FACULDADE
DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS
HOJE
CURSO
LIVRE
PERÍODO
INTERBÍBLICO
EVANGELHOS SINOPTICOS
E
ATOS DOS APOSTOLOS
PERÍODO
INTERBÍBLICO EVANGELHOS SINOPTICOS
E ATOS DOS APOSTOLOS
DEFINIÇÃO:
Trata do período
de eventos que ocorreram entre o fim do A . T. e o início do N.T.
As datas são de
424 a. C. até 5 a. C.
a- As históricas
razões – explicam o fundo histórico do N. T.
b- Culturais -
explica a origem e desenvolvimento dos costumes, instituições e vida espiritual
do povo judaico do período do N. Testamento.
c- Messiânico -
demonstra como Deus preparou o mundo para o Advento .
AS DIVISÕES DO
PERÍODO INTERBIBLICO
Entre as datas
marcadas para nosso estudo muitos eventos passaram que não teremos oportunidade
de reconhecer. Nós daremos atenção especial ao fim do A.T., os tempos de
Alexandre, as guerras dos macabeus e Herodes.
SÃO ELES:
PERÍODO PERSA
PERÍODO GREGO
PERÍODO GREGO EGÍPCIO
PERÍODO GREGO SÍRIO
PERÍODO MACABEU
PERÍODO ROMANO
a- Os cativeiros
1- Depois de um
longo período de apostasia, o Reino do Norte foi conquistado e levado para o
cativeiro pelos assírios em 721 a . C.
2- O Reino do
Sul recebeu tratamento semelhante ás mãos dos babilônios sob Nabucodonosor em
586 a. C.
b- As
restaurações :
1- Cerca de
50.000 exílios cerca do ano 536 foram permitidos por Ciro voltar a Palestina
com Zorobabel (Esdras 1:6)
2- Os eventos do
livro de Ester passaram na Pérsia cerca do ano 483
3- Esdras, um
escriba, chegou em Jerusalém cerca do ano 457, promoveu várias reformas civis e
religiosas (Esdras.7:10).
4- Neemias e
seus companheiros chegaram na Palestina cerca de 445 a. C.
5- Malaquias
dirigiu seus ministério num período de decadência espiritual cerca de 432-424,
ele marcou o fim do A . T.
O PERÍODO
PÉRSICO - Ao encerrar-se o A.T. lá pelo ano 430 a.C., a Judéia era uma
província da Pérsia . Esta havia sido potência mundial por uns 100 anos.
Continuou a sê-la por outros 100 anos, durante os quais não se conhece muito
acerca da história judaica. O domínio pérsico , na sua maior parte , foi brando
e tolerante, gozando os judeus de considerável liberdade.Os reis persas desse
período foram:
Artaxerxes I,
464 – 423. Sob seu governo, Neemias reconstruiu Jerusalém.
Xerxes II, 423 a
. C. Dario II, 423- 404 a.C. Artaxerxes II (Mnemom), 404 – 359 a.
C. Dario III
(Codomano), 335-331 a.C. Sob o governo deste o império pérsico caiu.
CARACTERÍSTICAS
DO PERÍODO PERSA
1- Decadência
espiritual vista em Ageu e Malaquias.
2-
Desenvolvimento do poder do sumo sacerdote
Após Neemias ,
Judéia foi incluída na província da Síria . Assim o Sumo Sacerdote se tornou
governador da Judéia e autoridade da Síria.
3- Os inícios do
Escribismo com um interesse exagerado na Letra da Lei.
O PERÍODO GREGO
A história do
Antigo Testamento se encerrou com o cativeiro que a Assíria impôs ao reino do
norte, Israel , com o subsequente cativeiro babilônico do reino do sul, Judá ,
e com o regresso , a Palestina , de parte dos exilados, quando da hegemonia
persa nos séculos VI e V .C. Os quatro séculos entre o final da história do
Novo Testamento compreendem o período intertestamentário. (ocasionalmente
chamados “os quatrocentos anos de silêncio”, devido ao hiato, nos registros
bíblicos , e ao silenciamento da voz profética). Durante esse hiato é que
Alexandre o Grande se tornou senhor do antigo Oriente Médio, ao infligir
sucessivas derrotas aos persas
OS TEMPOS E
SIGNIFICÂNCIA
DE ALEXANDRE O
GRANDE
a- A origem de
Alexandre
1- Felipe de
Macedom uniu os estados gregos para expulsar os persas da Ásia Menor. Morreu
assassinado durante uma festa . ( 337 a . C.)
2- Alexandre seu
filho, de grande capacidade de liderança, educado sob o famoso Aristóteles, era
devotado a cultura grega. Tirou sua inspiração da ilíada de Homero.
b- As conquistas
de Alexandre
1- Após o domínio
da Grécia penetrou a Pérsia, império 50 vezes maior, com população 20 vezes a
da Grécia.
2- Em 334,
penetrou na Ásia Menor vencendo o exército persa no Rio Grânico, perto de
Troade.
3- Em pouco
tempo com apenas a idade de 22 anos, conquistou a Sardo, Mileto, Éfeso e
Halicarnaso, estabelecendo em cada cidade a democracia grega.
4- Em 333 a.C.
foi ao encontro de Dario na Batalha de Isso, a qual ganhou.
5- Daí foi sem
grande resistência até o Egito que também o dominou.
6- Em 332 cercou
a Tiro, que tomou antes de descer ao Egito.
7- Venceu Dario
decisivamente na batalha de Arbela em 331a.C. dando fim ao grande império
Persa.
8- Continuou
suas conquistas até o rio Indo.
9- Morreu com
apenas 33 anos com suas forças dissipadas pelo álcool e malária. No ano 323
morreu com a bebida (vinho)
10- Fundou 70
cidades, moldando-as conforme o estilo grego. Ele e os seus soldados contrairam
matrimônio com mulheres orientais. E assim foram misturadas as culturas grega e
oriental.
11- Antes do
falecimento de Alexandre, (323a.C.) seus principais generais dividiram o
império em quatro porções , duas das quais são importante no pano-defundo do
desenvolvimento histórico do Novo Testamento, a porção do Ptolomeus e a dos
Selêucidas. O império dos Ptolomeus centralizava-se no Egito, tendo Alexandria
por capital. A dinastia governante naquela fatia do império veio a ser
conhecida como os Ptolomeus . Cleópatra , que morreu no ano 30 a .C. foi o
último membro da dinastias dos Ptolomeus.
O império
selêucida tinha por centro a centro a Síria, e Antioquia era a sua capital .
Alguns dentre a casa ali reinante receberam o apelido de Seleuco, mas diversos
outros forma chamados Antioco. Quando Pompeu tornou a Síria em província
romana, em 64 a .C. chegou ao fim o império selêucida .
12- A Palestina
tornou-se vítima das rivalidades entre os Ptolomeus e os Selêucidas. A
princípio os Ptolomeus dominaram a Palestina por cento e vinte dois anos
(320-198 a.C.) O judeus gozaram de boas condições durante este período. De
acordo com um antiga tradição, foi sob Ptolomeu Filadelfo (285-246 a .C) que
setenta e dois eruditos judeus começaram a tradução do Antigo Testamento
hebraico para o grego, versão essa que se chamou Septuaginta
c- A influência
de Alexandre:
1- Sua
influência foi muito grande por causa de sua extensão e permanência.
2- Estabeleceu
centro de comércio e cultura em toda a extensão do seu império.
3- Com a
penetração da cultura grega, a superstição oriental cedeu a liberdade do
pensamento grego na filosofia, arquitetura, deuses , e religião e atletismo
(primeira olímpiada, 776 a.C.) Surgiram bibliotecas e universidades em
Alexandria e Tarso como em outros lugares. Preparou-se assim o campo para
religião universal.
4- De grande
importância foi a disseminação da língua grega, criando a possibilidade de
pregação do evangelho duma língua universal e a criação duma Bíblia legível em
toda a extensão da bacia do Mediterrâneo.
A - Eventos
relacionados com Alexandre e com Antíoco:
1- Após a morte
de Alexandre , começou a luta para o controle do império.
2- Em 301 a.C.
na batalha de Ipso a divisão efetuou-se em quatro partes.
3- Egito e
Palestina ficaram com Ptolomeu Soter (lagos) e a Síria do Norte e Ásia Menor
com Seleuco.
4- Os Ptolomeus
dominaram a Palestina até 198 quando os sírios com Seleuco anexaram a Terra
Santa ao seu domínio.
5- Antíoco, o Grande
(III) que conquistou a Palestina morreu , foi seguido pelo seu filho Seleuco
Filopater (187–175) que foi envenenado abrindo caminho para a sucessão de seu
irmão Antíoco Epifânio (IV).
OS ATOS DE
ANTÍOCO EPIFÂNIO (175 – 164)
1- Epifânio
(nome que deu a si mesmo) significa “deus manifesto”
2- O sumo
sacerdote, Onias III, liderou os nacionalistas, Jasom, seu irmão dirigiu os
helenistas. Jasom ofereceu grande soma de dinheiro a Antíoco por ser apontado
sumo sacerdote no lugar do seu irmão. Prometeu também helenizar a Jerusalém.
Quando assim foi apontado, tornou o povo cidadãos da capital da Síria,
Antioquia, erigiu um ginásio grego logo em baixo o templo, os jovens judeus
começaram tomar parte nos jogos gregos. Jasom criou um altar, até mandou
ofertas as festas de Hércules em Tiro. Os nacionalistas são os antecedentes dos
Fariseus, helenistas dos saduceus.
3- Antíoco fez
várias expedições para o Egito. Numa delas ouve rumores de sua morte que
provocou grande regozijo entre os judeus. Ao ouvir isto, Antíoco massacrou
40.000 judeus num só dia. Muitos judeus foram escravizados e o templo roubado.
4- Numa campanha
seguinte, os romanos forçaram sua desistência no Egito. Na sua grande ira
derramou-a sobre Jerusalém. No Sábado matou muitos, escravizou outros, destruiu
partes da cidade. Mandou erradicar a religião judaica. Quem possuía cópia da
lei ou tivesse circuncidado a criança seria morto. Finalmente converteu o
templo em templo de Zeus, profanou o Templo , em cujo altar , ofereceu uma
porca em sacrifício, destruiu cópias das Escrituras , vendeu milhares de judias
para o cativeiro, e recorreu a toda espécie imaginável de tortura para forçar
os judeus a renunciar sua religião. Isso deu ocasião a revolta dos Macabeus,
umas das mais heróicas façanhas da história.
A REVOLTA DOS
MACABEUS (167–63a.C)
1- A revolta
começou com Matatias, sacerdote em Modim (167). Período de Independência,
também chamado de Hasmoneano. Matatias, era sacerdote patriota e de imensa
coragem, furioso com a tentativa de Antioco Epifânio de destruir os judeus e
sua religião, reuniu um bando de leais compatriotas e defraudou a bandeira da
revolta. Essa revolta teve inicio quando Matatias , sendo obrigado por um
agente de Antioco para oferecer um sacrifício pagão, este recusou matando-o, e
fugiu na companhia dos cinco filhos, para uma Região Montanhosa. Seus filhos
eram: Judas, Jônatas, Simão , João e Eleazar. Essa familia era chamada de
Hasmoneanos, por causa de Hasmom , bisavô de Matatias, ou de Macabeus,devido ao
apelido Macabeu (Martelo) conferido a Judas, um dos filhos de Matatias.
2- Judas Macabeu
encabeçou uma campanha de guerrilhas de extraordinário sucesso, até que os
judeus se viram capazes de derrotar os sírios em campo de batalha regular. A
revolta dos Macabeus, entretanto , foi também uma guerra civil deflagrada entre
os judeus pró-helenistas e anti – helenistas .
3- Judas entrou
em Jerusalém e reedificou o templo , os judeus recuperaram a liberdade
religiosa, foi esta a origem da Festa da Dedicação (João.10:22) , entre 165 e
164a.C.
4- Significância
da opressão síria e revolta dos macabeus:
a- Restaurou a
nação da decadência política e religiosa.
b- Criou um
espiríto nacionalista, uniu a nação e suscitou virilidade.
c- Deu um novo
impulso ao judaismo, novo zelo pela lei e esperança messiânica.
5- Intensificou
o desenvolvimentos dos dois movimentos que se tornaram os Fariseus e os
Saduceus.
a- Os Fariseus
surgiram do grupo purista e nacionalista.
b- Os Saduceus
surgiram do grupo que se aliou com os helenistas.
6- Deu maior
ímpeto ao movimento da dispersão com muitos judeus querendo se ausentar durante
as terríveis perseguições de Antioco.
PERÍODO ROMANO –
(63a.C.)
1- Eventos que
relacionaram os dias dos macabeus com o tempo de Herodes:
a- Os irmãos de
Judas, Jônatas e Simão sucessivamente lideraram o povo após a morte de Judas
b- Os
descendentes dos macabeus continuaram no poder até o ano 63 a.C. quando os
romanos tomaram o poder.
c- A junção do
poder civil com sumo sacerdócio provocou uma decadência espiritual. A luta pelo
poder tirou a devoção a Jeová.
2- Antecedentes
na vida de Herodes.
a- Antipater, um
idumeu (descendente de Edom, ou Esaú, conseguiu lugar de destaque com os
romanos.
b- Como
procurador judeu, colocou seu filho Herodes como tetrarca de Galiléia.
c- Herodes
mostrou grande zelo no seu governo, erradicando os bandidos que tinham
infiltrado a Galiléia.
d- Com a morte
de Antipater (40a.C.) conseguiu de Cesar ser apontado rei de Judeia.
e- Com a invasão
de Jerusalém e a morte de Antigono, ultimo descendente dos macabeus, Herodes
começou a reinar no ano 37 a.C.
3- Três períodos
no reinado de Herodes
a- Os primeiros
12 anos (37-25) foram gastos na luta pelo poder .
b- Os segundos
12 anos (25–13) foram seus melhores anos.
c- Os últimos 9
anos (13–4) se caracterizaram pela crueldade e amargura (assassinou a duas de
suas esposas e pelo menos a três de seus próprios filhos. Foi este Herodes que
governava Judá quando Jesus nasceu, e que trucidou os meninos de Belém.
d- Herodes
morreu de hidropsia e câncer nos intestinos, em 4 a.C.
4- Os sucessos
de Herodes
a- Uso de muito
tato na sua tentativa de helenizar os judeus, que Antíoco Epifania.
b- Com
espetáculos, jogos, etc, ganhou a lealdade dos jovens judeus que se tornaram os
herodianos.
c- Aumentou a
fortaleza de Jerusalém denominada “Antonia”
d- Edificou a
Cesareia
e- Entre seus
muitos projetos de edificação, sua maior contribuição para os judeus, foi o
embelezamento do templo de Jerusalém, Isso não expressava sua participação na
fé judaica (ele não acreditava nela) mas foi uma tentativa de conciliar seus
súditos. O templo de Jerusalém, decorado com mármore branco, ouro e pedras
preciosas, tornou-se proverbial devido ao seu esplendor: Quem Jamais viu o
templo de Herodes nunca viu o belo”.
5- Herodes e a
vinda de Cristo.
a- Ele foi parte
do governo romano que preparou o contexto da vinda de Cristo.
b- Foi rei
governante quando Cristo nasceu.
AS SEITAS
JUDAICAS
1- Os fariseus
a- Seus
antecedentes eram os reformadores dos tempos de Esdras e Neemias.
b- Quando
Matatias revoltou-se contra os esforços de Antioco, os Hasidim “os piedosos” o
apoiaram e se ligaram a ele.
c- Mais tarde os
Hasidim foram denominados perushim “os separados”.
2-Os Saduceus
a- O nome
possivelmente vem de Zadoque, o sumo sacerdote dos tempos de Davi (2 Sam.8:17,15:24)
b- Eles aparecem
na história na mesma época que os fariseus.
c- Enquanto os
fariseus eram nacionalistas, a tendência dos saduceus era na direção da
filosofia grega com a cultura grega.
d- Sendo eles um
partido político de tendências sacerdotais e aristocráticas, tinham pouca
influência com o povo comum.
3- Uma comparação entre Fariseus e Saduceus:
Fariseus:
a- Constituíram
o núcleo da aristocracia religiosa e acadêmica.
b- Ensinavam que
a alma era imortal, que havia uma ressurreição corporal e julgamento futuro com
galardão ou castigo.
c- Acreditavam
na existência de anjos e espíritos bons e maus.
d-
Predestinatarios, mas aceitaram que o homem tinha livre arbítrio e responsável
moralmente.
e- Coordenaram a
tradição e a Lei escrita numa massa de regras de fé e a prática evoluindo com
os tempos.
Saduceus:
a- Constituíram
o núcleo da aristocracia sacerdotal, política e social.
b- Ensinaram que
não há nem galardão nem castigo.
c- Negaram a
existência de espíritos e anjos.
d- Enfatizaram a
liberdade da vontade humana, rejeitando o determinismo e o azar.
e- Mantinham que
a Torah era única fonte infalível de fé e prática.
5- Os Essênios
a- Não
mencionados no N.T. mas Filo disse que havia 4.000 ou mais.
b- Eram uma
seita ascética com sede na beira ocidental do mar morto.
c- Pensa-se que
houve muitos deles nas vilas e cidades da Palestina.
d- Seguiram, o
conceito de comunidade de bens, abstinência , meditação, trabalho zeloso e o
celibato.
6- Os Herodianos
a- Eram partido
político não religioso .
b- Esperaram que
Herodes cumprisse a realização da esperança da nação.
7- Os Zelotes
a- Legalistas,
pietistas, messianistas nacionalistas, intolerantes dos judeus impiedosos e de
Israel na subjugação aos romanos.
A ESPERANÇA
MESSIÂNICA DOS JUDEUS
1- O surgimento
no período interbíblico
a- Na época da
restauração - Com o desaparecimento dos profetas houve pouca ênfase na
esperança messiânica. O interesse do povo era a observação da lei (Ne.
8:1-3,9:13-16).
2- Na época dos
macabeus
a- A perseguição
intensa inspirou a esperança dum líder super- humano.
b- Especialmente
após a tomada de Jerusalém pelos romanos em 63 a.C., encontramos o
ressurgimento da esperança messiânica
3- Na época do
nascimento de Cristo
a- É fato
conhecido que quando Cristo veio houve uma larga expectativa da vinda do Messias,
especialmente com a morte de Herodes, o Grande.
b- Mesmo
pensadores gentios como Tácito e Suetonio manifestam esta esperança de alguém
surgir dentre os judeus.
4- A ideia
básica
a- Geralmente os
judeus buscavam que os resgatasse um Rei que levantaria um reino eterno e
julgaria os maus. Esperavam a salvação de Israel, não dos gentios.
c- Esperavam
alguém mais do que mero homem denominando-o de “O santo e Poderoso”, “Messias
“, etc. Pode ser que pensavam nele com um anjo poderoso que viesse agir sobrenaturalmente.
5- Uma opinião
de minoria
a- Alguns poucos
judeus esperavam um messias sofredor.
b- Eram homens
espirituais que procuravam nas Escrituras a verdade.
c- Nota-se
homens como Simeão, Natanael, João Batista e Ana.
O ADVENTO DE
CRISTO
1- Neste período
de silêncio, o mundo foi preparado para a vinda de Cristo através de
vários povos. O
apóstolo Paulo escreveu em Gl.4:4 “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus
enviou seu filho”. Marcos afirmou o mesmo, dizendo: “O tempo está cumprido e o reino
de Deus está próximo” Mc.1:15. É interessante notar a preparação do mundo para
a primeira vinda de Cristo e as contribuições dos três grande povos daquela
época. Verdadeiramente, Cristo veio na plenitude dos tempos.
2- Elementos na
preparação para a vinda de Cristo: Judaicos
a- Um povo
divinamente preparado
b- Um povo
escolhido para ser testemunha entre as nações
c- Escrituras
proféticas predizendo a vinda do Messias
d- A dispersão
dos judeus em todo o mundo conhecido
e- Sinagoga onde
se estudava as Escrituras que forneceriam local para a pregação do evangelho
f- Proselitismo
que trouxe muitos gentios para o judaísmo
g- Era o povo do
Livro, Interessado na prática da religião e na busca da salvação
h- Uma esperança
da vinda do Messias foi oferecida pelos judeus a um mundo de religiões pagãs.
Também o judaísmo ofereceu, pela parte moral da Lei Judaica, o sistema de ética
mais puro do mundo. Mas o mais importante é que os judeus prepararam o caminho
para vinda de Cristo pelo fornecimento de um Livro Sagrado, o Velho Testamento.
3- Elementos
Gregos:
a- A filosofia
grega que se aproximava do monoteísmo, tendência para a imortalidade, ênfase
sobre a consciência e dignidade humana e liberalismo de pensamento.
b- A língua
grega, tradução do A. Testamento, para a pregação do evangelho e a escrita do
N.T. junto com os termos adotados por Paulo e outro pregadores do Novo
Testamento para explicar o evangelho. No primeiro século os romanos cultos
conheciam grego e também latim. O dialeto grego usado no quinto século a.C, na
época da glória de Atenas, tornou-se o dialeto “Koiné” (comum) do primeiro
século. O dialeto da literatura clássica de Atenas foi modificado e enriquecido
pelas mudanças que sofreu nas conquistas de Alexandre Magno no período entre
338 e 146 a.C. O NT. Foi escrito nesse dialeto vulgar (comum).
c- A cultura
helenística em geral com seu espírito cosmopolita, transcendendo as barreiras,
o judeu helenizado que serviria como ponte entre o judeu e gentio e a busca da
salvação do mundo romano.
d- Por um lado a
filosofia grega deu uma contribuição positiva, mostrando o melhor que o homem
pode fazer na busca de Deus pelo intelecto, por outro contribuiu negativamente,
pois, nunca deu uma satisfação aos corações e nunca conduziu o homem a um Deus
pessoal.
4- Elementos romanos
– Contribuição política:
a- Cristo veio
ao mundo época do Império Romano. Todo o mundo ficou sob um governo único, uma
lei universal, era possível obter cidadania romana, ainda que a pessoa não
fosse romana. O império Romano mostrou as tendência de unificar os povos de
raças diferentes numa organização política.
b- Havia paz na
terra quando Cristo nasceu. Os soldados romanos asseguravam a paz nas estradas
da Ásia, África e Europa.
c- Construíram
excelentes estradas ligando Roma a todas as partes do Império. As estradas
principais foram construídas de concreto. As estradas romanas e as cidades
estratégicas localizadas nos caminhos eram indispensáveis a evangelização do
mundo no primeiro século.
5- Resumo dos
elementos:
Na plenitude dos
tempos, quando a maior parte do mundo ficou sob uma lei e um governo, e todo o
mundo falou a mesma língua diariamente, Cristo veio, cumprindo as profecias e
especialmente Jerusalém, localizava-se onde as estradas atravessavam ligando os
continentes da Ásia e África com Europa..
OS EVANGELHOS
Introdução: Os
três primeiros evangelhos foram pela primeira vez chamados “evangelhos
sinóticos” por J.J. Griesbach, um estudioso da Bíblia de nacionalidade alemã,
no final do século XVIII. O adjetivo “sinótico” vem do grego (synopsis), que
significa “ver em conjunto”. Griesbach escolheu a palavra devido ao alto grau
de semelhanças entre Mateus, Marcos e Lucas em suas apresentações do ministério
de Jesus. Essas semelhanças, que envolvem estrutura, conteúdo e enfoque, são
visíveis mesmo ao leitor desatento. Elas servem não apenas para unir os três
primeiros evangelhos, mas também para separa-los do evangelho de João, que tem
um propósito especial e apresenta material que não se encontra nos demais
evangelhos. Mateus, Marcos e Lucas estruturam o ministério de Jesus de acordo
com uma sequência geográfica geral: ministério da Galiléia, retirada para o
norte (tendo por clímax e ponto de transição de Pedro), ministério na Judéia e
Peréia quando Jesus se dirigia para Jerusalém (algo não tão claro em Lucas) e o
ministério final em Jerusalém. Essa sequência está praticamente ausente em
João, evangelho que se concentra no ministério de Jesus em Jerusalém durante as
visitas que periodicamente fazia a cidade. Quanto ao conteúdo, os três
primeiros evangelistas narram muitos dos mesmos acontecimentos, concentrando-se
nas curas, exorcismos e ensinos por meio de parábolas realizados por Jesus.
João, embora narre algumas curas significativas, não traz qualquer relato de
exorcismo nem parábolas (pelo menos das do tipo encontrado em Mateus, Marcos e
Lucas).
Além disso,
muitos dos acontecimentos que consideramos característicos dos três primeiros
evangelhos estão ausentes em João:
O envio dos
Doze, a transfiguração, o sermão profético, a narrativa da última ceia. Ao
apresentarem Jesus constantemente em atividade e ao sobreporem ações -
especialmente milagres – e ensinos (geralmente) curtos, os primeiros três
evangelistas criam um clima de ação intensa e ininterrupta. Isso contrasta
claramente com o clima mais contemplativo de João, que narra bem menos
acontecimentos do que evangelistas Sinópticos e prefere apresentar Jesus
fazendo longas dissertações em vez de parábolas curtas ou declarações breves e
expressivas. A evolução dos Evangelhos Sinópticos: Como os evangelhos
Sinópticos foram escritos? Como os autores obtiveram as informações que
utilizaram sobre Jesus ? Porque os três relatos são parecidos em tantos lugares
e tão diferentes em outros? Qual foi o papel dos próprios evangelistas –
registrar a tradição? Autores com um ponto de vista próprio? E, para trazer a
tona a questão maior que se oculta por trás de todas as demais – por que quatro
evangelhos?
Tais perguntas e
outras semelhantes tem sido a preocupação de cristãos zelosos desde o inicio da
igreja. Um cristão do século II, Taciano, combinou os quatro evangelhos em seu
Diatessaron,Agostinho escreveu um tratado intitulado A Harmonia do Evangelhos.
Os estudiosos,
no entanto, tem se debruçado mais profundamente sobre essas questões desde o
surgimento da crítica bíblica modernas em fins do século XVIII.
OBSERVAÇÃO: PARA
UM ESTUDO MAIS PROFUNDO
, SOBRE OS SINÓPTICOS E AS CRÍTICAS: DA FORMA,
FONTE, REDAÇÃO E LITERÁRIA; CONSULTAR O LIVRO: INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO (D.A
. CARSON, DOUGLAS J. MOO, LEON MORRIS – ED. VIDA NOVA) OS QUATRO EVANGELHOS
Os livros que
denominamos de evangelhos estabeleceram uma nova modalidade de literatura
quando foram escritos. Diferentes das verdadeiras biografias, falta-lhes pano
de fundo histórico contemporâneo, análise de caráter e personalidade e
sondagens dos pensamentos íntimos do herói. Os evangelhos também não se parecem
com as narrativas de milagres dos helenistas, nas quais os atos reais ou
supostos de antigos operadores de milagres eram celebrados – há muito mais que
a narração de milagres nos evangelhos. Por igual modo, os evangelhos não nos
apresentam simples memórias. Antes, são proclamações escritas da história da
redenção, de acordo com perspectivas teológicas.
MATEUS:
EVANGELHO DO MESSIAS
AUTORIA: 1- O
evangelho não menciona seu autor. Todavia, desde os primitivos pais da Igreja,
a começar de Papias (discípulo de João), admitiu-se que esse autor foi o
Apóstolo Mateus.
2- A negação da
autoria de Mateus é um acontecimento moderno surgindo na escola crítica da
Bíblia. Quase todos os eruditos fora os evangélicos negam que Mateus escreveu
este evangelho . A erudição moderna nega que o apóstolo Mateus tenha escrito o
evangelho que traz seu nome. Aceitando a equação das logias de Papias com o
documento Q, alguns têm sugerido que Mateus escreveu o documento Q, e que o seu
nome equivocadamente foi vinculado ao primeiro evangelho (na ordem em que
aprecem os livros do cânon), porquanto o autor desconhecido do primeiro
evangelho muito se utilizou do documento Q. Existem evidências que favorecem a
autoria de Mateus:
EVIDÊNCIA
EXTERNA:
a- O mesmo
Papias (80–155DC.) que disse que Marcos registrou as reminiscências de Pedro
também disse que Mateus escreveu as Logias (termo grego que significa
“declarações, oráculos”). Em hebraico e aramaico, que outros iam traduzindo
conforme eram capazes.
b- Não parece
que Papias se refere ao Evangelho de Mateus.
c- Provavelmente
ele fala duma coleção preliminar dos ditados de Cristo que mais tarde foram
traduzidos e incorporados ao Evangelho de Mateus.
d- Alguns tem
imaginado que as logias aludidas por Papias se referem ao documento Q (A
designação Q usualmente é vinculada ao vocábulo alemão Quelle, que significa
“fonte”).
e - Aceitando a
equação das logias de Papias com o documento Q, alguns tem sugerido que Mateus
realmente escreveu o documento Q, e que o seu nome equivocadamente foi vinculado
ao primeiro evangelho (na ordem em que aparecem os livros do cânon), porquanto
o autor desconhecido do primeiro evangelho muito se utilizou do documento Q.
Porém se houve um documento Q, não existem razões adequadas para negar que
Mateus pode haver escrito ambas as obras, mormente se o documento Q era um
grupo de anotações.
f- Irineu (140 –
203 d.C.) disse: “Mateus também formou um evangelho escrito entre os hebreus na
sua própria língua”
g- Orígenes (185–253d.C.)
igualmente atribuiu este evangelho a Mateus junto com muitos outros pais da
Igreja.
EVIDÊNCIA
INTERNA CONFIRMA A EVIDÊNCIA EXTERNA:
b- O escritor
obviamente era judeu cristão.
c- O livro de
Mateus é distintamente judaico no seu caráter .
d- Contém 43
citações diretas do AT, mais do que qualquer outro evangelho.
e- Usa a
expressão “Reino dos céus” 33 vezes enquanto Lucas e João usam o “reino de
Deus”.
f- Usa a expressão
relativa a citações do AT, “Para que seja cumprido” dez vezes.
g- Usa a
expressão “Filho de Davi” oito vezes.
h- Há indicação
no uso de vocábulos para dinheiro que o autor teria sido um publicano, como:
usa tributo no lugar de denário ( Mt. 22:19 e Mc.12:15
i- Há mais
referência a dinheiro neste evangelho do que em qualquer outro.
O HOMEM MATEUS
a- Seu pai era
Alfeu (Mc. 2:14) mas não era irmão de Tiago (Mt. 10:3).
b- Tinha também
o nome de Levi (Mc. 2:14, Lc. 5:27). Talvez Mateus era seu nome cristão .
c- Era fiscal de
imposto perto de Cafarnaum, levando os impostos do comércio que cruzava o Mar
da Galiléia e que seguia grande caminho entre o Egito e Damasco.
d- Como fiscal
teria conhecido tanto grego como aramaico e tido boa cultura.
e- Depois de
aceitar o convite de seguir a Cristo fez um banquete para Jesus e os discípulos
(Mt. 9:9-13 , Mc.2:15)
DATA DA ESCRITA-
62 A 70 D.C.
Outras
sugestões:
a- Os críticos
mais antigos atribuiram datas bem tardes. Zahn 85 DC.
b- Cartledge dá
a data de Mateus 60 DC. E Marcos 50 DC.
c- Theissen
sugere a data 50 DC. Para a forma do evangelho presente. Ele pressupõe que
Mateus utilizou as Logias das quais Papias se refere na composição do Evangelho
em Grego. Assim ele atribui a data 45 dC para a composição da as Logias.
Argumentos para
uma data mais cedo:
a- O lugar de
Mateus no Canon do N.T. Ganhou esta posição porque os primitivos acharam que
foi o primeiro a ser composto. Os critérios para a ordem do evangelhos foram:
apostolicidade, data e origem.
b- A natureza do
primeiro Evangelho.
A igreja primitiva
era exclusivamente judaica (Atos.1:8) Pelas indicações o primeiro evangelho foi
composto com tal autoria em mente.
PROPÓSITO DO
EVANGELHO
O escopo e o
propósito do evangelho são indicados no primeiro versículo, é livro da geração
de Jesus Cristo, Filho de Davi, filho de Abraão. Esta declaração liga
imediatamente com duas das mais importantes alianças do Velho Testamento, a
Aliança davídica de soberania e aliança abraâmica da promessa (2
Sm.7:8-16;Heb.11:17-19).Para fornecer um elo necessário entre AT. e N.T. . Para
convencer os judeus que Jesus era o Messias prometido no AT. Irineu, Orígens e
Eusébio afirmam que este evangelho foi escrito para os judeus de fala grega em
volta de Antioquia. Para encorajar e edificar cristãos judeus passando pela
perseguição.
LUGAR DA ESCRITA:
A natureza
judaica do primeiro evangelho sugere que o mesmo foi escrito na Palestina ou
Síria, particularmente em Antioquia, para onde muitos dos originais discípulos
habitantes da Palestina(Atos.11:19,27).
DESTINATÁRIOS
Judeus da Síria
e Palestina.
TEMA
O evangelho de
Mateus é o evangelho do Messias e do novel novo povo de Deus, a Igreja, o qual,
pelo menos por enquanto , tem tomado o lugar da nação de Israel, no antigo
pacto. .
PECULIARIDADES
É evangelho para
judeus, Mateus retrata a Jesus como um novo maior Moisés. Sua ordem e arranjo
geralmente é cronológico, com grupos tópicos dentro dessa ordem. Grupos
sucessivos de dez. É didático em estilo e maneira de apresentar o seu material.
É notável pelos seus grandes discursos:
1- O Sermão da
Montanha (cap.5-7): Significado da verdadeira (interna) Retidão.
2- A Comissão
dos Doze (cap.10): Significado do Testemunho em Prol de Cristo(Perseguição e
Galardões).
3- As parábolas
(cap.13) Significado do Reino.
4- Sem qualquer
título geral (cap.18): Significado da Humildade e Perdão.
5- A denúncia contra
os Escribas e Fariseus (cap.23) e o Discurso do monte das Oliveiras,
frequentemente chamado “O pequeno Apocalipse” (cap.24 e 25): Significado da
Rejeição de Israel. Deus rejeitou a Israel, por haver a nação rejeitado a
Jesus, o Messias; ocorrerá um hiato de tempo , Jerusalém será destruída, as
nações serão evangelizadas, e então Cristo retornará .
6- A frase“ para
que cumprisse” aparece 10 vezes.
7- Era
organizado, usava agrupamentos de três , e de sete .Ex. divide a geanalogia de
Jesus em três porções (1:17), ele fornece três exemplos de reta conduta, três proibições
e três mandamentos (6:1–7:20). Etc.
8- Apresenta
Jesus como Messias – Rei Prometido – Renovo de Davi–Reino (55 vezes) Reino dos
céus (32 vezes) e Filho de Davi (7 vezes).
9- Era muito
importante para Mateus o fato de demonstrar que Jesus pertencia a descendência
de Abraão.
10-O pagamento
do imposto do templo por parte de Jesus (17:24-27), inexistente nos outros
evangelhos, e declarações feitas por Jesus revestidas de um sabor claramente
judaico por exemplo: Não fui enviado senão ás ovelhas perdidas da casa de
Israel (15:24).
UNIVERSALISMO
Ele encerra sua
narração com a Grande Comissão dirigida aos seguidores de Cristo, que ordena
fazerem discípulos de todas as nações (28:19-20). Na parábola do trigo e o joio
(13:38) ... o campo é o mundo. É o único dos evangelistas a utilizar-se do
termo “igreja”(16:18 e 18:17). É um evangelho cristão judaico, mas com uma
perspectiva universal.
ESBOÇO
1- O nascimento
e primeiros anos de Cristo (1, 2)
2- Preparação
para o ministério público de Jesus. (3:1 a 4:11).
3- O ministério
de Cristo na Galiléia (4:12 a 13:58).
4- O período de
afastamento da Galiléia (10 e 12)
5- O último
ministério na Galiléia (17 :22 a 18:35);
6- A última jornada
da Galiléia a Jerusalém. (19 e 20)
7- A semana da
paixão. (21,27).
8- A
ressurreição de Cristo. (28)
EVANGELHO DE MARCOS
INTRODUÇÃO
Visto que os
títulos somente mais tarde foram adicionados aos evangelhos, dependemos da
tradição antiga e das evidências internas no que tange a questões de autoria.
AUTORIA: O
primeiro dos evangelhos a ser escrito deriva seu nome de João Marcos, o qual
figura como companheiro de Paulo, Barnabé e Pedro.(livro de Atos e nas
Epístolas). A Igreja Primitiva como um todo reconheceu Marcos como Autor.
EVIDÊNCIA
EXTERNA:
A – Papias (125
d.c.) O primeiro testemunho da autoria de Marcos, fala que Marcos era
intérprete de Pedro, dizendo que “ele” Marcos, escreveu acuradamente tudo que
lembrava , sem conduto relatar em ordem o que era dito ou feito pelo Senhor .
B – Irineu (175
d.c.) disse: “Marcos” o díscipulo e intérprete de Pedro também nos ofereceu por
escrito aquilo que foi pregado por Pedro.
C – Clemente de
Alexandria (190d.c.) disse “. . .Marcos escreveu seu evangelho da matéria
pregada por Pedro”.
D – Tertuliano,
Orígenes e Eusébio também atribuem o Evangelho a Marcos.
EVIDÊNCIA
INTERNA
A – Tem sido
identificado como o Jovem que fugiu do jardim desnudo (Mc.14:51,52), quando
Jesus foi preso (Esse fato é colocado em dúvida, devido a afirmação de Papias,
que Marcos não foi testemunha ocular de Jesus).
B – A descrição
detalhada do cenáculo onde Jesus e os discípulos tomaram a Páscoa (Mc.14:12,
pode indicar que foi a casa da mãe de Marcos.
C – O autor era
familiar com Jerusalém , A Palestina (11:1) Conheceu a língua aramaica
(5:41;7:34); conhecia as instituições e costumes dos judeus (1:21,2:14-16;7:2-4)
tudo apontado para um judeu como Marcos.
D – Os
pormenores do evangelho indicam que a fonte do livro seja uma testemunha ocular
(Mc.2:1)
E – O evangelho
de Marcos segue o mesmo esboço geral do sermão de Pedro na casa de Cornélio (
At.10:34-43).
DATA: 50 d.C.
CONTEÚDO: Com
raras exceções, Marcos é o evangelho de Ação, e não de longos discursos. Em uma
narrativa de movimentos rápidos, Marcos narra as atividades de Jesus na
qualidade do poderoso e autorizado Filho de Deus, particularizando Seus
milagres de curas e exorcismos. O reino de Deus invade o reino do mal, enquanto
Jesus combate as forças satânicas e demoníacas. Um advérbio, usualmente
traduzido por “imediatamente”, ou “logo”, Ou uma expressão semelhante, é a
palavra chave. Relata Jesus como Servo trabalhador. Tem cinco divisões
1- Manifestação
do Filho Servo.
2- O Filho –
Servo Provado.
3- O Filho –
Servo Agindo.
4- O Filho -
Servo obediente até a morte.
5- O ministério
do Filho Servo em ressurreição.
PROPÓSITO
Existem várias
opiniões , por detrás do propósito do relato de Marcos. São elas:
1- A fim de
prover instrução catequética a novos convertidos. Porém, o fato que ele não se
esforça muito por expor os ensinamentos de Jesus solapa esse ponto de vista.
2- Para uso
litúrgico em cultos das igrejas. Porém, o arranjo e o estilo se ressentem da
falta de suavidade e simetria que esperaríamos de um documento litúrgico.
3- Para encobrir
o fracasso de Jesus, por não se Ter proclamado o Messias. Marcos, teria
removido esse embaraço da teologia cristã ao inventar o “segredo do
Messias”(8:30).
3:1-
Historicamente, é perfeitamente compreensível por qual razão Jesus teria
suprimido a publicidade em torno do seu caráter messiânico:
a) Os judeus
concebiam erroneamente o messias como uma personagem político-militar,
excluindo, para todas as finalidades práticas, a ideia de Sua redenção
espiritual – assim Jesus referiu-se a sua Paixão e morte em termos do Servo
Sofredor do Senhor, descrito em Isaías (52:13–53:12).
b) Aos judeus
faltava a dimensão da deidade , no conceito que faziam sobre o Messias - assim
Jesus aludiu a Si mesmo como o super humano Filho do Homem, que viria com
símbolos da Teofania das nuvens , para estabelecer domínio sempiterno sobre o
mundo, conforme uma das visões de Daniel (7:13,14)
c) Se Jesus
houvesse encorajado a publicidade em torno de Seu papel messiânico, apesar da
certeza de que esse papel seria mal entendido, quase certamente Ter- se- ia
arriscado a ser imediatamente encarcerado e julgado – assim, pois, Ele ganhou
tempo e evitou o final prematuro de seu ministério. Não é, de forma alguma
necessário ou aconselhável pois, pensarmos que Marcos teria “inventado” o
segredo messiânico.
4- O propósito
provável de Marcos é evangelizador. Ele narra a história de Jesus a fim de
ganhar convertidos a fé cristã.
NOTA:
Desconhece-se se esse evangelho termina mesmo em 16:8 (como se diz nas
traduções mais antigas) Outros lhe acrescentaram um final longo, incluído na
versão inglesa do King James, ou se o seu verdadeiro final se perdeu. (Essa
questão textual não afeta qualquer doutrina maior da fé cristã. A inspiração
bíblica, por certo não está em pauta , mas somente qual teria sido o texto
original da Bíblia
DESTINATÁRIOS E
LUGAR DE ESCRITA
Provavelmente,
escreveu para leitores cristão gentílicos romanos, traduziu expressões em
aramaico para benefício de seus leitores ( 3:17, 5:41, 7:34 ) Escreveu seu
evangelho na Itália, e posteriores declarações feitas por Clemente de
Alexandria e Irineu toas essas coisas adicionam um testemunho externo em prol
da origem romana do evangelho de Marcos e de Ter sido endereçados a leitores
romanos.
O HOMEM MARCOS
At. 12:12 – Sua
mãe chamava Maria (Judia)
At. 4:37 –
Família abastada, casa grande e servia de ponto de encontro para os primeiros
cristãos.
At. 12:25 –
Barnabé e Paulo levam Marcos para Antioquia e mais tarde levam-no na 1ª viagem
Missionária.
At. 13:13 –
Chegando a Perge a coragem de Marcos falha e ele volta para casa.
At. 15:36 –
Paulo não concorda com Barnabé em levar Marcos numa outra viagem. Discutem e
separam-se , Barnabé segue com João Marcos para Chipre.
Col. 4:10 –
primo de Barnabé. Seu nome era João Marcos (Hebraico e Latim).
Durante quase 20
anos não se ouve mais falar em Marcos. Porém reaparece nas epístolas de maneira
muito louvável. Col. 4:10 –11 – I I Tim.4:9 (Sua falha em Perge , foi
esquecida): 1 Pe.5:13.(filho espiritual) A tradição diz que durante estes 20
anos Marcos foi para o Egito , e fundou a Primeira Igreja de Cristo em
Alexandria capital de Isis, com sua famosa biblioteca e intelectuais
brilhantes. O jovem que deu meia volta e foi embora , morre martirizado no
Egito. A covardia natural foi transformada em heroísmo de mártir.
CARACTERÍSTICAS
E PECULIARIDADES
1- É um
evangelho de ação em vez de discursos:
Das 70 parábolas,
Marcos relata apenas 18 (algumas de apenas um período). Só tem 8 parábolas
reais. Dos 35 milagres, ele conta 18, mais do que qualquer outro evangelho. A
palavra “euthus” imediatamente, ocorre 41 vezes.
2- Está escrito
em estilo jornalístico, gráfico, e energético.
3- Marcos não
contem genealogias, ou relatórios do nascimento e infância de Jesus.
4- É conhecido
como o evangelho de Pedro, ou memórias de Pedro (Justino Mártir).
5- Apenas 23 vs.
De marcos são totalmente distintos de Mateus e Lucas.
6- Marcos cita o
At. apenas 16 vezes.
7- Marcos
apresenta Jesus como Servo.
8- Os discursos
são cancelados, ausência de acusações.
9- Atenção especial
aos isolamentos do Senhor.1:35,6:31-32.
10- Os olhares e
sentimentos de Jesus são mais considerados : 3:5, 5:32, 7:34 ; 833, 6:6; 10:14,
10:21.
11-Detalhes extras:
4:36 “sobre uma almofada”9:3 “vestes brancas como nenhum lavandeiro na
terra...”
12- Especifica
nomes, horários, números e lugares, como:2:3 quatro homens, 2:13 junto do mar,
16:5 lado direito.
13- Dos 16 capítulos
, doze começam com “e”, indicando continuidade do assunto.
14- Escreveu um
evangelho que enfatizou a humanidade e o sofrimento de Jesus.
ENFASE TEMÁTICA:
Atividades Remidoras de Jesus.
ESBOÇO DE MARCOS
1- A preparação
do Servo para seu Ministério público.1:1-13
2- O ministério
na Galiléia. 1:14-6:30
3- Os
afastamentos do Servo. 6:31 a 9:50.
4- A última
viagem do Servo da Galiléia para Jerusalém - cap. 10.
5- A paixão do
servo. cap. 11 - 15.
6- A
ressurreição do Servo. cap. 16 .
O EVANGELHO DE LUCAS
INTRODUÇÃO
O evangelho da
certeza histórica . Começa com uma referência a narrativas prévias sobre os
primórdios do movimento cristão , baseados sobre relatórios de quem havia sido
”testemunhas oculares e ministros da palavra (l:1,2). Em seguida, ele refina o
seu projeto, declarando-o “uma exposição em ordem”, sobre aquela fidedigna
tradição, além de esclarecer seu propósito, que é o de convencer seus leitores
sobre a exatidão histórica das tradições cristãs. (1:3,4).
AUTORIA: A
maioria dos críticos concorda que Lucas e Atos procedem do mesmo autor, Atos.1:1
refere-se a Teófilo e ao “primeiro Livro”, dando a entender que Atos é o
segundo volume de uma obra em dois volumes. Testemunho universal externo
favorece a autoria do terceiro evangelho a Lucas.
EVIDÊNCIA
EXTERNA
A - Plumer diz:
É manifesto que em todas a partes do mundo cristão, que o terceiro evangelho
tem sido reconhecido como autoritativo antes dos meados do segundo século e que
universalmente foi aceito como a obra de Lucas.
B – Canon
Muratoriano (170 d.C) Um dos primeiros a atribuir este evangelho a Lucas.
C – O prólogo
anti- Marcionita (160-180) também confirma a autoria de Lucas.
D – Outros que
nominalmente atribuem o livro a Lucas por nome são : Irineu (140-203),
Tertuliano (150-222) e Clemente de Alexandria (155-215 ).
EVIDÊNCIA
INTERNA
A - as passagens
“nós” de Atos foram escritas por um companheiro de Paulo (16:10-17).Todas as
demais personagens estão incluídas por terem sido mencionadas na terceira
pessoa, no livro de Atos.
B – O estilo
indica que o mesmo autor escreveu todo o livro.
C – O mesmo
vocabulário, estilo e dedicação clássica se encontram nos dois livros indicando
que o autor de ambos seria o mesmo.
D – Os seguintes
fatores indicam Lucas: a linguagem médica (Cl.4:14), o grego excepcional, o
interesse do autor em mulheres , crianças e nos doentes.
DATA: 60 d.C,
CONTEÚDO
O Evangelho de
Lucas é o livro mais longo do Novo Testamento e inclui boa quantidade de
informações não encontradas em outros textos. É o mais completo dos evangelhos
sinópticos. Nos primeiros dois capítulos, Lucas começa com um prólogo e com a
narração do nascimento e de episódios da infância de Jesus. Seu batismo, genealogia
e tentação aparecem em seguida, o ministério na Galiléia ( paralelo a Marcos)
(4:14 - (9:50), a ultima jornada a Jerusalém (9:51,19:27), e finalmente a
semana da paixão, a crucificação, a ressurreição, o ministério pós-
ressurreição e ascensão, em 19 : 28 – 24:53.
PROPÓSITO
Estabelecer
Teófilo no conhecimento mais amplo dos fatos relacionados com a vida de Cristo
(1:1- 4)Apresentar Cristo em termos que a mente grega apreciaria:
a) explica
ideias em termos judaicos: 4: 31, 8: 26
b) apresenta a Cristo
como o Homem Universal, ideal e perfeito. Os gregos buscavam este homem ideal.
c) A cultura do
livro de Lucas teria um apelo para o grego.
d) Retrata Jesus
como Salvador cosmopolita, dotado de amplas simpatias, capaz de associar-se com
toda a espécie de gente, tinha contato com fariseus , publicanos, igualmente
que demonstrava preocupação com vítimas de calamidades pessoais.
DESTINATÁRIOS E
LUGAR DE ESCRITA
Escreve aos
interessados gentios-gregos de uma forma geral. É dirigido ao “excelentíssimo
Teófilo”,(nome significa “aquele que ama a Deus”) sendo este pode Ter
patrocinado a circulação da obra . Ele mostra que o evangelho é universal, que
Jesus derrubara a barreira entre judeus e gentios e inaugurara uma comunidade
de âmbito mundial na qual as antigas desigualdades entre escravos e libertos,
entre homens e mulheres , não existem.
O lugar de
escrita pode Ter sido Roma, onde Lucas permaneceu com Paulo, quando esteve
encarcerado, embora a tradição antiga esteja dividida entre Grécia e Roma.
O HOMEM LUCAS
1-Lucas era
médico gentio (ou, pelo menos, um judeu helenista), podendo Ter se convertido
em Antioquia da Síria. Seu nome de Origem Grega.(Col. 4:10-14 )
2-Era um homem
culto com habilidade como historiador.
3-O estilo grego
de Lucas, juntamente com o estilo da epístola aos Hebreus, é o mais refinado de
todo o Novo Testamento. As exceções tem lugar quando parece que ele seguia
fontes informativas semíticas, orais ou escritas, ou então quando adotava um
estilo semítico de grego, para que soasse como grego “bíblico” da Septuaginta.
4-A narração de
sua viagem com Paulo a Roma, revela conhecimentos náuticos.
5-Acompanhou
Paulo em diversas viagens, ( At. 16:10), esteve com ele quando em Jerusalém a
multidão tenta linchá-lo, durante o naufrágio a caminho de Roma, quando este
foi encarcerado.
6-Lucas parece
Ter se tornado médico particular de Paulo.
7-A pena de
Lucas é a de um cavalheiro e um artista. Uma velha tradição afirma que ele foi
pintor.
ESTILO
Lucas é
totalmente diferente de Mateus e Marcos. Em lugar de monotonia de repetição
encontramos o fascínio da variação esclarecedora.
CARACTERÍSTICAS
E PECULIARIDADES
1- Não há
discursos prolongados. Há muitas declarações de obras memoráveis, respostas
graciosas, censura direta, milagres ocasionais e parábolas constrangedoras –
tudo contribuindo com grande beleza, para evidenciar de diferentes ângulos a
mente e o coração desse homem Incomparável.
2- Lucas, o mais
longo dos Evangelhos , contém fatos que os outros não contém. Um terço do
material é peculiar a ele.Luc. 9:51 – 18:14 , se encontra somente nele.
3- O relatório
de Lucas se caracteriza pelo método histórico e biográfico, usa pesquisa
(Lucas.1: 1-4.
4- É o mais
artístico e literário dos Evangelhos.
5- É o Evangelho
que abrange mais a vida de Cristo.
6- Uso de termos
médicos.
7- A perfeita
humanidade de Cristo é enfatizada em Lucas
8- É o Evangelho
de simpatia e interesse em mulheres, crianças, e vida social.
9- Evidencia
contato com Paulo pelo ensino sobre a graça, justificação e perdão.
10- As
afinidades humanas (simpatias) do Senhor. Proeminência dada as mulheres –
Isabel, Maria, Ana. Só em Lucas encontramos Jesus absolvendo um mulher. Acalmando
com simpatia certa mulher: “Marta, Marta”. Cura de uma mulher , chamando-a de
“filha de Abraão” Na Via dolorosa, Jesus as chama de “filhas de Jerusalém” As
viúvas mencionadas: Ana, viúvas em Israel, viúva de Sarepta, viúva enlutada de
Naim, a viúva insistente.
11-Sentimentos
Paternais do Senhor. Filha de Jairo era “filha única” (8:42) (só em Lucas). A
cura do jovem endemoniado “era ... filho único”9: 38 Viúva de Naim chorando seu
“filho único” 7:12. Empatia com as tristezas e sofrimentos dos seres humanos.
12-Observância
de detalhes pessoais: Ana, viúva, oitenta e quatro anos, viveu sete anos com o
marido. Jesus tinha doze anos quando foi a festa da Páscoa. A Filha de Jairo
tinha doze anos de Idade.
13-Lucas
enfatiza a pobreza do Senhor. Não havia lugar na hospedaria. Oferta da
apresentação não foi um cordeiro, mas dois pássaros. Bem – aventurado os
pobres.
14- É o único evangelista
que descreve a ascensão de Jesus.
FONTE
Baseou-se em
Marcos, suas fontes informativas eram simiticas, orais, e escritas.
ENFASE TEMÁTICA
Certeza
histórica do Evangelho
ESBOÇO DE LUCAS
1- Narrativa da
Natividade: Mc. E João não relatam. Mateus não descreve a infância e
adolescência.
2- Ministério na
Galiléia – mais curto que o de Mat. E (Mc. 4:14) – (9:50 )
3- Viagem do
Senhor para Jerusalém - longa crônica estendendo-se por 10 capítulos(Mt. Em
dois e Mc. Em um)
4- Tragédia e
triunfo finais –19:45 a 24.
O EVANGELHO DE JOÃO
INTRODUÇÃO
Escrito em
estilo simples, o último dos quatro evangelhos exibe uma profundeza teológica
que ultrapassa à dos evangelhos sinópticos. João suplementa os evangelhos
sinópticos (se bem que alguns eruditos acham que João desconhecia esses
evangelho). Ele destaca o ministério da Judéia, omitindo parábolas e o tema do
reino de Deus.
AUTORIA
As tradições da
Igreja primitiva indicam que o apóstolo João escreveu o quarto evangelho. Em
geral se afirma que o quarto evangelho não leva o nome do seu autor: a
semelhança do sinópticos, é formalmente anônimo. Ate onde temos condições de
provar o título “Segundo João” foi acrescentado a ele assim que os quatro
evangelhos começaram a circular juntos como “quádruplo evangelho”, em parte, sem
dúvida alguma, para distingui-lo do restante da coleção, mas é possível que o
seu título tenha sido esse desde o início.
EVIDÊNCIA
EXTERNA
A evidência
externa está bem clara que João o Apóstolo escreveu o quarto evangelho. Os
seguintes pais da Igreja declararam ser ele o autor.
Téofilo de
Antioquia
Canon de
Muratori
Irineu (foi
discípulo de Policarpo, o qual, por sua vez, fora discípulo de João).
Tertuliano
Clemente de
Alexandria
Orígenes
Hipólito
Houve também
oposição quanto a sua autoria:
1-No passado,
alguns eruditos insistiram em que esse evangelho não teria sido escrito senão
já nos meados do século II DC., pelo que certamente não era da lavra do
apóstolo João. Porém, o descobrimento do Fragmento Rylands, do evangelho de
João, forçou o abandono de tal ponto de vista. Este fragmento de papiro
pertence a data de cerca de 135 DC., e necessariamente subentende que já se
tinham passado várias décadas desde que esse evangelho fora escrito, e que já
estivera circulando desde já algum tempo pelo interior do Egito, onde foi
descoberto o fragmento.
2-Caio de Roma (210)
atribuiu os dois livros a Corinto.
3-Muitos
estudiosos modernos acham que o Evangelho foi escrito por João o Presbítero e
não o Apóstolo. Não é necessário concluir que houve dois João em Éfeso, João
pode Ter sido tanto o apóstolo quanto presbítero (I Pe.5:1).
EVIDÊNCIA
INTERNA
1-O autor era um
judeu, visto no seu estilo e pensamentos hebraicos (1:19-28:4:9)
2-Era Judeu da
Palestina do tempo do Senhor, tem conhecimento profundo da topografia da Palestina.
(1:44,3:23, 5:2)
3-Era testemunha
ocular (1:14,19:35,21:24)
4-Era João o
Apóstolo: Teria sido o discípulo que se reclinou sobre o peito de Jesus
(13:23-25,21:20-24) . Teria sido um dos três – íntimos de Jesus. Pedro não era,
porque é distinguido de João. Tiago foi martirizado em 44 DC. , muito antes
duma provável data de escrita de João (At.12:2) Pelo processo de eliminação,
João seria o autor.
5-Estillo
semítico em sua redação, indica possuir conhecimentos acurado sobre os costumes
dos judeus (7:37-39,8:12) por exemplo o costume de oferecer libações de água e
de acender o candelabros , durante a festa dos tabernáculos.
6-Os
evangelistas sinópticos informam-nos que Tiago e João eram filhos de Zebedeu,
que trabalhavam como pescadores juntamente com Pedro, e que com ele formaram o
círculo mais interior dos doze.
7-Revela
detalhes vívidos que só poderiam ser esperados da parte de uma testemunha
ocular, apesar de incidentais a história : 6 talhas para água ( 2:6) , 153
peixes ( 21:11).
DATA
A opinião da
maioria é que João foi escrito depois dos outros três evangelhos, em 80 e 90
DC.
CONTEÚDO
O trecho de
João.1:11,12 apresenta um sumário das variedades de material inclusas no quarto
evangelho.
1- “Os seus não
o receberam” – o sombrio pano de fundo do evangelho consiste das reiteradas
rejeições de Jesus por parte dos judeus : quando Ele purificou o templo
(cap.2), depois que Ele curara o paralítico (cap.5) , após Ter Ele multiplicado
os pães para os cinco mil homens (cap. 6), quando os seus meio-irmãos procuraram
tratá-lo com sarcasmo (cap.7), quando Ele se fez presente a festa dos
tabernáculos (cap.7), quando Ele afirmou ser a luz do mundo (cap. 8) , quando
Ele asseverou a sua unidade com Deus Pai (cap.10), e depois de haver ressuscitado
a Lázaro (cap.11).
2- “Mas, a todos
quantos o receberam” – em contraste com a rejeição geral dos judeus, alguns
indivíduos acolheram a Jesus, mediante o encontro pessoal com Ele: André, João
(cujo nome não figura no texto), Pedro Felipe, Natanael (cap.1) Nicodemos (cap.3),
a mulher samaritana (cap.4), o cego de nascença (cap.9), Maria e Marta (cap.11),
os onze, no cenáculo (cap.13–16), e Maria Madalena (cap.20).
3- “Deu-lhes o
poder de serem filhos de Deus”- João descreve pormenorizadamente certo número
de milagres realizados por Jesus, mais intitula-os “sinais”, devido ao valor
que tem como símbolos do poder transformador da fé em Jesus: a transformação da
água em vinho ilustra a passagem do ritualismo judaico para a superior realidade
do evangelho (cap.2), a cura do filho do nobre aponta a transformação que nos
tira da enfermidade para higidez espiritual (cap.4) , a cura do paralítico, da impotência
para a força (cap.5), a multiplicação de pães para os cinco mil, da penúria
(cap.6), o caminhar por sobre as águas, do temor para o senso de segurança
(cap.6), a devolução da vista a um cego, das trevas para a luz (cap.9), a
ressurreição de Lázaro, da morte para a vida (cap.11), e a pesca miraculosa, do
fracasso para um sucesso quase incontrolável (cap.21)
4- Todas essas
três linhas de pensamento convergem para a narrativa da paixão: “Os seus não o
receberam”- o julgamento e a crucificação, “mas, a todos quantos o receberam”-
as três Marias e o discípulo amado, de pé ao lado da cruz, “deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus”- o poder transformador da ressurreição de Cristo.
A TEOLOGIA
JOANINA
Temas teológicos
importantes, aparecem e reaparecem, em diferentes combinações, algumas vezes
figurando novamente em I- III João e no apocalipse, João expõe esses temas
mediante uma habilidosa alternância de narrativas e discursos, de tal maneira
que as palavras de Jesus ressaltam o sentido mais interior de Suas obras.
Grande proporção das ações constantes neste evangelho, pois, se revestem de
papel simbólico. Por exemplo:
1-A lavagem dos
pés dos discípulos por Jesus, representa o efeito purificador de Sua obra
remidora.
2-Um toque
irônico : Em 10:32 – “Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por
qual delas me apedrejais ?
3-“Nascer de
Novo” também significa “nascer do alto”(3:3)
4-O fato de que
Jesus seria “ levantado” diz respeito não só a maneira de Sua execução, mas
também a Sua ressurreição, exaltação de volta aos céus (12:20-36)
5-Jesus é a
Palavra (ou Logos) revelatória de Deus. Categoria de Revelação.
6-Jesus é a Luz.
Ilumina aqueles que creem e que dissipa as trevas do mal.
7-Julgamento –
Não que Jesus tivesse vindo a fim de condenar o mundo, mas é que Ele veio para
discriminar entre aqueles que pertencem a luz e aqueles que pertencem as
trevas.
8-O mundo - a
sociedade humana controlada por Satanás, faz oposição a luz, por isso torna-se
objeto da ira divina.
9-O amor.- O
amor de Deus veio por meio de Jesus Cristo e continua manifestar-se através do
amor que os discípulos tem uns pelos outros.
10-A hora - o tempo
de seu sofrimento e morte, em favor do mundo, com intuito de revelar a gloria
de Deus. A eleição e crença, o qual os homens experimentam a regeneração do
Espirito Santo, onde chegam ao conhecimento do Salvador.
11-O convite é
caracterizado pela universalidade, o qual aqueles que o aceitam recebem a vida
eterna, e um lugar permanente em Cristo, pela permanência do Espirito Santo.
12-João é o
evangelho da fé. De fato, o verbo crer é palavra chave do evangelho.
13-Cristológica
em seu conteúdo, essa fé, saliente a divindade de Jesus, como Filho de Deus
único e preexistente, o qual em obediência a seu Pai, tornou-se um real ser
humano, a fim de morrer sacrificialmente, com vistas a redenção da humanidade.
14-Jesus Cristo
em suas reivindicações pessoais, utilizando-se da expressão “Eu sou”, exige uma
fé cristológica. “Eu sou a porta, Eu sou o bom Pastor, Eu sou a luz do mundo”.
ESCATOLOGIA
REALIZADA
Talvez alguns
cristãos se sentissem perturbados e alguns não cristão se mostrassem incrédulos
ante a demora de regresso de Jesus, daí a ênfase joanina sobre a salvação
desfrutada agora mesmo. Quando uma pessoa crê, imediatamente recebe a vida
eterna, o que explana a expressão usada por C. H. Dodd “escatologia realizada”.
PROPÓSITO
1-A finalidade
do evangelho está exposta em 20:30-31, isto é , para conduzir homens ao
conhecimento salvador do Messias, o Filho de Deus.
2-Clemente de
Alexandria diz que João escreveu um “evangelho espiritual”.
3-O evangelho
tem a finalidade evangelística e encorajamento dos crentes num tempo de perseguição.
4-Tem a
finalidade de se opor a certas doutrinas falsas, gnosticismo, veneração de João
Batista.(Atos.19:1-7) demonstra que continuava havendo seguidores de João
Batista, em Éfeso. Envida de grandes esforços para mostrar que Jesus é superior
a João Batista.
5-A importância
do culto da Igreja se destaca também no evangelho.
6-Para que
também “comecem a crer” e para que “continuem crendo”, tanto para os cristãos,
como para aqueles que ainda não acreditavam ser Jesus o Filho de Deus.
DESTINATÁRIOS E LUGAR
DE ESCRITA
A Teoria
tradicional é de que o quarto evangelho foi escrito em Éfeso (existem outras
teorias, como: Alexandria, Antioquia, Palestina, devido as considerações
literárias, conhecimentos geográficos, entre outros). Escreveu a população
geral da Asia menor.
O HOMEM JOÃO
1-É distinto de
João Batista
2-Era irmão de
Tiago, filho de Zebedeu.
3-Os dois
irmãos, deu-lhes o nome de Boanerges , que significa “filhos do trovão” (Mc.
3:17) , eram pescadores como seu pai.
4-Foram chamados
para o discipulado de tempo integral, enquanto estavam consertando suas redes
perto do mar da Galiléia.(Mc.1:19-20)
5-Foram com sua
mãe para pedir a Jesus o lugar mais importante no reino.
6-Eram membros
do círculo mais íntimo dos discípulos.
7-Tomou parte
ativa na fundação da igreja junto com Pedro (Atos.1:8,13).
8-Pode Ter ido
para Éfeso mais ou menos na época da destruição de Jerusalém.
9-Foi banido por
Domiciano para ilha de Patmos, depois foi libertado e voltou para Éfeso.
10-Morreu
naturalmente, 100 d.C. talvez o único dos apóstolos a morrer naturalmente.
CARACTERÍSTICAS
E PECULIARIDADES
O evangelho de
João é uma necessidade completiva dos sinópticos: Sinópticos João Apresentação
de Jesus Interpretação de Jesus Mostra Jesus exteriormente Mostra Jesus
interiormente Discursos públicos Discursos particulares Ministério na Galiléia
Ministério na Judéia
1-A maior parte
do que João registrou foi omitida pelos outros. Ex: Pedro, André, Tiago e João,
já haviam encontrado Jesus antes, nas reuniões de João Batista, no vale do Jordão,
e haviam acompanhado Jesus tanto na Judéia como na Galiléia (1:40,42,43,47).
2- Antes de Ele
começar sua pregação na Galiléia havia um grupo de discípulos (2:2,11), que
mais tarde vieram a constituir o apostolado.
3- João também
suplementa os sinópticos ao esclarecer que o ministério público de Jesus durou
por consideravelmente, mais tempo do que a leitura isolada dos evangelhos
sinópticos nos levaria a crer.
4- Destaca o
ministério da Judéia, omitindo muitas parábolas e o tema Reino de Deus.
5- Enquanto o
sinópticos mencionam somente a última Páscoa, quando Jesus morreu, João
deixa-nos saber que houve pelo menos três , durante as carreira pública de
Jesus.
6- Fazia mais de
paráfrases do que os outros evangelistas.
7- O segue-me
junto ao mar, registrado pelos sinópticos foi feito mais tarde, sendo um
chamado para o serviço de tempo integral.
8- Jesus opera
milagres em Jerusalém (2:23) antes de começar seu ministério público na
Galiléia ( Mat.4:17)
9- Estes
milagres se tornaram notícias na Galiléia, assim , quando chegou na Galiléia,
uma grande multidão O esperava porque viram todas as coisas que Ele fizera em
Jerusalém.
10- Início do
ministério na Galiléia.: Os sinópticos nos informam que “imediatamente” após
seu batismo, deu-se a tentação, no deserto da Judéia, e após a tentação Ele
voltou para a Galiléia (Mat 4:1,Mc.1:12,Luc.4:1-14).
11- Os vers.
1:15,26,32,33, foram ditos após o batismo de Jesus quando, mais tarde, um grupo
de Jerusalém foi interroga-lo ( vs.19,24 )
12- Este mais do
que outros evangelhos tem uma natureza interpretativa, enfatizando o sentido
original histórico e outro espiritual.
13- Usa o termo
“Sinal” para “Milagre”. Os sinais apontam para a deidade de Cristo e para o
evento da cruz e ressurreição e exaltação dEle .
14- João relata
eventos que ocorreram no máximo durante 20 dias. A maior parte do livro relata
acontecimentos da Semana Santa.
15-Notavelmente
dá muitos títulos a Jesus : Verbo, Cordeiro de Deus, Luz do Mundo, Bom Pastor ,
etc.
16- Destacam-se
os encontros e diálogos com pessoas e grupos de “judeus’, as parábolas estão
ausentes.
ÊNFASE TEMÁTICA
A fé em Jesus,
como o Cristo e o Filho de Deus, para vida eterna.
ESBOÇO DO LIVRO
1- O prólogo do
Verbo
2- O impacto
produtor de fé do ministério inicial de Jesus
3- Autoridade
das palavras doadoras de vida.
4-Outorga do
corpo e do sangue de Jesus pela vida do mundo.
5-Iluminação da
humanidade por Jesus, com a resultante divisão em : incrédulos, destinados ao
juízo , crentes, destinados a vida eterna.
6- A ternura de
Jesus , em contraste com a crueldade das autoridades religiosas dos judeus
7- O Dom da vida
mediante a morte de Jesus.
7- Retirada e
retorno de Jesus. Quádruplo retrato que os evangelhos nos oferecem de Jesus:
O Leão, O Real
Messias Judeu, em Mateus
O Boi, O Divino
servo trabalhador, em Marcos
O Homem, O
Simpatizante Salvador, em Lucas
A Águia, O Filho
Primogênito de Deus, Deus encarnado em João
O EVANGELHO
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda criatura."(Marcos.16:15)
O QUE É O EVANGELHO?
Simplesmente o evangelho é tudo que ensina de
Cristo Jesus, O Salvador. Quando o Apóstolo Paulo foi chamado a pregar, ele foi
chamado a pregar Cristo (Gálatas.1:16) o qual ele fez (I Coríntios.2:2). Mas, à
mesma igreja para qual ele propus saber somente Cristo, posteriormente ele
relata que ele pregou-lhe o evangelho (I Coríntios.15:1-4). Ele não pregou duas
mensagens contrárias, mas apenas uma, pois o evangelho é simplesmente a
mensagem de Cristo.
O evangelho é descrito também por ser tudo que o
Velho Testamento falou muitas vezes e de muitas maneiras do Filho de Deus, Jesus
Cristo, o Salvador (Hebreus.1:1). Tudo que "as Escrituras" falaram,
mesmo por enigmas, da aliança de Cristo, da Sua vinda, da Sua morte para todo
pecador que se arrepende e crê nEle, do Seu sepultamento, da Sua resurreição,
da Sua ascensão, da Sua doutrina e da Sua segunda vinda é o evangelho (I Cor.15:1-4).
Todas das "Escrituras", tudo do Velho Testamento, falam de Cristo
pois "no rolo do livro está escrito de Mim" (Salmos.40:7; Hebreus.10:7).
Por isso, quando Ele falou com os dois discípulos no caminho de Emaús, Ele,
"começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele
se achava em todas as Escrituras" (Lucas.24:27). Pelo evangelho ser tudo
sobre Cristo é entendido porquê Cristo mandava os pecadores a se arrepender e
crer "no Evangelho" (Marcos.1:15). Ele mandava assim pois tudo que
descreve Cristo pelas Escrituras é aquele evangelho que é necessário a ser
crido do coração do pecador arrependido (Rom.10:8,9).
Tecnicamente o evangelho é muita coisa, pois os
atributos de Cristo, Quem é o evangelho, são muitos. Por isso o evangelho é
descrito pelas Escrituras como sendo "eterno" (Apocalipse.14:6),
"o poder de Deus para a salvação" (Romanos.1:16), "da graça de
Deus" (Atos.20:24), "de paz" (Romanos.10:15; Efésios.6:15; Atos.10:36),
e "alegres novas de boas coisas" (Romanos.10:15; Lucas.1:19; I
Tessalonicenses.3:6;) ou "novas de grande alegria" (Lucas.2:10). O
evangelho também é descrito como sendo único e singular (Gálatas.1:6-10),
"de Cristo" (II Coríntios.2:12), a luz da glória de Cristo (II
Coríntios.4:4), não segundo os homens mas de Deus (Gálatas.1:11,12), e a
verdade (Gálatas.2:5, 14; Efésios.1:13). Ainda mais o evangelho é descrito como
sendo a revelação clara do "mistério" não conhecido tão bem antes por
os do Velho Testamento (Efésios.6:19), o pré-requisito para ser selado com o
Espírito Santo (Efésios.1:13), "da glória de Deus" (I Timóteo.1:11),
a "esperança" (Colossenses.1:23), e o veículo pela qual a vida e a
incorrupção são trazidas à luz (II Timóteo.1:10), É também descrito como sendo
custoso (Filemom.13) e enfaticamente necessário a ser anunciado (I Coríntios
9:16). Todas essas descrições são de Cristo pois Cristo é o evangelho.
Já tem se arrependido e crido pela fé neste
evangelho? É a responsabilidade de todo homem (Atos.17:30).
Na Prática pelo Novo Testamento, quando o evangelho
foi pregado, Cristo foi testemunhado pois o evangelho é Cristo. Pela examina
cão das mensagens pregadas por Cristo, os apóstolos, os Cristãos dispersos e
até pelos anjos entendemos mais sobre o que é o evangelho. Buscando saber o que
eles pregaram não somente aprendemos que eles sempre pregaram o evangelho mas
com quais nomes esse evangelho foi conhecido.
Quando o evangelho é pregada a mesma mensagem da
graça ministrada pelos profetas do Velho Testamento é anunciada (I
Pedro.1:10-12; Efésios.3:9; I Coríntios.10:3,4). Cristo é a mensagem da graça
de Deus. Ele foi o Justo dado no lugar dos injustos (I Pedro.3:18). Foi Cristo
Quem foi feito pecado para que os arrependidos fosse feitos nEle a justiça de
Deus (II Coríntios.5:21). Se perde Cristo, perde a graça de Deus. Perdendo a
graça de Deus resta somente a Sua condenação ! João.3:36, "Aquele que crê
no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida,
mas a ira de Deus sobre ele permanece." Cristo foi pregado pelos profetas
do Velho Testamento. Por isso Cristo podia começar por Moisés e "por todos
os profetas" explicar aos discípulos "o que dEle se achava em todas
as Escrituras" (Lucas.24:27). Tinha salvação no Velho Testamento e era
pela fé em Cristo. A Bíblia usa Abraão como exemplo do fato que os do Velho
Testamento foram justificados pela fé tanto quanto em nossa época. Ele não foi
justificado pelas obras da lei. A lei era um instrumento divino para mostrar a
iniquidade do homem (Romanos.5:13; 7:13,14) e apontar ao Salvador (Gálatas.3:11,
24, "De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo,
para que pela fé fôssemos justificados.") Cristo, a graça de Deus, é o
Salvador para todos que venham a Ele pela fé. As obras de Abraão mostram a fé em
Cristo que ele tinha (Romanos.4:1-12; Tiago.2:26, "Porque, assim como o
corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.").
Abraão foi salvo pela fé em Cristo e assim ele é um exemplo para todos, tanto
no Velho Testamento quanto do Novo Testamento (Romanos.4:16, "Portanto, é
pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a
toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que
teve Abraão, o qual é pai de todos nós,"). Portanto: Olhe a Cristo pela fé
para conhecer a graça de Deus.
Quando o evangelho é pregada "as riquezas
incompreensíveis de Cristo" são anunciadas (Efésios.3:8; "Jesus Cristo",
Atos.5:42; "Jesus" Atos.8:35; "Jesus e a resurreição",
Atos.17:18). O que é incompreensível é aquilo que é divino e Cristo é divino.
Cristo é o único sabio Deus ! Judas,25; Hebreus.1:8 (Salmos.45:6). Cristo
possui as características de Deus: Onisciência ! Cristo é conhecedor de
corações, do futuro, da vontade de Deus (João.13:3, "o Pai tinha
depositado nas suas mãos todas as coisas"); Onipotência - I Coríntios.15:27,
"Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas, quando diz que
todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe
sujeitou todas as coisas."; Onipresença ! Mateus.28:19, "e eis que Eu
estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos"; Eternidade !
Hebreus.13:8, "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente."
Cristo tem os atributos de Deus: Amor eterno ! João.13:1, "como havia
amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim"; Sabedoria, Justiça,
etc. (I Coríntios.1:30). Por Ele, o homem pecador e arrependido torna rico! Por
Ele, o homem pecador se torna herdeiro de Deus (Romanos.8:17). Por Cristo, o
homem pecador é feito conforme mais e mais à imagem de Cristo em Quem estão
escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Colossenses.2:3). Por
Cristo, o homem pecador é assentado com todas as bênçãos espirituais nos
lugares celestiais (Efésios.1:3; Romanos.8:32, "Aquele que nem mesmo a seu
próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também
com ele todas as coisas?") As riquezas incompreensíveis de Cristo são
muito além do que nós consideramos riquezas. O que consideramos riquezas a
traça e a ferrugem consome e os ladroes podem minar e roubar (Mateus.6:19,20).
As riquezas que Deus intenta para nós são bênçãos espirituais obtidas por
conhecer Cristo e ser feito conforme Ele mais e mais. Por isso a pregação do
evangelho é descrito como sendo "as riquezas incompreensíveis de
Cristo." É pobre ainda? Torne para o filho de Deus em fé.
Quando o Evangelho é pregada, "novas de grande
alegria, que será para todo o povo" são proclamadas (Lucas.2:10,
"alegres novas de boas coisas", Romanos.10:15). Cristo é a alegria de
Deus e todo aquele que chega a ele pela fé. O pecador não conhece a paz
verdadeira ! Isaias.57:21, "Não há paz para os ímpios, diz o meu
Deus". Ele é inimigo daquele de onde vem o amor, o perdão e a graça
(Romanos.8:8, "Portanto, os que estão na carne não podem agradar a
Deus."). Até a sua oração é uma abominação (Provérbios.28:9, " O que
desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.")
O pecador não tem perspectiva de paz verdadeira. Tudo que o pecador faz é
contra o seu Juiz do último dia. O pecador tem escuridão para tudo que é divino
no seu presente (I Coríntios.2:14; II Coríntios.4:4) e a condenação eterna com
a ira de Deus para seu futuro (Romanos.6:23; João.3:36). Mas, por Cristo há paz
com Deus, a paz verdadeira (Romanos.5:1;8:1). Assim o evangelho é novas de
grande alegria e alegres novas de boas coisas. Todo aquele que se arrependa dos
seus pecados e crê em Cristo de todo o coração tem este descanso da sua alma
pois tem perdão eterno com Deus e a vida eterna na Sua presença com alegria
(Mateus.11:28-30).
Quando o Evangelho é pregado, o reino de Deus é
apresentado (Lucas.4:43; 8:1; 16:16; Atos.8:12). Um "reino" determine
um rei e os sujeitos que fazem parte do reino. O Evangelho é chamado
"reino de Deus" por Deus ser o Rei. Portanto é espiritual e sempre
presente, que em tempo será visível. Por Deus ser o seu Rei o reino é justo,
santo, de amor, perfeito, de equidade, etc. O reino não é a igreja, pois há
mistura de não salvos no reino ! joio entre o trigo, maus peixes entre os bons,
virgens tolas entre as sábias. Quando Cristo vier, terá uma manifestação dos
bons com separação dos falso entre os verdadeiros, dos maus dos bons, dos que
não possuam o essencial dos que têm o essencial (o Espírito Santo). O Evangelho
é determinado o "reino de Deus" por Deus ser a causa do reino existir
(Tiago.1: 17, "Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto,
descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de
variação.") O Evangelho é chamado "reino de Deus" por Deus
nascer dentro deste reino os que Ele quer (Romanos.9:15,16). Este nascimento é
pela fé em Cristo do pecador arrependido (João 3:5,7, "Jesus respondeu: Na
verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito,
não pode entrar no reino de Deus. v6 O que é nascido da carne é carne, e o que
é nascido do Espírito é espírito. v7 Não te maravilhes de te ter dito:
Necessário vos é nascer de novo."). Deus reina por Seu Filho Jesus Cristo
(Mateus.3:2; 4:17, "Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer:
Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.") Todos que estão
nascidos por Deus em Cristo fazem parte deste reino (João.3:3-7, "aquele
que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus"; Mateus.5:3-10). São
estes que choram pelos seus pecadores, que têm fome e sede de justiça, que têm
corações puros, etc. Sendo um reino determina que haja sujeição ao Rei. Pode se
examinar se está neste reino pelo grau da sua submissão ao Rei. Os que dizem:
"Não queremos que este reine sobre nós" (Lucas.19:14) têm somente a
condenação e destruição lhes esperando. Os que dizem com Cristo: Não a minha
vontade mas a sua e como Paulo: O que queres que eu faça? tem o bom prazer do
Rei lhes esperando. Como é a atitude do seu coração? Distintivos dos que
pertencem ao reino de Deus: Eles esperam por Cristo! Eles amam a Cristo por
tudo que necessita para ser aceito diante Deus. Eles não confiam na religiao,
na igreja ou em si mesmo ou em outro homem. Cristo para estes é "feito por
Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção" (I Coríntios.1:30).
Eles amam a Sua Lei e são submissos, vigilantes e obedientes com os talentos
que são entregues a eles (parábola dos talentos – Mateus.25:14-30). Os no reino
têm o essencial, o óleo nas suas lâmpadas (Mateus.25:1-13), e os no reino
vestem-se com a veste nupcial (Mateus.22:1-14) pois são vestidos por Deus, nem
Adão e Eva. Pela pregação do evangelho este reino é conhecido e o meio da
entrada é proclamada, ou seja, pelo arrependimento e a fé em Cristo. Todo
pecador que se arrependa e que venha a Deus pela fé na obra de Cristo na cruz é
aceito plenamente neste reino eterno. Que promessa graciosa e gloriosa! Venha
pecador a Cristo! Tem o que é essencial? O evangelho aponta a Cristo. Isaias
55:6, "Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está
perto." Deus é gracioso e perdoará todos que venham a Ele por Jesus
Cristo. Ele ti dará o Espírito Santo e ti vestirá com as vestes da Sua justiça.
O importante é de vir pela fé!
Quando é pregado o Evangelho, "a palavra"
é testemunhada (Atos 8:4; "a palavra do Senhor", Atos.15:35). Uma
"palavra" é !um código para expressar pensamentos de um para um
outro? (Dicionário Aurélio Eletrônica, Ver. 3.0: Alta expressão do pensamento;
verbo). Cristo é a Palavra Divina (I João 5:7, "Porque três são os que
testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são
um."). Cristo é o Verbo Divino (João.1:1, "No princípio era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."). Cristo portanto é a
comunicação de Deus para o homem; o meio de Deus a Si expressar ao mundo (João.1:14,
"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.") A Palavra
encarnada é Jesus Cristo. Ele que tem a glória do unigênito do Pai. É Cristo e
Cristo somente que é cheio de graça e de verdade. Cristo é o Autorizado do céu
e o Exaltado por Deus (Salmos.138:2, "pois engrandeceste a tua palavra
acima de todo o teu nome.") Cristo não é maior Ele o próprio Pai encarnado
Salmo mostra a qual altura Cristo é exaltado, imagem de Deus, tabernáculo do
Deus vivo (Filipenses.2:9, "Por isso, também Deus o exaltou soberanamente,
e lhe deu um nome que é sobre todo o nome"). Este Salmo enfatiza que
Cristo, A Palavra, é o único caminho a Deus que Deus reconhece (João.14:6,
"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim."). Por Cristo ser o Evangelho entendemos a seriedade do mandato que
diz: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura."
Marcos.16:15. Pregue a Palavra! Por Cristo ser a comunicação divina para o
homem entendemos a importância de pregar somente o Evangelho para o pecador.
Política, filosofia, sociologia, psicologia, boas obras de religião, emoções
contorcidas, etc., não têm lugar na nossa mensagem para o pecador. Que vergonha
deve ter qualquer que procura substituir a glória de Deus, Cristo para qualquer
mensagem outra! Por Cristo ser Divino entendemos como Ele pode salva todo
pecador que vem a Deus por Ele. Creia na Palavra de Deus! Por Cristo ser a
Palavra importa que conhecemos as Escrituras. Lendo-as, examinando-as,
meditando nElas aprendemos de Cristo (João.5:39, "Examinais as Escrituras,
porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim
testificam;") Por Cristo ser a comunicação divina entendemos como Ele é
"a nossa páscoa" (I Corintos.5:7; João.1:29, "o Cordeiro de
Deus"; Êxodo.12:7-11); a nossa propiciação (I João.4:10, "Nisto está
o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e
enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados."; Hebreus.9:5 !
como o propiciatório foi para a arca da promessa, Cristo é para o pecador
lavado no Seu sangue); a Verdade que é nossa santificação (João.17:17,
"Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade."). Portanto
a nossa preocupação de pregar Cristo. Existe uma comunicação de Deus para o
homem pecador. Essa comunicação é Cristo, o Verbo Divino, conhecida pelas
Escrituras que pregamos. Portanto a nossa ênfase em chamar repetidamente os
pecadores a confiar em Cristo de coração enquanto se arrependem dos seus
pecados: João.3:36, "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele
que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece. O
Evangelho é a Palavra. A Palavra é o Que Cristo é! A Palavra é o que os
apóstolos pregaram. A Palavra é suficiente para você?
Quando o Evangelho é pregado "a fé" é
ensinada (Gálatas.1:23 que é a "fé que uma vez foi dada aos santos",
Judas 3). Significação da palavra fé: "a fé" é o conjunto de verdades
de Deus e a Sua obra; doutrina (Romanos 6:17, "obedecestes de coração à
forma de doutrina a que fostes entregues.") Portanto a doutrina é
importante, ao ponto de batalharmos por ela (Judas 3). A fé não é opinião,
sentimento, emoção ou tradição humana. È um conjunto de fatos, verdades
consistentes entre si. É âncora, alicerce, fundamento à alma que nela confia.
Há absolutos. Somos vencedores pela fé (I João.5:4, "Porque todo o que é
nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa
fé."). Rebatemos as tentações, dúvidas com a verdade (Efésios.6:16,
"Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os
dardos inflamados do maligno.") Quer ser um forte Cristão? Examine as
Escrituras! Tenha hábitos constantes que leva-te às Escrituras. Faça que a
Palavra de Deus seja mais importante do que a sua porção diária de comida (Jó.23:12).
Aplique as Escrituras a toda parte da sua vida: lábios, pés, mente, amizades,
vestimenta, adoração, relacionamentos profissionais, familiares, etc. Deixe as
filosofias para qualquer que não conhece a verdade e tome as Escrituras como a
sua bússola eficaz para dar rumo a sua vida. Outro significado da palavra fé:
"a fé" é a mão que toma por verdadeiro as promessas de Deus;
confiança de coração. (Romanos.6:17, "obedecestes de coração à forma de
doutrina a que fostes entregues.") Somos salvos pela fé. Pela fé,
confiança de coração nas verdades bíblicas, somos convencidos do pecado e de
Cristo o único Salvador. Cristo é o alvo desta fé para a salvação (Romanos.10:9-13).
Observe que é Cristo o alvo desta fé e não a própria fé. A mão do seu coração
já tomou por verdadeiro as promessas de Cristo? Vivemos pela fé. Olhamos a
Cristo por tudo que necessitamos (Gálatas 2:20, "Já estou crucificado com
Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na
carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo
por mim."). Cristo é nossa sabedoria, conforto, justiça, santificação,
redenção (I Coríntios.1:30). A Palavra de Deus com as Suas promessas é o alvo
desta fé para ter vitória nos desânimos, perseguições, tribulações, etc.
(Salmos.27:13).
A Palavra de Deus é o alvo desta fé para os que
querem ser obedientes aos mandamentos de Deus. Se a sua fé não ti leva à
Palavra de Deus e a observação dela, sua fé é morta (Tiago.2:17,26). Não é o
tamanho dessa fé que importa mas o fato de tê-la (Lucas.17:6, "E disse o
Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira:
Desarraiga-te daqui, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria.";
Apocalipse.3:8, "Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta
aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra,
e não negaste o meu nome."; Mateus.8:26 E ele disse-lhes: Por que temeis,
homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e
seguiu-se uma grande bonança.") Existem fés diferentes, entre quais há
algumas falsas: Fé histórica: Confiança que fatos concernentes a Jesus Cristo
são verdadeiros e parte da história tais como satanás e os seus anjos caídos
(Tiago.2:19, "Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o
creem, e estremecem."); o jovem rico (Mateus.19:16-26 creu na Lei de
Moisés como ensinado desde a sua mocidade mas não viu o Salvador a qual ela
aponta). Jesus Cristo é uma figura histórico sim, mas crença nos fatos
históricos sobre Ele não é a mão que toma a verdade para a salvação. Tem que
aplicar esse Cristo para suas necessidades pessoais. Fé Intelectual: Tal como a
fé de Nicodemos quando procurava um discurso com Jesus (João.3:1-10). Nicodemos
racionava bem sobre Cristo e as Suas obras mas tal raciocínio não explicou a
salvação que era um mistério a ele. Não confia no seu entendimento das verdades
de Cristo como se fosse o entendimento a salvação. Necessita a tomar essas
verdades e confiar nelas para a salvação. Fé de coração: Tal como o Carcereiro
(Atos.16:29-34). Este homem tomou a verdade de Cristo como tudo que é
necessário para lhe dá paz com Deus. Mostrou a sua fé pelo seu arrependimento e
pela sua confiança em Cristo. Se estiver alguém convencido do seu pecado e se
vê perdido, olhe a Cristo o Salvador com confiança de coração. Toma Cristo de
coração! Fé em qualquer outra coisa a não ser Cristo: religião, caridade, vida
moral, tradição, etc. é fé falsa e sem efeito para agradar a Deus em nada. Deus
alegra-se em ter Cristo exaltado e por isso mandou o Seu tipo de ajuntamento a
pregar o evangelho: Cristo. Quando pregamos o evangelho pregamos: As doutrinas
que foram dadas uma vez aos santos (Judas 3), ou seja, tudo sobre Cristo.
Pregamos a ordem de Deus para o pecador: Atos.16:31, "E eles disseram: Crê
no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa."; Mateus.11:28,
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei." Poise Cristo é o meio único para termos relacionamento com
Deus, agora e para toda eternidade. I João.5:13, "Estas coisas vos escrevi
a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a
vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus." Importantíssimo
a limitarmos a pregação ao evangelho! Importantíssimo a limitarmos a nossa
esperança ao evangelho!
Não é insignificante o evangelho! Quando deixamos
de pregar o evangelho por qualquer outro assunto secundário deixamos o assunto
celestial que salva e estabeleça almas eternas e aquilo que exalta Cristo para
a glória de Deus. Pelo evangelho ser primordialmente importante, somos mandados
a ir por todo o mundo pregando somente o evangelho a toda criatura (Marcos.16:15).
Negativamente, se o evangelho é tudo que temos
estudado até agora é claro que o evangelho não é: as "palavras persuasivas
de sabedoria humana" (I Coríntios.2:4, "sabedoria de palavras",
I Coríntios.1:17) pois pela sabedoria, o mundo não conhece a Deus mas O conhece
somente pela pregação do Evangelho (I Coríntios.1:21); nem é os sinais, que por
sua vez, não eram sinais do evangelho mas de apostolado (II Coríntios.12:12), e
nunca eram para ser pregados mas úteis somente para confirmar a palavra do
evangelho pregada pelos apóstolos (Marcos.16:20; Hebreus.2:3,4). Podemos dizer
que é claro também que o evangelho não é "filosofias e vãs sutilezas,
seguindo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo
Cristo", nem ordenanças dos homens ou qualquer preceito e doutrina do
homem que podem ter até aparência de sabedoria, devoção voluntária e humildade,
tendo assim apenas valor para a satisfação da carne. Se tiverem somente valor
para a carne é claro que não são assuntos valiosos para a nossa pregação
(Colossenses.2:8,20-23; "aparência de piedade", II Timóteo 3:5).
Entendendo que o evangelho é Cristo podemos deduzir que o evangelho não é a Lei
de Moisés (Gálatas.3:10-14,18-26), nem as ordenanças da igreja ou nem até por
igreja alguma (Atos.8:13,21).
É notável que o apóstolo Paulo foi um doutor da Lei
de Moisés pois era um Fariseu (Filipenses 3:5), conheceu várias idiomas (I
Coríntios.14:18) e foi abençoado sobremaneira com conhecimento divino II
Coríntios.12:1-7) mas ele não correu atrás dessas dádivas como assuntos para
melhorar a sua evangelização.
Para ganhar almas o apóstolo Paulo se limitou ao
evangelho, ou seja, pregou somente Cristo (I Coríntios.2:2). Somente fazendo
assim ele se considerou um fiel servo de Cristo (Gálatas.1:10).
Verifique que a sua fé e a sua pregação sejam
apoiadas em nada que satisfazem as concupiscências da carne, entretém as
sensações mentais com alto conhecimento, divertem as emoções religiosas com
devoções voluntárias, cumprem os preceitos dos homem com as suas ordenanças
criativas ou se estabeleçam em qualquer outra invenção religiosa mas unicamente
e completamente na obra vicária de Cristo Jesus. Se a sua fé ou a sua pregação
sejam baseadas, na mínima parte, em qualquer outra coisa além da obra
suficiente de Cristo, está estabelecido num outro evangelho cujo fim é maldição
eterna (Gálatas.1:6-9; Mateus.7:21-27).
A OBRA DO
EVANGELHO
O Evangelho é o instrumento Deus usa na mão do
Espírito Santo para fazer várias das Suas obras concernente a salvação. Pelo
Evangelho a chamada de Deus é lançada. Quando Cristo é pregado, uma chamada
geral é lançada a todos os homens.
A semente é lançada a todo tipo de terra (Marcos.4:1-20)
e a mensagem da responsabilidade de arrepender dos pecados é para todos os
homens (Atos.17:30). Todavia, mesmo que muitos são os chamados, poucos são os
escolhidos (Mateus.22:14). Os escolhidos são aqueles que, na eternidade passada,
Deus tem elegido em amor e pela graça, da massa dos pecadores, a ouvir
eficazmente a Sua voz pelo Evangelho (João.10:25-28). A esses escolhidos, a
mensagem do Evangelho soa como uma chamada particular pois é ministrada pela
obra do Espírito Santo nos seus corações (II Tessalonicenses.2:13,14, "Mas
devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter
Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e
fé da verdade; para o que pelo nosso evangelho vos chamou, para alcançardes a
glória de nosso Senhor Jesus Cristo."; João.17:20, "E não rogo
somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em
mim). Pregamos a todos os homens para que os elegidos ouçam de coração a voz do
Bom Pastor e venham a crer em Cristo para a sua salvação eterna. Chamar todos
os homens em geral e os elegidos em particular é uma obra do Evangelho
(Romanos.10:17, "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de
Deus.").
Por isso o ajuntamento do Senhor é mandado a ir por
todo o mundo, pregando o evangelho a toda criatura (Marcos.16:15). Enquanto
esse Evangelho soa a todos agora, será que você está ouvindo de coração a
verdade de Cristo? Está sendo convicto dos seus pecados? Se está oprimido pelo
seu pecado venha a Cristo o Salvador dos pecadores! Ele, o Justo, padeceu no
lugar dos injustos para levar os que creem por Ele a Deus (I Pedro.3:18) A
promessa da salvação é para aqueles que ouvem a Sua palavra chamando-lhes ao
arrependimento e fé em Cristo (Atos.2:39, "Porque a promessa vos diz
respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos
Deus nosso Senhor chamar.") Pelo Evangelho a vida eterna e a incorrupção
são trazidas ao conhecimento (II Timóteo.1:10). Sem a proclamação do Evangelho
nenhumas das belezas da salvação serão conhecidas. O Evangelho é a grande luz para os que andam
em trevas (Isaías.9:2; Mateus.4:16). Essa iluminação da glória de Deus, na face
de Jesus Cristo será conhecida somente quando o Evangelho estiver anunciado (II
Coríntios.4:6). Pelo grau severo das trevas em que o pecado coloca os perdidos,
e pelo grau glorioso da iluminação de Cristo que o Evangelho traz aos salvos,
podemos entender a sabedoria de Deus a mandar o Evangelho a ser pregado a toda
criatura em todo lugar. Queremos que saibam que a única maneira de chegar à
vida e a incorrupção é por conhecer Cristo como o seu Salvador. Para que
conhece essa verdade pregamos o Evangelho a você agora. Pelo Evangelho a
geração de Deus é conhecida (I Coríntios.4:15; I Pedro.1:23-25). A obra de Deus
pelo Seu Espírito Santo, testificando de Jesus Cristo pelo Evangelho, não fica
encoberta por muito tempo. Pode ser que a operação do Espírito Santo seja
misteriosa (João 3:8), mas quando a vida nova, a natureza nova é uma realidade,
a sua manifestação pública segue logo pela obediência da Palavra de Deus. Isso
se vê pelo exemplo do eunuco etíope que pediu o batismo (Atos.8:35-39), do
apóstolo Paulo que se submeteu à vontade de Deus e a obedeceu (Atos.9:5-8,18),
da Lídia que pediu a ser batizada e cuidou dos servos do Senhor (Atos.16:14,15)
e outros milhares (Atos 2:37-41). Se o Evangelho pregado traz-lhe conforto,
alegria e perdão com Deus,manifesta-se pela sua obediência à Palavra de Deus! A
maneira bíblica a se manifestar aos outros que está confiando em Cristo para
tudo que é necessário para agradar a Deus, é o batismo nas águas por uma igreja
igual a que Cristo organizou (Marcos.16:15,16; Atos.2:38).
Pela manifestação pública da geração de Deus que a
mensagem de Cristo produz nos que estão em Cristo é entendida a importância de
pregar o Evangelho a toda criatura. Pela pregação do Evangelho os não salvos
são julgados (João.12:48). A pregação da mensagem de Cristo não somente
manifesta os que creem em Cristo quanto sela a condenação dos que rejeitam Ele
até a morte. A própria Palavra de Deus pregada e rejeitada será uma forte
acusação no dia do grande julgamento. Não há escape da condenação eterna se deixe
a se submeter à Ela (Lucas.16:27-31; Hebreus.2:3). A mensagem do Evangelho é
Cristo: o único caminho a Deus (João 14:6), o único nome pelo qual devemos ser
salvos (Atos.4:12), o único fundamento a construir a sua fé (I Coríntios.3:11),
a obra única que satisfaz a Deus por completo (Isaías.53:11). A mensagem que Deus
mandou que pregamos aos pecadores é: "O tempo está cumprido, e o reino de
Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho." (Marcos.1:15).
Rejeitar Ele é de selar a sua condenação eterna (João 3:36, "Aquele que
crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a
vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.")
Pregar o Evangelho é um negócio sério (II
Coríntios.2:15,16, "Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos
que se salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para
morte; mas para aqueles cheiro de vida para vida. E para estas coisas quem é
idôneo?") Ninguém é idôneo para tal responsabilidade mas de fato os salvos
são enviados a pregar essa mensagem e os não salvos são mandados a crê nela. Sede
obediente!
COMO, AONDE E
A QUEM O EVANGELHO DEVE SER COMUNICADO?
O mandato de Cristo é "Ide por todo o mundo,
pregai o evangelho a toda criatura". Que esta mensagem de Cristo deve ser
comunicada oralmente aos outros é claramente entendida pelos verbos usados para
acompanhar a palavra "evangelho". Os verbos usados são pregar
(Marcos.16:15; Mateus.4:23), dar testemunho (Atos.20:24), ministrar
(Romanos.15:16), expor (Gálatas.2:2), fazer notório (Efésios.6:19), falar ( I
Tessalonicenses.2:2), comunicar (I Tessalonicenses.2:8) e defender (Filipenses.1:17).
É bom entregar folhetos doutrinários, promover a distribuição de material
Cristão e viver uma vida exemplar diante do mundo. Nessas maneiras somos luzes
que brilham num mundo em trevas (Mateus.5:16). Todavia, nunca devemos deixar de
entregar a mensagem de Cristo pela boca.
A vida Cristã que vivemos e a distribuição de
material evangélico não deve substituir a palavra pregada aos outros
individualmente ou coletivamente. O que vivemos e aquilo que distribuímos deve
enfatizar e interpretar a verdade que pregamos verbalmente. Sim, "Ide por
todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" oralmente!
O Espírito Santo em nós faz que sejamos
evangelistas. Somente depois que Ele foi plenamente dado a todos é que o ajuntamento
do Senhor fosse capacitado a ir a todo lugar (Atos.1:8). Somente os que tenham
o Espírito Santo tenham uma mensagem para proclamar aos outros! Verifique que
antes de ir e pregar aos outros que se tem participado de coração a realidade
do Evangelho! O falso Cristão pode pregar aos outros, e, a mensagem pregada
pode ser abençoada no coração dos outros, mas é uma tragédia se aquele que
prega a vida em Cristo sofre a morte eterna separado da Sua presença
misericordiosa. Melhor é participar pessoalmente da mensagem do Evangelho antes
de procurar a prega-lo aos outros!
A nossa responsabilidade é de começar a pregar o
evangelho aos que são perto de nós (nossa Jerusalém; "começando por Jerusalém",
Lucas.24:47), ampliando mais o alcance aos de toda da nossa região do estado
bem como aos do nosso país (nosso Judéia), esticando nossas atenções aos países
por perto e aos povos talvez bem diferentes de nós (nossa Samaria) até que
atingimos os povos distantes (nosso "confins da terra", Atos.1:8;
"todas as nações", Mateus.28:19; Lucas.24:47; "a toda
criatura", Marcos.16:15). Não podemos ir pessoalmente a todas as nações
afora mas podemos ajudar os outros que estão lá fazendo o trabalho sério com
nossas orações e ofertas missionárias. E se Deus levante um entre nós para ser
um missionário podemos equipar e manter este pelo nosso amor e sustento
enquanto ele cumpre a sua chamada a pregar o Evangelho.
O exemplo primordial sobre o assunto de missões é
Cristo. Ele veio de mais longe (do céu, João.3:16), para um povo completamente
diferente (aos pecadores) e sofreu o preço mais caro (a sua vida) para Ser o
Evangelho que Ele mesmo pregou (O Justo para os injustos, I Pedro.3:18). Quando
procuramos a graça de Deus para sermos ativos em pregar o Evangelho aos outros,
estamos seguindo o maior exemplo de missionário existente, o exemplo do próprio
Jesus Cristo. Essa obra de missões é privilegiada pois é uma obra que tem a
participação da Trindade. A obra de missões começou no coração do Deus Pai, é
efetuada pela obra do Seu Espírito nos corações do Seu Povo através da mensagem
do Seu Filho.
O exemplo prático nosso são os apóstolos e os
primeiros Cristãos que trabalharam pelas igrejas primitivas. Eles foram às mais
variedades de pessoas. Foram aos pobres (Lucas.7:22), aos religiosos e
filósofos (Atos.17:18), às mulheres da classe nobre (Atos.17:12), aos reis
(Atos.24:3; 26:25) e anunciaram o evangelho de cidade em cidade, e de aldeia em
aldeia (Lucas.8:1;9:6). Pregaram o Evangelho no deserto (Atos.8:26), a beira de
rio (Atos.16:13) e até na prisão (Atos.16:25). Os nossos exemplos práticos
usaram os meios de comunicação de massa para atingir os multidões pois pregaram
nos templos (Lucas.20:1; Atos.5:42) e nos mercados (Atos.17:17) sem desprezar a
entrar individualmente nas casas particulares para ensinar e anunciar Jesus
Cristo (Atos.5:42). Cristo, os apóstolos e os primeiros Cristãos nos mostraram
como devemos ir por todo mundo e pregar o Evangelho a toda criatura.
Eles fizeram esse trabalho sem organizações maiores
do que a igreja, sem grandes corporações financiando-lhes e sem equipamento de
alta tecnologia. Eles, em obediência, foram com a Palavra de Deus a quem podiam
e foram aonde Deus os guiou. Não foram personalidades carismáticas nem foram os
métodos bem afinados que era o grande poder ou aquele que produziu o fruto
desejado. O poder de Deus se encontrava na própria mensagem pregada (Romanos.1:16),
e o fruto era de Deus pela obra do Espírito Santo nos humildes pregadores
obedientes (I Coríntios.3:6; Gálatas.5:22). Não precisamos de montes de
dinheiro, maiores construções, melhores métodos ou pessoas de grande destaque
antes que começamos essa obediência; precisamos de Cristãos consagrados que
levam o Evangelho para os outros ao seu alcance.
Como os discípulos levaram o Evangelho tantos aos
Judeus quanto aos Gentios (Efésios.2:17; Atos.20:21) devemos pregar aos povos
de nacionalidades e de religiões diferentes ("toda criatura")
O mandato tem uma atividade imediata e contínua.
Primeiramente somos instruídos a fazer "discípulos de todas as
nações" (Mateus.28:19) ou, quer dizer, mostrar a todos a Quem deviam
seguir. Essa é a nossa mensagem principal e imediata para as ovelhas
desgarradas: Cristo é Quem foi feito pecado pelos pecadores que se arrependem e
creem nEle como o Salvador (Romanos.5:8; II Coríntios.5:21).
Depois que as ovelhas desgarradas voltam ao Bom
Pastor que deu a Sua vida pelas ovelhas (João.10:11), é necessário de
implementar a parte do mandato com a atividade contínua, ou seja,
"ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado"
(Mateus.28:20). Este trabalho começa com o batismo neo-testamentário e continua
até que todas as coisas que Cristo ensinou tenham sidas didaticamente
instruídas. Este trabalho é da responsabilidade do Seu ajuntamento neo-testamentário.
Este mandato autoriza e limita o que deve ser
ensinado. O que deve ser ensinado não são as obras sociais, a psicologia, as
boas maneiras ou a alfabetização. O trabalho não é de vestir os que não tem
roupa, inocular os não vacinados, abrigar os sem teto, expulsar os demônios,
curar os doentes, enriquecer os pobres ou politizar os não-alinhados à nossa
filosofia. A nossa mensagem é Cristo para todos e quaisquer, e uma vez que os
de Deus estejam arrebanhados, devemos cuidadosamente doutrinar lhes a guardar
todas as coisas de Cristo pela Palavra de Deus.
Já conhece Cristo como seu Bom Pastor? Se você se
vê ainda desgarrado, venha a Cristo quem é o Substituto aceitável a Deus por
todo pecador arrependido! Se já conhece Cristo como seu Salvador, segue Ele no batismo
neo-testamentário e fique fiel no ajuntamento que ensina todas as coisas que
Ele ensinou. Uma vez que conhece Ele, começa de anunciai-Lo a todos ao seu
alcance.
QUEM DEU O
MANDATO DE PREGAR O EVANGELHO?
Em nosso texto de Marcos 16:15, junto com todos os
textos que mencionam o mandato de ir pregar, é claro Quem deu o mandato é o
próprio Jesus Cristo.
Foi Cristo Quem veio "segundo as
Escrituras", Quem morreu pelos nossos pecados, Quem foi sepultado e Quem
ressurgiu da morte para a nossa justificação (I Coríntios.15:1-4).
Foi Cristo, Quem participou com a carne e o sangue
para que, "pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é,
o diabo" (Hebreus.2:14).
Deus exaltou soberanamente Cristo, e "lhe deu
um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o
joelho dos que está nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua
confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai." (Filipenses.2:9-11).
É Cristo Quem é posto à direita de Deus nos céus;
Quem é "acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de
todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro".
Deus sujeitou todas as coisas aos pés de Cristo "e sobre todas as coisas o
constituiu como cabeça da igreja" (Efésios.1:20-22). É a Cristo Quem foi "dado todo o poder
no céu e na terra" (Mateus.28:19).
Aquele que deu o mandato de pregar o Evangelho é
Aquele que venceu e é o único digno, na terra, no céu, ou debaixo da terra de
abrir e desatar os selos do livro que está na mão dAquele que está assentado
sobre o trono: O Leão de Judá, a raiz de Davi (Apocalipse.5:1-7).
Quem deu o mandato é o Único Mediador (I Timóteo.2:5,6),
Aquele concebido pelo Espírito Santo, o Deus Filho, o precioso Jesus Cristo.
Foi Ele que "disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura" (Marcos.16:15).
Joseph Smith dos Mórmons, Martinho Lutero dos
Luteranos, João Calvino dos Presbiterianos, John Knox dos Anglicanos, o
apóstolo Pedro dos Católicos, a psicologia, o entretinimento Cristão, e o
sensacionalismo, deem lugar a Jesus Cristo! A vaga de Comissionador do mandato
de pregar o Evangelho não foi desocupada ontem, não é desocupada agora e nunca
será desocupada! É ocupada por Jesus Cristo, o Senhor.
Por Cristo mandar pregar o Evangelho a toda
criatura, sabemos que tal mandato não originou-se na inteligência ou no
pragmatismo do homem. E não precisa das invenções do homem para continuar.
Também sabemos que não veio por nenhum anjo qualquer. O mandato de pregar o
Evangelho a toda criatura vem a nós do seio de Deus Pai como Ele é revelado a
nós pelo Filho.
Por Cristo mandar pregar o Evangelho a toda
criatura não há outro mandato tão amoroso, sábio, gracioso, autoritário, ou
permanente quanto o mandato que nos ordena a ir por todo o mundo, pregando o evangelho
a toda criatura (Marcos.16:15). O nosso mandato é do céu e portanto, um
privilégio abençoado e uma responsabilidade séria para com o mundo. E
conhecendo a mensagem desse mandato, você vai se submeter a ela? Se arrependa e
creia com fé em Cristo, que é o Evangelho. E conhecendo a sua responsabilidade
a pregar o Evangelho, não vai procurar a graça de ser obediente a ele?
Submete-se à responsabilidade do seu privilegio e pregue Cristo aos outros!
QUEM FOI
MANDADO A PREGAR
O EVANGELHO A
TODA CRIATURA?
O mandato divino diz: "E disse-lhes: Ide por
todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." Marcos.16:15. Jesus
enviou quem para pregar o Evangelho por todo o mundo a toda criatura? Cristo
enviou os espíritas, os católicos, os pentecostais ou os da reforma? Vamos
estudar cada ocorrência da entrega do mandato e verificaremos a quem Cristo
autorizou a Si pregar. Entenderemos que esse mandato é dado a um grupo seleta e
não ao mundo Cristão em geral.
Mateus.28:18-20 diz: "E, chegando-se Jesus,
falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos. Amém." As pessoas com quem Jesus estava enviando com este mandato
são os mesmos a quem Ele prometeu a estar até a consumação dos séculos (v. 20).
Ele está com aqueles que se ajuntam "em meu nome" (Mateus.18:20). São
estes que Ele prometeu estar "no meio deles". Estes que se ajuntam
"em Seu nome" se ajuntam de acordo com a Sua autoridade, Sua
doutrina, Suas ordenanças, Seu exemplo guiando eles e estes que têm a presença
do Espírito Santo. Isto é o que significa a ajuntar "em Seu nome". È
muito além de duas ou três pessoas, fazendo um círculo, e sinceramente
apertando as mãos de um ao outro e vocalizando o nome de Jesus. Se ajuntar
"no nome de Jesus" é muito além disso! É exemplificado por Davi
quando se aproximou ao Golias (I Samuel.17:45, "Davi, porém, disse ao
filisteu: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a
ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens
afrontado.") Davi foi ao encontro de Golias com a liderança do SENHOR e
com a Sua autoridade, Seus meios, Sua mensagem e com a Sua representação, ou
seja, !em Seu nome?. De presumir que tinha essa autoridade quando não tinha
seria vergonhoso (Provérbios.25:14, "Como nuvens e ventos que não trazem
chuva, assim é o homem que se gaba falsamente de dádivas.") Jesus está no
meio aquele ajuntamento que se reúne "em Seu nome". O mandato de ir
pregar o Evangelho a toda criatura é claramente dado aos estes reunidos
"em Seu nome", ou seja, com aqueles que têm a Sua liderança, Sua
autoridade, Sua doutrina, Suas ordenanças, Seu exemplo guiando eles e estes
sobre quem veio o Espírito Santo.
Marcos.16:14-18 diz: "Finalmente apareceu aos
onze, estando eles assentados à mesa, e lançou-lhes em rosto a sua
incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto
já ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será
condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os
demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma
coisa mortífera, não lhes farão dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos,
e os curarão." Os a quem Jesus deu o mandato de pregar o Evangelho não são
super-homens ou anjos, mas homens salvos dos seus pecados por Cristo e que
estão sendo aperfeiçoados (v.14, "e lançou-lhes em rosto a sua
incredulidade e dureza de coração"; II Coríntios.4:7). A quem Cristo deu o
mandato a ir a todo mundo pregando o Evangelho são os que pregam somente Cristo
para a salvação (v.16). O mandato foi para os com quem Cristo começou o Seu
ajuntamento e através de quem a Sua Palavra foi confirmada naquele primeiro
século pelos prodígios e maravilhas, ou seja, os discípulos com quem Cristo
formou o alicerce da igreja que Ele organizou enquanto estava na terra (v.
17,18,20, "cooperando com eles o Senhor"; Efésios.2:20; Hebreus.2:3,4,
"confirmada pelos que a ouviram", "Testificando também Deus com
eles").
Lucas.24:44-49 diz: "E disse-lhes: São estas
as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse
tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos.
Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes:
Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia
ressuscitasse dentre os mortos, E em seu nome se pregasse o arrependimento e a
remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém. E destas
coisas sois vós testemunhas. E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai;
ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de
poder." Quem recebeu a ordem de ir pregando o Evangelho é o ajuntamento
que começou com o Evangelho sendo anunciada por Cristo (Hebreus.2:3,4,
"começando a ser anunciada pelo Senhor") em Jerusalém (v. 47, não em
Roma, Londres, Nova York ou outro lugar qualquer).
Essa mensagem é o "arrependimento para a
remissão dos pecados" (não foi uma pregação de dons, filosofia, bem estar
ou prosperidade, ou obras). Já se submeteu à essa mensagem? A quem Cristo deu o
mandato a evangelizar o mundo é aquele grupo que tem os apóstolos como as
primeiras testemunhas (v. 48, "destas coisas sois vós testemunhas"; I
Coríntios.12:28, "E a uns pós Deus na igreja, primeiramente
apóstolos"; Efésios.4:11). O ajuntamento que foi autorizada de ir a pregar
é aquele que recebeu a promessa do Pai (v. 49), ou seja, aquele que estava
reunido em Jerusalém no dia de Pentecostes sobre qual desceu o poder do
Espírito Santo (Atos 2).
João.20:21-23 diz: "Disse-lhes, pois, Jesus
outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a
vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito
Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a
quem os retiverdes lhes são retidos." Desse relatório da comissão sendo
dada por Jesus aprendemos que a comissão foi dada àquele grupo com qual Jesus
reuniu e deu a paz (v.19,21,26) e qual recebeu tanta a promessa do Espírito
Santo (v. 22) quanto O recebeu pessoalmente (Atos 2). A organização que tem o
mandato de ir, pregar e batizar é aquela que tem a autorização dos céus,
"assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós" (v. 21), ou
seja, aquela organização pela qual Deus trabalha na terra (v. 23; Mateus.16:18,19).
Atos.1:4-11 diz: "E, estando com eles,
determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a
promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João
batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito
depois destes dias. Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe,
dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não
vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu
próprio poder. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre
vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria, e até aos confins da terra. E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi
elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando
com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram
dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por
que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima
no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir."
O ajuntamento a qual Cristo deu a ordem de ir,
pregar, batizar e ensinar é aquele com qual reuniu depois da Sua resurreição e
deu a promessa do Espírito Santo, Quem faria deles testemunhas poderosas (v. 4,
"estando com eles"; Atos.2:1-4; Marcos.16:20, "cooperando com
eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram").
Foi essa organização que recebeu destaque do céu para ser aquela aprovada por
Deus por qual Ele estará fazendo a Sua obra de missões até a consumação dos
séculos.
Existe uma instituição que tem autorização do céu
para evangelizar, batizar e ensinar Cristo na terra. Essa instituição tem feito
isso desde os séculos passados mas ultimamente é conhecida pelo nome Igreja dos
redimidos, Igreja eleita e noiva santa do cordeiro. Não foi dado o mandato à
organizações e religiões em geral mas a um grupo seleto: Os Salvos em Cristo Jesus.
Aquele ajuntamento e todos os outros como aquele
primeiro devem ir segundo as Escrituras, pregar as Escrituras, batizar segundo
as Escrituras e ensinar os discípulos batizados a observarem todas as
Escrituras até aquele dia que Cristo voltar. Esse mandato vem da mais alta
autoridade na terra: Cristo.
Esse mandato tem o alvo mais abrangente: os confins
da terra. Esse mandato tem aquela mensagem única que agrada o Senhor: O
Evangelho. Esse mandato, pela obra de Deus, traz vida e esperança onde a morte e
desespero reina: a Salvação. Esse mandato é para aquela congregação que é igual
àquela que Cristo ensinou: Uma Igreja chamada, eleita, Neo-testamentária. Esse
mandato dura o maior número de séculos: até que Cristo volte. Esse mandato se
multiplica: em outras congregações da mesma fé e ordem.
A mensagem do Evangelho chegou ao seu coração? Você
é um campo de missões? Se for, escuta as palavras de Cristo: "O tempo está
cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no
evangelho." (Marcos.1:15).
Já se fez pobre pela causa do evangelho? Comunique
financeiramente com essa obra! Faz parte duma destas congregações? Ide e pregai
o evangelho a toda criatura! Participe com as suas orações para que Deus faça a
Sua obra de salvação aonde a Sua palavra estiver pregada!
Seja sempre orientado pelo mandato. Não esteja
orientado pelo que está na moda ou que traz resultados mas lembre-se da sua
responsabilidade dada por Cristo até que Ele venha.
O QUE A NOSSA
MENSAGEM NÃO É
O grupo seleto a qual Jesus deu o mandato de pregar
a toda criatura no mundo inteiro tem que se limitar à mensagem particular do
Evangelho. Qualquer mensagem, a não ser o Evangelho, é sem a devida autoridade
divina e é grande presunção na parte deste grupo seleto. Lembramo-nos que a nossa
mensagem é Cristo pois Cristo é o Evangelho. Portanto:
A nossa mensagem não é Brasileirismos ou
particularidades de uma outra cultura qualquer. O pregador do Evangelho não tem
uma mensagem de história brasileira, de cultura brasileira, sistemas governamentais
de economia, éticas nacionais de trabalho, uma moda particular ou uma paixão de
um esporte preferido (I Coríntios.2:1-4, "E eu, irmãos, quando fui ter
convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de
palavras ou de sabedoria. 2 Porque nada me propus saber entre vós, senão a
Jesus Cristo, e este crucificado. 3 E eu estive convosco em fraqueza, e em
temor, e em grande tremor. 4 A
minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de
sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder;"). Cristo
ministrou em culturas diferentes quando pregou aos judeus, aos Samaritanos
(João 4), aos publicanos (Lucas 19) e aos Romanos (na crucificação).
Os apóstolos ministraram aos culturas diferentes
também pois pregaram aos Gregos (Atos 17), aos Gentios (em Listra, Atos 14; ao
Cornélio, Atos 10) e aos países vários na Ásia, Itália, etc. Nem Cristo ou os
apóstolos procuraram a fazer ninguém da sua própria cultura. Eles procuraram a
fazer o povo de culturas diferentes a serem CRISTÃOS. O trabalho destes era de
organizar um ajuntamento de Cristãos batizados para obedecer a Palavra de Deus
dentro da cultura própria. Os efeitos do Evangelho pode moralizar um povo e
aperfeiçoar a sua cultura mas não é isso o alvo do mandato. O alvo do mandato é
pregar Cristo! Tradições de homens tratam de aparências somente (Colossenses.2:18-23).
É a alma que necessita mudança e isso aconteça somente pelo ministério da
Palavra de Deus (Hebreus.4:12;10:39, "creem para a conservação da alma").
O alvo de missões não é a aculturação mas a evangelização. A evangelização
aconteça com a pregação de Cristo, qual é o nosso mandato. A nossa mensagem não
é Entretenimento. O pregador não é um servo de homens nem é um dom dado por
Deus ao bem estar da sociedade.
Se o pregador procura de servir o homem, alegrando
ele ou de outra maneira fazendo o Evangelho uma diversão, deixa de ser um servo
de Deus (Gálatas.1:10, "Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus? ou
procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria
servo de Cristo.") Se os pregadores procuram semear a semente do Evangelho
junto ao propósito de agradar a carne, ceifarão somente a corrupção (Gálatas.6:8,9,
"Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que
semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.") Não podemos
transformar a mensagem da verdade a ser agradável à carne sem desfigurar o
Evangelho! A natureza do Evangelho é escândalo a alguns e loucura aos outros (I
Coríntios.1:23, "Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo
para os judeus, e loucura para os gregos."). Procurar a fazer que o
Evangelho não seja escândalo a alguns ou loucura aos outros é necessário mudar
a natureza do Evangelho. O pecador precisa de ouvir o que é o poder de Deus
para chegar a salvação. Não existe outra maneira a entregar o Evangelho do que
aquela no mandato de Cristo ao Seu ajuntamento. Essa maneira é de pregar Cristo
diretamente ao pecador chamando-o ao arrependimento e à fé genuína em Jesus
Cristo (Atos.20:17-21).
QUAIS MÉTODOS
DEVEMOS USAR NA EVANGELIZAÇÃO?
Não é nosso propósito dar uma lista de regras que
compõem os métodos coretos da evangelização bíblica, mas de mostrar princípios
bíblicos que devem reger nessa atividade. Uma examinação dos métodos usados
pelo apóstolo Paulo será suficiente para nos orientará nessa área.
Em I Coríntios.9:19-23, Paulo diz: "Porque,
sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. 20 E
fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão
debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão
debaixo da lei. 21 Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não
estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os
que estão sem lei. 22 Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos.
Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. 23 E eu
faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele."
Muitos querem usar a frase "Fiz-me tudo para todos, para por todos os
meios chegar a salvar alguns" como uma aberta permissão divina a usar
qualquer método imaginativo humano na evangelização. Querem dizer que os
resultados (de ver pessoas convertidas) justificam os meios, por mais ridículos
os métodos estejam. Muitos pensam que a tolice e a irreverência são permitidas
se pelo menos uma pessoa é salva. Mas não creio que essa seja o que Paulo quis
ensinar quando disse: "Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios
chegar a salvar alguns". Pelo exemplo da prática de Paulo na atividade
missionária entendemos o que ele quis dizer.
Paulo não quis dizer que devemos simplificar o
evangelho ao ponto dele ser inócuo e agradável às massas, pois ele pregou a
todos, tanto judeu quanto gentio, "todo o conselho de Deus" (Atos.20:27).
Não foi a intenção de Paulo de baixar o Evangelho ao nível carnal dos ouvintes
ou fazer a parte de um palhaço para conseguir a pregar Cristo melhor.
Ele não virou um hipócrita que mudava o teor da
mensagem do evangelho conforme o gosto da pessoa qual ele evangelizava, pois
ele resistiu Pedro na cara por ele fazer justamente isso (Gálatas.2:11-14).
Ele não inventava métodos criativos e imaginativos
para assegurar um devido resultado, que é pragmatismo, mas foi cuidadoso em NÃO
usar sublimidade de palavras, nem filosofias cheias de sabedoria humana (I
Coríntios.2:1, "não fui com sublimidade de palavras ou de
sabedoria"). Paulo se preocupou em NÃO saber nada a não ser Jesus Cristo e
este crucificado (I Coríntios.2:2, "Porque nada me propus saber entre vós,
senão a Jesus Cristo, e este crucificado.") Paulo não sentia-se livre para
usar métodos psicológicos ou táticas persuasivas para manifestar um resultado
"melhor".
Paulo não omitiu o arrependimento ou a fé
verdadeira da sua mensagem para que ela fosse mais palatável ou tolerável pois
ele anunciou e ensinou publicamente e pelas casas, tanto aos judeus como aos
gentios "a conversão a Deus (o arrependimento), e a fé em nosso Senhor
Jesus Cristo" (Atos.20:20,21). Não foi a prática de Paulo aparecer uma
personagem carismática para fazer a Palavra de Deus mais aceitável aos
pecadores ou para insinuar que a salvação fará alguém popular com o mundo.
Paulo não insinuou que a salvação verdadeira era um
sentimento ou uma emoção forte originado-se nas profundezas do interior do
homem mas ensinou aos pecadores arrependidos a necessidade de crer de coração
no Senhor Jesus Cristo para ser salvo (Atos.16:31). Longe de Paulo a ideia de
incorporar tolice ou métodos carnais na mensagem que Cristo autorizou o seu
grupo seleto a pregar.
O que Paulo quis dizer pelo frase "Fiz-me tudo
para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns" foi isso: Ele
usou o conhecimento religioso, ou a falta desse conhecimento, dos seus ouvintes
para relatar as verdades de Cristo e da salvação (I Coríntios 9:20, "E
fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão
debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão
debaixo da lei. 21 Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não
estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os
que estão sem lei.").
O que Paulo quis dizer pelo frase "Fiz-me tudo
para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns" foi isso: Ele
deixou uns direitos que ele tinha como Cristão para não ser uma pedra de
tropeço ao não-salvo ou ao irmão mais fraco (I Coríntios 9:15, "Mas eu de
nenhuma destas coisas usei, e não escrevi isto para que assim se faça comigo;
porque melhor me fora morrer, do que alguém fazer vã esta minha glória. 16
Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta
essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! 17 E por isso, se o
faço de boa mente, terei prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensado
me é confiada. 18 Logo, que prêmio tenho? Que, evangelizando, proponha de graça
o evangelho de Cristo para não abusar do meu poder no evangelho.";
Romanos.14:21, "Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras
coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.")
O que Paulo quis dizer pelo frase "Fiz-me tudo
para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns" foi isso: Ele
deixou alguns assuntos secundários para enfatizar a mensagem de Cristo (I Coríntios.10:23,24,
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. Ninguém busque o
proveito próprio; antes cada um o que é de outrem.")
O que Paulo quis dizer pelo frase "Fiz-me tudo
para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns" foi isso: Ele
não pregou a sua opinião ou os seus costumes como parte do Evangelho mas pregou
exclusivamente a verdade de Cristo (I Coríntios.2:2, "Porque nada me
propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.")
Podemos usar o radio, a televisão, os estudos
bíblicos nos domicílios, as pregações ao ar livre nas praças, a distribuição de
material evangélico de porta em porta, a Internet, os jornais da cidade, etc.
Podemos entrar nos hospitais, nas cadeias, nos orfanatos e nas escolas
públicas, etc. Mas devemos nos verificar que estamos pregando todo o conselho
de Deus em cada área que entramos e que cada método que usamos seja Bíblico.
Devemos nos preocupar de pregar Cristo sem incorporar as concupiscências da
carne, a ciência de psicologia ou métodos que fazem impactos fortes nos
sentidos emocionais.
QUAL É A
MINHA RESPONSABILIDADE
PARA COM O
EVANGELHO?
Quando Cristo é exaltado como o único substituto
aceitável diante de Deus para salvar o pecador, você que ainda não está um
salvo, qual é a sua responsabilidade? Se arrepender e crer Neste Salvador apresentado:
Jesus Cristo (Marcos.1:15, "O tempo está cumprido, e o reino de Deus está
próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho."; Atos 17:30, "Mas
Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os
homens, e em todo o lugar, que se arrependam").
Qual é a responsabilidade dos que já conhecem
Cristo? Sejam fervorosos missionários pelo ajuntamento neotestamentário
pregando o Evangelho a todos que puderem. Sejam ativos na oração (Efésios
6:19,20) e sejam generosos para que o Evangelho não esteja impedido de ser
espalhado a toda criatura.
O QUE VOCÊ
FARÁ COM O EVANGELHO?
Estudo do Livro de Mateus
Mateus é um dos
quatro relatos no Novo Testamento da biografia de Jesus. Como os outros, ele
relata poucos episódios das muitas coisas que Jesus fez durante 33 anos na
terra. Mateus inclui muitas citações do Velho Testamento, mostrando que Jesus
cumpriu as grandes profecias da antigüidade.
Mateus
1:1-17
A genealogia de Jesus: de Abraão até Jesus
Obs.: Esta genealogia é diferente, mas não
contradiz, a genealogia de Lucas 3. Mateus destaca a posição de Jesus em
relação aos hebreus, enquanto Lucas começa com Adão e mostra o relacionamento
de Jesus com todos os homens. Uma explicação comum e provável é que Mateus
traçou a linha através do pai (José) e que Lucas seguiu a linha de descendência
da mãe (Maria). Assim, Mateus apresentou o lado legal e Lucas o aspecto biológico
da linhagem de Jesus.
Obs.: Esta lista inclui cinco mulheres:
Tamar (que fingiu ser
prostituta e concebeu gêmeos do próprio sogro).
Raabe (a prostituta
poupada na destruição de Jericó).
Rute (viúva moabita
que casou com Boaz).
Bate-Seba (não chamada
por nome, mas era a mulher de Urias que cometeu adultério com Davi).
Maria (virgem que
concebeu pelo Espírito Santo).
1:18-25
Maria, desposada com
José, ficou grávida pelo Espírito Santo.
José, achando que ela
tinha cometido imoralidade com outro homem, ia rejeitá-la.
Um anjo do Senhor
explicou o que tinha acontecido, e falou para que ele não fizesse isso.
O FILHO TERIA O NOME DE JESUS (O SENHOR SALVA)
Seria chamado,
também, Emanuel (Deus conosco) para cumprir a profecia de Isaías 7:14.
José foi obediente e
não rejeitou Maria. Não teve relações íntimas com ela antes do nascimento de
Jesus.
Mateus 2
2:1-12
Jesus nasceu em
Belém, ao sul de Jerusalém, nos dias do rei Herodes.
Obs.: Herodes, o Grande, reinou de 37 a 4 a .C. e foi conhecido por sua
crueldade e paranóia. A idéia de um futuro rei nascer no território dele o
deixou apavorado, como veremos neste capítulo.
Vieram
"magos" do Oriente (provavelmente semelhantes aos magos e
encantadores do livro de Daniel).
Eles buscaram
revelações no lugar errado (olhando para as estrelas), mas Deus o conduziu à
verdade (revelada nas Escrituras–versículos 5 e 6) e na pessoa de Jesus
(versículos 9-11).
Quando Herodes ouviu
falar de outro rei, ele ficou perturbado e começou procurar uma maneira de
eliminar esta "ameaça" ao seu poder.
Os sacerdotes e
escribas ajudaram os magos, citando a profecia de Miquéias 5:2 sobre o
nascimento do Cristo em Belém.
Obs.: A profecia citada foi feita
aproximadamente 700 anos antes do nascimento de Jesus. De todos os lugares em
Israel, a pequena aldeia de Belém foi escolhida como o lugar onde Jesus
nasceria.
Herodes perguntou
sobre este rei dos judeus, fingindo que queria honrá-lo.
Os magos foram até
Belém e entraram na casa onde Jesus estava.
Obs.: A visita dos magos não aconteceu ao
mesmo tempo da visita dos pastores (veja Lucas 2). Os magos foram algum tempo
depois, até talvez dois anos mais tarde. A família de Jesus já estava numa
casa, e Herodes achou necessário matar crianças até dois anos depois de
perguntar para os magos sobre a aparição da estrela (versículo 7).
Obedecendo a
advertência divina, os magos não voltaram para Jerusalém e não falaram mais
para Herodes sobre Jesus.
2:13-18
Deus mandou que José
levasse Jesus e Maria para o Egito.
Ficaram no Egito até
a morte de Herodes (que aconteceu nos primeiros três anos da vida de Jesus).
Herodes mandou matar
todos os meninos de Belém de dois anos para baixo.
2:19-23
Depois da morte de
Herodes, um anjo de Deus apareceu a José num sonho, e mandou que ele voltasse
para a terra de Israel.
JOSÉ FEZ O QUE DEUS MANDOU
E FOI GUIADO ATÉ A GALILÉIA
O novo rei foi
Arquelau, filho de Herodes, o Grande. Arquelau reinou de 4 a .C. a 6 d.C.
José levou sua
família para morar em Nazaré.
Mateus 3
3:1-10
João Batista começou
seu ministério, pregando no deserto da Judéia.
A pregação dele
incluiu dois temas principais (veja a mensagem de Jesus em 4:17):
(1) O arrependimento.
(2) A chegada
iminente do reino dos céus.
João veio como
precursor de Jesus, cumprindo a profecia de Isaías 40:3.
Obs.: A citação de Isaías 40:3 aqui (3:3) é
importante. João veio para preparar o caminho do Senhor (Jesus). Na profecia
original, a palavra "Senhor" é o tetragrama (YWHW) que é usado como
um dos nomes mais comuns de Deus (traduzido como Senhor, Jeová, etc.). É uma de
muitas provas bíblicas da divindade de Jesus. As pessoas hoje que negam a
divindade de Jesus não aceitam o que a Bíblia afirma: Jesus é Jeová! (Para uma
explicação mais completa deste ponto, veja o livrete "Jesus e a Natureza
de Deus").
O "jeito"
de João Batista foi diferente, até estranho. Mas, não devemos nos preocupar com
a aparência ou o jeito do mensageiro. Devemos julgar pela fonte da mensagem.
Muitos judeus saíram
para serem batizados por João no rio Jordão.
João questionou os
motivos deles e ensinou que devessem produzir "frutos dignos de
arrependimento". Ele deixou claro que ninguém seria salvo por meramente
ser judeu.
Obs.: O arrependimento é uma decisão de
mudança, que deve ser acompanhado pelos frutos que mostram a sinceridade da
decisão.
As árvores que não
produzem bons frutos seriam cortadas e lançadas ao fogo.
3:11-12
João frisou um ponto
muito importante: a superioridade de Cristo.
(1) João não era
digno de levar as sandálias de Jesus (serviço de escravo)
(2) João não possuiu
o poder que Jesus tem. João tinha poder para batizar nas águas, mas Jesus
batizaria com o Espírito Santo e com fogo.
Obs.: Os comentários de João em 3:11 sobre os
batismos têm sido usados para defender várias idéias erradas sobre o batismo
com o Espírito Santo. Preste atenção neste trecho para observar:
(1) Que João não está
dizendo que o batismo com o Espírito Santo é mais importante do que batismo nas
águas. A comparação não está entre batismos, e sim entre pessoas. João tinha
poder sobre um pouco de água. Jesus tem poder sobre o Espírito Santo e sobre o
fogo.
(2) O sentido de
"fogo" neste contexto. Muitas pessoas associam o fogo daqui com as
"línguas, como de fogo" do dia de Pentecostes (Atos.2:3). Mas o
contexto de Mateus 3 mostra que o batismo com fogo é o castigo eterno dos
malfeitores (leia, de novo, 3:10 e 3:12).
3:13-17
Jesus foi da Galiléia
ao rio Jordão para ser batizado por João.
A conversa entre João
e Jesus destaca um fato importante: o propósito do batismo de Jesus era
diferente do que o dos outros que foram batizados. Jesus não tinha pecado, mas
se batizou para "cumprir toda a justiça", obedecendo a vontade do Pai
para trazer a salvação aos homens pecadores.
Logo após o batismo
de Jesus, encontramos três pessoas divinas fazendo coisas diferentes em lugares
diferentes ao mesmo tempo:
- Jesus saiu da água.
- O Espírito desceu
como pomba.
- Deus Pai falou do
céu.
Jesus se mostrou
obediente, e o Pai declarou sua satisfação com ele: "Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo."
Mateus 4
4:1-11
Depois de ser
batizado, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, onde ficou 40 dias em
jejum.
O diabo, aproveitando
o estado enfraquecido de Jesus, apareceu para o tentar.
As tentações nesta
ocasião foram três:
(1) Tornar pedras em
pão
(2) Lançar-se do
pináculo do templo
(3) Adorar ao diabo
para receber todos os reinos
As respostas de Jesus
foram sempre das Escrituras, que Jesus usou como a fonte da qual aprendemos a
vontade de Deus.
Obs.: O diabo se mostrou esperto, e também
começou a usar as Escrituras para tentar Jesus. Hoje, muitas pessoas usam as
Escrituras, tirando algum versículo do contexto e interpretando-o de uma
maneira errada, para apoiar doutrinas falsas. Tais professores aprenderam bem
do diabo!
A terceira tentação
ofereceu para Jesus um atalho ao seu alvo. Jesus veio para ser rei, para ter
toda autoridade. Mas, o caminho escolhido por Deus envolveria muito sofrimento
e dor. O diabo ofereceu um atalho. O fim não justificou o meio errado. Jesus
ficou firme na sua determinação de fazer a vontade do Pai.
Obs.: A resposta de Jesus no versículo 10 é
importantíssima para entender questões sobre louvor e divindade. Somente Deus
merece adoração. Homens e anjos recusaram a adoração em outras ocasiões. O fato
que Jesus, com pleno entendimento deste fato, aceitou a adoração diversas vezes
mostra que ele se considerou divino. Jesus é Deus.
4:12-17
Quando João Batista
foi preso, Jesus saiu da Judéia e voltou para a Galiléia. Ele mudou para a
cidade de Cafarnaum.
Ele começou a pregar
naquela região, repetindo a mesma mensagem que João pregava (veja 3:2).
4:18-22
Jesus chamou os
primeiros quatro seguidores:
Simão Pedro
André
Tiago (filho de
Zebedeu)
João (filho de
Zebedeu)
Eles deixaram as
redes (eram pescadores) e foram imediatamente com Jesus para se tornarem
pescadores de homens.
Obs.: Quando estudamos os quatro relatos do
evangelho, é interessante colocar algumas coisas na seqüência da história. Dá
para ver como João preparou o caminho de Jesus, até o apresentando aos
discípulos dele. Depois, quando Jesus chamou, eles estavam prontos a seguir.
4:23-25
Jesus ficou bem
conhecido nas regiões de Galiléia, Síria, etc. Ele estava pregando o evangelho
e curando os enfermos.
Começamos agora o
estudo do sermão do monte, no qual Jesus descreve o caráter do cidadão do reino
dele (compare 4:17).
Mateus 5:1-16
5:1-12
Jesus começa o mais
famoso sermão da história com as "bem-aventuranças", uma série de
afirmações sobre as qualidades do verdadeiro discípulo de Cristo.
Algumas observações
ajudarão no estudo deste trecho:
(1) Ele quer que
desenvolvamos todas estas características. Esta mensagem não é um tipo de
"restaurante por kilo" onde cada pessoa escolhe a qualidade que mais
lhe agrada. O servo do Senhor precisa manifestar todas estas qualidades.
(2) Jesus começa com
o coração. Diferente de muitas pregações de hoje que começam com regras de
comportamento, Jesus começa com o coração. Atingindo o coração do discípulo,
ele causará mudanças radicais no comportamento. A mensagem de Cristo age de
dentro para fora.
(3) Jesus está
falando de qualidades espirituais. As bem-aventuranças não tratam de fome e
sede físicas, mas de fome e sede de justiça.
5:13-16
Jesus utiliza aqui
duas ilustrações para falar sobre o efeito do discípulo no mundo:
(1) Sal da terra. O
sal conserva. O cristão traz uma qualidade diferente ao mundo, que serve para
conservar e salvar almas.
(2) Luz do mundo. A
luz ilumina e expele a escuridão. A vida do cristão no mundo de trevas é assim.
Obs: Obras para ser vistas? Alguém poderia
interpretar versículo 16 para dizer que devemos chamar atenção às nossas boas
obras. Mas, ele mostra no início do capítulo 6 que não é o sentido. Nunca
devemos fazer as coisas com o intuito de sermos vistos por homens mas, ao mesmo
tempo, não é possível esconder as boas obras feitas por servos fiéis.
Mateus
5:17-48
5:17-20
Obs.: Jesus já havia
se tornado uma figura polêmica, e faz questão de esclarecer alguns pontos
importantes antes de entrar numa série de contrastes. Muitas pessoas da época
respeitavam os fariseus como fiéis defensores da lei do Velho Testamento (dada
por Deus através de Moisés). Jesus já tinha discutido diferenças com os
fariseus em várias ocasiões, principalmente sobre o sábado. Antes de desafiar
diretamente os ensinamentos deles, ele quer deixar bem claro que ele respeita
totalmente a vontade do Pai, o qual revelou a lei do Velho Testamento.
Ele veio para
cumprir, não revogar. A lei de Moisés preparou o povo para a vinda de Jesus.
Estava cheia de sombras, tipos e profecias sobre o Messias. Jesus não ia negar
nem jogar fora aquelas palavras significantes. Ele veio para cumprir o
propósito da lei, e trazer a solução para o problema que a lei revelou
nitidamente: o pecado.Nada passaria até cumprir tudo.
Obs.: Muitas pessoas esquecem do significado
da palavra "até". A mesma palavra grega é usada em Mateus 1:25
(traduzida "enquanto" na RA2 e "até" na RC e na BLH).
Mateus 1:25 não afirma que Maria permaneceu virgem para sempre, mas que ela não
teve relações com o marido até o nascimento de Jesus. De semelhante modo, Mateus
5:18 não está dizendo que a lei de Moisés continua em vigor para sempre, mas
que nenhuma palavra dela passaria até que tudo se cumprisse. Jesus veio para
cumprir a lei, e não removeria nenhuma palavra dela antes de cumprir esta
missão.
Jesus não estava
contradizendo a lei, nem incentivando outros a rejeitá-la. Ele mesmo guardou os
mandamentos.
Mas, ele chamou seus
discípulos a praticar uma justiça maior que a dos fariseus e escribas. A série
de contrastes que segue mostra a diferença entre os ensinamentos de Cristo (nos
quais ele vai ao coração do servo) e os dos fariseus e escribas (os quais
inventaram muitas regras externas sem respeitar os princípios maiores da lei).
5:21-26
Tradição dos
fariseus: Não pode matar, mas pode odiar.
Palavra de Jesus: Nem
pode odiar; precisa resolver diferenças com outros.
5:27-32
Tradição dos
fariseus: Não pode cometer o ato de adultério.
Palavra de Jesus:
Além de não cometer o ato de adultério, precisa evitar outras formas do mesmo
pecado: (1) Pensamentos impuros; (2) Adultério "legalizado" pelos
homens na forma de casamentos ilícitos.
5:33-37
Tradição dos
fariseus: Se usar o nome de Deus, tem que cumprir seu juramento.
Palavra de Jesus:
Fale a verdade sempre, não procurando alguma saída através de juramentos menos
solenes.
5:38-42
Tradição dos
fariseus: Pratique a vingança justa. Palavra de Jesus: Não se vingue.
5:43-48
Tradição dos
fariseus: Ame ao próximo e odeie seu inimigo.
Palavra de Jesus: Ame
a todos, até aos inimigos.
Mateus 6:1-18
6:1-8
Jesus entra numa nova
parte da mensagem, falando sobre o perigo de fazer as nossas obras para sermos
vistos por homens. Ele não está dizendo que o discípulo esconderá todas as boas
coisas que faz (compare 5:16), mas que nunca devemos fazer as coisas apenas
para sermos vistos por homens. Devemos servir a Deus, e nos comportar de uma
maneira agradável a ele.
Esmolas devem ser
dadas para servir a Deus e para ajudar aos necessitados, não para glorificar a
pessoa que dá.
Orações devem ser
dirigidas a Deus, não aos homens. Aqui, ele não está condenando orações feitas
em público e nem está sugerindo que a oração não terá algum benefício para os
ouvintes (compare João 11:41-42). Ele está criticando as orações feitas para
impressionar os homens, ao invés de comunicar com Deus.
Jesus inclui nesta
advertência algumas práticas comuns na época:
(1) a tendência de
alguns judeus de fazer orações na rua para serem vistos dos homens, e
(2) a prática de
alguns gentios (pagãos) de usar muitas vãs repetições nas orações.
Obs.: Algumas pessoas, determinadas a fazer
regras onde Jesus faz apelos aos corações, têm distorcido a mensagem do
versículo 5. Inventam regras dizendo que é pecado orar em pé, mas isso não é o
ponto de Jesus. Em Lucas 18:13-14, o homem justificado orou em pé.
6:9-13
Jesus ofereceu um
exemplo de como orar. Ele não estava sugerindo que usássemos as mesmas palavras
ou que repetíssemos sempre a mesma oração (lembra-se do versículo 7). Mas,
nesse exemplo, ele mostra o respeito que devemos mostrar e dá exemplos das
coisas que podemos incluir em nossas orações. Considere os elementos básicos
dessa oração:
Expressão de
reverência e louvor para com Deus.
Ênfase na vontade de
Deus acima da nossa.
Reconhecimento da
nossa dependência de Deus pelas necessidades do dia-a-dia.
Pedidos de ajuda na
vida espiritual (perdão dos pecados e proteção das tentações)
Obs.: Aprendemos como orar. A oração é nossa
comunicação com Deus (e o estudo da Bíblia é a comunicação dele conosco). Para
comunicar bem com Deus, devemos aprender das orientações dadas por Jesus,
aquele que havia comunicado com o Pai desde eternidade.
6:14-15
A importância de
perdão. O ensinamento de Jesus sobre perdão é absolutamente claro. Se não
perdoarmos às pessoas que nos ofendem, não seremos perdoados por Deus (veja
18:21-35).
6:16-18
Jesus ensinou que
jejuns não devem ser feitos para ser vistos por homens. Ao invés de chamar
atenção ao sofrimento durante o jejum, a pessoa deve agir de uma maneira que
ninguém perceba que está de jejum.
Mateus
6:19-34
6:19-23
Jesus introduz seu
discurso sobre prioridades desafiando cada discípulo a examinar seu coração e
sua maneira de olhar para as coisas da vida. Temos que ser pessoas espirituais,
depositando nossos tesouros no céu.
6:24-34
Cada servo precisa
escolher entre dois possíveis senhores.
Se optarmos servir às
riquezes, não seremos servos de Deus.
O problema de servir
às riquezas não é só dos ricos. Até os pobres, na ansiedade sobre as
necessidades da vida cotidiana, facilmente acabam servindo as riquezas.
O mesmo Deus que
cuida das plantas e dos passarinhos cuidará de nós, se servirmos a ele de
coração.
Jesus proíbe a
ansiedade (veja Filipenses 4:6-7).
Ele exige que
busquemos em primeiro lugar o reino de Deus. Fazendo assim, teremos as
necessidades da vida.
Obs.: Ele não sugere a busca do reino como
meio de adquirir bens materiais. Muitas pessoas hoje não estão buscando o reino
de Deus e sua justiça, e sim, o reino do "eu" e seu dinheiro. Entram
numa igreja, não para servir a Cristo, mas para resolver problemas financeiros,
de saúde, etc.
E, infelizmente,
muitos pastores são lobos vorazes aproveitando a fraqueza de tais pessoas.
Jesus nos chama para outras prioridades. Vamos seguí-lo.
Mateus 7
7:1-5
Jesus condena o
julgamento hipócrita. Não devemos condenar as falhas dos outros e defender os
nossos próprios erros. Para ilustrar o ponto, Jesus usa uma figura engraçada de
uma pessoa tentando tirar uma coisa insignificante do olho do outro quando ela
mesma tem um grande pedaço de madeira no próprio olho.
Obs.: O versículo 1 é, freqüentemente, usado
para dizer que nunca devemos criticar ou julgar nada, e que não devemos dizer
que uma pessoa está errando. Não é o ponto, como fica claro no próprio contexto
e em outros trechos bíblicos. Mateus 7:6 exige julgamento para identificar cães
e porcos. 7:15-20 exige julgamento pelos frutos para identificar falsos
profetas. 1 Tessalonicenses 5:20-21 diz que devemos julgar todas as coisas.
Jesus não condenou o julgamento (discernimento) de coisas nem de pessoas. Ele
proibiu o julgamento hipócrita para destruir ou condenar.
7:6
Quando pessoas
claramente mostram desdém pelo evangelho, não devemos continuar insistindo e
forçando-as a aceitar a palavra. Algumas pessoas, cauterizadas pelo pecado, não
conseguem apreciar o grande valor da palavra de Deus.
7:7-12
Deus nos assegura do
poder do Deus que ouve as nossas orações. Ele ouve e responde.
Obs.: Isso não quer dizer que ele sempre dará
a resposta que queremos. O mesmo Deus que deixou o Filho beber o cálice de
sofrimento (Mateus 26:36-46) e que deixou Paulo sofrer com seu espinho na carne
(2 Coríntios 12:7-10), pode achar melhor não dar o que pedimos. Ele faz melhor
ainda: ele dá o que precisamos!
Obs.: Estes versículos são usados, muitas
vezes, para defender o "evangelho da prosperidade", ou seja, a
doutrina popular e errada que Deus quer a prosperidade financeira e a boa saúde
física de todos os fiéis.
O próprio contexto é
suficiente para provar que não é o ponto. Jesus mesmo condenou a busca de
riquezas e pregou o contentamento (Mateus 6:19-21,25,31-34).
7:13-27
O discípulo de Cristo
escolhe entre:
(1) Duas estradas
(13-14).
(2) Dois tipos de
profetas ou professores (15-23).
(3) Dois fundamentos
(24-27).
Obs.: Entre as muitas lições deste trecho,
encontramos os seguintes pontos importantes:
(a) Jesus ensinou
sobre uma separação eterna que depende da escolha de cada pessoa.
(b) Existem falsos
profetas, que se disfarçam em ovelhas, que podem ser julgados pelos
ensinamentos.
(c) Algumas pessoas
chegarão ao julgamento final, confiantes da salvação, só para serem rejeitadas
por Jesus.
(d) A única maneira
de ter segurança espiritual é edificar a vida sobre o alicerce da palavra de
Deus.
7:28-29
A mensagem conhecida
como o sermão do monte é maravilhosa. A pessoa que a pregou é maior ainda!
Mateus 8
8:1-4
Depois do sermão do
monte, multidões seguiram a Jesus.
Um leproso veio a
Jesus e foi curado.
Obs.: O leproso adorou a Jesus. Jesus
entendeu bem que a adoração pertence somente a Deus (4:10). Bons homens e anjos
recusaram tal adoração (Atos 10:25-26; 14:11-18; Apocalipse 22:8-9). Quando
Herodes aceitou a glória que pertencia a Deus, ele foi ferido por um anjo do
Senhor (Atos 12:12-23). Jesus não recusou a adoração, e ainda foi exaltado pelo
Pai. Existe apenas uma possível explicação: Jesus é divino; ele é Deus.
Obs.: Durante sua vida aqui, Jesus obedeceu a
lei de Moisés e ensinou que outros fizessem a mesma coisa. Aqui, ele enviou o
homem curado a fazer a oferta que a lei exigia.
8:5-13
Voltando para
Cafarnaum, Jesus encontrou um centurião que veio pedindo que ele curasse seu
servo paralítico.
Jesus falou que iria
até à casa dele, mas o centurião demonstrou entendimento e fé no poder da
palavra de Jesus. Jesus elogiou a fé dele, e curou o servo de longe.
Obs.: O significado dos versículos 11 e 12, provavelmente,
passou despercebido pelo povo. Jesus predisse a inclusão dos gentios no reino
dele, mas os judeus continuaram pensando em termos nacionais.
8:14-17
Jesus curou a sogra
de Pedro.
Obs.: Pedro já era casado. Paulo disse em 1
Coríntios 9:5 que os outros, também, eram homens casados. Uma das qualificações
de presbíteros ou pastores (mas não de apóstolos, 1 Coríntios 7:8) é que eles
sejam casados (1 Timóteo 3:2; Tito 1:6). Pedro, mais tarde, serviria como
presbítero (1 Pedro 5:1).
JESUS REALIZOU VÁRIAS OUTRAS CURAS.
Obs.: O comentário no versículo 17 tem sido
usado para sugerir que Jesus veio para curar enfermos. Mas, no contexto dos
evangelhos e dos outros livros do Novo Testamento, percebemos que o argumento
de Mateus aqui é um pouco mais complexo. Isaías 53:4 está falando sobre o
sacrifício de Jesus para curar a doença espiritual do homem. As curas físicas
serviam para demonstrar o poder dele, assim confirmando a palavra que ele
pregou. Jesus mesmo nos dá esta explicação em 9:18, que fará parte do nosso
próximo estudo. O ponto é este: as curas e os outros milagres de Jesus tiveram
um papel secundário no trabalho dele, mostrando sua capacidade de cumprir seu
principal objetivo: vencer o diabo, o pecado e a morte que vem por causa do
pecado.
8:18-22
Jesus mostrou que não
é fácil ser discípulo dele. Muitas pessoas falam da boca para fora sobre seu
desejo de servir a ele. Jesus enfatizou as dificuldades do caminho para
desafiar cada pessoa a fazer os sacrifícios necessários para seguí-lo.
8:23-27
Jesus dormia no barco
durante um temporal que assustou os discípulos.
Quando eles o
acordaram, Jesus os repreendeu e, depois, acalmou o mar.
Eles ficaram
admirados, pois este milagre mostrou seu poder sobre uma coisa muito maior
(fisicamente) do que ele.
Obs.:
Este capítulo contém dois milagres extraordinários, mostrando que Jesus
dominava não apenas doenças de indivíduos, mas também tinha poder a longa
distância e sobre a própria natureza.
8:28-34
Jesus chegou ao outro
lado do mar da Galiléia, à região de Decápolis.
Dois endemoninhados
saíram ao seu encontro, e gritaram para ele.
Obs.: Os relatos de Marcos e Lucas falam de
um endemoninhado, enquanto Mateus afirma que houve dois. Algumas pessoas citam
casos como este para sugerir que há contradições entre os evangelhos. Mas o que
encontramos aqui é uma diferença em ênfase, e não uma contradição. Marcos e
Lucas falam sobre um, mas não dizem que houve apenas um. Talvez um dos dois era
mais conhecido pelo povo, e eles não comentam sobre o companheiro. Mateus,
neste caso, fornece um detalhe a mais.
Os demônios pediram
que ele não os lançasse fora (para o abismo, Lucas.8:31). Pediram que ele os
mandasse para uma manada de porcos.
Jesus fez isso, e os
porcos se jogaram no mar e morreram.
As pessoas da cidade
ficaram sabendo desse milagre e pediram que Jesus saísse da terra deles.
Obs.: Os gadarenos mandaram Jesus embora.
Pode ser que temiam o poder do Santo de Israel no meio deles, um povo
pecaminoso. Pode ser que meramente não queriam perder mais dinheiro por causa
dele (imagine o valor da manada de porcos que já perderam). Eles não aceitaram
Jesus. Marcos (5:18-20) e Lucas (8:38-39) dizem que Jesus deixou o homem curado
para trás para testemunhar àquele povo.
Mateus 9
9:1-8
Jesus voltou para
Cafarnaum.
Um paralítico foi
levado a Jesus para ser curado.
Ao invés de falar
sobre a enfermidade física do homem, Jesus disse: "Estão perdoados os teus
pecados".
Os escribas o
acusaram de blasfêmia, pois somente Deus pode perdoar pecados (veja Marcos
2:7).
Obs.:Na sua discussão com os escribas, Jesus
não negou a sua própria divindade. Ele deixou bem claro que ele tem poder para
perdoar pecados.
Obs.: A cura física aqui serviu para
demonstrar seu poder para curar doenças espirituais. Jesus é capaz de perdoar
pecados.
9:9-13
Jesus chamou Mateus,
um cobrador de impostos, para ser discípulo dele.
Jesus comeu na casa
de Mateus, e foi criticado pelos fariseus.
Ele disse que veio
para procurar os pecadores, e não os justos.
9:14-17
Os discípulos de João
perguntaram sobre o jejum, e Jesus disse que os discípulos dele ainda não
tinham motivo para jejuar, pois ele estava presente.
Com duas ilustrações
(pano e odres), ele mostrou que os ensinamentos dele nunca poderiam caber nos
costumes antigos conhecidos pelo povo. Jesus trouxe coisas novas, até radicais.
9:18-26
Um chefe da sinagoga,
Jairo (veja Marcos 5:22-24), pediu que Jesus fosse para salvar a sua filha.
Jesus foi, mas
demorou porque uma mulher tocou na veste dele para ser curada de uma
enfermidade que havia a perturbada durante 12 anos. Jesus elogiou a fé dela.
Chegando na casa do
chefe, Jesus disse que a menina não estava morta. As pessoas riam-se dele.
Jesus ressuscitou a
menina.
9:27-34
Jesus curou dois
cegos, e mandou que eles não falassem com ninguém. Eles, porém, saíram
espalhando a notícia da cura.
Jesus expulsou um
demônio de um mudo, e os fariseus alegaram que o próprio diabo deu-lhe este
poder.
Obs.: Esta acusação surgirá outras vezes.
Veremos a resposta de Jesus no capítulo 12.
9:35-38
Jesus viu as multidões
e teve compaixão das pessoas perdidas, como ovelhas sem pastor. Ele comentou
sobre a grande seara e a necessidade de trabalhadores.
Obs.: Hoje, devemos ter a mesma compaixão e
orar diligentemente que Deus mande trabalhadores para a seara.
Mateus 10
10:1-4
Jesus escolheu doze
dos seus discípulos (seguidores) para serem apóstolos (enviados).
10:5-15
Ele os orientou,
dando uma "comissão limitada" a eles.
Eles foram enviados
aos judeus, para pregar o evangelho do reino e realizar milagres.
Ele proibiu que
levassem seu sustento, dizendo que o trabalhador é digno do seu alimento.
Ele mandou que
sacudissem o pó dos pés se a palavra for rejeitada em algum lugar.
Obs.: As instruções de Jesus aos apóstolos
antes de sua ascensão são geralmente conhecidas como a "grande
comissão" (veja Mateus 28:18-20). Nela, os apóstolos foram enviados ao
mundo. Nesta comissão limitada, eles foram enviados somente aos judeus.
10:16-23
Jesus os avisou que o
trabalho seria difícil e que enfrentariam perseguições e rejeição.
10:24-33
A perseguição era
coisa normal, como a própria vida de Jesus demonstrou.
Mas, ele os consolou,
dizendo que Deus nunca esqueceria deles.
10:34-39
Jesus mostrou um lado
da pregação do evangelho que é importante e freqüentemente esquecido: a palavra
de Deus causa separação e divisão, até entre famílias.
Temos que amar a
Jesus acima de família, e tomar a cruz para o seguir.
10:40-42
Mas, por outro lado,
as pessoas que recebem e apóiam os servos de Deus receberão a recompensa de
Deus.
Mateus 11
11:1-6
Jesus enviou os
apóstolos para pregar e ele, também, saiu para pregar em várias cidades.
João Batista ouviu
sobre Jesus e seu trabalho, e enviou seus discípulos para perguntar se ele era,
de fato, o Messias.
Jesus respondeu com
as provas do seu próprio trabalho: os milagres e o fato que o evangelho foi
pregado aos pobres.
Obs.: João, sofrendo por causa do evangelho,
enfrentou algumas dúvidas. Talvez achou que Jesus estava demorando para cumprir
sua missão. A resposta de Jesus relembrou João das profecias importantes do
Velho Testamento, mostrando que Jesus estava, de fato, cumprindo seu propósito.
11:7-19
Jesus aproveitou a
ocasião para falar sobre o trabalho de João.
Depois desses
comentários, ele falou sobre a atitude do povo, que rejeitou João e também rejeitou
Jesus. Os dois vieram com estilos bem diferentes, e os judeus recusavam
ouvi-los.
11:20-24
Jesus deu advertência
forte às cidades que não aceitaram o evangelho, dizendo que seriam julgadas
pela descrença.
11:25-30
Jesus agradeceu ao
Pai por ter se revelado (através dele) aos pobres e humildes.
Jesus convidou os
cansados e sobrecarregados ao descanso que ele oferece.
Mateus 12:1-21
12:1-8
Os fariseus
criticaram os discípulos de Jesus por colher espigas para comer no sábado.
Jesus respondeu à
crítica com vários argumentos:
(1) Davi e seus
homens comeram os pães da proposição, mas isso não era lícito.
(2) Os sacerdotes,
sob a lei de Moisés, trabalham ao sábado, assim "violando" a lei sem
culpa.
(3) Deus dá mais
importância à misericórdia do que aos holocaustos.
(4) Jesus é senhor do
sábado (e, também, maior que o templo).
Obs.: O argumento de Jesus sobre Davi e os
pães de proposição é difícil de entender. Qual o sentido? Considere duas
possibilidades para ver qual cabe melhor no contexto:
(1) Enquanto foi
tecnicamente errado comer os pães do templo, Davi, seus homens e os sacerdotes
não pecaram porque agiram de um modo misericordioso, salvando as vidas dos
homens.
(2) Davi e seus
homens pecaram enquanto os discípulos de Jesus não pecaram. Mas, os mesmos
fariseus que defenderiam Davi como grande servo de Deus condenaram os
discípulos de Jesus!
Eu acho a segunda
explicação mais forte, por causa destes quatro motivos: (a) Jesus mesmo disse
que o ato de Davi não era lícito (versículo 4); (b) Ele afirmou que os
discípulos eram inocentes (versículo 7); (c) Jesus não considerou fome motivo
para fazer coisas erradas (Mateus 4:2-4); (d) Ele ensinou a obediência completa
aos mandamentos de Deus (Mateus 5:19).
Obs.: Jesus é senhor do sábado. Alguns usam
este versículo para defender a prática de guardar o sábado hoje em dia. Mas, no
contexto, o ponto é outro. É uma afirmação da autoridade de Jesus. Ele é maior
do que o templo e maior do que o sábado. Ele, sendo Deus, era a fonte das leis
de Deus. Qualquer dúvida sobre a lei deveria ser resolvida por ele, e não pelos
fariseus.
12:9-14
Uma vez que Jesus se
declarou "senhor do sábado", os fariseus não demoraram em prová-lo.
Quando foi apresentado no sábado um homem com uma mão defeituosa, eles
perguntaram: "É lícito curar no sábado?"
Jesus respondeu com
uma ilustração simples: Qualquer um tiraria uma ovelha de uma cova no sábado, e
o homem vale mais do que a ovelha.
Jesus curou o homem,
aparentemente sem "fazer" nada. Ninguém considera pecado falar no
sábado, e os fariseus saíram frustrados. Eles não venceram pela palavra, então
procuraram oportunidade de vencer pela violência.
12:15-21
Jesus não enfrentou
seus inimigos. Ele não temia a morte, mas sabia que ainda não havia chegado a
hora certa.
Deus escolheu Jesus,
e ele se mostrou misericordioso, olhando para os frágeis e rejeitados.
Obs.: Reflita no ponto de vista do Pai quando
ele considerou o trabalho do Filho. Jesus era: (1) servo, (2) escolhido, (3)
amado pelo Pai e (4) foi lhe agradável.
Mateus 12:22-50
12:22-32
Quando Jesus expulsou
o demônio de um homem possesso, os fariseus alegaram que ele havia feito esse
milagre pelo poder do diabo.
Jesus respondeu com
estes argumentos:
(1) Um reino dividido
não sobrevive: Será que o diabo estava se destruindo?
(2) A crítica deles
atingia não apenas Jesus, mas os filhos deles que expulsavam (ou alegavam
expulsar) demônios.
(3) Era necessário
arramar o valente (Satanás) para roubar os bens dele (livrar as pessoas do
domínio do diabo).
Em contraste com as
alegações falsas dos fariseus, Jesus ofereceu algumas conclusões corretas:
(a) A expulsão dos
demônios foi evidência nítida que o reino de Deus estava para chegar.
(b) Os homens ou
apóiam ou se opõem a Jesus: não há meio termo.
(c) A blasfêmia
contra o Espírito Santo é um pecado imperdoável.
Obs.: O trabalho principal do Espírito Santo
foi a revelação e a confirmação da palavra de Deus. Ele revelou o evangelho e o
confirmou com sinais e prodígios. Esta palavra é o meio escolhido por Deus para
perdoar e salvar (Romanos 1:16). Alguém poderia falar contra Cristo e, depois,
ser convencido pelos sinais e pela palavra dele e se arrepender. Tal pessoa
seria perdoada. Mas, a pessoa que se endurece contra Deus, absoluta e
finalmente rejeitando a palavra que o Espírito Santo, não teria possibilidade
de ser salva. A blasfêmia contra o Espírito Santo é uma atitude irreversível de
rejeição da revelação de Deus. Se recusar durante a vida toda a palavra que o
Espírito revelou, não tem promessa nem esperança de ainda outro Consolador.
12:33-37
A pessoa é julgada
pelos frutos que ela produz.
Os fariseus eram
maldizentes porque os corações estavam cheios de maldade.
As próprias palavras
justificam ou condenam a pessoa.
12:38-42
Alguns escribas e
fariseus, talvez querendo justificar sua lerdeza em acreditar, pediram mais um
sinal.
Jesus ofereceu um só:
o sinal de Jonas. A ressurreição dele seria evidência suficiente para levar
qualquer pessoa honesta à verdade sobre o Cristo.
12:43-45
Jesus advertiu as
pessoas sobre o perigo de perder a sua salvação, deixando o diabo tomar posse
delas de novo.
12:46-50
A família de Jesus
chegou e Jesus foi avisado. Ao invés de parar o seu trabalho para atender a sua
família, Jesus enfatizou a importância de ser família espiritual, fazendo a
vontade do Pai.
Obs.: A Bíblia fala aqui, e em outros
lugares, sobre a mãe e os irmãos de Jesus. Destas passagens aprendemos que
Maria teve outros filhos depois do nascimento de Jesus, provando que a doutrina
católica que ela era virgem perpétua não tem apoio bíblico. Se ele tivesse
recusado manter relações conjugais com José, assim ficando virgem durante a
vida toda, teria pecado contra ele e contra Deus (compare o ensinamento sobre a
importância e a pureza das relações sexuais entre marido e esposa, 1 Coríntios
7:3-5; Hebreus 13:4).
Obs.: Podemos estranhar com o tratamento que
Jesus deu a sua família aqui, mas alguns comentários em outros relatos ajudam.
Marcos 3:21 mostra o motivo que os parentes foram até Jesus: queriam o prender,
achando que ele havia enlouquecido. Os próprios irmãos de Jesus, até então, não
acreditavam nele (veja João 7:5). Lucas 8:19 acrescenta outro fato: eles não
conseguiram chegar perto por causa da multidão, e Jesus deu importância as
pessoas que estavam buscando a palavra dele.
Mateus 13:1-23
Obs.: O estudo de hoje é sobre uma das
parábolas mais importantes que Jesus falou. A parábola do semeador ensina muito
sobre o poder do evangelho e sobre as atitudes diferentes dos ouvintes.
13:1-9
O semeador saiu para
semear. Na época, eles semearam lançando sementes e as deixando cair. Assim,
algumas caíram em lugares bons e férteis, e outras em lugares duros ou secos.
A semente caiu em
quatro tipos diferentes de solo:
(1) À beira do
caminho: as aves comeram a semente.
(2) Rochoso: nasceu,
mas foi queimada pelo sol.
(3) Espinhoso:
nasceu, mas foi sufocada pelos espinhos.
(4) Bom: cresceu e
deu fruto.
13:10-17
Jesus explicou seus
motivos por usar parábolas no seu ensinamento.
Algumas pessoas não
entendem as parábolas, pois seus corações são duros e os olhos fechados.
Mas os discípulos de
Jesus entendem suas mensagens.
13:18-23
Jesus explicou a
parábola do semeador, ilustrando o ponto ensinado nos versículos 10-17. A diferença não está na
semente e sim nos solos.
O solo à beira do
caminho representa as pessoas que não aceitam a palavra. O evangelho não entra
no coração.
O solo rochoso
representa as pessoas que aceitam a palavra com alegria, mas que não
desenvolvem raízes. Quando vêm perseguições e problemas, a pessoas desiste.
O solo espinhoso
representa pessoas que ouvem a palavra mas que deixam seu interesse em coisas
espirituais ser sufocado pelas preocupações desta vida.
O solo bom representa
os corações bons que aceitam a palavra e produzem frutos na sua própria vida.
Mateus 13:24-58
13:24-30
A parábola do joio.
Um homem plantou boa
semente no seu campo, mas seu inimigo semeou joio no meio do trigo. O trigo e o
joio cresceram juntos.
Os servos pensaram em
arrancar o joio, mas o dono do campo não permitiu. Ele falou que deixassem o
trigo e o joio juntos até à colheita, quando seriam separados.
Obs.: Jesus mesmo dará o sentido desta
parábola em 13:36-43. Vamos aguardar a palavra dele para entender a mensagem.
13:31-32
A parábola do grão de
mostarda.
O reino dos céus é
comparado ao crescimento impressionante de mostarda. Um grão pequeno, uma vez
plantado, produz uma planta grande.
13:33
A parábola do
fermento.
O reino se espalha
como fermento em farinha.
Obs.: Fermento, normalmente, representa
pecado e impureza (Levítico 2:11; Mateus 16:12; 1 Coríntios 5:6-8; etc.). Mas
nesta pequena parábola, ele não tem tal significado. Jesus emprega a figura do
fermento para ensinar uma coisa só: que o reino dele se espalharia.
13:34-35
Jesus usou parábolas
como um meio de comunicação para revelar coisas outrora ocultas.
13:36-43
Os discípulos pediram
que Jesus explicasse a parábola do joio.
O homem que semeou o
trigo é Jesus.
O campo é o mundo. A
boa semente representa os servos de Deus e o joio os servos do diabo
Obs.: O versículo 38 é importantíssimo para entender
esta parábola. Muitas pessoas usam esta parábola para defender a tolerância do
pecado na igreja, hoje, dizendo que só Jesus, no julgamento final, separará o
trigo do joio. Mas, este versículo mostra que ele está falando sobre o mundo, e
não apenas a igreja. No mundo, convivemos com pecadores (veja Mateus 9:10-13;
João 17:14-19; 1 Coríntios 5:9-10). Mas, as pessoas que insistem em viver no
pecado sem se arrepender devem ser expulsas do meio dos cristãos (1 Coríntios
5:1-13; 2 Tessalonicenses 3:6-15; Mateus 18:15-17). A parábola do joio não
ensina a tolerância do pecado na igreja.
Jesus explica que, no
julgamento final, haverá separação eterna entre trigo e joio.
13:44-46
Nestas duas
parábolas, Jesus fala sobre o grande valor do reino dele. Devemos sacrificar
tudo para receber o tesouro que Deus nos oferece.
13:47-50
A parábola da rede,
semelhante à do joio, mostra que haverá um julgamento e separação entre os
servos de Deus e os pecadores.
13:51-58
O ensinamento de
Jesus era diferente e, por esse motivo, chamou atenção em todos os lugares que
ele visitou.
Mas, na própria
região onde ele foi criado, as pessoas tropeçaram e rejeitaram o Filho de Deus
que estava no meio delas.
Mateus 14
Obs.: Nosso estudo seguirá o relato de
Mateus. Porém, um estudo deste capítulo junto com os paralelos nos outros
evangelhos é extremamente rico. Ajuntando as informações, percebemos que Jesus
se encontrou numa situação cheia de pressão. Os apóstolos voltaram de sua
missão; as multidões os seguiram; muitas pessoas queriam conhecer Jesus; chegou
a notícia da morte de João Batista; a popularidade de Jesus estava aumentando
cada vez mais. A lição importante aqui está na maneira que Jesus lidou com esta
situação complicada. Ele conseguiu manter a calma, e procurou aproximar mais do
Pai.
14:1-12
Herodes ouviu sobre
Jesus e achou que ele era João Batista ressuscitado.
Mateus insere aqui o
relato da morte de João.
João foi morto por
causa de Herodias. Ela tinha divorciado seu marido (Filipe) e casado com o
irmão dele (Herodes Antipas, o qual reinou até 39 d.C., o mesmo que estava em
Jerusalém quando Jesus foi condenado à morte).
João ensinou a
verdade sobre esse casamento ilícito: "Não te é lícito possuí-la".
Obs.: Marcos 6:17 claramente afirma que
Herodes e Herodias eram casados. Este exemplo esclarece alguns pontos
importantes:
(1) O fato que o
governo ou a sociedade aceitam um casamento não quer dizer que seja lícito
perante o Senhor. A própria Bíblia diz que eram casados, mas Deus não autorizou
tal casamento.
(2) Herodes estava
pecando enquanto ele continuava possuindo Herodias. Em casos de casamentos
adúlteros, a única maneira de mostrar frutos de arrependimento é separar-se do
cônjuge ilícito. A palavra de Deus não autoriza pessoas a continuarem em
adultério.
(3) A vontade de Deus
sobre o casamento aplica a todos os homens: judeus, gentios, cristãos e
descrentes. Herodes e Herodias não faziam parte do reino de Cristo, mas João
condenou o casamento deles.
Herodias aproveitou
uma oportunidade para pedir a morte de João. A filha dela dançou na festa do
aniversário de Herodes de uma maneira que agradou a ele e aos convidados. Ele
ofereceu para ela qualquer coisa, até a metade do reino dele. Ela consultou a
mãe e pediu a cabeça de João Batista num prato.
Obs.: O diabo teve uma festa naquele dia. Uma
festa mundana (provavelmente com uma abundância de bebidas alcoólicas), a
sensualidade da dança, a falta de domínio próprio do rei, a promessa
precipitada dele, o ódio de Herodias. Todos os fatores cooperaram para conduzir
um homem inocente, fiel e corajoso à morte.
Os discípulos de João
sepultaram o corpo e levaram a notícia a Jesus.
14:13-21
Jesus se retirou para
um lugar deserto, mas a multidão foi atrás.
Ele teve compaixão e
curou os enfermos.
Ficou tarde, e os
apóstolos começaram a se preocupar com a fome dos ouvintes.
Jesus pediu que os
apóstolos dessem comida para eles, mas eles falaram que não tinham comida
suficiente.
Obs: Os apóstolos acabaram de chegar (Marcos
6:30) do trabalho de ensinar, curar, ressuscitar mortos, expulsar demônios,
etc. (Mateus 10:8). Mesmo tendo poder para realizar milagres, eles não se
acharam capazes de dar comida para a multidão.
Jesus multiplicou os
pães e peixes para alimentar 5.000 homens, mais mulheres e crianças.
14:22-33
Jesus subiu num monte
sozinho para orar, e mandou os apóstolos na frente no barco.
Entre as 3:00 e as
6:00 horas da madrugada, Jesus desceu do monte e andou por sobre o mar para
chegar ao barco.
Os apóstolos levaram
um susto. Depois, Pedro desceu do barco para andar até Jesus. Ele ficou com
medo e pediu que Jesus o salvasse. Jesus o repreendeu por sua falta de fé.
Os apóstolos,
impressionados com o milagre de Jesus, o adoraram.
14:34-36
Depois de chegar em
Genesaré, Jesus curou vários enfermos.
Mateus 15
Obs.: O trabalho de Jesus chamou atenção de
líderes do governo e de líderes religiosos. No capítulo 14, Herodes ficou até
assustado por causa das notícias que recebia sobre Jesus, e se esforçava por
vê-lo (Lucas 9:9). No capítulo 15, alguns fariseus e escribas de Jerusalém
foram até o norte do país para questionar Jesus.
15:1-20
Os fariseus e
escribas de Jerusalém perguntaram sobre o comportamento dos discípulos de
Jesus, de comer sem cumprir as tradições religiosas de lavar as mãos.
Jesus, na sua
resposta, foi diretamente ao ponto de conflito entre tradições humanas e a lei
divina. Ele usou como exemplo o mandamento sobre honrar aos pais, e mostrou que
as tradições deles tinham o efeito de invalidar o mandamento de Deus.
Ele acrescentou mais
alguns pontos importantes:
(1) Aos fariseus:
aplicou a crítica feita por Isaías (29:13) aos religiosos da época dele.
(2) Ao povo: não é o
que entra pela boca, mas o que sai dela que contamina o homem.
(3) Aos discípulos:
Deus arrancará as plantas que ele não plantou; por isso, não sigam guias cegos.
Obs.: Não o que entra, mas o que sai. Neste
discurso, Jesus frisou duas coisas importantes.
(a) Devemos ter muito
mais preocupação com as coisas que guardamos no coração e que saem pela boca do
que com as coisas que entram pela boca.
(b) Jesus já estava
preparando os seus discípulos para entender que as leis sobre alimentos puros e
imundos não durariam para sempre (veja Marcos 7:19; Atos.10:9-16; Colossenses.2:16).
15:21-28
Uma mulher cananeia
veio e insistiu que Jesus expulsasse um demônio de sua filha.
Observamos aqui
alguns fatos interessantes:
(1) Jesus explicou
sua missão durante seu ministério terrestre: ir aos perdidos de Israel (compare
Romanos 1:16).
(2) Jesus não recusou
a adoração da mulher. Ele é Deus, tanto dos judeus como dos gentios.
(3) Ele elogiou a
grande fé da mulher.
15:29-39
Jesus curou muitas
pessoas num monte na Galiléia.
Depois de três dias,
ele pediu que os apóstolos dessem comida para a multidão. Eles não acharam
possível fazer o que ele pediu.
Obs.: Ainda não aprenderam, mesmo depois de
ver Jesus alimentar os 5.000 (14:13-21).
Jesus realizou mais
um milagre, multiplicando pães e peixes para alimentar 4.000 homens, além das
mulheres e crianças.
Mateus 16
A divergência nas
opiniões sobre Jesus já vem crescendo por um bom tempo. Neste capítulo, podemos
ver que pessoas estão tomando decisões, algumas a favor de Jesus e outras
contra.
16:1-4
Os fariseus e
saduceus pediram um sinal para provar a divindade de Jesus.
Ele disse que já
havia mostrado sinais, mas que eles os recusavam.
Daria apenas mais um
sinal para eles: o sinal de Jonas (ou seja, a ressurreição de Jesus, veja
12:38-40).
16:5-12
Jesus avisou os
discípulos sobre o perigo da doutrina dos fariseus e saduceus.
Os apóstolos, ainda
um pouco lerdos, não entendiam a figura que Jesus usou.
O fermento representa
aqui, como em várias outras passagens, alguma coisa impura ou pecaminosa.
16:13-20
Jesus perguntou para
os apóstolos sobre as diversas opiniões em relação à pessoa dele.
Neste contexto, Pedro
fez uma grande confissão, e foi elogiado por Jesus.
Jesus prometeu
edificar sua igreja sobre a pedra confessada: o fato que ele é o Filho de Deus.
Obs.: A pedra aqui não é Pedro, mas o fato
importante que ele confessou. Jesus é o único fundamento da igreja (1 Coríntios.3:11).
É interessante notar que a palavra grega traduzida aqui como "pedra"
é usada no Novo Testamento para representar uma pessoa em outras passagens,
sempre falando sobre Cristo (Romanos 9:33–rocha de escândalo; 1
Coríntios,10:4–pedra espiritual; 1 Pedro.2:8–rocha de ofensa).
Jesus prometeu dar
para Pedro as chaves do reino. Ele teria o privilégio de "abrir as
portas" pela pregação do evangelho.
16:21-23
Mas, nem Pedro estava
preparado para as coisas mais pesadas que Jesus tinha para falar. Quando Jesus
falou sobre a morte, Pedro tropeçou. Repreendeu o próprio Senhor, dizendo que
isso nunca aconteceria com ele.
Obs.: Há um contraste interessante entre
16:17 e 16:23 que define a luta na vida de Pedro e nas nossas vidas. Quando
seguimos a revelação de Deus, somos elogiados por Jesus. Mas, quando cogitamos
das coisas dos homens, somos repreendidos.
16:24-28
Para ser discípulo de
Jesus, é necessário:
(1) Negar si mesmo.
(2) Tomar a própria
cruz.
(3) Seguir a Jesus.
Mateus 17
Os apóstolos tinham
chegado a um momento crítico. O povo estava confuso sobre Jesus. Pedro
confessou a sua fé, mas ainda não entendeu o plano de Deus em relação a Jesus.
Jesus não falou apenas de sua própria cruz, mas também das cruzes que os
seguidores dele teriam que tomar. Para suportar este ensinamento radical e
exigente, os apóstolos teriam que confiar plenamente em Jesus.
Montanhas eram, às
vezes, lugares de encontro com Deus. Moisés teve vários encontros com Deus em
montanhas. Elias, também, chegou na presença de Deus numa montanha. Jesus subia
nos montes para orar. Agora, três dos apóstolos terão uma experiência
inesquecível numa montanha.
17:1-8
Jesus levou Pedro,
Tiago e João a um monte, e a aparência dele brilhou como o sol.
Obs.: Jesus veio para mostrar a glória do Pai
(João 1:1-14). Ele resplandecia nos seus atos e no seu ensinamento. Mas, nesta
ocasião, é como ele tivesse tirado um véu para mostrar visivelmente a sua
glória. Foi um momento marcante na vida dos apóstolos que presenciaram a
transfiguração (veja João 1:14; 2 Pedro 1:16-18).
Moisés e Elias
apareceram e falaram com Jesus.
Pedro sugeriu que
fizessem três tabernáculos para honrar Jesus, Moisés e Elias. Uma nuvem
apareceu e uma voz disse: "Este é o meu filho amado, em quem me comprazo;
a ele ouvi."
Moisés e Elias
sumiram. Ficou somente Jesus na frente dos discípulos.
Obs.: Imagine estes três discípulos, judeus,
na presença de Moisés (o libertador do povo) e Elias (um dos maiores profetas
do Velho Testamento). Seria natural querer honrá-los. Mas, Deus queria ensinar
uma lição importantíssima. Moisés era um grande servo. Elias, também. Mas, é
Jesus e sua palavra que devemos respeitar acima de tudo. Nós não devemos fazer
tabernáculos para honrar nenhum outro servo de Deus, não importa quem seja.
Toda a glória pertence a Cristo.
17:9-13
Jesus mandou que não
contassem esta visão até depois da ressurreição dele.
Naturalmente, a
aparição de Elias provocou a curiosidade deles, e perguntaram sobre as
profecias sobre a vinda de Elias para preparar o caminho do Cristo (veja
Malaquias 4:5-6).
Jesus explicou que a
profecia foi cumprida em João Batista.
Obs.: Não há nenhuma sugestão de reencarnação
aqui. João Batista cumpriu as profecias sobre Elias no mesmo sentido que Jesus
cumpriu profecias sobre Davi (veja Ezequiel 34:23-24; 37:24). João teve um
jeito semelhante ao de Elias, e lembrou o povo do antigo profeta.
17:14-21
Jesus expulsou um
demônio de um menino, depois de repreender os discípulos pela falta de fé deles
em não poder realizar o milagre.
Obs.: A falta de fé era dos discípulos, não
da pessoa que pediu a cura, nem da pessoa aflita. Muitas pessoas hoje que
alegam realizar milagres colocam a culpa na outra pessoa quando não conseguem
curá-la.
Obs. O comentário entre colchetes no
versículo 21 (sugerindo uma dúvida nos manuscritos) se encontra em Marcos 9:29.
Evidentemente, alguns demônios eram mais difíceis do que outros, e Jesus falou
da necessidade de buscar Deus por oração e jejum.
Obs.: Somos melhores do que os apóstolos?
Quantas vezes ficamos desesperados por causa de problemas que não conseguimos
resolver, mas ainda não buscamos Deus com todo o coração?
17:22-23
Jesus está prestes
para sair da Galiléia, rumo a Jerusalém (veja 19:1). Ele continua preparando os
apóstolos, predizendo outra vez sua morte e ressurreição.
17:24-27
Obs.: Este trecho é mais um argumento
implícito para mostrar a divindade de Jesus. Preste atenção!
Alguns homens estavam
cobrando o imposto de duas dracmas.
Obs.: Segundo citações em Êxodo 30:13; 28:26
e Neemias 10:32, já houve o costume de cobrar impostos dos homens judeus para o
templo. Segundo informações históricas, este imposto foi pago na Páscoa em
Jerusalém, ou um mês antes nas outras regiões da Palestina. Esta conversa,
provavelmente aconteceu um mês antes da Páscoa.
Pedro respondeu à
pergunta dos cobradores, dizendo que Jesus pagava o imposto.
Quando Pedro chegou
em casa, Jesus perguntou: "De quem cobram os reis da terra impostos ou
tributo: dos seus filhos ou dos estranhos?"
A resposta de Pedro
(dos estranhos) e a conclusão de Jesus (os filhos são isentos, mas pagarei o
imposto para evitar escândalo), esclarecem dois pontos importantes para nós:
(1) O templo era a
casa de Deus. Jesus, como Filho de Deus, tinha direito a isenção do imposto.
(2) Jesus não
usufruiu desse direito, achando melhor pagar o imposto do que causa escândalo.
Obs.: Muitas vezes, faríamos bem abrindo mão
de algum "direito" para evitar ofensas.
Mateus 18
18:1-5
Os discípulos
perguntaram para Jesus: "Quem é, porém, o maior no reino dos céus?"
Jesus usou uma
criança como exemplo de humildade, e disse que os humildes são os maiores no
reino.
18:6-9
Ainda usando o
exemplo de crianças, Jesus adverte sobre os tropeços.
Quem causar um
pequenino tropeçar será julgado severamente.
É melhor fazer um
sacrifício difícil e radical (cortar mão ou pé ou arrancar olho) do que perder
a vida eterna.
Obs.: Mesmo os apóstolos, os quais
freqüentemente tiveram problemas em entender a língua figurada de Jesus, não
interpretaram esses versículos de uma maneira literal. Não encontramos nenhum
registro no Novo Testamento de alguém que cortou a mão ou arrancou o olho. Mas,
achamos muitos casos de pessoas que tomaram decisões radicais e fizeram grandes
sacrifícios para servir ao Senhor. É isso que Jesus está ensinando.
18:10-14
Aqui, Jesus faz um
comentario curioso para mostrar como os pequeninos são importantes para Deus.
Anjos que têm acesso constante a Deus cuidam das crianças.
Obs.: Nenhum homem jamais viu o rosto de Deus
Pai (João 1:18). Mas, aqui, Jesus afirma que anjos têm o visto. O ponto é que
alguém muito maior do que os homens está cuidando dos pequeninos.
Obs.: A Bíblia não elabora nenhuma doutrina
bem definida sobre anjos de guarda. Aqui, e em alguns outros trechos, dá a
impressão que os anjos têm um papel especial de cuidar das pessoas. Não devemos
especular sobre tais assuntos, mas podemos ser confortados pelo conhecimento do
cuidado que Deus tem para conosco.
Da mesma forma que um
pastor procura a ovelha perdida, Deus se preocupa com o povo dele.
18:15-20
Este trecho trata de
problemas que surgem entre dois irmãos.
Se alguém pecar
contra outro, o ofendido deve procurar o outro e repreendê-lo. Se ele aceitar a
correção, o assunto morre ali.
Se o pecador não
aceitar a correção, o ofendido deve voltar com mais um ou dois irmãos. Se o
pecador se arrepender, o assunto já será resolvido.
Se ele ainda não
atender às palavras do irmão, o assunto deve ser levado à igreja, e ela tentará
corrigi-lo. Se ele aceitar a admoestação da igreja, o problema será
solucionado.
Se ele rejeitar a
correção da igreja, será expulso.
Quando um assunto é
resolvido entre duas ou três pessoas, Deus é testemunha.
18:21-35
Pedro, mostrando uma
generosidade excepcional, perguntou sobre o perdão: Quantas vezes devo perdoar
meu irmão? Sete?
Jesus respondeu: Não
sete, mas até setenta vezes sete!
Jesus usou uma
parábola para ensinar sobre o perdão.
Um servo foi perdoado
uma dívida enorme, que nunca teria pago.
O mesmo servo achou
uma pessoa que devia uma quantia pequena para ele, e o lançou no cárcere,
exigindo o pagamento total da dívida.
Quando o senhor que
havia perdoado a grande dívida ficou sabendo, ele prendeu o servo e mandou que
fosse castigado até que pagasse a dívida toda.
Obs.: Esta parábola é importantíssima. Leia
de novo e medite sobre a aplicação dela na sua vida. Temos que aprender como
perdoar outros do íntimo, ou seremos banidos da face de Deus para sempre!
Mateus 19
19:1-2
Jesus deixou a
Galiléia pela última vez antes da crucificação. Ele foi para o lado oriente do
rio Jordão, indo para o sul. As multidões o seguiram, e ele continuou as
curando.
19:3-12
Os fariseus
perguntaram sobre o divórcio, e Jesus citou o mandamento original dado por
Deus: Um homem se une a uma mulher. Nada de divórcio no plano original.
Os fariseus perguntaram
outra vez, citando a lei de Moisés, tentando justificar o divórcio por qualquer
motivo.
Obs.: A passagem citada na pergunta deles é
Deuteronômio.24:1-4. Uma examinação cuidadosa daquele texto mostra que os
primeiros três versículos explicam (não autorizam) a situação (a conjução
condicional "se" aparece 6 vezes nos primeiros 3 versículos). A única
ordem dada é a do versículo 4: que o primeiro marido que manda embora sua
esposa, não pode tomá-la de novo depois de ela se casar com outro homem. Este trecho
não autorizou o divórcio, nem o segundo casamento. Simplesmente proibiu, numa
circunstância bem definida, que o primeiro marido casasse de novo com a mesma
mulher.
Jesus afirmou que
qualquer tolerância de divórcio sob a lei de Moisés não representava a intenção
original de Deus: "não foi assim desde o princípio".
No versículo 9, Jesus
dá a sua palavra sobre o assunto. Da mesma forma que ele introduziu os grandes
princípios do reino em Mateus 5, ele começa aqui: "Eu, porém, vos
digo".
A regra básica que
ele colocou é a mesma que encontramos em Lucas.16:18 e Marcos 10:11-12: Quem
repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério, e aquele que casar com
a repudiada comete adultério.
Mas, Jesus
acrescentou uma exceção importante que não está relatada nos outros evangelhos:
"não sendo por causa de relações sexuais ilícitas". Esta exceção
aplica somente à primeira parte do versículo. O sentido é este: Quem repudiar a
sua mulher por qualquer outro motivo e casar com outra, comete adultério, mas
quem repudiar sua mulher por causa de relações sexuais ilícitas e casar com
outra, não comete adultério.
Obs.: Em nenhuma passagem encontramos a
exceção dada à pessoa repudiada. A pessoa repudiada, independente de motivo,
não tem autorização para casar de novo enquanto vive o primeiro cônjuge (veja
Romanos.7:2-3).
Os discípulos
perceberam que o ensinamento de Jesus é rígido, e acharam melhor não casar!
Jesus sugeriu que há
três tipos de eunucos:
(1) de nascença
(algum defeito congênito)
(2) feitos por homens
(como o caso de servos de rainhas que foram castrados, veja Atos.8:27)
(3) feitos por si
mesmos por causa do reino dos céus (homens que aceitam o celibato por causa da
vontade de Deus. Neste contexto, alguém que continua solteiro porque Deus não
permite outro casamento)
19:13-15
Mais uma vez, Jesus
aceitou as crianças e as usou como exemplo para mostrar a atitude que
precisamos para entrar no reino dos céus.
19:16-22
Um jovem rico
perguntou para Jesus, querendo saber como obter a vida eterna.
Ele afirmou que obedecia
todos os mandamentos citadas, mas Jesus ainda exigiu mais. Jesus percebeu que
as riquezas dele impediam a salvação (veja Colossenses 3:5–avareza é
idoltaria), e falou que ele teria que abrir mão das suas posses.
O jovem se retirou
triste.
Obs.: O que você não venderia para ser salvo?
Às vezes, nosso problema é outro. Talvez riquezas não são seu problema.
Qualquer coisa que valorizamos mais do que a salvação acaba sendo nosso ídolo.
Abra mão de qualquer ídolo que está entre você e Jesus!
19:23-30
Jesus, de novo,
surpreendeu os apóstolos com seu ensinamento radical: os ricos dificilmente
entrarão no reino dos céus. Como assim? Se as pessoas mais privilegiadas neste
mundo não alcançarão o céu, qual chance têm os pobres? "Isto é impossível
aos homens, mas para Deus tudo é possível."
O sacrifício traz
benefícios. Se deixar bens materiais e até família para servir a Jesus, ganhará
uma família espiritual muito maior e a vida eterna. Vale a pena!
Mateus 20
20:1-16
Esta parábola ensina
sobre a grande diferença entre a graça e o mérito.
Jesus começa com a
palavra "porque", mostrando uma ligação entre esta parábola e o
trecho anterior. O jovem rico tinha observado os mandamentos, mas ainda não
estava preparado para entrar no reino. Os comentários de Jesus depois do
encontro com o rico mostram que o reino dele não segue os padrões do mundo. Ele
opera na base de graça, não na de mérito.
O dono da vinha
contratou trabalhadores desde cedo de manhã, chamando mais às 9:00, às 12:00,
às 15:00 e às 17:00 horas.
No fim do dia, ele
pagou os trabalhadores, começando com os que trabalharam menos. Ele deu o mesmo
valor (um denário, o valor normal de um dia de serviço) para todos. Os que
trabalharam o dia todo reclamaram, porque não acharam justo o ato dele.
O dono defendeu sua
generosidade com os últimos, dizendo que ele era "bom" e que os que
reclamaram tinham olhos maus.
Obs.: Podemos aprender muitas coisas aqui,
até coisas que ajudam quando nos preocupamos demais com "justiça" e
nossos supostos "direitos". Mas o ponto principal é sobre o reino dos
céus. O dono da vinha é Deus. Ele não paga seus servos na base de mérito (nós
todos merecemos a perdição). Ele nos recompensa pela bondade dele. Se alguém
que trabalhou menos do que outros recebe a mesma recompensa, Deus deve ser
louvado por sua bondade.
20:17-19
Esta é a terceira
vez, no relato de Mateus, que Jesus predisse a sua morte (veja 16:21;
17:22-23). Esta vez ele acrescenta um detalhe até então desconhecido: ele seria
crucificado.
20:20-23
A mulher de Zebedeu
chegou, junto com seus filhos, Tiago e João, para pedir que Jesus desse para
eles posições altas no reino dele.
Jesus perguntou se
estavam preparados para beber o mesmo cálice que ele beberia. Responderam que
sim.
Jesus disse que, de
fato, beberiam o cálice, mas que Deus já tinha definido que tipo de pessoa
teria as posições que eles pediram.
Obs.: O cálice representa o sofrimento
(26:39,42). Tiago seria o primeiro dos apóstolos mortos por causa de Cristo
(Atos 12:1-2). João, na sua velhice, ainda passou por tribulações por causa do
evangelho (Apocalipse 1:9).
20:24-28
Os outros apóstolos
se indignaram contra Tiago e João. A resposta de Jesus mostra que o motivo
desta reação foi a inveja deles. Todos queriam a mesma coisa que Tiago e João
pediram.
De novo, Jesus explicou
que o reino dele não seria igual aos reinos dos homens. Os maiores no reino dos
céus é aquele que serve mais.
20:29-34
Jesus, passando por
Jericó, curou dois cegos.
Jesus deixou a Galileia
pela última vez antes da crucificação. Ele foi para o lado oriente do rio
Jordão, indo para o sul. As multidões o seguiram, e ele continuou as curando.
Mateus 21
Chegamos à última
semana do ministério de Jesus. Em menos de sete dias, ele será crucificado.
Esta semana é de sumo importância em todos os relatos do evangelho, ocupando
mais de 25% dos capítulos deles. Devemos prestar atenção às últimas palavras e
aos últimos atos do Salvador.
21:1-11
A entrada de Jesus em
Jerusalém mostrou uma mistura de realeza e humildade, enquanto ele cumpriu
profecias do Velho Testamento.
Ele recebeu o louvor
das multidões durante sua chegada à cidade.
21:12-17
Jesus expulsou os
cambistas e vendedores do templo, porque usavam o templo de uma maneira errada.
Obs.: Esta é a segunda vez que Jesus
purificou o templo. A primeira aconteceu três anos antes (João 2:13-22).
Obs.: Jesus entendeu que o templo foi
dedicado ao serviço do Senhor, e reprovou os homens que o usaram para outras
finalidades. Hoje, quando dedicamos alguma coisa ao serviço exclusivo do
Senhor, não devemos a profanar (fazer comum). Pense nas aplicações deste
princípio em relação à oferta ou às coisas compradas com o dinheiro da oferta.
Se o dinheiro foi dedicado ao trabalho do Senhor, devemos usá-lo exclusivamente
no serviço do Senhor.
21:18-22
Voltando de Betânia
para Jerusalém, Jesus amaldiçoou uma figueira que não tinha fruto.
Obs.: Esta árvore já tinha folhas, e o fruto
nasce na figueira antes ou junto às folhas. Um figueira com folhas e sem figos
não produz figos naquele ano.
Obs.: O que aprendemos deste milagre? (1) O
poder da fé, a lição que Jesus ensinou aos apóstolos. (2) Um exemplo do
julgamento de Deus sobre o povo de Israel. Jerusalém já tinha folhas, mas não
estava produzindo fruto. Seria amaldiçoada por Jesus.
21:23-27
Quando Jesus chegou
ao templo, os líderes o encontrou e perguntaram sobre a autoridade que ele
tinha para estar fazendo coisas no templo.
Jesus citou o batismo
de João e perguntou se veio do céu ou dos homens.
Eles discutiram entre
si e decidiram não responder. Jesus recusou responder à pergunta que eles
fizeram.
Obs.: Que ironia! Estes homens se achavam
capazes de administrar as coisas sagradas de Deus, mas eram incapazes de
identificar a origem de uma doutrina bem conhecida entre o povo!
Obs.: "Do céu ou dos homens?" Um
boa pergunta. Faríamos bem fazendo a mesma pergunta sobre as nossas práticas
hoje. Se uma coisa veio de Deus, devemos fazer como ele ordenou. Mas, se é dos
homens, não faz parte do nosso serviço ao Senhor. Infelizmente, muitas pessoas
hoje são mais preocupadas em agradar aos homens do que em fazer a vontade do
Pai.
21:28-32
Jesus falou que os
pecadores do mundo que arrependem entrarão no reino dele antes dos líderes
religiosos. Na sua arrogância, rejeitaram o Salvador.
21:33-46
Numa de suas
parábolas mais ofensivas, Jesus comparou os líderes dos judeus aos lavradores
maus que expancaram e mataram os servos do dono da vinha, e, afinal de todos,
mataram o próprio filho dele. O resultado seria a ira do dono da vinha,
destruindo os lavradores maus.
Ele explicou que eles,
como construtores, haviam rejeitado a pedra principal escolhida por Deus.
Obs.: A pedra angular era usada como a pedra
principal da construção. O construtor escolheria cuidadosamente uma pedra
perfeita, pois os ângulos do edifício seria medido dela. Se a corte da pedra
não foi perfeita, o prédio não seria reta. Deus mandou uma pedra perfeita para
fazer o edifício dele, e os líderes religiosos a rejeitaram!
Mateus 22
22:1-14
A parábola das bodas
mostrou a atitude dos religiosos da época de Jesus. Foram convidados à festa,
mas desprezaram o rei e não foram. Alguns até maltrataram os servos do rei.
O rei mandou convidar
pessoas mais humildes, representando os publicanos e pecadores (veja 21:32).
Estas pessoas aceitaram o convite.
Mesmo assim, o rei
encontrou uma pessoa na festa usando trajes inadequadas. Quando o homem não
tinha como se defender, o rei mandou que ele fosse castigado.
Obs.: Esta parábola oferece várias lições
importantes. Duas merecem destaque especial: (1) Aos religiosos, Jesus ensinou
que aquele que despreza o convite do rei será deixado fora do reino dele. (2)
Aos mais humildes, Jesus mostrou a importância de entrar e ficar no reino nos
termos que agradam ao rei. Compare Romanos 11:11-24.
22:15-22
Os fariseus se
ajuntaram aos herodianos para preparar uma armadilha para Jesus. Inventaram uma
pergunta na qual qualquer resposta ofenderia alguém.
A pergunta deles: É
lícito pagar impostos ao governo romano?
A resposta de Jesus:
A moeda tem a imagem de César, então pode dar para ele o que é dele, e para
Deus o que é de Deus.
Obs.: Além de ensinar um princípio importante
que ajuda os cristãos a se portarem bem no mundo hoje, cumprindo as suas
obrigações aos governos humanos, Jesus mostrou grande sabedoria em relação aos
interrogadores. Ao invés de ofender uma seita para satisfazer a outra, ele
respondeu a qualquer argumento que fariam antes de eles falarem.
25:23-33
Agora, é a vez dos
saduceus, uma seita que negava a ressurreição de entre os mortos.
A pergunta deles:
Eles inventaram um caso de uma viúva que casou, successivamente, com sete
irmãos e, depois, morreu sem ter filhos. Na ressurreição, ela será esposa de
qual deles?
A resposta de Jesus:
Jesus respondeu a pergunta, e também respondeu à idéia errada atrás da
pergunta. (1) Ela não será esposa de ninguém, porque o casamento continua
somente nesta vida. (2) Quanto à ressurreição, eles erraram na ignorância, não
percebendo que Deus falava dos mortos como pessoas ainda vivas.
Obs.: A idéia dos mórmons, ou qualquer outro
grupo que ensina que o casamento continua após a morte, não tem apoio bíblico.
O casamento dura até a morte de um dos companheiros (Romanos 7:2).
Obs.: Jesus fez um argumento aqui baseado no
tempo de um verbo usado numa passagem bem antiga. Nós devemos ter o mesmo cuidado
no estudo da palavra de Deus. As palavras têm sentido!
22:34-40
Um fariseu fez outra
pergunta para Jesus: "Qual é o grande mandamento na lei?"
A resposta de Jesus:
O primeiro mandamento é amar a Deus, e o segundo é amar ao próximo.
Obs.: Talvez eles procurassem envolver Jesus
nas disputas deles sobre os mandamentos mais importantes. Alguns deles
enfatizavam muito o sábado. A resposta de Jesus foi sábia, e frisou o princípio
fundamental de qualquer lei de Deus, o amor.
22:41-46
Esta vez, Jesus
perguntou para os fariseus: O Cristo é filho de quem?
Eles responderam: De
Davi.
Daí, Jesus pediu que
eles explicassem por que Davi chamou o Cristo de "Senhor", pois é
entendido que o pai é maior que o filho.
Ninguém lhe
interrogou mais!
Mateus 23
Neste capítulo, Jesus
deixa de ser atacado pelas seitas e ele mesmo critica os líderes religiosos
judeus, especificamente os escribas e fariseus. Ao invés de ver a última semana
como a semana que os judeus julgaram Jesus, devemos entender que foi a semana
que Jesus avisou os judeus sobre o julgamento que viria. O capítulo 23 explica
alguns dos motivos do juízo, e o capítulo 24 fala sobre o castigo em si.
23:1-12
Jesus falou aos seus
discípulos e aos multidões, usando linguagem clara, sobre os problemas dos
fariseus e escribas. Disse que eles ensinavam muitas coisas boas, mas que não
praticavam as mesmas.
Jesus acusou esses
líderes religiosos de praticar a sua religião para serem vistos e honrados por
homens. Foi justamente contra tal atitude que Jesus tinha falado no sermão do
monte (veja Mateus 6:1-18).
Jesus condenou a
prática de usar títulos de honra (como Mestre, Pai e Guia) para engrandecer
homens.
Obs.: Esses mesmos termos são usados para
descrever a função de algumas pessoas no reino de Deus (Efésios 4:11; Tiago
3:1; Hebreus 13:7,17,24), ou seu relacionamento espiritual com outros (1
Coríntios 4:14-15; 1 Timóteo 1:18). O problema não está nas palavras
"mestre", "pai" e "guia", mas na idéia de exaltar
alguns homens acima de outros, dando-lhes glória. O uso de qualquer descrição
(mestre, pai, padre, pastor, bispo, evangelista, irmão, etc.) como título de
honra e exaltação fere o princípio que Jesus ensinou.
Em contraste com a
exaltação dos fariseus e escribas, Jesus ensinou o serviço humilde.
23:13-36
Numa série de
advertências severas, Jesus criticou as atitudes dos líderes religiosos.
Observe alguns pontos importantes:
Eles nem entravam no
reino de Deus, nem deixavam outros entrarem.
Eles inventavam
regrinhas para evitar o sentido da lei de Deus.
Enfatizavam as coisas
pequenas, embora importantes (como dízimos de hortelã), e deixavam de praticar
as coisas mais "pesadas" da vontade de Deus (justiça, misericórdia e
fé).
Obs.: De novo, Jesus emprega uma imagem
engraçada. Imagine alguém coando uma bebida ou sopa para não deixar passar um
mosquito (o menor dos animais imundos na lei de Moisés), enquanto engole um
camelo (o maior dos animais imundos)!
Obs.: Algumas pessoas usam o versículo 23
para exigir o dízimo hoje em dia. Temos que lembrar que Jesus viveu sob a lei
de Moisés (Gálatas 4:4) e a respeitou. Ele, em diversas ocasiões, incentivou os
judeus a serem fiéis em relação à lei: dando o dízimo (23:23), cumprindo as
leis de purificação (8:4), pagando o imposto do templo (17:24-27), e guardando
os dias especiais (26:19; João 2:13; 7:2,10), etc. Mas, o ensinamento dele
preparou seus seguidores para entender que a lei de Moisés seria cumprida e
removida (veja 5:17-20; Marcos 7:19; Gálatas 3:23-29).
Jesus censurou os
escribas e fariseus por sua hipocrisia, fingindo ser fiéis a Deus quando eram,
de fato, pessoas imundas.
Jesus deixou bem
claro que o castigo deles viria naquela mesma geração.
23:37-39
Jesus condenou os
líderes, mas se compadeceu dos seguidores, o povo de Jerusalém. Ele queria
salvar todos, mas sabia que o povo o rejeitaria. Este lamento introduz o tema
do capítulo 24, a
profecia da destruição de Jerusalém.
Mateus 24
Este capítulo tem
sido mal entendido e usado de uma maneira incorreta para defender uma grande
variedade de doutrinas sobre a volta de Jesus. Antes de começar a examinar
detalhadamente o conteúdo, leia o capítulo inteiro. Daí, será mais fácil
entender a mensagem de Jesus.
24:1-2
Saindo do templo com
seus apóstolos, Jesus disse que o templo seria destruído.
24:3
No monte das
Oliveiras, os apóstolos pediram uma explicação da profecia.
24:4-35
Jesus explicou esta
profecia sobre a destruição do templo.
Ele falou dos sinais
que aconteceriam antes do cumprimento da profecia:
- A chegada de falsos
profetas, alegando ser o Cristo.
- Diversas calamidades:
guerras, terremotos, fomes.
- Perseguições.
- A pregação do
evangelho a todas as nações.
Ele disse que eles
reconheceriam a hora da destruição pela chegada do "abominável da
desolação".
A fuga seria rápida,
sem tempo para voltar à casa e buscar as posses.
Seria um período de
grande tribulação e sofrimento.
Através desta
profecia, os seguidores de Jesus foram avisados.
Este julgamento seria
uma vinda de Jesus para abalar os poderes (representados pelo sol, a lua e as
estrelas) e proteger seus escolhidos.
Jesus afirmou que
estes sinais avisariam sobre a destruição iminente.
Ele acrescentou a
afirmação que tudo isso aconteceria naquela mesma geração.
Obs.: O versículo 34 é a chave para entender
esta profecia. Jesus mesmo falou que a profecia (tudo que ele tinha falado até
este versículo) seria cumprido durante aquela geração. Qualquer interpretação
que sugere um cumprimento depois do primeiro século contraria as palavras de
Jesus! De fato, a profecia foi cumprida na destruição de Jerusalém e do templo pelos
romanos, no ano 70 d.C.
24:36-44
Obs.: Na pergunta dos apóstolos (24:3), é bem
provável que eles não entenderam a diferença entre a destruição do templo e a
consumção do século. Mas, na resposta de Jesus, ele trata dos dois assuntos
separadamente. Até versículo 35, está claramante falando sobre a destruição de
Jerusalém. Algumas pessoas acham que ele continua nesse mesmo assunto até o fim
do capítulo 24, e que começa a falar sobre o julgamento final no capítulo 25.
Parece para mim, porém, que ele já entra no assunto do julgamento final a
partir de 24:36.
Enquanto Jesus
ofereceu vários sinais para identificar a hora da destruição do templo, ele não
deu sinal nenhum para saber "daquele dia e hora" da segunda vinda.
As ilustrações dos
versículos 37-44 enfatizam duas coisas: (1) Que haverá uma separação entre
pessoas no julgamento. (2) Que é importante estar sempre preparado para a vinda
do Senhor.
24:45-51
Esta parábola
enfatiza a importância de estar preparado. Aquele servo que relaxa, achando que
o Senhor demorará, será surpreendido pela volta de Jesus.
Mateus 25
A primeira parte
deste capítulo contém mais duas parábolas sobre a importância de estar
preparados para o julgamento que Jesus trará. Na última parte, encontramos uma
descrição do julgamento, e da separação eterna que ele fará entre as ovelhas e
os cabritos.
25:1-13
A parábola das dez
virgens.
As dez virgens saíram
para encontrar o noivo e participar do casamento.
Cinco delas foram
bem-preparadas, e levaram azeite para manter as lâmpadas acesas.
As outras cinco não
levaram azeite, e as lâmpadas começaram a se apagar na hora que o noivo estava
chegando.
As preparadas
entraram nas bodas, mas as outras foram rejeitadas.
Devemos vigiar, pois
Jesus pode voltar a qualquer hora. Somente os preparados entrarão no descanso
eterno que ele oferece.
Obs.: Nesta parábola, com em várias outras,
há uma tendência da parte de muitos comentaristas e teólogos a dar significados
especiais a cada elemento da parábola, a usando para ensinar muitas coisas que
Jesus não falou. Ao invés de inventar uma simbologia especial nas coisas
mínimas da parábola, devemos aprender a lição que Jesus ensinou através dela:
"Vigiai, pois, porque não abeis o dia nem a hora."
25:14-30
A parábola dos
talentos.
Obs.: O talento equivale a 6.000 denários. O
denário era o valor de um dia de serviço (20:2). Um talento, então, seria o
equivalente a aproximadamente 20 anos de salário de um trabalhador. Nesta
parábola, até o menor dos três servos recebeu um valor enorme.
O servo que recebeu 5
talentos investiu o dinheiro bem e ganhou mais 5.
Aquele que recebeu 2
talentos também fez bem, e ganhou mais 2.
O terceiro servo
escondeu o único talento que recebeu, e não aplicou o dinheiro para ganhar nada
para o dono.
Depois de muito
tempo, o dono do dinheiro e senhor dos servos voltou.
Ele elogiou os
primeiros dois servos e lhes deram cargos maiores.
O terceiro tentou
explicar o motivo por não ter investido o dinheiro, mas o senhor dele não
aceitou suas desculpas.
Ele tirou o talento
deste servo e o deu àquele que já tinha 10.
O servo inútil foi
lançado fora, para sofrer nas trevas.
Obs.: A palavra "talento", depois
da época de Jesus, passou a ter um sentido diferente. Entre as definições no
Aurélio, encontramos estas palavras: Aptidão natural, ou habilidade adquirida;
inteligência excepcional; engenho. Mas, talento nesta parábola é uma unidade de
peso que representa um valor monetário. Na parábola, os servos já tinha
capacidade (25:15), e receberam do senhor deles os talentos. Entendido assim, esse
aspecto da parábola representa nossas responsabilidades (dadas por Deus de
acordo com nossa capacidade). Devemos cuidar bem dos deveres e das
oportunidades que Deus nos concede.
25:31-46
Jesus encerra este
ensinamento com uma descrição do julgamento. Devemos observar vários pontos
importantes:
Há um julgamento de
todos, os bons e os maus (compare João 5:28-29, onde Jesus afirma que todos
serão ressuscitados na mesma hora).
Há uma separação
baseada nas coisas feitas durante a vida aqui (veja 2 Coríntios 5:10).
Jesus enfatiza nessa
parábola a importância de atos de bondade e caridade (veja Tiago 2:14-17, onde
a fé é ligada à caridade).
Quando fazemos algo
para um dos pequenos servos de Jesus, estamos fazendo para ele.
Jesus ensinou, no
mesmo versículo, que existe vida eterna e castigo eterno. Mesmo assim, existem
falsos mestres hoje que ensinam a vida eterna e negam o castigo eterno. O
próprio Jesus afirmou que existe o céu, e que existe o inferno.
Mateus 26:1-25
26:1-5
Jesus mostrou
claramente que ele e seu Pai estavam controlando a seqüência dos eventos nos
últimos dias da vida dele. Jesus até falou o dia da crucificação antes dos
líderes judeus tomarem sua decisão sobre como prendê-lo.
Jesus disse que ele
seria entregue no dia da Páscoa para ser crucificado.
Os líderes judeus se
reuniram para decidir como matá-lo, mas acharam melhor esperar até depois da
festa.
Obs. A festa da Páscoa foi seguida por sete
dias de pães asmos, por um total de oito dias de festa. Durante esses dias,
Jerusalém se encheu de visitas de outros lugares.
26:6-13
Jesus estavam em
Betânia (onde ele costumava ficar cada noite durante os últimos dias) na casa
de Simão, o leproso, quando uma mulher o ungiu com bálsamo.
Os discípulos
criticaram o ato da mulher, dizendo que o dinheiro poderia ter sido usado para
ajudar os pobres. João 12:4-6 mostra que esta crítica veio de Judas, porque ele
furtava dinheiro da bolsa.
Obs.: Segundo o relato de João 12:1-8, isso
tinha acontecido alguns dias antes. Mateus e Marcos incluem este relato no contexto
das preparações para a crucificação, pois Jesus falou que ela o ungiu para seu
sepultamento.
Obs.: João diz que foi Maria (irmã de Marta e
Lázaro) que fez isso.
26:14-16
Judas Iscariotes fez
um pacto com os líderes judeus para entregar Jesus.
26:17-19
Jesus mandou os
discípulos a prepararem para celebrar a Páscoa.
26:20-25
Jesus reclinou à mesa
com os doze apóstolos para comer a Páscoa.
Ele falou que um
deles o trairia.
Eles ficaram tristes
e começaram a perguntar: "Sou eu, Senhor"?
Ele identificou Judas
como o traidor.
Mateus
26:26-46
26:26-30
Durante a Páscoa,
Jesus instituiu a Ceia do Senhor, mostrando para os apóstolos como será feito
depois, no reino dele.
Obs.: Quando estudamos sobre a Ceia, é
importante ajuntar as informações contidas em vários trechos do Novo
Testamento. Por exemplo, temos quatro relatos desta Ceia, nos ensinando como
fazer (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25; Lucas 19:19-20; 1 Coríntios 11:23-26).
Textos como 1
Coríntios.11:17-34 nos ensinam sobre as atitudes certas quando tomamos a Ceia.
Atos 20:7 revela o dia que devemos tomá-la.
A Ceia é uma maneira
simples de lembrar da morte de Jesus.
Depois de uma oração
agradecendo pelo pão (que representa o corpo de Jesus), todos participam do
pão. Então, há mais uma oração agradecendo pelo cálice (fruto da videira
representando o sangue de Jesus) e todos bebem do cálice. Devemos observar a
Ceia de acordo com este exemplo de Jesus, pois nenhum homem tem autoridade para
mudar o que Jesus fez. Depois da Ceia, Jesus e os apóstolos cantaram um hino e
foram até o monte das Oliveiras.
26:31-35
Jesus falou que ele
seria tomado na mesma noite, e marcou um encontro com eles depois da
ressurreição.
Pedro disse que ele
nunca tropeçaria por causa de Jesus.
Jesus disse que,
apesar das afirmações de Pedro, que este o negaria três vezes naquela noite.
Pedro e os outros
apóstolos não acreditaram que fosse possível um deles negar a Jesus.
26:36-46
No jardim de
Getsêmani, Jesus pediu que os apóstolos aguardassem enquanto ele foi orar. Ele
levou Pedro, Tiago e João consigo.
As orações dessa
noite mostram a angústia que Jesus sentiu enquanto tomava os últimos passos na
sua missão. Ele não queria morrer, mas reconheceu a importância de fazer a
vontade do Pai, e não a sua própria vontade.
Enquanto Jesus orava,
os apóstolos dormiram.
Obs.: Jesus sofreu sozinho. Ele tinha chegado
à hora mais difícil da sua vida, e os melhores amigos dele no mundo falharam.
Não entenderam seu sofrimento. Não dividiram sua tristeza. Não confortaram o
Salvador sofredor. Não apoiaram a sua decisão de se submeter a vontade do Pai.
Jesus enfrentou esta batalha sozinho.
Obs.: Quando continuamos a leitura, veremos a
diferença que esta oração fez. Jesus entrou no Getsêmani se sentindo fraco,
precisando de conforto e ajuda. Ele enfrentou a maior tentação de sua vida com
muita oração. Os apóstolos entraram no jardim se sentindo fortes. Nunca
negariam a Jesus! Enquanto ele orava, eles dormiram. Como o "fraco"
se tornou forte e os "fortes" se tornaram fracos. Vamos ver no
próximo trecho a maneira que todos agiram quando os soldados e judeus chegaram
com Judas Iscariotes!
Mateus
26:47-75
26:47-56
Como observamos no
último estudo, houve uma diferença entre Jesus e os apóstolos no Getsêmani.
Estes dormiram enquanto aquele orou. Saindo do jardim, Jesus estava pronto para
enfrentar o inimigo e prosseguir com determinação até ao fim da sua missão. Mas
os discípulos, que não foram fortalecidos na oração, fracassaram na hora de
tentação.
Quando Judas chegou
para o trair, Jesus não resistiu e não perdeu controle da situação. Jesus agiu
de livre vontade, dentro do plano eterno de Deus (veja João 10:17-18).
Um dos apóstolos
(Pedro, João 18:10) puxou a espada e cortou a orelha do servo do sumo
sacerdote. Jesus o repreendeu, mostrando que ele não se defenderia com
violência. Aqui podemos ver o grande poder de Jesus. Tendo condições de chamar
72.000 anjos, ele se submeteu com mansidão aos homens, para cumprir a vontade
do Pai e para salvar os pecadores.
Jesus mostrou a
covardia dos judeus, pois optaram o prender com força à noite, ao invés de o
fazer abertamente quando ele estava no templo.
26:57-68
Os líderes judeus (o
Sinédrio) se reuniram na casa de Caifás, o sumo sacerdote.
Pedro seguiu de
longe, querendo acompanhar os procedimentos.
O propósito deste
"julgamento" não era de determinar a verdade. Eles se reuniram com a
intenção de condenar Jesus à morte. Só que faltava motivo; para esse fim,
procuraram testemunhas falsas.
A melhor acusação que
conseguiram arrumar foi que ele havia falado: "Posso destruir o santuário
de Deus e reedificá-lo em três dias". Jesus nem respondeu à acusação.
Então, o sumo
sacerdote falou: "Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o
Cristo, o Filho de Deus".
Jesus falou "Tu
o disseste", e acrescentou um comentário sobre a exaltação dele.
O sacerdote o acusou
de blasfêmia, e ficou satisfeito que eles haviam encontrado motivo suficiente
para matá-lo.
26:69-75
Como Jesus tinha
profetizado, Pedro o negou três vezes naquela noite. Depois, ele saiu e chorou.
Obs.: Qual a diferença entre Pedro e Judas.
Este traiu e aquele negou. Os pecados são igualmente terríveis. A diferença vem
depois. Pedro saiu e chorou, arrependido. Judas, como veremos no próximo
estudo, saiu e fugiu da presença de Jesus.
Mateus
27:1-32
27:1-2
Os líderes judeus
entregaram Jesus a Pilatos, o governador.
Obs.: Os judeus não tinham autoridade, sob
domínio romano, para praticar a pena de morte. Eles entregaram Jesus ao
governador, esperando convencê-lo da "culpa" dele.
27:3-10
Judas viu que Jesus
foi condenado, sentiu remorso, e devolveu o dinheiro da traição aos líderes
judeus.
Obs.: Remorso por causa da conseqüência.
Judas, como muitas pessoas, não pensou em todas as conseqüências quando ele
pecou. Ele fez o que quis na hora, sem pensar nos resultados que viriam depois.
Ele sentiu remorso, mas o remorso dele não mudou o resultado e nem o levou ao
arrependimento verdadeiro. Judas saiu e se suicidou.
Os principais
sacerdotes, não querendo sujar o cofre do templo com o dinheiro de sangue,
usaram o dinheiro para comprar um cemitério.
27:11-26
Jesus foi julgado por
Pilatos. O governador se admirou com a maneira calma de Jesus, e com o fato que
este não se defendeu contra as acusações feitas.
Era o costume do
governador soltar um preso durante a festa dos judeus. Ele achou que daria para
soltar Jesus. Então, ele lhes deu uma escolha entre Jesus e Barrarás, um
criminoso bem conhecido.
O plano do governador
não deu certo. O povo pediu a liberdade do criminoso e a morte de Jesus.
Pilatos lavou as mãos
para simbolicamente se livrar da culpa, e entregou Jesus para ser crucificado.
O povo aceitou a
culpa pelo sangue de Jesus.
Obs: Culpa pelo sangue de Cristo. E claro que
o povo judeu não entendeu o significado destas palavras. Eles assumiram a
responsabilidade por um crime contra o Criador do Universo! Ainda bem que Jesus
se mostrou disposto a perdoá-los (veja Lucas 23:34).
27:27-32
Pilatos entregou
Jesus aos soldados que o maltrataram antes de levá-lo para ser crucificado.
Simão, um cireneu,
foi obrigado a carregar a cruz de Jesus.
Mateus 27:33-66
A crucificação de
Jesus é um evento de tanta importância que um estudo rápido com este não é o
suficiente. Além de ler o texto e pensar sobre o significado das palavras,
procure meditar sobre o significado do evento em si. A morte de Jesus é a nossa
única esperança. Jesus Cristo e este crucificado é o único tema da pregação do
evangelho. O nosso estudo será rápido, mas a importância dos eventos daquele
dia é eterna.
27:33-44
Jesus foi conduzido
até Gólgota, o "Lugar da Caveira" onde foi crucificado. Os soldados
que o pregaram na cruz eram tão apáticos que repartiram as vestes de Jesus e
sentaram perto da cruz enquanto ele sofria.
A acusação "Este
é Jesus, o Rei dos Judeus" foi colocada acima da cabeça de Jesus.
Dois ladrões foram
crucificados com ele (um de cada lado).
As pessoas que
passaram blasfemaram a Jesus, pedindo para ele se salvar.
Obs.: Ele poderia ter descido da cruz. Ele
poderia ter chamado 12 legiões de anjos. Mas, o desejo de Jesus de obedecer o
Pai e salvar os pecadores era mais forte do que qualquer vontade de se
proteger. Ele precisou de mais poder para ficar na cruz do que para descer
dela!
Até os ladrões
blasfemaram a Jesus.
Obs.: Mateus não comenta sobre o
arrependimento de um dos ladrões. Parece que ele, depois de começar a blasfemar
a Jesus, percebeu seu erro e se arrependeu.
27:45-56
De 12:00 até as
!5:00, houve trevas sobre a terra.
Obs.: Pessoas que não acreditam nos milagres
da Bíblia têm oferecido explicações naturais desse milagre, sugerindo que foi
um eclipse solar. A resposta, porém, está na história. Jesus foi crucificado no
dia depois da Páscoa, o no dia 15 do mês. Os meses judaicos sempre começaram
com a lua nova. Dia 15 seria um dia de lua cheia. Um eclipse solar não pode acontecer
com a lua cheia!
Às 15:00 horas, Jesus
gritou: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?", uma citação
de Salmo 22.
Obs.: Deus Pai abandonou Jesus? Enquanto
parece difícil acreditar, precisamos lembrar que Jesus morreu por nossos
pecados. O salário do pecado é a morte (Romanos 6:23), ou seja, a separação
entre Deus e o pecador. Jesus morreu em nosso lugar. Tudo indica que ele, por
algum tempo, foi separado do Pai por causa dos nossos pecados. Mesmo sentindo
"abandonado", Jesus ainda chamou o Pai de "Deus meu".
Quando Jesus morreu,
o véu do templo (a barreira simbólica entre os homens e Deus) rasgou-se de cima
para baixo. Jesus, por sua morte, abriu o acesso ao Pai.
Depois da
ressurreição de Jesus, outras pessoas saíram dos sepulcros e entraram na cidade
Obs.: Por que falar aqui? As ressurreições de
outras pessoas aconteceram depois da ressurreição de Jesus, mas são mencionadas
aqui. Por quê? Parece que o Espírito Santo quis mostrar os resultados das obras
de redenção realizadas por Jesus. Ele morreu, e abriu acesso a Deus. Ele
ressuscitou, e mostrou o caminho para outros.
Os guardas observaram
tudo e confessaram que Jesus era o Filho de Deus.
Várias mulheres
acompanharam a crucificação.
27:57-66
José de Arremateia,
um homem rico, pediu o corpo de Jesus e o sepultou no seu túmulo novo.
Os líderes judeus,
preocupados com a possibilidade de alguém roubar o corpo, pediram que Pilatos
colocasse guardas para não deixar ninguém tirar o corpo do túmulo.
Obs.: Como os inimigos ajudaram! Este pedido acaba
fortalecendo a nossa fé! Os inimigos de Jesus tomaram precauções para não
deixar dúvidas. A única explicação do túmulo vazio e a ressurreição! Mais sobre
este assunto no último capítulo do livro.
Mateus 28
28:1-10
Maria Madalena e a
outra Maria (evidentemente a mulher de Zebedeu–veja 27:56,61) foram no domingo
até o sepulcro.
Houve um terremoto
quando um anjo removeu a pedra do túmulo.
Os guardas ficaram
com medo.
O anjo consolou as
mulheres, dizendo que Jesus não estava lá porque havia ressuscitado. Ele mandou
que levassem a notícia aos discípulos para marcar um encontro com Jesus na
Galiléia.
No caminho, Jesus
encontrou as mulheres e elas abraçaram seus pés e louvaram a ele.
Ele, também, prometeu
ir para a Galileia, e pediu que elas avisassem os irmãos dele.
28:11-15
Os principais
sacerdotes ouviram dos guardas sobre a ressurreição, e subornaram os guardas
para dizer que os discípulos haviam roubado o corpo.
28:16-20
Jesus encontrou os
apóstolos num monte na Galiléia. Eles o adoraram, mas alguns duvidaram (compare
João 20:24-31).
Jesus falou com os
apóstolos, lhes dando a "Grande Comissão":
A base dessa
incumbência: Jesus havia recebido toda autoridade.
O mandamento aos
apóstolos: "Ide" e "fazei discípulos".
Para fazer
discípulos, teria que fazer duas coisas:
Batizar em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Ensinar as pessoas a
guardar todos os mandamentos.
Obs.: A autoridade de Jesus é o fundamento da
pregação do evangelho. Sem reconhecer sua autoridade absoluta, não teríamos
motivo para obedecê-lo.
Obs.: Para ser discípulos, temos que ser
batizados, e também temos que assumir o compromisso de obediência total a
Jesus.
EVANGELHO
DE
Marcos
Introdução
O livro de Marcos é
um dos quatro relatos da vida de Cristo que encontramos no começo do Novo
Testamento. Este livro fala sobre a pessoa mais significante na história do
mundo, o Filho de Deus. Marcos é o mais curto dos evangelhos e, geralmente, o
mais fácil para entender. É um livro de ação, que mostra como Deus age na forma
do homem. Aprendemos muito aqui, não somente das palavras de Jesus, mas também
do exemplo da sua vida.
Marcos 1:1-45
João Batista Prepara
o Caminho do Senhor (1:1-8)
- Assunto do livro: Jesus Cristo, Filho de
Deus (1:1)
- João Batista (1:2-8)
- A ligação com os profetas do Velho
Testamento
- A aparência dele:
- Roupas estranhas
- Se alimentava de gafanhotos e mel silvestre
- A mensagem dele:
- Batismo de arrependimento para remissão de
pecados
- A vinda daquele que é mais poderoso
• João não seria digno nem de servir como o
seu escravo
• O contraste entre os batismos ilustra a
diferença na autoridade dos dois
Perguntas:
1. Quem é a pessoa
mais importante no livro de Marcos?
2. Por que este livro
começa falando de João?
3. Descreva a
mensagem de João Batista.
4. Considere as
roupas e os alimentos deste profeta. Nosso julgamento de uma mensagem deve ser
baseado na aparência do mensageiro? Aplique sua resposta.
5. Como João se
comparava com Cristo?
6. Somos dignos de
ser escravos de Jesus? Explique sua resposta.
Jesus é Batizado e
Tentado (1:9-13)
- Jesus saiu da
Galiléia e foi ao rio Jordão para ser batizado por João (1:9-11)
- O Espírito desceu
sobre ele imediatamente depois do batismo
- A voz do Pai foi
ouvida dos céus
- Depois do batismo,
Jesus foi ao deserto e superou 40 dias de tentações (1:12-13)
Perguntas:
1. Leia Marcos 1:5,9;
João 1:28; e Mateus 3:1 e olhe num mapa para ver a distância que Jesus andou
para ser batizado. Ele considerou o batismo importante? Por quê?
2. O Pai, o Filho e o
Espírito Santo são apenas nomes diferentes da mesma pessoa? Explique sua
resposta, citando a história do batismo de Jesus.
3. O que aconteceu na
vida de Cristo imediatamente depois de seu batismo? O que vai acontecer na vida
de um cristão depois de seu batismo?
Jesus Começa Seu
Ministério e Chama os Primeiros Discípulos (1:14-20)
- Jesus começou a
pregar na Galiléia (1:14-15). A mensagem dele foi que:
- O reino de Deus
estava próximo
- A fé e o
arrependimento eram necessários
- Jesus chamou os
primeiros discípulos: Simão, André, Tiago e João (1:16-20)
- Ele os chamou para serem pescadores de
homens
- Eles deixaram as redes e seu pai (no caso
dos filhos de Zebedeu) e o seguiram imediatamente
Perguntas:
1. Quais foram os
temas da pregação de Jesus?
2. Quais são os nomes
dos primeiros discípulos que Jesus chamou?
3. Jesus prometeu que
seus discípulos fariam o quê?
Jesus Realiza Vários
Milagres na Galiléia (1:21-45)
- Neste trecho
achamos o porquê Marcos é chamado de um livro de ação. Aqui, Marcos dá alguns
exemplos dos milagres de Jesus
- Jesus curou um
endemoninhado em Cafarnaum (1:21-28)
- O povo ficou impressionado com o ensinamento
de Jesus na sinagoga num sábado
- Jesus expulsou um
demônio e o povo se admirou por causa da autoridade dele de controlar os
demônios
- Jesus curou a sogra
de Pedro (1:29-31)
- Jesus realizou
vários outros milagres (1:32-34)
- Jesus foi para
outros lugares da Galiléia (1:35-39)
- Jesus saiu para
orar, e os discípulos o procuraram dizendo que a multidão estava procurando por
ele
- Jesus não voltou à
multidão, mas foi a outros lugares para pregar e expulsar demônios
- Jesus curou um
leproso (1:40-45)
- Nesta cura, Jesus
mostrou sua compaixão
- Ele mandou que o
homem curado não falasse dele, mas o homem não obedeceu
- O resultado foi que Jesus não pôde entrar
nas cidades por causa do grande número de seguidores
Perguntas:
1. O povo de
Cafarnaum ficou impressionado por quais duas coisas que Jesus fez?
2. Onde e quando
Jesus expulsou o demônio do homem em Cafarnaum?
3. Quem foi curada na
casa de Simão e André?
4. Por que Jesus saiu
de Cafarnaum?
5. Qual foi a
advertência dada por Jesus ao homem curado de lepra? Ele obedeceu? Qual foi o
resultado da divulgação da notícia?
Estudo Textual
Marcos 2:1-3:19
Jesus Cura um
Paralítico em Cafarnaum (2:1-12)
- Jesus entrou em
Cafarnaum, e logo a casa se encheu com um grande número de pessoas (2:1-2)
- Quatro homens
levaram um paralítico e o abaixaram pelo telhado (2:3-4)
- Jesus curou o
homem, e entrou em polêmica com os escribas (2:5-12)
- Jesus ligou a cura
física com seu poder para curar espiritualmente
- Os escribas concluíram corretamente que só
Deus tem autoridade para perdoar pecados. Um mero homem que alegasse ter esta
autoridade estaria blasfemando
Perguntas:
1. O que aconteceu
quando Jesus entrou numa casa em Cafarnaum? Por quê? (veja 1:43-45)
2. Como o paralítico
e seus amigos mostraram fé em Cristo? Como podemos comparar a fé deles com a fé
necessária para chegar a Cristo hoje?
3. Seria mais fácil
curar um paralítico ou dizer que seus pecados estão perdoados? Explique sua
resposta.
4. Quem tem
autoridade para perdoar pecados?
5. Jesus alegou ser
divino? Explique.
6. Como podemos usar
este texto para mostrar o propósito dos milagres bíblicos?
Jesus Chama os
Doentes (2:13-17)
- Jesus chamou Levi (ou
Mateus, veja Mateus 10:3), um publicano, ou seja, cobrador de impostos, para
segui-lo, e ele obedeceu (2:13-14)
- Jesus comeu na casa
de Levi com muitos publicanos e pecadores, e entrou em mais uma polêmica com os
escribas (2:15-17)
- Eles questionaram
aos discípulos de Jesus o porquê ele comia com pecadores
- Jesus respondeu:
"Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos,
e sim pecadores"
Perguntas:
1. Quem foi chamado
para ser seguidor de Jesus?
2. Por que os
escribas criticaram Jesus? Como ele respondeu?
Jesus Responde a uma
Pergunta sobre o Jejum (2:18-22)
- Algumas pessoas
perguntaram a Jesus o porquê seus discípulos não jejuavam como os fariseus e os
discípulos de João (2:18)
- A resposta de Jesus
mostra duas coisas:
- Que o jejum não é
meramente uma obrigação ou costume religioso, mas algo que deve ser feito com
um determinado propósito (2:19-20)
- Jesus mostrou uma
ligação entre o jejum e a tristeza
- Numa outra ocasião,
ele ensinou que o jejum é entre a pessoa e Deus, e não para chamar atenção dos
homens (veja Mateus 6:16-18)
- Ele comentou que
novo pano não serve em veste velha, e que não dá para pôr vinho novo em odres
velhos (2:21-22). O ponto pode ser:
- Que a nova doutrina
de Jesus não se encaixa com as velhas tradições dos fariseus, ou
- Que o jejum não é
adequado a uma ocasião de alegria
Perguntas:
1. Neste caso, qual
foi a diferença entre o comportamento dos disípulos de Jesus e dos fariseus?
2. Qual foi a
explicação de Jesus sobre o motivo dos discípulos não jejuarem?
Pergunta para
pesquisar: Os cristãos do Novo Testamento jejuavam? Explique sua resposta,
citando outras passagens.
Jesus Discute o
Sábado com os Fariseus (2:23-28)
- Os fariseus
criticaram Jesus porque seus discípulos colheram e comeram espigas no sábado,
dizendo que eles fizeram o que não era lícito aos sábados (2:23-24)
- Jesus respondeu com
dois pontos (2:25-28):
- Um argumento
baseado no caso de Davi, que violou a lei quando comeu os pães da proposição
(veja 1 Samuel 21:1-6)
- Uma conclusão sobre
o propósito da lei do sábado e a autoridade de Cristo:
- O sábado foi
estabelecido para benefício do homem
- Jesus é senhor do
sábado
Perguntas:
1. Qual acusação foi
feita pelos fariseus contra os discípulos de Jesus?
2. Era contra a lei
comer no sábado? Explique versículo 24.
3. Explique o sentido
do argumento que Jesus fez quando citou o caso de Davi. Davi pecou ou não?
4. Quem é senhor do
sábado?
Jesus Cura a Mão de
um Homem no Sábado (3:1-6)
- Num sábado na
sinagoga, Jesus encontrou um homem com a mão aleijada (3:1)
- Alguns fariseus
observavam as ações de Jesus, prontos para criticá-lo se ele curasse no sábado
(3:2)
- Antes de fazer a
cura, Jesus perguntou aos fariseus se era lícito ou não fazer o bem aos
sábados. Eles não responderam (3:3-4)
- Jesus curou o
homem, utilizando apenas sua palavra (3:5)
- Os fariseus saíram
e tramaram com os herodianos contra Jesus (3:6)
Perguntas:
1. Quem foi que Jesus
encontrou na sinagoga num sábado?
2. Por que os
fariseus estavam observando Cristo?
3. Nesta cura, Jesus
fez algum trabalho físico no sábado?
4. Considere o
contraste colocado por Jesus nas perguntas do versículo 4. Como as ações de
Jesus e dos fariseus naquele dia ilustram bem esta diferença?
A Fama de Jesus
Cresce por causa dos seus Milagres (3:7-12)
- Jesus continuou seu
trabalho nas áreas próximas do mar da Galiléia (3:7)
- Um grande número de
pessoas seguia Jesus e ele curou muitos (3:7-10) - Ele expulsou muitos
demônios, e estes espíritos imundos confessaram que Jesus era o Filho de Deus
(3:11)
- Jesus proibiu que
eles falassem publicamente dele (3:12)
Perguntas:
1. Jesus realizou
muitos milagres perto de qual mar?
2. Localize num mapa
os lugares mencionados nos versículos 7 e 8.
3. Qual foi a
advertência de Jesus aos demônios expulsos?
Jesus Escolhe os Doze
Apóstolos (3:13-19)
- Jesus escolheu doze
apóstolos para acompanhá-lo, pregar o evangelho e expulsar demônios (3:13-15)
- Os nomes deles são
(3:16-19):
- Pedro (Simão)
- Tiago (filho de Zebedeu)
- João (filho de Zebedeu)
- André
- Filipe
- Bartolomeu
- Mateus (Levi Sveja Mateus 10:3; Marcos 2:14)
- Tomé
- Tiago (filho de Alfeu)
- Tadeu
- Simão (o Zelote)
- Judas Iscariotes
Perguntas:
1. Descreva a missão
dos apóstolos.
2. Dê os nomes deles.
Esta seria uma boa oportunidade para decorar estes nomes.
Marcos 3:20-4:41
Jesus Responde aos
Escribas sobre seu Poder para Expulsar Demônios (3:20-35)
- O crescimento da
popularidade de Jesus enfrentou várias avaliações de outras pessoas (3:20-22)
- Seus parentes
pensavam que ele era louco
- Os escribas
pensavam que ele estava expulsando demônios pelo poder de Satanás
- Jesus respondeu à
acusação falsa de que ele era servo do diabo (3:23-30)
- Satanás não pode expelir Satanás, porque o
reino dele não é dividido (3:23-26)
- Antes de roubar a casa do valente, foi
necessário amarrá-lo (3:27)
- Houve um perigo nesta tendência dos
escribas: Blasfêmia contra o Espírito Santo não pode ser perdoada (3:28-30)
- Quando os parentes
de Jesus chegaram para prendê-lo (veja 3:21), ele enfatizou o relacionamento
espiritual acima dos relacionamentos familiares (3:31-35)
Perguntas:
1. Como foram
explicadas as obras de Jesus:
a. Por seus parentes?
b. Pelos escribas?
2. Como Jesus
respondeu à acusação de que ele expulsava demônios pelo poder do diabo?
3. Blasfêmia contra
quem não pode ser perdoada? Explique.
4. Qual tipo de
pessoa seria irmão, irmã ou mãe de Jesus?
Jesus Ensina pela
Parábola do Semeador (4:1-20)
- Quando o semeador
semeava, as sementes caíram em quatro tipos de solo (4:1-9)
- À beira do caminho
- Em solo rochoso
- Entre os espinhos
- Em boa terra
- Quando os
discípulos perguntaram, Jesus, em particular, explicou esta parábola (4:10-20)
- A parábola do
semeador facilita o entendimento das outras parábolas de Jesus, enfatizando a
condição do coração do ouvinte
- A semente é a
palavra (4:14)
- Cada tipo de solo
representa um determinado coração e sua resposta à palavra (4:15-20)
- O solo à beira do
caminho: A palavra não penetra no coração
- O solo rochoso: Recebe a palavra, mas ela
não agüenta perseguições e tentações porque não tem raiz
- O solo espinhoso: Ouve a palavra, mas
permite que os cuidados do mundo a sufoque
- O solo bom: Ouve a palavra, cresce, produz
fruto
Perguntas:
1. Explique a
parábola do semeador, identificando especificamente:
a. A semente
b. O solo à beira do
caminho
c. O solo rochoso
d. O solo espinhoso
e. O solo bom
2. Dos quatro
corações descritos nesta parábola, quantos se tornaram cristãos? Quantos
ficaram fiéis?
3. Qual é o fruto do
cristão? Todos os cristãos produzem igualmente este fruto? Explique.
Jesus Continua a
Ensinar por Parábolas (4:21-34)
- A parábola da
candeia ou lamparina (4:21-25)
- A palavra deve ser
divulgada
- Cada pessoa tem que
receber a palavra com coração aberto
- A parábola da
semente (4:26-29)
- Esta parábola tem
os mesmos elementos da parábola do semeador (semeador, semente, terra, fruto)
- Aqui, porém, Jesus
enfatiza o poder da semente, e o fato que o homem não entende como esta semente
produz fruto
- A parábola do grão
de mostarda (4:30-32). Uma semente pequena pode produzir uma planta enorme
- Jesus sempre
ensinava por parábolas, explicando o sentido delas aos discípulos, em
particular (4:33-34)
Perguntas:
1. Jesus ensinava por
parábolas com intenção de esconder a verdade de seus ouvintes? Explique sua
resposta.
2. O que aprendemos
sobre o poder da palavra das parábolas dos versículos 26 a 32?
Jesus Acalma uma
Tempestade no Mar da Galiléia (4:35-41)
- Jesus e os
discípulos estavam atravessando o mar num barco quando levantou-se grande tempestade
(4:35-37)
- Jesus dormia, mas
os discípulos o despertaram com medo do temporal (4:38)
- Jesus acalmou a
tempestade (4:39)
- Então, ele
repreendeu os discípulos pela fraqueza e falta de fé (4:40)
- Os apóstolos
ficaram admirados com o poder de Cristo (4:41)
Perguntas:
1. Por que Jesus
repreendeu os apóstolos depois de acalmar o mar?
2. Deus sempre
responde imediatamente às orações do cristão? Como podemos aplicar a mensagem
deste milagre em nossas vidas?
Estudo Textual
Marcos 5:1-43
Jesus Expulsa Demônios
de um Geraseno (5:1-14)
- Na terra dos
gerasenos, Jesus encontrou um homem possesso de demônio, que não podia ser
controlado (5:1-5)
- Este homem viu
Jesus e correu para adorá-lo (5:6-7)
- Ele confessou que
Jesus era Filho do Deus Altíssimo
- Pediu a Jesus que
ele não o atormentasse
- Jesus expulsou os
demônios (5:8-13)
- Jesus perguntou o
nome do demônio. Ele respondeu que o nome era Legião "porque somos
muitos" (5:8-9)
- Os demônios pediram a Jesus que não os
mandasse para fora do país, mas para uma manada de porcos (5:10-12)
- Jesus concedeu seu pedido, e os porcos se
afogaram no mar (5:13)
- Os homens que
tomavam conta dos porcos fugiram e espalharam a notícia deste milagre, e o povo
foi ver o que tinha acontecido (5:14)
Perguntas:
1. Descreva a
situação do endemoninhado que Jesus encontrou.
2. Qual foi a
confissão deste homem (ou dos demônios) referente a Jesus?
3. Qual era o nome do
demônio? Por quê?
4. Para onde foram os
demônios expulsos? O que aconteceu?
Os Gerasenos Pedem
que Jesus Saia da Terra deles (5:15-20)
- Os gerasenos vieram
para saber o que tinha acontecido, e acharam o homem que era anteriormente
endemoninhado perfeitamente curado (5:15-16)
- Eles pediram a
Jesus que saísse da terra deles (5:17)
- O homem curado quis
ir com Jesus, mas Cristo não o deixou (5:18-20)
- Jesus enviou este
homem a anunciar o evangelho a seus parentes
- O homem obedeceu e
divulgou a notícia em Decápolis
Perguntas:
1. Como reagiu o povo
à evidência do milagre em que Jesus curou o endemoninhado?
2. Por que os
gerasenos pediram que Jesus saísse da terra deles?
3. Observe o
contraste nas instruções de Jesus em Marcos 1:43-44 e 5:19. Por que Jesus
proibiu que um homem falasse e mandou que outro divulgasse a notícia?
a. Qual é a diferença
nas duas situações?
b. Qual das duas
assemelha-se mais com a nossa circunstância hoje?
c. Explique sua
resposta e a aplicação nos dias de hoje.
Jairo Pede a Jesus
que Ele Cure sua Filha (5:21-24)
- No outro lado do
mar, Jesus encontrou de novo uma grande multidão (5:21)
- Jairo, um dos
principais da sinagoga, chegou a Jesus e pediu que ele curasse sua filha
(5:22-23)
- Jesus foi com ele,
apertado pela multidão (5:24)
Perguntas:
1. Note o contraste
entre os povos dos dois lados do Mar da Galiléia (5:17,21,24). Todos os campos
são iguais?
2. Quem pediu a Jesus
que ele curasse uma criança? Este homem mostrou a mesma atitude que a maioria
dos líderes dos judeus havia mostrado?
No Caminho, Jesus
Cura uma Mulher (5:25-34)
- Uma mulher com uma
grave doença e evidentemente incurável foi a Jesus e tocou-lhe a veste,
esperando ser curada (5:25-28)
- Imediatamente foi
curada (5:29)
- Jesus perguntou:
"Quem me tocou?" (5:30-32)
- A mulher, com medo,
admitiu o que ela fez (5:33)
- Jesus falou que ela
recebeu a cura pela fé (5:34)
Perguntas:
1. Descreva a
condição da mulher que procurava a cura.
2. Como foi curada
esta mulher? Observe:
a. O poder de Jesus:
O contato da mulher com ele a salvou imediatamente
b. Ela foi salva pela
fé (v. 34): Foi fé com obras ou sem obras? Ela foi salva por suas próprias
obras de justiça? Faça a ligação com Efésios 2:8-10; Tiago 2:20-26.
Jesus Ressuscita a
Filha de Jairo (5:35-43)
- Com esta
interrupção no caminho, Jesus e Jairo demoraram e algumas pessoas da casa de
Jairo chegaram para dizer que a filha dele já tinha morrido (5:35)
- Jesus continuou com
Jairo, levando consigo apenas Pedro, Tiago e João (5:36-37)
- Quando Jesus chegou
na casa e disse que a criança não estava morta, mas somente dormia, as pessoas
que estavam lamentando sua morte riram dele (5:38-40)
- Jesus mandou que
todos saíssem, menos os três apóstolos e os pais da menina, e ele a ressuscitou
(5:41-43)
Perguntas:
1. Qual foi a notícia
dada pelas pessoas que saíram da casa de Jairo para encontrar Jairo e Jesus no
caminho?
2. Como respondeu
Jesus?
3. O que Jesus fez na
casa de Jairo?
4. Considere os três
milagres no capítulo 5. Descreva como cada caso foi especialmente complicado.
Como Jesus mostrou seu poder em cada caso?
Marcos 6:1-56
Jesus é Rejeitado na
sua Terra (6:1-6)
- Jesus ensinou na
sinagoga da sua terra (6:1-2)
- O povo
maravilhou-se com sua sabedoria (6:2)
- Mas, estes vizinhos
rejeitaram Jesus porque ele era conhecido como o carpinteiro de uma família
comum (6:3)
- Por causa da
incredulidade deles, Jesus não fez muito trabalho naquela região, mas foi para
outros lugares (6:4-6)
Perguntas:
1. No versículo 2, o
que os vizinhos de Jesus admitiram sobre ele?
2. Por que eles
rejeitaram Jesus (versículo 3)?
3. O versículo 5 está
dizendo que o poder de Jesus era limitado e controlado por outras pessoas?
Explique.
Jesus Envia os
Apóstolos para Pregar (6:7-13)
- Jesus deu
instruções aos doze e os enviou a pregar (6:7-11)
- Eles pregaram ao
povo que se arrependesse, expulsaram demônios e curaram enfermos (6:12-13)
Perguntas:
1. Considere as
instruções que Jesus deu aos apóstolos e explique:
a. Por que não
deveriam levar muitas coisas?
b. Como ele mandou
que eles reagissem nos lugares onde a mensagem era rejeitada?
2. Qual era o ponto
principal da pregação dos apóstolos?
3. Eles realizaram
quais tipos de milagres?
João Batista Morre
(6:14-29)
- Mateus 14:12-13
acrescenta um detalhe que explica o porquê este relato foi colocado nesta
narrativa: Os discípulos de João sepultaram seu corpo e foram anunciar a Jesus
sua morte. Parece que Jesus recebeu a
notícia da morte do seu primo e servo durante a ausência dos apóstolos,
talvez no dia em que eles voltaram do trabalho.
- João Batista morreu
porque ele pregou a verdade corajosamente (6:14-29)
- Ele condenou o
casamento ilícito de Herodes com Herodias
- Herodes respeitava
João, mas Herodias o odiava
- No aniversário do
nascimento de Herodes, a dança da filha de Herodias agradou a Herodes e ele
ofereceu dar o que ela quisesse, até a metade do reino
- Herodias aconselhou
sua filha a pedir a cabeça de João Batista
- Com tristeza,
Herodes mandou que João fosse executado
- Os discípulos de
João depositaram seu corpo no túmulo
Perguntas:
1. É possível um
casamento ser ilícito perante a lei de Deus?
a. O pecado deste
casal (Herodes e Herodias) foi apenas em entrar no casamento ou foi também em
continuar o relacionamento?
b. Numa situação
deste tipo, o que seria necessário para produzir frutos de arrependimento?
2. Como devemos
aplicar o exemplo da coragem e da intrepidez de João Batista em nosso trabalho?
Jesus Multiplica os
Pães e os Peixes (6:30-44)
- Os apóstolos
voltaram, e ficaram muito ocupados por causa do grande número de pessoas indo e
vindo (6:30-33)
- Jesus disse que
eles deveriam ir para um lugar deserto para repousar
- A multidão os seguiu
(6:33)
- Jesus tinha compaixão e ensinou o povo
durante o dia inteiro (6:34-35)
- Por causa da hora e
da fome dos ouvintes, Jesus mandou que os discípulos dessem alimentos ao povo
(6:36-37)
- Os apóstolos, já
esquecidos dos milagres que eles tinham feito, sentiram-se incapazes de
obedecer esta ordem (6:37)
- Jesus usou cinco
pães e dois peixes e alimentou à multidão de 5.000 homens (6:38-44)
Perguntas:
1. O que foi que
Jesus sugeriu quando os apóstolos voltaram e ficaram muito ocupados?
2. O que impediu
Jesus e os apóstolos quando eles tentaram sair para repousar?
3. O que Jesus fez
durante o dia inteiro? Qual milagre notável ele fez no fim do dia?
4. Leia João 6:14-15
e descreva a reação do povo depois deste milagre.
5. Considere bem este
dia na vida de Jesus e como ele lidou com:
a. Tristeza (a morte
de João)
b. Cansaço (muitas
pessoas indo e vindo; o dia inteiro ensinando)
c. Tentação (o povo
queria fazê-lo rei, mesmo sem cumprir a missão dada por Deus S veja João
6:14-15)
Jesus Ora num Monte e
Anda sobre o Mar (6:45-56)
- Depois de um dia
tão difícil, Jesus subiu ao monte para orar, e continuou lá até a quarta
vigília da noite S entre às 3:00 e às 6:00 horas da madrugada (6:45-48)
- Ele andou sobre o
mar e chegou ao barco dos discípulos. Eles tiveram dificuldade por causa do
vento contrário (6:48-50)
- Quando ele subiu no
barco, o vento cessou (6:51)
- Os apóstolos
ficaram admirados, ainda não entendendo o poder de Jesus (6:51-52)
- Em Genesaré, Jesus
realizou muitos milagres (6:53-56)
Perguntas:
1. Depois de um dia
cheio de tristeza, cansaço e tentação, Jesus tinha a escolha entre descanso
físico e oração. O que ele escolheu fazer durante quase a noite inteira?
2. Como devemos
imitar Jesus em seus hábitos de oração?
3. Quando Jesus andou
sobre o mar, como reagiram os apóstolos? Por quê?
4. Descreva os
milagres de Jesus em Genesaré.
Desafio Adicional:
Considere este dia na vida de Cristo no contexto que achamos no relatório de
Mateus 14 e João 6. Jesus está numa situação complicada: Tristeza (e, talvez,
perigo por causa da morte de João), Cansaço por causa da multidão, Tentação
porque o povo queria fazê-lo rei, e Responsabilidade de falar a verdade, mesmo
sabendo que muitas pessoas o abandonariam (veja João 6:60,66). Como Jesus
suportou estes desafios?
Marcos 7:1-8:21
Jesus Avisa sobre a
Contaminação das Tradições Humanas (7:1-23)
- Os fariseus e
escribas perguntaram por que os discípulos de Jesus não guardavam as tradições
dos anciãos a respeito da lavagem das mãos (7:1-5)
- Jesus citou o Velho
Testamento em sua resposta (7:6-13)
- Ele aplicou as
palavras de Isaías 29:13 aos judeus de sua época (7:6-7)
- Ele citou passagens
da lei de Moisés (Êxodo 20:12; 21:17; Levítico 20:9; Deuteronômio 5:16) sobre a
responsabilidade de honrar pai e mãe para mostrar que as tradições destes
líderes contradiziam os princípios da lei de Deus (7:9-13)
- Ele continuou sua
resposta, falando com a multidão e depois com os discípulos em particular,
dizendo que a contaminação não vem de fora (nos alimentos) mas do coração
impuro (7:14-23)
Perguntas:
1. O que os
discípulos fizeram que os fariseus e escribas criticaram?
2. Como respondeu
Jesus? Mencione especificamente o que ele disse sobre:
a. As palavras de
Isaías
b. Os mandamentos
sobre honrar pai e mãe
c. Contaminação e
alimentos
3. Considere
aplicações modernas deste trecho:
a. Quando tradições
humanas contradizem a Bíblia, o que devemos fazer?
b. Qual é a fonte das
divisões religiosas em nosso mundo?
c. É errado comer
certos tipos de carne (veja 7:19)?
Jesus Realiza Milagres
nas terras de Tiro e Decápolis (7:24-37)
- Na terra de Tiro,
uma mulher grega pediu a Jesus que expulsasse o demônio de sua filha e ela o
expulsou (7:24-30)
- Esta mulher era
grega, mas mostrou grande fé em Cristo
- Jesus mostrou que
sua missão foi para ir primeiro aos judeus, mas que ele ajudaria, também, os
gentios
- Jesus voltou à
terra da Galiléia através do território de Decápolis, e curou um homem surdo e
gago (7:31-37)
Perguntas:
1. Por que Jesus não
expulsou o demônio da menina siro-fenícia no momento em que a mãe dela fez o
pedido?
2. Jesus veio para
salvar os gentios, ou apenas os judeus?
3. O homem curado
(7:31-37) obedeceu às instruções dadas por Jesus? Explique.
Jesus Multiplica os
Pães e os Peixes pela Segunda Vez (8:1-10)
- Uma grande multidão
seguiu Jesus três dias, e ele teve compaixão das pessoas por causa da fome
delas (8:1-3)
- Os discípulos não
sabiam como fornecer os alimentos necessários (8:4) - Eles acharam sete pães e
alguns peixes, e Jesus os multiplicou para alimentar a multidão de 4.000 homens
(8:5-10)
Perguntas:
1. Por que Jesus não
mandou embora a multidão?
2. Descreva como ele
alimentou à multidão:
a. O que ele tinha
quando começou?
b. O que sobrou?
c. Quantas pessoas se
alimentaram?
Jesus Fala do Perigo
da Doutrina dos Fariseus (8:11-21)
- Os fariseus pediram
um sinal do céu, e Jesus lhes recusou (8:11-13)
- No relato de Mateus
16:1-4, ele prometeu apenas o sinal de Jonas
- Numa outra ocasião,
ele explicou que este sinal era a ressurreição (Mateus 12:38-41)
- Deus avisou aos
apóstolos do perigo do fermento dos fariseus e o de Herodes (8:14-21)
- Jesus falou da
necessidade de tomar cuidado com este fermento (8:14-15)
- Os discípulos não
entenderam, pensando que ele estava falando de pão físico (8:16)
- Jesus citou os milagres
da multiplicação de pães e peixes para mostrar que ele não estava preocupado
com comida física (8:17-21). Mateus acrescenta: "Então, entenderam que não
lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos
fariseus e dos saduceus" (Mateus 16:12)
Perguntas:
1. O que os fariseus
pediram a Jesus?
2. Como Jesus
respondeu ao pedido deles? Por quê?
3. De acordo com o
relato de Mateus, qual era o sinal de Jonas que Jesus ofereceu? Explique como
este sinal é o milagre central da Bíblia.
4. No ensinamento de
Jesus em 8:14-21, o que quer dizer "fermento"?
5. Existe ainda hoje
algum fermento perigoso? Explique sua resposta.
Marcos 8:22-9:29
Jesus Cura um Cego em
Betsaida (8:22-26)
- Jesus e os
discípulos chegaram em Betsaida, onde um cego pediu a Jesus que ele o curasse
(8:22)
- Jesus curou o homem
em duas fases (8:23-25)
- Jesus mandou o
homem embora, dizendo que deveria ir para casa sem entrar na aldeia (8:26)
Perguntas:
1. Como este milagre
é diferente dos outros?
Pedro Mostra Fé, mas
Tropeça por causa da Cruz (8:27-33)
- No meio da confusão
sobre Jesus, Pedro confessou que ele era o Cristo (8:27-30)
- Mas, quando Jesus
falou da sua própria morte, Pedro começou a repreendê-lo (8:31-33)
- Vemos aqui o
contraste entre a fé que confessou e a fraqueza quando tropeçou:
-
"Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to
revelaram, mas meu Pai, que está nos céus" (Mateus 16:17)
- "Arreda, Satanás-
Porque não cogitas das cousas de Deus, e sim das dos homens" (Marcos 8:33)
Perguntas:
1. Qual foi a grande
confissão de Pedro?
2. Qual ensinamento
de Jesus se tornou obstáculo para Pedro?
3. Baseado nas
palavras de Jesus (Mateus 16:17 e Marcos 8:33), qual foi a diferença entre a fé
e o fracasso de Pedro?
Jesus Ensina sobre a
Cruz do Discípulo Verdadeiro (8:34-9:1)
- Jesus ensinou que
era necessário que os seus seguidores tomassem suas próprias cruzes para
segui-lo (8:34-37). As perguntas que ele fez neste trecho dão ênfase à
importância de sacrifício na vida cristã:
- "Que aproveita
ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" (36)
- "Que daria um homem em troca de sua
alma?" (37)
- Aquele que se
envergonha de Jesus no meio do mundo pecaminoso vai ser rejeitado por Jesus na
presença do seu Pai (8:38)
- Jesus prometeu que
o reino de Deus viria com poder durante aquela geração (9:1). É possível que
ele esteja falando de:
- O estabelecimento
de seu reino, ou seja, sua igreja (veja Atos 1:8; 2:1-4)
- A vinda de Cristo
na destruição do templo (veja Marcos 13:24-31; Lucas 21:29-36)
Perguntas:
1. Considere bem os
desafios de 8:34-38. O que é necessário para ser verdadeiro seguidor de Cristo?
Qual é o valor da sua alma?
2. Em quais
circunstâncias nós devemos confessar nossa fé em Jesus? Qual é a conseqüência
de não confessá-la?
Jesus é Transfigurado
diante de Três dos Apóstolos (9:2-8)
- Jesus levou Pedro,
Tiago e João a um monte, onde foi transfigurado. A glória de Jesus, que sempre
brilhava nas ações dele, foi aqui mostrada na sua aparência física (9:2-3)
- Elias e Moisés
apareceram e falaram com Jesus (9:4)
- Pedro sugeriu que
eles fizessem três tendas para honrar estes heróis de fé (9:5-6)
- O Pai replicou de
uma nuvem: "Este é o meu Filho amado; a ele ouvi" (9:7)
- Depois, os
apóstolos não viram mais ninguém, senão Jesus (9:8)
Perguntas:
1. Quais dos
apóstolos foram levados por Jesus a um monte?
2. Descreva o que
aconteceu no monte com Jesus, Moisés e Elias.
3. Qual foi a
sugestão de Pedro?
4. Como respondeu o
Pai? Como este relato enfatiza a autoridade de Jesus?
5. Desafios
adicionais:
a. Montanhas, na
Bíblia, representam qual idéia?
b. Como Moisés, Elias
e Jesus tinham encontrado Deus em outros montes antes deste encontro no monte
da transfiguração?
Jesus Responde a uma
Pergunta sobre Elias (9:9-13)
- Jesus proibiu que
os apóstolos falassem da transfiguração antes da ressurreição (9:9)
- Os apóstolos não
entendiam o ensinamento de Jesus sobre sua ressurreição (9:10)
- Eles perguntaram
sobre a necessidade da vinda de Elias antes do Messias (9:11)
- Jesus disse que
Elias tinha que vir, mas falou que ele já veio (9:12-13; veja Mateus 17:11-13)
Perguntas:
1. Qual era o
ensinamento de Jesus neste trecho que os discípulos tinham dificuldades em entender?
2. Quem precisava vir
para preparar o caminho de Jesus (veja Malaquias 3:1; 4:5-6)? De acordo com
Mateus 17:11-13, quem cumpriu esta profecia?
Jesus Expulsa o
Demônio de um Jovem (9:14-29)
- Um homem levou a
Jesus seu filho, possesso de demônio, dizendo que os discípulos não conseguiram
expulsá-lo (9:14-18)
- Enquanto o menino
ficava agitado por causa do demônio, o pai dele contou a Jesus sua história de
estar possesso desde a infância (9:19-22)
- Jesus afirmou que
"Tudo é possível ao que crê" (9:23)
- O homem confessou
sua fé em Cristo, e pediu com lágrimas uma fé maior (9:24)
- Jesus expulsou o
demônio (9:25-27)
- Os discípulos
perguntaram o porquê eles não tinham conseguido expulsar o demônio. Jesus
respondeu que aquele tipo de demônio saía somente por meio de oração (9:28-29)
Perguntas:
1. Descreva o
problema do menino neste relato.
2. Depois de expulsar
o demônio, qual foi a explicação que Jesus deu sobre a falha dos discípulos em
expulsá-lo?
Marcos 9:30-10:31
Os Discípulos Não
Entendem a Missão nem o Reino de Jesus (9:30-37)
- Jesus falou de sua
morte e ressurreição, mas os discípulos não compreendiam este ensinamento
(9:30-32)
- Jesus ensinou que os primeiros no seu reino
seriam os servos (9:33-37)
- Os discípulos
discutiram no caminho sobre suas posições no reino (9:33-34)
- Jesus enfatizou a
diferença entre seu reino e os reinos humanos, dizendo: "Se alguém quer
ser o primeiro, será o último e servo de todos" (9:35)
- Jesus usou uma
criança para ilustrar que somente os humildes, que recebem tal criança, seriam
aceitos por Jesus e por seu Pai (9:36-37)
Perguntas:
1. Como os discípulos
reagiram ao ensinamento de Jesus sobre sua morte?
2. Como Jesus
respondeu à discussão dos apóstolos sobre a posição no reino de Deus?
Especificamente:
a. O que falou sobre
ser o primeiro?
b. Como usou uma
criança para ilustrar esta idéia?
Jesus Adverte sobre
Tropeços (9:38-50)
- Jesus corrigiu o
espírito partidário dos apóstolos (9:38-41)
- Os apóstolos
falaram que tinham rejeitado um homem que realizou milagres em nome de Jesus,
"porque não seguia conosco" (9:38)
- Jesus mostrou que a questão importante era
se a pessoa estava fazendo a vontade do Senhor, ou não (9:39-41)
- Jesus advertiu
sobre tropeços (9:42-50)
- Nesta série de
ilustrações de cirurgia radical, Jesus mostrou que a obediência a ele exige
grande sacrifício das coisas mais preciosas
- Observando o
contexto deste trecho nos ajudará na sua interpretação
- Jesus incluiu as
mesmas idéias quando ensinou sobre a necessidade de controlar as paixões da
carne (Mateus 5:27-32)
- Aqui, ele utilizou
as mesmas ilustrações de cirurgia radical num contexto que diz que nós temos
que conquistar o desejo de receber honra e poder
- Ou a pessoa vencerá
estes desejos mundanos, ou será rejeitada por Deus e lançada no fogo
- Note aqui as descrições do inferno como
lugar de sofrimento eterno
Perguntas:
1. Por que os
discípulos proibiram o homem que expulsava demônios?
2. Considere as
implicações deste texto (9:38-41):
a. Algumas pessoas,
além dos apóstolos, tinham recebido poder de Jesus? Justifique sua resposta.
b. Os seguidores de
Jesus, em qualquer época ou lugar, têm condições de identificar todos os outros
discípulos?
c. É correto rejeitar
a outra pessoa simplesmente porque ela não pertence à "nossa igreja"?
Explique.
3. No contexto de
9:33-41, os membros do corpo mencionados em 9:43 48 provavelmente representam
qual tipo de desejo?
4. Jesus acreditava
no inferno? Como ele o descreveu?
Jesus Responde a
Perguntas sobre o Divórcio (10:1-12)
- Os fariseus
perguntaram sobre o divórcio (10:1-9)
- A pergunta deles:
"É lícito ao marido repudiar sua mulher?" (10:2)
- A resposta de Jesus
(10:3-9):
- Ele explicou que
Moisés tinha tolerado o divórcio "por causa da dureza do vosso
coração" (10:3-5)
- Então, Jesus
mostrou que a vontade de Deus desde o princípio era que o homem ficasse com sua
mulher, sem divórciar: "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o
homem" (10:6-9)
- Os discípulos, em
particular, perguntaram sobre o divórcio (10:10-12)
- Em casa, os
discípulos voltaram ao assunto do divórcio (10:10)
- A resposta de
Jesus: Quem repudiar sua mulher ou seu marido e casar com outra(o), comete
adultério (10:11-12)
- Comentários
adicionais e ligações com outras passagens:
- Marcos mostra neste
trecho que a mesma lei do divórcio aplica tanto à mulher como ao homem
- Lucas fornece mais
um detalhe: Quem casar com uma pessoa repudiada também comete adultério (Lucas
16:18). O Novo Testamento não autoriza o segundo casamento da pessoa repudiada
enquanto o primeiro esposo estiver vivo (veja, também, Romanos 7:2-3)
- Mateus, também,
fornece outro detalhe: Há uma exceção (Mateus 5:32; 19:9). Quem repudiar sua
mulher por causa das relações sexuais ilícitas (dela), não comete adultério,
mesmo se casar com outra
- Paulo mostra que o
divórcio em si é proibido, e não somente o segundo casamento (1 Coríntios
7:10-11)
Perguntas:
1. Qual era a
intenção de Deus desde o princípio sobre a permanência do casamento?
2. Como os judeus, e
outros, tinham abandonado este plano divino?
3. Responda às
seguintes perguntas, considerando o texto de Marcos e outras passagens citadas
acima:
a. Qual é a vontade
de Jesus sobre a permanência do casamento?
b. O homem que
repudiar sua mulher e se casar com outra está cometendo qual pecado?
c. Qual é a única
exceção que Jesus deu?
d. Qual é a situação
da pessoa repudiada se ela se casar de novo?
e. Uma pessoa que se
divorciar (por outro motivo; não por causa das relações sexuais ilícitas) e não
se casar de novo, comete pecado?
Jesus Ensina sobre a
Necessidade da Humildade e o Perigo das Riquezas (10:13-31)
- Jesus abençoou
algumas crianças, usando-as como exemplo da humildade necessária para entrar no
reino de Deus (10:13-16)
- Quando um homem
rico perguntou sobre como herdar a vida eterna, Jesus lhe disse para vender
tudo o que possuía para seguir a Jesus. O homem se retirou triste (10:17-22)
- Jesus aproveitou
esta oportunidade para ensinar sobre o perigo das riquezas e a necessidade de
deixar tudo para segui-lo (10:23-31)
- Jesus falou da
dificuldade de um rico entrar no reino de Deus, e os discípulos estranharam as
suas palavras (10:23-27)
- Os discípulos ainda
estavam tendo dificuldade em entender o reino espiritual de Jesus, feito sem
poder político e composto por homens humildes que serviriam um rei que morreria-
-
Jesus, porém, sabia que a confiança nas riquezas impede a fé e a
confiança em Deus
- Pedro falou do sacrifício que os discípulos
tinham feito, deixando tudo para seguir Jesus (10:28)
- Jesus disse que as pessoas que assim deixam
tudo serão abençoadas (10:29-31):
- Sacrifícios nesta vida: casa, família, etc.
- Bênçãos nesta vida:
o cêntuplo de casas, família, etc.
- Bênção eterna: A
vida eterna
- O porém: "com
perseguições" (veja 2 Timóteo 3:12)
Perguntas:
1. Como os adultos
têm que imitar as crianças para entrar no reino de Deus?
2. Jesus ensinou que
as crianças estão perdidas e precisam do batismo?
3. Qual foi o
sacrifício que Jesus exigiu do rico? Como ele reagiu?
4. Jesus exige menos
de nós?
6. Como serão
abençoados os que deixam tudo para servir a Jesus? Como Jesus mostrou no
versículo 30 que até mesmo as pessoas fiéis vão sofrer nesta vida?
7. Considere bem como
o capítulo 10 mostra o sacrifício necessário para servir a Jesus, e mostra,
também, a recompensa dos obedientes.
Marcos 9:30-10:31
Os Discípulos Não
Entendem a Missão nem o Reino de Jesus (9:30-37)
- Jesus falou de sua
morte e ressurreição, mas os discípulos não compreendiam este ensinamento
(9:30-32)
- Jesus ensinou que
os primeiros no seu reino seriam os servos (9:33-37)
- Os discípulos
discutiram no caminho sobre suas posições no reino (9:33-34)
- Jesus enfatizou a
diferença entre seu reino e os reinos humanos, dizendo: "Se alguém quer
ser o primeiro, será o último e servo de todos" (9:35)
- Jesus usou uma
criança para ilustrar que somente os humildes, que recebem tal criança, seriam
aceitos por Jesus e por seu Pai (9:36-37)
Perguntas:
1. Como os discípulos
reagiram ao ensinamento de Jesus sobre sua morte?
2. Como Jesus respondeu
à discussão dos apóstolos sobre a posição no reino de Deus? Especificamente:
a. O que falou sobre
ser o primeiro?
b. Como usou uma
criança para ilustrar esta idéia?
Jesus Adverte sobre
Tropeços (9:38-50)
- Jesus corrigiu o
espírito partidário dos apóstolos (9:38-41)
- Os apóstolos
falaram que tinham rejeitado um homem que realizou milagres em nome de Jesus,
"porque não seguia conosco" (9:38)
- Jesus mostrou que a
questão importante era se a pessoa estava fazendo a vontade do Senhor, ou não
(9:39-41)
- Jesus advertiu
sobre tropeços (9:42-50)
- Nesta série de
ilustrações de cirurgia radical, Jesus mostrou que a obediência a ele exige
grande sacrifício das coisas mais preciosas
- Observando o
contexto deste trecho nos ajudará na sua interpretação
- Jesus incluiu as
mesmas idéias quando ensinou sobre a necessidade de controlar as paixões da
carne (Mateus 5:27-32)
- Aqui, ele utilizou
as mesmas ilustrações de cirurgia radical num contexto que diz que nós temos
que conquistar o desejo de receber honra e poder
- Ou a pessoa vencerá
estes desejos mundanos, ou será rejeitada por Deus e lançada no fogo
- Note aqui as
descrições do inferno como lugar de sofrimento eterno
Perguntas:
1. Por que os
discípulos proibiram o homem que expulsava demônios?
2. Considere as
implicações deste texto (9:38-41):
a. Algumas pessoas,
além dos apóstolos, tinham recebido poder de Jesus? Justifique sua resposta.
b. Os seguidores de
Jesus, em qualquer época ou lugar, têm condições de identificar todos os outros
discípulos?
c. É correto rejeitar
a outra pessoa simplesmente porque ela não pertence à "nossa igreja"?
Explique.
3. No contexto de
9:33-41, os membros do corpo mencionados em 9:43-48 provavelmente representam
qual tipo de desejo?
4. Jesus acreditava
no inferno? Como ele o descreveu?
Jesus Responde a
Perguntas sobre o Divórcio (10:1-12)
- Os fariseus
perguntaram sobre o divórcio (10:1-9)
- A pergunta deles:
"É lícito ao marido repudiar sua mulher?" (10:2)
- A resposta de Jesus
(10:3-9):
- Ele explicou que
Moisés tinha tolerado o divórcio "por causa da dureza do vosso
coração" (10:3-5)
- Então, Jesus
mostrou que a vontade de Deus desde o princípio era que o homem ficasse com sua
mulher, sem divórciar: "Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o
homem" (10:6-9)
- Os discípulos, em particular, perguntaram
sobre o divórcio (10:10-12)
- Em casa, os discípulos voltaram ao assunto
do divórcio (10:10)
- A resposta de
Jesus: Quem repudiar sua mulher ou seu marido e casar com outra(o), comete
adultério (10:11-12)
- Comentários
adicionais e ligações com outras passagens:
- Marcos mostra neste
trecho que a mesma lei do divórcio aplica tanto à mulher como ao homem
- Lucas fornece mais
um detalhe: Quem casar com uma pessoa repudiada também comete adultério (Lucas
16:18). O Novo Testamento não autoriza o segundo casamento da pessoa repudiada
enquanto o primeiro esposo estiver vivo (veja, também, Romanos 7:2-3)
- Mateus, também,
fornece outro detalhe: Há uma exceção (Mateus 5:32; 19:9). Quem repudiar sua
mulher por causa das relações sexuais ilícitas (dela), não comete adultério,
mesmo se casar com outra
- Paulo mostra que o
divórcio em si é proibido, e não somente o segundo casamento (1 Coríntios
7:10-11)
Perguntas:
1. Qual era a
intenção de Deus desde o princípio sobre a permanência do casamento?
2. Como os judeus, e
outros, tinham abandonado este plano divino?
3. Responda às
seguintes perguntas, considerando o texto de Marcos e outras passagens citadas
acima:
a. Qual é a vontade
de Jesus sobre a permanência do casamento?
b. O homem que repudiar
sua mulher e se casar com outra está cometendo qual pecado?
c. Qual é a única
exceção que Jesus deu?
d. Qual é a situação
da pessoa repudiada se ela se casar de novo?
e. Uma pessoa que se
divorciar (por outro motivo; não por causa das relações sexuais ilícitas) e não
se casar de novo, comete pecado?
Jesus Ensina sobre a
Necessidade da Humildade e o Perigo das Riquezas (10:13-31)
- Jesus abençoou
algumas crianças, usando-as como exemplo da humildade necessária para entrar no
reino de Deus (10:13-16)
- Quando um homem
rico perguntou sobre como herdar a vida eterna, Jesus lhe disse para vender
tudo o que possuía para seguir a Jesus. O homem se retirou triste (10:17-22)
- Jesus aproveitou
esta oportunidade para ensinar sobre o perigo das riquezas e a necessidade de
deixar tudo para segui-lo (10:23-31)
- Jesus falou da
dificuldade de um rico entrar no reino de Deus, e os discípulos estranharam as
suas palavras (10:23-27)
- Os discípulos ainda
estavam tendo dificuldade em entender o reino espiritual de Jesus, feito sem
poder político e composto por homens humildes que serviriam um rei que
morreria-
- Jesus, porém, sabia que a confiança nas
riquezas impede a fé e a confiança em Deus
- Pedro falou do
sacrifício que os discípulos tinham feito, deixando tudo para seguir Jesus
(10:28)
- Jesus disse que as
pessoas que assim deixam tudo serão abençoadas (10:29-31):
- Sacrifícios nesta
vida: casa, família, etc.
- Bênçãos nesta vida:
o cêntuplo de casas, família, etc.
- Bênção eterna: A
vida eterna
- O porém: "com
perseguições" (veja 2 Timóteo 3:12)
Perguntas:
1. Como os adultos
têm que imitar as crianças para entrar no reino de Deus?
2. Jesus ensinou que
as crianças estão perdidas e precisam do batismo?
3. Qual foi o
sacrifício que Jesus exigiu do rico? Como ele reagiu?
4. Jesus exige menos
de nós?
6. Como serão
abençoados os que deixam tudo para servir a Jesus? Como Jesus mostrou no
versículo 30 que até mesmo as pessoas fiéis vão sofrer nesta vida?
7. Considere bem como
o capítulo 10 mostra o sacrifício necessário para servir a Jesus, e mostra,
também, a recompensa dos obedientes.
Marcos 10:32-11:33
Os Discípulos Ainda
Não Entendem a Missão nem o Reino de Jesus (10:32-45)
- Jesus falou com os
discípulos sobre as coisas que aconteceriam em Jerusalém, incluindo sua morte e
ressurreição (10:32-34)
- Então, Tiago e João
pediram a Jesus posições de honra em seu reino (10:35-45)
- Eles pediram que
Jesus os deixasse assentar com ele, um à sua direita e outro à sua esquerda
(10:35-37)
- Jesus disse que
eles não entenderam o que pediram, e então falou do sacrifício no serviço a ele
(10:38)
- Jesus confirmou que
eles sofreriam no serviço do Senhor, mas disse que não determinaria quem
assentaria com ele (10:39-40)
- Os outros discípulos se indignaram contra
Tiago e João (10:41)
- Jesus usou a
ocasião como oportunidade para enfatizar que os seguidores dele seriam servos,
não dominadores (10:42-45)
Perguntas:
1. Como Jesus explicou
aos discípulos o que aconteceria a ele em Jerusalém?
2. Qual foi o pedido
de Tiago e João?
3. Explique 10:38-39.
O que é este cálice e este batismo?
4. De acordo com
10:42-45, como o reino de Deus se difere dos reinos humanos?
5. Qual é o lugar de líderes
no reino de Cristo?
Jesus Cura Bartimeu
em Jericó (10:46-52)
- Enquanto Jesus
estava saindo de Jericó, Bartimeu, um cego, pediu a Jesus que ele o curasse
(10:46-48)
- Jesus parou e o
curou, e comentou sobre a fé deste mendigo (10:49-52)
Perguntas:
1. Qual era o
problema de Bartimeu?
2. Como ele mostrou
fé?
Jesus Entra
Triunfalmente em Jerusalém (11:1-11)
- Os discípulos,
obedecendo às instruções de Jesus, buscaram um jumentinho para ele montar
(11:1-7)
- Jesus entrou em
Jerusalém e recebeu adoração de uma multidão (11:8-10)
- Jesus entrou e
observou tudo no templo, e saiu para Betânia (11:11)
- Observação: No
capítulo 11, entramos no estudo da última semana antes da crucificação de
Jesus. Todos os evangelhos dão mais ênfase a esta semana do que a qualquer
outra parte da vida de Cristo. Devemos estudar esta parte da vida do Senhor
cuidadosamente para aprender as lições importantes do exemplo dele quando
estava face-a-face com a morte.
Perguntas:
1. Descreva a entrada
triunfal de Jesus.
2. Jesus aceitou a
adoração da multidão?
Desafio Adicional:
Por que Jesus aceitou a adoração dos homens, mas os apóstolos (veja Atos
10:25-26; 14:11-18) e os anjos (Apocalipse 22:8-9) não deixaram os homens os
adorar? Na sua resposta, considere as palavras do próprio Jesus em Mateus 4:10.
Jesus Amaldiçoa uma
Figueira (11:12-14)
- Jesus saiu de
Betânia e achou uma figueira com folhas mas sem figos, e ele disse: "Nunca
mais coma alguém fruto de ti-" (11:12-14)
- Observação: Este milagre
é bem diferente do que os outros que já encontramos no livro de Marcos. No
contexto, em que Jesus está entrando numa semana de conflito com os líderes dos
judeus (11:15-12:44) e de profecia da destruição do templo (13:1-30), é
interessante que ele fez um milagre negativo e destruidor. Assim, ele mostrou
que a capacidade tem para destruir.
Perguntas:
1. O que Jesus fez
com a figueira?
2. Jesus tem poder
para destruir? Por que é importante compreender isto?
Jesus Purifica o
Templo (11:15-19)
- Jesus expulsou do
templo os que vendiam e compravam, acusando-os de fazer do templo um covil de
salteadores (11:15-17)
- Os líderes dos
judeus começaram a planejar a morte de Jesus (11:18)
- Jesus e os
discípulos saíram de Jerusalém (11:19)
Perguntas:
1. Por que Jesus
expulsou algumas pessoas do templo?
2. Como podemos
aplicar a lição deste trecho em nossos dias? Está errado transformar uma coisa
espiritual em coisa carnal? Aplique sua resposta à missão espiritual da igreja.
Jesus Fala do Poder
da Fé (11:20-26)
- No dia seguinte, os
apóstolos viram a figueira amaldiçoada, seca desde a raiz (11:20-21)
- Jesus aproveitou a
oportunidade para ilustrar o poder da fé (11:22-24)
- Não achamos caso no
Novo Testamento de um apóstolo realizando um milagre assim (de mudar montanhas)
numa forma literal, mas a idéia representa grande fé (1 Coríntios 13:2)
- Outras passagens
falam, também, de algumas condições para receber as coisas pedidas (veja, por
exemplo, Tiago 1:6-8; 4:2-10; 1 João 3:21-22; 5:14)
- Jesus ensinou,
também, que a pessoa que recusa perdoar os outros não pode manter comunhão com
Deus (11:25-26; veja Mateus 6:12-15)
Perguntas:
1. Jesus garantiu que
Deus daria tudo que pedimos com fé, sem outras condições? Justifique sua
resposta, citando outras passagens.
2. Qual é a consequência
espiritual de recusar perdão a outros?
Jesus Responde à
Pergunta dos Líderes dos Judeus sobre sua Autoridade (11:27-33)
- Sacerdotes,
escribas e anciãos encontraram Jesus e questionaram sua autoridade (11:27-28)
- Jesus respondeu com
uma pergunta: "O batismo de João era do céu ou dos homens?" (11:30)
- Estes homens se
recusaram a responder, reconhecendo seu dilema (11:31-33):
- Admitir que o
batismo de João era do céu seria admitir sua culpa em não aceitá-lo
- Dizer que este
batismo era dos homens seria negar um homem aceito pelo povo como profeta
- Jesus, também, se
recusou a responder à pergunta destes líderes, assim mostrando a desonestidade
deles (11:33)
Perguntas:
1. Quem questionou a
autoridade de Jesus?
2. Jesus respondeu
com qual pergunta?
3. Por que eles não
responderam? O que aprendemos desta conversa sobre o caráter destes
"líderes"?
Desafio Adicional:
Como podemos usar esta pergunta para examinar qualquer doutrina ou prática
hoje: "É do céu ou dos homens?"
Marcos 12:1-44
Jesus Dá a Parábola
dos Maus Lavradores (12:1-12)
- Nesta parábola,
Jesus está mostrando o caráter dos líderes judeus, que tinham rejeitado os
profetas de Deus e estavam se preparando para rejeitar e matar seu Filho amado
- Um homem deixou sua
vinha aos cuidados dos lavradores (12:1)
- Ele enviou um servo
após outro para receber dos frutos da colheita, mas os lavradores maltratavam e
matavam seus servos (12:2-5)
- O dono da vinha
decidiu enviar seu filho amado, pensando que eles respeitariam o filho (12:6
- Os lavradores mataram o filho, assim
tentando tomar posse da vinha à força (12:7-8)
- Jesus deu a
conclusão da parábola, dizendo que o dono da vinha destruiria os maus
lavradores, e fazendo ligação com a profecia do Salmo 118:22-23 (12:9-11)
- Os líderes
entenderam que ele estava falando deles. Em vez de se arrependerem, eles
quiseram matá-lo (12:12)
Perguntas:
1. Explique a
parábola dos lavradores, especificamente identificando:
a. O dono da vinha
b. Os lavradores
c. Os servos enviados
pelo dono
d. O filho do dono
2. Muitas vezes,
pensamos sobre a última semana antes da crucificação como a semana da
condenação de Jesus. Como foi, também, a semana em que Jesus julgou os judeus?
Jesus Responde às
Ciladas dos Judeus em Jerusalém (12:13-34)
- A questão do
tributo (12:13-17)
- Os fariseus e os
herodianos (normalmente seitas opostas) perguntaram se deveriam pagar tributo a
César ou não (12:13-14).
- Eles tentaram
capturar Jesus numa cilada: Se ele dissesse que deveriam pagar, os fariseus
poderiam acusá-lo de opor o povo judaico; Se dissesse que não deveriam pagar,
os herodianos poderiam acusá-lo de rebelião contra o império romano
- Jesus respondeu, mostrando a hipocrisia dos
questionadores e dizendo que é possível cumprir os nossos deveres ao governo e
a Deus (12:15-17)
- A questão da ressurreição (12:18-27)
- Os saduceus, que
negavam a doutrina da ressurreição, apresentaram um caso hipotético numa
tentativa de provar o erro desta doutrina fundamental de Jesus (12:18-23)
- Jesus criticou a
ignorância dos saduceus e respondeu com dois argumentos (12:24-27):
- O casamento não
continua após a morte
- Deus é o Deus dos
vivos, não dos mortos, e ele disse: "Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de
Isaque e o Deus de Jacó" quando falou com Moisés depois da morte destes
patriarcas. Então, ele deu a entender que eles ainda estavam vivos
- A questão do grande
mandamento (12:28-34)
- Um dos escribas
perguntou a Jesus: "Qual é o principal de todos os mandamentos?"
(12:28)
- Jesus respondeu com
citações dos dois mandamentos principais da velha lei (12:29-31):
- O primeiro:
"Amarás, pois, o Senhor, teu Deus . . ." (12:29-30; veja Deuteronômio
6:4-5)
- O segundo:
"Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (12:31; Levítico 19:18)
- O escriba que
perguntou entendeu e aceitou a resposta de Jesus (12:32-33)
- Jesus disse que ele
não estava longe do reino de Deus (12:34)
Perguntas:
1. Descreva como os
fariseus e os herodianos tentaram capturar Jesus numa cilada. Como Jesus
respondeu?
2. Qual foi a
pergunta dos saduceus? Como Jesus respondeu?
3. O argumento de
Jesus nos versículos 26 e 27 é baseado num pormenor do texto de Êxodo 3:6. É
importante estudar cuidadosamente até os pormenores das Escrituras?
4. Quais são os dois
grandes mandamentos do Velho Testamento? Eles fazem parte dos "dez mandamentos"?
Jesus Mostra os Erros
dos Escribas (12:35-40)
- Jesus citou uma
profecia de Davi para mostrar que os escribas não entendiam seus próprios
ensinamentos sobre o Cristo que eles esperavam. Ele falou que o Cristo, sendo
filho de Davi, é maior do que Davi (12:35-37)
- Jesus condenou a
hipocrisia dos escribas (12:38-40)
Perguntas:
1. Quando Jesus
mostrou que os escribas não entenderam bem as profecias do Velho Testamento
sobre o Cristo, como os seus ouvintes reagiram?
2. Descreva como
Jesus repreendeu a hipocrisia dos escribas.
Marcos 13:1-14:11
Jesus Prediz a
Destruição do Templo (13:1-31)
- Os líderes judaicos
já tinham feito tudo que podiam para refutar Jesus e sua autoridade, mas não
conseguiram (11:27-12:34). Então, eles começaram a planejar como matariam Jesus
(14:1-11). Jesus, por sua parte, censurou estes hipócritas, mostrando a culpa
deles diante de Deus (12:38-44; veja Mateus 23:1-36). Então, ele dá no capítulo
13 a
profecia da destruição do templo, que tinha sido corrompido pelo povo rebelde
- Jesus, saindo do
templo com seus apóstolos, disse que o templo seria destruído (13:1-2)
- No monte das
Oliveiras, os apóstolos perguntaram a Jesus sobre esta profecia: "Dize-nos
quando sucederão estas cousas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem
para cumprir-se" (13:3-4)
- Jesus explicou esta
profecia sobre a destruição do templo (13:5-31)
- Ele falou dos
sinais que aconteceriam antes do cumprimento da profecia:
- A chegada de falsos profetas, alegando ser o
Cristo (5-6,21-22)
- Diversas calamidades (7-8)
•
Guerras (7-8)
• Terremotos (8)
• Fomes (8)
- Perseguições
(9,11-13)
- A pregação do
evangelho a todas as nações (10)
- Ele falou, também,
que eles reconheceriam a hora da destruição pela chegada do "abominável da
desolação" (14)
- A fuga seria
rápida, sem tempo para voltar à casa e buscar as posses (14-18)
- Seria um período de
grande tribulação e sofrimento (19-20)
- Através desta
profecia, os seguidores de Jesus foram avisados (23)
- Este julgamento seria uma vinda de Jesus
para abalar os poderes (representados pelo sol, a lua e as estrelas) e proteger
seus escolhidos (24-27)
- Jesus afirmou que
estes sinais dariam aviso da destruição iminente (28-29)
- Ele acrescentou a
afirmação de que tudo isto aconteceria naquela mesma geração (30-31)
- Observações sobre a
interpretação da profecia de 13:1-31
- Temos que acreditar
nas palavras de Jesus. Ou as coisas até versículo 31 já aconteceram (na mesma
geração em que Jesus profetizou), ou Jesus era um falso profeta- O
entendi-mento deste versículo ajuda muito na interpretação da profecia deste
trecho. Diversos erros humanos poderiam ser evitados pela aplicação correta
desse versículo. Marcos 13:1-31 não está falando de coisas do futuro, mas de
coisas que aconteceram na mesma geração em que Jesus profetizou
- Então, como foi
cumprida esta profecia?
- A cidade de
Jerusalém, e especificamente o templo (1-2), foram destruídos no ano 70 d.C.
- Guerras, fomes,
terremotos, etc. (7-8) aconteceram nos anos entre a profecia (cerca de 30 d.C.)
e a queda de Jerusalém (70 d.C.)
- Houve perseguição
contra os fiéis (9-13; veja o livro de Atos-)
- O evangelho foi
pregado em todo o mundo (10; veja Colossenses 1:23)
- O abominável da
desolação veio, dando assim o sinal aos fiéis, que fugissem para as montanhas
(14)
• Daniel profetizou do abominável quando
falou da entrada dos gentios na cidade santa e no templo (veja Daniel 9:27;
11:31; 12:11)
• Lucas, numa profecia paralela, falou da
chegada dos exércitos dos gentios em Jerusalém como sinal de que teriam de sair
(Lucas 21:20-24)
• Os fiéis na Judéia fugiriam por causa
deste sinal (14-16)
•
Havia situações que dificultariam a fuga de algumas pessoas (17-18):
- Para as mulheres
grávidas ou com filhos pequenos (17)
- Para todos se
acontecesse no inverno (18
- A tribulação
aconteceria depois da chegada dos exércitos dos gentios: Jerusalém sofreria
muito (19-20)
- Falsos cristos e
falsos profetas enganaram muitos (21-22). Este problema não é só da nossa
época- (veja 2 Pedro 2:1-3; 1 João 2:18-21)
- A vinda de Cristo neste julgamento era óbvia
(24-27). Ele já tinha avisado o povo e dado a oportunidade da salvação, mas os
judeus (em geral) a recusou- Esta vinda de Cristo não é a volta dele no
julgamento final (veja versículo 30), mas uma figura do seu julgamento da
cidade de Jerusalém. Assim, ele usou símbolos comuns nas profecias do Velho
Testamento para falar de julgamento contra nações e povos
• O sol escurecerá e a lua não dará a sua
claridade (24; veja Ezequiel 32:2,7-10; Joel 3:12-15; Amós 8:9-10)
• As estrelas cairão do céu (25; veja Isaías
14:4,12-17 onde ele usa linguagem semelhante para falar da queda do rei da
Babilônia)
• O Filho do Homem virá para salvar e julgar
(26-27; veja Joel 3:16; Amós 5:17-20. Estas passagens falam do castigo das
nações que desobedeceram à vontade do Senhor)
- Vamos acreditar nas
palavras de Jesus ou nas doutrinas dos homens?
- Jesus falou:
"Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça"
- Homens falam: São
sinais da volta do Senhor ainda no futuro
- Devemos decidir:
• Ou Jesus cumpriu a profecia naquela
geração, como ele mesmo falou
• Ou Jesus mentiu, e as doutrinas humanas de
hoje são certas
• Ou Jesus não tinha poder para cumprir sua
palavra
- Vamos confiar na
autoridade e no poder de Jesus (veja Mateus 28:18)
Perguntas:
1. Onde estava Jesus
quando ele deu a profecia de 13:1-2? Onde ele estava quando a explicou aos
apóstolos (13:3-31)?
2. Dê exemplos das
coisas que tinham que acontecer antes da destruição do templo (13:6-13,21-22).
3. O que foi "o
abominável da desolação" (13:14)?
4. Explique como a
gravidez ou o inverno poderiam atrapalhar a fuga (13:17-18).
6. O que foi
representado pelo sol, a lua e as estrelas (13:24-25)?
7 Está correto usar
os sinais mencionados em Marcos 13:1-31 para falar da volta de Cristo
futuramente?
Jesus Fala da
Importância de Vigiar com Esperança à Sua Volta (13:32-37)
- Em contraste com o
dia da destruição do templo (que poderia ser identificado pelos sinais que
Jesus deu), ele falou de um outro dia que chegaria sem aviso (13:32-33)
- Muitas pessoas não
estariam preparadas para a volta do Senhor (13:34-37)
- No relato mais
amplo de Mateus, ele continua com uma série de parábolas descrevendo a Segunda
Vinda de Cristo (veja Mateus 24:36-25:46)
Perguntas:
1. Quem sabe o dia e
a hora da Segunda Vinda de Cristo?
2. Como devemos nos
preparar para a volta dele?
A Morte de Jesus se
Aproxima (14:1-11)
- Os principais
sacerdotes e os escribas planejaram como matar Jesus, mas decidiram esperar até
depois da Páscoa (14:1-2)
- Uma mulher ungiu a
cabeça de Jesus com perfume (14:3-9)
- Alguns criticaram o desperdício do perfume
- Jesus disse que ela estava ungindo-o para a
sepultura
- Judas Iscariotes entrou num acordo com os
principais sacerdotes para trair Jesus (14:10-11)
Perguntas:
1. Quais pessoas
queriam matar Jesus? Por que decidiram não matá-lo durante a festa dos judeus?
2. Por que algumas
pessoas murmuraram quando Jesus foi ungido em Betânia? Como Jesus respondeu?
3. Quem fez o pacto
da traição com os principais sacerdotes?
Marcos 14:12-15:15
Jesus Participa da
Páscoa com os Discípulos (14:12-31)
- Jesus enviou dois
dos seus discípulos para preparar a Páscoa em Jerusalém (14:12-16)
- Jesus indicou o
traidor, e falou da sua condenação (14:17-21)
- Jesus instituiu a
ceia do Senhor (14:22-26)
- Observe o padrão:
- Ele orou (abençoou
o pão)
- Eles tomaram o pão,
que representa o corpo de Jesus
- Ele orou (deu
graças pelo cálice)
- Eles tomaram o
cálice, que representa o sangue de Jesus
- Jesus falou que ele
não beberia de novo do cálice até a vinda do seu reino
- Jesus falou do fato
que Pedro lhe negaria (14:27-31)
- Jesus comentou que
suas ovelhas (os discípulos) seriam dispersas, mas disse que ele iria antes
deles a Galiléia
- Pedro afirmou que nunca se escandalizaria
- Jesus disse que Pedro o negaria três vezes
na mesma noite
- Pedro insistiu que
nunca negaria Jesus. Os outros apóstolos fizeram afirmações iguais
Perguntas:
1. Como os discípulos
acharam o lugar onde participariam da Páscoa com Jesus?
2. O que Jesus
comentou sobre o traidor?
3. Responda às
seguintes perguntas sobre a ceia do Senhor:
a) Qual foi a sequência
dos atos da ceia (orações, o pão, o cálice)?
b) O que o pão
representa?
c) O que o cálice
representa?
d) O pão que Jesus
usou tinha fermento ou não? Por que é impor-tante este detalhe? (veja 14:12;
Levítico 2:11; 1 Coríntios 5:6-8)
Jesus Ora no
Getsêmani (14:32-42)
- Jesus foi com os
apóstolos ao Getsêmani. Depois de chegar, ele levou consigo Pedro, Tiago e João
e foi orar (14:32-34)
- Nesta oração
angustiosa e íntima, Jesus pediu livramento do cálice do sofrimento da sua
morte, mas se submeteu à vontade de seu Pai (14:35-36)
- Enquanto Jesus
orava a mesma coisa três vezes, os discípulos dormiram (14:37-41)
- Jesus e os
apóstolos se levantaram para sair, e ele comentou que o traidor estava próximo
(14:41-42)
Perguntas:
1. O que os
discípulos fizeram enquanto Jesus orava no Getsêmani?
2. Qual foi o pedido
de Jesus?
3. Como Jesus mostrou
obediência nesta oração? Faça ligação com Filipenses 2:5-8.
Jesus é Preso
(14:43-52)
- Judas chegou com
líderes judaicos e traiu Jesus com um beijo (14:43-46)
- Um dos apóstolos
(Pedro S veja João 18:10) usou a espada para defender Jesus e cortou a orelha
do servo do sumo sacerdote (14:47)
- Jesus comentou sobre
a covardia dos líderes em prendê-lo a noite num lugar fora da cidade (14:48-49)
- Os discípulos
fugiram (14:50-52)
Perguntas:
1. Quando o traidor
chegou, quem estava controlando a situação: Jesus ou os líderes judaicos?
Observe exemplos do domínio próprio de Jesus nesta situação.
2. Nesta mesma
circunstância, os discípulos mostraram domínio próprio?
3. Compare as reações
de Jesus e dos discípulos na hora da traição com suas ações na hora de oração.
Parece que todos (Jesus e os apóstolos) entraram no Getsêmani num momento de
fraqueza. Jesus orou enquanto os discípulos dormiam. Eles saíram do Getsêmani e
encontraram o traidor. Quem mostrou força e controle? Quem continuou fraco?
Pense na aplicação deste exemplo na sua vida-
Jesus é Condenado à
Morte pelo Sinédrio (14:53-65)
- Os líderes dos
judeus se reuniram para achar justificativa para condenar Jesus à morte
(14:53-59)
- Eles procuraram
testemunhas contra Jesus para condená-lo
- As testemunhas
falsas que acharam se contradizeram
- Quando não
conseguiram achar testemunhas confiáveis contra Jesus, o sumo sacerdote o
interrogou: "És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?" (14:60-61)
- Jesus respondeu:
"Eu sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do Todo-poderoso e
vindo com as nuvens do céu" (14:62)
- O sumo sacerdote e
os outros líderes julgaram Jesus culpado de blasfêmia e o condenaram à morte
(14:63-64)
- Eles o maltrataram
(14:65)
Perguntas:
1. Que tipo de
testemunha os judeus acharam para acusar Jesus? Por que seu testemunho não foi
suficiente para condená-lo?
2. Qual foi a
pergunta do sumo sacerdote a Jesus?
3. Como Jesus
respondeu? Nesta resposta, quem está julgando quem?
Pedro Nega a Jesus
Três Vezes (14:66-72)
- Uma das empregadas
do sumo sacerdote disse que Pedro era um dos seguidores de Jesus, mas ele o
negou e saiu do pátio (14:66-68)
- Uma outra empregada
(veja Mateus 26:71) também afirmou que ele era discípulo de Jesus, e ele o
negou pela segunda vez (14:69-70)
- Outras pessoas
perto de Pedro, percebendo que era galileu, disseram que ele era dos seguidores
de Jesus, e ele jurou e o negou pela terceira vez (14:70-71)
- O galo cantou pela
segunda vez, como Jesus tinha predito (14:72)
- Pedro chorou
(14:72)
Perguntas:
1. Descreva como
Pedro negou Jesus três vezes.
í2. Por que Pedro
chorou quando ouviu o galo?
Desafios adicionais:
a. O relato de João
18:15-18 mostra que Pedro e um outro discípulo (provavelmente João) entraram no
mesmo pátio. Ali, Pedro negou Jesus três vezes, mas a Bíblia não diz que o
outro cometeu o mesmo erro. Como uma circunstância pode apresentar um obstáculo
grande na vida de uma pessoa sem tentar a outra? Aplique em nossas vidas e na
convivência com nossos irmãos (veja Romanos 14:15,21).
b. Pedro negou a
Jesus três vezes. Judas o traiu. Onde está a diferença importante: no pecado em
si, ou na reação de cada um depois de pecar? (Veja Mateus 27:3-5)
Jesus é Condenado à
Morte por Pilatos (15:1-15)
- Os líderes judaicos
levaram Jesus ao governador romano da Judéia, Pilatos, para ser julgado por ele
(15:1)
- Pilatos começou a
interrogá-lo e os principais sacerdotes fizeram muitas acusações contra Jesus
(15:2-3)
- Jesus ficou quieto,
sem responder às acusações dos judeus (15:4-5)
- Por causa do
costume de soltar um preso durante a festa, Pilatos deu ao povo a escolha entre
Barrabás (que foi envolvido em homicídio) e Jesus, porque Pilatos percebeu que
os judeus não tinham uma acusação legítima para matá-lo, mas o tinham entregue
por inveja (15:6-10)
- Os principais sacerdotes incitaram o povo e
eles pediram que Barrabás fosse libertado e que Jesus fosse crucificado
(15:11-14)
- Pilatos cedeu, soltando Barrabás e
condenando Jesus à morte (15:15)
Perguntas:
1. Quem entregou Jesus
a Pilatos? Por quê?
2. Por que Pilatos
ficou admirado quando interrogava Jesus?
3. Qual foi a escolha
que Pilatos propôs aos judeus? Como eles responderam?
4. Pilatos
"percebia que por inveja os principais sacerdotes lho haviam
entregado" (15:10). Você concorda com esta avaliação? Justifique sua
resposta.
Marcos
15:16-16:20
Jesus é Crucificado
(15:16-41)
- Os soldados
maltrataram Jesus, fingindo adoração ao rei dos judeus (15:16-20)
- Eles o conduziram
para fora para ser crucificado, e obrigaram a Simão Cireneu a carregar sua cruz
(15:20-21)
- Eles levaram Jesus
para o Gólgota e o crucificaram (15:22-28)
- "Gólgota"
quer dizer "Lugar da Caveira"
- Os soldados
lançaram sortes para repartir entre si as vestes dele (veja Salmo 22:18)
- Ele foi crucificado na terceira hora (às
9:00 da manhã)
- A acusação, "O Rei dos Judeus",
foi colocada por cima dele
- Ele foi crucificado
entre dois ladrões (veja Isaías 53:12)
- As pessoas ao redor
da cruz zombavam e escarneciam, como se ele não fosse capaz de se salvar
(15:29-32)
- Jesus morreu no
meio de sinais divinos (15:33-41)
- A terra ficou três
horas na escuridão, da sexta à nona hora (das 12:00 às 15:00 horas)
- Jesus disse em voz
alta: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (veja Salmo
22:1)
- Quando ele morreu, o véu do templo se rasgou
em duas partes, de cima para baixo (veja Hebreus 10:19-22)
- O centurião que observou sua morte afirmou
que Jesus era o Filho de Deus
- Algumas mulheres e outras pessoas que tinham
acompanhado Jesus desde a Galiléia observaram de longe a crucificação
Perguntas:
1. Descreva como os
soldados maltrataram e humilharam Jesus antes da crucificação.
2. Quem levou a cruz
de Jesus?
3. Onde Jesus foi
crucificado? Com quem?
4. Os soldados e
judeus olharam para Jesus e viram um rei e salvador impotente e fraco. Por que
ele tinha que suportar este maltrato para cumprir sua missão e mostrar sua
verdadeira força?
5. Dê exemplos dos
sinais que mostraram que a morte de Jesus foi importantíssima.
6. Quais servos fiéis
observaram de longe a crucificação?
Desafios adicionais:
a. Por que Jesus
disse: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste"?
b. Por que o véu do
santuário se rasgou? (veja Hebreus 10:19-22; 4:14-16)
c. Jesus ficou na
cruz por quantas horas (aproximadamente), antes de morrer?
d. As três horas de
escuridão podem ser explicadas por um eclipse solar?
Jesus é Sepultado
(15:42-47)
- José de Arimatéia,
um dos membros do Sinédrio, pediu o corpo de Jesus (15:42-43)
- Depois de verificar
que Jesus já estava morto, Pilatos o cedeu a José (15:44-45)
- José tirou o corpo
da cruz e o sepultou num túmulo de rocha, selado com uma pedra (15:46)
- Maria Madalena e Maria,
mãe de José, observaram onde Jesus havia sido sepultado (15:47)
Perguntas:
1. Quem pediu o corpo
de Jesus?
2. O que Pilatos fez
antes de ceder o corpo?
3. Onde Jesus foi
sepultado? Quem observou para saber o lugar do sepulcro?
Jesus Ressuscita
(16:1-8)
- No primeiro dia da
semana, bem cedo, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé foram ao túmulo
para embalsamar o corpo de Jesus (16:1-2)
- Elas descobriram
que a pedra do túmulo estava removida (16:3-4)
- Entrando no túmulo,
elas acharam um anjo (veja Mateus 28:2-7) que explicou que Jesus tinha
ressuscitado, e as enviou aos apóstolos para dizer que ele os encontraria na
Galiléia (16:5-7)
- Elas saíram do
sepulcro com medo (16:8)
Perguntas:
1. Quem foi ao
sepulcro de Jesus? Por quê? Em que dia?
2. Descreva o que
elas acharam quando chegaram ao túmulo.
Jesus Aparece aos
Seus Seguidores (16:9-18)
- Jesus apareceu a
Maria Madalena. Quando ela foi contar aos discípulos, eles não acreditaram
(16:9-11)
- Jesus se manifestou
a dois dos discípulos, mas os outros rejeitaram o testemunho deles, também
(16:12-13)
- Jesus apareceu aos
onze apóstolos, e os repreendeu pela incredulidade (16:14)
- Jesus deu aos
apóstolos a ordem para evangelizar o mundo (16:15-16)
- Ele falou dos
sinais milagrosos que os crentes realizariam (16:17-18)
Perguntas:
1. Os discípulos
ficaram tristes e lamentaram a morte de Jesus (16:10). Eles tinham compreendido
as profecias de Jesus sobre sua ressurreição?
2. Por que Jesus
censurou os apóstolos?
3. Qual foi a ordem
que Jesus deu aos apóstolos?
4. Quais são as duas
coisas que Jesus mencionou em 16:16, que a pessoa tem que fazer para ser salva?
5. Leia
cuidadosamente Marcos 16:17-18. Jesus prometeu estes sinais a todos os cristãos
de todas as épocas? (Note Marcos 16:20)
Jesus Sobe ao Céu e
os Apóstolos Começam seu Trabalho (16:19-20)
- Jesus foi recebido
no céu (16:19)
- Os apóstolos
começaram seu trabalho de evangelização (16:20)
- Deus confirmou a
palavra deles através de milagres (16:20; veja Hebreus 2:1-4)
Perguntas:
1. Para onde Jesus
foi?
2. O que os apóstolos
fizeram?
3. Qual foi o
propósito dos milagres dos apóstolos?
ATOS DOS APÓSTOLOS
INTRODUÇÃO
I. A IGREJA EM JERUSALÉM
1. A
comissão dos Apóstolos
2. A
Fundação da Igreja de Jerusalém.
3. A
Descida do Espírito Santo (1:12-2.13)
4. A
conversão de Saulo de Tarso.
5. A
Chamada de Paulo
II – AS MISSÕES DO APÓSTOLO PAULO
1. A
Primeira Viagem Missionária
2. A segunda
viagem missionária
III – AS PRISÕES DO APÓSTOLO PAULO
1. O
Resumo dos últimos capítulos de “Atos dos Apóstolos”
2. A
Prisão de Paulo em Jerusalém (Atos 21, 22 e 23)
3. A
Prisão de Paulo em Cesaréia (Atos 24, 25 e 26)
4. A
prisão de Paulo em Roma
Conclusão
O LIVRO DOS APÓSTOLOS
Introdução
1. Título
do livro: O título do livro de “Atos dos Apóstolos” tal como o conhecemos não
fazia parte do livro original, mas sim foi lhe dado depois do ano 200 da era
cristã. O Evangelho de Lucas e Os Atos são dois volumes de uma só obra. Isso
fica claro comparando Lc 1.1-4 com At 1.1-4.
2. Tema do
livro: O livro dos Atos contém a história do estabelecimento e desenvolvimento
da igreja cristã, e da proclamação do evangelho ao mundo então conhecido na
época (At 1.8).
3. Palavras
chaves de Atos: “Ascensão”, “descida” e “expansão”.
4. Escritor
do livro:
a) Pistas
para descobrir o escritor: Considerando a dedicatória do livro a Teófilo (At
1:1; comparemos com Lc 1:3), a referência a um tratado anterior (1:1), o seu
estilo, o fato de o autor ter sido companheiro de Paulo, o que fica muito claro
por estarem certas partes do livro escritas na primeira pessoa do plural
(“nós”), e ter acompanhado Paulo à Roma (At 27:1; comparemos com Cl 4:14; Fm 24; 2 Tm 4:11), chegamos a
conclusão que o livro de Atos foi escrito por Lucas. A impressão que se dá é
que ele teria usado o diário de viagem como fonte de material.
b) Quem
foi Lucas? Pouco se sabe dele. Seu nome é mencionado só três vezes no NT. Paulo
chama-o de “médico amado”. O único escritor da Bíblia que não era judeu. A
tradição e os estudiosos dizem que Lucas era homem de cultura e erudição
científica, versado nos clássicos hebraicos e gregos. É possível que tivesse
estudado medicina na Universidade de Atenas.
c) Relação
de Lucas com Paulo: Ficou em Filipos até à volta de Paulo, seis ou sete anos
depois, At 16:40
(“dirigiram-se”), quando tornou a se juntar a ele, 20:6 (“navegamos”) e com ele
ficou até o fim, possivelmente até a morte de Paulo em Roma.
5. Para
quem Atos foi escrito: Foi escrito particularmente a Teófilo, um nobre cristão,
mas de um modo geral a toda a igreja.
6. Propósitos
do livro de Atos:
a) Propósito
Informativo/ Evangelístico: Lucas queria informar ao excelentíssimo Teófilo sobre
como o evangelho se propagou desde Jerusalém a Roma. Teófilo já havia recebido
alguma informação a respeito da fé cristã, e foi para lhe fornecer uma
explicação mais precisa de sua fidedignidade que Lucas, em primeiro lugar,
escreveu a história inicial do Cristianismo, começando do nascimento de João
Batista e de Jesus até o fim dos dois anos de prisão de prisão de Paulo em Roma
(cerca de 60 a .D.).
Atos trata principalmente dos atos de Pedro e de Paulo, mais deste último.
b) Propósito
Apologético: O livro mostra principalmente como o evangelho se estendeu aos não
judeus (os gentios). O A. T. é a história das relações de Deus, desde os tempos
antigos, com a nação judaica, que tinha a função de abençoar as outras nações.
É no livro de Atos que a família de Deus deixa de ser uma questão nacional e
passa a ter um sentido universal (intenção divina em At 2:7-11). Assim, o
escritor defende veementemente que o Cristianismo não é um ramo herético do
judaísmo, mas antes, uma elevação e melhoria do judaísmo, com raízes profundas
no mesmo, mas retendo apenas os elementos nobres e úteis, ficando rejeitados
todos os seus males, especialmente a apostasia para a qual havia decaído, como
também o seu escopo provincial.
c) Propósito
Político: Mostrar aos líderes romanos que o cristianismo não deveria ser temido
e perseguido, como ameaça ou movimento traiçoeiro ao estado romano; pelo
contrário, que era digno da proteção romana, com permissão de funcionar
livremente, tal como o judaísmo havia obtido de seus conquistadores militares.
Por este motivo é que o livro de Atos apresenta os oficiais romanos como
ordinariamente favoráveis aos movimentos dos missionários cristãos. Embora
Lucas houvesse escrito após Paulo haver sido martirizado, e a perseguição de
Roma contra os cristãos já houvesse começado, ele não ignora e nem põe em
perigo o seu propósito apologético encerrando o seu livro numa atitude
negativa, a saber, narrando a execução do maior advogado do cristianismo às
mãos das autoridades romanas. (Ver Atos 18:12-17, onde se expõe a idéia da
proteção do cristianismo, pelas autoridades romanas, tal como o judaísmo já
vinha sendo protegido pelas leis do império). Lucas, portanto, quis mostrar que
os levantes e as perturbações de ordem pública que seguiam na cauda do movimento
dos missionários cristãos resultavam das perseguições efetuadas pelos judeus, e
não de qualquer espírito malicioso dos próprios cristãos. Lucas endereçou a sua
dupla obra (Lucas-Atos) a um oficial romano, de nome Teófilo. Por conseguinte,
dirigiu seu trabalho à aristocracia romana, esperando que se os argumentos ali
contidos fossem recebidos e digeridos, o novel movimento cristão viesse a ser
protegido, e não perseguido. Todavia, o seu grande alvo, do ponto de vista
humano, fracassou, porque sobrevieram severas e prolongadas perseguições, desde
muito tempo antes o evangelho de Lucas e do livro de Atos terem sido escritos e
postos em circulação.
d) Propósito
Jurídico: Alguns estudiosos supõem que um objetivo do Médico amado seria o de
usar o relato de Atos dos Apóstolos para ser lido como sumário de argumento
para a defesa, no julgamento de seu amigo, o Apóstolo Paulo.
I. A IGREJA EM JERUSALÉM
1. A
comissão dos Apóstolos
Entende-se por comissão o ato de cometer;
encarregar; também significa encargo,
incumbência. Os missiólogos
chamam a missão dada por Jesus aos seus primeiros discípulos de “Grande
Comissão”. Ele ordenou aos onze homens, com os quais mais dividira seu
ministério terreno, que fossem ao mundo inteiro e fizessem discípulos em todas
as nações, Ele lhes disse que ensinassem a esses novos discípulos tudo que
haviam aprendido d’Ele (Mateus 28:18-20). Mais tarde, o apóstolo Paulo deu as
mesmas instruções a Timóteo: "E o que de minha parte ouviste, através de
muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para
instruir a outros" (2 Timóteo 2:2). Mas, somente em nossas próprias forças
não poderemos cumprir nossa comissão. Por isso, o Senhor nos deus uma
capacitação além da natural: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e
Samaria, e até os confins da terra”.
Mas podemos questionar: Qual o coração da Grande
Comissão? Infelizmente, não aparece na Versão Corrigida, que traduz assim o
começo do versículo 19: “Portanto, ide e ensinai”. Na Atualizada, podemos
descobrir o coração da Grande Comissão, identificando os imperativos (tempos
verbais que expressam ordem, determinação) nela: “Ide” e “fazei discípulos”.
Assim como nas traduções inglesas e espanholas, a Versão Atualizada em
português traz dois imperativos. Mas não é assim na linguagem original. No
grego, matheteusate ou “fazei discípulos” é o único imperativo nesse texto. Os
outros três verbos nos versículos 19 e 20 são gerúndios, ou seja, traduzindo
literalmente, teríamos, por exemplo, indo, em lugar de ide. Os três gerúndios -
“indo”, “batizando” e “ensinando” - são as três funções indispensáveis de como
fazer discípulos. Assim, uma vez que
esses versículos não são a Grande Sugestão, mas, sim, a Grande Comissão, o
discipulado é imprescindível na vida da igreja e na vida de cada cristão. Para
David Kornfield, hoje, infelizmente, a Grande Comissão muitas vezes passa a ser
a Grande Omissão. E teremos de prestar contas a Jesus a esse respeito.
Essa Comissão de Mateus 28.18-20 e paralelamente em Atos 1:8 é grande por,
pelo menos, por cinco razões:
a) É
Grande em sua
Autoridade. Das dezenas ou centenas de mandamentos de Jesus,
este é o único em que Jesus
se veste de toda a autoridade do Universo. Ele se coloca como Rei dos reis e
Senhor dos senhores. Na época bíblica, um súdito que ignorasse ou
negligenciasse um mandato declarado com toda a autoridade real arriscava a
própria vida. É com essa autoridade que fazemos a obra do Senhor (At 1:8).
b) É
Grande em
seu Efeito Multiplicador. É assim que o reino de Deus pode
explodir! Até então, havia só um discipulador multiplicando-se em outros -
Jesus Cristo. Agora vem a Comissão para começar um movimento multiplicador,
contra o qual nem as portas do inferno prevalecerão. Pouco depois, os
discipuladores não eram só 11, mas 120. Um pouco mais depois não eram só 120,
mas milhares. De pouco em pouco!
c) É Grande por sua Extensão Geográfica. Estende-se
a todas as nações. Várias vezes o próprio Jesus limitou seu ministério e
ordenou que os apóstolos também limitassem seus ministérios aos judeus. Aqui,
ele abre o leque e abraça todo o mundo. na Comissão de fazer discípulos em
todas as nações, encontramos o coração de missões mundiais. Deus não admitiu
que Sua igreja entrasse em um ostracismo, vivendo só para si, e encapsulada em
um único ponto geográfico. Ele quer, na verdade, que Seu povo se expanda
territorialmente e anuncie o evangelho a toda criatura, tanto é que esse foi o objetivo da
perseguição de Atos 8: 1-4. A ordem que aparece em Atos
1:8 não é cronológica, ou seja, Cristo não falou para evangelizar primeiro
Jerusalém, segundo Judéia, terceiro
Samaria e por último os confins da Terra. Essa interpretação é errada, perigosa,
e fora da vontade do Senhor. O próprio texto de Atos 1:8 deixa claro que Jesus
determinou que a obra da Sua igreja na Terra deveria ser desenvolvida
simultaneamente nas três dimensões que Ele deseja que o Evangelho seja pregado.
Isso fica claro nas expressões: “tanto em”; “como em”; e “até os”.
d) É Grande por sua Extensão a todos os aspectos da
vida. Jesus nos chama a ensinar outros a guardarem tudo o que Ele ensinou. Esse
mandato inclui toda a humanidade e, mais do que isso, implica não apenas o
ensino, mas a prática desses mandamentos. No discipulado, o ensino sempre tem
por fim a prática. Ou seja, o ensino que não leva à pratica não é discipulado.
e) É Grande por sua Extensão no Tempo. Estende-se
até a consumação do século, até a volta de Cristo. Cada pastor e igreja que se
envolve no discipulado conforme o exemplo de Jesus constrói os alicerces para
um movimento que fluirá de sua igreja a todas as nações, até a consumação dos
séculos.
2. A
Fundação da Igreja de Jerusalém:
a) Na festa de Pentecostes, em 30 ou 33 d.C, deu-se
o aniversário da Igreja. 50 dias depois da crucifixão de Jesus. 10 dias após
sua Ascensão. Pensa-se que esse Pentecostes caiu no primeiro dia da semana. A
festa de Pentecostes era também chamada festa das Primícias da colheita eram
por essa ocasião apresentadas a Deus. Outrossim, comemorava a promulgação da
Lei no Sinai. Apropriava-se, pois, para ser o dia da promulgação do Evangelho e
da recepção das primícias da colheita mundial do mesmo Evangelho. Jesus, em Jo
16:17-24, tinha falado da inauguração da época do Espírito Santo. E agora, está
sendo de fato inaugurada, numa poderosa manifestação milagrosa do Espírito
Santo, com o som como de um vento impetuoso, e com línguas como de fogo
pousando sobre cada um dos Apóstolos, esta feita para representantes do mundo
inteiro, a judeus e a prosélitos ao judaísmo reunidos em Jerusalém para
celebrar o Pentecostes, vindo de todas as terras do mundo que então se
conheciam (mencionando-se 15 nações, 2:9-11) – e os Apóstolos da Galiléia
falavam para eles nas suas próprias línguas.
b) O Sermão de Pedro (2:14-16). O espetáculo espantoso de Apóstolos falando,
sob a influência das línguas de fogo, nas línguas de todas as nações ali
representadas. Isto, segundo a explicação de Pedro, vv. 15-21, era o
cumprimento da Profecia registrada em Jl 2:28-32. Pode ser o que aconteceu
naquele dia não foi o cumprimento total e final daquela profecia, e que aquilo
seria o começo apenas, de uma era grandiosa e notável que foi iniciada; a
profecia pode se aplicada também, ao fim desta era.
c) O Cumprimento das Profecias. Nota-se as
declarações repetidas que o que acontecia já tinha sido predito: A traição de
Judas, 1:16-20; a Crucifixão, 3:18;
a Ressurreição, 2:25-28; a Ascensão de Jesus, 2:33-35; a vinda do Espírito
Santo, 2:17. "Todos os
profetas", 3:18-24.
O rei Davi planejou a edificação do templo e reuniu
os materiais necessários. Mas foi Salomão, seu sucessor, quem o erigiu (1 Cr
29: 1,2). Jesus igualmente planejou a Igreja durante seu ministério terreno (Mt.16:18; 18:17). Preparou os materiais
humanos, porém deixou ao seu sucessor e representante, o Espírito Santo, o
trabalho de erigi-la. Foi no dia de Pentecoste que esse templo espiritual foi
construído e cheio da glória do Senhor (cf. Êx 40:34,35; 1 Rs 8:10, 11; Ef 2:20). O dia de
Pentecoste era a inauguração da Igreja, e o cenáculo, o local dessa
comemoração.
a) O Dia de Pentecostes
"E, cumprindo-se o dia de Pentecostes…" O
nome "Pentecoste" (derivado da palavra grega "cinqüenta")
era dado a uma festa religiosa do Antigo Testamento. A festa era assim
denominada por ser realizada 50 dias após a Páscoa (ver Lv 23:15-21). Observe
sua posição no calendário das festas. Em primeiro lugar festejava-se a Páscoa.
Nela se comemorava a libertação de Israel no Egito. Celebravam a noite em que o
anjo da morte alcançou os primogênitos egípcios, enquanto o povo de Deus comia
o cordeiro em casas marcadas com sangue. Esta festa tipifica a morte de Cristo,
o Cordeiro de Deus, cujo sangue nos protege do juízo divino. No sábado, após a
noite de Páscoa, os sacerdotes colhiam o molho da cevada, previamente
selecionado. Eram as primícias da colheita, que deviam ser oferecidas ao
Senhor. Cumprido isto, o restante da colheita podia ser ceifado. A festa tipifica
Cristo, "as primícias dos que dormem" (1 Co 15:20). O Senhor foi o
primeiro ceifado dos campos da morte para subir ao Pai e nunca mais morrer.
Sendo as primícias, é a garantia de que todos quantos nele crêem seguí-lo-ão
pela ressurreição, entrando na vida eterna.
Quarenta e nove dias eram contados após o
oferecimento do molho movido diante do Senhor. E no qüinquagésimo dia – o
Pentecoste – eram movidos diante de Deus dos pães. Os primeiros feitos da ceifa
de trigo. Não se podia preparar e comer nenhum pão antes de oferecer os dois
primeiros a Deus. Isto mostrava que se aceitava sua soberania sobre O mundo.
Depois, outros pães podiam ser assados e comidos. O significado típico é que os
120 discípulos no cenáculo eram as primícias da igreja cristã, oferecidas
diante do Senhor por meio do Espírito santo, 50 dias após a ressurreição de
Cristo. Era a primeira das inúmeras igrejas estabelecidas durante os últimos 19
séculos.
O Pentecoste foi a evidência da glorificação de
Cristo. Para Myer Pearlman, a descida do Espírito era como um
"telegrama" sobrenatural, informando a chegada de Cristo à mão
direita de Deus. Também testemunhava que o sacrifício de Cristo fora aceito no
Céu. Havia chegado a hora de proclamar sua obra consumada. O Pentecoste era a
habilitação do Espírito no meio da Igreja. Após a organização de Israel, no
Sinai, o Senhor veio morar no seu meio, sendo sua presença localizada no
Tabernáculo. No dia de Pentecoste, o Espírito Santo veio habitar na Igreja, a
fim de administrar, dali, os assuntos de Cristo.
b) O Falar em Línguas
Apareceu em seguida a realidade da qual o vento é
símbolo: "E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar
noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem". O
que produz esta manifestação? O impacto do Espírito de Deus sobre a alma
humana. É tão direto e com tanto poder, que a pessoa fica extasiada, falando de
modo sobrenatural. Isto pelo fato de a mente ficar totalmente controlada pelo
Espírito. Para os discípulos, era evidência de estarem completamente
controlados pelo poder do Espírito prometido por Cristo. Quando a pessoa fala
uma língua que nunca aprendeu, pode ter a certeza de que algum poder
sobrenatural assumiu o controle sobre ela. Alguns argumentaram que a
manifestação do falar em línguas limitou-se à época dos apóstolos. Aconteceu
para ajudá-los a estabelecer o Cristianismo, uma novidade naquela época. Não
existe, no entanto, limites à continuidade dessa manifestação no Novo
Testamento.
Mesmo no quarto século depois de Cristo, Agostinho,
o notável teólogo do Cristianismo, escreveu: "Ainda fazemos como fizeram
os apóstolos, quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre
eles o Espírito mediante a imposição das mãos. Espera-se por parte dos
convertidos que falem em novas línguas". Ireneu (115-202 d.C.), notável
líder da Igreja, era discípulo de Policarpo, que por sua vez foi discípulo do
apóstolo João. Ireneu escreveu: "Temos em nossas igrejas muitos irmãos que
possuem dons espirituais e que, por meio do Espírito, falam toda sorte de
línguas".
A Enciclopédia Britânica declara que a glossalália
(o falar em línguas) "ocorreu em reavivamentos cristãos durante todas as
eras: por exemplo, entre os frades mendicantes do século XIII, entre os
jansenistas e os primeiros quaquers, entre os convertidos de Wesley e
Whitefield, entre os protestantes perseguidos de Cevennes, e entre os
irvingistas". Podemos multiplicar as referências, demonstrando que o falar
em línguas, por meios sobrenaturais, tem ocorrido em toda a história da Igreja.
(Nota: O falar em línguas nem sempre é em língua conhecida. Ver 1 Co 14.2).
Conquanto a tivesse precedido um longo período de
"incubação" inconsciente, sem dúvida alguma a conversão de Paulo foi
repentina. Ele não conseguira banir da mente o rosto do mártir moribundo –
"como se fosse rosto de anjo". Nem podia ele esquecer-se da última
oração pungente de Estevão: "Senhor, não lhes imputes este pecado"
(Atos 7:6).
O Espírito Santo, sempre ativo, havia preparado o
palco, no decorrer dos anos, para este grandioso confronto e capitulação. O
raio luminoso cegante encontrou uma vasta quantidade de material inflamável no
coração do jovem perseguidor. O milagre aconteceu em pleno meio-dia. Paulo viu a Jesus em toda a sua glória
e majestade messiânicas. Não se tratava de mera visão, pois ele classifica o
fato como a última aparição do Salvador a seus discípulos, e o coloca no mesmo
nível de suas aparições aos outros apóstolos. Sua declaração é clara e
inequívoca.
E apareceu a Cefas, e, depois, aos doze. Depois foi
visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria
sobrevive até agora, porém alguns já dormem. Depois foi visto por Tiago, mais
tarde por todos os apóstolos, e, afinal, depois de todos, foi visto também por
mim, como por um nascido fora de tempo (I Coríntios 15:5-8).
Não foi um êxtase, mas uma aparição real e objetiva
do Cristo ressurreto e exaltado, vestido de sua humanidade glorificada. Paulo
convenceu-se de imediato de que Cristo não era um impostor. Quão diferente foi
a entrada em Damasco daquela que o inquisidor havia imaginado! "E, caindo
por terra, ouviu uma voz que lhe dizia… mas, levanta-te, e entra na cidade,
onde te dirão o que te convém fazer… Então se levantou Saulo da terra e, abrindo
os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco"
(Atos 9:4-8). Paulo entrou cativo em Damasco, acorrentado à roda da carruagem
de seu Senhor vencedor. Fora tudo estava escuro, mas dentro tudo era luz.
A rendição de Paulo ao Senhorio de Cristo foi
imediata e absoluta. Desde o momento em que ele reconheceu que Jesus não era um
impostor, mas o Messias dos judeus, ele ficou sabendo que só poderia haver uma
resposta. Toda a história se resume nas suas duas primeiras perguntas: "Quem
és tu, Senhor?" "Que farei, Senhor?" (Atos 22:8,10). A
verdadeira conversão sempre resulta em rendição à vontade de Deus, pois a fé
salvadora implica obediência (Romanos 1:5).
Quão surpreendente foi a estratégia vitoriosa de
Deus! C.E. Macartney escreve: "O mais amargo inimigo tornou-se o maior
amigo. A mão que escrevia a acusação dos discípulos de Cristo, levando-os à
presença dos magistrados e para a prisão, agora escrevia epístolas do amor
redentor de Deus. O coração que bateu de júbilo quando Estêvão caiu sobre as
pedras sangrentas, agora se regozijava em açoites e apedrejamentos por amor de
Cristo. Do outrora inimigo, perseguidor, blasfemador proveio a maior parte do
Novo Testamento, as mais nobres declarações de teologia, os mais doces poemas
de amor cristão" (J.O. Sanders, p.28).
5. A
Chamada de Paulo
O chamado de Deus veio a Paulo de forma tão clara e
específica que não lhe foi possível confundi-lo, enquanto jazia deitado no chão
cego pela luz celestial. Ananias também comunicou-lhe a mensagem que havia
recebido de Deus: "O Deus de nossos pais de antemão te escolheu para
conheceres a sua vontade, ver o Justo e ouvir uma voz da sua própria boca,
porque terás de ser sua testemunha diante de todos os homens, das coisas que
tens visto e ouvido" (Atos 22:14-15).
Mais tarde, quando Paulo voltava para Jerusalém,
sobreveio-lhe um êxtase, e viu aquele que lhe falava e que lhe disse:
"vai, porque eu te enviarei para longe aos gentios" (Atos 22:17, 18,21). A Ananias, cujo temor
bem podemos compreender, comissionado por Deus para dar as boas-vindas ao
notório perseguidor da Igreja cristã, Deus também indicou a esfera de
testemunho para a qual ele havia chamado Paulo: "Mas o Senhor lhe disse [a
Ananias]: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu
nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu
lhe mostrarei quanto importa sofrer pelo meu nome" (Atos 9:15-16).
Paulo revelou outra faceta de seu chamado ao se
defender perante Agripa: "Ouvi uma voz que me falava… Levanta-te e
firma-te sobre teus pés, porque por isto te apareci para te constituir ministro
e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te
aparecerei ainda; livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio,
para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de
Satanás para Deus" (Atos 26:14-18).
Assim, desde os primeiros dias de sua vida cristã,
Paulo não somente sabia que era um veículo escolhido por meio de quem Deus
comunicaria sua revelação, mas tinha uma idéia geral do que Deus havia
planejado para seu futuro: (a) Seu ministério o levaria para longe do lar; (b)
Ele teria um ministério especial entre os gentios; (c) Esse ministério lhe
traria grande sofrimento. Só aos poucos ele chegou a compreender que este
chamado não era tanto um novo propósito de deus para sua vida, quanto a
culminação do processo preparatório iniciado antes de seu nascimento.
Assim é hoje. O chamado do dirigente cristão não é
tanto um novo propósito para sua vida quanto a descoberta do propósito para o
qual Deus o trouxe ao mundo. O Senhor havia dito aos seus discípulos que os
postos de liderança no seu Reino dependiam da soberana nomeação de seu Pai.
"Quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda… é para
aqueles a quem está preparado" (Marcos 10:40). Paulo reconhecia esta
verdade, mas só aos poucos ele chegou a um claro entendimento do trabalho que
Deus tinha para ele.
Só depois que os judeus rejeitaram de forma
consistente sua mensagem é que Paulo se devotou quase que exclusivamente aos
gentios. Sua experiência em Corinto chegou a uma fase decisiva. "Paulo se
entregou totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus.
Opondo-se eles e blasfemando, sacudiu Paulo as vestes e disse-lhes. Sobre a
vossa cabeça o vosso sangue! eu dele estou limpo, e desde agora vou para os
gentios" (Atos 18:5-6).
Alguns anos após a sua conversão, este chamado
inicial foi renovado e confirmado pela igreja de Antioquia onde ele havia
trabalhado por um ano. "E, servindo ele [os dirigentes] ao Senhor, e
jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a
obra a que os tenho chamado" (Atos 13:2). De modo que o chamado geral se
tornou específico, e eles alegremente partiram, "enviados pelo Espírito
Santo". O primeiro passo no cumprimento da grande comissão do Senhor e o
começo do importante empreendimento missionário de amplitude mundial havia sido
realizado com segurança.
II – AS MISSÕES DO APÓSTOLO PAULO
Sabemos que o conceito teológico de Missões é
tríplice: a igreja tem uma missão de adorar a Deus em espírito em verdade; tem
uma incumbência de edificar a si própria; e tem a grande comissão de
evangelizar o mundo. Como referencial de obreiro que Paulo foi, atuou nessas três
obras. Entretanto, vamos delimitar a prática missiológica paulina somente às
suas heróicas viagens missionárias. O ambiente de trabalho missionário do
apóstolo Paulo foi o Império Romano.
A CRONOLOGIA DA VIDA DO APÓSTOLO AOS GENTIOS:
5 d.C. Nascimento
em Tarso, da Cilícia
20-26 Estudos
em Jerusalém
26-32 Estudos
em Tarso
32-37 Conversão
na estrada de Damasco, Atos 9
37-39 Viagem
pela Arábia. Gl. 1
35-43 Prega
em Tarso e noutros lugares da Cilícia, Atos 9 e Gálatas 1.
43-44 Prega
com Barnabé em Antioquia, Atos 11
44-45 Viagem
a Jerusalém, durante a fome, Atos 11
45-47
Primeira viagem missionária, Atos 13-14
47-49 Reside
em Antioquia da Síria, Atos 11
49
Faz-se presente ao concílio de Jerusalém. Atos 15
49-51
Segunda viagem missionária, Atos 15-18
51-56
Terceira viagem missionária, Atos 18-21
56
Aprisionamento em Jerusalém, Atos 21
56-58 Paulo
na Prisão em Cesaréia, Atos 23
58-59 Viagem
a Roma, Atos 27
59-61 Confinamento
em Roma, Atos 26
61-64 (?) Viagens à Espanha, Creta, Macedônia,
Grécia, não mencionadas em Atos, embora indicadas em outros documentos como no
cânon muratoriano e nas epístolas de Clemente. Algumas indicações destas viagens
existem nas epístolas pastorais.
64-67 Execução
em Roma, durante as perseguições movidas por Nero.
1. A
Primeira Viagem Missionária
Em geral, Os Atos relatam três viagens missionárias
de Paulo. Essa narrativa às vezes é mui detalhada, às vezes resumida demais. O
principal é o seguinte:
todas as três viagens começam e terminam na
comunidade gentio-cristã de Antioquia e não na comunidade judeu-cristã de
Jerusalém (as epístolas confirmam isso); geralmente Paulo dirigia-se primeiro a
seus patrícios mas bem depressa era obrigado a procurar os pagãos.
a) Resumo
e itinerário
Primeira viagem missionária: Barnabé e Paulo vão
aos gentios, Atos 13:1-14:29. Missão a Chipre, 13:4-12. Missão à Galácia,
13:13-14:28. Missão de Pafos a Perge, 13:13.
Missão a Antioquia da Psidia, 13:14-52. Missão a Icônio e Listra, 14:1-18.
Missão a Icônio, 14:1-7, Missão a Listra, 14:8-18. Retorno a Antioquia da
Síria, 14:19-28.
b) A
Missão da Primeira Viagem
Lucas
conservou-nos uma preciosa notícia sobre a organização da comunidade de
Antioquia e a liturgia (Atos 13: 1-3).
A
primeira etapa da missão foi a ilha de Chipre, de onde Barnabé era originário.
O que interessa a Lucas é o primeiro contato do apóstolo Paulo com um
magistrado romano, Sérgio Paulo, senador, antigo pretor, muito conhecido por
inscrições. Sua família vinha de Antioquia da Pisídia.
Na
narração de Lucas, o nome Paulo toma dali em diante o lugar de Saulo: não se
pode deduzir daí que Saulo tenha adotado o nome do seu ilustre convertido. Ter
um duplo nome era então corrente nos meios bilíngües, como o da família de
Paulo. Junto ao governador, Paulo teve de enfrentar um mágico de origem
judaica, Elimas (At. 13,8). O sucesso das ciências ocultas era grande na época;
o que pode surpreender é que um judeu as
pratique. Segundo os Atos, Paulo terá outras ocasiões de se confrontar com
mágicos. Na sua carta aos Gálatas, ele classifica as práticas de feitiçaria
(pharmakeia) na categoria das obras da carne, próximas da idolatria (Gl. 5,20).
Nas
suas cartas, Paulo não faz alusão à missão de Chipre, para onde ele não terá
ocasião de voltar. Por que ele abandona a ilha sem a ter visitado toda? Paulo
que toma a frente da expedição em direção à Anatólia através dos desfiladeiros
do Tauro, covil de bandidos. Mais tarde Paulo fará alusão aos perigos corridos
na estrada (2Cor 11,26). Primo de Barnabé, o jovem João Marco teve medo da
aventura e abandonou o grupo. Paulo não o perdoou, a princípio.
A) O
DISCURSO DE ANTIOQUIA DA PISÍDIA
Quando
Paulo chegava numa cidade qualquer, ele começava indo à sinagoga. Lá, ele podia
entrar em contato com os judeus do lugar e os “ tementes a Deus ” , pagãos
atraídos para o judaísmo (At 13,26). Como amostra da pregação de Paulo, Lucas
nos conservou o discurso de Antioquia da Pisídia (At 13,14-41). Esta era uma
colônia romana, fundada por Augusto para instalar aí os veteranos da legio
V Gallica. O Sérgio Paulo que se instalou aí devia ser
um dos oficiais superiores desta legião.
O
discurso de Paulo não tem equivalentes nas Cartas, mas é fácil encontrar um
certo número de temas pertencendo à apologética cristã primitiva. Ele se coloca
no contexto litúrgico tradicional: depois da leitura de uma passagem da Lei e
de uma outra, tirada da coletânea dos profetas, os chefes da sinagoga convidam
os visitantes a pronunciar algumas palavras de exortação. Paulo não se fazia de
rogado!
O
texto de Lucas tem a marca da retórica da época. Do ponto de vista das idéias,
o discurso contém uma retrospectiva da história de Israel até Davi.
Ainda
que dirigido em prioridade aos judeus, o discurso continha uma ponta
universalista: a palavra da salvação vale para os filhos de Abraão como para
todos os que temem a Deus (v.26). Sobretudo, ele esboçava uma crítica contra a
Lei de Moisés, incapaz de trazer a salvação (v.38). O sucesso junto aos
não-judeus apenas aumentou a irritação dos filhos de Abraão. Para se
justificar, Paulo declara: “ É a vós por primeiro que devia ser dirigida a
palavra de Deus ”(v.46). Paulo será fiel a este por primeiro, como se vê pela
declaração de princípio de Rm 1,16: “ O Evangelho é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê, do judeu primeiro, e depois do grego”.
Para
legitimar a sua passagem para as nações, Paulo cita então uma passagem dos
cantos do Servo, que tem uma grande importância na apologética cristã
primitiva: “Destinei-te a seres luz das nações, a fim de que a minha salvação
esteja presente até a extremidade da terra” (Is 49.6). Este texto vale em
primeiro lugar para Cristo, mas Paulo o aplicou a si mesmo, como mostra Gl 1.15. Assim, portanto, Paulo, servo
de Cristo, descobre a sua missão ao reler a Escritura.
B) PREGAÇÃO
AOS PAGÃOS DE LISTRA E RETORNO
Nas
cidades que Paulo e Barnabé vão atravessar, o mesmo cenário se reproduz. Como
Por exemplo em Icônio (At 14,1-7), a pátria de santa Tecla segundo os Atos de
Paulo (acima, p.16s). Em 2Tm 3.13
também se fala dos sofrimentos suportados por Paulo em Antioquia, Icônio e
Listra. Nesta última cidade, um incidente tragicômico manifesta bem a credulidade
do povo e a dificuldade para os Apóstolos de fazerem-se compreender por uma
população pouco helenizada. Uma cura provoca o entusiasmo e o povo logo quer
oferecer um sacrifício, como se Barnabé e Paulo fossem Zeus e Hermes em visita.
No
caminho de volta, os apóstolos confirmam os discípulos lembrando-os do sentido
cristão da provação: “É necessário que passemos por muitas tribulações para
entrar no Reino de Deus” (At 14,22). Para dirigir as comunidades, Paulo e
Barnabé designaram-lhe anciãos (presbyteroi). Este termo era tradicional nas
comunidades judaicas para designar os responsáveis. Não surpreende que tenha
sido retomado pelos judeu-cristãos: em Jerusalém, a primeira menção aparece já
em At 11,30. Por outro
lado, não o encontramos nas cartas de Paulo, exceto nas epístolas pastorais,
redigidas provavelmente por um discípulo: os anciãos são instituídos por
imposição das mãos (1Tm 5,22). Enquanto Paulo pudesse seguir por si mesmo a
vida das congregações, a instituição dos ministérios podia permanecer na
sombra. Isto não impede que Paulo tivesse a preocupação de apoiar aqueles que
haviam aceitado tomar a direção das comunidades, como em Tessalônica ou em
Corinto.
Tendo
partido de Antioquia com o apoio dos fiéis, os missionários voltam para contar
“tudo o que Deus realizara com eles, e, sobretudo como tinha aberto aos pagãos
a porta da fé” (At 14,27). Atmosfera de alegria e de ação de graças, bem à
maneira de Lucas! Mas os obstáculos foram todos afastados?
2. A segunda
viagem missionária
a) Resumo
e itinerário
Segunda viagem missionária: Paulo vai à Europa,
16:1-18:17: Galácia e A. Menor, 16:1-10. Timóteo e Paulo, 16:1-5 Missão a
Trôade, 16:6-10. Trabalho na Macedônia, 16:11-17:15. Em Filipos, 16:11-50.
Em Tessalônica, 17:1-9. Em Beréia, 17:10-15. Na
Acaia, 17:16-18:17. Esta última fase inclui Atenas e Corinto.
b) A
missão da segunda viagem
Segunda viagem (49-52; At 15,36-18,22). P. não
demorou muito em Antioquia, mas visitou com Silas as comunidades cristãs da
Síria, da Cilicia, de Derbe, Listra e Antioquia da Pisídia. Em Listra conheceu
Timóteo, que se tornou um dos colaboradores mais fiéis do apóstolo
(15,35-16,5). Daí surgiu com Silas para a Frígia, a terra dos gálatas, onde foi
detido por uma doença e recebido “como um anjo de Deus”, como o próprio Cristo
(Gl 4,13-15).
Depois de atravessar a Míssil chegou em Tróade
(16,6-8), onde se encontrou com um médico, Lucas, que se juntou à sua
companhia. No mesmo lugar teve a visão noturna do Macedônia, clamando por
socorro. Seguiu imediatamente para a Macedônia e via Neápolis para Filipos,
onde foi fundada uma comunidade muito florescente, composta quase
exclusivamente de gentios (16,11-40;1 Ts 2,2), que mostrou grande afeição para
com P. (Flp 1,3-8.10-16). Os magistrados da cidade mandaram prender P. e Silas;
mas, durante a noite, foram soltos por serem cidadãos romanos.
Pela Via Egnatia os missionários continuaram sua
viagem, por Anfípolis e Apolônia, até Tessalônica. Aí P. pregou durante três
semanas na sinagoga e converteu numerosos “tementes a Deus” e alguns judeus,
teve também muitas conversas nas casas particulares (1 Ts 2,11s), sobretudo à
noite, porque de dia exercia a sua profissão (2,7-10). Apesar da oposição de
alguns (2,14), Paulo fundou uma comunidade florescente, composta sobretudo de
gentio-cristãos.
De Tessalônica P. e Silas partiram para Beréia,
onde numerosos judeus e gentios da elite foram conquistados para o
cristianismo, até que P., pelas ameaças dos judeus, foi obrigado a abandonar a
cidade. Deixou Silas e Timóteo em Beréia e viajou sozinho a Atenas (17,1-5); aí
Timóteo se ajuntou a P., mas foi mandado de volta a Macedônia (1 Ts 3,1-6).
O Apóstolo aos gentios entristeceu-se profundamente
por esse fracasso (1 Ts 3,3s) e desanimou (cf. 1Cor 2,3). Nesse estado chegou a
Corinto, com o firme propósito de renunciar doravante à eloqüência e sabedoria
humanas, e de só conhecer e pregar o Cristo crucificado (1 Cor 2,2). Em Corinto
esteve durante 18 meses hospedado com Áquilas e Priscila. Nos dias de semana
exercia a sua profissão; nos sábados pregava na sinagoga. Quando Silas e
Timóteo, porém, lhe trouxeram ajuda financeira dos filipenses (2 Cor 11,9; Fp
4,16), dedicou-se ele inteiramente à pregação. Converteu alguns judeus (18,8; 1
Cor 1,14) e muitos pagãos, principalmente das classes mais baixas, sem cultura
(1 Cor 1,26).
Em Corinto, Paulo escreveu 1Tes e 2Tes. Invejosos
do seu sucesso, os judeus o acusaram diante de Galião, provavelmente no
princípio de seu consulado (meados de 52), como propagandista de um “religião
ilícita”. Galião, porém, rejeitou a acusação dos judeus. Em Corinto o apóstolo
embarcou-se para a Síria, junto com Áquilas e Priscila. Deixou seus
companheiros em Éfeso, aterrou em Cesareia, visitou talvez Jerusalém, e voltou
para Antioquia (At 18,18-22).
3. A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA
a) Resumo
e itinerário
Terceira viagem missionária: Paulo vai à Ásia Menor,
18:18-19:41. Viagem de confirmação das igrejas, 18:18-23, Apolo, 18:24-28.
Paulo em Éfeso, 19:1-41. Retorno à A. Menor, 19:1=12. Paulo e os exorcistas,
19:13-20. Planos de Paulo sobre o futuro, 19:21-22. O levante em Éfeso,
19:23-41.
b) A
missão da terceira viagem
Terceira viagem (53-58; At 18,23-21,14). Pouco depois
partiu novamente para a Galácia (cf. Gl 4,13), onde reinavam a piedade e a paz
nas comunidades cristãs (1,6; 5,7), atravessou a Frígia, as montanhas do centro
da Ásia Menor e o vale do Meandro, e chegou a Éfeso (At 18,23; 19,1.8.10 ; 20,31). Aí Priscila e Áquilas já haviam
completado a instrução cristã de Apolo, judeu alexandrino douto e eloquente que
com zelo e sucesso pregara o cristianismo na sinagoga, e já partira para Corinto
(18,24-28; 19,1).
Em Éfeso Paulo conheceu também uma dúzia de
discípulos de João Batista, que ele ganhou para o cristianismo (19,2-7), e
pregou durante três meses na sinagoga. Como a maior parte dos judeus continuava
incrédula, dirigiu-se aos pagãos, pregando no auditório de um tal de Tirano,
provavelmente um pretor grego.
Lucas narra detalhadamente alguns episódios das
atividades de P. em Éfeso; curas e expulsão de demônios, a destruição de um
grande número de livros de magia (19,11-19) e o tumulto que, depois de três
anos, ocasionou o fim da estadia de P. naquela cidade (19,23-20,1). At 19,20.26
refere-se em termos vagos à propagação do cristianismo “por toda a Ásia”. De
fato, abrira-se para P. em Éfeso “uma porta larga e poderosa” (1Cor 16,9); quem
a abriu foi ele mesmo e os seus colaboradores (Timóteo, Tito, Erasto, Gaio,
Aristarco e Epafras: At 19,22,29; 2Cor 12,18;
Cl 1,7); e fundaram-se comunidades cristãs em Colossos, Laodicéia, Hierápolis
(Cl 1,7; 2.1; 4,12s), Tróade (At 20,5-12; 2Cor 2.12) e mui provavelmente também
em Esmirna, Tiatira, Sardes e Filadélfia (Ap 1:11).
Em Éfeso Paulo sofreu muitas e duras provações:
perseguições da parte dos judeus (20:19; cf. 21:27), uma determinada tribulação
que “acima de suas forças” o oprimiu, a ponto de ele “perder a esperança de
conservar a vida” (2Cor 1:8), uma doença ou perigo mortal (cf. 2Cor 1:9s;
11:23), uma luta contra as feras (1Cor 15:32), seja em sentido literal, seja em
sentido metafórico, de uma luta contra homens maus e violentos; afinal, em Rm
16:4 Paulo fala num perigo mortal, do qual foi salvo por Priscila e Áquilas;
esse acontecimento desconhecido deve-se localizar provavelmente em Éfeso.
Além disso Paulo andava muito preocupado com
algumas comunidades cristãs. Os gálatas quase deixaram afastar-se dele pelos
judaizantes; escreveu-lhes Gálatas. Na comunidade de Corinto infiltraram-se
graves abusos morais. Paulo reagiu numa carta que se perdeu (1Cor 5:9), e
mandou Timóteo e Erasto a Corinto (At 19:22;
1Cor 4:17).
Depois, vieram de Corinto alguns cristãos com uma
carta da comunidade, na qual se propunham a P. diversas perguntas. A essa carta
P. respondeu com 1 Cor, provavelmente em 55. Entretanto, chegaram a Corinto
alguns judeu-cristãos que minaram a autoridade de Paulo. Esse resolveu então ir
pessoalmente a Corinto (2Cor 2:1; 12:14;
13:1s). Esta “visita intermediária” efetuou-se em tristeza, pois Paulo não
conseguiu quebrar a desconfiança dos coríntios, e foi até ofendido por um
cristão (2Cor 2:1.5; 7:12;
cf. 12:21).
Demorou pouco, e voltou a Éfeso, de onde dirigiu
“com muitas lágrimas” uma terceira carta aos coríntios (2Cor 2:4,9; 7:8,12).
Tito foi portador dessa carta, que não foi guardada. Nela Paulo exigia
desagravo e a submissão da comunidade (2Cor 2:9).
Enquanto aguardava o resultado da carta e da missão
de Tito, Paulo foi obrigado a deixar Éfeso. Viajou para Tróade (20:1; 2Cor
2:13), onde esperava encontrar-se com Tito. Quando esse demorava, embarcou para
Macedônia. Aí encontrou-se com Tito (provavelmente em Filipos) e ouviu, com muita
alegria, que os coríntios se submetiam.
Da Macedônia escreveu-lhes 2Cor (em 57). Depois de
uma visita às comunidades da Macedônia e, talvez, depois de uma viagem pela
Ilíria (Rm 15:19), Paulo cumpriu a promessa já antiga de visitar Corinto (1Cor
16:5), onde ficou três meses (At 20:3). Em Corinto P. escreveu Rm
(fins de 57 ou princípios de 58), para preparar uma visita há muito planejada
(At 29:21).
Para terminar essa viagem, Paulo queria viajar por
mar a Síria, junto com os representantes das comunidades que haviam arrecadado
dinheiro para os cristãos, mas, por causa de um atentado contra a sua vida,
tramado pelos judeus, viajou por terra. Em Filipos, Lucas ajuntou-se a ele; em
Tróade esperavam-no os companheiros de viagem. Em Tróade tomaram o navio para Mileto,
onde P. mandou chamar os anciãos de Éfeso, para se despedir; pressentia que
nunca mais os veria (20:1-38). Depois navegaram até Tiro, onde profetas
tentaram convencer P. que não fosse a Jerusalém. P., porém, continuou sua
viagem até Ptolemaide e daí por terra até Cesaréia, onde durante vários dias
foi hóspede de Filipe, um dos Sete (At 6:5). Um profeta da Judéia, Ágabo,
predisse que em Jerusalém esperavam-no algemas e prisão, mas P. não se deixou
reter (21:1-16).
III – AS PRISÕES DO APÓSTOLO PAULO
5. O
Resumo dos últimos capítulos de “Atos dos Apóstolos”
• Visita
final de Paulo à Macedônia e à Acaia, 20:1-4.
• Paulo
vai a Jerusalém, 20:1-6. De Filipos a Mileto, 20:5-16. Defesa de Paulo ante os
anciãos de Éfeso, 20:17-38. De Mileto ante a Cesaréia, 27:1-14. Paulo com a
igreja em Jerusalém, 21:15-26.
• Paulo,
prisioneiro em Roma, 21:27-28:31.
a. Detenção
e defesa, 21:27-22:29.
b. Perante
o sinédrio, 22:30-23:11.
c. Transferência
para Cesaréia, 23:12-35.
d. Em
Cesaréia, 24:1-26:32. Paulo e Félix, 24:1-27. Paulo e Festo, 25:1-27. Defesa de
Paulo perante Agripa, 26:1-32.
e. Viagem
a Roma, 27:1-28:16.
f. Paulo
em Roma, 28:17-31.
6. A
Prisão de Paulo em Jerusalém (Atos 21, 22 e 23)
a) O
objetivo da viagem a Jerusalém (21:1-16)
Entregar a oferta proveniente das igrejas
gentílicas para os crentes pobres de Jerusalém. Foi uma grande oferta. Paulo
levou um ano a arrecadá-la, 2 Co 8:10.
Todavia, foi avisado muitas vezes, ao passar pelas cidades da Ásia, que essa
viagem resultaria em prisão, 20:23.
Em Tiro, 21:4, e em Cesaréia, 21:11,
o aviso foi repetido com ênfase especial. De cada vez é o Espírito quem
adverte. Até Lucas fez coro na rogativa, 21:12;
Mas estava arraigado, definitivamente, no espírito de Paulo que aquela era a
vontade de Deus, mesmo que significasse sua morte, 13:14. Por que esses avisos da parte de Deus?
Podia dar-se o caso de Paulo estar enganado e de Deus estar procurando fazê-lo
ciente disso? Ou seria que Deus o estava provando? Ou o preparando? De qualquer
modo, Paulo estava determinado a fazer a viagem. Uma coisa é que ele a
prometera anos antes, Gl 2:10.
Considerava aquilo o meio mais prático de demonstrar a unidade da igreja.
Levara sua vida a ensinar aos gentios de que podiam ser cristãos sem se
tornarem prosélitos dos judeus, razão por que muitos dos seus irmãos judeus o
odiavam rancorosamente. Agora, desejava coroar esse trabalho com uma
demonstração genuína e proveitosa de fraternidade cristã da parte dos seus
convertidos gentios, como último e duradouro sinal de amor fraternal entre
judeus e gentios. Vista sob este aspecto, esta visita de Paulo a Jerusalém é um
dos eventos históricos mais importantes do N.T. Possivelmente, também, ele
nunca podia esquecer a agonia dos crentes judeus, homens e mulheres, quando os
lançava em prisão, anos antes, At 8:3, e estava há muito tempo resolvido, tanto
quanto estivesse em suas forças, a compensar a Igreja Judaica pelos sofrimentos
pelos quais a fizera passar.
b) Paulo
em Jerusalém
Chegou ali mais ou menos em junho, 59 d.C., 20:16. Foi a quinta visita que se
registra, depois da sua conversão. No decurso deste período, tinha ganho vastas
multidões de gentios para a fé cristã, e por causa disto era odiado pelos
judeus descrentes.
Depois de ter passado quase uma semana em
Jerusalém, cumprindo seus votos no Templo, certos judeus o reconheceram.
Começaram a gritar, e dentro de um instante, a turba estava por cima de Paulo
como uma matilha de cães. Os soldados romanos apareceram em cena em tempo para
salvá-lo de ser morto às pancadas.
Na escada do castelo romano, o mesmo onde Pilatos
condenara Jesus à morte 28 anos antes dele, Paulo, com permissão do comandante,
fez um discurso à turba, contanto como Cristo lhe aparecera no caminho para
Damasco. Escutaram até que mencionou a palavra “gentios”, e então a turba se
enfureceu contra ele.
No dia seguinte, os oficiais romanos trouxeram
Paulo perante o Sinédrio, para descobrir o que os judeus tinham contra ele. Foi
o mesmo concílio que entregou Cristo para ser crucificado; o mesmo Concílio do
qual Paulo fora membro; o mesmo Concílio que apedrejara Estêvão, e que
repetidos esforços fizera para esmagar a Igreja. Paulo correu perigo de ser
espedaçado ali, e os soldados o retiraram dali, levando-o de volta ao castelo.
Na noite seguinte, lá no castelo, o Senhor Se revelou
a Paulo, assegurando-lhe que protegeria seu caminho até Roma, 1:13. Em Éfeso, foi combinado que
Paulo iria a Roma depois desta visita a Jerusalém, 19:21, mas depois, Paulo nem teria certeza de
sair vivo de Jerusalém, Rm 15:31, 32.
Mas agora, Paulo estava com absoluta CERTEZA, pois o próprio Deus prometera que
faria a viagem.
No dia seguinte, os judeus enredaram outra cilada
contra Paulo. Fervia a fúria popular. Tornou-se necessário preparar uma escolha
excepcional, de 70 cavaleiros, 200 soldados, e 200 lanceiros para tirar Paulo
de Jerusalém, e mesmo assim, na escuridão da noite.
7. A
Prisão de Paulo em Cesareia (Atos 24, 25 e 26)
Essa prisão ocorreu no verão de 59 ao outono de 61
d.C.
Cesareia fora o lugar onde 20 anos antes Pedro
recebera na igreja o primeiro gentio, Cornélio, oficial do exército romano.
Possivelmente, foi esta a razão pela qual Félix conhecia alguma coisa a
respeito do “caminho”, 24:22.
Lucas esteve com Paulo em Cesareia. Pensa-se que
foi por esse tempo que ele escreveu seu Evangelho. Esta é a única visita de
Lucas a Jerusalém de que se tem notícia. Sem dúvida, aproveitou oportunidades
de visitar Jerusalém muitas vezes, talvez também a Galileia, para conversar com
todos os apóstolos e primeiros companheiros de Jesus que pôde encontrar. Maria,
mãe de Jesus, podia ainda estar viva, de cujos lábios ele pode ter ouvido,
diretamente, a história com que inicia o seu Evangelho.
Israel moderno, cônscio da sua história como nação,
toma grande cuidado dos monumentos históricos antigos, e há alguns anos Cesareia
recebeu a atenção dos arqueólogos. As obras do porto antigo têm sido examinadas
por escafandristas, que obtiveram informações interessantes. O teatro está
sendo escavado, e um achado surpreendente tem sido uma inscrição fragmentária
com o nome de Pôncio Pilatos. A cidade era seu quartel-general como Procurador
romano, e cenário de um debate famoso entre ele e uma deputação de judeus de
Jerusalém. Obstinado e arrogante, Pilatos tinha pendurado escudos votivos no
palácio de Herodes, consagrado ao Imperador. Os judeus, enviando representantes
ao Imperador Tibério, venceram na sua objeção contra símbolos pagãos na Cidade
Santa, e Pilatos tinha que levar ao santuário de Roma, em Cesaréia, estes
símbolos de sua lealdade desajeitada ao Império.
a) Paulo perante Félix, 24:1-27. As acusações, v.
5: era “uma peste”, acusação muito vaga; “promotor de sedições entre os
judeus”, absolutamente falso, porque Paulo invariavelmente ensinava obediência
ao governo; “tentara profanar o templo”, v. 6, levando lá Trófimo, 21:29, o que não fez; “principal
agitador dos nazarenos”, o que ele reconheceu e que não era contra nenhuma lei,
judaica ou romana. Paulo nunca deixou de mencionar a ressurreição, v. 15.
Félix casara-se com uma judia, estava familiarizado
com as praxes judaicas e conhecia algo a respeito de Cristo. Estava
profundamente impressionado e mandou chamar Paulo para que lhe explicasse mais
o Evangelho, com o que ficou aterrorizado. Sua cupidez, porém, v. 26, impediu
que ele aceitasse Cristo ou soltasse Paulo.
Festo foi nomeado sucessor de Félix em 60 d.C. Foi
no intervalo entre a partida de Félix e a chegada de Festo que as autoridades
de Jerusalém se aproveitaram da ausência de um oficial romano do executivo e
assassinaram Tiago, irmão de Jesus.
b) Paulo perante Festo, 25:1-12. Os judeus ainda
armavam emboscada a Paulo, v. 3, porque parece que tinham pouca esperança de
convencer um governador romano de ter Paulo feito alguma coisa digna de morte.
Sendo acusado perante Festo e vendo que este se propunha a agradar aos judeus,
e que não havia esperança de que lhe fizessem justiça. Paulo anunciou,
ousadamente, a Festo, que estava pronto a morrer se merecesse a morte, e apelou
para César o que como cidadão romano tinha o direito de fazer. Diante disto,
Festo nada pôde fazer senão anuir à apelação. Naquele tempo o César era Nero,
bruto e desumano. Paulo, porém, sabia que, se deixasse o seu caso com Festo,
seria devolvido ao sinédrio judaico, o que significaria condenação certa. Sendo
assim, escolheu Nero. Além disso, queria ir a Roma.
c) Paulo perante Agripa, 25:13-26:32. O discurso de
Paulo perante Agripa e o outro em Atenas são, geralmente, considerados dois dos
mais soberbos exemplos de oratória da literatura. São ambos muito breves,
simples resumo do que ele deve ter dito, porque é dificilmente crível que, num
e noutro caso, ele falasse menos de uma hora.
Esse Agripa era Herodes Agripa II, filho de Herodes
Agripa I, que, 16 anos antes, matara Tiago, o irmão de João, 12:2; era neto de
Herodes Antipas que matara João Batista e escarnecera Jesus, e bisneto de
Herodes, o Grande, que trucidara os meninos de Belém, ao tempo de nascimento de
Cristo. Sua capital era Cesaréia de Filipe, próxima do cenário da
transfiguração de Jesus, 30 anos antes.
Berenice era sua irmã, vivendo com ele como esposa.
Fora casada com dois reis, voltara para ser esposa do próprio irmãos, e mais
tarde veio a ser amante de Vespasiano e Tito. Imagine-se Paulo a defender-se
diante de um par de pessoas desse quilate.
Agripa, cuja família estivera tão intimamente
relacionada com toda a história de Cristo, naturalmente estava curioso por
ouvir um homem do calibre de Paulo, que tanta excitação causara entre as nações
a respeito de uma Pessoa que sua própria família houvera condenado.
A única discordância que Festo pôde ver entre Paulo
e seus acusadores era que aquele pensava ainda estar vivo Jesus, ao passo que
os acusadores O julgavam morto, 25:19.
A grande pompa, v. 23, que Festo arranjou para a
ocasião era testemunho da personalidade dominante de Paulo, porque certamente
um preso comum não provocaria tal exibição de esplendor real.
Notar a cortesia uniforme de Paulo, do princípio ao
fim, se bem que conhecesse o caráter dissoluto do rei.
Notar, outrossim, que ele reconheceu ser a
ressurreição de Jesus a única causa da questão. (H. H. Halley).
d) Previdência Divina. A história revela que a
maldade humana é controlada pela soberania divina. Os judeus desejavam que
Paulo fosse transferido de Cesaréia para Jerusalém. Tivesse Festo atendido às
exigências deles, talvez o Novo Testamento não contasse com Efésios,
Filipenses, Colossenses e Filemom. (Sanders). Além disso, estava a salvo de
todos os judeus.
Chegou a ser manifesto a todos (Filipenses 1:12, 13). Teve oportunidade para
testificar aos soldados que o guardavam. Foi visitado por amigos das diferentes
igrejas (Filipenses 2:25;
4:10).
8. A
prisão de Paulo em Roma
Roma era chamada de “Cidade rainha da terra”. O
Grande centro de interesse histórico. Durante dois milênios (2.º séculos a.C.
ao 18.º d.C.) foi a potência dominadora do mundo. É ainda chamada “Cidade
Eterna”. A população, na época de Paulo, era de 1 milhão e meio de seres
humanos, metade de escravos. Capital de um império que se estendia 4.800 km de leste a oeste,
3.200 km
de norte a sul. A população total do Império era de 120 milhões de almas. Por
apelar a César, o Apóstolo aos gentios teve que ir para Roma.
a) A
viagem de Paulo a Roma (At 27:1-28:15)
Essa viagem começou no outono de 61 d.C. e terminou
na primavera de 62 d.C.
Foi feita em três navios: Um de Cesaréia a Mirra;
outro de Mirra a Malta; o terceiro de Malta a Potéoli.
“O jejum”, v. 9, foi dia da expiação, mais ou menos
no meado de setembro. Daquele tempo ao meado de novembro a navegação no
Mediterrâneo era perigosa. Do meado de novembro ao primeiro de março esteve
suspensa.
Pouco depois de ter deixado Mirra, caíram em ventos
contrários, e depois de se abrigarem um pouco em Bons Portos , se
arriscaram outra vez, e foram acometidos por um tufão que os levou longe da sua
rota; depois de muitos dias, não havendo mais esperança, Deus, que dois anos
antes, em Jerusalém, prometera a Paulo que o levaria a Roma, 23:11, mais uma vez aparece a Paulo
para lhe assegurar que Sua promessa seria cumprida, 27:24. E foi. (H.H.
Halley).
Paulo foi levado a Roma com mais uns presos. Foi
confiado a um centurião e alguns soldados da corte imperial. Aristarco e Lucas
o acompanharam. Embarcaram, navegaram ao longo da costa de Creta, de onde uma
tempestade veemente de vários dias os levou para a costa de Malta. O navio
encalhou num escolho e os náufragos passaram o inverno na ilha. Depois
navegaram via Sicília até Potéoli, onde P. e seus companheiros durante oito
dias foram hóspedes da comunidade cristã. Pela Via Ápia chegaram a Roma
(Dicionário).
b) Paulo
em Roma
A primeira coisa que Paulo fez ao chegar a Roma foi
convocar os líderes judeus para poder justificar-se das acusações contra ele, e
para obter uma audiência amigável. É este o último registro de sua tentativa da
ganhar os judeus. Observemos o resultado da sua pregação (28:24-28; compare com
Mateus 13:13-15; João 12:40;
Mateus 21:43).
Paulo passou dois anos ali, no mínimo, 28:30.
Apesar de ser prisioneiro, tinha licença de morar numa casa própria alugada,
com seu guarda, 28:16. Tinha licença de receber visitas, e de ensinar sobre
Cristo. Já havia um bom número de cristãos ali (ver as saudações que enviou
três anos antes, Rm 16). Os dois anos que Paulo passou ali foram muito
frutíferos, atingindo o próprio Palácio, Fp 1:13; 4:22.
Enquanto estava em Roma, escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses,
Colossenses, Filemom e possivelmente, Hebreus.
c) O
consolo de Paulo em Roma
d) Especulações
sobre os últimos dias de Paulo
Os últimos anos de Paulo só conhecemos (fazendo-se
abstração das informações de Clemente romano) por uma combinação de dados
avulsos das epístolas pastorais. Alguns opinam que o apóstolo foi executado
durante a perseguição de Nero, em 64.
Conforme os outros Paulo teria visitado a Espanha
(Rm 15,24.28) e ainda teria trabalhado em Creta (Ti 1,5), Éfeso (1Tim 1,3), de
onde visitou talvez Colossos (Fm 22), Hierápolis, Laodicéia e Mileto (2
Tim4,20), e na Macedônia. Em Nicópolis, no Epiro (Tt 3,12), teria escrito Ti e
1Tim.
Alguns pensam que P. penetrou até na Ilíria (2Tim
4,10), voltando depois por Tróade (2 Tim 4,13) para Éfeso (1 Tim 3,14). Em todo
caso, 2 Tim supõe que P. foi preso novamente, e está em Roma (2 Tim 1,8. 16s;
2,9), onde só Lucas ficou com ele (4,10s).
Paulo queixa-se de que na sua primeira defesa os
cristãos da Ásia Menor o abandonaram (1,15). Não há nenhum indício de contato
com o apóstolo Pedro. Paulo menciona, entretanto, o apoio de alguns discípulos
fiéis: Onésimo, Tito, Crescente, Tíquico, que havia mandado respectivamente à
Dalmácia, à Galácia (ou à Gália?) e a Éfeso (4,10.12), e prepara-se para o
martírio (4,7s).
e) A
execução de Paulo
Deduz-se da tradição e de algumas referências, que
Paulo foi posto em liberdade por mais ou menos 2 anos (veja Filipenses
1:24-26;2:24; Filemom,24; 2 Timóteo.4:17). Nesse período de liberdade
provavelmente escreveu as epístolas a Timóteo e a Tito.
Acredita-se que depois desses dois anos, Paulo foi
novamente preso e finalmente executado durante a perseguição que Nero promoveu
contra os cristãos.
Diz-se a tradição que, como resultado de haver
apelado para César, após dois julgamentos no ano 68 d.C., Paulo foi executado,
fora da cidade.
Relata-se que Nero saiu de viagem enquanto Paulo
estava em Roma.
Entretanto , uma de suas concubinas foi ganha para o Senhor
por intermédio do apóstolo. Quando Nero voltou para casa, ela havia juntado a
um grupo cristão, abandonando o imperador. Nero ficou tão furioso que
descarregou sua ira sobre Paulo, que foi levado para a Via Óstia onde o executaram.
CONCLUSÃO
A maneira pela qual Paulo usou seus infortúnios
deveria estimular os que estão “presos” em virtude de má saúde ou de outros
motivos, a serem engenhosos na busca de meios pelos quais possam usar as
circunstâncias limitadoras com vantagem. Paulo está agora prestes a passar a
tocha ao jovem Timóteo. “Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas”, escreve ele;
“suporta as aflições, faze o trabalho de evangelista, cumpre cabalmente o teu
ministério. Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da
minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a
fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz,
me dará naquele dia” (2 Timóteo 4;5-8).
Visto que o seu próprio ministério chegava ao fim,
Paulo exortava Timóteo a cumprir cabalmente o dele, a qualquer custo. A palavra
grega “partida” é a mesma usada com referência a soltar as amarras de um navio.
O apóstolo estava zarpando da praia celestial, porém fazia-o com um senso de
“missão cumprida”. Que modelo para Timóteo – e para nós também! A tocha está
agora em nossas mãos!
FIM.
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