sexta-feira, 27 de março de 2020


FACULDADE DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS HOJE



CURSO LIVRE
TIPOLOGIA BÍBLICA
















INTRODUÇÃO
Quando as pessoas se deparam com os diversos simbolismos existentes no antigo Testamento, logo tem reações diversas: Uns preferem ignorá-los por não entender nada ou quase nada; outros até entendem, mas, ao seu modo absurdo e daí acabam usando os diversos símbolos e objetos e aplicando-os  literalmente da pior maneira possível. Daí geralmente surge as más interpretações dos textos e uma consequente má aplicação dos mesmos no sentido prático da Igreja hodierna.
Foi com o objetivo de corrigir tais distorções que eu estou trazendo com exclusividade esta matéria de TIPOLOGIA BÌBLICA para você que deseja crescer no conhecimento da Palavra e ser um pregador do evangelho de Cristo.
OS SIMBOLISMOS E TIPOLOGIAS
A maioria dos estudiosos concorda que no Antigo Testamento existem tipos que são posteriormente, no Novo Testamento, especificados e declarados. Os dois Testamentos se correlacionam por meio destas prefigurações e tipos. O Novo Testamento considera que alguns personagens, elementos e fatos do Antigo Testamento são prefigurações do que ainda estava por vir.
Porém, os intérpretes se dividem quanto à frequência com que isto pode ocorrer. Alguns dizem que praticamente todo o Antigo Testamento é prefiguração do Novo. Por exemplo, a quem diga que as dobradiças do templo de Salomão representavam as duas naturezas de Cristo. Outros defendem que os tipos estão explicitamente identificados, ou ainda implicitamente. Há quem afirme também que tipos são apenas os que o Novo Testamento afirma ser, ou seja, bem claro e explícito. E ainda há aqueles que dizem não haver tipos de quaisquer espécies na Bíblia.
NESTA MATÉRIA VEREMOS O QUE SÃO TIPOS
Que elementos do Antigo Testamento devemos aceitar como sendo tipos prefigurados do Novo Testamento? Que regras devemos seguir para interpretá-los?
1 - Termos do Novo Testamento associados aos tipos
O termo “tipo” vem do grego typos, e aparece 15 vezes no Novo Testamento. E ganhou diversas traduções como se segue abaixo:
“…vir o sinal dos cravos nas mãos…” (Jo. 20:25)
“…figuras que vós fizestes para adorá-las…” (At. 7:43)
“…disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto” (At. 7:44)
“E escreveu-lhe uma carta nestes termos:” (At. 23:25)
“…da transgressão de Adão o qual é figura daquele que havia de vir.” (Rm.5:14)
“…obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues” (Rm.6:17)
“Ora, estas coisas nos foram feitas para exemplo…” (1 Co.10:6)
“…aqueles que andam conforme o exemplo que tendes em nós” (Fp.3:17)
“De sorte que vos tornastes modelo para todos…” (1 Ts. 1:7)
“…mas para vos dar nós mesmos exemplo, para nos imitardes.” (2 Ts. 3:9)
“…mas sê um exemplo para os fiéis na palavra…” (1Tm. 4:12)
“Em tudo te dá por exemplo de boas obras…” (Tt. 2:7)
“os quais servem àquilo que é figura e sombra das coisas celestiais […] faze conforme o modelo que no monte se te mostrou” (Hb. 8:5)
“…mas servindo de exemplo ao rebanho. ” (1 Pe. 5:3)
Notemos que em todos estes casos a palavra typos foi usada com a ideia de correspondência ou semelhança. Um devia combinar com o outro.
Em cada um desses versículos um elemento corresponde ao outro.
A contrapartida do tipo, a parte correspondente, é chamada de antítipo, ou seja, correspondente ao tipo.
Vamos examinar 1 Pedro 3:21. Neste versículo aprendemos que o batismo é um antítipo do dilúvio, ou seja, o dilúvio serviu como tipo, modelo, prefiguração do batismo. Nos dois casos a palavra significa julgamento; o dilúvio significou a morte para os perversos, e o batismo nas águas significa a morte de Cristo e a identificação do crente com ela. Notemos que a ideia de semelhança está presente.
Examinemos agora Hebreus 9:24. Somos esclarecidos que o santuário, ou santo dos santos no tabernáculo, era um cópia do verdadeiro tabernáculo nos céus.

Em 1 Timóteo 1:16 vemos que a completa longanimidade de Cristo, na vida de Paulo, serviria de exemplo para os que viessem a crer nele. Paulo usou o mesmo termo em 2 Timóteo 1:13.
Temos dois significados associados:
1- Exemplo ou modelo a ser seguido:
“Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (Jo. 13:15)
“…para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.” (Hb. 4:11)
2- Sombra: Assim como uma sombra é a imagem produzida por um objeto, assim certos elementos do Antigo Testamento eram um esboço das coisas que haveriam de vir. Aparece três vezes no Novo Testamento com este sentido figurado.
“os quais servem àquilo que é figura e sombra das coisas celestiais…” (Hb. 8:5)
“Porque a lei, tendo a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas…” (Hb. 10:1)
“…que são sombras das coisas vindouras…” (Cl. 2:16-17)
Uma sombra é algo vago ou transitório, mas também representa certa semelhança.
Cada um desses significados contém a idéia de correspondência ou semelhança. Porém nem sempre um tipo oficial no Antigo Testamento prefigura algo no Novo Testamento. Muitas vezes o sentido é de padrão ou modelo a ser seguido.
2  Quando o tipo é tipo?
2.1  Semelhança
A primeira característica de um tipo é a sua semelhança ou correspondência com o antítipo. Mas não devemos pensar de que se trata de uma correspondência superficial. Deve ser algo natural, e não uma correspondência forçada. Vimos nos exemplos anteriores a existência de uma semelhança concreta. Porém, nem tudo que possui um elemento correspondente é um tipo, embora a relação de semelhança e correspondência deva estar obrigatoriamente presente em todos os tipos. Existem inúmeros elementos no Antigo Testamento que encontram correspondência no Novo, mas não são tipos necessariamente. Os fatores que apresentamos a seguir também são importantes para a caracterização de determinação de um tipo.
2.2 Realidade histórica
Os fatos, personagens ou elementos do Antigo Testamento que são tipos de coisas do Novo possuíram realismo histórico, ou seja, realmente existiram e os fatos foram reais e testemunhados, não foi uma coisa imaginária. Quando em nosso estudo da Bíblia nos deparamos com um tipo não devemos inventar ou procurar significados ocultos. Devemos nos concentrar nos fatos históricos, pois o tipo deve surgir naturalmente no texto, ao invés de ser algo que o intérprete acrescente no texto. O tabernáculo é um tipo (conforme Hb. 8:5), mas isso não significa que cada detalhe de sua construção represente, de alguma forma, uma verdade neo-testamentária.
2.3 Prefiguração
Os tipos são uma forma de profecia, pois contém traços de predição e simbolismos. O tipo é uma sombra que indica outra realidade (Cl. 2:17). O tipo sempre aponta para frente. Então quer dizer que as personagens do Antigo Testamento sabiam que diversas coisas eram tipos? Quando os israelitas matavam os cordeiros, eles sabiam que isso simbolizava Cristo, a quem João Batista referiu-se como “Cordeiro de Deus” (Jo. 1:29) ? Será que Melquisedeque sabia que ele representava a Cristo (Sl. 110:4; Hb. 6:20)?
É muito improvável que tivessem consciência dos antítipos (representação futura do tipo) e provavelmente não tinham pleno conhecimento destas relações entre tipos e antítipos. O fato de alguns fatos e personagens fossem tipos isso não quer dizer que as pessoas dessa época reconhecessem essa natureza representativa.
2.4 Elevação
Na tipologia, o antítipo é sempre mais importante do que o tipo correspondente. Cristo é superior a Melquisedeque, a obra redentora de Jesus é superior à páscoa celebrada pelos judeus. Muitos aspectos do Novo Testamento ilustram verdades do Novo, mas se não houver esta elevação não se trata de tipos.
2.5 Planejamento divino
Os tipos não são meras ilustrações para que os leitores da Bíblia prestem mais atenção aos fatos. Na verdade esta correspondência foi planejada por Deus. O tipo foi idealizado por Deus para apresentar uma similaridade com o antítipo, que por sua vez foi criado por Deus para ser o “cumprimento” do tipo. Podemos crer que houve um planejamento de Deus, pois se passaram muitos séculos até que o antítipo pudesse “cumprir” aquilo que o tipo representava.
Na questão da interpretação dos tipos muitos estudiosos assumem posições diversas, conforme abaixo:
1- Tipos são apenas os que se encontram expressos no Novo Testamento
2- Tipos estão explícitos, mas também podem estar implícitos, não declarados.
Devemos ter o cuidado de não cairmos no mesmo erro de alguns intérpretes, de enxergar tipos implícitos (se assim existirem) na Bíblia, gerando mais alegorias e interpretações errôneas da Bíblia. Não devemos confundir as figuras de linguagem, vistas anteriormente, com os tipos, que estamos estudando.
Nos tópicos seguintes vamos estudar como descobrir quais personagens, fatos e elementos devem ser tratados como tipos. Vamos descobrir com que finalidade Deus criou os tipos.
3 Os tipos devem ser encarados como tipos no NT?
Dadas as cinco características acima temos ainda de definir se os tipos são tanto os implícitos como explícitos ou apenas os expressamente declarados no NT. Devemos ter em mente que apenas correspondências não satisfazem a condição para se constituir um tipo. Sempre levemos em consideração o aspecto profético e o planejamento divino.
Um exemplo. Muitos estudiosos acreditam que Salomão simbolizasse Cristo. Podemos realmente afirmar que Deus nos conta a história de Salomão para retratar a Cristo?
Podemos claro, perceber algumas analogias e semelhanças, mas onde estão o aspecto profético e o planejamento divino?
Então como podemos estabelecer um limite para que simples semelhanças ou mesmo ilustrações não passem a ser entendidas como tipo?
Podemos estabelecer que o NT especifique claramente quais personagens e elementos do AT são pré-figurativos do NT. O texto do NT deve indicar de alguma forma que determinado elemento ou personagem seja um tipo válido, ou de outra forma, deve ser rotulado. Ao contrário, as ilustrações e analogias podem ser mais facilmente identificáveis pelos estudiosos.
Um tipo pode ser definido como uma personagem ou acontecimento do AT que Deus planejou (projetou) para prefigurar ou preparar outro personagem ou acontecimento no NT.
Agora, uma ilustração é um acontecimento ou personagem que retrata uma verdade espiritual, com naturalidade e espontaneidade, sem no entanto, ser declarado como tipo no NT.
Com base nisso podemos por exemplo dizer que a Arca de Noé não é um tipo da Igreja, mas pode ser facilmente ilustrada como tal. Podemos dizer que o profeta Elias ilustra um homem de oração, conforme Tiago nos diz em seu livro no capítulo 5 verso 17.
Devemos ter cuidado, pois uma simples analogia não deve ser entendida como um tipo.
Vejamos um comparativo entre Tipo, Ilustração e Alegoria na tabela 01.
Notemos que na Ilustração e Tipologia a realidade histórica é considerada, ao passo que na Alegorizacão este aspecto é descartado. A alegoria geralmente é apenas fruto da imaginação de seu intérprete.
4  Que tipos são válidos?
Precisamos fazer as seguintes perguntas para sabermos quais os tipos válidos nas escrituras:
1. Existe semelhança clara entre o tipo e o antítipo? O tipo apresenta exatamente os mesmos fatos, princípios e relações que o elemento do NT correspondente?
2. O antítipo está de acordo com o contexto histórico do tipo?
3. O tipo é uma prefiguração ou prenunciação do antítipo? Ou não passa de um exemplo? O tipo aponta para o futuro?
4. O antítipo eleva ou “cumpre” o tipo, sendo ainda superior?
5. Conseguimos ver o propósito divino na relação tipo-antítipo?
6. O NT especifica de alguma forma o tipo e o antítipo?


5  Quais as etapas para a interpretação dos símbolos?
1. Descobrir o sentido literal do tipo.
2. Reparar no ponto de correspondência entre o tipo e o antítipo.
3. Reparar nos elementos de contraste, para evitar caracterizá-los como aspectos do tipo.
4. Prestar bastante atenção às afirmações do NT que confirmem a correspondência tipológica.
6 Por que se preocupar com a tipologia?
Embora a princípio este estudo de tipologia aparentemente não seja tão útil ele é importante para vermos a mão de Deus durante toda a história da humanidade. Podemos com este estudo constatar que Deus planejou cada acontecimento e usou algumas pessoas e acontecimentos para retratar aspectos de Cristo e seu relacionamento com a igreja. E por que não dizer também para nos defender das heresias que tentam entrar em nossas igrejas?
Quando usamos os seis critérios de identificação dos tipos temos instrumentos mais precisos para interpretar o Antigo Testamento, e desta forma não ficamos de frente a um mar de incertezas sobre o que Deus quis realmente nos transmitir.
7  A compreensão dos símbolos
7.1  Em que consiste um símbolo?
Símbolo é uma figura, marca ou sinal que representa ou substitui outra coisa. Lembremos que o tipo representa um elemento futuro, mas o símbolo não está preso à idéia de tempo. Em um dado momento na história, o tipo tem seu cumpriment, ou seja, aquilo que ele representava no AT já se cumpriu no NT. Por exemplo, o tabernáculo no deserto representava a Cristo, era tipo de Cristo. Nenhum outro tabernáculo lembrava ou falava de Cristo. Agora quando dizemos que um leão representa a Cristo, qualquer leão pode significar isto, pois são as características do leão que são mencionadas e não os aspectos proféticos.
7.2 Quais princípios aplicamos na interpretação dos símbolos?
1- Reparar nos três fatores da interpretação de símbolos: o objeto (símbolo), o referente (elemento simbolizado) e o significado (semelhança entre símbolo e referente) – Em I Jo 1:29, o cordeiro (objeto) identifica a Cristo (referente) e o significado é que Cristo serviu de sacrifício como muitos outros cordeiros.
2- Lembrar-se de que os símbolos são fundamentados na realidade. – Quando se diz que Cristo é um cordeiro ou leão, não quer dizer que Cristo seja literalmente um cordeiro ou leão. Mas, como estes animais existem é possível estabelecermos uma correspondência entre estes animais e Cristo. Nas passagens proféticas, muitas vezes os símbolos são fundamentados na imaginação ao invés dos fatos. Vejam Ap. 17:3 e Dn.7:6. Porém estes símbolos tem elementos reais.
3- Descobrir qual o significado ou semelhança, se existente, o texto atribui de forma explícita ao referente – Quando existe u símbolo em uma profecia, o texto geralmente o indica. Por exemplo em Ap. 9:1, a estrela que caiu do céu é identificada no verso 2 como “ele”. Comparando com Ap. 20:1, parece não restar dúvida de que se trata de um anjo. O dragao do verso 2 é identificado com Satanás.
4- Se o versículo não indicar a semelhança, consultar outras passagens e verificar qual a característica principal entre o símbolo e o referente. – João referiu-se a Cristo como “o Cordeiro de Deus”, sem contudo, explicar a semelhança.
5- Tomar o cuidado de não atribuir ao referente a característica errada do símbolo – Um leão é forte e feroz, mas apenas sua ferocidade está relacionada a Satanás (I Pe. 5:8). A sua força refere-se a Cristo (Ap. 5:5) .
6- Procurar o elemento principal de semelhança – Resista à tentação de traçar muitos paralelos entre o símbolo e o elemento que simboliza.
7- Entender que um elemento principal pode ser representado por vários símbolos. – Cristo é simbolizado por um leão, cordeiro, um ramo, raiz, etc. O Espírito Santo é simbolizado pela água, pomba, vento, azeite.
8- Na literatura profética, não presumir que, pelo fato de da profecia conter alguns elementos simbólicos, tudo mais na profecia seja também simbólico. – Em apocalipse 19:19, a “besta” é um símbolo, porém “os reis da terra, com seus exércitos” não deve ser encarado como símbolo. No versículo 15 a espada que sai a boca de Cristo é um símbolo de seu juízo, mas isso não quer dizer que as nações citadas devam ser encaradas como símbolos também.
9- Na literatura profética, não transformar em símbolos as descrições de fatos que sejam prováveis ou plausíveis. – Em Apocalipse 8:12 diz que um terço do sol, da lua e das estrelas serão feridos e escurecerão. Como se trata de um fato plausível, isto não deve ser interpretado como um símbolo. Em Apocalipse 9, os gafanhotos que saíram do abismo devem ser entendidas ao pé da letra, pois o fato de gafanhotos, ou criaturas parecidas com gafanhotos, saírem do abismo é plausível. No passado esta passagem foi interpretada como símbolo dos turcos invadindo Israel.
7.3  Alguns exemplos de símbolos na Bíblia
Hoje em dia também temos simbolismos em nossas igrejas. O batismo e a ceia são dois deles. O batismo simboliza a identificação do cristão com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo. Quando participamos da ceia estamos simbolicamente proclamando a morte de Jesus, o pão simboliza seu corpo que foi partido na cruz e o cálice simboliza seu sangue que foi derramado para remissão dos pecados.
7.4 Números simbólicos
Alguns números nos transmitem determina as ideias pelo fato de estarem sempre associados a alguns eventos específicos. Por exemplo, o número 7, é frequentemente associado à perfeição.
Gn 2:2,3
Ap. 1:12
Ap. 4:5
Ap. 5:1
Ap. 8:1
O número 40 costuma ser relacionado com provação.
40 anos de Moisés em Midiã (At. 7:29,30)
40 anos de Israel no deserto (Nm. 32:13)
40 dias que Jesus foi tentado (Lc. 4:2)
Apesar destes números transmitirem estes simbolismos não podemos deixar de atribuir-lhes o sentido literal. Ou seja, mesmo o número 40 representando provação, Jesus foi realmente provado durante 40 dias literais. O número embora representando a perfeição não nos dá o direito de fugir da interpretação literal. No caso dos candeeiros podemos interpretá-los como sendo em número de sete.
7.5  Nomes simbólicos
Os nomes de certas pessoas e lugares na Bíblia possuem significado simbólico. Porém não devemos procurar significados nos nomes, a menos que a Bíblia nos indique. mães
O nome Eva significa “vida” e foi dado por Adão, por ser a mãe de todos os viventes (Gn. 3:20)
Deus mudou o nome de Abrão em Abraão com o intuito de mostrar-lhe que ele seria pai de muitos povos.
Abrão significa “pai exaltado” e Abraão significa “pai de muitos”. Deus também mudou o nome de sua esposa de Sarai para Sara, que significa “princesa”.
As mães também costumavam dar nomes aos seus filhos de acordo com as circunstâncias do nascimento da criança.
Jacó não amava sua esposa Léia, por isso quando ela teve seu primeiro filho, ela o chamou de Rúbem. A palavra Reuben em hebraico significa “o Senhor atendeu a minha aflição”. Seu segundo filho, Simeão, tem o sentido de “aquele que ouve”. Levi, seu terceiro filho, significa “unido”, pois pensou que depois de três filhos Jacó a fosse amar um pouco mais e sua família fosse permanecer unida.
Seu quarto filho, Judá, recebeu este nome pois tem o significado de louvor. Como havia dado a Jacó 4 filhos ela louvava a Deus, pois pensava assim ter o amor de Jacó. (Gn 29:31-35)
A filha de Faraó chamou ao menino que encontrou no rio Nilo de Moisés, pois é parecido com o verbo “retirar” em hebraico. (Ex. 2:10).
O nome Daniel significa “Deus julgou” ou “Deus é eu juiz”. Porém o rei Nabucodonosor mudou seu nome para Beltessazar, que significa “Senhora, proteja o rei”. Era uma tentativa para fazer Daniel se esquecer de seu Deus. O mesmo aconteceu com seus amigos (Dn. 1:6,7).
Jesus mudou o nome de Simão para Cefas (aramaico) e Pedro (grego) que significa pedra (Jo. 1:42), em referência ao seu futuro papel na Igreja (At. 2).
Às vezes uma cidade ou nação ganhava outro nome. Deus chamou os líderes de Jerusalém de “príncipes de Sodoma” e seus habitantes de “povo de Gomorra” (Is. 1:10), pois seu pecado havia se igualado ao daquelas cidades.
Os estudiosos divergem quanto à menção que Pedro fez de Babilônia em I Pe. 5:13 – deve ser entendida como a verdadeira Babilônia, no Oriente Médio? Ou foi usada apenas para fazer uma menção indireta a Roma para proteger os cristão que viviam lá?
De acordo com a história, Pedro passou seus últimos dias em Roma, e seu “filho” Marcos, mencionado no mesmo versículo, pode ser João Marcos, que Paulo afirmou estar em Roma (Cl. 4:10).
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1 –  Visão Panorâmica
A tipologia é o estudo de figuras e símbolos bíblicos, especialmente de cerimônias e ordenanças do Antigo Testamento, que prefiguram a Dispensação da Graça: “as cousas celestes”.
Um tipo é uma semelhança divinamente ordenada, pela qual as pessoas, objetos e eventos celestiais são demonstrados pelo terrestre. Porém, para que uma coisa constitua tipo de outra, a primeira não só deve ter uma semelhança à segunda, mas na sua instituição original, deve ter sido determinado que tivesse esta semelhança (Marsh). “É aquilo que produz fé como modelo, como símbolo e exemplar”.
Um antítipo é aquela coisa celestial ou realidade prefigurada pelo tipo. “É uma figura que representa outra”.
2 - Tipos
2. 1 - Três coisas envolvidas num tipo:
· Uma coisa ou objeto material que representa uma outra de ordem elevada.
· Esta coisa de ordem elevada representa o que passamos a chamar de antítipo ou realidade.
· A obra do tipo se expressa pelo termo “representar ou prefigurar”.
2. 2 - Declarações bíblicas quanto à natureza dum tipo:
· Sombra (Cl. 2:16 -17).
· Modelo, exemplo (Hb. 8:4-5).
· Sinal (Mt. 12:39).
· Parábola, alegoria (Hb. 9:9).
· Tipo (Rm. 5:14).
2. 3 - Provas bíblicas dum tipo:
· Por declarações explícitas (Rm. 5:14)
· Por trocar os nomes do tipo e antítipo; Adão (primeiro e segundo). I Co. 15:45; Páscoa (cordeiro - Cristo) Êx. 12; I Co 5:7.
2. 4 - Espécies de Tipos:
Pessoas:
· Antes da lei-Adão, Enoque, Melquisedeque (Rm. 5:14-19).
· Sob a lei – Davi, Moisés (profeta mediador) Ap. 3:7 / Hb. 3:5.
Coisas ou objetos materiais:
· Coluna de nuvem (Êx. 13:21).
· Maná (Êx. 16:15 / I Co.10:3).
· A rocha (Êx. 17:6 / I Co. 10:4).
· A serpente de metal (Nm. 21: 9 / Jo. 3:14 / II Co. 5:2).
Atos e acontecimentos
· A libertação do Egito.
· A marcha pelo deserto.
3 - Tipos perpétuos
· Circuncisão - Tipo da verdadeira circuncisão do coração (Cl. 2:11).
· Sacrifícios - Tipo de Cristo, o perfeito e eterno sacrifício (Hb. 9:26).
· Ritos e cerimônias.
4 - Valor dos tipos
Agostinho disse: “O Novo Testamento acha-se no Antigo. O Antigo pelo Novo é explicado”.
Serve para ensinar (ICo.10:11).
A igreja prefigurada (Gn.2:24); (Eva) (Ef. 5:22-32).
Fortalece convicção na inspiração das escrituras.
Fortalece convicção nas profecias.
Fortalece a santidade (ICo.1:6-13).
5 - Razões para estudar os Tipos
Deus deu valor - O Espírito Santo desenhou os tipos. Compare: O Tabernáculo, o véu, tipo de Cristo. “O Espirito Santo, significando com isto que o caminho do Santo lugar não se tem manifestado, enquanto subsiste o primeiro Tabernáculo” (Hb. 9:8; comp. 6:19-20).
Jesus falou dos tipos - Aos dois discípulos (Lc. 24:13-34).
Só pelos tipos se entendem certos trechos do N.T.
Sombras, Sangue, o tabernáculo, sacrifícios, festas.
6 - O Tabernáculo
6. 1 - Títulos dados ao Tabernáculo
Santuário – Êx. 25:8-9. Chama a atenção ao caráter deste como lugar santo, o palácio do Grande Rei.
Tenda – Êx. 40:2 / 39:33- 43.
Tenda da Revelação - Nm. 18:4. Centro de Culto.
Tenda do Testemunho – Nm. 9:15. Refere-se à arca onde estava a lei, o testemunho. Êx. 25:15. Santidade, culpa do homem e eficiência da expiação.
Casa de Deus – (Jz. 18:31). Foi chamado, assim, na terra de Canãa.
Templo do Senhor – 1Sm. 3:3. O tabernáculo, nessa ocasião, talvez já fosse maior.
Santuário Terrestre – Hb. 9:1. Pertencia à Dispensação das cerimônias. Um tipo de Jesus.
6. 2 - A Morada de Deus com o Homem.
Que Deus deseja morar com seu povo, se vê pelo fato de que, no Jardim do Éden, depois de interrompida a comunhão com o homem por causa do pecado, ele imediatamente começou a revelar um plano, que visasse a sua restauração. Esta revelação aumenta em beleza, gloria e intimidade desde o Gênesis ao Apocalipse.
7 - Tipo de Jesus
“Far-me-ão um santuário para que eu habite no meio deles. Seguindo em tudo o que eu te mostrar, o modelo do tabernáculo, e o modelo de todos os seus móveis, assim mesmo farás” (Êx. 25: 8-9). Nesta passagem vemos:
1. A graça – Deus consentir que se faça um tabernáculo.
2. A ordem – Tudo deveria ser feito segundo o plano, por Deus estabelecido.
Adão foi a primeira morada de Deus na terra, e veio a falhar. O descanso de Deus ficou interrompido. O plano de Deus é imutável, por conseguinte mandou seu Filho, segundo Adão. A graça e a ordem aqui reveladas mostram Jesus. O Tabernáculo é o tipo de Jesus. Aquele que era Deus (João 1.1), se fez carne (João 1.14), por própria vontade. Ele habitou entre os homens. Tomou sobre si a natureza humana, mas permanecia o Filho de Deus, igual a Deus em substância (Jo. 1.14 / Jo. 1.34 /Jo. 1.49 / Cl. 1.19).
A plenitude de Deus morava em Jesus (majestade, poder e personalidade). Comp. Jo. 14:9 / 3:34 / 1:18 / Tm. 3:16 / Hb. 1:3 / Tt. 2:3 / Rm. 9:5 / Jo. 5:20. Assim em Cristo, o descanso de Deus é restaurado (Hb. 8:1). Descanso da redenção. Cristo é o verdadeiro Tabernáculo.
8 - A nuvem (Êxodo 40: 33-38).
A nuvem cobria o Tabernáculo e quando se mudou, Israel mudou-se com ela.
8. 1 - Guia do Povo (Êx.13:20-22). Qual pastor de Israel. Israel, primeiramente recebeu redenção na noite da Páscoa. Depois recebeu direção (Êx.12:12-13, 41-42. Compare IPe.1:18-19 / Gl. 1:4 / Pe. 3:18 / Cl. 1:12-13).
Tal qual Israel, depois da sua libertação do Egito, a igreja também é povo peregrino que precisa do Espírito Santo.
Deus dirige o crente:
Pela palavra - Sl. 119:105.
Pelo Espírito – Jo. 16:13-15.
8. 2 - O Símbolo do Espírito Santo - Prometido por Jesus Jo. 14:16-18 / Mt. 28:20, veio no dia de Pentecostes (At. 2:3).
Como o Pai criou tudo através do Filho (Hb 1:2), e como na terra o Filho manifestou o Pai. Assim, durante esta Dispensação, o Espírito Santo manifesta o Filho (Jo.16:13-15). Depois de receber a plenitude do Espírito Santo (At. 2.38), é o Espírito Santo que separa o crente do descrente (I Co. 6:19; comp. Êx. 14.19-20 / I Co. 3.14), como fez a nuvem entre Israel e os egípcios (ICo. 10:1).
8. 3 - O Escudo do Povo - Operava contra o poder do Faraó, Êx. 14.19-20. Paulo exortou a Igreja a revestir-se do escudo da fé (Ef. 6.16 / Pv. 19.10). O nome do Senhor é uma torre segura.
8. 4 - Sombra para o Povo (Nm.10: 34 / 14.4 / Sl.105:39). É um tipo de Jesus que nos protege dos fortes raios de sol das perseguições e tentações (Ct. 2.3).
8. 5 - O Oráculo Divino - Israel não se mudava, enquanto a nuvem não mudasse (Nm. 9:17-23 / Êx.29: 43-46). Assim a Igreja precisa reconhecer absoluta autoridade do Espírito Santo (Zc. 4:16).
8. 6 - O Aparecimento da Nuvem
No Mar Vermelho.
No Tabernáculo.
No Templo de Salomão (IICr. 7:1-3 / Sl. 99:7).
Em Jesus, no Monte da Transfiguração (Lc. 9:34).
Na Ascensão de Jesus – pela última vez (At.1:9).
Futuramente (Is. 4:5-6). No Milênio (Is. 40:5 / 60:19).
9 - As Cortinas do Átrio
A descrição do Tabernáculo, no livro de Êxodo, inicia-se com a arca do Santo dos Santos, terminando com o altar de sacrifícios. A fim de esclarecer o assunto com a arca.
O pátio era um espaço ao redor do Tabernáculo, mais ou menos de 50 metros por 25. Era fechado por cortinas feitas de linho retorcido, suspensas sobre 60 colunas, 20 em cada lado e 10 nas extremidades. As 4 colunas do lado oriental formavam a entrada, estas 4 colunas falavam da universidade (quatro direções) do Evangelho, e a entrada é plena para o povo de Deus.

9. 1 - As Vergas e Ganchos das Colunas (Êx. 27:17).
Feitas de prata – símbolo de redenção (Êx. 30:11-16). O preço do resgate foi meio siclo de prata. Estes ganchos seguravam e davam estabilidade às cortinas. Sem estes teriam caído. Assim, sem a expiação e a redenção de Cristo, o cristianismo não poderia existir.
9. 2 - Os Capitéis das Colunas – Eram ornamentos feitos de prata. Pela redenção em Cristo Jesus, as nossas vidas recebem os ornamentos do Espírito, a graça, e as virtudes de Cristo. Como é bom ter o ornamento dum espírito manso e tranquilo, que é de grande estima diante de Deus (I Pe. 3:4).
9. 3 - As Bases e as Colunas de Metal – Estas sustentam as cortinas. O metal representa o Juízo (Nm. 21.9; Ap. 1.15). É substância que resiste ao fogo, símbolo do Juízo Divino (Is. 29.6 / 30.30; 60:15). O suporte deste juízo não é a autojustiça do homem (Is. 64:6), mas sim, a justiça de Cristo (Rm. 3:22).
10 - A Entrada do Átrio
Havia somente uma entrada. Isso nos diz que: “Não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não há outro nome dado entre os homens, em que devemos ser salvos” (Atos 4:12).
A largura: Vinte côvados (mais ou menos 10 metros). Suficientes para todos. Representa Cristo, a Porta. Os 4 Evangelhos assim, apresentam Jesus (Jo. 10: 1-9).
As Cortinas: Feitas de linho fino, retorcido, de estofo azul, púrpura e escarlate. Tipos da justiça, pureza e natureza celestial de Jesus Cristo.
11 - O Altar do Holocausto (Êx. 27:1-8 / 38:1-7 / 39:33 / 40:6-29 / 30:28).
Significa um “Lugar elevado”. A primeira coisa que se via depois de entrar no Átrio era o altar de holocausto. Sem trazer um sacrifício pelo pecado para oferecer sobre este altar, não se alcançava nenhuma aceitação com Deus.
Este altar é um tipo de Cristo na cruz, levantado, da mesma maneira, e, com o mesmo propósito, em que Moisés levantou a serpente no deserto.
1 - Israel foi levantado com Deus, pelo sacrifício neste altar. Assim, também nós fomos elevados a comunhão com Deus, pelo sacrifício de Jesus Cristo.
2 - O Sacrifício subia na fumaça. Um suave cheiro que agradava Deus (Lv.1:9). Jesus ofereceu-se como sacrifício (Ef.5:2).
11. 1 - Propósito do Altar
Aqui, o inocente levou sobre si a punição do culpado. Da mesma maneira, Cristo levou, em seu corpo, no madeiro, os nossos pecados.
Aqui, Jeová se encontrou com Israel; na cruz de Cristo, encontramo-nos com Deus (At. 2:33), “sendo este entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o” (Hb. 9:26-28).
Nenhum israelita poderia receber absolvição cerimonial sem oferecer a sua oferta, impondo a sua mão sobre a cabeça do animal, reconhecendo o valor da sua morte. Da mesma forma o homem tem privilégio de demonstrar fé na Vítima da Cruz, Cristo, recebendo-o como seu substituto perante Deus. Assim, pela fé em Jesus somos salvos, e regenerados (Jo 1:12-29 / Hb.9:22).
Jesus continua ser o Cordeiro de Deus. A única entrada para o Tabernáculo, no céu, é pela sua morte. Boas obras, palavras bonitas, bons pensamentos, religião, filosofias, etc. não servem. Deus aceita o homem sim, através dos méritos dos sofrimentos e da morte de Jesus.
11. 2 - O Material - Madeira de acácia, setim coberto de cobre. Esta madeira achava-se crescendo no deserto, um tipo de Jesus, na sua humanidade, de origem humilde, qual raiz sai duma terra seca (Is. 53.2). O bronze é o tipo do juízo de Deus.
11. 3 - Os Chifres - Eram quatro, um em cada canto (Lv. 9:9) aspergidos com sangue. Os chifres, na palavra, representam poder. “Mas exaltará o meu poder como unicórnio (animal semelhante ao boi) (Sl. 92.10). O poder de Deus manifestado em ressuscitar Jesus da Morte. Pois também ele foi crucificado em fraqueza, mas vive pelo poder de Deus” (IICo.13:3- 4 / Hb. 7:25). Isto é, Jesus ressuscitou pelo poder que há em si mesmo, pois ele é Deus, ele é a ressurreição, ele é a vida.
Aspergidos com sangue, apontados em direção aos quatro cantos do mundo, significam que o sangue de Jesus fez expiação para todas as nações e que há poder suficiente para toda necessidade de todas as pessoas do universo.
11. 4 - As Cinzas - Foram levadas para um lugar limpo (Lv. 6:10-11). O corpo de Cristo foi sepultado num túmulo novo que nunca fora ocupado.

11. 5 - O Fogo
Símbolo, ou manifestação da santidade de Deus. (Êx. 3:5).
Símbolo do juízo divino sobre o pecado. “Nosso Deus é um fogo consumidor” (Sodoma e Gomorra).
Símbolo de purificação (Zc. 13:9 / Mt. 3:3).
11. 6 - Os Varais - O altar tinha dois varais, feitos de madeira, cobertos de cobre. A função destes era a de carregar o altar de lugar em lugar. Representam as duas partes do Evangelho, pelo qual a mensagem do Calvário é levada a todo o mundo;
Que Cristo morreu pelos pecadores;
Que cristo foi ressuscitado (ICo. 15:1-4 / I Co. 2:2).
12 - O Lavatório de Cobre
Era o lugar de purificação, onde os sacerdotes se lavariam antes de entrarem no Tabernáculo (Êx. 30.17-21). A água é um tipo da Palavra de Deus, pela qual fomos purificados pelo poder do Espírito Santo (Jo. 15:3 / Ef. 5: 26 / Jo 3:5-7 / ITs. 1:5).
No ministério sacerdotal, o sacerdote tomava banho, sendo lavado o corpo todo (Êx. 29: 4 / 40:11 / Lv. 8:6). Isto representa a regeneração, “não por obras de justiça que nós fizemos, mas segundo a sua misericórdia, pela lavagem de renovação do Espírito Santo” (Tito 3: 5). “Cheguemos com o coração sincero em plena certeza da fé, tendo os nossos corpos lavados com água pura” (Hb. 10:12). Gerado pela Palavra da Verdade (Pe. 1:23 / Tiago 1:18).
Depois da consagração, os sacerdotes lavavam somente as mãos e os pés, antes de entrarem no Santuário. Este ato é um tipo da purificação por contato com mundo. Antes de Celebrar a Páscoa e a Ceia com seus discípulos, Jesus lavou os pés deles e disse: “Aquele que já se banhou (o corpo todo), não tem necessidade de lavar senão os pés, porém está todo limpo, e vós estais limpos” (Jo. 13:10).
A lavagem da regeneração realiza-se uma só vez, mas a purificação da contaminação com o mundo é um processo continuo, sem o qual é impossível ter comunhão perfeita com Deus.
12. 1 - O Tamanho - O tamanho não é revelado. Este fato sugere que a santificação em Deus não tem tamanho ou limite, quanto mais nos purificar, melhor.
12. 2 - Nunca Coberto - O lavatório nunca foi coberto, nem durante a marcha e nem ao estarem acampados. A Palavra de Deus é uma revelação e não um mistério encoberto como alguns religiosos ensinam.
13 - O Tabernáculo Próprio
TIPO:
Da igreja, como habitação de Deus pelo Espírito Santo.
Do crente, individualmente, como Templo do Espírito Santo.
Das coisas Celestiais.
13. 1 - As Cortinas do Tabernáculo (Êx. 26:1-14)
Peles de animais marinhos (Êx. 26:14). Era a cortina exterior, sem forma ou medida específica. De cor cinzenta, faltava-lhe beleza. Um tipo de Jesus Cristo, visto pelos homens: “O Carpinteiro” e o “Nazareno”.
Peles de carneiro tintas de vermelho (Êx. 26:14). Colocada por baixo da cortina de peles de animais marinhos. O carneiro simbolizava “substituição” (Gn. 22:13-23). O carneiro substituiu Isaque no altar do monte Moriá. Tipo de Jesus (IPe. 3:18 / 2:21 / ICo. 15: 3-4 / Gl.1:4 / Rm. 5:8 / Is. 53:6 / Jo. 3:16).
· As cortinas de linho fino retorcido
Eram cortinas interiores, colocadas debaixo dos pelos de cabras, bordados em azul, púrpura, escarlate, com figuras dos querubins (Êx. 26:1-6).
O linho é produto do reino vegetal e representa a humanidade de Jesus.
13. 2 - Significados das cores:
Azul – Cristo Celestial, da natureza divina.
Púrpura – Cristo, O rei.
Escarlate – Cristo, o sofredor. Sua morte. Esta cor foi obtida de um bichinho de cor escarlate. Foi esmagado para fornecer o corante. Conforme Cristo, chamado de “VERME” em SI. 22: 6, esmagado debaixo do peso dos nossos pecados, derramando o Seu sangue escarlate que nos purifica.
Branco – Cristo, o puro imaculado.
13. 3 - Significado dos querubins:
A palavra “querube” significa FORÇA ou PODER. Os querubins são seres celestiais executores da Vontade de Deus (Ap. 7 a 19 / Mt.13:14-42). Assim representam a Divindade de Jesus, o Filho do Homem. Na palavra observamos os querubins de 4 faces (Ez. 1:5-10 / Ap. 4:6-8).
Vejamos:
Face do Leão – Tipo do poder e Glória Real.
De boi – Tipo de força para trabalhar e servir.
De homem – Simboliza a simpatia e Inteligência
De águia – Voa às alturas. Tipo de poder, da suprema percepção celestial.
Todas representam Cristo nos quatro Evangelhos:
Mateus apresenta Jesus como o Leão da tribo de Judá, o Rei de Israel.
Lucas apresenta Jesus como Filho do Homem, simpatizante, amoroso e exemplo perfeito.
Marcos apresenta-o paciente como o boi, servindo a humanidade.
João apresenta-o como Filho de Deus, voltado ao lugar de onde saiu, o seio do Pai.
14 - A Mesa dos pães da proposição (Êx. 25:23-30).
14. 1 - Material – Madeira de acácia coberta com ouro. Tinha duas coroas, um dentro da outra. Havia quatro argolas, nos quatros cantos, pela quais passaram os varões usados para o transporte da mesa nas jornadas.
Doze pães foram colocados na mesa, um para cada tribo, em duas fileiras de 6 cada.Sobre estes, deitava-se franquincenso(Olíbano,tambémconhecidocomo franquincenso, é uma resina aromática muito usada na perfumaria e fabricação de incensos. ... O olíbano é usado generosamente em ritos religiosos), pois eram considerados ofertas ao Senhor. A mesa e os pães eram considerados uma só cousa. Quando se falava da mesa, incluía-se os pães.
A igreja é chamada “um só Pão” (IÇO. 10:17). Cristo e sua igreja são um só (ICo. 12:12). Cristo como a mesa, sustenta a sua igreja e a apresenta como pão perante Deus Pai (Judas 24.25).
15 - O Candeeiro de Ouro
A finalidade do candeeiro era fornecer luz, que revela, purifica, sara e serve para crescimento. Aqui vemos Jesus a luz do mundo, nosso instrutor e guia. “Eu sou a luz do mundo, quem me segue, de modo nenhum andará nas trevas” (Jo. 8:12).
O candeeiro era feito de ouro puro, maciço. Foi feito de uma só peça, não fundido, mas sim batido (Nm. 8: 4). Este processo de bater representa os sofrimentos de Jesus, o esmagamento e tristeza dos pecados de todo o mundo que ele levou. “Jeová fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós” (Is. 53:6).
O candeeiro também é tipo de Igreja. “Vós sois a luz do mundo” (Mt. 5:14 / Lc. 35 / Fl. 2:15). Os sete candeeiros de Apocalipse 1.12-20 / 2:5 (O Candeeiro de Êfeso estava apagando-se).
Na parábola da moeda perdida (Lc. 15), vemos a mulher acender a luz e varrer a sua casa. Ela representa a igreja buscando a alma perdida à luz da Palavra.
15. 1 - O óleo do candeeiro – (Êx. 27:20) – Era um óleo especial, usado para ungir. Cristo foi ungido com óleo especial, o Espírito Santo que foi derramando sem medida sobre Jesus (Jo 4:34). A igreja, como luz do mundo, também precisa deste óleo especial.
16 - O Altar de Incenso (Êx. 30:1-10, 34-36).
O altar de incenso era um lugar de adoração, de culto e louvor. Sacrifícios não eram oferecidos neste lugar. Tipo de Cristo, em cujo nome as nossas orações sobem a Deus.
Material – Madeira de acácia coberta com ouro. Tipo da humanidade e da divindade.
Posição – No Lugar Santo, em frente ao véu e a arca. Isto representa Cristo, nosso caminho ao Pai. “Pois por ele temos ambos a nossa entrada ao Pai” (Ef. 2:18).
Os chifres (símbolo do poder) – Um em cada canto. Aspergido com sangue uma vez por ano. Isto representa o poder do sangue de Jesus, que nunca perde a sua eficiência (Êx. 30.10 / Hb. 9:14).
O Incenso – Tipo da oração (SI 141:2 / Ap. 5:8). Queimado continuamente Ef. 6:18.
A relação entre dois altares (Êx. 30:10 / Lv. 16:12).
O fogo que queimou o incenso veio do altar de cobre. Assim vemos que o valor e a potência da oração de Jesus dependia do sacrifício de si mesmo na cruz. Se não morresse em nosso lugar, não teria intercedido por nós. O sacerdócio de Jesus vigorou oficialmente desde a ressurreição (ICo. 15:1 / Lv. 16:12-27).
O Incenso foi oferecido por Arão (Vs. 7-8) – Tipo de Cristo (Hb. 9:24 / 8:1). Arão ofereceu incenso só por Israel. Cristo orou só pelos seus (Jo 17:9). Neste capítulo 17, vemos Jesus, o Sumo-sacerdote, oferecendo o incenso de oração. Que separação isto constitui entre nós e o mundo! Que Bênção ter Jesus intercedendo por nós! O valor da oração de Jesus, vemos na oração de Pedro (Lc. 22:31-32), que a fé não desfalece. E Pedro não falhou, embora fosse duramente tentado, e negasse 3 vezes.
Jesus não só ora por nós, mas toma as nossas orações e as apresenta juntas com as suas, perante o Trono do Pai (Ap. 8:3 / Jo 14:6 / Co. 3:17 / Ap. 5:8).
Composição
· Estoraque – Uma substância que sai de uma árvore nos montes de Gileade. Saía sem incisão. Tipo da espontaneidade de oração e louvor. A plenitude do Espírito Santo produz esta espontaneidade no crente (Ef. 5:18-20).
· Onicha – Tirada dum certo caranguejo do fundo do Mar Vermelho. A verdadeira oração deve sair das profundezas do coração.
· Galbano – Veio das folhas dum arbusto da Síria. Estas foram quebradas e moídas, produzindo uma seiva rala. A oração e o louvor devem sair dum coração quebrantado (Sl. 51:17).
· Franquicenso – Amargo ao paladar. Derivado de uma pequena árvore, por incisão, à tarde, para que durante a noite saísse lentamente. Fala da fragrância do sofrimento de Jesus. Seu lado ferido. Só pelos méritos da morte de Jesus é que nossas orações têm valor.
17 - O Véu (Êx. 26:31-35)
O material do véu era de Estofo azul, púrpura, escarlate e linho fino, indicando outra vez que veio do céu, Jesus que deu o seu sangue, Jesus, o Justo, e Jesus o Rei Vindouro. Aqui vemos as belezas do Seu caráter.
Tipo de Jesus na Humanidade (Hb. 10:19-20). Vimos, anteriormente, que a entrada, ao pátio do Tabernáculo, sugere Jesus, o caminho. O véu sugere, por sua vez, Jesus e sua vida (Jo. 14.6).
“Portanto irmãos, tendo confiança de entramos no Santo Lugar pelo sangue de Jesus, pelo caminho que nos inaugurou, caminho novo e de vida, pelo véu, isto é pela sua carne” (Seu corpo ou humanidade) (Hb.10:19-20).
A arca, dentro do lugar Santíssimo era símbolo da Majestosa Presença Divina, onde permanecia a glória entre os querubins. O véu também tinha um bordado, nele as figuras dos querubins, representando o fato de que em Jesus a divindade estava com a humanidade. Esta duplicidade de natureza, em Jesus, está declarada nas seguintes passagens (ITm.3:16 / IICo. 5:19 / Cl. 2:9).
Esta glória divina (shekinah) residia em Jesus e foi manifestada no monte da Transfiguração, quando resplandeceu através de sua carne (Mt.17:1-8). Era a glória que havia na nuvem e entre os querubins da arca do Tabernáculo.
Enquanto este “véu” (a carne de Jesus) não foi rasgado, era uma separação entre Deus e os homens, testemunha concreta da grande distância ente os dois. A encarnação podia revelar ao homem a pureza absoluta, o exemplo infinito, e a vida perfeita de Jesus, mas por si não podia trazer Deus ao homem, nem levar o homem a Deus. Se Jesus tivesse subido ao Pai, na hora da Transfiguração teria ficado na mente do povo a lembrança de um homem perfeito. Porém, a distância entre o homem e Deus teria permanecido a mesma e o homem teria perecido em seu pecado.
Havia só um meio de reconciliar o homem com Deus e efetuar uma entrada para ele no céu, isto é, pelo véu rasgado, ou seja, através da morte de Jesus. Esta verdade era simbolizada anualmente na cerimônia do “Dia da Expiação”, quando o sumo sacerdote matava um boi e um bode no altar de bronze e trazia o seu sangue na bacia, aspergindo-o sobre o propiciatório da arca, dentro do véu. Era o sangue e não a beleza do véu, nem sua composição que garantia a sua vida.
Assim, Cristo entrou no céu com o seu sangue e efetuou a redenção eterna por nós (Hb. 9.12; 10.19-22). Aqui, então vemos o verdadeiro véu, a entrada para o céu – Jesus. O caminho, a verdade e vida (João 14.6).
17. 1 - O véu rasgado (Mt. 27:50-51 / Mc.15:37-38 / Lc. 23:45). O véu do Templo de Herodes, dizem as autoridades nos assuntos judaicos, foi feito de material forte, com espessura de quatro polegadas (aproximadamente 10 cm.). Opinam que um par de bois não poderia rasgar aquele véu. Nem que o homem pudesse ter rasgado o véu de baixo para cima, somente Deus podia rasgá-lo de cima pra baixo. Isto significa que a morte de Jesus, que é nosso caminho em direção a Deus, foi de Deus e não do homem (Jo 10:18 / Sl. 22:15 / 38:2 / 39:9 / 42:7 / 88:16 / 102:23 / Is. 53:10 / Zc.13:7 / Lm.1:12-14 / I Jo. 4:9).
O véu rasgado, a hora do sacrifício da tarde, às três horas (Mt. 27:46). O cordeiro estava no altar. Jesus, certamente, da cruz do Calvário podia ver a fumaça subindo do Templo (ICo.5:7). Quando Ele exclamou: “Está consumado”, rasgado foi o véu. E entregou o seu espírito a Deus (Mt. 27:50). Ele expediu seu espírito (Jo. 10:30 / Lc. 23:46). Tão triunfante foi sua exclamação que o centurião ficou impressionado (Mc.15:39). Assim, a barreira entre Deus e o homem tornou-se em caminho.
O véu rasgado de alto a baixo significa que o caminho a Deus é inteiramente uma obra divina, e que não é possível o homem ser salvo por si mesmo.
Hoje, Jesus está sentado à destra de Deus, Ele fez um serviço completo que nunca precisa ser repetido (Rm. 6:9-10 / Hb.10:10-14).
Vejamos o contraste com o sistema falso da missa católica que crucifica de novo. Jesus é nosso representante no céu.
Vemos que a figura de um crucifixo é uma mensagem negativa, pois apresenta um Cristo morto, quando ele está vivo!
O véu rasgado foi também um protesto divino contra o formalismo dos judeus. (Is.1:11-15 / Jo. 4:24). Até os túmulos se abriram em testemunho do fato de que Jesus é quem abriu a saída do túmulo, da morte e pecado. Aleluia!
18 - O Lugar Santíssimo
A morada de Deus, tipo do céu onde Deus habita (Hb. 9:24 / 10.19). Também tipo de Jesus em quem habitava a plenitude da divindade (Cl.1:19 / Jo.14:6 / 1:14).
Lugar de Esplendor - O ouro das tábuas, as figuras dos querubins, no véu e cortina, que formava o teto, a glória entre os querubins por cima da arca. Tudo isto falava de Jesus, a glória de Deus.
O Progresso - Notemos o progresso desde a entrada do pátio, comparando-se com o progresso da vida cristã (Pv. 4:18). Ao altar de cobre julgou-se o pecado, à pia efetuou-se a purificação; o lugar santo proveu luz, alimentação e comunhão, o Lugar Santíssimo proveu a glória do Rei. (Sl.43:3-4). A ordem é esta: Altar de Madeira, Pia de Cobre, Propiciatório de Ouro Puro. No mundo, a ordem é contraria: reino de ouro (Babilônia), reino da prata (Anti-Cristo - Daniel 2). “Quão inescrutáveis são os seus juízos e quão impenetráveis os seus caminhos” (Rm 11:33).
19 - A Arca (Êx. 25:10-16).
A arca era uma espécie de caixa de dois côvados de comprimento, um côvado e meio de largura e um côvado e meio de altura. O material empregado era madeira da acácia coberta de ouro.
Símbolo de Jesus - Madeira incorruptível - A natureza humana perfeita de Jesus. Ouro – Divindade de Jesus. Dualidade de naturezas, mas uma só personalidade.
19. 1 - Um Depositário
As duas Tábuas da Lei - Foi chamada a “arca da aliança” porque era o depositário das duas tábuas da lei. Foi feita para a lei (Êx. 25:16). As primeiras tábuas foram quebradas por Moisés pois, moralmente já haviam sido quebradas. Quando recebeu as novas tábuas, guardou-as imediatamente. Na arca acharam repouso e nunca se quebraram (Dt. 10:1-5). A lei não teve por propósito salvar os homens, mas sim revelar o pecado (Gl.2:16 / 3:19). A arca como depositário das tábuas é tipo de Jesus que perfeitamente guardou a lei no Seu coração (Sl. 40:6-8). Nasceu debaixo da lei (Gl.4:4), na vontade do Pai, efetuou a salvação no sacrifício do corpo que tomou sobre si.
O pote de Maná – Simbolizava Jesus, o Pão vivo que desceu do céu (Jo. 6:30-35), simbolizavam o sacerdócio vivo e frutífero de Jesus (Hb.7:24-25).
A bordadura de Ouro representa Jesus, o Rei coroado de Glória. Nasceu Rei (Mt. 2.2). Declarou-se Rei (Jo. 12:13-15). Oferecido por Pilatos como Rei (Jo. 19:24). Crucificado como Rei. Recebido nos céus como Rei (Sl.110:1). Visto no céu como Rei.
Deus estabelecerá o Seu trono no Monte Sião (Sl.2:6). Jesus voltará como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap.19:16). Jesus é entronização de Deus na humanidade perfeita.
· Quem guardou perfeitamente a lei do Sinai.
· O corpo preparado.
· O pão do céu
· Sacerdote para sempre.
· Rei dos judeus.
· Rei dos reis
· Homem imortal.
· Verdadeiro Deus. Aleluia.
19. 2 - Os nomes da Arca
· Arca do Testemunho (Êxodo 25:22).
· Arca da Aliança (Nm. 10:33).
· Arca do Senhor Jeová (I Reis 2:26).
· Arca de Deus (I Samuel 3:3).
· Arca Sagrada (II Crônicas 35:3).
· Arca da Tua Fortaleza (Salmo 132:8).
· Arca de Jeová, vosso Deus (Js. 3:3).
19. 3 - Representa a Presença de Benção de Deus
· Guiando o povo (Nm. 10:35).
· Comunicando com o povo (Ex.25:22); o lugar de revelação (7:6).
· Habitando com o povo (Lv. 26:12).
· Dando vitória (Js. 3:3-4). A travessia milagrosa do Rio Jordão.
· Destruição de Jericó (Josué 6).
19. 4 - O Propiciatório (Ex. 25:17-21) – O Propiciatório era a tampa de ouro maciço que foi encaixada na arca. Nas suas duas extremidades foram colocados dois querubins de ouro maciço, da mesma peça. Olhavam ao propiciatório e suas asas formavam uma cobertura sobre a luz “Shekinah” que brilhava entre os querubins.
O ouro batido representa os sacrifícios de Jesus, nosso propiciatório. Propiciação é a ação ou efeito de tornar propício.
Os querubins representam a supremacia divina sobre os poderes naturais (Mt. 28.18). Os querubins de ouro olhavam, não para fora, para ver a perversidade de Israel, mas sim para o propiciatório, espargido com sangue (Lv. 16.14) e que, segundo o propósito divino, era o lugar de encontro dele com o representante do povo (Êx. 25:22). Assim, o propiciatório é um símbolo de Cristo crucificado. O lugar de encontro entre Deus e os homens.
Como o Sumo Sacerdote aspergia o sangue do sacrifício no propiciatório no Dia da Expiação (Lv. 16:12-14), assim Jesus aspergiu o seu próprio sangue no propiciatório do céu, o trono de Deus, que de trono de juízo se tornou em trono de graça (Hb. 9:12 / II Co. 5.21 / Is. 53:10 / Hb. 6:20 / 4:14-16). Os pecadores ficam cobertos (Sl. 32.1). Os querubins olhavam as tábuas da lei através do sangue. Assim Deus nos vê através do sangue do seu Filho Jesus. A lei ficou coberta e escondida. A expiação significa “Cobrir”, no hebraico. Os nossos pecados são cobertos (Gl.3:13). O juízo ficou suspenso, a sentença anulada, a Lei satisfeita e o pecador salvo.
19. 5 - A historia da Arca.
Arca e a travessia do Rio Jordão (Js. 3:7-18).
A Arca e a tomada de Jericó (Josué 6.6:11-20).
A causa: Pecado de Hofni e Finéias, filhos de Eli.
A Arca e Dagon (I Samuel 5). Dagon caído perante a arca de Jeová. Prefigura o dia quando toda idolatria terá caído perante o Senhor.
A arca e a casa de Obed-Edom (II Sm. 6:1-11). Trazida por Davi depois, à Jerusalém (II Sm. 6:12).
Depositada no Templo de Salomão. Depois da destruição deste templo não há mais notícia da arca.
20 - O Incensário de Our
O Incensário foi feito de ouro puro. Usado por Arão no dia da expiação no Lugar Santíssimo (Lv. 16.12).
Brasas vivas foram tiradas do altar do sacrifício e colocadas no incensário. O incenso foi queimado por este fogo perante o Senhor. O incenso é o tipo de oração. Arão tipifica Jesus, nossas orações e petições, qual incenso, perante o Pai.
21 - O Sumo Sacerdote (Ex. 28:1 / Hb. 7:1-28).
21. 1 - Definição (Hb. 5:1-2).
Dentre os homens.
Ordenado a favor dos homens.
Oferecer sacrifícios e dons pelos os homens.
Cheio de compaixão.
21. 2 - O serviço de Cristo
Serviço por nós (Morte, oração, expiação etc.).
Nossa justiça (Jr. 23:6 / I Jo. 4:17).
Nosso Advogado (I Jo. 2:1). Inclui-se a idéia de defender-nos do “Promotor” que nos acusa, que é o Satanás (Jo. 1.6-12 / Zc. 3:1-4 / Ap. 12:3-10).
Nosso confessor (I Jo.1:9-10)
Nosso intercessor (Hb. 7:25). Ora pelos seus (Jo. 17).
Nossa vida (Cl. 3:4).
Nosso percurso (Hb. 6:20)
Nossa garantia.
21. 3 - As Vestiduras do Sacerdote
As vestiduras do sacerdote eram chamadas “sagradas” (Êx. 28:2) e para “glória e formosura”. Eram usadas, não para conforto, mas sim para revelar o caráter e a natureza de Jesus Cristo, de quem era o tipo. Foram colocadas na seguinte ordem:
21. 4 - A Túnica de Linho Fino (Êx. 28:39). A primeira a ser colocada era feita de linho tecido (Êx. 30: 27). Representa a pureza, perfeição e justiça imaculada de Jesus (Ap. 19:8).
O testemunho concernente a Jesus é universal. Assim, opinaram sobre ele:
· Pilatos: “eu não acho crime algum” (Jo. 18:38 / 19:4).
· Esposa de Pilatos: “Não te envolvas com este justo” (Mt. 27:19).
· O ladrão “este nenhum mal fez” (Lc. 23:39-41).
· Herodes (por Pilatos) “Nem tão pouco Herodes… nada contra ele se verificou” ( Lc. 23:15)
· O centurião: Verdadeiramente este homem era filho de Deus” (Mc.15:39).
· Estevão “O justo” (atos 7:52).
· Pedro “O Santo, O Justo” (atos 3.14). “Ele não cometeu pecado, nem tão pouco foi achado engano em sua boca” (I Pe. 2:22).
· João “Nele não há pecado” (I Jo. 3:5).
· Paulo “aquele que não conheceu o pecado” (IICr. 5:21).
· Demônios do poço do abismo:
· “Filho de Deus” (Mt. 8:29)
· “Bem sei que és o santo de Deus" (Mc. 1:13-24).
· “Que tenho eu contigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo” (Mc. 5:6-7).
· “Jesus, filho do Deus Altíssimo" (Lc. 8:28).
· Deus Pai: "Este é o meu filho Amado em quem me comprazo. Ouvi-o" (Mt. 17:5 / Hb. 1:8-12).
· Testemunho de si próprio. “Qual de vós me convence de pecado” (João 8:46).
· Os oficiais que vieram prendê-lo: “Nunca homem algum falou como este homem” (Jo. 7:46).
· O público. “Ele tudo tem feito bem” (Mc. 7:37).
21. 5 - O cinto de linho fino (Êx. 39:29). Amarrado sobre túnica de linho, o cinto simbolizava serviço (Lc. 17.8; Is. 22.21). Representa Jesus, o servo. Deus acerca dele disse: “meu servo” (Is.42,1). Paulo disse que Jesus tomou a forma de servo, (Fp. 2:6-7 / Mt.20:28 / Lc 22:27). A vida de Jesus era a vida de servo. (Mc. 1:37). Anunciou-se como o “Enviado”(O servo). Em João 13:1-14, vemos Jesus cingindo com a toalha, lavando os pés dos discípulos, demonstrando que veio servir à humanidade, lavar os defeitos dela, contraídas pelo contato com a “Poeira” deste mundo (seus atos, pensamentos e palavras rebeldes contra a vontade de Deus). O crente deve tomar a sua posição de servo como Cristo deixou o exemplo e servir o próximo (Vs.14-15).
21. 6 - O manto de Éfode Ex. 28.31-35.
O manto foi feito de estofo, de uma só cor, azul. Era uma só peça de cima em baixo. Em cima havia abertura para a cabeça, dobrada de forma que não pudesse ser rompida.
· Símbolo de posição, caráter e ofício.
Juízo (Jo. 29:14). Zelo (Is. 59:17). Justiça (Is. 61:10). Sendo o manto especialmente a vestimenta do sacerdócio e sendo Jesus o nosso grande Sumo-sacerdote, o manto simbolizava o seu ofício, e o seu caráter perfeito.
· A cor azul representa Jesus o homem celestial, vindo do céu.
Ele falou do céu. Levantou os olhos ao céu. Representou o céu. Andou para o céu. Teve o céu sempre em seus pensamentos. Note o contraste com o primeiro Adão que era “terreno” (I Co. 15:45-49). Aqui, Jesus não tinha morada, possessões, tesouros. Foi a encarnação da graça (Sl.45:2). Dos seus lábios saiu o “bálsamo” de Gileade. Com ele veio a graça e a verdade. (Jo. 1:17). Com razão usamos a saudação: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo”.
· As campainhas de ouro nas orlas.
Representam o falar, o testemunho e as palavras de Jesus (Jo.7:46). Quando o Sumo Sacerdote entrava no lugar Santíssimo, ouvia-se um som alegre (um eco, diz no grego) (Atos 2:2). No cenário, onde os discípulos foram batizados com o Espírito Santo (Atos 2:32-36). No pleno sentido do seu ministério, as campainhas representavam os 9 dons do Espírito Santo (ICo. 12 e 14).
· As romãs nas orlas.
Se as campainhas representam os dons do Espírito Santo, as romãs representam os frutos do Espírito Santo (Gl.5:22), que se manifestaram em igual número (Nove). Tanto dons, como frutos são evidências do ministério eficaz de Jesus no céu a favor da igreja. Deve haver um balanço entre os dons e os frutos (I Co. 13). Como havia no manto uma campainha e uma romã. Os frutos do Espírito Santo devem acompanhar os nossos frutos.
21. 7 - O Éfode ou Estola (Êx. 28:6-30 / 39:2).
Era a vestimenta exterior, sem manga. Uma espécie de colete, descendo para baixo da cintura. Era feito de duas peças, de frente e das costas. Estas duas peças eram ligadas aos ombros com duas pedras de onicha. Em cada uma dessas pedras estavam escritos os nomes de seis tribos de Israel. À cintura havia outro cinto “primorosamente” tecido, feito de ouro, estofo azul, púrpura, escarlata e linho fino retorcido.
O Éfode foi feito de ouro bem batido e feito em fios que foram tecidos junto ao linho retorcido, o estofo azul, a púrpura e o escarlate. Era uma vestimenta reluzente e gloriosa. O ouro, como nas demais peças do Tabernáculo, representam a natureza divina de Jesus e o linho a natureza humana.
Eram duas naturezas, mas um só éfode. Nos evangelhos vemos Jesus, o homem, com corpo, sofrendo fome, cansaço, tristeza, etc., mas também o Filho de Deus, o grande “Eu Sou”, operando milagres, levantando os mortos, mandando nas forcas da natureza (Gravitação, densidade, e nos animais). Não se pode separar as duas naturezas de Jesus sem destruir o Éfode. Claramente a revelação divina da Bíblia é Jesus, o Deus-Homem.
As duas pedras preciosas de onicha, nos ombros, são símbolos de poder. O Bom Pastor leva a ovelha desgarrada no ombro (Lucas 15:3-7 / Is. 26:4 / 9:6 / Jo.17). Jesus leva-nos em seus ombros perante o Pai (Jd. 1-24).
21. 8 - O Peitoral (Êx. 28:15-30).
O peitoral era ligado no Éfode. Era uma espécie de saco, feito dos mesmos materiais: ouro, púrpura, escarlate e linho fino. Nele havia doze pedras, de quatro fileiras, três em cada fileira. Em cada pedra foi gravado o nome de uma tribo. No saco foram colocados os objetos chamados “Urim e Tumim”, que significam “Luzes e Perfeitos”. Por consultá-los, o sacerdote podia conhecer a vontade de Deus. O peitoral foi colocado na frente do Éfode, um pouco acima do cinto “primorosamente tecido”. O peitoral era quadrado, de um palmo de cada lado.
A mensagem do peitoral é que Jesus, nosso Sumo-sacerdote, leva o seu povo no seu coração, como Arão levava individualmente os nomes das doze tribos (Gl.3:3 / Hb:2.14 / Ef. 2:6). O trabalho sacerdotal de Cristo não é formalista, mas sim amoroso e sincero. Ele realmente ama seu povo, intercedendo por ele com alegria (Jd. 2.24). Os nomes das tribos nas pedras nos ombros vieram na ordem do seu acampamento ou na marcha. As pedras nos ombros eram de igual valor, e as pedras do peitoral de valor diverso. Estes fatos sugerem a verdade que por nascimento e regeneração, somos todos iguais perante Jesus (Gl. 3:26), resgatados todos com o mesmo sangue. Somos todos como “pedras preciosas” para Ele (Ml. 3:17 / I Co.6:20).
Mas havia pedras mais perto e outras mais longe do coração de Arão. Assim, entende-se que há discípulos que querem se aproximar mais de Jesus, e outros ficam mais afastados dele. Entre os 70 discípulos existiam 12, mais próximos dEle, e entre os 12, havia três especiais: Pedro, Tiago e João, e ainda entre eles, João “o discípulo que Jesus tanto amava”, e que descansava no seu peito (Jo. 20.20). Paulo foi outro apóstolo que era íntimo de Cristo (Fp. 3:3-10 / II Co. 5:9). É claro que há diferença entre crentes. Alguns são mais agradáveis ao Senhor, dependendo da sua vida, do seu amor e do seu serviço (Gl. 5:25 / Cl. 3:1-3).
O resplendor das pedras representava a glória de Jesus (João 17:22). O Urim e Tumim que se colocava no peitoral (Lv. 8:8) eram usados pelo sumo-sacerdote para saber a vontade de Deus e assim, tornou-se o conselheiro do povo em tempos de perplexidade. Por exemplo, quando precisavam decidir casos de inocência ou culpas. Embora, pouco sabemos do seu verdadeiro uso em tempos posteriores, compreendemos que, como os demais artigos do sacerdócio arônico, eles representam a direção divina do Espírito Santo. O Urim e Turim desapareceram, mas o Espírito Santo permanece conosco para sempre (Jo. 14:16 / I Co. 2:10).



21. 9 - A Mitra (Êx. 39.28; 28.39).
A palavra “mitra” vem do hebraico e significa “enrolar”. O linho Fino da Mitra foi enrolado ao redor da cabeça de Arão em forma de turbante.
Esta mitra significava a obediência de Jesus à seu Pai. Uma cobertura na cabeça (no Novo Testamento) significa obediência (I Co. 11:2-16). Jesus era obediente (Fp. 2:8) conf. Isaías 42:1, que contraste forte com o Anti-Cristo que tudo faz segundo a sua própria vontade (Daniel 11:36 / II Ts. 2:4). É pela perfeita obediência de Jesus a Seu Pai que o homem recebeu redenção.
Na parte dianteira da mitra, numa fita azul, foi colocada uma “lâmina de ouro puro” na qual foi gravada “Santidade a Jeová” (Êx. 28:36-38). Esta lâmina foi à última peça das vestimentas gloriosas de Arão. Estando ele ali na presença do Senhor, esta lâmina refletia santidade do povo de Deus. Nisto ele representa Jesus, que está na presença de Deus como nossa justiça e santidade (II Co. 5:21). Na sua santidade temos a santidade (Ef. 1:4). Como no Tabernáculo, Deus via Israel como que na pessoa do Sumo-sacerdote, Assim Deus nos vê na pessoa do Seu Filho Jesus (I João 4:17).
21. 10 - Estudo resumido das vestiduras de “Glória e Formosura”
· Túnica de linho - O Imaculado.
· Cinto de Linho - O servo.
· Manto de Éfode - O celestial, cheio de graça.
· O Éfode - O Deus-Homem.
· As Pedras nos ombros - Aquele que fortalece e sustenta.
· O peitoral - O amoroso.
· A mitra - O obediente.
· A lâmina de ouro - O santo.
22 - A consagração dos Sacerdotes (Lv. 8).
Neste capítulo 8 de Levítico, vemos instalados no sacerdócio, Arão e seus filhos.
22. 1 - Arão lavado, junto com seus filhos.
Aplicada a água por Moisés. Água que é símbolo da Palavra, significa que os crentes, sacerdotes com Cristo, são unidos com ele na santificação (Hb. 2:11). A unidade essencial entre Jesus e Sua Igreja é uma verdade, bem declarada no Novo Testamento (Jo. 17:19). Antes de servir no sacerdócio, precisamos despir-nos das vestiduras da carne. “Frutificai-vos os que levais os vasos de Jeová” (Is 52:11).
22. 2 - Arão consagrado primeiro.
Foi vestido publicamente por Moisés, primeiro, em separado. Assim, o mundo tem visto em Jesus uma singularidade de pessoa e ministério. Ele é diferente de todos os demais homens da história, verdadeiro Deus e homem perfeito. Arão foi ungido com óleo (verso 10), tipo de Jesus ungido com o Espírito Santo (Mc. 3:13-17 / Lc. 4:18).
22. 3 - Arão e seus Filhos Santificados pelo Sangue.
· Sobre a ponta da orelha direita (V.23). A orelha representa o ouvir a Deus (Mc. 4:24 / Lc.8:18). Não temos direito aos nossos ouvidos, mas devemos consagrá-los ao Senhor (Mt. 3.19 / Ap. 2:7). Quais sacerdotes, somos crucificados, ressuscitados e sentados com Jesus (Éf. 2:5-8).
· Sobre o dedo polegar da mão direita. Representa o nosso serviço que deve ser completamente consagrado ao Senhor (Êx. 32.29) “Enchei as vossas mãos ao Senhor” (I Cr. 29.5) confronte Êx. 23:15 e 34:20 / Dt. 16:16.
· Sobre o dedo polegar do pé direito. Representa o nosso andar consagrado ao Senhor. Não podemos ir onde queremos, mas sim onde o nosso Senhor nos mandar (ICo. 6:19-20).
· Consagrados com ofertas pelo pecado, ofertas queimadas e as movidas perante o Senhor (Lv. 8:2-25-29). Representa o fato que nosso ministério estará sempre intimamente ligado com a morte e a ressurreição de Cristo.
· Arão e seus filhos ungidos com óleo (Lv. 8.30). Tipo da unção do Espírito Santo no dia do Pentecostes (Atos 2 / Ef. 1:13-14 / ICo. 1:21-22).
· Durante sete dias permaneceram no Tabernáculo, no Lugar Santo e comeram o sacrifício (Lv. 8-31-36). Nisto temos uma ilustração da separação moral e espiritual da igreja, tanto individual como coletivamente. Somos um povo separado:
a) Pelo propósito eterno de Deus que nos chamou à salvação.
b) Pela cruz (Gl. 6:14).
c) Pelo Evangelho e chamada do Espírito (Jo. 16:8).
d) Pelo ato criativo de Deus, no qual recebemos a vida eterna (Ef. 2:10 / IICo.5:17 / I Co. 6:17). e) Pela presença do Espírito Santo (Jo. 14:17).
Os sete dias de separação sugerem o rapto da igreja e o tempo de sete anos que ela passará com Jesus nos céus, durante o qual a tribulação virá sobre o mundo (Ap. 6.18). Nos céus, a igreja gozará da festa nas Bodas do Cordeiro (Ap. 19:7-8).
No 8o dia, Arão e seus filhos saíram (Lv. 9:1-4). “Hoje Jeová vos aparecerá” (ver. 4). Depois que o sacrifício foi oferecido e Arão e seus filhos saíram do Tabernáculo vestidos em suas vestimentas sacerdotais e reais, abençoaram o povo e a glória do Senhor apareceu a eles e a todo o povo, desceu fogo do céu e consumiu o sacrifício (Lv. 9:23). O povo, diante desta manifestação da presença divina, prostrou-se e jubilou-se no Senhor. Esta cena nos sugere uma outra, a de Ap. 19, onde Jesus e Sua Igreja, todos vestidos em roupas resplandecentes saem do Tabernáculo celestial para vingarem-se do seu usurpador, o Anti-Cristo e os que seguem. Então será estabelecido o seu glorioso reino de paz e justiça na terra, por mil anos, que maravilhosa esperança para os redimidos do cordeiro (Ap. 19:11-21 / Cl.3:4).
23 - As Cinco Grandes Ofertas (Lv. 1-5).
23. 1 - O Holocausto (Lv. 1:1-17)
Holocausto quer dizer “o que ascende ou sobe”, isto é, completamente queimado e que subiu fumaça. É chamado de uma oferta “Suave Cheiro” a Jeová (vs. 9). O holocausto era um sacrifício oferecido a Deus (Hb. 9:14). O holocausto figura aquela parte da morte de Jesus, em que se vê o Filho de Deus oferecendo-se inteiramente ao Pai. É devoção sem reserva. Era o “OBLATIO”, isto é, adoração, oblação ou culto.
No calvário vimos Deus virar Seu rosto contra o Filho, o representante pelo pecado, mas no holocausto, vemos cheio de alegria divina em ver Seu Filho entregue completamente à sua vontade, adoração e cheio de amor para com ele.
23. 2 - Animais usados:
· Boi - Tipo de trabalho, ou Jesus, o servo (Is. 52:13-15 / Fp. 2.5-8 / Hb. 12:2-3 / I Co. 9:10).
· Ovelha - A ovelha é símbolo de simplicidade, paciência, mansidão, inocência e pureza, é tipo de Jesus na Sua mansidão (Isaias 53:7).
· Pombo - Tipo da inocência e simplicidade de Jesus. Sua pobreza, etc. (II Co. 8:9 / Is 59.11 / Mt 23:37 / Hb 7:26).
23. 3 - A Oferta preciosa sem defeitos (vs. 3). Tipo da perfeição de Jesus (Hb. 9:14 / II Co. 5:21).
23. 4 - Oferta voluntária (vs. 3). Jesus ofereceu-se para vir à terra em forma de homem visível, para morrer e assim efetuar a salvação do homem para a gloria de Deus (Fp. 2.6-8). Esvaziou-se da sua glória, tomou corpo humano (Sl 40:8). Tudo isto era mandamento do Pai (Jo. 10.16-18).
23. 5 - Colocado em ordem sobre a lenha (vs 8). Cada detalhe da morte de Jesus foi previsto e pré-arranjado desde a eternidade. Por exemplo: a roupa repartida entre os soldados, a sorte lançada sobre a túnica, a zombaria, o vinagre, o fel, as palavras “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?”, nenhum osso quebrado, coração fisicamente quebrado, enterro no túmulo do rico, etc. (Sl. 22:1-8-18 / 34:20 / 69:20-21 / Is. 53:9).
23. 6 - A oferta foi esfolada e cortada em pedaços. O esfolamento revelou os tecidos da carne. Assim, as tentações de Jesus, revelaram o que havia nele: perfeição e obediência a Deus. Nenhum pecado foi revelado. Podia dizer: “Ai vem o príncipe do mundo (Satanás); ele nada tem em mim” (Jo. 14:30, confronte: Jo. 8:46).
23. 7 - Os intestinos e pernas da oferta, lavados com água (vs. 9). Os intestinos representam os motivos, os impulsos e inspirações da vida. As pernas representam o andar (Sl. 51:6 / Jr.31:33). O motivo de Cristo era agradar seu Pai (Jo. 8:29). Seu andar foi sempre governado pela Palavra que ele mesmo podia oferecer em holocausto ou oblação na cruz romana. Aleluia.
23. 8 - A gordura posta na lenha. Gordura representa saúde e excelência, dons e qualidade. Em Jesus tudo foi consagrado. Nós também devemos consagrar até a “gordura” da nossa vida (Rm. 12.1-2). Isto é, cultuar a Deus com o melhor de nossa vida.
23. 9 - A cabeça posta na lenha. A cabeça representa a inteligência e o pensamento de Jesus. Também representa a consagração dos pensamentos, com relação ao crente (Cl. 3.1-2 / Fp. 4:6-7).
23. 10 - As cinzas postas para o oriente ao altar. O Tabernáculo olhava para oriente. Assim o pecador, quando simbolicamente estava no Santo dos santos, na pessoa do Sumo sacerdote, podia dizer as palavras do salmista: “Quão distante o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões” (Sl. 103: 12).
23. 11 - Foi completamente queimado. Nada foi comido pelo sacerdote. Foi somente para Deus.
23. 12 - Aceitação do adorador dependia da aceitação da oferta. Foi pessoalmente apropriado.
23. 13 - Imolado à porta do Tabernáculo. Publicamente. Da mesma forma o pecador precisa confessar Jesus com sua boca (Rm. 10:9-10).
23. 14 - O ofertante pôs a mão na cabeça do sacrifício. Significa transferência de posição. O pecado do homem, quando crê, é transferido para o corpo de Jesus, onde foi punido.
23. 15 - O Holocausto sempre perante o Senhor. O fogo não podia se apagar. Jesus, nosso holocausto, está sempre perante Deus. Sua consagração nunca cessa.
23. 16 - A Oferta de Manjares (Lv. 2). Esta oferta significa no hebraico “Dom” (no latim “donatio”). Era a oferta sem sangue e nos apresenta os símbolos da pessoa e caráter do nosso Senhor Jesus Cristo.
· Composto em flor de farinha. Bem moído, bem uniforme em qualidade. Representa a vida de Cristo, bem equilibrado e verdadeiro. “Ele tudo tem feito bem” (Mc. 7.37). Manteve a Lei e usou a graça (confronte o caso da mulher apanhada em adultério Jo. 8.1-11). Era cheio de graça e de verdade. O homem perfeito “em tudo”: palavra, pensamento e ação. O processo de moer o trigo sugere os sofrimentos de Jesus (Is. 53:5 / Hb. 2:10 / 4.15 / 5:8 / Sl. 51:17).
· Ungido com azeite (vs 11). Simbolizava o Espírito Santo em sua vida. “Encarnação (Lc. 1.35), concepção pelo Espírito Santo. Batismo com Espírito Santo (Mt. 3.17 / At. 10.38 / Is 61.1 / Jo. 1:32), como azeite unia as partículas da farinha assim o Espírito Santo une os membros da igreja (Éf. 4:3).
· Temperado com sal (vs. 13). O sal conserva da corrupção. Nossa conversão deve levar sal (Cl. 4:6). Confronte o exemplo de Jesus. “As palavras que eu vos tenho dito, são espírito e vida” (Jo. 6:63 / Mt. 12:36-37 / Jd. 14-15 / Cl. 3:16).
· Fermento proibido. Fermento simbolizava o que é mau, corrupto e falso. Coisas da carne (ICo.5:6). Doutrina dos escribas e fariseus (Mt. 16:5-11), confronte Cl.3:5-9. A ausência do fermento indica que Cristo era Verdade e Sinceridade (Jo. 14:6), como simbolizado no pão asmo da páscoa (Êx. 12).
· Mel proibido. Fermento. O mel representa o que tem doçura natural. O pecado tem uma “Doçura” ou prazer natural que não podemos negar. Mas é de pouca duração. A Jesus, foi oferecido “mel”, quando o povo queria aclamá-lo rei (Lc. 6:51), e quando Satanás usou Pedro para sugerir outro caminho que não o do Calvário (Mt.16:22). O crente precisa ter cuidado com aplausos do mundo (Lc. 6.26), e do “ego” (o seu próprio “eu”) e o amor puramente natural (Mt. 10:37 / Mc. 3:32-33 / Jo. 2:4 / 7:1-6). O mel, mais cedo ou mais tarde, azeda.
· Oferta queimada. Sem o fogo a oferta teria permanecido apenas uma massa (Hb. 12:29).
· Comida pelos Sacerdotes (Lv. 6.14-16). Depois de oferecer um punhado a Jeová, como oferta memorial (vs. 2), o resto era comido pelos sacerdotes, isto figura a igreja sustentada por Cristo, o Pão da vida (Jo. 6:51-57).
23. 17 - A oferta pacífica (Lv. 3:7-28-34).
A oferta pacífica era uma expressão de gozo e gratidão, por parte daqueles que estavam em comunhão com Deus. Não era oferta para estabelecer paz e amizade com Deus, mas sim uma oferta oferecida por aqueles que já desfrutavam destes benefícios. Era figura da paz por Jesus Cristo, pela qual temos comunhão com o Pai. Esta comunhão custou o sangue de Jesus. Esta oferta então fala de Jesus, nossa Paz (Cl. 1:20 / Ef. 2:14 e 17).
24 - A obra de Cristo.
· Propiciação a Deus (Rm. 3:25).
· Expiação – O pecado dos homens expiado;
· Reconciliação – Paz entre Deus e o homem (Rm. 5:10-11 / II Co. 5:19 / Ef. 2:16). Por sua morte, Cristo trouxe o mundo ao terreno da graça onde Deus podia tratar conosco na base de misericórdia. Deus é justo e justificador ao mesmo tempo. A sentença fica suspensa (I Jo. 1:9 / Cl 1:21-22). A paz é paz individual (Rm. 5:1 / Lc. 2:14). O coro angelical dos céus, em Belém, anunciou esta paz. Por causa do sacrifício de Jesus que acabara de nascer no mundo, podiam cantar: “Paz na terra entre os homens a quem Ele quer bem” (Jo. 6:40 / 16:33 / Mq. 5:5). No milênio, cumprir-se-ão as profecias de paz (Ap. 19:11-16 / Sl. 2:9 / Is. 9:6).
24. 1 - O resultado - Comunhão. Simbolizando no comer do sacrifício. O homem, na pessoa do sacerdote, comeu:
· Do peito (Lv. 7:31). Lugar de afeição e amor. Eva foi feita do lado de Adão; João reclinou a sua cabeça no peito Jesus. O sacerdote levava Israel no peitoral (Êx. 28:12-29). Precisamos ver o amor de Deus Pai.
· Do ombro - Lv. 7:32). O lugar de força (Is. 63:17). O sacerdote levava Israel nos ombros, nas pedras preciosas (Êx. 28:11).
· Deus requeria. A gordura, rins e cauda eram queimadas no altar. São tipos da vida perfeita de Jesus em que Deus se agradou.
24. 2 - Quem não podia comer.
· O leproso - tipo de pecado aberto (Lv. 22:4 / Sl. 66:18).
· Qualquer imundo - tipo dos que caem em pecado por descuido e tentação. Depois que o sol entrasse podia comer (Lv. 22:7).
· O estrangeiro (Lv. 22:10).
· O peregrino (Lv. 22:10 / I Jo. 2:19).
· O servo (Lv. 22:10 / Jo. 15:15).
25 - A oferta pelo pecado (Lv. 4).
A oferta pelo pecado trata do que é o homem, isto é, a sua natureza e não só o que faz. O homem é pecador, não porque peca, mas peca porque é pecador.
Em relação às outras ofertas já estudadas, vemos a diferença. As outras ofertas, de suave cheiro, representam a humanidade perfeita de Jesus oferecida a Deus. Na oferta pelo pecado, vemos Jesus levando nossos pecados como substituto. A morte de Jesus é pelo pecado e culpa do homem. Embora estudadas por último, as ofertas pelo pecado foram as primeiras oferecidas (Lv. 4).
A oferta pelo pecado, conforme Levítico, capítulo 4, foi provida em favor:
· Dos sacerdotes (Vs. 3-12).
· De toda a congregação (vs. 13-20).
· De príncipes (vs. 22-26).
· De qualquer pessoa do povo (vs. 27-35). Com isso Deus mostra que o caminho para todos nós é um só.
26 - As ofertas pela culpa.
Esta oferta difere da oferta pelo pecado, no fato de que, além da oferta ao Senhor, o culpado deve restituir a pessoa contra quem pecou, aquilo que roubou, extorquiu ou obteve por meios ilícitos, e mais a quinta parte do seu valor. Esta oferta ao Senhor anuncia que, ao pecar, contra ao próximo, o homem peca também contra Deus.
FIM

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