segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

PADRÃO

DE DEUS PARA A VIDA

DA

FAMÍLIA









APRESENTAÇÃO



É com grande alegria que apresentamos à Igreja a apostila sobre o padrão de Deus para a vida da família.

Graças a Deus, o sucesso da vida de nossas famílias não depende de sorte. Deus nos dá detalhadamente todas as instruções, com a simplicidade que é típica do Seu conselho. Depende, então, de haver em nosso interior um ávido desejo de sermos maridos, esposas, pais e filhos segundo o coração dEle. Segundo o coração dAquele que criou o homem e a família para expressar toda a Sua glória, beleza e perfeição. A decisão da elaboração deste material surgiu da premente necessidade de socorrer a esta área na vida dos discípulos. Todos, quase sem exceções, chegam à Igreja com sérias dificuldades em suas famílias, alguns com elas destruídas. Entendemos, então que Deus necessita colocar em ordem esta área para cumprir Seu Propósito na vida de um discípulo e da Igreja. E tudo isto não é teoria. Temos visto e convivido com várias famílias, que tem sido modelos vivos e estímulo constante à prática deste padrão. Já existem muitas publicações a respeito desta matéria, entretanto entendemos que nem todas mantiveram-se dentro da pureza e simplicidade necessárias ao ensino. Logo, nossa intenção aqui é equipar os discípulos e discipuladores com um material simples e prático a respeito de tudo que temos crido e vivido neste assunto. Desejamos também apresentar nosso reconhecimento e gratidão aos irmãos de outras localidades, que nos tem abençoado com seu cuidado e exemplo no importante assunto desta apostila. Esta apostila é composta de 11 capítulos abordando os diversos aspectos do padrão de Deus para a família. Em cada capítulo encontramos primeiramente a exposição do ensino e, ao final do mesmo, algumas perguntas para Meditação e Estudo. O discípulo deverá proceder em cada capítulo da seguinte forma:

Ler e compreender a primeira parte sozinho. Fazer cuidadosamente a segunda parte de Estudo e Meditação. Encontrar-se com seu discipulador para discutir e revisar todo o assunto do capítulo. Incluir em sua programação mensal de leitura a revisão freqüente desta apostila (Ensino). Deus vos abençoe em Cristo Jesus. Amém...









































1 - A FAMÍLIA É A BASE DA SOCIEDADE



1. O Que é a Família?

A família é a primeira comunidade da raça humana. Ela surgiu antes de todas as instituições. Antes que se formassem os povos e as nações. Ela é o núcleo básico da sociedade.

“Criou Deus, pois, o homem a sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou…” Gn 1.27-28.

Deus é o criador da família. Portanto ele é o único que tem a autoridade e o direito de dizer o que é a família, para que existe e como deve funcionar.

“Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” Gn 2.24



2. Qual a Situação Atual da Sociedade?

4 A crise da sociedade de hoje está principalmente nas famílias. Nos lares existem tensões, contendas, discussões, iras, gritarias, ofensas, ressentimentos, amarguras e até, separações e divórcios.

4 A família é o alvo dos maiores ataques de satanás.

4 A destruição da família acontece porque o homem abandonou o conselho de Deus e adotou os critérios e idéias humanas. Tem a igreja solução para os problemas da família? Pode Jesus Cristo salvar a família? Certamente que SIM.



3. Qual o Objetivo deste Estudo?

4 Transmitir o conselho de Deus sobre a família, para que se possa vivê-lo e ensiná-lo a outros.

4 Ensinar a proteger nossas esposas, maridos e filhos dos ataques de satanás e da corrente mundana que destrói as famílias.

4 Edificar a igreja com base em famílias sólidas. Se as famílias são santas e sólidas, a igreja é santa e sólida.

4 Preparar famílias para serem exemplo para a sociedade

(Mt 5.13-14: “Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”)



4. Que Recursos Temos para a Reconstrução da Família?

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” Sl 127.1.

4 Temos instruções claras da palavra de Deus

(Sl 19.7-9: “A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração: o mandamento do Senhor é puro e alumia os olhos. O temor do Senhor é limpo e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente”)

4 Temos o poder do Espírito Santo

(Gl 5.22-23: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.”)

4 Temos a valiosa ajuda do corpo de Cristo. Existem muitos irmãos no corpo de Cristo, maduros e com famílias bem formadas que são exemplo, e podem aconselhar e orientar a outros

(Mt 28.20: “Ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco, todos os dias, até à consumação dos séculos”)

(Ef 4.15-16: “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos, em tudo, naquele que é a cabeça, Cristo, da qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.”)



5. Qual é a Nossa Esperança e Fé para as Famílias da Igreja?

4 Esperamos ter famílias que vivam a realidade do reino de Deus. Lares que O agradem. Cremos que Ele nos aperfeiçoará até sermos:

4 Um povo formado por famílias sólidas e estáveis.

4 Solteiros que mantenham sua santidade.

4 Casais que convivam em harmonia e fidelidade.

4 Filhos obedientes e que respeitem seus pais.

4 Esposas submissas, maridos amorosos e responsáveis.

4 Um povo que saiba trabalhar, estudar, progredir, casar, criar filhos, cuidar de suas casas com disciplina e ordem.

4 Um povo de discípulos diligentes, responsáveis, generosos e que saibam servir.

4 Um povo formado por famílias sadias e felizes, onde haja amor, paz e alegria.



MEDITAÇÃO E ESTUDO

1) Qual a verdade básica e fundamental que precisamos saber sobre a família?

2) Faça uma lista dos motivos que levam a destruição das famílias.

3) Como a palavra de Deus vai nos ajudar na reconstrução das famílias?

4) De que maneira o Espírito Santo vai nos ajudar a superar os problemas familiares?

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2 - Para que Existe a Família?



Muitos que se casam nunca perguntaram: Para que existe a família? Casam-se, trabalham, se esforçam, compram coisas, têm filhos, mas não sabem o por quê. Esta falta de definição leva a maioria das pessoas a crerem que são bons pais, apenas por darem a seus filhos a comida, roupa, casa, escola, etc. Tudo isto é necessário, mas não é o fundamental. Qual é o propósito da família?



1. Objetivos Errados

4 Alguns tem como principal objetivo da vida o progresso material. Vivem desejando e trabalhando para alcançar o progresso desejado

(Lc 12.15: “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui”).

4 Outros casam para ter felicidade pessoal. São egoístas. Pensam só em receber e nunca em dar. Querem ser servidos e não servem. O fracasso é certo.

4 Outros fazem da família um fim em si mesma. É a idolatria da família. A família se torna mais importante que Deus.

4 Há aqueles que se casam para terem os benefícios da vida de família, tais como: a alegria de viver em companhia, o dar e o receber afeto, o deleite das relações sexuais, a cobertura e proteção, a alegria de ter filhos, etc. Todos estes benefícios são legítimos, mas não podemos fazer deles o objetivo e propósito para a família.



2. Qual é o Propósito de Deus para a Família?

4 Deus é o criador da família. Ele é o dono da família. A família existe para ele

(Rm 11.36: “Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele, eternamente”).

Ele tem um propósito para a família.

4 Por que Deus instituiu o casamento? Por que deu uma esposa para Adão? Porque Deus tem um propósito eterno.

4 A Família existe para cooperar com o propósito de Deus: ter uma Família de muitos Filhos Semelhantes a Jesus.



3. Como a Família Coopera com o Propósito de Deus?

4 Na Criação de Filhos para Deus

É emocionante pensar que podemos ter filhos a quem Deus pode adotar como Seus filhos. Com este propósito em vista, todo trabalho e esforço da família se transforma em um serviço para Deus. Cozinhar, lavar, passar, trabalhar para o sustento diário, ter filhos, criá-los, instruí-los, educá-los, tudo isto deve ser para Deus. Somos seus colaboradores. Aleluia!

Os que se casam com o propósito de ter os benefícios do casamento, dificilmente serão felizes. Logo descobrirão que além dos benefícios, há trabalho, responsabilidades, dificuldades, lutas e sofrimentos.

Deus não forma uma família para si mesmo às custas da nossa felicidade. Ele quer que sejamos felizes e que desfrutemos os benefícios que a família oferece. Mas os benefícios são secundários. O importante é o seu propósito eterno.

7 Como ficam os casais que não podem ter filhos?

Todos podem ter filhos, quer seja gerando ou adotando-os. Há tantos filhos que precisam de pais!

7 Como ficam os que não se casam?

Podem dedicar-se a outros aspectos do serviço na obra do Senhor. Jesus não se casou, Paulo não teve família, mas ambos se entregaram totalmente ao propósito de Deus.

4 Na Formação e Desenvolvimento do Ser Humano

A convivência familiar nos coloca nas circunstancias ideais para nosso aperfeiçoamento. É na família que se forma o nosso caráter. Nela, aprendemos a praticar o amor, a humildade, a paciência, a bondade e a mansidão. Também aprendemos responsabilidade, disciplina, sujeição, serviço, respeito e tolerância. Assim como aprendemos a perdoar, confessar, suportar, negar a nos mesmos, exercer autoridade com amor, corrigir com graça, sofrer, orar e confiar em Deus.

O lar é a escola de formação tanto para os pais quanto para os filhos. Deus vai utilizar a convivência familiar, mais do que qualquer outra coisa, para transformar o nosso caráter à semelhança de Jesus Cristo (Rm 8.28-29).

4 Como Base para o Crescimento e a Edificação da Igreja

Isto acontece quando abrimos os nossos lares para que os perdidos possam encontrar a vida de Cristo e o ensino da palavra de Deus.

“Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos comerás feliz serás, e tudo te ira bem. Tua esposa no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos como rebentos da oliveira, a roda da tua mesa. Eis como será abençoado o homem que teme ao Senhor! O Senhor te abençoe desde Sião, para que vejas a prosperidade de Jerusalém durante os dias de tua vida, vejas os filhos de teus filhos. Paz sobre Israel!” (Sl, 128).



MEDITAÇÃO E ESTUDO



1) O que acontece com a família que vive sem um propósito claro ou com objetivos errados?

2) O que se pode fazer para corrigir este erro?

3) Re-escreva o primeiro parágrafo do ponto 2 (Qual O Propósito De Deus Para A Família), com as suas próprias palavras.

4) Por que Deus quer adotar nossos filhos como SEUS filhos?

5) O que muda na nossa atitude quando vemos que nossa vida em família deve cooperar com o propósito de Deus?

6) Quais são os benefícios de se viver em família?

7) Busque compreensão de tudo que foi estudado até aqui.

8) Medite sobre seus objetivos e atitudes.

9) Faça as correções necessárias.

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3 - O CASAMENTO



1. O Casamento Foi Instituído Por Deus

“Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne. De modo que já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem" (Mc 10.7-9)

O casamento não foi estabelecido por uma lei humana, nem inventado por alguma civilização. Ele antecede toda a cultura, tradição, povo ou nação. É uma instituição divina.

O casamento não é uma sociedade entre duas partes, onde cada uma coloca as suas condições. Deus é quem estabelece as condições, não o homem ou a mulher. Nem os dois de comum acordo. Nem as leis do país. Quem se casa deve aceitar as condições estabelecidas por Deus. E não há nada o que temer porque Deus é amor e infinitamente sábio.



2. O Fundamento do Casamento



A BASE DO CASAMENTO É A VONTADE COMPROMETIDA

PELO PACTO MÚTUO E NÃO PELO AMOR SENTIMENTAL



4 O Amor

Em nossos dias, existe o conceito generalizado de que o amor sentimental é a base do casamento. Isto por causa do romantismo e do erotismo na literatura, cinema e televisão. Certamente que o amor sentimental é um ingrediente importante do casamento, mas não é a sua base.

Deus não poderia estabelecer algo tão importante sobre uma base tão instável como os sentimentos. Na realidade, muito do que se chama de “amor”, é egoísmo disfarçado. O amor erótico, ou romântico, busca a satisfação própria ou o beneficio que pode ter através do outro.

Diversas razões podem modificar os nossos sentimentos: problemas de convivência, maltrato, falhas de caráter do cônjuge, o surgimento de alguém mais interessante, etc. Depois de algum tempo, muitos casamentos chegam a esta triste conclusão: “Não nos amamos mais. Devemos nos separar.”

4 A Vontade Comprometida

Quando um homem e uma mulher se casam, fazem um pacto, uma aliança. Comprometem a sua vontade para viverem unidos até que a morte os separe. Deus os responsabiliza pela decisão

(Ec 5.4-5: “Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos: o que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votes e não pagues.”)

(Ml 2.14: “...porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira, e a mulher do teu concerto”)

(Mt 5.37: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque, o que passa disto é de procedência maligna”)

Nem sempre podemos controlar os nossos sentimentos, mas a nossa vontade, sim. Quando os sentimentos “balançarem”, o casamento se manterá firme pela fidelidade ao pacto matrimonial. Cristo é o nosso Senhor e nossa vontade está sujeita à dEle. Desta maneira, ainda que atravessemos momentos difíceis, a unidade matrimonial não estará em perigo.

4 O Casamento É que Sustenta o Amor

Há um conceito errado que diz: “acabou o amor, acabou o casamento!” Mas a verdade de Deus é que todos os casados devem se amar. É um mandamento. Deus não diz que o casamento subsiste enquanto durar o amor. Os cônjuges podem desobedecer a Deus e não amarem-se, todavia isto não invalida a união. Deus diz que eles devem amar-se porque estão unidos em casamento.

(Cl 3.19: “Vós, maridos, amai as vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas”)

(Tt 2.4: “Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem os seus maridos, a amarem os seus filhos”).

O verdadeiro amor (ágape) existe quando alguém pensa no bem do outro, quer fazê-lo feliz, nega-se a si mesmo, se da, suporta, perdoa, etc. Com este entendimento, o verdadeiro amor aflora, cresce e se torna estável. Este tipo de amor não anula o amor romântico, mas santifica, embeleza e o faz durável.



3. O Casamento é Sagrado e Indissolúvel

a. O Vínculo Matrimonial

“De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mt 19.6)

“A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver, contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor” (1 Co 7.39)

Estes textos nos mostram claramente que:

O vínculo matrimonial é fortíssimo. São “uma só carne”.

O vínculo é realizado pelo próprio Deus. “O que Deus ajuntou”.

É um vínculo indissolúvel enquanto os dois cônjuges estão vivos. “A mulher está ligada ao marido enquanto ele viver”. Somente a morte de um dos dois pode dissolvê-lo.

Nenhum homem ou lei humana pode dissolver este vínculo Quem o fizer, estará se rebelando diretamente contra Deus.

4 Separação, Divorcio e Recasamento

7 Separação

“Ora, aos casados, ordeno, não eu mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. Se, porém, ela vier a separar-se, que não se case, ou que se reconcilie com seu marido; e que o marido não se aparte de sua mulher” (1Co 7.10-11)

Deus claramente diz NÃO para à separação.

Se por acaso o cônjuge incrédulo se separa, a opção do cônjuge crente é ficar só, nunca recasar.

(1Co 7.12-15: “Mas, aos outros, digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe. E se alguma mulher tem marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe. Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas, agora, são santos”)

7 Divórcio

“Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste desleal, sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito? E porque somente um? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto cuidai de vos mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Pois eu detesto o divorcio, diz o Senhor Deus de Israel” (Ml 2.14-16)

Deus exige lealdade ao pacto matrimonial, pois ele aborrece o divorcio.

7 Recasamento

“Quem repudiar sua mulher e casar com outra, comete adultério contra aquela. E se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério” (Mc 10.11-12)

“De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei, e não será adúltera se contrair novas núpcias” (Rm 7.3)

“Quem repudiar sua mulher e casar com outra, comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido, também comete adultério” (Lc 16.18)

Quando alguém se divorcia e se casa de novo, Deus não considera isto casamento, mas sim adultério. Se um solteiro se casa com uma mulher repudiada, também adultera, e vice-versa.

7 Exceção

(Mt 19.3-12: “3 Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4 Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez, no princípio, macho e fêmea os fez, 5 E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? 6 Assim, não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem. 7 Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? 8 Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres; mas, ao princípio, não foi assim. 9 Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar a sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e, o que casar com a repudiada, também comete adultério. 10 Disseram-lhe os seus discípulos: Se assim é a condição do homem, relativamente à mulher, não convém casar. 11 Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido. 12 Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.”)

Apesar do texto deixar margem para um exceção, devemos considerar alguns fatores:

Aqui Jesus está respondendo uma questão dos Fariseus que queriam experimentá-lo (v.3);

Jesus não respondeu a pergunta que eles fizeram, antes, reafirmou o princípio do casamento: “Uma só carne…” (v.4-6);

Indagado sobre a permissão dada por Moisés para o Divórcio, Jesus respondeu:

Por causa da dureza do coração dos homens (v.8);

E reafirmou que, apesar da dureza de coração, só lhes seria permitido repudiar e dar carta de divórcio se a mulher tivesse tido relações sexuais antes do casamento ou se ela fosse de outro homem (v.9; Dt 24.1-4).

Entretanto, disse aos discípulos: “quem repudiar a sua mulher e casar com outra comete adultério e quem casar com a repudiada, comete adultério contra ela”.

Para os discípulos de Jesus, a primeira coisa que se exige é o perdão, fruto de um coração flexível e amoroso. A segunda é que, se houver separação, ela será sempre provocada pelo cônjuge incrédulo. E terceira, nesse caso, deverá ficar sem casar novamente, ou que se reconcilie com o cônjuge.

Independente do fato que motivou a separação e o divórcio, o segundo casamento é completamente impossível de ocorrer.

O fato das leis do pais permitirem o divorcio e novo casamento, não modifica em nada a situação do casamento. Os discípulos de Jesus estão sob o governo de Deus, e suas leis permanecem para sempre.

Devemos apreciar a firmeza de Deus ao exigir o cumprimento de suas leis com respeito ao casamento. É uma expressão de seu amor para preservar a família e da posteridade de todos.



MEDITAÇÃO E ESTUDO



1) Por que razão Deus quis estabelecer o casamento como uma unidade firme e permanente?

2) O que Deus fez para dar estabilidade ao casamento?

3) Conversar nas juntas sobre a importância de cada um dos três elementos que determinam o casamento.

4) Explicar a relação que existe entre o amor e o compromisso da vontade dentro do casamento.

5) Qual o efeito que terá dentro do casamento, a decisão firme dos cônjuges de nunca considerar o divorcio como uma solução para os problemas matrimoniais?

6) Se alguém abandona o seu cônjuge e se casa novamente, como Deus vê isto?

7) E se a pessoa abandonada (a vítima) se casa, como Deus vê?

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4 - O PAPEL DE CADA CÔNJUGE



Muitos problemas no casamento são causados pela falta de conhecimento do papel de cada cônjuge. Deus deu uma função a cada um. Para que haja harmonia na vida familiar, é necessário que marido e mulher conheçam e aceitem seu próprio papel e o de seu cônjuge.

“Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o Cabeça de todo homem, e o homem o Cabeça da mulher, e Deus o cabeça de Cristo” (1Co 11.3)

“Porque o marido é o Cabeça da mulher, como também Cristo é o Cabeça da igreja”. (Ef 5.23)

“Disse mais o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma Ajudadora que lhe seja Idônea” (Gn 2.18)

Homem e mulher são diferentes em muitas coisas, e por isso se complementam. Não devemos ignorar as diferenças, nem competir, mas admirar a graça, o encanto e a capacidade que Deus deu à mulher, e a visão, fortaleza e atitudes que deu ao homem.



CADA CÔNJUGE DEVE CONHECER, ASSUMIR E DESEMPENHAR O SEU PAPEL.

TAMBÉM DEVE CONHECER E ACEITAR O PAPEL DO OUTRO,

DANDO LUGAR PARA QUE O EXERÇA.



1. O Papel Dos Cônjuges e o Propósito De Deus

Já vimos que o propósito da família é o de cooperar com o propósito de Deus: o de ter uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus. O papel que Deus deu ao homem e a mulher, aponta para este objetivo.

Foi por este motivo que Deus deu ao homem uma ajudadora idônea com capacidades distintas para auxiliá-lo. Não é uma “companheira” apenas. Muito menos uma “servente”. É uma Ajudadora Idônea, para que juntos cooperem para com o propósito de Deus, cada um no seu papel.



2. Significado E Responsabilidade Do Cabeça

Ser cabeça significa assumir a responsabilidade geral da família. Ele deve buscar, com a ajuda de sua esposa, que a família se encaminhe para o propósito de Deus. O homem é responsável por:

4 Governar o lar. Governar com graça e amor. Ser o representante de Jesus para a família. Expressar o caráter de Cristo com a sua conduta. Não usar de sua autoridade para impor sobre a família os seus próprios caprichos.

(1Tm 3.4,12: “4 Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (...) 12 Os diáconos sejam maridos de uma mulher, e governem bem os seus filhos e as suas próprias casas”)

(Mc 10.43: “Mas, entre vós, não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal”).

4 Trabalhar para prover o sustento familiar.

(Gn 3.19: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado: porquanto és pó, e em pó te tornarás.”)

(1Ts 4.11-12: “E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com as vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado; Para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.”)

(1Tm 5.8: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”).

4 Amparar, cuidar e proteger a família. Solucionar todas as dificuldades que surjam, com a ajuda do Senhor. Guiar a família a uma convivência amorosa e feliz, onde todos possam se desenvolver física, mental e espiritualmente.

(Ef 5.29: “Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como, também, o Senhor à igreja”)

4 Ser sacerdote para a família. Ensinar a palavra de Deus, instruir, animar, edificar, repreender e corrigir. Ensinar principalmente com o exemplo.

(Gn 18.19: “Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar aos seus filhos e a sua casa, depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR, para obrarem com justiça e juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que, acerca dele, tem falado”)

4 Assumir a responsabilidade principal na disciplina dos filhos

(1 Sm 3.12-13: “Naquele mesmo dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa: começa-lo-ei e acaba-lo-ei. Porque já eu lhe fiz saber que julgarei a sua casa, para sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu.”)

(Hb 12.7-9: “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que tivemos os nossos pais, segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos, muito mais, ao Pai dos espíritos, para vivermos?”).

4 Ter o papel principal na formação dos filhos homens. Especialmente depois dos 8 ou 10 anos. Afirmar os valores de sua masculinidade. Ensinar-lhes habilidades e trabalhos manuais. Iniciá-los nos negócios. Praticar esportes. Dar educação sexual, etc.

4 Ocupar funções de liderança na igreja.

(1Tm 2.11-14: “A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio, Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva; E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão”)



3. Significado E Responsabilidade Da Ajudadora Idônea

Deus concedeu ao homem um complemento inteligente e eficaz. Sozinho o homem é incompleto para cumprir o propósito de Deus. Homem e mulher, formam juntos uma unidade completa para multiplicar-se e encher a terra. A mulher deve usar sua inteligência, capacidade e experiência buscando um objetivo comum com o marido. Ser unida e solidária a ele, sem atitudes independentes. Ela deve reconhecer que o marido tem a autoridade principal. Não competir com ele, mas sim complementar-lhe. Precisa entender que o marido necessita ser ajudado em sua sensibilidade. Precisa de ânimo, compreensão, sorriso, aprovação e cooperação em tudo quanto faz.

A mulher é responsável por:

4 Se ocupar mais na criação dos filhos.Ser mãe é a sua maior missão.

(1 Tm 2.15: “Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação”)

(1 Tm 5.14: “Quero, pois, que as que são moças se casem, gerem filhos, governem a casa, e não dêem ocasião ao adversário de maldizer”)

4 Atender a família e cuidar da alimentação.

(Pv 31.15: “Ainda de noite se levanta, e dá mantimento à sua casa, e a tarefa às suas servas”).

4 Cuidar do vestuário.

(Pv 31.21-22 “Não temerá, por causa da neve, porque toda a sua casa anda forrada de roupa dobrada. Faz para si tapeçaria; de linho fino e de púrpura é o seu vestido.”).

4 Cuidar da casa.

(Tt 2.5: “...a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas aos seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada”).

4 Ajudar com a carga financeira. Isto, na medida que seja necessário e possível, evitando ao máximo sair do lar.

(Pv 31.16-18, 24: “16 Examina uma herdade, e adquire-a; planta uma vinha com o fruto das suas mãos. 17 Cinge os seus lombos de força, e fortalece os seus braços. 18 Prova e vê que é boa a sua mercadoria; e a sua lâmpada não se apaga de noite. 24 Faz panos de linho fino, e vende-os, e dá cintas aos mercadores.”)

4 Cuidar da formação integral das filhas. Ensinar-lhes sobre: educação sexual, modos, comportamento social, tarefas domésticas, habilidades manuais, conduta frente ao sexo oposto e, principalmente, a serem femininas.

7 Ensinar as sagradas escrituras aos filhos.

(2 Tm 1.5: “Ao recordar a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro na tua avó Lóide, na tua mãe Eunice, e estou certo de que, também, habita em ti.”)

(2 Tm 3.14-15: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus”).

7 Instruir as mulheres jovens como desempenharem seu papel de esposa e mãe.

(Tt 2.3-5: “As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem, para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem os seus maridos, a amarem os seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas aos seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.”)



4. Atitudes Erradas Do Homem

4 Não assumir seu papel como cabeça. Quando é assim, a esposa fica sobrecarregada pelo peso de tantas obrigações familiares. Há homens que pensam que sua função se limita a trabalhar fora de casa e trazer o salário no final do mês. A sua esposa deve cuidar do resto (concertos, finanças, saúde, disciplina dos filhos, vida espiritual, etc.). Isto traz um grande desajuste na família e deve ser corrigido.

4 Anular a mulher. Alguns querem fazer tudo sozinhos. Não conversam com suas esposas nem buscam a opinião delas. Não delegam responsabilidade, absorvem tudo. Pensam que são completos. A mulher fica frustrada e amargurada.

O homem deve dar lugar para que a mulher desempenhe sua função com critério próprio, criatividade, gosto e o “quase mágico” toque feminino.



5. Atitudes Erradas da Mulher

4 Tomar o lugar do marido. Algumas mulheres querem assumir a liderança da família e anulam o marido. Querem dirigir tudo, ter sempre a última palavra. Não dão valor à opinião do marido. A mulher não foi feita por Deus para levar esta carga. Assim ela estraga o marido e quebra a ordem de Deus. Também sobrecarrega a si mesma. Fica alterada, nervosa e não conhece o descanso da sujeição. Tudo isto produz uma família infeliz e filhos criados com mal exemplo, que vão repetir os mesmos erros quando tiverem seus próprios lares.

4 Ser independente do marido. Algumas buscam independência pessoal. Tem seus próprios objetivos, suas próprias amizades, seu próprio dinheiro. Buscam sua própria realização e dão prioridade a sua profissão. Não compartilham certas áreas de sua vida fazendo seus próprios programas. Não se interessam muito pelos projetos, atividades e amizades do marido. Quando isto acontece, é óbvio que o casamento está no caminho errado. Perigo! É necessário revisar a fundo, procurar as causas, corrigi-las com a ajuda de Deus. O casamento é uma unidade total. Os dois são “uma só carne”.



6. Responsabilidade Conjuntas

Muitas das responsabilidade devem ser compartilhadas pelos dois, tais como: planejamento, administração das finanças, compra de novos bens, educação espiritual e de caráter dos filhos, apoio e controle dos estudos, cuidado com a saúde, lazer, realização da obra do Senhor, etc.



7. Ocupações

Geralmente o homem ocupa a maior parte do tempo no trabalho e a mulher com a casa e os filhos. Se não tiverem filhos, a mulher terá mais liberdade para sair, trabalhar e ajudar economicamente. Mas quando ela for mãe, seu lugar é no lar. A maternidade é a grande missão que Deus lhe deu, e ela deve consagrar-se à tarefa de criar filhos.

Há situações extremas. Caso a mulher precise sair para trabalhar, ISTO DEVE SER VISTO COMO UM MAL NECESSÁRIO, e nunca como um ideal. A ausência da mãe é muito prejudicial para o desenvolvimento dos filhos e do bem estar da família.



QUALQUER PROFISSÃO QUE A MULHER TENHA,

DEVE ESTAR SUBORDINADA AO SEU PAPEL DE MÃE



MEDITAÇÃO E ESTUDO

1) Por que o cristão deve rejeitar as idéias que confundem a diferença entre os sexos e o papel particular do marido e da esposa dentro do casamento?

2) Resuma com as suas próprias palavras a responsabilidade particular do marido no casamento.

3) Resuma com as suas próprias palavras a responsabilidade particular da esposa no casamento.

4) Por que a família é prejudicada quando o homem não assume o seu papel de cabeça?

Que acontece quando a mulher não assume o seu papel de auxiliadora?

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5 - COMO A MULHER DESEMPENHA O SEU PAPEL



A palavra do Senhor é muito clara quanto a conduta que Deus espera de cada cônjuge. Não são deveres opcionais. São mandamentos claros do Senhor. Só podemos cumprir estes mandamentos quando andamos no Espírito (Rm 8.7: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser”).

Muitos cônjuges anotam os deveres do outro, vivem cobrando o seu comprimento mas não cumprem com os seus próprios deveres. Dentro do casamento cada um deve assumir a sua responsabilidade independentemente do comportamento do outro. Se o marido trata mal a mulher, isto não livra a mulher de sua responsabilidade, e vice-versa.

Se colocamos em prática os princípios do reino de Deus no lar, há paz, bom exemplo para os filhos que também terão famílias estáveis, bom exemplo para as outras famílias da igreja e testemunho para o mundo (Mt 5.16: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”).



1. A Submissão Ao Marido

“As mulheres sejam submissas a seus próprios maridos, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo salvador do corpo. Como, porem, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas a seus maridos” Ef 5.22-24.

(Ver também Cl 3.18: “Vós, mulheres, estai sujeitas aos vossos próprios maridos, como convém no Senhor”; e 1 Pe 3.1-2: “Semelhantemente vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que, também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte das suas mulheres sejam ganhos, sem palavra, considerando a vossa vida casta, em temor.”)

A submissão está relacionada ao princípio de autoridade que Deus estabeleceu em todas as ordens da vida social. O propósito da autoridade é estabelecer ordem e harmonia. Não é uma hierarquia, mas uma função.

O que a mulher precisa entender sobre a submissão?

4 Deus manda que a mulher se submeta ao marido. Não é o marido que impõe autoridade sobre ela. No reino de Deus toda a autoridade é reconhecida, e não imposta.

4 Submissão é o reconhecimento da autoridade estabelecida. Significa obediência humilde e com boa disposição. Não é apenas uma obediência externa, mas uma atitude interior de submissão e respeito.

4 A submissão não anula a mulher, mas, lhe dá condições para cumprir o seu papel.

4 A submissão não rebaixa a mulher, mas sim a protege. Deus é bom. Ele quer que a mulher esteja coberta e protegida sob a autoridade do marido. Não deseja que a mulher esteja sobrecarregada e nervosa, mas tranqüila e feliz.

4 A submissão da mulher não a faz inferior. Jesus, sendo igual ao Pai, se submeteu a ele em tudo. A mulher não é menor, nem o homem maior. São iguais, mas em funções diferentes segundo o plano de Deus.

4 A mulher deve ser submissa EM TUDO.

(Ef 5.24: “De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim, também, as mulheres sejam, em tudo, sujeitas aos seus maridos”)

O marido é o responsável geral por todas as áreas da vida familiar. A mulher só deve desobedecer ao marido se ele lhe der uma ordem claramente contrária à vontade de Deus conhecida nas escrituras. Se ele a obrigar a pecar, ou a deixar o Senhor, nesse caso, ela devesse a Deus e não ao marido.

(At 4.19: “Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus”)

4 As irmãs com maridos incrédulos devem ser submissas a eles. Devem se comportar de tal maneira que, vendo eles o comportamento delas, se convertam.

(1Pe 3.1-2: ver cita acima)

4 A submissão não implica em que a mulher não fale, não opine e não tenha influência nas decisões da família. Ela não tem que dizer sim para tudo. Ela é a ajudadora. Portanto deve opinar, concordar, discordar, etc. Mas sempre deve mostrar uma atitude de submissão ao marido, e ter a disposição de deixar as decisões finais em suas mãos, sem amargura nem rebelião interior.

4 Quando uma esposa considera que seu marido (crente) está abusando da autoridade, deve falar-lhe a sós, com respeito e mansidão. Se ele não escuta, deve falar-lhe novamente, diante de irmãos espirituais e maduros.

(Mt 18.15-17: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste teu irmão; Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que, pela boca de duas ou três testemunhas, toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano”)



2. O Respeito Ao Marido

"…e a esposa respeite a seu marido" (Ef 5.33)

4 A atitude de respeito, reveste a mulher de dignidade e elegância. Mas a arrogância e grosseria a rebaixa e a faz vulgar.

4 O respeito se manifesta na forma de falar, no tom de voz, nos modos, gestos e olhar.

4 Também na maneira de atender ao marido, de escutá-lo e obedecê-lo.

4 Também implica em não diminuí-lo, nem a sós, nem diante dos filhos e muito menos diante de outras pessoas. Jamais falar na sua ausência, depreciando ou ridicularizando-o na presença de outros.

4 A mulher é responsável por ensinar aos filhos, pelo seu exemplo, a honrar e respeitar o pai.

4 Não há nada que irrite tanto um homem como o desrespeito e arrogância da mulher.

4 A mulher respeitosa é a alegria do marido. Ela o engrandece e o faz como um príncipe diante dos demais.



3. A Beleza Interior E Exterior Da Mulher

“Não seja o adorno das esposas o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível de um espirito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus” (1Pe 3.3-4)

A mulher se arruma para ser atraente e bem aceita. Isto não é pecado. Pelo contrário, Deus mesmo vestiu a criação de beleza e formosura. A mulher casada deve procurar ser atraente para o seu marido. É bom manter-se jovem e bonita, tanto quanto possa. Cuidar o corpo, fazer ginástica, cuidar dos cabelos e vestir-se bem com simplicidade.

Entretanto, para ser atraentes, a mulher não necessita de exageros, como penteados chamativos, jóias de ouro e vestidos luxuosos. Também não devem adotar um estilo mundano e “sexy”.

O melhor atrativo que o homem pode encontrar na mulher é o caráter. Que ela tenha um espírito manso. Que seja doce e amável. Seja suave e serena. Se a mulher for assim, o marido ficará enamorado novamente a cada dia.

(Pv 31.10: “Mulher virtuosa quem a achará? o seu valor muito excede o de rubins.”)

Que atrativo terá para o marido, uma mulher bonita, bem arrumada, porém nervosa, rixosa, gritona, briguenta, rancorosa, amargurada, queixosa e resmungona?

(Pv 11.22: “Como jóia de ouro em focinho de porca, assim é a mulher formosa que se aparta da discrição”)

(Pv 31.30: “Enganosa é a graça, e vaidade a formosura, mas, a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada”)

Todavia quando o marido tem uma mulher amável, seu lar é um oásis para onde ele quer voltar logo. Mas se a mulher é rixosa, ele prefere ficar em qualquer outro lugar.

(Pv 25.24: “Melhor é morar a um canto de umas águas-furtadas, do que com a mulher rixosa numa casa ampla”)

Qualquer mulher pode ser mansa e tranqüila, mas é necessário andar no Espírito a cada dia.

(Gl 5.22-23: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.”)



MEDITAÇÃO E ESTUDO

1) Qual a importância da submissão à autoridade do marido para manter a ordem no lar?

2) Quais são os benefícios desta submissão?

3) Qual a diferença entre a imposição de autoridade e o seu reconhecimento voluntário?

4) Como uma mulher inteligente, ativa, criativa e espiritual pode contribuir com o desenvolvimento do lar, quando seu marido tem um temperamento oposto ao seu?

5) Descreva o que a mulher pode fazer de prático para demonstrar respeito pelo marido. 6) Quais são as atitudes que deve evitar?

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6 - COMO O MARIDO DESEMPENHA O SEU PAPEL



Já vimos que o homem e o cabeça da mulher. Esta função não pode ser exercida de qualquer maneira, mas sob a graça e o amor de Jesus Cristo. Alguns maridos são autoritários, egoístas, duros e soberbos. Querem dominar a mulher. O que Deus diz?

“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem macula, nem ruga, nem cousa semelhante, porem santa e sem defeito. Assim também os maridos devem amar a suas mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama a sua esposa, a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja” (Ef 5.25-29).

(Ver também 1 Pe 3.7: “Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco, como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações. O amor fraternal; a paciência na aflição, segundo o exemplo de Cristo”).



1. O Marido Deve Amar Sua Esposa

A palavra grega que aparece em Efésios 5 é “ágape”. Refere-se ao amor de Deus. É um amor puro, sacrificial, perfeito e permanente. Por isso Paulo usa Cristo como exemplo. Cristo não é apenas o modelo, mas também é a fonte do amor. Somente através do seu amor em nós, é possível amar como ele amou.

O homem que trata a sua esposa com amor, faz um bem a si mesmo e fortalece a unidade do casamento. Aquele que trata mal a sua esposa, destroi a si mesmo.

O verdadeiro amor não é apenas um sentimento, mas uma conduta. Por isto queremos assinalar cinco expressões práticas do amor do marido para com a esposa.

4 Amabilidade

Esta é a primeira expressão prática do amor. A amabilidade, doçura, afabilidade, benignidade. “…não as trateis com amargura.” (Cl 3.19); “..tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade” (1Pe 3.7).

Devemos ser amáveis com todos, principalmente com as mulheres, respeitando sua feminilidade. Mas muito mais com nossa própria esposa. Há homens que são amáveis com outras mulheres e descuidados e duros com sua esposa.

A mulher é como um vaso frágil: mais sensível e delicada. Seus sentimentos estão mais a flor-da-pele. Isto não é uma debilidade, mas uma característica dada por Deus para desempenhar sua nobre função de mãe, a fim de criar os filhos com ternura e sensibilidade. Por isso Deus quer que o marido a trate com ternura, respeito, suavidade, paciência, carinho, doçura, delicadeza, bondade e amor. Por ser mais sensível emocionalmente, a mulher esta mais sujeita a ficar ressentida pelo maltrato do marido.

Ser amável não quer dizer ser frouxo. Muitas vezes o homem deve ser firme. Mas com uma firmeza amável e compreensiva. Quando o marido percebe que tratou mal a sua esposa, deve concertar imediatamente, confessando com humildade e arrependimento.

4 Abnegação

É o sacrifício que alguém faz em favor do outro. “…a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). É o negar a si mesmo, abrir mão da tranqüilidade, da comodidade e do prazer, em favor da pessoa amada. Isto é amar. Foi isto que Cristo fez pela igreja.

O contrário disto é o egoísmo. O marido egoísta busca sua própria comodidade. Usa a autoridade para seu próprio bem e sempre espera ser servido. Sua atitude é de “senhor”, não de “servo”. Nunca renuncia a comodidade para ajudar a mulher. Este marido está longe da vontade de Deus.

Deus quer que o marido seja abnegado, pareça com Jesus e aja como ele. Deve sacrificar-se a si mesmo pela esposa. Buscar a felicidade e bem-estar dela, tanto no físico como no emocional e no espiritual. O marido deve dizer como Jesus: “eu não vim para ser servido, mas para servir”.

4 Compreensão

O marido deve conhecer profundamente a sua mulher para, compreendê-la, amá-la e ajudá-la. Esta é uma das maiores necessidades da mulher.

Para isto é necessário escutar com atenção o que ela diz. Saber escutar é uma das qualidades mais valiosas que se pode ter. Quando o marido entender o que a mulher pensa e sente, poderá conduzi-la e protegê-la com sabedoria.

Muitas mulheres são tristes e angustiadas por não conseguir compreensão e apoio de seus maridos. Uma mulher que se sente apreciada e atendida pelo marido, dificilmente será rebelde e antagônica.

É necessário que o marido converse com a esposa. Procure entender como ela se sente e quais são suas cargas, para poder animá-la e confortá-la. O marido precisa abraçá-la e beijá-la com freqüência, quando está preocupada e nervosa. Um abraço e uma palavra amável e terna, mostram a mulher que ela tem ao seu lado alguém que a compreende e a ama. Um gesto de carinho renova as forças e libera a mente de pensamentos negativos.

Alguns homens tem dificuldade de serem afetuosos porque não tem este costume, ou porque nunca receberam carinho na infância. É tempo de romper com toda a timidez e vergonha. Devem ver a importância disto no relacionamento com a mulher. Pode-se conseguir muito mais com um beijo do que com criticas ou autoritarismo.

4 Proteção e Cobertura

(Ef 5.29: “Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como, também, o Senhor à igreja”)

Quando o homem não dá uma cobertura real e prática, a mulher se vê desprotegida. Ela precisa sentir-se segura e confiante em seu marido. O desamparo e as preocupações sobrecarregam e oprimem a mulher.

O homem deve assumir seu papel, atender os assuntos do governo familiar, resolver todos os problemas que lhe competem, e não passá-los para sua esposa. A mulher se desgasta quando tem que resolver assuntos que vão além de suas possibilidades e não correspondem ao caráter feminino.

A mulher deve poder dizer: “meu marido é o meu pastor, nada me faltará”, como a igreja diz de Cristo: “O Senhor é meu Pastor…”

4 Romance e Afeto Conjugal

(Ct 7.10-13: “10 Eu sou do meu amado, e ele me tem afeição. 11 Vem, ó meu amado, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. 12 Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras; ali te darei o meu grande amor. 13 As mandrágoras dão cheiro, e às nossas portas há toda a sorte de excelentes frutos, novos e velhos: ó amado meu, eu os guardei para ti”)

O amor sentimental também deve estar presente no casamento. Tudo que dissemos anteriormente estabelece bases sólidas para que este amor se desenvolva e cresça. O romance não é apenas para a lua de mel, mas para toda a vida.

Os discípulos do Senhor devem ser os maridos mais “apaixonados” por suas esposas. O amor dos mundanos se perverteu em egoísmo. Entretanto, o amor sentimental de um marido cristão nasce do verdadeiro amor de Deus que vive nele. Por isso, os discípulos de Jesus deveriam ser os melhores maridos; os melhores amantes de suas esposas.

Cultive em seu coração este amor. Enamore de sua esposa, valorizando, apreciando e elogiando-a. Seja expressivo com ela. Demonstre seus sentimentos, mandando-lhe flores. Procure aprender maravilhosa arte do amor e afeto conjugal. Assim fará sua esposa feliz e a você mesmo também! E Deus participara desta alegria.



2. O Homem Deve Representar A Jesus No Lar

O Homem É Responsável por:

4 Estabelecer a Presença de Jesus na Família

(1Co 11.3: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o varão, e o varão a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo”)

Assim como Cristo é a imagem de Deus, o homem deve ser a imagem da presença de Jesus no lar. Deve andar no Espírito, manifestar a alegria constante, dar graças por tudo, deixar fluir o amor, a graça e a paz do Senhor.

4 Estabelecer o Governo de Cristo

O homem não é o cabeça do lar, mas sim Cristo o homem é o cabeça da mulher. Portanto deve estabelecer a autoridade de Cristo e não a sua. Se um homem não está sujeito a Cristo, como vai governar sobre sua mulher e filhos? Quando o Senhor delega autoridade ao homem, não lhe dá “carta branca” para fazer o que quer, mas estabelece critérios específicos e concretos.

Todo governo que está debaixo de Cristo deve agir com firmeza, mas com amabilidade e flexibilidade. Sem fazer concessões indevidas, mas com disposição para dialogar e escutar. É importante que saiba discernir a vontade de Deus e que cuide para que ela se cumpra no seu lar.

4 Ministrar a Graça Salvadora de Cristo

O homem deve exercer o sacerdócio em sua família. Não basta abençoa-los com orações superficiais. Deve se interessar por cada um. Dar tempo a cada um, conhecer suas necessidades, lutas e aflições. Dar a cada um dos filhos uma atenção particular. Constantemente ajudar a esposa a ver a dimensão eterna e grandiosa de sua função como esposa e mãe. Cuidar para que ela não se desanime com suas tarefas que as vezes parecem triviais e insignificantes.

4 Doutrinar e Edificar sua Família

É importante usar as circunstâncias ocasionais da vida para ensinar, mas isto não é suficiente. O homem é responsável por ensinar toda a verdade de Deus, de forma ordenada e metódica a sua esposa e filhos. São seus primeiros discípulos. Deve determinar horários concretos para sentar com eles e compartilhar a palavra. Deve haver lugar para a participação de todos e tudo deve ser intercalado com oração.

O homem deve considerar a esposa como ajudadora para isto. Não deve anulá-la, mas tampouco deve passar para ela toda a responsabilidade. Devem trabalhar juntos.



MEDITAÇÃO E ESTUDO

1) Quais as maneiras práticas para o homem demonstrar o amor por sua mulher?

2) Em quais destas expressões práticas você necessita superar?

3) Quais são as responsabilidades do marido como representante de Jesus no lar?

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7 - O RELACIONAMENTO CONJUGAL



Não há nada mais belo do que a intimidade do casal quando há amor e respeito. Quando cada um dá a sua vida pelo outro, e há um entendimento entre eles. Isto é maior do que as próprias palavras. Quando existe confiança intima se refletindo em todas as outras áreas da vida, isto produz uma profunda harmonia. Uma relação assim, fortalece e prepara o casal para enfrentar as lutas da vida, porque forma em cada um o vigor, ânimo e fé que os fazem se sentirem quase invencíveis.

Mas também podemos dizer o quanto e horrível a intimidade conjugal, quando a relação se deteriora. Quando a doçura se torna em amargura, e a devoção em abuso e egoísmo. Quando a estima e trocada pelo menosprezo. Quando os sonhos se convertem em pesadelos e a convivência se torna insuportável.

Para considerar este tema, veremos dois aspectos: 1) A Harmonia no Casamento e 2) A União Sexual.

Cremos de todo coração que nas escrituras encontramos a orientação para vivermos uma vida matrimonial feliz e termos um lar cheio de amor e paz.



1. A Harmonia No Casamento

Nossa sociedade exagerou tanto o valor do amor romântico, erótico e sentimental, que muitos, depois de se casarem, se decepcionam quando descobrem que o casamento não é uma continua lua-de-mel. Devemos considerar que:

4 Considerações Importantes

7 É Necessário Trabalho e Dedicação. Um casamento feliz não surge do nada, por magia, como nos sonhos ou nos filmes. É necessário dedicação e sabedoria que se adquire com a experiência e dependência de Deus. Também é necessário um carretar maduro, respeito e compreensão mútua. Nada disto se consegue facilmente. Mas isto é plenamente possível para um casamento fundamentado na palavra de Deus. Devemos edificar com fé e estar atentos as dificuldades que surgem.

7 Problemas e Dificuldades Sempre Existirão. Isto é normal, porque somos humanos e falhamos. Nenhum casamento é perfeito no seu inicio. É importante ter este entendimento, para que ninguém se assuste quando as dificuldades surgirem, e para que haja fé e solução. Podem surgir diferenças quanto ao uso do dinheiro, reações diferentes diante das varias situações da vida, gostos sobre a comida, hábitos, horários, maneira de vestir, educação dos filhos, disciplina, etc.

4 Problemas e Soluções do Relacionamento

7 Existem Reações que São Inúteis:

a Fugir do problema. Supor que se resolverá sozinho. A covardia não resolve nada.

a Isolar-se. Deter a comunicação. Levantar de uma barreira de silencio. Sem diálogo é impossível chegar a qualquer solução.

a Irar-se. A intenção é assustar ou intimidar o outro. É esconder-se atrás das emoções quando confrontado com as próprias faltas. Responder, “jogando na cara” do outro as faltas dele(a).

a Deprimir-se ou ter um ataque de nervos. Dar-se por vencido(a). A intenção é provocar a compaixão, para ter mais atenção e consolo, fugindo do problema real.

7 Há Uma Conduta Correta Para Resolver os Problemas.

a Entender e afirmar que todo o problema tem solução. Não ser pessimista nem derrotista.

(Jo 14.1: “Não se turbe o vosso coração: credes em Deus, crede, também, em mim”)

(Jo 16.33: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas, tende bom ânimo, eu venci o mundo”)

(Fp 4.11-13: “11 Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. 12 Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. 13 Posso todas as coisas, naquele que me fortalece”).

a Enfrentar todo problema com calma e fé. Num ambiente de nervosismo não se pode ser saibo. E necessário ser objetivo, olhar a situação do ponto de vista do outro e reconhecer as próprias faltas.

(1Co 13.4-7: “4 A caridade é sofredora; é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade; não se ensoberbece; 5 Não se porta com indecência; não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; 7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”)

(Hb 11.6: “Ora, sem fé, é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”).

a Levar a carga ao Senhor. Sem Deus nenhuma solução é permanente. É necessário buscá-lo em oração, com ações de graça. Aplicar seus mandamentos e reclamar suas promessas. Ele tem todo o poder e sabedoria, e nos ama profundamente.

a Tratar um problema de cada vez. Algumas questões são complicadas e podem gerar outras. Não se pode resolver tudo ao mesmo tempo. E melhor analisar cada situação e determinar por onde se vai começar. Ser pacientes e aguardar os resultados, porque muitas vezes a solução não e imediata.

(Hb 12.1-14: “1 Portanto nós, também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado, que tão de perto nos rodeia, e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, 2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à dextra do trono de Deus. 3 Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. 4 Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado, 5 E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correcção do Senhor, e não desmaies quando, por ele, fores repreendido; 6 Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. 7 Se suportais a correcção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? 8 Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. 9 Além do que tivemos os nossos pais, segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciámos; não nos sujeitaremos, muito mais, ao Pai dos espíritos, para vivermos? 10 Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam, como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. 11 E, na verdade, toda a correcção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça, nos exercitados por ela. 12 Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados. 13 E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente, antes seja sarado. 14 Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”)

a Aprender de experiências anteriores. Isto ajuda a não passar novamente pelos mesmos problemas.

a Não deixar que se acumulem problemas. Quando vários probleminhas se juntam, transformam-se num “problemão”

(Ef 4.26: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira”)

a Recorrer a ajuda de alguém mais experiente.

(Pv 11.14: “Não havendo sábia direcção, o povo cai; mas na multidão de conselheiros há segurança”)

a A maior responsabilidade é do homem. Deus pedirá contas de todas as coisas ao homem. Ele deve ter uma conduta terna, compassiva, sabia, não caprichosa porém firme dentro da vontade revelada de Deus. Deve determinar-se a fazer de sua esposa a mulher mais feliz do mundo.

(Ef 5.25-29: “25 Vós, maridos, amai as vossas mulheres, como, também, Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, 26 Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra. 27 Para a apresentar a si mesmo, igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. 28 Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como aos seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29 Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como, também, o Senhor à igreja”)

A boa solução dos problemas fortalece o casamento. Encontrar juntos as soluções efetivas acrescenta confiança e mostra maturidade.



2. A União Sexual

Alguns se surpreendem quando descobrem que a bíblia tem muitas referencias a relação sexual. Estão acostumados a escutar conversas torpes ou piadas obscenas que rebaixam esta bela relação. Não percebem que esta uma área que Deus quer encher de sua santidade e beleza. Alguns até se escandalizam quando se trata deste assunto na igreja, como se este fosse um tema impróprio para vida cristã. Mas não é assim. Nosso compromisso com Cristo inclui todas as áreas de nossa vida. Vejamos, então, o que a bíblia fala sobre a relação sexual.

4 Deus é o Autor do Sexo

Deus criou o homem e a mulher. Portanto, ele é o autor do sexo e da relação sexual. Ele determinou as diferenças entre homem e mulher, e estabeleceu a atração mútua. Mas ele reservou a relação sexual, como uma experiência unicamente para o casamento.

Para que se cumpra o propósito divino através do ato sexual, é indispensável que haja um compromisso total e uma entrega completa de um para o outro. Isto só e possível dentro do casamento. O fato de que duas pessoas se amarem, não lhes dá o direito de manterem relações sexuais. A intimidade sexual contém certos riscos e pode acarretar conseqüências para as quais somente o casamento oferece garantias e segurança. A bíblia diz que:

7 Adão e Eva, quando ainda eram inocentes, tinham uma intimidade total.

(Gn 2.24-25: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam”)

7 Paulo adverte ao solteiros contra a fornicação. E aos casados, ensina sobre uma relação com santidade e honra, e com o desejo de satisfazer um ao outro.

(1Co 7.2-5: “2 Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. 3 O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. 4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. 5 Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência”)

(1 Ts 4.3-5: “3 Porque esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; 4 Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra; 5 Não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus”)

(Hb 13.4: “Venerado seja entre todos o matrimónio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará”)

7 Temos um belo texto poético em Provérbios, que fala da pureza e das delicias do amor conjugal.

(Pv 5.15-19: “15 Bebe a água da tua cisterna, e das correntes do teu poço. 16 Derramar-se-iam por fora as tuas fontes, e pelas ruas os ribeiros de águas? 17 Sejam para ti só, e não para os estranhos contigo. 18 Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. 19 Como cerva amorosa, e gazela graciosa, saciem-te os seus seios em todo o tempo: e pelo seu amor sê atraído perpetuamente”)

7 Há uma passagem curiosa na lei de Moisés, quanto aos recém casados.

(Dt 24.5: “Quando algum homem tomar uma mulher nova, não sairá à guerra, nem se lhe imporá carga alguma; por um ano inteiro ficará livre na sua casa, e alegrará a sua mulher que tomou”).

4 O Propósito da Relação Sexual

O propósito de Deus ao instituiu a relação sexual, divide-se em 3 aspectos:

7 Selar a união matrimonial. A relação sexual é que consuma o casamento.

7 A procriação da raça. Isto está diretamente relacionado com o sexo, porque e pela relação sexual que nos procriamos. Existem duas atitudes errôneas entre os que ignoram a vontade de Deus:

a procurar evitar a procriação por motivos egoístas e,

a procriar muitos filhos irresponsavelmente (sem levar em conta os recursos que se tem, nem a saúde da mulher). Ter filhos é uma benção de Deus.

(Sl 127.3-5: “3 Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. 4 Como frechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade. 5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava: não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta”)

(1 Tm 2.15: “Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação”).

7 Para experimentar a mais profunda expressão de intimidade, amor e felicidade do casal. O ato conjugal, além de físico, envolve o mental, o emocional e o espiritual. Ajuda a superar desacordos, alivia tensões nervosas e contribui para a boa saúde. A relação sexual é uma dádiva de Deus que abençoa o casamento.



4 Algumas Normas Importantes

No ato sexual, cada um deve procurar a felicidade do outro. Não dar lugar ao egoísmo.

Um não deve negar ao outro a satisfação do desejo sexual, nem tampouco abusar. Há situações de extremo cansaço ou de enfermidade onde deve haver respeito.

A relação não começa na cama. A preparação é durante todo o dia, com uma conduta amorosa e afetiva.

A vida intima deve ser pura, todos os detalhes devem ser dialogados para não agredir a sensibilidade e o pudor do cônjuge. Entre o casal toda a sensualidade é permitida, mas tudo deve ser feito de comum acordo.



3. Até a Maturidade

Os que já são casados a bastante tempo, compreendem que a felicidade matrimonial não é uma “obra do acaso”. É fruto da dedicação, trabalho, esmero, amor, paciência, disposição de aprender e o firme desejo de superar todas as dificuldades. Para que duas pessoas possam conviver em harmonia e amor, apesar de serem completamente diferentes no caráter e na personalidade, com debilidades e maus hábitos arraigados por anos, é necessário esforço e fé. Deus realizará isto guiando, orientando, guardando, apoiando, corrigindo e abençoando. Bendito é seu nome.

(Fp 1.6: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”)

Uma relação matrimonial madura e equilibrada, não se consegue da noite para o dia. Todavia se o marido e a mulher se dedicam a buscar entendimento e a fazer as mudanças necessárias, serão recompensados com muitos anos de felicidade. Seu lar brilhará com a graça daquele que prometeu abençoar a todas as famílias da terra.

(At 3.25: “Vós sois os filhos dos profetas e do concerto que Deus fez com os nossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra”)



MEDITAÇÃO E ESTUDO

1) Quais são as áreas que geralmente provocam mais problemas no casamento?

2) Que testemunho você pode dar de situações praticas e da maneira com que você venceu certos problemas que são comuns a todos os casamentos?

3) Analisar o valor de cada um dos pontos considerados no subtítulo: “Há uma conduta correta para resolver os problemas” (página).

4) O que pode tornar a relação intima deteriorada e insuportável?

5) Por que Deus limitou a relação sexual exclusivamente ao casamento e a proibiu terminantemente fora dele?

6) Qual e o propósito da relação sexual? Fala dos 3 aspectos.

7) Quais são os benefícios de uma boa relação sexual no casamento?

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8 - A CRIAÇÃO DOS FILHOS



1. Para que Deus nos dá Filhos?

Deus poderia ter feito uma multidão de seres humanos, mas fez apenas um homem e uma mulher. E os encarregou de gerarem uma raça. Entre as muitas razões, três são as mais importantes:

4 Para nos mostrar o Seu favor

(Sl 127.3-5: “3 Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. 4 Como frechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade. 5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava: não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta”)

Deus nos ama. Seu coração paterno desejava compartilhar conosco a linda experiência de criar filhos. Eles não nos são dados para nos sobrecarregar ou nos fazer sofrer inutilmente, mas para formar-nos à semelhança de Deus, o Pai Eterno.

4 Para criá-los em Deus

(Ef 6.1-4: “1 Vós, filhos, sede obedientes aos vossos pais, no Senhor, porque isto é justo. 2 Honra o teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; 3 Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra. 4 E vós, pais, não provoqueis a ira aos vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”)

(Cl 3.20-21: “Vós, filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis os vossos filhos, para que não percam o ânimo”)

Devemos ter uma atitude de seriedade e fé diante do privilegio de criar filhos no Senhor. Temos apenas uns 18 ou 20 anos para completar em cada filho a etapa de formação. Não podemos perder nenhum desses anos.

4 Para encaminharmos a geração seguinte na vontade de Deus

(Gn 18.17-19: “E disse o SENHOR: Ocultarei eu a Abraão o que faço, Visto que Abraão, certamente, virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o tenho conhecido, que ele há-de ordenar aos seus filhos e a sua casa, depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR, para obrarem com justiça e juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que, acerca dele, tem falado”)

(Sl 128: “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos: feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás os bens de Jerusalém, em todos os dias da tua vida. E verás os filhos dos teus filhos, e a paz sobre Israel”).

O homem se projeta para o futuro através dos filhos e dos filhos de seus filhos. A maior obra que podemos fazer nesta vida é a de criar filhos para que honrem ao Senhor e abram caminho para a extensão de seu reino. Deus não intervém diretamente na criação de nossos filhos. Nós é que devemos assumir esta responsabilidade. Não podemos ignorá-la, porque um dia vamos ter que prestar contas do que fizemos nesta área.

Deus manifestou a sua confiança em Abraão quanto a isto.

(Gn 18.17-19: ver cita acima)

Entretanto, revelou seu profundo desagrado com o sacerdote Eli por sua irresponsabili¬dade na disciplina e formação de seus filhos.

(1Sm 2.12, 27-30; 3.11-13: “12 Eram, porém, os filhos de Eli, filhos de Belial: não conheciam o Senhor. (...) 27 E veio um homem de Deus a Eli, e disse-lhe: Assim diz o Senhor: Não me manifestei, na verdade, à casa do teu pai, estando eles ainda no Egipto, na casa de Faraó? 28 E eu o escolhi, de entre todas as tribos de Israel, para sacerdote, para oferecer sobre o meu altar, para acender o incenso, e para trazer o éfod perante mim; e dei à casa do teu pai todas as ofertas queimadas dos filhos de Israel. 29 Por que dais coices contra o sacrifício e contra a minha oferta de manjares, que ordenei na minha morada, e honras aos teus filhos mais do que a mim, para vos engordardes do principal de todas as ofertas do meu povo de Israel? 30 Portanto, diz o Senhor, Deus de Israel: Na verdade, tinha dito eu que a tua casa e a casa do teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora, diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque, aos que me honram, honrarei, porém, os que me desprezam, serão envilecidos. (...) 3 11 E disse o Senhor a Samuel: Eis aqui vou eu fazer uma coisa em Israel, a qual, todo o que ouvir lhe tinirão ambas as orelhas. 12 Naquele mesmo dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa: começá-lo-ei e acabá-lo-ei. 13 Porque já eu lhe fiz saber que julgarei a sua casa, para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu”).



2. Determinando Objetivos Na Formação Dos Filhos

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviara dele” (Pv 22.6)

Esta tarefa não é fácil. Requer uma dedicação seria durante muitos anos. Mas Deus nos assegura a sua graça e sabedoria.

4 Compreendendo a Natureza da Criança

(Pv 22.15: “A estultícia está ligada ao coração do menino, mas a vara da correcção a afugentará dele”)

(Sl 51.5: “Eis que em iniquidade fui formado e em pecado me concebeu minha mãe”)

Elas não se inclinam naturalmente para o bem. Por isso devemos ensiná-las, formá-las e discipliná-las.

4 As Metas Importantes na Formação da Criança são:

7 Uma relação pessoal com Deus consciência de que são parte da família de Deus e devem se relacionar diretamente com ele.

7 A formação do caráter capacidade para enfrentar as responsabilidades da vida, trabalho, casamento, sólida base moral, auto-disciplina, auto-estima, domínio próprio, controle sobre os sentimentos, gostos, etc.

7 Formação social clara consciência de sua identidade, capacidade de se relacionar com outros, assumir compromissos, e sujeição às autoridades.

7 Formação Física hábitos alimentares e higiene.



3. Quais São as Responsabilidades dos Pais?

Há quatro áreas específicas de responsabilidade dos pais: exemplo, instrução, disciplina e carinho. Tudo isto são expressões práticas do amor. Além de aceitarmos os filhos como eles são, com seu próprio sexo, virtudes e debilidades, cor dos cabelos e da pele, personalidade, devemos considerá-los que são herança do Senhor. Temos portanto a responsabilidade diante de Deus de criá-los para a Sua glória.

4 Exemplo

Os filhos aprendem tudo com o comportamento de seus pais. Ensinamos mais com o exemplo do que com palavras, ordens ou ameaças. O exemplo é a base fundamental para formação do caráter dos filhos. Eles procuraram imitar seus pais no que dizem e no que fazem. Não adianta cobrar ações de graça em toda e qualquer ocasião se os pais não agem assim.

4 Instrução

(Pv 22.6: “Instrui ao menino no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”)

Enquanto o exemplo é a base fundamental para a formação da vida dos filhos, a instrução direciona e ordena essa formação. Instruir significa: ensinar, doutrinar, formar, capacitar, comunicar. As crianças não aprendem somente por ver e imitar, elas necessitam ser instruídas na: honestidade, justiça, perdão, generosidade, respeito pelos outros, pudor e asseio, modéstia, diligência e etc.

Também é responsabilidade dos pais incentivar os filhos a desenvolverem sensibilidade espiritual, docilidade e boa disposição diante de Deus.



4 Áreas que Merecem Mais Atenção dos Pais:

a Realizar trabalhos e cumprir ordens;

a Ajudar outras pessoas;

a Concentrar-se nos estudos.

a Resolver problemas e discórdias sociais.

a Formar amizades;

a Vencer a tentação;

a Desenvolver um sentido de dignidade moral;

a Usar bem o dinheiro e o tempo;

a Encontrar e permanecer no emprego;

a Desenvolver uma bom comportamento com o sexo oposto;

a Descobrir sua vocação.

Os pais devem elogiar, felicitar e aprovar tudo aquilo que os filhos fazem bem ou quando mostram interesse de acertar. Isto ajudará a firmar os valores positivos do caráter. Faz com que os filhos se sintam reconhecidos e apreciados reforçando a auto-estima.

Os filhos, por outro lado, devem conhecer os limites de sua liberdade. Isso se faz com pequenas regras de funcionamento da casa. Essas regras devem ser poucas e razoáveis, e se exigirá o cumprimento.

Quanto aos adolescentes, é necessário explicar-lhes bem as coisas. Não bom agir com uma atitude simplesmente impositiva. Quando se explica, isso ajuda na formação de critério e bom juízo, ainda que eles resistam diante de normas estabelecidas.

Entretanto, apesar das boas e devidas instruções que os pais possam dar, nada substitui o exemplo dos pais. Muitos não seguem este princípio e acabam “apagando com o cotovelo o que escrevem com as mãos”.

4 Disciplina

(Cl 3.20-21: “Vós, filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor. Vós, pais, não irriteis os vossos filhos, para que não percam o ânimo”)

(Pv 3.12: “Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem”)

(Pv 13.24: “O que retém a sua vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, a seu tempo o castiga”)

(Pv 19.18: “Castiga a teu filho enquanto há esperança, mas, para o matar, não alçarás a tua alma”)

(Pv 20.30: “Os vergões das feridas são a purificação dos maus, como, também, as pancadas que penetram até o mais íntimo do ventre”)

(Pv 22.15: “A estultícia está ligada ao coração do menino, mas a vara da correcção a afugentará dele”)

(Pv 23.13-14: “Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno”)

(Pv 29.15: “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe”)

A relação de uma criança com Cristo prospera na medida em que obedece a seus pais. Jesus Cristo vive e trabalha na vida de um filho obediente.

A obediência não é opcional nem se limita no que o filho considera justo. A obediência deve ser a tudo. A autoridade dos pais foi dada por Deus para formar e disciplinar a seus filhos e tem dele todo o respaldo.

Os pais podem se enganam muitas vezes mas, quando isso ocorrer, devem admitir logo seus erros. Ao admitir que estão errados, demonstram ser pessoas a quem Deus pode respaldar. Sua autoridade não vem do fato de estarem certo, mas sim de Deus de quem eles a receberam.

7 O Uso da Vara

Os textos acima citados, mencionam o termo vara repetidamente. Isso sugere um castigo físico. Não se trata aqui de simplesmente castigar a criança. O uso das mãos ou de objetos de uso pessoal foge do princípio e dos objetivos. As mãos servem para acariciar, proteger e afagar. Cintos, chinelos, etc., representam objetos pessoais. Mas a vara (pode ser uma simples varinha de madeira, ou mesmo um objeto de couro) de uso exclusivo, representa um instrumento de correção e disciplina.

Também, a única área adequada para aplicar a disciplina são as nádegas, por ser uma região carnosa e sem nenhum órgão vital. Disciplinar não é torturar, ferir ou espancar. É um ato de amor ordenando o futuro dos filhos.

7 Quando Usar a Vara

a Quando houver uma rebelião clara, quando a criança não acata uma ordem ou por qualquer outra ofensa séria.

a Não se usa para faltas menores ou para corrigir erros nas crianças (como deixar cair coisas por descuido).

a Deve-se aplicar a disciplina sobriamente e sem ira. Os pais que disciplinam seus filhos irados, transmitem seus sentimentos negativos.

a É necessário acalmar-se antes de aplicar qualquer disciplina. A disciplina tem como objetivo corrigir a criança e não descarregar sobre elas nossos desagrados.

a O objetivo principal na disciplina é ensinar os filhos a obedeceram a seus pais quando eles se dirigem. É assim que Deus deseja: “filhos, obedecei a vossos pais…”

a As crianças sofrem muito quando seus pais não as disciplinam corretamente. A disciplina justa alivia o sofrimento e os libera do sentimento de culpa e do peso da consciência.

a O maior problema no ser humano é a rebelião contra a autoridade legítima. Os pais não devem permitir rebelião em seu lar. É responsabilidade dos pais livrar seus filhos de atitudes de rebelião.

1. Aspectos Importantes da Disciplina

4 Deus estabeleceu os pais como responsáveis diretos pela conduta de seus filhos.

(Pr 4:1-9: “Ouvi, filhos, a correcção do pai, e estai atentos para conhecerdes a prudência. Pois dou-vos boa doutrina: não deixeis a minha lei. Porque eu era filho do meu pai: tenro, e único em estima diante da minha mãe. E ele ensinava-me, e dizia-me: Retenha as minhas palavras o teu coração: guarda os meus mandamentos, e vive”)

(1Sm 3.13-14: “Porque já eu lhe fiz saber que julgarei a sua casa, para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu. Portanto, jurei à casa de Eli que nunca jamais será expiada a iniquidade da casa de Eli, com sacrifício nem com oferta de manjares”).

4 O pai é a figura principal quanto a disciplina. Ainda que a mãe tenha que disciplinar, o filho deve saber que ela conta com o apoio de seu marido. Isto facilita a tarefa da mãe.

4 Os pais têm que mostrar unanimidade na disciplina. A mulher deve ter o cuidado para não contradizer a seu marido, e o homem deve respaldar a sua esposa, especialmente na presença dos filhos.

4 Os pais não devem proferir ameaças nem expressões de ódio.

4 A disciplina deve ser administrada imediatamente após a ofensa ou desobediência

“Visto não se executa logo a sentença sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto a praticar o mal.” (Ec 8.11).

4 A disciplina deve ser:

7 Com firmeza e decisão;

7 Com critérios estabelecidos (não segundo as emoções);

7 Proporcional a ofensa;

7 Sem ira ou amargura.

2. O que Deve Acontecer Após a Disciplina

A disciplina correta deve seguir um processo que inclua:

4 Explicação: a criança deve saber o por quê da disciplina.

4 Castigo: Com a vara e proporcional à ofensa.

4 Oração.

4 Perdão: a criança deve saber que a partir da disciplina não há mais culpa pelo ocorrido, e que ela é amada pelos seus pais.

4 Reconciliação: isso significa reparar ofensas, pedir perdão, restituir coisa roubadas, voltar a amizades rompidas, etc.

3. Principais Deficiências No Exercício Da Disciplina

4 Condicionar a obediência à compreensão da criança: a criança não obedece, apenas concorda. Não há reconhecimento de autoridade, mas uma negociação.

4 Ajudar na “obediência” para evitar confronto: dar uma ordem e auxiliar na execução quando a criança oferece resistência. Quando isto se torna um hábito (vício) doméstico provoca sérios vexames em ambientes estranhos ou públicos.

4 Achar desculpas e justificativas para as manias: Ex.: “é o gênio”, “são os dentes”, “está com sono”, etc. Nada disso justifica a rebeldia. A criança, mesmo indisposta, pode e deve obedecer aos pais em tudo e prontamente.

4 Diferenciar ordens (mais ou menos importantes): ordens são ordens e devem ser obedecidas prontamente, qualquer que seja. Estabelecendo-se diferenças, confunde-se a criança. Ela não entende por que há mais severidade para umas ordens do que para outras. Ela só sabe que, às vezes, exige-se obediência e outras não. Exemplos: 1º Não toque na tesoura x Vá escovar os dentes; e, 2º Não suba na janela (quarto andar) x Não toque no rádio.

4 Deixar-se manipular: “Só essa vez”, “ó mãe, me perdoe”, “eu prometo que não faço mais”, “estou tão cansado”, “você nunca me deu isto ou aquilo”, etc.

4 Deixar-se levar pela desculpa da memória, desobediência cor-de-rosa: “oh! esqueci”. Vara é bom para a memória.

4 Compensação por sentimento de culpa: os pais se sentem culpados por não poderem atender algumas necessidades e desejos, ou até caprichos dos filhos, por não terem recursos, e querem compensar tornando-se muito tolerantes.

4 Não exigir obediência total, irrestrita e imediata: não entender ou não concordar com Deus quanto a autoridade delegada aos pais. A base da relação pais x filhos é a autoridade. Pais inseguros apelidam frouxidão de “amor” ou compreensão.

4 Não exigir obediência na ausência dos pais: “você não é meu pai nem minha mãe”. Filhos desaforados e desrespeitosos para com os mais velhos e adultos em geral.

4 Contentar-se com uma obediência circunstancial. Não buscar uma disposição de submissão nos filhos nem levá-los a ter uma cerviz dobrada. Quem acha muita explicação para os erros dos filhos, também achará para os seus, diante de Deus.

4 Não entender que a disciplina é corretiva e formativa e não punitiva. As Escrituras dizem: “vara da disciplina” o castigo imposto pela vara, ao contrário de tentar punir, visa, antes, corrigir defeitos e formar o caráter da criança.

4 Falta de perseverança: hoje disciplina, amanhã não, ainda que pelo mesmo motivo. Isto confunde a criança.

4 Papai “Esquecido”: sempre esquece as advertências que fez e volta a advertir. Ridiculariza-se a si mesmo e aos filhos.

4 Papai “Gamaliel” é o super-mestre: sempre explica muito e não age nunca. Esquece que é a vara e não o sermão que afasta a estultícia do coração da criança.

4 Papai “Eli” é o super espiritual: quer transmitir uma imagem forte do “Papai-do-Céu”, sendo ele próprio um molenga. Os filhos não aprenderão a temer o “Papai-do-Céu” se não aprenderem a obedecer ao “papai-da-casa”. O Deus de Abraão ficou conhecido, depois dele, como “O Temor de Isaque”.

(Ex 32.21,25 x Gn 18.19: “32 21 E Moisés disse a Aarão: Que te tem feito este povo, que sobre ele trouxeste tamanho pecado? 25 E vendo Moisés que o povo estava despido, porque Aarão o havia despido para vergonha entre os seus inimigos. (X) 19 Porque eu o tenho conhecido, que ele há-de ordenar aos seus filhos e a sua casa, depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR, para obrarem com justiça e juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que, acerca dele, tem falado”)

4 Papai “Fariseu” exige tudo e não faz nada. Os filhos não são estimulados e desafiados pelo exemplo, além de perderem o respeito pelos pais diante da hipocrisia destes.

4 Carinho

Ser o exemplo, dar instrução e disciplinar, são expressões de amor que muitas vezes não são compreendidas ou consideradas com tal. Nossos filhos têm sentimentos e carências afetivas. É necessário que se some a todas essas ações, muito carinho.

Carinho é o mesmo que afeto, meiguice, docilidade, atenção e cuidado. São maneiras de tratamento que expressam sensibilidade para com aqueles a quem amamos. Nossos filhos sabem quando somos sensíveis a eles e às suas necessidades.

Existem algumas maneiras de se demonstrar isso:

7 Expressão Verbal

Esta é a mais simples de todas mas não menos importante. Dizer aos nossos filhos que os amamos é o mínimo que podemos fazer. Expressões como: “Eu amo você”, “você é muito importante para mim”, “sou grato a Deus por tua vida”, “você é um presente de Deus para nós”, são simples mas produzem um resultado maravilhoso.

Todos gostamos de saber que somos amados. Os que tem telefone, liguem especialmente para os filhos, mande-lhes cartões e telegramas. Eles adorarão.

7 Gestos Carinhosos

As palavras muitas vezes não conseguem expressar tudo. É preciso gestos! Um afago, uma carícia, passar a mão pela cabeça, segurar com carinho as mãos, beijar, carregar nos braços, carregar nas costas, rolar pelo chão, correr juntos, brincar de pega-pega e esconde-esconde, podem ser expressões mais fortes que as palavras. Juntas, produzem uma revolução de amor.

7 Presentes Criativos

Nesta época em que o consumismo e a moda nos levam a comprar brinquedos industrializados, diminuiu muito a criatividade dos pais. Presentes criativos, feitos pelos próprios pais (carrinhos de sucata, pipas, barracas, aviões, cavalinhos, etc…) têm um valor muito maior. As crianças são sensíveis a isso.

Também é necessário que os pais saibam ensinar o valor de cada presente. Eles devem ter um significado pessoal. Hoje em dia se dá presentes em épocas determinadas e não por significados pessoais. Temos que presentear nossos filhos com coisas simples, porém significativas. Cuidado para não trocar carinho por presentes caros. O carinho é insubstituível!

7 Valorizar Suas Idéias e Coisas

Ouvir os filhos: suas idéias e ideais. Interessar-se pelo que eles se interessam. Buscar suas opiniões e sugestões. Dar oportunidade para que eles se expressem e participem das decisões. Tudo isso são formas de dizer: “O que vocês são e dizem são importantes para nós”.

Respeitando seus gostos e desejos e, levando-os a alcançarem seus alvos, ajudaremos na formação da auto-estima deles. Nossos filhos precisam saber que são capazes e aceitos, respeitados como indivíduos.



AMAR = EXEMPLO + INSTRUÇÃO + DISCIPLINA + CARINHO



MEDITAÇÃO E ESTUDO

1) Até que ponto Deus responsabiliza os pais pela próxima geração?

2) Que diferença as Escrituras assinalam entre a formação dos filhos de Abarão e dos filhos do sacerdote Eli?

3) Com respeito a natureza humana que está toda torcida, o que nos ensina a própria experiência como pais?

4) Converse sobre a importância de cada uma das áreas que merecem mais atenção dos pais.

5) Compartilhe experiências pessoais no exercício da responsabilidade dos pais. Anote os erros cometidos e as lições aprendidas.

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9 - RELACIONAMENTO COM FILHOS ADOLESCENTES



A adolescência é uma etapa de muitas mudanças, tanto no corpo como na mente. É nessa época que o jovem começa a descobrir a sua independência. Isto demonstra seu progresso rumo à maturidade. Mas nessa época, começam os conflitos de rebelião contra todo tipo de autoridade, sobretudo a dos pais.

Salomão aconselha os pais de adolescentes que orientem a seus filhos sobre a vaidade da adolescência e juventude. Para que cuidem do coração e dos olhos, pois deverão prestar contas a Deus acerca das decisões que tomam. Também sobre as conseqüências que essas decisões acarretam. Aconselha aos jovens para que lembrem-se de Deus na juventude, ao invés de desenvolver a vida em vaidade.

(Ec 11.9 - 12.1: “Alegra-te, mancebo, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração, nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos: sabe, porém, que, por todas estas coisas, te trará Deus a juízo. Lembra-te do teu Criador, nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos, dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento”)



1. Como é a Adolescência?

Dos 12 aos 16 anos, o adolescente começa a descobrir a sua própria identidade. Adquire uma consciência de si mesmo e do sexo oposto. Tem noção das diferenças sociais. As amizades são mais duradouras. Valorizam a lealdade e a confiabilidade. Há um maior desenvolvimento da independência. Os filhos desta idade precisam estabilidade em seu lar e muita paciência e compreensão por parte de seus pais.

A partir dos 17 anos, o jovem continua debaixo do cuidado paternal, mas leva uma vida mais independente. Estes podem ser anos de grande companheirismo com os pais ou, de maior distanciamento. Os pais têm que saber “soltar as rédeas” aos poucos e confiar na formação que deu a seus filhos durante os anos anteriores. Esta etapa pode ser de profunda relação com Deus mas, justamente por ser assim, deve ser orientada pelos pais.

É indispensável, nessa fase, haver uma boa comunicação entre pais e filhos. É um tempo de idealismo, ilusões, sonhos e fantasias. O jovem precisa de modelos dignos, e com alvos definidos para a vida. É um tempo para fixar metas, estabelecer relações e determinar o nível de compromisso onde irá desenvolver sua vida:



2. Metas a Serem Estabelecidas

Os pais devem levar seus filhos a:

4 No lar. Assumir responsabilidade pessoal quanto ao uso do tempo, nas tarefas domésticas, no cuidado e conservação da propriedade familiar. Bem como, desenvolver bons hábitos e estabelecer uma forma correta de relacionamento com os demais membros da família.

4 Na escola. Dedicar-se aos estudos, fazendo o melhor possível para aprender controlar-se e vencer o desânimo que leva muitos a abandonar os estudos. Ter em mente que está se preparando para o futuro.

4 No trabalho. Aprender a cuidar dos interesses do patrão e que seja diligente, esforçado e cumpridor. Bem como, a ser pontual, honesto, disposto e manter uma atitude correta para com os colegas de trabalho.

4 Na Igreja. Aprender a respeitar os líderes e aos demais irmãos, identificando-se claramente com eles. Participar de todos os eventos e cooperar com o avanço do Reino de Deus. E, acima de tudo, criar uma profunda relação com Deus.

4 Na sociedade. Respeitar as autoridades e as leis, e cultivar uma boa atitude para com elas. Escolher suas amizades com cuidado.



3. Disciplina dos Filhos Adolescentes

Um dos piores sentimentos que um adolescente pode sentir é a culpa causada pela desobediência. Isto é produzido pela ação do Espírito Santo. A culpa produz dor na alma, mas a disciplina e o castigo o liberta dela.

(João 16.8: “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo”)

Por esta razão, o adolescente espera e necessita ser disciplinado quando desobedece. Faz parte da ordem de Deus na formação dos filhos. A disciplina e o castigo educam e reforçam a vontade. Ajudam o jovem a afirmar sua consciência e a atuar com resolução diante das pressões e influências externas. São duas as influências sobre os adolescentes: o satânico (todas as formas mundanas de pressão) e o divino. Diante delas, ele terá que decidir.

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sl 11.10)

Os filhos devem saber que a desobediência sempre será castigada segundo o que Deus determinou. Se os filhos não forem disciplinados, Deus disciplinará os pais.

(1Sm 3.13-14: ver cita acima - Eli)

4 O Uso da Vara. Este é o método estabelecido pelo Senhor. Até uma determinada idade é plenamente eficaz e suficiente, podendo ser usada em casos graves ou repetitivos. Seguir o padrão ensinado no Capítulo 8. Entretanto, com filhos que nunca foram disciplinados anteriormente, as opções abaixo são mais adequadas. Deve-se, no entanto, buscar orientações dos mais experientes.

4 Admoestação Verbal Somente. Não é gritar ou “jogar na cara” o erro do adolescente. Mas levá-lo a entender a gravidade do seu erro. Pode ser um sólido conselho até uma dura repreensão. Apele para a razão e para a sua própria auto-estima.

4 Admoestação Com Privação de Algo que Lhe Agrade tem como objetivo provocar dor. A privação deve estar relacionada com o mal que o filho tenha cometido. CUIDADO: Não cortar algo que envolva sua formação intelectual ou espiritual (ex.: proibir de ir ao colégio ou de ir aos compromissos da igreja). Bem como não obrigar a fazer um trabalho para não incutir que trabalho é castigo.



4. Orientações Práticas

4 Depender do Espírito Santo em Tudo

(Jo 16:13: “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há-de vir”).





4 Buscar de Deus Sabedoria.

(Tg 1:5-6: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá, liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte”)

É importante anotar que um filho sábio será, em grande parte, resultado de ter tido um pai e/ou mãe sábio.



“PRODUZIR UM FILHO PRUDENTE E SÁBIO VALE MIL VEZES MAIS

QUE UM FILHO SIMPLESMENTE DÓCIL POR ESTAR SUBJUGADO

PELA FORÇA PATERNA” (KEITH BENTSON).



4 Nunca Perder a Comunicação com os Filhos. Falar a verdade em amor.

(Ef 4:25: “Pelo que, deixai a mentira, e falai a verdade, cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros”)

Conversar com eles. Deve-se escutar os filhos com calma, atenção e compreensão e juntos buscarem as soluções. Responda sempre a todas as perguntas sem meias verdades. Sendo sempre sinceros para que eles aprendam a sinceridade.

4 Amizade Sincera. Serem realmente amigos dos filhos. A comunicação, a educação e o relacionamento será bem mais proveitoso dentro de uma amizade sincera

4 Respeitar Sempre as Áreas Mais Sensíveis do Adolescente:

7 Sua Aparência. Animá-los constantemente, pois todos já passaram por isso. Mas, cuidado, não usar de falsos elogios.

7 Seus Gostos e Opiniões (roupas, modas, comportamento), nada se refere a pecado ou aparência do mal, só gostos e opiniões.

4 Elogiar Sempre, Criticar Só Quando Realmente For Indispensável. Quando os filhos atuarem bem, deve-se elogiar e estimulá-los. Felicitá-los por seu esforço e pelos seus resultados alcançados, isso os animará a prosseguirem.

4 Ser Fiel aos Filhos. Em se tratando de adolescentes ainda mais. Não se deve contar o que foi revelado no íntimo. É importante não expor a intimidade, os sentimentos, as paixões e opiniões, só quando permitido por eles.

4 Colocar Alvos e Metas

(Sl 127:3-5: “Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Como frechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava: não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta”)

Como os adolescentes estão muito preocupados em viver o presente, em sentirem-se participantes, não sabem colocar metas de longo prazo. Isto cabe aos pais. É necessário tratá-los em áreas específicas da sua vida: no lar, na escola, na Igreja e na vida social. Deve-se tratar uma área de cada vez.

4 Colocar Desafios: Mostrar diversas profissões, diversas atividades, prepará-los para a vida. Eles são como flechas nas mãos dos guerreiros (pais). A responsabili¬dade de dar a direção é dos pais e não deles. Todavia sempre respeitando seus gostos. Desafiem os adolescentes para:

7 Pregação da palavra;

7 Ser e fazer discípulos na escola;

7 A influenciar a outros e não serem influenciados;

7 Boas músicas;

7 Boas leituras.

4 Ser Exemplo de conduta aos filhos. Eles tendem a ser como seus pais, mesmo quando resistem a eles.

4 Aplicar a Disciplina com Firmeza e de forma razoável, mesmo que ameaçam a sair do lar. Os pais não podem permitir que a rebelião destrua a integridade do lar. Se admitir a atitude rebelde do filho em casa, perderá o controle e a autoridade.

4 Confiar em Deus. O Senhor é fiel.



5. Conclusão

A criação dos filhos implica numa enorme responsabilidade. Muitas vezes vai além da capacidade natural dos pais para fazê-la. Mas, se esta tarefa é aceita com fé e na dependência de Deus, encontraremos graça do Senhor para realizá-la.

Sempre deve ser lembrado que criar filhos é para Deus. Criá-los para que sejam participantes responsáveis em sua grande família. Assim os pais desempenharão sua tarefa com eficiência e fé, contando com a presença e bênção do Senhor.



MEDITAÇÃO E ESTUDO



1) Que elementos importantes ajudam o jovem a descobrir sua própria identidade?

2) Que medidas práticas e efetivas devem tomar os pais para aplicar a disciplina?

3) O que os pais devem fazer quando tomam consciência que se equivocaram no trato com seus filhos adolescentes?

4) O que os pais podem fazer para promover em seus filhos adolescentes um maior interesse nas coisa de Deus?

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10 - COMPORTAMENTO DOS FILHOS



A Bíblia tem instruções para todas as áreas da vida familiar. Instrui aos pais como devem se comportar com seus filhos, e aos filhos como obedecer aos pais. Neste capítulo vamos considerar o que Deus espera dos filhos em relação aos seus pais.

(Pv 10.1: “O filho sábio alegra a seu pai, mas o filho louco é a tristeza de sua mãe”)

(Pv 15.20: “O filho sábio alegrará a seu pai, mas o homem insensato despreza a sua mãe”)

(Pv 17.25: “O filho insensato é tristeza para seu pai, e amargura para quem o deu à luz”)

O jovem tem duas atitudes para obedecer aos pais: ou por princípio e amor, ou por necessidade.

A atitude correta nasce do conhecimento de Deus e da direção do Espírito Santo. Por outro lado, a atitude de necessidade leva o jovem a desprezar os conselhos dos pais e se rebelar contra sua autoridade. O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo acerca desse tema e disse que nos últimos dias o diabo induziria os filhos à desobediência aos pais. Hoje é comum essa franca rebeldia às autoridades.

A maneira como os jovens pensam e atuam, tem muito a ver com a influência deste mundo. Mas Deus quer reverter essa situação na vida familiar de Seu povo. Os jovens devem conhecer seu papel como filho dentro do propósito de Deus para a família.



1. Direitos e Privilégios

Enquanto o filho estiver debaixo do cuidado paterno, ele desfrutará de benefícios e privilégios. Alguns são obrigatórios, ou seja, seus pais não podem deixar de providen¬ciar. Outros, entretanto, são outorgados aos filhos por uma atitude de amor, carinho e graça dos pais.

Na verdade, os filhos recebem muito mais do que realmente necessitam. Entretanto, muitos filhos não sabem reconhecer a diferença que existe nisso. Os pais tem a obrigação de prover alimento, roupa, educação e residência enquanto os filhos não possam conseguir isso por si mesmos. Tudo o que vai além disso, é privilégio.

Seria muito bom que os filhos sustentados por seus pais depois dos 18 anos de idade, e ajudados a cursar universidade ou qualquer outro curso, soubessem reconhecer e agradecer-lhes pelo favor recebido. Quando isso ocorre, trás grande alegria e satisfação aos pais.

Esta é uma atitude sábia: reconhecer e valorizar os benefícios recebidos dos pais, quer sejam por direito ou por privilégio.



2. Responsabilidades

4 Obediência e Submissão

(Ef 6.1: “Vós, filhos, sede obedientes aos vossos pais, no Senhor, porque isto é justo”)

(Cl 3.20: “Vós, filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor”)

(Lv 19.3: “Cada um temerá a sua mãe e a seu pai...”)

A obediência aos pais não é opcional, porque é um mandamento do Senhor. Deve haver submissão voluntária.

Submissão é um ato da própria vontade através da qual nos sujeitamos ao governo de outra pessoa. Não é humilhação nem rebaixamento. Não é uma desvalorização própria, mas sim o reconhecimento da autoridade de alguém, considerando uma maior capacidade para conduzir ou guiar sua vida. Naturalmente, a sabedoria e experiência dos pais é superior a dos filhos.

Deus declara que é justo os filhos obedecerem seus pais (Ef 6.1) e por isso, é agradável a Ele (Cl 3.20). Jesus, quando jovem, foi obediente e submisso aos pais. Ele é o nosso exemplo (Lc 2.51: “E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito”).

A rebeldia e insubmissão tem origem no coração de Satanás, portanto, nada de bom pode produzir. Diante de Deus, a rebeldia é uma falta grave porque conduz a uma degradação do caminho e leva o jovem a uma vida de pecado.

(Dt 21.18-21: “Quando alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedecer à voz do seu pai e à voz da sua mãe, e, castigando-o eles, lhes não der ouvidos, Então seu pai e sua mãe pegarão nele, e o levarão aos anciãos da sua cidade, e à porta do seu lugar; E dirão aos anciãos da cidade; Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz: é um comilão e beberrão. Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão com pedras, até que morra; e tirarás o mal do meio de ti, para que todo o Israel o ouça, e tema”)

4 Honra e Respeito

(Ef 6.2-3: “Honra o teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra”)

(Ex 20.12: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”)

A vontade de Deus é que os filhos tenham uma alta estima pela sabedoria e experiência de seus pais. Devem considerar que a sabedoria não se adquire na escola, mas sim num longo aprendizado da vida. A experiência de errar e acertar, meditar e avaliar, ganhar e perder vão formando uma base para conduzir outros na vida.

Quando os filhos apreciam seus pais, é fácil respeitá-los e honrá-los. O respeito brota de uma atitude interior de reconhecimento e apreço pela função dos pais. Esse respeito se manifesta pelo trato cordial, amável, cuidadoso. O contrário, ou seja, faltar de respeito se manifesta por gestos e palavrões, prepotência, altivez e desprezo. Isto é muito comum no mundo. Ao se converter, o jovem terá que aprender como tratar seus pais. Será como que remar contra a correnteza deste mundo e não se deixar influenciar pelos exemplos negativos tão abundantes hoje em dia.

Muitos pais, quando atingem uma idade avançada, são abandonados e considerados como algo pesado. Sobretudo quando ficam enfermos e precisam de cuidados especiais. São deixados de lado, ignorados e muitos são levados aos asilos para que morram. Isso é fruto da rebelião e do menosprezo.

Honrar os pais é o primeiro mandamento com promessa. Quem o fizer, pode ter a segurança de que será próspero e terá longa vida.

(1 Tm 5.4,8: “Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar os seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus. (...) Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”)

(Lv 19.32: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a face do velho; e terás temor do teu Deus: Eu sou o Senhor”)

Honrar é um ato de amor, por exemplo: dizer a eles o quanto são importantes, falar deles a outros, presenteá-los fora das datas especiais, passar tempo com eles e conversar sobre o que eles gostam, etc.

4 Amor e Amizade

É preciso desenvolver um relacionamento afetuoso entre pais e filhos, expressando o amor em gestos e palavras. É bom para um pai receber expressões de amor por parte de um filho. Muitas vezes os filhos deixam passar oportunidades para demonstrarem seu afeto e carinho. Uma palavra, uma flor, um beijo, um gesto, um cartãozinho, um chocolate, são meios sensíveis de transmitir amor, gratidão e apreço.

Para que se crie amizade, é necessário que os filhos se determinem a se aproximarem de seus pais. Criem situações em que possam estar juntos para desenvolver companheirismo e amizade.

O tempo do jovem em casa é muito curto. Portanto, o jovem discípulo deve aproveitar esses anos da juventude para firmar bem a sua amizade com seus pais.

4 Obrigações Específicas

7 Nas Tarefas Domésticas

Desde pequenos, os filhos são orientados a assumirem obrigações específicas. Por isso é necessário que os filhos atentem para as orientações dos pais, e façam exatamente o que eles pedem. Com o tempo, essas obrigações devem a ser mais voluntárias.

É agradável aos pais que os filhos façam mais do que se espera deles. Não só a deixar o quarto arrumado como também ajudar no trabalho da mãe. Há muitas maneiras de fazê-lo, como por exemplo: ajudar a lavar a roupa, limpar a casa, fazer compras, e até mesmo ajudar na cozinha. Numa emergência em que ela não possa fazê-lo, os filhos não sentirão dificuldade em substituí-la.

O importante é que assumam essas obrigações com responsabilidade e atenção. Devem saber que não estão fazendo isso por favor a sua mãe ou pai, mas sim por terem a responsabilidade de compartilhar do trabalho doméstico.

Quando os filhos são pequenos, a mãe faz tudo. Mas é uma injustiça permitir que ela continue a fazer tudo. Os filhos podem e devem assumir a responsabilidade de tarefas comuns no lar.

Todo trabalho deve ser realizado com esmero, dedicação e da melhor forma possível, não razoavelmente. É nesta etapa da vida que se adquire hábitos de trabalho. Quem se acomoda com desorganização e desordem, se acostuma a este estilo de vida e depois é difícil mudar. Em tudo deve-se buscar a excelência.

7 Nos Estudos

O estudo é o trabalho fundamental dos filhos, portanto devem fazê-lo com esmero. Devem dedicar tempo e esforço suficientes não para concluir estágios, mas sim para aprender bem a matéria.

A linha de pensamento corrente entre a maioria dos jovens é fazer o mínimo necessário para passar de ano. Isso é mediocridade. O jovem deve se esforçar para atingir o máximo de sua capacidade e extrair tudo o que for possível do conhecimento.

É preciso que todo jovem se capacite intelectualmente e em trabalhos manuais, a fim de ser apto para desempenhar qualquer atividade diante de qualquer necessidade.

7 No Trabalho

Muito embora alguns jovens fiquem debaixo do cuidado dos pais até terminarem seus estudos, é necessário que os rapazes e as moças comecem a trabalhar desde cedo. Ainda que sejam algumas horas por dia e que aprendam a ganhar algum sustento. Se conseguirem suprir seus próprios gastos, será de grande ajuda aos pais e trarão um sentido de dignidade e auto-estima. O trabalho traz maturidade.





3. A Relação Entre os Irmãos

A boa relação entre os irmãos é uma das maiores riquezas que a família pode ter. Fortalecem os laços familiares e desenvolve vínculos de amizade que perduram por toda a vida. Por isso é importante que os irmãos procurem conviver onde o bom trato seja a nota dominante.

Há atitudes e condutas que contribuem para isso:

4 O que Destrói

A indiferença e o isolamento são atitudes que dificultam o bom relacionamento. Quando alguém se fecha em si mesma, automaticamente deixa outros de fora. Fora de seus pensamentos, de seus interesses e de suas emoções. Quem se isola não pode compartilhar nem as alegrias nem as tristezas de seu semelhante. O resultado é que se torna egocêntrico e individualista.

Deus nos tem chamado para vivermos em família e com necessidades da presença, contato e afeto dos demais. O isolamento obedece as maquinações de Satanás cujo objetivo é a destruição da família. Deus quer restaurar nossa sensibilidade para com o outro. Assim, é preciso quebrar a barreira da indiferença e sair ao seu encontro.

Devemos fugir das pelejas, dos gritos e ofensas. Essas coisas provocam o ressentimento nas relações. Precisamos evitar a todo custo as divisões dentro da família.

(Tg 3.2-10: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede, também, as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme, para onde quiser a vontade daquele que as governa. Assim, também, a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua, também, é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendizemos a Deus, o Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus; De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim”).

4 O que Edifica

O tratamento afetuoso ao expressarmos o amor que sentimos uns pelos outros. Também depende de como damos lugar ao companheirismo e a comunhão espiritual. A presença do Senhor em nossos relacionamento produzirá mudança, profundidade e enriquecimento dessa relação. Assim se cria um ambiente onde pode ser praticado o perdão e a restauração de comunhão, caso ocorra algum conflito.

Os irmãos devem ser amigos e ajudarem-se mutuamente. Devem demonstrar o genuíno interesse um pelo outro e jamais trair ou defraudar a confiança.

4 Relação com Pais Incrédulos

Dentro deste aspecto destacamos dois pontos básicos:

7 A Sujeição

A sujeição que o filho deve a seus pais incrédulos é a mesma daquele que tem pai convertido. A única exceção é quando o pai ou a mãe exige que seus filhos pratiquem aquilo que vá contra as orientações de Deus. Nesse caso é importante consultar seus líderes e avaliar se realmente a exigência dos pais esta ou não contra a palavra de Deus.

Muitos jovens tomam essa exceção com a atitude de não serem obedientes naquilo em que devem ser. Por isso é necessário que os irmãos que o aconselham sejam maduros e responsáveis.

7 O Testemunho

Os pais recebem um maior impacto pela vida transformada de seus filhos do que por suas palavras. Por isso é importante que o filho viva de conformidade e obediência a cada palavra do Evangelho do Reino. Uma vida santa, sensível, comprometida e humilde é a maior pregação que uma pai incrédulo pode receber.



MEDITAÇÃO E ESTUDO



1) Quais são as coisas que um pai está obrigado a prover? Que atitude um filho deve mostrar ao receber mais do que isso?

2) Como se define a submissão e obediência que os filhos devem a seus pais?

3) Que significa honrar aos pais? Por que Deus exige isso de todos os filhos?

4) Como criar a amizade e uma relação mais afetuosa entre pais e filhos? O que os filhos podem fazer? O que os pais podem fazer?

5) Quais são as atitudes que os filhos devem desenvolver para o trabalho e o estudo? Enumere algumas medidas práticas para melhorar um má atitude.

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11 - A PRESENÇA DE CRISTO NO LAR



Um lar cristão é o lugar onde a presença de Cristo é a característica mais forte e a principal atração. Cada membro da família tem consciência de Sua presença, governo e orientação.

Tudo o que falamos nos capítulos anteriores são importantes para colocar em ordem a família, mas não é o suficiente. O que faz com que a família seja dinâmica, vital e espiritual é a presença de Cristo agindo em nosso interior, transformando-nos à sua semelhança.

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl 127.1)

Tal como expressa o salmista, sem a presença de Cristo no lar, todas as ações, aspirações e esperanças se frustram. Como podemos ter a presença de Deus no lar diariamente? Qual é a nossa responsabilidade para que isso ocorra?



1. Os Pais São Os Sacerdotes Do Lar

Antes de Deus estabelecer uma ordem sacerdotal em Israel, os pais atuavam como sacerdotes de seu lar. Notemos alguns exemplos:

4 Noé

(Gn 8.20-22: “E edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo o animal

limpo, e de toda a ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o altar. E o Senhor cheirou o suave cheiro, e disse o Senhor em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má, desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz. Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e Verão e Inverno, e dia e noite, não cessarão”)

4 Abraão

(Gn 12.7-8: “E apareceu o Senhor a Abrão, e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor que lhe aparecera. E moveu-se dali para a montanha, à banda do oriente de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor”)

(Gn 13.4,18: “Até ao lugar do altar que dantes ali tinha feito; e Abrão invocou ali o nome do Senhor. (...) E Abrão armou as suas tendas, e veio, e habitou nos carvalhais de Mamre, que estão junto a Hebron; e edificou ali um altar ao Senhor”)

(Gn 15.1-8: “Depois destas coisas, veio a palavra do Senhor a Abrão em visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão. Então disse Abrão: Senhor JEOVÁ, que me hás-de dar, pois ando sem filhos, e o mordomo da minha casa é o damasceno Elieser? Disse mais Abrão: Eis que me não tens dado semente, e eis que um, nascido na minha casa, será o meu herdeiro. E eis que veio a palavra do Senhor a ele, dizendo: Este não será o teu herdeiro; mas aquele que das tuas entranhas sair, esse será o teu herdeiro. Então o levou fora, e disse: Olha, agora, para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente. E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça. Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor, que te tirei de Ur dos Caldeus, para dar-te a ti esta terra, para a herdares. E disse ele: Senhor JEOVÁ, como saberei que hei-de herdá-la?”)

(Gn 17.1-22: “Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito; E porei o meu concerto entre mim e ti, e te multiplicarei grandissimamente. Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo: Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações; E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai da multidão de nações te tenho posto; E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti; E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti, e a tua semente depois de ti, nas suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus, e à tua semente, depois de ti. E te darei a ti, e à tua semente depois de ti, a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaan, em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus. Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás o meu concerto, tu, e a tua semente depois de ti, nas suas gerações. Este é o meu concerto, que guardareis entre mim e vós, e a tua semente depois de ti: Que todo o macho será circuncidado. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal do concerto entre mim e vós. O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo o macho nas vossas gerações; o nascido na casa, e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua semente. Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; e estará o meu concerto na vossa carne por concerto perpétuo. E o macho com prepúcio, cuja carne do prepúcio não estiver circuncidada, aquela alma será extirpada dos seus povos; quebrantou o meu concerto. Disse Deus mais a Abraão: a Sarai, tua mulher, não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome, Porque eu a hei-de abençoar, e te hei-de dar a ti, dela, um filho; e a abençoarei, e será mãe das nações; reis de povos sairão dela. Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há-de nascer um filho? E conceberá Sara da idade de noventa anos? E disse Abraão a Deus: Oxalá que viva Ismael diante do teu rosto! E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaac, e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele. E quanto a Ismael, também te tenho ouvido; eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação. O meu concerto, porém, estabelecerei com Isaac, o qual Sara te dará, neste tempo determinado, no ano seguinte. E acabou de falar com ele, e subiu Deus de Abraão.”)

(Gn 18.20-33: “Disse mais o SENHOR: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito, Descerei agora, e verei se, com efeito, tem praticado segundo este clamor que é vindo até mim; e, se não, sabê-lo-ei. Então viraram aqueles varões o rosto dali, e foram-se para Sodoma; mas Abraão ficou ainda em pé, diante da face do SENHOR. E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás, também, o justo, com o ímpio? Se, porventura, houver cinquenta justos na cidade, destruí-los-ás, também, e não pouparás o lugar por causa dos cinquenta justos que estão dentro dela? Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a terra? Então disse o Senhor: Se eu, em Sodoma, achar cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles. E respondeu Abraão, dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza: Se, porventura, faltarem de cinquenta justos cinco, destruirás, por aqueles cinco, toda a cidade? E disse: Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco. E continuou ainda a falar-lhe, e disse: Se, porventura, se acharem ali quarenta? E disse: Não o farei, por amor dos quarenta. Disse mais: Ora não se ire o Senhor, se eu ainda falar: Se, porventura, se acharem ali trinta? E disse: Não o farei, se achar ali trinta. E disse: Eis que, agora, me atrevi a falar ao Senhor: Se, porventura, se acharem ali vinte? E disse: Não a destruirei, por amor dos vinte. Disse mais: Ora não se ire o Senhor, que ainda só mais esta vez falo: Se, porventura, se acharem ali dez? E disse: Não a destruirei, por amor dos dez. E foi-se o Senhor, quando acabou de falar a Abraão; e Abraão tornou ao seu lugar.”)

4 Jô

(Jô 1.5: “Sucedeu, pois, que, tendo decorrido o turno de dias dos seus banquetes, enviava Job, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos, segundo o número de todos eles; porque dizia Job: Porventura pecaram meus filhos e blasfemaram de Deus no seu coração. Assim o fazia Job, continuamente.”)

A função específica do sacerdote é vincular Deus com os homens. Os pais (marido e mulher) tem uma responsabilidade sacerdotal diante de seus filhos. Deus os comissionou para formá-los e criá-los, a fim de que sejam integrados na grande família de Deus. Também devem interceder por eles diante do Senhor, comunicar as instruções da parte de Deus, ser o exemplo de conduta e orientar a respeito do culto que devemos prestar ao Senhor.

Todo esse ministério se fundamenta na pessoa e obra de Jesus Cristo, a quem os pais se sujeitam e em nome de quem ministram.

(Gn 18.17-19: “E disse o SENHOR: Ocultarei eu a Abraão o que faço, Visto que Abraão, certamente, virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? Porque eu o tenho conhecido, que ele há-de ordenar aos seus filhos e a sua casa, depois dele, para que guardem o caminho do SENHOR, para obrarem com justiça e juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que, acerca dele, tem falado”)

(Ef 6.4: “E vós, pais, não provoqueis a ira aos vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”)

(Lc 2.21-38: “E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto, antes de ser concebido. E, cumprindo-se os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor (Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogénito será consagrado ao Senhor); E para darem a oferta segundo o disposto na lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos. Simeão e Ana Havia em Jerusalém um homem, cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. E fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E pelo Espírito foi ao templo, e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para com ele procederem segundo o uso da lei, Ele então o tomou nos seus braços, e louvou a Deus, e disse: Agora, Senhor, despede em paz o teu servo, segundo a tua palavra; Pois já os meus olhos viram a tua salvação, A qual tu preparaste perante a face de todos os povos; Luz para alumiar as nações, e para glória do teu povo Israel. E José, e sua mãe, se maravilharam das coisas que dele se diziam. E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e para sinal que é contraditado; (E uma espada traspassará, também, a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações. E estava ali a profetisa Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade; E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia. E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que esperavam a redenção em Jerusalém.”)



2. JESUS CRISTO: Uma Realidade Gloriosa na Vida Familiar

Esta realidade se alcança quando a presença de Cristo é notória na vida dos pais. Entretanto, Deus quer se revelar de uma forma pessoal e íntima a cada membro da família.

As crianças tem uma grande capacidade para perceber a presença de Deus, crer e confiar nele. Encontram-se nas escrituras muitos exemplos disso:

4 Samuel conheceu a Deus quando pequeno

(1Sm 3: “O mancebo Samuel servia ao Senhor, perante Eli; e a palavra do Senhor era de muita valia naqueles dias; não havia visão manifesta. E sucedeu naquele dia que, estando Eli deitado no seu lugar (e os seus olhos se começavam já a escurecer, que não podia ver), E estando também Samuel já deitado, antes que a lâmpada de Deus se apagasse no templo do Senhor, em que estava a arca de Deus, O Senhor chamou a Samuel, e disse ele: Eis-me aqui. E correu a Eli, e disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Mas ele disse: Não te chamei eu, torna a deitar-te. E foi e se deitou. E o Senhor tornou a chamar, outra vez, a Samuel. Samuel se levantou e foi a Eli, e disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Mas ele disse: Não te chamei eu, filho meu, torna a deitar-te. Porém Samuel ainda não conhecia ao Senhor, e ainda não lhe tinha sido manifestada a palavra do Senhor. O Senhor, pois, tornou a chamar a Samuel, terceira vez, e ele se levantou, e foi a Eli, e disse: Eis-me aqui, porque tu me chamaste. Então entendeu Eli que o Senhor chamava o mancebo. Pelo que, Eli disse a Samuel: Vai-te deitar, e há-de ser que, se te chamar, dirás: Fala, Senhor, porque o teu servo ouve. Então Samuel foi e se deitou no seu lugar. Então veio o Senhor, e ali esteve, e chamou, como das outras vezes: Samuel, Samuel. E disse Samuel: Fala, porque o teu servo ouve. E disse o Senhor a Samuel: Eis aqui vou eu fazer uma coisa em Israel, a qual, todo o que ouvir lhe tinirão ambas as orelhas. Naquele mesmo dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado contra a sua casa: começá-lo-ei e acabá-lo-ei. Porque já eu lhe fiz saber que julgarei a sua casa, para sempre, pela iniquidade que ele bem conhecia, porque, fazendo-se os seus filhos execráveis, não os repreendeu. Portanto, jurei à casa de Eli que nunca jamais será expiada a iniquidade da casa de Eli, com sacrifício nem com oferta de manjares. E Samuel ficou deitado, até pela manhã, e então abriu as portas da casa do Senhor; porém temia Samuel de relatar esta visão a Eli. Então chamou Eli a Samuel, e disse: Samuel, meu filho. E disse ele: Eis-me aqui. E ele disse: Que palavra é a que te falou? peço-te que ma não encubras: assim Deus te faça, e outro tanto, se me encobrires alguma palavra de todas as palavras que te falou. Então Samuel lhe contou todas aquelas palavras, e nada lhe encobriu. E disse ele: O Senhor é, faça o que bem parecer aos seus olhos. E crescia Samuel, e o Senhor era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. E todo o Israel, desde Dan até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do Senhor. E continuou o Senhor a aparecer em Silo; porquanto o Senhor se manifestava a Samuel, em Silo, pela palavra do Senhor.”);

4 Davi foi testemunha da presença de Deus em sua infância

(Sl 22.9-10: “Mas tu és o que me tiraste do ventre: o que me preservaste, estando ainda aos seios de minha mãe. Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe”)

4 Timóteo foi instruído na fé e no conhecimento de Deus por sua mãe e avó desde a infância

(2 Tm 3.15: “E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus”)

4 Jesus exorta para não subestimar a fé de uma criança

(Mt 18.6: “Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar”)

O Senhor usa as orações e os testemunhos (especialmente dos pais) para conduzir outros membros da família à fé (Ver o caso da mulher samaritana em Jo 4.39-42: “E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra; E diziam à mulher: já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é, verdadeiramente, o Cristo, o Salvador do mundo”). Observar alguns casos bíblicos em que a fé dos pais envolveu o resto da família:

4 Josué:

(Js 24.15: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram os vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais: porém, eu e a minha casa serviremos ao Senhor”)

4 Cornélio:

(At 11.12-15: “E disse-me o Espírito que fosse com eles, nada duvidando; e também estes seis irmãos foram comigo, e entrámos em casa daquele varão; E contou-nos como vira em pé um anjo, em sua casa, e lhe dissera: Envia varões a Jope, e manda chamar Simão, que tem por sobrenome Pedro. O qual te dirá palavras com que te salves, tu e toda a tua casa. E, quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio”)



4 Lídia:

(At 16.14-15: “E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração, para que estivesse atenta ao que Paulo dizia. E, depois que foi batizada, ela e a sua casa, nos rogou, dizendo: Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos constrangeu a isso.”)

4 Carcereiro de Filipos:

(At 16.30-34: “E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. E lhe pregaram a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa. E, tomando-os ele consigo, naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi baptizado, ele e todos os seus. E, levando-os a sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.”)

Existem dois indicadores claros na vida familiar que evidenciam a presença de Cristo:

4 O bom uso do tempo. Dedicar-se diariamente para orar, ler e meditar na palavra, conversar com a família sobre os interesses do Senhor e o discipulado, indicam que a família reconhece a gloriosa presença de Cristo.

4 O bom uso do dinheiro e de todos os bens materiais da família, mostra que ela reconhece Deus como o provedor e dono de tudo.

A generosidade é a maior evidência disso. Todos devem ser ensinados quanto a ser generosos e a repartir com outros suas necessidades. Os filhos imitam naturalmente a seus pais. Por isso devem eles ser o exemplo prático de tudo o que Deus espera deles.



3. Como Apresentar Jesus Cristo a Nossos Filhos

É imprescindível viver diante de nossos filhos em total integridade, buscando a presença e direção do Senhor em toda situação. Seja em momentos de tensão ou tranqüilidade, de alegria ou dificuldade, tanto nas boas como nas más. Há certos elementos que devem ser levados em conta:

4 Nosso Exemplo

(Gn 18.17-19: ver cita acima)

O fundamento do sacerdócio dos pais é o amor e a devoção a Deus. Se os pais querem que seus filhos amem a Deus e o sigam, devem antes dar o exemplo. Esse amor e devoção estão expressos num vida de oração e dependência de Deus. Sua fé será conhecida pela maneira como vive. Caso contrário, será notória a hipocrisia.

4 A Palavra de Deus

(Dt 6.6-9; 11.1, 19-21: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as intimarás aos teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais da tua casa, e nas tuas portas. (...) Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, e guardarás a sua observância, e os seus estatutos, e os seus juízos, e os seus mandamentos, todos os dias. (...) O teu olho não poupará: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”)

(Js 1.8: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes, medita nele, dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho, e, então, prudentemente te conduzirás”)

Na medida em que os filhos crescem, deve-se comunicar lhes a palavra de Deus. Eles devem amá-la, obedecê-la com reverência e apreciá-la como o maior valor que eles possuem. Para isso, deve-se usar tudo o que for possível: ler e contar histórias das sagradas escrituras para os filhos, fazer referências a ela, cantar porções da palavra, memorizar e citar textos.

4 Representações Simbólicas

(Js 4.20-24: “E as doze pedras, que tinham tomado do Jordão, levantou Josué em Gilgal. E falou aos filhos de Israel, dizendo: Quando, no futuro, os vossos filhos perguntarem aos seus pais, dizendo: Que significam estas pedras? Fareis saber aos vossos filhos, dizendo: Israel passou em seco este Jordão. Porque o Senhor, vosso Deus, fez secar as águas do Jordão, diante de vós, até que passásseis; como o Senhor, vosso Deus, fez ao Mar Vermelho, que fez secar perante nós, até que passámos. Para que todos os povos da terra conheçam a mão do Senhor, que é forte: para que temais ao Senhor, vosso Deus, todos os dias.”)

Os quadros, fotos, textos, mapas, desenhos e demais expressões gráficas que adornam a casa, e especialmente o dormitório dos filhos, exercem muita influência sobre seus pensamentos e desenvolvimento espiritual.

4 Música

(Cl 3.16: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração”)

É extraordinária a influência que a música exerce sobre o ser humano! O Senhor deseja que seus filhos o louve e o adore com cânticos e hinos espirituais. Cantar a palavra é uma forma não só de louvar mas de memorizar e proclamar as verdades do Senhor. Por isso é bom que o papai e a mamãe contem para seus filhos desde o nascimento e que essa prática sempre esteja presente na vida da família.

4 Nossa Bênção

(Mc 10.13-16: “E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma, e Gomorra, do que para aquela cidade. Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.”)

A imposição de mãos e a oração abençoam, protegem, liberam, acalmam e saram a nossos filhos. Em virtude da autoridade paterna (e materna) e do nome do Senhor Jesus Cristo invocado sobre eles, a família é abençoada. É uma viva e poderosa expressão de nosso sacerdócio como pais.



4. Discipulado da Família

Longe de tornar algo mecânico e frio, o discipulado da família é uma oportunidade grandiosa de poder demonstrar a presença de Jesus no lar. Dentre muitas coisas, sugere-se algumas que podem fazer parte desse ministério sacerdotal na família.

4 Leitura da palavra. Buscando sempre aplicar a palavra ao momento em que vive a família, quer seja de alegria ou de tristeza, de prosperidade ou de dificuldade, etc. E que seja sempre inspirador, ou seja, aplicado com fé e ardor. Nunca como algo enfadonho. Para a crianças pequenas, sugere-se a leitura própria para a idade, com figuras e ilustrações.

4 Memorização de Textos Bíblicos. O melhor é acompanhar o que a igreja já pratica, usando a catequese das apostilas. Entretanto, textos que estejam relacionados a vida familiar também podem ser repetidos e memorizados.

4 Testemunhos e Transparência. Este é algo bom de se fazer. Abre-se um espaço para comunhão onde todos podem se inteirar das necessidades uns dos outros e poder cooperar em conselhos e sugestões.

4 Oração. Este é um bom momento para ensinar pelo exemplo. Orações com objetivos específicos ajudam a ordenar a vida de oração. Que a família tenha uma lista comum de oração e que todos orem. É uma boa oportunidade para ensinar sobre ter fé e depender de Deus.



5. Testemunho do Lar: Uma Luz Entre os Vizinhos

A presença de Jesus Cristo na vida cotidiana da família é o melhor testemunho que se pode dar do lar. Esta característica se constitui numa grande atração para os vizinhos que, ao verem a vida que levam, desejarão conhecer o Senhor da família. A presença de Jesus na família faz a diferença entre o amor e a discórdia, entre a obediência e a rebelião, entre a ordem e a confusão, entre a disciplina e a desordem. É o mesmo que dizer: o reino de Deus é um reino de amor e poder.

Todos os membros da família devem manter sua disposição de compartilhar o amor com seus vizinhos e estar atentos às situações especiais quando se permite uma expressão maior de amor e de serviço.

Deste modo se estendeu a Igreja no começo e, da mesma maneira, deve-se estender melhor em nossos dias.





MEDITAÇÃO E ESTUDO



1) Quais são as características principais de um lar que goza a presença de Cristo?

2) De que maneira podem os pais exercer um sacerdócio espiritual no lar?

3) Como Deus é revelado aos meninos e meninas em um lar cristão? (Conversar sobre a importância dos distintos elementos que servem para apresentar aos filhos a realidade de Jesus Cristo).

4) Que importância tem o discipulado da família em um lar cristão?

5) Conversar sobre distintas maneiras práticas para fazer do lar uma luz no meio dos vizinhos.

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