segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

SOLUÇÃO PARA A VIDA CRISTÃ


Linguagem da Fé



A fé tem importância central na solução dos problemas da vida, porque você e eu fomos criados a fim de sermos enchidos com fé. Quando nos enchemos com a fé que vem de Deus estamos a caminho de nos tornarmos o povo que Deus queria que fôssemos. Contudo, ao bloquearmos e impedirmos o fluxo e crescimento da fé em nossa vida, segue-se a frustração espiritual e pessoal. Esse bloqueio amplia quaisquer outros problemas que tivermos.



Funções da Fé

Fé — segurança confiante, dada por Deus — opera de três maneiras na vida do crente. O conhecimento de Jesus e da Palavra de Deus formam a base para a dedicação a Cristo. Mas é com a fé que principiamos a nova vida em Cristo. É esta a fé que dá início ao caminhar cristão.

Mas o simples adentrar a porta da fé não é suficiente. Também precisamos desenvolver a vida cristã. Os cristãos imaturos jamais ousam participar da aventura do viver cristão mais profundo. A vida cristã madura exige que a fé se desenvolva, pois uma fé profunda e genuína leva a um caminhar mais profundo com Cristo. E este o segundo tipo de fé, a fé que vem do desenvolvimento.

Terceiro, é somente por meio da fé que pode¬mos receber milagres. Não é preciso ir muito longe para ver que nosso mundo está repleto de necessidades. Por meio da fé podemos liberar o poder de Deus para satisfazer a essas necessida¬des. É esta a fé que opera milagres.

Centenas de pessoas, percebendo a importân¬cia da fé, têm-me perguntado: "Como é que posso aumentar a fé?"

Esta pergunta é de interesse a todos os crentes que pensam, pois o verdadeiro povo de Deus é gente de fé verdadeira. Mas somos impacientes; queremos que nossa fé se amplie de imediato. Somos irresponsáveis; queremos que Deus dê o aumento e não precisemos cooperar com ele para qualquer mudança resultante. Somos ignorantes; desejamos prosseguir no mundo da fé sem apren¬der sua linguagem.



A Importância da Linguagem

A linguagem permite-nos comunicar. É um canal para idéias, pensamentos e sentimentos. A linguagem também molda nossa vida, afetando a maneira pela qual pensamos e nos comportamos.

A fé e a linguagem estão intimamente ligadas: "Porque com o coração se crê para a justiça, com a boca se confessa a respeito da salvação" (Romanos 10:10). As palavras confirmam a validez da fé humana.

A contínua confissão de fé na Palavra de Deus é a base da linguagem da fé; linguagem esta que deve expressar-se diariamente em nossa vida. Praticada adequadamente em sinceridade, essa linguagem pode produzir uma mudança miraculo¬sa em nosso viver. A linguagem pode levar outros a dedicarem-se a Cristo, pode desenvolver nossa própria vida espiritual e pode liberar o poder de Deus a fim de realizar milagres.

Um dos exemplos mais claros da linguagem da fé em operação pode ser visto no Salmo 23, um cântico de Davi, o rei-pastor. Mediante o estudo deste Salmo podemos começar a compreender melhor a linguagem da fé, linguagem que deve expressar-se nos tempos de normalidade, nas épocas de perigo e na presença de inimigos.



Nos Períodos Normais

Há um dito no exército que afirma que todo soldado, numa trincheira, crê em Deus. Mas a fé no Divino é necessária a todos, não apenas aos que enfrentam perigo de morte.

Precisamos de fé em nosso dia-a-dia. Precisa¬mos usar a linguagem da fé ainda que ao nosso redor tudo esteja normal. Davi exemplificou esse fato na primeira porção do Salmo 23. "O Senhor é o meu pastor: nada me faltará" (Salmo 23:1), começa ele. Davi reconhecia a soberania e a graça de Deus nos tempos de normalidade.

Você e eu devemos fazer o mesmo. Hoje mesmo devemos fazer confissão contínua da gran¬de abundância de Deus para conosco, dando-lhe glória por ela. Aqui está o segredo da linguagem da fé: permitir que a glória de Deus resplandeça com grande brilho.

A primeira parte do Salmo de Davi é pertinen¬te a três esferas distintas: física, espiritual e social.



A Esfera Física

No reino da vida física Davi declarou: "Ele me faz repousar em pastos verdejantes" (Salmo 23:2). Quando as ovelhas se deitam em pastos verdejantes, tal fato indica que têm tudo de que necessitam, e que estão satisfeitas. Somos as ovelhas e nosso Pastor é o Pai celestial. Ele nos faz repousar nos pastos verdejantes da restaura¬ção. Aqui, Davi usa a linguagem da fé a fim de pintar um quadro de paz, uma expressão da bondade de Deus. Diariamente, você e eu deve¬mos fazer esta mesma declaração.

Muitos têm a tendência de fazer declarações negativas. Falam continuamente de quão mal vão seus negócios, de como a situação econômica piora a cada dia. Essas declarações negativas, contudo, não os ajudarão. Por meio delas, trazem o poder destrutivo para suas vidas.

Em vez de declarações negativas devemos fazer confirmações — confissões de criação, de vitória e de abundância. Veja a si mesmo descan¬sando nos pastos verdejantes de seu negócio ou emprego, e verifique a satisfação que há de receber. Alimente a sua alma com a linguagem da fé, visualizando as provisões diárias de Deus. Então, como Davi, proclame, todos os dias, que você está satisfeito nos pastos verdejantes de sua vida.



A Esfera Espiritual

A seguir, Davi, vitoriosamente afirmou que Deus "leva-me para junto das águas de descanso" (Salmo 23:2). Ao ler esta afirmativa bíblica, a pessoa pode sentir bênção espiritual, satisfação e paz no coração. Esta frase tipifica a inteireza abençoada do Espírito Santo, uma plenitude adequadamente simbolizada pela linda figura de "águas de descanso".

Quando a pessoa confessa os pecados a Deus ela é purificada pelo sangue de Jesus Cristo. Então a fonte da vida, o precioso Espírito Santo, muda-se para dentro do seu coração e aí faz morada. Se a pessoa continuar a orar e procurar a Deus a fim de encher-se do Espírito Santo, Cristo a batizará nele e encher-lhe-á o coração até transbordar.

Se você deseja que a linguagem da fé tenha poder em sua vida é preciso permitir que esse versículo se torne realidade. Espiritualmente, permita que nosso Deus Jeová o leve para junto das águas de descanso da plenitude no Espírito Santo. Então a sede de sua alma será satisfeita. Você receberá poder para servir a Deus com milagres poderosos e confiança. No ministério e serviço do Senhor tornar-se-á mais rico e mais frutífero.



A Esfera Social

Quando Davi afirmou: "Refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome" (Salmo 23:3), ele dirigia a linguagem da fé para a vida social.

Em meio à lufa-lufa da vida de nossa sociedade moderna nossos corações, muitas vezes, ficam perturbados e nossas almas sentem-se murchas. Às vezes quase achamos que não vale o esforço de vencer o dilúvio torrencial dos erros, tão forte é sua influência.

É justamente a esta altura que a linguagem da fé nos dá a chave da vitória. Podemos dizer em voz alta, com Davi: "Refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça." Ao repetirmos estas palavras, sentimos força e conforto surgi¬rem em nosso interior.

Amiúde, ao enfrentarmos o desafio de um mundo pecaminoso, sentimo-nos impotentes. Cir¬cunstâncias adversas e tribulações do presente tentam prender-nos. Começamos a nos sentir fracos em nossa própria carne.

Embora não possamos levar uma vida vitoriosa por nossa própria determinação ou força, a Bíblia afirma que Deus renova a vida dentro de nós. Ele nos ajuda e nos leva pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Afirme e declare tal fato! Fale a linguagem da fé em seus contatos sociais. Quando estiver perdido no pântano do pecado e do erro, diga, em voz alta, que Deus o conduz pelas veredas da justiça por amor do seu nome. Repita-o, deixando que a Palavra de Deus saia para lutar por sua vitória. Use a linguagem da fé a fim de ganhar as batalhas da esfera social.



Em Tempos de Perigo

Nossa vida não se limita a tempos de normali¬dade. Temos também épocas de perigo. O perigo resulta de muitas razões: pecado, fraqueza, ten¬tação, temor da morte. Mesmo, porém, nos tempos de perigo Davi exemplifica a importância da linguagem da fé. Afirme a Presença de Deus

Examinemos a linguagem de Davi no tempo de perigo: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo" (Salmo 23:4). Davi proclamou não ter medo dos perigos porque Deus estava com ele. Em vez de olhar para o perigo e falar do "vale tão escuro quanto a morte", Davi afirmou a presença de Deus e falou a seu respeito. Ao passarmos pelo vale tão escuro quanto o da morte é possível que não vejamos nem sintamos a presença de Deus. Mas não precisamos senti-la. Davi criou a presença de Deus com a linguagem da fé. Afirmou ele: "O Senhor está comigo." Davi não via sinal algum da presença do Senhor, nem ouvia o cicio suave de sua voz. Contudo, mesmo nessa situação ele se recusou a aceitar o assalto das ameaças circunstanciais e dos perigos do vale escuro como o da morte. Ele simplesmente afir¬mou a presença de Deus.

Você e eu podemos fazer o mesmo durante nossas épocas de perigo. Quando você andar por um vale tão escuro quanto o da morte, não olhe para a situação e circunstâncias ao seu redor. São enganosas. Se você der ouvidos à linguagem do medo falada pelo perigo, ou for levado por seus sentimentos, será derrotado.

Em vez disso, fale a linguagem vitoriosa da fé. Com suas próprias palavras, afirme a presença de Jesus Cristo no vale escuro da morte. Declare que Cristo está com você a despeito de todo o perigo ao redor. Mediante a linguagem falada da fé você sentirá a presença de Jesus Cristo.



Reconheça a Proteção de Deus

Davi reconheceu a proteção de Deus, dizendo: "A tua vara e o teu cajado me consolam" (Salmo 23:4). Os pastores, na época de Davi, usavam a vara para repelir os animais que ameaçassem a segurança do rebanho. Quando animais selvagens tentavam atacar as ovelhas, o pastor usava sua poderosa e forte vara a fim de afugentá-los.

Davi usou esta analogia em sua linguagem da fé. Ele comparou Deus a um pastor, dizendo com efeito: "Deus leva uma vara a fim de proteger-me." Em vez de permitir que a conscientização do perigo ao seu redor aumentasse, ele falou do Deus que o cercava e guardava, dando-lhe conso¬lo. Davi, tendo aprendido a linguagem da fé, uma linguagem que reivindicava a proteção divina, encontrava-se seguro no meio das guerras e conflitos da vida.



Declare a Liderança de Deus

Em meio ao perigo Davi declarou a liderança de Deus: "Tua vara e teu cajado me consolam" (Salmo 23:4). O cajado é uma vara longa com uma extremidade curva como um anzol. O pastor leva consigo o cajado o tempo todo. Quando uma ovelha sai do caminho, o pastor estende o cajado, engancha-o em torno do pescoço dela e, gentil¬mente, a leva para a direção certa. Da mesma forma, Deus, pelo poder do Espírito Santo, guia--nos no caminho direito. Com a proximidade do perigo, Davi aprendeu a linguagem da fé que declara a liderança de Deus.

Quando tudo parecer escuro e sem esperança, e você sentir-se perdido, a vaguear pela estrada da vida, não fique confundido nem preocupado. An¬tes, use a linguagem da fé que Davi usou: "Eu não conheço o caminho, mas Deus me dirige. Neste mesmo instante sua mão terna descansa sobre minha cabeça." À medida que você declarar a liderança de Deus, sentirá a realidade do poder guiador divino em sua vida.

Provérbios instrui-nos: "Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas" (3:5, 6).

Se você e eu declararmos a liderança de Deus, ele endireitará as nossas veredas. Assim como Davi usou a linguagem da fé nos tempos de perigo, também nós o devemos fazer. Você e eu não precisamos ter medo do perigo nem do mal, porque o Deus Todo-poderoso estará sempre conosco.



Na Presença dos Adversários

Não temos de enfrentar apenas os perigos causados pelo mal; temos, também, muitos adver¬sários: dúvida, frustração, fracasso, insuficiência, pessoas cujo propósito é destruir-nos. Em face de tudo isso, é importante usar a linguagem da fé.



Declare as Provisões de Deus

Davi proclamou as provisões de Deus. "Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversá¬rios" (Salmo 23:5). O Senhor preparou uma mesa com alimento delicioso na presença dos adversá¬rios de Davi. Deus providenciou tudo o de que

Davi necessitava a fim de ter forças para conti¬nuar, e Davi proclamou as provisões de Deus em voz alta.

Nossos adversários desejam que morramos de fome, que sejamos destruídos. O propósito de Deus, porém, é outro. O Senhor prepara uma mesa cheia de provisões, especialmente para nós, na presença de nossos adversários. Enquanto proclamamos as provisões de Deus com a lingua¬gem da fé, ele mostra a nossos inimigos quão gracioso ele é para seus filhos.



Reconheça a Honra que Deus lhe Presta

Davi reconheceu: "Unges-me a cabeça com óleo" (Salmo 23:5). Se ungirmos a cabeça de alguém com óleo num dia quente, essa pessoa será refrescada. Ungir a cabeça de alguém com óleo também era símbolo de honra, um símbolo que elevava a pessoa acima dos outros.

A Bíblia registra que Deus ungiu a Jesus Cristo, e fê-lo superior aos anjos. Na presença dos seus inimigos, Davi reconheceu a honra que Deus lhe prestava, dizendo: "Deus unge-me a cabeça com óleo, e eleva-me, tornando-me supe¬rior a meus adversários." A presença e as provi¬sões de Deus fazem o mesmo por nós. Ele nos torna superiores a nossos inimigos e devemos reconhecer tal fato mediante a linguagem da fé.



Declare as Bênçãos de Deus

Davi ainda declarou: "O meu cálice transborda" (Salmo 23:5). Na presença dos adversários de Davi Deus o abençoou além de suas necessidades. Deus o abençoou com tanta fartura que seu cálice de necessidades encheu até transbordar. Na presença de seus adversários, Deus o abençoa também, e faz com que seu cálice transborde.

No Gênesis, Deus fez uma promessa maravi¬lhosa a Abraão: "De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção" (Gênesis 12:2). Depois desta pro¬messa Abraão teve de passar por um longo processo a fim de aprender a linguagem da fé. Terminado o processo, ele declarou as bênçãos de Deus, bênçãos essas que permanecem conosco até hoje.

Na juventude, Davi aprendeu a importância de declarar as bênçãos de Deus. Ao sair para lutar com o gigante Golias, ele sabia que Deus o havia abençoado com o favor divino e declarou tal fato com a linguagem da fé. A um enorme e poderoso gigante disse o jovem Davi: "Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do Senhor dos exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo o Senhor te en¬tregará na minha mão; ferir-te-ei, tirar-te-ei a cabeça, e os cadáveres do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves dos céus e às bestas--feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel. Saberá toda esta multidão que o Senhor salva, não com espada, nem com lança, porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos" (1 Samuel 17:45-47).

Com a linguagem da fé Davi construiu circuns¬tâncias de vitória, fazendo com que o forte Golias fosse derrotado. A linguagem de fé usada por Davi preparou a cena na qual Deus pudesse operar. Davi correu para o gigante e, usando a funda, derrubou-o com uma pedra que lhe atingiu a fronte. Na presença das tropas inimigas no lado oposto do rio Davi matou a Golias, tornando realidade a vontade de Deus.

Davi conhecia a linguagem da fé. Talvez a porção mais eloqüente desta linguagem se encon¬tre na conclusão do seu Salmo: "Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre" (Salmo 23:6). A conclusão da linguagem da fé é esta: Deus é fiel, Deus é bom, Deus nos dá bênçãos com abundância.

Aprenda a linguagem da fé. Aprenda-a nos tempos normais, nas épocas de perigo e na presença de seus adversários.

Use a linguagem da fé. Nos tempos normais use a linguagem em sua vida física, espiritual e social. Nas épocas de perigo use a linguagem da fé para afirmar a proteção de Deus e declarar sua liderança. Na presença de seus inimigos—quais¬quer que sejam eles — use a linguagem da fé a fim de proclamar as provisões de Deus, reconhe¬cer a sua honra e declarar a sua bênção.

Tenha certeza, em qualquer situação, qualquer que seja a dificuldade: Deus é fiel e bom e deseja dar-lhe bênçãos abundantes. Deixe que a lingua¬gem da fé lhe permeie a vida. Permita que ela desenvolva o seu caminhar cristão e aprofunde sua vida com Cristo. Liberte o poder de Deus mediante a linguagem da fé, permitindo que os milagres divinos fluam por seu intermédio.







































































- SOLUÇÃO 2 -

Como Encontrar a Verdadeira Felicidade



Todos nós desejamos ser felizes.

Muitos acham que a felicidade vem pela abun¬dância de coisas materiais. Pensam que alcança¬rão felicidade com riqueza e conforto.

Recentemente faleceram dois dos mais ricos norte-americanos. Ao morrer, o bilionário Howard Hughes deixou uma fortuna de dois bilhões de dólares. Contudo, passou os últimos dez anos de vida como um recluso. Morto, não deixou esposa nem filhos que chorassem por ele. Apesar de toda a sua riqueza, sua vida e morte produzi¬ram grande solidão.

O segundo homem foi o bilionário John Paul Getty. Ele acumulou de dois a quatro bilhões de dólares no negócio de petróleo. Mas sua vida privada também foi infeliz. Casou e divorciou-se cinco vezes. Seu filho mais novo morreu de pneumonia em 1953 e, em 1973, o filho mais velho morreu alcoólatra.

Se o acúmulo de bens materiais trouxesse felicidade, estes dois bilionários teriam tido a vida mais feliz do mundo. Mas a felicidade encon¬tra-se em um fundamento mais sólido e duradou¬ro do que o mero ganho material. Precisamos de soluções para nossos problemas profundos e inte¬riores. Sem elas nossa vida será vazia de significação permanente, será insatisfatória e cheia de infelicidade inquietante.

O fundamento adequado para a verdadeira felicidade constitui-se de, primariamente, três componentes. Felicidade é a combinação destes.



Propósito

O tipo certo de propósito em sua vida é um componente importante para o fundamento firme da felicidade estável. Vida sem direção é vida sem destino. Onde não há verdadeiro propósito, não poderá existir felicidade verdadeira.



Propósito com Permanência

Até mesmo no nível físico e material devem existir objetivos claros que tragam êxito certo. O desejo de realização, entretanto, tem um fim último: a morte. Ter um propósito temporal na vida, portanto, jamais trará o sentimento perma¬nente de satisfação e de felicidade. Por este motivo a vida, com freqüência, é considerada uma miragem, um engano repleto de desilusão.

Muitos são como Colombo, que fixou para si mesmo um destino vago, e nunca soube para onde ia. Encontrou, afinal, as índias Ocidentais, mas nunca percebeu onde estava. Partiu para casa sem saber que direção tomar.

Colombo teve sorte, pois recebeu crédito pelo descobrimento da América. A maioria, contudo, não é tão feliz assim. Em vez de descobrimento, o seu destino é uma ausência de significado, um sentimento inquietante de fracasso.

Já viajei ao redor do mundo mais de dez vezes, e observei as pessoas em cada país por que passei. Se o acúmulo de bens materiais trouxesse felicidade, então os que vivem nas nações desen¬volvidas da Europa e nos Estados Unidos deviam ser os mais felizes. Contudo, na maioria dos casos, o reverso é verdadeiro. Os que colocam a direção de suas vidas no materialismo — o epítome de metas temporais — parecem ser os mais infelizes de todos.

O propósito de sua vida deve, em última análise, fundamentar-se na confiança em algo além desta vida — no Eterno. Sem isto, até mesmo o propósito mais bem planejado e digno tem falta de permanência.

Santo Agostinho certa vez escreveu: "Tu nos formaste para ti mesmo e nossos corações estarão inquietos até que encontrem descanso em ti." Compreendido nas palavras de Agostinho encon¬tra-se o propósito universal do homem: ter Deus no coração e deixar que o Eterno, com amor, guie seus passos.

Jesus Cristo, Deus feito carne, desceu dos céus e viveu entre os homens. Ele morreu na cruz para salvar você do vazio que incomoda e da falta de propósito que inquieta. Levantou-se do túmulo e voltou aos céus, a fim de dar-lhe um propósito fundamentado no Eterno.



Propósito com Identidade

Cristo compreendeu seu propósito na terra, ao proclamar: "Sei donde vim e para onde vou. . . Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 8:14; 14:6). Sua declaração, ousada e simples, mostra que é por meio da fé em Cristo que uma vez mais podemos nos reconciliar com o Deus eterno. A fim de levar uma vida de felicidade nesta terra você precisa ter Jesus Cristo como sua meta definida e propó¬sito para seu viver. Por meio de Cristo sabemos de onde viemos, para onde vamos e por que vivemos aqui.

Mas Cristo dá-nos muito mais que respostas que nos ajudam a estabelecer nosso propósito na vida. Com ele também temos identidade.

Se temos verdadeira fé em Cristo, "somos filhos de Deus. . . somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo" (Romanos 8:16). Não apenas temos propósito com permanência, mas também temos propósito com identidade.



Propósito com Poder

Todo propósito sem a capacidade de realização é inútil. No momento em que você se torna filho de Deus está ao seu dispor um reservatório de poder ilimitado. Tudo o que você precisa fazer é aprender a usar esse depósito de poder. Como certo homem escreveu: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Romanos 8:31). A vida cristã não está isenta de problemas, mas tem recursos ilimitados a seu dispor.



Paz

Para construir felicidade você precisa não ape¬nas de propósito, mas também de paz mental. Mas nossa vida é tão cheia de limitações. Vive¬mos dentro dos limites dos sentidos, do tempo, do espaço e de futuros imprevisíveis. Estas frontei¬ras muitas vezes dão-nos um sentimento inquietante de insatisfação, um desconforto penetrante que chega quase à conscientização.

Não sabemos o que vai acontecer amanhã. A não ser dentro dos limites de nossa audição e visão, não sabemos o que está acontecendo em dado momento.

Ouve-se uma batida na porta à noite. Ao olhar pela janela você percebe um estranho, de um metro e oitenta de altura, nervoso e temível. Imediatamente você sente certa inquietação. In¬capaz de ler a mente do estranho, você não pode saber suas intenções. Suas limitações operam contra você e seu destino imediato é uma forma de desespero diluído. Sua mente está perturbada, distante da paz tão necessária para a felicidade.

A doença da inquietação, que não se limita a porções de nossa vida sobre as quais temos controle, mutila nossa paz interior.



A Escravidão da Culpa

Todos nós já tomamos decisões erradas. Todos nós pecamos.

Alguns pecados são claros e óbvios, facilmente vistos por todo aquele que quiser ver. Outros, são mantidos em segredo, servindo de arsenal para chantagistas — feridas inflamadas que nem mes¬mo atos de caridade podem aliviar.

Amiúde, conscientes de nossas decisões erra¬das, de nossas faltas, de nossos pecados, sofre¬mos culpa que nos ata, exaurindo-nos a força mental, física e espiritual. A escravidão da culpa é como rapozinhas que destroem as vinhas da felicidade. A menos que nos libertemos, jamais poderemos ser verdadeiramente felizes. Jamais poderemos ter paz genuína.



A Escuridão da Falta de Significado

A doença da inquietação também aumenta quando somos incapazes de compreender ou experimentar significado em nossas vidas. Se per¬demos os amigos, se somos despedidos do empre¬go, se envelhecemos, tornamo-nos nervosos e inquietos. Tememos estar perdendo o significado da vida.

O dilema dos idosos é um bom exemplo disso. Todos os anos milhares de pessoas idosas sentem-se relegadas pela sociedade. Tudo e todos pare¬cem ter seguido em frente, deixando-os para trás. Solitários, acham a vida vazia. Muitos se suicidam — morte sem sentido das pessoas que perderam o senso de significação.

Você e eu temos necessidade contínua de reconhecimento. Desejamos amar e ser amados. Em face do temor da morte, queremos imprimir significação em nossas vidas.

Alguns alcançam certa medida de significação. Entretanto, uma vez que a pessoa atinge a significação, segue-se o temor constante de uma possível perda. Significado incrustrado no temporal gera tensão, germe que de novo infecciona a pessoa com a moléstia da inquietação.



Os Inimigos Derrotados

Até que nos livremos da inquietação causada por nossas limitações, até que estejamos livres da escravidão da culpa, e até que andemos livres da obscuridade da falta de significado, não podere¬mos ter paz mental. Não poderemos ter paz em nossos corações. Livrarmo-nos destes inimigos da paz é uma tarefa difícil que está além do esforço humano.

A única resposta é confiar em Jesus. Cristo é todo-compreensão e todo-poder. Mediante a fé em Cristo podemos receber o poder a fim de ganhar a batalha contra os inimigos da paz mental. Cristo disse: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. . . .E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mateus 28:18-20). Com a morte na cruz Cristo fez provisões amplas para a paz de que tão desesperadamente necessitamos para a felicida¬de.

Pode ser que você, às vezes, duvide de que Cristo possa fazer algo nessa situação. Há uma passagem bíblica que dá segurança aos que têm fé: "Em todas estas coisas, porém, somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 8:37-39).

Por meio de sua morte e ressurreição, Cristo providenciou recursos para combater os inimigos da paz. Às limitações naturais Cristo responde: "Tudo é possível ao que crê" (Marcos 9:23). À escravidão da culpa podemos responder: "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica" (Romanos 8:33). À escuridão da falta de significado podemos procla¬mar o resplendor de Cristo. Ele é a essência e propósito da paz verdadeira, que dão significado completo e permanente a nossas vidas.



Amor e Compaixão

O amor de Cristo provê base para a paz mental duradoura. Se desejamos estabelecer um funda¬mento adequado para a felicidade, também deve¬mos deixar que amor e compaixão fluam em nossa própria vida.

Nossa sociedade idustrializada e sem amor, sem o toque de compaixão sincera, tem causado muitos problemas. A unidade familiar já não recebe tanto apreço. As pessoas já não têm raízes: vão de cidade em cidade, deixando para trás relacionamentos estáveis. A desintegração do equilíbrio tem como resultado a perda de restrição. O homem e a mulher modernos flu¬tuam, e logo serão presas de atrações ilusórias e vazias.

As pessoas já não são tratadas como indiví¬duos. São elogiadas por suas habilidades e valor monetário. Apanhadas na roda-viva da vida diá¬ria, elas sofrem a perda de identidade. Algumas tornam-se anti-sociais, rebelando-se contra a so¬ciedade, procurando identidade no crime e na perversão. O câncer da insatisfação continua a espalhar-se, expressando-se em atos freqüentes de violência. Já não vivemos um relacionamento tipo "eu e tu", mas "eu e isso".



O Velho Sábio

Esta confusão de valores tem impedido que as pessoas compreendam a importância que o amor e a compaixão têm em relação à felicidade. Há uma história que vividamente exemplifica este ponto.

Era uma vez um sábio que vivia em um pequeno vilarejo. Todas as pessoas locais tinham grande respeito por esse homem. Sempre que tinham algum problema iam pedir-lhe conselhos.

No decurso de uma de suas palestras, o velho sábio prometeu às pessoas do vilarejo que lhes mostraria o caminho para a felicidade. Então pediu-lhes que lhe mandassem um representante, alguém que achassem ser a pessoa mais feliz da aldeia.

O povo reuniu-se para debater o assunto e a conclusão foi que a pessoa mais bonita certamen¬te seria a mais feliz. Escolheram, por unanimida¬de, uma linda jovem senhora e enviaram-na como seu representante.

Ao ver a linda mulher, o sábio voltou as costas. Não proferiu palavra; seu silêncio foi uma nega¬ção clara.

O povo reuniu-se outra vez. Desta vez concluí¬ram que a pessoa mais rica devia ser a mais feliz. Escolheram o homem mais rico e enviaram-no ao sábio.

Ao ver a segunda escolha, o sábio ficou total¬mente desanimado. Começou a andar em direção a um campo, e várias pessoas o seguiram. De súbito, ele parou. Ao lado da estrada, um menino chorava, segurando nas mãos um pardal que morria.

— Por que choras? — perguntou o sábio. Entre soluços e lágrimas o garoto respondeu:

— Eu estava andando por este campo. En¬quanto andava vi este pardal. Está tão mal. Fiz tudo o que pude a fim de conservar-lhe a vida. Mas ele ainda está morrendo.

Um sorriso de compreensão estampou-se no rosto do velho. Voltando-se para os que o se¬guiam, o sábio explicou:

— Eis o caminho para a felicidade: compaixão e amor aos outros.



Água em Vinho

Nem riqueza nem beleza resultam em felicida¬de, mas amor e compaixão são componentes vitais para o florescer de uma vida feliz. Se você não puder viver em harmonia com o próximo, é impossível que o amor e a compaixão fluam livremente de você.

A habilidade de encontrar-se com outros e se dar bem com eles pode ser traçada por meio de um processo de desenvolvimento. No início da vida interagimos com os pais e mestres. Mais tarde, geralmente casamos, formando laços ínti¬mos com nosso cônjuge. A menos que aprenda¬mos a viver em harmonia nestes relacionamentos importantes, jamais poderemos experimentar fe¬licidade sólida e permanente em nossa vida.

Depois de trinta anos de pesquisa a faculdade de medicina da Universidade Johns Hopkins publicou uma descoberta interessante. Desco¬briram que a falta de uma vida emocional adequa¬da causa dores de cabeça, úlceras, doenças car¬díacas e até mesmo câncer. Revelou-se ainda mais que os pacientes que sofriam de câncer geralmente eram introspectivos e solitários e não tinham tido relacionamentos sadios com os pais e irmãos na infância. Os que não haviam aprendido a partilhar amor e compaixão tinham tendência para doença e pouca saúde.

Foi para remediar esta falta que Cristo reali¬zou seu primeiro milagre. Em Canaá ele assistia a um casamento — o relacionamento de maior po¬tencial para satisfação emocional ou desastre assolador. Durante a cerimônia surgiu uma ne¬cessidade e Cristo transformou a água em vinho.

Com este milagre, Cristo mostra-nos que tem poder para transformar nossa vida de água insípida em vinho saboroso e proveitoso. Com este milagre Cristo assegura-nos que pode transformar o vazio de nossa vida em amor e compaixão, satisfazendo as necessidades ao nosso redor.

Cristo o ama a despeito de sua educação formal, sua riqueza, seu status social, sua idade, seu sexo ou sua nacionalidade. Entregue-lhe sua vida. Deixe que ele o inunde com seu amor. O amor de Cristo pode trazer inteireza à sua personalidade, e cura para seu corpo, alma e espírito.

Peça que Cristo venha e mude sua vida. Peça que ele lhe dê mais paciência e compreensão para com sua família, amigos e vizinhos. Peça-lhe que o ajude a perdoar e cure seus relacionamentos que precisam de transformação. E no instante em que você receber o amor de Cristo, comece a dar o amor de Deus a outros. Você ficará surpreso com a alegria que isto lhe trará.

A fim de encontrar a verdadeira felicidade, estabeleça um propósito com permanência, identidade e poder. Por meio da fé em Cristo você pode ser liberto da escravidão da culpa, da escuridão da falta de significado, e liberto para a paz mental necessária à felicidade genuína. Quando o componente final de amor e compaixão for instilado em sua vida e atitudes você se encontra¬rá enriquecido com uma das maiores bênçãos de Deus — a felicidade verdadeira e duradoura.



- SOLUÇÃO 3 -

Como Alcançar a Prosperidade



Outrora eu pensava que a pobreza tinha grande valor moral. Na Coréia, os pastores costumavam pregar que a pobreza era uma bênção e que os pobres eram os que colhiam mais das experiên¬cias da vida. Contudo, esses mesmos pastores continuamente pediam que os membros de sua congregação dessem mais e mais dinheiro para a igreja. Ensinando o valor da pobreza, também pregavam o mérito do aumento das contribui¬ções.

Esta contradição me incomodava. Quando me tornei pastor ofereci-me para pastorear numa área muito pobre da cidade de Seul. Os que viviam aí levavam vidas de pobreza e a maioria deles só faziam uma refeição por dia. As crianças sofriam de subalimentação e muitos estavam a ponto de morrer de fome. Percebi que a pobreza não era uma bênção de Deus. Foi então que li a Bíblia de novo, buscando uma solução. Queria conhecer a vontade de Deus acerca da pobreza.

Descobri que o ensinamento de Deus a respeito da pobreza era completamente diverso do que me ensinaram na igreja coreana tradicional. Deus não criou a pobreza. Quando Deus formou o céu e a terra fez tudo com abundância. Não havia privação no jardim do Éden; era um lugar de beleza e abundância extremas.

Então Adão e Eva pecaram, e com o pecado veio o juízo. Adão e Eva foram expulsos do jardim da abundância. A serpente, instrumento de tentação de Satanás, foi amaldiçoada e conde¬nada a rastejar sobre o próprio ventre. A maldi¬ção de Eva foram as dores de parto. A terra foi amaldiçoada e Adão, juntamente com todos os homens que depois dele se seguiriam, deviam trabalhar a terra com o suor de seu rosto. Veja Gênesis 3:19. A pobreza é resultado do pecado.

Cristo veio ao mundo não somente para levar nossos pecados mas também desceu a fim de livrar-nos das maldições do juízo. "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo ele próprio maldição em nosso lugar" (Gálatas 3:13). E por¬que Cristo levou nossos pecados sobre a cruz já não precisamos estar sob a escravidão. Podemos ser perdoados, libertos da maldição do pecado.

Alguns tomam a pobreza terrena de Cristo como justificativa para sua própria pobreza. Em muitas maneiras Cristo foi pobre, embora com ele viajasse um grupo de mulheres que o assistiam nas suas necessidades materiais bem como a seus discípulos. A Bíblia afirma que Cristo foi pobre para que não precisássemos sê-lo: "Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos" (2 Coríntios 8:9). Cristo deseja que seus filhos da fé sejam prósperos; contudo, muitos não o são. Falharam em reivindicar a promessa divina de prosperida¬de.

Houve época em que os ingleses iam aos Estados Unidos em busca de fortuna. Nesse tempo, certo jovem inglês decidiu que ele tam¬bém queria viajar para o Novo Mundo em busca de riqueza. Economizou o suficiente para com¬prar uma passagem de terceira classe em um navio e partiu para os Estados Unidos. Embora não lhe tivesse sobrado dinheiro para a comida, achava que sua aventura valia o sacrifício.

Entrando no navio, desceu para a terceira classe. Na hora das refeições ficava sozinho na escura cabine, imaginando o instante em que havia de chegar a Nova Iorque.

Mas esse instante foi atrasado por duas sema¬nas. Um furacão desviou o curso do navio e foram precisos quinze dias para que voltassem à rota original. No final dessas duas semanas o jovem estava morto de fome. Embora pudesse ver Nova Iorque no horizonte, ele pensava: "Morrer de fome ou do castigo quando descobrirem no refei¬tório que não tenho dinheiro para pagar a comida, não faz diferença alguma."

De modo que, pela primeira vez, ele foi ao refeitório e pediu uma refeição completa. Devorou a comida como quem estivesse morrendo de fome, pediu mais e comeu até satisfazer-se. Então voltou-se para o garçom, dizendo:

— A conta por favor, preciso ver quanto foi. O garçom ficou a olhar para ele.

— Que tipo de conta deseja o senhor?

— Bem — replicou o jovem satisfeito —, que¬ro a conta de toda a comida que acabo de comer.

— Senhor — respondeu o garçom —, ao com¬prar a passagem neste navio, comprou também todas as refeições de que precisaria durante a viagem. O senhor já pagou a conta.

O jovem quase tinha morrido de fome. Contu¬do, já havia pago a conta de toda a comida que desejasse.

Muitos crentes agem como esse jovem. Rece¬bem a passagem para o céu por meio da fé em Jesus Cristo. Pensam que mal podem chegar à salvação espiritual ao crer em Cristo. Mas nessa passagem há também a promessa de abundância. Cegos por seus próprios preconceitos, levam vida de escassez, e a prosperidade parece-lhes algo impossível. Se você deseja tornar-se próspero, primeiro compreenda que Cristo já estabeleceu o fundamento.



Motivação

Por si mesmos, desejos de dinheiro, fama e prestígio jamais tocam o coração de Deus. Deus não concede bênçãos duradouras aos que têm somente aspirações egoístas.

Quando comecei meu ministério eu tinha moti¬vos errados. Como resultado disso, passei por muitos períodos difíceis. Por causa deles percebi a importância de motivação adequada em tudo o que o cristão faz ou deseja fazer.

Se você deseja ter prosperidade, examine o seu coração a fim de descobrir os seus verdadeiros motivos. Você deseja a prosperidade como um meio de produzir mais frutos — ser mais produti¬vo — para Deus? Você realmente se importa pelo bem-estar espiritual dos outros, e deseja usar sua prosperidade como um canal a fim de trazer mais gente para o Reino de Deus?



Coloque Deus em Primeiro Lugar

O desejo apenas de dinheiro tem invadido até mesmo as fileiras dos ministros evangélicos. Vários evangelistas famosos têm vindo à Coréia. Lembro-me de um em particular.

Um evangelista veio, vários anos atrás, a fim de realizar em nossa igreja, a meu convite, uma série de conferências de uma semana de duração. Antes de sua chegada lancei uma extensa campa¬nha de anúncios, alertando a tantos quantos possível das conferências que se seguiam. Nas primeiras duas noites o evangelista pregou ser¬mões acima da média a grandes multidões e milagres aconteceram.

Antes da reunião da terceira noite, ele, com firmeza asseverou:

— Vou fazer a mala e partir imediatamente.

— O quê? — respondi espantado. — Fizemos muita propaganda para estas reuniões. Você não pode partir. E os milhares de pessoas que vêm todas as noites só para ouvi-lo falar?

— Bem — respondeu ele —, há uma maneira de eu ficar. Se você me der mil dólares mais imediatamente, ficarei. Se não, devo voltar para os Estados Unidos a fim de levantar essa quantia.

Meu coração queimava de raiva; os pastores foram chamados para pregar o evangelho, não para ganhar dinheiro. Contudo, eu sabia que as pessoas viriam, esperando ouvi-lo. Olhei-o diretamente nos olhos e disse:

— Se o dinheiro é tão importante assim para você, farei um cheque de mil dólares agora mesmo. E ao receber o dinheiro espero que você pregue o restante da semana.

Daquela noite em diante a presença especial do Espírito Santo ausentou-se. Os sermões já não tinham elementos da unção divina. As necessida¬des das pessoas já não eram tocadas por Deus. Foi uma das piores séries de conferências que nossa igreja já realizou. Em seu desejo único de dinheiro aquele evangelista perdeu toda a pros¬peridade espiritual que as reuniões restantes poderiam ter trazido; ele também nos tirou o ânimo de dar-lhe um grande honorário, previa¬mente discutido.

Nosso Pai celeste conhece nossas necessidades e as há de suprir. Nossos motivos e prioridades, entretanto, devem ser ordenados de maneira correta: "Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? Portanto não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos?. . . pois vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acres¬centadas" (Mateus 6:30-33).

Se você deseja tornar-se próspero é importante que tenha a motivação adequada. Coloque Deus em primeiro lugar em sua vida e ponha seus desejos primários na edificação do reino divino.



Compreenda o Propósito do Homem

"Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado" (1 Coríntios 3:16, 17).

Deus chama o seu santuário de lar. O templo de Deus, para valer alguma coisa, deve ter o Espíri¬to divino habitando em seu interior. O Santuário sem o Espírito de Deus é como um edifício vazio, quase sempre usado para guardar coisas inúteis.

Entretanto, se compreendermos que o propósi¬to do homem é ser santuário de Deus — lar de Deus — então nossa perspectiva se ajusta. En¬tão podemos, com maior clareza, compreender por que devemos ser motivados a colocar Deus primeiro em nossos desejos de sermos prósperos. Então podemos perceber que o Espírito Santo que em nós habita pode dirigir nossos caminhos para maior prosperidade.

Havia certo homem de negócio que cria com firmeza na liderança do Espírito Santo. Antes de qualquer decisão importante ele se fechava em seu escritório a fim de orar. Essas orações pedindo orientação às vezes duravam de dez minutos a dez horas.

Ainda quando pressionado por sócios que exi¬giam resposta imediata, esse homem de negócio recusava-se a confirmar qualquer decisão. Ele insistia em que primeiro devia receber orientação do Espírito Santo. Toda decisão importante que ele tomava — quer fosse comprar ações de uma firma específica, unir duas companhias, quer vender parte de seu negócio — era baseada na direção do Espírito Santo.

Diz-se que ele nunca cometeu um erro em suas decisões importantes. Ele não apenas se tornou um dos homens mais ricos em seu ramo de negócios, mas seus conselhos eram altamente procurados. E tudo porque compreendia a impor¬tância da habitação do Espírito Santo em seu interior e da necessidade crucial de sua liderança.



Dízimo

Quedorlaomer era rei de Elão, antigo país ao norte do Golfo Pérsico. Por doze anos ele fora líder de uma coalizão de reis. Essa coalizão havia incluído as cidades de Sodoma e Gomorra, cidades da planície que alguns acreditam estarem situadas em um dos extremos do Mar Morto.

Depois de doze anos muitos dos vassalos de Quedorlaomer, incluindo cidadãos de Sodoma e Gomorra, rebelaram-se. Gênesis registra uma rá¬pida batalha entre Quedorlaomer e seus aliados contra os vassalos rebeldes. Quedorlaomer ven¬ceu e o agressivo rei confiscou tudo o que se movia: pessoas, animais, suprimento, e coisas de valor. Entre os cativos encontrava-se Ló, sobri¬nho de Abrão e cidadão de Sodoma.

Quando Abrão ouviu que seu sobrinho havia sido levado cativo, imediatamente armou seus servos, cujo número era mais de trezentos. Perseguiram os agressores e os venceram numa vitória notável. Recobraram tudo e todos foram trazidos com vida.

Abrão voltou com a vitória viva em sua mente. Então Melquisedeque, rei de Salém — segundo alguns, a antiga localidade de Jerusalém—trouxe a Abrão pão e vinho. Melquisedeque era sacerdo¬te do Deus Altíssimo, e ele abençoou a Abrão, dizendo: "Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssi¬mo; que possui os céus e a terra; bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo" (Gênesis 14:19, 20).

Depois de receber a bênção, Abrão deu a Melquisedeque o dízimo: o décimo de todos os bens que Abrão tomara. Mais tarde, Deus falou com Abrão em uma visão: "Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande" (Gênesis 15:1). Deus deu a Abrão pro¬messa de prosperidade e proteção.





A Lei Universal do Dar e Receber

Neste relato Melquisedeque representava um tipo de Cristo e Abraão tipificava a nós, os crentes. Ao examinar a Bíblia descobri que há muitas bênçãos no dízimo relacionadas com a lei universal do dar e receber. No mundo natural prevalece o princípio do dar e receber. Se certo tipo de animal apenas rece¬besse vida e se recusasse a dá-la, sua espécie logo seria extinta.

Tanto o Mar da Galiléia quanto o Mar Morto recebem suas águas das montanhas do Líbano. O primeiro está repleto de seres viventes pois a água é fresca e flui constantemente para o Rio Jordão. Ele recebe e dá, o que o torna uma fonte de abundância.

O Mar Morto, contudo, faz jus a seu nome. Recebe água das correntes das montanhas mas não tem saída que dê curso à água. A água que chega até ele evapora-se lentamente, deixando sal e outros minerais em forma sólida no seu leito. Nada pode viver em suas águas. Até mesmo no reino natural deve haver o dar e o receber. Tudo o que se recusar a dar tornar-se-á inútil e perecerá.

Os fiéis patriarcas de Israel mostram-nos que o dízimo, importante forma de dar a Deus, na realidade é fonte de tremenda prosperidade. Abraão deu o dízimo. Isaque e Jacó deram o dízimo. Examinando as vidas destes homens percebemos que nunca sofreram os efeitos da pobreza por longos períodos de tempo. Eram homens ricos. Todos eles passaram por várias provas e tribulações, mas nenhum deles morreu de fome e sempre tiveram bastante para dar aos outros.

No livro do Gênesis há o registro de um voto que Jacó fez a Deus antes de sair do seu lar para ir viver com o tio: "Se Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna será a casa de Deus; e de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo" (Gênesis 28:20-22). Jacó conhecia a lei universal do dar e receber. Ele sabia que se desse o dízimo, Deus o abençoaria com a prosperidade.

Mais tarde Deus fez do dar o dízimo um mandamento: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos exérci¬tos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênçãos sem medida" (Malaquias 3:10). Dar o dízimo traz muitos benefícios para nossa vida, especialmente as provisões de proteção e prosperidade. Se você der a Deus, ele dará muito mais abundantemente para você.



Como Dar o Dízimo

Dar o dízimo deve ser uma prática prioritária, e o dízimo deve ser tirado de sua renda total. "Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares" (Provérbios 3:9, 10). O dízimo — a décima parte de toda a renda — traz em si promessas de bênção e prosperidade.

Muitos crentes, ao receberem seu salário, pri¬meiro pagam as suas dívidas. Então dão o dízimo do que lhes sobra. Isto, contudo, não é o dízimo genuíno. Ele deve ser as primícias da renda total da pessoa, dado para glória de Deus. Deus respeita aos fiéis que dão o dízimo desta maneira e os abençoa abundantemente.

Outros acham que são eles que devem decidir a quem dar o dízimo. Enviam-no para alguma igreja pequena na roça, ou para uma família que passa necessidade. Este, também, não é o modo certo de dar o dízimo. O dinheiro do dízimo deve ser dado ao Senhor por meio da igreja local onde a pessoa assiste. Lembre-se que Abraão pagou o dízimo ao rico rei de Salém. E foi pela boca desse rei que Abrão recebeu as bênçãos de Deus.

Onde quer que você receba o pão e vinho da Palavra de Deus, lembre-se de aí pagar fielmente o dízimo de toda a sua renda. Se você não seguir o padrão que Deus estabeleceu para o dízimo, ele não será reconhecido. Você será incapaz de receber a bênção total de prosperidade que Deus deseja dar-lhe.



Uma Prática para Hoje

Muitos argumentam contra o dízimo, afirman¬do que a prática de dar o dízimo pertencia apenas à lei do Antigo Testamento. Agora, uma vez que vivemos sob a graça, dar o dízimo já não se aplica, raciocinam eles.

Mas a prática do dízimo está tão viva hoje como esteve durante os dias do Antigo Testamento. O próprio Jesus deu o dízimo. Em admoestação contra os hipócritas religiosos, Jesus declarou: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado os preceitos mais importan¬tes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas sem omitir aquelas" (Mateus 23:23). Nesta passagem bíblica Jesus falou da importância de dar o dízimo, e da necessidade que temos de não perder a perspecti¬va.

Ao olharmos para a história e para as nossas próprias experiências vemos que a prática do dízimo tem trazido muitos benefícios. Por toda a história as nações que deram foram as que prosperaram. Isto torna-se evidente em várias civilizações ocidentais, particularmente nos Estados Unidos. Depois de receber a Cristo em sua cultura e aprender de sua Palavra, os norte--americanos começaram a enviar missionários, e começaram a dar dízimo e ofertas para ajudar a outros. Por esse motivo Deus tem abençoado os norte-americanos, fazendo-os prosperar.

Nos países do Oriente e da África a história tem sido diferente. Encontram-se nestas áreas vastos recursos naturais. Mas a maioria dos países dessa região ainda não tiveram o privilégio de desenvolver e usar tais recursos. Têm negado o evangelho de Jesus Cristo e seu povo tem falhado em partilhar as bênçãos materiais com outros.

Na Coréia existiu um homem que durante sua juventude viveu na pobreza. Com a idade de 50 anos assistiu a um culto pela primeira vez, ouviu o sermão atentamente sobre o dízimo e a prospe¬ridade que se seguiria. Então sentiu que devia começar a dar o dízimo. "Uma vez que minha renda é tão pequena", pensou ele, "dar um décimo dela para Deus vai fazer bem pouca diferença."

Mais tarde ele se tornou crente e começou a dar o dízimo com regularidade. Antes ele nunca tivera um emprego firme. Depois de começar a dar o dízimo, contudo, conseguiu um emprego de vendedor para uma companhia de aço. De súbito, teve grande sucesso, e tornou-se dono da filial onde trabalhava. Em doze anos ficou rico. E mesmo nas épocas difíceis este homem recusou-se a deixar que o desânimo o dominasse, crendo que o dízimo fiel levaria à prosperidade. Ele conti¬nuou a prosperar, tudo porque aprendeu o segredo da prosperidade: dar o dízimo.

Conta-se a história de dois homens: um crente e um incrédulo, que decidiram iniciar um estabe¬lecimento comercial juntos. O sócio não-crente fazia vinte mil dólares por ano. O crente, embora ganhasse apenas doze mil dólares por ano, dava fielmente o dízimo todos os meses. Entretanto, evidenciou-se uma diferença estranha. Embora o não-crente ganhasse mais dinheiro, não tinha prosperidade. Sua família, com freqüência, sofria doenças; as contas médicas se amontoavam, e ele carregava o fardo de pesada pressão financeira. O crente, que pagava os dízimos, tinha prosperida¬de em abundância. Abençoado não apenas em seu negócio, ele também tinha prosperidade de paz e harmonia em sua vida pessoal.

Se você deseja tornar-se próspero, não negli¬gencie o pagamento de seus dízimos a Deus. O dar o dízimo traz promessa divina de prosperidade a seu povo. E esta prosperidade não se limita ao reino material. Deus também o abençoará com prosperidade de paz, alegria, saúde e harmonia em seu lar.

Por meio da morte de Cristo na cruz foi lançado o fundamento da prosperidade de cada crente. Nossas passagens para o céu não estão limitadas apenas à salvação espiritual, mas incluem tam¬bém promessas de bênçãos e prosperidade, que devem ser reivindicadas pelos que possuem a fé que vem de Deus.

O tornar-se próspero, em parte, é questão de motivação. Você e eu devemos compreender que o propósito do homem é ser o templo do Espírito Santo de Deus e desejar continuamente ter a direção do Espírito em nossa vida. Devemos colocar Deus em primeiro lugar em tudo o que fazemos, lutando primeiro para estabelecer ainda mais o Reino de Deus.

Dar o dízimo regularmente para a igreja local em que a pessoa assiste é o segredo-chave para tornar-se próspero, uma parte da lei universal do dar e receber. Embora tivesse sido instituído no tempo do Antigo Testamento, o dízimo é prática que você e eu devemos continuar hoje, prática esta que traz bênção e prosperidade. "Ora, àque¬le que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, con¬forme ao seu poder que opera em nós, a ele seja a glória" (Efésios 3:20, 21).

- SOLUÇÃO 4 -

Como Melhorar sua Auto-lmagem



Essencial ao verdadeiro êxito é uma auto-imagem positiva e realista. Mas durante o curso de um dia qualquer somos expostos a influências negativas. Por todo o decorrer de nossas vidas, com freqüência, abrigamos auto-imagens prejudicadas. Desejamos libertar-nos, descobrir nossos potenciais completos, mas não podemos. Maior do que nosso desejo de expansão é a necessidade de sermos coerentes com nossas pobres auto-ima¬gens. Insatisfeitos com o que somos, tentamos imitar os outros.

No início do meu ministério poucos sermões meus tinham sucesso. Minha auto-imagem de pregador era baixa e minha frustração, crescen¬te.

Primeiro eu queria ser como Billy Graham. Ouvia muitas vezes seus sermões e até mesmo cheguei a decorar alguns. Quando eu pregava em minha igreja, tentava falar como ele. Começava meus sermões dizendo: "Senhoras e senhores!"

Mas ao chegar à metade do sermão minha respi¬ração era difícil e estava completamente exausto. Percebi que não podia ser igual a Billy Graham.

Em seguida, decidi que desejava ser igual a Oral Roberts. Tentava pregar com seu estilo dinâmico e peculiar, esperando resultados simila¬res em minha congregação. Mas nada acontecia. Sentia-me completamente desanimado. "Deus", orava eu, "desejo ser igual a Billy Graham ou Oral Roberts. Por favor, ajuda-me!"

Então, o Espírito Santo me falou ao coração: "Meu filho, preciso somente de um Billy Graham e de um Oral Roberts neste mundo. Desejo que você seja o primeiro e único PAUL YONGGI CHO."



Obstáculos a Uma Auto-imagem Positiva

O mesmo acontece com todos nós. Deus fez cada um de nós uma criatura única, cada um com uma auto-imagem individual. E nossa responsa¬bilidade edificar essa auto-imagem, explorar e desenvolver os potenciais dados por Deus. Há, contudo, obstáculos dos quais devemos ter consciência se desejarmos desenvolver-nos por com¬pleto.

Um desses obstáculos é o hábito contínuo da auto-depreciação. Muitos rebaixam-se a si mes¬mos, apontando suas incapacidades. Podem ter desejo intenso de entrarem em um campo especí¬fico, mas a depreciação constante de suas capaci¬dades impede-os continuamente de fazê-lo. Pas¬sam a vida em mediocridade, jamais se tornando o que poderiam ter sido.

Outros são impedidos por um senso falso de segurança. Embora possam estar insatisfeitos consigo mesmos, temem mais o perigo do que o risco. Na privatividade de suas mentes, racioci¬nam: "Tenho um bom emprego, um bom negócio. Embora às vezes penso que podia ser mais, é melhor ter segurança. É melhor me conformar com o que sou agora, e ficar contente."

Para alguns a competição é um obstáculo. Seu maior medo é o fracasso; seu maior inimigo, eles mesmos. Vivem a vida tranqüilamente, jamais compreendendo a aventura de viver.

Para a maioria, o maior inimigo de uma auto--imagem sadia é a memória viva de detalhes de fracassos passados, culpa e condenação. Às vezes essas pessoas negam a si próprias a cura de suas recordações, por se sentirem mais à vontade com as acusações do passado do que com as aspirações do futuro.

Mas não importa o que lhe esteja impedindo o desenvolvimento de uma imagem positiva, você pode vencê-lo colocando em ação os cinco passos seguintes.



1 - Use a Imaginação

Muitos sofrem por causa de uma maneira negativa de pensar. Acham que seu estado físico é sem esperança; que são fracassos em seus negócios, ou que ninguém os ama.

Deus opera através da imaginação do homem. Enquanto a pessoa permitir que pensamentos negativos lhe dominem a mente, o próprio Deus é impedido de ajudar tal pessoa, porque a imaginação, no que diz respeito ao controle individual, é ainda mais forte do que a força de vontade.

Certo ex-alcoólatra não bebia havia seis anos. Num dia quente de verão ele começou a sonhar acordado, imaginando quão gostosa seria uma cerveja. "Além disso, uma só não faria mal nenhum", raciocinou ele.

Foi a um bar e tomou uma garrafa de cerveja. Desde esse dia voltou a seu antigo hábito. Se ele não tivesse permitido que a imaginação o levasse para o sonhar acordado, teria sido salvo da auto-imagem de alcoólatra.

Conheci certa mulher muito gorda que se tratara com vários médicos em diversos hospi¬tais. Experimentou variados tipos de remédios e muitos métodos. Ajudaram-na um pouco, mas os resultados nunca foram duradouros. Com o tem¬po, ela se tornou profundamente deprimida, e comia constantemente.

Então ela decidiu mudar sua auto-imagem, usando a imaginação. Começou a visualizar a si mesma como esbelta. O apetite logo começou a diminuir. Perdeu peso e agora é esbelta.

A Bíblia nos ensina a importância de usar a imaginação. A história de Adão e Eva é um exemplo disso. Eva foi tentada por Satanás a comer do fruto da árvore proibida. Permitindo que as palavras de Satanás lhe enchessem a mente e dominassem a imaginação, ela ficou a olhar para a árvore e a pensar quão agradável era. Então desenvolveu um tremendo desejo de comer do fruto proibido. Apesar de sua forte força de vontade, ela foi atraída para o fruto. Comeu e deu dele a Adão, seu marido.

Com este ato, visualizado na imaginação de Eva, Adão e Eva caíram. Com o pecado desenvol¬veram a auto-imagem do homem decaído. Foi somente mediante a vida sem pecado, morte e ressurreição de Cristo — o segundo Adão, que se fez provisão completa para que o homem fosse restaurado a uma auto-imagem sadia.

Se você deseja mudar sua auto-imagem, come¬ce mudando a imaginação. Sugiro que você ponha a imaginação na bênção tríplice de Deus mencio¬nada neste versículo: "Amado, acima de tudo faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma" (3 João 2). Aqui Deus apresenta uma bênção tríplice que deseja que você tenha. Deus deseja que você seja próspero no reino espiritual, físico e material.

Tendo por base esta passagem, imagine a si mesmo crescendo em sua vida espiritual. Imagine seu negócio tornando-se próspero. Imagine seu corpo sendo tocado pelo poder curador de Deus. Visualize a si mesmo sob esta bênção tríplice, concedida pelo poder de Deus. Deixe que sua mente descanse nestas coisas e Deus começará a criar uma auto-imagem renovada para você.



2 - Estabeleça uma Nova Identidade

Se você se identificar com uma baixa auto-imagem, continuará a considerar-se deficiente. Você não apenas deve usar a imaginação a fim de mudar seu auto-conceito, mas também deve utilizar a mente num esforço para estabelecer uma nova identidade — identidade livre de auto-depreciação, de falso sentimento de segurança, da memória e temor do fracasso, livre de culpa e condenação.

Pode parecer impossível localizar o ponto focai de tal identidade. Mas com Cristo todas as coisas são possíveis. Ao fixar nossa fé no Pai celestial e em Jesus Cristo podemos tornar nossas identida¬des criativas e vitoriosas. Sei disso por minha própria experiência.

Nasci na Coréia durante a ocupação japonesa. Nossos vencedores orgulhavam-se de sua origem e continuamente degradavam a herança coreana. Até mesmo em nosso próprio país éramos consi¬derados cidadãos de terceira classe. Nossa popu¬lação toda sofreu de um auto-conceito nacional baixo.

Quando eu estava no ginásio meu país foi invadido pelos comunistas; uma invasão marcada pelo começo da Guerra Coreana. A guerra levou o pouco que tínhamos e minha família vivia em extrema pobreza. Houve dias em que a refeição seguinte era uma grave incerteza, e noites quan¬do a doença enchia meu corpo de dores.

Mas quando aceitei a Jesus Cristo como meu Salvador pessoal, imediatamente soube que eu era diferente. Eu era um filho do Rei dos reis e Senhor dos senhores. Falava com Deus como se ele fosse meu amigo íntimo. Daí comecei a desenvolver uma tremenda atitude positiva para com meus próprios pensamentos, minha vida e minha auto-imagem. Mediante a fé em Jesus Cristo elevei-me acima da pobreza de minha situação física, mental e espiritual. Adquiri uma nova identidade.

Descobri que o tornar-se cristão significava receber uma nova nacionalidade. Pode ser que você seja cidadão inglês, francês, alemão ou brasileiro; eu sou cidadão coreano. Mas quando colocamos nossa fé em Cristo, cada um de nós se torna cidadão do reino dos céus. "Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Colossenses 1:13).

Minha nova identidade em Cristo significava que eu tinha uma nova posição. A maioria pensa que nós, os crentes, não passamos de pessoas comuns, que buscam algo melhor. Mas quando nos tornamos crentes, cessamos de ser comuns. Pela graça de Jesus Cristo você e eu estamos assentados nos lugares celestiais. Embora fisica¬mente vivamos em nossos países, espiritualmen¬te estamos assentados com Cristo à destra do Pai. "Juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Efésios 2:6).

Com minha nova identidade também descobri que tinha um novo tipo de vida. Ao nascermos como seres humanos recebemos natureza huma¬na. Agora somos destinados a gozar da vida divina por toda a eternidade. E esta a diferença entre o crente e o incrédulo: o incrédulo tem apenas a vida natural; o crente também tem a vida de Deus.

Se você basear sua nova identidade no tempo¬ral, será desapontado. Cristo oferece-lhe muito mais; uma nova nacionalidade que lhe dará orgu¬lho e confiança; uma nova posição de segurança e oportunidade para a aventura criativa; uma nova vida com pecados perdoados, e culpa e condena¬ção apagadas. Venha a Cristo e estabeleça uma nova identidade a qual você pode desenvolver para a eternidade.



3 - Fixe Metas Definidas

O homem é um organismo buscador de metas. Sua personalidade é controlada não tanto por suas realizações passadas e ambiente presente, como por suas metas futuras.

Tenho aconselhado dezenas de milhares de pessoas, a maioria das quais enfrentam o fracasso. Não tiveram metas definidas em suas vidas e realizaram pouco de substância. Uma vida não focalizada é uma vida desperdiçada; e uma vida desperdiçada está exposta à auto-imagem baixa. Se você não tiver metas, onde focalizará suas habilidades? Como você dirigirá sua vida? Mas se fixar uma meta orientada para Deus, você terá sucesso. Esse êxito pode ser grande ou pequeno, mais ainda será êxito.

Você deve ter metas definidas em seu viver quotidiano. Pela manhã, escreva a meta que deseja alcançar nesse dia. Escreva uma meta anual. Deixe que sua vida se concentre e focalize totalmente nessas metas. Então, à medida que você buscar a Deus segundo seus objetivos, sua auto-imagem é influenciada e melhorada, suas realizações transformar-se-ão em meios para a construção de um auto-conceito mais elevado.

Dizem os cientistas que, durante a vida toda, usamos apenas 10% de nossa capacidade mental. De modo que durante sua vida você também precisa de uma meta definida, última e eterna. Essa meta eterna é a vida eterna no céu por meio da fé em Jesus Cristo, e uma vida na terra para a glória de Deus. Esta deve ser sua meta última e eterna. Embora você tenha êxito em tudo o que fizer — negócios, política, escola, sociedade e família — se não possuir essa meta última e eterna, jamais terá a satisfação necessária de uma auto-imagem sadia.



4 - Fale Palavras Positivas

Muitos usam a linguagem diária de modo promíscuo. Isto é muito perigoso. A palavra falada é o material básico com o qual Deus criou o universo. Deus deu-nos a capacidade de falar e expressar-nos com palavras. Pela palavra falada criamos nosso universo de circunstâncias.

A maioria pensa que vivemos nossas vidas pelas aparências, mas isso não é verdade. Por meio da palavra falada, você cria uma imagem de êxito ou de fracasso.

Permita-me exemplificar o poder da palavra falada. Eu poderia dizer: "Faz muito frio hoje. Está tão frio que a água encanada se congelou, e há gelo no telhado."

Imediatamente você forma uma imagem de um dia frio de inverno. Você quase pode ouvir o vento frio assoprar; quase pode ver a neve cair ao seu redor. Essa imagem pode ser tão viva em sua mente que você comece a imaginar onde foi que deixou o casaco de inverno ou onde guardou o suéter de outono.

A seguir deixe-me dizer: "Está extremamente quente hoje. Está tão quente que mal posso suportar as roupas sobre o corpo."

A sua imagem do dia muda, e você pode quase sentir o sol quente, o ar na sala morno e abafado.

Sua respiração se apressa e você sente sede de água fresca.

Falei acerca do mesmo dia. Mas minhas pala¬vras foram diferentes, como o foram suas ima¬gens desse dia.

Cristo compreendia o poder da palavra falada. Ao encontrar-se Jesus com Simão ele mudou-lhe o nome para Pedro. Em hebraico "Simão" signifi¬ca "cana", e indica uma personalidade levada pelo vento, alterada por opiniões insólitas. "Pedro", porém, significa "rocha". Apresenta a imagem de alguém estável, não dobrável e de quem podemos depender. De modo que todas as vezes que chamassem o nome de Pedro, uma afirmação positiva de um auto-conceito mudado era impreg¬nada em sua mente. Ele já não era a cana dobrável, mas a rocha firme. E toda vez que ele dizia seu próprio nome afirmava uma auto-imagem positiva. Pedro, Pedro, Pedro; rocha, rocha, rocha. Não é de surpreender que Pedro se tenha tornado um dos apóstolos de Cristo mais estáveis e dignos de confiança.

Todos nós, ocasionalmente, somos desaponta¬dos. Mas jamais devemos permitir que os desapontamentos despertem palavras negativas de ressentimento e raiva, palavras que levam à autocomiseração e depressão, a auto-conceitos sombrios.

Melhore sua auto-imagem com palavras positi¬vas. Deus prometeu-nos que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Conhecendo a promessa de Deus, você pode falar positivamente. Você pode estar em uma atitude de louvor a Deus ainda na situação mais difícil. Portanto, guarde suas pala¬vras e leve sua auto-imagem para as alturas dos lugares celestiais.



5 - Exerça Fé Positiva

Mas, muitas vezes, não é suficiente dizer palavras positivas. Você também deve exercer fé positiva na auto-imagem que visualizou em sua imaginação. Como pessoa com nova identidade você deve expandir-se em uma vida de fé, con¬fiante nas metas definidas que fixou.

Todos nós nascemos com certa quantia de fé humana. Se os gênios não tivessem fé em si mesmos, não poderiam conseguir grandes reali¬zações. Há também o caso de estudantes medío¬cres que não se saem bem na escola, mas, de alguma forma, depois de se formarem alcançam realizações brilhantes. Esses ex-alunos puseram sua fé em ação e com a confiança em uma auto-imagem elevada, exibiram capacidades notáveis.

O mesmo é também verdadeiro no nível espiri¬tual. Para melhores resultados, e os únicos que realmente duram, a fé humana deve estar ligada com a de Deus. A obra de Deus é a fé, pois ele pode criar qualquer coisa nesta vida. Se você colocar sua fé na de Deus, a fé dele criará habilidade e poder divinos em você, capacitando--o a melhorar e conservar uma auto-imagem sadia.

Se você deseja melhorar sua auto-imagem, comece utilizando a imaginação. Visualize idéias positivas. Estabeleça uma nova identidade baseada em Cristo, e você descobrirá uma nova nacio¬nalidade, uma nova posição e um novo tipo de vida. Jamais negligencie a colocação de metas definidas, e a importância de falar palavras positivas. Acima de tudo, exerça fé positiva. Permita que Deus melhore sua auto-imagem, e você se tornará uma luz brilhante para um mundo escuro e necessitado.







- SOLUÇÃO 5 -

Construindo Relacionamentos Certos I



O Fundamento Certo

Uma auto-imagem realista e sadia é importan¬te. Sua auto-imagem é seu relacionamento consi¬go mesmo; influencia tudo o que você faz. Mas e seu relacionamento com os outros? Como é que são construídos adequadamente?

Até certo ponto, construir um relacionamento sadio é comparável à construção de uma casa. Começando com o terreno sólido de uma boa auto-imagem a pessoa então constrói um funda¬mento forte. Sem este fundamento forte, qual¬quer relacionamento subseqüente sofrerá.



O Caráter

Um alicerce forte possui dois aspectos. Um é a provisão do Deus Todo-poderoso. O outro é o desenvolvimento de um caráter estável e que possua os traços de honestidade, fidelidade e perseverança.



Honestidade

Viajando pela Europa encontrei muitas construções grandes e suntuosas. Uma delas permanece viva em minha memória. Era uma linda casa, planejada com gosto e mobiliada com mó¬veis modernos: uma beleza para os olhos.

Mas ninguém usava a casa. Os oficiais do governo nem mesmo permitiam que alguém entrasse nela. Enquanto em construção, alguns responsáveis pela obra haviam sido subornados. Usaram materiais muito inferiores, construindo uma casa sobre fundamento falso. Milhões foram gastos na construção da casa, mas a desonestida¬de prevaleceu. Ainda hoje aquela linda casa não pode ser usada.

Os que vivem na falsidade e desonestidade não podem construir o fundamento necessário para edificar relacionamentos certos. Embora tais pes¬soas possam ser atraentes aos olhos, os que as conhecem de verdade evitarão contato íntimo com elas. Têm falta do conforto da amizade verdadeira e prejudicam a todos os que se atre¬vem a ser seus amigos.

Devemos também ser honestos com Deus se desejamos construir um relacionamento espiritual produtivo. O evangelho de Lucas retrata graficamente essa verdade. Um relato no capítu¬lo 18 contrasta a oração de um líder religioso orgulhoso e auto-justificado com a de um coletor de impostos, um publicano desonesto.

O líder religioso orou: "Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho."

O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador!" (Lucas 18:11-13).

O líder religioso negava sua pecaminosidade. Em sua desonestidade para com Deus bloqueava o estabelecimento de um relacionamento genuíno com seu Pai celestial. Mas o publicano era dife¬rente. Ele havia errado ao roubar as pessoas cobrando impostos não devidos. Era honesto quanto ao seu pecado e confessou-o a Deus. Por causa de sua honestidade o perdão divino pôde fluir. O coletor de impostos tinha os começos de um relacionamento certo com Deus. Para que os relacionamentos sejam adequadamente funda¬mentados é necessária a honestidade aberta.



Fidelidade

Nosso mundo está cheio de infiéis. Esposos são infiéis a suas mulheres, e mulheres a seus mari¬dos. Nunca antes o divórcio — a ruptura absolu¬ta do mais íntimo relacionamento humano — tem sido tão comum. Os burocratas enganam seus governos, operários são infiéis a seus patrões e amigos traem amigos. Infidelidade é um proble¬ma que domina nossa sociedade moderna e é um dos motivos para o desenvolvimento inadequado de bons relacionamentos.

A fidelidade beneficia a ambas as partes de um relacionamento. Li a história de um funcionário em uma loja de departamentos na cidade de Pittisburgh, no estado da Pensilvânia. Chovia e poucas pessoas faziam compras.

Enquanto os funcionários conversavam, um deles percebeu uma senhora de idade olhando as vitrinas. Embora ele visse que ela estava apenas passando o tempo, o funcionário convidou-a a entrar no seu escritório e descansar. Fê-la sen¬tar-se numa cadeira confortável e perguntou em que podia servi-la. Ela disse que estava apenas esperando uma amiga que viria apanhá-la.

O funcionário saiu do escritório várias vezes procurando a amiga. Finalmente encontrou-a e a trouxe à senhora que esperava no escritório. Ele não precisava ter sido cortês. Mas era um trabalhador fiel, permitindo que sua consideração se estendesse a todos os que encontrava.

A senhora de idade e sua amiga saíram. Passa¬ram-se vários dias, e o funcionário recebeu um lindo cartão de agradecimento. O cartão estava assinado por Andrew Carnegie, dono da grande "American Steel Corporation", filho da senhora de idade a quem o funcionário dispensara atenção especial.

O ato de bondade do funcionário não foi logo esquecido. Algum tempo mais tarde Carnegie precisou encomendar materiais para um projeto de habitações que financiava na Escócia. A mãe dele instou fortemente a que ele encomendasse o mobiliário na loja em que o funcionário fiel trabalhava. Os grandes pedidos de mobília dessa loja aumentou seu valor em milhões de dólares. O jovem funcionário tornou-se um próspero homem de negócios. Ele fora fiel a seu emprego, indo além de suas responsabilidades. Sua fidelidade dera início a um relacionamento que lhe beneficia¬ria o resto da vida.

Cristo exemplificou a importância da fidelidade contando a história de um homem que ia de viagem para outro país. Antes de partir, chamou seus servos e deu-lhes dinheiro para investirem enquanto ele estivesse fora.

Dividiu o dinheiro segundo as capacidades de cada servo, confiando o equivalente a 5.000 dólares a um, 2.000 a outro e 1.000 ao último. Então partiu de viagem.

O servo que recebeu 5.000 dólares imediata¬mente começou a negociar com eles, conseguindo outros 5.000. O segundo servo, com 2.000 dólares também foi fiel à confiança do senhor e ganhou outros 2.000. Mas o último servo cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor.

Depois de certo tempo, o senhor voltou e pediu conta do dinheiro a seus servos. O que recebera 5.000 dólares devolveu-lhe 10.000.

— Foste fiel no pouco — disse-lhe o senhor —, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu senhor.

O segundo servo disse:

— Senhor, 2.000 dólares me confiaste; aqui tens mais dois mil que ganhei.

— Muito bem — respondeu-lhe o senhor.— Foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

Chegando, por fim, o que recebera mil dólares, disse:

— Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste, e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu di¬nheiro; aqui tens o que é teu.

O senhor ficou irado ao perceber que o raciocí¬nio do servo era apenas uma desculpa para sua falta de fidelidade.

— Servo mau e negligente! — respondeu o senhor. — Escravo preguiçoso! sabias que eu ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei, cumpria, portanto, que entregasses meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o dinheiro — ordenou ele — e dai-o ao que tem dez mil. . . .E o servo inútil lançai para fora. (Mateus 25:21-30.)

Os servos que foram fiéis à confiança de seu senhor continuaram a desenvolver um relaciona¬mento firme e duradouro. O servo infiel, en¬tretanto, foi rejeitado e jamais teria a permissão de entrar na comunhão de seu senhor novamente.





Perseverança

Ao construirmos alicerces sólidos para os rela¬cionamentos é importante sermos honestos e fiéis. Mas nem a honestidade nem a fidelidade têm impacto total a menos que perseveremos. A Bíblia ensina o princípio básico da perseverança, no versículo que diz: "Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á" (Mateus 7:7). Pedir requer apenas o uso da voz; o buscar apenas um olhar inquiridor. O bater, no entanto, exige uma ação mais definida. Se desejamos construir um bom relacionamento devemos perseverar em vencer os obstáculos.

Em minhas viagens, tenho visitado muitos países e tenho observado certo padrão. Os países situados em regiões quentes possuem recursos naturais, mas as pessoas têm a tendência de ser preguiçosas por causa do calor, e seus países, em conseqüência, são chamados de "subdesenvolvi¬dos". Entretanto, nos países do hemisfério norte, ainda quando os recursos naturais são mais limitados, as pessoas têm maior perseverança. Em seus esforços diligentes, usam o que podem encontrar; esses países, com freqüência, são as nações desenvolvidas.

A perseverança também se faz necessária para desenvolver os recursos de um relacionamento. E os que perseveram mais são os que aprenderam a suportar as mudanças da vida.



Provisões de Deus

Um caráter honesto e fiel, que possui perseve¬rança, provê elementos importantes e necessá¬rios para a fundação de um relacionamento sadio. Mas o caráter humano tem falhas e muitos momentos de fraqueza. Ao relacionar-nos com os outros é de suma importância que primeiro te¬nhamos um relacionamento com Aquele que nun¬ca muda, Aquele que jamais falha. É por isso que um fundamento firme também deve ser construído com elementos que somente Deus pode prover: um relacionamento eterno e uma alegria permanente.



Um Relacionamento Eterno

Você e eu e toda a humanidade passada e presente pecamos. Como Adão e Eva, quebramos nossa confiança em Deus e nosso relacionamento com ele. Na época do Antigo Testamento os sacrifícios ordenados por Deus eram atos simbóli¬cos, restaurações temporárias do relacionamento do homem com Deus. Então Cristo veio à terra. Sua morte na cruz foi o sacrifício extremo; sua vida foi a prova da ressurreição do poder de Deus em cada situação humana.

Por meio da fé em Cristo somos salvos do resultado final do pecado: uma morte que traz agonia eterna e separação de Deus. Mediante a fé salvadora em Cristo nosso relacionamento com Deus é estabelecido por toda a eternidade. Em¬bora ainda cometamos erros, temos o perdão contínuo de Deus. Embora ainda sejamos fracos, Cristo dá-nos força. E com um relacionamento eterno como esse nossos relacionamentos adqui¬rem uma estabilidade que nunca antes esteve a nosso alcance.

No Oriente, o pai é uma figura de autoridade. Quando eu era menino, tinha profundo medo de meu pai, um medo criado pelos valores da socie¬dade coreana e pelas palavras severas dele. Não me sentia bem em sua presença e fazia o possível para evitá-lo.

Ainda na juventude deixei o budismo, religião de minha família, e tornei-me crente. Como resultado de minha decisão fui expulso do lar e considerado como estranho por minha família. Ainda que sentisse profundamente a separação, em minha solidão eu sabia que precisava de um relacionamento eterno com Deus mais do que do conforto dos laços familiares.

O amor por minha família continuou. Eu cria na Escritura que diz: "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e tua casa" (Atos 16:31). Pus minha fé nessa passagem e comecei a orar, três vezes por dia, pela salvação de minha família.

Escrevi cartas a meu pai mas ele não me respondeu. Afastado de casa por cerca de um ano, minhas orações eram de desespero. En¬tretanto, meu pai cada vez se endurecia mais.

Continuei orando por dois anos e então recebi notícia de que a fábrica de meias e luvas de meu pai tinha falido. Ele perdeu tudo. Não muito depois disso, ele veio a Seul, com a aparência pálida e desleixada.

Tinha vindo para ver-me:

— Você é quem está causando todos os meus problemas — acusou ele. — Desde que você se tornou crente nada tem dado certo para mim. Buda e os espíritos de nossos ancestrais estão com raiva de nós. Falhei em meu negócio e não há meios de recuperar-me. Quero suicidar-me aqui mesmo em sua frente. Quero pagar-lhe por todos os meus problemas. E depois você deve tomar conta de sua mãe e dos outros filhos.

Nessa época eu estudava no Instituto Bíblico e meu pai estava alojado em uma área próxima. Continuei a orar por ele e contei a meus amigos a seu respeito. Ofereceram-se para sair e ajudá-lo a vender meias e luvas. Então fui a meu pai e disse:

— Se o senhor for assistir a um culto na capela, meus amigos ajudá-lo-ão a vender seus produtos.

Meu pai ficou contente ao ouvir isto. Embora ainda não mostrasse nenhuma atitude favorável ao Cristianismo, preocupava-se com a venda de sua mercadoria e concordou em assistir ao culto na capela.

Durante esse culto eu devia interpretar o sermão de um missionário norte-americano. Quando o missionário começou a pregar, em silêncio pedi a Deus que me ajudasse a usar a oportunidade ao máximo. Enquanto o pregador apresentava um sermão eu pregava outro, dirigi¬do inteiramente a meu pai.

De súbito ele levantou a cabeça. Arregalou os olhos e parecia ouvir com atenção. Então dobrou-se e começou a chorar. Eu, porém, não tinha certeza de que suas lágrimas fossem de arrepen¬dimento ou de alguém que houvesse falido em seu negócio.

Terminado o culto, os alunos saíram e meu pai permaneceu sozinho no salão. Fui até ele, e com muito cuidado levantei-o.

— Pai — perguntei-lhe —, o que está aconte¬cendo com o senhor?

Voltando-se para olhar-me, seu rosto brilhava como o sol; eu sabia que Deus lhe havia tocado o coração.

— Pai! — exclamei —, o senhor é crente!

— Filho — respondeu ele —, ouça-me. No iní¬cio, eu estava criticando você. Eu pensava que sabia mais do que todos os alunos e achava o culto longo demais. Mas, de súbito, minha vista se escureceu e não podia ver nada. Jesus apareceu e chamou-me pelo nome. Perguntou-me por quanto tempo ia resistir-lhe.

— Eu vi a Jesus. Sei que ele é o Deus vivo. Confessei-lhe todos os meus pecados e agora tenho paz e confiança. Sou feliz.

Passamos os instantes seguintes juntos em grande alegria. Havia muito estávamos aliena¬dos, primeiro por causa de meu medo e da autoridade de meu pai, e mais tarde, pelo ostracismo causado por minha fé em Cristo. Agora, porém, nós ambos tínhamos um relacionamento eterno com Deus, e nessa base tornamo-nos mais íntimos, com maior confiança mútua, o que jamais fora possível antes. Saímos da capela de braços dados. A essa altura a neve começara a cair.

— Pai — observei —, com a neve que está caindo a venda de meias e luvas deve melhorar.

— Filho — respondeu ele —, não me preocupo com isso agora. Olhe para aqueles pinheiros. Jamais vi árvores tão belas.

O coração de meu pai havia mudado e seu mundo inteiro se fizera novo. Cheio de alegria ele disse: — Amanhã volto para o interior. Vou contar à sua mãe o meu novo relacionamento com Deus.

No dia seguinte ele tomou o trem, de volta à nossa família. Ao voltar meu pai para casa sem ter vendido nada minha família ficou apavorada. Como o restante, mamãe pensou que ele ficaria com raiva, e permaneceu acordada a noite toda com medo de sua suposta ira.

Ao ver a reação da família, ele ficou envergo¬nhado por não ter vendido nada e não disse a ninguém que se havia tornado crente. Pela ma¬nhã, quando os sinos das igrejas tocaram, meu pai ajoelhou-se e orou, dizendo:

— Pai celestial, perdoa-me por ter odiado mi¬nha esposa. Tenho-a maltratado por tanto tempo. Agora, por favor, perdoa-me. Desde que entraste em meu coração, Jesus, tenho um novo amor por minha esposa e por minha família. Já não desejo dirigi-los por meio do medo, mas com ternura.

Minha mãe, ao ouvir a oração do papai, ficou tão emocionada que respondeu:

— Quero ser crente, também.

Então se abraçaram com ternura.

Em minha vida toda jamais havia visto minha mãe e meu pai se beijarem e abraçarem. Mas quando Cristo entrou em suas vidas, todas as coisas se fizeram novas. Meus irmãos e irmãs perceberam a ternura recém-adquirida de meus pais. Enviaram-me um telegrama dizendo que fosse rapidamente; estavam prontos para ouvir a minha mensagem.

Fui de trem, de volta ao lar, de volta ao mesmo lugar de onde fora banido. Preguei a mensagem de Jesus Cristo para toda a minha família. Desde então os onze membros de nossa família foram salvos.

Fundados em nosso relacionamento eterno com Deus, por meio da fé em Jesus Cristo, nossa família inteira cresceu em amor e respeito uns para com os outros. Pudemos desenvolver relacionamentos profundos que antes eram impossí¬veis.



Uma Alegria Permanente

Mediante o sacrifício de sua vida sem pecados, Jesus Cristo proveu-nos o meio para que tivésse¬mos um relacionamento eterno com Deus. Mas sem o Espírito Santo jamais receberemos por completo todas as bênçãos que um relacionamen¬to eterno com Deus por meio de Cristo pode trazer. Deus ordenou que o Espírito Santo nos haveria de ajudar a desfrutar de suas bênçãos.

Sem o poder do Espírito Santo somos incapazes de desfrutar das riquezas de Deus. Ao falar a respeito da vinda do Espírito Santo, Cristo disse: "Quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo; mas dirá tudo o que tiver ouvido. . . há de receber do que é meu e vo-lo-á de anunciar" (João 16:13, 15). E nada na terra pode ser mais glorioso do que as bênçãos que Cristo, mediante o Espírito Santo, derrama so¬bre os que têm fé.

O Espírito Santo ajuda-nos a desfrutar da bênção de Deus de três maneiras: habitando conosco, habitando em nós e ungindo-nos com o poder de Deus. A alegria duradoura destas bênçãos é fator essencial no desenvolvimento de nosso relacionamento com Deus e na construção de fundamento certo em nossas relações com outros.

Quando recebemos Jesus Cristo como nosso Salvador pessoal adquirimos também o relaciona¬mento com o Espírito Santo. O Espírito Santo habita conosco, como a atmosfera envolve a terra toda e todos os seres humanos. É ele quem faz pressão para que abramos o coração a fim de receber a Jesus Cristo. O Espírito Santo está constantemente apontando o pecado e mostrando a alternativa da provisão de Deus de vida eterna.

Mas o Espírito Santo não permanece como a atmosfera ao nosso redor; entra em nosso espírito e faz de nossos corpos seu santuário. E por meio de sua habitação em nós, ele concede-nos conheci¬mento e revelação sobre Jesus Cristo e a Palavra de Deus, a Bíblia. Como resultado, ganhamos nova dimensão de vida e conhecimento. Aprende¬mos a viver uma vida completa, um vida cheia de alegria e das ricas bênçãos de Deus.

O Espírito Santo também nos unge com poder; poder de ministrar as bênçãos de Deus a outros. Cristo deseja realizar seu ministério por meio de você e de mim. Mas sem a unção do Espírito Santo, não estamos preparados para sermos canais mediante os quais Cristo pode fluir a fim de suprir as necessidades dos outros. Por este motivo todos nós precisamos do batismo no Espírito Santo. Quando ele nos batiza, nossa vida cristã pode tornar-se ainda mais dinâmica e poderosa.

Todo cristão, portanto, deve desenvolver um relacionamento com o Espírito Santo. Sem esse relacionamento, você e eu não podemos desfrutar por completo das muitas bênçãos que Deus deseja dar-nos. Sem um relacionamento crescente com o Espírito Santo, você esteve apenas lambendo a casca da melancia.

Tenha consciência da presença do Espírito Santo ao seu redor. Receba com alegria a sua presença à medida que ele o transforma no santuário da habitação de Deus. Permita que ele o unja com poder para o ministério. Então você aprenderá a desfrutar mais das bênçãos de Deus. Você terá cortado a melancia. Estará desfrutan¬do do gosto da polpa doce e interna, sabores de alegria que perdurarão por toda a sua vida cristã.

- SOLUÇÃO 6 -

Construindo Relacionamentos Certos II



Materiais Certos de Construção

Uma vez que o alicerce tenha sido adequada¬mente assentado e tido tempo para se consolidar, pode-se dar início à construção da estrutura da casa. Sobre o forte fundamento das provisões de Deus para um relacionamento eterno e uma alegria duradoura, e sobre um caráter honesto, fiel e perseverante, pode-se construir um relacio¬namento lindo e duradouro. A construção de um relacionamento sadio, contudo, não deve ser feita com valores e prioridades escolhidos ao azar. E preciso usar os materiais certos de construção.



Cristo, a Pedra Angular

Vários anos atrás, quando se construíam as paredes de um edifício, a pedra angular representava o ponto de partida na construção de um edifício grande e importante. O lançamento da pedra angular determinava o ângulo das outras paredes. Se a pedra de esquina tivesse alguma imperfeição, o edifício todo, muitas vezes, era construído erradamente, com fraquezas que diminuíam a sua segurança.

Na construção de nossos relacionamentos há uma pedra angular. Para alguns é a pedra da conveniência social. Nesses relacionamentos a pessoa é amiga da outra porque parece a coisa certa ou por haver certa quantia de benefício social mútuo. A pedra angular da conveniência social, entretanto, é pequena e fraca. Esse rela¬cionamento jamais poderá desenvolver-se, nem ! poderá suportar os profundos problemas que a vida muitas vezes traz.

Outros relacionamentos têm a pedra angular da necessidade pessoal imediata. Certa pessoa necessita de algo que a outra possui e, com esse princípio por guia, constrói-se um relacionamen¬to. Há, inclusive, casamentos fundados sobre a pedra angular conjunta da necessidade pessoal imediata. Mas a lascívia jamais pode tomar o lugar do amor; o dinheiro nunca poderá substituir a riqueza da integridade, e a aceitação social jamais é substituto para a honestidade. A pedra angular da necessidade pessoal imediata marca um relacionamento com fracasso à vista.

Há muitos tipos e qualidades de pedras angula¬res de relacionamentos. Algumas são mais está¬veis e mais belas que outras. Mas não importa quão nobre uma pedra angular possa parecer, se nasceu apenas do esforço e desejo humanos, não perdurará. Os interessados não se desenvolverão como poderiam ter feito.

Há, porém, uma pedra angular perfeita. Esta pedra é sem falhas; a direção que ela proporciona constrói relacionamentos onde há sempre o estí¬mulo para desenvolvimento posterior. Esta pe¬dra angular é eterna; os relacionamentos cons¬truídos com sua direção podem resistir às tem¬pestades do sofrimento, aos dilúvios do medo e aos furacões da desesperança. Esta pedra angu¬lar é Jesus Cristo.

Cristo viveu uma vida sem pecados. Ele é nosso exemplo perfeito em tudo o que fazemos, especialmente na construção de relacionamentos com outros. Ao lermos a Palavra de Deus, a Bíblia, compreendemos mais completamente os valores, prioridades e princípios que Cristo ensi¬nou e exemplificou. Por meio da oração, o Espíri¬to Santo pode mostrar-nos, com maior clareza, as direções que nossas vidas e relacionamentos devem tomar. Mediante a comunhão dos crentes podemos ter vislumbres de Cristo nos outros e compreender mais completamente como Cristo deseja operar por nosso intermédio.

Jesus Cristo não deve ser apenas seu Salvador; Jesus Cristo não deve ser apenas seu provedor diário; Jesus Cristo deve também ser Senhor de seus relacionamentos: Cristo, a pedra angular.



Compromisso e Amor

Durante a guerra coreana uma senhora jovem e grávida fugia para o sul, para a liberdade. Sem amigos, ela enfrentou com bravura a difícil via¬gem durante o inverno. Aproximando-se o final da jornada ela, de súbito, sentiu chegarem as dores de parto.

Precisando de ajuda, desejava chegar a uma cidade próxima onde vivia um casal de missionários norte-americanos. Embora ela se apressasse tanto quanto possível, teve de parar e dar à luz o bebê debaixo de uma pequena ponte. O frio era intenso e depois do nascimento do menino ela tentou, desesperadamente, conservar a criança quente. Enrolou seu corpo e roupas em volta do infante, fazendo com que seu calor, o conservasse com vida.

Cedo na manhã seguinte, o casal de missioná¬rios passava de carro pela pequena ponte. A esposa pensou ter ouvido o choro de um bebê. Pararam o carro e o marido desceu para investi¬gar. Encontrou uma mulher nua, morta de frio, agarrada a uma pequena trouxa de roupas.

O bebê estava quase morto em virtude do vento frio de inverno, mas por causa das roupas quentes, ainda respirava. Depois de enterrar a mulher no sopé de uma colina, o casal levou o menino para casa. Durante os anos que se segui¬ram criaram-no como seu próprio filho.

Chegou então a época de ele entrar para a escola. O jovenzinho repetidamente perguntava a seus pais adotivos a respeito de seu pai e de sua mãe. Com o tempo, o casal de missionários contou-lhe o que acontecera. Diz-se que depois de ter descoberto suas origens verdadeiras, ele encontrou a sepultura da mãe. Despiu-se, colocou as vestes sobre o túmulo, molhando o chão com lágrimas.

Entrega. Para muitos é apenas uma palavra e para poucos uma realidade. Sem a entrega verda¬deira os relacionamentos não podem ser construí¬dos adequadamente, não podem desenvolver-se por completo nem durar por muito tempo. En¬trega, especialmente quando motivada pelo amor, é um dos mais belos materiais de constru¬ção que se pode usar para construir um relaciona¬mento correto. Por causa desse tipo de entrega o bebê sobreviveu. Por causa da entrega você poderá dar novo vigor às vidas dos necessitados ao seu redor.

Cristo amou e se entregou a todos os que, apesar de suas dúvidas e fraquezas, vieram a ele. Ele curou os contritos, animou os quebrantados, orientou os famintos, levou à verdade os que se consideravam justos e deu solução aos que inda¬gavam. Aceitou cada pessoa como era e dedicou-se a suprir a necessidade de todas elas.

Cristo se entregou por completo a seus discípu¬los, e nos seus relacionamentos comprometeu-se a desenvolver o melhor que cada um deles possuía. Enquanto esteve com eles deu-lhes a verdade e o poder. Com sua morte, deu a todos nós seu próprio ser.

Pedro foi um dos discípulos de Cristo que foram tocados pelas ricas bênçãos da entrega de seu Senhor. Foi ele quem escreveu: "Graça e paz sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus nosso Senhor. Visto como pelo seu divino poder nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo" (2 Pedro 1:2-4).

O exemplo do amor e da entrega de Cristo a nós mostra que devemos nos entregar aos outros. Devemos aceitar os outros como são e aprender a amá-los. Devemos entregar-nos àqueles com quem temos relacionamento, preencher suas ne¬cessidades e fazer com que desenvolvam o melhor que possuem. E essa entrega deve conter o elemento do sacrifício. Essa entrega deve possuir a medida do amor.



Confirmação Positiva

Assim como o bicho-da-seda constrói seu casulo com os fios que saem de sua boca, assim também construímos nossos relacionamentos com nossas palavras. Se criticamos e reclamamos, expondo pensamentos e sonhos negativos, nossos relacio¬namentos hão de sofrer. Na construção de relacio¬namentos sólidos, precisamos empregar palavras positivas de confirmação. É preciso que edifiquemos aos outros, que lhes mostremos sua importância genuína e os façamos saber de nossa gratidão por sua amizade.

Certa época minhas esposa quase me deixou. Todos os dias, ao chegar a casa, eu começava a criticá-la:

— Querida, a casa não está limpa. Querida, as toalhas no banheiro estão sujas.

Então eu ia para a cozinha e dizia:

— Querida, o que você está fazendo? Estes pratos não foram bem lavados. Olhe só para esta colher. Não está completamente limpa. Que você faz em casa o dia todo?

Eu achava que minhas críticas eram construti¬vas. Como chefe da família, eu pensava que minha inspeção estava correta. Mas, pouco a pouco, o sorriso começou a desaparecer do rosto de minha esposa. Ela se tornava cada vez mais deprimida. Queria pedir a separação.

Comecei a orar: "Senhor, dou-lhe muito dinhei¬ro. Compro-lhe roupas bonitas. Providenciei-lhe uma bela casa e alimento-a bem. Por que será que ela está deprimida? Por que ela não pode ser feliz?"

Então o Espírito Santo falou-me ao coração, dizendo: "Cho, você é pecador; então, por que deseja que sua esposa seja uma pessoa perfeita? Se constantemente medir sua esposa por seus padrões de perfeição, ela nem mesmo poderá parar em sua presença. Sua esposa não precisa de um marido auto-justificado. Ela precisa de um marido amoroso. Ela precisa de palavras de confirmação positiva, se você quiser que seu relacionamento se desenvolva.

Desde esse dia minha reação para com minha esposa tem sido diferente. Ao entrar em casa cumprimento-a pelo trabalho difícil. Mostro ad¬miração pela maneira com que a mesa está preparada para as refeições e pelo muito esforço que ela faz a fim de conservar a casa em ordem. Cumprimento-a pelo esmero com que se arruma e digo-lhe o quanto ela significa para mim.

Ela tem reagido às minhas palavras de confir¬mação positiva. O sorriso lhe reapareceu no rosto. Nosso relacionamento está livre de constrições negativas. Agora compartilhamos a melhor época que jamais tivemos em nosso relaciona¬mento.



Ação Afirmativa

Também aprendi que não obstante as palavras de confirmação positiva serem vitais para a construção de um bom relacionamento, ainda não eram o suficiente. Minhas palavras tinham de ser seguidas de ação afirmativa. Eu também tinha de mostrar, por minhas ações, que eu dava valor à minha esposa; que eu a prezava e amava. Quando se combinam palavras e ações os resultados são mais completos.

Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e foi atacado por ladrões. Levaram tudo o que ele tinha. Tiraram-lhe as roupas; bateram nele, dei¬xando-o nu e às portas da morte.

Notou que um homem vinha em sua direção. O moribundo esperava que o viajante o ajudasse. A medida que este se aproximava, o ferido reconheceu nele um sacerdote. Mas o sacerdote, símbolo da lei, não o ajudou.

A lei apenas executa juízo e morte. A lei somente expõe. Se nós, como o sacerdote, nos tornamos como a lei para os outros em nossos relacionamentos, não poderemos ajudá-los. Em realidade, nossa própria severidade nos impede de fazê-lo; esta é uma lição que aprendi em meu relacionamento com minha esposa.

Outro homem chegou perto do judeu ferido. Podemos imaginar que o necessitado começasse a clamar:

— Senhor, ajuda-me!

Ao aproximar-se o segundo viajante, o machucado percebeu tratar-se de um levita. Os levitas trabalhavam no templo. Este levita simboliza o ritualismo, formas externas de tradição vazia.

Muitas vezes agimos como levitas, tentando maneiras tradicionais de construir relacionamen¬tos. Os homens, relutantemente, compram flores para suas esposas. Os amigos elogiam seus ami¬gos e depois falam das faltas alheias. Os patrões louvam o bom trabalho dos seus empregados, mas recusam-se a dar-lhes aumento de salário e verdadeiro reconhecimento. São estes os levitas; cheios de forma, faltos de compaixão.

Um terceiro homem que também descia de Jerico para Jerusalém, aproximou-se do judeu moribundo. Era o bom samaritano, um homem de ação afirmativa.

Movido de íntima compaixão, o samaritano imediatamente correu para o lugar onde jazia o moribundo. Ajoelhou-se ao seu lado, ungiu-lhe as feridas com óleo medicinal e fez-lhe curativos. Então, colocando o ferido sobre o seu burro, levou-o para uma estalagem e cuidou dele duran¬te toda a noite. Tendo de partir, o samaritano pagou o estalajadeiro para que cuidasse do ho¬mem, prometendo dar-lhe mais dinheiro se fosse necessário.

Esta é a história de um judeu ferido; para com ele todos os outros judeus tinham alguma obriga¬ção. Contudo, o sacerdote imbuído das regras rígidas do que "fazer" e "não fazer" foi emocional-mente incapaz de ajudá-lo. O levita, apegado às suas tradições, encontrava-se preso no vazio atraente.

Mas o samaritano, que não tinha obrigação social de ajudar o judeu, era um homem de ação afirmativa. Homem de compaixão, estava pronto a cuidar das necessidades do ferido. Por causa do seu cuidado o judeu moribundo sobreviveu.

Há muitos que descem o caminho da vida, maltratados pelo fracasso e feridos pela traição. Emocional e espiritualmente encontram-se perto da morte. Alguns deles são até mesmo nossos conhecidos e amigos.

Não precisam da lei do "faça" e "não faça". Não precisam do ritualismo das tradições vazias. Mas precisam de amigos que estejam dispostos a se comprometer, amigos que profiram palavras de confirmação positiva, amigos de ação afirmativa.



Perdão

Relacionamento algum é completamente suave e sem dificuldades. Além disso, parece que quan¬to mais íntimo o relacionamento se torna, mais aumentam as mágoas diárias.

Mágoas não perdoadas são, provavelmente, a maior fonte de destruição do relacionamento. Se permitirmos que a mágoa se infeccione e ferva, ela se aprofunda, levantando uma barreira entre as pessoas que apenas o perdão pode destruir. Ainda que a pessoa esteja completamente justifi¬cada ao sentir a mágoa, apenas o mal pode resultar se essa mágoa permanecer não perdoa¬da.

Há, na Bíblia, a história de um paralítico que alguns amigos levaram a Cristo para ser curado por ele. Mas Cristo não o curou imediatamente. Em vez disso, ele disse: "Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados" (Mateus 9:2). Talvez o estado desse homem tivesse sido causa¬do por sua necessidade de perdão, pois estas palavras foram seguidas pela cura. Esta história serve para lembrar-nos que toda vez que permiti¬mos que a mágoa fique sem perdão, fazemos com que nossos relacionamentos se atrofiem.

A história do filho pródigo é uma das parábolas mais espetaculares da Bíblia. As Escrituras pin¬tam a figura de um pai amoroso que tinha dois filhos. Tudo corria bem até que um dos filhos decidiu que queria viver por sua própria conta.

No Oriente isto é uma desgraça para a família toda. Em vez de esperar a morte do pai, queria sua parte da herança de imediato. Pegou os bens recém-adquiridos e gastou-os livremente em seus próprios prazeres.

Com o tempo, acabou-se o dinheiro. Houve fome na terra e ele foi reduzido a cuidador de porcos — a ocupação mais baixa para o judeu. Sem recursos e a ponto de morrer de fome, decidiu voltar para casa. Preparou um discurso pelo qual esperava conseguir o perdão do pai. Sua mente ressoava com as palavras: "Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores" (Lucas 15:18, 19). Assim iniciou a jornada de volta ao lar. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou.

Ora, este pai havia sido profundamente magoa¬do pelas ações do filho. Em certo sentido o desejo que o filho tinha da herança era um desejo de que o pai morresse. Podemos imaginar que os seus vizinhos passaram longas horas discutindo os erros do filho vadio e a grande dor do pai.

Seu pai era um homem importante na comuni¬dade. Se tivesse esperado que o filho viesse se arrastando em desespero, e deixado que sua raiva levasse o filho ao arrependimento total, teria sido uma cena bem apropriada.

Mas o pai amava profundamente o filho, como o nosso Pai celestial nos ama. Em vez de fazê-lo sofrer as apreensões da caminhada final para o lar, em vez de se firmar em sua dignidade e orgulho, o pai "compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou" (Lucas 15:20).

O filho tentou apresentar seu discurso, mas não conseguiu terminar. Não havia necessidade. O perdão do pai já fluía livremente. O pai deu ordens para que o filho recebesse o melhor vestido, um anel e sapatos.

— Comamos e regozijemo-nos — disse o pai —, porque este meu filho estava morto e reviveu; estava perdido e foi achado.

O pai entregou-se ao filho no seu desejo de satisfazer-lhe as necessidades. Restaurou a auto-imagem do filho com palavras de confirmação. Suas palavras foram seguidas de ação afirmativa.

Por causa do perdão do pai seu relacionamento com o filho pôde ser completamente restaurado. Toda mágoa, não importa quão trivial possa parecer, precisa de perdão. Se nos recusarmos a perdoar, o relacionamento em questão se atrofia e atrasa-se o processo de construção.

Devemos sempre estar prontos a perdoar e nunca exigir perdão para nós mesmos. "Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim com o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós" (Colossenses 3:13). Permi¬tamos que o mandamento do perdão soe alto em nossos ouvidos e que o poder curador do perdão flua livremente em nossas vidas.

Se você deseja construir um bom relaciona¬mento comece com um alicerce sólido. Certifique-se de que tenha um caráter honesto e perseve¬rante. Tenha certeza de incluir as provisões de Deus de um relacionamento eterno e de uma esperança duradoura.

Tenha cuidado em usar os materiais de cons¬trução adequados. Construa com o compromisso de satisfazer às necessidades dos outros e ajudá-los a desenvolver o que têm de melhor. Construa com palavras de confirmação positiva. Construa com compaixão em ação afirmativa. Construa com uma atitude contínua de perdão. E, acima de tudo, deixe que Cristo seja a pedra angular.

Lembre-se: Deus deseja que você tenha rela¬cionamentos plenos e cheios de prazer. Os recur¬sos dele estão ao seu dispor. Use-os e desfrute de uma qualidade que você jamais pensou ser possí¬vel em seus relacionamentos!















































- SOLUÇÃO 7 -

Como Receber a Cura



Mais dia menos dia quase todos nós sofremos algum tipo de doença. Muitas vezes esses perío¬dos de enfermidade são curtos e passam quando descansamos e damos a nossos corpos a oportuni¬dade de se recuperarem.

Há, contudo, épocas em que a doença se prolonga. Há casos em que os esforços humanos não trazem alívio duradouro. Há situações que precisam do toque curador do Divino Médico.

A Escritura registra um relato interessante: "Jesus subiu para Jersualém. Ora, existe ali junto da porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco pavilhões. Nestes jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos (esperando que se movesse a água. Porquanto um anjo descia em certo tempo, agitando-a; e o primeiro que entrava no tanque, uma vez agitada a água, sarava de qualquer doença que tivesse). Estava ali um homem, enfermo havia trinta e oito anos. Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim, havia muito tempo, perguntou-lhe:

— Queres ser curado? Respondeu-lhe o enfermo:

— Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois enquan¬to eu vou, desce outro antes de mim.

Então lhe disse Jesus:

— Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado. (João 5:1-9).

Ao ler esta história maravilhei-me da miseri¬córdia de Deus. Mas também fiquei a imaginar por que Deus escolhera revelar seu poder cura¬dor no tanque de Betesda. Afinal havia vários tanques em Jerusalém e os enfermos encontra¬vam-se quase que em todos os lugares.

Então o Espírito Santo abriu-me os olhos interiores da compreensão. Explicou-me que ha¬via várias razões para a escolha de Deus; motivos que nos mostram como nós também podemos receber a cura. No grego betesda significa "casa da graça ou misericórdia"; sendo a cura uma graça, Deus deseja concedê-la a seus filhos que têm fé.



O Tanque da Limpeza

E significativo o fato de Betesda ficar ao lado do mercado das ovelhas. Quando o judeu queria adorar a Deus com um sacrifício pelo pecado, primeiro ele ia ao mercado das ovelhas. Depois de escolher e comprar uma ovelha ele a levava a um tanque que ficava por perto, o tanque de Betesda. Ali ele lavava a ovelha com todo o cuidado para que ficasse completamente limpa. Havia nesse ato um propósito. Deus não aceitaria uma ovelha suja como sacrifício: devia ser sem mancha ou mácula de qualquer espécie.

Davi disse que todos nós nascemos em pecado: "Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me conce¬beu minha mãe (Salmo 51:5). Se queremos ser aceitos por Deus também devemos ser lavados. Mas nosso tanque de limpeza é diferente.

Cristo levou uma vida sem pecado — sem mancha ou mácula. Veio e tomou nossos pecados e doenças sobre si mesmo, levando-os à cruz. Com a morte na cruz Jesus Cristo derramou seu sangue por nós. É somente por meio de seu sangue vertido que somos lavados e purificados de todo o pecado. O sangue de Jesus tornou-se nosso Tanque de Betesda.

É necessário apenas fé simples em Jesus Cristo para que nos lavemos no tanque purifica¬dor de Deus. Neste instante o Espírito Santo pode aplicar o sangue de Jesus ao seu coração e torná-lo limpo. E se você for purificado pelo sangue de Jesus então estará livre da culpa do pecado. Se você for purificado pelo sangue de Cristo então poderá achegar-se a Deus com ousadia em oração, tendo a certeza de que ele ouvirá o seu pedido de cura.



O Tanque de Limpeza: Um Passo Para o Sacrifício

As ovelhas lavadas no tanque logo deviam ser sacrificadas sobre o altar. Você precisa de um milagre em seu corpo? Deseja que o poder do Espírito Santo entre em sua vida? Deseja que Deus ouça suas orações? Então, como filho de Deus lavado pelo sangue, deve colocar sua vida como sacrifício no altar divino.

Este não é um passo fácil. Mas Deus não o pode curar por completo a menos que você se torne um sacrifício para ele. Ao sacrificar sua vida a Deus, ele abrirá as portas do céu e derramará suas bênçãos sobre você.



Perto do Tanque: Persistentes e Pacientes

No mundo de hoje a ênfase é dada sobre a ação. Tudo se move a grande velocidade: vá, vá, vá! Depressa, depressa, depressa!

E quando vamos à igreja esperamos que Deus responda imediatamente à nossa oração.

"Deus", oramos, "cura-me. Tu sabes quanto sofro. Tu tens todo o poder no universo. Por favor, cura-me agora."

Então abrimos os olhos e esperamos que Deus nos tenha curado imediatamente. Se não o fez, ficamos profundamente desapontados e, muitas vezes, com raiva. Mas com esse tipo de atitude Deus jamais pode fazer alguma coisa por nós. Deus deseja que gastemos tempo em sua presen¬ça. Quer que nós, paciente e persistentemente, esperemos que seus propósitos se desenrolem.

As pessoas no tanque de Betesda eram persis¬tentes. Esperavam pacientemente que a água fosse revolvida. Da mesma maneira que a água do tanque era agitada por um anjo, devemos nós também esperar até que nossos corações sejam despertados pelo Espírito Santo.



Quando a Água Era Agitada

Nos dias comuns as pessoas que esperavam ao lado do tanque de Betesda usavam a água para lavar o rosto. Era apenas água comum. Mas ao vir o anjo de Deus e agitá-la, o tanque se tornava milagroso.

Muita gente vai à igreja e simplesmente ouve as palavras do sermão. Com freqüência, tais palavras referem-se apenas ao conhecimento ge¬ral da Bíblia; um conhecimento acessível a todo aquele que o ouvir ou o ler. Esta palavra e este conhecimento têm sido chamado de logos.

Em uma passagem na epístola aos Romanos podemos perceber uma variação de significado: "E assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo" (Romanos 10:17). Usa-se aqui a palavra rhema: uma palavra específica a uma pessoa numa situação definida. Embora haja verdade no logos, é rhema que traz a fé que nos leva à ação frutífera; que dá a fé necessária para a cura.

Ao ler a Bíblia, você estará lendo logos. Depois de meditar na Palavra de Deus, porção ou por¬ções dela parecerão sobressair para você. A medida que o Espírito Santo agitar seu coração, logos tornar-se-á rhema, e se transformará em uma palavra específica a você numa situação específica.

O aspecto rhema da Palavra de Deus incitá-lo-á à crença ativa. Assim como as águas de Betesda eram agitadas, da mesma forma essas porções da Escritura tocar-lhe-ão o coração. Então, e somen¬te então, você poderá experimentar um milagre.



Certa Noite Fria de Inverno

Vivo em minha memória encontra-se um inci¬dente ocorrido cerca de vinte anos atrás, no início de meu ministério. Certo domingo fui à igreja-tenda onde realizávamos cultos. Enquanto en¬tregava a mensagem da manhã percebi que não sentia a presença de Deus. Enquanto pregava, eu tremia e gaguejava e muitos na congregação pegaram no sono.

Depois do culto daquela manhã de domingo pensei em pedir demissão do cargo de pastor. Indagava de mim mesmo se Deus verdadeira¬mente me havia chamado para o ministério. Perdi o apetite e não consegui almoçar. Comecei a orar, preparando-me para o culto da noite. Queria que esse culto fosse um grande sucesso.

Mas o culto vespertino foi ainda pior que o da manhã. Começava rapidamente a odiar a mim mesmo.

Embora fosse uma noite fria de inverno eu não tinha vontade de ir para a cama. Enrolei-me em um cobertor, assentei-me na fria igreja-tenda e orei. Sentia-me profundamente deprimido e parecia que até mesmo minhas orações para nada serviam.

De súbito, ouvi um ruído. Um jovem paralítico, com joelhos severamente avariados, veio arrastando-se até onde eu me encontrava. Pensei que ele tivesse vindo para pedir esmolas.

— Onde está o pastor? — perguntou.

— Eu sou o pastor.

— Bem — confessou ele. — Vim para receber a cura.

Eu nem conseguia pregar um sermão decente. Como é que poderia orar por alguém no estado dele?

— De onde é você? — perguntei.

— Eu mendigava na estação ferroviária de Seul, quando um senhor me convidou para vir à sua igreja. Ele me disse que o senhor oraria por mim e eu seria curado.

Tentei encontrar alguma desculpa.

— Você nem mesmo é cristão. Deus jamais curaria um pecador.

— Como é que posso tornar-me crente? — replicou ele.

Então expliquei-lhe o plano da salvação de Deus. Ele começou a invocar o nome de Jesus e foi miraculosamente salvo. Sua vida foi purificada no tanque de Betesda de Cristo.

— Senhor, estou pronto — suplicou ele. Suas palavras e atitudes expressavam um sacrifício completo. Ele, de sua própria vontade, colocou tudo sobre o altar da submissão a Deus. Preparei-me para orar por ele. Mas tão severo era o problema do seu joelho que eu tinha dúvidas de que o próprio Cristo pudesse curá-lo. Impus a mão sobre ele e tentei orar; mal consegui abrir a boca.

"Pai", murmurei calmamente, "no nome de Jesus, cura este jovem." Sem fé, dirigi-me ao jovem:

— Tente ficar de pé —. Então ajudei-o, e suas pernas ficaram dependuradas como as de um boneco de pano.

— Fique sentado onde está — ordenei. — Vou ver se posso conseguir um pouco mais de fé.

Aproximei-me do altar na frente da igreja e comecei a orar. Embora eu fosse persistente, minhas orações eram cheias de reclamação, e não de petição: "Deus, por que mandaste este homem à minha igreja? Tu sabes que não posso ajudá-lo! Tu deves dar-me mais fé."

Então comecei a repetir todas as passagens bíblicas acerca da cura das quais me podia lembrar. Mas essas passagens eram apenas palavras; logos para mim. Embora não sentisse nada dife¬rente, voltei-me para o jovem.

— Tentemos uma vez mais. — Impus-lhe a mão, dizendo:

"Seja curado no nome de Jesus Cristo!" Tomei-o pela mão.

— Agora tente ficar de pé.

Uma vez mais suas pernas se desengonçaram.

— Por favor, sente-se de novo.

Voltei para o altar, orando: "Senhor, se não me deres mais fé, prefiro ficar sentado aqui e mor¬rer."

Permaneci sentado ali por horas a fio, em oração, pensando no Espírito Santo e esperando pelo Senhor. Aquele jovem e eu tínhamos muito em comum: ele era aleijado fisicamente; eu estava aleijado pela dúvida. Mas agora ambos pertencía¬mos ao grupo dos pacientes e persistentes, espe¬rando que o Espírito Santo agitasse as águas.

De súbito, percebi o Espírito Santo vir sobre mim de uma maneira especial. Assim como o anjo havia agitado a água do tanque de Betesda, da mesma maneira meu coração estava sendo agitado pelo Espírito Santo. Minha fé começava a aumentar. Logos tornou-se rhema, e quase me senti como se pudesse mover a terra. Ao voltar--me a fim de olhar para o jovem aleijado, sua cura já não me parecia impossível. Fiquei de pé e aproximei-me dele uma vez mais.



Três Ladrões Apavorados

Nesse exato momento três ladrões entraram na igreja procurando algo que roubar.

— Vocês — disse eu apontando para eles.— Segurem este homem. Vou orar por sua cura.

Curiosos, obedeceram. Subi nos joelhos do jovem e orei: "No nome de Jesus, seja curado!"

Pulei de lado. Os ossos do seu joelho começa¬ram a estalar. Atônito, o jovem começou a gritar:

— Socorro! Este homem está-me matando. Apavorados, os ladrões fugiram.

Quando ajudei o jovem a levantar-se, suas pernas ainda se dobravam. Mas minha fé estava forte. Pegando-o com firmeza, ordenei: "No nome de Jesus, anda!"

Dei-lhe um pequeno empurrão e fechei os olhos. Tinha medo de ver o que aconteceria.

Logo escutei um barulho. Abrindo os olhos vi o jovem, cheio de vigor, correndo pela área toda. Os três ladrões voltaram e viram o que Deus havia realizado na vida desse jovem. Clamando, pediram o perdão divino.

No domingo seguinte um médico de renome foi à igreja e testificou publicamente que Deus havia curado o jovem aleijado. O médico tornou-se crente e mais tarde serviu como ancião em minha igreja. Os três ladrões foram para uma faculdade bíblica e agora são destacados ministros do evan¬gelho na Coréia.



O Deus Vivo

Cristo é mais que religião, mais que uma instituição, mais que um sistema ético. É o Deus vivo!

Como o homem do relato bíblico que sofrerá por trinta e oito anos, você pode ter visto milagres acontecer ao seu redor. O enfermo havia visto com freqüência a água sendo agitada pelo anjo de Deus, mas não tinha ninguém que o ajudasse a descer ao tanque.

Jesus entrou em sua vida. Cristo disse-lhe que se levantasse e andasse. Cristo concentrou-se na necessidade principal desse homem e confrontou-o com a oportunidade de cura. As palavras rhema de Cristo despertaram o coração do enfer¬mo e foi-lhe dada a fé. Jesus realizou o milagre de que ele precisava e o homem foi curado.



Cura Disponível

Cristo mostrou-nos que já não precisamos ir a Jerusalém e assentarmo-nos ao redor do tanque de Betesda para sermos curados. Deus deseja fazer por você, o mesmo que realizou pelo enfer¬mo junto ao tanque.

Pode ser que você vá à igreja e ouça os mesmos sermões repetidas vezes e ainda não sinta nada. Mas se já recebeu o milagre supremo da salvação, espere no Senhor e busque a face de Deus. Faça de sua vida um sacrifício vivo a Deus, cheia de submissão ao desenrolar dos propósitos divinos. Torne-se um dos pacientes e persistentes.

Algum dia a Palavra de Deus se tornará como a água santa agitada para o seu coração. Logos há de se tornar rhema específica e Deus derramará a fé em sua vida. Quando isto acontecer, leve a Deus, com fé, seu pedido de cura. Então você deve despertar por completo do sono, pegar sua cama de hesitação e andar com ousadia!































- SOLUÇÃO 8 -

Como Viver em Perplexidade Constante



A vida do apóstolo Paulo teve sobejas provas do poder sobrenatural de Deus. Ele, certa feita, até mesmo subiu aos céus. Eis seu relato dessa experiência: "Conheço um homem em Cristo que, há quatorze anos foi arrebatado até ao terceiro céu, se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe. E sei que o tal homem, se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe, foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir" (2 Coríntios 12:2-4).

Na cidade de Listra o apóstolo fora instrumen¬to na cura de um coxo de nascença. Mais tarde, judeus, que a si mesmos se consideravam justos, vieram a Listra e incitaram a multidão contra Paulo. As pessoas começaram a apedrejá-lo.

Pensando estar ele morto, o povo arrastou-o para o local da cidade destinado aos cadáveres. Os crentes cercaram-no fazendo oração por ele. De súbito Paulo levantou-se, sua vida completamente restaurada.

Paulo foi um crente que passou por muitas dificuldades: "Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas, uma vez apedrejado, em naufrágio três vezes, uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos" (2 Coríntios 11:24-26).

Paulo muito sofreu por causa de sua fé em Cristo. Contudo, foi Paulo quem escreveu livros que falam eloqüentemente da bondade de Deus: "Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem o porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 8:38, 39).

Ao ler Romanos e Gálatas ficamos espantados com a tremenda profundeza da revelação que Paulo expõe. Muitos crentes achavam que a salvação era adquirida mediante a guarda da lei. Mas em suas epístolas Paulo claramente mostra que depois da morte de Cristo na cruz, a salvação vem somente pela fé na obra terminada de Deus. 0 apóstolo Paulo deixou-nos um legado que nos enriquece a vida, até mesmo hoje. Ele é para muitos de nós, crentes, o exemplo do que todo cristão deve ser.

Mas temos a tendência de esquecer uma coisa:

Deus permitiu que Paulo tivesse "um espinho na carne". Embora Paulo tenha suplicado e orado a Deus três vezes a fim de remover esse espinho, Deus recusou-se a fazê-lo, respondendo: "A mi¬nha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Coríntios 12:9).

Deus permitiu que esse espinho, mensageiro de Satanás, atormentasse Paulo continuamente. Deus não queria que Paulo fosse impedido por elevados pensamentos a respeito de si mesmo e de suas maravilhosas e difíceis experiências. Deus não queria que Paulo se enterrasse nas recordações do passado. Deus queria que Paulo dependesse do Senhor Jesus Cristo para seu sustento diário. Deus permitiu que Paulo vivesse com tal espinho, essa perplexidade constante a fim de que o poder de Cristo se evidenciasse perpetuamente em sua vida.

Assim como Deus permitiu que Paulo tivesse um espinho na carne, uma perplexidade constan¬te, também permite, às vezes, que tenhamos perplexidades constantes em nossa vida. Deus não quer jamais que caiamos num conforto aci¬dental. Deseja que continuemos a buscá-lo, a desenvolver nossa vida de fé, a torná-lo o ponto focai de nossos pensamentos e sonhos. E por isso que Deus não amarra Satanás e o lança no inferno agora. Deus permite que Satanás nos bofeteie para que não nos tornemos preguiçosos ou complacentes em nosso relacionamento com o Senhor. Por este motivo perplexidades constan¬tes têm sido chamadas de "o espinho da graça".

Entretanto, quando as perplexidades persistem, quando o espinho nos fere, amiúde reclamamos. Se pudéssemos, porém, olhar para o futuro veríamos que tal realidade é uma tremenda bênção de Deus. Se tão-somente o permitirmos, as perplexidades persistentes podem tornar-se a provisão da graça para uma vida cristã de êxito.

Algumas perplexidades persistem por pouco tempo; outras permanecem por toda a vida. Com o propósito de uma exploração mais completa, examinemos o espinho da carne de Paulo — sua perplexidade constante — de maneira simbólica e enfoquemos os tipos de perplexidades que podem persistir em nossas vidas.



A Perplexidade da Fraqueza

A fraqueza pode tomar várias formas: física, emocional, social, mental ou espiritual. Embora Deus possa remover a perplexidade da fraqueza de nossas vidas, ele, de quando em quando, escolhe permitir-lhe permanecer. Embora a fra¬queza, como um espinho, traga-nos desconforto, também pode levar-nos a uma dimensão mais profunda em nosso caminhar cristão.

Mediante a morte e ressurreição, Jesus não somente levou nossos pecados mas também carregou as nossas doenças, nossas fraquezas físicas. Temos tanto direito e autoridade para reivindicar a cura de nossas enfermidades como o temos de pedir perdão para os nossos pecados. Porém há ocasiões em que Deus permite que nossas enfer¬midades permaneçam, pois nessas épocas especí¬ficas ele tem um plano maior para nós que a simples restauração de nossa saúde. Tive experiência disto pessoalmente.

Em 1964 eu era um jovem ministro com vários milhares de membros em minha igreja. Comecei a pensar que era um dos servos de Deus de maior êxito e quase permiti que a complacência entras¬se em meu ministério.

Então Deus deixou que a perplexidade da fraqueza física se tornasse meu espinho. Contraí um caso de esgotamento nervoso e alguns proble¬mas de coração. Desse momento em diante fui novamente forçado a depender do poder de Cristo, até mesmo para executar minhas tarefas diárias. Durante a recuperação Deus teve tempo e oportunidade de mostrar-me muitas mudanças que precisavam ser feitas em minha vida, minis¬tério e igreja.

Naquela época eu questionei a sabedoria de Deus em deixar que a doença prejudicasse mi¬nhas atividades. Mas depois que Deus fez com que as mudanças necessárias se tornassem parte de minha mentalidade modificada, as perplexida¬des da fraqueza foram desfeitas. Recobrei a força e poder de instituir as mudanças necessárias. Minha vida, meu ministério e minha igreja já não são os mesmos desde então. Os três alcançaram alturas que até então jamais havia sonhado ser possível. A



Perplexidade da Rejeição

Paulo conhecia a perplexidade da rejeição. Ele visitou muitas cidades de onde os seus patrícios o expulsaram. Ele escreveu: "Em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios. . . em peri¬gos entre falsos irmãos" (2 Coríntios 11:26). Por causa da acusação de seus patrícios é que Paulo foi posto em cadeias, destinado a uma morte prematura.

Nós, também, uma vez ou outra, enfrentamos a perplexidade da rejeição. A aceitação de nossos amigos e colegas diminui; o espinho da rejeição, por vezes, persiste; uma perplexidade cujo desa¬parecimento desejamos profundamente.

Mas essas não são épocas de desespero, antes, de aprendizagem. Como Paulo, devemos apren¬der a não depender do louvor e apoio humano. Devemos somente procurar a aprovação de Deus.



A Perplexidade da Perseguição

Perseguição é uma perplexidade que tem per¬sistido na vida de muitos crentes. Vividas em nossa memória estão as histórias dos crentes judeus nos terríveis campos de concentração na Alemanha durante a guerra. Durante a Guerra Coreana a perseguição de crentes também foi freqüente, e a morte, para muitos, parecia um fim desejável.

Em nossa vida, a perseguição raramente é tão pronunciada. Com freqüência encontramos uma espécie de perseguição mais sutil: um incrédulo que nos recusa sua amizade, alguém que desde¬nha de nossa fé, vizinhos que tentam enraivecer-nos apenas para verem nossas reações e se divertirem com elas. Para alguns, perseguição de qualquer espécie é uma ocorrência rara; para outros, é uma realidade constante.

As perseguições de Paulo fizeram dele um homem solitário. Ele, como os cristãos judeus na Alemanha ou como os cristãos da Coréia em períodos de guerra, percebeu uma necessidade desesperada de aceitar e sentir a presença de Deus em sua vida e coração. Ele percebeu mais completamente a necessidade da companhia de Deus, do seu conforto e vigor. A perplexidade da perseguição é um espinho que nos leva à depen¬dência completa no Cristo imutável.



A Perplexidade das Privações

A privação é outro espinho da graça de Deus. Privações referem-se às dificuldades da vida que nos trazem desconforto, pobreza, dor, expectati¬vas não cumpridas ou distorcidas. Privações também têm que ver com calamidade —infortú¬nios extremos ou desastres que nos levam à miséria.

A vida de José foi cheia de privações. Por contar com a predileção de seu pai, foi vendido por seus irmãos aos mercadores. Escravo de Potifar, chefe da guarda do palácio, José recusou o convite da esposa de Potifar para um encontro imoral e foi lançado na prisão. A perplexidade das privações permaneceu um tema constante nessa porção da vida de José. Mas ele aprendeu uma lição vital nos acontecimentos futuros: confiar na graça de Deus e saber que Deus era fiel, ainda no meio das provações.

A história de José mostra o resultado de sua perplexidade nas privações. Tornou-se governador de todo o Egito. Por causa da sabedoria de José a fome do Egito causou dano mínimo e ele pôde prover alimento a fim de que seu próprio povo não morresse de fome.

Deus é o mesmo ontem, hoje e para sempre. O Deus que lidou com Paulo trata com você. Se você tiver espinhos de perplexidade persistente em sua vida não se desanime. Quer seja a sua a perplexidade da fraqueza, da rejeição, da perse¬guição, quer das privações, decida-se a nunca se afastar da presença do Senhor. Sua graça é tudo o de que necessitamos; por meio de nossas insuficiências, frustrações e fraquezas o poder de Cristo pode mostrar seu esplendor.

Não se desespere por causa das perplexidades que persistem em sua vida. Aprenda com elas. Reconheça sua própria incapacidade e apóie-se no poder de Deus. Gaste tempo em oração. E permita que a graça do Senhor Jesus Cristo faça de você uma pessoa radiante.







































- SOLUÇÃO 9 -

Como Destruir o Engano



Uma das buscas básicas do homem é a procura da verdade. Mas por toda parte avoluma-se o problema do engano. Além disso, antes que se encontre a verdade é preciso destruir o engano.

Os crentes encontram-se empenhados numa guerra de emancipação espiritual contínua. Uma de suas tarefas primárias é a destruição do engano. Os incrédulos vivem sob o domínio de Satanás, sofrendo a maldição da morte desde o tempo de Adão. Não apenas temos a responsabili¬dade de destruir o engano ao nosso redor, mas também somos obrigados a lutar a fim de livrar outros dele.

A chave da destruição do engano encontra-se na Palavra de Deus, a Bíblia: "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, podero¬sas em Deus, para destruir fortalezas" (2 Coríntios 10:4). Se desejamos destruir as fortalezas do engano, devemos usar armas divinas — armas de poder permanente, não de força temporária.

A passagem citada continua, dando a maneira tríplice pela qual o engano pode ser erradicado: "Anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo" (2 Coríntios 10:5). O engano pode ser destruído destas três maneiras.



Anulando Sofismas

Uma maneira de lutar contra os enganos de Satanás é anular sofismas, raciocínios humanos. Se você e eu desejarmos destruir o engano devemos anular sofismas, quebrar argumentos orgulhosos e demolir a sabedoria humana.

Ao ler, em Gênesis, a respeito da vida de Adão e Eva no jardim do Éden, podemos perceber os princípios do engano de Satanás. No jardim, Adão e Eva tinham permissão para comer de todo o tipo de alimento maravilhoso, com exceção de um: o fruto da árvore do centro do jardim, a árvore do conhecimento do bem e do mal. Deus disse-lhes que estavam proibidos de comer dessa árvore: "De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2:16, 17).

Em certo sentido, a árvore do conhecimento do bem e do mal era o fruto do raciocínio. Deus tinha, e ainda tem autoridade absoluta. Seus mandamentos devem ser obedecidos incondicionalmente, sem o uso do raciocínio humano refe¬rente ao bem e ao mal.

Ao entrar Satanás no jardim do Éden, manobrou a situação de tal maneira que o mandamento de Deus tornou-se objeto de sofismas, raciocínios sobre o bem e o mal. A história do livro do Gênesis ressalta tal fato.

"Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: E assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?

"Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não mor¬rais.

"Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal" (Gênesis 3:1-5).

Os raciocínios centralizados no homem sobre o bem e o mal requerem que a posição do homem na presença de Deus passe de um ser criado à de um ser independente. Se o homem vir os mandamen¬tos de Deus apenas com sua própria medida de bem e mal, afirma ser igual ao seu criador, está no mesmo nível de pensamento e tomada de decisão de Deus. Na realidade, isto é rebelião. Satanás tentou trazer a Palavra de Deus ao ponto do argumento perante Eva. Mas jamais se deve discutir com a Palavra divina. Os mandamentos de Deus devem ser executados com detalhes.

Foi aqui que Adão e Eva cometeram o grande erro. Colocaram a Palavra de Deus no nível da discussão e argumento. Como resultado, foram enganados e comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. E com os bocados da rebeldia declararam sua independência de Deus e sua igualdade com ele. É impossível que o ser criado seja igual ao criador; mas por causa do engano de Satanás, isto foi o que Adão e Eva tentaram fazer.

E por terem agido à base de suas imaginações, de seus raciocínios humanos, quebraram a comu¬nhão com Deus, cometendo o pecado que trouxe a separação. Em vez de anular os sofismas, permi¬tiram que o engano lhes habitasse a mente e foram expulsos do jardim do Éden.

Em essência, a história do rei Saul no Antigo Testamento está cheia de sofismas aos quais se permitiu ter precedência; uma história da rebel¬dia dos raciocínios humanos. Saul recebeu um mandamento claro de Deus. Os Amalequitas ha¬viam atacado os israelitas enquanto vinham do Egito. Deus agora ia vingar o seu mal e mandou que Saul destruísse por completo a nação de Amaleque (1 Samuel 15:3). Todas as pessoas e também todo o gado deviam ser destruídos.

Mas Saul tinha suas próprias idéias. Embora matasse o povo, poupou o rei a fim de exibi-lo como prisioneiro de guerra e foi negligente na execução do mandamento completo: "E Saul e o povo pouparam a Agague, e o melhor das ovelhas e dos bois, e os animais gordos e os cordeiros e o melhor que havia, e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda a coisa vil e desprezível destruíram" (1 Samuel 15:9).

Samuel, um dos profetas escolhidos de Deus, ficou sabendo do que Saul fizera e o confrontou com suas más ações: "Por que, pois, não atentaste à voz do Senhor, mas te lançaste ao depojo, e fizeste o que era mau aos olhos do Senhor?

"Pelo contrário, dei ouvido à voz do Senhor, e segui o caminho pelo qual o Senhor me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque e os amalequitas os destruí totalmente; mas o povo tomou do despojo ovelhas e bois, o melhor do designado à destruição para oferecer ao Senhor teu Deus em Gilgal" (1 Samuel 15:19-21).

Samuel respondeu ao engano de Saul, dizendo: "Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocausto e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, o atender melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria e a obstinação é como a idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei" (1 Samuel 15:22, 23).

O rei Saul não havia aceito o mandamento de Deus como uma ordem absoluta. Aceitara o mandamento divino segundo suas próprias imagi¬nações e raciocínios, seu próprio entendimento do bem e do mal, visando ao seu benefício e forma de pensar.

Temos a tendência de fazer isso também. Como o rei Saul e como Adão e Eva, peneiramos o mandamento de Deus — a verdade última — passando-o por nossa compreensão do bem e do mal. Analisamos as verdades divinas à luz de nossas imaginações, nosso poder de raciocínio. Argumentamos com Deus, desejando ser inde¬pendentes dele e iguais a ele.

Mas as imaginações humanas, raciocínios huma¬nos acerca do bem e do mal apenas impedem a verdade. Se desejamos destruir o engano, esses argumentos orgulhosos com Deus devem ser anulados.

A fé é um elemento importante desta anulação. À medida que sua fé em Deus cresce e aprofun¬da, seus argumentos contra ele diminuem. À medida que seus raciocínios humanos —imagina¬ções — diminuem, você pode viver mais intima¬mente com Deus, e Satanás tem menos oportuni¬dade de continuar a enganá-lo, continuar a impe¬di-lo de chegar à verdade.

De modo que anulemos nossos sofismas, nossos raciocínios humanos. Obedeçamos aos manda¬mentos de Deus sem questioná-los, anulando, assim, nossos próprios sofismas. Permitamos que a verdade de Deus brilhe com todo o seu resplendor.



Anulando Toda Altivez

Podemos também destruir o engano "anulando toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus" (2 Coríntios 10:5).

A construção da torre de Babel retrata este tipo de engano. Nessa época as relações de Deus com o povo da terra eram boas. Depois do dilúvio Deus prometeu: "Enquanto durar a terra não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite" (Gênesis 8:22) Deus complementou esta promessa de continuidade perpétua com um conjunto claro de instruções: "Sede fecundos, e mulplicai-vos; povoai a terra, e multiplicai-vos nela" (Gênesis 9:7).

Mas o povo rebelou-se contra o plano de Deus: "Ora em toda a terra havia apenas uma lingua¬gem e uma só maneira de falar. Sucedeu que, partindo eles do oriente, deram com uma planície na terra de Sinear; e habitaram ali. E disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos, e queime¬mo-los bem. Os tijolos serviram-lhes de pedra, e o betume, de argamassa. Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade, e uma torre cujo topo chegue até aos céus, e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra" (Gênesis 11:1-4).

Note a intenção deles de construírem "uma torre cujo tope chegue até aos céus" a fim de "que não sejamos espalhados por toda a terra". Seu engano surgiu de um desejo de construírem um monumento orgulhoso e eterno para si mesmos. Elevaram o reconhecimento próprio acima do reconhecimento de Deus.

Deus lhes havia ordenado que se espalhassem e povoassem a terra. Mas queriam o oposto: ajuntar-se e ficarem reunidos, um grupo de deuses auto-satisfeitos e independentes.

Por causa do seu engano Deus foi forçado a agir. Deu-lhes línguas diferentes, trazendo confu¬são que deu origem ao nome de sua cidade: Babel. Com línguas diferentes e compreensão confusa, o projeto de construção da torre parou. E logo começaram a espalhar-se mais, usando grupos de língua comum como pontos de unidade.

Este mesmo tipo de ocorrência tem-se dado repetidamente. Quando procuramos exaltar-nos a nós mesmos acima de Deus, tornamo-nos parte de um engano que deve ser confundido e detido.

A linguagem é o veículo de idéias e ideologias. Por todo o mundo há múltiplas ideologias — comunismo, capitalismo, neutralismo, humanis¬mo. A humanidade está sendo confundida, assim como o povo foi confundido na torre de Babel, porque tem tentado elevar-se à igualdade com Deus, em desobediência a seus mandamentos. Por este motivo Deus tem permitido que um espírito de confusão domine o mundo hoje.

A destruição do Império Romano também exemplifica este tipo de engano. A hierarquia religiosa romana tornou-se uma torre de Babel espiritual. Então Deus fez com que esse grande império se confundisse. Dividiu-se em dois, do Oriente e do Ocidente, que foram destruídos por invasões de bárbaros.

Outras civilizações também trouxeram consigo este engano destrutivo. O historiador Toynbee escreveu que no século vinte mais de vinte civilizações se levantaram e caíram. Toda a altivez que se exalta a si mesma contra o conheci¬mento de Deus deve ser anulada.



Pensamentos Cativos

Um terceiro modo pelo qual podemos destruir o engano é levar "cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2 Coríntios 10:5). Nestas palavras encontra-se uma importante verdade. Se captarmos os pensamentos de alguém teremos capturado tal pessoa.

Pense no modo em que o mundo do comércio usa a comunicação de massas. Ligue a televisão, o rádio, ou dê uma olhada nos jornais. Por todos os lados você vê anúncios. Esta é a era da propagan¬da e nossa sociedade está inundada com anúncios.

Alguns dias atrás meus três filhos viam televi¬são e apareceu uma propaganda de macarrão instantâneo. Foram à minha esposa, dizendo: "Existe um novo tipo de macarrão. Por favor, compre para nós."

Quando cheguei a casa, vindo da igreja, meu segundo filho correu para a cozinha, abraçado a um pacote do novo macarrão.

— Papai — exclamou ele. — Olhe só! Vamos comer macarrão do jeito que eles mostraram na televisão.

Mediante a propaganda constante o mundo comercial capta os pensamentos e imaginações do público. Indireta e subconscientemente, o público — você e eu — estamos sendo controlados pela comunicação de massas. Pensamos estar tomando decisões independentes, de acordo com nossos próprios desejos. Mas tal não é a verdade.

Estamos sendo manobrados constantemente pelo mundo dos negócios, um mundo que conti¬nuamente joga propaganda em nosso subcons¬ciente. Paramos de tomar decisões segundo nos¬sos próprios desejos e aceitamos os desejos promovidos pelos anúncios. Hereges e comunis¬tas usam as mesmas táticas para a captação de pensamento. Lavam o cérebro das pessoas, tor¬nando-as escravas de suas ideologias e exigên¬cias.

Somente quando nosso pensamento tornar-se cativo de Cristo poderemos destruir o engano por completo. Somente então poderemos ter a liber¬dade da verdade. O próprio Jesus Cristo é a verdade última que nos leva à vida, à liberdade e às bênçãos.

A fim de destruir o engano e desfrutar da verdade divina, seus pensamentos devem ser levados à obediência de Cristo. Tente absorver os pensamentos de Jesus em sua mente. Imprima-os em sua mente mediante o estudo da Palavra de Deus. Leia a Bíblia e medite nela com diligência e deixe que ela se torne parte do seu processo de pensamento. Vá à igreja regularmente e ouça com atenção os sermões e ensinamentos apresen¬tados.

Peça que o Espírito Santo o ajude. Lembre-se de que os que "se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne", e continuam a se espojar no engano. Mas "os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito" (Romanos 8:5). Aprendem a destruir o engano levando seus pensamentos cativos à obediência de Cristo. Se desejamos ser livres a fim de desfrutar da verdade divina, então nós, também, devemos levar nossos pensamentos cativos a Cristo.

Deus é o autor de toda a verdade. A verdade divina encontra-se ao nosso alcance na Palavra de Deus, a Bíblia. Mas antes que essa verdade possa tornar-se uma realidade para nós, o engano deve ser destruído. A fim de destruirmos o engano, as imaginações, raciocínios humanos sobre o bem e o mal, devem ser abandonados. A fim de destruir o engano, toda altivez que tivermos colocado na igualdade de Deus — quer sejam ambições, idéias, quer aspirações — deve ser lançada fora. A fim de destruir o engano, todo pensamento deve tornar-se cativo à obediência de Cristo. Somente quando o engano for destruído poderemos cessar as lutas na busca da verdade. Somente então você e eu poderemos desfrutar por completo da vida, paz e bênçãos que a verdade em Cristo traz.















































- SOLUÇÃO 10 -

Como Vencer Dificuldades



Tempestades são ocorrências freqüentes na natureza. Embora não o desejemos, tempesta¬des, tornados, e furacões acontecem, deixando em sua passagem casas arruinadas, colheitas estragadas e vidas ao desabrigo.

Assim como temos as tempestades naturais, também as temos espirituais, mentais e de relacionamento. Tentações, problemas e dificuldades vêm a nossa vida ameaçando deixar atrás de si um caminho de esperanças despedaçadas, ambi¬ções não realizadas e expectativas não cumpri¬das. Estas tempestades que não convidamos chegam mais de uma vez em nossa vida cristã. E não há exceção: todos nós passamos pelas tem¬pestades da dificuldade.

Quando a vida é obscurecida pela nuvem negra que pressagia uma dificuldade, você, se não souber lidar com ela, poderá sofrer uma devasta¬ção terrível. Mas há uma solução. Mediante o exemplo e atitude do apóstolo Paulo em Atos 27, podemos ser vencedores. Podemos alcançar a vitória.



Ouça as Vozes Certas

Por ter pregado o evangelho de Cristo, Paulo viajava como um dos presos acorrentados em um navio. Durante a viagem Paulo e outros presos foram colocados sob a custódia de um oficial romano chamado Júlio. Pararam em Bons Portos na ilha de Creta e aí permaneceram por vários dias.

O tempo ficava cada vez pior e logo chegaria o inverno. Bons Portos era um lugar aberto e inadequado para se passar o inverno. A maior parte da tripulação achava melhor seguir até Fênice e ali passar o inverno. Deram ouvidos à voz da razão humana e permitiram que ela os guiasse.

Paulo escutou uma voz diferente, a voz de Deus. A esta altura Paulo fez uma admoestação importante: "Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e muito prejuízo, não só da carga e do navio, mas também das nossas vidas" (Atos 27:10).

A tripulação, porém, ficou indiferente ao que Paulo dizia. Deram ouvidos à voz da razão e se encaminharam para o desastre.

A Bíblia mostra claramente duas vozes em contraste que nos falam hoje. Uma vem dos altos e a outra encontra-se atada pelos limites terre¬nos. Quando você lê a Bíblia e vai à igreja e ouve a pregação da Palavra de Deus, está ouvindo a voz que vem dos altos. Mas quando a pessoa entra no mundo temporal, é inundada com a voz

da tentação terrena, a voz do mundo de Satanás. Assim como a tripulação do navio de Paulo foi forçada a tomar uma decisão, você também o é. E se não der ouvidos à voz correta, resultados desfavoráveis serão inevitáveis.

Muitos problemas difíceis parecem montanhas — grandes demais para serem resolvidos. Temos abundância de desenvolvimento tecnológico e científico mas ainda nos falta a sabedoria para tomar decisões sadias e viver vidas de sucesso.

As palavras de Paulo foram certas nesta oca¬sião em particular. A Bíblia é verdade para todas as idades. Tem ela os recursos da sabedoria e conhecimento abundantes de Deus. Por meio da Bíblia a voz que vem do alto fala claramente dando conselhos de sabedoria a todos os que passam por dificuldades.

Contudo, muitos negligenciam a leitura da Bíblia. "Ora", dizem, "a Bíblia é um livro antigo. Não se aplica à situação atual." Sinto pena dessas pessoas. Seu conhecimento científico moderno e seu raciocínio jamais poderão substituir a sabedo¬ria da Palavra de Deus. Mediante o ensinamento bíblico, Deus claramente nos mostra como tomar nossas decisões diárias baseados em sua Palavra infalível e não nas vozes falíveis da razão humana.

De agora em diante, quando você se deparar com um problema difícil, leia a Palavra de Deus e medite nela. Vá a Deus em oração a ouça a voz que o guiará para uma vida eterna de vida e amor.



Compreenda suas Limitações

No princípio parecia que ia ser uma viagem agradável. O tempo se apresentava perfeito, os presos comportavam-se bem e havia muita carga a bordo.

Mas ao penetrarem o Mar Egeu, o tempo mudou abruptamente. Sobreveio-lhes uma tempestade carregada de fortes ventos. O navio, em meio ao furacão, foi jogado para mar alto e sacudido sem misericórdia.

No primeiro dia da tempestade eles "usaram de todos os meios para cingir o navio" (Atos 27:17). No segundo dia a tempestade era tão forte e as ondas tão grandes que se acharam à mercê da sorte. Com tristeza começaram a lançar a carga ao mar; com isso pretendiam aliviar o navio. Este ato destruiu-lhes as esperanças de lucro. A essa altura lutavam por suas vidas.

No terceiro dia a tempestade continuava e as ondas cresciam em tamanho e violência. Como último recurso lançaram ao mar a armação do navio. Isso significava que já não tinham controle dele. A única coisa que podiam fazer era esperar.

Mas os ventos não diminuíram. O mar encapelado piorava cada vez mais. "Caindo sobre nós grande tempestade, dissipou-se afinal toda a esperança de salvamento" (Atos 27:20). Tal é a sorte da sabedoria humana quando encontra a tormenta da dificuldade.

Tenho pregado por mais de vinte anos, e conheci muitas pessoas que passavam pelas tem¬pestades da vida. Por algum tempo tentam fazer como as pessoas do navio. Procuram sustentar seus lares, negócios e vidas pessoais por meio de sua própria sabedoria, determinação e experiências. Por algum tempo parece que vão conseguir.

Entretanto, logo descobrem que sua sabedoria não pode controlar as situações. Então começam a aliviar seus barcos da vida. Começam a desistir de suas esperanças, de seus lucros e até mesmo de suas posições.

Isto, contudo, ainda não faz que seus barcos da vida cheguem a salvo ao porto. Depois que esgotam todas as esperanças caem no desespero. Tornam-se conscientes dos confinamentos restri¬tos de suas próprias capacidades. É então que muitos vão a Deus, pedindo-lhe ajuda.

Quando tudo vai bem, nós, os seres humanos, parecemos fortes e autoconfiantes. Mas quando os tempestuosos ventos da dificuldade começam a soprar em nossa vida, a fé na sabedoria e tecnologia humanas enfraquece. Não podemos fazer frente às tempestades que entram em nosso viver. Devemos compreender nossas restrições. Devemos estar continuamente prontos a clamar a Deus e receber a ajuda e a sabedoria que vêm do alto.



A Certeza de "Pertencer"

Ao perder os passageiros e a tripulação a esperança, ficaram tristes e até perderam o apetite. A reação de Paulo, porém, foi diferente. Ele sabia como vencer as tempestades da vida.

Em um trecho do discurso de Paulo a seus companheiros de viagem encontramos três segredos importantes para superar as dificuldades. Ao contar aos companheiros a visita do anjo, Paulo, primeiramente declarou: "O anjo de Deus, de quem eu sou" (Atos 27:23).

Para os que pertencem a Deus, ele é sua herança. Nós, os crentes, não devemos olhar para o mundo, dinheiro, fama ou engenhosidade huma¬na. Nosso recurso vem de Deus. Ele é nosso banco, nossa vida, nosso negócio e nosso êxito.

Ao morrer na cruz Cristo não deixou nenhum bem tangível a seus seguidores. Não deixou terra, dinheiro nem posição. Mas deixou a seus seguidores a mais maravilhosa de todas as heran¬ças: abriu o caminho para o relacionamento res¬taurado com nosso Pai, Deus, Criador dos céus e da terra. Por meio de Jesus Cristo Deus torna-se nossa herança, nosso prêmio glorioso. Uma vez que Deus se torna nossa herança, já não precisa¬mos recorrer ao mundo ou à engenhosidade humana procurando ajuda; os recursos divinos tornam-se nossos. Pertencemos a Deus, e nessa certeza cremos que ele nos fará passar por qualquer dificuldade que enfrentarmos.

Li a história da esposa de certo pastor pobre. Seu marido tinha um trabalho de meio expediente enquanto principiava uma pequena igreja. A vida deles era cheia de pobreza; o salário mal conse¬guia chegar ao final do mês. Então o pastor perdeu o emprego. A igreja era tão pequena que o salário era limitado a uma oferta. As contas continuaram a empilhar-se, e eles não tinham com que pagá-las. Não sabiam o que fazer.

A esposa teve de procurar emprego. Mas o emprego que encontrou não cobria suas necessi¬dades. Certo dia, em desespero, a esposa do pastor começou a ler a Bíblia. Seus olhos foram dar numa passagem do livro de Mateus que relata o incidente de Cafarnaum quando os coletores de impostos se aproximaram de Pedro, perguntando-lhe se Cristo pagava o imposto do templo. Ao que ele imediatamente respondeu que sim. Chegando-se Pedro a Jesus, ele lhe perguntou:

— Simão, que te parece? De quem cobram os reis da terra impostos ou tributo; dos seus filhos ou dos estranhos?

— Dos estranhos —, respondeu-lhe Pedro. Cristo então disse que eles deviam estar isen¬tos.

— Mas, para que não os escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o, e entrega-lhes por mim e por ti. (Mateus 17:25-27.)

A esposa do pastor pobre ficou profundamente impressionada com esta passagem bíblica. A porção que particularmente falava à sua situação foi quando Cristo mostrou a Pedro a maneira de pagar os impostos, dizendo, "por mim e por ti". Ela compreendeu que pertencia a Cristo e ele pertencia a ela. Sua vida e a de Cristo não eram duas, mas uma.

Movida pela compreensão da certeza de "per¬tencer", ela começou a chorar. Mais tarde mostrou a verdade desta passagem a seu marido, dizendo-lhe:

— Vivemos com Cristo. Ele pode encontrar os recursos que hão de suprir nossas necessidades.

Cheios de fé, começaram a orar juntos. Logo depois Deus respondeu. O esposo encontrou um emprego maravilhoso. Puderam pagar todas as suas dívidas. Mais tarde tornaram-se ministros pioneiros de êxito, e sua igreja cresceu muito.

Por meio dessa experiência a esposa do pastor descobriu que pertencia a Deus. A certeza desta compreensão produziu resultados poderosos. A despeito de ventos tempestuosos e esperanças perdidas, Paulo também sabia que pertencia a Deus.

Os que não crêem em Cristo não têm para onde se voltar quando as coisas dão em erro, quando as tempestades da vida ameaçam destruí-los e quan¬do o mundo todo parece voltado contra eles. Mas nós, os crentes, sabemos que pertencemos a Deus. Sabemos que ele é nossa herança e nossa proteção. Ainda que a terra toda se transforme em nosso inimigo temos a rocha firme de Cristo, na qual nos firmar, pois pertencemos a Deus e ele pertence a nós.



A Confiança no Serviço

Paulo também declarou: "Deus. . . a quem sirvo" (Atos 27:23). Paulo deu-nos o exemplo do segundo segredo para vencer as dificuldades: devemos lançar nossos cuidados sobre Cristo, Filho do Deus imutável que jamais trairá nossa confiança. Todos nós servimos a Deus ou a nossos próprios desejos. Esses desejos muitas vezes são instrumentos propensos ao pecado, porção do mundo infame pela conveniência da traição.

Muitos, quando jovens e fortes, servem ao mundo de seus próprios desejos. Pensam que este mundo continuará a apoiá-los, a dar-lhes a segurança do prazer pessoal. Mais cedo ou mais tarde, contudo, o mundo os trai. Sua juventude desaparece e tornam-se pessoas idosas frágeis e trêmulas.

Confie no dinheiro e ele falhará. Confie em sua posição, e a perderá. Confie no poder e ele o deixará. Confie na fama e ela o iludirá. Mas confie em Deus e ele jamais falhará.

Cristo levou uma vida de serviço. Ele nasceu numa manjedoura em meio à pobreza porque desejava ser amigo dos solitários. Por causa de nossos pecados ele carregou a cruz; o próprio Deus abandonou a Cristo. Por um pouco de tempo Jesus clamou da cruz: "Meus Deus, por que me desamparaste?"; ele desejava ser amigo do que tem o coração quebrantado. Jesus provou a morte e ressuscitou; queria ser amigo dos que precisavam de vida e de paz eterna.

Se Jesus for o seu Senhor, a mesma atitude de serviço encontra-se em você. Há de desejar servir a Deus; ele deseja servi-lo. Ainda que você seja pobre, ainda que se sinta solitário, ainda que tenha o coração partido e ainda que você prove a morte, Deus jamais o deixará só. Ele permanece seu amigo em toda e qualquer experiência por que você passar.

Paulo sabia disto. Embora passando por uma forte tormenta, sabia que Jesus estava com ele. No meio da tragédia Paulo podia pôr-se em pé e declarar que servia a Deus. E porque Paulo servia a Deus, ele enviou-lhe um anjo, um mensa¬geiro divino com a promessa de libertação: "Deus por sua graça te deu todos quantos navegam contigo" (Atos 27:24).

Se você fielmente servir a Deus com seu dinheiro, seu tempo, sua vida e seus talentos, então quando as dificuldades chegarem, Deus enviará seu anjo a fim de ajudá-lo. Deus estará com você não apenas durante os dias bons, mas também quando você estiver passando pelas escuras tempestades da vida. Ainda que o mundo o abandone por completo, a confiança de Deus permanece eterna.



O Poder da Promessa

Por meio de seu anjo, Deus deu uma promessa a Paulo. Ao declarar Paulo sua fé em tal promes¬sa, liberou um poder que a fez frutificar: "Portan¬to, senhores, tende bom ânimo; pois eu confio em Deus, que sucederá do modo por que me foi dito" (Atos 27:25). O poder da promessa de Deus é o terceiro segredo que Paulo nos mostrou durante a tempestade.

Deus é Todo-poderoso. Ele é o Criador dos céus e da terra. Deus não pode mentir pois ele é a verdade. Uma vez que Deus fale, a coisa será feita. Você pode, portanto, colocar sua fé comple¬ta na Palavra de Deus, a Bíblia. Precisa ler a Bíblia continuamente e pedir que o Espírito Santo lhe mostre as promessas que Deus deseja aplicar a suas circunstâncias. Em toda situação peça que o Espírito Santo tome uma promessa bíblica e a torne real para você. Uma vez que isto aconteça você terá o Deus Todo-poderoso em quem depor sua confiança. Pode ser que você não veja mudanças imediatas, mas a promessa de Deus permanece verdadeira. Continue crendo em Deus. Ele é fiel para cumprir suas promessas.

Um dos pastores assistentes de minha igreja descansou na promessa divina de prover-lhe as necessidades da vida e encontrou uma inusitada fonte de provisão.

Quando os comunistas invadiram a Coréia do Sul, tentaram destruir o Cristianismo matando 500 pastores e arrasando 2.000 igrejas. Muitos pastores tentaram escapar. Mas o pastor que mencionei acima decidiu ficar, desejoso de conti¬nuar a cuidar de sua congregação. Durante o dia ele se escondia nas montanhas; à noite, voltava para a cidade a fim de exercer as atividades de pastor.

Certo dia de inverno, porém, a neve era tão espessa que ele se perdeu. Procurou o caminho da cidade mas não o encontrou. Chegada a noite ele estava com frio, fome e exausto. Não conseguiu encontrar o caminho da cidade. Ajoelhando-se na neve, orou: "Senhor Jesus, minha vida e morte dependem de ti. Coloco-me em tuas mãos. Creio em tua promessa de suster-me e preservar-me a vida. A única coisa que posso fazer é deitar-me na neve e dormir. Por favor, cubra-me com teu manto protetor durante a noite."

Ele adormeceu. Na manhã seguinte despertou sentindo-se aquecido e confortável. Ao abrir os olhos viu que um enorme tigre dormira encostado nele a noite toda. O tigre começou a lamber-lhe o rosto e ele não sentia medo algum, porque estava repleto do Espírito Santo e da promessa de Deus. O tigre parecia-lhe mais um gato de estimação.

Embora enfrentasse perigosa tempestade com o vento assobiando ao redor do navio, as ondas elevando-se a proporções montanhosas, o navio sendo jogado ao redor como um pequeno brinque¬do, as pessoas a bordo sem esperanças — ainda assim Paulo permaneceu firme e declarou perten¬cer a Deus. Ainda assim ele declarou servir a Deus. Ainda assim afirmou sua confiança na promessa divina. Mediante essas três confissões de fé — segredos para vencer as tormentas da dificuldade — Paulo permaneceu firme.

Que nós também tenhamos a segurança de pertencermos a Deus por meio da fé em Cristo. Se você não tiver certeza desse fato, é a pessoa mais infeliz de todas. Mude essa situação neste instante, convidando a Cristo como seu Salvador, e a Deus para ser seu Pai.

Sirvamos nós também a Deus. Se você colocou a confiança nas coisas do seu desejo terreno, saiba que elas o desapontarão. Que Cristo seja seu Senhor e também seu Salvador. Ponha sua confiança no Deus eterno que nunca falhará.

Coloquemos também nossa confiança na pro¬messa de Deus. Leia a Bíblia regularmente e deixe que o Espírito Santo faça com que promes¬sas específicas tenham vida para você. Declare tais promessas com ousadia e passará pelas tormentas das dificuldades como Paulo, e todos ao seu redor serão levados a salvo até à praia! (Atos 27:44).

































































































- SOLUÇÃO 11 -

Como Experimentar Deus Diariamente



Alguns anos atrás eu viajava por vários países. Em certo país preguei cerca de 30 vezes a grupos que contavam com um total de mais de 25.000 pessoas. Embora algumas dessas reuniões tives¬sem resultados espirituais duradouros, fiquei grandemente perturbado pela condição da maio¬ria das igrejas nesse país.

Havia muitas igrejas lindas, mas aos domingos quase todas encontravam-se vazias. Até mesmo os crentes que iam à igreja pareciam inquietos e desambientados, mais como um grupo de órfãos que uma família de crentes.

Muitos desses crentes eram gente boa, mas seu conhecimento da vontade de Deus para suas vidas era limitado e sua alegria parecia ainda menor. Haviam parado de permitir que Cristo vivesse e vibrasse em suas lides diárias; perderam de vista a necessidade de experimentar a Deus diariamente.

Uma vez que Deus não era uma realidade vibrante em seu viver diário, todos os problemas pareciam maiores. Não estavam continuamente sintonizados com a voz que lhes daria a direção correta. Iluminavam suas vidas cristãs com uma lâmpada de 40 watts, embora o poder de Deus lhes desse eletricidade suficiente para iluminar seu mundo todo. E tal acontece, muitas vezes, com cada um de nós.



Provisão de Cristo: Graça que Nos Torna Lindos

Nós, os crentes, temos ouvido com freqüência a respeito da graça de Jesus Cristo. Esta palavra tinha um conteúdo vivo no começo de nosso viver como crente. Embora ela ainda agrade ao ouvido, há muito ela tem-se tornado apenas outra expres¬são teológica.

No grego, graça é karis. Quando os gregos mais experientes vêem um lindo cenário, uma montanha alta e verde com regatos cristalinos, dizem karis. Quando ouvem música de uma beleza que prende a mente, levando-a às altura do deleite, dizem karis. Karis refere-se a um elemento especial na beleza natural, nas belas artes, na música e nas lindas ações dos seres humanos.

A graça é provida mediante a vida de Cristo na terra e sua morte na cruz. Por meio da aceitação de sua graça, pela fé, Cristo vem a você e o transforma em uma criatura de beleza. Ele muda seu caráter, e à medida que você lhe permite, ele cria e desenvolve em você uma linda e nova personalidade. Ele pode tornar lindo o seu lar. Ele pode tornar maravilhosa a sua vida.

Em Efésios 1:7 lemos: a "riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós." E esta uma graça que não deve ser experimen¬tada apenas uma vez em sua vida, mas em muitas ocasiões.

Cerca de vinte anos atrás minha sogra e eu visitamos uma das piores casas que já vimos. A família que aí residia tinha dez filhos, mas era destituída de posses materiais. O pai era alcoóla¬tra.

Este homem, em certa época, também havia sido viciado em narcótico. Um sobrinho seu, presidente de uma das melhores faculdades médi¬cas da Coréia, fez tudo o que encontrava ao seu alcance para curar o vício do tio mas não conse¬guiu. Pôde apenas levá-lo a modificar o hábito, passando do narcótico para o álcool.

Esta mudança, contudo, acarretou uma situa¬ção pior. Seu tio, pai de dez filhos, com o tempo tornou-se alcoólatra crônico. Bebia desde cedo da manhã até tarde da noite.

Seus filhos engraxavam sapatos, tentando ga¬nhar dinheiro suficiente para sustentar a família. Mas o pai tirava todo o dinheiro que eles ganha¬vam para comprar bebida em vez de alimento. O dinheiro que o pai porventura ganhava também era usado para o álcool. Sem dinheiro, a família toda vivia como mendigos.

Quando tive a oportunidade de falar com a esposa dele a respeito da vida em Jesus Cristo, ela encontrava-se muito triste. Estava magra por causa de má nutrição. Tinha problemas cardíacos e dores estomacais, e seu estado mental era de profunda depressão. Enquanto falava com ela, ela não me queria ouvir.

— Quero morrer —, respondeu ela. — A melhor coisa que poderia acontecer comigo é a morte. Por causa do amor que tenho a minha família não cometerei o suicídio. Senhor, seja bom para comigo. Por favor, por que não me mata?

— Eu não vim aqui com a finalidade de matá-la —, disse eu com firmeza. — Vim aqui para falar-lhe da graça de Jesus Cristo.

— Mas ir para o céu não me importa —, respondeu ela. — Não me preocupo com o infer¬no. Tenho vivido num inferno em vida por muito tempo.

— Irmã —, desafiei-a —, gostaria de ver sua vida mudada? Gostaria de ver seu marido trans¬formado? Gostaria de ver Cristo entrar em seu lar e torná-lo um lugar belo?

— Ah, isso não é possível! — exclamou ela.

— E — respondi. — Jesus Cristo veio a fim de dar-lhe sua graça, um dom, e para ganhá-lo você não precisa pagar nada. Ele disse que sua graça seria suficiente para suprir todas as necessidades. Cristianismo é mais que belos ensinos, mais que mera religião. Quando a pessoa se torna crente, Jesus Cristo entra em sua vida. Ele dá--lhe sua graça. Ele a torna linda.

Ela ouviu minhas palavras com interesse e começou a ir à igreja. Logo saiu de sua depressão. Deus curou-lhe as dores estomacais e os problemas cardíacos. Ela decidiu ser crente e tornou-se uma pessoa linda. Sua personalidade total foi transformada pelo poder de Cristo. Dessa época em diante minha sogra e eu oramos com ela para que seu marido fosse liberto do alcoolismo.

Todos os que ouviam falar que estávamos orando por seu marido, riam-se de nós. Muitas vezes ele próprio ia à igreja a fim de ridicularizar--nos. Contudo, persistimos em nossas orações a Deus. Sabíamos que a graça de Jesus Cristo podia mudar seus desejos e personalidade.

Passaram-se alguns meses. Certa manhã, le¬vantei-me às quatro horas para nossa reunião diária de oração. Depois de apresentar o sermão, todos nós começamos a orar.

De súbito, senti-me como se caísse em profun¬do sono. Parecia que meu espírito estava sendo elevado e eu podia ver a glória do céu. Então a voz de Cristo falou-me ao coração: "Meu filho, ouvi suas orações."

Fiquei tomado de alegria. Corri para minha sogra, dizendo:

— Mãe, Jesus ouviu nossas orações.

Mais tarde, enquanto tomávamos o café da manhã, um dos filhos do alcoólatra veio até minha casa. Em suas mãos, uma mensagem: o pai estava morrendo. Fiquei espantado. Foi naquela manhã que Cristo me havia dado a certeza de que ele ficaria bom.

Minha sogra e eu corremos para a casa deles. Lá encontramos o homem próximo à morte. Sua esposa disse-nos, tristemente:

— Ele tem gritado a noite toda; está morrendo e ameaça matar-nos a todos.

Enquanto o via gritar pude perceber alguma coisa mais. Ele não morria de verdade. Satanás, contudo, tinha-se apoderado de sua vida e mente, levando-o a pensar e agir como se a morte logo seria uma realidade.

Assim, unimo-nos e oramos, repreendendo o espírito de Satanás. Reivindicamos a vitória em nome do Senhor Jesus Cristo. Então sentimos a linda presença do Senhor.

Instantaneamente o homem caiu em um pro¬fundo sono. Deixamos a casa crendo em Deus e louvando-o pela vitória. Jesus havia tocado o alcoólatra com sua graça. Desde esse dia ele não mais tomou uma gota de álcool sequer. A graça de Deus começou a fazer dele uma pessoa diferen¬te.

Seus amigos começaram a ajudá-lo. Certo ami¬go deu à família um saco de arroz e o pai trouxe-o para casa em vez de vendê-lo a fim de comprar bebida. Era a primeira vez que ele trazia arroz para casa em dez anos. A esposa dele ficou tão comovida que começou a chorar.

Então ela se lembrou de meu sermão sobre o pagar o dízimo. Ela separou a décima parte do arroz, mas não se sentia à vontade em dá-la a Deus. "Ora, Jesus", argumentava ela, "tu sabes que precisamos deste arroz. Compreenderás se não dermos o dízimo dele."

Assim, ela colocou a décima parte do arroz de volta no saco. De novo, porém, lembrou-se do princípio divino do dízimo e novamente tirou um

décimo. Depois de algum tempo despejou o arroz de volta no saco. Era grande sua luta interior.

Às quatro horas da manhã seguinte, com grande esforço, ela separou a décima parte do arroz novamente. Saiu de casa e começou a andar a caminho da igreja. Enquanto andava, lágrimas inundavam-lhe os olhos. Não podendo ver a estrada com clareza, tropeçou e caiu muitas vezes. Finalmente chegou para as orações mati¬nais, toda suja e triste. Entregou-me o arroz, caiu ao chão e chorou. Ela parecia tão triste que me deu vontade de dar-lhe o arroz de volta. Mas não o fiz. Ela tinha de aprender os princípios básicos da vida cristã, tinha de aprender a experimentar a graça de Cristo diariamente. Então, oramos juntos e abençoei-a em nome de Jesus.

Um mês mais tarde ela veio correndo a nossa casa.

— Pastor, pastor — exclamou ela —, aconte¬ceu um milagre!

— O que aconteceu? — perguntei. Ela respondeu alegre:

— Temos comido daquele saco de arroz por mais de um mês! Esta manhã meu marido perguntou-me como é que eu conseguia alimentar a família com um único saco de arroz. Ele já durou por mais de um mês!

Fomos a sua casa para verificar o fato. Havia exatamente um décimo, a quantia do seu dízimo, restando no saco. Toda vez que ela tirava um pouco de arroz para cozinhar, um décimo sempre permanecia. O milagre continuou até seu marido comprar outro saco de arroz. Assim que ele comprou outro, o primeiro se esvaziou.

A graça diária de Cristo também começou a operar em seu lar. Por causa da pobreza da família todos os filhos trabalhavam arduamente o dia todo. Então os filhos começaram a freqüentar a escola.

Hoje o marido é ancião da igreja. Dois dos seus filhos são pastores, cada um deles com o lar cheio da beleza de vidas dedicadas a Cristo. Esta família inteira aprendeu a importância de experi¬mentar a graça de Cristo diariamente.



O Cuidado de Deus: Amor Pelo Qual Viver

Há quatro palavras na língua grega para ex¬pressar diferentes tipos de amor. Uma palavra é eros. Este é o tipo de amor que sentimos pelo sexo oposto.

Amo muito a minha esposa e ela também me ama. Quando me encontro fora, em viagem evangelística no exterior, procuro escrever-lhe uma carta todos os dias. Contudo, posso perceber alguns sentimentos egoístas em nosso amor, pois há momentos em que desejo que ela me ame ainda mais do que a amo. Há ocasiões em que ela deseja receber mais amor do que oferece. De modo que, em certas oportunidades, discutimos; discussões essas que nascem de uma luta pelo poder, em vez da estabilidade do amor abnegado.

Estou no ministério da Palavra por mais de duas décadas. Durante este período tenho aconselhado muitos casais com problemas conjugais. A maioria desses problemas foi causada pelo amor egoísta e auto-centralizado. O amor de Deus é diferente. O seu não é o amor egoísta eros.

Outra palavra grega para amor é phileo. Este é o tipo de amor que existe entre amigos. O amor dos amigos é menos egoísta, mas ainda há restri¬ções. Enquanto a pessoa tem abundância e pros¬peridade ela terá muitos amigos. Mas no momen¬to em que chega o fracasso nos negócios ou outras dificuldades, muitos amigos, um a um, a deixam. O amor phileo também falha ao enfrentar proble¬mas de grande monta.

Storge é uma terceira palavra grega para amor. Este é o tipo de amor entre pais e filhos. Esta espécie de amor envolve um tipo diferente de dedicação.

Durante a Guerra Coreana, muitas pessoas foram para Busã, no extremo sul da Coréia. A maioria das pessoas que viviam aí, minha cidade natal, eram muito pobres, com escassamente o necessário para cada dia. Era quase impossível conseguir trabalho.

Desesperados pela falta de alimento, até mes¬mo roubávamos. Quando os soldados norte-ame¬ricanos começaram a transportar carvão do porto de Busã, muitos meninos como eu, subíamos nos vagões como formigas famintas. Roubávamos carvão suficiente para vender a fim de comprar alimento e roupa para passar uma pequena por¬ção do severo inverno.

Certo dia um grupo de refugiados subiu num trem de carga para roubar carvão. Um militar norte-americano correu para eles, gritando que descessem. Apavorados, pularam fora do trem.

Um menino de sete anos de idade encontrava-se no grupo que fugia. Ele começou a correr com o restante do grupo mais viu um pouco de carvão caído debaixo do trem. Entrou arrastando-se debaixo do trem para retirá-lo. No momento em que alcançava o carvão o trem começou a mover-se. As pessoas que estavam por perto gritaram, mas ninguém ousou salvar o garoto.

Então um senhor de meia-idade correu para debaixo do trem. Com o impulso de sua força ele empurrou a criança para fora, jogando-a de cima dos trilhos. Mas o homem já não estava seguro. A seguir ouvimos o ruído dos ossos do homem quebrando-se à medida que as rodas de aço estraçalhavam-lhe o corpo. O homem deu a vida por aquele menino. Era seu pai.

Tal é o amor de pais cuidadosos. O amor storge leva os pais a ações heróicas. É um maravilhoso tipo de amor. Mas ele também tem seus limites. É um amor limitado aos pais e a seus filhos.

Na língua grega o amor de Deus é ágape. Ágape é diferente de eros, diferente de phileo e diferente de storge. Ágape é o amor incondicio¬nal, o amor de Deus mostrado mediante a vida de Cristo e de sua morte na cruz do Calvário.

Deus não nos ama porque podemos dar-lhe algo de volta. Ele não nos ama porque podemos passar horas alegres de amizade com ele. Ele não nos ama porque tenhamos alcançado algum ponto de perfeição humana. Deus nos ama sem condições. Deus é amor e é de sua natureza amar.

Cristo viveu uma vida sem pecados e de livre e espontânea vontade sofreu a morte de torturas de um criminoso, por causa do amor ágape.

Cristo sofreu na cruz a morte que era nossa. Por meio de Cristo Deus provou que nos ama — a você e a mim — a despeito de nossos pecados, nossas fraquezas, e do fato de não merecermos o seu amor.

Se você colocar sua fé em Deus ele pode purificá-lo de seus pecados e conceder-lhe o perdão. Com a ressurreição de Jesus provou-se o poder de Deus, poder que pode dar forças a nossas debilidades.

Deus apresenta um convite a todos nós: "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarre¬gados, e eu vos aliviarei" (Mateus 11:28). O amor de Deus é amor para hoje, amor pelo qual você e eu podemos viver.

Jamais tenha dúvida de que você é profunda¬mente amado por Deus. Você tem a habilidade e o privilégio de falar diretamente com ele. Não se preocupe com os pecados passados; Deus pode conceder-lhe perdão mediante a fé em Cristo. Não se preocupe com seus fracassos; Deus pode dar-lhe a força para vencer e ter sucesso. Não se preocupe com suas insuficiências; mediante Cris¬to você é fortalecido. Não se preocupe com suas frustrações; Deus mostrou que a frustração últi¬ma, a morte, é impotente perante a sua vontade.

Grande parte da Bíblia ocupa-se com o relato do amor de Deus ao homem. Leia-a diariamente e deixe que ela fale do amor de Deus a você. Faça da oração parte de suas atividades diárias. Con¬verse com Deus, com honestidade, e do íntimo do seu coração e mente. Permita que Deus lhe responda com palavras de amor e sabedoria.

Deus o ama profundamente.



O Papel do Espírito Santo

Paulo termina a segunda carta aos crentes de Corinto, com estas palavras: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2 Coríntios 13:13). Nestas palavras o apóstolo Paulo reconhe¬ceu a importância de experimentarmos a graça de Cristo e o amor de Deus. Ele também aponta um terceiro aspecto: a presença do Espírito Santo. Se parafraseássemos este versículo diretamente na língua grega, teríamos: "A graça de Jesus Cristo, e o amor de Deus, estejam em vós mediante a comunhão do Espírito Santo." O Espírito Santo é o meio pelo qual recebemos a graça de Jesus e o amor de Deus.

A palavra grega para comunhão neste versícu¬lo é koinonia, que significa "companheirismo", a qual envolve três aspectos distintos.





Fidelidade na Comunhão

Os dias do Antigo Testamento foram a época em que nosso Pai celestial lidou com o homem mais diretamente que nas eras seguintes. Então o Pai enviou seu Filho, Jesus Cristo, que viveu e andou entre os homens por trinta e três anos.

Enquanto vivia na terra Cristo falou de outro que viria depois dele: "E rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco. . .o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (João 14:16, 26).

Hoje, mediante a pessoa do Espírito Santo, podemos experimentar o amor de Deus e a graça de Cristo. O Espírito Santo é uma pessoa, o terceiro membro do Deus trino e uno. Não podemos verdadeiramente conhecer a pessoa so¬mente por seu nome, nem mesmo mediante uma apresentação formal e uma polida troca de cum¬primentos. Só conhecemos uma pessoa por meio de comunhão íntima e do partilhar amor mútuo. A fim de termos comunhão com essa pessoa devemos compreender um ao outro, falar um com o outro, partilhar idéias, temores, sonhos e esperanças. A fim de experimentar Deus diaria¬mente é preciso que tenhamos este tipo de comunhão com o Espírito Santo. Devemos dar-lhe acolhida em nosso coração, falar com ele sinceramente e desfrutar de sua presença.

Muitos seminários teológicos famosos têm en¬viado alunos para falarem comigo. Desejam saber o segredo do êxito de meu ministério. Minha resposta tem sido: "Tenho tido sucesso por causa do Espírito Santo.

"É importante reconhecer e apreciar a pre¬sença do Espírito Santo. Sempre que subo ao púlpito para pregar, oro: 'Querido Espírito San¬to, guia os meus pensamentos e abençoa as palavras que vou falar.' Depois eu oro: 'Querido Espírito Santo, abençoa muitos durante este culto.' Terminada a pregação, oro, dizendo: 'Que¬rido Espírito Santo, obrigado por teu precioso poder.' Quando leio a Bíblia, oro: 'Espírito Santo, ilumina meu coração. Ensina-me. Faze-me conhe¬cer as verdades de Deus.' "

Receba o Espírito Santo nas atividades diárias de sua vida, não importa quão insignificantes possam parecer. Dependa dele e diga-lhe o quan¬to você o ama. Só então começa a verdadeira comunhão com o Espírito Santo. Lembre-se: "Ele estará para sempre convosco" (João 14:16).



Poder da Associação

Koinonia também significa associação, parce¬ria. Sem o Espírito Santo como nosso sócio jamais poderemos realizar nada de grande para Deus.

É esta uma das razões principais por que muitas igrejas tornam-se vazias. E por este motivo que muitos jovens estão saindo da igreja. Sem o Espírito Santo o reino de Deus não pode ser adequadamente construído, e não podemos experimentar a graça de Jesus e o amor de Deus.

Quando vou a outros países onde falam uma língua que não conheço, tenho de usar intérpretes a fim de comunicar-me com as pessoas. Falo em inglês e o intérprete traduz meus pensamentos e minhas palavras para sua língua nativa. Em certo sentido, somos parceiros. Se esta parceria funcio¬nar bem, o culto terá êxito. Se nossa parceria for rompida as pessoas que nos ouvem não compre¬enderão a mensagem e o culto será um fracasso.

Você já parou para pensar por que têm existido fracassos espirituais em sua vida de fé? Fica a imaginar por que há pouco êxito em sua vida de oração? Você sabe por que os milagres não são abundantes em seu andar cristão? É porque você tem falhado em ter uma associação diária adequada com o Espírito Santo. Mas quando você, com sinceridade, convidar o Espírito Santo a entrar em sua vida, ele estabelecerá uma associação sobrenatural com você. Você então terá parceria no negócio de construção do reino de Deus. O Espírito torna-se seu sócio majoritá¬rio. Você passa a ser o sócio secundário. Se você não der ouvidos ao sócio principal, terá fracasso no construir o reino de Deus.

E preciso que você peça que o Espírito Santo seja seu sócio principal. Ele tem estado com você mas tem sido negligenciado; tem sido maltratado. Você deve dar-lhe boas-vindas e convidá-lo a entrar em sua vida cristã como sócio principal. Ele orará por meio de você. Ele viverá em você e negociará com você, tornando a sua vida um êxito.

O Espírito Santo deseja construir o reino de Deus mediante você. Ele deseja dar-lhe o poder de Deus que somente uma associação profunda com ele pode desenvolver.



Deleite na Entrega

Koinonia pressupõe transporte. Transporte é um serviço de que todos nós necessitamos. Quan¬do a pessoa deseja ir a outro país, geralmente vai de avião, de trem, ou de carro. Até mesmo nos supermercados vemos os resultados do transpor¬te: o alimento e legumes que aí se encontram foram trazidos de lugares distantes. E o trans¬porte desses bens enriquece-nos a vida.

A maioria de nós lembra-se da pessoa que nos trouxe muitas coisas que desejamos e de que precisamos: o transportador. Ele já nos trouxe de tudo: desde alimento até aparelhos de televisão. Embora em geral ignoremos a sua importância, ele nos trouxe coisas que tornaram nossa vida mais agradável.

Em certo sentido, o Espírito Santo é o trans¬portador de Deus. O Espírito Santo transporta a graça de Jesus Cristo e o amor desde o trono celeste até nosso coração, lar e igreja. O Espírito Santo também leva nossas orações ao trono de Deus.

O Espírito de Deus está-se movimentando constantemente entre Deus e você. Ele é o dom de Deus para você, o responsável para entregar aos que têm fé todos os dons de Deus, responsá¬vel pelas respostas a todas as orações baseadas na direção divina. Ele tem deleite em suas responsabilidades, pois é seu desejo obedecer a cada ordem do Pai.

Para uma vida cristã de poder, é preciso que você experimente a Deus diariamente. Jesus Cristo deu-lhe a graça que o torna lindo. No terno cuidado de Deus ele lhe deu o amor pelo qual viver. Mediante a comunhão com o Espírito Santo e a graça de Cristo o amor de Deus pode ser seu. Faça do Espírito Santo seu sócio principal e deixe que o poder, a graça e o amor de Deus fluam livremente em sua vida. Experimente a Deus diariamente e permita que a vibração dessa experiência irradie para todos os que estão ao seu redor.

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