FACULDADE DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS HOJE
CURSO LIVRE
HISTÓRIA
GERAL
DA
IGREJA
PRIMEIRA PARTE
OS GRANDES PERÍODOS
DA HISTÓRIA DA IGREJA.
A ORIGEM DA IGREJA
A
igreja de Cristo sempre existiu na mente e coração do
Pai, desde antes da fundação do universo. Efésios 1:4 Como também nos elegeu nele antes da
fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; I
Pedro 1 : 20 O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado
nestes últimos tempos por amor de vós;O plano de Salvação
estava traçado por Deus desde o eterno passado. O sacrifício
fora feito antes da fundação do universo, isto é,
antes mesmo de ser efetuado no calvário, o cordeiro já era
conhecido pelo Pai. O Novo Povo de Deus: Surgiu dentro do antigo povo e como
cumprimento das profecias do Antigo Testamento. Ao princípio
a igreja é considerada como uma seita do judaísmo.
At:24:5; 28:22. Há um sobrepor dum sobre o outro. A igreja
é formada dentro do ventre de Israel.
Embora nasce a Igreja em At:2, ela já está em
formação desde o nascimento de Jesus 33 anos
antes. Assim os dois tem vida própria e cedo distinguem-se um
do outro, embora ambos são chamados "o povo de Deus".A
igreja distingue-se de Israel de várias maneiras, mesmo que
estas características estão
prefiguradas no Antigo Testamento: Ela é o corpo de Jesus Cristo neste
Mundo. Seus símbolos (batismo e ceia) são
baseados no evento realizado uma vez para sempre na morte de Jesus. Ela é universal,
sem nenhuma base em raça ou cultura Em uma ordem lógica,
podemos admitir que: Deus fundou a Igreja, Jesus Cristo formou a Igreja e o Espírito
Santo confirmou a Igreja. Assim, o projeto no coração de
Deus, a formação pelo ministério
de Cristo e a confirmação, no dia de Pentecostes, pelo poderoso
derramamento do Espírito Santo.
A FUNDAÇÃO DA IGREJA
Efésios 3: 9 E demonstrar a
todos qual seja a dispensação do
mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus,
que tudo criou por meio de Jesus Cristo; A Igreja que antes era um mistério "
oculta em Deus " fora revelada em Cristo, tornando-se o " segredo de
Deus " conhecido aos homens. A expressão " oculto em Deus"indica
que a igreja esteve sempre na mente de Deus, e vindo a ser conhecida pelo ministério
terreno de Jesus Cristo e o Espírito Santo. A Igreja de Deus,
começou a formar e revelar-se no tempo,
quando João Batista disse; Eis o Cordeiro de
Deus. João 1:36.
O
NASCIMENTO DA IGREJA
A
Igreja de Cristo iniciou sua história com um movimento de âmbito
mundial, no dia de Pentecostes, cinqüenta dias após a
ressurreição, e dez dias depois da ascensão do
Senhor Jesus Cristo.
Na manhã do dia de Pentecostes.
-
120 seguidores de Jesus oravam reunidos
- Línguas
de fogo desceram sobre eles
-
Falaram em outras línguas
O tríplice efeito do Pentecostes
-
Iluminou a mente dos discípulos
-
Compreenderam que o Reino não era político
-
Deveriam estar totalmente na dependência do espírito
Santo
A
PLENITUDE DO TEMPO
Gálatas 4: 4 Mas, vindo a
plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a
lei, A Palestina onde o cristianismo deu seus primeiros passos ocupava uma posição geográfica
privilegiada pois ocupava uma área onde era a encruzilhada
das grandes rota comerciais que uniam o Egito à Mesopotâmia,
e a Arábia com a Ásia
Menor. Por isso vemos na história descrita no Velho
Testamento, esta área tão
cobiçada sendo invadida por vários
impérios.
A língua
predominante na época era o grego. Uma língua
universal, apesar do império dominante ser o império
Romana, que unia em um só governo boa parte do mundo conhecido.
Era um governo pacífico e próspero
e suas cidades estavam em progresso e viajar não
era mais difícil pois muitas estradas foram construídas.
Apesar de haver muitas religiões e filosofias (A política
dos romanos era, em geral, tolerante em relação a religião e
aos costumes dos povos conquistados.) o mundo estava vazio espiritualmente,
Assim o mundo estava pronto para a recepção de uma nova religião. Jesus
nasceu dentro deste contexto e que biblicamente se conhece como "plenitude
dos tempos" Gl:4:4-5. A igreja, respondendo às
ansiedades da época com a revelação de
Deus em Jesus, conseguiu rapidamente conquistar o Império.
A "plenitude do tempo" não quer dizer que o mundo
estivesse pronto a se tornar cristão, mas quer dizer que, nos
desígnios de Deus, havia chegado o momento
de enviar o seu filho ao mundo.
A
IGREJA APOSTÓLICA
O
CRESCIMENTO DA IGREJA
Atos
5 : 14 E a multidão dos que criam no Senhor,
tanto homens como mulheres,crescia cada vez mais. Atos 6: 7 E crescia a palavra
de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos
sacerdotes obedecia à
fé. A arma usada pela igreja,
através da qual a igreja crescia
demasiadamente, era o testemunho de seus membros. Enquanto aumentava o número
de membros aumenta o número de testemunhas, pois cada membro
era um mensageiro de Cristo.
Os motivos desse crescimento
foram:
-
Perseveravam na doutrina dos apóstolos
-
Perseveravam na comunhão e partir do pão
-
Perseveravam na oração
-
Possuíam temor
-
Muitos sinais e maravilhas se faziam
-
Muita alegria e sinceridade
Atos
2: 41 - 47
A
Igreja Pentecostal era uma igreja poderosa na fé e no
testemunho, pura em seu caráter, e abundante no amor.
Entretanto, o seu defeito era a falta de zelo missionário.
Foi necessário o surgimento de severa perseguição,
para que se decidisse a ir a outras regiões.
A
EXPANSÃO DA IGREJA
Atos
8: 4 Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. Na
perseguição iniciada com a morte de Estevão, a
igreja em Jerusalém dispersou-se por toda a terra. Alguns
chegaram até Damasco e outros até a
Antioquia. Por qual motivo sobreveio então as perseguições ?
Marcos
16: 15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. A
partir desta perseguição, os cristãos
fugiam, porém pregavam o evangelho e testemunhavam
das maravilhas que Jesus operava. Devido à natureza fragmentária
dos dados, é possível darmos peso demais às viagens
missionárias de Paulo e da expansão
que as acompanhou (Ásia Menor, Grécia,
etc.). Não temos, por exemplo, conhecimento de
como ou por quem o evangelho chegou a Alexandria ou a Roma. Também
vemos uma congregação em Damasco antes da conversão de
Paulo (At:9:1-19), que certo historiador batista, sugere ter surgido a partir de
contatos com os discípulos na Galiléia.
Alguns pensam que a missão paulina tenha desabado logo após da
sua morte.
Os
primeiros agentes da expansão missionária
provavelmente foram os convertidos do dia de Pentecostes (At:2:9-11) que
levaram o evangelho consigo quando voltaram para casa. AS regiões
alistadas no texto já indicam a larga gama de países
do mundo de então. Uma segunda leva de "missionários"
foram aqueles que foram espalhados por toda parte na perseguição
que seguiu o martírio de Estevão
At.8:4. Estes foram pregando na Fenícia, no Chipre e na
Antioquia, mas sempre aos helenistas. Um dos convertidos de Chipre e de Cirene
(Líbia) pregaram aos helenos (gregos) em
Antioquia. Como resultado da evangelização do eunuco por Filipe
surgiu a Igreja na Etiópia: At.8:26-39. Parece ser evidente
que Paulo não foi o único
missionário trabalhando fora da palestina. Além
das viagens de Barnabé e Marcos (At:15:39), há referência
a outros em Rm:15:19-20. No período apostólico
de expansão do evangelho, o NT relata a presença de
crentes nos seguintes lugares sem nos indicar quem o levou ou como ouviram: Roma,
Bitínia, Mísia,
Pontus, Capadócia (1aPe1:1), Tiro, Sidom, Puteoli
(perto de Nápoles). Tudo isso parte da obra missionária
paulina.
Expansão no Império Romano Leste Nos dados
fragmentários que temos podem ser observado
algumas regiões. Na Fenícia
a fé cedo parece ter sido mais forte do que
na própria Palestina. Entretanto é provável
que aqui, como em quase todo o império, o cristianismo era um
fenômeno urbano, desenvolvendo-se
especialmente nas cidades costeiras. Tiro possuía
uma igreja muito forte. Na Síria se desenvolveu duas
comunidades cristãs: a de fala grega que teve seu início
em Antioquia e que se expandiu nas comerciais às
cidades de fala grega na Síria. Embora a igreja de
Antioquia possa ter sido bilíngüe
desde cedo, a comunidade de fala siríaca teve seu núcleo
principal ao leste na cidade de Edessa. Foi daqui que expandiu o cristianismo
siríaco. A força da
igreja na Síria pode ser constatada pela presença de
20 bispos seus no Concílio de Nicéia
em 325. Na Ásia
Menor, foi área de trabalho de pelo menos dois apóstolos,
Paulo e João, o cristianismo tinha sido adotado
mais largamente do que qualquer outra região grande do Império
até o fim do III século.
Seu crescimento maior parece ter sido nas cidades onde a cultura local estava
desintegrando-se diante do impacto da cultura que chegava a greco-romana. Nas
cidades helênicas era menor e nas cidades onde a
educação helenista era desconhecida era quase
inexistente.. A carta de Plínio ao imperador Trajano na segunda
década do II século
atesta a larga expansão do cristianismo nas cidades e até no quadro
rural de Bitinia. Expansão no Império Romano Africano Quanto
ao Egito a tradição faz de Marcos o missionário
que lá plantou o evangelho. Sabemos que Apolo
era de Alexandria, mas não sabemos se converteu-se lá ou se
voltou para lá após sua conversão.
Até o fim do segundo século
a igreja já estava forte. Já incluía várias
linhas teológicas, das quais uma das mais fortes
foi o gnosticismo. Em Alexandria se desenvolveu mui cedo a famosa escola catequética
em que teve entre seus professores Clemente e Orígenes.
Já neste período
traduções de porções
das Escrituras foram feitas em línguas indígenas
dando condições para o desenvolvimento da Igreja
Copta. A costa do norte da África o cristianismo se
alastrou cedo especialmente nas regiões da Líbia,
Tunísia, e Algeria. O progresso do
cristianismo nesta região parece ter sido muito rápido,
especialmente no III século. É de
aqui que surgiu Tertuliano,Cipriano e, mais tarde, Agostinho. A igreja parece
ter sido mais forte nas cidades e entre a população
que falava latim. Expansão no Império Romano Europeu Na Itália.
O evangelho chegou a Roma antes de Paulo, mas talvez não
muito antes da agitação que resultou na expulsão
dos judeus sob Cláudio (41-54) por causa dum certo
"Chrestus. Cf. At:18:1-3. Até 250 a igreja em Roma cresceu
sobremaneira. Uns calculam 30.000 membros; outros acham que foram muito mais.
Até meados do III século
na Itália havia cerca de 100 bispos. Com a
expansão rápida do cristianismo que
ocorreu nas últimas décadas
daquele século, calcula-se que quase toda a
cidade no centro-sul e na Sicília tinham um núcleo
de cristãos. A penetração do norte da Itália
foi bem mais lenta e veio da Dalmacia e regiões ao leste. A Espanha,
embora romanizada antes da África, foi muito mais lenta
em receber o Evangelho. Cedo no III século o cristianismo parece
firmemente estabelecido no sul, nas cidades costeiras. O Avanço do Cristianismo ao Leste Além dos Limites do Império Romano A tradição
indica que Tomé foi aos Partos e a Índia;
Mateus a Etiópia; Bartolomeu a Índia
e André aos citas (eram um antigo povo Iraniano
de pastores nómadas equestres que por toda a Antiguidade Clássica dominaram a estepe
pôntico-cáspia, conhecida à época como Cítia).
Edessa
(é uma cidade no norte da Grécia e capital da região de Pella, na região da
Macedônia. É também a capital da província com mesmo nome), estava localizada
nas grandes rotas comerciais que corriam entre as montanhas da Armênia
ao norte e os desertos da Síria ao sul. Até o
fim do II século estava fora do império
romano e dentro da esfera da influência dos Partos(Pártia é o
nome dado historicamente a uma região do nordeste do atual Irão, conhecido por
ter sido a base político-cultural da dinastia arsácida, soberanos do Império
Parta. O nome 'Pártia' vem do latim Parthia, a partir do persa antigo Parthava,
uma auto-designação do idioma parta que significa "dos partas", um
povo iraniano da Antiguidade. os partos eram uma nação de guerreiros,
constituindo o único poder que ali pôde resistir às armas dos romanos. Tinham
os seus exércitos de cavaleiros.). A sucessão de bispos remonta a fins
do II século. Embora centro de cultura grega, o
cristianismo de Edessa era siríaco.
A
igreja primitiva se interessava em ganhar pessoas para Cristo, não em
contá-las. Embora Atos fale de 3.000 e de 5.000 (2:41;4:4), em geral fala de
“grande número”, “multidão” ou outros termos indefinidos. Também como era
considerada uma “religião illícita” os crentes de então procuravam não aparecer
e assim chamar atenção a si mesmos. Além do mais, o historiador Lucas, como
cronista da expansão da Igreja, tem seu interesse limitado pela visão da
chegada do Evangelho em Roma. Assim abandonou a historia de Pedro em 12:17 e a
de Paulo logo que este chegou lá. Dos demais movimentos de crescimento só
relata no que tocam a este objectivo (e.g.8:4; 11:19). Ainda temos o fator de
perda de quaisquer documentos que porventura existiram devido a precariedade da
vida desta comunidade primitiva.
PRIMEIRA
EXPANSÃO DA IGREJA
Devido
à natureza fragmentária dos dados, é possível darmos peso demais às viagens
missionárias de Paulo e da expansão que as acompanhou (Ásia Menor, Grécia,
etc.). Não temos, por exemplo,
conhecimento de como ou por quem o evangelho chegou a Alexandria ou a Roma.
Também vemos um congregação em Damasco antes da conversão de Paulo (At:9:1-19),
que certo historiador batista, sugere ter surgido apartir de contatos com os
discípulos na Galileia. Alguns pensam que a missão paulina tenha desabado logo
após da sua morte. Os primeiros agentes da expansão missionária provavelmente
foram os convertidos do dia de Pentecostes (At:2:9-11) que levaram o evangelho
consigo quando voltaram para casa. AS regiões alistadas no texto já indicam a
larga gama de países do mundo de então. Uma segunda leva de “missionários”
foram aqueles que foram espalhados por toda parte na perseguição que seguiu o
martírio de Estevão At:8:4. Estes foram pregando na Fenícia, no Chipre e na
Antioquia, mas sempre aos helenistas. Um dos convertidos de Chipre e de Cirene
(Líbia) pregaram aos helenos (gregos) em Antioquia. Como resultado da
evangelização do eunuco por Filipe surgiu a Igreja na Etiópia: At:8:26-39. Parece
ser evidente que Paulo não foi o único missionário trabalhando fora da
palestina. Além das viagens de Barnabé e Marcos (At:15:39), há referência a
outros em Rm:15:19-20.
No
período apostólico de expansão do evangelho, o NT relata a presença de crentes
nos seguintes lugares sem nos indicar quem o levou ou como ouviram: Roma,
Bitínia, Mísia, Pontus, Capadócia (1aPe1:1), Tiro, Sidom, Puteoli (perto de
Nápoles). Tudo isso parte da obra missionária paulina.
EXPANSÃO
NO IMPÉRIO ROMANO LESTE
Nos
dados fragmentários que temos podem ser observado algumas regiões. Na Fenícia a
fé cedo parece ter sido mais forte do que na própria Palestina. Entretanto é
provável que aqui, como em quase todo o império, o cristianismo era um fenômeno
urbano, desenvolvendo-se especialmente nas cidades costeiras. Tiro possuia uma
igreja muito forte. Na Síria se desenvolveu duas comunidades cristãs: a de fala
grega que teve seu início em Antioquia e que se expandiu nas comerciais às
cidades de fala grega na Síria. Embora a igreja de Antioquia possa ter sido
bilíngue desde cedo, a comunidade de fala siríaca teve seu núcleo principal ao
leste na cidade de Edessa. Foi de aqui que expandiu o cristianismo siríaco. A
força da igreja na Síria pode ser constatada pela presença de 20 bispos seus no
Concílio de Nicéia em 325. Na Ásia Menor, foi área de trabalho de pelo menos
dois apóstolos, Paulo e João, o cristianismo tinha sido adotado mais largamente
do que qualquer outra região grande do Império até o fim do III século. Seu
crescimento maior parece ter sido nas cidades onde a cultura local estava
desintegrando-se diante do impacto da cultura que chegava a greco-romana. Nas
cidades helênicas era menor e nas cidades onde a educação helenista era
desconhecida era quase inexistente.. A carta de Plínio ao imperador Trajano na
segunda década do II século atesta a larga expansão do cristianismo nas cidades
e até no quadro rural de Bitinia. Apesar da obra missionária de Paulo o número
de cristãos na Grécia e nas Balcãs parece ter permanecido minoria até a
ascensão de Constantino Os dados da época apostólica até o período de Marco Aurélio
os dados são extremamente.
EXPANSÃO
NO IMPÉRIO ROMANO AFRICANO
Quanto
ao Egito a tradição faz de Marcos o missionário que lá plantou o evangelho.
Sabemos que Apolo era de Alexandria, mas não sabemos se converteu-se lá ou se
voltou para lá após sua conversão. Até o fim do segundo século a igreja já
estava forte. Já incluia várias linhas teológicas, das quais uma das mais
fortes foi o gnosticismo. Em Alexandria se desenvolveu mui cedo a famosa escola
catequética em que teve entre seus professores Clemente e Orígenes. Já neste
período traduções de porções das Escrituras foram feitas em línguas indígenas
dando condições para o desenvolvimento da Igreja Copta. A costa do norte da
África o cristianismo se alastrou cedo especialmente nas regiões da Líbia,
Tunísia, e Algeria. O progresso do cristianismo nesta região parece ter sido
muito rápido, especialmente no III século. É de aqui que surgiu Tertuliano,
Cipriano e, mais tarde, Agostinho. A igreja parece ter sido mais forte nas
cidades e entre a população que falava latin.
EXPANSÃO
NO IMPÉRIO ROMANO EUROPEU
Na
Itália. O evangelho chegou a Roma antes de Paulo, mas talvez não muito antes da
agitação que resultou na expulsão dos judeus sob Cláudio (41-54) por causa dum
certo “Chrestus. Cf. At:18:1-3. Até 250 a igreja em Roma cresceu sobremaneira.
Uns calculam 30.000 membros; outros acham que foram muito mais. Até meados do
III século na Itália havia cerca de 100 bispos. Com a expansão rápida do cristianismo
que ocorreu nas últimas décadas daquele século, calcula-se que quase toda a
cidade no centro-sul e na Sicília tinham um núcleo de cristãos. A penetração do
norte da Itália foi bem mais lenta e veio da Dalmacia e regiões ao leste. A
Espanha, embora romanizada antes da África, foi muito mais lenta em receber o
Evangelho. Cedo no III século o cristianismo parece firmemente estabelecido no
sul, nas cidades costeiras. Avanço do Cristianismo ao Leste Além dos Límites do
Império RomanoA tradição indica que Tomé foi aos Partos e a Índia; Mateus a
Etiopia; Bartolomeu a Índia e André aos citos. Edessa estava localizada nas
grandes rotas comerciais que corriam entre as montanhas da Armênia ao norte e
os desertos da Síria ao sul. Até o fim do II século estava fora do império
romano e dentro da esfera da influência dos Partos. A sucessão de bispos
remonta a fins do II século. Embora centro de cultura grega, o cristianismo de
Edessa era siríaco. No início do III século poucas cidades continham mais
crentes que Edessa. Até o fim do século parece que ela estava predominantemente
cristã. Edessa parece ter sido o ponto donde o evangelho penetrou mais na
Mesopotâmia e até os limites da Pérsia.
As
antigas religiões da Babilónia e da Assíria estavam em desintegração e não
ofereceram muita oposição ao cristianismo. A oposição surgiu principalmente do
zoroastrismo que mais tarde se tornou a religião do Estado persa (meados do III
século). Os primeiros convertidos aparecem cerca de 100 a.D. Até o fim do
primeiro quartel do III século havia mais de 20 dioceses na Mesopotâmia.No
leste o cristianismo não só não teve os mesmos êxitos que conseguiu no império,
como também eventualmente quase desapareceu. Isto possivelmente se deva a três
razões: A política religiosa dos Sassanidas (dinastia persa) que favoreceu o
zoroastrismo. A forte hierarquia de este com o apoio da monarquia levantou uma
forte resistência ao cristianismo. Também o próprio êxito do cristianismo no
império, após sua adoção por Constantino, o tornou a religião do inimigo
principal dos persas. E por último, a forma herética em que o cristianismo foi
pregado No início do III século
poucas cidades continham mais crentes que Edessa. Até o
fim do século parece que ela estava
predominantemente cristã. Edessa parece ter sido o ponto donde
o evangelho penetrou mais na Mesopotâmia e até os
limites da Pérsia. As antigas religiões
da Babilônia e da Assíria
estavam em desintegração e não ofereceram
muita oposição ao cristianismo. A oposição
surgiu principalmente do zoroastrismo que mais tarde se tornou a religião do
Estado persa (meados do III século).Os primeiros
convertidos aparecem cerca de 100 a.D. Até o fim do primeiro quartel do
III século havia mais de 20 dioceses na
Mesopotâmia.No leste o cristianismo não só não
teve os mesmos êxitos que conseguiu no império,
como também eventualmente quase desapareceu. Isto
possivelmente se deva a três razões:
A política religiosa dos Sassanidas (dinastia
persa) que favoreceu o zoroastrismo. A forte hierarquia de este com o apoio da
monarquia levantou uma forte resistência ao cristianismo.
Também o
próprio êxito
do cristianismo no império, após sua
adoção por Constantino, o tornou a religião do
inimigo principal dos persas.
E
por último, a forma herética
em que o cristianismo foi pregado.
A
ERA SOMBRIA
A última
geração do primeiro século,
a que vai do ano 60 ao 100 AD, chamamos de "Era Sombria", em razão de
as trevas da perseguição estarem sobre a igreja, e a falha de
muitas informações sobre este período.
Razões das Perseguições da Igreja Ao longo dos
primeiros três séculos do cristianismo havia
tanto competição entre as religiões
como o espírito de tolerância.
Embora nunca tomaram recursos de armas para se defenderem, os cristãos
foram o único elemento social perseguido por período
prolongado A falta de participar em festas e ritos idolatras dos templos bem
como sua hostilidade a outras religiões levou o mundo da época
consideram os cristãos de ateus e inimigos dos deuses. Também os
cristãos passaram a se reunir de noite e em
segredo e começaram a mostrar afeição
uns pelos outros. Ao mesmo tempo celebravam a ceia do Senhor (comer o sangue e
o corpo de Jesus) deu margem às acusações
de antropofagia ou canibalismo. Assim durante década
foi lhes atribuído as seguintes acusações:
ateísmo,licenciosidade e canibalismo.
O
cristianismo chocou as sensibilidades dos filósofos
e mais educados justamente pelo entusiasmo de seus adeptos. Pior, entraram em
conflito com os vendedores de ídolos e os comerciantes da
idolatria. Trouxe assim contra eles a má vontade duma classe
poderosa. O Paganismo em suas práticas aceitava as novas
formas e objetos de adoração que iam surgindo, enquanto o
Cristianismo rejeitava qualquer forma ou objeto de adoração.
A
adoração aos ídolos
estava entrelaçada com todos os aspectos da vida. As imagens
eram encontradas em todos os lares, e até em cerimônias
cívicas, para serem adoradas. Os cristãos, é claro,
não participavam dessas formas de adoração.
Por essa razão o povo considera os cristãos
como " Antisocial e ateus que não tinham deuses. A adoração ao
Imperador era considerada como prova de lealdade. Havia estátuas
dos imperadores reinantes nos lugares mais visíveis
para o povo adorar.
Os cristãos
recusavam-se a prestar tal adoração. As reuniões
secretas dos cristãos despertaram suspeitas. De praticarem
atos imorais e criminosos, durante a celebração da Santa Ceia, eram vetada
a entrada dos estranhos. O Cristianismo considerava todos os homens iguais. Não
havia distinção entre seus membros, nem em suas reuniões,
por isso foram considerados como " niveladores da sociedade ",
portanto anarquistas, perturbadores da ordem social.
PERSEGUIÇÃO
SOB NERO
Nero
chegou ao poder em 54, todos os que se opunham à sua
vontade, ou morriam ou recebiam ordens de se suicidar. Assim estavam as coisas
quando em 64 AD aconteceu o incêndio em Roma. Diz-se que foi
Nero, quem ateou fogo à cidade, Contudo essa acusação
ainda é discutível.
Entretanto a opinião pública responsabilizou Nero
por esse crime. Afim de escapar dessa responsabilidade, Nero apontou os cristãos
como culpados do incêndio de Roma, e moveu contra eles
tremenda perseguição. O fogo durou seis dias e sete noites
e depois voltou a se acender em diversos lugares por mais três
dias.
-
Milhares de cristãos foram torturados e mortos.
-
Muitos serviram de iluminação para a cidade, amarrados
em postes e ateado fogo.
-
Muito foram vestidos com peles de animais e jogados para os cães.
-
Nesta época morreram:
-
Pedro - Crucificado em 67
-
Paulo - Decapitado em 68
-
Tiago - Apedrejado depois de ser jogado do alto do templo Além de
matá-los fê-los
servir de diversão para o público.
A
PERSEGUIÇÃO SOB DOMICIANO.
No
ano 81 Domiciano sucedeu ao imperador Tito que invadira destruíra Jerusalém no
ano 70. Com a destruição de Jerusalém
Domiciano ordenou que todos os judeus deviam enviar à Roma
as ofertas anuais, que eram enviadas a Jerusalém,
estes,por sua vez não obedeceram, o que desencadeou a
segunda perseguição, não somente aos judeus mas
também aos cristãos. Durante
esses dias milhares de cristão foram mortos,
especialmente em Roma e em toda a Itália. Nesta época
o apóstolo João,
que vivia em Éfeso, foi preso e exilado na ilha de
Patmos, foi quando recebeu a revelação do Apocalipse. Promoveu
uma perseguição muito severa em Roma e na Ásia
Menor, as duas onde o cristianismo parece ter se expandido mais até então.
Esta perseguição parece ter acontecido um pouco antes
da sua morte. Envolveu a morte do cônsul Flávio Clemente
e sua esposa Flávia Domitila.Trajano (98-117) Proibiu
as sociedades secretas, inclusive o cristianismo.
AS
PERSEGUIÇÕES IMPERIAIS
Este
período vai da morte do Apóstolo
João, ano 100 AD até o
Edito de Constantino, ano 313 AD. O fato de maior destaque na História
da Igreja neste período foi, sem dúvida,
as perseguições realizadas pelos Imperadores
Romanos. Estas perseguições duraram até o ano
313 AD, quando Constantino, o primeiro Imperador Romano, "cristão",
fez cessar todos os propósitos de destruir a Igreja. A de
ressaltar que durante este período houve épocas
em que as perseguições foram mais amenas.
No
início do segundo século,
os cristãos já estavam radicados em todas
as nações e em quase todas as nações,
e alguns crêem que se estendia até a
Espanha e Inglaterra. O número de membros da comunidade cristã subia
a muitos milhões. A famosa carta de Plínio
( Governador da Bitínia - hoje Turquia ) ao Imperador
Trajano,declara que os templos dos deuses estavam quase abandonados, enquanto
os cristãos em toda parte formavam uma multidão, e
pertenciam a todas classes , desde a dos nobres, a até a dos
escravos.
OS
PERSEGUIDORES
Imperador Trajano 98 a 117 AD - Estabeleceu a
Lei, que sendo cristão acusado de qualquer coisa e não
negar fé, será castigado,
não tendo acusação
estão livres. Mandava crucificar e lançar às
feras. Imperador Adriano 117 a 138 AD - Morreu em agonia, gritando, " Quão
desgraçado é procurar a morte e não
encontrar ".
Imperador Marco Aurélio 161 a 180 AD - Mandava decapitar e lançar às
feras. Apesar de possuir boas qualidades como homem e governante justo, contudo
foi acérrimo perseguidor dos cristãos.
Opunha-se, pois, aos cristãos por considerá-los
inovadores. Milhares foram decapitados e devorados pelas feras na arena. Os Imperadores
acima mencionados, foram considerados como os " bons imperadores ", nenhum
cristão podia ser preso sem culpa definida e
comprovada. Contudo, quando se comprovava acusações e
os cristãos se recusavam a retratar-se, os
governantes eram obrigados, a por em vigor a lei e ordenar a execução.
Comodus (180-193) Foi o imperador
mais favorável aos cristãos
que todos os anteriores.
Imperador Severo 193 a 211 AD - Mandava
decapitar e lançar às feras. Iníciou
uma terrível perseguição
que durou até à sua morte em 211 AD. Possuía
uma natureza mórbida e melancólica;
era muito rigoroso na execução da disciplina. Tão cruel
fora o espírito do imperador, que foi considerado
por muitos como o anticristo. Imperador
Décio 249 a 251 AD - Décio observava com inveja o
poder crescente dos cristãos, e determinou reprimi-lo. Via as
igrejas cheias enquanto os templos pagãos desertos. Por conseqüência,
mandou que os cristãos tinham que se apresentar ao Imperador
para comunicar e religião. Quem renunciava recebia um
certificado, que não renunciava era considerado criminoso
e conduzidos às prisões e
sujeitos às mais horrorosas torturas.
Galenius (260-268) Não
houve mais perseguições até o
período de, Dioclesiano
Imperador -Diocleciano 305 a 310 - A última, a mais sistemática
e a mais terrível de todas as perseguições
deu-se neste governo.
Em uma série de editos determinou-se que:
- Todos
os exemplares da Bíblia fossem queimados. - Todos os
templos construídos em todo o império
durante meio século, fossem destruídos.
- Todos os pertencentes as ordens clericais fossem presos. - Ninguém
seria solto sem negar o Cristianismo. – Pena de morte para quem não
adorasse aos deuses. Prendiam os cristãos dentro dos templos e depois
ateava fogo. Consta que o imperador erigiu um monumento com esta inscrição
"Em honra ao extermínio da superstição
cristã ".
Os
Principais Mártires Inácio Provável discípulo
de João, bispo em Antioquia, foi condenado no
ano 107 AD, por não adorar a outros deuses. Foi morto
como mártir, lançado
para as feras no anfiteatro romano, no ano 108 ou 110 enquanto o povo
festejava.
Ele
estava disposto a ser martirizado, pois durante a viagem para Roma escreveu
cartas às igrejas manifestando o desejo de não
perder a honra de morrer por seu Senhor. Policarpo Bispo em Esmirna, na Ásia
Menor, morreu no ano 155. Ao ser levado perante o governador, e instado para
abandonar a fé e negar o nome de Jesus, assim respondeu:
" Oitenta e seis anos o servi, e somente bens recebi durante todo o tempo,
Como poderia eu agora negar ao meu Salvador ? Policarpo foi queimado vivo. Justino
Mártir Era um dos homens mais
competente de sue tempo, e um dos principais defensores da fé.
Seus livros, que ainda existem, oferecem valiosas informações
acerca da vida da igreja nos meados do segundo século.
Seu martírio deu-se em Roma, no ano 166.
OS
EFEITOS PRODUZIDOS PELAS PERSEGUIÇÕES
As
perseguições produziram uma igreja pura pois
conservava afastados todos aqueles que não eram sinceros em sua
confissão de fé.
Ninguém se unia à igreja
para obter lucros ou popularidade. Somente aqueles que estavam dispostos a ser
fiéis até a morte,
se tornavam publicamente seguidores de Cristo. A Igreja multiplicava-se. Apesar
das perseguições ou talvez por causa delas, a igreja
crescia com rapidez assombrosa. Ao findar-se o período
de perseguição, a igreja era suficientemente
numerosa para constituir a instituição mais poderosa do império.
Não entanto era suficiente para criar o
problema dos lapsos (aqueles que caíram). Por outro lado, o fato
de serem de curta duração criou as condições
pelas quais "o sangue dos mártires foi a semente da
Igreja" As perseguições universais, mostraram que a igreja
estava "gorda" nestes séculos, a perseguição
intensa, universal e demorada arrasou a Igreja.
Muitos
negaram a fé, outros tantos forma exilados do império.
Mesmo assim a lista daqueles que deram sua vida pela fé nas
perseguições de Décio
a Dioclesiano foi muito grande. A Igreja conseguiu sobreviver e crescer ainda
mais devido à relativa paz de 40 anos entra as duas
perseguições e o Edito de Milão. O
problema dos "lapsos" (caídos) foi muito agudo nos séculos
II e III.
Hermas
(O Pastor) e Cipriano (De Lapsis) escreveram tratados sobre a questão. O
que se deve fazer com os que negaram a fé e queimaram incenso a efígie
de César? A Igreja elaborou algumas
respostas:
A
igreja de Roma em geral foi indulgente com os lapsos, recebendo-os de volta com
a simples confissão de seu pecado. Existia um rigor
contra os lapsos, eles não teriam mais direito de fazer parte da
Igreja. Hermas (que escreveu o livro O Pastor) representa uma posição
mediadora que aceita uma única queda. Os lapsos seriam aceito de
volta, mas não mais para o lugar de líderes.
Os lapsos seriam membros de "segunda classe" na Igreja. Embora
Cipriano é muito duro com os lapsos, ele os chama
a um abundante arrependimento para demostrar sua tristeza e aflição,
sem desesperar da misericórdia de Deus. Apenas estes seriam
recebidos de novo na Igreja. Apesar de considerarmos as perseguições o
fato mais importante da História da Igreja, no segundo e
terceiro séculos, contudo, fatos interessantes
aconteceram neste período que devem ser observados. Vejamos :
O CÂNON
BÍBLICO
Os
escritos do Novo Testamento foram terminados, entretanto a formação do
Novo Testamento com os livros que o compõem, como cânon,
não foi imediata. Algumas Igreja
aceitavam somente alguns livros como inspirados e outra igrejas livros diferentes.
Gradualmente os livros do Novo Testamento, tal como usamos hoje, conquistaram a
proeminência de escritura inspirada. O
Crescimento e a Expansão da Igreja O crescimento e
a expansão da Igreja foi a causa da organização e
da disciplina. A perseguição aproximou as Igrejas e exerceu influência
para que elas se unissem e se organizassem. O aparecimento da heresias impôs,
também, a necessidade de se estabelecerem
alguns artigos de fé, e, com eles, algumas autoridades para
executá-las. Outra característica
que distingue esse período é sem dúvida,
o desenvolvimento da doutrina. Na era apostólica a fé era
do coração, uma entrega pessoal a vontade de Cristo.
Entretanto no período que agora focalizamos, a fé gradativamente
passara a ser mental, era uma fé do intelecto, fé que
acreditava em um sistema rigoroso e inflexível de doutrinas. O credo
Apostólico, a mais antiga e mais simples
declaração da crença cristã,
foi escrito durante esse período. Nesta época
surgiram três escolas teológicas.
Uma em Alexandria, outra na Ásia Menor e outra na África.
Os maiores vultos da historia do Cristianismo passaram por essas escolas: Orígenes,
Tertulianao e Cipriano.
SEITAS
E HERESIAS
Juntamente
com o desenvolvimento da doutrina teológica, desenvolviam-se também as
seitas, ou como lhes chamavam, as heresias na igreja cristã. Os
cristãos não só lutaam
contra as perseguições , mas contra as heresias e doutrinas
corrompidas.
Os Gnósticos Do grego "Gnósis = Sabedoria,
Conhecimento" Acreditavam que Deus Supremo é espírito
absoluto e causa de todo bem, enquanto a matéria é completamente
má criada por um ser inferior que é Jeová. O
propósito é então
escapar deste corpo que aprisiona o espírito. Afim de chegar a
libertação, é necessário
que venha um mensageiro do reino espiritual. Cristo. Cristo portanto não
era matéria, possuía
somente a natureza divina.
Os Ebionitas Do hebraico que significa
"Pobre" eram judeus cristãos que insistiam na observância
da lei e dos costumes judaicos. Rejeitavam as cartas escritas por Paulo. Eram considerados
como apostatas pelo Judeus não convertidos.
Os Maniqueus De origem persa, foram
chamados por esse nome, em razão de seu fundador Ter o nome
de Mani. Acreditavam que o universo compõe-se do reino das trevas e
da luz e ambos lutam pelo domínio do homem. Rejeitavam a
Jesus, porém criam em um "Cristo
celestial".
Marcion Nativo de Porto, foi a Roma
perto de 138 e se tornou membro da Igreja de Roma. Não
conseguiu leva a igreja a aceitar seu ponto de vista, assim que organizou os seus
seguidores numa igreja cismática e expandiu a obra até ter
congregações em quase todas as províncias.
Embora talvez não seja correto chamar Marcion de gnóstico,
ele compartilhou vários de seus pontos de vista: judaísmo é mau.
Jeová não é o
mesmo Deus do NT. Baseou-se quase que exclusivamente em Paulo. Contrastou a imoralidade
e crueldade do AT., com a espiritualidade, misericórdia,
bondade e alta moral do NT. Embora conceba o nascimento, vida e morte de Jesus
como apenas aparente, Marcion insiste na obra redentora de Cristo como necessária
para a salvação dos homens.
O marcionismo achou fácil
aceitação na Mesopotâmia
e na Pérsia e sobreviveu lá durante
alguns séculos.
MONTANISMO
É uma reação às
inovações que foram introduzidas nas igrejas
pelo gnosticismo e paganismo em geral às custas da fé e da
moral. Foi organizado na Frígia entre 135 e 160 por
Montano com Priscila e Maximinia (profetizas do movimento) em resposta a uma
iluminação do Paracletos, para proclamar o
estabelecimento do reino de Cristo e pregar contra o mundanismo das igrejas.
Algumas das doutrinas desenvolvidas (e pelas quais foram rejeitados)
tornaram-se ensino básico da Igreja católica
2 séculos depois: exaltação da
castidade e viuvez; divisão dos pecados em mortal e venial, exaltação do
martírio. Tornou-se o precursor do
cristianismo ascético. Suas doutrinas em geral eram as mesmas
do cristianismo católico. Reivindicaram ter recebido revelações
divinas enquanto em estado de êxtase. O espírito
lhes dava a interpretação ascética
de certas passagens bíblicas.
O montanismo é uma
explosão de profetismo, dando importância
especial a visões e revelações.
Tem caráter essencialmente escatológico.
Para eles o período do Parácletos
(Espírito Santo) se iniciou com Montano. A
nova Jerusalém será inaugurada
para o reino de 1.000 anos. Assim que é necessário
viver em continência e prepara-se para tanto. Nenhum
dos que escreveram contra o montanismo vê neles uma heresia. Ao contrário
vê nele "tendências
arcaicas"
O Novacionismo Foi
o montanismo reaparecendo numa outra época,
sem as reivindicações proféticas
que desapareceram. Novaciano foi condenado
em 251 por um concílio romano que reunia 60 bispos. Após a
perseguição de Décio,
quando muitos negaram a fé, Novaciano liderou os que queriam
muito rigor para os que cairam Este movimento cismático
encontrou muita recepção na África
e na Ásia Menor, onde absorveu o que restou
dos montanistas. Sua doutrina era igual à das igrejas católicas.
Foi apenas a questão de disciplina que questionavam: condições
para ser membro da igreja e perdão de certos pecados específicos.
Enquanto Cipriano admitia a reconciliação dos caídos "após
uma penitência severa e prolongada: . Novaciano
considerava que "reconciliação alguma lhe pode ser
concedida" Para Novaciano a igreja se identificava com um pequeno grupo de
espirituais que estava em conflito obrigatório com a cidade terrena.
Crendo que as igrejas católicas eram apóstatas,
os novacianos rejeitaram as ordenanças delas. A crença na
regeneração batismal era quase universal nesta época.
Os novacianos deram tanta importância à necessidade
do batismo ser ministrado por pessoa devidamente qualificada que rebatizavam os
que vieram das igrejas católicas.
Os Donatistas. Como os montanistas e
novacionistas, estavam preocupados principalmente com questões de
disciplina. O movimento surgiu após a perseguição de
Diocleciano e especificamente em relação ao que entregaram as
Escrituras as autoridades. Os donatistas insistiram numa disciplina eclesiástica
rigorosa e numa membresia pura. Rejeitaram ministros indignos (os
"lapsi"traidores). O donatismo não trata dos caídos
em geral e sim apenas da sorte dos bispos que teriam consentido na entrega das Escrituras
imposta pelo primeiro edito de Dioclesiano.
O
simples fato de estar em comunhão com um dos culpados bastava
para contrair mancha e tornar-se traídos, apóstata.
Todos os sacramentos administrados ou recebido pelos "traditores"eram
considerados nulos. Quanto a regeneração batismal, foram além
dos católicos, crendo que a natureza humana de
Cristo também precisava ser purificada pelo
batismo. Naturalmente rebatizaram os católicos que vieram a eles como
condição de comunhão.
A
IGREJA IMPERIAL
DE
CONSTANTINO, 313 AD ATÉ
À QUEDA DE ROMA EM 476 AD.
No
ano 305, quando Diocleciano abdicou o trono imperial, a religião cristã era terminantemente
proibida, e aqueles que a professassem eram castigados com torturas e morte.
Logo após a abdicação de
Diocleciano, quatro aspirantes à coroa estavam em guerra. Os
dois rivais mais poderosos eram Majêncio e Constantino.
Constantino afirmou ter visto no céu uma cruz luminosa com os
seguintes dizeres: "Por este sinal vencerás".
Constantino ordenou que seus soldados empregassem para a batalha o símbolo
que se conhece como " Labarum ", e que consistia na superposição de
duas letras gregas, X e P. Em batalha travada sobre a ponte Mílvio,
Constantino venceu o exercito de Majêncio e este morreu afogado
caindo nas águas do rio. Após
este vitoria Constantino fez aliança com Licínio
e posteriormente com Maximino os outros dois pretendentes a coroa.
Em
323 AD, Constantino alcançou o posto supremo de Imperador, e o Cristianismo
foi então favorecido. Os templos das Igrejas
foram restaurados e novamente abertos em toda parte. Em muitos lugares os
templos pagãos foram dedicados ao culto cristão. Em
todo o império os templos pagãos
eram mantidos pelo Estado, mas, com, a conversão de
Constantino, passaram a ser concedido às Igrejas e ao clero cristão. O
Domingo foi proclamado como dia de descanso e adoração.
Como se vê, do reconhecimento do Cristianismo
como religião preferida surgiram alguns bons resultados,
tanto para o povo como para a igreja:
- As
perseguições acabaram
- A
crucificação foi abolida
-
Templos restaurados e muitos construídos
- O
infanticídio foi reprimido
- As
lutas de gladiadores foram proibidas
Apesar
de os triunfos do Cristianismo haverem proporcionado boas coisas ao povo,
contudo a sua aliança com o Estado, inevitavelmente devia
trazer, como de fato trouxe, maus resultados para a igreja.
- As
Igrejas eram mantidas pelo Estado e seus ministros privilegiados, não
pagavam impostos, os julgamentos eram especiais.
-
Iniciou-se as perseguições aos pagãos,
ocorrendo assim muitas conversões falsas.
-
Todos queriam ser membros da Igreja e quase todos eram aceitos. Homens mundanos,
ambiciosos e sem escrúpulos, todos desejavam postos na
Igreja, para, assim obterem influência social e política.
- Os
cultos de adoração aumentaram em esplendor, é certo,
porém eram menos espirituais e menos
sinceros do que no passado.
-
Aos poucos as festas pagãs tiveram seus lugares na Igreja, porém
com outros nomes.
A
adoração a Vênus
e Diana foi substituída pela adoração a
virgem Maria. As imagens dos mártires começaram
a aparecer nos templos, como objeto de reverência.
No
ano 363 AD todos os governadores professaram o Cristianismo e antes de findar o
quarto século o Cristianismo, foi virtualmente
estabelecido como religião do Império.
A
FUNDAÇÃO DE CONSTANTINOPLA
O
Imperador Constantino compreendeu que a cidade de Roma estava intimamente
ligada à adoração
pagã, cheia de templos e estátuas
pagãs. Ele desejava uma capital sob os auspícios
da nova religião. Na nova capital, a igreja era
honrada e considerada, não havia templos pagãos. Logo
depois da fundação da nova capital, deu-se a divisão do
império. As fronteiras eram tão
grande que um imperador sozinho não podia defender seu vastíssimo
território.
AS
CONTROVÉRSIAS
A
Primeira Controvérsia Apareceu por causa da doutrina da Trindade. O Presbítero
Ario de
Alexandria defendia a tese de que Jesus era superior aos homens porém
inferior ao Pai, não admitia a existência
eterna de Cristo.
Seu
principal opositor foi Atanásio também de Alexandria afirma a unidade de
cristo com o Pai e sua divindade.
Constantino
não teve êxito
em resolver a questão por isso convocou o concílio de
Nicéia em 325 AD onde a doutrina de Ário
foi condenada. A Controvérsia de Apolinário. Apolinário era Bispo em Laodicéia
quando declarou que a natureza divina tomou lugar da natureza humana de Cristo.
Esta Heresia foi condenada no Concílio de Constantinopla em 381 AD. A Controvérsia de Nestor. Nestor era sacerdote em Antioquia quando se opôs a aplicação do
termo " Mãe de Deus ", a Maria, afirmou que
as duas natureza de Cristo agiam em harmonia. No Concílio de Éfeso em 433 Nestor foi banido e suas obras foram queimadas
e aprovado o termo " Mãe de Deus " O
Desenvolvimento do poder na Igreja Romana Roma reclamava para si autoridade
apostólica.
A
Igreja de Roma era a única que declara poder mencionar o nome
de dois apóstolo como fundadores, isto é,
Pedro e Paulo. A organização da Igreja de Roma e bem assim seus
dirigentes defendiam fortemente estas afirmações. Neste ponto há um
contraste notável entre Roma e Constantinopla. Roma
havia feito os imperadores, ao passo que os imperadores fizeram Constantinopla.
Além disso Roma apresentava um
Cristianismo prático. Nenhuma outra igreja a sobrepujava
no cuidado para com os pobres, não somente com os seus
membros , mas também entre os pagãos.
Foi assim que em todo o ocidente o bispo de Roma, começou a
ser considerado como autoridade principal de toda a igreja. Foi dessa forma que
o Concílio
Calcedônia, na Ásia Menor,no ano 451 AD, Roma ocupou o primeiro lugar e
Constantinopla o segundo lugar.
O
CRISTIANISMO VIVO
O
Cristianismo dessa época decadente ainda era vivo e ativo.
Devemos mencionar aqui alguns bispos e dirigentes da igreja nesse período
que contribuíram para manter vivo o Cristianismo.
ATANÁSIO (296-373) Foi ativo defensor da fé no
início do período.
Já vimos como ele se levantou e se
destacou na controvérsia de Ário;
foi escolhido bispo de Alexandria.
Cinco
vezes exilado por causa da fé, mas lutou fielmente até o
fim. Ambrósio (340-397) Foi eleito
bispo enquanto ainda era leigo e nem mesmo batizado. Converteu-se
posteriormente, repreendeu o próprio imperador (Teodósio)
por causa de um ato cruel e mais tarde o próprio imperador o tratou com
alta distinção. Foi autor de vários
livros.
JOÃO CRISÓSTOMO (345-407) "Boca de
ouro " em razão de sua eloqüência
inigualável, foi o maior pregador desse período.
Chegou a ser bispo em Constantinopla. Entretanto, sua fidelidade, zelo
reformador e coragem, não agradava à corte.
Foi exilado e morreu no exílio.
JERÔNIMO (340-420) Foi o mais erudito de todos. Estudou literatura e
oratória em Roma. De seus numerosos
escritos, o que teve maior influência foi a tradução da
Bíblia para o latim, obra que ficou
conhecida como Vulgata Latina, isto é, a Bíblia
em linguagem comum, até hoje usada pela Igreja católica
Romana. AGOSTINHO (354-430) O nome mais ilustre desse período,
bispo em Hipona na África. Escritor de vários
livros sobre o Cristianismo e sobre a própria vida. Porém a
fama e a influência de Agostinho estão
nos seus escritos sobre a teologia cristã, da qual ele foi o maior
expositor, desde o tempo de Paulo.
CONTROVÉRSIAS TRINITÁRIAS
E CRISTOLOGICAS
No
fim do II Século e no III começam
aparecer divergências de interpretação dentro
da própria Igreja. As três
grande linhas de interpretação posterior (Ásia
Menor, Roma e Alexandria) já começaram
aparecer nos pais apostólicos. Movimentos gnósticos
estão presentes em toda a Igreja no fim do
II e início do III século.
Só foi possível
contorná-los após a
exclusão de seus grandes líderes.
Com a ascensão de Constantino, conhecido como o
"imperador cristão", o palco estava pronto para uma
série de conflitos teológicos
que duraria do IV até o VIII século.
Estas controvérsias começaram
como discussão da relação de
Jesus Cristo a Deus Pai e terminaram tentando explicar a relação
entre as duas naturezas de Cristo. As primeiras são chamadas
de
"TRINITÁRIAS"; AS ÚLTIMAS,
"CRISTOLÓGICAS"
O
CONCÍLIO DE NÍCEIA.
Este
concílio reuniu 318 bispos por um período
de 3 meses para resolver as diferenças entre Alexandre e Ário.
Segundo Ário, presbítero
de Alexandria, somente Deus Pai seria eterno não gerado.
O Logos, o Cristo preexistente, seria mera criatura. Criado a partir do nada,
nem sempre existiria. O Cristo existiria num tempo anterior à nossa
existência temporal, mas não
era eterno. Por outro lado estavam Alexandre e o jovem Atanásio
que afirmava que o Logos era eterno e era o próprio
Deus que apareceu em Jesus. Deus é Pai apenas porque é o
Pai do Filho. Assim o Filho não teria tido começo e
o Pai estaria com o Filho eternamente. Portanto, o Filho seria o filho eterno
do Pai, e o Pai, o Pai eterno do Filho. A cristologia de Ário
foi rejeitada pelo concílio de Nicéia
afirmando que a igreja acreditava em: "um só Senhor
Jesus Cristo, Filho de Deus; gerado do pai, unigênito
da essência do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz,
verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, consubstancial com
o Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e
na terra; o qual , por nós homens e pela nossa salvação
desceu do céu e encarnou e foi feito homem"
"todos os que dizem que houve um tempo que ele não existiu,
ou que não existiu antes de ser feito, e que foi
feito do nada ou de alguma outra substância ou coisa, ou que o
Filho de Deus é criado ou mutável,
ou alterável, são condenados
pela Igreja Católica".
CONTROVÉRSIA CRISTOLÓGICA
A questão do relacionamento entre o
Filho e o Pai foi resolvida em Nicéia. Porém
isto gerou novos questionamentos, agora em torno do relacionamento entre as naturezas
humanas e divina de Cristo. Em geral os teólogos ligados a Alexandria salientaram
a divindade de Cristo, enquanto que os relacionados a Antioquia, a sua humanidade,
às expensas de Sua deidade. A controvérsia
se iniciou no ensino de Paulo de
Samosata, bispo de Antioquia. Este ensinava o que se chama de adocionismo
ou monarquismo dinâmico. Jesus era um homem
"energizado"pelo Espírito no batismo e assim
exaltado à dignidade divina.
Apolinário de Laodicéia foi o primeiro a negar formalmente
que Jesus teve uma alma racional. No seu lugar estava o divino Logos. O Concílio
de Calcedônia (451) definiu a cristologia
afirmando que Jesus Cristo era: "perfeito em divindade e perfeito em
humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, de alma racional e corpo, da
mesma substância com o Pai segundo a divindade; e
da mesma substância conosco segundo a humanidade,
semelhante a nós em todos os aspectos, sem pecado,
gerado do Pai antes de todos os tempos segundo a divindade..."
OS
HISTORIADORES DA IGREJA
EUSÉBIO DE CESARÉIA (260-340). Escreveu sua
História Eclesiástica
onde apresenta a história da Igreja desde seu início
até 324. A sua Crônica
começa com Abraão e
vai a 323. Deu estrutura cronológica para toda a história
medieval. Escreveu a Vida de Constantino onde louva o imperador. Foi acusado de
ser semi-ariano. Socrates. Nasceu em
Constantinopla e escreveu a história da Igreja de 305 até 439.
É um autor não crítico,
ignorava a Igreja no oeste. Ele apresenta uma coleção
inestimável de dados e documentos.
SOZOMEN. Foi criado em Gaza mas
viveu em Constantinopla após 406. Apresenta a história
de 323 a 439. Foi educado para ser monge. Dá destaque ao monarquismo em detrimento
de outros dados como a verdadeira filosofia cristã. A
biografia é a principal força de
sua história.
OS
"TEÓLOGOS" DA IGREJA
ATANÁSIO-(298-373) Assistiu o Concílio
de Nicéia, mas aparentemente não
foi uma grande luminária lá. Após a
morte de Cirilo, Atanásio foi eleito bispo de Alexandria em
328. Durante seu bispado foi exilado 5 vezes por Constantino e seus sucessores.
Sua força se tornou tão grande,
que os últimos dois mandatos do exílio
não podiam ser cumpridos. Nesse período
a ortodoxia Nicéa já havia triunfado sobre o arianismo.
Sua
vida pode ser dividida em 3 etapas: Antes de Nicéia
até 325; luta contra o arianismo 325-361 e período
de vitória da ortodoxia, 361-373
JOÃO CRISÓSTOMO - (345-407). foi um grande
expositor e orador. Ao princípio advogou segundo seu
treino em direito.
Após
seu batismo em 368 se tornou monge. Com a morte da sua mãe em
374 seguiu uma vida extremamente ascética até 380.
foi ordenado em 386 e se tornou patriarca de Constantinopla em 398. Foi banido
em 404 por ter denunciado as vestimenta extravagantes da imperatriz, bem como a
colocação de uma estatueta dela em prata na
Igreja ao lado de Santa Sofia. Morreu no exílio em 407. Ainda existem
604 dos seus sermões. A leitura destes sermões
mostra a força da sua pregação
sem o acréscimo da personalidade de seu autor. A
grande maioria destes sermões versam sobre as epístolas
de Paulo. Procurava levar em consideração o contexto e aplicar aos
dias dele o sentido literal do
texto.
TEODORO DE MOPSUÉSTIA-(350-428). Foi príncipe dos exegetas da
antiguidade. Em contraste com os alexandrinos, ele com Crisóstomo
procuravam proclamar o sentido natural do texto. Foi defensor, pelo menos em
parte, de Nestório. Defendeu insistentemente a integridade da humanidade de Cristo.
BASÍLIO DE CESARÉIA - (329-379) foi instalado
na sé de Cesareia em 370. Logo em seguida começou
uma série de negociações
teológicas, primeiro com Atanásio
e depois com o papa Dâmaso para promover a reunião
das igrejas cismadas pela controvérsia sobre a Trindade. Graças a
sua obra de organizador e legislador criou uma nova concepção da
instituição monástica.
Colocou como ideal o quadro dos cristãos em Jerusalém
(At:2-4) e destacou daí a obediência
ao superior.
GREGÓRIO DE NISSA -(331-395). Irmão mais
novo de Basílio, foi um estudante da Bíblia
e de Orígenes. Foi eleito bispo em 371.
Tornou-se o defensor mais avançado do credo de Nicéia.
Foi
o primeiro a procurar estabelecer por considerações
racionais a totalidade das doutrinas ortodoxas. A filosofia se tornou uma
auxiliadora da teologia. Embora divergiu de Orígenes,
especialmente em cosmologia, na maior parte aceitou o ensino deste no que podia
acomodá-lo à fé explícita
da Igreja.
GREGÓRIO DE NAZIANSO - (330-390). Foi eleito bispo em 372,
junto com os dois anteriores, procurou reconciliar as 2 proposições
de Atanásio: a identidade de essência
entre Pai e Filho com a distinção de pessoalidade entre Pai
e Filho.
Os 2
Gregório também
procuravam salvar a reputação de Orígenes
para a ortodoxia. Assim adotaram a doutrina de Orígenes
que rezava que o Logos uniu-se com a natureza sensível
pela mediação de uma alma humana racional.
Acrescentaram que o Logos tomou todas as partes da natureza humana em comunhão
consigo e as permeava.
JERÔNIMO - (347-419). Foi o autor da Vulgata que ele insistiu
traduzir do grego (NT) e hebraico (AT), salvo os Salmos que já foram
traduzidos da Setuaginta (LXX). Jerônimo introduziu dois outros
elementos à Igreja ocidental que tiveram grandes repercussões lá.
Introduziu a vida ascética a Europa ocidental. A importância
disto só pode ser avaliada à luz
da forma que a Igreja toma na Europa medieval. Introduziu também Orígenes
ao Oeste. Por causa de uma tradução tendenciosa por parte de
Rufino, Jerônimo fez uma tradução ao
pé da letra de Orígenes.
Mais tarde ficou embaraçado de ter seu nome ligado a Orígenes.
Condenou a doutrina deste, mas sempre admirou seu estilo de escritor. Além de
suas traduções da Bíblia
e de Orígenes, Jerônimo
é famoso por seus comentários
nas Escrituras. Seu primeiro (388) comentário foi sobre Eclesiástes,
seguido no mesmo ano por Gálatas, Efésios
e Tito. Três anos depois publicou um sobre 5 dos
profetas menores. De 397 até 419 completou os profetas menores,
bem como Jonas, Daniel, Isaias, Ezequiel e Jeremias. E do NT apenas Mateus.
AMBRÓSIO DE MILÃO - (340-397). Foi um grande
administrador eclesiástico; pregador e teólogo.
Foi
a pregação de Ambrósio
que trouxe Agostinho ao evangelho. Era governador imperial da área
ao redor de Milão quando o bispo da cidade morreu em 374.
O povo unanimemente queria que Ambrósio aceitasse ser bispo.
Crendo ser isto a vontade de Deus, renunciou ao seu cargo político,
distribuiu seus bens aos pobres e, após sua eleição,
iniciou um estudo intensivo das Escrituras. Foi um grande pregador apesar de
sua exposição ser desfigurada pela interpretação
alegórica das Escrituras. Resistiu ao
imperador Teodósio, não
permitindo-o participar da Ceia até que humilde e publicamente
se arrependesse do massacre dos tessalonicenses. Aparentemente foi Ambrósio
que introduziu o cantar de hinos na Igreja Ocidental.
A
IGREJA MEDIEVAL
DE
ROMA EM 476 AD ATÉ A QUEDA DE
CONSTANTINOPLA,
1453 AD. PROGRESSO PAPAL
O
termo "papa", significa simplesmente "papai", sendo,
portanto, um termo de carinho e respeito, este termo era usado para qualquer
bispo, sem importar se ele era de Roma. Como Roma era, pelo menos de nome, a
capital do Império, a igreja e o bispo desta cidade
logo se viram em posição de destaque. Quando os bárbaros
invadiram o Império, a igreja de Roma começou a
seguir um rumo bem diferente Constantinopla.
No
Ocidente, o Império desapareceu, e a igreja veio a ser
a guardiã do que restava da velha civilização.
Por isto, o papa, chegou a Ter grande prestígio e autoridade. Porém,
enquanto que no Oriente duvidava-se de sua autoridade, em Roma e vizinhanças
esta autoridade se estendia até além
dos assuntos religiosos. Tudo isto nos mostra que em uma época
em que a Europa estava em caos, o papado preencheu o vazio, proporcionando
certa estabilidade. O período de crescimento do poder papal começou
com o pontificado de Gregório I, o Grande, e teve o apogeu no
tempo de Gregório VII, mais conhecido por Hildebrando.
Hildebrando reformou o clero que se havia corrompido, elevou as normas de
moralidade de todo o clero, exigiu celibato dos sacerdotes, libertou a igreja
da influência do estado, podo fim à nomeação de
papas pelos reis e imperadores. Hildebrando impôs a
supremacia da igreja sobre o Estado.
ORIGEM
E DESENVOLVIMENTO DO PAPADO
A
autoridade monárquica do papa, é fruto
de um longo processo. De um bispo igual aos outros, o de Roma passa a ser o
primeiro entre os demais e finalmente cabeça incontestável
da Igreja. Vários papas de grande envergadura, dos
quais devemos citar:
INOCÊNCIO - (402-417);
CELESTINO - (422-432);
LEÃO I
(440-461); e
GREGÓRIO I - (590-604).
Até
Constantino
Os antigos autores católicos tenham insistido que a Igreja de
Roma foi fundada por Pedro e que tenha tido uma linha de papas, vigários
de Cristo, desde então.
Oscar Cullmann, teólogo protestante, examina
detalhadamente a questão de Pedro ter estado em Roma. Conclui
que estava lá e lá foi martirizado. Nega
entretanto que tenha fundado a Igreja ou passado seus direitos aos bispos
subseqüentes. A lista dos primeiros bispos
consta destes nomes:
LINO, CLETO ou ANACLETO,CLEMENTE- (91-100),
EVARISTO, ALEXANDRE - (109-119),
SIXTO I - (119-127),
TELESFORO - (127- 138),
HIGINO - (139-142),
PIO I - (142-157),
ANICETO - (157-168),
SOTER - (168-177),
ELEUTERO - (177-193).
Estas
datas são aproximadas e temos poucas informações
do seu pontificado.
VITOR - (193--202). Parece ser o
primeiro a procurar estabelecer a autoridade papal além das
fronteiras de sua igreja.
CIPRIANO - Bispo em Cartago durante o
pontificado de Cornêlio e Estevão, contribuiu
bastante para fortalecer a autoridade do bispo de Roma. Defendeu as reivindicações
petrinas (Mt:16:18) sem entretanto colocar o papa sobre os demais bispos.
ESTEVÃO - (253-257).
Procurou forçar as demais igrejas a seguir o costume
romano quanto ao cálculo da data da páscoa.
Um outro elemento que contribuiu para fortalecer a posição de
Roma neste período foi a crescente prática
das igrejas rurais ou de pequenas cidades serem relacionadas a alguma igreja em
cidade grande ou incorporadas num sistema diocesano.
Esta
prática começou
no II século como resultado do sistema missionário
das igrejas mães.
DE
CONSTANTINO A GREGÓRIO MAGNO
A
oficialização da Igreja trouxe em seu bojo rápido
desenvolvimento hierárquico. Constantino se considerava
bispo e até bispo dos bispos em coisas formais e até doutrinárias.
Sem sua permissão não se pode reunir um sínodo.
Roma surge como árbitro entre as igrejas. No conflito
entre os arianos e Atanásio, este contribuiu para fortalecer Júlio
por ter recorrido ao bispo de Roma, pedindo que convocasse um concílio.
Esta e outras questões entre as igrejas do leste e da África
foram exploradas pelos papas para fortalecer suas próprias
posições. Assim questões
religiosas seriam resolvidas pelo "sumo-pontífice"
de religião e não
pelos magistrados civis.
SIRICIUS - (354-398). Conseguiu que
um concílio realizado em Roma decretasse que nenhum
bispo deve ser consagrado sem o conhecimento e consentimento do bispo de Roma.
Mesmo que seja um decreto falso, é muito antigo e exerceu
grande influência.
INOCÊNCIO I -(402-417). Demonstrou grande ousadia em explorar as
reivindicações de Roma, exigindo submissão
universal a sua autoridade. Insistia que era a obrigação de
todas as igrejas ocidentais se conformarem aos costumes de Roma.
CELESTINO -(422-432). Durante o exercício
do seu papado foi resolvido a mui agitada questão do
direito de apelar a Roma decisões nas províncias.
Celestino manipulou as questões de uma maneira que sempre
saía ganhando o prestígio
de Roma, até o ponto de dispensar os cânones
de um concílio geral.
LEÃO I -
(440)-461). Homem humilde, insistia que era sucessor de Pedro e que não se
pode infringir a autoridade deste. Conseguiu do jovem e fraco imperador
Valentino III um edito em que este reconhece a primazia da sé de
Pedro e insiste que ninguém pode agir sem a permissão
desta sé.
GREGÓRIO I -(589-604). Possivelmente o maior papa deste período.
filho de um senador, adotou o costume monástico. Pretendia ser missionário
aos ingleses quando foi consagrado papa aos 49 anos de idade. Reclamou que Máximo
foi eleito patriarca de Constantinopla no lugar de seu candidato e suspendeu
todos os bispos que o consagraram sob pena de anátema
de Deus e do apóstolo Pedro. Repreendeu o patriarca de
Constantinopla por ter assumido o título de bispo ecumênico.
A
COROAÇÃO DE
CARLOS MAGNO
Abriu
a história política
e eclesiástica da Europa um novo período,
no qual os dois poderes o civil e o papal aparecem intimamente ligados, em
busca de ideal comum de poderio e domínio.
LEÃO III
-(795-816). O período começa com
Leão III assentado na cadeira pontificial.
Foi ele quem colocou Carlos Magno como imperador no ano 800.
ESTEVÃO IV-(816-817).
Este papa coroou o Rei Luiz o Pio, em Roma ato que elevou ainda mais a posição
do papa.
GREGÓRIO IV-(827-844). Foi nos dias desse papa que apareceram falsos
documentos a favor da prerrogativa papal. Gregório
defendeu Roma contra os sarracenos.
NICOLAU I - (858-867). Ascendeu a
cadeira papal num momento de agitação e desordens, aproveitando-se
dos documentos falsos a favor da absoluta soberania e irresponsabilidade do
papado, procurou firmar os direitos de supremacia do papa e de sua jurisdição
suprema.
ADRIÃO II -
(867-872). Trabalhou principalmente à sombra a influencia atingida
pelo seu antecessor.
JOÃO
VIII - (872-882). O maior problema durante o papado de João
VIII foi a ameaça sarracena, forçando-o
a pedir ao novo imperador Carlos a sua proteção, mas Carlos e o papa
aceitou o tratado humilhante com os sarracenos.
O
período de 882 a 903 caracteriza-se pela
torpe degradação do poder papal. O poder papal
enfraqueceu-se notadamente. As eleições pontifícias
feitas nesse período são
memoráveis pela torpeza que as acompanhou. O
papa Formoso subiu ao poder em 891 e, dois anos depois de sanguinolento
pontificado, morreu, provavelmente envenenado.
ESTEVÃO VI,
foi aprisionado e morto. E depois foi eleito o Papa Marino, cujo pontificado
durou apenas meses. João X, feito papa, procurou ab-rogar os
atos de Estevão, e de fato ab-rogou muitos deles. Leão V,
depois de um breve pontificado, foi morto por seu próprio
capelão seu sucessor, Mas ao assassino coube
o mesmo fim trágico, decorrido apenas oito meses. No
período de 903 a 963 Com SERGIO III, começa a
influência perniciosa de uma aventureira de
alta linhagem sobre o governo papal. De 936 a 956 o papado esteve sob inf1uência
de Alberico que nomeou quatro papas. Um filho do mesmo, sob o nome de JOÃO XIII, assumiu o ofício
papal sendo o seu pontificado havido como um dos mais imorais e licenciosos.
Este papa morreu assassinado, Otão, O Grande, fez sentir a
sua interferência no papado em 983, com a convocação de
um sínodo para depor o imoral João
XIII e substituí-lo por LEÃO VIII. Durante este período,
até 1073, foram nomeados vário
papas e os imperadores ficaram no direito de nomear e controlá-los
para evitar a dissolução completa do clero.
HILDEBRANDO - (1073). Foi
inquestionavelmente o maior estadista eclesiástico da Idade Media. Seu
objetivo foi tornar um fato o domínio universal e absoluto do
papado, e sua política subordinou-se completamente a este
propósito. Este papa tomou o nome de Gregório
VII.
CONCÍLIO DE ROMA EM 1059
1- A
nomeação do papa pelos bispos cardeais
sancionadas pelo clero cardeal e depois aprovada pelo clero inferior e os
leigos.
2-
Nenhum oficial da igreja, sob pretexto algum, pode aceitar benefício
algum de qualquer leigo ou ser chamado a contar ou dar conta a jurisdição.
3-
Nenhum cristão pode, assistir a missa rezada por
padre de quem se sabia ter concubina, apesar da renhida oposição,
Hildebrando executou a risco esses decretos. No entanto a vitória de
Hildebrando, nunca foi completa e permanente.
Inocêncio
III (1198-1216), aproveitou as prerrogativas papais firmando umas e alargando
outras. Foi durante seu papado que o poder papal, que evoluía
gradativamente através dos séculos
chegou ao auge. Ele foi o maior papa do século.
DECLÍNIO DO PODER PAPAL
Do século
treze em diante começa o suave declínio
do poder papal para o que concorreram fatos e circunstâncias
históricas diferentes.
1-
Com o século XIII desapareceu completamente o
gosto pelas cruzadas.
2- A
corrupção constante na corte de Roma, o favoritismo
e o mercantilismo que presidiam as decisões do Papa e da Curia,
igualmente estimulava a dissidência.
3- Á imoralidade
dominava o clero.
4- A
cadeira papal era objeto de ambição mais desenfreada.
5- A
influência adquirida pelos franceses na Itália
e Sicília após
queda dos imperadores germânicos foi sobremodo
prejudicial ao papado.
BONIFÁCIO VII - (1294-l303), subiu a cadeira pontifica no meio destas
condições tão favoráveis
ao papado, mas sem se adaptar a elas conservou aquele espírito
de arrogância e mandonismo, muito característico
de seus antecessores.
Em
1305, foi eleito um francês, Clemente V, como papa. Este não
foi a Roma, mas estabeleceu sua corte Papal em Avignon e tornou se subserviente
de Felipe rei da França. Aqui, ele e seus sucessores todos
franceses serviram durante setenta anos. Tão notório
se tornaram as condições que os historiadores católicos
estigmatizaram o período de cativeiro babilônico
do papado. Em virtude da presença da corte papal de Roma em
Avignon, na França, a Europa conseguiu muitas
inimizades. O catolicismo dividiu-se, ficando uma parte com a França e
outra com a Itália. Aparecem então
dois papas um lançando maldições
sobre o outro e cada qual julgando-se legitimo chefe da cristandade.
Em
1408, houve uma conferência em Livorno, entre representantes
dos dois papas e um ano depois reunia-se um concílio
geral em Pisa. Discutida largamente a questão, ambos os papas foram
declarados heréticos e excomungados. O concílio
elegeu então a Papa, o cardeal de Milão
que tomou o nome de Alexandre V. A questão não
ficou resolvida, pois, três papas levantarar-se disputando a
cadeira pontificia, cada um formando em torno de si um considerado número
de admiradores.
O
pontificado de NICOLAU V (l448-1455)
foi notável, tendo sido construído
nesse tempo o Vaticano e a Basílica de São
Pedro, considerados como duas magníficas obras de arte. Talvez
nesta época tenha-se resolvido o problema dos
três papas.
INOCÊNCIO VIII (l484-l492). para melhorar a fortuna de seus filhos
ilegítimos, pelejou contra Nápoles
e recebia tributo anual de Sultão, por manter seu irmão e
rival na prisão em vez de envia-lo como cabeça de
um exercito contra os inimigos da cristandade. Isto se deu numa época
de ignorância, senão no
período do renascimento literário
e quando a Europa tinha entrado numa era de invenções e
descobrimentos destinados a transformar a civilização. O
estado de desmoralização em que a Igreja Romana se achava na véspera
da reforma era um fato geralmente reconhecido.
* As
Cruzadas - Um grande movimento da Idade Média, sob a inspiração e
mandado da igreja, foram as Cruzadas, que se iniciaram no fim do século
onze.
- A
primeira cruzada foi anunciada pelo papa Urbano II, era composta de 275000 dos melhores
guerreiros, para combater os Sarracenos que tinham invadido Jerusalém.
Após grande batalha Jerusalém
foi reconquistada. A
- A
Segunda Cruzada foi convocada em virtude das invasões
dos Sarracenos às províncias
adjacentes ao reino de Jerusalém. Sob a influência
de Luiz VII da França e Conrado III da Alemanha, um grande
exército foi conduzido em socorro dos
lugares reconhecido como santos. Enfrentara grandes dificuldades, mas obtiveram
vitória.
- A
terceira Cruzada foi dirigida por Ricardo
I " Coração de Leão",
da Inglaterra e outros como; Frederico
Barbarroxa, Filipe Augusto.
Barbarroxa morrerá afogado e Filipe desentendeu-se com
Ricardo I e voltou para França. A coragem de Ricardo I, sozinho,
não foi suficiente para conduzir seu exército
para Jerusalém. Contudo fez um acordo para que os
cristãos tivessem direito a visitar o santo
sepulcro.
- A
Quarta Cruzada foi um completo fracasso, porque causou grande prejuízo a
igreja cristã. Os cruzados, se afastaram do propósito
de conquistar a Terra Santa e fizeram guerra a Constantinopla, conquistaram-na
e saquearam-na. Constantinopla ficou, posteriomente, a mercê dos
inimigos.
- Na
Quinta Cruzada, Frederico II,
conduziu um exército até a
Palestina e conseguiu um tratado no qual as cidades de Jerusalém,
Haifa, Belém e Nazaré,
eram cedidas aos cristãos. Porém 16
anos depois a cidade de Jerusalém foi tomada pelos
maometanos.
- A
Sexta Cruzada foi empreendida por São Luiz. Invadiu a Palestina
através do Egito, mas não
obteve êxito, foi derrotado pelos maometanos e
libertado por uma grande soma
- A
sétima
Cruzada teve também a direção de São Luiz
juntamente com Eduardo I. A rota
escolhida foi novamente a África, porém São
Luiz morreu e Eduardo I voltou para ocupar o trono na Inglaterra e a cruzada
teve um fracasso total. Esta foi considerada a última
Cruzada, porém
houve outras de menor vulto.
O
DESENVOLVIMENTO DA VIDA MONÁSTICA
Este
movimento desenvolveu-se grandemente na Idade Média
entre homens e mulheres, com resultados bons e maus. Com o crescimento dessas
comunidades, tornava-se necessária alguma forma de organização,
de modo que nesse período surgiram quatro grandes ordens.
A
Ordem dos Beneditinos Fundada por São Bento em 529, em Monte
Cassino. Essa ordem tornou-se a maior de todas as ordens monásticas
da Europa. Suas regras exigiam obediência ao superior do
mosteiro, a renúncia a todos os bens materiais, e bem
assim a castidade pessoal. Cortava bosques, secava e saneava pântanos,
lavrava os campos e ensinava ao povo muitos ofícios
úteis. A Ordem dos Cistercienses
Surgiram em 1098, com objetivo de fortalecer a disciplina dos Beneditinos, que
se relaxava. Seu nome deve-se a cidade francesa de Citeaux, fundada por São
roberto. Deu ênfase às
arte, arquitetura e especialmente à literatura, copiando e escrevendo
livros.
A
Ordem dos Franciscanos fundada em 1209 por São Francisco de Assis.
Tornou-se a mais numerosa de todas as ordens. Por causa da cor que usavam,
tornaram-se conhecido como os "frades cinzentos".
A
Ordem dos Dominicanos Ordem esponhola fundada por São
Domingos, em 1215. Os Dominicanos e os Franciscanos diferenciavam-se das outras
ordens, pois eram pregadores, iam por toda parte a fortalecer a fé dos
crentes.
No
início, cada ordem monástica
era um benefício para a sociedade. Vamos ver alguns
bons resultados.
1.
Os mosteiros davam hospedagem aos viajantes, aos enfermos e aos pobres. Serviam
de abrigo e proteção aos indefesos, principalmente às
mulheres e crianças.
2.
Guardavam em suas bibliotecas muitas obras antigas da literatura clássica
e cristã. Sem as obras escritas nos mosteiros,
a Idade média teria passado em branco.
3.
Os monges serviram como missionários na expansão do
evangelho, até mesmo entre os bárbaros.
Apesar
dos bons resultados que emanaram do sistema monástico,
também houve péssimos
resultados.
1. O
monacato apresentava o celibato como a vida mais elevada, o que é inatural
e contrário às Escrituras.
2.
Impôs a adoção da
vida monástica a milhares de pessoas das classes
nobres da época.
3.
Os lares e as famílias foram, assim, constituídos
não pelos melhores, mas pelos de ideais
inferiores, já que os melhores, não
participavam da família, nem da vida social, nem da vida cívica
nacional.
4. O
crescimento da riqueza dos mosteiros levou a indisciplina, ao luxo, à ociosidade
e até a imoralidade.
No
início do século
dezesseis, os mosteiros estavam tão desmoralizados no conceito
do povo, que foram suprimidos, e os que neles habitavam foram obrigados a
trabalhar para se manterem.
INÍCIO
DA REFORMA RELIGIOSA
Início da Reforma Religiosa - Cinco
grandes movimentos de reformas surgiram na igreja; contudo, o mundo não
estava preparado para recebê-los, de modo que foram
reprimidos com sangrentas perseguições.
Os Albigenses
"Puritanos"
surgiram em 1170 no sul da França. Eles rejeitavam a autoridade
da tradição, distribuíam o
Novo Testamento e opunham-se às doutrinas romanas do
purgatório, à adoração de
imagens e às pretensões
sacerdotais. O papa Inocêncio III, promoveu uma grande perseguição
contra eles, e a seita foi dissolvida com o assassinato de quase toda a população da
região. Os Valdenses Apareceram ao mesmo
tempo, em 1170, com Pedro Valdo, que
lia, explicava e distribuía as Escrituras, as quais contrariavam
os costumes e as doutrinas dos católicos romanos. Foram
cruelmente perseguidos e expulsos da França; apesar das perseguições,
eles permaneceram firmes, e atualmente constituem uma parte do pequeno grupo de
protestante na Itália. João Wyclif Nascido em 1324, Recusava-se a reconhecer a autoridade do
papa e opunha-se a ela. Era contra a doutrina da transubstanciação,
considerando o pão e o vinho meros símbolos.
Traduziu o Novo testamento para o Inglês e seus seguidores foram
exterminados por Henrique V.
JOÃO HUSS - Nascido em 1369 foi um dos leitores de Wyclif, pregou as
mesmas doutrinas, e especialmente proclamou a necessidade de se libertarem da
autoridade papal.
Foi
excomungado pelo papa, e então retirou para algum
esconderijo desconhecido. Ao fim de dois ano voltou a convite da igreja para
participar de um concílio católico-romana
de Constança, sob a proteção de
um salvo-conduto. Entretanto, o acordo foi violado sob o pretexto de que
"Não se deve ser fiel a hereges".
Assim João Huss foi condenado e queimado.
JERÔNIMO SAVONAROLA - Nascido em 1452 foi monge Dominicano,
em Florença. A grande catedral enchia-se de
multidões ansiosas, não só de
ouvi-lo, mas também para obedecer aos seus ensinos.
Pregava contra os male sociais, eclesiásticos e político
de seu tempo. Foi preso, condenado e enforcado e seu corpo queimado na praça de
Florença em 1498.
A
QUEDA DE CONSTANTINOPLA
A
queda de Constantinopla, em 1453, foi assinalada como linha divisória
entre os tempos medievais e os tempos modernos. Província
após província
do grande império foi tomada, até ficar
somente a cidade de Constantinopla, que finalmente, em 1453, foi tomada pelos
turcos sob as ordens de Maomé II. O templo foi
transformado em mesquita. Constantinopla ( Istambul ) tornou-se a capital do
Império Turco e assim terminou também o
período da Igreja Medieval.
RESUMO
DA APOSTASIA
Mencionaremos
algumas das doutrinas que não tem apoio nas Escrituras Sagradas,
e quando foram implantadas na igreja.
Ano Doutrina:
310
Reza pelos defuntos,
320
Uso de Velas,
375
Culto dos santos,
431
Culto à virgem Maria,
503
Obrigatoriedade de se beijar os pés do papa,
850
Uso da água benta,
993
Canonização dos Santos,
1073
Celibato Sacerdotal,
1184
Instituição da Santa Inquisição,
1190
Venda de Indulgências,
1215
Dogma da transubstanciação,
1220
Substituição do pão
pela hóstia,
1229
Proibição da leitura Bíblica,
1316
Instituição da reza à Ave
Maria,
1546
Introdução dos livros apócrifos,
1870
Dogma da infabilidade papal,
1950
Ascensão de Maria
A
IGREJA REFORMADA V.1 DE CONSTANTINOPLA,
1453
ATÉ AO FIM DA GUERRA DOS TRINTA
ANOS,
1648
A
REFORMA NA ALEMANHA
Neste
período de duzentos anos, o grande acontecimento foi a Reforma; iniciada na
Alemanha, e teve como resultado o estabelecimento de igrejas nacionais que não prestavam
obediência nem fidelidade a Roma. Anotemos
algumas das forças que conduziram à Reforma
e ajudaram o seu progresso. Uma dessas forças foi, o movimento conhecido
como Renascença, ou despertar da Europa para um novo
interesse pela literatura, pelas artes e pela ciência,
isto é, a transformação
dos métodos e propósitos
medievais em métodos modernos.
A
maioria dos estudiosos italianos desse período eram homem destituídos
de vida religiosa; até os próprios
papas dessa época destacavam-se mais por sua cultura
do que pela fé. No norte dos Alpes, na Alemanha, na
Inglaterra, e na França o movimento possuía
sentimento religioso, despertando novo interesse pelas Escrituras, pelas línguas
grega e hebraica, levando o povo a investigar os verdadeiros fundamentos da fé, independente
dos dogmas de Roma. Por toda parte, de norte a sul, a Renascença solapava
a igreja católica romana.
A
invenção da imprensa veio a ser um arauto e
aliado da Reforma que se aproximava. A imprensa possibilitou o uso comum das
Escrituras, e incentivou a tradução e a circulação da
Bíblia em todos os idiomas da Europa.
As
pessoas que liam a Bíblia, prontamente se convenciam de que
a igreja papal estava muito distanciada do ideal do Novo Testamento. Os novos
ensinos dos Reformadores, logo que eram escritos, também
eram logo publicados em livros e folhetos, e circulavam aos milhões em
toda a Europa.
O
patriotismo dos povos começou a manifestar-se,
mostrando-se inconformados com a autoridade estrangeira sobre suas próprias
igrejas nacionais; resistindo à nomeação de
bispos, abades e dignitários da igreja feitas por um papa que
vivia em um pais distante. Não se conformava, o povo, com
a contribuição do "óbolo
de S. Pedro", para sustentar o papa e para a construção de
majestosos templos em Roma. Havia uma determinação de
reduzir o poder dos concílios eclesiásticos,
colocando o clero sob o poder das mesmas leis e tribunais que serviam para os
leigos. Enquanto o espírito de reforma e de independência
despertava a Europa, a chama desse movimento começou a
arder primeiramente na Alemanha, no eleitorado da Saxônia,
sob a direção de MARTINHO LUTERO, monge e professor da Universidade de Wittenberg.
O
papa reinante, Leão X,
em razão da necessidade de avultadas somas
para terminar as obras do templo de S. Pedro em Roma, permitiu que um seu
enviado, João Tetzel, percorresse a Alemanha
vendendo bulas, assinadas pelo papa, as quais, dizia, possuíam a
virtude de conceder perdão de todos os pecados, não só aos
possuidores da bula, mas também aos amigos, mortos ou
vivos, em cujo nome fossem as bulas compradas, sem necessidade de confissão,
nem absolvição pelo sacerdote. Tetzel fazia esta
indagação ao povo: "Tão
depressa o vosso dinheiro caia no cofre, a alma de vossos amigos subirá do
purgatório ao céu."
Lutero, por sua vez, começou a pregar contra Tetzel e sua
campanha de venda de indulgências, denunciando como
falso esse ensino. A data exata fixada pelos historiadores como início
da grande Reforma foi registrada como 31 de outubro de 1517.
Na
manhã desse dia, Martinho Lutero afixou na porta
da Catedral de Wittenberg um pergaminho que continha noventa e cinco teses ou declarações,
quase todas relacionadas com a venda de indulgências;
porém em sua aplicação
atacava a autoridade do papa e do sacerdócio. Os dirigentes da igreja
procuravam em vão restringir e lisonjear Martinho
Lutero. Ele, porém, permaneceu firme, e os ataques que
lhe dirigiam, apenas serviram para tornar mais resoluta sua oposição às
doutrinas não apoiadas nas Escrituras Sagradas. Após
longas e prolongadas controvérsias e a publicação de
folhetos que tornaram conhecidas as opiniões de Lutero em toda a
Alemanha, seus ensinos foram formalmente condenados. Lutero foi excomungado por
uma bula do papa Leão X, no mês de
junho de 1520. Pediram então ao eleitor Frederico da
Saxônia que entregasse preso Lutero, a fim
de ser julgado e castigado. Entretanto, em vez de entregar Lutero,Frederico
deu-lhe ampla proteção, pois simpatizava com suas idéias.
Martinho Lutero recebeu a excomunhão como um desafio,
classificando-a de "bula execrável do anticristo". No
dia 10 de dezembro, Lutero queimou a bula, em reunião pública,
à porta de Wittemberg, diante de uma
assembléia de professores, estudantes e do
povo. Juntamente com a bula, Lutero queimou também cópias
dos cânones ou leis estabelecidas por
autoridades romanas. Esse ato constituiu a renúncia
definitiva de Lutero à igreja católica
romana.
Em
1521 LUTERO foi citado a comparecer ante a do Concílio
Supremo do Reno. O novo imperador Carlos V concedeu um salvo-conduto a Lutero,
para comparecer a Worms. Apesar de advertido por seus amigos de que poderia ter
a mesma sorte de João Huss, que nas mesmas circunstâncias,
no Concílio de Constança,
em 1415, apesar de possuir um salvo-conduto, foi morto por seus inimigos,
Lutero respondeu-lhes: "Irei a Worms ainda que me cerquem tantos demônios
quantas são as telhas dos telhados." Finalmente,
no dia 17 de abril de 1521 Lutero compareceu ao Concílio.
Em resposta a um pedido de que se retratasse, e renegasse o que havia escrito,
após algumas considerações
respondeu que não podia retratar-se, a não
ser que fosse desaprovado pelas Escrituras e pela razão, e
terminou com estas palavras: "Aqui estou. Não
posso fazer outra coisa.
Que
Deus me ajude. Amém." Instaram com o imperador
Carlos paraque prendesse Lutero, apresentando como razão,
que a fé não podia ser confiada a hereges.
Contudo, Lutero pôde deixar Worms em paz. Enquanto
viajava de regresso à sua cidade, Lutero foi cercado e levado
por soldados do eleitor Frederico para o castelo de Wartzburg. Ali permaneceu
durante um ano, enquanto as tempestades de guerra e revoltas rugiam no império.
Entretanto, durante esse tempo, Lutero não permaneceu ocioso; nesse
período traduziu o Novo Testamento para a
língua alemã, obra que por si só o
teria imortalizado, pois essa versão é considerada
como o fundamento do idioma alemão escrito. Isto aconteceu no
ano de 1521. O Antigo Testamento só foi completado alguns anos
mais tarde. Ao regressar do castelo de Wartzburg a Wittenberg, Lutero reassumiu
a direção do movimento a favor da igreja
Reformada, exatamente a tempo de salvá-la de excessos extravagantes.
Em 1529 a Dieta reuniu-se na cidade de Espira, com o objetivo de reconciliar as
partes em luta. Nessa reunião da Dieta os governadores
católicos, que tinham maioria, condenaram
as doutrinas de Lutero.
Os
príncipes resolveram proibir qualquer ensino
do luteranismo nos estados em que dominassem os católicos.
Ao mesmo tempo determinaram que nos estados em que governassem luteranos, os
católicos poderiam exercer livremente sua
religião. Os príncipes
luteranos protestaram contra essa lei desequilibrada e odiosa. Desde esse tempo
ficaram conhecidos como protestantes, e as doutrinas que defendiam também
ficaram conhecidas como religião protestante.
A
CONTRA-REFORMA
Logo
após haver-se iniciado o movimento da
Reforma, um poderoso esforço foi também iniciado
pela igreja católica romana no sentido de recuperar o
terreno perdido, para destruir a fé protestante e para enviar
missões a países
estrangeiros. Esse movimento foi chamado Contra-Reforma. Tentou-se fazer a
reforma dentro da própria igreja por via do Concílio
de Trento, convocado no ano de 1545 pelo papa Paulo III, principalmente com o
objetivo de investigar os motivos e pôr fim aos abusos que deram
causa à Reforma. O Concílio
era composto de todos os bispos e abades da igreja, e durou quase vinte anos,
durante os governos de quatro papas, de 1545 a 1563. Todos esperavam que a
separação entre católicos
e protestantes teria fim, e que a igreja ficaria outra vez unida. Contudo, tal coisa
não sucedeu. Fizeram-se, porém,
muitas reformas na igreja católica e as doutrinas foram
definitivamente estabelecidas. Os próprios protestantes admitem
que depois do Concílio de Trento os papas se conduziram com mais acerto
do que os que governaram antes do Concílio. O resultado dessa reunião
pode ser considerado como uma reforma conservadora dentro da igreja católica
romana. De ainda maior influência na Contra-Reforma foi a
Ordem dos Jesuítas, fundada em 1534 pelo espanhol Inácio de Loyola.
Era
uma ordem monástica caracterizada pela combinação da
mais severa disciplina, intensa lealdade à igreja e à Ordem,
profunda devoção religiosa, e um marcado esforço
para arrebanhar prosélitos. Seu principal objetivo era
combater o movimento protestante, tanto com métodos
conhecidos como com formas secretas. Tornou-se tão
poderosa a Ordem dos Jesuítas, que teve contra ela a oposição
mais severa, até mesmo nos países
católicos; foi suprimida em quase todos os
países da Europa, e por decreto do papa
Clemente XIV, no ano de 1773, a Ordem dos Jesuítas
foi proibida de funcionar dentro da igreja. Apesar desse fato, ela continuou a funcionar,
secretamente durante algum tempo, mais tarde abertamente, e foi reconhecida
pelo papa em 1814. Hoje é uma das forças
mais ativas para divulgar e fortalecer a igreja católica
romana em todo o mundo. A perseguição ativa foi outra arma
poderosa usada para impedir o crescente espírito da Reforma. É Certo
que os protestantes também perseguiram, e até mataram,
porém geralmente isso aconteceu por
sentimentos políticos e não
religiosos. Entretanto, no continente europeu, todos os governos católicos
preocupavam-se em extirpar a fé protestante, usando para
isso a espada.
Na
Espanha estabeleceu-se a Inquisição, por meio da qual inumerável
multidão sofreu torturas e muitas pessoas
foram queimadas vivas.
Nos
Países-Baixos
o governo espanhol determinou matar todos aqueles que fossem suspeitos de
heresias. Na França o espírito
de perseguição alcançou
o clímax,
na matança
da noite de São Bartolomeu, 24 de agosto de 1572, e que se
prolongou por várias semanas. Segundo o cálculo
de alguns historiadores, morreram de vinte a setenta mil pessoas. Essas
perseguições nos
países em que o governo não
era protestante não só retardavam a marcha da
Reforma, mas, em alguns países, principalmente na Boêmia
e na Espanha, a extinguiram. Os esforços missionários
da igreja católica romana devem ser reconhecidos,
também, como uma das forças
da Contra-Reforma. Esses esforços eram dirigidos em sua
maioria pelos jesuítas, e tiveram como resultado a conversão
das raças nativas da América
do Sul, do México e de grande parte do Canadá. Na
India e países circunvizinhos estabeleceram-se
missões por intermédio
de Francisco Xavier, um dos fundadores da sociedade dos jesuítas.
As missões católicas,
nos países pagãos, iniciaram-se
séculos antes das missões
protestantes e conquistaram grande número de membros e bem assim
poder para a respectiva igreja. Como resultado inevitável
de interesses e propósitos contrários
dos estados da Reforma e católicos na Alemanha,
iniciou-se então uma guerra no ano de 1618, isto é, um
século depois da Reforma. Essa guerra
envolveu quase todas as nações europeias.
Na história ela é conhecida
como a Guerra dos Trinta Anos. As rivalidades políticas
e religiosas estavam ligadas a essa guerra. Ás vezes estados que
professavam a mesma fé, apoiavam partidos contrários.
A luta estendeu-se durante quase. uma geração, e toda a Alemanha sofreu
ou seus efeitos terríveis. Finalmente, em 1648, a guerra
terminou, com a assinatura do tratado de paz de Westfália,
que fixou os limites dos estados católicos e protestantes, que
duram até hoje. O período da Reforma pode ser
considerado terminado nesse ponto.
INQUISIÇÃO
SIGNIFICADO
E OBJETIVO
Também
chamada de Santo Ofício, INQUISIÇÃO
era a designação dada a um tribunal eclesiástico,
vigente na Idade Média e começos
dos tempos modernos. Esse Tribunal, instituído pela Igreja Católica
Romana, tinha por meta prioritária julgar e condenar os
hereges. A palavra "herege" significa aquele que escolhe, que
professa doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja
como sendo matéria de fé.
Então, todos os que se rebelavam contra a
autoridade papal ou faziam qualquer espécie de crítica
à Igreja de Roma eram considerados
hereges. INQUISIÇÃO é o ato de INQUIRIR: indagar,
investigar, pesquisar, perguntar, interrogar judicialmente. Os hereges seriam
os "irmãos separados", os
"protestante", os "crentes", os "evangélicos"
de hoje. Em suma, a INQUISIÇÃO foi um tribunal eclesiástico
criado com a finalidade de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Da Enciclopédia
BARSA, vol 7, pags. 286-287 extraímos o seguinte: "
Heresia, no sentido geral é uma atitude, crença ou
doutrina, nascida de uma escolha pessoal, em oposição a
um sistema comumente aceito e acatado. É uma opinião
firmemente defendida contra uma doutrina estabelecida.
A
Igreja Católica, no seu Direito Canônico,
estabelece uma distinção entre heresia, apostasia e cisma. Assim diz este documento: "Depois
de recebido o batismo, se alguém, conservando o nome de
cristão, nega algumas das verdades que se devem
crer com fé divina e católica
ou dela duvida, é HEREGE. Se afasta-se totalmente da fé cristã, é APÓSTATA.
Se recusa submeter-se ao Sumo Pontífice (o Papa) ou tratar com
os membros da Igreja aos quais está sujeito, é CISMÁTICO"
(Direito Canônico 1.325, párag.2).
Então, por esse raciocínio
e decreto de Roma, os milhões de crentes no mundo são
hereges e cismáticos porque negam muitas das
"verdades" da fé católica, não se
submetem ao Sumo Pontífice, e só reconhecem
Jesus Cristo como autoridade máxima da Igreja. De acordo
com o que foi noticiado em janeiro/98 pelos jornais, a Igreja Católica
Romana resolveu abrir os arquivos do Santo Ofício
ou Inquisição, colocandoos à disposição
dos pesquisadores. Nesses arquivos constam 4.500 obras sob fatos e julgamentos
de quatro séculos da Igreja Católica,
conforme noticiado.
A
abertura desses processos é de muita valia para os
pesquisadores, historiadores e interessados em conhecer um pouco mais do
passado negro da Igreja de Roma. Nem por isso a humanidade deixou de conhecer
as crueldades, as chacinas, o extermínio, as torturas que tiraram
a vida de milhões de hereges. Os arquivos do Vaticano
vão mostrar, certamente, com mais
detalhes, como foram conduzidos os processos sumários
e quais os métodos usados para obter confissões e
retratações. Todavia, a guarda a sete chaves
dessas informações não impediu que o mundo
tomasse conhecimento dos crimes cometidos pelos tribunais inquisitórios.
A História não
pode ser apagada.
O
MASSACRE DE SÃO
BARTOLOMEU
O
massacre de São Bartolomeu ou a Noite de São
Bartolomeu ficou conhecido como "a mais horrível
entre as ações diabólicas
de todos os séculos". Com a concordância
do Papa Gregório XIII, o rei da França,
Carlos IX, eliminou em poucos dias milhares de huguenotes. A matança
iniciou-se na noite de 24.08.1572, em Paris, e se estendeu a todas as cidades
onde se encontravam protestantes. Segundo Ellen G. Write, em seu Livro "O
GRANDE CONFLITO", foram martirizados cerca de setenta mil nesse massacre.
"Quando a notícia do massacre chegou a Roma, a
alegria do clero não teve limites. O cardeal de Lorena
recompensou o mensageiro com mil coroas; o canhão de
Santo Ângelo reboou em alegre salva; os sinos
dobraram em todos os campanários; e o Papa Gregório
XIII, acompanhado dos cardeais e outros dignitários
eclesiásticos, foi, em longa procissão, à igreja
de S.Luís, onde o cardeal de Lorena cantou o Te
Deum(Te Deum é um hino Católico,
usado principalmente na liturgia católica,). Um sacerdote falou "daquele
dia tão cheio de felicidade e regozijo, em
que o santíssimo padre recebeu a notícia
e foi em aparato solene dar graças a Deus e a S.Luís".
O
MASSACRE DOS ALBIGENSES
Albigenses
eram os nascidos na cidade de Albi, sul da França.
Em 1198, por iniciativa do Papa Inocêncio III, foram instituídos
"Os Inquisidores da Fé contra os Albigenses".
Esses franceses foram considerados "hereges" porque seus ensinos
doutrinários não se
alinhavam com os da Igreja de Roma. O extermínio começou
no ano de 1209 e se estendeu por 20 anos, quando milhares de albigenses pereceram.
Fala-se em mais de 20.000 mortos, entre homens, mulheres e crianças.
O
MASSACRE DA ESPANHA
TOMÁS DE TORQUEMADA-(1420-1498), espanhol, padre
dominicano, nomeado para cargo de grande-inquisidor pelo Papa Sisto IV, dirigiu
as operações do Tribunal do Santo Ofício
durante 14 anos. "Celebrizou-se por seu fanatismo religioso e
crueldade". De mãos dadas com os reis católicos,
promoveu a expulsão dos judeus da Espanha por édito
real de 31.03.1492, tendo estes o prazo reduzido de quatro meses para se retirarem
do país sem levar dinheiro, ouro ou prata. É acusado
de haver condenado à fogueira 10.220 pessoas, e cerca de
100.000 foram encarceradas, banidas ou perderam haveres e fazendas. Tudo em
nome da fé católica e da honra de Jesus
Cristo.
O
MASSACRE DOS ANABATISTAS
Grupo
religioso iniciado na Inglaterra no século XVI, que defendia o
batismo somente de pessoa adulta.
Por
autorização do Papa Pio V - (1566-1572), cem mil foram exterminados.
O
MASSACRE EM PORTUGAL
Diante
dos insistentes pedidos de D. João III, o Papa Paulo III introduziu, por bula de 1536, o Tribunal do Santo
Ofício em Portugal. As perseguições
foram de tal ordem que o comércio e a indústria
na Espanha e em Portugal ficaram praticamente paralisados. "As execuções públicas
eram conhecidas como autos-de-fé. No começo,
funcionaram tribunais da Inquisição nas diversas dioceses de
Portugal, mas no século XVI ficaram apenas os de Lisboa,
Coimbra e Évora.
Depois,
somente o da capital do reino, presidido pelo inquisidor-geral. Até 1732,
em Portugal, o número de sentenciados atingiu 23.068,
dos quais 1.554 condenados à morte. Na torre do Tombo, em
Lisboa, estão registrados mais de 36.000
processos". Daí porque os 4.500 processos constantes
dos arquivos de terror do Vaticano - Os Arquivos do Santo Ofício
-
recentemente liberados aos pesquisadores, não contam toda a história
da desumana Inquisição.
* A
Inquisição Em
Cuba
Não
havia parte nenhuma no mundo onde os protestantes ou hereges estivessem livres
para o exercício de sua fé.
Partindo da Europa, muitos procuraram refúgio nas Américas
do Sul e Central, o "Novo Mundo". Mas para cá também
vieram os inquisidores. A inquisição em Cuba iniciou-se em 1516
sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que, com requintes de
maldade, eliminou setenta e cinco "hereges".
A
INQUISIÇÃO NO
BRASIL
A
Inquisição se instalou no Brasil em três
ocasiões: Em 09.06.1591, na Bahia, por três
anos; em Pernambuco, de 1593 a 1595; e novamente na Bahia, em 1618. Há notícia
de que no século XVIII Inquisição
atuou no Brasil. Segundo o jornal "Mensageiro da Paz", da Assembleia
deDeus,número 1334, de maio/1998, "cento e
trinta e nove" pessoas foram queimadas vivas, no Brasil, entre os anos de
1721 e 1777. Todos os que confessavam não crer nos dogmas católicos
eram sentenciados. Praticamente a metade dos prisioneiros brasileiros cristãos-novos
no século 18 era mulheres. Na Paraíba,
Guiomar Nunes foi condenada à morte na fogueira em um
processo julgado em Lisboa. A Inquisição interferiu profundamente
na vida colonial brasileira durante mais de dois séculos.
Um dos exemplos dessa interferência era a perseguição
aos descendentes de judeus. Os que estavam nessa condição
podiam ser punidos com a morte, confisco dos bens e na melhor das hipóteses
ficavam impedidos de assumir cargos públicos".
A
IGREJA CONTEMPORÂNEA
TRAJETÓRIA
Nos últimos
três séculos, nossa atenção
dirigir-se-á especialmente para as igrejas que
nasceram da Reforma. Pouco depois da Reforma apareceram três
grupos diferentes na igreja inglesa:
- Os elementos romanistas que procuravam
fazer amizade e nova união com Roma;
- O
ANGLICANISMO, que
estava satisfeito com as reformas moderadas estabelecidas nos reinados de
Henrique VIII e da rainha Elisabete;
- E O
GRUPO PROTESTANTE RADICAL - que desejava uma igreja igual às
que se estabeleceram em Genebra e Escócia. Este último
grupo ficou conhecido, cerca do ano de 1654, como "os puritanos", e
opunha-se de modo firme ao sistema anglicano no governo de Elisabete, e por
essa razão muitos de seus dirigentes foram
exilados.
OS PURITANOS - Os puritanos também
estavam divididos entre si: uma parte mais radical, era favorável à forma
presbiteriana; a outra parte desejava a independência
de cada grupo local, conhecidos como "independentes" ou
"congregacionais". Apesar dessas diferenças,
continuavam como membros da igreja inglesa. Na luta entre Carlos I e o
Parlamento, os puritanos eram fortes defensores dos direitos populares. No início
o grupo presbiteriano predominava. Por ordem do Parlamento, um concílio
de ministros reunido em Westminster, em 1643, preparou a "Confissão de
Westminster" e os dois catecismos, considerados durante muito tempo como
regra de fé por presbiterianos e congregacionais.
Após a Revolução de
1688, os puritanos foram reconhecidos como dissidentes da igreja da Inglaterra
e conseguiram o direito de organizarem-se independentemente. Do movimento
iniciado pelos puritanos surgiram três igrejas, a saber, a Presbiteriana,
a Congregacional, e a Batista.
JOÃO WESLEY - Nos primeiros cinquenta
anos do século dezoito, as igrejas da Inglaterra,
a oficial e a dissidente, entraram em decadência. Os cultos eram
formalistas, dominados por uma crença intelectual, mas sem poder
moral sobre o povo.
A
Inglaterra foi despertada dessa condição, por um grupo de
pregadores sinceros dirigidos pelos irmãos JOÃO e CARLOS WESLEY e JORGE
WHITEFIELD.
Dentre os três, Whitefield era o pregador mais
poderoso, que comovia os corações de milhares de pessoas,
tanto na Inglaterra como na América do Norte. Carlos Wesley
era o poeta sacro, cujos hinos enriqueceram a coleção hinológica
a partir de seu tempo. João Wesley foi, sem dúvida
alguma, o indiscutível dirigente e estadista do movimento.
Na idade de trinta e cinco anos, quando desempenhava as funções
de clérigo anglicano, João
Wesley encontrou a realidade da religião espiritual entre os morávios,
um grupo dissidente da igreja Luterana. Em
1739 Wesley começou a pregar "o testemunho do Espírito"
como um conhecimento pessoal interior, e fundou sociedades daqueles que
aceitavam seus ensinos. A princípio essas sociedades eram
orientadas por dirigentes de classes, porém mais tarde Wesley convocou
um corpo de pregadores leigos para que levassem as doutrinas e relatassem suas
experiências em todos os lugares, na Grã-Bretanha
e nas colônias norte-americanas.
Os
seguidores de Wesley foram chamados "METODISTAS",
e Wesley aceitou sem relutância esse nome. Na
inglaterra foram conhecidos como "metodistas wesleyanos", e antes da
morte de seu fundador, contavam-se aos milhares. Apesar de haver sofrido,
durante muitos anos, violenta oposição da igreja de Inglaterra,
sem que lhe permitissem usar o púlpito para pregar, Wesley
afirmava considerar-se membro da referida igreja; considerava o movimento que
dirigia como uma sociedade não separada, mas dentro da
igreja da Inglaterra. Contudo após a revolução
norte-americana, em 1784, organizou os metodistas nos Estados Unidos em igreja
independente, de acordo com o modelo episcopal, e colocou
"superintendentes", titulo que preferiu ao de "bispo". Nos
Estados Unidos o nome "bispo" teve melhor aceitação e
foi por isso adotado. Nesse tempo os metodistas na América
eram cerca de 14.000.
O
movimento wesleyano despertou clérigos e dissidentes para um
novo poder na vida cristã. Também
contribuiu para a formação de igrejas metodistas sob várias
formas em muitos países. Na América
do Norte, presentemente a igreja metodista conta com aproximadamente onze milhões
de membros. Nenhum dirigente na igreja cristã conseguiu tantos seguidores
como João Wesley.
A IGREJA DA INGLATERRA
EPISCOPAL, foi
a primeira religião protestante a estabelecer-se na América
do Norte. Em 1579 realizou-se um culto sob a direção de
Sir Francis Drake, na Califórnia. O estabelecimento
permanente da igreja inglesa data de 1607, na primeira colônia
inglesa em Jamestown, na Virgima.
A IGREJA DA INGLATERRA era a única
forma de adoração reconhecida no início,
na Virgínia e em outras colônias
do sul.
A IGREJA EPISCOPAL- A igreja, nos Estados
Unidos, tomou o nome oficial de IGREJA PROTESTANTE EPISCOPAL. O crescimento da
igreja Episcopal desde então tem sido rápido
e constante. Atualmente conta quase três milhões e
meio de membros. A igreja Episcopal reconhece estas três
ordens no ministério: bispos, sacerdotes e diáconos,
e aceita quase todos os trinta e nove artigos da Igreja da Inglaterra, modificados
para serem adaptados à forma de governo norte-americano. Sua
autoridade legislativa está concentrada em uma convenção
geral que se reúne cada três
anos. Trata-se de dois corpos, uma câmara de bispos e outra de
delegados clérigos e leigos eleitos por convenções
nas diferentes dioceses.
OS BATISTAS - Uma das maiores igrejas
existentes na América do Norte é a
denominação Batista, a qual conta com mais de
vinte milhões de membros. Seus princípios
distintivos são dois:
(1)
Que o batismo deve ser ministrado somente àqueles que confessam sua fé em
Cristo; por conseguinte, as crianças não
devem ser batizadas.
(2)
Que a única forma bíblica
do batismo é a imersão do
corpo na água, e não a
aspersão ou derramamento.
Os
batistas são congregacionais em seu sistema de
governo. Cada igreja local é absolutamente independente
de qualquer jurisdição externa, fixando suas próprias
regras. Surgiram os batistas pouco depois da Reforma, na Suíça, e
espalharam-se rapidamente no norte da Alemanha e na Holanda.
No
princípio foram chamados ANABATISTAS, porque batizavam novamente aqueles que haviam sido
batizados na infância. Na Inglaterra, a princípio,
estavam unidos com os independentes ou congregacionais, mas pouco a pouco
tornaram-se um corpo independente. Com efeito, a IGREJA DE REDFORD, da qual JOÃO BUNYAN era pastor, cerca do ano 1660, e que existe até hoje,
considera-se tanto batista como congregacional.
Na
América do Norte a denominação
batista iniciou suas atividades com ROGER
WILLIAMS, clérigo da Igreja da Inglaterra expulso de
Massachusetts porque se recusou a aceitar as regras e opiniões
congregacionais. Roger fundou a colônia de RHODE ISLAND, em 1644.
Ali
todas as formas de adoração religiosa eram permitidas, e os
membros de religiões perseguidas em outras partes eram
bem-vindos. De Rhode Island os batistas espalharam-se rapidamente por todo o
continente.
A IGREJA LUTERANA. Depois da Reforma iniciada
por Martinho Lutero, as igrejas nacionais que se organizaram na Alemanha e nos
países escandinavos tomaram o nome de
luteranas. No início da história
da colonização holandesa da Nova Amsterdã, hoje Nova
lorque, que se supõe haja sido em 1623, os luteranos,
ainda que da Holanda, chegaram a essa cidade. Em 1652, solicitaram licença
para fundar uma igreja e contratar um pastor. Entretanto, as autoridades da
Igreja Reformada da Holanda opuseram-se a esse desejo, e fizeram com que o
primeiro ministro luterano voltasse à Holanda, em 1657. Os cultos continuaram
a ser realizados, embora não oficialmente. Contudo, em
1664, quando a Inglaterra conquistou Nova Amsterdã, os
luteranos conseguiram liberdade de culto. Em 1638, alguns luteranos suecos
estabeleceram-se próximo ao rio Delaware, e construíram
o primeiro templo luterano na América do Norte, perto de
Lewes.
Porém a imigração
sueca cessou até ao século seguinte. Em 1710, uma
colônia de luteranos exilados do
Palatinado, na Alemanha, estabeleceu a sua igreja em Nova Iórque
e na Pensilvânia.
No século
dezoito os protestantes alemães e suecos emigraram para a
América do Norte, aos milhares. Isso deu
motivo à organização do
primeiro Sínodo Luterano na cidade de Filadélfia,
em 1748. A partir daí as igrejas luteranas cresceram, não só por
causa da imigração, mas também
pelo aumento natural, sendo que atualmente há aproximadamente nove milhões e
meio de membros nas igrejas luteranas.
A IGREJA PRESBITERIANA e Metodista Uma das
primeiras igrejas presbiterianas dos Estados Unidos foi organizada em SNOW
HILI, MARVLAND, em 1648, pelo REV.
FRANCIS MAKEMIE, da Irlanda. Makemie mais seis ministros reuniram-se em
Filadélfia, em 1706 e uniram suas igrejas em
um presbitério. Em 1716, as igrejas e seus
ministros, havendo aumentado em numero, e bem assim penetrado em outras colônias,
decidiram organizar-se em sínodo, dividido em quatro
presbitérios incluindo dezessete igrejas. As
igrejas metodistas do Novo Mundo existem desde o ano de 1766, quando dois
pregadores wesleyanos locais, naturais da Irlanda, se transferiram para os
Estados Unidos e começaram a realizar cultos segundo a ordem
metodista.
Não se
sabe ao certo se FILIPE EMBURY realizou
o primeiro culto em sua própria casa em Nova lorque ou
se foi ROBERTO STRAWBRIDGE, em
Fredrick County, Maryland. Esses dois homens organizaram sociedades, e, em
1768, Filipe Embury edificou uma capela na Rua João, onde
funciona ainda um templo metodista episcopal. O número
de metodistas na América do Norte cresceu. Por essa razão,
em 1769, João Wesley enviou dois missionários,
RICARDO BROADMAN e TOMÁS
PILMOOR, a
fim de inspecionarem a obra e cooperarem na sua extensão.
Outros pregadores, sete ao todo, foram enviados da Inglaterra, dentre os quais
se destacou FRANCISCO ASBURY, que
chegou aos Estados Unidos em 1771. A primeira Conferência
Metodista nas colônias foi realizada em 1773, presidida
por TOMÁS
RANKIN.
Porém,
em razão do início
da Guerra de Independência, todos os pregadores deixaram o país;
exceto Asbury, e a maior parte do tempo, até que a paz foi assinada em
1783, ele esteve afastado.
Quando
o governo dos Estados Unidos foi reconhecido pela Grã-Bretanha,
os metodistas da América do Norte alcançavam
o número de quinze mil.
A ASSEMBLÉIA DE DEUS - A maior igreja
pentecostal de todos os tempos foi fundada a 18 de junho de 1911 na cidade
brasileira de Belém, capital do estado do Pará.
Toda a sua história está marcada
por fatos sobrenaturais, acontecimentos evidencia dores da presença do
Espírito Santo, o que a coloca como fiel e
digna sucessora da igreja nascida no Dia do Pentecoste.
OS MISSIONÁRIOS DANIEL BERG E GUNNAR VINGREN, este ex-pastor da SWEDISH
BAPTIST CHURCH, (Igreja Batista Sueca), de Menominee, Michigan, EUA, foram os apóstolos
tomados por Deus para o lançamento das primeiras
sementes, o Senhor os aproximou por ocasião de uma convenção de
igrejas batistas reavivadas, em Chicago, quando sentiram o chamado para terras
distantes. Em mensagem profética, o Senhor lhes falou,
mais tarde, na cidade de South Bend, quando pela primeira vez ouviram o nome
"Pará". Consultaram um mapa e souberam,
então, que se tratava de uma "Província"
(estado) do Brasil. Empreenderam uma jornada em que muitos acontecimentos
surpreendentes se verificaram, constituindo todos eles evidentes provas de que
Deus lhes testava a fé.
A 5
de novembro de 1910, os dois suecos deixavam Nova lorque, a bordo do navio
"Clement", oportunidade em que promoveram a evangelização dos
tripulantes e passageiros, registrando-se algumas decisões
para Cristo. A chegada a Belém do Pará deu-se
a 19 de novembro. Alojados no porão da Igreja Batista, na rua
Balby n.0 406, permaneciam muitas horas em orações,
suas vidas no altar de Deus. E, tão logo começaram
a falar em língua portuguesa, iniciaram trabalho
evangelístico, enquanto doutrinavam a respeito
do batismo como Espírito Santo. Na pequena igreja
opunham-se alguns com grande resistência, aos ensinos dos dois
missionários. A 8 de junho de 1911, Celina
Albuquerque recebia o batismo com o Espírito Santo e, no dia
seguinte Maria Nazaré, sua irmã,
tinha a mesma experiência espiritual. Juntamente com elas,
outros membros e congregados foram expulsos do templo e organizavam, a 18 de
junho de 1911, na residência de Henrique Albuquerque, no bairro
da Cidade Velha, Belém, a primeira igreja no mundo a adotar
a denominação de Assembléia
de Deus. Gunnar Vingren foi, então, aclamado pastor da
igreja. Sucederam no os pastores Samuel Nystron, Nels Julius Nelson, Francisco
Pereira do Nascimento, José Pinto Menezes, Alcebíades
Pereira Vasconcelos e Firmino Assunção Gouveia.
MOVIMENTO
NEO-PENTECOSTAL
A
partir dos anos 70, surgiu um movimento considerado como neopentecostalismo. Este
movimento se originou a partir de denominações históricas,
tais como: a IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA, em 1975; as IGREJAS PENTECOSTAIS
LIVRES: Sinais e Prodígios, fundada em 1970, e Socorrista, em
1973; a IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS (IURD), fundada em 1977; e os PENTECOSTAIS
CARISMÁTICOS; e a RENOVAÇÃO
CARISMÁTICA, originária
da Igreja Católica Romana, fundada em 1967.
O
NEO-EVANGELICALISMO
Exatamente
quando o fundamentalismo parecia estar ganhando a maior parte do terreno, um
novo movimento de dentro de suas fileiras lançou as sementes que iriam provocar
sua futura decadência.
Esse
grupo de indivíduos chamava a si mesmo de "neo-evangélicos". HAROLD
J. OCKENGA, o primeiro presidente do Seminário Teológico Fuller, cunhou o termo
"neo-evangélicos" em 1947. Ele insistia que a palavra-chave para
espalhar o evangelho não era mais a separação, conforme prescrito na Bíblia,
mas a infiltração nas igrejas apóstatas. Ele se encarregou de detalhar as
diferenças entre fundamentalismo e neo-evangelicalismo: Os neo-evangélicos
enfocariam as questões sociais que os fundamentalistas evitavam.
Os
neo-evangélicos incluiriam com a salvação uma "filosofia
social". Os neo-evangélicos não
"se concentrariam nas personalidades que adotam o erro". O cristão não deve ser "obscurantista
nas questões científicas, como a criação, a idade da humanidade, a
universalidade do dilúvio, e outras questões bíblicas questionáveis". As questões intelectuais deveriam ser
respondidas dentro da estrutura de aprendizagem moderna e deveria haver
liberdade nas áreas menos importantes. Além disso, Ockenga especificamente
designou e promoveu quatro agências para o progresso do neo-evangelicalismo: A
Associação Nacional de Evangélicos. O Seminário Teológico Fuller. A revista
Christianity Today. Evangelismo ecumênico encabeçado pelos Ministérios Billy
Graham Embora o papel do Seminário Fuller se tornará ainda mais crucial na
discussão posterior da Religião Orientada Para Resultados, Fuller se tornou não
apenas a base de treinamento dos neo-evangélicos, mas também a principal fonte
para instilar os princípios da Religião Orientada Para Resultados desde sua
origem. Essa orientação do Seminário Fuller foi muito explícita: "Os
primeiros líderes do Fuller estavam cientemente rejeitando os aspectos
negativos do fundamentalismo da linha antiga…
O
fundamentalismo era caracterizado pela militância… uma disposição de lidar com
os aspectos negativos, e por separação, e foi isso que trouxe à tona o
movimento neo-evangélico." Como presidente
do Seminário Fuller, Ockenga também tornou suas metas bem claras:
"Desejamos que nossos rapazes sejam tão treinados, que quando vierem de
uma denominação, voltem para sua denominação adequadamente preparados para
pregar o evangelho e defender a fé e prosseguir no trabalho de Deus." De
uma só vez, essa declaração revelou a essência do ecumenismo evangélico,
declarou de forma sucinta a estratégia de infiltração no lugar da separação, e
revelou a posição de que a aderência à doutrina está subordinada ao
evangelismo. Todos esses pontos estão em conflito direto com a Palavra de Deus.
A
Bíblia exige separação - não infiltração. A Bíblia também diz claramente que
cristãos não devem tolerar os falsos mestres e a falsa doutrina. Em contraste
com a Religião Orientada Para Resultados, a Bíblia não ensina que o fim
justifica os meios. Em oposição à
metodologia do Seminário Fuller, FRANCIS SCHAEFFER declarou, "O
evangelismo que não conduz à … pureza doutrinária é simplesmente tão falho e
incompleto quanto a ortodoxia que não conduz a um interesse e uma comunicação
com os perdidos." O evangelismo não é mutuamente exclusivo de doutrina.
Como pode a mensagem do evangelho coexistir com aqueles que negam a unicidade
de Deus, a divindade de Cristo, o nascimento virginal, a ressurreição física, a
justificação pela fé, ou a inerrância das Escrituras Sagradas? A realidade é
que em um ambiente de falsas doutrinas (como é o caso de uma organização
religiosa cuja hierarquia professa os ensinos do modernismo ou do catolicismo)
o infiltrador deve comprometer sua posição para evitar embaraço, exposição e/ou
expulsão final. Quando o infiltrador segue esse roteiro até sua conclusão
lógica, uma concessão aqui leva à outra ali até que a apostasia aberta uma vez
mais controla a situação, e o infiltrador passa ele próprio a adotar a doutrina
falsa. Isso foi evidenciado até mesmo em Fuller, pois no início dos anos 60,
"o corpo docente estava dividido se a inerrância se aplicava às Escrituras
Sagradas inteiras, ou somente às passagens que tratavam da redenção".
À
medida que a situação deteriorou, em 1982 apenas 15% dos estudantes da Escola
de Teologia Fuller "sustentavam a convicção dos fundadores do Seminário
sobre a inerência”. O Dr. Charles Woodbridge resumiu com exatidão a situação quando
declarou: "
O
neo-evangelicalismo defende a tolerância ao erro. Ele segue o caminho
descendente da acomodação ao erro, cooperação com o erro, contaminação pelo
erro e, finalmente, capitulação ao erro." O neo-evangélico compreendia o
erro dos modernistas, mas ofendia-se pela militância dos fundamentalistas.
Esses
indivíduos estavam preocupados que a atitude separatista dos fundamentalistas
era muito dura e sem amor. Isso pode provavelmente ser melhor exemplificado
pelos métodos do evangelismo ecumênico de BILLY GRAHAM. Ninguém nega que o
evangelho de Jesus Cristo seja apresentado de forma clara e correta nas
cruzadas de Billy Graham. Entretanto, ao invés de trabalhar com os
fundamentalistas que pregavam o evangelho, de meados dos anos 50 em diante, o Ministério
Billy Graham alinhou-se com os católicos romanos e os modernistas que negavam
ou pervertiam a própria doutrina de justificação pela fé apresentada por Graham
da plataforma de suas cruzadas.
Embora
à primeira vista isso possa parecer contraditório, essa metodologia é a
aplicação perfeita da estratégia de Ockenga de infiltração, em vez de separação
das organizações apóstatas. Além disso, os convertidos dessas cruzadas eram
então enviados para infiltrar as próprias organizações apóstatas que patrocinaram
a cruzada. Em vez de a infiltração de indivíduos nascidos de novo dentro de
organizações apóstatas inverter a infidelidade, os resultados trágicos dessa
estratégia produziram uma geração inteira de indivíduos nascidos de novo cujo
impacto à causa de Cristo foi virtualmente nulo devido à falta de crescimento e
de maturidade cristã que ocorre somente com o ensino bíblico sadio, com
comunhão cristã verdadeira e com a pregação expositiva da Palavra de Deus.
O
mais trágico é que os filhos dessa geração, que cresceram em um ambiente sem um
testemunho do evangelho puro e dos princípios bíblicos, correm o risco de
formar uma geração totalmente perdida. De uma perspectiva humana, o motivo era
realmente nobre. O resultado declarado - a evangelização em massa - era
louvável. Entretanto, a metodologia que contradizia ou completamente ignorava
as instruções da Palavra de Deus estava seriamente furada. Na análise final, o
evangelismo na ausência de sã doutrina deixa de perpetuar a si mesmo.
A
utilização dessa metodologia do neo-evangelicalismo sufoca a passagem da
"tocha do evangelho" às futuras gerações - um exemplo da falha
trágica da implementação inicial dos princípios básicos da Religião Orientada
Para Resultados.
O
MOVIMENTO ECUMÊNICO
O
Movimento Ecumênico começou dentro das principais denominações protestantes
como um ímpeto para a unidade global e cooperação entre as igrejas cristãs.
Embora o evento historicamente percebido como a fundação do Movimento Ecumênico
tenha sido a Conferência Missionária Mundial, em Edimburgo, em 1910, essas
tentativas tinham sido experimentadas já em meados do século XIX. A unidade entre os crentes é absolutamente
bíblica e deve ser encorajada. Entretanto, o Movimento Ecumênico moderno é claramente
contrário à Bíblia. Esse movimento começou como um esforço de primeiro unir as
denominações, foi expandido para trazer as ovelhas errantes nas denominações
protestantes de volta para o aprisco da Igreja de Roma, e agora se desenvolveu
ao ponto em que está sendo procurada uma base comum entre todas as religiões do
mundo.
O
espírito do ecumenismo primitivo foi ilustrado com a fundação do Conselho
Federal de Igrejas, em 2 de dezembro de 1908. Os membros originais consistiam
das 31 principais denominações norte-americanas e, por volta de 1950, tinha
crescido para 144.000 congregações locais com um total de 32.000.000 membros. [
À primeira vista, alguém pode assumir que essa organização baseava-se no
princípio da unidade bíblica. Entretanto, quando examinamos os fundadores da
organização, vemos nomes como Harry F. Ward, um professor no Seminário
Teológico União, que foi identificado sob juramento pelo ex-comunista Manning
Johnson como "o arquiteto-chefe da infiltração e subversão comunista no
campo religioso."
Outro
fundador do CFI foi Walter Rauschenbusch, um professor batista no Seminário
Teológico Rochester. Ele também era membro da socialista Sociedade Fabiana, e
"conclamava os cristãos a construírem uma ordem social justa baseada na
lei moral… Ele achava que os cristãos tinham falhado em levar a cabo o
mandamento de Cristo de construir o reino de Deus na Terra…"
Em
1942, o Conselho Federal de Igrejas lançou uma plataforma propondo um
"governo mundial, o controle internacional de todos os Exércitos e
Marinhas, um sistema universal de dinheiro, e um banco internacional controlado
de forma democrática." Certamente
então vem sem surpresa que em 1927, o congressista Arthur Free apresentou uma
resolução na Casa de Representantes dos Estados Unidos especificando o Conselho
Federal de Igrejas como "uma organização comunista que objetivava o
estabelecimento de uma igreja estatal…"
Em
29 de novembro de 1950, o Conselho Federal de Igrejas fundiu-se com várias
outras organizações interdenominacionais para formar o Conselho Nacional de
Igrejas. O Conselho Nacional de Igrejas passou então a participar no Conselho
Mundial de Igrejas. A história uma vez mais se repetiu depois da Segunda Guerra
Mundial. Exatamente como o movimento para um governo mundial sob a Liga de
Nações foi tentado depois da Primeira Guerra Mundial, a elite iluminista uma
vez mais organizou um encontro mundial nas Nações Unidas. Esse movimento de um
só mundo foi também simultaneamente duplicado no campo teológico com a fundação
do Conselho Mundial das Igrejas Cristãs. O CMIC foi formado em 1948 com 147
denominações de origem protestante e ortodoxas. (Ele atualmente cresceu para
293 denominações-membro, representando 400.000.000 pessoas.) Essa organização
tornou-se o novo bastão do liberalismo protestante e do modernismo. Fundado com
base no princípio sem base bíblica da "'unidade das igrejas', a nova visão
é pela unidade de todas as religiões - e, de fato, de toda a
humanidade."
O
encontro inaugural do CMIC (agosto de 1948) estendeu um convite de participação
às "igrejas que aceitam nosso Senhor Jesus Cristo como Deus e
Salvador", mas não se interessou em quantificar a interpretação dessa
afirmação. Nesse mesmo encontro, a meta da organização foi claramente declarada
pelo Secretário Geral do CMIC, W. A. Visser't Hooft:"… pode haver e há
finalmente apenas uma igreja de Cristo na Terra… estamos cientes da situação,
que não a aceitamos passivamente, que nos movamos rumo à manifestação da SANTA
IGREJA ÚNICA."
Para
evitar qualquer mal-entendido, a Igreja Universal certamente existe. Essa
igreja é o "corpo de Cristo", consistindo de todo aquele que foi
redimido de forma vicária pelo sangue de Jesus Cristo. Entretanto, essa igreja
universal NÃO inclui todos os membros de todas as igrejas e/ou religiões. Esse
"corpo" também NÃO inclui aqueles que meramente afirmam o
cristianismo mas nunca passaram pelo novo nascimento. Além disso, essa
declaração particular paralelizou o sentimento por um governo único mundial com
uma religião única mundial. A visão oposta do CMIC foi corretamente expressa pelo
Dr. David Cloud: "Poderíamos descrever o erro da igreja cristã mundial em
diversas categorias.
Poderíamos
falar de suas heresias doutrinárias, do MODERNISMO….
do UNIVERSALISMO. O simples fato é
que a Igreja Cristã Mundial falha em todos os testes bíblicos que poderiam ser
aplicados. Claramente, ela não tem base nas Escrituras." Em referência à
Declaração de Fé do CMIC, até mesmo E. J. Carnell, presidente do Seminário
Teológico Fuller, teve estas pouco lisonjeiras palavras (apesar de sua crítica,
ele ainda enviou formandos do Seminário Fuller para se infiltrarem nas igrejas
que participam do CMIC):(A Declaração de Fé do Conselho Mundial de Igrejas)
"não é bastante digna de honras para se adequar à ortodoxia, porque a
única heresia que pega é o unitarianismo e as doutrinas plurais da igreja
católica romana e sua filiadas protestantes que negam o Deus único.
Os
buracos na rede são tão grandes que um mar de erros teológicos pode seguramente
passar por eles. Isso prova que o movimento ecumênico está mais interessado na
unidade do que na verdade." A premissa básica do CMIC é o estabelecimento
desse místico "reino de Deus" na Terra. É a mesma velha canção
cantada no mesmo velho tom. A idéia de estabelecer o "reino de Deus"
é tão velha quanto a formação da Igreja de Roma. Essa torrente de pensamento
flui pelas páginas da história da Igreja Romana, pelo Império Britânico e, no
século XX, sob os auspícios da Liga de Nações. Entretanto, Deus não precisa da
ajuda do homem para estabelecer seu reino na Terra, e o reino de Deus na Terra
não é e não será revelado na igreja. O reino de Deus será estabelecido apenas
na segunda vinda de Jesus Cristo. Ele só - sem a ajuda do homem - estabelecerá
seu reino, e reinará então em toda a Terra a partir de Jerusalém por 1000 anos
- o Milênio. Portanto, o reino socialista sonhado pelo Conselho Mundial de
Igrejas é nada mais que uma fabricação luciferiana. Philip Potter, secretário geral do CMIC, declarou em 1969:
"Conclamamos as igrejas a se moverem… para a relevante e sacrificial ação
que conduzirá a novos relacionamentos de dignidade e justiça entre todos os
homens e para se tornarem os agentes para a reconstrução radical da sociedade…
É necessária uma mudança radical das estruturas sociais, econômicas e
políticas, e não a mera transferência prudente dos recursos e das
tecnologias." Sob a liderança dúbia
dos Conselhos Mundial e Nacional de Igrejas, o Movimento Ecumênico tornou-se um
alvo fácil para o fundamentalismo militante. Além da recusa continuada das
doutrinas fundamentais da fé cristã, a longa lista de organizações e
associações de frente comunistas dentro do CNI e o CMIC somaram novo fervor
para as organizações fundamentalistas. Como resultado, durante os anos 1950 e
os anos 1960, fundamentalistas de grande destaque, como o Dr. Carl McIntire,
com o Conselho Americano de Igrejas Cristãs, Edgar Bundy, da Liga de Igrejas da
América, e Billy James Hargis (mais tarde implicado em um escândalo sexual), da
Cruzada Cristã, expuseram o ecumenismo e o comunismo do CNI e o CMIC tanto por
meio das transmissões nacionais de rádio quanto de encontros patrióticos.
"Eles
enfocaram seus ataques no Conselho Nacional de Igrejas e no Conselho Mundial de
Igrejas como 'apóstatas, anti-americanos, pró-comunistas e organizações
eclesiásticas insurretas.'" Os esforços desses e de outros
fundamentalistas, junto com a disposição conservadora geral do povo americano
nos anos 1950, levou a outro êxodo em massa das principais denominações nos
anos 1960. Isso tudo parecia sinalizar o fracasso do movimento ecumênico mas,
em 1963, a cavalaria chegou para tentar resgatar os infiéis religiosos.
O
CONCÍLIO VATICANO II
Por
mais de 1400 anos a Igreja Católica Romana não foi apenas correta aos seus
próprios olhos, mas também aos seus próprios olhos possuía infalibilidade
absoluta. Ela reinava sobre os monarcas, sobre os ricos e sobre os pobres com
mão de ferro. Independente da posição social, se as crenças pessoais de alguém
eram inconsistentes com as da Igreja, as conseqüências eram ou prisão, ou
tortura, ou morte na fogueira, ou tudo isso. A partir do ponto de vista da
Igreja, não havia salvação à parte de Roma, nenhum cristianismo à parte de
Roma, e nenhum espaço para discussão. Entretanto, em 1962, alguma coisa muito
estranha ocorreu, e muitas das atitudes que prevaleciam por mais de um milênio
subitamente desapareceram. O Concílio Vaticano I foi adiado em 1870 depois de
estabelecer definições para a "doutrina" da inabilidade papal. O
Concílio Vaticano II foi inaugurado em 11 de outubro de 1962 pelo papa João
XXIII e encerrado em 8 de dezembro de 1965 por Paulo VI.
Os
decretos e declarações do Vaticano II sinalizaram uma mudança de paradigmas no
pensamento católico que não apenas resultou em uma guerra civil cismática
dentro das fileiras do catolicismo, mas também levantou sérias questões quanto
à verdadeira origem das mudanças. A essência dessas mudanças começou em 1959,
quando João XXIII convocou o Concílio "para completar o trabalho do
Concílio Vaticano I". Em 1961, ele
abriu um precedente histórico ao permitir que observadores católicos
participassem oficialmente da Terceira Assembléia do Conselho Mundial de
Igrejas e também ofereceu lugares de honra aos observadores protestantes e
ortodoxos em todas as sessões do Vaticano II. A bomba resultante, chamada de "Decretos
do Ecumenismo", incluía os seguintes excertos: Todos que foram
"justificados em fé no batismo" são membros do corpo de Cristo; todos
têm o direito de serem chamados cristãos; os fiéis da Igreja Católica os chama
de irmãos.
A
Igreja Católica crê que as igrejas e comunidades separadas "são eficientes
em alguns aspectos." O Espírito Santo faz uso dessas igrejas; elas são um
meio de salvação para seus membros. Os católicos são encorajados a se unirem em
atividade ecumênica e a se reunirem com cristãos não católicos em verdade e
amor… Os católicos não devem ignorar seu dever para com os outros cristãos…
mesmo assim… os católicos sinceramente acreditam que a sua é a Igreja de
Cristo; tudo o que for necessário deve ser feito para que os outros claramente
a reconheçam como a Igreja de Cristo. … os teólogos e outros católicos
competentes devem estudar a história, os ensinos, e a liturgia de igrejas
separadas… Em circunstâncias
apropriadas, orações para a unidade devem ser feitas em conjunto com os
cristãos não católicos…
…
Diferenças importantes permanecem… mas… o fato é que os cristãos crêem na
divindade de Cristo e no fato da reverência pela palavra de Deus revelada na
Bíblia.
Na
causa do ecumenismo, o católico sempre deve permanecer verdadeiro à fé que recebeu...
Os novos conceitos iniciados pelo papa João XXIII e pelo Vaticano II foram um
afastamento radical da posição histórica da instituição Católica Romana.
Sugerir que protestantes e ortodoxos eram cristãos, e ainda usar o termo
"irmãos" estava em contradição completa com a doutrina católica
tradicional. Os tradicionalistas dentro da Igreja Católica acusaram os autores
dos documentos do Vaticano II de "favorecimento da filosofia moderna sobre
a doutrina católica tradicional"; favorecimento do humanismo, do
naturalismo e da evolução; recusando-se a condenar o socialismo e o comunismo;
e fazendo acordos com a "Maçonaria", com o Conselho Mundial de
Igrejas, e com "Moscou".
O
tempo provou que essas acusações estavam corretas, e alguns chegam a sugerir
que o Vaticano II foi um afastamento tão radical do catolicismo estabelecido,
que é possível considerar seriamente a possibilidade de um grande golpe no
interior do Vaticano. Nas palavras do tradicionalista católico, R. P. Georges
de Nantes: "No Concílio Vaticano II (1962-1965), dois homens
apresentando-se como papas católicos, João XXIII e Paulo VI, lideraram o corpo
inteiro de cardeais e bispos para fora da Igreja Católica e para dentro da
seita Vaticano II…" Embora alguém
possa se perguntar o que aconteceu para causar tal mudança radical, para os propósitos desta discussão, a
resposta a essa pergunta é irrelevante. A questão importante agora é que
exatamente quando o Movimento Ecumênico estava para ser sepultado, a Igreja
Católica Romana apareceu em cena como o cavaleiro em armadura brilhante para
resgatá-lo. Não apenas a Igreja de Roma abraçou os "irmãos
separados", mas também iniciou novas estratégias para aumentar os esforços
do ecumenismo. (Essas estratégias serão discutidas em capítulos subseqüentes.)
O
século XIX testemunhou o assentar da fundação para os eventos das primeiras
seis décadas do século XX. Por volta de 1965, o palco parecia armado para a
aliança dos protestantes e católicos se unirem e formarem a Igreja Única
Mundial. Os fundamentalistas nesse tempo estavam não apenas confusos com a
batalha contra a aliança Modernista - Católica Romana, mas também encaravam a
ameaça da Religião Orientada Para Resultados dos neo-evangélicos. Com o
fundamentalismo empenhado na batalha em duas frentes, as mega-igrejas pareciam
estar posicionadas para terminar a ameaça do fundamentalismo fragmentado.
Entretanto, Deus tinha outros planos para a humanidade, e os eventos mundiais
tomariam outro giro para lançar um grande ataque no coração do Movimento
Ecumênico.
A fé
é uma "lei" ou "força", que pode ser ativada por qualquer
pessoa - cristã ou não; A habilidade de realizar milagres, sinais e maravilhas
é um talento intrínseco em nós; precisamos apenas aprender as técnicas para
ativar as leis espirituais em que a fé está baseada; Deus está preso a essas
leis espirituais, e deve responder a qualquer pessoa - mesmo aos seus piores
inimigos - que usa tais conhecimentos;
Como
"deuses" ("seres divinos"), temos o "direito
divino" à saúde e à prosperidade; Jesus é o nosso "irmão mais
velho", que dominou as leis espirituais da natureza e é, portanto, nosso
exemplo para que façamos o mesmo; O homem pode se tornar espiritual e
fisicamente perfeito quando aprende a dominar essas leis espirituais; O Reino
de Deus será estabelecido na Terra quando um número suficiente de pessoas tiver
se aperfeiçoado.
1901,
Topeka, Kansas, Seminário Bíblico Betel, - Agnes Ozman recebeu o que chamou de
"batismo no Espírito Santo" e falou em "línguas".
1906,
Los Angeles, Califórnia - Igreja da Rua Azusa
Segunda
Onda - Renovação Carismática:
1960
- O Movimento Carismático Moderno começou na Igreja Episcopal de São Marcos,
Van Nuys, Califórnia.
1962
- O fenômeno da glossolalia explodiu na Universidade de Yale entre os membros da evangélica Comunidade
Cristã Intervarsity. Ela incluía episcopais, luteranos, presbiterianos,
metodistas e um católico romano.
1967
- Spring Vacation - Trinta católicos zelosos da área de Notre Dame receberam o
"batismo do Espírito Santo".
1974
- 30.000 católicos carismáticos realizaram uma conferência em Notre Dame.
1977
- Conferência Carismática em Kansas City, 50.000 participantes - quase metade
deles eram católicos romanos.
1977
- A AP estima em 10 milhões o número de carismáticos nos Estados Unidos.
1983
- A edição de 18 de janeiro da revista Christianity Today informou que as
Assembléias de Deus era a denominação que mais crescia nos Estados Unidos.
Nessa época, ela tinha 1,7 milhão de membros e crescia rapidamente.
Terceira
Onda - Movimento de Sinais e Maravilhas - enfatiza mais o dom de profecia e
cura do que o de línguas:
1983
- "Terceira Onda" - termo cunhado por Peter Wagner: "… estamos
agora na terceira onda. Vejo a terceira onda dos anos 80 como uma abertura dos
evangélicos tradicionais e outros cristãos ao trabalho sobrenatural do Espírito
Santo que os pentecostais e carismáticos experimentaram, mas sem se tornarem
carismáticos ou pentecostais."
OS
PENTECOSTAIS
As
primeiras manifestações pentecostais podem remontar até ao século XVIII, quando
o metodismo foi implantado. Wesley, ao comentar algumas pessoas que entraram em
êxtase em um de seus cultos comentou: "Essas manifestações podem ou não
ser verdadeiras".
A
ORIGEM DO PENTECOSTALISMO
O
primeiro grupo de pentecostais conseguiram sua membresia das igrejas Holiness
Weslyanas - um grupo de metodistas - e, em muitos casos, dos grupos renovados
onde elas começaram (batistas, metodistas, presbiterianas). O primeiro grupo
enfatizava o falar em línguas estranhas como evidencia do Batismo no Espirito
Santo. Em termos de data, foi provavelmente a abertura do Bethel Bible College
em Topeka, Kansas, dirigido por Charles Parhan, em outubro de 1900.
Em
primeiro de Janeiro de 1901 os alunos deste colégio estavam estudando a obra do
Espirito Santo, e uma das alunas, Agnes Osman, pediu aos seus colegas que lhe
impusessem as mãos para que ela recebesse o Espirito. Ela falou em línguas, e
mais tarde, outros estudantes falaram em línguas também.
Parhan
abriu outra escola em 1905, na cidade de Houston, Texas. Foi de lá que William
J. Seimor, um aluno negro, ao receber o mesmo dom, tornou-se mais tarde o líder
de uma missão no numero 312 da Rua Azusa em Los Angeles, no ano de 1906. Falar
em línguas se tornou comum nessa missão. Pessoas que vinham visitá-la tiveram
experiências similares e levaram a mensagem para outros países. Pode-se dizer
que a Missão da rua Azusa é a mãe do pentecostalismo mundial. Essa missão
chamava-se "MISSÃO APOSTOLICA DA FÉ".
Este
nome durou até 1914 quando foi mudado para "ASSEMBLÉIA DE DEUS". Muitos jovens pregadores e aspirantes a
pregadores iam ter com William J. Seimor para receber os dons. Foi assim que
Gunnar Vingren e Daniel Berg, os fundadores da Assembléia de Deus no Brasil,
tornaram-se pentecostais em 1908,
Em
1907, um pastor chamado William H. Durhan, recebeu de Seimor os dons. Durhan
abriu sua própria missão também em Los Angeles. Ficava na North Ave, 943. Foi
nesta missão que Louis Francescon, futuro fundador da Cristã do Brasil, recebeu
os seus dons.
OS
PENTECOSTAIS NO BRASIL
O
pentecostalismo no Brasil se divide em três grupos distintos que surgiram em
três épocas diferentes. São eles: Os pentecostais históricos que surgiram na
primeira década deste século (Assembléia e Cristã). Os pentecostais da segunda
Geração, surgidos a partir da década de 50 (Quadrangular, Brasil para Cristo,
Casa da Benção, Deus e Amor); e os neopentecostais, surgidos a partir da década
de setenta sendo a principal a Universal do Reino de Deus.
A
ORIGEM DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
A
Congregação Cristã foi a primeira igreja pentecostal a se instalar no Brasil.
Foi fundada no Brasil pelo missionário Louis
Francescon, um italiano nascido em Cavasso Novo, Udine. Veio para os EUA em
1890. Lá se tornou presbiteriano em 1891. Nessa igreja chegou a ser diácono e,
na ausência do pastor, causou distúrbios a fé presbiteriana, indo-se batizar
por imersão juntamente com outros 18 membros. Um irmão de sua igreja batizou-os
em 1903, mesmo não sendo ordenado para o ato. Em 1907 recebeu os dons na Igreja
de William H. Durhan. Nesta mesma igreja foi-lhe revelado que deveria pregar a
colônia italiana, o que fez com presteza. Francescon visitou a Argentina em
Setembro de 1909 e em Janeiro de 1910. Chegou ao Brasil em Março de 1910 na
cidade de São Paulo. Através de um contato direto foi parar em Santo Antônio da
Platina, Paraná, onde organizou sua primeira igreja no Brasil com colonos
italianos. Foram onze ao todo. O crescimento desta igreja foi tímido até o
meado dos anos 50. A partir desta data cresce expressivamente. No Sul e Sudeste
do pais, muitas igrejas do interior que professavam a fé presbiteriana foram
alvos de renovação por parte dos adeptos da Congregação.
Interessante
é notar o dom de línguas que possuía. Em seu diário ele diz que por suas mãos
muitas pessoas conseguiram estes dons. Mas acaba entrando em contradição na
página 23 do mesmo. Lá ele diz: "Outra dificuldade que encontrei foi não
conhecer uma palavra do idioma portuguesa se achar sem dinheiro e doente".
E o dom de línguas que possuía, servia para que?
A
ORIGEM DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL
Em
19 de Novembro de 19l0 chegaram ao Brasil dois pastores. O primeiro era Gunnar
Vingren, um ex-pastor batista que fora excluído do ministério pela Igreja
Batista de Michigan. O segundo era Daniel Berg que também fora excluído da
comunhão batista. Depois de receberem os dons de William Seimor, e para atender
a um sonho de um irmão chamado Adolf Uldin, vieram para o Brasil.
Chegando
em Belém de Pará se apresentaram a Eurico Nelson, um missionário batista no
Amazonas. Identificando-se como batistas, ofereceram-se para ajudar no trabalho
e pediram hospedagem. Como não tinham carta de recomendação, e nem podia ter
pois eram excluídos, o missionário deixou-os usar o porão da igreja como casa.
Logo
depois Eurico Nelson precisou viajar para o sul. Essa viagem deu oportunidade
para que os dois recém chegados pedissem ingresso na igreja, declarando-se
membros de uma igreja nos Estados Unidos. Vingren declarou sua condição de
pastor e a igreja recebeu-os com alegria. Como não sabiam falar português e nem
os membros inglês - com exceção de um - tudo ficou muito fácil. Nota-se uma
certa desonestidade em como eles conseguiram a entrada na igreja. Primeiro que
não falaram que eram membros excluídos. Depois porque não esperaram a volta do
pastor titular que, naquele tempo, tinha que fazer a viagem de Belém de Pará ao
Sul de Navio, e levaria meses para voltar.
Os
dois foram mais desonestos ainda quando começaram a fazer cultos no porão da
igreja. Só alguns membros eram convidados e as reuniões começavam após o
término dos cultos regulares da igreja. Nessas reuniões havia estranhas línguas
e estranhos ruídos. Alguns membros da igreja começaram a adotar as idéias dos
falsos irmãos. Aumentando o número e chegando ao ponto de haver manifestações
pentecostais numa reunião de oração da igreja, o evangelista Raimundo Nobre
convocou, com o apoio da maioria dos diáconos, uma sessão extraordinária, e os
adeptos de Vingren e Berg foram excluídos. Ao todo foram treze pessoas
excluídas. (dezenove segundo o MP 06-96). No meio deles estava o moderador da
Igreja, substituto direto de Eurico Nelson, José Plácito da Costa, homem culto
e o provável tradutor das mensagens pentecostais nas reuniões do porão. A
igreja contava com 170 membros, assim, é estranho que o historiador
pentecostal, Emilio Conde, diga que a minoria excluiu a maioria.
Vingren e Berg não pararam por aí.
Continuaram a fazer o trabalho de proselitismo dentro das igrejas batistas.
Percorreram o Brasil inteiro na busca de novas renovações. Pode-se dizer que em
muitos casos foram bem sucedidos. O próprio Vingren afirma em seu diário que:
"Por onde íamos, buscávamos nas igrejas e nas casas dos batistas
infundirem o novo batismo". Este novo batismo constituía de doar aos
crentes já convertidos o dom de línguas.
Nisso
Vingren também entra em contradição na questão dos dons de língua. Ele
considerava-se o doador do dons de línguas a muitos crentes. Pois bem. Na
página 34 de seu diário ele relata: "Agora com esforço começamos a estudar
a língua, e durante esse tempo participamos dos cultos da igreja Batista. Por
não termos dinheiro para pagar as aulas, Daniel teve de conseguir um emprego na
fundição. Ali ele trabalhava de dia, enquanto eu estudava o idioma. Depois eu
lhe ensinava de noite o que aprendera de dia. Assim, com esforço aprendemos o
português."
Esse
foi o mesmo erro de Fancescon. Que dom era esse que não foi usado para o fim
que a Bíblia deixou, pois, em Atos 2, diz que as línguas faladas pelos
apóstolos coincidia com a necessidade de cada ouvinte; Romano ouvia em Latim.
Grego em grego. E nenhum dos apóstolos tiveram que entrar na escola para
aprender idioma nenhum.
Em
1911 os dois fundaram a Missão de Fé Apostólica que posteriormente mudou-se de
nome para Assembléia de Deus. Cresceram muito após a década de 50 e são hoje o
maior grupo de pentecostais no Brasil chegando a mais de três milhões de
adeptos.
A
ORIGEM DOS PENTECOSTAIS DA SEGUNDA GERAÇÃO
A
partir de 1950 multiplicou-se o número de denominações pentecostais. Esse fato
deve-se principalmente pelas incentivadas cruzadas nacionais de evangelização
que percorreu todo o país. Usavam-se tendas como templos improvisado e grandes
anúncios nas rádios da época. Esse período é conhecido como a segunda geração
de pentecostais.
Foi
assim que nasceu a IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR. Ela foi fundada no Brasil
pelo missionário americano Harold Williams em 1953 na cidade de São Paulo. Foi
a inovadora em alguns pontos cruciais do pentecostalismo. Não eram tão
intransigentes no uso da roupa e do cabelo como os assemblei anos e os cristãs.
Seus cultos eram ainda mais desorganizados que o de seus antecessores. Deixando
a recomendação de Paulo em I Tm 2,8-13, atropelaram as escrituras e ordenam
mulheres para o ministério, dando a estas o titulo de pastoras. Seus templos
estão situados principalmente no Sul e Sudeste do país.
A
febre do pentecostalismo estava a toda nessa época. Em 1956 o ex-Pastor assembleiano
e depois quadrangular, Manuel de Melo, iniciou uma divisão nestas duas igrejas.
Dessa divisão surgiu a
IGREJA
O BRASIL PARA CRISTO. Esta igreja foi um pouco mais rígida que a quadrangular e
um pouco menos exigente que a Assembléia. Seu crescimento foi espantoso. Na
época áurea de Manuel de Melo ele chegou a ordenar mais de trezentos pastores
num só dia (a maioria ex-presbíteros da Assembléia de Deus). Chegaram a ter o
maior templo protestante no Brasil na cidade de São Paulo. Seus programas de
rádio eram largamente ouvidos em todo o país. Chegaram a ter mais de um milhão
de membros. Na ultima pesquisa feita o número foi de 197.000. Com a morte do
missionário o trabalho deixou de ter o crescimento expressivo que marcou o seu
início. Tem perdido muitos membros para as divisões das assembléias e para os
neopentecostais. As igrejas pentecostais continuaram a rachar.
Em
1960 surgiu a IGREJA NOVA VIDA no Rio de Janeiro.
O missionário
David Martins Miranda, que tem origem assembleiana, deixou-a e fundou a IGREJA
DEUS É AMOR em 1962. Esta igreja ainda esteve em ascensão até os anos 2000,
entre a população mais carente do país. O fato de seu fundador e líder ainda
estar vivo neste período ajudoumuito
a sua propagação. Seus programas de rádio tem grande audiência na camada mais
pobre, e principalmente, nos morados da zona rural.
Muito
parelha a esta igreja em doutrinas e costumes a IGREJA SÓ O SENHOR É DEUS, que
tem como fundador o missionário Miranda Leal ( Que dizem ser primo de Davi
Miranda). Esta igreja que tem a sua sede em Maringá, no Paraná, e seus templos,
quando construídos por Miranda Leal, tem a forma de uma Arca, como a de Noé.
Em
1964 surge A CASA DA BENÇÃO, fundada pelo missionário Doriel de Oliveira. É
quase inexpressiva nas cidade de pequeno porte, mas é bem representada nos
grandes centros. Esta igreja até hoje costuma usar tendas improvisadas como
templos para iniciar seus trabalhos.
OS
NEOPENTECOSTAIS
Neo-pentecostalismo
é o nome que se dá aos pentecostais da terceira geração. São assim chamados
porque diferem muito dos pentecostais históricos e dos da segunda geração.
Realmente é um novo pentecostalismo. Não se apegam a questão de roupas, de
televisão, de costumes, e tem um jeito diferente de falar sobre Deus. Dualizam
o mudo espiritual dividindo-o entre Deus e o Diabo. Para eles o mundo está
completamente tomado por demônios, e é sua função expulsá-los. Pregam a
prosperidade como meio de vida. Pobreza é coisa de Satanás.
Doença
só existe em quem não acredita em Deus e sua origem é o demônio. Seus cultos
são sempre emotivos objetivando uma libertação do mundo satânico. Em muitos
pontos pode-se dizer que suas doutrinas são bem parecidas com as doutrinas das
religiões orientais, tais como Seicho-No-E, induísmo e budismo. Para eles o
crente não pode sentir dor, ser pobre ou estar fraco.
Este
movimento começou no início da década de setenta. Seu crescimento deve-se muito
aos programas de rádio e televisão, nos quais, devido ao anuncio de curas e
milagres, tiveram uma grande audiência. Seus ouvintes e telespectadores
geralmente são recrutados para dentro de suas igrejas. O sistema de testemunho
é forte, e isso certamente encoraja outros a tomar o mesmo caminho.
No
Brasil a maior igreja neopentecostal é a UNIVERSAL DO REINO DE DEUS (IURD). Já
conta com mais de dois mil templos em todo o Brasil e é a terceira maior igreja
evangélica do país, ficando atras apenas da Assembléia e da Cristã. Fundada em
1977 pelo bispo Edir Macedo, tem procurado estabelecer um sistema episcopal
como o católico. Possui um forte esquema de comunicação, que é sem dúvida o
fator de peso na divulgação e crescimento de seus trabalhos. Depois da
Universal a maior igreja neopentecostal no Brasil é a IGREJA INTERNACIONAL DA
GRAÇA.
Esta
igreja foi fundada em 1980 pelo missionário R. R. Soares no Rio de Janeiro. Na
intenção de imitar o trabalho de Kenneth Hagen (um dos maiores apresentadores
de igrejas televisionadas dos EUA), Soares investe muito na apresentação de
seus programas. Outra Igreja forte no ramo neopentecostal é a RENASCER EM
CRISTO, que trabalha principalmente com a camada alta da sociedade. Há pouco
tempo quase comprou uma rede de Televisão. A tendência é crescer. Seu fundador
se auto declarou "apóstolo".
AS
DIVISÕES DO PENTECOSTALISMO
O
pentecostalismo é um mal. Primeiro por que causa divisão. Segundo porque causa
confusão. Só no Brasil são mais de duas mil denominações registradas em
cartório como autenticas pentecostais. Por exemplo: A Assembléia nasceu em
1910. Só que hoje existe diversas Assembléias e todas nascidas de um racha
dentro de outra Assembléia. A cristã é uma renovação da igreja presbiteriana.
Mas hoje já existe a Cristã Renovada. Esse tipo de comportamento só serve para
causar confusão. O método de aceitar membros de qualquer outra igreja, sem
saber qual era sua vida na sua igreja de origem, faz com que prevaleça a
desordem e a descrença denominacional.
Os
pentecostais alegam que o aparecimento do Espirito Santo dentro das igrejas
surgiu como resposta de Deus ao modernismo teológico (MP pg 04, 06-96). Quer
dizer que o Espirito Santo tinha sumido das igrejas por quase dois mil anos?
Poucos sabem, quando afirmam uma coisa dessas, que quando os pentecostais
estavam renovando os trabalhos batistas no começo do século, estes mesmo
"crentes frios", estavam dando suas vidas em campos missionários de
todo o mundo. Antes de dividir as igrejas de Jesus seria bom que lessem
Provérbios 6,19.
OS BATISTAS RENOVADOS
A
renovação das Igrejas Batistas no Brasil como denominação começou no ano de
1958. Desde esta data até o ano de 1965, quando realmente houve a divisão,
muitas reuniões foram feitas no intuito de evitar o racha nas igrejas batistas
de todo Brasil.
O
iniciador do movimento divisório nas igrejas batistas do Brasil foi um pastor
da Igreja Batista de Vitória da Conquista chamado José Rego do Nascimento. Era
um grande orador e logo conseguiu fazer fileiras e conquistar algumas pessoas
de nome para o seu movimento. Foi o caso do pastor Enéias Tognini, pastor da
Igreja Batista de Perdizes.
Essa
união de forças levou o caso a ser analisado várias vezes. Houve muitas
reuniões de um comitê organizado para este fim, formado por 11 membros,
buscando uma solução conciliadora para a questão pentecostal dentro das igrejas
batistas. A decisão estabeleceu que: "A atuação do Espirito Santo na vida
dos crentes, se faz através de um processo chamado santificação progressiva;
que manifestações emotivas, por mais sinceras que sejam, não podem ser
apresentadas como um padrão a ser seguido por todos; que a ênfase dada a
doutrina do batismo no Espirito Santo tem causado reuniões barulhentas,
carregadas de emocionalismo e provocado manifestações de orgulho espiritual,
bem como proselitismo de crentes que não adotam tais idéias." Isso
aconteceu em 1963.
Em
1965, ao realizar-se a Convenção em Niterói, com 3.035 mensageiros, as
preocupações maiores era a grande Campanha de Evangelização marcada para o
mesmo ano. No plenário mais uma vez surgiu o problema da renovação. O
presidente vendo que isso atrapalharia a campanha pediu que a questão fosse
resolvida no ano seguinte. Porém a intransigência dos reavivalistas foi tanta,
que precisou ser resolvida naquela convenção. Decidiu-se então pela exclusão da
comunhão as igrejas renovadas.
Só
naquele ano mais de trezentas igrejas se rebelaram e tiveram que ser excluídas.
Juntas formaram uma convenção a qual denominaram CONVENÇÃO BATISTA NACIONAL.
Assim, pela primeira vez, houve uma divisão entre os batistas brasileiros como
um grupo.
A
PRIMEIRA ONDA
A
origem "oficial" do pentecostalismo moderno começou em 1901, no
Colégio Bíblico Betel, em Topeka, Kansas, quando Charles Parham impôs as mãos
sobre Agnes Ozman. Ela imediatamente começou a falar em
"línguas". "Afirmou-se
(apesar de que nunca foi confirmado com credibilidade) que ela falou em chinês
durante três dias, incapaz de falar em inglês, e no segundo dia falou em
boêmio. Logo, a maioria dos outros na escola estavam falando e cantando em
'línguas'… os jornais locais do dia descreveram o fênomeno como linguagem
ininteligível…
Em
1914, Charles Shumway procurou diligentemente por evidências para comprovar que
as línguas dos primeiros pentecostais eram línguas reais, isto é, línguas
conhecidas. Ele não conseguiu sequer uma pessoa para confirmar as
afirmações…" Um dos aspectos mais interessantes dos eventos no Colégio
Bíblico Betel foi a tentativa dos participantes de provar que suas "línguas"
eram na verdade línguas faladas. Eles achavam que de acordo com a Palavra de
Deus, o dom de "Falar em Línguas" era a habilidade que um indivíduo
tinha de falar numa língua que lhe era desconhecida para comunicar o Evangelho
na língua de quem estivesse ouvindo. Tal tentativa cessaria muito cedo, pois
aqueles que "falavam em línguas" não conseguiam produzir nenhuma
evidência de que aquelas assim chamadas línguas, não eram nada mais do que uma
linguagem sem sentido e obscura. Assim, o incidente no Colégio Bíblico Betel
era somente o precursor do que ainda estava por vir, a Primeira Onda
Carismática começou com os cultos de avivamento na Missão da Rua Azusa, em Los
Angeles, Califórnia.
Essa
Missão era pastoreada por William Seymour, que cria na necessidade de "duas
obras da graça" para a salvação, que a verdadeira igreja estava sendo
restaurada em um milagroso reavivamento dos últimos tempos, e (apesar que ele
mesmo nunca ter falado em línguas) fortemente argumentava que as línguas eram a
evidência do recebimento do Espírito Santo. Seymour raramente pregava, mas ao
invés disso ficava atrás do púlpito com um caixote vazio cobrindo sua cabeça.
Os cultos na Missão da Rua Azusa eram "caracterizados por confusão, dança,
pulos, quedas no chão, transes, quedas no espírito, línguas, contorções,
histeria, sons estranhos, e risada santa… descrito como 'demonstrações
selvagens e histéricas". Charles Parham, conhecido como o Pai do
Pentecostalismo e presidente do referido Colégio Bíblico Betel, fez uma
avaliação menos que satisfatória em sua visita à Missão da Rua Azusa, em 1906:
"Parham
descreveu as 'línguas' de Azusa como 'confusas e inarticuladas, desenfreadas e
exasperadas, falando absolutamente nenhuma língua existente'… De acordo com
Parham, dois terços das pessoas que seguiam o pentecostalismo em seus dias
foram 'ou hipnotizadas ou conduzidas à loucura (total falsa de senso)'… assim,
o 'Pai do Pentecostalismo' rejeitou totalmente as reuniões da Rua Azusa como
sendo uma imitação fraudulenta, manipulada e demoníaca, e mesmo assim
praticamente todas as denominações pentecostais rastreiam suas origens a essas
reuniões na Rua Azusa."A Primeira Onda continuou com aqueles que diziam
ressuscitar os mortos (ninguém jamais provou isso), oravam sobre lenços,
curavam os enfermos, caíam no espírito, garantiam prosperidade àqueles que
contribuíssem com o ministério deles, e ainda desenvolviam o diálogo católico
romano-pentecostal. Entretanto, os membros da Primeira Onda nunca receberam o
respeito dos protestantes tradicionais ou da população em geral. O caráter
moral de muitos de seus seguidores e líderes não ajudava muito. William Parham
(o Pai do Pentecostalismo) foi removido do ministério depois de ser preso
acusado de sodomia. William Branham profetizou falsamente que o arrebatamento ocorreria
em 1977. Aimee McPherson (depois do divórcio e diversos relacionamentos
amorosos) morreu de overdose. Kathryn Kuhlman envolveu-se romanticamente com um
homem casado, com o qual se casou após ele se divorciar de sua mulher
(posteriormente, ela se divorciou dele).
Benny Hinn, um dos atuais líderes da Segunda Onda, afirma que o manto de
Aimee McPherson caiu sobre Kathryn Kuhlman; e então foi passado dela para ele.
De acordo com Benny Hinn:"… o dia virá, e digo isso a vocês, sei disso
como sei meu nome, o dia virá em que não haverá nem um santo doente no corpo de
Cristo. Ninguém ficará doente, ninguém será arrebatado de uma cadeira de rodas.
Ninguém será arrebatado de uma cama de hospital. Todos vocês serão curados
antes do arrebatamento."
A
SEGUNDA ONDA E SEUS RESULTADOS
Os
aspectos mais críticos do Movimento Carismático passarão completamente
desapercebidos a menos que alguém pare para questionar os detalhes desse
movimento. Essas perguntas se aplicam ao desenvolvimento do Pentecostalismo
entre a Primeira e a Segunda
Entretanto,
seriam apenas esses fatores capazes de servir de suporte para posições
teológicas que há tempo tinham sido geralmente vistas como pertencentes a um
segmento marginal e lunático dos "Bíblias"? O que faria um católico
romano que tivesse sido criado em uma tradição de formalismo rígido
interessar-se pelos atos extravagantes dos pentecostais?
Como
os batistas e os outros evangélicos poderiam ser atraídos às posições que foram
tradicionalmente ensinadas como sendo descaradamente antibíblicas? Deve ter
havido algo mais em ação aqui - algo quase como (Deus nos livre) uma
conspiração. Mas quem ganharia com isso?
E
QUAL SERIA O RESULTADO DE TAL CONSPIRAÇÃO?
Historicamente,
a primeira organização que vem à mente junto com a palavra "conspiração"
é a Ordem dos Illuminati. Para os propósitos desta discussão, a história do
Iluminismo não será discutida em detalhes exceto para dizer que a Ordem dos
Illuminati (organizada em 1776) ainda existe nos dias de hoje, e essa
organização compreende aqueles que literalmente governam o mundo. Esses
indivíduos tambem têm um plano proeminente para instituir um Governo Mundial
Unificado e uma Religião Mundial Unificada. De fato, é essa mesma organização
que tem em seu poder a chave não somente para essa questão, mas também para o
entendimento da Religião Orientada Para Resultados. Um relato (não confirmado)
de uma testemunha ocular revela que os Illuminati se infiltraram
intencionalmente entre os pastores pentecostais em 1946. Por que a "Elite
Globalista" se incomodaria em se infiltrar nessa ramificação marginal do
cristianismo? Para achar a resposta, é necessário considerar cuidadosamente
este cenário:
1906--------
Fundação oficial do pentecostalismo
1906-60--
Os pentecostais são geralmente vistos como um segmento marginal e lunático dos
"Bíblias"
1946--------
Os pentecostais são intencionalmente infiltrados pelos agentes dos Illuminati
1960--------
Nascimento repentino da Segunda Onda do Movimento Carismático
1962--------
O Movimento da Glossolalia ocorre na Universidade de Yale. Nessa universidade
está a sede da "Sociedade Caveira e Ossos" - o campo de treinamento
dos Illuminati nos Estados Unidos. Esse fato suporta a hipótese que os membros
da "Caveira e Ossos" possam ter se infiltrado facilmente na Comunidade
Cristã Intervarsity, em Yale. O fato de que isso aconteceu em Yale é demais
para ser apenas uma coincidência.
1960-63----
O Vaticano II foi conduzido por papas que repentinamente embraçaram os
conceitos do Governo Mundial Unificado e da Religião Mundial Unificada.
Católicos tradicionais admitem que o papado foi infiltrado pelos Illuminati.
Como resultado do Vaticano II, o Movimento Ecumênico Católico foi lançado.
1963-67----
O fundamentalismo cristão continua em rápido crescimento e o Movimento
Ecumênico católico fracassa.
1967--------
Trinta zelosos católicos de Notre Dame quebram a tradição e receberam o
"batismo no Espírito Santo".
1973--------
30.000 católicos carismáticos se reúnem em Notre Dame.
1977--------
A Conferência Carismática da cidade do Kansas atrai 50.000 pessoas - metade
delas católicas.
1983--------
O fundamentalismo declina, as Assembléias de Deus são agora as igrejas que mais
crescem no mundo, com mais de 10.000.000 de carismáticos nos Estados Unidos.
Desde
1983, os laços entre carismáticos, Roma e os evangélicos têm se estreitado cada
dia mais. Isso é resultado de vários fatores:
O
Movimento Salvemos Nossa Herança Cristã
O
Movimento Salvemos Nossa Cultura
A
Maioria Moral
A
Coalizão Cristã
O
Movimento Pró-Vida
O
Documento Evangélicos e Católicos Juntos
Os
Promise Keepers
A
INICIATIVA DAS RELIGIÕES UNIDAS
Enquanto
alguns desses movimentos e organizações são realmente conservadores e
bem-intencionados (outros não são nem conservadores e nem bem-intencionados), a
trágica verdade é que essas "boas causas" fizeram vastas
contribuições para enganar os verdadeiros cristãos a fim de abraçarem o
Movimento Carismático, suportando assim a construção da Religião Mundial
Unificada do Anticristo.
Os
fatos desse cenário exibem um chocante alerta para todos aqueles que estão
dispostos a considerá-los até às conclusões lógicas:
OS
ILUMINATI viram o potencial de manipular os pentecostais, e se infiltraram em
grupos pentecostais logo após a Segunda Guerra Mundial.O papado foi infiltrado
pelos Illuminati nos anos 50 (1950), e não somente resultou em diretrizes
contrárias ao catolicismo tradicional por ocasião do Vaticano II, mas
publicamente acolheu os objetivos dos Illuminati numa abrangente Religião
Mundial Unificada.
Quando
o Movimento Ecumênico fracassou, o solo fértil dos Illuminati na Universidade
de Yale tornou-se um ninho de desova para os carismáticos católicos e
protestantes. Aqueles que acham a sugestão de uma conspiração nesse cenário uma
idéia execrável não estão enxergando a visão de longo prazo dos Illuminati
dentro (e não entre) das linhas apresentadas anteriormente. O plano é criar uma
Igreja Mundial Unificada debaixo da liderança do papado e a Bíblia confirma o
sucesso final desse plano em Apocalipse 13 e 17. O ponto principal nesse caso é
o ataque contínuo aos cristãos fundamentalistas, que se mantêm em oposição ao
sucesso do plano. Entretanto, a calamidade do fundamentalismo e do evangelismo
é encontrada na Religião Orientada Para Resultados, que produz crescimento da igreja
em detrimento da doutrina. Esses métodos produzem membros que não têm a menor
idéia no que creêm ou por que creêm. Tais soldados mal-equipados são presas
fáceis nas batalhas espirituais que aqueles que são verdadeiramente nascidos de
novo no Espírito de Deus enfrentam. Esses membros de igreja que são produto da
Religião Orientada Para Resultados são ainda enganado por causa da fama dos
líderes carismáticos, que não podem ser criticados pelo fato de terem igrejas
grandes e lotados templos. Este autor presenciou isso em primeira mão em uma
Igreja Batista Independente.
No
culto de domingo à noite, um famoso pastor carismático do Brooklyn, em Nova
York, estaria pregando em uma mensagem gravada em vídeo. O pastor local
declarou, "Podemos discordar desse homem em alguns pontos doutrinários
"menos importantes", mas ele tem uma grande igreja, de modo que deve
estar fazendo alguma coisa certa!". Essa é a essência da Religião
Orientada Para Resultados - O pastor, nesse exemplo, estava disposto a violar
os mandamentos das Escrituras sobre separação por que achava que a congregação
se beneficiaria com as instruções sobre "a igreja em crescimento" que
aquele homem podia transmitir.
A
TERCEIRA ONDA
A
Terceira Onda do Movimento Carismático foi concebida no interior do Seminário
Teológico Fuller, em Pasadena, na Califórnia, pelos professores de Crescimento
de Igrejas Peter Wagner e o falecido John Wimber. Ambos lecionavam no curso
"Sinais e Maravilhas e Crescimento de Igrejas", no Seminário de
Pasadena. Evidentemente, eles nunca leram as palavras de Jesus quando disse:
"Uma geração má e adúltera pede um sinal" [Mateus 16:11a]. Esses dois
homens se tornaram os co-conspiradores em um plano de marketing para incitar o
crescimento de igrejas por meio do livro de Wimber, "Evangelismo de
Poder", que definia o conceito de poder do Reino e sua relação com o
evangelismo. Wimber afirmou, "Os primeiros cristãos claramente tinham uma
abertura ao poder do Espírito, o que resultou em sinais e maravilhas e
crescimento da igreja."Essa afirmação pode ser escrita de forma analítica
para definir a essência exata da teologia da Terceira Onda Carismática:
(Poder
do Reino+Autoridade do Reino+Evangelismo do Reino) x (Sinais + Maravilhas) =
Crescimento da Igreja
Essa
equação tem mais complexidades intrínsecas do que os nossos olhos podem ver. Em
primeiro lugar, qualquer referência a uma frase como "Poder do Reino"
já deveria ser imediatamente um alerta vermelho a qualquer indivíduo que estuda
a Palavra de Deus. Biblicamente falando, não existe "Poder do Reino"
nesta era, e não importa quão constantemente essa ou frases semelhantes como
"Autoridade do Reino" apareçam nos textos de Wimber ou nos modernos
hinos de louvor (veja o hino, Majesty, de Jack Hayford), esse é um conceito
antibíblico.
Em
suas observações editadas nas salas de aula do Seminário, Wimber empregava
grosseiramente mal o conceito do Reino de Deus à igreja. Sua tese inteira
baseava-se em uma falsa premissa que como a igreja é o Reino de Deus, seus
membros devem exercer os sinais e maravilhas que Jesus operava. Ele foi tão
longe que atacou a onisciência (como também a fundamental deidade de Jesus
Cristo) quando declarou:
"Jesus
frequentemente fazia perguntas sobre a necessidade de cura, indicando que
(a)
embora algumas vezes recebesse palavras de conhecimento, outras vezes não as
recebia, e
(b)
queria ter seu foco exatamente no alvo."
Será
que Wimber não percebeu que Jesus Cristo, quando andou aqui na Terra era Deus
em carne? Será que não percebeu que Jesus Cristo era Deus, possuindo todos os
atributos de Deus? A discrepância de que Jesus às vezes não tinha conhecimento
de uma enfermidade e precisava de assistência do Espírito Santo é blasfêmia
contra o Deus encarnado! No entanto, os métodos de crescimento da igreja nas
aulas de Wimber e Wagner eram um exercício de Evangelismo do Reino, Princípios
do Reino e Autoridade do Reino. Para que isso acontecesse o "Povo do
Reino" deveria utilizar sua Autoridade do Reino para, entre outras coisas,
"ressuscitar os mortos".
Observe também a seguinte declaração de Wimber: "Deus usa nossas
experiências para nos mostrar mais completamente o que ensina para nós nas
Escrituras, muitas vezes derrubando ou alterando elementos de nossa teologia e
da nossa cosmovisão." Se esse é o caso, todo cristão que já andou na face
da Terra deveria escrever crônicas de suas experiências como apêndices à
inspirada Palavra de Deus. Se nossas experiências alteram nossa teologia, isso
não faz com que a Palavra de Deus esteja subordinada à experiência humana? De
onde nossa teologia deve se originar? A única fonte para a verdadeira teologia
está dentro das páginas da escrita e preservada Palavra de Deus. A teologia não
deve vir de visões, sonhos ou experiências humanas.
Ela
é derivada apenas do ensino doutrinário encontrado na Palavra de Deus. Quando o
clamor contra o curso de Wagner e Wimber no Seminário de Pasadena chegou ao
ponto em que o curso foi cancelado (a despeito do fato de ser a maior classe do
seminário), Wimber colocou sua teologia em ação e fundou a Comunidade Cristã
Vineyard (Videira). As Comunidades Videira cresceram sob a liderança de Wimber
para setecentas congregações no mundo inteiro, e tornaram-se o catalisador para
a TERCEIRA ONDA do Movimento Carismático, que enfatizava os "sinais e
maravilhas", sobre aqueles que no passado enfatizaram o falar em
"línguas". O efeito torrencial do Movimento Videira incluiu a
formação da organização do Promise Keepers (o fundador do Promise Keepers, Bill
McCartney, é membro da Comunidade Videira, em Boulder, no Colorado, e os
membros da Videira dominam o quadro dos PK) e o infame e sem base bíblica
"Reavivamento do Riso", que varreu o mundo todo e foi originado na
Comunidade Videira do Aeroporto, em Toronto, no Canadá. Embora Wimber tenha
cortado relações com a Comunidade de Toronto por causa de extravagâncias como
"o rugido do leão" em 1996, em 1995 a revista Charisma informou que
em mais de 500 igrejas Videira nos Estados Unidos ocorria o fenômeno do
Avivamento do Riso. A Comunidade Videira em Kansas City tornou-se a casa dos
infames "Profetas de Kansas City", liderados por Paul Cain. Hank
Hanegraaf relata: "John Wimber, o fundador da Videira, acredita que Paul
Cain é o principal profeta da Terceira Onda (ênfase adicionada)... que viria
com sinais e maravilhas... nas palavras de Wimber, 'ele é muito parecido com
Jeremias e com João Batista, separado antes do nascimento para o ministério que
exerce agora.'"
OS
CARISMÁTICOS
O
movimento pentecostal iniciado em 1900 por Parhan conseguiu invadir todas as
denominações antigas (batistas, presbiterianas, metodistas, etc.). Até então
falar em línguas era para os pregadores pentecostais uma resposta de Deus
condenando as denominações tradicionais. Todos os grupos renovados que saiam de
suas igrejas originais condenavam os que não aceitavam o pentecostalismo. De
repente o mundo pentecostal teve uma surpresa. Essa surpresa foi a chegada dos
pentecostais católicos, ou CARISMÁTICOS.
No
início de 1960 explodiu a mania carismática nas antigas denominações Episcopais
da Califórnia. Seu líder principal foi Dennis Bennet de Van Nuys. Um discípulo
dele, Jean Stone, espalhou o seu ensino através da revista Trinity entre os
anos de 1961-66. Por esse mesmo período Larry Christensen liderou o avivamento
carismático entre as igrejas luteranas nos E.U.A .
Em
1967 foi a vez da Igreja Católica Romana formar seu grupo de carismáticos. Tudo
começou num retiro de Universitários na Universidade de Duquesne, Pittsbush.
Houve muitos que falaram em línguas naquele retiro. O primeiro grande líder dos
carismáticos Católicos parece ter sido Ralph Keifer. Em fevereiro de 1967 ele
levou a mensagem carismática para a Universidade de Notre Dame, e muitos alunos
e professores falaram em línguas.
De
princípio tanto os pastores pentecostais, como padres católicos, condenaram o
mais novo movimento pentecostal. Na verdade os padres até tinham uma certa
razão, pois, era um ensino totalmente contrário as doutrinas do Vaticano. Já os
pastores pentecostais condenavam mais por ciúme, afinal, a grande vantagem de
falar em línguas, que foi a bandeira dos pentecostais por mais de seis décadas,
estava agora na boca dos idólatras católicos. A diferença dos carismáticos com
os pentecostais é: Primeiro que eles se renovam e permanecem nas suas próprias
congregações, enquanto os pentecostais históricos dividiam as igrejas.
Os
carismáticos usualmente pertenciam à classe média, são separatistas,
urbanizados, de tendência ecumênica e pluralistas em sua teologia. As igrejas
pentecostais clássicas eram originalmente constituídas de operários e eram
barulhentas em seus cultos. Na questão de barulho os carismáticos atuais já
alcançaram seus primos pentecostais clássicos. Os carismáticos são idólatras e
os pentecostais não. No demais são bem parecidos.
Os
carismáticos católicos só conseguiram o agrado do Papa - não o aval - em 1975.
Neste ano o movimento reuniu dez mil carismáticos em Roma. Num pronunciamento
ecumênico o Papa Paulo falou simpaticamente à assembléia. Foi uma vitória ao
movimento carismático. De princípio João Paulo II não aprovou muito o
movimento. Mas atualmente ele é favorável, principalmente porque os
carismáticos já se organizaram em quase todo o mundo, e no Brasil, que é o
maior país Católico do mundo, o movimento está esparramado em quase todas as
suas paróquias. Para dizer com mais sinceridade é o movimento carismático que
está conseguindo deter o movimentos pentecostal e neopentecostal na América
Latina, que aliás, é o grande reduto católico do mundo.
A
grande pergunta é: Estavam certos os pentecostais de condenar o movimento
tradicional? Que dizer de uma pessoa que acredita em purgatório, santos e
imagens, cultos aos mortos, adoração de Maria, entre outras barbaridades, falar
em línguas também? É preciso ter muito cuidado quando falamos desse assunto.
Mais uma coisa é certa. O pentecostalismo só causou divisão nas igrejas. No
princípio quando as igrejas são rachadas sempre fica a mágoa e a rixa dos
grupos divididos. E isso eu posso afirmar com certeza, que tudo que divide o
corpo de Cristo não é do agrado de Deus.
A
TEOLOGIA DO DOMÍNIO
Um
dos fios de ligação mais comuns que permeiam a teologia carismática de Seymour
a Robertson é a idéia de que a verdadeira igreja está sendo restaurada (ou reconstruída)
em um grande reavivamento dos últimos tempos. Parece que muitos, se não a
maioria dos notáveis pregadores e evangelistas carismáticos acreditaram que
foram chamados por Deus se não para iniciar, ou certamente para lançar tal
reavivamento na criação erronêa de uma "coisa nova" baseando-se em
Isaías 43:18-19 "Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as
antigas. Eis que faço uma coisa nova, agora sairá à luz; porventura não a
percebeis? Eis que porei um caminho no deserto, e rios no ermo". Por
exemplo, Alexander Dowie (que foi justamente o mentor de Charles Parham) proclamou-se
"Elias, o Restaurador" e o "primeiro apóstolo da igreja dos
últimos tempos". Embora o termo técnico para alguém que proclama tal coisa
seja "paranóia esquizofrênica com mania de grandeza", proclamações
desse tipo continuam nos círculos carismáticos até os dias de hoje. No momento
que essa linha de pensamento alcançou o sistema da Videira, sob a liderança de
John Wimber, os profetas da Videira estavam anunciando "que nos últimos
dias o Senhor estaria restaurando ministérios quíntuplos, caracterizados por
apóstolos, profetas, pastores, mestres e evangelistas para a igreja atual"
para também iniciar um grande reavivamento no fim dos tempos.
A
questão então deve ser perguntada: Aonde tão grande reavivamento nos guiaria?
Quando levado a conclusões lógicas, a resposta é muito simples. Se tivesse de
haver tão grande reavivamento que afetaria a humanidade, não seria então a
condição mundial mudada drasticamente? A lei secular não se tornaria a lei do
próprio Deus? Não seriam os pastores a classe dominante a interpretar e
estabelecer as leis de Deus? Isso não daria domínio à igreja de toda a
humanidade? Isso não restauraria assim o sistema da Lei do Antigo Testamento
como governante catalisador para iniciar uma nova era de paz e justiça? Isso
não prepararia a Terra para sua apresentação a Jesus Cristo, para seu retorno
físico e reinado?
A
resposta para todas essas perguntas é: SIM. Entretanto, essa linha de
pensamento apresenta muitas barreiras bíblicas:
1. A
origem de um "Reino Cristão" terreno governado por homens de carne e
sangue não-ressurretos foi a fabricação do sistema católico romano. A Igreja de
Roma era (e é) antimilenar - rejeita o reinado literal de mil anos de Cristo, e
vê as referências ao Reino terreno de Deus como manisfestas em si mesma - A
Igreja Católica Romana. Sendo assim, algumas denominações protestantes (por
exemplo, a luterana) retiveram a idéia que a igreja é a manifestação do Reino
de Deus.
2.
Outros protestantes seguiram os ensinos de Knox e Calvino e alegorizaram as
Escrituras proféticas dentro de um produto pós-milenar de suas imaginações.
Essa visão pós-milenar conjecturava que o Reino Milenar de Deus era a igreja, e
que os mil anos não eram anos literais, mas simbólicos. O sincretismo dessas
posições errôneas conduzem ao conceito de que o Reino de Deus na Terra seria:
REPRESENTADO
PELA VERDADEIRA IGREJA
A
verdadeira igreja foi corrompida depois do primeiro século e entrou em um
estado de semiletargia. A verdadeira
igreja seria reconstruida nos últimos tempos, sob a liderança de um novo grupo
de profetas e apóstolos, que se caracterizariam pela utilização dos sinais e
maravilhas restaurados. Essa igreja reconstruída dos últimos tempos prepararia
então a Terra para o Rei Jesus Cristo, que governaria o mundo.
4.
Esse cenário requeriria que a igreja dos últimos tempos ganhasse o controle
sobre toda a humanidade, tomando posse do controle do sistema jurídico. Isso
requer um governo mundial, controlado pela igreja, funcionando como a entidade
legislativa para toda a humanidade.
Em
resumo, essa é a essência da Teologia Reconstrutivista, ou de Domínio. Ela
ensina que a igreja ou que os cristãos ganharão o controle do planeta antes da
Segunda Vinda para tornar o mundo um lugar perfeito para o reinado de Jesus
Cristo. Os assim-chamados profetas e apóstolos do reavivamento dos últimos
tempos criariam uma força tão forte que todos na Terra se renderiam ao controle
da igreja. Quando o dominionista Pat Robertson declarou que a organização dos
Promise Keepers era um "direto cumprimento da profecia bíblica",
estava fazendo referência ao fato de que sentia que os Promise Keepers eram um
dos primeiros passos em direção ao domínio cristão na Terra.
Os
membros da Igreja de Jesus Cristo devem se perguntar honestamente: "Como
permitimos que isto nos acontecesse e onde foi que erramos tanto?" A
profana e manipulada Guerra Cultural foi reconhecidamente perdida e houve uma
óbvia inclinação à esquerda - na teologia, no estilo de vida, nas atitudes e
nos valores - até mesmo nos círculos evangélicos e fundamentalistas. Na cena
política, existem aqueles que se alegram por que muitos cristãos agora sentem
que possuem um dos seus na politica e os seus representantes políticos dominam
ambas as Casas de seus Congressos. No entanto, mesmo assim, as questões críticas
diante das quais a nação se defronta não apenas continuam a descer a espiral
moral, mas parece haver pouca ou nenhuma evidência de uma reviravolta nas
tendências atuais. Existem aqueles, é claro, que ainda insistem que o mundo
inteiro está diante de um grande reavivamento - existem alguns que até chegam o
predizer que um novo e maciço exército de jovens cabeludos assumirá o voto de
nazireu do Antigo Testamento e inspirará suas vidas no revolucionário original,
Jesus Cristo. (Francamente, como um indivíduo que afirma ser um filho de Deus
purificado em Seu sangue pode insinuar que o Deus encarnado foi um
revolucionário está além de qualquer lógica, muito mais de qualquer possível
compreensão erudita.) No entanto, essa atitude equivocada ocupa um grande espaço
nos mesmos temas que ameaçam a igreja. Na análise final, o Seminário Teológico
Fuller, a revista Christianity Today, os neo-evangélicos, os modernistas,
carismáticos, reconstrucionistas e dominionistas devem ser sarcasticamente
parabenizados. Eles conseguiram alinhar-se cegamente com as forças obscuras de
Lúcifer (satanás) em um nível suficientemente sutil para seduzir toda a
comunidade evangélica, dos fundamentalistas aos católicos carismáticos, e cair
na armadilha que veio a caracterizar a religião orientada para resultados. Esse
alinhamento com as forças luciferianas não ocorreu da noite para o dia. A
transição foi tão sutil e gradual que pode ser comparada ao sapo que foi
colocado no caldeirão de água e cozinhado lenta e mortalmente sem se dar conta.
Nem ocorreu uma mudança de atitudes e valores em um cataclismo violento,
catastrófico, destruidor ou transformador. As mudanças vieram à tona sutil,
lenta, sistemática e intencionalmente. Sob o risco de uma análise histórica
excessivamente longa, deve-se, no mínimo, examinar as metas e aspirações
daqueles envolvidos diretamente com as forças luciferianas para alcançar uma
compreensão minuciosa sobre o desejo não apenas por um novo paradigma político,
mas também por aqueles que desejam uma "igreja do novo paradigma" que
culminará na religião mundial única, tão sucintamente profetizada na Palavra de
Deus. Inicialmente, deve-se entender que esse chamado por um novo paradigma
político conhecido como a Nova Ordem Mundial está baseado primariamente nos antigos
valores daqueles que sobreviveram ao Dilúvio de Noé e em seus desejos
satanicamente inspirados de um retorno à civilização pagã que existia antes do
Dilúvio. Esse movimento foi liderado pelo bisneto de Noé, Ninrode, que tentou
abrir o portão para o controle demoníaco de toda a humanidade.
(O
relato de seu fracasso e da destruição de sua religião global estão registrados
em Gênesis 11.) Naquele ponto, Deus interveio para dispersar os homens pela
face da Terra, confundindo seus idiomas e preservando uma linhagem justa por
meio da qual emergiria Jesus Cristo - o Redentor da humanidade perdida e sem
condições de salvar a si mesma. (Essa ação de Deus também estabeleceu o
fundamento para a estrutura política do estado-nação soberano que tem sido
predominante desde a queda do Império Romano.) Após a derrota inicial de
Lúcifer pela morte sacrifical de Cristo na cruz, as forças demoníacas assumiram
então o desafio de atacar a Igreja, buscando destruir o legado da ressurreição
e, em última instância, obter a vitória para o senhor das trevas. O relato
bíblico dessa batalha pode certamente ser discutido ao longo de muitas páginas,
mas os eventos começaram a ganhar um impacto exponencial no início do século
XX. Em seu livro The Externalization Of The Hierarchy, a ocultista Alice Bailey
(por meio da escrita automática) registrou as palavras do seu espírito-guia
demoníaco, Mestre Djwahl Kuhl: "1934 marca o início da organização dos
homens e mulheres… o trabalho grupal de uma nova ordem… com o progresso
definido pelo serviço… a obra da Fraternidade… as Forças da Luz… e a partir da
destruição de todas as culturas e civilizações existentes, a nova ordem mundial
deverá ser construída."
Mesmo
antes de 1934, Alice Bailey certamente não tinha o monopólio dos poderes
ocultistas. Um jovem pintor muito eloquente na Alemanha, discursando para as
massas de cima dos barris de cerveja do lado de fora dos bares e usando os
Protocolos dos Sábios de Sião como fonte de autoridade, proclamava: "A
raça ariana é um salto no processo de evolução humana... para criar uma
raça-raiz que viveria em novas condições no ambiente que seguiu à destruição da
Atlântida (Nota: A veracidade da Atlântida de Platão é amplamente entendida
como o mundo pré-diluviano real de Noé).
Ensinada
a respeitar e proteger a pureza de seu sangue. Sob o símbolo da "Roda
Solar", ou Suástica, os novos iniciados assumirão a liderança... e se
tornarão mediadores entre as massas e os elevados poderes
invisíveis." Esse mesmo indíviduo,
Adolph Hitler, proclamou mais tarde: "… com a noção de raça, o Nacional
Socialismo (Nazismo) usará sua própria revolução para o estabelecimento de uma
nova ordem mundial." Esses mesmos
conceitos foram imitados nos EUA e na Grã-Bretanha pelo socialista fabiano e
insigne autor H. G. Wells: "A organização disto que eu chamo de
Conspiração Aberta... que irá, por fim, prover ensino e serviços públicos
coercitivos e diretivos a todo o mundo, é a tarefa imediata diante de todas as
pessoas racionais... um Estado-mundial planejado está surgindo em milhares de pontos...
um 'estado global-coletivista', ou 'nova ordem mundial', composta pelas
'democracias socialistas'. ... o individualismo nacionalista... é a doença do
mundo...
A
necessidade manifesta de um controle mundial coletivo para eliminar a
beligerância e... a necessidade de um controle coletivo das vidas econômica e
biológica da humanidade, são aspectos de um único e mesmo processo."
Proponho que isso seja alcançado por meio de uma 'lei universal' e da
propaganda (ou educação)." Com a
Segunda Guerra Mundial surgindo no horizonte, os planos para um governo global
aceleraram-se em um ritmo veloz. Conforme anunciou M. J. Bonn:
"…
o planejamento nacional significa anarquia internacional deliberada… Duvido que
a ordem mundial de amanhã seja capitalista ou socialista. Ela provavelmente
será as duas ou nenhuma... O gênio da História não marcha pelas eras no solene
passo do ganso... Mas o tempo todo ele segue avançando, e a cada avanço um
passo rumo à nova ordem mundial é dado."
Percebe-se o perigo envolvido quando os líderes do sistema público de
educação aderem ao cenário ocultista:
"A
Associação de Educação Progressiva, organizada por John Dewey (o infame pai da
Educação Progressiva), em 1947 dirigiu-se aos professores da nação, clamando
pelo 'estabelecimento de uma ordem mundial genuína'... uma ordem na qual a
soberania nacional esteja subordinada à autoridade mundial... uma ordem na qual
a 'cidadania do mundo' assuma, assim, ao menos um status igual à cidadania
nacional... A tarefa é experimentar técnicas de aprendizado que visem um
consenso social inteligente. Conforme a antiga ordem vai se desmoronando, e há
uma nova e gratuita ordem lutando para nascer... Há uma febre de
nacionalismo... mas o Estado-nação está se tornando menos e menos competente
para exercer suas tarefas políticas internacionais... Essas são algumas das
razões que estão nos pressionando para nos dirigirmos vigorosamente rumo à
verdadeira construção de uma nova ordem mundial..." A essência desse sentimento despertou
suspeitas até mesmo no Congresso dos EUA. Em 24 de abril de 1954, o deputado
republicano Usher Burdick, do Nebraska, relatou ao Congresso: "Sr.
Presidente da Casa, não há dúvida de que agora existem uma compreensão e um
acordo amplamente difundidos realizados entre os agentes deste governo e as
Nações Unidas e a Organização do Tratado do Atlântico Norte para construirem um
governo mundial, e para tornarem as Nações Unidas uma parte dele - a despeito
da nossa Constituição, das nossas leis e tradições... Isso será feito em nome da
paz... mas resultará na destruição total das nossas liberdades. Os agentes que
representam os EUA podem não estar tentando deliberadamente realizar esse
trabalho desleal, mas o melhor que pode ser dito a respeito deles é que são uns
tolos..." Nos anos 70, as coisas
haviam se agravado progressivamente. Richard Gardner escreveu na Foreign
Affairs, a publicação oficial do Conselho de Relações Exteriores (CFR): "Em resumo, a 'casa da ordem mundial'
terá de ser construída de baixo para cima em vez de cima para baixo... um ponto
final na soberania nacional, erodindo-a parte por parte, conseguirá muito mais
do que o ataque frontal à moda antiga..."
Em 1975, na Assembléia Legislativa dos EUA, 32 senadores e 92 deputados
assinaram a "Declaração de Independência". O documento afirmava: "… precisamos nos unir a outros para
trazer à tona a nova ordem mundial… Noções estreitas de soberania nacional não
devem se interpor a essa obrigação." Em 1991, o presidente George H. Bush
fez a seguinte declaração no discurso "O Estado da União": "… a crise no Golfo Pérsico oferece uma
rara oportunidade para avançarmos rumo a um período histórico de cooperação. A
partir destes tempos tumultuosos... uma nova ordem mundial poderá emergir..." Quando a administração Clinton passou a controlar
a burocracia de Washington, a situação deteriorada tornou-se ainda pior. O
subsecretário de Estado, Strobe Talbot, membro dos Federalistas Mundiais, fez a
seguinte declaração alarmante: "No
próximo século, as nações como as conhecemos agora, serão obsoletas. Todos os
Estados reconhecerão uma única autoridade global. Talvez a soberania nacional
não tenha sido uma idéia tão boa assim, afinal." A
frase "nova ordem mundial" é geralmente interpretada pelo
cidadão comum como um termo usado por fanáticos da direita que vivem sob uma
constante e opressora névoa de paranóia incurável e fatal. Entretanto, os fatos
provam exatamente o contrário: o uso dessa terminologia pelos indivíduos
específicos supracitados (em suas próprias palavras) atesta que de fato existe
uma hierarquia ocultista que está se esforçando para construir uma sociedade
socialista utópica baseada nos mistérios pré-diluvianos de origem luciferiana.
Acusar esses indivíduos de praticar a religião do satanismo pode ser algo muito
extremo, mas identificar suas motivações como inspirações luciferianas é
certamente qualquer coisa menos extremo.
As demais frases destacadas, além de "nova ordem mundial",
também indicam alguns pontos relevantes para discussão: "Surgindo em
milhares de pontos": Alice Bailey, em The Externalization Of The
Hierarchy, usou pela primeira vez essa frase de H. G. Wells.
Ela
também repetiu essa frase em sua obra Discipleship In The New Age, como "a
vida dedicada ao serviço", "pontos de luz ininterruptamente
brilhantes", e novamente em The Externalization Of The Hierarchy, como as
"Forças da Luz". A Lucis (Lúcifer) Trust, em sua publicação
"Becoming Sunlike", reiterou esse conceito com a declaração:
"Entre todos os que se identificam com este grupo, buscando cooperar com
seu propósito e aliando seus pequenos pontos de luz, o novo grupo de servos
mundiais cumprirá sua promessa e se tornará o portador da luz planetária da Era
de Aquário, a tocha radiante a iluminar o caminho para uma humanidade
carente." Essa mesma frase também foi repetida pelo presidente Bush em
1991 quando elogiou a Nova Ordem Mundial no discurso "O Estado da
União": "O que está em jogo é mais do que um pequeno país, é uma
grande idéia - uma nova ordem mundial... para atingir as aspirações universais
da humanidade... baseada nos princípios compartilhados e no império da lei... a
iluminação de milhares de pontos de luz... os ventos da mudança estão
conosco..." Por que um presidente
norte-americano usaria essa terminologia? Esses termos são elementos-chave da ideologia
ocultista - serviço voluntário em milhares de pontos de modo a preservar e
ampliar o grupo (sobrevivência da espécie) que resultará na nova ordem mundial.
Se de fato deve haver um esforço para construir uma nova ordem mundial, ela
deve substituir a antiga ordem mundial. Se a antiga ordem deve ser substituída,
então os valores individuais devem se subordinar aos valores do grupo. Quando M. J. Bonn afirmou que o mundo de
amanhã não será socialista nem capitalista, estava apenas confirmando a declaração
de Wells de que sua Nova Ordem Mundial seria composta de "democracias
socialistas".
Esse
conceito se torna ainda mais esclarecedor quando percebemos que as declarações
feitas por personalidades como Al Gore, Bill Clinton, George Bush, George W.
Bush, e muitas outras, que falam em "tornar o mundo seguro para a
democracia", transformando o Iraque em uma "democracia", etc.,
não fazem referência ao fato de que essas novas "democracias" serão
governadas da mesma maneira que são os EUA. Em primeiro lugar, é preciso
entender a definição de democracia:
"Uma democracia é quando dois lobos e uma ovelha decidem o que
terão para o jantar."
Os
Estados Unidos da América não são uma democracia - são uma república
representativa. Em uma república representativa, a maioria governa por meio de
seus representantes, mas os direitos da minoria são protegidos pelo Estado de
Direito. (O Estado de Direito equivale à Justiça - não à tolerância pós-moderna
como base dos padrões morais.) A república representativa está baseada no
sistema econômico do capitalismo. No
outro extremo do espectro está o comunismo, o sistema que deriva do socialismo
marxista. Quando alguém utiliza a dialética hegeliana para sintetizar a
democracia e o socialismo, a síntese resultante é exatamente aquilo que M. J.
Bonn e H. G. Wells vislumbraram - uma democracia socialista. Uma democracia
socialista, portanto, é um sistema por meio do qual a maioria governa buscando
a distribuição eqüitativa da riqueza da nação. Por que a maioria governaria
para o socialismo? Simples - em uma democracia socialista a maioria está sob a
caridade do governo, e votará para manter tal governo intacto. Um governo desse
tipo seria tirânico, e as liberdades individuais seriam voluntariamente
sacrificadas pela maioria votante para manter o caminhão de mantimentos do
governo passando diante da sua porta. Essas são as novas democracias de
Clinton, Gore e Bush. "Nova Ordem
Mundial": O conceito de uma Nova Ordem Mundial é bastante simples: o
sistema político mundial deve ser revertido ao conceito de império mundial,
abandonando o atual sistema de Estados-nação.
Quando
Strobe Talbot afirmou que "talvez a soberania nacional não tenha sido uma
idéia tão boa assim, afinal ", estava falando de um sistema de federalismo
mundial - um governo global.
A
Bíblia é muito clara quanto ao fato de que essa busca por uma Nova Ordem
Mundial eventualmente acontecerá. A profecia de Daniel é bastante clara ao
demonstrar que um governo mundial composto por dez reinos individuais será o
sistema político do líder mundial - o Anticristo. Valores Comuns: Os Tijolos da Construção do
Globalismo Se alguém ambiciona criar a
unidade global na diversidade, que estratégia serviria para unificar aqueles
que possuem histórias, religiões e culturas diferentes? A solução para essa
questão é realmente muito simples (a implementação da solução não é tão
simples, mas a solução em si é simples): buscar um terreno comum entre os que
são diferentes e cultivá-lo. Uma vez que o terreno comum seja encontrado,
construa sobre ele um sistema de valores comuns e, dessa forma, estabeleça a
unidade. Assim que os valores comuns estiverem estabelecidos, aqueles cujos
valores estiverem em oposição à maioria precisarão mudar (ou algo mais). O
cerne da questão gira em torno do fato de que os valores globais estão em
conflito direto não apenas com os cristãos fundamentalistas, mas também com as
atitudes e valores daqueles que tornaram este país grandioso. Por exemplo, os
valores básicos daqueles que forjaram uma nação a partir de uma terra selvagem
estavam baseados no individualismo rude que exemplificava o "espírito
pioneiro" daqueles indivíduos. De modo semelhante, a fé cristã também está
baseada na salvação individual, na responsabilidade e na relação pessoal com o
Deus Todo Poderoso. Em contraste, os valores do "novo paradigma"
enfatizam o bem do grupo - não do indivíduo. É essa supervalorização do grupo
copiada pelas organizações ocultistas e por outros globalistas que se infiltrou
na psique das novas gerações. É esse mesmo sistema de valores de pensamento de
grupo que sutilmente anuviou a igreja de Jesus Cristo e a maioria de seus
membros nem sequer percebe o que aconteceu. Esses são aqueles que estão
começando a se perguntar:
COMO
FOI QUE ISTO ACONTECEU?
Entretanto,
a maioria foi ludibriada a mudar suas atitudes a ponto de estar à beira do (ou
ter mergulhado no) precipício de acolher a tolerância pós-moderna e rejeitar as
verdades eternas da Palavra de Deus. Embora
o movimento por uma mudança de valores seja aparentemente político, ele irá,
por fim, resultar em mudanças espirituais avassaladoras. O aspecto político tem
sido abertamente exposto em diversas frentes.
A
publicação das Nações Unidas, "Our Global Neighborhood" (Nossa
Vizinhança Global), faz apelo após apelo por novos valores que enfatizem a
necessidade de se criar uma nova ética global:
"A nova ordem mundial precisa ser organizada em torno da noção de
governo da diversidade, não da uniformidade; governo da democracia, não do domínio...
construídos sobre o fundamento da primazia dos valores de convivência global
sobre o nacionalismo da discórdia..." O ex-premier russo Mikhail
Gorbachev, falando como fundador do grupo ambientalista radical Green Cross,
afirmou: "... o século XXI será um
século de crise total... ou da regeneração humana..." Ele fez a seguinte afirmação em uma
entrevista para uma organização ocultista chamada Instituto de Ciências
Noéticas: "Hoje a humanidade está
diante de uma escolha… precisamos encontrar um novo paradigma… que possa estar
baseado em valores comuns… desenvolvido ao longo de muitos séculos... a busca
por um novo paradigma deve ser a busca pela síntese, por aquilo que é comum e
une as pessoas, os povos e as nações, em vez de aquilo que os
divide." Observe que o "novo
paradigma" sobre o qual ele fala evoca a dialética hegeliana exatamente da
mesma maneira como fez H. G. Wells: a busca pela síntese - o terreno comum que
une o grupo - e, dessa forma, toda a humanidade. Esse, mais uma vez, é o mesmo
plano executado por Ninrode - o plano que o Deus Todo Poderoso rejeitou.
A
humanidade, sob a influência e a orientação diretas de Lúcifer, está buscando
adorar e servir a criatura ao invés do Criador ao construir uma nova torre de
Babel - a preciosa Nova Ordem Mundial.
Outras
organizações estão seguindo a mesma estratégia. Por exemplo, a Carta da Terra,
dirigida pelo Dr. Stephen Rockefeller, afirma:
"… uma declaração de princípios fundamentais… clarificando os
valores humanos compartilhados e desenvolvendo uma nova ética global por um
modo de vida sustentável... A Terra está em um momento decisivo... crescimento
dramático da população... modelo de dominação da produção e do consumo...
meio-ambiente em degradação... extinção maciça de espécies... pobreza...
criminalidade... violência... Mudanças fundamentais em nossas atitudes, valores
e modos de vida... reconhecemos a necessidade urgente de uma visão comum de
valores básicos que garantirá uma fundamentação ética para a comunidade mundial
emergente... afirmamos os seguintes princípios para o desenvolvimento
sustentável..." Novamente, na Carta
da Terra aparece o sistema de valores de pensamento de grupo. Um sistema de
valores que estará baseado na nova tolerância e culminará numa visão de mundo
pós-moderna - um sistema de valores que diminuirá a importância do indivíduo,
das liberdades pessoais, da responsabilidade pessoal perante um Deus Todo
Poderoso - tudo o que importa é o grupo.
A
tese da Carta da Terra é que a humanidade deve mudar seus valores ou enfrentar
a destruição da Terra e a extinção da espécie humana. Como Wells afirmou, a
humanidade deve avançar rumo à Era de Aquário - a era em que o homem perceberá
que, de fato, é um deus. O que está em
jogo aqui é um dos principais temas religiosos, pois esse movimento é tanto
religioso quanto político. Esse fato é claramente evidenciado em muitas
frentes. Como declara o documento "Nossa Vizinhança Global":
"Precisamos
de um conjunto de valores comuns e centrais ao redor do qual possamos unir os
povos, a despeito de seus históricos culturais, políticos,
religiosos..." Entretanto, se o
objetivo é unir a humanidade com base em valores religiosos comuns, qual
religião o mundo deve abraçar? A Boa Vontade Mundial, uma divisão da Lucis
Trust, afirma: "… A preparação por
homens e mulheres de boa vontade é necessária para introduzir novos valores de
vida, novos padrões de comportamento, novas atitudes... de não-segregação e
cooperação que conduzam a relações humanas adequadas e um mundo de paz. O
vindouro Instrutor Mundial estará fundamentalmente preocupado com os requisitos
para uma nova ordem mundial..."
"... O Novo Grupo de Servos Mundiais... pode ser referido como a
personificação do emergente Reino de Deus na Terra, mas deve-se lembrar que
esse reino não é um reino cristão ou um governo terreal." Essa afirmação deve fazer gelar o sangue de
qualquer um que esteja mesmo que apenas remotamente familiarizado com a
profecia bíblica. A Lucis Trust e o Novo Grupo de Servos Mundiais estão, com
toda a certeza, trabalhando em preparação para a vinda do governante mundial -
nenhum outro senão o Anticristo. Além disso, a terminologia deles deve fazer
qualquer cristão com discernimento tomar nota de todos os que falaram
abertamente do chamado da Nova Ordem Mundial. Esses são os indivíduos que estão
marchando segundo os tambores de Lúcifer, e preparando a Terra para o próprio
Anticristo. A chave para as "novas
atitudes de não-segregação e cooperação" está personificada no valor mais
reverenciado do novo milênio - a tolerância. Cada aspecto dos valores alterados
e das crenças alteradas da Nova Ordem Mundial pode ser resumido na total
aceitação da nova tolerância. Para reiterar a definição da palavra
"tolerância" foi modificada. No passado, a definição de tolerância
estava baseada na valorização e no respeito às culturas, crenças,
comportamentos e estilos de vida de um indivíduo, sem necessariamente aprovar
ou participar dessas mesmas crenças e comportamentos. A tolerância diferenciava
o próprio indivíduo do seu comportamento. Em termos claros, a tolerância
costumava significar que alguém "tolerava aquilo de que não gostava ou do
que discordava". Entretanto, os anos 90 introduziram uma nova definição
pós-moderna de tolerância. A definição está baseada no conceito de que, já que
toda verdade é relativa, existem muitas verdades diferentes. Além disso, nem
uma verdade é superior a alguma outra verdade. Todas as verdades são iguais.
Se
todas as alegações de verdade são iguais, então todas as religiões são iguais.
Se todas as religiões são iguais, então qualquer cristão que citar as palavras
de Jesus Cristo: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao
Pai, senão por mim" [João 14:6] está sendo preconceituoso e arrogante. Já
que a nova tolerância permeia a cultura e o sistema jurídico, o cristão não
terá o direito legal de propagar sua religião, cumprir a "grande
comissão" ou até mesmo de expressar suas convicções.
Continua...
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