FACULDADE DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS HOJE
CURSO LIVRE
MANUAL DE CERIMÔNIAS
MANUAL DE CERIMÔNIA
A ORDEM NOS CULTOS
É lamentável ver em muitas
igrejas, às vezes em igrejas grandes e conhecidas, conversas e cochichos sem
fim nos cultos públicos, e o motivo disso é, principalmente, porque o mau
exemplo vem do púlpito, onde pastores, presbíteros, etc, julgam-se com o
direito de cochicharem uns com os outros e até mesmo durante a entrega da
mensagem. Isso constitui falta grave. O culto deve ter louvores a Deus, e pode
ter línguas estranhas; pode mesmo ter profecia (ainda que o profeta deve
lembrar-se de que não é obrigado a transmitir num lugar não adequado a mensagem
que recebe, podendo retê-la para ocasião oportuna, pois "os espíritos dos
profetas estão sujeitos aos profetas'')* Sim, muitas coisas gloriosas de que
temos exemplo na Escritura podem acontecer no culto público, inclusive curas,
milagres e maravilhas. Mas no culto público não deve haver falatórios e cochichos
nem no púlpito nem na congregação.
A mensagem que o pregador
leva é por vezes gravemente prejudicada pelos falatórios e cochichos, pelo
andar de crianças nos corredores, pelo chorar de crianças, pelo vaivém de
muitos entrando e saindo do recinto do templo sem necessidade, pela formação de
bloquinhos nos corredores e por outras irreverências tão lamentáveis. E dever
dos diáconos reprimir energicamente tais procedimentos, e cabe ao pastor da
igreja fiscalizar para que a ordem seja mantida.
Uma mensagem tem mais
poder e o pregador sente-se muito mais ungido quando a igreja está quieta, cada
um em seu lugar, louvando e glorificando a Deus, e pedindo que o Senhor abençoe
o pregador e a mensagem, para que tenha poder e encha o coração dos pecadores
presentes.
A igreja deve ser
regularmente instruída a manter ordem no culto público, e o pastor deve
determinar aos diáconos e auxiliares a respeito.
A ordem nos cultos é
essencial ao progresso espiritual da igreja e ao bom conceito do pastor. Uma igreja
cujos cultos se realizam em desordem dá má impressão aos visitantes e mesmo aos
membros que compreendem as coisas de Deus, revela um pastor descuidado e não
alcança o desejado progresso espiritual.
DIREÇÃO
DE UM CULTO
Todos sabemos que o culto
divino deve ser orientado pelo Espírito Santo, e consideraríamos uma temeridade
se houvesse nestes escritos a pretensão de tomar para o homem prerrogativas que
são exclusivas do Senhor. Cabe-nos, no entanto, dizer que o Espírito de Deus
usa, para todos os atos que se praticam na igreja, o homem que se coloca à sua
disposição. É maravilhoso notar que somos instrumentos do Espírito, e é do
agrado do Senhor que os seus servos estejam devidamente informados sobre
qualquer procedimento nas atividades que a cada um têm sido conferidas.1)
A direção de um culto,
como já aludimos, cabe prioritariamente ao Espírito Santo, não resta dúvida,
mas a participação humana é indispensável. O elemento humano na direção de um
culto a Deus precisa estar primeiramente em sintonia com o Espírito Santo. A
prática e os métodos que apresentamos aqui são de grande importância, porém não
afastam o dirigente do culto de manter-se, em todos os momentos do seu ofício, em
total dependência do Senhor.
Dirigir um culto requer
muita responsabilidade, porque, neste ato, se está trabalhando com
matéria-prima do Céu, alimento do Céu, que se distribui com os famintos
espirituais. A meta de quem dirige um culto nunca pode ser a de cumprir um
anseio humano nem de encontrar uma oportunidade para expor os frutos do eu e da
vaidade, mas, sim, fazer tudo para glorificar o nome do Senhor.
No que concerne à
concepção humana, damos aos cultos variados títulos e destinações.
CULTO
PÚBLICO
Consideraremos em primeiro
lugar o que é conhecido por todos nós como o CULTO PÚBLICO, que é o ofício
sagrado que permite a todas as pessoas participarem. Normalmente, o chamamos de
culto evangelístico ainda que nem todo culto evangelístico tenha caráter
público; como quando é celebrado em local privado (residência ou outro lugar
onde não é permitido o ingresso de todos).
ROTEIRO
A direção do culto público
obedece geralmente à seguinte ordem, se o Espírito Santo não dispuser em
contrário:
1. Inicia-se com oração (o
espírito da oração deve permanecer em todo o culto). Na oração inicial, deve-se
agradecer a Deus pelo privilégio de cultuá-lo naquele instante e suplicar a sua
ajuda e direção para os trabalhos que terão lugar no culto: louvores, mensagens,
testemunhos, pregação, etc.
2. Os hinos devem ser
escolhidos, de acordo com a mensagem a ser transmitida, de modo que preparem o
caminho para a pregação e despertem interesse pelo culto no coração dos
presentes. Os hinos devem ser bem dirigidos, de preferência por alguém que
saiba música e tenha boa voz para cantar, mesmo que não seja o dirigente do
culto. Se houver muitos corais ou conjuntos participando, deve-se limitar o
número dos cânticos pela Congregação ao mínimo possível.
3. Após a oração inicial e
a entoação de um hino pela Congregação, far-se-á a leitura bíblica oficial, pedindo
sempre a ajuda do Senhor para trazer um texto que contenha no seu bojo uma
mensagem clara que, de plano, seja compreendida pelos ouvintes, e produza
efeitos espirituais imediatos em seus corações. Esta leitura geralmente é feita
pelo dirigente do culto ou por alguém por ele designado. Aconselha-se não
conceder esta oportunidade a quem não saiba ler com reverência, ou que leia
muito ligeiro, ou sem coordenação das frases, ou que não tenha prática de ler
em voz alta, em público.
A leitura responsiva com a
igreja, quando possível, tem produzido resultados exuberantes, pois, através
desta prática, toda a Igreja tem oportunidade de participar da Palavra.
4. Feita a leitura,
far-se-á outra oração na qual todos os pedidos serão apresentados, bem como se
dará graças ao Senhor por seus favores. Esta oração não deve ser muito longa,
porém cheia de fé e sabedoria.
5. Normalmente, nos cultos
públicos temos visitantes: obreiros, crentes vindos de outras igrejas, e também
inconversos. É da maior importância apresentar os visitantes, pois isso fará
com que se sintam em ambiente familiar, facilitando a sua integração no momento
do culto, do qual participarão com maior calor espiritual e fraterno. Além do
mais, levarão consigo uma excelente impressão e bom testemunho dos bons modos
do dirigente do culto e da igreja visitada e, sem dúvida, desejarão voltar para
sentirem o mesmo ambiente espiritual e cristão.
6. É conveniente que todos
os corais e conjuntos musicais que estejam no culto apresentem os seus
programas, tendo-se, porém, cuidado para que os cânticos não ocupem parte do
tempo necessário à mensagem da Palavra de Deus. Não devemos subestimar os
cânticos, pois são parte inseparável do culto, mas também não devemos
sublimá-los descomedidamente a ponto de prejudicar o horário destinado à
mensagem. Quando da apresentação dos cânticos, o ofertório entra como parte de
grande importância no culto. Convém anunciar que os visitantes não têm a
obrigação de contribuir, porém podem fazê-lo, se assim o desejarem.
7. Uma vez cumprida esta
parte (louvores), a mensagem final deve ter lugar oferecendo-se ao pregador o
tempo suficiente para desenvolver o seu tema, que deve ser relativo à
salvação assunto indispensável num culto
público.
8. Após a mensagem
oficial, salvo direção do Espírito Santo, não se deve fazer outra coisa senão o
convite aos pecadores. O cântico (corais, conjuntos, etc), geralmente tira a
mensagem da mente do ouvinte, a menos que o hino esteja em harmonia com o tema
da pregação e faça parte do apelo. Feito o convite, far-se-á oração pelos que
se entregarem, se houver decisões. É conveniente sempre, antes da oração em
favor dos neoconversos, dirigir-lhes uma palavra, fazendo-os mais cônscios do
passo que estão dando e da importância do ato. Os novos convertidos devem ser
levados a um local apropriado para, por pessoas habilidosas e capazes, receberem
as primeiras instruções.
9. Geralmente, no fim de
cada culto, há anúncios a serem feitos. Deve-se ter o maior cuidado para que o
término do culto não se tome desagradável com avisos demorados e incompatíveis
com o momento. (Esses avisos podem ser feitos em outra ocasião.)
10. A conclusão oficial do
culto geralmente é a oração final seguida pela bênção apostólica, matéria que
consideraremos em capítulo isolado.
TEMPO
Deve-se considerar que um
culto regular não deve ser de mais de duas horas de duração. Um culto
prolongado cansa os assistentes; as crianças começam a chorar e os pecadores a
sair antes do convite, salvo se o prolongamento do culto se der por ação direta
do Espírito Santo.
O que neste capítulo
apresentamos oferece critérios mais compatíveis com a boa ética ministerial.
Os nomes e endereços dos
que se entregarem devem ser cuidadosamente anotados, a fim de que a comissão de
visitas e assistência aos novos convertidos possa cuidar deles.
CULTO
DE ORAÇÃO
O culto de oração é
essencialmente para crentes. Muito poucas vezes a presença de pessoas
não-convertidas nele se admite. O cuidado na direção dos cultos de oração é um
imperativo de primeira ordem. Esses cultos se destinam a buscar o povo de Deus
solução para os seus problemas. Neles se fazem pedidos e muitas vezes
angustiosos, mas a ordem deve ser observada.
Nesta classe de cultos,
onde temos a oportunidade de desfrutar, de forma mais profunda, da presença de
Deus e de manifestações dos dons espirituais, revelações, etc., há também a
possibilidade de estarem presentes pessoas desajustadas, tanto espiritual como
mentalmente, as quais querem externar sentimentos que só contribuem para
produzir mal-estar e dúvidas naqueles que não são ainda dotados de experiências
e discernimento suficiente que lhes possibilite julgar o que acontece. Para
evitar que tal ocorra, o dirigente deve ter cuidado, orientando o trabalho de
forma inteligente e ensinar como se devem conduzir os participantes do culto. O
dirigente deve também instruir os crentes a orarem com fé, mas também com
objetividade, isto é, conduzindo o tema da oração para um alvo. Ensinar que a
unanimidade na oração é da maior importância quando há um motivo em comum que
atinja a todos.
Nos cultos de oração, os
cânticos, testemunhos e mensagens não devem ser longos, já que o maior tempo do
culto é destinado a oração. A celebração destes cultos, por sua natureza
privada, deve ser em local fechado, porém, ventilado.
Dependendo do horário e
local, é importante que se recomende baixar o volume da voz, sem com isso
limitar a liberdade no espírito. O tempo para cada período de oração deve se
ajustar às condições do local e à disposição dos assistentes. Aconselha-se um
período máximo de uma hora, não se fazendo desta recomendação uma regra
infalível.
Se o culto de oração é uma
vigília, então se devem adotar critérios próprios, a fim de que não se torne
uma tarefa puramente enfadonha. Os períodos de oração deverão ser intercalados
com louvores, testemunhos inspirados. Esses testemunhos devem ser de preferência
conhecidos do dirigente, para evitar que o tempo seja tomado com estórias que
nada têm de proveitoso.
As vigílias devem ser
realizadas em locais onde o povo de Deus ore sem a preocupação de estar
incomodando a vizinhança, porém se tal não é possível, não será por isso que se
vai deixar de buscar a Deus em ato congregacional durante as caladas da noite;
basta orientar cuidadosamente os fiéis para os momentos de oração, fazendo-lhes
ver que o local não é muito próprio para fazer grande ruído.
Nos cultos chamados de
oração, normalmente vão ou são levadas pessoas com os mais diferentes problemas
espirituais, morais, físicos, materiais. Essas pessoas devem ser tratadas com
especial atenção, não se permitindo que as suas esperanças sofram arrefecimento,
se forem legítimas, e outro tanto de cuidado deve ser empregado para que não
sejam nutridas esperanças no próprio culto de oração, no dirigente ou em
qualquer ser humano, mas que cada necessidade fique, por fé, nas mãos do Senhor
Jesus. Outrossim, todo o povo de Deus deve participar nas intercessões e nos
momentos de louvor e agradecimentos.
Neste ponto julgamos
oportuno alertar que o batismo com o Espírito Santo é uma dádiva de Deus. Jesus
disse: "Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que
esteja para sempre convosco" (Jo 14.16). Logo não é produto de esforço ou
da virtude de alguns que, inadvertidamente, entram nas prerrogativas divinas e
com sacudidelas, gestos, línguas estranhas forjadas, etc, querem fazer crer que
as pessoas foram batizadas com o Espírito Santo. Tais práticas são
antibíblicas; portanto, devem ser rejeitadas por todo o servo de Deus fiel e
prudente. Orar para que o milagre do batismo com o Espírito Santo aconteça é
cabível biblicamente, mas nunca nos esqueçamos de que quem batiza com o
Espírito Santo e com fogo é o Senhor Jesus.
Nos cultos de oração,
todos os assuntos podem ser apresentados ao Senhor, salvo quando houver algo de
muito particular, que não possa vir ao conhecimento público. Todo o povo de
Deus que estiver participando no culto de oração deve ser instruído a
apresentar os assuntos a Deus de forma ordenada, unânime e inteligente,
evitando-se, assim, as divagações e as vãs repetições. É glorioso sabermos que
temos um Mestre que nos ensina a orar, fiquemos aos seus pés, Ele nos conduzirá
a bom termo nas nossas orações, para glória de Deus. Textos próprios para
cultos de oração: Isaías 56.7; Zacarias 11.1-13; Mateus 6.9-15; Romanos
8.26-27; Apocalipse 8.3; aquém ora Salmo 5.2; Mateus 4.10; Zacarias 23.42; Atos
7.59; 2 Tessalonicences 3.5; e referências. Outros textos Salmo 5.3; 119; 147;
Romanos 12.12; Tiago 5.13; Oséias 14.2; Mateus 7.7; Lucas 18.1.
A
ORDEM NOS CULTOS DE ORAÇÃO
É costume nos cultos que
todos unânimes orem a Deus juntos. Isso é agradável e salutar, porque oferece a
cada um o ensejo de levar a Deus os seus próprios cuidados, as suas próprias
necessidades, sem que precise pedir oração a quem quer que seja. Pode ainda
agradecer e louvar a Deus em voz audível por todas as bênçãos recebidas. Mas é
também bíblico que essa liberdade não deve levar os crentes a uma gritaria
carnal, que dá má impressão. É notório que na igreja em Jerusalém todos
"unânimes levantaram a voz a Deus", mas também devemos meditar
seriamente no fato de que, apesar de haverem unânimes levantado a sua voz a
Deus, todos ouviram o que se dizia (At 4.24,31) e a oração foi tão poderosa,
que, “tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos, e todos foram
cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a Palavra do Senhor".
O dirigente de um culto de
oração tem de ter o espírito de discernimento, para julgar as profecias,
conforme 1 Coríntios.14.29. Aliás, é nesse capítulo que encontramos (versículos
26 a 33) o seguinte tópico: "Que fareis, pois, irmãos? Quando vos
ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua,
tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. E se alguém falar língua
estranha, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja
intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale
consigo mesmo, e com Deus. E falem dois ou três profetas, e os outros julguem,
mas se a outro, que estiver assentado, for revelado alguma coisa, cale-se o
primeiro. Porque todos podeis profetizar, uns depois dos outros; para que todos
aprendam, e todos sejam consolados. E os espíritos dos profetas estão sujeitos
aos profetas, porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas
as igrejas dos santos".
O dirigente não pode
deixar que a desordem impere no culto de oração, sob pretexto de não
entristecer alguém: ele tem responsabilidade diante de Deus e da própria
igreja. Acreditamos que a profecia só se realiza quando é em verdade uma
mensagem divina. Uma "profecia" que não é mensagem divina pode ser
até constituída de palavras muito agradáveis, por ser a pessoa que a profere um
crente sincero, que agora se deixa enganar, pois não está transmitindo, como
pretende, uma mensagem divina, mas uma mensagem de si mesma, o que não
constitui profecia. Profecia é a fala de Deus ao homem e não a fala do homem ao
homem, embora o homem que a profere, fale boas palavras, por ser um crente
sincero. Para se conhecer se a mensagem é de Deus (uma profecia) duas coisas se
fazem necessárias: a) que a profecia não contrarie qualquer norma estabelecida
na Bíblia Sagrada; se contrariar, de início deve ser cortada pelo dirigente,
pois não procede do Espírito Santo; b) que a profecia não pretenda estabelecer
normas na igreja, pois, se a profecia fosse para isso, teríamos de colecionar
todas as profecias normativas e acrescentá-las à Bíblia, uma vez que seriam
PALAVRA DE DEUS. A profecia também não é para resolver casos pendentes, já
conhecidos do "profeta". A profecia revela o que é oculto, o que
ninguém conhece. A profecia é, principalmente, para "edificação, exortação
e consolação" (v.3). No entanto, se a profecia predisser acontecimento
futuro, ela pode estar certa. Mas, nesse caso, precisa ser provada e a prova é
a realização do acontecimento predito. Se não se realizar, não veio de Deus e a
pessoa que "profetizou" é uma impostora, apenas.
CULTO
DE DOUTRINA
Conceito: Doutrinar é
ensinar algo a uma pessoa, tornando-a conhecedora de normas, princípios, etc. O
conceito de doutrina é ensinar de forma dogmática, isto é, aquilo que se ensina
é fixado na igreja como padrão de conduta para todos os crentes, são as
doutrinas bíblicas. Sabemos que há um variado número de conceitos sobre
doutrina e até certos costumes (alguns ótimos), receberam a classificação de
doutrina, mas, na realidade, continuam sendo apenas bons costumes adotados na
igreja e que fazem bem ao crente que os observa.
Temos feito esta breve
introdução, mas o que pretendemos dizer neste ponto é que o culto chamado de
doutrina é da mais alta importância para o crescimento espiritual da igreja.
Logo é fator que exige maior grau de responsabilidade de quem tem a direção,
especialmente se vai fazer uso da Palavra para doutrinar.
É possível que um obreiro
dirija o culto e outro entregue a Palavra doutrinária à igreja, mas é sabido
por todos que ao pastor da igreja ou ao seu preposto imediato é que cabe tal
função nos dias para isso designados. Sendo assim, o dirigente do culto nunca
deve passar esta responsabilidade para outra pessoa, a menos que seja algo já combinado,
sem prejuízo para a congregação.
Nos cultos de doutrina,
não há necessidade da atuação de corais, conjuntos musicais, etc. Um período de
oração é o melhor preparo para o momento doutrinário, contudo a maior parte do
tempo deve ser ocupada com a exposição da Palavra.
Vamos lembrar que o ato de
doutrinar difere do de pregar um sermão, não havendo necessidade de gestos e
tom de voz que são mais próprios para um culto público de cruzada
evangelística. Também não devemos fazer do culto de doutrina uma oportunidade
para cochilos no templo. O culto deve ser vivo, dinâmico, alegre como todos os
cultos. A participação dos presentes, em todos os momentos, é cabível, lendo
algum texto, respondendo a alguma pergunta feita pelo doutrinador que,
normalmente, é o próprio dirigente do culto.
Nos cultos de doutrina
ensinamos os crentes a assumirem uma conduta honesta, fiel, santa e pura em
toda maneira de viver, e a melhor maneira de imprimir tais ensinamentos é
demonstrar essa conduta na condução do culto, a partir do início, observando a
hora de começar o trabalho, etc. Ensinar uma coisa que não se vive não tem
sentido. Todo o doutrinador tem a obrigação de viver aquilo que ensina. Há um
outro cuidado que se deve ter quanto ao culto de doutrina: é não permitir que
ele se torne uma oportunidade para o doutrinador usar todo o seu ímpeto,
aplicando a mensagem com "pauladas", “'chicotadas", etc. O culto
de doutrina é a maior bênção para o crescimento firme da igreja. Vamos, pois,
ter zelo na sua condução, para a glória de Deus.
CULTO
EM AÇÃO DE GRAÇAS
Muitos são os motivos que
levam o povo de Deus a celebrar um culto em ação de graças. Essa iniciativa tem
respaldo bíblico, pois que a Palavra de Deus nos aconselha, reiteradas vezes, a
sermos agradecidos e é muito importante que a alegria que ocupa o coração do
crente que recebeu uma bênção especial de Deus seja compartilhada com os
demais, e todos alegremente glorifiquem a Deus.
O dirigente dos cultos em
ação de graças precisa ter certa habilidade, em razão dos diferentes momentos,
locais, motivos, etc, para esse culto. Às vezes, o culto obedece a um certo
programa previamente elaborado pelo interessado. Em tais casos, o dirigente
deve acautelar-se, não ficando indiferente a esse programa, mas tendo cuidado
de examinar todos os atos a serem praticados no culto, a fim de evitar que
alguma aberração prejudique o sentido espiritual do evento. Outras vezes o
local onde se realiza o culto exige maior prudência por parte do dirigente,
tanto no que se refere a oportunidades que faculte, como em duração do trabalho.
E quanto ao motivo ou motivos, é sábio que o culto alcance o seu objetivo e que
o fato gerador da ação de graças seja focalizado dentro do cabível durante as
solenidades, para que justifique a celebração e testifique do poder e da
misericórdia do nosso Deus. Como todo culto, este também deve ter o seu início
e conclusão com oração. Quando o culto é por aniversário ou êxito alcançado por
algum empreendimento, é oportuno que se parabenize a pessoa que alcançou a
bênção e se faça uma oração especial de agradecimento.
Nota
importante para a direção do culto
1. Queremos lembrar, com
apoio bíblico, que há entre nós um respeito àqueles que ocupam cargos mais
honrosos; portanto, quando o obreiro que está dirigindo o culto recebe visita
de algum outro obreiro nessa posição, a ele deve passar a direção do culto,
observando-se o seguinte:
a) O obreiro para quem se
vai passar a direção do culto deve ser do mesmo ministério e igreja a que pertence
o que está na direção.
b) Nunca se passa a
direção de um trabalho a um obreiro desconhecido, mesmo que venha com
recomendação.
c) Quando o obreiro que
recebe a direção do trabalho achar oportuno, deve deixar que a direção continue
com quem lha transferiu.
d) Se a direção é
específica, não cabe ser passada. Exemplo: a realização de uma tarefa designada
pelo pastor da igreja que de forma expressa determinou que fosse cumprida por
determinado obreiro. Neste caso, o obreiro não deve passar a direção ou
oportunidade, pois que é uma missão pessoal e específica.
e) Também na direção de um
culto, deve-se ter o cuidado de não oferecer oportunidade a um obreiro de
função menos elevada do que a daquele que falou. Ex.: o diácono após o
presbítero, etc. Estas recomendações não são rígidas, mas as deixamos aqui
consignadas a bem da boa ordem. Alguns textos bíblicos apropriados para um
culto em ação de graças: Salmo 103.1-5; 1 Tessalonicences 5.18; Colossenses
3.15-17; Salmo 116.12-14; 1 Timóteo 1.12 (ordenação); 1 Coríntios 29.10-14;
Salmo 106.1-3; Efésios 5.20; Salmo 105.1-5.
CULTO
AO AR LIVRE
(EVANGELISMO)
A evangelização é a mais
importante tarefa da Igreja do Senhor aqui na terra. O culto ao ar livre é uma
excelente forma de cumprirmos a nossa missão evangelizadora. Tem sido, entre
nós, fator de grandes bênçãos para a igreja no que tange ao seu crescimento
numérico; logo, o ar livre não pode ser deixado à mercê de quem não tem o
mínimo de orientação e sabedoria para conduzir o culto a bom termo.
Todo o dirigente de um ar livre
deve observar o seguinte:
a) Formar sua equipe ou
grupo de cooperadores orientando os seus integrantes como proceder quando se
acharem no trabalho. (A prudência no falar, o tema que irão abordar, o contato
com as pessoas, a distribuição de literatura, e o comparecimento no horário e
local indicados, etc, são temas que devem ser ensinados.)
b) Dar sempre ciência dos
seus atos e resultados do trabalho ao pastor da igreja.
c) Cooperar na
consolidação do trabalho feito, utilizando sua equipe neste importante serviço.
d) Distribuir os
trabalhos, determinando com amor e muito tato as tarefas que cada participante
terá de cumprir.
e) Sempre que possível,
conhecer o conteúdo do tema do que vai ser apresentado por alguém que pediu a
oportunidade, isso para evitar que aberrações tenham lugar durante o trabalho.
f) Cuidar que o culto não
se prolongue mais que o necessário.
g) Fazer sábia escolha dos
hinos a serem cantados e do texto a ser lido.
h) Nunca levantar ofertas
ou mesmo falar em dinheiro no trabalho de ar livre.
i) Procurar sempre
conduzir os trabalhos com muita sabedoria, mantendo o domínio do Espírito numa
total dependência de Deus.
OS
COOPERADORES DO AR LIVRE
Cabe a quem vai cooperar no
ar livre observar o seguinte:
a) Conservar o seu grau de
preparação espiritual e natural sempre crescente.
b) Seguir as orientações
dadas pelo dirigente do trabalho.
c) Cumprir com fidelidade
a tarefa que lhe foi confiada: orar, testemunhar, cantar, pregar, ler a
Palavra, fazer apelo, etc.
d) Não exceder-se no tempo
que lhe foi permitido usar.
e)Ter cuidado e estar na
dependência de Deus para a escolha e apresentação do tema que usará para
anunciar a salvação na pessoa de Jesus.
f) Não fazer referência a
pessoas públicas, autoridades civis, militares, eclesiásticas, a menos que
sirva para engrandecer o nome do Evangelho, mas tudo sem agressões ou afrontas.
g) Não atacar religião
alguma, mas anunciar o perdão em Jesus Cristo.
h) Não insultar nem
desafiar demônios, provocando-os, o que sempre perturba o trabalho. (A Bíblia
manda-nos resistir ao Diabo e não provocá-lo • Tg 4,7.)
i) Ajudar na consolidação
do trabalho realizado.
j) O obreiro deverá se
apresentar o melhor possível não comparecendo perante o público com a sua roupa
em desalinho e com aspecto não recomendável a quem trabalha no mais importante
serviço confiado aos homens.
CELEBRAÇÃO
DA CEIA DO SENHOR
A Ceia do Senhor é um
memorial neo-testamentário que representa a mais sublime festa da igreja aqui
na terra. Foi estatuída por Jesus para que os seus servos sempre que a celebrem
tenham renovada a memória dos seus padecimentos na cruz do Calvário. É um ato
por demais solene, e quem o oficia precisa ter o pleno conhecimento bíblico
acerca dele. A instituição da Ceia teve lugar no período pascal, ou seja,
quando o povo judeu ia, como rito, celebrar a Páscoa. O Mestre querido já
antevia o momento do seu sacrifício na cruze, as sim como a celebração da
Páscoa era um memorial para os judeus com relação à libertação que Deus lhe
concedera, tirando-os do Egito, a Ceia representa para os seguidores do divino
Nazareno um memorial que fala da gloriosa, incomparável e eterna libertação que
Deus em Cristo outorgou à Igreja. Paulo disse: "até que venha",
precisamente até que Ele venha devemos comemorar os seus padecimentos que
representam o alto preço pago para redimir-nos dos nossos pecados.
A direção do culto de
Santa Ceia requer o máximo de reverência. O oficiante deve cuidar de que todos
os comungantes estejam total e devotadamente voltados para o ato, não
permitindo que outros misteres alheios à Ceia tenham lugar. Durante a
celebração, pode-se permitir ao povo de Deus dizer versículos bíblicos, e é um
bom costume nas Assembléias de Deus no Brasil. Cânticos congregacionais poderão
ser entoados. A atuação de conjuntos corais, e musicais é cabível durante a
distribuição dos elementos. Nunca se pode interromper a Ceia com testemunhos, coleta
de ofertas, anúncios de qualquer natureza, ou qualquer outro assunto, para que
as atenções não sejam retiradas de tão sublime ato.
PASSOS
PARA O OFÍCIO
1. Leitura bíblica de um
texto que fale do ato: Mateus 26.26; Marcos 14.22-26; 1 Coríntios 11.23-32,
etc. Após a leitura, é conveniente uma ligeira explanação sobre o ato, levando
os fiéis a uma conscientização do que vão participar e como vão fazê-lo.
2. Após a explanação,
far-se-á a consagração do pão com uma oração com toda a igreja. Dizer o que representa
o pão à luz da Palavra de Deus é de suma importância, pois no nosso meio sempre
temos novos crentes. O pão, dentro dos nossos costumes, deve ser partido logo
após a oração. O oficiante citará o texto bíblico: "E, havendo dado
graças, o partiu". No partir do pão, ministros em número necessário
poderão ajudar havendo, inclusive o oficiante, antes lavado as mãos para
demonstrar boa higiene. Durante o partir do pão se poderão ouvir louvores.
3. O oficiante iniciará a
entrega das bandejas aos diáconos, que já deverão estar dispostos em boa ordem
para o trabalho. É importante que se instrua os ministros auxiliares a não
darem passos na frente do oficiante para não parecer desrespeito ou desordem.
Quer dizer: não partir o pão antes, não fazer a entrega dos elementos antes da
primeira entrega feita pelo oficiante, não se adiantarem nem mesmo na lavagem
das mãos, etc.
4. Quando já distribuído o
primeiro elemento, o oficiante perguntará se todos o receberam, para evitar que
alguém estando orando ou por outro motivo não haja sido servido. Logo que todo
o corpo da igreja estiver servido, serão servidos os diáconos e o oficiante
será servido por seu ajudante no ofício ou por um oficial da igreja, e dirá a
expressão bíblica: "Tomai, comei, isto é o meu corpo que é partido por
vós..." Todos comerão naquele momento.
Observação: Queremos
lembrar que o dito acima é o que achamos mais próximo do simbolismo bíblico,
inclusive quando se deseja dar uma interpretação literal à recomendação de
Paulo em 1 Coríntios 11, contudo, não desprezamos aqueles que, por costume
herdado, fazem de maneira diferente, isto é, já levam o pão cortado. Mas, com
todo o respeito, queremos dizer, que a forma acima exposta é mais segundo a
Bíblia; portanto, mais original e reverente. Acrescentamos ainda que não
pretendemos introduzir mudanças forçadas nas igrejas cujos dirigentes procedem
de forma diferente da que sugerimos e seguimos. Mas sempre procuramos ficar o
mais ligado possível ao simbolismo da Ceia do Senhor.
5. A segunda parte é a consagração
do cálice que representa o sangue do Senhor, vertido por nós na cruz. É bom
sempre lembrar que o sangue é o preço da nossa redenção. Com a oração feita, o
oficiante fará a entrega da primeira bandeja devendo ser ajudado pelos
ministros auxiliares. Do mesmo modo que os diáconos se postam para a
distribuição do pão devem fazê-lo para a distribuição do cálice.
6. Enquanto os diáconos
distribuem o cálice no corpo da igreja, o ministro oficiante poderá estar
servindo os ministros auxiliares. Nesta fase, a igreja ou os corais estarão
louvando a Deus, e poder-se-á permitir que os versículos bíblicos sejam
recitados pelos presentes. O oficiante será servido por seu auxiliar de ofício
ou por um oficial da igreja.
7. Quando os diáconos
retornarem de servir à igreja, far-se-á a mesma pergunta: se ficou alguém sem
ser servido. O oficiante, certificado de que toda a igreja foi servida, fará
servir os diáconos.
8. Após concluída a
distribuição dos elementos, o ministro oficiante pedirá à igreja que se levante
para agradecer a Deus pelo privilégio alcançado.
9. Após a Ceia, é bom que
não se faça qualquer outra coisa no culto, a fim de conservar os bons momentos
vividos durante a celebração.
Observação: Em algumas
igrejas há o costume de servir o vinho em cálice único. Respeitamos o ponto de
vista de quem assim o faz, porém achamos ser mais higiênico, e racional o uso
do cálice individual, mesmo porque na prática do cálice único se distribui não
um cálice mas vários, a menos que o grupo a ser servido seja pequeno. Como
dissemos anteriormente, não queremos que os costumes mantidos por décadas em
certas igrejas sejam desprezados, deixamos tão-somente aqui o que é mais usual
e praticado nas Assembleias de Deus no Brasil.
UNÇÃO
COM ÓLEO
A unção com óleo tem sido
matéria duramente discutida por alguns ministérios. Polêmicas se têm levantado
em torno do assunto. Achamos desnecessário tecer comentários sobre este tema,
visto que a Bíblia o define com clareza, não deixando qualquer brecha. Bastante
é abrirmos a Bíblia em Tiago 5.14,15 e fazer consoante ao que se acha
capitulado no livro sagrado. Temos, no entanto, de explicitar o seguinte:
1. A unção é praticada
pelos presbíteros (os pastores são também presbíteros). Não é, biblicamente,
função de mais ninguém.
2. Não se deve sair
oferecendo unção. A Bíblia diz: "Chame os presbíteros..."
3. Observar se o lugar
onde se encontra o enfermo não oferece impedimento à efetivação do ato. (As
vezes o estado do enfermo exige cuidados rigorosos do médico; em tal caso, é
prudente comunicar ao facultativo que pretende realizar esse ofício religioso,
isso para evitar complicações com a administração hospitalar.)
4. O local da unção
(aplicação do óleo), não é o da enfermidade. Nós estamos autorizados a ungir o
enfermo e não a enfermidade. Fazer o enfermo beber óleo é um procedimento
totalmente extrabíblico e nada tem a ver com a unção bíblica e é da exclusiva
responsabilidade de quem o faz. (Deus não se acha na obrigação de responder
pelas ações que se praticam fora do contexto bíblico.)
5. É conveniente que se
diga ao enfermo que o óleo é usado tão-somente como um símbolo do Espírito
Santo e quem tem a virtude para curar é a oração da fé: "E a oração da fé
salvará o doente e..."
6. Há muitas pessoas que,
por não alcançarem a cura quando ungidas por um determinado obreiro, pedem a
unção outra e outras vezes, o que achamos desnecessário, pois o que se precisa
não é de mais unção com óleo e sim de fé no poder operador do nosso Deus.
7. O ato deve ser
praticado com muita convicção e fé, e nunca de forma superficial ou leviana.
Quem unge um enfermo em nome de Jesus deve tomar a autoridade da Palavra de
Deus para repreender a enfermidade, tendo o cuidado de não agir com
precipitação.
O Espírito Santo de Deus
continua oferecendo aos seus abnegados e fiéis servos as diretrizes para que
com prudência realizem todo o trabalho que lhes cabe cumprir. Que Deus a todos
ajude a não mudar o que está definido na sua Palavra! Amém.
BATISMO
EM ÁGUAS
O batismo em águas é uma
ordenação do nosso Mestre e Senhor, conforme Mateus 28.19; Marcos 16.15,16; Atos.2.38
e referências. O ato deve ser praticado de forma bíblica e com quem vive a vida
recomendada pela Palavra de Deus. O exame de quem vai ser batizado deve ser
feito, sempre que possível, pelo pastor da igreja.
Após as instruções finais
que o ministro, pastor da igreja ou alguém por ele indicado transmita, e a
apresentação dos candidatos ao plenário da igreja para, após uma oração, serem
levados às águas batismais, o oficiante se colocará em posição de efetuar a sua
importante tarefa. Fará uma oração antes de dar início ao ato.
1. O batizando será
orientado a colocar as mãos entrelaçadas sobre o peito (mãos superpostas).
2. O batizante colocará a
mão que vai suportar o peso do batizando um pouco abaixo da nuca deste e,
levantando a outra mão ao alto, lhe fará as seguintes perguntas:
a) O irmão (a) crê que
Jesus é o Salvador e Senhor de sua vida?
b) Promete viver para Ele
durante toda a sua existência?
c) Está disposto a
obedecer à sua Palavra incondicionalmente?
3. Após ouvir o “Sim.'' do
candidato, o oficiante dirá: Segundo a tua confissão, o teu testemunho e a
ordem de nosso Senhor Jesus Cristo, eu te batizo em o NOME DO SENHOR JESUS
CRISTO ESTE É O NOME DO PAI DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO QUE ÉS BATIZADO AMÉM.
Ato seguido colocará a outra mão sobre as mãos postas do batizando, e, com
muita firmeza e delicadeza, e, mais que tudo, muito reverentemente, o inclinará
para trás até submergi-lo totalmente, com a maior rapidez, levantando-o logo
para a posição ereta e o conduzindo a quem esteja ajudando.
4. Durante a realização do
batismo, o oficiante deve acautelar-se quanto à má compostura de algumas
pessoas, especialmente irmãs. (Esta recomendação é feita para que tão solene
ato não se tome uma ocasião para escândalos ou gracejos.)
5. O oficiante terá seu
uniforme bem apresentável e deve usar gravata para bem recomendar-se e ao
ministério que exerce, e, ao mesmo tempo, destacar-se dos demais que irão às
águas do batismo. Deve usar sapatos (congas) de cor branca e a calça que usar
sob a capa deve também ser branca, a fim de ficar tudo uniforme.
6. Se houver alguém
enfermo com certa gravidade ou com dificuldade de locomover-se, aconselha-se
batizá-lo por último, por ser mais prudente e oportuno.
7. Ao concluir o batismo,
o oficiante fará uma oração, após dar ciência ao dirigente do trabalho que
conclui o ato.
Importante:
1. Se o batismo for
efetuado em águas correntes, é prudente que o oficiante conheça previamente o
local e tenha auxiliares consigo para evitar perturbações à solenidade.
2. Cabe a quem ficar na
direção do trabalho fazer a distribuição de outros atos que terão lugar
paralelamente, como cânticos de hinos, execução de peças musicais, momentos de
adoração. A não ser o que se tem dito, outras atividades como avisos, coleta de
ofertas, etc, jamais poderão ser praticadas no momento do batismo.
SEPARAÇÃO
(ORDENAÇÃO)
DE
OBREIROS
O ato ordenatório de
obreiro para exercer qualquer função ministerial é da maior significação, tanto
para o próprio obreiro como para a igreja a que pertence, e não é menos
importante para quem o oficia.
A indicação do obreiro
cabe à igreja com seu corpo ministerial, porém quem tiver a tarefa espiritual
de ministrar a ordenação leva também consigo grande parcela de responsabilidade
no ato de imposição de mãos, conforme se vê na Palavra de Deus. Cabe ao
ministro que oficia o ato ordenatório expor com clareza a importância do
exercício do Ministério que o candidato vai desenvolver e que é sua obrigação
diante de Deus e dos homens desempenhá-lo com honestidade, firmeza de caráter
e, sobretudo, predisposição e renúncia a tudo que porventura o possa embaraçar
no cumprimento de tão elevada missão, sujeitando-se totalmente à vontade de
Deus, à sua Palavra e à orientação do Espírito Santo em todo e qualquer ato que
venha a praticar dentro das funções que lhe forem conferidas como diácono,
pastor, Ministro,etc.
ORDENAÇÃO
A MINISTRO
O conceito de ministro
entre nós é de quem foi regularmente separado para exercer o ministério de
missionário, evangelista, pastor, etc. Alguns Ministérios e Convenções
concordaram não fazer distinção entre a ordenação para Missionário, Evangelista,
Pastor, considerando que esses ofícios pertencem a um único ministério, embora
exerçam funções distintas, segundo a vocação recebida da parte de Deus.
Particularmente, achamos mais acertada esta forma de ordenar Ministros ainda
que respeitamos a tradição de alguns Ministérios Regionais, que consagram para
cada cargo ou função, separadamente. De qualquer forma, cabe a quem oficia o
ato ordenatório focalizar que o ministro vai exercer esta ou aquela função
ministerial e fazer alusão às características da referida função. A leitura
bíblica é indispensável. Oferecemos aqui alguns textos que podem ser
utilizados: Efésios 4.11-13; Marcos 3.13-15; Atos 13.1-3; 2 Timóteo 2.15;
4.1,2,5; etc.
Após a leitura, a
explanação da Palavra não precisa ser longa, porém deve ser objetiva. O
oficiante deve animar a igreja dizendo que ela está recebendo uma bênção da
parte de Deus. Ao ministro a ser ordenado dizer que ele vai servir à Igreja do
Deus vivo, à Noiva do Cordeiro; portanto, deve proceder com o maior zelo e
dedicação, sabendo que ao Senhor está servindo.
Nota: Não tem sido praxe,
porém em muitas igrejas usa-se convidar a esposa do candidato para ficar em
frente ao púlpito, para ser vista pela congregação, o que a estimula a
identificar-se com seu marido, a quem deve ajudar, para que seu esposo possa
cumprir eficazmente o seu desiderato ministerial. O fato de a esposa do obreiro
vir à frente e ficar ao lado do esposo, ou com outras esposas nas mesmas
condições, não significa uma ordenação da esposa para o ministério. Sabemos que
uma esposa de ministro do Evangelho tem papel de maior relevância na vida e no
ministério de seu esposo; é, pois, justo que a igreja reconheça isso e
interceda por tão importante participação da serva do Senhor. Ordenar mulher
para o ministério não é bíblico, mas orar pela esposa do ordenado é.
O
ATO
O oficiante fará o
candidato ajoelhar-se, convidará todos os ministros presentes a participarem da
imposição de mãos e fará a oração ordenatória, suplicando a Deus a confirmação
daquele acontecimento.
Após, o Ministro
cumprimentará o novo ministro, se for oportuno, ou deixará para o fim do culto,
se o número de ordenados for grande. As congratulações, se forem numerosas,
poderão até ocupar um tempo específico e exclusivo, de acordo com a designação
do pastor da igreja onde se leva a efeito o ato, Costuma-se lavrar uma ata de
ordenação, o que é muito importante; o oficiante deve assiná-la conjuntamente
com o secretário e o pastor da igreja, se não for o próprio oficiante.
CONSAGRAÇÃO
A PASTOR
A consagração do Pastor
tem a sua base bíblica em 1 Timóteo3.1-6; Tito 1.5-9; 1 Pedro5.1-4. A função já
foi mencionada em Atos 20.17-28, onde são chamados anciãos e bispos. O ato de
consagrar alguém a pastor não é o resultado de esforços humanos, nem o
reconhecimento de méritos pessoais, nem mesmo deve ser praticado só em função
das necessidades do trabalho do Senhor. O exercício ministerial do pastor é uma
vocação e chamada divina, feita pelo Espírito de Deus.
A função ministerial dos
pastores foi colocada como sendo um trabalho que o obreiro realiza em escala
local sob a orientação do Ministro da igreja, onde o pastor serve, sendo,
assim, um auxiliar imediato do Ministro. Biblicamente, o pastor pode exercer
todos os ofícios do ministro, quando constituído numa igreja, conforme Tito 1.5-9.
(Função ministro pastoral.)
Queremos chamar a atenção
do leitor para este assunto, pois é coisa da maior importância para a igreja,
já que o pastor pode funcionar como dirigente, como ensinador da palavra, etc.
Isto posto, é inadmissível que, a prática de "elevar" (promover)
qualquer pessoa ao pastorado continue tendo lugar entre nós. O presente
comentário e roteiro auxiliar de cerimônias não visa a estabelecer pontos de
vista doutrinários, mas, diga-se de passagem, inúmeros casos há de consagrações
ilegítimas ao ministério de pastor. Não se deve colocar ninguém no pastorado da
igreja como ato de favoritismo ou por força de imposições humanas.
O pastor deve ser um homem
nos moldes fixados na Palavra de Deus; portanto, quem recebe o elevado encargo
de consagrar alguém a pastorado deve ter em mente o que prescreve o manual de
Deus e o ato ordenatório requererá os seguintes passos:
1.O oficiante lera um dos
textos já mencionados ou outo que Deus lhe conceda. (Naturalmente será dentro
do assunto.)
2. Dirá aquilo que por
Deus foi inspirado sobre o ministério de pastor, relembrando à igreja do Senhor
que constitui uma grande bênção a consagração de vidas para servirem no altar
da fé dos santos. Convém dizer que é dever da congregação honrar o homem de
Deus que trabalhará no ministério da Palavra, coadjuvando o Ministro nas tarefas gerais da igreja.
3. O oficiante chamará o
candidato ao pastorado (se ainda não o tiver feito) e lhe dirá da grande
responsabilidade que assume diante de Deus e de sua igreja. É oportuno tomar do
consagrando o compromisso verbal, diante da igreja e do corpo governante da
igreja, de que será fiel à Palavra de Deus, leal ao seu Ministro e à igreja à
qual passa a servir na nova função, tudo fazendo para que os atos que venha a
praticar sejam sob a direção do Espírito Santo, não se envolvendo em questões
alheias ou movimentos facciosos, que geram contendas e prejuízos para a igreja.
4. O oficiante fará o
candidato ajoelhar-se na plataforma, e fará a oração consagradora ou pedirá a
outro ministro que a faça. A igreja estará de pé, para orar e receber o novo
obreiro. Os demais ministros e pastores presentes (se houver) imporão as mãos
sobre o consagrando, enquanto se fará a oração que deve ser objetiva, curta e
fervorosa.
5. Após a oração, o
oficiante cumprimentará o obreiro (se for oportuno) e passará a palavra ao
Ministro da igreja, se não for ele o próprio.
Nota: A escolha, exame e
apresentação do candidato à igreja é da alçada do seu Ministro, e tudo isso já
deve ter sido feito em outra oportunidade propícia. Deve-se ter cuidado com a
prática de surpresas que só trazem satisfação humana.
SEPARAÇÃO
A DIÁCONO
A instituição do diaconato
teve origem na necessidade de alguém que cuidasse dos afazeres materiais da
igreja, ou seja, na ocasião, no atendimento às mesas, tanto no que ao labor
social diz respeito, como também pelo próprio sentido da palavra diácono (At 6.1-5).
O trabalho diaconal, de
natureza material, não exclui a necessidade de termos o diácono em grande
consideração e apreço, tratando-o como recomenda a Palavra de Deus. A separação
de servos de Deus para o diaconato tem base no Livro Sagrado; portanto, o ato
de separar alguém ao diaconato não é de pouca importância. Em primeiro lugar, o
trabalho do diácono, mesmo tendo feição material, não deixa de ser espiritual,
posto que é prestado a Deus, através da igreja. Logo, ao separarmos diáconos,
devemos ter o sério cuidado de verificar se os candidatos reúnem as condições
indicadas em Atos 6.1-5 e 1 Timóteo 3.8-13. Esses cuidados estão afetos ao
pastor, ministério e igreja que apresentam o candidato. Contudo, deve o
oficiante do ato consagra tório terem mente que está realizando uma ação
bíblica; portanto, deve ler a Bíblia nos textos que tratam do assunto. Após a
explanação da palavra, o oficiante procederá na forma que procedeu para a
consagração dos presbíteros, sendo que somente os presbíteros e pastores participarão
da imposição de mãos sobre os consagrados.
Os cumprimentos podem ser
praticados como anteriormente aludimos no caso da ordenação de ministros e
consagração de presbíteros.
NATAL
A celebração do Natal tem
sido muitas vezes colocada em juízo, em razão da falta de fundamento bíblico
específico. Também há conflito quanto ao tempo do nascimento de Jesus,
afirmando alguns que a data já consagrada pelo mundo chamado cristão, isto é,
25 de dezembro, não é exata.
O certo é que no Natal
aproveitamos a ocasião para exaltar, de forma específica, o grandioso acontecimento
de Belém. A Bíblia nos ensina que tudo devemos fazer para a glória de Deus,
então, para que a nossa celebração natalina contribua para a glória do Senhor,
devemos ater-nos aos postulados bíblicos e nunca permitir, como algures tem
acontecido, que a celebração do Natal de Jesus seja uma exibição de talentos
humanos, com apresentação de peças pitorescas que só agradam ao intelecto,
especialmente dos espiritualmente vazios.
Se vamos celebrar o Natal
de Jesus, o que mais nos interessa é Jesus mesmo. As declamações, recitativos,
cânticos, tanto das crianças, como dos jovens ou adultos, devem estar em
perfeita sintonia com o padrão bíblico doutrinário que esposamos.
As pessoas escolhidas para
elaborar e ensaiar o programa de Natal devem ser, acima de tudo, espirituais,
submissas à Palavra de Deus e obedientes ao pastor da igreja, e nunca cheias de
si mesmas, para que não tragam à igreja do Senhor aquilo que não edifica.
É conveniente que o pastor
da igreja assista, pelo menos aos ensaios gerais, tomando, assim, conhecimento,
de todo o conteúdo do programa.
O que aqui expomos não
constitui normas permissivas ou proibitivas para qualquer igreja, tão-só
queremos dizer que todo aquele que deseja agir dentro dos limites bíblicos,
terá prazer em seguir as linhas aqui traçadas.
O número de partes não
deve ser tão elevado que se torne enfadonha a sua apresentação, dando lugar a
que o culto termine além do horário habitual, sem deixar tempo para a conclusão,
que certamente deve ser aproveitada para convidar os pecadores a aceitarem o
Salvador.
O cenário deve ser
ornamentado dentro dos padrões usados normalmente pela igreja. Nada de
constelações, presépios, sinos, lâmpadas intermitentes em árvores de Natal. As
vestimentas representativas devem ser próprias para um culto a Deus, onde a
seriedade deve ter primazia. Os cânticos gerais com a igreja devem ser de
assuntos relativos ao Natal. A música será animada e compatível com o momento.
A leitura bíblica será
feita nos textos próprios, como Isaías.9.2-7; Miquéias.5.2-4; Mateus.1.18-25;
Lucas 2.1-20, etc. A oferta faz parte do culto. Não esqueçamos de que no Natal
de Jesus também levaram ofertas.
Observação: É prudente que
as partes a serem apresentadas sejam escritas por autores comprovadamente
espirituais e que as poesias tenham conteúdo bíblico legítimo e nunca sejam
invencionices de quem tem apenas dotes naturais para escrever, mas carece da
unção e da inspiração divinas e bem assim do sadio conhecimento bíblico.
CELEBRAÇÃO
DE CASAMENTO
O casamento, como
instituição divina que é, tem o seu fundamento, normas, e princípios contidos
na Palavra de Deus. Quanto à maneira de celebrá-lo, não há muitas opções, se
desejamos que o ato se realize satisfatoriamente, dentro dos critérios
bíblicos, éticos, culturais e legais.
Temos duas modalidades de
casamento: o casamento religioso com efeito civil, amparado no decreto-lei
1110, de 23 de maio de 1950, que consideramos em primeiro plano, e o casamento
com caracteres apenas religiosos.
O casamento religioso com
efeito civil, com fulcro no decreto-lei acima citado é celebrado pelo ministro e
deve ter o seguimento abaixo:
1. Os nubentes devem,
através do escrivão "ad hoc" que funciona na igreja, ou por conta
própria, habilitarem-se para o casamento no cartório da sua circunscrição.
2. Após habilitados,
apresentarão a certidão de habilitação ao escrivão “ad hoc" já referido,
havendo antes comunicado e acertado tudo com o pastor da igreja, quanto à data
e outras implicações de ordem eclesiástica.
3. Com base na
habilitação, o escrivão "ad hoc'' lavrará o termo de casamento em
formulário oficial e o fará constarem livro próprio da igreja que servirá de
prova para o registro civil do casamento.
Importante: Para evitar
mal-entendidos que possam gerar desgostos na realização do casamento, é
prudente que os nubentes sejam orientados pelo oficiante do casamento ou por
seu pastor, se este não for o oficiante, quanto à significação do ato, e o que
ele representa diante de Deus e da sociedade; é o que chamamos de
aconselhamento pastoral antenupcial. Nesta ocasião, convém saber dos nubentes
se sabem tudo sobre o regime que adotaram para se unirem em casamento perante a
lei. Orientá-los a pedirem esclarecimentos no órgão oficial, se tiveram
dúvidas, é uma boa medida.
• O ensaio para o ato, no
local do evento, é de grande valia, pois isso evita procedimentos
constrangedores na hora da cerimônia. Aconselha-se que o noivo sempre esteja à
direita da noiva. Como disporão o cenário, fica a critério dos noivos,
naturalmente ouvido o pastor da igreja ou o responsável pelo local onde se
celebrará o ato.
• O oficiante deve
familiarizar-se com os nubentes, tratando de guardar na memória os seus nomes
ou tê-los anotados sobre a mesa (púlpito) para consulta quando necessário.
• O oficiante deve ter a
certeza de que o termo foi lavrado de acordo com a habilitação expedida pelo
Cartório. Este cuidado deve ter lugar bem antes do horário do casamento.
• É importante que a parte
musical do ato religioso já esteja bem ordenada, para que não haja
improvisações vexatórias, inclusive o músico que vai tocar na entrada dos
nubentes deve ocupar o seu lugar com tempo suficiente. Se a música a ser tocada
for em gravação, o operador deve estar no lugar do ato momentos antes, havendo
já feito o teste de funcionamento dos instrumentos.
O
ATO CIVIL
1. Os nubentes ingressam
ao local da solenidade na forma que convencionaram, sob o som da música
escolhida para o ato. O oficiante ao mesmo tempo ocupa a sua posição.
2. Os nubentes com as
testemunhas se posicionam e logo o ministro dirá as seguintes palavras:
Comparecem a este
santuário (fulano) e (fulana) para solenemente unirem-se em matrimônio, havendo
sido cumpridas as formalidades legais, conforme consta do documento
nº_________________ expedido pelo______________________, etc.
• O oficiante perguntará
se entre os presentes há alguém que se oponha a este ato. (Esta pergunta consta
das formalidades capituladas no Código Civil.)
• Em seguida o oficiante
fará ao noivo a seguinte pergunta:
(Nome do noivo) persiste
no firme propósito de, por livre e espontânea vontade, casar-se com (nome da
noiva)?
(O "Sim!" deve
ser ouvido, sem o que não houve a manifestação da vontade para a efetivação do
casamento.)
• A mesma pergunta acima
será repetida à noiva que por sua vez deverá também responder: "Sim!”
• Ato seguido, o oficiante
pronunciará as seguintes palavras: “Diante de vossa manifestação de vontade, de
vos receberdes em matrimônio, eu, representando, neste momento o magistrado
civil, em nome da Lei vos declaro casados. (Nesse instante a audiência deve
estar de pé, logo após deverá ocupar os seus assentos.)
• O oficiante anunciará a
leitura do termo de casamento que será efetuado pelo escrivão "ad hoc”.
Após a leitura, seguir-se-ão as assinaturas no termo do livro da igreja, na
ordem prevista na lei: oficiante, noivo, noiva, testemunhas.
Logo após as assinaturas,
o ministro iniciará o ato religioso, com uma leitura bíblica, seguida de uma
breve oração, estando todos de pé. Os textos lidos podem ser, por exemplo:
Gênesis.2.18-24; Hebreus.13.1a; Efésios.5.22-33; João.21.11, etc... Feita a
leitura e a oração, o ministro fará as explanações, conforme a direção do
Espírito Santo. O tempo para esta elocução não deve ir além de 15 minutos. Se
houver mais de um cântico, coral, conjunto, ou solo, deve o primeiro ser
executado logo após a leitura da Palavra e antes de qualquer explanação. Os
demais logo após a palavra de aconselhamento. Recomenda-se não incluir no
programa mais de dois louvores.
A
PALAVRA
Feita a explanação da Palavra de Deus, o
ministro se dirigirá aos nubentes com as seguintes perguntas:
O irmão (fulano) promete
diante de Deus, tomar a irmã (fulana) como sua legitima esposa, ajudá-la,
assistir-lhe, protegê-la em todos os momentos da vida sejam de bonança ou de
adversidade? (Repetir as expressões acima com a noiva.)
Após, o ministro dirá:
“Diante do que acabais de afirmar perante mim, __de vos receberdes em
matrimônio conforme a Palavra de Deus, eu, ministro do Evangelho de nosso Senhor
Jesus Cristo, vos proclamo casados, constituídos em família, marido e
mulher."
COLOCAÇÃO
DAS ALIANÇAS
O ministro, tomando as
alianças nas mãos, as levantará um pouco e, separando-as uma da outra, dirá:
"Que estas alianças, feitas de metal nobre, sirvam como memorial deste
pacto feito diante das testemunhas presentes", etc. O ministro entregará
ao noivo a aliança da noiva para que nela a coloque no dedo e mão correspondente.
O mesmo fará com a noiva.
Após, o ministro os fará
ajoelhar para receberem as bênçãos Com os presentes de pé orará especificamente
pela vida que os nubentes iniciarão, a partir daquele momento, na qualidade de
casados. Ato seguido, o ministro impetrará a bênção apostólica sobre o casal na
mesma forma que o faz ao fim de cada culto. Só que terá em conta as pessoas dos
nubentes e não à congregação. Conclui dizendo: "O que Deus ajuntou não o
separe o homem."
BODAS
DE OURO OU DE PRATA
É um ato consagrado pela
sociedade, mas é também uma boa oportunidade para louvar a Deus pelas vitórias
concedidas aos cônjuges pelo tempo de boa convivência conjugai, pelos
descendentes (se houver) que resultaram da união.
1. Em primeiro lugar, o
ministro deve conhecer o quanto for possível sobre o viver feliz do casal, a
fim de que suas afirmações acerca deles não fujam à verdade. É claro que só
deve ser mencionado aquilo que, de forma positiva, marcou a vida do casal. Esta
cerimônia não precisa ser longa como se um culto de pregação fosse.
2. O oficiante iniciará
sempre com oração; os preparativos para tornar o ato mais solene podem ser como
se um novo casamento acontecesse. Entrada, púlpito, música adequada, tudo
disposto para o evento.
3. Diante do ministro, os
cônjuges, acompanhados de descendentes (se houver) ou de alguém de seu
relacionamento afetivo, se postarão e o ministro dirá: "Louvamos a Deus
pelos casais que conseguiram, nestes tempos de crise espiritual, pecado e
miséria, manterem-se firmes nos propósitos do matrimônio, fiéis e leais um para
com o outro. Os nossos irmãos (nome do marido) e (nome da esposa) são um
exemplo maravilhoso deste fato pelo que, solenemente queremos neste ato
celebrar as Bodas (de prata ou de ouro) desta feliz e próspera união.
4. O ministro fará a
leitura da Palavra de Deus num dos seguintes textos: Salmos 103.1,2,5; 112;
128; Provérbios 31.10-31; Efésios 5.22-33; Hebreus 13.1,4; 1 Pedro 3.1-7, etc.
A seguir poderá haver louvores de solos, corais.
5. Após a leitura do texto
e o louvor, o ministro se dirigirá aos cônjuges e lhes dirá "Por (25 ou 50
anos) tendes vivido em santa união conjugai. Por certo as lutas foram muitas,
mas o Deus que servis vos levou à vitória em todas elas. A paciência, a boa
compreensão, a cooperação mútua norteou a vossa vida conjugai, razão por que
aqui tendes chegado para diante de Deus oferecerdes um culto em ação de graças
e testemunhar que o pacto que já há (25 ou 50 anos) tendes firmado se mantém
firme, e indissolúvel para a glória de Deus, estabilidade da sociedade e
felicidade da família. Queremos, portanto, que outra vez escuteis a Palavra de
Deus para que tenhais sempre presentes as recomendações bíblicas para um viver
conjugai que agrada a Deus." (O ministro dirá mais alguma coisa que sentir
sob inspiração, tomando por base os textos escolhidos.)
6. Entrega das alianças. O
ministro concluirá falando da importância das alianças entregando-as aos
cônjuges, primeiro ao marido que, ao colocar no dedo correspondente de sua
esposa, ou transferindo esta oportunidade para um filho ou neto dirá antes:
"Querida esposa, por (25 ou 50 anos) tens sido a minha companheira fiel,
ajudadora incansável na formação da nossa família, como testemunho do meu amor
a ti e do meu reconhecimento às virtudes que tens, eu coloco (faço colocar) em
tua mão esta aliança." Após, o mesmo fará a esposa dizendo: 1 'Querido
esposo, a tua lealdade, ajuda e senso de responsabilidade como esposo e chefe
de nossa família levam-me a agradecer a Deus e neste ato solene a colocar
(fazer colocar) esta aliança em tua mão como testemunho do amor que a ti dedico
como esposa". Havendo louvor, ou cântico, neste momento poderá ser
apresentado.
7. O ministro fará a
oração final, pedindo a Deus a continuação de suas bênçãos sobre o casal e dará
a bênção apostólica sobre eles.
APRESENTAÇÃO
DE CRIANÇAS
"Deixai vir a mim as
crianças, e não as impeçais, porque das tais é o reino de Deus" (Lc.18.16).
O ato de apresentar as
crianças tem respaldo bíblico, ainda que não constitua um mandamento
neotestamentário. Era um costume estatuído na lei de Moisés, que logo a igreja
adotou na forma que conhecemos. Deve-se ter o cuidado de fazer da melhor forma
possível as apresentações das crianças que são trazidas ao santuário com essa
finalidade.
O oficiante do ato é
sempre o pastor da igreja ou, no seu impedimento, o obreiro que imediatamente
responde em seu lugar. Não existem, a rigor, normas que privem os obreiros
ainda não pertencentes ao ministério de praticarem o ato, desde que estejam em
função de dirigentes do trabalho e não houver um ministro presente. Como
dissemos, não há normativa que discipline a matéria, porém o que já se disse
quanto à prioridade dada ao ministro obedece ao que se tem aprendido no tocante
ao respeito ministerial estabelecido pela Palavra de Deus e esposado por nós.
Deve-se
observar:
1. Geralmente o ato é
celebrado no final do culto, com uma oração específica, estando presentes os pais
ou outros parentes chegados.
2. O oficiante, tanto
quanto possível, deve adotar uma maneira delicada, tema, séria e segura de
suster a criança. Sabendo com antecedência que vai praticar o ato, ainda em
casa deve fazer um ensaio, se é que não tem costume de pegar crianças, especialmente
as recém-nascidas.
3. O oficiante deve saber
o nome da criança apresentada para anunciar à igreja. Se os pais não forem
suficientemente conhecidos é bom dizer os seus nomes.
4. Com a igreja de pé,
será feita uma oração suplicando a bênção para a criança, e pedindo ao Senhor
pela conservação da sua saúde, e que a crie nos seus caminhos, dando-lhe
permanente proteção em todos os sentidos.
5. Após a oração, o
oficiante entregará a criança à mãe ou a quem por ela seja responsável, dando,
em seguida, os parabéns aos pais.
A cerimônia, como vemos, é
simples, não sendo possível torná-la mais simples nem mais aparatosa ou complexa.
Nota: Constantemente são
trazidas crianças de inconversos para serem apresentadas. Muitos obreiros se
negam a efetuarem a apresentação. Acreditamos que tal recusa se prende mais a
fatores de ordem pessoal, pois, como já dissemos, não podemos estabelecer
normativas com cunho bíblico para o ato. Particularmente, concordamos com os
que estão sempre dispostos a pedir a bênção de Deus para uma criança que não
responde pela vida de seus pais ausentes de Deus. Acreditamos não haver
qualquer transgressão se pedirmos que Deus abençoe um inocente. Isso é o que se
faz quando apresentamos uma criança ao Senhor Jesus! O que dizemos não tem a
finalidade de contrariar pontos de vista de pastores ou ministérios.
COLAÇÃO
DE GRAU NA IGREJA
O chamado culto de
formatura é uma oportunidade similar à do culto em ação de graças, tendo
naturalmente, as suas características próprias. Vejamos:
1.
Início com oração.
2.
Cânticos congregacionais e leitura da Palavra (texto apropriado).
3.
Execução do Hino Nacional (havendo condições). Após, se dirá: Neste momento,
declaro abertas as solenidades de formatura de (mencionar a turma, ano, curso,
etc.)
4.
Apresentação de alguma peça musical.
5.
Apresentação das autoridades, convidados especiais, diretoria da entidade e
corpo docente.
6.
Palavra do orador da turma. (Limitar o tempo no próprio programa.)
7.
Palavra do paraninfo.
8. Palavra do diretor do curso ou seu preposto.
9. (Não é oportuno tirar ofertas.)
10.
Seguir o programa elaborado para entrega de certificados.
11.
As solenidades são concluídas com uma palavra de agradecimento a todos e uma
oração a Deus.
12.
O tempo fica franqueado para os cumprimentos.
Nota: Sendo necessário,
será aberto espaço para inserir algum ato indispensável ao evento. Em tal caso,
é prudente observar em que momento se fará a inserção, pois a ordem deve ser
observada com certo zelo.
DESPEDIDA
DE OBREIRO PARA O CAMPO
A prática neotestamentária
para despedir obreiros que seguem para o campo se acha contida no livro de
Atos, capítulo 13.2,3. Acreditamos que é do agrado do Mestre que mantenhamos a
mesma regra espiritual. Nada pode substituir a oração e o jejum quando temos
que tomar decisões tão sérias como a de enviar um embaixador do Reino de Deus
para exercer o seu ministério em alguma região. Somos, então, plenamente
conscientes de que nada devamos fazer sem que antes tenhamos buscado a Deus em
fervente oração e consagração através de jejum, no que tange ao envio de
obreiro para o campo.
Observada a parte
espiritual, quiçá poderíamos prescindir da parte que diz respeito ao ato
material de despedir o obreiro, porém deixamos aqui algumas sugestões. Esse ato
tem sido mal dirigido em algumas ocasiões. Às vezes, festas belsazarsanas são
celebradas por determinadas igrejas quando despedem o obreiro para o campo; o
culto de despedida parece mais uma peça de teatro de que um momento de adoração
a Deus. Outras vezes o obreiro é enviado sem receber o mínimo de incentivo e de
demonstração do apoio que cabe à igreja, pelo seu corpo ministerial,
oferecer-lhe.
Vejamos como melhor
celebrarmos um culto a Deus por mais um obreiro que está sendo enviado à grande
Seara do Mestre:
1. Em primeiro lugar, o
pastor da igreja, após a oração inicial, falará do propósito da reunião e dará
prosseguimento ao trabalho na forma habitual quanto aos louvores, tendo,
naturalmente, o cuidado de escolher hinos que tenham uma mensagem relacionada
com o evento.
2. Após os louvores,
far-se-á a leitura da Palavra de Deus sempre de acordo com o que se está
celebrando. Alguns textos poderão ser: Mateus 9.35-38; Marcos 16.15-20; João
17.18; 20.21; 10.16; 28.19; Atos 1.8, etc.
3. Feita a leitura, se
fará oração e a apresentação dos presentes e se passará a dar oportunidade aos
obreiros que compareçam ao evento. Se o número de representantes de igrejas ou
departamentos da igreja local for muito grande, a palavra poderá ser dada por
representação, isto é, um determinado obreiro falará em nome dos demais ou dos
grupos que se façam representar. Essas oportunidades poderão ser intercaladas
com cânticos de conjuntos, corais, solos, etc, que participem do culto.
4. Se houver um obreiro
para entregar a mensagem final, este deverá ter tempo suficiente para
desenvolver o seu sermão. Todos os atos, como poesias, cânticos, palavras de
incentivo ao obreiro que se despede, deverão acontecer antes da mensagem final.
5. Após o mensageiro, que
poderá ser o que se despede, o pastor da igreja convidará a congregação para,
com uma oração fervorosa, encomendar o enviado à graça do Senhor e neste
momento toda a família deste deverá estar junto a ele para receber a bênção que
a igreja ministrará sobre suas vidas.
6. Caso o orador final não
seja o que se despede, este deverá ter uma oportunidade para falar à igreja.
7. Este culto não deve ser
uma oportunidade para lamentações, lágrimas oriundas de saudosismo
desequilibrado, como também não se deve impedir que se manifestem os
sentimentos de amor fraterno com relação ao obreiro que se despede.
8. A oportunidade também é
propícia para se solicitar uma boa oferta em favor do trabalho que o obreiro
irá fazer mesmo que ele esteja partindo para um trabalho já consolidado. A
oferta aqui sugerida poderá ficar para o próprio uso do obreiro pois se tem,
sempre muitas despesas na viagem, especialmente em mudança.
9. Concluída esta parte, o
dirigente do culto encerrará o trabalho e orientará o enviado para que fique à
saída do templo em lugar próprio, juntamente com a sua família, para receber os
cumprimentos da igreja.
10. O culto é encerrado
com a bênção apostólica, como nas ocasiões habituais.
DESPEDIDA
E PASSAGEM DE MINISTROS
O momento de despedir um
pastor do pastorado de uma igreja, bem como o ato de transferir a
responsabilidade para outro é uma solenidade quase sempre acompanhada de
saudades, agradecimentos e sadios reconhecimentos do labor desenvolvido pelo
pastor que se despede. Há a necessidade de não deixar que o momento se torne
uma ocasião constrangedora nem para quem sai, nem para quem ingressa na
responsabilidade Ministerial. A programação deve ser elaborada com cuidado para
que não haja excessiva exaltação, nem humilhação a qualquer pessoa, mas que
tudo resulte na exaltação do nome de Jesus.
É aconselhável que a
diretoria da igreja cujo Ministro estiver sendo transferido entre em contato
com o Ministro que assumirá a fim de que se elabore um programa conjunto para o
dia da despedida e posse, respectivamente.
Após ser resolvido, a
nível de ministério local, e homologado pelo plenário da igreja, o formal
convite ao ministro que assumirá o ministério, havendo-se cumprido todos os
requisitos previstos no Estatuto da igreja e do órgão convencional, marcar-se-á
o dia e hora para o ato de despedida do ministro e transferência da
responsabilidade Ministerial. Feito isso, preparar-se-á o seguinte esquema para
a cerimônia:
1. O trabalho será
iniciado como nos cultos normais com oração, seguindo-se alguns louvores.
Aconselha-se não serem muitos os cânticos, a fim de que os outros atos tenham
lugar.
A direção do culto, a
princípio, deverá estar com um obreiro capaz indicado pelo ministro, até que
outra direção assuma, se for o caso.
2. O ministro a ser
substituído estará com sua família no templo, no início do culto. Todo o
ministério local deverá estar presente ao evento.
3. O local deverá estar
ornamentado até mesmo para testemunhar da alegria e nunca de tristeza, uma vez
que o assunto do culto está sendo conduzido sob a direção e vontade de Deus.
4. Os departamentos que se
farão representar com palavras ao ministro que sai deverão estar bem orientados
quanto ao momento e o tempo que ocuparão para fazer uso da palavra, a fim de
evitar perda de tempo e para que a programação não sofra dificuldades no seu
cumprimento. E conveniente limitar o número de representações ajustando-as ao
tempo que se usará para todo o culto.
5. Após os louvores, uma
comissão da igreja local indicada pelo ministro irá ao encontro do ministro
convidado a assumir o ministério o qual deverá estar em lugar adredemente
preparado para que fique à espera da comissão que o introduzirá ao recinto da
igreja, a qual deverá recebê-lo de pé por solicitação do ministro que vai
transferir o cargo. O ministro que assume, neste momento deverá ingressar e
assomar à plataforma, acompanhado por sua família, esposa e filhos (se os
tiver).
6. Com o ingresso do
ministro convidado, o ministro da igreja indicará o ministro que presidirá o
ato de posse do novo ministro e também indicará um secretário “ad hoc"
para fazer a lavratura da Ata que a nova direção da igreja deve providenciar o
registro imediato.
7. Havendo sido
empossados, o presidente e secretário “ad hoc” que conduzirão os trabalhos da
posse, o pastor ainda na condição de pastor titular, fará uso da palavra para
apresentar as suas despedidas devolvendo-a em seguida ao ministro que preside a
sessão.
8. O presidente da sessão
usará a palavra, agradecendo a sua indicação para presidir e lera um texto
bíblico que poderá ser um dentre os que sugerimos em seguida: Efésios 4.11-13;
1 Pedro 5.2-4; Atos 20.28; Jeremias 3.15; 23.4; 1 Timóteo 4.16; 2 Timóteo
4.1,2; Tiago 2.1.
9. Feita a leitura, em
primeiro lugar, o presidente falará à igreja, dizendo com base em Efésios
4.11-13, que o Senhor é quem constitui pastores e que é o seu convencimento que
Deus está constituindo um novo ministro para a igreja em (citar o local).
10. O oficiante do ato de
posse deverá fazer menção ao tempo e aos bons resultados do trabalho
desenvolvido pelo ministro substituído. Para que não cometa falhas, é
aconselhável que o seu pronunciamento seja bem fundamentado e com pleno
conhecimento de causa. Dentro deste espaço é oportuno que o presidente "ad
hoc" pergunte à igreja se agradece a Deus pelo tempo que o ministro (citar
o nome) exerceu o ministério nesta Igreja de (citar o local). Após manifestação
da igreja, que é de se esperar que seja positiva, o presidente perguntará à
igreja se é com agrado que recebe o novo ministro(citar o nome) para exercer o
ministério nesta Igreja.
11. Ato seguido o
presidente colocará de pé, frente um do outro, os dois Ministros, o que
transfere e o que recebe o ministério e dirá ao ministro que assume que a sua
responsabilidade neste momento é muito grande e que a está assumindo diante de
Deus, que está recebendo não de mãos de homens nem por delegação humana, mas
divina e que irá guiar a igreja do Senhor com a Palavra de Deus, a Bíblia.
Tomando a Bíblia que estará sobre o púlpito nas suas mãos, dirá ao ministro que
transfere o cargo que diga algumas palavras ao seu substituto e passe em
seguida a Bíblia às mãos do seu colega que o sucede no ministério. Sugerimos que
diga as seguintes palavras: "Ministro (citar o nome) passando às suas mãos
o livro de Deus, a Bíblia Sagrada, transfiro aos seus cuidados o ministério
desta querida igreja do Senhor que tive a honra e o privilégio de ministra-la e
pastorea-la por......anos".
12. Em seguida o
presidente convidará a igreja
para fazer a oração de
posse e, após, os dois ministros se abraçam. Ambos os ministros deverão estar
ajoelhados por ocasião da oração de posse.
13. Ato contínuo o
ministro que preside ordenará ao secretário “ad hoc'' que faça a leitura da
ATA, que, após ser aprovada pela Assembléia, será assinada pelo oficiante,
secretário "ad hoc", e ministros presentes ao ato.
14. Após as assinaturas, o
sr. presidente passará a palavra ao ministro empossado que concluirá o
trabalho, segundo a direção do Senhor.
Noivado
Ficar noivo é o costume
adotado na nossa sociedade por quem pretende assumir o casamento. Sugere uma
atitude séria e uma decisão definida dos que resolvem ficar noivos. Com muita
freqüência, namorados solicitam do seu ministro a celebração do seu noivado e
não raras vezes alguns obreiros ficam embaraçados quanto à forma de oficiarem
tal solenidade, coisa que, por sua própria natureza, é muito simples mas muito
importante. Deixemos aqui algumas sugestões para a celebração de um noivado.
Em primeiro lugar queremos
dizer que não é prudente convocar uma reunião no templo, com toda igreja
reunida para oficiar um noivado. Achamos que isso significaria ocupar o tempo
da igreja com algo que deve acontecer no ambiente familiar, entre amigos mais
chegados, e nunca no templo, em ato público, como se um casamento fosse.
Então quem vai oficiar um
noivado deve ter um prévio entendimento com o casal de namorados, fazendo-lhe
ver que se trata de um ato que tem melhor lugar no recinto familiar do que num
templo. Acomodada esta parte, seguir-se-á o seguinte roteiro:
1. O dia, o horário e o
local devem ser previamente acertados.
2. O oficiante deve
comparecer bem apresentável, não permitindo que a importância do evento perca o
seu brilho.
3. A linguagem deve ser
clara, porém equilibrada quando do aconselhamento às partes.
4. O ofício deve ter
início, justificando-se o motivo do encontro. O oficiante poderá proferir as seguintes,
entre outras palavras:
“Estamos aqui, diante de
Deus, para de forma solene celebrarmos o noivado de (citar os nomes),
considerando que o tempo suficiente para que chegassem à conclusão de que Deus
os quer unir em casamento se completou, e que agora desejam assumir um
compromisso mais definido e o fazem diante do Senhor Jesus. Oremos inicialmente
para que Deus oriente esta cerimônia.”
5. Feitas a introdução e a
oração inicial o oficiante lerá um texto da Palavra de Deus que poderá ser os
seguintes: Gênesis 24.58-61; Salmo 1.1-3; Provérbios 16.1; Mateus 18.19; Lucas
6.47,48, etc.
6. Após a leitura, o
oficiante proferirá algumas palavras embasadas no texto lido e aproveitará para
dizer ao casal que a responsabilidade agora é muito maior, tanto diante da
família como da sociedade e principalmente diante de Deus. Dirá ainda que o
noivado não abre caminho para a prática de atos amorosos que só são cabíveis
dentro do matrimônio. O proceder dos noivos deve ser totalmente norteado pelo
temor do Senhor, a fim de que a preparação para o casamento receba a plenitude
das bênçãos do Altíssimo e em tudo Ele seja glorificado.
7. Proferida a preleção, o
ministrante pedirá aos pais dos namorados, se presentes, para ficarem próximos
aos filhos e com as alianças levantadas dirá: “Estas alianças serão o
testemunho visível do pacto que estas duas vidas celebram diante de Deus. É um
compromisso solene que deve ser respeitado por ambos e pelas famílias a que
pertencem, cujos efeitos conduzam ao altar do matrimônio com a segurança de que
Deus confirmou a decisão tomada.”
8. Ato seguido o oficiante
pedirá à mãe da moça que coloque a aliança no dedo correspondente da mão
direita do rapaz e em seguida pedirá que o pai do rapaz ponha a aliança no dedo
e na mão correspondente da moça. Após este procedimento o oficiante fará uma
oração a Deus pedindo-lhe que confirme o que se acaba de celebrar.
9. Após a oração, os noivos
se cumprimentarão na condição de noivos e se for conveniente e oportuno poderão
dizer um ao outro, com suas próprias palavras, que a partir daquele momento
reconhecem haver assumido grande responsabilidade e que tudo será feito para
que a preparação do casamento seja desenvolvida sob as bênçãos do eterno Deus.
10. O ministrante dará a
cerimônia por encerrada deixando lugar para os cumprimentos entre as famílias e
convidados.
Observação:
1. Não havendo pais para a
colocação das alianças, poderão ser substituídas por parentes mais próximos ou,
se o oficiante preferir, poderá ele próprio colocá-las.
2. É bom comunicar à
igreja o acontecimento, a fim de que uma oração seja feita em favor dos noivos
e das suas famílias.
CELEBRAÇÃO
DE QUINZE ANOS
Tomou-se costume entre nós
a celebração de um ato solene na comemoração dos 15 anos de idade das nossas
mocinhas. Usando da franqueza que sempre nos tem acompanhado, e sem querermos
ser radicais, faremos algumas sugestões para a celebração desse ofício.
Sabemos que fazer uma
cerimônia especial na igreja (templo) quando uma jovem crente completa 15º
aniversário, é uma inovação trazida pela evolução do tempo, e exigida pela
sociedade; e por não ser o ato necessariamente bíblico, visto que não é
registrado nas Escrituras Sagradas, convém tenhamos cuidado na condução dessa
cerimônia, para que um culto de gratidão a Deus que é, não se assemelhe a uma
peça teatral.
1. A preparação do local
onde se celebrará o culto, se for o templo, deve ser singela, evitando-se
mudanças no cenário, para evitar manifestações de sentimento vaidoso. (Cabe ao
pastor da igreja expedir instruções normativas a respeito.)
2. O celebrante deve fazer
contato por ante¬cipação com os pais da aniversariante, dando-lhes a orientação
necessária quanto à elaboração do programa.
3. O tempo de duração do
culto, incluindo cânticos especiais de corais, conjuntos ou solos, etc., deve
ser de mais ou menos uma hora, começando, geralmente, de 18 às 20 horas.
4. O celebrante dirá de
início: Este é um culto de agradecimento a Deus pelo 159 aniversário da nossa
irmãzinha (nome, filiação, etc.) Aproveitaremos esta oportunidade para
transmitir à aniversariante conselhos básicos e bíblicos para a importante fase
de sua vida que agora se inicia.
5. O ofício em si pode
constar dos seguintes atos:
a) A aniversariante poderá
ingressar no recinto do culto na forma convencional e aguardar o momento em que
o oficiante comece o trabalho, quando, então, se posicionará no lugar que lhe
foi designado. Se o ingresso for o momento do início do ofício, todos os
presentes, ao toque de uma música sacra, colocar-se-ão de pé e a aniversariante
se dirigirá ao seu lugar. É preciso cuidado com ingressos ostentosos que podem
tomar o lugar que cabe ao Espírito de Deus. (Falamos assim, porque estamos
pensando principalmente num culto a Deus e não apenas numa ação meramente
social.)
b) Os hinos devem ser
adequados ao ofício; os que falam de gratidão a Deus, de novos propósitos e que
sejam plenos de louvor ao Senhor.
c) Os corais, conjuntos, e
solistas, que tomarem parte do culto devem ser instruídos quanto ao número de
vezes que atuarão e em que instante terão a sua oportunidade. É conveniente que
se conheça o conteúdo dos hinos (cânticos) e procedência das músicas a serem
executadas, evitando-se músicas mundanas.
d) O oficiante, então,
proferirá algumas palavras introdutórias e mencionará a pessoa da
aniversariante, procurando destacar, sobretudo, o seu porte cristão e a sábia
decisão de celebrar tão significativa data com um culto a Deus, reunindo amigos
e familiares para, com ela, rejubilarem-se no espírito.
e) Sendo a aniversariante
pessoa desinibida e capaz, é importante que ela também faça uma alocução
previamente preparada, ou proceda à leitura de um texto bíblico, exemplo:
Salmos 90.12; 103.1-5; 112.9-10; ou outro texto que, a gosto, poderá ser
escolhido para o momento. Um hino também poderá ser entoado pela aniversariante
só ou em companhia de colegas, da mesma faixa etária, de preferência.
f) Os progenitores da
aniversariante devem ser colocados num lugar especial no recinto e é da maior
importância que se diga do significado de suas vidas para a filha. £ oportuno
animá-los a continuar dando toda a assistência à filha, salientando-se que o
tratamento que se oferece à moça nesta faixa de idade difere bastante do que se
tem dado até agora, mas que a igreja tem a certeza de que, neste particular, os
genitores de (nome da aniversariante) saberão buscar em Deus a sabedoria
necessária para continuarem orientando-a no caminho que deve trilhar. (Os pais
devem neste momento ser felicitados pelo oficiante.)
g) Neste culto não deve
haver ofertório nem testemunhos, a menos que seja algum testemunho compatível
com o momento e projete brilho ao ofício. Também não haverá apelos,
apresentações, anúncios de qualquer natureza e outros atos que são cabíveis
somente noutras ocasiões.
h) A mensagem deve ser
curta, objetiva, não desprezando o tema central de toda mensagem bíblica •
Jesus. Enfatizar que a aniversariante continuará sendo feliz se Jesus for o seu
guia permanente, Senhor e Mestre da sua vida. Após a mensagem, o oficiante se
dirigirá à aniversariante para comunicar-lhe alguns conselhos da parte de Deus
e desejar que todas as bênçãos do Altíssimo lhe sejam dispensadas. Os textos a
serem usados poderão, entre outros, ser os seguintes: Salmos 34.12-15; 37.1-6;
144.9-12; Provérbios 3.1-5; 4.20-23; Eclesiastes 12.1-7; 1 Coríntios 13.11.
i) Finda a preleção do
oficiante, o público se colocará de pé e a aniversariante se ajoelhará. Nesse
momento se fará uma oração a Deus, de agradecimento e, ao mesmo tempo, intercessória
pela vida da jovem.
j) O ato encerra-se com a
bênção apostólica que bem pode ser proferida da seguinte forma: “A graça do
Senhor Jesus, a comunhão do Espírito Santo e o amor de Deus seja com (fulana) e
todos os salvos em Cristo desde agora e para sempre."
Cuidados
1. Evite-se a formação de
pares (casais). Isto não é bom no seio da igreja, pois dá uma feição puramente
social ao evento.
2. Evitem-se simulações de
casamento. Isto é mentira, e pode produzir insinuações sensuais, pelo que deve
ser evitado, para que a bênção de Deus flua livremente.
3. Use-se linguagem
descontraída, porém séria, pura e honesta em todos os momentos da solenidade.
FUNERAL
Este cerimonial, do ponto
de vista humano, é o que menos agrada ao ministro ofíciante, porém não se pode
fugir ao dever do ofício. Ademais, é uma oportunidade para se evidenciarem os
valores espirituais com que o Espírito de Deus dotou aquele servo que agora
passou para o Senhor.
Cabe, portanto, ao
oficiante da cerimônia fúnebre observar as recomendações que abaixo seguem:
Em primeiro lugar, deve-se
conhecer a condição espiritual e o testemunho da pessoa falecida, para evitar
pronunciamentos inverídicos que possam criar constrangimentos. É sempre bom que
se faça alusão à pessoa a ser sepultada quando da sua existência se possa tirar
algum bom exemplo para aplicá-lo em forma de conselho espiritual aos que
estiverem presentes ao ato. Conhecer os membros da família antes de iniciar a
cerimônia é uma medida prudente já que esses precisam de uma palavra de
conforto no momento. Deve o oficiante conhecer o local e o horário do
sepultamento, com segurança.
Passos
a serem dados:
1. Comparecer ao local do
sepultamento pelo menos uma hora antes. Nunca é uma atitude agradável chegar às
carreiras quando o momento é de tristeza para pessoas que nos são caras em
Cristo, pois representamos, então, como ministros, as pessoas mais capazes de
ajudá-los espiritualmente nessa fase.
2. Iniciar com uma oração,
pedindo a Deus a sua graça para a cerimônia. O tom de voz deve ser moderado,
nunca como se estivesse pregando numa cruzada ou no púlpito. Começar dizendo do
significado do ato, que, sendo de dor e tristeza pela separação do ser querido
que partiu, é, no entanto, uma oportunidade para renovar a nossa memória quanto
às promessas do Senhor nosso Deus. Se o testemunho deixado pela pessoa objeto
do ato fúnebre foi um exemplo de fé e obediência à Palavra do Senhor, toma-se
isso causa de grande inspiração para quem oficia o ato, e para todos os que
fizerem uso da palavra.
3. Fazer a leitura da
Palavra de Deus, usando entre outros, alguns dos seguintes textos: 1
Tessalonicenses 4.13-18; 2 Coríntios 1.5-7; 5.1-10; 1 Coríntios 15.39-55; Salmo
116.15; Apocalipse 14.13; 21.3,4. Feita a leitura, fazer explanação, de acordo
com a inspiração que recebeu, mas com concisão e objetividade, usando tom de
voz compatível com o momento. Se houver mais alguém para falar, devesse ter em
conta o fator tempo quando franquear a palavra. É recomendável que o oficiante
estabeleça limite de tempo para cada um que vai falar:
Nota: Os cânticos só
deverão ser executados com autorização da família enlutada. Nunca por
iniciativa do oficiante ou de pessoas alheias à família, para evitar que alguém
se sinta ferido, em lugar de confortado. O cântico deve fazer parte do
testemunho da esperança do crente e servir de conforto espiritual aos
familiares, e nunca ser interpretado como um ato de insensibilidade ao acontecimento.
Os cânticos devem ser entoados em tom de piano (baixo), com a melhor harmonia
possível, tudo para glória de Deus.
4. Após o ato, o oficiante
fará mais uma oração, suplicando a Deus consolação para todos e, em se tratando
da passagem de um fiel servo de Deus, deve-se agradecer ao Senhor o tempo que
ele passou entre nós, e pelos exemplos de fé que nos legou.
5. Após esta oração, o
oficiante dirá: "Está concluída a cerimônia e a condução do sepultamento
fica a critério da família".
6. Sendo o local e tempo
favoráveis, poderá ser dada uma breve palavra quando o corpo descer à
sepultura, porém nem sempre isso se faz necessário. Nesse momento, a presença
do oficiante se presta mais para dar apoio à família e orientar na parte
espiritual, evitando que se cometam atos que choquem as consciências cristãs
gerando mau testemunho.
Nota: Às vezes, somos
convidados para dar auxílio espiritual a uma família cujo falecido não é
crente. Em tais circunstâncias, nada temos a mencionar quanto à pessoa do
extinto, mas tão-somente aproveitar a oportunidade de se viver preparado para o
instante do chamamento à eternidade. A ocasião é muito oportuna para se dizer
que sem Cristo nesta vida, a eternidade não será feliz. Se alguém se decidir
por Cristo naquele momento, sem apelo, será feita uma oração. Deve-se ter
cuidado para não fazer alusões à pessoa do morto, dizendo que foi ou não salvo.
Não somos juizes nessas ocasiões: somos anunciadores da fé em Cristo.
LANÇAMENTO
DA PEDRA FUNDAMENTAL
O lançamento de pedra
fundamental de uma obra para uso da igreja tornou-se um costume altamente
significativo, pois é uma oportunidade que temos de cultuar a Deus e motivar os
fiéis a se interessarem pela construção. É também um momento de exercitar a fé
nas promessas de Deus, e tudo junto é um vivo testemunho do progresso da obra
do Senhor.
O ato em si não exige um
programa minucioso, mas deve ser levado a efeito com muita alegria expressa nos
louvores a Deus, nos testemunhos, e nas mensagens apresentadas. O trabalho não
deve ser demorado, e poderá ser feito assim:
1. Convidar para a
solenidade as autoridades locais e as igrejas vizinhas.
2. Oração inicial,
agradecendo a Deus pelo passo de fé que a igreja está dando e suplicando a
presença abençoadora do Senhor na solenidade.
3. Como é natural, os
hinos devem ser próprios para o ato, e serão cantados com vigor e verdadeiro
sentido de adoração. Do mesmo modo, os músicos (se houver) deverão tocar com toda
expressão de louvor a Deus.
4. Após os louvores, será
lido o texto oficial do culto que pode ser, entre outros, o encontrado em
Gênesis 28.20-22. Após, se fará outra oração.
5. Neste espaço, dar-se-á
a oportunidade para corais, conjuntos, solos, bem como para testemunhos, que
devem ser breves.
6. O oficiante, após as
oportunidades concedidas, entregará uma breve mensagem, reforçando o que se
tenha dito sobre a finalidade da reunião.
7. Convidará os obreiros
presentes, começando pelos mais conceituados nos meios evangélicos, para
colocarem no devido lugar a pedra previamente preparada (pedra fundamental). A
cavidade poderá ser feita no momento, para tornar o ato mais solene. A
ferramenta adequada já deverá estar no local. Será feita a oração solene quando
os obreiros houverem tomado a pedra com o oficiante e a colocado na cavidade.
Nota: Não aconselhamos pôr
na cavidade também uma Bíblia, como alguns têm feito. Entendemos que a Palavra
de Deus não é para ser "enterrada", mas anunciada. Além disso, o ato
é simbólico do início da construção e a Palavra de Deus é a verdade que deve
ser proclamada. Uma Bíblia na mão de uma pessoa fará mais efeito do que
"enterrada" numa obra.
8. Após o lançamento da
pedra fundamental, cremos que é muito oportuno solicitar uma contribuição para
a obra, se realmente houver necessidade. O povo naquele instante está com
entusiasmo e uma oferta quase sempre dá bom resultado.
9. Em seguida, com
palavras conclusivas, o oficiante fará o apelo, dando, naturalmente, às suas
palavras uma conotação evangelística. Havendo decisões, será feita uma oração e
se encaminharão os neoconvertidos para o templo.
10. Com uma oração,
concluir-se-á o trabalho, havendo antes anunciado o início da obra, a fim de
que o ânimo do povo continue aceso para glória de Deus e bom êxito do
empreendimento. Uma palavra de agradecimento é importante.
Nota: Havendo condições, é
bom organizar um desfile com a igreja, partindo de um lugar (templo antigo,
etc.) até o local do evento. Será uma maneira de atrair o povo à igreja.
INAUGURAÇÃO
O ato de inaugurar tem
como finalidade agradecer a Deus pelo êxito alcançado e suplicar a sua
indispensável bênção para que sejam plenamente realizados os propósitos com os
quais foi feita a obra.
Um sem número de coisas
podem merecer um ato inaugural: templos, casas, escolas, hospitais fábricas,
asilos, orfanatos, estradas, praças, monumentos, etc.
Ao se inaugurar prédio que
se destine ao serviço sagrado, como um templo, o ato se reveste de maior
importância, pelo sentido espiritual que encerra. Neste caso, realizar-se-á um
culto com todas as suas características espirituais, obedecendo aos seguintes
passos:
1. Serão convidadas para o
ato as autoridades locais e as igrejas vizinhas.
2. Normalmente, o povo se
reúne na frente do prédio, estando a porta principal ainda fechada.
3. No horário marcado, o
oficiante iniciará as solenidades com oração.
4. Depois da primeira
oração, o oficiante dirá, em breves palavras, sobre a finalidade do ajuntamento
e serão cantados louvores (não muitos). Após, será lida uma porção das
Escrituras. O texto deve ser consoante com a solenidade.
5. Após a cerimônia da
fita, ingressarão no templo na seguinte ordem: autoridades e convidados
especiais, pastor e os demais obreiros, corais e bandas e o povo em geral.
6. Ao desatar a fita
simbólica atravessada na porta principal, o oficiante poderá ler (ou citar) o
versículo 2 de Isaías 26 ou outra expressão bíblica própria para o momento e
logo adentrarão todos com louvores a Deus.
7. Quando todos já se
acharem no interior do templo, ainda de pé se fará a oração inaugural. Após
este ato, seguir-se-ão as apresentações, as saudações, e continuará o culto.
8. O oficiante, geralmente
o ministro da igreja, distribuirá os trabalhos com muito equilíbrio, cuidando
para não dilatar descomedidamente o tempo de duração, especialmente se ainda
houver algum trabalho para o mesmo dia e por respeito aos convidados que muitas
vezes não podem demorar demasiadamente.
9. A conclusão do culto
será como a dos cultos públicos, mas deve-se proferir uma palavra de
agradecimento aos que atenderam ao convite.
Nota: No momento das
apresentações, é justo que se faça alusão aos serviços prestados pelas pessoas
e equipes que contribuíram para o êxito do trabalho. É um procedimento bíblico,
ser agradecido; além do mais, animará os que ajudaram e incentivaram outros a
fazerem o mesmo. Outras inaugurações têm procedimentos um pouco diferentes, mas
a oração inicial, os louvores, a leitura bíblica e todos os demais atos
espirituais não podem faltar, se de fato se pensa num culto a Deus.
O oficiante deve
entender-se com os programadores e tomar conhecimento de tudo que se fará no
ato: quem vai falar, cantar, pregar, etc. e decidir sobre o tempo de duração.
Cumpre dizer que o
procedimento religioso descrito só é cabível quando a inauguração tem cunho
totalmente religioso. Se o evento é de natureza social e o lado espiritual
aparece só como complemento, proceder-se-á do modo que for estabelecido:
oração, leitura bíblica, cânticos, etc.
Muitas inaugurações não
são totalmente destinadas a culto a Deus, portanto, o oficiante ou participante
do evento deve ter o cuidado de pôr cada coisa em seu lugar.
Quanto ao tempo de
duração, recomenda-se prudência, para não gerar cansaço nos participantes. Se o
sentido espiritual do evento for mantido até o seu término, este deve ser com
uma oração de agradecimento a Deus.
SOLENIDADES
CÍVICAS NO TEMPLO
As solenidades cívicas que
costumeiramente ocorrem nos nossos templos são, em geral, as celebrações do dia
da Pátria (7 de setembro), certas homenagens que por representantes do povo são
feitas a pessoas do nosso convívio, e outras reuniões cívicas, às quais se
deseja dar uma feição religiosa, como se celebrasse um culto em ação de graças.
O dirigente deve estar bem
informado dos motivos dessas reuniões, e conhecer as pessoas que representam o
povo e a instituição que promove o evento.
A
ordem pode ser a seguinte:
1. Abertura com oração, e
louvores a Deus.
2. Leitura bíblica por alguém
que for designado; oração.
3. O dirigente fará a
apresentação das autoridades presentes e dos visitantes, nomeando-se os
principais.
4. Em geral, executa-se o
Hino Nacional cantado por todos os presentes e tocado pela banda, após o que o
dirigente declarará abertas as solenidades, mencionando os motivos.
5. A palavra é, então,
franqueada aos representantes de entidades civis, militares e eclesiásticas que
presentes estejam como representantes.
6. Os atos serão
intercalados com louvor.
7. Falará então o
representante da organização que promove o evento.
8. Após esse orador, não
se dará mais oportunidade a ninguém para falar sobre o evento, salvo alguém
cuja representatividade sobrepuje à do último orador.
9. O último orador de fato
será o mensageiro da Palavra de Deus, que deve ter tempo suficiente para
desenvolver a sua mensagem evangelística.
10. Após o sermão, o
dirigente fará ou designará alguém para fazer o apelo. Havendo decisões,
far-se-á oração pelos que se decidiram.
11. Com uma palavra de
agradecimento, o culto será concluído, após a oração final e bênção apostólica.
Nota: O programa para
essas solenidades convém que seja criteriosamente elaborado, com o tempo bem
distribuído, para que o nome do Senhor seja exaltado.
A
bênção apostólica
Impetrar a bênção
apostólica ao término de cada ofício sagrado é uma prática já consagrada pelo
uso entre nós, cristãos protestantes, ainda que muitas outras denominações
fazem o mesmo.
Cabe nestas notas dizer
que tal ato no final do culto não é propriamente um mandamento ou normativa
bíblica. Mas, por analogia, acreditamos de todo coração que o Espírito Santo de
Deus foi quem inspirou o uso da bênção apostólica. O espaço é limitado para
trazermos aqui um fundamento doutrinário (não é este o propósito destas linhas)
ou analógico que nos possa ajudar a entender a importância da bênção apostólica.
Pois bem, não vamos fundamentar a prática que estamos aconselhando, mas se
todos observarem o final das cartas paulinas, do Apocalipse, etc, verão que
fomos colocados para abençoar, conforme o Senhor disse ao nosso pai Abraão em
Gênesis 12.2c.
Entre nós, é praxe
permitir impetrar a bênção apostólica aos ministros, e aos pastores quando em função ministérial, isto é,
dirigindo trabalho (congregações, ou praticando outros atos ministeriais).
Nunca foi, porém, a impetração dessa bênção atribuída a quaisquer outros
auxiliares. Por outro lado, em alguns lugares costuma-se levar toda a
congregação a cantar as palavras usadas na bênção apostólica: "A graça o
amor e a comunhão de nosso Deus e Senhor
Jesus Cristo, sejam conosco (ou com todo o povo de Deus agora e para
sempreAmém.)" como alguns ministros usam fazer. Veja-se que nem mesmo uma
forma literal rígida foi estabelecida. Neste ponto, vamos concluir dizendo que
cada obreiro consulte o seu ministro sobre como deve fazer, já que se trata de
assunto não estatuído pela Bíblia, embora faça parte dos nossos bons costumes.
Aconselhamos, no entanto,
cuidado, para não permitir que o mau uso das coisas sagradas venha a ter lugar
no nosso meio. A Bíblia nos ensina que façamos tudo com ordem e decência, para
glória de Deus. Que o Senhor abençoe a todos os irmãos em Cristo Amém.
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