segunda-feira, 16 de março de 2020




FACULDADE DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS HOJE


CURSO LIVRE
EVANGELISMO E LIDERANÇA EFICAZ




EVANGELISMO E LIDERANÇA EFICAZ
DEFINIÇÃO DE “EVANGELISMO”
Evangelismo Pessoal é a obra de falar de Cristo aos perdidos individualmente: é levá-los a Cristo, o Salvador (Jo.1.41,42; At 8.30).
A IMPORTÂNCIA DO EVANGELISMO
A importância vê-se no fato de que a evangelização dos pecadores foi o último assunto de Jesus aos seus discípulos antes de ascender ao céu. Nessa ocasião, Ele ordenou à Igreja o encargo da evangelização do mundo (Mc.16.15,19; At 1.8,9).
O ALVO DO EVANGELISMO
O alvo é tríplice: salvar os perdidos, restaurar os desviados e edificar os crentes. O irmão já experimentou o gozo que há em ganhar uma alma para Jesus? É uma bênção e uma experiência inesquecíveis… Há um gozo inexplicável em vermos alguém no caminho para o céu, ou já na glória, por nosso intermédio… Ganhar almas foi a suprema tarefa do Senhor Jesus aqui na terra (Lc.19.10; 1 Tm.1.15). Paulo, o grande homem de Deus, do Novo Testamento, tinha o mesmo alvo e visão (1 Co.9.20). Uma grande parte dos crentes pensa que a obra de ganhar almas para Jesus está afeta exclusivamente aos pregadores, pastores e obreiros em geral. Contentam-se em, comodamente sentados, ouvir os sermões, culto após culto, enquanto os campos estão brancos para a ceifa, como disse o Senhor da seara em João.4.35. O “ide” de Jesus para irmos aos perdidos (Mc.16.15), não é dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos, indistintamente, como bem revela o texto citado. Portanto, a evangelização dos pecadores pertence a todos os salvos. Cada crente pode e deve ser um ganhador de almas. Nada o pode impedir, irmão, de ganhar almas para Jesus, se propuser isso agora em seu coração. A chamada especial de Deus para o ministério está reservada a determinados crentes, mas a chamada geral para ganhar almas é feita a todos os crentes.
O evangelismo pessoal, como já vimos acima, vai além do pecador perdido: ele alcança também o desviado e o crente necessitado de conforto, direção, ânimo, auxílio e vitória. Ele reaviva a fé e a esperança nas promessas das Santas Escrituras.
VANTAGENS DO EVANGELISMO
Veja algumas:
1. Adapta-se às condições espirituais de qualquer pessoa.
O que o sermão não consegue fazer no auditório, na evangelização coletiva, o evangelismo pessoal o faz. Na evangelização em massa, a pregação não satisfaz a todos, porque cada um tem problemas espirituais diferentes. No evangelismo pessoal, a mensagem é direta, incisiva. Muitas vezes, a pregação apenas inicia a evangelização, que será complementada com o contato pessoal do ganhador de almas.
2.  Promove o crescimento da igreja
A igreja dos dias primitivos cresceu muito depressa porque os crentes, cheios do Espírito Santo, evangelizavam sem parar (At.5.42; 8.4). O resultado foi o maravilhoso crescimento registrado no livro de Atos dos Apóstolos. Hoje, também, a igreja que tiver um número regular de ganhadores de almas, seu crescimento será notório. A semeadura da Palavra de Deus promove o crescimento e a edificação da igreja. (Ver At.2.41,47; 4.4; 5.14; 9.31, e principalmente em 21.20.) A maior e melhor maneira de ajudar o pastor no crescimento do rebanho de Deus é ganhar almas individualmente. O irmão tem feito assim? Está fazendo assim? Se hoje, na igreja, cada um ganhasse outro, qual seria o resultado? Se todos ganhassem almas como você, qual seria o crescimento da igreja?
3.Vence todos os preconceitos
Há casos e ocasiões em que somente o evangelismo  alcança o pecador. Há pessoas que jamais assistiriam reuniões evangelísticas em templos, ou seja onde for, devido a preconceitos, falsa concepção, ignorância, ordens recebidas, imposições religiosas, falsas informações, falsas ideias, etc. É aí que o evangelismo pessoal presta seus serviços de modo ímpar. Há inúmeras grandes igrejas por toda parte, que começaram através do evangelismo pessoal. A origem foi uma alma ganha, cultos em sua casa e em seguida uma congregação formada. O pioneirismo missionário na América Latina e o estabelecimento da obra das Sociedades Bíblicas também foi assim – através do evangelismo.
O MANUAL DO OBREIRO NO EVANGELISMO
A Bíblia, é evidente. Ela é a Palavra de Deus, e, dele temos a extraordinária promessa: “Porque assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará vazia, antes fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei” (Is.55.11 -vide também Sl.126.5,6; Rm.1.16; Tg.1.21b.) Sabendo nós que a Bíblia é o manual do evangelismo, é evidente que para termos êxito nesta obra, duas coisas precisamos considerar por enquanto:
a. Na obra de ganhar almas emprega-se a Palavra de Deus (Jo.3.5; Rm.10.17; 1 Pe.1.23).
b. Para empregar a Palavra de Deus é preciso conhecê-la devidamente (2 Tm.2.15). A expressão “maneia bem”, neste versículo, significa de fato dissecar, dividir ou cortar corretamente, como por exemplo, no preparo das vítimas para os diversos sacrifícios. Refere-se principalmente à correta aplicação do texto e da mensagem de toda a Bíblia.
É fato reconhecido que é muito mais fácil falar a Palavra de Deus a uma multidão do que a uma só pessoa. Quem fala a um auditório não é interrompido para perguntas, apartes, argumentação, etc; já quem fala a uma só pessoa poderá vir a enfrentar tudo isso. Há pecadores que aceitam a mensagem da salvação sem objeções e sem argumentação, mas outros apresentam escusas tais, que, se o crente não conhecer devidamente as Escrituras, ficará em situação vexatória.
É verdade que o Espírito Santo guia e inspira na obra de ganhar almas, mas no tocante às Escrituras, Ele só pode lembrar-nos daquilo que conhecemos antes (Jo.14.26). não sei? que não ouvi? que não li? Que não aprendi? Por sua vez, o pregador ou ganhador de almas não é adivinhador de versículos… Muitos, a essa altura, firmam-se em Mateus.10.19,20 para declararem que, na hora precisa, o Espírito Santo dará tudo, mas é bastante o contexto da referida passagem (v.18), para ver a que ocasião Jesus se está referindo. (Leia também, quanto a isto, Pv.9.9:1 Tm.4.13;1 Pe.3.15.)À Bíblia é a “espada do Senhor”, mas também “de Gideão” (Jz.7.20). Isto é, ela é a arma que o Espírito Santo usa, mas o elemento que a conduz é o crente. Portanto, é imperioso que o crente aprenda a manejar bem o Livro de Deus. Há crentes que até evitam falar de Jesus, por causa do seu pouco ou nenhum conhecimento das Escrituras.
No evangelismo pessoal, a doutrina principal é a de salvação da alma. É preciso que o crente conheça bem os textos, para apresentá-los à medida que a necessidade for exigindo. Não é um texto qualquer que vamos citar, mas aquele apropriado pura o momento, pois a Bíblia tem uma mensagem adequada para cada caso, cada coração, cada circunstância. Não é abrir a Bíblia em qualquer lugar e dizer: “Vou ler esta passagem que o Senhor me deu”, quando geralmente o Senhor não deu coisa nenhuma… O que é preciso é conhecer a Bíblia e depender do Espírito Santo. Assim sendo, Deus abre a porta, guia e dá a mensagem adequada e ungida pelo seu Espírito.
É oportuno lembrar aqui que o Espírito Santo e a Palavra de Deus jamais se contradizem. Quem se julga espiritual deve conhecer e amar a Bíblia, e quem seguir a Bíblia, deve andar segundo o Espírito.
A razão por que muitos crentes chamados espirituais são cheios de meninices; são escandalosos e extremistas, é porque não estudam a Palavra, para nela aprenderem a ordenar seus passos. O que lhes falta é o conhecimento das doutrinas desse Livro. Ter o Espírito Santo e não conhecer a Palavra conduz ao fanatismo. Conhecer a Palavra e não ter o Espirito, conduz ao formalismo. Em religião, fanatismo é zelo excessivo, paixão cega; é chamar ao certo, errado; e ao errado, certo.
É ser extremista. É zelo sem entendimento (Rm.10.2). Se você deseja que o Espírito Santo o use, inclusive na obra de ganhar almas, procure ter o instrumento que Ele emprega – a Palavra de Deus (Ef.6.17).
COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA
 O MANUAL DO OBREIRO CRISTÃO
Aqui estão algumas maneiras:
1. Leia a Bíblia conhecendo o seu autor O primeiro passo para entender as Escrituras é conhecer o autor delas – Deus. Assim sendo, Ele no-las explicará (Sl.119.18,125; Lc.24.32,45; Jo.16.13).A melhor maneira de estudar a Bíblia é fazer como Maria – quedar-se aos pés do Autor (Lc 10.39). 6.2. A leitura diária, seguida e total
É um dos segredos da vitória espiritual (Js.1.8b) a leitura sistemática e constante da Bíblia, ano após ano, pois constitui o contato direto e pessoal com a Palavra de Deus. Nada pode substituir esse aspecto da vida devocional do cristão, (vide Dt.17. 19: Is.34.16: Ap.1.3.) A leitura ocasional, irregular, não basta. Há crentes que só se alimentam espiritualmente quando alguém põe comida em sua boca. É a colher do pastor, do professor da Escola Dominical, etc, etc. Não comem por si mesmos. Quando mudam de igreja, às vezes morrem de fome espiritual.
É muito bom ler bons livros, mas o máximo de tempo deve ser da Bíblia. Os livros são bons, mas não são substitutos da Bíblia. Nos livros, muitas vezes prevalece o individualismo do autor, mas na Bíblia não há este particular. Leiamos livros, mas tendo sempre a Bíblia como a autoridade principal e final.
Ninguém fique preocupado, pensando que por ler muito a Bíblia vai esgotar seu conteúdo… Ela vem sendo lida por milhões de leitores através de milênios e nunca ficou esgotada. Seu conteúdo é inesgotável! Não há ninguém “formado” na Bíblia. Isto é uma das grandes evidências de sua origem divina.
 3. Leia a Bíblia com a melhor atitude espiritual para com ela. É de máxima importância que o estudante da Bíblia estude o Santo Livro com reverente atitude mental, tendo-a como a Palavra de Deus e não como uma obra literária comum. O autor da Bíblia é Deus. Seu assunto central é Cristo. Seu real intérprete é o Espírito Santo. Considerando-a sob esses pontos de vista, ela é o único livro cujo autor está sempre presente quando o lemos. Estude-a pois com espírito sequioso, devocional, receptivo, aberto, buscando conhecer mais de Deus e seu amor. A atitude de que tratamos aqui inclui o prazer (Mc.12.37).
 4. Leia a Bíblia com meditação e oração
Assim fez Davi, no que foi grandemente abençoado por Deus (Sl.119.12,40,64,68). É na presença do Senhor em oração, que as coisas secretas divinas são reveladas (Sl.73.16,17). Daniel orou e as Escrituras lhe foram reveladas (Dn.9). Não convém ler depressa, sem prestar atenção ao sentido, que às vezes é bem claro, mas outras vezes demanda uma meditação mais demorada e profunda. Também é infrutífero fazer concorrência para estabelecer recorde de leitura. É melhor ler pouco, meditando, do que ler às pressas, sem meditar. Quem lê às pressas não pode dizer como Samuel: “Fala, porque o teu servo ouve” (1 Sm.3.10).
 5. Aplique a leitura da Bíblia primeiro a você mesmo. Nunca leia somente para instruir o próximo. Tome a Bíblia primeiro para a sua edificação. Há pessoas que, na leitura da Bíblia, tudo que é bênção, conforto, promessas, elas aplicam a si; tudo que é ameaça, exortação, avisos, repreensão, castigo, aplicam aos outros. Quando ler a Bíblia irmão, pergunte sempre a Deus, como fez Josué diante do mensageiro celestial: “Que diz meu Senhor ao seu servo?” (Js.5.14).
 6. Leia a Bíblia toda
A Bíblia é a revelação progressiva da verdade. Isto é, nada é dito duma vez, nem uma vez por todas. É comum um assunto começar num livro e daí prosseguir através de muitos outros, até que o assunto se complete. Por exemplo: a doutrina da Redenção, vai do livro de Gênesis ao de Apocalipse. Não podemos entender uma carta recebida, lendo-a um pouco aqui, um pouco ali, mas, de modo completo. A Bíblia é a carta de Deus à humanidade. Estudando-a toda, conhecemos todo o plano divino através dos séculos.
Não espere compreender a Bíblia toda. Leia Dt.29.29; 1 Co.13.12. Na Bíblia há dificuldades e mistérios insondáveis, isto porque, sendo ela a Palavra de Deus, é inesgotável. É de se esperar que Deus saiba mais que o homem… Um Deus sobrenatural deve ter um livro sobrenatural. Uma mente finita, limitada e deficiente como a nossa, não pode abranger as coisas infinitas de Deus (Rm.11.33,34).
Muitos deixam de ler a Bíblia, e outros perdem o interesse nela só porque não compreendem tudo o que leem. Ora, quando na refeição, encontramos osso, espinha ou qualquer coisa estranha, deixamos isso de lado e continuamos a comer. Façamos assim no tocante à Bíblia. Deixemos as dificuldades de lado e continuemos a comer. Quanto a este particular, tenha-se em mente Sl.25.14; 1 Co.2.9-14.
 7. Observações úteis e práticas no estudo da Bíblia
7.1. Apontamentos individuais. Habitue-se a tomar notas de suas meditações na Palavra de Deus. A nossa memória falha com o tempo. Distribua seus apontamentos por assuntos.
7.2. Aprenda a ler e escrever referências bíblicas. O sistema mais simples e rápido para escrever referências bíblicas é o adotado pela Sociedade Bíblica do Brasil: duas letras abreviativas, sem ponto, para cada livro da Bíblia. Esse sistema consta do índice das Bíblias editadas pela referida Sociedade. Entre o capítulo e o versículo põe-se um ponto. Exemplos: Jo.2.4 (João.2.4); Jo.2.4; 1 Pe.5.5 (1 Pedro.5.5); Fp.1.29 (Filipenses 1.29); Fm v.14 (Filemon v.14), etc.
7.3. Diferença entre texto e referência. Texto - são as palavras contidas numa passagem. Referência é a indicação de livro, capítulo e versículo. Uma referência pode levar indicações como:
-  “a” – indicando a parte inicial do versículo:Rm 1.17a.
-  “b” – indicando a parte final do versículo: Rm 1.17b.
-  “ss” – indicando os versículos que se seguem até o fim ou não, do capítulo: Rm 1.17ss
-  “qv” – que veja, recomendação para não deixar de ler o texto indicado: Rm 1.17qv.
7.4.  Siglas das diferentes versões da Bíblia em vernáculo. Isso poupa tempo e trabalho.
-   ARC —Almeida Revisada e Corrigida. É o texto da Almeida antiga, impressa e distribuída pela
Imprensa Bíblica Brasileira.
-    ARA = Almeida Revisada e Atualizada. É o texto da Almeida revisada por uma comissão de eruditos brasileiros e estrangeiros, e editada pela Sociedade Bíblica do Brasil. Começou a ser publicada completa, em 1958.
-    Fig. = Antônio Pereira de Figueiredo. Atualmente é impressa e distribuída pela Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, Londres.
-    M. Soares = Matos Soares. Versão popular dos católicos brasileiros.
-      Rhoden = Huberto Rhoden. Versão particular desse padre brasileiro.
7.5.   O tempo antes e depois de Cristo. É indicado pelas letras:
a.C. = Antes de Cristo. d.C. = Depois de Cristo.
7.6.  Contexto. É a parte que fica antes e depois da passagem que estamos lendo. Pode ser imediato ou remoto. O contexto pode ser um versículo, um capítulo, e até um livro todo.
7.7.  Manuseio do volume sagrado.
Obtenha completo domínio no manuseio do volume sagrado, a fim de encontrar com rapidez qualquer referência bíblica. Jesus fazia assim. Veja Lucas.4.17, onde está dito que Ele “achou” o lugar onde estava escrito. Ora, naquele tempo isso era muito mais difícil do que hoje, quando dispomos de papel, editoras modernas e livros.
QUESTIONÁRIO
1. Defina o que é evangelismo pessoal.
2. Cite o último assunto de Jesus aos seus discípulos, antes de ascender ao Céu. Dê as duas referências estudadas.
3. Cite uma referência estudada, mostrando que a obra de ganhar almas concerne a todos os crentes.
4. Dentre as vantagens do evangelismo pessoal, mencione duas das estudadas.
5. Dê a referência de Isaías, onde Deus diz que sua Palavra não voltará vazia.
6. Mostre a inter-relação entre a Palavra de Deus e o Espírito Santo, na obra de ganhar almas, bem como no serviço do Senhor em geral.
7. Cite quatro modos dos estudados neste capítulo, sobre como estudar a Bíblia.
8. Explique a razão de a Bíblia ter muita coisa incompreensível.
9. A que conduz, ter o Espírito Santo e não conhe¬cer a Palavra, e vice-versa?
A OBRA  DO EVANGELISMO
Tendo em vista a obra de ganhar almas para Jesus, mediante a evangelização, vamos considerar este assunto sob os cinco pontos seguintes:
1.    Porque devemos evangelizar
2.    Quando devemos evangelizar
3.    Onde devemos evangelizar
4.    Como devemos evangelizar
5.    Resultados de evangelizar
PORQUE DEVEMOS EVANGELIZAR
1. Porque o nosso Senhor ordenou (Mc.16.15). Para muitos cristãos, Jesus é apenas o Salvador de suas almas, mas não Senhor e Rei de suas vidas. O evangelho integral apresenta Jesus não só como Salvador, mas também como Senhor (At.16.31). A ordem de evangelizar vem do Senhor para os seus súditos. Não é um convite: é um mandamento do nosso Senhor. Mas não devemos evangelizar só porque é um mandamento, mas porque amamos a Jesus e queremos ser-lhe gratos. Vejamos as desculpas mais comuns dos crentes quanto a esta ordem do Senhor:
a.“Estou muito ocupado”; “Não tenho tempo”. Entretanto o Senhor Jesus não estava tão ocupado a ponto de não poder vir morrer em nosso lugar. Aqui no mundo Ele sempre cumpria na hora o programa do Pai, mesmo sabendo que o final seria o Calvário (Mt.26.45; Lc 22.14; Jo 2.4; 13.1; 17.1). Ele não andava tão ocupado a ponto de não ouvir o clamor das almas aflitas (Mc.5.30; Lc.18.40).
b.“Estou muito cansado“. Jesus, no sol de meio-dia, junto à fonte de Jacó, não estava tão cansado a ponto de não poder atender a samaritana perdida (Jo.4.6,7).
c.“Não sei falar”; “Não dou para nada na igreja”.
d.“Não tenho capacidade“. Outros também já deram as mesmas desculpas, mas ao obedecerem à ordem do Senhor, foram maravilhosamente usados por Ele. Estude os exemplos de:
- Moisés (Ex.3.11)
- Gideão (Jz.6.15)
- Isaías (Is.6.5)
- Jeremias (Jr.1.6)
-  Amos (Am.7.14)
Portanto, entregue ao Senhor o que você tem, irmão. Ele transformará o pouco no muito (Jo.6.9-13). Ele dará a capacidade necessária (Mt.4.19; 2 Co.3.5).
A missão de evangelizar o mundo, entregue por Jesus à sua Igreja, implica em dever e responsabilidade (Ez.33.8,9; Rm.1.14; 1 Co.9.16). Uma das razões da inatividade de muitas igrejas e crentes na obra de evangelização vem do seu descuido quanto à vinda de Jesus. Os cristãos primitivos foram ativos na evangelização, não só porque eram cheios do Espírito Santo, mas também porque esperavam a volta de Jesus em seus dias.
2.Porque temos recebido de Deus talentos, e assim temos uma mordomia para dar conta (Mt.25.14-30; Lc.16.2;19.13)
O dia da prestação de contas com o nosso Se¬nhor está perto (Rm.14.10; 1 Co.3.13-15; 2 Co.5.10).
3.Porque Deus nos concedeu o privilégio de participar do seu trabalho
Servir ao Senhor não é apenas um dever cristão, é também um grande privilégio.
Deus podia usar outros meios para levar a mensagem de salvação ao pecador. Ele assim faz quando lhe apraz, mas isto não é regra geral; é exceção. Seu método é usar homens para falar a homens. O trabalho de ganhar almas para Deus é um privilégio que Ele nos concede para obtermos galardão no dia de Cristo (Fp.2.16). Há, neste sentido, uma solene declaração da Bíblia em Pv.11. 30. A salvação é dádiva de Deus, mas galardão é recompensa que o crente obtém mediante sua atividade na obra do Senhor.
4.Porque o pecador sem Jesus está perdido (Rm.5.12). A palavra perdido, significa perdido mesmo, isto é, sem solução, desenganado, extraviado, desgarrado, arruinado. Jesus usou esta palavra em Lc.19.10. Precisamos compreender que esta é a situação atual do pecador não salvo. Jesus não usou termos menores, nem arrodeio.
Aqui, entre nós, quando desaparece um avião, um navio, uma expedição ou mesmo uma pessoa, todos os recursos disponíveis são mobilizados para salvar o que está perdido. Vamos nós fazer menos, ou cruzar os braços ante o perdido pecador, que se não aceitar Jesus como seu Salvador, irá para o Inferno eterno?
Se, como parte de uma experiência de evangelismo, tivéssemos de passar algumas horas no Inferno, para ver o que se passa lá entre os perdidos, ao voltarmos, toda nossa vida giraria em torno da obra de evangelizar e ganhar almas perdidas, e também desviados, e jamais pôr tropeço na vida de alguém.
Uma alma vale mais do que todo o mundo (Mc.8.36,37);(Sl.49.7,8). O amor que Jesus demonstrou por nós no Calvário deve nos constranger (2 Co.5.14).
A visão deste sublime amor de Jesus torna-se mais real quando meditamos a respeito do seu suor de sangue, da traição de Judas, das chicotadas, do esbofeteamento, dos pregos nas mãos e nos pés; na sede, na zombaria; sim, quando sentimos seu coração rasgado de dor; quando vemos seu rosto desfigurado pelos maus tratos; quando ouvimos seu brado pungente nas trevas e contemplamos a sua cabeça pendente na cruz!
Na mensagem ao profeta Isaías, Deus dirige-se a todos nós: “A quem enviarei eu? E quem irá por nós?” (Is.6.8). O irmão já teve a visão horrível das almas condenadas caminhando nas trevas para o abismo? Lembre-se de que está agora salvo porque alguém duma maneira ou de outra o levou a Cristo, meu caro irmão! Queremos somente receber e não dar também?
QUANDO DEVEMOS EVANGELIZAR
A única resposta é: AGORA! Como os pecadores crerão agora, se eu não falar agora? (Ml.1.9; At 17.30; Hb.3.7). As almas precisam ser ganhas para Jesus agora, porque:
-  AGORA é que estamos vivos. Em Lucas 16 temos a história de um homem que se interessou pela salvação dos outros, mas só depois de morto, quando nada mais podia fazer.
- AGORA temos pouco tempo. Jesus não tarda a vir. Se no tempo do apóstolo João, sua vinda já estava próxima (Ap.22.20), que diremos nós hoje? Urge atentar para Jo.9.4. Nosso tempo também pode ser pouco no sentido de a liberdade religiosa ser cerceada ou mesmo cassada, como já aconteceu e está acontecendo em certos países.
Quanto à idade daqueles a quem devemos evangelizar, a resposta sempre será – agora. Crianças, jovens e velhos podem ser ganhos para Jesus agora.
Na igreja, um dos grandes setores de evangelização das crianças é a Escola Dominical, quando devidamente aparelhada. Nela, o professor de crianças tanto pode levar as crianças a Cristo, como ensiná-las a viver para Cristo. Quem ganha uma criança para Jesus salva uma vida inteira. Quem ganha um adulto, salva apenas meia vida, pois a outra metade o mundo já levou. Cuidado, pois! Uma oportunidade perdida pode nunca mais voltar. Um coração hoje aberto pode amanhã estar fechado, e… para sempre.
ONDE DEVEMOS EVANGELIZAR
Nem em todos os locais podemos fazer cultos de pregação, mas ganhar almas individualmente, sim. Vejamos alguns locais onde isso pode suceder:
1. Nos cultos - Os crentes ganhadores de almas devem ficar alerta nos cultos de pregação, especialmente quando estes chegam ao término. Há pecadores que, mesmo depois de convencidos pelo Espírito Santo, precisam de ajuda para fazer sua decisão. Muitos têm dúvidas, temores e dificuldades internas. Nessas horas, uma palavra de encorajamento da parte de Deus é decisiva. Há pessoas que nunca entraram num templo. Acham tudo estranho. Uma voz amiga vence tais barreiras. Quantos milhares de pecadores fizeram sua decisão porque alguém os conduziu à frente. Não convém insistir demais nem também forçar. Deixe o Espírito Santo dirigir as coisas. Muitas almas se extraviam por falta de uma palavra amiga, portanto, dê atenção pessoal a elas. Nos cultos ao ar livre, o trabalho pessoal com os circunstantes é valiosíssimo. Muitos frutos têm sido colhidos assim.
2. Nos lares  -  O lar pode ser o nosso. Muitas vezes o campo de trabalho não é o interior do país nem o exterior, mas a nossa própria casa, isto é, pais, irmãos, filhos, parentes. Jesus disse que o campo é o mundo (Mt.13.38); ora, o mundo começa à nossa porta. Os crentes primitivos evangelizavam de casa em casa (Mc. 5.19; At 5.42; 20.20). Muitas grandes igrejas de hoje, começaram em casas particulares. O lar foi a primeira instituição divina, e Deus tem em mira a salvação de todos no lar (Gn.19.12; Êx.12.3; Js.6.23-25; At.11.14;16.31).
3. Em público  - Aqui, há muitos locais a considerar. O apóstolo Paulo pregou em praças (At.17.17). À beira de rios (At.16.13). Na parábola das bodas, o Senhor Jesus fez menção disso (Lc.14.21). Há pessoas de tal temperamento e formação; de tais superstições e preconceitos, que jamais entrarão num templo evangélico. Muitas vezes há também proibição. Tais pessoas só poderão ser atingidas pelo evangelismo pessoal em público. Evangelizar é ir ao encontro do povo. Jesus não disse: “Venha todo o povo ouvir a pregação do Evangelho”, mas, “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”.
4. No trabalho (indústrias, profissões particulares, etc.) - Jesus chamou vários discípulos quando ocupados em seus trabalhos habituais (Mt.9.9; Mc.1.16-19).
O grande evangelista D.L. Moody foi salvo quando trabalhava no interior duma sapataria. Há ocasiões em que a melhor maneira de falar de Jesus em tais lugares é através da própria vida, vivendo diante dos patrões, empregados e colegas como um verdadeiro filho de Deus, deixando a luz brilhar nas trevas. Uma vida assim atrai os outros para Cristo. “A única Bíblia que muitas pessoas leem é a vida de um crente” (D.V. Hurst). É como se fosse o “Evangelho Segundo Fulano de Tal”.
É preciso prudência para falar nos locais acima mencionados, de modo que não haja violação de rotinas, quebra de instruções, etc. A hora de almoço e. o tempo de descanso podem ser as ocasiões apropriadas. Não é preciso um sermão. Muita gente pode ser alcançada em público: barbeiros, ascensoristas, engraxates, comerciantes, comerciários, empregados em geral, balconistas etc.
O irmão R.A. Torrey dava cinco características de uma boa oportunidade em público. Ei-las:  
- Quando a pessoa está só
- Quando desocupada
- Quando de bom humor
- Quando comunicativa
- Quando em atitude séria.
5.   Nos transportes em geral (trens, navios, aviões, ônibus,etc)  Em viagem, normalmente as pessoas estão dispostas:
Gostam de conversar e ler. Outras ficam apreensivas.O transporte em que viajamos diariamente pode ser o meio de ganharmos muitas almas para o reino de Deus. Peça, irmão, ardentemente ao Senhor que o dirija a falar aos pecadores. Às vezes, quando não é possível falar, podemos entregar um folheto apropriado.
6. Nas instituições públicas (hospitais, prisões, abrigos, penitenciárias, institutos, etc)
Aqui, a primeira providência é obter a devida permissão para o serviço que se pretende fazer. É um ato nobre e cristão levar alegria e prazer aos internos de tais instituições. Muitos deles, dali não voltarão mais ao convívio dos seus. A única oportunidade que terão de ouvir o Evangelho será pelo testemunho pessoal, pelo rádio ou pela página impressa. “Estando enfermo e na prisão, não me visitaste” (Mt.25.43).
Paulo ganhou o carcereiro dentro da prisão (At.16.23,24). Há pessoas que em são estado de saúde e em plena liberdade, jamais ouviriam o Evangelho, mas nas instituições de internamento podem ouvir de boa mente. O campo é vasto nas organizações deste tipo. Milhares têm aceitado Cristo nas prisões, sanatórios, abrigos, etc. Outros estão a espera que alguém lhes leve a mensagem da salvação. (veja, Hb.13.3.)
7. Aproveitando as ocasiões  - Pessoas atingidas por infortúnios, desgraças, catástrofes, etc, ouvindo do poder salvador de Cristo, poderão render-se a Ele. Quando uma pessoa acha-se no centro de tais acontecimentos, esvaem-se-lhe a vaidade, o egoísmo, os pontos de vista, os preconceitos, etc. Numa situação assim, o Evangelho deve ser indicado como a felicidade eterna.
Há pessoas que em situações normais não dão qualquer importância ao assunto da salvação, mas atingidas pela adversidade, tornam-se receptivas. Muitos têm sido salvos em tais circunstâncias. Por exemplo: ali está um homem morrendo sem salvação. Ele treme ao enfrentar a eternidade sem Deus. Em tais momentos o testemunho de Jesus pode ser vital e decisivo. Quantos já estão na glória, tendo sido salvos nos últimos momentos de vida? O malfeitor ao lado de Cristo, foi salvo assim (Lc 23.42,43). Momentos de decisões importantes também são ocasiões próprias para se falar de Jesus.
COMO DEVEMOS EVANGELIZAR
Para começar, o ganhador de almas tem de ter experiência própria da salvação. É um paradoxo alguém conduzir um pecador a Cristo, sem ele próprio conhecer o Salvador. Isto é apontar o caminho do Céu sem conhecê-lo. Quem fala de Jesus deve ter experiência própria da salvação. (Ver Sl.34.8 e 2 Tm.1.12.)
1. O uso da Palavra de Deus e seu estudo constante (2 Tm.2.15)
Este é um dos fatores do crescimento espiritual e da prática de ganhar almas. Estando nosso coração cheio da Palavra de Deus, nossa boca falará dela (Mt.12.34). É evidente que o ganhador de almas precisa de um conhecimento prático da Bíblia; conhecimento esse, não só quanto à mensagem do Livro, mas também quanto ao volume em si, suas divisões, estrutura em geral, etc. Sim, para ganhar almas é preciso “começar pela Escritura” (At.8.35).
Aquilo que a eloquência, o argumento e a persuasão humana não podem fazer, a Palavra de Deus faz, quando apresentada sob a unção do Espírito Santo. Ela é qual espelho. Quando você fala a Palavra, está pondo um espelho diante do homem. Deixe o pecador mirar-se neste maravilhoso espelho! Assim fazendo, ele aborrecerá a si mesmo ao ver sua situação deplorável.
Está escrito que “Pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm.3.20). Através da poderosa Palavra de Deus, o homem vê seu retrato sem qualquer retoque, conforme Is.1.6. No estudo da obra de ganhar almas, há muito proveito no manuseio de livros bons e inspirados sobre o assunto. Há livros deste tipo que focalizam métodos de ganhar almas; outros focalizam experiências adquiridas, o desafio, o apelo e a paixão que deve haver no ministério em apreço. A igreja de Éfeso foi profundamente espiritual pelo fato de Paulo ter ensinado a Palavra ali durante três anos, expondo todo o conselho de Deus (At.20.27-31). Em Corinto ele ensinou dezoito meses (At.18.11). Veja a diferença entre essas duas igrejas através do texto das duas epístolas (Coríntios e Efésios).
2. Uma vida correta
Paulo evangelizando pessoalmente a Félix, o governador da Judéia, disse: “Procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens” (At.24.16). A consciência nos seus dois lados – para com Deus e para com os homens – deve estar limpa. Muitos crentes têm sido desaprovados por Deus por falharem nesta parte. Trabalham à toda força e frutos não há. Perguntam: “Por que não há frutos no meu trabalho?” As Escrituras respondem em Is.52.11. Davi compreendia que o pecado é um impedimento à conversão dos pecadores (Sl.51.2-13). Consideremos aqui os seguintes textos:
- 1 Pe.1.15 – Aqui a santidade é requerida em to¬das as maneiras de viver.
- Fp.1.27 – Mostra que a nossa conduta deve ser conforme o Evangelho.
-  Rm.12.1,2 – O ensino aqui é que não devemos ter uma vida conformada com o mundo. O povo de Deus deve caminhar o mais possível distante do mundo.
Certo patrão estava examinando um grupo de motoristas, a fim de selecionar um deles para ficar como empregado de sua firma. A certa altura do teste, surgiu a seguinte pergunta dele: “Se vocês fossem por uma estrada, beirando um precipício, qual seria a menor distância a que chegariam da beira do abismo, respeitando os limites de segurança?” Os motoristas querendo demonstrar habilidade e experiência, foram dizendo: “um metro”, “menos de um metro”, “meio metro”. Nenhuma resposta agradava o patrão até que um deles disse: “Eu caminharia tão longe quanto possível do precipício”. Este candidato foi aceito para o emprego. Assim deve ser também na vida espiritual… O descrente não lê a Bíblia, mas lê a vida do crente, que de fato deve ser uma Bíblia aberta! (2 Co.3.2).
3. Aprendendo com o supremo ganhador de almas – Jesus (Mt.4.19)
Em sacrifício, amor, serviço e métodos na obra de ganhar almas, Jesus é o nosso perfeito exemplo. Entre os diversos casos de evangelização pessoal do Senhor Jesus, abordaremos um – o da mulher samaritana, em João cap.4. Se seguirmos os passos de Jesus para ganhar a samaritana, muito aprenderemos quanto à evangelização.
Em seu ministério, inúmeras vezes  Jesus pregou a milhares de ouvintes; entretanto, um dos seus mais belos sermões
– o de João cap. 4 -, foi proferido perante uma só alma. Isto revela também a importância do testemunho pessoal. Noutra ocasião, Jesus dirigiu um extenso estudo bíblico para dois discípulos (Lc.24.27). Sigamos, pois, os passos do Senhor ao ganhar a samaritana:
Jo,4:
1.  Ter amor, espírito de sacrifício (vv. 4,6,8).  O v.4 fala de sacrifício; o v.6, de cansaço; e v.8, de necessidade (fome). Tudo por causa duma alma perdida. É interessante notar que Jesus estava cansado da viagem (v.6), mas não do trabalho. O ganhador de almas deve estar possuído de ardente amor e compaixão pelos perdidos. O apóstolo Paulo tinha a mesma paixão (Rm.9.2,3).
2. Ir ao encontro do pecador (v.5). Notai como o Senhor Jesus foi do geral ao particular: primeiro, à província de Samaria (v.4), depois à cidade de Sicar (v.5), e por último à fonte de Jacó, para onde a mulher deveria vir (v.6). Jamais deveremos esperar que os pecadores venham ao nosso encontro. Jesus mostrou, em Mt.4.19, que a obra de ganhar almas é comparada a uma pescaria espiritual. O pescador tem de colocar-se no local da pesca, se quiser apanhar peixes. Noutras passagens da Bíblia encontramos o mesmo ensino, como em Lc.15.4. O profeta Ezequiel, conduzido pelo Espírito Santo, foi até os cativos do seu povo e sentou-se entre eles (Ez.3.14,15).
3. Paciência (v.6). Diz o texto: “Assentou-se”. Assim fez, esperando pelo pecador. (Leia At.17. 2.)
4. Entrar logo no assunto da salvação (v. 7). Há sempre uma porta aberta para se falar da salvação. No caso da samaritana, o assunto do momento era água e sede, e logo Jesus falou da água da vida que sacia a sede da alma. Vemos um caso idêntico em Atos capítulo 8.  Aí o assunto era leitura e logo o servo de Deus iniciou a conversa com uma pergunta também sobre leitura (v.30). Em João, capítulo 2, quando Jesus conversava com Nicodemos, talvez soprasse uma brisa, e logo Ele usou o vento como figura (v.8).
5. Ficar a sós com quem está falando (v. 8). Quando alguém estiver falando com um pecador a respeito da salvação, evite perturbá-lo, a me¬ nos que seja convidado.
6. Deixar os preconceitos raciais ou sociais (vv.9,10). Jesus veio desfazer todas as barreiras que impedem a perfeita relação entre Deus e o homem, e entre este e seu semelhante. Os preconceitos têm causado grandes males na sua ação destruidora de separar, ao passo que Jesus veio unir (Ef.2.11-22).
7. Não se afastar do assunto da salvação (vv.9-13). No v.9, a mulher alega o problema do preconceito. No v.12, Jesus volta ao assunto inicial: água, mas agora água da vida. Nos vs.11,12, a mulher apresenta dificuldades. Nos vs.13,14, Jesus volta ao assunto inicial: salvação. Resultado: no v.15 já há na pecadora um certo grau de interesse.
8. Fazer ver ao ouvinte que ele é pecador (v.16). Jesus sabia que a samaritana não tinha marido, mas para motivar uma declaração dela, disse-lhe: “Chama o teu marido e vem cá”. Muitos pecadores não se podem salvar porque não querem reconhecer que são pecadores e muito menos perdidos.
9. Não atacar defeitos, nem condenar (v. 18). Isto não quer dizer que vamos bajular alguém ou concordar com sua vida ímpia e pecaminosa.
10.Evitar discussão (vs.20-24). Não permitir que a conversa degenere em discussão. No v.20, a mulher aponta o fato de os judeus desacreditarem na religião dos samaritanos. É costume também o pecador apontar falhas nas igrejas e nas vidas de certas pessoas crentes. Isto mostra que tais ouvintes, em lugar de olhar para Cristo, estão atrás de igrejas e pessoas. O alvo perfeito é Cristo (Hb.12.2).Crentes errados darão conta de si mesmos (Rm.14.12).
Diz uma autoridade em Relações Humanas: “Você nunca vencerá uma discussão. Se perder, perdeu mesmo, e se ganhar perdeu também, porque um homem convencido contra a vontade, conserva sempre a opinião anterior. Quem perde numa discussão fica ferido no seu amor próprio”.
11. O sexo influi, às vezes (v.27). O ideal é falar com pessoas do mesmo sexo, sem contudo fazer disso uma lei. É provável que se uma mulher falasse à samaritana, talvez não prendesse tanto a sua atenção.
Outros exemplos de Jesus evangelizando pessoalmente:
a) Jesus e Nicodemos (Jo.3.1-21).
b)  Zaqueu, o publicano (Lc.19.1-28).
c)  O cego Bartimeu (Mc.10.46-52).
d)  O malfeitor na cruz (Lc.23.39-43).
e)  O doutor da lei (Lc.10.25-37).
f)  O jovem rico (Mt.19.16-30).
g)  A mulher adúltera (Jo.8.1-11).
h) A mulher enferma (Mc.5.25-34).
i) A mulher siro-fenícia (Mc.7.24-30).
j) O paralítico de Cafarnaum (Mc.2.1-12).
SER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO.
Nos negócios puramente humanos, o homem pode ter êxito e promover o progresso. Isto acontece nas construções, nas indústrias, no comércio, na arte, nas ciências, etc, mas no tocante à obra de Deus, só pode de fato haver avanço quando ela é acionada pelo Espírito de Deus. Ele é que comunica vida. Quando o trabalho do Senhor passa a ser dirigido exclusivamente pelo homem, torna-se em organização mecânica, fria e estéril.
A Igreja de Deus, quando dinamizada pelo Espírito Santo, é de fato um organismo vivo, que cresce sempre para a glória de Deus. A ordem de Jesus à Igreja para pregar o Evangelho está intimamente ligada à ordem para receber o poder do alto, como se vê em Lc.24.49; At.1.8.
O poder de Deus faz a diferença. O apóstolo Pedro, fraco e tímido antes do Pentecoste, tornou-se coluna, após o revestimento de poder.
Todo o crente nascido de novo tem em si o Espírito Santo (1 Co.3.16), mas o poder glorioso para o testemunho e serviço de Cristo, vem com toda plenitude aos servos batizados com o Espírito Santo (At.1.4,5,8; 2.1-4). Após o crente ter sido cheio do Espírito Santo é preciso permanecer cheio sempre (Ef.5.18). Aí não se trata de um convite divino, mas de uma ordem.
1. É preciso orar sempre (Ef.6.18,19). - A oração abre portas e remove barreiras. Ela é o meio de comunicação com Deus. A Igreja nasceu quando em oração, e é nesse ambiente que ela cresce e se desenvolve (At.1.14).
Pedro estava orando quando Deus o usou para a salvação de Cornélio, seus parentes e amigos (At.10). (Ver Sl.126.6; At.20.31.) É mais fácil falar ao pecador sobre Deus, depois que falamos com Deus sobre o pecador…
2. Fé na operação da Palavra de Deus. - Quando falamos a Palavra de Deus, precisamos confiar no seu autor. À nós crentes compete anunciar a Palavra; a Deus, operar. Aquele que disse “Ide por todo o mundo”, também disse “Eis que estou convosco”. Devemos falar a Palavra com plena convicção de que é o poder de Deus para salvação de todo o que crê (Is.55.11; Rm.1.16). Há pecadores que aceitam a mensagem da salvação com toda a simplicidade, outros não. Se o irmão está procurando levar uma alma a Cristo, nunca desanime. Certo irmão sueco orou 50 anos para Jesus salvar determinada pessoa, e viu-a aceitar o Salvador. O Dr. R. A. Torrey, célebre ganhador de almas, orou 15 anos por uma pessoa, e esta veio a crer em Jesus. Os homens que conduziam o paralítico de Lucas cap.5 só conseguiram chegar à presença de Jesus, subindo ao eirado, o que não era muito fácil. Mas não desanimaram. Isto é perseverança. Às vezes é preciso um esforço assim. Qualquer caso,  mesmo os piores, acham solução no Senhor Jesus. Para Deus nunca houve impossíveis. Ele é especialista nisso! Portanto, é preciso anunciar a Palavra com plena confiança na sua divina ação. Quando você estiver falando de Jesus, ore em espírito para que Deus honre a Palavra dele e manifeste o seu poder salvador.
3. É preciso amor - Fé e amor andam juntos na evangelização. Quaisquer outros recursos serão meros paliativos, como relações humanas, sociologia etc. Jesus foi a personificação do amor. Ele salvou os pecadores amando-os até o fim (Jo.13.1). Sua posição ao morrer de braços abertos na cruz é a expressão máxima do amor. Ali, num gesto de infinito alcance, Ele uniu os dois povos com seus braços acolhedores (judeus e gentios).
4. A apresentação pessoal - Cuide disso. Sua aparência é importante, como é importante a mensagem que você leva. Deus pode usar quem Ele quiser e o que Ele quiser, até uma queixada de jumento, como no caso de Sansão, mas quanto à sua aparência pessoal, irmão, fica a  seu critério. Cuide de sua apresentação, mas sem exagero. Roupa passada, gravata no lugar, limpeza geral, inclusive das unhas; barba bem feita, cuidado com o hálito. O traje deve ser modesto, decente e de bom gosto. Um traje mundano, imoral e indecente não é próprio do cristão; pode atrair o povo, mas não para Cristo. Não permita que seu traje seja motivo de atração para os ímpios, desviando, assim, a atenção a Cristo. Diz a Palavra de Deus no Sl.103.1: “Tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome”.
5.. O uso da fala (1 Co.14.9) - Ao ler a Bíblia ou falar ao pecador, procure evitar solecismos prosódicos, observando a pronúncia correta das palavras, o que inclui todas as suas letras. Evite o pedantismo a todo o custo, porque logo será descoberto. Pedantismo é falsa cultura. Na pronúncia da língua portuguesa atente para a acentuação, entonação e pontuação. Uma dicção exata impõe-se e dá destaque. Jesus certamente observava bem estas regras. O correto emprego das palavras é também muito importante. Por exemplo, nunca dizer “verso” em lugar de “versículo”, quando referir-se às divisões dos capítulos da Bíblia o certo é “versículo”.
Jesus ensinou seus discípulos a orar, mas não a pregar, porque aprender a falar e pregar é tarefa nossa. Jesus unge a mensagem e opera por meio dela. Por meio da oração buscamos o Senhor para que Ele inspire e ilumine a pregação. O que é para o homem fazer. Deus não executa. (Ver Jo.11.39.) Um auxiliar valioso para a grafia e pronúncia correta dos nossos vocábulos é o  um bom “Dicionário de Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”.
O meio ambiente de pessoas cultas também influi poderosamente na boa formação linguística e cultural. O apóstolo Paulo nunca desprezou os livros (2 Tm.4.13). É de grande valor o estudo de bons livros, como concordância, dicionários, gramáticas, manuais doutrinários, etc.
6. O manuseio prático da Bíblia  - É muito importante o pleno desembaraço no manuseio do volume sagrado. Isto significa saber onde estão as passagens necessárias e localizá-las no volume sagrado com rapidez. É imperioso conhecer a abreviatura de cada livro. Como já foi dito, este curso de evangelismo pessoal adota o sistema mais simples de abreviar os livros da Bíblia: apenas duas letras para cada livro, sem ponto abreviativo. Há outros sistemas, mas esse é o mais simples.
Nunca cite um versículo incompleto ou de maneira duvidosa. Isso compromete. Também nunca acrescente ou subtraia palavras do texto bíblico, mutilando-o. Quanto a isso. é bom atentar para a advertência de Dt.4.2; 12.32; Pv.30.5,6; Ap.22.18,19.
Neste curso temos de memorizar muitos textos da Palavra de Deus. Se isso parecer difícil ou im¬possível, lembremo-nos de Fp.4.13.
7. O uso de folhetos e literatura em geral - Nunca distribua nada sem primeiro ler para si. Há um provérbio que diz: “Nem tudo que brilha é ouro”. Ande sempre munido de porções impressas da Palavra de Deus: folhetos, revistas, Novos Testamentos. Bíblias completas ou porções dela. Há ocasiões em que não se pode falar nem ingressar em determinados lugares, mas a Palavra de Deus pode fazer tudo isso. Milhares já foram salvos pela mensagem impressa. Distribua a mensagem conforme a situação do momento.
O agricultor, quando semeia, escolhe a semente antes de lançá-la ao solo; ele assim faz porque os terrenos são diferentes. Também se pode evangelizar por meio de cartas pessoais. Neste caso, as cartas devem sempre ser manuscritas, a fim de conduzir o toque pessoal. Na Bíblia temos muitas mensagens em forma epistolar.
RESULTADO DE EVANGELIZAR
Aqui estão algumas das bênçãos resultantes da evangelização:
1. Crescimento da obra do Senhor Quem ganha almas está ajudando a edificar a Igreja. Ela na Bíblia é comparada a um edifício que se completa pela edificação. A igreja no seu início, cresceu depressa porque os crentes evangelizavam sem cessar. Isto é visto nos primeiros oito capítulos do livro de Atos, que é o livro histórico da Igreja. Uma igreja local que possui um grupo de crentes cheios de zelo e paixão pelas almas crescerá sempre.
E se toda uma igreja for despertada para evangelizar o crescimento será tal, que despertará uma região, um estado, um país e mesmo o mundo.
2. Maior paixão pelas almas - Isso tem acontecido com os servos de Deus através dos tempos. Por exemplo, Paulo – o grande ganhador de almas, após 25 anos de labor constante, sua paixão pelos perdidos era tal, que exclamou certa vez: “Tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos” (Rm.9.2,3). Tal amor e paixão pelos perdidos não encontra palavras para descrever-se.
3. Fortalecimento na fé - Nossa fé é fortalecida quando testemunhamos Deus cumprir sua Palavra. É maravilhoso e edificante ver como Deus cumpre o que está escrito no que tange à salvação das almas, quando as condições exigidas por Ele são satisfeitas. Paulo dizia com confiança nesse sentido: “Não me envergonho do evangelho” (Rm.1.16). Isto significa que por onde quer que ele falasse a Palavra, Deus confirmava a pregação com salvação de pecadores e demais bênçãos.
4. Estímulo a outros irmãos - A prática de ganhar almas e as bênçãos daí decorrentes estimulam outros a se renderem ao Senhor para que Ele os use de igual modo. Crentes inflamados pela salvação dos pecadores transmitem influência aos descuidados e indiferentes.
Tendo apreciado o porquê, quando, onde, como e os resultados da evangelização dos pecadores, peçamos a Deus que nos revele e ajude a deixar tudo aquilo que impede a nossa participação efetiva na evangelização das almas perdidas, e que Ele derrame sobre nós o seu Espírito, dotando-nos, assim, de poder para a tarefa de evangelizar e ganhar os perdidos para Ele. Que Ele nos faça homens e mulheres segundo o seu coração. Você, irmão, está sinceramente disposto a orar assim? Oh! Que Deus desperte seu povo enquanto é tempo de falar aos perdidos, do seu amor e da sua salvação, antes que entrem no Inferno!
QUESTIONÁRIO
1.Cite três razões por que devemos evangelizar, conforme o estudo do presente capítulo. Dê referências bíblicas.
2.Cite duas razões por que devemos evangelizar agora, conforme o estudo do presente capítulo.
3.Cite cinco lugares onde podemos ganhar almas individualmente.
4.Cite as cinco primeiras divisões do ponto “como devemos evangelizar”.
5.Cite três exemplos de Jesus evangelizando individualmente.
6.Qual o capítulo inteiro da Bíblia (por nós focalizado), onde Jesus aparece evangelizando um pecador.
7.Cite mais três exemplos de Jesus evangelizando pecadores individualmente, conforme foi estudado.
8.Cite três resultados da evangelização  dentre os estudados.
COMO ENTRAR NO ASSUNTO DA SALVAÇÃO
Com que palavras ou de que maneira podemos nos dirigir ao pecador, ao iniciar o assunto da salvação? Há quatro fatores que determinam isto:
1.O tempo disponível
2.O local
3.As circunstâncias
4.Os tipos de pessoas
A melhor maneira de aprender a entrar no assunto é praticando. O maior erro de todos é deixar passar a oportunidade e não tratar do assunto da salvação. Estudemos um por um, os quatro fatores que determinam a entrada no assunto da salvação:
O TEMPO DISPONÍVEL
1. Quando há muito tempo - Havendo muito tempo, é mais interessante e proveitoso travar primeiro conhecimento e ganhar a confiança da pessoa, antes de entrar no assunto. Isto levará pouco tempo. Seja como for, é bom atender para Tg.4.14.
2. Quando há pouco tempo - Num transporte na cidade ou em situação semelhante, em que o tempo é reduzido, e provavelmente não veremos a pessoa outra vez, o melhor é entrar logo no assunto. Às vezes o próprio pecador, ao mencionar um acontecimento, fornece o tema para a entrada no assunto. É melhor entrar no assunto assim, de modo natural, do que nós mesmos darmos origem.
3. Quando há um mínimo de tempo - Em situações em que não é possível falar senão algumas palavras, pode-se dar início ao assunto por meio dum folheto, jornal ou porções das Sagradas Escrituras. Quantos têm sido salvos por meio da página impressa, e, de modo especial, as Escrituras?

Os folhetos deverão levar o carimbo com endereço da igreja. Devem ser examinados primeiro.
É evidente que em qualquer desses casos é preciso orar e ter a direção do Espírito Santo. Deus tem interesse nesse tipo de trabalho e nos conduzirá devidamente. Nunca, irmão, perca a oportunidade, mesmo tendo um mínimo de tempo. Os fatos revelam que em cada minuto que passa, pessoas morrem sem salvação! Isto dá 9.000 por hora e 216.000 por dia.
O LOCAL
Exemplos:
1. Passando próximo a festas e outros locais de diversão -Mostrar que a vida aqui é passageira e que breve estaremos na presença do nosso Criador. O mundo passa e seus prazeres também. Ao findar a vida aqui, iremos prestar contas a Deus. O gozo terrestre é efêmero. Textos: Ec.11.9; 12.1; Jo.14.17; Rm.14. 12; Tg.4.4; 1 Jo.2.15-17.
2. Num hospital, ou local semelhante - Podemos entrar no assunto falando do Médico Divino que cura a doença da alma – o pecado pior, sem comparação, do que a doença do corpo. Mostrar que o preço dessa cura Ele já pagou por nós. Textos: Sl.103.3; Is.53.5; Mt.6.33; Lc.5.17-26.
2.3. Na igreja, na hora do culto - Podemos convidar, conduzir à frente, etc. Numa hora dessa devemos ter toda prudência para não perturbar o culto nem o pregador. Uma pergunta muito costumeira é: “O Sr. já pensou em aceitar Jesus como seu Salvador?” Nunca se deve perguntar “O Sr. já é crente?” Uma pessoa pode ser crente em vários sentidos.
Outra coisa que podemos fazer durante o culto é orar pelo pregador e pelos pecadores, para que Deus opere em ambos. Na hora do apelo, muitos não têm coragem de se manifestarem, apesar de sentirem a chamada de Deus para a salvação. Numa hora dessas, Deus pode guiar-nos a tais pessoas e ajudá-las, assim como dirigiu o evangelista Filipe na estrada deserta de Gaza. Para que Deus nos use assim, é preciso estarmos conforme Is.6.8b.
AS CIRCUNSTÂNCIAS
As circunstâncias e fatos do momento à nossa volta servem para introduzir o assunto da salvação. Exemplos:
1. A natureza ao redor, isto é, montanhas, mar, céus. Podemos começar declarando que Deus fez isso para a sua glória e para o bem do homem (Gn.1.26,28; Sl.19.1).
2. A falta de tempo que todo mundo reclama. Podemos começar declarando que Deus deve ter toda prioridade do nosso tempo, e que o assunto da salvação não deve ser adiado, porque quando Ele nos chama para a outra vida, não podemos dizer não. Textos: Is 55.6; Jr.8.20; Am.4.12; Mt.25.10-12.
3. Se o assunto é o espantoso progresso da Ciência, podemos começar dizendo que isto é sinal do fim dos tempos, segundo a Palavra de Deus. Textos: Dn.12.4; Lc.21.11.
3.4. As catástrofes que acontecem cada vez mais amiúde aqui e ali, como tufões, inundações, terremotos, epidemias, etc. Também são sinais do fim e avisos de Deus, dado o aumento do pecado na face da terra. Textos: Joel caps. 1 e 2.
5. O estado de tensão, guerra fria (e quente), inquietação, levantes, greves, tumultos pelo mundo afora. Perigos de guerra atômica e suas consequências imprevisíveis. Podemos falar de Cristo – o abrigo seguro e eterno contra todos os perigos e incertezas. Textos: Sl.91; 94.22; 121; Jo.14.1. Podemos mostrar que a paz vem pela justiça (Is.32.17).
6. Em ambiente de tristezas e dificuldades, podemos afirmar que, para os fiéis do Senhor, isso breve findará e entrarão no gozo eterno com o mesmo Senhor. Textos: Rm.8.18-23; Ap.7.15-17.
7. Em caso de morte ou falecimento, podemos afirmar que para os que estão com Cristo, a morte é o outro lado da vida – e de uma vida melhor. Textos: Jó .19.25,26; Lc.16.22,23; Fp.1.21-23.
8. Em caso de morte repentina, inesperada, podemos falar sobre a necessidade de se estar preparado para encontrar o nosso Criador a qualquer instante. Textos: 1 Sm.20.3; Am.4.12; Mt.25.10; Lc 12.20.
9. Se o assunto é política em geral, podemos falar do Rei dos reis e Senhor dos senhores, que em breve reinará com justiça e paz perfeita. Textos: Is.9.6; 11.1-9; Jr.23.5; Lc.1.32,33; Ap.19.15,16.
OS TIPOS DE PESSOAS
São três os tipos ou classes de pessoas com que temos de tratar:
-  Não-crentes
- Crentes
- Desviados
Estes tipos ou classes de pessoas são um dos fa¬tores que determinam a maneira de entrarmos no assunto da salvação. Vejamos cada um.
1. Os não crentes
1.1. Os que não conhecem o Evangelho. Se são pessoas sinceras, brandas, gentis e que sinceramente desejam ser salvas, use o “Plano da Salvação” no capítulo seguinte deste curso. Mais alguns textos: Is.55.6; Jo.7.37; Hb.7.25; Ap.22.7.
Se são pessoas indiferentes, despercebidas, desinteressadas, cheias de desculpas, zombeteiras, religiosas ou opostas à religião, podemos começar mostrando-lhes que:
- A vida pecaminosa conduz à condenação eterna. Textos: Mt.7.22,23; Rm.6.23; 1 Co.6.9,10; Ap.21.8.
- Que Deus os ama apesar de seus pecados. Milhões de descrentes fogem do Evangelho porque ficam convencidos de que Deus não os ama, antes os odeia. Sabemos que isso procede do Diabo. Se qualquer ser humano perguntar “Deus me ama?”, Deus responde apontando para seu Filho morrendo no Calvário por todo mundo. Textos: Jo.3.16; Rm.5.8.
- O resultado final de persistir no pecado. Podemos ver isso em Rm .2.4,5; 6.23; Tg.1.15.
4.1.2. Os que conhecem o Evangelho, isto é, conhecem, mas não são salvos. São os frequentadores de igrejas; os que têm o Evangelho apenas como uma religião e nada mais. São crentes nominais. Precisam levar a sério Lc.13.3; Jo.3.5; At.3.19. Neste grupo estão os filhos de crentes, bem como pessoas nascidas e criadas em ambiente ou lar cristão, mas não nascidas de novo. Não sabem se estão salvas. Sabe o leitor se está salvo mesmo? (1 Jo.5.19). Para tratar com uma pessoa assim, que conhece o Evangelho mas não é convertida, é mais interessante fazer primeiro amizade com ela e ganhar sua simpatia, e, então, com intimidade, falar da salvação de sua alma. Isto tem aplicação especial aos filhos de crentes, não convertidos. Normalmente, pessoas como as que acabamos de mencionar costumam dizer, quando alguém lhes fala do Evangelho: “Conheço a Bíblia, a igreja e os crentes, e quando eu quiser, serei crente”. Outras se aborrecem, retiram-se ou procuram evitar que alguém lhes fale do Evangelho. Por isso, é melhor conquistar primeiro sua simpatia antes de falar-lhes.
2. Os crentes - O evangelismo pessoal entre crentes salvos tem aspecto um pouco diferente. É tão-somente assistência e auxílio espiritual através das Escrituras. Mais uma vez é preciso conhecer-mos  devidamente o Livro Sagrado para que o Espírito Santo use o texto que Ele quiser. Isso pode acontecer de várias maneiras.
Às vezes o crente enfrenta lutas, provações, sofrimentos, tentações, correções, etc. São casos como o de José, o filho de Jacó; os de Jó, Jeremias, Paulo, Abraão e muitos outros. Ao visitarmos um crente assim, não é um texto qualquer que vamos ler, mas o adequado para o caso. A Bíblia tem mensagens para cada caso, seja qual for. Conhecendo a Bíblia e agindo na dependência do Espírito Santo, tudo nos irá bem. Há pessoas que, ao verem qualquer adversidade na vida dum servo do Senhor, a única coisa que sabem dizer é que há pecado ou que ele está pagando o que deve. Observe a gentileza de Jesus para com os sofredores em Mt.12.20.
Ainda trataremos mais a fundo dos textos apropriados para tais circunstâncias, mas aqui estão alguns: Sl.50.15; 72.12-14; 91.15; Jo.16.33; Fp.1.2; Cl 1.24; 1 Pe.1.6,7; 5.8-10. Observe o conforto que Jônatas levou a Davi, em 1 Sm.23.16.
3. Os desviados  - Estes são os que, uma vez salvos, deixaram o caminho do Senhor. Se eram membros da igreja, foram disciplinados. Nessa situação, ficam sem comunhão com a igreja. Se não eram membros, estão sem comunhão com o Senhor da mesma maneira. Pode haver casos de exclusão ilegal, como em 3 Jo vs. 9,10.
Para tratar com tal classe de pessoas, é de muita importância procurar saber primeiro a causa de se desviarem. Aqui estão alguns dos motivos:
a. Não terem recebido a devida orientação espiritual (Ez.34.5,6).
b. Manterem amizade e comunhão com incrédulos (2 Cr 19.2; 1 Co.15.33; 2 Co.6.12-17; Tg.4.5).
c. Vida espiritual superficial (Lc.8.13). Crentes assim, ofendem-se por qualquer coisa; aprendem a se queixar de tudo, e escandalizam-se ao verem maus exemplos ou quando fatos e acontecimentos transcendem sua compreensão. Exemplo: At.7.52,60; 12.2.
d. Desobediência consciente à Palavra de Deus (Pv.4.6). Se isso continuar, a queda não demorará muito. A desobediência cega a visão espiritual. Um crente assim, vê o mal nos outros, mas não o vê em si próprio.
e. Exaltação ao ser abençoado, e esquecimento de Deus. Há muitos que, ao serem abençoados nos negócios e nas coisas materiais, atribuem tudo isso aos seus esforços e capacidade, e não à bênção de Deus. Exemplo: o rei Uzias (2 Cr.26.14-16).
f. Viver vazio e seco espiritualmente. Uma casa, sem habitantes, logo se torna abrigo de insetos, animais e sujeira. O mesmo acontece com a vida espiritual. O Diabo sempre tem material para encher quem anda vazio. Há um provérbio que diz: “Uma vida vazia é oficina do Diabo”. (Lede Lc.11.24 e Ef.5.18.)
g. Falta de discernimento e percepção espiritual. Exemplo: Jo.6.66-69.
h. Encanto, admiração e apego pelo mundo e suas coisas pecaminosas (Tg.4.4-6; 1 Jo.2.15; 5.19).
Quanto aos desviados, há duas classes: Os que têm saudade, desejam voltar, oram e ficam comovidos quando se lhes fala a Palavra de Deus, enfim, continuam com a mensagem do Evangelho no coração. Nesse grupo estão os melindrados, queixosos, feridos, escandalizados, para os quais necessitamos muita graça, tato e paciência para tratar com eles. (Vide Pv.18.19.) Para desviados como os acima descritos podemos mostrar:
1)  O caminho de volta para Deus (2 Cr 7.14; Is 55.7).
2)  O grande amor de Deus para com os desviados (Is 43.23-25; Jr 3.22; Ez 18.23.30-32; Os 14.1-4; Lc 15.32).
3) Exemplos de como Deus aceitou outras pessoas na mesma situação, mostrando a sua misericórdia e amor:
- O apóstolo Pedro (Mc.16.7).
- Manasses (2 Cr.33.2,12,13).
Se o desviado clamar, Deus o ouvirá (Dt.4.29,30; Lm.3.31,32,55-57; Jn.2.1,2). Aqui em Lm.3.31, devemos compreender que não existe o que chamam de “rejeição divina”. Em Gl.5.4, “cair da graça” significa o homem rejeitar o princípio da justificação, que é unicamente pela fé. (Lede o contexto do dito versículo.)
A outra classe de desviados compreende os indiferentes, os insensíveis, os blasfemos, os apóstatas. Para esses, só a misericórdia de Deus. Podemos falar-lhes perguntando:
- Que falta o Sr. encontrou em Deus para abandoná-lo? (Jr.2.5).
- Em que tempo o Sr. vivia mais feliz: quando servia a Deus, ou agora quando o abandonou? (Sl.1.1; 119.1).
Podemos também falar-lhes que:
-  a ira de Deus é contra os que voltam atrás (1 Rs.11.9);
- não desprezem os avisos solenes de Deus (Os.4.6; Am.4.11,12). Vemos aqui que os filhos do desviado podem vir a sofrer.
- O resultado de permanecer desviado (Jr.2.13,19; Ez.18.24; 2 Pe.2.20-22).
Estude as referências bíblicas deste capítulo, de Bíblia aberta, e com oração diante de Deus, para que o Espírito Santo revele as profundezas do ensino nelas contida, e também para que Ele nos grave na memória para o seu uso.
QUESTIONÁRIO
1. Quais os quatro fatores que determinam a maneira de entrarmos no assunto da salvação?
2. Cite a melhor maneira de aprendermos a tratar com os perdidos.
3. Como devemos proceder com relação ao tempo, quando temos muito, pouco ou um mínimo de tempo?
4. Dê exemplo de uma referência bíblica, realmente apropriada para qualquer das circunstâncias abaixo:
-   Hospital.
-  Locais de diversões.
- Hora de culto.
- A natureza.
- O progresso da Ciência.
- As catástrofes.
- As guerras e os estados de tensão.
-Tristezas e dificuldades.
- Morte repentina.
- Política.
5. Cite os três tipos de pessoas a quem havemos de falar a Palavra de Deus.
6. Cite uma referência realmente apropriada que usaria para:
- Pessoas que desejam a salvação.
- Crentes nominais ou de formação cristã, mas não salvos.
- Crentes em angústia, provações, sofrimentos.
7. Cite três causas de desvio espiritual.
A SALVAÇÃO DA ALMA
Neste capítulo trataremos da salvação da alma. Considerando o assunto quanto à evangelização no sentido doutrinário e teológico, não é da alçada deste livro.
- Que é a salvação?—É um extraordinário milagre de Deus! Que falem os irmãos! (2 Co.5.17). Salvação é mais que arrependimento; é mais que uma confissão de fé; é mais que ser membro duma igreja.
Trataremos primeiramente do pecado, pois salvação infere perdição, que é ocasionada pelo pecado. Os homens sem Deus consideram o pecado como coisa inexistente ou de somenos importância, mas a Palavra de Deus descreve-o como realmente ele é.
1. O PECADO
O que é o pecado.
a. Ê transgredir a lei de Deus (Sl.51.1; Lc.15.29; 1 Jo.3.4 ARA).Sendo o pecado uma transgressão, é uma rebelião contra Deus. Em suma, é o homem fazer sua própria vontade.
b. É toda injustiça (1 Jo.5.17). Isto é, tudo aquilo que não é reto segundo o padrão divino.
c. É uma dívida para com Deus (Mt.6.12).- Cada pecado cometido  é uma dívida contraída com Deus. Tal dívida o homem não pode jamais pagar. O homem, uma vez cometendo pecado contra Deus, não pode desfazer esse pecado. A sua única esperança está no lado divino – no perdão que obtemos de Deus mediante a morte viçaria de nosso Senhor Jesus Cristo.
d. Ê não cumprir com os deveres cristãos (Tg.4.17). Pecado não é somente praticar o mal; deixar de fazer o bem também é pecado.
e. É não dar crédito a Cristo; não ter fé em Cristo (Jo.16.8,9). Não dar crédito a Cristo é um insulto a Deus que o enviou.
f. É praticar coisas duvidosas (Rm.14.23).
g. Ê errar o alvo verdadeiro (Rm.3.23). Um dos principais significados da palavra pecado (no original gr. “hamartia”), é “errar o alvo”. De fato, o pecado é um alvo que o homem acerta quando erra o alvo verdadeiro. O alvo certo é Deus e sua glória, mas, quando pecamos, erramos o alvo certo e ficamos separados de Deus. Só o perdão pelo sangue de Jesus pode restabelecer a comunhão com Deus. O homem foi criado para temer a Deus, adorá-lo e glorificá-lo, mas quando peca, erra esse alvo. Nota: O pecado pode ser por comissão ou omissão.
A UNIVERSALIDADE DO PECADO
Os textos bíblicos que se seguem provam que todos pecaram. Ninguém é excluído a não ser o Senhor Jesus, porque apesar de ser o Filho do homem, é também o Filho de Deus. É Deus quem diz na sua Palavra que todos pecaram. Inúmeras pessoas não se podem salvar porque não querem reconhecer que são pecadoras e muito menos perdidas. Se o homem não reconhecer que é pecador, Jesus não poderá salvá-lo, pois Ele veio salvar pecadores.
Textos que mostram a universalidade do pecdo: Pv.20.9; Ec.7.20; Is.53.6; Mc.16.15; Rm.3.23; 5.12; 1 Jo.1.8,10. (Ver a palavra “todos” e “todo” nessas passagens.) Também Sl.51.5 e 58.3, mostram que o homem não é pecador porque peca; ele peca porque é pecador por natureza. Estas passagens revelam que o homem para errar não precisa de instrutor.
AS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO
a)  Traz aflição e inquietação ao pecador (Is 48 22; Jr. 2.19; Lm 3.39).
b)  Interrompe a comunhão com Deus (Is 59.2).
c)  Escraviza o homem (Jo 8.34).
d)  Conduz à morte eterna, ou “segunda morte”(Rm 6.23).
e)  Exclui o homem do Céu – sua herança (1 Co 6.9).
TODOS NECESSITAM DE UM SALVADOR
PORQUE TODOS PECARAM
a.  Sendo pecador, como todos são, deve o pecador reconhecer isso (1 Rs,8.46). Isto foi dito por Salomão o homem mais sábio que já existiu. Quem pode contestar? Quem sabe mais?
b. Sendo todos pecadores, estão todos sob condenação (Ez,18.4).
c.  O resultado de morrer no pecado (Rm.6.23).
d. Como escapar da condenação? (Hb,2.3).
e.  Obras não podem salvar (Is,64.6; Ef,2.8,9; Tt,3.5).
f.  Só Jesus pode salvar (Jo.12.47; At 4.12; 1 Tm.1.15; Hb.7.25).
HOMEM NENHUM PODE SALVAR-SE A Sl MESMO
a.  Deus mesmo é a nossa salvação (Is.12.2; Jo,15.5; At.4.12).
b. Tudo o que o homem fizer para salvar-se é debalde (Is.64.6).
c. Os caminhos do homem não são os de Deus (Pv.14.12; Is.55.8).
d. Somos salvos pela misericórdia de Deus; não por obras ou qualquer outra coisa que fizermos para merecer a salvação (Ef.2.8,9; Tt.3.5). Até a fé, mediante a qual recebemos a salvação, vem de Deus. Portanto, nem igreja, nem batismo, nem conduta ou qualquer outra coisa pode salvar o homem, a não ser o Senhor Jesus Cristo.
e. Só Jesus é o caminho para Deus (Jo.14.6).
DEUS MESMO JÁ PROVIDENCIOU A SALVAÇÃO
a. Deus deu seu bendito Filho como sacrifício pelo pecado (Jo.1.29; 3.16; 1 Jo.2.1).
b. Jesus já morreu para salvar o pecador (Rm.5.8; 1 Co.15.3).
c. Ele, ao morrer, levou sobre si os nossos pecados (1 Pe.2.24).
d. Esta salvação é gratuita. É por graça. Vem de Deus (Ef.2.8; Tt,3.5).
O PLANO DA SALVAÇÃO
É de suma importância que o ganhador de almas compreenda bem o plano ou caminho da salvação, para poder explicá-lo claramente à alma que busca a Deus. O plano é simples, pois Deus afastou todas as dificuldades. Ele fez tudo em lugar do pecador. A parte que toca a este é apenas aceitar a salvação consumada. É como está escrito na parábola das bodas: “Tudo já está preparado; vinde às bodas” (Mt.22.4).
A Palavra de Deus afirma que todos pecaram e destituídos ficaram da glória de Deus (Rm.3.23). Deus, porém, na sua misericórdia, não quer que ninguém pereça (1 Tm.2.4; 2 Pe.3.9), e proveu salvação para todos que quiserem. Jesus morreu em lugar do pecador, levando sobre si o pecado do mundo (Is.53.6b; Jo.1.29; 2 Co.5.21; 1 Pe.2.24). Quem quiser pode agora ser salvo mediante o Se¬nhor Jesus Cristo (Mt.1.21; Lc.2.10,11; 19.10; Jo.3.16; At.10.43; Rm.10.13; Ap.22.17). O castigo do pecado, que era a morte (Ez.18.4), o Senhor Jesus levou em seu corpo no Calvário.
OS TRÊS PASSOS PARA O HOMEM OBTER A SALVAÇÃO:
1. Reconhecer que é pecador (Rm 3.23) - O  primeiro passo para a salvação é o homem reconhecer que é pecador. Esse passo é efetuado pelo Espírito Santo, ao ouvir o pecador a mensagem da salvação. (Ver Jo.16.7.8.) Esse reconhecimento do pecado é acompanhado de profunda tristeza, por ter a pessoa vivido no pecado até agora. (Ver At.2.37.) – “compungiram-se em seu coração”; 2 Co.7.10 – “a tristeza segundo Deus”.)
2.Confiar em Jesus como o seu Salvador (Jo.1.12; At.16.31) -Aqui se trata de fé. Este é o segundo passo. “Crer”, no sentido bíblico, é confiar de modo absoluto, apoiando-se ou descansando plenamente sobre aquilo em que’ se crê. Não é. como alguém pensa, um ato puramente do intelecto, mas de todo o seu ser interior. O requisito que Deus requer é crer. e nada mais. mas crer honestamente. Este segundo passo para a salvação inclui em si o arrependimento (Mc.1,15; 2 Co.7.10). O pecador, ao sentir tristeza pelo pecado, e ajudado pelo Espírito Santo, decide mudar de vida. deixar o pecado e voltar-se para Deus. Arrepender-se é andar em sentido contrário àquele em que se vinha.
3. Confessar que Cristo é o seu Salvador (Rm.10.10b) - Isto é a decisão em si (At.3.19b). Confessar é a pessoa declarar publicamente que aceitou o Salvador. Após crer com o coração (segundo passo – Rm.10.10a), é preciso confessar ou declarar que agora é crente. Nesse momento o pecador confessa também a Deus os seus pecados, decidindo abandoná-los, e recebe o perdão (1 Jo.1.9). Portanto, o perdão depende de arrependimento e confissão. Somente o homem reconhecer que é pecador e compreender que o Evangelho é a verdade de Deus para a salvação nada adianta se ele não aceitar o Salvador, confessando-o publicamente. Não pode haver crente secreto, isto é, só de coração. Quem aceita a Jesus como seu Salvador tem logo um desejo intenso e espontâneo de manifestar isso. Cada salvo sabe muito bem disso por experiência.
A obediência do pecador a estes três passos resulta na salvação. Isso é infalível, operando a Palavra e o Espírito Santo. Crer em Jesus sem confessá-lo é covardia. Confessá-lo sem crer é hipocrisia.
A IMPORTÂNCIA DO SANGUE NO PLANO DA SALVAÇÃO
Muita gente não entende porque as Escrituras mencionam tanto os sacrifícios cruentos. Uns chegam até a dizer que o Evangelho é a “religião do matadouro”. Mas o derramamento de sangue tão enfatizado na Bíblia para expiar o pecado, tão-somente evidencia a hediondez deste e que o salário do pecado é a morte. Os sacrifícios do AT eram imperfeitos e não podiam expiar de vez o pecado, mas o Cordeiro de Deus – o Senhor Jesus Cristo, com seu sacrifício no Calvário, resolveu para sempre o problema do pecado.
Em cada sacrifício do AT. o ofertante queria dizer o seguinte: a) eu pequei; b) eu mereço a morte; c) outro vai morrer em meu lugar. (Ler Lv.17.11; Mt.20.28; 2 Co.5.14.) Esses são pontos básicos concernentes ao sangue, no plano da salvação.
1.“Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados” (Hb.9.22 – 1 Pe.1.8,9). Somos remidos do poder do pecado pelo sangue de Jesus – o Cordeiro de Deus (Jo.1.29).
9.2. No Antigo Testamento, Deus deu o sangue de animais para fazer expiação pelas almas (Lv.17.11). Esse sangue sacrificial de animais tipificava o sangue de Cristo. Esses sacrifícios repetiram-se até que veio o perfeito sacrifício (Is.53.10).
9.3.O Senhor Jesus deu o seu sangue para a remissão dos pecados (Mt.26.28). Esse precioso sangue não só prove o perdão dos pecados cometidos, mas também a purificação do pecado congênito da nossa natureza humana (1 Jo.1.7-10).
9.4. E pelo sangue de Jesus que somos justifica dos diante de Deus. Só desse modo é satisfeita a justificação requerida por Deus (Rm.5.9,10). Há muitas religiões e seitas que negam a eficácia do sangue de Jesus na redenção da humanidade. É evidente que são religiões e seitas falsas.
QUESTIONÁRIO
MEMORIZE O CONTEÚDO DESTE QUESTIONÁRIO, INCLUSIVE AS REFERÊNCIAS E SEUS TEXTOS.
Pecado: - É transgredir a lei de Deus (1 Jo.3.4). É toda a injustiça (1 Jo.5.17). É uma dívida para com Deus (Mt.6.12).
1.    A universalidade do pecado (Rm.3.23).
2. As consequências do pecado: Afasta o homem de Deus (Is.59.2). Conduz à morte eterna (Rm.6.23).
3. Homem nenhum pode salvar-se a si mesmo (At.4.12).
5. Deus mesmo já providenciou a salvação (Jo.3.16).
6. Os três passos para a salvação: Reconhecer que é pecador (Rm.3.23). Confiar em Jesus como o seu Salvador (At.16.31). Confessar que Cristo é o seu Salvador (Rm.10.10).
7. Que nos mostra o derramamento de sangue para expiar o pecado, desse sangue tão mencionado na Bíblia?
8. Que tipificava o sangue de animais, dado por expiação do pecado no Antigo Testamento?
9. Quais as duas coisas estudadas, que o sangue de Jesus prove, para salvar o pecador?
IDEIAS PARA EVENTOS ESPECIAIS
Aumente as suas chances de atrair uma grande multidão para os seus eventos (na igreja e fora da igreja) especiais por:
 - Realizar o evento num lugar fora do usual tal qual um Hotel, Restaurante, Sitio, Cinema, Teatro ou um Clube. Porém, antes de assumir compromisso com um determinado lugar procure a respostas para essas perguntas: “O local tem capacidade elétrica suficiente para suportar seus equipamentos?” “Existe alguma restrição no local a respeito de barulho?” “Existe estacionamento suficiente que possa satisfazer a demando do seu público?”
-  Investir numa boa campanha  publicitária, radio, tv ou jornal, marketing.
Tenha em mente que isso pode ser a sua apresentação inicial na comunidade. Portanto, sua propaganda deve visar não apenas chamar a atenção do público mas também exibir a sua qualidade. Precaução: Não permita que detalhes refinados faça você se esquecer de detalhes fundamentais. Check e check várias vezes lembrando-se que os convites devem providenciar respostas a todos os quem, o que, onde, quando e porque a respeito do seu evento.
-  Recrutar apoio de pessoas influentes na comunidade e muitos amigos. Lembre-se que muitas dessas pessoas estarão fazendo a seguinte pergunta: “O que é que ganho com isso?” As pessoas de um modo geral gostam de fazer parte de algo portentoso. Considere não o mais importante, mas se pode ter  também o apoio de algumas “celebridades cristãs” não perca a oportunidade. Precaução: Tome um especial cuidado no uso dessas celebridades; certifique-se de que seu testemunho cristão é realmente autentico.
10 PERGUNTAS VITAIS PARA UM PASTOR
1.  Nos últimos 30 dias você ouviu os membros da sua congregação conversando a respeito da sua visão em relação a sua igreja?
2.  A atmosfera da sua igreja é inquestionavelmente contagiante?
3.  A missão da sua igreja sai com clareza, objetividade e convicção vinda apaixonadamente do seu coração?
4.  Os seus lideres abraçam a sua visão?
5.  Você planejou uma atividade nos próximos três meses que tem o objetivo de ajuda-lo a ver o futuro que Deus tem para a sua igreja?
6.  A sua liderança entusiasticamente concorda sobre a maneira de como realizar a missão da igreja?
7.  Você tem um processo, no papel, sobre como a sua igreja deve desenvolver novos lideres?
8.  Toda a comunicação da sua igreja reflete e reforça a sua visão?
9.  Existe uma clareza cristalina a respeito do novo ministério a ser lançado na igreja?
10.             Você já identificou uma pessoa que possa ajuda-lo a ser o líder que você precisa ser?
12 ESTRATÉGIAS PARA UMA
LIDERANÇA BEM SUCEDIDA
1 – Demonstre às pessoas, as quais você está liderando, as qualidades que você espera que elas demonstrem a você.  -  Um dos mais poderosos princípios de liderança é este:
As pessoas fazem aquilo que elas veem! Portanto, obtenha honestidade, lealdade, sensibilidade, consideração, espírito decisivo, flexibilidade, objetividade e entusiasmo que você deseja dos seus liderados, ao demonstrar a eles exatamente essas mesmas qualidades em si mesmo. Modelar atitudes é, e sempre será, a mais poderosa estratégia de liderança.
2 – Faça com que as suas expectativas sejam claramente conhecidas  -  De que outra maneira você espera que as pessoas possam satisfazer as expectativas que você tem sobre elas? Nunca assuma que uma pessoa, seja ela membro da igreja ou um líder de um departamento, já saiba – sem que você antes a tenha claramente comunicado – quais são as expectativas que você tem sobre o trabalho e função que você delegou. Não tenha medo de dizer exatamente o que você espera do trabalho e ministério daquela pessoa. Diga a ela antes dela se engajar no trabalho e faça isso tão frequente quanto possa.
3 – Use reuniões para fortalecer a sua equipe  -  Encoraje participação e o compartilhar de ideias. Mantenha o grupo focalizado no alvo.
4 – Demonstre apreciação pela dedicação ao trabalho  -  Lembre-se que você trabalha com voluntários e seres humanos (voluntários incluídos) precisam constantemente de sentirem apreciados pelo trabalho que realizam. Voluntarismo requer apreciação constante. Portanto, não perca a oportunidade de apreciar e reconhecer publicamente o trabalho que as pessoas vem desenvolvendo.
5 – Aceite as diferenças das pessoas e tire vantagem disso  -  Nem todas as pessoas se tornam a estrela da sua equipe. Algumas pessoas vão se superar e outras não irão sair do lugar. Portanto, da mesma maneira que você trata o seu filho como se ele fosse o único, trate também aquela pessoa conforme a singularidade dela.
6 – Dê feedback às pessoas independente da contribuição que elas estão dando para a equipe.
Faça isso objetiva e honestamente tão frequente quanto possa. Deixe-os saber de que maneira eles estão preenchendo as suas expectativas e onde eles podem aprimorar.
7 – Ouça a sua equipe  – Ao serem ouvidas, as pessoas passam a compreender que aquilo que elas dizem tem importância. Ao ouvi-las você irá ganhar o respeito e a lealdade delas. E mais: você estará sabendo o que se passa com elas.
8 – Compartilhe os seus alvos, visões, motivações e razões   -  Não diga às pessoas o que elas devem fazer. Compartilhe com elas sobre quais são as suas reais necessidades naquela determinada situação e permita que elas lhe ajudem a decidir sobre a melhor maneira de preencher aquelas necessidades.
9 – Admita seus erros   -  Ao contrário do que possa parecer sinal de fraqueza, isso é um sinal de vitalidade e saúde. Não tenha medo de mudar seu posicionamento quando errado insistir no erro não é inteligente.
10 – Não prometa – cumpra  –  Apenas duas coisas podem acontecer quando você promete algo a alguém, e nenhuma das duas é muito boa. O cumprimento de uma promessa é sempre esperado; e uma promessa não cumprida pode acabar com um relacionamento.
11 – Coloque as pessoas em funções em que elas estejam mais próximas de preencher as suas próprias necessidades tanto quanto as da igreja/organização  - 
Essa é a melhor resposta para uma pergunta de líderes  que tem duvidas de “Como podem motivar o meu povo?”
12 – Dê às pessoas as informações que elas precisam para fazer o trabalho que lhes foi dado – antes mesmo delas necessitarem de tais informações  -  Para muitos voluntários, informação é alguns dos recursos necessários, mas que estão pouco disponíveis. Ao delegar um trabalho, ofereça todas as informações que estiverem a seu alcance.
ESTAGIAR AJUDA MEMBROS A CRESCER
Tente a abordagem experimental de estagio e aprendiz para acelerar o crescimento de um membro de igreja ao fazer com que ele (a) aceite a sua responsabilidade em vez de se esquivar.
Exemplo:
  • O membro da igreja diz: “Pastor, nós temos um problema.”
  • Você responde: “Quais são as opções que você sugere?”
  • Vamos experimentar conforme sua sugestão, caso não funcione mudamos retrocederemos.
BUSCANDO O FEEDBACK
Se você deseja obter um feedback de qualidade de membros da sua equipe de ministério, eis aqui algumas sugestões:
  • Encontre-se com essa pessoa (apenas uma de cada vez) por uma hora ou duas pelo menos uma vez a cada 90 dias. Evite que esse encontro seja nas dependências da igreja. Talvez a melhor opção seja num almoço ou jantar.
  • Deixe claro que esse encontro não é nada formal e que você não tem uma agenda e que tudo que você deseja é um honesto feedback. Isso significa que você deverá falar muito pouco e ouvir muito.
  • Pergunte sobre como essa pessoa está vendo as recentes realizações na igreja, etc.
  • Faça um esboço dos planos que você tem (tanto quanto você possa) para com a igreja ou para com algum determinado departamento o qual você espera algum feedback dessa pessoa. A seguir, pergunte como essa pessoa se vê dentro desse plano e na igreja de um modo geral a longo prazo. É possível que esta pessoa venha revelar algum interesse ou habilidade que pode ser usado em algum projeto posterior.
  • Peça a opinião dessa pessoa sobre a perspectiva que ela possa ter sobre como membros de ministério podem ainda aprimorar a forma de trabalharem juntos como equipe e peça também uma sincera avaliação da sua própria (você) liderança na igreja. Nota importante: É possível que pessoa hesite em lhe dar qualquer feedback em pessoa. Se este for o caso, encoraje-a a lhe escrever um e-mail com as suas recomendações e sugestões.
  • Apresse-se a corrigir qualquer problema que porventura possa surgir. A pior coisa que pode acontecer é você obter um feedback e não fazer absolutamente nada a respeito da matéria.
COMEÇANDO UM NVO MINISTÉRIO NA IGREJA
Muito bem. Você já definiu em sua mente e Deus já confirmou em seu coração mais um novo e promissor ministério a ser implementado em sua congregação. E agora, qual o próximo passo? Permita algumas sugestões práticas:
Ore!  Invista tempo em oração com alguns amigos que já tenham algum interesse nesse ministério. Peça a Deus que lhes dirija a cada passo dessa nova jornada. (Colossenses 4:2)
-  Peça a Deus para lhes mostrar cada passo a ser dado em fé a fim de levar avante esse ministério. (Mateus 21:12)
-  Agradeça a Deus pelo privilégio de poder participar de algo de valor eterno e profundamente significativo. (1 Corintios 3:10-15)-
- Comece a orar pelos desdobramentos desse ministério. Ore para que muitos venham a conhecer a Cristo como Salvador e Senhor. Ore especificamente por pessoas que possam vir a participar desse ministério. Ore para que Deus providencie a liderança necessária para esse ministério. (Mateus 28:18-20)
BUSQUE MENTORES!
Você conhece alguém que já está fazendo algo parecido com o que você vem sonhando? Não se acanhe. Peça ajuda. Busque modelos experiência de algum outro ministério. Se informe de alguma possibilidades  de ajuda e capacitação, não hesite em buscar aperfeiçoar. Peça ajuda a Deus, Ele é o dono da Obra.
Publique. Torne publico o seu desejo de fazer desse ministério algo relevante e abençoador.
Reuna. Traga as pessoas certas para a formação do núcleo base. Persevere. Lembre-se: nada de significativo acontece da noite para o dia. Vale a pena meditar em Gl.6:9.
DEZ DICAS SOBRE COMO LIDAR COM A CRÍTICA
1 – Tente não se irar  -  As varias sugestões simplesmente serão impossíveis de serem praticadas se você perder a cabeça e explodir em ira. Claro que não é fácil manter a calma quando se está debaixo de uma artilharia, porém, vale a pena relembrar as palavras de vida que Paulo declarou aos: Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Ef 4:31
2. Ouça a crítica atentamente  -  Tente compreender exatamente o que foi dito e porque, de tal maneira que você possa dar uma resposta apropriada.
Se nenhum outro objetivo for alcançado, pelo menos você poderá aprender muito sobre a outra pessoa ao ouvi-la com atenção. Você também fará com que a pessoa passe a se sentir bem a respeito de você, uma vez que você foi aberto e pronto a ouvi-la. Uma palavra de cautela: não importa quão difícil isso venha a ser, é por demais importante que você não diga nada até que o crítico conclua o que tem a dizer ou lhe faça uma pergunta.
3 – Quanto aos críticos injuriosos  -  Se a crítica é feita de maneira inepta ou punitiva, então é melhor focalizar a sua atenção na inabilidade do crítico do que se sentir ferido. Imagine quantas outras pessoas já não foram feridas pelas palavras inconsequentes dessa pessoa. Não se apresse a atribuir malicia àquilo que pode ser explicado por incompetência.
4 – Peça por exemplos dos seus erros  -  Faça isso com um sincero desejo de ir à raiz do questionamento da outra pessoa. Não tenha uma atitude negativista, sarcástica ou antagonista. Faça as perguntas que puder a fim de ajudá-lo(a) a entender a situação e demonstre o seu desejo de ouvir a outra pessoa.
5 – Compartilhe a sua percepção da situação  -  Primeiramente, reconheça a extensão da sua concordância com alguns pontos da possível crítica que lhe foi feita. De maneira polida, porém, com firmeza corrija as informações que não são corretas – dadas pelo seu crítico. Trate das questões da maneira mais desapaixonada possível.
6 – Nunca acuse o crítico de ser injusto  -  Mesmo que você acha que a crítica não é justa, você pode estar certo que essa não é a opinião do crítico. Você poderá eventualmente ser capaz de convencer a pessoa do erro dela, mas você não irá conseguir isso simplesmente acusando-a.
7 – Faça um sumário das suas discordâncias  -  Assinale objetivamente as discrepâncias que permanecem entre os dois pontos de vista em termos específicos. Fique firme na sua posição, mas sem malicia. Sugira uma ação corretiva a fim de resolver a discordância que ainda permanece.
8 – Examine os seus sentimentos  -  Uma vez que as questões foram lidadas descreva os seus sentimentos em função da crítica que você recebeu. Dê a essa pessoa a oportunidade de compreender como você se sentiu e de que maneira ela teria se sentido se estivesse em seu lugar.
9 – Agradeça ao crítico  -  Agradeça com sinceridade, demonstre apreciação pelo desejo dessa pessoa de lhe ajudar a crescer através da crítica mesmo que isso lhe tenha ferido.
10 – Agradeça a Deus  -  Ao longo dos anos eu tenho crescido e aprendido muito mais com os meus críticos do que com pessoas que concordam comigo. Portanto, a essas pessoas eu tenho expressado a minha gratidão por me ajudarem a crescer em áreas que venho resistindo à ação de Deus. Agradecer a Deus, portanto, é mais do que oportuno em tempos em que tenho a excelente oportunidade de me
ENCORAJANDO SUA EQUIPE DE TRABALHO
      Eu jamais vi uma pessoa que pudesse fazer um trabalho realmente extraordinário a não ser debaixo do estímulo, do encorajamento, do entusiasmo e da aprovação por parte das pessoas para as quais ela está trabalhando. Charles M. Schwab
Uma das coisas mais importantes que você pode fazer a fim de aprimorar o seu ministério é – numa base constante e disciplinada – encorajar o seu povo. Pequenos gestos – creia – podem fazer uma diferença monumental na sua relação com o seu povo.
Talvez, por serem “pequenos” a nossa tendência é a de imaginar que eles possam ser dispensáveis. Porém, nada pode estar mais longe da verdade do que pensar e agir dessa maneira. A sua equipe de trabalho é gente, e gente precisa de encorajamento e apreciação. O autor de Hebreus declara: 
Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras”. Hebreus.10:24
EIS AQUI ALGUMAS MANEIRAS
DE ENCORAJAR O SEU PESSOAL
DIGA A ELES QUE VOCÊ OS APRECIA
Para muitos, isso é tudo o que eles realmente necessitam. O notável psicólogo Wiiliam James certa vez declarou que a necessidade número 1 do ser humano é a de ser apreciado. Paulo em suas cartas frequentemente demonstrava apreciação àqueles que com ele labutavam. Veja o que ele diz aos Filipenses: Agradeço a meu Deus toda vez que me lembro de vocês… por causa da cooperação que vocês tem dado ao evangelho, desde o primeiro dia até agora. Fp.1:3a,5b.
Um simples: “Olha, quero que você saiba que eu aprecio demais a sua colaboração preciosa na nossa equipe e a maneira dedicada com que você tem se empenhado a fim de fazer do nosso projeto um real sucesso.” Palavras genuínas como essa podem fazer uma diferença incrível na vida de alguém!
DÊ A ELES UMA FOLGA
Lembre-se que você está trabalhando com voluntários. Essas pessoas têm as suas agendas cheias, tem problemas, dúvidas e aflições e talvez o melhor presente que essa pessoa possa receber numa determinada semana é uma ausência em mais uma reunião. Você já considerou dizer a essa pessoa: “Olha, você tem feito um trabalho extraordinário na nossa equipe e eu gostaria que você descansasse essa semana, e não viesse para a reunião, que tal investir um tempo extra com a família?”
COMPRE UM PRESENTE PARA ELE (A)
Com um pequeno mas significativo presente diga a essa pessoa: “Ei, sabe de uma coisa? Eu quero lhe dizer que tenho apreciado demais a contribuição que você tem dado à nossa igreja e ao Reino de Deus; isso aqui (presente) é apenas um pequeno gesto de apreciação em função do muito que você tem representado para todos nós.” Atitude como essa produz maravilhas!
NUNCA SE ESQUEÇA DE DIZER: “OBRIGADO!”
Claro que as pessoas estão trabalhando para Deus e que devem, por obrigação, fazer o melhor para o Senhor. Mas elas são humanas e, portanto, precisam de ser encorajadas e apreciadas. Portanto, nunca é demais a palavra “obrigado” ou um pequeno cartão expressando por escrito a sua gratidão.
FAÇA UM RECONHECIMENTO PÚBLICO
Uma maneira de encorajar a sua equipe de trabalho é de reconhecê-la em público e na frente dos seus colegas. Se você encontrar uma oportunidade para isso não deixe de fazê-lo. Observe como as pessoas apreciam isso, e como elas são encorajadas a produzir ainda mais quando elas são valorizadas e apreciadas.
E finalmente…   Mantenha uma atitude positiva de encorajamento no seu ambiente de trabalho! Encoraje!
A MOTIVAÇÃO PESA
Você está consciente da importância que o ingrediente “motivação” tem na sua comunicação? Como líder, os seus comentários tem um impacto enorme sobre como os membros de uma equipe se sentem a respeito da igreja e do papel que eles representam na mesma. Eis aqui duas simples sugestões que podem lhe ajudar a elevar o moral da sua equipe de trabalho e aprimorar a autoestima deles.
- Em cada reunião, faça algumas declarações positivas a respeito de cada membro de equipe. Seus comentários devem ser sinceros, fatídicos e relevante em relação ao trabalho que aquela pessoa vem desempenhando.
- Cada vez que você falar com um membro da sua equipe de ministério, faça uma descritiva e positiva declaração sobre como aquela pessoa está indo num determinado projeto ou encargo.
O QUE O NEGATIVISMO LHE TRAZ
Pensamentos negativos criam uma névoa densa e escura em tempos críticos de decisões.
Qual é a diferença entre um obstáculo e uma oportunidade? A principal diferença entre um obstáculo e uma oportunidade é a atitude que eu tenho em direção a ambas.  Pensamentos negativistas são contagiosos.
Toda e qualquer pessoa está sujeita a uma corrente de atitudes negativas que podem levar a uma zona de extremo perigo. Pensamentos negativos fazem com que tudo fique exageradamente magnificado.
Tomadas pelo negativismo, algumas pessoas tratam um pequeno buraco no telhado como se fosse um furacão.
A Lei de Murphy – Nada é tão fácil como aparenta ser; tudo é muito mais demorado do que se espera; e se alguma coisa pode dar errado, dará errado e no pior momento possível.
A Lei do Nélio – Nada é tão difícil como aparenta ser; tudo é mais gratificante que você espera ser; e se alguma coisa pode dar certo, dará certo no melhor momento possível.
O QUE OS VOLUNTÁRIOS ESTÃO BUSCANDO.
Você pode aprimorar – e muito – as suas chances de atrair produtivos e comprometidos voluntários se você:
- Oferecer a eles uma “REDE” ou seja: “Retorno de dividendos.” Como? Ao providenciar e assegurar aos seus voluntários variadas maneiras deles participarem em curtos projetos com objetivos claramente definidos.
- Evitar aceitar voluntários apenas porque eles querem o trabalho ou porque estão há muito tempo sem fazer nada. Em vez disso concentre-se na regra dos “três certos”: Pegue o voluntário certo, para o trabalho certo e na hora certa.
- Providenciar oportunidades para aqueles que podem lhe ajudar por apenas um período de tempo limitado. Estratégias: tarefas compartilhadas ou em co-lideranças de grupos ou projetos, menos reuniões face a face e mais contatos via e-mail, fax ou telefone.
- Trouxer a sua equipe de voluntários para uma – bem planejada – reunião anual de um dia. Agenda: questões problemáticas, alocação de recursos e mudanças que afetam a vida operacional da igreja. Bônus: Você verá quão bem os seus voluntários irão interagir.
OS TRES P’S DA LIDERANÇA
Líderes bem sucedidos praticam esses três “P’s”
- Paixão. Eles não tem medo de demonstrar entusiasmo em aprimorar entusiasmo de ambos: gente e atitudes.
- Persistência. Eles nunca desistem dos seus esforços de encorajar mudanças e apoiar aprendizado que irão aprimorar a igreja e suas lideranças.
- Publicidade. Eles publicam a necessidade que tem de uma maneira tão eficiente que as pessoas se perguntam: “O que eu preciso fazer?” “De que maneira eu posso me envolver?”
PARA ANTES E DEPOIS DE VOCE OUVIR FALAR
Responder as perguntas abaixo antes de você falar, certamente que aumentarão as chances das pessoas realmente ouvir o que você tem a dizer:
- Quem são os membros dessa audiência?
- O que eles sabem e o que eles precisam ouvir?
- Eles se importam comigo e com o que eu tenho a dizer?
- Quais as experiências que eles já tiveram pelo qual pode afetar a maneira deles receberem a minha mensagem?
E depois de você falar faça uma crítica da sua própria fala ao fazer a si mesmo essas perguntas:
- Eu posso concluir, pela reação da audiência que eles realmente compreenderam o que eu tentei comunicar?
- Se a mensagem – para mim é óbvia – por que eles não compreenderam a minha mensagem?
- Devo agir de forma diferente da próxima vez?
APRENDENDO A  LIDAR COM O TEMPO
Se existe um tópico no meio empresarial que tem se tornado extremamente popular na atualidade é o de “manejamento do tempo.” As ofertas de mais um inédito seminário nessa área, que promete a solução de como lidar com o seu tempo é simplesmente “imperdível”. Assim os seminários são anunciados. Interessante que numa geração de rapidez cibernética tudo nos leva a crer que teríamos muito mais tempo que há 30 anos, época em que ainda não tínhamos a rapidez de comunicar em segundos via e-mail, vídeo conferência, saborear uma deliciosa refeição em poucos minutos num forno de microondas e por ai vai. Mas o fato é que nós não manejamos o tempo, isto porque ninguém tem essa habilidade. O que podemos manejar somos nós mesmos e a maneira como nos relacionamos com os eventos que nos confrontam numa base diária. Nós não manejamos o tempo. O ponteiro do relógio é que avança segundo após segundo, a despeito de estarmos ocupados em alguma tarefa ou não. O que fazemos é manejar a nós mesmos. Nós decidimos o que fazer e no que nos envolver. O problema e a solução residem não no tempo, mas em nós.
Da mesma forma nós não manejamos dinheiro. Uma pilha de dinheiro pode ficar estática num determinado lugar se ninguém nela tocar. O dinheiro não crescerá e não encolherá. O que manejamos é a nós mesmos e as decisões que faremos em relação sobre como vamos gastar ou investir aquele dinheiro. Portanto, a medida que prosseguimos na nossa jornada de vida, um fundamento que não podemos perder de vista, uma vez que ele é por demais importante, está no fato de que nós não manejamos coisa alguma – nós manejamos a nós mesmos!
De que maneira podemos manejar a nós mesmos?
Eis aqui alguns lembretes a considerar:
1) Lembre-se que é você quem decide  -  Esteja certo de ter isso sempre em mente: eu só posso manejar a mim mesmo. Eu é que decido a maneira sobre como vou agir e reagir em cada situação. Dwight D. Einsenhower estava correto quando afirmou: “A história do homem livre não é escrita pelo acaso, mas pelas escolhas, pelas suas escolhas.” Tanto o Antigo como o Novo Testamento salientam esse princípio, a parábola dos talentos é a prova contundente da decisão sobre o que fazer com o um, dois ou cinco talentos recebidos.
2) Lembre-se que é você quem estabelece as suas prioridades  -  A razão muito simples para isso é que se você não defini-las outras pessoas o farão por você, porque você deu a elas a sua permissão através da sua omissão em agir. Esteja em sintonia com as suas prioridades. Hoje você pode afirmar do fundo do coração quais são as prioridades na sua liderança? Você já decidiu quais são as dez prioridades com as quais você irá investir o seu tempo? Só apenas e tão somente apenas depois de você ter isso com clareza em sua mente é que poderá manejar a si mesmo e dai implementar as suas prioridades.
3) Lembre-se que é imperativo que você diga “não”.   -  Aprenda a dizer “não” com um sorriso no rosto. Aqui é que a maioria de nós fracassamos. Porque temos feito dos nossos ministérios nossos ídolos, a simples noção de desaprovação de certas pessoas traz consigo o pavor do fracasso. Como dizer não a alguém de quem tanto dependemos? A resposta para isso talvez esteja num próximo artigo. O fato, porém, é que existem momentos e – novamente – você terá que tomar a decisão de obedecer aquilo que o Senhor Jesus ordenou: “Seja a sua palavra sim, sim ou não, não”. Só quando realmente cremos no Evangelho é que podemos estar livres em Cristo para com total integridade dizer “não”. Portanto, é saudável sempre também relembrar a nós mesmos que uma das mais preciosas dádivas que Deus nos deu foi a habilidade de escolher. Por essa razão nós podemos manejar a nós mesmos apropriadamente e de acordo com as prioridades que sentimos ser as prioridades que Deus tem estabelecido para as nossas vidas. Em Atos 20:24 Paulo nos dá o seu exemplo de escolha e decisão pessoal ao definir claramente o seu foco e a maneira sobre como ele manejava a si mesmo: “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus.”
Certamente que o foco no Evangelho deu a Paulo muito mais que ele esperava que pudesse obter. E a minha confiança é que essa também é a promessa de Deus a mim e a você
EXELENTES RECURSOS
Quando as pessoas pensam alcançar um determinado alvo ou sonho, frequentemente elas iniciam essa trajetória verificando os seus recursos, a fim de determinar se podem ou não obter ou alcançar aquilo que desejam. É sábio agir dessa maneira. Mas onde a maioria das pessoas falham, nessa fase da empreitada, é que elas tendem a se concentrarem na utilização dos recursos errados. Exemplo: de modo geral, a maioria das pessoas se concentram na questão financeira. Para elas dinheiro é fundamental e se perguntam: “Quanto dinheiro eu tenho?” Óbvio que temos que ter os recursos financeiros, mas o dinheiro – ao contrário do que muitos pensam – não é o maior de todos os recursos. Na realidade existem outros recursos que são mais importantes e com toda certeza, muito mais impactantes que dinheiro Dê uma examinada na pequena lista que lhe dou abaixo. Se você tiver dinheiro, mas não tiver essas qualidades, você não irá muito longe, ainda que tenha todos os recursos financeiros disponíveis. Por outro lado, se você tiver essas qualidades, mas ainda existirem carências no departamento de dinheiro, mesmo assim você poderá ir em busca e, eventualmente, alcançar o sonho ou alvo desejado.
    1. Desejo. -  O primeiro passo rumo a realização de um sonho, de um alvo a ser alcançado, tem como base e fundamento o desejo de realmente alcançá-lo. Por desejo, quero dizer, uma pré-disposição de pagar um preço, ainda que alto para conquistar o que deseja ser conquistado; em outras palavras, é ter no coração aquele fogo que não é consumido em tempo algum. Assemelha-se à atitude do personagem de Alex Houxley da série “Raízes” em que o seu maior desejo na vida era sentir o gosto da tão sonhada liberdade e se ver livre das cadeias e da argola de escravo que carregava em seu pescoço.
Desejar algo com intensidade é muito mais do que uma simples vontade passageira. À semelhança do profeta Jeremias, é algo que lhe queima por dentro, algo profundo e ardente em seu coração, sempre presente em sua mente. Pergunta: você tem esse tipo de desejo? Se tem – tudo é apenas uma questão de tempo – você realizará aquilo que sonha realizar.
”São poucas as pessoas – comparativamente falando -, que sabem realmente o que é desejar com a suficiente intensidade. Essas pessoas não sabem o que é sentir e manifestar um intenso, amoroso, faminto, insistente e persistente desejo; algo semelhante ao do homem que está se afogando e que precisa desesperadamente de ar, ou como do homem perdido e sedento num deserto que busca com paixão por um pingo d’água, ou pelo faminto que busca um pedaço de pão.” Robert Collier
     2. Visão.  –  Robert Schuller disse certa vez: “As pessoas não têm problema de dinheiro, elas têm contínuo problema de visão.” Se você tem visão por alguma coisa, você irá atrair o dinheiro que você precisa. É a visão que tem a habilidade de atrair outros visionários para um plano espetacular, para um Grande Panorama, de promover grandes conspirações contra o império das trevas. Você pode, honestamente, afirmar primeiramente a você mesmo que traz consigo uma visão sobre aquilo que deseja alcançar? Você pode ver a realização tão desejada, já concretizada, mesmo que ela esteja ainda na fase embrionária? Você pode ouvir o seu barulho? Pode sentir o seu aroma?
Quão grande é a sua visão? É algo minúsculo, pequenino, insignificante incapaz de empolgar alguém? Ou é alguma coisa tão grande e significativa como um grande magneto com um grande poder de atração? Se você tem uma arrojada visão e forte desejo de ver o seu plano e sonho se concretizarem, isso certamente ocorrerá, não importa quanto dinheiro você tenha ou não tenha.
      3. Persistência.  -  “Nada neste mundo pode ocupar o lugar da persistência. Talento não pode ocupar; nada é mais comum do que pessoas que não alcançaram sucesso apesar de muito talentosas. Geniosa não ocupará. Gênios que nunca foram reconhecidos é algo tão comum que é quase um provérbio. Instrução não ocupará. Esse mundo está cheio de gente instruída mas que nunca alcançaram seus objetivos. Persistência e determinação são onipotentes.” Calvin Coolidge
É uma prática incontestável na vida, que as pessoas que realmente alcançam seus objetivos são aquelas que simplesmente desistem de desistir.
A verdade é que muitas são as vezes que um determinado prêmio é perdido porque não perseveramos o suficiente. Riqueza, talento, generosidade e instrução são elementos importantes, mas eles não podem e jamais poderão tomar o lugar daquela pessoa que possui uma tenacidade, uma perseverança a toda prova. Pergunta: Você persiste mesmo quando as coisas ficam muito difíceis e os obstáculos aparentemente se tornam intransponíveis? Quando o alvo parece ser algo simplesmente inatingível…você desiste ou você se levanta altaneiramente disposto a perseguir o seu sonho, até vê-lo concretizado? Se você persistir, você irá alcançar o seu sonho mesmo que você não tenha os recursos financeiros.
CONCLUSÃO
Ao longo da minha vida, tenho observado que homens e mulheres deste mundo, que conseguiram a concretização dos seus sonhos foram pessoas que não encontraram facilidades à sua frente. Eles enfrentaram momentos de pavor. Muitos medos. Medo da perda. Medo da humilhação. Medo do fracasso. Mas o que distingue essas pessoas do restante do mundo é que todas elas – sem exceção – foram pessoas de grande persistência. Quando uns desistiam, eles persistiam mesmo sem os recursos financeiros e outros preciosos recursos que eles simplesmente não possuiam. Eles apenas tinham um sonho – um grande sonho – e a coragem de seguir em frente, sem se importar com o custo. Paulo, o notável apóstolo do Novo Testamento e o maior plantador de igrejas de todos os tempos, é um exemplo claro de tal determinação. (At.20:24; Fp.3:12-13.)  ”Coragem não é a ausência de medo; coragem é seguir em frente apesar do medo.” G.K. Chesterton.  Qual é o seu mais precioso recurso? Com certeza não é dinheiro. Certamente que existem recursos muito mais excelente do que o dinheiro conforme compartilhei com você. Desejo, Visão, Persistência podem fazer toda a diferença do mundo e eles podem ser o presente de Deus a você. Busque-os.




PROMOVENDO MUDANÇAS
DE MENTALIDADE NA IGREJA
“E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus”. Mateus.14:29
Andando sobre as águas, enfrentando as ondas das mudanças e trazendo mudanças para a igreja de certa forma pode ser algo gratificante e empolgante, mas eventualmente é capaz de ser desastroso. Algumas vezes as ondas causadas pelas mudanças são relativamente pequenas, como as que são produzidas por uma queda ou uma imersão. Em outras ocasiões – dependendo do lugar – elas são tão poderosas que se torna praticamente impossível alguém suplantá-las. Se não tiver olhado para o mestre que te dar uma palavra vem, à medida em que as ondas das mudanças se movimentam em nossas vidas, precisamos de um plano para que efetiva e eficientemente as dirigimos. Começar novos ministérios, reestruturar outros antigos ou eliminar certos programas anteriores é difícil, em qualquer situação; a onda pode se tornar grande demais para ser ultrapassada em um grupo na igreja. Os dez passos que serão compartilhado agora com você são ideias e sugestões que já foram usadas por pessoas que enfrentaram essas ondas.
Esses passos puderam minimizar em muito seu impacto, trazendo calmaria, e um novo e determinado olhar para o futuro.
Passo 1: Abençoe o Passado.  -  A não ser que você seja o plantador da igreja, você – irremediavelmente – estará construindo sobre o fundamento de outros. Foi o compromisso, sacrifício e amor deles pelo Senhor que tornou possível a existência da sua igreja e o lugar que hoje ela ocupa. Sempre respeite e honre os líderes que serviram com fidelidade.
     Passo 2: Afirme os ministérios anteriores.  -  Procure descobrir quais foram os ministérios que se tornaram legendários na história da sua igreja e afirme-os juntamente com as pessoas que serviram dentro deles. Isso é particularmente importante, principalmente se você está planejando reestrutura ló ou substituí-lo.
Passo 3: Dê ênfase a princípios, e não a métodos.  -  Saliente os princípios que formaram as bases e os alicerces dos ministérios do passado. Pense detidamente em cada ministério que precisa ser mudado e identifique os princípios bíblicos que os validaram. Ensine e pregue esses valores e princípios que atravessaram o tempo e permanecem válidos até os dias de hoje.
    Passo 4: Apresente mudança como uma extensão de ministérios do passado.  -  Apresente a sua nova abordagem de ministério como uma “extensão” de um ministério anterior. Por exemplo: se você deseja iniciar um novo culto, focalize-se no fato de que você está expandindo o seu presente culto de tal maneira que agora irá alcançar um número maior de pessoas.
Passo 5: Ilustre como a mudança traz consigo os valores de um ministério do passado.  -  Numa certa igreja bastante tradicional o novo líder quis mudar a reunião de oração do meio da semana para um ministério de grupos pequenos. A liderança ajudou o povo a compreender que o objetivo da reunião do meio de semana era o de orar. A liderança argumentou ainda que um número maior de pessoas estariam orando se vários grupos pequenos estivessem reunidos em horários diferentes durante a semana. A igreja, como resposta, concordou em fazer uma experiência neste sentido.
Passo 6: Assegure às pessoas que você estará implementando princípios bíblicos.  -   Invista tempo em instruir as pessoas de tal maneira que elas possam compreender que é a “forma” de ministério que está mudando, e não a “fundação”. Enfatize os princípios bíblicos mais que os estilos do passado, fazendo uma ponte de explicação sobre como as formas mais recentes de fazer ministério contêm os mesmos velhos princípios.
    Passo  7: Ouça e Ame.  -  Líderes precisam dar às pessoas o tempo necessário para que elas possam compartilhar seus sentimentos, extravasar suas frustrações e se tornar familiarizadas com os novos estilos de ministério. É sábio prover pequenos fóruns reunindo grupos pequenos de cada vez, onde essas pessoas possam fazer perguntas, em lugar de uma reunião envolvendo toda uma assembleia geral de igreja.
  Passo  8: Comunique o fato de que as tradições são muito mais honradas e valorizadas quando incorporadas em novos ministérios.  -  Existem tradições mortas e tradições vivas. As mortas continuam a ser lembradas com muito pouco ou nenhum impacto na vida das pessoas. As tradições vivas continuam, ao prover as razões históricas para ministérios que estão sendo realizados hoje. As melhores tradições são aquelas que apontam para o futuro mediante eficientes e produtivos ministérios que alcançam as pessoas com a gloriosa presença do Evangelho.
   
Passo: 9: Seja Paciente.  -  Compreenda que são necessários de 5 a 7 anos, e em alguns casos até mais, para levar uma igreja arraigada em suas tradições do passado a uma nova direção no futuro.
Passo 10: Persevere e confie em Deus porque é ele que muda mente e corações.  -  À medida que amamos a Deus e servimos seu povo, ele irá nos ajudar a implementar as mudanças para um eficiente e gratificante ministério.
10 MANEIRAS DE GASTAR MENOS TEMPO EM REUNIÕES
Recentemente a esposa de um líder de uma igreja me fez saber que ela estava saturada de ter que esperar pelo seu marido até altas horas da noite em função de reuniões de diretoria da igreja. Eu entendo e compartilho a frustração dessa senhora. Reuniões longas e improdutivas, que poderiam ser cortadas pelo menos pela metade, são algo que muitas igrejas não conseguem eliminar. Permita-me lhes dar 10 maneiras de gastar menos tempo em reuniões:
1 – Desencoraje e cancele reuniões desnecessárias.
2 – Sempre prepare uma agenda.  -  Distribua antecipadamente; tenha cópias extras no dia da reunião.
3 – Estabeleça um limite de tempo.  -  Estabeleça um limite de inicio e conclusão para as reuniões, e fique firme em sua decisão.
4 – Convide apenas aqueles cuja presença é absolutamente necessária.  -  Não participe de reuniões em que sua presença não é necessária.
5 – Coloque cadeiras menos confortáveis na sala de reunião.
6 – Comece a reunião estabelecendo objetivos específicos e concretos a serem alcançados naquela reunião.  -  Não permita que assuntos novos entrem para a agenda uma vez que a agenda já foi preparada.
7 – Esteja preparado para a reunião e motive outros a fazer o mesmo.
8 – Vá direto ao assunto.  -  Minimize conversas paralelas desnecessárias.
9 – Mantenha a discussão dinâmica, mas na trilha certa.  -  Faça com que os membros resolvam a questão que está sobre a mesa antes de entrar em outros assuntos. Encoraje os membros a edificar sobre a ideia um do outro.
10 – Para longas reuniões separe 10 minutos de intervalo para cada 90 minutos.  -  O tempo economizado por não ter um intervalo é perdido pela redução da atenção e baixa produtividade.
12 JÓIAS PRECIOSAS DA LIDERANÇA
Estamos vivendo, nos dias atuais, a mais grave crise de credibilidade; crise esta, sem precedentes na Igreja Cristã. Absolutamente, creio que, desde o Dia de Pentecoste quando a Igreja nasceu, nunca enfrentamos um momento mais delicado quando a matéria tem como tema “credibilidade”. A realidade é que as pessoas podem não ouvir o que você diz, mas elas observam os seus passos. E mais: as pessoas fazem aquilo que elas veem. Em outras palavras, uma das ferramentas mais poderosas à sua disposição é a sua atitude como líder. Apesar das pessoas nem sempre crerem naquilo que você diz, certamente que elas creem em tudo que você faz. E aquilo que elas veem você fazer  frequentemente – se transforma naquilo que também elas irão fazer. A questão, portanto, é: O que é que o seu povo está vendo na sua liderança? Quantas dessas positivas influências abaixo fazem parte do seu repertório?
    1 – Honestidade  -  A sua palavra tem realmente peso? Pode o seu povo confiar que assim que você tiver algo importante que envolve a vida deles, eles ouvirão diretamente de você? As suas atitudes e ações têm deixado cristalinamente claro que você não irá enganá-los ao alimentá-los com meias verdades? …pois estamos tendo o cuidado de fazer o que é correto, não apenas aos olhos do Senhor, mas também aos olhos dos homens. II Coríntios 8:21.
2 – Autoconfiança  -  O seu povo vê em você um líder seguro e confiante ou uma pessoa vacilante e duvidosa? Você está disposto a assumir riscos ou está constantemente buscando por segurança? Teu servo pôde matar um leão e um urso; esse filisteu incircunciso será como um deles, pois desafiou os exércitos do Deus vivo. I Samuel 17:36
3 -Sacrifício  -  Todas as vezes que ao seu povo é requerido sacrifício em favor do Reino, você tem liderado como exemplo pessoal de sacrifício? Sentindo, assim, tanta afeição por vocês, decidimos dar-lhes não somente o evangelho de Deus, mas também a nossa própria vida, porque vocês se tornaram muito amados por nós. I Tessalonicenses 2:8
    4 – Consideração  -   Você tem compaixão das pessoas que estão em dificuldade? Você tem ajudado pessoas a readquirir a sua dignidade e respeito próprio? Você tem consideração com o tempo das pessoas ou a sua agenda é que vem sempre em primeiro lugar? Compartilhem o que vocês têm com os santos em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade. Romanos 12:13
   5 – Prestação de contas  -  Você – honestamente – tem hoje alguém com quem você se abre completamente e presta contas da sua vida? (Mais sobre esse assunto ver artigo “Prestando Contas.”) Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.Tiago.5:16
6 – Dedicação  -  Você tem aquela atitude de “dar tudo de si” na mesma intensidade que você requer de outros? Além disso, pelo amor ao templo do meu Deus, agora entrego, das minhas próprias riquezas, ouro e prata para o templo do meu Deus, além de tudo o que já tenho dado para este santo templo. I Crônicas 29:3
    7 – Lealdade  -  O estado das suas ovelhas é algo que está no topo das suas prioridades? Você tem ganhado a lealdade delas por ter dado a elas a sua? Esforce-se para saber bem como suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos. Provérbios 27:23
    8 – Altruísmo  -  Você tem estado menos preocupado com a sua imagem, fama e reputação e mais interessado em colocar outras pessoas em “frente da câmera” do que a si mesmo? Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus. Atos 20:24
9 – Horário  -  Você tem observado a sua pontualidade nos seus compromissos? Você tem dado feedback às pessoas da mesma maneira que tem exigido delas? “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?” Mateus 7:3
10 – Entusiasmo  -  Tem você se mantido encorajado, otimista e energético? Você tem mantido uma atitude positiva mesmo em meio às mais difíceis circunstâncias? De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados. II Coríntios 4:8
11 – Perseverança  -  Você tem se recuperado rapidamente de um fracasso? Você tem visto o fracasso como uma experiência de aprendizado? Você tem rotineiramente buscado por oportunidades em meio às adversidades? Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Filipenses.3:13,14.

12 – Criatividade  -  Você tem constantemente buscado por um novo caminho? Você é reconhecido como uma pessoa inovadora? Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Filipenses 3:12

APRIMORANDO SEU CULTO
Indique – rápido! – o mais importante ministério que uma igreja precisa ter para que possa crescer. Se você é como a maioria das pessoas, você possivelmente irá dizer que o crescimento da sua igreja está numa relação e proporção direta com a qualidade da celebração dos seus cultos aos domingos. Mas afinal, o que é exatamente uma adoração comunitária celebrativa?  Quais são os insights necessários para que criemos tal celebração? Quais os elementos ou os componentes de uma eficiente celebração comunitária?
Definição Geral
Definir com clareza e objetividade uma celebração de culto não é algo fácil. No entanto, todos podemos reconhecer quando nos encontramos dentro de uma eficiente e edificante celebração.
Partindo de um ponto de vista bastante prático, a adoração é celebrativa quando…
1. As pessoas são atraídas.  -  Uma adoração celebrativa ocorre quando pessoas vêm à igreja porque desejam realmente estar ali, e não pelo fato de terem que ali estar.
2. As pessoas trazem seus amigos.  -  Uma adoração celebrativa não apenas atrai pessoas, como estas terminam por se transformar numa razão para que amigos e convidados sejam a ela trazidos.
3. As pessoas participam.  -  Uma adoração celebrativa cria um ambiente e uma atmosfera onde o cantar, orar, dar ofertas e outras áreas da adoração são feitas com entusiasmo e exuberância.
4. As pessoas ouvem.  -  Uma adoração celebrativa capta a atenção dos adoradores durante todo o tempo da adoração.
5. As pessoas crescem.  -  Uma adoração celebrativa desafia indivíduos a tomarem decisões que irão afetar a sua vida numa base diária.
Insight 1:  -  A adoração celebrativa é comunicada à pessoa como um todo. Uma adoração eficiente leva a sério a natureza mental, espiritual e relacional dos adoradores.
Infelizmente aqui a tendência generalizada é a da polarização. Para alguns grupos o importante e totalmente fundamental é a mente, enquanto para outros tudo se resume na esfera das emoções. A realidade é que uma adoração celebrativa eficiente deve desafiar não só a mente e as emoções, mas também o coração dos adoradores (João 4).
Insight  2:  -  A adoração celebrativa empolga aqueles que dela participam. Em certas celebrações bastam alguns segundos para que se possa sentir uma atmosfera altamente contagiante. Não é fácil descrever o sentimento; contudo, ainda assim podemos instintivamente saber quando uma celebração traz consigo certos elementos que não são encontrados em ouras celebrações. Apesar de – obviamente – não querermos criar um falso entusiasmo, a realidade é que, quando adoradores experimentam uma forte energia eles afirmam que aquela adoração foi celebrativa. Se no entanto o nível de energia e vitalidade foi baixo, chances muito fortes irão indicar que eles nunca mais retornarão.


Aprimorando a adoração
Nos dias atuais a nossa sociedade esbanja ricas informações mediante imagens constantes, vendas em “bits” de pouquíssimos segundos, e outros estímulos criativos para lhes prender a atenção.
Contrastantemente, porém, quando as pessoas vêm à igreja o que elas com frequência encontram é um ambiente de lentidão e morosidade, com pouquíssimo ou inexistente apelo visual. Consequentemente, quando confrontada com a falta de estímulo, a mente das pessoas tende a divagar. Apresento a seguir cinco ideias/sugestões que você pode usar a fim de criar uma adoração celebrativa mais empolgante, o que sem dúvida irá segurar a atenção do seu povo.
1. Construa a celebração em torno de um tema  -  À semelhança do que ocorre com um sermão, quando a unidade é violada torna-se difícil salvar até mesmo um bom conteúdo. Uma celebração com um forte senso de unidade pode chamar todos os outros componentes do culto para o mesmo tema; o resultado não será outro, a não ser uma maior penetração na mente e no coração das pessoas. “Mas como criar tal unidade?” Primeiramente identifique o tema geral que você deseja comunicar à sua audiência. A seguir, selecione e use apenas músicas que se encaixam dentro do seu tema. Tome o cuidado deliberado e disciplinado de mencionar seu tema central na introdução, nos comentários de transição de um segmento do culto a outro, e até mesmo em seus anúncios.
2. Planeje participação  -  Uma adoração celebrativa mantém as pessoas alertas, ao envolvê-las de uma maneira significativa durante todo o decorrer da celebração. “Mas como criar tal participação?” Promova participação mediante cânticos, bater de palmas, aperto de mãos, abraços, completando as lacunas vazias do esboço da sua mensagem falando, sorrindo, e por meio de outras formas de participação da audiência.
    3. Acelere o movimento da celebração  -  Uma adoração celebrativa se movimenta com suficiente dinamismo, visando manter a atenção dos participantes. Acelere o compasso dos cânticos e use músicas com ritmo acelerado. Faça o contraste de variação – diminuindo o compasso – usando cânticos reflexivos, sempre trazendo de volta o tema central da celebração.
    4. Elimine os “espaços mortos”  -  Uma adoração celebrativa eficiente se move rapidamente entre as várias partes do culto, sem permitir – em hipótese alguma – nenhum espaço morto, a ponto de impedir que as pessoas percam a atenção.
Desenvolva boas transições entre os vários elementos da adoração. Os movimentos entre o povo e os elementos da celebração devem ter a combinação de dois elementos aparentemente paradoxais: rapidez e suavidade.
5. Use variedade  – Uma eficiente adoração celebrativa usa uma variedade de elementos na adoração. Essa variação é vital no objetivo de manter a atenção dos participantes. Para aprimorar a adoração você pode incluir uma variedade de elementos, tais como: participação de um ministério de teatro, implementação de pequenos esquetes – sempre dentro do tema central –, entrevistas, vídeo, testemunho intercalado num dos pontos do sermão, solo musical etc.

CONCLUSÃO
Uma adoração celebrativa começa com um planejamento antecipado. Portanto…
- Recrute seu grupo de louvor, e com eles comece a desenvolver celebrações criativas.
- Planeje sua celebração com pelo menos 4 semanas de antecipação.
Use as cinco ideias/sugestões a fim de aprimorar a sua celebração do domingo.
COMO LIDERAR UMA REUNIÃO DE DIRETORIA
Quem já não teve a experiência de sentar-se por algumas horas num mesmo lugar e ter de assistir a condução de uma reunião muito mal preparada? A discussão demorou horas, o tempo passou e tudo o que ficou no ar foi a forte sensação de que nada, mas absolutamente nada, foi realizado. Frustração total. O fato é que uma reunião de diretoria ou de um conselho de igreja pode ser uma experiência tediosa, árida, realmente frustrante e pode além de tudo isso ser também um evento perigoso.
Porém, as coisas não têm que necessariamente ser dessa maneira. Você pode fazer das suas reuniões um momento de positivas experiências se essas reuniões forem conduzidas com a abordagem correta. Tudo o que é necessário é mesmo a abordagem correta. Eis alguns passos imprescindíveis para uma saudável e produtiva reunião:
1 – Coloque todos os itens na mesma agenda.  -  Existem dois problemas imediatos em reuniões de diretoria: Participantes têm a sua própria agenda pessoal e frequentemente o líder tem uma grande dificuldade em manter o controle da reunião. Numa certa igreja, um determinado líder tinha o costume de no final da reunião, dar uma tossida, limpar a garganta e invariavelmente afirmar: “Antes de irmos embora, eu tenho mais um item para discussão”. Ele fazia isso todas as vezes que a diretoria se reunia e como resultado disso, o nível da reunião caia de qualidade, uma vez que o que estava para ser introduzido na reunião eram temas negativos e deprimentes. Essa é a razão pela qual é muito importante que todos os itens sejam colocados na mesma agenda.
      2 – Prepare uma agenda que realmente funcione.  -  Antes de uma reunião, aos membros da mesma, deve ser dada a oportunidade de dar ao diretor presidente ou ao líder da corporação, os itens a serem incluídos na agenda da reunião. Após este primeiro passo, o grupo se reúne e discute apenas os itens que estão na agenda. Ao fazer isso com antecipação, anula-se o fator surpresa. A construção de uma agenda ajuda também a manter as coisas numa perspectiva positiva e produtiva. Para que uma agenda realmente venha a funcionar ela deve constar de três itens indispensáveis: itens de informação, itens de estudo e itens de ação.
a – Itens de Informação.  -  Toda reunião deve começar com uma nota positiva e a seção de informação faz com que isso seja possível. Minha sugestão é a de incluir cinco a seis relatórios positivos sobre algumas coisas que estão acontecendo na igreja. Itens de informação devem também incluir futuros eventos, reuniões etc. Em algumas reuniões de diretoria, finanças frequentemente é o primeiro tópico a ser abordado e dali nada mais se move. Os itens de informações devem ser breves, talvez não mais do que sete minutos. Deve ser o tempo apenas suficiente para abrir o apetite e criar uma atitude positiva para todo o restante da reunião.
b – Itens de Estudo.  –  Esta segunda parte da agenda sempre contém o maior número de itens. Noventa e cinco por cento de qualquer reunião deve ser gasto “estudando” ou discutindo os itens que envolvem alvos da igreja/organização. Uma importante regra que deve ser implementada nesta agenda é nunca votar ou decidir sobre um item que está sendo apenas estudado.  A pressão em votar faz com que as pessoas tomem partido, e como consequência promove-se desencorajamento e perda de criatividade. Ao começar a usar este sistema você pode manter alguns itens na seção “estudo” por vários meses principalmente se for um assunto controverso. Por outro lado outros assuntos menos controversos podem ser estudados em apenas uma reunião e a seguir enviados para a próxima reunião da assembleia.
c – Itens de Ação.  -  A última seção da agenda contém itens de ação. Se cada um deles já foi estudado na seção “itens de estudo” se a matéria já foi discutida, então ela está pronta para ser votada. Uma vez que você usar este sistema não será necessário gastar mais do que cinco minutos nos itens de ação.  Se você se sente frustrado com reuniões de diretoria/conselho, lembre-se de que você não é um caso isolado. Muitos de nós sonhamos com um mundo sem reuniões. Mas a verdade é que nós precisamos dos nossos membros de diretoria/conselho. Eles nos dão perspectiva, experiência e segurança que não temos em nós mesmos. Como o autor de Eclesiastes afirma: “É melhor serem dois do que um”.
CONTAR OU NÃO CONTAR
São muitos os pastores e líderes  que têm aversão a contar o número de pessoas que comparecem à sua igreja. Alguns expressam o sentimento de que as igrejas não deveriam se envolver no “jogo de números”.
Outros trazem consigo o temor de que manter registro de números poderá induzi-los ao orgulho e a uma dependência de estatísticas. Entretanto, não obstante o que muitos pensam, números não são um mal necessário. O autor do livro de Atos comunicou cuidadosamente o crescimento da igreja usando registros e estatísticas.
De 120 pessoas (At 1:15) ela subiu para 3.000 (At 2:41), acrescentou outros 5.000 homens e, quando os números se expandiram, o crescimento foi simplesmente registrado como “multidão de homens e mulheres” At 5:14.  Considere a parábola da Ovelha Perdida em Lucas 15. O pastor deixou noventa e nove ovelhas em campo aberto para ir em busca de uma que se havia perdido. Mas como ele sabia que uma estava perdida? Obviamente ele as contara… Apresentar um relatório de números e estatísticas é um instrumento aceitável e útil para se registrar os resultados do evangelismo e do pastoreio de uma igreja. Não se trata, absolutamente, de um jogo de números, mas de uma maneira de avaliar nossa fidelidade à comissão de Cristo – buscar e salvar o que se havia perdido.
O VALOR DAS ESTATÍSTICAS
Quando vamos ao médico a enfermeira ou o próprio médico toma cuidadosamente nossa temperatura, pressão arterial, peso, altura, batidas cardíacas e outros fatores mensuráveis. Usando essas estatísticas ele pode então formular um julgamento sobre a nossa saúde. De maneira alguma – obviamente – a aquisição dessas informações nos cura. Só que elas são um precioso instrumento para avaliar nosso estado de saúde.
De modo similar, manter um acurado registro ministerial pode dar-nos uma compreensão objetiva sobre o real estado da nossa igreja. Apesar de estatísticas não levarem ninguém a Cristo ou promoverem o crescimento de ninguém no Senhor, o fato é que elas podem nos assistir na compreensão sobre onde, quando e como nosso ministério pode ser mais eficiente.
Por exemplo: uma igreja pode trabalhar exaustivamente em sua intenção de atrair novas pessoas para ela, e ainda falhar em incorporá-las à vida da igreja. Pelo fato de se observar cuidadosamente o padrão de frequência de novos membros, torna-se fácil verificar quais as pessoas que estão se envolvendo na igreja e quais as que não estão, e a partir desses dados providenciar uma resposta adequada.

REGISTROS PARA MANTER
Líderes de igreja que desejam aumentar a eficiência de seus ministérios irão perceber que será de grande benefício descobrir…
1. O que atrai pessoas para a igreja.  -  Poucas igrejas sabem o que realmente atrai pessoas a elas. Perguntar às pessoas novas sobre como ouviram a respeito da sua igreja, e cuidadosamente registrar suas respostas irá apresentar um quadro mais realístico e abrangente da presença da sua igreja na comunidade. Isso lhe dará ainda subsídios para concentrar seu foco e seus esforços a fim de alcançar mais e mais pessoas para Cristo.
2. O que mantém as pessoas na igreja.  -  Os visitantes permanecem na igreja onde têm condições de construir amizades, se juntarem a um grupo pequeno e encontrarem um lugar onde possam servir. Fazer um acompanhamento de todos os novos membros para verificar se eles estão envolvidos nessas três áreas irá ajudar a assimilar os frutos do seu esforço de trazer mais pessoas para o seio da igreja.
3. Como pessoas se tornam membros da sua igreja.  -  As pessoas se tornam membros de uma igreja mediante conversões, transferências, e crescimento biológico. Fazer um acompanhamento desse quadro específico por um período de três anos irá permitir que você veja onde os esforços evangelísticos da sua igreja são fortes, e onde precisam de uma ênfase maior.
    4. Como as pessoas encontram a Cristo em suas igrejas.  -  Entrevistar novos convertidos a fim de descobrir como eles fizeram seu compromisso com Cristo irá salientar aqueles ministérios e indivíduos que foram mais eficientes na trajetória da sua igreja.
5. Quão assiduamente as pessoas frequentam a igreja.  -  Fazer um acompanhamento da frequência das pessoas ao culto lhe dará uma perspectiva de possíveis mudanças, ajustes e desenvolvimentos na sua estratégia ministerial.
COMO OBTER AS INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS?
- Entrevistas: Um telefonema a um visitante dentro de um período de 24 horas pode lhe dar um toque pessoal e uma breve troca de informações. Na realidade, mediante estudos recentes ficou comprovado que as pessoas estão mais prontas a dar informações por telefone do que por qualquer outro dispositivo.
- Registro em cartões: Os cartões com nome, endereço e telefones podem ser de grande benefício para que um sólido acompanhamento possa tomar lugar. É importante que uma grande ênfase seja dada por intermédio do púlpito para que as pessoas preencham esses cartões.
- Livro de Registro de Visitantes: Na realidade o que difere o livro de registro de visitantes do registro em cartões é apenas a forma. Mas é notório como certas pessoas preferem assinar e deixar seu registro num livro grosso e formal, em lugar de num simples cartão.
CONCLUSÃO
Registros são mais acurados quando feitos numa base semanal. Não há dúvida de que, se você mantiver registro, sua igreja será ajudada no processo de obediência à Grande Comissão.
ESPALHANDO BONS RUMORES SOBRE A SUA IGREJA
Precisando de um bom médico? Um empréstimo com a melhor taxa de juros? Comprando um carro novo? Buscando uma nova cidade para morar? Onde buscar orientação? No jornal? Na T.V? Ou você “vai às cegas?” Se a sua postura for como a da maioria das pessoas, você irá buscar informações com familiares, colegas de trabalho ou amigos. O pessoal da área de propaganda chama isso de marketing “boca a boca”. Essa é – comprovadamente – a maneira mais eficiente de anunciar qualquer produto – até mesmo uma igreja!
EXEMPLOS BÍBLICOS
O anúncio de boca em boca é apresentado nas Escrituras como uma história, um relato, um movimento de Deus, uma reputação e um rumor. Rumores são caracterizados como bons rumores ou como rumores maledicentes e nocivos (II Co 6:8). Cristãos são encorajados a pensar e a espalhar bons rumores (Fp 4:8).
O ministério de Jesus foi predominantemente comunicado pelo modelo “boca a boca”. Depois de ressuscitar uma pessoa, Lucas registra que “… esta notícia a respeito dele divulgou-se por toda a Judéia e por toda a circunvizinhança.” (Lc.7:17).
Um exemplo clássico de anúncio boca a boca é encontrado em I Tss 1:8. Escrevendo sobre a igreja em Tessalônica, Paulo diz: “Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma… As pessoas estavam espalhando a notícia de como os tessalonicenses estavam abandonando os ídolos e servindo agora ao Deus único e verdadeiro. Elas espalhavam a história de boca a boca. Esse meio foi tão eficiente que Paulo confessou: … não termos necessidade de acrescentar coisa alguma (…)
ENERGIZANDO BONS RUMORES
Bons rumores irão se desenvolver naturalmente, quando membros e frequentadores alcançarem um sentido de satisfação pessoal com o ministério da sua igreja.
1. Melhorando as Instalações.  -  Se as instalações da igreja, tais como estrutura física e equipamentos, estiverem aquém daquilo que as pessoas têm na própria casa, elas até poderão continuar vindo à igreja, mas não se sentirão suficientemente confortáveis, a ponto de espalharem bons rumores e estenderem convites a outras pessoas. O ideal é que as instalações sejam sempre um pouco melhores que o que elas esperariam que fossem.
2. Qualidade dos Cultos  -  Os cultos devem ter uma qualidade consistente, a ponto de superarem a qualidade dos cultos anteriores; ou – em outras palavras – consistentemente bons. Por exemplo, se a adoração é excelente num domingo a cada mês, e medíocre nos demais domingos, será difícil espalhar bons rumores. Os membros só espalharão boas notícias quando estiverem seguros de que a adoração terá uma boa qualidade todos os domingos.
3. Entreviste as Pessoas  -  Traga pessoas à frente, até a plataforma, e as entreviste, sejam elas membros ou não. A única condição é que tenham um testemunho positivo, encorajador e contundente a compartilhar, a respeito da eficiência e ação da igreja na vida delas.
4. Cultive Relacionamentos Influentes  -  Certo pastor visitou uma ocasião o prefeito de sua cidade. Depois das apresentações iniciais o prefeito perguntou ao pastor de que forma ele poderia ajudá-lo. O pastor agradeceu, respondendo que dispensava qualquer ajuda ou favor. E esclareceu que marcara aquela visita apenas para saber de que maneira ele – pessoalmente -, e sua igreja, poderiam ajudar o prefeito no desempenho do seu trabalho. Antes de sair ele orou com o prefeito, pedindo a sabedoria de Deus e suas bênçãos para aquele homem. O prefeito ficou impressionadíssimo com aquela visita, porque se deu conta de que aquele homem não o visitara com uma agenda que lhe trouxesse benefícios pessoais.
Não é necessário tecer muitas conjecturas para chegar à conclusão de que o prefeito só teria coisas boas a dizer do pastor e da sua igreja.
5. Edifique Solidamente  -  Complete os projetos que você iniciou. Trabalhe com pequenos alvos, assegurando-se do sucesso do seu empreendimento. E faça anúncio público, quando tal projeto estiver concluído. Tire fotos, slides, e registre o sucesso da tarefa concluída. Então exiba-os, relembrando seu povo durante todo o decorrer do ano. Desenvolva um vídeo ou uma brochura especial a respeito das realizações da sua igreja.
6. Comunique Vitórias  -  No formato de um pequeno jornal registre as respostas às orações do seu povo. Compartilhe o fato de como a sua igreja está progredindo no avanço dos alvos traçados durante aquele ano. Comunique da maneira mais criativa possível a alegria de constatar como sua comunidade está alcançando as pessoas. Leia publicamente os cartões ou cartas de agradecimento de pessoas que foram ajudadas e ministradas por sua igreja. Comunique tudo em pelo menos cinco maneiras diferentes.
7. Desenvolva um Senso de Expectativa  -  Pregue mensagens que desafiem as pessoas a crerem no impossível. Relembre a elas a forma miraculosa em que Deus supriu sua congregação no passado. E lhes afirme que Ele está pronto para fazer muito mais (Ef. 3:20). Compartilhe como Deus tem respondido às suas orações.
8. Distribua Cartões de Visitas  -  Providencie cartões de visita com endereço da sua igreja, horário de cultos e a forma de chegar até ela. Dê a cada membro 52 cartões, um para cada domingo do ano, e encoraje-os a trazerem seus amigos à igreja.
A sua igreja tem uma maneira natural de espalhar bons rumores mediante o marketing “boca a boca”? Se não tem, certamente você necessita desenvolver uma estratégia que possa ajudá-lo mediante o mais eficiente e significativo método de espalhar bons rumores.
ESTABELECENDO UMA CULTURA DE SERVIÇO
Um dos meus amigos estava pastoreando uma igreja, que aliás crescera substancialmente nos seus primeiros três anos de ministério. Como excelente estrategista ele a liderou de uma maneira bastante eficiente, ao desenvolver um plano de crescimento; trouxe pessoas para a sua visão e executou seu plano de uma maneira impecável. Sob uma variedade de pontos de vista a igreja acabou se tornando uma das maiores na sua região. Tecnicamente tudo estava em ordem para que ela continuasse a experimentar crescimento. Contudo, no seu quarto ano sua frequência caiu significativamente, e ela nunca mais alcançou a projeção de crescimento que experimentara nos primeiros anos. Qual a razão disso? A igreja pastoreada por meu amigo fracassou em alcançar seu potencial porque as pessoas envolvidas não haviam compreendido que o coração de uma igreja crescente está na mesma proporção da sua habilidade de servir. A incapacidade de servir deu seus primeiros passos no berçário das crianças. Não havia ninguém disposto a servir nesse tão importante e vital ministério da igreja. Aliás, o mesmo ocorreu em outros ministérios. O interessante é que, apesar de outras abordagens mais mecânicas para crescimento, tais como planos, estratégia, alvos etc. estivessem bem posicionados, o fato é que a igreja sofreu declínio em função da recusa dos seus membros em servir uns aos outros e à comunidade que eles tentavam alcançar.
ONDE NOS ENCONTRAMOS?
Compartilho essa história para dar ênfase ao fato de que o coração do crescimento de uma igreja depende basicamente do aspecto espiritual, e não do técnico. Toda experiência prática me mostra que até mesmo uma sólida organização e ministérios bem planejados irão eventualmente fracassar, se despojados do amor ativo, o cuidado e o serviço demonstrado para com o Corpo de Cristo e o mundo que pretendemos alcançar.
As Escrituras nos asseguram que as pessoas que precisam do Senhor Jesus seriam atraídas a ele na medida em que vissem que estamos amando uns aos outros (João 13:34,35), e não pelo fato de serem as nossas técnicas as mais avançadas e saudáveis. Sim, é óbvio que desejo enfatizar este ponto: precisamos estar certos de que o lado estratégico do nosso ministério tem sido solidamente estabelecido. As pessoas poderão se afastar da igreja, caso vierem a conhecer a maneira desleixada com que conduzimos nosso ministério. Por outro lado, a razão fundamental por que as pessoas são atraídas a Cristo vem pelo serviço que prestamos a elas.
Creio serem poucas as pessoas que irão discordar do fato de que as igrejas devem ser caracterizadas por seu serviço amoroso e sacrificial. O Senhor Jesus tornou isso bem evidente, quando seus discípulos Tiago e João, e a mãe deles, o abordaram, pedindo-lhe que os deixassem sentar um à sua direita e outro à sua esquerda, no seu Reino (Mt 20:20-28). A resposta de Jesus estabelece o tom de um verdadeiro ministério.
“Vocês sabem que os governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”
CRIANDO UMA CULTURA DE SERVIÇO
Uma das principais tarefas de um líder é edificar uma cultura de serviço, mediante a qual as pessoas possam servir umas às outras. Registro abaixo alguns passos que outros líderes tomaram a fim de criar uma cultura de serviço em suas igrejas.
Passo 1: Assuma um compromisso de longo prazo.  -  Construir ou edificar uma determinada cultura numa igreja é um processo lento e ao mesmo tempo difícil. Especialistas do comportamento humano afirmam que a cultura é uma atitude que leva pelo menos cinco a sete anos para se construir. São necessários suficientes e eficientes mentores, liderança e exemplo a serem observados, antes que a cultura se transforme em realidade cristalina.
Passo 2: Envolva todos os líderes da igreja na cultura a ser implementada.  -  Parte da razão pela qual são necessários cinco ou sete anos para implementar uma nova cultura é o fato de que líderes precisam ser treinados para compreender e verificar a nova cultura em ação.
Passo 3: Envolva-se no conhecimento do seu povo.  -  Invista uma grande quantidade de tempo – formal e informalmente – fazendo perguntas, identificando valores, sondando corações. Trace um quadro da cultura atual da sua igreja e identifique os valores que devem permanecer e os novos valores com necessidade de serem assimilados ou implementados.
Passo 4: Molde uma nova cultura. Leia passagens das Escrituras que descrevem o que a Igreja realmente deve ser, verbalizando a seguir uma nova visão cultural para ela, baseada naquilo que você tem aprendido. Antes de pensar em desenhar uma nova cultura é fundamental que você decida como serão seu formato e implicações.
Passo 5: Formalize sua nova cultura.  -  Comece por criar uma declaração de missão e escrever uma série de valores. Trazer as pessoas a uma nova cultura de serviço só tomará lugar quando as pessoas compreenderem e sentirem um senso de paixão pela missão ou propósito da sua igreja.
Passo 6: Modele uma nova cultura.  - Lembre-se de que um princípio tremendo de liderança é este: As pessoas fazem aquilo que veem. Líderes são cruciais para uma nova cultura. Suas palavras e seu tom de voz são essenciais para sua implementação. Exemplo: criar uma cultura de serviço positiva significa demonstrar cuidado e consideração para com as pessoas que já estão na igreja, ao lhes aprimorar ainda mais sua dignidade, buscando soluções para os problemas de uma maneira justa e objetiva.
Passo 7: Comunique a sua nova cultura.  -  Nunca force em seu povo os elementos da sua nova cultura. Em lugar disso concentre todos os seus esforços em usar todos os meios de comunicação possíveis a fim de comunicar sua nova cultura de serviço, nos próximos cinco a sete anos, de uma maneira clara, firme e consistente.
Passo 8: Reforce a sua nova cultura.  -  Use o jornal informativo da igreja (se você o tem), ou cartas específicas a seus membros, ou inclusive tempo do culto para contar histórias de como membros estão servindo uns aos outros, carregando as cargas alheias e desta forma exercendo a vontade do Senhor. Pregue e ensino sobre tópicos a respeito do serviço cristão.
Passo 9: Reconheça as pessoas que estão abraçando seu valor cultural.  -  Escreva um cartão, envie flores, faça, enfim, algum tipo de reconhecimento àqueles que estão servindo uns aos outros. Faça um reconhecimento público tão rápido quanto possível, a fim de que outros possam ver o bom exemplo e sejam encorajados a fazer o mesmo. Ao agir dessa maneira outros estarão vendo que você realmente crê nesses valores.
Passo 10: Faça um evento anual a fim de enfatizar a sua cultura de serviço.  -  Aproveite essa oportunidade para chamar a atenção sobre sua missão e valores, a todos os presentes. Dê placas de reconhecimento pelo bom serviço, pelo altruísmo, e celebre as bênçãos de Deus sobre a sua igreja, durante o ano que passou.
A COR VERDADEIRA VAI APARECER
Estabelecer uma nova cultura é como pintar sobre uma parede com uma cor mais escura. A cor original irá eventualmente aparecer, a não ser que as pessoas realmente “comprem” de coração a nova cultura. Você pode escrever uma nova declaração de missão, desenvolver um novo slogan e nada absolutamente pode mudar; isto, porque a dificuldade não está na linguagem, e sim na atitude. É a profundidade por trás das declarações que realmente conta. A verdadeira cor das pessoas sempre aparece. Isso também ocorre com a sua igreja.
CONCLUSÃO
Capturar uma nova cultura de serviço só é totalmente possível quando o coração dos adoradores está comprometido com um novo e sacrificial espírito de serviço.
GENTE EM PRIMEIRO LUGAR.
Nos primórdios da indústria automobilística, Henry Ford estabeleceu um paradigma sem precedentes ao usar produção técnica em massa e peças-padrões para seus carros. Sua filosofia era que, ao criar um tipo de carro, ele poderia produzi-lo com dois benefícios fundamentais: rápido e barato. Seu Modelo T, realmente com preço muito razoável, supriu a necessidade da população e fez com que a Ford assumisse a dianteira na fabricação de automóveis daqueles tempos. Porém gradualmente as pessoas começaram a pedir a Ford que criasse novos modelos, e com cores variadas. Infelizmente Henry Ford não estava interessado em colocar gente em primeiro lugar.
A sua resposta – que ficou para sempre marcada na história do automobilismo – para aqueles que queriam carros de cores diferentes, foi esta: “As pessoas podem comprar a cor que quiserem, contanto que seja preta”. A sua inabilidade em colocar as pessoas em primeiro lugar fez com que a Ford caísse da posição número um e perdesse milhões de dólares num mercado sensacional. As coisas teriam sido diferentes se ele houvesse tido a sensatez e a simplicidade de colocar as pessoas em primeiro lugar. Se a sua igreja deseja crescer, então preciso compartilhar um segredo com você: “Coloque gente em primeiro lugar”.
Colocar gente em primeiro lugar reforça o compromisso que temos de servir uns aos outros. Quando as pessoas são colocadas em primeiro lugar, elas têm a tendência de sentirem-se bem a respeito da sua igreja. Em resposta, elas passam a colocar outras pessoas em primeiro lugar, e a influência vai avançando dentro da comunidade.
A QUESTÃO MAIS IMPORTANTE
A Peter F. Drucker Foundation sugere que a pergunta que toda organização sem fins lucrativos deveria perguntar a si mesma é esta: “Quem é nosso cliente?” Toda organização tem a sua própria terminologia para seus clientes. Médicos os chamam de pacientes; advogados de clientes, e igrejas de visitantes ou convidados. Só que não importa qual seja o termo que venhamos a empregar. O fato é que servir às pessoas é o grande chamado e vocação da igreja. A igreja, na realidade, tem dois clientes: as pessoas que estão dentro dela e aquelas que estão fora. Nossos clientes “internos” representam aqueles que fazem da sua igreja a sua família. Nossos clientes “externos” são as pessoas que estamos tentando alcançar com as boas-novas de Jesus Cristo. Uma vez que temos dois clientes, onde iremos colocar a nossa prioridade em nossos esforços de dar às pessoas o primeiro lugar? Essa nem sempre é uma resposta fácil de se obter, pois ela consiste de ambas as situações. Colocar as pessoas em primeiro lugar significa focalizar as duas clientelas. Temos que estar continuamente atentos àqueles que já estão dentro da igreja, ao mesmo tempo que tentamos alcançar os que se encontram fora dela.


NÃO APENAS UM PROGRAMA
Colocar gente em primeiro lugar não é apenas um programa. É uma atitude, um estilo de vida. Isso significa que…
1. Temos que ouvir as pessoas. Ao investir tempo em ouvir as pessoas, demonstramos que elas vêm em primeiro lugar na vida da nossa igreja.
2. Temos que levá-las a sério.  Ao irmos além do simples conhecimento das preocupações das pessoas, respondendo a elas com ações práticas, evidenciamos a elas que suas idéias e o que pensam têm importância.
3. Nós as ministramos na flexibilidade delas.  Ao sermos sensíveis ao estilo de vida do nosso povo, comunicamos nossa compreensão e consideração frente às pressões que enfrentam em sua vida diária.
4. Nós estamos disponíveis em emergências.  Ao responder imediatamente em tempos de crises, estamos lhes enviando uma forte mensagem de que elas são nossa primeira prioridade.

5. Nós as apreciamos.  Ao agradecer às pessoas, expressamos a elas as necessidades que temos delas e de seus ministérios.
6. Nós honramos os que se importam com os outros.  Ao apreciar as pessoas publicamente, estamos destacando um exemplo: como colocar as pessoas em primeiro lugar.
7. Nós as aceitamos incondicionalmente.  Ao amar e aceitar as pessoas como elas são, nós permitimos que elas se descontraiam e compartilhem o amor e o perdão de Cristo.
8. Nós as desafiamos a crescer.  Ao termos a expectativa de que as pessoas irão crescer, nós apoiamos a sua vontade de se tornarem tudo aquilo que o Senhor deseja que elas sejam.
ALGO PARA PENSAR
O segredo do crescimento de uma igreja é colocar as pessoas em primeiro lugar. Colocar as pessoas em primeiro lugar consiste em dois fatores fundamentais: ATITUDE e PROCESSO. Pense sobre o compromisso da sua igreja em colocar as pessoas em primeiro lugar, ao responder às seguintes perguntas:
1. Qual a atitude da sua igreja em colocar as pessoas em primeiro lugar?
2. Você pode identificar ações específicas ou incidentes que ilustram essa atitude?
3. Existem ministérios, programas ou outro processo organizacional estabelecido que possam assegurar que as pessoas estão sendo colocadas em primeiro lugar?
4. Quais são eles?
5. A sua igreja aprecia honra, ou de alguma forma expressa sua gratidão para com aqueles que têm colocado pessoas em primeiro lugar?


CONTANDO A SUA HISTÓRIA
- Descubra uma história que demonstre o valor de colocar as pessoas em primeiro lugar.
- Se existem pessoas que ainda estão presentes na sua congregação, e que foram personagens da história que você contou, aprecie-as publicamente.
- Use histórias repetidas vezes, o que vem demonstrar que a sua igreja tem como símbolo colocar as pessoas em primeiro lugar.
CONCLUSÃO
Quais são os ministérios ou programas que você poderia desenvolver a fim de reforçar esse valor? Como você poderia começar a colocar as pessoas em primeiro lugar na sua igreja?
Quais são os aspectos positivos da decisão de
permanecer avançando no ministério?
1. Você poderá participar das realizações daquilo que começou.   Você poderá ter um tempo extra, agora desfrutando uma liberdade maior para promover algumas curas em relacionamentos estremecidos durante seu período como pastor.
2. Você será capaz de estabilizar a sua família.  Não haverá necessidade de mudar de escola ou de médico. Não haverá necessidade de novos ajustes e busca de novos amigos num novo lugar. É muito mais fácil lidar com apenas uma mudança do que com várias num curto período de tempo.
3. A sua família poderá manter a identidade com muito maior tranquilidade.   O pastor que mencionei acima continuou ensinando no Departamento de Educação Cristã, e sua esposa prosseguiu seu ministério na igreja.
4. Os seus filhos já não sofrerão a pressão de serem chamados de “filhos do pastor”.
5. Você terá oportunidade de exemplificar a possibilidade da unidade em Cristo.
Quais são os aspectos negativos?
1. Você irá perceber que muitos de seus amigos não mais irão buscar a sua companhia.   A experiência minha – como também de outros líderes – testifica que quando pastor da igreja minha casa era o centro de muita movimentação, relacionada com seus membros. Eram muitos jantares, churrascos e farta recreação e comunhão com irmãos queridos. Após o rompimento formal com a igreja a relação fraterna caiu assustadoramente. Apesar de ser difícil perder esse alto nível de comunidade, a parte mais dolorida foi lidar com o sentimento de haver sido desertado por aqueles que chamava de amigos.
2. Você ficará fora do processo decisório da igreja.   As pessoas – principalmente as que ocupam posição de liderança – não mais irão buscar sua opinião sobre a direção e os rumos da igreja; você já não terá uma plataforma para iniciar e criar ministérios. Após muitos anos ocupando o centro do processo decisório, você será alguém “do lado de fora”.
3. Você irá descobrir que as pessoas não mais o chamarão de “meu pastor”.  De certa forma você não terá mais o peso de ter as pessoas o tempo todo à sua procura. Você já não terá que cumprir o horário marcado com pessoas para aconselhamento. Não receberá mais ligações em casa, tarde da noite. Não mais receberá aquelas críticas maledicentes. Ainda assim a perda da identidade não é algo fácil de lidar com ela. Tampouco é confortável lidar com o sentimento de perda de alguns valores preciosos. Por outro lado, você terá que aprender a conviver com um estranho sentimento de solidão.
4. Você irá perceber que muitos dos ministérios que você iniciou já não existem. Neste ponto em particular a experiência de outros, e a minha, também testifica que a maior parte do ministério criado no tempo do exercício do seu e do meu pastorado se desvaneceu após o desligamento formal da igreja. Ficou neles e em mim um sentimento de frustração e dúvida sobre a qualidade de um trabalho que poderia talvez haver sido melhor implementado. É como se esses ministérios significassem tão-somente idéias e sonhos deles e meus, e não deles também.
5. Você terá grande dificuldade para encontrar uma nova função para você. As dificuldades apontadas nos itens 1-4 serão as principais barreiras para que você possa lidar com sua nova identidade.
6. Você irá descobrir que não mais poderá expressar seus sentimentos e suas opiniões. Em deferência ao novo pastor é necessário um cuidado extremo em relação a tudo que você disser. Fatalmente surgirão situações nas quais você irá discordar completamente da direção que a igreja estará tomando. Nessa ocasião você estará diante do dilema: “Será que expresso livremente minha opinião, me tornando possivelmente vulnerável à acusação de dissidente, ou apóio algo com que sob hipótese alguma não concordo?” Obviamente que esse não é um lugar nada confortável onde estar.
ALGUMAS RECOMENDAÇÕES:
Se porventura você algum dia se encontrar diante da oportunidade de permanecer na igreja que você pastoreou, esteja aberto a isso. Contudo é imprescindível que primeiramente você responda às seguintes perguntas:
1. Eu realmente tenho o apoio do novo pastor?
2. Tenho o apoio da minha família?
3. Sinto de verdade o desejo pessoal de ficar?
Se a sua resposta for “SIM” a todas essas perguntas, considere a possibilidade de ficar.  Haverá certamente muitas pessoas que lhe dirão que não fique. Inclusive talvez você mesmo haja aconselhado outros a não ficarem. Mas meu amigo acima mencionado ficou, e quem sabe…talvez você também fique!
REMIR O TEMPO.
Passo 1: No final do dia faça uma lista das tarefas a serem realizadas no dia seguinte.
Passo 2: Coloque-as em ordem de prioridade.
Passo 3: No dia seguinte faça o primeiro item da sua lista. Não faça mais nada até concluir o primeiro item.
Passo 4: Quando você terminar o primeiro item, cheque novamente a lista.
Passo 5: Faça o segundo item da sua lista. Não faça mais nada até concluir o segundo item.
Passo 6: Continue a trabalhar na sua lista até o final do dia.
Passo 7: No final do dia faça uma nova lista das tarefas a serem realizadas amanhã, e repita os passos 2-7.
MITOS A RESPEITO DE TEMPO
Manejar o tempo eficientemente começa com o rejeitar de alguns mitos na questão do manejamento do mesmo.
Mito: Você precisa de mais tempo.
Verdade: Você tem todo o tempo de que necessita para fazer aquilo que Deus deseja que você faça.
Mito: Você tem menos tempo que as outras pessoas.
Verdade: Você tem a mesma quantidade de tempo que a pessoas mais ocupadas deste mundo.
Mito: Você pode economizar tempo.
Verdade: Você não pode estocar o tempo, visto que ele continua se movimentando.
Mito: Você pode manejar o tempo.
Verdade: Você só pode manejar a si mesmo.
Mito: Você pode realizar muito mais, ao trabalhar mais horas.
Verdade: Você deve trabalhar de uma maneira mais inteligente, e não necessariamente mais horas.
Mito: Você pode recuperar o tempo perdido.
Verdade: Você jamais poderá recuperar o tempo perdido.
Mito: Você está muito ocupado para fazer tudo que precisa fazer.
Verdade: Você tem tempo para fazer tudo que deve fazer.

GRANDES DESPERDIÇADORES DE TEMPO
Uma pesquisa entre 25 executivos revelou que os maiores desperdiçadores de tempo são:
- Procura de itens desaparecidos ou fora de lugar
- Visitas inesperadas
- Interrupções súbitas
- Correspondências desnecessárias
- Organização pobre
- Espera pelas pessoas
- Leitura de material sem nenhuma relevância ao trabalho
- Falta de preparo
- Ligações telefônicas
- Pausa para café
- Falha em delegar
- Longas cartas/e-mails
10 SUGESTÕES PARA UMA
EFICIENTE UTILIZAÇÃO DO TEMPO
1.Ore por um eficiente uso do tempo (Sl90:12)
2. Estabeleça uma rotina e fique firme nela (Eclesiastes.3:1)
3.Marque seus compromissos num calendário
4.Elimine tarefas desnecessárias
5.Delegue tarefas a outras pessoas (Êx.18:13)
6.Dê um fim a ligações telefônicas inúteis
7. Acelere seu processo de decisão. Você nunca terá todas as informações que deseja.
8.Estabeleça alvos a longo prazo
9. Lide com correspondência apenas uma vez. Use-a, arquive-a ou jogue fora.
10. Faça primeiramente as tarefas maiores. Se você tem que comer alguns sapos, então como primeiramente os maiores.
MARKETING NA IGREJA.
Doutrina sadia, boa comunhão, boa prática de oração e, de forma generalizada, um ministério o melhor possível.
Poderão esses elementos garantir o crescimento de uma igreja? Não, necessariamente. Algumas vezes, não obstante tenham os ingredientes básicos nos lugares certos, as igrejas não crescem.
A. Problema  -  A realidade é que não são poucas as igrejas que não se comunicam bem com seu público alvo. O problema é que elas não têm uma imagem definida. Acontece que uma imagem desleixada envia às pessoas uma mensagem óbvia de desleixo; consequentemente, em razão desse fator muitas delas deixam de ser alcançadas. Por outro lado, uma imagem clara e definida provoca a impressão de um ministério excelente, o que redunda em sua atração sobre as pessoas.
O que é uma imagem?  -  Imagem é uma intangível, mas muito importante parte de uma estratégia de crescimento de uma igreja. O dicionário de Webster define imagem como: “…impressão do público em geral, a qual é frequente e deliberadamente criada ou modificada pela propaganda ou publicidade (…)”
É bíblico fazer propaganda?  -  As igrejas do Novo Testamento nunca publicaram um “folder”, ou fizeram uso de propaganda usando correio ou qualquer meio similar. No entanto elas criaram uma atmosfera em que o crescimento se fazia presente. Os meios que usaram no passado chamaríamos hoje de marketing. Veja alguns exemplos:
Cartas do Novo Testamento  -  As cartas do Novo Testamento são instrumentos óbvios de propaganda. Lucas, João, Tiago, Pedro e Paulo, todos eles usaram essa ferramenta de propaganda a fim de comunicar o amor, o cuidado, o ensino e a exortação às pessoas que não tinham condições de ser alcançadas de outra maneira.
Boca a boca  -  A instrumentalidade mais antiga e também mais eficiente já estava bem presente no Novo Testamento. Milhares de pessoas foram alcançadas por esse maravilhoso instrumento de propaganda. A igreja de Tessalonica é um exemplo típico do espalhar “boca a boca”: “…partindo de vocês, propagou-se a mensagem do Senhor na Macedônia e na Acaia. Não somente isso, mas também por toda parte tornou-se conhecida a fé que vocês têm em Deus. O resultado é que não temos necessidade de dizer mais nada sobre isso”. I Tss.1:8 Considere ainda o familiar João 3:16: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. Perceba que todos os elementos de um bom marketing estão nesses versículos: o Produto – Jesus Cristo; a Oferta – Gratuita; a Promessa – Vida Eterna!
Deus, na realidade foi o primeiro grande “marketeiro”. Os princípios de marketing foram criados pelo próprio Deus.
O que o marketing não pode fazer  -  Apesar de ser o marketing um método que pode ser usado para comunicar as Boas-Novas, ele não é um método de se ficar rico usando truques e práticas de crescimento rápido.
O marketing não irá mudar a realidade. Se a igreja não exemplifica aquilo que apregoa ela não irá crescer. Uma vez que o público visita uma igreja ele fica sabendo se o marketing é verdadeiro ou não. Uma propaganda falsa é capaz de trazer pessoas à igreja, mas apenas uma única vez.
O marketing não irá promover crescimento pessoal. O crescimento pessoal é um processo, não um evento! Ele toma lugar através do tempo e à medida que as pessoas aprendem, aplicam as verdades aprendidas e experimentam a nova vida. O melhor que o marketing pode fazer é ajudar as pessoas trazendo a elas informações que poderão auxiliá-las em seu crescimento.
O marketing não irá substituir o relacionamento pessoal. Os “marketeiros” seculares sabem muito bem que a melhor de todas as propagandas é se ter um cliente satisfeito, que irá contar a outros a boa experiência que teve com um determinado produto ou com uma loja. O mesmo ocorre com a igreja. André contou a Pedro; Felipe contou a Natanael. O espalhar de boca a boca é sempre o meio mais eficiente.
O que o marketing pode fazer  -  O marketing não é o coquetel de remédios para todas as doenças da igreja. No entanto, com toda a certeza poderá ser de grande benefício para seu crescimento saudável.
O marketing pode levantar o moral.  -  Lyle Shaller, um famoso consultor de igreja americano afirma que o inimigo número um da igreja é o moral baixo. Uma estratégia positiva de marketing pode levantar o moral do povo e dar a eles um ponto de referência para convidarem seus amigos a virem à igreja.
O marketing pode criar uma atmosfera de crescimento.  -  Visitantes em potencial podem, mediante o marketing, aprender sobre a oportunidade de um relacionamento pessoal com o Deus vivo e verdadeiro. Essas pessoas podem saber do interesse da igreja em lhes preencher a necessidade. Podem ainda vir a saber da sua maneira de aceitar pessoas novas na comunidade.
O marketing pode atrair visitantes.  -  Apesar de muitas pessoas terem uma certa dificuldade em verbalizar o que as atrai a uma determinada igreja, um dos elementos de atração é a imagem que tal igreja projeta a respeito de si mesma. Um bom marketing pode criar uma imagem convidativa a fim de fazer com que as pessoas venham a se envolver em oportunidades e eventos específicos.
O marketing pode moldar as atitudes da comunidade.  -  O marketing oferece à igreja uma oportunidade de dizer às pessoas da comunidade onde está ela localizada a respeito do seu desejo de abraçar, receber, contribuir, bem como compartilhar entusiasmo e vida de Cristo a todos que estão ao seu redor.
COMO INICIAR UM BOM MARKETING
- Construa em sua comunidade o desejo de alcançar o perdido.
- Desenvolva uma equipe de editores, escritores, desenhistas (talvez você se surpreenda com a quantidade de talentos que você tem em sua comunidade).

- Investigue as necessidades, as atitudes e os interesses do seu público alvo.

- Focalize seu marketing dentro da sua área de ministério.
- Direcione diferentes estratégias para os atuais membros, para pessoas que andam em busca de igreja, e para a população sem igreja, que você está querendo atrair.

- Invista 5% do orçamento total da igreja em seu plano de ação.
ESTRATÉGIA EQUILIBRADA
Um eficiente e produtivo marketing deve ser equilibrado entre as cinco áreas seguintes:
1. Boca a Boca: Enfatize a Grande Comissão. Construa o moral da sua congregação. Ajude seus membros a identificar amigos e familiares. Providencie uma série de eventos a fim de que membros possam trazer à igreja seus amigos e familiares.
2. Exercite Comunicação Interna. Publique uma “newsletter” da igreja, ou seja, um jornal comunitário numa base mensal ou bimensal. Ofereça oportunidades de ministério e envolvimento. Comunique vitórias e temas positivos.
3. Trabalhe na Primeira Impressão. Faça um folder tendo em mente, como alvo, a pessoa alienada do evangelho e sem nenhuma participação em igreja. Use fotos de pessoas da igreja em seu envolvimento com ministérios. Faça um convite para que as pessoas venham à igreja. Coloque no seu folder algumas frases de pessoas, indicativas da maneira em que a igreja as tem ajudado.
4. Marketing pelo Jornal Local – Use pequenos jornais que atingem diretamente seu segmento e área de ministério. Fixe determinado tema em cada propaganda. Use humor. Solicite resposta. Desenvolva quatro anúncios e repita-os quatro semanas de cada vez.
CONCLUSÃO

A questão fundamental que todas as igrejas deveriam se perguntar é esta: “O que as pessoas estão pensando a nosso respeito?”
Em todos os casos só existem três respostas.
1. Elas pensam positivamente a respeito da nossa igreja.
2. Elas pensam negativamente a respeito da nossa igreja.
3. Elas não pensam absolutamente nada a respeito da nossa igreja.
A resposta número um tem o potencial de criar uma atmosfera de crescimento. A resposta número dois é uma tragédia. A resposta número três é uma anátema!  Igrejas crescentes devem criar um ambiente onde as pessoas pensem a respeito da sua igreja, e pensem positivamente.
Ao estabelecer pacto com Noé, Deus projetou um arco colorido no céu, em memória para a gerações. Nenhum marqueteiro conseguiu,  até hoje, produzir um efeito de luz tão espetacular como este! O homem só consegue manobrar a luz quando há escuridão e é por isso que a maioria dos cenários de teatro tem fundo preto. Só Deus pode criar efeitos de luz na presença do Sol. (Gn.9:11-17) Deus escreve a Lei em tábuas para que Moisés retransmita ao povo. Mídia Impressa pelo dedo do Pai! (Ex.24:12)   Em Hab.2:2 o Senhor ordena ao profeta que escreva a visão em tábuas e coloque ao longo do caminho, para que seja lida por quem passar. Deus criou o out-door!!
Deus mandou Isaías escrever a profecia em tábuas grandes para mostrar aos homens e também registra-la em livro para que fosse conhecida de gerações futuras. Deus multimídia! (Is.30:8)
Os patriarcas das doze tribos tinham seus nomes gravados em pedras sardônicas presas às vestes sacerdotais como perpétua lembrança aos homens e honra diante de Deus. Lembramos que o lay-out das vestes foi totalmente ditado por Deus. (Ex.28:9-12) Deus sempre foi criador de grandiosos eventos, tudo para comunicar seus feitos, seu amor, seu cuidado e seus planos. O primeiro grande evento é a Páscoa, com detalhes minuciosamente descritos a Moisés. Tabernáculos, Primícias, Pentecostes, Expiação são alguns exemplos. (Lv.23:1-44) Já no Novo Testamento, Jesus institui a Santa Ceia e o Batismo como atos solenes e públicos para publicar sua mensagem.
A cruz, formada por uma horizontal menor sobre uma vertical maior, é tida pelas academias de marketing como sendo o primeiro logotipo conhecido. Duas simples linhas sobrepostas são capazes, hoje, de transmitir uma infindável lista de conceitos e informações sobre a vida nas mãos de Deus. Ainda na ótica do marketing, a igreja cristã foi a primeira instituição a utilizar conceitos de “Ponto de Venda” como conhecemos hoje: “produto” homogêneo, lay-out padronizado e, claro, a logomarca na porta. Pode-se dizer que a mensagem de Jesus é o primeiro “produto global” da história, distribuído em todos os países, em todas as línguas e em todas as culturas.
O composto de marketing é descrito pelos famosos quatro pês: People (público-alvo),Product (produto), Place (ponto de venda) e Promotion (promoção). Nos diversos cursos e seminários que participei, os palestrantes sempre mostram outros pês: Pesquisa, Pós-Venda, Preço, Padronização, Popularidade, Perturbações, Pré-Venda, Pluralidade… é certo que em todos estes conceitos é possível localizar e posicionar a missão da igreja:
- Público-Alvo: “…para TODO aquele que nele crer…” (Jo.3:16)
- Produto: “Deixo-vos a PAZ, a minha PAZ vos dou…” (Jo.14:27)
- Ponto de Venda: “Pois ONDE se acham dois ou três…” (Mt.18:20)
- Promoção: “IDE, fazei discípulos de todas as nações….” (Mt.28:19)
- Pesquisa: “Envia homens que ESPIEM a terra…” (Nm.13:2)
- Pós-Venda: “…Chega aqui o teu dedo, e VÊ as minhas mãos…”  (Jo.20:27)
- Preço: “…vinde e comprai, sem dinheiro e SEM PREÇO, vinho e leite.” (Is.55:1)
- Padronização: “para que todos SEJAM UM, assim como Tu és em mim” (Jo.17:21)
- Popularidade: “…saíram, e divulgaram a sua FAMA por toda aquela terra.” (Mt.9:31)
- Perturbações: “…levantou-se grande PERSEGUIÇÃO contra a igreja” (At.8:1)
- Pré-Venda: “SE tivesses conhecido o dom de Deus…” (Jo.4:10)
- Pluralidade: “Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre…” (Gl.3:28)
MUDANÇA: ABRACE-A OU RESISTA-A.
Se a sua igreja realmente for fazer uma diferença e quiser se manter relevante, ela tem que mudar. – Sim, eu sei – isso pode ser algo assustador. A realidade é que, para muitas pessoas, mudança é algo ainda mais ameaçador do que desafiador. Mudança é vista como a ação destrutiva de tudo aquilo que é familiar e confortável em vez de ser encarada como a criadora do novo e do empolgante. A dura realidade é que a maioria das pessoas, e organizações, prefere a posição de conforto a da excelência.
Porém, nos dias em que vivemos, se você não muda possivelmente você irá se estagnar e morrer. Ë de vital importância que estejamos abertos à mudança na nossa cultura de igreja. É importante que estejamos com nossos olhos e corações atentos ao mundo ao nosso redor, e uma vez atentos possamos estabelecer a melhor estratégia de comunicar a mais maravilhosa de todas as noticias: O Evangelho de Jesus Cristo!
Depois de labutar no ministério por quase 30 anos e ter o privilégio de estar muito perto do coração de muitos líderes, ao longo desses anos tenho encontrado exemplos de brilhantes mudanças que foram sadiamente executadas. Permita-me compartilhar com você algumas coisas que aprendi:
AS PESSOAS APENAS IRÃO MUDAR SE A ALTERNATIVA FOR PIOR DO QUE A PRÓPRIA MUDANÇA.
Algumas vezes é difícil demais para as pessoas internalizar as necessidades que elas têm para mudar. Um piloto militar certa ocasião fez uma interessante observação que ilustra esse ponto. Ele disse que muitos pilotos morreram em acidentes porque ficaram dentro da aeronave por um período de tempo longo demais. Eles preferiram a familiaridade da cabine ao risco de um salto de pára-quedas mesmo após a cabine haver se transformado numa armadilha mortal.  Da mesma maneira muitos líderes se tornaram nulos em sua ação porque o seu povo preferiu o familiar – mas mortal – versus o risco e a empolgante maneira de alcançar novas e gratificantes compensações. Temos que ensinar ao nosso povo que a letargia pode significar morte.
AS PESSOAS ESTÃO FAMINTAS POR ESTABILIDADE MESMO EM MEIO A MUDANÇAS.
As pessoas que são firmes, seguras e responsáveis – em qualquer organização – frequentemente são as mesmas que tem pavor de mudanças. Temos que manter essas pessoas sempre em mente. Temos que assegurá-las que mudança não significa o fim do mundo para elas; significa uma continuação, mas com aprimoramentos e possibilidades de voos mais altos e maiores realizações. Eis aqui algumas sugestões:
- Explique as razões para as mudanças.  Quando as pessoas compreendem a lógica por detrás das mudanças, as coisas se tornam mais racionais e mais confortáveis para elas e consequentemente, mais abertas às mudanças.
- Mostre como os planos a ser implementados manterão os riscos ao mínimo. Enfatize as coisas que permanecerão da mesma forma.
- Deixe que elas saibam o que lhes espera, passo por passo.
- Demonstre apreciação por elas, valorize-as no processo de implementação de mudanças. Lembre-se dessas palavras de Walt Disney: “Você pode sonhar, você pode criar e edificar a ideia mais maravilhosa neste mundo, mas você sempre terá que depender das pessoas para fazer com que o seu sonho se torne uma realidade.” Para que mudanças possam ser bem sucedidas, elas tem que ser bem planejadas. Temos que estar no controle das mudanças e não à mercê delas.
Portanto, mudanças bem sucedidas têm que ter como base valores reais que incorporem aquilo que realmente somos ou que desejamos – disciplinadamente – ser.
Quanto a isso temos – igreja – muito que aprender com o mundo empresarial. Há tempo atrás, e a poderosa Honeywell decidiu mudar a sua orientação de nacional para global. Para isso ela adotou um agrupamento de valores que se constituíram de integridade, qualidade, performance, respeito mútuo e diversidade. Esses valores capacitaram a Honeywell a seguir firmemente o seu curso através de um oceano de mudanças.
O planejamento envolveu um processo de basicamente três passos: flexibilidade, reestruturação e ré estabilização. A parte da flexibilidade foi o aspecto com o qual os funcionários tiveram a maior dificuldade. Depois de anos e anos fazendo a mesma coisa e da mesma maneira, eles se tornaram enrijecidos em função dos rígidos hábitos. Agora, eles teriam que desaprender seus velhos hábitos. Quando você deseja amolecer algumas coisas, você usa o calor, ou o próprio fogo. Como filho de ourives, uma das figuras inesquecíveis que tenho em minha mente é a de meu pai fundindo ouro e transformando-o num líquido brilhoso. O velho formato simplesmente deixou de existir.
Esse é o estágio onde mudanças enfrentam a sua maior resistência. Nesse estágio é que se torna absolutamente necessária uma habilidosa comunicação. Você tem que deixar cristalinamente clara as razões para a mudança e as consequências de não mudar. Os benefícios e os prejuízos devem ser claramente comunicados. Use toda sorte possível e imaginável de comunicação. Use-a através de cartas, newsletter, vídeo, sessões para perguntas e respostas, enfim, use-a à exaustão. Lembre-se que comunicação não é o que as pessoas ouvem, mas sim o que elas entendem.
JAMAIS CONSIDERE QUE A MUDANÇA TERMINOU.
Através do processo de mudança é importante que desde a pessoa mais simples até a mais influente, todos estejam convencidos que a liderança da igreja/organização apoia as mudanças. A começar pelos líderes, estes devem assumir a responsabilidade de encorajar novas posturas. Líderes devem modelar mudanças na medida em que eles estarão lidando com as pessoas em diferentes níveis tanto quanto possível dentro da igreja/organização.
É possível que reais mudanças levem muitos anos para se concretizar e você jamais deveria considerar o trabalho como terminado. Em vez disso, você deveria buscar maneiras para mudanças institucionais. Em outras palavras: quando o seu povo é orientado e educado em maneiras eficientes de como promover mudanças, você estará sólida e sadiamente preparado a enfrentar o futuro.


MULTIPLOS CULTOS
Uma das mais frequentes considerações entre igrejas crescentes nos dias atuais é a adição de múltiplos cultos.
POR QUE REALIZAR MÚLTIPLOS CULTOS?
À medida que vamos prosseguindo no novo século é esperado que uma grande quantidade de igrejas considere acrescentar pelo menos um culto às suas programações. É absolutamente fundamental considerar o “porquê” de precisarem de um culto adicional, antes de se preocuparem com o “quando” e o “como”.  A seguir, permita-me que lhe apresente sete razões principais para se considerar o fato de se acrescentarem novos cultos. De um modo geral, múltiplos cultos…
1. Oferecem opções  -  O formato de apenas um culto está se tornando algo estático demais, em meio a uma sociedade que oferece inúmeras opções – desde pasta dental, desodorantes, postos de gasolina, tipos de carros etc., a programas de computador, além de uma infinidade de escolhas. Enfim, as opções se multiplicam numa velocidade incrível. Consequentemente as pessoas vão cada vez mais se acostumando com intensas variedades. Acrescentar um novo culto é uma maneira de providenciar opções no ministério da Igreja.
2. Proporcionam Melhor Utilização de Espaço  -  Nos nossos dias, a compra de espaço para a igreja tende a se tornar mais difícil que nunca, no passado. E isso não apenas pelo custo financeiro, mas por imposições legais. Os cultos múltiplos permitem que a igreja possa usar suas atuais instalações duas ou três vezes mais, sem que antes tenha de se engajar num caríssimo e desgastante projeto de construção.
3. Permitem crescimento  -  O crescimento numérico é desencorajado num auditório lotado. Pesquisas têm demonstrado que quando uma igreja atinge 80% da sua capacidade de lotação ela para de crescer. Por outro lado, estudos entre igrejas nos Estados Unidos evidenciaram que quando uma igreja passa de um culto para um segundo, 80% dessas igrejas, de modo geral, passaram a experimentar de 15% a 20% de acréscimo na frequência aos cultos.
4. Aumentam a Fé  -  Igrejas com apenas um culto na essência mantêm sua ênfase nos membros atuais. Igrejas que oferecem mais de um culto têm a tendência de colocar sua ênfase em alcançar gente nova, o que requer de imediato dois valores absolutamente essenciais: fé e visão.
5. Expandem o Ministério  -  Existe um limite de quantas pessoas podem ministrar em apenas um culto. Ao adicionar pelo menos um culto, a igreja passará a dobrar a sua capacidade de ministrar, uma vez que a abertura de espaços para o ministério se tornará uma realidade óbvia.
6. Alcançam Novas Pessoas  -  O caráter de um culto com o mesmo estilo e o mesmo tempo de duração tem a tendência de atrair apenas um tipo de pessoa. Ao adicionar um novo culto com tempo diferente de duração, e com novo estilo, novas pessoas poderão ser atraídas e alcançadas, pessoas que normalmente não frequentariam a igreja, no estilo que ela vem oferecendo.
7. Mantêm as Pessoas Satisfeitas  -  As distintas preferências por música, vestimenta, tempo etc são complexas demais para serem tratadas em apenas um culto. Múltiplos cultos permitem que a igreja se concentre em variadas preferências.
PERGUNTAS QUE MERECEM RESPOSTA
1. Devem os cultos se manter idênticos?  -  Obviamente que o item 7, acima, sugere o contrário. No entanto, vejamos – se os alvos para acrescentar um culto adicional são: 1) atrair novas pessoas; 2) exercitar em maior escala os dons espirituais dos cristãos; 3) expandir oportunidades para serviço ou 4) dar às pessoas uma maior quantidade de opções. Então é simplesmente uma questão de bom senso oferecer opções de estilo de culto, em vez de um culto idêntico.
3. Cultos aos Sábados é uma Boa Ideia?  -  Algumas igrejas têm descoberto que o sábado tem sido um dia apropriado para acrescentar um novo culto às suas programações. Contudo minha recomendação é que as igrejas que desejam abrir um culto no sábado precisam estar conscientes de que….
- Não devem pensar em dar início a um novo culto no sábado, se o culto no domingo não tiver uma forte frequência e muita vibração.
- A um culto no sábado pode faltar a mesma intensidade de um culto no domingo, uma vez que as pessoas podem estar vindo diretamente de uma outra atividade, ou até mesmo do trabalho, e o cansaço possivelmente seja um dos fatores.
- Um culto no sábado à noite pode ser uma boa opção para pessoas que trabalham no fim de semana e/ou preferem usar esse tempo para uma viagem ou uma atividade recreativa.
Como a Igreja deve proceder?  Considere as seguintes sugestões, à medida que você começa a desenvolver planos para a concretização de um culto adicional.
1. Comece a registrar dados concretos  -  Comece a manter um controle da quantidade de participantes do seu culto, tanto de adultos como de crianças; também quanto ao número de carros no estacionamento (no caso de a igreja ter estacionamento próprio.) Observe especialmente quando a igreja atinge 80% da sua capacidade de lotação.
2. Prepare a sua liderança  -  Jamais se esqueça do velho e sábio provérbio: “Tudo se levanta e cai em liderança!” Tanto quanto você puder, eduque e treine os líderes da igreja a compreender a importância do relacionamento entre capacidade de assentos, estacionamento, atendimento a crianças e o crescimento geral na frequência aos cultos. Compartilhe com eles as razões positivas para múltiplos cultos. Sugira uma estratégia para adicionar cultos à medida que sejam necessários.
3. Eduque a congregação  -  Direcione a atenção da congregação para a Grande Comissão do Senhor Jesus. Alerte-a sobre a possibilidade e a importância de acrescentar novos cultos. Solicite comentários por meio de pesquisa com a congregação e contatos pessoais. Faça uma pesquisa entre pessoas sobre preferência de estilos de culto e o tempo a ser investido em múltiplos cultos.
4. Estabeleça uma data  -  Desenvolva um plano estratégico e comunique aos membros da igreja uma possível data para começar o culto adicional.
5. Treine uma equipe adicional  -  Considere o número de pessoal necessário para dar apoio logístico ao novo culto. Comece a recrutar e treinar membros adicionais para a equipe de recepção, grupo de louvor ou coral, pessoas para ministério com crianças etc. Busque pessoas que ainda não estão servindo em algum ministério, tentando envolvê-las num novo papel de suporte e apoio.
6. Comunique (repetidamente) sobre as mudanças  -  Anuncie o novo culto aos membros não assíduos, à congregação ativa e a outros frequentadores em potencial. Use o jornal da cidade, boletins informativos, cartas, cartazes e toda a criatividade que você tiver a fim de que o novo culto tenha todo o suporte possível.
7. Faça uma experiência de 12 meses  – Promova o novo culto como uma nova experiência. Se possível, realize-o por um período de 9 a 12 meses, antes de uma completa avaliação.
Quando o novo culto deve ser implementado?  -  Para que as suas chances de sucesso na implementação do novo culto ocorram, é melhor iniciá-lo quando…
1. Surgir o momento certo  -  Um dos maiores erros que igrejas frequentemente cometem é o de acrescentar um novo culto na ocasião inapropriada. A chave para acrescentar um novo culto deve ocorrer quando a igreja estiver experimentando um gradual, porém sólido crescimento, e não quando o crescimento estacionou ou a igreja se encontra num platô.
2. O moral é alto  -  Acrescentar um novo culto é um passo de fé. Se a igreja estiver experimentando um período de desencorajamento, ou está enfrentando um período de conflitos, essas questões devem ser resolvidas antes de partir para múltiplos cultos.
Quais são as questões fundamentais?  -   Qualquer igreja que deseja iniciar um novo culto deverá trabalhar cuidadosamente algumas etapas e considerar as seguintes questões fundamentais:
Questão 1: Estilo de culto   -  A questão principal que muitas igrejas enfrentam é a de decidir se o novo culto será idêntico ao já existente ou se será num estilo diferente.
Fator chave a considerar: Diversidade da congregação.
Questão 2. Equilíbrio na frequência  -  Uma questão que passa frequentemente despercebida é se as frequências dos dois ou mais cultos serão equilibradas. Fator chave a considerar: a capacidade de assento do auditório, a configuração da congregação (solteiros, casados com filhos, idosos.) e o estilo de vida, de um modo geral.
Questão 3. Horário dos cultos  -  O horário dos novos cultos adicionais é um elemento que poderá definir o sucesso ou o fracasso da iniciativa. Fator chave a considerar: o volume de trânsito (gente e automóveis), comunhão necessária e o estilo de vida das pessoas.
Questão 4: Berçário e crianças  -  Uma das questões mais difíceis e complicadas a considerar é quando e como providenciar a assistência necessária a crianças. Fator chave a considerar: a idade das crianças da sua congregação, a expectativa dos membros e o número em potencial de pessoas a servirem nesse ministério.
Questão 5: Música  -  Múltiplos cultos aumentam a necessidade de um número maior de pessoal na área da música. Fator chave a considerar: a disponibilidade do atual potencial de pessoal na área da música.
Questão 6: Ministérios de apoio  -  Acrescentar um novo culto requer um adicional apoio de pessoal. Fator chave a considerar: A disponibilidade de um apoio adicional de pessoas em áreas cruciais de ministério.
O DNA DO LIDER.
Todos que vivemos nesta geração estamos conscientes do que é o DNA – o código genético que – resumidamente, sem entrar nas implicações técnicas – determina quem na realidade somos. Quando examinamos um DNA nos damos conta de quem realmente é uma pessoa, quais as doenças mais suscetíveis de ela contrair, seu histórico familiar etc. Essa tem sido uma ferramenta de grande valor para os cientistas, a fim de numa fração mínima de erros descobrirem fatos e realidades que há bem poucos anos eram simplesmente impossíveis de serem descobertos.
Isso me fez pensar em nós como líderes. Será que existe um DNA capaz de nos fornecer as configurações de líderes que irão ser bem-sucedidos e terminar bem a sua carreira? (Aliás, hoje, mais do que nunca no passado, estou preocupado em terminar bem a minha.) Creio que líderes saudáveis – aqueles que deixam um legado que realmente vale a pena seguir – não têm necessariamente o mesmo DNA; mas que tal, pelo menos um figurativo DNA? Em outras palavras: Será que existe um gen, comum, ou alguns gens comuns a todos eles? Sinceramente, eu creio que sim. Se fôssemos a um laboratório, penso que alguns desses gens que menciono abaixo poderiam ser encontrados nos DNA de líderes que fizeram, fazem e para sempre farão uma grande diferença em sua geração.
1 – Uma predisposição de estabelecer alvos desafiadores. Um líder de qualidade tem uma indisposição, uma ojeriza ao status-quo. Eles veem a “média” como um lugar que eles só querem mesmo manter como um espelho retrovisor. Em lugar disso, estão continuamente se elastificando a si mesmos, a fim de crescerem, se aprimorarem, serem melhores naquilo que fazem, sempre colocando os olhos em alvos nunca imaginados por outros. Eles visam atirar em direção a tão alto que mesmo não alcançando seus alvos, ainda assim conseguem chegar a uma altura jamais conseguida por ninguém. Eu vejo esse personagem muito presente em alguns personagens bíblicos. Neemias no VT e Paulo no NT são ótimos exemplos.
2 – Uma habilidade de focalizar intencionalmente um destino desejado. Muitas pessoas podem estabelecer alvos arrojados, porém a maioria delas se deixa distanciar deles com a maior facilidade e frequência, em função de uma ou outra distração no processo de alcançar seus objetivos.
Grandes e significativos alvos – de um modo geral – levam tempo para serem alcançados. Em razão disso, vai haver tempo suficiente para a tentação de sair da rota e deles retirar os olhos. Percebo frequentemente que aquelas coisas que nos afastam dos nossos alvos são inclusive coisas boas; só que não são as melhores… Os líderes que fazem de fato uma diferença fundamental são aqueles que não retiram seus olhos dos seus alvos. Eles se mantêm focalizados; têm a habilidade especial de dizer “não” a coisas boas, visando alcançar as melhores. Neemias me parece um exemplo clássico desse perfil, ao deixar evidentes as suas prioridades (Ne 6:3).
3 – Uma abertura para se sacrificar pessoalmente, a fim de alcançar seus alvos. Quando as coisas ficam difíceis, a maioria das pessoas tem a tendência de desistir. E o pior: quando as coisas se tornam pessoalmente difíceis, a maioria delas realmente desiste. Quando as coisas se tornam realmente difíceis, os líderes que fazem uma diferença se relembram a si mesmos dos alvos arrojados que se auto- estabeleceram, e se lembram também do que a realização significou para eles, e de que a recompensa do alvo alcançado lhes compensa passar pelas tribulações momentâneas.  Esses líderes estão abertos a se sacrificarem pessoalmente a curto prazo, a fim de alcançarem a esperada realização, ainda que a longo prazo. Fixar e manter os olhos num panorama maior os habilita a perseverar, não obstante frente aos maiores desconfortos e dores que possam experimentar.
4 – Uma predisposição para a tenacidade. Tenacidade é a habilidade de “seguir em frente”. Tempos difíceis? Seguindo em frente! Problemas financeiros? Seguindo em frente! Falta de confiança das pessoas? Seguindo em frente! Você lembra mesmo um grande sonhador? Seguindo em frente! Exausto? Seguindo em frente! Com vontade de largar tudo e desistir? Seguindo em frente! Sempre lembrando isso: Seguindo em frente! O prêmio está aí na frente! Muitos são os que desistem quando bem perto de alcançar o sonhado alvo. Portanto, siga em frente!
5 – Uma habilidade de identificar os recursos e usá-los com sabedoria. Líderes que fazem uma enorme diferença são aqueles que entendem que não podem isolar-se. Ninguém é uma ilha, e ninguém é bem-sucedido por si mesmo. Líderes bem-sucedidos são aqueles que têm a habilidade de identificar claramente suas fraquezas. É sua capacidade em reconhecê-las e identificá-las o que os torna bem-sucedidos. Eles veem seus recursos e os utilizam com sabedoria, prosseguindo assim sua jornada rumo ao sucesso. E eles não apenas usam esses recursos, como os utilizam. Existe uma grande diferença entre usar e utilizar. As pessoas, as finanças, e tudo mais são trazidos e também ajudados por esse líder, que soube não apenas manipular, mas inclusive motivar outras pessoas a crescer mediante um salutar processo de mudança.
6 – Um desejo de ajudar outras pessoas a realizarem mais também para si mesmas. Grandes líderes têm consciência de que podem fazer uma enorme diferença. Eles sabem que a riqueza pode ajudar a matar a fome de muitos. Eles sabem que a sua posição de influência é capaz de abrir a porta para alguém que normalmente não teria chance alguma. Pessoas são ajudadas sadiamente por esses líderes, e jamais são usadas como trampolins.
Conclusão – Penso que se pudéssemos identificar o DNA de um líder, esses elementos sobre os quais falamos acima estariam presentes nos seus valores fundamentais. Você pode reconhecer alguns deles presentes em você? A boa notícia a respeito do DNA de que estamos falando, versus o nosso DNA real, é que você pode trabalhar no DNA de um líder, o que faz uma diferença mesmo mantendo o seu DNA. Portanto, se lhe falta um pouco daquilo que mencionamos acima, leve esses elementos a Deus. Trabalhe naquelas áreas, use a solicitude, examine-se com honesta transparência e vulnerabilidade, e certamente os resultados num futuro próximo poderão fazer toda a diferença neste mundo.
                  O PASTOR REVITALIZADOR
O mundo dos negócios da atualidade está em busca de “Turnaround Managers”, ou seja, aqueles executivos que se deparam com uma empresa que está enfrentando desgastes e perdas financeiras, e ao assumirem a sua liderança fazem com que um rumo completamente novo e positivo passe a tomar lugar, trazendo ar fresco, nova direção e – consequentemente – lucros para ela. Lee Iacocca e seu trabalho na direção da Chrysler tornou-se um exemplo clássico de um “Turnaround Manager”.
De modo similar, igrejas desgastadas e necessitadas de revitalização precisam também frequentemente da habilidade e perícia de um “Turnaround Pastor”. Esses indivíduos se deparam com uma igreja em declínio, e mediante sua arguta e florescente liderança fazem com que ela venha a experimentar crescimento e uma nova e necessitada vitalidade.
Quais são as características de um turnaround pastor, ou de um pastor revitalizador?… É minha pretensão deixar com você doze características que distinguem o pastor revitalizador do restante da população pastoral. Para uma melhor identificação creio ser pertinente dividir as características entre as áreas Pastoral e de Liderança.
CARACTERÍSTICAS PASTORAIS
1. Empatia  -  O pastor revitalizador experimenta forte empatia com as cargas e aflições das pessoas sob seu cuidado pastoral, e tem uma habilidade toda especial de lidar sinceramente com essas questões.
Em outras palavras: ele sabe quando chorar e quando se regozijar com seu povo.
Exemplo – Neemias tomou conhecimento de que o povo remanescente em Jerusalém estava em “grande sofrimento e humilhação”, e em função disso a sua reação foi: “…sentei-me e chorei. Passei dias lamentando-me, jejuando e orando ao Deus dos céus” (Ne 1:3,4). De modo semelhante, a empatia de Paulo por seus irmãos judeus foi tamanha que ele escreveu: “Pois eu até desejaria ser amaldiçoado e separado de Cristo por amor de meus irmãos, os de minha raça” (Rm 9:3).
2. Sensibilidade  -  O pastor revitalizador exibe uma sensibilidade fora do comum para com o palpitar do coração da congregação. Ele sabe quando deve ir adiante e quando dar alguns passos para trás.
Exemplo – Quando Esdras, o profeta, leu o livro da lei de Deus, o povo ficou profundamente consternado com seus próprios pecados. Neemias sentiu que a sua exausta congregação tinha sido forçada para lá dos seus limites. Portanto ele agora declara um dia de celebração, e pede que os levitas acalmem o povo. Algum tempo depois Neemias observou um dia para confissão corporativa e arrependimento (Ne 8:5;9:4).
3. Equilíbrio  -  Apesar de ser o revitalizador um indivíduo de apurada sensibilidade, ele está envolvido numa missão profética. Assim sendo, como tal ele expõe seus propósitos com clareza e firme determinação, tendo o equilíbrio e a habilidade de orientar seu ministério às pessoas, sem se esquecer da tarefa e missão que está à sua frente.
Exemplo – A missão de Jesus era de salvar e buscar o que se havia perdido, mas ele também encontrou tempo para visitar pessoas que traziam consigo um vazio existencial, investindo além disso tempo, cuidado e consideração para com as crianças (Lc 19:1-10; cf Lc 18:15-17).
4. EquipamentoO pastor revitalizador assume com clareza a responsabilidade de “…preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef.4:12). Ele equaliza seu ministério para grupos grandes e grupos pequenos, tendo ao mesmo tempo a visão de treinar uns poucos, mas seletos líderes, para a liderança futura.
Exemplo – Paulo ministrou a grandes grupos e multidões, mas selecionou e trouxe para perto de si um pequeno grupo de indivíduos, que seriam os futuros líderes da Igreja. Paulo segue com exatidão a mesma estratégia de Jesus (At.15:40;16:3).
5. Discernimento O pastor revitalizador evidencia uma habilidade de discernir entre as atitudes que vêm de Deus e as que procedem do homem. Ele parece ter uma capacidade especial de ler entre as linhas, e de discernir entre agendas carnais e agendas espirituais.
Exemplo – Neemias escreveu: “Percebi que Deus não o tinha enviado, e que ele havia profetizado contra mim, porque Tobias e Sambalate o haviam contratado” (Ne 6:12; cf. 10-14).
6. Visão  -  O pastor revitalizador é por natureza empreendedor. Ele recebe com ansiedade e empolgação a tarefa que Deus lhe confiou, e assim a executa. No processo de concretizá-la ele motiva outros a buscar e alcançar o mesmo alvo.
Exemplo – O apóstolo Pedro encorajou líderes a “…pastorear o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir”. (I Pe 5:2)
CARACTERÍSTICAS DE LIDERANÇA
7. Iniciativa  -  O pastor revitalizador não faz tão-somente que as coisas aconteçam, como inicia processos de mudanças. Ele exibe um humilde senso de inadequacidade, e se coloca na dependência total de Deus.
Exemplo – Josias começou uma reforma “…sendo ainda bem jovem”. Moisés disse a Deus: “Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito?” (Êx 3:11)
8. Clara Visibilidade  -  O pastor revitalizador assume posturas bem visíveis, frontais. Sua liderança está altamente associada à sua qualidade de vida. Ele estabelece exemplos de inspiração.
Exemplo – Paulo foi, com toda a certeza, influenciado pela morte de Estêvão (At 7:58;8:1). Posteriormente ele desafiou outros a seguir seu próprio exemplo (I Co 4:14-17).
9. Prioridades Definidas  -  O pastor revitalizador tem a capacidade de realizar suas tarefas com a clara compreensão das suas prioridades. Ele se focaliza naquilo que Deus – de maneira singular – o capacitou a fazer.
Exemplo – Em meio a contínuas demandas por seu tempo, Jesus era dotado de uma calma, um propósito e uma direção muito precisos para a sua vida. No final dela ele orou: “Eu te glorifiquei na Terra, completando a obra que me deste para fazer” (Jo 17:4).
10. Estabilidade Pessoal  -  O pastor revitalizador manifesta consistência e perseverança em meio às pressões. Ele ocupa uma posição que traz consigo um alto nível de estresse, desafiando frequentemente valores e compromissos que – fatalmente – resultam em conflitos e oposições.
Exemplo – Estêvão demonstrou serena estabilidade, em face de uma hostil oposição (At 7:54,55). Pedro e João também são exemplos de serenidade em face da oposição (At 4:13).
11. Motivador  -  O pastor revitalizador compreende a natureza da tarefa que tem à sua frente, e sabe como motivar outras pessoas rumo à concretização do seu alvo; e no processo ele recebe o apoio e o suporte das pessoas.
Exemplo – Moisés se identificou com a aflição do povo; sugeriu um plano para solucionar essa aflição e foi reconhecido como o homem de Deus para liderar o povo naquela situação (Êx 12).
12. Atitudes Arrojadas  -  O pastor revitalizador é frequentemente identificado como rude e autoconfiante. A confiança dele vem de uma profunda fé em Deus, fé essa que o capacita a assumir riscos significativos. O bem-sucedido resultado dos seus riscos fortalece frequentemente a fé daqueles que o seguem. Contudo, em algumas ocasiões os resultados podem ser também desastrosos.
Exemplos – Pedro lutava constantemente para se equilibrar entre a rudeza e a verdadeira liderança. Eventualmente ele aprendeu a tal ponto a temperar essa qualidade, que pôde canalizá-la para propósitos bastante produtivos.
CONCLUSÃO
O pastor revitalizador tem a capacidade universal de fazer as coisas acontecerem. Como líder no Corpo de Cristo, o pastor revitalizador é singularmente suprido pelo Espírito Santo com o dom de liderança. “Se alguém tem o dom de exercer liderança, que a exerça com zelo”, diz Rm 12:6,8. O pastor revitalizador tem um profundo cuidado pastoral para com a sua congregação, enquanto faz simultaneamente as coisas acontecerem. Até mesmo os membros relutantes a mudanças não são alienados, e sim gentil e amorosamente liderados.
Como você pode recuperar a sua igreja de um desastre? Como você consegue ajudar seu povo a “catar os cacos” do chão, colocando o passado para trás e contemplando confiantemente o futuro? Desastres podem ameaçar a saúde da sua igreja após uma divisão, um problema de ordem moral, um dilema moral (impropriedade por parte do pastor), ou mediante uma série de outros eventos. Certamente que trazer a igreja de volta após algumas dessas hecatombes exige oração, paciência, perseverança, criatividade e uma estratégia assaz saudável.
INIMIGOS AO REDOR
Igrejas que enfrentam desastres têm pelo menos quatro inimigos que devem ser enfrentados e derrotados. Esses inimigos são: 
Inimigo número um:  Moral Baixa. Pessoas que gastaram anos e até mesmo meses dentro de uma atmosfera estilo panela de pressão irão fatalmente se desencorajar. Elas podem até ficar revoltadas contra Deus por haver permitido que tal coisa lhes houvesse acontecido… Sonhos desfeitos, segurança ameaçada e pessoas se sentindo emocionalmente espancadas trazem como resultado um desencorajamento generalizado, que só tende a descambar para a moral baixa.
Inimigo número 2: Necessidade de sobrevivência. As pessoas irão assumir uma posição defensiva a fim de se proteger a si próprias de feridas, ameaças e perigos. Novas maneiras de fazer as coisas e soluções criativas serão recebidas com resistência. A tendência é buscar proteção a todo custo, o que leva as igrejas a um estilo prevalecente de agir sempre pensando na necessidade de sobreviver ao caos.
Inimigo número 3: Atitudes Passivas. As pessoas terão a tendência de manifestar a atitude de “esperar para ver”. Novas iniciativas de buscar novas soluções terão frequentemente como resposta atitudes mornas, abúlicas e apáticas. Muitos verão o ministério como uma armadilha, e se recusarão a se envolver, como resultado de atitudes passivas.
Inimigo número 4: Consolidação de Poder. Alguns líderes irão se agarrar com unhas e dentes ao seu poder de decisão. Qualquer pessoa que desafiar esse novo controle adquirido será recebida com grande resistência. Lideres de igreja terão a tendência de consolidar seu poder e controle sobre todas as funções da igreja.
Inimigo número 5: Perda de Respeito. As pessoas irão perder o respeito pelo oficio pastoral. O pastor é frequentemente percebido como sendo parte da crise. Direta ou indiretamente o oficio será visto com desconfiança. Um novo pastor terá que enfrentar por meses a fio, ou talvez por alguns anos, a falta de respeito em função dos eventos ocorridos no passado.
TRÊS PRINCÍPIOS
1: Um eficiente pastor revitalizador trabalha de baixo para cima.  -  Ele promove uma sadia reviravolta numa igreja que tenha a habilidade de envolver as pessoas numa base pública e privada. Em outras palavras: enquanto ele promove uma nova visão pelo púlpito, o pastor revitalizador deve estar próximo das pessoas a fim de ajudá-las a recuperar seu entusiasmo e sua coragem, e assim seguirem em frente rumo ao futuro.
2. Um eficiente pastor revitalizador movimenta-se com rapidez.  -  A sabedoria prevalecente nos diz que pastores não devem tomar grandes decisões no seu primeiro ano de pastorado. Creio ser o oposto a verdade, quando se trata de um pastor revitalizador. Promover mudanças radicais numa igreja significa tirar vantagem do período de lua-de-mel e fazer tantas mudanças quantas forem possíveis. Não há tempo para esperar, diante de uma situação de crise.
3. Um pastor revitalizador eficiente toma a iniciativa.  -  Liderar uma igreja que está em meio a uma situação de desastre não demanda consenso, de forma alguma. As pessoas que se encontram em meio a problemas estão buscando uma liderança diretiva. Promover um novo e salutar caminho para uma igreja significa assumir controle e dar-lhe uma direção sólida.
SUGESTÕES PARA PROMOVER UMA SAUDÁVEL REVIRAVOLTA NUMA IGREJA:
1. Mantenha-se próximo das pessoas. Conheça essas pessoas. Marque reuniões estratégicas com grupos pequenos da igreja, a fim de ouvir o que lhes acontece na mente e no coração. Faça perguntas. Ouça, ouça, ouça. Tente identificar seus medos e apreensões. Parta para ações imeditas, a fim de aliviar qualquer tipo de estresse. Apague os fogos mais perigosos e ameaçadores.
2. Esteja atento ao uso do dinheiro. Determine uma quantia fixa que você necessita mensalmente. Despesas fixas incluem gastos de manutenção, aluguel, prestações mensais, salários, tudo, enfim, que é essencialmente necessário para que você possa operar. Apesar de você não desejar – e isso é sábio – ter controle direto do dinheiro, você deve ser um entre aqueles que terá poder de decidir para onde o dinheiro deve ir. Para se manter solvente, gaste apenas aquilo que você arrecadou no mês passado. Dessa forma você se manterá solvente nos próximos 30 dias.
3. Focalize-se no positivo. Apesar de parecer difícil, o fato é que toda situação, por mais crítica que seja, tem seus aspectos positivos. Por exemplo: uma igreja que sofreu o choque e o traumatismo de ver as suas instalações destruídas por incêndio, ao olhar a situação pelo lado positivo poderá reerguer seu edifício criando uma nova estrutura física, que seja mais condizente com suas necessidades.
4. Crie uma nova visão para o futuro. Tão-somente uma nova visão tem a capacidade de fazer com que as pessoas apanhem os cacos do chão e se posicionem com o olhar para o futuro. Estabeleça a visão clara e determinada de que o melhor ainda está por vir; compartilhe essa visão em suas mensagens aos domingos, nos grupos pequenos, na conversa uns com os outros, e em todas as oportunidade que tenha a seu dispor. Lembre-se de que as pessoas perecem porque não têm visão. Como diz Salomão: Onde não há visão a casa cai.
5. Enfatize a sua missão/propósito. Reveja e/ou reescreva a sua declaração de propósito. Comunique-se com seu povo, revelando-lhe como isso impacta a situação em que você se encontra. Coloque a sua declaração de missão num pequeno plastificado, do tamanho de um cartão de visita. Distribua a declaração entre todas as pessoas da igreja, a fim de que elas o levem em sua carteira, junto com seus cartões de crédito etc.
6. Dê às pessoas uma forma de se sentirem bem a respeito de si mesmas. Em outras palavras: seja um encorajador. Convide-as a ir a sua casa, e ofereça-lhes um lanche, aproveitando a ocasião para lhes agradecer por permanecerem firmes no barco. Peça a elas que compartilhem a forma em que Deus tem trabalhado na vida delas. Descreva situações bíblicas, nas quais Deus se manifestou em tempos de grandes dificuldades e desencorajamento. Visualize como Deus pode portentosamente operar na sua atual crise. Desafie as pessoas a confiar em Deus, nesse mesmo Deus que operou maravilhas no seu passado.
7. Crie situações em que as pessoas possam ser bem- sucedidas. Estabeleça alguns projetos curtos, ou alvos que você sabe que elas poderão alcançar. Lidere-as em direção a eles. Quando o alvo for alcançado, faça um barulho e celebre essa vitória. Trabalhe no moral do povo, e você verá que gradualmente as pessoas estarão sendo preparadas para alvos maiores e mais desafiadores.
8. Use o melhor que você tiver – os melhores professores, músicos e líderes com os quais você pode contar. Mantenha a qualidade tanto quanto puder. Ore especificamente a fim de que Deus traga as pessoas que você precisa a fim de desenvolver seu ministério. Envolva-as para que orem a Deus, e o Senhor traga os trabalhadores dos quais você necessita. Enfim, use os melhores dons e talentos que Deus preparou para você nesse momento histórico do seu ministério.
9. Comunique, comunique, comunique. Seja específico e cristalinamente claro na sua comunicação. Lembre-se de que comunicação não é o que você diz, e sim o que as pessoas realmente entendem. Portanto, explique – com clareza – como cada pessoa ou grupo pode contribuir para levar a igreja a um nível muito mais elevado de saúde. Mantenha o máximo possível as pessoas informadas mediante comunicação via carta ou e-mail. Valha-se de grupos pequenos, em meio aos quais as pessoas possam ouvir sobre os passos que estão sendo tomados em relação ao futuro; ofereça a elas a oportunidade de se expressarem e formularem suas perguntas. Torne público tudo que for apropriado para o devido momento. Mantenha um espírito de abertura e transparência.
10. Estabeleça um plano. Pesquise continuamente a sua realidade. À medida que você começar a falar com as pessoas, sempre procurando articular o linguajar positivo, você irá perceber que um plano começará a tomar lugar. Faça uma lista das suas opções debaixo dos seguintes tópicos, e trace suas próprias considerações:
a)O que deve ser feito imediatamente?
b) O que deve ser feito dentro de um ano?
c) O que pode esperar por mais de um ano?
Ao tentar responder a essas perguntas você estará se focalizando nas suas necessidades imediatas, desenvolvendo ao mesmo tempo um plano a médio e a longo prazo.
CONCLUSÃO
- Quais foram as ideias neste artigo que se identificam com o momento atual da sua igreja?
- Quais são os passos que você deve tomar na sua própria igreja?
- O que você irá fazer a fim de iniciar o que tem de ser feito?
PLANEJANDO ESTRATEGICAMENTE.
Se existe uma coisa com a qual talvez todos nós – líderes de igreja – podemos concordar é que estamos interessados na direção da nossa igreja. É nosso desejo sermos sensíveis à ação de Deus na vida e direção da igreja que ele nos deu para liderar, uma vez que “Em seu coração o homem planeja seu caminho, mas o Senhor determina seus passos”. (Provérbios 16:9)
Uma maneira eficiente e que – creio eu – pode ajudar a estabelecer um futuro melhor para a sua igreja é apontar uma equipe de planejamento, a fim de estabelecer sua VISÃO para os próximos cinco anos, e com a maior clareza possível.

EQUIPE DE PLANEJAMENTO
Comece por indicar algumas pessoas chaves que venham a fazer parte desse longo planejamento. Essa equipe deve ser composta de homens e mulheres que tenham algum tipo de envolvimento na igreja. Portanto, selecione…
-Pessoas que sejam líderes
-Pessoas que tenham o desejo sincero de ver a igreja crescer
-Pessoas dotadas de um verdadeiro espírito de equipe (que possam trabalhar juntas).
-Pessoas capazes de tomar decisões
-Pessoas que sejam relativamente novas na vida da igreja.
Eu sugeriria que o número de membros para a equipe de planejamento não devesse ter mais de sete pessoas.

OS INGREDIENTES
Um bom planejamento a longo prazo deverá incluir uma boa revisão e/ou – se a sua igreja ainda não possui – uma nova exposição de quatro declarações básicas.
1. Uma Declaração do seu Propósito  -  Um propósito ou uma declaração de missão consiste nas razões bíblicas pelas quais a igreja existe.
-Deve ser fundamentada claramente na Palavra de Deus.
-Deve ser comunicada de tal maneira que as pessoas possam saber o que isso significa.
Observação: Uma boa e contundente declaração de propósito pode ser elaborada com menos de 25 palavras.
2. Uma Declaração da sua Visão  -  Uma declaração de visão expressa como a igreja irá agir na sua região ou área (geográfica) ministerial. Características que devem estar presentes na sua declaração de visão:
-Deve ser relevante para seu local de ministério
-Deve ser suficientemente grande para desafiar o povo, e bastante pequena a ponto de não desencorajá-los.
Observação: A declaração de visão deve responder à questão: “Se a nossa igreja for tudo aquilo que Deus deseja que seja nos próximos cinco anos, então nós nos propomos…”
3. Uma Declaração de Valores  -  Uma declaração de valores consiste numa lista de princípios básicos que impulsionam sua igreja à ação.
-Eles são os fatores que estão por trás de todas as decisões.
-Eles são a chave para um ministério eficiente.
Observação: Frequentemente eles são emocionalmente enraizados na história da vida da sua igreja.
4. Uma declaração dos seus Objetivos  -  Uma declaração de objetivos na realidade é uma extensão do propósito e da visão da igreja, só que agora explicando com maiores detalhes o que deve tomar lugar, a fim de que os objetivos sejam alcançados.
-Eles pormenorizam como uma congregação local espera preencher seu propósito.
-Eles são vistos com maior clareza mediante as programações da igreja.
Observação: Os objetivos se relacionam diretamente com cada área de relevância no ministério da igreja. A declaração dos seus objetivos será – com toda a certeza – a seção mais extensa do seu plano, a qual deverá assinalar os alvos que você espera alcançar em cada área de relevância ministerial. A maioria das igrejas deverá estabelecer alvos nas áreas de…
-Evangelismo – Adoração
-Educação Cristã – Assimilação de Novos Membros
-Missões – Ministério de Família
-Adoração – Ministério de Homens
-Ministério com Jovens – Ministério de Crianças. etc…

O PROCESSO
Passo  1 – Comece com Pastor Titular  -  Peça ao pastor que escreva uma breve declaração para cada uma das seções mencionadas acima, as quais são particularmente importantes à futura direção da igreja.
Passo 2 – Reveja com a equipe ministerial (Pastor Assistente, e outros pastores da igreja, caso haja mais de um pastor.)  -  Dê à equipe ministerial a oportunidade de escreverem suas próprias ideias e comentários, a fim de exporem as ideias do pastor titular e de cada membro da equipe ministerial.
Passo 3 – Reveja com a liderança da igreja  -  Faça cópias das ideias e comentários do pastor titular, bem como da equipe ministerial, e as ofereça a cada membro da diretoria/conselho da igreja, com o pedido de que a eles acrescentem suas próprias ideias e comentários.
Passo 4 – Reveja com os líderes de ministérios  -  Peça aos demais líderes dos principais ministérios da igreja que revejam os planos que estão em desenvolvimento, pedindo-lhes que acrescentem a eles suas próprias ideias e comentários.
Passo 5 – Escreva o Primeiro Rascunho  -  Depois de haverem sido recebidas as informações dos líderes de ministério no passo #4, faça com que a equipe de planejamento – a equipe de aproximadamente sete pessoas – venha a se reunir para compilar e escrever um novo rascunho de seus planos para os próximos 5 anos.
Passo 6 – Sinta o “Pulso” da Congregação  -  Uma vez que o primeiro rascunho haja sido escrito, tome o pulso da congregação, oferecendo-lhes cópias para que os membros façam uma revisão e teçam os comentários que desejarem.
Passo 7 – Trabalhe no Documento Final  -  Após sentir o pulso da congregação, escreva o planejamento final da sua projeção para 5 anos, e mova o processo que deve tomar lugar dentro da sua estrutura eclesiástica, a fim de ser aprovada.
Lembre-se de que seu plano deverá passar por várias escritas, antes de ser finalmente aceito. Normalmente o tempo para desenvolver um plano de cinco anos envolvendo as fases sugeridas acima deverá levar em média entre nove e doze meses.
FINALMENTE
Uma vez que o planejamento é finalizado, este deve ser comunicado a toda a congregação. Considere separar dentro do seu calendário um dia especial onde o planejamento possa ser apresentado para toda a congregação.
PREPÁRANDO A CASA PARA RECEBER CONVIDADOS.
Algo que tem sido rotina em minha casa é a preparação que fazemos para receber nossos convidados. Estou perfeita mente consciente de que esta não é uma prática singular na minha família, mas generalizada. Essa preparação envolve limpeza dos banheiros, esvaziamento de cestos de lixo, uso do aspirador de pó (minha especialidade), retirada do pó dos móveis, e por aí vai… De modo semelhante, igrejas crescentes investem uma quantidade significativa de tempo no processo de preparar “a casa” para receber seus convidados e visitantes. Essas igrejas sabem que…
1. É necessário que haja visitantes para que uma igreja possa crescer. Nenhuma igreja cresce sem que se possa contar com eles. Como regra geral, uma congregação necessita de 4 a 5% da frequência a seus cultos de visitantes de primeira vez, para que possa experimentar um crescimento significativo.
2. Alguns visitantes irão retornar para uma segunda visita.   As igrejas crescentes criam uma atmosfera que faz com que os visitantes sintam o desejo de voltar para uma segunda visita. Também, como regra geral, pelo menos duas em cada dez pessoas que visitam uma igreja pela primeira vez devem retornar para uma segunda visita, a fim de que a igreja experimente um crescimento numérico.
3. Visitantes tomam decisões rápidas.  A maioria dos visitantes decidem se irão voltar a uma igreja nos primeiros 5 a 8 minutos da entrada pela porta frontal. Se a primeira impressão é negativa, torna-se difícil mudá-la.
PREPARANDO PARA RECEBER VISITANTES
Eis aqui sete áreas nas quais uma igreja deveria focalizar sua atenção, na medida em que realmente se prepara para receber visitantes.
1. Cuide das suas instalações  -  Os visitantes observam, e começam a formar opinião a respeito da sua igreja nos primeiros minutos. Portanto:
- Pinte a igreja a cada cinco anos. Essa é uma excelente maneira de envolver pessoas num mutirão de “embelezamento” das suas instalações físicas.
- Redecore o interior da igreja a cada cinco anos. Preste atenção a pequenos detalhes; eles poderão fazer uma diferença significativa na percepção geral.
-  Mantenha a igreja o mais limpa possível.
-  Substitua tapetes e cortinas a cada dez anos.
2. Remodele seu berçário  -  Os pais da atualidade trazem consigo a expectativa de que o berçário de uma igreja seja comparável ao quarto do seu bebê em casa. Eles esperam que ele seja dotado da mesma qualidade da creche aonde enviam seus filhos.
PARA RECEBER CONVIDADOS…
- Redecore o berçário a cada três anos (pelo menos).
-   Desinfete o berçário toda semana.
-   Ofereça treinamento apropriado às pessoas que trabalham no berçário.
-   Por uma questão de familiaridade, mantenha tanto quanto possível as mesmas pessoas no ministério do berçário.
-   Ofereça segurança aos pais.
3. Ofereça clara direção aos visitantes  -  Há alguns anos o parque da Disney, na Califórnia, informou ao público em geral que a pergunta mais freqüentemente formulada pelos visitantes do parque é esta: “Onde fica o banheiro?” Pois seus visitantes também necessitam de direção em áreas-chaves, como berçário, banheiro, salas etc.
PARA RECEBER CONVIDADOS…
- Prepare um pequeno mapa das suas instalações, dando as coordenadas a fim de serem rapidamente compreendidas pelos visitantes.
-  Posicione sinais visíveis a nível dos olhos, apontando para a relevante ação da igreja.
- Treine hospedeiros para saudar e direcionar visitantes a importantes áreas.
4. Receba e dê boas-vindas aos convidados com um sorriso no rosto, e franca cordialidade.  Uma loja que se tem destacado por seus gestos simples de cordialidade é a cadeia de lojas Wal Mart. Li recentemente que a Wal Mart já está em grandes centros no Brasil, e pretende se expandir até capitais menores. Uma característica interessante de todas as lojas da Wal Mart é a maneira graciosa e cordial de atendimento nos primeiros 5 segundos da entrada do cliente naquela loja. A Wal Mart compreendeu aquilo que igrejas ainda sentem uma enorme dificuldade de entender: as pessoas decidem voltar para uma segunda visita nos primeiros minutos de atendimento.
PARA RECEBER CONVIDADOS…
- Comece pelo estacionamento. Dê calorosas e positivas boas-vindas às pessoas que estão estacionando seu carro no estacionamento (caso a igreja tenha estacionamento).
- Estenda uma calorosa saudação aos visitantes, à medida que eles estejam se aproximando do prédio da igreja, mediante bem treinados atendentes.
- Providencie relevantes informações sobre a igreja por meio de um atraente e acessível “balcão de informações”, ou “centro de recepção”.
- Estabeleça significativas conexões entre novos visitantes e as pessoas da igreja, ao apresentar a estas esses novos convidados.
- Providencie para os visitantes um pequeno lanche composto de café, bolo e refrigerante, num lugar a eles reservado. Nesse lugar eles deverão ter um encontro informal com o pastor e sua esposa.
- Certifique-se de estar oferecendo ao visitante um confortável lugar na igreja.
5. Aprimore seu culto  -  As pessoas na sociedade atual estão cada vez mais sintonizadas com programas mais organizados e bem planejados. Apesar de termos uma clara compreensão de que o culto é muito mais do que uma apresentação ou uma mera performance, a realidade é que ele precisa ser muito bem preparado, a fim de assegurar o retorno do visitante. (Mais sobre este assunto no tópico “Aprimorando o seu culto”, que pode ser acessado nesta mesma seção do site.)
PARA RECEBER CONVIDADOS…
- Construa seu culto ao redor de um tema específico.
- Permita participação dos adoradores.
- Crie um senso de fluxo no culto
- Acelere o compasso.
- Elimine “espaços mortos”.
- Use variedade.
- Valha-se da criatividade.
6. Pregue mensagens relacionais  -  À medida que vamos avançando no novo século aumentam dia a dia as doenças emocionais sobre as pessoas. Faz alguns anos uma jovem que eu havia casado tempos atrás me fez a seguinte afirmação: “Pastor, ao entrar na igreja toda bem adornada no meu vestido de noiva eu não tinha ideia da bagagem emocional que estava trazendo para meu casamento”. Famílias quebradas, pais e mães solteiros, situações de co-dependência de ordem física, mental, sexual, e abusos de substâncias químicas criaram uma geração de gente ferida. Tanto visitantes como participantes regulares da igreja não precisam ser espancados pelo púlpito; eles necessitam é de encorajamento, aceitação, vitalidade e esperança, que só o Evangelho pode oferecer.
PARA RECEBER CONVIDADOS…

-  Compreenda as necessidades das pessoas.
-  Providencie respostas bíblicas para as necessidades delas.
- Ilustre sua mensagem partindo da vida real e à luz dos nossos dias.
- Conte histórias de pessoas que tiveram necessidades semelhantes e encontraram respostas em Jesus Cristo.
- Remova obstáculos físicos, como grandes púlpitos e móveis obsoletos.
- Compartilhe sua própria vida.
- Use humor.
7. Faça um acompanhamento apropriado  -  Tradicionalmente igrejas faziam acompanhamento a visitantes enviando uma carta assinada pelo pastor, seguida de uma visita do próprio pastor ou de membros da igreja. No entanto, com o aumento da criminalidade e com a dificuldade das pessoas em abrir imediatamente a sua casa, as dificuldades de acompanhamento aumentaram.
PARA RECEBER CONVIDADOS…
- Expresse sua amizade mediante uma ligação telefônica.
-  Agradeça a cada convidado por intermédio de um pequeno cartão. Evite a impessoalidade de uma carta.
-  Informe os visitantes sobre eventos que estão tomando lugar na igreja.
-  Peça a todos os visitantes de segunda vez que participem de um “café com bolo” na casa do pastor. Esse convite deve ser formulado mediante um convite especial, em dia e hora pré-determinados.
ENFRENTANDO AS ONDAS DAS MUDANÇAS
“ANDANDO SOBRE AS ÁGUAS”
E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mateus 14:29.
Algumas vezes as ondas causadas pelas mudanças são relativamente pequenas. Em outras ocasiões – dependendo do lugar – elas são tão poderosas que se torna praticamente impossível alguém suplantá-las. As ondas das mudanças se movimentam em nossas igrejas precisamos de um plano para que efetiva e eficientemente as dirigimos. Começar novos ministérios, reestruturar outros antigos ou eliminar certos programas anteriores é difícil, em qualquer situação; a onda pode se tornar grande demais para ser ultrapassada na igreja. Os dez passos que são compartilhado são ideias e sugestões que já foram usadas por pessoas que enfrentaram essas ondas. Esses passos puderam minimizar em muito seu impacto, trazendo calmaria, e um novo e determinado olhar para o futuro.
Passo 1: Abençoe o Passado.  A não ser que você seja o plantador da igreja, você – irremediavelmente – estará construindo sobre o fundamento de outros. Foi o compromisso, sacrifício e amor deles pelo Senhor que tornou possível a existência da sua igreja e o lugar que hoje ela ocupa. Sempre respeite e honre os líderes que serviram com fidelidade.
Passo 2: Afirme os ministérios anteriores.  Procure descobrir quais foram os ministérios que se tornaram legendários na história da sua igreja e afirme-os juntamente com as pessoas que serviram dentro deles. Isso é particularmente importante, principalmente se você está planejando reestruturá-lo ou substituí-lo.
Passo 3: Dê ênfase a princípios, e não a métodos.  Saliente os princípios que formaram as bases e os alicerces dos ministérios do passado. Pense detidamente em cada ministério que precisa ser mudado e identifique os princípios bíblicos que os validaram. Ensine e pregue esses valores e princípios que atravessaram o tempo e permanecem válidos até os dias de hoje.
Passo 4: Apresente mudança como uma extensão de ministérios do passado.  Apresente a sua nova abordagem de ministério como uma “extensão” de um ministério anterior. Por exemplo: se você deseja iniciar um novo culto, focalize-se no fato de que você está expandindo o seu presente culto de tal maneira que agora irá alcançar um número maior de pessoas.
Passo 5: Ilustre como a mudança traz consigo os valores de um ministério do passado.  Numa certa igreja bastante tradicional o novo líder quis mudar a reunião de oração do meio da semana para um ministério de grupos pequenos. A liderança ajudou o povo a compreender que o objetivo da reunião do meio de semana era o de orar. A liderança argumentou ainda que um número maior de pessoas estariam orando se vários grupos pequenos estivessem reunidos em horários diferentes durante a semana. A igreja, como resposta, concordou em fazer uma experiência neste sentido.
Passo 6: Assegure às pessoas que você estará implementando princípios bíblicos.  Invista tempo em instruir as pessoas de tal maneira que elas possam compreender que é a “forma” de ministério que está mudando, e não a “fundação”. Enfatize os princípios bíblicos mais que os estilos do passado, fazendo uma ponte de explicação sobre como as formas mais recentes de fazer ministério contêm os mesmos velhos princípios.
Passo  7: Ouça e Ame.  Líderes precisam dar às pessoas o tempo necessário para que elas possam compartilhar seus sentimentos, extravasar suas frustrações e se tornar familiarizadas com os novos estilos de ministério. É sábio prover pequenos fóruns reunindo grupos pequenos de cada vez, onde essas pessoas possam fazer perguntas, em lugar de uma reunião envolvendo toda uma assembleia geral de igreja.
Passo  8: Comunique o fato de que as tradições são muito mais honradas e valorizadas quando incorporadas em novos ministérios.  Existem tradições mortas e tradições vivas. As mortas continuam a ser lembradas com muito pouco ou nenhum impacto na vida das pessoas. As tradições vivas continuam, ao prover as razões históricas para ministérios que estão sendo realizados hoje. As melhores tradições são aquelas que apontam para o futuro mediante eficientes e produtivos ministérios que alcançam as pessoas com a gloriosa presença do Evangelho.
Passo: 9: Seja Paciente. Compreenda que são necessários de 5 a 7 anos, e em alguns casos até mais, para levar uma igreja arraigada em suas tradições do passado a uma nova direção no futuro.
Passo  10: Persevere e confie em Deus porque é ele que muda mente e corações.  À medida que amamos a Deus e servimos seu povo, ele irá nos ajudar a implementar as mudanças para um eficiente e gratificante ministério.

FIM

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