é santo. A Bíblia descreve o pecado como um crime contra Deus pelo qual o pecador será condenado ao tormento eterno nas chamas do Inferno. O retrato que a Bíblia faz do pecado é muito mais vívido que a versão simplificada e espojosa de Bill Hybels e Jean Houston. Entretanto, a Palavra de Deus é verdadeira e toda tentativa de suavizar o pecado é um jogo que resultará em trágicas conseqüências.



EVANGELISMO - Os proponentes da Igreja do Novo Paradigma não estão totalmente errados quando dão uma alta prioridade à Grande Comissão. Como afirmado anteriormente, a igreja falhou na obediência a essa ordem do próprio Jesus Cristo. Entretanto, aqueles que estão envolvidos na Religião Orientada Para Resultados não compreendem os verdadeiros propósitos e missão da igreja. A missão da igreja é a edificação e capacitação dos santos, alcançar os perdidos para Cristo e, subseqüentemente, nutrir esses convertidos para que alcancem a maturidade espiritual. O terceiro ponto dessa afirmação de missão poderia ser resumido como "evangelismo". O centro da questão vem à luz quando se percebe que a Igreja do Novo Paradigma transforma toda a missão da igreja em evangelismo e subjuga a edificação e a capacitação ao ponto da virtual eliminação. O ingrediente que falta nessa fórmula é a distinção da missão da "igreja reunida" e a missão da igreja "dispersa". Depois da santificação, o missão principal da igreja dispersa é o evangelismo - levar outros a Cristo. Entretanto, o evangelismo deve receber uma baixa prioridade quando a igreja está reunida. A igreja NÃO está ali reunida para o propósito de evangelismo, mas para a edificação, capacitação e fortalecimento de seus membros. Isso torna a afirmação de Rick Warren de "uma igreja para os sem-igreja" um total oximoro. Qualquer organização para os sem-igreja não é uma igreja. Qualquer pastor que afirme liderar tal "igreja" está simplesmente brincando com o jogo da igreja.



ESTRATÉGIA DE MARKETING - De acordo com o pensamento do novo paradigma, um pastor local deve empregar os princípios de marketing das grandes empresas para alcançar seu bairro ou cidade para Cristo. Rick Warren, por exemplo, identificou os profissionais urbanos de colarinho branco jovens e financeiramente estáveis como seu mercado-alvo. A Igreja da Comunidade de Saddleback foi então construída com as necessidades desse segmento em particular em vista. A chave para a estratégia de marketing não é a população particular visada mas, em vez disso, a identificação e desenvolvimento de uma estratégia para atender às necessidades sentidas daqueles que residem dentro dessa área demográfica. A conclusão é que "Se pudermos convencer as pessoas que Cristo morreu para atender às necessidades delas, elas se alinharão diante da porta da igreja para adquirir nosso produto." [13]



AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO - Aqueles que estão familiarizados com a Educação Orientada Para Resultados estão igualmente familiarizados com o termo "agente de transformação". Esse termo foi empregado por John Dewey e seus camaradas em sua tentativa de avançar as teorias da Educação Progressiva, que eventualmente foram implementadas na Educação Orientada para Resultados. Nessa situação, o professor da Escola Pública deve atuar como um agente de mudança para transformar o processo de pensamento dos alunos das crenças de seus pais para as "novas realidades" com as quais são confrontados no mundo moderno. De um modo similar, o pastor Bill Hybels, da Igreja da Comunidade de Willow Creek, vê a si mesmo como um motivador e um "agente de transformação" [14]. A visão dele é como a de John Dewey. Ele precisa facilitar a mudança das antigas crenças para as novas crenças - de um modo antigo de pensar para um novo modo de pensar. O objetivo do agente de transformação é implementar uma mudança da mente sem que os indivíduos afetados percebam que uma mudança ocorreu.



NECESSIDADES SENTIDAS - (O oposto das necessidades espirituais) Aliviar a dor, oferecer felicidade, realização, auto-estima. [15]



RELEVÂNCIA CULTURAL - A Igreja de Jesus Cristo é definida e recebe suas instruções da Palavra escrita de Deus. A Bíblia é muito concisa em sua avaliação que a igreja deve se manter separada e não contaminada pelo mundo:



"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." [1 João 2:15-17]



"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." [Romanos 12:2]



"A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo." [Tiago 1:27]



Essas e outras escrituras traçam uma linha distinta de demarcação entre o cristão e o mundo. É esse argumento que levanta bandeiras vermelhas ao avaliar as estratégias de marketing do movimento do novo paradigma. Na busca por relevância para alcançar o resultado do crescimento da igreja, a cultura do mundo começou a definir a igreja em lugar da Palavra de Deus.



O que então define a cultura moderna? Embora a cultura de hoje seja com toda a certeza multifacetada, existem aqueles que reportam que o mundo de hoje (e os EUA, em particular) é dirigido de uma "cosmovisão psicológica" [16]. Essa cosmovisão não apareceu magicamente do nada. Ela cresceu em existência ao longo dos últimos oitenta anos do século XX, concebida com a geração da Segunda Guerra Mundial. Diz-se que a geração da Segunda Guerra foi a "Grande Geração". Essa afirmação faz um certo sentido, pois os rapazes e moças que atingiram a maturidade no início dos anos 40 presumivelmente viveram em um tempo de sublevação sem precedentes. As crianças que nasceram logo após a Primeira Guerra Mundial foram as crianças dos prósperos "Anos 20", em que houve uma grande ascensão social. Entretanto, muitos testemunharam em uma idade bem tenra seu mundo desabar nas profundezas da Grande Depressão dos Anos 30. Em seguida, como se isso não bastasse, foram obrigados a entregar suas próprias vidas no solo de um país estrangeiro ou nas praias de alguma ilha distante. A afirmação da Bíblia - "A tribulação produz a paciência, e a paciência a experiência, e a experiência a esperança" [Romanos 5:3-4] é certamente adequada a essa geração que experimentou uma grande dose de tribulação. Eles foram arrancados de uma vida de relativo conforto nos anos 20 para o "modo de sobreviência" na Grande Depressão. A mudança de lado para o modo de sobrevivência nem sempre é completamente negativa, pois o modo de sobrevivência (como afirmado em um capítulo anterior) tende a fazer as pessoas reavaliarem suas prioridades. Essa reavaliação levou muitas dessas pessoas jovens a Jesus Cristo e, como resultado, o fundamentalismo bíblico tornou-se imbuído na fibra moral de uma geração. Foi essa fibra moral que tornou-se a base para as atitudes e valores para a década mais amada em toda a história americana - os anos 50.



Houve, entretanto, uma clara fraqueza na Geração da Segunda Guerra Mundial - a incapacidade de educar os filhos. Enquanto a Geração da Segunda Guerra estava alcançando o "Sonho Americano" de prosperidade material dos anos 50, seus filhos (chamados de Baby Boomers) estavam crescendo e se tornando a geração do Rock and Roll que se rebelaria abertamente contra a própria cultura que seus pais arriscaram a vida para preservar. Não que os pais dessa nova geração não tivessem suas culpas, pois não é necessário ter um diploma em astrofísica para ver em retrospecto as causas para a rebelião dos anos 60. A década dos protestos contra a guerra, dos levantes raciais, da revolução sexual, e da cultura das drogas podem ser pelo menos rastreadas aos pais que cresceram com poucos bens materiais durante a Grande Depressão e queriam que seus filhos tivessem mais - mais oportunidades, mais coisas, mais diversão. Assim, a geração dos Baby Boomers desenvolveu uma total obsessão pela auto-gratificação. À medida que essa geração teve seus próprios filhos, essa nova geração (chamada de Geração X) queria todos os benefícios materiais do Papai e da Mamãe - e queriam tudo imediatamente. O padrão agora está se repetindo com a geração mais nova - a Geração Y. Portanto, o materialismo dos Baby Boomers aumentou dramaticamente nas duas gerações sucessivas, e a paisagem cultural resultante consiste de três gerações cujas principais prioridades são o crescimento, a satisfação e a glorificação da pessoa que eles vêem no espelho. Assim, as três gerações que formam a sociedade do mundo ocidental hoje podem muito bem ser coletivamente rotuladas como as Gerações do EU. O que há para mim? Como posso me sentir melhor comigo mesmo? Tudo o que importa sou EU e ninguém mais.



Ao dizer que a cultura está preocupada com o EU, existem diversos aspectos de agradar o EU que precisam ser explorados. Um membro da geração do EU pode ser alcançado por meio dos seguintes métodos:



Solucione os problemas dele atendendo às suas necessidades.

Ajude-o a alcançar seus objetivos

Construa seu ego

Mantenha-o entretido e satisfeito

Os três primeiros aspectos podem ser tratados utilizando-se os instrumentos da psicologia moderna ou por meio da manipulação emocional. O aspecto do entretenimento e da satisfação é o mais fácil, por que existem muitos indivíduos talentosos que estão muito ansiosos para exibir seus talentos para qualquer público que esteja disposto a assistir. Adaptar o equilíbrio desses métodos nos serviços da igreja requer somente uma mudança na filosofia da verdadeira adoração para a gratificação da carne. Subitamente, Deus torna-se mais uma "fada madrinha dos contos infantis" que o Deus das Escrituras. [17] Como resultado, a igreja torna-se subitamente relevante para o indivíduo dessa geração do EU, mas será se essa igreja continua sendo uma verdadeira igreja? Evidentemente, tais questionamentos no novo paradigma de hoje são irrelevantes, pois o resultado já foi alcançado - o crescimento exponencial da igreja.



PSICOLOGIA CRISTÃ - John MacArthur diz que o termo "Psicologia Cristã" é um oximoro. [18]. Ele está absolutamente correto nessa avaliação. Não existe essa coisa de psicologia cristã. O que a Psicologia ensina está diametralmente em oposição aos ensinos das Escrituras. Esses princípios são como segue:



A Psicologia está centrada no homem; a Palavra de Deus está centrada em Deus.

O objetivo da Psicologia é a felicidade do indivíduo; a Palavra de Deus não garante felicidade a nenhum indivíduo.

A Psicologia ensina que todas as coisas na vida (incluindo Deus) tornam-se meios para um fim - a felicidade da pessoa.

A Psicologia ensina que a natureza humana é basicamente boa; a Bíblia ensina exatamente o contrário.

A Psicologia ensina o relativismo, as respostas estão dentro de você mesmo, e as soluções para os problemas estão no passado - Novamente, a Palavra de Deus rejeita tudo isso. [19]

A despeito do fato de a comunidade evangélica ter sido na verdade tomada de assalto pela Psicologia, a igreja do novo paradigma usa a Psicologia como seu foco principal. Essa utilização é encontrada tanto no "aconselhamento cristão" e como base para os sermões no púlpito. Os perigos envolvidos nesses métodos tornam-se evidentes quando 1) A terapia é aceita como um aspecto necessário do ministério e 2) Os líderes da igreja começam a descrever as categorias psicológicas como princípios bíblicos. [20] Nesse ponto, os perigos ocultos do jogo de igreja são revelados. A nova geração reconhecerá os ensinos das Escrituras? Ou irão Freud, Jung e Rogers definir os padrões para a igreja do futuro?



MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA - Rick Warren é taxativo em dizer que a música na Igreja da Comunidade de Saddleback é o estilo de música que seus membros ouvem no rádio. Como resultado, o serviço da sua igreja assemelha-se mais a um programa de variedades de Hollywood do que a uma reunião de adoração a Deus. O pastor Warren não deve receber todo o crédito (ou, mais precisamente, toda a culpa) por essa tendência. O movimento da Música Cristã Contemporânea surgiu no fim dos anos 60 com o Movimento Jesus. (Foi a partir das raízes do Movimento Jesus que o pastor Bill Hybels, da Igreja da Comunidade de Willow Creek, cresceu.) Uma análise mais detalhada da música será feita em um capítulo posterior, mas para os propósitos da definição, alguns pontos básicos e avaliações são relacionados aqui:



Os estilos musicais não são amorais - existem letras morais e imorais.

Quando palavras religiosas são colocadas no lugar de letras imorais, os resultados não são morais

A Música Cristã Contemporânea é fortemente influenciada pelo Movimento Carismático. Portanto, muitos dos assim chamados coros de louvor cantados nas igrejas que se opõem aos ensinos carismáticos estão proclamando exatamente os mesmos ensinos carismáticos.

Uma igreja não deve fazer concessões na área da música como forma de atrair as multidões

Esta música ensina teologia sólida?

Esta música exorta a uma vida correta?

Esta múscia adora a Deus em verdade? [21]

O EVANGELHO - O evangelho de Jesus Cristo, conforme ensinado nas Escrituras, não é complicado. Ele é simplesmente as boas novas da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo para realizar a redenção da humanidade. Em seu livro "This Little Church Went to Market", Gary Gilley explica que o evangelho na Palavra de Deus lida com:



O problema do pecado

A necessidade de justificação

É loucura para aqueles que perecem [22]

O evangelho também reverencia a cruz, pois na cruz os crentes compreendem que:



A cruz mostra aos homens que precisam morrer para si mesmos e viver para Cristo

A cruz condena por causa do pecado

A cruz destrói a confiança na carne [23]

Entretanto, sob o plano do novo paradigma, o evangelho foi redefinido:



Libera da baixa auto-estima

Liberta do vazio e da solidão

É um modo de realização e motivação

Um modo de receber os desejos do nosso coração

Um modo de satisfazer às nossas necessidades. [24]

Os efeitos da cruz também foram redefinidos. A visão da cruz sob o novo paradigma é como segue:



A cruz oferece entretenimento

A cruz diverte

A cruz encoraja a confiança na carne [25]

Em resumo, a verdade do evangelho está sendo erodida pelos jogos de igreja do novo paradigma e, assim, o impacto sobre o verdadeiro cristianismo é potencialmente catastrófico. Tudo isso nos leva a pensar se a pergunta de Jesus Cristo, "Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?", foi retórica, ou se com a passagem do tempo terá uma resposta óbvia.



Igreja Dirigida pelo Espírito ou Orientada por Propósitos? - Parte 1

Uma análise do livro Uma Vida com Propósitos, de Rick Warren.



A Nova Ordem Mundial está chegando! Você está preparado?



Compreendendo o que realmente é essa Nova Ordem Mundial, e como está sendo implementada gradualmente, você poderá ver o progresso dela nas notícias do dia a dia!!



Aprenda a proteger a si mesmo e aos seus amados!



Após ler nossos artigos, você nunca mais verá as notícias da mesma forma



Agora você está com a

THE CUTTING EDGE



"Existem algumas coisas e pontos muito bons que Rick Warren apresenta. No entanto, eles parecem estar sempre misturados com tantos pontos confusos e teologicamente fracos que você acaba maluco ao tentar endireitar tudo. Você lê uma ótima frase, mas depois ele faz uma citação de Madre Teresa de Calcutá ou de Aldous Huxley e a sua mente fica confusa. Existe uma tendência para retratar Deus como um rosto sorridente no céu - mas você precisa ignorar Sua justiça e severidade! Além disso, quando você se torna o único 'do contra' em um grupo, fica chato - especialmente quando todos só têm elogios para o livro." - David, um visitante em nosso site.



"Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo..." [2 Timóteo 4:1-5]



Nosso site começou a receber pedidos de informações sobre o livro Uma Vida com Propósitos no ano passado. Andy e eu então compramos o livro, lemos rapidamente e ficamos perturbados com algumas de afirmações, promessas e referências "bíblicas" parafraseadas. Mas também encontramos muitas páginas com verdades e encorajamento. Já que não queríamos criticar Rick Warren ou confundir aqueles que aparentemente foram ajudados pelo livro, nós o deixamos na estante.



Neste inverno, o manual de Rick Warren sobre a vida cristã se tornou o tópico de discussão em igrejas ao redor do mundo. As cartas de visitantes preocupados multiplicaram-se. Depois de ter lido novamente o livro, nós não podíamos mais ignorar suas distorções sutis, meias verdades, mensagens conflitantes ou sua permissividade pragmática: se funcionar (ou seja, se traz as pessoas para a igreja), está tudo bem! "Deus ama a variedade!" [2]



Não podíamos também aceitar as "regras para o crescimento" do pastor Warren, que diz: "Nunca critique aquilo que Deus está abençoando." [3] Sugerindo que o crescimento das igrejas e as vidas transformadas provam a satisfação de Deus com nossos métodos humanos; mas isso cancela Seu chamado para "vigiar" e discernir a enganação. Alguns dizem: "Não toques no ungido de Deus", mas não cremos que um líder seja tão "ungido" ao ponto de seus ensinos não poderem ser confrontados com a Bíblia. Embora somente Deus possa julgar o coração de uma pessoa, somos chamados a ajudar uns aos outros a seguir Suas diretrizes, não para sermos guiados pelos novos sistemas de administração atuais. Orando para que Deus nos guie, começamos nossa resposta com as seguintes informações de segundo plano.



Como a maioria de vocês já sabe, Rick Warren, pastor e fundador da Igreja da Comunidade de Saddleback, no sul da Califórnia, é um líder e pioneiro no atual Movimento de Crescimento de Igrejas. Com mais de 50.000 nomes no rol de membros de sua igreja, ele é o modelo de sucesso do processo de administração de igrejas que delineou em seu livro Uma Igreja com Propósitos.



Ele também fundou pastors.com, "Uma comunidade global na Internet que serve e guia aqueles que estão no ministério em todo o mundo." Esse site diz que "Mais de 60.000 pastores estão inscritos no Rick Warren's Ministry Toolbox, um boletim semanal gratuito enviado por e-mail. [4] Isto resume seu ministério:



"Rick Warren é mais conhecido como o pioneiro do paradigma da Igreja com Propósitos para a saúde da igreja. Mais de 250.000 pastores e lideres de igrejas de mais de 125 paises assistiram aos seminários sobre Uma Igreja com Propósitos em 18 idiomas. Peter Drucker o chama de 'o inventor do avivamento perpétuo'. O livro anterior de Rick, Uma Igreja com Propósitos, vendeu mais de um milhão de exemplares em 20 idiomas. Ganhador do prêmio Medalhão de Ouro do Livro do Ano Para o Ministério, o livro é utilizado na maioria dos seminários e foi selecionado como um dos 100 livros cristãos que mudaram o século XX" [4]



Observe a referência a Peter Drucker. O que esse lendário guru da administração comunitária começou a ensinar décadas atrás para grandes empresas, está sendo agora aplicado às igrejas de Deus, assim como em comunidades e governos em todo o mundo. Já que os novos métodos parecem "funcionar" igualmente bem tanto para igrejas como para as grandes empresas - e já que os resultados mensuráveis oferecem "provas" estatísticas de "sucesso" - pastores de inúmeros países estão adotando e implementando a abordagem do marketing de Peter Drucker para "fazer igreja"



Em um artigo de 2002 na revista Business Week intitulado "Peter Drucker's Search for Community" [A Busca de Peter Drucker pela Comunidade], Ken Witty descreve a cosmovisão que guia os planos e propósitos de Drucker:



"Ele traz uma filosofia comunitária à sua consultoria ... Ele disse que essa busca se resume na busca pela comunidade, a busca de onde as pessoas e organizações encontram o sentido de comunidade para obter satisfações não econômicas ..."



"Muitas de suas idéias se tornaram tão aceitas que é difícil para qualquer um entender quão originais elas foram no tempo em que ele as apresentou. É mais ou menos como Freud e a psicanálise. Peter Drucker foi o primeiro, por exemplo, a ajudar os administradores de empresas a entenderem que deveriam definir seus negócios de acordo com a perspectiva do cliente." [5]



O foco na "perspectiva do cliente" traz o sucesso. As pessoas se sentem satisfeitas. Elas vêm e compram. Quando esse processo é aplicado às igrejas, ele também funciona! Com pesquisas de opinião e questionários estatísticos, uma igreja pode facilmente descobrir as "necessidades sentidas" dos incrédulos na cidade ou bairro - e assim focalizar os serviços para seu publico-alvo.



Por que enfocar as necessidades sentidas dos incrédulos em vez de as verdadeiras necessidades da família de Deus? Essa estratégia não vira pelo avesso os princípios de Deus? Sim, mas também atrai a diversidade espiritual necessária para o processo dialético - a causa das transformações atuais nas igrejas e nas empresas, na educação, nos governos e em outras organizações. O Dr. Robert Klenck resume em seu texto "The 21st Century Church":



"Neste movimento, é fundamental que os incrédulos sejam trazidos à igreja; de outra maneira o processo de mudança contínua não poderá começar. Tem de haver uma antítese (incrédulos) presente para se opor à tese (os crentes), para que se possa mover em direção ao consenso (a contemporização) e levar os crentes para longe de seus absolutos morais (a resistência à mudança). Se todos os membros da igreja ficarem firmes na Palavra de Deus e em sua autoridade final sobre toda doutrina e tradição, a igreja não poderá e não irá se transformar. Essa é a fé comum. Em breve, veremos por que esses "agentes de mudança" estão pressionando tanto para as mudanças ocorrerem na igreja."



O atual tutor do pastor Warren neste processo gerencial é a CMS, uma "agência de prestação de serviços personalizados de marketing e comunicação sediada em Covina, na Califórnia". O website mostra a missão da empresa:



"Na CMS, temos como missão ajudar nossos clientes a crescerem em seus negócios. Fazemos isso trabalhando com cada cliente na identificação das oportunidades e desenvolvendo serviços inovadores, criativos e lucrativos que os auxiliarão na execução de um marketing efetivo, nas vendas e no programa de comunicações... Servimos melhor aos clientes quando eles nos permitem atuar como seus parceiros... A CMS é formada por uma equipe de indivíduos talentosos dos quais a dedicação e habilidade os fizeram merecedores de uma sólida reputação na obtenção de resultados." [6; ênfase adicionada]



Não deveríamos dar crédito a Deus, e não a boas estratégias de marketing, pela "obtenção de resultados"? Afinal, a Bíblia diz que "A sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus". Os caminhos "sábios" do homem podem servir aos nossos propósitos humanos, mas entram em choque com os propósitos de Deus. [1 Coríntios 3:19-20; Provérbios 3:5-7]



Embora os parceiros da CMS incluam gigantes seculares como a Quaker e Isuzu Motors, ela também presta serviços a clientes como a cidade de West Covina, Ministérios Propósitos, Igreja da Comunidade de Saddleback, Centro de Relacionamentos Smalley e o "Walk Thru the Bible." [7] Este último foi fundado e é dirigido por Bruce Wilkinson, o autor do livro de grande sucesso de vendas A Oração de Jabez.



Parte do sucesso da CMS baseia-se em pesquisas e acompanhamentos que caracterizam os sistemas gerenciais do século 21:



"Coletar, organizar e gerenciar informações é essencial para entender, avaliar e planejar qualquer promoção de sucesso. É por isso que desenvolvemos nosso CMS Intelligent Redemption System. É um sofisticado software patenteado que nos permite programar e iniciar os dados... Nossos padrões de compra e procedimentos de efetivação incorporam rastreamento e contabilidade... O CMS Fulfillment Center é especializado em projetos de mala direta, lançamento de novos produtos e de promoções." [8]



Não é de se maravilhar que visitantes curiosos estão indo aos montes às igrejas com propósitos e que pastores de todo o mundo estão assistindo e ouvindo, prontos para imitar.



Neste segundo trimestre, "mais de 13.000 ministros e estudantes" ouviram o pastor Warren explicar os modos de uma igreja com propósitos na SuperConferência 2003, que aconteceu na Universidade Liberdade, de Jerry Falwell. Falando sobre 'Atraindo uma Multidão Para a Adoração', o pastor Warren compartilhou alguns princípios básicos por trás do crescimento de igrejas. Ele direcionou suas palavras àqueles que estão "presos no passado":



"Acredito que uma das principais questões a igreja [do futuro] será como iremos alcançar a próxima geração com nossa música", ele disse, admitindo: "Você pode deixar mais pessoas insatisfeitas com a música do que com qualquer outra coisa na igreja..."



"Insistir que a única música boa é a que veio da Europa duzentos anos atrás - há um nome para isto - racismo ... Incentive os membros a fazerem novos arranjos e a reescrever. As novas canções dizem que Deus está fazendo algo extraordinário." [9] Ênfase adicionada.



Dizem mesmo? Ou as novas canções poderiam refletir o desejo do homem de agradar às multidões? É muito fácil justificar nossas tentativas de atender as "necessidades sentidas" e demonstrar sucesso. Basta reinventarmos o caráter e a vontade de Deus, declarando que nossos propósitos são os Seus propósitos. Se assumirmos que Ele ama as mesmas coisas que amamos, atribuímos a Ele uma imagem mais parecida com a nossa. Mas no Salmo 50:21, Deus nos adverte contra essas suposições míopes sobre Sua natureza: "... pensavas que era tal como tu, mas eu te argüirei...", Ele disse ao Seu povo.



O pastor Warren mais uma vez afirmou a aprovação divina durante o seminário "Construindo uma Igreja com Propósitos", que ocorreu na Igreja da Comunidade de Saddleback, em janeiro de 1998. Baseando as estratégias de crescimento de igrejas nas necessidades pessoais, não nos ensinamentos da Palavra de Deus, ele disse:



"Na Igreja de Saddleback, somos assumidamente contemporâneos ... Distribui um cartão para todos na igreja dizendo: 'Escreva os nomes das estações de rádio que você ouve.' Eu não perguntei isso aos incrédulos, mas para as pessoas da igreja: 'Que tipo de música você ouve?' Quando recebi as respostas, nem uma única pessoa respondeu: 'Ouço música de órgão.' Nem uma ... Então, tomamos a decisão estratégica de sermos uma igreja de música contemporânea. Logo depois que tomamos essa decisão e deixamos de tentar agradar a todos, a Igreja de Saddleback experimentou um crescimento explosivo..."



"Serei honesto com você, somos barulhentos. Somos muito barulhentos em um culto de fim de semana... Eu digo, 'Não vamos abaixar o volume.' A razão é que a geração com menos de cinqüenta anos quer sentir a música, não apenas ouvi-la... Deus ama a variedade!" [2]



Deus realmente ama a "variedade" cultural dos dias de hoje? Duvido que Deus se agrada quando alimentamos nossos desejos e fortalecemos nossas "necessidades" de estímulos emocionais. Quando o Israel antigo se enfadou da Palavra de Deus e adotou uma grande variedade de sensações culturais e espirituais, Deus os disciplinou severamente. Ele até comparou Seu povo obstinado a uma "jumenta montês … que, conforme o desejo da sua alma, sorve o vento..." [Jeremias 2:24]



Quando os líderes da igreja passam a fazer uso de músicas energizantes, estímulos emocionais e de pequenas e leves mensagens para satisfazer a carne com suas "necessidades sentidas", tendem a obscurecer nossas necessidades espirituais mais profundas. Alimentados com uma dieta de sermões simplificados, feitos para agradar a todos, tanto buscadores quanto crentes podem perder o apetite pelo ensino bíblico sólido que - pelo Espírito Santo - produz convicção do pecado, arrependimento genuíno, regeneração, verdadeira renovação espiritual e contínua alegria em caminhar com Jesus.



Alargando a Porta para o Reino

O sucesso fenomenal dos livros de Rick Warren e técnicas de marketing popularizaram e aceleraram o Movimento de Crescimento de Igrejas (MCI). Em todo o mundo, buscadores e crentes estão lendo Uma Vida com Propósitos e discutindo seus quarenta capítulos. Seguindo suas instruções, eles compartilham seus pensamentos e expressam seus sentimentos e "trocam idéias". [1, pg 11] Eles assinam contratos e se fazem responsáveis pelos ideais sociais e espirituais da Comunidade Eclesiástica do século 21. E, diz o pastor Warren, suas vidas estão sendo transformadas. [Leia o item "Transformação", perto do fim deste artigo.]



Tenho certeza que sim. Rick Warren escreveu algumas páginas muito encorajadoras sobre Deus, Sua Glória, nossa caminhada com Ele e nossa comunhão uns com os outros. Gostei especialmente das seções que mostram a alegria de uma relação pessoal com Jesus Cristo. Mas fiquei um pouco preocupada quando ele convida o leitor a "fazer em voz baixa a oração que mudará sua eternidade: 'Jesus, em ti eu creio e te recebo'." [1, pg 53]



Você pode perguntar: O que há de errado com esta pequena oração? Por que questionar sua promessa de que isso abrirá as portas ao reino de Deus e "mudará sua eternidade"? Não queremos trazer o maior número possível de pessoas para a eternidade com Deus?



É claro que queremos! E Deus com certeza poderia usar essas poucas palavras para atrair Seus escolhidos para Si. Mas as promessas e suposições que acompanham a oração poderiam também produzir sérios problemas na igreja. Muitos farão a oração com pouca ou nenhuma consciência da natureza santa de Deus, do poder do pecado, ou do profundo abismo existente entre os dois. Nestes tempos de fácil credulidade e ignorância bíblica, qualquer um pode personalizar e reivindicar as promessas de Deus sem qualquer motivação pelo Espírito, sem conversão genuína (renascimento espiritual) e sem mudança interior duradoura. Quando as pessoas aprendem a tolerar o mal e a seguir as multidões, o verdadeiro arrependimento é raro e a fé freqüentemente se torna presunção. Ainda não regenerados, muitos aceitam com alegria o consenso do grupo: Você fez a oração, portanto, deve ser um cristão.



Rick Warren concorda: "Se você fez essa oração com sinceridade, meus parabéns!" ele diz ao leitor. "Seja bem-vindo à família de Deus! Você agora está pronto para descobrir e começar a viver o propósito de Deus para sua vida." [1, pg 53]



Milhares de grupos pequenos que usam o guia de estudo da Igreja de Saddleback e o Vídeo de Ensino para os Quarenta Dias de Propósitos são levados a fazer uma oração um pouco mais longa. Eles ouvem o pastor Warren dizer:



"Você tem um relacionamento com Jesus Cristo? Se não está certo disso, gostaria de ter o privilégio de levá-lo a fazer uma oração para resolver esse problema. Vamos curvar nossas cabeças. Farei uma oração e você poderá seguí-la silenciosamente em sua mente:



'Querido Deus, quero conhecer Teu propósito para minha vida. Não quero desperdiçar o resto de minha vida em coisas erradas. Hoje, quero dar o primeiro passo para me preparar para a eternidade, conhecendo-O. Jesus Cristo, não compreendo tudo isto, mas pelo que sei agora, quero abrir minha vida a Ti. Peço-Lhe que venha para minha vida e Se faça real a mim. Use esta série para me ajudar a compreender para que o Senhor me fez. Obrigado. Amém.'



"Se você fez esta oração pela primeira vez, eu o parabenizo. Você acaba de se tornar parte da família de Deus."



Esta é uma resposta ao evangelho? Onde está arrependimento, o reconhecimento de necessidade, ou a confissão de pecados pessoais? Onde está a cruz? A Bíblia nos diz que "A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus." [Romanos 10:17-18] Mas nenhuma das Escrituras que mostram o evangelho são mencionadas nessa primeira lição. Amigos e vizinhos biblicamente ignorantes, que entram no grupo, fariam essa oração sem nenhum conhecimento real sobre a cruz, sobre o Salvador, ou da visão de Deus sobre o pecado. Na verdade, o conceito de salvação não está incluído na primeira lição. E, se estivesse lá, o contexto da lição sugeriria que somos meramente salvos de uma vida sem propósito - não da escravidão ao pecado.



A primeira lição lida com "as conseqüências de não conhecer seus propósitos" - não com Jesus Cristo. Ela adverte o grupo que "sem saber seu propósito, a vida parecerá TEDIOSA ... VAZIA ... INCONTROLÁVEL.". E repete a positiva (mas não particularmente bíblica) promessa que "saber o propósito de sua vida -



"Dará um FOCO à sua vida."

"SIMPLIFICARÁ sua vida"

ESTIMULARÁ sua vida."

"O PREPARARÁ PARA A ETERNIDADE."

Mesmo assim, todos os que fazem a oração serão confirmados e celebrados como novos membros da família de Deus. Mas são mesmo? Não sabemos. As estatísticas, porém, sugerem que a maioria das pessoas que se autodenominam cristãs tem pouco entendimento do evangelho.



Isso não é surpreendente. O evangelho "positivo" de hoje enfatiza o amor, minimiza a doutrina e ignora a justiça divina. As verdades bíblicas essenciais que preparam o coração para uma genuína conversão não servem mais. Um "crente" pós-moderno pode ser cheio de autoconfiança, mas lamentavelmente vazio de compreensão espiritual. Uma pesquisa recente realizada por George Barna confirma que:



"Relativamente poucas pessoas têm uma cosmovisão bíblica - mesmo entre os devotos religiosos. A pesquisa descobriu que apenas 9% dos cristãos nascidos de novo têm essa perspectiva sobre a vida. Os números eram ainda menores entre outras classificações religiosas..."



"Para os propósitos da pesquisa, uma cosmovisão bíblica foi definida como: acreditar que existe a verdade moral absoluta; que essa verdade é definida pela Bíblia; e a firme crença em seis visões religiosas específicas. Essas visões eram: Jesus Cristo viveu uma vida sem pecado; Deus é o todo-poderoso e onisciente Criador do universo e ainda o governa hoje; a salvação é um dom de Deus e não pode ser merecida; Satanás é real; o cristão tem a responsabilidade de compartilhar sua fé em Cristo com outras pessoas e a Bíblia é correta em todos os seus ensinos ..."



"Ao comparar as perspectivas daqueles que têm uma visão de mundo bíblica com as dos que não têm, o primeiro grupo era 31 vezes menos provável de aceitar a coabitação; 18 vezes menos provável de aprovar a embriaguez; 15 vezes menos provável de tolerar o homossexualismo; 12 vezes menos provável de aceitar a vulgaridade; e 11 vezes menos provável de descrever o adultério como moralmente aceitável. Além disso, menos de 0,5% daqueles com uma cosmovisão bíblica disseram que a exposição voluntária à pornografia era moralmente aceitável (comparado com 39% dos outros adultos), e uma similarmente minúscula proporção endossou o aborto (comparado com 46% dos adultos que não tinham uma cosmovisão bíblica). [10]



"Pelo menos os cristãos não são os únicos confusos por sua cultura a manterem crenças contraditórias", escreve Gene Edward Veith. "Os ateus estão igualmente confusos sobre sua teologia.... Eles acreditam que aceitar a Cristo pode trazer vida eterna, embora eles mesmos não creiam em Jesus Cristo. Exatamente como os nascidos de novo 'não evangélicos'. [11]



Mas todos eles estão se unindo sob o guarda-chuva ecumênico, de alcance mundial, do Movimento de Crescimento de Igrejas. Como escrevi no artigo "A Infiltração Ocultista na Igreja Cristã Visando Destrui-la a Partir de Dentro", a visão do século XXI a respeito da unidade global está levando diversas igrejas e pessoas a vastas redes "cristãs" que fornecem lideranças treinadas e consultores em administração. Peter Drucker, o guru do gerenciamento comunitário de Rick Warren, descreveu isso bem. Citando-o em um relatório de 1994, a "Leadership Network" escreveu:



"O Espírito está se movendo ... existe uma massa crítica substancial de pessoas e igrejas que já estão se movendo.' ... Embora reconhecendo que ainda existem muitas igrejas não saudáveis [aquelas que não se conformam ao novo padrão inclusivista], existe uma justificada 'mudança nas premissas básicas, nas atitudes básicas, na mentalidade básica ... no geral, estamos em marcha..." [12; ênfase adicionada]



Como você viu anteriormente, essa diversidade é essencial para o processo dialético de mudança mental que Drucker ajudou a estabelecer nas organizações em toda a parte, (Veremos isso mais de perto na Parte 7 desta série) Lembre-se das palavras de Robert Klenck:



"Neste movimento, é fundamental que os incrédulos sejam trazidos à igreja; de outra maneira o processo de mudança contínua não poderá começar. Tem de haver uma antítese (incrédulos) presente para se opor à tese (os crentes), para que se possa mover em direção ao consenso (a contemporização) e levar os crentes para longe de seus absolutos morais (a resistência à mudança)."



Se o membro da igreja continuar a resistir à mudança, e pode ser convidado a se desligar. Muitos cristãos preocupados e intransigentes podem testemunhar sobre a dor de serem excluídos sob a bandeira da "disciplina da igreja".



Ao contrário de alguns líderes da igreja de hoje, o pastor Warren tenta definir o pecado. Antes de apresentar sua oração de salvação, ele escreve:



"Todo pecado, basicamente, consiste na incapacidade de dar glória a Deus, ou seja, amar qualquer outra coisa mais do que a Deus. Recusar-se a dar glória a Deus é rebelião e arrogância, e foi esse pecado que causou a queda de Satanás - bem como a nossa. De formas diferentes, todos já vivemos para nossa própria glória, e não para a de Deus. A Bíblia diz: Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus." [1, pg 49]



Isso é verdade. Mas esse pecado geral que se aplica a toda a humanidade dificilmente fará com que os incrédulos pós-modernos sintam qualquer culpa genuína ou uma necessidade pessoal da cruz. Ao contrário das gerações anteriores, poucos aprenderam as verdades básicas sobre nosso Deus bíblico e Seus padrões morais. [14] Muitos simplesmente rejeitam a noção de "pecado" como legalismo fora de moda e fecham seus olhos para seu poder corruptor em suas vidas. Quando se deparam com o ensino não ofensivo de hoje sobre o pecado, muitos traduzem isso para uma ainda mais confortável meia-verdade: "O pecado é uma parte normal da vida e sou tão bom quanto todo mundo - talvez um pouco melhor. Além disso, Deus me ama como sou." [15] Em outras palavras, não há nenhum sentimento de culpa, de medo ou quebrantamento diante de nosso eterno Juiz! "Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem tampouco sabem que coisa é envergonhar-se." [Jeremias 6:13-15]



Em contraste com esse padrão pós-moderno, Jesus mostra-nos uma resposta sincera que O agrada. Ao jantar na casa de Simão, Ele explicou a benção de um coração verdadeiramente arrependido:



"Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com ungüento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama." [Lucas 7:37-47; ênfase adicionada]



Aquela preciosa mulher estava familiarizada com a lei moral de Deus - que a Bíblia descreve como "aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados." [Galátas 3:25] Embora aquela Lei inflexível [14] mostrasse sua culpa e depravação, também a fez valorizar a maravilhosa graça perdoadora de Deus com todo o seu coração. Diferentemente daqueles que ignoram os padrões de Deus e suas próprias inclinações pecaminosas, ela ficou tomada de gratidão por Aquele que perdoou seus pecados e a libertou do peso da Lei e da escravidão à "carne" (a natureza humana pecaminosa). Deus havia preparado seu coração e ela humildemente entregou-se de coração, mente e alma ao seu amado Senhor. Jesus, então, a colocou como exemplo para nós.



A resposta dela para a amarosa misericórdia de Deus ilustra a quarta categoria na parábola de Jesus sobre o semeador. Lembre-se, o semeador (Deus) espalha a semente (a "palavra do reino"), que cai em quatro tipos de solo (ou estados de coração):



Tipo 1: Ao pé do caminho: "Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração."



Tipo 2: Em pedregais: "É o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria; Mas não tem raiz em si mesmo, antes é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição, por causa da palavra, logo se ofende."



Tipo 3: Entre espinhos: "É o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera." O evangelho de Lucas acrescenta "... e os deleites da vida..."



Tipo 4: Em boa terra: "É o que ouve e compreende a palavra; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, outro trinta." [Mateus 10:20-23]



Todos os quatro ouvem a palavra vivificante da verdade, mas apenas dois a recebem. Tanto o segundo quanto o quarto parecem ter entrado no Reino, mas apenas o quarto prova ser fiel e ganha a recompensa: a graciosa suficiência de Deus e a produção de frutos em abundância. Apenas o último grupo "compreende" a Palavra de Deus, demonstra Sua duradoura força e conhece a esperança da vida eterna com Cristo. Esses dons são dados apenas àqueles que verdadeiramente "Não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." [João 1:13; ênfase adicionada]



Essa fé salvadora será testada. Os novos convertidos irão enfrentar lutas, tentações, sofrimentos e perseguição - tudo normal para aqueles que são chamados a participar dos sofrimentos de Cristo. Eles irão cair, falhar, lamentar-se e arrepender-se, mas sempre retornarão Àquele que transformou seus corações por meio de Sua Palavra e Seu Espírito. Em contraste, outros irão deixar esse caminho estreito quando a vida ficar difícil ou o mundo tornar-se muito tentador - não por que Deus anulou Sua graça salvadora, mas porque não estavam verdadeiramente transformados. Veja a próxima Escritura:



"A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé..." [Colossenses 1:21-23]



O pastor Warren parece minimizar essa sóbria realidade que está por trás das advertências de Deus e inflar as promessas de Deus. Para apoiar sua afirmação de que todos os que fazem sua oração estão automaticamente transformados pelo Espírito Santo, ele cita uma frase da "Escritura" da The Message, uma paráfrase da Bíblia, de Eugene Peterson, que promete: "Qualquer pessoa que aceite o Filho e confie nele receberá tudo, vida completa e para sempre." [João 3:36a] A tabela abaixo mostra o versículo completo nas três traduções padrão:



ACF ARC NVI The Message

"Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece." [João 3:36] "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida; mas a ira de Deus sobre ele permanece." [João 3:36] "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele." [João 3:36] "Qualquer pessoa que aceite o Filho e confie nele receberá tudo, vida completa e para sempre." [João 3:36a] [1, pg 52]



Você pode imaginar o que a frase em aberto "receberá tudo", significa? Escrita no "futuro do presente" ela pode significar quase qualquer coisa que alguém imaginar. Para os buscadores contemporâneos que pensam que conhecem a Deus, isso poderia implicar em uma excitante e irresistível vida paradisíaca aqui na Terra - uma oferta boa demais que poucos rejeitariam.



Mas quando você compara essa versão de João 3:36 com qualquer tradução padrão, percebe que o Peterson adicionou aquela frase tentadora apesar das repetidas ordens de Deus para não acrescentarmos - ou tirarmos de - Sua imutável Palavra, inspirada pelo Espírito Santo. [16] O resultado é outra meia-verdade enganosa que obscurece o fato que caminhar com Jesus significa participar de Seus sofrimentos. Nós nos esquecemos que alguns dos servos mais fiéis de Deus enfrentaram pobreza, sofrimentos e tortura que desafiam nossa compreensão ocidental centrada no conforto, mas eles suportaram a dor por uma maior alegria de servir ao seu amado Rei agora e para sempre.



O pastor Warren começa o próximo capítulo (8) de seu livro com esta afirmação para todos os que fizeram a oração:



"No instante em que você nasceu neste mundo, Deus estava lá como testemunha invisível, sorrindo ao assistir seu nascimento... Você é um filho de Deus e proporciona prazer ao coração dele como nada mais que ele já tenha criado." [1, pg 57]



Esse evangelho "positivo" seguramente irá de encontro às "necessidades sentidas" do homem por afirmação, identidade e o sentimento de pertencer. As massas estão mais do que dispostas a acreditar nesse novo Deus tolerante, que não julga e se encaixa em sua cultura pós-moderna. Mas Deus não promete nos deixar em conforto e mimar nossos sentimentos. Embora de fato prometa os recursos para suprimir nossas necessidades básicas diárias, alguns desses recursos espirituais têm pouco que ver com as "necessidades sentidas" de hoje. Ao contrário, o caminho de Deus para nós poderá ser solitário e áspero, cheio de escaladas íngremes e desafios "impossíveis". Mesmo assim, se perseverarmos na fé, ouviremos Sua doce voz sussurrar: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza." [2 Coríntios 12:9]



Você ouviu isto? Deus irá usar nossas fraquezas, não nossas forças! Não há necessidade de consultores gerenciais ou pesquisas para avaliar nossas habilidades naturais e descobrir nossos dons espirituais [1, pg 216] e o propósito de Deus para nós! O Bom Pastor irá nos guiar em Seus caminhos escolhidos, nas veredas estreitas e tortuosas que podem diferir radicalmente de nossos planos e propósitos humanos!



Mas aquele que ainda não foi crucificado com Cristo e cheio do Espírito Santo, não ouve o Pastor e nem compreende as coisas do Espírito de Deus. [17] Essa é uma das razões por que a diversidade espiritual de hoje requer Bíblias simplificadas que foram parafraseadas, reinterpretadas e tornadas atraentes para a mente do homem natural.



Suavizando a Palavra de Deus

"Crentes" não regenerados que amam os caminhos do mundo desejarão uma igreja que se enquadre no mundo. Para fazer com que eles se sintam em casa - e para satisfazer os buscadores curiosos - a igreja precisa agora se reinventar. Como ninguém pode realmente entender a verdade de Deus a não ser que o Espírito Santo a revele em seus corações [veja 1 Coríntios 2:9-16], a Palavra de Deus deve ser simplificada para que todos - cristãos ou não - possam se identificar com ela.



Não é surpreendente que o pastor Warren cite passagens da The Message (uma "versão" parafraseada da Bíblia, de Eugene Peterson) mais de noventa vezes. Muitas dessas passagens simplificadas alteram tanto as palavras como o sentido das Escrituras. Mas elas se encaixam nos pontos que o pastor Warren está tentando demonstrar. O mesmo acontece com as outras Bíblias parafraseadas que ele usa.



Compare a interpretação da Nova Tradução na Linguagem de Hoje de Isaías 26:3 com as passagens correspondentes em três traduções bíblicas geralmente aceitas: Almeida Corrigida e Fiel (ACF), Almeida Revista e Corrigida (ARC) e a Nova Versão Internacional (NVI). Eu pessoalmente não uso a Nova Versão Internacional, mas as três traduções ilustram a lacuna entre as traduções padrão e as paráfrases modernas. A Nova Tradução na Linguagem de Hoje parece se enquadrar nas necessidades do pastor Warren aqui:



ACF ARC NVI NTLH

"Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti." [Isaías 26:3] "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti." [Isaías 26:3] "Tu, Senhor, guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia." [Isaías 26:3] "Tu, ó Senhor, dás paz e prosperidade às pessoas que têm uma fé firme, às pessoas que confiam em ti. [Isaías 26:3] (pg 30)





"Conhecer o seu propósito direciona sua vida", ele nos assegura. "Isso faz que seus esforços e energias se concentrem no que é importante. Você se torna eficiente ao ser seletivo." [1, pg 30]



Mas os documentos hebraicos antigos prometem paz àqueles "cuja mente está firme em Deus", não para aqueles que "têm uma fé firme". Pense nisto: A verdadeira Palavra de Deus não seria mais confiável para nossas vidas? Ela não irá nos guiar quando, pela Sua Palavra e Espírito, mantivermos nossas mentes firmes Nele? A Palavra não sugere que seremos guiados, não orientados, por nosso maravilhoso Pastor?



Rick Warren pode concordar, já que nos incentiva a memorizar e meditar na Palavra de Deus. Mas ele sugere que selecionemos os versículos bíblicos de seu livro que começa e termina com citações da paráfrase The Message. Na página 283, ele explica o porquê:



"Freqüentemente deixamos escapar o pleno significado de versos bíblicos conhecidos; não por causa de uma má tradução, mas tão somente por que se tornaram conhecidos! Achamos que sabemos o que um versículo quer dizer porque o lemos e ouvimos várias vezes. Então, quando o achamos citado em um livro, apenas passamos os olhos, perdendo o pleno significado. Por isso, propositadamente utilizei traduções e paráfrases, a fim de ajudá-lo a ver a verdade de Deus de uma forma nova e original."



"Ademais, como as divisões em versículos numerados não existia na Bíblia até o ano 1560, nem sempre cito o versículo por inteiro, mas me concentro na parte mais apropriada. Para isso, segui o exemplo de Jesus e a forma como ele e os apóstolos citavam o Antigo Testamento. Eles freqüentemente citavam apenas uma frase para reforçar seu ponto de vista." [1, pg 283]



O primeiro argumento dele não corresponde à realidade. Aqueles que são verdadeiramente "nascidos de novo" valorizam a Palavra de Deus da forma como ela foi escrita. Quanto mais conhecida ela se torna, mais preciosa é! Deus traz as palavras que temos "escondidas em nosso coração" para a nossa consciência, dia e noite, ao precisarmos delas para obtermos conforto, força a alegria Nele. "Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR Deus dos Exércitos." [Jeremias 15:16]



Segundo: somos livres para atribuir a autoridade das verdadeiras Escrituras a curtas passagens parafraseadas para validar nossos próprios pontos de vista? Sim, Jesus que era Ele mesmo a Palavra Viva, teve a absoluta autoridade para falar Sua própria mensagem como quis. Mas nós não somos Deus! É por isso que Ele nos adverte repetidamente para não alterarmos ou adicionarmos à Sua santa Palavra de nenhuma maneira.



"Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida..." [Apocalipse 22:18-19]



Essas são palavras fortes. É por isso que muitos líderes pós-modernos as consideram intolerantes e as excluem de seus ensinos. Mas Deus considera a exatidão de Sua Palavra tão vital para nosso caminhar com Ele que repetiu sua advertência diversas vezes na Bíblia.



"Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela..." [Deuteronômio 4:1-2]



"Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso." [Provérbios 30:5-6]



Todavia, a incessante busca do homem por "uma forma nova e original" tem sempre nos tornado vulneráveis à tentação. Desde o início, Satanás oferece prazeres e sabedoria para aqueles que reformulam ou modificam a Palavra intemporal de Deus - misturando mentiras com a verdade, o que esconde a enganação. No Jardim do Eden, isso levou à desobediência de Eva e à alienação da humanidade. Em toda a Idade Média, levou a horrendas heresias e também à perseguição cruel daqueles que se firmavam na Palavra imutável de Deus. No nosso tempo, a chegada do pragmatismo e da pós-modernidade tem levado à outra rodada de revisões. E, com a rejeição pós-moderna aos absolutos imutáveis, isso parece não ter fim. Veja como a paráfrase The Message alterou o sentido da Palavra de Deus nas passagens seguintes. Apesar de os dois primeiros exemplos não serem mencionados em Uma Vida com Propósitos, a valiosa familiaridade dos versos nos ajuda a discernir o contraste e entender como os acréscimos e subtrações do homem distorcem as palavras de Deus. A terceira referência é o último verso bíblico que Rick Warren cita em seu livro. Observe seu novo tom e atitude:



ACF ARC NVI Message

"Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome." [Mateus 6:9] "Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome." [Mateus 6:9] "'Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome." [Mateus 6:9] "Pai nosso nos céus, revele quem tu és." [Mateus 6:9]

"Meu Pai é maior do que eu." [João 14:28] "Porque o Pai é maior do que eu." [João 14:28] "Pois o Pai é maior do que eu." [João 14:28] "O Pai é o objetivo e propósito de minha vida." [João 14:28]

"Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz." [Romanos 8:6] "Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do espírito é vida e paz." [Romanos 8:6] "A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz;" [Romanos 8:6] "A obsessão consigo mesmo nesses assuntos leva a uma situação sem solução; a atenção para com Deus nos leva a uma vida livre e abundante." [Romanos 8:6] [1, pg 18]





Nota: Não há correspondente em língua portuguesa da paráfrase The Message; as traduções foram feitas a partir dos versos referidos.



Reflita sobre a última seção. A "inclinação da carne" significa muito mais do que "obsessão consigo mesmo". Envolve a cegueira espiritual e a morte de uma pessoa que vive e pensa de acordo com sua natureza humana caprichosa - separada da graça e do Espírito de Deus. Ela pode afirmar ser cristã, mas sua mente finita não compreende as verdades, o coração ou a vontade de Deus. Uma Bíblia mais simples e modificada, despida de suas mais profundas e duras verdades, não ajuda. Deus nunca pretendeu que a Bíblia fosse entendida separadamente de Sua obra sobrenatural nos corações de Seu povo escolhido. [Mateus 13:13; Lucas 8:10; Jeremias 5:21; Atos 26:18]



O mesmo acontece com o outro paralelo. A "inclinação do Espírito" significa que, por meio do Espírito Santo, a mente do cristão é aberta para entender as Escrituras. A verdade de Deus, que transforma as vidas, renovou seu coração e o capacitou a conhecer e amar a Deus; deu-lhe a alegria e firmeza necessárias para seguir o pastor - não naquela larga estrada que atrai as multidões - mas no estreito e impopular caminho que nos leva cada vez mais perto Dele. [Mateus 7:13-14]



Como a Bíblia é o fundamento da nossa fé, é melhor seguirmos suas claras e intemporais instruções. Somente elas nos capacitam a mantermos a pureza e exatidão de Sua Palavra mesmo que a traduzamos para todas as diferentes línguas que existem no mundo. Em sua totalidade, a Bíblia revela a natureza de Deus, a natureza do homem - tanto em Cristo como distante Dele. Vivificada pelo Seu Espírito, ela revela Suas instruções para nossas vidas, Suas promessas para os desafios de cada dia e Sua esperança para a eternidade. Ela é o fundamento da nossa fé e o padrão para nossas vidas.



Mas o pastor Warren vê um fundamento um pouco diferente. Como em Uma Igreja com Propósitos, seu formato mostra cinco propósitos:



Você foi planejado para agradar a Deus.

Você foi formado para fazer parte da família de Deus.

Você foi criado para se tornar semelhante a Cristo.

Você foi moldado para servir a Deus.

Você foi criado para uma missão. [1, Sumário]

Essas declarações são todas verdadeiras, mas estão incompletas como instruções para todos os desafios da vida. Mais tarde ele nos diz:



"Conhecer o seu propósito simplifica a vida. Ele define o que você faz e o que não faz. O propósito se torna o padrão pelo qual você avalia quais ações são essenciais e quais não são. Você simplesmente pergunta: 'Esta atividade me ajuda a cumprir o propósito de Deus para minha vida?'"



"Sem um propósito claro, ficamos sem um alicerce sobre o qual fundamentar as decisões, destinar o tempo e empregar os recursos." [1, pg 29]



O que o pastor Warren quer dizer com "um propósito claro"? Uma mistura de seus cinco propósitos declarados?



Nem os cinco propósitos, ou qualquer outro propósito, podem substituir Jesus Cristo, a Palavra Viva, como o "alicerce sobre o qual fundamentar decisões, alocar o tempo e empregar os recursos." A vida de Cristo em nós - falando por meio de Sua Palavra revelada - é nosso supremo e incomparável alicerce e guia. A Palavra Viva continua sendo "lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho" não importando onde os propósitos escolhidos de Deus, ou Seus caminhos, nos levem enquanto estivermos vivendo na Terra.





O Espírito de Adoração

Em Uma Vida com Propósitos, Rick Warren sabiamente aponta para a importância da adoração e da entrega:



"A adoração deve estar baseada na verdade das Escrituras e não em nossas opiniões a respeito de Deus". [1, pg 89]



Isso é verdade! Todavia, seu livro oferece opiniões e ilustrações que solapam essa verdade - incluindo algumas suposições enganosas sobre Deus e o que Ele ama.



"A adoração deve ser precisa e autêntica", ele escreve na página 90. "A adoração agradável a Deus é profundamente emocional e profundamente doutrinária ... O melhor estilo de adoração é aquele que mais genuinamente representa o seu amor por Deus, com base na formação e na personalidade que ele lhe deu."



Ele então apresenta a seguinte ilustração:



"Meu amigo Gary Thomas observou que muitos cristãos parecem estar presos em uma rotina insatisfatória de adoração, em vez de terem uma empolgada amizade com Deus. Eles se obrigam a utilizar métodos devocionais ou estilos de adoração que não se adaptam à forma exclusiva que Deus lhes deu."



"Gary refletiu consigo mesmo: Se Deus propositadamente nos criou diferentes, por que deveríamos todos amar a Deus da mesma forma? ... Em seu livro Sacred Pathways [Caminhos Sagrados], Gary identifica nove maneiras pelas quais as pessoas se aproximam de Deus; os naturalistas estão mais motivados a amar a Deus ao ar livre, em ambientes naturais. Os sensitivos amam a Deus com os seus sentidos e apreciam belos cultos de adoração que envolvam o aspecto visual, paladar, aroma e toque, não apenas a audição... Os ascetas preferem amar a Deus em solidão e simplicidade. (Mais tarde no livro, Warren nos diz que apenas aqueles que participam da igreja organizada de hoje podem crescer espiritualmente.) ... Os ativistas amam a Deus pelo confronto com o mal, combatendo a injustiça e trabalhando para tornar o mundo um lugar melhor..." [1, pg 91; ênfase adicionada]



Será se o Pastor Warren iguala os "ativistas" aos ativistas sociais e políticos que empurram igrejas e as nações em direção ao sistema global de bem-estar social baseado nos padrões da ONU para a solidariedade social? As igrejas liberais e o Conselho Mundial de Igrejas são as forças principais nesse movimento acelerado de "parcerias baseadas na fé" que - sob a bandeira do amor e da tolerância - serve aos necessitados e ao mesmo tempo silencia o evangelho. [18] Mas Jesus disse: "O meu reino não é deste mundo." [João 18:36]



"Não há uma abordagem 'tamanho único' para adorar e desenvolver amizade com Deus", continua o pastor Warren. "Deus quer que você seja você mesmo." Isso é verdade. Depois, ele valida seu ponto de vista com uma citação da The Message: "Este é o tipo de pessoa que o Pai está buscando, os que são simples e honestos consigo mesmos perante ele em sua adoração." Compare as três traduções padrão da Bíblia abaixo com a paráfrase Message, de Eugene Peterson. Observe a contradição das palavras e do sentido:



ACF: "A hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." [João 4:23]



ARC: "A hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem." [João 4:23]



NVI: "Está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura." [João 4:23]



Message: "Este é o tipo de pessoa que o Pai está buscando; os que são simples e honestos consigo mesmos perante ele em sua adoração." (pg 91-92; ênfase adicionada)



Embora Deus exija absoluta honestidade da parte de Seu povo, a palavra "verdade" aqui implica muito mais do que "simples e honestos consigo mesmos". A verdade central fala sobre nosso maravilhoso Deus. Adoração é a nossa resposta ao que Sua Palavra e Seu Espírito nos revelam sobre Sua glória e bondade. E o Pastor Warren sabe disso muito bem. Apesar de sua pragmática promoção da contemporização cultural sob a bandeira do crescimento da igreja, ele também inclui algumas belas descrições:



"Onde está a glória de Deus? Basta olhar em volta, Tudo que foi criado por Deus reflete sua glória de alguma forma. Vemos isso em toda parte: da menor forma de vida microscópica até a Via Láctea; do pôr-do-sol e das estrelas às tempestades e estações do ano ... A Bíblia diz que os céus declaram a glória de Deus." [1, pg 48]



"Não há nada que possamos agregar à sua glória, assim como seria impossível aumentar o brilho do sol; mas somos instruídos a reconhecer sua glória, honrar sua glória, declarar sua glória, louvar sua glória, refletir sua glória e viver por sua glória. Por quê? Porque Deus merece! Nós lhe devemos toda a honra que pudermos dar." [1, pg 49]



Verdade! Mas enquanto Warren nos lembra que "Adorar é um estilo de vida", ele baseia sua descrição de Deus em suas suposições pessoais, não na revelação Bíblica:



"A adoração não tem relação com o estilo, volume ou andamento da música. Deus ama todos os tipos de música porque ele inventou todas - rápidas e lentas, altas e suaves, antigas e modernas. É provável que você não goste de todas, mas Deus gosta!" [1, pg 59; ênfase adicionada



Gosta mesmo? Inclusive da batida vibrante do Rock pesado? [Leia o artigo "Popular Music with Pagan Roots"] Ou a sensualidade pulsante de outras formas de Rock e do Hip-hop? Ou os sons hipnóticos da música de Nova Era?



Embora todas as partes do universo tenham sido criadas pelo nosso Deus soberano, Ele nos deixa usar Suas matérias-primas de acordo com nossas próprias inclinações - independente se elas honrem ou profanem Seu nome. Mas quando nos tornamos parte de Sua família e do Seu Reino, Ele nos faz responsáveis para com Seus elevados e santos padrões - e ao que revelou sobre Si Mesmo em Sua Palavra.



Mais uma vez o pastor Warren parece concordar. Ele diz:



"Devo optar por valorizar o que Deus valoriza. É isso que os amigos fazem - importam-se com o que é importante para a outra pessoa. Quanto mais você se torna amigo de Deus, mais se importa com as coisas com as quais ele se importa, sofre com as coisas que o entristecem e se alegra com as coisas que lhe dão prazer." [1, pg 86]



Esse é um ótimo resumo. Warren continua e diz que: "Paulo é o melhor exemplo disso. As prioridades de Deus eram as suas prioridades, e os desejos de Deus eram os seus desejos." Depois, ele apóia sua afirmação com outra citação da The Message, que deixa de lado um ponto-chave: que Deus é um "Deus zeloso". Seu santo zelo é expresso por meio de Paulo em sua preocupação pela igreja. Para mostrar o contexto, incluímos também o verso seguinte:



ACF: "Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos..." [2 Coríntios 11:2-4; ênfase adicionada]



ARC: Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos..." [2 Coríntios 11:2-4; ênfase adicionada]



NVI: "O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura. O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie..." [ 2 Coríntios 11:2-4; ênfase adicionada]



Message: "O que me deixa tão transtornado é preocupar-me tanto com vocês - esse é o zelo de Deus que queima dentro de mim!" [2 Coríntios 11:2] (página 86; ênfase adicionada)



Provando o "zelo" de Deus, Warren pergunta:



"O que importa para Deus? A redenção de seu povo. Ele quer que todos os seus filhos perdidos sejam achados! Esse é o único motivo pelo qual Jesus veio à terra. A coisa mais preciosa ao coração de Deus é a morte de Seu Filho. A segunda coisa mais preciosa é quando seus filhos comunicam essas novas a outras pessoas. Para ser amigo de Deus, você deve se interessar por todas as pessoas ao seu redor, com as quais Deus se importa."



Sim, isso parece correto. Mas é apenas uma meia-verdade. O pastor Warren aparentemente citou as palavras acima da The Message para validar seu ponto de vista sobre "zelo" [19] Mas as traduções-padrão da Bíblia baseadas nas fontes gregas antigas na verdade se referem a uma questão diferente: o zelo de Deus pela pureza e santidade da igreja. Paulo estava alertando os coríntios sobre a corrupção no corpo de Cristo - a preocupação principal tanto no Velho quanto no Novo Testamento. O apóstolo enfatiza novamente esse propósito em sua carta à igreja de Filipos:



"Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão." [Filipenses 2:15-16]



Em outras palavras, Deus nos chama para sermos diferentes do mundo corrupto que nos rodeia. Ele nos fez um povo santo e nos separou para Si Mesmo. Jesus disse: "Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade." [João 17:15-18]



A ênfase do pastor Warren nesse zelo esconde esse ponto. O tema da pureza é trocado pelo tema mais contemporâneo das relações pessoais. Portanto, as diretrizes sobre relacionamentos baseados em "sentir-se bem" tornam-se mais importantes do que a necessidade espiritual de arrependimento e santidade em Cristo.



Não pense que eu diminuiria o mandamento mais importante: "Amai-vos uns aos outros", como Cristo nos ama. Mas, quando a corrupção e o mundanismo infiltram-se na igreja, o amor agapao - uma expressão do Espírito Santo em nós - se extingue. Podemos substituí-lo por mais amor humano phileo (amizade, afeição, irmandade), mas isso não irá cumprir o mandamento acima. (Apesar da freqüente referência do pastor Warren sobre nossa "amizade com Deus", a Bíblia nunca usa a palavra phileo em nenhum dos mandamentos para amarmos a Deus. Ela sempre usa a palavra agapao, o amor sobrenatural de Deus fluindo através de seu povo fiel.)



No contexto da filosofia gerencial e de marketing de Peter Drucker, a ênfase do pastor Warren faz completo sentido. As novas diretrizes relacionais são planejadas para construir a lealdade grupal, ensinar "respeito" por todas as opiniões e bloquear as verdades impopulares que exponham o erro e a corrupção. Estas últimas são simplesmente divisivas demais. A "amizade" entre pessoas espiritualmente diversas é muito importante, mesmo que isso entre em choque com a Palavra de Deus [2 Coríntios 6:14-18] e force os cristãos a transigirem. É por isso que muitos cristãos comprometidos, mas de coração partido, estão deixando as igrejas "amigáveis aos buscadores" nas quais serviram fielmente. Eles simplesmente não podem concordar em descartar as instruções bíblicas "ofensivas" para seguir a nova visão de unidade e comunidade.



O povo de Deus precisa ouvir sua consciência instruída pelo Espírito Santo. Se invocamos o nome e promessas de Deus, devemos seguir Seus caminhos em vez de nossos sentimentos ou esquemas populares de marketing. Se nossa adoração é uma expressão de nossa natureza humana em vez da verdade e do Espírito de Deus, ela é inútil. É muito fácil "extingüir o Espírito" e se tornar cego à Sua Luz. Ao tentarmos tornar o cristianismo mais aceitável ao mundo, podemos esquecer as sóbrias advertências de Jesus aos Seus discípulos:



"Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia." [João 15:19-21]



"Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda a aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará." [1 Tessalonicenses 5:19-24]



Evangelismo Orientado Pela Música

"O estilo de música que você escolhe para usar em seus cultos será uma das mais decisivas (e controversas!) decisões que você tomará na vida da sua igreja," escreveu Rick Warren em um artigo intitulado Selecting Worship Music. "Você precisa fazer combinar a música com o tipo de pessoa que Deus quer que sua igreja alcance ... A música que você usa 'posiciona' sua igreja na cidade ou bairro. Ela define quem você é ... Ela vai determinar o tipo de pessoa que você atrai, o tipo de pessoa que você mantém e o tipo de pessoa que você perde." [20; ênfase adicionada]



A escolha do pastor Warren na área da música está de acordo com as principais tendências atuais de mudança - na cultura, nos negócios e também nas igrejas. Nosso mundo está se tornando cada vez mais uniforme, ao mesmo tempo em que nossas opções se multiplicam. Embora tenhamos inúmeras opções de comidas, livros, religiões e música; a vasta rede de sistemas corporativos gerenciais em todo o mundo segue as mesmas estratégias de marketing. O segredo deles para o "sucesso mensurável" é a monitoração e manipulação das "necessidades sentidas" das massas - uma estratégia astuta que requer contínuas pesquisas, avaliações, estimativas e sistemas de dados digitais. Juntos, como parte de um sistema holístico, eles não apenas expõem as necessidades e vulnerabilidades dos "consumidores" por toda parte, mas também promovem e manipulam essas "necessidades" e desejos.



E funciona! É por isso que governos, escolas, hospitais e grandes igrejas estão todos se reinventando para seguir as trilhas estabelecidas pelas grandes empresas. Eles podem chamar sua visão particular desse sistema de Gerenciamento de Qualidade Total (TQM), Educação Orientada para Resultados ou Igrejas com Propósitos. Não importa, todos seguem o mesmo modelo pragmático, apontam para "resultados mensuráveis", falam em equipes, diálogo, facilitadores, "aprendizado durante toda a vida", contratos e contínuas estimativas de "progressos" em direção ao resultado planejado. Todos devem se conformar ou deixar o sistema.



Mencionamos anteriormente que Rick Warren realizou uma pesquisa em sua congregação para descobrir quais eram as músicas contemporâneas mais ouvidas. [2] Agora, ele está usando pesquisas mais sofisticadas e software de rastreamento. Como mencionado, um de seus consultores gerenciais é a CMS, uma "agência de prestação de serviços personalizados de marketing e comunicação ... que ajuda seus clientes a crescerem em seus negócios." [6] Essa consultoria explica que "coletar, organizar e gerenciar informações é essencial para entender, avaliar e planejar qualquer promoção de sucesso." [8]



Assim, quando Rick Warren ofereceu a música que a maioria das pessoas queria, elas se arrebanharam para a igreja. Mas o "sucesso mensurável" não prova que Deus ordenou ou inspirou esse plano em particular. De fato, Deus nos adverte para não "procurar agradar a homens". [Gálatas 1:10; 1 Tessalonicenses 2:4] A popularidade no mundo nunca foi um sinal da aprovação de Deus. Mais freqüentemente - em toda a Bíblia e também na história - a popularidade prova o oposto. "Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia." [João 15:19; ênfase adicionada]



Quando o pastor Warren nos diz que "Deus ama todos os tipos de música" e que "Deus ama a variedade" [2] você pode imaginar onde ele traçaria a linha? Essa linha divisória vital curvar-se-ia de acordo com nossa cultura mutável? Ou com a crescente tolerância a todos os tipos de variações espirituais e escriturais? Essas são questões cruciais, pois a música se tornou uma força motriz no Movimento de Crescimento de Igrejas. Como diz o pastor Warren:



"A música é uma parte integral de nossas vidas! Comemos com ela, dirigimos com ela, compramos com ela, descansamos com ela, e alguns que não são batistas até dançam com ela! O grande passatempo americano não é o beisebol - é a música, e compartilhar nossas opiniões sobre ela!"



"Quando leio sobre a adoração bíblica nos Salmos, vejo que eles usavam baterias, címbalos, trombetas, tamborins e instrumentos de corda. Isso parece música contemporânea para mim!"



"Saddleback é assumidamente uma igreja de música contemporânea. Somos freqüentemente referenciados na imprensa como 'o rebanho que gosta de Rock.' Usamos o estilo de música que a maioria das pessoas em nossa igreja ouve no rádio." [20]



Essas afirmações pedem pelo menos duas respostas. Primeiro, o pastor Warren escreveu: "Nos Salmos, vejo que eles usavam baterias..." [20] As traduções padrão da Bíblia não mencionam baterias, mas mencionam adufes, que são traduzidos algumas vezes por tamborins. Aparentemente, eram pequenos anéis ou molduras redondas de madeira, cobertos com peles de animais e usados pelas mulheres ou jovens na dança, louvor ou júbilo. Alguns comentários bíblicos os descrevem como pequenos tambores de mãos, "exemplos dos quais foram encontrados nas escavações mesopotâmicas e egípcias." Obviamente, eles não eram como os grandes e vibrantes instrumentos de percussão de hoje, que a Bíblia não proíbe nem aprova. Eles também não são citados em 1 Crônicas juntamente com outros instrumentos prescritos para a adoração no templo. [21]



Segundo, nosso Pai prepara Ele mesmo os corações de seus escolhidos para responderem à verdade salvadora do evangelho e à demonstração de Seu amor. Ele não precisa de nossos hábeis esquemas de negócios. Jesus disse: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer." [João 6:44]



Mas Deus não pode usar a música contemporânea para nos trazer a Ele? Claro que pode! Ele pode usar qualquer coisa que quiser! Repetidamente, Ele tira bênçãos de nossas escolhas humanas, sejam elas sábias, tolas, ou alguma coisa intermediária. Mas Sua maravilhosa graça e misericórdia nunca justificam nossa desobediência. Ele repetidamente alerta Seu povo para se guardar contra as forças sedutoras do sistema deste mundo [Romanos 12:2; 1 João 2:15; Salmos 1:1-3], e a música "cristã" está hoje totalmente nas mãos do corrupto "sistema" do entretenimento deste mundo.



Dois dos mais populares músicos cristãos são: Michael W. Smith e Amy Grant. Ambos têm contrato com a Word Music Company, que pertence à Word Entertainment, a divisão de música cristã da Warner Music Group, uma companhia da Time Warner. Isso explica por que alguns dos flautistas de Hamelin da igreja passam para o outro lado, levando milhões de fãs com eles. Quando isso acontece, os êxtases emocionais que estiveram ligados a Deus são transferidos para os novos temas que excluem Deus e exaltam a luxúria. [22]



Steven Curtis Chapman pode ser o artista mais famoso da Sparrow Records, uma parte da Sparrow Label Group, que pertence à EMI Music Publishing inglesa, a maior editora de música secular do mundo. Tendo apresentado os Beatles à América nos anos sessenta, ela agora é proprietária de selos como Capitol, Angel, Blue Note, Priority e Virgin. Tendo aproximadamente 1.500 artistas, ela comercializa todos os tipos de música popular: Rock, Rap, Jazz, Cristã, Sertaneja … [23] De acordo com a Music Publishing:



"A EMI possui os direitos de mais de um milhão de composições musicais e tem escritórios em trinta países ... Compositores e autores representados pela EMI incluem David Bowie, Janet Jackson, Carole King, Queen, ... Savage Garden, Sting, ... Aerosmith, ..."



"A&R, a arte de identificar o próximo grande autor, a próxima grande música, é a função mais importante da EMI." [24]



O website da EMI tem uma página sobre Responsabilidade Social que diz:



"Na EMI, acreditamos que os negócios devem ser lucrativos e também benéficos para a sociedade ... Temos um compromisso com a igualdade de oportunidades para todos os funcionários independentemente do gênero, etnia ou nacionalidade, religião, deficiências físicias, idade, estado civil ou orientação sexual ... Apoiamos e defendemos os princípios contidos na Declaração Universal de Direitos Humanos..." [25]



Se você ler nosso artigo Trading US Rules for UN Rules, descobrirá que a Declaração Universal dos Direitos Humanos é hostil - e não útil - aos cristãos e quaisquer outros que questionem a filosofia da ONU e seu projeto de solidariedade global.



Em abril de 2003, os executivos da EMI e da Time-Warner participaram de uma conferência que tratava de tópicos como "Coisas que você precisa saber para chamar a atenção" e "O futuro espiritual da música cristã." O objetivo da primeira "mesa redonda", moderada pelo diretor da A&R, a Divisão Cristã da Warner Brothers Records, era "compartilhar o que estamos procurando em um artista contratado hoje". [26] Você acha que os participantes do painel - incluindo o gerente geral da Simple Records, um diretor da Sparrow Label Group, e o diretor da A&R Gospel e da Warner Brothers Records - permitiriam letras que expressassem algumas das mais "ofensivas" verdades bíblicas? Eles considerariam a vontade de Deus para a música cristã e para o louvor?



Provavelmente não. A preocupação deles é comercializar música nas culturas de todo o mundo. Cabe a nós conhecer o que está em 2 Coríntios 6:14-17, que adverte:



"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? ... Por isso saí do meio deles, e apartai-vos..."



No artigo "Um Novo Cântico - Parte 2", o autor e ex-músico Paul Proctor resume o significado e o propósito do louvor cristão:



"Da maneira como entendo, louvar é chegar diante do Senhor como povo santo e peculiar, em obediência, humildade, reverência, arrependimento e fé; com uma atitude de gratidão para cantar Seus louvores, ouvir Sua Palavra, glorificar Seu nome e honrá-Lo com todo o nosso ser por quem Ele é e o que tem feito."



"Contrariamente às tendências populares, o louvor NÃO é se reunir com qualquer um e com todo mundo para fazer festa em nome de Jesus para sentir-se bem consigo mesmo, com música intoxicante e psicoterapia." [27]



Os membros da Igreja da Comunidade de Saddleback podem não chamar seu tipo de música de intoxicante, mas essa não é a questão aqui. O que realmente importa é a natureza da força que guia a igreja. É fácil listar alguns propósitos bíblicos que parecem indicar para aonde a igreja está se dirigindo. Mas bons propósitos ou "fins" justificam os "meios" ou os métodos que violam os padrões que Deus nos deu em Sua Palavra?



A resposta não importa para aqueles que adotam o pragmatismo - a crença de que a verdade é relativa e que os fins justificam os meios. É triste ver que em grande parte do Movimento de Crescimento de Igrejas, o principal padrão para métodos bons ou maus - ou para o que "Deus está abençoando" - parece ser o sucesso mensurável e não a obediência à palavra de Deus. A questão fundamental parece ser: "Isto funciona?"



Deveríamos perguntar: "O que a Bíblia (não a paráfrase preferida) nos diz?"



A resposta para a primeira questão é, sim, isto funciona. Mas poucos membros de igreja realmente entendem a Teoria Geral dos Sistemas, a filosofia e cosmovisão que está por trás dos sistemas de controle que dirigem essa transformação mundial. Muitos de seus partidários entusiastas não percebem como ela expulsa o Espírito Santo do processo decisório. Mas podemos reconhecer seu processo de mudança mental por meio seus rótulos inócuos (deveriam ser bandeiras vermelhas) como: estimativas, bancos de dados, facilitador, diálogo e mudança planejada ou contínua. Lynn Stuter, uma respeitada pesquisadora e colunista do site NewsWithViews, resume isto muito bem:



"A filosofia de sistemas ou teoria geral dos sistemas ... diz que podemos criar nosso futuro por meio da construção de sistemas, e levando esses sistemas ao equilíbrio com todos os outros sistemas em um modelo conceitualmente holístico (também referido como mudança sistêmica) usando uma infra-estrutura de sistemas que é análoga a todos os sistemas. Os cientistas referem-se à filosofia de sistemas como silogismo - como obter a mudança planejada de forma sistêmatica. Dentro da filosofia dos sistemas, o sistema e a colocação do sistema em equilíbrio com todos os outros sistemas é o mais importante de tudo. Essa colocação é alcançada por meio da análise dos DADOS DE REALIMENTAÇÃO obtidos dos sujeitos do sistema estabelecido; sejam esses uma agência, uma classe ou um indivíduo. Isso explica os bancos de dados invasivos da privacidade que estão sendo construídos em todos os sistemas - na área da saúde, na educação, na justiça, na área militar ... e nas igrejas."



"... você inicia desenvolvendo sua visão do futuro criado... A visão é então definida em termos de resultados de saída. No caso da reforma educacional, os resultados de saída são os requisitos essenciais do aprendizado "acadêmico" do estado. [No movimento por propósitos, isso estaria ligado ao "propósito"]



"No documento de referência Escolas Para o Século 21 (o fundamento da reforma educacional no estado de Washington e a base do American 2000), o conteúdo é definido como excelência em termos da agenda de mudança; o processo como produto ... o destino ...o que é o aprendizado; emoção e afetividade como meios pelos quais o conteúdo e o processo serão alcançados..."



"A medida dessa maestria é a avaliação... Se algumas poucas crianças falham na avaliação, elas são corrigidas para se ajustarem. As avaliações também avaliam os professores das classes. A avaliação fornece DADOS DE REALIMENTAÇÃO para o sistema..." [28]



É confortante pensar que Deus aprecia todos os métodos que amamos para a produção de crescimento e de estímulos para nos sentirmos bem. Entretanto, isso não é verdade.



"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." [Isaias 55:8-9]



Em seguida, Ele nos dá um sóbrio lampejo do que aprecia ver em Seu povo:



"Mas para este olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra." [Isaías 66:1-2; ênfase adicionada]



"Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera. Saíste ao encontro daquele que se alegrava e praticava justiça e dos que se lembram de ti nos teus caminhos..." [Isaías 64:4-5; ênfase adicionada]



O Temor de Deus

Muito antes de Davi escrever seus preciosos salmos ou de Salomão escrever seus provérbios, Jó sabia o segredo da sabedoria e da amizade com Deus. No meio da mais profunda dor e perda, ele disse:



"Eis que o temor do SENHOR é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência." [Jó 28:28]



"O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria." ecoaram os homens sábios que escreveram o Salmo 111:10 e Provérbios 9:10.



Séculos atrás, o povo rebelde e presunçoso de Deus pensou que poderia seguir suas próprias inclinações sensuais, participar nos rituais de seus vizinhos idólatras e sacrificar suas crianças para ganhar favores pessoais - sem perder o favor e a proteção de Deus. Até mesmo os sacerdotes pensavam que estavam seguindo Seus caminhos. Eles estavam errados. Nosso santo Deus, que é o mesmo ontem, hoje e eternamente, advertiu Seu tolo e presunçoso povo:



"Também vos destinareis à espada, e todos vos encurvareis à matança; porquanto chamei, e não respondestes; falei, e não ouvistes; mas fizestes o que era mau aos meus olhos, e escolhestes aquilo em que não tinha prazer." [Isaías 65:12; ênfase adicionada]



O pastor Warren tem pouco a dizer sobre esse temor a Deus - o fruto abençoado de uma consciência profunda de que Deus é nosso juiz e vingador, assim como também é nosso Pai e é amor. A raiva e ira de Deus não se encaixam no ambiente positivo e agradável aos buscadores da igreja de hoje.



Já que a Nova Tradução na Linguagem de Hoje, assim como a versão de J. B. Philips, podem ser consideradas traduções ao invés de paráfrases, as diferenças abaixo podem ser menos nítidas. Mesmo assim, elas ilustram uma relutância que muitos líderes cristãos têm em usar a palavra "temor", quando se referem a Deus. Embora certamente devamos (por meio de Seu espírito) reverenciar nosso santo e todo-poderoso Deus, essa palavra mais "positiva" remove qualquer lembrança sutil (ou desconcertante) de que nosso Pai amável é também um Deus "zeloso" - um juiz inflexível que tem pouca tolerância por nossa "obediência" morna e nosso "louvor" agradável a nós mesmos.



ACF: "O segredo do SENHOR é com aqueles que o temem; e ele lhes mostrará a sua aliança." [Salmos 25:14]



ARC: "O segredo do Senhor é para os que o temem; e ele lhe fará saber o seu concerto." [Salmos 25:14]



NVI: "O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança." [Salmos 25:14]



A Bíblia Viva: "O Senhor é amigo chegado de quem o respeita e lhe obedece." [Salmos 25:14a]







ACF: "O SENHOR se agrada dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia." [Salmos 147:11]



ARC: "O Senhor agrada-se dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia." [Salmos 147:11]



NVI: "O Senhor se agrada dos que o temem, dos que colocam sua esperança no seu amor leal." [Salmos 147:11]



Nova Tradução na Linguagem de Hoje: "O que agrada a Deus ... são ... pessoas que o temem e põem a sua esperança no seu amor." [página 63]



[Nota: A paráfrase Today's English Version aqui diz, "Ele tem prazer naqueles que o honram; naqueles que confiam em seu constante amor."]



Em outras palavras, "temor" choca-se com a atual tentativa de mercadejar Deus para as massas pós-modernas. Em menor grau, também as palavras "justo" e "misericordioso". Ambas, lembram-nos de nossos pecados e inadequação. Elas nos trazem a desconfortante sugestão de que Deus é de fato "mais santo do que tu" - uma noção muito desagradável para aqueles que preferem acreditar que Deus é e pensa como eles mesmos.



Ao invés disso, o pastor Warren nos apresenta um Deus mais agradável - um Pai sorridente, semelhante aos pais permissivos atuais, em vez do justo e misericordioso Deus da Bíblia. Se você faz parte da família de Deus ou não, Warren fala confusas meias-verdades que nos asseguram que -



"No instante em que você nasceu neste mundo, Deus estava lá como testemunha invisível, sorrindo ao assistir seu nascimento. Ele quis que você vivesse e sua chegada lhe deu enorme prazer." [1, pg 57]



"Você é um filho de Deus e proporciona prazer ao coração dele como nada mais que ele já tenha criado. A Bíblia diz: "Deus já havia resolvido que nos tornaria seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois este era o seu prazer e a sua vontade." [1, pg 57]



"Na verdade, Deus gosta de atentar para cada detalhe de sua vida, esteja você trabalhando, brincando, descansando ou comendo." [1 pg 66]



Você já está se sentindo bem consigo mesmo? Você se sente confortável diante de seu santo Deus?



Talvez estejamos nos sentindo confortáveis demais. Pode ser que nosso santo Deus não "goste de atentar para cada detalhe" de nossas vidas. Embora Sua Palavra nos assegure de que Ele se regozija em nós quando confiamos Nele e O seguimos, ela também nos mostra que Ele se entristece com nossas escolhas tolas. E se realmente somos "nascidos de novo" de Seu Espírito, nos entristeceríamos com Ele cada vez que obedecermos nossas próprias concupiscências em vez de Sua Palavra! Nós nos arrependeríamos - voltaríamos e correríamos de volta aos Seus braços!



Sim, Ele espera por nós. Sim, nosso paciente e misericordioso Senhor continua a nos amar profunda e eternamente. Sim, em Cristo, todos os nossos pecados foram cravados na cruz. Mas Ele não minimiza nossa rebelião natural, como fazemos. Em vez disso, Ele nos diz: "Operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade." [Filipenses 2:12-13]



O Novo Testamento traz algumas sóbrias advertências sobre um lado de Deus que freqüentemente preferimos esquecer. Lembre-se da história de Ananias e Safira. Eles faziam parte da comunidade na igreja primitiva, onde as pessoas dividiam seus pertences umas com as outras. Você provavelmente se lembra da história:



"Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos. Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? ... Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos ..."



"E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido. E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto. Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti. E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os moços, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido. E houve um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas."



"E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo ... Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles; mas o povo tinha-os em grande estima. E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais." [Atos 5:1-4; ênfase adicionada]



Deus não hesitou em julgar um pecado que facilmente teríamos tolerado. Afinal de contas, Ananias fez uma contribuição generosa para a igreja, não fez?



Mas o padrão de Deus para a santidade entre Seu povo é muito mais elevado do que o que somos levados a acreditar em nossas igrejas. Ele quer um corpo purificado, uma noiva santa - lavada e limpa pelo Seu sangue derramado. Cultos para buscadores que trazem o mundo para Seus locais sagrados flexibilizam Seus propósitos revelados. Assim como as amizades baseadas no consenso entre crentes e incrédulos, entre Sua pureza e a vulgaridade do mundo.



Na igreja primitiva, o julgamento de Deus espalhou "grande temor". A comunidade ao redor mostrou dois tipos de respostas típicas. Enquanto o "povo tinha-os em grande estima", apenas aqueles a quem Deus estava trazendo a Si foram acrescentados à igreja. "Dos outros, porém, ninguém ousava ajuntar-se a eles." Isso não se assemelha em nada com as atuais estratégias de marketing, não é?



O problema não é que o pastor Warren tenha deixado de lado "o temor de Deus". Ele não poderia ensinar todas as instruções de Deus em um único livro. O problema é a falta de equilíbrio. Enfatizando a alegria de Deus "para cada detalhe de sua vida" durante todo o livro, ao mesmo tempo em que raramente menciona a ira de Deus, Seu santo padrão ou julgamento, ele virtualmente nega a parte menos confortante da natureza de Deus. [29]



Embora o amor de Deus seja incondicional, Suas promessas não são. A maioria está ligada - freqüentemente na mesma passagem em que aparecem - a especificações e condições para seu cumprimento. Mas essas condições e instruções são geralmente deixadas de fora. Da forma que são apresentadas no livro, muitas promessas de Deus para aqueles que - por Sua graça e Espírito - O seguem, se tornam, ao invés disto, universais e incondicionais afirmativas para todos os que lêem o livro. Não há necessidade de se entristecer pelos nossos pecados, de tremer diante de Sua Palavra, ou de arrepender-se de nossa dependência ao emocionalismo contemporâneo, pois todos estão bem diante daquele que ama a todos "apaixonadamente" da maneira como somos.



Mas Deus nos chama a conhecer e seguir Seus caminhos, não os nossos - a negar-nos a nós mesmos e mortificar a natureza carnal. Em nossa fraqueza, Ele nos capacitará! Nosso objetivo deve ser Seu objetivo: sermos santos como Ele é santo. O pastor Warren afirma essa verdade, mas suavizando a revelação de Deus sobre Si mesmo e sobre Seus caminhos, ele distorce nosso entendimento sobre a santidade. Trivializando a autoridade da Palavra de Deus, ele desvia nossa compreensão do elevado padrão de Deus para nossas vidas Nele. Finalmente, quando cita (de várias formas diferentes) as promessas de Deus, ao mesmo tempo em que ignora Suas advertências, ele cria presunção e não uma fé obediente e genuína. Muitos leitores provavelmente nem irão saber o que obedecer!



Eles não encontrarão respostas quando se voltarem para as questões para discussão no fim do livro. Essas questões foram criadas para se encaixarem ao processo do consenso da atualidade. Esse processo para conformar os indivíduos às visões do grupo, envolve instruções como:



Não ofenda ninguém tomando uma posição inflexível para com a verdade ou fatos.



Não use expressões como "eu sei" ou "eu creio". Ao invés disso, use expressões como "eu acho" ou "eu sinto" ,que mostram sua prontidão em flexibilizar e desviar suas visões para correspondam ao consenso do grupo. [Veja Twisting Truth by Group Consensus]



Demonstre respeito e apreço por todas as posições, mesmo por aquelas que entram em contradição com a Bíblia.



A maioria das questões se encaixa nesse padrão. Subjetivas e abertas, elas evocam opiniões baseadas em sentimentos, não nas verdades bíblicas. Algumas das questões implicam respostas que se encaixam mais nos ideais comunitários da atualidade do que na verdade.



Como esperado, as duas primeiras perguntas começam com "Na sua opinião..." e "O que você sente..." Nenhuma delas coloca a Bíblia como ponto de referência. Nenhuma delas encoraja o leitor a buscar respostas que venham da Palavra de Deus.



O resultado natural desse diálogo confortável e baseado em relacionamentos é uma síntese grupal de várias opiniões. No fim, todos se sentem bem consigo mesmos, uns com os outros e com Deus - não importando a maneira como Ele pode ser representado. Nenhum preço a pagar, nenhuma negação de si mesmo, nenhuma separação, nenhuma ofensa! O cristianismo pós-moderno se encaixa perfeitamente no sistema mundial em transformação. (Esse processo baseado em relacionamentos será discutido em mais profundidade na Parte 2.)



Lembre-se, os caminhos de Deus não são os nossos caminhos! Ele é o soberano rei do universo! Para conhecê-Lo e seguí-Lo, precisamos encher nossas mentes com Sua verdadeira Palavra, não com interpretações populares ou afirmações grupais de pensamento positivo.



"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. ... Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras..." [João 14:21-24]



Unidade e Comunidade. O pastor Warren parece enfatizar um modelo que reflete a visão comunitária de Peter Drucker e a visão de Nova Era do Dr. Bernie Siegel da comunidade terapêutica. Veja a Nota no fim deste artigo Essa nova forma de fazer igreja (baseada em estratégias de marketing, em relacionamentos humanos e na diversidade grupal) está transformando as igrejas em todo o mundo de acordo com um plano específico. Os cristãos "tradicionais" - aqueles que amam a Palavra de Deus e buscam amizades baseadas na unidade do Espírito e não no consenso humano - irão deixar suas igrejas em transformação ou serão convidados a sair. Eles não se enquadram mais! Como se posicionam inflexivelmente nos absolutos bíblicos, bloqueiam a transformação planejada e atrapalham a necessária "unidade na diversidade": um novo tipo de comunhão, não em Cristo, mas por meio do diálogo conjunto entre cristãos e não-cristãos, em direção a um consenso global em evolução. [Veja The Mind-Changing Process]



Transformação: Rick Warren promete: "Os próximos 40 dias irão transformar sua vida." [1, pg 10] Em muitas mentes pós-modernas, essa transformação tem pouco que ver com o renascimento por meio do Espírito de Deus. Dentro do Movimento de Crescimento de Igrejas, a palavra "transformação" freqüentemente se refere a pessoas e igrejas sendo conformadas à nova visão "relacional" de "comunidade". Essa mudança usa as mais recentes estratégias psicosociais e tecnologias intrusivas para medir a mudança e a complacência individual com a "visão" estabelecida.



Em breve iniciaremos um glossário de termos utilizados pelos atuais e autoproclamados "agentes de transformação" que liderarão o processo de mudança na igreja. [Leia o artigo A Infiltração Ocultista na Igreja Cristã Visando Destrui-la a Partir de Dentro]



Dons espirituais. O pastor Warren diz: "Comece avaliando seus dons e habilidades. Analise de forma demorada e honesta em que você é bom e em que não é. ... Peça às outras pessoas uma opinião ... Os dons espirituais e as habilidades naturais são sempre confirmados pelos outros".



Para validar sua opinião, ele cita Romanos 12:3b (Phillips). [1, pg 216] Embora a tradução de Phillips (Cartas Para Hoje) possa aparentemente confirmar sua conclusão, as traduções padrão não confirmam. Elas nos dizem para guardar-nos das visões exageradas sobre nós mesmos (orgulho) - um pecado oculto, encorajado pela ênfase atual na auto-estima, na afirmação mútua e na relutância de falar as verdades que parecem ofensivas. As versões padrão também não apóiam a noção contemporânea de os dons espirituais poderem ser identificados, testados ou medidos de acordo com nossas habilidades naturais ou opiniões subjetivas. Deus concede dons sobrenaturais! Se nós, Suas ovelhas, ouvirmos Sua voz e tivermos fé para seguirmos Sua direção pessoal, certamente saberemos onde podemos melhor serví-Lo e dar-Lhe toda a glória.







ACF ARC NVI Phillips

"Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um." [Romanos 12:3] "Porque pela graça, que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. [Romanos 12:3] "Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. [Romanos 12:3] "Procurem fazer um juízo correto de suas capacidades." Romanos [12:3b]



Deus freqüentemente nos concede dons espirituais que têm pouco ou nada que ver com nossas habilidades naturais, para que possamos serví-Lo mesmo em nossas fraquezas em vez com nossas forças. Isso foi o que Ele me ensinou. Escrever e falar era difícil e extremamente doloroso para mim, quando Deus me chamou para anunciar Seu evangelho para as crianças. Sendo tímida, calada e introvertida, aprendi a depender unicamente Dele. Ao longo dos anos, meu maravilhoso Pastor provou Sua fidelidade repetidamente, de maneiras maravilhosas. Paulo disse:



"E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor. A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder; para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus." [1 Coríntios 2:1-5]





Notas Finais

1. Rick Warren, Uma Vida com Propósito, Editora Vida.



2. Dennis Costella, Foundation Magazine, março-abril 1998. http://www.fundamentalbiblechurch.org/Foundation/fbcsdlbk.htm. Você pode encontrar uma mensagem muito semelhante no artigo de Rick Warren intitulado "Selecting Worship Music" (29/7/2002 ) em http://www.pastorport.com/ministrytoday.asp?mode=viewarchive&index=18.



A Bíblia nos adverte sobre um "tipo" de música ou costume que serve ao paganismo: "No mesmo instante em que todos os povos ouviram o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério e de toda a espécie de música, prostraram-se todos os povos, nações e línguas, e adoraram a estátua de ouro que o rei Nabucodonosor tinha levantado." [Daniel 3:7]



3. Rick Warren, Uma Igreja com Propósitos, Editora Vida, pg 62.



4. http://www.pastors.com/aboutus/



5. Ken Witty, "Peter Drucker's Search for Community," Business Week Online, 24 de dezembro de 2002. http://www.businessweek.com/bwdaily/dnflash/dec2002/nf20021224_6814.htm



6. http://www.christian-ministry.com/aboutus_who.htm



7. http://www.christian-ministry.com/clients.htm



8. http://www.christian-ministry.com/services_promo.htm



9. Rick Warren fala sobre música na igreja, http://www.sunlandneighborhoodchurch.com/articles_view.asp?articleid=1382&columnid=



10. "A Biblical Worldview Has a Radical Effect on a Person's Life," 1 de dezembro de 2003, http://www.barna.org/cgi-bin/PagePressRelease.asp?PressReleaseID=154&Reference=A. Ouvi dizer Barna está se tornando cético com relação ao Movimento de Crescimento de Igrejas, que anteriormente apoiou. Posso entender o por quê. Suas próprias estatísticas mostram as trágicas conseqüências da "graça barata" e das orações de salvação sem um fundamento bíblico.



11. Gene Edward Veith, "Unbelieving 'Born-agains," World on the Web, 6 de dezembro de 2003, http://www.worldmag.com/world/issue/12-06-03/cultural_4.asp



12. "Peter Drucker on the Church and Denominations" Este arquivo pdf está disponível no site da Leadership Network em: http://www.leadnet.org/allthingsln/archives/netfax/1.pdf



13. Dr. Robert Klenck, "The 21st Century Church", http://www.crossroad.to/News/Church/Klenck1.html



14. A lei moral de Deus não pode salvar-nos nem dar a força necessária para obedecermos suas instruções. Mas ela nos oferece um padrão sobre o que é certo ou errado - e isso, nos ajuda a entender a santidade, justiça, misericórdia e graça de Deus.



15. Muitos afirmam esta crença: "O pecado é uma parte normal da vida, e sou tão bom quanto todo mundo - talvez um pouco melhor. Além disso, Deus me ama como sou." Mesmo que essa afirmação seja, em parte, verdadeira, é também enganosa. A essência do caráter de Deus não é apenas o amor. É também justiça inflexível, santidade indescritível e retidão perfeita. Sem informações corretas sobre Deus, não podemos conhecê-Lo nem segui-Lo.



16. "Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes; para que vivais, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR Deus de vossos pais vos dá. Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do SENHOR vosso Deus, que eu vos mando." [Deuteronômio 4:1-2] Veja Também: Deuteronômio 12:32; Provérbios 30:5-6 e Apocalipse 22:18-19.



17. "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." [1 Coríntios 2:14]



18. Veja "Church Management and Global Missions". No inverno de 2003, o pastor Warren apresentou o Plano P.E.A.C.E - "uma estratégia para que cada pequeno grupo de nossa igreja e dezenas de milhares de pequenos grupos em outras igrejas, se tornem comprometidos com a solução dos cinco maiores problemas do mundo: a perdição espiritual, a falta de líderes piedosos, a pobreza, as doenças e a falta de educação."



"Acreditamos que é parte do começo de um avivamento espiritual, um movimento global, uma Nova Reforma", escreveu o pastor Warren. "O plano PEACE tratará desses cinco problemas 'gigantes' por meio da implantação de novas igrejas ... equipando os líderes ... dando assistência aos pobres ... cuidando dos doentes ... e educando à próxima geração ..."



"O resultado é que pretendemos reinventar a estratégia missionária no século XXI. Como foi dito, essa será uma nova Reforma. A primeira Reforma nos devolveu a mensagem original da igreja. Foi uma reforma doutrinária - em que a igreja ACREDITA. Essa segunda Reforma nos levará de volta à missão original da igreja. Será uma reforma nos propósitos - o que a igreja FAZ no mundo."



Deus nos chama para compartilhar Seu amor e recursos com os pobres e necessitados. Mas se o plano PEACE do pastor Warren significa treinar líderes de igreja a confiar e seguir as estratégias mundanas de gerenciamento e marketing como ele mesmo faz (veja Parte 1 e 3), eles estarão a serviço da agenda global humana; não servindo a Deus. [Leia Reinventing the World]



19. A ênfase atual em "paixão" e euforia podem ser enganosas. Na tradução Almeida Corrigida e Fiel, "paixão" refere-se ao sofrimento de nosso Senhor na cruz. Mas outras traduções igualam "paixão" a "lascívia" ou "afeição desordenada". Por exemplo, veja Atos 1:3 e Colossenses 3:5 (ACF): "Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria."



20. "Selecting Worship Music", Rick Warren, disponível em: http://www.pastorport.com/ministrytoday.asp?mode=viewarchive&index=18. Como a Bíblia não menciona "bateria", não permite nem proíbe seu uso. Mas o restante das Escrituras nos ajuda a entender a visão de Deus sobre o uso de batidas vibrantes. Juntamente com numerosas advertências no Velho Testamento contra a imitação dos rituais e práticas sensuais dos vizinhos pagãos e "animistas" (que provavelmente faziam uso do andamento e do volume dos ritmos para induzir o transe da possessão), Romanos 14:15 diz: "Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu." O pastor Warren admite abertamente que a introdução da música Rock foi ofensiva para muitos cristãos em sua igreja. Para arrebanhar os jovens, ele escolheu um veículo popular que iria deixar agoniados e afugentar a muitos. Essa escolha parece violar as leis de amor de Deus - um princípio que o pastor Warren enfatiza repetidamente no contexto dos pequenos grupos e na construção do novo consenso comunitário solidário. O pastor Warren menciona a ira de Deus na página 201, mas sem uma explicação prévia sobre o que poderia ser considerado "pecaminoso". Ao contrário, a referência à "ira" encaixa-se no contexto relacional sobre o "serviço" e "servir aos outros" - um mandamento bíblico que está agora sendo ajustado ao conceito global de serviço comunitário e "aprendizado comunitário". Esse tipo de "serviço" organizado concentra-se nas necessidades sentidas e no diálogo, e freqüentemente exclui as necessidades verdadeiramente espirituais e a verdade bíblica. Isso será explicado mais detalhadamente na Parte 2.



Nota: "A esperança é tão essencial para sua vida como o ar e a água. É preciso esperança para vencer. O Dr. Bernie Siegel descobriu que podia prever quais de seus pacientes com câncer apresentariam melhoras, ao perguntar: 'Você quer viver até os cem anos de idade?'. Os que tinham profunda noção do propósito de sua vida respondiam sim, e eram aqueles com maiores probabilidades de sobreviver. A esperança é gerada quando se tem propósitos." Rick Warren [1, pg 29] Essa ilustração sugere que uma esperança secular ou de Nova Era serve ao mesmo propósito que a esperança concedida pelo Espírito que encontramos em Jesus Cristo. Não pode haver verdadeira esperança ou unidade a não ser que nos firmemos na imutável Palavra de Deus!



Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.



Se você nunca depositou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser saber como nascer de novo, vá para nossa Página da Salvação agora.



Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia a dia.



Se Você For Novo na Fé Cristã



Se você for novo na fé cristã, se recebeu recentemente Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal, está entusiasmado com sua nova experiência. Isso é saudável e bom. Os anjos de Deus também estão estusiasmados. Jesus disse, "Há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende." [Lucas 15:10]



Portanto, como um novo cristão, é muito importante que reconheça sua necessidade pessoal de crescer diariamente na vida espiritual. Para tornar-se uma pessoa forte e espiritual, você precisa seguir as "regras de treinamento" encontradas na Palavra de Deus. Existem seis regras básicas que encontramos sobre o crescimento espiritual:



1. Alimente-se da Palavra de Deus Diariamente



Somos projeto e criação de Deus; portanto, ele nos compreende perfeitamente. Conhece todas nossas necessidades. Sabe das nossas dúvidas, temores e fraquezas. É por este motivo que nos deu sua Santa Palavra. Estudando a Palavra de Deus, aprendemos a compreender a nós mesmos. As tendências pecaminosas da natureza humana são expostas com clareza e somos advertidos a fugir daquilo que contamina e afasta o homem de Deus. "De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra." [Salmos 119:9] Leia também Salmos 19:7-11.



A Palavra de Deus nutre o espírito do homem. O apóstolo Pedro a compara ao leite em 1 Pedro 2:2, "Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para salvação." Do mesmo modo como a criança precisa do leite para matar a fome, o cristão deve sentir fome pela Palavra de Deus. Quando você tem "fome e sede" [Mateus 5:6] pela Palavra de Deus, e alimenta-se periodicamente dela, o resultado será seu crescimento espiritual!



Mas você pode dizer, "Reconheço que meu apetite pela Palavra de Deus não é como deveria ser. Como faço para despertá-lo?"



Examine sua atitude com relação à Palavra. Você já entregou sua vida à autoridade da Palavra? Reconhece sua necessidade de olhar para o espelho de Deus e ver aquelas coisas que de outra forma não veria? Crê realmente que a Palavra de Deus é viva e eficaz, e poderosa... [Hebreus 4:12] e que pode transformar sua vida? Já passou tempo suficiente com a Palavra de Deus para ficar verdadeiramente satisfeito? Ou está se alimentando em outras fontes e apenas "beliscando" na Palavra de Deus?



Exercite fé verdadeira ao ler a Palavra. Creia que Deus esteja falando a você de uma maneira muito pessoal. Reivindique as promessas feitas a você pessoalmente [quando você atender às condições]. Seja diligente e zeloso em buscar as "gemas" que estão abaixo da superfície. Tenha a certeza de que quanto mais você cavar, mais preciosas serão as gemas que encontrará. Procure as prescrições de Deus para suas necessidades diárias, e depois aplique-as na sua vida cotidiana.



Uma alimentação adequada na Palavra de Deus não somente o guardará da morte espiritual, como também o capacitará a "suportar as dificuldades", como um bom soldado de Jesus Cristo" [2 Timóteo 2:3] Ao lutar contra a tentação, use "a espada do Espírito", que é a palavra de Deus" [Efésios 6:17]. Jesus exemplificou o uso dessa arma quando foi tentado no deserto pelo Diabo. [Mateus 4:1-11].



Além disso, um estudo pessoal da Palavra é essencial para ser "santificado e útil ao seu possuidor e preparado para toda boa obra" [2 Timóteo 2:21]. Se você deseja trabalhar para o Senhor, então estude para "apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." [2 Timóteo 2:15]



Agora, vamos considerar alguns pontos práticos que podem ajudá-lo na leitura e meditação na Bíblia. Se possível, escolha um horário e um local onde possa estar a sós com Deus, livre de interrupções. Certifique-se de estar mentalmente alerta e desligado das outras responsabilidades. Encare esse tempo como um compromisso seu com Deus e dê-lhe a prioridade apropriada. Gaste tempo suficiente para receber uma bênção real. Medite naquilo que você recebeu e compartilhe com outros sempre que tiver oportunidade durante o dia.



2. Preencha sua Vida com a Oração e o Louvor



Quando você medita nas Escrituras, Deus está falando com você. Quando ora ou louva, está expressando seus pensamentos e desejos a Deus. A oração e o louvor estão intimamente relacionados. A oração sempre deve incluir louvor a Deus por sua grandeza, seu amor, sua misericórdia, e assim por diante. O louvor sempre deve ser proferido em uma atitude de oração reverente. Juntos, produzem um espírito de adoração que você deve manter o tempo todo. É assim que podemos cumprir as recomendações em 1 Tessalonicenses 5:16-18, que diz, "Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco."



Para manter o espírito de devoção durante todo o dia, você precisa começar o dia com oração privada e pessoal. Se Jesus, o divino Filho de Deus, achou necessário passar muito tempo em oração particular, quanto mais deveríamos nós sentir a necessidade de passar tempo em oração particular com Deus! Os relatos bíblicos indicam que grandes homens e mulheres de Deus tornaram-se grandes por dedicarem muito tempo à oração.



Quando você preencher sua vida com oração e louvor, logo descobrirá o valor e a recompensa da oração. Que bênção quando aprendemos a lançar sobre o Senhor todas as nossas ansiedades [1 Pedro 5:7] e deixá-las ao seu cuidado! Que consolação tem o nosso coração quando pedimos com fé, crendo que Deus é "poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos" [Efésios 3:20]! Que privilégio e alegria termos um relacionamento de filho com o Pai perfeito [Romanos 8:15]!



3. Comunhão com os Verdadeiros Crentes



O salmista escreveu "Companheiro sou de todos os que te temem e dos que guardam os teus preceitos." [Salmos 119:63]. Provérbios 13:20 diz. "Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau." Essa Escritura diz que ficaremos iguais às companhias que tivermos. Encontramos advertências similares no Novo Testamento. O apóstolo Paulo disse aos coríntios, "Não vos enganeis, as más conversações corrompem os bons costumes." [1 Coríntios 15:33]. Ou, em outras palavras, as más companhias corrompem a boa moral. Em sua segunda carta, Paulo disse aos coríntios, "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? ou que comunhão da luz com as trevas?" [2 Coríntios 6:14] Essa Escritura ensina claramente que um filho de Deus não pertence à companhia dos infiéis. Isso significa que talvez você tenha que cortar algumas de suas amizades e fazer novos amigos.



O melhor lugar para encontrar o tipo certo de amizades é em uma igreja fundamentada na Bíblia. Se você ainda não está em comunhão com uma igreja local assim, precisa encontrar uma. Não ache que você não precisa se identificar com uma igreja organizada. Esse é um dos argumentos modernos que Satanás está usando. Um cristão sem uma igreja é como uma criança sem um lar. Algo muito importante está faltando.



Quando você encontrar uma igreja corretamente fundamentada na Bíblia, dê-lhe seu total apoio. Compareça regularmente aos serviços e envolva-se nas atividades espirituais da congregação. Submeta-se aos padrões e costumes da igreja [ela certamente terá alguns].



As bênçãos espirituais do relacionamento com um corpo de outros fiéis não pode ser comparado aos valores terreais. Compartilhar as ordenanças; as expressões de amor fraternal; uma perfeita confiança um no outro; uma disposição de compartilhar e ajudar nos tempos de dificuldade; o aconselhamento e a admoestação fraternal -- tudo isso é parte de uma comunidade cristã calorosa e espiritual. Como cristão, você certamente precisa dessa comunhão.



4. Abandone os Prazeres Pecaminosos Deste Mundo



Para fazer isso, você precisa compreender corretamente o relacionamento do cristão com este mundo pecaminoso. O apóstolo João escreveu, "Não ameis o mundo, nem as cousas que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente." [1 João 2:15-17] Esta Escritura, bem como muitas outras, diz-nos que o mundo está cheio do mal e da impiedade. Satanás é quem está na regência deste mundo. Ele é o espírito que trabalha contra Deus, produzindo as impiedades e o pecado que nos rodeia. [Efésios 2:2]



Alguns dos prazeres deste mundo podem parecer inocentes e inofensivos, mas um exame mais atento revelará que segui-los é o início de uma caminhada que leva o homem para longe de Deus. Servir aos prazeres do mundo é tentar gratificar a carne. Entretanto, nossa natureza pecaminosa nunca se satisfaz na indulgência; ela simplesmente quererá mais e mais e isso acaba afundando a pessoa em pecados cada vez maiores.



A resposta da Bíblia é: Crucifique a carne. "Os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências." [Gálatas 5:24] "Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se pelo Espírito mortificardes os feitos do corpo, certamente vivereis." [Romanos 8:13] Precisamos dizer não a todos os desejos pecaminosos. Qualquer envolvimento com os prazeres sensuais deste mundo certamente trará morte espiritual. Como um filho de Deus, você é chamado para uma vida de pureza e santidade.



5. Enfrente Toda a Oposição Com o Escudo da Fé



Oposição? Sim. Muitas Escrituras falam da experiência cristã como uma guerra e uma batalha contra o inimigo de nossas almas. Satanás está determinado a ganhá-lo de volta, de modo que você deve se preparar para a batalha. Satanás tem muitas ciladas, esquemas e estratagemas diferentes que usa para alcançar seus propósitos. Uma das suas armas mais eficientes é o desânimo. O Diabo sabe que se conseguir nos levar ao desânimo, provavelmente tiraremos nossa armadura. Assim, seremos um alvo fácil para ele. Alguns de seus ardis para nos levar ao desânimo são a dúvida, a preocupação e o medo.



Outro esquema de Satanás é enviar a zombaria. Ele sabe que todos queremos ser aceitos em um grupo social, de forma que envia escarnecedores para zombar de nós. Ele pode até mesmo usar seus familiares, colegas de trabalho ou qualquer outra pessoa. E eles terão muitas coisas para escarnecer, pois somos novas criaturas em Cristo Jesus [2 Coríntios 5:17].



Um dos ardis mais antigos de Satanás e que ele ainda usa muito é a sedução; ele faz o pecado parecer atraente e apelativo; procura despertar as paixões carnais que estão dentro de nós; esconde as conseqüências do pecado dos nossos olhos e diz, "Vá em frente, aproveite. Todo mundo faz isso." Mas essa é uma das muitas mentiras do Diabo. O final é remorso e vergonha. A sedução nada mais é que o engano do pecado. Essa é uma tentação muito comum para a qual você deve estar vigilante.



Mas, graças a Deus, que nos dá as condições de sermos vitoriosos nessa batalha. Paulo, um dos maiores expoentes da fé cristã, brindou-nos com estas palavras: "Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do Diabo ... embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno." [Veja Efésios 6:10-18] Quando a oposição vier, não vire as costas; enfrente o inimigo na força do Senhor e abraçando o escudo da fé. Deus lhe dará a vitória.



6. Siga o Exemplo de Jesus Cristo de Serviço e Submissão



Jesus Cristo veio a este mundo para ser nosso exemplo e para que sigamos seus passos [1 Pedro 2:21]. "Ele não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos." [Mateus 20:28] Jesus sempre fez o bem. [Atos 10:38] Ele curou os enfermos; disse palavras de conforto àqueles que estavam aflitos e feridos, e ofereceu libertação àqueles que estavam acorrentados ao pecado. Ele é nosso exemplo perfeito do amor e da compaixão de Deus pelos homens. Agora que você é um cristão, precisa também seguir esse exemplo de Jesus.



Isso requer uma submissão total ao senhorio de Jesus Cristo. Significa que você não apenas o recebe como seu Salvador do pecado, mas que também o proclama como Rei da sua vida. Verdadeiramente, devemos toda nossa vida a ele. Somos dele por criação e por redenção. "Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmo? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo." [1 Coríntios 6:19]



A verdadeira beleza de caráter; a verdadeira paz, alegria e felicidade; o verdadeiro propósito e significado na vida encontram-se somente em ser um discípulo voluntário e que ama o Senhor Jesus Cristo. Isso requer um compromisso diário da sua parte. Cada dia você precisa colocar no seu coração o propósito de seguir fielmente o exemplo de Cristo e permitir que o "fruto do Espírito" [Gálatas 5:22, 23] encha sua vida. Se seguir com fidelidade diariamente, tornar-se-á cada vez mais parecido com seu Mestre e Senhor. Certamente, o objetivo de todo cristão é ser conformado com a imagem de Cristo [veja 2 Coríntios 3:18]. Que Deus o abençoe na sua caminhada e, como Cristo, tenha seus olhos nos objetivos celestiais, sabendo que após a cruz, vem a coroa.



Igreja Dirigida pelo Espírito ou Orientada por Propósitos? - Parte 2: Unidade e Comunidade

A igreja cristã tornando-se parceira do mundo na atual grande experiência de educar os recursos humanos para a criação de uma sociedade global unificada. Uma análise do livro Uma Vida com Propósitos, de Rick Warren.



A Nova Ordem Mundial está chegando! Você está preparado?



Compreendendo o que realmente é essa Nova Ordem Mundial, e como está sendo implementada gradualmente, você poderá ver o progresso dela nas notícias do dia a dia!!



Aprenda a proteger a si mesmo e aos seus amados!



Após ler nossos artigos, você nunca mais verá as notícias da mesma forma



Agora você está com a

THE CUTTING EDGE



"Mas Deus diz que a vida se constitui de relacionamentos." Rick Warren [1, pg 109]



"Os relacionamentos são a cola que mantém a igreja unida. As amizades são a chave para manter os membros na igreja. Certa vez um amigo me contou sobre uma pesquisa que realizou em sua igreja. Ele perguntou: 'Por que você veio para esta igreja?'. 93% dos membros disseram: 'Vim para cá por causa do pastor'. 'E se o pastor sair da igreja, você também sairá?' 93% das pessoas responderam: 'Não'. Quando perguntou: 'Por que você não sairia?', eles responderam: 'Porque temos amigos aqui!' Note a mudança de aliança feita. Isso é normal e saudável." ... Pense relacionalmente!" [2] Rick Warren Relationships hold your church together [NT: Veja também: 3, pg 313-14]



"Quero ressaltar a importância de continuamente enfatizar para os membros a natureza corporativa da vida cristã", escreveu Rick Warren em seu manual de gerenciamento de igrejas, Uma Igreja com Propósitos. "Pregue, ensine e fale sobre isto. Pertencemos uns aos outros e precisamos uns dos outros. Estamos conectados juntos como parte de um só corpo. Somos uma família. [3, pg 320]



Sim, aqueles que realmente pertencem a Cristo são um Nele! Somos parte de uma vasta e maravilhosa família que alcança todo o mundo e se estende pelo tempo até a eternidade! De fato, a comunhão que temos em Cristo - com aqueles que compartilham do mesmo Espírito, seguem o mesmo Pastor e se regozijam nas mesmas Escrituras - nos dá uma amostra antecipada da alegria que compartilharemos com nossa família celestial por toda a eternidade.



Mas o pastor Warren adiciona algumas razões organizacionais questionáveis para enfatizar a amizade e a unidade. Como ele explica em seu artigo Relationships hold your church together, a amizade entre os membros pode ser o meio mais eficiente de criar uma grande e forte igreja. Assim, no Movimento de Crescimento de Igrejas, a comunhão agradável às pessoas - planejada especificamente para ligar pessoas espiritualmente diversas entre si - se torna o propósito principal. Esse processo inclui os seguintes passos:



1. Enfatize continuamente a importância da amizade e da unidade, comprometimento (inclusive compromissos assinados) e participação comunitária. Reforce a uniformidade - a "natureza corporativa" da igreja. Essa é a base do "pensamento sistêmico", nos negócios seculares ou eclesiásticos: tudo está interconectado; tudo é um. Nada tem significado a não ser que se enquadre "No Todo Maior".



2. Crie estruturas organizacionais para trazer os visitantes e os novos membros rapidamente para os grupos pequenos onde "líderes de mudança" treinados poderão facilitar o diálogo, encorajar a formação de laços e monitorar o treinamento coletivo.



3. Advirta as pessoas sobre a falta de "responsabilidade" para com os cinco propósitos (ou "Declaração de Propósito") - que estabelecem os limites para os tópicos a serem discutidos. Como tópicos "divisivos" como a educação governamental ou o entretenimento ocultista podem ser vistos como obstáculos para a unidade visada, eles freqüentemente não são incentivados, ou devem até mesmo serem banidos. Como diz o pastor Warren: "Uma 'declaração de propósito' reduz a frustração porque permite que esqueçamos as coisas que na realidade não têm importância." [3, pg 89] É claro que a educação pública anticristã e o entretenimento popular de fato importam - mesmo que os "líderes de mudança" se recusem a reconhecer sua influência em nossas crianças.



4. Empacote a verdade de formas palatáveis e agradáveis a todos: membros, incrédulos e buscadores da mesma forma. Evite as Escrituras ofensivas e as advertências divisivas. Remova a ênfase nos absolutos bíblicos e em "doutrina" pois atrapalham a unidade e a "mudança contínua".



5. Use compromissos assinados, o processo dialético e a contínua avaliação para manter todos os membros compromissados com o tipo de comunhão requerido pelo sistema gerencial orientado por propósitos.



A Igreja da Comunidade de Saddleback padroniza esses cinco pontos e muitas outras instruções para o crescimento da igreja e sua unidade, que veremos posteriormente. Mas, primeiro, consideremos os ensinos do pastor Warren sobre o corpo de Cristo - a comunhão dos crentes. Embora seu livro contenha muitas promessas encorajadoras, também oculta algumas estranhas meias-verdades e sugestões problemáticas. A primeira citação abaixo enquadra-se perfeitamente na nova visão coletiva e holística de que todas as partes de uma organização (o sistema) devem estar interconectadas - e que os indivíduos só têm valor ou significado de acordo com seu lugar no sistema como um todo. (Essa visão holística agora permeia, guia e une as organizações em todo o mundo) Com essa visão em mente, considere as cinco próximas declarações do pastor Warren:



"Você descobre o seu papel na vida pelo relacionamento com os outros. A Bíblia diz: 'Cada parte tem seu sentido no corpo como um todo, e não ao contrário. … Mas como um dedo amputado ou um dedão arrancado não seríamos grande coisa, não é mesmo? '" [1, pg 115]



"A Bíblia não apresenta nenhum santo solitário ou eremita espiritual que tenha vivido isolado dos outros crentes, privado de companhia." [1, pg 114]



"A forma de você tratar as outras pessoas, e não sua riqueza ou realizações, é a influência mais duradoura que se pode deixar na Terra. Como disse Madre Teresa: 'Não é o que você faz, mas o quanto de amor você coloca no que faz que realmente importa." [1, pg 110]



"Deus quer que sua família seja conhecida pelo seu amor, mais do que por qualquer outra coisa. Jesus disse que nosso amor uns pelos outros - e não nossas crenças doutrinárias - é o nosso maior testemunho perante o mundo." [1, pg 108]



"Sempre que você dá seu tempo, está fazendo um sacrifício e o sacrifício é a essência do amor. Jesus foi um exemplo disso: "Sejam cheios de amor pelos outros, seguindo o exemplo de Cristo, que amou vocês e se entregou a Deus como sacrifício a fim de tirar os seus pecados.'" [1, pg 112] (Efésios 5:2 Biblia Viva)



Você vê as mensagens conflitantes? O aprisionado apóstolo Paulo, um "santo solitário" separado de seus irmãos cristãos no fim de sua vida, é um dos numerosos exemplos bíblicos de homens e mulheres que se tornaram fortes na fé, enquanto permaneciam solitários e compartilhavam os sofrimentos de Jesus. Confira os Salmos, os Livros de Isaías, Jeremias e de outros profetas perseguidos, os evangelhos... Lembre-se que em muitas prisões comunistas, a fé bíblica inflexível de crentes torturados trouxe multidões de outros prisioneiros - até mesmo inquisidores e verdugos de coração duro para Cristo. Sim, nosso amor visível, concedido por Deus, de uns para com os outros demonstra um dom divino que o mundo deseja, mas não pode reproduzir. Mas apenas a verdade do evangelho (doutrina), vivificada pelo Espírito, pode acender essa mesma vida e amor de Deus em outras pessoas. O "amor" sem a verdade não pode trazer os incrédulos para o reino de Deus.



Na última das cinco citações, o pastor Warren iguala o "tempo" que damos a nossos amigos com o sacrifício transformador de vidas de Cristo por nós. Esse princípio gera as seguintes perguntas: Nosso "sacrifício" deve ser motivado e realizado pelo Espírito ou qualquer tipo de "sacrifício" de tempo conta? E se esse sacrifício glorifica o doador humano e não a Deus? Isso poderia nos tentar a idealizar as "boas obras", como o trabalho altruísta de Madre Teresa, uma freira católica que tinha uma visão universalista de Deus e da cruz? Ela dizia que via "Jesus em cada pessoa" (a maioria de seus pacientes eram hindus doentes e moribundos) - uma noção compassiva, mas totalmente contrária à Palavra de Deus.



Sem doutrina bíblica e um claro entendimento da Palavra de Deus, é muito fácil definir o amor (amor a Deus, amor pelas pessoas...) em termos humanos que contradizem os próprios ensinos de Deus sobre Si mesmo e Sua eterna lei moral. [4] Poderíamos simplesmente aplicar as definições mundanas para amor, compaixão, relacionamentos e simpatia para conceitos que lidam com as realidades espirituais. Em seguida, aplaudimos uns aos outros por alcançarmos nossos próprios padrões agradáveis, esquecendo- que nossos esforços humanos não são nada mais que "trapo da imundícia" à vista de Deus. [Isaías 64:6]



O profeta Isaías entendeu isso bem. O que conta não é nossa visão cultural sobre o que é certo, mas conhecer e seguir os caminhos de Deus, que diferem radicalmente dos nossos. Lembre-se de Isaías 55:8-9 e 64:4-5, onde Deus nos exorta a lembramos Dele de acordo com Seus caminhos - de acordo com o que revelou sobre Si mesmo, não de acordo com nossas próprias percepções míopes, boas intenções, pensamento voluntarioso ou ideais nobres (ou visões). Se nossos relacionamentos se baseiam em metas humanas e em estratégias organizacionais em vez de na fé bíblica e no Espírito Santo, são inúteis para o reino de Deus.



Quando minimizamos a santa Palavra de Deus e suas instruções, cegamos a nós mesmos. Quando convenientemente borramos a linha entre o que Deus chama de certo e errado, nem mesmo saberemos onde nos perdemos. E, quando rejeitamos as instruções bíblicas, considerando-as "doutrinas" fora de moda, tornamos-nos vulneráveis aos enganos intemporais que desviam a base do nosso pensamento de Suas verdades imutáveis para as fábulas e ilusões - como Deus adverte em 2 Timóteo 4:3-4.



Mas as afirmações do pastor Warren fazem sentido para uma geração pós-moderna que valoriza mais os relacionamentos humanos do que a verdade. Afinal, a Palavra absoluta e inflexível de Deus (doutrina) de fato causa divisão. Ela corta uma linha divisória entre a verdade e o erro. "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração." [Hebreus 4:12]



Essa verdade penetrante é incompatível com a uniformidade necessária ao novo "pensamento sistêmico" [veja Chuch Growth Glossary] e ao gerenciamento da igreja coletiva. Como afirma o pastor Warren:



"Mas, para o bem da unidade, não devemos deixar que nossas diferenças nos dividam jamais. Precisamos nos manter concentrados no que mais importa - aprender a amar uns aos outros como Cristo nos amou e cumprir os cinco propósitos de Deus para cada um de nós e Sua igreja. O conflito é normalmente sinal de que o foco foi desviado para assuntos menos importantes; coisas que a Bíblia chama de assuntos controvertidos. Quando nos concentramos em personalidades, preferências, interpretações, estilos ou métodos, a divisão sempre acontece." [1, pg 141]



Isso parece bom. Não devemos enfocar nas personalidades, preferências, estilos ou métodos. Mesmo assim, o pastor Warren parece intensamente focalizado em seus métodos estruturados para a transformação da igreja e comunica esses métodos para as igrejas em todo o mundo como se tivessem saído da Bíblia, não das Escolas de Administração de Harvard e do MIT.



O maior problema com a declaração acima é outra palavra que o pastor Warren coloca em sua lista de "assuntos menos importantes": "interpretações". A tendência atual em direção a interpretações contextuais da Palavra de Deus (adaptada para se encaixar no contexto da cultura popular) deturpa seus significados em mensagens agradáveis feitas sob medida tanto para o mundo incrédulo, quanto para o movimento ecumênico mundial. E as "interpretações" pragmáticas do pastor Warren parecem criadas para bloquear qualquer argumento bíblico tanto contra o processo de transformação mental que guia a amizade quanto contra os métodos gerenciais que guiam sua igreja.



Deixe-me repetir essa declaração enganosa a respeito dos limites sobre que tipos de tópicos e problemas podem ser discutidos:



"Uma 'Declaração de Propósito' reduz a frustração porque permite que nos esqueçamos das coisas que na realidade não têm importância. A Bíblia diz em Isaías 26:3 que Deus '... conservará em paz aquele cuja mente está firme em ti, porque ele confia em ti'. O propósito claro não somente define o que fazemos, mas também o que não fazemos ... O segredo de ser eficiente é saber e fazer o que realmente deve ser feito, e não se preocupar com o que não pode ser feito" [3, pg 89]



Tenha em mente que as traduções padrão da Bíblia não usam a palavra "propósito" nesse verso. Você não preferiria manter seu coração e sua mente focados em Jesus e em sua Palavra em vez de nos propósitos definidos por Rick Warren?



AFC: "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti." [Isaías 26:3]



ARC: "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti." [Isaías 26:3]



De acordo com o pastor Warren, o foco deve estar nos relacionamentos e na unidade - os tipos de relacionamentos que o ajudem a sentir-se bem consigo mesmo e com o grupo. Questões divisivas (que podem incluir qualquer coisa controversa, desde o ensino anticristão das escolas públicas aos livros e o entretenimento popular) são desaprovadas, independente de quão importantes sejam para a fé e para os valores da sua família. Essas questões não se encaixam nos cinco propósitos da Igreja da Comunidade de Saddleback! Elas podem até mesmo entrar em conflito com a atmosfera afirmativa da igreja e fazer as pessoas se sentirem desconfortáveis. Em contraste, o pastor Warren proclama uma mensagem mais positiva - uma mensagem de acordo com a ênfase educacional atual na auto-estima:



"Você é parte da família de Deus e, por Jesus tê-lo feito santo, Deus tem orgulho de você! As palavras de Jesus são inequívocas: E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe. [Mateus 12:49-50] [1, pg 106; ênfase adicionada]



Essas declarações suscitam algumas questões. Primeiro, Deus realmente sente orgulho de nós? De qualquer um de nós ou de todos nós? Não é a Sua justiça, não a nossa, que torna Seu povo santo? Jesus nos deu uma resposta muito tempo atrás. Não desejando que seus discípulos pensassem "muito além do que convinha" de si mesmos e de suas próprias "boas obras", Ele contou uma parábola sobre o papel de um servo, que termina com a seguinte pergunta: "Porventura dá graças ao tal servo, porque fez o que lhe foi mandado? Creio que não. Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer." [Lucas 17:9-10] Paulo conhecia essa verdade muito bem. Confiante de que tudo o que havia de bom nele vinha de Deus e não de si mesmo, podia regozijar-se totalmente na vitória de Deus em seu favor. "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo." [Gálatas 6:14] [5]



Em segundo lugar, Mateus 12:49-50, a Escritura que o pastor Warren usa para provar seu argumento, pelo menos se relaciona com esse ponto em particular? Todos os leitores do pastor Warren conhecem a revelada "vontade de Meu Pai" ou poderiam ser enganados pelas muitas Escrituras tiradas do contexto? Além disso, quando o pastor Warren faz mau uso da Palavra de Deus, não poderia estar construindo um falso fundamento para a unidade cristã?



Não pode haver verdadeira ou duradoura unidade a não ser que ela seja baseada na Palavra de Deus e sem contemporizações. Quando as igrejas adotam as mesmas estratégias psicosociais usadas pelas escolas públicas para o treinamento multicultural - e também pelos governos e empresas em "desenvolvimento-comunitário" para a solidariedade social - precisam distorcer ou esconder as Escrituras contrárias, como 2 Coríntios 6:12-18. [6] Não se pode agradar a Deus apoiando-se em métodos de sucesso do mundo. Quando as igrejas reinterpretam e adaptam partes da Bíblia de acordo com as percepções pós-modernas e as "necessidades sentidas, mudam seu fundamento da sabedoria de Deus para as estratégias e regras humanas. Uma dessas estratégias é simplesmente descartar as advertências bíblicas e "disciplinar" ou expulsar os membros preocupados e piedosos, reputando-os como "divisivos". [7]



A disciplina na igreja é bíblica e estou satisfeita em ver que o pastor Warren a mantém. Mas quando a disciplina bíblica é usada de forma contrária à Bíblia para remover os obstáculos a um processo mundano, não pode trazer sucesso bíblico. É difícil separar todas as coisas boas que o pastor Warren diz de algumas de suas impressionantes distorções, mas Deus diz: "Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda a aparência do mal." [1 Tessalonicenses 5:21-22] Portanto, considere estas afirmações:



"Todos os candidatos devem cursar a Classe de Membros e assinar um compromisso. Assinando o compromisso, concordam em contribuir financeiramente, em servir ao ministério, em compartilhar sua fé, em seguir a liderança ... Se você não cumprir o pacto, será retirado do rol de membros. Todos os anos, removemos centenas de nomes de nosso rol." [3, pg 58]



"Regras de Rick para o Crescimento." Primeiro, existe mais de uma maneira de fazer com que uma igreja cresça... Segundo, são necessários todos os tipos de igrejas para atingir todos os tipos de pessoas. Graças a Deus não somos todos iguais! Deus ama a variedade... Por fim, nunca critique aquilo que Deus está abençoando, mesmo que seja um estilo de ministério que faça com que alguns de nós não nos sintamos muito à vontade." [3, pg 64-65]



"Quando o corpo humano está fora de seu equilíbrio normal, dizemos que está doente. Se o Corpo de Cristo está desequilibrado, fica doente... A saúde acontecerá quando o equilíbrio do corpo retornar ao normal. A tarefa da liderança da igreja é descobrir e remover as barreiras e doenças que restringem o crescimento, para que haja um desenvolvimento natural e sadio." [3, pg 20]



"Deus abençoa igrejas unidas. Na Igreja de Saddleback, cada membro assina um pacto que inclui uma promessa de proteger nossa unidade. Conseqüentemente, a igreja jamais teve um conflito que dividisse a congregação. Tão importante quanto isso é o fato de todos quererem fazer parte dela ... Quando Deus tem um punhado de novos cristãos que quer libertar, ele busca como incubadora a igreja mais carinhosa que puder encontrar." [1, pg 145-6]



Busca mesmo? Eu poderia citar diversos exemplos opostos - incluindo minha própria experiência. De fato, tanto a Palavra de Deus quanto a história factual sugere que nosso Senhor tem inúmeras maneiras de treinar os novos convertidos. Muitos de Seus filhos mais frutíferos são nascidos do Espírito e nutridos ao custo de desafios impensáveis. Ao contrário dos líderes do Movimento de Crescimento de Igrejas e dos "agentes de mudança" contemporâneos, Deus não padroniza Seus métodos ou mede Seus triunfos pelas definições mundanas de sucesso, unidade ou solidariedade.



Tenha em mente que as atuais Comunidades do Crescimento de Igrejas não são nada amigáveis com os membros que questionam os sistemas de marketing eclesiástico, as contínuas avaliações e os sistemas de dados digitais que avaliam a "energia relacional". Muitas dessas igrejas são rápidas em "disciplinar" e excluir aqueles que se recusam a aderir aos diálogos dos grupos pequenos ou a assinar os compromissos. Veremos mais atentamente essa parte do sistema gerencial do Movimento de Crescimento de Igrejas na Parte 3.



O testemunho de partir o coração daqueles que foram forçados a deixar essas igrejas em rápida transformação nos faz pensar que uma comunidade que pressiona as pessoas a aceitarem seu molde de marketing mundial pode ser mais perigosa para a fé e para a compreensão bíblica que a ausência de uma comunidade de igreja.



Esse programa não é sobre unidade bíblica e comunidade. A Igreja da Comunidade de Saddleback e as outras igrejas do Movimento de Crescimento de Igrejas não têm um monopólio sobre a unidade. Na verdade, a unidade (ou solidariedade) é o principal alvo de alguns dos mais poderosos sistemas gerenciais em todo o mundo, [8] e seu eminente guia comunitário, Peter Drucker, persegue os mesmos objetivos organizacionais que Rick Warren. Referindo-se à responsabilidade da igreja em servir e ir de encontro às necessidades de bem-estar em suas comunidades, Drucker diz:



"O pastor, como gerente, deve identificar os pontos fortes e as especializações deles [que o pastor Warren chama de dons espirituais e habilidades], direcioná-los e equipá-los para o serviço, e capacitá-los a trabalhar no harmonioso e produtivo todo conhecido como corpo de Cristo." [9]



Em outras palavras, a igreja e o mundo se tornam parceiros na atual grande experiência de educar os recursos humanos para a criação de uma sociedade global unificada. Sim, devemos amar-nos uns aos outros e nos importarmos com os pobres. Mas não podemos nos conformar com o sistema mundial. Nem podemos usar as estratégias psicosociais do mundo (disfarçadas com termos e frases bíblicas) sem deturparmos a Palavra de Deus e voltarmos as costas para Jesus Cristo, nossa única fonte verdadeira de unidade. Lembre-se das advertências de Deus:



"Ninguém se engane a si mesmo. Se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para ser sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos. Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso." [1 Coríntios 3:18 -21]



"Porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." [Mateus 7:13-14]



Sugerimos a leitura dos seguintes artigos: Social Change and Communitarian Systems e The Shepherding Movement Comes of Age



Notas Finais

1. Rick Warren, Uma Vida com Propósitos. São Paulo, Editora Vida, 2003. Leia Driven or Led?



2. Rick Warren, Relationships hold your church together. Disponível em: http://www.pastors.com/article.asp?ArtID=3917



3. Rick Warren, Uma Igreja com Propósitos, Segunda Edição, São Paulo, Editora Vida, 2004.



4. A lei moral de Deus não pode salvar-nos nem dar a força necessária para obedecermos suas instruções. Mas nos dá um padrão sobre o que é certo ou errado - e isso nos ajuda a entender a santidade, justiça, misericórdia e a graça de Deus.



5. Não devemos ser "dirigidos" por alguma coisa. Em vez disso, "...corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz." [Hebreus 12:1-2]



6. "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso." [2 Coríntios 6:12-18]



7. "Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs. Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado." [Tito 3:9-11]



8. Veja: "The Global Quest for Solidarity" em: http://www.crossroad.to/text/articles/solidarity.html



9. Christianity Today, "The Business of the Kingdom", 15 de novembro de 1999.

Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.



Se você nunca depositou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser saber como nascer de novo, vá para nossa Página da Salvação agora.



Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia a dia.



Igreja Dirigida pelo Espírito ou Orientada por Propósitos? - Parte 3: Os Grupos Pequenos e o Processo Dialético

Quando a Palavra de Deus é colocada em debate em um grupo pequeno formado por crentes e descrentes (em vez de ser ensinada didaticamente) e sob a liderança de um facilitador treinado, o consenso é alcançado - um acordo com o qual todos se sentem confortáveis. A mensagem da Palavra de Deus fica então diluída e os participantes são condicionados a aceitarem (e até a comemorarem) a contemporização. A nova síntese torna-se o ponto inicial (tese) para o próximo encontro, e o processo de transformação contínua se repete. Análise do livro Uma Vida com Propósitos, de Rick Warren.



A Nova Ordem Mundial está chegando! Você está preparado?



Compreendendo o que realmente é essa Nova Ordem Mundial, e como está sendo implementada gradualmente, você poderá ver o progresso dela nas notícias do dia a dia!!



Aprenda a proteger a si mesmo e aos seus amados!



Após ler nossos artigos, você nunca mais verá as notícias da mesma forma



Agora você está com a

THE CUTTING EDGE





"Nunca é demais enfatizar a importância de ajudar os membros a desenvolverem amizades dentro da igreja. Os relacionamentos são a cola que mantém uma igreja unida." - Rick Warren [2, pg 324]



"Este livro é sobre um processo, não sobre programas. Ele oferece um sistema para desenvolver as pessoas e para equilibrar os propósitos da sua igreja... Estou confiante que o processo orientado por propósitos pode funcionar em outras igrejas em que o ritmo de crescimento é mais razoável..."



"Saddleback ... cresceu e tornou-se grande usando um processo orientado por propósitos. As igrejas saudáveis são construídas com base em um processo, não em personalidades." - Rick Warren [2, pg 69, 70]



* Para compreender o significado de "saudável" neste contexto, leia The UN Plan for Your Mental Health (O Plano da ONU para sua Saúde Mental).



"Incentive todos os membros a ingressarem em um grupo pequeno", diz Rick Warren. "Não somente eles ajudam as pessoas a se conectarem umas com as outras, mas também permitem que sua igreja mantenha uma sensação de 'pequena igreja' na comunhão à medida que cresce. Os grupos pequenos podem fornecer o cuidado pessoal e a atenção que todo membro merece, independente de quão grande a igreja se torne.... Além de serem bíblicos, existem quatro benefícios do uso dos lares:



São infinitamente expandíveis (os lares estão em toda a parte);



Não estão limitados geograficamente (você pode ministrar para uma área muito maior);



É boa mordomia (você usa edifícios pelos quais outras pessoas pagam!), poupando dinheiro para o ministério e



Facilita os relacionamentos mais próximos (as pessoas ficam mais descontraídas no ambiente de um lar)" [4; ênfase adicionada]



Embora não mereçamos as bênçãos que Deus graciosamente nos concede, os grupos pequenos realmente tornam as pessoas mais próximas umas das outras. Assim, a questão aqui não é se eles são ou não eficientes, mas ao invés disso, a natureza da eficácia deles. Eles aprofundam nossa fé em Deus ou nossa dependência de uns para com os outros? Eles nos ensinam a conhecer e a seguir a Palavra de Deus ou promovem formas sutis de contemporização para a unidade na diversidade? Eles encorajam o discernimento bíblico, ou a mente aberta e a tolerância para as crenças e valores sem base bíblica? Finalmente, são dirigidos pelo Espírito Santo ou guiados por facilitadores bem treinados e as "necessidades sentidas" dos grupos?



Hoje, os grupos pequenos ou as equipes facilitadas não são como os antigos estudos bíblicos em que muitos de nós participamos no passado. Naquele tempo, discutíamos a Bíblia e suas maravilhosas verdades; agora, as pessoas dialogam até alcançarem uma forma emocional de unidade baseada em "empatia" por diversas visões e valores. O Dr. Robert Klenck dá uma excelente descrição desse processo em seu artigo "What Is Wrong With The 21st Century Church?" (O Que Está Errado com a Igreja do Século 21):



"O Gerenciamento da Qualidade Total (TQM) baseia-se na Dialética Hegeliana, inventada por Georg Wilhelm Freidrich Hegel, um psicólogo social marxista e transformacional. Sucintamente, o processo da Dialética Hegeliana funciona assim: Um grupo diverso de pessoas (na igreja, é a mistura de crentes (tese) com incrédulos (antítese), se reúnem em um encontro facilitado (com um facilitador / professor / líder de grupo / agente de transformação treinado), usando dinâmica de grupo (pressão dos pares), para discutir uma questão social (ou dialogar a Palavra a Deus), e alcançam um resultado pré-determinado (consenso, contemporização, ou síntese).



"Quando a Palavra de Deus é colocada como tema de diálogo entre crentes e incrédulos (em vez de ser ensinada didaticamente) ... e o consenso é alcançado - um acordo com o qual todos se sentem confortáveis - então a mensagem da Palavra de Deus fica diluída em água, e os participantes são condicionados a aceitarem (e até a comemorarem) sua contemporização (a síntese). A nova síntese torna-se o ponto inicial (tese) para o próximo encontro, e o processo de transformação (inovação) contínua se repete."



"O medo da alienação do grupo é a pressão que impede o indivíduo de se posicionar firmemente pela verdade da Palavra de Deus, e essa pessoa normalmente permanece calada (auto-edição). O temor do homem (a rejeição) torna-se maior que o temor a Deus. O resultado final é uma "mudança de paradigma" em como a pessoa processa as informações factuais."



No passado, a imutável Palavra de Deus era o teste definitivo do certo e do errado e nosso objetivo era conhecer a vontade de Deus e alinhar nossa mente à Sua verdade. Agora, o objetivo é unir pessoas diversas em uma "família" que precisa "respeitar" todos os tipos de interpretação bíblica e opiniões contrárias - até mesmo quando as conclusões se chocam com a Bíblia. As antigas diretrizes para discussão estavam baseadas no chamado de Deus para o amor agapeo, bondade, paciência e integridade bíblicas. As regras básicas de hoje estão baseadas na Psicologia humanista e nas diretrizes manipuladoras para a transformação social, "vitalidade relacional", unidade emocional e sinergia coletiva.



Parece complexo e implausível, não? É por isto que os cristãos estão sendo atraídos ao processo dialético com pouca compreensão da real transformação que ocorre tanto nas igrejas e nos indivíduos que participam no novo "pensamento de sistemas" e no processo de aprendizado "baseado em resultados" ou "dirigido por propósitos".



Talvez o melhor modo de explicar essa transformação seja mostrar alguns dos modos como o processo de grupos pequenos do pastor Rick Warren alinha-se com o processo de transformação definido em um livro intitulado Leading Congregational Change (Liderando a Transformação Congregacional). Esse livro, em grande parte inspirado pelo sucesso da Igreja da Comunidade de Saddleback, nos dá uma visão detalhada do próprio processo de transformação. "Este é um livro que você deve ler antes de mudar qualquer coisa.", disse Rick Warren em seu caloroso endosso.



Esse livro - vamos referenciá-lo daqui para a frente como LCC - apresenta o processo dialético como parte de um sistema. Seu modelo principal é a Igreja da Comunidade da Comunidade de Saddleback, onde os grupos dialéticos são liderados por facilitadores treinados nas estratégias psico-sociais de transformação coletiva.



O livro LLC mostra-nos que o grupo dialético não opera no váculo. Ele é parte de um sistema que controla a transformação planejada com padrões de cima para baixo para os valores grupais, habilidades relacionais e "aprendizado para o serviço". Ele fornece pesquisas, avaliações e sistemas de acompanhamento dos dados que medem continuamente a "transformação" e monitora a conformidade com o padrão estabelecido. E ele segue o mesmo modelo da Administração da Qualidade Total adotado pelos governos, empresas, sistemas educacionais, as Nações Unidas e outras organizações em todo o mundo.



Leading Congregational Change foi escrito por James H. Furr, Mike Bonem e Jim Herrington em 2000. O editor, Jossey-Bass, trabalha de perto com a Fundação Peter Drucker (agora chamada de Leader to Leader (de Líder Para Líder)) e a "cristã" Leadership Network (Rede de Liderança), fundada por Bob Buford. Esta última serve como um instrumento internacional para guiar as grandes igrejas pelo processo de "transformação congregacional". Suas referências a Rick Warren incluem os seguintes comentários:



"Agradecemos a Rick Warren... pela oportunidade de alcançar e refinar nossa compreensão da transformação congregacional como parte da Conferência Igreja com Propósitos, da Igreja do Vale de Saddleback. Somos também agredecidos a Bob Buford... e a outros na Leadership Network pelos muitas formas como estimularam e facilitaram nosso trabalho."



"Fomos profundamente influenciados por Bill Hybels e Rick Warren e pelos sucessos de suas congregações. Vimos também muitas aplicações no livro The Fifth Discipline (A Quinta Disciplina), de Peter Senge (1990) e em Leading Change (Liderando a Transformação), de John Kotter (1996). " [3; Agradecimentos] [tradução nossa]



"O pastor Russ Osterman... teve a oportunidade de participar de um seminário na Igreja da Comunidade de Saddleback, na Califórnia. Ver e experimentar o modelo de uma congregação dinâmica que estava realmente alcançando novas pessoas teve um profundo impacto em Russ, e ele retornou a Glenwood como uma pessoa transformada. Ele não tinha experiência em liderança para a transformação e nenhum mapa da estrada sobre como conduzir a transformação congregacional.... Ele começou a liderar sua igreja para adotar um novo modelo baseado naquilo que tinha aprendido." [3; pg 28] [tradução nossa]



Esse novo modelo, demonstrado pela Igreja da Comunidade de Saddleback, está delineado no livro LCC. Embora o processo de "transformação" envolva diversas "habilidades" e estratégias complexas, tais como lançamento da visão, pensamento de sistema, tensão criativa, auto-avaliação... veremos aqui somente aquelas que se relacionam especificamente com os grupos pequenos.



Vamos iniciar com o novo significado de "grupo pequeno" (ou "equipe"). O livro LCC define como "um número pequeno de pessoas com habilidades complementares que estão compromissadas com um propósito comum, objetivos de desempenho e abordagem para a qual eles próprios se consideram mutuamente responsáveis." [3; pg 128]



Para validar essa definição, os autores apontam para 1 Coríntios 12: Paulo declara que embora sejamos muitas partes, somos um corpo." [3, pg 128] Mas essa Escritura somente se aplica ao Corpo de Cristo; ela não se refere aos membros diversos dos grupos pequenos, ou às equipes formadas de crentes e incrédulos que aprendem a enfatizar e a se identificar com os valores e estilos de vida uns dos outros. Durante o último século, esse processo dialético baseado na filosofia ocultista de Georg Hegel foi adotado por Karl Marx, Lênin e outros líderes socialistas. Hoje, ele é a peça central de todos os sistemas administrativos do mundo. Seu propósito - que não é nutrir o povo de Deus - é conformar todas as mentes a um padrão global para o "desenvolvimento uniforme dos recursos humanos" nas escolas, nas empresas, nos governos e nas igrejas em todo o mundo. [Veja Reinventing the World e Solidarity]



Em LCC, lemos, "Em uma equipe... um objetivo comum é definido. Esses objetivos podem somente ser alcançados por meio de esforços mútuos cooperativos dos membros... Uma segunda distinção... é a responsabilidade... em uma equpe, cada indivíduo é responsável diante do resto da equipe." [3; pg 131] [tradução nossa]



Na terminologia da Igreja de Saddleback, o "objetivo comum" seriam os "propósitos" comuns. E no guia de estudos "40 Dias de Propósitos", cada membro do grupo concorda em assumir responsabilidades assinando um "Acordo do Grupo". Ele inicia com esta frase e três pontos:



"Concordamos com os seguintes valores:"



Propósito Claro: Desenvolver vidas espirituais saudáveis por meio da criação de uma comunidade saudável de grupos pequenos



Participação no Grupo: Dê prioridade ao encontro do grupo.



Ambiente Seguro: Ajude a criar um local seguro onde as pessoas possam ser ouvidas e se sentir amadas (nada de respostas rápidas, julgamentos sumários, ou consertos simplistas).



Esse contrato atende à exigência do LCC para valores de grupo ou diretrizes para a equipe. Rick Warren sabe como trocar as palavras desagradáveis como "regras" por palavras mais suaves, como "valores". Mas neste contexto ambas as palavras referem-se ao mesmo requisito: as diretrizes que todos precisam seguir:



Estabeleça Valores Para Guiar as Interações na Equipe: "Antes de uma equipe ser iniciada, regras básicas precisam ser definidas. Os membros da equipe trazem muitas suposições não expressas sobre o que é ou não aceitável na interação do grupo... Abertura, consenso, respeito mútuo, criatividade, e diversidade são alguns dos típicos valores das equipes eficazes."



"... a importância de declarar um valor e impô-lo repetidamente; Dominar o aprendizado da equipe será difícil se os valores não forem deixados bem claros.



"Outro valor a estabelecer é as condições de limites da equipe. Essas condições definem os limites externos de aceitabilidade para as novas idéias... Em algumas congregações, um valor subjacente é que somente programas e prioridades da denominação podem ser considerados. Este e outros limites similares devem ser expostos e discutidos pelo grupo. Fazer isso ajudará a estabelecer os valores do grupo..." [3; pg 135; ênfase adicionada]



VISÃO OU PROPÓSITO: O foco contínuo do grupo precisa ser sua visão. O pastor Warren usa a palavra "propósito" em vez de visão, e - embora ela possa se alinhar mais de perto com uma declaração de missão - serve o mesmo propósito unificador como a visão organizacional. Em seu capítulo sobre "Discernindo e Comunicando a Visão", LCC diz:



"Nossa definição de comunicar a visão é um conjunto abrangente, intencional e em andamento de atividades que são realizadas por meio do processo de transformação para tornar a visão clara para a congregação..."



"Rick Warren reforça esse tema quando diz, "Visão e propósito precisam ser redeclarados a cada vinte e seis dias para manter a igreja na direção certa." [2, pg 111] [3, pg 62]



O pastor Warren é mais do que fiel a essa regra. A primeira lição no guia de Estudos de Grupos Pequenos para os Quarenta Dias de Propósito lidam principalmente com a palavra propósito. Seu foco não é em Deus, mas nas "conseqüências de não conhecer seu propósito". Ele adverte o grupo que "sem conhecer seu propósito, a vida parecerá CANSATIVA... SEM PROPORCIONAR SATISFAÇÃO, INCONTROLÁVEL." Em vez de estudar a Bíblia, o grupo recebe uma lição sobre a importância de "propósito". De acordo com o guia de estudos do grupo, "conhecer o propósito de sua vida irá:



"Dar um FOCO na sua vida"

"SIMPLIFICAR sua vida."

"Aumentar a MOTIVAÇÃO em sua vida."

"PREPARÁ-LO PARA A ETERNIDADE."

Em resumo, Rick Warren está colocando "as primeiras coisas primeiro", exatamente como o livro LLC recomenda:



"Visão é a descrição do futuro preferido da congregação em três a cinco anos. Um dos Sete Hábitos das Pessoas Altamente Bem-Sucedidas, de acordo com Steven Covey, é 'colocar as primeiras coisas primeiro'. Essa é a prática de permitir que nosso objetivo de longo prazo (a visão) guie nossas ações de curto prazo (a implementação). Ela também envolve a disciplina de permanecer no rumo evitando distrações não importantes." [3; pg 81] [tradução nossa]



O objetivo de longo prazo é a transformação coletiva. Essa transformação inclui unidade e prontidão para fluir com as transformações que estarão à frente. As pessoas "permanecem no rumo" juntas, mantendo seus corações e mentes focados na visão comum. Essa visão é como a cenoura pendurada na frente da boca do cavalo. Ela motiva o animal a caminhar em uma determinada direção. Não há outro objetivo final que não a transformação em andamento e desimpedida e a conformidade - isto é, a transformação contínua. E cada parte do grupo ou da comunidade precisa estar enfocada na cenoura (o propósito declarado, ou a visão) que juntos eles adotam qualquer que seja o novo "modelo mental" (a nova cosmovisão, paradigma ou modo de ver a realidade) que o facilitador ou o pastor apresente. O grupo ou o coletivo precisa aprender a pensar e a seguir como uma única pessoa.



Isso significa um novo tipo de aprendizagem. Como o LCC nos diz, "O aprendizado em equipe faz uso ativo das habilidades associadas com os modelos mentais. Além dessas, o aprendizado em equipe requer:



Relacionamentos próximos e transparentes

Um objetivo aceito e desafiador

Abordagem colaborativa para compartilhar e examinar as informações.

"Referenciamos essas três habilidades essenciais do aprendizado em equipe como construção de equipe, estalecimento de desafios de desempenho, e diálogo." [3, pg 134] Vamos dar uma olhada mais de perto dessas três habilidades vitais:



1. CONSTRUÇÃO DA EQUIPE. "Ficar no rumo" envolve muita repetição. Parte da visão/propósito é a compreensão cada vez mais aprofundada da natureza coletiva do grupo. Tudo precisa encontrar seu lugar e significado no corpo maior - independente do quanto ele se afasta da verdade e dos caminhos de Deus. Como o pastor Rick Warren escreveu em seu livro Uma Vida Com Propósitos: Sua descoberta do seu papel na vida por meio de seus relacionamentos com os outros. A Bíblia nos diz: "Cada parte recebe seu significado do corpo como um todo, não o contrário." [1, pg 131] Algumas páginas adiante ele acrescenta:



"O Corpo de Cristo, como nosso próprio corpo, é realmente uma coleção de muitas células pequenas. A vida do Corpo de Cristo, como seu corpo, está contida nas células. Por essa razão, todo cristão precisa estar envolvido em um grupo pequeno dentro de sua igreja, seja ele um grupo de comunhão no lar, uma classe de Escola Dominical ou um estudo bíblico. É aqui que a verdadeira comunidade ocorre..." [1, pg 139]



As afirmações do pastor Warren ilustram o "pensamento de sistema" no contexto de uma igreja. Sim, Deus quer que estejamos em união com Ele e uns com os outros: uma família em Cristo, todos dirigidos pelo Santo Espírito, de acordo com o plano perfeito de Deus. Mas quando as diretrizes de Deus para Seu corpo de crentes são colocadas dentro do contexto de um sistema secular de administração - e quando cada membro é instruído a encontrar seu "significado" ou propósito no "corpo" coletivo, em vez de em Jesus Cristo, a Cabeça do Seu corpo - o ideal bíblico torna-se pouco mais que uma ferramenta para conformar as pessoas a um processo sem base bíblica. Deixe-me tentar explicar.



De modo a serem "eficazes", os grupos pequenos envolvidos nos Quarenta Dias de Propósito precisam ser diversos; precisam misturar membros mais tradicionais da igreja com seus vizinhos e amigos convidados, que não têm conhecimento bíblico algum. Essa diversidade é essencial para o processo planejado de "aprendizagem". Um relatório de 1969 do Programa de Educação dos Professores da Ciência do Comportamento (B-STEP, de Behavioral Science Teacher Education Program) - um programa de lavagem cerebral instituído e patrocinado pelo Departamento de Saúde, Educação e Bem-Estar Social do governo americano para formar cidadãos globais para um mundo socialista - incluía dois requisitos vitais: ampla diversidade e avaliações contínuas:



"Para o BSTEP ser funcional além da amostra específica de alunos que o programa atende, então essa amostra deve ser representativa da diversidade da sociedade americana. Alta prioridade é recomendada para manter um mix de alunos que inclua: Alunos do ambiente urbano, de cidades pequenas e da zona rural.... Ampla representação racial e étnica.. Ampla gama de potenciais de realizações acadêmicas... Alunos com interesses diversos e incomuns.... Porcentagem representativa de homens e mulheres... A avaliação contínua do progresso dos alunos é importante em um currículo baseado no desempenho." [Veja B-STEP, pg 53]



Na verdade, esse processo de "aprendizado" usado nas escolas ou nas igrejas tem pouco que ver com o conhecimento dos fatos tradicionais, ou das verdades bíblicas. Em vez disso, ele objetiva o desenvolvimento de habilidades de grupo e "pensamento sistêmico" (vendo a nós mesmos e a tudo o mais, não como pessoas individuais ou projetos, mas como partes integradas de um todo maior). À medida que as pessoas aprendem a criar empatia uns com os outros dentro dos grupos diversos, os membros gradualmente aprendem a deixar de lado suas antigas suposições baseadas na Bíblia, e os limites e absolutos divisivos. Os membros diversos juntam seus corações, mentes e emoções como se fossem uma só pessoa. Eles se comprometem uns com os outros. Essa nova e interessante unidade dá uma boa sensação. Ela também motiva os membros cristãos a ignorarem as solenes advertências de Deus referentes à contemporização, à conformação com o mundo, e a estar "em jugo desigual com os infiéis." [veja 2 Coríntios 6:12-18]. Com explica o livro LCC:



"Em uma equipe eficaz, as diferenças criam sinergias. Em vez de ficar separados por uma distância segura, os relacionamentos de trabalho próximos dentro de uma equipe tornam a diversidade em uma fonte de força... A construção de equpes é o lugar para começar a abraçar as diferenças trazidas pelos membros da equipe." [3; pg 135]



"Em um ambiente de relacionamentos de confiança, a colaboração da equipe para definir os padrões de desempenho gera uma tensão criativa para o grupo... As habilidades mais desafiadoras e potencialmente mais importantes para as equipes é o diálogo. Essas três habilidades - construção de equipes, desafios de desempenho, e diálogo - acelerarão todo o processo de aprendizagem para uma equipe." [3, pg 142; ênfase adicionada]



Sim, essas estratégias testadas pelo tempo para a engenharia social realmente acelerarão o "processo de aprendizagem". Mas o "resultado mensurável" será os produtos cegos da manipulação humana, não o Corpo de Cristo ensinado e estabelecido pelo Espírito Santo.



2. DESAFIOS DE DESEMPENHO (ou padrões mensuráveis). Em seu vídeo de ensino para os líderes de grupos pequenos envolvidos nos Quarenta Dias de Propósitos, o pastor Warren propõe Avaliações da Saúde:



"Antes de você assistir ao vídeo de ensino e de começarmos a nos aprofundar nos propósitos, queremos separar um momento para descobrir onde as pessoas estão espiritualmente... Sua saúde nunca é estática. Ela precisa ser verificada regularmente para garantir uma vida com saúde.



"O mesmo é verdade com sua saúde espiritual e é por isto que queremos iniciar esta segunda semana com uma breve verificação da saúde usando um instrumento simples chamado Avaliação da Saúde Orientada por Propósitos. Separe alguns minutos... para preencher sua própria avaliação de saúde (encontrada no Recursos do Grupo no Guia de Estudos de Grupos Pequenos). Anote os números e observe as áreas em que você está indo bem, e as áreas de crescimento. Nos primeiros minutos do seu tempo com o grupo, desafie o grupo a passar pelo mesmo processo...



"Aqui está uma oportunidade para você modelar autenticidade compartilhando com o grupo onde você está progredindo e onde precisa se desenvolver. Seja qual for o nível da sua vulnerabilidade, a necessidade de prestar contas rapidamente se tornará a norma no grupo." [5]



De um modo não-ameaçador, o pastor Warren acaba de introduzir o grupo a uma parte essencial do processo de transformação: a avaliação contínua. A saúde, crescimento e progresso de todo membro precisa ser registrado e monitorado. É aqui que entram os sofisticados sistemas de alta tecnologia no paradigma do Crescimento de Igrejas e da Orientação Por Propósitos. [Veja CMS na Parte 1] Cada pessoa, cada passo para a frente e cada transformação precisa ser registrada e acompanhada, analizada e levada em consideração. O mesmo é verdadeiro com relação à Educação Baseada em Resultados nas Escolas, as tentativas do ex-vice-presidente americano Al Gore em "reinventar o governo", e a Administração da Qualidade Total nas empresas de todo o mundo. Todos seguem a fórmula mundial de Peter Drucker para a administração dos negócios.



O livro LCC mostra como a visão (ou o propósito) trabalha junto com as avaliações contínuas para obter a transformação social e humana:



"Ações Sugeridas para Patrocinarem a Transformação. "No fim, o momento para a transformação em progresso é uma função de dois fatores: a capacidade da organização de avaliar continuamente a realidade atual e sua capacidade de criar alinhamento interno em torno da visão...



"Relançar a visão é feito melhor por meio de avaliações periódicas com a comunidade da visão. Deve-se enfocar se a visão precisa ser revisada de modo a ser consistente com a compreensão do chamado de Deus." [3, pg 88]



Compromisso com o Aprendizado. ... os líderes da transformação devem avaliar as habilidades de cada membro e tentar criar experiências de aprendizado em cada estágio do processo de transformação."



"As experiências de aprendizado precisam enfocar em mais do que transferir informações. Os membros da equipe devem ter oportunidades para discutir novas compreensões uns com os outros. Eles devem ser desafiados a extrair as implicações das experiências de aprendizdo que são únicas e úteis para eles e para suas congregações. Habilidades críticas precisarão ser revistas periodicamente.... Apresentação e discussões de acompanhamento normalmente também são necessárias. As práticas reais de aplicar a habilidade e dar um retorno construtivo... são essenciais para o desenvolvimento das habilidades." [3, pg 134; ênfase adicionada]



3. DIÁLOGO: Na primeira de suas lições semanais de vídeo para os líderes, o pastor Warren diz: "Quero que vocês discutam sobre o que conversamos a cada semana, dialoguem uns com os outros, considerem as implicações e planejem alguns passos para ação como resultado. Quanto mais você se envolver e participar, mas benefício receberá desta série de crescimento espiritual nas próximas seis semanas."



Parece bom e verdadeiro, não? Agora, considere a explicação do livro LCC sobre diálogo. Ele cita Peter Senge, fundador e presidente da Sociedade para o Aprendizado Organizacional, do MIT, que escreveu um livro de muito sucesso sobre pensamento sistêmico intitulado The Fifth Discipline (A Quinta Disciplina), que tem servido como um guia mundial sobre transformação social e comportamental.



"O propósito do diálogo é ir além da compreensão de qualquer indivíduo em particular." (Senge) No diálogo, a compreensão de cada indivíduo é tornado disponível para todo o grupo para que todos aprendam..."



"Na discussão, a perspectiva de um indivíduo... é apresentada com o objetivo de persuadir o resto do grupo.... No diálogo, um indivíduo oferece sua perspectiva ou suposições para exame pelo grupo. O objeto do diálogo é permitir que outros vejam aquilo que você vê e por que você vê, não convencê-los. O diálogo pode criar uma rica compreensão.se as informações forem compartilhadas abertamente e se todos os participantes ouvirem com atenção."



"Isto somente pode ser feito em um ambiente seguro... Se os membros do grupo acharem que suas visões sejam descartadas ou usadas contra eles, o diálogo não poderá ocorrer. Defesas serão levantadas ou as informações não serão compartilhadas." [3, pg 140]



Você compreendeu a diferença entre discussão e diálogo? Uma boa discussão depende de fatos e da lógica - informações sólidas - para apresentar um argumento lógico que possa persuadir os outros que algo é verdadeiro ou correto. Mas essa discussão didática choca-se com os propósitos do grupo dialético, que treina mentes diversas (lembre-se, todos são incentivados a trazer seus amigos) para ignorar as verdades ofensivas para o bem da unidade. Cada pessoa precisa aprender a compartilhar seus corações autenticamente , a "ouvir" com empatia, colocar de lado os fatos divisivos ou os padrões bíblicos, e continuamente sintetizar as visões individuais e os valores em um terreno comum que evolua continuamente. É claro que esse processo de sentir-se bem ofusca a linha divisória de Deus entre o bom e o mau, entre a verdade e o erro. [Veja 2 Timóteo 4:3-4]



Como na lavagem cerebral soviética, na terapia Gestalt, e nos populares encontros de grupos dos anos 1960, cada pessoa precisa aprender a ser "autêntico" e vulnerável - disposto a compartilhar livremente seus sentimentos pessoais e confessar suas fraquezas. Para incentivar essa autenticidade, o facilitador precisa construir um "ambiente seguro" que seja permissivo e onde ninguém seja julgado. A afirmação, celebração e, freqüentemente, uma visão totalmente inclusiva das promessas de Deus ajuda as pessoas a se sentirem em casa - independente de quais sejam suas crenças, estilos de vidas e valores.



Mas, você pode perguntar: Deus não nos chama para a unidade, empatia e autenticidade (pureza, honestidade...)? Sim, chama. Todos os que são nascidos de Seu Espírito estão em união com ele. Em contraste, não há genuína união entre os cristãos e o mundo. Todavia, os inimigos de Deus gostam de usar as palavras de Deus de formas e em contextos que distorcem seus significados e enganam o povo de Deus. A princípio, esses desvios podem parecer tão sutis que deixam de serem observados. Mas, com cada contemporização e distorção da verdade, o discernimento se reduz e a mudança de paradigma em direção à apostasia se acelera. [Veja America´s Spiritual Slide]



As questões dialéticas na quarta capa de Uma Vida Com Propósitos se encaixam nesse processo. As duas primeiras começam com "O que você acha...?" e "O que você sente...?" Nem uma das perguntas apontam para as Escrituras; em vez disso, todas enfocam os elementos subjetivos dos cinco propósitos do pastor Rick Warren. Elas liberam os membros do grupo para se identificarem com as emoções e os laços subjetivos sem o temor da correção, independente de quais sejam suas crenças e estilos de vida.



Como o programa Quarenta Dias com Propósitos é somente a primeira etapa em um processo infindável de aprendizagem em grupo, ele faz pouco mais do que abrir a porta, iniciar o treinamento no pensamento dialético, demonstrar a unidade obtida em um encontro de grupo facilitado e construir um desejo por mais do mesmo tipo de unidade. Aparentemente, a maioria dos participantes se torna tão ligado ao grupo (e ao processo unificador) que eles continuam ou com os mesmos amigos ou em um novo grupo com outros cujas vidas foram "transformadas".



Agora, dê uma olhada nos objetivos e modos desse processo, conforme explicados no livro LCC. Observe suas raízes na agenda sem base bíblica do Dr. Peter Senge para transformar o mundo:



"Senge identifica três práticas fundamentais para as equipes envolvidas na prática do diálogo:



1. Os Participantes Concordam em Descrever suas Suposições... O verdadeiro diálogo permite que os membros da equipe examinem as suposições uns dos outros. À medida que isso acontece, os participantes freqüentemente desenvolvem novas compreensões nas suposições pessoais que trazem ao processo." [3, pg 140]



2. "Os Participantes Concordam em Tratar uns aos Outros como Colegas. ... Senge observa que 'o diálogo pode ocorrer somente quando um grupo de pessoas vê uns aos outros como colegas em uma busca mútua por maior compreensão e clareza." ... Essa prática serve as equipes mais poderosamente quando os indivíduos têm diferentes pontos de vista." [3, pg 141]



3. "O Facilitador Mantém os Membros do Grupo em seu Compromisso com o Diálogo" ... A maioria dos grupos usa e abusa da discussão.... Alterar essa tendência... requer comprometimento, prática e assistência. O facilitador pode fortalecer a capacidade dos membros do grupo de usarem o diálogo, ajudando-os a estabelecer regras básicas e chamando-os de volta às regras quando eles de desviam do diálogo para a discussão...



"Dominar a habilidade de diálogo é um processo que requer muita diligência e atenção... O diálogo é arriscado porque requer um alto nível de transparência e vulnerabilidade de todos os participantes, especialmente do líder da equipe... o diálogo aumenta significativamente a capacidade do grupo de alcançar os resultados que Deus deseja." [3, pg 142]



A próxima citação de Uma Vida com Propósitos ilustra as percepções positivas da comunhão nos grupos pequenos. Em um contexto bíblico, isso representaria o melhor da comunhão cristã:



"Em uma verdadeira comunhão, as pessoas experimentam autenticidade. A comunhão autêntica não é um bate-papo superficial. Ela é genuína, de coração para coração, algumas vezes um nível íntimo de compartilhamento. Ela acontece quando as pessoas se tornam honestas sobre quem são e o que está acontecendo em suas vidas. Elas compartilham seus problemas, revelam seus sentimentos, confessam suas falhas, revelam suas dúvidas, admitem seus temores, reconhecem suas fraquezas, e pedem ajuda e oração." [1, pg 139]



Mas, no contexto do crescimento de igrejas e na Teoria Geral dos Sistemas do MIT, essa autenticidade prescrita encaixa-se corretamente no processo de transformação do livro LCC:



"O evangelho de Cristo nos chama para esse tipo de transparência autêntica. Jesus modelou essa auto-conscientização. Ele sabia quem era... seu propósito na vida. Ele sabia como sua cultura o influenciava."



"Os grupos pequenos de muitos tipos fornecem um ambiente seguro para os indivíduos pensarem em voz alta sobre si mesmos..."



"Os indivíduos que querem dominar a disciplina dos modelos mentais começam compromentendo-se com um senso crescente de auto-conscientização. Isso permite que eles identifiquem e testem seus modelos mentais com relação à realidade." [3, pg 118]



As duas próximas citações colocam a confissão e a autenticidade, primeiro, em um contexto interfé e, segundo, no processo geral da lavagem cerebral soviética. A confissão e a autenticidade são vitais para ambos.



"Pensamos na confissão como um ato que deve ser realizado em segredo, na escuridão do confessionário... A realidade, porém, é que todo ser humano está partido e vulnerável...



"A vulnerabilidade é uma rua de mão dupla. A comunidade requer a capacidade de expor nossas feridas e nossas fraquezas para as outras criaturas." [6] [Veja o ensino de Scott Peck em The Different Drum: Community-Making and Peace]



"... as classes tinham virtualmente parado. Variedades de reuniões de 'aprendizdo estavam tomando todo o tempo. Os alunos estavam trabalhando em confissões, como também muitos dos membros do corpo docente...



"As reuniões estavam sendo realizadas em salas vagas e em espaços abertos sempre que um grupo podia se reunir para discutir, se auto-criticar e confessar." [7] [Leia mais sobre esse processo em Brainwashing and Education Reform]



Edward Hunter escreveu seu livro sobre a lavagem cerebral no estilo soviético após numerosas entrevistas pessoais com vítimas da "reforma educacional" chinesa. Os sobreviventes incluíam missionários ocidentais, prisioneiros de guerra, professores e homens de negócios que foram treinados por meio de táticas cruéis, porém sofisticadas de "lavagem cerebral" para trair seu país, aderir ao materialismo dialético, "confessar" mentiras, e servir à máquina de propaganda comunista. No fim, ele mostra como alguns puderam resistir ao processo.



Hoje, no Movimento de Crescimento de Igrejas, os resistentes geralmente são peneirados bem cedo no processo. Na próxima parte, veremos alguns dos modos como os não-conformistas são avaliados, expostos, vilificados e afastados da família da igreja que eles amavam, serviam e apoiavam.



"Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas." [2 Timóteo 3:1-4]



TRÊS TIPOS DE RELACIONAMENTOS DE GRUPOS



Comunhão Bíblica e Comunidade Cristã Amizade Humana e Comunidade Tradicional Grupos Dialéticos e Comunidade Pós-Moderna



Exemplo: Community-Making



DIRIGIDA pelo ESPÍRITO ORIENTADA pelas NECESSIDADES sentidas ORIENTADA por RESULTADOS ou PROPÓSITOS organizacionais

Inclui Cristãos "nascidos de novo" de todas as nações e culturas Todos os que decidem fazer parte, querem compartilhar interesses comuns e são aceitos pelo grupo Participantes diversos (espiritual e culturalmente) no processo dialético

Base Palavra de Deus e Espírito Necessidades sentidas; desejo natural de pertencer a um grupo Uma estratégia pré-planejada e resultado (propósito) com vistas à transformação pessoal e social

Objetivos Amor, fé e obediência a Deus, amor agapeo uns pelos outros, unidade em Cristo Construir relacionamentos, atender às necessidades de ter comunhão, ter diversão Transformação: das crenças e valores antigos para uma síntese ou consenso de grupo sempre em evolução

Resultado Deus é glorificado por meio da nossa adoração, louvor, serviço e união com Ele. Gratificação pessoal, um senso de pertencer, maior dependência do grupo União dos membros do grupo, disposição de contemporizar, crenças e valores modificados, rendição da vontade pessoal e de significado ao grupo

Mostra aos outros: O amor agapeo sobrenatural de Deus Amor humano phileo Capacidade do facilitador e o poder do processo dialético

Objetivo



final

Eternidade com Deus Relacionamentos proveitos com este mundo Alcançar a visão da comunidade ideal



Notas Finais

1. Rick Warren, Uma Vida com Propósitos, Editora Vida. Veja a Parte 1, Igreja Dirigida Pelo Espírito ou Orientada Por Propósitos?



2. Rick Warren, Uma Igreja com Propósitos, Editora Vida.



3. James H. Furr, MIke Bonem e Jim Herrington, Leading Congregational Change (San Francisco, Jossey-Bass, 2000_. Peter Senge, o fundador e presidente da Society for Organizational Learning, do MIT, uma "comunidade global de corporações, pesquisadores e consultores", escreveu em 1995 o livro sobre pensamento sistêmico, The Fifty Discipline (A Quinta Disciplina), que apresenta os processos atuais para mudança social e do comportamento. O artigo Peter Senge and the Learning Organization menciona a ênfase de Senge no diálogo e na visão compartilhada." Ele sugere um "vínculo aqui com as preocupações e interesses dos pensadores comunitários." "O líder como professor não é 'ensinar' as pessoas a como atingir sua visão", escreveu Peter Senge. "É patrocinar o aprendizado, para todos. Esses líderes ajudam as pessoas em toda a organização a desenvolverem compreensões sistêmicas."



4. Rick Warren, "Relationships hold your church together", artigo em http://www.pastors.com/article.asp?ArtID=3917



5. Rick Warren, "40 Days of Purpose", Transcrição de Small Group and Sunday School Teaching Video (PurposeDriven, Saddleback Parkway, Lake Forest, CA) pg 16.



6. Scott Peck, The Different Drum: Community-Making and Peace, (Nova York, Simon & Schuster, 1987); pg 69-70.



7. Edward Hunter, Brainwashing (Nova York, Pyramid Books, 1956), pg 50-51.



Se você recebeu Jesus Cristo como seu Salvador pessoal, mas vive uma vida espiritual morna, precisa pedir perdão e renovar seus compromissos. Ele o perdoará imediatamente e encherá seu coração com a alegria do Espírito Santo de Deus. Em seguida, você precisa iniciar uma vida diária de comunhão, com oração e estudo da Bíblia.



Se você nunca depositou sua confiança em Jesus Cristo como Salvador, mas entendeu que ele é real e que o fim dos tempos está próximo, e quer receber o Dom Gratuito da Vida Eterna, pode fazer isso agora, na privacidade do seu lar. Após confiar em Jesus Cristo como seu Salvador, você nasce de novo espiritualmente e passa a ter a certeza da vida eterna nos céus, como se já estivesse lá. Assim, pode ter a certeza que o Reino do Anticristo não o tocará espiritualmente. Se quiser saber como nascer de novo, vá para nossa Página da Salvação agora.



Esperamos que este ministério seja uma bênção em sua vida. Nosso propósito é educar e advertir as pessoas, para que vejam a vindoura Nova Ordem Mundial, o Reino do Anticristo, nas notícias do dia a dia.



A Igreja do Povo - Fazendo a Obra de Deus com os Métodos do Homem

Autor: Paul Proctor

Entrei pelas portas da Primeira Igreja Batista na primavera de 1995, após ter vivido como um filho pródigo por aproximadamente dez anos. Eu tinha rededicado minha vida a Cristo há pouco tempo e queria participar novamente de uma família cristã amorosa em uma igreja. Quando entrei e me sentei, a música alegre do louvor do magnífico coral e da orquestra, encheram meu coração e minha alma de admiração, emoção e de grande expectativa. Eu estava realmente sendo preparado para adorar.



Quando o pastor terminou o sermão, eu estava espiritualmente refrigerado e energizado para a semana entrante. A mensagem tinha sido clara, poderosa, convincente, bíblica e cheia do Espírito Santo. Ao longo do tempo, aprendi a amar esse irmão em Cristo, por causa de sua fidelidade e paixão pelo evangelho. Após visitar a igreja por vários meses, vi que tinha encontrado a minha igreja.



Alguns anos mais tarde, o pastor me convidou para almoçar com ele em um clube de campo que ele freqüentava. Durante o almoço, mencionou de passagem seu desejo de eventualmente remover o nome Primeira Igreja Batista e simplesmente chamá-la de "Igreja do Povo", pois afinal, era assim que todos a conheciam. Ainda impressionado com a personalidade do pastor, sorri e acenei com a cabeça em aprovação, quando ele me disse que queria levar a igreja para uma "nova direção", longe do estigma batista sulista que achava que tinha de uma certa forma atrapalhado no passado, e buscar coisas maiores. Infelizmente, ele não disse muito sobre qual seria essa "nova direção" e eu erradamente assumi que seria uma identidade não-denominacional.



Nas próximas semanas e meses uma nova mensagem começou a emanar do púlpito e que não era diferente do que estava vindo de todos os lugares, o pódio presidencial de Bill Clinton durante o auge dos seus escândalos. Um tema recorrente de tolerância, diversidade e unidade parecia permear quase todos os sermões. Tornou-se claro para mim que a "nova direção" do pastor era mundana e que ele estava agora sendo guiado por alguém ou outra coisa diferente de Deus. Ao longo do tempo, cresceu entre nós dois um certo atrito, à medida que seus sermões se afastaram do evangelho que leva ao arrependimento e à fé em Cristo, para a psicologia social do "vamos viver em harmonia". Claro, a Bíblia nos diz para vivermos em paz uns com os outros, e mantermos relacionamentos saudáveis com nossos irmãos e irmãs em Cristo, mas não à custa de Deus. O pastor que eu antigamente tinha em alta estima começou a recitar clichês de "pensamento de grupo" como: 'Você não pode estar em paz com Deus e em desarmonia com todas as pessoas', querendo dizer que agora era a hora de todos contemporizarmos em nossa consciência e convicções, pensando no bem coletivo. Esse é o "Processo do Consenso" em operação, uma técnica de lavagem cerebral de mais de duzentos anos conhecida pelos psicólogos sociais de todo o mundo como "Dialética Hegeliana", desenvolvida por George Wilhelm Friedrich Hegel, no final do século XVIII, e que envolve a prática da contemporização para obter a harmonia social entre grupos opostos e/ou sistemas de crenças. A dialética hegeliana é especialmente danosa para aqueles na fé que são compelidos no processo a aceitar o inaceitável, de modo a ganhar a aprovação do grupo. É a mentalidade do rebanho do pensamento humanista e é uma abominação diante de Deus.



Veja, a Bíblia está repleta de homens tementes a Deus que ficaram sós e morreram lutando contra a heresia da mentalidade do rebanho, incluindo o próprio Jesus Cristo. Estar "em divergência com todos" foi exatamente o que o levou a ser cravado na cruz! Ele disse, "Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." [Mateus 7:13-15]. Essa certeza não é um bom indício para aqueles pastores que têm como suas principais preocupações o crescimento da igreja e os grandes números.



Não foi um Jesus tolerante quem expulsou os cambistas do templo usando um azorrague, ou um tolerante João Batista quem publicamente repreendeu o rei Herodes por se casar com a mulher de seu irmão, ou um tolerante Paulo quem chamou a atenção de Pedro por se afastar dos cristãos não-circuncidados, também não foi a tolerância que levou a maioria dos discípulos à decapitação ou à crucificação nos primeiros anos da igreja cristã. Entretanto, agora estamos entrando em um novo milênio, cruzando aquela ilustre "Ponte para o Século XXI", como uma igreja reinventada de tolerância, diversidade e unidade. Agora que as portas estão sendo escancaradas para tudo e para todos, pergunto a você, a igreja está afetando a cultura ou a cultura é que está afetando a igreja? Quem está fazendo proselitismo com quem aqui? Olhe à sua volta e diga-me o que você vê.



Não demorou muito para que uma campanha vulgar de arrecadação de fundos fosse iniciada na Igreja do Povo, como se alguém estivesse concorrendo a um cargo político, com tudo, banquetes, jantares, prêmios, muitos discursos bajuladores, testemunhos, apresentações, reuniões particulares e atenção especial dada aos "grandes ofertantes" da igreja (o termo é deles, não meu), tudo para beneficiar um novo programa de construção que nos daria um "centro de adoração" de alta tecnologia e uma dívida de doze milhões de dólares.



Hoje, quando caminho por aquele centro de entretenimento em uma manhã de domingo, onde havia um santuário, vejo agora muitas poltronas de cinema almofadadas no lugar dos bancos; uma tela de projetor multimídia no lugar em que antes havia uma cruz de madeira; meia dúzia de pessoas fazendo coreografias e recebendo aplausos, onde havia antes um coral; uma banda de jazz/rock tocando solos onde havia uma orquestra; uma jovem cantora dirigindo corinhos simplistas diante de uma audiência confusa, onde havia um ministro de música que regia a congregação nos grandes hinos de adoração e de louvor a Deus, e onde um charmoso "facilitador", vestindo uma camiseta pólo, prega que todos devemos viver em harmonia, onde antes um humilde homem de Deus vestido de terno e gravata proclamava corajosamente a Palavra de Deus.



Outro dia, eu estava ouvindo um programa de rádio gravado pela Internet, chamado "Steel on Steel", apresentado por John Loeffler. Ele estava entrevistando um ex-professor e especialista em história e filosofia européias chamado Dean Gotcher sobre a "Dialética Hegeliana" ou o "Processo do Consenso" e como isso está sendo integrado com sucesso no governo, na mídia, nas forças armadas, na polícia, na educação pública, nas faculdades, nos seminários e até nas igrejas para centralizar tudo e nos unificar em uma mentalidade socialista de governança global. O objetivo global-socialista é e sempre foi um governo mundial e uma única religião global. Eles usam a dialética helegiana há vários séculos para controlar grandes populações em todo o mundo e levá-las a uma Nova Ordem Mundial. Quase no fim do programa de uma hora de duração, ele casualmente mencionou um par de organizações cristãs que eram conhecidas por seduzir as igrejas a entrarem nesse "Processo de Consenso" com "progressivos" programas de crescimento de igreja, em que a contemporização faz crescer os números. A tentação de tal fruto mundano é obviamente difícil de resistir, mesmo entre os pastores mais fiéis. Entretanto, fazer coisas profanas em nome de Cristo não as santifica.



Quando Dean Gotcher mencionou uma dessas organizações como sendo a "Associação Willow Creek", os sinos começaram a soar, as luzes começaram a piscar e, subitamente, cinco anos de confusão, atrito e controvérsia entre meu pastor e eu foram instantaneamente trazidos à completa claridade. É lógico! A igreja do Povo pertencia à Associação Willow Creek! Uma vez que meus olhos foram abertos para seus métodos carnais, por meio de pesquisa adicional, combinado com tudo o que eu já tinha aprendido ao longo dos anos sobre global-socialismo, fiquei convencido que a igreja tinha sido levada ao "Processo do Consenso" por meio de uma organização humanista e socialista fazendo-se passar como um ministério cristão, completo com "agentes de mudança" e "facilitadores" (lobos em pele de cordeiro) que eu mesmo tinha encontrado pessoalmente na Escola Dominical e na adoração no domingo. Aparentemente, essa era a "nova direção" do pastor para a Primeira Igreja Batista. Não foi surpresa descobrir mais tarde, que o fundador da Igreja da Comunidade Willow Creek, o pastor Bill Hybels, é um querido amigo e ministro pessoal do renomadíssimo socialista e "facilitador", o presidente Bill Clinton. Agora sei por que meu pastor há três ou quatro anos começou a soar tão "clintonesco" em seus sermões nas manhãs de domingo.



Ao fazer uma pesquisa sobre a Associação Willow Creek, descobri que milhares de igrejas em todo o mundo estão sendo transformadas em "igrejas daqueles que procuram", orientadas pelas emoções, exatamente como a nossa, sob a liderança e direção dessa organização, tudo com a mesma tolerância, diversidade e o tema da unidade, o formato liberal na adoração, ensino bíblico superficial, ênfase no conforto e leveza na consciência, equipado com enormes telões de projeção multimídia, grandes sistemas de som, música exótica, sem coral, com mulheres pastoras, esquetes que despertam as emoções, interpretações com dança, e oneradas por milhões de dólares de dívidas na construção de instalações de entretenimento sofisticadas, que eles chamam de "centros de adoração". Ver uma bola giratória de discoteca acima de nossas cabeças no culto de dedicação, um par de anos atrás, foi uma grande tristeza para mim pessoalmente.



"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." [1 João 2:15-17]



Há muito tempo me desgastei com certos membros da liderança da igreja, protestando repetidamente pelo nosso envolvimento nesses movimentos ecumênicos e excentricidades carnais, começando com o "Movimento dos Homens", aquela organização orientada pelas emoções, que usa marketing agressivo, é apoiada por celebridades, é enganosa espiritualmente e agora está financeiramente quebrada, os Promise Keepers. O "Processo do Consenso", ou a dialética hegeliana, ensina os "facilitadores" a se isolarem, a intimidarem e até envergonharem seus críticos fazendo-os silenciar e cooperar com "sentimentos feridos". Isso também é carnal. Aqueles que buscam a aceitação do grupo e aprovação são impotentes contra isso. Francamente, prefiro ter a aceitação e aprovação de Deus do que aprovação do grupo. Veja, a Associação Willow Creek sempre enfatiza "as necessidades sentidas", a unidade, harmonia, paz e os relacionamentos humanos acima de todas as outras coisas... Exatamente como as Nações Unidas. No entanto, isso não é o evangelho.



O "consenso" é a contemporização em direção ao "pensamento do grupo", não ao pensamento de Deus. É conformidade ao coletivo por meio da pressão do grupo. É o centro de toda heresia. A centralização em direção ao globalismo é a razão para o consenso e explica por que tantas grandes empresas se fundiram em monopólios controlados pelo governo; por que os dois grandes partidos políticos nos EUA se tornaram quase que indistinguíveis; por que a soberania nacional está sendo entregue às Nações Unidas; por que a Constituição está sendo ignorada pelo nosso próprio presidente; por que o "Encontro do Milênio Pela Paz Mundial dos Líderes Espirituais e Religiosos" está se reunindo em agosto para lançar uma Religião Global e os líderes mundias de 160 países estão se reunindo em setembro na ONU para o "Encontro do Milênio" para iniciar o Governo Mundial, completo com seu próprio Tribunal Penal, um sistema tributário global, e um Exército permanente. Infelizmente, o pequeno e nojento segredo sobre o processo do consenso é que qualquer assunto discutido geralmente já tem uma resposta predeterminada oferecida pelo "facilitador". Imagine isto! A consciência e a contemporização nunca podem coexistir. Elas são sempre incompatíveis. Uma precisa ceder para que haja unidade com a outra. Portanto, o consenso sempre levará seus seguidores para longe dos absolutos e da autoridade bíblica (isto é, "Assim diz o SENHOR...."), de modo a obter a aceitação e aprovação do grupo.



Todos queremos ser amados, certo? Alguns de nós desejam desesperadamente ser amados. Essa é a razão por que tantos entregam suas vidas à indústria do entretenimento e do cinema e fazem de Hollywood sua "Cidade Esmeralda". Eles aprenderam em todo o século XX que somente poderiam ser uma "grande estrela" se fossem amados e aceitos por todos. O desejo de ser amado é natural, mas amar aqueles que não concordam conosco não é natural e é difícil. Jesus disse, "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento." [Mateus 22:37] No entanto, milhões de crianças há mais de meio século ouviram e aprenderam o Mágico de Oz dizer ao Homem de Lata: "... um coração não é julgado pelo quanto você ama, mas pelo quanto você é amado pelos outros". Isto é consenso sobre a convicção, cobiça sobre a consciência, carne sobre o espírito, a heresia de Hollywood e os frutos de Willow Creek... seguir a multidão e a cultura para ser amado e aceito.



"Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte". [Provérbios 14:12]



A conclusão é esta: a Igreja da Comunidade de Willow Creek é como um daqueles barcos fluviais em que se davam espetáculos no rio Mississipi, está sendo vendida como se fosse um grande navio cruzeiro, mas no tempo devido será lembrada como outro Titanic. A Primeira Igreja Batista está verdadeiramente se tornando "A Igreja do Povo", pois é exatamente quem ela decidiu seguir e obedecer... o povo. É desnecessário dizer que, após cinco longos e frustrantes anos a bordo desse navio, estou saindo para procurar um humilde barco de pesca que navegue em águas calmas, cujas redes lançadas voltem cheias, cuja tripulação seja fiel, e em que Cristo seja o capitão, pois como diz Paul Harvey, "Agora conheço o resto da história".



"Nada sabem, nem entendem; porque tapou os olhos para que não vejam, e os seus corações para que não entendam." [Isaías 44:18]

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