sexta-feira, 6 de março de 2020











FACULDADE DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS HOJE


CURSO LIVRE

DOS DONS MINISTERIAIS















DONS MINISTERIAIS
A PROVISÃO DE CRISTO PARA SUA IGREJA
Veremos sobre os dons ministeriais e espirituais. Depois da morte e ressurreição de CRISTO, acreditamos que os dons são um dos assuntos mais relevantes do Novo Testamento para a Igreja de CRISTO. Os dons espirituais e ministeriais são dádivas divinas para a Igreja atual. Alguns erroneamente afirmam que os dons foram apenas para a igreja do primeiro século. Esta afirmação contraria a Bíblia, que diz em Joel 2.28 " E há de ser, depois, derramarei o meu ESPÍRITO sobre toda a carne, vossos filhos e filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões". Os dons são para a Igreja de CRISTO até a sua Segunda Vinda. O apóstolo Paulo declarou aos coríntios que não devemos ser ignorantes a respeito dos dons (1Co.12.1).
A Igreja, como “Corpo de CRISTO”, precisa de poder, de unção e de manifestações espirituais, que se expressam genuinamente através dos dons espirituais. Esses dons são indispensáveis à unidade e à ação da Igreja, por diversas razões.
1) Na espera pela vinda de JESUS. Em toda a sua história, desde sua fundação por JESUS CRISTO, a Igreja tem sido a instituição mais atacada pelas forças do mal. Ela nasceu debaixo da perseguição. Impérios humanos tentaram destruí-la, apagando seu nome da face da terra. Filosofias humanistas e materialistas tentaram sufocá-la, abafando sua mensagem; sistemas políticos totalitários e ateístas, a serviço do Diabo, tentaram eliminar sua influência no mundo.
Os ataques contra a integridade espiritual da Igreja continuam, ao longo dos séculos. Como Noiva do Cordeiro, Ela precisa de poder para vencer às mais diferentes investidas malignas, durante a espera pelo Noivo. Ainda que, no século XXI, haja, no meio das igrejas locais, recursos que os primeiros cristãos não possuíam, em termos teológicos, educacionais ou tecnológicos, o único recurso que lhe dá condições de suplantar o império do mal é o Poder do ESPÍRITO SANTO. E este poder se manifesta na operação sobrenatural dos dons espirituais.
2) Os dons espirituais fazem a diferença. Na parábola das Dez Virgens (Mt 25.1-13), JESUS demonstrou a seus discípulos que a chegada do Noivo poderia demorar. As cinco virgens loucas representam a parte da Igreja que não estará preparada para esperar a Volta de JESUS. As virgens prudentes representam os crentes salvos, que, além de terem o “azeite” nas lâmpadas, ou em suas vidas e testemunho, têm “azeite” nas vasilhas de reserva.
O “azeite” representa a presença e o poder do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes que vão subir ao encontro do Senhor JESUS CRISTO (cf. 1 Ts
4.16,17). Os dons espirituais é que fazem a diferença, atuando no meio da igreja, nesses “tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1), em que a pecaminosidade e a rebeldia contra DEUS estão aumentando. Há milhares e milhares de “igrejas”, mas só vão subir ao encontro do Noivo os crentes salvos, santos e irrepreensíveis para a vinda de JESUS (1 Ts 5.23).
3) Os dons podem ser abundantes. A igreja de Corinto é um exemplo eloquente de que uma igreja cristã pode experimentar a ocorrência de uma variedade enorme de dons espirituais. Na introdução à sua primeira Carta aos Coríntios, Paulo tece considerações elogiosas àqueles crentes, acentuando que nenhum dom (espiritual) lhes faltava, “esperando a manifestação de nosso Senhor JESUS CRISTO” (1 Co 1.7), que os haveria de confirmar até o fim para serem” irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor JESUS CRISTO (1 Co 1.8).
4) Os dons são indispensáveis à evangelização. A missão da Igreja, levada a efeito através das igrejas locais, é de proclamar o evangelho. Nos tempos pós-modernos, a incredulidade, a frieza e a indiferença pelo evangelho de CRISTO é tão grande e tão latente, que, sem a manifestação espiritual de forma evidente, as pessoas não vão saber discernir entre os falsos evangelhos e o verdadeiro evangelho de JESUS. Sempre houve essa necessidade.

Nos primórdios da evangelização, através de JESUS CRISTO, as pessoas criam nEle, a ponto de multidões segui-lo, não só pela sua mensagem que tinha autoridade, e fazia diferença (Jo 7.46), mas, principalmente, por causa dos sinais e prodígios que Ele fazia.
Os dons espirituais devem ser utilizados na igreja, respeitados os requisitos e condições estabelecidos na palavra de DEUS.
1. OS DONS DEVEM SER EXERCIDOS COM AMOR
A divisão da Bíblia em capítulos só ocorreu em 1227 e, em versículos, em 1551.2 Quando se lê o capítulo 12 de 1 Coríntios, sobre os dons espirituais e se passa para o capítulo seguinte, sobre o amor cristão, tem-se a impressão de que são temas distintos. Na verdade, originalmente, antes da divisão da Bíblia em capítulos, o texto dos capítulos 12 a 14 trata do mesmo tema dos dons.
Paulo termina o capítulo 12, com sua belíssima dissertação sobre os dons espirituais, com uma exortação por demais relevante, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31 — grifo nosso). Que “caminho ainda mais excelente” é esse? A resposta vem de imediato, na ligação entre o último versículo do capítulo 12 e o primeiro versículo do capítulo 13, quando o apóstolo dá sequência ao seu precioso ensino sobre os dons espirituais. E afirma de modo peremptório: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria” (1 Co 13.1,2).
2. OS DONS DEVEM SER USADOS DE ACORDO COM A PALAVRA
A Palavra de DEUS deve ser a referência número um para qualquer atividade ou manifestação na igreja? “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho” (SI 119.105). E o ESPÍRITO SANTO quem inspira a Palavra de DEUS e a seus escritores. Logo, não há nenhuma justificativa para que um dom seja exercido em desacordo com os preceitos da Palavra de DEUS.

3. OS DONS NÃO DÃO ORIGEM A DOUTRINAS
A fonte primordial e única de qualquer doutrina, na igreja cristã, é a Palavra de DEUS. É altamente danoso para a integridade espiritual de qualquer igreja, quando um líder, ou um outro membro da igreja, apresenta como doutrina aquilo que não tem fundamento na Bíblia. Determinado obreiro ensinou que os crentes que possuem internet estão em pecado.  Para se dizer que algo é pecado é necessário fundamentar na Palavra de DEUS. Na realidade, tal ensino é fruto de opinião pessoal do líder. Do contrário, é imposição autoritária, que só traz prejuízo à obra do Senhor. Ensinar que quem usa a internet de maneira ilícita, para visualizar coisas que não agradam a DEUS, está pecando, é correto, mas afirmar que possuir internet é pecado é abuso de autoridade ministerial. Não há necessidade de outra fonte de doutrina além da Palavra de DEUS (G1 1.8,9).
4. QUEM TEM UM DOM DEVE SER MAIS HUMILDE
Os dons espirituais são parte das riquezas sobrenaturais, concedidas pelo ESPÍRITO SANTO aos servos do Senhor, com o objetivo de servir à igreja. Jamais o portador de um dom deve orgulhar-se e portar-se de modo arrogante ou autoritário. Deve agir, sabendo que “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de DEUS e não de nós” (2 Co.4.7). Nunca devemos esquecer de que o ESPÍRITO SANTO glorifica a CRISTO e não ao homem (Jo 16.14). Se o que tem o dom não tiver essa consciência de humildade, poderá perder a graça para usá-lo. DEUS não admite que o seu louvor seja transferido para ninguém.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 16-20.
Na Palavra de DEUS, encontramos três listas principais que tratam a respeito dos dons. As três listas se completam. Podemos encontrar a primeira lista em Romanos 12.4-8. Aqui estão relacionados os dons de serviço. A segunda lista está em 1 Coríntios 12 e nela encontramos listados os dons espirituais. A terceira relação se encontra em Efésios 4.11, onde encontramos os dons ministeriais. Tanto os dons de serviço quanto os ministeriais e espirituais têm como propósito a edificação do Corpo de CRISTO.
USANDO OS DONS DE MANEIRA A AGRADAR A DEUS
Os dons devem ser utilizados com um propósito específico, a fim de que o nome de CRISTO seja glorificado. Quem deseja os dons necessita compreender que toda a nossa capacidade e habilidade vem do Senhor. É uma capacidade sobrenatural, não é inata. Estas habilidades são resultado único da graça divina em nossas vidas.
No uso dos dons, o crente também precisa conscientizar-se de que o Corpo de CRISTO é formado por vários membros, com funções diferentes, mas isso não significa que um é mais importante que o outro. Todos têm o seu valor e devem funcionar em harmonia, visando o bem de todos. Não existe um dom que seja superior aos outros, eles se complementam para a glória do Senhor.
NÃO SEJA IGNORANTE QUANTO AOS DONS ESPIRITUAIS
Os dons é um assunto tão importante para a igreja, que Paulo exorta aos Coríntios a que todos sejam instruídos no assunto (1Co 12.1). A falta de conhecimento leva ao fanatismo, gerando sérios problemas. A cidade de Corinto era marcada pela idolatria. O Brasil também tem uma diversidade religiosa grande, muitos irmãos em nossas igrejas vieram de religiões idólatras, onde o uso de "poderes místicos" é comum. Precisamos estudar, à luz da Palavra, a respeito dos dons a fim de que venhamos discernir os verdadeiros dons do ESPÍRITO. A falta de ensino contribui para surgimento de muitas heresias.
DEUS, o Criador de todas as coisas, do universo, dos seres vivos e do homem, compraz-se em ser um doador de bênçãos. Faz parte de sua natureza divina, do seu caráter e de sua essência, conceder dádivas ou dons ao ser criado à sua imagem, conforme a sua semelhança. Ao criar o ser humano, homem e mulher, deu-lhes o sopro divino, o primeiro dom, o dom da vida.
DEUS propiciou a redenção da humanidade, com a promessa da “semente da mulher” (Gn 3.15), que haveria de ferir a cabeça da serpente, o Diabo e seus seguidores. JESUS, a maior dádiva de DEUS à humanidade, nasceria de uma mulher (cf. Is 7.14), para ser morto, em sacrifício pelo homem perdido, e tornar-se o vencedor do pecado, da morte e do Diabo. A salvação foi o maior dom de DEUS ao mundo (Jo 3.16). O dom da vida eterna, em CRISTO JESUS.
Na Nova Aliança (Novo Testamento), como parte do plano de DEUS, em CRISTO JESUS, Ele resolveu dar “dons aos homens” (Ef 4.8), após sua vitória sobre a morte e sobre todos os poderes do mal. Indo além dos “dons naturais”, JESUS resolveu capacitar seus servos, integrantes de sua Igreja, dando-lhes dons {carismas), que são postos à disposição de todos os salvos, no seio da comunidade cristã.
Os dons são “ferramentas”, por assim dizer, à disposição da igreja, para que essa exerça sua missão profética, de proclamadora do evangelho de CRISTO, de modo eficaz, contra “...os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.12), usando a “armadura do salvo”, na guerra espiritual sem tréguas a que todo salvo é submetido. Neste estudo, veremos o que são os dons, seu propósito e sua classificação, e como são postos à disposição dos salvos em CRISTO JESUS.
Nunca foi tão necessária a manifestação dos dons do ESPÍRITO SANTO, como nos dias atuais visto que estamos vivendo numa sociedade corrompida pelo pecado e enganada por falsos milagres e ensinamentos que contradizem o verdadeiro evangelho de Nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO.
Existe em toda a Bíblia Sagrada pelo menos quatorze palavras para referir-se a dons, cinco delas em hebraico e nove em grego. Porém o apóstolo Paulo emprega a palavra charisma, para indicar os dons do ESPÍRITO SANTO, as suas graças, gratuitamente conferidas para a obra do ministério (1 Co 12.4,9,28,30,31). A Palavra Charisma é usada por dezessete vezes no Novo Testamento, com certas variedades de aplicação.
As habilidades dadas a cada pessoa pelo ESPÍRITO SANTO são chamadas de dons espirituais. E capacita a quem os recebe para ministrar às necessidades principalmente do Corpo de CRISTO que é a Igreja. Nesta análise, de natureza introdutória, chamamos de “dons de DEUS” a todos os carismas concedidos por DEUS, de diversas formas, como recursos de origem divina, que têm o propósito de capacitar os salvos em CRISTO JESUS, como membros da Igreja, para que esta alcance sua Missão e seus objetivos, definidos pelo seu Senhor, Cabeça e Mestre.
DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE
“Mas a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”. (1Co 12.7). É uma das maneiras do ESPÍRITO SANTO manifestar-se através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do ESPÍRITO visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.
(1) As manifestações do ESPÍRITO dão-se de acordo com a vontade do ESPÍRITO (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).
(2) Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).
(3) É anticíclico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível.
Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que DEUS aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do ESPÍRITO, com o fruto do ESPÍRITO, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
(4) Satanás pode imitar a manifestação dos dons do ESPÍRITO, ou falsos crentes disfarçados como servos de CRISTO podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).

OS DONS ESPIRITUAIS
Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o ESPÍRITO SANTO concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
(1) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de DEUS ou a sabedoria do ESPÍRITO SANTO a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22).
Não se trata aqui da sabedoria comum de DEUS, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de DEUS e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).
(2) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo ESPÍRITO SANTO, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).
(3) Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo ESPÍRITO SANTO, capacitando o crente a crer em DEUS para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que frequentemente opera em conjunto com outras manifestações do ESPÍRITO, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
(4) Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades ou doenças e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de DEUS. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de CRISTO (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).
(5) Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de DEUS contra Satanás e os espíritos malignos (ver Jo 6.2).
(6) Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do ESPÍRITO da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do ESPÍRITO, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18).
Quanto à profecia, como manifestação do ESPÍRITO, observe o seguinte:
(a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de DEUS, sob o impulso do ESPÍRITO SANTO (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado (Observação minha - Ev. Luiz Henrique - e nem se trata de mandar alguém profetizar, pois a profecia é manifestação sobrenatural - não se pensa para falar).
(b) Tanto no AT, como no NT, profetizar é proclamar a vontade de DEUS e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3).
(c) A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31).
(d) A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de DEUS (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a CRISTO (12.3).
(e) O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de DEUS e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando DEUS usava um crente para isso (12.11).
(7) Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo ESPÍRITO, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do ESPÍRITO SANTO ou não (ver 14.29; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (ver Mt 24.5) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (ver 1Tm 4.1), esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja.
(Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Esse dom é muito útil para se descobrir sobrenaturalmente a origem das mensagens e manifestações sobrenaturais na Igreja, bem como, para se detectar a presença de demônios nas pessoas e sua consequente expulsão).
(8) Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do ESPÍRITO, notemos os seguintes fatos:
(a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (Observação minha - Ev. Luiz Henrique - existem 4 tipos de línguas espirituais - Língua para falar como o estrangeiro - 1 Co 14, Língua de oração recebida no batismo para edificação própria - 1 Co 14, língua para ser interpretada - 1 co 12 e língua para intercessão - Rm 8).
(b) O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o ESPÍRITO de DEUS, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com DEUS (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do ESPÍRITO SANTO, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20).
(c) Línguas estranhas faladas no culto devem ser, (Observação minha - Ev. Luiz Henrique - na maioria das vezes, pois algumas vezes é normal que todos se alegrem e falem em línguas juntos por um breve período de louvor e adoração a DEUS) -  seguidas de sua interpretação, também pelo ESPÍRITO, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6).
(d) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo ESPÍRITO, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28). (Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Paulo recomenda falar consigo mesmo, ou seja falar bem baixinho só para você mesmo ouvir, não atrapalhando outros a ouvirem a pregação ou ensino da Palavra de DEUS).
(9) Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo ESPÍRITO SANTO, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do ESPÍRITO SANTO. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13).
STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
OS DONS NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
A palavra “dom” tem vários significados no texto bíblico. No Antigo Testamento, escrito em hebraico, há várias palavras que traduzem o sentido de “dom”. Dentre elas, destacamos os termos mattan, com o sentido de alguma coisa oferecida gratuitamente, ou “um presente”, como em Provérbios 19.6; 21.14; ou como dote, dádiva (Gn 34.12). Há o termo maseth, que também significa “presente”, “dádiva” (Et 2.18; Jr 40.5); a mais usada, no entanto, é minchach, que ocorre duzentas e nove vezes, com o significado de “oferta”, “presente” (SI 45.12; 72.10). Em todas as ocorrências, o sentido é sempre o de algo que é dado ou oferecido gratuitamente. No Antigo Testamento, os dons eram concedidos a pessoas específicas, chamadas por DEUS para cumprir determinadas missões. Os dons não estavam à disposição de todo o povo de DEUS.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 11-12.
DOM
PALAVRAS ENVOLVIDAS
A tradução dom envolve um grande número de palavras hebraicas e gregas:
1. Mattan, palavra hebraica usada por cinco vezes: Gên. 34:12; Núm. 18:11; Pro. 18:11: 19:6: 21:14. Esse termo, e seus derivados, dão a entender algo oferecido gratuitamente (Pro. 19:6), a obtenção de um favor (Pro. 18:16; 21:14), a expressão religiosa de ação de graças (Num, 18:11), um dote (Gn. 34:12), a possessão de uma herança (Gên. 25:6; H Crô. 21:3: Eze. 46:16,17) ou mesmo um suborno (Pro. 15:27; Bel. 7:7).
2. Nisseth, «dom", «coisa elevada... Essa palavra hebraica é usada por apenas uma vez, em 11 Sam.. 19:42.
3. Maseth, «íom-, «peso», «elevação". Palavra hebraica usada por apenas duas vezes com o sentido de dom: Est. 2:18 e Jer. 40:5.
4. Shochaâ, «suborno», «recompensa». Palavra hebraica empregada por vinte e três vezes, como em Êxo. 23:8; Deu. 16:19; 11 Os, 19:7; Pro. 6:35; 17:8,23; Isa. 1:23; Eze. 22:12.
5. Minchah, «oferta .., «presente". Palavra hebraica usada por duzentas e nove vezes, embora apenas por trinta e cinco vezes com o sentido de «dom" ou «presente». Por exemplo: II Sam. 8:2,6; I Crô. 18:2,6; II Crô. 26:8; 32:23; Sal. 45:12; Gn, 32:13,18,20,21; 33:10; Jz. 3:15,17,18; I Sam. 10:27: I Reis 4:21; II Reis 8:.8,9; 11 Cr. 9:24; Sal. 72:10; Isa. 39:1: Os.10:6.
6: Didomi, «dar», que aparece por quatrocentas e treze vezes no Novo Testamento, em todas as conexões imagináveis, algumas vezes com a ideia de dar um presente qualquer e outras vezes, sem esse sentido. Ver Mat. 4:9; 5:31; Mar. 2:26; Luc. 1:32: João 1:12; Rom. 4:20: I Cor. 1:4; Efé. 1:17: Heb. 2:13: Tia. 1:5; I João 3:23,24; Apo. 1:1; 2:7,10,17; 8:2; 9:1, etc.
7. Anéthama, «algo devotado a DEUS». Palavra grega usada por sete vezes: Luc, 21:5: Atos 23:14; Rom. 9:3; I Cor. 12:3: 16:22; ou, 1:8,9.
8. Doma, «presente», que indica algum presente sagrado ou profano. Vocábulo grego utilizado por cinco vezes: Mat. 7:11: Luc. 11:13; Efé. 4:8 (Citando Sal. 68:19); Fil. 4:17.
9. Dôsis, «dom», indicando os múltiplos dons de DEUS, dados a todos, uma palavra grega usada por duas vezes: Fil. 4:15 e Tia. 1:17.
10. Dorea, que indica dons ou presentes de vários tipos, sagrados ou profanos. Palavra usada por onze vezes: João 4:10; Atos 2:38; 8:20; 10:45; Rom. 5:15,17; H Cor. 9:15; Efé. 3:7; 4:7; Heb. 6:4.
11. Dorema, uma palavra geral para «dom", usada em Rom. 5:16 e Tia. 1:17.
12. Merismôs, «dom.., palavra que se deriva da ideia de dividir. Usada por duas vezes: Heb. 2:4 e 4:12.
13. Cháns, palavra que também significa graça, mas que pode ter a ideia de «dom gratuito". Usada por uma vez, em 2 Cor. 8:4, para indicar ofertas enviadas para aliviar as necessidades dos santos.
14. Charisma, palavra para indicar os dons do ESPÍRITO, as suas graças gratuitamente conferidas, para a obra do ministério (I Cor. 12:4,9,28,30,31).
Além disso, enfoca o dom da graça de DEUS, que nos traz a salvação (Rom, 5-:15,16). Essa palavra é usada por dezessete vezes no Novo Testamento, com certa variedade de aplicações. Ver também Rom, 1:11; 6:23; 11:29; 12:6; I Cor. 1:7; 7:7; II Cor. 1:11: I Tim. 4:14; 11 Tim. 1:6; I Ped. 4:10. Essa palavra é usada principalmente para indicar alguma espécie de dom espiritual ou divino.
ATIVIDADE E ATITUDE DE QUEM DÁ.
Nas antigas sociedades neolíticas e da era do bronze, conforme somos informados através das evidências arqueológicas, a outorga de presentes era uma prática comum. As razões para a doação de presentes eram variadas e isso é refletido nas palavras hebraicas examinadas acima. Membros de uma família se presenteavam mutuamente como sinal de estima e amor. Esses presentes eram conferidos em ocasiões especiais, como por ocasião dos noivados, dos casamentos, de nascimentos e de morte. Também havia presentes dados a superiores, com a finalidade de agradar e esses presentes, algumas vezes, assumiam a natureza de suborno ou peita, quando algum favor especial era buscado, ou quando se esperava evitar que algum castigo fosse aplicado. A adoração religiosa requeria doações da parte dos participantes, a fim de que pudesse ser mantido o culto.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 211-212.
NO NOVO TESTAMENTO.
No Novo Testamento, escrito em grego, a palavra “dom” assume de igual modo significados diversos. O termo “doma” indica a oferta de um “presente”, “boa coisa” (Mt 7.11); o “pão nosso” é uma dádiva de DEUS (Lc 11.13); “dons”, concedidos por DEUS aos homens (Ef 4.8), com base no Salmo 68.19. A palavra cháris indica “dom gratuito”, ou “graça” (2 Co 8.4). O termo charisma é muito utilizado em estudos bíblicos, pois tem o significado de “dons do ESPÍRITO”, concedidos pela graça de DEUS, com propósitos muito elevados; é relacionado ao termo ta charismata, utilizado em 1 Coríntios 12.4,9,28,30,31, que tem o sentido de “dons da graça”. Há o termo grego ta pneumática, usado por Paulo, em 1 Coríntios 12.1; 14.1, que se refere a “dons espirituais”. Em o Novo Testamento, os dons de DEUS estão à disposição de todos os que creem, com a finalidade de promover graça, poder e unção à Igreja no exercício de sua missão, de forma que CRISTO seja glorificado.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 12.
Fl 4.15.Paulo aparentemente está lembrando seus amigos filipenses de que eles ocupavam um lugar único em suas atividades missionárias: nenhuma igreja se associou (gr. ekoinõnèsen), isto é, na obra do evangelho, comigo (Seesemann, op. cit., p. 33) no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros.
Os filipenses deram e eles também receberam, presumivelmente bens espirituais, da parte de Paulo (como em 1 Co 9:11; cf. Rm 15:27). Eles haviam sustentado Paulo em seus labores apostólicos, desde o começo. Até mesmo antes de ele deixar a Macedônia, os filipenses estavam envolvidos em seu duplo ministério.

UMA DÁDIVA PARA A IGREJA
Rm 12.6. Tendo, porem, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada - Os dons são vários; a graça é uma só.
Se profecia, considerada um dom extraordinário. - Profecia é para edificação, exortação e consolação - revela o relacionamento íntimo do crente ou a busca por esse relacionamento por parte do descrente).
Rm 12.7. Se ministério - Como diáconos. Se ensino Catecúmenos; para os quais  Instrutores particulares eram nomeados. Se exortação - Cuja responsabilidade particular era incentivar os cristãos ao serviço e ao conforta-los nas suas tribulações.
Rm 12. 8. O que preside - Aquele que cuida do rebanho. Quem exerce misericórdia de todas as maneiras. Com alegria - Regozijando-se quem tem tal oportunidade.
Wesley, John. Romanos: notas explicativas. Editora Cedro. pag. 89-90.
Rm 12.6 — Dons. A palavra grega (chárisma) é uma regência às habilidades determinadas por DEUS, as quais deveriam ser utilizadas para edificar os membros do corpo de CRISTO. Embora os dons de DEUS não possam ser cancelados ou mudados (Rm 11.29), eles podem ser administrados e podem ser desenvolvidos (1 Pe 4-10).
Profecia. Esta palavra é usada aqui como uma referência geral a todos os dons espirituais que envolvem o anúncio da Palavra de DEUS. Por exemplo, em 1 Co 14-3, o termo exortação é um dom relacionado à profecia. Em um sentido mais estrito, profecia significa a revelação da vontade de DEUS em uma situação particular (At 13.1-3).
Rm 12.7,8 — Ministério. Ou seja, serviço. Aqui são nomeados sete dons de serviço: socorro, misericórdia, fé, discernimento de espíritos, liderança, administração e mordomia.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 394.




CONHECENDO OS DONS ESPIRITUAIS
I Cor 12.4-6 — Dons. A palavra usada para dons, pela primeira vez, contrasta com pneumaúkon de 1 Coríntios 12.1. Charismata se refere a dons da graça de DEUS em cada cristão, por meio dos quais DEUS pode fortalecer Seu povo. Diversidade aparece nos versículos 4 ,5 e 6 sob a forma da mesma palavra grega. Observe a diversidade na obra da Trindade. No versículo 4, o ESPÍRITO distribui cada um deles ao cristão (1 Co 12.11). No versículo 5, o Filho de DEUS determina ao cristão o modo específico como o dom é manifestado no corpo (1 Co 12.12-27).
No versículo 6, o Pai provê a força ao cristão no exercício do dom (1 Co 12.28). DEUS opera Sua vontade por meio de Seu povo de muitas maneiras. Ninguém foi colocado no corpo para ser igual a outro membro nem para exercer a mesma função. O ESPÍRITO é o mesmo [...] o Senhor é o mesmo [...] o mesmo DEUS. Embora as pessoas recebam dons diferentes do Altíssimo, DEUS e Sua obra estão unidos. Sejam quais forem os dons que diversas pessoas tenham ou não, o único DEUS opera todas essas coisas (v. 11).
12.7-11 — A cada um para o que for útil expressa o principal ensino de Paulo sobre a obra do ESPÍRITO. DEUS opera nos cristãos para beneficiar todo o corpo, não simplesmente o cristão isoladamente (v. 25,26). O cristão é um veículo por meio do qual DEUS opera a fortificação e unidade de todo o corpo, e não a finalidade da obra de DEUS.
Porque a um [...] e a outro. As duas palavras gregas (allos [...] heteros) enfatizam a diversidade e iniciam uma lista de charismata que são distribuídos por DEUS por todo o Seu Corpo. Os vários charismata, ou dons da graça, são distribuídos para que haja diversidade no corpo unificado.
Os vários dons — de ciência, sabedoria, fé, de curar, operação de maravilhas, profecia, o dom de discernir os espíritos, a variedade de línguas, a interpretação das línguas — provavelmente, eram muito perceptíveis para os coríntios, mas é difícil para nós, dois mil anos depois, conhecermos sua natureza exata.


1 CORINTIOS.12.12-31
Paulo tenta ajudar os cristãos coríntios carnais a abandonarem seus desejos carnais e buscarem a unidade do corpo e servirem com os dons que DEUS lhes dera (v. 7,25,26).
12.12-14 — Porque [...] pois [...] Porque. Observe o desenvolvimento da ideia enquanto o ESPÍRITO de DEUS continua a dar a CRISTO a glória (Jo 16.12-14; 1 Co 12.3).
12.12.13 — Assim é CRISTO também. A analogia do corpo humano ilustra a necessidade de unidade na diversidade no Corpo de CRISTO.
12.13 — Um. O apóstolo continua a enfatizar a unidade: um ESPÍRITO, um corpo, um ESPÍRITO.
Todos os cristãos são batizados, formando o Corpo, na esfera do ESPÍRITO SANTO e, por isso, fazem parte do Corpo de CRISTO, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres. Ninguém é superior a ninguém na Igreja de CRISTO; todos entram da mesma forma: pela fé na promessa de Abraão (Gl 3.26-29). Cada um de nós tem a mesma porção do mesmo ESPÍRITO de DEUS: todos temos bebido de um ESPÍRITO (v. 13c).
Alguns dos coríntios — provavelmente os pneumatikon (v. 1) — acreditavam que somente determinados indivíduos com dons estavam, especialmente, em harmonia com o ESPÍRITO, mas Paulo põe cada cristão em pé de igualdade no ESPÍRITO. Dificilmente, beber se refere ao fato de todos participarem do mesmo cálice da ceia do Senhor. O ESPÍRITO não somente nos envolve no batismo, mas, uma vez que temos bebido dele, também habita em nós.
Outros assuntos podiam ser adiados até que o apóstolo pudesse ser capaz de realizar seu plano de visitar Corinto, mas o assunto abordado por ele nesta secção precisava ser resolvido logo: Mas sobre as coisas espirituais, isto é, os dons e poderes, irmãos, não quero que sejais ignorantes. Queria ensinar o uso correto dos dons espirituais, exatamente assim como lhes dera a informação correta sobre a celebração da ceia do Senhor. Pois com estes dons estava ligada certa porção de perigo, visto que eram, falando de modo mais geral, fenômenos sobrenaturais que procediam do ESPÍRITO e que pertenciam à Sua esfera. Ele, para colocar seus ouvintes na posição correta frente à admoestação que está para fazer, e para conservá-los no adequado estado de humildade quanto à sua total falta de mérito na aceitação destes dons, lembra-os de sua anterior situação gentia: Sabeis que uma vez éreis gentios, sendo levados aos ídolos mudos, do modo como éreis conduzidos. Aqui estão expressos dois pensamentos, a saber, que o paganismo é uma alienação do verdadeiro DEUS, e que ele é uma escravidão da pior espécie.
Ser conduzido ao culto de ídolos, os quais o apóstolo caracteriza como mudos, sem voz, Sl. 115. 5; 135. 16, caracteriza todo o mundo pagão. Os gentios são levados a este culto tolo e fútil. Seus sacerdotes sabem muito bem do fato que o que afirmam não tem fundamento. Conservam, porém, o povo sob supersticiosa escravidão. Segundo o aceno de seus sacerdotes os gentios ignorantes se prostravam em culto aos seus ídolos mortos, cuja mudez fazia parte de sua nulidade, e que jamais retornaram com uma só resposta, não importando quão urgente fosse a súplica. O conhecimento de sua situação anterior foi assim como sempre, fazendo, por meio do contraste, aparecer em suas mentes a graça de DEUS de modo ainda mais maravilhoso.
Os coríntios, porém, ainda não entenderam exatamente a maneira como o ESPÍRITO de DEUS realizou Sua obra em seus corações, como exercia Seu poder. Isto levou Paulo a prosseguir na instrução deles. Por isso, para que pudessem formar um juízo correto das operações e dos dons do ESPÍRITO, ele os informa que ninguém quando fala pelo ESPÍRITO de DEUS diz: JESUS está amaldiçoado; e ninguém pode dizer: JESUS é Senhor, se não somente pelo ESPÍRITO SANTO. Os espíritos da falsidade e o da verdade estavam lutando entre si em Corinto, e aqui está registrado o grito de guerra de cada partido. Aquilo que estava amaldiçoado ou anátema, no sentido como usado pelos judeus, era votado a DEUS para a destruição, como estando sob Sua maldição. Dizer que alguém ou alguma coisa era anátema foi pronunciar o juramento da execração sobre a pessoa ou coisa em questão.
Os judeus fanáticos fizeram este seu brado em seu ataque incessante contra a religião cristã, e a expressão tão chamativa foi capaz de ser abarcada pelas hordas gentias sempre que foi colocada em movimento qualquer demonstração contra os cristãos. Desde o princípio estava, pois, certo que ninguém que usava esta forma de blasfêmia podia ser considerado como alguém que falava pelo ESPÍRITO de DEUS. Sem interessar qual fosse neste sentido sua pretensão, o fato permaneceu que um tal blasfemador estava e precisava permanecer fora do âmbito do cristianismo até que mudasse completamente. Nesse ponto também merece ser considerada a observação de Lutero: “Pois o que ele aqui chama ‘amaldiçoar JESUS’ não é somente isto, que uma pessoa blasfema publicamente e amaldiçoa o nome ou a pessoa de CRISTO, como o fizeram os judeus ateus ou os gentios.... mas [isto também é feito] quando qualquer um dentre os cristãos louva o ESPÍRITO SANTO, mas não prega corretamente a CRISTO como o fundamento de nossa salvação, mas o negligencia e o rejeita em favor de algo diferente, com o pretexto que isto se deriva do ESPÍRITO SANTO e é muito melhor e mais necessário do que a doutrina comum do evangelho.”15) Por outro, a sincera confissão: JESUS é Senhor, é um produto de verdadeira fé, e por isso não pode ser feito pela razão e força de qualquer pessoa. Cf. 1.Jo. 4. 2ss. É um reconhecimento de CRISTO com a plena percepção de Sua obra da redenção, tal como operada pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Mas, visto que esta confissão pública é a obra principal dos pastores cristãos, segue que estas obras do apóstolo se aplicam a estes com força invulgar. “Chamar JESUS o Senhor é confessar-se Seu servo e só buscar sua honra, como alguém que foi enviado por Ele ou que tem Sua palavra e mandamento. Pois aqui ele fala principalmente do ofício que prega de CRISTO e que traz Seu mandamento. Onde este ministério está em uso e dirige as pessoas a CRISTO (como para o Senhor), isto com certeza é a pregação do ESPÍRITO SANTO.... Desta forma também não pode ser feito sem o ESPÍRITO SANTO, quando qualquer cristão em seu labor ou em sua situação chama com toda sinceridade CRISTO seu Senhor, isto é, conclui com certeza que nisso O está servindo.”16)
Esta unidade na fé e na confissão traz agora ricos frutos em “distribuições de dons da graça, serviços e trabalhos”: Mas há distribuições, diversidades, variedades de dons, mas o mesmo ESPÍRITO; e há variedade de ministérios, mas o mesmo Senhor; e há variedades de efeitos, mas o mesmo DEUS que opera, que realiza, tudo em todos. Aqui o apóstolo contrasta os ídolos mudos dos gentios com o DEUS trino onipotente dos cristãos, sendo que o primeiro é incapaz de falar ou de exercer qualquer poder, mas o último se revela com onipotente poder na igreja e na congregação dos santos. O ESPÍRITO, o Senhor e DEUS Pai estão incessante e graciosamente ativos na edificação da igreja por meio dos talentos que concederam aos cristãos individuais. Todos os eminentes dotes, qualificações, capacidades dos cristãos, e que são algo particular à sua condição como cristãos, sejam os de curar, de milagres, de línguas, de profecia, de excelente exposição da Bíblia, de edificante aplicação da palavra, são concedidos pelo ESPÍRITO SANTO, por aquele um ESPÍRITO. E estes dons maravilhosos da graça são aplicados na igreja nos vários ofícios e ministérios, que são as múltiplas funções e esferas de trabalho, Ef. 4.12, mas sempre sob a direção do único Senhor, JESUS CRISTO, o Rei da Igreja, e afeitos a Ele. É no interesse Dele que os cristãos sempre deviam usar seus dons, cada um sem exceção qualquer na forma como CRISTO lhos repartiu. Pois, somente quando os vários dons, nos multiformes ofícios e postos, forem usados no serviço do único Senhor, será alcançado o propósito do Senhor quando concedeu os dons. Desta forma há, finalmente vários efeitos das atividades dos cristãos, proporcionais aos dons e à sua posição de trabalho. Mas é um só DEUS que constantemente efetua tudo quanto é necessário para o bem de Sua igreja, e Ele reparte a todos os verdadeiros cristãos incessantemente do rico tesouro dos Seus dons. Desta forma o DEUS trino é o manancial de toda graça e poder na igreja, sendo o despenseiro imediato de todo bem e dom perfeito. “O ESPÍRITO acende o fogo dos dons da edificação, o Filho direciona os raios dos ministérios da edificação, o Pai cria o calor das forças de edificação: Numa essência indivisa o DEUS trino governa Sua igreja; que insulto causar divisões em seu meio!”17)
KRETZMANN. Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concórdia Publishing House.

Essa fórmula paulina indica os assuntos que merecem nossa cautelosa atenção. (Ver I Cor. 10:1 e comparar com Rom. 1:13; 11:25; II Cor. 1:8; I Tes. 4:13). Porém, também pode estar subentendido que a despeito de todo o seu pretenso conhecimento, bem como da posse de tais dons, devido ao seu abuso, faltava-lhes o conhecimento essencial a respeito desses dons e de seu propósito. Aqueles coríntios vinham usando os dons espirituais para sua própria exaltação, como parte de suas facções e de sua adoração a «heróis», ao invés de fazerem-no para a glória de CRISTO. Ora, isso era uma «ignorância» essencial sobre a questão da natureza e do uso dos dons espirituais.
«...irmãos...» Essa palavra é de vez em quando usada por Paulo para suavizar suas declarações ásperas, mostrando seu afeto, reconhecendo que estava identificado com eles, em CRISTO, conforme tem sido frequentemente empregado em outros trechos desta epístola. (Ver I Cor. 1:11,26; 2:1; 3:1 e 10:1). Paulo também empregou a expressão «meus amados», em I Cor. 10:14. Mas, em I Cor. 11:1, volta ele a empregar a palavra «irmãos».
«...ignorantes...», isto é, acerca dos meios, dos usos e dos propósitos dos dons espirituais, especialmente em face do fato que servem para exaltar a JESUS CRISTO e devem proceder da parte do ESPÍRITO SANTO (ver o terceiro versículo deste capítulo), em contraste com sua anterior idolatria, que envolvia todas as modalidades de elementos prejudiciais (ver o segundo versículo). Os verdadeiros dons espirituais e seu devido emprego devem ser encarados como um sinal digno de confiança que os crentes de Corinto tinham abandonado sua adoração idólatra, pertencendo agora a um novo Senhor. Porém, os abusos por eles cometidos punham tudo isso em dúvida.
O grande derramamento do ESPÍRITO, que se observa na posse e uso dos autênticos dons espirituais, é tema da profecia de Joel. Até mesmo a antiga literatura judaica se referia ao mesmo como sinal da «nova era». Porém, o emprego desses dons espirituais deve ser feito de acordo com regras espirituais, pois, de outro modo, nada significarão.
«Tendo os crentes de Corinto se desviado de um cristianismo simples, prático, agora empregavam os dons do ESPÍRITO sem qualquer preocupação de edificarem a igreja. Antes, davam maior valor às características mais espetaculares, aquelas que eram capazes de mais facilmente impressionar os sentidos. Por essa razão é que Paulo se sentiu constrangido a instruí-los no ‘verdadeiro e correto uso desses dons, advertindo-os contra a possibilidade de confundir a inspiração genuína com a excitação fanática (Neander, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 189-190.
A CERCA DOS DONS MINISTERIAIS
Ministérios são serviços ou funções exercidos na igreja local, como parte do Corpo de CRISTO, que é a sua Igreja. No âmbito cristão, ministérios são serviços que devem ser exercidos por pessoas que tenham a mentalidade de servas de CRISTO. Quem não pode ser servo não pode ser ministro na Igreja de CRISTO. Ele disse que não veio para ser servido, mas para ser servo (Mt 20.28).
O LADO ESPIRITUAL DA IGREJA
Igreja de JESUS CRISTO é espiritual e humana. No lado espiritual, precisa de poder espiritual, de sabedoria espiritual, de capacitação espiritual. Daí, a necessidade dos dons espirituais, como foi visto no item anterior. O lado espiritual reflete a natureza da Igreja como organismo, ou o Corpo de CRISTO, Paulo discerniu bem o aspecto espiritual da Igreja, como organismo espiritual ao dizer: “Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, CRISTO, do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4.15,16).
O LADO HUMANO DA IGREJA
No lado humano, a Igreja precisa de liderança. E esta não pode ser exercida apenas pela capacidade humana, intelectual, teológica, por mais que tais capacitações sejam importantes. A liderança eclesiástica deve ser espiritual, ministerial e administrativa. Os ministérios ou serviços (gr. diakonion), indispensáveis ao ordenamento e o funcionamento da igreja dependem da graça de DEUS. Os dons ministeriais fortalecem a unidade da Igreja, atuando de modo equilibrado ao lado dos espirituais. Os líderes cristãos podem ter formação secular ou teológica, mas não podem prescindir da legitimação através dos dons que os capacitam para liderar o Corpo de CRISTO na Terra. Antes de tudo, precisam ter convicção da chamada de DEUS para serem servos-líderes.
JESUS, o Dono e Senhor da Igreja, só dá dons a homens que têm esse perfil de homens-servos. Os dons espirituais estão à disposição de todos os crentes, de todos os salvos. Mas os dons ministeriais são específicos para homens que têm a chamada de DEUS para o ministério de servir à Igreja.
Elinaldo Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 20-21.
EFÉSIOS. 4.11.
Paulo passa a falar agora dos dons específicos que Ele deu aos homens. A luz dos versículos 7, 8 não devemos entender concedeu como um mero equivalente para “designou”. Todos, em seus ministérios particulares, são dons de DEUS à Igreja. “Devemos a CRISTO o fato de termos ministros do evangelho”, diz Calvino. A Igreja pode indicar homens para diferentes trabalhos e funções, mas, a menos que tenham os dons do ESPÍRITO e sejam, portanto, eles mesmos os dons de CRISTO à Sua Igreja, sua indicação será sem valor. A expressão também “serve para lembrar aos ministros que os dons do ESPÍRITO não são para enriquecimento pessoal, e sim para enriquecimento da Igreja” (Allan).
Se esta epístola tivesse sido escrita numa data posterior, conforme o pensamento de alguns, seria quase impossível não existir referência ao ministério local dos bispos, presbíteros e diáconos, os quais se tornaram da maior importância para a Igreja. Assim, o apóstolo não está pensando nos ministros de CRISTO em seus ofícios, mas sim em seus dons espirituais específicos e suas tarefas, e havia muitos que não estavam limitados a uma determinada localidade no exercício de suas funções para a edificação da Igreja. Este fato explica a seleção que encontramos aqui e na lista semelhante em 1 Coríntios 12:28.
Em primeiro lugar estavam os apóstolos. A palavra apóstolos é usada no Novo Testamento com três sentidos diferentes. Podia significar simplesmente um mensageiro, como é aparentemente o caso em Filipenses 2:25 sentido esse que podemos deixar de lado aqui. Era usada acima de tudo para os doze, que por todo o Novo Testamento ocuparam uma posição especial e preeminente (1 Co 15:5; Ap 21:14). Mas lemos a respeito de outros como apóstolos, não apenas o próprio Paulo e Barnabé (At 14:14), mas também Tiago, o irmão do Senhor (G1 1:19), Silas (1 Ts 2:7), e Júnias e Andrônico que são mencionados apenas em Romanos 16:7. De fato, parece terem existido alguns que podem ser verdadeiramente chamados de apóstolos (1 Co 15:7), mas que não conhecemos nem de nome. De acordo com as palavras de Paulo em 1 Coríntios 9:1 parece que uma das qualidades para o apostolado era a de ter visto o Senhor JESUS ressurreto, e de ter sido enviado por Ele, e, dessa forma, ter assumido pessoalmente o compromisso como membro considerado fundador (Ef.2:20), consagrado ao trabalho de edificação da Igreja. 1 Se a qualificação para ser apóstolo era a de ter visto o Senhor ressurreto e de ter sido enviado por Ele, a prova de ser apóstolo eram seus labores no poder de CRISTO, inclusive “por sinais, prodígios e poderes miraculosos” (2 Co.12:12).
Os profetas estavam intimamente associados a eles na obra da edificação da Igreja a partir de seus fundamentos e eram, portanto, essenciais como dons de CRISTO à Igreja. É difícil, para nós, ver de uma forma isolada o ministério dos profetas, mas eles se destacam claramente no Novo Testamento como homens de fala inspirada, cujo ministério da palavra foi da máxima importância para a jovem Igreja. As vezes podiam prever o futuro, como em Atos.11:28 e 21:9, 11, mas tal como os profetas do Antigo Testamento, sua grande obra era proclamar a palavra de DEUS. Isto podia acontecer quando mostravam os pecados dos homens com poder convencedor (1 Co.14:24), ou quando fortaleciam a Igreja pela palavra de exortação. Esta segunda ideia está claramente ilustrada em Atos.15:32, onde se diz que “Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com muitos conselhos e os fortaleceram”.
Os escritos apostólicos começavam a ser lidos largamente e aceitos como autorizados, e estes foram paulatinamente substituindo a autoridade dos profetas. Ao mesmo tempo, o ministério local assumiu cada vez mais importância, maior que a dos ministros itinerantes, e a isto, acrescentou-se o problema de que surgiram muitos falsos mestres e “profetas” por conta própria que iam de lugar em lugar, como vendedores ambulantes, cada um a oferecer sua mercadoria.
A seguir, vêm os evangelistas. Apenas duas outras referências no Novo Testamento aos evangelistas podem nos guiar às suas funções e trabalho. Em Atos.21:8 Filipe, cujas quatro filhas eram profetisas, é chamado de evangelista, e em 2 Tm.4:5 Paulo chama Timóteo para fazer “o trabalho de um evangelista”. Podemos presumir que o trabalho deles era uma obra itinerante de pregação orientada pelos apóstolos, e parece ser justo chamá-los de “a milícia missionária da Igreja” (Barclay).
Não vejo evangelistas como itinerantes somente já que Timóteo dirigia igreja, bem como Filipe, sendo que ambos eram evangelistas, assim chamados nas escrituras - vejo que o ministério de evangelista é dado a homens que levam Palavra de DEUS a multidões, seja através de qualquer meio de propagação que utilizar, sendo que dons do ESPÍRITO SANTO operam em seus ministérios.
Juntos então, aparecem os pastores e mestres (palavras ligadas pelo mesmo artigo em grego). É possível que esta frase descreva os ministros da igreja local, enquanto as três primeiras categorias são consideradas como pertencentes à Igreja universal. Mais provavelmente, o pensamento dominante é ainda de funções e dons espirituais. Apóstolos e evangelistas têm a tarefa específica de plantar a Igreja em cada lugar, profetas a de trazer uma palavra específica de DEUS para uma dada situação. Os pastores e mestres são dotados para assumirem a responsabilidade pela edificação da Igreja dia a dia. Não há uma nítida linha divisória entre os dois. Os deveres do pastor são: prover o rebanho de alimento espiritual e procurar protegê-lo de perigos espirituais. Nosso Senhor utilizou esta palavra em João 10:11,14 para descrever Sua própria obra, sendo sempre Ele mesmo, o sumo Pastor (Hb 13:20; 1 Pe 2:25; 5:4), sob Quem os homens são chamados a pastorear “o rebanho de DEUS” (1 Pe 5:2; Jo 21:15; At 20:28). Cada pastor deve ser “apto para ensinar” (1 Tm 3,2; Tt 1:9), embora seja evidente que alguns possuem preeminentemente o dom de ensino, e pode-se dizer que formam uma divisão particular do ministério dentro da Igreja e que são um dom especial de CRISTO a Seu povo (At 13:1; Rm 12:7, 1 Co 12:28).
O propósito dos dons espirituais que acabam de ser mencionados. A diferença de preposições em grego indica que elas não podem estar separadas, pois a segunda frase é dependente da primeira, e a terceira é dependente das duas que a precedem. Em primeiro lugar portanto, o ministério da Igreja lhe é entregue com vistas ao aperfeiçoamento dos santos. A palavra usada (katartismos) não se encontra em qualquer outro lugar do Novo Testamento, embora o verbo correspondente seja usado no sentido de consertar alguma coisa (Mt.4:21); de DEUS ter formado no princípio o universo de acordo com o modelo e ordem pretendidos (Hb.11:3); e de restaurar a saúde espiritual de alguém que sofreu queda (G1.6:1). Todavia, a palavra pode ter o sentido de “aperfeiçoar” o que está deficiente, na fé dos cristãos (1 Ts.3:10; Hb.13:21; 1 Pe.5:10) e podemos dizer com Robinson que a palavra dá a ideia de “levar os santos a tornarem-se aptos para o desempenho de suas funções no Corpo, sem deixar implícita uma restauração de um estado desordenado”. Alcançar tal condição não é um fim em si mesmo, mas tem um propósito que é de habilitá-los para o desempenho do seu serviço. Tão claramente quanto no versículo7, isto deixa implícito que cada cristão tem um serviço a desempenhar, uma tarefa e função espirituais no corpo. A palavra empregada aqui (diakonia; ou o verbo correspondente) diz respeito ao serviço feito pelos servos da casa (Lc.10:40; 17:8; 22:26s; At.6:2), refere-se, portanto, não só ao trabalho específico daqueles que vieram a ser conhecidos como “diáconos”, mas é usada também num sentido mais geral da palavra que se refere a todo “serviço” da igreja (3:7).
O que é feito para os santos, e pelos santos, é para a edificação do corpo de CRISTO. A palavra oikodome foi utilizada em 2:21, mas tem aqui um sentido mais amplo. A Igreja vai sendo construída e aumentada e seus membros são edificados, à medida que cada membro usa seus dons individuais segundo o que o Senhor da Igreja ordena, e, desta forma, cada crente desempenha um serviço espiritual para com seus companheiros no Corpo e para com a Cabeça. Não há necessariamente confusão de metáforas quanto ao sentido dado a oikodomê com o corpo, mas o apóstolo acha que a metáfora do corpo é mais adequada do que qualquer outra por causa do que deseja falar logo adiante a respeito do crescimento e unidade da Igreja.
EFÉSIOS.4:12,13.
Todas as três frases no versículo 12 descrevem o processo que ocorre na vida da Igreja. Mas o apóstolo jamais poderia pensar em um processo sem fixar os olhos no alvo. O ponto de chegada da jornada da Igreja é descrito de três modos. O primeiro é a unidade da fé. Quando a fé (veja comentário sobre o versículo 5) é corretamente participada, pessoas com diferentes origens de erro e ignorância chegam a uma compreensão crescente da única “esperança”, a uma dependência também crescente do único “Senhor”, e, assim sendo, a uma apreciação progressiva do único “corpo”. O alvo, portanto, deve ser a unidade na fé.
Segundo, embora já se tenha dito o suficiente para tornar isto evidente, enfatiza-se que fé não é apenas aceitar-se uma coleção de dogmas, e obter-se assim a unidade. É algo mais profundo e mais pessoal. É a unidade no pleno conhecimento do Filho de DEUS (veja comentário sobre Ef.1:17). Jamais conheceremos uma pessoa apenas com a mente; e o conhecimento de uma tal Pessoa deve envolver a mais profunda comunhão. Pois esta Pessoa é o Filho de DEUS, e esta é uma das raras vezes, em todas as epístolas paulinas, que este título aparece (Rm.1:4; G1 2:20; 1 Ts 1:10). Quando Paulo fala da relação do Senhor com Sua Igreja e com o propósito do Pai, em geral usa o título “CRISTO”, mas “quando O descreve como o objeto daquela fé e conhecimento em que nossa unidade será finalmente compreendida” (Robinson), fala dEle em Sua posição única como o Filho de DEUS.
Mas esse conhecimento, que é comunhão com o Filho de DEUS, envolve a experiência plena de vida “em CRISTO”, e, portanto, de desenvolvimento até a perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de CRISTO. Todas as diferentes expressões aqui falam de maturidade. A palavra traduzida por perfeita (TELEIOS) possui a conotação de desenvolvimento pleno em 1 Coríntios 2:6; 14:20 e Hebreus 5:14. Varonilidade significa aqui o estado de ser adulto, como em 1 Coríntios 13:11, onde a palavra também é contrastada com NÊPIOS, que é usada no próximo versículo aqui para designar crianças. O singular, além do mais, expressa novamente o pensamento de que maturidade envolve unidade; os “muitos” devem se tornar um “novo homem” (2:15). Então a palavra usada para estatura, que pode ter o sentido de idade (Jo.9:21, 23) ou de estatura física (Lc.19:3), fala figuradamente de maturidade, cujo padrão é nada menos que a plenitude de CRISTO. Tal como em 1:23, alguns interpretam esta expressão como “a medida do CRISTO perfeito”, perfeição esta que Ele atinge ao preencher-se de Sua Igreja. Outros entendem a expressão como aquilo que CRISTO preenche. Parece-nos que a melhor interpretação é a mesma que de 1:23, isto é, como posse completa dos dons e graça de CRISTO, os quais Ele procura dar aos homens. Ele mesmo possui a própria plenitude de DEUS (Cl.1:19; 2:9); Ele quer que o cristão seja preenchido de tudo o que Ele possa comunicar. É irrelevante que este alvo possa ou não ser alcançado nesta vida. O importante é que o cristão deve marchar firme para frente levado por esta alta ambição.
Ef.4.14. Não mais deve haver imaturidade, que é própria de meninos (NÊPIOI), e que é caracterizada pela instabilidade face às pressões das diferentes doutrinas e padrões de vida. A expressão agitados de um lado para outro corresponde à forma verbal do substantivo KLUDÕN, que diz respeito a um barco sacudido pela tempestade e levado ao redor. O verbo grego PERIPHERO que se encontra traduzido mais vivamente na NEB amiúde dá a ideia de uma agitação tão violenta que pode tontear uma pessoa. Os cristãos já percebiam a necessidade de se manterem firmes contra os vários tipos de vento de doutrina que a epístola correlata — Aos Colossenses — bem mostra. Suas atividades são primeiramente descritas pela palavra KUBIA, que literalmente significa “jogar dados”, dando então a ideia de trapaça, fraude ou artimanha, e, segundo, por astúcia (PANOURGIA), palavra que foi usada como relação aos inquisidores de nosso Senhor em Lucas 20:23 e em 2 Coríntios 11:3 acerca da astúcia da serpente. Quando os homens se desviam do caminho da verdade (a palavra grega PLANÊ, “erro”, significa literalmente “desvio”), não hesitam em usar planos enganosos e meios astutos para levar outros a segui-los.
O indivíduo instável e sem leme é facilmente desviado de seu rumo, pois não existem apenas aqueles que são enganados e se desviam sem o perceber, mas há também aqueles que aguardam a ocasião, e induzem outros ao erro (2 Tm.3:13).
EFÉSIOS 4.15.
Os pregadores da verdade, por sua parte, não podem nem devem usar esses métodos (2 Co.4:2); devem agir com toda simplicidade e retidão, mas ao mesmo tempo estarem prevenidos quanto aos métodos que seus inimigos podem usar. São embaixadores da verdade e devem ser encontrados seguindo a verdade. Além do mais, devem fazê-lo em amor. Os membros só podem ser saudáveis e fortes quando cada um é obediente ao Seu controle. O próximo versículo desenvolve este ponto.
Ef.4.16. É somente de CRISTO, como Cabeça, que o corpo recebe toda sua capacidade para crescer e para desenvolver sua atividade, recebendo assim uma direção única para funcionar como entidade coordenada. Em outras palavras, o corpo depende para seu crescimento e atividade: da direção do Senhor, de Sua provisão para tudo o que necessita (compare versículos 11, 12), e também do bom relacionamento entre os membros.
A “energização” de DEUS no corpo todo torna possível este funcionamento de cada parte, em sua medida e de acordo com sua necessidade.  Esta pequena frase aparece novamente (1:4; 3:17; 4:2; 5:2), pois o amor determina que cada membro procurará a edificação de todos. Então, sem dúvida, se houver a comunhão da convivência em amor e a demonstração da verdade em amor, o aumento numérico virá como consequência natural.
Francis Foulkes. Efésios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 97-104.
EFÉSIOS. 4.11.
O mesmo que levou cativos os poderes também concedeu dons à sua igreja: “os apóstolos, os profetas, os evangelistas, os pastores e mestres”. Diferentemente do v. 7, onde se falava da distribuição de dons individuais para todos os membros da igreja, Paulo aqui designa determinadas pessoas como dom de CRISTO.
Em vista da proximidade do presente trecho com Ef.1.20-23 é preciso chamar atenção para o fato de que em Ef 1.22 o CRISTO exaltado foi “concedido” como cabeça sobre a igreja toda. Logo CRISTO é a “dádiva principal” para sua igreja, no seio da qual ele próprio “concede” determinadas pessoas.
De modo diverso da listagem análoga em 1Co.12.28-30, Paulo emprega aqui o artigo definido para cada uma das pessoas. Isso permitiria concluir que na carta aos Efésios não se trata da tarefa em geral, mas do grupo claramente delimitado de representantes incumbidos do serviço específico. Essa diferença também é constatável em relação a Rm.12.6s, onde são arroladas não as respectivas pessoas, mas cada uma das atividades: profecia, diaconia, exortação, etc.
No mesmo sentido Paulo havia falado também em Ef 2.20 do “fundamento dos apóstolos e profetas” e em Ef 3.5 de “seus santos apóstolos e profetas”. Diante das demais considerações em Ef 4.12ss, parece que essa ênfase refere-se especificamente às tarefas de proclamação, direção e ensino. Por isso não são mencionados aqui outros dons da graça que aparecem em Rm 12 e 1Co 12.
Não se deve esquecer que também na primeira carta aos Coríntios os dons da palavra e as pessoas agraciadas com eles aparecem no começo das respectivas listas, de modo que o tratamento do conflito causado por fenômenos entusiastas é marcado por uma clara premissa: isso diz respeito em 1Co.12.8 à palavra da sabedoria e à palavra do conhecimento, dadas pelo ESPÍRITO, e em 1Co.12.28 “primeiramente a apóstolos, em segundo lugar a profetas, e em terceiro lugar, a mestres”. A combinação de “profetas e mestres” ocorre em At.13.1. Em 1Tm.2.7 (também em 2Tm.1.11) Paulo relaciona consigo mesmo o serviço de “pregador” (cf. “evangelista”), apóstolo e mestre (dos gentios). É digno de nota que também esse trecho está visivelmente próximo de Ef 4.4ss: a confissão do único DEUS e do único Mediador entre DEUS e os humanos, que se “deu” como pagamento de resgate, é seguida pela transição para a investidura de Paulo como “arauto” desse evento de salvação.
Segundo esse pensamento CRISTO presenteou sua igreja com dons, é, com pessoas incumbidas e capacitadas que possuem uma relevância fundamental para a construção e o crescimento da igreja. Trata-se aqui daqueles que proclamaram e explicaram o evangelho da salvação em JESUS CRISTO de acordo com a situação atual dos ouvintes, bem como firmaram, exortaram e encorajaram as incipientes igrejas através dessa palavra.
Nesse contexto duas coisas são irrenunciáveis: a importância das referidas pessoas como “detentores de cargo” não vem delas mesmas. Pelo contrário, são presentes do Senhor à igreja dele. Elas, por sua vez, receberam seus dons daquele que é o verdadeiro presente para a igreja (Ef.1.23). Possuem importância fundamental para a constituição da igreja, motivo pelo qual de forma alguma podem ser arbitrariamente substituídos.
Ef.4.12 A finalidade para a qual CRISTO concedeu os “dons” é indicada por meio de três segmentos da frase. A concatenação das diversas afirmações entre si apresenta alguns problemas. Em especial cumpre esclarecer se a parte intermediária “para a obra do serviço” se refere aos santos ou aos “detentores de cargos” no sentido daqueles que são incumbidos “de uma obra do serviço”. Uma vez que isso não pode ser decidido unicamente com base na estrutura gramatical, é preciso dar a seguinte explicação a partir do contexto: as diversas pessoas incumbidas foram dadas “para o preparo (grego: pros) dos santos para (grego: eis) a obra do serviço, para (grego: eis) a edificação do corpo de CRISTO”. Portanto, o sentido seria este: os “detentores de cargos” têm a tarefa de preparar os crentes a fim de que eles por seu turno possam assumir serviços. O corpo de CRISTO é edificado por meio de ambas as atividades – o preparo por meio dos grupos citados (em seu todo, não apenas por pastores e mestres) e a obra dos santos.
O termo “preparar” é empregado no NT no sentido de “equipar”, “firmar”: p. ex., conforme 1Ts.3.10 Paulo visa consolidar a fé dos tessalonicenses acrescentando aquilo que ainda lhes falta. Em 1Co.1.10 o termo refere-se a “cunhar o caráter” em vista da unidade da igreja (cf. Gl.6.1). Nisso os membros da igreja devem ajudar-se uns aos outros (cf. 2Co.13.11). Em consonância, a tarefa dos pregadores, dirigentes e pastores consiste em firmar e fortalecer os crentes na confiança em JESUS CRISTO, bem como equipá-los para a percepção de suas próprias tarefas.
Na verdade podemos relacionar “a obra do serviço” (grego: ERGON DIAKONIAS) sobretudo com o serviço ao evangelho, a proclamação. Contudo, isso salienta apenas a característica especial da diaconia incumbida por JESUS CRISTO: pelo fato de que o próprio Senhor é o servo (Lc 22.27; Jo 13.4ss) e sua vida, paixão e morte são o “serviço” por excelência (Mc.10.45; par.), que é disseminado exclusivamente pela proclamação do evangelho, por isso toda a diaconia brota dessa palavra e é sustentada por ela. Por essa razão uma diaconia desse tipo é predominantemente “diaconia da reconciliação” (2Co.5.18) e consiste no “serviço ao evangelho” (cf. Fp.2.22).
Em uma forma de expressão comparável ao presente versículo Paulo encoraja os coríntios em 1Co.15.58 a destacar “na obra do Senhor” (cf. 1Co.16.10 a respeito de Timóteo), evidentemente descrevendo assim a abrangência total da atuação cristã. O cumprimento das respectivas tarefas por pessoas santas especificamente incumbidas serve à “edificação do corpo de CRISTO”. Foi citada, portanto, a palavra básica da vida da igreja em seu todo: tudo o que acontece dentro da igreja local e na igreja cristã em geral precisa servir à “edificação”. Isso marca a linha básica da argumentação diante da igreja em Corinto: na igreja tem vez não o que talvez até seja lícito, individualmente emocionante, mas só aquilo que edifica (1Co.10.23; 14.3s,14,26), e por isso sobretudo o amor (1Co.8.1).
EFÉSIOS 4.13.
A edificação,  o crescimento do corpo de CRISTO, estão direcionados para um alvo que é indicado neste versículo. A expressão “chegar” pode significar literalmente alcançar um lugar (diversas vezes em At: p. ex., At 16.1; 18.19; etc.), mas também pode ser usada em sentido figurado (o fim dos tempos chegou: 1Co.10.11). Assim como aqui, em Fp.3.11 ela implica a atenta orientação rumo ao alvo visado, quando Paulo afirma de si: “para alcançar a ressurreição dentre os mortos”.
Pode parecer estranho que desde já a igreja seja a “plenitude de CRISTO”, concidadã crente dos santos, família de DEUS, pedra no templo santo, e que apesar disso ainda se diga que haverá um crescimento, um vir a ser. A mesma duplicação já chamara atenção no contexto da herança colocada à disposição: os direitos já foram transferidos, mas ainda não se tomou posse dela (Ef.1.18; 2.7). Consequentemente a plenitude de CRISTO é ponto de partida e alvo de todo o crescimento.
Agora isso passa a ser relacionado a uma situação concreta: na realidade pode haver na igreja uma só fé, visto que esta só pode ser fé em um só Senhor JESUS CRISTO (Ef.4.5). Na realidade a “unidade do ESPÍRITO” é algo dado, porque o ESPÍRITO SANTO é um só (Ef.4.3). Não obstante cabe “segurar” essa unidade, ou “chegar” a ela. A força motriz de todos os esforços nessa direção não é a utopia de uma igreja unificada, mas a realidade do único corpo de CRISTO.
A unidade da fé está estreitamente ligada à “unidade do conhecimento”, que por sua vez se concentra no “Filho de DEUS”. Em Ef.1.17-19 Paulo já suplicara pelo ESPÍRITO da sabedoria, para que os leitores reconheçam a esperança e a força resultante da ressurreição de CRISTO. De maneira semelhante. “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia”.Cl.1:15-18;2.2.kigjames. Isto interliga o esforço para que “os corações sejam unidos em amor” e o “conhecimento do mistério de DEUS: CRISTO”. Por isso uma fé aumentada e um conhecimento aprofundado do Filho de DEUS caracterizam o crescimento da unidade eclesial.O “ser humano perfeito” deve ser entendido como a pessoa amadurecida, adulta. Isso é elucidado pela segunda expressão: “para a medida cheia da plenitude de CRISTO”. “Medida plena” é a tradução literal para “medida da idade da vida” ou também “medida da estatura”. Trata-se da “idade adulta” ou da “medida cheia da figura”. O trabalho dos encarregados edifica o corpo de CRISTO. Terá alcançado seu tamanho completo “quando todos que são destinados à igreja segundo o plano divino de salvação pertencerem à igreja… A igreja, que é o corpo do CRISTO, constitui na estatura completa o pleroma de CRISTO.”

EFÉSIOS. 4.14.
Tendo esse alvo diante dos olhos, Paulo passa à análise dos problemas com os quais os destinatários da carta estão sendo confrontados. Estabelece uma relação com a figura da pessoa adulta à qual os crentes devem “chegar”, e exorta que superem a imaturidade e a idade infantil: “para que não mais sejamos menores”, que se deixam influenciar facilmente.
A falta de firmeza mostra-se particularmente desvantajosa na associação com uma ilustração da navegação: “agitados de um lado para outro pelas ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina”. Quando falta crescimento na fé e no conhecimento do Filho de DEUS (v. 13) na vida da igreja ou do cristão, quando o trabalho na igreja não serve ao objetivo da edificação do corpo de CRISTO, então tal situação se assemelha à de um navio que está indefesamente exposto ao jogo do vento e das ondas. No caso, “toda espécie de doutrina” não se refere ao “calor” externo da perseguição anticristã (cf. 1Pe.4.12), mas à multiplicidade das heresias cristãs.
15 Ao ardil e ao engano são contrapostas “verdade” e “amor”: “e falar a verdade em amor”. Nessa formulação aparece (de forma cruzada) no lugar do engano a verdade, enquanto a artimanha é superada pelo amor.
A expressão “falar a verdade” (grego: ALETHEUEIN) ocorre somente neste versículo e em Gl.4.16, podendo também ser traduzida por “ser veraz”. A marca da revelação de JESUS CRISTO é a luz, a verdade (cf. Jo.1.14,17; etc.). Em consonância, o evangelho é “palavra da verdade” (Ef.1.13; Cl 1.5; cf. Gl 2.5,14). Logo, também os mensageiros do evangelho são marcados em todo seu serviço pela verdade. Isso é ilustrado, p. ex., de forma impressionante em 2Co.4.2: “Rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de DEUS; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de DEUS, pela manifestação da verdade.”
A verdade deve ser dita “em amor”, pelo que se rejeita qualquer artimanha. A franqueza resultante da verdade alia-se à cordialidade e à retidão que brotam do amor (cf. Fp.2.1).
 O que vale para a relação entre fé e amor (Ef.1.15) também deve ser aplicado à relação entre verdade e amor: ambos têm origem na revelação de DEUS e são confiados aos crentes para o trato uns com os outros.
O que vale para cada cristão (aumento na fé, no amor e particularmente no conhecimento do amor de CRISTO: Ef.3.17ss) deve impactar toda a igreja.
16 A partir do cabeça resulta, no encerramento dessas considerações sobre a unidade e o crescimento do corpo que CRISTO presenteia com dons, o ensejo de ilustrar resumidamente a concomitância e o entrelaçamento desse organismo singular.
Viabilizado por esse cabeça e emanando dele “o corpo todo efetua… o crescimento do corpo para a edificação de si próprio no amor”. O corpo “todo”, até as menores ramificações, recebe de CRISTO impulso e vigor para o crescimento, para a edificação. Como em Ef 2.20ss, aparecem também aqui lado a lado as figuras do corpo e da construção. Com o crescimento do corpo em direção do cabeça amplia-se também a construção, favorecendo a sua conclusão.
Todo o corpo é “bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta de apoio”. De maneira muito semelhante, Paulo diz, em Cl 2.19: “… o cabeça, a partir do qual o corpo todo é apoiado por articulações e tendões e mantido coeso e cresce pelo agir de DEUS.”
Quando se entende o v. 16 como síntese de Ef.4.7-15, as “juntas de apoio”, que possuem uma função central para a coesão do corpo, serão relacionadas com as pessoas incumbidas das tarefas citadas no v. 11.
Na sequência, Paulo destaca as tarefas específicas dos apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres no preparo dos santos, para que a igreja de CRISTO possa alcançar a idade adulta e resistir a doutrinas ardilosas e enganosas. Por fim o apóstolo enfoca novamente a cooperação de todos na edificação do corpo. A característica marcante de toda a incumbência é que a edificação acontece “no amor” (v. 13). Isso sucede quando o conhecimento do amor de CRISTO (Ef.3.19) cresce mais e mais e por isso também se fala a verdade em amor (Ef.4.15).
Eberhard Hahn. Comentário Esperança Cartas aos Efésios. Editora Evangélica Esperança.
A CLASSIFICAÇÃO DOS DONS
Tudo indica que Paulo, quando escreveu estas palavras, tinha em mente a lista dos ministérios relacionados em Efésios.4.11 e 1 Coríntios 12.28. A passagem coríntia compreende uma lista mais longa de dons espirituais (charismata). Mas nesta passagem, Paulo está interessado em apresentar os ofícios necessários para a expansão e sustento da igreja.
O Propósito dos Dons (4.12-16)
Falando principalmente da vida interior da comunidade cristã, Paulo descreve o propósito para o qual CRISTO deu à igreja estes ministérios. Pelo menos quatro dimensões do propósito divino são distinguíveis.
a) Estes ministérios são dados para edificar ou construir o corpo de CRISTO (12).
b) Estes dons ministeriais são dados para promover maturidade.
A unidade da fé e do conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do amadurecimento (cf. RA). A unidade é um dom do ESPÍRITO (cf. 3), mas requer-se fé e conhecimento para recebê-la. Os membros da igreja podem e devem ter tal crescimento em maior medida enquanto o servem.
A varão perfeito refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no qual o poder de DEUS se manifesta inteiramente em santidade e justiça. Tal estado será atingido em seu significado máximo futuramente, quando possuirmos a graça de CRISTO na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16). A medida da estatura completa de CRISTO é o padrão de medida que determina a maturidade cristã. Hodge escreve: “A igreja se torna adulta, homem perfeito, quando alcança a perfeição de CRISTO”. A chave para interpretar o versículo é a expressão estatura completa de CRISTO. Qual é esta estatura? Salmond diz que é “a soma das qualidades que fazem o que ele é”. Quando a igreja está à altura da maturidade plena do seu Senhor, ela é perfeita. E à medida que cresce em direção a essa maturidade, ela fica mais próxima de sua meta em CRISTO.
Precisamos também destacar que não há crescimento na igreja separadamente de nosso crescimento individual como crente. É cada um de nós individualmente que tem de se dirigir com empenho à estatura completa de CRISTO.
c) Estes ministérios são dados para garantir a estabilidade na igreja diante de doutrinas divergentes e do engano de homens (14). Esta é consequência natural da maturidade, como Paulo indica por sua frase introdutória: Para que não sejamos mais meninos. Aqueles que introduzem falsos ensinos, nos quais os crentes instáveis caem vítimas, enganam a si mesmos e também enganam fraudulosamente os outros. Esta fase é mais bem traduzida por “fazem uso de todo tipo de dispositivo inconstante para induzir ao erro” (Weymouth).
Eles usam de engano (lit., “jogo de dados”). Metaforicamente, veio a significar “artimanha” (BJ, RA). Moule declara corretamente o aviso de Paulo: “Há pessoas próximas de vós que não só vos desviam, mas o fazem de propósito, pondo armadilhas premeditadas e organizando métodos bem elaborados, com o objetivo de afastá-los de CRISTO a quem eles não amam”. A única proteção adequada contra a sutileza da heresia é uma fé crescente e um conhecimento progressivo da verdade. Os ministros têm de proporcionar a oportunidade de tal maturação para assim garantir a estabilidade na igreja.
d) Estes ministérios são dados para possibilitar o crescimento em CRISTO. Seguindo a verdade (15) é derivado do verbo grego aletheuo, geralmente traduzido por “falar a verdade” (cf. CH, NTLH). Mas há mais no pensamento de Paulo do que proferir sons articulados. Ele pensa em termos de viver e agir. Dale comenta: “A verdade tem de ser a vida de todos os cristãos. A revelação de DEUS em CRISTO tem de influenciar e inspirar todas as atividades dos cristãos. A verdade tinha de se encarnar nos efésios, tinha de se corporificar neles. [...] Não era apenas para falar, mas para vivenciá-la”. E esta vida era para ser vivida em caridade (“em amor”, ACF, AEC, BAB, BJ, CH, NVI, RA), quer dizer, com os motivos e inclinações que o amor evoca. As pessoas confessam e vivem asperamente certa porção de verdade, mas a comunidade cristã sempre tem de se expressar em amor.
No versículo 16, o apóstolo retorna à analogia do corpo e se serve disso para enfatizar a unidade que CRISTO, a cabeça, traz para a igreja. Ele visualiza a estrutura maravilhosa e intricada do corpo humano com suas partes unidas de modo bem ajustado e ligado (“bem unido e consolidado”, NEB). Na analogia, juntas referem-se aos ligamentos pelos quais as partes do corpo se unem. Quando o corpo está funcionando segundo ajusta operação de cada parte, quer dizer, quando cada parte é ativada de acordo com o seu propósito, a harmonia prevalece e o crescimento é certo.
Em suma, Paulo vê a unidade da igreja em termos orgânicos e não organizacionais. A verdadeira unidade é interior e resultado de um organismo saudável. O ESPÍRITO cria essa unidade; não é obra de homens, por mais inteligentes ou apessoados que sejam. Quando esta unidade prevalece, compartilhada por cada membro e motivada pela fidelidade de ministros talentosos, a igreja cresce em simetria e beleza, para espanto do mundo não crente.
Nos versículos 4 a 16, o pensamento da medida da estatura completa de CRISTO sugere o tema “O Alvo Ultimo do Cristão”. 1) O meio para esse fim. Ensinar e pregar a Palavra de DEUS, 11,12; 2) O compêndio do ideal, 4-7,15. A fé incorporada e o corpo incorporado, 16; 3) A proximidade da meta num caráter estável, 14. CRISTO no trono do coração. A igreja unida (G. B. Williamson).
Willard H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 160-163.
OS DONS VOCACIONAIS
Romanos.12:6-8.
Repartir, Dividir, Distribuir; Presidir, Aquele que dirige; Misericórdia (Sentimento doloroso causado pela miséria de outro).
DOS DONS
Glorificação de JESUS Jo.16: 14 Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.
Expansão do Evangelho Rom.15:19 Por força de sinais e prodígios, pelo poder do ESPÍRITO SANTO; de maneira que desde Jerusalém e circunvizinhanças, até ao Ilírico, tenho divulgado o evangelho de CRISTO.
Edificação da Igreja I Cor.14: 12 Assim também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da Igreja.
Confirmação da Palavra Mc.16: 20 E eles, tendo partido, pregaram a em toda parte, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam.
DIVERSIDADE DOS DONS
DONS DE MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO
Agrupando os dons com o objetivo de entender melhor o assunto. A primeira classificação é a dos dons de manifestação do ESPÍRITO em número de nove, conforme I Coríntios 12.8-10. Esses dons são formas de capacitação sobrenatural de pessoas, para a “edificação do corpo de CRISTO” como um todo, e também para a bem-aventurança de seus membros, individualmente (vv.3-5,12,17,26).
Os capítulos 12 a 14 de I Coríntios têm a ver com esses maravilhosos dons. Eles são de atuação eventual, inesperada e imprevista (quanto ao portador do dom), tudo dependendo da soberania de DEUS na sua operação. Esses dons manifestam o saber de DEUS, o poder de DEUS e a mensagem de DEUS.
Agora o apóstolo mostra como se manifestavam os vários dons do ESPÍRITO, nos quais a congregação era tão rica, e qual o propósito que eles deviam guardar em mente: Mas a cada um (cristão) está sendo dada a manifestação do ESPÍRITO visando o proveito comum. Ele fala de  modo muito geral, afirmando que cada cristão possui algum dom da graça, um dom que não foi meramente derramado sobre ele em certa ocasião no vago e distante passado, mas que lhe é concedido dia após dia. Por isso, seu alvo e objetivo não é servir ao engrandecimento e gozo pessoal, mas ser colocado à disposição e ao ministério do proveito espiritual da congregação inteira e da igreja. Cada cristão devia revelar-se um bom despenseiro da multiforme graça de DEUS, 1.Pe. 4.10; Mt. 25.14-30.
Paulo mostra por meio de certo número de exemplos como exatamente os talentos espirituais dos cristãos individuais deviam servir para o benefício da congregação toda:
A um foi dada pelo ESPÍRITO, por meio do Seu poder,
1- A palavra de sabedoria. - Esse dom tem a ver com a sabedoria de DEUS a respeito do futuro - Onipresença de DEUS -  Exemplo: Profeta ágabo prevendo seca no mundo - At 11.28 - e prevendo que Paulo seria preso em Jerusalém At 21.11;  - No AT vemos Elizeu prevendo que o general da Síria mataria o rei e governaria em seu lugar matando muitos dos judeus 2 Rs 8.11.
2- Mas a outro foi dada a palavra de conhecimento.- Esse dom tem a ver com o conhecimento de DEUS a respeito do presente - Onipresença de DEUS -  Exemplo: JESUS viu Natanael debaixo da Figueira estando ele muito distante dali - Jo 1.48. No AT vemos Elizeu dizendo para o rei em Israel o que o rei da Síria dizia a seus generais muito distante dali, preparando armadilhas para Israel.
3- A outro o discernimento de espíritos - Esse dom dá a visão do oculto, o que está por detrás de uma mensagem ou de uma ação do inimigo. Dá poder para ministrar libertação a posséssos de demônios. Exemplo - Paulo e a pitonisa de Filipos – At.16.18. Davi tocava sua harpa e Demônio saia de Saul - 1 Sm.16.23.
4- Na segunda série de dons, a um outro é dada fé, no mesmo ESPÍRITO, unicamente no Seu poder e outorga. Não é aquela fé que aceita a salvação em CRISTO, ou seja, não a fé que justifica, mas uma confiança forte e inabalável no DEUS onipotente ou no poder de CRISTO, como algo capaz de se revelar em feitos extraordinários e realizar o que aos homens parece impossível.18). Dom da fé de grandes feitos - Esse dom acontece muito hoje na ressurreição de mortos, principalmente na África - Exemplo - Paulo ressuscita Êutico At.20.10, Pedro ressuscita Dorcas - At 9.40 - No AT Elizeu ora e menino revive - 2 Rs.4.34.
5- A um outro foram dados na concessão do mesmo ESPÍRITO os Dons das Curas.- São manifestações de DEUS curando vários tipos de doenças e enfermidades. Geralmente funciona em grupos de doenças. Exemplo - Algumas pessoas são usadas para determinadas curas como: dores de cabeça, enxaqueca, dores lombares. Sendo que para outros tipos de doenças não. Exemplo: Paulo orava e muitas doenças e enfermidades eram saradas, mas deixou seu companheiro Trófimo doente em Mileto. At.28.8,9; 2 Tm.4.20.
6- A operação de milagres ou de maravilhas - É o agir de DEUS na natureza, ou nas coisas que naturalmente não seriam mudadas. Um aleijado de nascença andar não é uma cura, é um milagre - um cego de nascença ver não é uma cura, é um  milagre. Exemplo: Paulo orou por um coxo desde o ventre e ele andou - At 14.8 - o paralitico da porta do templo, chamada Formosa At 3.2 - No AT  Sol ou a Terra parou para Josué vencer a Guerra Js.10.13, Mar se abriu – Êx.14.21, etc...
7- Paulo menciona no terceiro grupo de dons, que a outro cristão é dada a Profecia - Esse dom tem como funções básicas a edificação, a exortação e a consolação - Pode ocorrer advinda de três fontes possíveis - Do homem, do Diabo ou de DEUS - Por isso deve ser julgada. São mensagens sobrenaturais que revelam uma comunicação intima do ser humano com DEUS. Não tem elemento preditivo ou sobre o passado. Exemplo: JESUS viu a fé dos condutores do paralítico – Mc.2.5 - JESUS fala sobre a tristeza dos discípulos e os consola – Jo.16.22.
8- Línguas - 4 tipos de línguas: Não proibais falar em línguas; é ordem de DEUS (1 Co.14.39).
1. Língua para oração: Quem fala em línguas fala diretamente com DEUS - I Co 14:2 - O que fala em língua edifica-se a si mesmo - I Co 14:4 -quem ora em línguas ora bem - I Co.14:14.
2. Língua para interpretação: Essa linguagem pode ser interpretada pelo que fala ou por outrem.
3. Língua como sinal para incrédulo: "De modo que as línguas são um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos..."(I Co.14:22); estrangeiros ouvem em sua própria língua, ex: "Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua."(At.2:6). Pode alguém ser usado para falar, por exemplo em alemão em algum lugar e uma pessoa presente alí, que fala alemão entenderá tudo o que DEUS quer falar-lhe.
4. Gemidos inexprimíveis: Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis."(Rm.8:26) -oração intercessora.
9- Interpretação de Línguas:
"Que fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado (ore tão baixinho que ninguém o note) na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus."(I Co.14:26-28); "Por isso, o que fala em língua, ore para que a possa interpretar."(I Co.14:13).
DONS DE MINISTÉRIOS PRÁTICOS
São administrações de serviços práticos, individuais e em grupo (Rm.12.6-8; I Co.12.28-30). Nestas passagens, eles aparecem juntamente com os demais dons espirituais, e sob o mesmo título original charismata — “dons da graça”. São dons de ministração residentes no portador, pela natureza de sua finalidade junto às pessoas ou grupos: assistência, serviço, socorro, auxílio, amparo, provisão. São dons residentes nos seus portadores, pela natureza e objetivos de sua ação.
Estes dons têm sido pouco estudados na igreja. Daí os equívocos e dúvidas existentes. São da mesma natureza espiritual e sobrenatural dos demais dons da graça de DEUS. A Bíblia os coloca em conjunto com os demais dons (I Co.12.28). Ela usa para esses dons o mesmo termo original empregado para os dons de I Coríntios.12.4-10: charismata (Rm.12.6-8).
Ministério (Rm.12.7). Ministração, servir, prestar serviço material e espiritual, sem primeiramente esperar recompensa, reconhecimento, retribuição, remuneração, com motivação e capacitação mediante este dom. É servir capacitado sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO.
Ensinar (Rm.12.7). Ensinar no sentido didático, como deixa claro o original. E o dom espiritual de ensinar, tanto na teoria, como na prática; ensinar fazendo; ensinar a fazer; ensinar a entender; treinar outros. Educar no sentido técnico desta palavra. Não confundir com o ministério do ensino, que tem a ver com ministros do evangelho, segundo Efésios 4. II e Atos 13.1 (“profetas e mestres”).
Exortar (Rm 12.8). Exortar, aqui, é como dom: ajudar, assistir, encorajar, animar, consolar, unir pessoas desunidas, que não se falam; admoestar.
Repartir (Rm 12.8). O sentido no original é dar generosamente, doar, oferecer, distribuir aos necessitados em primeiramente esperar recompensa ou reconhecimento, movido pelo ESPÍRITO SANTO. Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência, humanitarismo, filantropia, altruísmo.
Presidir (Rm 12.8). É conduzir, dirigir, organizar, liderar, governar, orientar com segurança, conhecimento, sabedoria e discernimento espiritual. Isso em se tratando de igreja, congregação, instituição, etc. Para alguém presidir desta maneira, só mesmo tendo de DEUS este dom! A tendência natural de quem lidera e preside é ser duro, dominar somente pela autoridade, ser insensível.
Exercitar misericórdia (Rm 12.8). Este dom refere-se a assistência aos sofredores, necessitados, carentes; fracos, enfermos, presos, visitação, compaixão.
Socorros (I Co 12.28). Literalmente “achegar-se para socorrer”. É o caso de enfermos, exaustos, famintos, órfãos, viúvas, etc. È um dom de ação plural.
Governos (I Co 12.28). E um dom plural no seu exercício. Ê dirigir, guiar e conduzir com segurança e destreza. O termo original sugere pilotar uma embarcação com segurança, destreza e responsabilidade.
DONS NA ÁREA DO MINISTÉRIO
Esses dons são enumerados em Efésios 4.11 e I Coríntios 12.28, 29, a saber: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.
Alvos e resultados dos dons espirituais. De acordo com I Coríntios 12.7, “a manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”. Vejamos quais são os alvos e resultados dos dons espirituais:
1) A glorificação do Senhor JESUS em escala muito além da natural e humana (Jo 16.14).
2) A confirmação da Palavra de DEUS anunciada, pregada e ensinada (Mc 16.17-20; Hb 2.3,4).
3) O crescimento constante e real, em quantidade e qualidade, da obra de DEUS na igreja, na evangelização e nas missões (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19\
4) A “edificação” espiritual da igreja de DEUS como um corpo e como membros individualmente (I Co 12.12-27). JESUS afirmou: “Eu edificarei a minha igreja” (Mc 16.18), mas na ocasião Ele não disse como ia edificar. Mas em Atos e nas Epístolas vemos que é em parte através desses dons divinos de que estamos a tratar.
5) O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12). Isso jamais é possível por parte do homem, ou das coisas desta vida, mas é possível para DEUS (c£ Lc 18.27).
O EXERCÍCIO DOS DONS DO ESPÍRITO
Toda energia e poder sem controle é desastroso. Estudando I Coríntios 14.26,32,33 e 40, vemos que DEUS nos concede dons, mas não é responsável pelo mau uso deles, por desobediência do portador à doutrina bíblica, ou por ignorância desta. A eletricidade quando domada nas subestações, torna-se apropriada ao consumo doméstico, mas nas linhas de alta tensão é letal e destruidora. Também não adianta ter um bom freio no carro sem o seu potente motor, como muitos fazem nas igrejas mornas, frias e secas. Elas têm freio e direção no “carro”, porém falta-lhes o ativo e poderoso motor.
O uso dos dons na igreja deve ser regulado e equilibrado pela Palavra de DEUS, corretamente entendida, interpretada e aplicada. A Palavra e o ESPÍRITO interpenetram-se e combinam-se em sua operação conjunta na igreja. A Palavra é a espada do ESPÍRITO, e o ESPÍRITO interpreta e emprega a Palavra.
Na igreja, a predominância da doutrina do Senhor corrige erros, evita confusão e repara estragos. Ela, quando ensinada e aplicada, neutraliza o fanatismo, que é zelo religioso sem entendimento — são exageros, práticas anti bíblicas, emociona lismo, gritaria e outros desmandos. Por sua vez, quando o ESPÍRITO predomina, neutraliza o formalismo, que é excesso de regras, regulamentos, legalismo, rotina religiosa, formalidades secas e enjoativas, mornidão, fórmulas, ritos e coisas assim.
Quem recebe dons de DEUS, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a Palavra ensina sobre o exercício deles. Em Corinto havia abuso dos dons, enquanto em Tessalônica havia carência deles, por tanto refreio.


No exercício dos dons e de outras manifestações do ESPÍRITO SANTO, ninguém que aja desordenadamente e cause confusão, dentro da congregação e fora dela, venha a dizer que está agindo assim por direção do ESPÍRITO SANTO. Ele não é o autor de tais coisas!
Responsabilidade quanto aos dons. É preciso haver responsabilidade quanto aos dons, a fim de que não haja mau uso deles.
1) Conhecer os dons. “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes” (I Co 12.1).
2) Buscar os dons. “Procurai com zelo os melhores dons” (I Co 12.31).
3) Zelar pelos dons. “Procurai com zelo os dons espirituais” (I Co I4.I).
4) Ser abundante nos dons. “Procurai progredir neles, para a edificação da igreja” (I Co 14.12, ARA).
5) Ter autodisciplina nos dons. “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas” (I Co 14.32).
6) Ter decência e ordem no exercício dos dons. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Co 14.40).
Portanto, poder, curas, libertação e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento pleno de renovação espiritual e pentecostal. No entanto, tudo deve ser livre de escândalos, engano, falsificação, e segundo a decência e ordem que a Palavra de DEUS preceitua (I Co 14.26-40).
HÁ DIERSIDADES DE DONS DO MESMO DEUS
Observe o que diz Paulo: “E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos” (1 Coríntios 12.6).
A palavra “operações” refere-se ao método usado para pregar o evangelho. Para ser mais específico, refere-se à estratégia usada para que o evangelho alcance o mundo todo. Meios eficientes e programas para testemunhar o evangelho incluem a abertura de novas igrejas, reavivamento, estabelecimento e manutenção de escolas e hospitais. Essas ações pertencem às diversas operações que DEUS usa para o avanço do evangelho.
Paulo também diz: “E também há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo” (I Coríntios 12.5). Isso quer dizer que JESUS CRISTO tem dado o dom de ministrar a alguns cristãos, para que possam ocupar posição de liderança e realizar trabalhos dentro da igreja. Assim como toda organização na terra requer liderança responsável, a igreja, o corpo de CRISTO, também o exige.
O ministério é explicado em diversos lugares na Bíblia. Como exemplo, em I Coríntios 12.27-28 lemos:
“Ora, vós sois corpo de CRISTO e, individualmente, membros desse corpo. A uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”.
Com respeito a esses ministérios, Paulo escreveu em Efésios 4.11: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. Esse versículo nos mostra que, como cristãos, não podemos escolher o tipo de ministério que gostaríamos de ter dentro da igreja. Sem dúvida, cada um de nós deve descobrir o dom de JESUS que nos foi dado e, então, servir a DEUS fielmente naquele tipo de serviço para o qual fomos escolhidos.
Os dons do ESPÍRITO
Concluímos, então, que os dons são dados pelo ESPÍRITO SANTO: “Há diversidade de dons, mas o ESPÍRITO é o mesmo” (I Coríntios 12.4).
Dons do ESPÍRITO SANTO são os instrumentos de poder que levam adiante, com sucesso, a realização e administração do trabalho de DEUS em sua igreja.
Quando se planeja construir uma casa e o arquiteto, construtor e especialistas são escolhidos, todas as ferramentas e materiais necessários para a construção são trazidos e usados, para que o projeto obtenha sucesso e seja efetuado o mais rápido possível.
Quando há um grande trabalho a ser realizado para DEUS, os dons do ESPÍRITO SANTO são distribuídos a diferentes cristãos dentro da igreja, o corpo de CRISTO. Esses dons capacitam os cristãos a completar o trabalho de DEUS com responsabilidade e eficiência; e o trabalho desenvolve-se graças ao ESPÍRITO SANTO.



EXISTEM NOVE DONS DO ESPÍRITO SANTO
E podem ser divididos em três grupos como segue:
1. OS DONS DE REVELAÇÃO
a. O dom da palavra da sabedoria
b. O dom da palavra da ciência
c. O dom de discernimento de espíritos
2. OS DONS DE PODER
a. O dom de fé
b. O dom de cura
c. O dom de operar milagres
3. OS DONS VOCAIS
a. O dom de línguas
b. O dom de interpretação de línguas
c. O dom de profecia
Os dons de revelação referem-se à comunicação sobrenatural, revelada pelo ESPÍRITO SANTO ao coração daquele que recebe esse dom. O conhecimento de experiências e situações de outras pessoas, que é revelado mediante esses dons, só se tornará público quando a pessoa que recebe um ou todos esses dons decide falar.
Os dons de poder são dons grandiosos pelos quais o poder de DEUS se manifesta, a fim de transmitir uma resposta miraculosa mediante uma intervenção divina, sobrenatural. Por meio desses dons as pessoas e seu ambiente são transformados.
Os dons vocais tratam da comunicação sobrenatural que o ESPÍRITO SANTO de DEUS revela, usando a voz humana. Não somente a pessoa que usa os dons, mas outras ao seu redor podem ouvir a comunicação, pois esses dons são recebidos pelos sentidos.
Todos os tipos de dons são distribuídos às pessoas pelo ESPÍRITO SANTO, de acordo com sua própria vontade, para o benefício e crescimento da igreja, o corpo de CRISTO.
DAVID YONGGI CHO. O ESPÍRITO SANTO, Meu Companheiro. Editora Vida. pag. 116-119.


AUTOSSUFICIÊNCIA E HUMILDADE
UTILIZANDO OS DONS ESPIRITUAIS
1. Não são meios pelos quais nos autoglorificamos. Tal atitude seria contrária ao inteiro espírito do evangelho. Mas que tal atitude havia na igreja de Corinto é algo que fica transparente no décimo quarto capítulo de I Coríntios.
2. Os dons espirituais visam a edificação, e devem servir de meios para conduzir os homens na direção da perfeição, em CRISTO (ver Ef. 4:11 e ss.).
3. Precisam ser exercidos no ambiente do amor (ver I Cor. 13), pois o amor é maior que qualquer dom espiritual. A nossa preocupação deveria ser: “Mediante o uso deste dom, como posso ajudar os homens a serem transformados mais profundamente segundo a imagem de CRISTO?” Ou então: “Como poderei servir a outros, material e espiritualmente, pelo meu ministério caracterizado por dons espirituais?”
4. Cada membro do corpo de CRISTO deveria possuir algum dom espiritual, e cada dom é uma função do corpo. Paulo emprega uma metáfora baseada na fisiologia, em I Cor.12:12-31, a qual é mui instrutiva.
«...a graça que nos foi dada...» Todos os dons espirituais começam e têm por base a graça de DEUS, tal como o apóstolo dos gentios já havia demonstrado, em seu próprio caso, porque, ao ser chamado para o apostolado, foi chamado através da dispensação da graça de DEUS. (Ver o terceiro versículo deste mesmo capítulo). Todas as demais funções espirituais são igualmente alicerçadas nesse propósito divino, atuadas nos homens mediante o ESPÍRITO SANTO.
Neste ponto, a medida da fé e. a. «graça que nos foi dada» significam essencialmente a mesma coisa. Ambas as passagens referem-se à «graça» do ESPÍRITO, como fundamento de toda a outorga dos dons espirituais. Aquilo que fala da fé enfatiza a base em que a graça se desenvolve e floresce. Diz Brown (in loc.) referindo-se ao terceiro versículo deste capítulo: “A fé é aqui vista como a entrada e como o canteiro de todas as outras graças, sendo assim a faculdade receptiva da semente renovada”. A própria fé, cujo início tem lugar quando da regeneração, e que frutifica na vida cristã diária, por ser o princípio transmissor de vida, em si mesma é uma graça de DEUS, porque é conferida aos homens, embora sempre em cooperação com a vontade humana.
Neste versículo, «...dons...» é tradução do termo grego «charismata»,. O vocábulo grego técnico para todos os chamados «dons espirituais». Todos esses dons são proporcionados e inspirados pelo ESPÍRITO SANTO, não 'se tratando meramente das manifestações miraculosas. Paulo não entra aqui em longa descrição sobre os dons do ESPÍRITO, e nem mesmo chega a mencionar os dons especialmente «miraculosos», segundo faz no paralelo do décimo segundo capítulo da primeira epístola aos Coríntios. Portanto, suas explicações são muito menos extensas neste décimo segundo capítulo da epístola aos Romanos, simplesmente porque o apóstolo dos gentios não foi obrigado a tentar corrigir abusos sérios, conforme se deu no caso de sua epístola aos Coríntios.
O USO E O ABUSO DOS DONS ESPIRITUAIS
1. Quando a epístola aos Romanos foi escrita, os dons espirituais estavam em plena atividade. Não podemos usar o trecho de I Cor. 13:10, como texto de prova do ensino que supostamente os dons espirituais desapareceriam dentro da era cristã, pois o que é “perfeito”—que finalmente eliminará a necessidade de certos dons espirituais—é a “parousia” (ou segunda vinda de CRISTO), e não o término do cânon neotestamentário.
2. Entre os dons espirituais, alguns são perturbadores por haverem sido imitados e abusados, a saber, alguns dons miraculosos como as línguas, a interpretação de línguas e os milagres de curas.
3. Em cada século, os dons espirituais são desesperadoramente necessários para o bem da igreja, em seu desenvolvimento (ver o que diz Ef. 4:11 e ss.); mas esses dons podem ser exercidos segundo moldes diferentes dos do primeiro século cristão, ou em moldes superiores àqueles de eras passadas. Estamos vivendo (minha alternativa) exatamente esta última.
4. Foram dadas notas completas sobre o «batismo do ESPÍRITO e os dons espirituais», incluindo o dom das línguas, em Atos 2:4.
Quanto aos abusos, consideremos as notas abaixo;
OS DONS E OS CUIDADOS COM OS ABUSOS
1. Paulo nos ensina a buscar os dons (ver I Cor. 12:31).
2. Abundam, entretanto, os abusos e as imitações.
a. A mera alma humana.
b! Existem poderes estranhos, demoníacos e outros, que podem influenciar um homem, imitando os dons espirituais.
c. Mas também existe a presença do ESPÍRITO SANTO, e sua função é doar os dons espirituais, embora estes possam funcionar em moldes diferentes dos do primeiro século, como também possam manifestar-se de maneiras mais avançadas, do que aquelas que até agora têm sido reconhecidas entre nós. Como poderia suceder que não estamos envolvidos no avanço espiritual? Esse avanço nos conduzirá até à perfeição em CRISTO, conforme formos sendo transformados em sua imagem (ver Rom. 8:29). Isso irá sendo realizado pelo poder do ESPÍRITO (ver II Cor. 3:18), e nesse processo terminaremos maiores do que jamais foi Paulo, dotados finalmente de poderes muito superiores aos dele. Portanto, talvez até seja errado, ficarmos contemplando de volta ao primeiro século, desejando a restauração nos moldes da igreja primitiva. A verdadeira fé e uma elevada espiritualidade quiçá prefiram olhar para o futuro avanço, para uma forma que nos faça subir acima de abusos e imitações. Que ainda não possuímos esse tipo de fé é evidente.
Contrariamente à ideia que diz que os dons espirituais «não são para nós», mas estavam reservados às primeiras gerações cristãs tão somente, diz Newell (in loc.), em excelente comentário: Essa é uma tríplice suposição:
1. Procura desculpar nosso próprio estado espiritual inferior;
2. pior ainda, é que lança a culpa sobre DEUS, no que tange ao fracasso da igreja quanto a essa particularidade; e
3. eleva o presente estado dos crentes como suficiente e superior ao estado de coisas que prevalecia nos tempos em que o ESPÍRITO SANTO era conhecido em seu poder».
“...profecia...” (Ver Atos 13:1 e Ef. 4:1, onde são distinguidos os «profetas» dos «mestres» cristãos - «profetas do N.T.», ver Atos 11:27). Nas Sagradas Escrituras, os «profetas» são as seguintes pessoas:
1. Algumas vezes são aqueles que, em sentido muito especial, foram escolhidos para algum ministério de revelação das verdades, através de revelações ou oráculos, conforme se verificava no caso dos profetas do A.T. Esses profetas do A.T., quanto à sua posição e autoridade, eram um tanto semelhantes aos apóstolos do N.T. O oficio espiritual deles era especial. Não há razão alguma para a suposição de que isso não pode continuar ocorrendo hoje em dia. Talvez indivíduos como Lutero, João Wesley e tantos outros, na história da igreja, incluindo até mesmo outros de menor envergadura, embora tenham sido elevados acima dos mestres e ministros comuns do evangelho, possam ser chamados «profetas». São pessoas encarregadas de alguma missão elevada, que falam com uma unção incomum do ESPÍRITO SANTO. No sentido secundário da palavra, tais indivíduos também podem ser chamados «apóstolos», conforme esclarecemos em Atos 14:4. Esses «apóstolos» seriam os mais elevados dentre esses «profetas».
2. Os profetas da igreja cristã primitiva evidentemente eram homens de considerável habilidade psíquica, capazes de proferirem declarações inspiradas, não sendo confundidos com os pregadores ordinários. No exercício dos dons espirituais, ocupavam posição secundária somente em relação aos apóstolos, conforme depreendemos de passagens neotestamentárias como I Cor. 12:28; Ef. 2:20; 3:5; 4:11 e Apo. 22:9. (Ver igualmente Atos 13:1; 15:32 e 21:9,10). Esses profetas do N.T. exerciam seu ofício em virtude do recebimento de dons carismáticos, e não por sanção ou nomeação oficial por parte das igrejas locais, porquanto não há o menor laivo de evidência que a posição deles fosse alcançada através da consagração a esse ofício. O trecho de I Cor. 14:29-39 mostra-nos que algumas vezes esses profetas se deixavam arrastar em seu entusiasmo ao ponto de produzirem a desordem nos cultos, o que Paulo censurou severamente.
Evidentemente surgiram dúvidas, até mesmo naqueles dias primitivos, acerca da autenticidade dos dons espirituais de alguns desses «profetas», ao ponto de suspeitar-se que seus poderes procediam de fontes malignas. (Ver I João 4:1 e I Tes. 5:20,21).
Os poderes sobrenaturais, manifestamente superiores àquilo que se poderia esperar da parte das capacidades humanas normais, são sempre difíceis de julgar quanto à sua origem exata; o máximo que podemos fazer é aplicar as palavras do Senhor JESUS, que disse: «...pelos seus frutos os conhecereis» (Mat. 7:20). Infelizmente, o critério moderno de julgar tais pessoas tem degenerado ao teste que declara: «Por suas denominações os conhecereis». Esse critério é fruto do sectarismo.
Judas e Silas, nas páginas do N.T., são chamados «profetas» (ver Atos 14:4 e 15:32). Esses possuíam uma inspiração superior à daqueles que falavam em línguas (ver I Cor. 14:3).
3. Os profetas, não obstante, não profetizaram sempre e necessariamente o futuro, embora tal função evidentemente não fosse incomum entre eles. (Ver Atos 21:4,9-11). Nessa oportunidade, a profecia neotestamentária incluiu o conhecimento prévio, embora isso não faça parte necessária da profecia. Entretanto, é fenômeno comum, entre aqueles que possuem dons psíquicos, possuírem algum discernimento quanto a alguns acontecimentos futuros. Contudo, a profecia consiste muito mais de uma «afirmação inspirada» do que da predição do futuro. Todavia, é muito difícil fazer a separação dessas duas funções, no mesmo indivíduo.
Todo profeta profetiza, mas nem todo o que profetiza é profeta. Ministério profeta possui dons de mensagens futurística como o profeta Ágabo. profecias são para edificação, exortação e consolação somente.
Não é correto supor que não pode haver profetas em nossos próprios dias, segundo os moldes dos dias do N.T., ou segundo outros moldes.
O dom da profecia visa especialmente a consolar e edificar a igreja, além de ter a serventia de convencer os incrédulos presentes sobre as verdades do evangelho. A importância do ensino foi assim salientada, porquanto um dom especial é conferido a certos, para que se tornem mestres mais poderosos. Além disso, não devemos supor que os «mestres» também não sejam diretamente inspirados pelo ESPÍRITO SANTO, já que esse é um dos ministérios formados pelo ESPÍRITO de DEUS. Contudo, esse ministério é mais sutil, menos psiquicamente poderoso, mais geral e menos imediato; também é mais quieto e menos espetacular, estando mais limitado ao uso inspirado dos documentos sagrados—a Bíblia—como sua fonte, do que sucede no caso da inspiração imediata, que não depende dos documentos escritos, conforme se dá no caso dos profetas, - não impedindo os mestres de serem usados com dons maravilhosos de DEUS, já que JESUS era um mestre e Paulo também).
“Os profetas, que são associados aos apóstolos como o alicerce da igreja (ver Ef. 2:20), porquanto podem revelar a mente de DEUS, segundo me parece, em certo sentido subordinado podem existir até os nossos dias, sendo aqueles que não meramente ensinam e esclarecem doutrinas ordinárias e proveitosas, mas também que, devido a uma energia especial do ESPÍRITO SANTO, podem desdobrar e transmitir a mente de CRISTO à igreja cristã, nos casos em que esta mostrar-se ignorante da mesma (embora tal mentalidade esteja oculta nas Escrituras), podendo desvendar à igreja verdades bíblicas antes escondidas, através do poder do testemunho do ESPÍRITO de DEUS, de conformidade com as circunstâncias presentes da igreja e das espectativas futuras para o mundo. Isso faz deles, para todos os efeitos práticos, profetas; os quais, por isso mesmo, tornam-se uma bênção direta e uma dádiva de JESUS CRISTO à sua igreja, quanto à sua necessidade e aparecimento, embora eles se apeguem firmemente à Palavra, sem o que, entretanto, a igreja não possuiria o poder dessa Palavra”. (Darby, in loc.).
“...segundo a proporção da fé...” “Visto que essa expressão é um tanto obscura, tem ela recebido certa variedade de interpretações, como segue:
1. Alguns pensam que se trata da fé subjetiva. Diz Tholuck (irt loc.): “O profeta se mantém dentro dos limites de seu dom profético, que lhe é atribuído pela sua individualidade». Essa interpretação inclui igualmente a ideia de sua própria «receptividade», ou seja, como ele se entrega para ser instrumento para o exercício de seu dom. Cada homem tem um certo desenvolvimento em sua espiritualidade. Portanto, cada qual exerce o seu dom de conformidade com seu desenvolvimento espiritual, e isso de conformidade com a sua «proporção da fé», ou seja, com a proporção de seu desenvolvimento espiritual, no que diz respeito à função de seu ofício. Ainda uma subcategoria dessa fé subjetiva é aquela ideia que diz que, para cada qual, DEUS tem determinado certa medida da «graça» da “fé”, ou seja, da dotação espiritual, em que cada indivíduo labora de conformidade com a mesma. Isso concorda com o terceiro versículo deste capítulo, bem como com a ideia geral de havermos recebido alguma medida da «graça», que nos capacita a ministrar, devendo ser reputada como parte da ideia aqui tencionada. Não obstante, essa «graça» não se mostrará eficaz a menos que seja exercida com fé pessoal, e de acordo com o desenvolvimento espiritual do indivíduo, que depende do princípio da fé. Por essa razão é que disse Meyer (in loc.) ׳. ...de acordo com a força, a clareza, o fervor e outras qualidades da fé que lhes tiver sido outorgada; de tal modo que o caráter e o modo de falar se conformem com as regras e os limites que são subentendidos na proporção de seu grau individual de fé”.
2. Outros estudiosos preferem pensar na fé objetiva, isto é, pensar haver aqui alusão à regra das Escrituras ou revelação divina, a regra ou padrão de doutrina cristã, que é a autoridade seguida pela igreja cristã, dependendo do ponto de vista do intérprete. Essa seria a «analogia fidei», ou seja, o padrão de revelação, especialmente aquele exibido nas Sagradas Escrituras. E isso significa, por sua vez, que as profecias transmitidas por meio de quem quer que seja devem conformar-se a esse padrão, não ultrapassando do mesmo. Paulo realmente apelou para certos cânones fundamentais da verdade, se não mesmo a confissões eclesiásticas formais, aplicadas às doutrinas neotestamentárias; e com frequência esse apóstolo citava o A.T. como documento autoritativo. (Quanto aos «cânones fundamentais da verdade, segundo Paulo», ver Gl. 1:8; 6:16; Fil. 3:16; II Tim. 3:15,16). Não obstante, não podemos incluir aqui a «autoridade eclesiástica», ou mesmo algum cânon de fé estabelecido pelo homem no N.T., conforme alguns intérpretes de tendências mais eclesiásticas gostariam de fazer-nos crer, porque, ao tempo em que Paulo assim escreveu, não havia essa autoridade estabelecida no seio da igreja neotestamentária, além do fato que o cânon do N.T. estava longe de ficar completo.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 3. pag. 812-814.
A utilidade (12.6b-8). Temos vários dons. Nesta lista, os dons são dados pelo Pai. Em I Coríntios 12, os dons são dados pelo ESPÍRITO. Em Efésios 4, os dons são dados pelo Filho. Os dons mencionados em Romanos 12.6-8 são divididos em duas categorias: dons de fala (profecia, ensino e exortação) e dons de serviço (servir, contribuir, liderança e mostrar misericórdia).
É bastante óbvio que o apóstolo não está falando de cargos, mas de dons. Nem todo dom implica um cargo diferente. Muitos dons não exigem nenhum cargo.
LOPES, Hernandes Dias. Romanos: a alegria triunfante no meio das provas. Editora Hagnos. pag. 404-405.
A HUMILDADE NO USO DOS DONS DE DEUS.
1 CORINTIOS12:3-8.
Paulo fala da graça que lhe foi dada para capacitá-lo a ser um apóstolo. Depois ele exorta cada um dos seus leitores a que não sejam arrogantes, isto é, que não pensem bem demais sobre si mesmos. Ele apela para um jogo de palavras, usando diversos termos gregos que têm a palavra "mente" ou "pensar" como elemento básico – que não pense de si mesmo, além do que convém (saber), antes, pense com moderação (com equilíbrio na avaliação). Devemos fazer uma auto-avaliação quanto ao que DEUS repartiu a cada um. Paulo aqui não fala da "fé salvadora" mas antes de "uma fé que impulsiona uma pessoa na obra de DEUS". Só o orgulho poderia dizer: "Veja quanta fé salvadora eu tenho". Mas é com humildade que se diz: "Eis aqui a fé que eu tive na execução desta ou daquela tarefa particular para DEUS". Isto apenas leva à oração, "Senhor, aumenta a nossa fé" (veja Lc.17:5). Na lista dos heróis da fé em Hb.11, vemos que a medida da fé dada, corresponde à tarefa a ser realizada.
(Observação minha - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva - É preciso ter fé que DEUS está nos impulsionando no exercício do dom, é preciso fé para transmitir o que DEUS nos dá para transmitir).
O um só corpo do qual os muitos são membros, enquanto ao mesmo tempo são, individualmente, membros uns dos outros, é a Igreja universal, constituída de todos os crentes em CRISTO. (Veja I Co.10:17; 12:12, 13, 28; Ef.1:22, 23; 2:15b, 16; 4:3-6, 11-13, 15, 16; 5:22-30; Cl.1:17, 18, 24, 25). O símbolo do corpo descreve a Igreja como um organismo, com cada membro recebendo vida de CRISTO (veja Cl. 3:3). Grupos locais de crentes são a manifestação local do corpo de CRISTO, a Igreja. (veja I Co. 12:27). O corpo de CRISTO consiste da totalidade dos crentes que estão unidos a CRISTO, a cabeça da Igreja.
A graça de DEUS concedida a crentes individualmente, está comprovada nos diferentes dons. Paulo faz uma lista dos dons e depois diz de que modo cada um deve ser usado. Em cada caso o leitor, para entender, deve suprir o verbo, vamos usá-lo, seguido do dom particular. A profecia, que tem a intenção de exortar, encorajar e confortar (veja I Co. 14:3), deve ser usada no devido relacionamento, com a verdade revelada de DEUS.
Charles F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular Romanos. pag. 97-98.
(Porque qualquer coisa boa que tenhamos, foi DEUS que repartiu a nós; todo dom perfeito e bom “...vem do alto” (Tg 1.17). O que temos, que não temos recebido? E, se o recebemos, por que nos gloriamos? (1 Co.12.
O homem mais competente e melhor do mundo não é mais nem melhor do que o que a livre graça de DEUS faz dele cada dia.
Quando estamos pensando em nós mesmos, devemos nos lembrar de pensar não como temos alcançado, como se nossa força e o poder de nossa mão tivessem adquirido esses dons, mas pensar quão generoso DEUS tem sido para conosco, pois é Ele quem nos dá poder para fazer qualquer coisa que é boa e nele está toda a nossa suficiência.
PORQUE DEUS CONCEDE SEUS DONS EM CERTA MEDIDA
“...conforme a medida da fé...". Observe: Ele chama de medida da fé a medida dos dons espirituais, pois essa é a graça radical. O que temos e fazemos de bom é certo e aceitável na medida em que está fundamentado na fé, e flui da fé, e não vai além dela. Ora, a fé e os outros dons espirituais com ela são concedidos por medida, como a Infinita Sabedoria vê que é adequado para nós. CRISTO tinha o ESPÍRITO que lhe fora dado sem medida (Jo.3.34). Mas os santos o têm por medida (Ef.4.7).
CRISTO, que tinha dons sem medida, era meigo e humilde; e nós, que os temos de forma limitada, seremos arrogantes e orgulhosos?
Porque DEUS repartiu dons tanto aos outros como a nós: “...repartiu a cada um”. Tivéssemos o monopólio do ESPÍRITO, ou um documento que nos garantisse sermos proprietários exclusivos dos dons espirituais, podia haver alguma base para essa presunção; mas outros têm sua parte assim como nós. DEUS é Pai de todos, e CRISTO, a raiz de todos os santos, de quem eles obtêm virtude; e por isso, não é conveniente nos tornarmos arrogantes e desprezarmos os outros, como se apenas nós fôssemos o povo de bem com DEUS e os únicos possuidores da sabedoria. Ele ilustra esse raciocínio com uma comparação extraída dos membros do corpo natural (como em 1 Co 12.12; Ef 4.16): “Porque assim como em um corpo temos muitos membros...” (vs. 4,5). Observe aqui: Todos os santos formam um corpo em CRISTO, que é a cabeça do corpo e o centro comum de sua unidade. Os crentes não estão no mundo como um grupo desordenado e confuso, mas estão organizados e unidos, já que estão unidos a uma cabeça comum e movidos e animados por um ESPÍRITO comum a todos.  Os crentes individuais são membros desse corpo, partes componentes, o que significa que são menos do que o todo, e estão em relação com o todo, derivando vida e vigor da cabeça. Alguns membros do corpo são maiores e mais úteis que outros e cada um recebe vigor da cabeça de acordo com a sua proporção. Se o dedinho recebesse tanta nutrição quanto a perna, quão inconveniente e prejudicial seria! Devemos nos lembrar que não somos o todo; pensamos além do que é adequado se pensamos assim; somos apenas partes e membros. “...nem todos os membros têm a mesma operação” (v.4), mas cada um possui seu respectivo lugar e função que lhe foi designado.
A função do olho é ver, a função da mão é trabalhar etc. Assim também ocorre no corpo místico: alguns são qualificados e chamados para um tipo de função; outros são, da mesma forma, preparados e chamados para outro tipo de função. Os magistrados, os ministros, as pessoas, em uma comunidade cristã, têm seus vários ofícios, e não devem se intrometer uns nas funções dos outros, nem entrar em conflito na execução de suas várias funções. Cada membro tem o seu lugar e a sua função, para o bem e o beneficio do todo e de todos os outros membros.
Não somos apenas membros de CRISTO, mas “...membros uns dos outros” (v.5). Permanecemos em relação uns com os outros; estamos encarregados de fazer todo o bem que pudermos reciprocamente e agir em união para o benefício comum.
Veja isso ilustrado em detalhes em 1 Co.12.14ss. Por essa razão, não devemos ficar inchados com presunção de nossos próprios talentos, porque, qualquer coisa que tenhamos, foi recebida, e não recebemos para nós mesmos, mas para o bem de outros.
UM USO SÓBRIO DOS DONS QUE DEUS NOS TEM CONCEDIDO
Como não devemos, por um lado, estar orgulhosos de nossos talentos, assim, por outro lado, não devemos enterrá-los. Tomemos cuidado para que, sob pretensão de humildade e abnegação, não sejamos vagarosos em nos colocar à disposição para o bem de outros. Não devemos dizer: “Eu não sou nada, por isso, me sentarei e não farei nada”; mas: “Eu não sou nada em mim mesmo e, por isso, me colocarei ao máximo na força da graça de CRISTO”. Ele especifica as funções eclesiásticas designadas em igrejas particulares, em cujo desempenho cada um deve pensar em cumprir o seu próprio dever, para preservar a ordem e promover a edificação na igreja, cada um conhecendo o seu lugar e ocupando-o. “De modo que, tendo diferentes dons”. O seguinte raciocínio particular completa o sentido desse raciocínio geral. Tendo dons, usemo-los. Autoridade e habilidade para a obra ministerial são dons de DEUS.
DIFERENTES DONS
O propósito imediato é diferente, embora o alvo último de todos seja o mesmo, “...segundo a graça...”, charismata kata ten charin. A livre graça de DEUS é a fonte e a origem de todos os dons que são concedidos aos homens. E a graça que designa a função, qualifica e dirige as pessoas e que opera tanto o querer quanto o realizar. Havia, na igreja primitiva, dons extraordinários de línguas, de discernimento e de cura; mas o apóstolo fala aqui daqueles que são comuns (compare com 1 Co.12.4; 1 Tm.4.14; 1 Pe 4.10). Ele especifica sete dons em particular (w. 6-8), os quais parecem significar várias funções distintas, usadas pela estrutura consultiva de muitas igrejas primitivas, principalmente as maiores.
Existem dois dons gerais aqui expressos por “profecia” e “ministério”, o primeiro sendo a função dos bispos, e o último, a função dos diáconos (esses dois eram os únicos ofícios estabelecidos - Fp 1.1). Mas a obra particular que pertence a cada um desses podia ser, e parece que era, dividida e distribuída por consentimento e acordo geral, para que isso pudesse ser feito mais eficazmente, porque aquilo que é função de todos não é função de ninguém, e aquele que é vir unius negotii - homem de uma tarefa desempenha melhor a sua função. Assim Davi separou os levitas (1 Cr 23.4,5), e nessa sabedoria é proveitoso se conduzir. Consequentemente, os cinco últimos serão reduzidos aos dois primeiros. PROFECIA, “...se é profecia, seja ela segundo a medida da fé”.
A obra dos profetas do Antigo Testamento não foi apenas a de predizer o futuro, mas advertir o povo a respeito do pecado e dos deveres, e serem aqueles que o lembravam a respeito do que eles sabiam antes. “Tu tens fé? Tenham-na para ti mesmo; e não faça dela uma regra para os outros, lembrando que a tens recebido apenas em tua medida”.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa. Editora CPAD. pag. 387-388.
-...Servi uns aos outros...
- De modo geral, mas particularmente aqui devemos entender •trabalho físico», isto é, a partilha de alimentos, de abrigo e de dinheiro, tal como na hospitalidade que acabara de ser recomendada.
-...conforme o dom que recebeu...
- O trecho de Rom. 12:7 focaliza um dom de
- Ministério», isto é, boas obras na forma de esmolas, de cuidados pelos enfermos, e de hospitalidade. Alguns crentes são especialmente dotados pelo ESPÍRITO, tornando-se ricos em atos de caridade, dispostos à realização de serviço bondoso, o que fazem com maneiras graciosas e corteses. Talvez alguns médicos, enfermeiras e filantropos, quando são também crentes espirituais, recebem tal dom, além de outros, que têm a oportunidade especial de ministrar as necessidades físicas dos outros.
Algumas vezes tais pessoas também recebem amplos meios financeiros capacitando-se assim de se mostrarem generosas em alto grau.
O judaísmo e o cristianismo primitivo enfatizavam grandemente a importância das esmolas.
(Atos.3:2. Comparar também com Tg.1:27, onde a religião pura é definida como a visita aos órfãos e às viúvas, em suas aflições, isto é, mediante a ministração às suas necessidades, além de conservar-se o crente imaculado do mundo). Tal ministração é a prática da regra áurea de CRISTO, uma duplicação do seu amor. Portanto, esse ministério é apenas a concretização da lei do amor, mencionada no oitavo versículo deste capítulo.
Este versículo, naturalmente, não só fala do dom especial da ministração às necessidades físicas, mas também impõe a todos os crentes o mesmo costume, ao ponto em que suas habilidade se circunstâncias lhes permitirem a participação.
-...despenseiros...• Cada pessoa é ímpar e tem uma missão sem igual, agora e na eternidade. (VerApo. 2:17). Ele recebe habilidades necessárias para o exercício apropriado de sua missão. Também recebe os meios financeiros para poder realizar sua obra. Sua missão o transforma no tipo de pessoa que pode realizar um serviço específico. Um crente também pode receber várias missões; e todas as coletivamente consideradas, visam fazer dele um indivíduo sem par. Uma missão é um meio de expressar a graça de DEUS para com outros, pois nenhuma missão visa apenas o benefício do próprio indivíduo. Todos os dons de DEUS se originam em sua •graça. Essa é a fonte de tudo de bom que possuímos. Se nos recusarmos a contribuir, logo deixaremos de receber. Assim, o homem que recebe mas não dá logo se tornará inútil como despenseiro da graça de DEUS, e sua alma será estragada, perdendo toda a similaridade com a natureza espiritual de CRISTO. O próprio CRISTO veio para servir, e não para ser servido. (Ver Mat. 20:28).
“...multiforme graça...” No grego, o adjetivo é “POIKILOS”, “diversificado”, “de muitas espécies”. A graça divina se manifesta de muitos modos e se concretiza na vida humana de muitas maneiras. Cada crente recebeu tal graça, e está na obrigação moral de concedê-la a outros.
“...graça...” (“graça”, ver Ef. 2:8).
O que possuímos que não tenhamos recebido de DEUS? Pois quem é que te faz sobressair?
O que tens tu que não tenhas recebido? e, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?» (I Cor. 4:7). Alguns agem como se o que têm fora produzido por eles mesmos.
Dom: Consideremos os pontos seguintes a respeito:
1. Envolve qualquer coisa doada gratuitamente.
2. Indica alguma bênção dada graciosamente por DEUS, de qualquer espécie, aos pecadores (ver Rom. 5:15.16 e 11:29).
3. Indica a graça da salvação (ver Ef. 2:9), mediante a qual a salvação é conferida aos homens.
4. Indica um preparo gracioso e divino para o serviço, algum dom espiritual, alguma operação extraordinária do ESPÍRITO SANTO (ver I Tim.4:14) ou mesmo os dons do ESPÍRITO SANTO (ver os capítulos doze a catorze da primeira epistola aos Coríntios).
5. Indica a abundância de possessões físicas, usadas para benefício alheio: ou bens materiais suficientes para que deles possamos contribuir, embora não naquela profusão que poderíamos chamar de «abundante». Esse é o sentido que está em foco, talvez com alguma mistura com a quarta posição.
Esta passagem pode ser ilustrada pela parábola dos talentos, narrada pelo Senhor JESUS, em Mat.25:15. Alguns intérpretes acreditam que Pedro alude aqui a essa tradição, embora tal narrativa ainda não tivesse tomado forma escrita nos evangelhos canônicos, porquanto esta primeira epistola de Pedro foi escrita antes dos mesmos, com a única exceção possível do evangelho de Marcos.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 6. pag. 156-157.
I Pe.4.10 Cada um, conforme recebeu um dom da graça – servi uns aos outros com ele como bons administradores da multiforme graça de DEUS. Visto que os dons da graça (em grego: charisma) são dados pelo ESPÍRITO SANTO, eles também são chamados de “dons do ESPÍRITO” (1Co.14.1).
Este versículo presta uma importante contribuição para a pergunta a respeito do que são os carismas e como devem ser exercidos. O contexto demonstra que ser hospitaleiro, falar a palavra de DEUS e exercer a diaconia são serviços dos dons da graça. É verdade que podemos “buscá-los” (1Co 14.1), mas sempre continuarão sendo dádiva de DEUS através do ESPÍRITO SANTO.
Multiforme ela é na medida em que exerce uma obra diversificada na igreja e em cada cristão (cf., p. ex., 1Pe.5.10). Como graça multiforme ela também é suficiente para todas as múltiplas carências da igreja. Administradores é o nome dado pelo próprio JESUS a seus discípulos em várias parábolas (Lc.16.1; cf. Mt.25.14ss). Um administrador é caracterizado pelo fato de ter recebido dádivas em confiança para o serviço, que não são de sua propriedade.
Uwe Holmer. Comentário Esperança I Pedro. Editora Evangélica Esperança.
Vida na comunidade cristã é vida de serviço aos outros. JESUS foi o Servo de DEUS, Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10.45). Na Sua vida, tal como nos mostram os Evangelhos, Ele demonstrou esse princípio, servindo ao Seu povo e aos Seus (como ilustrado em Jo.13.1-17). Servi uns aos outros é, assim, um chamado a sair de si mesmo e dos seus problemas, e se dedicar aos outros.
Essa diaconia é possível porque todos receberam dons com os quais podem servir aos outros.
Cada um deve colocar o dom que tem a serviço de todos, porque, ao receberem dons, os cristãos se tomam despenseiros da graça de DEUS. A CHARIS (GRAÇA) é a fonte dos CHARISMA (dons, carismas). Quem os recebe, recebe graça de DEUS, e os recebe por causa da graça de DEUS que lhes concedeu o ESPÍRITO SANTO.
A graça de DEUS, por fim, é multiforme. Visualmente, isso seria como um cristal que reflete a luz em vários matizes e uma sempre nova e surpreendente combinação de cores e tons. Esse conceito é importante e tem sido desprezado na prática, muitas vezes, pelos cristãos. Está subentendido que a questão dos dons é sempre dinâmica.
Quando a situação muda, quando novos quadros se apresentam, Ele dará os dons de forma apropriada à nova realidade, sempre nos surpreendendo com o Seu agir. Multiforme também significa, para um mundo dividido como o nosso em culturas e características regionais bastante diferenciadas, que o ESPÍRITO leva em conta essa diversificação e trabalha dentro dela. Indispensável nas relações entre os cristãos (também a nível internacional) é a eliminação de todo resquício de prepotência e espírito de julgamento, e a disposição ao amor e ao serviço ao outro como outro (respeitando-o e valorizando-o naquilo em que é diferente de mim ou de nós).
Ênio R. Mueller. I Pedro Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 238-239.

O SENHOR JESUS DEU ESSES DONS DO MINISTÉRIO À IGREJA
EFÉSIOS .4:11
E ELE CONCEDEU uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres.
Quando Ele concedeu dons aos homens? Quando subiu às alturas, levando com Ele os santos do Antigo Testamento que esperavam a consumação do grande plano redentor de Deus. Eles esperavam no Seio de Abraão, o local para onde iam os santos do Antigo Testamento após a sua morte física.
EFÉSIOS 4.8,10
8 Por isso diz: QUANDO ELE SUBIU ÀS ALTURAS, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens.
9 Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra?
10  Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.

C. De onde Ele concedeu os dons do ministério? Esses dons do ministério procediam (e procedem) das mãos de Jesus, o qual está à destra de Deus no céu.
D. Para qual propósito (objetivo) Ele deu à igreja esses dons do ministério?
EFÉSIOS 4.12
12 Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo.

1.  Para o aperfeiçoamento dos santos.
A palavra grega (KATARTISMOS) traduzida por "aperfeiçoamento", de acordo com o Dicionário de Palavras do Novo Testamento, de W. E. Vine, denota um ajuste ou preparação plena, implicando um processo que é conduzido até à consumação.
Se um dos propósitos dos dons do ministério serem dados é o de aperfeiçoar os santos, atingiremos a maturidade sem os dons do ministério? Não.
2.  Para o trabalho do ministério (desempenho do seu serviço).
3.  Para a edificação do corpo de Cristo.

E.  Por quanto tempo Ele concedeu os dons do ministério?

EFÉSIOS 4.13
13 ATÉ QUE TODOS CHEGUEMOS à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, À PERFEITA VARONILIDADE, À MEDIDA DA ESTATURA DA PLENITUDE DE CRISTO.

Os dons de ministério são a provisão de Cristo para a Igreja para construir, edificar e amadurecer os santos. Um ensino errado que aflorou há alguns anos atrás enfatizou o chamado "ministério do Corpo" (E há uma certa verdade nisso. Deus usa a todos). Mas alguns pensam: "Não precisamos mais de pastores e ministros. Deus não está mais usando ministros. Ele tem um programa diferente agora." A Escritura diz que Ele deu dons aos homens, "até que todos cheguemos à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo". Até que Jesus venha, "todos nós" como um corpo de crentes nunca chegaremos àquele local de maturidade. Quando Jesus vier, alguns bebês espirituais terão acabado de nascer na família de Deus. Eles não terão tido tempo para amadurecer. Esses dons do ministério fazem parte do propósito de Deus para o amadurecimento dos santos até que Jesus volte para sua igreja.
QUAL É O ALVO FINAL DESSES MINISTÉRIOS?
EFÉSIOS 4.13,16
13 ATÉ QUE TODOS CHEGUEMOS à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, A PERFEITA VARONILIDADE, À MEDIDA DA ESTATURA DA PLENITUDE DE CRISTO.
14 PARA QUE NÃO MAIS SEJAMOS COMO MENINOS agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo o vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro.
15 Mas, seguindo a verdade em amor, CRESÇAMOS em tudo naquele que é o cabeça, Cristo.
16 De quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

1. Precisamos de todos os cinco dons ministeriais operando juntos para trazer o corpo de Cristo à plena estatura de Cristo.
2.  Os nenês espirituais são facilmente abalados e levados por falsas doutrinas.
3. Jesus colocou os dons do ministério na igreja para nos auxiliar a crescer conforme à Sua imagem.
4. Não podemos atingir este lugar em Deus sem a operação (funcionamento) do ministério quíntuplo.
5. Algumas igrejas amadureceram só até certo nível porque reconhecem somente dois ou três dons do ministério: evan¬gelista, pastor e, algumas vezes, o ministério de mestre.
Sumário: O objetivo em última análise de todo o ministério não é a autoglorificação ou a exaltação do homem de alguma maneira. Ele existe inteiramente para edificar e amadurecer o Corpo de Cristo. São necessários todos estes ministérios operando juntos para edificar — construir — o Corpo de Cristo.

O CHAMADO DIVINO
A. Deus estabeleceu alguns na igreja. Há um chamado divino.

1 CORÍNTIOS 12,27,28
27 Ora, vós sois corpo de Cristo e individualmente, membros desse corpo.
28 A UNS ESTABELECEU DEUS NA IGREJA, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiros lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

1.  Efésios 4.11 diz "Jesus concedeu". Esta passagem diz "Deus estabeleceu".
2.  Observe que esta passagem de 1 Coríntios chama o Corpo de Cristo de Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo. O Corpo de Cristo é a Igreja.

B. Deus estabeleceu os dons do ministério na igreja — não os homens.
1.  Há uma grande diferença entre Deus estabelecer alguém na igreja — e alguém ser colocado pelos homens.
2.  Um estudo da história da Igreja revela que, ao longo dos séculos, vários grupos têm se esforçado para retomar o que chamam de práticas do Novo Testamento.
Eles estabeleceram organizações que com frequência representavam alguma coisa que o homem fabricou — alguma coisa da carne; alguma coisa carnal.
Eles chamavam e estabeleciam pessoas para certos ofícios sem que as mesmas tivessem o chamado divino.
Isto não é escrituristico.
É Deus quem estabelece.
É Deus quem chama.

C. Você não se torna um dom do ministério só porque você sente que é um chamado santo e gostaria de responder.
1.  Você não pode fazer de si mesmo um dom do ministério.
2.  É perigoso fazer algo só porque você quer fazê-lo.

D. Você não entra no ministério só porque alguém diz que combina com você.
Experiência pessoal: Como pastor, tenho observado pessoas jovens na igreja que estavam aptas a trabalhar para Deus. Algumas delas, eu creio, foram chamadas. Outras, tenho certeza, não foram. Tenho visto outros membros na igreja arruinar algumas dessas pessoas jovens, ao chegarem a elas e dizerem: "Creio que vocês foram chamadas para pregar", e assim por diante. Elas tentaram pregar, e fracassaram. Frequentemente, acabam por deixar a igreja por causa disso.
1.  Não vá só porque alguém chamou você.
2.  Não vá só porque sua mãe o chamou.
3.  Não vá só porque seu pai o chamou.
4. Maridos, se vocês forem ministros do Evangelho e tiverem um chamado divino em suas vidas, não tentem chamar sua esposa para o ministério. Deixem que ela seja a ajudadora que é adequada (ou própria) para vocês, como Deus assim lhe designou. Incluam-na em tudo que for possível.
5.  Esposas, se vocês forem chamadas, não tentem fazer de seus maridos os pregadores que eles não são. Porém não os excluam de suas vidas. Façam com que eles trabalhem em suas vidas, e até em seus ministérios, em tudo que for possível.
6.  Há um chamado divino para o ministério. Você deve deter¬minar se ele está ou não em sua vida. Não tente ingressar no ministério sem o chamamento de Deus para assim o fazer.
E. Como você pode distinguir/reconhecer um chamado de Deus?
1.  Você terá a convicção no seu próprio espírito.
Você terá o testemunho no seu próprio coração.
Você terá o equipamento espiritual — dons do Espírito — que acompanha o ofício, ou os ofícios para os quais você foi chamado.
Experiência pessoal: Eu sabia que era chamado bem dentro em mim. Como? Por uma intuição interior. Sempre estava comigo. Fazia parte do meu interior tanto quanto minhas orelhas fazem parte do meu exterior.
2.  Deus relaciona-se com o espírito humano.
3. Aprenda a ouvir o seu espírito.
a.  Aprenda a ouvir dentro de você e saberá muitas coisas que não saberia por qualquer outro modo.
b.  Se você é um cristão mundano — "com um pé dentro e outro fora da igreja" — a sua carnalidade o dominará e você não terá consciência do seu espírito.
c.  Se você é total e completamente dedicado e consagrado a Deus no fazer algo que Ele quer que você faça, você se tornará consciente de algo dentro de você.
d.  Haverá algo dentro de você que o impelirá.
F. Os meios pelos quais os homens são chamados não são importantes, mas a obediência ao chamado de Deus é importante.
1.  Se os meios fossem importantes, a Bíblia lhes daria ênfase, o que não ocorre.
2.  A Bíblia tem muito a dizer e a ensinar sobre a obediência.
3.  Algumas vezes Deus move-se de maneiras extraordinárias, mas não é a regra.
a.   Visões: Algumas vezes ao pessoas terão visões. Paulo teve. Eu tive visões. Mas estive no ministério durante 15 anos anteriores sem que isto acontecesse. Entrei no mi¬nistério sem nenhuma espécie de visitação "sobrenatural" (se você quiser chamá-la assim — na realidade, tudo o que vem de Deus é sobrenatural). Entrei pela intuição interior, pelo testemunho interior.
b.  Profecia: Os dons do ministério não são estabelecidos na igreja por meio de profecia. Ela traz uma confirmação dos mesmos.
ATOS 13.1,2
1 Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo.
2 E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que OS TENHO CHAMADO.
Barnabé e Saulo não foram chamados por profecia. Não foram estabelecidos como dons do ministério por profecia ou pelos homens. Deus só confirmou seu chamado por meio da profecia.
PERCEBER UMA NECESSIDADE NÃO É UM CHAMADO PARA O MINISTÉRIO
1.  Se não formos cuidadosos, cairemos no erro da igreja em geral de chamar/estabelecer ministérios em função da neces¬sidade. Isto não é escriturístico. Há um chamado de Deus, dado por Deus apenas.
2.  Naturalmente, como cristãos, em qualquer momento que observarmos uma necessidade, lidaremos com a mesma e nos esforçaremos com a capacidade que temos para ministrar sobre aquela necessidade. Isto é correto de acordo com as Escrituras. Mas isso não deve ser confundido com o chamado de Deus para o ministério.
UMA UNÇÃO EVIDENCIA O CHAMADO DE DEUS
Quando uma pessoa é chamada para o ministério há uma unção que lhe sobrevém para ocupar o ofício. Caso contrário a pessoa somente teria que ficar de pé e falar. É bom falar e compartilhar o que se tem, mas isto é muito diferente de ser chamado para o ministério e ser estabelecido na Igreja. Se Deus não o chamou para o ministério de tempo integral, não tente fazê-lo; você se sentiria como um peixe fora d'água. Saber que você é divinamente chamado encerra definitivamente a questão. Não haverá nenhuma confusão quanto ao assunto. Aprenda que as coisas espirituais são mais reais que as naturais. Aprenda a olhar para seu espírito.
Seu espírito lhe dirá. Seu espírito sabe coisas que sua mente não sabe.
A QUEM DEUS CHAMA, ELE EQUIPA
A. Os dons do ministério são pessoas — pessoas que foram chamadas por Deus para o ministério de tempo integral.

1.  Filipe é chamado de evangelista.
2.  Pedro é chamado de apóstolo.
3.  Paulo é inicialmente chamado de profeta e mestre, e, mais tarde, de apóstolo.
4.  Outras pessoas no Novo Testamento também são chamadas de dons do ministério.
B. Essas pessoas (dons do ministério) a quem Deus chama, Ele também equipa com dons espirituais.
1.  Esses ministérios não são baseados em dons naturais, mas sim em dons espirituais, dons sobrenaturais.  Não perceber isso leva o ministério e a igreja a saírem do sobrenatural para o natural.
2.  Quando uma pessoa é nascida de novo, Deus tem em mente o que Ele a chamou para fazer. Com o novo nascimento, o indivíduo é equipado com certos talentos espirituais para permanecer onde for estabelecido no Corpo de Cristo.
3.  O batismo com o Espírito realça estes talentos espirituais.
Experiência pessoal: preguei dois ou três anos sem o batismo do Espírito Santo, no entanto, naquela época, a mesma unção me sobreveio para pregar como vem agora.
4.  Deus equipa as pessoas com os dons espirituais necessários, para que as mesmas possam permanecer no ofício em que ele as chamou.
a.  O leigo pode ter dons espirituais operando a partir dele. Mas um ministro será equipado para ministrar regularmente com aqueles dons necessários para permanecer no ofício a que foi chamado.
b.  Os mesmos dons espirituais operando a nível ministerial trazem uma unção maior do que se operassem ocasionalmente na vida de um leigo.
Exemplo: Línguas e interpretação ou profecia operando a partir de um dom do ministério trazem uma maior unção do que quando alguém leigo opera nos mesmos dons.

5.  A educação é boa — mas necessitamos mais do que educação. A ambição, se for legitimada (quando se busca pelo que Cristo concebeu) é boa — porém precisamos mais do que ambição. Necessitamos de um ministério equipado com dons sobrenaturais.
C. Os dons do ministério consistem não em nome, mas em poder.
1. É fácil chamar a si mesmo de algo, mas isso não fará de você esse algo.
Você pode sentar-se numa garagem e autodenominar-se um carro, mas isto não faz de você um carro.
2. Você pode chamar a si mesmo de um pastor mas isso não fará de você um.
Você pode chamar a si mesmo de um apóstolo, mas isso não fará de você um.
A prova do pudim está no comer. Em outras palavras, o ministério para o qual você é chamado será evidente em sua vida. Você terá a capacitação ou o revestimento divino para ocupar o ofício ao qual foi chamado.
D. Toda operação do ministério vem debaixo do senhorio de Jesus Cristo.
1.  Jesus Cristo é a Cabeça do Seu corpo, a Igreja. A Cabeça e o corpo são um só; portanto, Jesus dirige todas as operações de Seu corpo, assentado à direita de Deus Pai.
MARCOS 16.20
20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, COOPERANDO COM ELES O SENHOR, E CONFIRMANDO A PALAVRA com os sinais que se seguiram.
a.  Observe que Jesus cooperava com seus discípulos.
b.  E cooperava como Senhor deles, e não apenas como ajudador. Embora Ele seja o nosso ajudador, por meio do Espírito Santo, Ele também é o nosso Senhor.
2.  O Senhor Jesus Cristo é o Cabeça da Igreja.
a.  Ele é Aquele que dá.
b.  Ele é Aquele que chama.
c.  Ele é Aquele que equipa.
d.  Vamos deixá-Lo assim fazer.

FIDELIDADE AO CHAMADO
Algumas pessoas que estão no ministério, ou nunca foram chamadas, ou são tremendamente infiéis. Por quê? Porque Deus nunca planejou nenhum fracasso espiritual. Quer sejamos somente membros individuais do corpo de Cristo, quer sejamos chamados para sermos um dom do ministério, Ele nunca estabeleceu alguns para fracassarem e outros para serem bem-sucedidos. Ele planejou o sucesso para todos. Portanto, ou alguns ministros nunca foram de fato chamados por Deus, ou são tremendamente infiéis. Temos que aplicar o chamado de Deus a nossas próprias vidas. Um ministério é como uma sociedade bem sucedida: precisa ser trabalhada, com paciência, disciplina, respeito, conselhos, visão e muito trabalho.
2 TIMÓTEO 2.15 (KJV)
15 Estude (a Palavra) para apresentar a si mesmo aprovado por Deus, como obreiro que não tem com o que se envergonhar, que divide (maneja) corretamente a palavra da verdade.
A. ESTUDO. Tempo de preparação nunca é tempo perdido.
B. DEDICAÇÃO. Junto com o chamado tem que existir dedicação.
C. CONSAGRAÇÃO. Junto com o chamado tem que existir consagração.
D. SUBMISSÃO À VONTADE DE DEUS. Junto com o chamado tem que existir submissão à vontade de Deus.
Quando começamos no ministério, não começamos no topo. Assim como a subida de uma escada, começamos pelos primeiros degraus. E, às vezes, os primeiros anos do ministério envolvem grandes sacrifícios. Mas se você sabe que o chamado está presente, ficará firme, não importa o preço que tenha que pagar.
Temos que fazer a seguinte consagração a Deus: Para cima ou para baixo, nadando ou afundando, vivendo ou morrendo, ficarei firme, porque Deus me chamou.
Já que você está agindo pela fé, sabe que não irá terminar desse jeito — mas irá parecer assim às vezes. Vai parecer como se você fosse passar por isso tudo — fracassar, afundar e morrer.
Se formos fiéis nos momentos em que as coisas parecem ir para baixo, afundar e estar morrendo, ENTÃO NÓS IREMOS EM FRENTE, PORQUE DEUS NOS CHAMOU.
E. SEJA UMA PESSOA ÍNTEGRA.
1.  O Salmo 15.4 dá uma das características de um peregrino espiritual como, ... o que jura com dano próprio, e não se retrata.
2.  Pessoas que têm o chamado de Deus em suas vidas, e são pessoas de integridade, honestas e sinceras, permanecerão fora de suspeita e inabaláveis.
F. Desenvolva-se. Amadureça. Cresça.
1.  Os ministérios são desenvolvidos. Leva tempo para desenvolver um dom ministerial.
2.  Leva tempo para as pessoas tornarem-se equipadas para fazer o que Deus quer que façam. Elas devem não somente ser equipadas, como também devem amadurecer natural e espiritualmente.
3.  Normalmente as pessoas começam numa área do ministério diferente daquela que Deus as chamou.
a. No capítulo 13 de Atos, Saulo (Paulo) é citado como um dos cinco profetas e/ou mestres da igreja em Antioquia. Mais tarde, no Novo Testamento, ele é chamado de apóstolo. Mas ele não começou no ministério apostólico. Ele começou como um profeta e como um mestre.
b. Filipe começou no ministério de socorros (Atos 6.1-6 ). Ele foi fiel naquele ofício. Mais tarde foi levado para o ofício de evangelista (Atos 8.5-7; 21.8 ).
c. Se Deus o chamou para ser um pastor, você não começará pastoreando uma igreja de 2000 pessoas. Você não saberia como realizar esta tarefa. Você começará com um pequeno rebanho, ou como um auxiliar, ou como um pastor assistente, ou como um pastor de jovens, etc.
d. Deus pode tê-lo chamado para ser um evangelista. Mas você não começará pregando para 5000 pessoas. Poderá começar pregando para 5 pessoas.
e. Não despreze os pequenos começos (Zc.4.10).
4. Gaste tempo para esperar e descobrir o que Deus quer que você faça. Permita que Deus faça de você o ministro que Ele quer que você seja.
a.  Não diga: "Eu escolhi este ofício." A escolha não é sua. É Deus quem estabelece as pessoas nos ofícios dos dons ministeriais.
b.  Não tente ser como outra pessoa. Seja você apenas. Tome a verdade da Palavra de Deus que é revelada para você e deixe que Deus utilize sua personalidade para injetá-la. Então ela se torna a sua mensagem.
c.  Não diga: "Sou um mestre." Pare e descubra o que você é ou não.
d.  Só porque você teve uma revelação ou profetizou, não diga: "Sou um profeta."
Muito provavelmente você não o é.
Mesmo que seu chamado fosse ser um profeta, você não entraria ali imediatamente, pois não seria capaz. Deus não viola suas próprias regras.
Sua Palavra diz para não colocar um novo convertido no ofício de diácono (1 Tm.3.6 ). Deus não colocará um cristão imaturo ou um pregador imaturo no ofício de profeta.
e. Cresça e desenvolva-se espiritualmente antes de tentar certificar-se e apregoar em qual ofício você está.
f. Se Deus lhe chamou e lhe estabeleceu em um ofício, você não terá que apregoá-lo de qualquer maneira. As pessoas acabarão por descobrir. Se não descobrirem, não é o seu ministério.
g. Se o seu ministério está num estágio embrionário, será desenvolvido se você for fiel.
h. Identifique se o chamado de Deus está presente. Então seja fiel na obra de Deus, no local em que você estiver (pregar e ensinar é sempre correto).
Quando você tiver atingido certo nível de maturidade, tanto mental quanto espiritual, Deus o fará saber qual é o seu chamado.
5. Gaste tempo para esperar em Deus. Gaste tempo para orar e jejuar. Gaste tempo para buscar a perfeita vontade de Deus para sua vida e ministério.
No Antigo Testamento, se outra pessoa que não fosse o Sumo Sacerdote entrasse no Santo dos Santos, cairia morto instantaneamente. Pois teria entrado em ofício alheio.
b.  É perigoso brincar com coisas santas.
c.  O chamado de Deus é santo.
d.  O ministério de Deus é santo.

DESENVOLVA O SEU CARÁTER
1. Mais é requerido daqueles que são separados para um ofício.
2. Seja sempre alguém exemplar.
3. Seja honesto aos olhos dos homens.
4. Ocupe o seu lugar com dignidade.
Se você é chamado por Deus para ocupar um ofício, aquele ofício requer respeito. Se você tem respeito pelo ofício que ocupa, então também ensinará as pessoas a respeitarem aquele ofício.
DIVERSIDADE E EQUILÍBRIO
A. Um dos aspectos mais fascinantes relativos aos dons do ministério é sua diversidade.
1.Apóstolos: O ofício de apóstolo parece englobar quase todo tipo de ministério.
2.Profetas: O ministério do profeta é inspiracional. Ele fala por inspiração e revelação direta de Deus.
3.Evangelistas: O evangelista tem um comissionamento direto do Senhor para PREGAR a Palavra para a salvação das almas.
4.Pastores: São aqueles que pastoreiam as ovelhas de Deus.
5.Mestres: Aqueles que ocupam o ofício de mestre, ensinam a Palavra, não por habilidade natural, mas pela capacitação (habilidade) divina do Espírito Santo.
EZEQUIEL 37:7-9.
A.Profeticamente o quinto pro de Efésios destacado por Deus em Ezequiel. “Então profetizei como se me deu ordem. E houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se achegaram, cada osso ao seu osso. (Ossos, Crentes e Evangelistas) E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles,(Nervos Mestres) e cresceu a carne, (Carne Pastor) e estendeu-se a pele sobre eles (Pele Apostolos) por cima; mas não havia neles espírito. E ele me disse: Profetiza ao espírito (Espírito Profeta), profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam”.
B. Esses dons do ministério foram dados à igreja para que houvesse um equilíbrio na mesma.
1.  Observe o quão esplendidamente os dons do ministério eram balanceados no grande centro missionário da igreja de Antioquia (At 13.1).
2.  A questão do equilíbrio dos dons ministeriais no Corpo de Cristo é de vital importância para ser eficaz.
3. Só um ofício de dom ministerial não pode esperar ser capaz de ministrar eficientemente a todas as necessidades de todo o Corpo de Cristo.
4. No lado oposto, estão aqueles que pensam que um ministro não tem um ministério válido, a menos que ministre na maior parte pelas manifestações dos dons do Espírito, em vez de  ensinar ou pregar a Palavra.
C. Devemos estimar todos os dons do ministério que Jesus colocou na igreja, e perceber que cada um deles é essencial para o amadurecimento completo da igreja.
1.  Não é raro ouvirmos os mestres depreciarem os evangelistas, chamando-os de superficiais e sensacionalistas.
2. Os evangelistas, às vezes, estigmatizam os mestres, chamando-os de secos e prolixos.
3. Os evangelistas e os mestres freqüentemente unem-se para chamarem os profetas de fanáticos e extremistas.
4.Todas essas atitudes são erradas.
5.Pode haver extremos em toda a utilização dos dons ministeriais. Ainda assim não devemos reprimir o dom de Deus, pois podemos sufocar o Espírito de Deus.
D. O plano de Deus é que cada ministério que Ele colocou na igreja corrija e complemente os outros, fazendo com que haja o equilíbrio necessário.
1. O profeta é para inspirar o mestre.
2. O mestre é para equilibrar o profeta.
3. O evangelista é para nos lembrar continuamente acerca do mundo perdido e morto espiritualmente e de sua necessidade do Evangelho.
4. O pastor é para nos mostrar que as vidas ainda precisam de muito cuidado depois de serem salvas.
5. O apóstolo é para inspirar e abrir espaços para novas conquistas para Cristo e para a igreja.
E. O propósito dos dons do ministério é a unidade, e não a divisão.
Em Efésios 4.13 lemos: "até que todos cheguemos à unidade", e não, "até que todos sejamos divididos em facções estilhaçadas".
F. Uma pessoa pode operar em mais de um ofício; nós os separamos para melhor defini-los.
O APÓSTOLO
1 CORÍNTIOS 12.28
28 A uns Deus estabeleceu na igreja, primeiramente APÓSTOLOS, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedade de línguas.
EFÉSIOS 4.11
11E ele mesmo concedeu uns para APÓSTOLOS...
A. O dom do ministério que encabeça a lista dos mesmos é o de apóstolo. Entretanto, isto não significa que seja o dom do ministério mais importante no corpo local hoje, nem significa que os apóstolos devem predominar sobre outros dons ministeriais no Corpo de Cristo. Em outras palavras, Paulo não estava estabelecendo uma hierarquia para o governo da igreja local pela maneira com que relacionou os dons ministeriais aqui.
1.Na realidade, Paulo estava provavelmente relacionando estes ofícios na ordem que escolheu por causa da maneira que Deus "estabeleceu" ou desenvolveu dons ministeriais na Igreja Primitiva.
2.Entenda, no estabelecimento da Igreja Universal que seguiu à ressurreição de Jesus, os apóstolos e profetas eram obviamente os ofícios de ministério mais importantes, porque foram os primeiros dons ministeriais a serem desenvolvidos ou "estabelecidos" no Corpo de Cristo.
a. Além disso, eles eram apóstolos e profetas fundacionais — eles lançaram a fundação para o Novo Testamento.
b. Em outras palavras, eles eram inicialmente os ofícios! mais importantes quando a Igreja Primitiva estava somente começando, porque propagaram a revelação do Novo Testamento, que é o fundamento sobre o qual a Igreja em todas as gerações deve se estabelecer.
3. Entretanto, em termos da operação da igreja local hoje 1 Coríntios 12.28 não é uma lista dos ofícios dos apóstolos e profetas em sua ordem de importância. Nem é uma lista indicando que os apóstolos e profetas são os ofícios que governam dentro da igreja local.
a. Apóstolos e Profetas não compõem o ofício de "governos" encontrado em 1 Coríntios 12.28. Em primeiro lugar, Paulo relacionou "governos" como um ofício totalmente separado. Ele provavelmente se refere ao ofício pastoral.
b. Em segundo lugar, alguns ofícios são relacionados em uma certa ordem na lista de ministérios em Efésios 4.11, e em outra ordem na lista de ministérios de 1 Coríntios 12.28.
c. Portanto, esta lista de 1 Coríntios 12.28 não indica que os ofícios de apóstolo e de profeta são os mais importantes ou os ofícios que governam na igreja local de hoje.
d. O argumento mais significativo que explica o fato da Bíblia estimar este ofício é que ele foi ocupado pelo próprio Cristo.
HEBREUS 3.1
1 Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus...
A palavra grega "APÓSTOLOS" traduzida por apóstolo quer dizer "alguém enviado". Jesus Cristo é o maior exemplo de alguém que foi enviado.
JOÃO 20.21
21 Disse-lhes, pois Jesus outra vez: Paz seja convosco! ASSIM COMO O PAI ME ENVIOU, eu também vos envio.
O verdadeiro apóstolo é uma pessoa com um comissionamento — não simplesmente alguém que vai, mas alguém que é envia¬do pelo Espírito Santo.
1. O capítulo 13 de Atos nos mostra o comissionamento apos¬tólico de Paulo e Barnabé para serem apóstolos dos gentios.

AS CREDENCIAIS DE UM APÓSTOLO.
2 CORÍNTIOS 12.12
12 Pois as credenciais do meu apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência, por meio de sinais, prodígios e poderes miraculosos.
Quais são essas credenciais?
Sinais, prodígios e poderes miraculosos.
O fruto de um apóstolo.
A Bíblia também fala sobre as obras ou frutos do ministério apostólico:
1 CORÍNTIOS 9.1
  Não sou eu, porventura livre? não sou apóstolo? não vi a Jesus, nosso Senhor? acaso não sois fruto do meu trabalho no Senhor? Ao defender seu apostolado, Paulo poderia corretamente dizer, "... acaso não sois fruto do meu trabalho no Senhor?" O fruto do ministério apostólico de Paulo eram pessoas que estavam solidamente embasadas na Palavra.
1CORÍNTIOS 9.2
2 Se não sou apóstolo para outrem, certamente o sou para vós outros, porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor.
Paulo também podia apontar para igrejas solidamente estabelecidas e dizer que elas eram o selo ou o fruto de seu ministério apostólico. Em sua epístola, Paulo endereça muitas de suas cartas para aquelas igrejas que havia estabelecido.
E em 1 Coríntios 4.15, vemos a verdadeira natureza do chamado apostólico.
1 CORÍNTIOS 4.15
15 Porque ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo muitos pais; pois eu pelo evangelho vos gerei em Cristo Jesus.
Paulo era realmente um pai espiritual para aqueles a quem havia estabelecido na fé. Embora Paulo fundasse e estabelecesse diversas igrejas, ele não governava estas pessoas mais do que um pai ditatorialmente governa seus filhos a quem ama.
a. O ofício apostólico de Paulo não lhe dava autoridade para dizer ao povo e às igrejas o que fazer em todas as questões da vida. Ainda assim, alguns dos chamados "apóstolos" de hoje tentam dirigir todos os aspectos da igreja local, incluindo as vidas pessoais do povo.
b. Observe as afirmações que Paulo escreveu para cada igreja nas epístolas. Ele não as comandava. Ele não era um ditador que ficava acima delas. Ele se dirigia a elas de maneira paternal, demonstrando cuidado e preocupação legítimos: E eu mesmo, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo... (2 Cr 10.1).

1 TESSALONICENSES 2.6-12
6 Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros.
7 Embora pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia, nos tornamos dóceis entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos;
8 Assim, querendo-vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos, não somente o evangelho de Deus, mas, igualmente, a nossa própria vida, por isso que vos tornastes muito amados de nós.
9 Porque, vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o evangelho de Deus.
10 Vós e Deus sois testemunhas do modo porque piedosa justa e irrepreensivelmente procedemos em relação a vós outros que credes.
11 E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós,
12 Exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória.
c.Paulo demonstrou sua atitude nestas passagens das Escrituras. Não é uma atitude de tentar dominar as pessoas e governá-las. Em que Paulo exortou, consolou e admoestou os crentes?
d.Paulo exigiu seu direito de dominá-los? Certamente que não! Ele comandou todas as igrejas sob a sua "autoridade' dar o dízimo para ele como alguns que hoje são chamados de "apóstolos" estão fazendo? Mil vezes, não! Ele exortou e admoestou crentes a viver por modo digno de Deus.
e.O cuidado e a preocupação apostólica de Paulo pelas igrejas tornam-se mais claros ainda na Bíblia Amplificada.
I TESSALONICENSES 2.7,11 (Amplificada)
7 Porém nos tornamos dóceis entre vós, como a mãe devotada que nutre e acalenta seus próprios filhos...
11  ... como um pai [ao lidar com seus filhos], costumávamos exortar a cada um de vós pessoalmente, estimulando, encorajando e admoestando a todos.
f. Há uma vasta diferença entre a atitude de Paulo demonstrada em suas cartas para as igrejas, e a atitude de alguns assim chamados de "apóstolos" de hoje que estão dominando as pessoas e tentando governá-las com austeridade, orgulho e superioridade.
g. Alguns desses assim chamados "apóstolos" de hoje, comandam o povo ao dizer: "Vocês têm de prestar atenção a mim e fazer o que eu digo porque sou um apóstolo." Isto não é bíblico. Uma afirmação como essa não pode ser comprovada pela Bíblia.
Características de um apóstolo. Um apóstolo é acima de tudo um pregador ou um mestre, ou um pregador e um mestre da Palavra.

1 TIMÓTEO 2.7
7 Para isto fui designado pregador e apóstolo (afirmo verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade.
2 TIMÓTEO 1.11
11 Para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre.
Observe que Paulo não disse: "Fui primeiro designado como apóstolo." Não, Paulo disse que ele foi primeiro designado como pregador porque era acima de tudo um pregador e um mestre da Palavra de Deus.

Para permanecer neste ofício, a pessoa deve ter tido uma experiência pessoal com o Senhor — algo muito profundo e real, algo além do ordinário. Não somente herdar algo de segunda mão ou por tradição.
1. Paulo. Observe algo que Paulo disse para defender o seu apostolado: Não sou eu porventura livre ? Não sou apóstolo ? NÃO VIA JESUS, NOSSO SENHOR?... (1 Co 9.1). Paulo não viu a Jesus em carne como os doze viram. Mas ele viu a Jesus numa visão espiritual (At 9.3-6). Ele teve uma profunda experiência pessoal com o Senhor. Até mesmo a sua conversão estava além do comum.
Paulo teve tamanha experiência pessoal com o Senhor, que ele podia dizer a respeito do que sabia da Ceia do Senhor: Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei... (1 Co 11.23). Ele não aprendeu sobre este assunto com os outros apóstolos. Ele aprendeu por revelação. Jesus conce¬deu-lhe a revelação.
2. O Evangelho que Paulo pregava não lhe foi ensinado por nenhum homem. Foi o Espírito de Deus que lhe ensinou. Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem; porque eu não o recebi nem o aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo (Gl 1.11,12). Alguém nos ensinou a respeito do Evangelho, mas ninguém ensinou a Paulo. Observe o restante desta passagem de Gaiatas a respeito da revelação de Paulo — a prova da profunda experiência de Paulo com o Senhor.
GÁLATAS 1.13-17
13 Porque ouvistes qual foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava.
14 E, na minha nação, quanto ao judaísmo, avantajava-me a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso da tradição de meus pais.
15 Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve
16 Revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não consultei nem carne nem sangue,
17 nem subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as regiões da arábia, e voltei outra vez para damasco.

Por quanto tempo Paulo ficou na Arábia? Ninguém sabe. Mas foi durante a época em que esteve na Arábia que Paulo recebeu a revelação do Evangelho, que escreve em cada Epístola.

GÁLATAS 1.18,19,21-24
18 Decorridos três anos, então subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas, e permaneci com ele quinze dias;
19 E não vi outro dos apóstolos, senão a Tiago, o irmão do Senhor.
21 Depois fui para as regiões da Síria e Cilícia.
22  E não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo.
23  Ouviam somente dizer: Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que procurava destruir.
24 E glorificavam a Deus a meu respeito.

Três anos depois Paulo, ao retornar de Damasco, foi a Jerusalém e passou duas semanas com Pedro.
GÁLATAS 2.1,2
1 Catorze anos depois, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também a Tito.
2 Subi em obediência a uma revelação; e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios, mas em particular aos que pareciam de maior influência, para de algum modo não correr, ou ter corrido, em vão.
Paulo esteve pregando por 17 anos sem que soubesse o que os apóstolos pregavam. Ele não os tinha ouvido. Ele esteve com Pedro somente por um breve período de 2 semanas. Depois disso ele pregou mais 14 anos antes que o Espírito de Deus lhe revelasse que deveria ir a Jerusalém e compartilhar aquelas coisas com os irmãos.
Paulo teve de fato uma profunda experiência espiritual com o Senhor Jesus Cristo!

Um ministério de apóstolo parece englobar todos os outros dons ministeriais.
A consequência peculiar é a capacidade de estabelecer igrejas.
1.  O apóstolo tem algumas operações de todos os cinco ofícios, que incluiriam o equipamento pastoral de governos. (Weymouth traduz a palavra "governos" como "poderes de organização").
2. Após as igrejas serem estabelecidas, os apóstolos podem exercer supervisão sobre as igrejas que estabeleceram (1 Co 9.1,2) até que nelas seja estabelecida autoridade espiritual sobre si mesmas.
Há aqueles que autodenominam-se apóstolos, que querem dominar e governar as pessoas. Eles dizem: "sou um apóstolo. Tenho autoridade. Você terá de fazer o que eu digo". Nos dias do Novo Testamento, os apóstolos só exerciam supervisão sobre as igrejas que eles mesmos estabeleciam. Paulo nunca exerceu qualquer autoridade sobre a igreja de Jerusalém, ou sobre qualquer uma das igrejas que os outros apóstolos tinham estabelecido.
Lembre-se que estes ofícios existem em poder e não somente em palavras. Se o poder não existe para estabelecer igrejas, então eles não são apóstolos na plena abrangência do ofício.
3. Um missionário que é realmente chamado por Deus e enviado pelo Espírito Santo é um apóstolo.
a.  Atos 13.2,4 O Espírito Santo disse: Separai-me Saulo e Barnabé para a obra que os tenho chamado. Então o versículo 4 diz: ENVIADOS, pois, pelo Espírito Santo, desceram...
Eles foram "enviados". Partiram em sua primeira viagem missionária aos gentios.
b.  O Novo Testamento nunca menciona missionários, embora seja um importante ofício. Ele está aqui no ofício de apóstolo.
c.  O missionário terá a habilidade (capacidade) de todos os dons do ministério.
1) Ele fará o trabalho de evangelista Ele fará com que vidas sejam salvas.
2) Ele fará o trabalho de mestre.
Ele ensinará e firmará as pessoas.
3) Ele fará o trabalho de pastor.
Ele pastoreará seu rebanho e guiará o povo durante algum tempo.
a) Se estudarmos de perto a vida do apóstolo Paulo, observaremos que ele disse que nunca edificava sobre fundamento alheio. Ele se esforçava para pregar o Evangelho onde Cristo ainda não tinha sido anunciado (Rm.15.20)
Ele sempre permanecia num lugar por um período que podia variar de 6 meses a 3 anos.
b) Seu chamado não era o de pastor, mas ele permanecia neste ofício por tempo suficiente até que o povo se firmasse na verdade, e então mudava-se.
HÁ APÓSTOLOS HOJE?
Vejamos o que a Palavra de Deus fala sobre o assunto, encontramos em Hebreus 3.1 que Jesus foi chamado de Apóstolo e Sumo Sacerdote de nossa confissão. Jesus o homem, o próprio Apóstolo. Ele foi o "Enviado" pelo Pai para proporcionar a expiação dos pecados do mundo. Nenhum outro apóstolo (ou enviado) terá algum dia esse chamado. Temos em seguida os Apóstolo do Cordeiro: Estes eram os doze apóstolos que foram testemunhas oculares da vida, ministério, morte, sepultamento e ressurreição de Jesus (Atos 1.21,22). Esta é a finalidade deles — testemunhar o ministério terreno de Jesus e dar testemunho de seu ministério para o mundo. Ninguém, nem mesmo Paulo, seria um apóstolo no sentido original em que os doze o eram. Há somente doze apóstolos do Cordeiro (Ap.21.14).
A Bíblia nos diz quais eram as qualificações que os doze deveriam ter, quando da seleção daquele que substituiria Judas (At.1.15-22).
ATOS 1.15-22
15 Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos irmãos (ora, compunha-se a assembléia de umas cento e vinte pessoas) e disse:
16 Irmãos: Convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo proferiu anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus.
17 Porque ele era contado entre nós e teve parte neste ministério
18 (Ora, este homem adquiriu um campo com o preço da iniqüidade; e, precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram;
19 E isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue).
20 Porque está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada; e não haja quem nela habite; e: Tome outro o seu encargo.
21  É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós,
22 Começando no batismo de João, até o dia que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.
Para ser um dos doze apóstolos do Cordeiro, deveria tê-los acompanhado — aos apóstolos e a Jesus — durante todos os três anos e meio do ministério de Jesus. Paulo não estava entre eles. Os doze foram enviados para ser testemunhas oculares do ministério, obra, vida, morte, sepultamento, ressurreição e ascensão do Senhor Jesus Cristo. E eles permaneciam numa categoria ou classe onde nenhum outro apóstolo ou ministro poderia estar.
Apóstolos do Novo Testamento: isto inclui Paulo e Barnabé e os outros apóstolos do Novo Testamento. Além dl Jesus ser chamado de Apóstolo, e dos doze apóstolos do Cordeiro, o Novo Testamento chama muitos outros de apóstolos:
1) Barnabé e Paulo (At 14.14).
2)  Tiago, o irmão do Senhor (Gl 1.19).
3) Andrônico e Junias (Rm 16.7).
4) Silvano e Timóteo (1 Ts 1.1;2.6).
5) Apoio (1 Co 4.4-9).
6) Dois irmãos não nomeados (2 Co 8.23)
7) Epafrodito (Fp 2.25)
A palavra traduzida por mensageiro nestes versículos é a mesma palavra grega traduzida por apóstolo nos outros lugares. Pode também significar um representante ou um delegado.
Os apóstolos do Novo Testamento não eram apóstolos no mesmo sentido que os doze Apóstolos do Cordeiro eram. Em primeiro lugar, eles não eram testemunhas da vida e ministério de Jesus. Em segundo lugar, eles pareciam ter chamados mais limitados. Paulo, por exemplo, era um apóstolo (um enviado) para os Gentios somente (veja Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios.2 Timóteo 1:11.- Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, exalto o meu ministério; Romanos 11:13. Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo,Colossenses.1:1-E ouviram os apóstolos, e os irmãos que estavam na Judéia, que também os gentios tinham recebido a palavra de Deus.Atos 11:1-Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o irmão Sóstenes,1 Coríntios 1:1-Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.
Romanos 1:1-Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios;
Efésios 3:1-Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus,2 Timóteo 1:1-Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando,
Atos 14:14-Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus:
Efésios 1:1-Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa,
1 Timóteo 1:1-Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios na fé e na verdade.1 Timóteo 2:7-Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos),Gálatas 1:1 -Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão.Atos 15:2 -E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde.Atos 15:23- Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia.2 Coríntios 1:1-Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade,Tito 1:1 -Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos.Atos 15:22).
Há muito falatório hoje sobre a necessidade dos apóstolos contemporâneos lançarem fundamento para igreja. Porém o fundamento da Igreja Mundial já foi lançado! Os apóstolos contemporâneos como bons servos irão muito bem em intimidades com o poderoso Senhor, servirão como servos bons e fiéis se guardarem até o fim sua fé. E quanto aos demais trabalho foi realizado por Jesus e pelos Apóstolos do Cordeiro e os outros apóstolos do Novo Testamento. Paulo explica isto em 1 Coríntios 3.10:
1 CORÍNTIOS 3.10
10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, LANCEI O FUNDAMENTO como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém, cada um veja como edifica.
EFÉSIOS 2.20
20 Edificados sobre o FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; Os primeiros doze apóstolos e os outros apóstolos do Novo Testamento lançaram inicialmente o fundamento da Igreja ao darem testemunho da missão terrena de Jesus, como os primeiros pioneiros e pregadores do Evangelho, e ao receberem a Palavra de Deus e registrá-la na forma escrita no que agora conhecemos como Novo Testamento. Os apóstolos contemporâneos não são chamados para lançar o fundamento da Igreja. Eles têm um chamado e uma missão inteiramente diferentes, no serviço da  igreja hoje, apóstolos de hoje: Não há apóstolos fundacionais hoje. Se a fundação não fosse lançada pelos apóstolos do Novo Testamento e nós precisássemos dos apóstolos contemporâneos para fazê-lo, então precisaríamos de uma nova pedra angular da mesma forma. Naturalmente, isto é tolice. O trabalho do apóstolo hoje é encontrar e estabelecer igrejas locais por todo o mundo; adentrar em território e abrir igrejas onde elas não existam, implantar, alimentar e cuidar, ai podemos ver que não são tantos apóstolos nesta condição como se nomeiam.
Há o ofício do apóstolo hoje? Sim, graças a Deus eles existem, apesar de muito raro. Vejamos  novamente:

EFÉSIOS 4.8,11-13
8 Por isso diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens...
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,
13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.

1.  Se Deus tivesse tirado alguns desses ministérios da lista, a Bíblia diria que Ele concedeu-nos só por pouco tempo.
2.  TODOS esses dons do ministério foram dados para o aperfeiçoamento dos santos, para o trabalho do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo. Isto inclui os apóstolos.
3.  Por quanto tempo ele os deu? Todos eles foram dados. Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef.4.13).

QUE MARCAS DEVEMOS OBSERVAR EM UM APÓSTOLO HOJE?
a.  Acima de tudo, um pregador ou mestre da Palavra, trazer o conhecimento e a revelação da palavra inspirada para igreja hoje.
b. Dons espirituais observáveis e proeminentes.
c. Profunda experiência pessoal.
d. Poder e capacidade para estabelecer igrejas.
e.Capacidade gerar e de prover liderança espiritual adequada.
Se Deus o chamou para ser um apóstolo, não ficaria preocupado sobre o assunto. Você não começará nesse ofício. Em At 13.1 lemos: Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres; Barnabé, Simeão, Lúcio, Manaém ... e Saulo. Cada um desses homens era ou um profeta, ou um mestre, ou um profeta e um mestre (um homem pode permanecer em mais de um ofício). Era o caso de Paulo. Sabemos, pelo estudo das Escrituras, que ele era tanto um profeta como um mestre. At 14.14 chama-o de apóstolo. Ele tornou-se um apóstolo quando Deus o estabeleceu nesse ofício.
Lembre-se disso : Não se preocupe com nome e títulos.Barnabé e Paulo não foram estabelecidos inicialmente no ministério de apóstolo; mais tarde, Deus os colocou lá. E também lembre-se: Deus recompensa a fidelidade. Ele não recompensa o ofício em si. Um profeta não receberá maior galardão do que um porteiro que foi fiel em seu ministério de socorros. Os ofícios mais preeminentes não recebem maior galardão; somente há maior responsabilidade. Deus recompensa a fidelidade!

O PROFETA

I CORÍNTIOS 12.28
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em SEGUNDO LUGAR PROFETAS...

EFÉSIOS 4.11
II  E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para PROFETAS....

Há profetas nos dias de hoje?
1.  Alguns afirmam que o ofício de profeta foi abolido. Que houve profetas no período do Velho Testamento e no período da igreja primitiva, mas que não há mais profetas hoje.
Esta afirmação não é bíblica.
2.  A Palavra de Deus nos diz que ele concedeu alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres (Ef 4.11).
1. Alguns dizem que os únicos ministros que temos hoje são evangelistas, pastores e mestres.
2. A Palavra de Deus não faz distinção. Ou todos ainda permanecem ou nenhum ainda permanece.
3.  Para qual propósito foram dados? Para o aperfeiçoamen¬to dos santos, para o trabalho do ministério, para a edificação do corpo de Cristo.
Os santos já foram todos aperfeiçoados? Há desempenho de serviços (ministérios) hoje? O Corpo de Cristo precisa de edificação? Sim, com bastante ênfase! Então todos estes dons do ministério devem estar em operação.
4.  Estes dons do ministério são necessários até que Jesus volte para sua Igreja.
O que constitui o ministério de profeta?
1.  Comentando o que o Novo Testamento diz a respeito do profeta, um estudioso do grego disse: "Ele fala pelo impulso da inspiração súbita no momento. à luz de uma repentina revelação. A idéia de falar por uma revelação súbita parece ser fundamental no relacionamento com os eventos futuros ou da mente do Espírito em geral." Um profeta fala por inspiração divina direta, uma revelação imediata — não algo que ele pensa, mas algo dado subitamente por inspiração repentina.
2.  Para permanecer no ofício de profeta, deve ser primeiramente um ministro do Evangelho, separado e chamado para o ministério com o chamado de Deus para sua vida. O profeta é um dom do ministério.
a.  Um profeta é acima de tudo um pregador ou um mestre da Palavra.
b.  Não há profetas entre o que chamamos de leigos — porque um profeta é aquele que é chamado para o ministério de tempo integral.
c.  Um leigo pode profetizar, mas você não é um profeta só porque profetiza.
1) Paulo encorajou toda a igreja de Corinto a buscar o dom de profecia (1 Co 14.1).
Então ele dá a definição do que é o simples dom de profecia: Mas o que profetiza, fala aos homens, edificando, exortando e consolando (v.3). Ainda a resposta à pergunta "São todos profetas?" é obviamente "Não" (1 Co 12.29).
2) Diferenciar entre o profetizar — embora um profeta possa profetizar — e o ministério de profeta.
ATOS 21.8-11
8 No dia seguinte, partimos e fomos para Cesaréia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com eles.
9 Tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam.
10 Demorando-nos ali alguns dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo;
11 E, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele seu próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus em Jerusalém farão ao dono deste cinto, e o entregarão nas mãos dos gentios.
As quatro filhas de Filipe profetizavam. Isto significa que elas operavam no simples dom de profecia, "falando aos homens para edificação, exortação e consolo" (1 Co 14.3). Agabo era um profeta. E embora um profeta possa profetizar o que é revelado, Ágabo não está profetizando neste trecho. Ele somente está relatando o que o Espírito Santo lhe revelou anteriormente.
3. Para permanecer no ofício de profeta, o dom do ministério necessita como condição necessária já terem operação, em seu ministério, uma manifestação consistente de pelo menos dois dos três dons de revelação (palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, discernimento de espíritos), além do dom de profecia.
a.  Os três dons de revelação são:
1) Palavra de sabedoria: Revelação sobrenatural pelo Espírito de Deus concernente ao propósito da mente e vontade de Deus. Sempre se refere ao futuro.
2)Palavra de conhecimento: Revelação sobrenatural pelo Espírito de Deus de fatos na mente de Deus concernentes às pessoas, lugares ou coisas. Sempre se refere ao presente ou passado.
3)Discernimento de espíritos: Discernimento sobrenatural para dentro da dimensão espiritual. Enxergar e ouvir na dimensão espiritual.
a. Qualquer crente cheio do Espírito pode ter manifestações ocasionais destes dons conforme a vontade do Espírito e conforme a necessidade. Mas um profeta também perma¬neceria no ofício de pregador ou mestre e teria manifestação muito mais consistente desses dons. A diferença é que um profeta tem um ministério nessa linha. Ele torna-se um dom do ministério num nível mais elevado.
b.  Um profeta tem visões e revelações.
c.  Há três tipos de revelações e três tipos de visões. O tipo mais elevado de revelação e a categoria menos elevada de visão são similares e às vezes o indivíduo não consegue diferenciar um caso do outro.
1)  Visão espiritual. Uma pessoa tem a visão no seu espírito, ou vê em seu espírito. É o primeiro tipo de visão e a de categoria menos elevada.
Exemplo: Saulo na estrada para Damasco (Atos 9.1-8). A Bíblia diz sobre Saulo que ... quando os seus olhos estavam ABERTOS, ele não via nenhum homem... Os olhos de Saulo estavam fechados quando ele teve esta visão e viu Jesus. Paulo não via o Senhor com os seus olhos físicos. Ele enxergava no reino espiritual com os seus olhos fechados.
Na realidade, a Bíblia diz que Saulo ficou cego durante um tempo, portanto ele não pôde ver a Jesus com seus olhos físicos. Mais tarde Ananias orou por Paulo para que ele pudesse receber sua visão (Atos 9.17).
2) Êxtase. Jesus assinalou para mim que o segundo tipo mais elevado de visão é quando entramos em êxtase. Quando uma pessoa entra em êxtase, seus sentidos físicos são desaguçados. A sensibilidade de onde se está, ou a respeito das coisas do mundo físico, desaparece. Ele não fica inconsciente; ele torna-se mais consciente das coisas espirituais do que das coisas físicas.
Exemplos: Paulo. Quando Paulo foi a Jerusalém pela primeira vez após a sua conversão, ele disse: Tendo eu voltado para Jerusalém, enquanto orava no templo, sobreveio-me um êxtase, e vi aquele que falava comigo (Jesus): Apressa-te e sai logo de Jerusalém porque não receberão o teu testemunho a meu respeito (At 22.17,18).
Pedro. O capítulo 10 de Atos relata a visão de Pedro em que o Senhor disse-lhe para levar o Evangelho aos gentios. Pedro subiu ao eirado para orar e então sobreveio-lhe um êxtase (v.10).
Quando Pedro entrou em êxtase,... viu o céu aberto... (v.2). Ele estava vendo na dimensão espiritual.
Observamos, então, da Bíblia, que tanto Pedro quanto Paulo entraram em êxtase e enxergaram na dimensão espiritual.
3) Visão aberta. É a visão da categoria mais elevada. Quando ocorre os sentidos físicos não ficam suspensos. Seus olhos físicos estão abertos. O indivíduo permanece com toda sensibilidade física, e ainda vê e ouve na dimensão espiritual.
João. No capítulo 1 do livro de Apocalipse, parece que João viu ao Senhor numa visão aberta.
Experiência pessoal: Tive esse tipo de visão quando Jesus apareceu-me em 1959 e ensinou-me a respeito do ministério de profeta. Vi Jesus entrar no meu quarto. Ouvi Seus passos. Vi-O sentar-se ao lado da minha cama. Ouvi Sua voz do mesmo modo que ouço a voz de qualquer pessoa.
d. Os profetas do Velho Testamento eram chamados videntes. Eles viam e sabiam algumas coisas de maneira sobrenatural.
e. Durante aquela visão, o Senhor lembrou-me do tempo em que Saul era um jovem e procurava as jumentas de seu pai que tinham-se extraviado (1 Sm 9). Quando Saul inquiria a respeito delas, alguém lhe sugeriu que fosse ao profeta e lhe perguntasse onde encontrar as jumentas, pois ele saberia onde elas estavam. Saul foi ao profeta Samuel, que lhe disse que as jumentas tinham sido encontradas há três dias e que agora as pessoas procuravam por Saul. Samuel sabia disso sobrenaturalmente. Samuel também pediu para que Saul esperasse, pois tinha uma palavra de sabedoria para ele, concernente ao plano de Deus. Saul foi então ungido para ser o primeiro rei de Israel. Certamente Samuel não sabia a respeito do paradeiro de qualquer jumenta perdida em Israel. Possivelmente havia muitas jumentas perdidas naqueles dias. Deus tinha um propósito em revelar um caso particular, pois era concernente ao futuro rei de Israel.
f. A palavra "revelação" é usada em conexão com o ministério de profeta.

1 CORÍNTIOS 14.29,30
29 Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem.
30 Se, porém, vier REVELAÇÃO a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro.
1) As revelações podem vir pelo profeta pela operação do dom de profecia. Isto está numa categoria superior à da simples profecia.
2) As revelações também entram em operação quando o profeta simplesmente relata o que o Espírito Santo está dizendo.
3)  As revelações devem ser julgadas.
Comentário: É bíblico que os outros julguem as profecias (1 Cr 14.29). As pessoas que não querem que suas revelações — ou profecias — sejam julgadas estão erradas. E elas podem estar com orgulho espiritual. Alguém poderia dizer: "O Senhor Jesus não comete erros."
Correto. Mas estes dons espirituais estão sendo manifestados através de seres humanos, que são imperfeitos. É semelhante ao fluir da água por um cano. A água pode ser contaminada pela ferrugem do cano. Outras pessoas têm o Espírito de Deus, especialmente aquelas que são utilizadas nesta área, então é por isto que a Palavra diz:... deixe que os outros julguem.
g.Às vezes o profeta opera como prognosticador. Este é o dom da palavra de sabedoria operando através do profeta.
1) Ágabo.
Ele previu uma seca (At 11.28)
Ele previu o que aconteceria com Paulo em Jerusalém (At 21.10,11).
h. Alguns não crêem que a profecia pessoal seja bíblica. Eles não crêem que um profeta possa trazer uma mensagem para um indivíduo.
1) Ágabo operou nela (At 21.10,11). Ele não disse a Paulo que ele não deveria ir a Jerusalém. Ele simplesmente disse-lhe o que ocorreria lá, e isto se cumpriu.
2) Muitas vezes Deus mostrou coisas nessa linha que abençoaram e ajudaram as pessoas. Necessitamos dessa espécie de manifestação nos dias de hoje.
3) Conforme a vontade de Deus, Ele nos mostra coisas para nos preparar e nos deixar prontos para o futuro. Mas você não liga e desliga a operação do ministério de profeta conforme sua vontade. Ele entra em operação conforme a vontade do Espírito.
4) Às vezes Deus usa um indivíduo para levar uma palavra de Deus para outra pessoa. Então este indivíduo poderia pensar que pode trazer uma palavra de Deus a todos. Não! Aqueles que andam trazendo "mensagens de Deus" e profecias para todo mundo a toda hora estão no engano, no fanatismo e com problemas horríveis..
O diabo pode enganá-los. E ele o fará.
Há uma semelhança entre o ministério de profeta do Antigo Testamento e o do Novo Testamento. Contudo, o profeta do Novo Testamento não tem o mesmo status (posição) do profeta do Antigo Testamento.
5) O povo da época da Antiga Aliança ia ao profeta buscar direção. Somente o rei, o sacerdote e o profeta eram ungidos pelo Espírito de Deus para ocuparem os seus respectivos ofícios. Os demais não tinham nenhuma Presença de Deus tangível em suas vidas. A Presença de Deus estava encerrada no Santo dos Santos. Eles não tinham o Espírito de Deus nem sobre eles, nem dentro deles. A menos que Deus decidisse mover-Se e demonstrar a Si mesmo no reino natural, como no caso de Gideão, as pessoas teriam que recorrer ao profeta para orientação.

A. Na Nova Aliança não é bíblico buscar direção através do ministério do profeta.
1.  Jesus disse isso quando Ele me apareceu em 1959.
2.  Estamos numa aliança superior (Hb 8.6).
3.  Temos a mesma Presença de Deus dentro de nós que estava encerrada no Santo dos Santos. Ele vive em nós. Na Nova Aliança, nossos corpos são templos de Deus (1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16).
4.  Ele está dentro de nós para nos guiar.
Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, são filhos (maduros) de Deus (Rm 8.14).
5.  Todo crente necessita aprender a se orientar pelo testemunho interior do Espírito Santo. Ele não teria de ir a mais ninguém para buscar orientação.
6.  Há pessoas que procuram controlar a vida das outras através de profecias (pessoais). Não sei porque gostam de fazer isto, porque não é bíblico.
7.  Saiba em seu próprio espírito como Deus o está guiando. Se algo que alguém diz confirma o que você tem em seu espírito, tudo bem! — se não, esqueça!
8.  O profeta Ágabo tomou o cinto de Paulo e ligou com ele os seus próprios pés e mãos e declarou:
ATOS 21.11-14
11 E, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele seus próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus em Jerusalém farão ao dono deste cinto, e o entregarão nas mãos dos gentios.
12 Quando ouvimos estas palavras tanto nós como os daquele lugar, rogamos a Paulo que não subisse a Jerusalém.
13  Então ele respondeu: Que fazeis chorando e quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus.
14 Como, porém, não o persuadimos, conformados, dissemos: Faça-se a vontade do Senhor.
Observe algo. Ágabo previu o que aconteceria. Mas ele não disse nada a respeito de qual seria a vontade de Deus sobre o assunto. Ele não disse a Paulo se ele devia ir ou não ir a Jerusalém. Ele não deu a Paulo nenhuma direção a respeito do assunto. Ele simplesmente disse o que lhe foi revelado. Paulo teria que decidir por ele mesmo se Deus estava conduzindo-o ou não a Jerusalém.
Algumas pessoas pensam que Paulo saiu do propósito de Deus — que o Espírito de Deus estava dizendo-lhe que não deveria ir.
Este não é o caso, pois quando Paulo foi preso, Jesus apareceu-lhe à noite.

ATOS 23.11
11 Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma. Se ele estivesse fora da vontade de Deus, o Senhor teria-lhe dito.
B. Ponha a Palavra de Deus em primeiro lugar. Mesmo se houver manifestações sobrenaturais em sua vida, não construa seu ministério sobre manifestações sobrenaturais. Continue com elas, mas construa (edifique) o seu ministério sobre a Palavra de Deus. Mesmo se você é um profeta, construa o seu ministério sobre a Palavra.
É perigoso sentir-se na obrigação de que o ofício deva sempre entrar em operação.
1. Algumas pessoas chamadas por Deus, ungidas e equipadas por Ele para permanecerem num certo ofício, pensam: "Sou obrigado a funcionar nele para sempre."
Então, quando o Espírito Santo não está em manifestação, tentam funcionar (operar) por  si mesmas. É PERIGOSO ENTRAR NESSA ÁREA. Se está em operação, tudo bem. Se não — não tente produzi-la por si mesmo. Espírito de Deus não está em manifestação e você move-se para esta área e tenta fazer algo na carne, você está abrindo uma porta para o engano de poderes ocultos. Isto ocorre porque você deixou a Palavra." Discirna a diferença entre o Espírito de Deus e os espíritos familiares.
2. Não adianta ficar temeroso por causa dos maus espíritos — na verdade, são os espíritos familiares que estão em ação.
Estes espíritos estão familiarizados com as pessoas, e comunicam-se com aquelas pessoas através das quais operam.
3.  Quando Deus tirou a Israel do Egito, lembre-se que Arão atirou sua vara e ela tornou-se em serpente. Os magos fizeram o mesmo — largaram suas varas no chão e elas transformaram-se em serpentes. Contudo a serpente de Moi¬sés e Arão tragou as serpentes dos magos (Êx 7.12).
6. O diabo sabe algumas coisas. Ele não é onisciente como Deus. Mas a Bíblia fala a respeito de espíritos familiares.
Eles ficam familiarizados com você — mesmo que você seja salvo e cheio do Espírito Santo. E se alguém os contata, eles dirão algumas coisas a respeito de você.
A jovem de quem Paulo expulsou um demônio tinha um espírito de adivinhação (At 16.16-19). Isto significa que ela fazia previsões — mas é o tipo errado de espírito.
O diabo sabe coisas que acontecerão às pessoas se continuarem caminhando exatamente como estão. Se são filhos dele, ele sabe exatamente o que lhes acontecerá.
7.   Como você pode saber a diferença ?
a. Por 1 Coríntios 12.1-3.
1 CORÍNTIOS 12.1-3
12 A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
13 Sabeis que, outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos; segundo éreis guiados.
14 Por isso vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema Jesus! por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo.
Interprete esses versículos no contexto. Paulo está escrevendo a respeito de manifestações espirituais e coisas concernentes ao Espírito Santo. De fato, alguém poderia dizer "Jesus é Senhor" pela sua cabeça. Um pecador poderia dizê-lo. Mas o que a Escritura está realmente dizendo é que quando o Espírito Santo está em operação, ele sempre faz de Jesus o Senhor. Quando é o Espírito Santo que se manifesta, Ele diz que Jesus é o Senhor. Ele glorifica a Jesus. Ele não atrai atenção para o homem e o faz senhor.
b. A manifestação glorifica a Jesus? Abençoa as pessoas? Aproxima-as de Deus?
c.  Ou exalta ao homem? Atrai atenção para o homem?
8. Não adianta ficar temeroso por causa dos maus espíritos. DEUS PODE SOBREPUJAR QUALQUER COISA QUE O DIABO POSSA FAZER. As manifestações do Espírito Santo são verdadeiras. Vamos ter as manifestações verdadeiras que irão abençoar as pessoas.
9.  Esteja aberto a Deus e convide o Espírito de Deus a Se manifestar em nosso meio nos vários e diversificados ministérios que Ele estabeleceu na Igreja.
A. Conceitos errados que as pessoas têm a respeito do ministério de profeta.
1. Conceito errado: Muitos supõem que o profeta não faz nada a não ser profetizar. Mas o principal ministério do profeta é pregar ou ensinar a Palavra.
a.  Um profeta faz muito mais do que profetizar. De fato, muito freqüentemente ele está falando a revelação do momento e não está profetizando — ele simplesmente está dizendo o que lhe foi revelado. Por exemplo, Ágabo dava a entender, pelo Espírito, que haveria fome na terra (At 11.28).
b.  Um profeta faz muito mais do que ter revelações. As pessoas enganam-se em pensar: Sou chamado para ser um profeta (e pode até ser), de modo que sempre estão tentando ter uma revelação, sempre estão tentando profetizar.
c.  Antes de tudo, um profeta é um pregador ou mestre na Palavra. Jesus disse que João Batista era um grande profeta, embora não haja nenhum registro de que João previu alguma coisa. Ou melhor, Ele predisse ou pregou a mensagem do Reino de Deus sob a inspiração do Espírito Santo.
d.  A imposição de mãos acompanha o ministério de profeta.
e.   Um ministério de cura acompanha o ofício de profeta
E quando o profeta opera nos dons de curar (ou qualquer função de ministério), é o ministério de profeta em operação.
1) Eliseu. Jesus disse:
LUCAS 4.27
27 Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.
Eliseu tinha um ministério de cura. E as pessoas sa¬biam disso. Naamã foi a Eliseu, por causa de uma judia, capturada na guerra da Síria contra Israel, que era escrava na casa de Naamã.
Quando ela soube que Naamã era leproso, disse-lhe: Oxalá o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra (2 Reis 5.3).
2) Jesus. Jesus operou no ofício de profeta. Seu ministério de cura exemplifica todas as diversas manifestações que não veríamos num único ministério.
3) O ministério de cura de um profeta pode operar através da imposição de mãos.
4)  O ministério de cura de um profeta também pode operar de outras formas.
a)  Eliseu não impôs as mãos em Naamã. Ele nem mesmo saiu para vê-lo. Ele tinha uma palavra de Deus. Ele enviou-lhe um mensageiro para dizer-lhe: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, eficarás limpo (2 Re 5.10).
b)  Jesus ministrou cura através de outros meios além da imposição de mãos.
Mas sem tocar os dez leprosos, disse-lhes: vão e apresentem-se aos sacerdotes. E foram curados no caminho (Lc 17.11-19).
Ele cuspiu na terra e, havendo feito lodo com a saliva, aplicou nos olhos de um homem cego, e disse-lhe: Vá lavar-se no tanque de Siloé (Jo 9.6,7).
Por que Ele agiu assim? Porque o Espírito de Deus disse-Lhe para fazê-lo. Ele operava no ofício de profeta. Os dons de curar estavam em operação através dEle.
Jesus foi ungido com o poder de cura de Deus (At 10.38). E, em outras ocasiões, Jesus ministrou a cura pela transferência de poder. Em outras palavras, as pessoas eram curadas também quando a unção de cura fluía de Jesus para elas. A mulher hemorrágica é um exemplo disso (Mc 5.25-34). Veja também Mt 14.34-36; Mc 6.56; Lc 6.19.
5) Jesus disse, a respeito da cura de Naamã através do ministério de profeta de Eliseu: Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro (Lc 4.27).

Por que Eliseu não fez isso com todos os leprosos de Israel?
Naamã era um idolatra; nem israelita ele era. Não participava da aliança com Deus. Ele adorava ao ídolo Dagon. Porque Eliseu não disse aos leprosos de Israel, incluindo aqueles que participavam da aliança com Deus: "Vão e mergulhem no rio Jordão sete vezes e sua carne se tornará novamente limpa tal como a de uma criança"? Porque Deus não disse para falar-lhes isso! Você não pode ir além da Palavra de Deus. A Palavra de Deus, sem dúvida, veio a Eliseu para dizer-lhe o que fazer no caso de Naamã.
8. Conceito errado: Muitos pensam que um profeta sempre deve saber tudo sobre todos, e tudo o que está acontecendo ao seu redor.
a. Não é assim. Se assim fosse, Geazi, o servo de Eliseu, saberia que não teria a mínima chance de conseguir sair impune com o que fez (2 Rs 5.20-27).
Naamã ofereceu presentes ao profeta, logo depois de ser curado. Eliseu não os aceitou. Então Naamã retornou à Síria. Mas Geazi foi atrás dele e lhe mentiu. Ele disse: Meu senhor me enviou. Após você ter ido embora vieram dois jovens profetas. E embora meu senhor não levasse nada para ele mesmo, ele disse que seria bom dar um talento de prata e duas vestes festivais para eles (2 Rs 5.22).
Naamã, emocionado por ter sido curado de tal condição terrível, deu a Geazi mais do que ele pediu. Ele tomou o dinheiro e o escondeu.
Mas quando Geazi voltou para Eliseu, ele lhe perguntou o que tinha acontecido. Ele respondeu: Seu servo não foi a lugar nenhum (2 Rs 5.25). E Eliseu lhe respondeu: Não fui ter contigo em espírito,... ? (v. 26)
Contudo, se Eliseu sempre soubesse tudo sobre todos e tudo que fosse acontecer ao seu redor, Geazi, que estava com ele continuamente, saberia disso, e nunca teria tentado fazer o que fez.
b. O Senhor somente diz a um profeta o que Ele quer que ele saiba. Ele não diz a um profeta todas as coisas.
Outras Escrituras também indicam que o profeta não sabe tudo. O Profeta Elias disse, quando a sunamita foi até ele e prostrou-se aos seus pés após a morte de seus filhos:... Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o Senhor mo encobriu, e não mo manifestou (2 Re 4.27).
9. Conceito errado: Alguns pensam que, se alguém é um pro¬feta, podem perguntar todo o tempo: "Você tem alguma palavra para mim?"
a)  Você não pode ativar estas coisas conforme a sua vontade.
b)  Deus pode lhe dar ou não uma Palavra. E na maior parte das vezes Ele não lhe dá.
A palavra de conhecimento, a palavra de sabedoria, o discernimento de espíritos e o dom de profecia operam no ofício de profeta. Como eles são dons espirituais, também operam na vida de um cristão cheio do Espírito conforme a necessidade ou conforme a vontade de Deus. Mas a operação desses dons em sua vida não faz de você um profeta. Se você tem uma revelação, busque sabedoria de Deus para lidar com ela. Não saia falando-a impulsivamente e sem sabedoria. Se você agir erradamente pode arruinar as vidas das pessoas e causar muita confusão, de modo que Deus poderá não lhe dar outras revelações. Você pode ofender o Espírito de Deus, de modo que Ele não lhe mostrará outras coisas porque não pode confiar em você. Se Deus o chamou para um dado ofício, você não entrará nele imediatamente, Você estragaria tudo se entrasse na plenitude dele imediatamente. Mas Deus acrescentará um pouco aqui e um pouco ali. Se Ele tem em mente estabelecê-lo num dado ofício, se você for fiel, então, quando Ele puder confiar em você, Ele o estabelecerá. Deus não violará os princípios estabelecidos em Sua Palavra. O Espírito de Deus disse através de Paulo para que nenhum neófito seja estabelecido como presbítero, e então se ensoberbeça e caia na condenação do diabo (1 Tm.3.6). O mesmo é válido em outros ofícios. Se um neófito é colocado no mesmo, Satanás o tentará e ele será ensoberbecido e destruído. Acredito que grande parte de servos que de alguma forma são destituídos da graça é porque sentem nos seus espíritos o chamado,  ao invés de esperar que Deus os estabeleçam, eles tentam estabelecerem a si mesmos a voz de Deus. Não fique fascinado com nomes e títulos e lembrando fascinado e estar enfeitiçado adjetivo Encantado; exageradamente envolvido, atraído ou seduzido por, o mesmo que sem razoabilidade. Não saia e diga: "sou um profeta". Você pode se tornar ou não um algum dia. Mas deixe Deus estabelecê-lo; não tente estabelecer a si mesmo num dado ofício.
Nem mesmo necessariamente diga: "Sou um mestre", Pode ser que Deus queira fazê-lo um evangelista. Espere com paciência e descubra o que Deus quer que você faça.

O EVANGELISTA
EFÉSIOS 4.11,12
11  E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo.

1 CORÍNTIOS 12.28
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
A. A Palavra "evangelista" ocorre só três vezes no Novo Testa¬mento.
1.  Em Efésios 4.11, citado acima.
2.  Em Atos 21.8, a Bíblia fala de "Filipe, o evangelista".
3.  Em 2 Timóteo 4.5, Paulo disse a Timóteo, que era o pastor de uma igreja do Novo Testamento naquele tempo, para "fazer o trabalho de um evangelista".
B. O significado da palavra "evangelista" é: alguém que traz o Evangelho (as boas-novas); um mensageiro de boas notícias.
C. O evangelista traz a mensagem da graça redentiva de Deus.
D. O tema favorito do evangelista é a salvação em sua forma mais simples.
E.  O único exemplo no Novo Testamento que temos de um evan¬gelista é o de Filipe. O ministério de Filipe é o modelo porque é o único que Deus nos deu.
1. Filipe tinha só uma mensagem, e a mensagem era Jesus Cristo.
a.  A mensagem de Filipe para Samaria:
ATOS 8.5. Filipe, descendo à cidade de Samaria, ANUNCIAVA-LHES A CRISTO.
b.  A mensagem de Filipe para o Eunuco
ATOS 8.35. Então Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, ANUNCIOU-LHE A JESUS.
c.  Uma característica notável dos evangelistas é essa: não importa por qual parte da Escritura comecem, eles sempre pregam Jesus. Este é o chamado deles. Esta é a mensagem deles.
F. O equipamento sobrenatural que acompanha o ministério do evangelista inclui "milagres" e "dons de curar".
1. É evidente que o evangelista tem um comissionamento direto do Senhor (Ef 4.11). Em 1 Co 12.28, o evangelista não é mencionado pelo seu nome. (Nem o pastor é mencionado pelo seu nome. O apóstolo, profeta e mestre o são. Porém o evangelista e o pastor não são.)
2.  O evangelista pode está em 1 Co.12.28 quando diz "milagres" e "dons de curar".
a.  Milagres e dons de curar também podem estar presentes em outros ofícios, mas nós sabemos do único modelo do Novo Testamento, Filipe, que eles devem acompanhar o ministério do evangelista.
ATOS 8.5-8
5  Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo.
6 As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava.
7  Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados.
8 E houve grande alegria naquela cidade.
b.  As curas seguiram a pregação de Cristo. Se, conforme a Escritura diz, ele tomou sobre si nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si, então não podemos pregar o Evangelho em sua plenitude sem que esta verdade também seja anunciada.
3.  Na minha opinião, muitos daqueles a quem chamamos "evangelistas" são, na realidade, "exortadores".
a.  Há o ministério de exortação (Rm 12.8).
b.  Um exortador exorta as pessoas a serem salvas.
c.  O equipamento sobrenatural de milagres e dons de curar não segue o ministério de exortação.
d.  É possível que alguém comece como um exortador e, à medida que se prove fiel, Deus o chame mais tarde para ser um evangelista.
G. Se o dom de Deus ou comissionamento do evangelista está em alguém, a pessoa não precisa suplicar para ser evangelista; então haverá uma forte chama no íntimo dessa pessoa incitando-a para a pregação do Evangelho.
1.  Filipe começou como diácono (ministério de socorros ou auxílio) na igreja (At 6.1-6). Os apóstolos ordenaram Filipe como diácono, mas não lhe deram nenhum comissionamento para evangelizar. Contudo, nós o vemos em Samaria com este dom celestial queimando em seu espírito, incitando-o a pregar o Evangelho com resultados gloriosos.
2.  Paulo disse: porque ai de mim se não pregar o Evangelho! (1 Co 9.16). Se alguém tem um chamado divino queimando dentro em si, não importa qual seja a ofício, dirá como Paulo: "porque ai de mim se não pregar o Evangelho!"
3.  Deus comissionou Jeremias para profetizar contra Israel. Também lhe disse que ninguém o ouviria — ele não teria nenhum convertido. Jeremias ficou aborrecido e disse uma vez: "Não o farei mais. Não falarei mais em Seu Nome" (Nós diríamos: "Não pregarei mais"). Mas então, Jeremias disse: sua palavra estava no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos... (Jr 20.9 KJV)
H. As marcas do evangelismo verdadeiro conforme evidenciados no ministério de Filipe, nosso único modelo do Novo Testamento:
1.   Proclamação sobrenatural.
a.  Havia algo para ver e ouvir no ministério de Filipe. As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava (Atos 8.6).
b.  Filipe, o evangelista, estava equipado com dons espiri¬tuais particulares, necessários ao seu ministério — operação de milagres e dons de curar. A exibição desses dons espirituais através dele é a melhor maneira da proclama¬ção do Evangelho.
2.   No verdadeiro evangelismo deve haver pregação da Pala¬vra de Deus.
a.  No ministério do evangelista, a pregação da Palavra de Deus é essencial.
b.  O poder de Deus irá atrair uma multidão. Curas e milagres prendem a atenção. Mas as pessoas só são salvas depois de ouvirem a Palavra e crerem.
ATOS 8.12
12 Mas quando creram na pregação de Filipe a respeito das coisas concernentes ao reino de Deus, e a respeito do nome de Jesus, foram batizados, tanto homens quanto mulheres.
1) Curas e milagres são mencionados no início (v.6,7). Eles viram essas coisas. Mas a Bíblia não diz que eles creram quando viram; ela diz que eles foram salvos: Mas quando creram na pregação de Filipe...
2) Ninguém foi salvo antes de Filipe pregar. Eles foram salvos como resultado da pregação de Filipe.
c.  Paulo disse a Timóteo (e lembre-se que ele também lhe disse para fazer o trabalho de um evangelista): Prega a palavra (2 Tm 4.2).
d.  Somente a pregação da Palavra afeta a vontade do peca¬dor.
3.  Decisão individual.
a.  A conversão é uma decisão pessoal. É algo pessoal entre o espírito humano e Deus.
b.  Deus quer nos mostrar algo quando, após o relato das conversões em massa em Samaria, Ele encerra o capítulo com a conversa entre o evangelista e o etíope — uma única pessoa.
c.  O dom supremo de um evangelista é a capacidade sobre¬natural de levar uma alma à decisão por Cristo.
4.   A necessidade que o evangelista tem dos outros ministérios.
a.  Os vários ministérios dados por Cristo são dependentes uns dos outros para que venham a obter resultados que permaneçam.
b.  O envio de Pedro e João a Samaria foi muito importante (para que os resultados de Filipe permanecessem).
ATOS 8.14
14 Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João;
1) Como evangelista, Filipe tinha habilidade de fazer com que as pessoas fossem salvas, porém o seu ministério não foi além de trazer a salvação às pessoas.
a)  Alguns pensavam que Simão, o mago, foi salvo (v.13).
b)  Mas Pedro teve algum discernimento espiritual. Ele disse a Simão: Seu coração não é reto aos olhos de Deus (v.21).
2) Filipe não tinha habilidade para estabelecer uma igreja, ou firmar as pessoas na Palavra, ou ensiná-las.
3) Ele parecia não ter um equipamento especial que Pedro e João tinham para ministrar o batismo com o Espírito Santo (v. 14-17).
4) Filipe cumpriu sua tarefa em levar as pessoas a Deus ao pregar a salvação por meio de Jesus Cristo. Então os apóstolos enviaram outros para conduzi-los a Deus.
c.  Uma pessoa nunca será capaz de fazer tudo. E não deve. Cada um de nós é limitado. Todo ministro é limitado — mas Deus não é limitado. Precisamos uns dos outros.
I. O ministério de um evangelista é mais um ministério itinerante, ministrando para os não salvos.
O PASTOR
EFÉSIOS4.11
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para PASTORES...
A. A palavra "pastor" é usada somente uma vez na tradução King James do Novo Testamento. E ela está aqui em Efésios 4.11.
Isto parece estranho quando entendemos que o ofício de pastor é provavelmente o ofício de mais amplo reconhecimento no ministério cristão hoje.
Contudo, tenho certeza de que há muitas referências a este ofício "pastoral".
B. A palavra grega traduzida como "pastor" significa literalmente "pastor de ovelhas".
C. O ofício é aplicado ao Senhor Jesus Cristo, nosso grande exemplo de um verdadeiro pastor.

JOÃO 10.11
11 Eu sou o BOM PASTOR. O BOM PASTOR dá a vida pelas ovelhas.
HEBREUS 13.20
20 Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus nosso Senhor, O GRANDE PASTOR das ovelhas...
1 PEDRO 2.25
25 Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao PASTOR E BISPO das vossas almas.
1 PEDRO 5.4
4 Ora, logo que o SUPREMO PASTOR se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória.
D. Jesus é o Grande Pastor, o Pastor Supremo, de todas as ovelhas de Deus.
E.  Jesus tem pastores auxiliares. Um pastor é um pastor auxiliar. Jesus é o Pastor Supremo.
F. Jesus chama e equipa homens para pastorearem um rebanho.
G. Os pastores são necessários para o amadurecimento e prepara¬ção dos santos.
1.  Nos dias do Novo Testamento, quando os crentes começa¬ram a se reunir numa igreja local, ou grupo, ou assembléia, nos dias da igreja primitiva, eles precisavam de pessoas para exercer a função de supervisão e cuidado do rebanho. Esta é a posição de pastor.
2.  Jesus teve compaixão das pessoas "porque estavam disper¬sas como ovelhas sem pastor".
a.  Ovelhas sem pastor ficam dispersas e desviam-se.
b.  Vemos isso em grupos onde não há pastores.
H. Este é o ofício que mais se identifica com a localidade.
1. Uma pessoa chamada para ser um pastor estaria mais ou menos estabelecida na localidade do rebanho.
I. O pastor tem a supervisão do rebanho.
1.  Jesus é o Grande Pastor. Ele é o Cabeça, o Supervisor de toda a igreja - o Corpo de Cristo. O pastor é um pastor auxiliar. Ele é o cabeça, o supervisor de um rebanho local. O corpo local é encabeçado pelo pastor. O cabeça governa. A habilidade de governo da igreja é encabeçada pelo ofício pastoral.
2.  O ofício de pastor não é mencionado em 1 Co 12.28. Mas "governos" é listado. Acredito que trata-se do ofício de pastor nesta lista de dons do ministério que Deus estabeleceu na igreja.
3.  É bíblico o corpo de anciãos governar a igreja?
a. Nos dias da igreja primitiva — quando a igreja estava no estágio de primeira infância — as congregações foram colocadas sob um corpo de anciãos até que os dons do ministério fossem formados (pudessem se desenvolver).
A palavra grega traduzida por "ancião" significa simplesmente uma pessoa mais velha. Estes anciãos eram pessoas mais velhas, colocadas num lugar de posição e responsabilidade.
Os únicos ministros que a igreja tinha inicialmente eram os doze apóstolos. Um neófito não podia ser estabelecido como pastor de um rebanho. Então, até que alguns daqueles neófitos fossem chamados e aperfeiçoados para o ministério de pastor — isso leva tempo — eles tiveram que tomar algumas pessoas mais velhas, porque em geral pessoas mais velhas são mais maduras mentalmente, e colocá-las como encarregadas do rebanho.
Não temos essa situação hoje em dia. A Igreja não está mais em um estágio infantil de desenvolvimento.
OS DONS MINISTERIAIS JÁ TÊM SIDO DESENVOLVIDOS NA IGREJA
E isto tem criado problemas quando pessoas têm dito: "Queremos uma igreja como a primitiva. Voltemos a Atos dos Apóstolos." E então apontam anciãos para governar a igreja. (Sim, voltemos a Atos dos Apóstolos na doutrina e na demonstração do Espírito Santo. Em outras palavras, as mesmas experiências do Espírito Santo que estavam disponíveis a eles, também estão disponíveis a nós. Mas se fizermos como a igreja primitiva fez no seu governo, estaremos na primeira infância do cristianismo. O Novo Testamento revela claramente o plano de Deus para a igreja: que ela cresça!) Alguns anciãos apontados por homens hoje não têm o chamado de Deus. Eles não sabem nada a respeito do ofício pastoral, porque não são chamados por Deus; não têm a unção para pastorear.
Não é bíblico apontar anciãos para supervisionar um rebanho e governar uma igreja quando há um pastor para supervisioná-la. Isto é regredir para o estágio infantil de desenvolvimento com a Igreja Primitiva e reconhecer: "Nós nunca crescemos além disso. Somos todos bebês espirituais." Supervisores. Originalmente na igreja primitiva, o termo "ancião" referia-se à idade, à pessoa e à posição. Então conforme os dons ministeriais se desenvolveram na Igreja Primitiva mais se usavam títulos oficiais de "supervisor ou bispo", que se referiam àqueles que eram chamados e ungidos por Deus para permanecer no ofício pastoral.
A palavra bispo e a palavra supervisor são as traduções da palavra grega "episkopos". Ela comunica um significado de liderança definida e posição oficial.
a.  A palavra grega episkopos é traduzida como "supervisor" na admoestação de Paulo aos anciãos da Igreja em Efeso:
ATOS 20.28
28 Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Para alimentar a Igreja de Deus com a Palavra, estas pessoas deviam ter sido mestres, que eram espiritualmen¬te equipadas para alimentar o rebanho. Elas não podiam ter sido só pessoas mais velhas que vistoriavam o que acontecia e que não tinham nenhum ministério. Alguns dos anciãos colocados no rebanho cresceram e mais tarde Deus os chamou para serem ministros.
b.  A palavra episkopos é traduzida por bispo aqui:
1 TIMÓTEO 3.1
1 Fiel é a palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.
Lembre-se, episkopos é traduzido por "supervisor" em outros lugares. Isto fala do dom pastoral. O pastor naturalmente teria a supervisão do rebanho.
1) A figura da Palavra refere-se a um pastor e a um rebanho. O pastor é o líder do rebanho. O pastor não levanta de manhã e diz: "Seria melhor que reuníssemos algumas das ovelhas hoje e ouvíssemos a opinião delas a respeito de onde devemos pastar hoje." Não, pois o pastor tem a supervisão. Ele é o supervisor do rebanho. Ele vai à frente, e o rebanho o acompanha.
2)  Observe que 1 Timóteo 3.1 chama de "ofício de um bispo" (ou supervisor), que está se referindo ao ofício pastoral. Se este ofício não é o ofício pastoral, então não é um ofício que Jesus estabeleceu na Igreja porque todos os dons de ministério estão relacionados em Efésios 4.11. Não existem outros. Este ofício de bispo deve necessariamente ser o ofício pastoral porque é o dom ministerial que tem a supervisão do rebanho.
1 TIMÓTEO 3.2,3
2  É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
3 Não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento.
3) É o dever do rebanho sustentar financeiramente o pastor. Mas o pastor não deve servir com motivação de lucro. Sua motivação deve ser servir a Deus e ao povo.
1 TIMÓTEO 33-5
3 É necessário que o bispo seja... não avarento.
4 E que governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo respeito
5 (pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?).
4) Este é sem dúvida o ofício de pastor
1 TIMÓTEO 3.6
6 Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça, e incorra na condenação do diabo.
5) Não neófito. Você pode ver que eles não poderiam ter tido o ofício pastoral para começar porque inicialmente a Igreja Primitiva estava em sua infância e os crentes eram neófitos, exceto pelos apóstolos do Cordeiro. Eles não começaram neste ofício. Leva tempo para Deus desenvolver esses ministérios, incluindo o ministério pastoral.
Vemos o ofício de supervisor aqui novamente, que encabeça o ofício de pastor.
1 TIMÓTEO 5.17
17 Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino.
1) A igreja agora está saindo da primeira infância. Alguns anciãos que foram apontados para supervisionar o rebanho cresceram espiritualmente e foram chamados por Deus para serem ministros.
2) Aqueles que "se afadigam na Palavra e no ensino" são pregadores e mestres. Alguns anciãos e outros cresceram e passaram a ocupar o ofício pastoral e a lidar com a Palavra e o ensino,
3) Eles foram levados a um lugar em Deus onde os outros anciãos — aqueles que não se tornaram um dom do ministério — não eram mais necessários naquela posição.
5. É importante perceber que a igreja primitiva começou como um bebê. Leva tempo para um bebê sair de sua primeira infância.
a. No princípio do movimento pentecostal neste século, eles tiveram que retornar, quase por necessidade, ao estágio de governo de primeira infância de Atos dos Apóstolos.
J. O pastor é um dos ofícios mais importantes. Sem o dom do ministério de pastor em operação no Corpo de Cristo, todos os outros ministérios são praticamente em vão. Não importa o quão grande seja o evangelista e quantas almas ele ganha, se não houver ninguém para pastorear as ovelhas, elas estão prontas para desviarem-se. Não importa quantos bebês nasçam num hospital, se ninguém cuidar deles, eles morrerão.
2.  Em nenhum outro ofício são dadas tantas instruções no Novo Testamento. Nenhuma instrução é dada ao apóstolo. Nenhu¬ma instrução é dada ao evangelista. Pouca instrução é dada aos outros ofícios. A maior parte das instruções diretas são dadas a este ofício (considerando que os termos anciãos que presidem, e bispo referem-se ao ofício pastoral) e não a qualquer outro ofício.
3.  Não há ofício mais necessário, preeminente e respeitado a que Deus poderia chamá-lo do que o ofício de pastor. É uma causa nobre.
Comentários pessoais: Você deve funcionar onde Deus o chama. Mas, para ser honesto. Deixe Deus fazer o que Ele quer.
É Ele que faz o chamado e é Ele que faz de homens pastores, não os homens. Deus tem provido equipamento sobrenatural para o pastor. O pastor deve ser equipado com equipamento sobrenatural.
1. Os dons do Espírito (1 Co.12) podem ser manifestados nas vidas dos membros individuais do corpo de Cristo. Mas estou convencido também que estes dons sobrenaturais são equipamento sobrenatural para aqueles que ocupam os ofícios do ministério.
2. Estou convencido de que o pastor deve ser equipado com a palavra de sabedoria, a palavra de conhecimento e até mesmo línguas e interpretação.
Também estou convencido de que, se ele não o for, ele pedirá por esse equipamento espiritual, e obterá.
a.  As vezes estes dons não são tão espetaculares na manifestação através do pastor quanto o são através do profeta, embora estejam em operação.
4.  Pastoreamento sobrenatural.
a)O maior segredo do ofício pastoral é ter a resposta certa para as pessoas quando elas precisam ou vêm buscar socorro." Para fazer isso você terá que depender do Espírito de Deus, para que o mesmo lhe dê a resposta certa.
b)  Devemos buscar a Deus para recebermos o equipamento sobrenatural para o nosso ministério.
c) Paulo escreveu uma carta para a igreja de Corinto e disse: ... procurai, com zelo, os melhores dons (1 Co 12.31). Ele também disse: ...procurai com zelo os dons espirituais... (1 Co 14.1).
d) Ele disse para toda a igreja: "Procurai com zelo os dons espirituais." A Bíblia Amplificada diz: procurai com desejo profundo os dons espirituais (1 Co 14.1).
Se um grupo de pessoas  buscar a demonstração sobrenatural de Deus, então, conforme o Espírito desejar, Ele irá manifestar a Si mesmo por meio de diferentes indivíduos, e particularmente neste ofício pastoral.
e)  O Espírito Santo tem equipado a igreja do Novo Testamento com habilidade sobrenatural, poder sobrenatural, dons sobrenaturais.
Ele tem chamado homens e mulheres para o ministério, e Ele os equipa para permanecerem nestes ofícios sobrenaturalmente.
f) Espere que Deus o ajude. Treine o seu espírito para ser sensível ao Espírito Santo. Espere que o Espírito Santo Se manifeste por meio de você e lhe use para Sua glória. Preste atenção a Ele. Renda-se a Ele.
5. Uma das características mais notáveis de um pastor é um coração de pastor.
1. O coração de pastor é um dom de Deus ao corpo local.
a. Graças a Deus por aqueles que o têm — que amam as pessoas. Eles são leais ao rebanho, e às vezes até mesmo ao custo de se privarem de muitas coisas por causa do rebanho.
b. É necessário um coração de pastor para cuidar dos bebês em Cristo — para amá-los, para nutri-los com a Palavra, para sustentá-los enquanto ainda estão tentando andar.
c. As pessoas entendem o amor. Até um velho cão vira-lata entende o amor. As pessoas podem não entender as línguas, mas elas entendem o amor. E você tem que provar às pessoas que as ama. Os pastores devem amar as pessoas.
O maior exemplo de pastor é o próprio Senhor Jesus Cristo. Lembre-se de que Ele disse: Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas (Jo 10.11)
“O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”

O MESTRE
EFÉSIOS 4.11
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres.
1 CORÍNTIOS 12.28,29
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas;
29 Porventura são todos apóstolos? ou todos profetas? são todos mestres? ou operadores de milagres?
ROMANOS 12.4-8
4 Porque, assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função;
5 Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,
6 Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé,
7 Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, esmere-se no fazê-lo;
8 Ou o que exorta, faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia com alegria.
A. Os mestres e o ensino de Palavra abrangem um lugar bem definido e importante no Novo Testamento.
B. O mestre é o único que é mencionado nominalmente nos três trechos do ministério.
C. Uma pessoa pode permanecer no ofício de pastor e mestre, ou profeta e mestre, ou evangelista e mestre, e assim por diante. Em outras palavras, pode se ocupar mais de um ofício. Separa¬mos os ofícios para defini-los.
1. Atos 13.1 enumera cinco homens que eram ou profetas ou mestres, ou profetas e mestres.
ATOS 13.1
1 Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres:
Barnabé, Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo.
a.  Barnabé era um mestre (Atos 11.22-26)
b.  Paulo era um profeta e um mestre (Gl 1.12; Ef 3.3; 1 Tm 2.7).
c.  Ambos tornaram-se apóstolos (At 14.14).
D. Alguém que é um mestre sem ser um pastor (isto é, alguém que não tem a supervisão de um rebanho) usualmente tem um ministério itinerante pelas igrejas (ministério não-estacionário ou ministério de campo).
1. Se alguém é um pastor e um mestre (e freqüentemente este é o caso), não terá necessidade de um ministério itinerante, embora possa às vezes sair para ensinar.
E.  O dom de ensino é um dom de Deus.
Deus está falando de um ofício quando fala sobre o mestre (Rm.12.4).
Ele está falando a respeito de homens e mulheres que são chamados por Deus, estabelecidos pelo Espírito de Deus, para permanecerem naquele ofício e ensinarem pela capacidade sobrenatural.
1. Temos deixado a impressão que o dom que Ele fala são os professores de Escola Dominical.
a.  A igreja primitiva não tinha Escola Dominical. A Escola Dominical não começou até o século XVIII.
b.  Naturalmente uma pessoa que conhece a Bíblia pode ensinar o que sabe. Qualquer cristão pode e deve compartilhar com os outros o que sabe, ensinando-os e ajudando-os. Mas isso não é o dom de ensino que Ele está falando nestas passagens onde o dom ministerial de ensino está relacionado.
1. O ministério de ensino requer um dom divino. Um mestre não é um mestre meramente por habilidade natural ou inclinação natural ao ensino.
2. A inclinação e a capacidade natural podem fornecer um pano de fundo para este dom - porém o dom de ensino não é um dom natural; é um revestimento divino para ensinar a Palavra de Deus.
3. Nenhum ministério de ensino no poder do Espírito é seco! Ele comunicará rios de água viva.
 4.Paulo descreveu o ministério de ensino como aquele que rega.
1 CORÍNTIOS 3.6-9
6 Eu plantei, APOLO REGOU; mas o crescimento veio de Deus.
7 De modo que nem o que planta é alguma coisa, NEM O QUE REGA, mas Deus que dá o crescimento.
8 Ora, o que planta e O QUE REGA são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho.
9 Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.
a.  Muitas obras de Deus foram arruinadas porque o processo de irrigação não estava lá para encorajar as pessoas a permanecerem na graça de Deus e para tornarem-se um belo jardim no Senhor.
b.   Quando o processo de irrigação — isto é, o ensino da Palavra de Deus — é por meio de um dom do ministério chamado e equipado para ensinar, ele refrigerará e reavivará as pessoas, da mesma forma que uma planta fica fresca e refrigerada quando é regada.
c.  Se o ensino não renova, refrigera e reaviva, então não é feito no poder do Espírito.
5. Apoio era um mestre. A Bíblia diz que "ele os auxiliou muito".
ATOS 18.27
27 Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos, e escreveram aos discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles QUE mediante a graça haviam crido;
a.  Estas pessoas já tinham crido na Palavra pela graça — já eram salvas.
b.  Colocando o seu dom de ensino em operação, Apoio as auxiliou muito.
6. Divisões podem ser causadas pela incredulidade e dureza de coração, mesmo quando o ensino é no poder do Espírito baseado na Palavra de Deus.
1. No ministério de Jesus isso aconteceu. Não aceitaram seu ensino. Numa ocasião a Bíblia diz: A vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele (Jo 6.66).
2. Um verdadeiro mestre do evangelho da paz nunca irá ensinar  erros doutrinarios que irá dividir o Corpo de Cristo. Ele não irá causar divisão ao que ensina.
7. Contudo, não podemos abrir mão dos princípios elementares da doutrina de Cristo.
1. Em Hebreus 6.1,2 temos os princípios elementares da dou¬trina de Cristo. Essas coisas são fundamentais e não podem ser comprometidas.
a.  Arrependimento de obras mortas
b.  Fé em Deus
c.  Ensino de batismos
d.  Imposição de mãos
e.  Ressurreição dos mortos
f.   Juízo eterno
8. Outras coisas não são fundamentais e você não quer causar divisão.
9.Use de sabedoria
1. Não tente converter todos os cristãos à mensagem da fé pela sua força. Alguns nunca a aceitarão. Ame-os de qualquer maneira, porque o Senhor os ama e não esquecerá deles.
10. O trabalho de um mestre é edificar, não despedaçar.
1.Cristo deu os mestres para a edificação (construção) do corpo de Cristo (Ef 4.11,12).
2.  Edificar significa construir. Ele não deu os mestres para dividir o corpo.
a. Se você vê algo que está causando divisão — mesmo que seja verdade — deve abrir mão daquilo.
b. Paulo disse à igreja de Corinto e aos cristãos hebreus, com efeito: Há algumas coisas que eu gostaria de dizer-lhes, mas vocês não poderiam suportar, deforma que não direi a vocês (1 Co 3.1,2; Hb 5.11-14).
Ele ainda os amava; Eles eram nenês. Eles precisavam crescer.
11. Os mestres devem sempre estar abertos e prontos para receber novas revelações da verdade da Palavra de Deus.
1.  A revelação marca o ministério de mestre.
2.  Seja dócil. Eu não ouviria um mestre que não quer ser ensinado.
3.  Mantenha seu coração e mente humildes.
4.  Mantenha uma mente aberta e esteja sempre pronto para aprender.
5.  Não seja um "sabe tudo".
a.  Ainda estou aprendendo, assim como você também está aprendendo. Não seria terrível se tudo o que soubéssemos fosse só o que sabemos hoje?
b.  Deus tem me trazido a revelação da verdade pela Sua Palavra, a cada dia.
c.  Quanto mais você aprende, mais você vê que sabe pouco.
d.  Um grande e sábio homem de Deus, W. I. Evans, costumava dizer: "Sabemos muito pouco. Quanto mais aprendemos, mais vemos que pouco sabemos."
12. O ministério do profeta é sempre mencionado primeiro.
1. A uns Deus estabeleceu na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas (1 Co 12.28).
2.  ... E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres (Ef.4.11).
3.  Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo (At.13.1). Jesus disse: "O ofício de mestre na igreja é mais importante do que a operação de milagres e os dons de curar." Então Jesus explicou o que queria dizer com isto.
O mestre é mais importante para a Igreja - para aqueles que já são salvos. Pois é, a operação de milagres ou dons de cura com freqüência indicam o ofício do evangelista, que não é para a Igreja, mas para o pecador. Para a igreja, o ensino é mais necessário porque os santos precisam ser ensinados, edificados, e amadurecidos pelo ensino da Palavra. Além disso, a operação de milagres e os dons de curar (ou qualquer dom espiritual) nunca firmam um cristão na fé. Mas ensinar a Palavra firmará. Alguns acham que o dom ministerial de ensino é um chamado inferior. Não é. Lembre-se: todos nós precisamos uns dos outros.

VARIEDADES DE DONS MINISTERIAIS
EFÉSIOS 4.8,11,12
8 Por isso diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens...
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,
1 CORÍNTIOS 12.28-30
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedade de línguas.
29  Porventura são todos apóstolos? ou todos profetas? são todos mestres? ou operadores de milagres?
30 Têm todos dons de curar? falam todos em outras línguas? interpretam-nas todos?
ROMANOS 12.4-8
4 Porque, assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função;
5 Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,
6 Tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja segundo a proporção da fé;
7 Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, esmere-se no fazê-lo;
8  Ou o que exorta, faça-o com dedicação; o que contribui, com liberal idade; o que preside, com diligência; quem exerce misericórdia com alegria.
A. Efésios 4.11 relaciona os quíntuplos dons ministeriais - aqueles que são pregadores e/ou mestres da Palavra de Deus.
B. As duas outras relações de ministérios também contêm os que são considerados de apoio para os quíntuplos ofícios ministeriais e acrescenta mais definições de alguns dos ofícios quíntuplos.
C. Reunidos, esses três trechos revelam a extraordinária riqueza e diversidade dos ministérios com os quais a igreja está equipada.
1.  Quatro palavras gregas são traduzidas como "dons" no Novo Testamento.
2. A que foi traduzida como "dons" referindo-se a dons ministeriais significa um revestimento espiritual.
a.   Um ofício é composto por um equipamento.
b.  Se Deus o chama para um ofício, Ele o equipa com o que é necessário para cumprir aquele ofício.
D. Quanto à lista do ministério de Romanos 12.6-8:
1. Imediatamente reconhecemos o profeta (v.6).
2.  Imediatamente reconhecemos o mestre (v.7).
3.  "O que preside" refere-se provavelmente ao pastor (v.8). a. O pastor tem a supervisão da igreja.
4.  Em adição, encontramos ministros (v.7).
5.  Exortadores (v.8).
6.  Pessoas que contribuem (v. 8).
7.  Aqueles que exercem misericórdia (v.8).
E. Quanto à lista do ministério em 1 Coríntios 12.28:
1.  Encontramos apóstolos (v.28).
2.  Profetas (v.28).
3.  Mestres (v.28).
4.  Milagres e dons de curar são considerados como um ministério distinto (v. 28).
a.  Já vimos que esses dons ocupam um lugar especial no ministério do evangelista (At 8.5-7,13).
b.  Não estão restritos somente a esse ofício.
5.  Socorros (v.28).
a.  Não encontramos paralelo a esse ofício em Efésios 4.11.
b.   Cremos que é citado em Romanos 12 conforme veremos mais tarde.
6.  Governos (v.28).
a.  Provavelmente equivale aos pastores de Ef.4.11.
b.  Provavelmente equivale ao "que preside" em Rm.12.
7.  Variedade de línguas (v. 28,30).
a.  Um ministério definido estabelecido por Deus na igreja.
b. Julgando com 1 Coríntios 14.5, tal operação estaria intimamente relacionada ao ministério dos profetas quando equipados com o dom de interpretação.
F. A origem divina desses ministérios é enfatizada nas três listas.
G. Alguns desses dons — particularmente os de Romanos 12 — podem aparentar nada ter de sobrenatural. Ainda assim todos vêm de uma fonte sobrenatural, e são dados pelo mesmo Espírito, pela graça.
1. O revestimento sobrenatural nos ofícios como de socorros e governos pode não ser tão espetacular quanto em alguns de outros ofícios, porém é igualmente sobrenatural.

O OFÍCIO DE SOCORROS
1 CORÍNTIOS 12.28
28 A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, SOCORROS, governos, variedades de línguas.
A. No meio dessa lista de ministérios, onde também aparecem o ministério de apóstolos, profetas, mestres, etc. — encontramos o ministério de socorros.
1.  Seu chamado poderá ser para o ministério de socorros.
1.1. Se assim o for, então tentar ingressar em outro ofício na realidade é intromissão, e resultará em problemas.
2) Muitas vezes pensam: "Sinto o chamado. Devo então ser um pastor ou um evangelista." Tentam portanto operar num desses dois ofícios e logicamente então não são bem sucedidos porque não foram chamados para estes ofícios.
a. A palavra grega traduzida por "socorros" em 1 Coríntios 12.28 somente aparece nesse trecho no Novo Testamento.
b.  Os léxicos gregos traduzem a palavra como um ajudador ou aliviador.
1.  Pode-se ver que benefícios e assistência este ministério pode proporcionar, especialmente no papel de apoio aos quíntuplos dons ministeriais.
2.  Provavelmente o melhor comentário seria encontrado na lista paralela de Romanos 12.8: aquele que exerce miseri¬córdia.
a. De acordo com o Dicionário Explicativo de Palavras do Novo Testamento, de W. E. Vine, o ministério de socorros é "um dos ministérios da igreja local, na forma de prestação de assistência, talvez especialmente do socorro ministrado aos oprimidos e aos necessitados".
b.  A Bíblia Amplificada traduz Romanos 12.8 por: Aquele que exerce misericórdia com genuína satisfação e alegre impetuosidade.
c.  A. S. Way apresenta este trecho do seguinte modo: "Se você vier com compaixão ao doente, levará a luz do sol de Deus em sua face."
d. Aquele que auxilia deve ter o verdadeiro equipamento de poder e graça divina.
e.  Romanos 12.7 diz: Se ministério, dediquemo-nos ao ministé¬rio...
1.  A palavra traduzida por ministro freqüentemente é usada de maneira geral no Novo Testamento para se referir a todos aqueles que ministram nas coisas santas, incluindo os pró¬prios apóstolos.
a. Em primeiro lugar, Romanos 12.7 pode ser usado de modo geral, ou seja, qualquer que seja o seu ministério: "Aquele que ministra dedique-se ao seu ministério."
1) 0 que isso significa? Que para ser bem sucedido, para ser capaz de ministrar eficazmente, você terá que gastar tempo em preparar a si mesmo e para esperar em Deus.
2. Contudo, como a palavra "ministério" é utilizada em Romanos 12.7, evidentemente tem um sentido distinto dos outros ministérios mencionados. Aproxima-se intimamente ao tipo de ministério dos diáconos (At 6.1-6).
a. Essa palavra diácono é usada em Filipenses 1.1 e em 1 Timóteo 3.8-13.
b.  Aplica-se a Febe em Romanos 16.1 e é traduzida por "serva"
c.  O ministério do diácono nos primeiros dias da igreja tinha forte conexão com a distribuição de alimentos aos santos bem como a supervisão no cuidado com os pobres e os enfermos.
d.  Trata-se de um dom divino concedido por Jesus Cristo, o Cabeça da Igreja. É necessário mais do que simplesmente habilidade natural para efetivamente exercer este ministério, assim como qualquer outro ministério.
3. Atos 6.1-6 descreve a respeito da escolha de sete homens para servirem como diáconos no ministério de socorros.
Atos 6.1-6
1 Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária.
2  Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas.
3 Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria aos quais encarregaremos deste serviço;
4 E, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
5  O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
6 Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
a.  Filipe começou aqui no ministério de socorros. Ele aju¬dava os apóstolos servindo as mesas, para que os mesmos ficassem liberados para a oração e para o ministério da Palavra. E como Filipe provou ser fiel, Deus levou-o a tornar-se um evangelista (At 21.8).
b.  Estevão começou no ministério de socorros. Deus o usou poderosamente.
c.  Os outros cinco homens não são mais mencionados. Evidentemente continuaram no ofício de socorros.
d.  Embora seus nomes não tenham sido mencionados em outro trecho do Novo Testamento, se foram fiéis no seu ofício, receberão tão grande recompensa quanto Filipe e Estevão.
4.  Paulo escreveu a respeito daqueles dois que o auxiliavam: Saudai a Priscila e a Aquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram as suas próprias cabeças; e isto lhes agradeço, não somente eu mas também todas as igrejas dos gentios (Romanos 16.3,4).
5.  Ele também escreveu: Saudai a Maria que muito trabalhou por vós (Romanos 16.6).
6.  O Novo Testamento também faz referência a outros que exerceram o ministério de socorros.
F. O ministério da música. O ministério da música funciona como ministério de socorros, de apoio ao ministério quíntuplo.
1.  Que socorro! Que ajuda! Que assistência é o ministério da música! O ministério da música não é um ofício distinto; é o ministério de socorros em operação.

2.  É um ministério ungido.
a.  Não é algo que alguém desempenha só porque é talentoso.
b.  Deus pode usar os talentos se as pessoas consagrarem seus talentos a Ele.
c.  Mas é bastante perceptível para aqueles que têm o Espírito de Deus e são sensíveis às coisas do Espírito quando alguém está "ministrando uma música sob unção" do Espírito Santo no ministério de socorros e quando alguém está "somente cantando".
3.  O profeta Eliseu pediu para trazerem um tangedor. O ministério de música pode ser de grande valia para aqueles que exercem os quíntuplos dons ministeriais, particularmente o profeta. Quando o tangedor tocava seu instrumento musical, o Espírito Santo veio sobre o profeta Eliseu e ele profetizou.
2 REIS 3.15,16
15 Ora, pois, trazei-me um tangedor. Quando o tangedor tocava, veio o poder de Deus sobre Eliseu.
16 Este disse: Assim diz o SENHOR...
a.  O tocar aquele instrumento musical pelo tangedor foi um auxílio para o profeta entrar no Espírito.
b.  "A mão do Senhor veio sobre ele" significa que o Espírito Santo moveu-se sobre o profeta. Muitas vezes no Antigo Testamento, faz-se referência ao Espírito Santo como "a mão do Senhor".
c. Por que o profeta pediu a presença do tangedor? Para atrapalhá-lo! Não! Para ajudá-lo.
G. Qualquer coisa que tem a ver com o funcionamento da igreja ou com o ministério passa pela operação do ministério de socorros.
1. As pessoas que trabalham em nossos escritórios, por exemplo, estão servindo no ministério de socorros. Nada poderia fazer sem a ajuda deles. Graças a Deus pelo ministério de socorros!
a.   Quando vier o dia da recompensa, se forem fiéis no ministério de socorros, receberão tão grande recompensa quanto a minha.
1 SAMUEL 30.24
24 ... Porque, qual é a parte dos que desceram à peleja, tal será a parte dos que ficaram com a bagagem; receberão partes iguais.
b.  Deus não nos recompensa de acordo com o ofício que ocupamos; Deus recompensa a fidelidade.
O MINISTÉRIO DE LÍNGUAS E INTERPRETAÇÃO
1 CORÍNTIOS 12.28-30
28  A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, VARIEDADE DE LÍNGUAS.
29  Porventura são todos apóstolos? ou todos profetas? são todos mestres? ou operadores de milagres?
30 Têm todos dons de curar? FALAM TODOS EM OUTRAS LÍNGUAS? INTERPRETAM-NAS TODOS?
A. Variedade de línguas (diferentes tipos de línguas) é visto aqui como um ministério definido estabelecido por Deus na igreja.
B. Ser cheio do Espírito e falar em línguas conforme a expressão vocal dada pelo Espírito não é o ministério de línguas.
C. Em 1 Coríntios 12.28 e 30, a Palavra de Deus se refere a ministrar aos outros através de línguas e interpretação, como um dom de ministério.
1. Por exemplo, uma pessoa não ocupará o ofício de um após¬tolo para abençoar a si mesma. Ocupar o ofício de um apóstolo, obedecer ao chamado de Deus para aquele ofício e ser equipado pelo Espírito para permanecer naquele ofício lhe dará condições para ministrar aos outros. Do mesmo modo, o ministério de profeta não é para uso ou ganho pessoal. O profeta é equipado pelo Espírito de Deus para que possa ministrar aos outros.
O mesmo é válido para o ministério de ensino. Alguém não recebe o dom de ensino para ensinar a si mesmo. Mesmo desfrutando dele, o mesmo é dado para ensinar aos outros, para ministrar aos outros.
2. Variedade de línguas está na mesma lista de apóstolos, profetas, mestres. Não é algo para benefício pessoal na vida devocional. É algo para ser ministrado em assembléia públi¬ca para o benefício dos outros. Este ministério não é para os leigos. É para aqueles chamados para o ministério quíntuplo.
D. Ser cheio do Espírito com o falar em línguas é para uso e edificação pessoais — e não para os outros.
1.  Trata-se primariamente de um dom devocional.
2.  Paulo disse à igreja de Corinto: Dou graças ao meu Deus porque falo em outras línguas mais do que todos vós (1 Co.14.18), mostrando que era primariamente um dom devocional em sua vida de oração, louvor e adoração a Deus.
E.  Todas as línguas em essência são as mesmas, mas o seu uso, propósito e finalidade são diferentes.
F. Somente poucas pessoas entre aquelas que são cheias do Espírito e falam em outras línguas serão usadas no ministério público de línguas. É por isso que Paulo pergunta: ... Falam todos em outras línguas? (v.30). Obviamente a resposta é não.
1.  Alguns tiram o versículo 30 do contexto e dizem: "Falar em línguas não é para todos." Eles tentam fazer o ministério de línguas igual ao dom de línguas que cada crente cheio do Espírito tem operando em sua própria vida de oração particular. E não é o caso.
2.  Pelo contexto, fica claro que Paulo se refere ao ministério de línguas ou diversidade de línguas.
G. Indo um passo além, o que Paulo está falando aqui nessa lista de dons do ministério juntamente com o apóstolo, o profeta, e o mestre, é a respeito de algo totalmente distinto daquilo que os leigos chamam de "falar em línguas". Pois aqui trata-se de um ministério. Aplica-se àqueles que foram chamados para minis¬trar desse modo, e se aproxima mais intimamente do ofício de profeta.
O MINISTÉRIO DE EXORTAÇÃO
ROMANOS 12.4-8
8 OU O QUE EXORTA, FAÇA-O COM DEDICAÇÃO...
A. Esse é o único lugar onde a exortação é mencionada como um ministério separado e distinto.
1. Normalmente, a exortação é vista como parte natural e essencial de quase todos os ministérios.
B. O pensamento primário é trazer encorajamento ou para consolar ou para reanimar.
C. Há um ministério específico nessa linha.
D. O exortador encoraja o perdido a ser salvo.
1. Sam Jones, que era grande evangelista metodista, costumava pregar por duas horas e a seguir passar a palavra para um exortador conduzir o apelo. O exortador às vezes falava por 45 minutos. Ele encorajava as pessoas, exortando-as a serem salvas.
2. Na minha opinião pessoal, muitos daqueles a quem chamamos de evangelistas, hoje em dia, são na realidade exortadores. O ministério deles parece estar inteiramente voltado em encorajar e desafiar as pessoas a serem salvas.
a. Aqueles que permanecem no ofício de evangelista operam nos dons sobrenaturais(milagres e dons de curar) seguindo a sua pregação. Isto aconteceu no ministério de nosso único exemplo de evangelista do Novo Testamento, Filipe. Um verdadeiro evangelista esses dons acompanhando-o em seu ministério.
b.  Não estou depreciando o ofício de exortador. É um ofício! Só estou dizendo que nomeamos incorretamente alguns ministérios.
E. O exortador também exorta os cristãos com uma mensagem de motivação, encorajamento e consolo.
O MINISTÉRIO DE CONTRIBUIÇÃO
ROMANOS 12.8
8 ou o que exorta, faça-o com dedicação; O QUE
CONTRIBUI, COM LIBERALIDADE...
A. O ministério de contribuição era um ministério reconhecido na igreja primitiva, tal como era o ensino ou a cura. Trata-se de um dom ministerial.
B. Todos nós podemos entrar na graça de contribuir, mas alguns têm equipamento divino para contribuir:
1.  Riqueza pessoal.
2.  Ou administração de recursos associados.
C. Outra tradução assim o expressa, aquele que tem riqueza para distribuir deve fazê-lo com vistas ao serviço de Deus.
D. Aqueles que têm riquezas deveriam contribuir de maneira correta, em bons lugares onde fossem utilizadas por Deus.
1. Os ministros do Evangelho devem gastar tempo ensinando as pessoas a respeito do contribuir.
a.  Eles deveriam ensinar às congregações sobre o ministério bíblico da contribuição.
b.  Eles deveriam ensinar àqueles que têm riqueza a distribuir corretamente onde possa ser utilizada para a obra de Deus.
2.  Alguns falsos ministros do Evangelho levantam dinheiro para projetos que não existem.
3.  Não engula algo só porque parece bom. Aprenda a ouvir o seu espírito.
4.  Ore e busque a Deus a respeito de onde deve pôr seu dinheiro.
E. Alguns podem sentir a chamada para o ministério, e bem como Deus os tem chamado a este ministério de contribuição.
Paulo teve coragem de dizer que era um “sábio arquiteto”, na edificação da igreja. Nem todo obreiro pode dizer isso, nos dias presentes. Os terrenos em que a igreja está sendo edificada são tão instáveis, que desafiam a capacidade de todos os engenheiros ou arquitetos. Os ventos fortes de falsas doutrinas e movimentos heréticos, disfarçados de genuínos movimentos cristãos conspiram contra a estabilidade e a unidade da Igreja de CRISTO. Os edificadores de hoje têm tantos ou maiores desafios do que os do tempo de Paulo, mesmo que tenham mais recursos humanos e técnicos que o apóstolo dos gentios.
Mas a missão dos obreiros do Senhor é cuidar da evangelização, buscando as almas que se integram à igreja, e o cuidado delas, através do discipulado autêntico, que se fundamenta na sã doutrina, esposada por JESUS CRISTO, e interpretada e aplicada pelos seus apóstolos e discípulos, ao longo da História. Os cristãos devem ser edificados para serem templos do ESPÍRITO SANTO (1 Co 6.19,20). E os dons são indispensáveis nessa edificação espiritual.
FIM.

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