FACULDADE
DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS
HOJE
CURSO
LIVRE
DOS
DONS MINISTERIAIS
DONS MINISTERIAIS
A PROVISÃO DE CRISTO PARA SUA IGREJA
Veremos
sobre os dons ministeriais e espirituais. Depois da morte e ressurreição de
CRISTO, acreditamos que os dons são um dos assuntos mais relevantes do Novo
Testamento para a Igreja de CRISTO. Os dons espirituais e ministeriais são
dádivas divinas para a Igreja atual. Alguns erroneamente afirmam que os dons
foram apenas para a igreja do primeiro século. Esta afirmação contraria a
Bíblia, que diz em Joel 2.28 " E há de ser, depois, derramarei o meu
ESPÍRITO sobre toda a carne, vossos filhos e filhas profetizarão, os vossos
velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões". Os dons são para a
Igreja de CRISTO até a sua Segunda Vinda. O apóstolo Paulo declarou aos
coríntios que não devemos ser ignorantes a respeito dos dons (1Co.12.1).
A Igreja,
como “Corpo de CRISTO”, precisa de poder, de unção e de manifestações
espirituais, que se expressam genuinamente através dos dons espirituais. Esses
dons são indispensáveis à unidade e à ação da Igreja, por diversas razões.
1) Na
espera pela vinda de JESUS. Em toda a sua história, desde sua fundação por
JESUS CRISTO, a Igreja tem sido a instituição mais atacada pelas forças do mal.
Ela nasceu debaixo da perseguição. Impérios humanos tentaram destruí-la,
apagando seu nome da face da terra. Filosofias humanistas e materialistas
tentaram sufocá-la, abafando sua mensagem; sistemas políticos totalitários e
ateístas, a serviço do Diabo, tentaram eliminar sua influência no mundo.
Os
ataques contra a integridade espiritual da Igreja continuam, ao longo dos
séculos. Como Noiva do Cordeiro, Ela precisa de poder para vencer às mais
diferentes investidas malignas, durante a espera pelo Noivo. Ainda que, no
século XXI, haja, no meio das igrejas locais, recursos que os primeiros
cristãos não possuíam, em termos teológicos, educacionais ou tecnológicos, o
único recurso que lhe dá condições de suplantar o império do mal é o Poder do
ESPÍRITO SANTO. E este poder se manifesta na operação sobrenatural dos dons
espirituais.
2) Os
dons espirituais fazem a diferença. Na parábola das Dez Virgens (Mt 25.1-13),
JESUS demonstrou a seus discípulos que a chegada do Noivo poderia demorar. As
cinco virgens loucas representam a parte da Igreja que não estará preparada
para esperar a Volta de JESUS. As virgens prudentes representam os crentes
salvos, que, além de terem o “azeite” nas lâmpadas, ou em suas vidas e
testemunho, têm “azeite” nas vasilhas de reserva.
O
“azeite” representa a presença e o poder do ESPÍRITO SANTO na vida dos crentes
que vão subir ao encontro do Senhor JESUS CRISTO (cf. 1 Ts
4.16,17).
Os dons espirituais é que fazem a diferença, atuando no meio da igreja, nesses
“tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1), em que a pecaminosidade e a rebeldia contra
DEUS estão aumentando. Há milhares e milhares de “igrejas”, mas só vão subir ao
encontro do Noivo os crentes salvos, santos e irrepreensíveis para a vinda de
JESUS (1 Ts 5.23).
3) Os
dons podem ser abundantes. A igreja de Corinto é um exemplo eloquente de que
uma igreja cristã pode experimentar a ocorrência de uma variedade enorme de
dons espirituais. Na introdução à sua primeira Carta aos Coríntios, Paulo tece
considerações elogiosas àqueles crentes, acentuando que nenhum dom (espiritual)
lhes faltava, “esperando a manifestação de nosso Senhor JESUS CRISTO” (1 Co
1.7), que os haveria de confirmar até o fim para serem” irrepreensíveis no Dia
de Nosso Senhor JESUS CRISTO (1 Co 1.8).
4) Os
dons são indispensáveis à evangelização. A missão da Igreja, levada a efeito
através das igrejas locais, é de proclamar o evangelho. Nos tempos
pós-modernos, a incredulidade, a frieza e a indiferença pelo evangelho de
CRISTO é tão grande e tão latente, que, sem a manifestação espiritual de forma
evidente, as pessoas não vão saber discernir entre os falsos evangelhos e o
verdadeiro evangelho de JESUS. Sempre houve essa necessidade.
Nos
primórdios da evangelização, através de JESUS CRISTO, as pessoas criam nEle, a
ponto de multidões segui-lo, não só pela sua mensagem que tinha autoridade, e
fazia diferença (Jo 7.46), mas, principalmente, por causa dos sinais e
prodígios que Ele fazia.
Os dons
espirituais devem ser utilizados na igreja, respeitados os requisitos e
condições estabelecidos na palavra de DEUS.
1. OS
DONS DEVEM SER EXERCIDOS COM AMOR
A divisão
da Bíblia em capítulos só ocorreu em 1227 e, em versículos, em 1551.2 Quando se
lê o capítulo 12 de 1 Coríntios, sobre os dons espirituais e se passa para o
capítulo seguinte, sobre o amor cristão, tem-se a impressão de que são temas
distintos. Na verdade, originalmente, antes da divisão da Bíblia em capítulos,
o texto dos capítulos 12 a 14 trata do mesmo tema dos dons.
Paulo
termina o capítulo 12, com sua belíssima dissertação sobre os dons espirituais,
com uma exortação por demais relevante, dizendo: “Portanto, procurai com zelo
os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co
12.31 — grifo nosso). Que “caminho ainda mais excelente” é esse? A resposta vem
de imediato, na ligação entre o último versículo do capítulo 12 e o primeiro
versículo do capítulo 13, quando o apóstolo dá sequência ao seu precioso ensino
sobre os dons espirituais. E afirma de modo peremptório: “Ainda que eu falasse
as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse caridade, seria como o metal
que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e
conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé,
de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria”
(1 Co 13.1,2).
2. OS
DONS DEVEM SER USADOS DE ACORDO COM A PALAVRA
A Palavra
de DEUS deve ser a referência número um para qualquer atividade ou manifestação
na igreja? “Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho”
(SI 119.105). E o ESPÍRITO SANTO quem inspira a Palavra de DEUS e a seus
escritores. Logo, não há nenhuma justificativa para que um dom seja exercido em
desacordo com os preceitos da Palavra de DEUS.
3. OS
DONS NÃO DÃO ORIGEM A DOUTRINAS
A fonte
primordial e única de qualquer doutrina, na igreja cristã, é a Palavra de DEUS.
É altamente danoso para a integridade espiritual de qualquer igreja, quando um
líder, ou um outro membro da igreja, apresenta como doutrina aquilo que não tem
fundamento na Bíblia. Determinado obreiro ensinou que os crentes que possuem
internet estão em pecado. Para se dizer
que algo é pecado é necessário fundamentar na Palavra de DEUS. Na realidade,
tal ensino é fruto de opinião pessoal do líder. Do contrário, é imposição
autoritária, que só traz prejuízo à obra do Senhor. Ensinar que quem usa a
internet de maneira ilícita, para visualizar coisas que não agradam a DEUS,
está pecando, é correto, mas afirmar que possuir internet é pecado é abuso de
autoridade ministerial. Não há necessidade de outra fonte de doutrina além da
Palavra de DEUS (G1 1.8,9).
4. QUEM
TEM UM DOM DEVE SER MAIS HUMILDE
Os dons
espirituais são parte das riquezas sobrenaturais, concedidas pelo ESPÍRITO
SANTO aos servos do Senhor, com o objetivo de servir à igreja. Jamais o
portador de um dom deve orgulhar-se e portar-se de modo arrogante ou
autoritário. Deve agir, sabendo que “Temos, porém, esse tesouro em vasos de
barro, para que a excelência do poder seja de DEUS e não de nós” (2 Co.4.7).
Nunca devemos esquecer de que o ESPÍRITO SANTO glorifica a CRISTO e não ao
homem (Jo 16.14). Se o que tem o dom não tiver essa consciência de humildade,
poderá perder a graça para usá-lo. DEUS não admite que o seu louvor seja
transferido para ninguém.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 16-20.
Na
Palavra de DEUS, encontramos três listas principais que tratam a respeito dos
dons. As três listas se completam. Podemos encontrar a primeira lista em
Romanos 12.4-8. Aqui estão relacionados os dons de serviço. A segunda lista
está em 1 Coríntios 12 e nela encontramos listados os dons espirituais. A
terceira relação se encontra em Efésios 4.11, onde encontramos os dons
ministeriais. Tanto os dons de serviço quanto os ministeriais e espirituais têm
como propósito a edificação do Corpo de CRISTO.
USANDO OS DONS DE MANEIRA A AGRADAR A DEUS
Os dons
devem ser utilizados com um propósito específico, a fim de que o nome de CRISTO
seja glorificado. Quem deseja os dons necessita compreender que toda a nossa
capacidade e habilidade vem do Senhor. É uma capacidade sobrenatural, não é
inata. Estas habilidades são resultado único da graça divina em nossas vidas.
No uso
dos dons, o crente também precisa conscientizar-se de que o Corpo de CRISTO é
formado por vários membros, com funções diferentes, mas isso não significa que
um é mais importante que o outro. Todos têm o seu valor e devem funcionar em
harmonia, visando o bem de todos. Não existe um dom que seja superior aos
outros, eles se complementam para a glória do Senhor.
NÃO SEJA IGNORANTE QUANTO AOS DONS ESPIRITUAIS
Os dons é
um assunto tão importante para a igreja, que Paulo exorta aos Coríntios a que
todos sejam instruídos no assunto (1Co 12.1). A falta de conhecimento leva ao
fanatismo, gerando sérios problemas. A cidade de Corinto era marcada pela
idolatria. O Brasil também tem uma diversidade religiosa grande, muitos irmãos
em nossas igrejas vieram de religiões idólatras, onde o uso de "poderes místicos"
é comum. Precisamos estudar, à luz da Palavra, a respeito dos dons a fim de que
venhamos discernir os verdadeiros dons do ESPÍRITO. A falta de ensino contribui
para surgimento de muitas heresias.
DEUS, o
Criador de todas as coisas, do universo, dos seres vivos e do homem, compraz-se
em ser um doador de bênçãos. Faz parte de sua natureza divina, do seu caráter e
de sua essência, conceder dádivas ou dons ao ser criado à sua imagem, conforme
a sua semelhança. Ao criar o ser humano, homem e mulher, deu-lhes o sopro
divino, o primeiro dom, o dom da vida.
DEUS
propiciou a redenção da humanidade, com a promessa da “semente da mulher” (Gn
3.15), que haveria de ferir a cabeça da serpente, o Diabo e seus seguidores.
JESUS, a maior dádiva de DEUS à humanidade, nasceria de uma mulher (cf. Is
7.14), para ser morto, em sacrifício pelo homem perdido, e tornar-se o vencedor
do pecado, da morte e do Diabo. A salvação foi o maior dom de DEUS ao mundo (Jo
3.16). O dom da vida eterna, em CRISTO JESUS.
Na Nova
Aliança (Novo Testamento), como parte do plano de DEUS, em CRISTO JESUS, Ele
resolveu dar “dons aos homens” (Ef 4.8), após sua vitória sobre a morte e sobre
todos os poderes do mal. Indo além dos “dons naturais”, JESUS resolveu
capacitar seus servos, integrantes de sua Igreja, dando-lhes dons {carismas),
que são postos à disposição de todos os salvos, no seio da comunidade cristã.
Os dons
são “ferramentas”, por assim dizer, à disposição da igreja, para que essa
exerça sua missão profética, de proclamadora do evangelho de CRISTO, de modo
eficaz, contra “...os principados, contra as potestades, contra os príncipes
das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares
celestiais” (Ef 6.12), usando a “armadura do salvo”, na guerra espiritual sem tréguas
a que todo salvo é submetido. Neste estudo, veremos o que são os dons, seu
propósito e sua classificação, e como são postos à disposição dos salvos em
CRISTO JESUS.
Nunca foi
tão necessária a manifestação dos dons do ESPÍRITO SANTO, como nos dias atuais
visto que estamos vivendo numa sociedade corrompida pelo pecado e enganada por
falsos milagres e ensinamentos que contradizem o verdadeiro evangelho de Nosso
Senhor e Salvador JESUS CRISTO.
Existe em
toda a Bíblia Sagrada pelo menos quatorze palavras para referir-se a dons,
cinco delas em hebraico e nove em grego. Porém o apóstolo Paulo emprega a
palavra charisma, para indicar os
dons do ESPÍRITO SANTO, as suas graças, gratuitamente conferidas para a obra do
ministério (1 Co 12.4,9,28,30,31). A Palavra Charisma é usada por dezessete vezes no Novo Testamento, com certas
variedades de aplicação.
As
habilidades dadas a cada pessoa pelo ESPÍRITO SANTO são chamadas de dons
espirituais. E capacita a quem os recebe para ministrar às necessidades
principalmente do Corpo de CRISTO que é a Igreja. Nesta análise, de natureza
introdutória, chamamos de “dons de DEUS” a todos os carismas concedidos por
DEUS, de diversas formas, como recursos de origem divina, que têm o propósito
de capacitar os salvos em CRISTO JESUS, como membros da Igreja, para que esta
alcance sua Missão e seus objetivos, definidos pelo seu Senhor, Cabeça e
Mestre.
DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE
“Mas a
manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”. (1Co 12.7). É uma das maneiras do ESPÍRITO SANTO manifestar-se através
de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas
manifestações do ESPÍRITO visam à edificação e à santificação da igreja (12.7;
ver 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11,
mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de
modo mais permanente. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de
diferentes maneiras.
(1) As
manifestações do ESPÍRITO dão-se de acordo com a vontade do ESPÍRITO (12.11),
ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons
(12.31; 14.1).
(2)
Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber
mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve
desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).
(3) É
anticíclico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada
(mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais
interiorizada, i.e., menos visível.
Também,
quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que DEUS aprova
tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do ESPÍRITO, com o
fruto do ESPÍRITO, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a
santificação do crente (Gl 5.22,23).
(4)
Satanás pode imitar a manifestação dos dons do ESPÍRITO, ou falsos crentes
disfarçados como servos de CRISTO podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24;
2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer
manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de DEUS, porque
já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts
5.20,21).
OS DONS ESPIRITUAIS
Em 1Co
12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o ESPÍRITO
SANTO concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características
desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
(1) Dom
da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada
mediante a operação sobrenatural do ESPÍRITO SANTO. Tal mensagem aplica a
revelação da Palavra de DEUS ou a sabedoria do ESPÍRITO SANTO a uma situação ou
problema específico (At 6.10; 15.13-22).
Não se
trata aqui da sabedoria comum de DEUS, para o viver diário, que se obtém pelo
diligente estudo e meditação nas coisas de DEUS e na sua Palavra, e pela oração
(Tg 1.5,6).
(2) Dom
da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada
pelo ESPÍRITO SANTO, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias,
ou de verdades bíblicas. (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).
(3) Dom
da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural
especial, comunicada pelo ESPÍRITO SANTO, capacitando o crente a crer em DEUS
para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove
montanhas (13.2) e que frequentemente opera em conjunto com outras
manifestações do ESPÍRITO, tais como as curas e os milagres (ver Mt 17.20; Mc
11.22-24; Lc 17.6).
(4) Dons
de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde
física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O
plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades ou doenças e sugere que
cada ato de cura vem de um dom especial de DEUS. Os dons de curas não são
concedidos a todos os membros do corpo de CRISTO (cf. 12.11,30), todavia, todos
eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode
também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).
(5) Dom
de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que
intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino
de DEUS contra Satanás e os espíritos malignos (ver Jo 6.2).
(6) Dom
de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como
manifestação momentânea do ESPÍRITO da profecia como dom ministerial na igreja,
mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas
alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como
manifestação do ESPÍRITO, a profecia está potencialmente disponível a todo
cristão cheio dEle (At 2.16-18).
Quanto à
profecia, como manifestação do ESPÍRITO, observe o seguinte:
(a)
Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação
diretamente de DEUS, sob o impulso do ESPÍRITO SANTO (14.24,25, 29-31). Aqui,
não se trata da entrega de sermão previamente preparado (Observação minha - Ev.
Luiz Henrique - e nem se trata de mandar alguém profetizar, pois a profecia é
manifestação sobrenatural - não se pensa para falar).
(b) Tanto
no AT, como no NT, profetizar é proclamar a vontade de DEUS e exortar e levar o
seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3).
(c) A
mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa
(14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento
(14.3, 25,26, 31).
(d) A
igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos
falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser
julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela
deverá enquadrar-se na Palavra de DEUS (1Jo 4.1), contribuir para a santidade
de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e
obediente a CRISTO (12.3).
(e) O dom
de profecia manifesta-se segundo a vontade de DEUS e não a do homem. Não há no
NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação
através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando
DEUS usava um crente para isso (12.11).
(7) Dom
de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada
pelo ESPÍRITO, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as
profecias e distinguir se uma mensagem provém do ESPÍRITO SANTO ou não (ver
14.29; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (ver Mt 24.5) e a
distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (ver 1Tm 4.1), esse dom
espiritual será extremamente importante para a igreja.
(Observação
minha - Ev. Luiz Henrique - Esse dom é muito útil para se descobrir
sobrenaturalmente a origem das mensagens e manifestações sobrenaturais na
Igreja, bem como, para se detectar a presença de demônios nas pessoas e sua
consequente expulsão).
(8) Dom
de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que
significa língua) como manifestação sobrenatural do ESPÍRITO, notemos os
seguintes fatos:
(a) Essas
línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na
terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1; ver cap. 14). A língua falada
através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por
quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (Observação minha - Ev. Luiz
Henrique - existem 4 tipos de línguas espirituais - Língua para falar como o
estrangeiro - 1 Co 14, Língua de oração recebida no batismo para edificação
própria - 1 Co 14, língua para ser interpretada - 1 co 12 e língua para
intercessão - Rm 8).
(b) O
falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o ESPÍRITO de
DEUS, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta
com DEUS (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças),
expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por
si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do ESPÍRITO SANTO, à parte da
atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20).
(c)
Línguas estranhas faladas no culto devem ser, (Observação minha - Ev. Luiz
Henrique - na maioria das vezes, pois algumas vezes é normal que todos se
alegrem e falem em línguas juntos por um breve período de louvor e adoração a
DEUS) - seguidas de sua interpretação,
também pelo ESPÍRITO, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado
da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou
ensino para a igreja (cf. 14.6).
(d) Deve
haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala
em línguas pelo ESPÍRITO, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle”
(14.27,28). (Observação minha - Ev. Luiz Henrique - Paulo recomenda falar
consigo mesmo, ou seja falar bem baixinho só para você mesmo ouvir, não
atrapalhando outros a ouvirem a pregação ou ensino da Palavra de DEUS).
(9) Dom
de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo
ESPÍRITO SANTO, para o portador deste dom compreender e transmitir o
significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a
igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma
profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do
ESPÍRITO SANTO. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de
edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13,
26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de
outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las
(14.13).
STAMPIS.
Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995.
OS DONS NA BÍBLIA
1. No Antigo Testamento.
A palavra
“dom” tem vários significados no texto bíblico. No Antigo Testamento, escrito
em hebraico, há várias palavras que traduzem o sentido de “dom”. Dentre elas,
destacamos os termos mattan, com o sentido de alguma coisa oferecida
gratuitamente, ou “um presente”, como em Provérbios 19.6; 21.14; ou como dote,
dádiva (Gn 34.12). Há o termo maseth, que também significa “presente”, “dádiva”
(Et 2.18; Jr 40.5); a mais usada, no entanto, é minchach, que ocorre duzentas e
nove vezes, com o significado de “oferta”, “presente” (SI 45.12; 72.10). Em
todas as ocorrências, o sentido é sempre o de algo que é dado ou oferecido
gratuitamente. No Antigo Testamento, os dons eram concedidos a pessoas
específicas, chamadas por DEUS para cumprir determinadas missões. Os dons não
estavam à disposição de todo o povo de DEUS.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais - Servindo a DEUS e aos homens
com poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 11-12.
DOM
PALAVRAS ENVOLVIDAS
A
tradução dom envolve um grande número de palavras hebraicas e gregas:
1.
Mattan, palavra hebraica usada por cinco vezes: Gên. 34:12; Núm. 18:11; Pro.
18:11: 19:6: 21:14. Esse termo, e seus derivados, dão a entender algo oferecido
gratuitamente (Pro. 19:6), a obtenção de um favor (Pro. 18:16; 21:14), a
expressão religiosa de ação de graças (Num, 18:11), um dote (Gn. 34:12), a
possessão de uma herança (Gên. 25:6; H Crô. 21:3: Eze. 46:16,17) ou mesmo um
suborno (Pro. 15:27; Bel. 7:7).
2.
Nisseth, «dom", «coisa elevada... Essa palavra hebraica é usada por apenas
uma vez, em 11 Sam.. 19:42.
3.
Maseth, «íom-, «peso», «elevação". Palavra hebraica usada por apenas duas
vezes com o sentido de dom: Est. 2:18 e Jer. 40:5.
4.
Shochaâ, «suborno», «recompensa». Palavra hebraica empregada por vinte e três
vezes, como em Êxo. 23:8; Deu. 16:19; 11 Os, 19:7; Pro. 6:35; 17:8,23; Isa.
1:23; Eze. 22:12.
5.
Minchah, «oferta .., «presente". Palavra hebraica usada por duzentas e
nove vezes, embora apenas por trinta e cinco vezes com o sentido de «dom"
ou «presente». Por exemplo: II Sam. 8:2,6; I Crô. 18:2,6; II Crô. 26:8; 32:23;
Sal. 45:12; Gn, 32:13,18,20,21; 33:10; Jz. 3:15,17,18; I Sam. 10:27: I Reis
4:21; II Reis 8:.8,9; 11 Cr. 9:24; Sal. 72:10; Isa. 39:1: Os.10:6.
6:
Didomi, «dar», que aparece por quatrocentas e treze vezes no Novo Testamento,
em todas as conexões imagináveis, algumas vezes com a ideia de dar um presente
qualquer e outras vezes, sem esse sentido. Ver Mat. 4:9; 5:31; Mar. 2:26; Luc.
1:32: João 1:12; Rom. 4:20: I Cor. 1:4; Efé. 1:17: Heb. 2:13: Tia. 1:5; I João
3:23,24; Apo. 1:1; 2:7,10,17; 8:2; 9:1, etc.
7.
Anéthama, «algo devotado a DEUS». Palavra grega usada por sete vezes: Luc,
21:5: Atos 23:14; Rom. 9:3; I Cor. 12:3: 16:22; ou, 1:8,9.
8. Doma,
«presente», que indica algum presente sagrado ou profano. Vocábulo grego
utilizado por cinco vezes: Mat. 7:11: Luc. 11:13; Efé. 4:8 (Citando Sal.
68:19); Fil. 4:17.
9. Dôsis,
«dom», indicando os múltiplos dons de DEUS, dados a todos, uma palavra grega
usada por duas vezes: Fil. 4:15 e Tia. 1:17.
10.
Dorea, que indica dons ou presentes de vários tipos, sagrados ou profanos.
Palavra usada por onze vezes: João 4:10; Atos 2:38; 8:20; 10:45; Rom. 5:15,17;
H Cor. 9:15; Efé. 3:7; 4:7; Heb. 6:4.
11.
Dorema, uma palavra geral para «dom", usada em Rom. 5:16 e Tia. 1:17.
12.
Merismôs, «dom.., palavra que se deriva da ideia de dividir. Usada por duas
vezes: Heb. 2:4 e 4:12.
13.
Cháns, palavra que também significa graça, mas que pode ter a ideia de «dom
gratuito". Usada por uma vez, em 2 Cor. 8:4, para indicar ofertas enviadas
para aliviar as necessidades dos santos.
14.
Charisma, palavra para indicar os dons do ESPÍRITO, as suas graças
gratuitamente conferidas, para a obra do ministério (I Cor. 12:4,9,28,30,31).
Além
disso, enfoca o dom da graça de DEUS, que nos traz a salvação (Rom, 5-:15,16).
Essa palavra é usada por dezessete vezes no Novo Testamento, com certa
variedade de aplicações. Ver também Rom, 1:11; 6:23; 11:29; 12:6; I Cor. 1:7;
7:7; II Cor. 1:11: I Tim. 4:14; 11 Tim. 1:6; I Ped. 4:10. Essa palavra é usada
principalmente para indicar alguma espécie de dom espiritual ou divino.
ATIVIDADE E ATITUDE DE QUEM DÁ.
Nas
antigas sociedades neolíticas e da era do bronze, conforme somos informados
através das evidências arqueológicas, a outorga de presentes era uma prática
comum. As razões para a doação de presentes eram variadas e isso é refletido
nas palavras hebraicas examinadas acima. Membros de uma família se presenteavam
mutuamente como sinal de estima e amor. Esses presentes eram conferidos em ocasiões
especiais, como por ocasião dos noivados, dos casamentos, de nascimentos e de
morte. Também havia presentes dados a superiores, com a finalidade de agradar e
esses presentes, algumas vezes, assumiam a natureza de suborno ou peita, quando
algum favor especial era buscado, ou quando se esperava evitar que algum
castigo fosse aplicado. A adoração religiosa requeria doações da parte dos
participantes, a fim de que pudesse ser mantido o culto.
CHAMPLIN,
Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora
Hagnos. pag. 211-212.
NO NOVO TESTAMENTO.
No Novo
Testamento, escrito em grego, a palavra “dom” assume de igual modo significados
diversos. O termo “doma” indica a oferta de um “presente”, “boa coisa” (Mt
7.11); o “pão nosso” é uma dádiva de DEUS (Lc 11.13); “dons”, concedidos por
DEUS aos homens (Ef 4.8), com base no Salmo 68.19. A palavra cháris indica “dom
gratuito”, ou “graça” (2 Co 8.4). O termo charisma é muito utilizado em estudos
bíblicos, pois tem o significado de “dons do ESPÍRITO”, concedidos pela graça
de DEUS, com propósitos muito elevados; é relacionado ao termo ta charismata,
utilizado em 1 Coríntios 12.4,9,28,30,31, que tem o sentido de “dons da graça”.
Há o termo grego ta pneumática, usado por Paulo, em 1 Coríntios 12.1; 14.1, que
se refere a “dons espirituais”. Em o Novo Testamento, os dons de DEUS estão à
disposição de todos os que creem, com a finalidade de promover graça, poder e
unção à Igreja no exercício de sua missão, de forma que CRISTO seja
glorificado.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 12.
Fl
4.15.Paulo aparentemente está lembrando seus amigos filipenses de que eles
ocupavam um lugar único em suas atividades missionárias: nenhuma igreja se
associou (gr. ekoinõnèsen), isto é, na obra do evangelho, comigo (Seesemann,
op. cit., p. 33) no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros.
Os
filipenses deram e eles também receberam, presumivelmente bens espirituais, da
parte de Paulo (como em 1 Co 9:11; cf. Rm 15:27). Eles haviam sustentado Paulo
em seus labores apostólicos, desde o começo. Até mesmo antes de ele deixar a
Macedônia, os filipenses estavam envolvidos em seu duplo ministério.
UMA DÁDIVA PARA A IGREJA
Rm 12.6.
Tendo, porem, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada - Os dons são
vários; a graça é uma só.
Se
profecia, considerada um dom extraordinário. - Profecia é para edificação,
exortação e consolação - revela o relacionamento íntimo do crente ou a busca
por esse relacionamento por parte do descrente).
Rm 12.7.
Se ministério - Como diáconos. Se ensino Catecúmenos; para os quais Instrutores particulares eram nomeados. Se
exortação - Cuja responsabilidade particular era incentivar os cristãos ao serviço
e ao conforta-los nas suas tribulações.
Rm 12. 8.
O que preside - Aquele que cuida do rebanho. Quem exerce misericórdia de todas
as maneiras. Com alegria - Regozijando-se quem tem tal oportunidade.
Wesley,
John. Romanos: notas explicativas. Editora Cedro. pag. 89-90.
Rm 12.6 —
Dons. A palavra grega (chárisma) é uma regência às habilidades determinadas por
DEUS, as quais deveriam ser utilizadas para edificar os membros do corpo de
CRISTO. Embora os dons de DEUS não possam ser cancelados ou mudados (Rm 11.29),
eles podem ser administrados e podem ser desenvolvidos (1 Pe 4-10).
Profecia.
Esta palavra é usada aqui como uma referência geral a todos os dons espirituais
que envolvem o anúncio da Palavra de DEUS. Por exemplo, em 1 Co 14-3, o termo
exortação é um dom relacionado à profecia. Em um sentido mais estrito, profecia
significa a revelação da vontade de DEUS em uma situação particular (At
13.1-3).
Rm 12.7,8
— Ministério. Ou seja, serviço. Aqui são nomeados sete dons de serviço:
socorro, misericórdia, fé, discernimento de espíritos, liderança, administração
e mordomia.
EarI D.
Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Novo
Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 394.
CONHECENDO OS DONS ESPIRITUAIS
I Cor
12.4-6 — Dons. A palavra usada para dons, pela primeira vez, contrasta com
pneumaúkon de 1 Coríntios 12.1. Charismata se refere a dons da graça de DEUS em
cada cristão, por meio dos quais DEUS pode fortalecer Seu povo. Diversidade
aparece nos versículos 4 ,5 e 6 sob a forma da mesma palavra grega. Observe a
diversidade na obra da Trindade. No versículo 4, o ESPÍRITO distribui cada um
deles ao cristão (1 Co 12.11). No versículo 5, o Filho de DEUS determina ao
cristão o modo específico como o dom é manifestado no corpo (1 Co 12.12-27).
No
versículo 6, o Pai provê a força ao cristão no exercício do dom (1 Co 12.28).
DEUS opera Sua vontade por meio de Seu povo de muitas maneiras. Ninguém foi
colocado no corpo para ser igual a outro membro nem para exercer a mesma
função. O ESPÍRITO é o mesmo [...] o Senhor é o mesmo [...] o mesmo DEUS.
Embora as pessoas recebam dons diferentes do Altíssimo, DEUS e Sua obra estão
unidos. Sejam quais forem os dons que diversas pessoas tenham ou não, o único
DEUS opera todas essas coisas (v. 11).
12.7-11 —
A cada um para o que for útil expressa o principal ensino de Paulo sobre a obra
do ESPÍRITO. DEUS opera nos cristãos para beneficiar todo o corpo, não
simplesmente o cristão isoladamente (v. 25,26). O cristão é um veículo por meio
do qual DEUS opera a fortificação e unidade de todo o corpo, e não a finalidade
da obra de DEUS.
Porque a
um [...] e a outro. As duas palavras gregas (allos [...] heteros) enfatizam a
diversidade e iniciam uma lista de charismata que são distribuídos por DEUS por
todo o Seu Corpo. Os vários charismata, ou dons da graça, são distribuídos para
que haja diversidade no corpo unificado.
Os vários
dons — de ciência, sabedoria, fé, de curar, operação de maravilhas, profecia, o
dom de discernir os espíritos, a variedade de línguas, a interpretação das
línguas — provavelmente, eram muito perceptíveis para os coríntios, mas é
difícil para nós, dois mil anos depois, conhecermos sua natureza exata.
1 CORINTIOS.12.12-31
Paulo
tenta ajudar os cristãos coríntios carnais a abandonarem seus desejos carnais e
buscarem a unidade do corpo e servirem com os dons que DEUS lhes dera (v.
7,25,26).
12.12-14
— Porque [...] pois [...] Porque. Observe o desenvolvimento da ideia enquanto o
ESPÍRITO de DEUS continua a dar a CRISTO a glória (Jo 16.12-14; 1 Co 12.3).
12.12.13
— Assim é CRISTO também. A analogia do corpo humano ilustra a necessidade de
unidade na diversidade no Corpo de CRISTO.
12.13 —
Um. O apóstolo continua a enfatizar a unidade: um ESPÍRITO, um corpo, um
ESPÍRITO.
Todos os
cristãos são batizados, formando o Corpo, na esfera do ESPÍRITO SANTO e, por
isso, fazem parte do Corpo de CRISTO, quer judeus, quer gregos, quer servos,
quer livres. Ninguém é superior a ninguém na Igreja de CRISTO; todos entram da
mesma forma: pela fé na promessa de Abraão (Gl 3.26-29). Cada um de nós tem a
mesma porção do mesmo ESPÍRITO de DEUS: todos temos bebido de um ESPÍRITO (v.
13c).
Alguns
dos coríntios — provavelmente os pneumatikon (v. 1) — acreditavam que somente
determinados indivíduos com dons estavam, especialmente, em harmonia com o
ESPÍRITO, mas Paulo põe cada cristão em pé de igualdade no ESPÍRITO.
Dificilmente, beber se refere ao fato de todos participarem do mesmo cálice da
ceia do Senhor. O ESPÍRITO não somente nos envolve no batismo, mas, uma vez que
temos bebido dele, também habita em nós.
Outros
assuntos podiam ser adiados até que o apóstolo pudesse ser capaz de realizar
seu plano de visitar Corinto, mas o assunto abordado por ele nesta secção
precisava ser resolvido logo: Mas sobre as coisas espirituais, isto é, os dons
e poderes, irmãos, não quero que sejais ignorantes. Queria ensinar o uso
correto dos dons espirituais, exatamente assim como lhes dera a informação
correta sobre a celebração da ceia do Senhor. Pois com estes dons estava ligada
certa porção de perigo, visto que eram, falando de modo mais geral, fenômenos
sobrenaturais que procediam do ESPÍRITO e que pertenciam à Sua esfera. Ele,
para colocar seus ouvintes na posição correta frente à admoestação que está
para fazer, e para conservá-los no adequado estado de humildade quanto à sua
total falta de mérito na aceitação destes dons, lembra-os de sua anterior
situação gentia: Sabeis que uma vez éreis gentios, sendo levados aos ídolos
mudos, do modo como éreis conduzidos. Aqui estão expressos dois pensamentos, a
saber, que o paganismo é uma alienação do verdadeiro DEUS, e que ele é uma
escravidão da pior espécie.
Ser
conduzido ao culto de ídolos, os quais o apóstolo caracteriza como mudos, sem
voz, Sl. 115. 5; 135. 16, caracteriza todo o mundo pagão. Os gentios são
levados a este culto tolo e fútil. Seus sacerdotes sabem muito bem do fato que
o que afirmam não tem fundamento. Conservam, porém, o povo sob supersticiosa
escravidão. Segundo o aceno de seus sacerdotes os gentios ignorantes se
prostravam em culto aos seus ídolos mortos, cuja mudez fazia parte de sua
nulidade, e que jamais retornaram com uma só resposta, não importando quão
urgente fosse a súplica. O conhecimento de sua situação anterior foi assim como
sempre, fazendo, por meio do contraste, aparecer em suas mentes a graça de DEUS
de modo ainda mais maravilhoso.
Os
coríntios, porém, ainda não entenderam exatamente a maneira como o ESPÍRITO de
DEUS realizou Sua obra em seus corações, como exercia Seu poder. Isto levou Paulo
a prosseguir na instrução deles. Por isso, para que pudessem formar um juízo
correto das operações e dos dons do ESPÍRITO, ele os informa que ninguém quando
fala pelo ESPÍRITO de DEUS diz: JESUS está amaldiçoado; e ninguém pode dizer:
JESUS é Senhor, se não somente pelo ESPÍRITO SANTO. Os espíritos da falsidade e
o da verdade estavam lutando entre si em Corinto, e aqui está registrado o
grito de guerra de cada partido. Aquilo que estava amaldiçoado ou anátema, no
sentido como usado pelos judeus, era votado a DEUS para a destruição, como
estando sob Sua maldição. Dizer que alguém ou alguma coisa era anátema foi
pronunciar o juramento da execração sobre a pessoa ou coisa em questão.
Os judeus
fanáticos fizeram este seu brado em seu ataque incessante contra a religião
cristã, e a expressão tão chamativa foi capaz de ser abarcada pelas hordas
gentias sempre que foi colocada em movimento qualquer demonstração contra os
cristãos. Desde o princípio estava, pois, certo que ninguém que usava esta
forma de blasfêmia podia ser considerado como alguém que falava pelo ESPÍRITO
de DEUS. Sem interessar qual fosse neste sentido sua pretensão, o fato
permaneceu que um tal blasfemador estava e precisava permanecer fora do âmbito
do cristianismo até que mudasse completamente. Nesse ponto também merece ser
considerada a observação de Lutero: “Pois o que ele aqui chama ‘amaldiçoar
JESUS’ não é somente isto, que uma pessoa blasfema publicamente e amaldiçoa o
nome ou a pessoa de CRISTO, como o fizeram os judeus ateus ou os gentios....
mas [isto também é feito] quando qualquer um dentre os cristãos louva o
ESPÍRITO SANTO, mas não prega corretamente a CRISTO como o fundamento de nossa
salvação, mas o negligencia e o rejeita em favor de algo diferente, com o
pretexto que isto se deriva do ESPÍRITO SANTO e é muito melhor e mais
necessário do que a doutrina comum do evangelho.”15) Por outro, a sincera
confissão: JESUS é Senhor, é um produto de verdadeira fé, e por isso não pode
ser feito pela razão e força de qualquer pessoa. Cf. 1.Jo. 4. 2ss. É um
reconhecimento de CRISTO com a plena percepção de Sua obra da redenção, tal
como operada pelo poder do ESPÍRITO SANTO. Mas, visto que esta confissão
pública é a obra principal dos pastores cristãos, segue que estas obras do
apóstolo se aplicam a estes com força invulgar. “Chamar JESUS o Senhor é
confessar-se Seu servo e só buscar sua honra, como alguém que foi enviado por
Ele ou que tem Sua palavra e mandamento. Pois aqui ele fala principalmente do
ofício que prega de CRISTO e que traz Seu mandamento. Onde este ministério está
em uso e dirige as pessoas a CRISTO (como para o Senhor), isto com certeza é a
pregação do ESPÍRITO SANTO.... Desta forma também não pode ser feito sem o
ESPÍRITO SANTO, quando qualquer cristão em seu labor ou em sua situação chama
com toda sinceridade CRISTO seu Senhor, isto é, conclui com certeza que nisso O
está servindo.”16)
Esta
unidade na fé e na confissão traz agora ricos frutos em “distribuições de dons
da graça, serviços e trabalhos”: Mas há distribuições, diversidades, variedades
de dons, mas o mesmo ESPÍRITO; e há variedade de ministérios, mas o mesmo
Senhor; e há variedades de efeitos, mas o mesmo DEUS que opera, que realiza,
tudo em todos. Aqui o apóstolo contrasta os ídolos mudos dos gentios com o DEUS
trino onipotente dos cristãos, sendo que o primeiro é incapaz de falar ou de
exercer qualquer poder, mas o último se revela com onipotente poder na igreja e
na congregação dos santos. O ESPÍRITO, o Senhor e DEUS Pai estão incessante e
graciosamente ativos na edificação da igreja por meio dos talentos que
concederam aos cristãos individuais. Todos os eminentes dotes, qualificações,
capacidades dos cristãos, e que são algo particular à sua condição como
cristãos, sejam os de curar, de milagres, de línguas, de profecia, de excelente
exposição da Bíblia, de edificante aplicação da palavra, são concedidos pelo
ESPÍRITO SANTO, por aquele um ESPÍRITO. E estes dons maravilhosos da graça são
aplicados na igreja nos vários ofícios e ministérios, que são as múltiplas funções
e esferas de trabalho, Ef. 4.12, mas sempre sob a direção do único Senhor,
JESUS CRISTO, o Rei da Igreja, e afeitos a Ele. É no interesse Dele que os
cristãos sempre deviam usar seus dons, cada um sem exceção qualquer na forma
como CRISTO lhos repartiu. Pois, somente quando os vários dons, nos multiformes
ofícios e postos, forem usados no serviço do único Senhor, será alcançado o
propósito do Senhor quando concedeu os dons. Desta forma há, finalmente vários
efeitos das atividades dos cristãos, proporcionais aos dons e à sua posição de
trabalho. Mas é um só DEUS que constantemente efetua tudo quanto é necessário
para o bem de Sua igreja, e Ele reparte a todos os verdadeiros cristãos
incessantemente do rico tesouro dos Seus dons. Desta forma o DEUS trino é o
manancial de toda graça e poder na igreja, sendo o despenseiro imediato de todo
bem e dom perfeito. “O ESPÍRITO acende o fogo dos dons da edificação, o Filho
direciona os raios dos ministérios da edificação, o Pai cria o calor das forças
de edificação: Numa essência indivisa o DEUS trino governa Sua igreja; que
insulto causar divisões em seu meio!”17)
KRETZMANN.
Paul E. Comentário Popular da Bíblia Novo Testamento. Editora Concórdia
Publishing House.
Essa
fórmula paulina indica os assuntos que merecem nossa cautelosa atenção. (Ver I
Cor. 10:1 e comparar com Rom. 1:13; 11:25; II Cor. 1:8; I Tes. 4:13). Porém,
também pode estar subentendido que a despeito de todo o seu pretenso
conhecimento, bem como da posse de tais dons, devido ao seu abuso, faltava-lhes
o conhecimento essencial a respeito desses dons e de seu propósito. Aqueles
coríntios vinham usando os dons espirituais para sua própria exaltação, como
parte de suas facções e de sua adoração a «heróis», ao invés de fazerem-no para
a glória de CRISTO. Ora, isso era uma «ignorância» essencial sobre a questão da
natureza e do uso dos dons espirituais.
«...irmãos...»
Essa palavra é de vez em quando usada por Paulo para suavizar suas declarações
ásperas, mostrando seu afeto, reconhecendo que estava identificado com eles, em
CRISTO, conforme tem sido frequentemente empregado em outros trechos desta
epístola. (Ver I Cor. 1:11,26; 2:1; 3:1 e 10:1). Paulo também empregou a
expressão «meus amados», em I Cor. 10:14. Mas, em I Cor. 11:1, volta ele a
empregar a palavra «irmãos».
«...ignorantes...»,
isto é, acerca dos meios, dos usos e dos propósitos dos dons espirituais,
especialmente em face do fato que servem para exaltar a JESUS CRISTO e devem
proceder da parte do ESPÍRITO SANTO (ver o terceiro versículo deste capítulo),
em contraste com sua anterior idolatria, que envolvia todas as modalidades de
elementos prejudiciais (ver o segundo versículo). Os verdadeiros dons
espirituais e seu devido emprego devem ser encarados como um sinal digno de
confiança que os crentes de Corinto tinham abandonado sua adoração idólatra,
pertencendo agora a um novo Senhor. Porém, os abusos por eles cometidos punham
tudo isso em dúvida.
O grande
derramamento do ESPÍRITO, que se observa na posse e uso dos autênticos dons
espirituais, é tema da profecia de Joel. Até mesmo a antiga literatura judaica
se referia ao mesmo como sinal da «nova era». Porém, o emprego desses dons
espirituais deve ser feito de acordo com regras espirituais, pois, de outro
modo, nada significarão.
«Tendo os
crentes de Corinto se desviado de um cristianismo simples, prático, agora
empregavam os dons do ESPÍRITO sem qualquer preocupação de edificarem a igreja.
Antes, davam maior valor às características mais espetaculares, aquelas que
eram capazes de mais facilmente impressionar os sentidos. Por essa razão é que
Paulo se sentiu constrangido a instruí-los no ‘verdadeiro e correto uso desses
dons, advertindo-os contra a possibilidade de confundir a inspiração genuína
com a excitação fanática (Neander, in loc.).
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 4. pag. 189-190.
A CERCA DOS DONS MINISTERIAIS
Ministérios
são serviços ou funções exercidos na igreja local, como parte do Corpo de
CRISTO, que é a sua Igreja. No âmbito cristão, ministérios são serviços que
devem ser exercidos por pessoas que tenham a mentalidade de servas de CRISTO.
Quem não pode ser servo não pode ser ministro na Igreja de CRISTO. Ele disse
que não veio para ser servido, mas para ser servo (Mt 20.28).
O LADO ESPIRITUAL DA IGREJA
Igreja de
JESUS CRISTO é espiritual e humana. No lado espiritual, precisa de poder
espiritual, de sabedoria espiritual, de capacitação espiritual. Daí, a
necessidade dos dons espirituais, como foi visto no item anterior. O lado
espiritual reflete a natureza da Igreja como organismo, ou o Corpo de CRISTO,
Paulo discerniu bem o aspecto espiritual da Igreja, como organismo espiritual
ao dizer: “Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que
é a cabeça, CRISTO, do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de
todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do
corpo, para sua edificação em amor” (Ef 4.15,16).
O LADO HUMANO DA IGREJA
No lado
humano, a Igreja precisa de liderança. E esta não pode ser exercida apenas pela
capacidade humana, intelectual, teológica, por mais que tais capacitações sejam
importantes. A liderança eclesiástica deve ser espiritual, ministerial e
administrativa. Os ministérios ou serviços (gr. diakonion), indispensáveis ao
ordenamento e o funcionamento da igreja dependem da graça de DEUS. Os dons
ministeriais fortalecem a unidade da Igreja, atuando de modo equilibrado ao
lado dos espirituais. Os líderes cristãos podem ter formação secular ou
teológica, mas não podem prescindir da legitimação através dos dons que os
capacitam para liderar o Corpo de CRISTO na Terra. Antes de tudo, precisam ter
convicção da chamada de DEUS para serem servos-líderes.
JESUS, o
Dono e Senhor da Igreja, só dá dons a homens que têm esse perfil de
homens-servos. Os dons espirituais estão à disposição de todos os crentes, de
todos os salvos. Mas os dons ministeriais são específicos para homens que têm a
chamada de DEUS para o ministério de servir à Igreja.
Elinaldo
Renovato. Dons espirituais & Ministeriais Servindo a DEUS e aos homens com
poder extraordinário. Editora CPAD. pag. 20-21.
EFÉSIOS. 4.11.
Paulo
passa a falar agora dos dons específicos que Ele deu aos homens. A luz dos
versículos 7, 8 não devemos entender concedeu como um mero equivalente para
“designou”. Todos, em seus ministérios particulares, são dons de DEUS à Igreja.
“Devemos a CRISTO o fato de termos ministros do evangelho”, diz Calvino. A
Igreja pode indicar homens para diferentes trabalhos e funções, mas, a menos que
tenham os dons do ESPÍRITO e sejam, portanto, eles mesmos os dons de CRISTO à
Sua Igreja, sua indicação será sem valor. A expressão também “serve para
lembrar aos ministros que os dons do ESPÍRITO não são para enriquecimento
pessoal, e sim para enriquecimento da Igreja” (Allan).
Se esta
epístola tivesse sido escrita numa data posterior, conforme o pensamento de
alguns, seria quase impossível não existir referência ao ministério local dos
bispos, presbíteros e diáconos, os quais se tornaram da maior importância para
a Igreja. Assim, o apóstolo não está pensando nos ministros de CRISTO em seus
ofícios, mas sim em seus dons espirituais específicos e suas tarefas, e havia
muitos que não estavam limitados a uma determinada localidade no exercício de
suas funções para a edificação da Igreja. Este fato explica a seleção que
encontramos aqui e na lista semelhante em 1 Coríntios 12:28.
Em
primeiro lugar estavam os apóstolos. A palavra apóstolos é usada no Novo
Testamento com três sentidos diferentes. Podia significar simplesmente um
mensageiro, como é aparentemente o caso em Filipenses 2:25 sentido esse que
podemos deixar de lado aqui. Era usada acima de tudo para os doze, que por todo
o Novo Testamento ocuparam uma posição especial e preeminente (1 Co 15:5; Ap
21:14). Mas lemos a respeito de outros como apóstolos, não apenas o próprio
Paulo e Barnabé (At 14:14), mas também Tiago, o irmão do Senhor (G1 1:19),
Silas (1 Ts 2:7), e Júnias e Andrônico que são mencionados apenas em Romanos
16:7. De fato, parece terem existido alguns que podem ser verdadeiramente
chamados de apóstolos (1 Co 15:7), mas que não conhecemos nem de nome. De
acordo com as palavras de Paulo em 1 Coríntios 9:1 parece que uma das
qualidades para o apostolado era a de ter visto o Senhor JESUS ressurreto, e de
ter sido enviado por Ele, e, dessa forma, ter assumido pessoalmente o
compromisso como membro considerado fundador (Ef.2:20), consagrado ao trabalho
de edificação da Igreja. 1 Se a qualificação para ser apóstolo era a de ter
visto o Senhor ressurreto e de ter sido enviado por Ele, a prova de ser
apóstolo eram seus labores no poder de CRISTO, inclusive “por sinais, prodígios
e poderes miraculosos” (2 Co.12:12).
Os
profetas estavam intimamente associados a eles na obra da edificação da Igreja
a partir de seus fundamentos e eram, portanto, essenciais como dons de CRISTO à
Igreja. É difícil, para nós, ver de uma forma isolada o ministério dos
profetas, mas eles se destacam claramente no Novo Testamento como homens de
fala inspirada, cujo ministério da palavra foi da máxima importância para a
jovem Igreja. As vezes podiam prever o futuro, como em Atos.11:28 e 21:9, 11,
mas tal como os profetas do Antigo Testamento, sua grande obra era proclamar a
palavra de DEUS. Isto podia acontecer quando mostravam os pecados dos homens
com poder convencedor (1 Co.14:24), ou quando fortaleciam a Igreja pela palavra
de exortação. Esta segunda ideia está claramente ilustrada em Atos.15:32, onde
se diz que “Judas e Silas, que eram também profetas, consolaram os irmãos com
muitos conselhos e os fortaleceram”.
Os
escritos apostólicos começavam a ser lidos largamente e aceitos como
autorizados, e estes foram paulatinamente substituindo a autoridade dos
profetas. Ao mesmo tempo, o ministério local assumiu cada vez mais importância,
maior que a dos ministros itinerantes, e a isto, acrescentou-se o problema de
que surgiram muitos falsos mestres e “profetas” por conta própria que iam de
lugar em lugar, como vendedores ambulantes, cada um a oferecer sua mercadoria.
A seguir,
vêm os evangelistas. Apenas duas outras referências no Novo Testamento aos
evangelistas podem nos guiar às suas funções e trabalho. Em Atos.21:8 Filipe,
cujas quatro filhas eram profetisas, é chamado de evangelista, e em 2 Tm.4:5
Paulo chama Timóteo para fazer “o trabalho de um evangelista”. Podemos presumir
que o trabalho deles era uma obra itinerante de pregação orientada pelos
apóstolos, e parece ser justo chamá-los de “a milícia missionária da Igreja”
(Barclay).
Não vejo
evangelistas como itinerantes somente já que Timóteo dirigia igreja, bem como
Filipe, sendo que ambos eram evangelistas, assim chamados nas escrituras - vejo
que o ministério de evangelista é dado a homens que levam Palavra de DEUS a
multidões, seja através de qualquer meio de propagação que utilizar, sendo que
dons do ESPÍRITO SANTO operam em seus ministérios.
Juntos
então, aparecem os pastores e mestres (palavras ligadas pelo mesmo artigo em
grego). É possível que esta frase descreva os ministros da igreja local,
enquanto as três primeiras categorias são consideradas como pertencentes à
Igreja universal. Mais provavelmente, o pensamento dominante é ainda de funções
e dons espirituais. Apóstolos e evangelistas têm a tarefa específica de plantar
a Igreja em cada lugar, profetas a de trazer uma palavra específica de DEUS
para uma dada situação. Os pastores e mestres são dotados para assumirem a
responsabilidade pela edificação da Igreja dia a dia. Não há uma nítida linha
divisória entre os dois. Os deveres do pastor são: prover o rebanho de alimento
espiritual e procurar protegê-lo de perigos espirituais. Nosso Senhor utilizou
esta palavra em João 10:11,14 para descrever Sua própria obra, sendo sempre Ele
mesmo, o sumo Pastor (Hb 13:20; 1 Pe 2:25; 5:4), sob Quem os homens são
chamados a pastorear “o rebanho de DEUS” (1 Pe 5:2; Jo 21:15; At 20:28). Cada
pastor deve ser “apto para ensinar” (1 Tm 3,2; Tt 1:9), embora seja evidente
que alguns possuem preeminentemente o dom de ensino, e pode-se dizer que formam
uma divisão particular do ministério dentro da Igreja e que são um dom especial
de CRISTO a Seu povo (At 13:1; Rm 12:7, 1 Co 12:28).
O
propósito dos dons espirituais que acabam de ser mencionados. A diferença de
preposições em grego indica que elas não podem estar separadas, pois a segunda
frase é dependente da primeira, e a terceira é dependente das duas que a
precedem. Em primeiro lugar portanto, o ministério da Igreja lhe é entregue com
vistas ao aperfeiçoamento dos santos. A palavra usada (katartismos) não se
encontra em qualquer outro lugar do Novo Testamento, embora o verbo
correspondente seja usado no sentido de consertar alguma coisa (Mt.4:21); de
DEUS ter formado no princípio o universo de acordo com o modelo e ordem
pretendidos (Hb.11:3); e de restaurar a saúde espiritual de alguém que sofreu queda
(G1.6:1). Todavia, a palavra pode ter o sentido de “aperfeiçoar” o que está
deficiente, na fé dos cristãos (1 Ts.3:10; Hb.13:21; 1 Pe.5:10) e podemos dizer
com Robinson que a palavra dá a ideia de “levar os santos a tornarem-se aptos
para o desempenho de suas funções no Corpo, sem deixar implícita uma
restauração de um estado desordenado”. Alcançar tal condição não é um fim em si
mesmo, mas tem um propósito que é de habilitá-los para o desempenho do seu
serviço. Tão claramente quanto no versículo7, isto deixa implícito que cada
cristão tem um serviço a desempenhar, uma tarefa e função espirituais no corpo.
A palavra empregada aqui (diakonia; ou o verbo correspondente) diz respeito ao
serviço feito pelos servos da casa (Lc.10:40; 17:8; 22:26s; At.6:2), refere-se,
portanto, não só ao trabalho específico daqueles que vieram a ser conhecidos
como “diáconos”, mas é usada também num sentido mais geral da palavra que se
refere a todo “serviço” da igreja (3:7).
O que é
feito para os santos, e pelos santos, é para a edificação do corpo de CRISTO. A
palavra oikodome foi utilizada em 2:21, mas tem aqui um sentido mais amplo. A
Igreja vai sendo construída e aumentada e seus membros são edificados, à medida
que cada membro usa seus dons individuais segundo o que o Senhor da Igreja
ordena, e, desta forma, cada crente desempenha um serviço espiritual para com
seus companheiros no Corpo e para com a Cabeça. Não há necessariamente confusão
de metáforas quanto ao sentido dado a oikodomê com o corpo, mas o apóstolo acha
que a metáfora do corpo é mais adequada do que qualquer outra por causa do que
deseja falar logo adiante a respeito do crescimento e unidade da Igreja.
EFÉSIOS.4:12,13.
Todas as
três frases no versículo 12 descrevem o processo que ocorre na vida da Igreja.
Mas o apóstolo jamais poderia pensar em um processo sem fixar os olhos no alvo.
O ponto de chegada da jornada da Igreja é descrito de três modos. O primeiro é
a unidade da fé. Quando a fé (veja comentário sobre o versículo 5) é
corretamente participada, pessoas com diferentes origens de erro e ignorância
chegam a uma compreensão crescente da única “esperança”, a uma dependência
também crescente do único “Senhor”, e, assim sendo, a uma apreciação
progressiva do único “corpo”. O alvo, portanto, deve ser a unidade na fé.
Segundo,
embora já se tenha dito o suficiente para tornar isto evidente, enfatiza-se que
fé não é apenas aceitar-se uma coleção de dogmas, e obter-se assim a unidade. É
algo mais profundo e mais pessoal. É a unidade no pleno conhecimento do Filho
de DEUS (veja comentário sobre Ef.1:17). Jamais conheceremos uma pessoa apenas
com a mente; e o conhecimento de uma tal Pessoa deve envolver a mais profunda
comunhão. Pois esta Pessoa é o Filho de DEUS, e esta é uma das raras vezes, em
todas as epístolas paulinas, que este título aparece (Rm.1:4; G1 2:20; 1 Ts
1:10). Quando Paulo fala da relação do Senhor com Sua Igreja e com o propósito
do Pai, em geral usa o título “CRISTO”, mas “quando O descreve como o objeto
daquela fé e conhecimento em que nossa unidade será finalmente compreendida”
(Robinson), fala dEle em Sua posição única como o Filho de DEUS.
Mas esse
conhecimento, que é comunhão com o Filho de DEUS, envolve a experiência plena
de vida “em CRISTO”, e, portanto, de desenvolvimento até a perfeita varonilidade,
à medida da estatura da plenitude de CRISTO. Todas as diferentes expressões
aqui falam de maturidade. A palavra traduzida por perfeita (TELEIOS) possui a
conotação de desenvolvimento pleno em 1 Coríntios 2:6; 14:20 e Hebreus 5:14.
Varonilidade significa aqui o estado de ser adulto, como em 1 Coríntios 13:11,
onde a palavra também é contrastada com NÊPIOS, que é usada no próximo
versículo aqui para designar crianças. O singular, além do mais, expressa
novamente o pensamento de que maturidade envolve unidade; os “muitos” devem se
tornar um “novo homem” (2:15). Então a palavra usada para estatura, que pode
ter o sentido de idade (Jo.9:21, 23) ou de estatura física (Lc.19:3), fala
figuradamente de maturidade, cujo padrão é nada menos que a plenitude de
CRISTO. Tal como em 1:23, alguns interpretam esta expressão como “a medida do
CRISTO perfeito”, perfeição esta que Ele atinge ao preencher-se de Sua Igreja.
Outros entendem a expressão como aquilo que CRISTO preenche. Parece-nos que a
melhor interpretação é a mesma que de 1:23, isto é, como posse completa dos
dons e graça de CRISTO, os quais Ele procura dar aos homens. Ele mesmo possui a
própria plenitude de DEUS (Cl.1:19; 2:9); Ele quer que o cristão seja
preenchido de tudo o que Ele possa comunicar. É irrelevante que este alvo possa
ou não ser alcançado nesta vida. O importante é que o cristão deve marchar
firme para frente levado por esta alta ambição.
Ef.4.14.
Não mais deve haver imaturidade, que é própria de meninos (NÊPIOI), e que é
caracterizada pela instabilidade face às pressões das diferentes doutrinas e
padrões de vida. A expressão agitados de um lado para outro corresponde à forma
verbal do substantivo KLUDÕN, que diz respeito a um barco sacudido pela
tempestade e levado ao redor. O verbo grego PERIPHERO que se encontra traduzido
mais vivamente na NEB amiúde dá a ideia de uma agitação tão violenta que pode
tontear uma pessoa. Os cristãos já percebiam a necessidade de se manterem
firmes contra os vários tipos de vento de doutrina que a epístola correlata —
Aos Colossenses — bem mostra. Suas atividades são primeiramente descritas pela
palavra KUBIA, que literalmente significa “jogar dados”, dando então a ideia de
trapaça, fraude ou artimanha, e, segundo, por astúcia (PANOURGIA), palavra que
foi usada como relação aos inquisidores de nosso Senhor em Lucas 20:23 e em 2
Coríntios 11:3 acerca da astúcia da serpente. Quando os homens se desviam do
caminho da verdade (a palavra grega PLANÊ, “erro”, significa literalmente
“desvio”), não hesitam em usar planos enganosos e meios astutos para levar
outros a segui-los.
O
indivíduo instável e sem leme é facilmente desviado de seu rumo, pois não
existem apenas aqueles que são enganados e se desviam sem o perceber, mas há
também aqueles que aguardam a ocasião, e induzem outros ao erro (2 Tm.3:13).
EFÉSIOS 4.15.
Os
pregadores da verdade, por sua parte, não podem nem devem usar esses métodos (2
Co.4:2); devem agir com toda simplicidade e retidão, mas ao mesmo tempo estarem
prevenidos quanto aos métodos que seus inimigos podem usar. São embaixadores da
verdade e devem ser encontrados seguindo a verdade. Além do mais, devem fazê-lo
em amor. Os membros só podem ser saudáveis e fortes quando cada um é obediente
ao Seu controle. O próximo versículo desenvolve este ponto.
Ef.4.16.
É somente de CRISTO, como Cabeça, que o corpo recebe toda sua capacidade para
crescer e para desenvolver sua atividade, recebendo assim uma direção única
para funcionar como entidade coordenada. Em outras palavras, o corpo depende
para seu crescimento e atividade: da direção do Senhor, de Sua provisão para
tudo o que necessita (compare versículos 11, 12), e também do bom
relacionamento entre os membros.
A
“energização” de DEUS no corpo todo torna possível este funcionamento de cada
parte, em sua medida e de acordo com sua necessidade. Esta pequena frase aparece novamente (1:4;
3:17; 4:2; 5:2), pois o amor determina que cada membro procurará a edificação
de todos. Então, sem dúvida, se houver a comunhão da convivência em amor e a
demonstração da verdade em amor, o aumento numérico virá como consequência
natural.
Francis
Foulkes. Efésios. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 97-104.
EFÉSIOS. 4.11.
O mesmo
que levou cativos os poderes também concedeu dons à sua igreja: “os apóstolos,
os profetas, os evangelistas, os pastores e mestres”. Diferentemente do v. 7,
onde se falava da distribuição de dons individuais para todos os membros da
igreja, Paulo aqui designa determinadas pessoas como dom de CRISTO.
Em vista
da proximidade do presente trecho com Ef.1.20-23 é preciso chamar atenção para
o fato de que em Ef 1.22 o CRISTO exaltado foi “concedido” como cabeça sobre a
igreja toda. Logo CRISTO é a “dádiva principal” para sua igreja, no seio da
qual ele próprio “concede” determinadas pessoas.
De modo
diverso da listagem análoga em 1Co.12.28-30, Paulo emprega aqui o artigo
definido para cada uma das pessoas. Isso permitiria concluir que na carta aos
Efésios não se trata da tarefa em geral, mas do grupo claramente delimitado de
representantes incumbidos do serviço específico. Essa diferença também é
constatável em relação a Rm.12.6s, onde são arroladas não as respectivas
pessoas, mas cada uma das atividades: profecia, diaconia, exortação, etc.
No mesmo
sentido Paulo havia falado também em Ef 2.20 do “fundamento dos apóstolos e
profetas” e em Ef 3.5 de “seus santos apóstolos e profetas”. Diante das demais
considerações em Ef 4.12ss, parece que essa ênfase refere-se especificamente às
tarefas de proclamação, direção e ensino. Por isso não são mencionados aqui
outros dons da graça que aparecem em Rm 12 e 1Co 12.
Não se
deve esquecer que também na primeira carta aos Coríntios os dons da palavra e
as pessoas agraciadas com eles aparecem no começo das respectivas listas, de
modo que o tratamento do conflito causado por fenômenos entusiastas é marcado
por uma clara premissa: isso diz respeito em 1Co.12.8 à palavra da sabedoria e
à palavra do conhecimento, dadas pelo ESPÍRITO, e em 1Co.12.28 “primeiramente a
apóstolos, em segundo lugar a profetas, e em terceiro lugar, a mestres”. A
combinação de “profetas e mestres” ocorre em At.13.1. Em 1Tm.2.7 (também em
2Tm.1.11) Paulo relaciona consigo mesmo o serviço de “pregador” (cf.
“evangelista”), apóstolo e mestre (dos gentios). É digno de nota que também
esse trecho está visivelmente próximo de Ef 4.4ss: a confissão do único DEUS e
do único Mediador entre DEUS e os humanos, que se “deu” como pagamento de
resgate, é seguida pela transição para a investidura de Paulo como “arauto”
desse evento de salvação.
Segundo
esse pensamento CRISTO presenteou sua igreja com dons, é, com pessoas
incumbidas e capacitadas que possuem uma relevância fundamental para a
construção e o crescimento da igreja. Trata-se aqui daqueles que proclamaram e
explicaram o evangelho da salvação em JESUS CRISTO de acordo com a situação
atual dos ouvintes, bem como firmaram, exortaram e encorajaram as incipientes
igrejas através dessa palavra.
Nesse
contexto duas coisas são irrenunciáveis: a importância das referidas pessoas
como “detentores de cargo” não vem delas mesmas. Pelo contrário, são presentes
do Senhor à igreja dele. Elas, por sua vez, receberam seus dons daquele que é o
verdadeiro presente para a igreja (Ef.1.23). Possuem importância fundamental
para a constituição da igreja, motivo pelo qual de forma alguma podem ser
arbitrariamente substituídos.
Ef.4.12 A
finalidade para a qual CRISTO concedeu os “dons” é indicada por meio de três
segmentos da frase. A concatenação das diversas afirmações entre si apresenta
alguns problemas. Em especial cumpre esclarecer se a parte intermediária “para
a obra do serviço” se refere aos santos ou aos “detentores de cargos” no
sentido daqueles que são incumbidos “de uma obra do serviço”. Uma vez que isso
não pode ser decidido unicamente com base na estrutura gramatical, é preciso
dar a seguinte explicação a partir do contexto: as diversas pessoas incumbidas
foram dadas “para o preparo (grego: pros) dos santos para (grego: eis) a obra
do serviço, para (grego: eis) a edificação do corpo de CRISTO”. Portanto, o
sentido seria este: os “detentores de cargos” têm a tarefa de preparar os
crentes a fim de que eles por seu turno possam assumir serviços. O corpo de
CRISTO é edificado por meio de ambas as atividades – o preparo por meio dos
grupos citados (em seu todo, não apenas por pastores e mestres) e a obra dos
santos.
O termo
“preparar” é empregado no NT no sentido de “equipar”, “firmar”: p. ex.,
conforme 1Ts.3.10 Paulo visa consolidar a fé dos tessalonicenses acrescentando
aquilo que ainda lhes falta. Em 1Co.1.10 o termo refere-se a “cunhar o caráter”
em vista da unidade da igreja (cf. Gl.6.1). Nisso os membros da igreja devem ajudar-se
uns aos outros (cf. 2Co.13.11). Em consonância, a tarefa dos pregadores,
dirigentes e pastores consiste em firmar e fortalecer os crentes na confiança
em JESUS CRISTO, bem como equipá-los para a percepção de suas próprias tarefas.
Na
verdade podemos relacionar “a obra do serviço” (grego: ERGON DIAKONIAS)
sobretudo com o serviço ao evangelho, a proclamação. Contudo, isso salienta
apenas a característica especial da diaconia incumbida por JESUS CRISTO: pelo
fato de que o próprio Senhor é o servo (Lc 22.27; Jo 13.4ss) e sua vida, paixão
e morte são o “serviço” por excelência (Mc.10.45; par.), que é disseminado
exclusivamente pela proclamação do evangelho, por isso toda a diaconia brota
dessa palavra e é sustentada por ela. Por essa razão uma diaconia desse tipo é
predominantemente “diaconia da reconciliação” (2Co.5.18) e consiste no “serviço
ao evangelho” (cf. Fp.2.22).
Em uma
forma de expressão comparável ao presente versículo Paulo encoraja os coríntios
em 1Co.15.58 a destacar “na obra do Senhor” (cf. 1Co.16.10 a respeito de
Timóteo), evidentemente descrevendo assim a abrangência total da atuação
cristã. O cumprimento das respectivas tarefas por pessoas santas
especificamente incumbidas serve à “edificação do corpo de CRISTO”. Foi citada,
portanto, a palavra básica da vida da igreja em seu todo: tudo o que acontece
dentro da igreja local e na igreja cristã em geral precisa servir à “edificação”.
Isso marca a linha básica da argumentação diante da igreja em Corinto: na
igreja tem vez não o que talvez até seja lícito, individualmente emocionante,
mas só aquilo que edifica (1Co.10.23; 14.3s,14,26), e por isso sobretudo o amor
(1Co.8.1).
EFÉSIOS 4.13.
A
edificação, o crescimento do corpo de
CRISTO, estão direcionados para um alvo que é indicado neste versículo. A
expressão “chegar” pode significar literalmente alcançar um lugar (diversas
vezes em At: p. ex., At 16.1; 18.19; etc.), mas também pode ser usada em
sentido figurado (o fim dos tempos chegou: 1Co.10.11). Assim como aqui, em Fp.3.11
ela implica a atenta orientação rumo ao alvo visado, quando Paulo afirma de si:
“para alcançar a ressurreição dentre os mortos”.
Pode
parecer estranho que desde já a igreja seja a “plenitude de CRISTO”, concidadã
crente dos santos, família de DEUS, pedra no templo santo, e que apesar disso
ainda se diga que haverá um crescimento, um vir a ser. A mesma duplicação já
chamara atenção no contexto da herança colocada à disposição: os direitos já
foram transferidos, mas ainda não se tomou posse dela (Ef.1.18; 2.7).
Consequentemente a plenitude de CRISTO é ponto de partida e alvo de todo o
crescimento.
Agora
isso passa a ser relacionado a uma situação concreta: na realidade pode haver
na igreja uma só fé, visto que esta só pode ser fé em um só Senhor JESUS CRISTO
(Ef.4.5). Na realidade a “unidade do ESPÍRITO” é algo dado, porque o ESPÍRITO
SANTO é um só (Ef.4.3). Não obstante cabe “segurar” essa unidade, ou “chegar” a
ela. A força motriz de todos os esforços nessa direção não é a utopia de uma
igreja unificada, mas a realidade do único corpo de CRISTO.
A unidade
da fé está estreitamente ligada à “unidade do conhecimento”, que por sua vez se
concentra no “Filho de DEUS”. Em Ef.1.17-19 Paulo já suplicara pelo ESPÍRITO da
sabedoria, para que os leitores reconheçam a esperança e a força resultante da
ressurreição de CRISTO. De maneira semelhante. “Ele é a imagem do Deus
invisível, o primogênito de toda a criação, pois nele foram criadas todas as
coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou
soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e
para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele é a cabeça
do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para
que em tudo tenha a supremacia”.Cl.1:15-18;2.2.kigjames. Isto interliga o
esforço para que “os corações sejam unidos em amor” e o “conhecimento do
mistério de DEUS: CRISTO”. Por isso uma fé aumentada e um conhecimento
aprofundado do Filho de DEUS caracterizam o crescimento da unidade eclesial.O
“ser humano perfeito” deve ser entendido como a pessoa amadurecida, adulta.
Isso é elucidado pela segunda expressão: “para a medida cheia da plenitude de
CRISTO”. “Medida plena” é a tradução literal para “medida da idade da vida” ou
também “medida da estatura”. Trata-se da “idade adulta” ou da “medida cheia da
figura”. O trabalho dos encarregados edifica o corpo de CRISTO. Terá alcançado
seu tamanho completo “quando todos que são destinados à igreja segundo o plano
divino de salvação pertencerem à igreja… A igreja, que é o corpo do CRISTO,
constitui na estatura completa o pleroma de CRISTO.”
EFÉSIOS. 4.14.
Tendo
esse alvo diante dos olhos, Paulo passa à análise dos problemas com os quais os
destinatários da carta estão sendo confrontados. Estabelece uma relação com a
figura da pessoa adulta à qual os crentes devem “chegar”, e exorta que superem
a imaturidade e a idade infantil: “para que não mais sejamos menores”, que se
deixam influenciar facilmente.
A falta
de firmeza mostra-se particularmente desvantajosa na associação com uma
ilustração da navegação: “agitados de um lado para outro pelas ondas e levados
ao redor por todo vento de doutrina”. Quando falta crescimento na fé e no
conhecimento do Filho de DEUS (v. 13) na vida da igreja ou do cristão, quando o
trabalho na igreja não serve ao objetivo da edificação do corpo de CRISTO,
então tal situação se assemelha à de um navio que está indefesamente exposto ao
jogo do vento e das ondas. No caso, “toda espécie de doutrina” não se refere ao
“calor” externo da perseguição anticristã (cf. 1Pe.4.12), mas à multiplicidade
das heresias cristãs.
15 Ao
ardil e ao engano são contrapostas “verdade” e “amor”: “e falar a verdade em
amor”. Nessa formulação aparece (de forma cruzada) no lugar do engano a
verdade, enquanto a artimanha é superada pelo amor.
A
expressão “falar a verdade” (grego: ALETHEUEIN) ocorre somente neste versículo
e em Gl.4.16, podendo também ser traduzida por “ser veraz”. A marca da
revelação de JESUS CRISTO é a luz, a verdade (cf. Jo.1.14,17; etc.). Em
consonância, o evangelho é “palavra da verdade” (Ef.1.13; Cl 1.5; cf. Gl
2.5,14). Logo, também os mensageiros do evangelho são marcados em todo seu serviço
pela verdade. Isso é ilustrado, p. ex., de forma impressionante em 2Co.4.2:
“Rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com
astúcia, nem adulterando a palavra de DEUS; antes, nos recomendamos à
consciência de todo homem, na presença de DEUS, pela manifestação da verdade.”
A verdade
deve ser dita “em amor”, pelo que se rejeita qualquer artimanha. A franqueza
resultante da verdade alia-se à cordialidade e à retidão que brotam do amor
(cf. Fp.2.1).
O que vale para a relação entre fé e amor (Ef.1.15)
também deve ser aplicado à relação entre verdade e amor: ambos têm origem na
revelação de DEUS e são confiados aos crentes para o trato uns com os outros.
O que
vale para cada cristão (aumento na fé, no amor e particularmente no conhecimento
do amor de CRISTO: Ef.3.17ss) deve impactar toda a igreja.
16 A
partir do cabeça resulta, no encerramento dessas considerações sobre a unidade
e o crescimento do corpo que CRISTO presenteia com dons, o ensejo de ilustrar
resumidamente a concomitância e o entrelaçamento desse organismo singular.
Viabilizado
por esse cabeça e emanando dele “o corpo todo efetua… o crescimento do corpo
para a edificação de si próprio no amor”. O corpo “todo”, até as menores
ramificações, recebe de CRISTO impulso e vigor para o crescimento, para a
edificação. Como em Ef 2.20ss, aparecem também aqui lado a lado as figuras do
corpo e da construção. Com o crescimento do corpo em direção do cabeça
amplia-se também a construção, favorecendo a sua conclusão.
Todo o
corpo é “bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta de apoio”. De
maneira muito semelhante, Paulo diz, em Cl 2.19: “… o cabeça, a partir do qual
o corpo todo é apoiado por articulações e tendões e mantido coeso e cresce pelo
agir de DEUS.”
Quando se
entende o v. 16 como síntese de Ef.4.7-15, as “juntas de apoio”, que possuem
uma função central para a coesão do corpo, serão relacionadas com as pessoas
incumbidas das tarefas citadas no v. 11.
Na sequência,
Paulo destaca as tarefas específicas dos apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres no preparo dos santos, para que a igreja de CRISTO possa
alcançar a idade adulta e resistir a doutrinas ardilosas e enganosas. Por fim o
apóstolo enfoca novamente a cooperação de todos na edificação do corpo. A característica
marcante de toda a incumbência é que a edificação acontece “no amor” (v. 13).
Isso sucede quando o conhecimento do amor de CRISTO (Ef.3.19) cresce mais e
mais e por isso também se fala a verdade em amor (Ef.4.15).
Eberhard
Hahn. Comentário Esperança Cartas aos Efésios. Editora Evangélica Esperança.
A CLASSIFICAÇÃO DOS DONS
Tudo
indica que Paulo, quando escreveu estas palavras, tinha em mente a lista dos
ministérios relacionados em Efésios.4.11 e 1 Coríntios 12.28. A passagem
coríntia compreende uma lista mais longa de dons espirituais (charismata). Mas
nesta passagem, Paulo está interessado em apresentar os ofícios necessários
para a expansão e sustento da igreja.
O
Propósito dos Dons (4.12-16)
Falando
principalmente da vida interior da comunidade cristã, Paulo descreve o
propósito para o qual CRISTO deu à igreja estes ministérios. Pelo menos quatro
dimensões do propósito divino são distinguíveis.
a) Estes
ministérios são dados para edificar ou construir o corpo de CRISTO (12).
b) Estes
dons ministeriais são dados para promover maturidade.
A unidade
da fé e do conhecimento do Filho de DEUS constitui o meio do amadurecimento
(cf. RA). A unidade é um dom do ESPÍRITO (cf. 3), mas requer-se fé e
conhecimento para recebê-la. Os membros da igreja podem e devem ter tal
crescimento em maior medida enquanto o servem.
A varão
perfeito refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no
qual o poder de DEUS se manifesta inteiramente em santidade e justiça. Tal
estado será atingido em seu significado máximo futuramente, quando possuirmos a
graça de CRISTO na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3.7-16). A medida da
estatura completa de CRISTO é o padrão de medida que determina a maturidade
cristã. Hodge escreve: “A igreja se torna adulta, homem perfeito, quando
alcança a perfeição de CRISTO”. A chave para interpretar o versículo é a
expressão estatura completa de CRISTO. Qual é esta estatura? Salmond diz que é
“a soma das qualidades que fazem o que ele é”. Quando a igreja está à altura da
maturidade plena do seu Senhor, ela é perfeita. E à medida que cresce em
direção a essa maturidade, ela fica mais próxima de sua meta em CRISTO.
Precisamos
também destacar que não há crescimento na igreja separadamente de nosso
crescimento individual como crente. É cada um de nós individualmente que tem de
se dirigir com empenho à estatura completa de CRISTO.
c) Estes
ministérios são dados para garantir a estabilidade na igreja diante de
doutrinas divergentes e do engano de homens (14). Esta é consequência natural
da maturidade, como Paulo indica por sua frase introdutória: Para que não
sejamos mais meninos. Aqueles que introduzem falsos ensinos, nos quais os
crentes instáveis caem vítimas, enganam a si mesmos e também enganam
fraudulosamente os outros. Esta fase é mais bem traduzida por “fazem uso de
todo tipo de dispositivo inconstante para induzir ao erro” (Weymouth).
Eles usam
de engano (lit., “jogo de dados”). Metaforicamente, veio a significar
“artimanha” (BJ, RA). Moule declara corretamente o aviso de Paulo: “Há pessoas
próximas de vós que não só vos desviam, mas o fazem de propósito, pondo
armadilhas premeditadas e organizando métodos bem elaborados, com o objetivo de
afastá-los de CRISTO a quem eles não amam”. A única proteção adequada contra a
sutileza da heresia é uma fé crescente e um conhecimento progressivo da
verdade. Os ministros têm de proporcionar a oportunidade de tal maturação para
assim garantir a estabilidade na igreja.
d) Estes
ministérios são dados para possibilitar o crescimento em CRISTO. Seguindo a
verdade (15) é derivado do verbo grego aletheuo, geralmente traduzido por
“falar a verdade” (cf. CH, NTLH). Mas há mais no pensamento de Paulo do que
proferir sons articulados. Ele pensa em termos de viver e agir. Dale comenta:
“A verdade tem de ser a vida de todos os cristãos. A revelação de DEUS em
CRISTO tem de influenciar e inspirar todas as atividades dos cristãos. A
verdade tinha de se encarnar nos efésios, tinha de se corporificar neles. [...]
Não era apenas para falar, mas para vivenciá-la”. E esta vida era para ser
vivida em caridade (“em amor”, ACF, AEC, BAB, BJ, CH, NVI, RA), quer dizer, com
os motivos e inclinações que o amor evoca. As pessoas confessam e vivem
asperamente certa porção de verdade, mas a comunidade cristã sempre tem de se expressar
em amor.
No
versículo 16, o apóstolo retorna à analogia do corpo e se serve disso para
enfatizar a unidade que CRISTO, a cabeça, traz para a igreja. Ele visualiza a
estrutura maravilhosa e intricada do corpo humano com suas partes unidas de
modo bem ajustado e ligado (“bem unido e consolidado”, NEB). Na analogia,
juntas referem-se aos ligamentos pelos quais as partes do corpo se unem. Quando
o corpo está funcionando segundo ajusta operação de cada parte, quer dizer,
quando cada parte é ativada de acordo com o seu propósito, a harmonia prevalece
e o crescimento é certo.
Em suma,
Paulo vê a unidade da igreja em termos orgânicos e não organizacionais. A
verdadeira unidade é interior e resultado de um organismo saudável. O ESPÍRITO
cria essa unidade; não é obra de homens, por mais inteligentes ou apessoados
que sejam. Quando esta unidade prevalece, compartilhada por cada membro e
motivada pela fidelidade de ministros talentosos, a igreja cresce em simetria e
beleza, para espanto do mundo não crente.
Nos versículos
4 a 16, o pensamento da medida da estatura completa de CRISTO sugere o tema “O
Alvo Ultimo do Cristão”. 1) O meio para esse fim. Ensinar e pregar a Palavra de
DEUS, 11,12; 2) O compêndio do ideal, 4-7,15. A fé incorporada e o corpo
incorporado, 16; 3) A proximidade da meta num caráter estável, 14. CRISTO no
trono do coração. A igreja unida (G. B. Williamson).
Willard
H. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 160-163.
OS DONS VOCACIONAIS
Romanos.12:6-8.
Repartir,
Dividir, Distribuir; Presidir, Aquele que dirige; Misericórdia (Sentimento
doloroso causado pela miséria de outro).
DOS DONS
Glorificação
de JESUS Jo.16: 14 Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e
vo-lo há de anunciar.
Expansão
do Evangelho Rom.15:19 Por força de sinais e prodígios, pelo poder do ESPÍRITO
SANTO; de maneira que desde Jerusalém e circunvizinhanças, até ao Ilírico,
tenho divulgado o evangelho de CRISTO.
Edificação
da Igreja I Cor.14: 12 Assim também vós, visto que desejais dons espirituais,
procurai progredir, para a edificação da Igreja.
Confirmação
da Palavra Mc.16: 20 E eles, tendo partido, pregaram a em toda parte,
cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra por meio de sinais, que
se seguiam.
DIVERSIDADE DOS DONS
DONS DE MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO
Agrupando
os dons com o objetivo de entender melhor o assunto. A primeira classificação é
a dos dons de manifestação do ESPÍRITO em número de nove, conforme I Coríntios
12.8-10. Esses dons são formas de capacitação sobrenatural de pessoas, para a
“edificação do corpo de CRISTO” como um todo, e também para a bem-aventurança
de seus membros, individualmente (vv.3-5,12,17,26).
Os
capítulos 12 a 14 de I Coríntios têm a ver com esses maravilhosos dons. Eles
são de atuação eventual, inesperada e imprevista (quanto ao portador do dom),
tudo dependendo da soberania de DEUS na sua operação. Esses dons manifestam o
saber de DEUS, o poder de DEUS e a mensagem de DEUS.
Agora o
apóstolo mostra como se manifestavam os vários dons do ESPÍRITO, nos quais a
congregação era tão rica, e qual o propósito que eles deviam guardar em mente:
Mas a cada um (cristão) está sendo dada a manifestação do ESPÍRITO visando o
proveito comum. Ele fala de modo muito
geral, afirmando que cada cristão possui algum dom da graça, um dom que não foi
meramente derramado sobre ele em certa ocasião no vago e distante passado, mas
que lhe é concedido dia após dia. Por isso, seu alvo e objetivo não é servir ao
engrandecimento e gozo pessoal, mas ser colocado à disposição e ao ministério
do proveito espiritual da congregação inteira e da igreja. Cada cristão devia
revelar-se um bom despenseiro da multiforme graça de DEUS, 1.Pe. 4.10; Mt.
25.14-30.
Paulo
mostra por meio de certo número de exemplos como exatamente os talentos
espirituais dos cristãos individuais deviam servir para o benefício da
congregação toda:
A um foi
dada pelo ESPÍRITO, por meio do Seu poder,
1- A
palavra de sabedoria. - Esse dom tem a ver com a sabedoria de DEUS a respeito
do futuro - Onipresença de DEUS - Exemplo:
Profeta ágabo prevendo seca no mundo - At 11.28 - e prevendo que Paulo seria
preso em Jerusalém At 21.11; - No AT
vemos Elizeu prevendo que o general da Síria mataria o rei e governaria em seu
lugar matando muitos dos judeus 2 Rs 8.11.
2- Mas a
outro foi dada a palavra de conhecimento.- Esse dom tem a ver com o
conhecimento de DEUS a respeito do presente - Onipresença de DEUS - Exemplo: JESUS viu Natanael debaixo da
Figueira estando ele muito distante dali - Jo 1.48. No AT vemos Elizeu dizendo
para o rei em Israel o que o rei da Síria dizia a seus generais muito distante
dali, preparando armadilhas para Israel.
3- A outro
o discernimento de espíritos - Esse dom dá a visão do oculto, o que está por
detrás de uma mensagem ou de uma ação do inimigo. Dá poder para ministrar
libertação a posséssos de demônios. Exemplo - Paulo e a pitonisa de Filipos –
At.16.18. Davi tocava sua harpa e Demônio saia de Saul - 1 Sm.16.23.
4- Na
segunda série de dons, a um outro é dada fé, no mesmo ESPÍRITO, unicamente no
Seu poder e outorga. Não é aquela fé que aceita a salvação em CRISTO, ou seja,
não a fé que justifica, mas uma confiança forte e inabalável no DEUS onipotente
ou no poder de CRISTO, como algo capaz de se revelar em feitos extraordinários
e realizar o que aos homens parece impossível.18). Dom da fé de grandes feitos -
Esse dom acontece muito hoje na ressurreição de mortos, principalmente na
África - Exemplo - Paulo ressuscita Êutico At.20.10, Pedro ressuscita Dorcas -
At 9.40 - No AT Elizeu ora e menino revive - 2 Rs.4.34.
5- A um
outro foram dados na concessão do mesmo ESPÍRITO os Dons das Curas.- São
manifestações de DEUS curando vários tipos de doenças e enfermidades.
Geralmente funciona em grupos de doenças. Exemplo - Algumas pessoas são usadas
para determinadas curas como: dores de cabeça, enxaqueca, dores lombares. Sendo
que para outros tipos de doenças não. Exemplo: Paulo orava e muitas doenças e
enfermidades eram saradas, mas deixou seu companheiro Trófimo doente em Mileto.
At.28.8,9; 2 Tm.4.20.
6- A
operação de milagres ou de maravilhas - É o agir de DEUS na natureza, ou nas
coisas que naturalmente não seriam mudadas. Um aleijado de nascença andar não é
uma cura, é um milagre - um cego de nascença ver não é uma cura, é um milagre. Exemplo: Paulo orou por um coxo
desde o ventre e ele andou - At 14.8 - o paralitico da porta do templo, chamada
Formosa At 3.2 - No AT Sol ou a Terra
parou para Josué vencer a Guerra Js.10.13, Mar se abriu – Êx.14.21, etc...
7- Paulo
menciona no terceiro grupo de dons, que a outro cristão é dada a Profecia -
Esse dom tem como funções básicas a edificação, a exortação e a consolação -
Pode ocorrer advinda de três fontes possíveis - Do homem, do Diabo ou de DEUS -
Por isso deve ser julgada. São mensagens sobrenaturais que revelam uma comunicação
intima do ser humano com DEUS. Não tem elemento preditivo ou sobre o passado.
Exemplo: JESUS viu a fé dos condutores do paralítico – Mc.2.5 - JESUS fala
sobre a tristeza dos discípulos e os consola – Jo.16.22.
8-
Línguas - 4 tipos de línguas: Não proibais falar em línguas; é ordem de DEUS (1
Co.14.39).
1. Língua
para oração: Quem fala em línguas fala diretamente com DEUS - I Co 14:2 - O que
fala em língua edifica-se a si mesmo - I Co 14:4 -quem ora em línguas ora bem -
I Co.14:14.
2. Língua
para interpretação: Essa linguagem pode ser interpretada pelo que fala ou por
outrem.
3. Língua
como sinal para incrédulo: "De modo que as línguas são um sinal, não para
os crentes, mas para os incrédulos..."(I Co.14:22); estrangeiros ouvem em
sua própria língua, ex: "Ouvindo-se, pois, aquele ruído, ajuntou-se a
multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria
língua."(At.2:6). Pode alguém ser usado para falar, por exemplo em alemão
em algum lugar e uma pessoa presente alí, que fala alemão entenderá tudo o que
DEUS quer falar-lhe.
4.
Gemidos inexprimíveis: Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza;
porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo
intercede por nós com gemidos inexprimíveis."(Rm.8:26) -oração
intercessora.
9-
Interpretação de Línguas:
"Que
fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação. Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou quando muito
três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se não houver
intérprete, esteja calado (ore tão baixinho que ninguém o note) na igreja, e
fale consigo mesmo, e com Deus."(I Co.14:26-28); "Por isso, o que
fala em língua, ore para que a possa interpretar."(I Co.14:13).
DONS DE MINISTÉRIOS PRÁTICOS
São
administrações de serviços práticos, individuais e em grupo (Rm.12.6-8; I Co.12.28-30).
Nestas passagens, eles aparecem juntamente com os demais dons espirituais, e
sob o mesmo título original charismata — “dons da graça”. São dons de
ministração residentes no portador, pela natureza de sua finalidade junto às
pessoas ou grupos: assistência, serviço, socorro, auxílio, amparo, provisão.
São dons residentes nos seus portadores, pela natureza e objetivos de sua ação.
Estes
dons têm sido pouco estudados na igreja. Daí os equívocos e dúvidas existentes.
São da mesma natureza espiritual e sobrenatural dos demais dons da graça de
DEUS. A Bíblia os coloca em conjunto com os demais dons (I Co.12.28). Ela usa
para esses dons o mesmo termo original empregado para os dons de I Coríntios.12.4-10:
charismata (Rm.12.6-8).
Ministério
(Rm.12.7). Ministração, servir, prestar serviço material e espiritual, sem
primeiramente esperar recompensa, reconhecimento, retribuição, remuneração, com
motivação e capacitação mediante este dom. É servir capacitado
sobrenaturalmente pelo ESPÍRITO.
Ensinar
(Rm.12.7). Ensinar no sentido didático, como deixa claro o original. E o dom
espiritual de ensinar, tanto na teoria, como na prática; ensinar fazendo;
ensinar a fazer; ensinar a entender; treinar outros. Educar no sentido técnico
desta palavra. Não confundir com o ministério do ensino, que tem a ver com
ministros do evangelho, segundo Efésios 4. II e Atos 13.1 (“profetas e
mestres”).
Exortar
(Rm 12.8). Exortar, aqui, é como dom: ajudar, assistir, encorajar, animar,
consolar, unir pessoas desunidas, que não se falam; admoestar.
Repartir
(Rm 12.8). O sentido no original é dar generosamente, doar, oferecer, distribuir
aos necessitados em primeiramente esperar recompensa ou reconhecimento, movido
pelo ESPÍRITO SANTO. Este dom ocupa-se da benevolência, beneficência,
humanitarismo, filantropia, altruísmo.
Presidir
(Rm 12.8). É conduzir, dirigir, organizar, liderar, governar, orientar com
segurança, conhecimento, sabedoria e discernimento espiritual. Isso em se
tratando de igreja, congregação, instituição, etc. Para alguém presidir desta
maneira, só mesmo tendo de DEUS este dom! A tendência natural de quem lidera e
preside é ser duro, dominar somente pela autoridade, ser insensível.
Exercitar
misericórdia (Rm 12.8). Este dom refere-se a assistência aos sofredores,
necessitados, carentes; fracos, enfermos, presos, visitação, compaixão.
Socorros
(I Co 12.28). Literalmente “achegar-se para socorrer”. É o caso de enfermos,
exaustos, famintos, órfãos, viúvas, etc. È um dom de ação plural.
Governos
(I Co 12.28). E um dom plural no seu exercício. Ê dirigir, guiar e conduzir com
segurança e destreza. O termo original sugere pilotar uma embarcação com
segurança, destreza e responsabilidade.
DONS NA ÁREA DO MINISTÉRIO
Esses
dons são enumerados em Efésios 4.11 e I Coríntios 12.28, 29, a saber:
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres.
Alvos e
resultados dos dons espirituais. De acordo com I Coríntios 12.7, “a
manifestação do ESPÍRITO é dada a cada um para o que for útil”. Vejamos quais
são os alvos e resultados dos dons espirituais:
1) A
glorificação do Senhor JESUS em escala muito além da natural e humana (Jo
16.14).
2) A
confirmação da Palavra de DEUS anunciada, pregada e ensinada (Mc 16.17-20; Hb
2.3,4).
3) O
crescimento constante e real, em quantidade e qualidade, da obra de DEUS na
igreja, na evangelização e nas missões (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19\
4) A
“edificação” espiritual da igreja de DEUS como um corpo e como membros
individualmente (I Co 12.12-27). JESUS afirmou: “Eu edificarei a minha igreja”
(Mc 16.18), mas na ocasião Ele não disse como ia edificar. Mas em Atos e nas
Epístolas vemos que é em parte através desses dons divinos de que estamos a
tratar.
5) O
aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12). Isso jamais é possível por parte do
homem, ou das coisas desta vida, mas é possível para DEUS (c£ Lc 18.27).
O EXERCÍCIO DOS DONS DO ESPÍRITO
Toda
energia e poder sem controle é desastroso. Estudando I Coríntios 14.26,32,33 e
40, vemos que DEUS nos concede dons, mas não é responsável pelo mau uso deles,
por desobediência do portador à doutrina bíblica, ou por ignorância desta. A
eletricidade quando domada nas subestações, torna-se apropriada ao consumo
doméstico, mas nas linhas de alta tensão é letal e destruidora. Também não
adianta ter um bom freio no carro sem o seu potente motor, como muitos fazem
nas igrejas mornas, frias e secas. Elas têm freio e direção no “carro”, porém
falta-lhes o ativo e poderoso motor.
O uso dos
dons na igreja deve ser regulado e equilibrado pela Palavra de DEUS,
corretamente entendida, interpretada e aplicada. A Palavra e o ESPÍRITO
interpenetram-se e combinam-se em sua operação conjunta na igreja. A Palavra é
a espada do ESPÍRITO, e o ESPÍRITO interpreta e emprega a Palavra.
Na
igreja, a predominância da doutrina do Senhor corrige erros, evita confusão e
repara estragos. Ela, quando ensinada e aplicada, neutraliza o fanatismo, que é
zelo religioso sem entendimento — são exageros, práticas anti bíblicas, emociona
lismo, gritaria e outros desmandos. Por sua vez, quando o ESPÍRITO predomina,
neutraliza o formalismo, que é excesso de regras, regulamentos, legalismo,
rotina religiosa, formalidades secas e enjoativas, mornidão, fórmulas, ritos e
coisas assim.
Quem
recebe dons de DEUS, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a
Palavra ensina sobre o exercício deles. Em Corinto havia abuso dos dons,
enquanto em Tessalônica havia carência deles, por tanto refreio.
No
exercício dos dons e de outras manifestações do ESPÍRITO SANTO, ninguém que aja
desordenadamente e cause confusão, dentro da congregação e fora dela, venha a
dizer que está agindo assim por direção do ESPÍRITO SANTO. Ele não é o autor de
tais coisas!
Responsabilidade
quanto aos dons. É preciso haver responsabilidade quanto aos dons, a fim de que
não haja mau uso deles.
1)
Conhecer os dons. “Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais
ignorantes” (I Co 12.1).
2) Buscar
os dons. “Procurai com zelo os melhores dons” (I Co 12.31).
3) Zelar
pelos dons. “Procurai com zelo os dons espirituais” (I Co I4.I).
4) Ser
abundante nos dons. “Procurai progredir neles, para a edificação da igreja” (I
Co 14.12, ARA).
5) Ter
autodisciplina nos dons. “E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos
profetas” (I Co 14.32).
6) Ter
decência e ordem no exercício dos dons. “Mas faça-se tudo decentemente e com
ordem” (I Co 14.40).
Portanto,
poder, curas, libertação e maravilhas devem caracterizar um genuíno avivamento
pleno de renovação espiritual e pentecostal. No entanto, tudo deve ser livre de
escândalos, engano, falsificação, e segundo a decência e ordem que a Palavra de
DEUS preceitua (I Co 14.26-40).
HÁ DIERSIDADES DE DONS DO MESMO DEUS
Observe o
que diz Paulo: “E há diversidade de operações, mas é o mesmo DEUS que opera
tudo em todos” (1 Coríntios 12.6).
A palavra
“operações” refere-se ao método usado para pregar o evangelho. Para ser mais
específico, refere-se à estratégia usada para que o evangelho alcance o mundo
todo. Meios eficientes e programas para testemunhar o evangelho incluem a
abertura de novas igrejas, reavivamento, estabelecimento e manutenção de
escolas e hospitais. Essas ações pertencem às diversas operações que DEUS usa
para o avanço do evangelho.
Paulo
também diz: “E também há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo” (I
Coríntios 12.5). Isso quer dizer que JESUS CRISTO tem dado o dom de ministrar a
alguns cristãos, para que possam ocupar posição de liderança e realizar
trabalhos dentro da igreja. Assim como toda organização na terra requer
liderança responsável, a igreja, o corpo de CRISTO, também o exige.
O
ministério é explicado em diversos lugares na Bíblia. Como exemplo, em I
Coríntios 12.27-28 lemos:
“Ora, vós
sois corpo de CRISTO e, individualmente, membros desse corpo. A uns pôs DEUS na
igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar
mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros,
governos, variedades de línguas”.
Com
respeito a esses ministérios, Paulo escreveu em Efésios 4.11: “E ele mesmo deu
uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e
outros para pastores e doutores”. Esse versículo nos mostra que, como cristãos,
não podemos escolher o tipo de ministério que gostaríamos de ter dentro da
igreja. Sem dúvida, cada um de nós deve descobrir o dom de JESUS que nos foi
dado e, então, servir a DEUS fielmente naquele tipo de serviço para o qual
fomos escolhidos.
Os dons
do ESPÍRITO
Concluímos,
então, que os dons são dados pelo ESPÍRITO SANTO: “Há diversidade de dons, mas
o ESPÍRITO é o mesmo” (I Coríntios 12.4).
Dons do
ESPÍRITO SANTO são os instrumentos de poder que levam adiante, com sucesso, a
realização e administração do trabalho de DEUS em sua igreja.
Quando se
planeja construir uma casa e o arquiteto, construtor e especialistas são
escolhidos, todas as ferramentas e materiais necessários para a construção são
trazidos e usados, para que o projeto obtenha sucesso e seja efetuado o mais
rápido possível.
Quando há
um grande trabalho a ser realizado para DEUS, os dons do ESPÍRITO SANTO são
distribuídos a diferentes cristãos dentro da igreja, o corpo de CRISTO. Esses
dons capacitam os cristãos a completar o trabalho de DEUS com responsabilidade
e eficiência; e o trabalho desenvolve-se graças ao ESPÍRITO SANTO.
EXISTEM NOVE DONS DO ESPÍRITO SANTO
E podem
ser divididos em três grupos como segue:
1. OS
DONS DE REVELAÇÃO
a. O dom
da palavra da sabedoria
b. O dom
da palavra da ciência
c. O dom
de discernimento de espíritos
2. OS
DONS DE PODER
a. O dom
de fé
b. O dom
de cura
c. O dom
de operar milagres
3. OS
DONS VOCAIS
a. O dom
de línguas
b. O dom
de interpretação de línguas
c. O dom
de profecia
Os dons
de revelação referem-se à comunicação sobrenatural, revelada pelo ESPÍRITO
SANTO ao coração daquele que recebe esse dom. O conhecimento de experiências e
situações de outras pessoas, que é revelado mediante esses dons, só se tornará
público quando a pessoa que recebe um ou todos esses dons decide falar.
Os dons
de poder são dons grandiosos pelos quais o poder de DEUS se manifesta, a fim de
transmitir uma resposta miraculosa mediante uma intervenção divina,
sobrenatural. Por meio desses dons as pessoas e seu ambiente são transformados.
Os dons
vocais tratam da comunicação sobrenatural que o ESPÍRITO SANTO de DEUS revela,
usando a voz humana. Não somente a pessoa que usa os dons, mas outras ao seu
redor podem ouvir a comunicação, pois esses dons são recebidos pelos sentidos.
Todos os
tipos de dons são distribuídos às pessoas pelo ESPÍRITO SANTO, de acordo com
sua própria vontade, para o benefício e crescimento da igreja, o corpo de
CRISTO.
DAVID
YONGGI CHO. O ESPÍRITO SANTO, Meu Companheiro. Editora Vida. pag. 116-119.
AUTOSSUFICIÊNCIA E HUMILDADE
UTILIZANDO OS DONS ESPIRITUAIS
1. Não
são meios pelos quais nos autoglorificamos. Tal atitude seria contrária ao
inteiro espírito do evangelho. Mas que tal atitude havia na igreja de Corinto é
algo que fica transparente no décimo quarto capítulo de I Coríntios.
2. Os
dons espirituais visam a edificação, e devem servir de meios para conduzir os
homens na direção da perfeição, em CRISTO (ver Ef. 4:11 e ss.).
3.
Precisam ser exercidos no ambiente do amor (ver I Cor. 13), pois o amor é maior
que qualquer dom espiritual. A nossa preocupação deveria ser: “Mediante o uso
deste dom, como posso ajudar os homens a serem transformados mais profundamente
segundo a imagem de CRISTO?” Ou então: “Como poderei servir a outros, material
e espiritualmente, pelo meu ministério caracterizado por dons espirituais?”
4. Cada
membro do corpo de CRISTO deveria possuir algum dom espiritual, e cada dom é
uma função do corpo. Paulo emprega uma metáfora baseada na fisiologia, em I
Cor.12:12-31, a qual é mui instrutiva.
«...a
graça que nos foi dada...» Todos os dons espirituais começam e têm por base a
graça de DEUS, tal como o apóstolo dos gentios já havia demonstrado, em seu
próprio caso, porque, ao ser chamado para o apostolado, foi chamado através da
dispensação da graça de DEUS. (Ver o terceiro versículo deste mesmo capítulo).
Todas as demais funções espirituais são igualmente alicerçadas nesse propósito
divino, atuadas nos homens mediante o ESPÍRITO SANTO.
Neste
ponto, a medida da fé e. a. «graça que nos foi dada» significam essencialmente
a mesma coisa. Ambas as passagens referem-se à «graça» do ESPÍRITO, como
fundamento de toda a outorga dos dons espirituais. Aquilo que fala da fé
enfatiza a base em que a graça se desenvolve e floresce. Diz Brown (in loc.) referindo-se
ao terceiro versículo deste capítulo: “A fé é aqui vista como a entrada e como
o canteiro de todas as outras graças, sendo assim a faculdade receptiva da
semente renovada”. A própria fé, cujo início tem lugar quando da regeneração, e
que frutifica na vida cristã diária, por ser o princípio transmissor de vida,
em si mesma é uma graça de DEUS, porque é conferida aos homens, embora sempre
em cooperação com a vontade humana.
Neste
versículo, «...dons...» é tradução do termo grego «charismata»,. O vocábulo
grego técnico para todos os chamados «dons espirituais». Todos esses dons são
proporcionados e inspirados pelo ESPÍRITO SANTO, não 'se tratando meramente das
manifestações miraculosas. Paulo não entra aqui em longa descrição sobre os
dons do ESPÍRITO, e nem mesmo chega a mencionar os dons especialmente
«miraculosos», segundo faz no paralelo do décimo segundo capítulo da primeira
epístola aos Coríntios. Portanto, suas explicações são muito menos extensas
neste décimo segundo capítulo da epístola aos Romanos, simplesmente porque o
apóstolo dos gentios não foi obrigado a tentar corrigir abusos sérios, conforme
se deu no caso de sua epístola aos Coríntios.
O USO E O ABUSO DOS DONS ESPIRITUAIS
1. Quando
a epístola aos Romanos foi escrita, os dons espirituais estavam em plena
atividade. Não podemos usar o trecho de I Cor. 13:10, como texto de prova do
ensino que supostamente os dons espirituais desapareceriam dentro da era
cristã, pois o que é “perfeito”—que finalmente eliminará a necessidade de
certos dons espirituais—é a “parousia” (ou segunda vinda de CRISTO), e não o
término do cânon neotestamentário.
2. Entre
os dons espirituais, alguns são perturbadores por haverem sido imitados e
abusados, a saber, alguns dons miraculosos como as línguas, a interpretação de
línguas e os milagres de curas.
3. Em
cada século, os dons espirituais são desesperadoramente necessários para o bem
da igreja, em seu desenvolvimento (ver o que diz Ef. 4:11 e ss.); mas esses
dons podem ser exercidos segundo moldes diferentes dos do primeiro século
cristão, ou em moldes superiores àqueles de eras passadas. Estamos vivendo
(minha alternativa) exatamente esta última.
4. Foram
dadas notas completas sobre o «batismo do ESPÍRITO e os dons espirituais»,
incluindo o dom das línguas, em Atos 2:4.
Quanto
aos abusos, consideremos as notas abaixo;
OS DONS E OS CUIDADOS COM OS ABUSOS
1. Paulo
nos ensina a buscar os dons (ver I Cor. 12:31).
2.
Abundam, entretanto, os abusos e as imitações.
a. A mera
alma humana.
b!
Existem poderes estranhos, demoníacos e outros, que podem influenciar um homem,
imitando os dons espirituais.
c. Mas
também existe a presença do ESPÍRITO SANTO, e sua função é doar os dons
espirituais, embora estes possam funcionar em moldes diferentes dos do primeiro
século, como também possam manifestar-se de maneiras mais avançadas, do que
aquelas que até agora têm sido reconhecidas entre nós. Como poderia suceder que
não estamos envolvidos no avanço espiritual? Esse avanço nos conduzirá até à
perfeição em CRISTO, conforme formos sendo transformados em sua imagem (ver
Rom. 8:29). Isso irá sendo realizado pelo poder do ESPÍRITO (ver II Cor. 3:18),
e nesse processo terminaremos maiores do que jamais foi Paulo, dotados
finalmente de poderes muito superiores aos dele. Portanto, talvez até seja errado,
ficarmos contemplando de volta ao primeiro século, desejando a restauração nos
moldes da igreja primitiva. A verdadeira fé e uma elevada espiritualidade quiçá
prefiram olhar para o futuro avanço, para uma forma que nos faça subir acima de
abusos e imitações. Que ainda não possuímos esse tipo de fé é evidente.
Contrariamente
à ideia que diz que os dons espirituais «não são para nós», mas estavam
reservados às primeiras gerações cristãs tão somente, diz Newell (in loc.), em
excelente comentário: Essa é uma tríplice suposição:
1.
Procura desculpar nosso próprio estado espiritual inferior;
2. pior
ainda, é que lança a culpa sobre DEUS, no que tange ao fracasso da igreja
quanto a essa particularidade; e
3. eleva
o presente estado dos crentes como suficiente e superior ao estado de coisas
que prevalecia nos tempos em que o ESPÍRITO SANTO era conhecido em seu poder».
“...profecia...”
(Ver Atos 13:1 e Ef. 4:1, onde são distinguidos os «profetas» dos «mestres»
cristãos - «profetas do N.T.», ver Atos 11:27). Nas Sagradas Escrituras, os
«profetas» são as seguintes pessoas:
1.
Algumas vezes são aqueles que, em sentido muito especial, foram escolhidos para
algum ministério de revelação das verdades, através de revelações ou oráculos,
conforme se verificava no caso dos profetas do A.T. Esses profetas do A.T.,
quanto à sua posição e autoridade, eram um tanto semelhantes aos apóstolos do
N.T. O oficio espiritual deles era especial. Não há razão alguma para a
suposição de que isso não pode continuar ocorrendo hoje em dia. Talvez
indivíduos como Lutero, João Wesley e tantos outros, na história da igreja,
incluindo até mesmo outros de menor envergadura, embora tenham sido elevados
acima dos mestres e ministros comuns do evangelho, possam ser chamados
«profetas». São pessoas encarregadas de alguma missão elevada, que falam com
uma unção incomum do ESPÍRITO SANTO. No sentido secundário da palavra, tais
indivíduos também podem ser chamados «apóstolos», conforme esclarecemos em Atos
14:4. Esses «apóstolos» seriam os mais elevados dentre esses «profetas».
2. Os
profetas da igreja cristã primitiva evidentemente eram homens de considerável
habilidade psíquica, capazes de proferirem declarações inspiradas, não sendo
confundidos com os pregadores ordinários. No exercício dos dons espirituais,
ocupavam posição secundária somente em relação aos apóstolos, conforme
depreendemos de passagens neotestamentárias como I Cor. 12:28; Ef. 2:20; 3:5;
4:11 e Apo. 22:9. (Ver igualmente Atos 13:1; 15:32 e 21:9,10). Esses profetas
do N.T. exerciam seu ofício em virtude do recebimento de dons carismáticos, e
não por sanção ou nomeação oficial por parte das igrejas locais, porquanto não
há o menor laivo de evidência que a posição deles fosse alcançada através da
consagração a esse ofício. O trecho de I Cor. 14:29-39 mostra-nos que algumas
vezes esses profetas se deixavam arrastar em seu entusiasmo ao ponto de
produzirem a desordem nos cultos, o que Paulo censurou severamente.
Evidentemente
surgiram dúvidas, até mesmo naqueles dias primitivos, acerca da autenticidade
dos dons espirituais de alguns desses «profetas», ao ponto de suspeitar-se que
seus poderes procediam de fontes malignas. (Ver I João 4:1 e I Tes. 5:20,21).
Os
poderes sobrenaturais, manifestamente superiores àquilo que se poderia esperar
da parte das capacidades humanas normais, são sempre difíceis de julgar quanto
à sua origem exata; o máximo que podemos fazer é aplicar as palavras do Senhor
JESUS, que disse: «...pelos seus frutos os conhecereis» (Mat. 7:20).
Infelizmente, o critério moderno de julgar tais pessoas tem degenerado ao teste
que declara: «Por suas denominações os conhecereis». Esse critério é fruto do
sectarismo.
Judas e
Silas, nas páginas do N.T., são chamados «profetas» (ver Atos 14:4 e 15:32).
Esses possuíam uma inspiração superior à daqueles que falavam em línguas (ver I
Cor. 14:3).
3. Os
profetas, não obstante, não profetizaram sempre e necessariamente o futuro,
embora tal função evidentemente não fosse incomum entre eles. (Ver Atos
21:4,9-11). Nessa oportunidade, a profecia neotestamentária incluiu o
conhecimento prévio, embora isso não faça parte necessária da profecia.
Entretanto, é fenômeno comum, entre aqueles que possuem dons psíquicos,
possuírem algum discernimento quanto a alguns acontecimentos futuros. Contudo,
a profecia consiste muito mais de uma «afirmação inspirada» do que da predição
do futuro. Todavia, é muito difícil fazer a separação dessas duas funções, no
mesmo indivíduo.
Todo
profeta profetiza, mas nem todo o que profetiza é profeta. Ministério profeta
possui dons de mensagens futurística como o profeta Ágabo. profecias são para
edificação, exortação e consolação somente.
Não é
correto supor que não pode haver profetas em nossos próprios dias, segundo os
moldes dos dias do N.T., ou segundo outros moldes.
O dom da
profecia visa especialmente a consolar e edificar a igreja, além de ter a
serventia de convencer os incrédulos presentes sobre as verdades do evangelho.
A importância do ensino foi assim salientada, porquanto um dom especial é
conferido a certos, para que se tornem mestres mais poderosos. Além disso, não
devemos supor que os «mestres» também não sejam diretamente inspirados pelo
ESPÍRITO SANTO, já que esse é um dos ministérios formados pelo ESPÍRITO de
DEUS. Contudo, esse ministério é mais sutil, menos psiquicamente poderoso, mais
geral e menos imediato; também é mais quieto e menos espetacular, estando mais
limitado ao uso inspirado dos documentos sagrados—a Bíblia—como sua fonte, do
que sucede no caso da inspiração imediata, que não depende dos documentos
escritos, conforme se dá no caso dos profetas, - não impedindo os mestres de
serem usados com dons maravilhosos de DEUS, já que JESUS era um mestre e Paulo
também).
“Os
profetas, que são associados aos apóstolos como o alicerce da igreja (ver Ef.
2:20), porquanto podem revelar a mente de DEUS, segundo me parece, em certo
sentido subordinado podem existir até os nossos dias, sendo aqueles que não
meramente ensinam e esclarecem doutrinas ordinárias e proveitosas, mas também
que, devido a uma energia especial do ESPÍRITO SANTO, podem desdobrar e
transmitir a mente de CRISTO à igreja cristã, nos casos em que esta mostrar-se
ignorante da mesma (embora tal mentalidade esteja oculta nas Escrituras),
podendo desvendar à igreja verdades bíblicas antes escondidas, através do poder
do testemunho do ESPÍRITO de DEUS, de conformidade com as circunstâncias
presentes da igreja e das espectativas futuras para o mundo. Isso faz deles,
para todos os efeitos práticos, profetas; os quais, por isso mesmo, tornam-se
uma bênção direta e uma dádiva de JESUS CRISTO à sua igreja, quanto à sua
necessidade e aparecimento, embora eles se apeguem firmemente à Palavra, sem o
que, entretanto, a igreja não possuiria o poder dessa Palavra”. (Darby, in
loc.).
“...segundo
a proporção da fé...” “Visto que essa expressão é um tanto obscura, tem ela
recebido certa variedade de interpretações, como segue:
1. Alguns
pensam que se trata da fé subjetiva. Diz Tholuck (irt loc.): “O profeta se
mantém dentro dos limites de seu dom profético, que lhe é atribuído pela sua
individualidade». Essa interpretação inclui igualmente a ideia de sua própria
«receptividade», ou seja, como ele se entrega para ser instrumento para o
exercício de seu dom. Cada homem tem um certo desenvolvimento em sua
espiritualidade. Portanto, cada qual exerce o seu dom de conformidade com seu
desenvolvimento espiritual, e isso de conformidade com a sua «proporção da fé»,
ou seja, com a proporção de seu desenvolvimento espiritual, no que diz respeito
à função de seu ofício. Ainda uma subcategoria dessa fé subjetiva é aquela
ideia que diz que, para cada qual, DEUS tem determinado certa medida da «graça»
da “fé”, ou seja, da dotação espiritual, em que cada indivíduo labora de
conformidade com a mesma. Isso concorda com o terceiro versículo deste
capítulo, bem como com a ideia geral de havermos recebido alguma medida da
«graça», que nos capacita a ministrar, devendo ser reputada como parte da ideia
aqui tencionada. Não obstante, essa «graça» não se mostrará eficaz a menos que
seja exercida com fé pessoal, e de acordo com o desenvolvimento espiritual do
indivíduo, que depende do princípio da fé. Por essa razão é que disse Meyer (in
loc.) ׳. “...de
acordo com a força, a clareza, o fervor e outras qualidades da fé que lhes
tiver sido outorgada; de tal modo que o caráter e o modo de falar se conformem
com as regras e os limites que são subentendidos na proporção de seu grau
individual de fé”.
2. Outros
estudiosos preferem pensar na fé objetiva, isto é, pensar haver aqui alusão à
regra das Escrituras ou revelação divina, a regra ou padrão de doutrina cristã,
que é a autoridade seguida pela igreja cristã, dependendo do ponto de vista do
intérprete. Essa seria a «analogia fidei», ou seja, o padrão de revelação,
especialmente aquele exibido nas Sagradas Escrituras. E isso significa, por sua
vez, que as profecias transmitidas por meio de quem quer que seja devem
conformar-se a esse padrão, não ultrapassando do mesmo. Paulo realmente apelou
para certos cânones fundamentais da verdade, se não mesmo a confissões
eclesiásticas formais, aplicadas às doutrinas neotestamentárias; e com
frequência esse apóstolo citava o A.T. como documento autoritativo. (Quanto aos
«cânones fundamentais da verdade, segundo Paulo», ver Gl. 1:8; 6:16; Fil. 3:16;
II Tim. 3:15,16). Não obstante, não podemos incluir aqui a «autoridade
eclesiástica», ou mesmo algum cânon de fé estabelecido pelo homem no N.T.,
conforme alguns intérpretes de tendências mais eclesiásticas gostariam de
fazer-nos crer, porque, ao tempo em que Paulo assim escreveu, não havia essa
autoridade estabelecida no seio da igreja neotestamentária, além do fato que o
cânon do N.T. estava longe de ficar completo.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 3. pag. 812-814.
A
utilidade (12.6b-8). Temos vários dons. Nesta lista, os dons são dados pelo
Pai. Em I Coríntios 12, os dons são dados pelo ESPÍRITO. Em Efésios 4, os dons
são dados pelo Filho. Os dons mencionados em Romanos 12.6-8 são divididos em
duas categorias: dons de fala (profecia, ensino e exortação) e dons de serviço
(servir, contribuir, liderança e mostrar misericórdia).
É
bastante óbvio que o apóstolo não está falando de cargos, mas de dons. Nem todo
dom implica um cargo diferente. Muitos dons não exigem nenhum cargo.
LOPES,
Hernandes Dias. Romanos: a alegria triunfante no meio das provas. Editora
Hagnos. pag. 404-405.
A HUMILDADE NO USO DOS DONS DE DEUS.
1 CORINTIOS12:3-8.
Paulo
fala da graça que lhe foi dada para capacitá-lo a ser um apóstolo. Depois ele
exorta cada um dos seus leitores a que não sejam arrogantes, isto é, que não
pensem bem demais sobre si mesmos. Ele apela para um jogo de palavras, usando
diversos termos gregos que têm a palavra "mente" ou
"pensar" como elemento básico – que não pense de si mesmo, além do
que convém (saber), antes, pense com moderação (com equilíbrio na avaliação).
Devemos fazer uma auto-avaliação quanto ao que DEUS repartiu a cada um. Paulo
aqui não fala da "fé salvadora" mas antes de "uma fé que
impulsiona uma pessoa na obra de DEUS". Só o orgulho poderia dizer:
"Veja quanta fé salvadora eu tenho". Mas é com humildade que se diz:
"Eis aqui a fé que eu tive na execução desta ou daquela tarefa particular
para DEUS". Isto apenas leva à oração, "Senhor, aumenta a nossa
fé" (veja Lc.17:5). Na lista dos heróis da fé em Hb.11, vemos que a medida
da fé dada, corresponde à tarefa a ser realizada.
(Observação
minha - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva - É preciso ter fé que DEUS está nos
impulsionando no exercício do dom, é preciso fé para transmitir o que DEUS nos
dá para transmitir).
O um só
corpo do qual os muitos são membros, enquanto ao mesmo tempo são, individualmente,
membros uns dos outros, é a Igreja universal, constituída de todos os crentes
em CRISTO. (Veja I Co.10:17; 12:12, 13, 28; Ef.1:22, 23; 2:15b, 16; 4:3-6,
11-13, 15, 16; 5:22-30; Cl.1:17, 18, 24, 25). O símbolo do corpo descreve a
Igreja como um organismo, com cada membro recebendo vida de CRISTO (veja Cl.
3:3). Grupos locais de crentes são a manifestação local do corpo de CRISTO, a
Igreja. (veja I Co. 12:27). O corpo de CRISTO consiste da totalidade dos
crentes que estão unidos a CRISTO, a cabeça da Igreja.
A graça
de DEUS concedida a crentes individualmente, está comprovada nos diferentes
dons. Paulo faz uma lista dos dons e depois diz de que modo cada um deve ser
usado. Em cada caso o leitor, para entender, deve suprir o verbo, vamos usá-lo,
seguido do dom particular. A profecia, que tem a intenção de exortar, encorajar
e confortar (veja I Co. 14:3), deve ser usada no devido relacionamento, com a
verdade revelada de DEUS.
Charles
F. Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Editora Batista Regular Romanos. pag.
97-98.
(Porque
qualquer coisa boa que tenhamos, foi DEUS que repartiu a nós; todo dom perfeito
e bom “...vem do alto” (Tg 1.17). O que temos, que não temos recebido? E, se o
recebemos, por que nos gloriamos? (1 Co.12.
O homem
mais competente e melhor do mundo não é mais nem melhor do que o que a livre
graça de DEUS faz dele cada dia.
Quando
estamos pensando em nós mesmos, devemos nos lembrar de pensar não como temos
alcançado, como se nossa força e o poder de nossa mão tivessem adquirido esses
dons, mas pensar quão generoso DEUS tem sido para conosco, pois é Ele quem nos
dá poder para fazer qualquer coisa que é boa e nele está toda a nossa
suficiência.
PORQUE DEUS CONCEDE SEUS DONS EM CERTA MEDIDA
“...conforme
a medida da fé...". Observe: Ele chama de medida da fé a medida dos dons
espirituais, pois essa é a graça radical. O que temos e fazemos de bom é certo
e aceitável na medida em que está fundamentado na fé, e flui da fé, e não vai
além dela. Ora, a fé e os outros dons espirituais com ela são concedidos por
medida, como a Infinita Sabedoria vê que é adequado para nós. CRISTO tinha o
ESPÍRITO que lhe fora dado sem medida (Jo.3.34). Mas os santos o têm por medida
(Ef.4.7).
CRISTO,
que tinha dons sem medida, era meigo e humilde; e nós, que os temos de forma
limitada, seremos arrogantes e orgulhosos?
Porque
DEUS repartiu dons tanto aos outros como a nós: “...repartiu a cada um”.
Tivéssemos o monopólio do ESPÍRITO, ou um documento que nos garantisse sermos
proprietários exclusivos dos dons espirituais, podia haver alguma base para
essa presunção; mas outros têm sua parte assim como nós. DEUS é Pai de todos, e
CRISTO, a raiz de todos os santos, de quem eles obtêm virtude; e por isso, não
é conveniente nos tornarmos arrogantes e desprezarmos os outros, como se apenas
nós fôssemos o povo de bem com DEUS e os únicos possuidores da sabedoria. Ele
ilustra esse raciocínio com uma comparação extraída dos membros do corpo
natural (como em 1 Co 12.12; Ef 4.16): “Porque assim como em um corpo temos
muitos membros...” (vs. 4,5). Observe aqui: Todos os santos formam um corpo em
CRISTO, que é a cabeça do corpo e o centro comum de sua unidade. Os crentes não
estão no mundo como um grupo desordenado e confuso, mas estão organizados e
unidos, já que estão unidos a uma cabeça comum e movidos e animados por um
ESPÍRITO comum a todos. Os crentes
individuais são membros desse corpo, partes componentes, o que significa que
são menos do que o todo, e estão em relação com o todo, derivando vida e vigor
da cabeça. Alguns membros do corpo são maiores e mais úteis que outros e cada
um recebe vigor da cabeça de acordo com a sua proporção. Se o dedinho recebesse
tanta nutrição quanto a perna, quão inconveniente e prejudicial seria! Devemos
nos lembrar que não somos o todo; pensamos além do que é adequado se pensamos
assim; somos apenas partes e membros. “...nem todos os membros têm a mesma
operação” (v.4), mas cada um possui seu respectivo lugar e função que lhe foi
designado.
A função
do olho é ver, a função da mão é trabalhar etc. Assim também ocorre no corpo
místico: alguns são qualificados e chamados para um tipo de função; outros são,
da mesma forma, preparados e chamados para outro tipo de função. Os
magistrados, os ministros, as pessoas, em uma comunidade cristã, têm seus
vários ofícios, e não devem se intrometer uns nas funções dos outros, nem
entrar em conflito na execução de suas várias funções. Cada membro tem o seu
lugar e a sua função, para o bem e o beneficio do todo e de todos os outros
membros.
Não somos
apenas membros de CRISTO, mas “...membros uns dos outros” (v.5). Permanecemos
em relação uns com os outros; estamos encarregados de fazer todo o bem que
pudermos reciprocamente e agir em união para o benefício comum.
Veja isso
ilustrado em detalhes em 1 Co.12.14ss. Por essa razão, não devemos ficar
inchados com presunção de nossos próprios talentos, porque, qualquer coisa que
tenhamos, foi recebida, e não recebemos para nós mesmos, mas para o bem de
outros.
UM USO SÓBRIO DOS DONS QUE DEUS NOS TEM CONCEDIDO
Como não
devemos, por um lado, estar orgulhosos de nossos talentos, assim, por outro
lado, não devemos enterrá-los. Tomemos cuidado para que, sob pretensão de
humildade e abnegação, não sejamos vagarosos em nos colocar à disposição para o
bem de outros. Não devemos dizer: “Eu não sou nada, por isso, me sentarei e não
farei nada”; mas: “Eu não sou nada em mim mesmo e, por isso, me colocarei ao
máximo na força da graça de CRISTO”. Ele especifica as funções eclesiásticas
designadas em igrejas particulares, em cujo desempenho cada um deve pensar em
cumprir o seu próprio dever, para preservar a ordem e promover a edificação na
igreja, cada um conhecendo o seu lugar e ocupando-o. “De modo que, tendo
diferentes dons”. O seguinte raciocínio particular completa o sentido desse
raciocínio geral. Tendo dons, usemo-los. Autoridade e habilidade para a obra
ministerial são dons de DEUS.
DIFERENTES DONS
O
propósito imediato é diferente, embora o alvo último de todos seja o mesmo,
“...segundo a graça...”, charismata kata ten charin. A livre graça de DEUS é a
fonte e a origem de todos os dons que são concedidos aos homens. E a graça que
designa a função, qualifica e dirige as pessoas e que opera tanto o querer
quanto o realizar. Havia, na igreja primitiva, dons extraordinários de línguas,
de discernimento e de cura; mas o apóstolo fala aqui daqueles que são comuns
(compare com 1 Co.12.4; 1 Tm.4.14; 1 Pe 4.10). Ele especifica sete dons em
particular (w. 6-8), os quais parecem significar várias funções distintas,
usadas pela estrutura consultiva de muitas igrejas primitivas, principalmente
as maiores.
Existem
dois dons gerais aqui expressos por “profecia” e “ministério”, o primeiro sendo
a função dos bispos, e o último, a função dos diáconos (esses dois eram os
únicos ofícios estabelecidos - Fp 1.1). Mas a obra particular que pertence a
cada um desses podia ser, e parece que era, dividida e distribuída por
consentimento e acordo geral, para que isso pudesse ser feito mais eficazmente,
porque aquilo que é função de todos não é função de ninguém, e aquele que é vir
unius negotii - homem de uma tarefa desempenha melhor a sua função. Assim Davi
separou os levitas (1 Cr 23.4,5), e nessa sabedoria é proveitoso se conduzir.
Consequentemente, os cinco últimos serão reduzidos aos dois primeiros. PROFECIA,
“...se é profecia, seja ela segundo a medida da fé”.
A obra
dos profetas do Antigo Testamento não foi apenas a de predizer o futuro, mas
advertir o povo a respeito do pecado e dos deveres, e serem aqueles que o
lembravam a respeito do que eles sabiam antes. “Tu tens fé? Tenham-na para ti
mesmo; e não faça dela uma regra para os outros, lembrando que a tens recebido
apenas em tua medida”.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição
completa. Editora CPAD. pag. 387-388.
-...Servi
uns aos outros...
- De modo
geral, mas particularmente aqui devemos entender •trabalho físico», isto é, a
partilha de alimentos, de abrigo e de dinheiro, tal como na hospitalidade que
acabara de ser recomendada.
-...conforme
o dom que recebeu...
- O trecho
de Rom. 12:7 focaliza um dom de
- Ministério»,
isto é, boas obras na forma de esmolas, de cuidados pelos enfermos, e de
hospitalidade. Alguns crentes são especialmente dotados pelo ESPÍRITO,
tornando-se ricos em atos de caridade, dispostos à realização de serviço
bondoso, o que fazem com maneiras graciosas e corteses. Talvez alguns médicos,
enfermeiras e filantropos, quando são também crentes espirituais, recebem tal
dom, além de outros, que têm a oportunidade especial de ministrar as
necessidades físicas dos outros.
Algumas
vezes tais pessoas também recebem amplos meios financeiros capacitando-se assim
de se mostrarem generosas em alto grau.
O
judaísmo e o cristianismo primitivo enfatizavam grandemente a importância das
esmolas.
(Atos.3:2.
Comparar também com Tg.1:27, onde a religião pura é definida como a visita aos
órfãos e às viúvas, em suas aflições, isto é, mediante a ministração às suas
necessidades, além de conservar-se o crente imaculado do mundo). Tal
ministração é a prática da regra áurea de CRISTO, uma duplicação do seu amor.
Portanto, esse ministério é apenas a concretização da lei do amor, mencionada
no oitavo versículo deste capítulo.
Este
versículo, naturalmente, não só fala do dom especial da ministração às
necessidades físicas, mas também impõe a todos os crentes o mesmo costume, ao
ponto em que suas habilidade se circunstâncias lhes permitirem a participação.
-...despenseiros...•
Cada pessoa é ímpar e tem uma missão sem igual, agora e na eternidade. (VerApo.
2:17). Ele recebe habilidades necessárias para o exercício apropriado de sua
missão. Também recebe os meios financeiros para poder realizar sua obra. Sua
missão o transforma no tipo de pessoa que pode realizar um serviço específico.
Um crente também pode receber várias missões; e todas as coletivamente
consideradas, visam fazer dele um indivíduo sem par. Uma missão é um meio de
expressar a graça de DEUS para com outros, pois nenhuma missão visa apenas o
benefício do próprio indivíduo. Todos os dons de DEUS se originam em sua •graça.
Essa é a fonte de tudo de bom que possuímos. Se nos recusarmos a contribuir,
logo deixaremos de receber. Assim, o homem que recebe mas não dá logo se
tornará inútil como despenseiro da graça de DEUS, e sua alma será estragada,
perdendo toda a similaridade com a natureza espiritual de CRISTO. O próprio
CRISTO veio para servir, e não para ser servido. (Ver Mat. 20:28).
“...multiforme
graça...” No grego, o adjetivo é “POIKILOS”, “diversificado”, “de muitas
espécies”. A graça divina se manifesta de muitos modos e se concretiza na vida
humana de muitas maneiras. Cada crente recebeu tal graça, e está na obrigação
moral de concedê-la a outros.
“...graça...”
(“graça”, ver Ef. 2:8).
O que
possuímos que não tenhamos recebido de DEUS? Pois quem é que te faz sobressair?
O que
tens tu que não tenhas recebido? e, se o recebeste, por que te vanglorias, como
se o não tiveras recebido?» (I Cor. 4:7). Alguns agem como se o que têm fora
produzido por eles mesmos.
Dom:
Consideremos os pontos seguintes a respeito:
1. Envolve
qualquer coisa doada gratuitamente.
2. Indica
alguma bênção dada graciosamente por DEUS, de qualquer espécie, aos pecadores
(ver Rom. 5:15.16 e 11:29).
3. Indica
a graça da salvação (ver Ef. 2:9), mediante a qual a salvação é conferida aos
homens.
4. Indica
um preparo gracioso e divino para o serviço, algum dom espiritual, alguma
operação extraordinária do ESPÍRITO SANTO (ver I Tim.4:14) ou mesmo os dons do
ESPÍRITO SANTO (ver os capítulos doze a catorze da primeira epistola aos
Coríntios).
5. Indica
a abundância de possessões físicas, usadas para benefício alheio: ou bens
materiais suficientes para que deles possamos contribuir, embora não naquela
profusão que poderíamos chamar de «abundante». Esse é o sentido que está em
foco, talvez com alguma mistura com a quarta posição.
Esta
passagem pode ser ilustrada pela parábola dos talentos, narrada pelo Senhor
JESUS, em Mat.25:15. Alguns intérpretes acreditam que Pedro alude aqui a essa
tradição, embora tal narrativa ainda não tivesse tomado forma escrita nos
evangelhos canônicos, porquanto esta primeira epistola de Pedro foi escrita
antes dos mesmos, com a única exceção possível do evangelho de Marcos.
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora
Candeias. Vol. 6. pag. 156-157.
I Pe.4.10
Cada um, conforme recebeu um dom da graça – servi uns aos outros com ele como
bons administradores da multiforme graça de DEUS. Visto que os dons da graça
(em grego: charisma) são dados pelo ESPÍRITO SANTO, eles também são chamados de
“dons do ESPÍRITO” (1Co.14.1).
Este
versículo presta uma importante contribuição para a pergunta a respeito do que
são os carismas e como devem ser exercidos. O contexto demonstra que ser
hospitaleiro, falar a palavra de DEUS e exercer a diaconia são serviços dos
dons da graça. É verdade que podemos “buscá-los” (1Co 14.1), mas sempre
continuarão sendo dádiva de DEUS através do ESPÍRITO SANTO.
Multiforme
ela é na medida em que exerce uma obra diversificada na igreja e em cada
cristão (cf., p. ex., 1Pe.5.10). Como graça multiforme ela também é suficiente
para todas as múltiplas carências da igreja. Administradores é o nome dado pelo
próprio JESUS a seus discípulos em várias parábolas (Lc.16.1; cf. Mt.25.14ss).
Um administrador é caracterizado pelo fato de ter recebido dádivas em confiança
para o serviço, que não são de sua propriedade.
Uwe
Holmer. Comentário Esperança I Pedro. Editora Evangélica Esperança.
Vida na
comunidade cristã é vida de serviço aos outros. JESUS foi o Servo de DEUS,
Aquele que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mc 10.45). Na Sua
vida, tal como nos mostram os Evangelhos, Ele demonstrou esse princípio,
servindo ao Seu povo e aos Seus (como ilustrado em Jo.13.1-17). Servi uns aos
outros é, assim, um chamado a sair de si mesmo e dos seus problemas, e se
dedicar aos outros.
Essa
diaconia é possível porque todos receberam dons com os quais podem servir aos
outros.
Cada um
deve colocar o dom que tem a serviço de todos, porque, ao receberem dons, os
cristãos se tomam despenseiros da graça de DEUS. A CHARIS (GRAÇA) é a fonte dos
CHARISMA (dons, carismas). Quem os recebe, recebe graça de DEUS, e os recebe
por causa da graça de DEUS que lhes concedeu o ESPÍRITO SANTO.
A graça
de DEUS, por fim, é multiforme. Visualmente, isso seria como um cristal que
reflete a luz em vários matizes e uma sempre nova e surpreendente combinação de
cores e tons. Esse conceito é importante e tem sido desprezado na prática,
muitas vezes, pelos cristãos. Está subentendido que a questão dos dons é sempre
dinâmica.
Quando a
situação muda, quando novos quadros se apresentam, Ele dará os dons de forma
apropriada à nova realidade, sempre nos surpreendendo com o Seu agir.
Multiforme também significa, para um mundo dividido como o nosso em culturas e
características regionais bastante diferenciadas, que o ESPÍRITO leva em conta
essa diversificação e trabalha dentro dela. Indispensável nas relações entre os
cristãos (também a nível internacional) é a eliminação de todo resquício de
prepotência e espírito de julgamento, e a disposição ao amor e ao serviço ao
outro como outro (respeitando-o e valorizando-o naquilo em que é diferente de
mim ou de nós).
Ênio R.
Mueller. I Pedro Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 238-239.
O SENHOR JESUS DEU ESSES DONS DO MINISTÉRIO À
IGREJA
EFÉSIOS .4:11
E ELE
CONCEDEU uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e
outros para pastores e mestres.
Quando
Ele concedeu dons aos homens? Quando subiu às alturas, levando com Ele os
santos do Antigo Testamento que esperavam a consumação do grande plano redentor
de Deus. Eles esperavam no Seio de Abraão, o local para onde iam os santos do
Antigo Testamento após a sua morte física.
EFÉSIOS 4.8,10
8 Por
isso diz: QUANDO ELE SUBIU ÀS ALTURAS, levou cativo o cativeiro e concedeu dons
aos homens.
9 Ora,
que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores
da terra?
10 Aquele que desceu é também o mesmo que subiu
acima de todos os céus, para encher todas as coisas.
C. De
onde Ele concedeu os dons do ministério? Esses dons do ministério procediam (e
procedem) das mãos de Jesus, o qual está à destra de Deus no céu.
D. Para
qual propósito (objetivo) Ele deu à igreja esses dons do ministério?
EFÉSIOS 4.12
12 Com
vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo.
1. Para o aperfeiçoamento dos santos.
A palavra
grega (KATARTISMOS) traduzida por "aperfeiçoamento", de acordo com o
Dicionário de Palavras do Novo Testamento, de W. E. Vine, denota um ajuste ou
preparação plena, implicando um processo que é conduzido até à consumação.
Se um dos
propósitos dos dons do ministério serem dados é o de aperfeiçoar os santos,
atingiremos a maturidade sem os dons do ministério? Não.
2. Para o trabalho do ministério (desempenho do
seu serviço).
3. Para a edificação do corpo de Cristo.
E. Por quanto tempo Ele concedeu os dons do
ministério?
EFÉSIOS 4.13
13 ATÉ
QUE TODOS CHEGUEMOS à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, À
PERFEITA VARONILIDADE, À MEDIDA DA ESTATURA DA PLENITUDE DE CRISTO.
Os dons
de ministério são a provisão de Cristo para a Igreja para construir, edificar e
amadurecer os santos. Um ensino errado que aflorou há alguns anos atrás
enfatizou o chamado "ministério do Corpo" (E há uma certa verdade
nisso. Deus usa a todos). Mas alguns pensam: "Não precisamos mais de
pastores e ministros. Deus não está mais usando ministros. Ele tem um programa
diferente agora." A Escritura diz que Ele deu dons aos homens, "até
que todos cheguemos à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude
de Cristo". Até que Jesus venha, "todos nós" como um corpo de
crentes nunca chegaremos àquele local de maturidade. Quando Jesus vier, alguns
bebês espirituais terão acabado de nascer na família de Deus. Eles não terão
tido tempo para amadurecer. Esses dons do ministério fazem parte do propósito
de Deus para o amadurecimento dos santos até que Jesus volte para sua igreja.
QUAL É O ALVO FINAL DESSES MINISTÉRIOS?
EFÉSIOS 4.13,16
13 ATÉ
QUE TODOS CHEGUEMOS à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, A
PERFEITA VARONILIDADE, À MEDIDA DA ESTATURA DA PLENITUDE DE CRISTO.
14 PARA
QUE NÃO MAIS SEJAMOS COMO MENINOS agitados de um lado para outro, e levados ao
redor por todo o vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com
que induzem ao erro.
15 Mas,
seguindo a verdade em amor, CRESÇAMOS em tudo naquele que é o cabeça, Cristo.
16 De
quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda a junta,
segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a
edificação de si mesmo em amor.
1. Precisamos
de todos os cinco dons ministeriais operando juntos para trazer o corpo de
Cristo à plena estatura de Cristo.
2. Os nenês espirituais são facilmente abalados
e levados por falsas doutrinas.
3. Jesus
colocou os dons do ministério na igreja para nos auxiliar a crescer conforme à
Sua imagem.
4. Não
podemos atingir este lugar em Deus sem a operação (funcionamento) do ministério
quíntuplo.
5. Algumas
igrejas amadureceram só até certo nível porque reconhecem somente dois ou três
dons do ministério: evan¬gelista, pastor e, algumas vezes, o ministério de
mestre.
Sumário:
O objetivo em última análise de todo o ministério não é a autoglorificação ou a
exaltação do homem de alguma maneira. Ele existe inteiramente para edificar e
amadurecer o Corpo de Cristo. São necessários todos estes ministérios operando
juntos para edificar — construir — o Corpo de Cristo.
O CHAMADO DIVINO
A. Deus
estabeleceu alguns na igreja. Há um chamado divino.
1 CORÍNTIOS 12,27,28
27 Ora,
vós sois corpo de Cristo e individualmente, membros desse corpo.
28 A UNS
ESTABELECEU DEUS NA IGREJA, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiros lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de
curar, socorros, governos, variedades de línguas.
1. Efésios 4.11 diz "Jesus concedeu".
Esta passagem diz "Deus estabeleceu".
2. Observe que esta passagem de 1 Coríntios
chama o Corpo de Cristo de Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo. O Corpo de
Cristo é a Igreja.
B. Deus
estabeleceu os dons do ministério na igreja — não os homens.
1. Há uma grande diferença entre Deus
estabelecer alguém na igreja — e alguém ser colocado pelos homens.
2. Um estudo da história da Igreja revela que,
ao longo dos séculos, vários grupos têm se esforçado para retomar o que chamam
de práticas do Novo Testamento.
Eles
estabeleceram organizações que com frequência representavam alguma coisa que o
homem fabricou — alguma coisa da carne; alguma coisa carnal.
Eles
chamavam e estabeleciam pessoas para certos ofícios sem que as mesmas tivessem
o chamado divino.
Isto não
é escrituristico.
É Deus
quem estabelece.
É Deus
quem chama.
C. Você
não se torna um dom do ministério só porque você sente que é um chamado santo e
gostaria de responder.
1. Você não pode fazer de si mesmo um dom do
ministério.
2. É perigoso fazer algo só porque você quer
fazê-lo.
D. Você
não entra no ministério só porque alguém diz que combina com você.
Experiência
pessoal: Como pastor, tenho observado pessoas jovens na igreja que estavam
aptas a trabalhar para Deus. Algumas delas, eu creio, foram chamadas. Outras,
tenho certeza, não foram. Tenho visto outros membros na igreja arruinar algumas
dessas pessoas jovens, ao chegarem a elas e dizerem: "Creio que vocês
foram chamadas para pregar", e assim por diante. Elas tentaram pregar, e
fracassaram. Frequentemente, acabam por deixar a igreja por causa disso.
1. Não vá só porque alguém chamou você.
2. Não vá só porque sua mãe o chamou.
3. Não vá só porque seu pai o chamou.
4. Maridos,
se vocês forem ministros do Evangelho e tiverem um chamado divino em suas
vidas, não tentem chamar sua esposa para o ministério. Deixem que ela seja a
ajudadora que é adequada (ou própria) para vocês, como Deus assim lhe designou.
Incluam-na em tudo que for possível.
5. Esposas, se vocês forem chamadas, não tentem
fazer de seus maridos os pregadores que eles não são. Porém não os excluam de
suas vidas. Façam com que eles trabalhem em suas vidas, e até em seus ministérios,
em tudo que for possível.
6. Há um chamado divino para o ministério. Você
deve deter¬minar se ele está ou não em sua vida. Não tente ingressar no
ministério sem o chamamento de Deus para assim o fazer.
E. Como
você pode distinguir/reconhecer um chamado de Deus?
1. Você terá a convicção no seu próprio
espírito.
Você terá
o testemunho no seu próprio coração.
Você terá
o equipamento espiritual — dons do Espírito — que acompanha o ofício, ou os
ofícios para os quais você foi chamado.
Experiência
pessoal: Eu sabia que era chamado bem dentro em mim. Como? Por uma intuição
interior. Sempre estava comigo. Fazia parte do meu interior tanto quanto minhas
orelhas fazem parte do meu exterior.
2. Deus relaciona-se com o espírito humano.
3.
Aprenda a ouvir o seu espírito.
a. Aprenda a ouvir dentro de você e saberá
muitas coisas que não saberia por qualquer outro modo.
b. Se você é um cristão mundano — "com um
pé dentro e outro fora da igreja" — a sua carnalidade o dominará e você
não terá consciência do seu espírito.
c. Se você é total e completamente dedicado e
consagrado a Deus no fazer algo que Ele quer que você faça, você se tornará
consciente de algo dentro de você.
d. Haverá algo dentro de você que o impelirá.
F. Os
meios pelos quais os homens são chamados não são importantes, mas a obediência
ao chamado de Deus é importante.
1. Se os meios fossem importantes, a Bíblia lhes
daria ênfase, o que não ocorre.
2. A Bíblia tem muito a dizer e a ensinar sobre
a obediência.
3. Algumas vezes Deus move-se de maneiras
extraordinárias, mas não é a regra.
a. Visões: Algumas vezes ao pessoas terão
visões. Paulo teve. Eu tive visões. Mas estive no ministério durante 15 anos
anteriores sem que isto acontecesse. Entrei no mi¬nistério sem nenhuma espécie
de visitação "sobrenatural" (se você quiser chamá-la assim — na
realidade, tudo o que vem de Deus é sobrenatural). Entrei pela intuição
interior, pelo testemunho interior.
b. Profecia: Os dons do ministério não são
estabelecidos na igreja por meio de profecia. Ela traz uma confirmação dos
mesmos.
ATOS 13.1,2
1 Havia
na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Niger,
Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo.
2 E,
servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a
Barnabé e a Saulo para a obra a que OS TENHO CHAMADO.
Barnabé e
Saulo não foram chamados por profecia. Não foram estabelecidos como dons do
ministério por profecia ou pelos homens. Deus só confirmou seu chamado por meio
da profecia.
PERCEBER UMA NECESSIDADE NÃO É UM CHAMADO PARA O MINISTÉRIO
1. Se não formos cuidadosos, cairemos no erro da
igreja em geral de chamar/estabelecer ministérios em função da neces¬sidade.
Isto não é escriturístico. Há um chamado de Deus, dado por Deus apenas.
2. Naturalmente, como cristãos, em qualquer
momento que observarmos uma necessidade, lidaremos com a mesma e nos
esforçaremos com a capacidade que temos para ministrar sobre aquela
necessidade. Isto é correto de acordo com as Escrituras. Mas isso não deve ser
confundido com o chamado de Deus para o ministério.
UMA UNÇÃO EVIDENCIA O CHAMADO DE DEUS
Quando
uma pessoa é chamada para o ministério há uma unção que lhe sobrevém para
ocupar o ofício. Caso contrário a pessoa somente teria que ficar de pé e falar.
É bom falar e compartilhar o que se tem, mas isto é muito diferente de ser
chamado para o ministério e ser estabelecido na Igreja. Se Deus não o chamou
para o ministério de tempo integral, não tente fazê-lo; você se sentiria como
um peixe fora d'água. Saber que você é divinamente chamado encerra
definitivamente a questão. Não haverá nenhuma confusão quanto ao assunto. Aprenda
que as coisas espirituais são mais reais que as naturais. Aprenda a olhar para
seu espírito.
Seu
espírito lhe dirá. Seu espírito sabe coisas que sua mente não sabe.
A QUEM DEUS CHAMA, ELE EQUIPA
A. Os
dons do ministério são pessoas — pessoas que foram chamadas por Deus para o
ministério de tempo integral.
1. Filipe é chamado de evangelista.
2. Pedro é chamado de apóstolo.
3. Paulo é inicialmente chamado de profeta e
mestre, e, mais tarde, de apóstolo.
4. Outras pessoas no Novo Testamento também são
chamadas de dons do ministério.
B. Essas
pessoas (dons do ministério) a quem Deus chama, Ele também equipa com dons
espirituais.
1. Esses ministérios não são baseados em dons
naturais, mas sim em dons espirituais, dons sobrenaturais. Não perceber isso leva o ministério e a igreja
a saírem do sobrenatural para o natural.
2. Quando uma pessoa é nascida de novo, Deus tem
em mente o que Ele a chamou para fazer. Com o novo nascimento, o indivíduo é
equipado com certos talentos espirituais para permanecer onde for estabelecido
no Corpo de Cristo.
3. O batismo com o Espírito realça estes
talentos espirituais.
Experiência
pessoal: preguei dois ou três anos sem o batismo do Espírito Santo, no entanto,
naquela época, a mesma unção me sobreveio para pregar como vem agora.
4. Deus equipa as pessoas com os dons
espirituais necessários, para que as mesmas possam permanecer no ofício em que
ele as chamou.
a. O leigo pode ter dons espirituais operando a
partir dele. Mas um ministro será equipado para ministrar regularmente com
aqueles dons necessários para permanecer no ofício a que foi chamado.
b. Os mesmos dons espirituais operando a nível
ministerial trazem uma unção maior do que se operassem ocasionalmente na vida
de um leigo.
Exemplo:
Línguas e interpretação ou profecia operando a partir de um dom do ministério
trazem uma maior unção do que quando alguém leigo opera nos mesmos dons.
5. A educação é boa — mas necessitamos mais do
que educação. A ambição, se for legitimada (quando se busca pelo que Cristo
concebeu) é boa — porém precisamos mais do que ambição. Necessitamos de um
ministério equipado com dons sobrenaturais.
C. Os
dons do ministério consistem não em nome, mas em poder.
1. É
fácil chamar a si mesmo de algo, mas isso não fará de você esse algo.
Você pode
sentar-se numa garagem e autodenominar-se um carro, mas isto não faz de você um
carro.
2. Você
pode chamar a si mesmo de um pastor mas isso não fará de você um.
Você pode
chamar a si mesmo de um apóstolo, mas isso não fará de você um.
A prova
do pudim está no comer. Em outras palavras, o ministério para o qual você é
chamado será evidente em sua vida. Você terá a capacitação ou o revestimento
divino para ocupar o ofício ao qual foi chamado.
D. Toda
operação do ministério vem debaixo do senhorio de Jesus Cristo.
1. Jesus Cristo é a Cabeça do Seu corpo, a
Igreja. A Cabeça e o corpo são um só; portanto, Jesus dirige todas as operações
de Seu corpo, assentado à direita de Deus Pai.
MARCOS 16.20
20 E
eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, COOPERANDO COM ELES O
SENHOR, E CONFIRMANDO A PALAVRA com os sinais que se seguiram.
a. Observe que Jesus cooperava com seus
discípulos.
b. E cooperava como Senhor deles, e não apenas
como ajudador. Embora Ele seja o nosso ajudador, por meio do Espírito Santo,
Ele também é o nosso Senhor.
2. O Senhor Jesus Cristo é o Cabeça da Igreja.
a. Ele é Aquele que dá.
b. Ele é Aquele que chama.
c. Ele é Aquele que equipa.
d. Vamos deixá-Lo assim fazer.
FIDELIDADE AO CHAMADO
Algumas
pessoas que estão no ministério, ou nunca foram chamadas, ou são tremendamente
infiéis. Por quê? Porque Deus nunca planejou nenhum fracasso espiritual. Quer
sejamos somente membros individuais do corpo de Cristo, quer sejamos chamados
para sermos um dom do ministério, Ele nunca estabeleceu alguns para fracassarem
e outros para serem bem-sucedidos. Ele planejou o sucesso para todos. Portanto,
ou alguns ministros nunca foram de fato chamados por Deus, ou são tremendamente
infiéis. Temos que aplicar o chamado de Deus a nossas próprias vidas. Um
ministério é como uma sociedade bem sucedida: precisa ser trabalhada, com
paciência, disciplina, respeito, conselhos, visão e muito trabalho.
2 TIMÓTEO 2.15 (KJV)
15 Estude
(a Palavra) para apresentar a si mesmo aprovado por Deus, como obreiro que não
tem com o que se envergonhar, que divide (maneja) corretamente a palavra da
verdade.
A. ESTUDO.
Tempo de preparação nunca é tempo perdido.
B. DEDICAÇÃO.
Junto com o chamado tem que existir dedicação.
C. CONSAGRAÇÃO.
Junto com o chamado tem que existir consagração.
D.
SUBMISSÃO À VONTADE DE DEUS. Junto com o chamado tem que existir submissão à
vontade de Deus.
Quando
começamos no ministério, não começamos no topo. Assim como a subida de uma
escada, começamos pelos primeiros degraus. E, às vezes, os primeiros anos do
ministério envolvem grandes sacrifícios. Mas se você sabe que o chamado está
presente, ficará firme, não importa o preço que tenha que pagar.
Temos que
fazer a seguinte consagração a Deus: Para cima ou para baixo, nadando ou
afundando, vivendo ou morrendo, ficarei firme, porque Deus me chamou.
Já que
você está agindo pela fé, sabe que não irá terminar desse jeito — mas irá
parecer assim às vezes. Vai parecer como se você fosse passar por isso tudo —
fracassar, afundar e morrer.
Se formos
fiéis nos momentos em que as coisas parecem ir para baixo, afundar e estar
morrendo, ENTÃO NÓS IREMOS EM FRENTE, PORQUE DEUS NOS CHAMOU.
E. SEJA
UMA PESSOA ÍNTEGRA.
1. O Salmo 15.4 dá uma das características de um
peregrino espiritual como, ... o que jura com dano próprio, e não se retrata.
2. Pessoas que têm o chamado de Deus em suas
vidas, e são pessoas de integridade, honestas e sinceras, permanecerão fora de
suspeita e inabaláveis.
F.
Desenvolva-se. Amadureça. Cresça.
1. Os ministérios são desenvolvidos. Leva tempo
para desenvolver um dom ministerial.
2. Leva tempo para as pessoas tornarem-se
equipadas para fazer o que Deus quer que façam. Elas devem não somente ser
equipadas, como também devem amadurecer natural e espiritualmente.
3. Normalmente as pessoas começam numa área do
ministério diferente daquela que Deus as chamou.
a. No
capítulo 13 de Atos, Saulo (Paulo) é citado como um dos cinco profetas e/ou
mestres da igreja em Antioquia. Mais tarde, no Novo Testamento, ele é chamado
de apóstolo. Mas ele não começou no ministério apostólico. Ele começou como um
profeta e como um mestre.
b. Filipe
começou no ministério de socorros (Atos 6.1-6 ). Ele foi fiel naquele ofício.
Mais tarde foi levado para o ofício de evangelista (Atos 8.5-7; 21.8 ).
c. Se
Deus o chamou para ser um pastor, você não começará pastoreando uma igreja de
2000 pessoas. Você não saberia como realizar esta tarefa. Você começará com um
pequeno rebanho, ou como um auxiliar, ou como um pastor assistente, ou como um
pastor de jovens, etc.
d. Deus
pode tê-lo chamado para ser um evangelista. Mas você não começará pregando para
5000 pessoas. Poderá começar pregando para 5 pessoas.
e. Não despreze
os pequenos começos (Zc.4.10).
4. Gaste
tempo para esperar e descobrir o que Deus quer que você faça. Permita que Deus
faça de você o ministro que Ele quer que você seja.
a. Não diga: "Eu escolhi este ofício."
A escolha não é sua. É Deus quem estabelece as pessoas nos ofícios dos dons
ministeriais.
b. Não tente ser como outra pessoa. Seja você
apenas. Tome a verdade da Palavra de Deus que é revelada para você e deixe que
Deus utilize sua personalidade para injetá-la. Então ela se torna a sua mensagem.
c. Não diga: "Sou um mestre." Pare e
descubra o que você é ou não.
d. Só porque você teve uma revelação ou
profetizou, não diga: "Sou um profeta."
Muito
provavelmente você não o é.
Mesmo que
seu chamado fosse ser um profeta, você não entraria ali imediatamente, pois não
seria capaz. Deus não viola suas próprias regras.
Sua
Palavra diz para não colocar um novo convertido no ofício de diácono (1 Tm.3.6
). Deus não colocará um cristão imaturo ou um pregador imaturo no ofício de
profeta.
e. Cresça
e desenvolva-se espiritualmente antes de tentar certificar-se e apregoar em
qual ofício você está.
f. Se
Deus lhe chamou e lhe estabeleceu em um ofício, você não terá que apregoá-lo de
qualquer maneira. As pessoas acabarão por descobrir. Se não descobrirem, não é
o seu ministério.
g. Se o
seu ministério está num estágio embrionário, será desenvolvido se você for
fiel.
h.
Identifique se o chamado de Deus está presente. Então seja fiel na obra de
Deus, no local em que você estiver (pregar e ensinar é sempre correto).
Quando
você tiver atingido certo nível de maturidade, tanto mental quanto espiritual,
Deus o fará saber qual é o seu chamado.
5. Gaste
tempo para esperar em Deus. Gaste tempo para orar e jejuar. Gaste tempo para
buscar a perfeita vontade de Deus para sua vida e ministério.
No Antigo
Testamento, se outra pessoa que não fosse o Sumo Sacerdote entrasse no Santo
dos Santos, cairia morto instantaneamente. Pois teria entrado em ofício alheio.
b. É perigoso brincar com coisas santas.
c. O chamado de Deus é santo.
d. O ministério de Deus é santo.
DESENVOLVA O SEU CARÁTER
1. Mais é
requerido daqueles que são separados para um ofício.
2. Seja
sempre alguém exemplar.
3. Seja
honesto aos olhos dos homens.
4. Ocupe
o seu lugar com dignidade.
Se você é
chamado por Deus para ocupar um ofício, aquele ofício requer respeito. Se você
tem respeito pelo ofício que ocupa, então também ensinará as pessoas a
respeitarem aquele ofício.
DIVERSIDADE E EQUILÍBRIO
A. Um dos
aspectos mais fascinantes relativos aos dons do ministério é sua diversidade.
1.Apóstolos:
O ofício de apóstolo parece englobar quase todo tipo de ministério.
2.Profetas:
O ministério do profeta é inspiracional. Ele fala por inspiração e revelação
direta de Deus.
3.Evangelistas:
O evangelista tem um comissionamento direto do Senhor para PREGAR a Palavra
para a salvação das almas.
4.Pastores:
São aqueles que pastoreiam as ovelhas de Deus.
5.Mestres:
Aqueles que ocupam o ofício de mestre, ensinam a Palavra, não por habilidade
natural, mas pela capacitação (habilidade) divina do Espírito Santo.
EZEQUIEL 37:7-9.
A.Profeticamente
o quinto pro de Efésios destacado por Deus em Ezequiel. “Então profetizei como
se me deu ordem. E houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um
rebuliço, e os ossos se achegaram, cada
osso ao seu osso. (Ossos, Crentes e Evangelistas)
E olhei, e eis que vieram nervos
sobre eles,(Nervos Mestres) e cresceu a carne, (Carne Pastor) e estendeu-se a pele sobre eles (Pele Apostolos) por cima; mas não havia neles espírito. E ele me disse: Profetiza ao espírito (Espírito Profeta), profetiza, ó filho do homem, e
dize ao espírito: Assim diz o Senhor DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e
assopra sobre estes mortos, para que vivam”.
B. Esses
dons do ministério foram dados à igreja para que houvesse um equilíbrio na
mesma.
1. Observe o quão esplendidamente os dons do
ministério eram balanceados no grande centro missionário da igreja de Antioquia
(At 13.1).
2. A questão do equilíbrio dos dons ministeriais
no Corpo de Cristo é de vital importância para ser eficaz.
3. Só um
ofício de dom ministerial não pode esperar ser capaz de ministrar
eficientemente a todas as necessidades de todo o Corpo de Cristo.
4. No
lado oposto, estão aqueles que pensam que um ministro não tem um ministério válido,
a menos que ministre na maior parte pelas manifestações dos dons do Espírito,
em vez de ensinar ou pregar a Palavra.
C.
Devemos estimar todos os dons do ministério que Jesus colocou na igreja, e
perceber que cada um deles é essencial para o amadurecimento completo da
igreja.
1. Não é raro ouvirmos os mestres depreciarem os
evangelistas, chamando-os de superficiais e sensacionalistas.
2. Os
evangelistas, às vezes, estigmatizam os mestres, chamando-os de secos e
prolixos.
3. Os
evangelistas e os mestres freqüentemente unem-se para chamarem os profetas de
fanáticos e extremistas.
4.Todas
essas atitudes são erradas.
5.Pode
haver extremos em toda a utilização dos dons ministeriais. Ainda assim não
devemos reprimir o dom de Deus, pois podemos sufocar o Espírito de Deus.
D. O
plano de Deus é que cada ministério que Ele colocou na igreja corrija e
complemente os outros, fazendo com que haja o equilíbrio necessário.
1. O
profeta é para inspirar o mestre.
2. O mestre
é para equilibrar o profeta.
3. O
evangelista é para nos lembrar continuamente acerca do mundo perdido e morto
espiritualmente e de sua necessidade do Evangelho.
4. O
pastor é para nos mostrar que as vidas ainda precisam de muito cuidado depois
de serem salvas.
5. O
apóstolo é para inspirar e abrir espaços para novas conquistas para Cristo e
para a igreja.
E. O
propósito dos dons do ministério é a unidade, e não a divisão.
Em
Efésios 4.13 lemos: "até que todos cheguemos à unidade", e não,
"até que todos sejamos divididos em facções estilhaçadas".
F. Uma
pessoa pode operar em mais de um ofício; nós os separamos para melhor
defini-los.
O APÓSTOLO
1 CORÍNTIOS 12.28
28 A uns
Deus estabeleceu na igreja, primeiramente APÓSTOLOS, em segundo lugar profetas,
em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedade de línguas.
EFÉSIOS 4.11
11E ele
mesmo concedeu uns para APÓSTOLOS...
A. O dom
do ministério que encabeça a lista dos mesmos é o de apóstolo. Entretanto, isto
não significa que seja o dom do ministério mais importante no corpo local hoje,
nem significa que os apóstolos devem predominar sobre outros dons ministeriais
no Corpo de Cristo. Em outras palavras, Paulo não estava estabelecendo uma
hierarquia para o governo da igreja local pela maneira com que relacionou os
dons ministeriais aqui.
1.Na
realidade, Paulo estava provavelmente relacionando estes ofícios na ordem que
escolheu por causa da maneira que Deus "estabeleceu" ou desenvolveu
dons ministeriais na Igreja Primitiva.
2.Entenda,
no estabelecimento da Igreja Universal que seguiu à ressurreição de Jesus, os apóstolos
e profetas eram obviamente os ofícios de ministério mais importantes, porque
foram os primeiros dons ministeriais a serem desenvolvidos ou
"estabelecidos" no Corpo de Cristo.
a. Além disso,
eles eram apóstolos e profetas fundacionais — eles lançaram a fundação para o
Novo Testamento.
b. Em
outras palavras, eles eram inicialmente os ofícios! mais importantes quando a
Igreja Primitiva estava somente começando, porque propagaram a revelação do
Novo Testamento, que é o fundamento sobre o qual a Igreja em todas as gerações
deve se estabelecer.
3.
Entretanto, em termos da operação da igreja local hoje 1 Coríntios 12.28 não é
uma lista dos ofícios dos apóstolos e profetas em sua ordem de importância. Nem
é uma lista indicando que os apóstolos e profetas são os ofícios que governam
dentro da igreja local.
a.
Apóstolos e Profetas não compõem o ofício de "governos" encontrado em
1 Coríntios 12.28. Em primeiro lugar, Paulo relacionou "governos" como
um ofício totalmente separado. Ele provavelmente se refere ao ofício pastoral.
b. Em
segundo lugar, alguns ofícios são relacionados em uma certa ordem na lista de
ministérios em Efésios 4.11, e em outra ordem na lista de ministérios de 1
Coríntios 12.28.
c. Portanto,
esta lista de 1 Coríntios 12.28 não indica que os ofícios de apóstolo e de
profeta são os mais importantes ou os ofícios que governam na igreja local de
hoje.
d. O
argumento mais significativo que explica o fato da Bíblia estimar este ofício é
que ele foi ocupado pelo próprio Cristo.
HEBREUS 3.1
1 Por
isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai
atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus...
A palavra
grega "APÓSTOLOS" traduzida por apóstolo quer dizer "alguém
enviado". Jesus Cristo é o maior exemplo de alguém que foi enviado.
JOÃO 20.21
21
Disse-lhes, pois Jesus outra vez: Paz seja convosco! ASSIM COMO O PAI ME
ENVIOU, eu também vos envio.
O
verdadeiro apóstolo é uma pessoa com um comissionamento — não simplesmente
alguém que vai, mas alguém que é envia¬do pelo Espírito Santo.
1. O
capítulo 13 de Atos nos mostra o comissionamento apos¬tólico de Paulo e Barnabé
para serem apóstolos dos gentios.
AS CREDENCIAIS DE UM APÓSTOLO.
2 CORÍNTIOS 12.12
12 Pois
as credenciais do meu apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a
persistência, por meio de sinais, prodígios e poderes miraculosos.
Quais são essas credenciais?
Sinais,
prodígios e poderes miraculosos.
O fruto de um apóstolo.
A Bíblia
também fala sobre as obras ou frutos do ministério apostólico:
1 CORÍNTIOS 9.1
Não sou
eu, porventura livre? não sou apóstolo? não vi a Jesus, nosso Senhor? acaso não
sois fruto do meu trabalho no Senhor? Ao defender seu apostolado, Paulo poderia
corretamente dizer, "... acaso não sois fruto do meu trabalho no
Senhor?" O fruto do ministério apostólico de Paulo eram pessoas que
estavam solidamente embasadas na Palavra.
1CORÍNTIOS 9.2
2 Se não
sou apóstolo para outrem, certamente o sou para vós outros, porque vós sois o
selo do meu apostolado no Senhor.
Paulo
também podia apontar para igrejas solidamente estabelecidas e dizer que elas
eram o selo ou o fruto de seu ministério apostólico. Em sua epístola, Paulo
endereça muitas de suas cartas para aquelas igrejas que havia estabelecido.
E em 1
Coríntios 4.15, vemos a verdadeira natureza do chamado apostólico.
1 CORÍNTIOS 4.15
15 Porque
ainda que tivésseis milhares de preceptores em Cristo, não teríeis, contudo
muitos pais; pois eu pelo evangelho vos gerei em Cristo Jesus.
Paulo era
realmente um pai espiritual para aqueles a quem havia estabelecido na fé.
Embora Paulo fundasse e estabelecesse diversas igrejas, ele não governava estas
pessoas mais do que um pai ditatorialmente governa seus filhos a quem ama.
a. O ofício
apostólico de Paulo não lhe dava autoridade para dizer ao povo e às igrejas o
que fazer em todas as questões da vida. Ainda assim, alguns dos chamados
"apóstolos" de hoje tentam dirigir todos os aspectos da igreja local,
incluindo as vidas pessoais do povo.
b. Observe
as afirmações que Paulo escreveu para cada igreja nas epístolas. Ele não as
comandava. Ele não era um ditador que ficava acima delas. Ele se dirigia a elas
de maneira paternal, demonstrando cuidado e preocupação legítimos: E eu mesmo,
Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo... (2 Cr 10.1).
1 TESSALONICENSES 2.6-12
6 Também
jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros.
7 Embora
pudéssemos, como enviados de Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, todavia,
nos tornamos dóceis entre vós, qual ama que acaricia os próprios filhos;
8 Assim,
querendo-vos muito, estávamos prontos a oferecer-vos, não somente o evangelho
de Deus, mas, igualmente, a nossa própria vida, por isso que vos tornastes
muito amados de nós.
9 Porque,
vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia
labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o
evangelho de Deus.
10 Vós e
Deus sois testemunhas do modo porque piedosa justa e irrepreensivelmente
procedemos em relação a vós outros que credes.
11 E
sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus filhos, a cada um de vós,
12
Exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que
vos chama para o seu reino e glória.
c.Paulo
demonstrou sua atitude nestas passagens das Escrituras. Não é uma atitude de
tentar dominar as pessoas e governá-las. Em que Paulo exortou, consolou e
admoestou os crentes?
d.Paulo
exigiu seu direito de dominá-los? Certamente que não! Ele comandou todas as igrejas
sob a sua "autoridade' dar o dízimo para ele como alguns que hoje são
chamados de "apóstolos" estão fazendo? Mil vezes, não! Ele exortou e
admoestou crentes a viver por modo digno de Deus.
e.O
cuidado e a preocupação apostólica de Paulo pelas igrejas tornam-se mais claros
ainda na Bíblia Amplificada.
I TESSALONICENSES 2.7,11 (Amplificada)
7 Porém
nos tornamos dóceis entre vós, como a mãe devotada que nutre e acalenta seus
próprios filhos...
11 ... como um pai [ao lidar com seus filhos],
costumávamos exortar a cada um de vós pessoalmente, estimulando, encorajando e
admoestando a todos.
f. Há uma
vasta diferença entre a atitude de Paulo demonstrada em suas cartas para as
igrejas, e a atitude de alguns assim chamados de "apóstolos" de hoje
que estão dominando as pessoas e tentando governá-las com austeridade, orgulho
e superioridade.
g. Alguns
desses assim chamados "apóstolos" de hoje, comandam o povo ao dizer:
"Vocês têm de prestar atenção a mim e fazer o que eu digo porque sou um
apóstolo." Isto não é bíblico. Uma afirmação como essa não pode ser
comprovada pela Bíblia.
Características
de um apóstolo. Um apóstolo é acima de tudo um pregador ou um mestre, ou um
pregador e um mestre da Palavra.
1 TIMÓTEO 2.7
7 Para
isto fui designado pregador e apóstolo (afirmo verdade, não minto), mestre dos
gentios na fé e na verdade.
2 TIMÓTEO 1.11
11 Para o
qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre.
Observe
que Paulo não disse: "Fui primeiro designado como apóstolo." Não,
Paulo disse que ele foi primeiro designado como pregador porque era acima de
tudo um pregador e um mestre da Palavra de Deus.
Para
permanecer neste ofício, a pessoa deve ter tido uma experiência pessoal com o
Senhor — algo muito profundo e real, algo além do ordinário. Não somente herdar
algo de segunda mão ou por tradição.
1. Paulo.
Observe algo que Paulo disse para defender o seu apostolado: Não sou eu
porventura livre ? Não sou apóstolo ? NÃO VIA JESUS, NOSSO SENHOR?... (1 Co
9.1). Paulo não viu a Jesus em carne como os doze viram. Mas ele viu a Jesus
numa visão espiritual (At 9.3-6). Ele teve uma profunda experiência pessoal com
o Senhor. Até mesmo a sua conversão estava além do comum.
Paulo
teve tamanha experiência pessoal com o Senhor, que ele podia dizer a respeito
do que sabia da Ceia do Senhor: Porque eu recebi do Senhor o que também vos
entreguei... (1 Co 11.23). Ele não aprendeu sobre este assunto com os outros
apóstolos. Ele aprendeu por revelação. Jesus conce¬deu-lhe a revelação.
2. O
Evangelho que Paulo pregava não lhe foi ensinado por nenhum homem. Foi o
Espírito de Deus que lhe ensinou. Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o
evangelho por mim anunciado não é segundo o homem; porque eu não o recebi nem o
aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo (Gl 1.11,12). Alguém
nos ensinou a respeito do Evangelho, mas ninguém ensinou a Paulo. Observe o
restante desta passagem de Gaiatas a respeito da revelação de Paulo — a prova
da profunda experiência de Paulo com o Senhor.
GÁLATAS 1.13-17
13 Porque
ouvistes qual foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira
perseguia eu a igreja de Deus e a devastava.
14 E, na
minha nação, quanto ao judaísmo, avantajava-me a muitos da minha idade, sendo
extremamente zeloso da tradição de meus pais.
15
Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça,
aprouve
16
Revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não
consultei nem carne nem sangue,
17 nem
subi a Jerusalém para os que já eram apóstolos antes de mim, mas parti para as
regiões da arábia, e voltei outra vez para damasco.
Por
quanto tempo Paulo ficou na Arábia? Ninguém sabe. Mas foi durante a época em
que esteve na Arábia que Paulo recebeu a revelação do Evangelho, que escreve em
cada Epístola.
GÁLATAS 1.18,19,21-24
18 Decorridos
três anos, então subi a Jerusalém para avistar-me com Cefas, e permaneci com
ele quinze dias;
19 E não
vi outro dos apóstolos, senão a Tiago, o irmão do Senhor.
21 Depois
fui para as regiões da Síria e Cilícia.
22 E não era conhecido de vista das igrejas da
Judéia, que estavam em Cristo.
23 Ouviam somente dizer: Aquele que antes nos
perseguia, agora prega a fé que procurava destruir.
24 E
glorificavam a Deus a meu respeito.
Três anos
depois Paulo, ao retornar de Damasco, foi a Jerusalém e passou duas semanas com
Pedro.
GÁLATAS 2.1,2
1 Catorze
anos depois, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também a Tito.
2 Subi em
obediência a uma revelação; e lhes expus o evangelho que prego entre os
gentios, mas em particular aos que pareciam de maior influência, para de algum
modo não correr, ou ter corrido, em vão.
Paulo
esteve pregando por 17 anos sem que soubesse o que os apóstolos pregavam. Ele
não os tinha ouvido. Ele esteve com Pedro somente por um breve período de 2
semanas. Depois disso ele pregou mais 14 anos antes que o Espírito de Deus lhe
revelasse que deveria ir a Jerusalém e compartilhar aquelas coisas com os
irmãos.
Paulo
teve de fato uma profunda experiência espiritual com o Senhor Jesus Cristo!
Um
ministério de apóstolo parece englobar todos os outros dons ministeriais.
A consequência
peculiar é a capacidade de estabelecer igrejas.
1. O apóstolo tem algumas operações de todos os
cinco ofícios, que incluiriam o equipamento pastoral de governos. (Weymouth
traduz a palavra "governos" como "poderes de organização").
2. Após
as igrejas serem estabelecidas, os apóstolos podem exercer supervisão sobre as
igrejas que estabeleceram (1 Co 9.1,2) até que nelas seja estabelecida
autoridade espiritual sobre si mesmas.
Há
aqueles que autodenominam-se apóstolos, que querem dominar e governar as
pessoas. Eles dizem: "sou um apóstolo. Tenho autoridade. Você terá de
fazer o que eu digo". Nos dias do Novo Testamento, os apóstolos só exerciam
supervisão sobre as igrejas que eles mesmos estabeleciam. Paulo nunca exerceu
qualquer autoridade sobre a igreja de Jerusalém, ou sobre qualquer uma das
igrejas que os outros apóstolos tinham estabelecido.
Lembre-se
que estes ofícios existem em poder e não somente em palavras. Se o poder não
existe para estabelecer igrejas, então eles não são apóstolos na plena
abrangência do ofício.
3. Um
missionário que é realmente chamado por Deus e enviado pelo Espírito Santo é um
apóstolo.
a. Atos 13.2,4 O Espírito Santo disse:
Separai-me Saulo e Barnabé para a obra que os tenho chamado. Então o versículo
4 diz: ENVIADOS, pois, pelo Espírito Santo, desceram...
Eles
foram "enviados". Partiram em sua primeira viagem missionária aos
gentios.
b. O Novo Testamento nunca menciona
missionários, embora seja um importante ofício. Ele está aqui no ofício de
apóstolo.
c. O missionário terá a habilidade (capacidade)
de todos os dons do ministério.
1) Ele
fará o trabalho de evangelista Ele fará com que vidas sejam salvas.
2) Ele
fará o trabalho de mestre.
Ele
ensinará e firmará as pessoas.
3) Ele
fará o trabalho de pastor.
Ele
pastoreará seu rebanho e guiará o povo durante algum tempo.
a) Se
estudarmos de perto a vida do apóstolo Paulo, observaremos que ele disse que
nunca edificava sobre fundamento alheio. Ele se esforçava para pregar o Evangelho
onde Cristo ainda não tinha sido anunciado (Rm.15.20)
Ele
sempre permanecia num lugar por um período que podia variar de 6 meses a 3
anos.
b) Seu
chamado não era o de pastor, mas ele permanecia neste ofício por tempo
suficiente até que o povo se firmasse na verdade, e então mudava-se.
HÁ APÓSTOLOS HOJE?
Vejamos o
que a Palavra de Deus fala sobre o assunto, encontramos em Hebreus 3.1 que
Jesus foi chamado de Apóstolo e Sumo Sacerdote de nossa confissão. Jesus o
homem, o próprio Apóstolo. Ele foi o "Enviado" pelo Pai para
proporcionar a expiação dos pecados do mundo. Nenhum outro apóstolo (ou
enviado) terá algum dia esse chamado. Temos em seguida os Apóstolo do Cordeiro:
Estes eram os doze apóstolos que foram testemunhas oculares da vida,
ministério, morte, sepultamento e ressurreição de Jesus (Atos 1.21,22). Esta é
a finalidade deles — testemunhar o ministério terreno de Jesus e dar testemunho
de seu ministério para o mundo. Ninguém, nem mesmo Paulo, seria um apóstolo no
sentido original em que os doze o eram. Há somente doze apóstolos do Cordeiro
(Ap.21.14).
A Bíblia
nos diz quais eram as qualificações que os doze deveriam ter, quando da seleção
daquele que substituiria Judas (At.1.15-22).
ATOS 1.15-22
15
Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos irmãos (ora, compunha-se a
assembléia de umas cento e vinte pessoas) e disse:
16
Irmãos: Convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo proferiu
anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que
prenderam a Jesus.
17 Porque
ele era contado entre nós e teve parte neste ministério
18 (Ora,
este homem adquiriu um campo com o preço da iniqüidade; e, precipitando-se,
rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram;
19 E isto
chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, de maneira que em
sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue).
20 Porque
está escrito no livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada; e não haja quem
nela habite; e: Tome outro o seu encargo.
21 É necessário, pois, que, dos homens que nos
acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós,
22
Começando no batismo de João, até o dia que dentre nós foi levado às alturas,
um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.
Para ser
um dos doze apóstolos do Cordeiro, deveria tê-los acompanhado — aos apóstolos e
a Jesus — durante todos os três anos e meio do ministério de Jesus. Paulo não
estava entre eles. Os doze foram enviados para ser testemunhas oculares do
ministério, obra, vida, morte, sepultamento, ressurreição e ascensão do Senhor
Jesus Cristo. E eles permaneciam numa categoria ou classe onde nenhum outro
apóstolo ou ministro poderia estar.
Apóstolos
do Novo Testamento: isto inclui Paulo e Barnabé e os outros apóstolos do Novo
Testamento. Além dl Jesus ser chamado de Apóstolo, e dos doze apóstolos do
Cordeiro, o Novo Testamento chama muitos outros de apóstolos:
1)
Barnabé e Paulo (At 14.14).
2) Tiago, o irmão do Senhor (Gl 1.19).
3)
Andrônico e Junias (Rm 16.7).
4)
Silvano e Timóteo (1 Ts 1.1;2.6).
5) Apoio
(1 Co 4.4-9).
6) Dois irmãos
não nomeados (2 Co 8.23)
7)
Epafrodito (Fp 2.25)
A palavra
traduzida por mensageiro nestes versículos é a mesma palavra grega traduzida
por apóstolo nos outros lugares. Pode também significar um representante ou um
delegado.
Os
apóstolos do Novo Testamento não eram apóstolos no mesmo sentido que os doze
Apóstolos do Cordeiro eram. Em primeiro lugar, eles não eram testemunhas da
vida e ministério de Jesus. Em segundo lugar, eles pareciam ter chamados mais limitados.
Paulo, por exemplo, era um apóstolo (um enviado) para os Gentios somente (veja Para
o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios.2 Timóteo
1:11.- Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios,
exalto o meu ministério; Romanos 11:13. Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela
vontade de Deus, e o irmão Timóteo,Colossenses.1:1-E ouviram os apóstolos, e os
irmãos que estavam na Judéia, que também os gentios tinham recebido a palavra
de Deus.Atos 11:1-Paulo (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de
Deus), e o irmão Sóstenes,1 Coríntios 1:1-Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado
para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.
Romanos
1:1-Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os
gentios;
Efésios
3:1-Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, segundo a promessa
da vida que está em Cristo Jesus,2 Timóteo 1:1-Ouvindo, porém, isto os
apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da
multidão, clamando,
Atos
14:14-Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que
estão em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus:
Efésios
1:1-Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador,
e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa,
1 Timóteo
1:1-Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador,
e apóstolo, e doutor dos gentios na fé e na verdade.1 Timóteo 2:7-Paulo,
apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e
por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos),Gálatas 1:1 -Tendo tido Paulo
e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e
Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos
anciãos, sobre aquela questão.Atos 15:2 -E por intermédio deles escreveram o
seguinte: Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios
que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde.Atos 15:23- Paulo, apóstolo de
Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, à igreja de Deus, que
está em Corinto, com todos os santos que estão em toda a Acaia.2 Coríntios
1:1-Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos
de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade,Tito 1:1 -Então
pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger homens
dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas,
chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos.Atos 15:22).
Há muito
falatório hoje sobre a necessidade dos apóstolos contemporâneos lançarem
fundamento para igreja. Porém o fundamento da Igreja Mundial já foi lançado! Os
apóstolos contemporâneos como bons servos irão muito bem em intimidades com o
poderoso Senhor, servirão como servos bons e fiéis se guardarem até o fim sua
fé. E quanto aos demais trabalho foi realizado por Jesus e pelos Apóstolos do
Cordeiro e os outros apóstolos do Novo Testamento. Paulo explica isto em 1
Coríntios 3.10:
1 CORÍNTIOS 3.10
10
Segundo a graça de Deus que me foi dada, LANCEI O FUNDAMENTO como prudente
construtor; e outro edifica sobre ele. Porém, cada um veja como edifica.
EFÉSIOS 2.20
20
Edificados sobre o FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS e profetas, sendo ele mesmo, Cristo
Jesus, a pedra angular; Os primeiros doze apóstolos e os outros apóstolos do
Novo Testamento lançaram inicialmente o fundamento da Igreja ao darem
testemunho da missão terrena de Jesus, como os primeiros pioneiros e pregadores
do Evangelho, e ao receberem a Palavra de Deus e registrá-la na forma escrita
no que agora conhecemos como Novo Testamento. Os apóstolos contemporâneos não
são chamados para lançar o fundamento da Igreja. Eles têm um chamado e uma
missão inteiramente diferentes, no serviço da igreja hoje, apóstolos de hoje: Não há
apóstolos fundacionais hoje. Se a fundação não fosse lançada pelos apóstolos do
Novo Testamento e nós precisássemos dos apóstolos contemporâneos para fazê-lo,
então precisaríamos de uma nova pedra angular da mesma forma. Naturalmente,
isto é tolice. O trabalho do apóstolo hoje é encontrar e estabelecer igrejas
locais por todo o mundo; adentrar em território e abrir igrejas onde elas não
existam, implantar, alimentar e cuidar, ai podemos ver que não são tantos
apóstolos nesta condição como se nomeiam.
Há o
ofício do apóstolo hoje? Sim, graças a Deus eles existem, apesar de muito raro.
Vejamos novamente:
EFÉSIOS 4.8,11-13
8 Por
isso diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu
dons aos homens...
11 E ele
mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 Com
vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo,
13 Até
que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à
perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.
1. Se Deus tivesse tirado alguns desses
ministérios da lista, a Bíblia diria que Ele concedeu-nos só por pouco tempo.
2. TODOS esses dons do ministério foram dados
para o aperfeiçoamento dos santos, para o trabalho do ministério, para a
edificação do Corpo de Cristo. Isto inclui os apóstolos.
3. Por quanto tempo ele os deu? Todos eles foram
dados. Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho
de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo
(Ef.4.13).
QUE MARCAS DEVEMOS OBSERVAR EM UM APÓSTOLO HOJE?
a. Acima de tudo, um pregador ou mestre da
Palavra, trazer o conhecimento e a revelação da palavra inspirada para igreja
hoje.
b. Dons
espirituais observáveis e proeminentes.
c. Profunda
experiência pessoal.
d. Poder
e capacidade para estabelecer igrejas.
e.Capacidade
gerar e de prover liderança espiritual adequada.
Se Deus o
chamou para ser um apóstolo, não ficaria preocupado sobre o assunto. Você não
começará nesse ofício. Em At 13.1 lemos: Havia na igreja de Antioquia profetas
e mestres; Barnabé, Simeão, Lúcio, Manaém ... e Saulo. Cada um desses homens
era ou um profeta, ou um mestre, ou um profeta e um mestre (um homem pode
permanecer em mais de um ofício). Era o caso de Paulo. Sabemos, pelo estudo das
Escrituras, que ele era tanto um profeta como um mestre. At 14.14 chama-o de
apóstolo. Ele tornou-se um apóstolo quando Deus o estabeleceu nesse ofício.
Lembre-se
disso : Não se preocupe com nome e títulos.Barnabé e Paulo não foram
estabelecidos inicialmente no ministério de apóstolo; mais tarde, Deus os
colocou lá. E também lembre-se: Deus recompensa a fidelidade. Ele não
recompensa o ofício em si. Um profeta não receberá maior galardão do que um
porteiro que foi fiel em seu ministério de socorros. Os ofícios mais
preeminentes não recebem maior galardão; somente há maior responsabilidade. Deus
recompensa a fidelidade!
O PROFETA
I CORÍNTIOS 12.28
28 A uns
estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em SEGUNDO LUGAR
PROFETAS...
EFÉSIOS 4.11
II E ele mesmo concedeu uns para apóstolos,
outros para PROFETAS....
Há profetas nos dias de hoje?
1. Alguns afirmam que o ofício de profeta foi
abolido. Que houve profetas no período do Velho Testamento e no período da
igreja primitiva, mas que não há mais profetas hoje.
Esta afirmação não é bíblica.
2. A Palavra de Deus nos diz que ele concedeu
alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros
para pastores e mestres (Ef 4.11).
1. Alguns
dizem que os únicos ministros que temos hoje são evangelistas, pastores e
mestres.
2. A
Palavra de Deus não faz distinção. Ou todos ainda permanecem ou nenhum ainda
permanece.
3. Para qual propósito foram dados? Para o
aperfeiçoamen¬to dos santos, para o trabalho do ministério, para a edificação
do corpo de Cristo.
Os santos
já foram todos aperfeiçoados? Há desempenho de serviços (ministérios) hoje? O
Corpo de Cristo precisa de edificação? Sim, com bastante ênfase! Então todos
estes dons do ministério devem estar em operação.
4. Estes dons do ministério são necessários até
que Jesus volte para sua Igreja.
O que constitui o ministério de profeta?
1. Comentando o que o Novo Testamento diz a
respeito do profeta, um estudioso do grego disse: "Ele fala pelo impulso
da inspiração súbita no momento. à luz de uma repentina revelação. A idéia de
falar por uma revelação súbita parece ser fundamental no relacionamento com os
eventos futuros ou da mente do Espírito em geral." Um profeta fala por
inspiração divina direta, uma revelação imediata — não algo que ele pensa, mas
algo dado subitamente por inspiração repentina.
2. Para permanecer no ofício de profeta, deve
ser primeiramente um ministro do Evangelho, separado e chamado para o
ministério com o chamado de Deus para sua vida. O profeta é um dom do
ministério.
a. Um profeta é acima de tudo um pregador ou um
mestre da Palavra.
b. Não há profetas entre o que chamamos de
leigos — porque um profeta é aquele que é chamado para o ministério de tempo
integral.
c. Um leigo pode profetizar, mas você não é um
profeta só porque profetiza.
1) Paulo
encorajou toda a igreja de Corinto a buscar o dom de profecia (1 Co 14.1).
Então ele
dá a definição do que é o simples dom de profecia: Mas o que profetiza, fala
aos homens, edificando, exortando e consolando (v.3). Ainda a resposta à
pergunta "São todos profetas?" é obviamente "Não" (1 Co
12.29).
2)
Diferenciar entre o profetizar — embora um profeta possa profetizar — e o
ministério de profeta.
ATOS 21.8-11
8 No dia
seguinte, partimos e fomos para Cesaréia; e, entrando na casa de Filipe, o
evangelista, que era um dos sete, ficamos com eles.
9 Tinha
este quatro filhas donzelas, que profetizavam.
10
Demorando-nos ali alguns dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ágabo;
11 E,
vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele seu próprios pés e
mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus em Jerusalém farão
ao dono deste cinto, e o entregarão nas mãos dos gentios.
As quatro
filhas de Filipe profetizavam. Isto significa que elas operavam no simples dom
de profecia, "falando aos homens para edificação, exortação e consolo"
(1 Co 14.3). Agabo era um profeta. E embora um profeta possa profetizar o que é
revelado, Ágabo não está profetizando neste trecho. Ele somente está relatando
o que o Espírito Santo lhe revelou anteriormente.
3. Para
permanecer no ofício de profeta, o dom do ministério necessita como condição
necessária já terem operação, em seu ministério, uma manifestação consistente
de pelo menos dois dos três dons de revelação (palavra de sabedoria, palavra de
conhecimento, discernimento de espíritos), além do dom de profecia.
a. Os três dons de revelação são:
1) Palavra
de sabedoria: Revelação sobrenatural pelo Espírito de Deus concernente ao
propósito da mente e vontade de Deus. Sempre se refere ao futuro.
2)Palavra
de conhecimento: Revelação sobrenatural pelo Espírito de Deus de fatos na mente
de Deus concernentes às pessoas, lugares ou coisas. Sempre se refere ao
presente ou passado.
3)Discernimento
de espíritos: Discernimento sobrenatural para dentro da dimensão espiritual.
Enxergar e ouvir na dimensão espiritual.
a.
Qualquer crente cheio do Espírito pode ter manifestações ocasionais destes dons
conforme a vontade do Espírito e conforme a necessidade. Mas um profeta também
perma¬neceria no ofício de pregador ou mestre e teria manifestação muito mais
consistente desses dons. A diferença é que um profeta tem um ministério nessa
linha. Ele torna-se um dom do ministério num nível mais elevado.
b. Um profeta tem visões e revelações.
c. Há três tipos de revelações e três tipos de
visões. O tipo mais elevado de revelação e a categoria menos elevada de visão
são similares e às vezes o indivíduo não consegue diferenciar um caso do outro.
1) Visão espiritual. Uma pessoa tem a visão no
seu espírito, ou vê em seu espírito. É o primeiro tipo de visão e a de
categoria menos elevada.
Exemplo:
Saulo na estrada para Damasco (Atos 9.1-8). A Bíblia diz sobre Saulo que ...
quando os seus olhos estavam ABERTOS, ele não via nenhum homem... Os olhos de
Saulo estavam fechados quando ele teve esta visão e viu Jesus. Paulo não via o
Senhor com os seus olhos físicos. Ele enxergava no reino espiritual com os seus
olhos fechados.
Na
realidade, a Bíblia diz que Saulo ficou cego durante um tempo, portanto ele não
pôde ver a Jesus com seus olhos físicos. Mais tarde Ananias orou por Paulo para
que ele pudesse receber sua visão (Atos 9.17).
2)
Êxtase. Jesus assinalou para mim que o segundo tipo mais elevado de visão é
quando entramos em êxtase. Quando uma pessoa entra em êxtase, seus sentidos
físicos são desaguçados. A sensibilidade de onde se está, ou a respeito das
coisas do mundo físico, desaparece. Ele não fica inconsciente; ele torna-se
mais consciente das coisas espirituais do que das coisas físicas.
Exemplos:
Paulo. Quando Paulo foi a Jerusalém pela primeira vez após a sua conversão, ele
disse: Tendo eu voltado para Jerusalém, enquanto orava no templo, sobreveio-me
um êxtase, e vi aquele que falava comigo (Jesus): Apressa-te e sai logo de
Jerusalém porque não receberão o teu testemunho a meu respeito (At 22.17,18).
Pedro. O
capítulo 10 de Atos relata a visão de Pedro em que o Senhor disse-lhe para
levar o Evangelho aos gentios. Pedro subiu ao eirado para orar e então
sobreveio-lhe um êxtase (v.10).
Quando
Pedro entrou em êxtase,... viu o céu aberto... (v.2). Ele estava vendo na
dimensão espiritual.
Observamos,
então, da Bíblia, que tanto Pedro quanto Paulo entraram em êxtase e enxergaram
na dimensão espiritual.
3) Visão
aberta. É a visão da categoria mais elevada. Quando ocorre os sentidos físicos
não ficam suspensos. Seus olhos físicos estão abertos. O indivíduo permanece
com toda sensibilidade física, e ainda vê e ouve na dimensão espiritual.
João. No
capítulo 1 do livro de Apocalipse, parece que João viu ao Senhor numa visão
aberta.
Experiência
pessoal: Tive esse tipo de visão quando Jesus apareceu-me em 1959 e ensinou-me
a respeito do ministério de profeta. Vi Jesus entrar no meu quarto. Ouvi Seus
passos. Vi-O sentar-se ao lado da minha cama. Ouvi Sua voz do mesmo modo que
ouço a voz de qualquer pessoa.
d. Os
profetas do Velho Testamento eram chamados videntes. Eles viam e sabiam algumas
coisas de maneira sobrenatural.
e. Durante
aquela visão, o Senhor lembrou-me do tempo em que Saul era um jovem e procurava
as jumentas de seu pai que tinham-se extraviado (1 Sm 9). Quando Saul inquiria
a respeito delas, alguém lhe sugeriu que fosse ao profeta e lhe perguntasse
onde encontrar as jumentas, pois ele saberia onde elas estavam. Saul foi ao
profeta Samuel, que lhe disse que as jumentas tinham sido encontradas há três
dias e que agora as pessoas procuravam por Saul. Samuel sabia disso sobrenaturalmente.
Samuel também pediu para que Saul esperasse, pois tinha uma palavra de
sabedoria para ele, concernente ao plano de Deus. Saul foi então ungido para
ser o primeiro rei de Israel. Certamente Samuel não sabia a respeito do
paradeiro de qualquer jumenta perdida em Israel. Possivelmente havia muitas jumentas
perdidas naqueles dias. Deus tinha um propósito em revelar um caso particular,
pois era concernente ao futuro rei de Israel.
f. A
palavra "revelação" é usada em conexão com o ministério de profeta.
1 CORÍNTIOS 14.29,30
29
Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem.
30 Se,
porém, vier REVELAÇÃO a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro.
1) As
revelações podem vir pelo profeta pela operação do dom de profecia. Isto está
numa categoria superior à da simples profecia.
2) As
revelações também entram em operação quando o profeta simplesmente relata o que
o Espírito Santo está dizendo.
3) As revelações devem ser julgadas.
Comentário:
É bíblico que os outros julguem as profecias (1 Cr 14.29). As pessoas que não
querem que suas revelações — ou profecias — sejam julgadas estão erradas. E
elas podem estar com orgulho espiritual. Alguém poderia dizer: "O Senhor
Jesus não comete erros."
Correto.
Mas estes dons espirituais estão sendo manifestados através de seres humanos, que
são imperfeitos. É semelhante ao fluir da água por um cano. A água pode ser
contaminada pela ferrugem do cano. Outras pessoas têm o Espírito de Deus,
especialmente aquelas que são utilizadas nesta área, então é por isto que a
Palavra diz:... deixe que os outros julguem.
g.Às vezes
o profeta opera como prognosticador. Este é o dom da palavra de sabedoria
operando através do profeta.
1) Ágabo.
Ele
previu uma seca (At 11.28)
Ele
previu o que aconteceria com Paulo em Jerusalém (At 21.10,11).
h. Alguns
não crêem que a profecia pessoal seja bíblica. Eles não crêem que um profeta
possa trazer uma mensagem para um indivíduo.
1) Ágabo
operou nela (At 21.10,11). Ele não disse a Paulo que ele não deveria ir a
Jerusalém. Ele simplesmente disse-lhe o que ocorreria lá, e isto se cumpriu.
2) Muitas
vezes Deus mostrou coisas nessa linha que abençoaram e ajudaram as pessoas.
Necessitamos dessa espécie de manifestação nos dias de hoje.
3)
Conforme a vontade de Deus, Ele nos mostra coisas para nos preparar e nos
deixar prontos para o futuro. Mas você não liga e desliga a operação do
ministério de profeta conforme sua vontade. Ele entra em operação conforme a
vontade do Espírito.
4) Às
vezes Deus usa um indivíduo para levar uma palavra de Deus para outra pessoa.
Então este indivíduo poderia pensar que pode trazer uma palavra de Deus a
todos. Não! Aqueles que andam trazendo "mensagens de Deus" e
profecias para todo mundo a toda hora estão no engano, no fanatismo e com
problemas horríveis..
O diabo
pode enganá-los. E ele o fará.
Há uma
semelhança entre o ministério de profeta do Antigo Testamento e o do Novo
Testamento. Contudo, o profeta do Novo Testamento não tem o mesmo status
(posição) do profeta do Antigo Testamento.
5) O povo
da época da Antiga Aliança ia ao profeta buscar direção. Somente o rei, o
sacerdote e o profeta eram ungidos pelo Espírito de Deus para ocuparem os seus
respectivos ofícios. Os demais não tinham nenhuma Presença de Deus tangível em
suas vidas. A Presença de Deus estava encerrada no Santo dos Santos. Eles não
tinham o Espírito de Deus nem sobre eles, nem dentro deles. A menos que Deus
decidisse mover-Se e demonstrar a Si mesmo no reino natural, como no caso de
Gideão, as pessoas teriam que recorrer ao profeta para orientação.
A. Na
Nova Aliança não é bíblico buscar direção através do ministério do profeta.
1. Jesus disse isso quando Ele me apareceu em
1959.
2. Estamos numa aliança superior (Hb 8.6).
3. Temos a mesma Presença de Deus dentro de nós
que estava encerrada no Santo dos Santos. Ele vive em nós. Na Nova Aliança,
nossos corpos são templos de Deus (1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16).
4. Ele está dentro de nós para nos guiar.
Pois
todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, são filhos (maduros) de Deus
(Rm 8.14).
5. Todo crente necessita aprender a se orientar
pelo testemunho interior do Espírito Santo. Ele não teria de ir a mais ninguém
para buscar orientação.
6. Há pessoas que procuram controlar a vida das
outras através de profecias (pessoais). Não sei porque gostam de fazer isto,
porque não é bíblico.
7. Saiba em seu próprio espírito como Deus o
está guiando. Se algo que alguém diz confirma o que você tem em seu espírito,
tudo bem! — se não, esqueça!
8. O profeta Ágabo tomou o cinto de Paulo e
ligou com ele os seus próprios pés e mãos e declarou:
ATOS 21.11-14
11 E,
vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele seus próprios pés
e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus em Jerusalém farão
ao dono deste cinto, e o entregarão nas mãos dos gentios.
12 Quando
ouvimos estas palavras tanto nós como os daquele lugar, rogamos a Paulo que não
subisse a Jerusalém.
13 Então ele respondeu: Que fazeis chorando e
quebrantando-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até
para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus.
14 Como,
porém, não o persuadimos, conformados, dissemos: Faça-se a vontade do Senhor.
Observe
algo. Ágabo previu o que aconteceria. Mas ele não disse nada a respeito de qual
seria a vontade de Deus sobre o assunto. Ele não disse a Paulo se ele devia ir
ou não ir a Jerusalém. Ele não deu a Paulo nenhuma direção a respeito do
assunto. Ele simplesmente disse o que lhe foi revelado. Paulo teria que decidir
por ele mesmo se Deus estava conduzindo-o ou não a Jerusalém.
Algumas
pessoas pensam que Paulo saiu do propósito de Deus — que o Espírito de Deus
estava dizendo-lhe que não deveria ir.
Este não
é o caso, pois quando Paulo foi preso, Jesus apareceu-lhe à noite.
ATOS 23.11
11 Na
noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! pois do modo
por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também
o faças em Roma. Se ele estivesse fora da vontade de Deus, o Senhor teria-lhe
dito.
B. Ponha
a Palavra de Deus em primeiro lugar. Mesmo se houver manifestações sobrenaturais
em sua vida, não construa seu ministério sobre manifestações sobrenaturais.
Continue com elas, mas construa (edifique) o seu ministério sobre a Palavra de
Deus. Mesmo se você é um profeta, construa o seu ministério sobre a Palavra.
É
perigoso sentir-se na obrigação de que o ofício deva sempre entrar em operação.
1.
Algumas pessoas chamadas por Deus, ungidas e equipadas por Ele para
permanecerem num certo ofício, pensam: "Sou obrigado a funcionar nele para
sempre."
Então,
quando o Espírito Santo não está em manifestação, tentam funcionar (operar) por
si mesmas. É PERIGOSO ENTRAR NESSA ÁREA.
Se está em operação, tudo bem. Se não — não tente produzi-la por si mesmo. Espírito
de Deus não está em manifestação e você move-se para esta área e tenta fazer algo
na carne, você está abrindo uma porta para o engano de poderes ocultos. Isto
ocorre porque você deixou a Palavra." Discirna a diferença entre o
Espírito de Deus e os espíritos familiares.
2. Não
adianta ficar temeroso por causa dos maus espíritos — na verdade, são os
espíritos familiares que estão em ação.
Estes
espíritos estão familiarizados com as pessoas, e comunicam-se com aquelas
pessoas através das quais operam.
3. Quando Deus tirou a Israel do Egito,
lembre-se que Arão atirou sua vara e ela tornou-se em serpente. Os magos
fizeram o mesmo — largaram suas varas no chão e elas transformaram-se em
serpentes. Contudo a serpente de Moi¬sés e Arão tragou as serpentes dos magos
(Êx 7.12).
6. O
diabo sabe algumas coisas. Ele não é onisciente como Deus. Mas a Bíblia fala a
respeito de espíritos familiares.
Eles
ficam familiarizados com você — mesmo que você seja salvo e cheio do Espírito
Santo. E se alguém os contata, eles dirão algumas coisas a respeito de você.
A jovem
de quem Paulo expulsou um demônio tinha um espírito de adivinhação (At
16.16-19). Isto significa que ela fazia previsões — mas é o tipo errado de
espírito.
O diabo
sabe coisas que acontecerão às pessoas se continuarem caminhando exatamente
como estão. Se são filhos dele, ele sabe exatamente o que lhes acontecerá.
7. Como você pode saber a diferença ?
a. Por 1
Coríntios 12.1-3.
1 CORÍNTIOS 12.1-3
12 A
respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
13 Sabeis
que, outrora, quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos aos ídolos mudos;
segundo éreis guiados.
14 Por
isso vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma:
Anátema Jesus! por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo
Espírito Santo.
Interprete
esses versículos no contexto. Paulo está escrevendo a respeito de manifestações
espirituais e coisas concernentes ao Espírito Santo. De fato, alguém poderia
dizer "Jesus é Senhor" pela sua cabeça. Um pecador poderia dizê-lo.
Mas o que a Escritura está realmente dizendo é que quando o Espírito Santo está
em operação, ele sempre faz de Jesus o Senhor. Quando é o Espírito Santo que se
manifesta, Ele diz que Jesus é o Senhor. Ele glorifica a Jesus. Ele não atrai
atenção para o homem e o faz senhor.
b. A
manifestação glorifica a Jesus? Abençoa as pessoas? Aproxima-as de Deus?
c. Ou exalta ao homem? Atrai atenção para o
homem?
8. Não
adianta ficar temeroso por causa dos maus espíritos. DEUS PODE SOBREPUJAR
QUALQUER COISA QUE O DIABO POSSA FAZER. As manifestações do Espírito Santo são
verdadeiras. Vamos ter as manifestações verdadeiras que irão abençoar as
pessoas.
9. Esteja aberto a Deus e convide o Espírito de
Deus a Se manifestar em nosso meio nos vários e diversificados ministérios que
Ele estabeleceu na Igreja.
A.
Conceitos errados que as pessoas têm a respeito do ministério de profeta.
1.
Conceito errado: Muitos supõem que o profeta não faz nada a não ser profetizar.
Mas o principal ministério do profeta é pregar ou ensinar a Palavra.
a. Um profeta faz muito mais do que profetizar.
De fato, muito freqüentemente ele está falando a revelação do momento e não
está profetizando — ele simplesmente está dizendo o que lhe foi revelado. Por
exemplo, Ágabo dava a entender, pelo Espírito, que haveria fome na terra (At
11.28).
b. Um profeta faz muito mais do que ter
revelações. As pessoas enganam-se em pensar: Sou chamado para ser um profeta (e
pode até ser), de modo que sempre estão tentando ter uma revelação, sempre
estão tentando profetizar.
c. Antes de tudo, um profeta é um pregador ou
mestre na Palavra. Jesus disse que João Batista era um grande profeta, embora
não haja nenhum registro de que João previu alguma coisa. Ou melhor, Ele
predisse ou pregou a mensagem do Reino de Deus sob a inspiração do Espírito
Santo.
d. A imposição de mãos acompanha o ministério de
profeta.
e. Um ministério de cura acompanha o ofício de
profeta
E quando
o profeta opera nos dons de curar (ou qualquer função de ministério), é o
ministério de profeta em operação.
1)
Eliseu. Jesus disse:
LUCAS 4.27
27 Havia
também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi
purificado, senão Naamã, o siro.
Eliseu
tinha um ministério de cura. E as pessoas sa¬biam disso. Naamã foi a Eliseu,
por causa de uma judia, capturada na guerra da Síria contra Israel, que era
escrava na casa de Naamã.
Quando
ela soube que Naamã era leproso, disse-lhe: Oxalá o meu senhor estivesse diante
do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra (2 Reis 5.3).
2) Jesus.
Jesus operou no ofício de profeta. Seu ministério de cura exemplifica todas as
diversas manifestações que não veríamos num único ministério.
3) O
ministério de cura de um profeta pode operar através da imposição de mãos.
4) O ministério de cura de um profeta também
pode operar de outras formas.
a) Eliseu não impôs as mãos em Naamã. Ele nem
mesmo saiu para vê-lo. Ele tinha uma palavra de Deus. Ele enviou-lhe um
mensageiro para dizer-lhe: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne
será restaurada, eficarás limpo (2 Re 5.10).
b) Jesus ministrou cura através de outros meios
além da imposição de mãos.
Mas sem
tocar os dez leprosos, disse-lhes: vão e apresentem-se aos sacerdotes. E foram
curados no caminho (Lc 17.11-19).
Ele
cuspiu na terra e, havendo feito lodo com a saliva, aplicou nos olhos de um
homem cego, e disse-lhe: Vá lavar-se no tanque de Siloé (Jo 9.6,7).
Por que
Ele agiu assim? Porque o Espírito de Deus disse-Lhe para fazê-lo. Ele operava
no ofício de profeta. Os dons de curar estavam em operação através dEle.
Jesus foi
ungido com o poder de cura de Deus (At 10.38). E, em outras ocasiões, Jesus
ministrou a cura pela transferência de poder. Em outras palavras, as pessoas
eram curadas também quando a unção de cura fluía de Jesus para elas. A mulher
hemorrágica é um exemplo disso (Mc 5.25-34). Veja também Mt 14.34-36; Mc 6.56;
Lc 6.19.
5) Jesus
disse, a respeito da cura de Naamã através do ministério de profeta de Eliseu:
Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum
deles foi purificado, senão Naamã, o siro (Lc 4.27).
Por que Eliseu não fez isso com todos os leprosos
de Israel?
Naamã era
um idolatra; nem israelita ele era. Não participava da aliança com Deus. Ele
adorava ao ídolo Dagon. Porque Eliseu não disse aos leprosos de Israel,
incluindo aqueles que participavam da aliança com Deus: "Vão e mergulhem
no rio Jordão sete vezes e sua carne se tornará novamente limpa tal como a de
uma criança"? Porque Deus não disse para falar-lhes isso! Você não pode ir
além da Palavra de Deus. A Palavra de Deus, sem dúvida, veio a Eliseu para
dizer-lhe o que fazer no caso de Naamã.
8.
Conceito errado: Muitos pensam que um profeta sempre deve saber tudo sobre
todos, e tudo o que está acontecendo ao seu redor.
a. Não é
assim. Se assim fosse, Geazi, o servo de Eliseu, saberia que não teria a mínima
chance de conseguir sair impune com o que fez (2 Rs 5.20-27).
Naamã
ofereceu presentes ao profeta, logo depois de ser curado. Eliseu não os
aceitou. Então Naamã retornou à Síria. Mas Geazi foi atrás dele e lhe mentiu.
Ele disse: Meu senhor me enviou. Após você ter ido embora vieram dois jovens
profetas. E embora meu senhor não levasse nada para ele mesmo, ele disse que
seria bom dar um talento de prata e duas vestes festivais para eles (2 Rs
5.22).
Naamã,
emocionado por ter sido curado de tal condição terrível, deu a Geazi mais do
que ele pediu. Ele tomou o dinheiro e o escondeu.
Mas
quando Geazi voltou para Eliseu, ele lhe perguntou o que tinha acontecido. Ele
respondeu: Seu servo não foi a lugar nenhum (2 Rs 5.25). E Eliseu lhe respondeu:
Não fui ter contigo em espírito,... ? (v. 26)
Contudo,
se Eliseu sempre soubesse tudo sobre todos e tudo que fosse acontecer ao seu
redor, Geazi, que estava com ele continuamente, saberia disso, e nunca teria
tentado fazer o que fez.
b. O
Senhor somente diz a um profeta o que Ele quer que ele saiba. Ele não diz a um
profeta todas as coisas.
Outras
Escrituras também indicam que o profeta não sabe tudo. O Profeta Elias disse,
quando a sunamita foi até ele e prostrou-se aos seus pés após a morte de seus
filhos:... Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o Senhor mo encobriu,
e não mo manifestou (2 Re 4.27).
9.
Conceito errado: Alguns pensam que, se alguém é um pro¬feta, podem perguntar
todo o tempo: "Você tem alguma palavra para mim?"
a) Você não pode ativar estas coisas conforme a
sua vontade.
b) Deus pode lhe dar ou não uma Palavra. E na
maior parte das vezes Ele não lhe dá.
A palavra
de conhecimento, a palavra de sabedoria, o discernimento de espíritos e o dom
de profecia operam no ofício de profeta. Como eles são dons espirituais, também
operam na vida de um cristão cheio do Espírito conforme a necessidade ou
conforme a vontade de Deus. Mas a operação desses dons em sua vida não faz de
você um profeta. Se você tem uma revelação, busque sabedoria de Deus para lidar
com ela. Não saia falando-a impulsivamente e sem sabedoria. Se você agir
erradamente pode arruinar as vidas das pessoas e causar muita confusão, de modo
que Deus poderá não lhe dar outras revelações. Você pode ofender o Espírito de
Deus, de modo que Ele não lhe mostrará outras coisas porque não pode confiar em
você. Se Deus o chamou para um dado ofício, você não entrará nele
imediatamente, Você estragaria tudo se entrasse na plenitude dele
imediatamente. Mas Deus acrescentará um pouco aqui e um pouco ali. Se Ele tem
em mente estabelecê-lo num dado ofício, se você for fiel, então, quando Ele
puder confiar em você, Ele o estabelecerá. Deus não violará os princípios
estabelecidos em Sua Palavra. O Espírito de Deus disse através de Paulo para que
nenhum neófito seja estabelecido como presbítero, e então se ensoberbeça e caia
na condenação do diabo (1 Tm.3.6). O mesmo é válido em outros ofícios. Se um
neófito é colocado no mesmo, Satanás o tentará e ele será ensoberbecido e
destruído. Acredito que grande parte de servos que de alguma forma são destituídos
da graça é porque sentem nos seus espíritos o chamado, ao invés de esperar que Deus os estabeleçam,
eles tentam estabelecerem a si mesmos a voz de Deus. Não fique fascinado com
nomes e títulos e lembrando fascinado e estar enfeitiçado adjetivo Encantado; exageradamente envolvido, atraído ou seduzido por,
o mesmo que sem razoabilidade. Não saia e diga: "sou um profeta".
Você pode se tornar ou não um algum dia. Mas deixe Deus estabelecê-lo; não tente
estabelecer a si mesmo num dado ofício.
Nem mesmo
necessariamente diga: "Sou um mestre", Pode ser que Deus queira
fazê-lo um evangelista. Espere com paciência e descubra o que Deus quer que
você faça.
O EVANGELISTA
EFÉSIOS 4.11,12
11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos,
outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e
mestres,
12 Com
vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo.
1 CORÍNTIOS 12.28
28 A uns
estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas.
A. A
Palavra "evangelista" ocorre só três vezes no Novo Testa¬mento.
1. Em Efésios 4.11, citado acima.
2. Em Atos 21.8, a Bíblia fala de "Filipe,
o evangelista".
3. Em 2 Timóteo 4.5, Paulo disse a Timóteo, que
era o pastor de uma igreja do Novo Testamento naquele tempo, para "fazer o
trabalho de um evangelista".
B. O
significado da palavra "evangelista" é: alguém que traz o Evangelho
(as boas-novas); um mensageiro de boas notícias.
C. O
evangelista traz a mensagem da graça redentiva de Deus.
D. O tema
favorito do evangelista é a salvação em sua forma mais simples.
E. O único exemplo no Novo Testamento que temos
de um evan¬gelista é o de Filipe. O ministério de Filipe é o modelo porque é o
único que Deus nos deu.
1. Filipe
tinha só uma mensagem, e a mensagem era Jesus Cristo.
a. A mensagem de Filipe para Samaria:
ATOS 8.5.
Filipe, descendo à cidade de Samaria, ANUNCIAVA-LHES A CRISTO.
b. A mensagem de Filipe para o Eunuco
ATOS 8.35.
Então Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura,
ANUNCIOU-LHE A JESUS.
c. Uma característica notável dos evangelistas é
essa: não importa por qual parte da Escritura comecem, eles sempre pregam
Jesus. Este é o chamado deles. Esta é a mensagem deles.
F. O
equipamento sobrenatural que acompanha o ministério do evangelista inclui
"milagres" e "dons de curar".
1. É evidente
que o evangelista tem um comissionamento direto do Senhor (Ef 4.11). Em 1 Co 12.28,
o evangelista não é mencionado pelo seu nome. (Nem o pastor é mencionado pelo
seu nome. O apóstolo, profeta e mestre o são. Porém o evangelista e o pastor
não são.)
2. O evangelista pode está em 1 Co.12.28 quando
diz "milagres" e "dons de curar".
a. Milagres e dons de curar também podem estar
presentes em outros ofícios, mas nós sabemos do único modelo do Novo
Testamento, Filipe, que eles devem acompanhar o ministério do evangelista.
ATOS
8.5-8
5 Filipe, descendo à cidade de Samaria,
anunciava-lhes a Cristo.
6 As
multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os
sinais que ele operava.
7 Pois os espíritos imundos de muitos possessos
saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados.
8 E houve
grande alegria naquela cidade.
b. As curas seguiram a pregação de Cristo. Se,
conforme a Escritura diz, ele tomou sobre si nossas enfermidades e as nossas
dores levou sobre si, então não podemos pregar o Evangelho em sua plenitude sem
que esta verdade também seja anunciada.
3. Na minha opinião, muitos daqueles a quem
chamamos "evangelistas" são, na realidade, "exortadores".
a. Há o ministério de exortação (Rm 12.8).
b. Um exortador exorta as pessoas a serem
salvas.
c. O equipamento sobrenatural de milagres e dons
de curar não segue o ministério de exortação.
d. É possível que alguém comece como um
exortador e, à medida que se prove fiel, Deus o chame mais tarde para ser um
evangelista.
G. Se o
dom de Deus ou comissionamento do evangelista está em alguém, a pessoa não
precisa suplicar para ser evangelista; então haverá uma forte chama no íntimo
dessa pessoa incitando-a para a pregação do Evangelho.
1. Filipe começou como diácono (ministério de
socorros ou auxílio) na igreja (At 6.1-6). Os apóstolos ordenaram Filipe como
diácono, mas não lhe deram nenhum comissionamento para evangelizar. Contudo,
nós o vemos em Samaria com este dom celestial queimando em seu espírito, incitando-o
a pregar o Evangelho com resultados gloriosos.
2. Paulo disse: porque ai de mim se não pregar o
Evangelho! (1 Co 9.16). Se alguém tem um chamado divino queimando dentro em si,
não importa qual seja a ofício, dirá como Paulo: "porque ai de mim se não pregar
o Evangelho!"
3. Deus comissionou Jeremias para profetizar
contra Israel. Também lhe disse que ninguém o ouviria — ele não teria nenhum
convertido. Jeremias ficou aborrecido e disse uma vez: "Não o farei mais.
Não falarei mais em Seu Nome" (Nós diríamos: "Não pregarei
mais"). Mas então, Jeremias disse: sua palavra estava no meu coração como
fogo ardente, encerrado nos meus ossos... (Jr 20.9 KJV)
H. As
marcas do evangelismo verdadeiro conforme evidenciados no ministério de Filipe,
nosso único modelo do Novo Testamento:
1. Proclamação sobrenatural.
a. Havia algo para ver e ouvir no ministério de
Filipe. As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as
e vendo os sinais que ele operava (Atos 8.6).
b. Filipe, o evangelista, estava equipado com
dons espiri¬tuais particulares, necessários ao seu ministério — operação de
milagres e dons de curar. A exibição desses dons espirituais através dele é a
melhor maneira da proclama¬ção do Evangelho.
2. No verdadeiro evangelismo deve haver
pregação da Pala¬vra de Deus.
a. No ministério do evangelista, a pregação da
Palavra de Deus é essencial.
b. O poder de Deus irá atrair uma multidão.
Curas e milagres prendem a atenção. Mas as pessoas só são salvas depois de
ouvirem a Palavra e crerem.
ATOS 8.12
12 Mas
quando creram na pregação de Filipe a respeito das coisas concernentes ao reino
de Deus, e a respeito do nome de Jesus, foram batizados, tanto homens quanto
mulheres.
1) Curas
e milagres são mencionados no início (v.6,7). Eles viram essas coisas. Mas a
Bíblia não diz que eles creram quando viram; ela diz que eles foram salvos: Mas
quando creram na pregação de Filipe...
2)
Ninguém foi salvo antes de Filipe pregar. Eles foram salvos como resultado da
pregação de Filipe.
c. Paulo disse a Timóteo (e lembre-se que ele
também lhe disse para fazer o trabalho de um evangelista): Prega a palavra (2
Tm 4.2).
d. Somente a pregação da Palavra afeta a vontade
do peca¬dor.
3. Decisão individual.
a. A conversão é uma decisão pessoal. É algo
pessoal entre o espírito humano e Deus.
b. Deus quer nos mostrar algo quando, após o
relato das conversões em massa em Samaria, Ele encerra o capítulo com a
conversa entre o evangelista e o etíope — uma única pessoa.
c. O dom supremo de um evangelista é a capacidade
sobre¬natural de levar uma alma à decisão por Cristo.
4. A necessidade que o evangelista tem dos
outros ministérios.
a. Os vários ministérios dados por Cristo são
dependentes uns dos outros para que venham a obter resultados que permaneçam.
b. O envio de Pedro e João a Samaria foi muito
importante (para que os resultados de Filipe permanecessem).
ATOS 8.14
14
Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra
de Deus, enviaram-lhe Pedro e João;
1) Como
evangelista, Filipe tinha habilidade de fazer com que as pessoas fossem salvas,
porém o seu ministério não foi além de trazer a salvação às pessoas.
a) Alguns pensavam que Simão, o mago, foi salvo
(v.13).
b) Mas Pedro teve algum discernimento
espiritual. Ele disse a Simão: Seu coração não é reto aos olhos de Deus (v.21).
2) Filipe
não tinha habilidade para estabelecer uma igreja, ou firmar as pessoas na
Palavra, ou ensiná-las.
3) Ele
parecia não ter um equipamento especial que Pedro e João tinham para ministrar
o batismo com o Espírito Santo (v. 14-17).
4) Filipe
cumpriu sua tarefa em levar as pessoas a Deus ao pregar a salvação por meio de
Jesus Cristo. Então os apóstolos enviaram outros para conduzi-los a Deus.
c. Uma pessoa nunca será capaz de fazer tudo. E
não deve. Cada um de nós é limitado. Todo ministro é limitado — mas Deus não é
limitado. Precisamos uns dos outros.
I. O
ministério de um evangelista é mais um ministério itinerante, ministrando para
os não salvos.
O PASTOR
EFÉSIOS4.11
11 E ele
mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para PASTORES...
A. A
palavra "pastor" é usada somente uma vez na tradução King James do
Novo Testamento. E ela está aqui em Efésios 4.11.
Isto
parece estranho quando entendemos que o ofício de pastor é provavelmente o
ofício de mais amplo reconhecimento no ministério cristão hoje.
Contudo,
tenho certeza de que há muitas referências a este ofício "pastoral".
B. A
palavra grega traduzida como "pastor" significa literalmente
"pastor de ovelhas".
C. O
ofício é aplicado ao Senhor Jesus Cristo, nosso grande exemplo de um verdadeiro
pastor.
JOÃO 10.11
11 Eu sou
o BOM PASTOR. O BOM PASTOR dá a vida pelas ovelhas.
HEBREUS 13.20
20 Ora, o
Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus nosso Senhor, O
GRANDE PASTOR das ovelhas...
1 PEDRO 2.25
25 Porque
estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao PASTOR E
BISPO das vossas almas.
1 PEDRO 5.4
4 Ora,
logo que o SUPREMO PASTOR se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da
glória.
D. Jesus
é o Grande Pastor, o Pastor Supremo, de todas as ovelhas de Deus.
E. Jesus tem pastores auxiliares. Um pastor é um
pastor auxiliar. Jesus é o Pastor Supremo.
F. Jesus
chama e equipa homens para pastorearem um rebanho.
G. Os
pastores são necessários para o amadurecimento e prepara¬ção dos santos.
1. Nos dias do Novo Testamento, quando os
crentes começa¬ram a se reunir numa igreja local, ou grupo, ou assembléia, nos
dias da igreja primitiva, eles precisavam de pessoas para exercer a função de
supervisão e cuidado do rebanho. Esta é a posição de pastor.
2. Jesus teve compaixão das pessoas "porque
estavam disper¬sas como ovelhas sem pastor".
a. Ovelhas sem pastor ficam dispersas e
desviam-se.
b. Vemos isso em grupos onde não há pastores.
H. Este é
o ofício que mais se identifica com a localidade.
1. Uma
pessoa chamada para ser um pastor estaria mais ou menos estabelecida na
localidade do rebanho.
I. O
pastor tem a supervisão do rebanho.
1. Jesus é o Grande Pastor. Ele é o Cabeça, o
Supervisor de toda a igreja - o Corpo de Cristo. O pastor é um pastor auxiliar.
Ele é o cabeça, o supervisor de um rebanho local. O corpo local é encabeçado
pelo pastor. O cabeça governa. A habilidade de governo da igreja é encabeçada
pelo ofício pastoral.
2. O ofício de pastor não é mencionado em 1 Co 12.28.
Mas "governos" é listado. Acredito que trata-se do ofício de pastor
nesta lista de dons do ministério que Deus estabeleceu na igreja.
3. É bíblico o corpo de anciãos governar a
igreja?
a. Nos
dias da igreja primitiva — quando a igreja estava no estágio de primeira
infância — as congregações foram colocadas sob um corpo de anciãos até que os
dons do ministério fossem formados (pudessem se desenvolver).
A palavra
grega traduzida por "ancião" significa simplesmente uma pessoa mais
velha. Estes anciãos eram pessoas mais velhas, colocadas num lugar de posição e
responsabilidade.
Os únicos
ministros que a igreja tinha inicialmente eram os doze apóstolos. Um neófito
não podia ser estabelecido como pastor de um rebanho. Então, até que alguns
daqueles neófitos fossem chamados e aperfeiçoados para o ministério de pastor —
isso leva tempo — eles tiveram que tomar algumas pessoas mais velhas, porque em
geral pessoas mais velhas são mais maduras mentalmente, e colocá-las como
encarregadas do rebanho.
Não temos
essa situação hoje em dia. A Igreja não está mais em um estágio infantil de
desenvolvimento.
OS DONS MINISTERIAIS JÁ TÊM SIDO DESENVOLVIDOS NA
IGREJA
E isto
tem criado problemas quando pessoas têm dito: "Queremos uma igreja como a
primitiva. Voltemos a Atos dos Apóstolos." E então apontam anciãos para governar
a igreja. (Sim, voltemos a Atos dos Apóstolos na doutrina e na demonstração do
Espírito Santo. Em outras palavras, as mesmas experiências do Espírito Santo que
estavam disponíveis a eles, também estão disponíveis a nós. Mas se fizermos
como a igreja primitiva fez no seu governo, estaremos na primeira infância do
cristianismo. O Novo Testamento revela claramente o plano de Deus para a
igreja: que ela cresça!) Alguns anciãos apontados por homens hoje não têm o
chamado de Deus. Eles não sabem nada a respeito do ofício pastoral, porque não
são chamados por Deus; não têm a unção para pastorear.
Não é
bíblico apontar anciãos para supervisionar um rebanho e governar uma igreja
quando há um pastor para supervisioná-la. Isto é regredir para o estágio
infantil de desenvolvimento com a Igreja Primitiva e reconhecer: "Nós
nunca crescemos além disso. Somos todos bebês espirituais." Supervisores.
Originalmente na igreja primitiva, o termo "ancião" referia-se à
idade, à pessoa e à posição. Então conforme os dons ministeriais se
desenvolveram na Igreja Primitiva mais se usavam títulos oficiais de
"supervisor ou bispo", que se referiam àqueles que eram chamados e
ungidos por Deus para permanecer no ofício pastoral.
A palavra
bispo e a palavra supervisor são as traduções da palavra grega
"episkopos". Ela comunica um significado de liderança definida e
posição oficial.
a. A palavra grega episkopos é traduzida como
"supervisor" na admoestação de Paulo aos anciãos da Igreja em Efeso:
ATOS 20.28
28
Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos
constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o
seu próprio sangue. Para alimentar a Igreja de Deus com a Palavra, estas
pessoas deviam ter sido mestres, que eram espiritualmen¬te equipadas para
alimentar o rebanho. Elas não podiam ter sido só pessoas mais velhas que
vistoriavam o que acontecia e que não tinham nenhum ministério. Alguns dos
anciãos colocados no rebanho cresceram e mais tarde Deus os chamou para serem
ministros.
b. A palavra episkopos é traduzida por bispo
aqui:
1 TIMÓTEO 3.1
1 Fiel é
a palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.
Lembre-se,
episkopos é traduzido por "supervisor" em outros lugares. Isto fala
do dom pastoral. O pastor naturalmente teria a supervisão do rebanho.
1) A
figura da Palavra refere-se a um pastor e a um rebanho. O pastor é o líder do
rebanho. O pastor não levanta de manhã e diz: "Seria melhor que
reuníssemos algumas das ovelhas hoje e ouvíssemos a opinião delas a respeito de
onde devemos pastar hoje." Não, pois o pastor tem a supervisão. Ele é o
supervisor do rebanho. Ele vai à frente, e o rebanho o acompanha.
2) Observe que 1 Timóteo 3.1 chama de
"ofício de um bispo" (ou supervisor), que está se referindo ao ofício
pastoral. Se este ofício não é o ofício pastoral, então não é um ofício que
Jesus estabeleceu na Igreja porque todos os dons de ministério estão
relacionados em Efésios 4.11. Não existem outros. Este ofício de bispo deve
necessariamente ser o ofício pastoral porque é o dom ministerial que tem a
supervisão do rebanho.
1 TIMÓTEO 3.2,3
2 É necessário, portanto, que o bispo seja
irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto,
hospitaleiro, apto para ensinar;
3 Não
dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento.
3) É o
dever do rebanho sustentar financeiramente o pastor. Mas o pastor não deve
servir com motivação de lucro. Sua motivação deve ser servir a Deus e ao povo.
1 TIMÓTEO 33-5
3 É
necessário que o bispo seja... não avarento.
4 E que
governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo
respeito
5 (pois
se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?).
4) Este é
sem dúvida o ofício de pastor
1 TIMÓTEO 3.6
6 Não
seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça, e incorra na condenação do
diabo.
5) Não
neófito. Você pode ver que eles não poderiam ter tido o ofício pastoral para
começar porque inicialmente a Igreja Primitiva estava em sua infância e os
crentes eram neófitos, exceto pelos apóstolos do Cordeiro. Eles não começaram
neste ofício. Leva tempo para Deus desenvolver esses ministérios, incluindo o
ministério pastoral.
Vemos o
ofício de supervisor aqui novamente, que encabeça o ofício de pastor.
1 TIMÓTEO 5.17
17 Devem
ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem
bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino.
1) A igreja
agora está saindo da primeira infância. Alguns anciãos que foram apontados para
supervisionar o rebanho cresceram espiritualmente e foram chamados por Deus
para serem ministros.
2) Aqueles
que "se afadigam na Palavra e no ensino" são pregadores e mestres.
Alguns anciãos e outros cresceram e passaram a ocupar o ofício pastoral e a
lidar com a Palavra e o ensino,
3) Eles
foram levados a um lugar em Deus onde os outros anciãos — aqueles que não se
tornaram um dom do ministério — não eram mais necessários naquela posição.
5. É
importante perceber que a igreja primitiva começou como um bebê. Leva tempo
para um bebê sair de sua primeira infância.
a. No
princípio do movimento pentecostal neste século, eles tiveram que retornar,
quase por necessidade, ao estágio de governo de primeira infância de Atos dos
Apóstolos.
J. O
pastor é um dos ofícios mais importantes. Sem o dom do ministério de pastor em
operação no Corpo de Cristo, todos os outros ministérios são praticamente em
vão. Não importa o quão grande seja o evangelista e quantas almas ele ganha, se
não houver ninguém para pastorear as ovelhas, elas estão prontas para
desviarem-se. Não importa quantos bebês nasçam num hospital, se ninguém cuidar
deles, eles morrerão.
2. Em nenhum outro ofício são dadas tantas
instruções no Novo Testamento. Nenhuma instrução é dada ao apóstolo. Nenhu¬ma
instrução é dada ao evangelista. Pouca instrução é dada aos outros ofícios. A
maior parte das instruções diretas são dadas a este ofício (considerando que os
termos anciãos que presidem, e bispo referem-se ao ofício pastoral) e não a
qualquer outro ofício.
3. Não há ofício mais necessário, preeminente e
respeitado a que Deus poderia chamá-lo do que o ofício de pastor. É uma causa
nobre.
Comentários
pessoais: Você deve funcionar onde Deus o chama. Mas, para ser honesto. Deixe Deus
fazer o que Ele quer.
É Ele que
faz o chamado e é Ele que faz de homens pastores, não os homens. Deus tem
provido equipamento sobrenatural para o pastor. O pastor deve ser equipado com
equipamento sobrenatural.
1. Os
dons do Espírito (1 Co.12) podem ser manifestados nas vidas dos membros
individuais do corpo de Cristo. Mas estou convencido também que estes dons
sobrenaturais são equipamento sobrenatural para aqueles que ocupam os ofícios
do ministério.
2. Estou
convencido de que o pastor deve ser equipado com a palavra de sabedoria, a
palavra de conhecimento e até mesmo línguas e interpretação.
Também
estou convencido de que, se ele não o for, ele pedirá por esse equipamento espiritual,
e obterá.
a. As vezes estes dons não são tão espetaculares
na manifestação através do pastor quanto o são através do profeta, embora
estejam em operação.
4. Pastoreamento sobrenatural.
a)O maior
segredo do ofício pastoral é ter a resposta certa para as pessoas quando elas
precisam ou vêm buscar socorro." Para fazer isso você terá que depender do
Espírito de Deus, para que o mesmo lhe dê a resposta certa.
b) Devemos buscar a Deus para recebermos o
equipamento sobrenatural para o nosso ministério.
c) Paulo
escreveu uma carta para a igreja de Corinto e disse: ... procurai, com zelo, os
melhores dons (1 Co 12.31). Ele também disse: ...procurai com zelo os dons
espirituais... (1 Co 14.1).
d) Ele
disse para toda a igreja: "Procurai com zelo os dons espirituais." A
Bíblia Amplificada diz: procurai com desejo profundo os dons espirituais (1 Co
14.1).
Se um
grupo de pessoas buscar a demonstração
sobrenatural de Deus, então, conforme o Espírito desejar, Ele irá manifestar a
Si mesmo por meio de diferentes indivíduos, e particularmente neste ofício
pastoral.
e) O Espírito Santo tem equipado a igreja do
Novo Testamento com habilidade sobrenatural, poder sobrenatural, dons
sobrenaturais.
Ele tem
chamado homens e mulheres para o ministério, e Ele os equipa para permanecerem
nestes ofícios sobrenaturalmente.
f) Espere
que Deus o ajude. Treine o seu espírito para ser sensível ao Espírito Santo.
Espere que o Espírito Santo Se manifeste por meio de você e lhe use para Sua
glória. Preste atenção a Ele. Renda-se a Ele.
5. Uma
das características mais notáveis de um pastor é um coração de pastor.
1. O
coração de pastor é um dom de Deus ao corpo local.
a. Graças
a Deus por aqueles que o têm — que amam as pessoas. Eles são leais ao rebanho,
e às vezes até mesmo ao custo de se privarem de muitas coisas por causa do
rebanho.
b. É
necessário um coração de pastor para cuidar dos bebês em Cristo — para amá-los,
para nutri-los com a Palavra, para sustentá-los enquanto ainda estão tentando
andar.
c. As
pessoas entendem o amor. Até um velho cão vira-lata entende o amor. As pessoas
podem não entender as línguas, mas elas entendem o amor. E você tem que provar
às pessoas que as ama. Os pastores devem amar as pessoas.
O maior
exemplo de pastor é o próprio Senhor Jesus Cristo. Lembre-se de que Ele disse:
Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas (Jo 10.11)
“O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”
O MESTRE
EFÉSIOS 4.11
11 E ele
mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres.
1
CORÍNTIOS 12.28,29
28 A uns
estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas;
29
Porventura são todos apóstolos? ou todos profetas? são todos mestres? ou
operadores de milagres?
ROMANOS 12.4-8
4 Porque,
assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a
mesma função;
5 Assim
também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos
outros,
6 Tendo,
porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja
segundo a proporção da fé,
7 Se
ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, esmere-se no fazê-lo;
8 Ou o
que exorta, faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que
preside, com diligência; quem exerce misericórdia com alegria.
A. Os
mestres e o ensino de Palavra abrangem um lugar bem definido e importante no
Novo Testamento.
B. O
mestre é o único que é mencionado nominalmente nos três trechos do ministério.
C. Uma
pessoa pode permanecer no ofício de pastor e mestre, ou profeta e mestre, ou
evangelista e mestre, e assim por diante. Em outras palavras, pode se ocupar
mais de um ofício. Separa¬mos os ofícios para defini-los.
1. Atos
13.1 enumera cinco homens que eram ou profetas ou mestres, ou profetas e
mestres.
ATOS 13.1
1 Havia
na igreja de Antioquia profetas e mestres:
Barnabé,
Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o
tetrarca, e Saulo.
a. Barnabé era um mestre (Atos 11.22-26)
b. Paulo era um profeta e um mestre (Gl 1.12; Ef
3.3; 1 Tm 2.7).
c. Ambos tornaram-se apóstolos (At 14.14).
D. Alguém
que é um mestre sem ser um pastor (isto é, alguém que não tem a supervisão de
um rebanho) usualmente tem um ministério itinerante pelas igrejas (ministério
não-estacionário ou ministério de campo).
1. Se
alguém é um pastor e um mestre (e freqüentemente este é o caso), não terá
necessidade de um ministério itinerante, embora possa às vezes sair para
ensinar.
E. O dom de ensino é um dom de Deus.
Deus está
falando de um ofício quando fala sobre o mestre (Rm.12.4).
Ele está
falando a respeito de homens e mulheres que são chamados por Deus,
estabelecidos pelo Espírito de Deus, para permanecerem naquele ofício e
ensinarem pela capacidade sobrenatural.
1. Temos
deixado a impressão que o dom que Ele fala são os professores de Escola
Dominical.
a. A igreja primitiva não tinha Escola
Dominical. A Escola Dominical não começou até o século XVIII.
b. Naturalmente uma pessoa que conhece a Bíblia
pode ensinar o que sabe. Qualquer cristão pode e deve compartilhar com os
outros o que sabe, ensinando-os e ajudando-os. Mas isso não é o dom de ensino
que Ele está falando nestas passagens onde o dom ministerial de ensino está
relacionado.
1. O
ministério de ensino requer um dom divino. Um mestre não é um mestre meramente
por habilidade natural ou inclinação natural ao ensino.
2. A
inclinação e a capacidade natural podem fornecer um pano de fundo para este dom
- porém o dom de ensino não é um dom natural; é um revestimento divino para
ensinar a Palavra de Deus.
3. Nenhum
ministério de ensino no poder do Espírito é seco! Ele comunicará rios de água
viva.
4.Paulo descreveu o ministério de ensino como
aquele que rega.
1 CORÍNTIOS 3.6-9
6 Eu
plantei, APOLO REGOU; mas o crescimento veio de Deus.
7 De modo
que nem o que planta é alguma coisa, NEM O QUE REGA, mas Deus que dá o
crescimento.
8 Ora, o
que planta e O QUE REGA são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o
seu próprio trabalho.
9 Porque
de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.
a. Muitas obras de Deus foram arruinadas porque
o processo de irrigação não estava lá para encorajar as pessoas a permanecerem
na graça de Deus e para tornarem-se um belo jardim no Senhor.
b. Quando o processo de irrigação — isto é, o
ensino da Palavra de Deus — é por meio de um dom do ministério chamado e
equipado para ensinar, ele refrigerará e reavivará as pessoas, da mesma forma
que uma planta fica fresca e refrigerada quando é regada.
c. Se o ensino não renova, refrigera e reaviva,
então não é feito no poder do Espírito.
5. Apoio
era um mestre. A Bíblia diz que "ele os auxiliou muito".
ATOS 18.27
27
Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos, e escreveram aos
discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles QUE mediante
a graça haviam crido;
a. Estas pessoas já tinham crido na Palavra pela
graça — já eram salvas.
b. Colocando o seu dom de ensino em operação,
Apoio as auxiliou muito.
6.
Divisões podem ser causadas pela incredulidade e dureza de coração, mesmo
quando o ensino é no poder do Espírito baseado na Palavra de Deus.
1. No
ministério de Jesus isso aconteceu. Não aceitaram seu ensino. Numa ocasião a
Bíblia diz: A vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não
andavam com ele (Jo 6.66).
2. Um
verdadeiro mestre do evangelho da paz nunca irá ensinar erros doutrinarios que irá dividir o Corpo de
Cristo. Ele não irá causar divisão ao que ensina.
7.
Contudo, não podemos abrir mão dos princípios elementares da doutrina de
Cristo.
1. Em
Hebreus 6.1,2 temos os princípios elementares da dou¬trina de Cristo. Essas
coisas são fundamentais e não podem ser comprometidas.
a. Arrependimento de obras mortas
b. Fé em Deus
c. Ensino de batismos
d. Imposição de mãos
e. Ressurreição dos mortos
f. Juízo eterno
8. Outras
coisas não são fundamentais e você não quer causar divisão.
9.Use de
sabedoria
1. Não
tente converter todos os cristãos à mensagem da fé pela sua força. Alguns nunca
a aceitarão. Ame-os de qualquer maneira, porque o Senhor os ama e não esquecerá
deles.
10. O
trabalho de um mestre é edificar, não despedaçar.
1.Cristo
deu os mestres para a edificação (construção) do corpo de Cristo (Ef 4.11,12).
2. Edificar significa construir. Ele não deu os
mestres para dividir o corpo.
a. Se
você vê algo que está causando divisão — mesmo que seja verdade — deve abrir
mão daquilo.
b. Paulo
disse à igreja de Corinto e aos cristãos hebreus, com efeito: Há algumas coisas
que eu gostaria de dizer-lhes, mas vocês não poderiam suportar, deforma que não
direi a vocês (1 Co 3.1,2; Hb 5.11-14).
Ele ainda
os amava; Eles eram nenês. Eles precisavam crescer.
11. Os
mestres devem sempre estar abertos e prontos para receber novas revelações da
verdade da Palavra de Deus.
1. A revelação marca o ministério de mestre.
2. Seja dócil. Eu não ouviria um mestre que não
quer ser ensinado.
3. Mantenha seu coração e mente humildes.
4. Mantenha uma mente aberta e esteja sempre
pronto para aprender.
5. Não seja um "sabe tudo".
a. Ainda estou aprendendo, assim como você
também está aprendendo. Não seria terrível se tudo o que soubéssemos fosse só o
que sabemos hoje?
b. Deus tem me trazido a revelação da verdade
pela Sua Palavra, a cada dia.
c. Quanto mais você aprende, mais você vê que
sabe pouco.
d. Um grande e sábio homem de Deus, W. I. Evans,
costumava dizer: "Sabemos muito pouco. Quanto mais aprendemos, mais vemos
que pouco sabemos."
12. O
ministério do profeta é sempre mencionado primeiro.
1. A uns
Deus estabeleceu na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas (1 Co 12.28).
2. ... E ele mesmo concedeu uns para apóstolos,
outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e
mestres (Ef.4.11).
3. Havia na igreja de Antioquia profetas e
mestres: Barnabé, Simeão por sobrenome Niger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço
de Herodes o tetrarca, e Saulo (At.13.1). Jesus disse: "O ofício de mestre
na igreja é mais importante do que a operação de milagres e os dons de
curar." Então Jesus explicou o que queria dizer com isto.
O mestre
é mais importante para a Igreja - para aqueles que já são salvos. Pois é, a
operação de milagres ou dons de cura com freqüência indicam o ofício do evangelista,
que não é para a Igreja, mas para o pecador. Para a igreja, o ensino é mais
necessário porque os santos precisam ser ensinados, edificados, e amadurecidos
pelo ensino da Palavra. Além disso, a operação de milagres e os dons de curar
(ou qualquer dom espiritual) nunca firmam um cristão na fé. Mas ensinar a
Palavra firmará. Alguns acham que o dom ministerial de ensino é um chamado
inferior. Não é. Lembre-se: todos nós precisamos uns dos outros.
VARIEDADES DE DONS MINISTERIAIS
EFÉSIOS 4.8,11,12
8 Por
isso diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu
dons aos homens...
11 E ele
mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres,
12 Com
vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo,
1 CORÍNTIOS 12.28-30
28 A uns
estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedade de línguas.
29 Porventura são todos apóstolos? ou todos
profetas? são todos mestres? ou operadores de milagres?
30 Têm todos
dons de curar? falam todos em outras línguas? interpretam-nas todos?
ROMANOS 12.4-8
4 Porque,
assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a
mesma função;
5 Assim
também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos
outros,
6 Tendo,
porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se profecia, seja
segundo a proporção da fé;
7 Se
ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ensina, esmere-se no fazê-lo;
8 Ou o que exorta, faça-o com dedicação; o que
contribui, com liberal idade; o que preside, com diligência; quem exerce
misericórdia com alegria.
A.
Efésios 4.11 relaciona os quíntuplos dons ministeriais - aqueles que são
pregadores e/ou mestres da Palavra de Deus.
B. As
duas outras relações de ministérios também contêm os que são considerados de
apoio para os quíntuplos ofícios ministeriais e acrescenta mais definições de
alguns dos ofícios quíntuplos.
C.
Reunidos, esses três trechos revelam a extraordinária riqueza e diversidade dos
ministérios com os quais a igreja está equipada.
1. Quatro palavras gregas são traduzidas como
"dons" no Novo Testamento.
2. A que
foi traduzida como "dons" referindo-se a dons ministeriais significa
um revestimento espiritual.
a. Um ofício é composto por um equipamento.
b. Se Deus o chama para um ofício, Ele o equipa
com o que é necessário para cumprir aquele ofício.
D. Quanto
à lista do ministério de Romanos 12.6-8:
1.
Imediatamente reconhecemos o profeta (v.6).
2. Imediatamente reconhecemos o mestre (v.7).
3. "O que preside" refere-se
provavelmente ao pastor (v.8). a. O pastor tem a supervisão da igreja.
4. Em adição, encontramos ministros (v.7).
5. Exortadores (v.8).
6. Pessoas que contribuem (v. 8).
7. Aqueles que exercem misericórdia (v.8).
E. Quanto
à lista do ministério em 1 Coríntios 12.28:
1. Encontramos apóstolos (v.28).
2. Profetas (v.28).
3. Mestres (v.28).
4. Milagres e dons de curar são considerados
como um ministério distinto (v. 28).
a. Já vimos que esses dons ocupam um lugar especial
no ministério do evangelista (At 8.5-7,13).
b. Não estão restritos somente a esse ofício.
5. Socorros (v.28).
a. Não encontramos paralelo a esse ofício em
Efésios 4.11.
b. Cremos que é citado em Romanos 12 conforme
veremos mais tarde.
6. Governos (v.28).
a. Provavelmente equivale aos pastores de Ef.4.11.
b. Provavelmente equivale ao "que
preside" em Rm.12.
7. Variedade de línguas (v. 28,30).
a. Um ministério definido estabelecido por Deus
na igreja.
b. Julgando
com 1 Coríntios 14.5, tal operação estaria intimamente relacionada ao
ministério dos profetas quando equipados com o dom de interpretação.
F. A
origem divina desses ministérios é enfatizada nas três listas.
G. Alguns
desses dons — particularmente os de Romanos 12 — podem aparentar nada ter de
sobrenatural. Ainda assim todos vêm de uma fonte sobrenatural, e são dados pelo
mesmo Espírito, pela graça.
1. O
revestimento sobrenatural nos ofícios como de socorros e governos pode não ser
tão espetacular quanto em alguns de outros ofícios, porém é igualmente
sobrenatural.
O OFÍCIO DE SOCORROS
1 CORÍNTIOS 12.28
28 A uns
estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas,
em terceiro lugar mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar,
SOCORROS, governos, variedades de línguas.
A. No
meio dessa lista de ministérios, onde também aparecem o ministério de
apóstolos, profetas, mestres, etc. — encontramos o ministério de socorros.
1. Seu chamado poderá ser para o ministério de
socorros.
1.1. Se
assim o for, então tentar ingressar em outro ofício na realidade é intromissão,
e resultará em problemas.
2) Muitas
vezes pensam: "Sinto o chamado. Devo então ser um pastor ou um
evangelista." Tentam portanto operar num desses dois ofícios e logicamente
então não são bem sucedidos porque não foram chamados para estes ofícios.
a. A
palavra grega traduzida por "socorros" em 1 Coríntios 12.28 somente
aparece nesse trecho no Novo Testamento.
b. Os léxicos gregos traduzem a palavra como um
ajudador ou aliviador.
1. Pode-se ver que benefícios e assistência este
ministério pode proporcionar, especialmente no papel de apoio aos quíntuplos
dons ministeriais.
2. Provavelmente o melhor comentário seria
encontrado na lista paralela de Romanos 12.8: aquele que exerce miseri¬córdia.
a. De
acordo com o Dicionário Explicativo de Palavras do Novo Testamento, de W. E.
Vine, o ministério de socorros é "um dos ministérios da igreja local, na
forma de prestação de assistência, talvez especialmente do socorro ministrado
aos oprimidos e aos necessitados".
b. A Bíblia Amplificada traduz Romanos 12.8 por:
Aquele que exerce misericórdia com genuína satisfação e alegre impetuosidade.
c. A. S. Way apresenta este trecho do seguinte
modo: "Se você vier com compaixão ao doente, levará a luz do sol de Deus
em sua face."
d. Aquele
que auxilia deve ter o verdadeiro equipamento de poder e graça divina.
e. Romanos 12.7 diz: Se ministério,
dediquemo-nos ao ministé¬rio...
1. A palavra traduzida por ministro
freqüentemente é usada de maneira geral no Novo Testamento para se referir a
todos aqueles que ministram nas coisas santas, incluindo os pró¬prios
apóstolos.
a. Em
primeiro lugar, Romanos 12.7 pode ser usado de modo geral, ou seja, qualquer
que seja o seu ministério: "Aquele que ministra dedique-se ao seu
ministério."
1) 0 que
isso significa? Que para ser bem sucedido, para ser capaz de ministrar
eficazmente, você terá que gastar tempo em preparar a si mesmo e para esperar
em Deus.
2. Contudo,
como a palavra "ministério" é utilizada em Romanos 12.7, evidentemente
tem um sentido distinto dos outros ministérios mencionados. Aproxima-se
intimamente ao tipo de ministério dos diáconos (At 6.1-6).
a. Essa
palavra diácono é usada em Filipenses 1.1 e em 1 Timóteo 3.8-13.
b. Aplica-se a Febe em Romanos 16.1 e é traduzida
por "serva"
c. O ministério do diácono nos primeiros dias da
igreja tinha forte conexão com a distribuição de alimentos aos santos bem como
a supervisão no cuidado com os pobres e os enfermos.
d. Trata-se de um dom divino concedido por Jesus
Cristo, o Cabeça da Igreja. É necessário mais do que simplesmente habilidade
natural para efetivamente exercer este ministério, assim como qualquer outro
ministério.
3. Atos
6.1-6 descreve a respeito da escolha de sete homens para servirem como diáconos
no ministério de socorros.
Atos
6.1-6
1 Ora,
naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos
helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas
na distribuição diária.
2 Então os doze convocaram a comunidade dos
discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus
para servir às mesas.
3 Mas,
irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e
de sabedoria aos quais encarregaremos deste serviço;
4 E,
quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra.
5 O parecer agradou a toda a comunidade; e
elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro,
Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.
6
Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
a. Filipe começou aqui no ministério de
socorros. Ele aju¬dava os apóstolos servindo as mesas, para que os mesmos
ficassem liberados para a oração e para o ministério da Palavra. E como Filipe
provou ser fiel, Deus levou-o a tornar-se um evangelista (At 21.8).
b. Estevão começou no ministério de socorros.
Deus o usou poderosamente.
c. Os outros cinco homens não são mais
mencionados. Evidentemente continuaram no ofício de socorros.
d. Embora seus nomes não tenham sido mencionados
em outro trecho do Novo Testamento, se foram fiéis no seu ofício, receberão tão
grande recompensa quanto Filipe e Estevão.
4. Paulo escreveu a respeito daqueles dois que o
auxiliavam: Saudai a Priscila e a Aquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os
quais pela minha vida arriscaram as suas próprias cabeças; e isto lhes
agradeço, não somente eu mas também todas as igrejas dos gentios (Romanos
16.3,4).
5. Ele também escreveu: Saudai a Maria que muito
trabalhou por vós (Romanos 16.6).
6. O Novo Testamento também faz referência a
outros que exerceram o ministério de socorros.
F. O
ministério da música. O ministério da música funciona como ministério de
socorros, de apoio ao ministério quíntuplo.
1. Que socorro! Que ajuda! Que assistência é o
ministério da música! O ministério da música não é um ofício distinto; é o
ministério de socorros em operação.
2. É um ministério ungido.
a. Não é algo que alguém desempenha só porque é
talentoso.
b. Deus pode usar os talentos se as pessoas
consagrarem seus talentos a Ele.
c. Mas é bastante perceptível para aqueles que
têm o Espírito de Deus e são sensíveis às coisas do Espírito quando alguém está
"ministrando uma música sob unção" do Espírito Santo no ministério de
socorros e quando alguém está "somente cantando".
3. O profeta Eliseu pediu para trazerem um
tangedor. O ministério de música pode ser de grande valia para aqueles que
exercem os quíntuplos dons ministeriais, particularmente o profeta. Quando o
tangedor tocava seu instrumento musical, o Espírito Santo veio sobre o profeta
Eliseu e ele profetizou.
2 REIS 3.15,16
15 Ora,
pois, trazei-me um tangedor. Quando o tangedor tocava, veio o poder de Deus
sobre Eliseu.
16 Este
disse: Assim diz o SENHOR...
a. O tocar aquele instrumento musical pelo
tangedor foi um auxílio para o profeta entrar no Espírito.
b. "A mão do Senhor veio sobre ele"
significa que o Espírito Santo moveu-se sobre o profeta. Muitas vezes no Antigo
Testamento, faz-se referência ao Espírito Santo como "a mão do
Senhor".
c. Por
que o profeta pediu a presença do tangedor? Para atrapalhá-lo! Não! Para
ajudá-lo.
G.
Qualquer coisa que tem a ver com o funcionamento da igreja ou com o ministério
passa pela operação do ministério de socorros.
1. As
pessoas que trabalham em nossos escritórios, por exemplo, estão servindo no
ministério de socorros. Nada poderia fazer sem a ajuda deles. Graças a Deus
pelo ministério de socorros!
a. Quando vier o dia da recompensa, se forem
fiéis no ministério de socorros, receberão tão grande recompensa quanto a
minha.
1 SAMUEL 30.24
24 ...
Porque, qual é a parte dos que desceram à peleja, tal será a parte dos que
ficaram com a bagagem; receberão partes iguais.
b. Deus não nos recompensa de acordo com o
ofício que ocupamos; Deus recompensa a fidelidade.
O MINISTÉRIO DE LÍNGUAS E INTERPRETAÇÃO
1 CORÍNTIOS 12.28-30
28 A uns estabeleceu Deus na igreja,
primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro lugar mestres,
depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos,
VARIEDADE DE LÍNGUAS.
29 Porventura são todos apóstolos? ou todos
profetas? são todos mestres? ou operadores de milagres?
30 Têm
todos dons de curar? FALAM TODOS EM OUTRAS LÍNGUAS? INTERPRETAM-NAS TODOS?
A.
Variedade de línguas (diferentes tipos de línguas) é visto aqui como um
ministério definido estabelecido por Deus na igreja.
B. Ser
cheio do Espírito e falar em línguas conforme a expressão vocal dada pelo
Espírito não é o ministério de línguas.
C. Em 1
Coríntios 12.28 e 30, a Palavra de Deus se refere a ministrar aos outros
através de línguas e interpretação, como um dom de ministério.
1. Por
exemplo, uma pessoa não ocupará o ofício de um após¬tolo para abençoar a si
mesma. Ocupar o ofício de um apóstolo, obedecer ao chamado de Deus para aquele
ofício e ser equipado pelo Espírito para permanecer naquele ofício lhe dará
condições para ministrar aos outros. Do mesmo modo, o ministério de profeta não
é para uso ou ganho pessoal. O profeta é equipado pelo Espírito de Deus para
que possa ministrar aos outros.
O mesmo é
válido para o ministério de ensino. Alguém não recebe o dom de ensino para
ensinar a si mesmo. Mesmo desfrutando dele, o mesmo é dado para ensinar aos
outros, para ministrar aos outros.
2.
Variedade de línguas está na mesma lista de apóstolos, profetas, mestres. Não é
algo para benefício pessoal na vida devocional. É algo para ser ministrado em
assembléia públi¬ca para o benefício dos outros. Este ministério não é para os
leigos. É para aqueles chamados para o ministério quíntuplo.
D. Ser
cheio do Espírito com o falar em línguas é para uso e edificação pessoais — e
não para os outros.
1. Trata-se primariamente de um dom devocional.
2. Paulo disse à igreja de Corinto: Dou graças
ao meu Deus porque falo em outras línguas mais do que todos vós (1 Co.14.18),
mostrando que era primariamente um dom devocional em sua vida de oração, louvor
e adoração a Deus.
E. Todas as línguas em essência são as mesmas,
mas o seu uso, propósito e finalidade são diferentes.
F. Somente
poucas pessoas entre aquelas que são cheias do Espírito e falam em outras
línguas serão usadas no ministério público de línguas. É por isso que Paulo
pergunta: ... Falam todos em outras línguas? (v.30). Obviamente a resposta é
não.
1. Alguns tiram o versículo 30 do contexto e
dizem: "Falar em línguas não é para todos." Eles tentam fazer o
ministério de línguas igual ao dom de línguas que cada crente cheio do Espírito
tem operando em sua própria vida de oração particular. E não é o caso.
2. Pelo contexto, fica claro que Paulo se refere
ao ministério de línguas ou diversidade de línguas.
G. Indo
um passo além, o que Paulo está falando aqui nessa lista de dons do ministério
juntamente com o apóstolo, o profeta, e o mestre, é a respeito de algo
totalmente distinto daquilo que os leigos chamam de "falar em
línguas". Pois aqui trata-se de um ministério. Aplica-se àqueles que foram
chamados para minis¬trar desse modo, e se aproxima mais intimamente do ofício
de profeta.
O MINISTÉRIO DE EXORTAÇÃO
ROMANOS 12.4-8
8 OU O
QUE EXORTA, FAÇA-O COM DEDICAÇÃO...
A. Esse é
o único lugar onde a exortação é mencionada como um ministério separado e
distinto.
1.
Normalmente, a exortação é vista como parte natural e essencial de quase todos
os ministérios.
B. O
pensamento primário é trazer encorajamento ou para consolar ou para reanimar.
C. Há um
ministério específico nessa linha.
D. O
exortador encoraja o perdido a ser salvo.
1. Sam
Jones, que era grande evangelista metodista, costumava pregar por duas horas e
a seguir passar a palavra para um exortador conduzir o apelo. O exortador às
vezes falava por 45 minutos. Ele encorajava as pessoas, exortando-as a serem
salvas.
2. Na
minha opinião pessoal, muitos daqueles a quem chamamos de evangelistas, hoje em
dia, são na realidade exortadores. O ministério deles parece estar inteiramente
voltado em encorajar e desafiar as pessoas a serem salvas.
a. Aqueles
que permanecem no ofício de evangelista operam nos dons sobrenaturais(milagres
e dons de curar) seguindo a sua pregação. Isto aconteceu no ministério de nosso
único exemplo de evangelista do Novo Testamento, Filipe. Um verdadeiro
evangelista esses dons acompanhando-o em seu ministério.
b. Não estou depreciando o ofício de exortador.
É um ofício! Só estou dizendo que nomeamos incorretamente alguns ministérios.
E. O
exortador também exorta os cristãos com uma mensagem de motivação,
encorajamento e consolo.
O MINISTÉRIO DE CONTRIBUIÇÃO
ROMANOS 12.8
8 ou o
que exorta, faça-o com dedicação; O QUE
CONTRIBUI,
COM LIBERALIDADE...
A. O
ministério de contribuição era um ministério reconhecido na igreja primitiva,
tal como era o ensino ou a cura. Trata-se de um dom ministerial.
B. Todos
nós podemos entrar na graça de contribuir, mas alguns têm equipamento divino
para contribuir:
1. Riqueza pessoal.
2. Ou administração de recursos associados.
C. Outra
tradução assim o expressa, aquele que tem riqueza para distribuir deve fazê-lo
com vistas ao serviço de Deus.
D.
Aqueles que têm riquezas deveriam contribuir de maneira correta, em bons
lugares onde fossem utilizadas por Deus.
1. Os
ministros do Evangelho devem gastar tempo ensinando as pessoas a respeito do
contribuir.
a. Eles deveriam ensinar às congregações sobre o
ministério bíblico da contribuição.
b. Eles deveriam ensinar àqueles que têm riqueza
a distribuir corretamente onde possa ser utilizada para a obra de Deus.
2. Alguns falsos ministros do Evangelho levantam
dinheiro para projetos que não existem.
3. Não engula algo só porque parece bom. Aprenda
a ouvir o seu espírito.
4. Ore e busque a Deus a respeito de onde deve
pôr seu dinheiro.
E. Alguns
podem sentir a chamada para o ministério, e bem como Deus os tem chamado a este
ministério de contribuição.
Paulo
teve coragem de dizer que era um “sábio arquiteto”, na edificação da igreja.
Nem todo obreiro pode dizer isso, nos dias presentes. Os terrenos em que a
igreja está sendo edificada são tão instáveis, que desafiam a capacidade de
todos os engenheiros ou arquitetos. Os ventos fortes de falsas doutrinas e
movimentos heréticos, disfarçados de genuínos movimentos cristãos conspiram
contra a estabilidade e a unidade da Igreja de CRISTO. Os edificadores de hoje
têm tantos ou maiores desafios do que os do tempo de Paulo, mesmo que tenham
mais recursos humanos e técnicos que o apóstolo dos gentios.
Mas a
missão dos obreiros do Senhor é cuidar da evangelização, buscando as almas que
se integram à igreja, e o cuidado delas, através do discipulado autêntico, que
se fundamenta na sã doutrina, esposada por JESUS CRISTO, e interpretada e
aplicada pelos seus apóstolos e discípulos, ao longo da História. Os cristãos
devem ser edificados para serem templos do ESPÍRITO SANTO (1 Co 6.19,20). E os
dons são indispensáveis nessa edificação espiritual.
FIM.
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