FACULDADE DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS HOJE
CURSO LIVRE
TIPOLOGIA BÍBLICA
INTRODUÇÃO
Quando as pessoas se
deparam com os diversos simbolismos existentes no antigo Testamento, logo tem
reações diversas: Uns preferem ignorá-los por não entender nada ou quase nada;
outros até entendem, mas, ao seu modo absurdo e daí acabam usando os diversos
símbolos e objetos e aplicando-os
literalmente da pior maneira possível. Daí geralmente surge as más
interpretações dos textos e uma consequente má aplicação dos mesmos no sentido
prático da Igreja hodierna.
Foi com o objetivo de
corrigir tais distorções que eu estou trazendo com exclusividade esta matéria
de TIPOLOGIA BÌBLICA para você que deseja crescer no conhecimento da Palavra e
ser um pregador do evangelho de Cristo.
OS
SIMBOLISMOS E TIPOLOGIAS
A maioria dos estudiosos
concorda que no Antigo Testamento existem tipos que são posteriormente, no Novo
Testamento, especificados e declarados. Os dois Testamentos se correlacionam
por meio destas prefigurações e tipos. O Novo Testamento considera que alguns
personagens, elementos e fatos do Antigo Testamento são prefigurações do que
ainda estava por vir.
Porém, os intérpretes se
dividem quanto à frequência com que isto pode ocorrer. Alguns dizem que
praticamente todo o Antigo Testamento é prefiguração do Novo. Por exemplo, a
quem diga que as dobradiças do templo de Salomão representavam as duas
naturezas de Cristo. Outros defendem que os tipos estão explicitamente
identificados, ou ainda implicitamente. Há quem afirme também que tipos são
apenas os que o Novo Testamento afirma ser, ou seja, bem claro e explícito. E
ainda há aqueles que dizem não haver tipos de quaisquer espécies na Bíblia.
NESTA
MATÉRIA VEREMOS O QUE SÃO TIPOS
Que elementos do Antigo
Testamento devemos aceitar como sendo tipos prefigurados do Novo Testamento? Que
regras devemos seguir para interpretá-los?
1
- Termos do Novo Testamento associados aos tipos
O termo “tipo” vem do
grego typos, e aparece 15 vezes no Novo Testamento. E ganhou diversas traduções
como se segue abaixo:
“…vir o sinal dos cravos
nas mãos…” (Jo. 20:25)
“…figuras que vós fizestes
para adorá-las…” (At. 7:43)
“…disse a Moisés que o
fizesse segundo o modelo que tinha visto” (At. 7:44)
“E escreveu-lhe uma carta
nestes termos:” (At. 23:25)
“…da transgressão de Adão
o qual é figura daquele que havia de vir.” (Rm.5:14)
“…obedecestes de coração à
forma de doutrina a que fostes entregues” (Rm.6:17)
“Ora, estas coisas nos foram
feitas para exemplo…” (1 Co.10:6)
“…aqueles que andam
conforme o exemplo que tendes em nós” (Fp.3:17)
“De sorte que vos
tornastes modelo para todos…” (1 Ts. 1:7)
“…mas para vos dar nós
mesmos exemplo, para nos imitardes.” (2 Ts. 3:9)
“…mas sê um exemplo para
os fiéis na palavra…” (1Tm. 4:12)
“Em tudo te dá por exemplo
de boas obras…” (Tt. 2:7)
“os quais servem àquilo
que é figura e sombra das coisas celestiais […] faze conforme o modelo que no
monte se te mostrou” (Hb. 8:5)
“…mas servindo de exemplo
ao rebanho. ” (1 Pe. 5:3)
Notemos que em todos estes
casos a palavra typos foi usada com a ideia de correspondência ou semelhança.
Um devia combinar com o outro.
Em cada um desses
versículos um elemento corresponde ao outro.
A contrapartida do tipo, a
parte correspondente, é chamada de antítipo, ou seja, correspondente ao tipo.
Vamos examinar 1 Pedro
3:21. Neste versículo aprendemos que o batismo é um antítipo do dilúvio, ou
seja, o dilúvio serviu como tipo, modelo, prefiguração do batismo. Nos dois
casos a palavra significa julgamento; o dilúvio significou a morte para os perversos,
e o batismo nas águas significa a morte de Cristo e a identificação do crente
com ela. Notemos que a ideia de semelhança está presente.
Examinemos agora Hebreus
9:24. Somos esclarecidos que o santuário, ou santo dos santos no tabernáculo,
era um cópia do verdadeiro tabernáculo nos céus.
Em 1 Timóteo 1:16 vemos
que a completa longanimidade de Cristo, na vida de Paulo, serviria de exemplo
para os que viessem a crer nele. Paulo usou o mesmo termo em 2 Timóteo 1:13.
Temos
dois significados associados:
1- Exemplo ou modelo a ser
seguido:
“Porque eu vos dei
exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (Jo. 13:15)
“…para que ninguém caia no
mesmo exemplo de desobediência.” (Hb. 4:11)
2- Sombra: Assim como uma
sombra é a imagem produzida por um objeto, assim certos elementos do Antigo
Testamento eram um esboço das coisas que haveriam de vir. Aparece três vezes no
Novo Testamento com este sentido figurado.
“os quais servem àquilo
que é figura e sombra das coisas celestiais…” (Hb. 8:5)
“Porque a lei, tendo a
sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas…” (Hb. 10:1)
“…que são sombras das coisas
vindouras…” (Cl. 2:16-17)
Uma sombra é algo vago ou
transitório, mas também representa certa semelhança.
Cada um desses
significados contém a idéia de correspondência ou semelhança. Porém nem sempre
um tipo oficial no Antigo Testamento prefigura algo no Novo Testamento. Muitas
vezes o sentido é de padrão ou modelo a ser seguido.
2 Quando o tipo é tipo?
2.1 Semelhança
A primeira característica
de um tipo é a sua semelhança ou correspondência com o antítipo. Mas não
devemos pensar de que se trata de uma correspondência superficial. Deve ser
algo natural, e não uma correspondência forçada. Vimos nos exemplos anteriores a
existência de uma semelhança concreta. Porém, nem tudo que possui um elemento
correspondente é um tipo, embora a relação de semelhança e correspondência deva
estar obrigatoriamente presente em todos os tipos. Existem inúmeros elementos
no Antigo Testamento que encontram correspondência no Novo, mas não são tipos
necessariamente. Os fatores que apresentamos a seguir também são importantes
para a caracterização de determinação de um tipo.
2.2 Realidade histórica
Os fatos, personagens ou
elementos do Antigo Testamento que são tipos de coisas do Novo possuíram
realismo histórico, ou seja, realmente existiram e os fatos foram reais e
testemunhados, não foi uma coisa imaginária. Quando em nosso estudo da Bíblia
nos deparamos com um tipo não devemos inventar ou procurar significados
ocultos. Devemos nos concentrar nos fatos históricos, pois o tipo deve surgir
naturalmente no texto, ao invés de ser algo que o intérprete acrescente no
texto. O tabernáculo é um tipo (conforme Hb. 8:5), mas isso não significa que
cada detalhe de sua construção represente, de alguma forma, uma verdade neo-testamentária.
2.3 Prefiguração
Os tipos são uma forma de
profecia, pois contém traços de predição e simbolismos. O tipo é uma sombra que
indica outra realidade (Cl. 2:17). O tipo sempre aponta para frente. Então quer
dizer que as personagens do Antigo Testamento sabiam que diversas coisas eram
tipos? Quando os israelitas matavam os cordeiros, eles sabiam que isso
simbolizava Cristo, a quem João Batista referiu-se como “Cordeiro de Deus” (Jo.
1:29) ? Será que Melquisedeque sabia que ele representava a Cristo (Sl. 110:4;
Hb. 6:20)?
É muito improvável que
tivessem consciência dos antítipos (representação futura do tipo) e
provavelmente não tinham pleno conhecimento destas relações entre tipos e
antítipos. O fato de alguns fatos e personagens fossem tipos isso não quer
dizer que as pessoas dessa época reconhecessem essa natureza representativa.
2.4 Elevação
Na tipologia, o antítipo é
sempre mais importante do que o tipo correspondente. Cristo é superior a
Melquisedeque, a obra redentora de Jesus é superior à páscoa celebrada pelos
judeus. Muitos aspectos do Novo Testamento ilustram verdades do Novo, mas se
não houver esta elevação não se trata de tipos.
2.5 Planejamento divino
Os tipos não são meras
ilustrações para que os leitores da Bíblia prestem mais atenção aos fatos. Na
verdade esta correspondência foi planejada por Deus. O tipo foi idealizado por
Deus para apresentar uma similaridade com o antítipo, que por sua vez foi
criado por Deus para ser o “cumprimento” do tipo. Podemos crer que houve um
planejamento de Deus, pois se passaram muitos séculos até que o antítipo
pudesse “cumprir” aquilo que o tipo representava.
Na questão da
interpretação dos tipos muitos estudiosos assumem posições diversas, conforme
abaixo:
1- Tipos são apenas os que
se encontram expressos no Novo Testamento
2- Tipos estão explícitos,
mas também podem estar implícitos, não declarados.
Devemos ter o cuidado de
não cairmos no mesmo erro de alguns intérpretes, de enxergar tipos implícitos
(se assim existirem) na Bíblia, gerando mais alegorias e interpretações
errôneas da Bíblia. Não devemos confundir as figuras de linguagem, vistas
anteriormente, com os tipos, que estamos estudando.
Nos tópicos seguintes
vamos estudar como descobrir quais personagens, fatos e elementos devem ser
tratados como tipos. Vamos descobrir com que finalidade Deus criou os tipos.
3
Os tipos devem ser encarados como tipos no NT?
Dadas as cinco
características acima temos ainda de definir se os tipos são tanto os
implícitos como explícitos ou apenas os expressamente declarados no NT. Devemos
ter em mente que apenas correspondências não satisfazem a condição para se
constituir um tipo. Sempre levemos em consideração o aspecto profético e o
planejamento divino.
Um exemplo. Muitos
estudiosos acreditam que Salomão simbolizasse Cristo. Podemos realmente afirmar
que Deus nos conta a história de Salomão para retratar a Cristo?
Podemos claro, perceber
algumas analogias e semelhanças, mas onde estão o aspecto profético e o
planejamento divino?
Então como podemos
estabelecer um limite para que simples semelhanças ou mesmo ilustrações não passem
a ser entendidas como tipo?
Podemos estabelecer que o
NT especifique claramente quais personagens e elementos do AT são pré-figurativos
do NT. O texto do NT deve indicar de alguma forma que determinado elemento ou
personagem seja um tipo válido, ou de outra forma, deve ser rotulado. Ao
contrário, as ilustrações e analogias podem ser mais facilmente identificáveis
pelos estudiosos.
Um tipo pode ser definido
como uma personagem ou acontecimento do AT que Deus planejou (projetou) para
prefigurar ou preparar outro personagem ou acontecimento no NT.
Agora, uma ilustração é um
acontecimento ou personagem que retrata uma verdade espiritual, com
naturalidade e espontaneidade, sem no entanto, ser declarado como tipo no NT.
Com base nisso podemos por
exemplo dizer que a Arca de Noé não é um tipo da Igreja, mas pode ser
facilmente ilustrada como tal. Podemos dizer que o profeta Elias ilustra um
homem de oração, conforme Tiago nos diz em seu livro no capítulo 5 verso 17.
Devemos ter cuidado, pois
uma simples analogia não deve ser entendida como um tipo.
Vejamos um comparativo
entre Tipo, Ilustração e Alegoria na tabela 01.
Notemos que na Ilustração
e Tipologia a realidade histórica é considerada, ao passo que na Alegorizacão
este aspecto é descartado. A alegoria geralmente é apenas fruto da imaginação
de seu intérprete.
4 Que tipos são válidos?
Precisamos fazer as
seguintes perguntas para sabermos quais os tipos válidos nas escrituras:
1. Existe semelhança clara
entre o tipo e o antítipo? O tipo apresenta exatamente os mesmos fatos,
princípios e relações que o elemento do NT correspondente?
2. O antítipo está de
acordo com o contexto histórico do tipo?
3. O tipo é uma
prefiguração ou prenunciação do antítipo? Ou não passa de um exemplo? O tipo
aponta para o futuro?
4. O antítipo eleva ou
“cumpre” o tipo, sendo ainda superior?
5. Conseguimos ver o
propósito divino na relação tipo-antítipo?
6. O NT especifica de alguma
forma o tipo e o antítipo?
5 Quais as etapas para a interpretação dos
símbolos?
1. Descobrir o sentido
literal do tipo.
2. Reparar no ponto de
correspondência entre o tipo e o antítipo.
3. Reparar nos elementos
de contraste, para evitar caracterizá-los como aspectos do tipo.
4. Prestar bastante
atenção às afirmações do NT que confirmem a correspondência tipológica.
6
Por que se preocupar com a tipologia?
Embora a princípio este
estudo de tipologia aparentemente não seja tão útil ele é importante para
vermos a mão de Deus durante toda a história da humanidade. Podemos com este
estudo constatar que Deus planejou cada acontecimento e usou algumas pessoas e
acontecimentos para retratar aspectos de Cristo e seu relacionamento com a
igreja. E por que não dizer também para nos defender das heresias que tentam
entrar em nossas igrejas?
Quando usamos os seis
critérios de identificação dos tipos temos instrumentos mais precisos para
interpretar o Antigo Testamento, e desta forma não ficamos de frente a um mar
de incertezas sobre o que Deus quis realmente nos transmitir.
7 A compreensão dos símbolos
7.1 Em que consiste um símbolo?
Símbolo é uma figura,
marca ou sinal que representa ou substitui outra coisa. Lembremos que o tipo
representa um elemento futuro, mas o símbolo não está preso à idéia de tempo.
Em um dado momento na história, o tipo tem seu cumpriment, ou seja, aquilo que
ele representava no AT já se cumpriu no NT. Por exemplo, o tabernáculo no
deserto representava a Cristo, era tipo de Cristo. Nenhum outro tabernáculo
lembrava ou falava de Cristo. Agora quando dizemos que um leão representa a
Cristo, qualquer leão pode significar isto, pois são as características do leão
que são mencionadas e não os aspectos proféticos.
7.2 Quais princípios
aplicamos na interpretação dos símbolos?
1- Reparar nos três
fatores da interpretação de símbolos: o objeto (símbolo), o referente (elemento
simbolizado) e o significado (semelhança entre símbolo e referente) – Em I Jo
1:29, o cordeiro (objeto) identifica a Cristo (referente) e o significado é que
Cristo serviu de sacrifício como muitos outros cordeiros.
2- Lembrar-se de que os
símbolos são fundamentados na realidade. – Quando se diz que Cristo é um
cordeiro ou leão, não quer dizer que Cristo seja literalmente um cordeiro ou
leão. Mas, como estes animais existem é possível estabelecermos uma
correspondência entre estes animais e Cristo. Nas passagens proféticas, muitas
vezes os símbolos são fundamentados na imaginação ao invés dos fatos. Vejam Ap.
17:3 e Dn.7:6. Porém estes símbolos tem elementos reais.
3- Descobrir qual o
significado ou semelhança, se existente, o texto atribui de forma explícita ao
referente – Quando existe u símbolo em uma profecia, o texto geralmente o
indica. Por exemplo em Ap. 9:1, a estrela que caiu do céu é identificada no
verso 2 como “ele”. Comparando com Ap. 20:1, parece não restar dúvida de que se
trata de um anjo. O dragao do verso 2 é identificado com Satanás.
4- Se o versículo não
indicar a semelhança, consultar outras passagens e verificar qual a
característica principal entre o símbolo e o referente. – João referiu-se a
Cristo como “o Cordeiro de Deus”, sem contudo, explicar a semelhança.
5- Tomar o cuidado de não
atribuir ao referente a característica errada do símbolo – Um leão é forte e
feroz, mas apenas sua ferocidade está relacionada a Satanás (I Pe. 5:8). A sua
força refere-se a Cristo (Ap. 5:5) .
6- Procurar o elemento
principal de semelhança – Resista à tentação de traçar muitos paralelos entre o
símbolo e o elemento que simboliza.
7- Entender que um
elemento principal pode ser representado por vários símbolos. – Cristo é
simbolizado por um leão, cordeiro, um ramo, raiz, etc. O Espírito Santo é
simbolizado pela água, pomba, vento, azeite.
8- Na literatura
profética, não presumir que, pelo fato de da profecia conter alguns elementos
simbólicos, tudo mais na profecia seja também simbólico. – Em apocalipse 19:19,
a “besta” é um símbolo, porém “os reis da terra, com seus exércitos” não deve
ser encarado como símbolo. No versículo 15 a espada que sai a boca de Cristo é
um símbolo de seu juízo, mas isso não quer dizer que as nações citadas devam
ser encaradas como símbolos também.
9- Na literatura
profética, não transformar em símbolos as descrições de fatos que sejam
prováveis ou plausíveis. – Em Apocalipse 8:12 diz que um terço do sol, da lua e
das estrelas serão feridos e escurecerão. Como se trata de um fato plausível,
isto não deve ser interpretado como um símbolo. Em Apocalipse 9, os gafanhotos
que saíram do abismo devem ser entendidas ao pé da letra, pois o fato de
gafanhotos, ou criaturas parecidas com gafanhotos, saírem do abismo é
plausível. No passado esta passagem foi interpretada como símbolo dos turcos
invadindo Israel.
7.3 Alguns exemplos de símbolos na Bíblia
Hoje em dia também temos
simbolismos em nossas igrejas. O batismo e a ceia são dois deles. O batismo
simboliza a identificação do cristão com a morte, sepultamento e ressurreição
de Cristo. Quando participamos da ceia estamos simbolicamente proclamando a
morte de Jesus, o pão simboliza seu corpo que foi partido na cruz e o cálice
simboliza seu sangue que foi derramado para remissão dos pecados.
7.4 Números simbólicos
Alguns números nos
transmitem determina as ideias pelo fato de estarem sempre associados a alguns
eventos específicos. Por exemplo, o número 7, é frequentemente associado à
perfeição.
Gn 2:2,3
Ap. 1:12
Ap. 4:5
Ap. 5:1
Ap. 8:1
O número 40 costuma ser
relacionado com provação.
40 anos de Moisés em Midiã
(At. 7:29,30)
40 anos de Israel no
deserto (Nm. 32:13)
40 dias que Jesus foi
tentado (Lc. 4:2)
Apesar destes números
transmitirem estes simbolismos não podemos deixar de atribuir-lhes o sentido
literal. Ou seja, mesmo o número 40 representando provação, Jesus foi realmente
provado durante 40 dias literais. O número embora representando a perfeição não
nos dá o direito de fugir da interpretação literal. No caso dos candeeiros
podemos interpretá-los como sendo em número de sete.
7.5 Nomes simbólicos
Os nomes de certas pessoas
e lugares na Bíblia possuem significado simbólico. Porém não devemos procurar
significados nos nomes, a menos que a Bíblia nos indique. mães
O nome Eva significa
“vida” e foi dado por Adão, por ser a mãe de todos os viventes (Gn. 3:20)
Deus mudou o nome de Abrão
em Abraão com o intuito de mostrar-lhe que ele seria pai de muitos povos.
Abrão significa “pai
exaltado” e Abraão significa “pai de muitos”. Deus também mudou o nome de sua
esposa de Sarai para Sara, que significa “princesa”.
As mães também costumavam
dar nomes aos seus filhos de acordo com as circunstâncias do nascimento da
criança.
Jacó não amava sua esposa
Léia, por isso quando ela teve seu primeiro filho, ela o chamou de Rúbem. A
palavra Reuben em hebraico significa “o Senhor atendeu a minha aflição”. Seu
segundo filho, Simeão, tem o sentido de “aquele que ouve”. Levi, seu terceiro
filho, significa “unido”, pois pensou que depois de três filhos Jacó a fosse
amar um pouco mais e sua família fosse permanecer unida.
Seu quarto filho, Judá, recebeu
este nome pois tem o significado de louvor. Como havia dado a Jacó 4 filhos ela
louvava a Deus, pois pensava assim ter o amor de Jacó. (Gn 29:31-35)
A filha de Faraó chamou ao
menino que encontrou no rio Nilo de Moisés, pois é parecido com o verbo
“retirar” em hebraico. (Ex. 2:10).
O nome Daniel significa
“Deus julgou” ou “Deus é eu juiz”. Porém o rei Nabucodonosor mudou seu nome
para Beltessazar, que significa “Senhora, proteja o rei”. Era uma tentativa
para fazer Daniel se esquecer de seu Deus. O mesmo aconteceu com seus amigos
(Dn. 1:6,7).
Jesus mudou o nome de
Simão para Cefas (aramaico) e Pedro (grego) que significa pedra (Jo. 1:42), em
referência ao seu futuro papel na Igreja (At. 2).
Às vezes uma cidade ou
nação ganhava outro nome. Deus chamou os líderes de Jerusalém de “príncipes de
Sodoma” e seus habitantes de “povo de Gomorra” (Is. 1:10), pois seu pecado
havia se igualado ao daquelas cidades.
Os estudiosos divergem
quanto à menção que Pedro fez de Babilônia em I Pe. 5:13 – deve ser entendida
como a verdadeira Babilônia, no Oriente Médio? Ou foi usada apenas para fazer
uma menção indireta a Roma para proteger os cristão que viviam lá?
De acordo com a história,
Pedro passou seus últimos dias em Roma, e seu “filho” Marcos, mencionado no
mesmo versículo, pode ser João Marcos, que Paulo afirmou estar em Roma (Cl.
4:10).
Leia também:
Interpretação dos símbolos apocalípticos
Exemplo de interpretação
dos símbolos na literatura apocalíptica
Interpretação dos símbolos na literatura
apocalíptica
A interpretação dos
símbolos na literatura apocalíptica
A interpretação das Narrativas do Antigo
Testamento
A interpretação das
narrativas do Antigo Testamento
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1 – Visão Panorâmica
A tipologia é o estudo de
figuras e símbolos bíblicos, especialmente de cerimônias e ordenanças do Antigo
Testamento, que prefiguram a Dispensação da Graça: “as cousas celestes”.
Um tipo é uma semelhança
divinamente ordenada, pela qual as pessoas, objetos e eventos celestiais são
demonstrados pelo terrestre. Porém, para que uma coisa constitua tipo de outra,
a primeira não só deve ter uma semelhança à segunda, mas na sua instituição
original, deve ter sido determinado que tivesse esta semelhança (Marsh). “É
aquilo que produz fé como modelo, como símbolo e exemplar”.
Um antítipo é aquela coisa
celestial ou realidade prefigurada pelo tipo. “É uma figura que representa
outra”.
2 - Tipos
2. 1 - Três coisas
envolvidas num tipo:
· Uma coisa ou objeto
material que representa uma outra de ordem elevada.
· Esta coisa de ordem
elevada representa o que passamos a chamar de antítipo ou realidade.
· A obra do tipo se
expressa pelo termo “representar ou prefigurar”.
2. 2 - Declarações
bíblicas quanto à natureza dum tipo:
· Sombra (Cl. 2:16 -17).
· Modelo, exemplo (Hb.
8:4-5).
· Sinal (Mt. 12:39).
· Parábola, alegoria (Hb.
9:9).
· Tipo (Rm. 5:14).
2. 3 - Provas bíblicas dum
tipo:
· Por declarações
explícitas (Rm. 5:14)
· Por trocar os nomes do
tipo e antítipo; Adão (primeiro e segundo). I Co. 15:45; Páscoa (cordeiro -
Cristo) Êx. 12; I Co 5:7.
2. 4 - Espécies de Tipos:
Pessoas:
· Antes da lei-Adão,
Enoque, Melquisedeque (Rm. 5:14-19).
· Sob a lei – Davi, Moisés
(profeta mediador) Ap. 3:7 / Hb. 3:5.
Coisas ou objetos
materiais:
· Coluna de nuvem (Êx.
13:21).
· Maná (Êx. 16:15 / I
Co.10:3).
· A rocha (Êx. 17:6 / I
Co. 10:4).
· A serpente de metal (Nm.
21: 9 / Jo. 3:14 / II Co. 5:2).
Atos e acontecimentos
· A libertação do Egito.
· A marcha pelo deserto.
3 - Tipos perpétuos
· Circuncisão - Tipo da
verdadeira circuncisão do coração (Cl. 2:11).
· Sacrifícios - Tipo de
Cristo, o perfeito e eterno sacrifício (Hb. 9:26).
· Ritos e cerimônias.
4 - Valor dos tipos
Agostinho disse: “O Novo
Testamento acha-se no Antigo. O Antigo pelo Novo é explicado”.
Serve para ensinar
(ICo.10:11).
A igreja prefigurada
(Gn.2:24); (Eva) (Ef. 5:22-32).
Fortalece convicção na
inspiração das escrituras.
Fortalece convicção nas
profecias.
Fortalece a santidade
(ICo.1:6-13).
5 - Razões para estudar os
Tipos
Deus deu valor - O
Espírito Santo desenhou os tipos. Compare: O Tabernáculo, o véu, tipo de
Cristo. “O Espirito Santo, significando com isto que o caminho do Santo lugar
não se tem manifestado, enquanto subsiste o primeiro Tabernáculo” (Hb. 9:8;
comp. 6:19-20).
Jesus falou dos tipos -
Aos dois discípulos (Lc. 24:13-34).
Só pelos tipos se entendem
certos trechos do N.T.
Sombras, Sangue, o tabernáculo,
sacrifícios, festas.
6 - O Tabernáculo
6. 1 - Títulos dados ao
Tabernáculo
Santuário – Êx. 25:8-9.
Chama a atenção ao caráter deste como lugar santo, o palácio do Grande Rei.
Tenda – Êx. 40:2 / 39:33-
43.
Tenda da Revelação - Nm.
18:4. Centro de Culto.
Tenda do Testemunho – Nm.
9:15. Refere-se à arca onde estava a lei, o testemunho. Êx. 25:15. Santidade,
culpa do homem e eficiência da expiação.
Casa de Deus – (Jz.
18:31). Foi chamado, assim, na terra de Canãa.
Templo do Senhor – 1Sm.
3:3. O tabernáculo, nessa ocasião, talvez já fosse maior.
Santuário Terrestre – Hb.
9:1. Pertencia à Dispensação das cerimônias. Um tipo de Jesus.
6. 2 - A Morada de Deus
com o Homem.
Que Deus deseja morar com
seu povo, se vê pelo fato de que, no Jardim do Éden, depois de interrompida a
comunhão com o homem por causa do pecado, ele imediatamente começou a revelar
um plano, que visasse a sua restauração. Esta revelação aumenta em beleza,
gloria e intimidade desde o Gênesis ao Apocalipse.
7 - Tipo de Jesus
“Far-me-ão um santuário
para que eu habite no meio deles. Seguindo em tudo o que eu te mostrar, o
modelo do tabernáculo, e o modelo de todos os seus móveis, assim mesmo farás”
(Êx. 25: 8-9). Nesta passagem vemos:
1. A graça – Deus
consentir que se faça um tabernáculo.
2. A ordem – Tudo deveria
ser feito segundo o plano, por Deus estabelecido.
Adão foi a primeira morada
de Deus na terra, e veio a falhar. O descanso de Deus ficou interrompido. O
plano de Deus é imutável, por conseguinte mandou seu Filho, segundo Adão. A
graça e a ordem aqui reveladas mostram Jesus. O Tabernáculo é o tipo de Jesus.
Aquele que era Deus (João 1.1), se fez carne (João 1.14), por própria vontade.
Ele habitou entre os homens. Tomou sobre si a natureza humana, mas permanecia o
Filho de Deus, igual a Deus em substância (Jo. 1.14 / Jo. 1.34 /Jo. 1.49 / Cl.
1.19).
A plenitude de Deus morava
em Jesus (majestade, poder e personalidade). Comp. Jo. 14:9 / 3:34 / 1:18 / Tm.
3:16 / Hb. 1:3 / Tt. 2:3 / Rm. 9:5 / Jo. 5:20. Assim em Cristo, o descanso de
Deus é restaurado (Hb. 8:1). Descanso da redenção. Cristo é o verdadeiro
Tabernáculo.
8
- A nuvem (Êxodo 40: 33-38).
A nuvem cobria o
Tabernáculo e quando se mudou, Israel mudou-se com ela.
8. 1 - Guia do Povo
(Êx.13:20-22). Qual pastor de Israel. Israel, primeiramente recebeu redenção na
noite da Páscoa. Depois recebeu direção (Êx.12:12-13, 41-42. Compare
IPe.1:18-19 / Gl. 1:4 / Pe. 3:18 / Cl. 1:12-13).
Tal qual Israel, depois da
sua libertação do Egito, a igreja também é povo peregrino que precisa do
Espírito Santo.
Deus dirige o crente:
Pela palavra - Sl.
119:105.
Pelo Espírito – Jo.
16:13-15.
8. 2 - O Símbolo do
Espírito Santo - Prometido por Jesus Jo. 14:16-18 / Mt. 28:20, veio no dia de
Pentecostes (At. 2:3).
Como o Pai criou tudo
através do Filho (Hb 1:2), e como na terra o Filho manifestou o Pai. Assim,
durante esta Dispensação, o Espírito Santo manifesta o Filho (Jo.16:13-15).
Depois de receber a plenitude do Espírito Santo (At. 2.38), é o Espírito Santo
que separa o crente do descrente (I Co. 6:19; comp. Êx. 14.19-20 / I Co. 3.14),
como fez a nuvem entre Israel e os egípcios (ICo. 10:1).
8. 3 - O Escudo do Povo -
Operava contra o poder do Faraó, Êx. 14.19-20. Paulo exortou a Igreja a
revestir-se do escudo da fé (Ef. 6.16 / Pv. 19.10). O nome do Senhor é uma
torre segura.
8. 4 - Sombra para o Povo
(Nm.10: 34 / 14.4 / Sl.105:39). É um tipo de Jesus que nos protege dos fortes
raios de sol das perseguições e tentações (Ct. 2.3).
8. 5 - O Oráculo Divino -
Israel não se mudava, enquanto a nuvem não mudasse (Nm. 9:17-23 / Êx.29:
43-46). Assim a Igreja precisa reconhecer absoluta autoridade do Espírito Santo
(Zc. 4:16).
8. 6 - O Aparecimento da
Nuvem
No Mar Vermelho.
No Tabernáculo.
No Templo de Salomão
(IICr. 7:1-3 / Sl. 99:7).
Em Jesus, no Monte da
Transfiguração (Lc. 9:34).
Na Ascensão de Jesus –
pela última vez (At.1:9).
Futuramente (Is. 4:5-6).
No Milênio (Is. 40:5 / 60:19).
9
- As Cortinas do Átrio
A descrição do
Tabernáculo, no livro de Êxodo, inicia-se com a arca do Santo dos Santos,
terminando com o altar de sacrifícios. A fim de esclarecer o assunto com a
arca.
O pátio era um espaço ao
redor do Tabernáculo, mais ou menos de 50 metros por 25. Era fechado por
cortinas feitas de linho retorcido, suspensas sobre 60 colunas, 20 em cada lado
e 10 nas extremidades. As 4 colunas do lado oriental formavam a entrada, estas
4 colunas falavam da universidade (quatro direções) do Evangelho, e a entrada é
plena para o povo de Deus.
9. 1 - As Vergas e Ganchos
das Colunas (Êx. 27:17).
Feitas de prata – símbolo
de redenção (Êx. 30:11-16). O preço do resgate foi meio siclo de prata. Estes
ganchos seguravam e davam estabilidade às cortinas. Sem estes teriam caído.
Assim, sem a expiação e a redenção de Cristo, o cristianismo não poderia
existir.
9. 2 - Os Capitéis das Colunas
– Eram ornamentos feitos de prata. Pela redenção em Cristo Jesus, as nossas
vidas recebem os ornamentos do Espírito, a graça, e as virtudes de Cristo. Como
é bom ter o ornamento dum espírito manso e tranquilo, que é de grande estima
diante de Deus (I Pe. 3:4).
9. 3 - As Bases e as
Colunas de Metal – Estas sustentam as cortinas. O metal representa o Juízo (Nm.
21.9; Ap. 1.15). É substância que resiste ao fogo, símbolo do Juízo Divino (Is.
29.6 / 30.30; 60:15). O suporte deste juízo não é a autojustiça do homem (Is.
64:6), mas sim, a justiça de Cristo (Rm. 3:22).
10
- A Entrada do Átrio
Havia somente uma entrada.
Isso nos diz que: “Não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não há
outro nome dado entre os homens, em que devemos ser salvos” (Atos 4:12).
A largura: Vinte côvados
(mais ou menos 10 metros). Suficientes para todos. Representa Cristo, a Porta.
Os 4 Evangelhos assim, apresentam Jesus (Jo. 10: 1-9).
As Cortinas: Feitas de
linho fino, retorcido, de estofo azul, púrpura e escarlate. Tipos da justiça,
pureza e natureza celestial de Jesus Cristo.
11
- O Altar do Holocausto (Êx. 27:1-8 / 38:1-7 / 39:33 / 40:6-29 / 30:28).
Significa um “Lugar
elevado”. A primeira coisa que se via depois de entrar no Átrio era o altar de
holocausto. Sem trazer um sacrifício pelo pecado para oferecer sobre este
altar, não se alcançava nenhuma aceitação com Deus.
Este altar é um tipo de
Cristo na cruz, levantado, da mesma maneira, e, com o mesmo propósito, em que
Moisés levantou a serpente no deserto.
1 - Israel foi levantado
com Deus, pelo sacrifício neste altar. Assim, também nós fomos elevados a
comunhão com Deus, pelo sacrifício de Jesus Cristo.
2 - O Sacrifício subia na
fumaça. Um suave cheiro que agradava Deus (Lv.1:9). Jesus ofereceu-se como
sacrifício (Ef.5:2).
11. 1 - Propósito do Altar
Aqui, o inocente levou
sobre si a punição do culpado. Da mesma maneira, Cristo levou, em seu corpo, no
madeiro, os nossos pecados.
Aqui, Jeová se encontrou
com Israel; na cruz de Cristo, encontramo-nos com Deus (At. 2:33), “sendo este
entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós o matastes,
crucificando-o” (Hb. 9:26-28).
Nenhum israelita poderia
receber absolvição cerimonial sem oferecer a sua oferta, impondo a sua mão
sobre a cabeça do animal, reconhecendo o valor da sua morte. Da mesma forma o
homem tem privilégio de demonstrar fé na Vítima da Cruz, Cristo, recebendo-o
como seu substituto perante Deus. Assim, pela fé em Jesus somos salvos, e
regenerados (Jo 1:12-29 / Hb.9:22).
Jesus continua ser o
Cordeiro de Deus. A única entrada para o Tabernáculo, no céu, é pela sua morte.
Boas obras, palavras bonitas, bons pensamentos, religião, filosofias, etc. não
servem. Deus aceita o homem sim, através dos méritos dos sofrimentos e da morte
de Jesus.
11. 2 - O Material -
Madeira de acácia, setim coberto de cobre. Esta madeira achava-se crescendo no
deserto, um tipo de Jesus, na sua humanidade, de origem humilde, qual raiz sai
duma terra seca (Is. 53.2). O bronze é o tipo do juízo de Deus.
11. 3 - Os Chifres - Eram
quatro, um em cada canto (Lv. 9:9) aspergidos com sangue. Os chifres, na
palavra, representam poder. “Mas exaltará o meu poder como unicórnio (animal
semelhante ao boi) (Sl. 92.10). O poder de Deus manifestado em ressuscitar
Jesus da Morte. Pois também ele foi crucificado em fraqueza, mas vive pelo
poder de Deus” (IICo.13:3- 4 / Hb. 7:25). Isto é, Jesus ressuscitou pelo poder
que há em si mesmo, pois ele é Deus, ele é a ressurreição, ele é a vida.
Aspergidos com sangue,
apontados em direção aos quatro cantos do mundo, significam que o sangue de
Jesus fez expiação para todas as nações e que há poder suficiente para toda
necessidade de todas as pessoas do universo.
11. 4 - As Cinzas - Foram
levadas para um lugar limpo (Lv. 6:10-11). O corpo de Cristo foi sepultado num
túmulo novo que nunca fora ocupado.
11. 5 - O Fogo
Símbolo, ou manifestação
da santidade de Deus. (Êx. 3:5).
Símbolo do juízo divino
sobre o pecado. “Nosso Deus é um fogo consumidor” (Sodoma e Gomorra).
Símbolo de purificação
(Zc. 13:9 / Mt. 3:3).
11. 6 - Os Varais - O
altar tinha dois varais, feitos de madeira, cobertos de cobre. A função destes
era a de carregar o altar de lugar em lugar. Representam as duas partes do
Evangelho, pelo qual a mensagem do Calvário é levada a todo o mundo;
Que Cristo morreu pelos
pecadores;
Que cristo foi ressuscitado
(ICo. 15:1-4 / I Co. 2:2).
12
- O Lavatório de Cobre
Era o lugar de
purificação, onde os sacerdotes se lavariam antes de entrarem no Tabernáculo
(Êx. 30.17-21). A água é um tipo da Palavra de Deus, pela qual fomos
purificados pelo poder do Espírito Santo (Jo. 15:3 / Ef. 5: 26 / Jo 3:5-7 /
ITs. 1:5).
No ministério sacerdotal,
o sacerdote tomava banho, sendo lavado o corpo todo (Êx. 29: 4 / 40:11 / Lv.
8:6). Isto representa a regeneração, “não por obras de justiça que nós fizemos,
mas segundo a sua misericórdia, pela lavagem de renovação do Espírito Santo”
(Tito 3: 5). “Cheguemos com o coração sincero em plena certeza da fé, tendo os
nossos corpos lavados com água pura” (Hb. 10:12). Gerado pela Palavra da Verdade
(Pe. 1:23 / Tiago 1:18).
Depois da consagração, os
sacerdotes lavavam somente as mãos e os pés, antes de entrarem no Santuário.
Este ato é um tipo da purificação por contato com mundo. Antes de Celebrar a
Páscoa e a Ceia com seus discípulos, Jesus lavou os pés deles e disse: “Aquele
que já se banhou (o corpo todo), não tem necessidade de lavar senão os pés,
porém está todo limpo, e vós estais limpos” (Jo. 13:10).
A lavagem da regeneração
realiza-se uma só vez, mas a purificação da contaminação com o mundo é um
processo continuo, sem o qual é impossível ter comunhão perfeita com Deus.
12. 1 - O Tamanho - O
tamanho não é revelado. Este fato sugere que a santificação em Deus não tem
tamanho ou limite, quanto mais nos purificar, melhor.
12. 2 - Nunca Coberto - O
lavatório nunca foi coberto, nem durante a marcha e nem ao estarem acampados. A
Palavra de Deus é uma revelação e não um mistério encoberto como alguns
religiosos ensinam.
13
- O Tabernáculo Próprio
TIPO:
Da igreja, como habitação
de Deus pelo Espírito Santo.
Do crente,
individualmente, como Templo do Espírito Santo.
Das coisas Celestiais.
13. 1 - As Cortinas do
Tabernáculo (Êx. 26:1-14)
Peles de animais marinhos
(Êx. 26:14). Era a cortina exterior, sem forma ou medida específica. De cor
cinzenta, faltava-lhe beleza. Um tipo de Jesus Cristo, visto pelos homens: “O
Carpinteiro” e o “Nazareno”.
Peles de carneiro tintas
de vermelho (Êx. 26:14). Colocada por baixo da cortina de peles de animais
marinhos. O carneiro simbolizava “substituição” (Gn. 22:13-23). O carneiro
substituiu Isaque no altar do monte Moriá. Tipo de Jesus (IPe. 3:18 / 2:21 /
ICo. 15: 3-4 / Gl.1:4 / Rm. 5:8 / Is. 53:6 / Jo. 3:16).
· As cortinas de linho
fino retorcido
Eram cortinas interiores,
colocadas debaixo dos pelos de cabras, bordados em azul, púrpura, escarlate,
com figuras dos querubins (Êx. 26:1-6).
O linho é produto do reino
vegetal e representa a humanidade de Jesus.
13. 2 - Significados das
cores:
Azul – Cristo Celestial,
da natureza divina.
Púrpura – Cristo, O rei.
Escarlate – Cristo, o
sofredor. Sua morte. Esta cor foi obtida de um bichinho de cor escarlate. Foi
esmagado para fornecer o corante. Conforme Cristo, chamado de “VERME” em SI.
22: 6, esmagado debaixo do peso dos nossos pecados, derramando o Seu sangue
escarlate que nos purifica.
Branco – Cristo, o puro
imaculado.
13. 3 - Significado dos
querubins:
A palavra “querube”
significa FORÇA ou PODER. Os querubins são seres celestiais executores da Vontade
de Deus (Ap. 7 a 19 / Mt.13:14-42). Assim representam a Divindade de Jesus, o
Filho do Homem. Na palavra observamos os querubins de 4 faces (Ez. 1:5-10 / Ap.
4:6-8).
Vejamos:
Face do Leão – Tipo do
poder e Glória Real.
De boi – Tipo de força
para trabalhar e servir.
De homem – Simboliza a
simpatia e Inteligência
De águia – Voa às alturas.
Tipo de poder, da suprema percepção celestial.
Todas representam Cristo
nos quatro Evangelhos:
Mateus apresenta Jesus
como o Leão da tribo de Judá, o Rei de Israel.
Lucas apresenta Jesus como
Filho do Homem, simpatizante, amoroso e exemplo perfeito.
Marcos apresenta-o
paciente como o boi, servindo a humanidade.
João apresenta-o como
Filho de Deus, voltado ao lugar de onde saiu, o seio do Pai.
14
- A Mesa dos pães da proposição (Êx. 25:23-30).
14. 1 - Material – Madeira
de acácia coberta com ouro. Tinha duas coroas, um dentro da outra. Havia quatro
argolas, nos quatros cantos, pela quais passaram os varões usados para o
transporte da mesa nas jornadas.
Doze pães foram colocados
na mesa, um para cada tribo, em duas fileiras de 6 cada.Sobre estes, deitava-se
franquincenso(Olíbano,tambémconhecidocomo franquincenso, é uma resina aromática
muito usada na perfumaria e fabricação de incensos. ... O olíbano é usado generosamente
em ritos religiosos), pois eram considerados ofertas ao Senhor. A mesa e os
pães eram considerados uma só cousa. Quando se falava da mesa, incluía-se os
pães.
A igreja é chamada “um só
Pão” (IÇO. 10:17). Cristo e sua igreja são um só (ICo. 12:12). Cristo como a
mesa, sustenta a sua igreja e a apresenta como pão perante Deus Pai (Judas
24.25).
15
- O Candeeiro de Ouro
A finalidade do candeeiro
era fornecer luz, que revela, purifica, sara e serve para crescimento. Aqui
vemos Jesus a luz do mundo, nosso instrutor e guia. “Eu sou a luz do mundo,
quem me segue, de modo nenhum andará nas trevas” (Jo. 8:12).
O candeeiro era feito de
ouro puro, maciço. Foi feito de uma só peça, não fundido, mas sim batido (Nm.
8: 4). Este processo de bater representa os sofrimentos de Jesus, o esmagamento
e tristeza dos pecados de todo o mundo que ele levou. “Jeová fez cair sobre Ele
a iniquidade de todos nós” (Is. 53:6).
O candeeiro também é tipo
de Igreja. “Vós sois a luz do mundo” (Mt. 5:14 / Lc. 35 / Fl. 2:15). Os sete
candeeiros de Apocalipse 1.12-20 / 2:5 (O Candeeiro de Êfeso estava
apagando-se).
Na parábola da moeda
perdida (Lc. 15), vemos a mulher acender a luz e varrer a sua casa. Ela
representa a igreja buscando a alma perdida à luz da Palavra.
15. 1 - O óleo do
candeeiro – (Êx. 27:20) – Era um óleo especial, usado para ungir. Cristo foi
ungido com óleo especial, o Espírito Santo que foi derramando sem medida sobre
Jesus (Jo 4:34). A igreja, como luz do mundo, também precisa deste óleo
especial.
16
- O Altar de Incenso (Êx. 30:1-10, 34-36).
O altar de incenso era um
lugar de adoração, de culto e louvor. Sacrifícios não eram oferecidos neste
lugar. Tipo de Cristo, em cujo nome as nossas orações sobem a Deus.
Material – Madeira de
acácia coberta com ouro. Tipo da humanidade e da divindade.
Posição – No Lugar Santo,
em frente ao véu e a arca. Isto representa Cristo, nosso caminho ao Pai. “Pois
por ele temos ambos a nossa entrada ao Pai” (Ef. 2:18).
Os chifres (símbolo do
poder) – Um em cada canto. Aspergido com sangue uma vez por ano. Isto
representa o poder do sangue de Jesus, que nunca perde a sua eficiência (Êx.
30.10 / Hb. 9:14).
O Incenso – Tipo da oração
(SI 141:2 / Ap. 5:8). Queimado continuamente Ef. 6:18.
A relação entre dois
altares (Êx. 30:10 / Lv. 16:12).
O fogo que queimou o
incenso veio do altar de cobre. Assim vemos que o valor e a potência da oração
de Jesus dependia do sacrifício de si mesmo na cruz. Se não morresse em nosso
lugar, não teria intercedido por nós. O sacerdócio de Jesus vigorou oficialmente
desde a ressurreição (ICo. 15:1 / Lv. 16:12-27).
O Incenso foi oferecido
por Arão (Vs. 7-8) – Tipo de Cristo (Hb. 9:24 / 8:1). Arão ofereceu incenso só
por Israel. Cristo orou só pelos seus (Jo 17:9). Neste capítulo 17, vemos
Jesus, o Sumo-sacerdote, oferecendo o incenso de oração. Que separação isto
constitui entre nós e o mundo! Que Bênção ter Jesus intercedendo por nós! O
valor da oração de Jesus, vemos na oração de Pedro (Lc. 22:31-32), que a fé não
desfalece. E Pedro não falhou, embora fosse duramente tentado, e negasse 3
vezes.
Jesus não só ora por nós,
mas toma as nossas orações e as apresenta juntas com as suas, perante o Trono
do Pai (Ap. 8:3 / Jo 14:6 / Co. 3:17 / Ap. 5:8).
Composição
· Estoraque – Uma
substância que sai de uma árvore nos montes de Gileade. Saía sem incisão. Tipo
da espontaneidade de oração e louvor. A plenitude do Espírito Santo produz esta
espontaneidade no crente (Ef. 5:18-20).
· Onicha – Tirada dum
certo caranguejo do fundo do Mar Vermelho. A verdadeira oração deve sair das
profundezas do coração.
· Galbano – Veio das
folhas dum arbusto da Síria. Estas foram quebradas e moídas, produzindo uma
seiva rala. A oração e o louvor devem sair dum coração quebrantado (Sl. 51:17).
· Franquicenso – Amargo ao
paladar. Derivado de uma pequena árvore, por incisão, à tarde, para que durante
a noite saísse lentamente. Fala da fragrância do sofrimento de Jesus. Seu lado
ferido. Só pelos méritos da morte de Jesus é que nossas orações têm valor.
17
- O Véu (Êx. 26:31-35)
O material do véu era de
Estofo azul, púrpura, escarlate e linho fino, indicando outra vez que veio do
céu, Jesus que deu o seu sangue, Jesus, o Justo, e Jesus o Rei Vindouro. Aqui
vemos as belezas do Seu caráter.
Tipo de Jesus na
Humanidade (Hb. 10:19-20). Vimos, anteriormente, que a entrada, ao pátio do
Tabernáculo, sugere Jesus, o caminho. O véu sugere, por sua vez, Jesus e sua
vida (Jo. 14.6).
“Portanto irmãos, tendo
confiança de entramos no Santo Lugar pelo sangue de Jesus, pelo caminho que nos
inaugurou, caminho novo e de vida, pelo véu, isto é pela sua carne” (Seu corpo
ou humanidade) (Hb.10:19-20).
A arca, dentro do lugar
Santíssimo era símbolo da Majestosa Presença Divina, onde permanecia a glória
entre os querubins. O véu também tinha um bordado, nele as figuras dos querubins,
representando o fato de que em Jesus a divindade estava com a humanidade. Esta
duplicidade de natureza, em Jesus, está declarada nas seguintes passagens
(ITm.3:16 / IICo. 5:19 / Cl. 2:9).
Esta glória divina
(shekinah) residia em Jesus e foi manifestada no monte da Transfiguração,
quando resplandeceu através de sua carne (Mt.17:1-8). Era a glória que havia na
nuvem e entre os querubins da arca do Tabernáculo.
Enquanto este “véu” (a
carne de Jesus) não foi rasgado, era uma separação entre Deus e os homens,
testemunha concreta da grande distância ente os dois. A encarnação podia
revelar ao homem a pureza absoluta, o exemplo infinito, e a vida perfeita de
Jesus, mas por si não podia trazer Deus ao homem, nem levar o homem a Deus. Se
Jesus tivesse subido ao Pai, na hora da Transfiguração teria ficado na mente do
povo a lembrança de um homem perfeito. Porém, a distância entre o homem e Deus
teria permanecido a mesma e o homem teria perecido em seu pecado.
Havia só um meio de
reconciliar o homem com Deus e efetuar uma entrada para ele no céu, isto é,
pelo véu rasgado, ou seja, através da morte de Jesus. Esta verdade era
simbolizada anualmente na cerimônia do “Dia da Expiação”, quando o sumo
sacerdote matava um boi e um bode no altar de bronze e trazia o seu sangue na
bacia, aspergindo-o sobre o propiciatório da arca, dentro do véu. Era o sangue
e não a beleza do véu, nem sua composição que garantia a sua vida.
Assim, Cristo entrou no
céu com o seu sangue e efetuou a redenção eterna por nós (Hb. 9.12; 10.19-22).
Aqui, então vemos o verdadeiro véu, a entrada para o céu – Jesus. O caminho, a
verdade e vida (João 14.6).
17. 1 - O véu rasgado (Mt.
27:50-51 / Mc.15:37-38 / Lc. 23:45). O véu do Templo de Herodes, dizem as
autoridades nos assuntos judaicos, foi feito de material forte, com espessura
de quatro polegadas (aproximadamente 10 cm.). Opinam que um par de bois não
poderia rasgar aquele véu. Nem que o homem pudesse ter rasgado o véu de baixo
para cima, somente Deus podia rasgá-lo de cima pra baixo. Isto significa que a
morte de Jesus, que é nosso caminho em direção a Deus, foi de Deus e não do
homem (Jo 10:18 / Sl. 22:15 / 38:2 / 39:9 / 42:7 / 88:16 / 102:23 / Is. 53:10 /
Zc.13:7 / Lm.1:12-14 / I Jo. 4:9).
O véu rasgado, a hora do
sacrifício da tarde, às três horas (Mt. 27:46). O cordeiro estava no altar.
Jesus, certamente, da cruz do Calvário podia ver a fumaça subindo do Templo
(ICo.5:7). Quando Ele exclamou: “Está consumado”, rasgado foi o véu. E entregou
o seu espírito a Deus (Mt. 27:50). Ele expediu seu espírito (Jo. 10:30 / Lc.
23:46). Tão triunfante foi sua exclamação que o centurião ficou impressionado
(Mc.15:39). Assim, a barreira entre Deus e o homem tornou-se em caminho.
O véu rasgado de alto a
baixo significa que o caminho a Deus é inteiramente uma obra divina, e que não
é possível o homem ser salvo por si mesmo.
Hoje, Jesus está sentado à
destra de Deus, Ele fez um serviço completo que nunca precisa ser repetido (Rm.
6:9-10 / Hb.10:10-14).
Vejamos o contraste com o
sistema falso da missa católica que crucifica de novo. Jesus é nosso
representante no céu.
Vemos que a figura de um
crucifixo é uma mensagem negativa, pois apresenta um Cristo morto, quando ele
está vivo!
O véu rasgado foi também
um protesto divino contra o formalismo dos judeus. (Is.1:11-15 / Jo. 4:24). Até
os túmulos se abriram em testemunho do fato de que Jesus é quem abriu a saída
do túmulo, da morte e pecado. Aleluia!
18
- O Lugar Santíssimo
A morada de Deus, tipo do
céu onde Deus habita (Hb. 9:24 / 10.19). Também tipo de Jesus em quem habitava
a plenitude da divindade (Cl.1:19 / Jo.14:6 / 1:14).
Lugar de Esplendor - O
ouro das tábuas, as figuras dos querubins, no véu e cortina, que formava o
teto, a glória entre os querubins por cima da arca. Tudo isto falava de Jesus,
a glória de Deus.
O Progresso - Notemos o
progresso desde a entrada do pátio, comparando-se com o progresso da vida
cristã (Pv. 4:18). Ao altar de cobre julgou-se o pecado, à pia efetuou-se a
purificação; o lugar santo proveu luz, alimentação e comunhão, o Lugar
Santíssimo proveu a glória do Rei. (Sl.43:3-4). A ordem é esta: Altar de
Madeira, Pia de Cobre, Propiciatório de Ouro Puro. No mundo, a ordem é
contraria: reino de ouro (Babilônia), reino da prata (Anti-Cristo - Daniel 2).
“Quão inescrutáveis são os seus juízos e quão impenetráveis os seus caminhos”
(Rm 11:33).
19
- A Arca (Êx. 25:10-16).
A arca era uma espécie de
caixa de dois côvados de comprimento, um côvado e meio de largura e um côvado e
meio de altura. O material empregado era madeira da acácia coberta de ouro.
Símbolo de Jesus - Madeira
incorruptível - A natureza humana perfeita de Jesus. Ouro – Divindade de Jesus.
Dualidade de naturezas, mas uma só personalidade.
19. 1 - Um Depositário
As duas Tábuas da Lei -
Foi chamada a “arca da aliança” porque era o depositário das duas tábuas da
lei. Foi feita para a lei (Êx. 25:16). As primeiras tábuas foram quebradas por
Moisés pois, moralmente já haviam sido quebradas. Quando recebeu as novas
tábuas, guardou-as imediatamente. Na arca acharam repouso e nunca se quebraram
(Dt. 10:1-5). A lei não teve por propósito salvar os homens, mas sim revelar o
pecado (Gl.2:16 / 3:19). A arca como depositário das tábuas é tipo de Jesus que
perfeitamente guardou a lei no Seu coração (Sl. 40:6-8). Nasceu debaixo da lei
(Gl.4:4), na vontade do Pai, efetuou a salvação no sacrifício do corpo que
tomou sobre si.
O pote de Maná –
Simbolizava Jesus, o Pão vivo que desceu do céu (Jo. 6:30-35), simbolizavam o
sacerdócio vivo e frutífero de Jesus (Hb.7:24-25).
A bordadura de Ouro
representa Jesus, o Rei coroado de Glória. Nasceu Rei (Mt. 2.2). Declarou-se
Rei (Jo. 12:13-15). Oferecido por Pilatos como Rei (Jo. 19:24). Crucificado
como Rei. Recebido nos céus como Rei (Sl.110:1). Visto no céu como Rei.
Deus estabelecerá o Seu
trono no Monte Sião (Sl.2:6). Jesus voltará como Rei dos reis e Senhor dos
senhores (Ap.19:16). Jesus é entronização de Deus na humanidade perfeita.
· Quem guardou
perfeitamente a lei do Sinai.
· O corpo preparado.
· O pão do céu
· Sacerdote para sempre.
· Rei dos judeus.
· Rei dos reis
· Homem imortal.
· Verdadeiro Deus.
Aleluia.
19. 2 - Os nomes da Arca
· Arca do Testemunho
(Êxodo 25:22).
· Arca da Aliança (Nm.
10:33).
· Arca do Senhor Jeová (I
Reis 2:26).
· Arca de Deus (I Samuel
3:3).
· Arca Sagrada (II
Crônicas 35:3).
· Arca da Tua Fortaleza
(Salmo 132:8).
· Arca de Jeová, vosso
Deus (Js. 3:3).
19. 3 - Representa a
Presença de Benção de Deus
· Guiando o povo (Nm. 10:35).
· Comunicando com o povo
(Ex.25:22); o lugar de revelação (7:6).
· Habitando com o povo
(Lv. 26:12).
· Dando vitória (Js.
3:3-4). A travessia milagrosa do Rio Jordão.
· Destruição de Jericó
(Josué 6).
19. 4 - O Propiciatório
(Ex. 25:17-21) – O Propiciatório era a tampa de ouro maciço que foi encaixada
na arca. Nas suas duas extremidades foram colocados dois querubins de ouro
maciço, da mesma peça. Olhavam ao propiciatório e suas asas formavam uma
cobertura sobre a luz “Shekinah” que brilhava entre os querubins.
O ouro batido representa
os sacrifícios de Jesus, nosso propiciatório. Propiciação é a ação ou efeito de
tornar propício.
Os querubins representam a
supremacia divina sobre os poderes naturais (Mt. 28.18). Os querubins de ouro
olhavam, não para fora, para ver a perversidade de Israel, mas sim para o
propiciatório, espargido com sangue (Lv. 16.14) e que, segundo o propósito
divino, era o lugar de encontro dele com o representante do povo (Êx. 25:22).
Assim, o propiciatório é um símbolo de Cristo crucificado. O lugar de encontro
entre Deus e os homens.
Como o Sumo Sacerdote
aspergia o sangue do sacrifício no propiciatório no Dia da Expiação (Lv.
16:12-14), assim Jesus aspergiu o seu próprio sangue no propiciatório do céu, o
trono de Deus, que de trono de juízo se tornou em trono de graça (Hb. 9:12 / II
Co. 5.21 / Is. 53:10 / Hb. 6:20 / 4:14-16). Os pecadores ficam cobertos (Sl.
32.1). Os querubins olhavam as tábuas da lei através do sangue. Assim Deus nos
vê através do sangue do seu Filho Jesus. A lei ficou coberta e escondida. A
expiação significa “Cobrir”, no hebraico. Os nossos pecados são cobertos
(Gl.3:13). O juízo ficou suspenso, a sentença anulada, a Lei satisfeita e o
pecador salvo.
19. 5 - A historia da
Arca.
Arca e a travessia do Rio
Jordão (Js. 3:7-18).
A Arca e a tomada de
Jericó (Josué 6.6:11-20).
A causa: Pecado de Hofni e
Finéias, filhos de Eli.
A Arca e Dagon (I Samuel
5). Dagon caído perante a arca de Jeová. Prefigura o dia quando toda idolatria
terá caído perante o Senhor.
A arca e a casa de
Obed-Edom (II Sm. 6:1-11). Trazida por Davi depois, à Jerusalém (II Sm. 6:12).
Depositada no Templo de
Salomão. Depois da destruição deste templo não há mais notícia da arca.
20
- O Incensário de Our
O Incensário foi feito de
ouro puro. Usado por Arão no dia da expiação no Lugar Santíssimo (Lv. 16.12).
Brasas vivas foram tiradas
do altar do sacrifício e colocadas no incensário. O incenso foi queimado por
este fogo perante o Senhor. O incenso é o tipo de oração. Arão tipifica Jesus,
nossas orações e petições, qual incenso, perante o Pai.
21
- O Sumo Sacerdote (Ex. 28:1 / Hb. 7:1-28).
21. 1 - Definição (Hb.
5:1-2).
Dentre os homens.
Ordenado a favor dos
homens.
Oferecer sacrifícios e
dons pelos os homens.
Cheio de compaixão.
21. 2 - O serviço de Cristo
Serviço por nós (Morte,
oração, expiação etc.).
Nossa justiça (Jr. 23:6 /
I Jo. 4:17).
Nosso Advogado (I Jo.
2:1). Inclui-se a idéia de defender-nos do “Promotor” que nos acusa, que é o
Satanás (Jo. 1.6-12 / Zc. 3:1-4 / Ap. 12:3-10).
Nosso confessor (I Jo.1:9-10)
Nosso intercessor (Hb.
7:25). Ora pelos seus (Jo. 17).
Nossa vida (Cl. 3:4).
Nosso percurso (Hb. 6:20)
Nossa garantia.
21. 3 - As Vestiduras do
Sacerdote
As vestiduras do sacerdote
eram chamadas “sagradas” (Êx. 28:2) e para “glória e formosura”. Eram usadas,
não para conforto, mas sim para revelar o caráter e a natureza de Jesus Cristo,
de quem era o tipo. Foram colocadas na seguinte ordem:
21. 4 - A Túnica de Linho
Fino (Êx. 28:39). A primeira a ser colocada era feita de linho tecido (Êx. 30:
27). Representa a pureza, perfeição e justiça imaculada de Jesus (Ap. 19:8).
O testemunho concernente a
Jesus é universal. Assim, opinaram sobre ele:
· Pilatos: “eu não acho
crime algum” (Jo. 18:38 / 19:4).
· Esposa de Pilatos: “Não
te envolvas com este justo” (Mt. 27:19).
· O ladrão “este nenhum
mal fez” (Lc. 23:39-41).
· Herodes (por Pilatos)
“Nem tão pouco Herodes… nada contra ele se verificou” ( Lc. 23:15)
· O centurião:
Verdadeiramente este homem era filho de Deus” (Mc.15:39).
· Estevão “O justo” (atos
7:52).
· Pedro “O Santo, O Justo”
(atos 3.14). “Ele não cometeu pecado, nem tão pouco foi achado engano em sua
boca” (I Pe. 2:22).
· João “Nele não há
pecado” (I Jo. 3:5).
· Paulo “aquele que não
conheceu o pecado” (IICr. 5:21).
· Demônios do poço do abismo:
· “Filho de Deus” (Mt.
8:29)
· “Bem sei que és o santo
de Deus" (Mc. 1:13-24).
· “Que tenho eu contigo,
Jesus, Filho de Deus Altíssimo” (Mc. 5:6-7).
· “Jesus, filho do Deus
Altíssimo" (Lc. 8:28).
· Deus Pai: "Este é o
meu filho Amado em quem me comprazo. Ouvi-o" (Mt. 17:5 / Hb. 1:8-12).
· Testemunho de si
próprio. “Qual de vós me convence de pecado” (João 8:46).
· Os oficiais que vieram
prendê-lo: “Nunca homem algum falou como este homem” (Jo. 7:46).
· O público. “Ele tudo tem
feito bem” (Mc. 7:37).
21. 5 - O cinto de linho
fino (Êx. 39:29). Amarrado sobre túnica de linho, o cinto simbolizava serviço
(Lc. 17.8; Is. 22.21). Representa Jesus, o servo. Deus acerca dele disse: “meu
servo” (Is.42,1). Paulo disse que Jesus tomou a forma de servo, (Fp. 2:6-7 /
Mt.20:28 / Lc 22:27). A vida de Jesus era a vida de servo. (Mc. 1:37).
Anunciou-se como o “Enviado”(O servo). Em João 13:1-14, vemos Jesus cingindo
com a toalha, lavando os pés dos discípulos, demonstrando que veio servir à
humanidade, lavar os defeitos dela, contraídas pelo contato com a “Poeira”
deste mundo (seus atos, pensamentos e palavras rebeldes contra a vontade de
Deus). O crente deve tomar a sua posição de servo como Cristo deixou o exemplo
e servir o próximo (Vs.14-15).
21. 6 - O manto de Éfode
Ex. 28.31-35.
O manto foi feito de
estofo, de uma só cor, azul. Era uma só peça de cima em baixo. Em cima havia
abertura para a cabeça, dobrada de forma que não pudesse ser rompida.
· Símbolo de posição,
caráter e ofício.
Juízo (Jo. 29:14). Zelo
(Is. 59:17). Justiça (Is. 61:10). Sendo o manto especialmente a vestimenta do
sacerdócio e sendo Jesus o nosso grande Sumo-sacerdote, o manto simbolizava o
seu ofício, e o seu caráter perfeito.
· A cor azul representa
Jesus o homem celestial, vindo do céu.
Ele falou do céu. Levantou
os olhos ao céu. Representou o céu. Andou para o céu. Teve o céu sempre em seus
pensamentos. Note o contraste com o primeiro Adão que era “terreno” (I Co.
15:45-49). Aqui, Jesus não tinha morada, possessões, tesouros. Foi a encarnação
da graça (Sl.45:2). Dos seus lábios saiu o “bálsamo” de Gileade. Com ele veio a
graça e a verdade. (Jo. 1:17). Com razão usamos a saudação: “A graça de nosso
Senhor Jesus Cristo”.
· As campainhas de ouro
nas orlas.
Representam o falar, o
testemunho e as palavras de Jesus (Jo.7:46). Quando o Sumo Sacerdote entrava no
lugar Santíssimo, ouvia-se um som alegre (um eco, diz no grego) (Atos 2:2). No
cenário, onde os discípulos foram batizados com o Espírito Santo (Atos
2:32-36). No pleno sentido do seu ministério, as campainhas representavam os 9
dons do Espírito Santo (ICo. 12 e 14).
· As romãs nas orlas.
Se as campainhas
representam os dons do Espírito Santo, as romãs representam os frutos do
Espírito Santo (Gl.5:22), que se manifestaram em igual número (Nove). Tanto
dons, como frutos são evidências do ministério eficaz de Jesus no céu a favor
da igreja. Deve haver um balanço entre os dons e os frutos (I Co. 13). Como
havia no manto uma campainha e uma romã. Os frutos do Espírito Santo devem
acompanhar os nossos frutos.
21. 7 - O Éfode ou Estola
(Êx. 28:6-30 / 39:2).
Era a vestimenta exterior,
sem manga. Uma espécie de colete, descendo para baixo da cintura. Era feito de
duas peças, de frente e das costas. Estas duas peças eram ligadas aos ombros
com duas pedras de onicha. Em cada uma dessas pedras estavam escritos os nomes
de seis tribos de Israel. À cintura havia outro cinto “primorosamente” tecido,
feito de ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido.
O Éfode foi feito de ouro
bem batido e feito em fios que foram tecidos junto ao linho retorcido, o estofo
azul, a púrpura e o escarlate. Era uma vestimenta reluzente e gloriosa. O ouro,
como nas demais peças do Tabernáculo, representam a natureza divina de Jesus e
o linho a natureza humana.
Eram duas naturezas, mas
um só éfode. Nos evangelhos vemos Jesus, o homem, com corpo, sofrendo fome,
cansaço, tristeza, etc., mas também o Filho de Deus, o grande “Eu Sou”,
operando milagres, levantando os mortos, mandando nas forcas da natureza
(Gravitação, densidade, e nos animais). Não se pode separar as duas naturezas
de Jesus sem destruir o Éfode. Claramente a revelação divina da Bíblia é Jesus,
o Deus-Homem.
As duas pedras preciosas
de onicha, nos ombros, são símbolos de poder. O Bom Pastor leva a ovelha desgarrada
no ombro (Lucas 15:3-7 / Is. 26:4 / 9:6 / Jo.17). Jesus leva-nos em seus ombros
perante o Pai (Jd. 1-24).
21. 8 - O Peitoral (Êx.
28:15-30).
O peitoral era ligado no
Éfode. Era uma espécie de saco, feito dos mesmos materiais: ouro, púrpura,
escarlate e linho fino. Nele havia doze pedras, de quatro fileiras, três em
cada fileira. Em cada pedra foi gravado o nome de uma tribo. No saco foram
colocados os objetos chamados “Urim e Tumim”, que significam “Luzes e
Perfeitos”. Por consultá-los, o sacerdote podia conhecer a vontade de Deus. O
peitoral foi colocado na frente do Éfode, um pouco acima do cinto
“primorosamente tecido”. O peitoral era quadrado, de um palmo de cada lado.
A mensagem do peitoral é
que Jesus, nosso Sumo-sacerdote, leva o seu povo no seu coração, como Arão
levava individualmente os nomes das doze tribos (Gl.3:3 / Hb:2.14 / Ef. 2:6). O
trabalho sacerdotal de Cristo não é formalista, mas sim amoroso e sincero. Ele
realmente ama seu povo, intercedendo por ele com alegria (Jd. 2.24). Os nomes
das tribos nas pedras nos ombros vieram na ordem do seu acampamento ou na
marcha. As pedras nos ombros eram de igual valor, e as pedras do peitoral de
valor diverso. Estes fatos sugerem a verdade que por nascimento e regeneração,
somos todos iguais perante Jesus (Gl. 3:26), resgatados todos com o mesmo
sangue. Somos todos como “pedras preciosas” para Ele (Ml. 3:17 / I Co.6:20).
Mas havia pedras mais
perto e outras mais longe do coração de Arão. Assim, entende-se que há
discípulos que querem se aproximar mais de Jesus, e outros ficam mais afastados
dele. Entre os 70 discípulos existiam 12, mais próximos dEle, e entre os 12,
havia três especiais: Pedro, Tiago e João, e ainda entre eles, João “o
discípulo que Jesus tanto amava”, e que descansava no seu peito (Jo. 20.20).
Paulo foi outro apóstolo que era íntimo de Cristo (Fp. 3:3-10 / II Co. 5:9). É
claro que há diferença entre crentes. Alguns são mais agradáveis ao Senhor,
dependendo da sua vida, do seu amor e do seu serviço (Gl. 5:25 / Cl. 3:1-3).
O resplendor das pedras
representava a glória de Jesus (João 17:22). O Urim e Tumim que se colocava no
peitoral (Lv. 8:8) eram usados pelo sumo-sacerdote para saber a vontade de Deus
e assim, tornou-se o conselheiro do povo em tempos de perplexidade. Por
exemplo, quando precisavam decidir casos de inocência ou culpas. Embora, pouco
sabemos do seu verdadeiro uso em tempos posteriores, compreendemos que, como os
demais artigos do sacerdócio arônico, eles representam a direção divina do
Espírito Santo. O Urim e Turim desapareceram, mas o Espírito Santo permanece
conosco para sempre (Jo. 14:16 / I Co. 2:10).
21. 9 - A Mitra (Êx.
39.28; 28.39).
A palavra “mitra” vem do
hebraico e significa “enrolar”. O linho Fino da Mitra foi enrolado ao redor da
cabeça de Arão em forma de turbante.
Esta mitra significava a
obediência de Jesus à seu Pai. Uma cobertura na cabeça (no Novo Testamento)
significa obediência (I Co. 11:2-16). Jesus era obediente (Fp. 2:8) conf.
Isaías 42:1, que contraste forte com o Anti-Cristo que tudo faz segundo a sua
própria vontade (Daniel 11:36 / II Ts. 2:4). É pela perfeita obediência de
Jesus a Seu Pai que o homem recebeu redenção.
Na parte dianteira da
mitra, numa fita azul, foi colocada uma “lâmina de ouro puro” na qual foi
gravada “Santidade a Jeová” (Êx. 28:36-38). Esta lâmina foi à última peça das
vestimentas gloriosas de Arão. Estando ele ali na presença do Senhor, esta
lâmina refletia santidade do povo de Deus. Nisto ele representa Jesus, que está
na presença de Deus como nossa justiça e santidade (II Co. 5:21). Na sua
santidade temos a santidade (Ef. 1:4). Como no Tabernáculo, Deus via Israel
como que na pessoa do Sumo-sacerdote, Assim Deus nos vê na pessoa do Seu Filho
Jesus (I João 4:17).
21. 10 - Estudo resumido
das vestiduras de “Glória e Formosura”
· Túnica de linho - O
Imaculado.
· Cinto de Linho - O
servo.
· Manto de Éfode - O
celestial, cheio de graça.
· O Éfode - O Deus-Homem.
· As Pedras nos ombros -
Aquele que fortalece e sustenta.
· O peitoral - O amoroso.
· A mitra - O obediente.
· A lâmina de ouro - O
santo.
22
- A consagração dos Sacerdotes (Lv. 8).
Neste capítulo 8 de
Levítico, vemos instalados no sacerdócio, Arão e seus filhos.
22. 1 - Arão lavado, junto
com seus filhos.
Aplicada a água por
Moisés. Água que é símbolo da Palavra, significa que os crentes, sacerdotes com
Cristo, são unidos com ele na santificação (Hb. 2:11). A unidade essencial
entre Jesus e Sua Igreja é uma verdade, bem declarada no Novo Testamento (Jo.
17:19). Antes de servir no sacerdócio, precisamos despir-nos das vestiduras da
carne. “Frutificai-vos os que levais os vasos de Jeová” (Is 52:11).
22. 2 - Arão consagrado
primeiro.
Foi vestido publicamente
por Moisés, primeiro, em separado. Assim, o mundo tem visto em Jesus uma
singularidade de pessoa e ministério. Ele é diferente de todos os demais homens
da história, verdadeiro Deus e homem perfeito. Arão foi ungido com óleo (verso
10), tipo de Jesus ungido com o Espírito Santo (Mc. 3:13-17 / Lc. 4:18).
22. 3 - Arão e seus Filhos
Santificados pelo Sangue.
· Sobre a ponta da orelha
direita (V.23). A orelha representa o ouvir a Deus (Mc. 4:24 / Lc.8:18). Não
temos direito aos nossos ouvidos, mas devemos consagrá-los ao Senhor (Mt. 3.19
/ Ap. 2:7). Quais sacerdotes, somos crucificados, ressuscitados e sentados com
Jesus (Éf. 2:5-8).
· Sobre o dedo polegar da
mão direita. Representa o nosso serviço que deve ser completamente consagrado
ao Senhor (Êx. 32.29) “Enchei as vossas mãos ao Senhor” (I Cr. 29.5) confronte
Êx. 23:15 e 34:20 / Dt. 16:16.
· Sobre o dedo polegar do
pé direito. Representa o nosso andar consagrado ao Senhor. Não podemos ir onde
queremos, mas sim onde o nosso Senhor nos mandar (ICo. 6:19-20).
· Consagrados com ofertas
pelo pecado, ofertas queimadas e as movidas perante o Senhor (Lv. 8:2-25-29).
Representa o fato que nosso ministério estará sempre intimamente ligado com a
morte e a ressurreição de Cristo.
· Arão e seus filhos
ungidos com óleo (Lv. 8.30). Tipo da unção do Espírito Santo no dia do
Pentecostes (Atos 2 / Ef. 1:13-14 / ICo. 1:21-22).
· Durante sete dias
permaneceram no Tabernáculo, no Lugar Santo e comeram o sacrifício (Lv.
8-31-36). Nisto temos uma ilustração da separação moral e espiritual da igreja,
tanto individual como coletivamente. Somos um povo separado:
a) Pelo propósito eterno
de Deus que nos chamou à salvação.
b) Pela cruz (Gl. 6:14).
c) Pelo Evangelho e
chamada do Espírito (Jo. 16:8).
d) Pelo ato criativo de
Deus, no qual recebemos a vida eterna (Ef. 2:10 / IICo.5:17 / I Co. 6:17). e)
Pela presença do Espírito Santo (Jo. 14:17).
Os sete dias de separação
sugerem o rapto da igreja e o tempo de sete anos que ela passará com Jesus nos
céus, durante o qual a tribulação virá sobre o mundo (Ap. 6.18). Nos céus, a
igreja gozará da festa nas Bodas do Cordeiro (Ap. 19:7-8).
No 8o dia, Arão e seus
filhos saíram (Lv. 9:1-4). “Hoje Jeová vos aparecerá” (ver. 4). Depois que o
sacrifício foi oferecido e Arão e seus filhos saíram do Tabernáculo vestidos em
suas vestimentas sacerdotais e reais, abençoaram o povo e a glória do Senhor
apareceu a eles e a todo o povo, desceu fogo do céu e consumiu o sacrifício
(Lv. 9:23). O povo, diante desta manifestação da presença divina, prostrou-se e
jubilou-se no Senhor. Esta cena nos sugere uma outra, a de Ap. 19, onde Jesus e
Sua Igreja, todos vestidos em roupas resplandecentes saem do Tabernáculo
celestial para vingarem-se do seu usurpador, o Anti-Cristo e os que seguem.
Então será estabelecido o seu glorioso reino de paz e justiça na terra, por mil
anos, que maravilhosa esperança para os redimidos do cordeiro (Ap. 19:11-21 /
Cl.3:4).
23
- As Cinco Grandes Ofertas (Lv. 1-5).
23. 1 - O Holocausto (Lv.
1:1-17)
Holocausto quer dizer “o
que ascende ou sobe”, isto é, completamente queimado e que subiu fumaça. É
chamado de uma oferta “Suave Cheiro” a Jeová (vs. 9). O holocausto era um
sacrifício oferecido a Deus (Hb. 9:14). O holocausto figura aquela parte da
morte de Jesus, em que se vê o Filho de Deus oferecendo-se inteiramente ao Pai.
É devoção sem reserva. Era o “OBLATIO”, isto é, adoração, oblação ou culto.
No calvário vimos Deus
virar Seu rosto contra o Filho, o representante pelo pecado, mas no holocausto,
vemos cheio de alegria divina em ver Seu Filho entregue completamente à sua
vontade, adoração e cheio de amor para com ele.
23. 2 - Animais usados:
· Boi - Tipo de trabalho,
ou Jesus, o servo (Is. 52:13-15 / Fp. 2.5-8 / Hb. 12:2-3 / I Co. 9:10).
· Ovelha - A ovelha é
símbolo de simplicidade, paciência, mansidão, inocência e pureza, é tipo de
Jesus na Sua mansidão (Isaias 53:7).
· Pombo - Tipo da
inocência e simplicidade de Jesus. Sua pobreza, etc. (II Co. 8:9 / Is 59.11 /
Mt 23:37 / Hb 7:26).
23. 3 - A Oferta preciosa
sem defeitos (vs. 3). Tipo da perfeição de Jesus (Hb. 9:14 / II Co. 5:21).
23. 4 - Oferta voluntária
(vs. 3). Jesus ofereceu-se para vir à terra em forma de homem visível, para
morrer e assim efetuar a salvação do homem para a gloria de Deus (Fp. 2.6-8).
Esvaziou-se da sua glória, tomou corpo humano (Sl 40:8). Tudo isto era mandamento
do Pai (Jo. 10.16-18).
23. 5 - Colocado em ordem
sobre a lenha (vs 8). Cada detalhe da morte de Jesus foi previsto e
pré-arranjado desde a eternidade. Por exemplo: a roupa repartida entre os
soldados, a sorte lançada sobre a túnica, a zombaria, o vinagre, o fel, as
palavras “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?”, nenhum osso quebrado,
coração fisicamente quebrado, enterro no túmulo do rico, etc. (Sl. 22:1-8-18 /
34:20 / 69:20-21 / Is. 53:9).
23. 6 - A oferta foi
esfolada e cortada em pedaços. O esfolamento revelou os tecidos da carne.
Assim, as tentações de Jesus, revelaram o que havia nele: perfeição e
obediência a Deus. Nenhum pecado foi revelado. Podia dizer: “Ai vem o príncipe
do mundo (Satanás); ele nada tem em mim” (Jo. 14:30, confronte: Jo. 8:46).
23. 7 - Os intestinos e
pernas da oferta, lavados com água (vs. 9). Os intestinos representam os
motivos, os impulsos e inspirações da vida. As pernas representam o andar (Sl.
51:6 / Jr.31:33). O motivo de Cristo era agradar seu Pai (Jo. 8:29). Seu andar
foi sempre governado pela Palavra que ele mesmo podia oferecer em holocausto ou
oblação na cruz romana. Aleluia.
23. 8 - A gordura posta na
lenha. Gordura representa saúde e excelência, dons e qualidade. Em Jesus tudo
foi consagrado. Nós também devemos consagrar até a “gordura” da nossa vida (Rm.
12.1-2). Isto é, cultuar a Deus com o melhor de nossa vida.
23. 9 - A cabeça posta na
lenha. A cabeça representa a inteligência e o pensamento de Jesus. Também
representa a consagração dos pensamentos, com relação ao crente (Cl. 3.1-2 /
Fp. 4:6-7).
23. 10 - As cinzas postas
para o oriente ao altar. O Tabernáculo olhava para oriente. Assim o pecador,
quando simbolicamente estava no Santo dos santos, na pessoa do Sumo sacerdote,
podia dizer as palavras do salmista: “Quão distante o Oriente do Ocidente,
assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sl. 103: 12).
23. 11 - Foi completamente
queimado. Nada foi comido pelo sacerdote. Foi somente para Deus.
23. 12 - Aceitação do
adorador dependia da aceitação da oferta. Foi pessoalmente apropriado.
23. 13 - Imolado à porta
do Tabernáculo. Publicamente. Da mesma forma o pecador precisa confessar Jesus
com sua boca (Rm. 10:9-10).
23. 14 - O ofertante pôs a
mão na cabeça do sacrifício. Significa transferência de posição. O pecado do
homem, quando crê, é transferido para o corpo de Jesus, onde foi punido.
23. 15 - O Holocausto
sempre perante o Senhor. O fogo não podia se apagar. Jesus, nosso holocausto,
está sempre perante Deus. Sua consagração nunca cessa.
23. 16 - A Oferta de
Manjares (Lv. 2). Esta oferta significa no hebraico “Dom” (no latim “donatio”).
Era a oferta sem sangue e nos apresenta os símbolos da pessoa e caráter do
nosso Senhor Jesus Cristo.
· Composto em flor de
farinha. Bem moído, bem uniforme em qualidade. Representa a vida de Cristo, bem
equilibrado e verdadeiro. “Ele tudo tem feito bem” (Mc. 7.37). Manteve a Lei e
usou a graça (confronte o caso da mulher apanhada em adultério Jo. 8.1-11). Era
cheio de graça e de verdade. O homem perfeito “em tudo”: palavra, pensamento e
ação. O processo de moer o trigo sugere os sofrimentos de Jesus (Is. 53:5 / Hb.
2:10 / 4.15 / 5:8 / Sl. 51:17).
· Ungido com azeite (vs
11). Simbolizava o Espírito Santo em sua vida. “Encarnação (Lc. 1.35),
concepção pelo Espírito Santo. Batismo com Espírito Santo (Mt. 3.17 / At. 10.38
/ Is 61.1 / Jo. 1:32), como azeite unia as partículas da farinha assim o
Espírito Santo une os membros da igreja (Éf. 4:3).
· Temperado com sal (vs.
13). O sal conserva da corrupção. Nossa conversão deve levar sal (Cl. 4:6).
Confronte o exemplo de Jesus. “As palavras que eu vos tenho dito, são espírito
e vida” (Jo. 6:63 / Mt. 12:36-37 / Jd. 14-15 / Cl. 3:16).
· Fermento proibido.
Fermento simbolizava o que é mau, corrupto e falso. Coisas da carne (ICo.5:6).
Doutrina dos escribas e fariseus (Mt. 16:5-11), confronte Cl.3:5-9. A ausência
do fermento indica que Cristo era Verdade e Sinceridade (Jo. 14:6), como
simbolizado no pão asmo da páscoa (Êx. 12).
· Mel proibido. Fermento.
O mel representa o que tem doçura natural. O pecado tem uma “Doçura” ou prazer
natural que não podemos negar. Mas é de pouca duração. A Jesus, foi oferecido
“mel”, quando o povo queria aclamá-lo rei (Lc. 6:51), e quando Satanás usou
Pedro para sugerir outro caminho que não o do Calvário (Mt.16:22). O crente
precisa ter cuidado com aplausos do mundo (Lc. 6.26), e do “ego” (o seu próprio
“eu”) e o amor puramente natural (Mt. 10:37 / Mc. 3:32-33 / Jo. 2:4 / 7:1-6). O
mel, mais cedo ou mais tarde, azeda.
· Oferta queimada. Sem o
fogo a oferta teria permanecido apenas uma massa (Hb. 12:29).
· Comida pelos Sacerdotes
(Lv. 6.14-16). Depois de oferecer um punhado a Jeová, como oferta memorial (vs.
2), o resto era comido pelos sacerdotes, isto figura a igreja sustentada por
Cristo, o Pão da vida (Jo. 6:51-57).
23. 17 - A oferta pacífica
(Lv. 3:7-28-34).
A oferta pacífica era uma
expressão de gozo e gratidão, por parte daqueles que estavam em comunhão com
Deus. Não era oferta para estabelecer paz e amizade com Deus, mas sim uma
oferta oferecida por aqueles que já desfrutavam destes benefícios. Era figura
da paz por Jesus Cristo, pela qual temos comunhão com o Pai. Esta comunhão
custou o sangue de Jesus. Esta oferta então fala de Jesus, nossa Paz (Cl. 1:20
/ Ef. 2:14 e 17).
24
- A obra de Cristo.
· Propiciação a Deus (Rm.
3:25).
· Expiação – O pecado dos
homens expiado;
· Reconciliação – Paz
entre Deus e o homem (Rm. 5:10-11 / II Co. 5:19 / Ef. 2:16). Por sua morte,
Cristo trouxe o mundo ao terreno da graça onde Deus podia tratar conosco na
base de misericórdia. Deus é justo e justificador ao mesmo tempo. A sentença
fica suspensa (I Jo. 1:9 / Cl 1:21-22). A paz é paz individual (Rm. 5:1 / Lc.
2:14). O coro angelical dos céus, em Belém, anunciou esta paz. Por causa do
sacrifício de Jesus que acabara de nascer no mundo, podiam cantar: “Paz na
terra entre os homens a quem Ele quer bem” (Jo. 6:40 / 16:33 / Mq. 5:5). No
milênio, cumprir-se-ão as profecias de paz (Ap. 19:11-16 / Sl. 2:9 / Is. 9:6).
24. 1 - O resultado -
Comunhão. Simbolizando no comer do sacrifício. O homem, na pessoa do sacerdote,
comeu:
· Do peito (Lv. 7:31). Lugar
de afeição e amor. Eva foi feita do lado de Adão; João reclinou a sua cabeça no
peito Jesus. O sacerdote levava Israel no peitoral (Êx. 28:12-29). Precisamos
ver o amor de Deus Pai.
· Do ombro - Lv. 7:32). O
lugar de força (Is. 63:17). O sacerdote levava Israel nos ombros, nas pedras
preciosas (Êx. 28:11).
· Deus requeria. A
gordura, rins e cauda eram queimadas no altar. São tipos da vida perfeita de
Jesus em que Deus se agradou.
24. 2 - Quem não podia
comer.
· O leproso - tipo de
pecado aberto (Lv. 22:4 / Sl. 66:18).
· Qualquer imundo - tipo
dos que caem em pecado por descuido e tentação. Depois que o sol entrasse podia
comer (Lv. 22:7).
· O estrangeiro (Lv.
22:10).
· O peregrino (Lv. 22:10 /
I Jo. 2:19).
· O servo (Lv. 22:10 / Jo.
15:15).
25
- A oferta pelo pecado (Lv. 4).
A oferta pelo pecado trata
do que é o homem, isto é, a sua natureza e não só o que faz. O homem é pecador,
não porque peca, mas peca porque é pecador.
Em relação às outras
ofertas já estudadas, vemos a diferença. As outras ofertas, de suave cheiro,
representam a humanidade perfeita de Jesus oferecida a Deus. Na oferta pelo
pecado, vemos Jesus levando nossos pecados como substituto. A morte de Jesus é
pelo pecado e culpa do homem. Embora estudadas por último, as ofertas pelo
pecado foram as primeiras oferecidas (Lv. 4).
A oferta pelo pecado,
conforme Levítico, capítulo 4, foi provida em favor:
· Dos sacerdotes (Vs.
3-12).
· De toda a congregação
(vs. 13-20).
· De príncipes (vs.
22-26).
· De qualquer pessoa do
povo (vs. 27-35). Com isso Deus mostra que o caminho para todos nós é um só.
26 - As ofertas pela
culpa.
Esta oferta difere da
oferta pelo pecado, no fato de que, além da oferta ao Senhor, o culpado deve
restituir a pessoa contra quem pecou, aquilo que roubou, extorquiu ou obteve
por meios ilícitos, e mais a quinta parte do seu valor. Esta oferta ao Senhor
anuncia que, ao pecar, contra ao próximo, o homem peca também contra Deus.
FIM
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