terça-feira, 24 de março de 2020

FACULDADE DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS HOJE


CURSO LIVRE
HISTÓRIA
GERAL
DA
IGREJA







 SEGUNDA PARTE
OS GRANDES PERIODOS
DA HISTÓRIA DA IGREJA.


O CONCÍLIO DE TRENTO
A Igreja Católica vivia um processo de decadência, agravada a partir do século XIV. A transferência da sede papal para Avignon e o cisma do Ocidente haviam solapado a autoridade pontifícia. Os papas do Renascimento, que pouco se ocuparam da doutrina, mantinham uma corte secularizada, em que predominavam as disputas políticas e o nepotismo. O quinto Concílio de Latrão (1512-1517) não foi capaz de instituir as mudanças necessárias e, no mesmo ano de seu encerramento, Lutero proclamou em Wittenberg as 95 teses que deram origem à Reforma protestante.
A urgência da mudança tornou-se evidente com as manifestações sucessivas na Inglaterra, Países Baixos, Alemanha e Suíça, mas o papa Clemente VII temeu não só a repetição das turbulências ocorridas em concílios anteriores como as pressões políticas do imperador Carlos V.
No entanto, seu sucessor, Paulo III, estava convencido de que a unidade cristã e uma eficaz reforma da igreja só se efetivariam com a realização do concílio.
A Igreja da época costumava dizer que algumas pessoas salvas possuíam mais méritos do que tinham necessidade para serem salvas. Por isso, esses méritos extras poderiam ser usados para a salvação através de pagamento de indulgências (recibos de perdão de pecados passados e futuros).
Martinho Lutero protestou contra esta prática. No dia 31 de outubro de 1517, tornou públicas suas Teses contra a venda de indulgências. Em pouco tempo, as 95 Teses estavam espalhadas por toda a Alemanha.
Em 30 de maio de 1518, Lutero enviou suas Teses ao Papa Leão X, pois estava convicto que o Papa iria apoiá-lo contra os abusos das indulgências o que não ocorreu. No dia 3 de janeiro de 1521, Lutero é oficialmente excomungado da Igreja Católica.
Com este gesto desencadeou o processo da Reforma. Com isto, ficando selada a divisão religiosa na Alemanha.
Diante dos movimentos protestantes, a reação inicial e imediata da Igreja Católica foi a de punir os líderes rebeldes, na esperança de que as idéias dos reformadores não se propagassem e o mundo cristão recuperasse a unidade perdida. Essa tática, entretanto, não deu bons resultados, já que o movimento protestante avançou pela Europa, conquistando crescente número de seguidores. Era forçoso, assim, reconhecer a ruptura protestante.
Diante disso, ganhou força dentro do Catolicismo um amplo movimento de moralização do clero e reorganização das estruturas administrativas da Igreja. Esse movimento de reformulação da Igreja Católica ficou conhecido como Reforma Católica ou Contra-Reforma. Seus principais líderes foram os Papas Paulo III (1534-1549), Paulo IV (1555-1559), Pio V (1566-1572) e Xisto V (1585-1590). Paulo III foi eleito papa aos 66 anos e morreu 15 anos depois. Júlio III foi eleito aos 63 e morreu cinco anos depois. Marcelo II foi eleito aos 54 (a 10 de abril de 1555) e morreu 22 dias depois (1º de maio), Paulo IV foi eleito aos 79 e morreu quatro anos depois. E Pio IV foi eleito aos 60 e morreu sete anos depois. Com exceção do piedoso Marcelo II, todos os outros mancharam seus pontificados com a prática do nepotismo. Paulo IV, por exemplo, fez de seu sobrinho Carlos Carafa Cardeal Secretário de Estado. Esse homem era imoral e destituído de consciência e abusou de seu ofício para cometer extorsões vergonhosas. Todo um conjunto de medidas foi colocado em prática pelos líderes da Contra-Reforma, tendo em vista deter o avanço do protestantismo. Entre essas medidas, destaca-se o Concílio de Trento que é o tema deste trabalho.

O CONCÍLIO
O Concílio de Trento (1545-1563) foi o décimo nono dos concílios gerais ou ecumênicos da Igreja Católica Romana, mas ao mesmo tempo em que é chamado ecumênico ou universal, mais de dois terços dos bispos eram italianos. Assim o concílio não era representativo nem mesmo no mundo católico romano e certamente não estava livre do controle do papa. Este concílio produziu mais definição e legislação do que os dezoito concílios gerais prévios colocados juntos.
A abertura do Concílio de Trento deu-se 28 anos depois do rompimento de Martinho Lutero com Roma (outubro de 1517) e nove anos depois da primeira edição das Institutas da religião cristã, de João Calvino, em 1536 (um livro de formato pequeno, com 516 páginas). Outras edições em latim e francês já tinham sido publicadas. Por ocasião da abertura do Concílio (13 de dezembro de 1545), todos os reformadores, exceto Ulrico Zuínglio, ainda estavam vivos: Martinho Lutero com 62 anos, Guilherme Farel com 56, Filipe Melanchton com 48, João Calvino com 36 e João Knox com 31.
Lutero morreria no ano seguinte (1546).
Pode-se dizer que este concílio foi à resposta oficial da igreja romana ao protestantismo.
Com o principal objetivo de responder as perturbações da Reforma Protestante, e reafirmar as doutrinas romanas como a transubstanciação. Também se propunha a eliminar a desunião da igreja organizada, reformar o povo cristão e libertar os cristãos prisioneiros dos turcos. Fica obvio que em caso de crise grave, o concílio pode ser um meio de superar os obstáculos e fortalecer a unidade da igreja.
A agenda do concílio foi tão complexa e tão volumosa que foram precisos dezoito anos, abrangendo os reinados de cinco papas, para que ela se cumprisse.
No que diz respeito à melhoria da conduta do clero, o Concílio foi muito positivo. Formulou-se uma legislação com o objetivo de eliminar os abusos. Os sacerdotes deveriam residir junto às paróquias, os bispos, na sede episcopal, monges e freiras em seus mosteiros e conventos. A Igreja deveria fundar seminários para preparar melhor seus sacerdotes.
Mas, no que diz respeito às doutrinas postas em dúvida pela Reforma Protestante, o Concílio de Trento nada fez senão confirmar o ensino tradicional católico.
Em suma, a Reforma começa a se apagar diante da política. Quando Paulo III (1534-1543) sucede a Clemente, as coisas estão na mesma. O novo papa decide mostrar força. Discute-se o local. Lutero, consultado, declara que está pronto a comparecer se a reunião se realizar em Mântua ou Verona. A escolha da jurisdição foi sutil – dentro dos territórios do Império Alemão, porém perto o bastante de Roma para assegurar o controle do papa sobre o concílio.
Mas foi convocado o concílio, em Mântua, (1536), e, em Vicenza, (1537), não chegando a reunir-se, devida ausência de participantes, pois estavam presentes apenas três legados e cinco bispos, havendo-se negado, os príncipes protestantes a aceitar o convite, em 1539, foi adiado o concílio.
Por causa de interrupções de cerca de três e de dez anos, o concílio prolongou-se de 13 de dezembro de 1545 a 4 de dezembro de 1563. Durante esse tempo, a Europa não sossegou. Copérnico morreu em 1543; Lutero desaparece em 1546, ou um ano após a abertura desse concílio que ele desejou no início de sua reforma.
Num encontro com o papa, o imperador novamente propôs a cidade de Trento (1541) para sediar o concílio, sendo convocado pelo papa a partir de 1º de novembro de 1542, mas no verão de 1542, irrompera uma guerra entre a Alemanha e a França, e essa convocação ficaria sem efeito. Em 29 de setembro de 1543 suspendeu o papa o concílio, mas, em 30 de novembro de 1544 levantou a suspensão e estabeleceu o dia 15 de março de 1545 como termo inicial do evento. Contudo, além dos dois delegados do papa, não haviam chegado outros participantes, de fato só pôde o concílio ter início em 13 de dezembro de 1545. Havia, desta vez, comparecido 4 arcebispos, 21 bispos e 5 superiores gerais de ordens religiosas. No princípio do verão, subiu esse número para 66 participantes, dos quais uma terça parte era constituída de italianos.
OS TRÊS PERÍODOS
O primeiro período (1545-1547) de sessões durou de 13 de dezembro de 1545 a 2 de junho de 1547. Há 34 padres com direito a voto na sessão de abertura. Contra a vontade do imperador, pretendia-se tratar de questões de fé e de reforma simultaneamente. Na quarta sessão foi deliberado a respeito do decreto sobre as fontes da fé. Na quinta sessão, expediu-se o decreto sobre o pecado original e, na sexta sessão, o decreto sobre a justificação. Tal decreto fora objeto de cuidado especial, tornando-se assim o decreto dogmático mais significativo do concílio. Também os projetos de reforma foram tratados nesse período de sessões, assim como o dever de residência dos bispos.
Além disso, foram discutidas as doutrinas gerais sobre os sacramentos e os sacramentos do batismo e da confirmação. O concílio, crendo que a heresia luterana se baseava num entendimento errôneo dos sacramentos, dedicou mais tempo a estes do que a qualquer outra questão doutrinária. O concílio confirmou que há sete sacramentos instituídos por Cristo (o batismo, a confirmação, a eucaristia, a penitência, a extrema unção, as ordens e o matrimônio) e condenou aqueles que diziam que os sacramentos não são necessários para a salvação ou que o homem pode ser justificado pela fé somente, sem qualquer sacramento. O concílio declarou que, não somente a Bíblia, mas também as Escrituras canônicas e os livros apócrifos da Vulgata de Jerônimo e a tradição da Igreja constituíam autoridade final para os fiéis. E também que a justificação se dava pela fé e suas obras subseqüentes.
Em princípios de 1547, transferiu-se o concílio para Bolonha, porquanto em Trento irrompera um surto de tifo (doença infecciosa). Por certo, tinha o papa mais um outro motivo para a transferência: queria distanciar o concílio da área de dominação do imperador. Paulo confirmou, por isso, em 11 de março de 1547, a decisão de transferência do concílio, tomada pela maioria de dois terços. O imperador exigiu a volta para Trento, sobretudo porque, a seu ver, os protestantes certamente se recusariam a vir para uma cidade como Bolonha, situada no Estado Pontifício. O papa negou o atendimento à exigência imperial, alegando que competia ao concílio decidir sobre a sua transferência, o qual tomara tal decisão.
Henrique II proibiu os bispos franceses de irem a Trento. Porém, ao longo dos meses, o concílio vai, mais uma vez, ganhando força. Houve até algumas delegações protestantes vindas da Alemanha, especialmente de Wurtemberg; elas apresentaram sua profissão de fé e foram ouvidas em silêncio. Não houve debate.
Em Bolonha levara o concílio adiante as deliberações acerca da eucaristia, penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio. Ademais disso, foi debatida a doutrina sobre o sacrifício da missa, o purgatório e as indulgências. Sobre as Indulgências diz assim a Sessão XXV: Visto que o poder de conceder indulgências foi concedido à Igreja por Cristo e visto que a Igreja fez uso deste poder divinamente dado desde os tempos mais antigos, o santo sínodo ensina e ordena que o uso das indulgências – que é grandemente salutar para o povo cristão e foi aprovado pela autoridade dos sagrados concílios – deve ser conservado na Igreja... (é de se observar primeiro a forma como esta heresia é colocada “o santo sínodo ensina e ordena” e, “foi aprovado pela autoridade dos sagrados concílios” concílios este formado por homens que por natureza erram e não pela Bíblia que contém a Palavra de Deus). Vale lembrar que os católicos romanos têm que aceitar todos os cânones como matéria de fé católica, sob pena de condenação (serem anatematizados).
Em 13 de setembro de 1549, suspendeu o papa o concílio. Morreu em 10 de novembro de 1549.
O segundo período é executado por seu sucessor, Júlio III (1550-1555), transferiu o concílio novamente para Trento, onde foi reaberto solenemente em 1º de maio de 1551. Em fins de 1551 e princípios de 1552, apareceram no concílio enviados de estados imperiais protestantes. Sua exigência no sentido de que todos os pronunciamentos até então feitos pelo concílio sobre a fé deveriam ser anulados, dificilmente seriam exeqüíveis (possíveis). Foram publicados os decretos sobre os sacramentos, que haviam sido objeto de estudo em Bolonha, além dos decretos da reforma da gestão dos bispos e da conduta de vida dos clérigos. Motivos políticos levaram, em 28 de abril de 1552, a nova suspensão do concílio, que somente em 1562 foi reaberto. Entrementes faleceram, no entanto, além de Júlio III, também os seus sucessores, Marcelo II e Paulo IV.
Pio IV (1559-1565) – ele pertence à família dos Médicis - finalmente, deu prosseguimento ao terceiro período do concílio.
A abertura, efetuada em 18 de janeiro de 1562, contou com a presença de 109 cardeais e bispos. Os debates preliminares se realizam em nível de especialistas. As sessões, em geral, são públicas. Muitos teólogos participam. Em 11 de março, foi discutido o dever de residência dos bispos, o que levou à manifestação de opiniões divergentes e a uma interrupção maior do concílio, até que o papa, em 11 de maio, proibiu o debate sobre o referido tema. Concomitantemente àquelas medidas, foram expedidos decretos sobre os demais sacramentos e emitidos também decretos de reforma, entre outros, os concernentes à rejeição de exigências de abolição do celibato.
A vigésima segunda sessão, de 17 de setembro de 1562, ocupou-se com males existentes nas dioceses. Com o renovado pronunciamento sobre o dever de residência dos bispos, a exaltação dos ânimos reveladas nas contestações chegou a ponto de se temer a dispersão do concílio. A controvérsia trouxe à baila mais uma vez as relações entre o papa e o concílio. Contudo, o novo presidente do concílio, Monrone, conseguiu salvar a situação, obtendo a aceitação de um compromisso relativamente aos pontos controvertidos: foi apenas rejeitada a doutrina protestante acerca das funções do bispo. Nessa mesma sessão, foi também declarada vinculativa a obrigação dos bispos de estabelecerem em suas dioceses seminários para a formação de sacerdotes. Na vigésima quarta sessão, promulgou o concílio diversos decreto de reforma e concluiu, na sessão final de 3 e 4 de dezembro de 1563, os decretos sobre o purgatório, as indulgências e a veneração dos santos. Dessas sessões saem documentos praticamente prontos. São submetidos in fine nas “sessões solenes” que aceitam ou recusam os textos. Os votos são efetuados por cabeça, e não por nação, como em Constança.
O resultado final foi à transformação da teologia medieval escolástica num dogma acabado para todos os fiéis. Ficando impossível qualquer chance de reconciliação com o protestantismo devido às doutrinas acatadas pelo concílio.
Duzentos e cinqüenta e cinco padres conciliares estão presentes no dia do encerramento (dezembro de 1563), sentiram sem dúvida uma espécie de alívio. Para muitos deles, o concílio se confundia com suas próprias vidas. Diversos bispos e teólogos que haviam assistido às primeiras reuniões estavam mortos. Novas caras surgiram. Essa delegação coloca, um ponto final no irritante problema das relações do concílio com o papa. A autoridade suprema pertence a este.
Várias reformas haviam ficado inconclusas, entre as quais, sobretudo, as do missal e do breviário e, ainda, a da edição de um catecismo geral. Essas tarefas foram cometidas, pelos padres conciliares, ao papa. Em 26 de janeiro de 1564, homologou o papa os decretos conciliares. Uma coletânea das decisões dogmáticas, a profissão de fé tridentina, foi pelo papa tornada de uso obrigatório para todos os bispos, superiores de ordens religiosas e doutores.
O concílio não conseguiu cumprir a tarefa que lhe fora inculcada pelo imperador, no sentido de restabelecer a unidade na fé. No entanto, delineou claramente a concepção de fé católica frente à Reforma. Pio IV morreu em 9 de dezembro de 1965. Seu sucessor, Pio V, divulgou o catecismo estatuído pelo concílio (1566), bem como o breviário reformado (1568) e o novo missal (1570).
As profundas modificações surgidas na Igreja Católica foram, sem dúvida provocadas diante do surgimento e expansão do protestantismo. A reação católica, vulgarmente denominada "contra-reforma", foi orientada pelos Papas Paulo III, Júlio III, Paulo IV, Pio V, Gregório XIII e Xisto V. Além da reorganização de muitas comunidades religiosas novas ordens foram fundadas, dentre as quais a Companhia de Jesus, ou Ordem dos Jesuítas, cujo fundador foi Inácio de Loyola, que foi um batalhador da causa católica num dos momentos mais críticos da Igreja, isto é, durante a expansão luterana.
O Concílio de Trento condenou a doutrina protestante da justificação pela fé, proibiu a intervenção dos príncipes nos negócios eclesiásticos e a acumulação de benefícios. Definiu o pecado original e declarou, como texto bíblico autêntico, a tradução de São Jerônimo, denominada "vulgata" (com inclusão de livros "apócrifos" que foram retirados em Nicéia). Mantiveram os sete sacramentos, o celibato clerical e a indissolubilidade do matrimônio, o culto dos santos e das relíquias, a doutrina do purgatório e as indulgências e recomendaram a criação de escolas para a preparação dos que quisessem ingressar no clero, denominados seminários.
No Concílio de Trento, ao contrário dos anteriores, ficou estabelecida a supremacia dos Papas. Assim é que foi pedido a Pio IV que ratificasse as suas decisões. Os primeiros países que aceitaram incondicionalmente as resoluções tridentinas foram Portugal, Espanha, Polônia e os Estados italianos.
A França, agitada pelas lutas entre católicos e protestantes, demorou mais de meio século para aceitar oficialmente as normas e dogmas estatuídos pelo concílio, sendo mesmo o último país europeu a fazê-lo. Pouco tempo depois de encerrado o concílio surgiu o catecismo de Trento, o missal e o breviário foram revistos e publicou-se uma nova versão da Bíblia. Até o final do século, muitos dos abusos que haviam motivado a Reforma protestante tinham desaparecido e a Igreja Católica recuperara muitos seguidores na Europa. O concílio, porém, não foi capaz de superar a cisão na igreja cristã.
       Trento tornou-se o mais importante concílio até então. Trento dominou a igreja romana por uns 400 anos, o período do “Catolicismo Tridentino”. Durante o Concílio de Trento, os protestantes redigiram pelo menos três clássicas confissões de fé: a Confissão Escocesa (1560), o Catecismo de Heidelberg (1562) e a Segunda Confissão Helvética (1562). Os pontos doutrinários aí expostos não se afinam com as declarações tridentinas. As diferenças entre um credo e outro permanecem até hoje, embora a convivência entre um grupo e outro seja muito melhor neste final do século XX do que na primeira metade do século XVI.

PENTECOSTAIS
As primeiras manifestações pentecostais podem remontar até ao século XVIII, quando o metodismo foi implantado. Wesley, ao comentar algumas pessoas que entraram em êxtase em um de seus cultos comentou: "Essas manifestações podem ou não ser verdadeiras".

A ORIGEM DO PENTECOSTALISMO
O primeiro grupo de pentecostais conseguiu sua membresia das igrejas Holiness Weslyanas - um grupo de metodistas - e, em muitos casos, dos grupos renovados onde elas começaram (batistas, metodistas, presbiterianas). O primeiro grupo enfatizava o falar em línguas estranhas como evidencia do Batismo no Espírito Santo. Em termos de data, foi provavelmente à abertura do Instituto Bíblico Betel em Topeka, Kansas, dirigido por Charles Parhan, em outubro de 1900.
Em primeiro de Janeiro de 1901 os alunos deste colégio estavam estudando a obra do Espírito Santo, e uma das alunas, Agnes Osman, pediu aos seus colegas que lhe impusessem as mãos para que ela recebesse o Espírito. Ela falou em línguas, e mais tarde, outros estudantes falaram em línguas também.
Parhan abriu outra escola em 1905, na cidade de Houston, Texas. Foi de lá que William J. Seimor, um aluno negro, ao receber o mesmo dom, tornou-se mais tarde o líder de uma missão no numero 312 da Rua Azusa em Los Angeles, no ano de 1906. Falar em línguas se tornou comum nessa missão. Pessoas que vinham visitá-la tiveram experiências similares e levaram a mensagem para outros países. Pode-se dizer que a Missão da rua Azusa é a mãe do pentecostalismo mundial. Essa missão chamava-se "MISSÃO APOSTOLICA DA FÉ". Este nome durou até 1914 quando foi mudado para "ASSEMBLÉIA DE DEUS".
Muitos jovens pregadores e aspirantes a pregadores iam ter com William J. Seimor para receber os dons. Foi assim que Gunnar Vingren e Daniel Berg, os fundadores da Assembléia de Deus no Brasil, tornaram-se pentecostais em 1908,
Em 1907, um pastor chamado William H. Durhan, recebeu de Seimor os dons. Durhan abriu sua própria missão também em Los Angeles. Ficava na North Ave, 943. Foi nesta missão que Louis Francescon, futuro fundador da Igreja Cristã do Brasil, recebeu os seus dons.
O ASSUNTO DA HISTÓRIA DO DOGMA
       A palavra “dogma” se deriva do termo grego dokein, o qual, na expressão dokein moi significa não só “parece-me” ou “agrada-me”, mas também “determinei definidamente algo de modo que para mim é fato estabelecido”.
       A Bíblia usa o vocábulo como designação de decretos governamentais na Septuaginta (Est. 3:9; Dn. 2:13; 6:8; Lc. 2:1; At. 17:7), de ordenanças do Velho Testamento (Ef. 2:15; Col. 2;14) e das decisões da assembléia de Jerusalém (At. 16:4). (pg. 17).
       Origem e Caráter dos Dogmas...Os católicos romanos e os protestantes divergem um tanto em sua descrição da origem dos dogmas. Os primeiros...que agora tem um porta-voz infalível no papa, após cuidadoso exame, formula a doutrina ensinada nas Escrituras ou pela tradição, declarando-a verdade revelada in-pondo sua aceitação por patê dos fiéis. Os reformadores substituíram esse ponto de vista católico-romano por um outro que, a despeito de suas similaridades, diverge do mesmo em pontos importantes. Segundo eles, todos os autênticos dogmas religiosos derivam seu conteúdo material das Escrituras, e exclusivamente delas. Não reconhecem a palavra oral, nem a tradição, como fonte de dogmas (pg. 18).
       Sob a influência de Schleiermacher, Ritschl, Vinet e outros, desenvolveu-se um conceito radicalmente diferente da origem dos dogmas,...Os dogmas da igreja seriam apenas formulações intelectuais de suas experiência, a fé ou a vida cristã como fonte do conteúdo material dos dogmas, e reputa isso como algo mais em harmonia com os princípios da Reforma. (pg. 19).
      
         Um dogma pode ser definido como uma doutrina, derivada da Bíblia, oficialmente definida pela Igreja e declarada firmada sobre a autoridade divina. (pg. 20).
A TAREFA DA HISTÓRIA DO DOGMA
...Consiste em “mostrar” como o dogma na sua totalidade e os dogmas em separado têm surgido, e indicar o curso de desenvolvimento pelo qual foram conduzidos até chegarem à forma e interpretação que prevalecem nas igrejas em qualquer época.
       Suas Pressuposições...A grande pressuposição da história do dogma parece ser que o dogma da Igreja é mutável e de fato tem passado por muitas modificações durante seu desenvolvimento histórico. A teologia protestante sempre manteve a posição de que o dogma da Igreja, posto que caracterizado por alto grau de estabilidade, está sujeito a modificações...Os católicos-romanos ufanam-se no fato de possuírem um dogma imutável e se sentem muito superiores aos protestantes...(pg. 21).
       Uma segunda pressuposição da história do dogma é a de que o desenvolvimento do dogma da Igreja se deu ao longo de linhas orgânicas...A igreja, em suas tentativas para aprender a verdade, simplesmente tenta pensar os mesmos pensamentos que Deus pensa. Teremos de prosseguir baseados na pressuposição de que a Igreja, apesar das melancólicas aberrações que caracterizam sua busca da verdade e que com freqüência a têm levado a caminhos errados, mesmo assim vai gradualmente avançando em sua apreensão e formulação da verdade. (pg. 23).
       Seu Assunto...O fato que a história do dogma aborda primariamente os dogmas da Igreja não quer dizer que ela não deva interessar-se por aqueles desenvolvimentos doutrinários que ainda não tinham sido incorporados nos credos oficiais e que talvez nunca seriam.
       Segue-se disso que, no que concerne à história externa, a história do dogma não pode negligenciar as grandes controvérsias doutrinárias da Igreja, as quais foram as dores de parto de novos dogmas e que com freqüência exerceram influência determinadora sobre sua formulação. (pg. 24).
O MÉTODO E AS DIVISÕES DA HISTÓRIA DO DOGMA
       A divisão comum da maior parte das obras mais antigas sobre a história do dogma tem sido história geral e história especial do dogma. Os dogmas especiais são geralmente discutidos sob os títulos costumeiros de dogmática: teologia, antropologia, cristologia, e assim por diante. (pg. 26).
       Método de Tratamento...Alguns seguem o método horizontal e outros o vertical, ao estudarem a história do dogma. Os que adotam o primeiro consideram a história do desenvolvimento doutrinário como um todo, em períodos específicos, deixando-os no estágio em que são encontrados no fim do período, e então os retornam nesse ponto a fim de seguir seu posterior desenvolvimento...Por outro lado os que seguem o método vertical consideram o estudo dos dogmas separados na ordem em que se tornaram o centro da atenção da Igreja, e seu desenvolvimento é acompanhado até ao tempo de sua formulação final nos credos. (pg. 27).
       Alguns opinam que o único modo apropriado e cientifico de tratar a história do dogma é empregar um método puramente objetivo...Contudo, dr. Kuyper corretamente chama atenção para o fato que ninguém poderia usar esse método ao descrever a história do seu país, ou ao escrever a biografia de um amigo, pois ninguém poderia escrever como um espectador desinteressado. (pg. 28).
O Desenvolvimento da História do Dogma
Fatores que originaram a história do dogma como disciplina separada...é de data comparativamente recente. Posto que a igreja católica romana agia sobre a suposição de que o dogma é imutável, e ainda mantém essa posição, pode ser dito que, tendo a Reforma rompido com esse ponto de vista, abriu caminho para um exame crítico da história do dogma...Contudo, os reformadores e teólogos da época da Reforma não deram início a essa investigação. (pg. 30).
OBRAS ANTERIORES SOBRE A HISTÓRIA DO DOGMA
As verdadeiras origens da história do dogma se encontram nas obras de S.G. Lange e Muenscher. (pg. 31).
       Sob a influência de Hegel teve início um melhor método histórico....A idéia de desenvolvimento, contudo, gradualmente foi adquirindo outras aplicações além da hegeliana.
Ela é pressuposta nas produções da escola teológica de Schleiermacher. Também foi aplicada por escritores medianeiros como Neander e Hagenbach...Outras modificações se acham nos escritos de confessionalistas como Kliefoth e Thomasius.
       A erudição católico-romana demorou em interessar-se pelo estudo do dogma. Afirmam elas não ter havido qualquer adição ao depósito original, mas somente interpretações do mesmo. (pg. 32).
       Obras Posteriores sobre a história do dogma...Harmack mostra afinidade tanto com Thomasius como com Nietzsche, todavia vai muito além da posição deles. Ele limita a sua discussão ao surgimento e desenvolvimento dos dogmas, como distintos de doutrinas, e leva em conta os aspectos constantemente mutáveis do cristianismo como um todo, particularmente em conexão com o desenvolvimento geral da cultura. (pg. 33).
Loofs e Seeberg não seguem a divisão de Harnack, mas parecem sentir que a segunda divisão de sua grande obra na realidade abarca praticamente o total da história do dogma, embora o primeiro exiba ainda um capítulo separado sobre a gênese do dogma entre os cristãos. (pg. 34).
Desenvolvimento Doutrinário Preparatório
OS PAIS APOSTÓLICOS E SUAS PERSPECTIVAS DOUTRINÁRIAS
Escritos a eles atribuídos...Os Pais Apostólicos são os Pais que se supõem ter vivido antes da morte do último dos apóstolos, sobre os quais se diz que alguns foram discípulos dos apóstolos, e a quem são agora atribuídos os mais antigos escritos cristãos existentes. Há seis nomes especiais que chegam até nós há saber, Barnabé, Hermas, Clemente de Roma, Policarpo, Papias e Inácio. (pg. 37).
       Características formais de seus ensinos...Suas reproduções tendem por escorar-se pesadamente sobre as Escrituras, além de serem de tipo primitivo, ocupando-se com princípios elementares da fé, e não com as verdades mais profundas da religião.
       Seus ensinos se caracterizam por certa pobreza...O cânon do Novo Testamento ainda não estava fixado, e isso explica por que os Primitivos Pais tão freqüentemente citam a tradição oral, ao invés da Palavra escrita. (pg. 38).
       Uma segunda característica dos ensinos dos Pais Apostólicos é sua falta de precisão. Finalmente, as condições gerais em que viviam – influenciadas como eram pela filosofia pagã popular da época e pela piedade pagã e judaico-helênica – não eram favoráveis a uma compreensão nítida das diferenças características entre as diversas modalidades da Kerugma (pregação) apostólica. (pg. 39).
       Conteúdo real de seus ensinamentos...Seus ensinos estão em harmonia geral com a verdade revelada na Palavra de Deus, e com freqüência são vasados na pura linguagem das Escrituras; e exatamente por essa razão não se pode dizer que aumentam ou aprofundam nosso discernimento da verdade ou que lançam luz sobre os inter-relacionamentos dos ensinos doutrinários da Bíblia. (pg. 39).
PERVERSÕES DO EVANGELHO
No segundo século da religião cristã, como nova força no mundo, a qual se revelou na organização da igreja, teve de lutar pela sua própria existência.
Perversões judaicas...Houve três grupos de cristãos judeus que revelaram tendências judaizantes. Traços deles se acham até mesmo no Novo Testamento. (a) Os Nazarenos. Estes eram judeus cristãos que haviam aceito as doutrinas da religião cristã; (b) Os Ebionitas.
Esta seita era formada, realmente, por continuadores dos oponentes judaizantes do apóstolo Paulo, e era farisaica em sua natureza; (c) Os Elquesaítas. Este grupo representava um tipo de cristianismo judaico assinalado por especulações teosóficas e ascetismo estrito. (pg. 42-43).
       Perversões gentílicas: gnosis gentílico-cristã...Sua forma original estava arraigada no judaísmo, mas por fim evoluiu em estranha mescla de elementos judaicos, de doutrinas cristãs e de idéias pagãs especulativas. (pg. 43).
       Há indicações no Novo Testamento, de que o gnosticismo já aparecera em forma incipiente nos dias dos apóstolos. Ver Col. 2:18ss; I Tim. 1:3-7; 7:1-3; 6:3ss; 2 Tim. 2:14-18; Tito 1:10-16; 2 Ped. 2: 1-4; Jud. 4,16 e Apoc. 2:6,15, 20ss. João combate indiretamente essa heresia nos seus escritos. Ver João 1:14,20:31; I João 2:22;4:2,15;5:1,5-6 e 2 João 7.
Desde a primeira parte do século II d.C., esses erros assumiram uma forma mais desenvolvida, tendo sido publicamente proclamados, e de pronto tiveram notável divulgação.(pg. 44).
Antes de tudo, o gnosticismo era um movimento especulador. Esse elemento especulativo, estava sempre em primeiro plano. O próprio nome, gnostikoi, adotado por alguns de seus adeptos, indica que se arrogavam possuir um conhecimento mais profundo das coisas divinas do que aquilo que se poderia obter entre os crentes comuns.
Apesar de seu caráter especulativo, o gnosticismo também foi um movimento popular. A fim de influenciar as massas, precisava ser algo mais do que mera especulação. (pg. 45).
O mundo não foi criado pelo deus bom, mas provavelmente foi o resultado de uma queda no “pleroma”, sendo obra de uma divindade subordinada, talvez hostil. Esse deus subordinado se chama Demiurgo, sendo identificado como o Deus do Velho Testamento. (pg. 46).
De fato, muitos foram arrastados, por algum tempo, pelas suas ousadas especulações ou pelos seus ritos místicos, mas a grande maioria dos crentes não foi enganada pelas suas fantásticas simulações ou por suas atrativas promessas de felicidade secreta. Foi vencido pelas refutações diretas dos Pais da Igreja, pela preparação e circulação de breves declarações dos fatos fundamentais da religião cristã (regra de fé), e pela mais racional interpretação do Novo Testamento, com a limitação do seu cânon, com exclusão de todos os falsos evangelhos, atos e epístolas que então circulavam. (pg. 47).
MOVIMENTOS REFORMADORES NA IGREJA
Márcion e seu movimento de reforma...Márcion era nativo do Ponto (Sinope) e foi expulso de casa, aparentemente, por motivo de adultério, tendo ido para Roma cerca de 139 d.C. Com freqüência tem sido classificado como gnóstico, contudo a precisão dessa classificação é atualmente posta em dúvida. (pg. 49).
Para Márcion, o grande problema era como relacionar entre si o Velho Testamento e o Novo. Aceitava o Velho Testamento como genuína revelação do Deus dos judeus, todavia afirmava que Ele não podia ser idêntico ao Deus do Novo Testamento. Visto que Márcion acreditava que Paulo foi o único dos apóstolos que realmente entendeu o evangelho de Jesus Cristo, ele limitava o cânon do Novo Testamento ao Evangelho de Lucas e a dez epístolas do grande apóstolo dos gentios. (pg. 50).
       Reforma dos montanistas...Montano surgiu na Frigia, cerca do ano 150 d.C., razão por que seu ensinamento geralmente é denominado heresia frigia. Ele e duas mulheres, Prisca e Maximila, se anunciaram profetas. (pg. 50).
Com base no evangelho de João, afirmavam que o último e mais elevado estágio da revelação já fora atingido.
Chegara a era do Paracleto falava por meio de Montano, agora que o fim do mundo estava próximo...a era presente se caracterizava pelos dons espirituais, sobretudo a profecia.
A Igreja se viu em situação um tanto embaraçosa por causa do montanismo...a Igreja seguiu um instinto autêntico ao rejeita-lo, especialmente por causa do fanatismo que nele havia e das suas reivindicações de possuir revelações mais altas do que aquelas contidas no Novo Testamento. (pg. 51).

OS APOLOGETAS E O COMEÇO DA TEOLOGIA DA IGREJA
Tarefa dos apologetas...Pressões externas e internas requeriam definições claras e defesas da verdade, e isso deu origem à teologia. Os primeiros Pais que assumiram a defesa da verdade são, por essa mesma razão, chamados “apologetas”. Os mais importantes entre eles foram: Justino, Taciano, Atenágora e Teófilo de Antioquia.
Eles defendiam o cristianismo mostrando que não havia provas em prol das acusações feitas contra seus adeptos. Não satisfeitos com a mera defesa, eles também atacaram seus oponentes. (pg. 53). Finalmente, os apologetas também sentiram a incumbência de estabelecer o caráter do cristianismo como uma positiva revelação de Deus.
Sua construção positiva da verdade...Consideraram-no uma filosofia, porque contém um elemento racional e responde satisfatoriamente às indagações em que todos os verdadeiros filósofos se têm ocupado, porém também consideraram-no antítese direta da filosofia, porquanto é livre de todas as meras noções e opiniões, pó ter-se originado de uma revelação sobrenatural.
Ao se referirem ao Filho, preferiam o uso do termo “Logos”, sem dúvida porque se tratava de um termo comum em filosofia, o que atraía as classes cultas. (pg. 54).
Significação dos apologetas na história do dogma...Deve-se admitir que aqueles primeiros Pais deram grande prominência às verdades racionais, buscando demonstrar sua racionalidade. É perfeitamente claro, nos escritos dos apologetas, que suas idéias do cristianismo continuavam sofrendo os mesmos defeitos e limitações que se vêen nos Pais Apostólicos. (pg. 56).

OS PAIS ANTIGNÓSTICOS
       Pais anti-gnósticos...Irineu é o primeiro que vem para o foco de nossa atenção. Ele nasceu no Oriente, onde tornou-se discípulo de Policarpo; mas passou a maior parte de sua vida no Ocidente. Em sua obra Contra Heresias, ele se atira principalmente contra os gnósticos.
       Hipólito é o segundo desses Pais, a que se atribui ter sido discípulo de Irineu...Sua principal obra se intitula Refutação de Todas as Heresias. Ele via a raiz de todas as perversões doutrinárias nas especulações dos filósofos.
       Tertuliano foi o terceiro e maior do famoso triu...Sendo advogado, estava familiarizado com as leis romanas e introduziu conceitos e vocábulos legais nas discussões teológicas. Tal como Hipólito, ele tendia a deduzir que todas as heresias provinham da filosofia grega, razão por que se tornou ardente opositor da filosofia. (pg. 58).
       Suas doutrinas sobre Deus, o homem e a história da redenção...Eles consideravam que o erro fundamental dos gnósticos era que separavam o verdadeiro Deus do Criador...Tertuliano foi o primeiro a asseverar a tri personalidade de Deus e a usar o termo “Trindade”. Todavia, não chegou à verdadeira declaração trinitariana, porque concebia que uma Pessoa estaria subordinada às outras.
       Quanto à doutrina do homem, opunham-se também aos gnósticos frisando o fato que o bem e o mal, no homem, não se explicam através de diferentes dotes naturais.
       Irineu tinha algo de especial quanto à história da redenção.
Disse que Deus expulsou o homem do paraíso e lhe permitiu a morte, a fim de que o prejuízo sofrido não permanecesse para sempre. (pg. 59).
       Suas doutrinas sobre a Pessoa e obra de Cristo...Irineu e Tertuliano diferem consideravelmente em, sua doutrina da pessoa de Cristo. A cristologia de Irineu é superior à de Tertuliano e a de Hipólito, e influenciou muitíssimo a esse último.
       Tertuliano partia da doutrina do Logos, tendo-a desenvolvido de tal modo que se tornou historicamente significativa. (pg. 60).
       Suas doutrinas sobre a salvação, a Igreja e as últimas coisas...Irineu não foi totalmente claro em sua soteriologia. A obra de Tertuliano não assinalou nenhum progresso particular na doutrina da aplicação da obra de Cristo. (pg. 62).
       Em seus ensinos atinentes à Igreja, esses Pais revelam a tendência de ceder terreno ao judaísmo, substituindo o conceito judaico de uma comunidade externa pela idéia de uma fraternidade espiritual. (pg. 63).
OS PAIS ALEXANDRINOS
       Pais Alexandrinos...Clemente e Orígenes representam a teologia oriental, mais especulativa que a do Ocidente. (pg. 65).
       Suas doutrinas sobre Deus e o homem...Tal como os apologetas, Orígenes alude a Deus em termos absolutos, como o Ser incompreensível, interminável e impassível, que de nada necessita; e, tal como os Pais anti-gnósticos, ele rejeita a distinção gnóstica entre o Deus bom e o Demiurgo ou Criador deste mundo. (pg. 66).
Os ensinos de Orígenes acerca do homem são bastante incomuns.
       Suas doutrinas sobre as Pessoa e a obra de Cristo...Ambos esses Pais ensinam que, na encarnação, o Logos tomou a natureza humana em sua inteireza, corpo e alma, tendo-Se tornado, dessa maneira, um homem real, o Deus-homem, embora Clemente não conseguisse evitar totalmente o docetismo. (pg. 67). Houve diferentes exposições da obra de Cristo, que não foram devidamente integradas. Clemente alude à auto-rendição de Cristo como se fosse um resgate, mas não reforça a idéia que Ele foi propiciação pelo pecado da humanidade. (pg. 68).
       Suas doutrinas sobre a salvação, as Igrejas e as últimas coisas...Os Pais Alexandrinos reconheciam o livre-arbítrio do homem, capacitando-o a voltar-se para o bem e a aceitar a salvação oferecida em Jesus Cristo. (pg. 68).
       Orígenes considerava a Igreja como congregação dos crentes, fora da qual não haveria salvação. Orígenes ensina que, por ocasião da morte, os bons entram no paraíso, ou num lugar onde recebem maior elucidação, enquanto os ímpios experimentam as chamas do juízo, o qual, entretanto, não se deve ter como punição permanente, porém como um meio de purificação. (pg. 69).

O MONARQUIANISMO
Se a grande heresia do século II d.C., foi o gnosticismo, a mais destacada heresia do século III d.C., foi o monarquianismo.
Monarquianismo dinâmico....Esse é o tipo de monarquianismo que estava interessado principalmente em manter a unidade de Deus, estando perfeitamente alinhado com a heresia ebionita existente na Igreja Primitiva e com o unitarismo de nossos dias...seu mais remoto expositor foi Teodoto de Bizâncio. (pg. 71)
Monarquianismo modalista...Chama-se monarquianismo modalista porque concebia as três Pessoas da Deidade como tantos modos pelos quais Deus Se manifestava. No Ocidente era chamado patripassionismo, pois dizia que o próprio Pai Se encarnara em Cristo e, por conseguinte, também sofrera com Ele; e era intitulado sabelianismo no Oriente, segundo o nome de seu mais famoso arauto. A grande diferença entre esse monarquianismo e o dinâmico é que este mantinha a deidade verdadeira de Cristo. (pg. 72).
A DOUTRINA DA TRINDADE
A CONTROVÉRSIA TRINITARIANA
       ...chegou ao clímax no conflito entre Ário e Atanásio...Os Pais da Igreja Primitiva, conforme vimos, não tinham idéias claras sobre a Trindade. (pg. 77).
       Natureza da controvérsia...O grande conflito trinitariano geralmente se chama de controvérsia ariana, por ter sido motivada pelas idéias antitrinitarianas de Ário. Fazia a distinção entre o Logos, que seria imanente em Deus e consistiria apenas de uma energia divina, e o Filho ou Logos que finalmente Se encarnara. Este último tivera começo: foi gerado pelo Pai; e isso queria dizer, no vocabulário de Ário, que Ele fora criado. Ário buscava apoio escriturístico para isso naquelas passagens que parecem apresentar o Filho como inferior ao Pai, a saber, Prov. 8:22 (Sept); Mat. 28:18; Mar. 13:32; Luc. 18:19; Jo. 5:19; 14:28; 1 Co.15:28. (pg. 78).
       Concílio de Nicéia...foi convocado em 325 d.C., para solucionar a disputa. O concílio adotou a seguinte declaração a respeito da questão em pauta: “Cremos em um Deus, o Pai Todo-Poderoso, Criador das coisas visíveis e invisíveis. E em um Senhor Jesus Cristo, gerado, não criado, sendo da mesma substância (homoousios) como o Pai”.
       Conseqüências...A decisão do concílio não pôs fim à controvérsia; antes, foi seu começo. Uma solução imposta à Igreja pela forte mão imperial não poderia satisfazer – posto que foi de duração incerta – pois fez com a determinação da fé cristã dependesse do capricho do Imperador e mesmo das intrigas da corte. (pg. 80). O resultado provou claramente que, conforme andavam as coisas, uma mudança no Imperador, uma atitude modificada, ou mesmo um suborno, poderiam alterar o aspecto todo da controvérsia.. E foi exatamente isso que sucedeu...
       A grande figura central na controvérsia trinitariana pós-nicena foi Atanásio. E os imperadores geralmente se puseram ao lado da maioria, a ponto de ter-se dito: “Unus Athanasius contra orbem” (um Atanásio contra o mundo). (pg. 81)
       Até esse tempo não se tinham feito intensas considerações sobre o Espírito Santo...ário afirmava que o Espírito Santo fora o primeiro a ser criado pelo Filho, opinião que se harmonizava bem como o de Orígenes. Atanásio dizia que o Espírito Santo é da mesma essência que o Pai, mas o Credo Niceno contém apenas uma declaração indefinida: “E (eu creio) no Espírito Santo”. Quando se reuniu o Concílio de Constantinopla, em 381 d.C., Gregório Nazianzeno, aceitou a seguinte fórmula concernente ao Espírito Santo: “E cremos no Espírito Santo, o Senhor, o Doador da vida, que procede do Pai, que será glorificado com o Pai e com o Filho, e que fala através dos profetas”...Foi feita a declaração que o Espírito Santo procede do Pai, contudo não foi negado nem afirmado que Ele também procede do Filho. (pg. 83).
       No oriente, a formulação final da doutrina foi dada por João Damasceno. Segundo ele, há apenas uma essência divina, mas três pessoas ou hipóstases. A concepção ocidental da Trindade chegou à sua declaração final na grande obra de Agostinho, De Trinitate. Ele também ressaltou a unidade de essência e a trindade de Pessoas. (pg. 84).

A DOUTRINA DA TRINDADE NA TEOLOGIA POSTERIOR
       Doutrina da Trindade na Teologia Latina...A teologia posterior nada acrescentou de importante à doutrina da Trindade, mas houve desvios e, em conseqüência, reafirmações da verdade. (pg. 86).
       Doutrina da Trindade no período da Reforma...Calvino ventila a doutrina amplamente em sua obra, As Institutas I.13, defendendo a doutrina formulada pela Igreja Primitiva.
       No século XVI, os socinianos declararam que a doutrina de três Pessoas dotadas de uma essência comum é contrária à razão, procurando refuta-la com base nas passagens citadas pelos arianos... (pg. 87).
       Doutrina da Trindade após o Período da Reforma...Na Inglaterra, Samuel Clarke, pregador da corte da rainha Ana, publicou uma obra sobre a Trindade, em 1712, na qual se aproximava da posição ariana da subordinação. Alguns teólogos da Nova Inglaterra criticaram a doutrina da geração eterna.(pg. 88).
A DOUTRINA DE CRISTO
AS CONTROVÉRSIAS CRISTOLÓGICAS
As primeiras controvérsias cristológicas não retratam um espetáculo muito edificante. (pg. 93).
Primeiro estágio da controvérsia...Ebionitas, alogi e monarquianos dinâmicos tinham negado a deidade de Cristo, enquanto que docéticos, gnósticos e modalistas haviam rejeitado Sua humanidade. Havia outros, menos radicais, que negavam ou a plena Deidade ou a perfeita humanidade de Cristo. (pg. 94).
Os partidos da controvérsia...O partido nestoriano...O partido ciriliano...O partido eutiquiano...(pgs. 95-98).
Após terem-se reunidos diversos concílios locais...foi convocado o Concílio ecumênico de Calcedônia, em 451, o qual publicou... “Portanto, seguindo os santos Pais, todos de comum acordo, ensinamos aos homens a confessarem um e o mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito na deidade e também perfeito na varonilidade; vero Deus e também vero homem, de alma racional e corpo; consubstancial com o Pai segundo a Deidade, e consubstancial conosco segundo a varonilidade; em todas as coisas semelhante a nós mas sem pecado; gerado antes de todas as eras da parte do Pai segundo a deidade, e, nestes últimos dias, para nós e para nossa redenção, nascido da virgem Maria, a mãe de Deus, segundo a varonilidade; um só e o mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, devendo ser reconhecido em duas naturezas, inconfundivelmente (asuggutos), imutavelmente (atreptos), indivisivelmente (adiairetos), imutavelmente (achoristos), em que a distinção de naturezas sob hipótese alguma foi eliminada pela união, mas antes, a propriedade de cada natureza foi preservada, concorrendo juntamente em uma Pessoa e em uma subsistência, não partida ou dividida em duas pessoas, porém um só e o mesmo Filho, o Unigênito, Deus a Palavra, o Senhor Jesus Cristo; conforme os profetas desde o princípio declararam acerca dEle, conforme o próprio Senhor Jesus Cristo nos ensinou, e conforme o Credo dos santos Pais no-lo transmitiu”.`(pg. 98).
       Segundo estágio da controvérsia...O Concílio de Calcedônia não pôs fim ás disputas cristológicas, tal como o Concílio de Nicéia não pusera fim à controvérsia trinitariana...Após o Concílio de Calcedônia, os adeptos de Cirilo e Eutíquio foram chamados “monofisitas”, porquanto concediam que após a união Cristo possuía natureza composta, mas negavam que Ele tivesse duas naturezas distintas.
       Em 553, o imperador Justiniano convocou o quinto Concílio ecumênico de Constantinopla, que se mostrou favorável aos monofisitas ao condenar os escritos de Teodoro, contudo desfavorável aos monofisitas porque anatematizou aqueles que declarassem que o Concílio de Calcedônia tolerava os próprios erros que havia condenado. (pg. 99).
       O resultado é que surgiu uma nova seita entre os monofisitas, chamada de “monotelitas”. Conforme o nome o indica, eles partiam da unidade da Pessoa e asseveravam que só existe uma vontade em Cristo. Os opositores dos monotelitas eram chamados duotelitas. Estes se firmavam sobre a idéia da dualidade de natureza e asseveravam a presença de duas vontades em Cristo.
O sexto Concílio ecumênico de Constantinopla (680), com a cooperação do bispo de Roma, adotou a doutrina de duas vontades, de duas energias, como posição ortodoxa, entretanto também decidiu que sempre se deveria conceber a vontade humana como subordinada a divina. (pg. 100).
       Estruturação da doutrina por João Damasceno...De acordo com ele o Logos assumiu a natureza humana, e não vice-versa, ou seja, não foi o agente formador e controlador, garantindo a unidade das duas naturezas.
       Cristologia da Igreja Ocidental...A Igreja Ocidental permaneceu comparativamente intocada pelas controvérsias que rugiam no Ocidente. (pg. 101).
As Discussões Cristológicas Posteriores
       Na idade média...Durante a Idade Média a doutrina da Pessoa de Cristo não ocupava o primeiro plano.
       Quanto a união hipostática em Cristo, Tomás de Aquino aderia à teologia aceita. A Pessoa do Logos ter-se-ia tornado composta após a união, na encarnação e essa união “impedira” a varonilidade de chegar a uma personalidade independente. (pg. 104).
       Durante a reforma...Lutero se aferrou à doutrina das duas naturezas e sua inseparável união na Pessoa do Logos. Mas sua doutrina da real presença na Ceia do Senhor exigiu a idéia que, após a ascenção, a natureza humana de Cristo se tornou onipresente. (pg. 105).
       A mais completa declaração oficial sobre a posição Reformada acerca da doutrina de Cristo se acha na Segunda Confissão Helvética, preparada em 1566. (pg. 106).
       No século XIX...Durante o século XVIII houve notável mudança no estudo acerca da Pessoa de Cristo. Não obstante, no decorrer do século XVII houve crescente convicção de que esse não era o melhor método, e que resultados mais satisfatórios poderiam ser obtidos se começasse mais no centro, a saber, com o estudo do Jesus histórico. (pg. 107).
       Ponto de vista de Schleiermacher...Na cristologia de Schleiermacher dificilmente se pode dizer que Jesus Se elevou acima do nível humano. Ele foi o segundo Adão, homem verdadeiro como o primeiro, porém posto em circunstâncias mais favoráveis, tendo permanecido isento de pecado e perfeito na obediência.
       O Cristo de Kant...Antes de tudo, o Cristo kantiano meramente era um abstrato, o ideal da perfeição ética. O que salva é a fé nesse ideal, e não em Jesus como uma Pessoa.
       O Cristo de Hegel...Par Hegel, as crenças da Igreja referentes à Pessoa de Cristo são meramente afirmativas gaguejadas dos homens acerca de ideias ontológicas – símbolos que expressam verdade metafísicas. Ele reputa a história humana como o processo de formação de Deus, o auto-desdobramento da razão sob condições do tempo e do espaço. (pg. 108).
       Concepção de Dorner da encarnação...Ele frisa o fato que Deus e o homem se parecem, e que na natureza essencial de Deus há o impulso de comunicar-Se com o homem. Em face desse fato, a encarnação foi algo necessário, transcendental e historicamente, e teria acontecido mesmo que não houvesse entrado no mundo o pecado. (pg. 110).
       Posição de Ritscl sobre a Pessoa de Cristo...A obra de Cristo é que teria determinado a dignidade de sua Pessoa. Cristo seria mero homem, entretanto, face á obra por Ele realizada e ao serviço por Ele prestado, atribuimo-Lhe com justiça o predicado de Deidade.
       Cristo na teologia moderna...Com base na moderna idéia da imanência de Deus, que segue linhas panteístas, a doutrina da Pessoa de Cristo com freqüência é apresentada hoje em moldes totalmente naturalísticos. Ter-se-ia Ele destacado apenas por causa de Sua maior receptividade pelo divino e devido à Sua superior consciência de Deus. (pg. 111).
ANTROPOLOGIA DO PERÍODO PATRÍSTICO
Importância dos problemas antropológicos...Sua importância dificilmente pode ser superestimada do ponto de vista do cristianismo prático. Sua relação com a obra da redenção ainda é mais diretamente evidente do que no caso das questões cristológicas. (pg. 115).
Antropologia dos Pais Gregos...No pensamento deles havia um certo dualismo acerca do pecado e da graça, resultando em apresentações bastante confusas...(pg. 116).
Surgimento gradual de outra posição no ocidente...O traducionismo de Tertuliano substitui o criacionismo que foi postulado pela teologia grega, e isso mostrou ser o caminho para a idéia do pecado inato, em distinção do mal inato.
Nos escritos de Cipriano há a tendência crescente na direção da doutrina da pecaminosidade original do homem, bem como da renovação monenergética da alma. (pg. 117).
Doutrina Pelagiana e Agostiniana do Pecado e da Graça
Agostinho e Pelágio...As idéias de Agostinho sobre o pecado e a graça foram moldadas, em certa medida, por suas profundas experiências religiosas, durante as quais passou por grandes conflitos espirituais, até emergir finalmente na plena luz do evangelho.
Pelágio era homem de tipo inteiramente diverso...O caráter dos dois era diametralmente oposto. Pelágio era homem tranqüilo, tão livre de misticismo como de aspirações ambiciosas; e quanto a isso, sua maneira de pensar e de agir deve ter sido totalmente diferente da de Agostinho... (pg. 119-120).
Posição de Pelágio sobre o pecado e a graça...A única diferença entre um homem e Adão é que aquele conta com o mau exemplo à sua frente. Ao voltar-se do mal para o bem, o homem não depende da graça de Deus, embora a operação desta seja uma decisiva vantagem, ajudando-o a conquistar o mal em sua vida. (pg. 120-121).
Posição de Agostinho sobre o pecado e a graça...Em oposição aos maniqueanos Agostinho destacava fortemente o caráter voluntário do pecado. Ao mesmo tempo, cria que o ato de pecado pelo qual a alma perdeu contato com Deus subjugou-a ao mal necessário.
A vontade do homem precisa ser renovada, e isso é obra exclusiva de Deus, do começo ao fim – uma operação da graça divina. (pg. 122-123).
Controvérsias pelagianas e semi-pelagianas...Na controvérsia pelagiana, foram submetidos a teste às idéias de Agostinho sobre o pecado e a graça. Os dois sistemas eram antípodas absolutos. (pg. 124).
Entre os extremos do agostinianismo e do pelagianismo, apareceu um movimento intermediário, que na história ficou conhecido como Semi-Pelagianismo. O semi-pelagianismo fez a fútil tentativa de evitar todas as dificuldades dando lugar tanto a graça divina como ao livre-arbítrio humano como fatores coordenados da renovação do homem, e alicerçando a predestinação sobre a fé e a obediência previstas. A natureza humana caída retém certo elemento de liberdade, em virtude do que pode cooperar com a graça divina. (pg. 125).
ANTROPOLOGIA DA IDADE MÉDIA
Idéias de Gregório o grande...Depois de Agostinho, foi a autoridade de maior influência na Igreja....Ele explica a entrada do pecado no mundo através da fraqueza humana...Ele considerava o pecado mais como uma fraqueza ou doença do que como culpa, e ensinava que o homem não perdera a liberdade, porém somente a bondade da vontade. (pg. 127). Deus designara um certo número definido para a salvação, pois saberia que eles iriam aceitar o evangelho.
A controvérsia gottschalkiana...muitos seguidores de Agostinho dos séculos VII, VIII E IX já haviam perdido de vista esse duplo caráter da predestinação, interpretando-a conforme Gregório fizera. Surgiu então Gottschalk, que já achava descanso e paz para sua alma na doutrina agostiniana da eleição, contendendo vigorosamente pela dupla predestinação, ou seja, tanto dos salvos quanto dos perdidos...Sua doutrina foi condenada em Maience, em 848, e no ano seguinte ele foi açoitado e sentenciado ao aprisionamento perpétuo. (pg. 128).
A contribuição de Anselmo...reproduziu a antropologia agostiniana, como também fez contribuição positiva à mesma, a saber, Anselmo de Canterbury. (pg. 129).
Peculiaridades da antropologia católico-romana...A igreja católica romana abrigava claramente duas tendências, uma semi-agostiniana e outra semi-pelagiana, das quais a última gradualmente foi assumindo a preponderância. (pg. 131).

ANTROPOLOGIA DO PERÍODO DA REFORMA
Antropologia dos reformadores...Os reformadores seguiram Agostinho e Anselmo na interpretação da doutrina do pecado e da graça.
Calvino ressaltou o fato que o pecado original não é apenas privação, mas também é total corrupção da natureza humana. (pg. 133). A posição que prevaleceu de modo geral entre os reformadores foi que, em resultado da Queda, o homem está totalmente depravado e é incapaz de realizar qualquer bem espiritual, razão porque está impossibilitado de fazer qualquer avanço no campo de sua recuperação. (pg. 134).
Posição de Socínio...O socinianismo representa uma reação contra a doutrina da Reforma. No tocante às doutrinas do pecado e da graça é simples ressurgimento da antiga heresia de Pelágio...O indivíduo morre, não por causa do pecado de Adão, e sim por haver sido criado um ser mortal. (pg. 135).
Antropologia arminiana...Armínio, discípulo de Beza, que no princípio foi calvinista estrito, bandeou-se para a doutrina da graça universal e do livre-arbítrio...A posição tomada pelos arminianos é praticamente idêntica à do semi-pelagianismo...Em consonância com essas idéias, os arminianos naturalmente não crêem em eleição ou reprovação absolutas, mas baseiam a eleição sobre a fé prevista, sobre a obediência e a perseverança, enquanto que a reprovação se basearia sobre a incredulidade prevista, sobre a desobediência e a persistência no pecado.
Idéias Antropológicas dos Tempos Pós-Reformados
Pontos de vistas divergentes...(a) Modificação da posição arminiana para o arminianismo wesleyano... (b) Modificação da posição reformada na Nova Inglaterra. (pg. 140-141).
Algumas modernas teorias do pecado...Filosóficas. Kant soou uma nota dissonante em seus dias ao postular um mal radical no homem, uma fundamental inclinação para o mal que não pode ser erradicada pelo homem...Hegel, por sua vez, considerava o pecado como passo necessário na evolução do homem como espírito auto-consciente. (pg. 142).
Teológicas. Schleiermacher reputa o pecado como o produto necessário da natureza sensual do homem – resultado da conexão do homem com um organismo físico. (pg. 144). Tennant, em suas preleções hulseanas sobre “A Origem e a Propagação do Pecado”, desenvolve a doutrina do ângulo da teoria da evolução. (pg. 144).
A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO OU DA OBRA DE CRISTO
A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO ANTES DE ANSELMO
Na teologia dos Pais Gregos...Os apologetas escreveram muito pouco que seja importante sobre esse assunto. Irineu...vê a redenção parcialmente como livramento do poder de Satanás... O primeiro tratado sistemático sobre a obra da expiação foi o de Atanásio, De Incarnatione. (pg. 150).
A teologia patrística grega culmina com João Damasceno. Ele compendiou os pensamentos anteriores sobre a obra de Cristo, embora não adicionasse qualquer contribuição distintivamente sua.
Na teologia dos Pais Latinos...O tipo distintivamente latino de teologia começa com Tertuliano...Ele ressalta muito mais que Irineu a significação central da morte de Cristo na cruz, considerando-a ponto culminante da missão de Cristo e sua real finalidade. (pg. 151). De Tertuliano passamos para Hilário de Poitiers e para Ambrósio, os quais interpretaram para o Ocidente o pensamento teológico grego. (pg. 153).

A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO DESDE ANSELMO À REFORMA
Doutrina da expiação conforme Anselmo...Ele rejeita deliberadamente, como insatisfatória, a teoria de recapitulação, bem como a teoria do resgate pago ao diabo e a idéia de que a morte de Cristo foi mera manifestação do amor de Deus ao homem, porquanto essas coisas não explicam adequadamente a necessidade da expiação...A exata posição de Anselmo só pode ser entendida à luz das idéias do pecado e da satisfação que ele sustentava. (pg. 155-156). A teoria de Anselmo assinala importante avanço no desenvolvimento da doutrina da expiação... (pg. 157).
Teoria da expiação conforme Abelardo...A teoria de Abelardo tinha pouco em comum com a de Anselmo...Abelardo rejeita a idéia anselmiana de que Deus foi reconciliado com os homens mediante a morte de Seu Filho...Outrossim, não era necessária tal base, visto que Deus é amor e está sempre pronto a perdoar, independentemente de qualquer satisfação. (pg. 158).
Reação de Bernardo de Clairvaux contra Abelardo...Atacava Abelardo por causa de sua interpretação racionalista do cristianismo, dizendo que o exemplo de Cristo torna-nos santos na mesma proporção em que o exemplo de Adão nos tornou pecadores.
Visões sincretistas da expiação...Em escolásticos como Pedro Lombardo, Boaventura e Tomás de Aquino achamos vestígios da influência de Anselmo e Abelardo. (pg. 159).
Duns Scoto sobre a expiação...Ele faz a própria expiação, o caráter que ela assume e o seu efeito dependerem totalmente da vontade arbitrária de Deus. Afirma não haver necessidade inerente de prestação de satisfação...Um ato piedoso de Adão teria servido como expiação pelo seu primeiro pecado. (pg. 162).
A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO DA REFORMA
Os reformadores aprimoram a doutrina de Anselmo...Ambos mantêm a natureza objetiva da expiação, e ambos a consideram necessária. Contudo diferem quanto à natureza dessa necessidade. (pg. 164).
       Em diversos pontos a doutrina da expiação, segundo foi desenvolvida pelos reformadores, mostra-se superior à sua forma anselmiana....Finalmente, eles também ultrapassaram Anselmo na idéia que fazia sobre o modo como os méritos de Cristo são transferidos para os pecadores. (pg. 165).
Concepção sociniana da expiação...Negava ele a presença de qualquer tipo de justiça em Deus que “requeresse absoluta e inexoravelmente que o pecado fosse punido”. A justiça comumente assim chamada e que se opõe à misericórdia não seria um atributo imanente de Deus, mas tão somente o efeito de sua vontade.
Sociniano nunca se cansava de dizer que o perdão de pecados é um ato de pura misericórdia, com base simplesmente no arrependimento e na obediência. (pg. 166).
Teoria grotiana da expiação...Essa teoria representa realmente uma posição média entre a doutrina dos reformadores e as idéias de Socínio. (pg. 167).
Idéia Arminiana da expiação...Não adotaram o esquema de Grótio, embora se tivessem aliado a ele na tentativa de velejar entre a monstruosa Cila dos socinianos e a Caríbdea da doutrina da Igreja. É bem característico à posição arminiana que a morte de Cristo é apresentada como uma oferta sacrificial, mas, ao mesmo tempo, é mantido que esse sacrifício não deve ser tido como pagamento de uma dívida, e nem como completa satisfação prestada à justiça (pg. 169).
Outrossim, eles consideram a expiação de Cristo como geral e universal, o que significa que Ele “fez expiação pelos pecados da humanidade em geral, e por cada indivíduo em particular”. (pg. 170).
Transigência na escola de Saumur...A escola de Saumur representa uma tentativa de abrandar o calvinismo rigoroso do Sínodo de Dort e, ao mesmo tempo, evitar os erros do arminianismo (pg. 171).
A DOUTRINA DA EXPIAÇÃO APÓS A REFORMA
Controvérsia da medula na Escócia...Segundo essa idéia, Cristo fez expiação por todos os homens, no sentido que tornou a salvação possível para todos, levando-os assim a um estado salvável... A posição neo-nominiana foi combatida na Inglaterra pelo livro de Fisher, Marrow of Modern Divinity (“Medula da Divindade Moderna”), publicado em 1645. (pg. 173).
Schleiermacher e Ritschl sobre a expiação... Schleiermacher... rejeitava totalmente a doutrina da satisfação penal....considerava Cristo o homem arquétipo, protótipo perfeito da humanidade...foi o segundo Adão...foi Ele o cabeça espiritual da humanidade...Esse ponto de vista se chama “teoria mística” da expiação. (pg. 175).
Ritschl...via em Cristo um homem que para nós tem o valor de Deus, a quem o predicado divino pode ser atribuído, por causa de Sua obra. Ele nega o fato que a reconciliação consiste exclusivamente da mudança de atitude do pecador para com Deus. (pg. 175).
Teorias mais recentes da expiação...Teoria governamental da teologia de Nova Inglaterra...Diferentes tipos da teoria da influência moral...Teoria mística da expiação. (pg. 178).
A DOUTRINA DA APLICAÇÃO E APROPRIAÇÃO DA GRAÇA DIVINASOTERIOLOGIA DO PERÍODO PATRÍSTICO
Soteriologia dos três primeiros séculos...São naturalmente exposições um tanto indefinidas, imperfeitas, incompletas e, algumas vezes, até mesmo errôneas e auto-contraditórias. Em harmonia com o ensino do Novo Testamento, de que o homem obtém as bênçãos da salvação pelo “arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”, os Pais primitivos ressaltaram tais requisitos. A fé era usualmente tida como o notável instrumento para o recebimento dos méritos de Cristo, e com freqüência era reputada de único meio de salvação. (pg. 183).
Prevalecia largamente entre eles a idéia que o batismo tem o dom de perdoar os pecados, e que o perdão para os pecados cometidos após o batismo pode ser obtido pela penitência.
Soteriologia dos séculos restantes do período patrístico...Pelágio se afastou muito mais do ensino bíblico quanto à aplicação da redenção do que qualquer outro dos primeiros Pais da Igreja. (pg. 185).
Agostinho...reputa o homem natural como totalmente depravado, totalmente incapaz de realizar o bem espiritual. (pg. 186).
Os semi-pelagianos tomavam posição intermediária, negando a total incapacidade do homem para realizar o bem espiritual, mas ao mesmo tempo admitindo sua incapacidade em cumprir reais obras salvadoras sem a assistência da graça divina. (pg. 187).
SOTERIOLOGIA DO PERÍODO ESCOLÁSTICO
Concepção escolástica da graça...Também não havia consenso geral sobre a questão da graça entre os escolásticos. Os pontos de vista de Pedro Lombardo, que exibem inequívoca afinidade com os de Agostinho, foram largamente aceitos. (pg. 190). A exposição feita por Alexandre de Hales concordava de maneira geral com a de Pedro Lombardo, mas introduzia uma outra divisão característica da teologia escolástica.
Concepção escolástica da fé...No período escolástico houve a tendência geral de fazer distinção entre a fé como forma de conhecimento, como mera anuência à verdade, e a fé como afeto espiritual, que produz boas obras. (pg. 192).
Concepção escolástica da justificação e do mérito...O comum ensinamento deles é que a justificação se dá pela infusão da graça santificadora na alma por Deus. Da parte de Deus, inclui a infusão da graça santificadora e o perdão dos pecados e, da parte do homem, implica no volver da vontade livre para Deus, mediante a fé e a contrição. 9pg. 192).
SOTERIOLOGIA DA REFORMA E PÓS-REFORMA
A ordem luterana da salvação...Estava ele mesmo profundamente em obras penitenciais quando, com base em Romanos 1:17, raiou-lhe a verdade que o homem é justificado exclusivamente pela fé, e ele pôde entender que o arrependimento, exigido em Mateus 4:17, nada tem em comum com as obras de reparação postuladas pelo romanismo; antes, o arrependimento consiste de real contrição íntima do coração, como fruto da graça de Deus com exclusividade. (pg. 195).
Ordem reformada da salvação...Sua posição fundamental era que não existe participação nas bênçãos de Cristo, exceto por meio de uma viva união com o Salvador. Regeneração, arrependimento e fé não são tidas como meros passos preparatórios, inteiramente à parte de qualquer união com Cristo, e nem como condições que devem ser preenchidas pelo homem, no todo ou em parte, com as suas próprias forças. (pg. 197).
No entanto, ainda que Calvino diferisse de Lutero quanto à ordem de salvação, concordava plenamente com ele sobre a natureza e importância da doutrina da justificação pela fé.
Ordem arminiana da salvação...Se o homem anuir à verdade, confiar na graça de Deus e obedecer aos mandamentos de Cristo, então receberá uma medida maior da graça divina, sendo justificado por causa de sua fé; e então, se perseverar até o fim tornar-se-á participante da vida eterna. (pg. 198).
       Concepções secundárias da ordem da salvação... Antinomiana...Mística...(pg. 199-200).

A DOUTRINA DA IGREJA E A DOS SACRAMENTOS
A DOUTRINA DA IGREJA
No período patrístico...Apesar de ser mencionada como o verdadeiro Israel, sua relação à sua preparação na histórica em Israel nem sempre foi bem entendida.
Nas seitas, todavia, manifestou-se outra tendência, a saber, fazer da santidade de seus membros o verdadeiro sinal da Igreja autêntica. (pg. 205). Os Pais da Igreja se opuseram a todos esses sectários e realçavam cada vez mais a instituição da Igreja....O bispo era considerado absoluto governante da Igreja. (pg. 206).
Na idade média...Tornou-se corrente a tradição nos séculos IV E V d.C. de que Cristo dera a Pero o primado oficial sobre os demais apóstolos, e que esse apóstolo se tornara primeiro bispo de Roma. (pg. 209). Paralelamente a isso desenvolveu-se a idéia de que a igreja católica romana era o reino de Deus sobre a terra, pelo que também o bispado romano era um reino terrestre. E finalmente, a identificação da Igreja com o reino provocou a secularização prática da Igreja. (pg. 210).
Durante e após a reforma...A idéia luterana. Lutero repeliu a idéia de uma Igreja infalível, de um sacerdócio especial e de sacramentos que atuam à maneira de mágica; e restaurou ao seu correto lugar a idéia do sacerdócio de todos os crentes.
A idéia anabatista. A organização eclesiástica romanista se baseava muito no Velho Testamento, mas os anabatistas negavam a identidade da congregação do Velho Testamento com a Igreja do Novo Testamento, insistindo sobre uma Igreja composta exclusivamente de crentes. (pg. 213).
A idéia reformada. A concepção reformada da Igreja é fundamentalmente idêntica à luterana, embora divirja em alguns particulares relativamente importantes. (pg. 214).
A Doutrina dos Sacramentos
Os sacramentos em geral...No todo pode-se dizer que os escolásticos seguiram a concepção agostiniana dos sacramentos como sinais visíveis e meios duma graça invisível. O primeiro a nomear os sete bem conhecidos sacramentos da igreja católica romana foi Pedro Lombardo (pg. 217).
...Os sacramentos são necessários à salvação... (pg. 118).[posição católica romana].
Além do batismo e a ceia do Senhor, são reconhecidos os seguintes sacramentos: confirmação, penitência, extrema unção, ordenação e matrimônio. (pg. 219).
Batismo...Mesmo entre os Pais apostólicos achamos a idéia que ele era o instrumento que efetua o perdão dos pecados e que comunica a nova vida regenerada. O batismo infantil era bastante corrente na época de Orígenes e Tertuliano... (pg. 222).
De fato, os reformadores alemães adotaram grande parte do batismo da Igreja católica romana, chegando a reter muitas das cerimônias vinculadas a ele, como o sinal da cruz, o exorcismo, os padrinhos, etc. (pg 223).
Os da Igreja Reformada precediam baseados na suposição que o batismo foi instituído para os que crêem, e que não gera fé, porem a fortalece. (pg. 224).
A ceia do Senhor...No início, a Ceia do Senhor era acompanhada por uma refeição comum, para a qual as pessoas traziam os necessários ingredientes. No Ocidente, o desenvolvimento da doutrina da Ceia do Senhor era mais lenta, porém levou ao mesmo resultado. (pg. 225). Durante a Idade Média a doutrina, conforme Agostinho a ensinava, cedeu lugar á doutrina católica romana. O Concílio de Trento tratou do assunto da eucaristia conforme registrado em Sessão XIII dos seus Decretos e Cânones. (pg. 226).
Os reformadores na sua totalidade rejeitaram a teoria sacrificial da Ceia do Senhor e da doutrina medieval da transubstanciação. (pg. 227).
A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
O Estado Intermediário...A doutrina das últimas coisas nunca ficou no centro da atenção, é uma das doutrinas menos desenvolvidas, e portanto não exige discussão elaborada.
Os Pais Apostólicos ainda não refletiram sobre o estado intermediário. De acordo com a opinião comum de seus dias, os piedosos, ao morrerem, imediatamente herdariam a glória celestial preparada para eles, e os ímpios passariam imediatamente para os sofrimentos do inferno. A opinião geral dos Pais posteriores, tais como Irineu, Tertuliano, Hilário, Ambrósio, Cirilo, e mesmo Agostinho, era que os mortos descem até hades, um lugar com várias divisões, onde permanecem até o dia do juízo, ou, segundo Agostinho, até que são suficientemente purificados. (pg. 233).
Foi no Ocidente que se desenvolveu a idéia de um fogo purgatorial especial. A localização do purgatório também era assunto de debate, e era geralmente considerado que se tratava da parte do hades mais perto do inferno. (pg. 234).
Houve oposição à idéia do purgatório...e todos os reformadores sem exceção rejeitavam a doutrina inteira do purgatório como sendo contrária às Escrituras. 9pg. 235).
A SEGUNDA VINDA E A ESPERANÇA MILENIAL
...é evidente, mesmo no Novo Testamento, que alguns deles esperavam uma vinda sem demora. Não é, porém, correto dizer como dizem os premilenistas, que foi geralmente aceita durante os três primeiros séculos.
O milenismo da Igreja Primitiva gradualmente foi ultrapassado... naturalmente cedeu lugar para a adaptação da Igreja para suas tarefas atuais. (pg. 236).
Durante a Idade Média, o milenismo foi geralmente considerado herético.
No tempo da Reforma, a doutrina do milênio foi rejeitada pelas Igrejas Protestantes, todavia reviveu em algumas seitas. Uma certa forma de milenismo surgiu, porém no século XVII. Durante os séculos XVIII E XIX a doutrina do milênio mais uma vez foi favorecida em certos círculos. (pg. 237).
A RESSURREIÇÃO
A maior parte dos Pais Primitivos da Igreja acreditava na ressurreição do corpo, ou seja, na identidade do corpo futuro com o presente. Os escolásticos especulavam segundo sua maneira comum, quanto ao corpo da ressurreição. Suas especulações eram fantasiosas e tinham pouco valor permanente. (pg. 239). Os teólogos do período da Reforma estavam de acordo que o corpo da ressurreição seria idêntico com o corpo presente.
O JUÍZO FINAL E OS GALARDÕES FINAIS
Os mais antigos Pais da Igreja pouca coisa dizem sobre o juízo final, mas geralmente ressaltam sua certeza. Os Pais posteriores ficaram firmes na sua convicção de que haveria um juízo final no fim do mundo (pg. 241). Os escolásticos prestavam especial atenção à localização do céu e do inferno. Os reformadores se contentaram com a afirmação da simples doutrina da Escrituras, que Cristo voltará.
CREDOS HISTÓRICOS DA IGREJA
Credo dos Apóstolos, de Cesaréia, de Nicéia, Niceno e de Atanásio.
CREDO DOS APÓSTOLOS
1.Creio em Deus Pai Onipotente
2.e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor,
3.que nasceu do Espírito Santo e da Virgem Maria,
4.que foi crucificado sob o poder de Pôncio Pilatos e sepultado,
5.e ao terceiro dia ressurgiu da morte,
6.que subiu ao céu
7.e assentou-se à direita do Pai,
8.de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
9.Creio no Espírito Santo,
10.na santa Igreja católica (universal),
11.na remissão dos pecados,
12.na ressurreição da carne,
13.na vida eterna.
CREDO DE CESARÉIA
Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, Verbo de Deus, Deus de toda a criação, por quem foram feitas todas as coisas; o qual foi feito carne para nossa salvação, tendo vivido entre os homens. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao Pai e novamente virá em glória para julgar os vivos e os mortos. Cremos também em um só Espírito Santo.
CREDO DE NICÉIA
Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, sendo da mesma substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual foram feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, encarnou-se e se fez homem. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e novamente virá para julgar os vivos e os mortos. Cremos no Espírito Santo. E a todos que dizem: Ele era quando não era, e antes de nascer, ele não era, ou que foi feito do não existente, bem como aqueles que alegam ser o Filho de Deus de outra substância ou essência, ou feito, ou mutável, ou alterável a todos esses a Igreja católica e apostólica anatematiza.
CREDO DE NICENO
Cremos em um Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um Senhor, Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne por meio do Espírito Santo e da Virgem Maria, e tornou-se homem. Foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos, padeceu, foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia conforme as Escrituras, subiu aos céus, assentou-se à direita do Pai. Novamente há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos e seu reino não terá fim. Cremos no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas. Cremos na Igreja uma, santa, católica e apostólica. Confessamos um só batismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos e a vida no século vindouro.
CREDO DE ATANÁSIO
E a fé católica (universal) é esta: adoremos um Deus na Trindade, e a Trindade na unidade.
Não confundimos as Pessoas, nem dividimos (separamos) a Substância.
Pois existe uma única Pessoa do Pai, outra do Filho e outra do Espírito Santo. Mas a Deidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo é toda uma só: a glória é igual, a majestade é co-eterna.
Tal como é o Pai, tal é o Filho e tal é o Espírito Santo.
O Pai não foi criado, o Filho não foi criado, o Espírito Santo não foi criado.
O Pai é incompreensível (imensurável), o Filho é incompreensível (imensurável), e o Espírito Santo é incompreensível (imensurável).
O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.
E, no entanto, não são três (seres) eternos, mas há apenas um eterno.
E não há três (seres) que não foram criados e que são incompreensíveis (imensuráveis).
Há, porém, um só que não foi criado e é incompreensível (imensurável).
Assim sendo, o Pai é Todo-Poderoso, o Filho é Todo-Poderoso, o Espírito Santo é Todo-Poderoso.
E, no entanto, não são três (seres) Todo-Poderosos, mas um só é Todo-Poderoso.
Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus.
E, no entanto, não são três deuses, mas um só Deus.
Igualmente, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.
E, no entanto, não são três Senhores, mas um só Senhor.
Pois da mesma forma que somos compelidos pela verdade cristã a reconhecer cada Pessoa, por si mesma, como Deus e Senhor, assim também somos proibidos pela religião católica (universal) de dizer: Existem três deuses ou três senhores.
O Pai não foi feito de ninguém: nem criado e nem gerado.
O Filho vem somente do Pai: não foi feito nem criado, mas gerado.
O Espírito Santo vem do Pai e do Filho: não foi feito nem criado, e nem gerado, mas procedente.
Assim há um só Pai, e não três Pais; há um só Filho, e não três Filhos; há um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.
E nessa Trindade nenhum é antes ou depois do outro. Nenhum é superior ou inferior ao outro. Mas todas as três pessoas são juntamente co-eternas e co-iguais de tal modo que, em todas as coisas, foi dito, a Unidade na Trindade e a Trindade na Unidade deve ser adorada. Aquele, pois, quiser ser salvo, deve pensar assim sobre a Trindade. Também é necessário para a salvação eterna que se creia, fielmente, na encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo.  Pois a verdadeira fé é que creiamos e confessemos que nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e Homem.
(CONCORDIA TRIGLOTTA)
Deus da Substância do Pai, gerado antes dos mundos, e Homem da substância de sua mãe, nascido no mundo.
Perfeito Deus e perfeito Homem, tendo alma e subsistindo em carne humana. Igual ao Pai, referindo-se à sua divindade, e inferior ao Pai, referindo-se à sua humanidade;  O qual, embora seja Deus e Homem, contudo não é dois, mas um só Cristo.
Um, não mediante a conversão da divindade em carne, mas por ter tomado a humanidade em Deus. Um, juntamente; não por confusão de Substância, mas por unidade de Pessoa.  Pois tal como a alma e a carne formam um só homem, assim Deus e o Homem é um só Cristo;  O qual sofreu pela nossa salvação; desceu ao inferno, ressuscitou dentre os mortos ao terceiro dia.
E ascendeu ao céu. Está assentado à direita do Pai, Deus Todo-Poderoso, de onde virá para julgar os vivos e os mortos. Por ocasião de sua vinda, todos os homens ressuscitarão em seus corpos e prestarão contas de suas próprias obras.  Aqueles que praticaram o bem irão para a vida eterna; e aqueles que praticaram o mal obterão as chagas eternas. Essa é a fé católica (universal), a qual pode salvar o homem. Basta que ele creia nela fiel e firmemente.
A HISTÓRIA DA DOUTRINA DA TRINDADE
Ao longo da leitura deste estudo, pudemos comprovar que a doutrina da Santíssima Trindade como pregada pela igreja Católica e por várias denominações protestantes não tem base bíblica. Na verdade, a palavra “Trindade” ou “Triúno” nunca foi utilizada pelos autores bíblicos. Esta doutrina é completamente estranha aos israelitas do Velho Testamento e aos cristãos do Novo Testamento. Nesta seção mostraremos como a doutrina da Santíssima Trindade foi introduzida paulatinamente na igreja cristã.“
PAGANIZAÇÃO” DO CRISTIANISMO
Nos primeiros séculos da era cristã o mundo estava sob o controle dos romanos. Os imperadores daquela época perceberam que poderiam governar com maior facilidade utilizando-se da religião, unindo a igreja com o estado. Mas estes governantes tinham um desafio: agradar os dois maiores grupos religiosos da época: cristãos e pagãos.
A forma encontrada foi adaptar o cristianismo ao paganismo e vice-versa. Isso causou o que podemos chamar de paganização da religião cristã. Muitas práticas surgiram como mistura de conceitos da cultura pagã com a cultura judaico-cristã. Um exemplo é a adoração de imagens de escultura, algo abominável para os apóstolos e profetas do Velho Testamento por ser prática claramente pagã. Mas a nova idolatria era adaptada para agradar aos cristãos. As imagens estabelecidas eram de Jesus e dos apóstolos e pretendiam apenas representar a divindade e os santos apóstolos - a princípio sem o objetivo de adoração, mas que demonstrou ser uma direta transgressão do primeiro e segundo mandamentos: “Não terás outros deuses diante de mim” e “não farás para ti imagens de escultura”. Desta forma, misturando o paganismo com o cristianismo, tais imperadores conseguiram agradar o grupo de pagãos e o de cristãos.
Os conceitos básicos para o estabelecimento da Doutrina da Trindade surgiram dentro deste contexto como forma de conciliar o culto politeísta dos pagãos com o culto cristão de adoração a um único Deus. Uma boa forma para agradar cristãos e pagãos seria o estabelecimento de um culto de um Deus formado por três pessoas.
O CONCÍLIO DE NICÉIA
De acordo com a Wikipedia, enciclopédia da Internet, “O primeiro concílio de Nicéia teve o lugar em 325 a.d. durante o reinado do imperador romano Constantino I (o primeiro imperador romano a aderir ao cristianismo). Foi a primeira conferência de bispos ecumênica da igreja católica.”
Naquela ocasião a igreja atravessava uma grande controvérsia com relação à natureza de Cristo. Várias teorias surgiram para explicar a questão da divindade e/ou humanidade de Cristo. A maior parte destas teorias estava bem longe da verdade e da simplicidade da Palavra de Deus. Um dos nomes mais famosos da época é o de Arius que questionava a divindade de Cristo defendendo uma posição muito parecida com a doutrina dos Testemunhas de Jeová (por isso são conhecidos como Arianos). “Na controvérsia ariana colocava-se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de um império universal que deveria ser alcançado com a ajuda da uniformidade da adoração divina”, complementa a enciclopédia Wikipedia.


Vendo o império dividido nesta questão e almejando a unidade, Constantino convocou para o verão de 325 a.d. os bispos de todas as províncias. Um grande número de bispos atendeu à convocação de Constantino para o Primeiro Concílio de Nicéia que foi aberto formalmente em 20 de Maio daquele ano. Após um mês, em 19 de Junho foi promulgado o Credo de Nicéia. O “credo” era um documento preparado pela liderança da igreja que continha as crenças fundamentais que todos os cristãos deveriam professar. Quem não professasse este conjunto de doutrinas era expulso da igreja. Isto aconteceu com alguns bispos que discordaram do Credo de Nicéia.
O CREDO DE NICÉIA
“Creio em um único Deus e Pai Onipotente, que fez o Céu e a Terra; e em um único Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, unigênito do Pai, nascido antes de todos os séculos, Deus de Deus, consubstancial com o Pai, que desceu dos Céus, e foi encarnado do Espírito Santo pela Virgem Maria; e no Espírito Santo, Senhor e Vivificante, que procede do Pai e do Filho, que é adorado e glorificado com o Pai e o Filho.”

O CREDO DE ATANÁSIO (PRODUZIDO POUCO DEPOIS DO CONCÍLIO DE NICÉIA, ONDE O CONCEITO DA TRINDADE FICAVA MAIS CLARO).
“A Fé católica [universal] é que veneramos um único Deus na Trindade, e a Trindade na Unidade, sem confundir as Pessoas e sem separar a substância' (...) Outra é a Pessoa do Pai, outra a Pessoa do Filho, e outra a Pessoa do Espírito Santo (...) O Pai é Deus e Senhor, o Filho é Deus e Senhor, e o Espírito Santo é Deus e Senhor (...) Mas, assim como somos forçados pela verdade cristã a confessar cada Pessoa Deus e Senhor em particular, do mesmo modo somos impedidos pela religião católica de dizer três Deuses ou três Senhores.”


O CREDO CATÓLICO DE HOJE
“A Igreja estudou este mistério com grande solicitude e, depois de quatro séculos de investigações, decidiu expressar a doutrina deste modo: Na unidade da Divindade há três pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – realmente distintas uma da outra. Assim nas palavras do Credo de Atanásio: “O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus, e no entanto não são três deuses, mas um só Deus.” (O Catecismo do Católico de Hoje Pág. 12 (Número 1248 da Editora Santuário – Edição 28 – 2002).
É importante lembrar que o Concílio de Nicéia não estabeleceu apenas os fundamentos para a doutrina da trindade. Outras decisões foram tomadas pelos bispos da igreja católica em 325 a.d.
Segundo a enciclopédia Wikipedia “outra decisão do concílio de Nicéia consistiu na transferência do dia de descanso semanal do Sábado para o Domingo. Antes da religião cristã conseguir o reconhecimento oficial de Roma, judeus e cristãos tinham tradições e festejos em comum.” Sabemos que os pagãos adoravam o sol e os cristão e judeus guardavam o sábado.
Novamente uma nova doutrina foi estabelecida, os cristãos poderiam continuar guardando um dia por semana, o dia do Sol (Sunday, em inglês). Desta forma, novamente cristãos e pagãos poderiam se unir no novo sistema de adoração meio pagão, meio cristão.
DOUTRINA DA SANTÍSSIMA TRINDADE - INÍCIO SANGRENTO E MORTAL
Antes de entrarmos no estudo deste artigo, é importante salientar que o seu autor não é cristão, sendo assim seu comentário é isento de idéias preconcebidas, tanto a favor como contra a Doutrina da trindade.
As origens da doutrina da Santíssima trindade são chocantes. Como no caso da maioria das questões históricas relativas à cristandade, houve muita fraude e derramamento de sangue. Muitas vidas foram perdidas antes que o Trinitarianismo fosse enfim adotado.
Como muitos cristãos sabem, a palavra “trindade” não aparece na Bíblia. E não aparece porque é uma doutrina que evoluiu aos poucos no início do cristianismo. Foi um processo manipulado, sangrento e mortal até que finalmente se tornou uma doutrina “aceita” da Igreja.

CONSTANTINO – OFICIALIZAÇÃO DA
DOUTRINA DA TRINDADE
Flavius Valerius Constantius (c. 285-337 AD), Constantino o Grande, era filho do imperador Constâncio I. Quando seu pai morreu em 306 AD, Constantino tornou-se imperador da Bretanha, Gália (atual França) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle de todo o império romano. Divergências teológicas relativas a Jesus Cristo começaram a se manifestar no império de Constantino quando dois oponentes principais se destacaram dos outros e discutiram sobre se Cristo era um ser criado (doutrina de Arius) ou não criado, e sim igual e eterno como Deus seu pai (doutrina de Atanásio).
A guerra teológica entre os adeptos de Arius e Atanásio tornou-se acirrada. Constantino percebeu que seu império estava sendo ameaçado por esta divisão doutrinal. Constantino começou a pressionar a Igreja para que as partes chegassem a um acordo antes que a unidade de seu império ficasse ameaçada. Finalmente, o imperador convocou um concílio em Nicéia, em 325 AD, para resolver a disputa.
Apenas 318 bispos compareceram, o que equivalia a apenas uns 18% de todos os bispos do império. Dos 318, apenas uns 10% eram da parte ocidental do império de Constantino, tornando a votação tendenciosa, no mínimo. O imperador manipulou, pressionou e ameaçou o concílio para garantir que votariam no que ele acreditava, não em algum consenso a que os bispos chegassem. As igrejas cristãs hoje em dia dizem que Constantino foi o primeiro imperador cristão, mas seu “cristianismo” tinha motivação apenas política. É altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a doutrina cristã. Ele mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu título de alto sacerdote de uma religião pagã até o fim da vida e só foi batizado em seu leito de morte.
OS DOIS PRIMEIROS TERÇOS DA TRINDADE
O CONCILIO DE NICÉIA
A maioria dos bispos, pressionada por Constantino, votou a favor da doutrina de Atanásio. Foi adotado um credo que favorecia a teologia de Atanásio. Arius foi condenado e exilado. Vários bispos foram embora antes da votação para evitar a controvérsia. Jesus Cristo foi aprovado como sendo “uma única substância” com Deus Pai. É significativo que até hoje as igrejas ortodoxas do leste e do oeste discordem entre si quanto a esta doutrina, ainda conseqüência das igrejas do oeste não terem tido nenhuma influência na “votação”. Dois dos bispos que votaram a favor de Arius também foram exilados e os escritos de Arius foram destruídos. Constantino decretou que qualquer um que fosse apanhado com documentos arianistas estaria sujeito à pena de morte. O credo de Nicéia declara:
“Creio em Um só Deus, Pai Onipotente, Criador do céu e da terra e de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em Um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, gerado do Pai antes de todas as coisas. Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem todas as coisas foram feitas ...”
Mesmo com a adoção do Credo de Nicéia, os problemas continuaram e, em poucos anos, a facção arianista começou a recuperar o controle. Tornaram-se tão poderosos que Constantino os reabilitou e denunciou o grupo de Atanásio. Arius e os bispos que o apoiavam voltaram do exílio. Agora, Atanásio é que foi banido. Quando Constantino morreu (depois de ser batizado por um bispo arianista), seu filho restaurou a filosofia arianista e seus bispos e condenou o grupo de Atanásio. Nos anos seguintes, a disputa política continuou, até que os arianistas abusaram de seu poder e foram derrubados. A controvérsia político/religiosa causou violência e morte generalizadas.

Em 381 AD, o imperador Teodósio (um trinitarista) convocou um concílio em Constantinopla. Apenas os bispos trinitaristas foram convidados a participar. 150 bispos compareceram e votaram uma alteração no Credo de Nicéia para incluir o espírito Santo como parte da divindade. A doutrina da trindade era agora oficial para a Igreja e também para o Estado. Os bispos dissidentes foram expulsos da Igreja e excomungados.
O CREDO DE ATANÁSIO COMPLETA A DIVINDADE TRINA?
O Credo (trinitário) de Atanásio foi finalmente estabelecido (provavelmente) no século V. Não foi escrito por Atanásio mas recebeu seu nome. Este é um trecho: “Adoramos um só Deus em trindade ... O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o espírito Santo é Deus; e contudo eles não são três deuses, mas um só Deus.”
Por volta do século IX, o credo já estava estabelecido na Espanha, França e Alemanha. Tinha levado séculos desde o tempo de Cristo para que a doutrina da trindade “pegasse”. A política do governo e da Igreja foram as razões que levaram a trindade a existir e se tornar a doutrina oficial da Igreja. Como vimos, a doutrina trinitária resultou da mistura de fraude, política, um imperador pagão e facções em guerra que causaram mortes e derramamento de sangue.
A TRINDADE CRISTÃ – MAIS UMA NO
DESFILE DE TRINDADES
Por que surgiu esse clamor para elevar Jesus e o espírito Santo a posições iguais à do Deus judeu/cristão? Simplesmente porque o mundo pagão estava habituado a ter “três deuses” ou “trindades” como divindades. A trindade satisfazia à maioria de cristãos que tinha vindo de culturas pagãs. O cristianismo não se livrou das trindades pagãs, ele as adotou assim como adotou tantas outras tradições pagãs.
OUTRAS TRINDADES
O hinduísmo abraçou a divindade trina de Brahma, deus da criação; Vishnu, deus da manutenção, e Siva, deus da destruição. Uma das muitas trindades do Egito era Hórus, Ísis e Osíris. Os fundadores da primitiva igreja cristã não tinham idéia de que o conceito de trindade iria surgir, ser votado por políticos, imposto por imperadores e um dia se tornaria parte integral do cristianismo moderno. Não é nenhuma surpresa que tal conceito seja “difícil” de explicar. Há um deus cristão ou três em um? A maioria das igrejas cristãs apóia a doutrina da trindade, mas ainda há algumas que rejeitam o ensinamento. Hoje em dia, temos a liberdade de acreditar em uma possibilidade ou outra, mas corremos o risco de sermos ridicularizados se negarmos a crença na trindade.
A TRINDADE E SUAS CONSEQÜÊNCIAS
PRÁTICAS
A esta altura, muitos crentes sinceros poderão levantar as seguintes questões: Qual é a diferença, na prática, entre aceitar a tradicional doutrina da Santíssima trindade ou aceitar a doutrina bíblica que o Pai, Filho e Espírito Santo é o mesmo Deus único em manifestações e ofícios.
NOSSA SALVAÇÃO DEPENDE DESTE PONTO?
Todas as pessoas que no passado aceitaram a doutrina da Santíssima trindade e as que hoje a aceitam estarão perdidas para sempre? O assentimento mental de qualquer teoria sobre a divindade terá algum efeito prático na vida do cristão? Ou Deus não leva em conta o que acreditamos desde que tenhamos amor uns para com os outros? Sem dúvida, tais questões são extremamente relevantes para os seguidores de Cristo que procuram viver uma religião prática. O mundo religioso está cheio de teorias, doutrinas e dogmas que geram debates, conflitos, separações, guerra e morte. Se um ensino bíblico não tiver um efeito prático positivo na vida do cristão, tal ensino é totalmente dispensável e não mereceria nossa atenção. Se existe uma doutrina de grande importância no cristianismo, essa é a doutrina da natureza de Jesus Cristo - Sua divindade e humanidade. É somente nesta axiomática doutrina que está edificada a fé cristã. As Escrituras cristãs, compostas por 66 livros do Velho e Novo Testamentos, enfatizam a necessidade de um Redentor para os homens que estão em pecado. 
Todos eles estão mortos, perdidos e sob a ira de Deus, à espera do julgamento final pelos seus pecados, a não ser que o Salvador os resgate. Esse Salvador não é apenas um bom mestre, um homem sábio, como alguns supõem.
O Redentor da Bíblia cristã é o próprio Deus, que toma na carne a forma humana e morre pelos pecados do Seu povo. Ele é o único homem-Deus, uma Pessoa com duas naturezas não misturadas, mas unidas. Não existe religião alguma com a Divindade de um Redentor e a complexidade das duas naturezas do Messias. Sim, existiram muitas religiões de mistério na antiguidade, as quais, de um modo ou de outro, enfatizaram uma divindade ou um semideus, vindo para salvar os homens, ou ajudá-los de várias maneiras. Porém nenhuma delas enfatizou a divindade suprema de um Deus Todo-Poderoso, o qual tomou a forma humana, para salvar do horror de Sua própria ira alguns que estavam mortos em ofensas e pecados. Neste ponto, o Senhor Jesus Cristo permanece exclusivo. Maomé, Krishna, Buda e outras figuras religiosas jamais fizeram as afirmações que o Senhor Jesus Cristo fez. Eles jamais afirmaram ser Deus. Jesus Cristo foi o único homem que afirmou ser Deus e manteve essa afirmação, sempre e sempre. Neste estudo veremos que os escritores bíblicos afirmaram constantemente que o seu Salvador era Deus em carne. Maomé, Krishna, Buda e outras figuras religiosas, mantiveram todos a afirmação de serem mais iluminados do que os outros, ou divinamente tocados, mas nunca que eram Deus. Como poderiam fazê-lo? Como poderiam eles comprovar suas afirmações? Porventura eles podiam ressuscitar os mortos? Podiam transformar água em vinho? Podiam andar sobre o mar? Não! Somente o Senhor Jesus Cristo e unicamente Jesus Cristo, afirmou ser Deus. O objetivo deste artigo é demonstrar o inegável testemunho bíblico ao fato histórico de que Jesus Cristo, o único Redentor dos homens, é Deus. Somente Ele fez essa afirmação e o registro bíblico torna isso constantemente conhecido.


EXEMPLOS DA DIVINDADE DO MESSIAS
NO VELHO TESTAMENTO
Começo usando algumas profecias do Velho Testamento, a fim de provar que o Messias vindouro era Divino. Ele não era especial de alguma maneira abstrata, mas o próprio Deus. O servo sofredor de Isaías 53 não é apenas um homem que morre na cruz. Esta seria uma morte sem significação alguma, pois muitos outros homens já haviam morrido crucificados, muito antes de Jesus Cristo vir à Terra. Em vez disso, as profecias do Velho Testamento confirmam enfaticamente e provam a divindade do Messias como Deus.
Primeiro, numa nota preliminar, é importante salientar que o finito não pode conter o infinito. Seres humanos não compartilham dos atributos incomunicáveis de Deus, em hipótese alguma. Seres humanos não podem ser infinitos, eternos, imutáveis, etc. Eles são criaturas limitadas e não podem se tornar Deus, nem tomar os Seus atributos. Com o Messias, isso também é verdade. Contudo, Deus pode adicionar-se à natureza humana, sem misturar Sua divindade com a humanidade. Essa ligação é feita sem a mistura das duas naturezas. A natureza humana continua a ser humana e a natureza divina, sempre divina, embora numa só pessoa. O Filho de Deus possui duas naturezas. É uma Pessoa com duas naturezas. A completa união desta natureza é um mistério, mas essencial e necessário, conforme a Bíblia ensina. As Escrituras atestam este fato numa variedade de exemplos. Menciono aqui que Deus não pode compartilhar Sua divindade na natureza da humanidade do homem. Isto é importante, quando se consideram os versos referentes ao unigênito Filho do Pai e provas idênticas. Deus não pode criar outro Deus, nem um homem pode se tornar Deus. Dizer isso é deixar de pensar, penetrando no reino da fantasia. Não estamos falando de Zeus ou Hermes, figuras fantásticas criadas, os quais são homens com extraordinários poderes (como os nossos super-heróis de hoje). Em vez disso, estamos falando de um ser. Deus não pode compartilhar o Seu Ser com criatura alguma.

Ele só pode compartilhar o Seu Ser dentro de Si mesmo. Veremos, então, que Jesus Cristo é Deus e que o Filho de Deus é outro oficio, manifestação ou ministério na economia Divina, agora tendo uma natureza humana. O mesmo Deus Pai, Filho e Espírito Santo, sendo o Único Deus. Contudo, Deus tomou a natureza humana, como o homem Jesus Cristo. Aqui, Jesus Cristo continua dizendo que é Deus, Aquele que é o único e todo-poderoso.
A Bíblia comprova que isto é verdade? Sim, ela o faz e de forma poderosa. No Velho Testamento existe uma porção de Escrituras que testificam que o Messias judeu que haveria de vir é Deus. Para os israelitas, o Messias profetizado seria o próprio Deus. Temos aqui algumas das mais memoráveis Escrituras que foram registradas. A primeira é Salmo 2:6-12, no qual acontece um diálogo entre Deus e o Seu Filho unigênito:  "Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião. Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos com tremor. Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam." Vemos aqui que o Senhor gera o Seu Filho. Esta é a eterna geração do Filho pelo Pai. Então, o Filho deve ser adorado, pois "beijar" significa "dobrar os joelhos diante". Se o Filho não for adorado, Ele ficará zangado e levará os homens a perecer em seus caminhos. O Filho fica irado, e o único meio de escapar é NELE confiar para o livramento. Como poderiam o Filho e o Senhor ter essas qualidades? A resposta é que o Senhor é o Filho, e o Filho é o Senhor, pois nenhum mero homem seria profetizado dessa maneira.
Somente Deus pode acender Sua ira por causa da falta de adoração ao Seu Divino Ser. O Salmo 110:1 também atesta o diálogo entre Deus e Deus. Davi escreve: "Disse o SENHOR ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés." Jesus usa isso lindamente contra os fariseus, quando indaga como poderia o Messias ser o Senhor de Davi e o seu filho ao mesmo tempo? A palavra aqui deve ser observada. A tradução literal diz: "Yahweh disse ao meu Adonai." O termo "Yahweh" corresponde ao nome de Deus, literalmente declarando "Eu Sou". Sempre que a designação Yahweh é usada na Bíblia em todo o Velho Testamento, ela se refere ao "Grande Eu Sou". O título "Adonai" é usado para designar a suprema posição de Deus como "Senhor". Então, Yahweh está falando para Adonai. Vemos aqui Deus falando para Deus. O escritor de Hebreus usa este Salmo diversas vezes para designar o ofício do Messias como o Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque.
Esta promessa, ou pacto, feito por Deus consigo mesmo o Messias. Aqui, o Messias é, pelo pacto, destinado à função Messiânica, como o Sumo Sacerdote de uma melhor aliança. Aqui, Deus fala com Deus. Vemos o eterno conselho em ação; filho de Davi e, contudo, o Senhor de Davi.  Daniel 7:13 é também um verso muito importante, e um dos meus favoritos. Nesse verso encontramos o título "Filho do Homem", não como um título de humanidade, mas de deidade: "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele." Duas figuras são apresentadas nesta visão, uma do Ancião de Dias e uma do Filho do Homem, que vinha nas nuvens do céu, ou a glória shekiná do céu. Quem quer que seja o Filho do Homem, Ele é Divino. De fato, Ele é tão brilhante em Sua glória, que brilha em Si mesmo como as nuvens do céu.
Compactas nuvens de glória de brilho divino ilustram ante o Ancião de Dias, quando o Filho do Homem entra na Corte Divina e os livros do julgamento são abertos. Como veremos, a designação favorita de Jesus a Si Mesmo é este título: Filho do Homem. Ele certamente sabe que é o divino Filho do Homem, que compartilha a glória de Deus. De fato, Ele resplandece com o brilho da glória de Deus.
Em Miquéias 5:2 encontramos a profecia do local de nascimento do Messias. Mas ela não apenas marca o local do nascimento da humanidade de Cristo, como também marca a dupla natureza de que Aquele que vai nascer é eterno: "E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Os dias do Messias são de 'eternidade'. Ao Messias são atribuídos incomunicáveis atributos divinos - como a eternidade ou a natureza do que é eterno. Somente Deus é eterno e, contudo, vemos que o Messias é considerado Eterno.
Zacarias 13:7 também designa o Messias com o título divino de Deus Todo-Poderoso.
Quando Cristo estava no jardim com Seus discípulos e foi preso, cumpriu-se a profecia de que o pastor seria ferido e as ovelhas se dispersariam: "Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão sobre os pequenos." A chave aqui é "volverei a minha mão sobre os pequenos". O Senhor está falando de Si mesmo. Ele é o pastor que vai estender Sua mão sobre os pequenos [irmãos judeus] e os juntará para trazê-los de volta. Ele é o Messias e também o Senhor.
Uma das profecias mais específicas referindo-se ao Messias é Isaías 9:6. Vamos ler o bem conhecido verso da natividade, referindo-se ao advento do Messias como um menino nascido e, em seguida, a designação que Lhe é dada: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Aqui, o Messias é chamado de Maravilhoso! Por quê? Uma resposta pode ser encontrada em Juízes 13, onde encontramos a narrativa do nascimento de Sansão. Os pais de sansão, Manoá e sua mulher, encontram-se com o Anjo do Senhor. Após longa conversa sobre o nascimento de Sansão, Manoá pergunta o nome do anjo.
A resposta se encontra em Juízes 13:18: "E o anjo do SENHOR lhe disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso?" O nome do anjo é Maravilhoso! Em geral, os anjos têm nomes como Gabriel ou Miguel. Contudo, esse anjo tem um nome maravilhoso demais para mencionar. Após a partida do anjo, Manoá faz uma importante declaração, conforme Juízes 13:22: "E disse Manoá à sua mulher: Certamente morreremos, porquanto temos visto a Deus." O anjo do Senhor, cujo nome é Maravilhoso, é Deus. Isso nos esclarece, quando consideramos Isaías 9:6. O Messias é Deus e o Seu Nome é Maravilhoso. Contudo, a profecia de Isaías não pára aqui. O Messias não apenas é chamado Maravilhoso, como Deus, mas também é chamado Deus Poderoso. Se essa designação não for bastante explícita, a profecia também O chama de Pai da Eternidade. O Messias não é apenas o Redentor terreno, mas o Deus Poderoso, Pai da Eternidade. Pai da Eternidade é a designação que Cristo dá a Deus, nos evangelhos. O Messias é chamado Deus nesse verso profético de Isaías, por três vezes: uma vez, sutilmente, como Maravilhoso. Uma vez, explicitamente, como Deus Poderoso e uma vez como o Pai da Eternidade. Portanto, o Messias é Deus!
Junto com Isaías 9:6, como uma amada profecia referente ao advento, vem a profecia do Emanuel, de Isaías 7:14: "Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel." Mateus interpreta o nome Emanuel corretamente, em Mateus 1:23, como sendo 'Deus conosco'.
A profecia referente à narrativa do nascimento de Cristo, conforme designada e interpretada por Mateus, um meticuloso contabilista e coletor de impostos, diz que Cristo é Deus. Sim, o Cristo nascido de uma virgem é Deus! Outra profecia referente a Cristo é Jeremias 23:5-6: "Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.
O descendente levantado a Davi será um Renovo justo. O Messias virá da linhagem de Davi e será exaltado como Deus. Ele também será chamado "O Senhor, Justiça Nossa." Essa designação é dada exclusiva e literalmente a Deus, como "Yahweh Tsidkenu". O Messias não somente é exaltado como Deus, mas também é chamado "O Senhor Justiça Nossa". O Messias é Yahweh. O Messias é Deus!
A última profecia que gostaríamos de examinar rapidamente é Malaquias 3:1: "EIS que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos." Vemos aqui que o Messias é identificado como "O Senhor", o qual virá ao Seu templo. Ele é o Mensageiro da Aliança e o Servo eleito em quem Deus se compraz. Mas Ele é o próprio Deus. Marcos 1:2 confirma esse verso de Malaquias, quando atesta a vinda de João Batista: "Como está escrito nos profetas: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti." O mensageiro vem e, em seguida, vem o Senhor. Lucas também diz isso, em Lucas 1:76: "E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos." Lucas registra que João Batista será o profeta que preparará o caminho do Altíssimo, o Senhor que virá ao Seu templo. O Messias é o Altíssimo Deus.
Estas profecias são apenas uma seção de cruzamento entre aqueles que falam do Messias como sendo divino. Mas cada um deles credita o Messias como Deus. O Messias, ou o Cristo, que virá é o Senhor Deus do céu e da terra. As projeções das Escrituras do Velho Testamento respaldam este assunto. Isso é inegável, visto como o Novo Testamento confirma as projeções do Velho Testamento como o fato histórico na vida de Jesus Cristo.
PASSAGENS SELECIONADAS DO
NOVO TESTAMENTO QUE PROVAM QUE JESUS É DIVINO
O Novo Testamento não deixa qualquer dúvida sobre Cristo ser o Messias ou que o Messias é Deus.
Jesus falou isso de Si mesmo e os apóstolos falaram sobre Jesus, mesmo depois que Ele subiu ao céu, e em todas as cartas do Novo Testamento dirigidas às igrejas. Negar esse fato é reinterpretar a mensagem da Bíblia, desprezando o próprio texto - algo que a maioria das pessoas que odeia a Cristo faz. Examinar o texto e tratar honestamente com o mesmo é ver a divindade de Jesus Cristo como o único verdadeiro Deus.  Vamos começar um breve exame dessas passagens com o texto constantemente explorado de João 1:1-3: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." O Verbo aqui mencionado é Cristo. João utiliza uma efetiva designação do Logos Eterno, a fim de que sua audiência gentia/romana ficasse convencida de que o Verbo Eterno, o Eterno Logos, era Aquele que desceu do céu. Esta seria, e de fato foi, uma ferramenta efetiva no ensino aos gentios aristotelianos e platônicos sobre o Único Deus Verdadeiro. Vemos aqui que o Verbo Eterno é o próprio Deus. O texto grego não permite uma tradução de "um Deus", mas somente de "Deus". As Testemunhas de Jeová assassinaram o texto grego aqui e também negaram a sua tradução nos versos seguintes. Por exemplo, se o texto diz "um Deus", então essa tradução deveria ser usada no restante do capítulo. A mesma construção usada no verso 1 é também usada mais 13 vezes no capítulo, referindo-se ao próprio Jeová. Ora, se as Testemunhas de Jeová traduzem o verso 1 como "um deus", então deveriam traduzir os demais 13 versos sobre Jeová com sendo Ele "um deus". Contudo elas não o fazem porque isso iria prejudicar a sua falsa ambição teológica. Elas simplesmente negam que Jesus Cristo é Deus, traduzindo horrivelmente o verso 1 e depois traduzindo corretamente o restante da passagem, visto como esta se refere a Jeová. Esta é uma interpretação satânica, a fim de negar a divindade do Verbo. Em vez disso, o Verbo é Deus, vindo de Deus e Criador de todas as coisas. Ele é o eterno Verbo de Deus, o exato Logos do próprio Deus, o qual veio à Terra em forma de homem, a fim de salvar Seu povo. Depois, na mesma passagem de João 1, encontramos o verso 14 declarando: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." Ora, João não apenas afirma que o Verbo é Deus, mas explica que o Verbo mantém toda a glória do Pai, pois é o unigênito Filho de Deus. O Verbo desceu do céu, habitou entre os homens, e Sua glória, a glória somente de Deus, brilhou entre os homens, por algum tempo. Sabemos disso, visto como esse Verbo eterno era a forma do próprio Deus, conforme Filipenses 2:6-7 explica: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens." Paulo está falando de Jesus Cristo. O Messias é Deus, por isso Ele não achou que era usurpação ser igual a Deus. Ser igual a Deus é ser Deus. Pensem sobre os atributos de Deus e na incomunicável natureza dos Seus atributos. Somente Deus pode se igualar a Si mesmo. Mas Deus tomou a forma de homem e foi feito à semelhança de homens, para salvar os homens dos seus pecados.
Paulo não confunde as palavras sobre Deus manifestado em carne de homem, quando diz em 1 Timóteo 3:16: "E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória." Quem foi manifestado em carne? Foi Deus. Não foi um ser semelhante a Deus, mas o próprio Deus. Deus tomou a forma de servo. Adotou em Si mesmo uma nova natureza, que antes não havia adotado: uma natureza humana. Sabemos que Jesus Cristo é o Salvador dos cristãos. Sabemos, por inúmeras passagens do Novo Testamento, que os apóstolos acreditavam que "Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos." (Atos 4:12). Isto é axiomático para os apóstolos - Jesus é o Salvador. É o Seu sacrifício que salva os homens. Em Atos 20:28, vemos o registro de Lucas sobre a obra de Cristo ser atribuída ao próprio Deus: "Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue." Esse "Ele" é o próprio Deus. Ele comprou a igreja com Seu próprio sangue. Deus tem sangue? Sim, Ele tem sangue pela natureza humana de Jesus Cristo. Ele morre e o seu sangue é considerado como o sangue de Deus. Eles são sinônimos. Desse modo, os cristãos são remidos da condenação eterna pelo sangue do próprio Deus. Lucas descreve a obra de Jesus como aquela que é feita por Deus. Isso é verdade porque Jesus é Deus e todos os Seus apóstolos o sabiam. De outro modo, teria sido blasfêmia honrar um simples homem mortal por uma obra que somente Deus poderia fazer. No Livro de Hebreus vemos o escritor citando muitas passagens do Velho Testamento, comprovando a divindade do Messias como Deus. Em Hebreus 1:8-9, diz o escritor: "Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros." Aqui, ele está citando o Salmo 45:7: "Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros." Vemos aqui Deus falando com Deus. O Ungido tem um trono e este é o Trono de Deus. O escritor de Hebreus está provando que Cristo é maior do que Moisés e maior do que os anjos, o que teria sido um choque para os neoplatonistas, contra os quais ele está escrevendo. Os platonistas acreditavam em um supremo, único e perfeito Ser. Esse "Único" tem emanações que fluem do Seu ser perfeito para os serem inferiores, isto é, Moisés, os anjos e até mesmo os mestres como Jesus. Mas o autor de Hebreus prova que o Messias é o Único, o próprio Deus eterno, superior a Moisés e a todos os anjos. Uma das últimas provas gerais do Novo Testamento para a divindade de Cristo encontra-se em Lucas 22:48, em que Judas trai o Filho do Homem. Lembrem-se que o título "Filho do Homem" é usado 80 vezes por Cristo, somente nos evangelhos. Esta é a Sua autodesignação favorita. "E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?"
Os homens têm-se traído uns aos outros com resultados catastróficos... Mas neste caso, Judas, um homem, trai o Filho do Homem. Nessa colocação histórica, o maligno e rebelde servo do pecado trai o próprio Deus. Judas cuspiu na face Daquele que Daniel descreve como vindo sobre as nuvens do próprio céu. Isso leva a traição de Judas ao infinito grau de malignidade! Teria sido melhor para Judas que ele não tivesse nascido, para depois trair o Filho do Homem com um beijo. Ironicamente, o salmista havia dito que devemos beijar o Filho para que Ele não se zangue e pereçamos no caminho. Judas beijou o Filho de um modo perverso e por isso está no inferno, pagando esse pecado, agora e por toda a eternidade. Designações do Novo Testamento a Jesus Cristo, Que São Atribuídas ao Deus do Velho Testamento
Existem muitas passagens do Novo Testamento que são interpretadas à luz do Velho Testamento como ações realizadas por Deus, porém atribuídas a Cristo. Algumas dessas espero poder explicar em seguida. Acho que elas são de muita ajuda para comprovar a Divindade do Messias.  A tentação contra o Senhor pelos israelitas no deserto é registrada inúmeras vezes. Esse registro é tão repetitivo que algumas vezes o leitor fica revoltado diante do aparente pecado dos israelitas nessa narrativa. Será que o leitor conhece bem este assunto, ou não? Vamos dar alguns exemplos: Números 14:22: "E que todos os homens que viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz..." Em Números 21:5-6, lemos: "E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil. Então o SENHOR mandou entre o povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em Israel." Os israelitas desafiaram Deus e as serpentes foram o meio de o Senhor os castigar. No Novo Testamento, Paulo nos admoesta a não tentarmos a Cristo. Em seguida, ele liga o evento a Cristo, em 1 Coríntios 10:9: "E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes."
Que não tentemos Cristo agora, a fim de não seguirmos os israelitas que tentaram a Cristo. Sua frase é "como alguns deles também tentaram", referindo-se aos patriarcas e aos israelitas, que tentaram Deus. Para Paulo tentar Deus é como tentar Cristo, visto como ambos são exatamente o mesmo Deus.  Outra passagem do Novo Testamento à luz das profecias do Velho Testamento encontra-se em Hebreus 110-11: "E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão..." Esta é uma descrição do Messias, Jesus Cristo.

É uma citação da obra de Deus citada no Salmo 102:26: "Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os mudarás; e ficarão mudados." Aqui vemos novamente a obra de Deus considerada como obra de Cristo, no Novo Testamento. Em João 12:40-41, diz a Escritura: "Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure. Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele." Isso mesmo Isaías disse, quando falou Dele e de Sua glória. João está citando Isaías 6:9-10. Essa visão veio a Isaías no capítulo 6: "Então disse ele: Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado." Aquele que é santo, santo, santo e se assenta no trono é Cristo, conforme João diz em sua inspirada palavra. Esta é a significação da visão de Isaías. Os anjos aparecem nessa visão dizendo: "Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória." (verso 3). Esse Deus Todo-Poderoso é Jesus Cristo, conforme João 12:40-41. Em Isaías 45:23, lemos: "Por mim mesmo tenho jurado, já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás; que diante de mim se dobrará todo o joelho, e por mim jurará toda a língua." Isso é copiado pelo apóstolo Paulo, em Romanos 14:11: "Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, e toda a língua confessará a Deus." Esse ato do joelho se dobrar será feito pelos homens diante do Senhor e esse Senhor é Jesus Cristo. Paulo atribui o dobrar o joelho dos homens a Jesus Cristo, visto que, "como eu vivo" e "a mim", estão falando da Redenção de Deus em Cristo.
Uma das clássicas ofertas do evangelho encontra-se em Mateus 11:28: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei." Nesta graciosa ordem, Jesus diz que os homens devem ir a quem? Ele diz: "a mim", isto é, ao próprio Jesus. Em Isaías 45:22, Jesus toma emprestadas as palavras do profeta: "Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro." 'Olhai para mim' em ambas as passagens são frases paralelas. Jesus afirma sua chamada no evangelho, como Deus afirma sua chamada em Isaías. Deus é a única fonte de salvação – e Jesus é Deus!
No texto supra citado, vemos Cristo creditar as palavras de Deus a Si mesmo. Em Romanos 10:13, Paulo escreve a mesma coisa, referindo-se à Redenção em Cristo: "Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo." Em Joel 10:32, o profeta declara: "E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar." A Jesus é novamente dado o mesmo e igual peso em Sua obra e palavras, que é dado a Deus. Somente Deus pode ser glorificado dessa maneira, a fim de que o resultado não seja a blasfêmia. Paulo assegura que as palavras em Joel são, do mesmo modo, as palavras de Cristo. Aos olhos de Paulo, Cristo é Deus. Paulo também afirma isso em Efésios 4:8-9: "Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?" Ele está citando o Salmo 68:18:
"Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e até para os rebeldes, para que o SENHOR Deus habitasse entre eles." O salmista está falando das obras de Deus; literalmente, "Yahweh Elohim". Paulo, em seguida, toma essa designação e a interpreta como a obra de Cristo em Sua ascensão ao céu.
Na obra redentora de Cristo, Ele dá dons aos homens e leva o cativeiro (os que morreram no pecado) cativo (agora livres em Cristo). A obra de Deus é novamente atribuída a Cristo. Por que será que todos esses versos das profecias e idéias do Novo Testamento atribuem as obras de Deus a Jesus Cristo? Para quem trata fielmente com o texto, logo claramente é visto que Jesus Cristo é Deus. Ele realiza a mesma obra de Deus e faz a mesma chamada feita por Deus à salvação, visto como somente Deus pode agir dessa maneira. Como isso é possível? Vamos mostrar como isso é possível, na próxima seção, que comprova que Jesus, em seus vários nomes, poder e atitudes, é Deus.
NOMES, PODER E ATRIBUTOS
DIVINOS APLICADOS A CRISTO
Se Jesus Cristo é Deus, então deveria haver amplas provas no Novo Testamente para respaldar essa afirmação. Não existem apenas amplas provas, mas elas são tantas que não é possível registrar todas elas aqui. Apanhei alguns versos selecionados, que demonstram que Jesus Cristo é Deus, ao contrário da opinião popular. O nome significa muito na Bíblia. A designação de um nome pode ser essencial na identificação da pessoa, ou de um evento ou tempo especial. Por exemplo, "Icabode" foi o nome dado a uma criança nascida no Velho Testamento, quando Arca da Aliança foi capturada pelos filisteus, quando o sumo sacerdote Eli morreu. Esse nome significa "Foi-se a glória". Significativo? Certamente. Desse mesmo modo, o nome de Cristo vai mostrar o Seu caráter e o Seu Ser. Em 1 João 5:20, Jesus é chamado o verdadeiro Deus e a vida eterna: "E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." Isso poderia ser mais explícito? Jesus é o verdadeiro Deus.
Paulo afirma isso em Romanos 9:5, onde ele chama Jesus Cristo de "Deus bendito eternamente": "Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém." Jesus é o Deus bendito eternamente." Em Tito 2:13, Paulo chama Jesus de "grande Deus e nosso Salvador". Ele diz: "Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo." Em João 20:28, Tomé faz a confissão: "E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!" Jesus não é somente Senhor; Ele também é Deus! Em João 8:58-59, encontramos uma acirrada discussão entre os fariseus e Jesus. Esse debate faz aumentar o ódio contra Cristo por parte dos judeus. Diz o texto: "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou. Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou." Por que eles lançaram mão de pedras para apedrejá-lo? Porque sabiam exatamente o que Jesus estava dizendo. Jesus estava afirmando ser Aquele que havia libertado os israelitas do Egito. Ele era o "Eu Sou", que havia falado a Moisés, conforme Êxodo 4, na sarça ardente. Isso fica mais forte, quando nos lembramos da discussão anterior com eles, em João 5:17-19, em que Jesus faz algumas declarações que os judeus não puderam suportar: "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente." Jesus faz o mesmo que o Pai faz. Isso porque Ele é Deus e pode realizar as mesmas obras do Pai. Ele está em pé de igualdade com o Pai e pode realizar as mesmas ações do Pai.


Se Ele não fosse Deus não poderia dizer isso. Os judeus entenderam perfeitamente e por isso quiseram matá-lo. Em seguida, vem o incidente em que Jesus declarou ostensivamente que Ele era o "Eu Sou", ou o próprio Yahweh.  Deus é glorioso. Somente Ele é gloriosíssimo e possui uma glória que somente Ele conhece. Isso é parte Dele. Ele não a divide com os outros. Em João 17:5, Jesus diz: "E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse." Jesus já possuía a glória divina, antes mesmo que o mundo existisse. Essa glória só pôde ser atribuída a Cristo porque Ele é "Deus bendito eternamente". Em João 1:1-3, Jesus é apresentado como possuindo o atributo da eternidade: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Ele é o verbo que estava com Deus desde o princípio. Isto significa que Ele é eterno. Ele é também o Criador pode criar tudo do nada. Seu poder criador comprova a Sua Onipotência. Ele tem os mesmo atributos de Deus porque é Deus.  Em Mateus 18:20, a onipresença é atribuída a Jesus: "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." Isso não significa que a humanidade de Cristo esteja presente em toda parte, pois assim Ele não seria realmente humano. Sua humanidade seria predominante em Sua Divindade. Ou então Sua Divindade seria negada, caso fosse misturada à Sua humanidade. Nos dois casos, atribuir uma mistura de Suas duas naturezas seria cair numa heresia nada ortodoxa. Em vez disso, sua Divina Natureza como Deus está presente em toda parte. Ele pode estar no meio do Seu povo, quando dois ou mais se reúnem em Seu Nome. Como poderia Ele estar no meio de tantas igrejas em determinados dias, se Ele não fosse Deus?


Cristo não apenas é onipresente, como outra designação teológica lhe é atribuída - imanência. Em João 3:13, lemos: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu." Este verso é muito rico. Jesus não é simplesmente Aquele que veio do céu, mas, em Sua divindade, Ele permanece no céu. A frase "que está no céu" demonstra a imanência do Ser Divino. Não apenas o Filho Divino está andando na Terra, em Sua natureza humana, mas, ao mesmo tempo, Ele continua enchendo o céu como o Deus imanente de todas as eras. Visto como Jesus Cristo é Deus, Ele deve, necessariamente, ser Todo-Poderoso. Tanto Apocalipse 1:8,18 como 11:17, mostram que a Jesus são atribuídos atributos de onipotência: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso."  "E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno." "Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste."
Jesus tem as chaves da morte e do inferno, o que significa ser Ele o Todo-Poderoso Senhor sobre a morte. O único que pode ter esse poder é Deus. Deus é o Senhor Todo-Poderoso que controla o inferno e a morte. Jesus pode se levantar sozinho de entre os mortos, estando no comando dos que estão mortos e no inferno, como o Senhor Todo-Poderoso.  Em João 5:17, Jesus é apresentado como tendo os mesmo atributos do Pai: "E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." Ele trabalha do mesmo modo que o Pai. Novamente, se Ele está realizando as obras do Pai e fazendo a Si mesmo igual para realizar as mesmas obras do Pai, Ele deve ser Deus para conseguir isso. Suas obras têm a mesma qualidade das obras do Pai. Os judeus odiavam essas palavras porque sabiam que Ele estava se fazendo igual a Deus. Por quê? Porque Jesus é Deus e eles simplesmente odiavam esse fato. Os evangelhos também registram que Jesus é onisciente.

O Filho de Deus comunicou à natureza humana o conhecimento que a natureza divina possuía, em alguns casos. Não completamente, mas em variadas porções. Isto só poderia ter sido possível porque Jesus é Deus. E não é que os escritores achassem que Ele conhecia algumas coisas, mas todas as coisas, algo que somente Deus poderia conhecer. Vemos isso em João 1:48: "Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando tu debaixo da figueira." Pedro Lhe diz em João 21:17: "Tu sabes todas as coisas." Jesus conhecia detalhes específicos que somente Deus poderia conhecer. Por exemplo, em Apocalipse 2:3-4 Ele diz: "E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor." Como poderia Jesus conhecer todas essas obras sobre a igreja de Éfeso? Ele teria de ser onisciente, a fim de perscrutar o coração, a fim de conhecer a sua paciência, trabalho e perseverança - para não mencionar sua disposição referente ao amor por Ele. Jesus conhece todas as coisas porque é Deus. O autor de Hebreus também escreve que Jesus, o Filho, é imutável – Ele nunca muda. Hebreus 1:11-12 diz: "Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, e como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão." Em Hebreus 13:8 lemos: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." Ele é o mesmo e Seus anos nunca chegarão ao fim. Ele permanece eternamente. Ele pode permanecer eternamente porque é Deus. Isso não significa que Ele não atingisse a idade nem crescesse em Sua natureza humana.  Em vez disso, significa que Cristo, sendo o Divino Filho de Deus, em Sua Divindade jamais mudará. Jesus não somente é Deus, mas Paulo descreve sua imagem exclusiva como o Único a conter toda plenitude da Divindade corporalmente. Colossenses 2:9 diz: "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade." Quem quiser ver Deus, basta olhar para Cristo. Ele é a imagem do Deus vivo e essa imagem e perfeição são manifestadas somente Nele, porque Ele é Deus.
Nenhum homem poderia jamais afirmar isso - e nenhum, a não ser Jesus Cristo, fez isso. Por que nenhum homem o fez? Porque simplesmente não poderia respaldar sua afirmação através do seu ser. Nenhum homem poderia ressuscitar a si mesmo da morte, nem manter as chaves da morte e do inferno, porque não é todo-poderoso, nem onisciente, nem onipresente. Mas Cristo afirmou isso, respaldou suas afirmações e tudo isso Lhe foi atribuído, constantemente, pelos autores do Novo Testamento.
Sendo Deus, Jesus Cristo respalda cada afirmação e age como Deus - pois é o Criador. Colossenses 1:16-17 diz: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele." Este texto é muito rico. Ele criou todas as coisas, sem importar o que sejam: até os principados e potestades (que podem se referir aos seres angélicos) foram criados por Ele e também para Ele, para darem toda a glória, louvor e honra que seu Nome merece. Mas Paulo não pára aqui. Ele diz que todas as coisas subsistem pelo Seu poder. A Terra, os céus, o universo poderiam cair, se Cristo não os sustentasse pelo poder de Sua vontade onipotente. Todas as coisas subsistem NELE, foram criadas por Ele e para Ele. Jesus também é Aquele que elege os homens para a salvação. Em João 13:18, Ele elege os apóstolos e condena o traidor Judas: "Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura:  O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar." Judas não foi escolhido e por isso foi apontado como aquele que levantaria o calcanhar contra o Ungido. Em 1 Timóteo 6:15-16, Jesus é chamado de Senhor dos senhores: "A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém." Ele é o Potentado, significando que é o Todo-Poderoso... Somente Deus pode viver "na luz inacessível".
Isso é atribuído a Cristo. Ele é o Deus eterno que habita na luz inacessível. Jesus tem o poder de revelar ou esconder a salvação dos homens. Isso comprova Sua Divindade porque em todo o Velho Testamento, Deus é o único com poder para salvar e condenar. Mateus 11:26-27 diz: "Sim, ó Pai, porque assim te aprouve. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar." Quando Cristo quer revelar a salvação, Ele o faz e se quiser escondê-la de outros homens, Ele o fará. A razão pela qual Ele pode declarar ou esconder a salvação é porque Ele é Deus. Ele tem o direito de dar a vida, quando o deseja, conforme João 5:21: "Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer." Ele não faz isso com todos. Ele ressuscita apenas os eleitos. Como poderia um mero homem mortal ressuscitar outro homem? Eu mesmo fico imaginando como isso poderia ser feito, a não ser que Jesus fosse Deus. Visto como Cristo é onisciente, Ele pode responder as orações dos santos, o que somente Deus pode fazer. João 14:13 diz: "E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho." (Confira 2 Coríntios 12:8-9).
Como poderia um homem finito conhecer todas as orações dos discípulos, quando eles oram em toda parte e em diversas horas? Impossível, a não ser que Jesus seja Deus.
Ele não somente revela a salvação aos homens e responde as orações, mas também perdoa pecados. Somente Deus pode perdoar pecados. As passagens de Mateus 9:6; Marcos 2:9-10 e Lucas 5:24 respaldam isso. Ele pode perdoar pecados e somente Deus pode fazer isso: "Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa." Aqui os judeus ficaram admirados de quem seria esse homem que podia perdoar pecados. Por isso Ele lhes perguntou: "Qual é mais fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?"
(Marcos 2:9) Para demonstrar Sua Divindade, Ele realizou as duas coisas, ambas impossíveis aos homens e somente possíveis a Deus. Em todo o Velho Testamento, Deus ordena que os homens olhem para Ele, a fim de serem salvos e que depositem sua confiança Nele. Ele estendeu Sua mão a um povo rebelde, todo o tempo. Houve os que mantiveram sua fé e creram em Deus. Contudo, no Novo Testamento Jesus é o objeto da fé. Em João 14:1, Ele diz: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim." Ele se coloca igual a Deus. A mesma crença que o povo tinha em Deus deveria agora ser dada a Ele. Crer em Deus é crer em Cristo, pois ambos são o mesmo Deus. Seu poder é tão imenso e espantoso que Jesus pode chamar os homens para fora do túmulo, conforme lemos em João 5:28-29: "Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação."
Jesus tem tal poder sobre a morte que, o som de Sua voz, pode convocar os cadáveres em decomposição a atenderem Sua voz. E o Seu poder, no último dia, é registrado como sendo tão grande que esse dia não será igual a nenhum outro, conforme Mateus 24:20-21: "E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no sábado; porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." Ele vai voltar em poder e glória. O sol, a lua e as estrelas cairão do firmamento e Sua glória brilhará em todo o seu esplendor. Sua glória será tão radiante que o brilho do sol vai parecer insignificante.
A ADORAÇÃO DADA A CRISTO COMPROVA QUE ELE É DEUS
Adorar a Deus é tão importante que o Senhor gasta tempo, em toda a Bíblia, explicando como isso deve ser feito. Em Êxodo 20:1-7, lemos:  "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão." Aqui, encontramos o objeto, os meios e a maneira de adorar. Somente Deus deve ser adorado e nenhum outro deus deve ser tolerado. Adorar outros deuses é provocar a ira de Deus contra o pecador rebelde. Deus é enfático e explícito ao dizer que nenhum outro deus deve ser adorado porque Ele é o único Deus vivo e verdadeiro de todas as eras. Todos os outros deuses não passam de ídolos mudos.
Em Deuteronômio 6:13-16, Moisés diz:  "O SENHOR teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós; porque o SENHOR teu Deus é um Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do SENHOR teu Deus se não acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra. Não tentareis o SENHOR vosso Deus, como o tentastes em Massá."  Deus fica irado quando Seu povo se desvia para adorar os falsos deuses. Sua ira se acende como um fogo. Juízes 2:12 diz: "E deixaram ao SENHOR Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos povos, que havia ao redor deles, e adoraram a eles; e provocaram o SENHOR à ira." Quando isso acontece, o Senhor envia o julgamento sobre o pecado do Seu povo. Em Jeremias 1:16 e 7:18 lemos: "E eu pronunciarei contra eles os meus juízos, por causa de toda a sua malícia; pois me deixaram, e queimaram incenso a deuses estranhos, e se encurvaram diante das obras das suas mãos... Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira."

O povo de Deus deve desprezar os deuses estranhos dos pagãos, como fizeram os amigos de Daniel, segundo lemos em Daniel 3:18: "E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste." Paulo observa que existe um só Deus verdadeiro, em 1 Coríntios 8:5-6: "Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele." Tudo isso é mostrado para que saibamos que somente Deus deve ser adorado.
Adorar qualquer outro que não seja o Deus vivo e verdadeiro é quebrar a Lei do Senhor e desobedecer-Lhe com o hediondo pecado da rebelião. Também é importante lembrar que Deus não divide a Sua Glória com outro deus. Isaías 42:8 diz: "Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura." Somente é aceitável adorar o Deus verdadeiro e nenhum outro. Mesmo assim, Jesus é sempre adorado em todo o Novo Testamento e até mesmo do Velho Testamento, por meio da profecia. Este fato é notável por duas razões: 1) Jesus permitiu ser adorado, o que significa que Ele é Deus e sabia disso; 2) Somente Deus deve ser adorado e centenas de Escrituras sobre este assunto o comprovam. Ele compartilha da glória divina. Deus só divide Sua glória com Ele. Se Jesus não é Deus, então exatamente neste ponto toda a fé cristã desmorona e se transforma em nada. Jesus diz aos Seus discípulos que eles deveriam crer em Deus como o seu objeto de fé. Contudo, em João 14:1 Ele diz: "Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim." Crer em Deus é um ato de adoração e confiança em Seu Nome. O Senhor Jesus Cristo ordenou que creiamos Nele como cremos em Deus. O elemento de fé tem que ser o mesmo por ser a manifestação e ofícios do único Deus. Nesta confiança, o Senhor Jesus Cristo é exaltado. A profecia do Velho Testamento referente ao Filho, no Salmo 2:12, pode ajudar:
"Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam." Os que confiam no Filho são chamados de bem-aventurados. Ele deve ser beijado [isto é, adorado de joelhos] e Nele devemos confiar porque Jesus é Deus. Jesus Cristo deve ser honrado da mesma maneira como o Pai, conforme é demonstrado em João 5:23: "Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou." Não são duas pessoas, mas ofícios e manifestação, o que não seria legítimo, se Jesus não fosse Deus.
Se isso acontecesse estaríamos dando honra a um simples homem mortal, uma honra que é devida somente a Deus. Não apenas os homens devem adorar ao Senhor Jesus Cristo, mas também os anjos são ordenados a fazê-lo, conforme Hebreus 1:6: "E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem." De fato, todos os anjos, homens e criaturas são comandados a dobrar os joelhos para adorá-Lo, conforme Filipenses 2:9-11: "Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai."  Também lemos em Apocalipse 5:13: "E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre". O Cordeiro, o Senhor Jesus Cristo, deve ser adorado para todo o sempre! Porque Jesus Cristo é Deus!
Ele sempre foi adorado: um leproso o adorou, conforme Mateus 8:2: "E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo." Em Mateus 9:18, vemos que um líder o adorou: "Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que chegou um chefe, e o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua mão, e ela viverá."
Em Mateus 28:9,17, após Sua ressurreição, as mulheres O adoraram: "E, indo elas a dar as novas aos seus discípulos, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram. E, quando o viram, o adoraram e alguns duvidaram." (A idéia de que alguns duvidaram é inacreditável!). Os demônios O adoraram, como aconteceu com o possesso gadareno: "E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o." (Marcos 5:6)
No caminho de Emaús, dois discípulos O adoraram, conforme Lucas 24:52: "E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém." Até mesmo o cego de nascença, quando O encontrou, O adorou: "Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou." Jesus permitiu que os homens O adorassem e admitiu essa adoração. Essa era uma razão para um israelita ser apedrejado e por isso os judeus quiseram apedrejar Jesus. Demônios, anjos, leprosos, gentios, judeus, Seus próprios discípulos e outros O adoraram. Sempre e sempre vemos que Jesus foi adorado e todos os que O adoraram agiram corretamente. Ele merecia essa adoração porque Jesus é o Deus eterno encarnado!
A PRÉ-EXISTÊNCIA DO FILHO
A natureza pré-existente do Filho de Deus. Aqui vemos que Jesus, o Filho de Deus, sempre existiu. Ele não é um ser criado na natureza de Sua Divindade como Filho, mas Ele mesmo usou Sua Divindade para criar a carne de Jesus Cristo. A Bíblia não apóia o arianismo. Jesus não é o primeiro ser criado, mas o único Ser auto-suficiente, o Deus que sempre existiu, infinitamente. Em João 3:13 vemos que o Filho sobe e desce do céu: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu." Conforme Sua imanência, vemos que Sua origem é "do céu" e que do céu Ele "desceu". Isso é reiterado em João 6:38: "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." Se isso não fosse verdade, Jesus teria dito que nasceu de Maria e José, a fim de fazer a vontade do Pai que O enviou.  Ele ainda atesta que ninguém viu o Pai, exceto Ele: "Não que alguém visse ao Pai, a não ser aquele que é de Deus; este tem visto ao Pai." (João 6:46) Isso mostra que Jesus sabia de Sua natureza divina, e que Ele estava com o Pai, antes da formação do mundo. Somente Ele viu o Pai e sua residência com o Pai é atestada em João 6:62.
Aqui Jesus sobe ao céu, de onde veio: "Que seria, pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?" Ora, se estas palavras não são bastante claras, o Eterno Logos do Evangelho de João diz aos judeus: "Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo." (João 8:23) Se esta declaração fosse falsa, todo o cristianismo e todos os cristãos, desde o tempo de Cristo até agora, estariam participando de uma farsa. Eles iriam apresentar-se como sendo o povo mais estúpido e ignorante de todos os tempos. Em vez disso, os discípulos jamais se abstiveram dessa declaração porque bem conheciam a verdade da mesma. Não somente Cristo havia comprovado isso, como eles também a haviam testemunhado a divindade Dele no Monte da Transfiguração. Sua afirmação permanece, de ter Ele residido com o Pai, segundo João 8:42: "Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou." Ele tinha uma íntima relação com o Pai, o que comprova a Sua eterna Divindade... Também em João 16:28, lemos: "Saí do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai." Como o Pai é Deus, Jesus saiu do Pai e regressou à exclusiva relação com Ele, isso comprova, maravilhosamente, a Sua pré-existência eterna, como o Filho de Deus. Se Jesus Cristo não é Divino, então o Pai também não o é, pois ambos são UM. Nesta breve pesquisa, o leitor crente não pode duvidar das afirmações das profecias referentes a Jesus Cristo; dos escritores da Bíblia e dos seus testemunhos sobre Jesus Cristo; dos registros daqueles que se opunham a Jesus Cristo (os quais queriam matá-Lo por causa de suas afirmações); dos que O adoraram e das afirmações do próprio Senhor Jesus Cristo. A verdade é que as profecias da Bíblia, os discípulos, os ouvintes, os seguidores, os oponentes e as palavras do próprio Senhor Jesus Cristo [pelas quais seremos julgados] apontam para o inegável fato de que todos sabiam que o Senhor Jesus Cristo é o Deus eterno encarnado o messias.
Eles O odiavam por causa disso ou então O adoravam. Jesus sabia que Ele é Deus. Ele confirmou isso através de Suas palavras, ações e testemunho da verdade. Ninguém pode chamar Cristo de "um bom Mestre". Essa é a voz de quem não é inteligente. Jesus Cristo não é "um bom Mestre" nem um "Homem Moral". Isso não está em questão. Você pode fazer apenas uma escolha: ou Ele é o Senhor do Céu e da Terra, o Justo Juiz do mundo, ou então Ele não passa de um lunático, um louco, um enganador pior do que o diabo. Como você vai decidir chamá-Lo?  Fica evidente, no material acima, que muita coisa foi esquecida. E em certos pontos fui repetitivo e monótono. Pensei em retirar alguns pontos deste estudo, em consideração ao leitor e pela possibilidade de ter usado idéias cíclicas e recorrentes. Mas foi isso exatamente o que eu tentei fazer. Os que acham que o Senhor Jesus Cristo foi apenas um bom Mestre ou um exemplo de moralidade, não estão levando em conta os registros bíblicos. As Escrituras afirmam continuamente a Divindade do Senhor Jesus Cristo. Este é um fato inegável no registro bíblico. Pense nisto: a palavra escrita confirmando essas coisas não pode ter sido escrita por demônios ou homens perversos. Os demônios são diabos e os homens maus não iriam registrar a bondade de Jesus Cristo de um modo tão brilhante, nem iriam apresentá-lo como o poderoso e Divino Deus Vivo, Rei dos reis e Senhor de senhores. Eles não teriam descrito o homem como um ser tão desprezível e maligno, condenado ao inferno, perdido e amaldiçoado por toda eternidade, se tivessem escrito estas páginas para enganá-los. Certamente não teriam escritos coisas ruins sobre eles mesmos e seus companheiros e escrito coisas tão maravilhosas sobre o Senhor Jesus Cristo. Isso não faria qualquer sentido. Nem ainda poderia a Bíblia ter sido escrita por homens piedosos ou santos anjos, sem o poder do Espírito Santo. Nenhum homem poderia ter escrito um bom livro sem dizer algumas mentiras, a fim de enganar o leitor, dizendo: "Assim diz o Senhor", enquanto o que dizem é de sua pura lavra. [NT: Como os carismáticos andam fazendo agora.] Se o fizessem não iriam se tornar homens bons, de modo algum, mas demoníacos e malignos, conforme estamos voltando ao ponto anterior. Em vez disso, a Bíblia é o registro da própria revelação de Deus aos homens, para que esses homens perdidos em seus pecados possam  buscar, esperançosamente, o Redentor dos homens, o homem-Deus, Jesus Cristo. O testemunho de Jesus Cristo como Deus é o único meio pelo qual importa que sejamos salvos da futura ira divina (Atos 4:12). A ira do Cordeiro será horrenda contra os que estão perdidos. Eles correrão para as montanhas, implorando que os montes caiam sobre eles, para se livrarem da ira do Cordeiro. Contudo, o Senhor colocou ao alcance de todos um meio para os que desejam escapar da destruição que os aguarda. A resposta se encontra em Jesus Cristo, o Deus de todas as eras. Que olhem para Ele todos os quadrantes da Terra, para serem salvos... [Porque o Senhor Jesus Cristo é o único Deus!]
DOUTRINA DA TRINDADE NÃO É VERDADEIRA
Neste estudo bíblico será feita a reinterpretação da doutrina da Trindade, dominante no cristianismo.
Alguns conceitos básicos, necessários para progredir nas interpretações que interessam aos fundamentos dos apóstolos para a Igreja de Jesus Cristo. (Efésios 2:20)
O principal, incomparável, será a interpretação da Palavra de Deus.
Se você dispõe de uma Concordância Bíblica e, fizer um levantamento por palavras ou frases específicas, tipo: Senhor, Senhor Jeová, Jeová, Deus, Espírito de Deus, Espírito Santo, Espírito do Senhor, Pai ... e, lendo o conteúdo, na primeira impressão poderá dizer: "Como separar isso?" "Quem é quem?"
Mas, nada na Bíblia fica sem interpretação, sobretudo a interpretação revelada.  Se eu creio na Trindade? Vamos meditando juntos na Palavra de Deus ...  O que é Trindade? A doutrina da Trindade argumenta que há um único Deus em três pessoas diferentes, que são: Pai, Filho e Espírito Santo.

Segundo a doutrina da Trindade, cada uma das três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo, pode ser chamada de Deus.  Isso determina politeismo, que é a doutrina que admite  vários deuses.
A Trindade é uma doutrina fundamental do catolicismo. Portanto politeitas O que é Unicidade? A unicidade afirma que há um só Deus e que Jesus Cristo é Deus, daí, decorre a sustentação de que Jesus Cristo é Deus na sua totalidade e, ainda, Jesus Cristo é a pessoa  do Pai, que é Espírito e Espírito Santo, Santo, Santo.
A DOUTRINA DA UNICIDADE ANULA A DOUTRINA DA TRINDADE.
CONCEITOS: MONOTEÍSMO E POLITEÍSMO
O monoteísmo é a crença em um só Deus. A divindade no monoteísmo é: onipresente, onisciente e onipotente. O monoteísmo trinitário é a afirmação de um só Deus em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.
O politeísmo consiste na crença em mais de uma divindade. A divindade pode ser de gênero masculino, feminino ou indefinido.
Cada divindade, no politeísmo, é individual e independente. No politeísmo reconhecem deuses e deusas, originados de fontes diversas. Vamos iniciar a interpretação seguindo um caminho progressivo.
O que é PESSOA?  Pessoa, segundo o dicionário: Criatura humana, Individuo (que tem individualidade).  O que é CRIATURA? Criatura, segundo o dicionário: Efeito de criar, todo ser criado, homem, indivíduo.
O que é CRIAÇÃO? Criação, segundo o dicionário: Ação ou efeito de criar, de tirar do nada. Totalidade dos seres criados. O universo visível. Produção, obra, invento.
O Tetragrama YHVH. Conviria realizar uma abordagem separada para o Tetragrama YHVH e tudo o que nos é possível pesquisar e, sobretudo, interpretar, pela Palavra de Deus. Já citei e mostrei em partes.
EU SOU O QUE SOU. Deus se apresentou ao povo de Israel, conforme consta no livro do Êxodo, capítulo 3, versículo 14. dizendo: " E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. "

Deus, o Deus de Israel é auto-existente, o único Deus verdadeiro. Ele é a plenitude do absoluto.

Sendo Deus, ESPÍRITO e plenitude que não foi criado, ou seja, existe por si mesmo, auto-existente, SE FOSSE CRIADO, deixaria de ser o verdadeiro e único Deus, essa glória seria de outro, então, essa plenitude auto-existente chamada Deus, NÃO PODE SER UMA PESSOA.

O PAI, O ESPÍRITO SANTO.
Quando "alguém" é chamado de pai é porque gerou um filho.

O Pai que gerou o Filho Jesus, gerou pelo seu ESPÍRITO. Maria não concebeu de ação de pessoa física, mas, pelo ESPÍRITO SANTO. (Evangelho: Mateus 1:18 - Lucas 1:35) Mateus 1:18, diz:" Ora o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo. "

Se, Deus Pai gerou o seu Filho Jesus Cristo, então, o Espírito Santo é o próprio Espírito do Pai, senão, não seria chamado Filho de Deus. Jesus é identificado por Filho de Deus e Filho do Pai, ou seja, quem o gerou está em Deus e no Pai.

Se, o Pai é Deus, logo o Pai é o Espírito Santo. Se o Pai não é o Espírito, então fica entendido que o Pai é outra pessoa "gerada" por Deus. Jesus, sendo Filho de Deus, fala com Aquele que o gerou chamando-o de Pai.

1 Coríntios 8:6, diz: " Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. "

Se, é Filho de Deus, o Espírito Santo, por conseqüência, não pode ser considerado PESSOA, pois é plenitude de Deus, e Deus é ESPÍRITO. O Espírito de Deus é auto-existente. O Espírito Santo é a Vida do próprio Deus.

O Deus criador de todas as coisas, gerou tudo pelo poder da Sua Palavra.
DO NADA TUDO FOI TRAZIDO À EXISTÊNCIA.
Então:
A Trindade, doutrina de domínio no cristianismo, diz que, um único Deus subsiste em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Que a divindade está no Pai, no Filho e no Espírito Santo, um único Deus em três pessoas.

QUE ESSAS PESSOAS SÃO DISTINTAS.

Agora,  
Para poder individualizar o Pai como uma pessoa, e é o Pai quem gerou o Filho Jesus, implicaria afirmar, inclusive, que esse Pai foi criado e é distinto.

Se, esse Pai é o próprio Deus, então, esse Pai não foi criado e É O PRÓPRIO ESPÍRITO DE DEUS.
DEUS ESTÁ SE TORNANDO "PAI", AO MESMO TEMPO, PORQUE GEROU O FILHO. DEUS É ESPÍRITO.
Se, não aceitar que o Pai é o próprio Deus, então teremos um Deus e mais outra pessoa distinta, o Pai, conforme diz a doutrina da Trindade.

Se a plenitude de Deus habita no Filho e, é o Unigênito do Pai, o Pai está acima Dele e, o Pai é o próprio Deus. DEUS É ESPÍRITO.

O Espírito Santo não pode ser separado do Pai e do Filho porque é o próprio Deus e sua plenitude auto-existente. DEUS É ESPÍRITO.

Interpretando um texto da Bíblia em 1 João 5:7, diz: " Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito; e estes três são um. "

Se nos é dado que os três, Pai, Palavra e Espírito, são UM, implica que são o mesmo ser, a mesma existência. A doutrina da Trindade diz que o Pai é uma pessoa e o Espírito Santo é outra pessoa.

Se assim for aceito, então, não poderei dizer que o Pai e o Espírito Santo são UM. Mesmo que Deus esteja nos dois, porque não posso individualizar o que é indivisível.

Se O PRÓPRIO PAI É DEUS, o Pai é a plenitude da auto-existência, da mesma forma o Espírito Santo.
Não podem ser considerados como pessoas separadas.

> Um exemplo simples e preciso é:

Um ser humano, homem, gera um filho. Esse homem, que gerou o filho, recebe a qualificação de pai.
A qualificação é acrescentada, mas, continua sendo, PLENAMENTE, o mesmo homem.

Esse pai não é outra pessoa, é o mesmo homem.

Esse homem, de si, deu algo para gerar o filho e, esse algo, também, não é outra pessoa, é a sua própria existência, sua semente, SEU ESPÍRITO.

Aquele que nasce desse pai é outra pessoa.
Tem tudo o que é do pai, DNA, sua imagem e sua semelhança, possuindo a plenitude do pai.

O filho possui A VIDA DO PAI, OU SEJA, O ESPÍRITO DO PAI. O pai existe no filho. DNA seu código genético. Numa gestação o sangue vem do homem (esperma) At.20:28.O Pai é o Espírito Santo Jesus é o corpo,imagem encarnada do Pai.Cl.1:15.

Observação: Isso confirma a unicidade.  Por isso temos as passagens bíblicas onde Jesus e outros dizem: " Meu Pai e meu Deus ".

Algumas passagens da Bíblia:
João 8:42, diz: " Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente, me amaríeis, pois que eu saí e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. "

João 14:10, diz: " Não crês tu que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. "

João 20:17, diz: " Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. "

QUEM É ESSA PALAVRA?
No que diz respeito à Palavra, requer agora interpretação de "Quem é essa Palavra".
Alguns textos bíblicos:
Efésios 6:17, diz: " Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. "

Hebreus 4:12, diz: " Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. "

Hebreus 11:3, diz: " Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente. "

A Palavra não é uma pessoa. O Verbo de Deus se tornou pessoa Jesus Cristo, Ele o Verbo encarnado é A Palavra é DEUS FALANDO. DEUS trazendo à existência aquilo que não existe. O Senhor Jesus é a Palavra do Espírito Santo encarnado. 

JESUS É A MANIFESTAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS E, O PRÓPRIO JESUS FALA A PALAVRA DE DEUS, QUE ESTÁ NELE E FLUI DELE, PELO ESPÍRITO DE DEUS QUE É O ESPÍRITO DO PAI.

Por isso, o Pai, a Palavra e o Espírito Santo são UM. Ou seja, UM = ÚNICO DEUS.
DEUS É ESPÍRITO, plenitude e auto-existência absoluta.

O Pai, Espírito Santo seriam considerados pessoas se tivessem sido criados.
Isso não é possível, pois são a mesma existência. São expressões que identificam o que É em si mesmo, mas, não são pessoas diferentes do Único Deus. "EU SOU O QUE SOU".

Pai, Palavra e Espírito Santo não são nomes que individualizam pessoas, mas, são expressões que se identificam dentro da mesma "existência".

E a Trindade?
Já não pode ser sustentada a doutrina da Trindade, porque, o Pai é o Espírito Santo, conforme exposto acima, são uma só existência e, não são duas pessoas distintas.
O Pai não foi criado, pois é o próprio Deus auto-existente. É chamado Pai porque é Aquele que gerou o Filho Jesus Cristo.
O Espírito Santo não foi criado, pois é o próprio Deus auto-existente.

A manifestação da vontade do Deus auto-existente em plenitude,  gerou Jesus Cristo e, assim, é o próprio Pai. Se o Pai fosse uma pessoa, parte distinta, caberia ao argumento da doutrina da Trindade, mas, se o Pai é o próprio Deus, não há como separá-lo porque é a mesma existência.
Conforme a Bíblia diz, nos dirigimos ao nosso Deus e Pai ou ao nosso Deus Pai.

Em um trecho do estudo sobre a doutrina da Trindade, no site do CACP, escrevem que, aceitam a Trindade de acordo com o que expõe a Bíblia Sagrada nas seguintes passagens bíblicas:

Mateus 28:19, diz: " Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. "
(essa passagem é uma manipulação feita na Bíblia - abaixo, breve consideração)

Efésios 4:4-6, diz: " Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos. "

1 Coríntios 12:4-6, diz: " Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. "

2 Coríntios 13:13, diz: " A graça do nosso Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com vós todos, Amém. "

Números 6:24-26, diz: " O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz. "
Texto bíblico adulterado - Mateus 28:19.
Evangelho de Mateus 28:19, diz:
" Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; "

Para saber se um texto está em desacordo ou fora de contexto bíblico, basta INTERPRETAR A BÍBLIA para que o erro fique em evidência.

Esse texto em questão é uma aberração, mas, para os que querem sustentar doutrinas, ele é indispensável.

Quando foi desenvolvida questão sobre o * Batismo nas Águas (ver estudo) ser em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ou em nome do Senhor Jesus Cristo, essa evidente manipulação também manifestou. Essa manipulação visa sustentar o interesse da igreja católica apostólica romana, através da doutrina da Santíssima Trindade e a marca, o sinal da cruz.

Se a igreja católica apostólica romana ia evangelizar o mundo e tendo o Papa como referência de ser Deus em plenitude na terra, a doutrina da Trindade lhe dá essa sustentação. O Papa é, conforme pretendem sugestionar, a própria personificação da Trindade e, o sinal da cruz se tornaria uma marca, seguindo a evangelização feita por eles ao redor do mundo.

Nas considerações sobre o Batismo nas Águas, é infantil dizer que os apóstolos fizeram exatamente aquilo que não deveria ser feito, ou seja, batizar nas águas EM NOME DO SENHOR JESUS.

E, o único texto que sustenta isso é Mateus 28:19.

A doutrina da Trindade aplicada pelo catolicismo romano e, adotada dissimuladamente pela igreja evangélica, removeu a plenitude da autoridade de Jesus Cristo, único Senhor, que lhe foi conferida pelo seu Deus e Pai (o Espírito Santo).

Isso é uma sutileza diabólica. A expressão "Em nome do Senhor Jesus Cristo" não interessa para o catolicismo romano.
NÃO TERIA NEM COMO FAZER O SINAL DA CRUZ.
O principal interessado de que o batismo nas águas seja em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é da igreja católica apostólica romana, fortalecendo a doutrina da Santíssima Trindade.

O principal enteressado em que se faça uma oração (reza) em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é da igreja católica apostólica romana, fortalecendo a doutrina da Santíssima Trindade.

No meio evangélico já muitos adotaram a "reza" em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo em circunstâncias diversas.  Aceitaram o engano.
JESUS CRISTO É DEUS?
Carta aos Hebreus, capítulo 1, versículos de 1 a 5, diz: " Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas, pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto mais excelente nome do que eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho? "

Colossenses 1:15-19, diz:
" O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação.
Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por ele e para ele.
Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.
E ele é a cabeça do corpo da igreja: é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse. "

Colossenses 2:9, diz:
" Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. "

Estamos diante de dois textos aparentemente divergentes sobre a mesma referência que é Jesus Cristo.
Um diz que Jesus é a imagem expressa de sua pessoa (Deus), enquanto que o outro texto diz que Jesus é a imagem do Deus invisível.
Pela interpretação, fica em evidência que o texto de Hebreus está montado ou traduzido de modo a criar uma ambigüidade, pois, a plenitude do EU SOU não permite limitá-lo a uma individualidade pela expressão pessoa.

Tudo que existe foi criado pela Palavra de Deus, Palavra do Deus "EU SOU".
A primeira manifestação da Palavra do nosso Deus e Pai, foi gerar o Filho.
O Filho é, por isso, a plenitude da glória do Pai, a plena manifestação da glória do Deus EU SOU.
O Filho é a primazia em tudo o que existe. O Filho é antes de tudo o que foi criado.

Tendo Jesus Cristo recebido TODO O PODER, dado por seu Deus e Pai, essa plenitude lhe dá essa posição.
Por isso, também, é o único que pode ser Mediador entre Deus e os homens.

Jesus Cristo é UM COM O PAI. Tudo ele recebeu do Pai. TUDO! mas, não teve por usurpação tomar o lugar do Pai. No Filho Jesus Cristo o Deus vivo habita em plenitude.

Assim, mais uma vez, fica firmado que, TODAS AS OBRAS da Igreja são feitas em nome do Senhor Jesus Cristo, e, não, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
- O Pai, a Palavra e o Espírito Santo, é a unicidade de Deus, portanto é o mesmo Deus auto-existente em plenitude, em manifestações e ofícios de um único Deus.

- O Pai,  Espírito que é santo não podem ser considerados pessoas.

- A expressão pessoa é uma individualização de personagens, como se pudessem ter vida própria, o que não pode acontecer com o único Deus quando falamos de Pai, Palavra e Espírito Santo. (explicado acima)

- Jesus Cristo foi gerado na terra como homem carnal e, assim, assumiu a condição de pessoa, conhecida e individualizada entre os homens. As duas naturezas estavam em Cristo, a terrena e a celestial. Mesmo nascido em corpo carnal, tinha dentro de si a divindade. Por isso é chamado Filho do homem.

- A plenitude de Deus Pai está em seu Filho Unigênito e, do mesmo Deus e Pai, recebeu Todo o Poder.
- Tendo Jesus, recebido Todo o Poder, lhe foi dada toda a autoridade, por isso, TUDO se faz em nome Dele, ou seja, em Nome do Senhor Jesus Cristo. (Batismo nas Águas e orações (rezas) pela Trindade é doutrina do catolicismo romano)
- Jesus Cristo foi individualizado na terra, da mesma forma como os demais filhos de Deus, que crêem Nele.


Não apenas em uma passagem na Bíblia, mas, em uma dessas, com simplicidade podemos dizer:

" Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome do Senhor Jesus Cristo. " (Efésios 5:20)

ADORAÇÃO: A ESSÊNCIA DA RELIGIÃO
Envolvidos com atividades sociais, responsabilidades eclesiásticas, funções administrativas e ministeriais, muitas vezes nos esquecemos da essência da religião que é a adoração. A importância da adoração na religião cristã é indiscutível. Por esta razão todos os aspectos relacionados à adoração devem ser cuidadosamente analisados e jamais menosprezados. Há várias formas de provar que a adoração é provavelmente o elemento mais importante da religião. Esta importância é facilmente comprovada quando analisamos o esforço de Satanás para deturpar vários aspectos relacionados à adoração verdadeira. Se a adoração não fosse tão importante, certamente o inimigo não atuaria de forma tão especial nesta área. Podemos ver alguns exemplos bíblicos começando pela tentativa do inimigo de conquistar a adoração para si: “Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” - Mateus 4:8-10.

Felizmente Satanás não conseguiu alcançar seu grande objetivo de conquistar a adoração do Filho de Deus para si. A obstinação de Satanás por adoração é tão grande que o inimigo declarou guerra contra a adoração ao Deus verdadeiro:

“Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.” - II Tessalonicenses 2:3 e 4.

Como Satanás não conseguiu obter a adoração que desejava, seu grande objetivo hoje é atrapalhar a adoração ao Deus verdadeiro atuando em vários aspectos. As grandes mensagens de Deus ao homem têm o objetivo de chamar a atenção para a verdadeira adoração. Vários aspectos que podem parecer irrelevantes à primeira vista, começam a merecer nossa atenção na medida em que descobrimos a relação que estes aspectos mantêm com a adoração. O Apocalipse, revelação especial para os crentes do tempo do fim, traz várias citações sobre o grande conflito entre Deus e Satanás, um conflito que gira em torno da adoração. Deus, através de seus mensageiros, reclama a adoração para si:

“Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” - Apocalipse 14:7.

“Eu, João, sou o que ouvi e vi estas coisas. E quando as ouvi e vi, prostrei-me aos pés do anjo que me mostrava estas coisas, para adorá-lo. Mas ele me disse: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.” - Apocalipse 22:8 e 9.

Em contrapartida, o Apocalipse também revela o esforço do inimigo para desviar os crentes da adoração verdadeira. Segundo a profecia bíblica, a besta com aparência de três animais (leopardo, urso e leão) irá receber o poder e grande autoridade do dragão (Satanás) e obter a adoração de muitos.

“E adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar contra ela?” - Apocalipse 13:4.

A adoração falsa profetizada será uma adoração tríplice. O Apocalipse revela que os enganados por Satanás adoram (1) O Dragão, (2) a Besta que recebeu autoridade do Dragão e (3) a Imagem da Besta. Esta última recebeu o fôlego (pneuma) da besta que subiu da terra.

“Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” - Apocalipse 13:15.

Note que existe até uma pena de morte para os que não adorarem a imagem da Besta. Esta adoração tríplice e falsa é a marca do paganismo. Os povos pagãos adoravam vários deuses, dentre os quais se destacavam tríades, conjuntos de três deuses.

Perceba que a grande vítima da “paganização” do Cristianismo ocorrida nos primeiros séculos foi a verdadeira adoração. As perguntas “como adorar?”, “quando adorar?” e “a quem adorar?” tinham outras respostas antes da “paganização” do Cristianismo.

Para conciliar pagãos e cristãos as imagens de escultura foram recebidas na igreja. A forma de adoração começava a mudar - uma terrível violação à adoração verdadeira e à lei de Deus! Uma nova resposta à pergunta “como adorar?” estava surgindo. Deus passava a ser adorado através de imagens.

A adoração e louvor que devem ser dirigidos apenas ao Senhor Jesus Cristo. Mas as igreja tem dividido esta adoração nas três pessoas da  trindade. Precisamos de uma resposta para a pergunta “ Se são três pessoas a quem devemos adorar e louvar?” Ao Pai? Ao Filho? Ao espírito Santo? Vamos deixar que a Bíblia responda:

“Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” - Mateus 4:10.

“Oh, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.” - Salmo 95:6
“E entrando na casa [os magos do Oriente], viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra.” - Mateus 2:11.
“Então os que estavam no barco adoraram-no, dizendo: Verdadeiramente tu és Filho de Deus.” - Mateus 14:33.
“E eis que Jesus lhes veio ao encontro, dizendo: Salve. E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram.” - Mateus 28:9.
“Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” - Hebreus 1:5 e 6.
“Ouvi também a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e no mar, e a todas as coisas que neles há, dizerem: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos: e os quatro seres viventes diziam: Amém.
E os anciãos prostraram-se e adoraram.” - Apocalipse 5:13 e 14.
“Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; e clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.” - Apocalipse 7:9-12.
“E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, porque tens tomado o teu grande poder, e começaste a reinar.” - Apocalipse 11:15-17.  
Veja mais ,Sl.24;MT.1:21;Tt.2:13;AP.1:8;1Pe.5:4;Jo.8:12;10:11; 1Tm.6:15;AP.19:13;1Co.2:8;Jo.1:1;Cl.1:16;2:9;Rm.3:30;9:5;Ef.4:6;Lc.24:45.

Como ficou claro através destes versos bíblicos, que Deus é um, e toda a honra adoração e glória devem ser dirigidas ao Senhor Jesus Cristo.
O inimigo busca confundir nossa adoração criando mais três pessoas divina, quando na verdade o Pai, o Filho e o Espírito Santo  são manifestações e ofícios de um único Deus, mas não uma trindade de pessoas distintas. Lamentavelmente é comum ver crentes sinceros orando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, quando deveriam orar, em nome do Senhor Jesus Cristo.

“Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem.” - Mateus 15:9. Que nossa adoração a Deus não seja vã. Que os preceitos de homens que há muitos anos estão arraigados em nosso coração sejam extirpados. Que possamos nos unir a toda criatura no céu, na terra e no mar e dizer: “Ao que está assentado sobre o trono, o senhor Jesus Cristo o Cordeiro imaculado, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.” - Apocalipse 5:13 e 14.

TODA HONRA, TODA GLÓRIA SEJA DADA AO ÚNICO DEUS, QUE ERA, QUE É, QUE HÁ DE VIR O DEUS TODO PODERO, REI DE REIS E SENHOR DE SENHORES BENDITO ETERNAMENTE DESDE HOJE COMO PARA TODO SEMPRE, AMÉM.

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