FACULDADE
DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS
HOJE
CURSO
LIVRE
DOUTRINARIA
O PAI O FILHO
ESPÍRITO SANTO
DOUTRINARIA
O
PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO
Quem
é o Pai? Existe apenas um Deus?
“Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de
quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo,
pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.” (I Coríntios 8:6).
“Ouve,
Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”. (Deuteronômio 6:4-5).
“...
Qual é o principal de todos os mandamentos? Respondeu Jesus: O principal é:
Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!” (Marcos 12:28-29).
“E
a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste”. (João 17:3).
“Tu
crês que há um só Deus? Fazes bem. Também os demônios o crêem, e tremem.”
(Tiago 2:19).
DEUS
É UMA PESSOA IGUAL AOS SERES HUMANOS?
“Mas
vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em
verdade.” (João 4:23-24).
De
acordo com Cristo, devemos adorar e prestar culto somente a quem?
“Então,
Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu
Deus, adorarás, e só a ele darás culto.” (Mateus 4:10).
O
QUE ORDENA O PRIMEIRO MANDAMENTO?
“Não
terás outros deuses diante de mim.” (Êxodo 20:3).
Jesus confirmou a verdade que Deus é um só?
“Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó
Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!” (Marcos 12:29).
QUEM
É O CABEÇA DE CRISTO?
“Quero,
entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça
da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo.” (I Coríntios 11:3).
Existe alguém acima de Deus, o Pai.
“Eu
sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda
que não me conheces.” (Isaias 45:5).
NOSSA
SALVAÇÃO DEPENDE DE CONHECERMOS A QUEM?
“E
a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3).
DEUS
DE FATO É PAI DE JESUS?
“Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte
de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo.” (Efésios 1:3).
“Recomendou-lhe
Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os
meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso
Deus.” (João 20:17).
QUEM
RESSUSCITOU A JESUS?
“O
Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o num
madeiro.” (Atos 5:30).
Temos que crer que Deus, o Pai, ressuscitou a
Cristo para sermos salvos?
“Se,
com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Romanos 10:9).
Como
é considerado aquele que nega a Deus Pai e a Cristo, seu filho?
“Quem
é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo,
o que nega o Pai e o Filho.” (I João 2:22).
DEUS
PAI, É TAMBÉM O DEUS DE JESUS CRISTO?
“Amaste
a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o
óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros.” (Hebreus 1:9).
“Bendito
o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte
de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo.” (Efésios 1:3).
“Sê
vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado
íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.” (Apocalipse 3:2).
OS
VERDADEIROS ADORADORES DEVEM ADORAR A QUEM?
“Mas
vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em
verdade.” (João 4:23-24).
O
Pai é o Deus único, é espírito, é onisciente, onipresente e onipotente. Nada
pode ser comparado a Deus, o Pai, que esta acima de tudo e de todos, e que,
está presente em todos os lugares através de Seu Santo espírito.
É
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual enviou para morrer em nosso lugar,
ressuscitou-o da morte, concedendo vida eterna a todo aquele que o aceita como
seu redentor e salvador.
Ao
Jesus perguntar aos discípulos quem o povo dizia ser o Filho do Homem, o que
eles responderam?
“E
eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou
algum dos profetas.” (Mateus 16:14).
Ao Cristo perguntar a opinião dos discípulos
sobre Ele, o que eles responderam?
“Respondendo
Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mateus 16:16).
Qual a forma de vencermos o mundo e recebermos
a Deus Pai e a Jesus Cristo em nossa vida ?
“Qualquer
que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus.” (I
João 4:15).
“Quem
é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” (I João
5:5).
QUEM
É O ÚNICO MEDIADOR ENTRE DEUS E O HOMEM?
“Porquanto
há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” (I
Timóteo 2:5).
Respondeu-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim.”
Jesus já existia antes de nascer como uma
criança?
“E
tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá,
de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os
tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Miquéias 5:2).
Como
ser humano, Jesus foi gerado por quem?
“Enquanto
ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor,
dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que
nela foi gerado é do espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome
de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.” (Mateus 1:20-21).
O que foi feito por intermédio de Cristo?
“Todas
as coisas foram feitas por intermédio dele (Cristo), e, sem ele, nada do que
foi feito se fez.” (João 1:3).
“Pois,
nele (Cristo), foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados,
quer potestades. Tudo foi criado por meio dele (Cristo) e para ele.”
(Colossenses 1:16).
Cristo
possui vida em si mesmo?
“Porque
assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si
mesmo.” (João 5:26).
Em quem estava a fonte do poder de Jesus?
“Então,
lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer
de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este
fizer, o Filho também semelhantemente o faz.” (João 5:19).
“Jesus,
aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na
terra.” (Mateus 28:18).
Cristo é a imagem de quem?
“Nos
quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes
não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de
Deus.” (II Coríntios 4:4).
Quem recebeu de Deus autoridade para julgar a
humanidade?
“E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou
todo julgamento, a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o
Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.” (João 5:22-23).
“E
lhe deu autoridade para julgar, porque é o Filho do Homem.” (João 5:27).
Em Jesus habita a divindade?
“Cuidado
que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a
tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;
porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.”
(Colossenses 2:8-9).
“Porque
foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse.” (Colossenses 1:19
–ARC).
Cristo é igual ao Pai?
“Ouvistes
que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis,
alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.” (João
14:28).
Jesus veio a terra para morrer pelo pecador.
Quem o enviou?
“E
a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3).
“Agora,
eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti; porque eu
lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, e
verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste.” (J
15
- Quem é o Deus de Jesus Cristo?
“Recomendou-lhe
Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os
meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso
Deus.” (João 20:17).
Através de quem Deus Pai se revela a
humanidade?
“Ninguém
jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o
revelou.” (João 1:18).
“Respondeu-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim. Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora
o conheceis e o tendes visto. Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e
isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não
me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?”
(João 14:6-9).
Cristo
também é chamado de Deus?
“Porque
um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros;
e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade,
Príncipe da Paz.” (Isaias 9:6).
“Eis
que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de
EMANUEL, (que quer dizer: Deus Conosco.” (Mateus 1:23).
Nota:
Quando a palavra Deus é aplicada à pessoa do Pai e à pessoa do Filho, ela diz
que existem apenas duas pessoas desta espécie, seres que possuem exclusivamente
os atributos da imortalidade, onipotência, onipresença e onisciência. Neste
caso, quando a palavra Deus é aplicada também a Jesus Cristo, ela quer dizer
que Ele é da mesma natureza, da mesma substância, da mesma essência que o Pai.
Quer dizer que Ele é Deus em razão de ser Filho de Deus.
Quando,
porém, a designação Deus é aplicada isoladamente à pessoa do Pai, ela quer
dizer que o Pai, é a Origem sem origem, o Princípio sem princípio, o Começo sem
começo, o Todo-Poderoso soberano do universo, o Único Deus. Neste uso
hierárquico da expressão Deus, Jesus Cristo permanece em Sua posição de Filho
de Deus e, por ser Filho, submete-Se ao Pai como Seu próprio Deus, sem
pretender igualar-se a Ele em autoridade e poder. É essa hierarquia que elimina
o politeísmo e desfaz a ilusão de um deus abstrato e impessoal.
Cristo esta sujeito a Deus, o Pai?
“Jesus
continuou a falar a eles. Ele disse: Eu não posso fazer nada por minha própria
conta, mas julgo de acordo com o que o Pai me diz. O meu julgamento é justo
porque não procuro fazer a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me
enviou.” (João 5:30 BLH).
“Por
isso Jesus disse: Quando vocês levantarem o Filho do Homem, saberão que
"EU SOU QUEM SOU". E saberão também que não faço nada por minha
conta, mas falo somente o que o meu Pai me ensinou.” (João 8:28 BLH).
“Eu
não tenho falado em meu próprio nome, mas o Pai, que me enviou, é quem me
ordena o que devo dizer e anunciar. E eu sei que o seu mandamento dá a vida
eterna. O que eu digo é justamente aquilo que o Pai me mandou dizer.” (João
12:49-50 BLH).
“Será
que você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? Então Jesus disse
aos discípulos: O que eu digo a vocês não digo em meu próprio nome; o Pai, que
está em mim, é quem faz o seu trabalho.” (João 14:10 BLH).
“Quem
não me ama não obedece à minha mensagem. E a mensagem que vocês estão escutando
não é minha, mas do Pai, que me enviou. ...mas o mundo precisa saber que eu amo
o Pai e que, por isso, faço tudo o que ele manda. Levantem-se, vamos sair
daqui!” (João 14:24 e 31 BLH).
“Quando,
porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se
sujeitará àquele que todas as coisas sujeitou, para que Deus seja tudo em
todos.” (I Coríntios 15:28 BLH).
Todo aquele que diz Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus?
“Nem
todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 7:21).
Cristo
ressuscitou a si mesmo?
“Mas
Deus ressuscitou Jesus, livrando-o do poder da morte, porque não era possível
que a morte o dominasse.” (Atos 2:24).
“O
Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o num
madeiro.” (Atos 5:30).
“A
este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.” (Atos 2:32).
“E
matastes o príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dos mortos, do que nós
somos testemunhas.” (Atos 3:15).
“Deus ressuscitou o Senhor e também nos
ressuscitará a nós pelo seu poder.” (I Coríntios 6:14).
“Paulo,
apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por
Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos.” (Gálatas
1:1).
Cristo
ressuscitou em espírito?
“Falavam
ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja
convosco! Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um
espírito. Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados? E por que sobem
dúvidas ao vosso coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo;
apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes
que eu tenho. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés.” (Lucas 24:36-43).
Cristo
sabe o dia e hora de Seu retorna a Terra?
“Mas
a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho,
senão o Pai.” (Mateus 24:37).
Cristo
é o divino Filho de Deus, existente deste os tempos da eternidade, como pessoa
distinta, mas um com o Pai. Despiu-se de sua divindade para tornar-se um de
nós. Viveu sem pecado, morreu em nosso lugar, foi ressuscitado por Deus, o Pai,
subiu em corpo ao Céu, foi glorificado e hoje intercede por nós e esta conosco
através de seu Santo espírito.
Quem,
ou o que é o espírito Santo?
Que meio Deus utiliza para transmitir os dons
espirituais aos fiéis?
“Respondeu-lhes
Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo
para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do espírito Santo.” (Atos
2:38).
“E
os fiéis que eram da circuncisão, que vieram com Pedro, admiraram-se, porque
também sobre os gentios foi derramado o dom do espírito Santo.” (Atos 10:45).
“A
manifestação do espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.
Porque a um é dada, mediante o espírito, a palavra da sabedoria; e a outro,
segundo o mesmo espírito, a palavra do conhecimento; a outro, no mesmo
espírito, a fé; e a outro, no mesmo espírito, dons de curar; a outro, operações
de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um,
variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las. Mas um só e o
mesmo espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a
cada um, individualmente.” (I Coríntios 12:7-11).
O espírito Santo é o espírito de quem?
“Porque
qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele
está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o espírito de
Deus.” (I Coríntios 2:11).
De onde procede o espírito Santo?
“Quando,
porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o espírito da
verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim; e vós também
testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio." (João 15:26- 27).
Qual
a forma que Jesus usou para transmitir o espírito Santo aos discípulos?
“E,
havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o espírito Santo.”
(João 20:22).
Jesus
prometeu enviar aos discípulos o espírito Santo?
“E
eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para
sempre convosco, o espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque
não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará
em vós.” (João 14:16-17).
Mesmo andando com Cristo, os discípulos não
haviam recebido o espírito Santo. Qual o
motivo?
“Quem
crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.
Isto ele disse com respeito ao espírito que haviam de receber os que nele
cressem; pois o espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não
havia sido ainda glorificado.” (João 7:38-39).
Cristo disse que iria voltar para junto dos
discípulos?
“Ouvistes
que eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis,
alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.” (João
14:28).
08
- O espírito Santo (o consolador) poderia vir se Cristo não fosse para junto do
Pai?
“Mas
eu vos digo a verdade; convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o
Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei.”
(João 16:7).
Deus Pai é nosso consolador?
“Bendito
seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus
de toda consolação! É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para
podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com
que nós mesmos somos contemplados por Deus.” (II Coríntios 1:3-4).
Quem
é o espírito que foi enviado?
“Ora,
o Senhor é o espírito; e, onde está o espírito do Senhor, aí há liberdade. E
todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do
Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como
pelo Senhor, o espírito.” (II Coríntios 3:17-18).
“Foi a respeito desta salvação que os profetas
indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros
destinada, investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias
oportunas, indicadas pelo espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de
antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias
que os seguiriam. A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós
outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que,
pelo espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que
anjos anelam perscrutar.” (I Pedro 1:10-12).
“E
eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para
sempre convosco, o espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque
não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará
em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros. Ainda por um pouco,
e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também
vivereis.” (João 14:17-19).
“E percorrendo a região frígio-gálata, tendo
sido impedidos pelo espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando
Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o espírito de Jesus não o permitiu.” (Atos
16:6-7).
“E,
porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o espírito de seu Filho,
que clama: Aba, Pai!” (Gálatas 4:6).
Os
filhos de Deus são guiados por quem?
“Pois
todos os que são guiados pelo espírito de Deus são filhos de Deus.” (Romanos
8:14).
É possível ao homem conhecer as coisas de
Deus?
“Porque
qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele
está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o espírito de
Deus.” (I Coríntios 2:11).
O
que é a comunhão do espírito Santo?
"A
graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do espírito Santo
sejam com todos vós." (II Coríntios 13:13).
“Porque,
assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos,
constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois, em um só
espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer
escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só espírito." (I
Coríntios 12:12).
“O
que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós,
igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e
com seu Filho, Jesus Cristo.” (I João 1:3).
“Eu
e o Pai somos um.” (João 10:30).
“Vós,
porém, não estais na carne, mas no espírito, se, de fato, o espírito de Deus
habita em vós. E, se alguém não tem o espírito de Cristo, esse tal não é dele.”
(Romanos 8:9).
Nota:
A unidade que existe entre Cristo e o Pai, é a comunhão do espírito Santo.
“As
Escrituras indicam claramente a relação entre Deus e Cristo, apresentando com
igual clareza a personalidade e individualidade de cada um. A unidade que
existe entre Cristo e seus discípulos, não anula a personalidade de nenhum. São
um em desígnio, mente, em caráter, mas não em pessoa. É assim que Deus, o Pai e
Cristo são um”. (A Ciência do Bom Viver. 4ª ed. pp. 421-422).
Conclusão:
O
espírito Santo procede do Pai (João 15:26-27). Por ser filho de Deus, o Pai,
Cristo possui a mesma essência do Pai, sendo assim, possui o mesmo espírito do
Pai. É através de Seu espírito que Cristo nos convence do pecado, da justiça e
do juízo (João 16:8), habita em nós (Gálatas 4:6) e está presente em todos os
lugares ao mesmo tempo (Salmos 139:1-10).
O
CONHECIMENTO DE DEUS
Não
há conhecimento mais sagrado e mais vital para a salvação do que o conhecimento
de Deus. Crescer no conhecimento do seu amor, sua justiça, sua misericórdia,
sua natureza é o objetivo de todo crente verdadeiro. Em nossa limitação, jamais
seremos capazes de compreendê-lo completamente, pois Ele é infinito. Mas a cada
dia devemos buscar mais sobre Ele, prosseguir na busca do conhecimento do
Todo-poderoso Deus.
“Conheçamos,
e prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva a sua vinda é certa; e ele
descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” - Oséias
6:3.
2.1
- O espírito: Mistério ou Revelação
“Respondeu-lhes
Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus.” - Mateus
13:11.
Deus
em seu infinito amor e misericórdia, através da Palavra, revelou aos seus servos
os mistérios do seu reino. O plano do Deus Todo-poderoso é revelar-se cada vez
mais aos seus filhos amados até que estes cheguem à unidade e ao pleno
conhecimento dEle e do seu Filho Unigênito, Jesus Cristo. A unidade é
conseqüência do conhecimento de Deus. Só chegaremos à unidade cristã pela qual
Cristo orou se avançarmos no conhecimento deste Deus grandioso.
“Para
que os seus corações sejam animados, estando unidos em amor, e enriquecidos da
plenitude do entendimento para o pleno conhecimento do mistério de Deus,
Cristo.” - Colossenses 2:2.
Cada
um de nós tem o dever de buscar sorver constantemente desta fonte cristalina
para sermos também condutos da Água da Vida, reflexos do Sol da Justiça,
despenseiros dos mistérios de Deus.
“Que
os homens nos considerem, pois, como ministros de Cristo, e despenseiros dos
mistérios de Deus.” - I Coríntios 4:1.
Que
mistério é esse? O apóstolo Paulo responde:
“O
mistério que esteve oculto dos séculos, e das gerações; mas agora foi manifesto
aos seus santos, a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da
glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da
glória.” - Colossenses 1:26 e 27.
“Cristo
em vós”, este é o mistério que esteve oculto e nos foi revelado. Cristo pode
habitar em nós hoje através do seu espírito. É sobre este “mistério” já
revelado que discorreremos neste livro.
Lamentavelmente
quando se fala sobre o espírito de Deus, sua atuação e essência, muitos
preferem fechar os ouvidos por considerarem um assunto oculto, um mistério que
o homem não deve se atrever a sondar, um tema onde “o silêncio é ouro”.
Infelizmente tais pessoas demonstram que não conhecem o Deus de amor, um Deus
infinito que se revela ao mais simples e humilde pecador. Nosso Pai é um Deus
de revelação, não de mistério. Tais crentes nominais não buscam o conhecimento
por si mesmos, mas se acomodam e preferem aceitar os dogmas impostos pela
liderança espiritual. Afinal de contas, há pastores e professores de religião
com mestrado e doutorado, experts em divindade. Eles não podem estar errados,
podem?
“Ora,
àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação
de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os
tempos eternos, mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas,
segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as nações para
obediência da fé; ao único Deus sábio seja dada glória por Jesus Cristo para
todo o sempre. Amém.” - Romanos 16:25-27.
2.2
- Requisitos Para o Progresso no Conhecimento de Deus
Há
requisitos que devemos atender para crescer no conhecimento de Deus. O primeiro
requisito é a humildade. O sábio escreveu: “com os humildes está a sabedoria.”
(Prov. 11:2). O humilde é flexível, não se apega a conceitos pré-estabelecidos,
mas como verdadeiro discípulo do Mestre está sempre disposto a aprender e a
rever suas opiniões e conceitos.
Outro
requisito para o crescimento no conhecimento de Deus é a atuação do espírito de
Deus em nós.
“Ora,
nós não temos recebido o espírito do mundo, mas sim o espírito que provém de
Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos foram dadas gratuitamente por
Deus”. - I Cor. 2:12.
Jamais
poderemos compreender as revelações de Deus senão por seu espírito. Sem o
espírito, aí sim, o assunto se torna um mistério indecifrável.
A
terceira condição para o avanço é a dedicação no estudo. “Buscar-me-eis, e me
achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração”. (Jer. 29:13) Apenas o
estudante diligente obterá êxito e progresso no conhecimento de Deus.
O
ESPÍRITO
Como
é possível conhecer a Deus? O apóstolo Paulo responde:
“Porque
qual dos homens sabe as coisas do homem senão o seu próprio espírito que nele
está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o espírito de
Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e, sim, o espírito que
vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.” -
I Coríntios 2:11 e 12.
Este
verso deixa claro que assim como o homem tem um espírito que conhece tudo a seu
respeito, Deus também tem o seu espírito e por esta razão só é possível obter o
conhecimento pleno de Deus através do espírito de Deus.
Então,
para conhecermos a Deus, é importante buscarmos na sua Palavra revelações sobre
o espírito Santo de Deus. A Palavra de Deus, especialmente o Novo Testamento,
traz muitas revelações sobre a maravilhosa obra do espírito Santo e fala um
pouco sobre sua natureza. Mas muitos fazem confusão a respeito da essência e
natureza do espírito Santo. Quem é na verdade o espírito Santo? Alguns dizem
que é o poder de Deus, outros pregam que é a terceira pessoa da trindade,
outros ainda argumentam que o espírito Santo é o anjo Gabriel. Finalmente há
aqueles que não têm muita disposição para um estudo mais aprofundado e se
acomodam alegando que se trata de um mistério sem importância para a salvação.
Passo
a passo, verso a verso, com humildade e simplicidade, sem interpretações que
vão além do que está escrito, vamos aprender um pouco mais sobre o espírito
Santo.
Para
iniciarmos o estudo sobre o espírito Santo vamos nos limitar a descrever duas
características incontestáveis relacionadas a ele. E a partir destas duas
características, desenvolveremos nosso estudo.
Aqui
estão elas:
1.
O ESPÍRITO SANTO É ESPÍRITO
2.
O ESPÍRITO SANTO É SANTO
Isso
pode parecer um conceito muito básico e óbvio, mas é incrível como muitas
pessoas duvidam que o espírito Santo seja um espírito no sentido original da
palavra. Vamos buscar compreender o que os autores da Bíblia queriam dizer
quando escreviam a palavra “espírito”.
O
QUE É “ESPÍRITO”?
Para
uma compreensão satisfatória da Bíblia, devemos procurar saber qual era a
intenção dos autores bíblicos. O que um escritor bíblico, profeta ou apóstolo,
tinha em mente quando escrevia a palavra “espírito”? Quando ouvimos a palavra
“espírito” nossa interpretação é a mesma do profeta ou apóstolo?
Em
nossa cultura, fortemente influenciada pelo catolicismo e espiritismo, sempre
que se fala em “espírito” a tendência natural é imaginar uma força desencarnada
atuando independentemente do corpo - uma entidade autônoma, invisível,
consciente. Este é o conceito popular, pregado por algumas religiões e
apresentado em filmes e novelas. Lamentavelmente este conceito já popularizado
tem afetado negativamente a compreensão bíblica, pois sempre que se lê a
palavra “espírito”, o estudante da Bíblia é influenciado pelo conceito popular.
Veremos
que para os escritores bíblicos o significado da palavra “espírito” era bem
diferente deste conceito popular. Para que cresçamos no conhecimento de Deus e
do seu espírito temos que restabelecer o conceito original. Então poderemos ter
uma visão clara do que a Bíblia ensina sobre o espírito do homem e sobre o
espírito de Deus.
A
DEFINIÇÃO DE “ESPÍRITO” NO VELHO TESTAMENTO
No
Velho Testamento, escrito em hebraico, o original da palavra “espírito” é ruach.
Originalmente ruach significa fôlego, vento, sopro e respiração e se aplica
tanto ao espírito dos animais quanto ao espíritos dos homens, espíritos
malignos e espírito de Deus. Veja alguns exemplos:
RUACH
- ESPÍRITO DO HOMEM
“Na
verdade há um espírito (ruach) no homem, e o sopro do Todo-poderoso o faz
entendido.” - Jó 32:8.
“Nas
tuas mãos entrego o meu espírito (ruach); tu me remiste, Senhor, Deus da
verdade.” - Salmo 31:5.
“Sai-lhes
o espírito (ruach) e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia perecem todos os seus
desígnios.” - Salmo 146:4.
“E
o pó volte à terra, como o era, e o espírito (ruach) volte a Deus, que o deu.”
-Eclesiastes 12:7.
“Fala
o Senhor, o que estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito (ruach) do
homem dentro dele.” - Zacarias 12:1.
Algumas
vezes a palavra ruach é traduzida como sopro, hálito ou respiração do ser
humano. Confira:
“Enquanto
em mim estiver a minha vida, e o sopro (ruach) de Deus nos meus narizes...” -
Jó 27:2.
“O
meu hálito (ruach) é intolerável à minha mulher, e pelo mau cheiro sou
repugnante aos filhos de minha mãe.” - Jó 19:17.
“Se
lhes cortas a respiração (ruach), eles morrem, e voltam ao seu pó.” - Salmos
104:29.
Portanto,
a intenção do autor bíblico ao escrever a palavra ruach não era descrever uma
entidade desencarnada autônoma, invisível e consciente conforme muitos crêem,
mas descrever o fôlego de vida, o sopro vital cuja fonte é Deus. Portanto, para
fins de tradução e interpretação bíblica, a palavra espírito é sinônimo de
sopro, hálito, respiração, pois têm a mesma origem no hebraico: ruach.
RUACH
- ESPÍRITO DE DEUS
O
espírito de Deus também é chamado de ruach no Antigo Testamento. Como vimos, a
palavra ruach significa originalmente sopro, vento, fôlego.
“Então
disse o Senhor: O meu espírito (ruach) não agirá para sempre no homem, pois
este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos.” - Gênesis 6:3.
“Disse
Faraó aos seus oficiais: Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o
espírito (ruach) de Deus?” - Gênesis 41:38.
“Tendo-se
retirado de Saul o espírito (ruach) do Senhor, da parte deste um espírito
(ruach) maligno o atormentava.” - I Samuel 16:14.
Note
que neste último verso a palavra ruach é usada tanto para definir o ruach
maligno quanto para descrever o ruach de Deus. São dois espíritos diferentes.
Surge, então, a seguinte questão com relação à independência e autonomia destes
espíritos: O espírito (ruach) do Senhor é uma pessoa e o Senhor é outra pessoa
distinta? Isso também vale no caso do espírito (ruach) maligno? Ou seja, o maligno
é um ser pessoal e o ruach do maligno é outra pessoa diferente? Pense nisso
antes de continuar! Em sua resposta cuidado para não ser influenciado pelo
conceito popular de espírito. Lembre-se do conceito bíblico.
JÓ
COSTUMA COMPARAR O ESPÍRITO DE DEUS COM O SEU SOPRO:
“O
espírito (ruach) de Deus me fez; e o sopro do Todo-poderoso me dá vida.” - Jó
33:4.
“Se
Deus pensasse apenas em si mesmo, e para si recolhesse o seu espírito (ruach) e
o seu sopro, toda a carne juntamente expiraria e o homem voltaria para o pó.” -
Jó 34:14 e 15.
Algumas
vezes o ruach de Deus não é traduzido como espírito, mas como sopro ou
respiração. Veja:
“Os
céus por sua palavra se fizeram, e pelo sopro (ruach) de sua boca o exército
deles.” - Salmo 33:6.
“A
sua respiração (ruach) é como a torrente que transborda e chega até ao
pescoço...” - Isaías 30:28.
Estas
traduções para ruach (sopro e respiração) estão perfeitamente adequadas e de
acordo com a definição original de ruach no hebraico, pois a definição original
de ruach, no hebraico, é sopro, fôlego, respiração e vento. Veremos mais
exemplos adiante.
RUACH
- ESPÍRITO DOS ANIMAIS
É
interessante notar que os animais também possuem ruach, mas para diferenciar
dos seres humanos e de Deus, na maioria das vezes o ruach dos animais é
traduzido como “fôlego de vida”. Esta forma de traduzir também está de acordo
com o sentido original da palavra. Veja estes exemplos:
“Porque
estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em
que há fôlego (ruach) de vida debaixo dos céus: tudo o que há na terra
perecerá.” - Gênesis 6:17.
“De
toda a carne, em que havia fôlego (ruach) de vida, entraram de dois em dois
para Noé na arca.” - Gênesis 7:15.
“Porque
o que sucede aos filhos dos homens, sucede aos animais; o mesmo lhe sucede:
como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego (ruach) de vida, e
nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais...” - Eclesiastes 3:19.
RUACH
- TRADUZIDO COMO VENTO, SOPRO, HÁLITO E RESPIRAÇÃO
A palavra ruach aparece 379 vezes em 348
versos no Velho Testamento e, embora seja traduzida como espírito em vários
textos, ruach também é traduzida como fôlego de vida, vento, sopro e ar. Note
que não há nenhuma interpretação particular nesta direção. Este é realmente o
significado original da palavra ruach. Veja outras traduções possíveis,
sinônimos de espírito:
“...
Deus fez soprar um vento (ruach) sobre a terra e baixaram as águas” - Gênesis
8:1.
“E eis que tudo era vaidade e correr atrás do
vento (ruach)” - Eclesiastes 1:14 u.p.
“Com o hálito de Deus perecem; e com o assopro
(ruach) da sua ira se consomem.” - Jó 4:9.
“Lembra-te
de que minha vida é um sopro (ruach).” - Jó 7:7.
“A
tal ponto uma se chega à outra que entre elas não entra nem o ar (ruach)” - Jó
41:16.
OUTRAS
TRADUÇÕES DE RUACH
Em
alguns versos a palavra ruach é traduzida como mente ou ânimo. Neste caso, o
tradutor entendeu que a palavra ruach foi utilizada num sentido figurado,
simbólico e, portanto, não deveria ser traduzida ao pé da letra como espírito,
vento ou fôlego:
“Deu
Davi a Salomão, seu filho, a planta do pórtico com as suas casas, ... também a
planta de tudo quanto tinha em mente (ruach), com referência aos átrios da casa
do Senhor.” - I Crônicas 28:11 e 12.
“Despertou,
pois, o Senhor, contra Jeorão o ânimo (ruach) dos filisteus, e dos arábios que
estão da banda dos etíopes.” - II Crônicas 21:16.
Através
do método de comparação de versos bíblicos, podemos reconhecer que o espírito
de Deus é, de um modo figurado, sua própria mente.
Isaías
40:13
Romanos
11:34
I
Coríntios 2:16
“Quem
guiou o espírito do Senhor? Ou, como seu conselheiro, o ensinou?”
“Quem,
pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?”
“Pois,
quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir?”
De
nossa breve análise no Velho Testamento, concluímos que o espírito de Deus é o
ruach de Deus, ou seja, o fôlego ou o sopro do único Deus Todo-Poderoso e não
uma outra pessoa da divindade. Da mesma forma o espírito (pneuma) do homem é o
fôlego de vida do homem e não uma pessoa diferente.
Porventura
o Novo Testamento confirma o conceito de “espírito” do Velho Testamento?
A
DEFINIÇÃO DE “ESPÍRITO” NO NOVO TESTAMENTO
Acredita-se
que a maior parte do Novo Testamento foi escrita em grego onde a palavra
espírito é pneuma. Esta palavra grega tem o mesmo significado de ruach no
hebraico, ou seja, é um sinônimo de espírito, fôlego, vento, sopro, ar. É da
palavra pneuma que derivam algumas palavras da língua portuguesa tais como
pneu, pneumático, pneumonia - todas relacionadas à respiração ou ao ar.
Nos
versos a seguir aprenderemos um pouco mais sobre o que os escritores do Novo
Testamento queriam transmitir ao escrever “pneuma de Deus” ou “pneuma Santo”.
Será que a intenção dos apóstolos ao escrever “pneuma de Deus” era se referir a
uma outra pessoa da divindade? Ou estavam se referindo ao fôlego, sopro de
Deus?
PNEUMA
HAGIOS E PNEUMA THEOS
No
Novo Testamento a expressão pneuma hagios é traduzida como espírito Santo,
pneuma theos é traduzida como espírito de Deus, pneuma iesous cristos como
espírito de Jesus Cristo. Vejamos alguns exemplos da utilização da palavra
pneuma:
“Ele,
porém, vos batizará com o espírito (pneuma) Santo.” - Marcos 1:8.
“Não
sabeis que sois santuário de Deus, e que o espírito (pneuma) de Deus habita em
vós?” - I Coríntios 3:16.
“Mas
vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome
do Senhor Jesus Cristo e no espírito (pneuma) do nosso Deus.” - I Coríntios
6:11.
“Então
vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um
Cordeiro como tinha sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos que
são os sete espíritos (pneuma) de Deus enviados por toda a terra.” - Apocalipse
5:6.
“E,
havendo dito isto, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito (pneuma)
Santo.” - João 20:22.
Este
último verso é um dos exemplos mais elucidativos pois mostra que o espírito
Santo é realmente o pneuma de Cristo, ou seja, o fôlego, sopro de Cristo. O
evangelista deixa claro que o espírito Santo foi soprado por Jesus sobre seus
discípulos. Não há dúvidas aqui. O espírito Santo é o próprio pneuma de Cristo,
não uma entidade independente, mas parte integrante de Jesus Cristo e de Deus.
“Porque
qual dos homens sabe as coisas do homem senão o seu próprio espírito (pneuma)
que nele está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o
espírito (pneuma) de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito (pneuma) do
mundo, e, sim, o espírito (pneuma) que vem de Deus, para que conheçamos o que
por Deus nos foi dado gratuitamente.” - I Coríntios 2:11 e 12.
“Pois
todos os que são guiados pelo espírito (pneuma) de Deus são filhos de Deus... O
próprio espírito (pneuma) testifica com o nosso espírito (pneuma) que somos
filhos de Deus.” - Romanos 8:14 e 16.
Perceba
que nestes dois últimos versos, a palavra pneuma também foi utilizada para
designar o espírito do homem.
É
importantíssimo ressaltar que convencionou-se escrever espírito de Deus com “E”
maiúsculo e espírito do homem com “e” minúsculo. Neste estudo também adotamos
este padrão, mas não foi assim no grego. Veremos adiante que não existia esta
diferença no grego. Os autores bíblicos não diferenciavam o espírito do homem
do espírito de Deus através de letras minúsculas e maiúsculas.
PNEUMA
- O ESPÍRITO DO HOMEM
Assim
como ruach no Velho Testamento, a palavra grega pneuma também se aplica ao
espírito do homem.
(Ressurreição
da filha de Jairo): “Voltou-lhe o espírito (pneuma), e ela imediatamente se
levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer.” - Lucas 8:55.
“O
espírito (pneuma) está pronto, mas a carne é fraca.” - Marcos 14:38.
“Porque
trouxeram refrigério ao meu espírito (pneuma) e também ao vosso.” - I Coríntios
16:18.
“Porque
assim como o corpo sem espírito (pneuma) é morto, assim também a fé sem obras é
morta.” - Tiago 2:26.
Este
verso de Tiago reafirma nossa crença sobre a impossibilidade de um espírito
(pneuma) subsistir sem corpo. Biblicamente, para que uma pessoa tenha vida é
necessário o espírito (pneuma) e o corpo.
“O
mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito (pneuma), alma e
corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo.” - I Tessalonicenses 5:23.
Neste
último verso o apóstolo Paulo cita o espírito, a alma e o corpo. Isto nos faz
lembrar dos elementos constituintes do ser humano e automaticamente nos remete
ao relato da criação que explica como o homem foi formado:
“Então
formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego
de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” - Gênesis 2:7.
Podemos
entender que o homem é formado de pó (corpo físico) mais espírito (fôlego da
vida) resultando numa alma vivente.
CORPO
(Pó da Terra) + ESPÍRITO (Fôlego de vida) = ALMA (Pessoa viva)
Logo,
é errado dizer que o homem tem uma alma, mas é correto dizer que ele é uma alma
vivente composta por corpo e espírito.
Não
podemos nos influenciar pelo conceito popular achando que o homem é uma pessoa
e o seu espírito é outra pessoa, entidade independente que subsiste fora do corpo.
O pneuma do homem é parte integrante do seu ser. Da mesma forma o pneuma de
Deus é parte integrante de Deus, não uma outra pessoa. Um espírito, de acordo
com a própria definição de pneuma dada por Cristo, não tem corpo:
“Eles,
porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito
(pneuma)...Vede minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e
verificai, porque um espírito (pneuma) não tem carne nem ossos, como vedes que
eu tenho.” - Lucas 24:37 e 39.
O
pneuma não tem carne e ossos, ou seja, um pneuma não tem corpo! Portanto, o
espírito (pneuma) não é uma pessoa de acordo com o conceito bíblico, segundo o
qual uma pessoa é composta de corpo e espírito.
O
PNEUMA DE CRISTO
“Então
Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (pneuma)!”
- Lucas 23:46.
“E, porque vós sois filhos, enviou Deus aos
nossos corações o espírito (pneuma) de seu Filho que clama: Aba, Pai.” -
Gálatas 4:6.
Cristo
possuía o mesmo pneuma do Pai, um pneuma que é compartilhado pelo Pai e pelo
Filho - é isto que os fazem um. Reforçaremos este conceito posteriormente.
OUTRAS
TRADUÇÕES DE PNEUMA
A
palavra pneuma aparece 385 vezes no Novo Testamento e na maioria das vezes é
traduzida como espírito. Mas assim como ruach, há outras traduções possíveis
como sopro, fôlego e vento:
“Ainda
quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos (pneuma), e a seus
ministros, labareda de fogo.” - Hebreus 1:7.
“De
repente veio do céu um som, como de um vento (pnoe) impetuoso e encheu toda a
casa onde estavam assentados... Todos ficaram cheios do espírito (pneuma)
Santo...” Atos 2: 2 e 4.
“Então
será de fato revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro
(pneuma) de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda.” - II
Tessalonicenses 2:8.
“E
lhe foi dado comunicar fôlego (pneuma) à imagem da besta, para que, não só a
imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da
besta.” - Apocalipse 13:15.
Note
que interessante o próximo verso! Nele a palavra pneuma aparece duas vezes e é
traduzida inicialmente como “vento” e no final do verso como “espírito”:
“O
vento (pneuma) sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem
para onde vai; assim é todo o que é nascido do espírito (pneuma)” - João 3:8.
ESPÍRITO
SANTO É NOME PRÓPRIO?
Embora
a Bíblia apresente o nome do Pai (Jeová ou Yaweh em hebraico) e o nome do Filho
(Jesus ou Yeshua em hebraico), o nome do espírito Santo não nos é apresentado.
O
tradutor da Bíblia, ao traduzir a palavra pneuma (espírito), o fez com letra
maiúscula. No entanto, a palavra pneuma, originalmente não foi escrita desta
forma. Os manuscritos mais antigos do Novo Testamento são alguns fragmentos de
papiro escritos em uncial. O padrão uncial utilizava-se de letras maiúsculas
apenas. Este padrão continuou sendo utilizado nos pergaminhos até o século XI,
quando a escrita minúscula começou a ser adotada.
Fica
claro que escrever “espírito Santo” com iniciais maiúsculas é uma convenção
adotada posteriormente. Veja um exemplo na Bíblia em Grego Moderno (Atos 13:9)
a diferença entre a letra pi minúscula, usada para escrever pneuma (um
substantivo) e a letra pi maiúscula usada para escrever Paulos (um nome
próprio):
O
fato da expressão “espírito Santo” ou “espírito de Jesus Cristo” ser sempre
escrita com “E” maiúsculo em português tem influenciado o subconsciente de
muitos crentes sinceros no sentido de aceitar a doutrina de que o espírito
Santo é uma pessoa distinta do Pai e do Filho. Mas é importante destacar que
quando os apóstolos escreviam espírito Santo, não havia esta distinção. Nós
escrevemos espírito Santo com letras maiúsculas em português apenas por uma
convenção, um hábito na realidade muito questionável, pois tal convenção não
existia originalmente.
O
ESPÍRITO SANTO, O ESPÍRITO DE CRISTO E O ESPÍRITO DE DEUS
A
Palavra de Deus afirma que assim como o homem tem um pneuma como parte
integrante do seu ser, Deus também tem um pneuma. Vejamos novamente o que diz I
Coríntios 2:11:
“Porque
qual dos homens sabe as coisas do homem senão o seu próprio espírito (pneuma)
que nele está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o
espírito (pneuma) de Deus.” - I Coríntios 2:11.
Novamente
é importante notar que em português o “espírito” de Deus é escrito com “E”
maiúsculo e o “espírito” do homem é escrito com “e” minúsculo. Mas não é assim
no original grego. Tanto o espírito de Deus quanto o espírito do homem são
escritos absolutamente da mesma forma. Portanto não há porque interpretar que o
espírito de Deus é uma outra pessoa e o espírito do homem não é uma outra
pessoa.
Assim
como o homem, Deus possui dentro de si um pneuma que é um atributo que não pode
ser separado dEle. Algumas religiões como o Espiritismo, por exemplo, pregam
que é possível o espírito (pneuma) existir independente¬mente ou separadamente
do corpo do seu possuidor, mas não é isso que a Palavra de Deus diz. Segundo a
Bíblia um corpo sem pneuma é um corpo morto.Veja:
“Então
Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (pneuma)! E
dito isto expirou.” - Lucas 23:46.
“E
o pó volte à terra, como o era, e o espírito (ruach) volte a Deus, que o deu.”
-Eclesiastes 12:7.
Da
mesma forma um espírito (pneuma) com existência e personalidade própria
(independente do possuidor) é um conceito defendido pelo Espiritismo e pelo
Trinitarianismo.
É
inquestionável que Deus tenha, assim como o homem, um pneuma como parte
constituinte do seu ser. Por essa razão, alguns defensores da trindade
interpretam de forma diferenciada o espírito Santo e o espírito de Deus. Alegam
que o espírito de Deus é um atributo intrínseco do Pai, mas que o espírito
Santo é uma outra pessoa - a terceira pessoa da trindade. Porventura existe
esta diferença entre espírito de Deus e espírito Santo?
Através
de um estudo por comparação de versos é possível descobrir que o Pai e o seu
Filho Jesus compartilham o mesmo pneuma, qual seja, o espírito Santo. Veremos
adiante que não há diferença entre espírito de Deus, espírito de Cristo e
espírito Santo.
“Não
sabeis que sois santuário de Deus, e que o espírito (pneuma) de Deus habita em
vós?” - I Coríntios 3:16.
“Acaso
não sabeis que vosso corpo é santuário do espírito (pneuma) Santo que está em
vós, o qual tendes da parte de Deus.” - I Coríntios 6:19.
Após
análise destes dois versos, concluímos inequivocamente que o espírito Santo é o
próprio espírito (pneuma) de Deus e não uma terceira pessoa. É o próprio pneuma
de Deus que habita em nós.
Paulo
confirma que o espírito Santo não é uma terceira pessoa, mas é sim o próprio
pneuma de Deus, colocando-os (espírito de Deus e espírito Santo) como
expressões equivalentes novamente:
“Por
isso vos faço compreender que ninguém que fala pelo espírito (pneuma) de Deus
afirma: Anátema Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão
pelo espírito Santo.” - I Coríntios 12:3.
Há
muitos outros versos que servem como evidência clara de que o espírito Santo é
o próprio pneuma de Deus. Vejamos este último par de versos de Paulo aos
Efésios sobre o selamento:
“...
tendo nele também crido, fostes selados com o Santo espírito da promessa.” -
Efésios 1:13.
“E
não entristeçais o espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da
redenção.” - Efésios 4:30.
Biblicamente,
temos evidências suficientes para afirmar que...
ESPÍRITO
SANTO = ESPÍRITO (PNEUMA) DE DEUS
E
o que dizer do espírito de Cristo? É correto afirmar que o espírito de Cristo e
o espírito de Deus são sinônimos? Vejamos:
“Vós,
porém, não estais na carne, mas no espírito, se de fato o espírito (pneuma) de
Deus habita em vós. E se alguém não tem o espírito (pneuma) de Cristo, esse tal
não é dele.” - Romanos 8:9.
Este
verso nos dá condições de afirmar que
ESPÍRITO
(PNEUMA) DE CRISTO = ESPÍRITO (PNEUMA) DE DEUS
Deus,
o Pai e seu Filho, Jesus Cristo, compartilham o mesmo espírito (pneuma), por
esta razão são um.
“Eu
e o Pai somos um.” - João 10:30.
“Tudo
quanto o Pai tem é meu...” - João 16:15.
Jesus
Cristo e o seu Pai não são duas pessoas distintas, mas são manifestações de um
único Deus em espírito. Jamais lemos na Bíblia “eu, o Pai e o espírito Santo
somos um”! Reiteramos: O Pai e o Filho são UM, mesmo pneuma (espírito). O
espírito de Cristo é o espírito do Pai:
“Quem
me vê a mim vê o Pai... Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim.” - João 14:9
e 11.
Ora,
é impossível aceitar que o Pai está no Filho e o Filho está no Pai de forma
física. É claro que Cristo está dizendo que o Pai está espiritualmente no Filho
e o Filho está espiritualmente no Pai.
Da
mesma forma podemos ser um com Deus e com Cristo se recebermos em nós o
espírito (pneuma) de Deus. Isso Jesus deixou claro em sua oração intercessória
relatada em João 17:
“A
fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam
eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” - João 17:21.
O
plano de Deus é que sejamos um com Ele e com o Pai. Não uma pessoa fisicamente
falando, mas uma unidade espiritual, ou seja, que tenhamos o mesmo espírito
(pneuma) de Deus e de Cristo, mesmo sendo pessoas diferentes.
“Mas
aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele.” - I Coríntios 6:17.
O
espírito Santo é o próprio espírito de Cristo e em certas ocasiões o autor
bíblico alterna estes dois termos:
“E
percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo espírito Santo de
pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o
espírito de Jesus não o permitiu.”Atos 16:6 e7.
Não
haveria necessidade de apresentarmos mais versos comprovando que espírito de
Deus, espírito de Cristo e espírito Santo são utilizados como sinônimos na
Bíblia e que se tratam do próprio pneuma (fôlego / espírito) de Deus. Mas como
último verso, lembramos o que está escrito em João 20:22:
“E,
havendo [Jesus] dito isto, soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o espírito
(pneuma) Santo.” - João 20:22.
Fica
então claro que o espírito Santo é o próprio espírito (pneuma) de Jesus, ou
seja, seu fôlego, seu sopro vital e não uma terceira pessoa distinta.
ESPÍRITO
(PNEUMA) DE CRISTO = ESPÍRITO (PNEUMA) DE DEUS = ESPÍRITO SANTO
A
reposta para a pergunta “Quem é o espírito?” nunca esteve tão próxima:
“Ora
o Senhor é o espírito; e onde está o espírito do Senhor aí está a liberdade.” -
II Coríntios 3:17.
Sem
dúvidas esta é a melhor resposta para a pergunta “Quem é o espírito?” Paulo
acaba de responder: “O Senhor é o espírito.”
Neste
verso a palavra traduzida por “espírito” é a palavra grega “Pneuma”.
Se
o espírito no que diz respeito às criaturas vivas é o fôlego de vida ou a
energia vital que provém de Deus e os matem vivos, e jamais deve ser entendido
como uma entidade (um ser) inteligente que pode viver independentemente, por
que quando a mesma palavra aparece relacionada ao nome de Deus (espírito de
Deus ou espírito Santo), não deve ser entendida como um “ser” pessoal fora de
Deus, ou que seja, a terceira pessoa da trindade?
Por
que não podemos fazer a mesma analogia e definir a palavra “espírito de Deus”
como o poder (o fôlego, a energia vital) de Deus em ação?
Não
estaremos usando dois pesos e duas medidas e sendo incoerentes ao dizer que a
Bíblia ensina que o espírito é uma outra pessoa fora dela mesma, e quando a
mesma palavra está relacionada com o nome de Deus, dizermos que é um outro ser
ou uma outra entidade divina?
Consideramos
muito significativo o que está registrado em Atos 10:38:
“Como
Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o espírito Santo e com poder; o qual andou
fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com
Ele.”
Nele
encontramos uma estreita relação entre o espírito Santo e o poder de Deus,
ambos como a evidência de que o Senhor Deus Eterno estava com Seu Filho
unigênito Jesus Cristo.
A
Palavra de Deus apresenta as manifestações divinas de UM Único Deus: Deus, o
Pai, o Espírito Santo e o Senhor Jesus Cristo Filho Unigênito, que também é
chamado pelo profeta Isaías de “Deus Forte, Pai da Eternidade”. Vejamos algumas
evidências de que a doutrina da trindade carece de embasamento bíblico quando
afirma que o espírito Santo é a terceira pessoa de uma tríade divina.
O
PAI E O FILHO NA BÍBLIA
NOS
EVANGELHOS
“Tudo
me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém
conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” -
Mateus 11:27.
Quando
a Palavra de Deus diz “ninguém”, exclui qualquer outra pessoa: seres humanos,
anjos ou o próprio inimigo das almas. Para aqueles que acreditam no espírito
Santo como uma pessoa distinta terão uma tarefa adicional em conciliar uma
contradição entre o texto acima (Mateus 11:27) e I Coríntios 2:11:
“Porque
qual dos homens sabe as coisas do homem senão o seu próprio espírito que nele
está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o espírito de
Deus.” - I Coríntios 2:11.
Ora,
se Mateus afirma que ninguém conhece o Pai senão o Filho e Paulo diz que há uma
outra pessoa (?), o espírito, que conhece o Pai, então os trinitarianos têm uma
contradição para ser resolvida aqui! Para aqueles que crêem que o espírito de
Deus é o próprio espírito de Cristo, fica mais fácil entender que só o Filho
(seu espírito) conhece o Pai.
Segue
uma possível alteração bíblica em Mateus 11:27 para sustentar a visão
trinitariana: “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão
o Pai e o espírito Santo; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e o espírito
Santo, e aquele a quem o Filho e o espírito Santo o quiserem revelar.” - versão
de Mateus 11:27 adulterada para sustentar a visão trinitariana.
A
unicidade Pai e Filho é diversas vezes enfatizada de forma clara nos Evangelhos
não havendo qualquer menção de uma suposta Trinitária formada por três pessoas,
Pai / Filho / espírito Santo. Seguem mais exemplos:
“Eu
e o Pai somos um” - João 10:30.
“A
fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti.” - João
17:21. p.p.
Não
pode haver evidências mais claras de que a divindade é unidade simples e não
composta como no casamento, marido, esposa. “Quem vê a mim vê o Pai”.Jo.14:9.
Veja
como ficariam possíveis adaptações dos versos acima para sustentar a teoria da
trindade: “Eu, o Pai e o espírito Santo somos um” - João 10:30 versão
trinitariana adulterada. “A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, e o
espírito Santo em mim e eu em ti e no espírito Santo.” - João 17:21. p.p.
versão trinitariana adulterada. Um absurdo!
Vamos
repetir um verso que consideramos importante para a salvação, pois trata-se da
indicação de como receber a vida eterna:
“E
a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste” - João 17:3.
Para
termos a vida eterna devemos conhecer apenas duas pessoas: o Pai e o seu Filho.
Conhecendo a ambos, certamente receberemos o espírito (pneuma) de ambos. Se o
espírito Santo fosse uma terceira pessoa, Jesus oraria assim:
“E
a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, a Jesus
Cristo, a quem enviaste e ao espírito Santo que será enviado após mim.” - João
17:3 versão trinitariana adulterada.
NAS
MENSAGENS DE PAULO
Da
mesma forma que nos evangelhos, as cartas de Paulo reconhecem a existência da
unicidade de Deus: Deus, o Pai e Jesus Cristo. Paulo também enfatiza a obra do
espírito Santo, mas não o apresenta como uma pessoa participante da divindade e
sim como o pneuma de Deus, atributo intrínseco do seu ser.
“Todavia,
para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem
existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós,
também por ele.” - I Coríntios 8:6.
“Porquanto
há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” -
I Timóteo 2:5.
Sabemos
que Jesus Cristo é nosso Senhor e sua divindade “porque aprouve a Deus que nele
residisse (habita) toda a plenitude.” (Colossenses 1:19). Que plenitude? “Nele
habita corporalmente toda a plenitude da Divindade.” (Colossenses 2:9).
Não
é nosso objetivo aqui discutir a divindade de Cristo porque entendemos que já
existe um consenso neste sentido por isso passamos adiante demonstrando
evidências nos escritos de Paulo de que ele conhecia a unicidade de Deus.
Todas
as saudações das cartas de Paulo citam apenas Deus Pai e o seu Filho Jesus
Cristo. Divindade e natureza humana(Deus
em Cristo). Não cita o Espírito Santo porque tinha conhecimento que o Pai é o
Espírito Santo. Em geral, citam também o nome das pessoas para quem a carta foi
enviada.
Vamos
conferir as saudações de todas as epístolas de Paulo:
Romanos:
“Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o
evangelho de Deus.” - Romanos 1:1.
I
Coríntios: “Paulo, chamado pela vontade de Deus, para ser apóstolo de Jesus
Cristo... Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus
Cristo.” - I Coríntios 1:1 e 3.
II
Coríntios: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus... Graça a vós
outros e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” - II
Coríntios 1:1 e 3.
Gálatas:
“Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum,
mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos..
Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.”
- Gálatas 1:1 e 3.
Efésios:
“Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em
Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus: Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso
Pai e do Senhor Jesus Cristo. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões
celestiais em Cristo.” - Efésios 1:1-3
Filipenses:
“Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus,
inclusive bispos e diáconos, que vivem em Filipos: Graça e paz a vós outros da
parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.” - Filipenses 1:1-2.
Colossenses:
“Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo: Aos
santos e fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos: Graça e paz a vós
outros da parte de Deus nosso Pai. Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós.” - Colossenses 1:1-3.
I
Tessalonicenses: “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em
Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: Graça e paz a vós outros.” - I
Tessalonicenses 1:1.
II
Tessalonicenses: “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em
Deus nosso Pai e no Senhor Jesus Cristo: Graça e paz a vós outros da parte de
Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.” - II Tessalonicenses 1:1-2.
I
Timóteo: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pelo mandato de Deus, nosso
Salvador, e de Cristo Jesus, nossa esperança, a Timóteo, verdadeiro filho na
fé: Graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso
Senhor.” - I Timóteo 1:1-2.
II
Timóteo: “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, de
conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus, ao amado filho
Timóteo: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus nosso
Senhor.” - II Timóteo 1:1-2.
Tito:
“Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo... a Tito, verdadeiro filho,
segundo a fé comum: Graça e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus nosso
Salvador.” - Tito 1:1 e 4.
Filemom:
“Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom...
Graça e paz a vós outros da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.”
- Filemom 1 e 3.
Por
que Paulo, em suas saudações, não se apresenta como servo de Deus Pai, de Jesus
e do espírito Santo? Por que não lemos versos como “graça e paz a vós outros da
parte de Deus nosso Pai, do Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo”? Estaria
Paulo ignorando a terceira pessoa da trindade em todas as suas saudações? Ou
conhecia Paulo a unicidade de Deus e que
Deus é Espírito e Santo.
NO
APOCALIPSE
Quem
lê e relê o livro da Revelação, o Apocalipse, é um bem-aventurado pois terá uma
compreensão ampliada do plano da salvação e da libertação protagonizada pelo
Cordeiro de Deus.
O
Apocalipse em nenhum momento sugere a existência de uma trindade, pelo
contrário, apresenta o O Senhor Jesus Cristo como único Deus supremo e soberano,
como protagonistas já desde o início:
“Revelação
de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em
breve devem acontecer.” - Apocalipse 1:1.
ADORAÇÃO
AO PAI E AO FILHO
A
mensagem do primeiro anjo é enfática sobre quem devemos prestar a adoração:
“Temei
a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele
que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” - Apocalipse 14:7.
A
quem devemos temer e adorar? (1) O Deus
do juízo - Não há dúvidas de que está-se falando de Deus Pai, o Senhor Jesus
Cristo, o Ancião de Dias, visto por Daniel “executando o juízo a favor dos
Santos” (Daniel 7:22) (2) Cristo, o Criador - “Todas as coisas foram feitas por
intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (João 1:3).
É
evidente que Cristo é o grande juiz no juízo assim como o grande arquiteto na
criação. O que deve ser destacado neste verso é que não menciona três pessoas
sendo dignas de adoração. Você consegue lembrar de algum texto da Bíblia que
diga que uma suposta trindade deva ser adorada ou louvada? Veja o que diz o
Apocalipse:
“Então,
ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre
o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono
e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos
dos séculos. E os quatro seres viventes respondiam: Amém; também os anciãos
prostraram.” - Apocalipse 5:13-14.
O
NOME DO PAI FOI DADO A JESUS
Havia um anjo misterioso chamado “O Anjo do
Senhor” (Veja Êxodo 3:2-14; 3:14-19; 23:20,21), que ia adiante do acampamento
de Israel. Esse não era outro a não ser Cristo, o Senhor — Jeová em forma de
anjo. Deus advertiu a Moisés para obedecer a esse Anjo dizendo:
-
. Nele está o Meu Nome” (Ex. 23: 21). Deus, o Pai, colocou o Seu Nome em
Cristo, ou deu a Ele o Seu Próprio Nome. O que é o Nome do Pai? Em Isaias 42: 8
Deus responde: “Eu Sou o Senhor; este é o meu NOME”.
Ora,
será que Deus, o Pai, efetivamente deu isso, Seu próprio Nome de Senhor a
Jesus? É precisamente isto que Pedro pregou no dia de Pentecoste para que os
seus ouvintes “estivessem absolutamente certos” de que Jesus foi feito “Senhor
e Cristo” (Atos 2: 36). Israel o havia rejeitado como Senhor, ou Jeová, e agora
é exatamente o que terá de aceitar para ser alvo. O Pai não somente deu a Jesus
o Seu Nome de Senhor, mas exige também que todos os homens deverão reconhecê-lo
como O Senhor. Porém, convém fazê-lo agora mesmo.
Disse
Paulo: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o Nome que está
acima de todo nome (Note que é o Pai que lhe deu este NOME), para que ao nome
de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda
língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor - .. .“ (Filipenses 2:9-11). Que
nome mais alto podia Deus lhe dar do que o Seu próprio Nome de Senhor, ou
Jeová? Este Nome não está acima de todo Nome? Ele (o Pai) não somente “lhe deu”
esse nome de Senhor, ele efetivamente o fez Senhor, sim, além disto, todos
devem confessar que ele “é Senhor!” Logo que, ele agora é o Senhor Jesus, ou o
Senhor Jesus Cristo. Vamos desde já confessá-lo! Ele é “o Senhor do céu” (1 Co.
15: 47).
“Ora,
o Senhor é o Espírito” (2 Co. 3:17). De sorte que toda a Divindade na sua
plenitude está em Jesus.
Por
isso o batismo em o Nome de Jesus era o costume apostólico em toda parte.
NA
FRONTE DOS 144 MIL
O
Apocalipse revela o que será escrito nas frontes dos 144 mil. Veja que
interessante!
“Olhei,
e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele os cento e quarenta e
quatro mil tendo nas frontes escrito o seu nome e o nome de seu Pai.” -
Apocalipse 14:1
Haverá
um nomes na frontes dos 144 mil: (1) O Nome do Cordeiro que é Jesus ou Yeshua
(em hebraico) e (2) O nome do seu Pai que é Jeová ou Yahweh (em hebraico). O
Apocalipse diz seu nome e o nome de seu Pai, seria escrito nas frontes dos 144
mil. Qual é este nome? É simples. Como já vimos Jesus é o filho quem é o Pai?
Não é o Espírito Santo? Os espíritos não têm nome próprio. Por isso eles acabam
recebendo o nome do seu possuidor, por exemplo, o espírito de João é chamado
simplesmente de espírito do João.Então o nome revelado é SENHOR (PAI) JESUS
(FILHO) CRISTO (ESPÍRITO SANTO). Em nenhum lugar na Bíblia é revelado o nome do
espírito Santo, pois ele é o próprio pneuma de Deus. SENHOR JESUS CRISTO
ESTE
É O NOME DO NOSSO DEUS.
Enfim,
a unicidade de Deus Pai, Filho e Espírito Santo é abundante no Apocalipse.
Citemos mais dois versos bem conhecidos:
“Irou-se
o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, o
que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.” - Apocalipse
12:17.
“Aqui
está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em
Jesus.” - Apocalipse 14:12.
Os apóstolos lançaram corretamente o
fundamento da Igreja com a visão de Jesus como “o Senhor do céu”. Quando Jesus
mandou-os “a batizar em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, eles
entendiam perfeitamente qual era o Nome do Pai, porque Isaias lhes tinha dito
que era Senhor (Jeová) (42: 8), e Jesus lhes havia aberto o entendimento para
que pudessem compreender as Escrituras (Lucas 24: 45). Compreendendo que Deus
éEspírito (João 4: 24) e que “o Senhor é o Espírito” (2 Co. 3:17), eles podiam
obedecer plenamente o mandar de Jesus ou simplesmente ordenar o batismo “em
Nome de Jesus Cristo”, como Pedro fez em Atos 10: 48, ou “em Nome do Senhor
Jesus”, como fez Paulo em Atos 19: 5.
Os
vocábulos “Pai e Filho” exprimem simplesmente uma relação, como a de pai com o
filho e a de filho com o Pai, embora todos entendam quando atribuídos a Deus e
a Cristo exatamente a quem se refere, mas no sentido exato da palavra não são
nomes.
Posso
dizer, com toda a sinceridade, que não creio que Cristo jamais tencionava que
se batizasse usando a frase: “Pai, Filho e Espírito Santo”. Tínhamos ouvido
desta forma por tanto tempo que, no principio, me parecia absurdo usar de outra
forma. Mas, agora que tenho recebido a verdadeira visão de Cristo, como Senhor
(Jeová); que Senhor é o Nome do Pai, como declara Isaias, e é também o Nome de
Cristo, admiro-me de que tenha sido tão cego que não vi o verdadeiro
significado de Jesus em Mateus 28:19. Todos que quiserem batizar usando a
fórmula de Mateus 28:19, podem fazê-la e mesmo assim vou amá-los e manter
comunhão com eles; mas pessoalmente com a luz que tenho recebido, não posso
fazê-lo com a boa consciência. Eu prefiro usar o verdadeiro Nome comum ao Pai e
ao Filho, pois o Senhor mandou a batizar “em o Nome” e não num termo de relação
que nem sequer é nome próprio. Senhor, ajuda aos amados irmãos a compreender
que “Pai” e “Filho” não são, de maneira alguma, nomes próprios e sim títulos e
manifestações do único Deus.
Reconhecendo
que toda a Divindade estava sempre presente em Jesus, os apóstolos batizavam
usando ou uma parte ou todo o Seu Nome — às vezes “Jesus Cristo” e outras vezes
“Senhor”, ou “Senhor Jesus” (Atos 2: 38; 8:16; 10: 48; 19: 5). Mas não existe a
mais leve sugestão, do primeiro Sermão no dia de Pentecostes até a morte do
último apóstolo, que tivessem entendido que Jesus queria que usassem a frase
literal de Mateus 28:19 em vez de usar “O NOME”. Mas quando a Igreja perdeu o
segredo desse Nome, ela então começou a cair no liberalismo e formalismo, sem
entender o verdadeiro significado e propósito das formas que estavam usando.
Agora Deus está restaurando a visão espiritual do poderoso Jeová-Cristo, as
Maravilhas em Seu Nome e Cristo cada dia se torna maior e mais glorioso diante
a nossa visão.
A
DEIDADE ABSOLUTA DO SENHOR JESUS CRISTO
Teólogos
Unicistas identificam Jesus Cristo como a encarnação do único Deus, baseando-se
em uma interpretação literal de Colossenses 2:9-10 que diz, "Porquanto
nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Também nele estais
aperfeiçoados, Ele é o cabeça de todo principado e potestade.” Todos os nomes e
títulos da Deidade — assim como Yahweh, Pai e Espírito Santo - podem ser
aplicados propriamente a Jesus. Jesus não é a mera encarnação de uma pessoa de
uma Trindade, mas a encarnação de todo o caráter, qualidade e personalidade do
único e indivisível Deus.
A
Unicidade afirma em termos fortes que Jesus é Deus, o mesmo do Antigo
Testamento, e sustenta que os escritores do Novo Testamento tencionavam isto
quando chamavam Jesus de Deus. Isto é, o único e somente Deus do Antigo
Testamento se encarnou como Jesus Cristo. “Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo” (II Coríntios 5:19). Para usar a terminologia bíblica, Jesus é
a imagem do Deus invisível. Deus
manifesto em carne, nosso Deus e Salvador, e a expressa imagem da substância de
Deus. W. A. Críswell, pastor da Primeira Igreja Batista de Dallas. Texas, e que
no passado foi presidente da Convenção Batista do Sul, descreveu a deidade de
Cristo em termos idênticos aos usados pelos unicistas nos seus Sermões
Expositivos Sobre o Apocalipse.
Freqüentemente
não entendo as pessoas que pensam que no céu verão três Deuses. Se você pensa
que verá três Deuses, então o que os Muçulmanos dizem acerca de você é verdade,
e que o seu vizinho Judeu diz acerca de você é verdade. Você não é um
monoteísta, você é um politeísta. Você crê numa multiplicidade de Deus, plural.
“Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Conhecemos Deus como nosso
Pai, conhecemos Deus como nosso Salvador e conhecemos Deus pelo Seu Espírito em
nossos corações. Mas não há três Deuses. O verdadeiro Cristão é um monoteísta.
Há um Deus”. Eu e o Pai somos um.” “Quem me vê
a mim, vê o Pai.”Jo.14:9. É o Senhor Deus quem fala. É Ele a quem João
viu quando voltou-se. O único Deus que você verá é o Senhor Deus a quem João
viu na visão do candelabro. O único Deus que você sentirá é o Espírito do
Senhor Deus em seu coração. O único Deus que existe: é o grande Pai de todos
nós. O único Senhor Deus. é Cristo. No Antigo Testamento nós O chamamos de
Yahweh(Jeová). No Novo Testamento, a Nova Aliança, nós O chamamos de Jesus.
Hoje, o único grande Deus, apresenta-se em autoridade e em juízo e em dignidade
judicial entre Suas Igrejas velando por nós. “Eu vi um semelhante [um grande
símbolo místico] a Filho de homem É o próprio Senhor Deus que virá, pois Cristo
Jesus é o Deus do Universo. Não veremos três Deus no céu. Nunca pense que na
glória nós veremos Deus Nº 1 e Deus Nº 2 e Deus Nº 3. Não! Somente há um Senhor
Deus. Nós O conhecemos como nosso Pai, nós conhecemos como nosso Salvador, nós
o conhecemos como o Espírito Santo em nossos corações. Há um Deus e este é o
grande Deus, que foi chamado no Antigo Testamento, Yahweh(Jeová), e, no Novo
Testamento manifestado em carne, é chamado de Senhor Jesus Cristo. o Príncipe
dos céus, aquele que virá .
A Unicidade atribui ao Senhor Jesus todos os
títulos da Deidade
* Jesus é o Yahweh(Jeová) do Antigo
Testamento. Isto é estabelecido ao examinar muitas declarações do Antigo
Testamento concernentes a Yahweh(Jeová) que o Novo Testamento atribui ao Senhor
Jesus. Por exemplo, em Isaias 45:23 Yahweh(Jeová) disse. “Diante de mim se
dobrará todo o joelho, e jurará toda língua, mas em
Romanos 14:10-11 e Filipenses 2:10-l1, Paulo
aplica esta profecia à Jesus Cristo. O Antigo Testamento descreve Yahweh(Jeová)
como Todo Poderoso. Eu sou, único Salvador. Senhor dos senhores, Primeiro e
Ultimo, único Criador, único Santo, Redentor, Juiz, Pastor e Luz; no entanto o
Novo Testamento atribui todos estes títulos ao Senhor Jesus Cristo.
*Jesus é o Pai. “E o seu nome será... Deus
Forte, Pai da Eternidade,” (Isaias 9:6). “Eu e o Pai somos um" (João
10:30). “O Pai está em mim, e eu estou no Pai” (João 10:38). Quem me vê a mim,
vê o Pai” (João 14:9). O Senhor Jesus é o pai os vencedores (Apocalipse
21:6-7), e Ele prometeu não deixar os Seus discípulos órfãos (João 14:18). A
Bíblia atribui muitas obras a ambos, tanto ao Pai como ao Senhor Jesus:
ressuscitar o corpo de Cristo, enviar o Consolador, atrair os homens a Deus,
responder orações, santificar crentes e ressuscitar os mortos.
* O Espírito Santo é literalmente O Espírito
que estava em Jesus Cristo. “ 0 Espírito da verdade.., habita convosco, e
estará em vós. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vos outros" (João
14:17-18). “O Senhor é o Espírito" (II Coríntios 3:17). O Espírito Santo é
o Espírito do Filho e o Espírito de Jesus Cristo (Gálatas 4:6: Filipenses
1:19). O Novo Testamento atribui as seguintes obras tanto a Jesus como ao
Espírito Santo: mover sobre os antigos profetas, ressuscitar o corpo de Cristo,
ser o Consolador, dar palavras aos crentes na hora da perseguição, interceder,
santificar, e habitar nos crentes. Apesar de não rejeitar o trinitarianismo,
Lewis Smedes reconheceu. “A experiência do Espírito é a experiência com o
Senhor. Na época atual, o Senhor é o Espírito.., O Espírito é Jesus, o que foi
assunto, operando na terra... O Espírito é Cristo em sua função redentora... Isto
sugere que nós não cumprimos o propósito bíblico ao insistir que o Espírito
como uma pessoa que é separada da pessoa cujo nome é Jesus.
Finalmente,
os que ensinam a Unicidade identificam o Senhor Jesus como Aquele que se
assenta no trono celestial, ao comparar a descrição de Jesus em Apocalipse 1
com o daquele assentado no trono em Apocalipse 4, e notar que "Deus e o
Cordeiro” é um só ser em Apocalipse 22:3-4. Conforme Bernard Ramm, os
trinitários são ambíguos quanto ao fato de verem um ser divino ou três seres
divinos no céu, mas os crentes Unicistas rejeitam firmemente qualquer noção de
três seres visíveis como triteismo.
O
PAI E O FILHO NO TRONO
A
conclusão do livro de Apocalipse contém promessas maravilhosas para todos os
cristãos. O último capítulo da Bíblia começa descrevendo o rio da água da vida
nos seguintes termos:
“Então
me mostrou o rio da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do
Cordeiro.” - Apocalipse 22:1.
O
livro do Apocalipse menciona apenas o trono de Deus e do Cordeiro. Onde está a
pomba ou espírito Santo no trono? O verso 3 do mesmo capítulo repete a
informação:
“Nunca
mais haverá qualquer maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os
seus servos o servirão.” - Apocalipse 22:3.
A
Bíblia não afirma que há dois assentados no trono: O Pai e seu Filho Jesus
Cristo assentado a sua direita. Como pode ser isso. Veja outros versos:
“Desde
agora estará sentado o Filho do homem à direita do Todo-poderoso Deus.” - Lucas
22:69.
“Jesus...
está assentado à destra do trono de Deus” - Hebreus 12:2.
* Dizer que Jesus está à mão direita de Deus
não significa uma posição física de dois seres com dois corpos. pois Deus é um
Espírito e não tem um corpo físico fora
de Jesus Cristo. Tal ponto de vista seria distinguível do diteismo. Antes, a
frase é uma expressão idiomática do Antigo Testamento, denotando que Cristo
possui todo o poder, autoridade, e preeminência de Deus. Destra é poder e não
lugar ao lado, pois Deus é Espírito, o Senhor Jesus está no poder Ele é o Senhor
da glória. Confira outros versos que afirmam que Cristo está á direita de Deus,
mas não indicam a posição relativa do espírito Santo neste trono porque Deus é
Espírito e é Santo: Mateus 22:44; 26:64; Marcos 12:36; 14:62; 16:19; Lucas
20:42 e 43; Atos 2:33-35; 7:55 e 56; Romanos 8:34; Efésios 1:20; Colossenses
3:1; Hebreus 1:3 e 13; 8:1; 10:12; I Pedro 3:22; Apocalipse 5:1-7.
CONTESTANDO
O TRINITARIANISMO
Nesta
seção vamos comentar alguns textos bíblicos comumente usados para defender a
teoria da trindade e o espírito Santo como sendo uma pessoa distinta. Com a
crescente aceitação por parte dos estudiosos de que I João 5:7 e 8 foi uma
adição posterior à elaboração do original, estando já ausente de muitas versões
fiéis ao original, a responsabilidade de sustentar a teoria trinitariana recaiu
fortemente sobre Mateus 28:19 e João 14:16, que falam respectivamente sobre o
batismo “em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo” e sobre o “outro”
Consolador prometido por Cristo.
Além
destes textos, os defensores da teoria da trindade costumam alegar que algumas
ações do espírito de Deus são próprias de pessoas, além disso existem versos
que citam o Pai, o Filho e o espírito. Tais referências, segundo os
trinitarianos, serviriam como evidências da existência da trindade. Antes de
comentar estes textos, é importante ressaltar que a palavra trindade não
aparece em nenhum lugar na Bíblia e que esta teoria foi aceita como doutrina
apenas por volta do quarto século da era cristã.
Vale
ainda salientar que a Bíblia não revela muitos mistérios e não devemos
especular, mas existe uma grande diferença entre “Mistérios não Revelados ao
Homem” e atentados à lógica. A doutrina da trindade não é um mistério, é um
atentado à lógica, especialmente por violentar o mais elementar conceito sobre
quantidade: Três deuses constituem um só Deus.
Essa
violência só seria admissível com uma explicação bíblica, para isso como já
citamos, os trinitarianos apresentam três textos para “provar” a existência da
trindade: I João 5:7, Mateus 28:19 e João 14:16.
Façamos
uma análise detalhada dos dois primeiros textos:
“Pois
há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o espírito Santo; e
estes três são um. E três são os que testificam na terra: o espírito, a água e
o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” (I João 5:7-8).
“Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e
do Filho, e do espírito Santo.” (Mateus 28:19).
Procedendo
uma leitura superficial do texto, tem-se a impressão da existência de uma
trindade, mesmo porque o texto de I João fala que existem três no Céu e que os
três são um, Mateus afirma que devemos ser batizados em nome do Pai, e do Filho
e do espírito Santo. No entanto nenhuma doutrina é estabelecida baseando-se em
apenas um ou dois textos da Bíblia, ou sem analise do contexto em que o texto
está inserido.
No
Livro de Isaías encontramos a formula na qual toda verdadeira doutrina deve ser
fundamentada:
“Porque
é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e
mais regra; um pouco aqui, um pouco ali.” (Isaías 28:10).
“Estes
Três São Um” - I João 5:7
“Pois
há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o espírito Santo; e
estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o espírito, a água e
o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” - I João 5:7.
Não
há dúvidas. Este texto é o único que afirma claramente que o Pai, o Filho e o
espírito Santo são um sem necessidade de interpretação particular. Seria uma
prova perfeita da existência da trindade, caso não fosse um texto
comprovadamente apócrifo, um texto adicionado posteriormente que não consta nos
manuscritos mais antigos.
A
maioria das traduções fiéis já omitiu este verso. A Bíblia de Jerusalém, uma
das versões mais fiéis ao original que dispomos em português, omite tal verso e
adiciona a seguinte nota marginal:
“O
texto dos vv. 7-8 está acrescido na Vulgata de um inciso ausente dos antigos
manuscritos gregos, das antigas versões e dos melhores manuscritos da Vulgata,
o qual parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.”
Na
edição João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada I João 5:7 está entre
colchetes com a seguinte explicação no início do Novo Testamento:
“Todo
conteúdo entre colchetes é matéria da Tradução de Almeida, que não se encontra
no texto grego adotado.”
A
nota de rodapé do texto grego diz o seguinte:
“O
texto dos versículos 7 e 8 entre colchetes na Almeida Revista e Atualizada
nunca fez parte do original. Os manuscritos mais antigos que contém o texto são
da Vulgata Latina do século XVI.”
Texto
adulterado:
“Pois
há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o espírito Santo; e
estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o espírito, a água e
o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” - I João 5:7.
Texto
original:
“Pois há três que dão testemunho: o espírito,
a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” - I João 5:7
Percebe-se
claramente que houve uma ousada tentativa de adulteração da Palavra de Deus a
fim de introduzir o dogma da Santíssima trindade que nunca esteve claro na
Bíblia. Será que esta foi a única tentativa dos padres trinitarianos? Ou será
que eles tentaram adulterar outros textos para tornar do dia para a noite a
doutrina da trindade um ensino bíblico? Quantos textos bíblicos foram
adulterados em favor da teoria trinitariana?
É
muito difícil responder a estas questões pois não temos o original grego
escrito pelos apóstolos. É relativamente fácil identificar uma adulteração
trinitariana feita no século 16 (exemplo I João 5:7), mas o mesmo não pode se
afirmar com relação a adulterações mais antigas, principalmente as adulterações
anteriores ao quarto século.
Apesar
de haver evidências suficientes de que alterações foram feitas para
“beneficiar” algumas doutrinas pagãs, podemos confiar na Palavra de Deus pois
ela mantém a verdade original sem perda de essência. Mesmo que haja algum tipo
de adulteração, o Senhor nos revelará como fez com I João 5:7 através de provas
incontestáveis ou através de fortes evidências como veremos a seguir.
Crer na Unicidade não significa negar o Pai, o
Filho, e Espírito Santo. Ela simplesmente oferece definições não trinitária
para estes termos bíblicos. O título de Pai refere-se ao papel de Deus como pai
de toda a criação, pai do Filho unigênito e pai de todo o crente nascido de
novo. O título de Filho refere-se à encarnação de Deus, pois o homem Jesus Cristo
foi literalmente concebido pelo Espírito de Deus (Mateus 1 : 18-20; Lucas
1:35). O título de Espírito Santo descreve a característica fundamental da
natureza de Deus. A santidade forma a base de Seus atributos morais, enquanto a
espiritualidade forma a base dos Seus atributos não morais. O título
especificamente refere-se a Deus em atividade, particularmente Seu trabalho de
ungir, regenerar, e habitar no homem.
Portanto,
a Unicidade afirma os múltiplos papéis e funções descritos pelos termos Pai,
Filho e Espírito. No entanto, diferente do trinitarianismo, ela nega que estes
três títulos reflitam uma triplicidade essencial na natureza de Deus e afirma
que todos os títulos aplicam-se a Cristo simultaneamente. Os termos podem
também ser entendido na revelação de Deus ao homem: Pai refere-se a Deus em seu
relacionamento familiar com o homem; Filho refere-se a Deus manifestado em
carne; e Espírito refere-se a Deus em atividade. Por exemplo, um homem pode ter
três relacionamentos significativos ou funções - assim como administrador,
professor, e conselheiro - e ainda ser uma só pessoa no pleno sentido da
palavra. Deus não define-se e nem limita-se a uma triplicidade essencial.
Como
já vimos, a natureza divina de Jesus Cristo o Filho de Deus é identificado como
o Pai e o Espírito Santo. Além do mais, o Pai e o Espírito Santo são
identificados como um único e mesmo ser: o termo Espírito Santo descreve o que
o Pai é, O Espírito Santo é literalmente o Pai de Jesus, desde que Jesus foi
concebido pelo Espírito Santo. A Bíblia chama o Espírito Santo o Espírito de
Jeová, o Espírito de Deus e o Espírito do Pai. A Bíblia atribui muitas das
obras de Deus o Pai ao Espírito também, assim como ressuscitar Cristo e
habitar, consolar, santificar e ressuscitar os santos.
Os
que ensinam a Unicidade oferecem as seguintes explicações para passagens do
Novo Testamento muitas vezes usadas para demonstrar a existência de uma
Trindade.
*
Referências no plural ao Pai e o Filho simplesmente fazem distinção entre a
deidade e a humanidade de Cristo.
Outras referências a Deus no plural fazem
distinção entre várias manifestações, atributos, papéis ou relacionamentos que
o único Deus tem. Por exemplo, II Coríntios 13:13 descreve três aspectos,
atributos, ou obras de Deus ¬graça, amor, c comunhão - e os liga com nomes ou
títulos que correspondem mais diretamente com estas qualidades ¬Senhor Jesus
Cristo, Deus, e Espírito Santo. Assim também, em I Pedro 1:2 menciona a
presciência de Deus Pai, a santificação do Espírito, e o sangue de Jesus.
*
O batismo de Cristo não pretendia apresentar aos judeus devotos espectadores
uma doutrina nova radical de pluralidade na Divindade, mas significativa a
unção autorizada de Jesus como o Messias. Uma compreensão correta da
onipresença de Deus dissipa qualquer noção que a voz celestial e a pomba
requerem pessoas separadas.
* A descrição de Cristo do Espírito Santo com
o “ou¬tro Consolador” em João 14 indica uma diferença de forma ou de
relacionamento, isto é, Cristo em Espírito antes do que em carne.
* João 17 fala da união do homem Cristo com o
Pai. Como um homem. Cristo era um com Deus em mente, propósito e vontade. e nós
podemos ser um com Deus neste sentido. Entretanto, outras passagens ensinam que
Cristo é um com Deus num sentido que nós não podemos ser, porque Ele é o
próprio Deus.
* Dizer que Jesus está à mão direita de Deus
não significa uma posição física de dois seres com dois corpos. pois Deus é um
Espírito e não tem um corpo físico fora de Jesus Cristo. Tal ponto de vista
seria distinguível do diteismo. Antes, a frase é uma expressão idiomática do
Antigo Testamento, denotando que Cristo possui todo o poder, autoridade, e
preeminência de Deus.
* As Epístolas de Paulo incluem tipicamente
uma saudação tais como: "Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso
Pai e do Senhor Jesus Cristo” (Romanos 1:7). Isto enfatiza a necessidade de
reconhecer não somente os papéis de Deus como Pai e Criador, mas também a
revelação de Deus em carne como Jesus Cristo. A conjunção Grega kai pode
significar mesmo”, identificando assim o Pai e Jesus como o mesmo ser. Em
passagens semelhantes, tais como II Tessalonicenses 1:2 e Tito 2:13, deve-se
aplicar a lei de Granville Sharp: Se dois substantivos próprios do mesmo
gênero, número, e caso são ligados com kai, e se o primeiro tem o artigo
definido e o segundo não, então ambos falam da mesma pessoa.
*
“O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo:” denota um relacionamento de
aliança assim como " o Deus de Abraão.” Isto serve para nos lembrar das
promessas que o Senhor Jesus Cristo conquistou como um homem sem pecado,
promessas do “Deus de Jesus Cristo,, que estão disponíveis àqueles que têm fé
em Cristo.
*
O kenosis de Cristo descrito em Filipenses 2:6-8 não significa que Cristo se
esvaziou dos atributos divinos, como onipresença, onisciência e onipotência,
senão Cristo seria meramente um semideus. O Espírito de Cristo reteve todos os
atributos da deidade mesmo quando Ele manifestou todo o Seu caráter em carne.
Esta passagem somente referem-se às limitações de Cristo imposta nEle relativa
a Sua vida humana. O kenosis foi uma rendição voluntária de glória, dignidade e
prerrogativas divinas, não uma abdicação de Sua natureza divina. A união de
deidade e humanidade que era Jesus Cristo, era igual a Deus e procedia de Deus,
mas se tornou humilde e obediente até a morte.
*
A visão daquele sobre o trono e do Cordeiro em Apocalipse 5 é apenas simbólica.
Aquele que se assenta no trono representa toda a Deidade, enquanto o Cordeiro
representa o Filho em Seu papel sacrifical humano.
O
FILHO
Conforme temos visto, os expoentes da
Unicidade explicam que o termo Filho fala da manifestação do único Deus em
carne. Eles afirmam que Filho pode referir-se à natureza humana de Cristo
somente (como em “o Filho morreu”) ou à união de deidade e humanidade (como em
“o Filho voltará à terra em glória”). Entretanto, eles insistem que o termo não
pode ser usado quando separado da encarnação de Deus; nunca pode apenas
referir-se à deidade. Eles rejeitam o termo Deus Filho,” não bíblico, a
doutrina do Filho eterno, e a doutrina da geração eterna.’A frase “o Filho
unigênito” não refere-se ao fato que o Filho foi gerado do Pai, por uma geração
espiritual inexplicável, mas refere-se à concepção miraculosa de Jesus no
ventre da virgem pelo Espírito Santo.
Para
estabelecer o princípio da existência do Filho. Os crentes Unicistas indicam as
seguintes passagens das Escrituras: "Descerá sobre ti o Espírito Santo e o
poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente Santo
que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:35). “Vindo, porém, a
plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a
lei” (Gálatas 4:4). “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Hebreus 1:5). Eles
apontam para o tempo em que o papel distinto do Filho terminará, quando o
propósito redentor para o qual Deus se manifestou em carne não existirá mais.
Isto não implica que o corpo imortal glorificado de Cristo deixará de existir,
mas que a obra de mediador e o reinado do Filho findarão. O papel do Filho será
imergido pela grandeza de Deus, que permanecerá em Seu papel original como Pai.
Criador. e Soberano de todas as coisas. “Então o próprio Filho também se
sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em
todos” (1 Coríntios 15:28).
Os
crentes Unicistas enfatizam as duas naturezas de Cristo, usando este fato para
explicar as referências no plural ao Pai e Filho contidas nos Evangelhos. Como
Pai. O Senhor Jesus as vezes agia e falava de Sua auto-consciência divina: como
Filho Ele algumas vezes agia e falava de Sua autoconsciência humana.’ As duas
naturezas nunca entravam em conflito, porque elas estavam unidas em uma só
pessoa.
Apesar
de darem ênfase às duas naturezas de Cristo, os que ensinam a Unicidade têm
dado inadequada atenção à muitas áreas da Cristologia. Alguns têm feito
declarações que parecem de Apolinário [que defendia o adocianismo, ou seja que
Jesus foi adotado à posição de Filho de Deus: por um ato de Deus]. pois deixam
de definir e usam termos com precisão. mas estudiosos da Unicidade rejeitaram
opressivamente esta implicação. A Unicidade se desenvolveu cuidadosamente, pode
ser vista como compatível com a formulação Cristológica do Concílio de
Calcedânia, isto é que Cristo tem duas naturezas completas — deidade e
humanidade — mas é somente uma pessoa. Entretanto, os crentes Unicistas não se
baseiam nos credos para formular posições doutrinárias, mas baseiam-se apenas
nas Escrituras, que revelam a plena deidade de Cristo, a plena humanidade de
Cristo, e a união essencial e total de deidade e humanidade na Encarnação.
Em
alguns casos, os crentes Unicistas têm tomado posições Cristológicas não
somente inconsistente com a Calcedônia, mas também com a sua própria posição na
Unicidade. Por exemplo, alguns têm explicado o clamor de Cristo na cruz, “Deus
meu. Deus meu porque me desamparaste?” como sinal que o Espírito de Deus deixou
Jesus naquele momento. Este ponto de vista não apenas destrói a união da pessoa
de Cristo, mas também afeta a crença em sua deidade absoluta. E mais
consistente ver isso como expressando a punição que Cristo sofreu quando Ele
tomou sobre Si os pecados do mundo. Ele de fato provou a morte por todos os
homens; Ele sentiu a separação total de Deus que o pecador sentirá na
eternidade.
Entre
os meios Unicistas existem várias opiniões acerca da possibilidade de Cristo
pecar. Uma aplicação consistente de princípios da Unicidade indicaria que
Cristo era irrepreensível. As vezes, alguém diz que Jesus conscientizou da Sua
deidade ou tornou-se plenamente divino em algum momento de Sua vida adulta,
como por exemplo em Seu batismo. Esta posição é inconsistente com as doutrinas
Unicistas do Filho gerado. e da absoluta deidade de Cristo. E é portanto
rejeitada pelo movimento.
Os
que ensinam a Unicidade dão as seguintes explicações para dúvidas levantadas
com respeito à Sua doutrina do Filho.
*
De acordo com Hebreus 1:2, Deus criou o mundo através do Filho. Certamente. o
Espírito (Deus) que estava no Filho era também o Criador do mundo. Esta
passagem também pode indicar que baseou a inteira obra da criação sobre a
fritura manifestação do Filho. Deus na Sua presciência sabia que o homem
pecaria, mas Ele também sabia que através do Filho o homem poderia ser salvo e
poderia cumprir o propósito original de Deus na criação. Como John Milier
declarou, “Apesar de Ele não tomar sobre Si a humanidade até a plenitude do
tempo, no entanto Ele a usou. e agiu através dela, desde a eternidade. "
*
Hebreus 1:6, o Filho é chamado de primogênito ou primeiro a nascer. Uma
interpretação deste versículo segundo Ário diria que Deus criou um Filho divino
antes de qualquer coisa que Ele criou, porém isto não é inconsistente com a
teologia da Unicidade, e este movimento rejeita firmemente qualquer forma de
Arianismo. O Filho é o primogênito no sentido da humanidade: (1) Ele é o Filho
primogênito e o unigênito. tendo sido concebido pelo Espírito: (2) A Encarnação
existiu na mente de Deus desde o princípio e formou a base para todas as ações
subseqüentes; (3) Como homem. Jesus é o primeiro a vencer o pecado, e é
portanto O primogênito da família espiritual de Deus; (4) Como homem. Jesus é o
primeiro a vencer a morte, e é portanto o primogênito da ressurreição; (5)
Somente como primogênito tem a posição de preeminência. Jesus também é o cabeça
de toda a criação e da igreja.
*
Jesus existiu antes da Encarnação, não como Filho eterno mas como o eterno
Espírito de Deus. O Filho foi enviado do Pai, mas esta terminologia
simplesmente indica que o Pai estava colocando em ação o plano preexistente em
um certo momento. E que o Filho foi divinamente apontado para concluir uma
tarefa específica. Do mesmo modo. João Batista foi um homem enviado por Deus,
mas ele não existiu antes da sua chegada ao mundo.
*
As orações de Cristo representam a luta da vontade humana, submetendo-se à
vontade divina. Elas representam Jesus orando de Sua auto-consciência humana e
não da divina, pois Deus não precisa orar. Assim podemos explicar outros
exemplos da inferioridade do Filho em poder e conhecimento. Se estes exemplos
demonstram uma pluralidade de pessoas, eles estabelecem a subordinação de uma
pessoa à outra, ao contrário da doutrina trinitariana de igualdade.
*
Outros exemplos de comunicação, conversação ou expressão de amor entre Pai e
Filho são explicados como comunicação entre as naturezas divina e humana de
Cristo. Se usado para demonstrar uma distinção de pessoas; eles estabeleceriam
centros de consciência separado na Divindade, que é de fato politeísmo.
O
LOGOS
O Logos (Verbo) de João 1, não é equivalente
ao título Filho na Teologia Unicista Como é no trinitarianismo. O Filho está
limitado à Encarnação, mas o Logos não está. O Logos é a auto-expressão de
Deus, “a maneira de Deus de auto-revelar-se” ou “Deus se expressando.” Antes da Encarnação, o Logos era o pensamento
inexpressado ou o plano na mente de Deus, e era real como nenhum pensamento
humano pode ser, devido a perfeita presciência de Deus, e no caso da
Encarnação, devido a predestinação de Deus. No princípio, o Logos estava com
Deus, não como uma pessoa separada mas com o próprio Deus — parte de Deus e pertencente a Deus, assim
como um homem e sua palavra. Na plenitude do tempo Deus colocou carne no Logos;
Ele expressou a Si mesmo em carne.
TEOLOGIA
DO NOME
A Unicidade dá forte ênfase à doutrina do nome
de Deus como expressado tanto no Antigo como no Novo Testamento. Para as
pessoas dos tempos bíblicos, “o nome é uma parte da pessoa, (uma extensão da
personalidade) do individuo”. Especificamente, o nome de Deus representa a
revelação da Sua presença, caráter, poder e autoridade. No Antigo Testamento.
Yahweh (Jeová) era o nome redentor de Deus
e o nome singular pelo qual Ele distinguiu-se dos deuses falsos. Todavia. no
Novo Testamento, os que ensinaram a Unicidade afirmam que Deus acompanhou a
revelação de Si próprio em carne com um novo nome. Este nome é Jesus, que
inclui e toma o lugar de Yahweh, pois literalmente significa Yahweh — Salvador,
ou Yahweh é Salvação. Apesar de outros levarem o nome Jesus, o Senhor Jesus
Cristo é o único que realmente é o que o nome descreve.
Enquanto
os trinitarianos vêem o nome Jesus como o nome humano de Deus Filho, os crentes
Unicistas vêem este nome como o nome redentor de Deus no Novo Testamento, que
tem o poder e a autoridade que a igreja necessita. Eles apontam para estas
passagens das Escrituras: “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”
(João 14:14). “E não há salvação em nenhum outro: porque abaixo do céu não
existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos
salvos” (Atos 4:1 2). “Por meio de seu nome, todo o que nele crê recebe
remissão de pecados” (Atos 10:43). “Pelo que também Deus e o exaltou sobremaneira.
e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se
dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra” (Filipenses 2:9-10).
“E tudo o que fizerdes, seja em palavras, seja em ação, fazei-o em nome do
Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17).
Eles
notam que a Igreja Primitiva orava, pregava, ensinava, curava os enfermos,
operava milagres, expulsava demônios e batizava no nome de Jesus. O nome de
Jesus não é uma fórmula mágica: ele só tem efeito através da fé em Jesus e de
um relacionamento com Ele. Todavia o Cristão deve usar o nome de Jesus falando
em oração e no batismo, como uma expressão externa de fé em Jesus e obediência
à Palavra de Deus.
FÓRMULA
PARA O BATISMO NAS ÁGUAS
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai , e do Filho, e do espírito Santo.” (Mateus
28:19).
Com
a generalizada aceitação de que I João 5:7 é um texto espúrio, o peso da defesa
da trindade caiu fortemente sobre Mateus 28:19 que passou a ser o verso
preferido dos defensores da teoria da trindade. A razão é simples: nenhum outro
verso bíblico coloca no mesmo patamar o Pai, o Filho e o espírito Santo, ou
seja, a famosa e consagrada expressão “em nome do Pai, do Filho e do espírito
Santo” que não aparece em nenhum outro lugar na Bíblia - apenas em Mateus
28:19.
No
entanto, esta fórmula batismal tem trazido controvérsia entre os estudiosos por
diversas razões:
• A sugestão de existência de uma
trindade não se coaduna com a crença do público alvo do livro (os judeus).
• O contexto (verso 18) diz que a
autoridade foi dada a Cristo o que sugeriria, naturalmente, uma ação posterior
em nome de quem tem e delega a autoridade, no caso, em nome de Cristo Jesus
apenas.
• Os batismos realizados posteriormente pelos
discípulos foram em nome de Jesus apenas.
• Todas as orientações de Cristo e as
ações dos discípulos (orações, milagres, expulsão de demônios, advertências,
reuniões e pregações,...) foram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho
e do espírito Santo.
• Há evidências tangíveis de que a
fórmula batismal trinitariana não conste do original, mas tenha sido adicionada
posteriormente.
A
teologia do Nome e a rejeição do trinitarianismo exige o uso de uma fórmula
batismal Cristológica. O movimento Unicista ensina que o batismo nas águas deve
ser administrado invocando o nome do Senhor Jesus. Geralmente os títulos de
Senhor ou Cristo, são usados como uma identificação adicional, como foi feito
no Livro dos Atos. Expoentes da Unicidade mostram que cada vez que a Bíblia
descreve a fórmula usada em um batismo, sempre descreve o nome de Jesus (Atos
2:38: 8:16; 10:48; 19:5: 22:16). Além destes relatos históricos no Livro de
Atos, as epístolas usam muitas alusões à fórmula batismal do nome de Jesus
(Romanos 6:4: I Coríntios 1:13; 6:11; Gálatas 3:27: Colossenses 2:12).
Mateus
28:19 dá atenção especial, porque é a única passagem bíblica que possivelmente
poderia ser interpretada como uma alusão a qualquer outra fórmula. É explicado como segue:
*
A gramática do versículo denota um nome singular. Sendo que Jesus é ao mesmo
tempo Pai, Filho e Espírito e sendo que Ele veio em nome de Seu Pai e enviará o
Espírito em Seu nome. o único nome de Mateus 28:19 tem que ser Jesus. Muitos
trinitários reconhecem que o nome é singular e identificam-no como Yahweh. ‘
Crentes Unicistas mostram que o nome salvador de Deus no Novo Testamento não é
Yahweh mas Senhor Jesus.
O
contexto exige uma fórmula Cristológica. De fato. Cristo disse. ‘Eu tenho toda
a autoridade, portanto ide e fazei discípulos, batizando- os em meu nome. Outra
vez, muitos estudiosos trinitários reconhecem a força deste argumento.
Conseqüentemente argumentam que este versículo não relata a ipsissima verba [palavra
exata] de Jesus. mas que é uma paráfrase por Mateus ou mesmo uma mudança
litúrgica feita por copistas. E importante notar que Fusébio muitas vezes citou
este versículo perante o Concílio de Niceia, dizendo "em meu nome."
Outros trinitários propõem que a igreja originalmente não via este versículo
como uma fórmula batismal. Para crentes Unicistas que aceitam as palavras de
Mateus 28:19 como estão, isto não apresenta um problema textual; eles vêem as
palavras existentes como uma descrição da fórmula do nome de Jesus.
*
Os relatos paralelos da Grande Comissão em Marcos 16 e Lucas 24. ambos
descrevem o nome de Jesus.
*
A Igreja Primitiva. que incluía Mateus. cumpriu as instruções de Cristo,
batizando em nome de Jesus.
Enquanto
historiadores da Igreja de um modo geral concordam em que a fórmula original do
batismo era realmente "em o nome de Jesus nem todos os trinitarianos
concordam que esta frase bíblica denota invocar oralmente o nome de Jesus. Os
que ensinam a Unicidade acham que sim porque:
* Esta é a maneira mais natural e literal de
ler.
* Em Atos 22:16. Ananias falou para Paulo
invocar o nome do Senhor no batismo.
* Atos 15:7 e Tiago 2:7. indicam que o nome de
Jesus foi invocado por cristãos em várias ocasiões específicas. Neste último
versículo. The Amplified Bible [A Bíblia Amplificada versão no inglês]
identifica isto como o batismo nas águas.
* Quando os discípulos oravam. impunham as
mãos sobre os doentes. e expulsavam demônios "em nome de Jesus,” eles
sempre invocavam oralmente o nome (Atos 3:6; 16:18; 19:13).
*
A frase realmente significa o poder e autoridade de Jesus, mas o poder e
autoridade representado por um nome é sempre invocado por usar de fato o nome
próprio.
* Se esta frase não descreve uma fórmula
batismal, então nem Mateus 28: 19, já que a construção gramatical é idêntica.
Todavia, isto deixaria a igreja sem qualquer meio para distinguir o batismo
cristão do batismo pagão, do batismo judaico de prosélitos, e do batismo de
João.
*
Apesar de haver diferenças nas palavras exatas ditas em cada relato batismal,
todos (inclusive Mateus 28:19) descrevem o mesmo nome: JESUS.
Passaremos
a analisar cada uma destas causas de controvérsias, antes porém, algumas
palavras importantes sobre a confiabilidade e integridade bíblica.
INTEGRIDADE BÍBLICA
“Ao
falar acerca destes assunto, como de fato costuma fazer em todas as suas
epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e
instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição
deles.” - II Pedro 3:16.
O
apóstolo Pedro declarou que nas Escrituras Sagradas há certas coisas difíceis
de entender. A dificuldade vem em decorrência de alguns fatos incontestáveis:
(1) Algumas pessoas “ignorantes e instáveis” aproveitam-se de alguns pontos
isolados para impor seus ensinos particulares - ignoram a regra geral e
apegam-se fortemente nas exceções. (2) A mensagem de Deus é infinitamente
profunda e nós somos limitados. A fonte de que dispomos, a Bíblia, foi escrita
em linguagem humana, traduzida para outros idiomas igualmente limitados e
sujeitos a falhas de interpretação.
Vamos
citar um exemplo da fragilidade da linguagem humana na interpretação de versos
isolados:
“Respondeu-lhe
Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.” - Lucas 23:43.
Esta
célebre promessa de Cristo ao “bom ladrão” é freqüentemente usada por pessoas
que acreditam que após a morte o crente vai imediatamente para o paraíso. De
fato, se Cristo prometeu que naquele mesmo dia estaria com o ladrão no paraíso,
então isso mostra que herdamos o paraíso no mesmo dia de nossa morte. Isso é
verdade?
Sabemos
que infelizmente, devido a uma fragilidade e limitação do idioma e da tradução,
pode haver em um ou outro texto algum tipo de imprecisão. Mas tais imprecisões
não devem nos desanimar em estudar com afinco a Palavra de Deus, pelo
contrário, é estudando arduamente que teremos uma visão melhor do todo e tais
textos poderão ser bem compreendidos sob a luz de outros textos. Acreditamos
plenamente que Deus preservou sua Palavra ao longo dos séculos e que não houve
perda de sua essência. Quando aparece um verso difícil de entender, que parece
contradizer todo o resto da Palavra de Deus, devemos contrastá-lo com outros.
No
caso da promessa de Cristo ao “bom ladrão” sabemos que ao longo dos séculos
houve uma perda no significado original. Cristo não esteve com o ladrão no
paraíso no mesmo dia de sua morte. Outros textos dão evidências claras deste
fato: Os ladrões não morreram no mesmo dia (João 19:31) e, além disso, Cristo
após sua ressurreição declarou que ainda não havia subido ao seu Pai (João
20:17). Além disso há outros textos que afirmam que a morte é um sono e que
haverá a ressurreição no último dia. Portanto, a análise de outros textos nos
leva indubitavelmente ao significado correto do texto, que deveria ser:
“Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso.”
Cremos
que as imprecisões da língua são causa de muitas confusões doutrinárias. Por
esta razão o melhor conselho para evitar erros doutrinários em decorrência
destas imprecisões é:
Analisar
o texto controvertido dentro do seu contexto.
Analisar
outros textos bíblicos que abordam o mesmo assunto.
§
Quando possível, recorrer ao original hebraico ou grego para desfazer dúvidas
remanescentes.
Acima
destas três regras que procurei obedecer ao elaborar este livro, está a
confiança do poder de Deus que, através do seu espírito, atua em nossa mente
nos guiando em toda a verdade.
Passemos
agora a analisar as dificuldade na interpretação de Mateus 28:19.
INCONSISTÊNCIA
COM O PÚBLICO ALVO
Acredita-se
que o livro de Mateus tenha sido escrito em aramaico (ao contrário dos demais
livros do Novo Testamento que teriam sido escritos em grego). O objetivo de
Mateus era alcançar os judeus convencendo-os de que Jesus Cristo era o Messias
descrito pelos profetas do Antigo Testamento. Desta forma, causa-nos no mínimo
alguma estranheza a menção de uma fórmula batismal que sugira a existência de
uma trindade ou três Deuses, jamais aceita pelos judeus. Isto porque a crença
dos judeus se baseia totalmente no Velho Testamento, onde não há qualquer
sugestão da existência de uma trindade. Baseados no Velho Testamento, os judeus
aceitam um único Deus e a proposta de uma trindade soaria absurda. Ademais, o
objetivo de Mateus não era convencê-los da existência de uma trindade, mas
mostrar Jesus como o Messias.
ANÁLISE
CONTEXTUAL - A AUTORIDADE DE CRISTO
Como
em todo texto controvertido, temos que dedicar tempo e esforço para a
compreensão não apenas do verso em questão, mas também do seu contexto. Neste
ponto, devemos compreender claramente o que significa fazer algo em nome de
alguém.
“Fazer
algo em nome de alguém” significa a concessão ou delegação de poder para outra
pessoa. Por exemplo, um policial não tem autoridade se esta não lhe fosse dada
pela lei. Por isso, ao deter um criminoso em flagrante, o policial poderá
dizer: “Preso em nome da Lei”, em outras palavras, “Estou lhe prendendo com a
autoridade que a lei me dá”. O poder de prender alguém em flagrante deriva da
lei e se estende não apenas às autoridades policiais, mas a toda pessoa comum
do povo que testemunha um crime. O artigo 301 do Código de Processo Penal diz
que “qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender
quem quer que seja encontrado em flagrante delito.” Provavelmente você não
sabia que a lei do nosso país lhe dá autoridade para prender um criminoso em
flagrante e entregá-lo às autoridades. Desta forma, como a autoridade lhe foi
dada pela lei, você pode dirigir-se a um criminoso e dar-lhe voz de prisão: “O
senhor está preso em nome da lei.” (Por motivos óbvios recomendamos que esta
autoridade seja usada com cautela, avaliando muito bem as conseqüências de
curto prazo.)
Da
mesma forma, um representante de estado, por exemplo, um embaixador, age não
por si mesmo, mas em nome de uma nação. O mesmo vale para um delegado, um
procurador, um advogado ou qualquer outro representante legal. Este
representante, advogado ou procurador age apenas em nome de alguém que tenha
lhe dado autoridade para tanto. Por isso podemos afirmar sem medo de errar que
existe uma íntima relação entre fazer algo em nome de uma pessoa e a autoridade
que esta pessoa confere a outrem.
Imagine
que você é enviado pelo Presidente da República a uma repartição pública com
uma procuração oficial assinada pelo presidente. Ao chegar você se identifica:
“Meu nome é fulano de tal e vim em nome do Presidente da República.” Você pode
não representar muito para os funcionários desta repartição, mas como você age
em nome de alguém que tem autoridade, então é prontamente atendido. Não seria
assim se você estivesse representando uma pessoa comum. Imagine-se agora
chegando na mesma repartição com uma procuração assinada pelo seu irmão, Você
poderia agir em nome do seu irmão, mas não teria o mesmo atendimento pois a
autoridade do seu irmão não é comparável à autoridade do presidente.
Estes
exemplos simples foram citados apenas para mostrar a forte relação entre fazer
algo em nome de alguém e sua autoridade.
Analisando
o contexto de Mateus 28:19, especialmente o verso 18, vemos que a autoridade a
que Mateus se refere é a autoridade de Cristo e não a autoridade de uma
trindade:
“Jesus,
aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na
terra.” - Mateus 28:18.
Seria
esperado, portanto, na sucessão natural da grande comissão, que Jesus
comissionasse os discípulos como seus representantes, seus procuradores agindo
exclusivamente em seu nome e com a sua autoridade. Mas, surpreendentemente,
embora a autoridade seja a de Cristo, a recomendação é que os discípulos
batizem em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo. Isto é, no mínimo, muito
estranho! Mas vejamos como os discípulos obedeceram a esta ordem de Cristo.
EM
NOME DE QUEM OS DISCÍPULOS BATIZARAM?
O
livro de Atos relata vários batismos, mas nenhum deles foi realizado em nome da
trindade. Os exemplos que temos da era apostólica demonstram claramente que os
batismos foram realizados em nome do Senhor Jesus. Vejamos alguns exemplos
começando com o apelo de Pedro aos judeus na festa do Pentecostes:
“Respondeu-lhes
Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo
para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom o espírito Santo.” - Atos
2:38.
Estaria
Pedro, por acaso, desobedecendo a ordem clara do Mestre que o batismo deveria
ser realizado em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo? Por que Pedro
recomendou um batismo em nome de Jesus apenas? Vejamos como haviam sido
batizados os crentes de Samaria:
“Porquanto
não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados
em o nome do Senhor Jesus.” - Atos 8:16.
O
livro dos Atos também relata que gentios foram batizados em nome de Jesus e não
em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo:
“E
ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então lhe pediram que
permanecesse com eles por alguns dias.” - Atos 10:48.
O
livro dos Atos relata até mesmo casos de rebatismo em Éfeso:
“Eles,
tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.” - Atos 19:5.
Por
que os discípulos batizaram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e
do espírito Santo? Por que os batismos hoje são em nome do Pai, do Filho e do
espírito Santo (baseando-se em apenas um verso e ignorando todos os demais que
ensinam que o batismo deve ser em nome do Senhor Jesus)?
Em
Romanos 6:3 Paulo afirma que “fomos batizados em Cristo Jesus”. Ele nunca
afirmou que fomos batizados na trindade
Exortando
sobre a necessidade de unidade em Cristo, Paulo pergunta aos Coríntios:
“Acaso
Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós, ou fostes
porventura, batizados em nome de Paulo?” - I Coríntios 1:13.
Embora
este verso não diga tão claramente quanto os anteriores que o batismo é em nome
de Jesus, há uma evidência clara da intenção do apóstolo. Cristo não está
dividido. Jesus Cristo foi crucificado em favor dos crentes e estes foram
batizados em nome dEle, sugere o verso.
Escrevendo
aos Gálatas, Paulo reafirma o que foi dito até o momento:
“Porque
todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes.” - Gálatas
3:28.
“Ou,
porventura, ignoreis que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos
batizados na sua morte?” – Romanos 6:3.
O
batismo significa a morte do cristão para uma vida de pecado e um novo
nascimento para uma nova vida em Cristo. Todo aquele que é batizado em nome de
Jesus, demonstra aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal.
Não
apenas os batismos foram realizados em nome de Cristo, mas todas as palavras e
obras dos cristãos devem ser em nome de Jesus Cristo (não em nome do Pai, do
Filho e do espírito Santo).
TUDO
DEVE SER FEITO EM NOME DO SENHOR JESUS CRISTO
“E
tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor
Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” - Colossenses 3:17.
Paulo
recomenda que tudo deva ser feito em nome do Senhor Jesus. O que está incluído
nesta expressão “tudo”? Todas as coisas estão incluídas aqui (inclusive
batismos).
É
hora de pegarmos nossas Bíblias e conferirmos os versos abaixo:
AS
ORAÇÕES DEVEM SER FEITAS EM NOME DE JESUS, NÃO EM NOME DE UMA TRINDADE.
Vejamos
alguns exemplos:
“E
tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja
glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.”
(João 14:13-14).
“Não
fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós
outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a
fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” (João
15:16).
“Até
agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa
alegria seja completa... Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que
rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado
e tendes crido que eu vim da parte de Deus.” (João 16:24, 26-27).
“Está
alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração
sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.” (Tiago 5:14).
ADVERTÊNCIAS,
ADMOESTAÇÕES E REPREENSÕES FORAM FEITAS EM NOME DE JESUS, NUNCA EM NOME DA
TRINDADE.
“Rogo-vos,
irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa
e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma
disposição mental e no mesmo parecer.” (I Corintios 1:10).
“Nós
vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo
irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós
recebestes.” (II tessalonicenses 3:6).
NENHUM
MILAGRE FOI FEITO EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO, MAS EM NOME DE
JESUS.
“Disse-lhe
João: Mestre, vimos um homem que, em teu nome, expelia demônios, o qual não nos
segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco. Mas Jesus respondeu: Não
lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e, logo a seguir,
possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é por nós.” (Marcos
9:38-40).
“E
disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem
crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes
sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios;
falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera
beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão
curados.” (Marcos 16:15-18).
“Então,
regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios
demônios se nos submetem pelo teu nome!” (Lucas 10:17).
“Pedro,
porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou:
em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (Atos 3:6).
“E,
pondo-os perante eles, os argüiram: Com que poder ou em nome de quem fizestes
isto? Então, Pedro, cheio do espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e
anciãos, visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um
homem enfermo e do modo por que foi curado, tomai conhecimento, vós todos e
todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós
crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é
que este está curado perante vós.” (Atos 4:7-10).
“Agora,
Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com
toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas,
sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus.” (Atos
4:29-30).
“Isto
se repetia por muitos dias. Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao
espírito: Em nome de Jesus Cristo, eu te mando: retira-te dela. E ele, na mesma
hora, saiu.” (Atos 16:18).
OBRAS
DE CARIDADE TAMBÉM FORAM REALIZADAS EM NOME DE JESUS.
“E
quem receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe.” (Mateus
18:5).
“Qualquer
que receber uma criança, tal como esta, em meu nome, a mim me recebe; e
qualquer que a mim me receber, não recebe a mim, mas ao que me enviou...
Porquanto, aquele que vos der de beber um copo de água, em meu nome, porque
sois de Cristo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.”
(Marcos 9:37 e 41).
“E
lhes disse: Quem receber esta criança em meu nome a mim me recebe; e quem
receber a mim recebe aquele que me enviou; porque aquele que entre vós for o
menor de todos, esse é que é grande.” (Lucas 9:48).
ATÉ
MESMO REUNIÕES ESPIRITUAIS E PREGAÇÕES DEVEM SER REALIZADAS EM NOME DE JESUS,
NÃO EM NOME DA TRINDADE.
“Porque,
onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”
(Mateus 18:20).
“E
lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar
dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento
para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.” (Lucas
24:46-47).
“Mas,
para que não haja maior divulgação entre o povo, ameacemo-los para não mais
falarem neste nome a quem quer que seja. Chamando-os, ordenaram-lhes que
absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus.” (Atos 4:17-18).
“Mas
Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele vira
o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara
ousadamente em nome de Jesus. Estava com eles em Jerusalém, entrando e saindo,
pregando ousadamente em nome do Senhor.” (Atos 9:27-28).
“Dando
sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.” (Efésios 5:20).
“Irmãos,
tomai por modelo no sofrimento e na paciência os profetas, os quais falaram em
nome do Senhor.” (Tiago 5:10).
O
MAIS IMPRESSIONANTE É QUE ATÉ MESMO O ESPÍRITO SANTO É ENVIADO EM NOME DE
JESUS.
“Mas
o Consolador, o espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”
(João 14:26).
TUDO
DEVE SER FEITO EM NOME DE JESUS, POIS NOSSA SALVAÇÃO É TAMBÉM EM NOME DO NOSSO
SENHOR JESUS CRISTO.
E
não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro
nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (Atos 4:12).
“Estes,
porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” (João 20:31).
AS
SAUDAÇÕES DE PAULO ÀS IGREJAS
“Paulo,
servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de
Deus, o qual foi por Deus, outrora, prometido por intermédio dos seus profetas
nas Sagradas Escrituras, com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne,
veio da descendência de Davi e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o
espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo,
nosso Senhor.” (Romanos 1:1-4).
“Paulo,
chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão
Sóstenes, à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo
Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome
de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: graça a vós outros e paz,
da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.” (I Corintios 1:1-3).
“Paulo,
apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de
Deus que está em Corinto e a todos os santos em toda a Acaia, graça a vós
outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Bendito
seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de misericórdias e Deus
de toda consolação!” (II Corintios 1:1-3).
“Paulo,
apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por
Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos, e todos os
irmãos meus companheiros, às igrejas da Galácia, graça a vós outros e paz, da
parte de Deus, nosso Pai, e do nosso Senhor Jesus Cristo.” (Gálatas 1:1-3).
“Paulo,
apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso, e
fiéis em Cristo Jesus: Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do
Senhor Jesus Cristo.” (Efésios 1:1-2).
“Paulo
e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive
bispos e diáconos, que vivem em Filipos: Graça e paz a vós outros da parte de
Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.” (Filipenses 1:1-2).
“Paulo,
apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo: Aos santos e
fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos: Graça e paz a vós outros
da parte de Deus nosso Pai. Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, quando oramos por vós, desde que ouvimos da vossa fé em Cristo
Jesus e do amor que tendes para com todos os santos.” (Colossenses 1:1-4).
“Paulo,
Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus
Cristo: Graça e paz a vós outros.” (I Tessaloniceses 1:1).
“Paulo,
Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai e no Senhor
Jesus Cristo: Graça e paz a vós outros da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus
Cristo.” (II Tessaloniceses 1:1-2).
“Paulo,
apóstolo de Cristo Jesus, pelo mandato de Deus, nosso Salvador, e de Cristo Jesus,
nossa esperança, a Timóteo, verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz,
da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor.” (I Timóteo 1:1-2).
“Paulo,
apóstolo de Cristo Jesus, pela vontade de Deus, de conformidade com a promessa
da vida que está em Cristo Jesus, ao amado filho Timóteo: Graça, misericórdia e
paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus nosso Senhor.” (II Timóteo 1:1-2).
“Paulo,
servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, para promover a fé que é dos eleitos
de Deus e o pleno conhecimento da verdade segundo a piedade, na esperança da
vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos e,
em tempos devidos, manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi
confiada por mandato de Deus, nosso Salvador, a Tito, verdadeiro filho, segundo
a fé comum, graça e paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso
Salvador.” (Tito 1:1 e 4).
“Paulo,
prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, também nosso
colaborador, e à irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja
que está em tua casa, graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e
do Senhor Jesus Cristo.” (Filemom 1:1-3).
Por
que Paulo, em suas saudações, não se apresenta como servo de Deus Pai, de Jesus
e do Deus espírito Santo? Por que não lemos versos como graça e paz a vós
outros da parte de Deus nosso Pai, do Senhor Jesus Cristo e do Deus espírito
Santo? Não seria estranho, Paulo ter ignorado em suas saudações, a terceira
pessoa da trindade, se ela realmente existisse?
Diante
de tantas inconsistências e incompatibilidades com o restante dos escritos
sagrados, Mateus 28:19 tem sua autenticidade questionada.
A
história demonstra que na era apostólica batizava-se apenas em nome de Jesus,
sendo que batismos em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo só foram
realizados muitos anos após a morte dos apóstolos.
A
AUTENTICIDADE DE MATEUS 28:19
Diante
de tantas inconsistências e incompatibilidades com o restante dos escritos
sagrados, Mateus 28:19 tem sua autenticidade questionada. A história demonstra
que na era apostólica batizava-se apenas em nome de Jesus, sendo que batismos
em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo só foram realizados muitos anos
após a morte dos apóstolos.
Os
livros de Mateus e Marcos são considerados livros sinóticos, ou seja, são
livros que apresentam uma ampla coincidência quanto à narrativa dos temas
apresentados.
A
maioria dos fatos apresentados no livro de Mateus também são encontrados no
livro de Marcos.
Diante
destes fatos, se Mateus 28:19 fosse um texto autentico, era de se esperar que
estivesse repetido no livro de Marcos, no entanto não é isto que acontece.
Lucas,
ao iniciar seu livro, relata que o mesmo é fruto de uma apurada investigação de
todos os fatos desde a sua origem, no entanto, seu relato, não cita a formula
trinitariana de batismo, o que concorda com a citação encontrada no livro de
marcos.
Lucas
24:47
“E
que em Seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as
nações, começando de Jerusalém.”
Marcos
16:15-16
“E
disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem
crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.”
Se
a ordem de Jesus realmente fosse para os batismos serem realizados em nome do
Pai, do Filho e do espírito Santo, com certeza Marcos e Lucas não teriam
omitido esta ordem do mestre ao escreverem seus livros.
Diante
de tantas evidências não nos resta a mínima duvida de que os batismos eram
realizados em nome de Jesus e não em nome de uma trindade.
Vejamos
o que as enciclopédias dizem a respeito da origem da trindade e do batismo em
nome do Pai, do Filho e do espírito Santo:
ENCICLOPÉDIA
BRITÂNICA
A
fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho
e espírito Santo pela Igreja Católica no 2º Século." - 11a Edição, Vol.3 -
págs. 365-366. (em inglês)... "Sempre nas fontes antigas menciona que o
batismo era em nome de Jesus Cristo." - Volume 3 pág.82.
Enciclopédia
da Religião - Canney
A
religião primitiva sempre batizava em nome do Senhor Jesus até o
desenvolvimento da doutrina da trindade no 2° Século." - pág. 53 (em
inglês).
Nova
Enciclopédia Internacional
"O
termo "trindade" se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica
Romana." - Vol. 22 pág. 477 (em inglês).
ENCICLOPÉDIA
DA RELIGIÃO - HASTINGS
"O
batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula
trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o
batismo foi sempre em nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando
a fórmula da trindade foi usada." - Vol.2 pág. 377-378-389 (em inglês).
O
pastor Alexandro Búllon, pastor adventista em seu livro “Terceiro Milênio” nas
páginas 41 e 42, parece dar a entender que a doutrina da trindade foi uma das
doutrinas pagãs que entraram na igreja cristã na época do Imperador Romano
Constantino.
Veja
sua surpreendente declaração logo abaixo:
Se
lermos com cuidado podemos verificar que ele está dando a informação de que no
tempo de Constantino, muitas doutrinas estranhas pretendiam misturar-se as
verdade bíblicas. Mas após a frase “Doutrinas Estranhas que Pretendiam
Misturar-se às Verdades Bíblicas”, inicia-se uma outra frase: “Entre as
doutrinas em conflito, podemos mencionar: o pecado original, a trindade, a
natureza de Cristo,...”.
Isto
pode nos levar a pensar que, sobre estas doutrinas, o pastor Búllon está apenas
dizendo que havia muita discussão na época, utilizando a expressão “entre as
doutrinas em conflito...”. A trindade estava em discussão, pois alguns
acreditavam na trindade e outros não (a natureza de Cristo também estava em
discussão).
É
claro que se algum livro do Bullón insinuasse clara e explicitamente que a
doutrina da trindade não é bíblica, este não passaria assim tão fácil pela Casa
Publicadora Brasileira.
Por
outro lado, o Pr.Bullón, talvez, até quisesse dizer outra coisa, mas o sentido
no texto parece ser o de que uma das doutrinas em conflito com as verdades
bíblicas naquele período foi a da doutrina da trindade.
A
Bíblia de Jerusalém incluiu o seguinte comentário de rodapé a respeito de
Mateus 28:19:
Em
1960, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira publicaram um Novo Testamento
em Grego e a alternativa apresentada para Mateus 28:19 foi “en to onomati mou”
(“em meu nome”). Eusébio foi citado como autoridade em favor desta versão.
Algumas Bíblias que provavelmente utilizam-se de outros critérios na crítica
textual adotam outras versões para estes textos controversos.
O
Evangelho de Mateus em Hebraico de George Howard é um exemplo que não contem a
fórmula batismal em nome do Pai, e do Filho e do espírito Santo.
A
tradução do texto em inglês que consta no mesmo volume é a seguinte:
“Jesus,
aproximando-se deles, disse-lhes: Toda a autoridade me foi dada no céu e na
terra. Ide e ensinai-os a observar todas as coisas que vos ordenei para
sempre.”
O
Livro Judaico “O Judaísmo e as Origens do Cristianismo” de David Flusser também confirma a inserção da fórmula
trinitariana em Mateus 28:19.
Na
página 156, encontramos a seguinte declaração:
“De
acordo com todos os manuscrito de Mateus que foram preservados, o Jesus
ressuscitado ordenou aos seus discípulos batizar todas as nações “em nome do
Pai e do Filho e do espírito Santo”. A fórmula trinitaria franca, aqui, é de
fato notável, mas já mostrado que a ordem para batizar e a formula trinitária
faltam em todas as citações da passagem de Mateus nos escritos de Eusébio
anteriores ao Concilio de Nicéia. O texto de Eusebio de Mt 28:19-20 antes de
Nicéia era o seguinte: ‘Ide e tornai as nações discípulas em meu nome,
ensinando-as a observar tudo o que vos ordenei.’ Parece que Eusébio encontrou
essa forma do texto nos oráculos da famosa biblioteca cristã em Cesaréia. Esse
texto mais curto está completo e coerente. Seu sentido é claro e tem seus
méritos óbvios: diz que Jesus ressuscitado ordenou que seus discípulos
instruíssem todas as nações em seu nome, o que significa que os discípulos
deveriam ensinar a doutrina de seu mestre, depois de sua morte, tal como a
receberam dele.”
O
testemunho de Eusébio de Cesaréia, que viveu entre os anos 263 e 340 d.C. o
qual é apresentado no Livro História Eclesiástica, reforça o que acabamos de
expor.
Vejamos
o testemunho apresentado nas páginas 82 e 83:
Por
si só, o texto de Mateus 28:19 não nos fornece base para crermos que o espírito
Santo é uma pessoa.
“Batizando-os
em nome do Pai, e do Filho, e do espírito Santo;”
O
fato de ser utilizada a palavra “nome”, não significa que os três termos
mencionados a seguir – Pai, Filho e espírito Santo, são uma pessoa.
Estas
duas versões não estariam fugindo ao contexto. Este argumentos podem ser
considerados todos como conjectura. Vamos então analisar um texto bíblico, para
esclarecer melhor a questão – Atos 19:1-3:
“1
Aconteceu que, estando Apolo em Corinto, Paulo, tendo passado pelas regiões
mais altas, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos,
2 perguntou-lhes: Recebestes, porventura, o
espírito Santo quando crestes? Ao que lhe responderam: Pelo contrário, nem
mesmo ouvimos que existe o espírito Santo.
3 Então, Paulo perguntou: Em que, pois, fostes
batizados? Responderam: No batismo de João.”
O
texto relata alguns discípulos que tinham sido batizados por João Batista. João
Batista foi o precursor de Cristo. Foi ele quem batizou o próprio Cristo;
portanto, o batismo de João Batista é válido, pois Cristo, o nosso exemplo, foi
batizado neste batismo.
A
Bíblia não deixa dúvidas de que este batismo era ratificado pelo Céu como prova
da sua validade, pois o próprio Jesus afirmou:
“25 Donde era o batismo de João, do céu ou dos
homens? E discorriam entre si: Se dissermos: do céu, ele nos dirá: Então, por
que não acreditastes nele?
26 E, se dissermos: dos homens, é para temer o
povo, porque todos consideram João como profeta.” - Mateus 21:25,26
O
texto de Lucas confirma que o batismo de João era de Deus:
“Todo
o povo que o ouviu e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus, tendo
sido batizados com o batismo de João;” Lucas 7:29
Assim,
temos que, quando Paulo encontrou os discípulos que haviam sido batizados no
batismo de João, sabia que este era reconhecido pelo Céu. Entretanto, quando o
mesmo Paulo perguntou se eles receberam o espírito Santo quando foram
batizados, ouviu a surpreendente resposta:
“Nem
mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo.” – verso 2.
Aqueles
que receberam o batismo de João (o mesmo batismo no qual Cristo foi batizado),
nem sequer haviam ouvido falar que existia o espírito Santo. Se João Batista
batizasse em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo, logicamente aqueles
discípulos já teriam ouvido falar no espírito Santo, pois eram discípulos de
João, e João batizava quase todos os dias, daí ser ele chamado de “batista”.
Assim, se João não batizava em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo, Jesus
também não foi batizado em nome dos três.
Portanto,
caso queiramos usar o texto de Mateus 28:19 para apoiar que o espírito Santo é
uma pessoa, teríamos que assumir que esta pessoa passou a existir, ou ter
autoridade, depois da ressurreição de Jesus, quando Ele então mandou batizar em
nome do Pai, do Filho e do espírito Santo. Mesmo se assim o fosse, não
poderíamos considerar o espírito Santo como um Deus, pois neste caso ele não
seria eterno, e Deus é eterno. Além disso, a Bíblia afirma expressamente que há
um só Deus, o Pai, e um só Senhor, Jesus Cristo (I Cor. 8:6).
Note-se
que um texto não pode invalidar outro, ou seja, João não menciona o espírito
Santo, enquanto que Jesus claramente ordena o batismo em nome dos três. Há uma
“aparente” contradição entre os textos bíblicos? Não, pois o que estamos
frisando é a inexistência do espírito Santo como 3ª pessoa e não como poder
pois é o próprio Deus e Senhor Jesus Cristo. Assim, tanto o batismo de João
quanto o batismo ordenado por Jesus são válidos e complementares. A promessa do
Salvador era de que o Consolador, o espírito da Verdade, seria concedido aos
discípulos após o Pentecostes. Vemos então que João não poderia mencionar o
espírito Santo, pois a promessa para o recebimento do mesmo estava no futuro. O
mesmo não ocorreu com Jesus, que ciente da promessa do Pai (a vinda do
Consolador), ordenou, na certeza do cumprimento da promessa, que os discípulos
batizassem em seu nome. Percebemos
portanto que o texto de Mateus 28:19 não se refere ao espírito Santo como sendo
uma pessoa, pois a Escritura afirma claramente que foram vistas línguas de fogo
quando a promessa do Consolador foi cumprida e os discípulos receberam o
espírito Santo (Atos 2:3-4, 32-33, 37-38).
Mesmo
que o texto de Mateus 28:19 seja original, não indica que o espírito Santo seja
uma terceira pessoa. “Vós, porém, não estais na carne, mas no espírito, se, de
fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de
Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8:9).
Se
a trindade Não Existe, Como Entender Mateus 28:19?
Sobre
Mateus 28:19 - "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do espírito Santo" --,
parece-nos razoável acreditar que:
Quando
Cristo supostamente disse o que está registrado em Mateus 28:19, havia
discípulos presentes. E obviamente, o que Ele disse foi ouvido e entendido por
eles.
Portanto, um discípulo como Pedro, por
exemplo, poderia nos dizer exatamente como foi que entendeu a ordem do
Salvador.
Deveriam eles, a partir de então, batizar em
nome de uma trindade, composta por três pessoas divinas que misteriosamente
formam um único Deus? Em Atos 2:38, vemos Pedro conclamando seus ouvintes a se
arrependerem para serem batizados em nome do Senhor Jesus Cristo e não em três
nomes(Títulos), ou no nome dos três. Pedro explicou ainda que os batizados em
nome de Jesus Cristo receberiam Espírito Santo como presente.
Suponhamos,
porém, que Pedro nessa ocasião houvesse esquecido a ordem de Mateus 28:19 e
deixado de batizar em nome da trindade... Teria a Bíblia uma outra evidência de
como Pedro entendera a última ordem de Jesus? Atos 10:48, afirma que ele
ordenou que Cornélio e os seus que deveriam ser batizados em nome do Senhor
Jesus Cristo.
Assim, vemos que, "Pedro deve ter
entendido o imperativo de Jesus diferentemente do que a maioria dos trinitarianos compreendem hoje."
Será
que Pedro estava sozinho em seu entendimento? Não. Em Atos 8:16, ele e João
foram a Samaria encontraram um grupo que havia sido batizado em nome do Jesus
Cristo por Felipe. Faltava-lhes apenas receber o divino presente de batismo,
que era o Espírito Santo. Por isso, Pedro e João lhes impuseram as mãos e
oraram por eles.
E
o apóstolo Paulo, que dizia não ter recebido o Evangelho de nenhum homem, mas
do próprio Senhor Jesus Cristo (Gálatas 1:12), batizava ele em nome da
trindade? Quando visitou Éfeso, Paulo encontrou irmãos que conheciam apenas o
batismo de João. Pois bem, Paulo, depois de instruí-los, batizou-os somente no
nome do Senhor Jesus. Depois, colocou a mão sobre eles para que recebessem espírito
Santo. E eles falaram em línguas conhecidas e profetizaram!
O que estamos dizendo é que não existe na
Bíblia qualquer registro de batismo realizado em nome de uma trindade. Diante
disso, como ressalta o irmão David do Ministério Verdade Presente (já citado),
restam-nos três opções apenas: (a) os discípulos se rebelaram contra Jesus e
desobedeceram Sua ordem de batizar em nome da trindade; (b) os discípulos
entenderam a ordem de um jeito diferente do proposto pelos trinitarianos; (c)
Jesus nunca ordenou que batizassem em nome do Pai e do Filho e do espírito
Santo.
Nos sete primeiros itens deste pequeno esboço,
demonstramos que a ordem de Mateus 28:19 foi entendida pelos discípulos de modo
diferente do que hoje defendem os trinitarianos, pois batizavam apenas em nome
do Senhor Jesus Cristo. Poderia a terceira opção ser também verdadeira, ou
seja, poderiam os discípulos ter entendido a ordem de maneira diferente porque,
de fato, foi dada de modo diferente?
Estudiosos não comprometidos com a Igreja Católica
e seus dogmas e mistérios, afirmam que Mateus 28:19 pode ser fruto de um
acréscimo posterior ao texto bíblico.
Uma
das evidências citadas por esses estudiosos são os escritos de Eusébio de
Cesárea, do quarto século. Dezessete vezes nos textos que escreveu antes do
Concílio de Nicéia, Eusébio cita Mateus 28:19 como: "Portanto, ide e fazei
discípulos em Meu nome", sem mencionar a fórmula trinitariana. Nos
escritos pós-Nicéia de Eusébio, a fórmula trinitariana é encontrada cinco vezes
apenas!
O
contexto imediato de Mateus 28:19 adéqua muito melhor a essa construção
repetida tantas vezes por Eusébio de Cesárea. Veja:
"Seguiram
os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara. E
quando O viram, O adoraram; mas alguns duvidaram. Jesus, aproximando-Se,
falou-lhes, dizendo toda autoridade Me foi dada no céu e na terra. Portanto,
ide a todas as nações e fazei discípulos em Meu nome, ensinando-os a guardar
todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias
até a consumação do século." Mateus 28:16-20.
a)
Parte dos onze se ajoelhou perante Cristo, enquanto outros tiveram dúvida se
deveriam fazê-lo, pois sabiam que só deveriam se ajoelhar diante de Deus.
b)
Diante da dúvida, Jesus lhes explica que havia recebido de Deus toda a
autoridade no céu e na terra e que, portanto, poderia ser adorado de joelhos.
c)
A concessão da autoridade divina a Cristo, possibilitou-lhe ainda ordenar aos
discípulos que fossem a todas as nações, fizessem discípulos e os batizassem em
Seu nome, ensinando-os a guardar tudo que lhes dissera. (Veja Lucas 24:45-47.)
d)
O Filho de Deus, com a autoridade e poder que recebera do Pai, promete então
que estaria espiritualmente com eles todos os dias até o fim do mundo. (O
Evangelho de Marcos confirma que Ele cumpriu essa promessa: "De fato o
Senhor Jesus Cristo, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e
assentou-Se à destra de Deus. E eles, tendo partido, pregaram em toda parte,
cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais que se
seguiam." Marcos 16:19-20.
Portanto,
fica demonstrado, segundo o raciocínio dos leigos, que acrescentar outros
personagens à última declaração de Cristo registrada por Mateus fere o
contexto, tornando o texto confuso, pois lhe desvirtua o sentido.
Ora,
um dos únicos textos da Bíblia do qual até os teólogos trinitarianos têm plena
certeza de que se trata de um inegável acréscimo é aquele que se encontra entre
colchetes em I João 5:7-8 e favorece a trindade:
"Pois
há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra, e o espírito; e estes
três são um. E três são os que testificam na terra]: o espírito, a água e o
sangue, e os três são unânimes num só propósito."
A mais recente edição da Bíblia de Jerusalém,
Nova Edição, Revista e Ampliada, lançada em agosto de 2002 pela Igreja
Católica, em nota de rodapé a Mateus 28:19, admite que a frase
"batizando-os em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo, tenha sido
acrescentada posteriormente ao Livro de Mateus:
"É
possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso
litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro
dos Atos fala em batizar "no nome de Jesus Cristo" (cf At 1:5; 2:38).
Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batizado às três pessoas da
trindade..."
Rabino afirma que Eusébio foi pressionado pelo
bispo cristão Atanásio a inserir o termo “em Nome do Pai, do Filho e do
espírito Santo”.
A
questão da "Tevilá" (Imersão ou Batismo) é relevante para nós, uma
vez que ela nos diz respeito como um testemunho público de nossa
"emuná" (fidelidade ou fé) no Messias Yeshua (Jesus).
Realmente,
é surpreendente o fato de a "Tevilá" (Imersão em água) no Livro de
Atos somente haver sido realizado em Nome do Messias Yeshua (Jesus) (Atos 2:38;
8:16; 10:48; 19:5) e, só vermos Matityáhu (Mateus) 28:19 mencionando a
expressão "em Nome do Pai, do Filho e do espírito Santo".
Muitos
indagam: Por que isto? Yeshua (Jesus) falou a referida expressão em Matityáhu
28:19? Lucas a omitiu propositadamente? A Tevilá (Imersão em água) era mesmo
realizada no 1º século em Nome do Pai, do Filho e do espírito Santo?
Segundo
o Morê (Professor) de Judaísmo do Período do Segundo Templo, da Universidade
Hebraica de Jerusalém, David Flüsser em seu livro Judaísmo e Origens do
Cristianismo, Vol. 1, pág. 156, a expressão
"em Nome do Pai, do Filho e do espírito Santo" não foram
mencionadas em todas as citações de Matityáhu 28:19 nos escritos de Eusébio
ANTERIORES AO CONCÍLIO CRISTÃO DE NICÉIA (325 d.E.C.) sob a supervisão do
imperador Constantino. O texto de Matityáhu (Mateus) 28:19 antes do referido
Concílio era o seguinte: "Ide e tornai todas as nações discípulas em Meu
Nome, ensinando-as a observar tudo o que vos ordenei".
Segundo
o Rabino Joseph Shulam, Eusébio foi pressionado pelo bispo cristão Atanásio
(que teve participação no Concílio de Nicéia) a fazer a "inserção"
Nome do Pai, do Filho e do espírito Santo, e, caso não a fizesse, seria exilado
para a Espanha.
[Não
estamos apresentando a afirmação acima como prova dos fatos, uma vez que
trata-se apenas de uma declaração, no entanto, em nosso entendimento, o simples
fato de partir de um rabino, no mínimo merece consideração de nossa parte].
Diante
desta afirmação, é bastante provável que Yeshua (Jesus), não fez menção a
"Tevilá" (batizar em Nome do Pai, do Filho e do espírito Santo),
tratando-se, pois de um acréscimo.
INFELIZMENTE,
ESTE FATO NÃO É DO CONHECIMENTO DE TODOS.
Mas,
e agora: E os batismos em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo que se
fazem atualmente? Obviamente, esta questão só está vindo a público
contemporaneamente. Tantos séculos se passaram com este fato histórico oculto
diante dos olhos da Igreja do Messias. E agora, neste momento ou tempo desta
descoberta, não podemos ser juízes terminantemente implacáveis daqueles que até
fazem a Tevilá (Imersão em água ou Batismo) sem terem o mínimo de conhecimento
a respeito. Portanto, o processo é complexo.
Bom,
quanto às igrejas que imergem só em Nome do Messias, ou em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo elas estão agindo segundo o conhecimento humano se a
revelação como foi nos Atos dos apóstolos conforme revelado a Pedro, At.2:38.
No
entanto, quem recebeu a "Tevilá" (Imersão em água) em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo foi e é válida, uma vez que foi realizada na
ignorância. At.17:30. (o problema só está em acrescentar a expressão dita
anteriormente). Mas, não podemos condenar os que imergem em Nome do Pai, do
Filho e do espírito Santo, uma vez que não são culpados deste acréscimo. E quem
responderá por tal ato são seu lideres se tinham o conhecimento e não o
praticaram a palavra da verdade.
VERSOS
COM DEUS, JESUS E O ESPÍRITO
Alguns
versos do Novo Testamento citam Deus Pai, Jesus e o Espírito. Os defensores da
teoria da trindade usam tais versos para tentar provar que o Espírito Santo é
uma pessoa assim como o Pai e como Jesus Cristo. Então alegam que tais versos
comprovam a existência da trindade. Vejamos alguns exemplos.
O
BATISMO DE JESUS CRISTO
“Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que
se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo
sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o me Filho amado, em quem
me comprazo.” - Mateus 3:16 e 17.
A
Bíblia em nenhum momento diz que o Espírito que desceu em forma de pomba era
uma terceira pessoa, pelo contrário, afirma claramente que se tratava do
próprio Espírito (pneuma) do Pai. O verso mostra uma manifestação dupla do Pai:
manifestou-se através do seu Espírito e da sua voz. Se através deste verso
chega-se à conclusão de que o Espírito é uma pessoa, também poderíamos chegar à
conclusão de que a voz de Deus também é uma pessoa. Por que não? Só porque o
Espírito está escrito com inicial maiúscula e a voz com inicial minúscula?
Sempre devemos lembrar que isso é uma convenção adotada em português, pois no
original grego não havia tal distinção.
A
BÊNÇÃO DE II CORÍNTIOS 13:13
“A
graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo
sejam com todos vós.” - II Coríntios 13:13 (ou 14 em algumas traduções)
A
doutrina da trindade ensina que Deus é o primeiro, também chamado de “primeira
pessoa da trindade”, Jesus Cristo é a segunda pessoa e, finalmente, o Espírito
Santo é a terceira pessoa da trindade. Este é o ensino clássico trinitariano.
Mas parece que esta seqüência de primeira, segunda e terceira pessoa não estava
muito clara para o apóstolo Paulo.
Perceba
que Jesus Cristo é o primeiro a ser mencionado em II Coríntios 13:13:
Ora,
se a doutrina da trindade que se ensina hoje fosse um consenso entre os
apóstolos, Paulo certamente obedeceria a ordem das pessoas, no entanto não o
fez. Outro verso utilizado pelos trinitarianos é I Pedro 1:2:
“Eleitos,
segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a
obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam
multiplicadas.”
Neste
verso é Jesus Cristo que aparece como a terceira pessoa de uma suposta
trindade. Além deste problema na forma, os trinitarianos enfrentam um problema
de conteúdo ao lidar com II Coríntios 13:13.
“A
graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo
sejam com todos vós.”
Ao
lerem este trecho, interpretam precipitadamente que nossa comunhão deve ser com
a terceira pessoa da trindade. Mas não é isso que o apóstolo diz. Paulo é claro
quando afirma “e a comunhão do Espírito Santo”, não diz a comunhão com o
Espírito Santo.
Graças
a outros textos da Bíblia, não precisamos ser enganados neste ponto. A comunhão
do Espírito é a comunhão que existe entre o Espírito do Pai que é o mesmo e
único Espírito de Jesus Cristo que é Santo.
Nossa
comunhão é com o Espírito Santo, que é o Pai e Filho que é a imagem, o corpo
que é morada do único Espírito que é Santo. Por isso Senhor Jesus Cristo.
Portanto,
toda comunhão e comunicação que temos com o Pai, Filho é através do pneuma (o
próprio Espírito do único Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo). Porque, por
ele, (Jesus) ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.Ef.2:18.
“Ora
a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.” - I João 1:3.
TRINDADE
COM ANJOS?
Há
outros versos na Bíblia que citam o Pai, Jesus e o Espírito, mas nenhum deles
serve como evidência de que exista uma trindade. Por quê? Pois o simples fato
de um verso citar o Pai, Jesus e o Espírito não significa que sejam três
pessoas e que, juntamente com o Pai e com o Filho, componha uma trindade. Senão
o que diríamos com relação a Mateus 24:36?
“Mas
a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho,
senão somente o Pai.” - Mateus 24:36.
Da
mesma forma Mateus 16:27 cita o Filho, o Pai e os Anjos, mas não cita o
espírito Santo. Isto não significa, em hipótese alguma, que Pai, Filho e Anjos
componham uma trindade.
“Porque
o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos” - Mateus
16:27.
Há
outros versos que citam o Pai, o Filho e os anjos (Marcos 8:38; Marcos 13:32;
Lucas 9:26). Porventura tais versos indicam que Pai, Filho e Anjos compõem uma
trindade celestial? Absolutamente não! O fato dos três aparecerem no mesmo
verso não significa absolutamente nada na relação de um para com o outro. O
objetivo do autor, ao escrever tais versos, não foi indicar que existe uma
trindade. Da mesma forma, quando lemos um verso que menciona o Pai, o Filho e o
Espírito Santo, não devemos concluir que pelo fato de aparecerem juntos tal
verso seja uma evidência da existência da trindade.
O
ESPÍRITO SANTO E SEUS “ATRIBUTOS E AÇÕES PESSOAIS”
Algumas
pessoas defendem que o espírito Santo é uma pessoa pois alguns adjetivos
(atributos) e verbos (ações) relacionados ao Espírito são típicos de seres
pessoais. Por exemplo:
“Não
entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da
redenção.” - Efésios 4:30.
“Do
mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que
havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com
gemidos inexprimíveis.” - Romanos 8:26.
“Porque
não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.” -
Mateus 10:20
“Apenas
uma pessoa pode se entristecer”, alegam os trinitarianos. “Só uma pessoa pode
ajudar, interceder e falar”. Os defensores da trindade afirmam que se o
Espírito de Deus se entristece, ajuda, intercede e fala, então ele é uma pessoa
divina! Este argumento faz sentido?
A
Bíblia emprega diversas figuras de linguagem, inclusive atribuindo ao espírito
qualidades e ações típicas do seu possuidor (um ser pessoal). Isto não
significa que o Espírito seja uma outra pessoa. A prova deste fato são os
muitos exemplos de atributos e ações pessoais atribuídos também a espíritos de seres
humanos.
O
espírito do apóstolo Paulo orava: “O meu espírito ora de fato.” (I Cor. 14:14).
Como um espírito (pneuma) de um homem pode orar se esta é uma ação pessoal?
Seria, porventura, o espírito de Paulo uma segunda pessoa, além de Paulo? O
verso seguinte explica: “Orarei com o meu espírito... Cantarei com o espírito.”
(I Cor. 14:15). É claro que quem orava e cantava era o próprio Paulo.
Lucas,
autor do livro dos Atos, relatou que o espírito de Paulo se revoltou:
“Enquanto
Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria
dominante na cidade”. – Atos 17:16.
Ora,
revoltar-se é uma ação pessoal. Só um ser com autonomia e percepção pode se
revoltar, mas a Bíblia diz que o espírito de Paulo se revoltou. Seria,
porventura, o espírito de Paulo uma entidade pessoal independente do seu
possuidor (Paulo)? Absolutamente não! Novamente aqui temos uma figura de
linguagem. Quem se revoltou com a idolatria da cidade foi o próprio Paulo.
Há
muitos outros exemplos na Bíblia onde espíritos de seres humanos são descritos
com atributos pessoais ou realizando (ativa ou passivamente) ações típicas de
seres pessoais.
Veja
alguns na tabela a seguir:
Texto
Sujeito Ação / Atributo Pessoal
Gênesis
41:8
espírito de Faraó Perturbado
Esdras
1:1
espírito de Ciro Foi Despertado
Jó
6:4
espírito de Jô Sorve (Suga) o
Veneno
Jó
20:3
espírito de Jô Responde por Ele
Salmo
73:21
espírito de Asafe Amargurado
Salmo
77:3
espírito de Asafe Desfalece
Salmo
143:7
espírito de Davi Desfalece
Isaías
26:9
espírito de Isaías
Buscou a Deus
Ezequiel
3:14
espírito de Ezequiel Excitou-se
Daniel
2:1-3
espírito de Nabucodonosor Perturbou-se
Atos
17:16
espírito de Paulo
Revoltou-se
I
Coríntios 14:14 e 15
espírito de Paulo Ora e
Canta
I
Coríntios 16:18
espírito de Paulo
Recreou-se
II
Coríntios 7:13
espírito de Tito
Recreou-se
Obs.:
Dependendo da tradução utilizada os atributos / ações podem sofrer alguma
alteração.
Concluímos
que quando a Bíblia diz que o espírito de alguém se entristeceu, então trata-se
de uma figura de linguagem. Literalmente, quem se entristeceu foi a pessoa, o
possuidor do espírito, não o seu espírito. Quando o salmista diz que o seu
espírito estava amargurado, na realidade quem estava amargurado era o próprio
salmista.
Isso
vale também para o Espírito de Deus. Quando a Bíblia diz que alguém mentiu para
o Espírito de Deus, na verdade isso significa que mentiram para o próprio Deus.
Quando diz que o Espírito intercede, certamente está se referindo a Deus Jesus
Cristo, nosso único intercessor e mediador:
“É
Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de
Deus, e também intercede por nós.” - Romanos 8:34.
“Porquanto
há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.” -
I Timóteo 2:5.
ADJETIVOS
TRÍPLICES
Muitas
pessoas, na tentativa desesperada de encontrar textos que apóiem suas idéias,
acabam buscando subsídios em trechos que nada tem a ver com o assunto da
trindade. Entre estes trechos, podemos citar um grupo muito interessante: o
grupo dos adjetivos tríplices. Em alguns versos das Escrituras Sagradas algum
adjetivo relacionado a Deus é repetido três vezes e por esta razão alguns
interpretam que cada menção do adjetivo refere-se a uma pessoa da trindade.
Vamos citar dois exemplos:
“E
clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos
Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.” - Isaías 6:3.
“E
os quatro seres viventes... proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o
Todo-poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.” - Apocalipse 4:8.
Na
falta de textos que comprovem claramente a trindade, estas pessoas são capazes
de incluir até mesmo Números 6:24-26 como evidência da existência do
Deus-Triúno apenas pelo fato deste texto citar a palavra “Senhor” três vezes:
“O
Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto diante de
ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e lhe dê a paz.” - Números 6:24-26.
Ora,
tais texto não provam e nem mesmo servem como evidência de que nosso Deus é um
Deus tríplice. A intenção do autor ao repetir três vezes uma palavra é dar
ênfase e chamar a atenção do leitor. Este recurso literário é prática
relativamente comum entre os autores bíblicos. Veja estes exemplos:
“Ó
terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor.” - Jeremias 22:29.
“Ao
revés, ao revés, ao revés a porei, e ela não será mais, até que venha aquele a
quem pertence de direito, e a ele darei.” - Ezequiel 21:27.
Estariam,
porventura, os profetas sugerindo uma trindade de terras ou de revezes?
Logicamente não! A tríplice repetição é apenas um recurso para chamar a atenção
para determinado fato ou característica, uma forma de enfatizar um conceito.
O
livro “Gramática Elementar da Língua Hebraica” de Hollenberg & Budde ensina
que a forma repetida de um adjetivo em hebraico além de lhe comunicar ênfase,
também serve como superlativo absoluto. Desta forma, “Santo, Santo, Santo”
poderia ser entendido como “Santíssimo”.
A
BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO SANTO
“Todo
pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o
espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do
homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o espírito Santo, não
lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir.” - Mateus 12:31 e 32.
Este
é outro texto que às vezes é usado por defensores da trindade. Digo “às vezes”
porque o texto, se lido com atenção, mais compromete a visão trinitariana do
que a favorece. Afinal de contas se existe apenas um Deus com três pessoas
divinas que possuem o mesmo caráter e os mesmos atributos espirituais, por que
o Pai é rico em misericórdias (Êxodo 34:6), o Filho é perdoador (Lucas 7:48 e
49), mas a terceira pessoa da trindade é implacável, ou seja, não tolera
pecados contra ela?
As
três pessoas da divindade não têm o mesmo caráter? Por que existe esta
distinção de pecados contra o Filho do homem e pecados contra o Espírito Santo?
Vamos tentar entender um pouco mais esta questão do pecado imperdoável.
A
blasfêmia contra o Espírito Santo é um dos assuntos que causa mais preocupação
nos cristãos. (Em geral costuma-se usar a expressão “pecado contra o Espírito
Santo”, mas a Bíblia fala que o pecado imperdoável é a “blasfêmia contra o Espírito
Santo”).
Todos
os cristãos já ouviram que o pecado contra o Espírito Santo é imperdoável, mas
poucos sabem o que é na prática a blasfêmia contra o Espírito Santo.
Segundo
a explicação tradicional, o pecado contra o Espírito Santo consiste na resistência
contra a obra do Espírito de nos convencer do pecado. Quando o Espírito de Deus
atua em nossa consciência, mostrando um pecado, e resistimos à voz de Deus,
então esta voz tende a diminuir. Chamamos popularmente este processo de
cauterização da consciência, ou seja, o pecado se torna algo tão comum que a
voz de Deus não mais é ouvida e o pecador não sente mais a necessidade de
perdão.
Embora
este processo seja real, será que Cristo se referia à cauterização da
consciência quando mencionou a blasfêmia contra o Espírito Santo? Para
respondermos a esta questão vamos analisar o contexto de Mateus 12 e também de
Marcos 3, os dois capítulos que mencionam o pecado da blasfêmia contra o
espírito Santo.
De
acordo com Mateus 12:22-32 e Marcos 3:20-30, Jesus estava sendo acusado de
expulsar demônios pelo poder de Belzebu, o maioral dos demônios. Cristo afirmou
que foi através do espírito Santo que o demônio foi expulso:
“Se,
porém, eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o
reino de Deus sobre vós.” - Mateus 12:28.
Lucas
ao mencionar o mesmo episódio, em vez de utilizar “Espírito de Deus”,
utiliza-se da expressão “dedo de Deus”.
“Se,
porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente é chegado o reino
de Deus sobre vós.” - Lucas 11:20.
Compare
estes dois últimos versos bíblicos que citamos: Mateus 12:28 e Lucas 11:20. O
Espírito de Deus é, simbolicamente, o dedo de Deus. O dedo de Deus indica a
forma como Deus age, neste caso age através do seu espírito (pneuma). Perceba
que os evangelistas ora se referem ao espírito como espírito Santo, ora como
Espírito de Deus. Já vimos que são expressões equivalentes.
Mas
a questão principal permanece. Cristo afirmou que os pecados contra o Filho do
Homem seriam perdoados, mas contra o Espírito Santo não seriam perdoados. O que
Cristo quis dizer com isto?
Cristo
referia-se a si mesmo como “Filho do Homem”, ressaltando assim sua humanidade.
Outros o reconheciam como “Filho de Deus”, uma clara referência à sua
divindade. Cristo, ao chamar a atenção para a sua condição humana, fazia
questão de ressaltar que suas obras eram feitas pelo poder do Pai, através do
Espírito de Deus que lhe foi concedido. O contexto do episódio que analisamos
deixa claro que o pecado imperdoável cometido pelos escribas e fariseus foi a
insistente negação da atuação do espírito de Deus nas obras de Cristo,
considerando tais obras como fruto da atuação do diabo. É este o pecado
imperdoável: a blasfêmia contra o Espírito Santo. Sempre que o espírito de Deus
atuar poderosamente e tal fato for interpretado como uma atuação do diabo, isto
constituirá uma blasfêmia contra o Espírito Santo.
Outros
versos podem nos ajudar a confirmar qual é o pecado imperdoável: deixar de
reconhecer as obras de Deus diante das evidências:
“Respondeu-lhes,
Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis:
Nós vemos, subsiste o vosso pecado.” - João 9:41.
“Se
eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas agora não têm
desculpa do seu pecado... Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais
nenhum outro fez, pecado não teriam; mas agora não somente têm eles visto, mas
também odiado, tanto a mim, quanto a meu Pai.” - João 15:22 e 24.
Estes
dois versos abrem o horizonte de compreensão dos pecados que podem e que não
podem ser perdoados. O pecado imperdoável é testemunhar as obras e evidências
de Deus e considerá-las como algo do demônio. É rejeitar as evidências claras
do poder de Deus, considerando-as como obras de Satanás. Para este pecado não
há perdão.“Se fosseis cegos”, disse Jesus, “não teríes pecado algum”. Isto
significa que se não houvesse evidências visíveis do poder de Deus, a
incredulidade da liderança judaica poderia ser justificável, pois neste caso
tratar-se-ia de um pecado apenas contra o Filho do homem. Jesus complementa:
“Porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”.
Há
pessoas que crêem sem precisar ver - são bem-aventurados. Há outros que
precisam ver para crer - Deus pode ajudá-los na falta de fé. Há, porém, um
terceiro grupo que, mesmo vendo, não crê - os céticos. E, finalmente, há um
quarto grupo: aqueles que vêem as evidências e obras miraculosas de Deus, não
crêem e, além disso, atribuem tais obras ao demônio. Estes estão lutando contra
Deus e cometendo o chamado pecado para a morte, pelos quais, segundo o apóstolo
João, “não digo que rogue” (I João 5:16). É esta a blasfêmia contra o espírito
Santo.
A
celebre oração intercessória de Cristo no Calvário, “Pai, perdoa-lhes, pois não
sabem o que fazem”, mostra que os que lhe repartiam as vestes (Lucas 23:34) não
haviam cometido o pecado para a morte, o pecado contra o Espírito Santo.
De
fato, os romanos não haviam tido a mesma oportunidade de testemunhar as obras
de Deus através do Filho do homem. Herodes, ao julgar a Cristo, desejava ver
sinais, mas Cristo não lhe respondeu com palavras. (Ver Lucas 23:8 e 9). Por
isso, o pecado dos soldados romanos foi contra o Filho do homem, um pecado
perdoável que mereceu uma oração intercessória de Cristo. Os romanos não
pecaram contra o espírito Santo, pois não tinham observado as evidências e
obras de Cristo realizadas através do espírito de Deus. Cristo disse a Pilatos:
“Aquele que me entregou a ti maior pecado tem.” (João 19:11).
Quando
os romanos testemunharam evidências sobrenaturais não hesitaram em reconhecer a
divindade de Cristo.
“O
centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que
haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era
Filho de Deus.” - Mateus 27:54.
Muitos
crentes sinceros, baseados na tradição trinitariana que receberam e que sempre
professaram, podem imaginar que aceitar qualquer outro ensino sobre o Espírito
Santo seria um pecado imperdoável. Não estaríamos rebaixando o espírito de Deus
se não o considerarmos como uma pessoa divina? A Bíblia é clara sobre o pecado
imperdoável: Blasfemar contra o espírito Santo é desprezar as abundantes
evidências que temos à nossa disposição atribuindo tais evidências ao poder do
diabo, assim como fizeram os judeus na época de Cristo. Só blasfema contra o
Espírito Santo quem resiste contra o poder de Deus revelado em suas palavras e
obras e os atribui ao inimigo. Deus não leva em conta os tempos de ignorância
(Atos 17:30), mas exige um posicionamento firme daqueles que recebem a luz.
“A
condenação é esta: A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do
que a luz porque as obras deles eram más.” - João 3:19.
Prezado
irmão. Blasfemar contra o Espírito Santo é desprezar as inúmeras evidências
bíblicas sobre sua obra e natureza. É se agarrar a conceitos pré-estabelecidos
desprezando a luz que emana do espírito Santo de Deus.
“Daquele
a quem muito é dado, muito se lhe requererá; e a quem muito é confiado, mais
ainda se lhe pedirá.” - Lucas 12:48.
Fica
demonstrado aqui que o episódio relatado em Mateus 12 e Marcos 3 sobre o pecado
imperdoável é, na verdade, um testemunho contra o trinitarianismo e um alerta
contra os que desprezam as evidências da Palavra de Deus.
“Então
começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operara a maior parte dos seus
milagres, o não se haverem arrependido, dizendo: Ai de ti, Corazin! ai de ti,
Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em
vós se operaram, há muito elas se teriam arrependido em cilício e em cinza.
Contudo, eu vos digo que para Tiro e Sidom haverá menos rigor, no dia do juízo,
do que para vós. E tu, Cafarnaum, porventura serás elevada até o céu? até o
inferno descerás; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em
ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.
Contudo, eu vos digo que no dia do juízo
haverá menos rigor para a terra de Sodoma do que para ti. Naquele tempo falou
Jesus, dizendo: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque
ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos.
Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram entregues
por meu Pai; e ninguém conhece plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém
conhece plenamente o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser
revelar.” - Mateus 11:20-27.
A encarnação de Yahweh na pessoa de Jesus
Cristo é um dos maiores mistérios de Deus. Ficamos maravilhados em saber que o
Supremo Criador tenha se identificado com as sua criaturas. Tal resposta para
isso se encontra em João 3.16. Verdadeiramente, se a encarnação é um mistério
de Deus, então, humanamente falando, não poderá ser perfeitamente explicada.
Diante disso, o que temos a fazer é pedir
que o Espírito Santo continue nos ajudando, na tentativa de ao menos
limitadamente explicar a misteriosa encarnação do Logos, pois esta obra é dEle.
O trinitarianismo afirma que o Filho de
Deus pré-existente (segunda pessoa da Trindade) se encarnou, vindo assim, a ter
duas naturezas, a divina que já tinha e a humana a qual veio a possuir por meio
de seu nascimento virginal. Sendo assim, afirma a doutrina trinitarista que
houve uma fusão entre divino-humano.
É bom salientar que, este conceito definido
como fusão do divino e o humano, toma um caminho totalmente contrário da
encarnação, nada tem a ver com encarnação que a Bíblia realmente ensina. Se
houve uma fusão, então, não houve uma encarnação ou vice-versa, pois, ambas são
coisas realmente opostas.
As passagens que falam como seria a
encarnação do Logos (a Palavra), estão em Mateus 1.18-25 e Lucas 1.31-35. Elas
nos dizem que Maria se achou grávida do Espírito Santo. O Anjo disse a José:
«Não temas receber Maria tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito
Santo» (Mat 1.18, 20).
Quando se fala na encarnação de Cristo, a
idéia que se tem (com afirma os trinitarianos) é que houve a fusão do divino
com o humano, ou seja, de que o Filho eterno se encarnou, tornando-se homem.
Outros ainda acham que Maria foi apenas uma espécie de «incubadora».
Respondendo os dois conceitos acerca da encarnação.
Este último conceito, que diz que Maria foi apenas uma espécie de incubadora,
na sua maneira de ilustrar a encarnação, contraria na verdade uma real
encarnação, colocando Jesus Cristo, não como um autêntico Homem, mas, como um
Cristo docético, que apenas parecia ser humano. Dissemos assim, é porque se
Maria foi apenas uma incubadora, deveras então, que o corpo físico de Jesus não
era produto de Maria, mas, do Espírito Santo. O que contradiz uma verdadeira
encarnação.
Como se sabe, o homem é um ser espiritual,
possui um corpo físico, mas é também
dotado de um espírito (ou alma), que é realmente o homem essencial. O corpo
físico é um “veículo de expressão” da alma neste mundo. Jesus Cristo foi
totalmente humano (vede), por isso possuía tanto um corpo físico como um
“espírito humano” (Mat 26.38,27.50 e Atos 2.27). Se Jesus não tivesse um
espírito humano, então não seria humano.
Maria contribuiu com a encarnação, sim,
pois a carne e o sangue, e toda a matéria que compõe um corpo físico provieram
de Maria. Agora o «espírito humano» de Jesus foi um ato direto «..gerado pelo
Espírito Santo» em Maria. Por conseguinte, foi o «espírito humano» de Cristo
que o Espírito Santo gerou em Maria: Por exemplo, os seres humanos foram
dotados e capacitados por Jeová para gerar tanto o corpo físico como o espírito
(ou alma) humano. O homem e mulher foram capacitados para gerar tanto o corpo
físico com a alma, sendo assim, a alma é gerada pela coabitação do homem com a
mulher. Este tipo de origem da alma é chamado de traducionismo. Essa teoria da
origem da alma, chamada traducionismo, era defendida a princípio pelos
estóicos, e mais tarde, por Agostinho. Essa teoria supõe que o homem e mulher,
como seres físico-espirituais que são naturalmente, e sem qualquer intervenção
direta e continua da parte de Deus, produzem seres que são tanto físicos como
espirituais – os seus filhos. E isso significa que tanto a «alma» (ou espírito) como o corpo
físico seriam produtos da procriação. Sobre este assunto, estaremos falando futuramente,
aliás, este é um assunto muito importante, onde poderemos conhecer a nós
mesmos. O homem é um ser essencialmente espiritual, embora temporariamente
esteja aprisionado a um corpo físico. Por isso, como espírito (ou alma) que é o
homem essencial, ele é imortal. Há alguns, ditos “cristãos”, que não crêem na
imortalidade da alma, mais isso não muda a verdade, sobre a imortalidade da
alma.
Seguindo a linha ordinária da procriação
dos seres humanos, segundo os conceitos bíblicos, se confirma que todos os
seres humanos nascem em pecado, ou seja, nascem pecadores, que é o fruto da
nossa natureza caída, conhecida como «pecado original» (Sal 51.5, Ef 2.3; Rom
3.23; 5.12). A sede do pecado é essencialmente a alma e não o corpo físico do
homem, ao contrário da idéia gnóstica (dos dias
apostólicos), que asseveravam que o corpo físico é que era mal, que
então deveria ser destruído para que a alma fosse liberta.
Caso o corpo físico fosse a sede do pecado,
então Jesus seria pecador, sendo que a carne e o sangue de Jesus provieram de
Maria. Por outro lado, como o espírito (ou alma) é que é a sede do pecado, por
isso o espírito foi gerado pelo Espírito Santo, para que viesse a ser
impecável. Portanto, resumidamente expondo o trabalho do Espírito Santo foi
gerar no ventre de Maria o espírito humano de Jesus, isto é o que deixa
subentendido nas palavras de Maria, ao questionar as palavras do anjo sobre o
nascimento de um filho; «... como será isto, pois não tenho relação com homem
algum?» Confira a resposta do anjo a Maria no versículo seguinte (vs.35).
O espírito humano gerado por Espírito Santo
no ventre da virgem (na ocasião) Maria, deu origem à célula inicial,
conseqüentemente o embrião em todas as fases de seu desenvolvimento.
Verdadeiramente o Pai de Jesus foi o Espírito Santo, e a sua mãe foi Maria. É
plenamente ridícula àquela idéia que diz que Maria é mãe de Deus. Deus, o Supremo Criador de todas as coisas, não tem
pai e nem mãe, Ele dependeu e não depende de ninguém para existir. Maria foi
mãe da natureza humana de Yahweh, chamada de Jesus. Por conseguinte, o corpo
físico de Jesus (a carne, o sangue, etc.), proveio de Maria, enquanto, que a
alma (ou espírito) de Jesus proveio exclusivamente do Espírito Santo (Mat 1.18,
20). Somente assim, é que Jesus Cristo poderia ser impecável, pois o seu
espírito (ou alma) não foi gerado no modo ordinário, na maneira geral em que é
gerado o espírito do homem (como já vimos acima), ainda que fosse um espírito
inteiramente humano. Então, a impecabilidade de Jesus Cristo é o resultado da
operação do Espírito Santo, o qual gerou no ventre de Maria um espírito humano,
sem qualquer mancha de pecado. O próprio Jesus desafiou os judeus acerca de sua
impecabilidade: «Quem dentre vós me convence de pecado?» (João 8.46). Por conseguinte, o Espírito Santo gerou no
ventre de Maria o seu espírito humano, vindo a chamar de Jesus, o Filho de
Deus. Fica explicitamente bem claro, que não houve qualquer fusão de naturezas,
em que uma suposta segunda pessoa da Trindade viesse a se unir com a natureza
humana de Jesus.
Verdadeiramente, quem se encarnou, como
Jesus de Nazaré, não foi um tal de Deus Filho pré-existente (até porque que em
nenhum lugar do Novo Testamento, Jesus é chamado de «Deus Filho», tão somente
de «Filho de Deus», os quais são termos totalmente opostos), a segunda pessoa
da Trindade, como afirma o trinitarianismo, mas sim, Jeová (o Deus Uno), Ele
próprio é quem se encarnou. Sim, o próprio Deus Altíssimo, o Espírito Santo, é
quem gerou no ventre de Maria o seu espírito humano, tornando-se humano como
nós, com exceção de sua impecabilidade. A sua sujeição aos limites humanos, o
fez que se esvaziasse, «... assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança
de homens; e, reconhecido em figura humana...» (Filip 2.7 ss.). É evidente que,
muitos daqueles que crêem naquela doutrina pagã, chamada Trindade, tentarão
repudiar essa verdade, pois o conceito que aprenderam sobre essa doutrina,
parece que se adapta mais facilmente com os seus raciocínios e credos, com
àquilo que ensinam as suas denominações, ou talvez por uma pura acomodação
mental. Constitui-se como o maior mal, quando as pessoas tentam encaixar o Deus
Onipotente dentro da lógica humana, e é justamente por essa causa, que
inventaram a tal doutrina da Trindade, a qual descreve o Deus Eterno,
subsistindo em três pessoas divinas; o Deus Pai, o Deus Filho e o Deus
Espírito. É muito desconcertante, quando analisamos as tentativas do homem,
tentando explicar a Pessoa e as operações de Jeová Deus, seguindo à maneira
humana das razões, querendo explicar Deus com os seus intelectos. A doutrina da
Trindade é um credo inventado pelos homens, que não encontra respaldo na
Bíblia. Só podemos encontrar algum tipo de respaldo bíblico, quando somos
desonestos com as interpretações bíblicas, isto é, quando queremos que a Bíblia
diga o que ela realmente não diz.
Explicitamente, a encarnação foi uma das
mais belas de toda a criação que Jeová fez. Essa nova criação («misteriosa») se
resume na revelação, na manifestação, e na identificação do próprio Deus
Altíssimo aos homens e com os homens (João 14.9 ss.), o Emanuel, Deus conosco
(Isaías 7.14, Mat 1.23).
Jesus Cristo é a revelação real, final e mais completa que se
tem de Jeová. Ele é realmente é o próprio Pai que se revelou aos homens como
Filho de Deus, por causa da sua humanidade. E esse mesmo «Filho de Deus» era ao
mesmo tempo «Filho do Homem».
No momento, é inútil tentarmos detalhar um
conceito completo sobre o Deus Yahweh, mas, futuramente, segundo as revelações
do Espírito Santo, teremos alguns detalhes a mais, a esse respeito, embora
longe de ser completo, pois, somente poderemos conhecê-lo e descrevê-lo por
completo, não neste mundo, mas no mundo espiritual (1 João 3.2).
Portanto, Jesus Cristo, é o Homem do Céu,
porque o seu espírito humano foi gerado diretamente pelo Espírito Santo, sem
qualquer intervenção ou participação do homem, nesta geração. O espírito (ou
alma) humano de Jesus de Nazaré, foi uma
criação direta do Espírito Santo, «...não temas receber Maria, tua mulher,
porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo» (Mat 1.20). O espírito humano de Jesus proveio do
Espírito Santo, mas a carne e o sangue, e, todos os elementos que compõe o
corpo físico do homem, provieram de Maria; «...nascido de mulher...» (Gál 4.4).
Resumidamente, a verdadeira encarnação se consiste pelo fato de que o Deus
Altíssimo, que é o próprio Espírito Santo, gerou o seu espírito humano no
ventre da virgem Maria, tornando-se verdadeiro homem, e, é isto que está
implícito em Filipenses 2.6-8. Por isso, Jesus Cristo era Homem e não Deus. É
bom não esquecermos, que estamos falando de Jesus Cristo, a partir da sua
encarnação até a sua morte, pois a partir de sua ressurreição, o assunto é
diferente. A ressurreição trouxe uma mudança significativa a respeito da pessoa
de Jesus Cristo. As limitações que Ele outrora tinha aqui na terra, não existem
mais, agora Ele passou a ter «..toda a autoridade, no céu e na terra» (Mat
28.18). Tomé reconheceu a Jesus como sendo o seu Deus, «...Senhor meu e Deus
meu!» (João 20.28). Em seu ministério público, ninguém dirigiu a Jesus
chamando-o de «Deus» e nem de «Deus Filho».
É interessante notarmos que, quem gerou o
espírito humano em Maria, chamado Filho de Deus, foi o Espírito Santo (o qual
dizem os trinitarianos ser a segunda pessoa da trindade), que é na verdade o
«Pai» de Jesus Cristo (ver Mat 1.18,20); mas, por que então, é que a Bíblia diz
que o Seu Pai é o Deus Altíssimo, ou seja, Jeová, e, não o Espírito Santo? Essa aparente contradição de paternidade,
categoricamente expressa à existência de um Deus Uno, e, não de um Deus Trino.
Ou seja, o mesmo Espírito Santo é chamado de «Pai», por Jesus. Por conseguinte,
não há nada de contraditório pelo fato do Espírito Santo gerar Jesus, mas o
N.T. dizer que o Pai de Jesus é o Deus Altíssimo (João 17.1), isto porque falar
do Espírito Santo é o mesmo que falar do Deus Yahweh, pois, é falar e expressar
uma mesma Pessoa. Deus não é trinitário, o Deus Verdadeiro é Uno. Aplicar o
trinitarismo ao Deus Verdadeiro é uma das maiores falácias do homem. Isto é uma
«humanologia» e não uma teologia, propriamente dita. É uma das idéias mais
ridículas do homem, ao tentar descrever e explicar Deus e as suas operações. A
Bíblia diz: «Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus
caminhos, diz Jeová, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra,
assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus
pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos (Is 55.8,9). Não podemos
definir Deus à maneira humana. Não podemos limitar ou encaixar a existência
divina, dentro da moldura de nossos raciocínios, enquadrando-o dentro da lógica
humana. O nosso nível de compreensão acerca de Deus é realmente baixíssimo,
nossas meras palavras, não podem explicar a substância divina. Como dizem os
versículos acima, os caminhos e os pensamentos do Deus Jeová, são realmente
elevadíssimos, em relação aos nossos. Se quisermos conhecer a Deus Jeová,
então, precisamos da sua revelação, da sua Sabedoria e não, da teologia humana,
que somente nos afasta da verdade e produz um Deus ao alcance de nossos olhos.
A Doutrina da Trindade, não é uma teologia, mas uma humanologia. Trindade existe sim, mas uma Trindade
Satânica, onde os seus componentes são: Satanás, o Anticristo e o Falso profeta
(Apoc 12 -13).
Quando se pergunta sobre a origem celestial
de Jesus Cristo, as pessoas são levadas a crer (citando, por exemplo, João
1.1-14), que Cristo já existia antes da encarnação, como Filho de Deus, isto é,
que Ele era pré-existente como pessoa distinta do Pai. Essa forma comum de
expor a identidade celestial de Jesus, até parece expressar a realidade.
Segundo este tipo de raciocínio ou
interpretação (se é que é uma interpretação, pois vemos nisso claramente uma
“acomodação” bíblica), de acordo com as passagens de João 1.1-14; Filipenses
2.6,7, a definição sobre a encarnação do Logos, tem sido esta: Na encarnação
houve uma fusão entre o divino (Logos) e o humano (Jesus), de modo que Ele
continuou sendo Deus (distinto do Pai), que ele não renunciou os atributos
divinos como onisciência, onipresença, sendo que a sua renúncia consiste no
fato de que ele assumiu a forma dum servo e ocultou a sua glória natural,
tornando verdadeiro homem. Este tipo de definição tem sido a crença ensinada
até os dias atuais.
A fusão do divino-humano é uma tentativa de
explicar a encarnação de Cristo, baseada na sua existência como pessoa separada
do Pai. Estritamente falando, de acordo com os ensinamentos bíblicos, a união
do divino-humano, não significa de modo algum uma encarnação, outrossim, isto é
expressar de que Jesus Cristo foi «aparentemente» humano (docético). Portanto,
este tipo de ensino é o mesmo que era ensinado pelos gnósticos, um grupo
herético da era apostólica, agora com uma roupagem diferente.
Veja bem, se Jesus Cristo era ao mesmo
tempo divino e humano, então a sua humanidade não era total, ou seja, daí seria
ele era meio Deus e meio homem, daí pode-se dizer que os seus sofrimentos, bem
como a sua crucificação e morte, não foram reais, apenas aparentemente reais,
pois contava com o seu lado divino, o qual poderia ter amenizado ou reduzido a
zero, todos os seus sofrimentos, dando somente uma impressão que era real.
Fusão, não é o mesmo que encarnação, resumidamente; a crença que se tem quanto
à origem celestial Cristo, é que em seu estado pré-existente como logos
(distinto do Deus Altíssimo - como Filho), se encarnou tornando-se também homem
(Jesus), vindo a possui uma natureza divina e humana, e que exerceu o seu
ministério compartilhando ao mesmo tempo com duas naturezas.
A Bíblia não ensina-nos em parte alguma,
que o homem Jesus de Nazaré compartilhava ao mesmo tempo com duas naturezas, ou
seja, a natureza divina e humana; mas tão somente uma única natureza, a humana.
Jesus sempre se colocava como sendo «um
enviado de Deus», como sendo o Filho que o Pai enviou a este mundo (João
3.16,17; 6.38; 7.29; 8.42; 9.4; 10.36; 17.3,8,21)
Em João 1.1, uma passagem bem conhecida e,
empregada com freqüência, como meio de expor a pré-existência de Cristo, como
pessoa distinta do Deus Altíssimo diz: Vede os versos 2- 4 e 14.
Dizer que Jesus foi Filho de Deus desde a
eternidade, ou seja, que Ele já existia antes da sua encarnação e que não foi o
nascimento virginal que o fez Filho de Deus, embasado aparentemente em alguns
versículos (como 1.1-14 e Filip 2.6), é
desconhecer a pessoa de Jesus Cristo. Maria não foi apenas «uma espécie de
incubadora», Maria participou ativamente da encarnação de Jesus. Embora a
expressão «Filho de Deus», tenha uma aplicação mais ampla do que apenas o nome
de Jesus, no entanto, com a respeito a Cristo se aplica precisamente pelo fato
que o seu espírito foi gerado em Maria pelo Espírito Santo. Nisto é que
consiste a origem celestial de Jesus.
Cristo já existia sim, antes da encarnação,
não como uma pessoa distinta do Deus Altíssimo, pois Ele próprio é o Deus
Altíssimo, o «EU SOU» (João 8.58). Na sua encarnação (Jo 1.14), Ele «...se
esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens, e,
reconhecido em figura humana, assim mesmo se humilhou, tornando-se obediente
até à morte, e morte de cruz» (Fp 2.7,8).
Yahweh, ao se encarnar, tomou a posição de
Filho de Deus (João 1.15), não deixando de ser Deus, ou seja, como «Pai» Ele
continuou sendo o El Shadday, e, com Filho Ele era Jesus Cristo. Alguém pode
argumentar, como que uma pessoa somente seria Pai e Filho ao mesmo tempo? A
resposta é, em que é composta a Natureza divina? Jesus disse à mulher
Samaritana «...Deus é Espírito...», alguém pode explicar em que se consiste a
composição do Espírito? Ou, alguém pode
explicar «um milagre»? Porventura, não são coisas que os nossos raciocínios não
conseguem explicar! Lembre-se, que a encarnação do Logos, é um dos maiores
milagres que a humanidade recebeu. Então, não adianta martirizar a nossa mente,
querendo que a encarnação da Palavra, seja algo que esteja ao alcance da lógica
humana. Deus é Espírito, e isto basta!
A expressão «Unigênito do Pai», de João
1.15, não expressa à geração eterna do Logos, como entendem e afirmam. O
sentido aqui expresso, refere-se ao nascimento virginal de Jesus, ou seja, é a
partir do seu nascimento virginal é que Ele veio a ser o «Unigênito» de Deus.
Adam Clark expressou corretamente ao dizer: «Isto é, o único filho nascido de
uma mulher, cuja natureza humana não derivava do modo ordinário de geração;
porque era mais uma criação, operada no ventre da virgem mediante a energia do
Espírito Santo». Isto não é àquilo que os teólogos têm chamado de “geração
eterna”; pois esse tipo de ensino tem como propósito em defender a
pré-existência de Jesus, como Filho de Deus (como pessoa distinta do Pai),
antes da encarnação. Em defesa da tal trindade, eles fazem de tudo, até mesmo
engenhosas interpretações ou acomodações bíblicas.
A idéia de uma geração eterna do Filho,
contraria o monoteísmo. Pois, se Filho já existia como pessoa distinta do Pai,
então, o cristianismo não seria uma religião monoteísta, mas sim, triteísta. É
muito ridículo o conceito, de que crer numa trindade, é crer no
monoteísmo.
A Bíblia ensina-nos, que Cristo foi um
Homem, um Homem Celestial. Paulo o chama de «último Adão». «O primeiro homem,
Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas
não é primeiro o espiritual, e, sim, o natural: depois o espiritual. O primeiro
homem formado da terra, é terreno: o segundo é do céu» (I Cor 15.45-47). Jesus
foi um homem espiritual, do céu, porque o seu espírito (ou alma) era puro. O
seu espírito humano, não foi criado do modo ordinário, isto é, da mesma maneira
que são criados os espíritos dos homens em geral. Pois o espírito humano de
Jesus, foi criado pela energia ou poder, direto do Espírito Santo (Mat 1.18-20;
Luc 1.31-35). Esse espírito humano, gerado pelo Espírito Santo, no ventre da
virgem Maria, é que veio a ser o Homem Jesus Cristo, chamado Filho de Deus. Esse mesmo espírito
humano, era do próprio Espírito Santo, e, que é o mesmo Deus Altíssimo. O
Logos, a Palavra, que é o mesmo Deus Altíssimo, e não uma pessoa distinta do
mesmo, se encarnou, tornou-se humano, após gerar em Maria o seu próprio
espírito humano, igual ao nosso espírito (ou alma), com exceção de sua
impecabilidade. Assim, o Deus Jeová,
veio habitar entre os homens, como homem, chamado pelo profeta Isaías de
Emanuel (Isaías 7.14). «Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas,
e por meio de quem tudo existe, em trazendo muitos filhos à glória,
aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles» (Hebreus 2.10).
Quando se fala que Jesus precisou se aperfeiçoar, e que seu ministério público
foi pautado pelo aperfeiçoamento, muitos ficam até escandalizados e procuram se
esquivar dessa realidade. Aqueles que negam ou não acreditam que Jesus precisou
se aperfeiçoar é porque desconhecem o sentido da encarnação. É porque não
conseguem ver que Jesus, o Cristo, era
totalmente humano. Ou ainda, tentar afirmar de que o aperfeiçoamento de Jesus
não foi real, claramente isto é negar inteiramente a sua humanidade. Neste
caso, se o aperfeiçoamento de Jesus não foi real, então a sua morte também não
foi real, somente fingia sê-la. A igreja moderna, não aceita o fato de que Cristo
em seu Ministério terreno precisou se aperfeiçoar, pois acham que como Deus que
ele era, não precisava passar por um aperfeiçoamento, pois Deus é perfeito em
todos os sentidos. Na verdade, os cristãos de maneira geral têm identificado
Jesus como sendo docético, ou seja, que apenas parecia ser humano.
É bom estarmos bem conscientes de que Jesus
Cristo foi inteiramente humano, e, não uma espécie de “semideus”. A encarnação
de Yahweh na pessoa de Jesus Cristo colocou limites à sua Pessoa, se não houvesse
tais limites, então não seria uma encarnação, talvez uma fusão, como defende o
trinitarianismo. «Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus
irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas
concernente a Deus, a fim fazer propiciação pelos pecados do povo» (Hebreus
2.17).
«Em que sentidos Cristo foi aperfeiçoado?
Isto pode ser visto nos pontos abaixo discriminados:
1. Não pode significar purificado de
qualquer fraqueza moral ou pecado, pois este livro (Hebreus) defende a
impecabilidade de Cristo (ver Heb 4.15; João 8.46; II Cor 5.21; Heb 7.26; I Ped
1.19 e 2.22).
2. Mas ao identificar-se com o homem, ele
tomou sobre si mesmo as imperfeições humanas como ser, precisando ser
aperfeiçoado segundo as «qualidades morais positivas» de Deus, como a fé, o
amor, a bondade, a justiça etc. (Gál 5.22,23). Na qualidade de homem, pois,
Jesus teve de aprender a buscar as perfeições divinas, tal como todos os homens
devem fazê-lo. Nessa inquirição espiritual ele se tornou o nosso grande
«Líder». E então, sendo aperfeiçoado pessoalmente, veio a mostrar a outros
homens como se deve buscar a perfeição. Para todos os remidos o «estar
aperfeiçoado» excede em muito à ausência de pecado. Significa, igualmente, a
participação em todas as perfeições positivas e em todos os atributos morais de
Deus. Estritamente falando, somente Deus é perfeito, embora que possa haver
outras criaturas que são impecáveis. Cristo, em sua humanidade, buscou e obteve
as perfeições de Deus, tal como devem fazê-lo todos quantos estão remidos nele.
3. Além disso, Jesus foi aperfeiçoado em sua
missão remidora no sentido que tudo quanto foi exigido dele foi formado nele,
mediante os sofrimentos. O redentor, a fim de que pudesse remir, teve de
morrer. Sua morte e ressurreição eram elementos necessários para qualificá-lo
como perfeito e completo redentor. Ele não era um redentor imperfeito e
incompleto.
4. Uma vez que a missão de Cristo se
completou, ele foi glorificado. Isso o aperfeiçoou, certamente. Ele estava
incompleto sem tal elemento. O próprio homem, embora fique totalmente sem
pecado, se não tiver obtido total glorificação em Cristo, ainda não está
aperfeiçoado.
5. O Líder ou Autor da redenção deve possuir
tudo quanto ele espera da parte dos remidos. É mister que sua humanidade seja
aperfeiçoada; e deve ter em si mesmo toda a experiência humana, como a alegria
e a tristeza, como o esforço para obter a vitória na inquirição espiritual. É
mister que tenha tudo e passe por tudo quanto os remidos experimentarão. Ora,
isso ocorreu na encarnação, e foi um
aperfeiçoamento do Redentor. Nisso se vê quão profundamente ele está associado
a nós. Ele tomou sobre si tudo quanto somos, a fim de podermos obter tudo
quanto ele é, em sua glorificação, em que ele entrou, devido à sua perfeição».
(Champlin)
O que Jesus fez, fê-lo como homem; o que ele
sofreu e aprendeu, fê-lo como homem, suas obras poderosas eram feitas através do
poder do Espírito Santo; e esse mesmo poder o transformou e espiritualizou como
homem, tal e qual deve suceder a todos os remidos. De maneira bem real, Jesus,
como homem, precisava ser aperfeiçoado e o foi em sua experiência humana. Por
semelhante modo, seus irmãos devem passar eventualmente por esse processo de
aperfeiçoamento. Em sua função mais elevada, isso consiste em trazer o infinito
para o finito, de trazer o divino para o que é humano. «Porque não temos um
sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que,
como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado» (Hb 4.15)
«...compadecer-se...» Temos no grego o
vocábulo sumpatheo, que significa «mostrar simpatia por», «simpatizar com»,
dando a idéia de sentir e compreender nossas fraquezas. Cristo sabe o que
sofremos e sob quais condições vivemos; mas ele também sente o peso e a carga
da existência mortal, devido ao próprio fato que compartilhou de nossa natureza
e experiência humanas.
«...fraquezas...» Isso fala de debilidades
morais e físicas, de paixões humanas, de limitações, de impulsos biológicos,
pontos de vista morais imperfeitos, de consciência que predispõe ao pecado, que
facilita a prática do pecado e dificultam tremendamente a vitória moral. Ora,
Cristo participou das emoções humanas, como o temor, a tristeza, o temor da
morte. Desse modo ele aprendeu a confiar. Obteve a vitória. Cristo conhece
experimentalmente todas essas coisas, pois participava perfeitamente das
condições humanas. Não estava acima delas; participou diretamente das mesmas.
Além de preparar a Cristo para a cruz, para que ele seja um sacrifício sem
mancha, isso também preparou-o para o seu oficio sumo sacerdotal, pois só podia
interceder por um povo que compreendesse totalmente, por quem tivesse absoluta
simpatia; mostrou-nos também como nos devemos desenvolver e ocupar da
inquirição espiritual.
Cristo venceu tudo, mas «...sem pecado...».
Jesus mostrou que a natureza humana não precisa do pecado como um de seus
elementos. Pois, a verdadeira natureza humana é impecável, como eram Adão e
Eva, antes de haverem sido enganados pelo Diabo. A natureza humana pervertida é
que peca. Precisando então ser redimida. Jesus era possuidor da verdadeira
natureza humana, que é impecável. A impecabilidade de Cristo o qualificou-o
preeminentemente para o sumo sacerdócio, pois ele, diferentemente de outros,
não precisava oferecer sacrifício por si mesmo. A impecabilidade de Cristo,
pois, deve significar mais do que a rejeição de atos pecaminosos; ele nunca
favoreceu à atitude do pecado; não pecou em seus desejos e em seus motivos.
Muito menos em suas ações. Cristo resistiu todas as tentações humanas, sem
ceder às mesmas. Cristo era humano tal a qual somos humanos; não possuía alguma
natureza humana diferente, como a do homem «antes da queda». Ele foi enviado
«na semelhança de carne pecaminosa», isto é, compartilhou da mesma natureza dos
homens, a qual fora debilitada e degradada pelo pecado, embora ele mesmo não
tivesse qualquer pecado pessoal. Contudo, ele compartilhou do «desastre da
natureza humana», que resulta do pecado.
Tudo que Cristo fez, sofreu e experimentou,
fê-lo como homem. Quanto as suas vitórias e milagres Ele aprendeu a usar o
poder do Espírito Santo, que está a disposição de todos os homens; por isso, a
declaração que diz que podemos fazer obras como as suas, e maiores ainda (João
14.12). Ele se limitou às condições humanas a fim de mostrar o grande potencial
da humanidade quando impulsionada pelo Espírito Santo. Esse poder o transformou
como homem espiritualizando-o, tornando o Pioneiro do Caminho, e não apenas o
próprio Caminho. Como mostrou-nos como os homens podem ser espiritualizados,
assim chegando a participar de sua natureza celestial, tal como ele antes
compartilhou perfeitamente da nossa humilde humanidade.
Por conseguinte, o sofrimento da morte experimentado por
Jesus, foi inteiramente necessário para qualificá-lo a funcionar como Salvador
dos homens.
Fatos a considerar
1. Cristo se identificou totalmente conosco,
em nossa natureza humana, a fim de que, eventualmente, pudéssemos
identificar-nos totalmente com ele, em sua natureza divina. Portanto, a própria
salvação consiste da condução de «muitos filhos» à glória (ver Hebreus 2.10).
2. Em sua encarnação, ele se autolimitou, e,
por isso mesmo, usualmente realizou tudo pelo poder de sua humanidade
espiritualizada, mediante a virtude da presença e da capacitação dada pelo
Espírito Santo.
3. Embora impecável (ver João 8.46 e Heb
4.15), Cristo aprendeu certas coisas por meio daquilo que sofreu, e assim, como
homem, foi aperfeiçoado. Isso é nos ensinado em Hebreus 5.8,9. Por conseguinte,
em tudo isso ele foi aperfeiçoado como simples homem, e não como Deus. b Como
homem, ele demonstrou aos demais homens qual o caminho do desenvolvimento
espiritual, porquanto realmente atravessou esse caminho.
4.
Ele tomou sobre si o nosso tipo de natureza humana, debilitada como está
pelo pecado (ver Rom 8.3), embora nunca houvesse cometido pecado. Não obstante,
em sua humanidade, ele teve que abordar os mesmos problemas e fraquezas que nos
afligem. Em Jesus, pois, Deus irrompeu no mundo, e assim permitiu que os homens
alcançassem autêntica vitória espiritual.
TRINDADE
NO VELHO TESTAMENTO?
Talvez
o argumento mais fraco utilizado pelos doutores em divindade trinitarianos
esteja relacionado com a tentativa inócua de provar a trindade no Velho
Testamento. Este argumento se baseia na interpretação tendenciosa da palavra
hebraica echad no seguinte verso:
“Ouve,
ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único (echad) Senhor.” - Deuteronômio 6:4.
De
acordo com estes teólogos existem duas palavras em hebraico que significam
“único”: echad e yachid. A diferença entre elas é que echad significa “um
(entre outros)”. Isto significa que quando falamos echad estamos nos referindo
a um único ser mas existem outros, ou seja, a possibilidade de haver outros é
inerente em echad. Já a palavra yachid é usada para designar um ser
exclusivamente único. Yachid é um só e ponto final!
De
fato, este é o significado das palavras em hebraico, mas o problema está na
interpretação particular que é dada para echad. A interpretação natural,
levando-se em conta o contexto, é que o nosso Deus é o único (echad) Senhor
(entre outros deuses pagãos). A palavra echad sugere a existência de outros
deuses e o próprio verso 14 do mesmo capítulo diz o seguinte:
“Não
seguirás outros deuses, os deuses dos povos que estão ao teu redor.” -
Deuteronômio 6:14.
Ora,
os doutos teólogos pretendem sugerir que os “outros deuses”, conceito implícito
na palavra echad, são os componentes da trindade: Deus Filho e Deus espírito
Santo, além do Deus Pai que aparece de forma explicita. No entanto, através da
análise do contexto de Deuteronômio 6, fica claro que os outros deuses são os
deuses pagãos de Canaã e não os supostos membros de uma trindade. Mesmo que o
termo se referisse a Deus como sendo mais de um, não indicaria uma unidade de
três pessoas, mas sim uma unidade simples e não composta: Deus, o Pai e Jesus
Cristo, Seu Filho, concordando com as palavras de Cristo que afirmou: “Eu e o
Pai somos um” (João 10:30). Outro argumento utilizado pelos trinitarianos é o
de que, o livro de Gênesis utiliza pronomes que se referem a Deus, no plural e
que em seu contexto parecem indicar mais do que uma única pessoa em Deus, para
tanto citam os seguintes textos:
“Também
disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha
ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais
domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela
terra.” (Gênesis 1:26).
“Então,
disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do
bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e
coma, e viva eternamente.” (Gênesis 3:22).
“Vinde,
desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem
de outro.” (Gênesis 3:22).
Não
resta duvida de que os textos apresentados citam Deus Pai falando no plural, no
entanto, nada indica que esse plural refira-se a três pessoas da divindade como
querem os trinitarianos. Mas da
multiforme capacidade de se manifestar, agir, atuar, que são os ofícios de um
único Deus.
O
DEUS É ÚNICO
Ouve, Israel: o SENHOR nosso Deus é o único
SENHOR” (Deuteronômio 6:4)
“Deus
é um” (Gálatas 3:20).
Há
um Deus. Há só um Deus. Esta descoberta é a base sólida o alicerce da mensagem
Bíblica, e tanto o Velho quanto o Novo Testamento, trata de apresentar
enfaticamente e com simplicidade, porque Deus é simples não é um elemento
composto porque não há perfeição no composto, mais Deus é perfeito. A
simplicidade com que a Bíblia apresenta o nosso Deus leva muitos a não
entenderam isto. E acreditam na existência de Deus baseados em dogmas e
conceitos humano. Até mesmo dentro do
Cristianismo, muitas pessoas, teólogos, grandes sábios e entendidos não
compreenderam este mistério maravilhoso de Deus Pai, Filho e Espírito Santo,
Que é essencial para o nosso crescimento
espiritual de verdadeiros filhos de Deus. A crença em um único Deus é chamada
de monoteísmo que deriva de duas palavras gregas: monos, significando só,
singular, um; e theos, significando Deus. Aqueles que não aceitam o monoteísmo
pode ser classificado em uma das seguintes categorias: ateísta – que nega a
existência de Deus; agnóstico - que
afirma ser a existência de Deus desconhecida e provavelmente incognoscível;
panteísta - que compara Deus com a
natureza ou as forças do universo; ou um politeísta – que acredita em mais de
um Deus. Diteismo, a crença em dois deuses, é uma forma de politeísmo, assim
como o triteismo, a crença em três deuses. Entre as principais religiões do
mundo, três são monoteísticas: o Judaísmo, o Islamismo, e o Cristianismo. Como
se vê dentro dos grupos dos que se denominam cristãos há pontos de vistas divergentes
em relação à natureza da Divindade. Uma dessas correntes, chamada
trinitarianismo, afirma que há três pessoas distintas na Divindade - Deus Pai, Deus Filho, e Deus Espírito Santo – mas ainda um só Deus. Dentro dos
graus do trinitarianismo, podemos distinguir duas tendências extremas. Por um
lado, alguns trinitarianos enfatizam a unidade de Deus sem ter desenvolvido uma
compreensão cuidadosa do significado das três pessoas distintas da Divindade.
Por outro lado, outros trinitarianos dão ênfase a triplicidade da trindade a
ponto de acreditarem em três seres auto-concientes, e o seu ponto de vista é
essencialmente triteistico. Além do
trinitarianismo, há a doutrina de binitarianismo que não classifica o Espírito
Santo como uma pessoa separada, mas afirma crer em duas pessoas na Divindade.
Muitos monoteístas têm destacado que tanto o trinitarianismo quanto o
binitarianismo debilitam o monoteísmo rígido ensinado pela Bíblia. Eles
insistem que a Divindade não pode ser dividido em pessoas e que Deus é absolutamente
uno. Os que acreditam no monoteísmo rígido se dividem em duas classes. Uma
classe afirma que há só um Deus, e assim fazendo, nega, de uma maneira ou de
outra, a perfeita divindade de Jesus Cristo. Este ponto de vista foi
representado na história da igreja primitiva pelos dinâmicos monarquistas, como
Paulo de Samosata, e pelos Arenistas, liderados por Arius. Estes grupos
relegavam Jesus à posição de um deus criado, deus subordinado, deus filho, ou
semideus. A segunda classe dos verdadeiros monoteísta acredita em um Deus, mas,
além disso, acredita que a plenitude da Divindade é manifestada em Jesus
Cristo. Eles acreditam que o Pai, Filho, e Espírito Santo são manifestações,
modos, funções, ou relacionamentos que o Deus único tem exibido ao homem. Os historiadores
da igreja têm usado os termos moralismo e monarcianismo modalistico para
descrever esse ponto de vista, sustentado na igreja primitiva por líderes como
Noetus, Praxeas, e Sabellius. No século vinte, aqueles que acreditam tanto na
indivisível unicidade de Deus, quanto na perfeita divindade de Jesus Cristo,
freqüentemente usam a termo Unicidade para descrever aquilo em que crêem. Eles
também usam os termos “Um Deus” e “Nome de Jesus” como adjetivos para se
auto-denominarem, enquanto os oponentes às vezes usam expressões errôneas e
desacreditadas como “ Só Jesus” e” Assunto Novo.” (O rótulo” Só Jesus “ é
errôneo porque os trinitarianos insinua uma negação do Pai e do Espírito Santo.
Porém, os que acreditam na Unicidade não negam o Pai e Espírito, mas antes vêem
o Pai e o Espírito como papéis diferentes do Deus único que é o Espírito de
Jesus.) Em resumo, o Cristianismo apresenta quatro pontos de vista básicos a
respeito da Divindade1) trinitarianismo,(2) binitarianismo, (3) monoteísmo
estrito, com a negação da perfeita divindade de Jesus Cristo, e (4) monoteísmo estrito com a afirmação da
completa deidade de Jesus Cristo, a Unicidade. Tendo examinado de modo geral o
conjunto das crenças humanas sobre a Divindade, vamos olhar o que a Palavra de
Deus - a Bíblia - tem a dizer sobre o assunto. O Velho
Testamento Ensina Que Não Há Senão Um Deus. A expressão clássica da doutrina de
um só Deus se encontra em Deuteronômio 6:4. “Ouve, Israel: o SENHOR nosso Deus
é o único SENHOR.” Este verso da Bíblia se tornou a declaração mais distintiva
e importante de fé para os judeus. Eles chamam isto o Shema, de acordo com a
primeira palavra da frase em hebraico, e eles citam freqüentemente “ Ouve, O
Israel, o SENHOR é nosso Deus, o SENHOR é único”. Tradicionalmente, um judeu devoto sempre
tentou fazer esta confissão de fé antes de morrer. Em Deuteronômio 6:5, Deus
continuou o anúncio do versículo precedente com uma ordem que requer crença
total e amor por Ele como um só
e único Deus: “Amarás, pois o SENHOR teu
Deus com todo o teu coração, e com toda a tua alma, e com toda a tua força”.
Devemos notar a importância que Deus atribui a Deuteronômio 6:4-5. Ele ordena
que estes versos sejam colocados no coração (verso 6), ensinados às crianças ao
longo do dia (verso 7), atado à mão e à testa (verso 8), e escrito nos umbrais
e nas portas das casas (verso 9). Os
Judeus ortodoxos obedecem literalmente essa ordem ainda hoje amarrando o
tefillin (phylacteries) nos seus antebraços esquerdos e nas testas quando oram,
e colocando mezuzzah em suas portas e portões. (Teffilin são pequenas caixas
amarradas ao corpo através de correias de couro, e mezuzzah são pequenos
recipientes contendo pequenos rolos das
escrituras.) Dentro dos dois tipos de recipientes estão versículos das Escrituras
manuscrito em tinta preta escrito por um homem piedoso que observou certos
rituais de purificação dentro de ambos. Os versos da Bíblia geralmente são
Deuteronômio 6:4-9,11: 18-21, Êxodo 13:8-10, e 13:14-16. Muitos outros versos
da Bíblia no Velho Testamento afirmam enfaticamente o monoteísmo estrito. Os
Dez Mandamentos começam com, “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo
20:3; Deuteronômio 5:7). Deus enfatizou este comando declarando que Ele é um
Deus zeloso (Êxodo 20:5). Em Deuteronômio 32:39, Deus disse que não há nenhum
outro deus com ele. Não há nenhum deus semelhante ao SENHOR e não há nenhum
Deus ao lado d’Ele (II Samuel 7:22; I Crônicas 17:20). Só Ele é Deus (Salmo
86:10). Há enfáticas declarações de Deus em Isaias. “Antes de mim Deus nenhum
se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu, sou o SENHOR; e fora de mim
não há salvador” (Isaias 43:10-11). “Eu sou o primeiro, e eu sou o último; e ao
lado de mim não há nenhum Deus” (Isaias 44:6). “Há outro Deus além de mim? Não,
não há outra rocha que eu conheça” (Isaias 44:8). “Eu sou o SENHOR que faço
todas as coisas; que sozinho estendi os céus; e sozinho espraiei a terra “ (Isaias 44:24). Além de mim não há outro. Eu sou o SENHOR e não há
nenhum outro” (Isaias 45:6). Não há outro Deus senão eu; um Deus justo e
Salvador; não há além de mim. Olhai para mim, e sede salvos, vós todos os
termos da terra: porque eu sou Deus, e não há nenhum outro” (Isaias 45:21-22).
“Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade; porque eu sou Deus, e não há
nenhum outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim” (Isaias 46:9). “Eu
não darei minha glória a outrem” (Isaias 48:11; veja também Isaias 42:8). “Ó
SENHOR dos exércitos, Deus de Israel que estás entronizado acima dos querubins,
tu somente és o Deus de todos os reinos da terra, tu só fizestes os céus e a
terra (Isaias 37:16)”.Há somente um Deus que é o Criador e Pai da humanidade
(Malaquias 2:10). Durante o Reinado do Milênio, haverá um só SENHOR com um só
nome (Zacarias 14:9). Em resumo, o Velho Testamento fala de Deus como sendo
único. Muitas vezes a Bíblia chama Deus de o Santo de Israel (Salmo 71:22; 78:41; Isaias 1:4; 5:19;
5:24), mas nunca de “ santo dois, santo três,” ou “ muitos santos.” Uma
observação comum feita por alguns
trinitarianos sobre a doutrina do Velho Testamento da unicidade de Deus
é que Deus teria apenas pretendido dá ênfase à sua unicidade em oposição aos
deuses pagãos, embora Ele ainda
existisse como uma pluralidade. Porém, se esta conjetura fosse verdade, por que
Deus não fez isto claro? Por que os judeus não entenderam uma teologia de
“pessoas” mas insistiu em um monoteísmo absoluto? Nos deixe olhar para isto do
ponto de vista de Deus. Suponha que Ele
quis excluir qualquer crença na pluralidade da
Divindade. Como Ele poderia fazer usando terminologia então-existente
assim? Que palavras Ele poderia usar, fortes bastante, para comunicar sua
mensagem ao seu povo? Pensando sobre isso, nós perceberemos que Ele usou a
linguagem mais forte possível capaz de descrever a unicidade absoluta. Nos
versos antes citados em Isaias, nós
notamos o uso de palavras e frases como” nenhum, não há outro, nenhum
semelhante, nenhum ao lado de mim, só, sozinho,” e” um só.” Seguramente, Deus
não pôde fazer isto mais claro que não existe nenhuma pluralidade na Divindade.
Em resumo, o Velho Testamento afirma que Deus é absolutamente um, em número. O
Novo Testamento Ensina Que Não Há Senão Um Deus, Jesus ensinou enfaticamente
Deuteronômio 6:4, chamando-o de primeiro de todos os mandamentos (Marcos 12:29-30).
O Novo Testamento pressupõe o que ensina o Velho Testamento de que há um só
Deus e explicitamente repete esta mensagem muitas vezes.
“Visto
que Deus é um só o qual justificará” (Romanos 3:30).
“Não
há senão um só Deus” (I Corintios 8:4).
“Para
nós há um só Deus, o Pai” (I Corintios 8:6).
“Mas
Deus é um” (Gálatas 3:20).
“Um
só Deus e Pai de todos” (Efésios 4:6).
“Porquanto
há um só Deus” (I Timóteo 2:5).
“Tu
crês que há um só Deus; fazes bem: os demônios também acreditam, e tremem”
(Tiago 2:19).
Novamente,
a Bíblia chama Deus de o Santo (I Jo. 2:20). Há um trono no céu e apenas um
sentado nele (Apocalipse 4:2).
Em
capítulos subseqüentes nós exploraremos em maior profundidade, o monoteísmo do
Novo Testamento, mas os anteriores versos da Bíblia são suficientes para
estabelecer que o Novo Testamento ensina
que Deus é um.
Conclusão:
Como nós vimos, a Bíblia inteira ensina um monoteísmo estrito. O povo de Deus
sempre foi identificado com a mensagem de um – único Deus. Deus escolheu Abraão
por sua disposição de abandonar os deuses de sua nação e do seu pai e adorar o
único Deus verdadeiro (Gênese 12:1-8). Deus castigou Israel todas as vezes que
o povo começou a adorar outros deuses, e adoração politeísta foi uma das
principais razões para que Deus finalmente os enviasse para o cativeiro (Atos
7:43). O Salvador veio ao mundo através de uma nação (Israel) e através de uma
religião (o Judaísmo) cujo povo tinha se libertado finalmente do politeísmo.
Eles eram completamente monoteístas. Hoje, Deus ainda exige para Ele uma
adoração monoteísta. Nós na igreja somos os herdeiros de Abraão pela fé, e essa
posição de honra exige que tenhamos a mesma fé monoteísta no Deus de Abraão
(Romanos 4:13-17). Como cristãos no mundo jamais temos que deixar de exaltar e
proclamar a mensagem de que há apenas um único e verdadeiro Deus vivo que é
Senhor Jesus Cristo.
A
NATUREZA DE DEUS
“Deus
é Espírito: e importa que os seus
adoradores o adorarem em espírito e em verdade” (João 4:24).
Para
continuarmos nosso estudo sobre a unicidade de Deus, é essencial que saibamos
mais sobre a natureza de Deus. Claro que, nossas mentes humanas são limitadas e
não podem naturalmente descobrir ou compreender tudo que há para ser conhecido
com relação a Deus, mas a Bíblia descreve com clareza muitas características
importantes e atributos que Deus possui. Neste capítulo nós discutiremos alguns
dos atributos de Deus que os fazem Deus
- esses que formam uma parte essencial e substancial de sua natureza.
Nós também estudaremos alguns dos modos nos quais Deus revelou a sua natureza à
humanidade, particularmente por manifestações visíveis.
DEUS
É ESPÍRITO
Jesus
proclamou esta verdade em João 4:24. A Bíblia revela se maneira consistente,
desde Gênese 1:2 (“ E o Espírito de Deus movia sobre a face das águas”) até
Apocalipse 22:17 (“ E o Espírito e a noiva dizem, Vem”). Hebreus 12:9 chama
Deus de Pai dos espíritos.
O
que é um espírito? O Dicionário de Webster inclui em sua definição da palavra o
seguinte”: UM ser sobrenatural, um ser incorpóreo, racional.geralmente
invisível aos seres humanos mas que tem o poder para ficar visível segundo à sua vontade. Um ser que tem uma natureza
incorpórea” ou imaterial. A palavra hebraica
traduzida como espírito é ruwach, e pode significar vento, respiração, vida,
raiva, sopro, sem substancialidade, região do céu, ou espírito de um ser
racional. A palavra grega traduzida por espírito, pneuma, pode significar uma
corrente de ar, respiração, sopro, explosão, vento, brisa, espírito, alma,
princípio vital, disposição, anjo, demônio, ou Deus. Todas essas definições enfatizam que um
espírito não tem carne e ossos (Lucas 24:39). Semelhantemente, Jesus indicou
que o Espírito de Deus não tem carne e sangue (Mateus 16:17). Assim, quando a
Bíblia diz que Deus é Espírito, significa que Ele não pode ser visto ou pode
ser tocado fisicamente por seres humanos. Como um Espírito, ele é um Ser
inteligente, sobrenatural que não tem um corpo físico.
DEUS
É INVISÍVEL
Considerando
que Deus é um Espírito, Ele é invisível a menos que Ele escolha se manifestar
em alguma forma visível para o homem. Deus falou para Moises, “Tu não poderás
ver a minha face: porquanto nenhum homem verá a minha face, e viverá” (Êxodo
33:20). “Ninguém jamais viu a Deus” (João 1:18; I João 4:12). Não apenas ninguém
jamais viu a Deus, como algum homem é capaz de ver Deus (I Timóteo 6:16).
Várias vezes a Bíblia descreve Deus como invisível (Colossenses 1:15; I Timóteo
1:17, Hebreus 11:27). Embora o homem possa ver Deus quando Ele aparece em
várias formas, nenhum homem pode ver o Espírito invisível de Deus diretamente.
DEUS
É ONIPRESENTE
(Presente
Em todos Os lugares)
Porque
Deus é um Espírito Ele pode estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo.
Ele é o único Espírito que é verdadeiramente onipresente; para todos os outros
espíritos como demônios, anjos e o próprio Satanás podem ser limitados, a
locais específicos (Marcos 5:10; Judas 6; Apocalipse 20:1-3).
Embora
Deus seja onipresente, nós não O podemos comparar com a natureza, substância,
ou forças do mundo (o que seria panteísmo), porque Ele tem individualidade,
personalidade, e inteligência reais.
Salomão reconheceu a onipresença de Deus quando orou na dedicação do
Templo, dizendo: “Veja, o céu e até o céu dos céus não podem conter” (I Reis
8:27; veja II Crônicas 2:6; 6:18). Deus declarou sua onipresença dizendo: “O
céu é meu trono, e a terra é o estrado dos meus pés” (Isaias 66:1; veja também
Atos 7:49). Paulo pregou que o Senhor não está “longe de cada um de nós: Pois
nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:27-28). Talvez a mais bela
descrição da onipresença de Deus encontramos no Salmo 139:7-13: “Para onde
ausentarei do teu espírito? Para onde eu fugirei de tua presença? Se eu subo
aos céus, tu lá estás: se eu arrumar minha cama no mais profundo do abismo,
veja, tu lá estás também. Se tomar às asas da alvorada, e me detenho nos
confins dos mares; Ainda lá me conduzirá, e a tua mão direita me segurará. Se
eu disser, Seguramente a escuridão me cobrirá; até mesmo a noite estará clara
sobre mim. Até as próprias trevas não te serão escuras: a escuridão e a luz são
ambos semelhante para ti. Pois tu formaste o meu interior: tu me teceste no”
útero de minha mãe.
Se
Deus é onipresente, por que a Bíblia O descreve como estando no céu? Há várias razões. (1) Esse fato ensina que Deus
é transcendental. Em outras palavras, Ele está além da compreensão humana e Ele
não está limitado a esta terra. (2) Essa descrição se refere ao centro do
raciocínio e atividade de Deus - sua
própria matriz, por assim dizer. (3) Ele se refere à presença imediata de Deus;
quer dizer, a totalidade da glória e do poder Deus a que nenhum homem mortal
pode ver e ainda pode continuar vivo (Êxodo 33:20). (4) , pode se referir
também à manifestação visível de Deus aos anjos nos céus. Não significando
isso, no entanto que Deus não esteja onipresente, não que esteja limitado a um
lugar, ou é limitado a um corpo.
Semelhantemente,
quando a Bíblia diz que Deus veio para terra ou se apareceu a um homem, ele não
nega a sua onipresença. Ela simplesmente significa que o foco da sua atividade
se deslocou para a terra pelo menos no que se refere a determinado indivíduo ou
uma certa situação. Quando Deus vem à terra, o céu não se torna vazio. Ele
continua no céu como sempre. Ele pode agir simultaneamente no céu e na terra,
ou em vários locais em terra. É muito importante que reconheçamos a magnitude
da onipresença de Deus e não a limitemos à nossa experiência humana.
DEUS
TEM CORPO?
Sendo
Deus um Espírito invisível e onipresente, Ele certamente não tem um corpo do
modo como entendemos que um corpo seja. Ele realmente assumiu várias formas e
manifestações temporárias ao longo do Velho Testamento de forma que o homem
pudesse vê-lo. Porém, a Bíblia não registra qualquer manifestação corpórea permanente
de Deus até o nascimento de Jesus Cristo. Claro que, em Cristo, Deus teve um
corpo humano e agora tem um corpo glorificado, corpo humano imortal.
Fora
das manifestações temporárias de Deus e fora da revelação de Deus em Cristo no
Novo Testamento, acreditamos que as referências bíblicas encontradas aos olhos,
mãos, braços, pés, coração, e outras partes do corpo de Deus sejam exemplos de
linguagem figurativa ou antropomorfismos (interpretações de algo não humano em
termos humanos de forma que o homem possa entender).
Em
outras palavras, a Bíblia descreve o Deus infinito em termos humanos finitos,
para que nós O possamos compreender melhor. Por exemplo, o coração de Deus
denota seu intelecto e as suas emoções, não um órgão bombeador do sangue-
(Gênesis 6:6; 8:21). Quando Deus disse que o céu era o seu trono e terra era
estrado de seus pés, Ele descreveu a sua onipresença, não um par de pés
literalmente sustentados sobre o globo (Isaias 66:1). Quando Deus disse que a
sua mão direita estendeu os céus, Ele descreveu o seu grande poder e não uma
grande mão desdobrando os céus (Isaias 48:13). “Os olhos do SENHOR estão em
todo lugar” não significa que Deus tem olhos físicos em todos os locais, mas
indica sua onipresença e onisciência (Provérbios 15:3). Quando Jesus expulsou
demônio pelo dedo de Deus, Ele não baixou um dedo gigantesco vindo dos céus,
mas Ele exercitou o poder de Deus (Lucas 11:20). O refolgar das narinas de Deus
não era partículas literais emitidas por narinas divinas gigantescas, mas o
vento oriental forte enviado por Deus para separar o Mar Vermelho (Êxodo 15:8;
14:21). Na realidade, a interpretação literal de todas as visões e descrições
físicas de Deus nos levariam a acreditar que Deus tem asas (Salmo 91:4) ou
rodas (Daniel 7:9). Em resumo, nós acreditamos em Deus como um Espírito não tem
corpo a menos que Ele escolha se manifestar em uma forma corpórea como Ele o
fez na pessoa de Jesus Cristo. Alguns dizem que no Testamento Velho Deus tinha
um corpo espiritual visível aos outros seres espirituais como os anjos. Eles
levantam esta hipótese porque os espíritos humanos parecem ter uma forma capaz
de ser reconhecida pelos outros espíritos (Lucas 16:22-31) e porque algumas
passagens indicam que os anjos e Satanás presenciaram uma manifestação visível
de Deus no Velho Testamento (I Reis 22:19-22;
n 1:6). Porém, Deus não precisava de um corpo espiritual para fazer isto
porque Ele poderia ter se manifestado por várias vezes a outros espíritos da
mesma maneira como se manifestou ao homem. Um verso fundamental da Bíblia
insinua que comumente Deus não é mesmo visível aos seres espirituais a menos
que Ele escolha se manifestar de algum modo”: Deus foi manifesto na carne.
“contemplado por anjos (I Timóteo 3:16). Finalmente, se Deus tivesse mesmo
algum tipo de corpo espiritual Ele certamente não estaria limitado a isto como
outros seres espirituais estão confinados a seus corpos; porém então Ele não
seria verdadeiramente onipresente. Por exemplo, a onipresença de Deus significa
que Ele poderia ter aparecido simultaneamente aos homens na terra e aos anjos
nos céu. Precisamos ter em mente, Também, que nos tempos do Novo Testamento
Deus escolheu se revelar completamente através de Jesus Cristo (Colossenses
2:9). Não há nenhuma possibilidade de separar Deus e Jesus, e não há outro Deus
visível fora de Jesus.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.Todas as coisas
foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.”
(João 1:1-3).
Quando
vier a plenitude dos tempos, Deus satisfará os desejos do seu povo e revelará a
Si próprio em todo Seu poder e gloria pelo nome de Jesus. Jesus é o equivalente
grego para o nome hebraico Jehoshua (Números 13:16), Jeshua (Esdras 2:2), ou
Joshua (Êxodo 17:9). Atos 7:45 e Hebreus 4:8 mostra que Jesus é o mesmo nome
que Joshua. (Veja NIV.).
Jesus
quer dizer Jeová-salvador, Jeová nossa Salvação, ou Jeová é Salvação. Por isso
o anjo disse: “Ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS: porque ele
salvará o seu povo dos pecados deles”
(Mateus 1:21). A identificação do nome Jesus com salvação fica
particularmente evidente porque a palavra grega para Jeshua é praticamente
idêntico à hebraica para salvação, especialmente porque o hebraico antigo não
usava vogais escritas. Na realidade, a Concordância Exaustiva Forte traduz
Jeshua como Yeshuwa e a palavra hebraica para salvação como Yeshuwah. Embora
outros agüentaram nome de Jehoshua, Joshua, ou Jesus, o Senhor Jesus Cristo é o
único que de fato viveu de acordo com esse nome. Ele é o único que é de fato o
que o nome descreve. Jesus é a
culminância de todos os nomes de Deus no Velho Testamento. Ele é o nome mais
alto, o mais exaltado jamais revelado à humanidade. O nome de Jesus é o nome de
Deus que Ele prometeu revelar quando Ele disse: “Por isso o meu povo saberá o
meu nome” (Isaias 52:6). É o único nome de Zecarias 14:9 que encerra e inclui
todos os outros nomes de Deus dentro de seu significado. A igreja do Novo
Testamento é identificada pelo nome de Jesus. Na realidade Jesus disse que nós
seríamos odiados entre todos os homens por causa do seu nome (Mateus 10:22). A
Igreja Primitiva foi perseguida por causa do nome de Jesus (Atos 5:28; 9:21;
15:26), e eles consideraram isto um privilégio a ser contado merecedor para
sofrer pelo seu nome (Atos 5:41). Pedro declarou que o homem manco (coxo) junto
à porta do templo chamada Formosa foi curado “pelo nome de Jesus Cristo de
Nazaré” (Atos 4:10). Ele explicou a supremacia e necessidade deste nome para que
recebamos a salvação “: E não há salvação em nenhum outro; porque debaixo do
céu não existe nenhum outro nome dado entre homens, por meio de quem nós
devemos ser salvados” (Atos 4:12).
O
Apóstolo Paulo escreveu: “Portanto Deus o exaltou altamente, e lhe deu um nome
que está sobre todo nome: para que ao nome de Jesus se curve todo joelho, nos
céus, na terra, e debaixo da terra” (Filipenses 2:9-10).
Por
causa da posição exaltada deste nome, nós somos exortados confiar no nome de
Jesus em tudo que fazemos ou dizemos “: E tudo o que fizerdes seja em palavra
ou ação, fazei-o no nome do Senhor Jesus” (Colossenses 3:17).
Nós
ensinamos e oramos no nome de Jesus (Atos 4:17-18; 5:28). Nós expulsamos
demônios, falamos em línguas, recebemos proteção e poder sobrenatural, e oramos
pelos enfermos - tudo no nome de Jesus
(Marcos 16:17-18; Tiago 5:14). Sinais e maravilhas são operados pelo nome de
Jesus (Atos 4:30). Oramos e fazemos pedidos a Deus no nome de Jesus (João
14:13-14; 16:23). Nós nos reunimos no nome de Jesus (Mateus 18:20). Nós
batizamos no nome de Jesus (Atos 2:38).
Isto significa que o nome de Jesus é um tipo de fórmula mágica? Não.
Para que o nome de Jesus seja eficiente nós temos que ter fé em Seu nome (Atos
3:16). Precisamos ter fé e conhecer aquele que é o único representado por esse
nome (Atos 19:13-17). O nome de Jesus é sem igual porque como nenhum outro ele
representa a presença de seu dono. Representa a presença o poder e a obra de
Deus. Quando falamos o nome de Jesus com fé, o próprio Jesus se torna realmente
presente e começa a trabalhar. O poder não vem do modo como o nome soa, mas vem
porque a expressão vocal do nome em fé demonstra obediência à Palavra de Deus e
fé na obra de Jesus. Quando chamamos Seu nome com fé, Jesus manifesta Sua presença,
opera Sua obra, e satisfaz à nossa necessidade.
Pelo nome Jesus, então, Deus se revela completamente. Vemos, conhecemos,
honramos, cremos, e recebemos Jesus, na mesma medida em que vemos, conhecemos,
honramos, cremos, e recebemos Deus o Pai (João 5:23; 8:19; 12:44-45; 13:20;
14:7-9). Se nós negarmos Jesus, nós negamos o Pai (I João 2:23), mas se usamos
o nome de Jesus glorificamos o Pai (Colossenses 3:17). A Bíblia profetizou que o Messias declararia
o nome do SENHOR (Salmo 22:22; veja Hebreu 2:12). Jesus afirmou que Ele tinha
manifestado e tinha declarado o nome do Pai (João 17:6, 26). Na realidade, Ele
herdou o nome do Pai (Hebreus 1:4). Como Jesus manifestou e declarou o nome do
Pai? Ele o fez revelando o significado do nome pelas obras que Ele fez, as
quais eram obras de Jeová (João 14:10-11). Da mesma maneira que Deus no Velho
Testamento revelou mais progressivamente sobre a natureza dele e o seu nome
respondendo às necessidades de seu povo, assim Jesus no Novo Testamento revelou
mais a respeito da natureza e nome de
Deus completamente por milagres, curas, expulsando demônios, e perdoando
pecados. Jesus declarou o nome do Pai através de suas obras; por elas provou
que Ele realmente era o Pai, o Jeová do Velho Testamento. (Veja Isaias 35:4-6
com Lucas 7: 19-22.) Demonstrando o poder de Deus conforme as profecias, Ele
provou que Jesus era o nome do Pai.
Por
que o nome de Jesus é a revelação completa de Deus? Simplesmente porque Jesus é
Jeová e em Jesus habita corporalmente toda plenitude da Divindade, inclusive o
papel do Pai (Colossenses 2:9).
JESUS
É DEUS
“Porquanto
nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2:9).
O
fato que Jesus é Deus está tão firmemente estabelecido nas Escrituras quanto o
fato de que Deus é único. A Bíblia ensina que Jesus é totalmente Deus e
Totalmente Homem;
O
Velho Testamento Testifica Que Jesus É Deus
1.
Isaias 9:6 é um das provas mais poderosas de que Jesus é Deus”: Porque um
menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros e o
seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, O Pai da Eternidade O
Príncipe da Paz.” Os termos menino e filho se referem à Encarnação ou
manifestação do “Deus Todo-poderoso” e” do Pai eterno.”
2.
Isaias profetizou que o Messias seria chamado Emanuel, isso é, Deus conosco
(Isaias 7:14 Mateus 1:22-23).
3.
Isaias descreveu o Messias como rebento do trono de Jessé (o pai de Davi) e
como renovo das raízes de Jessé (Isaias 11:1, 10; veja também Apocalipse
22:16). De acordo com a carne Ele era um descendente (rebento do tronco) de
Jessé e Davi, mas de acordo com o Seu Espírito Ele era Seu Criador e fonte de
vida (raiz). Jesus usou este conceito para confundir os Fariseus quando Ele
citou Salmo 110:1 e perguntou, em essência, “Se Davi, pois lhe chama Senhor,
como é ele seu filho (o descendente) de Davi?” (Mateus 22:41-46).
4.
Isaias 35:4-6 mostra que Jesus é Deus: Veja, seu Deus. “Ele virá e vos
salvará”. Nessa passagem encontramos que quando Deus vier, os olhos dos cegos
se abrirão, os ouvidos do surdo serão desimpedidos, os mancos saltarão, e as
línguas dos mudos falarão. Jesus aplicou essa passagem das Escrituras a Si
próprio (Lucas 7:22) e, claro que, em Seu ministério todas essas coisas
aconteceram.
5.
Isaias 40:3 declara que alguém clamaria no deserto: “Preparai o caminho do
SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus.” João Batista cumpriu esta
profecia quando ele preparou o caminho para Jesus (Mateus 3:3); Jesus portanto
é o SENHOR (Jeová) e nosso Deus.
6.
Miquéias 5:2 prova que o Messias é Deus. “Mas tu, Belém Efrata... de ti me
sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos
antigos, desde os dias da eternidade”.
Assim
o Velho Testamento afirma claramente que o Messias e Salvador que estava para
vir seria o próprio Deus.
O
NOVO TESTAMENTO PROCLAMA QUE JESUS É DEUS
1.
De acordo com Atos 20:28, a igreja foi comprada com o próprio sangue de Deus,
isto é o sangue de Jesus.
2.
Tomé confessou que Jesus era Senhor e Deus (João 20:28).
3.
Paulo descreveu Jesus como” nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tito
2:13; a NIV diz:” nosso grande Deus e
Salvador, Jesus Cristo”).
4.
Pedro O descreveu como “nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 1:1; as
versões NIV e TAB ambos registram,” nosso Deus e Salvador o Jesus Cristo”).
5.
Nossos corpos são templos de Deus (I Corintios 3:16-17), contudo nós sabemos
que Cristo mora em nossos corações (Efésios 3:17).
6.
A carta aos Colossenses, enfatiza a divindade de Cristo fortemente. “Porquanto
nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Colossenses 2:9; veja
também 1:19). De acordo com estes versos da Bíblia, Jesus não é só uma parte de
Deus, mas a totalidade de Deus reside nele. Se houvesse várias pessoas na
Divindade, de acordo com Colossenses 2:9 todas eles habitariam na forma
corpórea de Jesus. Nós nos aperfeiçoamos nele (Colossenses 2:10). O que quer
que seja que precisamos de Deus podemos achar em Jesus Cristo sozinho. Concluímos
que o Novo Testamento testifica a completa Divindade de Jesus Cristo.
DEUS
SE MANIFESTOU NA CARNE COMO JESUS
A
afirmação de que Jesus é Deus implica necessariamente em que Deus assumiu a
carne humana. Isso é na realidade o que a Bíblia diz.
1.
“Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado em Espírito, visto por
anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido em cima na glória” (I
Timóteo 3:16; veja o verso 15 para confirmação adicional de que Deus é o
assunto do verso 16). Deus foi manifestado (feito visível) na carne; Deus foi
justificado (manifestado justo) no Espírito; Deus foi visto por anjos; Deus foi
crido no mundo; e Deus foi recebido em cima na glória. Como e quando tudo isto
aconteceu? Em Jesus Cristo.
2.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e O Verbo era Deus. E o
Verbo foi feito carne”.(João 1:1, 14). Literalmente, o Verbo (Deus) foi
obrigado ou habitou como em tenda na carne. Quando Deus se abrigou ou se vestiu
de carne? Em Jesus Cristo. Ambos os versos da Bíblia provam que Jesus é
Deus - que Ele é Deus manifestado
(revelado, feito conhecido, tornado evidente, exibido, mostrado) em carne.
Deus
é Espírito sem carne e sangue e invisível ao homem. Para se tornar visível ao
homem e para derramar sangue inocente pelos nossos pecados, Ele tinha que se
tornar carne. (Para saber mais sobre os propósitos do Filho, veja Capítulo 5 –
O FILHO DE DEUS.) Jesus não é um outro Deus ou uma parte de Deus, mas Ele é o
Deus do Velho Testamento encarnado. Ele é o Pai; Ele é Jeová que veio em carne
para servir de ponte no abismo existente entre o homem e Deus e criado pelo
pecado do homem. Ele vestiu carne como um homem veste um manto. Muitos versos da Bíblia declaram que Jesus
Cristo é o Deus do Velho Testamento revestido de carne com a finalidade de
auto-revelação e reconciliação.
3.
“A saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo” (II
Corintios 5:19).
4.
“Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigênito que está no seio do Pai é quem o
tem revelado [falado, revelou]” (João 1:18).
5.
“Deus que há vários tempos falou muitas vezes e de muitas maneiras aos pais
pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho. O brilho de sua
glória, e uma imagem expressa de sua pessoa”. (Hebreus 1:1-3).
6.
Jesus é “a imagem do Deus invisível” (Colossenses 1:15; II Corintios 4:4).
7.
Ele é Deus ocultou em carne (Hebreus 10:20). Como profetizou Abraão,
provavelmente sem entender o significado completo de suas próprias palavras,
“Deus proverá um cordeiro pa Si meu filho” (Gênesis 22:8). Deus realmente
providenciou um corpo para Si mesmo “: Sacrifício e oferta não quiseste, antes
corpo tu me” preparou (Hebreus 10:5).
8.
Jesus foi o construtor da casa (Deus o Pai e Criador) e também um filho com
maior honra que a própria casa que estabeleceu (Hebreus 3:3-6).
9.
Ele veio para sua própria criação e para seu próprio povo escolhido, mas eles
não O reconheceram nem O receberam (João 1:10-11).
O
VERBO
João
capítulo 1 ensina de modo maravilhoso o conceito de Deus manifesto em carne. No
princípio era o Verbo (em grego, Logos). O Verbo não era uma pessoa separada ou
um deus à parte, assim como a palavra de um homem não é uma pessoa separada
dele. O Verbo era antes, o pensamento ou um plano, na mente de Deus. A Palavra
estava no princípio de fato com Deus era o próprio Deus (João 1:1). A
Encarnação existiu na mente de Deus antes do mundo existir. Na verdade, na
mente de Deus o Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo (I Pedro 1:19-20;
Apocalipse 13:8).
No
grego, logos pode significar a expressão ou o plano tal como existe na mente do
proclamador - como uma peça na cabeça de
um autor - ou pode significar o
pensamento como proferido ou caso contrário fisicamente expresso - como uma peça encenada em um palco. João 1
diz que o Verbo existia na mente de Deus desde o começo dos tempos. Quando
chegou a hora, Deus pôs Seu plano em ação. Ele pôs carne naquele plano na forma
do homem Jesus Cristo. O Logos é Deus expresso. Como diz John Miller, o Logos é
“Deus anunciando a Si mesmo”. [10] De fato, a versão TAB traduz a última frase de João 1:1 como: “O Verbo era
o próprio Deus.” Flandres e Cresson afirmam,” O Verbo era a intenção de Deus de
Se auto-revelar”. [11] Esse pensamento é destacado posteriormente pelo
versículo 14, que diz que o Verbo encarnado tinha a glória como do unigênito do
Pai, e pelo versículo 18, que afirma que o Filho revelou o Pai.
Na
filosofia grega, o Logos passou a significar razão ou sabedoria como o
princípio controlador do universo. Nos dias de João, alguns filósofos gregos e
teólogos judeus influenciados pelos pensamentos grego (especialmente o pensador
judeu, Philo de Alexandria) considerou no Logos como uma divindade inferior ou
secundária, ou o aceitavam como uma emanação de Deus no tempo. [12] Algumas
heresias cristãs, inclusive uma forma emergente de Gnosticismo, já estavam
incorporando essas teorias em suas doutrinas, e portanto relegando Jesus então
a um papel inferior. João usou deliberadamente a terminologia própria desses
pensadores para refutar estas doutrinas e declarar a verdade. O Verbo não era
inferior a Deus; Ele era Deus (João 1:1). O Verbo não emanou durante um certo
tempo de Deus; estava no princípio com Deus (João 1:1-2). Jesus Cristo, o Filho
de Deus, não era outro senão o Verbo, ou Deus, revelado na carne. Também note
que a palavra grego pros, traduzida como “ com” no verso 1, é a mesma palavra
traduzida como “ pertencendo a” em Hebreus 2:17 e 5:1. João 1:1 poderia incluir
em seus significados, então, o seguinte”: O Verbo se referia a Deus e a Palavra
era Deus,” ou,” O Verbo pertencia a Deus e era Deus.”
Jesus
Era Deus Desde O Princípio De Sua Vida Humana
Deus
foi manifestado na carne através de Jesus Cristo, mas a que ponto de sua vida
Deus realmente habitou o Filho? A Bíblia declara inequivocamente que a
plenitude de Deus estava em Jesus desde o momento que sua vida humana começou.
1.
Mateus 1:23 diz, “Veja, uma virgem conceberá, e dará a luz um filho, e ele será
chamado pelo nome dele Emanuel que quer dizer, Deus conosco”. Ele era “Deus
conosco” desde o Seu nascimento.
2.
Os anjos O adoraram em seu nascimento (Hebreus 1:6), Simeão reconheceu a
criança como sendo o Cristo (Lucas 2:26), Ana viu o bebê como sendo o redentor
de Israel (Lucas 2:38), e os magos adoraram a criança (Mateus 2:11).
3.
Miquéias 5:2 atribuía divindade ao Messias em seu nascimento em Belém, não
depois de sua vida em Nazaré ou Seu batismo no Jordão.
4.
Lucas 1:35 explica porque Jesus era Deus desde o princípio de sua vida humana.
O anjo disse a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do
Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de
nascer, será chamada Filho de Deus”. Jesus nasceu de uma virgem, sua concepção
sendo efetuado pelo Espírito Santo. Por causa disto (“então”), Ele era o Filho
de Deus. Em outras palavras, Jesus é o Filho de Deus porque Deus, e não um
homem, foi responsável por sua concepção. Deus era literalmente seu Pai.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito”. (João
3:16). Gerar significa procriar, ser o genitor, ou produzir. Jesus foi gerado
por Deus no útero da virgem a Maria.
Isaias
7:14 também liga a concepção da virgem com o reconhecimento que o Filho assim
nascido seria Deus. Em outras palavras, no momento da concepção, Deus colocou
sua natureza divina na semente da mulher. A criança que nasceria recebeu de
Deus naquele momento sua vida e o lado paterno de sua natureza. Do lado da mãe
recebeu a natureza humana de Maria; do lado do pai (Deus, não José) recebeu a
natureza de Deus. Jesus obteve a natureza divina pelo processo de concepção;
Ele não se tornou divino por algum ato posterior de Deus. Seu nascimento de uma
virgem, Jesus estabelece sua divindade. Alguns acreditam que Jesus recebeu a plenitude
de Deus em algum momento posterior na vida dele, como, por exemplo, pela
ocasião do seu batismo. Porém, levando em conta o nascimento de uma virgem e
Lucas 1:35 isso não pode ser assim. Jesus recebeu Sua natureza de divindade
como também a natureza de humanidade no momento de Sua concepção. A descida do
Espírito Santo como uma pomba no batismo de Jesus não era um batismo do
Espírito Santo; Jesus já trazia dentro de Si toda plenitude de Deus
(Colossenses 2:9). Antes, Seu batismo, entre outras coisas, aconteceu como uma
unção simbólica para o início de seu ministério terrestre e como uma
confirmação para João Batista de Sua divindade (João 1:32-34).
O
MISTÉRIO DA PIEDADE
O
fato de Deus ter se tornado carne que é uma das coisas mais maravilhosas e incompreensíveis sobre Deus. “E sem
controvérsia grande é o mistério de piedade: Deus foi manifestado na carne…”
(II Timóteo 3:16). Jesus é diferente de
qualquer outro homem que já existiu, ou que jamais existirá. Ele tem duas
naturezas; Ele é completamente Deus e completamente homem. A maior parte dos
problemas na mente das pessoas relativos à Divindade, vem deste grande
mistério. Eles não conseguem entender a dualidade da natureza de Cristo e não
podem separar corretamente esses dois papéis.
Eles não podem compreender como Deus poderia assumir a forma de um bebê
e habitar entre os homens.
É
verdade que nós não podemos compreender completamente o milagre da concepção –
a união de Deus e o homem – no útero de Maria, mas podemos entende-lo pela fé. Na realidade, se nós não
acreditamos que Jesus veio em carne, temos um espírito de anticristo (II João
7), mas se aceitamos realmente essa
doutrina de Cristo, teremos o Pai e o
Filho (II João 9). Ambos, o Pai e Filho são revelados em Cristo (João 10:30;
14:6-11). O mistério de Deus em carne
foi uma grande pedra de tropeçando para os judeus. Eles nunca poderiam entender
como Jesus, sendo um homem, poderia também ser Deus (João 10:33). Porque Ele
afirmava ser Deus, eles O rejeitaram e buscaram prende-lo (João 5:18; 10:33).
Embora
seja humanamente difícil entender como Deus infinito poderia habitar na carne,
ainda assim, é isso que as Escrituras afirmam. Jamais houve um mistério quanto
às “pessoas” na Divindade. A Bíblia claramente afirma que há apenas um Deus, e
isso pode ser facilmente entendido por todos. O único mistério a respeito da
Divindade é como Deus pôde vir em carne, como Jesus pôde nascer tanto Deus
quanto homem. Mas a verdade deste mistério tem sido revelada àqueles que
crerem. O mistério de Jesus Cristo foi mantido em segredo desde que o mundo foi
fundado, mas foi revelado na era do Novo Testamento (Romanos 16:25-26;
Colossenses 1:25-27). UM mistério no Testamento Novo é simplesmente um plano de
Deus que não foi compreendido no Velho Testamento mas que foi feito conhecido a
nós. “Nós podemos entender… o mistério de Cristo que em outras gerações não foi
feito conhecido aos filhos dos homens, como agora foi revelado aos seus santos
apóstolos e profetas pelo Espírito” (Efésios 3:4-5).
Podemos
conhecer o mistério de Deus e do Pai que é Cristo (Colossenses 2:2; também veja
as versões NIV e TAB). Na realidade, Paulo explicou este mistério dizendo que
em Jesus Cristo estão todos os tesouros da sabedoria, conhecimento, e plenitude
de Deus (Colossenses 2:3, 9). O mistério de Deus foi revelado a nós pelo
Espírito de Deus (I Corintios 2:7-10). Esta revelação vem a nós pela Palavra de
Deus que é iluminada pelo Espírito Santo (I Corintios 2:7-10). A luz de Cristo
que é a imagem de Deus brilhou em nossos corações (II Corintios 4:3-4). Não há,
portanto nenhum mistério bíblico sobre a Divindade e certamente nenhum mistério
sobre o número de pessoas na Divindade. O único mistério é Cristo, e Ele nos
foi revelado! O mistério de Deus e o mistério de Cristo convergem na
Encarnação. É que simplesmente o único Deus de Israel veio a terra em carne.
Este mistério foi revelado e a Palavra de Deus declara que ele se tornou
conhecido a nós hoje.
JESUS
É O PAI
Se
há somente um Deus sendo Deus o Pai (Malaquias 2:10), e se Jesus é Deus, então
logicamente segue-se o fato de que Jesus é o Pai. Para esses que de alguma
maneira pensam que Jesus pode ser Deus e ainda não pode ser o Pai, nós
ofereceremos provas bíblicas adicional que o Jesus é o Pai. Elas servirão
também como maior evidência que Jesus é Deus. Na verdade dois versículos da
Bíblia são suficientes para provar este ponto de vista.
1.
Isaias 9:6 chama o Filho de Pai da eternidade. Jesus é o Filho profetizado e há
somente um Pai (Malaquias 2:10; Efésios 4:6), assim Jesus deve ser Deus o Pai.
2.
Colossenses 2:9 proclama que toda a plenitude da Divindade habita em Jesus. A
Divindade inclui o papel do Pai, assim o Pai deve habitar em Jesus.
3.
Além destes dois versículos, o próprio Jesus ensinou que Ele era o Pai. Uma
vez, quando Jesus estava falando sobre o Pai, os Fariseus perguntaram: “Onde
está teu Pai? Jesus respondeu, não me conheceis a mim, nem a meu Pai: se
tivessem me conhecido, também” deveriam ter conhecido meu Pai (João 8:19). Jesus
continuou dizendo: “porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos
pecados” (João 8:24).
Em
algumas versões aparece “ele” em itálico após eu “sou”, fato que indica que
“ele” foi acrescentado pelos tradutores, não existindo no original grego. Jesus
estava na verdade se identificando como o “Eu SOU” de Êxodo 3:14. Os judeus que
não entenderam o Ele queria dizer perguntaram: “Quem és tu?” Jesus respondeu,
“Que é que desde o princípio vos tenho dito?” (João 8:25). Porém, “eles não
entenderam que ele lhes falava do Pai” (João 8:27). Em outras palavras, Jesus
tentava dizer-lhes que Ele era o Pai e o Eu SOU, e que se eles não O aceitassem
como Deus morreriam em seus próprios pecados.
4.
Em outro lugar Jesus disse: “Eu e meu Pai somos um” (João 10:30). Alguns tentam
dizer que Ele era um com o Pai assim como um marido e a esposa são um ou como
dois homens podem ser um quando concordam. Esta interpretação tenta debilitar a
afirmativa de Jesus. Porém, outros versos sustentam de nodo completo que Jesus
não era somente o Filho em Sua humanidade, mas também o Pai em sua divindade.
5.
Por exemplo, Jesus declarou em João 12:45, “E quem me vê a mim vê aquele que me
enviou”. Em outras palavras, se uma pessoa ver Jesus no que diz respeito a sua
divindade, vê o Pai.
6.
Em João 14:7 Jesus disse a seus discípulos: “Se vós me tivessem conhecido,
conheceríeis também a meu Pai. E desde agora o conheceis e o tendes visto”. Ao
ouvir esta declaração, Filipe replicou: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos
basta” (João 14:8). Em outras palavras, ele pediu que Jesus lhes mostrasse o
Pai e então eles ficariam satisfeitos. A resposta de Jesus foi: “Há tanto tempo
estou convosco e não me tendes conhecido Filipe? Quem me vê a mim, vê o Pai; e
como dizes tu então, mostra-nos o Pai? Tu não crês que eu estou no Pai, e o Pai
em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai que
permanece em mim, é quem faz as obras. Crede-me que eu estou no Pai e o Pai em
mim; crede ao menos por causa das mesmas obras” (João 14:9-11). Esta declaração
vai além de um simples relacionamento harmonioso; ela pode ser visto como nada
menos que a afirmação de Cristo de ser o Pai manifestado em carne. Como muitas
pessoas hoje, Filipe não tinha compreendido que o Pai é um Espírito invisível e
que o único modo de alguém jamais O ver, seria através da pessoa de Jesus
Cristo.
7.
Jesus disse: “O Pai está em mim, e eu nele” (João 10:38).
8.
Jesus prometeu ser o Pai de todos os vencedores (Apocalipse 21:6-7).
9.
Em João 14:18 Jesus disse: “Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós outros”.
A palavra grega traduzida para órfãos é orphanos que a Concordância Exaustiva
de Strong, define como “despojado (‘ órfãos), i.e. sem pais”. Jesus estava
dizendo: “eu não os deixarei como órfãos” (NIV e TAB), ou “eu não o deixarei
órfão: Voltarei para vós”.Jesus, falando como o Pai, prometeu que Ele não
deixaria seus discípulos órfãos.
Abaixo
se seguem algumas comparações que oferece prova adicional de que Jesus é o Pai.
10.
Jesus profetizou que Ele haveria de ressuscitar Seu próprio corpo da morte, em
três dias (João 2:19-21), todavia Pedro pregou que Deus ressuscitou Jesus de
entre os mortos (Atos 2:24).
11.
Jesus disse que nos mandaria o Consolador (João 16:7), mas disse, também, que o
Pai enviaria o Consolador (João 14:26).
12.
O Pai, sozinho, pôde trazer os homens a Deus (João 6:44), ainda assim, Jesus
disse que Ele atrairia todos os homens (João 12:32).
13.
No último dia, Jesus ressuscitará a todos os que crerem (João 6:40), embora Deus
o Pai vivifique (dê vida) aos morto e nos levantará (Romanos 4:17; I Corintios
6:14).
14.
Jesus prometeu responder às orações daqueles que crêem (João 14:14), mas também
disse que o Pai responderia as orações (João 16:23).
15.
Cristo é nosso purificador (Efésios 5:26), mas o Pai também nos santifica
(Judas 1).
16.
I João 3:1, 5 afirma que o Pai nos amou e se manifestou para retirar os nossos
pecados, contudo nós sabemos que era Cristo que foi manifestado no mundo para
tomar pecado (John 1:29-31). Podemos
compreender facilmente tudo isso se atentarmos para o fato de que Jesus tem uma
dupla natureza. Ele é tanto Espírito como carne, Deus e homem, Pai e Filho. No
lado humano Ele é o Filho do homem; em seu lado divino Ele é o Filho de Deus e
é o Pai habitando em carne.
JESUS
É JEOVÁ
As
passagens das Escrituras demonstrando que Jesus é o Pai não enfraquecem nossa
prova de que o Jesus é o único Deus. Abaixo seguem doze versículos das
Escrituras provando especificamente que Jesus é Jeová - o único Deus do Velho Testamento.
1.
Isaias 40:3 profetizou que uma voz clamaria no deserto: “Preparai o caminho do
SENHOR” (Jeová); Mateus 3:3 diz que o João Batista é o cumprimento desta
profecia. Sabemos que João preparou o caminho do Senhor Jesus Cristo. Uma vez
que o nome Jeová era o nome sagrado para o único Deus, a Bíblia não aplicaria a
nenhum outro que não o Santo de Israel; aqui ele se refere a Jesus.
2.
Malaquias 3:1 afirma, “De repente virá ao seu templo o SENHOR, a quem vós
buscais, o Anjo da Aliança”. Isto foi cumprido por Jesus, seja significando o
Templo, literalmente, ou seja, significando o templo do corpo de Jesus (João
2:21).
3.
Jeremias 23:5-6 fala de um Renovo justo de Davi
- uma clara referência ao Messias
- e o chama de “SENHOR JUSTIÇA NOSSA.” (Também veja JeremiaS 33:15-16.)
Em outras palavras, Jesus é “Jeová Justiça Nossa.”
4.
Falando de Jeová Isaías diz: “Pelo que o seu próprio braço lhe trouxe salvação”
(Isaías 59:16), “e o seu braço dominará” (Isaías 40:10). Isaías 53:1-2 descreve
o Messias como a revelação do braço do SENHOR. Então, Jesus o Salvador não é
outro Deus, mas uma extensão de Jeová em carne humana, para trazer salvação ao
mundo.
5.
Isaías profetizou que a glória do SENHOR seria revelada a toda a carne (Isaías
40:5). Tendo Jeová dito que não daria a sua glória a nenhum outro (Isaías 42:8;
48:11), sabemos que Ele poderia cumprir essa profecia apenas através da
revelação de Si mesmo. De fato, no Novo Testamento encontramos que Jesus tinha
a glória do Pai (João 1:14; 17:5). Ele é o Senhor da glória (I Corintios 2:8).
Quando Jesus vier novamente, Ele virá na glória do Pai (Mateus 16:27; Marcos
8:38). Se Jesus tem a glória de Jeová, Ele tem que ser Jeová.
6.
Jeová disse: “Por isso o meu povo saberá o meu nome: portanto naquele dia saberá
que eu sou quem fala: Eis-me aqui” (Isaías 52:6). Ainda assim sabemos que Jesus
é o único que revelou o Pai, manifestou o nome do Pai, e tornou conhecido o
nome do Pai (João 1:18; 17:6; 17:26). Jesus declarou o nome do Senhor (Salmos
22:22; Hebreus 2:12). Portanto, Ele tem que ser Jeová.
7.
O SENHOR disse, “Diante de mim se dobrará todo joelho, toda língua jurará”
(Isaías 45:23). Paulo citou este versículo das Escrituras para provar que todos
permanecerão diante do trono de julgamento de Cristo (Romanos 14:10-11). Paulo
escreveu, também: “Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho” (Filipenses
2:10).
8.
Zacarias oferece prova convincente que Jesus é Jeová. Na passagem começando com
Zacarias 11:4, “Assim diz o SENHOR meu Deus”: “Pesaram, pois por meu preço
trinta moedas de prata”.Em Zacarias 12:10 Jeová afirmou: “olharão para mim a
quem transpassaram”.Claro que, foi Jesus que foi vendido por trinta moedas de
prata e quem foi perfurado (Mateus 26:14-16; João 19:34). Zacarias 12:8 diz com
referência ao Messias, “a casa de Davi será como Deus”.Zacarias escreveu,
também “Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos com ele” e O descreve
lutando contra muitas nações e diz que naquele dia seus pés estarão sobre o
Monte das Oliveiras (Zacarias 14:3-5). Sabemos que Jesus é aquele que virá de
volta ao Monte das Oliveiras como Rei dos reis e Senhor dos senhores para
guerra contra as nações (Atos 1:9-12; I Timóteo 6:14-16; Apocalipse 19:11-16).
9.
Quando Paulo, judeu instruído, fariseu dos Fariseus, perseguidor fanático do
Cristianismo, foi ferido na estrada de Damasco por uma luz ofuscante de Deus,
ele perguntou, “Quem és tu, Senhor?” Como um judeu, ele sabia que havia só um
Deus e Senhor, e ele estava perguntando: “Quem és tu, Jeová?” O Senhor
respondeu, “eu sou Jesus” (Atos 9:5).
10.
Embora Moises tratasse com Jeová Deus, Hebreus 11:26 diz que o Moises
considerou o opróbrio de Cristo como maiores riquezas que os tesouros do Egito.
Assim o Deus de Moises era o Jesus Cristo.
11.
O Salmo 68:18 descreve uma cena na qual Jeová ascende ao alto e conduz cativo o
cativeiro, contudo nós sabemos que Jesus ascendeu às alturas e levou cativo o
cativeiro. Na realidade, Efésios 4:7-10 aplica essa profecia a Jesus.
12.
Apocalipse 22:6 diz: “o Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas enviou seu
anjo” a João, mas verso 16 diz, “eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos
testificar estas coisas”.
Diante
das evidências bíblicas apresentadas, concluímos que, quando a Bíblia cita Deus
no plural, refere-se ao Pai e a Seu Filho Jesus Cristo, em manifestações ou ofícios uma vez que o
próprio Cristo afirmou: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30) e “Quem vê a mim vê
o Pai.” (João 14:9.
QUEM
É O CONSOLADOR?
Após
Mateus 28:19, o texto mais utilizado para a defesa da trindade e da pessoalidade
do Espírito Santo está no discurso de Cristo aos discípulos, quando o Mestre
prometeu o Consolador. (Capítulos 14, 15 e 16 do evangelho de João)
O
termo “consolador”, traduzido do grego “parakletos”, é citado em apenas 5
versos da Bíblia, sempre pelo apóstolo João ((João 14:16; 14:26; 15:26; 16:7 e
I João 2:1). O sentido original da palavra grega parákletos está relacionado a
alguém que está ao lado a fim de ajudar, defender, consolar. Há várias
traduções possíveis para a palavra grega parákletos. Além de “Consolador”,
tradução mais comum em português, algumas versões usam “confortador”,
Conselheiro, Advogado, e até mesmo Paráclito como traduções possíveis para a
palavra grega parákletos.
Nesta
seção vamos fazer uma breve análise seqüencial, começando por João 14:16 e
passando por todos os versos e contextos onde o parákletos é citado. O objetivo
principal deste capítulo é revelar quem é o parákletos.
Das
cinco ocorrências bíblicas da palavra parákletos, as quatro primeiras saíram
diretamente dos lábios de Jesus e foram relatadas por João, a última saiu da
pena do apóstolo João em sua primeira epístola. Vejamos o que Jesus queria
dizer quando prometeu um parákletos para os seus discípulos.
JOÃO
14 - O ESPÍRITO DA VERDADE
“E
eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro parákletos (consolador), a fim de que
esteja para sempre convosco. O espírito da verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita
convosco e estará em vós.” - João 14:16 e 17.
Jesus
prometeu o Consolador (parákletos). Mas quem é o parákletos? Cristo mesmo
responde: O parákletos é o “espírito da verdade” (14:16 e 17). Portanto, o
“espírito da verdade” é o Consolador prometido por Cristo. A verdade tem
espírito? É evidente que estamos lidando com elementos simbólicos cuja
interpretação deve ser dada pela própria Bíblia.
Qual
é ou quem é o espírito da verdade? Primeiramente temos que entender qual é a
definição de “verdade” dentro do contexto do capítulo 14. O leitor atento
perceberá que logo nos primeiros versos de João 14 a “verdade” é definida por
Cristo:
“Eu
sou o caminho, a verdade e a vida.” - João 14:6.
Portanto,
se a verdade neste contexto é Cristo, então o “espírito da verdade” pode ser
interpretado naturalmente como o espírito de Cristo. Ao longo deste estudo
teremos outras evidências de que o Consolador, o espírito da verdade, é, de
fato, o próprio espírito de Cristo. Concluiremos que é o pneuma de Cristo que
nos consola.
Qual
é a finalidade da vinda do Consolador? O verso 16 responde: “a fim de que
esteja para sempre convosco”. Esta expressão lhe é familiar? Quem prometeu que
estaria conosco para sempre? A finalidade do parákletos é a mesma de Cristo:
estar para sempre conosco.
“E
eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos.” - Mateus
28:20.
De
fato, Paulo afirma que “nada nos poderá separar do amor de Deus, que está em
Cristo Jesus nosso Senhor.” (Romanos 8:39)
Ora,
o parákletos (Consolador) é o próprio Cristo que está conosco, não mais em
carne, mas atuando através do seu espírito!
A
próxima evidência de que o parákletos é o próprio espírito de Cristo vem logo
em seguida, em João 14:18. Após dizer que o espírito da verdade “estará em vós”
(vs. 17), Jesus afirma no verso 18:
“Não
vos deixarei órfãos, virei para vós.” - João 14:18
E
acrescenta:
“Naquele
dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.” - João 14:20.
Note
a semelhança das expressões nos versos 17 e 20. No verso 17 Jesus afirma que o
espírito da verdade “estará em vós”, no verso 20 ele repete o conceito
afirmando que ele, o próprio Jesus, estaria em vós. Exatamente a mesma
expressão que foi utilizada para o espírito da verdade é agora usada para
Cristo. Isto indica claramente que Cristo estava prometendo enviar o seu
próprio espírito, não uma terceira pessoa. Como não poderia estar ajudando e
consolando seus discípulos pessoalmente, em carne, estaria com eles de outra
forma: através de seu pneuma (espírito).
A
manifestação do parákletos (espírito de Cristo) é prometida também no verso
seguinte:
“Aquele
que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me
ama será amado pelo meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” -
João 14:21.
Como
os verbos estão no futuro, fica claro que Jesus não estava se referindo à
manifestação em carne pois esta já era uma realidade no tempo presente para os
discípulos - não há que se prometer algo que já é realidade. Quando Cristo
afirma “e me manifestarei a ele” (ao que guarda os mandamentos) claramente
indica uma manifestação no futuro, não em carne, mas em espírito. A promessa do
verso 21 está intimamente relacionada à promessa dos versos 16, 17, 18, 19 e
20. É a mesma promessa! Trata-se da promessa de que Jesus não deixaria seus
discípulos desamparados, mas ele viria e se manifestaria a eles de outra forma:
espiritualmente.
A
conclusão de que o Consolador, o espírito da verdade, é o próprio espírito de
Cristo é ratificada quando analisamos os versos 16 a 21 no contexto, considerando
que Cristo está falando de um assunto específico e não de vários assuntos ao
mesmo tempo. Analisar o verso dentro do contexto é a chave para chegarmos a
esta conclusão.
Os
versos seguintes apenas confirmam o que descobrimos até aqui. Veja o verso 22:
“Se
alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele
e faremos nele morada.” - João 14:20.
Até
então tínhamos visto que Cristo viria e se manifestaria (em espírito) aos seus
servos obedientes. Agora, porém, lemos que o Pai, juntamente com Cristo, faria
morada nestes servos fiéis. Como isso pode acontecer? É simples! Já vimos
anteriormente que o Senhor Jesus Cristo é o Pai e o mesmo Espírito
Santo(pneuma) por isso eles são um. É exatamente este Espírito (pneuma) que
virá habitar em nós. Não é errado entendermos que Deus também é nosso
Consolador. O apóstolo Paulo afirma que o nosso Deus é “o Pai das misericórdias
e Deus de toda a consolação” (II Coríntios 1:3). Também afirma que “Deus, que
consola os abatidos, nos consolou...” (II Coríntios 7:6). Portanto, o espírito
da verdade, o Consolador, é também o espírito de Deus, o Senhor Jesus Cristo.
Após
uma breve explicação em decorrência de uma pergunta de Judas, no verso 22,
Jesus menciona pela segunda vez o parákletos (verso 26). Agora o Mestre chama o
Consolador (parákletos) de espírito Santo.
“Mas
o Consolador (parákletos), o Espírito Santo, ...” - João 14:26.
Não
há razão para acreditar que o Consolador do verso 26 seja diferente do
Consolador do verso 16. É o mesmo parákletos, o mesmo Consolador do verso 16.
Mas no verso 26, em vez de chamá-lo de espírito da verdade, Jesus o chama de
Espírito Santo. Poderíamos, novamente colocar numa fórmula de igualdade para
interpretar os símbolos:
Nos
versos 16 e 17 lemos que Consolador = Espírito da Verdade
No
verso 6 temos a definição de verdade: Verdade = Jesus Cristo
Então,
usando as duas igualdades acima, chegamos à seguinte conclusão:
*
CONSOLADOR = ESPÍRITO DA VERDADE = ESPÍRITO DE CRISTO
Ou
seja, lendo os versos 6, 16 e 17, já podemos concluir quem é o Consolador
(parákletos). Trata-se do próprio Deus e Senhor Jesus Cristo. Isso é confirmado posteriormente, vejamos:
De
acordo com o verso 26 aprendemos que Consolador = Espírito Santo.
Já
estudamos que, de acordo com os escritos de Paulo Espírito Santo = Espírito de
Cristo.
Finalmente,
concluímos que:
*
Consolador = Espírito da verdade = Espírito de Cristo = Espírito Santo
O
Consolador (parákletos) é o próprio Espírito (pneuma) de Cristo. = Pai, Filho e
Espírito Santo que é Senhor Jesus Cristo.
O
“OUTRO” CONSOLADOR
Defender
uma doutrina baseado em um verso é algo muito perigoso, principalmente se o
contexto não for analisado apropriadamente e se outras passagens sobre o
assunto não forem consultadas. Mas o mais perigoso é basear um argumento sobre
uma única palavra. E o risco de cometer um erro aumenta quando esta palavra
está inserida entre elementos simbólicos, como é o caso do verso 16.
Infelizmente
é exatamente isto que fazem os defensores da teoria da trindade quando tentam
provar que o parákletos (Consolador) é uma terceira pessoa. No caso, a palavra
chave para a defesa dos trinitarianos é “outro”:
“E
eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador a fim de que esteja sempre
convosco.” - João 14:16.
Se
Cristo prometeu outro Consolador, como poderia ser o próprio Cristo? Não seria
este outro uma terceira pessoa? Se a intenção de Cristo fosse enviar seu
próprio espírito ele não deveria ser mais claro dizendo que iria mas ele mesmo
voltaria em espírito?
Estas
são as questões colocadas pelos defensores da trindade e podemos, novamente com
auxílio de outros textos bíblicos, esclarecer estes pontos.
Primeiramente,
é importante relembrar que Cristo muitas vezes falava de si mesmo na terceira
pessoa do singular. Um exemplo clássico foi a afirmação de Cristo perante o
sinédrio:
“Desde
agora estará sentado o Filho do homem à direita do Todo-poderoso Deus.” - Lucas
22:69.
Também
em diálogo com a mulher samaritana Cristo proferiu discurso simbólico em
terceira pessoa:
“Se
conheceras o dom de Deus, e quem é o que te pede: Dá-me de beber, tu lhe
pedirias, e ele te daria água viva.” - João 4:10.
E
falando sobre a verdade, que simbolicamente é ele mesmo, disse em discurso
proferido na terceira pessoa:
“Então
conhecereis a verdade e a verdade vos libertará... Se o Filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres.” - João 8:32 e 36.
Em
outra ocasião, proferindo parábola sobre o bom pastor, disse:
“Mas
aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas... as ovelhas ouvem a sua
voz, e chama pelo nome às suas ovelhas.” - João 10:2 e 3.
E
ainda falando sobre o pão enviado por Deus:
“Pois
o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.” - João 6:33.
Em
suma, quando Cristo profere discurso na terceira pessoa do singular falando
sobre a verdade, a água viva, o bom pastor, o pão de Deus, o parákletos e
outros símbolos, na verdade está falando sobre Si mesmo.
Então
por que no caso do Consolador (parákletos) Cristo utiliza a palavra “outro”?
Convém
lembrar que nem sempre a palavra “outro” refere-se literalmente a uma terceira
pessoa. A palavra “outro” pode ter um sentido simbólico, já que está inserida
num contexto repleto de símbolos. Veja um exemplo em que a palavra “outro”
também tem sentido simbólico:
“O
espírito do Senhor se apossará de ti (Saul), e profetizarás com eles, e tu
serás mudado em outro homem... Sucedeu, pois, que, virando-se ele para
despedir-se de Samuel, Deus lhe mudou o coração; e todos esses sinais se deram
naquele mesmo dia.” - I Samuel 10:6 e 9.
Saul
se transformou em literalmente em outro homem? Não! Era o mesmo Saul, a mesma
pessoa, mas agindo de outra forma. Neste sentido ele foi outro, num sentido
figurado, simbólico. Semelhantemente, o Consolador é o próprio Cristo, mas
atuando de outra forma; não mais em carne, e sim através do seu espírito.
A
intenção de Cristo era dizer que ele mesmo viria em Espírito para ser o
parákletos dos seus discípulos. Todo o contexto deixa isto muito claro. Cristo
nunca deixou seus discípulos com dúvidas. O Mestre usava símbolos, figuras e
parábolas, mas em seguida, para evitar más interpretações, Ele afirmava
literalmente o que havia dito em símbolos. Não foi diferente nesta ocasião.
Após dizer no verso 16 “ele vos dará outro Consolador” (mensagem figurada),
Cristo afirmou no verso 18 “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.”
(mensagem literal indicando que quem viria era ele mesmo). Dez versos para
frente o mesmo paralelismo “Simbólico X Literal” se repete: No verso 26 Cristo
diz simbolicamente: “Mas o Consolador, o espírito Santo, a quem o Pai enviará
em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas.” Já no verso 28 Cristo repete a
mensagem de forma literal: “Vou e volto para junto de vós.” A palavra de Deus é
fantástica! Os símbolos e parábolas são sucedidos por explicações e mensagens
literais.
JOÃO
15 - QUEM ENVIARÁ O ESPÍRITO?
Em
João 15:26 encontramos a terceira menção da palavra parákletos (Consolador):
“Quando
vier o Consolador (parákletos), que eu da parte do Pai vos enviarei, o Espírito
da verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.” - João 15:26
Novamente
no capítulo 15, o parákletos é chamado de Espírito da verdade. Nossa tendência,
como pessoas pesquisadoras, é comparar este verso com os anteriores. Então
surge naturalmente a questão: Quem enviará o Consolador? O Pai ou Jesus?
Numa
primeira leitura o texto parece conter alguma ambigüidade. Cristo enviará o
Consolador, mas o Consolador será enviado “da parte do Pai”, o Espírito da
verdade “que procede do Pai”, afirma Jesus. Na realidade esta dualidade já
estava presente no verso 26 do capítulo anterior. Em João 14:26 quem envia o
Consolador é o Pai; em João 15:26 quem envia o Consolador é Jesus. Como
explicar esta aparente contradição?
Já
vimos que o Espírito de Cristo é o próprio Deus. Ambos compartilham o mesmo
pneuma (Espírito). Veja estas afirmações de Cristo:
“Tudo
quanto o Pai tem é meu...” - João 16:15.
“...para
que possais saber e compreender que o Pai está em mim e eu nele.” - João 10:38.
“Não
crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim?” - João 14:10.
Estes
versos nos dizem que tudo o que o Pai tem, também pertence ao Filho. Tudo!
Inclusive o seu próprio Espírito (pneuma). É por esta razão que Cristo está no
Pai e o Pai está no Filho, pois são um em espírito, ou seja, compartilham o
mesmo pneuma. Portanto, não há contradição entre João 14:26 e João 15:26. Jesus
envia o seu pneuma o Espírito Santo seu
Pai. Mat.1:18.
Sem
medo de errar, com certeza na convicção de que o Pai, Filho e Espírito Santo,
que: é o único e verdadeiro Deus e
Senhor Jesus Cristo.
QUE
PROCEDE DO PAI
O
verbo grego equivalente ao “proceder”, utilizado em João 15:26, é ekporeuomai.
O Espírito da verdade procede (ekporeuomai) do Pai. O significado deste verbo
no original é sair ou partir de dentro de. O verbo ekporeuomai é utilizado
também nos seguintes versos com exatamente o mesmo sentido original (partir de
dentro, do interior de):
“Não
só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede (ekporeuomai) da boca
de Deus.” - Mateus 4:4.
“O
que sai (ekporeuomai) do homem, isso é o que o contamina.” - Marcos 7:20.
“Então
vi sair (ekporeuomai) da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta
três espíritos imundos semelhantes a rãs.” - Apocalipse 16:13.
Em
João 15:26 o verbo ekporeuomai indica que o Espírito da verdade sai, ou parte
de dentro (do interior) do Pai. Isso enfraquece a teoria que defende o Espírito
da verdade (parákletos) como uma terceira pessoa, independente do Pai e do
Filho. O Espírito de Deus está dentro de Deus e não fora dEle. De dentro de
Deus o Espírito emana para os seus filhos.
JOÃO
16 – “CONVÉM QUE EU VÁ”
Passemos
a analisar o quarto verso bíblico que menciona o parákletos (Consolador):
“Convém
que eu vá, porque se eu não for, o Consolador (parákletos) não virá para vós;
mas se eu for, eu vos enviarei.” - João 16:7.
A
Bíblia deixa claro que o espírito de Deus já atuava entre os homens. Será que o
Consolador, também chamado de Espírito Santo, não estava atuando entre os
homens enquanto Jesus estava na terra? Sim, atuava! Lucas 2:25, sobre Simeão,
afirma que “o Espírito Santo estava sobre ele”. “Movido pelo Espírito foi ao
templo” (vs. 27). Em Lucas 1:15, o anjo disse a Zacarias que seu filho, João
Batista, seria “cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe”. Lucas
1:41 afirma que a mãe de João Batista, “Isabel ficou cheia do Espírito Santo”.
Sobre seu pai, Zacarias, a Bíblia também afirma que ficou “cheio do Espírito
Santo” (Lucas 1:67). A atuação do Espírito Santo é anterior à encarnação de
Cristo. Marcos 12:36 afirma que “Davi falou movido pelo Espírito Santo” (ver
também Atos 1:16). “Bem falou o Espírito Santo aos vossos pais pelo profeta
Isaías” (Atos 28:25). Além disso o Velho Testamento relata a manifestação do
Espírito de Deus sobre várias pessoas.
Por
que, então, Jesus afirmou que ele enviaria o parákletos apenas após sua
partida? Para responder a esta pergunta devemos novamente recorrer ao contexto,
ou seja, ao início do capítulo. A chave está no verso 6 do capítulo 16. O
coração dos discípulos se encheu de tristeza quando Cristo afirmou que iria
para Aquele que o enviara, para o Pai. O objetivo de Cristo era consolar seus
discípulos com a promessa do parákletos. A promessa deveria soar da seguinte
forma aos ouvidos dos discípulos: Não estarei mais com vocês em carne, mas
assim que eu partir (corporalmente), estarei convosco em Espírito, ou seja, o
meu pneuma (Espírito) estará com vocês.
Paulo,
certa ocasião, usou uma figura de linguagem semelhante:
“Porque
ainda que eu esteja ausente quanto ao corpo, contudo em espírito estou
convosco, regozijando-me, e vendo a vossa ordem e a firmeza da vossa fé em
Cristo.” - Colossenses 2:5.
É
evidente que Paulo usa uma figura de linguagem, pois ele não era onipresente:
não poderia estar fisicamente em um lugar e seu espírito em outro. Cristo
também estava utilizando figuras e simbolismos neste discurso. Ele mesmo
admitiu a utilização de discurso simbólico neste contexto:
“Disse-vos
estas coisas por figuras; vem a hora em que não vos falarei mais por figuras,
mas abertamente vos falarei acerca do Pai.” - João 16:25.
É
neste sentido figurado que o parákletos (ou espírito Santo, ou espírito de
Cristo) é prometido apenas para após a ascensão de Cristo. Não faria sentido
Cristo dizer que estaria com os seus discípulos através do seu espírito se ele
já estava com os discípulos em carne.
JOÃO
16 - “NÃO FALARÁ DE SI MESMO”
Ainda
no mesmo contexto, falando sobre o parákletos, Jesus disse:
“Quando
vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não
falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as
coisas que hão de vir.” - João 16:13.
Novamente
o Senhor Jesus repete sobre o parákletos o que já havia dito em João 14:17, que
o parákletos é o espírito da verdade. João 16:13 também afirma que este
“espírito da verdade” não falaria de si mesmo. Ora, essa característica de não
falar de si mesmo é conhecida daqueles que lêem o evangelho. Sobre quem foi
dito várias vezes que não falava de si mesmo? Como vimos, o espírito da Verdade
é o próprio espírito de Jesus Cristo e este declarou várias vezes que não
falava de si mesmo:
“Porque
eu não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, esse me deu mandamento
quanto ao que dizer e como falar.” - João 12:49.
“Não
crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos
digo, não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é quem faz as
suas obras.” - João 14:10.
“Se alguém quiser fazer a vontade de Deus, há
de saber se a doutrina é dele, ou se eu falo por mim mesmo.” - João 7:17.
“Muito
tenho que dizer e julgar de vós. Mas aquele que me enviou é verdadeiro, e o que
dele ouvi digo ao mundo.” - João 8:26.
“Quem
não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo
não é minha, mas do Pai que me enviou.” - João 14:24.
“Pois
lhes dei as palavras que tu me deste, e eles as receberam. Verdadeiramente
conheceram que sai de ti, e creram que me enviaste.” - João 17:8.
A
mensagem de Cristo não teve origem nele, mas em seu Pai. Cristo deixou este
fato bastante claro como pudemos confirmar nestes versos. Cristo não falava de
si mesmo. Por que então a mensagem do “Espírito da verdade” (que é o Espírito
de Cristo) deveria ter origem em si mesma? A origem da verdade está em Deus, o
Pai, e estas palavras de verdade foram transmitidas a nós através do Filho
Unigênito, quando estava entre nós, e hoje tais palavras são transmitidas pelo
espírito (pneuma) do Filho Unigênito, o parákletos. Mas os textos bíblicos
enfatizam qual é a origem das palavras da verdade: o Pai. Esta semelhança entre
as características do parákletos e de Cristo, não deixa dúvidas. O parákletos é
o próprio espírito de Cristo, não falando de si mesmo, mas transmitindo as
palavras do Pai. O parákletos não é uma terceira pessoa de uma suposta
trindade.
Vejamos
a seqüência do capítulo 16:
“Ele
me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.” -
João 16:14.
Há
três informações neste verso: (1) “Ele me glorificará”, (2) “Ele há de receber
do que é meu” e (3) “Ele vo-lo há de anunciar”. E a questão é: Quem é o “ele”
do verso 14? Sobre quem Jesus está falando? Sobre o parákletos? Sobre seu
próprio Espírito? Sobre o Pai? Ou sobre uma terceira pessoa da trindade? Quem é
o “ele” de João 16:14? A resposta está no verso seguinte:
“Tudo
o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse que há de receber do que é meu, e
vo-lo há de anunciar.” - João 16:15.
É
evidente que Jesus está falando a respeito do Pai nos verso 14 e 15. O verso 14
tem muita semelhança com o verso 15. Pare por alguns segundos e note as
semelhanças. É incontestável que o verso 14 refere-se ao Pai, pois este é quem
glorifica o Filho, e quem é o Pai de Jesus?
“Assim
também Jesus não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas o
glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei.” - Hebreus
5:5.
O
próprio Jesus admitiu que não poderia glorificar-se a si mesmo, mas que o Pai o
glorificaria:
“Respondeu
Jesus: Se eu me glorificar a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me
glorifica é meu Pai, do qual vós dizeis que é o vosso Deus.” - João 8:54.
– veja;Jo.4:24.
A
Bíblia mostra que a glorificação é um ato bilateral entre o Espírito Santo e o
seu Filho. O Pai glorificou o Filho e o Filho glorificou o Pai através de suas
obras:
“Depois
de assim falar, Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para
que também o Filho te glorifique... Eu te glorifiquei na terra, completando a
obra que me deste para fazer. Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti
mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.” -
João 17:1, 4 e 5.
Jesus,
falando sobre si mesmo, afirmou:
“Também
Deus o glorificará em si mesmo, e logo o há de glorificar.” - João 13:32.
Por
que Jesus interrompe seu discurso sobre o parákletos e fala sobre a glória que
receberá do Pai nos versos 14 e 15? Ora, a concessão do Espírito de Cristo em
sua plenitude não ocorreria imediatamente após a ascensão de Cristo, mas estava
condicionada à sua glorificação. Se Cristo não recebesse de volta a glória que
tinha antes da encarnação, continuaria despido dos atributos da divindade,
dentre os quais a onipresença. Como então poderia enviar seu Espírito para todo
o mundo? Por isso a ordem natural dos fatos deveria ser obedecida: Em primeiro
lugar Jesus deveria ser glorificado pelo Pai, posteriormente Jesus enviaria o
seu Espírito (parákletos).
“Quem
crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.
Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele
cressem; pois o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido
glorificado.” - João 7:38 e 39.
Fica
então evidente a razão de Jesus ter inserido em seu discurso um comentário
parentético sobre sua glorificação (versos 14 e 15). Jesus precisaria voltar a
ser Pai, Espírito Santo, e ser glorificado, e depois voltar espiritualmente
(enviando o seu pneuma). Com isto em mente, fica mais simples entender o verso
seguinte, o verso 16:
“Um
pouco, e não me vereis; e outra vez um pouco, e ver-me-eis.” - João 16:16.
Temos
neste verso uma clara menção ao breve período de tempo que Jesus permaneceria
pessoalmente (em carne) com os seus discípulos e depois subiria ao Pai (“um
pouco e não me vereis”). O verso conclui falando sobre o breve período em que
Jesus deveria receber de volta a glória da divindade enviando, logo em seguida,
o seu próprio Espírito (“e um pouco e ver-me - eis”).
Não
há dúvidas, o parákletos prometido por Jesus é ele mesmo em Espírito, é seu
próprio pneuma. Vejamos se João interpretou desta forma o termo parákletos
usado por Jesus.
Jo.16:25,
26 “Disse-vos estas coisas por figuras; chega, porém, a hora em que vos não
falarei mais por figuras, mas abertamente vos falarei acerca do Pai. Naquele
dia pedireis em meu nome, e não vos digo que eu rogarei por vós ao Pai;”
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