segunda-feira, 30 de março de 2020


FACULDADE DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS HOJE


CURSO LIVRE
HERÓIS DA FÉ
AVIVALISTAS DA IGREJA

SEGUNDA PARTE















AVIVALISTAS DA IGREJA
INTRODUÇÃO
A história do Cristianismo mostra que grandes pregadores surgiram em todos os lugares e foram responsáveis por manter a chama do avivamento acesa. Eles pregavam para um número tão grande de pessoas que muitos cultos foram realizados ao ar livre. Os templos não comportavam a multidão. A ênfase das mensagens era sobre a santidade de vida e o compromisso com Deus e sua palavra. Eles mudaram a vida espiritual no mundo. Os pregadores que impactaram suas igrejas e gerações, e comoveram indivíduos nessas igrejas e na sociedade e também nas áreas em que eles exerceram seus ministérios. Estes homens derramaram a sua vida como uma oferta suave, entregando-se completamente até o final de suas vidas.O tamanho do impacto que eles causaram não pode ser avaliado ou completamente entendido até aquele dia que estaremos diante do Senhor para nossas recompensas e receber os nossos tesouros no céu. Há tantos desses homens ao longo dos séculos que se destacaram como os maiores pregadores de todos os tempos, se não de toda a eternidade. E que com suas vidas, seus testemunhos, sua fé, moveram os braços de Deus em favor de si, de suas cidades, seus povos, suas gerações.
Naturalmente, devemos colocar Jesus em primeiro lugar, não só porque foi Ele a Palavra, mas porque Ele é o nosso modelo, a Autoridade por trás da Palavra e a expressão exata da comunicação divina. É óbvio que como toda pregação deriva Dele, de como Ele dirige a igreja, e sendo Ele é o cabeça da Igreja, fica bem claro que Jesus Cristo é o maior pregador de todos os tempos. A igreja brasileira está crescendo, exponencialmente vidas em todos os segmentos da sociedade estão sendo salvas, nos esportes, nas artes, no teatro, na TV, no congresso, profissionais liberais e até nas periferias. Graças a Deus por isso! É muito bom saber que muitas almas estão sendo alcançadas pelo evangelho, e então entendemos que algo muito mais que um bom evangelho precisa ser pregado em nossa geração. É tempo de parar e refletir um pouco a respeito daquilo que faremos com o evangelho para a próxima década, nestes tempos dificeis.  “Remindo o tempo; porquanto os dias são maus”.Ef.5:16.
Não devemos deixar nossa geração passar sem que ela experimente um poderoso avivamento, que tocará profundamente nas estruturas da igreja e na sociedade tão libertina e pecaminosa. O que será que nos falta para termos avivamento neste presente século. O que poderemos fazer para que isso venha a acontecer?
Creio que, em primeiro lugar, precisamos reconhecer a necessidade de um avivamento em nossa nação, começando com nossas vidas, pois lamentavelmente muitos se encontram descompromissados nesta era das dextrações, do entretenimentos e da diversão, dispersos absolvidos pela correria do dia, sem saber o tempo que estamos vivendo, ou então nem sabem exatamente o que querem de suas vidas.
Em segundo lugar precisamos entender o que é avivamento, pois temos corrido o risco de confundir avivamento com bênçãos, com prosperidade, com milagres, com igrejas cheias, com muitas músicas, muito barulho, com reuniões avivalistas, com grandes campanhas de evangelização, e tantas outras coisas; mas é urgentemente necessário que compreendamos avivamento segundo a ótica de Deus e de sua palavra.
Em terceiro lugar, precisamos desejar de todo o nosso coração que tanto a nossa vida quanto a nossa nação sejam sacudidas com esse poderoso avivamento.
Em quarto lugar, é necessário, agora, buscarmos da forma correta este avivamento.
Em quinto e último lugar, para termos esse avivamento em nosso país é preciso saber que o nosso amado Deus anseia demasiadamente mais do que nós derramar esse poderoso avivamento em nossa tão amada nação.
Antes de qualquer outra consideração é muito importante que os queridos(as) e amados(as) tenham em suas mentes a seguinte afirmativa de nosso amado Deus, dada ao profeta Isaías: “Lembrai- vos das coisas passadas da antigüidade; que eu sou Deus e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antigüidade as coisas que ainda não sucederam, que digo: o meu conselho permanecerá de pé; farei toda a minha vontade!” (Is 46.8-10).
Que coisa tremenda! Independentemente do que o diabo e os homens estão tentando fazer com a igreja de Jesus hoje em dia, ela vai prosperar. O propósito de Deus não será frustrado e as portas do inferno não prevalecerão. Uma igreja linda, forte e gloriosa será levantada em cada cidade alta, em cada lugar estratégico, em cada cidade das nações, e cumprirá todo o querer de Deus na terra, detonará o inferno com o diabo e seus demônios e levantará o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, e todo o joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor.
O diabo por muito tempo tem mentido e enganado o povo de Deus. Agora é hora da igreja se levantar com sabedoria e inteligência espiritual, debaixo da autoridade de Deus expulsá-lo desse perímetro e fazer o reino de Deus se manifestar na terra.
Deus nunca permitirá que seu propósito seja frustrado. Sua igreja nunca será perdedora. Ela será gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante!
Ainda que as coisas por um tempo pareçam caminhar mal, ele prevalecerá. Ele cumprirá seu eterno propósito!
Ó, Deus! Que o Senhor nos ajude nesse tempo do fim e coloque um novo colírio em nossos olhos para entendermos a urgente necessidade de um AVIVAMENTO!

ADONIRAM JUDSON
MISSIONÁRIO, PIONEIRO À BIRMÂNIA
(1788-1850) - O missionário, magro e enfraquecido pelos sofrimentos e privações, foi conduzido entre os mais endurecidos crimi­nosos, com gado, a chicotadas e sobre a areia ardente, para a prisão. Sua esposa conseguiu entregar-lhe um travesseiro para que pudesse dormir melhor no duro solo da prisão. Porém ele descansava ainda melhor porque sabia que den­tro do travesseiro, que tinha abaixo da cabeça, estava es­condida a preciosa porção da Bíblia que traduzira com grandes esforços para a língua do povo que o perseguia.
Aconteceu que o carcereiro requisitou o travesseiro para o seu próprio uso! Que podia fazer o pobre missioná­rio para readquirir seu tesouro? A esposa então preparou, com grandes sacrifícios, um travesseiro melhor e conseguiu trocá-lo com o do carcereiro. Dessa forma a tradução da Bíblia foi conservada na prisão por quase dois anos; a Bíblia inteira, depois de completada por ele, foi dada, pela primeira vez, aos milhões de habitantes da Birmânia.Em toda a história, desde o tempo dos apóstolos, são poucos os nomes que nos inspiram tanto a esforçarmo-nos pela obra missionária como os nomes desse casal, Ana e Adoniram Judson. Em certa igreja em Malden, subúrbio de Boston, encontra-se uma placa de mármore com a se­guinte inscrição:
Memorial
Rev. Adoniram Judson
Nasceu: 9 - agosto - 1788
Morreu: 12 - abril - 1850
Lugar de seu nascimento: Malden
Lugar de seu sepultamento: o mar
Seu monumento: OS SALVOS DA BIRMÂNIA E
BÍBLIA BIRMANESA

SEU HISTÓRICO: NAS ALTURAS
Adoniram fora uma criança precoce; sua mãe ensinou-o a ler um capítulo inteiro da Bíblia, antes de ele completar quatro anos de idade.
Seu pai inculcou-lhe o desejo ardente de, em tudo quanto fazia, aproximar-se sempre da perfeição, sobrepon­do-se a qualquer de seus companheiros. Esta foi a norma de toda a sua vida.
O tempo que passou nos estudos foram os anos em que o ateísmo, que teve sua origem na França, se infiltrou no país. O gozo de seus pais, ao saberem que o filho ganhara o primeiro lugar na sua classe, transformou-se em tristeza, quando ele os informou de que não mais acreditava na existência de Deus. O recém-diplomado sabia enfrentar os argumentos de seu pai, que era pastor instruído, e jamais sofrera de tais dúvidas. Contudo as lágrimas e admoestações de sua mãe, depois de o moço sair da casa paterna, es­tavam sempre perante ele.
Não muito depois de "ganhar o mundo", na casa dum tio, encontrou-se com um jovem pregador. Este conversou com ele tão seriamente acerca da sua alma, que Judson fi­cou muito impressionado. Passou o dia seguinte sozinho, em viagem a cavalo. Ao anoitecer, chegou a uma vila onde passou a noite numa pensão. No quarto contíguo ao que ele ocupou, estava um moço moribundo, e Judson não conse­guiu reconciliar o sono durante a noite. - O moribundo seria crente? Estaria preparado para morrer? Talvez fosse "livre pensador", filho de pais piedosos que oravam por ele! O que também o perturbava era a lembrança dos seus companheiros, os alunos agnósticos do colégio de Providence. Como se envergonharia, se os antigos colegas, espe­cialmente o sagaz compadre Ernesto, soubessem o que agora sentia em seu coração!
Ao amanhecer o dia, disseram-lhe que o moço morrera. Em resposta à sua pergunta, foi informado de que o faleci­do era um dos melhores alunos do colégio de Providence, cujo nome era Ernesto!
Judson, ao saber da morte de seu companheiro ateu, fi­cou estupefato. Sem saber como, estava em viagem de vol­ta a casa. Desde então desapareceram todas as suas dúvi­das acerca de Deus e da Bíblia. Soavam-lhe constante­mente aos ouvidos as palavras: "Morto! Perdido! Perdido!"
Não muito depois deste acontecimento, dedicou-se so­lenemente a Deus e começou a pregar. Que a sua consagra­ção era profunda e completa ficou provado pela maneira como se aplicou à obra de Deus.
Nesse tempo, Judson escreveu à noiva: "Em tudo que faço, pergunto a mim mesmo: Isto agradará ao Senhor?... Hoje alcancei maior grau do gozo de Deus, tenho sentido grande alegria perante o seu trono".
É assim que Judson nos conta a sua chamada para o serviço missionário: "Foi quando andava num lugar solitá­rio, na floresta, meditando e orando sobre o assunto e qua­se resolvido a abandonar a idéia, que me foi dada a ordem: 'Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatu­ra'. Este assunto foi-me apresentado tão claramente e com tanta força, que resolvi obedecer, apesar dos obstáculos que se apresentaram diante de mim".
Judson, com quatro dos seus colegas, reuniram-se junto a um montão de feno, para orarem e ali solenemente dedi­carem, perante Deus, suas vidas para levar o Evangelho "aos confins da terra". Não havia qualquer junta de mis­sões para os enviar. Contudo, Deus honrou a dedicação dos moços, tocando nos corações dos crentes, para suprirem o dinheiro. Judson foi chamado, então, a ocupar um lugar no corpo docente na universidade de Brown, mas recusou o convite. Depois foi chamado a pastorear uma das maiores igrejas da América do Norte. Este convite, também, foi rejeitado. Foi grande o desapontamento de seu paí e o choro de sua mãe e irmã ao saberem que Judson se oferecera para a obra de Deus no estrangeiro, onde nunca fora proclamado o Evangelho.
A esposa de Judson mostrou ainda mais heroísmo por­que era a primeira mulher que sairia dos Estados Unidos, como missionária. Com a idade de dezesseis anos, teve a sua primeira experiência religiosa. Vivia tão entregue à vaidade que seus conhecidos receavam o castigo repentino de Deus sobre ela. Então, em certo domingo, enquanto se preparava para o culto, ficou profundamente comovida pe­las palavras: "Aquela que vive nos prazeres, apesar de vi­ver, está morta". Acerca da sua vida transformada, escre­veu-lhe ela mais tarde: "Eu desfrutava dia após dia, a doce comunhão com o bendito Deus; no coração sentia o amor que me ligava aos crentes de todas as denominações; achei as sagradas Escrituras doces ao paladar, senti tão grande sede de conhecer as coisas religiosas que, freqüentemente, passava quase noites inteiras lendo". Todo o ardor que mostrara na vida mundana agora o sentia na obra de Cris­to. Por alguns anos, antes de aceitar a chamada missioná­ria, era professora e se esforçava em ganhar os alunos para Cristo.
Adoniram, depois de despedir-se de seus pais para ini­ciar sua viagem à Índia, foi acompanhado até Boston por seu irmão, Elnatã, moço ainda não-salvo. No caminho, os dois apearam dos seus cavalos, entraram na floresta e lá, de joelhos, Adoniram rogou a Deus que salvasse seu irmão. Quatro dias depois, os dois se separaram para não se verem mais neste mundo. Alguns anos depois, porém, Adoniram teve notícias de que seu irmão recebera também a herança no reino de Deus
Judson e sua esposa embarcaram para a Índia em 1812, passando quatro meses a bordo do navio. Aproveitando essa oportunidade para estudar, os dois chegaram a com­preender que o batismo bíblico é por imersão, e não por aspersão, como a sua denominação o praticava. Não conside­rando a oposição de seus muitos conhecidos, nem o seu sustento, não vacilaram em informar isso àqueles que os ti­nham enviado. Foram batizados por imersão no porto de desembarque, Calcutá.
Expulsos logo dessa cidade, por causa da situação polí­tica, fugiram de país em país. Por fim, dezessete longos meses depois de partirem da América, chegaram a Rangum, na Birmânia. Judson estava quase exausto por causa­dos horrores que sofrera a bordo; sua esposa, estava tão perto da morte que não mais podia caminhar, sendo leva­da para terra em uma padiola.
O império da Birmânia de então era mais bárbaro, e de língua e costumes mais estranhos do que qualquer outro país que os Judson tinham visto. Ao desembarcarem os dois, em resposta às orações feitas durante as longas vigí­lias da noite, foram sustentados por uma fé invencível e pelo amor divino que os levava a sacrificar tudo, para que a gloriosa luz do Evangelho raiasse também nas almas dos habitantes desse país.
Agora, um século depois, podemos ver como o Mestre dirigia seus servos, fechando as portas, durante a prolon­gada viagem, para que não fossem aos lugares que espera­vam e desejavam ir. Hoje pode-se ver claramente que Rangum, o porto principal da Birmânia, era justamente o pon­to mais estratégico para iniciar a ofensiva da Igreja de Cristo contra o paganismo no continente asiático.
No difícil estudo do idioma birmanês foi necessário fa­zer o seu próprio dicionário e gramática. Passaram-se cin­co anos e meio antes de fazerem o primeiro culto para o po­vo. No mesmo ano batizaram o primeiro convertido apesar de cientes da ordem do rei de que ninguém podia mudar de crença sem ser condenado à morte.
Ao sair da sua terra para ser missionário, Judson levava uma soma considerável de dinheiro. Essa quantia ele a ga­nhara de seu emprego e parte recebeu-a de ofertas de pa­rentes e amigos. Não só colocou tudo isto aos pés daqueles que dirigiam a obra missionária mas, também, a elevada quantia de cinco mil e duzentos rúpias que o Governador Geral da Índia lhe pagara por seus serviços prestados por ocasião do armistício de Yandabo.
Recusou o emprego de intérprete do governo, com salá­rio elevado, escolhendo antes sofrer as maiores privações e o opróbrio, para ganhar as almas dos pobres birmaneses para Cristo
Durante onze meses, esteve preso em Ava. (Ava era na­quele tempo a capital da Birmânia.) Passou alguns dias, com mais sessenta outros sentenciados à morte, encerrado em um edifício sem janelas, escuro e quente, abafado e imundo em extremo. Passava o dia com os pés e mãos no tronco. Para passar a noite, o carcereiro enfiava-lhe um bambu entre os pés acorrentados, juntando-o com outros prisioneiros e, por meio de cordas, arribava-os para apenas os ombros descansarem no chão. Além desse sofrimento, tinha de ouvir constantemente gemidos misturados com o falar torpe dos mais endurecidos criminosos da Birmânia. Vendo os outros prisioneiros arrastados para fora para morrer às mãos do carrasco, Judson podia dizer: "Cada dia morro". As cinco cadeias de ferro pesavam tanto, que le­vou as marcas das algemas no corpo até a morte. Certa­mente ele não teria resistido, se a sua fiel esposa não tives­se conseguido permissão do carcereiro para, no escuro da noite, levar-lhe comida e consolá-lo com palavras de espe­rança.
Um dia porém, ela não apareceu; essa ausência durou vinte longos dias. Ao reaparecer, trazia nos braços uma criancinha recém-nascida
Judson, uma vez liberto da prisão, apressou-se o mais possível a chegar a casa, mas tinha as pernas estropiadas pelo longo tempo que passara no cárcere. Fazia muitos dias que não recebia notícias de sua querida Ana! - Ela ainda vivia? Por fim, encontrou-a, ainda viva, mas com febre, e próximo de morte.
Dessa vez ela ainda se levantou, mas antes de comple­tar 14 anos na Birmânia, faleceu. Comove a alma ao ler a dedicação de Ana Judson ao marido, e a parte que desem­penhou na obra de Deus, e em casa até o dia da sua morte.
Alguns meses depois da morte da esposa de Judson, a sua filha também morreu. Durante os seis longos anos que se seguiram, ele trabalhou sozinho, casando-se, então, com a viúva de outro missionário. A nova esposa, gozando os frutos dos esforços incessantes na Birmânia, mostrou-se tão dedicada ao marido como a primeira.
Judson perseverou durante vinte anos para completar a maior contribuição que se podia fazer à Birmânia, a tradu­ção da Bíblia inteira na própria língua do povo.
Depois de trabalhar constantemente no campo estran­geiro durante trinta e dois anos, para salvar a vida da espo­sa, embarcou com ela e três dos filhos, de volta à América, sua terra natal. Porém, em vez de ela melhorar da doença que sofria, como se esperava, morreu durante a viagem, sendo enterrada em Santa Helena, onde o navio aportou.
- Quem poderá descrever o que Judson sentiu ao de­sembarcar nos Estados Unidos, quarenta e cinco dias de­pois da morte da sua querida esposa?! Ele, que estivera au­sente durante tantos anos da sua terra, sentia-se agora per­turbado acerca da hospedagem nas cidades de seu país. Surpreendeu-se, depois de desembarcar, ao verificar que todas as casas se abriam para recebê-lo. Seu nome tornara-se conhecido de todos. Grandes multidões afluíam para ouvi-lo pregar. Porém, depois de passar trinta e dois anos ausente na Birmânia, naturalmente, sentia-se como se es­tivesse entre estrangeiros, e não queria levantar-se diante do público para falar na língua materna. Também sofria dos pulmões e era necessário que outrem repetisse para o povo o que ele apenas podia dizer balbuciando.
Conta-se que, certo dia, num trem, entrou um vende­dor de jornais. Judson aceitou um e, distraído, começou a lê-lo; o passageiro ao lado chamou-o a atenção, dizendo que o rapaz ainda esperava o níquel pelo jornal. Olhando para o vendedor, pediu desculpas, pois pensara que ofere­cessem o jornal de graça, visto que ele estava acostumado a distribuir muita literatura na Birmânia sem cobrar um centavo, durante muitos anos.
Passara apenas oito meses entre seus patrícios, quando se casou de novo e embarcou pela segunda vez para a Bir­mânia. Continuou a sua obra naquele país, sem cansar, até alcançar a idade de sessenta e um anos. Judson foi, então, chamado a estar com o seu Mestre enquanto viajava longe da família. Conforme o seu desejo, foi sepultado em alto mar.
Adoniram Judson costumava passar muito tempo orando de madrugada e de noite. Diz-se que gozava da mais íntima comunhão com Deus enquanto caminhava apressadamente. Os filhos, ao ouvirem seus passos firmes e resolutos dentro do quarto, sabiam que seu pai estava le­vando suas orações ao trono da graça. Seu conselho era: "Planeja os teus negócios se for possível, para passares duas a três horas, todos os dias, não só em adoração a Deus, mas orando em secreto".
Sua esposa conta que, durante a sua última doença, antes de falecer, ela leu para ele a notícia de certo jornal, acerca da conversão de alguns judeus na Palestina, justa­mente onde Judson queria trabalhar antes de ir à Birmâ­nia. Esses judeus, depois de lerem a história dos sofrimen­tos de Judson na prisão de Ava, foram inspirados a pedir, também, um missionário e assim iniciou-se uma grande obra entre eles.
Ao ouvir isto, os olhos de Judson se encheram de lágri­mas, tendo o semblante solene e a glória dos céus estampa­da no rosto, tomou a mão de sua esposa dizendo: "Queri­da, isto me espanta. Não compreendo. Refiro-me à notícia que leste. Nunca orei sinceramente por uma coisa sem a receber; recebi-a apesar de demorada, de alguma maneira, e talvez numa forma que não esperava, mas a recebi. Con­tudo, sobre este assunto eu tinha tão pouca fé! Que Deus me perdoe e, enquanto na sua graça quiser me usar como seu instrumento, limpe toda a incredulidade de meu cora­ção".
Nesta história, nota-se outro fato glorioso: Deus não só concede frutos pelos esforços dos seus servos, mas, tam­bém, pelos seus sofrimentos. Por muitos anos, até pouco antes da sua morte, Judson considerava os longos meses de horrores da prisão em Ava, como inteiramente perdidos à obra missionária.
No começo do trabalho na Birmânia, Judson concebeu a idéia de evangelizar, por fim, todo o país. A sua maior es­perança era ver durante a sua vida, uma igreja de cem birmaneses salvos e a Bíblia impressa na língua desse país.No ano da sua morte, porém, havia sessenta e três igrejas e mais de sete mil batizados, sendo os trabalhos dirigidos por cento e sessenta e três missionários, pastores e auxilia­res. As horas que passou diariamente suplicando ao Deus que dá mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, não foram perdidas.
Durante os últimos dias da sua vida fazia menção, mui­tas vezes, do amor de Cristo. Com os olhos iluminados e as lágrimas correndo-lhe pelas faces, exclamava: "Oh! o amor de Cristo! O maravilhoso amor de Cristo, a bendita obra do amor de Cristo!" Certa ocasião ele disse: "Tive tais visões do amor condescendente de Cristo e da glória do Céu, que, creio, quase nunca são concedidas aos homens. Oh! o amor de Cristo! É o mistério da inspiração da vida e a fonte da felicidade nos céus. Oh! o amor de Jesus! Não o podemos compreender agora, mas quão grande será em toda a eternidade!
Acrescentamos o último parágrafo da biografia de Ado­niram Judson escrita por um dos seus filhos. Quem pode lê-lo sem sentir o Espírito Santo o animar a tomar parte ativa e definida em levar o Evangelho a um dos muitos lu­gares sem o Evangelho?
Até aquele dia, quando todo o joelho se dobrará perante o Senhor Jesus, os corações crentes serão movidos aos maiores esforços, pela lembrança de Ana Judson, enterra­da debaixo do hopiá (uma árvore) na Birmânia; de Sara Judson, cujo corpo descansa na ilha pedregosa de Santa Helena e de Adoniram Judson, sepultado nas águas do oceano Índico.
(extraido do livro hérois da fé)

HENRIQUE MARTYN
LUZ INTEIRAMENTE GASTA POR DEUS
(1781-1812) - Ajoelhado na praia da Índia, Henrique Martyn derra­mava a alma perante o Mestre e orava: "Amado Senhor, eu também andava no país longínquo; minha vida ardia no pecado... desejaste que eu me tornasse, não mais um tição para espalhar a destruição, mas uma tocha brilhando por ti (Zacarias 3.2). Eis-me aqui nas trevas mais densas, sel­vagens e opressivas do paganismo. Agora, Senhor, quero arder até me consumir inteiramente por ti!"
O intenso ardor daquele dia sempre motivou a vida desse moço. Diz-se que o seu é "o nome mais heróico, que adorna a história da Igreja da Inglaterra, desde os tempos da rainha Elisabete." Contudo, até entre seus patrícios, ele não é bem conhecido.
Seu pai era de físico franzino. Depois de o seu progenitor falecer, os quatro filhos, inclusive Henrique, não tarda­ram a contrair a mesma enfermidade, a tuberculose.
Com a morte do pai, Henrique perdeu seu intenso inte­resse pela matemática e se interessou grandemente na leitura da Bíblia. Diplomou-se com mais honras do que todos da sua classe. O Espírito Santo, porém, falou à sua alma: "Buscas grandes coisas para ti. Não as busques!" Acerca dos seus estudos testificou: "Alcancei o ponto mais alto que desejara, mas fiquei desapontado ao ver como, apenas, tinha agarrado uma sombra."
Tinha por costume levantar-se cedo, de madrugada, e andar sozinho, pelos campos para desfrutar de comunhão íntima com Deus. O resultado foi que abandonou para sempre o plano de ser advogado, um plano que, até aí, ain­da seguia, porque "não podia consentir em ser pobre pelo amor de Cristo."
Ao ouvir um sermão sobre "O Estado Perdido dos Pa­gãos" resolveu dar a sua vida como missionário. Ao conhe­cer a vida abnegada do missionário Guilherme Carey, na sua grande obra na Índia, sentiu-se dirigido a trabalhar no mesmo país.
O desejo de levar a mensagem de salvação aos povos que não conheciam a Cristo, tornou-se como um fogo inextinguível na sua alma pela leitura da biografia de David Brainerd, o qual morrera quando ainda muito jovem, com a idade de vinte e nove anos (sua vida fora gasta inteira­mente no serviço de amor intenso aos silvícolas da América do Norte). Henrique Martyn reconhecia que, como foram poucos os anos da obra de David Brainerd, havia também para ele pouco tempo, e se acendeu nele a mesma paixão de gastar-se, inteiramente por Cristo, no breve espaço de tempo que lhe restava. Seus sermões não consistiam em palavras de sabedoria humana, mas sempre se dirigia ao povo como "um moribundo, pregando aos moribundos".
Havia um grande embaraço para Henrique Martyn: a mãe da sua noiva, Lídia Grenfel, não consentiria que eles se casassem, se ele insistisse em levá-la para o estrangeiro. Henrique amava a Lídia e o seu maior desejo terrestre era estabelecer um lar e trabalhar junto com ela na seara do Senhor. Acerca disto, ele escreveu no seu diário: "Conti­nuei uma hora e mais em oração, lutando contra o que me ligava... Cada vez que estava perto de ganhar a vitória, o coração voltava para o seu ídolo, e finalmente, deitei-me sentindo grande mágoa."Então se lembrou de David Brainerd, o qual negava a si mesmo todos os confortos da civilização, andava grandes distâncias sozinho na floresta, passava dias com fome e de­pois de assim se esforçar por cinco anos, voltou para falecer tuberculoso nos braços da sua noiva, Jerusa, filha de Jôna­tas Edwards.
Por fim, Henrique Martyn, também, ganhou a vitória, obedecendo à chamada para sacrificar-se à salvação dos perdidos. Ao embarcar para a Índia, em 1805, escreveu: "Se eu viver ou morrer, que Cristo seja magnificado pela colheita de multidões para Ele".
A bordo do navio, ao afastar-se da sua pátria, Henrique Martyn chorou como uma criança. Contudo nada podia desviá-lo da sua firme resolução de seguir a direção divina. Ele era "um tição arrebatado do fogo" e repentinamente dizia: "Que eu seja uma chama de fogo no serviço divino".
Depois de nove longos meses a bordo, e quando já se achava perto do seu destino, passou um dia inteiro em je­jum e oração. Sentia quão grande era o sacrifício da Cruz e como era, igualmente, grande a sua responsabilidade para com os perdidos na idolatria da Índia. Continuava a repe­tir: "Tenho posto vigias sobre os teus muros, ó Jerusalém; eles não se calarão jamais em todo o dia nem em toda a noite: não descanseis vós os que fazeis lembrar a Jeová, e não lhe deis a Ele descanso, até que estabeleça, e até que ponha a Jerusalém por objeto de louvor na terra!" (Isaías 62.6).
A chegada de Henrique Martyn à Índia, no mês de abril de 1806, foi também em resposta à oração de outros. A ne­cessidade era tão grande nesse país, que os poucos obreiros concordaram em se reunirem em Calcutá, de oito em oito dias, para pedirem a Deus que enviasse um homem cheio do Espírito Santo e poder à Índia. Martyn, logo ao desem­barcar, foi recebido alegremente por eles como a resposta às suas orações.
É difícil imaginar o horror das trevas em que vivia esse povo, entre o qual Martyn se achava. Um dia, perto do lu­gar onde se hospedara, ouviu uma música e viu a fumaça de uma das piras fúnebres de que ouvira falar antes de sair da Inglaterra. As chamas já começavam a subir do lugar onde uma viúva se achava sentada ao lado do cadáver de seu marido morto. Martyn, indignado, esforçou-se, mas não pôde conseguir salvar a pobre vítima.
Em outra ocasião, foi atraído pelo ruído do címbalo, a um lugar onde o povo fazia culto aos demônios. Os adora­dores se prostravam perante o ídolo, obra das suas próprias mãos, do qual adoravam e temiam! Martyn sentia-se "mesmo na vizinhança do Inferno".
Cercado de tais cenas, ele se aplicava mais e mais e sem cansar, dia após dia, a aprender a língua. Não desanimava com a falta de fruto da sua pregação, reconhecendo ser de maior importância traduzir as Escrituras e colocá-las nas mãos do povo. Com esse alvo, perseverava no trabalho de tradução, cuidadosamente, aperfeiçoando a obra, pouco a pouco, e parando de vez em quando para pedir o auxílio de Deus.
Como a sua alma ardia no firme propósito de dar a Bíblia ao povo, vê-se no seguinte trecho de um dos seus sermões conservado no Museu Britânico:

"Pensai na situação triste do moribundo, que apenas conhece bastante da eternidade para temer a morte, mas não conhece bastante do Salvador para olhar o futuro com esperança. Não pode pedir uma Bíblia para saber algo sobre o que se firmar nem pode pedir a esposa ou ao filho que lhe leiam um capítulo para o confortar. A Bíblia, ah! é um tesouro que eles nunca possuíram! Vós que tendes um coração para sentir a miséria do próximo, vós que sabeis como a agonia de espírito é mais que qualquer sofrimento do corpo, vós que sabeis que vem o dia em que tendes de morrer, oh! dai-lhes aquilo que lhes será um conforto na hora da morte!
Para alcançar esse alvo, de dar as Escrituras aos povos da Índia e da Pérsia, Martyn aplicou-se à obra de tradução de dia e de noite, até mesmo quando descansava e quando em viagem. Não diminuía a sua marcha quando o termô­metro registrava o intenso calor de 70" nem quando sofria da febre intermitente, nem com o avanço da peste branca que ardia no seu peito.
Como David Brainerd, cuja biografia sempre serviu para inspirá-lo, Henrique Martyn passou dias inteiros em intercessão e comunhão com o seu "Amado", seu querido Jesus. - "Parece", escreveu ele, "que posso orar para sem­pre sem nunca cansar. Quão doce é andar com Jesus e morrer por Ele..." Para ele, a oração não era uma formali­dade, mas o meio certo de quebrantar os endurecidos e vencer os adversários.
Seis anos e meio depois de ter desembarcado na Índia, enquanto empreendia longa viagem, faleceu com a idade de 31 anos. Separado dos irmãos, do resto da família, com a noiva esperando-o na Inglaterra, e cercado de persegui­dores, foi enterrado em lugar desconhecido.
Era grande o ânimo, a perseverança, o amor, a dedica­ção com que trabalhava na seara do seu Senhor! O zelo ar­deu até ele se consumir neste curto espaço de seis anos e meio. É-nos impossível apreciar quão grande foi a sua obra feita em tão poucos anos. Além de pregar, conseguiu tra­duzir porções das Sagradas Escrituras para as línguas de uma quarta parte de todos os habitantes do mundo. O Novo Testamento em hindu, hindustão e persa e os Evan­gelhos em judaico-persa são apenas uma parte das suas obras.
Quatro anos depois da sua morte, nasceu Fidélia Fiske, no sossego da Nova Inglaterra. Quando ainda aluna na es­cola, leu a biografia de Henrique Martyn. Andou quarenta e cinco quilômetros de noite, sob violenta tempestade de neve, para pedir à sua mãe que a deixasse ir pregar o Evan­gelho às mulheres da Pérsia. Ao chegar à Pérsia reuniu muitas mulheres e lhes contou o amor de Jesus, até que o avivamento em Oroomiah se tornou em outro Pentecoste.
Se Henrique Martyn, que entregou tudo para o serviço do Rei dos reis, pudesse visitar a Índia, e a Pérsia, hoje, quão grande seria a obra que encontraria, obra feita por tão grande número de fiéis filhos de Deus nos quais ardeu o mesmo fogo pela leitura da biografia desse pioneiro.
(extraido do livro hérois da fé)

CHRISTMAS EVANS
O «JOÃO BUNYAN DE GALES»
(1766-1838) - Seus pais deram-lhe o nome de Christmas porque nas­ceu no dia de "Christmas" (Natal), em 1766. O povo deu-lhe a alcunha de "Pregador Caolho" porque era cego de um olho. Alguém assim se referiu a Christmas Evans: "Era o mais alto dos homens, de maior força física e o mais corpu­lento que jamais vi. Tinha um olho só; se há razão para di­zer que era olho, pois mais propriamente pode-se dizer que era uma estrela luzente, brilhando como Vênus". Foi cha­mado, também, "O João Bunyan de Gales", porque era o pregador que, na história desse país, desfrutava mais do poder do Espírito Santo. Em todo o lugar onde pregava, havia grande número de conversões. Seu dom de pregar era tão extraordinário, que, com toda a facilidade, podia levar um auditório de 15 a 20 mil pessoas, de temperamen­to e sentimentos vários, a ouvi-lo com a mais profunda atenção. Nas igrejas, não cabiam as multidões que iam ouvi-lo durante o dia; à noite, sempre pregava ao ar livre, sob o brilhar das estrelas.Durante a sua mocidade, viveu entregue à devassidão e à embriaguez. Numa luta, foi gravemente esfaqueado; ou­tra vez foi tirado das águas como morto e, ainda doutra vez, caiu de uma árvore sobre uma faca. Nas contendas era sempre o campeão, até que, por fim, numa briga, seus companheiros cegaram-lhe um olho. Deus, contudo, fora misericordioso durante esse período guardando-o com vida para, mais tarde, fazê-lo útil no seu serviço.
Com a idade de 17 anos, foi salvo: aprendeu a ler e, não muito depois, foi chamado a pregar e separado para o mi­nistério. Seus sermões eram secos e sem fruto até que, um dia, em viagem para Maentworg, segurou seu cavalo e en­trou na mata onde derramou a sua alma em oração a Deus. Como Jacó em Peniel, de lá não saiu antes de receber a bênção divina. Depois daquele dia reconheceu a grande responsabilidade de sua obra; regozijava-se sempre no espírito de oração e surpreendeu-se grandemente com os frutos gloriosos que Deus começou a conceder-lhe. Antes destas coisas, possuía dons e corpo de gigante; porém, de­pois, foi-lhe acrescentado o espírito de gigante. Era corajo­so como um leão e humilde como um cordeiro; não vivia para si, mas para Cristo. Além de ter, por natureza, uma mente ativa e uma maneira tocante de falar, tinha um co­ração que transbordava de amor para com Deus e o próxi­mo. Verdadeiramente era uma luz que ardia e brilhava.
No Sul de Gales andava a pé, pregando, às vezes, cinco sermões num só dia. Apesar de não andar bem vestido e de possuir maneiras desastrosas, afluíam grandes multidões para ouvi-lo. Vivificado com o fogo celestial, subia em espírito como se tivesse asas de anjo e quase sempre levava o auditório consigo. Muitas vezes os ouvintes rompiam em choro e outras manifestações, coisas que não podiam evi­tar. Por isso eram conhecidos por "Saltadores Galeses".
Era convicção de Evans que seria melhor evitar os dois extremos: o excesso de ardor e a frieza demasiada. Porém Deus é um ser soberano, operando de várias maneiras. A alguns Ele atrai pelo amor, enquanto a outros Ele espanta com os trovões do Sinai, para acharem preciosa paz em Cristo. Os vacilantes, às vezes, são por Deus sacudidos sobre o abismo da angústia eterna, até clamarem pedindo misericórdia e acharem gozo indizível. O cálice desses transborda até que alguns, não compreendendo, pergunta­ram: - "Por que tanto excesso?"

Acerca da censura que faziam dos cultos, Evans escre­veu: "Admiro-me de que o gênio mau, chamando-se 'o anjo da ordem , queira experimentar tornar tudo, na ado­ração a Deus, em coisa tão seca como o monte Gilboa. Es­ses homens da ordem desejam que o orvalho caia e o sol brilhe sobre todas as suas flores, em todos os lugares, me­nos nos cultos ao Deus todo-poderoso. Nos teatros, nos ba­res e nas reuniões políticas, os homens comovem-se, entu­siasmam-se e são tocados de fogo como qualquer 'Saltador Galês'. Mas, segundo eles desejam, não deve haver coisa alguma que dê vida e entusiasmo à religião! Irmãos, medi­tai nisto! - Tendes razão, ou estais errados?"
Conta-se que, em certo lugar, havia três pregadores para falar, sendo Evans o último. Era um dia de muito ca­lor; os primeiros dois sermões foram muito longos, de for­ma que todos os ouvintes ficaram indiferentes e quase exaustos. Porém, depois de Evans haver pregado cerca de quinze minutos, sobre a misericórdia de Deus, tal qual se vê na parábola do Filho Pródigo, centenas dos que estavam sentados na relva, repentinamente, ficaram em pé. Alguns choravam e outros oravam sob grande angústia. Foi im­possível continuar o sermão: o povo continuou a chorar e orar durante o dia inteiro e de noite até amanhecer.
Na ilha de Anglesey, porém, Evans teve de enfrentar certa doutrina chefiada por um orador eloqüente e instruí­do. Na luta contra o erro dessa seita, começou a esfriar es­piritualmente. Depois de alguns anos, não mais possuía o espírito de oração nem o gozo da vida cristã. Mas ele mes­mo descreveu como buscou e recebeu de novo a unção do poder divino que fez a sua alma abrasar-se ainda mais do que antes:
"Não podia continuar com o meu coração frio para com Cristo, sua expiação e a obra de seu Espírito. Não suporta­va o coração frio no púlpito, na oração particular e no estu­do, especialmente quando me lembrava de que durante quinze anos o meu coração se abrasava como se eu andasse com Jesus no caminho de Emaús. Chegou o dia, por fim,que nunca mais esquecerei. Na estrada de Dolgelly, senti-me obrigado a orar, apesar de ter o coração endurecido e o espírito carnal. Depois de começar a suplicar, senti como que pesados grilhões me caíssem e como que montanhas de gelo se derretessem dentro de mim. Com esta manifesta­ção, aumentou em mim a certeza de haver recebido a pro­messa do Espírito Santo. Parecia-me que meu espírito in­teiro fora solto de uma prisão prolongada, ou como se esti­vesse saindo do túmulo num inverno muitíssimo frio. Cor­reram-me abundantemente as lágrimas e fui constrangido a clamar e pedir a Deus o gozo da sua salvação, e que Ele visitasse, de novo, as igrejas de Anglesey que estavam sob meus cuidados. Tudo entreguei nas mãos de Cristo... No primeiro culto depois, senti-me como que removido da re­gião estéril e frígida de gelo espiritual, para as terras agra­dáveis das promessas de Deus. Comecei, então, de novo os primeiros combates em oração, sentindo um forte anelo pela conversão de pecadores, tal como tinha sentido em Leyn. Apoderei-me da promessa de Deus. O resultado foi, que vi, ao voltar a casa, o Espírito operar nos irmãos de Anglesey, dando-lhes o espírito de oração com importuna­ção."
Passou então o grande avivamento do pregador ao povo em todos os lugares da ilha de Anglesey e em todo o Gales. A convicção de pecado, como grandes enchentes passava sobre os auditórios. O poder do Espírito Santo operava até o povo chorar e dançar de alegria. Um dos que assistiram ao seu famoso sermão sobre o Endemoninhado Gadareno, conta como Evans retratou tão fielmente a cena do livra­mento do pobre endemoninhado, a admiração do povo ao vê-lo liberto, o gozo da esposa e dos filhos quando voltou a casa, curado, que o auditório rompeu em grande riso e cho­ro. Alguém assim se expressou: "O lugar tornou-se em um verdadeiro 'Boquim' de choro" (Juizes 2.1-5). Outro ainda disse que o povo do auditório ficou como os habitantes duma cidade abalada por um terremoto, correndo para fo­ra, prostrando-se em terra e clamando a Deus.
Não semeava pouco, portanto colhia abundantemente; ao ver a abundância da colheita, sentia seu zelo arder de novo, seu amor aumentar e era levado a trabalhar ainda mais. A sua firme convicção era de que nem a melhor pes­soa pode salvar-se sem a operação do Espírito Santo e nem o coração mais rebelde pode resistir ao poder do mesmo Espírito. Evans sempre tinha um alvo quando lutava em oração: firmava-se nas promessas de Deus, suplicando com tanta importunação como quem não podia desistir antes de receber. Dizia que a parte mais gloriosa do minis­tério do pregador era o fato de agradecer a Deus pela ope­ração do Espírito Santo na conversão dos pecadores.
Como vigia fiel, não podia pensar em dormir enquanto a cidade se incendiava. Humilhava-se perante Deus, ago­nizando pela salvação de pecadores, e de boa vontade gas­tou suas forças físicas, ou mentais, pregou o último ser­mão, sob o poder de Deus, como de costume. Ao findar dis­se: "Este é meu último sermão". Os irmãos entenderam que se referira ao último sermão naquele lugar. Caiu doen­te, porém, na mesma noite. Na hora da sua morte, três dias depois, dirigiu-se ao pastor, seu hospedeiro, com estas palavras: "O meu gozo e consolação é que, depois de me ocupar na obra do santuário durante cinquenta e três anos, nunca me faltou sangue na bacia'. Prega Cristo ao povo". Então, depois de cantar um hino, disse: "Adeus! Adeus!" e faleceu.
A morte de Christmas Evans foi um dos eventos mais solenes em toda a história do principado de Gales. Houve choro e pranto no país inteiro.
O fogo do Espírito Santo fez os sermões deste servo de Deus abrasar de tal forma os corações, que o povo da sua geração não podia ouvir pronunciar o nome de Christmas Evans sem ter uma lembrança vivida do Filho de Maria na manjedoura de Belém; do seu batismo no Jordão; do jar­dim do Getsêmani; do tribunal de Pilatos; da coroa de es­pinhos; do monte Calvário; do Filho de Deus imolado no altar, e do fogo santo que consumia todos os holocaustos, desde os dias de Abel até o dia memorável em que esse fogo foi apagado pelo sangue do Cordeiro de Deus.
(extraido do livro hérois da fé)

GUILHERME CAREY
PAI DAS MISSÕES MODERNAS
(1761-1834) - O menino Guilherme Carey, era apaixonado pelo estu­do da natureza. Enchia seu quarto de coleções de insetos, flores, pássaros, ovos, ninhos, etc. Certo dia, ao tentar al­cançar um ninho de passarinhos, caiu de uma árvore alta. Ao experimentar a segunda vez, caiu novamente. Insistiu a terceira vez: caiu e quebrou uma perna. Algumas semanas depois, antes de a perna sarar, Guilherme entrou em casa com o ninho na mão. - "Subiste à árvore novamente?!" -exclamou sua mãe. - "Não pude evitar, tinha de possuir o ninho, mamãe" - respondeu o menino.
Diz-se que Guilherme Carey, fundador das missões atuais, não era dotado de inteligência superior e nem de qualquer dom que deslumbrasse os homens. Entretanto, foi essa característica de persistir, com espírito indômito e inconquistável, até completar tudo quanto iniciara, que fez o segredo do maravilhoso êxito da sua vida.
Quando Deus o chamava a iniciar qualquer tarefa, per­manecia firme, dia após dia, mês após mês e ano após ano, até acabá-la. Deixou o Senhor utilizar-se de sua vida, não somente para evangelizar durante um período de quarenta e um anos no estrangeiro, mas também para executar a fa­çanha por incrível que pareça, de traduzir as Sagradas Es­crituras em mais que trinta línguas.
O avô e o pai do pequeno Guilherme eram sucessiva­mente professor e sacristão (Igreja Anglicana) da Paró­quia. Assim o filho aprendeu o pouco que o pai podia ensi­nar-lhe. Mas não satisfeito com isso, Guilherme continuou seus estudos sem mestre.
Aos doze anos adquiriu um exemplar do Vocabulário Latino, por Dyche,. o qual decorou. Aos quatorze anos ini­ciou a carreira como aprendiz de sapateiro. Na loja encon­trou alguns livros, dos quais se aproveitou para estudar. Assim iniciou o estudo do grego. Foi nesse tempo que che­gou a reconhecer que era um pecador perdido, e começou a examinar cuidadosamente as Escrituras.
Não muito depois da sua conversão, com 18 anos de idade, pregou o seu primeiro sermão. Ao reconhecer que o batismo por imersão é bíblico e apostólico, deixou a deno­minação a que pertencia. Tomava emprestados livros para estudar e, apesar de viver em pobreza, adquiria alguns li­vros usados. Um de seus métodos para aumentar o conhe­cimento de outras línguas, consistia em ler diariamente a Bíblia em latim, em grego e em hebraico
Com a idade de vinte anos, casou-se. Porém os membros da igreja onde pregava eram pobres e Carey teve de continuar seu ofício de sapateiro para ganhar o pão coti­diano. O fato de o senhor Old, seu patrão, exibir na loja um par de sapatos fabricados por Guilherme, como amostra, era prova da habilidade do rapaz.
Foi durante o tempo que ensinava geografia em Moul­ton, que Carey leu o livro As Viagens do Capitão Cook e Deus falou à sua alma acerca do estado abjeto dos pagãos sem o Evangelho. Na sua tenda de sapateiro afixou na pa­rede um grande mapa-mundi, que ele mesmo desenhara cuidadosamente. Incluíra neste mapa todos os dizeres dis­poníveis: o número exato da população, a flora e a fauna, as características dos indígenas, etc., de todos os países. Enquanto consertava sapatos, levantava os olhos, de vez em quando, para o mapa e meditava sobre as condições dos vários povos e a maneira de os evangelizar. Foi assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus para preparar a Bíblia, para os muitos milhões de indus, na própria língua deles.
A denominação a que Guilherme pertencia, depois de aceitar o batismo por imersão, achava-se em grande deca­dência espiritual. Isto foi reconhecido por alguns dos mi­nistros, os quais concordaram em passar "uma hora em oração na primeira segunda-feira de todos os meses" pe­dindo de Deus um grande avivamento da denominação. De fato esperavam um despertamento, mas, como aconte­ce muitas vezes, não pensaram na maneira em que Deus lhes responderia.
As igrejas de então não aceitavam a idéia, que conside­ravam absurda, de levar o Evangelho aos pagãos. Certa vez, numa reunião do ministério, Carey levantou-se e su­geriu que ventilassem este assunto: O dever dos crentes em promulgar o Evangelho às nações pagãs. O venerável pre­sidente da reunião, surpreendido, pôs-se em pé e gritou: "Jovem, sente-se! Quando agradar a Deus converter os pa­gãos, ele o fará sem o seu auxílio, nem o meu."
Porém o fogo continuou a arder na alma de Guilherme Carey. Durante os anos que se seguiram esforçou-se inin­terruptamente, orando, escrevendo e falando sobre o as­sunto de levar Cristo a todas as nações. Em maio de 1792, pregou seu memorável sermão sobre Isaías 54.2,3: "Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam; não o impeças; alonga as tuas cordas, e firma bem as tuas estacas. Porque transbordarás à mão direita e à esquerda; e a tua posteridade possuirá as nações e fará que sejam habitadas as cidades assoladas."
Discursou sobre a importância de esperar grandes coi­sas de Deus e, em seguida, enfatizou a necessidade de ten­tar grandes coisas para Deus.
O auditório sentiu-se culpado de negar o Evangelho aos países pagãos, a ponto de "levantar as vozes em choro." Foi então organizada a primeira sociedade missionária na história das igrejas de Cristo para a pregação do Evangelho entre os povos nunca evangelizados. Alguns como Brainerd, Eliot e Schwartz já tinham ido pregar em lugares distantes, mas sem que as igrejas se unissem para susten­tá-los.
Apesar de a sociedade ser o resultado da persistência e esforços de Carey, ele mesmo não tomou parte na sua for­mação. O seguinte, porém, foi escrito acerca dele nesse tempo:
"Aí está Carey, de estatura pequena, humilde de espí­rito, quieto e constante; tem transmitido o espírito missio­nário aos corações dos irmãos, e agora quer que saibam da sua prontidão em ir onde quer que eles desejem, e está bem contente que formulem todos os planos".
Nem mesmo com esta vitória, foi fácil para Guilherme Carey concretizar o sonho de levar Cristo aos países que ja­ziam nas trevas. Dedicava o seu espírito indômito a alcan­çar o alvo que Deus lhe marcara.
A igreja onde pregava não consentia que deixasse o pastorado: somente com a visita dos membros da sociedade a ela é que este problema foi resolvido. No relatório da igreja escreveram: "Apesar de concordar com ele, não achamos bom que nos deixe aquele a quem amamos mais que a nos­sa própria alma."
Entretanto, o que mais sentiu foi quando a sua esposa recusou terminantemente deixar a Inglaterra com os fi­lhos. Carey estava tão certo de que Deus o chamava para trabalhar na Índia que nem por isso vacilou.
Havia outro problema que parecia insolúvel: Era proi­bida a entrada de qualquer missionário na Índia. Sob tais circunstâncias era inútil pedir licença para entrar. Nestas condições, conseguiram embarcar sem esse documento. In­felizmente o navio demorou algumas semanas e, pouco an­tes de partir, os missionários receberam ordem de desem­barcar.
A sociedade missionária, apesar de tantos contratem­pos, continuou a confiar em Deus; conseguiram granjear dinheiro e compraram passagem para a Índia em um navio dinamarquês. Uma vez mais Carey rogou à sua querida es­posa que o acompanhasse. Ela ainda persistia na recusa e nosso herói, ao despedir-se dela, disse: "Se eu possuísse o mundo inteiro, daria alegremente tudo pelo privilégio de levar-te e os nossos queridos filhos comigo; mas o sentido do meu dever sobrepuja todas as outras considerações. Não posso voltar para trás sem incorrer em culpa a minha alma."
Porém, antes de o navio partir, um dos missionários foi à casa de Carey. Grande foi a surpresa e o regozijo de todos ao saberem que esse missionário conseguiu induzir a espo­sa de Carey a acompanhar o seu marido. Deus comoveu o coração do comandante do navio a levá-la em companhia dos filhos, sem pagar passagem.
Certamente a viagem a vela não era tão cômoda como nos vapores modernos. Apesar dos temporais, Carey apro­veitou-se do ensejo para estudar o bengali e ajudar um dos missionários na obra de verter o livro de Gênesis para a língua bengaleza.
Guilherme Carey aprendeu suficiente o bengali, duran­te a viagem, para conversar com o povo. Pouco depois de desembarcar, começou a pregar e os ouvintes vinham para ouvir em número sempre crescente.
Carey percebeu a necessidade imperiosa de o povo pos­suir a Bíblia na própria língua e, sem demora, entregou-se à tarefa de traduzi-la. A rapidez com que aprendeu as línguas da Índia é uma admiração para os maiores linguistas.
Ninguém sabe quantas vezes o nosso herói se mostrou desanimadíssimo na Índia. A esposa não tinha interesse nos esforços de seu marido e enlouqueceu. A maior parte dos ingleses com quem Carey teve contato, o tinham como louco; durante quase dois anos nenhuma carta da Inglater­ra lhe chegou às mãos. Muitas vezes faltava aos seus di­nheiro e alimento. Para sustentar a família, o missionário tornou-se lavrador da terra e empregou-se em uma fábrica de anil.
Durante mais de trinta anos Carey foi professor de línguas orientais no colégio de Fort Williams. Fundou tam­bém, o Serampore College para ensinar os obreiros. Sob a sua direção, o colégio prosperou, preenchendo um grande vácuo na evangelização do país.
Ao chegar à Índia, Carey continuou os estudos que co­meçara quando menino. Não somente fundou a Sociedade de Agricultura e Horticultura, mas criou um dos melhores jardins botânicos, redigiu e publicou o "Hortus Bengalensis". O livro "Flora Índica", outra de suas obras, foi consi­derada obra-prima por muitos anos.
Não se deve concluir, contudo, que, para Guilherme Carey, a horticultura fosse mais do que um passatempo. Passou, também, muito tempo ensinando nas escolas de crianças pobres. Mas, acima de tudo, sempre lhe ardia no coração o desejo de se esforçar na obra de ganhar almas.
Quando um de seus filhos começou a pregar, Carey es­creveu: "Meu filho, Félix, respondeu à chamada para pre­gar o Evangelho". Anos depois, quando esse filho aceitou o cargo de embaixador da Grã Bretanha no Sião, o pai, desa­pontado e angustiado, escreveu para um amigo: "Félix en­colheu-se até tornar-se um embaixador!"
Durante o período de quarenta e um anos, que passou na Índia, não visitou a Inglaterra. Falava, embora com di­ficuldade, mais de trinta línguas da Índia, dirigia a tradu­ção das Escrituras em todas elas e foi apontado ao serviço árduo de tradutor oficial do governo. Escreveu várias gra­máticas indianas e compilou notáveis dicionários dos idio­mas bengali, marati e sânscrito. O dicionário do idioma bengali consta de três volumes e inclui todas as palavras da língua, traçadas até a sua origem e definidas em todos os seus sentidos.
Tudo isto era possível porque sempre economizava o tempo, segundo se deduz do que escreveu seu biógrafo:
"Desempenhava estas tarefas hercúleas sem pôr em risco a sua saúde, aplicando-se metódica e rigorosamente ao seu programa de trabalho, ano após ano. Divertia-se, passando de uma tarefa para outra. Dizia que se perde mais tempo, trabalhando inconstante e indolentemente do que nas interrupções de visitas. Observava, portanto, a norma de entrar, sem vacilar, na obra marcada e de não deixar coisa alguma desviar a sua atenção para qualquer outra coisa durante aquele período."O seguinte escrito pedindo desculpas a um amigo pela demora em responder-lhe a carta, mostra como muitas das suas obras avançavam juntas:
"Levantei-me hoje às seis, li um capítulo da Bíblia hebraica; passei o resto do tempo, até às sete, em oração. Então assisti ao culto doméstico em bangali, com os cria­dos. Enquanto esperava o chá, li um pouco em persa com um munchi que me esperava; li também, antes de comer, uma porção das Escrituras em industani. Logo depois de comer sentei-me, com um pundite que me esperava, para continuar a tradução do sânscrito para o ramayuma. Tra­balhamos até as dez horas, quando então fui ao colégio para ensinar até quase as duas horas. Ao voltar para casa, li as provas da tradução de Jeremias em bengali, só findan­do em tempo para jantar. Depois do jantar, traduzi, ajuda­do pelo pundite chefe do colégio, a maior parte do capítulo oito de Mateus em sânscrito. Nisto fiquei ocupado até as seis. Depois das seis assentei-me com um pundite de Te­linga, para traduzir do sânscrito para a língua dele. Às sete comecei a meditar sobre a mensagem para um sermão e preguei em inglês, às sete e meia. Cerca de quarenta pes­soas assistiram ao culto, entre as quais, um juiz do Sudder Dewany'dawlut. Depois do culto, o juiz contribuiu com 500 rupias para a construção de um novo templo. Todos os que assistiram ao culto tinham saído às nove horas; sentei-me para traduzir o capítulo onze de Ezequiel para o bengali. Findei às onze, e agora estou escrevendo esta carta. De­pois, encerrei o dia com oração. Não há dia em que dispo­nha de mais tempo do que isto, mas o programa varia."
Com o avançar da idade, seus amigos insistiam em que diminuísse os seus esforços, mas a sua aversão à inatividade era tal, que continuava trabalhando mesmo quando a força física não dava para a necessária energia mental. Por fim, viu-se obrigado a ficar de cama, onde continuava a corrigir as provas das traduções.
Finalmente, em 9 de junho de 1834, com a idade de 73 anos, Guilherme Carey dormiu em Cristo.
A humildade era uma das características mais destaca­das da sua vida. Conta-se que, no zênite da fama, ouviu certo oficial inglês perguntar cinicamente: - "O grande doutor Carey não era sapateiro?" Carey, ao ouvir casual­mente a pergunta, respondeu: "- Não, meu amigo, era apenas um remendão."
Quando Guilherme Carey chegou à Índia, os ingleses negaram-lhe permissão para desembarcar. Ao morrer, po­rém, o governo mandou içar as bandeiras a meia haste em honra de um herói que fizera mais para a Índia do que to­dos os generais britânicos.
Calcula-se que traduziu a Bíblia para a terça parte dos habitantes do mundo. Assim escreveu um de seus sucesso­res, o missionário Wenger: "Não sei como Carey conseguiu fazer nem a quarta parte das suas traduções. Faz cerca de vinte anos (em 1855), que alguns missionários, ao apresen­tarem o Evangelho no Afeganistão (país da Ásia central), acharam que a única versão que esse povo entendia era o Pushtoo, feita em Sarampore por Carey."
O corpo de Guilherme Carey descansa, mas a sua obra continua a servir de bênção a uma grande parte do mundo.
(extraido do livro hérois da fé)
DAVI BRAINERD
UM ARAUTO AOS PELES-VERMELHAS
(1718-1747) - Certo jovem, franzino de corpo, mas tendo na alma o fogo do amor aceso por Deus, encontrou-se na floresta, para ele desconhecida. Era tarde e o sol já declinava até quase desaparecer no horizonte, quando o viajante, enfadado da longa viagem, avistou a fumaça das fogueiras dos índios "peles-vermelhas". Depois de apear e amarrar seu cavalo, deitou-se no chão para passar a noite, agonizando em oração.
Sem ele o saber, alguns dos silvícolas o haviam seguido silenciosamente, como serpentes, durante a tarde. Agora estacionavam atrás dos troncos das árvores para contemplar a cena misteriosa de um vulto de cara pálida, sozinho, prostrado no chão, clamando a Deus.
Os guerreiros da vila resolveram matá-lo, sem demora, pois, diziam, os brancos davam uma aguardente aos peles-vermelhas, para, enquanto bêbados, levar-lhes as cestas e as peles de animais, e roubar-lhes as terras. Mas depois de cercarem furtivamente o missionário, que orava, prostrado, e ouvirem como clamava ao "Grande Espírito", insistindo que lhes salvasse a alma, eles partiram tão secretamente como chegaram.
No dia seguinte, o moço, não sabendo o que acontecera em redor, enquanto orava no ermo, foi recebido na vila de uma maneira não esperada. No espaço aberto entre as "wigwams" (barracas de peles) os índios o cercaram e o moço, com o amor de Deus ardendo na alma, leu o capítulo 53 de Isaías. Enquanto pregava, Deus respondeu a sua oração da noite anterior e os silvícolas ouviram o sermão, com lágrimas nos olhos.
Esse cara-pálida chamava-se Davi Brainerd. Nasceu em 20 de abril de 1718. Seu pai faleceu quando Davi tinha 9 anos de idade, e sua mãe, filha dum pregador, faleceu quando ele tinha 14 anos.
Acerca de sua luta com Deus, no tempo da sua conversão, na idade de vinte anos, ele escreveu.
"Designei um dia para jejuar e orar, e passei esse dia clamando quase incessantemente a Deus, pedindo misericórdia e que ele abrisse meus olhos para a enormidade do pecado e o caminho para a vida em Jesus Cristo... Contudo, continuei a confiar nas boas obras... Então, uma noite andando na roça, foi me dada uma visão da grandeza do meu pecado, parecendo-me que a terra se abrira por baixo dos meus pès para me sepultar e que a minha alma iria ao Inferno antes de eu chegar em casa... Certo dia, estando longe do colégio, no campo, sozinho em oração, senti tanto gozo e doçura em Deus, que, se eu devesse ficar neste mundo vil, queria permanecer contemplando a glória de Deus. Senti na alma um profundo amor ardente para com todos os homens e anelava que eles desfrutassem desse mesmo amor de Deus.
"No mês de agosto, depois, senti-me tão fraco e doente, como resultado de aplicar-me demais aos estudos, que o diretor do colégio me aconselhou a voltar para casa. Estava tão fraco que tive algumas hemorragias. Senti-me perto da morte, mas Deus renovou em mim o conhecimento e o gosto das coisas divinas. Anelava tanto a presença de Deus e ficar livre do pecado, que, ao melhorar, preferia morrer a voltar ao colégio, e me afastar de Deus...Oh! uma hora com Deus excede infinitamente todos os prazeres do mundo."
De fato, depois de voltar ao colégio, Brainerd esfriou em espírito, mas o Grande Avivamento, dessa época, alcançou a cidade de New Haven, o colégio de Yale e o coração de Davi Brainerd. Ele tinha o costume de escrever diariamente uma relação dos acontecimentos mais importantes da sua vida, passados durante o dia. É por esses diários escritos para si próprio e não para o mundo ler, que sabemos da sua vida íntima de profunda comunhão com Deus. Os seguintes poucos trechos servem como amostras do que ele escreveu em muitas páginas de seu diário e descobrem algo de sua luta com Deus, enquanto estudava para o ministério:
"Fui tomado repentinamente pelo horror da minha miséria. Então clamei a Deus, pedindo que me purificasse da minha extrema imundícia. Depois a oração se tornou mui preciosa para mim. Ofereci-me alegremente para passar os maiores sofrimentos pela causa de Cristo, mesmo que fosse para ser desterrado entre os pagãos, desde que pudesse ganhar suas almas. Então Deus me deu o espírito de lutar em oração pelo reino de Cristo no mundo.
"Retirei-me cedo, de manhã, para a floresta, e foi-me concedido fervor em rogar pelo avanço do reino de Cristo no mundo. Ao meio-dia, ainda combatia em oração a Deus, e sentia o poder do divino amor na intercessão.
"Passei o dia em jejum e oração, implorando que Deus me preparasse para o ministério, e me concedesse auxílio divino e direção, e que ele me enviasse para a seara no dia que ele designasse. Pela manhã, senti poder na intercessão pelas almas imortais e pelo progresso do reino do querido Senhor e Salvador no mundo... À tarde, Deus estava comigo de verdade. Quão bendita a sua companhia! Ele me concedeu agonizar em oração até ficar com a roupa encharcada de suor, apesar de eu me achar na sombra, e de soprar um vento fresco. Sentia a minha alma grandemente extenuada pela condição do mundo: esforçava-me para arrebatar multidões de almas. Sentia-me mais dilatado pelos pecadores do que pelos filhos de Deus, contudo anelava gastar a minha vida clamando por ambos. "Passei duas horas agonizando pelas almas imortais. Apesar de ser ainda muito cedo, meu corpo estava molhado de suor... Se eu tivesse mil vidas, a minha alma as teria dado pelo gozo de estar com Cristo...
"Dediquei o dia para jejuar e orar, implorando a Deus que me dirigisse e me abençoasse na grande obra que tenho perante mim, a de pregar o Evangelho. Ao anoitecer, o Senhor me visitou maravilhosamente na oração; senti a minha alma angustiada como nunca... Senti tanta agonia que me achava ensopado de suor. Oh! e Jesus suou sangue pelas pobres almas! Eu anelava mostrar mais e mais compaixão para com elas.
"Cheguei a saber que as autoridades esperam a oportunidade de me prender e encarcerar por ter pregado em New Haven. Fiquei mais sóbrio e abandonei toda a esperança de travar amizade com o mundo. Retirei-me para um lugar oculto na floresta e coloquei o caso perante Deus."
Completados os seus estudos para o ministério, ele escreveu:
"Preguei o sermão de despedida ontem, à noite. Hoje, pela manhã orei em quase todos os lugares por onde andei, e, depois de me despedir dos amigos, iniciei a viagem para o habitat dos índios."
Essas notas do diário revelam, em parte, a sua luta com Deus enquanto estudava para o ministério. Um dos maiores pregadores atuais, referindo-se a esse diário, declarou: "Foi Brainerd quem me ensinou a jejuar e orar. Cheguei a saber que se fazem maiores coisas por meio de contato cotidiano com Deus do que por pregações."
No início da história da vida de Brainerd, já relatamos como Deus lhe concedeu entrada entre os silvícolas violentos, em resposta a uma noite de oração, prostrado em terra, nas profundezas da floresta. Mas, apesar de os índios lhe darem a toda hospitalidade, concedendo-lhe um lugar para dormir sobre um pouco de palha e, ouvirem o sermão, comovidos, Brainerd não estava satisfeito e continuava a lutar em oração, como revela seu diário:
"Continuo a sentir-me angustiado. À tarde preguei ao povo, mas fiquei mais desanimado acerca do trabalho do que antes; receio que seja impossível alcançar as almas. Retirei-me e derramei a minha alma pedindo misericórdia, mas sem sentir alívio.
"Completo vinte e cinco anos de idade hoje. Dói-me a alma ao pensar que vivi tão pouco para a glória de Deus. Passei o dia na floresta sozinho, derramando a minha queixa perante o Senhor.
"Cerca das nove horas, saí para orar na mata. Depois do meio-dia, percebi que os índios estavam se preparando para uma festa e uma dança... Em oração, senti o poder de Deus e a minha alma extenuada como nunca antes na minha vida. Senti tanta agonia e insisti com tanta veemência que, ao levantar-me, só consegui andar com dificuldade. O suor corria-me pelo rosto e pelo corpo. Reconheci que os pobres índios se reuniam para adorar demônios e não a Deus; esse foi o motivo de eu clamar a Deus, que se apressasse em frustrar a reunião idólatra. Assim, passei a tarde orando incessantemente, pedindo o auxílio divino para que eu não confiasse em mim mesmo. O que experimentei, enquanto orava, foi maravilhoso. Parecia-me que não havia nada de importância em mim, a não ser santidade de coração e vida, e o anelo pela conversão dos pagãos a Deus. Desapareceram todos os cuidados, receios e anelos; todos juntos pareciam-me de menor importância que o sopro do vento. Anelava que Deus adquirisse para si um nome entre os pagãos e lhe fiz o meu apelo com a maior ousadia, insistindo em que ele reconhecesse que eu 'o preferia à minha maior alegria.' De fato, não me importava onde ou como morava, nem da fadiga que tinha de suportar, se pudesse ganhar almas para Cristo. Continuei assim toda a tarde e toda a noite."
Assim revestido, Brainerd, pela manhã, voltou da mata para enfrentar os índios, certo de que Deus estava com ele, como estivera com Elias no monte Carmelo. Ao insistir com os índios para que abandonassem a dança, eles, em vez de matá-lo, desistiram da orgia e ouviram a sua pregação, de manhã e à tarde.
Depois de sofrer como poucos sofrem, depois de se esforçar de noite e de dia, depois de passar horas inumeráveis em jejum e oração, depois de pregar a Palavra "a tempo e fora de tempo", por fim, abriram-se os céus e caiu o fogo. Os seguintes excertos do seu diário descrevem algumas dessas experiências gloriosas:
"Passei a maior parte do dia em oração, pedindo que o Espírito fosse derramado sobre o meu povo... Orei e louvei com grande ousadia, sentindo grande peso pela salvação das preciosas almas.
"Discursei à multidão extemporaneamente sobre Isaías 53.10: Todavia, o Senhor agradou moê-lo'. Muitos dos ouvintes entre a multidão de três a quatro mil, ficaram comovidos a ponto de haver um 'grande pranto, como o pranto de Hadadrimom'. [Ver Zacarias 12.11)
"Enquanto eu andava a cavalo, antes de chegar ao lugar para pregar, senti o meu espírito restaurado e a minha alma revestida com o poder para clamar a Deus, quase sem cessar, por muitos quilômetros a fio
"De manhã, discursei aos índios onde nos hospedamos. Muitos ficaram comovidos e, ao falar-lhes acerca da salvação da sua alma, as lágrimas correram abundantemente e eles começaram a soluçar e a gemer. À tarde, voltei ao lugar onde lhes costumava pregar; eles ouviram com a maior atenção quase até o fim. Nem a décima parte dos ouvintes pôde conter-se de derramar lágrimas e clamar amargamente. Quanto mais eu falava do amor e compaixão de Deus, ao enviar seu Filho para sofrer pelos pecados dos homens, tanto mais aumentava a angústia dos ouvintes. Foi para mim uma surpresa notar como seus corações pareciam traspassados pelo terno e comovente convite do Evangelho, antes de eu proferir uma única palavra de terror.
"Preguei aos índios sobre Isaías 53.3-10. Muito poder acompanhava a Palavra e houve grande convicção entre os ouvintes; contudo, não tão geral como no dia anterior. Mas a maioria ficou comovida e em grande angústia de alma; alguns não podiam caminhar, nem ficar em pé: caíam no chão como se tivessem o coração traspassado e clamavam sem cessar, pedindo, misericórdia... Os que vieram de lugares distantes foram levados logo à convicção, pelo Espírito de Deus.
"À tarde, preguei sobre Lucas 15.16-23. Havia muita convicção visível entre os ouvintes, enquanto eu discursava; mas, ao falar particularmente, depois, a alguns que se mostravam comovidos, o poder de Deus desceu sobre o auditório 'como um vento veemente e impetuoso e varreu tudo de uma maneira espetacular.
"Fiquei em pé, admirado da influência que se apoderou do auditório quase totalmente. Parecia, mais que qualquer outra coisa, a força irresistível de uma grande correnteza, ou dilúvio crescente, que derrubava e varria tudo que encontrava na sua frente.
"Quase todos oravam e clamavam, pedindo misericórdia, e muitos não podiam ficar em pé. A convicção que cada um sentiu foi tão grande, que pareciam ignorar por completo os outros em redor, mas cada um continuava a orar por si mesmo.
"Lembrei-me de Zacarias 12.10-12, porque havia grande pranto como o pranto de 'Hadadrimom', parecendo que cada um pranteava à parte.
"Parecia-me um dia muito semelhante ao dia em que Deus mostrou seu poder a Josué (Josué 10.14), porque era um dia diferente de qualquer dia que tinha presenciado antes, um dia em que Deus fez muito para destruir o reino das trevas entre esse povo"
É difícil reconhecer a magnitude da obra de Davi Brainerd entre as diversas tribos de índios, nas profundezas das florestas; ele não entendia os seus idiomas. Se lhes transmitia a mensagem de Deus ao coração, deveria achar alguém que pudesse servir como intérprete. Passava dias inteiros simplesmente orando para que viesse sobre ele o poder do Espírito Santo com tanto poder, que esse povo não pudesse resistir à mensagem. Certa vez teve que pregar por meio de um intérprete tão bêbado, que quase não podia ficar em pé, contudo, vintenas de almas foram convertidas por esse sermão.
Ele andava, às vezes, perdido de noite no ermo, apanhando chuva e atravessando montanhas e pântanos. Franzino de corpo, cansava-se nas viagens. Tinha que suportar o calor do verão e o intenso frio do inverno. Dias a fio passava-os com fome. Já começava a sentir a saúde abalada e estava a ponto de casar-se (sua noiva era Jerusa Edwards, filha de Jônatas Edwards) e estabelecer um lar entre os índios convertidos ou voltar e aceitar o pastorado de uma igreja que o convidava. Contudo, reconhecia que não podia viver, por causa da sua doença, mais que um ou dois anos e resolveu então ''arder até o fim".
Assim, depois de ganhar a vitória em oração, clamou: "Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim até os confins da terra; envia-me aos selvagens do ermo; envia-me para longe de tudo que se chama conforto da terra; envia-me mesmo para a morte, se for no teu serviço e para promover o teu reino..."
Então acrescentou: "Adeus amigos e confortos terrestres, mesmo os mais anelados de todos. Se o Senhor quiser, gastarei a minha vida, até os últimos momentos, em cavernas e covas da terra, se isso servir para o progresso do Reino de Cristo."
Foi nessa ocasião que escreveu: "Continuei lutando com Deus em oração pelo rebanho aqui e, especialmente, pelos índios em outros lugares, até a hora de deitar-me. Oh! como senti ser obrigado a gastar o tempo dormindo! Anelava ser uma chama de fogo, constantemente ardendo no serviço divino e edificando o reino de Deus, até o último momento, o momento de morrer."
Por fim, depois de cinco anos de viagens árduas no ermo, de aflições inumeráveis e de sofrer dores incessantes no corpo, Davi Brainerd, tuberculoso e com as forças físicas quase inteiramente esgotadas, conseguiu chegar à casa de Jônatas Edwards.
O peregrino já completara a sua carreira terrestre e esperava o carro de Deus para levá-lo à Glória. Quando, no seu leito de sofrimento, viu alguém entrar no quarto com a Bíblia, exclamou: "Oh! o querido Livro! Breve hei de vê-lo aberto. Os seus mistérios me serão então desvendados!"
Minguando sua força física e aumentando sua percepção espiritual, falava com mais e mais dificuldade: "Fui feito para a eternidade. Como anelo estar com Deus e prostrar-me perante Ele! Oh! que o Redentor pudesse ver o fruto do trabalho da sua alma e ficar satisfeito! Oh! vem, Senhor Jesus! Vem depressa! Amém!" - e dormiu no Senhor.
Depois desse acontecimento, a noiva de Brainerd, Jerusa Edwards, começou a murchar como uma flor e, quatro meses depois também foi morar na cidade celeste. Dum lado do seu túmulo, está o de Davi Brainerd e do outro lado está o túmulo de seu pai, Jônatas Edwards.
O desejo veemente da vida de Davi Brainerd era o de arder como uma chama, por Deus, até o último momento, como ele mesmo dizia: "Anelo ser uma chama de fogo, constantemente ardendo no serviço divino, até o último momento, o momento de falecer."
Brainerd findou a sua carreira terrestre aos vinte e nove anos. Contudo apesar de sua grande fraqueza física, fez mais que a maioria dos homens faz em setenta anos.
Sua biografia, escrita por Jônatas Edwards e revisada por João Wesley, teve mais influência sobre a vida de A. J. Gordon do que qualquer outro livro, exceto a Bíblia. Guilherme Carey leu a história da sua obra e consagrou a sua vida ao serviço de Cristo, e nas trevas da Índia! Roberto McCheyne leu o seu diário e gastou a sua vida entre os judeus. Henrique Martyn leu a sua biografia e se entregou para consumir-se dentro de um período de seis anos e meio no serviço de seu Mestre, na Pérsia.
O que Davi escreveu a seu irmão, Israel Brainerd, é para nós um desafio à obra missionária: "Digo, agora, morrendo, não teria gasto a minha vida de outra forma, nem por tudo que há no mundo."
(extraido do livro hérois da fé)

WILLIAM TYNDALE
O PAI DA BÍBLIA INGLESA
 (1483-1536)-William Tyndale nasceu aproximadamente em 1483, na vila de North Nibley. Ordenado ao sacerdócio em 1502, ele se distinguiu em Oxford recebendo o seu diploma de Bacharel em Artes, em 1515. Mais tarde ele se transferiu para Cambridge, onde se tornou familiarizado com Erasmo e o seu Novo Testamento Grego. Enquanto atravessava esse tempo de reflexão, Tyndale experimentou uma iluminação espiritual semelhante à de Lutero.
Quanto mais ele estudava esse tesouro recém descoberto, mais acentuada se tornava a sua preocupação no sentido de que os seus companheiros ingleses dele compartilhassem. Foi durante esse período de formação que aconteceu a clássica discussão de Tyndale com um papista fanático. Antagonizado pela sua incapacidade de refutar a racionalização Bíblica de Tyndale, o exasperado sacerdote gritou: "seria melhor que ficássemos sem as leis de Deus do que sem as leis do papa", ao que Tyndale retorquiu indignado:
Desafio o papa e todas as suas leis; e se Deus me poupar a vida por muitos anos, levarei um garoto que conduz o arado a conhecer mais a Escritura do que vós.
Com essas audaciosas palavras representando a motivação de toda a sua vida, Tyndale decidiu resgatar os seus iletrados patrícios da desesperança e infelicidade do Romanismo, declarando:
Essa causa apenas me conduziu a traduzir o Novo Testamento. Porque eu havia percebido, por experiência, como seria impossível levar o povo leigo à verdade, a não ser que as Escrituras fossem claramente colocadas diante dos seus olhos na língua mãe.
O pedido de Tyndale para se alojar com o renomado Cuthbert Tonstal, Bispo de Londres, recebeu uma fria negativa. Do mesmo modo como o estalajadeiro de Belém negou abrigo à "Palavra Viva" o prelado indiferente fez o mesmo ouvido surdo à "Palavra Escrita", nenhum deles reconhecendo o tempo de sua visitação.
O Senhor compensou essa humilhação, enviando Tyndale até um comerciante simpático, o qual não apenas abriu sua residência em Londres, para o Reformador, como ainda lhe deu dez libras de presente, pedindo-lhe que orasse por "seu pai, sua mãe, suas alma e todas as almas cristãs". Contudo seis meses depois do início da tradução, Tyndale detectou uma crescente hostilidade dos oficiais lacaios contra o seu projeto. Grande parte dessa pressão foi atribuída às pazes de Henrique VIII com Roma, a respeito do controvertido pedido de anulação do seu casamento com a "estéril" rainha Catarina. Tyndale conclui com tristeza:
A partir daí, percebi que não apenas no palácio do bispo de Londres, mas em toda a Inglaterra, não havia lugar onde eu pudesse tentar uma tradução das Escrituras.
Em face dessas condições inaceitáveis, Tyndale transferiu-se para a Alemanha, em 1524, sem imaginar que jamais colocaria os pés novamente em solo inglês (Contudo, Foxe chamou Tyndale de "o Apóstolo da Inglaterra").
Tendo garantido alojamento em Hamburgo, o fugitivo fez uma peregrinação imediata até Wittenberg. O patrocínio negado a Tyndale por Tonstal foi mais do que compensado pelo audacioso Lutero, que iria declarar sem timidez: "Nasci para a guerra e a luta contra as facções e os demônios".
O Dr. J. R. Green captou o espírito contagiante de Lutero com a narrativa da visita deste a Tyndale:
Encontramo-lo em seu caminho para a cidadezinha que havia repentinamente se tornado a cidade sagrada da Reforma. Estudantes de todas as nações ali se reuniam com um entusiasmo que lembrava aquele dos cruzados. "Quando vinham para ver a cidade", conta-nos um contemporâneo, "retornavam graças a Deus com as mãos preparadas para de Wittenberg, como a partir de Jerusalém fosse a luz da verdade do evangelho espalhada até aos confins da terra". Foi por insistência de Lutero que Tyndale ali traduziu os evangelhos e as epístolas.
Tyndale receberia muita coragem para suas futuras experiências da parte do austero alemão, cuja visão pessoal sobre os perturbadores era essa: "você não pode enfrentar um rebelde com a razão. Sua melhor resposta é esmurrá-lo no rosto até que ele sangre pelo nariz".
Com o coração reanimado, Tyndale iniciou o seu esforço pioneiro de produzir a Bíblia Inglesa traduzida diretamente das línguas originais. Partiu dele uma excepcional concessão para uma tão grandiosa ventura. O professor Herman Buschais descreveu Tyndale para Spalatin como:
Um homem tão versado nas sete línguas: Hebraico, Grego, Latim, Italiano, Espanhol, Inglês e Francês, que qualquer uma que ele falasse poderia dar a impressão de ser a sua língua nativa.
Esta erudição foi confirmada no comparecimento de Tyndale diante dos editores de Colônia, Quental e Byrschmann, antes de completar um ano. Embora desconhecido a Tyndale, o arquinimigo de Lutero, o teólogo católico John Cochlaeus, Deão da Igreja da Bendita Virgem em Frankfurt, seguiu direto em suas pegadas. Quando viu os católicos na Alemanha preparados com Bíblias até às orelhas, Cochlaeus se queixou:
O Novo Testamento de Lutero se multiplicou e espalhou de tal maneira através dos editores que até mesmo alfaiates e sapateiros, sim, até mesmo as mulheres e as pessoas ignorantes, que aceitaram esse novo evangelho luterano e podiam ler um pouco de alemão, estudavam-no, com a maior avidez, como sendo a fonte de toda a verdade. Alguns o memorizaram, carregando-o no íntimo. Em poucos meses esse povo ficou tão letrado que não se envergonhava de debater sobre a fé e o evangelho, não apenas com os leigos católicos, mas até mesmo com os padres e monges e doutores em divindades.
Cochlaeus não podia permitir que esse pesadelo alcançasse a Inglaterra. Certo dia ele escutou por acaso alguns tipógrafos discutindo a respeito da obra de Tyndale. Embriagando-os com uma certa quantidade de vinho, ele ficou perplexo ao descobrir que o Novo Testamento Inglês já estava sendo impresso. Depois de ver apenas dez folhas completadas, Tyndale foi advertido da chegada de magistrados. Auxiliado pelo seu amanuense, William Roye, ele pôde transferir os preciosos documentos para Worms, deixando ao chão um padre frustrado.
Com a comparativa segurança da "retaguarda" oferecida por Lutero, as primeiras três mil cópias do Novo Testamento de Tyndale foram completadas em 1525 pelo editor de Worms - Schoeffer – e contrabandeadas para a Inglaterra, em barris, pilhas de roupa e sacos de farinha. Ao contrário da tradução dos manuscritos latinos de Wycliff, a obra de Tyndale foi diretamente traduzida do Grego e, mais que isso, do Textus Receptus da segunda e terceira edições de Erasmo. (Erasmo havia rejeitado as leituras Alfa e Beta da Vulgata, pavimentando, assim, a estrada para centenas de mártires em Smithfield, os quais iriam morrer por causa do Texto Majoritário).
Tendo sido alertado por Cochlaeus da "importação pendente de perniciosa mercadoria", o clero inglês ficou de sobreaviso nos portos. Muitas Bíblias foram interceptadas e queimadas em cerimônias, na Saint Paul Cross em Londres, pelo bispo Tonstal, que as chamava de "uma oferta queimada ao Deus Todo Poderoso".
Esse bispo enfatuado afirmava ter encontrado 2.000 erros na mesma. Sir Thomas More acrescentou: "tentar encontra erros no livro de Tyndale foi o mesmo que tentar água no mar". More seria degolado mais tarde, como um traidor da pátria.
Sem se intimidar, Tyndale exclamou no espírito do seu mentor alemão:
Ao queimar o Livro eles fizeram exatamente o que eu esperava; provavelmente eles vão também me queimar, se for essa a vontade de Deus.
Contudo, apesar desse diabólico esforço, muitos dos volumes reprovados foram dispersos pela terra (quase 50.000, segundo alguns cálculos). As dores sofridas no sentido de proteger esses Novos Testamentos podem ser vislumbradas através do que um sóbrio cristão escreveu:
Guardas perigosos cheios de whisky,que em vão buscavam essa coluna,gozavam de clandestinidade e esconderijo com sofrimento ansioso. Enquanto tudo à volta era miséria e escuridão, Este livros nos mostrava o beijo sem fronteira, além da tumba, libertos dos padres venais – do castigo feudal.Ele permitiu ao sofredor seus passos fatigados até Deus. E quando essa sofrida maldição na terra aconteceu Esta principal riqueza do seu filho desceu.
Que o poder do Novo Testamento de Tyndale foi causa de alarme entre os católicos ficou evidenciado pela carta do bispo de Nikke ao seu superior, na qual se lia em parte: "está além do meu poder, ou de qualquer homem espiritual, impedir isso agora, e se assim continuar por muito tempo, ele a todos nos destruirá".
Com a cabeça erguida, Tyndale se mudou para Marburg, em 1528, onde ficou sob a proteção de Philip, o Magnânimo, Conde de Hesse. Após ter trabalhado, por quase um ano, no Pentateuco, ele embarcou para Hamburgo, porém sofreu um naufrágio na viagem, perdendo o manuscrito de Deuteronômio recém concluído.
Após uma chegada com atraso em Hamburgo, ele foi residir com Margarete von Emmerson, onde concluiu a tradução de Gênesis até Deuteronômio. Com o seu aparecimento na cidade livre de Antuérpia (para conseguir a impressão desses novos livros), Tyndale arquitetou um plano engenhoso para repor suas urgentes carências financeiras. Já ficou conhecido que o arrogante bispo Tonstal, levado ao desespero pela divulgação do Novo Testamento, havia tentado salvaguardar-se, removendo-os do comércio através de uma compra ilegal. Contudo, sem que Tonstal o soubesse, o comerciante intermediário do qual ele se aproximou, Augustine Pakinghton, era um dos simpatizantes e mantenedores de Tyndale. Foxe o descreve com esta maravilhosa narrativa poética de justiça:
Alguma semanas mais tarde, Pakinghton entrou no humilde alojamento de Tyndale, cujas finanças ele sabia terem se esgotado.
Pakinghton – "Mestre Tyndale, encontrei para vós um bom comprador dos vossos livros.
Tyndale – quem é?
Pakinghton – o senhor bispo de Londres.
Tyndale – mas se o bispo quer esses livros será apenas para queimá-los.
Pakinghton – bem... e então? O bispo os queimará de qualquer maneira e bom seria que conseguíssemos dinheiro para imprimir mais.
Tyndale – ficarei contente por esses benefícios que advirão: vou receber o dinheiro para me livrar dos débitos e o mundo inteiro vai gritar contra a queima da Palavra de Deus. O restante do dinheiro me possibilitará corrigir o dito Novo Testamento, e novamente imprimir o mesmo, confiando em que o segundo será bem melhor do que o primeiro já impresso.
Depois disso, os Novos Testamentos reimpressos logo alcançaram a Inglaterra. Então o bispo mandou procurar novamente Pakinghton indagando como era possível que os livros fossem ainda tão abundantes? "Meu senhor", respondeu o comerciante, "realmente eu acho que seria melhor que comprásseis também os tipos pelos quais eles são impressos".
Que esse conselho não foi seguido, nem é preciso declarar.
Com o lucro do seu "mais novo cliente", Tyndale entregou o seu Pentateuco, em 1530, através da Casa publicadora Hans Luft, de Marburg, com a sua tradução de Jonas sendo publicada na Antuérpia, no ano seguinte.
Por esse tempo a animosidade contra Tyndale havia aumentado consideravelmente. Além das traduções desprezadas, seus diversos ataques verbais contra Roma não estavam lhe angariando muitos amigos: "A parábola do Maligno Mamom", 1528; "A Obediência de um Cristão" e "Como os Governantes de Cristo Devem Governar", em 1530; e sua "Prática de Prelados" , também em 1530. Numa de suas notas marginais em Jonas ele comparou a Inglaterra com Nínive.
No ano de 1535, um crédulo Tyndale foi traído por um agente secreto católico, Henry Phillips, o qual havia angariado a confiança do reformador. Depois de tomar um empréstimo de última hora no valor de 40 shillings, de sua generosa vítima, os dois homens seguiram para a pensão de Tyndale, a fim de jantar. O traidor Phillips insistiu pretensiosamente como o seu "amigo", para ir na frente. Logo que saiu, Phillips, no espírito de Judas Iscariotes, apontou na direção dele pelas costas, como sinal combinado para identificá-lo aos oficiais. O idoso santo foi depressa levado para o calabouço da fortaleza próxima de Vilvorde, dezoito milhas ao norte de Antuérpia.
Como o julgamento do seu Mestre por Pilatos, o caráter de Tyndale era inquestionável, impressionando até mesmo o promotor do Imperador que o levara a considerá-lo "homo doctus, pius, et bonus" (homem sábio, piedoso e bom).
Durante os dezoito meses do seu encarceramento, Tyndale se manteve firme. Um dos documentos mais tristes existentes em toda a história da igreja (tirado dos arquivos do Concílio de Brabant) é uma carta escrita em Latim, pela própria mão do reformador, para o governador de Vilvorde, talvez o Marquês Burgon:
Creio, cheio de legítima adoração, que não estarei despercebido do que pode ter sido determinado com respeito a mim. Daí porque peço a Vossa Senhoria, e isso pelo Senhor Jesus, que se devo permanecer aqui pelo inverno, Vossa Senhoria diga ao comissário que faça a gentileza de enviar-me, dos meus pertences que estão com ele, um boné contra o frio, visto como sinto muito frio na cabeça e sou afligido pelo contínuo catarro, que aumentou muito nesta cela. Também uma capa de inverno, pois a que tenho é muito fina; também uma peça de roupa para agasalhar minhas pernas. Meu sobretudo está gasto; minhas camisas também estão gastas. Ele tem uma camisa de lã e por favor, ma envie. Também tenho com ele perneiras de pano grosso para usar por cima. Ele tem também toucas quentes de dormir.
Peço que me seja permitido ter uma lâmpada à noite. É de fato aterrador ficar sentado sozinho no escuro. Mas, antes de tudo, peço que ele gentilmente me permita ter uma Bíblia hebraica, uma gramática hebraica e um dicionário hebraico, para que eu aproveite o tempo estudando. Em compensação Vossa Senhoria possa conseguir o que mais deseja, contanto que seja apenas para a salvação de sua alma. Mas se qualquer outra decisão foi tomada a meu respeito para ser executada antes do inverno, terei paciência, aceitando a vontade de Deus, para glória da graça do meu Senhor Jesus Cristo, cujo Espírito eu oro que possa dirigir sempre o vosso coração. Amém! Assinado: W. Tyndale
De fato, foi a vontade de Deus que o seu servo passasse ali, não apenas aquele inverno, mas a próxima primavera e também o verão. Temos confiança de que ele conseguiu seus auxílios linguísticos, visto como deixou atrás dele a tradução completa de Josué até II Crônicas.
Com as folhas do outono de 1536 anunciando a aproximação certa de outro inverno, o tempo da partida de Tyndale havia chegado. Condenado pelo decreto do Imperador, na assembleia de Augsburg, a data de sua execução foi estabelecida para 6 de outubro. Foxe nos transporta até essa cena sombria:
Trazido para o local da execução, ele foi atado à estaca, estrangulado por um carrasco e depois consumido pelo fogo, na cidadezinha de Vilvorde em 1536 d.C., gritando na estaca, em alta voz com fervorosa preocupação: "Senhor, abre os olhos do Rei da Inglaterra!
Quando o fiel Tyndale estava terminando a obra de sua vida, com uma última e incompreensível oração pela iluminação do rei, ele não podia imaginar que a resposta do céu já estava a caminho. McClure relata o miraculoso testemunho de que:
O que foi mais estranho em tudo isso e inexplicável para aqueles dias é que na hora exata em que Tyndale, por obtenção dos eclesiásticos ingleses e pelo tácito consentimento do rei inglês, foi queimado em Vilvorde, uma edição paginada de sua tradução era impressa em Londres, com o seu nome na página titular e por Thomas Berthlet, com a própria patente de impressão do rei. Essa foi a primeira cópia das Escrituras impressa em solo inglês.
Contudo, muito mais significativo do que esse misterioso rasgo da Providência foi a sanção oficial dada pelo próprio Henrique de duas Bíblias Inglesas dentro de um ano, a partir do martírio de Tyndale. A primeira destas foi a Bíblia Coverdale, nomeada segundo o antigo revisor em Antuérpia, Miles Coverdale (1488-1569).
A Bíblia Coverdale mantém a honra exclusiva de ser a primeira Bíblia Inglesa completa já impressa. Como Wycliff, Coverdale era fraco nas língua originais, de modo que sua obra consistiu do Novo Testamento e do Pentateuco, com os demais livros do Velho Testamento sendo conseguidos, primeiramente da tradução alemã de Lutero, com pequeno empréstimo da Vulgata Latina e da Bíblia Suíça de Zurique.
Embora Coverdale tivesse sido forçado a publicar sua primeira edição em Colônia (1535), ele muito prudentemente dedicou-a ao rei da Inglaterra e também teve o cuidado de excluir o estilo controverso das notas marginais associadas com a Bíblia de Tyndale. Não é difícil entender a boa vontade de Henrique de pessoalmente autorizar essa Bíblia (segunda edição da Coverdale de 1537), quando a capa o apresentava sentado e coroado, empunhando uma espada na página dedicatória, creditando-o como "defensor da fé". A diplomacia de Coverdale coincidia com a recente quebra do controle de Roma sobre as igrejas inglesas. Embora sem renunciar às doutrinas católicas o Ato de Supremacia aprovado pelo Parlamento em 11/11/1534, foi certamente o passo mais importante em direção à Reforma Inglesa.
A segunda Bíblia a receber sanção especial naquele ano foi outra aventura discreta. Conhecida como a Bíblia de Mateus, essa tradução foi realmente feita por John Rogers (1500-1555), o qual usou o pseudônimo de Thomas Matthews, em vista de sua bem conhecida associação com Tyndale. O melhoramento fundamental da Bíblia de Matthews foi a inclusão das obras de Tyndale "escritas no cárcere" – Josué e 2 Crônicas. Com o Pentateuco de Tyndale e o Novo Testamento basicamente intactos, a Bíblia Coverdale preencheu o vácuo, visto como Rogers assegurou alguma assistência das versões francesas de Le Fevre e Olivertan. Como a Bíblia Coverdale, a de Rogers foi também autorizada pelo rei, que tornou legal que a mesma pudesse ser comprada, lida, reimpressa e vendida. Do lado mais claro, a Bíblia de Mateus é algo referido como "a Bíblia do homem que apanha da mulher", por causa da nota, fora de época, em 1 Pedro 3:1, onde se lê: "Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra".
Logo depois veio a Grande Bíblia de 1538, nomeada conforme o seu tamanho especial (16" por 11"). Ela era basicamente uma revisão da Bíblia de Mateus feita por Miles Coverdale, com pouca mudança, exceto pela remoção das notas marginais controversas de Rogers. A Grande Bíblia teve a distinção de ser a primeira Bíblia oficialmente autorizada para uso público nas igrejas da Inglaterra, pelo que foi exigido que ela fosse literalmente acorrentada a uma parte do mobiliário da igreja, onde os paroquianos tinham "acesso à mesma para ler".
Com a obesidade de Henrique forçando-o provavelmente a pensar na eternidade (tendo engordado tanto que precisava ser levantado com roldanas para montar no cavalo), o rei sancionou oficialmente a Grande Bíblia com: "Em nome de Deus, deixe-a partir para o estrangeiro, junto do nosso povo". Sem dúvida, Tyndale teria dado uma risada, por razões óbvias. Em janeiro de 1547, o próprio Henrique partiu desta terra.
Nota da tradutora:
Aqui tivemos um esboço da vida do pai da Bíblia inglesa, que se entregou à morte por amor à Palavra de Deus, levando ao seu país uma grande renovação espiritual, a qual aconteceria dentro de pouco anos. Mary Schultze (maryschultze@uol.com.br)
Dados compilados do capítulo 9 do livro "Final Authority", do Dr. William P. Grady, Th.D.
Fonte: http://solascriptura-tt.org
REINHOLD NIEBUHR
 (1892-1971) - O teólogo americano Reinhold Niebuhr (1892-1971) foi uma figura importante na "Neo-ortodoxia", movimento na teologia protestante que reorientou completamente o impulso dos estudos teológicos e bíblicos a partir da década de 1920.
Reinhold Niebuhr nasceu em Wright City, Missouri, em 21 de junho de 1892, filho de um ministro alemão imigrante da Igreja Evangélica Reformada e que serviu como pastor alemão-americano em comunidades nas pequenas cidades. Decidido desde cedo a entrar no ministério, Niebuhr estudou no Elmhurst College e no Seminário Teológico Éden, passando dois anos na Yale Divinity School. Depois de receber o seu mestrado de Yale em 1915, ele deixou o mundo acadêmico para seu pastorado - a primeira e única igreja pequena missão em Detroit, onde permaneceu até 1928.
No momento em que Niebuhr chegou lá, a indústria automobilística estava apenas começando sua rápida expansão, e Detroit estava transformando-se em uma das principais cidades dos Estados Unidos. Muitos dos empregados da Ford Motor Company frequentaram sua paróquia. Ele teve a oportunidade de observar em primeira mão o impacto da sociedade industrial sobre os operários da fábrica.Como Niebuhr disse muito mais tarde, "Os fatos resultantes tem determinado meu desenvolvimento mais do que todos os livros que eu possa ter lido." Ele observou os efeitos degradantes da speedups linha de montagem e das oportunidades de emprego irregular sobre os trabalhadores não protegidos por poderes legais ou associativa. Até o final da década de 1920 ele estava questionando seriamente as premissas básicas do protestantismo liberal eo Evangelho Social, no qual ele havia sido nutrido. Em público, ele pediu churchmen examinar criticamente a ordem social capitalista, e ele pressionado por um maior realismo sobre a penetração e sutileza do orgulho humano ou pecado. Seu primeiro livro, A Religião Civilização Need " (1927), reflete essas atitudes.
Em 1928 Niebuhr mudou-se para  New York City para integrar o corpo docente do Union Theological Seminary, onde permaneceu até sua aposentadoria em 1960. Ele chegou a Nova York, junto com a Grande Depressão, começou a descobriu tudo sobre ela e a confirmar suas idéias sobre as graves restrições do capitalismo. Por um tempo ele se tornou um socialista, fortemente influenciado pela crítica marxista de uma sociedade capitalista se debatendo, mas, ao mesmo tempo, sua perspectiva teológica foi se tornando mais conservadora, e ele estava chegando de volta para recuperar e reafirmar a fórmulas clássicas da doutrina cristã.
Niebuhr não era um teólogo sistemático. Ele era pragmático, enfatizando uma abordagem dialética-problemática em suas investigações intelectuais. Em uma série de livros importantes publicados durante os anos 1930 e início dos anos 1940, suas reflexões maduras sobre a relação da fé cristã ao mundo industrial, tecnológica gradualmente se desenrolava. Homem Moral em uma Sociedade Imoral (1932) foi um ataque em grande escala sobre o protestantismo liberal, especialmente a sua falta de compreensão da natureza e uso do poder na sociedade moderna.Em Interpretação de Christian Ethics (1935) ele substituiu em grande parte sua polêmica crítica e destrutiva contra o liberalismo com uma tentativa de reafirmação da relação construtiva da ética à política. Em Beyond Tragedy (1937), uma série de ensaios que originalmente tinham sido sermões, Niebuhr reafirmou a centralidade do pecado humano na explicação e compreensão da condição humana e ofereceu a crucificação de Cristo como o meio mais profunda de transcender a condição humana. Ele também enfatizou a importância do mito como um método para fazer compreensíveis ao homem moderno a visão bíblica do mundo, que ele agora tão vigorosamente defendia.
Todo o trabalho anterior de Niebuhr foi entrelaçado de forma mais abrangente e sistemática com a publicação das Conferências Gifford, que ele proferiu na Escócia em 1939, sob o título The Nature and Destiny of Man (2 vols., 1941, 1943). Este trabalho foi sua principal conquista intelectual. Quase todos os seus livros posteriores procuraram aprofundar determinados aspectos deste material rico e variado. A preocupação central do trabalho foi uma investigação sobre a natureza da individualidade. Niebuhr demonstrou que a sua visão da existência humana era, no seu núcleo, ambígua. O homem foi "livre e vinculado, tanto limitado e ilimitado." Além disso, foi a fé cristã, acima de tudo, visões de mundo outro, que percebeu mais claramente essa ambigüidade e propôs formas de lidar com, e talvez até superar, a ansiedade que, inevitavelmente, foi um produto dessa ambigüidade.
Niebuhr persistentemente tentou relacionar suas idéias religiosas com os problemas concretos políticos e sociais do mundo contemporâneo. Ele envolveu-se ativamente na política, uma vez como um candidato socialista para o escritório local, mais tarde como um dos fundadores da Americans for Democratic Action, um grupo de estudos liberal dentro do partido democrata. Ele pregou muitas vezes nos campi universitários em todo o país, envolveu-se nos movimentos ecumênicos de organismos nacionais e internacionais da igreja, e produziu um fluxo interminável de artigos para revistas populares, religiosas e seculares. Ele também continuou a publicar estudos mais sérios em teologia e política. Duas análises especialmente importante da democracia, Filhos da Luz e Filhos das Trevas (1944) e A Ironia da História Americana(1952), apareceram num momento em que as democracias ocidentais estavam enfrentando desafios fundamentais ideológico e espiritual.
O flerte com o marxismo e o apoio de característica pacifista de Niebuhr no início dos anos 1930 deu lugar ao desencanto com o comunismo e uma disponibilidade para apoiar "realisticamente" o uso da força na política internacional, com o mundo engolfado na Segunda Guerra Mundial. Incitando a participação dos Estados Unidos na política de poder do pós-guerra, Niebuhr tornou-se uma grande influência sobre o pensamento do alto escalão acadêmico e de funcionários do governo. (Consistente o suficiente, a extensão enorme do poder americano no sudeste asiático provocou críticas de Niebuhr comparável àquelas dirigida contra os comunistas no pós-guerra imediato período II).
Sua saúde foi seriamente prejudicada por um acidente vascular cerebral em 1952, e Niebuhr forçado a limitar suas atividades. Ele morreu em stock-bridge, Massachusetts, em 01 de junho de 1971. Ele foi um dos principais porta-vozes para a teologia protestante no século 20.
JERÔNIMO
INTRODUÇÃO
Erudito das Escrituras e Tradutor da Bíblia para o Latim. Nascido por volta do ano 345 em Aquiléia (Veneza), extremo norte do Mar Adriático, na Itália, Jerônimo passou a maior parte da sua juventude em Roma estudando línguas e filosofia. Apesar da história não relatar pormenores de sua conversão, se sabe que se batizou quando tinha entre dezenove e vinte anos. Logo após, Jerônimo embarcou em uma peregrinação pelo Império que levou vinte anos.
Sua viagem iniciou pela Gália, onde estudou Teologia por alguns anos, aperfeiçoou o grego e adotou a vida monástica. Voltando para Aquiléia esteve durante três anos trabalhando com o Bispo Valeriano. Em 375, Jerônimo partiu para Antioquia da Síria, onde aprendeu o hebraico e estudou intensivamente as Escrituras. Depois de dois anos foi ordenado a padre pelo Bispo Paulino. Partindo dalí, foi para Constantinopla, onde por dois anos foi discípulo de Gregório, grande mestre entre Gregório de Nicéia, Basílio de Cesaréia e outros eminentes Pais da Igreja.
SUA PEREGRINAÇÃO
Sua peregrinação terminou no ano 382, quando fez-se secretário de Dâmaso, bispo de Roma, que lhe sugeriu a possibilidade de fazer uma nova tradução da Bíblia. Com a morte de Dâmaso, Jerônimo partiu de Roma em direção à Palestina, no ano 386. Graças à generosidade de Paula, uma rica senhora romana a quem tinha ensinado hebraico, viveu num retiro monástico em Belém, por 35 anos.
Nestes anos, ele dedicou-se em escrever várias obras. A maior delas, foi a tradução da Bíblia para o Latim, conhecida como Vulgata. Jerônimo foi cuidadoso na busca de suas informações e procurou usar as versões mais antigas e manuscritos bíblicos já não existentes. Trabalhando sobre o princípio que o texto original da Bíblia estava livre de erros, ele começou um estudo profundo dos manuscritos juntamente com a Septuaginta, a fim de determinar, entre muitos outros, que texto poderia se considerar como original e verdadeiro.
A OBRA DE ESMERO
Entre os anos 386 e 390, ele completou a tradução, bem como os comentários do Novo Testamento. Entre os anos 390 e 398, ele escreveu muitas obras e comentários que são usados até o dia de hoje; traduziu escritos de outros eruditos para o Latim; e atualizou a obra de Eusébio de Cesaréia, "História Eclesiástica", gravando os eventos ocorridos na Igreja entre os anos 325 e 378.
A partir do ano 398 até 405, Jerônimo terminou o seu grande projeto, a tradução completa em Latim do Antigo Testamento Hebraico. Esta versão da Bíblia tem sido amplamente usada pela Igreja Ocidental e tem sido, até recentemente, a única Bíblia oficial da Igreja Católica Romana desde o Concílio de Trento. Seu amor pela vida ascética fez dele um propagador do ascetismo, chegando no final de sua vida, entre os anos 405 e 420, ao extremo da abstinência da alimentação normal, do trabalho e do casamento.
FANNY CROSBY
 (1820-1915) - Cega desde criança, Fanny Crosby tornou-se a maior autora de hinos sacros de toda a História.
A vida da poetisa e compositora Fanny Jane Crosby (1820-1915) é tão impressionante quanto à qualidade e quantidade de seus hinos. Ao todo são quase nove mil hinos que incentivam a mudança de vida de pecadores, encorajam cristãos e inspiram toda a humanidade até os dias de hoje. É difícil ficar passível diante da força das palavras do hino 15 do tradicional Cantor Cristão, cujo título é Exultação
A Deus demos glória, com grande fervor, Seu Filho bendito por nós todos deu. A graça concede ao mais vil pecador, abrindo-lhe a porta de entrada no céus. Exultai, exultai, vinde todos louvar a Jesus, Salvador, a Jesus redentor a Deus demos gloria, porquanto do céu, Seu filho bendito, por nós todos deu!
A beleza e o poder contidos nesses versos surpreendem ainda mais por terem sido escritos por uma mulher que ficou cega com apenas seis semanas de vida. Sua vida foi a prova de que dificuldade alguma pode conter a unção de Deus, nem mesmo tirar o prazer de um dos servos. Em outro de seus mais famosos e belos cânticos, intitulado Segurança, ela escreveu:
Vivo feliz, pois sou de Jesus, e já desfruto o gozo da luz [...] Canta minha alma, canta ao Senhor,rende-lhe sempre ardente louvor.
Outra curiosidade na vida da maior autora de hinos da história da musica sacra é o fato de ela ter escrito seu primeiro cântico aos 44 anos.
Infecção nos olhos - Nascida em 24 de março de 1820 no município de Putnam, em Nova Iorque, Fanny tinha pouco mais de um mês de vida quando sofreu uma infecção nos olhos. O clínico geral estava fora da cidade e um outro médico fora chamado para tratar do caso. Receitou cataplasmas de mostarda quente e o efeito foi desastroso: a menina ficaria cega pelo resto da vida. O "médico" teve de fugir da cidade, tamanha a revolta suscitada entre os parentes e vizinhos do bebê.
Aos cinco anos, foi levada pela mãe para consultar o melhor especialista no país, o Dr. Valentine Mott. Uma coleta feita entre os vizinhos pagou a viagem. O pai de Fanny já havia morrido e a situação financeira da família era muito difícil. O sacrifício, infelizmente, foi em vão, já que o médico decretou o caso como incurável. A menina teve então de acostumar-se as dificuldades, ao mesmo tempo em que demonstrava uma habilidade incomum para compor poesias.
Naquela época, a mensagem do Evangelho foi plantada no coração da jovem Fanny, por intermédio de sua avó. Era ela quem passava horas lendo Bíblia para a menina, que demonstrava ter uma memória extraordinária: decorou diversos trechos do Livro de Rute e dos Salmos. Aos 15 anos, ela entrou para o Instituto de Cegos de Nova Iorque, para onde voltaria anos depois para ensinar Inglês e História. Como aluna e professora, Fanny passou 35 anos na mesma escola.
Testemunho de fé - Em 1844, escreveu seu primeiro livro de poemas - "A Menina Cega e Outros Poemas". Uma de suas primeiras participações como compositora aconteceu em um dos cultos de Dwight L. Moody, um dos maiores pregadores da história do Evangelho, que realizava uma conferência na cidade de Northfield, no estado de Massachussetts. Impressionado com o talento de Fanny, Moody pediu que ela contasse o testemunho pessoal de sua fé e de seu relacionamento com Deus. Assustada, Fanny a princípio relutou, mas depois leu a letra de um hino que acabara de escrever: "Eu o chamo de meu poema da alma. Às vezes, quando eu estou preocupada, eu repito isto para mim mesma, e essas palavras trazem conforto ao meu coração, disse ela, antes de recitá-lo."
O hino, é verdade, não é citado em sua biografia, mas isso, de fato, pouco importa, já que poderia ser qualquer um daquelas centenas de cânticos que embalaram o avivamento americano no século 19, período que ficou conhecido como O Grande Despertamento. Naquela ocasião, os momentos de apelo à conversão eram freqüentemente inspirados por palavras como as do hino Mais perto da Tua cruz, composto por Fanny Crosby, em 1868:
Meu Senhor sou Teu Tua voz ouvi, a chamar-me com amor [...] mais perto da Tua cruz leva-me, ó Senhor. Fanny era membro da Igreja Episcopal Metodista, de Nova Iorque. Ela era uma oradora devota e freqüentemente preparava os cultos infantis da igreja.
Casamento - Em 1858, Fanny casou-se com o professor de música e cantor de concerto Alexander Van Alstyne. Nessa época, ela havia deixado o ensino para acompanhá-lo tocando piano e harpa em apresentações públicas. Compôs diversas canções populares nesse período. Na mesma ocasião, a vida trouxe-lhe uma das maiores aflições que uma pessoa pode enfrentar: a perda de um filho. A criança, seu único filho, morrera ainda pequena.
Em 1864, por influência do famoso evangelista, escritor e compositor William Bradbury, que tem dezenas de canções registradas nos hinários e cantores cristãos até hoje, Fanny passou a escrever exclusivamente musicas sacras. Apaixonada por crianças e motivada pela perda irreparável de seu filho, a compositora criou um estilo próprio: "Achei que as crianças também tinham de entender as letras e as melodias teriam de ser simples também." Ela esforçou-se para retratar os temas do céu e o retorno de Cristo com palavras simples.
Ímpeto criativo - O número extraordinário de composições da autora pode ser explicado não só pelo ímpeto criativo de Fanny, mas também pelo fato de ela ter um contrato de trabalho com uma editora, a Biglow & Co., que a obrigava a entregar três composições novas a cada semana. Ela chegou a compor sete canções em apenas um dia. Como de hábito, não iniciava seu trabalho sem antes dedicar horas à oração.
Curiosamente, Fanny não escrevia as letras de seus hinos, por nunca ter dominado o método Braille. Dona de uma memória extraordinária, memorizava-as facilmente. Quando morreu, aos 94 anos, amigos e parentes escreveram na lápide de sua sepultura: Ela fez o máximo que pôde. Sem dúvida, foi uma heroína da fé.

ARTHUR WALKINGTON PINK
(1886-1952) - Arthur Walkington Pink nasceu na Grã-Bretanha e imigrou para os Estados Unidos para estudar no Instituto Bíblico Moody. Pastoreou igrejas no Colorado, na Califórnia, no Kentucky, e na Carolina do Sul, antes de se tornar um professor itinerante da Bíblia em 1919. Ele retornou à sua terra natal em 1934, estabelecendo residência na Ilha de Lewis, na Escócia, em 1940, permanecendo lá até sua morte em 1952.
Muitos de seus trabalhos originalmente apareceram como artigos em "Estudos nas Escrituras" (Studies in Scriptures), uma revista mensal que lidava estritamente com a exposição bíblica. A revista nunca teve mais que 1.000 assinantes, mas Pink descobriu que a maioria deles eram ministros, com seus próprios rebanhos, e que passavam o que haviam aprendido da exposição de Pink em seu pastorado, dando-lhe um grande efeito de cascata. Ele apreciou este pensamento. Superficialmente o ministério de Pink e seus escritos não pareceram ser de muito efeito, pois, Pink foi virtualmente desconhecido e certamente desconsiderado em seus dias, contudo agora que já faleceu, é muito mais amplamente conhecido e lido que quando estava entre nós.
O estudo independente da Bíblia o convenceu que muito do moderno evangelismo era defeituoso e incorreto. Quando os livros puritanos e reformados foram geralmente escarnecidos como um todo pela Igreja, ele desenvolveu a maioria de seus princípios com um zelo incansável. O progressivo declínio espiritual de sua própria nação (a Grã-Bretanha) foi, para ele, uma conseqüência inevitável do predomínio de um "evangelho" que não podia nem ferir (com a convicção do pecado) nem curar (através da regeneração).
Profundo conhecedor de toda a extensão da revelação, o Pr. Pink raramente se desviou dos grandes temas das Escrituras: a graça, a justificação, e a santificação. Nossa geração tem para com ele um grande débito pela duradoura luz que irradiou, pela graça de Deus, sobre a Verdade da Bíblia Sagrada.

GEORGE VICESIMUS WIGRAM

(1805 -1879) - George Vicesimus Wigram era o vigésimo filho de Sir Robert Wigram, um rico comerciante de Londres. É disso que resulta o seu segundo nome em latim que em português quer dizer “vigésimo”.
Ele nasceu no 1805. Enquanto ainda jovem, ingressou no exército britânico. Foi provavelmente por volta do ano de 1824 que chegou a se converter e em 1826 deixou o serviço militar, para estudar teologia no colégio “Queen’s College” em Oxford. Na sua condição de filho de um pai rico, ele teve algumas características especiais de que tomaram nota os seus colegas de estudos.
Assim ele era o único estudante que tinha como ter uma charrete fechada; por outro lado, teve o costume de esfregar um manto novo tanto tempo na parede até que tivesse aparência de usado. Também era conhecido pelo fato de possuir um coração aberto e elevadas forças intelectuais.
Na sua condição de estudante, teve contato com James Lampden Harris e Benjamin Wills Newton em Oxford, e mais tarde, no ano de 1830, também com John Nelson Darby . Mais ou menos um ano depois, George Vicesimus Wigram se separou da Igreja Anglicana e mudou-se, juntamente com B. W. Newton, para Plymouth. De sua considerável fortuna, sem mais nem menos, G. V. Wigram comprou ali uma capela, a Providence Chapel na rua Raleigh, onde então cada noite houve preleções sobre assuntos bíblicos.
Durante uma visita de John Nelson Darby, os irmãos ali começaram a partir o pão. Assim se formou ali a primeira “assembléia” na Inglaterra. Um traço bastante notável e conhecido dos crentes reunidos ali conforme os pensamentos de Deus era, que se separaram de tudo que consideraram ser mundano, seja de livros, vestimenta e móveis. Essas ofertas voluntárias foram juntadas em tal quantia que era necessário vendê-los em leilão público. O que faz esse caso de Plymouth tão impressionante é que a assembléia agia em unanimidade e também a maneira sincera e convicta em que aconteceu esse abandono do mundo.
Embora George Vicesimus Wigram passasse a maioria do tempo em Plymouth, pouco tempo depois surgiu também uma assembléia em Londres por meio dele. Naqueles anos, G. V. Wigram se dedicou principalmente a uma tarefa especial, ou seja à compilação de concordâncias bíblicas, que haviam de servir como ajuda àqueles que possuíam pouco ou nenhum conhecimento das línguas hebraica ou grega. Ele financiou esses empreendimentos de sua considerável fortuna, embora ele mesmo dissesse em grande modéstia, que “apenas passou por minhas mãos”.
No ano de 1839 foi publicada “The Englishman’s Greek Concordance of the New Testament” (“A Concordância Grega do Leitor Inglês referente ao Novo Testamento”) e em 1843 “The Englishman’s Hebrew and Chaldee Concordance of the Old Testament” (“A Concordância Hebraica e Aramaica do Leitor Inglês referente ao Antigo Testamento”). Os dois volumes, desde então, sempre têm sido republicados e foram úteis e de bênção para inúmeros estudantes das Escrituras Sagradas.
Assim essa obra de G. V. Wigram se constituiu em um serviço relevante para toda a Igreja de Deus até em nossos dias.
George Vicesimus Wigram era um fiel amigo de John Nelson Darby e seu companheiro durante muitas viagens. Na questão de Bethesda nos anos de 1845 a 1850 estava firme ao lado dele. A sua sinceridade e lealdade nunca têm sido questionadas.
Era editor da revista “The Present Testimony” (“O Testemunho Atual”) nos anos 1849 a 1873 (uma revista sucessora da primeira revista dos irmãos intitulada “The Christian Witness” — “O Testemunho Cristão”). Nela publicou diversos de seus escritos que, mais tarde, foram publicados em cinco volumes (a última edição em inglês por H. L. Heijkoop, Winschoten).
Quando por volta de 1873 o testemunho florescente das igrejas diminuiu por causa de diversas influências, ele desistiu da edição dessa revista. Sentiu que os irmãos não correspondiam mais ao chamado de Deus. Certa vez mencionou: “Nós tínhamos de reconhecer a verdade de joelhos em oração perpétua, mas hoje pode ser comprada por um preço barato”.
Já no ano de 1838 ele compilou um hinário sob o título “Hymns for the Poor of the Flock” (“Hinos para os Pobres do Rebanho”; compare Zacarias 11:7). Pelo fato de circular também outros hinários, George Vicesimus Wigram recebeu em 1856 o convite de se ocupar detalhadamente com esse assunto. Disso surgiu um novo hinário sob o título “A Few Hymns and Some Spiritual Songs Selected 1856” (“Alguns Hinos e Cânticos Espirituais Selecionados 1856”). Esse, então, foi usado de forma geral até que, em 1881, sob liderança de John Nelson Darby , foi revisado e ampliado mais uma vez. De forma modificada esse hinário ainda hoje está sendo usado nos países de fala inglesa.
Alguns hinos bonitos contidos nele são de autoria de G. V. Wigram. Durante o tempo por volta de 1850, George Vicesimus Wigram visitava os grupos de crentes que haviam surgido em decorrência do trabalho de William Darby e Julius Anton von Poseck na Renânia (região na Alemanha) em diversas localidades (Benrath, Hilden, Haan, Ohligs, Rheydt e Kettwig).
Também fazia visitas mais prolongadas nos últimos anos de sua vida na Nova Zelândia, nas ilhas do Caribe etc. Por todos os lados o seu ministério foi bastante apreciado. Sempre era seu alvo servir somente a Cristo. No dia 1 dejaneiro de 1879 o Senhor o tomou para consigo.
JAMES ARMINIUS
(1560-1609) - ARMINIUS, JACÓ (Jakob Hermanss): Um teólogo holandês. Arminius nasceu em Oudewater (18 m. em direção ao leste e nordeste de Roterdã) em 10 de outubro de 1560 e morreu em Leiden em 19 de outubro de 1609. Após a morte prematura de seu pai ele foi morar com Rudolphus Snellius, professor em Marburg. Em 1576 retornou para casa e estudou teologia em Leiden sob Lambertus Danæus. Aqui ele passou seis anos, até que recebeu autorização dos burgomestres de Amsterdã para continuar seus estudos em Genebra e Basel sob Beza e Grynæus. Ele fez preleções sobre a filosofia de Petrus Ramus e a Epístola aos Romanos. Sendo chamado de volta pelo governo de Amsterdã, em 1588 ele foi nomeado pregador da congregação reformada. Durante os quinze anos que passou aqui, ele obteve o respeito de todos, mas suas concepções sofreram uma mudança. Sua exposição de Rm 7 e 9 e seu pronunciamento sobre a eleição e reprovação foram considerados ofensas. Seu colega, erudito mas irascível, Petrus Plancius se opôs a ele em particular. Disputas surgiram no consistório, que temporariamente foram impedidas pelos burgomestres.
Arminius foi suspeito de heresia porque considerava o consentimento com os livros simbólicos como não unificadores e estava pronto a conceder ao Estado mais poder nas questões eclesiásticas do que os rígidos calvinistas gostariam de admitir. Quando dois dos professores da Universidade de Leiden, Junius e Trelcatius, morreram (1602), os administradores chamaram Arminius; e Franciscus Gomarus, o único professor de teologia vivo, protestou, mas ficou satisfeito após uma entrevista com Arminius. O último assumiu suas obrigações em 1603 com um discurso sobre o ofício sumo sacerdotal de Cristo, e se tornou doutor em teologia. Mas as disputas dogmáticas foram renovadas quando Arminius realizou palestras públicas sobre a predestinação. Gomarus se opôs a ele e publicou outras teses. Sucedeu uma grande agitação na universidade e os estudantes foram divididos em dois partidos. Os ministros de Leiden e de outros locais participaram da controvérsia, que se tornou geral. Os calvinistas queriam que a questão fosse decidida por um sínodo geral, mas os Estados Gerais não queriam fazê-lo. Oldenbarneveldt, o estadista liberal holandês, deu em 1608 a ambos os oponentes oportunidade para defender suas opiniões diante da suprema corte, e o veredicto pronunciado foi que, visto que a controvérsia não tinha qualquer relação com os pontos principais relativos à salvação, cada um deveria ser indulgente com o outro. Mas Gomarus não se renderia. Até os Estados da Holanda tentaram realizar uma reconciliação entre os dois, e em agosto de 1609, ambos os professores e quatro ministros foram convidados para fazer novas negociações. As deliberações foram primeiro mantidas oralmente, sendo depois continuada por escrito, mas foram encerradas em outubro com a morte de Arminius.
Em suas Disputationes, que foram parcialmente publicadas durante sua vida, parcialmente após sua morte, e que incluíam toda a seção de teologia, assim como em alguns discursos e outros escritos, Arminius clara e diretamente definiu sua posição e expressou sua convicção. No geral estes escritos são um belo testemunho de sua erudição e sagacidade. A doutrina da predestinação pertencia aos ensinos fundamentais da Igreja Reformada; mas a concepção dela afirmada por Calvino e seus partidários, Arminius não poderia adotar como sua. Ele não queria seguir um desenvolvimento doutrinário que tornava Deus o autor do pecado e da condenação dos homens. Ele ensinava a predestinação condicional e atribuiu mais importância à fé. Ele não negava nem a onipotência de Deus nem sua livre graça, mas ele considerava que era seu dever preservar a honra de Deus, e enfatizar, baseado nas claras expressões da Bíblia, o livre-arbítrio do homem bem como a verdade da doutrina do pecado. Nestas coisas ele estava mais do lado de Lutero do que de Calvino e Beza, mas não pode ser negado que ele expressou outras opiniões que foram vigorosamente contestadas como sendo afastamentos da confissão e do catecismo. Seus seguidores expressaram suas convicções nos famosos cinco artigos que eles apresentaram diante dos Estados como sua justificação. Chamados de remonstrantes, por causa destas Remonstrantiæ, eles sempre se recusaram a ser chamados de arminianos.
(H. C. Rogge, em The New Schaff-Herzog Encyclopedia Of Religious Knowledge, Vol I, Editado por Samuel Macauley Jackson)  Tradução: Paulo Cesar Antunes
SIMON EPISCOPIUS
(1583-1643) - EPISCOPIUS, (Simon,) cujo nome verdadeiro era Bisscop, nasceu em Amsterdã em 1583. Após passar por escolas de latim em Amsterdã, foi, em 1602, estudar em Leiden, onde conheceu Arminius pessoalmente, e absorveu suas opiniões. Ele tratou desse teólogo em sua extrema doença, e teve muitas reuniões com ele sobre religião e o estado da Igreja. Foi ordenado na Holanda em 1610, e se tornou ministro de uma povoação perto de Roterdã. Foi um dos deputados na reunião realizada em Haia em 1611 diante dos estados da Holanda entre seis ministros remonstrantes ou arminianos e seis ministros anti-remonstrantes. Em 1612 foi escolhido professor de teologia em Leiden no lugar de Gomarus. O partido arminiano, do qual ele agora era considerado como o dirigente, era impopular tanto com as autoridades eclesiásticas como as civis, e também com o povo. Os ministros que seguiam suas opiniões enfrentavam o desalento de seus irmãos e do governo, e ocasionalmente suas vidas estavam em perigo por causa da fúria popular. O sínodo de Dort, em 1618, recusou tolerar uma associação com os arminianos, expulsou-os da assembléia, destituiu-os de suas funções, e fez com que fossem banidos dos territórios da nação. Episcopius foi para Antuérpia, e mais tarde para a França; mas em 1626, estando os tempos mais favoráveis, retornou para a Holanda, se tornou ministro da igreja remonstrante em Roterdã, e, em 1634, reitor da universidade remonstrante em Amsterdã, em cujo cargo permaneceu até sua morte. Morreu em 1643. Sua vida foi publicada por Limborch em Amsterdã em 1701, e é uma obra de grande interesse. Foi ele quem primeiro sistematizou, sob um sistema uniforme, as opiniões de Arminius, e sua erudição e talento lhe concedeu um lugar próximo ao de fundador do grupo. Ele escreveu muitas obras sobre a diferença entre os arminianos e os calvinistas, e entre os protestantes e a igreja romana. Suas obras foram reunidas e publicadas em Amsterdã, 1665-1671, e em Leiden em 1678.
Hugh James Rose, em A New General Biographical Dictionary, Vol VII, p. 243-4.
1643. Ano da morte de SIMON EPISCOPIUS, um hábil teólogo holandês. Ele adotou as doutrinas de Arminius em relação à predestinação, o que o expôs a muita perseguição e censura, e finalmente levou ao seu banimento da nação: mais tarde recebeu permissão para retornar, e se tornou ministro da igreja remonstrante. Sua morte, acontecendo no momento de um eclipse lunar, foi considerada como um símbolo da partida do mais brilhante ornamento da igreja.
PHILIPP VAN LIMBORCH
(1633-1712) - PHILIPP VAN LIMBORCH (1633-1712), teólogo remonstrante holandês, nascido em 19 de junho de 1633, em Amsterdã, onde seu pai foi advogado. Recebeu sua educação em Utrecht, em Leiden, em sua cidade natal, e finalmente na Universidade de Utrecht, na qual entrou em 1652.
Em 1657 tornou-se pastor remonstrante em Gouda, e em 1667 mudou-se para Amsterdã, onde, no ano seguinte, o ofício de professor de teologia no seminário remonstrante foi acrescentado ao seu cargo pastoral. Foi amigo de John Locke. Morreu em Amsterdã no dia 30 de abril de 1712.
Sua obra mais importante, Institutiones theologiae christianae, ad praxin pietatis et promotionem pacis f'christianae unite directae (Amsterdã, 1686, 5a edição, 1735), é uma exposição completa e clara do sistema de Simon Episcopius e Stephan Curcellaeus. A quarta edição (1715) incluía um “Relatio historica de origine et progressu controversiarum in foederato Belgio de praedestinatione” póstumo. Limborch também escreveu De veritate religionis Christianae amica collatio cum erudito Judaeo (Gouda, 1687); Historia Inquisitionis (1692), em quatro livros prefixados ao “Liber Sententiarum Inquisitionis Tolosanae” (1307-1323); e Commentarius in Acta Apostolorum et in Epistolas ad Romanos et ad Hebraeos (Roterdã, 1711). Suas obras editoriais incluíam a publicação de vários trabalhos de seus precedessores, e da Epistolae ecclesiasticae praestantium ac eruditorum virorum (Amsterdã, 1684), principalmente por Jakobus Arminius, Joannes Uytenbogardus, Konrad Vorstius (1569-1622), Gerhard Vossius (1577-1649), Hugo Grotius, Simon Episcopius (tio de seu pai) e Gaspar Barlaeus; eles são de grande valor para a história do Arminianismo. Uma tradução inglesa da Theologia foi publicada em 1702 por William Jones (A Complete System or Body of Divinity, both Speculative and Practical, founded on Scripture and Reason, Londres, 1702); e uma tradução da Historia Inquisitionis, por Samuel Chandler, com “uma grande introdução sobre o crescimento e progresso da perseguição e suas causas reais e simuladas” prefixada, apareceu em 1731. Veja Herzog-Hauck, Realencyklopeidie.
JOHN HALES
(1584-1656) - Teólogo, nascido em Bath, e educado lá e em Oxford, se tornou um dos melhores eruditos do grego de sua época, e deu palestras sobre essa língua em Oxford. Em 1616 ele acompanhou o embaixador inglês a Haia na qualidade de capelão, e esteve presente no Sínodo de Dort, onde ele se converteu do Calvinismo para o Arminianismo. Amante da tranquilidade e da erudição, ele rejeitou todo cargo eclesiástico alto e de responsabilidade, e escolheu e conseguiu isolamento para dedicar-se aos estudos em uma Sociedade de Eton, da qual seus amigos Sir Henry Savile e Sir Henry Wotton foram sucessivamente dirigentes. Um tratado sobre Schism and Schismatics (1636?) causou ofensa a Laud, mas Hales se defendeu tão bem que Laud fez dele Prebendado de Windsor. Recusando reconhecer o Estado Democrático, ele foi deposto, caiu na pobreza, e teve que vender sua biblioteca. Após sua morte seus escritos foram publicados em 1659 como The Golden Remains of the Ever-Memorable Mr. John Hales of Eton College.
John W. Cousin, A Short Biographical Dictionary of English Literature, p. 173.
O sempre memorável John Hales, professor de grego na Universidade de Oxford, e posteriormente Membro do Eton College, por causa de sua vasta erudição, chamado de “A Biblioteca Ambulante,” foi considerado como um dos maiores eruditos na Europa. Estando ao serviço de Tiago I no Sínodo de Dort, ele compôs, numa série de cartas, uma narrativa regular e muito fiel da conduta daquela assembléia. Obrigado a vender sua muito valorosa coleção de livros a um preço baixo, morreu em extrema miséria, em 19 de maio de 1656, com a idade de 72 anos.
Izaak Walton, The Lives of Donne, Wotton, Hooker, Herbert, and Sanderson, Vol I, pg. 206.
(…) Um dos mais notáveis incidentes na vida de Hales, foi sua presença no famoso Sínodo de Dort, em 1618. Ele partiu para a Holanda na qualidade de capelão para o Sir Dudley Carlton, embaixador naquele país, e através de sua influência foi apresentado a Bogerman, presidente do Sínodo e conseguiu admissão em todas as reuniões públicas daquele grupo. Ele foi um observador crítico do que passou lá, e escreveu quase todo dia a Sir Dudley, descrevendo detalhadamente a conduta, e observando desembaraçadamente os propósitos e ações dos principais protagonistas. Estas cartas ainda existem e foram publicadas nas obras do autor. Eles estão escritas em um espírito franco e moderado, mas elas também muitas vezes denunciam uma repressão da parte do autor, uma cautela que o assunto não merecia, e uma evidente disposição para esconder coisas desagradáveis, e expor o lado mais belo de uma narrativa, que em seus completos e verdadeiros aspectos poderiam desacreditar a causa da religião, ou a moderação e o bom senso dos teólogos reunidos.
Deve ser lembrado, entretanto, que Hales foi para o Sínodo com fortes predileções calvinistas, e igualmente fortes preconceitos contra os remonstrantes, e sob estas circunstâncias, era natural que o mau tratamento recebido por Episcopius e seus amigos não aparecessem claramente como de outra forma ele teria feito. Mas apesar de suas impressões dos eventos passados, conforme expressas em suas cartas, seu pensamento foi completamente mudado no final. Calvinista ele foi para o Sínodo; arminiano ele o deixou, como ele mais tarde admitiu.
A eloqüente e fervorosa maneira com que Episcopius defendeu sua causa, diante de uma maioria impaciente e dominadora, seu modo claro e compreensível de interpretar as Escrituras, sua afirmação resoluta do direito e liberdade cristãos, seu comportamento sério e a força de seu raciocínio, causaram uma profunda impressão na mente de Hales, uma impressão que jamais foi apagada. Ele estudou os princípios dos arminianos, foi convencido de sua verdade geral, e permaneceu firme nesta persuasão pelo resto de sua vida. A singular e repreensível conduta do Sínodo, em expulsar os remonstrantes, é bem descrita por Balcanqual, o membro presente da igreja escocesa. Escrevendo na época sobre este assunto de Dort, ele diz,
“A confusão aqui para lidar com os negócios é muito grande, eles não sabem como expor qualquer coisa para a delegação para chegar a um acordo, e então a propõem ao Sínodo para ser aprovada ou desaprovada, o que tem sido o costume observado em todos os concílios e sínodos; mas nada é conhecido até que seja proposto no Sínodo, e então há quase tantas vozes quanto cabeças.”
O membro escocês então continua e fala da maneira na qual os remonstrantes foram expulsos do Sínodo, por um voto parcial e injusto, pelo qual ele chama “os últimos atos de sua incrível obstinação,” (que quer dizer sua determinação de reivindicar privilégios iguais aos outros membros da assembleia, e não submeterem a tentativa de catequizá-los para o outro partido,) depois do que ele acrescenta,
“eles foram convocados, e expulsos com um discurso vigoroso, como eu não duvido que vossa senhoria ouviu com muita tristeza; afirmo que fico muito angustiado quando penso nisso; pois se os remonstrantes dissessem que o presidente pronunciasse uma sentença, que não fosse a sentença do Sínodo, eles não deviam ficar prostrados.”
Esta é uma linguagem expressiva e mostra o espírito com o qual os membros líderes daquele famoso grupo foram induzidos. Os remonstrantes, ou arminianos, desejavam reunir com seus oponentes em condições iguais, ou seja, entrar em uma mútua discussão dos pontos de diferença; isto lhes foi negado; os supostos artigos de sua fé foram compostos na forma de acusações, e eles foram chamados para reconhecê-los ou rejeitá-los na mesma hora. As perguntas eram colocadas em seqüência, e respostas diretas eram exigidas sem permiti-los por sua vez fazer perguntas similares nem exigir respostas similares.
Por causa deste injusto procedimento eles estavam justamente indignantes; eles não foram lá para ser catequisados por uma maioria ardilosa, mas para manter um dever nobre ao expressar e defender seus entendimentos que eles estavam dispostos a ponderar, mas não confessar ser um crime crer no que julgavam ser a verdade; eles queriam argumentar sobre as doutrinas disputadas, exercer tolerância mútua e mostrar as bases de sua fé a partir das Escrituras, mas não estavam preparados para submeterem-se mansamente à ordem de pessoas que não tinham nenhuma autoridade sobre eles.
Estes termos eram bem vigorosos e muito escrupulosamente equilibrados nas escalas da equidade, para causar dano ao partido oposto; eles motivaram a censura de “incrível obstinação,” e finalmente a expulsão dos remonstrantes do Sínodo. Jubilosamente livre desta importunação, tudo fluiu calmamente até o final da sessão, e foi solenemente votado e registrado no Sínodo de Dort, como todo o mundo sabe, que a predestinação e os outros cinco pontos do Calvinismo deveriam ser os principais pilares do sistema cristão. (...)
Jared Sparks, A Collection of Essays and Tracts in Theology, from Various Authors, with Biographical and Critical Notices, Vol V, pp. 6-10.
Tradução: Paulo Cesar Antunes
DAVID MARTYN LLOYD-JONES
(1899-1981) - Nascido em Cardiff, Gales do Sul, em 20 de dezembro de 1899, Martyn Lloyd-Jones gastou a maior parte da sua infância na rural Cardingshire, em Llangeitho. Em 1914 sua família se mudou para Londres e ele concluiu sua educação escolar na Escola de Gramática de St. Marylebone. Ingressou no Hospital de Bart com a idade de somente 16 anos. Ele foi bem sucedido em seus exames, mas, por ser tão jovem, teve que esperar para conseguir seu Mestrado (MD). Nessa ocasião, já estava no Harley Street como principal assistente clínico de Sir Thomas Horder, um dos melhores e mais famosos doutores da sua época. Ele vislumbrava um futuro brilhante e lucrativo como um destacado médico. Então, algo aconteceu.
Ele serviu à Igreja do Movimento Avançado Belém, em Sandfields, Abevaron, até janeiro de 1938, e viu um crescente número entre a classe trabalhadora do Sul de Gales convertido e transformado.
O evangélico com, talvez, o maior destaque nacional nos anos trinta era G. Campbell Morgan, ministro da Capela de Westminster. Quando ouviu Martyn Lloyd-Jones, ele quis tê-lo como colega e sucessor em 1938. Mas isso não era fácil, pois também havia uma proposta de que ele fosse indicado como Diretor da Faculdade Teológica em Bala; e o clamor do País de Gales e do treinamento de uma nova geração de ministros para o País de Gales era forte. Enfim, o chamado da Capela de Westminster prevaleceu e a família Lloyd-Jones foi para Londres em abril de 1939. Ele começou seu ministério lá, em caráter temporário, em setembro de 1938 — o mês da crise de Munique.
Na sua abordagem para o trabalho do púlpito, o Dr. LLoyd-Jones seguiu um método muito claro e distinto. Ele cria em se trabalhar firmemente através de um livro da Bíblia, tomando um verso ou uma parte de um verso por vez, mostrando o que ele ensinava, como aquilo se harmonizava com o ensino do assunto em outros partes da Bíblia, como o ensino todo era relevante para os problemas da nossa época e como o ensino todo se contrastava com os pontos de vista contemporâneos vigentes.
Ele se conservava retraído, como pano de fundo, e tentava mostrar para sua congregação a mente e a palavra de Deus, deixando que a mensagem da Bíblia falasse por si mesma. Sua pregação expositiva tinha como objetivo deixar que Deus falasse o mais diretamente possível ao homem que estava no banco para que ele sentisse o pleno peso da autoridade divina. Ele também procurava minimizar a intervenção do pregador e a diluição da mensagem direta e autoritativa pela intrusão e distração humana.
Seu estilo consistia de uma habilidosa diagnose clínica, analisando a perspectiva mundana, mostrando sua futilidade ao tratar do poder e da persistência do mal, e contrastando-a com a perspectiva cristã, sua lógica, seu realismo e seu poder. Ele tinha a habilidade de vestir sua análise clínica com uma linguagem viva e convincente, de tal maneira que ela ficava grudada na mente. Ele poderia falar duramente sobre as tolices do mundo e dar uma visão contrastante da sabedoria e do poder de Deus de uma tal maneira que provocava uma forte reação por parte da sua audiência. As pessoas se retiravam determinadas a nunca mais voltar; contudo, apesar de si mesmas, elas voltavam para os bancos no domingo seguinte até que, incapazes de continuar resistindo à mensagem, elas se tornavam cristãs.
Depois da guerra, a sua congregação cresceu rapidamente. Em 1947, as galerias foram abertas e de 1948 até 1968, quando ele se aposentou, a congregação tinha uma freqüência média de talvez 1500 aos domingos pela manhã e 2000 à noite.
No começo da guerra o Dr. Lloyd-Jones tinha se tornado presidente das Uniões Evangélicas de Comunhão Universitária e estava profundamente envolvido em aconselhar e guiar seu fundador e secretário geral, Dr. Douglas Johnson se reuniram com os líderes dos movimentos em outros países e formaram a Comunidade Internacional dos Estudantes Evangélicos (aqui no Brasil conhecida como ABU - N. do T.).
Tanto os movimentos britânicos como internacional têm crescido grandemente e ambos devem uma boa parte ao Doutor, por sua influência formativa e por seu serviço por diversos períodos. Ele os encorajava a somar à sua piedade e evangelismo uma sólida estrutura de ensino doutrinário sadio.
O Doutor se tornou amigo e conselheiro de muitos. Na sua própria amada Gales, depois da guerra, ele encorajou um corpo de jovens ministros e seus trabalhos levaram ao surgimento do “Movimento Evangélico de Gales”. A “Comunhão de Westminster” de ministros era muito querida ao seu coração, como também era o trabalho do Concílio Evangélico Britânico, a Biblioteca Evangélica (na qual ele serviu como presidente), e a “Conferência de Westminster”. Ele também foi instrumento no estabelecimento do Seminário Teológico de Londres.
Logo no início de 1968, aos 68 anos, Dr. Lloyd-Jones se submeteu a uma operação e, apesar de ter se recuperado completamente, ele decidiu que o tempo de se aposentar tinha chegado, depois de 30 anos de Westminster.
O resultado mais duradouro dos seus anos restantes foi o tempo que ele teve para verter seus sermões na forma de livros. Ele já tinha publicado alguns pequenos livros tais como Por que Deus Permite a Guerra? e Depressão Espiritual. O primeiro dos livros maiores foram os dois volumes dos Estudos no Sermão do Monte. Depois de 1968 ele começou a publicar duas séries, em Efésios e em Romanos, produzindo um ou dois livros por ano, principalmente através da Banner of Truth Trust. Em 1979 a enfermidade voltou e ele teve de cancelar todos os compromissos até a primavera de 1980. Seu último sermão foi pregado em 08 de junho de 1980, na inauguração da nova capela em Barcombe, East Sussex. Ele morreu na madrugada de domingo de 01 de março de 1981, tendo dito para a sua família: “Não orem por cura, não tentem me impedir de ir para a glória”. 1.000 pessoas foram ao culto fúnebre em Newcastle Emlyn, em 06 de março. Um culto de ação de graças igualmente comovente e triunfante foi ministrado na capela de Westminster, em 06 de abril. Sua voz ainda fala poderosamente nos seus muitos livros expositivos e nas gravações agora acessíveis dos muitos dos seus principais sermões.
Fonte: Jornal Os Puritanos, Ano II - Número 2 - Abril/1993.

THEODORE AUSTIN-SPARKS
(1888 — 1971) - Theodore Austin-Sparks converteu-se aos dezessete anos, ao ouvir uma pregação de rua em Glasgow, na Escócia. Dessa forma, iniciou-se uma vida de pregação do Evangelho que durou sessenta e cinco anos. Sparks nasceu em 1910, numa cidade escocesa. Sua mãe conhecia o Senhor e O amava, pois era uma mulher de oração. Theodore cresceu num lar em que sempre havia reuniões de oração, no qual se cria que a Palavra de Deus é a autoridade máxima em todas as questões e no qual se esperava a volta do Senhor Jesus. Sua mãe teve grande influência em sua vida.
Naqueles dias, um dos maiores pregadores na Inglaterra, Dr. G. Campbell Morgan, desejando ajudar a um grupo de jovens no estudo da Palavra, passou a se reunir com eles todas as sextas-feiras, dando-lhes vários estudos bíblicos. Por 52 semanas, Campbell Morgan se reuniu com esses jovens e, dentre os mais brilhantes, estava T. Austin-Sparks. Por esse motivo, ele passou a ser sempre requisitado como preletor em várias Conferências.
Certa vez, ao ministrar numa igreja batista, ele viu uma tremenda mudança vindo sobre toda a congregação. Um após o outro, dentre os conhecidos ali como cristãos, foram sendo salvos. A secretária da igreja, os diáconos, todos foram encontrando o Senhor. Mas, apesar de T. Austin-Sparks ser um conferencista nacionalmente conhecido e requisitado, e apesar de ser um jovem com tanto futuro, ele mesmo sentia uma terrível pobreza em sua vida. Ele sentia que estava proclamando coisas que, na realidade, não eram experiências suas. Ele não tinha dúvidas de que era nascido de novo, mas sentia que estava pregando coisas que ele mesmo não experimentava. Por natureza, Sparks era alguém que se entregava completamente ao que cria, nunca se contentando com uma posição intermediária. Por isso, começou a se sentir um fracasso, pois o que lia na Bíblia não era, para ele, uma experiência própria.
Certo dia, então, ele disse à sua esposa: "Eu vou para meu estúdio; não quero que ninguém me interrompa. Não importa o que aconteça, eu não sairei daquele quarto até que tenha decidido qual caminho vou tomar". Ele sentia imensamente a necessidade de que o Senhor o encontrasse de forma nova, ou cria que não poderia mais continuar seu ministério. Havia chegado ao final de si mesmo.
Fechado naquele quarto, ele passou a maior parte do dia quieto diante do Senhor, e então, começou a ler a carta aos romanos. Nada aconteceu. Ele a conhecia muito bem, pois a havia ensinado tantas vezes e dava esboços dessa porção das Escrituras. Nada de novo ela lhe apresentava, até que ele chegou ao capítulo 6. Ele mesmo disse: "Foi como se o céu tivesse se aberto, e luz brilhou em meu coração." Pela primeira vez ele compreendeu que havia sido crucificado com Cristo e que o Espírito Santo estava nele e sobre ele para reproduzir a natureza de Cristo. Isso revolucionou completamente a vida de Sparks. Quando saiu daquele quarto, ele era um homem transformado. A partir daquele momento, ele começou realmente a pregar a Cristo, começou a magnificar o Senhor Jesus.
Logo começou a ensinar o que chamava de "o caminho da cruz", dando grande ênfase à necessidade da operação interior da cruz na vida do crente. Ele mesmo havia passado por uma crise e aceito o veredito da cruz sobre sua velha natureza, percebendo que essa crise fora a introdução para um desfrutar completamente novo da vida de Cristo, tão grandioso que ele só conseguia descrevê-lo como "um céu aberto".
Sparks recebeu também grande ajuda espiritual da Sra. Jessie Penn-Lewis, a quem o Senhor dera um claro entendimento sobre a necessidade da operação interior da cruz na vida do crente. Ela viu em T. Austin-Sparks o herdeiro de toda a obra que o Senhor lhe havia dado. Sparks se tornou um pregador e mestre muito querido e popular no meio do chamado "Movimento Vencedor". Mas a experiência que Sparks tinha, em vez de lhe abrir as portas para todos os púlpitos, fechou a maioria delas. Os líderes o temiam, pois achavam que algo estranho, perigoso e errado havia lhe acontecido. E assim começaram a opor-se a ele.
Houve um momento em que ele ficou na rua, sem casa para morar com a esposa e filhos, mas o Senhor logo lhe providenciou uma moradia, na rua Honor Oak. Uma senhora que servia ao Senhor como missionária na Índia e havia sido grandemente ajudada através do ministério de Sparks, ouviu dizer de uma grande escola na rua Honor Oak que estava à venda. Então, comprou toda a propriedade e a deu à igreja. Ali veio a ser um local de comunhão cristã e a sede de conferências Honor Oak. Esse foi o lugar onde conferências eram realizadas três ou quatro vezes ao ano, para as quais vinham pessoas de toda a parte.
Em 1937, Watchman Nee se encontrou pela primeira vez com Sparks. Nee havia lido alguns escritos seus e fora grandemente ajudado. Logo após, porém, começou a 2ª Guerra Mundial, e aquelas conferências cessaram, pois o mundo todo estava em turbulência. Todavia, ao terminar a guerra houve um período maravilhoso na história daquela obra e ministério. De 1946 até 1950 houve conferências cheias da presença do Senhor.
Por várias razões, muitos outros sofrimentos vieram à sua vida, mas ele cria que, se por um lado, a cruz envolve sofrimento, por outro, ela é também o segredo da graça abundante. Por ela, o crente é levado a um mais amplo desfrutar da vida de ressurreição e também a uma verdadeira integração na comunhão da Igreja, que é o Corpo de Cristo.
A enorme oposição que Sparks enfrentava era inacreditável. Livros e panfletos eram escritos contra ele, pregadores falavam contra ele, davam-lhe a fama de ser um falso mestre, cheio de ardis. Esse isolamento total a que o colocavam era, de muitas formas, a prova mais dura que ele suportava. Ano após ano, ele ia a Keswick onde, atrás da plataforma, estava escrito: "Todos somos um em Cristo". Mas sempre que ia ao encontro daqueles com quem já havia trabalhado e estendia-lhes a mão, eles não o cumprimentavam, não lhe dirigiam nem uma só palavra e lhe viravam as costas. Isso era para ele muito mais difícil de suportar do que todos os outros problemas.
No final da vida, Sparks estava só; havia muito poucas pessoas com ele. Campbell Morgan, Jessie Penn-Lewis, F. B. Meyer e A. B. Simpson tiveram grande influência na vida de T. Austin-Sparks. Ele costumava dizer que de todos os pregadores americanos que ele conhecera quando jovem, A. B. Simpson era o mais espiritual e o que falava com mais poder.
Sparks sempre utilizava algumas frases que, na época, praticamente não eram ouvidas em outro lugar. Uma delas era que "a Igreja é o corpo de Cristo", outra era que "precisamos ter uma vida de Corpo, que os membros de Cristo são membros uns dos outros". Eram frases muito mencionadas por ele, mas algo totalmente novo e desconhecido no mundo cristão da época. Certa vez ele disse: "Podemos tomar a Igreja, que é o Corpo do nosso Senhor Jesus unida ao Cabeça que está à mão direita de Deus, e reduzi-la a algo terreno, fazer dela uma organização humana". Todas essas frases eram consideradas muito estranhas. No mundo cristão falava-se sobre conversão, estudo bíblico, oração, testemunho, missões, vida vitoriosa. Mas nada se ouvia sobre a Igreja, sobre o Corpo de Cristo, sobre sermos membros uns dos outros. Ele era uma voz profética solitária. Foi isolado, rejeitado, caluniado.
Uma das ênfases de seu ministério era "a universalidade e a centralidade da cruz". Essa era uma das ênfases do seu ministério. Outra ênfase era a preeminência do Senhor Jesus. Para ele, o Senhor Jesus era o início e o fim de tudo, o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último. Ele via que tudo está em Cristo: toda a nova criação, o novo homem, tudo. Outra ênfase era "a casa espiritual de Deus". Ele via a Igreja como a casa espiritual de Deus, como a noiva de Cristo, como o Corpo do Senhor Jesus. Seu entendimento sobre a Igreja era muito claro. Ele dizia: "Isso é o coração da história, o coração da redenção". Por isso, costumava dizer: "Há algo maior do que a salvação". Por essa razão, as pessoas se iravam contra ele e diziam que falar desse modo não estava correto, não era bíblico. Mas Sparks sempre respondia: "A salvação não é o fim, mas é o meio para o fim. O fim que o Senhor tem é Sua habitação, é Sua casa espiritual, Sua habitação no Espírito, e a salvação é o meio para nos colocar nessa casa espiritual de Deus."
T. Austin-Sparks foi um grande homem, e os grandes homens têm também grandes falhas. Ele possuía fraquezas, mas a impressão que ficava em quem o conhecia não era dessas fraquezas, mas o fato de que ele sempre magnificava o Senhor Jesus, não apenas por palavras, mas pela sua vida. Sua própria presença trazia algo do Senhor Jesus. Sempre que ele chegava ou falava, recebia-se a perfeita convicção de quão grandioso o Senhor Jesus é. Isso foi algo que o Senhor fez nele de tal forma que sua presença e seu ministério glorificavam o Senhor.
Em abril de 1971, o irmão Sparks partiu para estar com seu amado Senhor, para esperar até o momento em que a esperança da reunião da noiva de Cristo se tornará gloriosa realidade.

GEORGE CAMPBELL MORGAN
 (1863 - 1945) - George Campbell Morgan nació el 9 de diciembre de 1863, en una granja de Tetbury, Gloucestershire, Inglaterra. Fue hijo de un piadoso ministro bautista de tradición puritana. Su casa trasuntaba verdadera piedad.
Morgan fue un niño enfermizo, incapaz de asistir a la escuela, por lo que tuvo que ser enseñado en casa. El resultado fue una sólida inclinación por el estudio que llevó durante toda su vida. Recluido en casa por largos períodos, solía entretenerse predicando a las muñecas de sus hermanas.
Cuando Morgan tenía 10 años de edad, el evangelista norteamericano D. L. Moody fue por primera vez a Inglaterra, y el efecto de su ministerio, más la dedicación de sus padres, dejó tal impresión en la vida del joven Morgan, que a los 13 años predicó su primer sermón. Dos años después, él ya predicaba regularmente en capillas rurales los domingos y festivos.
Sin embargo, a los 19 años, su mente se entrampó en las teorías del materialismo. Estudió filosofía, y mientras más leía, más preocupado se tornaba. Dejó su Biblia cerrada durante dos años en lo que él llamó el «eclipse» de su fe. Cuando llegó a los 21 años, estaba lleno de dudas. Entonces guardó con llave sus libros filosóficos en un armario, se compró una nueva Biblia y la leyó de principio a fin. Recordando esos años caóticos, Morgan escribió después: «La única esperanza para mí fue la Biblia... Dejé de leer libros sobre la Biblia y empecé a leer la Biblia misma. Allí vi la luz y fui devuelto al camino». Durante los siete años siguientes, él leyó sólo la Biblia, en total, más de 50 veces.
Entre 1883 y 1886, él enseñó en una escuela judía en Birmingham, de cuyo director, un rabino, aprendió a valorar la herencia de Israel.
Morgan trabajó con D. L. Moody y Sankey en su recorrido evangelístico por Gran Bretaña en 1883. En 1886, a los 23 años, dejó su profesión de maestro, y se consagró a tiempo completo al ministerio de la Palabra. Pronto su reputación como predicador y expositor de la Biblia abarcó Inglaterra y se extendió a los Estados Unidos.
Fue ordenado como ministro congrega-cional en 1890, habiendo sido rechazado dos años antes por el Ejército de Salvación y por los metodistas wesleyanos, en su sermón de prueba. ¡Esta parece ser la suerte de muchos hombres de Dios, ser reprobados por los hombres, para ser vindicados después por Dios mismo!
En 1896, D. L. Moody lo invitó a dar una conferencia a los estudiantes del Instituto Bíblico Moody, en Estados Unidos. Ésta fue la primera de sus 54 travesías por el Atlántico para ministrar la Palabra. Tras la muerte de Moody en 1899, Morgan asumió el cargo de director de la Conferencia Bíblica de Northfield, que aquél había dirigido por muchos años. Los miles de convertidos por el ministerio de Moody necesitaban un maestro de la Biblia para fortalecer y profundizar su fe. Campbell Morgan llegó a ser ese maestro.
El método de Morgan era orar, a menudo brevemente, y luego estudiar la Escritura misma –tomándola en su pleno contexto– antes de iniciar los comentarios. Él nunca usó la pluma para hacer ninguna anotación sobre alguno de los libros de la Biblia antes de leerlo por lo menos 50 veces. Esto daba a su trabajo una extraordinaria frescura e inspiración. Él rara vez citaba a otros maestros de la Biblia, ni dependía de la luz que otros recibieron. Sus exposiciones bíblicas aun hoy resultan tan motivadoras e inspi-radoras, que uno no puede sino maravillarse de la luz que Morgan recibió de la Palabra.
En 1904, Campbell Morgan asumió la dirección de la congregación de la famosa Capilla de Westminster, conocida como «el bastión del no-conformismo» en Londres. La congregación estaba de capa caída por ese tiempo, y añoraba los viejos y dorados tiempos de Samuel Martin, quien la había pastoreado entre los años 1842 y 1878. El profundo conocimiento bíblico, y la presencia imponente de Campbell Morgan, además de su correctísima dicción, le hicieron muy pronto conocido. La Capilla de Westminster revivió. Pronto instituyó una escuela bíblica nocturna los viernes, que más tarde llegó a ser la Escuela de Teología de la Capilla de Westminster.
Poco después, Morgan estableció la Conferencia Bíblica Mundesley, una versión inglesa de la Northfield de Moody, que reunía anualmente a eminentes ministros y obreros cristianos de varias corrientes denominacionales y países. Mundesley llegó a ser una parte vital de la Capilla de Westminster.
Tras un largo pastorado, se retiró en 1916, debido a una debilitadora enfermedad, convirtiéndose luego en un predicador itinerante. En 1919 y 1932 realizó amplias giras evangelísticas y de predicación en Estados Unidos. Muchos miles de personas le oyeron predicar en casi cada estado y en Canadá. Durante un año (1927-1928) sirvió en la facultad del Instituto Bíblico de Los Angeles, y durante un año (1930-1931) fue un expositor de la Biblia en la Universidad de Gordon de Teología y Misiones en Boston. Entre 1929 y 1932 fue pastor de la Iglesia del Tabernáculo Presbiteriano en Filadelfia, Pennsylvania.
El atractivo de Morgan era asombroso. A menudo cuando él hablaba, las muchedumbres eran tan grandes que era necesario el control policial.
F. B. Meyer cuenta que cierta vez él compartió el púlpito con Campbell Morgan en la Conferencia de Northfield, y que la gente llegaba en tropel a escuchar las brillantes exposiciones de éste sobre las Escrituras. Meyer confesaría después que al principio tuvo envidia, pero luego encontró un maravilloso remedio: «La única manera por la cual yo pude conquistar mis emociones fue orando por Morgan cada día».
Más tarde, en 1933, Morgan habría de reasumir el pastorado de Westminster hasta el año 1943. Su vida terrenal de testimonio y servicio concluyó en mayo de 1945.
Un rico legado para la Iglesia
Campbell Morgan fue, durante toda su vida, fiel a su vocación: «Sólo hay una cosa que quiero hacer y no puedo evitarlo: predicar», solía decir. Expositivo en sus sermones, siempre se ciñó al texto bíblico y a él apeló en primera y última instancia.
Fue, además, un prolífico pero profundo de libros, folletos, tratados y artículos. Entre sus libros publicados en inglés se destacan: «Las Parábolas del Reino», los once volúmenes del «Púlpito de Westminster», «La Biblia analizada», en diez volúmenes, y «Una Exposición Completa de la Biblia».
En español se han publicado: «Principios básicos de la vida cristiana», «Profetas menores», «El discipulado cristiano», «Las enseñanzas de Cristo», «El Espíritu de Dios», «Evangelismo»; «El ministerio de la predicación», «Pedro y la Iglesia», «La perfecta voluntad de Dios», «El plan de Dios para las edades», «Principios básicos de la vida cristiana», «Los triunfos de la fe», y «El último mensaje de Dios al hombre», por la editorial CLIE, de España; y «Las cartas de nuestro Señor», «Jesús responde a Job», «El corazón de Dios: Oseas», «Grandes capítulos de la Biblia» (dos volúmenes), «¡Me han defraudado!: Malaquías», «Las Crisis de Cristo» (dos volúmenes), por la Editorial Hebrón, de Argentina.
Aunque no pueda atribuirse a G. Campbell Morgan la apertura de grandes verdades bíblicas, como hicieron otros grandes siervos de Dios, él expuso la Biblia con luz fresca y con una expresión muy peculiar.
Gracias a su inspiradora y vigorosa predicación, Morgan atrajo a miles a amar la Biblia a través de sus mensajes, y sus libros de reflexiones bíblicas son populares entre los buscadores del Señor aún en nuestros días. Los escritos de Campbell Morgan tienen una profunda visión, son únicos e incomparables en expresividad. El Señor Jesús le dio una revelación especial para traer al pueblo de Dios a la comunión con Él, siendo nutrido e iluminado a través de un conocimiento espiritual de la Biblia.
ISSAC BACKUS
 (1724–1806) - “Quem poderá ouvir o Cristo declarar que seu reino não é desse mundo e, assim mesmo, acreditar que essa fusão de Igreja e Estado possa estar lhe agradando?”
Essas palavras são de Issac Backus, um dos principais oradores do “púlpito da Revolução Americana”. Muitas vezes posto ao lado de figuras como Roger Williams, John Leland, Thomas Jefferson, e James Madison, Issac Backus é uma das “personagens mais proeminentes na instituição da liberdade de consciência na América”. Seu comprometimento com a liberdade de consciência e de ação é melhor articulada nos seus sermões publicados em 1773, sob o título “Um apelo ao público para a liberdade religiosa contra as opressões dos dias de hoje”
Nascido em Norwich, em Connecticut em 1724, Backus foi convertido ao cristianismo em 1741. Frequentou a Igreja Congressional Separatista por cinco anos e, em 1746, decidiu tornar-se pregador na tradição de George Whitefield. Ordenado em 1748, tornou-se batista em 1751, quando assumiu a Igreja Batista de Middleborough em Massachusetts.
Backus logo percebeu que a medida de controle que a igreja estatal oficial tinha sobre o governo civil do Estado reduzia as liberdades dos grupos religiosos não oficiais. O poder legislativo compeliu cada cidade a criar e manter uma igreja estatal, além de contatar e prover à subsistência de um ministro portador de graduação acadêmica, tudo isso custeado pelos impostos dos cidadãos, não importando a filiação religiosa. Os que se recusassem a pagar o imposto estavam sujeitos à punição estatal por meio de seu agente, ou seja a congregação estadual local, e até mesmo o confisco das propriedades pessoais e prisão.
Backus acreditava que essa união de igreja e estado negava a cada um o direito de cultuar a Deus da forma que lhe satisfazia, bem como igualava o apoio à uma igreja estatal às ações inglesas, tão condenadadas pelo legislativo de Massachusetts. Sustentava que a liberdade de consciência, onde incluía da liberdade religiosa, era o tema central, não só nas Escrituras, mas também na tradição liberal. Em 1774, Backus instruiu os delegados do Primeiro Congresso Continental sobre a importância da liberdade religiosa e também serviu como delegado de Middleborough na convenção de Massachusetts que ratificou a Constituição, em 1788.


ABRAHAM BOOTH

(1734-1806) - Nasceu em Blackwell, condado de Derbyshire, Inglaterra. Quando tinha vinte e quatro anos, casou-se com Elizabeth Bowmar, filha de um fazendeiro, e logo após abriu uma escola num subúrbio de Nottingham.
A pregação de alguns Batistas levou-o a um senso religioso e, em 1755, ele foi batizado por imersão. Em 1760, Booth tornou-se superintendente da congregação em Kirby-Woodhouse. Até então ele era um arminiano convicto, porém a partir daí ele mudou de posição, passando para as doutrinas sustentadas pelos Batistas Particulares.
Sua obra "O reinado da graça" foi escrita em 1768. Logo depois disso a Igreja Batista Particular em Little Prescot Street, Londres, convidou-o a ser seu pastor, e nela foi ordenado em 1769. Booth faleceu em 1806, tendo sido pastor por trinta e cinco anos.
Durante seu pastorado, foi fundada uma academia que hoje está em Oxford, conhecida como Regents Park College, destinada ao treinamento ministerial. Seus vários escritos foram coligidos e publicados em três volumes em 1813. A atual Igreja Batista Church Hill em Walthamstow, Londres – descendente direta da igreja em Little Prescot Street – ainda possui placa memorial erigida em homenagem a Booth pelos membros daquela igreja.
JAMES P. BOYCE
(1827-1888) - James P. BoyceJames P. Boyce was one of the founders of the Southern Baptist Theological Seminary, serving as chairman of the faculty from 1859 to 1888 and as the first president in 1888. Boyce not only served as the first professor of theology at the seminary, but also as the first librarian. He had a great love of books, and his library served as the core of the institution's collection for many years. Near the end of his life, Boyce gave five thousand volumes to the seminary library; one of his last triumphs was the receipt of a gift from Mrs. J. Lawrence Smith that enabled the seminary to build its first library building in downtown Louisville.
The Boyce Papers include eleven boxes of correspondence from his service on behalf of the seminary. In addition to the papers, the seminary houses items that were donated from the estate of Miss Lucy G. Boyce. These items include furniture as well as photos and papers from Dr. Boyce. One of the chief treasures received from Miss Boyce was several manuscript sermons by Dr. Boyce, the only extant sermons known to survive from the seminary's founder.

EDWARD BOUVERIE PUSEY
(1800-1882) - Teólogo inglês nascido em Pusey, Berkshire, que iniciou o puseísmo, movimento ritualístico que aproximou do catolicismo uma parte da Igreja anglicana. Estudou no Christ Church College, Oxford, e foi eleito fellowship em Oriel College (1823). Estudou teologia e idiomas semíticos em Göttingen e Berlim e foi ordenado um padre anglicano (1828) e foi feito professor regius de hebraico (1828) em Oxford, e cânon da Christ Church, um posto que ele manteve pelo resto de sua vida. Alinhou-se formalmente e foi uma das principais figuras do Oxford Movement (1833), movimento que buscou reavivar no Anglicanismo os ideais da igreja do século XVII.
O principal ponto defendido pelo movimento era demonstrar que a Igreja Anglicana era uma descendente direta da Igreja estabelecida pelos apóstolos.. A partir de sua posição de Regio Professor de Hebraico em Oxford e de Cânon da Igreja de Cristo, procurou restaurar na alta constituição da Igreja, doutrinas tais como a da confissão auricular e a transubstanciação. Tornou-se (1836) editor da influente Library of Fathers e contribuiu com vários estudos de trabalhos de patrísticos e retirou-se do movimento de Oxford (1841).
Morreu no dia 16 de setembro (1882), em Ascot Priory, Berkshire, e seu nome foi perpetuado na Pusey House, em Oxford, onde sua biblioteca foi mantida. Suas principais obras foram os sermões The Holy Eucharist, a Comfort to the Penitent (1843), The Entire Absolution of the Penitent (1846) e The Rule of Faith (1851) e Eirenicon (3 partes, 1865-1870), um empenho para achar maneiras de reunir o Catolicismo romano com a Igreja de Inglaterra e que gerou uma controvérsia considerável com o Cardeal Newman.
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/,

HENRY F. DARBY
(1829 - 1897) - Henry F. Darby, who painted this portrait of Henry Clay, shared a studio with noted painter Samuel Colman in the late 1850s. What little is known of Darby comes from Colman’s recollections and Darby’s own writings, now in the collection of the Oneida Historical Society in New York. These include correspondence and a journal he wrote at age 65 for his daughter.
Born in North Adams, Massachusetts, Darby was self-taught, except for brief instruction from itinerant painters. According to one account, he was painting in oils by 1842, when he was 13. Evidence of his precocity is found in a fascinating painting, The Reverend John Atwood and His Family, in the Museum of Fine Arts in Boston. Here Darby’s style is that of a determined New England limner, and the group portrait, fully signed and dated 1845, is a remarkable achievement, compelling in its realism.
In 1847 Darby became a teacher at the South Carolina Female College in Barhamville. He soon returned north, where he lived in New York City and Brooklyn from 1853 to 1860 and displayed portraits at the annual exhibitions of the National Academy of Design. In 1859-60 he showed paintings of John C. Calhoun and Clay. Darby, who was briefly married, divided his time between Brooklyn, his wife’s family home in Brownsville, New York, and Washington, D.C. He was a deeply religious man, and the death of his wife in 1858 impelled him to abandon portrait painting. After placing his young daughter in the care of his wife’s family, Darby studied for the ministry, and in 1865 he became deacon of St. John’s Episcopal Church in Whitesboro, New York. In 1869 he sailed to England, where he briefly served the Anglican Church. He had returned to America by 1873, when records place him at Saint Saviour’s Church in Bridgeport, Connecticut. Later he moved to New York City. Darby continued to paint–-mainly religious themes–-and he exhibited works as late as 1882 at the Utica Art Association. Few of these later works survive. Age brought failing health, and the artist took up residence with his daughter in Fishkill, New York, where he died in 1897.
ROSA PARKS
A maioria dos historiadores datam o início do movimento moderno dos direitos civis nos Estados Unidos de 1º de dezembro de 1955. Este foi o dia que uma costureira desconhecida de Montgomery, Alabama, recusou-se a levantar para ceder o assento de um ônibus para um passageiro branco. Esta brava mulher, Rosa Parks, foi presa e multada por violar um decreto da cidade, mas seu ato solitário de desafio foi o início de um movimento que acabou com a segregação legal na América, e fez dela uma inspiração para as pessoas amantes da liberdade de muitos lugares no mundo.
Rosa Parks nasceu “Rosa Louise McCauley" in Tuskegee – Alabama, filha do carpinteiro, James McCauley e da professora, Leona McCauley. Aos dois anos, ela foi morar no sítio dos avós, em Pine Level, com sua mãe e Sylvester, seu irmão caçula. Aos 11 anos, ela se matriculou na Escola Industrial de Montgomery para garotas, uma escola particular fundada por mulheres nortistas, de tendência liberal. A filosofia da escola de auto-valorização era consistente com a opinião de Leona McCauley em levar vantagem das oportunidades, não importando quão poucas fossem.
RUTH BELL GRAHAM
Ruth Bell Graham, esposa do evangelista Billy Graham, nasceu em Qingjiang, Kiangsu, China, em 10 de junho de 1920, como Ruth MacCue Bell. Seus pais, Dr. L.Nelson Bell e Senhora, eram missionários médicos junto ao Hospital Presbiteriano, 500km ao Norte de Shangai. Foi como uma adolescente lá num pequeno aposento do hospital que Ruth sentiu o grande chamado para deixar tudo pela causa do Evangelho do Senhor Jesus Cristo.
Sua infância foi gasta nos campos de missões da China ao lado dos pais e dos irmãos - Rosa, Virginia e Clayton; rodeados de doença, do desespero, da desordem e do caos das guerras civis chinesas. O sofrimento que ela observou apenas fortaleceu em si a convicção da necessidade de um Salvador para a humanidade. Em seus primeiros anos como adulta, ela sonhava em servir como uma missionária solteira em um canto distante do mundo — a nação montanhosa do Tibete.
Aos 13 anos de idade, Ruth foi enviada para estudar em um internato em Pyonyang, hoje Coréia do Norte. Ali, ela estudou durante três anos. Foi debaixo de uma terrível saudade do lar e da família que Ruth aprendeu a superar a solidão de ficar distante dos entes queridos, cuidando das necessidades dos outros, uma habilidade que bem lhe serviria no futuro.
GEORGE WISHART
GEORGE WISHART, O MÁRTIR PROTESTANTE
(1513-1546) - Um famoso membro da família Pitarrow foi o mártir George Wishart, poderoso pregador protestante, confidente e mentor de John Knox. Apesar de pregar a Reforma. Protestante, em 1546 ele foi traído pelo Cardeal David Beaton e aprisionado no calabouço garrafa no Castelo de St. Andrews. Posteriormente, foi julgado por heresia, condenado à morte e queimado na estaca fora do castelo.
Algumas semanas mais tarde, amigos de George Wishart conspiraram contra o Cardeal e entraram no Castelo. Eles encontraram o cardeal Beaton em seu quarto e mataram-no. Diz-se que formou-se no castelo, a primeira congregação da Igreja da Escócia.
O local onde morreu George Wishart é marcada pelas letras GW na calçada fora do castelo, e comemorada por uma placa perto (erguida conjuntamente pelo St. Andrews Preservation Trust e pela Sociedade Wishart). Ele também é gravado no Monumento dos Mártires da em St. Andrews, e uma pintura de John Drummond intitulado "George Wishart em seu caminho para a execução de Administração do Sacramento pela primeira vez, na Escócia, depois da Reforma Protestante". O quadro acima é intitulado " Última Exaltação da Wishart ", por Sir William Orchardson Quiller (1832-1910). É reproduzida como cortesia da Universidade de St. Andrews.
TERTULIANO DE CARTAGO
(155-?) - Figura contraditória e polêmica - mas de capital importância no contexto da Igreja primitiva - pouco se sabe dos dados biográficos de Tertuliano, em especial as datas de nascimento e morte. Sabe-se apenas que, como boa parte dos Pais da Igreja, Tertuliano era africano, nascido em Cartago (estima-se que por volta do ano 155 d.C.), e segundo Jerônimo relata, era filho de um centurião, o mais alto grau que um não romano podia atingir na hierarquia político-militar romana. Os cartagineses, desde os tempos de Aníbal e das Guerras Púnicas, 3 séculos antes de Cristo, nutriam uma especial aversão a Roma, e o cristianismo, nos seus primórdios, foi um fator aglutinador também do sentimento anti-romano. É nesse contexto que nasceu e viveu Tertuliano. Outra certeza que se tem a respeito dele é que suas obras foram escritas entre os últimos anos do século II e as duas primeiras décadas do século III.
Fonte: http://www.e-cristianismo.com.br/

SMITH WIGGLESWORTH
PASTOR E ESCRITOR INGLÊS, UM
IMPORTANTE PREGADOR DA FÉ CRISTÃ.
(1859-1947) nasceu em Menston, Yorkshire, Inglaterra, no dia 8 de junho de 1859. Cresceu em uma família humilde e com seis anos ajudava seu pai na lavoura. Com sete anos acompanhava seu pai no trabalho em uma fábrica de tecidos de lã. Aprendeu as primeiras letras com sua mãe, estudando em uma velha bíblia. Sua avó era cristã e fazia questão de leva-lo à igreja. Com oito anos começou a participar dos cantos de louvor.
Com 13 anos de idade, sua família mudou-se para a cidade de Bradford e lá começou a participar ativamente da Igreja Metodista Wesleyana. Estava sempre acompanhado do Novo Testamento. Nessa época, junto com outros jovens, foi convidado pela igreja para participar de uma reunião especial de pregação. Ao subir no púlpito ele pregou durante 15 minutos. Terminada a pregação ele foi surpreendido com aplausos e gritos de entusiasmo.
Quando Smith Wigglesworth tinha 17 anos aprendeu a profissão de encanador. Em 1882 casou-se com Mary Jane Featherstone, conhecida por Polly, uma jovem metodista, nascida em uma família de posses, mas que havia deixado o luxo da sociedade para pregar junto com Exército da Salvação. Com sua esposa, aprendeu realmente a ler e a Bíblia foi seu único livro de leitura.
Durante seus cultos, Polly convidava Smith para participar das pregações, mas ele declarava que nunca mais falaria em público outra vez. Em 1907 recebeu o batismo do Espírito Santo e a partir desse momento sentiu sua vida ser transformada. No domingo seguinte ele foi à igreja e pregou com grande clareza.
Aos poucos, passou a entender que as enfermidades eram coisa do diabo e que poderiam ser curadas. Por volta de 1890 ele viajou para Leds e visitando uma igreja ficou impressionado com um culto de cura divina. Em 1900 aconteceu sua primeira experiência de cura e não parou mais. Sua vida foi um exemplo de fé e de vontade de servir a Deus.  
Smith Wigglesworth deixou uma extensa obra sobre sua crença. No livro “A União do Espírito” o autor reúne suas mensagens de fé. Na obra “Atreva-se a Crer”, o pastor traz trechos dos ensinamentos da religião levando o leitor a crer em Deus e que dessa forma a crença poderá transformar as pessoas para que elas se tornem exemplo de fé. Ele mostra ao leitor que é necessário ler a Bíblia e estar atento à voz de Deus. O livro traz meditações sobre esses princípios reforçando que o leitor deve crer.
Smith Wigglesworth faleceu em Wakefield, Inglaterra, no dia 12 de março de 1947.
MAX LUCADO
PASTOR EVANGÉLICO E ESCRITOR
Biografia de Max Lucado
(1955) é um pastor evangélico e escritor norte-americano. Vendeu cerca de 70 milhões de livros traduzidos em mais de vinte e oito idiomas.
Max Lucado nasceu em San Angelo, Texas, no dia 11 de janeiro de 1955. Casado com a pastora Denalyn Lucado, é pai de quatro filhos. O casal chegou a trabalhar como missionários no Brasil, vivendo no Rio de Janeiro durante 5 anos, época em que começou a escrever. Em 1998 vai morar em San Antonio, no Texas.
Max Lucado foi o primeiro autor a ganhar por três vezes o prêmio da Associação de Editoras Evangélicas Cristãs (ECPA), na categoria Livro do Ano: "Quando Deus Sussurra Seu Nome" (1995), "Nas Garras da Graça", (1997), "Simplesmente Como Jesus (1999). Também conquistou o Prêmio Areté de melhor Livro Devocional com "365 Bençãos".
O pastor faz suas pregações nos EUA, servindo como ministro na igreja de Oak Hills, em San Antonio, Texas. Também faz palestras ao redor do mundo sobre assuntos cristãos.
Max Lucado também escreveu livros infantis, com destaque para "Você é Especial" e "Tudo o que você precisa". Alguns de seus livros fazem parte da lista de best-sellers dos jornais The New York Times, USA Today e Publishers Weekly.

WILLIAN JOSEPH SEYMOUR
AVIVAMENTO DA RUA AZUZA
(1906) -  O pentecostalismo surgiu com o norte-americano Charles Fox Parham. Foi ele quem, pela primeira vez, elaborou essa definição teológica para o movimento que sublinhava o vínculo entre o “falar em línguas” e o “batismo com o Espírito Santo”. A glossolalia, fenômeno caracterizado por falar em línguas desconhecidas espontaneamente, tornou-se, então, a evidência inicial do batismo com o Espírito Santo.
Em 1900, Parham alugou a “Mansão de Pedra”, como era conhecida em Topeka, Kansas, para constituir uma escola bíblica chamada Betel. Cerca de 40 estudantes, motivados pelo movimento, ingressaram na escola para o primeiro e único ano de curso plenamente relacionado às doutrinas que envolviam a pessoa do Espírito Santo.
Em janeiro de 1901, os alunos de Parham se reuniram para orar e, neste dia, foram batizados com o Espírito Santo e passaram a emitir palavras desconhecidas. Esse foi o estopim para o movimento da rua Azuza.
Poucos eventos afetaram a história da igreja contemporânea tão profundamente quanto o avivamento da rua Azuza, cuja explosão é explicada por meio de uma renovação espiritual mundial calcada em princípios pentecostais. O personagem histórico central desse evento foi o pastor William Joseph Seymour, discípulo de Parham. O movimento desenvolveu-se a partir de um pequeno armazém em Los Angeles naquela rua, número 312, justificando assim seu nome.
A contribuição do pregador Seymour foi essencial, pois, se não fosse por ele, talvez o pentecostalismo de Parham não tivesse passado de boatos. Daí para frente, Seymour se tornou o grande anunciador do movimento pentecostal. Em 1906, seus ensinos sobre as práticas de falar palavras desconhecidas trouxe grande quantidade de adeptos ao pentecostalismo e, dois anos mais tarde, sua igreja já mandava missionários para 25 países.
O advento da rua Azuza, de fato, estava exercendo profunda força, tanto centrípeta como centrífuga, no mundo protestante. Funcionava como um potente imã, atraindo líderes de diversos segmentos do protestantismo que desejavam conhecer o que estava ocorrendo ali. E também como centro irradiador da mensagem pentecostal, enviando grupos para diversas localidades do país e do mundo.
O pentecostalismo chegou ao Brasil trazido por operários imigrantes. Primeiro em 1910, pelo italiano Louis Francescon, fundador da Congregação Cristã no Brasil, e, Logo em seguida, em 1911, pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, fundadores da Igreja Evangélica Assembleia de Deus. Foi expressiva também a contribuição da missionária Aimee Semple McPherson, fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular, iniciada no Brasil em 1951 pelo pastor Harold Edwin Willians. Todos eles, sem distinção, foram influenciados pelo avivamento da rua Azuza.
Enquanto isso, Seymour Continuou seu pastorado na rua Azuza até sua morte, em 28 de setembro de 1922. O edifício da igreja onde tudo começou foi destruído poucos anos mais tarde.Todavia, quando isso ocorreu, a chama pentecostal já havia atravessado fronteiras.

JERÔNIMO SAVONAROLA
PRECURSOR DA GRANDE REFORMA
(1452-1498) - O povo de toda a Itália afluía, em número sempre cres­cente, a Florença. A famosa Duomo não mais comportava as enormes multidões. O pregador, Jerônimo Savonarola, abrasado com o fogo do Espírito Santo e sentindo a imi­nência do julgamento de Deus, trovejava contra o vício, o crime e a corrupção desenfreada na própria igreja. O povo abandonou a leitura das publicações torpes e mundanas, para ler os sermões do ardente pregador: deixou os cânticos das ruas, para cantar os hinos de Deus. Em Florença, as crianças fizeram procissões, coletando as máscaras carna­valescas, os livros obscenos e todos os objetos supérfluos que serviam à vaidade. Com isso formaram em praça pública uma pirâmide de vinte metros de altura e atea­ram-lhe fogo. Enquanto o monte ardia, o povo cantava hi­nos e os sinos da cidade dobravam em sinal de vitória.
Se o ambiente político fosse o mesmo que depois veio a ser na Alemanha, o intrépido e devoto Jerônimo Savonaro­la teria sido o instrumento usado para iniciar a Grande Reforma, em vez de Martinho Lutero. Apesar de tudo, Savonarola tornou-se um dos ousados e fiéis arautos para con­duzir o povo à fonte pura e às verdades apostólicas regis­tradas nas Sagradas Escrituras.
Jerônimo era o terceiro dos sete filhos da família. Nas­ceu de pais cultos e mundanos, mas de grande influência. Seu avô paterno era um famoso médico na corte do duque de Ferrara e os pais de Jerônimo planejavam que o filho ocupasse o lugar do avô. No colégio, era aluno esmerado. Mas os estudos da filosofia de Platão e de Aristóteles, dei­xaram-lhe a alma sequiosa. Foram, sem dúvida, os escritos de Tomaz de Aquino que mais o influenciaram (a não ser as próprias Escrituras) a entregar inteiramente o coração e a vida a Deus. Quando ainda menino, tinha o costume de orar e, ao crescer, o seu ardor em orar e jejuar aumentou. Passava horas seguidas em oração. A decadência da igreja, cheia de toda a qualidade de vício e pecado, o luxo e a os­tentação dos ricos em contraste com a profunda pobreza dos pobres, magoavam-lhe o coração. Passava muito tem­po sozinho, nos campos e à beira do rio Pó, em contempla­ção perante Deus, ora cantando, ora chorando, conforme os sentimentos que lhe ardiam no peito. Quando ainda jo­vem, Deus começou a falar-lhe em visões. A oração era a sua grande consolação; os degraus do altar, onde se prostrava horas a fio, ficavam repetidamente molhados de suas lágrimas.
Houve um tempo em que Jerônimo começou a namorar certa moça florentina. Mas quando ela mostrou ser despre­zo alguém da sua orgulhosa família Strozzi, unir-se a al­guém da família de Savonarola, Jerônimo abandonou para sempre a idéia de casar-se. Voltou a orar com crescente ar­dor. Enojado do mundo, desapontado acerca dos seus pró­prios anelos, sem achar uma pessoa compassiva a quem pudesse pedir conselhos, e cansado de presenciar injusti­ças e perversidades que o cercavam, coisas que não podia remediar, resolveu abraçar a vida monástica.
Ao apresentar-se no convento, não pediu o privilégio de se tornar monge, mas rogou que o aceitassem para fazer os serviços mais vis, da cozinha, da horta e do mosteiro.Na vida do claustro, Savonarola passava ainda mais tempo em oração, jejum e contemplação perante Deus. Sobrepujava todos os outros monges em humildade, since­ridade e obediência, sendo apontado para lecionar filoso­fia, posição que ocupou até sair do convento.
Depois de passar sete anos no mosteiro de Bolongna, frei (irmão) Jerônimo foi para o convento de São Marcos, em Florença. Grande foi o seu desapontamento ao ver que o povo florentino era tão depravado como o dos demais lu­gares. (Até então ainda não reconhecia que somente a fé em Deus salva o pecador.)
Ao completar um ano no convento de São Marcos, foi apontado instrutor dos noviciados e, por fim, designado pregador do mosteiro. Apesar de ter ao seu dispor uma ex­celente biblioteca, Savonarola utilizava-se mais e mais da Bíblia como seu livro de instrução.
Sentia cada vez mais o terror e a vingança do Dia do Senhor que se aproxima e, às vezes, entregava-se a trovejar do púlpito contra a impiedade do povo. Eram tão poucos os que assistiam às suas pregações, que Savonarola resol­veu dedicar-se inteiramente à instrução dos noviciados. Contudo, como Moisés, não podia escapar à chamada de Deus!
Certo dia, ao dirigir-se a uma feira, viu, repentinamen­te, em visão, os céus abertos e passando perante seus olhos todas as calamidades que sobrevirão à igreja. Então lhe pareceu ouvir uma voz do Céu ordenando-lhe anunciar es­tas coisas ao povo.
Convicto de que a visão era do Senhor, começou nova­mente a pregar com voz de trovão. Sob a nova unção do Espírito Santo a sua condenação ao pecado era feita com tanto ímpeto, que muitos dos ouvintes depois andavam atordoados sem falar, nas ruas. Era coisa comum, durante seus sermões, homens e mulheres de todas as idades e de todas as classes romperem em veemente choro.
O ardor de Savonarola na oração aumentava dia após dia e sua fé crescia na mesma proporção. Freqüentemente, ao orar, caía em êxtase. Certa vez, enquanto sentado no púlpito, sobreveio-lhe uma visão, durante a qual ficou imóvel por cinco horas, quando o seu rosto brilhava, e os ouvintes na igreja o contemplavam.
Em toda a parte onde Savonarola pregava, seus ser­mões contra o pecado produziam profundo terror. Os ho­mens mais cultos começaram então a assistir às pregações em Florença; foi necessário realizar as reuniões na Duomo, famosa catedral, onde continuou a pregar durante oito anos. O povo se levantava à meia-noite e esperava na rua até a hora de abrir a catedral.
O corrupto regente de Florença, Lorenzo Medici, expe­rimentou todas as formas: a bajulação, as peitas, as amea­ças, e os rogos, para induzir Savonarola a desistir de pregar contra o pecado, e especialmente contra a perversidade do regente. Por fim, vendo que tudo era debalde, contratou o famoso pregador, Frei Mariano, para pregar contra Savo­narola. Frei Mariano pregou um sermão, mas o povo não prestou atenção à sua eloqüência e astúcia, e ele não ousou mais pregar
Nessa altura, Savonarola profetizou que Lorenzo, o Papa e o rei de Nápoles morreriam dentro de um ano, e as­sim sucedeu.
Depois da morte de Lorenzo, Carlos VIII, da França, invadiu a Itália e a influência de Savonarola aumentou ainda mais. O povo abandonou a literatura torpe e munda­na para ler os sermões do famoso pregador. Os ricos socor­riam os pobres em vez de oprimi-los. Foi neste tempo que o povo fez a grande fogueira, na "piazza" de Florença e quei­mou grande quantidade de artigos usados para alimentar vícios e vaidade. Não cabia mais, na grande Duomo, o seu imenso auditório.
Contudo, o sucesso de Savonarola foi muito curto. O pregador foi ameaçado, excomungado e, por fim, no ano de 1498, por ordem do Papa, foi queimado em praça pública. Com as palavras: "O Senhor sofreu tanto por mim!", ter­minou a vida terrestre de um dos maiores e mais dedicados mártires de todos os tempos.
Apesar de ele continuar até a morte a sustentar muitos dos erros da Igreja Romana, ensinava que todos os que são realmente crentes estão na verdadeira Igreja. Alimentava continuamente a alma com a Palavra de Deus. As margens das páginas da sua Bíblia estão cheias de notas escritas en­quanto meditava nas Escrituras. Conhecia uma grande parte da Bíblia de cor e podia abrir o livro instantanea­mente e achar qualquer texto. Passava noites inteiras em oração e foram-lhe dadas revelações quando em êxtase, ou por visões. Seus livros sobre "A Humildade", "A Oração", "O Amor", etc., continuam a exercer grande influência sobre os homens. Destruíram o corpo desse precursor da Grande Reforma, mas não puderam apagar as verdades que Deus, por seu intermédio, gravou no coração do povo.
(estraido do livro: Hérois da fé)

PR BERNHARD JOHNSON
(1931-1995) - Nasceu em Alameda, Califórnia - EUA, em 20/06/1931. Iniciou seu profícuo ministério, em 1952, pastoreando duas igrejas nos Estados Unidos da América.
Em 1957, chegou ao Brasil onde pastoreou igrejas no sul de Minas Gerais e fundou a Convenção Estadual das Assembléias de Deus daquele estado.
Em 1964, recebendo uma chamada especial de Deus para o evangelismo em massa, fundou a "Cruzada Boas Novas", que mais tarde passou a se chamar "Cruzada Bernhard Johnson". Esse trabalho resultou em 225 cruzadas evangelísticas no Brasil e em mais de 70 países do mundo.
Em 1972, fundou, no Brasil, o ICI - Instituto por Correspondência Internacional.
Em 1973, foi co-fundador do Desafio Jovem do Brasil, ocupando a presidência até 1979. Em 1976, através de uma visão especial dada por Deus, deu início ao arrojado projeto da EETAD - Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus, com sede em Campinas, SP, o qual se consolidou em 1979, com o lançamento do Curso Básico de Teologia.
Em 1980, lançou um programa evangelístico na televisão brasileira, mantido no ar por 7 anos.
Em 1981, fundou a ABEM - Associação Beneficente Evangélica para Menores,em Campinas um trabalho em favor de crianças carentes.
Em 1984, fundou o IBICAMP - Instituto Bíblico de Campinas, para atender as necessidades das mais diversas denominações evangélicas da região.
Em 1987, fundou a FAETAD - Faculdade de Educação Teológica das Assembléias de Deus, em Campinas, lançando o Curso Médio em Teologia e, mais recentemente, o Bacharel em Teologia.
Em 1993, o IBP - Instituto Bíblico Pentecostal, no Rio de Janeiro(RJ), passou a integrar o Ministério Bernhard Johnson. Pastor Bernhard Johnson foi alvo de diversas honrarias, com títulos honoríficos e de cidadania, tendo, dentre muitos, recebido em 1983, o título de "Doctor of Humane Letters", concedido pela Faculdade Betânia das Assembléias de Deus de Santa Cruz, Califórnia - EUA. Foi também orador oficial em duas Conferências Mundiais Pentecostais: Inglaterra e Quênia. Pastor Bernhard Johnson, tendo sido chamado para a eternidade em 16/02/1995, deixou para o Brasil um legado inestimável de trabalho em favor do reino de Deus, tanto na área de evangelismo, como nas áreas de ensino teológico e assistência social.
O Senhor o levou. Seu exemplo ficou. Bendito seja o nome do Senhor!

WILLIAM WILBERFORCE
No século 18, a Inglaterra detinha o monopólio do comércio de escravos negros. Os meios de transporte eram os mais cruéis imagináveis. Boa parte da população inglesa tirava proveito desse comércio, e o povo, de maneira geral, aceitava a escravidão. Havia aqueles que enriqueciam e, por isso, defendiam com veemência o escravagismo. Mas Deus graciosamente ergueu uma geração de políticos cristãos para lutar contra o que William Carey chamou de "maldito comércio de escravos".
PRECIOSA GRAÇA
É surpreendente que nenhum grande reformador da história ocidental seja tão pouco conhecido como William Wilberforce. Ele nasceu numa família nobre da Inglaterra, na cidade portuária de Hull, em Yorkshire, em 24 de agosto de 1759. Naquela época, como hoje, a aristocracia vivia em meio a contradições: nela se encontravam alguns dos grandes benfeitores da nação e alguns de seus maiores corruptores. Wilberforce era fruto dessas ambiguidades.
Após estudar em uma escola em Pocklington, foi aceito em 1776 no St. John's College, na Universidade de Cambridge, onde decidiu dedicar-se à carreira política, tendo sido eleito representante de seu povoado aos 21 anos de idade. Além de repartir o dinheiro que possuía, mandou fazer um grande churrasco para todo o vilarejo, o que lhe valeu um bom número de votantes. Aos 24 anos, já era um político famoso por sua eloqüência e acabou por ser eleito representante de Yorkshire, o maior e mais importante condado da Inglaterra, chegando a Londres cheio de popularidade.

Em 1784, ainda aos 24 anos de idade, partiu para uma viagem a Nice, na França, que traria grande transformação em seu caráter. Levou consigo a mãe, Elizabeth, a irmã Sally, uma amiga dela e Isaac Milner, seu antigo professor primário, e que veio a se tornar presidente do Queen's College, na Universidade de Cambridge. Na bagagem de Milner, Wilberforce viu uma cópia do livro de Philip Doddridge - mais conhecido por ter escrito o famoso hino "Oh! Happy Day" [Oh! Dia Feliz!] -, The Rise and Progress of Religion in the Soul [O começo e o progresso da religião na alma]. Ele perguntou para seu amigo o que era aquilo e recebeu a resposta: "Um dos melhores livros já escritos". Os dois concordaram em lê-lo juntos na jornada.
A leitura desse livro e das Escrituras, acompanhada de conversas com Milner, levaram o jovem político à conversão. Ele declarou em seu diário, em fins de outubro daquele ano:
Assim que me compenetrei com seriedade, a profunda culpa e tenebrosa ingratidão de minha vida pregressa vieram sobre mim com toda sua força, condenei-me por ter perdido tempo precioso, oportunidades e talentos [...]. Não foi tanto o temor da punição que me afetou, mas um senso de minha grande pecaminosidade por ter negligenciado por tanto tempo as misericórdias indescritíveis de meu Deus e Senhor. Eu me encho de tristeza. Duvido que algum ser humano tenha sofrido tanto quanto eu sofri naqueles meses.
Wilberforce começou um programa que durou toda sua vida, de separar os domingos e um intervalo a cada manhã para se dedicar à oração e às leituras espirituais.
UMA LONGA E DURA LUTA
Já de volta a Londres, a vida de Wilberforce tomou novos rumos. Ele considerou suas opções, inclusive o ministério cristão, mas foi convencido por John Newton que Deus o queria permanecendo na política, em vez de entrar para o ministério. "Espera e crê que o Senhor te levantou para o bem da nação", escreveu Newton.
Depois de muito pensar e orar, Wilberforce concluiu que Newton estava certo. Deus o chamara para defender a liberdade dos oprimidos como parlamentar. "Minha caminhada é de vida pública. Meu negócio está no mundo, e é necessário que eu me misture nas assembléias dos homens ou deixe o cargo que a Providência parece ter-me imposto", escreveu em seu diário, em 1788.
Outro que o influenciou fortemente foi JohnWesley. Newton e Wesley tinham, além de uma fé vibrante no evangelho, uma forte convicção de que não havia maior pecado pesando sobre as costas do Império Britânico do que o terrível e abominável tráfico de escravos, que Wesley batizara de "execrável vileza".
Bruce Shelley diz que os ingleses entraram nesse comércio em 1562, quando Sir John Hawkins pegou uma carga de escravos em Serra Leoa e a vendeu em São Domingos. Então, depois que a monarquia foi restaurada em 1660, o rei Carlos II deu uma concessão especial para uma companhia que levava 3 mil escravos por ano para as Índias Orientais. A partir daí, o comércio cresceu e atingiu enormes proporções. Em 1770, os navios ingleses transportavam mais da metade dos cem mil escravos vindos da África Oriental. Muitos ingleses consideravam o tráfico de escravos inseparavelmente ligado ao comércio e à segurança nacional da Grã-Bretanha.
John Wesley escreveu sua última carta a Wilberforce, em 24 de fevereiro de 1791, seis dias antes de morrer, encorajando-o a executar o plano da abolição da escravatura. Um parágrafo dessa carta diz o seguinte: "Oh! Não vos desanimeis de fazer o bem. Ide avante, em nome de Deus, e na força do seu poder, até que desapareça a escravidão americana, a mais vil que o sol já iluminou".
Foi por conta dessas influências que Wilberforce decidiu dedicar toda a força de sua juventude e todo o talento que tinha a um único objetivo que consumiria toda sua vida: a abolição do tráfico negreiro. Algum tempo depois, num domingo, 28 de outubro de 1787, ele escreveu em seu diário as palavras que se tornaram famosas: "O Deus todo-poderoso tem colocado sobre mim dois grandes objetivos: a supressão do comércio escravocrata e a reforma dos costumes.
Uma fonte de estímulo nessa luta foi sua participação ativa no chamado Grupo de Clapham (Clapham Sect), constituído de pessoas ricas cujas residências ficavam em Clapham, um elegante bairro localizado a 8 quilômetros de Londres, que apoiava muitos líderes leigos na busca de uma reforma social, liderados por um humilde ministro anglicano, John Venn. Como destacam Clouse, Pierard & Yamauchi, o Grupo de Clapham foi, de longe, a mais importante expressão anglicana na esfera da ação social. Esse grupo de leigos geralmente se reunia para estudar a Bíblia, orar e dialogar na biblioteca oval de Henry Thornton, um rico banqueiro que todo ano doava grande parte de seus rendimentos para a filantropia.
Outros que participavam do grupo eram: Charles Grant, presidente da Companhia das Índias Orientais; James Stephens, cujo filho, chefe do Departamento Colonial, auxiliou bastante os missionários nas colônias; John Shore, Lorde Teignmouth, governador-geral da Índia e primeiro presidente da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira; Zachary Macauley, editor do Observador Cristão; Thomas Clarkson, famoso líder abolicionista; a educadora Hannah More, além de outros líderes evangélicos. Dentre várias atividades, eles ajudaram a fundar a colônia de Serra Leoa, onde escravos libertos poderiam viver livres.
CLOUSE, PIERARD & YAMAUCHI DIZEM:
Este grupo uniu-se numa intimidade e solidariedade incríveis, quase como uma grande família. Eles se visitavam e moravam um na casa do outro, tanto em Clapham, como na própria Londres e no campo. Ficaram conhecidos como 'os Santos' por causa de seu fervor religioso e desejo de estabelecer a retidão no país. Vários comentaristas observaram que eles planejavam e trabalhavam com um comitê que estava sempre reunido em 'conselhos de gabinete' em suas residências pata discutir o que precisava ser consertado e estratégias que poderiam usar para alcançar seus objetivos.
Neste grupo, discutiam os erros e as injustiças de seu país, e as batalhas que teriam de travar para estabelecer a justiça.
Os membros do Grupo de Clapham demonstraram a diferença que um grupo de cristãos pode fazer. Eles elaboraram 12 marcas que nortearam seu esforço pela reforma social na Inglaterra do século 19:
1. Estabeleça objetivos claros e específicos.
2. Pesquise cuidadosamente para produzir uma proposta realista e irrefutável.
3. Construa uma comunidade comprometida que apóie uns aos outros. A batalha não pode ser vencida sozinha.
4. Não aceite retiradas como uma derrota final.
5. Comprometa-se a lutar de forma contínua, mesmo que a luta demore décadas.
6. Mantenha o foco nas questões; não permita que os ataques malignos de oponentes o distraiam ou provoquem resposta similar.
7. Demonstre empatia com a posição do oponente, de forma que diálogo significativo aconteça.
8. Aceite ganhos parciais quando tudo o que é desejado não puder ser obtido de uma só vez.
9. Cultive e apóie suas bases populares quando outros, que estiverem no poder, se opuserem a seus projetos.
10. Transcenda à mentalidade simplista e direcione-se às questões maiores, principalmente as que envolvem questões éticas!
11. Trabalhe através de canais reconhecidos, sem lançar mão de táticas sujas ou violentas.
12. Prossiga com senso de missão e convicção de que Deus o guiará providencialmente se estiver verdadeiramente a seu serviço.
Em 1797, Wilberforce publicou um livro intitulado Practical View of Real Christianity [Panorama prático do cristianismo verdadeiro], amplamente lido e ainda publicado, que evidenciava o interesse evangélico na redenção como a única força regeneradora, na justificação pela graça por meio da fé e na leitura da Escritura em dependência ao Espírito Santo, ou seja, numa piedade prática que redundasse em serviço relevante para a sociedade. Nessa obra, ele disse sobre o cristianismo verdadeiro:
Eu compreendo que a marca prática e essencial dos verdadeiros cristãos é a seguinte: que os pecadores arrependidos, confiando na promessa de serem aceitos [por Deus], mediante o Redentor, têm renunciado e abjurado todos os outros senhores, e têm de maneira integral se devotado a Deus. Agora, seu propósito determinado é se dedicar integralmente ao justo serviço do legítimo Soberano. Eles não mais pertencem a si mesmos: todas as faculdades físicas e mentais, sua herança, sua essência, sua autoridade, seu tempo, sua influência, tudo o que desconsideram como sendo seus [...] devem ser consagrados em honra a Deus e empregados a seu serviço.
E SOBRE O PODER E O DIREITO:
Eu devo confessar [...] que minhas próprias [e sólidas] esperanças pelo bem-estar do meu país não depende de seus navios e exércitos, nem da sabedoria de seus governantes, ou ainda do espírito de seu povo, mas sim da [capacidade de] persuasão de todos aqueles que amam e obedecem ao evangelho de Cristo.
NO TEMPO DE DEUS
Wilberforce e seus amigos do Grupo de Clapham também ajudaram a fundar escolas cristãs para os pobres, a reformar as prisões, a combater a pornografia, a realizar missões cristãs no estrangeiro e a batalhar pela liberdade religiosa. Mas Wilberforce acabou por se tornar mais conhecido por seu compromisso incansável pela abolição de escravidão e do comércio de escravos.
Sua luta começou por volta de 1787 - ele já era parlamentar desde 1780. Haviam pedido a Wilberforce que propusesse a abolição do comércio de escravos, embora quase todos os ingleses achassem a escravidão necessária, ainda que desagradável, e que a ruína econômica certamente viria ao acabar com a escravidão. Apenas uns poucos achavam o comércio de escravos errado. A pesquisa de Wilberforce o pressionou até conclusões dolorosamente claras. "Tão enorme, tão terrível, tão irremediável aparentou a maldade desse comércio que minha mente ficou inteiramente decidida em favor da abolição", disse ele à Casa dos Comuns. "Sejam quais forem as conseqüências, deste momento em diante estou resolvido que não descansarei até efetuar sua abolição." Wilberforce falou primeiramente sobre o comércio de escravos na Casa de Câmara dos Comuns em 1788, num discurso de três horas e meia, que concluiu dizendo: "Senhor, quando nós pensamos na eternidade e em suas futuras conseqüências sobre toda conduta humana, se existe esta vida, o que esta fará a qualquer homem que contradisser as ordens de sua consciência e os princípios da justiça e da lei de Deus!". Sua luta custou-lhe dezoito anos de trabalho incansável.

Os feitos de Wilberforce foram realizados em meio a tremendos desafios. Ele era um homem de constituição fraca e com uma fé desprezada. Quanto à tarefa, enquanto a prática da escravatura era quase universalmente aceita, o comércio de escravos era tão importante para a economia do Império Britânico quanto é a indústria de armamentos para os Estados Unidos hoje. Quanto à sua oposição, incluía poderosos interesses mercantis e coloniais e personalidades como o famoso Almirante Horacio Nelson e a maior parte da família real. E quanto à sua perseverança, Wilberforce continuou incansavelmente, anos a fio, antes de alcançar seu alvo. Sempre desprezado, ele foi duas vezes assaltado e surrado. Certa vez, um amigo lhe escreveu, dizendo-lhe que, do jeito que as coisas andavam, "eu espero ouvir dizer que foste carbonizado por algum dono de fazenda das Índias Ocidentais, feito churrasco por mercadores africanos e comido por capitães da Guiné, mas não desanime - eu escreverei o seu epitáfio!"
O comércio de escravos foi finalmente abolido em 25 de março de 1806. Quando a lei foi aprovada, todo o Parlamento se pôs de pé e aplaudiu Wilberforce por vários minutos, enquanto ele, já desgastado pelos anos, chorava com o rosto entre as mãos.
Ele continuou a campanha contra a escravidão em todos os territórios britânicos, e o voto crucial da famosa Lei de Emancipação chegou quatro dias antes de sua morte, em 29 de julho de 1833.
Por conta da decisão parlamentar, poderosa como era e não querendo ser lesada em seus interesses, a Grã-Bretanha declarou ao mundo que nem ela nem ninguém mais poderia traficar escravos. Além disso, tornou-se a guardiã dos mares. Logo, Portugal e Bélgica, as duas nações rivais, tiveram também de parar com o tráfico, por força do poderio naval inglês.
Um ano depois da morte de Wilberforce, em julho de 1834, 800 mil escravos, principalmente na Índia Ocidental britânica, foram libertos. Em pouco tempo, a maior parte dos países ocidentais aboliria a escravidão em definitivo.


AIMEE SEMPLE MACPHERSON
(9 de outubro de 1890 - 27 de set de 1944) - Havia muita coisa que uma mulher não podia fazer na primeira metade do século XX, mas boa parte delas Aimee Semple McPherson fez. Não é a toa que ela foi citada pela revista Time, junto com Billy Graham, como uma das 100 pessoas mais importantes do mundo durante o século XX.
Quando mulheres não podiam subir em púlpitos para pregar a palavra de Deus, ela liderou reuniões para milhares de pessoas em diversos continentes. Sua fama se espalhou por todo o mundo. Centenas de milhares foram salvos, curados e tocados pelo Espírito Santo de Deus.
Ela realizou milhares de campanhas, construiu o “Angelus Temple”, promoveu a abertura de mais de 400 igrejas no país, diplomou 3000 alunos pelo “Life Bible College”, inaugurou a primeira rádio evangélica e foi a primeira mulher a pregar a palavra de Deus em uma rádio nos Estados Unidos.
Com todo esse currículo, porém, em uma lição de humildade, que faz com que qualquer um de nós sinta que não fez nada por Deus, ela termina sua vida dizendo: "...sinto que fiz muito pouco, embora tenha pregado ao redor do mundo e visto milhares de pessoas serem salvas. Sinto não ter feito virtualmente nada. Se fosse homem, poderia ter feito muito mais. Mas sou apenas uma mulher que se entregou a Deus para ser usada por Ele. Toda glória por qualquer coisa realizada pertence completa e unicamente ao Senhor, a quem amo e rendi toda a minha alma..."
A HISTÓRIA DE SUA VIDA
Aimee Semple McPherson, desde a sua adolescência, sentia o forte chamado de Deus que a impulsionava em busca da verdade.
Em sua caminhada, assim como Jesus, ela foi caluniada, enganada e perseguida; chegou quase à morte, mas Deus a resgatou, porque aquela enfermidade era para a glória de Deus.
Ela venceu a morte, venceu suas necessidades humanas, os seus esforços contribuíram para que Deus agisse de forma maravilhosa em seu ministério.
O seu amor pelas almas era maior que as dificuldades que encontrava pelo caminho, sua vida foi dedicada, quase que por completo, ao ministério. Sua prioridade era levar a salvação, a cura e a restauração, através do poder do nome de Jesus Cristo.
O SEU NASCIMENTO
Em Salford, próximo a Ingersoll, em Ontário, Canadá, viviam o Sr. James Morgan Kennedy e sua esposa, a Sra. Elizabeth Kennedy. A senhora Elizabeth ficou muito doente e James publicou um anúncio para contratar alguém para cuidar dela. A Srta. Mildred Ona Pearce, ou simplesmente "Minnie", que tinha 14 anos de idade, aceitou o emprego. Ela era órfã e filha adotiva de um casal metodista que atuava no "Exército da Salvação", um movimento evangelista da Igreja Metodista.
Algum tempo depois, a Sra. Elizabeth Kennedy veio a falecer e o Sr. Kennedy, já com 50 anos de idade, tomou à jovem Minnie em casamento. Isso gerou muita confusão no lugar onde moravam, e se sentiram forçados a mudar para Michigan, nos Estados Unidos da América, amenizando o escândalo.
Em nove de outubro de 1890, de volta ao Canadá e agora morando em uma fazenda perto de Ingersoll, nasce a filha única do casal James e Minnie, a qual recebeu o nome da falecida esposa de James, Elizabeth Kennedy. Com o passar dos anos, a menina, muito desenvolta, adotou para si mesma o nome de Aimee Elizabeth Kennedy para diferenciar-se da falecida Elizabeth Kennedy.
Aimee passou sua infância e mocidade em Ingersoll, formando-se no colégio com honras especiais. Entre 14 e 16 anos, Aimee tornou-se muito ativa.
Ela tinha um profundo desejo de ser atriz e interessou-se cada vez mais pelos programas sociais e recreativos da Igreja Metodista que ela freqüentava, usando seus talentos criativos nas apresentações teatrais da igreja. Cinema, patinação no gelo, romances e bailes foram as diversões que a traíram até o ponto de seu coração ficar cada vez mais frio e longe de Deus.
Com a idade de dezessete anos, conheceu a Teoria da Evolução, de Darwin, o que muito a fascinou. Sendo muito perspicaz, poucos religiosos conseguiam debater com ela e vencer. Mesmo sendo criada num lar cristão, Aimee começou a duvidar da veracidade de suas crenças religiosas e até da existência de Deus.
Nessa condição de indiferença ateísta, Aimee sentia-se infeliz. Entre as dúvidas e a tristeza por ter discutido com a sua mãe, tendo-a magoado com sua descrença, a luta em seu coração era muito grande.
A CONVERSÃO DE AIMEE
Uma noite ela foi para seu quarto, determinada a achar uma solução para suas dúvidas. Sem acender a lamparina, ajoelhou-se em frente à janela aberta onde contemplava a paisagem branca, toda coberta de neve.
Levantando seus olhos aos céus, vendo a lua e as estrelas, pensou: "Certamente deve existir um grande Criador que fez tudo isto". De repente, ergueu os seus braços para o céu e clamou: "Ó Deus… se há um Deus... revele-se a mim!”
“Suponho que o Pai Celestial responda a essa oração para cada ente humano que envie sua petição desesperada em direção aos céus. Pelo menos, Ele respondeu à minha antes da meia-noite seguinte", disse Aimee.
Depois das aulas daquele dia, enquanto esperava o horário para o ensaio da peça de Natal no salão da prefeitura, Aimee saiu andando pela rua de neve com seu pai e notou um aviso no salão de Missões que dizia: "Reunião de Avivamento, Robert Semple, evangelista irlandês. Todos são bem vindos".
O pai de Aimee sugeriu que entrassem e ela aceitou sem discutir, pois notícias desse reavivamento haviam chegado ao seu conhecimento e a curiosidade a impulsionava a estar ali. Tudo era interessante, os cânticos eram bastante animados, todos cantavam levantavam as mãos e Aimee se divertia com isso.
A seriedade tomou conta do semblante de Aimee ao ver o evangelista entrar com a Bíblia debaixo do braço. Moço alto, tinha um topete de cabelo crespo castanho que teimava em cair sobre os olhos azuis irlandeses. Era possível rir com ele, pois sua mensagem borbulhava com um humor claro e sadio, mas não se podia rir dele: "Nem pensar!", comenta Aimee.
"Leiamos Atos 2:38-39", Robert disse e leu…” Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo“.
E começou. Arrepios correram pelas costas de Aimee, pois ela jamais ouvira um sermão destes. Usando a Bíblia como espada, ele dividiu o mundo em dois. De um lado, colocou os cristãos, do outro, os pecadores. Segundo o seu evangelho, todos estavam destinados ao céu ou ao inferno.
Ao ouvi-lo pregar, a pessoa entendia haver diferença visível entre o pecador e o membro da igreja. O pregador passou a falar do Espírito Santo e, de repente, a falar numa língua desconhecida. Aimee diz que, para ela, este pronunciamento, inspirado pelo Espírito Santo, era como a voz de Deus trovejando em sua alma palavras terríveis de juízo e condenação.
Apesar da mensagem falada em línguas, ela entendia perfeitamente Deus dizer “que ela era uma pecadora, perdida no caminho do inferno…". Aquela noite mudou a vida de Aimee.
Jamais alguém disse tamanha verdade a ela. Era como se mãos invisíveis houvessem se estendido sobre ela e começassem a sacudir sua alma. Uma convicção genuína a envolveu e ela sabia que havia um Deus e ela atuava como uma pecadora. Ainda assim, Aimee tentou fugir procurando pôr três dias, se distrair das palavras do evangelista ouvindo músicas de jazz.
Mas numa tarde de dezembro de 1907, três dias após aquela pregação, voltando para casa de trenó, Aimee não conseguiu mais suportar. Era como se os céus de bronze fossem cair sobre ela e que em poucos momentos seria demasiado tarde.
"Deus, tenha misericórdia de mim, sou uma pecadora!", tudo mudou em sua volta e uma grande paz invadiu a sua vida.
Diz Aimee: “Foi como se o sangue do calvário, ainda quente, se derramasse sobre todo o meu ser. Grandes lágrimas escorriam sobre minhas mãos enluvadas enquanto segurava as rédeas. Quando entrei em casa, senti Aquele que é invisível bem próximo de mim. Meus pais estavam no estábulo e me alegrei pôr estar só. A casa inteira parecia inundada de uma glória cor de ouro. Levantando a tampa do fogão de metal, na sala de estar, queimei minhas sapatilhas de dança, minhas partituras de jazz e meus romances. Meu pai quis saber o que estava acontecendo e expliquei: Converti-me e não tenho mais necessidade dessas coisas!"
BUSCA DO ESPÍRITO SANTO
Depois de sua conversão, Aimee passou duas semanas numa alegria impossível de descrever. Deste dia em diante, Aimee passou a buscar a presença de Deus. Não perdia tempo para orar e ler a Bíblia. Diz Aimee que, quando orava, falava com Cristo, e, quando lia a Sua Palavra, Ele falava com ela.
Um dia, em oração, esta serenidade foi abalada ao analisar: “O Senhor me dá tudo e eu só recebo. O egoísmo é um traço de caráter abominável. Senhor, que posso fazer em troca?” Aimee abriu a Bíblia e leu “... o que ganha almas é sábio e ... resplandecerão como as estrelas sempre e eternamente."
Era como se uma voz poderosa falasse em tom de clarim: "Agora que você foi salva, vá e ajude a salvar os outros."
Começou a procurar almas. Desde aquele momento ela começou incessantemente a buscar o Espírito Santo, perdendo muitos dias no colégio para assistir reuniões na casa de uma senhora, já batizada com Espírito Santo, que pertencia à Missão Pentecostal onde Aimee ouvia o Evangelho.
Quando a mãe de Aimee recebeu uma carta do diretor do colégio comunicando o fato dela estar perdendo muitas aulas, proibiu-a de freqüentar os cultos, chamando o povo da missão de fanáticos.
Na segunda-feira seguinte resolveu não ir ao colégio, mas passar o dia em oração na casa da irmã da missão. Elas oraram juntas, pedindo ajuda a Deus para que Aimee ficasse na cidade até receber o batismo. O Senhor ouviu a oração e a neve começou a cair numa tempestade forte.
Ela orou o dia todo e quando foi pegar o trem para voltar à sua casa, descobriu que todos os trens estavam parados, as linhas telefônicas interrompidas e as estradas intransitáveis. Essas condições prevaleceram uma semana e Aimee ficou na casa da irmã, passando a maior parte do tempo ajoelhada e orando horas a fio, comendo e dormindo pouco, levantando na madrugada, e, embrulhada em cobertores, continuava em oração.
Na sexta-feira ela ficou na presença do Senhor até a meia noite. Levantando bem cedo no sábado, antes que qualquer pessoa da casa estivesse acordada, foi à sala, ajoelhou-se, levantou as mãos e começou a orar pedindo ao Espírito Santo, para melhor servir ao Senhor, contando o seu amor para os outros. Num momento, uma alegria maravilhosa encheu o seu coração e Aimee com os olhos fechados, viu o mundo como um vasto campo de trigo, já branco para a ceifa.
Ainda em oração, o trigo começou a se transformar em rostos humanos; a folhagem, em mãos levantadas; e sobre tudo apareceram as palavras do Senhor: “Os campos já estão brancos para a ceifa. A ceara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. Rogai ao Senhor da ceara que mande ceifeiros para a sua ceara.” Naquela hora, o Senhor colocou na sua mão uma foice de dois gumes (A Palavra Deus) e no seu coração soaram estas palavras:
“Vais recolher o trigo, mas lembre sempre que a foice te é dada para cortar o trigo. Muitos ceifeiros usam-na corretamente apenas poucas horas, e depois começam a cortar e marcar os seus colegas. Aplica-te a tarefa que está perante ti, corte somente o trigo e recolhe os molhos preciosos.“
Esta foi uma lição que a irmã Aimee nunca esqueceu. Apesar das críticas, perseguições e mesmo calúnias terríveis, não procurava se defender, criticando ou ferindo os outros.
Naquele mesmo sábado inesquecível, Aimee Elizabeth Kennedy recebeu o batismo no Espírito Santo, louvando e glorificando ao Senhor numa língua que ela nunca aprendeu, “Segundo o Espírito lhe concedia que falasse.”
Era quase meio dia quando se levantou com o rosto radiante, após ter ficado muito tempo na presença do Senhor em oração. Fora, a tempestade havia cessado, os irmãos da casa entraram na sala e regozijaram-se com Aimee.
Ela escreveu mais tarde: “Dentro do meu coração ficaram duas convicções: a primeira, que o Consolador tinha entrado para ficar e eu deveria viver em consagrada obediência à Sua vontade; a segunda, que eu tinha recebido uma chamada para pregar o evangelho eterno.”
CASAMENTO, VIAGEM PARA CHINA E VIUVEZ.
Certa noite, enquanto Aimee estava na casa de um vizinho com duas crianças que tinham apanhado febre tifóide, a porta se abriu e Robert Semple, o evangelista, surgiu diante dela.
Um impulso de alegria a envolveu. Robert disse-lhe que havia chegado de Stratford e, sabendo que as crianças adoeceram, viera fazer-lhes companhia. Naquela noite, as crianças tiveram os dois como enfermeiros. Aimee e Robert conversaram por algum tempo a respeito das cartas que trocavam entre si, sobre o batismo do Espírito Santo que ela havia recebido, e do grande desejo que ela tinha de ser ganhadora de almas.
Enquanto ele falava, Aimee percebia os grandes olhos azuis de Robert fixos nela. Ele falava de sua estada em Stratford, de suas realizações como homem de Deus, de suas reuniões, salões cheios e milhares de homens e mulheres aceitando a Cristo.
Aimee não escondia o seu contentamento e não negava o seu desejo de ser uma missionária.
Ao olhar os livros espalhados sobre a mesa, Robert deparou com o livro de geografia e, folheando as páginas, abriu no mapa do Oriente. "A China será o meu desafio, o meu destino". "Que maravilha", suspirou Aimee. Gostaria de dedicar a minha vida a uma causa como esta.
Foi então que Robert disse: “Aimee sei que tem apenas 17 anos, mas eu a amo de todo coração. Logo vai fazer 18. Quer casar-se comigo e ir em minha companhia para a China?"
Aimee ficou olhando estarrecida para ele. O rosto honesto, não conseguia falar, mas um desejo irreprimível de ajudá-lo nasceu em seu coração.
Ela sabia que o amava profundamente. Amava seu ministério, seu Cristo, seu ensino, sua mensagem. Não foi preciso respondê-lo imediatamente. Oraram juntos. Enquanto oravam, Aimee, numa visão, viu uma estrada longa e brilhante se estendendo em direção á Cidade Celestial, Robert e ela estavam subindo pôr um caminho ladeado de anjos que levava ao trono de Deus. Aimee o aceitou.
Robert falou com os pais de Aimee, pedindo consentimento, e de maneira simples e franca tiveram sua bênção.
No dia 22 de agosto de 1908 se casaram. E, segundo Aimee, ele foi o seu Seminário Teológico, seu mentor espiritual, seu marido terno, paciente e dedicado.
Juntos entraram no campo evangelista, seguindo um programa de trabalho intensivo. Foi nessa fase do seu ministério que Aimee recebeu o dom de interpretação de línguas. Um dia, enquanto estava orando em seu quarto, começou a falar em línguas pelo Espírito Santo.
Logo ela ficou consciente pelo fato de poder entender o significado das palavras dadas pelo Espírito Santo. Durante o culto daquela mesma noite, Reverendo Durham deu uma mensagem em línguas e Aimee recebeu a interpretação, mas, por causa da timidez, não deu a interpretação. Porém, na reunião seguinte, quando uma mensagem de línguas foi dada, com medo de apagar o Espírito, Aimee foi obediente, deixando que o Espírito Santo desse a interpretação através dela.
Algum tempo depois, assistindo a uma série de conferências, Aimee caiu numa escadaria e fraturou o osso de um dos pés, ficando com quatro dos ligamentos completamente soltos, a ponto dos dedos serem puxados para baixo apontando a direção do calcanhar. Depois de colocar o gesso, o médico deu pouca esperança de recuperação dos ligamentos e da flexibilidade do pé e do tornozelo.
Com os dedos do pé inchados, pretos e com muita dor, Aimee foi assistir ao culto à tarde, dirigido pelo Reverendo Durham. Não suportando mais a dor, deixou o culto, resolvendo descansar no seu quarto, que ficava a um quarteirão de distância do salão dos cultos.
Chegando ao quarto ela ouviu uma voz dizendo: “Se tu embrulhares o sapato do pé fraturado, e voltares ao culto, e pedires ao Reverendo Durham para orar por ti, levando consigo o sapato para calçá-lo na volta, eu curá-la-ei.” A principio ela estranhou a idéia, mas a voz no seu coração insistiu tanto que finalmente, com a ajuda de muletas, voltou ao culto levando o sapato. Chegou tremendo e atormentada porque, no caminho, a muleta entrou num buraco na calçada, causando aos dedos, já sensíveis, uma dor terrível por haverem tocado o chão.
Contando aos irmãos reunidos o que Deus tinha falado e após uns momentos de oração silenciosa, o Reverendo Durham colocou suas mãos no tornozelo dela e disse: “No nome de Jesus receba a cura.” Instantaneamente, ela sentiu que fora curada; o gesso foi tirado e num salto ela colocou-se em pé e começou a andar, louvando ao Senhor.
O testemunho de Aimee foi este: “Desde aquela vez o poder de cura divina se manifestou na minha vida e na daqueles que eu tive privilégio de oferecer a oração da fé.
Pouco tempo depois disso, o casal Semple seguiu em viagem para a China, passando antes pela Irlanda para conhecer a família de Robert. Na viagem, enfrentaram uma forte tempestade e, em meio a enjôos, medos e temores, Aimee conta ao marido que está grávida.
Depois da Irlanda, seguiram para a Inglaterra para encontrar Cecil Polhill, um milionário cristão que os ajudaria a chegar a China. Ali, Aimee fez a sua primeira pregação, numa convenção onde estavam reunidas cerca de 15 mil pessoas.
Na China, Aimee foi acometida de uma malária tropical, ficando um mês, dia e noite, no leito. A sua única preocupação era a criança. Robert logo caiu doente, tentou relutar, mas a cada dia foi piorando e a malária levou sua vida sepultando-o em Hong Kong. Aimee disse ao ver o marido falecer: "O Senhor deu e o tomou. Bendito seja o nome do Senhor".
Aimee teve uma menina a quem chamou de Roberta Star Semple. Menos de um mês depois da morte de Robert, Aimee voltou aos EUA para morar em Nova York
AS DIFICULDADES PESSOAIS E MINISTERIAIS
Com a morte de Robert Semple, Aimee passou pôr dificuldades financeiras e também necessitou dedicar mais tempo a sua filha, pois ela estava com a saúde muito fragilizada e os problemas pessoais a cada dia dificultavam mais sua vida ministerial.
Em meio a tantas dificuldades pessoais e ministeriais, Aimee conheceu e se apaixonou por Harold McPherson, um contador de Nova York, com quem reconstruiu um lar seguro para ela e sua filha.
Durante algum tempo o marido de Aimee passou pôr dificuldades financeiras; ela começou a arrecadar ofertas para o exercito de Salvação, com isso conseguia ajudar nas despesas da casa. Neste período engravidou; quando seu filho Rolf McPherson nasceu teve que parar de trabalhar.
Aimee começou a dedicar-se aos filhos e à rotina do lar, porém, não estava feliz, porque, na intensa chamada de Deus e o dever com a sua família, Aimee caiu num estado de depressão pós-parto, adoecendo gravemente e sendo levada a um hospital.
Aimee pedia a cura a Deus, mas a cada pedido ouvia o Senhor dizendo: "Tu irás? Pregarás a palavra?". Mas somente depois de um ataque repentino de apendicite, que a levou a cinco operações em um mesmo dia chegando ao ponto de pedir a morte, durante a madrugada ouviu a voz do Senhor: "Agora tu irás?"; quase sem forças respondeu-lhe; "Sim, Senhor, eu irei".
Em 15 dias ela estava totalmente recuperada. Sentindo-se fraca para entrar em discussão com seu marido e sogra, quanto ao seu chamado divino, Aimee resolveu partir com seus filhos para o Canadá, buscando o apoio de seus pais, que se ofereceram para cuidar de seus filhos.
Telegrafou então para seu marido, pedindo que fosse ao seu encontro. Aimee participou de um encontro Pentecostal em Ontário, onde teve um novo encontro com Deus, assim iniciando o seu ministério no Canadá; apesar de na época ser raro encontrar uma pregadora mulher, foi respeitada e aceita pelos sinais que Deus operava através de sua vida.
O INÍCIO DO SEU MINISTÉRIO
Na primeira noite, a irmã McPherson, como era conhecida, ficou desapontada ao encontrar um número reduzido de pessoas assistindo ao culto. Na segunda noite pregou àquelas mesmas pessoas, que durante ou por quase dois anos haviam freqüentado os trabalhos. Na terceira noite, antes do culto, ela pegou uma cadeira e dirigiu-se à esquina principal da pequena cidade, a apenas um quarteirão do salão de culto. Subiu na cadeira e, com os braços erguidos, começou a orar em silêncio. Logo após, ouviu vozes ao seu redor comentando o fato. Ela parou de orar e abrindo os olhos viu um grupo grande de pessoas. Pegando a cadeira, saiu correndo e gritando "depressa, venham comigo". Todos correram atrás dela, e, chegando ao salão, ela disse ao porteiro: "Quando todos estiverem dentro, feche a porta e não deixe ninguém sair". Realmente ninguém procurou sair da pregação que durou quarenta minutos.
Na noite seguinte, o salão ficou lotado e muitos não puderam entrar. O problema só ficou resolvido com a remoção do culto para a grande área gramada que ficava atrás do salão. O número de pessoas que assistia às reuniões cresceu tanto que ultrapassou a quinhentos e, como resultado muitas almas se entregaram a Jesus.
Harold McPherson mandou-lhe um telegrama para que voltasse para sua casa, mas Aimee recusou-se a voltar. Ele veio então ao seu encontro e ouvindo uma de suas pregações reconheceu o chamado de Deus na vida de Aimee, estimulando-a a continuar.
No fim da primeira semana de trabalho ela recebeu uma oferta do povo e, com o dinheiro, foi à cidade vizinha e comprou uma tenda de lona já usada. O vendedor (homem desonesto) "abaixou" o preço com a condição que não seria necessário tirar a tenda da sacola antes de vendê-la. Quando ela voltou a Mount Forest e abriu a "catedral de lona", descobriu que estava mofada e rasgada. Foi necessário remendar e limpar a tenda, que com muito esforço finalmente ficou pronta.
No primeiro culto realizado na tenda, quando Aimee ia começar a pregar, a lona começou a rasgar-se e vinha caindo sobre o povo ali presente, devido ao forte vento; irmã McPherson levantou os braços e orou: "Em nome do Senhor Jesus, ordeno que não caia até depois do culto".
Naquele instante a lona ficou presa num prego e não caiu. No dia seguinte, um grupo de senhoras da congregação ajudou a remendar a tenda. Depois de trabalhar o dia todo, irmã McPherson sentiu-se tão cansada que resolveu cancelar o culto daquela noite. Deixando um aviso na tenda, foi para casa descansar.
Antes de deitar-se, tomou a Bíblia e ajoelhou-se para orar e meditar nas Escrituras. A Bíblia caiu da cama e quando ela foi pegá-la no chão, percebeu que estava aberta neste versículo: "Qualquer que procurar salvar sua vida, perdê-la-á, e qualquer que perder a sua vida por amor de mim, esse a salvará." (Mateus 16:25).
Ela entendeu que Deus tinha falado mais uma vez ao seu coração. Levantou-se e imediatamente se preparou para pregar na tenda. Ainda sentia grande cansaço quando subiu ao púlpito, mas, na hora em que se levantou para cantar o primeiro hino, todo o cansaço a tinha deixado.
Depois de muitos anos no ministério ela escreveu este maravilhoso testemunho: "Tem sido assim desde aquela vez. Não importa o que seja, o labor ou os apuros do dia a dia, nem importa a fadiga física e mental que eles produzem em mim, estou sempre refeita no instante em que fico em pé no púlpito." O resultado glorioso de sua obediência veio naquela noite, quando dezoito fazendeiros se converteram a Cristo.
As campanhas em tendas de lona nas cidades de orla marítima do Atlântico continuaram até 19l8, com o povo em número sempre crescente, reunindo-se para ouvir esta extraordinária evangelista.
Em junho de 1917 foi lançada a primeira edição da sua revista, "Bridal Call", contendo testemunhos e notícias das campanhas, sermões, poesias e outros artigos. Em de três meses, a revista foi aumentada de uma edição simples de quatro páginas somente, para uma revista mensal de dezesseis páginas.
Atualmente a revista é publicada sob o nome "The Foursquare World Advance", contendo notícias da Igreja Quadrangular no mundo inteiro, com uma tiragem mensal de mais de 50.000 exemplares.
As campanhas evangelistas desses primeiros anos foram marcadas com grandes experiências de fé e maravilhosas vitórias. Foi nesse período que Deus começou a usar irmã McPherson no ministério da cura divina. Uma noite ela pregou sobre o tema "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente", mostrando que Ele vive hoje para curar e batizar com o Espírito Santo.
A fé foi despertada e ela viu uma figura patética vindo voluntariamente à frente: uma moça auxiliada por duas pessoas, estava curvada, com o queixo puxado para baixo tocando no peito, pernas e mãos deformadas pela artrite reumatóide, chegava apoiando-se em muletas.
A moça foi carregada até o púlpito e assentada numa cadeira. Em poucos minutos, ela aceitou Jesus e, em seguida, foi batizada com o Espírito Santo. Depois de orar pela sua cura, irmã McPherson disse-lhe que levantasse as mãos e louvasse ao Senhor.
Assim ela o fez, e louvando ao Senhor começou a levantar os braços e as mãos deformadas começaram endireitar-se. Com os braços libertos e erguidos, ainda louvando ao Senhor, o queixo e o pescoço, há tanto tempo endurecidos, foram-se tornando livres ao ponto dela poder olhar para o céu.
Com isso ela se levantou e, apoiando-se com as mãos, começou a andar através da força que suas pernas receberam para sustentá-la. Saiu andando e glorificando ao Senhor.
Numa campanha em Durant, Flórida, novamente Deus provou o Seu poder na vida de Aimee Semple McPherson. As reuniões foram realizadas num tabernáculo de madeira em local onde não havia eletricidade.
A luz de lampiões a querosene e gasolina era muito fraca para o tamanho do tabernáculo, então, colocaram um aparelho de luz a gás para iluminar o lugar.
Uma noite, antes do culto, enquanto irmã McPherson estava fazendo uns ajustes no aparelho, houve uma pequena explosão no mesmo e as chamas atingiram seu rosto. A dor foi tão aguda que ela, sem pensar nas conseqüências, saiu correndo e colocou o rosto numa bacia com água fria.
Ao tirá-lo da água, a dor, já intensa, aumentou e bolhas brancas começaram a se formar. Irmã McPherson ficou andando de um lado para outro sob as árvores, esperando em Deus sempre, enquanto alguém consertava o aparelho danificado. O povo continuava a chegar, mas a hora de iniciar o culto já estava atrasada, devido ao imprevisto que acontecera com o aparelho.
Um senhor, que estava combatendo as reuniões e a pregação de cura divina, aproveitando a oportunidade, levantou-se para avisar ao povo que não haveria reunião porque a pregadora da cura divina tinha queimado o rosto.
Quando a irmã McPherson soube disso, orando e pedindo força, subiu ao púlpito e, em nome de Jesus, anunciou um hino com os lábios tão endurecidos por causa da queimadura que quase não pode pronunciar as palavras. Terminando a primeira estrofe, ela levantou sua mão e disse pela fé: "Louvado seja o Senhor que me cura e me tira toda a dor."
O povo começou a louvar a Deus e, instantaneamente, o sofrimento intenso foi aliviado e, perante os olhos de todos, o vermelhão do rosto começou a diminuir e as bolhas desapareceram. No final do culto, a sua pele estava completamente normal e Deus foi glorificado.
Na cidade de Filadélfia, em 1917, a campanha realizada numa tenda grande, trouxe pessoas de muitas cidades vizinhas que acamparam em tendas pequenas ao redor de cultos. Na primeira noite, o poder do Espírito Santo caiu sobre o povo que clamava a Deus pedindo um avivamento. Na segunda noite, o inimigo começou a atacar a obra. O terreno alugado para levantar a tenda, antes era utilizado como campo de futebol por um colégio vizinho e os jovens, ressentidos por terem perdido o campo, começaram a perturbar o culto.
Centenas deles cercaram a tenda e, cada vez que havia uma manifestação do Espírito, eles zombavam e davam gargalhadas. O barulho tornou-se tão forte que dentro da tenda era impossível ouvir a voz dos solistas e dos dirigentes que falavam ao povo.
Mais tarde foi descoberto que os jovens esconderam latas de querosene e gasolina para incendiar tudo que havia no terreno. Enquanto o povo cantava hinos, irmã McPherson orava pedindo a orientação do Senhor.
A resposta veio pelo Espírito Santo de Deus, dizendo-lhe: "Começa a louvar, porque a alegria do Senhor é a tua força."
Ela começou em voz baixa, com os olhos fechados; mas aos poucos, a sua voz tornou-se mais forte, então clamou: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao Seu Santo nome." O povo sentindo o Espírito, também levantou a voz louvando ao Senhor. Irmã McPherson relata o que aconteceu depois:
"Enquanto eu louvava ao Senhor, vi muitos demônios com asas estendidas, semelhantes às de morcego, entrelaçadas uma a uma, lado a lado, ao redor do tabernáculo. Mas cada vez que eu dizia: Louvado seja o Senhor, eu percebia que as forças diabólicas davam um passo para trás, até que, finalmente, desapareceram entre as árvores."
Ela continuou clamando: "Glória a Jesus! Aleluia! Louvado seja o Senhor." De repente viu que, no lugar onde as forças diabólicas haviam desaparecido, um grande bloco de anjos, vestidos de branco, estava avançando, também com asas estendidas e entrelaçadas, e cada vez que se expressava: "Louvado seja o Senhor", eles davam mais um passo à frente. Sem parar, avançavam ao ponto de cercar completamente a orla exterior da tenda de lona.
Quando irmã McPherson abriu os olhos, os jovens que perturbavam o culto ainda estavam presentes, mas todos quietos, com os olhos atentos e olhando para ela. Houve uma atenção perfeita durante a pregação, muitos aceitaram Jesus como Salvador e nos outros cultos eles voltaram trazendo os doentes e aflitos para que recebessem a oração da fé.
Sua primeira viagem transcontinental foi em 1918, quando atravessou o continente em seu carro com as frases escritas: “Carro do Evangelho” e "Jesus voltará, prepare-se!”.
Viajava acompanhada pelo casal de filhos, sua mãe e uma secretária; irmã McPherson corajosamente pegou a direção do carro e enfrentou chuva, neve, tempestades terríveis, lama e montanhas na sua viagem de 6.400 km, pregando e distribuindo milhares de folhetos, ela se dirigiu a cidade de Tulsa, no estado de Oklahoma, ponto intermediário no seu itinerário para a Califórnia. Antes de lá chegar, recebeu um telegrama avisando-a que todas as igrejas de Tulsa estavam fechadas por causa de muitas mortes, resultantes da epidemia de gripe. Em oração, o Senhor falou com ela dizendo: "Não temas. Continues a viagem, e quando chegares ali, as igrejas estarão abertas".
Quando chegou em Tulsa, num domingo pela manhã, ouviu os sinos de muitas igrejas. Perguntando a razão de tudo isso, irmã McPherson descobriu que a cidade de Tulsa estava regozijando-se pela reabertura de suas igrejas naquele mesmo dia.
Entre 1918 e 1923, irmã McPherson atravessou os Estados Unidos oito vezes, realizando trinta e oito campanhas evangélicas nos maiores auditórios do país. Esses auditórios tinham capacidades entre 3.000 a 16.000 pessoas sentadas, e muitas chegaram para receber a salvação e a cura em Jesus, e para serem batizadas com o Espírito Santo.
Durante a grande campanha na cidade de Oakland, na Califórnia, no ano de 1922, Aimée Semple McPherson foi inspirada a chamar sua mensagem de "QUADRANGULAR".
Esta lhe foi revelada enquanto pregava sobre a visão de Ezequiel, dos quatro querubins com quatro rostos que simbolizavam o quádruplo ministério do Senhor Jesus Cristo:
1 – O Salvador
2 – O Batizador com o Espírito Santo
3 – O Grande Médico
4 – O Rei que há de Voltar
Aimee começou a proclamá-la com o nome dado por Deus: " O EVANGELHO QUADRANGULAR"
AS CORES DA BANDEIRA
ESCARLATE – O Sangue de Jesus para salvação da humanidade
AMARELO OURO – O Poder Ofuscante do Espírito Santo
AZUL CELESTE – A Cura Divina que vem do céu
PÚRPURA – A vestimenta do Rei Eterno (Jesus Cristo)
No dia 1 de janeiro de 1923, foi inaugurado o templo Sede Internacional da Igreja Quadrangular, o “Angelus Temple” com capacidade para 5000 pessoas. Aimee dirigia 21 cultos por semana; nos primeiros meses 7000 pessoas encontraram a Salvação em Jesus Cristo.
Trinta e três dias depois, foi inaugurado o Instituto de Treinamento Evangélico e Missionário; Aimee também consagrou uma sala de oração baseada no versículo "Orar sem Cessar".
Em 06 de fevereiro de 1924 consagrou a primeira rádio pertencente a uma igreja nos Estados Unidos e a terceira emissora em Los Angeles a KFSG.
Aimee também foi autora de vários livros, 105 hinos e 13 óperas sagradas.
Aimee não conseguiu conciliar sua vida de evangelista com a sua vida de esposa e, em 1921, sentindo-se preterido devido às muitas viagens de Aimee, Harold pede o divórcio alegando abandono do lar. Seu casamento durou perto de 9 anos.
Uma das grandes campanhas dessa época foi realizada na cidade de Denver, no estado de Colorado, no auditório municipal com capacidade para 15.000 pessoas. O auditório estava sempre lotado e, cada noite, milhares de pessoas que chegavam não podiam entrar; uma noite, o número de excedentes chegou a 8.000. Muitos se esconderam nos banheiros após o culto à noite, como garantia de que, no dia seguinte, haveria um lugar para assistir ao culto matinal. O número de conversões era tão grande que houve cultos nos quais quase a metade dos ouvintes se levantava para aceitar Jesus. Havia sempre um lugar especial para os cegos e paralíticos, cento e cinqüenta pessoas sobre macas foram colocadas numa área que ficava em frente ao grande palco. Por duas horas e quarenta e cinco minutos, irmã McPherson foi de maca em maca, orando pelos doentes, individualmente. Um repórter escreveu o seguinte relatório do culto:
"Foi literalmente um reavivamento de corpos doentes. Pessoa por pessoa, uma após outra, levantou-se da maca, e erguendo as mãos e o rosto para o céu, declaravam sua cura."
Outra campanha de grandes dimensões aconteceu em San Diego, na Califórnia. Os cultos foram realizados num ginásio de esportes reservado para lutas de boxe onde, na véspera da campanha, irmã McPherson conseguiu, no intervalo da luta, licença para fazer o aviso da campanha.
Durante cinco semanas a cidade foi abalada e o número cresceu tanto que foi necessário reservar uma parte do ginásio para pessoas com convites especiais. Isto foi feito para dar oportunidade a mais pessoas assistirem aos dois cultos por dia. Grandes lojas pediram convites para os seus funcionários, entidades civis e militares também fizeram o mesmo.
Cada noite era um grupo diferente que assistia ao culto. Não era possível orar por todos os doentes que chegavam, porque o ginásio, com capacidade para 3.000 pessoas, ficou pequeno demais. Finalmente conseguiram um lugar para a realização dos cultos de cura divina ao ar livre, na grande concha acústica do Parque de Balboa (somente por dois dias), um lugar para exposições e feiras, semelhante ao Parque do Anhembi, em São Paulo.
Após marcada a campanha especial, a cidade foi convocada para oração e jejum. Na véspera, setecentos carros chegaram e seus ocupantes aguardavam o início dos trabalhos, dormindo nos próprios carros. Muitos chegaram a pé, empurrando cadeiras de rodas ou carregando os doentes em macas. As 10:30 hs, irmã McPherson deu início ao culto; depois de alguns hinos e testemunhos maravilhosos, ela pregou sobre a cura dupla – do pecado e da doença. Daí, ela e um grupo de ministros começaram a orar pêlos enfermos.
Foi uma fila contínua o dia todo. Eles oraram desde cedo até o pôr-do-sol, ocupando apenas quinze minutos para um lanche. A polícia estimava que, conforme a hora, havia uma assistência que variava entre 10.000 a 30.000 pessoas durante o dia todo. No dia seguinte, Deus continuou os milagres de salvação e cura em nome de Jesus.
O ministério de Aimee Semple McPherson tornou-se internacional em 1922 quando ela realizou uma campanha na Austrália. Mais tarde, ela levou o evangelho a muitas outras nações. O ministério da irmã McPherson foi marcado por uma paixão imensa pelas almas. A mensagem de salvação recebeu ênfase, seguida de sinais prodigiosos ou sinais e prodígios.
Nessas campanhas de salvação e cura divina, a mensagem do Espírito Santo também foi
proclamada. No final dos cultos, um outro culto de oração era realizado àqueles que estavam buscando o batismo com o Espírito Santo, o qual, muitas vezes, durou até as cinco ou seis horas do dia seguinte.
O SEQÜESTRO
Em 18 de maio de 1926, Aimee e sua secretária, Emma Schaffer foram à praia. Aimee foi ao mar e não mais foi vista. Inicialmente, achou-se que tinha-se afogado e grande rebuliço aconteceu em todos EUA, especialmente em Los Angeles, centro de suas atividades evangelistas ou evangelizadoras ou evangélicas. Equipes de busca foram organizadas e incansavelmente buscaram o corpo da Sra. Aimee Semple Mcpherson. Uma jovem, devota de Aimee, mergulhou em sua busca e acabou morrendo afogada.
Aimee contou que foi abordada por uma senhora que chorava muito e pedia para que fosse orar por sua filha que estava morrendo no carro. Chegando ao carro, percebeu que era uma cilada e foi seqüestrada.
Chegando ao cativeiro, indagou aos seqüestradores o porquê do seu seqüestro; eles disseram que pediriam um resgate e ficariam com o Templo. Ela ficou presa por quase um mês em uma casa, depois foi levada para uma cabana primitiva por dois ou três dias; quando se viu sozinha pulou a janela, conseguindo escapar para o deserto, onde andou o dia inteiro, passando pôr muitos perigos. Já era madrugada quando avistou uma casa, aonde foi pedir ajuda.
O senhor Gonzáles, dono da casa, chamou a policia do Arizona para registrar o seqüestro e avisar sua mãe; a policia registrou o seqüestro e a encaminhou para o hospital. Não acreditando que se tratava da senhora McPherson, chamaram um editor para identificá-la; ele confirmou e assim ela pode entrar em contato com sua mãe pelo telefone.
Todos, quando souberam da noticia, no Templo, ficaram muito felizes com a volta da irmã McPherson; nesta época ela foi muito perseguida pelos jornalistas e autoridades que não acreditaram em sua história.
Depois de terem esgotado esta história, resolveram acrescentar algo mais picante, como se esse tempo de cativeiro fosse desculpa para encontros amorosos, denegrindo sua imagem de evangelista, inventaram até um possível aborto.
Mais uma vez, Deus esteve com ela e nada foi provado, desta forma foi encerrado o inquérito por falta de provas.
A VOLTA AO MINISTÉRIO
Aimee voltou às suas viagens evangelistas. Uma parada nessa viagem foi na cidade Baltimore, onde os jornais divulgaram-na como “Mulher Milagrosa”. Através desse anúncio, o teatro ficou repleto de paralíticos e doentes e Aimee foi orar ao Senhor porque sabia que não tinha o poder para curá-los; e o Senhor respondeu-lhe que quem tem o poder de curar e salvar é Ele e que ela seria um instrumento em suas mãos. Naquela noite muitos milagres aconteceram.
Durante as viagens evangélicas, sua mãe cuidava com eficiência do Templo em Los Angeles; com a morte de sua mãe, Aimee assumiu o Templo, tendo um desgaste físico e mental, adoecendo gravemente e seu filho Rolf, que havia voltado de uma viagem evangélica, assumiu a liderança.
O SEU ÚLTIMO CASAMENTO E SUA MORTE
Após os casamentos de seus filhos, Aimee sentiu-se muito sozinha; foi quando conheceu um cantor, David Hutton e apaixonou-se, casando-se novamente. Mais uma vez foi enganada pelos seus sentimentos, logo descobriu que ele não a amava, somente a usou para obter sucesso em sua carreira, assim divorciaram-se.
Na noite de 26 de setembro de 1944, Aimee pregou o seu último sermão perante uma multidão na Califórnia.
Esta foi a mesma cidade em que, 22 anos atrás, ela recebera a visão do Evangelho Quadrangular. O ministério terreno de Aimee terminou incansável como começara.
Quando seu filho Rolf encontrou-a na manhã seguinte, ele soube que o desejo dela fora concedido. E assim ela partiu para o Senhor.
T.L. OSBORN
Tommy Lee (TL) nasceu para Charles e Mary Osborn em 23 de dezembro de 1923 em uma pequena fazenda perto da área Township Pocasset de Oklahoma. Tommy Lee foi um dos treze filhos e da família lutaram ao longo dos anos da depressão. Até o momento Osborn foi de 6 a família havia se mudado para SKedee, Oklahoma para tentar outra fazenda. Nós não sabemos muito da história da família, mas TL testemunhou que ele foi convertido em torno de 13 anos de idade quando seu irmão mais velho levou-o a uma pequena igreja em Mannford, Oklahoma. Sua família se tornou amigo de Oral Roberts, que liderava uma pequena igreja em Sand Springs, Oklahoma, em meados de 1930. TL iria com Roberts para ajudar com reuniões evangelísticas. Ele disse: "Oral fez a pregação, e eu fiz quase tudo." Uma das suas funções estava jogando um acordeão para a parte musical das reuniões.
Quando ele tinha 15 anos na presença de Deus veio sobre ele enquanto ele estava fora encontrar as vacas de leite e ele começou a chorar. Ele se ajoelhou para rezar e pedir a Deus que se tratava. Deus lhe disse que ele foi chamado para ser um pregador, e ele começou a rir e chorar ao mesmo tempo, não entendendo o que estava acontecendo com ele. Osborn abandonou a escola depois de completar a oitava série em 1939 e começou a viajar com EM Dillard, que foi a realização de reuniões evangelísticas. Osborn foi responsável por ajudar e manipulação dos serviços de juventude durante a noite. Ele viajou com Dillard para 2 1 / 2 anos. Suas viagens levou através de Oklahoma, Arkansas, e eventualmente para a Califórnia.
Daisy Washburn nasceu 23 setembro de 1924 aos agricultores de frutas pobres em Merced, na Califórnia. A família tinha 11 filhos e Daisy foi devastada por um trauma em sua vida jovem. Quando ela tinha apenas oito anos sua mãe e irmã mais velha foram mortos em um acidente de carro. Daisy tinha uma experiência de salvação quando ela tinha 12 anos de idade e Cristo aceitou. Infelizmente isso não protegê-la de tempos difíceis. Dentro de alguns anos dois de seus irmãos cometeu suicídio e seu pai foi assassinado. Em 1941, enquanto na Califórnia TL Osborn conheceu Daisy.Eles foram derrotados e se casaram em Los Banos, Califórnia no dia de Páscoa em 1942. Ele tinha 18 anos e ela tinha 17 anos na época.
O Osborns tinham vínculo com a Igreja Pentecostal Deus de denominação e trabalhou como evangelistas. Seus esforços iniciais levou para Oklahoma rural, mas eles voltaram para a Califórnia por dois anos como pastores e evangelistas itinerantes ao longo da costa oeste. Por volta de 1944 o casal mudou-se para Portland, Orégano e começou Montaville Tabernáculo e tornou-se pastores. O superintendente da denominação veio e falou na nova igreja. Ele havia sido missionário na Índia. Sua paixão para a Índia e os perdidos foram queimados nos corações Osborns. Em 1945, eles deixaram a igreja nascente e saiu para a Índia como missionários nas idades de 21 e 20.
As coisas não saem como planejado para o casal. As pessoas foram gentis, mas desde que eles não acreditam que a Bíblia era a Palavra de Deus, eles queriam alguma outra evidência que provava que Jesus era realmente o filho de Deus. O Osborns não poderia produzir a "evidência" que eles estavam procurando e assim não havia frutos em seus esforços. Eles durou menos de um ano na Índia. Eles voltaram para casa com as duas TL Sr. e Jr. de ser extremamente doente. Eles assumiram o pastorado da Igreja do Evangelho Pleno em McMinnville, Orégano e tentou se recuperar de suas falhas. Eles sabiam que precisavam de mais do poder de Deus. Eles lêem biografias, livros, sermões, e procurou as escrituras. Eles oraram por mais poder. Eles tentaram entrar em contato com pessoas com milagre ministérios, mas nunca fez as conexões eram saudade.
Em março de 1947, a Osborns ouvido que Charles S. Price havia morrido. TL quebrou e chorou. Parecia que todos os gigantes da fé em milagres e cura tinha passado e ele tinha perdido todos eles. Ele disse: "Pensei em Wigglesworth,Gipsy Smith, de Kenyon, da Price, de Dowie, e de outros não, um dos que eu tinha conhecido ou ouvido pregar, mas eles tinham ido embora para sempre da cena do mundo de ação." O casal foi dito de uma mulher chamada Hattie Hammond que estava segurando uma reunião e falar sobre o tema da "Vendo Jesus." Fome de mais, eles decidiram ir.O Osborns foram agitados e quando eles voltaram para casa eles oraram até tarde da noite para ver Jesus. Na manhã seguinte às 06:00 TL Osborn acordei e vi uma visão de Jesus que mudou sua vida para sempre. Osborn testemunhou que Jesus ficou na frente dele e de seus sentidos foram completamente esmagados. Seu corpo ficou imobilizada e lágrimas derramadas dos olhos como coloca diante do Senhor. A experiência levou um ponto para casa - Jesus era o Senhor da vida Osborn e Osborn seria sua para sempre. Ele realmente entendeu que o Senhor o amava e tinha um plano para sua vida. Velhas idéias de sucesso caiu para longe e partir desse ponto que ele queria apenas uma coisa - a glória de Jesus.
Deus não foi concluída com a Osborns ainda. Ele tinha ouvido seus gritos de ver e ouvir a realidade de que Jesus ainda fez milagres. Em setembro de 1947 ele retornou ao casal pastor Montaville Tabernacle em Portland, Oregon. William Branhan estava viajando com Jack Moore e Lindsay Gordon reuniões de cura exploração. Eles tiveram reuniões em novembro de 1947 no Auditório Cívico de Portland. Daisy participou de um encontro em primeiro lugar porque TL estava no meio de uma convenção denominacional. Ele disse TL sobre as reuniões e ele sabia que tinha que participar. As curas e milagres em encontros de Branham eram dramáticos. Ele iria chamar as pessoas pelo nome, diga-lhes suas enfermidades, e depois orar por eles e eles seriam curados. O Osborns foram esmagados com uma nova visão do amor de Jesus e o fato de que Ele é o mesmo "ontem, hoje e eternamente." O que impressionou mais TL foi W.M Branham que Jesus exaltou e mostrou a capacidade de Jesus de amar e de curar as pessoas. Branham viu como um homem humilde, simplesmente fazendo o que Jesus lhe pediu para fazer. TL começou a chorar com o que viu Jesus fazer. Os cegos viam, os surdos ouviram, os aleijados e andou. TL disse que era como se ele ouviu milhares de vozes dizendo "você pode fazer isso também." Mais uma vez o casal foi abalada às suas raízes.
O Osborns decidiu ler a Bíblia em uma maneira nova. Eles lêem sobre os milagres e o fato de que Jesus deu aos discípulos a autoridade para fazer o que Ele fez. TL jejum todos os alimentos e água por três dias em que buscou a presença de Deus. O Senhor falou com ele e disse: "Como eu tenho com os outros, então eu estarei com você. Onde quer que vá, eu vou vos dar a terra para a sua posse. Nenhum demônio, nenhuma doença, ou nenhum poder pode estar diante de vocês todos os dias da sua vida, se você levar as pessoas a acreditar na minha palavra. " Eles começaram a realizar reuniões de cura em sua igreja. Imediatamente eles começaram a ver curas e milagres. Seu primeiro milagre foi uma mulher que tinha sido gravemente ferido em um acidente de carro e mal podia andar com muletas. Ela ficou sob o poder de Deus e começou a andar normalmente ao redor da sala com os olhos fechados.Quando ela abriu os olhos ela estava completamente curada e deu testemunho de que tinha ouvido um coro angelical cantando os louvores de Deus.
A chama missionária no Osborns se levantou mais uma vez. Agora que eles estavam vendo curas e milagres que sentiam que tinham a resposta para alcançar os perdidos em terras estrangeiras. Eles não tinham muito dinheiro, mas eles foram convidados para ir à Jamaica e pregar no início de 1949. Eles tornaram-se afiliadas com a Voz da Organização Cura. Eles voltaram para os EUA e reuniu-se com William Branham, Bosworth FF, e Lindsay Gordon.Estas reuniões deram TL atenção nacional, mas os corações Osborns foram para os perdidos em terras estrangeiras.Entre 1950 e 1964 o casal realizou grandes cruzadas em 40 países. Em 1953, o Osborns formaram a Associação de Evangelismo Nativo para elevar de pastores locais para plantar igrejas. As reuniões foram alguns dos maiores já realizado antes desse tempo. As reuniões, muitas vezes têm dezenas de milhares de pessoas presentes, com grande número de pessoas a serem salvas. Onde quer que fossem o seu ministério foi marcado por milagres e curas dramáticas. Houve também ocorrências regulares de pessoas vendo Jesus em uma reunião. Em uma reunião na Tailândia mais de 100 pessoas viram Jesus andando por entre a multidão. Em 1958, o Osborns configurar um sistema de formação e apoio a pastores locais por um ano como suas igrejas saiu do papel. Osborn Ministérios desde filmes, vídeo e equipamento de áudio, e apoio material. Estima-se que ao longo da vida do Osborn, têm apoiado mais de 30.000 pastores locais e ajudou a ver o Evangelho pregado em 50 mil aldeias. Sua visão era de que o ministério não estava focada neles, mas ao ver o Evangelho pregado em todo o mundo.
Na década de 1960 muitos dos ministérios de cura e libertação que havia começado na década de 1940 e 50 anos foram desaparecendo ou focando outras direções, como a educação. O Osborns mudou sua sede para Tulsa, Oklahoma e continuou a trabalhar para tornar-se relevante para a cultura e para alcançar o nível internacional perdido. Seu ministério continuou quando muitos outros fechados. Daisy também se tornou cada vez mais visível no ministério falando para as mulheres em todo o mundo sobre seu lugar em Deus. O casal foi entende muito de mídia e produziu muitos livros, gravações de mídia, e uma revista chamada "Faith Digest". Seus livros e folhetos foram publicados em 132 idiomas. As reuniões milagre de vídeo foram traduzidos para 67 línguas. O casal era muito ativa e na década de 1980 tinham viajado para mais de 70 nações que se mantinham grandes cruzadas pregando o Evangelho, curar o enfermo, e vendo os milagres. O calendário Osborn começou a abrandar em 1980 e 90. Daisy Osborn voltou para casa para estar com o Senhor em 27 de maio de 1995.
ORAL ROBERTS
         Granville Oral Roberts, o mais destacado evangelista do ministério de cura, nasceu no condado de Pontoc, Oklahoma. Roberts cresceu em miserável pobreza, filho de um pregador holiness pentecostal. Aos 17 anos de idade, foi diagnosticado com tuberculose e ficou de cama por mais de cinco meses. Em Julho de 1935, no ministério do evangelista George W. Moncey, foi curado de tuberculose e gagueira. Nos dois anos que se seguiram, ele começou a aprender os segredos da liderança no ministério evangelístico d seu pai. Consagrado pela Igreja Holiness Pentecostal em 1936, logo se destacou no ministério da denominação. Entre e 1941 e 1947, serviu em quatro pastorados.
         Em 1947, Roberts iniciou um ministério de cura com sua primeira campanha local em Enid. No mesmo ano, publicou seu primeiro livro sobre o ministério de cura: Se você precisa de cura divina – faça estas coisas (Vida Nova, 1947). Ele levou a mensagem de cura para as ondas do rádio, publicou uma revista mensal, Healing Waters [Águas que curam], e estabeleceu a base de seu ministério em Tulsa, Oklahoma. N ano seguinte, cruzou os Estados Unidos com a maior tenda portátil já usada na promoção do evangelho. Sua “catedral de lona” abrigou platéias de mais de 12.500 pessoas.
         O sucesso de Roberts no ministério de cura levou-o a liderança de uma geração de dinâmicos simpatizantes do avivamento, que espalharam a mensagem de cura divina por todo o mundo depois de 1947. Suas cruzadas ecumênicas foram o instrumento de revitalização do pentecostalismo após a Segunda Guerra Mundial. Ele também foi influente na formação da ADHONEP, em 1951, e uma figura proeminente no assentamento dos alicerces do moderno movimento carismático.
         O impacto mais significativo de Roberts sobre o cristianismo norte-americano ocorreu em 1955, quando ele inaugurou um programa de televisão semanal que levava suas cruzadas de cura para os lares de milhões de pessoas que nunca haviam tido acesso à mensagem da cura divina. Por meio desse programa, a mensagem de cura foi resgatada d subcultura pentecostal do cristianismo norte-americano e apresentada ao maior número de espectadores da história. Por volta de 1980, uma pesquisa do Instituto Gallup que revelou que o nome de Roberts era conhecido por incríveis 85% do público norte-americano. O historiador Vinson Synan observa que Roberts era considerado o pentecostal mais proeminente do mundo.
         Entre 1947 e 1968, Roberts liderou mais de 3 mil cruzadas de grande porte, orando pessoalmente por milhões de pessoas. Nos meados de 1950, sua mensagem de cura era anunciada em mais de cinco estações de rádio, e por quase trinta anos seu programa dominical foi o programa religioso número um em audiência. Sua revista mensal, renomeada Abundant Life [Vida Abundante] em 1956, alcançou uma tiragem de mais de um milhão de exemplares, enquanto sua revista devocional Daily Blessing [Benção Diária] chegou a ter mais de 250 mil assinantes. A coluna mensal que Roberts escrevia era publicada em 674 jornais. Por volta de 1980, havia mais de 15 mulhões de cópias de seus 88 livros em circulação, e ele recebia mais de 5 milhões de cartas por ano de pessoas simpatizantes de seu ministério.
         Uma amostra de sua crescente aceitação pelas principais denominações é que Roberts foi convidado em 1966 para participar do Congresso Mundial de Evangelismo, realizado em Berlim por Billy Graham. Ele transferiu sua filiação religiosa para a Igreja Metodista Unida em 1968 e iniciou uma ambiciosa ofensiva televisiva em 1969 com programas de variedades no horário nobre. O sucesso de sua programação no horário nobre foi memorável, alcançando 64 milhões de telespectadores. Isso levou Edward Fiske, editor religioso do New York Times, a declarar que Roberts possuía mais lealdade pessoal na década de 1970 que qualquer outro ministro nos Estados Unidos.
         Em 1965, Roberts inaugurou uma universidade co-educacional de artes em Tulsa. Recebendo autorização regional num tempo recorde de seis anos, a Universidade Oral Roberts atingiu a maioridade quando sete faculdades foram acrescentadas, entre 1975 e 1978: medicina, enfermagem, odontologia, direito, comércio, pedagogia e teologia. A universidade de 250 milhões de dólares, com sua arquitetura ultramoderna e suas dependências, tinha em média 5 mil alunos matriculados. A Universidade foi dedicada em 1967 por Billy Graham. Ao lado da Universidade, Roberts criou uma casa de repouso para 450 residentes.
         O ápice do ministério de Roberts veio com a inauguração, em 1981, de um complexo hospitalar que recebeu o nome de Cidade da Fé, ao custo de 250 milhões de dólares. O complexo consistia em um hospital de 30 andares, um centro médico de 60 andares e instituto de pesquisas de 20 andares. A filosofia do complexo era juntar oração com medicina, o sobrenatural com o natural, no tratamento do indivíduo. Infelizmente, a Cidade da Fé nunca atraiu o número de pessoas que Roberts esperava. Foi fechada em 1990.
       

ISAAC NEWTON
BIOGRAFIA DE ISAAC NEWTON CIENTISTA INGLÊS
Isaac Newton foi um físico, astrônomo e matemático inglês. Seus trabalhos sobre a formulação das três leis do movimento levou à lei da gravitação universal, a composição da luz branca conduziram à moderna física óptica, na matemática ele lançou os fundamentos do cálculo infinitesimal.
INFÂNCIA E FORMAÇÃO
Isaac Newton nasceu em Woolsthorpe, uma pequena aldeia da Inglaterra, no dia 4 de janeiro de 1643. Nasceu prematuro e logo ficou órfão de pai. Com dois anos, quando sua mãe voltou a casar, Isaac foi morar com sua avó.
Desde cedo manifestava interesse por atividades manuais. Ainda criança, fez um moinho de vento, que funcionava, e um quadrante solar de pedra, que se acha hoje na Sociedade Real de Londres.
Com 14 anos, foi levado de volta para a casa de sua mãe, cujo marido acabara de falecer, para ajudar no trabalho da lavoura. Em vez de se dedicar aos seus afazeres, passa o tempo imerso na leitura.
Com 18 anos foi aceito no Trinity College, da Universidade de Cambridge. Passou quatro anos em Cambridge e recebeu seu grau de Bacharel em Artes, em 1665.
Tornou-se amigo do Professor Isaac Barrow, que o estimulou a desenvolver suas aptidões matemáticas, tornando-o seu assistente.
DESCOBERTAS
Entre 1665 e 1667, durante o tempo em que a universidade ficou fechada, em consequência de uma epidemia de peste bubônica, que assolou a Inglaterra e matou um décimo da população, Isaac Newton teve que voltar para a casa.
Nesse período, Newton fez as descobertas mais importantes para a ciência: descobriu a lei fundamental da gravitação, imaginou as leis básicas da Mecânica e aplicou-as aos corpos celestes, inventou os métodos de cálculo diferencial e integral, além de estabelecer os alicerces de suas grandes descobertas ópticas.
LEI DA GRAVITAÇÃO UNIVERSAL
Em 1666, Newton foi o único a perceber a lei que seria básica para a compreensão de vários fenômenos – antes inexplicáveis – que ocorriam no universo.
Ao cair da árvore, a mais célebre maçã da história da ciência, motivou em Newton a ideia de gravitação universal. “Por que caiu a maçã?”, partindo dessa pergunta, chegou à descoberta de uma das mais importantes leis científicas.
Isaac Newton elaborou então uma das mais fundamentais de todas as leis, a “lei da gravitação universal”. Nela sustentou e provou que cada partícula de matéria atrai toda partícula outra, de matéria.
Não é só a Terra que puxa para seu centro a maçã da árvore, mas também a maçã puxa a Terra, essa lei aplica-se a todos os planetas. O Sol atrai a Terra, esta atrai a Lua e a Lua atrai a Terra.
Newton mostrou que a força entre os corpos depende de sua massa, como da proximidade deles. E ensinou como calcular essas forças.
AS TRÊS LEIS DE NEWTON
Isaac Newton estabeleceu três “leis do movimento”, ou “Leis de Newton”:
A primeira lei diz que “um corpo em repouso permanece em repouso se não é forçado a mudar, um corpo que se move continuará a mover-se com a mesma velocidade e no mesmo sentido, se não for forçado a mudar”.
A segunda lei “mostra que a quantidade de força pode ser medida por uma proporção de mudança observada no movimento”. Essa proporção é o que se chama de aceleração e refere-se à rapidez do aumento ou da diminuição da velocidade.
A terceira lei diz que “toda ação causa uma reação, e que a ação e a reação são iguais e opostas”.
CARGOS E HONRARIA
Em 1667, quando a universidade reabriu, Newton voltou para sua atividade secundária de ensino, mas logo progrediu e com 26 anos, tornou-se professor de Matemática, sucedendo seu próprio mestre e protetor Isaac Barrow.
Em 1672 foi eleito para a Royal Society. Representou a universidade de Cambridge no Parlamento, por duas vezes, de 1689 e 1690 e em 1701.
Foi diretor da Casa da Moeda, época em que fortaleceu a moeda e reergueu e crédito nacional. Em 1705, a rainha Ana outorgou a Newton o título de “Sir”. Foi o primeiro cientista a receber tal honraria.
ÚLTIMOS ANOS
Isaac Newton Passou o resto de sua vida científica ampliando suas descobertas. Dedicou-se à pesquisa dos raios luminosos. Chegou à conclusão que a luz é o resultado do veloz movimento de uma infinidade de minúsculas partículas emitidas por um corpo luminoso.
Ao mesmo tempo descobriu que a luz branca resulta da mistura das sete cores básicas. Inventou um novo sistema matemático de cálculo infinitesimal, aperfeiçoou a fabricação de espelhos e lentes, fabricou o primeiro telescópio refletor.
Descobriu as leis que regem os fenômenos das marés, numa época que as atividades econômicas dependiam da navegação marítima. Isaac Newton fez previsões para o fim do mundo baseadas nas escrituras bíblicas, especialmente, no livro de Daniel, e que o acontecimento seria em 2060, do calendário gregoriano.
Isaac Newton faleceu em Londres, no dia 20 de março de 1727. Seu funeral foi grandioso. Seis nobres membros do Parlamento inglês carregaram seu ataúde, até a Abadia de Westminster, onde repousa até hoje seus restos mortais.
Em sua homenagem foi erguida em Cambridge, uma estátua com os dizeres: "Ultrapassou os humanos pelo poder de seu pensamento".
OBRAS DE ISAAC NEWTON
Métodos das Fluxões, 1671
Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, 1687
Óptica, 1704
Aritmética Universal, 1707

FRASES DE SABEDORIA
 DOS HERÓIS DA FÉ

1.   A.W. Tozer: "A ideia de que Deus perdoará o rebelde que não desistiu de sue rebelião é contrária tanto à Escritura quanto ao bom senso"
2.     John Trapp: "Desespero é a obra-prima de satanás"
3.     C.H.Spurgeon: "Certos teólogos de hoje não creem na existência de satanás. É estranho que filhos não creiam na existência do próprio pai"
4.     W.Tozer: "O diabo é melhor teólogo do que qualquer um de nós, mas continua sendo diabo"
5.     Thomas Watson: "Os ímpios têm um verme que não morre, e os piedosos, uma coroa que não se corrompe"
6.     Walter McAlister: "A igreja não é chamada para ser eficiente, grande ou rica. Ela é chamada para ser fiel"
7.     Calvino: "Nenhum verdadeiro cristão pertence a si mesmo"
8.     C.H. Spurgeon: "Para um homem que vive para Deus, nada é secular, tudo é sagrado"
9.     Thomas Watson: "Nenhum homem pode sentir o pecado, a não ser pela graça"
10.  John Bunyan: "A conversão não é um processo suave e fácil como algumas pessoas imaginam; se assim fosse, o coração do homem jamais seria comparado a um solo não cultivado, e a Palavra de Deus, a um arado"
11.  C.H. Spurgeon: "Antes que o sol se ponha, pense em algum ato que leve à conversão de alguma pessoa, e execute-o com todas as suas forças"
12.  George Whitefield: "Dê-me almas, ou tire-me a minha"
13.  John Piper: "Ter fé em Deus não é garantia de conforto, segurança e prosperidade nesta vida"
14.  John Piper: "A fé não é garantia de prosperidade, mas de estar satisfeito em Deus e viver feliz na abundância ou na necessidade"
15.  John Piper: "A coisa mais importante no mundo é sermos salvos, porque o propósito de sermos salvos é desfrutarmos a Pessoa de Deus para sempre"
16.  John Stott : "A fé que recebe a Cristo precisa ser acompanhada pelo arrependimento que rejeita o pecado"
17.  C. H. Spurgeon: "Há algumas virtudes suas que jamais seriam descobertas, se não fossem as provações pelas quais você passa"
18.  D. L. Moody : "A Bíblia não nos foi dada para aumentar o nosso conhecimento, mas para mudar nossas vidas"
19.  W. Tozer: "Nunca ouça um homem que não ouve a Deus"
20.  David Wilkerson: "Não culpe Deus por não ouvir suas orações, se você não está ouvindo o chamado DEle para ser obediente"  
21.  Paul Washer: "Ou Deus é tudo na sua vida ou Ele não é nada"
22.  Paul Washer: "O que Deus exige de nós? TUDO, Ele não divide, Ele quer tudo de nós, todo o nosso ser".
23.  J.  Gordon: “Foram precisos sete anos de trabalho: Para que Carey conseguisse batizar o primeiro convertido na Índia. Para que Judson conquistasse o primeiro discípulo na Birmânia. Para que Morrison levasse a Cristo o primeiro chinês. Para que Moffat visse as primeiras evidências da operação do Espírito Santo no local onde trabalhava, na África. Para que Henry Richards ganhasse o primeiro convertido em Banza Manteka”.
24.  W. Pink: “Ah, se pudéssemos sentir-nos mais preocupados com o estado de inanição em que se encontra hoje a causa de Cristo na terra, com os avanços do inimigo em Sião e com a devastação que o diabo tem efetuado nele. Mas infelizmente um espírito de indiferença vem imobilizando muitos de nós”.
25.  W. Tozer: “Há no cosmos, vivo e que respira, algo misterioso, maravilhoso e tremendo, acima da compreensão de todas as mentes. O crente não alega entender tudo. Ele cai de joelhos e sussurra: Deus!”
26.  W. Tozer: “Enquanto a liderança espiritual não voltar a ser ocupada por homens que preferem a obscuridade, continuaremos a presenciar uma constante deterioração da qualidade do cristianismo popular, e possivelmente chegaremos ao ponto em que o Espírito Santo, entristecido, se retirará, como a glória de Deus se apartou do templo”.
27.  W. Tozer: "Adoração é a jóia perdida da Igreja Evangélica."
28.  W. Tozer: "Deus prefere adoradores a trabalhadores; de fato, os únicos trabalhadores aceitáveis são aqueles que aprenderam a arte da Adoração."
29.  W. Tozer: "A vida em que o Espírito habita não é uma edição de luxo do cristianismo que deve ser desfrutada por determinados cristãos extraordinários e privilegiados que, por acaso, são melhores e mais sensíveis do que o restante. Ao contrário, é o estado normal para todo o homem e mulher remido em todo o mundo."
30.  W. Tozer: "Deus não se curvou à nossa pressa nervosa, nem adotou os métodos de nossa era imediatista. O homem que deseja conhecer a Deus precisa dedicar-lhe tempo. Muito tempo". 
31.  W. Tozer: "Encontrar-se com o Senhor, e mesmo assim continuar a buscá-lo, é o paradoxo da alma que ama a Deus". 
32.  W. Tozer: "Estar crucificado implica em três coisas: Primeiro, o crucificado tem os olhos sempre voltados para uma só direção; segundo, ele não pode voltar atrás; terceiro, ele não tem mais planos próprios".
33.  W. Tozer: "Nunca ouça um homem que não ouve a Deus".
34.  W. Tozer: "O homem que está crucificado tem os olhos voltados para uma só direção... Ele não pode olhar para trás. O homem crucificado está olhando apenas uma direção, que é a direção de Deus, de Cristo e do Espírito Santo .... O homem na cruz não tem mais planos para si ... Mas alguém fez planos para eles, e quando eles o pregaram naquela cruz, todos os seus planos desapareceram. Quando você se dispõe a morrer na cruz, você diz adeus - você não vai voltar!"
35.  W. Tozer: "O primeiro sinal da decadência de uma igreja é o abandono do alto conceito de Deus" 
36.  W. Tozer: "Por causa do que tenho pregado não sou bem recebido em quase nenhuma igreja na América do Norte." 
37.  W. Tozer: "Se as insondáveis riquezas de Cristo não merecem que por elas soframos, é bom saber disso agora e parar de brincar de religião".
38.   W. Tozer: "Se enxergo corretamente, a cruz do evangelicalismo popular não é a mesma cruz que a do Novo Testamento".
39.  W. Tozer: "Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que possa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento".
40.  W. Tozer: "Um cristianismo sem poder não faz nenhuma diferença fundamental na vida de um homem. A água pode mudar de líquido para vapor, de vapor para neve e de novo para líquido, e continua fundamentalmente sendo a mesma coisa. Assim, o cristianismo sem poder faz no homem diversas mudanças superficiais, porém, deixando-o exatamente igual ao que era antes".
41.  Andrew A. Bonar: “Ore, meu irmão, ore. Ore, a despeito das oposições de Satanás. Passe horas em oração. Prefira negligenciar a companhia dos amigos do que deixar de orar. Prefira jejuar, abster-se do desjejum, do almoço, do jantar, e não dormir, do que deixar de orar. E não adianta ficarmos conversando sobre oração; temos que orar muito, e com fervor. A vinda do Senhor está próxima. E ele virá despercebidamente, quando as virgens estiverem dormindo”.
42.  Andrew A. Bonar: “vejo que se deixo de manter breves orações todo dia e durante o dia todo, a intervalos, perco o espírito de oração.”
43.  Andrew Reed: “Vem, Senhor, como fogo, com a chama sagrada limpar nosso coração. Que todo o nosso ser possa tornar-se uma oferta ao nome de nosso Redentor”.
44.  Apelo feito durante o avivamento das Ilhas Hébridas: “Irmãos, se não levarmos uma vida reta diante de Deus, será uma falsidade clamarmos por um avivamento, dia e noite, meses e meses seguidos. Temos que perguntar a nós mesmos: meu coração está puro? Minhas mãos estão limpas?”
45.  Archibald Brown: “O evangelho é um fato, portanto, vamos expô-lo com simplicidade. O evangelho é alegre; portanto, vamos falar dele com alegria. Ele nos foi confiado; portanto, vamos expô-lo com fidelidade. É a manifestação de um momento infinito; portanto, vamos expô-lo fervorosamente. Fala de um infinito amor; portanto, vamos expô-lo com sentimento. É de difícil compreensão para muitos; portanto, vamos expô-lo com ilustrações. O evangelho é a revelação de uma Pessoa; portanto, vamos pregar a Cristo”.
46.  Arthur Wallis: “A pregação apostólica não se caracteriza por uma fala impecável, nem por floreados literários, nem por expressões inteligentes, mas opera através de demonstração do Espírito e de poder”.
47.  Berridge: “Todo declínio espiritual começa com a negligência da oração. Nenhum coração pode desenvolver-se bem sem muita comunhão íntima com Deus; não existe nada que possa compensar a falta dela”.
48.  Brainerd: “Minha alma suspirava e lhe suplicava que repousasse sobre mim porção dobrada daquele espírito que foi dado a Elias. E o que me alentava e fortalecia divinamente a alma, era o que eu via: que Deus é o mesmo que era nos dias de Elias. Parecia que nada era demasiado difícil para que Deus o efetuasse; nada demasiado grande para que eu o esperasse dele.“
49.  G. Finney: “Quando existe falta de amor fraternal e confiança entre os crentes faz-se necessário um reavivamento. Há nesse momento um forte clamor para que Deus reavive a Sua obra. Espere por um reavivamento quando existirem dissensões, ciúmes e rumores maldosos entre os crentes. Essas coisas mostram que os cristãos se afastaram de Deus e que é hora de pensar seriamente em um reavivamento. O reavivamento é necessário quando há um espírito mundano na igreja. Ela se afunda num estado de apostasia quando se vêem os cristãos conformes o mundo em vestimentas, festas, buscas de diversões mundanas e leituras de romances imorais. Quando a igreja encontrar seus membros caindo em pecados escandalosos e indecentes, é tempo de despertar e clamar a Deus por um reavivamento. Pode-se esperar um reavivamento quando os cristãos possuírem o espírito de oração para o reavivamento. Isto é quando orarem como se seus corações o desejarem ardentemente. Um reavivamento está perto quando os cristãos começam a confessar os pecados uns aos outros. Pode-se esperar um reavivamento quando os cristãos estiverem dispostos a fazer os sacrifícios necessários para conduzi-lo”.
50.  G. Finney: “Reavivamento é renovada convicção de pecado e arrependimento, seguida de um intenso desejo de viver em obediência a Deus. É a entrega da vontade a Ele em profunda humildade”
51.  G. Finney: “O milagre do avivamento é bem semelhante ao de urna colheita de trigo. Ele desce do céu quando crentes heróicos entram na batalha decididos a vencer ou morrer — e, se for necessário, vencer e morrer. O reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele”.
52.  G.Finney: “Sem muita oração e lágrimas não há avivamento”.
53.  G. Finney: “Um avivamento espiritual sugere a idéia de que houve antes um declínio espiritual”.
54.   G. Finney: “A maior necessidade de nossos dias é poder do alto”.
55.  H. Spurgeon: "A bigorna, o fogo e o martelo servem para dar-nos forma." 
56.  H. Spurgeon: "Ao nos esquivarmos de uma provação, estamos procurando evitar uma bênção."
57.  H. Spurgeon: "Arrisco-me a dizer que a maior bênção terrena que Deus pode dar a cada um de nós é a saúde, com exceção da enfermidade. Esta, muitas vezes, tem sido mais útil aos santos do que a saúde."
58.  H. Spurgeon: "As estrelas podem ser vistas do fundo de um poço escuro, quando não podem ser discernidas do topo de um monte. Assim também, muitas coisas são aprendidas na adversidade, com as quais o homem próspero nem sonha."
59.  H. Spurgeon: "Defender a Bíblia? Seria o mesmo que defender um leão. Simplesmente dê liberdade à Bíblia. Ela defenderá a si mesma."
60.  H. Spurgeon: "Há algumas virtudes suas que jamais seriam descobertas se não fossem as provações pelas quais você passa."
61.  H. Spurgeon: "O fato é que muitos gostariam de unir igreja e palco, baralho e oração, danças e ordenanças. Se nos encontramos incapazes de frear essa enxurrada, podemos, ao menos, prevenir os homens quanto à sua existência e suplicar que fujam dela. Quando a antiga fé desaparece e o entusiasmo pelo evangelho é extinto, não é surpresa que as pessoas busquem outras coisas que lhes tragam satisfação. Na falta de pão, se alimentam com cinzas; rejeitando o caminho do Senhor, seguem avidamente pelo caminho da tolice."
A.          H. Spurgeon: “Devemos ter por norma jamais ver a face dos homens antes de vermos a face de Deus... Quem sai correndo da cama para as ocupações sem primeiro passar tempo com Deus, é tão insensato quanto seria se não se lavasse, nem se vestisse; é tão imprudente quanto o soldado que se lança na batalha sem armas nem armadura.”
62.  Calvino: "A mente de um homem é como um depósito de idolatria e superstição; de modo que, se o homem confiar em sua própria mente, é certo que ele abandonará a Deus e inventará um ídolo, segundo sua própria razão"
63.  Calvino: "As aflições devem ser sempre avaliadas pelo seu propósito."
64.  Comentário de um amigo de Tersteegen, após um contato com ele em Kronenberg: “A impressão que tive foi que ele já havia subido para o céu, e se achava imerso em Deus. Muitas vezes, após terminar seu momento de oração, ele estava branco como a cal da parede”.
65.  L. Moody – referindo-se à Bíblia: "Ou este livro me afasta do pecado ou o pecado me afastará deste livro." 
66.  L. Moody: "A Bíblia não nos foi dada para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossas vidas."
67.  L. Moody: "Reputação é o que as pessoas pensam a meu respeito. Caráter é o que eu sou quando ninguém está me olhando"
68.  L. Moody: “nunca fazia longas orações, nem passava longo tempo sem orar.”
69.  M. Lloyd-Jones: "Tudo é pela graça na vida cristã, do início ao fim."
70.  M. Mclntyre, D. D.: “Antes de ocorrer o grande avivamento de Gallneukirchen, Martin Boos passava horas e horas, dias e dias, e até noites em oração, intercedendo sozinho, agonizando perante Deus. Mas quando ele pregava, sua palavra era como fogo, e o coração dos ouvintes, como capim seco”.
71.  D. M. Panton: “Avivamento: é o Espírito Santo enchendo um corpo prestes a tornar-se um cadáver”.
72.  Do Memorial de John Geddie, o “pai” das missões presbiterianas nas Ilhas dos Mares do Sul: “Numa grande igreja, com capacidade para 1.000 pessoas, há uma placa comemorativa do trabalho de John Geddie, com os seguintes dizeres: Quando ele chegou aqui em 1848, não havia nenhum cristão; e quando ele saiu, em 1872, não havia mais nenhum pagão”.
73.  Dr. A. T. Pierson: “Do dia de Pentecostes até hoje, todos os grandes avivamentos que têm havido, nasceram da oração conjunta dos crentes; mesmo que em número de apenas dois ou três. E depois que essas reuniões de oração cessam, nenhum desses movimentos continua”.
74.  Dr. Charles Inwood: “Irmãos e irmãs, a autonegação é o princípio ético básico da igreja cristã”.
75.  Dr. J. H. Jowett: “Assim que paramos de sangrar, deixamos de ser bênção”.
76.  Dr. J. H. Jowett: “Corações que não choram nunca poderão ser arautos da Paixão de Cristo”.
77.  Dr. J. S. Stewart: “... todas as vezes em que a igreja de Cristo experimentou uma onda de avivamento e foi por ela conduzida de volta à realidade e a uma consagração pessoal, milhares e milhares de pessoas redescobriram o apóstolo Paulo e se entusiasmaram de novo com a música de sua mensagem”.
78.  Dr. Joseph Parker: “A verdadeira pregação consiste em suar sangue”.
79.  Dr. R. Moffat Goutrey: “O evangelho não é uma história velha contada e recontada. Não; é o fogo do Espírito que arde em nós, alimentado pelas chamas do Amor eterno. E ai de nós se esse fogo baixar pelo fato de não avivarmos o dom de Deus que há em nós”.
80.  Dr. W. E. Sangster: “Como irei sentir-me no dia do juízo final se passarem diante de meus olhos todas as oportunidades que perdi, e ficar provado que minhas desculpas não foram mais que meros disfarces para meu orgulho e acovardamento?”
81.  Dr. W. G. Moorehead: “Creio que a igreja dos nossos tempos está lamentavelmente errada em não reconhecer o ofício do evangelista, e tem por isso colhido uma safra de fraqueza e de limitações de extensão e crescimento. Creio que, se a igreja desse seu reconhecimento solene a esse dom, dedicando e usando-o para a glória do Senhor e para a salvação dos homens, haveria muito menos queixas do que atualmente existem. Existem o dom evangelístico, que é do Espírito, e isso basta para que seja reconhecido”.
82.  Dr. Watts: “Vá ao culto público determinado a impressionar e persuadir algumas almas a que se arrependam e se salvem. Vá a fim de abrir os olhos cegos e ouvidos surdos, fazer os aleijados andarem, transformar os insensatos em sábios, ressuscitar os mortos em delitos e transgressões, para que vivam uma vida divina, celestial e levar rebeldes culpados a retornarem ao amor e a obediência do criador por meio de Jesus Cristo, o grande reconciliador, a fim de que sejam perdoados e salvos. Vá a fim de exalar o perfume de Cristo e do seu evangelho perante toda a assembléia e atrair as almas para que participem de sua graça e glória.”
83.  David Wilkerson: “Tristemente, quando olho ao redor, vejo multidões de crentes que têm fé vencedora, porém não têm um desejo veemente de estar com Cristo. Em vez disso, têm os olhos fixos nas coisas deste mundo e em como obtê-las. Acho que tais pessoas não querem ouvir a respeito de como se fixar no céu ou afastar-se desse mundo. Para elas, tal mensagem significa uma interrupção da "boa vida" que desfrutam aqui”.
84.  David Wilkerson: "Despertem-se! Vocês não estão arruinados como pensam. O Senhor, sua força, ainda está com vocês. Então, levantem-se do pó do desalento, e assentem-se nos lugares celestiais que lhes prometi. Vocês não perderam sua retidão, portanto vistam-se com suas roupagens. Sacudam-se, falem consigo mesmos, dêem-se um sermão. E digam à carne e ao Diabo, 'Sou mais que vencedor por meio daquele que me salvou.'" (Isaías 52:1-3, parafraseado).
85.  David Wilkerson: Então - como você tem reagido nas horas de aflição? Você está bebendo da taça do tremor, sentindo-se débil, sem poder para resistir ao inimigo? É hora de sacudir as amarras pesadas e levantar mãos santas em louvor ao seu Redentor. Você está livre, não importa qual seja a prova - então se alegre e se regozije, sabendo que o quarto homem está na fornalha consigo. Cristo se revelará em seu sofrimento, e o fogo queimará todas essas cordas que lhe atam.
86.  Duncan Campbell: “A necessidade mais premente de nossos dias é de um batismo de santidade, uma demonstração de um viver santo”.
87.  M. Bounds: “A causa de Deus foi confiada aos homens. Deus mesmo se confia aos homens. Os crentes que oram são os vice-governadores dele, estes é que fazem a obra de Deus e realizam os seus planos”.
88.  M. Bounds: “Nossas orações precisam ser apoiadas numa energia que nunca esmorece, numa persistência que não aceita não como resposta, e numa coragem que nunca se rende”.
89.  M. Bounds: “O amor arde como fogo, e sobrevive à base de calor. O ar que a verdadeira experiência cristã respira e o pão de que ela se alimenta são feitos de chama. E ela suporta qualquer coisa, menos uma chama fraca. E quando a atmosfera que a cerca é fria ou morna, morre congelada ou à míngua. Não há oração verdadeira sem chamas”.
90.  M. Bounds: “Por mais erudito que um homem seja, por mais perfeita que seja sua capacidade de expressão, mais ampla sua visão das coisas, mais grandiosa sua eloqüência, mais simpática sua aparência, nada disso toma o lugar do fervor espiritual. É pelo fogo que a oração sobe aos céus. O fogo empresta asas à oração, dando-lhe acesso a Deus; comunica-lhe energias e torna-a aceitável diante do Senhor. Sem fogo não há incenso; sem fervor não há oração”.
91.  B. Meyer: “Se o próprio Cristo só iniciou sua pregação depois de ter sido ungido, nenhum jovem deve pregar enquanto não tiver recebido a unção do Espírito Santo”.
92.  J. Perryman: “Quanto mais o povo de Deus aprender a reconhecer a atuação do diabo para impedir as orações, maior a liberdade do Espírito que terá para resolver os problemas da vida”.
93.  Lincicome: “Nunca foi intenção de Deus que a Igreja se tornasse uma geladeira para preservar a perecível religiosidade humana. Sua intenção era que ela fosse uma incubadeira, onde se desenvolveriam novos convertidos”.
94.  George Croly: Ele veio trazer fogo à terra, e ele já arde em alguns corações. Mas, ah, se todos pudessem incendiar-se, e todos partilhar da mesma bênção. “No batismo da Pomba celeste, Seja meu coração o altar, e teu amor a chama”.
95.  George Herbert: “A oração é o sangue da alma”.
96.  George Muller: "Uma das maiores qualificações para sermos úteis no serviço do Senhor é um coração que verdadeiramente deseja a Sua honra".
97.  George Whitefield: "Enquanto eu estiver deste lado da eternidade, jamais esperarei ficar livre das tribulações – só espero que elas variem. Pois é necessário curar o orgulho do meu coração; para tanto, elas precisam ocorrer."
98.  George Whitefield: “Tenho passado dias e até semanas prostrado ao chão, orando, silenciosamente ou em voz alta”.
99. Gordon Watt: “Portanto, o chamado da cruz é para que participemos da paixão de Cristo. Precisamos trazer em nós as marcas dos cravos”.
100. Harold Brokke: “O aposento da oração! Que lugar abençoado! O Espírito paira sobre ele. Pois todas as realizações da graça Provém do ventre da oração”.
101. Henry Martyn: “Quero ter fervor para com Deus. Afinal, de tudo o que Deus nos ordena, o principal é a oração. Ah, como desejo ser um homem de oração!”
102.Hudson Taylor: “entabular negócios com Deus”.
103.Isaac Watts: “Se todas as hostes da morte E todas as ignotas potestades do inferno Assumirem suas mais horríveis formas, De ódio e malignidade, Estarei seguro; pois Cristo possui Um poder ainda maior, e graça protetora”.
104. J. I. Brice: “Parece que a Igreja parou num ponto qualquer entre o Calvário e o Pentecostes”.
105.James Gilmour, da Mongólia: “Será que em nossos dias não estamos confiando demais no braço de carne? Por que será que não podemos presenciar as mesmas maravilhas que ocorreram no passado? Os olhos do Senhor não passam mais por toda a terra para mostrar-se forte para com aqueles que confiam totalmente nele? Ah, que Deus me conceda uma fé mais prática! Onde está o Senhor, o Deus de Elias? Está esperando que Elias clame por ele”.
106.John Huss, quando estava na fogueira para ser morto: “De bom grado vou confirmar com meu sangue a verdade sobre a qual tenho escrito e pregado”.
107.John Knox: “Ó Deus dá-me a Escócia ou eu morro!”
108. John Knox, em “A Godly Letter”: “Não temo a tirania dos homens, e muito menos as mentiras que o diabo venha a inventar contra mim”.
109.John Macarthur Jr.: "Se existe algo que a história nos ensina, este ensino é que os ataques mais devastadores desfechados contra a fé sempre começaram com erros sutis surgidos dentro da própria igreja".
110.John Wesley: “Pela fé e pela oração, fortaleça as mãos frouxas e firme os joelhos vacilantes. Você ora e jejua? Importune o trono da graça e seja persistente em oração. Só assim receberá a misericórdia de Deus”.
111.Jonathan Edwards: “assaltar o céu pela oração”.
112.Joseph Parker: “Aquele que prega arrependimento está-se colocando contra este século, e enquanto insistir nisso será impiedosamente atacado pela geração cuja fraqueza moral aponta. Para tal tipo de pessoa só existe um fim: “Sua cabeça vai rolar!” É melhor ninguém começar a pregar o arrependimento enquanto não confiar sua cabeça ao céu”.
113.Leonard Ravenhill: “Será que um marinheiro ficaria parado se ouvisse o clamor de um náufrago? Será que um médico permaneceria sentado comodamente, deixando seus pacientes morrerem? Será que um bombeiro, ao saber que alguém está perecendo no fogo, ficaria parado e não iria prestar-lhe socorro? E você, conseguiria ficar “à vontade em Sião” vendo o mundo ao seu redor ser condenadoMartinho Lutero, na Dieta de Worms: “Se eu tivesse mil cabeças preferiria que fossem todas cortadas, do que vir a retratar-me”.
114.Martinho Lutero, na Dieta de Worms: “Se eu tivesse mil cabeças preferiria que fossem todas cortadas, do que vir a retratar-me”.
115.Martinho Lutero: "Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos, nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para o que há de vir."
116.Martinho Lutero: "Nunca entendi o significado da Palavra de Deus enquanto não passei pala aflição."
117.Martinho Lutero: “A única fé que salva é a daquele que se atira em Deus, para viver ou morrer”.
118.Martinho Lutero: “Se deixo de passar pelo menos duas horas cada manhã em oração, o diabo ganha a vitória durante o dia.”
119.Mary Warburton Booth: “Ah, quem me dera um coração sensível, Dominado pelo desejo de orar. Ah, quem me dera um espírito despertado, Diariamente cheio do poder divino. Quem me dera um coração como o do Salvador, Que mesmo agonizando intercedeu. Dá-me, Senhor, esse mesmo amor pelos outros. Ah, que haja peso de oração em meu coração. Pai, anseio ter esse fervor, De derramar a alma em oração pelos perdidos... De entregar minha vida para que outros sejam salvos... Orar, seja qual for o preço, Senhor, ensina-me, revela-me esse segredo. Estou ansioso para aprender essa lição. Para ter essa grande paixão pelas almas. Anseio por isso, bendito Jesus. Pai, tenho um forte desejo de aprender contigo essa lição. Que teu Espírito a revele a mim”.
120.Matthew Henry: “Sempre que Deus tenciona exercer misericórdia para com seu povo, a primeira coisa que faz é levá-lo a orar”.
121.O biógrafo de Edwin Payson: “A oração era seu interesse máximo!”
122.Oswald Chambers: “Evitemos ficar discutindo sobre a Palavra de Deus; vamos obedecê-la”.
123.P. T. Forsyth: “Seria muito bom se nos libertássemos da idéia de que fé é uma questão de heroísmo espiritual, que apenas alguns cristãos seletos conseguem ter. Existem os heróis da fé, é verdade; mas a fé não é apenas para heróis. É uma questão de maturidade espiritual; é para adultos em Cristo”.
124.Paul S. Rees: “Embora o avivamento e o evangelismo estejam intimamente relacionados, na verdade são duas obras distintas. O avivamento é uma experiência da Igreja; o evangelismo, a expressão dela”.
125.R. Sibbes: “Quando buscamos a Deus em oração, o diabo sabe que estamos querendo mais poder para lutar contra ele, e por isso procura lançar contra nós toda a oposição que ê capaz de arregimentar”.
126.Rev. J. Stuart Holden: “Existem muitos crentes que não sabem orar, mas tentam cultivar a “santa arte da intercessão” por meio de esforço pessoal e determinação, e freqüentando grupos de oração. Mas nada conseguem. Na verdade, o segredo de uma verdadeira vida de oração para esses, bem como para todos nos, é: “Enchei-vos do Espírito”, que é o mesmo "espírito de graça e de súplicas”.
127.Roberto L. Summer: A chave de uma igreja inflamada: “o homem de Deus”. Mas qual é a causa da quase universal frieza e falta de poder nas nossas igrejas de hoje? A resposta, está na frieza e esterilidade da média dos pastores e evangelistas. O Dr. Porter afirma que, nos casos em que têm fracassado os esforços visando o avivamento, “o maior obstáculo foi o ministro”. Um ministério inflamado gera uma igreja inflamada, da mesma maneira um ministro de coração frio gera uma congregação regelada. Não é necessário que tenha talento, que seja uma capacidade, que seja dotado de personalidade excepcional ou língua fluente, pois nesses setores Deus pode mais do que suprir as deficiências, porém o homem que Deus usa há de ser puro (Santidade). Cada vez que o pregador se levanta para proclamar as riquezas insondáveis de Cristo, existe forte possibilidade de que irá entregar a mensagem de Deus a alguma alma pela última vez aquém da eternidade. Como precisa ter a certeza de ser o homem de Deus com a mensagem de Deus! E isso será determinado em parte pela vida que ele vive.
128.S. João Clímaco: “Reconhecemos o valor da oração devido aos esforços que os espíritos malignos fazem para nos perturbar quando estamos orando; e conhecemos experimentalmente o fruto da oração quando vemos a derrota desses nossos inimigos”.
129.Samuel Chadwick: “A pior maldição que um povo pode sofrer é ter uma religião movida à base de mera emoção e sensacionalismo. A ausência de realidade espiritual já é trágica; mas o aumento da falsa espiritualidade é pecado mortal”.
130.Samuel Chadwick: “A verdade sem entusiasmo, a moralidade sem emoção e o ritual vazio de realidade são coisas que Cristo condena severamente. Sem fervor espiritual, elas não passam de uma filosofia ímpia, um sistema ético ou de mera superstição”.
131.Samuel Chadwick: “A igreja que é dirigida por homens em vez de ser comandada por Deus está condenada ao fracasso. O ministério que se fundamenta em ensinos de seminários e não está cheio do Espírito Santo, não opera milagres”.
132.Samuel Chadwick: “A oração é o teste que avalia a devoção do crente”.
133.Samuel Chadwick: “O maior milagre ocorrido naquele dia (de Pentecostes) foi a transformação que se operou nos discípulos que aguardavam a promessa de Deus. Aquele batismo de fogo transformou a vida deles”.
134.Samuel Chadwick: “O verdadeiro sinal do cristianismo não é uma cruz, mas uma língua de fogo”.
135.Savonarola, ao recusar a mitra de cardeal: “Não usarei outro barrete senão o de mártir, envermelhado pelo meu próprio sangue”.
136.Smith Wigglesworth: “Deus valorizou bem a sua Palavra. Ele a chama de: “FOGO”, “MARTELO”, “ESPADA”. Ora o fogo queima; Um golpe de martelo fere, esmaga; Um golpe de espada corta e provoca muita dor. Quando a Palavra de Deus é proclamada no poder e na unção do Espírito, serão exatamente estes resultados: queimará como fogo; despedaçará como um martelo; trespassará como uma espada. A dor espiritual e psíquica será tão severa e real como a dor física. Em caso contrário, há algo errado ou com a mensagem ou com o mensageiro”.
137.Smith Wigglesworth: “Existem muitas igrejas onde jamais se faz o tipo de oração de At. 4:31. É uma igreja que não sabe orar e clamar, nunca será sacudida. Se você freqüenta um lugar como esse, pode muito bem dizer: “Icabode – a glória do Senhor se retirou de sobre o átrio”. Somente quando os homens aprendem o segredo da oração e da adoração, é que Deus se aproxima. Quando todo o povo comparecer, orar e adorar como fizeram os primeiros discípulos, algo acontecerá. Os que estiverem presentes vão pegar fogo e querer voltar. Contudo, não terão nenhuma utilidade num lugar onde tudo é formal, seco e morto. Está na hora do povo de Deus aprender como clamar com fé enquanto contemplam o poder eterno de nosso Deus, para Quem é perfeitamente possível ressuscitar os mortos. Você deve aprender e se apropriar da vitória e gritar na cara do diabo: “Está feito”!. Não há ninguém que possa duvidar se aprende a clamar. Tudo será diferente e coisas tremendas acontecerão.”
138.Smith Wigglesworth: “Você tem coragem de viver das promessas de Deus? Você crê mesmo em Deus? Você se aventura a permanecer firma no testemunho da Palavra? Qual testemunho? – Se creres, verás a glória de Deus. Você será peneirado como o trigo. Você será provado. Você será levado a situações nas quais será necessário confiar absolutamente em Deus. Não existe isso de alguém ser tentado além do que Deus permitir. A tentação virá, porém Deus estará contigo bem na hora para lhe dar o escape. E quando tiver sido provado, Ele fará você resplandecer como ouro. Toda provação tem a finalidade de levá-lo a uma posição mais elevada em Deus. A provação que testa sua fé o colocará num nível maior de certeza de que a fé divina se manifestará nas próximas provas. Nenhum homem tem capacidade para alcançar qualquer vitória, exceto pelo poder de Cristo ressuscitado. Você jamais será capaz de dizer: “Eu fiz isso ou aquilo por mim mesmo”. O seu desejo será glorificar a Deus em tudo. Se você está seguro da sua posição, se tem o Cristo vivo dentro de você, então conseguirá rir quando as coisas piorarem. Isso é sinal que Deus o tem alicerçado e fundamentado em Cristo, pois somente quando estamos cheios do Espírito Santo, é que nos tornamos firmes e inabaláveis. Deus nos guiará por casa passo na vida.”
139.Tersteegen: “Ó corrente de águas vivas! Ó chuva de graça! Ninguém que espera por Ti espera em vão”.
140.Vance Havner: “O principal requisito de um missionário não é, como temos ouvido tantas vezes, ter paixão pelos perdidos, mas ter amor por Cristo”.
141.Watchman Nee: "Deus nos liberta do domínio do pecado, não fortalecendo o nosso velho homem, mas crucificando-o; não ajudando-o a fazer alguma coisa, mas removendo-o do cenário da ação"
142.Watchman Nee: "Enquanto o Senhor Jesus esteve na terra, muitos O encontraram. Eles pareciam ter tido contato com Ele, mas não tiveram. Eles pareciam tê-lo conhecido, mas não. Não importa o quanto sabemos da história e dos ensinos de Jesus, se não formos conduzidos pelo Espírito Santo, nunca tocaremos na realidade de Cristo diante de Deus".
143.Watchman Nee: "Quando nos deparamos com a escolha de caminhos, a questão não é: Isto é bom ou mau? É útil ou nocivo? Não; a pergunta deve ser: 'Isto é do mundo ou de Deus?' Uma vez que só há este conflito no universo".
144.Zepp: Vês rios que parecem intransponíveis? Vês montanhas nas quais não se podem abrir túneis? Deus se especializa em realizar o que julgamos impossível, E pode fazer o que nenhum outro poder faz. “Que Deus nos ajude a querer ser populares no lugar onde a popularidade realmente conta: junto ao trono de Deus”.
145.Zuinglio: “E quanto à verdade, não podemos abandoná-la, mesmo que isso implique na perda de nossa vida, pois não vivemos para esta geração, nem para servir aos príncipes, mas para o Senhor”.
Continua...