FACULDADE
DE TEOLOGIA
TESTEMUNHAS
HOJE
CURSO LIVRE
AS SETE DISPENSAÇÕES E AS ALIANÇAS DE DEUS
História Bíblica
Dispensacional
AS SETE
DISPENSAÇÕES
1. DISPENSAÇÃO DA INOCÊNCIA
ALIANÇA EDÊNICA
Em Gn.l.28, começa a
"Primeira Dispensação". Uma Dispensação é um período de tempo em que
o homem é provado com respeito à sua obediência e alguma revelação específica
da vontade divina.
O homem foi colocado em um
ambiente perfeito, sujeito a uma lei simples e advertido das consequências da
desobediência. A mulher caiu pelo orgulho; o homem deliberadamente, Ef l.10; I
Tm.2.14. Deus restaurou as suas criaturas pecaminosas, mas a Dispensação da
inocência terminou com o julgamento e a expulsão do casal, Gn.3.24. Nesta
Dispensação o homem tinha uma perfeita comunhão com Deus, pois notamos que o
Senhor andava no jardim na viração do dia, Gn.3.8.0 homem foi dotado de
inteligência perfeita e capacidade para poder administrar o mundo. Foi-lhe dado
o direito de dar os nomes aos animais, orientado por uma intuição dos propósitos
divinos a seu respeito. O homem possuía por intuição, e não por um processo didático,
uma perfeição física, mental e moral. A mulher foi feita não da cabeça do
homem, para não governá-lo; nem de seus pés, para não ser pisoteada por ele;
mas de seu lado, para ser amparada; e de perto do coração, para ser amada.
Em Gn l .28, temos também a
primeira das oito grandes Alianças da Bíblia - A Edênica, que determina a vida
e a salvação do homem. Esta aliança tem seis elementos, onde o homem e a mulher
haviam de:
1. Encher a Terra de uma
nova ordem - a humana;
2. Subjugar a Terra, para o
proveito humano;
3. Ter domínio sobre a
criação animal;
4. Zelar do jardim;
5. Comer ervas e frutas;
6. Abster-se de comer da
árvore da ciência do bem e do mal.
A penalidade pela
desobediência desta última ordenação era a morte.
O ELEMENTO ESTRANHO
Satanás, cujo único desejo
era introduzir confusão no ambiente de paz. O ardil usado foi a
"Dúvida" que conseguiu introduzir na mente da mulher, por meio de
insinuação muito disfarçada. Em Gn.2.16,17: Deus disse: "... mas da árvore
da ciência do bem e do mal, dela mo comerás". O homem, com seu livre-arbítrio,
estava sendo testado. Verifique os passos que o homem deu para sua queda:
l°) ver;
2°) cobiçar;
3°) tomar;
4°) esconder;
5°) transmitir;
6°) morrer.
AS CONSEQUÊNCIAS
DA QUEDA DO HOMEM
1°) Conhecimento do mal;
2°) A perda da comunhão com
Deus;
3°) Separou-se de Cristo;
4°) O espírito do homem
ficou em estado de morte;
5°) A perversão da natureza
moral;
6°) Tornou-se escravo do
pecado e de Satanás, e
7°) Perdeu muito de sua
inteligência (além de outros resultados
funestos).
As três consequências más
sobre a mulher, uma maldição tríplice:
1°) A concepção
multiplicada;
2°) O aumento de dores
durante a maternidade, e 3°) Sujeição ao domínio do homem.
VEDADO O CAMINHO DA
ÁRVORE DA VIDA, GN 3.24.
Foi por misericórdia que
Deus expulsou Adão e Eva do Jardim e proibiu a sua aproximação da árvore da
vida, pois se tivessem comido dessa árvore amargariam uma existência eterna, no
triste estado em que se encontravam. Era preferível estarem sujeitos a morte
física, pois a mesma serve para conduzir o homem a Cristo. Em Gn 3.15,
encontramos a Primeira Promessa do Redentor.
2. DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA, Gn.3. l
ALIANÇA ADÂMICA
Enquanto a Primeira
Dispensação não teve uma duração muito certa, a Segunda Dispensação, de
"Adão ao Dilúvio", teve uma duração de 1656 anos, quando deu-se a
Tentação e a queda do homem até Gn 2. Temos visto muitas coisas boas; porém em
Gn 3, a cena muda e o mal aparece. O tentador, com o aspecto de uma serpente,
tenta a mulher e ela comete o pecado da desobediência, acompanhando-a Adão. Se
a serpente era simplesmente influenciada pelo maligno ou se era uma positiva materialização
dele, não sabemos; não resta dúvida porém que Satanás foi a causa original da
tentação, Ap.12.9; 20.2. Ao menos, é evidente que a serpente foi possuída por
Satanás e chegou a ser identificada com ele e o mesmo falou por ela, Gn.3.1,4:
"...Diz que a Serpente falou". Por que Deus fez o homem com a capacidade de
pecar? Podia haver criatura moral sem capacidade de escolher? A Liberdade é um
dom de Deus ao homem: liberdade de pensar, liberdade de escolher, liberdade de
consciência e sendo assim, ainda usa essa liberdade para rejeitar e desobedecer
a seu Deus. Deus não sabia que o homem haveria de pecar? Sim. E Ele previu as
terríveis consequências disso, e também previu seu resultado final.
Sofremos e tomamos a
sofrer, e indagamos sem atinarmos porque Deus fez o mundo assim, um dia, porém,
depois tudo tiver chegado à plena realização, nosso sofrimento acabará e todos
enigmas se deslizarão, E assim, desobedecendo, pecaram e trocaram sua inocência
por uma consciência acusadora; sua ignorância por um conhecimento do bem que
tinham desprezado e do mal que não podiam remediar. Tinham agora seus olhos
abertos para descobrir o que teria sido mais feliz ignorar; e, impelidos por um
sentimento de vergonha, trabalharam (inutilmente) para cobrir a sua nudez. Notamos
que Adão e Eva podiam estar tranquilos com os aventais de folhas que fizeram,
enquanto lhes parecia que Deus estava longe. Mas, em vindo o Senhor, logo se
esconderam, sentindo-se, aos olhos divinos, descobertos e envergonhados.Temos
no pecado de Eva, os seguintes resultados:
a) A Concupiscência do
Comer: "...boa para comer";
b) A Concupiscência dos
Olhos: "...agradável aos olhos", e
c) A Soberba da Vida:
"...desejável para entendimento ".
Notamos que a primeira
consequência do pecado foi a vergonha que eles tiveram, ao encontrar-se com
Deus, ao ponto de "fazerem aventais", Gn 3.7. O Todo Poderoso então
fez túnicas de pele de animal, para vesti-los, Gn 3.21.
ALIANÇA ADÂMICA
A Aliança Adâmica determina
a vida do homem decaído, e marca condições que prevalecerão até a época do reino
eterno. "A própria criatura será liberada do cativeiro da correção para a
Uberdade da glória dos filhos de Deus 'Rm.8.21. Os Elementos da Aliança
Adâmica, são os seguintes:
1°)A Serpente, instrumento
de Satanás, amaldiçoada;
2°) A primeira promessa de
um redentor, Gn 3.15;
3°) A condição da Mulher
mudada em três sentidos, Gn 3.16: concepção multiplicada; maternidade ligada
com sofrimento; sujeição ao homem, Gn 1.26,27.
4°) A Terra Amaldiçoada por
causa do homem, Gn 3.17;
5°) O inevitável cansaço da
vida, Gn 3.17;
6°) O leve trabalho do
Éden, Gn 2.15; mudado para o serviço laborioso, Gn 3.18,19,e
7°) A morte física, Gn
3.19; Rm 5.12,2; para a Morte Espiritual.
"Deus dá uma
demonstração que sua atitude para com o Homem é sempre com o intuito de fazê-lo
compreender sua pequenez e dependência, mas jamais deixa de prover".Aqui,
duas Ofertas Diferentes:
1a) Abel oferece sangue.
Ele mostrou penitência e desejo de aproximar-se de Deus. O sacrifício foi feito
pela Fé nos atributos que ele via em Deus, I Jo 3.12. Devemos observar que
havia uma grande diferença na conduta de Caim e Abel, que era um homem de fé e
obediente ao Senhor, Gn 4.4; Hb 11.4 e Caim, ofereceu dos frutos do campo que
cultivava, demonstrando um espírito de alta confiança, onde temos uma
"Oferta Sem Fé", movida pela rebelião e pelo desprezo ao Redentor.
Deus recebe a oferta de Abel e Caim revolta-se e mata seu irmão:
"É bom notar que a
"primeira contenda" entre irmãos resultou em ódio, separação e morte
".
2a) Caim. Foi o primeiro a
construir cidades e o primeiro a glorificar o nome do homem, Gn 4.17. Edificou
uma cidade e pôs o nome de seu filho, Enoque. Sua Linhagem Ímpia:
Lameque, Gn 4.19. Foi o
"primeiro polígamo", isto é, possuiu mais de uma mulher, Gn 4.23,24.
Brigou com um rapaz, saiu ferido e o matou.
Jabal, um dos filhos de
Lameque. Distingue-se como o "primeiro homem a ocupar-se da pecuária e a
adotar uma vida nômade", habitando em tendas. Talvez em desafio ao
mandamento.
Jubal, outro filho de
Lameque. Foi o "Inventor de Instrumentos Musicais". A música é do
Senhor e haverá maravilhosa harmonia no Céu.
Tubal-Caim era
"fabricante de Artefatos de Ferro e Cobre". Possivelmente, foi o
primeiro homem a forjar armas bélicas^ Por causa desses materiais, Gn 6.13, é "pois
a terra está cheia de violência dos homens". Isso indica a orgia de
crimes, homicídios e obras iníquas.
Esses homens: Jabal, Jubal
e Tubal-Caim eram ímpios, Gn 4.26. Depreendemos de Gn 4.25, que o assassinato
de Abel teve lugar pouco antes do nascimento de Sete, isto é, uns 130 anos
depois da criação do homem. Por isso não devemos pensar que Abel e Caim fossem
os únicos filhos de Adão e Eva. Em Gênesis 3.20, lemos: Eva, mãe de todos os
viventes; e Gn 5.4, registra que Adão e Eva tiveram filhos e filhas. A tradição
diz que foram 33 filhos e 27 filhas. Esses naturalmente tiveram descendências.
Por isso quando Abel morreu, provavelmente havia muito mais gente no mundo do
que se pensa. Deus coloca um sinal em Caim, Gn 4.15. Na V.B. lê-se: "Jeová
deu um Sinal a Caim'9. Não devemos entender que ele fosse marcado, mas que
Deus, de alguma maneira, assinalou a pretensão divina.
Uma pergunta frequente é
esta: "Com quem casou Caim? ". A resposta, por uma suposição, é esta:
com uma irmã dele. Você talvez vai ignorar este casamento, mas não deve
esquecer que a proibição de casamento com parente próximo, veio só 2.500 anos
depois, Lv 18.6. Sabemos que "tais uniões", ilícitas para os
Israelitas, eram praticadas por outros povos, Lv 18.24. Não podemos continuar
nesta história, pois é muito longa. Ao
chegarmos a Terceira Dispensação é necessário que conheçamos:
A Genealogia de Adão a Noé
e suas idades relacionadas: Adão, 930 anos; Sete, 912 anos; Enos, 905 anos;
Cainã, 910 anos; Maalelel, 895 anos; Jerede, 962 anos;
Enoque, 365 anos;
Metusalém, 969 anos; Lameque, 777 anos; Noé, 950 anos.
Temos aí uma influência do
pecado na raça humana. O homem perdendo vida, saúde e alegria; e hoje o
salmista afirma: "que os nossos dias são de 70 anos e se alguns chegarão
aos 80 anos pela sua robustez". SI 90.9,10.
No começo da Dispensarão,
colocamos sua duração de 1656 anos. Vamos dividi-la: Adão viveu 930 anos e Noé,
950 anos; entre a morte de Adão e o nascimento de Noé, temos 126 anos. Do
Dilúvio a Abraão, 427 anos e Noé viveu 600 anos antes do castigo divino e 350
anos após.
No final da Dispensação da
Consciência, os homens estavam em um estado de iniquidade desenfreada, soltando
as rédeas às práticas carnais, isto com exemplos vividos pela geração passada,
resultando em costumes e corrupção do povo antediluviano. O seu cálice de iniquidade
encheu-se; porém o Justo Noé, passou a avisar seus compatriotas do que poderia
acontecer. Foram 720 anos de pregação. Então o Senhor disse: "Arrependo-me
de ter feito o homem na terra e isso pesou no coração". Disse o Senhor:
"Farei desaparecer da face da terra o homem que criei", Gn.6.6,7. Um
período longo de 1656 anos onde a raça humana havia aumentado muito e o Senhor
destruiu com o Dilúvio, o qual durou l ano e 10 dias. Noé entra na arca no dia
17 do segundo mês, quando tinha 600 Anos, e continuou até o dia 27 do segundo
mês, no ano seguinte, Gn.7.11; SI 1.22.
O que significa a Arca? Era
uma simples e clara figura de Cristo, e um meio de salvação pelo qual uma
geração passou pelas águas da morte, e saiu salva do juízo divino. Os
refugiados na arca escaparam da sorte dos ímpios. Assim Cristo. nos salva, por
sua morte e ressurreição, se somos achados mortos nele. Para quem está nele não
há condenação, Rm.8.1.
Noé não esperou o
pronunciamento de um juízo. O que ele queria é que sua família fosse salva por
meio da arca, não importando com quem não cria em sua pregação. Seu dever foi
cumprido.
O incidente do Dilúvio é,
sem dúvida, o exemplo clássico de Juízo Divino e, por isso, deve ser aceito
como o tipo e ensino do Espírito Santo sobre o assunto. Lemos que juízo é uma
obra estranha de Deus, Is.28.21. Significa que é diferente de falar que Deus é
amor, paz, alegria, prazer e misericordioso.
O juízo tem cinco aspectos
diferentes:
1°) É para a Glória de
Deus;
2°) É para Instruir as
Nações, Is.26.9;
3°) É para Purificar, Gn
15.16;
4°) É, consequentemente,
uma Libertação do Mal, e
5°) É Profético, Lei
7.26,27.
O desfecho da Dispensação
da Consciência não significa que Deus deixou de usar a consciência como um meio
de falar ao homem. A consciência é conhecida como "a voz. de Deus dentro
da alma ". Noé e sua família haviam presenciado tanto o bem como o mal e
eram responsáveis, junto com a sua posteridade, pela obediência à voz da
consciência e a escolher o bem. O Dilúvio marcou o término de um período de
Intervenção Divina, na história do homem e um novo começo com Noé e seus
filhos.
O aluno deve localizar esta
Dispensação da Consciência no mapa das Dispensações.
Questionário das
Dispensações: Inocência e Consciência
1) Qual a função de uma
aliança durante uma Dispensação?
2) Em que sentido o homem
morreu, quando pecou?
3) Por que foi rejeitada a
oferta de Caim?
4) Qual foi a promessa que
a Aliança Adâmica trouxe para a humanidade?
5) Quem construiu a
primeira cidade?
6) De quem o homem se
tornou escravo?
7) Qual foi o primeiro
resultado da queda do homem?
8) Quem foi o primeiro
polígamo?
9) Mencionar dois nomes da
linhagem ímpia.
10) Qual a duração da
Dispensação da consciência?
11) Como se define uma
Dispensação?
3. DISPENSAÇÃO DO GOVERNO HUMANO, Gn.8 15 11.19.
ALIANÇA NOÉTICA
Esta Dispensação durou 427
anos, desde o tempo do Dilúvio até a Dispersão do homem sobre a superfície da
Terra, Gn.10.35; 11. l O-19. O homem fracassou inteiramente e o julgamento do
Dilúvio marca o fim da Segunda Dispensação e o começo da Terceira. A declaração
da aliança com Noé sujeita a humanidade a uma prova: "o homem é
essencialmente responsável pelo governo do mundo, de acordo com a vontade de
Deus". Essa responsabilidade pesou sobre os judeus e gentios, até que o
fracasso de Israel sobre a Aliança da Palestina, Dt 28-30.1-10, resultou no
julgamento dos cativos quando começaram "os tempos dos gentios", Lc.21.24.
O governo do mundo passou definitivamente para os gentios, Dn.2.3 6-45; At.15.14-17,
e Israel, como os Gentios, tem governado para si e não para Deus. Neste trecho
de Noé e seus descendentes, contém alguns pontos que pedem a nossa atenção: a
bênção e a promessa de Deus', o pacto que fez com Noé e com toda a alma
vivente. O arco-íris, Gn.9.12,17. Alguns pensam que antes do Dilúvio, nunca
houve chuva, Gn.2.6. Ezequiel teve uma visão, Ez.l .28: "Como o aspecto do
arco que aparece no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor.
Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre
o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava".
Em Gn.9.21, lemos sobre a
embriaguez, de Noé que nos faz ver que até um homem ricamente abençoado por
Deus pode ser vencido por pecados carnais.
De passagem, notamos o
procedimento correio de Sem e Jafé, que em tempos remotos tiveram um sentimento
moral tão desenvolvido como o dos mais ilustrados de hoje.
Notamos também, como a
maldição caiu sobre Canaã, o filho mais moço de Cão, e não sobre seu pai, e
desde então os Cananitas foram adversários do povo de Deus, até serem totalmente
extintos da Terra, Is.17.18.
Se a Bíblia não tivesse
registrado: a embriaguez de Noé; o adultério de Davi e a mentira de Pedro,
estaríamos imaginando que os homens piedosos do passado eram diferentes de nós
mesmos, pois temos tido nossos lapsos na senda da retidão. Verificamos que tal
falha não nos autoriza cairmos no mesmo delito, porque deles já temos a história
e o aviso: "Olha, Não Caia). Quatro Raças originaram-se dos quatro filhos
de Cão. Essas por sua vez subdividiram depois, povoaram as terras da África, da
Arábia Oriental, da Costa Oriental do Mar Mediterrâneo e do grande Vale dos
rios Tigre e Eufrates.
Descendentes de Noé:
a) Jafé: zona Norte das
nações e as proximidades dos mares Negro e Cáspio: as raças caucásicas da
Europa e Ásia.
b) Cão: zona Sul das
nações, a Arábia Meridional e Central, o Egito, a costa oriental do
Mediterrâneo e a costa oriental da África. (Canaã, filho de Cão).
c)Sem: zona central das
nações. Os semitas incluíam os judeus, assírios e sírios, na parte Norte do
vale do Eufrates. A Aliança com Noé, Gn.9.1-17:
1) Confirmação de que o
homem seria relacionado à terra, conforme a Aliança Adâmica,Gn.8.21;
2) Confirmação da ordem da
natureza, Gn.8.22;
3) Estabelecimento do
governo humano, Gn.9. l -6;
4) Garantia de que a Terra
não sofreria outro Dilúvio, Gn 8.21; 9.11;
5) Declaração profética de
que procederia de Cão uma posteridade inferior e serviçal, Gn9.24.25;
6) Declaração profética de
que haveria uma relação especial entre Jeová e Sem, Gn9.26.27, e
7) Declaração profética de
que de JAFÉ procederiam as "raças dilatadas ", Gn.9.27. Os governos,
as ciências e as artes têm provido, geralmente, de descendentes de Jafé; assim
a História tem confirmado o exato cumprimento dessas declarações.
A TORRE DE BABEL, GN 11
Neste capítulo do Gênesis
encontramos o começo da confederação e do engrandecimento humano. E Deus
desaprovou essa confederação: impediu o projeto de se fazer uma alta torre que
tocasse no "céu". É interessante confrontar com este começo o desenvolvimento
de confederações humanas de hoje e a multiplicação de nomes partidários.
A DESCENDÊNCIA DE SEM
Vemos que a posteridade
abençoada por Deus nem sempre seguiu pela linha do primogênito. Arpachade era o
terceiro filho de Sem, Gn.10.22, e não o primeiro. Em Gn.5, vemos que as idades
dos patriarcas vão quase sempre diminuindo. Porventura seria licito entender
que os anos eram, no princípio, mais curtos do que atualmente Somente assim
poderemos compreender o caso de um homem esperar uns 100 anos antes de
nascer-lhe um filho.
A CHAMADA DE ABRAÃO, GN 12
A chamada de Abraão e as
promessas que Deus lhe fez. Podemos estudar neste capítulo:
a) A escolha divina. Deus
escolheu Abraão e isto importa conhecimento, aprovação, confiança, preparação
para o fim destinado;
b) O plano de (mediante o
escolhido de Deus) abençoar muitos povos;
c) A proteção divina -
"amaldiçoarei os que te amaldiçoarem";
d) A chamada divina - uma
chamada positiva, individual, imperativa;
e) A Revelação Divina -
"apareceu o Senhor a Abraão";
f) A Promessa Divina -
"à tua descendência darei esta terra".
A chamada é descrita em At
7.2,3, a resposta, em Hb.11.8.
Abraão desce ao Egito, Gn.12.10.
Isto nos parece um desvio
da senda da fé, pois aí Abraão perde a sua confiança na proteção de Deus e
pretende valer-se de um subterfúgio para evitar o ciúme do rei da terra.
Contudo, Deus o protegeu sem que ele esperasse.
Sete coisas neste desvio de
Abraão, notemos:
1) Agiu sem consultar a
Deus, Gn.12.10;
2) Escolheu seu destino,
confiando na própria inteligência, Gn.12.10;
3) Valeu-se da duplicidade,
para conseguir seu propósito, Gn.12.13;
4) Perdeu de vista a perspectiva
e o plano de sua vida, Gn.12.2,12;
5) Sua astúcia parecia
alcançar bom êxito, Gn.12.14,15;
6) Achou-se mais tarde
enlaçado na trama que ele mesmo fizera, Gn.12.18,
7) Foi censurado por um rei
pagão, e mandado para sua própria terra, G.12.18-20.
4. A QUARTA DISPENSAÇÃO, Gn.12.1-Êx.18 27.
ALIANÇA ABRAÃMICA
Começa aqui a História da
Redenção. Dela surge uma idéia vaga pelo tempo, Gn.3.15. Agora, 1963 anos após
a criação e a queda do homem, ou seja 427 anos após o Dilúvio, num mundo que
desenfreadamente aderiu-se a idolatria e a maldade. Foi aí que houve por
objetivo a recuperação e a redenção do gênero humano.
A duração desta Dispensação
foi de 430 anos, considerada a Dispensação da Promessa, que terminou quando
Israel tão facilmente aceitou a Lei, Êx.19.8.
A Graça tinha oferecido um
Libertador (Moisés), um sacrifício para o culpado, e, por divino poder,
libertado Israel da escravidão, Êx 19.17, mas no final trocaram a Graça pela
Lei.
SEPARAÇÃO PARA DEUS
Agora Abraão volta do Egito
e vira o rosto para a Terra Prometida. Sua vida de peregrinação é caracterizada
por Três Coisas: a Tenda; o Altar e o Poço. Nada lemos sobre altar no Egito.
As riquezas que Abraão e Ló
acumularam no Egito, foram a causa de contenda e separação', porém Abraão tinha
uma confiança em seu Deus. Por isso, deixou que Ló escolhesse primeiro para
onde iria. A confiança na proteção Divina faz. com que o homem fique desprovido
de qualquer dúvida.
Em Gn 14, é mencionado pela
primeira vez. o termo Reis. Dois reis encontram- se com Abraão em sua volta
vitoriosa: o de Sodoma e Melquisedeque (Tudo que sabemos que está neste
capítulo, no SI.110 e Hb.5,6 e 7). Ele é também o primeiro Sacerdote mencionado
na Bíblia: um Sacerdote Real e por isso uma figura do Senhor Jesus Cristo.
Também aqui pela primeira vez, lemos sobre "O Deus Altíssimo ".
Depois da divina bênção,
pronunciada por Melquisedeque, vem a tentação material por parte do rei de
Sodoma.
Há um ditado, que diz:
"Cada homem tem seu preço", porém um homem como Abraão não pode ser
comprado por um rei mundano, como este de Sodoma.
E na volta de Abraão da
matança dos reis que a misteriosa figura de Melquisedeque aparece. Ele vem ter
com Abraão, traz-lhe p ao, vinho e o abençoa;
Abraão dá-lhe o dízimo de
tudo.
Tanto se fala deste
incidente no NT, que devemos estudá-lo.
Vamos notar os seguintes
pontos, como seguem:
1) Por ser ele o Primeiro
Sacerdote mencionado na Bíblia, tem sido escolhido pelo Espírito Santo como
tipo de Cristo, um Sacerdote maior que Aarão;
2) Ele era Rei e também
Sacerdote. Rei de Salém (da paz) e seu nome significa "Rei da Justiçai Cl
6.12,13; Hb 7.2;
3) Assim, no SI.110.4 está
escrito de Cristo: "Tu és Sacerdote para sempre, segundo a ordem de
Melquisedeque ";
4) Não há alguma menção de
seu pai ou de sua mãe, do seu nascimento ou morte; por isso é tomado em Hb 7.3,
como um tipo de Cristo: O Sacerdote Eterno.
Para estudar o assunto mais
detalhadamente, é preciso ler com cuidado Hb.5.7.
PROMESSA DE UMA POSTERIDADE
Em Gn 15.6 , pela primeira
vez, a Fé é mencionada, e lemos "E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado
isto por justiça"; cf. Rm 4.3; Tg.2.23.
Abraão nasceu quando seu
pai Terá tinha 26 anos, Gn.11.25. Abraão tinha 75 anos quando foi convidado por
Deus a deixar sua parentela e partir para uma terra desconhecida (Canaã).
Contava com 80 anos quando encontrou-se com Melquisedeque e foi abençoado por
ele. Tinha 86 anos quando nasceu Ismael, fruto de uma fragilidade em sua vida.
Persuadido pela esposa, lança mão de outro meio, sugerido pela sua desconfiança
quanto a conseguir as promessas de Deus. Toma a serva egípcia de sua mulher e
por ela tem seu filho Ismael. Depois desse incidente sua fé foi provada mais 13
anos
EM GN.17, SEU NOME FOI MUDADO
Um quadro interessante foi
as três vezes que Deus apareceu a Abraão:
1a) u Apareceu o Senhor a
Abraão, e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um
altar ao Senhor, que lhe aparecera '\ Gn 12.7;
2a) "Quando atingiu
Abraão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu
sou o Deus Todo-poderoso: anda na minha presença e sê perfeito", Gn 17.1,
3a) "Apareceu o Senhor
a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da
tenda, no maior calor do dia", Gn 18.1.
Abraão tinha 90 anos quando
Sodoma foi destruída. Contava com 100 anos quando nasceu Isaque e tinha 137
anos quando Sara morreu. Em seguida, casou-se com Quetura, com quem teve seis
filhos; morre com 175 anos de idade.
Em Gn 18, deparamos com o
aparecimento de três visitantes celestiais que falaram com Abraão com aparência
de seres humanos: "três varões e dos três um era o Senhor", Gn
18.1-3; Mc 16.5; Jo 5.13. Um acontecimento interessante é quando dois anjos
seguem para Sodoma, e Abraão começa a fazer sua célebre intercessão ao
terceiro. Esta é a primeira grande oração intercessora registrada na Bíblia.
Verificamos como a oração
de um justo pode mudar os rumos das coisas:
1) A base da oração é
dupla: Primeiro, o reconhecimento de Deus e da liberdade que tinha para falar
com Ele. Segundo, o concerto de Deus, Gn 17.19. Abraão tinha sido chamado por
Deus a fim de interessar-se por Ele e seus propósitos, referentes ao mundo, e
por isso sente liberdade em falar-lhe.
2) Características da
oração de Abraão:
Discriminação, Gn 18.24,25,
entre os justos e os ímpios, e o interesse pêlos dois grupos; Confiança na
justiça de Deus, Gn 18.23,25; na Graça de Deus, Gn 18.24, e no Poder de Deus,
Gn 18.25; Precisão, Gn 18.28-32. Lembremo-nos que petições em termos gerais não
terão respostas precisas; Importunidade. Seis vezes Abraão pede que Sodoma seja
poupada e cada vez reforça seu pedido; Humildade, Gn.19.27. Ele jamais se
esquece de que fala com Deus;
3)0 êxito da oração de
Abraão. Não obteve tudo o que desejava, mas alcançou tudo o que Sodoma tomou
possível, (leia Jr 5. l.)
SALVAÇÃO DE LÓ E A
DESTRUIÇÃO DE SODOMA
Notamos que os varões, em
Gn.18.2, são anjos. Em Gn.19.1, Ló parece ser tão hospitaleiro quanto Abraão.
Veja algumas considerações
sobre o nosso amigo Ló:
a) Parece ser o tipo do
"meio-crente"'. convencido mas não convertido:
b) Uma pessoa costuma ser
contenciosa;
c) Resultado: uma
inutilidade ou uma catástrofe. SODOMA: figura o mundo e sua sensualidade;
EGITO: simboliza o mundo e
sua comunidade (Êx.16.3);
BABILÔNIA: simboliza o
mundo e sua grandeza (Js.7.21).
A história de Ló ensina que
embora o cristão mundano possa conseguir para si a salvação, pode contudo
perder a família, filhos e filhas, pois, criados no meio da devassidão, podem
ser corrompidos. A mulher que olha saudosa para a vaidade do mundo, em pouco
tempo não poderá mais trilhar a senda da salvação. "A não observância da
Palavra de Deus pode ser funesta para a nossa vida espiritual".
ISAQUE NASCE - ISMAEL É DESPEDIDO
Afinal, nasce Isaque,
depois de muitos anos de fé alternada com incredulidade da parte de seus pais,
Abraão e Sara. Em Gl 4, o apóstolo encontra um sentido simbólico em cada um dos
dois filhos. Na alegoria que Paulo percebe na história de ambos, Hagar representa
o monte Sinai e tudo que a lei pode produzir, enquanto que Isaque é o fruto da
fé, e mostra o que Deus faz para o crente. Vemos que Ismael, o filho
"nascido segundo a carne ", Gl.4.29, persegue o filho da promessa, e
é despedido, porque não pode herdar com este. Os que são das obras da Lei, Gl,3.10,
não herdarão as promessas dadas a Abraão, mas sim aqueles que têm fé em Cristo,
Gl.3.12-14. Uma religião carnal é sempre inimiga da religião espiritual.
O ALTAR SOBRE O MONTE
Este incidente é talvez o
mais misterioso e sublime na história de Abraão. Somente após longos anos de
preparo espiritual poderia Deus submetê-lo a tal provação de sua fé, com a
certeza de que havia de sair triunfante. Era sem dúvida um experiência penosa à
vista do mundo cruel. Mas o resultado final havia de ser um notável
engrandecimento da vida espiritual de Abraão, e o conhecimento, mediante a sua
própria experiência, de verdades bem importantes.
Notemos, os seguintes
pontos:
1°) Certeza da Palavra
Divina. Para agirmos em algum sentido contrário ao sentimento natural, ao
procedimento comum, aquilo que nossas convicções e as dos vizinhos aprovam,
precisamos ter uma palavra de Deus mui positiva, que não admita dúvidas;
2°) Falta de Explicação. O
mandado divino não trouxe consigo um porquê";
Com tudo, havia um raio de
luz nas palavras "a quem amas", revelando que Deus não estava
esquecido da forte afeição natural de Abraão para com Isaque;
3°) A Completa Confiança de
Abraão. Isto nos faz pensar nas palavras de Jó:
"Ainda que me mate,
nele esperarei", Jó.13.15. A explicação dada em Hb.11.18, é que Abraão
"considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar (a
Isaque)";
4°) O Conhecimento de Deus.
Fruto de longos anos de experiência da divina proteção e bondade, progrediu até
que, afinal, Abraão podia obedecer a Deus cegamente;
5°) A Submissão de Isaque a
Vontade do Pai. Um belo tipo da obediência de Cristo até a morte;
6°) A Palavra Profética De
Abraão. Disse Abraão: "Deus proverá para si o cordeiro". Também havia
um sentido profético no nome que Abraão deu ao lugar: Jeová-Jireh: "O Senhor
proverá". Em Jo 8.56, permite pensar que ele tinha alguma vaga previsão do
"Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo";
7°) A Lição da
Substituição. O carneiro "travado pelas suas pontas num mato ", Yhwh veio
a ser o substituto do moço; e quantos seres humanos desde o tempo de Isaque têm
dado graças a Deus por Ele ter "fornecido um substituto "
8°) A maneira maravilhosa
como Deus operou em Abraão, uma semelhança a si mesmo. Num dia futuro Deus havia de ceder seu
Filho, em sacrifício pelo pecado, Mas então não haveria outro cordeiro para
tomar o lugar dele: "Nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes o
entregou por todos nós", Rm.8.32.
A obediência de Abraão era
agradável aos olhos de Deus; por isso o mandamento foi dado. A morte de Isaque
não teria sido agradável a Deus, visto que o ato da matança foi impedido".
^No Monte do Senhor se Proverá".
OS TRÊS SIGNIFICADOS
DOS NOMES DESTA HISTÓRIA
Abraão lembrou-se de que já
era tempo de o filho contrair matrimônio. Ele marcou duas condições: a noiva
havia de ser da mesma parentela, e Isaque não havia de sair da Terra Prometida
em procura de esposa. Felizmente, Abraão tinha um empregado fiel e competente
para tratar desse negócio.
Abraão receava que Isaque
se casasse com uma moça de Canaã, ou voltasse para a terra de onde tinha sido
chamado. Ainda hoje, às vezes, os pais sabem melhor do que os próprios moços
que tipo de casamento será bom para seus filhos. Entre os chineses são os pais
que escolhem as noivas para seus filhos, e parece que todos acham essa maneira
mais proveitosa.
Notemos, em relação ao
empregado Eliézer, Gn 15.2, os seguintes pontos:
1. Era um homem de idade e
pessoa de confiança. É bem possível que Abraão não tivesse outro a quem pudesse
confiar uma tarefa tão delicada;
2. Era um homem prevenido.
Levou consigo tudo o que era necessário para o bom êxito de sua missão;
3. Era um homem cauteloso.
Pediu um sinal, uma coisa que nem sempre é preciso, e que o Deus misericordioso
às vezes fornece;
4. Era um homem piedoso.
Orou a Deus pelo serviço que havia de fazer;
5. Era um homem eloquente.
Quando precisava falar do seu Senhor;
6. Era um homem pontual. E
não quis perder tempo, Gn 25.54.
Eliézer é o servo Modelo'.
1. Não vai sem ser mandado,
Gn.24.2-9;
2. Vai para onde o mandam,
Gn.24.4,10;
3. Não se preocupa com
outra coisa;
4. Ora e dá graças, Gn.24.12,14,26,27;
5. É sábio para persuadir,
Gn.24.17,18,21;
6. Fala, não de si, mas das
riquezas do amo, e da herança do filho, Gn.22.34-36;
At.l.8;7. Apresenta o caso
sem equívoco e requer uma decisão positiva, Gn.24.49.
Eliézer enfeita a noiva com
as jóias da casa paterna, mesmo antes dela iniciar a viagem. O Espírito Santo
procura enfeitar a Igreja com as lindas regalias da casa do Pai, antes dela ser
arrebatada, Gn.24.53.
Isaque saiu a orar (meditar
sobre o falecimento de sua mãe no campo), Gn;24.63; talvez por falta de sossego
necessário na tenda, ali mesmo levanta os olhos e vê chegando Eliézer vindo de
regresso. Na oração solitária podemos ver coisas maravilhosas.
Vamos agora considerar
Rebeca:
1. Era formosa, Gn.24.16;
2. Trabalhadeira, Gn.24.19;
3. Hospitaleira, corajosa,
decidida, Gn.24.58,
4. Modesta.Gn24.65.
Significado dos Nomes:
1. Isaque (hb - riso)
representa Cristo.
2. Rebeca (hb - corda com
laço) representa a Igreja.
3. Eliézer (hb - meu Deus é
auxílio) representa o Espírito Santo.
Aqui alguns personagens da
História e que fazem parte desta Dispensação: Esaú e Jacó; Jacó e seu Tio Labão
e José do Egito.
QUESTIONÁRIO: TERCEIRA E
QUARTA DISPENSAÇÃO
1) Por quanto tempo durou a
Dispensação do governo humano?
2) Com quantos anos morreu
Abraão?
3) O que significa Sodoma?
4) Qual o significado do
nome Isaque?
5) Com quantos anos Abraão
estava quando nasceu Isaque?
6) O que simboliza o Egito?
7) Quantos filhos Abraão
teve com Quetura?
8) Com quantos anos morreu
Sara?
9) Qual o significado
representativo de Rebeca?
10) Quanto tempo durou a
Dispensação Patriarcal?
11) Qual foi a duração da
Dispensação do Governo Humano?
5. A QUINTA DISPENSAÇÃO
ALIANÇA MOSAICA
A Dispensação da Lei teve
uma duração de 1.430 anos: do "Êxodo do Egito" até a
"Crucificação de Cristo".
Para estudarmos este livro,
onde começa a Quinta Dispensação, vamos verificar de!, importantes revelações
de Deus, a saber:
1) O "Eu Sou ",
na sarça ardente - Um Deus que mantém aliança;
2) As pragas - Um Deus de
punição;
3) A Páscoa - Um Deus de
redenção;
4) A travessia do Mar
Vermelho - Um Deus de poder;
5) A jornada até o Sinai -
Um Deus de provisão;
6) A Lei - Um Deus de
santidade;
7) Tabernáculo, sacerdote,
ofertas - Um Deus de comunhão;
8) A punição devida do
bezerro de ouro - Um Deus de disciplina;
9) A Renovação da Aliança -
Um Deus de graça;
10) A vinda da glória - Um
Deus de glória.
"Porque a Lei foi dada
por intermédio de Moisés; a graça e verdade vieram por Jesus Cristo '\ Jo l.
17.
É bom lembrar que esta
Dispensação pode ser chamada de Dispensarão dos Israelitas.
Devemos lembrar que o
cenário histórico data de 1440 a.C. aproximadamente. Sabemos que a data do
Êxodo foi por volta de 1445 a.C. Além desta outra data, também é defendida
pêlos estudiosos do AT, a de 1290 a.C. O tema do livro:
"Redenção e
organização de Israel como povo da Aliança".
Em Gn 19.3 começa a Quinta
Dispensação, quando a Lei foi colocada em ênfase dos princípios de Deus.
Israel chega ao monte Sinai
depois de 3 meses de uma longa viagem.
Neste momento. Deus chama-o
a um Concerto mais sério, e passa-lhe uma no vá lição:
1. Mediante ao mandamento
aprendeu a Santidade de Deus;
2. Mediante ao seu próprio
erro, aprendeu a sua fraqueza pecaminosa;
3. Mediante a provisão do
sacerdócio e do sacrifício, aprendeu a Bondade de Deus.
Em Gl 3.6-25, aprendemos a
relação da Lei para com a Aliança Abraãmica:
1. A Lei não pode anular
esta aliança;
2. Foi "acrescentada
" para convencer do pecado;
3. Servia de pedagoga até a
vinda de Cristo;
4. Era uma disciplina
preparatória "até que viesse a semente ". A trajetória de Israel no
deserto e em Canaã é uma longa história de violação da Lei. A prova terminou no
julgamento dos cativeiros, mas a Dispensação propriamente dita só terminou na
Cruz. Podemos considerar:
1) O estado do homem no
começo da jornada, Êx 19.1-3;
2) Sua responsabilidade, Êx
19.5,6; Rm 10.5;
3) Seu fracasso, II Rs
17.7-17; At2.22.23,
4) O julgamento, II Rs
17.1-6,20; 25.1-11; Lc 21.20-24.
Notemos neste capítulo o
cuidado que Deus tem de desenvolver em Israel uma compreensão de sua santidade.
No Egito tinham se acostumado com as imundas divindades do paganismo, e agora
precisam aprender que Jeová é um Deus santíssimo e temível.
A Lei foi dada de três
maneiras:
1°) Verbalmente, Êx
20.1-17. Isto era lei pura, sem nenhuma provisão de sacerdócio ou sacrifício, e
foi acompanhada das "Ordenanças", Ex 21.1-23.13, relativas às
relações de hebreus com hebreus; a isto foram acrescentadas, Ex 23.14- 49,
direções diferentes às três festas anuais, Êx 23.30-33, e inscrições sobre a
conquista de Canaã. Estas palavras Moisés comunicou ao povo, Êx 24.3-8.
Imediatamente, na pessoa dos seus anciões, foram admitidos na presença de Deus,
ÊX24.9-11.
2°) Moisés foi então
chamado ao monte para receber as tábuas de pedra, Êx 24.12-18. A história então
se divide. Moisés no monte recebe instruções referentes ao Tabernáculo, ao
sacerdócio e aos sacrifícios, Êx 25-31. No entanto, o povo, Êx 32, chefiado por
Aarão, transgride o primeiro mandamento. Moisés, voltando, quebra as tábuas
escritas pelo dedo de Deus, Êx 31.18; 32.16-19.
3°) As segundas tábuas são
feitas e a Lei escrita novamente (por Moisés?) na presença de Jeová, Êx
34.1,28,29.
OS DEZ MANDAMENTOS
A Aliança Mosaica foi dada
a Israel com três divisões, cada uma ligada às outras, e, conjuntamente,
formando a Aliança Mosaica.
Os Dez Mandamentos,
expressão da vontade de Deus para seu povo, Ex 20.1- 26; Os Juízos, governo da
vida social de Israel, Êx21.1 - 24.11; e as Ordenanças, governando a vida
religiosa de Israel, Êx 24.12 - 31.18. Estes três elementos formam a
"LEI" como essa palavra se emprega no NT, Mt 5.17,18. Os Mandamentos
e Ordenanças formam um só sistema religioso.
Os mandamentos foram um
"Ministério de Condenação) e de "Morte)), II Co 3.7-9.
Os Dez Mandamentos são:
1) Não terás outros deuses
diante de mim;
2) Não farás para ti imagem
de escultura;
3) Não tomarás o nome do
Senhor teu Deus em vão;
4) Lembra-te do dia de
sábado para o santificar;
5) Honra a teu pai e a tua
mãe;
6) Não matarás;
7) Não adulterarás;
8) Não furtarás;
9) Não dirás falso
testemunho;
10) Não cobiçarás.
TABERNÁCULO
Passaremos à história do
Tabernáculo, considerado a grande Tipologia do Plano da Salvação, uma ordenança
de Deus a Moisés para proteção e orientação do povo de Deus.
Vejamos alguns
significados:
1. Tenda provisória onde
Deus falava ao seu povo, Êx 33.3-10;
2. Construção portátil em
forma de tenda, Êx 25.8,9;
3. Recebeu o nome de
habitação, Êx 25.9;
4. Onde estava depositada a
tábua da lei;
5. O tabernáculo do
testemunho;
6. Denominado casa do
Senhor, Êx 34.26;
7. Sua planta foi dada pelo
Senhor a Moisés, Êx 25.22.
Verifique Sua Planta:
PERDÃO
Pelo sacrifício do sangue
PURIFICAÇÃO
Pela limpeza
PODER DE DEUS
Pela participação,
percepção e oração
PRESENÇA DE DEUS
Pelo Sangue aspergido e
Obediência
Nota:
1. O Tabernáculo simboliza:
Israel aproximando-se de Deus;
2. Tipificou a obra
redentora de Cristo para trazer os pecadores a Deus.
6. A SEXTA DISPENSAÇÃO
A NOVA ALIANÇA, A ALIANÇA DA GRAÇA
CHAMADA DISPENSAÇÃO
ECLESIÁSTICA.
A palavra-chave é: Graça.
Sua duração começa com a crucificação de Cristo até a sua segunda vinda, tempo
determinado pelo Senhor: "Aquele dia e hora ninguém sabe, unicamente meu
pai que está nos céus". Hoje, já contamos com quase 2000 anos em que o véu
do Templo foi rasgado e esta Dispensação findará com o toque da trombeta,
quando acontecerá a segunda etapa da vinda de Cristo convocando os fiéis ao
Arrebatamento.
Na Dispensação da Graça,
Deus fez uma aliança com o homem, uma aliança superior às outras, ou seja, o
próprio Filho enviado por Deus à humanidade:
1°. Mt 19.28
2°. Hb 2.7 3°. Lc 2.27 4°.
Mt 13.55-57 5°. Lc 4.2-8 6°. Is 53.1-6 7°. G13.13
A NOVA ALIANÇA
Tal qual Moisés foi
mediador da aliança mosaica, assim Cristo é o Mediador da Nova Aliança, Hb 8.6;
9.15; 12.24. Com o aparecimento de Cristo, a Antiga Aliança terminou, como
Paulo afirma em Rm 10.4; Gl 3.19. Novamente apareceu Ele celebrando a Ceia com
os discípulos, conforme registra Lc 22.20 e I Co 11.25. "Ele disse: Este é
o cálice da nova aliança no meu sangue", Mc 14.24.
A Graça não dispensa
ordenação pois há l .050 mandamentos no NT; mas, ao contrário da Lei, ela dá
poder ao homem para cumpri-los. A palavra Graça aparece 166 vezes na Bíblia e
tem um valor inestimável.
Verifique 10 citações da
palavra Graça, com referências: Ef 2.8,9; At. 4.33;
18.27; Tt3.7;Rm5.20; 15.15;
I Co 15.10; Gl 1.15; Cl 3.16; IITm2.1.
Verificamos três aspectos
da revelação de Deus nessa Dispensação:
1. Os Evangelhos, um
tratado da revelação de Jesus Cristo, um Deus introduzido no meio dos homens:
"Emanuel, Deus Conosco".
2. Revelação através do
Espírito Santo: o Guia; o Orientador; o Consolador; o Intercessor; o
Fortificador; o Ornamentador da Igreja. "Todos que são guiados pelo
Espírito de Deus são filhos de Deus".
3. Revelação pela Palavra
Escrita - A Bíblia Sagrada. Nela está a revelação perfeita da vontade de Deus.
Esta mesma Graça atua na
formação da Igreja desde a fundação do mundo e já existia na mente de Deus:
1. Eleita por Deus desde a
fundação do Mundo, Ef 1.4,5;
2. No AT, os Profetas
falaram dela;
3. Personagens que
simbolizaram a vida e a ação da Igreja (Enoque, Rebeca, Azenate, etc.);
4. Organização espiritual
da Igreja, Mt 16.16;
5. Data de inauguração: Dia
de Pentecostes, At 2;
A Igreja, uma representação
do Corpo de Cristo aqui na Terra. Suas funções, seu trabalho e suas
obrigações'.
1. Em relação a ela mesma
"Comunhão", At 2.42;
2. Em relação ao mundo
"Evangelização", Mc 16.15;
3. Em relação a Deus
"Adoração".
Toda e qualquer tarefa da
Igreja depende exclusivamente da Graça. Ela é quem nos encoraja no sentido de
cumprirmos nossa tarefa como Igreja que também é um Luzeiro no Mundo e Sal da
Terra.
Tenho me preocupado muito
com a expressão: "Se o sal se tomar insípido para mais nada presta, a não
ser para ser pisado pêlos homens".
QUE DEUS PROTEJA A IGREJA!
Seu compromisso para o
futuro é o desfecho final do cumprimento das profecias, do fim dos tempos e a
Dispensação da Igreja.
Verifique alguns
acontecimentos que surgirão :
1. Ressurreição dos
crentes;
2. Transformação dos
crentes vivos na vinda do Senhor;
3. Arrebatamento;
4. Tribunal de Cristo
(compensação);
5. Casamento da Igreja
(bodas do Cordeiro);
6. Glorificação da Igreja;
7. E nos fez Reis e
Sacerdotes para Deus seu Pai.
QUESTIONÁRIO: QUINTA E
SEXTA DISPENSAÇÕES
1) Qual a duração da quinta
Dispensação?
2) O que Deus representa
quando institui a Páscoa?
3) Qual a representação de
Deus na Lei?
4) Qual o tema do livro de
Êxodo?
5) Onde Moisés recebeu as
tábuas de pedra?
6) Qual a missão da Igreja
frente ao mundo?
7) Qual a duração desta
Dispensação (Igreja)?
8) Quando termina esta
Dispensação?
9) Como se chama o Tribunal
em que os crentes hão de comparecer?
10) Apresente dois aspectos
do futuro da Igreja.
7. A SÉTIMA DISPENSAÇÃO (MILÊNIO)
ALIANÇA MILÊNICA
O plano redentor de Deus
para com o homem termina com o cumprimento dos mil anos de paz sobre a Terra,
que serão seguidos do Juízo Final e a volta à eternidade. Jesus Cristo descerá
pessoalmente a terra e será REI. Ele denominou esta Dispensação de
"Regeneração", Mt 19.28; é também chamada de "Tempo de_
Restauração", At 3.20,21.
A juntura destes "Séculos",
presente e vindouro, forma um nítido exemplo de sobreposição das Dispensações,
isto é, às vezes, a um tempo transitório entre um tempo e outro.
Sua duração, o próprio
título indica, terá mil anos', seu início se dará com a manifestação (Parousia)
de Cristo na segunda etapa de sua segunda vinda a terra, Ap 19.11-21, e findará
com a instalação do grande Trono Branco, Ap 20.11-15.
O próprio Cristo voltará
literalmente a terra, onde Ele esteve durante 33 anos e pessoalmente reinará
sobre a mesma por um espaço de 1.000 anos, e terá ao seu lado a SUA IGREJA. Ela
voltará dos céus para onde foi levada no Arrebatamento.
O Plano de Deus para com o
mundo é fazer "Convergir" nele (em Cristo), na Dispensação e na
plenitude dos tempos, Ef 1.10.
Havendo efetuado a redenção
dos homens pelo seu sangue derramado na cruz, e Deus no século vindouro
mostrará a suprema riqueza de sua graça.
A dupla revelação do
Milênio será feita:
l. Pela presença pessoal de
Jesus Cristo, que se sentará no trono de Davi, Lc 1.32,33;
2. O Sermão do Monte,
pregado por Jesus no início de seu ministério terreno, Mt 5.6,7, é uma
legislação que se tomará plena como plataforma do reino milenial. Ela será a
Pedra Angular das atividades do Rei durante o Milênio. O Governo será um regime
teocrático, isto é. Governo Pessoal de Deus, Is 52.7; Lc l .33; Dn 7.13.
A SEDE DO GOVERNO
A capital do mundo não será
Washington, Londres, Tóquio e nem Paris, mas, sim, Jerusalém, a desprezada
cidade tantas vezes pisada pêlos exércitos invasores. Ela será totalmente
restaurada, vindo a realizar-se a visão do salmista que disse:
"Grande é o Senhor e
mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo monte, belo e
sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte de Sião, para os lados do
Norte, a cidade do grande Rei. Nos palácios dela. Deus se faz conhecer como
alto refúgio '\ SI 48.1-3; Is 2.2-4.
A BÍBLIA NO SEU TRANSCURSO MILENIAL
1. Será um reino literal e
universal, Dn 2.34,35;
2. Jerusalém será a capital
do reino, Jr 3.27; Is 24.23; Ez 48;
3. Os animais serão dóceis.
Is 11.6-9; 65.25; Os 2.18;
4. Época de justiça e paz.
Is 9.6,7; 11.4; Zc 9.10; SI 96.13;
5. A terra ficará mais
fértil, Is 35. l; Am 9.3,6;
6. O prolongamento da vida
humana. Is 65.20,22; Zc 8.4,5;
7. Satanás será amarrado,
Ap 20.20,22,23.
Haverá duas classes de
pessoas:
1. Glorificados e
2. Não-glorifícados.
Os glorificados são os
crentes do AT e NT e os do período da Grande Tribulação e as não-glorificados
são os judeus sobreviventes da Grande Tribulação, gentios remanescentes das
nações e os nascidos no Milênio.
A cena final e a
justificação do grande Trono Branco, quando comparecerão diante do Cordeiro e
Rei todos os mortos de todas as épocas, ainda não ressuscitados. Esta é a
Segunda Ressurreição.
O julgamento iniciará por
ocasião da abertura dos livros de Deus, Ap 20.12:
7. Cada pessoa serei
julgada',
2. Os inimigos do Rei serão
punidos',
3. Os inimigos espirituais
do Rei serão julgados: Satanás; o Anticristo; o Falso Profeta; os demônios; o
Inferno e a morte.
Cristo colocará sob seus
pés todos os seus inimigos, I Co 15.24,25. A Ele, toda honra, glória e louvor
para sempre. Amém!
Caro Aluno, gostaria de ter
tempo suficiente para estudarmos juntos, pois este é um assunto de grande
importância para nossa vida espiritual!
8 - BIBLIOGRAFIA:
OLSON, Nelson Lourenço.
Plano Divino Através dos Séculos.
McNAIR, S. E. A Bíblia
Explicada.
HALLEY, Henry H. Manual
Bíblico. São Paulo: Vida Nova.
TOLEDO, Alcino Lopes.
Apostilas das Sete Dispensações, Faetel, São Paulo.
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