FACULDADE DE TEOLOGIA TESTEMUNHAS HOJE
CURSO LIVRE
PNEUMATOLOGIA
CONCEITO
GERAL
Muito erro e confusão existem em nossos dias no tocante à personalidade,
às operações e às manifestações do Espírito Santo. Eruditos conscientes, mas
equivocados têm sustentado pontos de vista errôneos a respeito dessa doutrina.
É vital para a fé de todo crente cristão, que o ensino Bíblico a respeito do
Espírito santo seja visto em sua verdadeira luz e mantido em suas corretas
proporções.
PRÉ – PENTECOSTAL – O Espírito Santo pré-existia
como a terceira pessoa da divindade, e nessa qualidade esteve sempre ativo, mas
o período que antecedeu ao dia de Pentecostes não foi à época de sua atividade
especial. O período do Velho Testamento foi de preparação e espera. Ele viria para
se manifestar, como Jesus explicou, logo após a Sua ressurreição.
Encontramos uma notável diferença existente em Seu agir no Velho e no
Novo Testamento. Ele é referido por 88 vezes no Antigo Testamento, e mais de
metade desse número de vezes somente no livro de Atos, enquanto que em todo o
N.T. ele é mencionado mais de 03 vezes para cada referência que lhe é feita no
Velho.
Durante esse período pré-Pentecostal, o Espírito descia sobre os homens
apenas temporariamente, afim de inspirá-los para algum serviço especial, e
deixava-os quando essa tarefa ficava terminada.
PÓS – PENTECOSTAL – Este período que se estende
do dia de Pentecostes até os nossos dias pode legitimamente ser chamado de
dispensação do Espírito. Após o dia de Pentecostes, por meio do Espírito Santo,
Deus veio para habitar nos homens. Ele vem para permanecer. O dia
de Pentecostes marcou o raiar de um novo dia nas relações entre o Espírito
Santo e a humanidade. Ele veio para habitar na pessoa, no crente no
salvo. Neste sentido a Igreja, o verdadeiro Corpo de Cristo, como
indivíduos e não como edifício, é habitado pelo Espírito Santo de Deus,
tornando-o a morada de Deus. Como veremos no decorrer desta disciplina.
1 – A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO.
1.1 – A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO.
a.
SIGNIFICADO – Contém em Si
mesmo os elementos de existência pessoal. É difícil definir Personalidade
quando é atributo de Deus. Deus não pode ser aquilatado pelos padrões humanos.
Pode-se dizer que a Personalidade existe quando se encontram, em uma única
combinação, inteligência, emoção e volição (vontade própria), ou ainda,
autoconsciência e autodeterminação. O Espírito Santo possui os atributos,
propriedades e qualidades de Personalidade, então se pode atribuir a esse ser,
inquestionavelmente, uma Personalidade.
a.
PROVA – Sua Personalidade
dentro do registro Histórico tem sido disputada e negada. Apesar de que as
Escrituras não fornecem nenhuma base para tais disputas ou negações.
b.1 – A NECESSIDADE DE PROVA .
- EM CONTRASTE
COM AS NECESSIDADES DAS OUTRAS PESSOAS DA DIVINDADE. - As ações e operações do Espírito Santo são de tal forma secretas
e santas, tanta cousa se diz de Sua influência, graça, poder e dons,
que ficamos inclinados a pensar nEle como se fosse uma influência, um
poder, uma manifestação ou emanação da natureza divina, e não como uma
pessoa.
- POR CAUSA DOS
NOMES E SÍMBOLOS USADOS A RESPEITO DO ESPÍRITO SANTO, QUE SUGEREM O QUE É
IMPESSOAL, TAIS COMO: Fôlego, vento, poder,
fogo, azeite e água.
João 3:5-8 / Atos 2:1-4 / João 20:22 / 1ª João 2:20 / Efésios 5:18 / 1ª
Tessalonicenses 5:19
- PELO FATO DE
NEM SEMPRE O ESPÍRITO SANTO, SER ASSOCIADO AO PAI E AO FILHO, DIZ-SE QUE É
IMPESSOAL. 1ª Tessalonicenses 3:11
- PELO FATO DE A
PALAVRA "Espírito Santo" SER NEUTRA (GREGO= pneuma).
b.2 – SUA PROVA.
- SEUS PRONOMES
PESSOAIS MASCULINOS. João 15:26 / João 16:7,
8, 13, 14
OBS.1 – A Personalidade do Espírito Santo, chega a dominar a construção
gramatical "PNEUMA" que é substantivo do gênero neutro – mas sempre
são usados pronomes pessoais masculinos – isso é notável.
OBS.2 – Cristo supremamente autorizado, dá testemunho gramatical, onde
usa a palavra "PARAKLETO" (CONSOLADOR João 14:16, 17). Este o
substituiria como pessoa. O mais significativo está na expressão “outro” que
faz associação com quem já era consolador.
- ASSOCIAÇÃO COM
OUTRAS PESSOAS DA DIVINDADE E COM OS HOMENS. Mateus 28:19 / Atos 15:28 / 2ª Coríntios 13:14.
- CARACTERÍSTICAS
PESSOAIS DO ESPÍRITO SANTO.
Por características não nos referimos a mãos, pés ou olhos, pois essas
coisas denotam corporeidade, mas antes, qualidade, como conhecimento,
sentimento e vontade, que indicam Personalidade.
- INTELIGÊNCIA –
1ª Coríntios 2:10, 11 / Romanos 8:27 / João 14:26
- VONTADE
(VOLIÇÃO) – 1ª Coríntios 12:11
- AMOR – Romanos
15:30 / Efésios 4:30 (emoções)
- Devemos nossa
salvação tão verdadeiramente ao amor do Espírito Santo como ao do Pai e ao
amor do Filho.
- BONDADE –
Neemias 9:20
- TRISTEZA –
Efésios 4:30
Ninguém pode entristecer a lei da gravidade, ou fazer com que se lamente
o vento oriental. Portanto, a não ser que o Espírito Santo seja uma Pessoa, a
exortação de Paulo (Efésios 4:30), seria sem significado e supérflua.
- ATOS PESSOAIS
DO ESPÍRITO SANTO. – Através das Escrituras
o Espírito Santo é representado como um agente pessoal, a realizar atos
que só podem ser atribuídos a uma pessoa.
- ELE PERSCRUTA
AS PROFUNDEZAS DE DEUS – 1ª Coríntios 2:10
- ELE FALA –
Apocalipse 2:7 / Gálatas 4:6
- ÉLE DÁ
TESTEMUNHO – João 15:26
- ELE INTERCEDE
– Romanos 8:26
- ELE ENSINA –
João 14:26 / João 16:12-14 / Neemias 9:20
- ELE GUIA E
CONDUZ – Romanos 8:14 / Atos 16:6, 7
- ELE CHAMA
HOMENS E OS COMISSIONA – Atos 13:1-3 / Atos 20:28
- ELE CONVENCE O
MUNDO – João 16:8
- O ESPÍRITO
SANTO MERECE TRATAMENTO PESSOAL
- PODE O HOMEM
REBELAR-SE, E ENTRISTECÊ-LO – Isaías 63:10 / Efésios 4:30
- PODE O HOMEM
MENTIR – Atos 5:3
- PODE O HOMEM
BLASFEMAR – Mateus 12:31, 32
Diz Webster que blasfemar significa "falar do ser Supremo em termos
de ímpia irreverência; ultrajar ou falar de forma imprópria de Deus, de Cristo
ou do Espírito Santo". E blasfemar desse modo seria impossível se o objeto
da irreverência não fosse Pessoal.
Declaração Doutrinária – Mediante o uso de pronomes pessoais, mediante as
associações pessoais, mediante as características pessoais possuídas, as ações
pessoais realizadas e o tratamento recebido, as Escrituras provam que o
Espírito Santo é uma pessoa.
OBS.1 – Teoricamente, podemos crer nisso. Mas em nosso pensamento íntimo
a respeito da Pessoa do Espírito Santo, e em nossa atitude prática para com
Ele, tratamo-lo realmente como Pessoa? O consideramos de fato, pessoa tão real
como Jesus Cristo – Tão amoroso, sábio e poderoso, tão digno de nossa
confiança, amor e submissão como Jesus Cristo? O Espírito Santo veio, aos
discípulos e a nós, para ser aquilo que Jesus Cristo foi para aqueles durante
os dias de seu contato pessoal nesta terra. Compare 2ª Cor 13:5 com Romanos 8:9
c) SUA IMPORTÂNCIA.
c.1) EM CONEXÃO COM A ADORAÇÃO. – Se o Espírito Santo é uma pessoa
Divina, e se por outro lado, é desconhecida ou ignorada como tal, está sendo
privado do amor e da adoração que lhe são devidos. Se, por outro lado,
entretanto, Ele é apenas uma influência, uma força ou um poder que emana de
Deus, estaríamos praticando idolatria ou falsa adoração.
c.2) DO PONTO DE VISTA DO TRABALHO – É necessário decidirmos se o
Espírito Santo é um poder ou força que nos compete obter e usar, ou se Ele é
uma Pessoa da Divindade, que tem o direito de controlar-nos e usar-nos. O
primeiro conceito leva à auto-exaltação e à altivez, mas a outra nos conduz à
auto-humilhação e à auto-renúncia. Pense nisto, uma reflexão sobre pessoas
querendo usar o Espírito Santo, como força, como “poder” em ligar de ser usadas
por uma Pessoa, como Ele quer.
c.3) POR MOTIVO DE SUA RELAÇÃO COM A EXPERIÊNCIA CRISTÃ. – É do mais alto
valor experimental sabermos se o Espírito Santo é mera influência ou força
impessoal, ou se é nosso Amigo e Consolador sempre presente, nosso divino
Companheiro e guia.
1.2 – A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO.
As Escrituras ensinam enfaticamente a Divindade do Espírito Santo. Não
obstante, têm existido aqueles que negaram essa verdade. Ário, um Presbítero de
Alexandria, do quarto séc. de nossa era, introduziu o ensino, sustentando que
Deus é Uma Eterna Pessoa, que Ele criou Cristo, O qual por Sua vez criou o
Espírito Santo, negando assim Sua Divindade. Esse ensino obteve grande
aceitação nas igrejas, mas foi corrigido pelo credo NICENO, de 325 d.C. Daí que
se usa em teologia a definição: Ariano, para descrever todos aqueles que negam
a divindade de Cristo e do Espírito Santo.
Depois sendo formulado no credo de Constantinopla em 381. Em 589, o
Sínodo de Toledo acrescentou a famosa cláusula Latina "FILIOQUE", que
afirmava que o Espírito Santo procedia do Pai e do Filho. João 15:26 / Gálatas
4:6 / Romanos 8:9 / João 16:7
a) SIGNIFICADO – Por Divindade do Espírito Santo se entende que Ele é Um
com Deus, fazendo parte da Divindade, Co-igual, Co-eterno e consubstancial com
o Pai e com o Filho. Mateus 28:19 / Jeremias 31:31–34 com Hebreus 10:15–17
b. SUA PROVA – As Escrituras ainda deixa mais clara a verdade da Divindade
do Espírito Santo do que a Sua Personalidade. São abundantes as provas
Bíblicas.
b.1) NOMES DIVINOS.
CHAMADO DEUS – Atos 5:3–4
CHAMADO SENHOR – 2ª Coríntios 3:18
b.2) ATRIBUTOS DIVINOS
*ETERNIDADE – Hebreus 9:14
*ONIPRESENÇA – Salmo 139:7–10
*ONIPOTÊNCIA – Lucas 1:35
*ONISCIÊNCIA – 1ª Coríntios 2:10–1
*VERDADE – 1ª João 5:6
*SANTIDADE – Lucas 11:3
*VIDA – Romanos 8:2
*SABEDORIA – Isaías 40:13
b.3) OBRAS DIVINAS.
CRIAÇÃO – Jó 33:4 / Salmo 104:30
·
TRANSMISSÃO DE VIDA – Romanos 8:11 / João 6:63 / Gênesis 2:7 / João 3:5–8 / Tito 3:5 / Tiago
1:18
O Espírito Santo é o autor, tanto da vida física como da vida espiritual.
·
AUTORIADADE DA PROFECIA DIVINA – 2ª Pedro 1:21 / 2º Samuel 23:23
b.4) APLICAÇÃO DO A.T., (JEOVÁ / ESPÍRITO SANTO)
Isaías 60:8–10 compare com Atos 28:25–27 e Êxodo 16:7 com Hebreus 3:7–0.
Os profetas eram os mensageiros de Deus, eles profetizavam as palavras do
Senhor, transmitiam Seus mandamentos, pronunciavam Suas ameaças e anunciavam
Suas promessas, visto que falavam conforme eram movidos pelo Espírito Santo.
Serviam de instrumentos usados por Deus porque eram também instrumentos usados
pelo Espírito Santo. Por conseguinte, o Espírito há de ser Deus.
b.5) ASSOCIAÇÃO COM DEUS PAI E FILHO
*Comissão Apostólica – Mateus 28:19
*Na Administração da Igreja – 1ª Coríntios 12:4–6
* Na Benção Apostólica – 2ª Coríntios 13:13
Declaração Doutrinária - De muitos modos inequívocos, Deus, em Sua
Palavra, proclama distintamente que o Espírito Santo não é apenas uma pessoa,
mas é uma Pessoa Divina.
4.2 – OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO
4.2.1 – NOMES QUE DESCREVEM SUA PRÓPRIA PESSOA
a. ESPÍRITO – 1ª Cor 2:10
O termo grego "PNEUMA", aplicado ao Espírito Santo, tanto
envolve o pensamento de "fôlego" como o de "vento".
a.1. – Como fôlego – João 20:22 / Gênesis 2:7 / Salmo 104:30 / Jó 33:4 /
Ezequiel 37:1–10
a.2. – Como vento – João 3:6 – 8 / Atos 2:1–4
O Espírito é como se fosse, em termos de comparação e não como realidade
o hálito de Deus – a vida de Deus que dEle sai para vivificar.
VEJA OS SÍMBOLOS APLICADOS AO ESPÍRITO SANTO.
- Ele é
comparado com ÁGUA – João 7:38 – 39 / João
4:14 – Referência. Que Ele vivifica
- Ele é
comparado com ÓLEO – Lucas 4:18 / Atos 10:38
/ 2ª Cor 1:21 / 1ª João 2:20 –Referência. Que Ele ilumina e prepara para o
serviço de Deus.
- Ele é
comparado com uma POMBA – Mateus 3:16
/ Marcos 1:10 / Lucas 3:22/ João 1:32 –Referência. A sua pureza.
- Ele é
comparado com um SELO – 2ª Coríntios 1:22 /
Efésios 1:13 e 4:30 – Referência. A sua garantia de nossa redenção.
- Ele é
comparado com VESTIMENTA – Lucas 24:49
– Cobrir de santidade.
- Ele é
comparado a um PENHOR – 2ª Coríntios 1:22 e 5:5
/ Efésios 1:14 – Ele nunca falha.
- Ele é
comparado com FOGO – Atos 2:3 – Ele aquece
nossos corações.
- Ele é
comparado com um SERVO – Gênesis 24 – Está
sempre pronto a nos servir.
a. ESPÍRITO SANTO – Lucas 11:13 / Romanos 1:4
b. O caráter moral essencial do Espírito é salientado nesse nome. Ele é
SANTO (maior atributo de DEUS), em pessoa e caráter, e também é o autor direto
da Santidade do homem. O nome Espírito Santo é tomado com toda freqüência, não
por ser este mais Santo que os demais da Divindade, mas porque oficialmente sua
Obra é Santificar.
c. ESPÍRITO ETERNO – Hebreus 9:14
Assim como a eternidade é atributo ou característica da natureza de Deus,
semelhantemente a eternidade é atributo do Espírito Santo como uma das
distinções pessoais no Ser de Deus.
4.1.2 - NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM DEUS.
a. O ESPÍRITO DE DEUS – Isaías 11:2
b. O ESPÍRITO DO SENHOR JEOVÁ – Isaías 61:1
c. O ESPÍRITO DO DEUS VIVO – 2ª Coríntios 3:3
4.1.3 – NOMES QUE DESCREVEM SUA
RELAÇÃO COM O FILHO DE DEUS.
a. O ESPÍRITO DE CRISTO – Romanos 8:9 / Atos 2:36
b. O ESPÍRITO DE SEU FILHO - Gálatas 4:6
c. O ESPÍRITO DE JESUS – Atos 16:6, 7 / Atos 1:1, 2 / Mateus 28:19 /
Filipenses 1:19 / Atos 2:32, 33 / Isaías 11:2 com Hebreus 1:9 - Esse nome
identifica o Messias Divino com o homem Jesus, e mostra a relação que o
Espírito Santo sustenta com Ele, conforme aqui identificado.
4.2.4 – NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM OS HOMENS.
a. ESPÍRITO PURIFICADOR – Isaías 4:4 / Mateus 3:11
b. SANTO ESPÍRITO DA PROMESSA – Efésios 1:13/ Atos 1:4, 5 / Atos 2:33
c. ESPÍRITO DA VERDADE – João 15:26 / 14:17 e 16:13 / 1ª João 4:6 e 5:6
d. ESPÍRITO DA VIDA – Romanos 8:2
e. ESPÍRITO DA GRAÇA – Hebreus 10:29
f. ESPÍRITO DA GLÓRIA – 1ª Pedro 4:13, 14 / Efésios 3:16–19 / Romanos
8:16–17
g. O CONSOLADOR – João 14:26 / João 15:26 e 16:7 comparar com 1ª João 2:2
4.3 – A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
Ao considerarmos a obra do Espírito Santo, precisamos lembrar a verdade
que todas as pessoas da Divindade são ativas na obra de cada Pessoa individual.
Alguns nos dizem que Deus Pai operou na Criação, que Deus Filho operou na
Redenção e que Deus Espírito Santo opera na Salvação. Mas isso não é verdade,
pois em cada manifestação das obras de Deus, a Trindade total se mostra ativa;
o Pai é o Autor, o Filho é o Executor e o Espírito é o Ativador de cada ato.
Por conseguinte, o Espírito Santo é Aquele que ativa e leva a término os atos
iniciados.
4.3.1 – EM RELAÇÃO AO UNIVERSO MATERIAL.
a. NO TOCANTE À CRIAÇÃO – Salmo 33:6 / Jó 33:4
b. NO TOCANTE À RESTAURAÇÃO E PRESERVAÇÃO
Gênesis 1:2 / Salmo 104:29, 30 / Isaías 40:7
4.3.2 - EM RELAÇÃO AOS HOMENS NÃO REGENERADOS.
a. O ESPÍRITO LUTA COM ELES – Gênesis 6:3 / Mateus 5:13–16
b. O ESPÍRITO TESTIFICA-LHES – João 15:26 / Atos 5:30–32
c. O ESPÍRITO CONVENCE-OS – João 16:8–11 Do Pecado, da Justiça e do Juízo.
Nessa tríplice obra, o Espírito Santo glorifica a Cristo. Ele nos mostra que é
pecado não confiar em Cristo, revela-nos a Justiça de Cristo e a obra vitoriosa
de Cristo em relação a Satanás. Nossa tarefa consiste tão somente em pregar a
palavra da verdade, dependendo do Espírito Santo para produzir convicção. (Atos
2:4 e 37)
4.3.3 – EM RELAÇÃO AOS CRENTES.
a. O ESPÍRITO REGENERA – João 3:3–6 / Tito 3:5/ João 6:63 / 1ª Pedro 1:23 /
Efésios 5:25, 26 / 1ª Coríntios 2:4 comparar com 1ª Coríntios 3:6. Assim como
Jesus foi gerado pelo Espírito Santo, semelhantemente todo homem, para que se
torne filho de Deus, precisa ser gerado pelo Espírito Santo.
b. ELE BATIZA NO CORPO DE CRISTO
Aqui necessitamos estudar duas exposições ou compreensão sobre o assunto.
A primeira, podemos chamar de batismo corporativo que afirma que o batismo do
espírito Santo acontece no ato da regeneração e não como uma experiência
posterior: se expressa mais ou menos assim: – João 1:32–34 / 1ª Coríntios
12:12–13 / Atos 1:5. O batismo do Espírito Santo é aquele ato que tem lugar por
ocasião da conversão (João 3:5-7 / Romanos 8:9), mediante o qual a pessoa se
torna membro do Corpo de Cristo (2ª Coríntios 5:17 / Efésios 1:13-14). Essa obra
tem sido realizada na vida de cada crente, embora nem sempre seja reconhecida.
O batismo do Espírito Santo não é algo a ser conquistado pelo crente após a
regeneração; antes, já foi obtido por ocasião da regeneração (1ª Coríntios
3:16). O batismo do Espírito Santo teve início no dia de Pentecostes (Atos
2:1-3), mas se estende através dos séculos e prosseguirá até que o último
membro tenha sido acrescentado à igreja.(Efésios 4:4).
A outra postura teológica é aquela que afirma que o batismo do Espírito
Santo acontece como uma experiência posterior na vida do crente, e que tem como
sinal o falar em línguas.
a. ELE HABITA NO CRENTE – 1ª Coríntios 6:15-19 / 3:16 / Romanos 8:9.
b. ELE SELA – Efésios 1:13, 14 / 4:30
c. ELE PROPORCIONA SEGURANÇA – Romanos 8:14, 16 / 1ª Coríntios 1:22
d. ELE FORTALECE – Efésios 3:16
e. ELE ENCHE O CRENTE – Efésios 5:18-20 / Atos 4:8, 31 / 2:4 / 6:3 / 7:54-55
/ 9:17, 20 / 13:9-10, 52 / Lucas 1:15, 41, 67-68 / 4:1 / João 7:38-39.
f. ELE LIBERTA / GUIA / ORIENTA EM SEGURANÇA – Atos 8:27-29
g. ELE EQUIPA PARA O TRABALHO (Ilumina/Instrui/Capacita) – 1ª Coríntios
2:12–14 / Salmo 36:9 / João 16:13-14 / 1ª Coríntios 12:11 / 1ª Timóteo 1:5
h. ELE PRODUZ O FRUTO DA GRAÇA CRISTÃ – Gálatas 5:22-23 / Romanos 14:17 /
15:13 / 5:5 / Gálatas 2:20.
i. ELE POSSIBILITA TODAS AS FORMAS DE COMUNHÃO COM DEUS (Oração/Adoração e
louvor/Agradecimentos) – Judas 20/ Efésios 6:8 / Romanos 8:26-27 / Filipenses
3:3 / At 2:11 / Efésios 5:18-20.
j. ELE VIVIFICA O CORPO DO CRENTE – Romanos 8:11, 13.
3.4 – EM RELAÇÃO A JESUS CRISTO
a. CONCEBIDO PELO ESPÍRITO SANTO – Lucas 1:35 / Mateus 1:20. O Espírito
Santo produziu o corpo humano do Filho de Deus mediante um ato criador. O Filho
de Deus chamou esse corpo de preparado (Hebreus 10:5). Era impossível que
Aquele que é absolutamente santo, se revestisse de um corpo que tivesse vindo
ao mundo por geração natural. Se este tivesse sido o caso, teria Ele possuído
um corpo maculado com a mancha do pecado.
b. UNGIDO COM O ESPÍRITO SANTO – Atos 10:38 / Isaías 61:1 / Lucas 4:14, 18 /
Isaías 11:2 / Mateus 12:17-18.
c. GUIADO PELO ESPÍRITO SANTO – Mateus 4:4
d. CHEIO DO ESPÍRITO SANTO – Lucas 4:1 / João 3:34.
e. REALIZOU SEU MINISTÉRIO NO PODER DO ESPÍRITO SANTO – Lucas 4:18-19 / Is
61:1 / Lucas 4:14
f. OFERECEU-SE EM SACRIFÍCIO PELO ESPÍRITO SANTO – Hebreus 9:14
g. RESSUSCITOU PELO PODER DO ESPÍRITO SANTO – Romanos 8:11 / Romanos 1:4
h. DEU MANDAMENTOS AOS SEUS, PELO ESPÍRITO SANTO – Atos 1:1, 2
i. DOADOR DO ESPÍRITO SANTO – Atos 2:33. Jesus Cristo viveu toda a sua vida
terrena dependendo inteiramente do Espírito Santo e a Ele sujeito.
4.3.5 – EM RELAÇÃO ÀS ESCRITURAS
a. SEU AUTOR – 2ª Pedro 1:20-21 / 2ª Timóteo 3:16 / 2ª Pedro 3:15-16/ João
16:13. As escrituras referem-se ao Espírito Santo como o Agente Divino da
comunicação da verdade de Deus aos homens.
b. SEU INTÉRPRETE – Efésios 1:17 / 1ª Coríntios 2:9-14 / João 16:14-16. A
importância do homem para interpretar a verdade já revelada é tão
característica como sua incapacidade de comunicar a revelação sem o concurso do
Espírito Santo. As Escrituras foram dadas pelo Espírito Santo, e sua verdadeira
interpretação só é possível por meio de Sua iluminação.
Deus, através de seu Espírito, venha a iluminar teu coração, com o
propósito de que possas desfrutar de toda a Suficiência DEle em sua vida, que
recebeste desde o momento de sua regeneração.
O Dom de Línguas – Postura Teológica 1
Como podemos perceber estamos enumerando as diversas posturas
teológicas em relação aos dons espirituais – O que significa que há mais de uma
postura, e como faculdade estamos obrigados a dar a conhecer de forma
sistemática, sem entrar em discussão sobre o assunto as várias e diversificadas
doutrinas.
1- O que era ou em que consistia este dom. O dom de línguas consistia em
falar uma língua a qual era completamente desconhecida para aquele que falava.
Havia conteúdo e um significado real nas palavras proferidas, e não meras
palavras e frases sem nexo. No dia de Pentecostes, "cada um os ouvia falar
na sua própria língua" [literalmente ‘dialeto’] (Atos 2:6.) Além disto,
enquanto Pedro explicava este milagre para a multidão, ele iguala o dom de
línguas ao dom de profecias ao citar a profecia de Joel: "E também do meu
espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e
profetizarão" (v.18). Novamente, 1ª Coríntios 14:5 iguala o dom de
profecia ao de línguas se houver intérprete, pois "o que profetiza é maior
do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja
receba edificação".
1ª Coríntios 12:30 refuta a idéia popular de que todo convertido
falava em línguas. Mesmo em Corinto, Paulo pergunta; "falam todos diversas
línguas? Interpretam todos?".
A idéia moderna de que há outro tipo de dom de línguas, ou a língua dos
anjos, é simplesmente estranha as Escrituras e deve ser rejeitada. O dom que
alguns dizem possuir, não é o verdadeiro dom de línguas, porém uma imitação
aprendida de cor, para simplesmente parecer tão espiritual como quem fala.
2- Seu Propósito. Um dos propósitos deste dom era mostrar ao Judeu que
Deus estava julgando a sua nação. "De sorte que as línguas são um sinal,
não para os fiéis, mas para os infiéis (judeus) –" (1ª Coríntios 14:22).
Pois, Paulo fala da infidelidade dos judeus. Desde o tempo de Abraão, Deus tem
falado para eles em Hebraico; mas agora, após a vinda de Cristo, Deus estava
falando com eles em outras línguas, para mostrar ao Judeu que o privilégio que
eles tinham como nação chegara ao fim, pois os gentios também seriam
participantes da aliança da graça. O fim da nação judaica ocorreu no ano 70
D.C, quando Jerusalém foi destruída.
Um outro propósito para o dom de línguas, quando acompanhado do dom de
interpretação, era o de edificar os convertidos no ajuntamento
local. A interpretação de línguas, assim como o dom de profecia, eles serviram
de forma direta para que a igreja recebesse "parcelas" da
verdade. "Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos" (1ª
Coríntios 13:9). Deus concedeu estes dons quando a igreja estava no estágio de
menino, e precisava se alimentar com alimento adequado. Assim também hoje,
quando uma Igreja está no estágio de “menino”, ou seja, lhe falta
amadurecimento, se torna necessária a intervenção divina para guia-los “a toda
verdade”.
O fato de encontrarmos em 1ª Coríntios 14, um guia para o uso dos dons
na igreja, significa que eles permaneceriam para sempre. Além disso, essa
orientação nem mesmo é seguida por aqueles que dizem possuir este dom hoje. Há
necessidade de outra pessoa ser um interprete, e não mais que três em cada
culto, e também não deveriam fazê-lo de forma simultânea, mas um após o outro.
Adendo 1 – Reflexão Teológica
O ANDAR NO ESPÍRITO
“Porquanto o que era impossível à lei, visto
que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança
da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado, para que
a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne,
mas segundo o Espírito”.
“Pois os que são segundo a carne inclinam-se
para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do
Espírito”.
“Porque a inclinação da carne é
morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da
carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade
o pode ser”.
Romanos 8:3-7
Vamos entrar agora no conceito bíblico para
compreender o que significa “andar no Espírito”. Para isso devemos entender
alguns pontos importantes.
AS DUAS LEIS ESPIRITUAIS
Antes de prosseguirmos é importante sabermos o
que é lei. A rigor, uma lei, é uma generalização examinada até que se prove que
não há exceção. É alguma coisa que ocorre repetidamente, e ao acontecer, é
sempre de maneira já observada. Podemos ilustrar esse princípio por meio da lei
da gravidade, que a maioria conhece. Se eu deixo cair um lenço em São Paulo,
cairá no chão. É este o efeito da gravidade, e o mesmo acontecerá em Santa
Catarina, Manaus ou e qualquer lugar do globo. Assim se manifesta a lei da
gravidade. Assim como existem leis naturais, existem leis espirituais. Em
Romanos vemos claramente duas leis espirituais. Vamos ver cada uma delas.
·
A lei do Pecado e da
Morte
“Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor!
De modo que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à
lei do pecado”.
“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo
Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”.
Romanos 7:25; 8:2.
Há uma lei espiritual operando dentro de nós
que, assim como a lei da gravidade nos empurra para baixo, essa lei nos empurra
para o pecado. Paulo descreveu em relação a essa lei baseado em sua própria
experiência: “Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso eu não
pratico; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que não quero, consinto
com a lei, que é boa. Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado
que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita
bem algum; com efeito, o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está.
Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se
eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho
então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo.
Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos
meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me
levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros”.
Romanos 7:19-23
Veja que ele declara, no tempo presente,
quando ele já era um seguidor do Senhor, que nele não habitava bem algum. Essa
lei está em nós, nos foi herdada pela queda. Enquanto achamos que podemos ou
que temos algo que seja útil a Deus, contrariamos o que a Palavra diz. Iremos
nos esforçar para subir, porém a queda será iminente. Ficamos uma quinzena “nas
alturas” e depois nos cansamos e caímos de novo. Não podemos ignorar essa lei.
A cruz nos livrou do “homem do pecado” do “velho homem” mas não eliminou de
dentro de nós a lei do pecado. Se alguém faz um comentário desagradável a nosso
respeito, imediatamente algo dentro de nos “borbulha”. Mas se, quando
diferentes pessoas fazem observações ásperas ao nosso respeito, a mesma coisa
se agita e perturba o nosso íntimo, então descobrimos uma lei interior - a lei
do pecado.
Como podemos eliminar a lei da gravidade? Em
verdade não podemos eliminá-la, mas podemos anular o seu efeito com uma outra
lei superior. Vamos ver.
·
A lei do Espírito da vida
“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo
Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”.
Romanos 8:2
Assim como existe a lei da gravidade existe
uma outra lei que consegue sobrepujar esta. Um exemplo que podemos citar
contrária à lei da gravidade é as leis da dinâmica usadas na aviação. Veja
quantas toneladas de metal amontoadas em um só corpo, o avião, conseguem voar
em plenas alturas. Parece difícil acreditar que ele consiga alçar vôo e
permanecer no ar por tanto tempo. Vemos que existe uma outra lei atuando sobre
o avião: a lei da aerodinâmica. A lei da aerodinâmica mantém o avião no ar. Mas
espere... Onde foi parar a lei da gravidade? Ela continua, porém há uma lei
superior a ela que faz com que o avião permaneça no ar. Se, porventura, o avião
perder qualquer característica importante para que a lei da aerodinâmica atue
nele, como por exemplo: perder uma asa, ele vai começar a cair, cair, provando
que a lei da gravidade continua operando.
Assim é a lei do Espírito da Vida. É uma lei
superior a do pecado e da morte. Essa lei foi nos dada pelo Espírito em nós.
Veja o que Paulo diz: “aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de
vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.
Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne;
porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito
mortificardes as obras do corpo, vivereis”. Romanos 8:11-13
A lei do Espírito da vida se manifesta quando
abdicamos as nossas próprias vontades, inclusive as coisas boas de nosso
caráter natural e dependemos de Deus para qualquer manifestação de obediência.
Muitos de nós somos mansos por natureza, mas essa é a mansidão da velha criação
e isso para Deus nada vale. A lei do Espírito opera no terreno da dependência
irrestrita a Deus. Se entregarmos a nossa vida a essa lei, teremos menos
consciência da lei velha, que, embora continue a existir, já não nos governa, e
já não somos presa sua, pois morremos para essa lei. Agora, com tudo isso, o
que significa andar no Espírito?
·
Primeiramente não é um
trabalho, é um andar. Não é um esforço opressivo e infrutífero.
Nunca foi o propósito do Senhor que as pessoas, ao passarem pela porta do
Reino da Graça, se detivessem na batente da porta e ficassem ali parados.
Quando Jesus no ensino do monte se referiu à porta estreita, Ele também falou
de um caminho apertado ou estreito. Antes de subir aos céus Jesus deu
uma ordem (Mateus 28:18-20). Ele não ordenou apenas que fizessem discípulos,
isto é, que introduzissem as pessoas no Reino da Graça, mas também salientou a
necessidade de ensiná-los a guardar todas as coisas que Ele havia ordenado.
Isto é o Caminho, aprender a viver conforme Jesus ensinou.
Andar no Caminho de Deus é andar no Espírito e é abandonar a velha e vã
maneira de viver (I Pedro 1:18) e, aprender com Deus como Ele quer que vivamos
na terra. Ele quer nos ensinar todo o seu conselho (Atos 20:27). Isto quer
dizer que o Conselho de Deus não é algo interminável e cheio de divagações, mas
sim um corpo completo de verdades objetivas que Deus quer que apliquemos em
nossa vida hoje.
·
Em segundo lugar, andar
no Espírito implica em sujeição a Ele. Devemos estar sujeitos ao Espírito. As
prioridades da minha vida devem ficar com Ele, devo entender que eu não tenho e
devo prioridades espirituais “buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua
Justiça...” Lembra deste texto? Se eu sou uma pessoa de prioridades terrenas e
materialistas, se mais importante para mim é o dinheiro e a fama, a posição e o
reconhecimento social, então tudo isso deve ser crucificado, deve ir para a
cruz, isso tem que acabar. Toda a prioridade na minha vida pertence a Deus.
5.4.2. ENCHENDO-SE DO ESPÍRITO.
“Batismo com o Espírito Santo” não é a mesma
coisa que ser “cheio do Espírito Santo”. Há duas palavras diferentes, no novo
testamento grego que são traduzidas para o português da mesma forma, porém
descrevem experiências distintas. Uma é pimpleimi que aparece em Lucas 1:15 -
João Batista; Lucas 1:41 - Isabel; Lucas 1:67-68 - Zacarias; Atos 2:3,4 -
Pentecostes; Atos 4:8 - Pedro; Atos 4:31 - os discípulos; Atos 9:17 - Paulo;
Atos 13:9-11 - Paulo novamente. Essa palavra, pelo contexto em que é usada, dá
a entender um enchimento momentâneo para cumprir uma determinada obra. Dá a
entender que antes não estava cheio. Tem mais haver com o batismo com o
Espírito Santo que nos dá poder.
A outra palavra é pleiros que aparece nos
textos de Lucas 4:1 - Jesus; Atos 6:3 - os diáconos; Atos 7:55 - Estevão; Atos
11:24 - Barnabé; Efésios 5:18 - a ordem para se encher do Espírito. Esta
palavra significa “ser cheio”, mas não como uma experiência do momento, e sim
como uma continuidade. Não está relacionada com a obra e sim com a vida.
Portanto queremos tratar dessa experiência subjetiva de encher-se com o
Espírito Santo. Vamos ler o texto que melhor esclarece sobre o assunto:
E não vos embriagueis com vinho, no qual há
devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós em salmos, hinos, e
cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, sempre
dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. Efésios 5:18-21
Esse texto diz como nos enchemos do Espírito.
Vamos ver as maneiras listadas nestes versículos de Efésios.
·
Falando entre vós
A primeira coisa que devemos saber é que
isoladamente não conseguimos ir muito longe. Veja que o texto diz falando entre
vós e não sozinho. Falar como? Quando nos encontramos temos que estar com o
nosso coração desejoso de salmodiar, ou seja, orar de maneira aberta e
inspirada no amor a Deus. Os cânticos não são simplesmente música e sim algo
que venha do profundo de nosso espírito. Não podemos deixar passar um irmão
perto de nós e perder a oportunidade de salmodiar, profetizar, abençoar e orar
pelo irmão. Temos que nos livrar de toda frieza para que possamos experimentar
essa verdade na igreja hoje. Para isso precisamos ter uma vida de constante
oração, meditação e contemplação do Senhor. Salmodiar aqui não implica em nada
da forma moderna em que o cântico está sendo tratado, hoje em dia é um tremendo
de um comércio, lucro e ganho, e os lançamentos em shows “evangélicos” então?
São verdadeiros espetáculos de orgulho, arrogância e falsa espiritualidade.
Obviamente não estamos generalizando, e nem é nossa intenção criticar pessoas,
mas condenar atitudes que afastam os crentes da simplicidade do Evangelho
Original.
·
Sempre dando graças a
Deus por tudo.
Devemos manter uma atitude de louvor e
gratidão por toda e qualquer coisa ao nosso redor. Devemos aceitar as
determinações de Deus para a nossa vida sem murmurações ou queixas. Esse
processo redunda em um tremendo quebrantamento de nosso ego com o fim de
liberar a Vida Divina em nós, produzindo um verdadeiro enchimento de dentro
para fora. Esse é o aspecto subjetivo da cruz, diário e constante. É que
costumamos chamar de desfrutar dos benefícios da Justificação.
·
Sujeitando-vos uns aos
outros
Quando nos esvaziamos de nossas defesas e
orgulho Deus pode, então, encher-nos com o seu Espírito. A sujeição ao Corpo de
Cristo quebra o orgulho e a auto-suficiência de tal maneira que nos deixa
prontos para sermos cheios do Senhor.
Portanto quando somos cheios do Espírito
podemos, com maior tranqüilidade sabermos que estamos descansando nEle e que
assim andamos no Espírito. E já sabemos qual é o fruto de tudo isso.
Digo, porém: Andai pelo Espírito, e não haveis
de cumprir a cobiça da carne. Porque a carne luta contra o Espírito, e o
Espírito contra a carne; e estes se opõem um ao outro, para que não façais o
que quereis.
Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais
debaixo da lei.
Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a
paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o
domínio próprio; contra estas coisas não há lei.
E os que são de Cristo Jesus crucificaram a
carne com as suas paixões e concupiscências. Se nos vivemos pelo Espírito,
andemos também pelo Espírito. Gálatas 5:16-18; 22-25.
Adendo 2 – Reflexão Teológica
Vivendo na Dimensão do Espírito
Texto [referência bíblica] “...
E há de ser que, depois, derramarei o meu espírito sobre toda a carne, e vossos
filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos
jovens terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias,
derramarei o meu Espírito...”. (Joel 2:28-29)
Introdução
1. Muitas vezes observamos que mais e mais pessoas estão sendo:
"ungidas e/ou batizadas com o Espírito Santo" e nos vem a pergunta,
por que será? Como nós podemos ser cheios do Espírito Santo? Como poderei viver
na dimensão do Espírito Santo? Minha mente e meu coração podem estar dispostos
a vivermos esta dimensão?
2. O texto que nós escolhemos como texto introdutório trata sobre uma
promessa dada a Israel e cumprida em Atos capítulo 2, no inicio da Igreja, isto
quer nos dizer, que a Igreja no passado andou na dimensão do Espírito e que nós
também poderemos andar, e viver nesta dimensão.
Devemos ser como à Igreja primitiva para podermos viver na dimensão do
Espírito. Ou seja, seguir o modelo e padrão da Igreja Original.
O que é dimensão?
Para podermos viver em um ambiente devemos conhece-lo, estuda-lo, também
para que nós terminemos este tema devemos entender que dimensão é:
A dimensão é:
1. Medida
Segundo o dicionário Michael's e o dicionário da Bíblia On Line, entre
outras coisas dimensão é: Medida. Para nos vivermos nesta dimensão, nos devemos
então conhecer a medida do Espírito Santo que é:
Ø Sabedoria (Gênesis 41:38; Êxodo 31:3)
Ø Força e liderança (Juizes 3:10; 6:34)
2. Grandeza e Importância
Pense nisto quando falamos de Grandeza e importância: Edite Riggs Gillet
relatou que “... Durante um período de
fome em Moçambique, duas mães vieram pedindo para fazer algum trabalho em troca
de um pouco de farinha de milho. Deixaram suas duas filhinhas conosco, enquanto
trabalhavam; No decorrer da manhã, levei quatro bananas para as duas meninas.
Agradeceram-me pelas bananas e então ouvi uma delas dizer à outra:"Vamos
comer uma só cada uma, e guardar as outras para nossas mães". E assim elas
fizeram.
Se duas meninas famintas, de lares
não-cristãos, podiam distribuir o pouco que tinham, quanto mais nós cristãos
não havemos de pôr em prática a Regra Áurea de nosso Mestre? Todos nós
precisamos ser mais atenciosos e generosos no uso que fazemos do nosso tempo,
energia e bens. Acima de tudo, precisamos do Espírito de Cristo como base de
todos os nossos atos. Não está o Espírito de Cristo resumido na Regra Áurea?
Não é verdade que Cristo mesmo se colocou em nosso lugar e compartilhou conosco
tudo que Ele era?”
Podemos entender então que a dimensão é Grandeza e importância de acordo
com o dicionário Michael's, então se queremos viver na Dimensão do Espírito
Santo, nos devemos aprender a grandeza e a importância de vivermos em Espírito.
vEste Espírito de
Deus te transforma em outro homem (1Samuel 10:6)
vEste Espírito de
Deus fala por você (2Samuel 23:2)
vEste Espírito te
faz benigno (Neemias 9:30)
Agora que já aprendemos o que significa dimensão vejamos como a Igreja
Primitiva viveu esta incumbência, pois, para sermos igual à Igreja Primitiva
devemos conhecer a forma em que eles agiam e assim permitirmo-nos entrar ai
nesta dimensão.
A Igreja primitiva entrou na dimensão do Espírito depois que:
1. Seguiram as ordens de Jesus Cristo: (Atos 1:4 e 8).
Discussão: Quando seguimos as ordens de Jesus Cristo então sabemos que
devemos esperar por Ele e perseverarmos (At.1:14), muitas vezes desistimos das bênçãos
do Senhor por acharmos que o tempo está ainda muito longe e que nunca chega
este momento. A Igreja primitiva ficou aguardando e perseverando em oração.
2. Eles Se comprometeram em ser testemunhas de Jesus Cristo
(At.1:8b)
Temos perdido a oportunidade de vivermos a medida do Espírito porque não
temos sido testemunhas do que Deus tem feito em nossas vidas veja o apostolo
Pedro em seu primeiro discurso o que fez ele? Ele testemunhou quem era Jesus e
o que Ele havia feito aqui na terra (Atos 2:22), para vivermos na medida do
Espírito de Deus devemos nos comprometer. Assumir um compromisso com a verdade.
vMuitos
verão: (deixe as pessoas verem em você o que Deus está
fazendo)
vMuitos
temerão: (na Igreja primitiva os mesmos saduceus e fariseus
tinham vontade de mata-los mais temiam [Atos 4:19-20] as pessoas devem passar a
temer o Seu Deus como temiam na antiguidade.).
vMuitos
confiarão: a Igreja de Cristo deve ter esta
"GRANDEZA" em si. Devemos permitir que o povo aprenda como confiar no
nosso Deus através de nosso testemunho.
“... Podemos resumir este pensamento de
Testemunho na novela Bem – Hur de Lew Wallace, ele, duvidava da Bíblia e
resolveu escrever a novela, "Ben-Hur", a fim de provar ser falso o
cristianismo. Contudo, estudando com atenção as Escrituras, Wallace descobriu
nelas justamente "...a repreensão, ...a correção... e a educação na
justiça" de que tanto precisava. A Palavra de Deus de tal forma lhe
transmudou o pensamento que acabou por escrever a novela em alto tributo ao
recém achado Senhor.
Para os homens pensantes de todos os séculos,
as Escrituras Sagradas assumem posição preeminente acima de todos os outros
livros. Isaque Newton referiu-se aos Evangelhos como "a mais sublime
filosofia da Terra". Goethe disse: "Para mim os Evangelhos são verdadeiros,
desde o princípio até o fim". Benjamin Franklin, Abraham Lincoln, Franklin
Roosevelt, D. Pedro II e tantos outros líderes já renderam elevado tributo ao
poder do Livro do Céu. E são do romancista Coelho Neto, as palavras:
"Homem de fé, o Livro de minha alma aqui o tenho: é a Bíblia o pão para
minha fome de consolo, a luz nas trevas das minhas dúvidas, o bálsamo para as
dores das minhas agonias... Eis o livro que é a valise com que ando em
peregrinação pelo mundo. Tenho nele tudo". (2ª Timóteo 3.16).
Encontramos, então, que a Igreja Primitiva seguiu as ordens de Cristo,
foram testemunhas, agora, uma vez que sabemos o que é dimensão agora sabemos
como a Igreja entrou nesta dimensão cabe a nós também lutarmos para que quando
o senhor Jesus volte nos encontre nesta "MEDIDA DE GANDEZA E
IMPORTANCIA".
Lutando para entrar na Dimensão do Espírito Santo.
Reconhecendo que o mesmo Espírito Santo é Deus.
(João 4:24; 2ª Coríntios 3:17; João 4:18; Romanos 8:9; Colossenses 1:27).
Quando entendemos que o mesmo Espírito Santo é Deus, então estamos nos
capacitando para vivermos esta “grandeza”
Reconhecendo o que Ele (O Espírito Santo) pode fazer por nós.
Este ponto é importantíssimo para a nossa vida
se reconhecemos o que Ele faz por nós vamos querer viver por Ele.
ü Convence o pecador: João 16:8-13. Este é o primeiro passo para a salvação
de um pecador. O Espírito Santo unge a Palavra que está sendo pregada e ela é
vivificada no coração do ouvinte.
ü Regenera: João 3:5; Tito 3:5. a obra da regeneração é a transformação do
pecador em santo, o que leva o homem a ser filho de Deus.
ü Habita nos filhos de Deus: Romanos 8:9; 1ª Coríntios 6:19. O Espírito
Santo enche o templo (QUE SOMOS NÓS), habita e permanece nele.
ü Sela: Efésios 1:13; Efésios 4:30.
Agora, ser selado significa:
1. Somos propriedade: os filhos de Deus pertencem a Deus.
2. Segurança: Os filhos de Deus estão seguros e salvos na Dimensão do
Espírito Santo. O selo não pode ser quebrado, é um símbolo de garantia.
3. Aprovação: O Selo estabelece a aprovação de Deus sobre a vida.
4. Obra completa: O batismo do Espírito Santo é uma ação simultânea da
salvação e uma obra que completa a regeneração na vida do cristão.
ü Investe de poder: Atos 1:8. A palavra poder vem do Grego DUNAMIS que de
sua etimologia vem a palavra dinamite. Isto é o que faz o poder de Deus na vida
do homem que quer viver esta “Dimensão”. Um poder que vem de fora, e que não é
dele.
ü Batiza no Corpo de Cristo: 1ª Coríntios 12:13. Veja esta afirmação de
Donald Grey Barnhouse: “... Ninguém
precisa perguntar a um crente se ele foi batizado com o Espírito. O próprio
fato de uma pessoa estar no corpo de Cristo demonstra que ela foi batizada com
o Espírito, pois não há outra maneira de entrar no corpo...” Os filhos
de Deus são colocados no corpo de Cristo e ao mesmo tempo Cristo vem fazer
morada no coração do homem.
Não gostaria você de viver esta Dimensão do Espírito de Deus? Perceba que
uma Dimensão que te dá tantos benefícios bastando apenas você:
Entender o que é Dimensão Importância, Grandeza, Medida.
2. Viver como a Igreja Primitiva, em Obediência as ordens de Jesus
Cristo, e isto envolve compromisso e responsabilidade e viver para testemunhar
o que Deus tem feito.
Lembre-se o que disse A. J. Gordon: “... Antes do Pentecostes, os discípulos achavam difícil fazer coisas
fáceis; depois do Pentecostes, achavam fácil fazer coisas difíceis...”
“... Walter Knight conta a história de um
menino que acabara de encontrar-se com Cristo; seu nome era João. O garoto,
então, perguntou a seu pai:
— Como
vou crer no Espírito Santo se nunca o vi?
Ao que o pai, eletricista, replicou:
— Eu
lhe mostrarei. Venha por aqui.
A seguir, João foi com seu pai à casa das
máquinas, onde estavam os geradores de energia.
— E
daqui que vem a força que esquenta nosso chuveiro e nos dá a luz. Não podemos
ver a força, mas ela está nas máquinas e nos fios.
— Eu
creio na eletricidade — concluiu o menino.
— Pois
é — emendou o pai — você crê nela, embora não a veja. Você crê porque vê o que
ela faz. Assim também você pode crer no Espírito Santo, porque pode ver o que
ele faz na vida das pessoas, quando elas se entregam a Cristo e recebem o seu
poder...”. Romanos 9:17.
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