MISSÃO
DADA
MISSÃO
DEVE
SER
CUMPRIDA
AS REGRAS DO REINO
FRANREZ
- 2018 -
Prefácio
“Busquem, pois, em primeiro
lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas
a vocês. Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas
próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.” Mt.6:33-34.
Jesus nos fala que temos na vida, normalmente
nossas necessidades básicas e que elas são mesmos diárias, e que nos as teremos
mesmo e é fato corrente que o vestuário é uma necessidade, afinal, o nosso
corpo é perecível, sensível às intempéries e ao tempo, logo, necessita ser
coberto. É certo que as roupas têm a função de proteger o nosso corpo. No
entanto se as funções da roupa fossem apenas reduzidas a este campo nos
enrolaríamos em quaisquer pedaços de pano e estaríamos satisfazendo esta
necessidade fisiológica (proteger do frio, calor, sol, chuva). Outra função
óbvia do vestuário está relacionada ao pudor, ao fato de nos cobrirmos para não
mostrarmos a nossa intimidade e também somos seres sociais e representamos
papeis importantes na sociedade mesmo o mais simples cidadão deve manter sua
integridade social respeitada e Deus se preocupa com isso, e ainda somos seres viscerotônico (A vida do viscerotônico
parece ter sido organizada principalmente para servir a digestão)ou seja temos
que ter pelo menos duas refeições ao dia. E Ele nos adverte que o Reino de Deus
e a sua justiça são mais valiosos do que essas preocupações, pois o Senhor nos
ama e é Ele quem cuida de nós. E Ele é fiel para nos alimentar, nos vestir e
nos fazer melhores do que somos hoje de acordo com o Seu poder operando em nós.
Em outro momento Jesus, quando estava sendo tentado no deserto, respondeu ao
diabo: “Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de
toda palavra que procede da boca de Deus” Mateus 4.4. E Ele Jesus tinha lido na
sua bíblia, bíblia essa que na sua época conhecia bem, pois a função da criança
masculina na sociedade judaica de 6 aos 10 anos é de decorar a Tora ou seja o
Pentateuco,isso mesmo os 5 livros de Moises e em Deut.8:3; Jesus havia lido na
parte B deste versículo “ para te dar a entender que o homem não viverá só de
pão, mas de tudo que sai da boca do Senhor viverá o homem” E ainda nós hoje
lemos,Mt.6 e Lc.12. “ 25 "Portanto
eu digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber;
nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante
que a comida, e o corpo mais importante que a roupa? 26 Observem as aves do
céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai celestial
as alimenta. Não têm vocês muito mais valor do que elas?27 Quem de vocês, por
mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?28
"Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do
campo. Eles não trabalham nem tecem.29 Contudo, eu digo que nem Salomão, em
todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles.30 Se Deus veste assim a erva do
campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a
vocês, homens de pequena fé?31 Portanto, não se preocupem, dizendo: 'Que vamos
comer?' ou 'Que vamos beber?' ou 'Que vamos vestir?'32 Pois os pagãos é que
correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas.34
Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias
preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.Lc.12:22 Dirigindo-se aos seus
discípulos, Jesus acrescentou: "Portanto eu digo a vocês: Não se preocupem
com sua própria vida, quanto ao que comer; nem com seu próprio corpo, quanto ao
que vestir.23 A vida é mais importante do que a comida, e o corpo, mais do que
as roupas.24 Observem os corvos: não semeiam nem colhem, não têm armazéns nem
celeiros; contudo, Deus os alimenta. E vocês têm muito mais valor do que as
aves! 25 Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que
seja à sua vida?26 Visto que vocês não podem sequer fazer uma coisa tão
pequena, por que se preocupar com o restante?27 "Observem como crescem os
lírios. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu digo a vocês que nem Salomão,
em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles.28 Se Deus veste assim a erva
do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais vestirá
vocês, homens de pequena fé!29 Não busquem ansiosamente o que comer ou beber;
não se preocupem com isso.30 Pois o mundo pagão é que corre atrás dessas
coisas; mas o Pai sabe que vocês precisam delas.31 Busquem, pois, o Reino de
Deus, e essas coisas serão acrescentadas a vocês.32 "Não tenham medo,
pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar o Reino a vocês.33 Vendam o que
têm e deem esmolas. Façam para vocês bolsas que não se gastem com o tempo, um
tesouro nos céus que não se acabe, onde ladrão algum chega perto e nenhuma
traça destrói.34 Pois, onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu
coração”. - Busque esse reino
diariamente e veja a Palavra de Deus sendo revelada e vivida na sua vida e na
de sua família para honra do nome Dele. Ele é o nosso provedor. Que nos preocupemos mais com o Reino de Deus, pois
Ele é quem nos acrescentaria todo o resto. Estão precisamos aprender a confiar
que o Reino de Deus é mais importante do que as outras coisas. Melhor será
edificar pedras vivas do que edifícios mortos! E assim oramos para que o Senhor
faça a Sua vontade nas nossas vida. Que sejamos todos usados no Reino de Deus,
em nome do Senhor Jesus! Não precisamos almejar riquezas terrenas, apenas uma
vida digna. Uma vida digna que glorifique o nome Santo do Senhor. Aprenda e ensine
sobre o Reino de Deus. Viva o Reino de Deus em expansão aqui na terra e grandes
aventuras descortinar-se-ão diante dos seus olhos. Podem acreditar! Não há nada
mais gratificante do que fazer e viver a vontade do Pai em nossas vidas!
Com
afeto fraternal
FRANREZ
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, o mundo que
vivemos caminha, sob diversos aspectos, por caminhos escuros, nebulosos e
difíceis de serem percorridos. Temos uma percepção muito clara sobre isso,
quando buscamos informações, nossos meios
de comunicações, hoje fartos e acessíveis a onde quer que estejamos, ou quando
acessamos algum dos inúmeros meios de comunicação colocados à nossa disposição.
Entretanto, o que a mídia nos apresenta são informações manipuladas,
tendenciosa e na sua maioria terrorista, não apresentando um mundo real, mais
meias verdades, encobrindo o que é real. E, por sua vez só mostra coisas ruins.
É como se o mundo estivesse à beira de um colapso total: acidentes; roubos;
corrupção; assassinatos das mais diversas formas; mentira; trapaça; drogas;
prostituição; guerras; terrorismo; bombas; secas; nevascas; terremotos; maremotos;
tsunamis, tufão, furação; enchentes; doenças; miséria; tráfico de seres
humanos; só para ficar-nos mais trágicos. Enfim… É uma sucessão de desgraças
que realmente assusta, até porque tudo isso está acontecendo realmente nos
nossos dias. No entanto, nesse mesmo mundo, crianças saudáveis estão nascendo a
todo instante; pessoas estão viajando a turismo para diversas partes do mundo;
há vários grupos da 3º idade viajando para todas as partes do Brasil e do
mundo, neste exato momento os vôos nos aeroportos e os hotéis, na sua maioria
estão com sua lotação completa, cientistas estão obtendo a cura para diversas
doenças; biólogos estão descobrindo novas e interessantes formas de vida;
milhares de pessoas estão conseguindo plantar e colher; outro tanto está
obtendo sucesso com seus próprios negócios; inúmeras pessoas estão chegando à
casa dos cem anos, com saúde e disposição; pessoas de boa vontade estão
desenvolvendo ações positivas em favor dos menos favorecidos; muitas religiões
estão conseguindo converter pessoas até então totalmente destruídas pelos vícios,
pelo abandono e pela falta de fé; tantos e tantos homens e mulheres estão
levando a Palavra de Deus aos lugares mais distantes e esquecidos do mundo,
sendo acolhidos com carinho e com amor; deficientes físicos, auditivos e
visuais estão superando suas dificuldades e mostrando ao mundo o quanto são
capazes. A natureza revela a cada instante suas belezas, por meio de
gigantescas quedas d’água, lagos, rios, florestas, montanhas e planícies.
Muitos homens e muitas mulheres estão trabalhando vigorosamente pela paz no
mundo e pela saúde do meio ambiente. Enfim, tudo isso, também está acontecendo
sob nossos olhos, a todo instante, mas não ficamos sabendo, porque não
interessa à grande mídia. E mais: se alguém precisa de espaço para divulgar
coisas boas e saudáveis, encontra as portas fechadas. Vemos inúmeros cristãos
que não sabem direito como ler a Bíblia; outros, em algum lugar nunca ouviram,
sequer, falar sobre Jesus, países inalcançados pelo evangelho em total
desconhecimento que aja um Deus maravilhoso que com tal desprendimento deixou
todo esplendor de sua glória e que foi crucificado, morreu e ressuscitou e
oferece,paz vida abundante aqui e um reino de vida eterna.Muitos não tem uma
bíblia e outros tantos se quer já ouviram que haja um bíblia e que tal é a
palavra de Deus. Não conhecem a vida da imensa maioria de mártires e cristãos
que sofreram na própria carne, e pagaram com a própria vida, para que o
evangelho pudesse chegar até nós em
pleno século 21. Desconhecem totalmente que as bênçãos da salvação foram
derramada na cruz, e que Jesus subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu
dom aos homens. Portanto arrependei e convertei-vos porque vos é chegado o
reino dos céus. No entanto, louvado seja
o Senhor Jesus Cristo, temos sido agraciados com essa maravilhosa graça, por
Deus a nós revelada que nos tem concedido sabedoria e olhos iluminados para crer
em toda a sua palavra, palavra de Deus genuína e santa e que tem feito toda uma
diferença,para caminharmos segundo sua vontade e propósitos, sem perder a
direção. Recai sobre todos nós, o encargo glorioso de trabalhar para que o
plano divino da salvação atinja cada vez mais todos os homens, em quaisquer
língua e em todos lugares, segundo a imensa graça do Senhor, nestes tempos
trabalhosos, convêm que participemos assiduamente,na tarefa exclusiva da Igreja.
Portanto, no cumprimento do nosso dever
cristão, devemos trabalhar ardorosamente para levar a todos os homens, não
apenas a Palavra de Deus, mas, e em acréscimo, as condições necessárias para
que todos possam alcançar a salvação, razão da nossa incessante busca. Eis o
nosso objetivo! Eis a nossa missão à qual, humildemente convidamos todos e
todas, a aderirem, por amor a Cristo e à sua Igreja a se comprometerem com o
reino de Deus e sua visão.
CAPITULO
1
A
VIDA DE JESUS CRISTO
O Novo Testamento conduz-nos
ao clímax da obra redentora de Deus e seu reino, porque nos apresenta o Messias,
Jesus Cristo, e nos fala do começo da sua igreja. Os escritos de Mateus,
Marcos, Lucas e João falam-nos do ministério de Jesus. Esses escritores foram
testemunhas oculares da vida do Mestre, ou registraram o que testemunhas
oculares lhes contaram, todavia não escreveram dele uma biografia completa.
Tudo quanto registraram, realmente aconteceu, porém concentraram-se no
ministério de Jesus, e deixaram aqui e acolá algumas lacunas na história da
vida do Divino Mestre. Os homens que escreveram os evangelhos tinham em mira
explicar a pessoa e a obra de Jesus,
registrando o que ele fez e disse. E
cada autor apresenta uma perspectiva ligeiramente diferente acerca de Jesus e
de suas obras. Os autores dos Evangelhos não tentaram relatar todos os eventos
da meninice de Jesus, porque não era esse o motivo de escreverem. Não
procuraram dar-nos, tampouco, registro da vida cotidiana. Eles se ativeram ao
que é pertinente à salvação e ao discipulado.
O NT é a única fonte de
informação substancial do primeiro século que temos a respeito da vida de
Jesus. A literatura judaica ou romana daquele tempo quase não o menciona.
Flávio Josefo, historiador judeu do primeiro século, escreveu um livro sobre a
história do judaísmo, procurando mostrar aos romanos e gregos que essa religião
não se distanciava muito do estilo de vida deles. Disse ele:
"Ora, havia por esse tempo Jesus, um homem sábio, se for legítimo
chamá-lo de homem, pois ele era um operador de obras maravilhosas, um mestre de quem os homens
receberam a verdade com prazer. Atraiu para si muitos dos judeus e muitos dos
gentios, ele era considerado por
muitos o Cristo. E quando Pilatos, por
sugestão dos principais homens entre nós, condenou-o à cruz, os que o amavam a
princípio não o abandonaram; pois ele apareceu-lhes vivo de novo no terceiro
dia; conforme haviam predito os profetas divinos essas e dez mil outras coisas
maravilhosas concernentes a ele. E o grupo de cristão assim chamado em virtude
de seu nome, não se extinguiu até hoje."
( Flavius Josephus,
Antiquities of the Jews, Livro XVIII,
cap. iii, Sec 3.)
Os judeus dos dias de Jesus
viviam na expectativa de grandes acontecimentos. Os romanos os oprimiam, mas
eles estavam seguramente convictos de que o Messias viria em breve. Os variados
grupos retratavam diferentemente o Messias, mas seria difícil, naquele tempo,
encontrar um judeu que vivesse sem alguma forma de esperança. Alguns tinham a
verdadeira fé e aguardavam ansiosos a vinda de um Messias que seria seu
Salvador espiritual.
Por volta do ano 6 aC, o
sacerdote Zacarias oficiava no templo em Jerusalém. Queimava incenso no altar
durante a oração vespertina quando lhe apareceu um anjo anunciando para breve o
nascimento do primeiro descendente do sacerdote, um menino. Esse filho
prepararia o caminho para o Messias; o espírito e o poder de Elias repousariam
sobre ele (Lc.3:3-6). Seus pais deviam chamar-lhe João. Zacarias era um homem
verdadeiramente piedoso, mas foi difícil crer no que ouvira; como conseqüência,
ficou mudo até que Isabel (sua esposa) deu à luz. Nasceu o filho, foi
circuncidado, e recebeu o nome segundo as instruções de Deus. Depois disso
Zacarias readquiriu a voz e louvor ao Senhor.
Três meses antes do
nascimento de João, o mesmo anjo (Gabriel) apareceu a Maria. Esta jovem era
noiva de José, carpinteiro descendente de Davi (Is 11.1). O anjo disse a Maria
que ela conceberia um filho por obra do Espírito Santo, e que ela daria ao
menino o nome de Jesus (Lc.1:32-35; Mt.1:21). Ela aceitou a mensagem com grande
mansidão, contente por estar vivendo na vontade de Deus (Lc.1:38).
Gabriel também lhe disse que
sua prima Isabel estava grávida, e Maria apressou-se a partilhar o júbilo
mútuo. Ao encontrarem-se, Isabel saudou a Maria como a mãe de seu Senhor (Lc.1:39-45).
Maria irrompeu num cântico de louvor (Lc.1:46-56), ela ficou três meses com
Isabel.
José, o marido prometido a
Maria, ficou totalmente chocado com o que parecia ser fruto de um terrível
pecado (Mt.1:19) e resolveu abandoná-la secretamente. Então, em sonho, um anjo
lhe explicou a situação, e instruiu-o a casar-se com Maria, sua pretendida
esposa, como planejado.
Herodes o Grande reinava na
Judéia quando Jesus nasceu (Mt.2:1). Em
suas Antigüidades, Josefo escreve que
houve um eclipse da lua pouco antes da morte de Herodes (Livro XVII, cap xiii,
Séc. 2). Esse eclipse poderia ser qualquer um dos três ocorridos nos anos de 5
e 4 aC; mas provável alternativa é 12 de março de 4 a.C. Além do mais, o
historiador judeu declara que o rei morreu pouco antes da Páscoa (Livro XVII,
cap vi, Séc. 4) e a Páscoa ocorreu no dia 11 de abril do ano 4 a.C. Assim,
devemos concluir que Herodes morreu nos primeiros dias de Abril deste ano.
Os magos do Oriente vieram
adorar o Messias de Deus, mas uma vez que voltaram sem dar informação alguma a
Herodes, ele mandou que seus soldados matassem todos os meninos de Belém de
dois anos para baixo (Mt.2:16). Isto
quer dizer que Jesus nasceu no ano 6 ou 5 a.C, e foi levado para o Egito no ano
4 a.C.
Não sabemos com exatidão em
que mês e dia Jesus nasceu. A data 25 de dezembro não é muito provável. A
igreja de Roma escolheu esse dia para celebrar o nascimento de Cristo, já no
segundo ou terceiro século, a fim de obscurecer um dia santo de origem pagã,
comemorado tradicionalmente neste dia. Anteriormente, a igreja Ortodoxa
Oriental decidira honrar o nascimento de Cristo no dia 6 de janeiro, a
epifania. Mas por estabelecer a data no inverno? As probabilidades de que os
pastores cuidassem de seus rebanhos à noite, nas colinas, são mínimas. É mais
provável que Jesus tenha nascido no outono ou na primavera.
CONHECEMOS CINCO EVENTOS DA
INFÂNCIA DE JESUS, SÃO ELES
1) Visita dos Magos - Um
grupo de "sábios" apareceu em Jerusalém, inquirindo acerca do
nascimento de um "rei dos judeus". (Mt 2.2).
2) Fuga para o Egito - Deus
disse a José que fugisse para o Egito com toda a família.
3) Após a morte de Herodes,
José voltou, e fixou residência em Nazaré.Circuncisão - De acordo com a lei
judaica, ele foi circuncidado ao oitavo dia e recebeu o nome de Jesus (Lc.2:21).
4) Apresentado no templo -
Ele foi apresentado no templo para selar a circuncisão e também foi
"redimido" pelo pagamento dos cinco ciclos. Para efeito de sua
purificação, Maria fez a oferta dos pobres (Lv.12:8; Lc.2:24).
5) Visita ao Templo - Quando
tinha aproximadamente 12 anos (Lc.2:41-52) foi com os pais ao templo em Jerusalém e oferecer sacrifício. Enquanto estava ali, Jesus
conversou com os dirigentes religiosos sobre a fé judaica. Ele revelou
extraordinária compreensão do verdadeiro Deus, e suas respostas deixaram-nos
admirados. Mais tarde, de volta para casa, os pais de Jesus notaram a sua
ausência. Encontraram-no no templo, ainda conversando com os especialistas
judaicos.
DA
INFÂNCIA À VIDA ADULTA.
Jesus nasceu em Belém,
cidade de Davi, a fim de que fosse identificado mais facilmente como o filho de
Davi, e assim o Messias das profecias do Velho Testamento (Lc.2:1-7; Mq.5:2). Foi circuncidado no 8º dia (Lc.2:21),
sendo a circuncisão um sinal do concerto e um voto de obediência aos seus
requisitos. Jesus nasceu "debaixo da lei" de Moisés e submetido à sua
jurisdição (Gl.4:4). Mais tarde José e Maria levaram Jesus ao Templo para a
cerimônia da dedicação do primogênito (Lc.2:22-38, 39; conforme Lv.12:1-8).
Desde os tempos antigos este ritual era seguido pelos hebreus em reconhecimento
da promessa de Deus de dar o seu primogênito para salvar o povo perdido. No
caso de Jesus era um reconhecimento do ato de Deus em dar o Seu Filho ao mundo,
e da dedicação do Filho à obra que vinha cumprir. Depois da visita dos magos
(Mt.2:1-12), pelos quais Deus chamou à atenção dos lideres da nação judaica
para o nascimento do seu filho, José e Maria brevemente se refugiaram no Egito
a fim de escapar à fúria de Herodes (Mt.2:13-18). Ao voltar à Palestina, eles
foram divinamente instruídos a fixarem-se na Galiléia ao invés da Judéia,
provavelmente a fim de evitar o estado de anarquia que prevalecia na Judéia
durante o reinado turbulento de Arquelau (Mt.2:19-23; Lc.2:39, 40). Com a idade
de 12 anos um rapaz judeu deixava de ser considerado uma criança e passava a
ser um jovem. Como um "filho da lei" ele tornava-se pessoalmente
responsável em cumprir os requisitos da religião judaica, e esperava-se que
participasse nos seus serviços sagrados e festas. De acordo com esta tradição,
com a idade de 12 anos Jesus assistiu à Sua primeira Páscoa, onde pela primeira
vez deu evidências de uma compreensão da Sua própria relação especial como Pai
e da missão da Sua vida (Lc.2:41-50).
AS
TRADIÇÕES JUDAICAS
Jesus era judeu, portanto
foi criado como judeu e não como cristão, como judeu praticava o judaismo, ele
foi doutrinado segundo as tradições da lei. Ele mesmo disse:- (Mt.5:17 não
penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir.)
vamos ver como Jesus foi instruído a base da cultura judaica. estava alicerçado
na Tora, que são os primeiros 5 livros do Velho Testamento: Genesis, Exodo,
Levitico, Numeros e Deuteronômio. esses ensinamentos formam a base da educação
dos hebreus ou judeus escritos por Moises, inspirado pelo Espírito Santo.
A Tora significa
ensinamentos, instruções, os judeus
acreditavam que a Tora era o caminho, a verdade e a vida (Jo.14:6).
Flavio Josefo, o grande
escritor e historiador judeu do 1º século viveu, 37 a 103 D.c, pai e sacerdote,
dizia: nos orgulhamos da formação de nossas crianças. e como era essa formação?
O primeiro estágio da
educação se chamava Bete-Sefer que significa Casa do Livro. Esse primeiro
estágio era dado a crianças de 6 a 10 anos, porque eles acreditavam que antes
de 6 anos as crianças não deveriam ir para a escola, tinham que ficar com os
pais e serem influenciadas por eles. Eles acreditavam que de o a 6 anos as
crianças tinham que ser influenciadas diariamente pelos pais. Depois dos 6 anos
elas iam para as sinagogas, para serem instruídas pelo homem de maior
autoridade, o rabino, eles eram responsáveis para educar e ensinar as crianças,
com a Tora.( essa era a grade escolar) todas as crianças sabiam a Tora de cor. a partir dos dez (10)anos,
continuavam a aprender com os pais e tambem começavam a apreder o ofício, da
familia, ou profissão : ourives, ferreiros, tapeceiros, marcineiros etc. Mas as
crianças que se destacavam nos ensinamentos eram escolhidas pelo rabino a
continuar a estudar, e esse 2º estágio se chamava Bete- Talmude que quer dizer
Casa de Aprender. Ficavam de 10 a 14 anos e lá aprendiam todo o Velho
Testamento, e podiam fazer perguntas, interagindo com o rabino, com uma
liberdade a mais, tudo dentro da tradição. E quando faziam perguntas geralmente
o rabino respondia com outra pergunta, para fazer a criança pensar, para que
elas antes de perguntar buscassem a reposta. ensinavam ali suas tradições,
costumes e toda cultura judaica era ali ensinada. Aprendiam leis civis e
aprendia a interpreta-las, e entender os escritos dos sábios e anciãos de
israel. Com 14 anos muitos já sabiam todos o Velho Testamento de cor.
JESUS
FOI UM TALMIDIM
O
PROCESSO PARA SER UM TALMIDIM
Essas crianças eram bem
preparadas, porem tinha um desafio para o terceiro estagio. E esse 3º estágio
era para os melhores dos melhores, era para pouquissimos, esse era o Bete-
Midrashi ou Casa de Estudo.
Após serem escolhido para
esse terceiro estágio, eles iam ate um rabino e pediam para ser discípulo desse rabino do qual eles
admirassem, se identificassem.Eles queriam se tornar um de seus TALMIDIM,
entrava ai um processo, uma maratona
porque nem todos eram escolhidos,nem todos tinham condições entrava ai neste
processo de seleção tipo um vestibular, aquela criança era investigada, para
ver se tinha conduta, condições, e ai passavam por uma sabatina, onde eram
passado a prova a respeito de, leis , legislação, tora, profetas, sábios,
passagens bíblicas.Se o rabino visse que o garoto tinha qualidades, condições
de se tornar um rabino como ele, então vinha a frase- venha siga-me. Isso tinha um significado importantíssimo.
Essa era a frase que todo jovem, todo adolescente judeu sonhava ouvir, mas
normalmente a maioria era mandada para casa, não estavam
qualificados,voltavam para casa para ser
um cidadão comum. Mas os escolhidos mudavam para casa do rabino, e isso era um orgulho
muito grande para a família, para o pai principalmente, e ai passavam a viver
com o rabino
David Flat um judeu líder de
um grupo de estudiosos intelectuais em Israel, não cristão resolveu estudar a
vida de Jesus por ser este um nome tão importante no mundo ocidental, bem como
no oriental, começaram com os evangelhos, as
parábolas enfim tudo da vida de Jesus.E recentemente declarou que Jesus
estava entre os melhores dos melhores. Sua formação foi excelente. Quando
leio Lc.2: 42 vejo a família de Jesus
indo para Jerusalem para festa da páscoa e lá como bom TALMIDIM se dirigiu para
o templo. E lá os doutores se admiravam com as perguntas e respostas de Jesus,
sabia fazer pergunta, mas também sabia dar respostas.Jesus estava no estágio de
Bete-Talmude- Casa de Aprender. Segundo esses estudiosos Jesus era muito
preparado, com certeza foi preparado pelos maiores rabinos da época, falava
pelo menos 4 idiomas latim, hebraico,
aramaico e o grego.
A Bíblia cala-se até ao
ponto em que nos apresenta os acontecimentos que deram início ao ministério de
Jesus, tendo ele cerca de trinta anos. Primeiro vemos João Batista deixando o
deserto e pregando nas cidades ao longo do rio Jordão, instando com o povo a
que se preparasse para receber o Messias (Lc 3.3-9). João nasceu no seio de uma
família piedosa e cresceu para amar e servir fielmente a Deus. Deus falava por
meio de João, e multidões acudiam para ouvi-lo pregar. Dizia-lhes que se
voltassem para Deus e começassem a obedecer-lhe. Ao ver Jesus, ele anunciou que
este homem era o "...Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo"
(Jo 1.29). João batizou a Jesus; e ao sair Jesus das águas, Deus enviou o
Espírito Santo em forma de pomba, que pousou sobre ele.
O Espírito Santo guiou Jesus
ao deserto, e aí ele permaneceu sem alimentar-se durante quarenta dias.
Enquanto ele se encontrava nessa situação de enfraquecimento, o diabo veio e
procurou tentá-lo de vários modos. Jesus
recusou as propostas do diabo e ordenou que ele se retirasse. Então vieram
anjos que o alimentaram e confortaram.
A princípio Jesus tinha a
estima do povo. Na região do mar da Galiléia ele foi a uma festa de casamento e
transformou água em vinho. este foi o primeiro de seus milagres que a Bíblia
menciona. Este milagre, da mesma forma
que os últimos, demonstrou que ele era verdadeiramente Deus. Da Galiléia ele
foi para Jerusalém onde expulsou do templo um grupo de religiosos vendedores
ambulantes. Pela primeira vez ele asseverou de público sua autoridade sobre a
vida religiosa do povo, o que fez que muitos dirigentes religiosos se voltasse
contra ele.
Um desses dirigentes,
Nicodemos, viu que Jesus ensinava a verdade acerca de Deus. Certa noite ele foi
ter com Jesus e lhe perguntou como poderia entrar no reino de Deus, que é o
reino de redenção e salvação. (Jo 3.3)
Quando João Batista começou
a pregar e atrair grandes multidões na Judéia, Jesus voltou para a Galiléia. Aí
ele operou muitos milagres e grandes multidões o cercavam. Infelizmente, as
multidões estavam mais interessadas nos seus milagres do que nos seus ensinos.
Não obstante, Jesus
continuou ensinando. Ele entrava nos lares, participava das festas públicas, e
adorava com os outros judeus em suas sinagogas. Denunciou os dirigentes
religiosos do seu tempo porque exibiam uma fé hipócrita. Ele não rejeitou a
religião formal deles; pelo contrário, Jesus
respeitava o templo e a adoração que aí se prestava (Mt 5.17-18). Mas os
fariseus e outros dirigentes não viram nele o Messias e não cuidaram de ser
salvos do pecado. Além do mais, não satisfeitos com o que Deus lhes revelara no
AT, continuaram fazendo-lhe acréscimos e revisando-o. Acreditavam que sua
versão das Escrituras, examinada nos seus mínimos detalhes, dava-lhes a única religião
verdadeira. Jesus chamou-os de volta às primitivas palavras de Deus. Ele era
cuidadoso na sua forma de citar as Escrituras, e incitava seus seguidores a
entendê-las melhor. Ensinava que o conhecimento básico das Escrituras mostraria
que a vontade de Deus era que as pessoas fosse salvas mediante a fé nele.
Perto da Galiléia, Jesus
operou seu mais surpreendente milagre até então. Tomou sete pães e dois peixes,
abençoou-os e partiu-os em pedaços suficientes para alimentar quatro mil
pessoas! Mas este milagre não atraiu mais gente à fé em Jesus; na verdade, as
pessoas se retiraram porque não podiam imaginar por que e como ele queria que
elas "comessem" seu corpo e "bebessem" seu sangue ( Jo
6.52-66).
Os doze discípulos, porém,
permaneceram fiéis, e ele começou a concentrar seus esforços em prepará-los.
Cada vez mais ensinava-lhes acerca de sua futura morte e ressurreição,
explicando-lhes que eles também sofreriam a morte se continuassem a segui-lo.
Esta atitude de Jesus o leva
ao fim da sua vida na terra. Judas Iscariotes, um dos doze, traiu-o,
entregando-o aos líderes de Jerusalém, que lhe eram hostis, e eles pregaram
Jesus numa cruz de madeira entre criminosos comuns. Mas ele ressuscitou e
apareceu a muitos de seus seguidores, exatamente como havia prometido, e deu
instruções finais aos seus discípulos mais íntimos. Enquanto o observavam subir
ao céu, apareceu um anjo e disse que eles os veriam voltar do mesmo modo. Em
outras palavras, ele voltaria de modo visível e em seu corpo físico.
O
PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
A Expressão “400 anos de
silêncio”, freqüentemente empregada para descrever o período entre os últimos
eventos do A.T. e o começo dos acontecimentos do N.T. não é correta nem
apropriada. Embora nenhum profeta inspirado se tivesse erguido em Israel
durante aquele período, e o A.T. já estivesse completo aos olhos dos judeus,
certos acontecimentos ocorreram que deram ao judaísmo posterior sua ideologia
própria e, providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a
proclamação do Seu evangelho e sua proclamação era o reino de Deus.(Mt.4:17)
SUPREMACIA
PERSA
Por cerca de um século
depois da época de Neemias, o império Persa exerceu controle sobre a Judéia. O
período foi relativamente tranqüilo, pois os persas permitiam aos judeus o
livre exercício de suas instituições religiosas. A Judéia era dirigida pelo
sumo sacerdotes, que prestavam contas ao governo persa, fato que, ao mesmo
tempo, permitiu aos judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o sacerdócio
a uma função política. Inveja, intriga e até mesmo assassinato tiveram seu
papel nas disputas pela honra de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, filho de
Joiada (Ne 12.22), é conhecido por ter assassinado o próprio irmão, Josué, no
recinto do templo.
A Pérsia e o Egito
envolveram-se em constantes conflitos durante este período, e a Judéia, situada
entre os dois impérios, não podia escapar ao envolvimento. Durante o reino de
Artaxerxes III muitos judeus engajaram-se numa rebelião contra a Pérsia. Foram
deportados para Babilônia e para as margens do mar Cáspio.
ALEXANDRE,
O GRANDE
Em seguida à derrota dos
exércitos persas na Ásia Menor (333 AC), Alexandre marchou para a Síria e
Palestina. Depois de ferrenha resistência, Tiro foi conquistada e Alexandre
deslocou-se pra o sul, em direção ao Egito. Diz a lenda que quando Alexandre se
aproximava de Jerusalém o sumo sacerdote Jadua foi ao seu encontro e lhe
mostrou as profecias de Daniel, segundo as quais o exército grego seria
vitorioso (Dn 8). Essa narrativa não é levada a sério pelos historiadores, mas
é fato que Alexandre tratou singularmente bem aos judeus. Ele lhes permitiu
observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sabáticos e,
quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os judeus a se
estabelecerem ali e deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos.
A
JUDÉIA SOB OS PTOLOMEUS
Depois da morte de Alexandre
(323 AC), a Judéia, ficou sujeita, por algum tempo a Antígono, um dos generais
de Alexandre que controlava parte da Ásia Menor. Subseqüentemente, caiu sob o
controle de outro general, Ptolomeu I (que havia então dominado o Egito),
cognominado Soter, o Libertador, o qual capturou Jerusalém num dia de sábado em
320 AC Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em
Alexandria, que continuou a ser um importante centro da cultura e pensamento
judaicos por vários séculos. No governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de
Alexandria começaram a traduzir a sua Lei, i.e., o Pentateuco, para o grego.
Esta tradução seria posteriormente conhecida como a Septuaginta, a partir da
lenda de que seus setenta (mais exatamente 72 - seis de cada tribo) tradutores
foram sobrenaturalmente inspirados para produzir uma tradução infalível. Nos
subseqüentes todo o Antigo Testamento foi incluído na Septuaginta.
A
JUDÉIA SOB OS SELÊUCIDAS
Depois de aproximadamente um
século de vida dos judeus sob o domínio dos Ptolomeus, Antíoco III (o Grande)
da Síria conquistou a Síria e a Palestina aos Ptomeus do Egito (198 AC). Os
governantes sírios eram chamados selêucidas porque seu reino, construído sobre
os escombros do império de Alexandre, fora fundado por Seleuco I (Nicator).
Durante os primeiros anos de
domínio sírio, os selêucidas permitiram que o sumo sacerdote continuasse a
governar os judeus de acordo com suas leis. Todavia, surgiram conflitos entre o
partido helenista e os judeus ortodoxo. Antíoco IV (Epifânio) aliou-se ao
partido helenista e indicou para o sacerdócio um homem que mudara seu nome de
Josué para Jasom e que estimulava o culto a Hércules de Tiro. Jasom, todavia,
foi substituído depois de dois anos por uma rebelde chamado Menaém (cujo nome
grego era Menelau). Quando partidários de Jasom entraram em luta com os de
Menelau, Antíoco marcho contra Jerusalém, saqueou o templo e matou muitos
judeus (170 AC). As liberdades civis e religiosas foram suspensas, os
sacrifícios diários forma proibidos e um altar a Júpiter foi erigido sobre o
altar do holocausto. Cópias das Escrituras foram queimadas e os judeus foram
forçadas a comer carne de porco, o que era proibido pela Lei. Uma porca foi
oferecida sobre ao altar do holocausto para ofender ainda mais a consciência
religiosa dos judeus.
OS
MACABEUS
Não demorou muito para que
os judeus oprimidos encontrassem um líder para sua causa. Quando os emissários
de Antíoco chegaram à vila de Modina, cerca de 24 quilômetros a oeste de
Jerusalém, esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom exemplo perante
o seu povo, oferecendo um sacrifício pagão. Ele, porém, além de recusar-se a
fazê-lo, matou um judeu apóstata junto ao altar e o oficial sírio que presidia
a cerimonia. Matatias fugiu para a região montanhosa da Judéia e, com a ajuda
de seus filhos, empreendeu uma luta de guerrilhas contra os sírios. Embora os
velho sacerdote não tenha vivido para ver seu povo liberto do jugo sírio,
deixou a seus filhos o término da tarefa. Judas, cognominado “o Macabeu”,
assumiu a liderança depois da morte do pai. Por volta de 164 AC Judas havia
reconquistado Jerusalém, purificado o templo e reinstituído os sacrifícios
diários. Pouco depois das vitórias de Judas, Antíoco morreu na Pérsia.
Entretanto, as lutas entre os Macabeus e os reis selêucidas continuaram por
quase vinte anos.
Aristóbulo I foi o primeiro
dos governantes Macabeus a assumir o título de “Rei dos Judeus”. Depois de um breve
reinado, foi substituído pelo tirânico Alexandre Janeu, que, por sua vez,
deixou o reino para sua mãe, Alexandra. O reinado de Alexandra foi
relativamente pacífico. Com a sua morte, um filho mais novo, Aristóbulo II,
desapossou seu irmão mais velho. A essa altura, Antípater, governador da
Iduméia, assumiu o partido de Hircano, e surgiu a ameaça de guerra civil.
Conseqüentemente, Roma entrou em cena e Pompeu marchou sobre a Judéia com as
suas legiões, buscando um acerto entre as partes e o melhor interesse de Roma.
Aristóbulo II tentou defender Jerusalém do ataque de Pompeu, mas os romanos
tomaram a cidade e penetraram até o Santo dos Santos. Pompeu, todavia, não
tocou nos tesouros do templo.
ROMA
Marco Antônio apoiou a causa
de Hircano. Depois do assassinato de Júlio Cesar e da morte de Antípater (pai
de Herodes), que por vinte anos fora o verdadeiro governante da Judéia,
Antígono, o segundo filho de Aristóbulo, tentou apossar-se do trono. Por algum
tempo chegou a reinar em Jerusalém, mas Herodes, filho de Antípater, regressou
de Roma e tornou-se rei dos judeus com apoio de Roma. Seu casamento com
Mariamne, neta de Hircano, ofereceu um elo com os governantes Macabeus.
Herodes foi um dos mais
cruéis governantes de todos os tempos. Assassinou o venerável Hircano (31 AC) e
mandou matar sua própria esposa Mariamne e seus dois filhos. No seu leito de
morte, ordenou a execução de Antípater, seu filho com outra esposa. Nas
Escrituras, Herodes é conhecido como o rei que ordenou a morte dos meninos em
Belém por temer o Rival que nascera para ser Rei dos Judeus. No
Novo Testamento, aparecem 4 governantes ou reis com o título Herodes.
1 – HERODES, O GRANDE, filho
de Antipáter. Foi o rei da Judéia de 37 antes da era cristã. Esse foi o rei que
mandou matar os meninos de Belém – Mateus.2:11-18.
2 – HERODES ANTIPAS, também
chamado de Herodes Tetrarca da Judéia. Era filho de Herodes, o Grande.
Governador desde o início da era cristã até o ano 39 depois de Cristo. Esse foi
o Herodes que mandou prender e decapitar João Batista – Lucas 9.7-9; 13.31-35;
Marcos 6.14-29.
3 – HERODES AGRIPA I foi o
rei da Judéia e governou entre 41 e 44 depois de Cristo. Era neto de Herodes, o
Grande e filho de Aristóbulo, que era irmão de Herodes Antipas. Portanto
Herodes Agripa I era sobrinho de Herodes Antipas.
4 – HERODES AGRIPAS II, rei
de Cálcis, governou entre 50 e 53 depois de Cristo. Ele era bisneto de Herodes,
o Grande, neto de Herodes Antipas e filho de Herodes Agripa I. Diante desse
Herodes o apóstolo Paulo compareceu – Atos dos Apóstolos 25.13 até 26.32.
GRUPOS
RELIGIOSOS DOS JUDEUS
Quando, seguindo-se à
conquista de Alexandre, o helenismo mudou a mentalidade do Oriente Médio,
alguns judeus se apegaram ainda mais tenazmente do que antes à fé de seus pais,
ao passo que outros se dispuseram a adaptar seu pensamento às novas idéias que
emanavam da Grécia. Por fim, o choque entre o helenismo e o judaísmo deu origem
a diversas seitas judaicas.
OS
FARISEUS
Os fariseus eram os
descendentes espirituais dos judeus piedosos que haviam lutado contra os
helenistas no tempo dos Macabeus. O nome fariseu, “separatista”, foi
provavelmente dado a eles por seu inimigos, para indicar que eram
não-conformistas. Pode, todavia, ter sido usado com escárnio porque sua
severidade os separava de seus compatriotas judeus, tanto quanto de seus
vizinhos pagãos. A lealdade à verdade às vezes produz orgulho e ate mesmo
hipocrisia, e foram essas perversões do antigo ideal farisaico que Jesus
denunciou. Paulo se considerava um membro deste grupo ortodoxo do judaísmo de
sua época. (Fp 3.5).
SADUCEUS
O partido dos saduceus,
provavelmente denominado assim por causa de Zadoque, o sumo sacerdote escolhido
por Salomão (1Rs 2.35), negava autoridade à tradição e olhava com suspeita para
qualquer revelação posterior à Lei de Moisés. Eles negavam a doutrina da
ressurreição, e não criam na existência de anjos ou espíritos (At 23.3). Eram,
em sua maioria, gente de posses e posição, e cooperavam de bom grado com os
helenistas da época. Ao tempo do N.T. controlavam o sacerdócio e o ritual do
templo. A sinagoga, por outro lado, era a cidadela dos fariseus.
ESSÊNIOS
O essenismo foi uma reação
ascética ao externalismo dos fariseus e ao mudanismo dos saudceus. Os essênios
se retiravam da sociedade e viviam em ascetismo e celibato. Davam atenção à
leitura e estudo das Escrituras, à oração e às lavagens cerimoniais. Suas
posses eram comuns e eram conhecidos por sua laboriosidade e piedade. Tanto a
guerra quanto a escravidão era contrárias a seus princípios. O mosteiro em
Qumran, próximo às cavernas em que os Manuscrito do Mar Morto foram
encontrados, é considerado por muitos estudiosos como um centro essênio de
estudo no deserto da Judéia. Os rolos indicam que os membros da comunidade
haviam abandonado as influências corruptas das cidades judaicas para
prepararem, no deserto, “o caminho do Senhor”. Tinham fé no Messias que viria e
consideravam-se o verdadeiro Israel para quem Ele viria.
ESCRIBAS
Os escribas não eram,
estritamente falando, uma seita, mas sim, membros de uma profissão. Eram, em primeiro
lugar, copista da Lei. Vieram a ser considerados autoridades quanto às
Escrituras, e por isso exerciam uma função de ensino. Sua linha de pensamento
era semelhante à dos fariseus, com os quais aparecem freqüentemente associados
no N.T.
HERODIANOS
Os herodianos criam que os
melhores interesses do judaísmo estavam na cooperação com os romanos. Seu nome
foi tirado de Herodes, o Grande, que procurou romanizar a Palestina em sua
época. Os herodianos eram mais um partido político que uma seita religiosa. A
opressão política romana, simbolizada por Herodes, e as reações religiosas
expressas nas reações sectárias dentro do judaísmo pré-cristão forneceram o
referencial histórico no qual Jesus veio ao mundo. Frustrações e conflitos
prepararam Israel para o advento do Messias de Deus, que veio na “plenitude do
tempo” (Gl.4:4)
O
SACERDOTE NOS TEMPOS DA BÍBLIA
Ministro investido de
autoridade. Às vezes denota um ministro de estado, assistente responsável junto
do rei, 2Sm.8:18. Em 2Sm.20:26, o oficial Jair é denominado sacerdote de Davi;
e em 1Cr 18.17, os filhos de Davi são os primeiros depois do rei. Em 1Rs.4:5,
diz-se que o sacerdote Zabude era intimo, ou amigo do rei. Freqüentemente os
ministros do santuário são denominados sacerdotes levíticos, porquanto o sentido
da palavra kohen, ministro, sacerdote, exige qualidades descritivas.
Um ministro devidamente
autorizado, para oficiar perante uma divindade, em favor de um povo e tomar
parte em outros ritos, chama-se sacerdote. A função essencial a seu cargo era a
de mediador entre Deus e o homem. Em geral, formavam os sacerdotes uma classe
de funcionários muito distinta entre as nações da antiguidade, como no Egito,
em Midiã na Filístia, na Grécia, em Roma, etc. Gn 47.22; Ex 2.16; 1Sm 6.2; At
14.13. Na falta de uma corporação regularmente organizada, o ofício de
sacerdote era exercido desde tempos imemoriais, por indivíduos particulares,
tais como, Caím e Abel; pelos patriarcas em favor de suas famílias, ou da
tribo, como Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Jó, bem assim os chefes de uma
corporação, ou de um povo. No tempo do êxodo havia indivíduos investidos destas
prerrogativas por direito natural, por causa
da crescente necessidade do momento, em conseqüência do aumento da
população e das influências do sacerdócio egípcio, Ex 19.22. Mesmo depois de
organizado o sacerdócio levítico, homens havia que, fora desta corporação,
também exerciam as funções de sacerdote. Quando Deus mesmo dispensava a
mediação dos sacerdotes ordenados, e se revelava imediatamente a um indivíduo estranho
à corporação sacerdotal, tal pessoa sentia-se no direito de oferecer
sacrifícios, sem que fosse necessária a intervenção dos mediadores regularmente
ordenado, Jz 6.18,24,26; 13.16. Quando, por motivos políticos, tornava-se
impossível aos que habitavam no reino do norte, utilizarem-se do ministério dos
sacerdotes levíticos, o pai de família, ou outra pessoa indicada, de acordo com
a lei primitiva, levantava o altar e oferecia sacrifícios a Jeová, 1Rs.18.30.
Quando o povo hebreu se
organizou em nação no Sinai, levantou-se o tabernáculo e o servo do santuário
foi organizado de acordo com a dignidade de Jeová de modo a não ficar devendo
nada às mais cultas nações da Antigüidade. Daí nasceu a necessidade de um corpo
sacerdotal. Arão e seus filhos foram designados para este cargo que se
perpetuou na família, e a ela restringido, Ex 28.1; 40.12-15; Nm 16.40; cp. 17
e 18.1-18; cp. Dt 10.6; 1Rs 8.4; Ed 2.36 e seg. Todos os filhos de Arão eram
sacerdotes, salvo nos casos de deformidades físicas, Lv 21.16 e seg. Quando a
Escritura se refere à classe sacerdotal, emprega as expressões - sacerdotes, ou
filhos de Arão, aludindo à descendência deste sacerdote, 2Cr 26.18; 29.21;
35.14; cp. Nm 3.3; 10.8; Js 21.19; Ne 10.38, ou sacerdote da linhagem de Levi
aludindo à tribo a que pertenciam, Dt 17.9,18; 18.1; Js 3.3; 8.33; 2Cr 23.18;
30.27; Jr 33.18,21; cp. Ex 38.21, ou ainda como sacerdotes e levitas, filhos de
Sadoque, designando o ramo da família de que descendiam, Ez 44.15; cp. 43.19.
Este modo de referir-se à classe dos sacerdotes, como acabamos de ver nas
passagens citadas, era muito comum no tempo em que se fazia questão fechada em
distinguir as funções dos sacerdotes e dos levitas, como se vê na história em
que os ministros do altar no tabernáculo e no templo, e aqueles que traziam o
Urim e Tumim, também pertenciam à família de Arão.
As obrigações dos sacerdotes
eram, em geral, de três categorias: I. Ministrar no santuário diante do Senhor,
II. ensinar o povo a guardar a lei de Deus e, III. tomar conhecimento da vontade
divina, consultando o Urim e Tumim, Ex 28.30; Ed 2.63; Nm 16.40; 18.5; 2Cr
15.3; Jr 18.18; Ez 7.26; Mq 3.11. O sacerdote estava sujeito a leis especiais,
Lv 10.8 e seg. Em referência ao casamento, só poderia tomar mulher que fosse de
sue própria nação, mulher virgem ou viúva, que não fosse divorciada, e cuja
genealogia fosse tão regular como a dos próprios sacerdotes, 21.7; Ed 10.
18,19. As vestimentas consistiam de calções curtos desde os rins até as coxas;
uma camisa estreita, tecida de alto a baixo e sem costura, descendo até aos
artelhos e apertada na cinta por um cíngulo bordado, simbolicamente
ornamentado; uma tiara em forma cônica, tudo feito de linho fino e branco, Ex
28.40-42. Os sacerdotes e outros oficiais de serviço religioso costumavam vestir
um éfode de linho, sem bordados e sem os adornos custosos como o que usava o
sumo sacerdote, 1Sm 2.18; 22.18; 2Sm 4.14.
Por ocasião da conquista de
Canaã, atendendo as necessidades atuais dos descendentes de Arão, que sem
dúvida já estavam na terceira geração, porém mais especialmente em atenção as
necessidades futuras, separaram-se treze cidades para sua residência e criação
de seus gados, Js 21.10-19. Davi dividiu os sacerdotes em vinte e quatro
classes. Exceto por ocasião das grandes festividades em que todos eles tinham
de oficiar; cada uma das classes oficiava uma semana de cada vez, substituída
em cada sábado de tarde, antes do sacrifício, 1Cr 24.1-19; 2Rs 11.5-9. Parece
que destas vinte e quatro classes, somente quatro voltaram de Babilônia com Zorobabel,
Ed 2.36-38, porém, o antigo número foi reconstruído, segundo parece, cp. Lc
1.5-9. Havia distinções no corpo sacerdotal. O supremo pontífice era o sumo
sacerdote; seguia-se o segundo sacerdote, 2Rs 25.18, que provavelmente era
denominado o pontífice da casa de Deus, 2Cr 31.13; Ne 11.11, e o magistrado do
templo, At 4.1; 5.24. Os pontífices de que fala o Novo Testamento eram os sumos
sacerdotes, membros da família dos antigos sacerdotes e funcionavam
irregularmente. A lei que regulava o acesso às funções do sumo sacerdócio havia
caído em olvido em conseqüência das perturbações políticas e do domínio
estrangeiro. Os pontífices eram investidos em seu oficio ou dele despojados à
mercê dos governos dominantes.
OS
SADUCEUS
Nome de um partido oposto à
seita dos fariseus. Compunha-se de um número comparativamente reduzido de
homens educados, ricos e de boa posição social. A julgar pela sua ortografia, a
palavra saduceu deriva-se de Zadoque, que em grego se escrevia Sadouk. Dizem os
rabinos que o partido tirou o nome de Zadok, seu fundador, que viveu pelo ano
300 A. C. Porém, compondo-se este partido de elementos da alta aristocracia
sacerdotal, crê-se geralmente que o nome Zadoque se refere ao sacerdote de
igual nome que oficiava no reinado de Davi, e em cuja família se perpetuou a
linha sacerdotal até a confusão política na época dos Macabeus. Os descendentes
deste Zadoque tinham o nome de zadoquitas ou saduceus.
Em oposição aos fariseus,
acérrimos defensores das tradições dos antigos, os saduceus limitavam o seu
credo às doutrinas que encontravam no texto sagrado. Sustentavam que só a
palavra da lei escrita os obrigava, defendiam o direito do juizo privado na
interpretação da lei; cingiam-se à letra das escrituras mesmo nos casos mais
severos da administração da justiça. Distinguiam-se dos fariseus nos seguintes
pontos (1) Negavam a ressurreição e juízo futuro, afirmavam que a alma morre
com o corpo Mt 22. 23-33; At 23. 8; (2) Negavam a existência dos anjos e dos
espíritos, At 23. 8; (3) Negavam o fatalismo em defesa do livre arbítrio,
ensinando que todas as nossas ações estão sujeitas ao poder da vontade, de modo
que nós somos a causa dos atos bons; que os males que sofremos resultam de
nossa própria insensatez, e que Deus não intervém nos atos de nossa vida, quer
sejam bons, quer não. Negavam a imortalidade e a ressurreição, baseando-se na
ausência destas doutrinas na lei mosaica, não defendiam a fé patriarcal na
existência do sheol, não só por não se achar bem defendida, como por não conter
os germes das doutrinas bíblicas acerca da ressurreição do corpo e das
recompensas futuras. Não se pode negar que os patriarcas criam na existência
futura da alma além da morte. Negando a existência da alma e dos espíritos, os
saduceus entravam em conflito com a angelogia do Judaísmo elaborada no seu
tempo, e ainda iam ao outro extremo: não se submetiam ao ensino da lei, Ex 3.2;
14.19. A principio, provavelmente, davam relevo à doutrina a respeito da
Interferência divina nas ações humanas, punindo-as ou recompensando-as neste mundo,
de acordo com seu caráter moral. Se realmente ensinavam, como afirma Josefo,
que Deus não intervém em nossos atos, bons ou maus, repudiavam os ensinos
claros da lei de Moisés em que professavam crer, Gn 3. 17; 4.7; 6.5-7. É
possível que começassem negando as doutrinas expressamente ensinadas na letra
da Escritura. E, rendendo-se à influência da filosofia grega, adotaram os
princípio, aristotélicos, recusando-se a aceitar qualquer doutrina que não
pudesse ser provada pela razão pura.
Quanto à origem e
desenvolvimento dos saduceus, Schurer é de parecer que a casa sacerdotal de
Zadoque, que estava à testa dos negócios da Judéia no quarto e terceiro século
A. C. quando sob o domínio persa e grego, começou, talvez inconscientemente, a
colocar a política acima das considerações religiosas. No tempo de Esdras e de
Neemias, a família do sumo sacerdote era mundana e inclinada a consentir na
junção de judeus com os gentios. No tempo de Antíoco Epifanes, grande número de
sacerdotes amava a cultura grega, entre eles contavam-se os sumos sacerdotes
Jasom, Menelau e Alcimus. O povo postou-se ao lado dos Macabeus para defender a
pureza da religião de Israel. Quando este partido triunfou, os Macabeus tomaram
conta do sacerdócio e obrigaram os zadoquitas a se retirarem para as fileiras
da política, onde continuaram a desprezar os costumes e as tradições dos
antigos e a favorecer a cultura e a civilização grega. João Hircano, Aristóbulo
e Alexandre Janeu, 135-78 A. C. deram apoio aos saduceus, de modo que a direção
dos negócios políticos estava. em grande parte em suas mãos, durante o domínio
dos romanos e de Herodes, visto serem os sacerdotes deste período, membros da
seita doa saduceus, At 5. 17. Os saduceus, e assim mesmo os fariseus, que iam
ao encontro de João Batista no deserto, foram por ele denominados raça de
víboras, Mt 3. 7. Unidos aos fariseus, pediram a Jesus que lhes fizesse ver
algum prodígio do céu, Mt 16. 1-4. Contra estas duas seitas, Jesus preveniu a
seus discípulos. Os saduceus tentaram a Jesus, propondo-lhe um problema a
respeito da ressurreição. A resposta de Jesus reduziu-os ao silêncio.
Ligaram-se com os sacerdotes e com o magistrado do templo para perseguirem a
Pedro e a João, At 4.1-22. Tanto os fariseus como os saduceus achavam-se no
sinédrio, quando acusavam a Paulo, que, aproveitando-se das suas divergências
de doutrina, habilmente os atirou uns contra os outros.
OS
SAMARITANOS
O sentido desta palavra na
única passagem do Antigo Testamento, 2Rs 17.29, aplica-se a um indivíduo
pertencente ao antigo reino do norte de Israel. Em escritos posteriores,
significa um individuo natural do distrito de Samaria, na Palestina central, Lc
17.11. De onde veio a raça, ou como se originou a nacionalidade samaritana?
Quando Sargom tomou Samaria levou para o cativeiro, segundo ele diz, 27.280 de
seus habitantes, deixando ainda alguns israelitas no pais. Sabendo que eles
conservavam o espírito de rebelião, planejou um meio de os desnacionalizar,
estabelecendo ali colônias de habitantes da Babilônia, de Emate, 2Rs 17.24, e
da Arábia. Estes elementos estrangeiros levaram consigo a sua idolatria. A
população deixada em Samaria era insuficiente para o cultivo das terras,
interrompido pelas guerras, de modo que as feras começaram a invadir as
povoações e a se multiplicarem espantosamente, servindo na mão de Deus de
azorrague para aquele povo. Os leões mataram alguns dos novos colonizadores.
Estes atribuíram o fato a um castigo do deus da terra que não sabiam como
apaziguar, e neste sentido pediram instruções ao rei da Assíria, que lhes
mandou um sacerdote dos que havia entre os israelitas levados para o cativeiro.
Este foi residir em Betel e começou a instruir o povo nas doutrinas de Jeová,
porém, não conseguiu que os gentios abandonassem a idolatria de seus
antepassados. Levantaram imagens de seus deuses nos lugares altos de Israel
combinando a idolatria com o culto de Jeová, 2Rs 17.25-33. Este regime híbrido
de adoração permaneceu até a queda de Jerusalém, 34-41. Asor-Hadã continuou a política de seu
avô Sargom, Ed 4.2, e o grande e glorioso Asenafar, que talvez seja
Assurbanipal, completou a obra de seus antecessores, acrescentando à população
existente, mais gente vinda de Elã e de outros lugares, 9, 10.
A nova província do império
assírio decaia. Josias mesmo, ou seus emissários, percorreram todo o país,
destruindo por toda a parte os lugares altos, 2Cr 34.6,7, onde havia altares da
idolatria. O culto pagão decrescia sob a influência dos israelitas que ficaram
no país, e por causa do ensino dos sacerdotes. A ação renovadora de Josias foi
mais um golpe. Anos depois, alguns dentre os samaritanos, costumavam ir a
Jerusalém para visitar o templo e fazer adoração, Jr 41.5. Quando Zorobabel
voltou do exílio, trazendo consigo bandos de cativos para Jerusalém, os
samaritanos pediram licença para tomar parte na construção do templo, alegando
que haviam adorado o Deus de Israel desde os dias de Asor-Hadã, Ed 4.2.
Desde muito que a maior
parte dos judeus sentiam repugnância em manter relações sociais e religiosas
com os samaritanos, sentimento este Josefo, que, no tempo em que os anos
corriam, Ed 4.3; Lc 9. 52, 53; Jo 4.9. Os samaritanos não tinham sangue puro de
hebreus, nem religião judaica. Diz Josefo, que, no tempo em que os judeus
prosperavam, os samaritanos pretendiam possuir alianças de sangue; mas em
tempos de adversidade, repudiavam tais alianças, dizendo-se descendentes dos
emigrantes assírios. Tendo Zorobabel, Josué e seus associados rejeitado a
oferta dos samaritanos para auxiliar a reconstrução do templo, não mais tentaram
conciliações com os judeus, antes pelo contrário, empenharam-se em obstar a
conclusão da obra, Ed 4.1-10, e mais tarde procuravam impedir o levantamento
dos muros por Neemias, Ne 4.1-23. O cabeça deste movimento era certo Sanabalá
Horonita, cujo genro havia sido expulso do sacerdócio por Neemias. O sogro, com
certeza, fundou o templo samaritano sobre o monte Gerizim, para servir ao
dignitário deposto em Jerusalém. Daqui em diante, todos os elementos
indisciplinados da Judéia, procuravam o templo rival de Samaria, onde eram
recebidos de braços abertos. Enquanto durou a perseguição promovida por Antíoco
Epifanes contra os judeus, declaravam não pertencer à mesma raça, e agradavam ao tirano,
mostrando desejos de que o seu templo do monte Gerizim fosse dedicado a
Júpiter, defensor dos estrangeiros. Pelo ano 129 AC João Hircano tomou Siquém e
o monte Gerizim, e destruiu o templo samaritano; porém os antigos adoradores
continuaram a oferecer culto no monte onde existiu o edifício sagrado.
Prevalecia ainda este costume no tempo de Jesus, Jo 5.20,21. Neste tempo, as
suas doutrinas não deferiam muito na sua essência, das doutrinas dos Judeus e
especialmente da seita dos saduceus. Partilhavam da crença na vinda do Messias,
Jo 4.25, mas somente aceitavam os cinco livros de Moisés. O motivo principal
que levou os samaritanos a receber tão alegremente o evangelho pregado por
Filipe, foram os milagres por ele operados, At 8.5,6. Outro motivo, sem dúvida
concorreu para o mesmo resultado, é que, ao contrário das doutrinas dos judeus,
o Cristianismo seguia os ensinos e os
exemplos de seu fundador, admitindo os samaritanos aos mesmos privilégios que
gozavam os judeus convertidos ao Evangelho, Lc 10.29-37; 17.16-18; Jo 4.1-42.
SINAGOGA
A sinagoga era a casa de
adoração dos judeus. Era um prédio ou um lugar usado pelos judeus para se
encontrar, estudar e orar.
AS
ORIGENS E A HISTÓRIA PRIMITIVA
Não sabemos exatamente como
ou quando a sinagoga começou. O templo onde os judeus adoravam em Jerusalém foi
destruído pelos babilônios em 586 A.C. O povo que permaneceu na cidade e em
volta dela ainda precisava se encontrar para adorar. Eles queriam continuar
ensinando a lei e a mensagem dos profetas. Os judeus de outros lugares tinham
necessidades parecidas.
As sinagogas devem ter tido
a sua origem em tal situação. Em Neemias 8:1-8 a comunidade de exilados se
juntou em Jerusalém. Esdras, o escriba, trouxe a lei, a leu de um púlpito de
madeira e deu a interpretação para que o povo entendesse a leitura. Quando
Esdras abençoou o Senhor, o povo abaixou suas cabeças e adorou. Esses se
tornaram os elementos básicos da adoração na sinagoga.
A primeira evidência clara
de uma sinagoga vem do Egito no século 3 A.C.
AS
SINAGOGAS NA ÉPOCA DO NOVO TESTAMENTO
As escrituras dão a
impressão de muitas sinagogas existentes na Palestina. Jesus freqüentemente
ensinava em sinagogas (veja Mateus 4:23; Mateus 9:35), especialmente durante o
seu ministério galileu. Em João 18:20, Jesus falou em seu julgamento diante do
sumo sacerdote: "Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu sempre ensinei
nas sinagogas e no templo, onde todos os judeus se congregam," (RSV). O
livro de Atos se refere a sinagogas em Jerusalém (Atos 6:9), Damasco (Atos
9:2), Chipre (Atos 13:5), Antioquia (Atos 13:14; 14:1), Macedônia e Grécia (Atos
17:1, 10, 17; 18:4) e Éfeso (Atos 19:8)
A
ADORAÇÃO NA SINAGOGA
Os evangelhos e o livro de
Atos geralmente falam da reunião do povo judeu no sábado para adorar na
sinagoga. As pessoas também se encontravam para adorar no segundo e no quinto
dia da semana. O culto na sinagoga começava com a confissão da fé recitando
Deuteronômio 6:4-9, 11:13-21 e Números 15:37-41, seguido de oração e leitura
das escrituras. A leitura da lei era básica (veja Atos 15:21) e era feita de
acordo com um ciclo de três anos. Os profetas também eram lidos, mas mais
casualmente. Ai vinham as interpretações. Conforme o conhecimento do hebraico
bíblico foi diminuindo na Palestina, uma tradução em aramaico das escrituras
era lida depois da leitura em hebraico. Depois disso um discurso era dado.
Qualquer um que fosse qualificado poderia falar ao povo, como fazia Jesus e o
apóstolo Paulo. O culto terminava com uma benção.
FUNÇÕES
JUDICIAIS
O trabalho da sinagoga
também incluía a administração da justiça. Aqueles que infringiam a lei ou que
eram acusados de atos contrários a lei judaica eram trazidos diante dos anciãos
da sinagoga. Eles podiam, em circunstâncias extremas, excluir o ofensor da
sinagoga (veja João 9:22, 34-35; 12:42) ou mandar que ele fosse açoitado. Jesus
avisou os seus discípulos para estarem preparados para enfrentar qualquer uma
das duas situações (Mateus 10:17; João 16:2). Saul, como perseguidor dos
cristãos, enviou cartas endereçadas a sinagoga de Damasco. Foi-lhe dada
autorização para prender cristãos e trazê-los de volta a Jerusalém (Atos 9:2).
ORGANIZAÇÃO
O Novo Testamento se refere
(Marcos 5:22, Lucas 13:14; Atos 18:8, 17) a dois cargos em particular na
sinagoga. O "governador da sinagoga" que era responsável pela ordem e
pela seleção do leitor da escritura. Um atendente (Lucas 4:20) tirava e
guardava os rolos da escritura. Mais tarde uma pessoa foi escolhida como líder
de oração.
O
SINÉDRIO
O sinédrio era o conselho de
juízes - uma espécie de corte suprema - que operava em Israel por volta da
época de Jesus. Durante o período em que o sinédrio existia, outras nações
reinavam sobre Israel. Esse corpo de líderes consistia de 71 membros e fazia
seus negócios em Jerusalém.
O nome sinédrio vem das
palavras grega sin (junto) e edrio (sentar). Esse termo é usado vinte e duas
vezes no Novo Testamento.
No Novo Testamento, o
sinédrio aparece de uma maneira negativa. O evangelho nos diz que foi esse o
grupo que colocou Jesus em julgamento. No livro de Atos vemos o sinédrio
investigando e perseguindo a crescente igreja cristã.
SUMO
SACERDOTES
O Sinédrio era comandado por
um presidente que era conhecido como "o sumo sacerdote". Normalmente
os saduceus eram os sumo sacerdotes, que eram os homens mais poderosos do
Sinédrio. Um sumo sacerdote era o capitão do templo e o outro supervisionava os
procedimentos e comandava o guarda do templo (Atos 5:24-26). Os outros serviam
de tesoureiros, controlando os salários dos sacerdotes e trabalhadores e
monitorando a vasta quantia de dinheiro que vinha através do templo.
OS
ANCIÃOS
A Segunda categoria
principal dos membros do sinédrio eram os anciãos. Esses homens representavam a
aristocracia sacerdotal e financeira na Judéia. Leigos distintos como com José
Arimtéia (Marcos 15:43), dividiam a visão conservadora dos saduceus e davam a
assembléia à diversidade de um parlamento moderno.
ESCRIBAS
Os membros mais recentes do
sinédrio eram os escribas. A maioria deles eram fariseus. Eles eram advogados
profissionais treinados em teologia, direito e filosofia. Eles eram organizados
em grêmios e normalmente seguiam rabinos ou professores célebres. Gamaliel, um
escriba famoso do sinédrio, que aparece no Novo Testamento (Atos 5:34), foi o
erudito que instruiu o apóstolo Paulo (Atos 22:3).
NOS
DIAS DE JESUS
Nós sabemos mais sobre
alguns aspectos do Sinédrio nos dias de Jesus do que sabemos sobre ele antes ou
depois. Uma coisa que sabemos é a extensão de sua influência. Oficialmente, o
Sinédrio tinha só tinha jurisdição na Judéia. Mas na prática ele tinha
influência na província da Galiléia e até mesmo em Damasco (Atos 22:5). O
trabalho do conselho era basicamente julgar assuntos da lei judaica quando
surgiam discórdias. Em todos os casos, sua decisão era final. Eles julgavam
acusações de blasfêmia como nos casos de Jesus (Mateus 26:65) e Estevão (Atos
6:12-14) e também participavam na justiça criminal. Ainda não sabemos se o
sinédrio tinha o poder de punição capital. O filósofo judeu Filo, indica que no
período romano o sinédrio podia julgar violações ao templo. Isso explica as
mortes de Estevão (Atos 7:58-60) e Thiago. Gentios que eram pegos ultrapassando
o recinto do templo eram avisados sobre uma pena de morte automática. Porém, o
Novo Testamento e o Talmude discordam de Filo nesse ponto de vista. No
julgamento de Jesus, as autoridades estavam convencidas em envolver o
governador romano Pilatos, que por si só poderia mandar matar Jesus (João
18:31). De acordo com o Talmude, o sinédrio perdeu o privilegio de executar
punição capital "quarenta anos antes da destruição do templo" ou por
volta da época da morte de Jesus.
O
TABERNÁCULO
Um tabernáculo é como uma
igreja, um lugar para encontrar Deus. O tabernáculo era a estrutura que os
israelitas construíam para a adoração. Depois do Êxodo, o povo israelita acabou
vagando pelo deserto por quarenta anos. Juntamente com os Dez Mandamentos, Deus
deu a Moisés instruções bem detalhadas em Êxodo (capítulos 25-40) de como o
povo tinha que construir o tabernáculo e adorar a Deus. Apesar de ser muito
luxuosa, essa estrutura era completamente portátil.
Toda vez que os israelitas
mudavam o seu acampamento de lugar, o tabernáculo mudava com eles. Por ser
portátil, o tabernáculo também servia como um símbolo de que Deus andava com o
povo de Israel.
Moisés ia ao tabernáculo
para determinar a vontade de Deus para o povo. Mais tarde, um templo (que não
era portátil) foi construído pelo rei Salomão com o mesmo layout do
tabernáculo.
O tabernáculo era
diariamente usado como o meio em que o povo se relacionava com Deus. Incenso e
outras coisas eram oferecidas a Deus juntamente com orações e louvores. Deus
também estabeleceu dias específicos como o dia da expiação quando o povo e os
sacerdotes fariam tarefas especiais ou sacrifícios especiais para Deus.
O tabernáculo se tornou o
centro da comunidade israelita enquanto eles estavam no deserto. Quando eles
acampavam, o lugar do acampamento de cada tribo era determinado pela
localização do tabernáculo.
Os levitas ficavam em volta
do tabernáculo e as famílias de Moisés e de Arão sempre acampavam ao leste, na
frente da entrada. Mesmo na mudança, o tabernáculo permanecia central, com seis
tribos na frente e seis tribos seguindo a trás.
O
ÁTRIO
A descrição do tabernáculo
na bíblia começa com o quarto de dentro - o Santo dos Santos também traduzido
como Santíssimo Lugar.
No entanto quando começou a
construção do tabernáculo, as partes de fora foram feitas primeiro. Dessa
maneira é que vamos descrever o tabernáculo - de fora para dentro. A bíblia
deixa muito claro que a intenção é que esse fosse um lugar santo para se
reunir. Todos os materiais usados eram raros e valiosos, indicando que qualquer
coisa associada a Deus era para ser da melhor qualidade. As paredes da tenda
eram feitas de madeira de acácia que cresce naturalmente no Oriente Médio.
Quando o tabernáculo era
desmontado para ser movido, muitas famílias tinham trabalhos específicos.
O tabernáculo era cercado
por um átrio cercado (Êxodo 27:9-21). A moldura da cerca era feita de acácia
coberta por prata e descansava numa base de bronze. Cortinas de linho cobriam
essa moldura de fora. Elas eram penduradas em ganchos de prata de uma vara de
prata. A entrada, na face leste do átrio, era coberta por cortinas bordadas com
cores as cores azul, roxa e escarlate.
O
ALTAR DE SACRIFíCIO
Nesse átrio estavam o
lavatório e o altar. O altar se era o primeiro objeto localizado na entrada do
átrio. Os pecadores não podiam entrar diante da presença de Deus, eles tinham
que oferecer um sacrifício por seus pecados.
É claro que os cristãos
acreditam que Jesus Cristo foi o sacrifício pelos pecados de todo o mundo,
então podemos entrar na presença de Deus sendo humildes e pedindo perdão. Mas
nos tempos do Velho Testamento, coisas - geralmente animais e grãos - eram
oferecidos a Deus como parte da redenção dos pecados.
Esse altar foi desenhado
para queimar sacrifícios. O altar foi construído de madeira oca e coberto por
bronze. Isso o tornava leve o suficiente, apesar de seu tamanho, para ser
carregado em varas cobertas de bronze que passavam por argolas em bronze nas
suas beiradas (Êxodo 27:1-8). Uma grelha de bronze ficava no meio do altar para
permitir que o ar fluísse para dentro do fogo. Baldes para as cinzas, ganchos
para a carne, as bacias para recolher o sangue e as panelas também eram feitas
de bronze. Nos cantos do altar havia dois chifres também cobertos por bronze.
Esses chifres podem ter sido úteis para amarrar os animais que seriam
sacrificados, e eles também eram simbólicos. Como sinal de proteção uma pessoa
em Israel podia ir ao altar e bater nos chifres.
Em tempos modernos, pessoas
que se sentem ameaçadas ainda procuram um santuário numa igreja quando elas
sentem que não há proteção ou justiça em qualquer outro lugar.
O
LAVATÓRIO
Entre o altar e a tenda da
congregação do tabernáculo havia um lavatório ou pia de bronze (Êxodo
30:17-21). A sua localização - na entrada da tenda da congregação - evitava que
as partes interiores do tabernáculo se contaminassem com poeira. Deus é santo,
e ele exigia que os sacerdotes se limpassem antes de começarem a ministrar na
tenda do tabernáculo.
O lavatório era feito de
bronze e espelhos. As mulheres que serviam na entrada do átrio do tabernáculo
doaram os espelhos.
O
LUGAR SANTO
O Lugar Santo era a primeira
parte da tenda de dentro do tabernáculo. Os sacerdotes podiam entrar ali para
fazer as suas rotinas diárias no lugar do povo de Deus. Dentro do Santíssimo
Lugar havia três peças importantes de mobília.
A
MESA DO PÃO DA PRESENÇA
Essa mesa era feita de
madeira de acácia coberta de ouro (Êxodo 25:23-30). Quando o tabernáculo era
transportado, a mesa podia ser levada em varas que passavam dentro de argolas
de ouro nas pontas da mesa. Pratos,louças, jarras e tigelas de ouro eram
colocadas em cima da mesa. Provavelmente isso era relacionado com ofertas de
bebida.
Cada sábado, doze bisnagas
de pão eram colocadas nessa mesa, simbolizando a provisão de Deus para as doze
tribos de Israel.
O
CANDELABRO DE OURO
A base para as lâmpadas
tinha sete hastes para segurar as lâmpadas (Êxodo 25:31-39). Elas queimavam só
o mais puro azeite de oliva e tudo era feito do mais puro ouro.
As hastes tinham o formato
da flor de amêndoa com botões e pétalas. É provável que as lâmpadas eram feitas
para queimar continuamente.
O
ALTAR DO INCENSO
O incenso era algo que
soltava um aroma agradável a Deus (Êxodo 30:1-10). O incenso também simbolizava
a oração, como ainda é nas igrejas episcopal, católica e ortodoxa.
Diferentemente do altar de sacrifício no átrio, esse altar era feito madeira de
acácia coberta de ouro, não bronze, e não era usada para sacrifícios.
No entanto, como no altar de
bronze, havia chifres em cada canto e argolas e varas para carregá-lo.
Neste altar o sacerdote
queimava o incenso toda manhã e toda noite e todo ano no dia da expiação os
chifres eram ungidos com óleo.
NO
SANTO DOS SANTOS ESTAVA:
A
ARCA DA ALIANÇA
A arca era uma caixa de
madeira, como um baú, coberto em puro ouro (Êxodo 25:10-16) por dentro e por
fora.
A arca representava a
presença de Deus com a nação de Israel. Uma arca era uma mobília religiosa
comum naquela época no Oriente Médio, mas essa arca era diferente.
Na maioria das religiões
pagãs, o baú continha uma estátua da divindade sendo adorada. Neste caso, a
arca continha três itens que mostravam como Deus se relacionava com o seu povo:
as tábuas com os dez mandamentos (a orientação de Deus), a vara de Arão (a
autoridade de Deus) e uma jarra de maná (a provisão de Deus para necessidades
diárias do Seu povo).
A arca era portátil como
tudo no tabernáculo. Varas compridas de madeira cobertas de ouro passavam por
argolas de ouro em cada canto. Essas varas não podiam ser removidas nunca
conforme Deus assim havia instruído (Êxodo 25:15).
O
PROPICIATÓRIO
O lugar da expiação dos
pecados era no tampo da arca. Era o lugar onde eles achavam que Deus estava
assentado. Esse assento era um bloco de ouro puro que ficava em cima da arca
(Êxodo 25:17-22). Desta maneira, Deus e sua misericórdia estavam acima da lei
que ficava dentro da arca. Havia dois querubins que ficavam um de cada lado do
bloco, olhando para o lado de dentro. Todo ano no dia da expiação (Levítico
23:26-31), sangue era espirrado no lugar da expiação no tampo da arca mostrando
assim como o sangue do sacrifício se relacionava com a misericórdia de Deus.
O
TABERNÁCULO
Tenda provisória, onde o
Senhor falava a seu povo, Ex 33.7-10.
Construção portátil, em
forma de tenda, que Deus ordenou a Moisés fizesse para servir de sua morada no
meio do povo de Israel, Ex 25.8,9, donde lhe veio o nome de habitação, Ex 25.9;
26.1, lugar onde Jeová falava a seu povo, Ex 41.34,35, onde se achavam
depositadas as tábuas da lei ou o testemunho, “o tabernáculo do testemunho”, Ex
38.21; cp. 25.21,22; Nm 9.15, também denominado “casa do Senhor”, Ex 34.26; Js
6.24.
Os materiais para construção
do tabernáculo foram adquiridos ali mesmo em larga quantidade. As madeiras
vieram das florestas do deserto. Deram os homens e as mulheres os braceletes,
as arrecadas, os anéis e os ornatos dos braços; todos os vasos de ouro foram
postos à parte para donativos do Senhor. Se algum tinha Jacinto, púrpura e
escarlata, linho fino e pelos de cabra, peles de carneiro, metais de prata e de
cobre, paus de cetim para vários usos, tudo ofereceram ao Senhor. Os príncipes
ofereceram pedras cornelinas e pedras preciosas para o éfode, Ex 35.21-29. O
largo dispêndio de metais preciosos para uma construção temporária ficou
plenamente justificado, uma vez que todos os materiais tinham de ser
aproveitados, quando se procedesse à construção permanente.
O Senhor dá a Moisés as
instruções minuciosamente para a edificação do tabernáculo, a começar pela
arca, que era o ponto central para o encontro de Jeová com o seu povo, Ex
25.22.
I. Feições essenciais e
permanentes: a arca, a mesa dos pães da proposição e o candeeiro de ouro, Ex
25.10-40, símbolo de cousas celestiais, Hb 9.23. Seguem-se os pormenores, Ex
26.1-37; para o altar dos sacrifícios, Ex 27.1-8; para a localização do átrio,
Ex 27.9-19. O candeeiro deveria ser alimentado com azeite puro de oliveira para
conservá-lo sempre aceso, Ex 27.20,21. O cap. 25.30 de Êxodo fala sobre os pães
da proposição que deveriam estar sempre na presença de Deus.
II. Aproximação a Deus, por
mediação do sacerdócio. Sua instituição, Ex 28.1; suas vestes, Ex 28.2-43, modo
de sua consagração, Ex 29.1-36. Depois de criada a ordem sacerdotal, vêm as
especificações referentes ao altar, Ex 29.37, e ao sacrifício perpétuo, Ex
29.38-42.
III. Passa em seguida para o
altar dos incensos, Ex 30.1-10, simbolizando a adoração que o povo santificado
oferece a seu Deus. Somente neste lugar é que se fala do altar dos perfumes em
separado dos demais objetos que ornavam o tabernáculo. Deveria ocupar
logicamente o ponto em que o povo oferecia as suas adorações ao Senhor. Em
outros lugares, figura ele em conjunto com as outras peças na ordem seguinte: a
arca, a mesa, o candeeiro, o altar dos incensos e o altar dos sacrifícios, como
se diz em relação a estes objetos, Ex 37.25-28, na enumeração de todas as
peças, Ex 39.38. nas instruções sobre a maneira de levantar o tabernáculo, Ex
40.5, e na história final de sua elevação.
IV. Provisões para as necessidades
do culto: A contribuição de meio siclo preço do resgate de cada pessoa, Ex
30.11-16, a bacia de bronze, Ex 30.17-21 as santas unções de óleo, Ex 30.22-33,
e o incenso, Ex 30.34-38.
O tabernáculo formava um
paralelogramo de 18 m de comprimento por 6 m de largo, com entrada pelo lado do
oriente. A parte traseira e os dois lados eram feitos com 48 tábuas, 20 de cada
lado e 8 nos fundos, das quais, duas formavam os ângulos, todas cobertas de
ouro.
As tábuas apoiavam-se em
bases de prata duas em cada tábua, ligadas entre si por barrotes de pau de
cetim; cinco para conterem as tábuas a um lado do tabernáculo outros cinco para
o outro lado, e cinco para o lado ocidental, presos a argolas de ouro, Ex
26.15-30.
Toda a frente servia de
entrada, onde se erguiam cinco colunas de pau de cetim douradas, cujos capitéis
eram de ouro e as bases de bronze, de onde pendia um véu de jacinto e de
púrpura. O interior dividia-se em duas secções, separadas por uma cortina
suspensa de quatro colunas douradas, com capitéis de ouro e bases de prata, Ex
26.32,37. Os dois compartimentos ficavam na parte ocidental, onde se achava o
santo dos santos e o santuário, ou lugar santo, Ex 26.16.
HAVIA
QUATRO CORTINAS:
A coberta e os lados tinham
uma cortina de linho retorcido de cor de jacinto, de púrpura e de escarlata com
querubins. Esta cortina era feita em dez pedaços, cinco pedaços eram enlaçados
uns com os outros, e os outros cinco se uniam do mesmo modo, de sorte que
formavam duas peças que se prendiam entre si. Uma formava a coberta e três
lados do santo dos santos, e a outra, a coberta e outros dois lados do
santuário. A principal coberta externa
do Tabernáculo, era de pelos de cabra e consistia de onze cobertas estreitas.
Estas onze cobertas se ajuntavam umas às outras, formando duas secções: uma com
cinco, e outra com seis, A parte formada pelas cinco cobria o teto e três lados
do santo dos santos; a mais larga cobria o teto e os lados do santuário. A terceira coberta era de peles de carneiro,
tintas de vermelho. À entrada do santuário pendia um véu e outro em frente do
santo dos santos. Cada um deles era de cor de jacinto, de púrpura e de
escarlata, e de linho fino retorcido, com lavores de bordados, com figuras de
querubins, para indicar que ninguém se poderia aproximar da presença de Jeová.
O tabernáculo ocupava um
átrio retangular de 100 côvados de comprimento na direção de leste a oeste, e
de 50 de largura de norte para sul, cercado por vinte colunas de cada lado com
outras tantas bases de bronze e capitéis de prata, cada uma separada da outra,
5 côvados, com cortinas de linho retorcido. Na entrada do átrio havia uma
coberta de vinte côvados, de jacinto, de púrpura, de escarlata tinta duas
vezes, e de linho fino retorcido, com quatro colunas e outras tantas bases, Ex
27.9-18. O tabernáculo ocupava a metade
da parte ocidental do átrio; o mar de bronze e o altar dos sacrifícios ficavam
na outra metade para o lado do oriente sem coberta alguma A arca era o ponto de
convergência de todo o cerimonial e ocupava o santo dos santos. No santuário,
bem defronte do véu que o separava do santo dos santos, erguia-se o altar dos
incensos, que, não obstante, também pertencia ao oráculo, 1Rs 6.22; Hb 9.3,4.
Neste mesmo apartamento estava a mesa dos pães da proposição ao lado direito, e
ao lado esquerdo, o candeeiro de ouro. Fora do átrio, estava o mar de bronze e
o altar dos sacrifícios.
A dedicação do tabernáculo
fez-se no primeiro dia do segundo ano depois que os israelitas saíram do Egito.
Durante o dia, cobria-o uma nuvem, e durante a noite, pairava sobre ele uma
coluna de fogo, enquanto durou a viagem pelo deserto. Quando se levantava
acampamento, os levitas se encarregavam de desmontar o tabernáculo e de novo o
levantarem em outro lugar, Ex caps. 26; 27.9-19; 35.4-36; 38; 40.1-38. Enquanto
durou a conquista de Canaã, a arca permaneceu no campo em Gilgal. Depois de se
estabelecerem na terra prometida, Josué levantou o tabernáculo em Silo, onde
permaneceu em todo o tempo dos juizes, Js 18.1.
Parece que em torno do
santuário havia dependências destinadas aos sacerdotes e à guarda das ofertas
que o povo fazia ao Senhor, 1Sm 3.3; cp. acampamento dos levitas em torno dele,
Nm 3.23,29,35. Estas dependências com certeza Eram protegidas de modo diverso,
por que era o tabernáculo. Fala-se em tendas, 2Sm 7.6, em porta do tabernáculo
do testemunho, Js 19.51; 1Sm 2.22, em habitação de Jeová, Js 22.19,29; Jz
19.18; 1Sm 1.7,24; 3.15. Quando os filisteus tomaram a arca, o tabernáculo
perdeu toda a sua glória e todo o seu valor, Sl 78.60. No reinado de Saul a
arca esteve em Nobe, 1Sm 21.1. No reinado de Davi e no de Salomão, até à
construção do templo, o tabernáculo estava num alto que havia em Gabaom, 1Cr
16.39; 21.29. Depois que Salomão edificou o templo, segundo o modelo do
tabernáculo, porém em mais largas proporções, tudo que havia no tabernáculo foi
transferido pra ele. 1Rs 8.4; 2Cr 5.5.
FUNDADA
A IGREJA
O homem foi criado por Deus
e colocado na terra para exercer a função de mordomo, por isto recebeu de Deus
autoridade para administrar a terra e cuidar dos animais (Gn1:26-30).
Desempenhou sua função e manteve uma comunhão perfeita e intensa com Deus até o
dia em que deu ouvidos ao maligno comprometendo-se com o pecado, levando a esta
condição todos os seus descendentes. A fonte da comunhão e obediência foram
perdidos. A terra, que antes, deveria ser cuidada por ele, sofreu também as
conseqüências de seus erros.
O maligno pensou ter feito o
trabalho correto, mas amargou uma grande derrota ao ouvir Deus chamando pelo
nome a sua criação, mesmo sabendo, pela sua onisciência, que o pecado havia
entrado no paraíso. Imaginou que estivesse no controle daquela situação, pois
não havia encontrado dificuldades para lançar no coração, do homem, a dúvida em
relação as advertências de Deus. Quais garantias, ele poderia oferecer para que
nada de mal viesse a acontecer com o casal? Esperava ansioso a declaração da
sentença!
Deus em nenhum momento,
mesmo apresentando a sentença, desmoralizou, humilhou ou desesperançou
totalmente a coroa da glória de sua criação, pelo contrário, lhe fez promessas
grandiosas. Naquele momento ocorreu a inauguração da chamada misericórdia
Divina. Estava traçado o plano para redenção da humanidade (Gn 3.15).
A palavra
"inabalável" significa "algo que não pode ser abalado",
"firme", "fixo", "constante",
"resistente", "poderoso", "inquebrável",
"intrépido". Ver Hb 12.28, "Pelo que tendo recebido um Reino que
não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente
com reverência e piedade". O Reino de Deus faz contraste com os reinos
terrenos:
Reino Egípcio. Foi um reino
caracterizado pelas grandes construções (pirâmides), por uma vasta agricultura,
conhecimentos dos tempos e estações, astrologia, etc. Este reino foi
conquistado pela Pérsia em 525 a.C., na Batalha de Pelusa. Adquiriu sua
independência mais tarde, mas finalmente foi conquistado pelos romanos, no
período de reinado da rainha Cleópatra.
Reino Persa. Um dos reis da
Pérsia de nome Dario organizou um sistema de governo avançado, onde o reino era
administrado pelos satrápias, ou sátrapas, que eram fiscalizados pelos olhos
diretos do rei. Dario construiu estradas, criou serviços de correio, dominou a
metade do mundo de seu tempo (toda a Ásia Ocidental e o Egito). Contudo, foi
derrotado pela Grécia em 490 a.C., na Planície de Maratona, perto de Atenas.
Reino Grego. Foi um centro
de cultura e religião. Foi poderoso nas guerras, através de Alexandre, o
grande, que com apenas trinta e três anos de idade conquistou praticamente o
mundo todo de sua época.
Reino Romano. Foi o maior
poderio militar da antiguidade, porém caiu em 1453, frente ao poderio militar
dos Bárbaros.
Todos os reinos deste mundo
são frágeis, e por mais poderosos que aparentam ser, num determinado tempo
desabam, corroem-se. Um exemplo atual está na ex União Soviética, que intimidou
o mundo, com seu poderio atômico, mas caiu com o "rosto" por terra. O
mesmo não acontece com o Reino de Deus:
Dn 2.44, "Mas, nos dias
desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e
este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos,
mas ele mesmo subsistirá para sempre". No presente versículo temos alguns
detalhes importantes:
"Reino que não será
jamais destruído".
"Reino que não passará
a outro povo".
"Reino que esmiuçará e
consumirá outros reinos".
Dn.7.13-14, "13 Eu
estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um
como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até
ele. 14 E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os
povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não
passará, e o seu reino tal, que não será destruído":
Temos aqui dois nomes que
podem ser atribuídos a Jesus: "Filho do Homem", "Rei":
"Foi-lhe dado: Domínio,
honra e Reino",
"Foi servido por:
povos, nações e línguas".
1 Co 4.20, "Porque o
reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder".
Ap 11.17, "Dizendo:
Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de
vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste".
Ap 12.10, "E ouvi uma
grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino
do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é
derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite".
Alguns pontos:
Cristo é detentor de todo
poder, "...e o Poder do seu Cristo",
Satanás é derrotado, "o
acusador dos irmãos derribado".
Com certeza, o Reino de Deus
quando comparado com todos os reinos deste mundo, é um Reino que não será
jamais abalado e será implantado em sua integra, quer os homens queiram, ou
não.
Isto equivale à expressão,
"Reino dos Céus", muito usada pelo evangelista Mateus, Mt 13.24,
"Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao
homem que semeia a boa semente no seu campo". Ver ainda Mt 19.14,
"Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim;
porque dos tais é o reino dos céus".
João, usando as próprias
palavras de Cristo, fala desta transcendência do Reino, Jo 18.36, "O meu
Reino não é deste mundo". Ou seja, o Reino de Cristo é extraterreno, em
contraposição com o reino que os judeus esperavam, que era um reino terreno.
. Jesus fala do futuro do
reino, Jo 14.1-6, "1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede
também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu
vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. 3 E quando eu for, e vos preparar
lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver
estejais vós também. 4 Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho. 5
Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o
caminho? 6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem
ao Pai, senão por mim. fala de um Reino que tem muitas moradas".
No Livro de Apocalipse. João
fala do Reino, com relação às suas características celestiais: Fala de
"Novos Céus", "Nova Terra", "Nova Cidade", com
muros, rios, árvores, etc., Ap 21-22.
Todos estes argumentos nos
levam a pensar que o Reino de Cristo não é um reino terreno, mas sim um Reino
Celestial.
Não tem aparência exterior,
Lc 17.20-21, "20 E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o
reino de Deus, respondeu-lhes, e disse: O reino de Deus não vem com aparência
exterior. 21 Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de
Deus está entre vós".
. Não é equivalente a
"comes e bebes", Rm 14.17, "Porque o reino de Deus não é comida
nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo".
. Não consiste de palavras,
mas de poder, 1 Co 4.17-20, "17 Por esta causa vos mandei Timóteo, que é
meu filho amado, e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em
Cristo, como por toda a parte ensino em cada igreja. 18 Mas alguns andam ensoberbecidos,
como se eu não houvesse de ir ter convosco. 19 Mas em breve irei ter convosco,
se o Senhor quiser, e então conhecerei, não as palavras dos que andam
ensoberbecidos, mas o poder. 20 Porque o reino de Deus não consiste em
palavras, mas em poder".
. Seus habitantes são seres
espirituais, não carnais, 1Co 15.50, "E agora digo isto, irmãos: que a
carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a
incorrupção".
Na visão de Daniel, Dn 2.44,
"Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será
jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá
todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre".
Na profecia a Davi, 2 Sm
7.12-13, "12 Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus
pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual
sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino. 13 Este edificará uma
casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre". Ver
também, Lc 1.32-33, "32 Este será grande, e será chamado filho do
Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; 33 E reinará
eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim".
Nas visões apocalípticas do
apóstolo João:
Ap 11.15, "E o sétimo
anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos
do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo
o sempre". Temos aqui a "consumação do Reino".Ap 22.5, "E
ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol,
porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre".
Observe a frase: "Reinarão para todo o
sempre". Temos aqui uma alusão ao reinado eterno dos santos, juntos com
Cristo. A expressão "para todo o sempre", tem a ver com a expressão
grega literal "eras das eras", que significa uma "interminável
sucessão de eras".
Só o Reino de Deus é eterno.
A Palavra de Deus nos diz que tudo passa:
A vida, Tg 4.14,
"Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa
vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece". Ver
ainda Sl 90.10, "Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns,
pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado,
pois cedo se corta e vamos voando".
Céu e Terra, Ap 21.1,
"E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira
terra passaram, e o mar já não existe".
Dons e Ciência, 2 Co 13.8,
"O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo
línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá".
Há algo em nós que é eterno,
o nosso espírito. Por esta razão devermos pensar em participar do Reino Eterno
de Deus, Mc 12.28-34, "28 Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha
ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é
o primeiro de todos os mandamentos? 29 E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de
todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30
Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e
de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro
mandamento. 31 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a
ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. 32 E o escriba lhe disse:
Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro
além dele; 33 E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de
toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do
que todos os holocaustos e sacrifícios. 34 E Jesus, vendo que havia respondido
sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém ousava
perguntar-lhe mais nada".
DEZ
CARACTERÍSTICAS DO CIDADÃO DO REINO
Quando estamos interessados
em algo, investimos o nosso tempo tentando saber cada vez mais a respeito
daquilo que nos interessa. No salmo 15 encontramos o seguinte questionamento:
“Quem, SENHOR, habitará em teu tabernáculo? Quem há de morar no teu santo
monte?”. A pergunta que o salmista fez, revelou a sua intenção, ou seja, aquilo
em que ele realmente estava interessado.
Muitos buscam ansiosamente
descobrir o caminho para se tornar bem-sucedido profissionalmente ou o segredo
para um casamento feliz, porém, mesmo após experimentarem as diversas “fórmulas
infalíveis” que são oferecidas por aí, ainda assim, não conseguem se sentirem
plenamente realizados.
O problema é que muitas
destas pessoas até frequentam uma igreja, mas nunca pararam para se questionar
o porquê de ainda não terem sido batizados com o Espírito Santo ou mesmo, o que
deveriam fazer para ter esta experiência com Deus e se espiritualmente a pessoa
não estiver bem, nada que ela possuir ou conquistar irá completá-la.
Se você realmente deseja ter
um encontro com Deus e ser salvo, preste atenção nas dez características de um
cidadão do Reino de Deus:
1. “o que vive com
integridade” – Honesto.
2. “pratica a justiça” – Faz
o que é certo, não importando a circunstância.
3. “de coração, fala
verdade” – Fala a verdade porque é filho de Deus. E quem mente, é filho de
quem?
4. “não difama” – Não fala
mal dos outros (Se não há nada de bom a ser falado, fique calado).
5. “nem lança injúria” – Não
espalha boatos.
6. “tem por desprezível o
réprobo” – Réprobo=conduta reprovável. A pessoa passa a pensar como Deus (não como
se fosse Deus) e não aceita aqueles exemplo negativos que o mundo costuma
aplaudir.
7. “honra aos que temem o
Senhor” – Respeita e valoriza o exemplo daqueles que são fiéis.
8.“jura com dano próprio” –
Ainda que tenha prejuízo, a pessoa cumpre o que promete.
9.“não empresta seu dinheiro
com usura” – Não empresta cobrando juros, ou seja, não visa apenas o lucro, mas
busca sempre o bem de todos e não pensando apenas em si.
10. “não aceita suborno” –
Aquele que não se vende! Não importa o que lhe é oferecido, a pessoa não troca
seus valores, crença e princípios por nada.
Não, Deus não vai conferir
em uma lista se você possui ou não todas estas características para que você
possa entrar no céu, na realidade, estas características servem para
alertar-nos a respeito de como cuidamos da nossa vida espiritual, pois a falta
de vigilância tem sido o principal causador da queda de muitos cristãos.
A bíblia nos apresenta
algumas características de alguém que está apto para entrar no reino de Deus. A
palavra de Deus nos convida a fazer com sinceridade, uma auto avaliação sobre a
nossa condição espiritual com o fim de não nos enganarmos em achar que somos
uma coisa que na verdade não o somos. Até porque, geralmente o fofoqueiro não
assume que é fofoqueiro, o alcoólatra não se vê como um viciado e até mesmo
aquele camarada com mau hálito não se dá conta de seu inconveniente odor.
Percebendo que a pessoa está
se tornando mais uma “convencida” dentro da igreja, o diabo trabalha tentando
fazer a pessoa acreditar que tudo está bem ou que ela não está tão mal assim.
Mantenha-se focado neste
processo de lapidação para alcançar a salvação, pois um filho de Deus não nasce
da noite para o dia. Ore, vigie e melhore a cada dia para agradar o seu O Amor
Maior!
O reino de Deus é proclamado
no início do ministério de Jesus Cristo. Embora fosse continuamente aguardado
pelos judeus, a expectativa deles não era correta. Eles esperavam que o reino
de Deus se manifestasse na Terra, de forma visível. Mas não!
O Senhor Jesus revelou o reino de Deus de uma
maneira diferente. Neste estudo bíblico você vai ver como a Bíblia o apresenta
e como se dá o seu desenvolvimento em nossos dias. Lendo até o final você
colherá bons frutos!
Mais uma vez ele perguntou:
“A que compararei o Reino de Deus? É como o fermento que uma mulher misturou
com uma grande quantidade de farinha, e toda a massa ficou fermentada”. (Lucas
13:20,21)
O Reino de Deus está em
constante expansão, ele cresce sobre a Terra de forma quase imperceptível. A
visão bíblica de reino é um pouco diferente da visão terrena. Para a língua
portuguesa o significado de Reino é:
1. país, estado governado
por um rei ou rainha; monarquia.
abs. o reino de Portugal (em
relação ao Brasil colonial e a outras ex-colônias) 2. o conjunto dos súditos de
uma monarquia (Pesquisa Google).
Para a bíblia, no entanto,
Reino de Deus não possui a mesma conotação. Embora Jesus seja o Rei , esse
reino não possui domínio total nesta Terra. Observe o que ele disse: “O meu
Reino não é deste mundo. Se fosse, os meus servos lutariam para impedir que os
judeus me prendessem. Mas agora o meu Reino não é daqui”. (João 18:36) O Senhor
Jesus disse isto, a respeito do seu sofrimento no Getsêmani e na crucificação.
O
REINO DE DEUS ESTÁ DENTRO DE NÓS
Certa vez, tendo sido
interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus respondeu:
“O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: ‘Aqui está ele’, ou ‘Lá
está’; porque o Reino de Deus está entre vocês”. (Lucas 17:20,21)
O Reino dos céus está dentro
de cada um de nós, revelado pelo Espírito Santo, que é o selo da justificação.
(…) nos selou como sua propriedade e pôs o seu Espírito em nossos corações como
garantia do que está por vir. (2 Coríntios 1:22)
Ou seja, para ser um cidadão
deste Reino é necessário nascer de novo e receber a graça de Deus, por meio da
fé. Para entrar no Reino dos céus é necessário ser como criança.
Isto significa, que devemos
ter um coração purificado pelo sacrifício de Jesus na cruz, não é mérito
humano. É exclusivamente a manifestação da graça de Deus.
Jesus traçou o perfil do
cidadão do Reino dos céus no Sermão da montanha (Ver Estudo Sobre as
Bem-aventuranças). Ele destaca que o nosso interior e as nossas atitudes são
elementos fundamentais na manifestação do domínio de Deus em nossas vidas.
REINO
DE DEUS NA TERRA
Mas se é pelo Espírito de
Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus. (Mateus
12:28)
Assim também, quando virem
estas coisas acontecendo, saibam que o Reino de Deus está próximo. (Lucas
21.31)
O Senhor Jesus embora sendo
Deus, veio em carne e nos revelou de forma perfeita, quem Deus é. Ele começou o
seu ministério dizendo:
“O tempo é chegado”, dizia
ele. “O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas! ”
(Marcos 1:15)
Ou seja, Cristo inaugurou o
Reino de Deus na Terra. Como rei e senhor do reino, ele mesmo veio anunciar a
redenção. Portanto, o Reino dos céus entre nós se manifesta com a vinda de
Jesus e a manifestação do poder de Deus por intermédio dele.
Uma outra evidência da
manifestação desse reino, são os contínuos desajustes da humanidade e da
natureza. Guerras, epidemias, doenças, ganância, distúrbios na sexualidade. São
elementos que asseguram, cada vez mais a manifestação definitiva do reino.
O
REINO DE DEUS NÃO É COMIDA
Pois o Reino de Deus não é
comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo… (Romanos
14:17)
O apóstolo Paulo descreve de
forma fantástica, quais são as características do Reino de Deus: justiça, paz,
e alegria.
Enquanto os imperadores e
autoridades romanas eram reverenciados com banquetes diversos e fabulosos,
ostentando poder e riqueza, o Reino dos céus se revela muito mais relevante.
Assim como os seus cidadãos,
o reino possui características de caráter que o tornam um lugar dos sonhos.
Elas são desenvolvidas dentro de cada um pelos dons do Espírito Santo.
A justiça descrita por Paulo
é, além de retidão e pureza de caráter, a manifestação da justiça graciosa de
Deus para com os cidadãos do reino. Ou seja, os cidadãos do Reino de Deus
embora sejam pessoas justas, são antes de tudo justificados pela graça do Rei.
A paz que há no Reino dos
céus é fruto do senhorio de Cristo e da regeneração dos cidadãos do reino. Há
paz no íntimo dos remidos, logo há paz no reino. Os cidadãos deste Reino não
são movidos pela ganância, poder nem ansiedade. Pois entendem o ensino de
Jesus:
Portanto, não se preocupem,
dizendo: ‘Que vamos comer? ’ ou ‘que vamos beber? ’ ou ‘que vamos vestir? ’
Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês
precisam delas. (Mateus 6:31,32)
A alegria é igualmente
produzida em cada cidadão do reino, como resultado da atuação do Espírito Santo
que governa o Reino dos céus.
Não é uma alegria
circunstancial. Ela é fruto do relacionamento dos súditos com o rei Jesus. Essa
alegria é permanente, quero dizer: mesmo em meio as mais duras lutas, a alegria
permanece sendo manifestada na esperança:
Os apóstolos saíram do
Sinédrio, alegres por terem sido considerados dignos de serem humilhados por
causa do Nome. (Atos 5:41)
CRISTO
NOSSA ESPERANÇA.
O episódio do Éden nos
revelou um Deus misericordioso, que sempre esteve disposto a tirar o pecado do
mundo (Jo 1”29), que somente foi possível pela morte expiatória de seu Filho,
já que a expulsão do paraíso e o dilúvio não foram capazes de restaurarem a
humanidade. Jesus foi a resposta do Deus eterno ao homem caído, para lhe
proporcionar novo e extraordinário futuro (Mt 25.34). Deu uma esperança para a
humanidade.
A
ESPERANÇA DO REINO PARA A IGREJA.
Jesus durante a sua estadia
na terra exerceu a autoridade de Rei dos reis, tanto que os homens, as doenças,
os demônios, as forças da natureza, e até a morte lhe sujeitaram (Mt 28.18),
mas o mundo resistiu a Ele, pois boa parte da humanidade busca seus próprios
interesses a qualquer custo, seja esquecendo, invertendo ou demolindo valores
absolutos criados por Deus. Neste cenário caótico está inserida a igreja do
Senhor, cuja função é apresentar a novidade de vida, contida no Evangelho, mas
em meio a esta crise moral, social e espiritual a igreja não pode permitir que
a sua esperança na manifestação da plenitude do reino de Deus seja minada.
O
REINO DE DEUS UMA SUBLIME REALIDADE
No Antigo Testamento, Deus
separou para si um povo, para que pelo testemunho deles, se tornasse conhecido pelas
outras nações (Dt 4.32,34). O Novo Testamento apresenta o reino de Deus como
uma realidade invisível, mas presente entre eles (Lc 17.20,21; Rm 14.17). a
misericórdia chegou, mas o machado também (Mt 3”10).
Os profetas do Antigo e as
referencias do Novo Testamento nunca fizeram menção de tempo ou data para
cumprimento das mensagens proféticas, pois a intenção era promover um concerto
e a obediência a vontade de Deus. A especulação, pelo homem, do fator tempo
gera muita curiosidade, medo, desanimo, desatenção e comodismo. Esta nunca foi
a intenção de Deus, talvez por isto tenha ocultado da mente dos homens qualquer
revelação deste porte. É certo que muitos, por não suportarem este mistério
tenham se aventurado neste campo, mas nenhum deles tiveram o sucesso desejado,
somente conheceram a vergonha.
Os relatos sobre a primeira
vinda de Jesus ocupa um bom espaço na Bíblia, mas em o Novo Testamento a
mensagem principal é a Parousia e o estabelecimento do Reino de Deus.
Jesus efetivou o
estabelecimento do Reino de Deus no mundo quando se fez carne para habitar
entre os homens (Jo 1.14) e deu continuidade através do surgimento de sua
igreja, o seu projeto, a qual prometeu assistir até a consumação dos séculos
(Mt 28”20), garantindo que jamais a deixaria órfã (Jo 14”18).
Nós fomos libertos do
império das trevas e transportados, lucidamente, para o reino da luz (Cl 1”13)
e a igreja como agente do reino é o instrumento, único e autorizado, para
oferecer liberdade aos cativos que estão aprisionados pelo pecado.
O desejo de Deus é que os
homens cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2”4), que conheçam o seu
reino na essência, ou seja, salvação, poder e conhecimento. Deus tem agido de
forma a oferecer oportunidade de remissão para a humanidade corrompida, através
da pregação de sua Palavra, pela sua igreja.
O reino de Deus será visto
no futuro, apesar de não ter sido revelado o tempo, a igreja e os que tombaram
em favor da causa aguardam ansiosos por este dia.
Não haverá inimigos, pois
todos serão destruídos por Jesus (1 Co 15.24-28) e diante dele todo joelho se
dobrará e toda língua confessará que Ele o Senhor (Fp 2.10-11). Será um reinado
de mil anos sem interferência das forças do mal, onde a comunhão entre o homem
e a humanidade será plenamente restabelecida e a paz, conseqüência da perfeita
justiça, estará reinando na terra.
O reino de Deus ainda foi
efetivado entre os homens em toda a sua plenitude, se já o tivesse certamente
tudo estaria no seu devido lugar e a paz e justiça estaria reinando, mas é
aguardada pela criatura a manifestação gloriosa deste governo (Rm 8.19-21).
No intervalo compreendido
entre a primeira e segunda vinda de Jesus, momento no qual ocorrerá o
estabelecimento do reino com poder e glória, a igreja esta atuando de forma a
apresentar o Evangelho a todas as nações, aos confins da terra.
O reino de Deus é muito
amplo, não pode ser associado a apenas a um lugar, terra ou céus (universo),
também não é um sistema (a igreja é a sua representante, expressão sublime da
sua vontade), não pode se resumir a um povo (Israel, gentios e igreja) e
tampouco se restringiu a determinados épocas da historia da humanidade (Éden,
era profética, reino unido e dividido, Israel pré e pós igreja, modernidade).
Se o reino existe, comprovado pelas escrituras, logicamente o Rei também é uma
realidade. O reino é tão eterno quanto Ele (Sl 10.16, Sl 29.10, Jr 10.10, Lm
5.19).
O prejuízo foi muito grande
para o maligno e seus anjos (Is 14.12-15, Ez 28.11-19, Jd 6), já para o homem
caído (Gn 2.15-17, 3.1-19; Rm 5.12) a conseqüência foi a perda do direito de
continuar no paraíso. A sentença daquele foi a perdição e a reserva garantida
no lago de fogo e enxofre (Ap 20”10), mas para o homem Deus abriu a porta da
salvação através da morte de seu Filho. Os que se levantaram para negarem a
existência deste reino ou para rejeitaram, perderam muitos privilégios, mas não
conseguiram se livrar da autoridade de Deus.
No milênio, período de mil
anos (afirmado por 5 vezes em Ap 20”2-7), onde reinará a paz, justiça e
santidade (Sl 89.36,37; Is 11.1-9; Dn 7.13,14), a igreja reinará juntamente com
Cristo sobre as nações (2 Tm 2.12; Ap 2.26,27; 20.4).
Será o reinado de Cristo na
terra, sobre todas as nações (Zc 14:9) e os santos reinarão com Ele (Dn 7:18,
22, 27; Ap 20:4). Ocorrerá logo após a grande tribulação (Ap 20”6);
O Messias governará com
justiça, misericórdia, e verdade (Is 2:2-4; 9:6-7; 11:1-10; 35:1-10) sobre a
terra (Ap 5:10 cf Mt 19:28; 2 Tm 2:12);
Este reino será espiritual e alcançará toda a
terra, a partir de Jerusalém (Sl 72; 89.20-29; 110; Is 11.1-9; 65.17-66.24; Zc
14.9-11; Dn 7.13,14,18,27). Tempo de paz (Mq 4:2-4; Is 32:17-18), gozo (Is
61:7,10) e conforto (Is 40:1-2); sem pobreza (Am 9:13-15), um ambiente
perfeito, física e espiritualmente; sem enfermidade e de completa justiça (Mt
25:37); incidência de obediência (Jr 31:33), santidade (Is 35:8), verdade (Is
65:16) e plenitude do Espírito Santo (Jl 2:28-29
A palavra igreja vem do
grego ekklesia, que tem origem em kaleo ("chamos ou convosco"). Na
literatura secular, ekklesia referia-se a uma assembléia de pessoas, mas no
Novo Testamento (NT) a palavra tem sentido mais especializado. A literatura
secular podia usar a apalavra ekklesia para denotar um levante, um comício, uma
orgia ou uma reunião para qualquer outra finalidade. Mas o NT emprega ekklesia
com referência à reunião de crentes salvos, cristãos para adorar a Cristo.
Que é a igreja? Que pessoas
constituem esta "reunião"? Que é que Paulo pretende dizer quando
chama a igreja de "corpo de Cristo"?
Para responder plenamente a
essas perguntas, precisamos entender o contexto social e histórico da igreja do
NT. A igreja primitiva surgiu no
cruzamento das culturas hebraicas e helenística.
Quarenta dias depois de sua
ressurreição, Jesus deu instruções finais aos discípulos e ascendeu ao céu (At .1:1-11).
Os discípulos voltaram a Jerusalém e se recolheram durante alguns dias para
jejum e oração, aguardando o Espírito Santo, o qual Jesus disse que viria.
Cerca de 120 pessoas seguidores de Jesus aguardavam.
Cinqüenta dias após a Páscoa,
no dia de Pentecoste, um som como um vento impetuoso encheu a casa onde o grupo
se reunia. Línguas de fogo pousaram sobre cada um deles e começaram a falar em
línguas diferente da sua conforme o Espírito Santo os capacitava. Os visitantes
estrangeiros ficaram surpresos ao ouvir os discípulo falando em suas próprias
línguas. Alguns zombaram, dizendo que deviam estar embriagados (At.2:13).
Mas Pedro fez calar a
multidão e explicou que estavam dando testemunho do derramamento do Espírito
Santo predito pelos profetas do Antigo Testamento (At.2:16-21; Joel.2:28-32).
Alguns dos observadores estrangeiros perguntaram o que deviam fazer para
receber o Espírito Santo. Pedro disse: " Arrependei-vos, e cada um de vós
seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão dos vossos pecados, e
recebereis o dom do Espírito Santo " (At.2:38). Cerca de 3 mil pessoas
aceitaram a Cristo como seu Salvador naquele dia (Atos 2:41).
Durante alguns anos
Jerusalém foi o centro da igreja. Muitos judeus acreditavam que os seguidores
de Jesus eram apenas outra seita do judaísmo. Suspeitavam que os cristãos
estavam tentando começar um nova "religião de mistério" em torno de Jesus de Nazaré.
É verdade que muitos dos
cristãos primitivos continuaram a cultuar no templo (At.3:1) e alguns insistiam
em que os convertidos gentios deviam ser circuncidados (At.15). Mas os
dirigentes judeus logo perceberam que os cristãos eram mais do que uma seita.
Jesus havia dito aos judeus que Deus faria uma Nova Aliança com aqueles que lhe
fossem fiéis (Mt.16:18); ele havia
selado esta aliança com seu próprio sangue (Lc.22:20). De modo que os cristãos
primitivos proclamavam com ousadia haverem herdados os privilégios que Israel conhecera outrora. Não eram
simplesmente uma parte de Israel - eram o novo Israel (Ap.3:12; 21.2; Mt.26:28;
Hb.8:8; 9:15). "Os líderes judeus tinham um medo de arrepiar, porque este
novo e estranho ensino não era um judaísmo estreito, mas fundia o privilégio de
Israel na alta revelação de um só Pai de todos os homens."
A COMUNIDADE DE JERUSALÉM.
Os primeiros cristãos
formavam uma comunidade estreitamente unida em Jerusalém após o dia de
Pentecoste. Esperavam que Cristo voltasse muito em breve.
Os cristãos de Jerusalém
repartiam todos os seus bens materiais (At.2:44-45). Muitos vendiam suas
propriedades e davam à igreja o produto da venda, a qual distribuía esses
recursos entre o grupo ( At.4:34-35).
Os cristãos de Jerusalém ainda
iam ao templo para orar (At.2:46), mas começaram a partilhar a Ceia do Senhor em seus próprios lares (At.2:42-46).
Esta refeição simbólica trazia-lhes à mente sua nova aliança com Deus, a qual
Jesus havia feito sacrificando seu próprio corpo e sangue.
Deus operava milagres de
cura por intermédio desses primeiros cristãos. Pessoas enfermas reuniam-se e eram colocadas no caminho de sorte que os
apóstolo quando iam ao templo para a oração e suas sombras os pudessem cobri-las, os quais todos eram curados (At.5:12-16).
Esses milagres convenceram muitos de que os cristãos estavam verdadeiramente
servindo a Deus. As autoridades do templo, num esforço por suprimir o interesse
das pessoas na nova religião, prenderam os apóstolos. Mas Deus enviou um anjo
para libertá-los (At.5:17-20), o que
provocou mais excitação.
A igreja crescia com tanta
rapidez que os apóstolos tiveram de nomear sete homens para atender às viúvas e aos necessitados, num trabalho de
misericórdia, serviço social de atender aos mais necessitados e carentes. O
dirigente desses homens era Estevão, "homem cheio de fé e do Espírito
Santo" (At.6:5). Aqui vemos o começo do governo eclesiástico. Os apóstolos
tiveram de delegar alguns de seus deveres a outros dirigentes. À medida que o
tempo passava, os ofícios da igreja foram dispostos numa estrutura um tanto
complexa.
ESTEVÃO
O PRIMEIRO MARTIR.
Certo dia um grupo de judeus
apoderou-se de Estevão e, acusando-o de blasfêmia, o levou à presença do
conselho do sumo sacerdote. Estevão fez uma eloqüente defesa da fé cristã,
explicando como Jesus cumpriu as antigas profecias referentes ao Messias que
libertaria seu povo da escravidão do pecado. Ele denunciou os judeus como
"traidores e assassinos" do filho de Deus (At.7:52). Erguendo os
olhos para o céu, ele exclamou que via a Jesus em pé à destra de Deus ( At.7:55).
Isso enfureceu os judeus, que o levaram para fora da cidade e o apedrejaram
(At.7:58-60).
Esse fato deu início a uma
onda de perseguição que levou muitos cristãos a abandonarem Jerusalém (At.8:1).
Alguns desses cristãos estabeleceram-se entre os gentios de Samaria, onde
fizeram muitos convertidos (At.8:5-8). Estabeleceram congregações em diversas
cidades gentias, como Antioquia da Síria. A princípio os cristãos hesitavam em
receber os gentios na igreja, porque eles viam a igreja como um cumprimento da
profecia judaica. Não obstante, Cristo havia instruído seus seguidores a fazer
"discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e
do Espírito Santo" (Mt 28.19). Assim, a conversão dos gentios foi
"tão-somente o cumprimento da comissão do Senhor, e o resultado natural de
tudo o que havia acontecido...". Por conseguinte, o assassínio de Estevão
deu início a uma era de rápida expansão da igreja.
IGREJA
MISSIONÁRIAS.
Cristo havia estabelecido
sua igreja na encruzilhada do mundo antigo. As rotas comerciais traziam
mercadores e embaixadores através da Palestina, onde eles entravam em contato
com o evangelho. Dessa maneira, no livro de Atos vemos a conversão de oficiais
de Roma (At.10:1-48), da Etiópia ( At.8:26-40), e de outras terras.
Logo depois da morte de
Estevão, a igreja deu início a uma atividade sistemática para levar o evangelho
a outras nações. Pedro visitou as principais cidades da Palestina, pregando
tanto a judeus como aos gentios. Outros foram para a Fenícia, Chipre e
Antioquia da Síria. Ouvindo que o evangelho era bem recebido nessas regiões, a
igreja de Jerusalém enviou a Barnabé para incentivar os novos cristãos em
Antioquia (At.11:22-23). Barnabé, a seguir, foi para Tarso em busca do jovem
convertido Saulo (Paulo) e o levou para a Antioquia, onde ensinaram na igreja
durante um ano (At.11:26).
Um profeta por nome Ágabo
predisse que o Império Romano sofreria uma grande fome sob o governo do
Imperador Cláudio. Herodes Agripa estava perseguindo a igreja em Jerusalém; Ele
já havia executado a Tiago, irmão de João, e tinha lançado Pedro na prisão
(At.12:1-4). Assim os cristãos de Antioquia coletaram dinheiro para enviar a
seus amigos em Jerusalém, e despacharam Barnabé e Paulo com o socorro. Os dois
voltaram de Jerusalém levando um jovem chamado João Marcos (At.12:25). Por esta
ocasião, diversos evangelistas haviam surgido no seio da igreja de Antioquia,
de modo que a congregação enviou Barnabé e Paulo numa viagem missionária à Ásia
Menor (At.13:13-14). Esta foi a primeira de três grandes viagens missionárias
que Paulo fez para levar o evangelho aos
recantos longínquos do Império Romano.
Os primeiros missionários
cristãos concentraram seus ensinos na Pessoa e obra de Jesus Cristo. Declararam
que ele era o servo impecável e Filho de Deus que havia dado sua vida para
expiar os pecados de todas as pessoas que depositavam sua confiança nele (Rm.5:8-10).
Ele era aquele a quem Deus ressuscitou dos mortos para derrotar o poder do
pecado (Rm.4:24-25; 1Co.15:17).
GOVERNO
ECLESIÁSTICO.
A princípio, os seguidores
de Jesus não viram a necessidade de desenvolver um sistema de governo da
Igreja. Esperavam que Cristo voltasse em breve, por isso tratavam os problemas
internos à medida que surgiam -
geralmente de um modo muito informal.
Mas o tempo em que Paulo
escreveu suas cartas às igrejas, os cristãos reconheciam a necessidade de
organizar o seu trabalho. O NT não nos dá um quadro pormenorizado deste governo
da igreja primitiva. Evidentemente, um ou mais presbíteros presidiam os negócios
de cada congregação (Rm.12:6-8; 1Ts.5:12; Hb.13:7,17,24), exatamente como os
anciãos faziam nas sinagogas judaicas. Esses Líderes (ou presbíteros) eram escolhidos
pelo Espírito Santo (At.20:28), mas os apóstolos os nomeavam (At.14:23). Por
conseguinte, o Espírito Santo trabalhava por meio dos apóstolos ordenando líderes
pra o ministério. Alguns ministros
chamados evangelistas parecem ter
viajado de uma congregação para outra, como faziam os apóstolos. Seu título
significa "homens que manuseiam o evangelho". Alguns têm achado que
eram todos representantes pessoais dos apóstolos, como Timóteo o foi de Paulo;
outros supõem que obtiveram esse nome por manifestarem um dom especial de
evangelização. Os anciãos assumiam os deveres pastorais normais entre as
visitas desses evangelistas.
Algumas cartas do NT
referem-se a bispos na igreja primitiva. Isto é um bocado confuso, visto que
esses "bispos" não formavam uma ordem superior da liderança
eclesiástica como ocorre em algumas igrejas onde o título é usado hoje. Paulo
lembrou aos presbíteros de Éfeso que eles eram bispos (At.20:28), e parece que
ele usa os termos presbítero e bispo intercambiavelmente (Tt.1:5-9). Tanto os
bispos como os presbíteros estavam encarregados de supervisar uma congregação.
Evidentemente, ambos os termos se referem aos mesmos ministros da igreja primitiva,
a saber, os presbíteros.
Paulo e os demais apóstolos
reconheceram que o Espírito Santo concedia habilidades especiais de liderança a
certas pessoas (1Co.12:28). Assim, quando conferiam um título oficial a um
irmão ou irmã em Cristo, estavam confirmando o que o Espírito Santo já havia
feito.
A igreja primitiva não
possuía um centro terrenal de poder. Os cristãos entendiam que Cristo era o
centro de todos os seus poderes (At.20:28). O ministério significava servir em
humildade, em vez de governar de uma posição elevada (Mt.20:26-28). Ao tempo em
que Paulo escreveu suas epístolas pastorais, os cristãos reconheciam a
importância de preservar os ensinos de
Cristo por intermédio de ministros que se devotavam a estudo especial,
"que maneja bem a palavra da verdade"
(2Tm.2:15). A igreja primitiva não oferecia poderes mágicos, por meio de
rituais ou de qualquer outro modo. Os cristãos convidavam os incrédulos para
fazer parte de seu grupo, o corpo de Cristo
(Ef.1:23), que seria salvo como
um todo. Os apóstolos e os evangelistas proclamavam que Cristo voltaria para o
seu povo, a "noiva" de Cristo (Ap.21:2; 22:17). Negavam que
indivíduos pudessem obter poderes especiais de Cristo para seus próprios fins
egoístas (At.8:9-24; 13:7-12).
PADRÕES
DE ADORAÇÃO
Visto que os cristãos
primitivos adoravam juntos, estabeleceram padrões de adoração que diferiam
muito dos cultos da sinagoga. Não temos um quadro claro da adoração Cristã
primitiva até 150 dC, quando Justino Mártir descreveu os cultos típicos de
adoração. Sabemos que a igreja primitiva realizava seus serviços no domingo, o
primeiro dia sa semana. Chamavam-no de "o Dia do Senhor" porque foi o
dia em que Cristo ressurgiu dos mortos. Os primeiros cristãos reuniam-se no
templo em Jerusalém, nas sinagogas, ou nos lares ( At.2:46; 13:14-16; 20:7-8).
Alguns estudiosos crêem que a referência aos ensino de Paulo na escola de
Tirano (At.19:9) indica que os primitivos cristãos às vezes alugavam prédios de
escola ou outras instalações. Não temos prova alguma de que os cristãos tenham
construído instalações especial para seus cultos de adoração durante mais de um
século após o tempo de Cristo. Onde os cristãos eram perseguidos, reuniam-se em
lugares secretos como as catacumbas (túmulos subterrâneos) de Roma.
Crêem os eruditos que os
primeiros cristãos adoravam nas noites de domingo, e que seu culto girava em
torno da Ceia do Senhor. Mas nalgum
ponto os cristãos começavam a manter dois cultos de adoração no domingo,
conforme descreve Justino Mártir - um bem cedo de manhã e outro ao entardecer.
As horas eram escolhidas por questão de segredo e para atender às pessoas
trabalhadoras que não podiam comparecer aos cultos de adoração durante o dia.
ORDEM
DO CULTO
Geralmente o culto matutino
era uma ocasião de louvor, oração e pregação. O serviço improvisado de adoração
dos cristãos no Dia de Pentecoste sugere um padrão de adoração que podia ter
sido geralmente adotado. Primeiro, Pedro leu as Escrituras. Depois pregou um
sermão que aplicou as Escrituras à situação presente dos adoradores (At .2:14-36).
As pessoas que aceitavam a Cristo eram batizadas, seguindo o exemplo do próprio
Senhor. Os adoradores participavam dos
cânticos, dos testemunhos ou de palavras de exortação (1Co.14:26).
A
CEIA DO SENHOR
Os primitivos cristãos tomavam
a refeição simbólica da Ceia do Senhor para
comemorar a Última Ceia, na qual Jesus e seus discípulos observaram a
tradicional festa judaica da Páscoa. Os temas dos dois eventos eram os mesmo.
Na Páscoa os judeus regozijavam-se porque Deus os havia libertado de seus
inimigos e aguardavam com expectação o futuro como filhos de Deus. Na Ceia do Senhor, os cristãos celebravam o modo
como Jesus os havia libertado do pecado e expressavam sua esperança pelo dia
quando Cristo voltaria (1Co
11.26). A princípio, a Ceia do Senhor
era uma refeição completa que os cristãos partilhavam em suas casas. Cada
convidado trazia um prato para a mesa comum. A refeição começava com oração e com o comer de pedacinhos de um
único pão que representava o corpo partido de Cristo. Encerrava-se a refeição
com outra oração e a seguir participavam de uma taça de vinho, que representava
o sangue vertido de Cristo.
Algumas pessoas conjeturavam
que os cristãos estavam participando de um rito secreto quando observavam a
Ceia do Senhor, e inventaram estranhas histórias a respeito desses cultos. O
imperador Trajano proscreveu essas reuniões secretas por volta do ano 100 dC.
Nesse tempo os cristãos começaram a observar a Ceia do Senhor durante o culto
matutino de adoração, aberto ao público.
BATISMO
TEMPO
DE PAULO
O batismo era um
acontecimento comum da adoração cristã no templo de Paulo (Ef 4.5). Contudo, os cristãos não foram os
primeiros a celebrar o batismo. Os judeus batizavam seus convertidos gentios;
algumas seitas judaicas praticavam o batismo como símbolo de purificação, e
João Batista fez dele uma importante parte de seu ministério. O NT não diz se
Jesus batizava regularmente seus convertidos, mas numa ocasião, pelo menos,
antes da prisão de João, ele foi encontrado batizando. Em todo o caso, os
primitivos cristãos eram batizados em nome de Jesus, seguindo o seu próprio
exemplo (Mc 1.10; Gl 3.27).
Parece que os primitivos
cristãos interpretavam o significado do batismo de vários modos - como símbolo
da morte de uma pessoa para o pecado (Rm 6.4; Gl 2.12), da purificação de pecados (At 22.16; Ef 5.26), e da nova
vida em Cristo (At 2.41; Rm 6.3). De quando em quando toda a família de um novo
convertido era batizada (At 10.48; 16.33; 1Co 1.16), o que pode significar o
desejo da pessoa de consagrar a Cristo tudo quanto tinha.
CALENDÁRIO
ECLESIÁSTICO
O NT não apresenta evidência
alguma de que a igreja primitiva observava quaisquer dias santos, a não ser sua
adoração no primeiro dia da semana (At.20:7; 1Co.16:2; Ap.1:10). Os cristãos
não observam o domingo como dia de descanso até ao quarto século de nossa era,
quando o imperador Constantino designou-o como um dia santo para todo o Império
Romano. Os primitivos cristãos não confundiam o domingo com o sábado judaico, e
não faziam tentativa alguma para aplicar a ele a legislação referente ao
sábado.
O historiador Eusébio
diz-nos que os cristãos celebravam a Páscoa desde os tempos apostólicos; 1Co.5:6-8
talvez se refira a uma Páscoa cristã na mesma ocasião da Páscoa judaica. Por
volta do ano 120 dC, a igreja de Roma mudou a celebração para o domingo após a
Páscoa judaica enquanto a igreja Ortodoxa Oriental continuou a celebrá-la na
Páscoa Judaica.
CONCEITO
DO NT SOBRE A IGREJA
É interessante pesquisar
vários conceitos de igreja no NT. A Bíblia refere-se aos primeiros cristãos
como família e templo de Deus, como rebanho e noiva de Cristo, como sal, como
fermento, como pescadores, como baluarte sustentador da verdade de Deus, de
muitas outras maneiras. Pensava-se na igreja como uma comunidade mundial única
de crentes, da qual cada congregação local era afloramento e amostra. Os
primitivos escritores cristãos muitas vezes se referiam à igreja como o
"corpo de Cristo" e o "novo Israel". Esses dois conceitos revelam muito da
compreensão que os primitivos cristãos tinha da sua missão no mundo.
O
CORPO DE CRISTO
Paulo descreve a igreja como
"um só corpo em Cristo" (Rm.12:5) e "seu corpo" (Ef.1:23).
Em outras palavras, a igreja encerra numa comunhão única de vida divina todos
os que são unidos a Cristo pelo Espírito Santo mediante a fé. Esses participam
da ressurreição (Rm.6:8), e são a um
tempo chamados e capacitados para
continuar seu ministério de servir e sofrer para abençoar a outros (1Co.12:14-26).
Estão ligados numa comunidade que personifica o reino de Deus no mundo.
Pelo fato de estarem ligados
a outros cristãos, essas pessoas entendiam que o que faziam com seus próprios
corpos e capacidades era muito importante (Rm.12:1; 1Co.6:13-19; 2Co.5:10).
Entendiam que as várias raças e classes tornam-se uma em Cristo (1Co.12:3; Ef
.2:14-22), e deviam aceitar-se e amar-se uns aos outros de um modo que
revelasse tal realidade.
Descrevendo a igreja com o
corpo de Cristo, os primeiros cristãos acentuaram que Cristo era o cabeça da
igreja (Ef.5:23). Ele orientava as ações da igreja e merecia todo o louvor que
ela recebia. Todo o poder da igreja para adorar e servir era dom de Cristo.
O Novo Israel: Os primitivos
cristãos identificavam-se com Israel, povo escolhido de Deus. Acreditavam que a
vinda e o ministério de Jesus cumpriram
a promessa de Deus aos patriarcas (Mt 2.6; Lc 1.68; At 5.31), e sustentavam que
Deus havia estabelecido uma Nova Aliança com os seguidores de Jesus (2Co.3:6;
Hb.7:22;9:15).
Deus, sustentavam eles,
havia estabelecido seu novo Israel na base da salvação pessoal, e não em linhagem de família. Sua igreja era uma
nação espiritual que transcendia a todas as heranças culturais e nacionais.
Quem quer que depositasse fé na Nova Aliança de Deus, rendesse a vida a Cristo,
tornava-se descendente espiritual de Abraão e, como tal, passava a fazer parte
do "novo Israel" (Mt 8.11; Lc 13.28-30; Rm 4.9-25; Gl 3-4; Hb 11-12).
-Características Comuns:
Algumas qualidades comuns emergem das muitas imagens da igreja que encontramos
no NT. Todas elas mostram que a igreja existe porque Deus trouxe à existência.
Cristo comissionou seus seguidores a levar avante a sua obra, e essa é a razão
da existência da igreja.
As várias imagens que o NT
apresenta da igreja acentuam que o Espírito Santo a dota de poder e determina a
sua direção. Os membros da igreja participam de uma tarefa comum e de um
destino comum sob a orientação do Espírito.
A igreja é uma entidade viva
e ativa. Ela participa dos negócios deste mundo; demonstra o modo de vida que
Deus tenciona para todas as pessoas, e proclamam a Palavra de Deus para a era
presente. A unidade e a pureza espirituais da igreja estão em nítido contraste
com a inimizade e a corrupção do mundo. É responsabilidade da igreja em todas
as congregações particulares mediante as quais ela se torna visível, praticar a
unidade, o amor e cuidado de um modo que
mostre que Cristo vive verdadeiramente naqueles que são membros do seu corpo,
de sorte que a vida deles é a vida de Cristo neles.
A Bíblia cala-se até ao
ponto em que nos apresenta os acontecimentos que deram início ao ministério de
Jesus, tendo ele cerca de trinta anos. Primeiro vemos João Batista deixando o
deserto e pregando nas cidades ao longo do rio Jordão, instando com o povo a
que se preparasse para receber o Messias (Lc 3.3-9). João nasceu no seio de uma
família piedosa e cresceu para amar e servir fielmente a Deus. Deus falava por
meio de João, e multidões acudiam para ouvi-lo pregar. Dizia-lhes que se
voltassem para Deus e começassem a obedecer-lhe. Ao ver Jesus, ele anunciou que
este homem era o "...Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo"
(Jo 1.29). João batizou a Jesus; e ao sair Jesus das águas, Deus enviou o
Espírito Santo em forma de pomba, que pousou sobre ele.
O Espírito Santo guiou Jesus
ao deserto, e aí ele permaneceu sem alimentar-se durante quarenta dias.
Enquanto ele se encontrava nessa situação de enfraquecimento, o diabo veio e
procurou tentá-lo de vários modos. Jesus
recusou as propostas do diabo e ordenou que ele se retirasse. Então vieram
anjos que o alimentaram e confortaram.
A princípio Jesus tinha a
estima do povo. Na região do mar da Galiléia ele foi a uma festa de casamento e
transformou água em vinho. este foi o primeiro de seus milagres que a Bíblia
menciona. Este milagre, da mesma forma
que os últimos, demonstrou que ele era verdadeiramente Deus. Da Galiléia ele
foi para Jerusalém onde expulsou do templo um grupo de religiosos vendedores
ambulantes. Pela primeira vez ele asseverou de público sua autoridade sobre a
vida religiosa do povo, o que fez que muitos dirigentes religiosos se voltasse
contra ele.
Um desses dirigentes,
Nicodemos, viu que Jesus ensinava a verdade acerca de Deus. Certa noite ele foi
ter com Jesus e lhe perguntou como poderia entrar no reino de Deus, que é o
reino de redenção e salvação. (Jo 3.3)
Quando João Batista começou
a pregar e atrair grandes multidões na Judéia, Jesus voltou para a Galiléia. Aí
ele operou muitos milagres e grandes multidões o cercavam. Infelizmente, as
multidões estavam mais interessadas nos seus milagres do que nos seus ensinos.
Não obstante, Jesus
continuou ensinando. Ele entrava nos lares, participava das festas públicas, e
adorava com os outros judeus em suas sinagogas. Denunciou os dirigentes
religiosos do seu tempo porque exibiam uma fé hipócrita. Ele não rejeitou a
religião formal deles; pelo contrário, Jesus
respeitava o templo e a adoração que aí se prestava (Mt 5.17-18). Mas os
fariseus e outros dirigentes não viram nele o Messias e não cuidaram de ser salvos
do pecado. Além do mais, não satisfeitos com o que Deus lhes revelara no AT,
continuaram fazendo-lhe acréscimos e revisando-o. Acreditavam que sua versão
das Escrituras, examinada nos seus mínimos detalhes, dava-lhes a única religião
verdadeira. Jesus chamou-os de volta às primitivas palavras de Deus. Ele era
cuidadoso na sua forma de citar as Escrituras, e incitava seus seguidores a
entendê-las melhor. Ensinava que o conhecimento básico das Escrituras mostraria
que a vontade de Deus era que as pessoas fosse salvas mediante a fé nele.
Perto da Galiléia, Jesus
operou seu mais surpreendente milagre até então. Tomou sete pães e dois peixes,
abençoou-os e partiu-os em pedaços suficientes para alimentar quatro mil
pessoas! Mas este milagre não atraiu mais gente à fé em Jesus; na verdade, as
pessoas se retiraram porque não podiam imaginar por que e como ele queria que
elas "comessem" seu corpo e "bebessem" seu sangue ( Jo
6.52-66).
Os doze discípulos, porém,
permaneceram fiéis, e ele começou a concentrar seus esforços em prepará-los.
Cada vez mais ensinava-lhes acerca de sua futura morte e ressurreição,
explicando-lhes que eles também sofreriam a morte se continuassem a segui-lo.
Esta atitude de Jesus o leva
ao fim da sua vida na terra. Judas Iscariotes, um dos doze, traiu-o,
entregando-o aos líderes de Jerusalém, que lhe eram hostis, e eles pregaram
Jesus numa cruz de madeira entre criminosos comuns. Mas ele ressuscitou e
apareceu a muitos de seus seguidores, exatamente como havia prometido, e deu
instruções finais aos seus discípulos mais íntimos. Enquanto o observavam subir
ao céu, apareceu um anjo e disse que eles os veriam voltar do mesmo modo. Em
outras palavras, ele voltaria de modo visível e em seu corpo físico.
OS
APÓSTOLOS
No começo do seu ministério
Jesus escolheu doze homens que o acompanhassem em suas viagens. Teriam esses
homens uma importante responsabilidade: Continuariam a representá-lo depois de
haver ele voltado para o céu. A reputação deles continuaria a influenciar a
igreja muito depois de haverem morrido.
Por conseguinte, a seleção
dos Doze foi de grande responsabilidade.
"Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar, e passou a
noite orando a Deus. E quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e
escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolo" (Lc 6.12-13).
A maioria dos apóstolos era
da região de Cafarnaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o
centro de uma parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como
"Galiléia dos gentios". O próprio Jesus disse: "Tu, Carfanaum, elevar-te-ás,
porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno" (Mt 11.23). Não obstante, Jesus fez desses
doze homens líderes vigorosos e porta-vozes capaz de transmitir com clareza a
fé cristã. O sucesso que eles alcançaram dá testemunho do poder transformador do
Senhorio de Jesus.
Nenhum dos escritores dos
Evangelhos deixou-nos traços físicos dos doze. Dão-nos, contudo, minúsculas
pistas que nos ajudam a fazer "conjeturas razoáveis" sobre como
pareciam e atuavam. Um fato importante que tem sido tradicionalmente menosprezado
em incontáveis representações artísticas dos apóstolos é sua juventude. Se
levarmos em conta que a maioria chegou a viver até ao terceiro e quarto
quartéis do século e que João adentrou o segundo século, então eles devem ter
sido não mais do que jovens quando aceitaram o chamado de Cristo.
A
PRÁTICA DOS APÓSTOLOS
Em todo o livro de Atos dos
Apóstolos nós encontramos nove casos de batismo. Analisando todos estes casos
nós podemos perceber um fato muito significativo. É algo comum a todos eles: em
todos os casos o batismo foi imediatamente após receberem a palavra. Os
apóstolos não esperavam nem sequer um dia. Há alguns casos que são até
estranhos. Vamos vê-los:
No pentecostes (At 2.38,41):
batizaram três mil em um só dia. Por que isto? Por que não foram batizando aos
poucos? Por que não procuraram primeiro conhecer toda aquela gente? (havia
muitos que eram de outras cidades)
Os samaritanos (At 8.12): o
único requisito era dar crédito a palavra do reino e ao nome de Jesus. Não era
necessário passar por provas nem necessitavam de meses de estudos bíblicos.
O etíope eunuco (At
8.36-38): Era um gentio. Filipe nem o conhecia. Talvez por isso havia uma
pergunta: Há algo que impede que eu seja batizado? A resposta foi: é lícito te
batizares. Novamente não necessitava de uma escolinha para batismo.
Paulo (At 9.17,18;
22.13-16): Foi o caso que mais demorou (três dias). Mas isto porque ele estava
isolado e cego. Não havia quem o batizasse. Ainda assim, quando Ananias foi até
ele, perguntou: Por que te demoras? (vs. 22.16).
Cornélio e a família (At
10.44-48): Aqui eram muitos gentios que Pedro não conhecia, mas ele mandou
batizá-los imediatamente, mesmo sabendo que os judeus em Jerusalém iriam
estranhar e questionar (ver cap. 11).
Lídia e a família (At
16.13-15): Novamente um batismo imediato. E era uma mulher gentia.
O carcereiro e a família (At
16.30-34): Este é o caso mais interessante. O vs. 25 mostra que tudo começou
por volta da meia-noite quando se sucederam uma série de acontecimentos (vs.
26-31). Depois Paulo e Silas pregaram para toda a família do carcereiro (vs.
32). A seguir o carcereiro foi lavar os vergões dos açoites de Paulo e Silas. E
então foram batizados naquela mesma noite (vs. 33). Mas era madrugada! Para que
tanta pressa? Paulo não podia nem mesmo esperar o amanhecer? O que os apóstolos
viam de tão importante no batismo para serem tão apressados em batizar?
Certamente que para eles não era apenas um símbolo. Tampouco era um testemunho
público de fé (em vários casos não havia público nenhum). Mas que era então?
Vejamos primeiro outros casos.
Crispo e outros (At 18.8):
Novamente a única condição para ser batizado era receber a palavra (criam e
eram batizados). Apesar de que aqui não fala que eram batizados no mesmo dia,
também não fala o contrário. Certamente que os apóstolos tinham uma só prática.
OS
DOZE EFÉSIOS LOGO QUE FORAM ENSINADOS SOBRE JESUS, FORAM BATIZADOS.
(At.19.4,5):
Vimos então que a prática
dos apóstolos era muito diferente do que a igreja pratica hoje. Para eles o
batismo era algo tão importante, tão fundamental e indispensável, que quando
alguém recebia a palavra era batizado imediatamente, não importando quem fosse,
nem que horas eram. O que era o batismo para eles? Isto é o que veremos no
próximo ponto...
O
ENSINO DOS APÓSTOLOS
Há vários textos nas cartas
dos apóstolos que nos dão indicações e ensino sobre o batismo. A maioria destes
textos fala das realidades espirituais que estão Associadas ao batismo, sem
dizer claramente o que É o batismo. Mas o texto de Gl 3.27 lança uma luz sobre
o assunto. “Porque todos quanto fostes batizados em Cristo, de Cristo vos
revestistes”. Os apóstolos não viam apenas um batismo nas águas, mas um batismo
em Cristo. Era mais que um símbolo, porque aquele que se batizava, pela fé era
unido a Cristo, mergulhado em Cristo, enxertado em Cristo e revestido de
Cristo.
Alguém poderia perguntar:
Mas o que nos une a Cristo não é a fé? A resposta é sim. Mas o batismo foi a
maneira que Jesus determinou para esta fé se expressar e se consumar. A água do
batismo não tem nenhum poder em si mesma. Se alguém não creu, nem se arrependeu
(ou também uma criança), entrar nesta água, não acontece nada. Mas se alguém
desce a estas águas com fé, pela fé é unido a Cristo Jesus. Aleluia!
Muitos na igreja hoje pensam
que há duas realidades separadas: uma realidade espiritual interior e um sinal
exterior que não passa de um símbolo. Quando a pessoa crê, é unida a Cristo.
Depois vem o batismo como um símbolo do que já aconteceu. Por isso demoram
tanto para batizar os novos. Mas os apóstolos não viam assim. Eles viam que
juntamente com o sinal exterior operava uma graça interior pela fé daquele que
era batizado. Por isso tinham tanta urgência. A igreja hoje trocou o sinal
exterior que Jesus estabeleceu por outros sinais como “levantar a mão” e “ir na
frente”.
Outro texto que também lança
luz sobre o assunto é Rm 6.3. É interessante notar que aqui Paulo fala de duas
coisas: uma que os romanos já sabiam e outra que talvez ignorassem. O que eles
já sabiam? Que haviam sido batizados em Cristo (esta é a essência do batismo).
O que eles ignoravam? Que como conseqüência estavam mortos com Cristo (esta era
uma das verdades associadas ao batismo).
Muitos têm ensinado que o
batismo significa morte e ressurreição com Cristo. Isto tem boa dose de
verdade, mas confunde um pouco o próprio batismo com as suas conseqüências. O
batismo é basicamente uma coisa. união com Cristo. Ser mergulhado n’Ele. A
morte do velho homem e a ressurreição de uma nova vida são, juntamente com
outras coisas, a conseqüência direta e imediata de sermos unidos a Ele. Enumeramos
abaixo todas as realidades espirituais que estão diretamente associadas ao
batismo.
A morte de Jesus é a nossa
morte. Portanto estamos mortos para o pecado (Rm 6.3,4,6; Cl 2.12; 3.3), para o
mundo (Gl 6.14) e para a lei (Rm 7.4; Gl 2.19).
A sua ressurreição é a nossa
nova vida para servimos a Deus (Rm 6.4,8,11; 2Co 5.17; Ef 2.5,6; Cl 2.12).
Sua exaltação é a nossa
vitória sobre todas as potestades (Ef 1.20-23; 2.6). Embora estes textos não se
refiram ao batismo, é evidente que a nossa posição é n’Ele. E foi no batismo
que fomos colocados nesta posição
O
MINISTÉRIO DOS APÓSTOLOS
A história bíblica termina
no livro de Atos, que descreve o ministério da igreja primitiva. Em Atos vemos
como a mensagem concernente a Jesus - a mensagem da redenção - propagou-se de
Jerusalém até Roma, centro do mundo Ocidental.
O livro de Atos mostra a
expansão da igreja:
a) Em Jerusalém;
b) De Jerusalém para a
Judéia, Samaria e região.
c) De Antioquia até Roma.
a) A Igreja em Jerusalém -
As primeiras experiências dos discípulos de Jesus em Jerusalém revelam muita
coisa acerca da igreja primitiva. O livro de Atos mostra com que zelo esses
cristãos divulgaram as notícias a respeito de Jesus.
O livro inicia-se numa
colina próxima a Jerusalém, onde Jesus estava prestes a ascender ao céu. Ele
disse aos discípulos: "...ao descer sobre vós o ES, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra" (At 1.8). Esse era o plano de Jesus para evangelizar o
mundo.
Poucos dias mais tarde os
discípulos substituíram Judas, que se havia matado depois de trair a Jesus.
Escolheram a Matias para completar o grupo dos doze.
Então o Cristo ressurreto
deu à igreja seu ES, que capacitou os cristãos a cumprirem a tarefa de âmbito
mundial (At 1.8).
Pedro falou à igreja no dia
de Pentecoste, revelando a importância de Cristo como Senhor da salvação (At
2.14-40). O ES revestiu a igreja de poder para operar sinais e maravilhas que
confirmavam a veracidade dessa mensagem (At 2.43). Especialmente significativa
foi a cura de um mendigo operado pelos apóstolos à porta do templo ( At
3.1-10), o que colocou os apóstolos em conflito com as autoridades judaicas.
A igreja mantinha estreita
comunhão entre seus membros. Compartilhavam as refeições em seus lares; também
adoravam juntos e repartiam os seus bens (At 2.44-46; 4.32-34).
À medida que a igreja
continuava a crescer, as autoridades governamentais começara a perseguir
abertamente os cristãos. Pedro e alguns dos apóstolos foram presos, mas um anjo
os libertou; convocados perante as autoridades, estas lhes deram ordens de
parar com a pregação a respeito de Jesus (At 5.17-29). Os cristãos, porém,
recusaram-se a obedecer; continuaram pregando, muito embora as autoridades
religiosas os espancassem e os laçassem na prisão diversas vezes.
A igreja crescia com tanta
rapidez que os apóstolos precisaram de auxílio em algumas questões práticas de
administração eclesiástica, principalmente no atendimento às viúvas. Para a
execução desta tarefa ordenaram sete diáconos.
b) De Jerusalém para toda a
Judéia - A segunda fase do crescimento da igreja começou com uma violenta
perseguição dos cristãos em Jerusalém. Quase todos os crentes fugiram da cidade
(At 8.1). Por onde quer que fossem, os cristãos davam testemunho, e o ES usava
esse testemunho a fim de conquistar outras pessoas para Cristo (At 8.3...). Por
exemplo, um dos sete auxiliares, chamado Filipe, conversou com um diplomata
etíope; esse homem tornou-se cristão e levou as boas novas para sua pátria ( At
8.26-39).
A esta altura a Bíblia
descreve a conversão de Saulo de Tarso. Antes de converter-se, Saulo perseguia
a Igreja. Ele obteve cartas das autoridades judaicas em Jerusalém que o
autorizava a ir a Damasco efetuar a prisão dos cristãos ali e matá-los. No
caminho, Cristo derrubou-o por terra e o desafiou. Saulo rendeu-se e assim
começou uma nova vida na qual ele devia usar seu nome romano, Paulo em lugar de
Saulo, o nome judaico. Paulo cheio do ES começou a pregar a respeito de Jesus
na sinagoga judaica, e os dirigentes judeus o expulsaram de Damasco. Algum
tempo depois (Gl 1.17-2.2), ele foi pra Jerusalém, onde estabeleceu uma relação
com os apóstolos.
Devemos notar também que o
ministério de Pedro, que foi especialmente marcado por milagres. Em Lida ele
curou um homem chamado Enéias (At 9.32-35). Em Jope, Deus o usou para
ressuscitar Dorcas (At 9.36-42). Por fim, recebeu de Deus uma visão que o
convocava para Cesaréia, onde apresentou o evangelho aos gentios (At 10.9-48).
Ele foi o líder máximo dos apóstolos e seu ministério reanimou o entusiasmo da
igreja primitiva. Apóstolo era uma pessoa a quem Cristo havia escolhido para um
treinamento especial no ministério ( Gl 1.12). Os apóstolos lançaram o alicerce
da igreja mediante a pregação do evangelho de Cristo (Ef 2.20; 1Co 3.10-11; Jd
3-21). Deususou Pedro para abrir a porta da salvação aos gentios.
Neste ponto a narrativa
bíblica volta-se brevemente para a expansão do evangelho entre os gentios em
Antioquia (At 11.19-30). É quando lemos acerca do martírio de Tiago em Jerusalém,
e de como Pedro foi miraculosamente liberto da prisão. (At 12.1-19)
c) De Antioquia até Roma - O
restante do livro de Atos descreve a expansão da igreja por intermédio do
Apóstolo Paulo. Barnabé levou Paulo para Antioquia (At 11.19-26). Aí o ES chamou
a Barnabé e a Paulo para serem missionários, e a igreja os ordenou para essa
tarefa (At 13.1-3). Eles começavam pregando numa sinagoga judaica. Por
conseguinte, a igreja primitiva constituía-se, antes de tudo, de convertidos
dentre os judeus e de pessoas "tementes a Deus" (gentios que adoravam
com os judeus). Na primeira viagem houve um dramático confronto com o diabo
quando Deus usou a Paulo para derrotar o mágico (feiticeiro) Elimas (At
13.6-12). O jovem João Marcos acompanhava a Paulo e a Barnabé, mas, de Perge,
resolveu voltar a Jerusalém, fato que deve ter causado grande desapontamento a
Paulo (At 15.38). No sermão que Paulo proferiu na sinagoga em Antioquia da
Pisídia (At 13.16-41) ele faz um resumo da história da redenção, acentuando seu
cumprimento em Jesus. Ele declarou: crer
em Cristo é o único meio de libertar-se do pecado e da morte (At 13.38,39).
Em listra, judeus hostis
instigaram as multidões de sorte que Paulo foi apedrejado e dado por morto (At
14.8-19). A viagem terminou com Paulo e Barnabé voltando a Antioquia, onde
relataram tudo quanto Deus havia feito por intermédio deles, e como a fé se
espalhara entre os gentios (At 14.26-28).
Mais tarde, surgiu na igreja
uma séria desinteligência. Alguns cristãos argumentavam que os gentios convertidos
tinha de observar as leis do AT, de modo especial a da circuncisão. O problema
foi levado perante o concílio da igreja de Antioquia e de Jerusalém. Deus
dirigiu esse concílio (reunido em Jerusalém) para declarar que os gentios não
tinham de guarda a Lei a fim de serem salvos. Mas instruíram aos novos
conversos a que se abstivessem de comer coisas sacrificadas aos ídolos, sangue
e animais sufocados (At 15.1-29), para não escandalizarem os judeus. O concílio
enviou uma carta a Antioquia; a igreja leu-a e a aceitou com sendo a vontade de
Deus.
Não demorou muito, Paulo
resolveu visitar todas as igrejas que ele e Barnabé haviam estabelecido na
primeira viagem missionária. E assim teve início a segunda viagem missionária
(At 15.40-41), desta vez em companhia de Silas. Observe-se, especialmente, a
visão que Deus deu a Paulo em Trôade, convocando-os para a Macedônia (At
16.9-10). Na Macedônia eles conduziram à fé pessoas "tementes a Deus"
(gentios que criam em Deus) e também judeus.
Um dia os missionários
defrontaram-se com uma jovem escrava possuída do demônio. Seus donos auferiam
lucro da capacidade que tinha a jovem de adivinhar. Paulo expulsou os demônios
da jovem. e ela perdeu seus poderes, por isso seus senhores prenderam-nos (At
16.19-24). Na prisão, Paulo e Silas pregaram ao carcereiro. Foram libertados de
manhã e se dirigiram para Tessalônica, onde muitos se converteram sob seu
ministério. A seguir foram para Beréia, onde também alcançaram grande êxito (At
17.10-12). Em Atenas, Paulo pregou um grande sermão aos filósofos na colina de
Marte. A próxima parada foi Corinto, onde Paulo e seus amigos permaneceram por
um ano e meio. Daqui voltaram para Antioquia, passando por Jerusalém (At
18.18-22). Todo esse tempo, Paulo e seus companheiros continuaram a pregar nas
sinagogas, e enfrentaram a oposição de alguns judeus que rejeitaram o evangelho
(At 18.12-17).
A terceira viagem
missionária abrangeu muitas das mesmas cidades que Paulo havia visitado na
segunda. Ele fez, também, uma rápida visita às igreja da Galácia e da Frígia
(At 18.23).
Em Efeso ele batizou doze
dos discípulos de João Batista que haviam aceitado a Cristo, os quais receberam
o ES (At 19.1-7). Durante quase dois anos ele pregou na escola de Tirano (At
19.9-10).
De Éfeso, ele foi para a
Macedônia e, finalmente, voltou a Filipos. Depois de uma breve estada nesta
cidade, ele viajou para Trôade, onde um jovem chamado Êutico pegou no sono
durante o sermão de Paulo e caiu de uma janela do terceiro andar, sendo dado
por morto. Deus operou por meio de Paulo para trazer Êutico de volta à vida (At
20.7-12). Dali os missionários foram para Cesaréia, passando por Mileto. Em
Cesaréia o profeta Ágabo predisse o perigo que aguardava a Paulo em Jerusalém;
ali ele enfrentou dificuldades e prisão. A Bíblia registra um discurso que ele
fez ali em defesa de sua fé (At 22.1-21). Finalmente, as autoridades religiosas
conseguiram enviá-lo para Roma a fim de ser julgado. A caminho, o navio que o
transportava naufragou na ilha de Malta. Aqui
foi picado por uma cobra venenosa, mas não sofreu dano algum (At
28.7-8). Depois de passar três meses em Malta, ele e seus guardas navegaram
para Roma.
O Livro de Atos encerra com
as atividades de Paulo em Roma. Lemos que ele pregou aos principais judeus (At
28.17-20). Durante dois anos morou numa casa alugada, continuando a pregar às
pessoas que o visitavam (At 28.30-31).
Encerra-se a história da
redenção registrada na Bíblia. O Evangelho tinha sido eficazmente plantado em
solo gentio, e a maioria das Epístolas havia sido escritas. A igreja estava no
processo de separar-se da sinagoga judaica e tornar-se um organização distinta.
O
MINISTÉRIO DO APOSTOLO PAULO
Paulo começou, na sinagoga
de Damasco, a dar testemunho de sua fé recém-encontrada. O tema de sua mensagem
concernente a Jesus era: “Este é o Filho de Deus” (At 9:20). Mas Paulo tinha de
aprender amargas lições antes que pudesse apresentar-se como líder cristão
confiável e eficiente. Descobriu que as pessoas não se esquecem com facilidade;
os erros do homem podem persegui-lo por um longo tempo, mesmo depois que ele os
tenha abandonado. Muitos dos discípulos suspeitavam de Paulo, e seus
ex-companheiros de perseguições o odiavam. Ele pregou por breve tempo em
Damasco, foi-se para a Arábia e depois voltou para Damasco.
A segunda tentativa de Paulo
de pregar em Damasco igualmente não teve bom resultado. Um ano ou dois haviam
decorrido desde a sua conversão, mas os judeus se lembravam de como ele havia
desertado de sua primeira missão em Damasco. O ódio contra ele inflamou-se de
novo e “deliberaram entre si tirar-lhe a vida” (At 9:23). A dramática história
da fuga de Paulo por sobre a muralha, num cesto, tem prendido a imaginação de
muitos.
Os dias de preparação de
Paulo não estavam terminados. O relato que ele faz aos gálatas continua, dizendo:
“Decorridos três anos, então subi a Jerusalém. . .“ (Gl 1:18). Ali ele
encontrou a mesma hostil recepção que teve em Damasco. Uma vez mais foi
obrigado a fugir.
Paulo desapareceu por alguns
anos. Esses anos que ele passou escondido deram-lhe convicções amadurecidas e
estatura espiritual de que ele necessitaria em seu ministério.
Em Antioquia, os gentios
estavam sendo convertidos a Cristo. A Igreja em Jerusalém teve de decidir como
cuidar desses novos crentes. Foi então que Barnabé se lembrou de Paulo e se
dirigiu a Tarso à sua procura (At 11:25). Barnabé já tinha sido instrumento na
apresentação de Paulo em Jerusalém, num esforço por afastar suspeita contra
ele.
A esses dois homens foi
confiada a tarefa de levar socorro à Judéia onde os seguidores de Jesus estavam
passando fome. Quando Barnabé e Paulo voltaram a Antioquia, missão cumprida,
trouxeram consigo o jovem João, apelidado Marcos, sobrinho de Barnabé (At
12:25).
AS
VIAGENS MISSIONÁRIAS:
A jovem e florescente igreja
de Antioquia resolve enviar a Barnabé e a Paulo como missionários. O primeiro
porto de escala na primeira viagem missionária foi Salamina, na ilha de Chipre,
terra natal de Barnabé. Este fato, juntamente com a freqüente apresentação que
a Bíblia faz desses missionários como “Barnabé e Saulo” indica que Paulo
desempenhava papel secundário. Esta era a viagem de Barnabé; Paulo exercia o
segundo posto de comando, e os dois tinham “João [Marcos] como auxiliar” (At
13:5).
O êxito de seus esforços
missionários nessa ilha incentivaram Paulo e seus parceiros a avançar para
território mais difícil. Fizeram uma viagem mais longa por mar, desta vez até
Perge, já em terras continentais da Ásia Menor. Dali Paulo pretendia viajar
pelo interior numa missão perigosa até à Antioquia da Pisídia.
Mas, exatamente neste ponto,
aconteceu algo que causou muita dor de cabeça aos três. O ajudante, João
Marcos, “apartando-se deles, voltou para Jerusalém” (At 13:13), onde morava. A
Bíblia não nos diz por quê, embora seja natural conjeturar que lhe faltaram
coragem e confiança. A súbita mudança dos planos de Marcos causaria, mais
tarde, conflito entre Paulo e Barnabé.
Em Antioquia, Paulo tomou-se
o porta-voz e criou-se um padrão conhecido de todos. Alguns criam em sua
mensagem e se regozijavam; outros a rejeitavam e provocavam oposição. Aconteceu
pela primeira vez em Antioquia, depois em Icônio. Em Listra ele foi apedrejado
e dado por morto (At 14:19), mas sobreviveu e pôde prosseguir até à cidade de
Derbe.
A visita de Paulo e Barnabé
a Derbe completou a sua primeira viagem. Logo Paulo resolveu percorrer de novo
a difícil rota sobre a qual ele tinha vindo, a fim de fortalecer, encorajar e
organizar os grupos cristãos que ele e Barnabé haviam estabelecido.
Nisto discernimos o plano de
Paulo de estabelecer congregações nas principais cidades do Império. Ele não
deixava seus convertidos desorganizados e sem liderança capaz, mas, pelo mesmo
motivo, não permanecia muito tempo num só lugar.
Os judeus muitas vezes
faziam convertidos entre os gentios, mas estes eram mantidos numa posição de
“segunda classe”. A não ser que estivessem preparados para submeter-se à
circuncisão e aceitar a interpretação da Lei segundo os fariseus, eles
permaneciam à margem da congregação judaica. Mesmo que chegassem a esse ponto,
o fato de não terem nascido judeus ainda os barrava de usufruir completa
comunhão.
Assim, qual seria a relação
dos convertidos gentios com a comunidade cristã? Paulo e Barnabé viajaram a
Jerusalém a fim de conferenciar com os dirigentes ali a respeito desse problema
fundamental.
Em Jerusalém, Paulo expôs as
suas convicções e saiu vencedor. A descrição da controvérsia que o próprio
Paulo apresenta aos gálatas declara que lhe estenderam “a destra de comunhão” e
igualmente a Barnabé. Os dirigentes da igreja concordaram em que “nós fôssemos
para os gentios” (Gl 2:9).
Após a conferência de
Jerusalém, Paulo e Barnabé “demoraram-se em Antioquia, ensinando e pregando,..
. a palavra do Senhor” (Atos 15:35). Aqui, dois incidentes causaram severas
tensões às relações de trabalho de Paulo com Pedro e Barnabé.
O primeiro desses incidentes surgiu dos mesmos
problemas que provocaram a conferência de Jerusalém. A conferência havia
liberado os gentios do regulamento judaico da circuncisão. Contudo, não havia
decidido se os cristãos de origem judaica poderiam comer com os convertidos
gentios. Pedro tomou posição ao lado de Paulo nessa praxe, o que envolvia
relaxar os regulamentos dos judeus com vistas a alimentos. Na realidade, Pedro
deu o exemplo comendo com gentios. Mais tarde, porém, ele “afastou-se e, por
fim, veio a apartar-se” (Gl 2:12), e Barnabé se deixou levar “pela dissimulação
deles” (v. 13).
Paulo, considerando esses
atos como nova ameaça à sua missão entre os gentios, recorreu a uma medida
drástica. “Resisti-lhe [a Pedro] face a face, porque se tornara repreensível”
(Gálatas 2:11). Ele fez isso “na presença de todos” (v. 14). Em outras
palavras, ele recorreu à censura pública.
Esse incidente ajuda-nos a
entender o segundo, que Lucas registra em Atos 15:36-40. Barnabé desejava que o
jovem Marcos os acompanhasse na segunda viagem missionária; Paulo opôs-se à
idéia. E a narrativa diz que “houve entre eles tal desavença que vieram a
separar-se” (v. 39).
Não sabemos se Paulo e
Barnabé voltaram a encontrar-se. Eles concordaram em discordar” e empreenderam
viagens, cada um para seu lado. Sem dúvida o evangelho foi desse modo promovido
mais do que se tivessem permanecido juntos.
Então “Paulo, tendo
escolhido a Silas, partiu. . . E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as
igrejas” (Atos 15:40, 41). Depois de nova visita a Derbe, o último ponto
visitado na primeira viagem, Paulo e seu grupo prosseguiram até Listra para ver
seus convertidos nesta cidade. Aqui Paulo encontrou um jovem cristão chamado
Timóteo (Atos 16:1), e viu nele um substituto potencial para Marcos.
O que aconteceu aqui redimiu
Paulo de qualquer acusação de não se mostrar disposto a depositar confiança em
homens mais moços do que ele. Em 1 Tm 1:2 dirigiu-se ao jovem Timóteo
“verdadeiro filho”, e na segunda epístola fala dele como “amado filho” (2 Tm
1:2). Na segunda epístola lemos também: “pela recordação que guardo da tua fé,
a mesma que primeiramente habitou em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e
estou certo de que também em ti” (2 Tm 1:5). Esta referência pode significar
que a família de Timóteo fora ganha para Cristo por Paulo e Barnabé na sua
primeira viagem. Por certo, quando Paulo voltou, ele quis que Timóteo “fosse em
sua companhia” (At 16:3). Este mesmo versículo acrescenta que Paulo
“circuncidou-o por causa dos judeus”. Era esta atitude coerente com o
julgamento anterior de Paulo sobre Pedro? Ou se devia ao fato de ter ele
aprendido a não criar problemas desnecessários? De qualquer modo, uma vez que
Timóteo era meio-judeu, esta decisão evitaria problemas muitas vezes. Paulo
sabia como lutar por um principio e como ceder por conveniência quando não
estava em jogo nenhum princípio. Paulo sustentava que a circuncisão não era
necessária à salvação (cf. Gálatas), mas estava pronto para circuncidar um
judeu cristão como uma questão de conveniência.
Quando o grupo de
evangelistas (dirigido de algum modo não especificado pelo Espírito Santo — At
16:6-8) chegou a Trôade e se pôs a contemplar o outro lado da estreita
península, deve ter ponderado sobre a perspectiva de avançar sua campanha ao
continente europeu. A decisão foi tomada quando “à noite, sobreveio a Paulo uma
visão, na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à
Macedônia e ajuda-nos” (At 16:9). A resposta de Paulo foi imediata. O grupo navegou para a Europa. Muitos
escritores têm sugerido que esse “varão macedônio” pode ter sido o médico
Lucas. De qualquer maneira, parece que neste ponto ele entrou no drama de
viagem, porque agora ele começa a referir-se aos missionários como “nós”.
A viagem continuou ao longo
da grande estrada romana que corre para o Ocidente através das principais
cidades da Macedônia — desde Filipos até Tessalônica, e de Tessalônica a
Beréia. Durante três semanas, Paulo falou na sinagoga de Tessalônica; depois
foi para Atenas, centro da erudição grega, e cidade onde dominava a idolatria
(At 17:16). Incansável, ele partiu para Corinto.
Sua primeira e grande missão no mundo gentio
estendeu-se por quase três anos. Depois ele voltou a Antioquia.
Após uma curta permanência
em Antioquia, Paulo partiu em sua terceira viagem missionária no ano 52 d.C.
Desta vez suas primeiras paradas foram na Galácia e na Frígia. Depois de
visitar as igrejas em Derbe, Listra, Icônio e Antioquia, ele resolveu fazer
algum trabalho missionário intensivo em Éfeso, a capital da província romana da
Ásia. Estrategicamente localizada para comércio, era superada somente por Roma,
Alexandria e Antioquia em tamanho e importância. Como resultado dos trabalhos
de Paulo ali, ela tornou-se a terceira mais importante cidade na história do
Cristianismo primitivo — Jerusalém, Antioquia, depois Éfeso.
Paulo chegou a Éfeso para
empreender o que provou ser as mais extensas e exitosas de suas atividades
missionárias em qualquer localidade. Mas esses anos lhe foram estrênuos. Visto
que ele sustentava a si próprio trabalhando em sua profissão, seus dias eram
longos. Seguindo o costume dos trabalhadores de um clima tão quente, ele
levantava-se antes de raiar o dia e começava a trabalhar. As horas da tarde ele
as empregava no ensino e pregação, e é provável que também as horas
vespertinas. Isto ele fez “diariamente” durante “dois anos”. Em sua própria
descrição desses trabalhos, Paulo acrescenta que ele não só ensinava em
público, mas “também de casa em casa” (At 20:20). Teve êxito — muito bom êxito.
Somos informados de “milagres extraordinários” (At 19:11) ocorridos durante
esses dias agitados em Éfeso. A nova fé causou tal impacto sobre a cidade que
“muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram
diante de todos” (At 19:19). Isso suscitou o ódio dos adoradores pagãos,
temerosos de que os cristãos solapassem a influência de sua religião.
Depois de três invernos em
Éfeso, Paulo passou o seguinte em Corinto, em concordância com a promessa e a
esperança expressas em 1 Co 16:5-7. Ali Paulo fez outros preparativos para uma
visita a Roma. Escreveu uma carta, dizendo aos cristãos de Roma: “Muito desejo
ver-vos, . . . muitas vezes me propus ir ter convosco” (Rm 1:11, 13), e “penso
em fazê-lo quando em viagem para a Espanha” (Rm 15:24).
Paulo ignorou as
advertências sobre os perigos que o ameaçavam se ele aparecesse de novo em
Jerusalém. Ele achava que era decisivo voltar em pessoa, como portador da
oferta das congregações gentias. Ele estava “pronto não só para ser preso, mas
até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus” (At 21:13). De modo
que Paulo foi de novo a Jerusalém, e Lucas escreve que “os irmãos nos receberam
com alegria” (At 21:17). Mas espreitando nas sombras estava uma comissão de
recepção com intenções diferentes.
PAULO,
PRESO E JULGADO
Os cristãos de Jerusalém
ficaram felizes ao ouvir o relatório de Paulo sobre a divulgação da fé cristã.
Contudo, alguns cristãos judeus duvidaram da sinceridade de Paulo. Para mostrar
seu respeito pela tradição judaica, Paulo juntou-se a quatro homens que
cumpriam um voto de nazireu no templo. Alguns judeus da Ásia agarraram Paulo e
falsamente o acusaram de introduzir gentios no templo (At 21:27-29). O tribuno
da guarnição romana levou Paulo em custódia para impedir um levante. Ao saber
que Paulo era cidadão romano, o tribuno retirou-lhe as cadeias e pediu aos
judeus que convocassem o Sinédrio para interrogá-lo.
Paulo percebeu que a
multidão enfurecida poderia matá-lo. Assim, ele disse ao Sinédrio que fora
preso por ser fariseu e crer na ressurreição dos mortos. Esta afirmação dividiu
o Sinédrio em suas facções de fariseus e saduceus, e o comandante romano teve
de salvar Paulo de novo.
Ouvindo dizer que os judeus
tramavam uma emboscada contra Paulo, o comandante enviou-o de noite a Cesaréia,
onde ficou guardado no palácio de Herodes. Paulo passou dois anos presos aí.
Quando os acusadores de
Paulo chegaram, acusaram-no de haver tentado profanar o templo e de ter criado
uma revolta civil em Jerusalém (At 24:1-9). Félix, procurador romano, exigiu
mais provas do tribuno em Jerusalém. Mas antes que estas chegassem, Félix foi
substituído por um novo procurador, Pórcio Festo. Este novo oficial pediu aos
acusadores de Paulo que viessem de novo a Cesaréia. Ao chegarem, Paulo fez
valer os seus direitos como cidadão romano de apresentar seu caso perante
César.
Enquanto aguardava o navio
para Roma, Paulo teve oportunidáde de defender a sua causa perante o rei Agripa
II que visitava Festo. O capítulo 26 de Atos registra o discurso de Paulo no
qual ele contou de novo os eventos de sua vida até aquele ponto.
Festo entregou Paulo aos
cuidados de um centurião chamado Júlio, que estava levando um navio carregado
de prisioneiros para a cidade imperial. Após uma viagem acidentada, o navio
naufragou na ilha de Malta. Três meses depois, Paulo e os demais prisioneiros
tomaram outro navio para Roma.
Os cristãos de Roma viajaram
quase cinqüenta quilômetros para dar as boas-vindas a Paulo (At 28:15). Em Roma
Paulo foi posto sob prisão domiciliar, e em At 28:30 lemos que ele alugou uma
casa por dois anos enquanto aguardava que César ouvisse o seu caso.
O Novo Testamento não nos
fala da morte de Paulo. Muitos estudiosos modernos crêem que César libertou o
apóstolo, e que ele empenhou-se em mais trabalho missionário antes de ser preso
pela segunda vez e executado.3
Dois livros escritos antes
do ano 200 d.C. — a Primeira Epístola de Clemente e os Atos de Paulo —
asseveram que isso aconteceu. Indicam que Paulo foi decapitado em Roma perto do
fim do reinado do imperador Nero (c. 67 d.C.).
A
PERSONALIDADE DO APOSTOLO:
As epístolas de Paulo são o
espelho de sua alma. Revelam seus motivos íntimos, suas mais profundas paixões,
suas convicções fundamentais. Sem a sobrevivência das cartas de Paulo, ele
seria para nós uma figura vaga, confusa.
Paulo estava mais
interessado nas pessoas e no que lhes acontecia do que em formalidades
literárias. A medida que lemos os escritos de Paulo, notamos que suas palavras
podem vir aos borbotões, como no primeiro capítulo da carta aos Gálatas. As
vezes ele irrompe abruptamente para mergulhar numa nova linha de pensamento.
Nalguns pontos ele toma um longo fôlego e dita uma sentença quase sem fim.
Temos em 2 Co 10:10 uma
pista de como as epístolas de Paulo eram recebidas e consideradas. Mesmo seus
inimigos e críticos reconheciam o impacto do que ele tinha para dizer, pois
sabemos que comentavam: “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes.. (2
Co 10:10).
Líderes fortes, como Paulo,
tendem a atrair ou repelir os que eles buscam influenciar. Paulo tinha tanto
seguidores devotados quanto inimigos figadais. Como conseqüência, seus
contemporâneos mantinham opiniões variadíssimas a seu respeito.
Os mais antigos escritos de
Paulo antedata a maioria dos quatro Evangelhos. Refletem-no como um homem de
coragem (2 Co 2:3), de integridade e elevados motivos (vv. 4-5), de humildade
(v. 6), e de benignidade (v. 7).
Paulo sabia diferençar entre
sua própria opinião e o “mandamento do Senhor” (1 Co 7:25). Era humilde
bastante para dizer “segundo minha opinião” sobre alguns assuntos (1 Co 7:40).
Ele estava bem cônscio da urgência de sua comissão (1 Co 9:16-17), e do fato de
não estar fora do perigo de ser “desqualificado” por sucumbir à tentação (1Co
9.27). Ele se recorda com pesar de que outrora perseguia a Igreja de Deus (1Co
15.9).
Leia o capítulo 16 da carta
aos Romanos com especial atenção à atitude generosa de Paulo para com os seus
colaboradores. Ele era um homem que amava e prezava as pessoas e tinha em alto
apreço a comunhão dos crentes. Na carta aos Colossenses vemos quão afetivo e
amistoso Paulo poderia ser, mesmo com cristãos com os quais ainda não se havia
encontrado. “Gostaria, pois, que saibais, quão grande luta venho mantendo por
vós. . . e por quantos não me viram face a face”, escreve ele (Cl 2:1).
Na carta aos Colossenses
lemos também a respeito de um homem chamado Onésimo, escravo fugitivo (Cl 4:9;
Fm 10), que evidentemente havia acrescentado ao furto o crime de abandonar o
seu dono, Filemom. Agora Paulo o havia conquistado para a fé cristã e o
persuadira de voltar ao seu senhor. Mas conhecendo a severidade do castigo
imposto aos escravos fugitivos, o apóstolo desejava convencer a Filemom a
tratar Onésimo como irmão. Aqui vemos Paulo, o reconciliador. E tudo isso ele
fez a favor de um homem que estava no degrau mais baixo da escada da sociedade
romana. Contraste essa atitude com o comportamento do jovem Saulo guardando as
vestes dos apedrejadores de Estevão. Observe quão profundamente Paulo havia
mudado em sua atitude para com as pessoas.
Nesses escritos vemos Paulo
como amigo generoso, afetivo, um homem de grande fé e coragem— mesmo em face de
circunstâncias extremas. Ele estava totalmente comprometido com Cristo, quer na
vida, quer na morte. Seu testemunho é profundamente firmado nas realidades
espirituais: “Tanto sei estar humilhado, como também ser honrado; de tudo e em
todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de fartura, como de fome;
assim de abundância, como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece” (Fp
4:12-13).
A
VIDA DO APÓSTOLO PAULO
“Ele era um homem de pequena
estatura”, afirmam os Atos de Paulo, escrito apócrifo do segundo século,
“parcial-mente calvo, pernas arqueadas, de compleição robusta, olhos próximos
um do outro, e nariz um tanto curvo.”
Se esta descrição merecer
crédito, ela fala um bocado mais a respeito desse homem natural de Tarso, que
viveu quase sete décadas cheias de acontecimentos após o nascimento de Jesus.
Ela se encaixaria no registro do próprio Paulo de um insulto dirigido contra
ele em Corinto. “As cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é
fraca, e a palavra desprezível” (2 Co 10:10).
Sua verdadeira aparência
teremos de deixar por conta dos artistas, pois não sabemos ao certo. Matérias
mais importantes, porém, demandam atenção — o que ele sentia, o que ele
ensinava, o que ele fazia.
Sabemos o que esse homem de
Tarso chegou a crer acerca da pessoa e obra de Cristo, e de outros assuntos
cruciais para a fé cristã. As cartas procedentes de sua pena, preservadas no
Novo Testamento, dão eloqüente testemunho da paixão de suas convicções e do
poder de sua lógica.
Aqui e acolá em suas cartas
encontramos pedacinhos de autobiografia. Também temos, nos Atos dos Apóstolos,
um amplo esboço das atividades de Paulo. Lucas, autor dos Atos, era médico e
historiador gentio do primeiro século.
Assim, enquanto o teólogo
tem material suficiente para criar intérminos debates acerca daquilo em que
Paulo acreditava, o historiador dispõe de parcos registros. Quem se der ao
trabalho de escrever a biografia de Paulo descobrirá lacunas na vida do
apóstolo que só poderão ser preenchidas por conjeturas.
A semelhança de um meteoro
brilhante, Paulo lampeja repentinamente em cena como um adulto numa crise
religiosa, resolvida pela conversão. Desaparece por muitos anos de preparação.
Reaparece no papel de estadista missionário, e durante algum tempo podemos
acompanhar seus movimentos através do horizonte do primeiro século. Antes de
sua morte, ele flameja até entrar nas sombras além do alcance da vista.
SUA
JUVENTUDE:
Antes, porém, que possamos
entender Paulo, o missionário cristão aos gentios, é necessário que passemos
algum tempo com Saulo de Tarso, o jovem fariseu. Encontramos em Atos a
explicação de Paulo sobre sua identidade: “Eu sou judeu, natural de Tarso,
cidade não insignificante da Cilícia” (At 21:39). Esta afirmação nos dá o
primeiro fio para tecermos o pano de fundo da vida de Paulo.
Da Cidade de Tarso. No
primeiro século, Tarso era a principal cidade da província da Cilícia na parte
oriental da Ásia Menor. Embora localizada cerca de 16 km no interior, a cidade
era um importante porto que dava acesso ao mar por via do rio Cnido, que
passava no meio dela.
Ao norte de Tarso erguiam-se
imponentes, cobertas de neve, as montanhas do Tauro, que forneciam a madeira
que constituía um dos principais artigos de comércio dos mercadores tarsenses.
Uma importante estrada romana corria ao norte, fora da cidade e através de um
estreito desfiladeiro nas montanhas, conhecido como “Portas Cilicianas”. Muitas
lutas militares antigas foram travadas nesse passo entre as montanhas.
Tarso era uma cidade de
fronteira, um lugar de encontro do Leste e do Oeste, e uma encruzilhada para o
comércio que fluía em ambas as direções, por terra e por mar. Tarso possuía uma
preciosa herança. Os fatos e as lendas se entremesclavam, tornando seus
cidadãos ferozmente orgulhosos de seu passado.
O general romano Marco Antônio concedeu-lhe o
privilégio de libera civitas (“cidade livre”) em 42 a.C. Por conseguinte,
embora fizesse parte de uma província romana, era autônoma, e não estava
sujeita a pagar tributo a Roma. As tradições democráticas da cidade-estado
grega de longa data estavam estabelecidas no tempo de Paulo.
Nessa cidade cresceu o jovem
Saulo. Em seus escritos, encontramos reflexos de vistas e cenas de Tarso de
quando ele era rapaz. Em nítido contraste com as ilustrações rurais de Jesus,
as metáforas de Paulo têm origem na vida citadina.
O reflexo do sol
mediterrânico nos capacetes e lanças romanos teriam sido uma visão comum em
Tarso durante a infância de Saulo. Talvez fosse este o fundo histórico para a
sua ilustração concernente à guerra cristã, na qual ele insiste em que “as
armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para
destruir fortalezas” (2 Co 10:4).
Paulo escreve de “naufragar”
(1 Tm 1:19), do “oleiro” (Rm 9:21), de ser conduzido em “triunfo” (2 Co 2:14). Ele compara o “tabernáculo
terrestre” desta vida a um edifício de Deus, casa não feita por mãos, eterna,
nos céus” (2 Co 5:1). Ele toma a palavra grega para teatro e, com audácia,
aplica-a aos apóstolos, dizendo: “nos tornamos um espetáculo (teatro) ao mundo”
(1 Co 4:9).
Tais declarações refletem a
vida típica da cidade em que Paulo passou os anos formativos da sua meninice.
Assim as vistas e os sons deste azafamado porto marítimo formam um pano de
fundo em face do qual a vida e o pensamento de Paulo se tornaram mais
compreensíveis. Não é de admirar que ele se referisse a Tarso como “cidade não
insignificante”.
Os filósofos de Tarso eram
quase todos estóicos. As idéias estóicas, embora essencialmente pagãs,
produziram alguns dos mais nobres pensadores do mundo antigo. Atenodoro de
Tarso é um esplêndido exemplo.
Embora Atenodoro tenha
morrido no ano 7 d.C., quando Saulo não passava de um menino pequeno, por muito
tempo o seu nome permaneceu como herói em Tarso. E quase impossível que o jovem
Saulo não tivesse ouvido algo a respeito dele.
Quanto, exatamente, foi o
contato que o jovem Saulo teve com esse mundo da filosofia em Tarso? Não
sabemos; ele não no-lo disse. Mas as marcas da ampla educação e contato com a
erudição grega o acompanham quando homem feito. Ele sabia o suficiente sobre
tais questões para pleitear diante de toda sorte de homens a causa que ele
representava. Também estava cônscio dos perigos das filosofias religiosas
especulativas dos gregos. “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua
filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens... e não segundo
Cristo”, foi sua advertência à igreja de Colossos (Cl 2:8).
Cidadão Romano. Paulo não
era apenas “cidadão de uma cidade não insignificante”, mas também cidadão
romano. Isso nos dá ainda outra pista para o fundo histórico de sua meninice.
Em At 22:24-29 vemos Paulo
conversando com um centurião romano e com um tribuno romano. (Centurião era um
militar de alta patente no exército romano com 100 homens sob seu comando; o
tribuno, neste caso, seria um comandante militar.) Por ordens do tribuno, o
centurião estava prestes a açoitar Paulo. Mas o Apóstolo protestou: “Ser-vos-á
porventura lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado?” (At 22:25).
O centurião levou a notícia ao tribuno, que fez mais inquirição. A ele Paulo
não só afirmou sua cidadania romana mas explicou como se tornara tal: “Por
direito de nascimento” (At 22:28). Isso implica que seu pai fora cidadão
romano.
Podia-se obter a cidadania
romana de vários modos. O tribuno, ou comandante, desta narrativa, declara
haver “comprado” sua cidadania por “grande soma de dinheiro” (At 22:28). No
mais das vezes, porém, a cidadania era uma recompensa por algum serviço de
distinção fora do comum ao Império Romano, ou era concedida quando um escravo
recebia a liberdade.
A cidadania romana era
preciosa, pois acarretava direitos e privilégios especiais como, por exemplo, a
isenção de certas formas de castigo. Um cidadão romano não podia ser açoitado
nem crucificado.
Todavia, o relacionamento
dos judeus com Roma não era de todo feliz. Raramente os judeus se tornavam
cidadãos romanos. Quase todos os judeus que alcançaram a cidadania moravam fora
da Palestina.
De Descendência Judaica.
Devemos, também, considerar a ascendência judaica de Paulo e o impacto da fé
religiosa de sua família. Ele se descreve aos cristãos de Filipos como “da
linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei,
fariseu” (Fp 3:5). Noutra ocasião ele chamou a si próprio de “israelita da
descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1).
Dessa forma Paulo pertencia
a uma linhagem que remontava ao pai de seu povo, Abraão. Da tribo de Benjamim
saíra o primeiro rei de Israel, Saul, em consideração ao qual o menino de Tarso
fora chamado Saulo.
A escola da sinagoga ajudava
os pais judeus a transmitir a herança religiosa de Israel aos filhos. O menino
começava a ler as Escrituras com apenas cinco anos de idade. Aos dez, estaria
estudando a Mishna com suas interpretações emaranhadas da Lei. Assim, ele se
aprofundou na história, nos costumes, nas Escrituras e na língua do seu povo. O
vocabulário posterior de Paulo era fortemente colorido pela linguagem da
Septuaginta, a Bíblia dos judeus helenistas.
Dentre os principais
“partidos” dos judeus, os fariseus eram os mais estritos (veja o capítulo 5,
“Os Judeus nos Tempos do Novo Testamento”). Estavam decididos a resistir aos
esforços de seus conquistadores romanos de impor-lhes novas crenças e novos
estilos de vida. No primeiro século eles se haviam tornado a “aristocracia
espiritual” de seu povo. Paulo era fariseu, “filho de fariseus” (At 23.6).
Podemos estar certos, pois, de que seu preparo religioso tinha raízes na
lealdade aos regulamentos da Lei, conforme a interpretavam os rabinos. Aos
treze anos ele devia assumir responsabilidade pessoal pela obediência a essa
Lei.
Saulo de Tarso passou em
Jerusalém sua virilidade “aos pés de Gamaliel”, onde foi instruído “segundo a
exatidão da lei. . .“ (At 22:3). Gamaliel era neto de Hillel, um dos maiores
rabinos judeus. A escola de Hilel era a mais liberal das duas principais
escolas de pensamento entre os fariseus. Em Atos 5:33-39 temos um vislumbre de
Gamaliel, descrito como “acatado por todo o povo.”
Exigia-se dos estudantes
rabínicos que aprendessem um ofício de sorte que pudessem, mais tarde, ensinar
sem tornar-se um ônus para o povo. Paulo escolheu uma indústria típica de
Tarso, fabricar tendas de tecido de pêlo de cabra. Sua perícia nessa profissão
proporcionou-lhe mais tarde um grande incremento em sua obra missionária.
Após completar seus estudos
com Gamaliel, esse jovem fariseu provavelmente voltou para sua casa em Tarso
onde passou alguns anos. Não temos evidência de que ele se tenha encontrado com
Jesus ou que o tivesse conhecido durante o ministério do Mestre na terra.
Da pena do próprio Paulo bem
como do livro de Atos vem-nos a informação de que depois ele voltou a Jerusalém
e dedicou suas energias à perseguição dos judeus que seguiam os ensinamentos de
Jesus de Nazaré. Paulo nunca pôde perdoar-se pelo ódio e pela violência que
caracterizaram sua vida durante esses anos. “Porque eu sou o menor dos
apóstolos”, escreveu ele mais tarde, “. . . pois persegui a igreja de Deus” (1
Co 15:9). Em outras passagens ele se denomina “perseguidor da igreja” (Fp 3:6),
“como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1:13).
Uma referência
autobiográfica na primeira carta de Paulo a Timóteo jorra alguma luz sobre a
questão de como um homem de consciência tão sensível pudesse participar dessa
violência contra o seu próprio povo. “. . . noutro tempo era blasfemo e
perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na
incredulidade” (1 Tm 1:13). A história da religião está repleta de exemplos de
outros que cometeram o mesmo erro. No mesmo trecho, Paulo refere a si próprio
como “o principal” dos pecadores” (1 T 1:15), sem dúvida alguma por ter ele
perseguido a Cristo e seus seguidores.
D) A Morte de Estevão. Não fora pelo modo como
Estevão morreu (At 7:54-60), o jovem Saulo podia ter deixado a cena do
apedrejamento sem comoção alguma, ele que havia tomado conta das vestes dos
apedrejadores. Teria parecido apenas outra execução legal.
Mas quando Estevão se
ajoelhou e as pedras martirizantes choveram sobre sua cabeça indefensa, ele deu
testemunho da visão de Cristo na glória, e orou: “Senhor, não lhes imputes este
pecado” (Atos 7:60).
Embora essa crise tenha
lançado Paulo em sua carreira como caçador de hereges, é natural supor que as
palavras de Estevão tenham permanecido com ele de sorte que ele se tornou
“caçado” também —caçado pela consciência.
E) Uma Carreira de
Perseguição. Os eventos que se seguiram ao martírio de Estevão não são
agradáveis de ler. A história é narrada num só fôlego: “Saulo, porém, assolava
a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no
cárcere” (Atos 8:3).
A
CONVERSÃO:
A perseguição em Jerusalém
na realidade espalhou a semente da fé. Os crentes se dispersaram e em breve a
nova fé estava sendo pregada por toda a parte (cf. Atos 8:4). “Respirando ainda
ameaças e morte contra os discípulos do Senhor” (Atos 9:1), Saulo resolveu que
já era tempo de levar a campanha a algumas das “cidades estrangeiras” nas quais
se abrigaram os discípulos dispersos. O comprido braço do Sinédrio podia
alcançar a mais longínqua sinagoga do império em questões de religião. Nesse
tempo, os seguidores de Cristo ainda eram considerados como seita herética.
Assim, Saulo partiu para
Damasco, cerca de 240 km distante, provido de credenciais que lhe dariam
autoridade para, encontrando os “que eram do caminho, assim homens como
mulheres, os levasse presos para Jerusalém” (Atos 9:2).
Que é que se passava na
mente de Saulo durante a viagem, dia após dia, no pó da estrada e sob o calor
escaldante do sol? A auto-revelação intensamente pessoal de Romanos 7:7-13 pode
dar-nos uma pista. Vemos aqui a luta de um homem consciencioso para encontrar
paz mediante a observância de todas as pormenorizadas ramificações da Lei.
Isso o libertou? A resposta
de Paulo, baseada em sua experiência, foi negativa. Pelo contrário, tornou-se
um peso e uma tensão intoleráveis. A influência do ambiente helertístico de
Tarso não deve ser menosprezada ao tentarmos encontrar o motivo da frustração
interior de Saulo. Depois de seu retorno a Jerusalém, ele deve ter achado
irritante o rígido farisaísmo, muito embora professasse aceitá-lo de todo o
coração. Ele havia respirado ar mais livre durante a maior parte de sua vida, e
não poderia renunciar à liberdade a que estava acostumado.
Contudo, era de natureza
espiritual o motivo mais profundo de sua tristeza. Ele tentara guardar a Lei,
mas descobrira que não poderia fazê-lo em virtude de sua natureza pecaminosa
decaída. De que modo, pois, poderia ele ser reto para com Deus?
Com Damasco à vista,
aconteceu uma coisa momentosa. Num lampejo cegante, Paulo se viu despido de
todo o orgulho e presunção, como perseguidor do Messias de Deus e do seu povo.
Estevão estivera certo, e ele errado. Em face do Cristo vivo, Saulo capitulou.
Ele ouviu uma voz que dizia: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues;. . .
levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer” (At 9:5-6).
E Saulo obedeceu.
Durante sua estada na
cidade, “Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu nem bebeu” (Atos
9:9). Um discípulo residente em Damasco, por nome Ananias, tornou-se amigo e
conselheiro, um homem que não teve receio de crer que a conversão de Paulo’
fora autêntica. Mediante as orações de Ananias, Deus restaurou a vista a Paulo.
O
APÓSTOLO PAULO
Depois de Jesus, Paulo deve
ser a pessoa mais influente na história da fé cristã. A conversão de um inimigo
zeloso dos cristãos para um advogado incansável do evangelho, se classifica
entre uma das histórias mais dramáticas das escrituras. Seus anos de ministério
o levaram a inúmeras cidades na Ásia Menor e na Europa. Ele também escreveu
treze cartas que estão incluídas no Novo Testamento.
EDUCAÇÃO
Apesar de ter nascido em
Tarso, Paulo testifica que cresceu em Jerusalém e que estudou sob a tutela de
Gamaliel (Atos 22:3). Não é muito claro quando que Paulo chegou a Jerusalém,
mas é provável que ele tenha começado os seus estudos rabínicos entre seus 13 e
20 anos.
SAULO
O PERSEGUIDOR
Pouco tempo depois dos
eventos que mudaram o mundo, a ressurreição de Jesus e o pentecostes, os
membros de certas sinagogas em Jerusalém, inclusive uma sinagoga da Cilícia
(Atos 6:9), da terra nativa de Paulo, resolveram anular a nova igreja. Eles
lutaram contra a sabedoria e o espírito (6:10) de Estevão (6:5,8). Eles o
acusaram de blasfêmia diante do sinédrio (6:11-15) e, depois de sua defesa
eloqüente (7:1-53), arrastaram-no para fora da cidade, aonde ele foi apedrejado
até a morte. Ele se tornou o primeiro mártir cristão.
O registro não revela
inteiramente qual era o papel de Paulo nesses procedimentos, mas sabemos que
ele era um participante ativo. As testemunhas contra Estevão, que eram
encarregados de jogar as pedras na execução, "puseram as suas vestes aos
pés de um jovem chamado Saulo" (Atos 7:58). A morte de Estevão iniciou os
eventos que resultariam na conversão e na empreitada de Paulo como o apóstolo
dos gentios. Mas, naquele tempo, Paulo era um líder dos opressores da igreja.
Ele respirava ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor (Atos 9:1); ele
perseguiu a igreja de Deus e tentou destruí-la (Gálatas 1:13) prendendo
mulheres e homens cristãos (Atos 22:4) em muitas cidades.
A
CONVERSÃO E O CHAMADO
Paulo recebeu cartas do sumo
sacerdote em Jerusalém, endereçadas às sinagogas em Damasco, autorizando-o a
prender os crentes de lá e trazê-los a Jerusalém para julgamento (Atos 9:1-2).
Quando ele estava perto de Damasco, uma luz vinda do céu "a qual excedia o
esplendor do sol" apareceu em volta de Paulo e os que estavam viajando com
ele, e eles caíram no chão (26:13-14). Somente Paulo, no entanto, podia ouvir a
voz de Jesus, que lhe dizia que ele seria o instrumento escolhido por Cristo
para trazer as boas novas aos gentios (26:14-18). Paulo foi guiado até Damasco,
temporariamente cego (9:8). Lá, o discípulo Ananias e a comunidade cristã o
ajudaram através do evento inquietador de sua conversão (9:10-22). Depois de um
curto período com a igreja de lá, Paulo começou a proclamar a Cristo ressurreto
publicamente, e os judeus ameaçaram Paulo de morte (9:20-22). Ele foi protegido
pelos que criam e escapou de seus perseguidores (9:23-25).
A conversão de Paulo foi de
uma importância tão revolucionária e duradoura que há três relatos detalhados
desse evento no livro de Atos (Atos 9:1-19; 22:1-21; 26:1-23). Paulo se refere
a ela muitas vezes nas suas próprias cartas (1 Coríntios 9:1; 15:8; Gálatas
1:15-16; Efésios 3:3; Filipenses 3:12). A transformação deste perseguidor
zeloso de Jesus Cristo em o defensor chefe do evangelho (1 Coríntios 3:10; 1
Timóteo 1:13) mudaria profundamente o curso da história mundial.
OS
ANOS FINAIS E O MARTÍRIO
Se assumirmos que Paulo é o
autor das cartas pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito), podemos traçar o
provável curso dos eventos dos últimos anos de Paulo. Romanos 15:28 mostra que
a intenção de Paulo era entregar as arrecadações e ir em direção a Roma e
depois para a Espanha. O fato de ele ter sido preso em Jerusalém não só
atrapalhou seus planos mas também o fez perder tempo que ele queria gastar em
outro lugar. Nós sabemos que algum tempo depois de 61 D.C., Paulo deixou Tito
em Creta (Tito 1:5) e viajou através de Mileto, sul de Éfeso. Viajando em
direção a Macedônia, Paulo visitou Timóteo em Éfeso (1 Timóteo 1:3). No
caminho, Paulo deixou seu manto e seus livros com Carpo em Trôade (2 Timóteo
1:3). Isso indica que a intenção dele era voltar ali para pegar as suas coisas.
De Macedônia, Paulo escreveu
sua carta afetuosa porém apreensiva a Timóteo (62-64 D.C). Ele havia decidido
passar o inverno em Nicópolis (Tito 3:12), noroeste de Corinto, mas ainda se
encontrava na Macedônia quando escreveu esta carta a Tito. Essa carta é
parecida com 1 Timóteo, mas com um tom mais rigoroso. Nela há uma última
referência ao eloqüente e zeloso Apolo (Tito 3:13), que ainda trabalhava para o
evangelho por mais de dez anos depois de ter conhecido Paulo em Éfeso (Atos
18:24). Neste ponto da história o caminho de Paulo é desconhecido. Ele pode ter
passado o inverno em Nicópolis, mas ele não retornou a Trôade como ele havia
planejado (2 Timóteo 4:13).
Em algum ponto os romanos
provavelmente o prenderam novamente, pois ele passou um inverno em Roma na
Mamertime Prison, passando frio na cela gelada de pedra enquanto escrevia a sua
segunda carta a Timóteo (66-67 D.C). Ele podia estar antecipando isso quando
pediu para Timóteo lhe trazer o seu manto (2 Timóteo 4:13,21). Nós só podemos
especular quais eram as acusações contra Paulo; alguns sugerem que Paulo e os outros
cristãos podiam ter sido acusados (falsamente) de terem incendiado Roma. Era,
no entanto, contra a lei pregar a fé cristã. A proteção que havia sido dada aos
judeus tinha sido retirada dessa nova religião estranha. Paulo sentiu o peso
dessa perseguição. Muitos o abandonaram (2 Timóteo 4:16), inclusive todos os
seus colegas na Ásia (1:15) e Demas que amava ao mundo (4:10). Apenas Lucas, o
médico e autor do livro de Lucas e Atos, estava com ele quando ele escreveu a
sua segunda carta a Timóteo (4:11). Crentes fiéis que estavam escondidos em
Roma também manteram contato (1:16; 4:19, 21).
Ele pediu a Timóteo que
viesse ao seu encontro em Roma (4:11), e aparentemente Timóteo foi. O pedido de
Paulo que Timóteo o trouxesse seus livros e o seu pergaminho indica que ele
estava estudando a palavra até o fim. O apóstolo Paulo teve duas audiências
diante dos romanos. Na sua primeira defesa só o Senhor ficou do seu lado (2
Timóteo 4:16). Lá não só ele se defendeu como também defendeu o evangelho,
ainda na esperança que os gentios escutassem sua mensagem. Aparentemente não
houve um veredicto, e Paulo foi "livre da boca do leão" (4:17).
Apesar de Paulo saber que morreria em breve, ele não temeu. Ele foi assegurado
que o Senhor o daria a coroa da justiça no último dia (4:8). Finalmente, o
apóstolo em si escreveu encorajar todos os que criam "O Senhor seja com o
teu espírito. A graça seja com vosco" (2 Timóteo 4:22, RSV). Depois disso,
a escritura não menciona mais Paulo.
Nada sabemos sobre a segunda
audiência de Paulo, mas provavelmente resultou em sentença de morte.
Não temos nenhum relato
escrito do fim de Paulo, mas foi provavelmente executado antes da morte de Nero
no verão de 68 D.C.. Como um cidadão romano, ele deve ter sido poupado das
torturas que os seus companheiros de mártir haviam sofrido recentemente. A
tradição diz que ele foi decapitado fora de Roma e enterrado perto dali. A sua
morte libertou Paulo "partir e estar com Cristo, o que é muito
melhor" (Filipenses 1:23).
A
ORDEM QUE O SENHOR JESUS NOS DEU
Esta foi a última palavra de
Jesus aos seus discípulos. Até parece que este é o ponto mais alto do Novo
Testamento. É como se o Senhor estivesse todo o tempo preparando o terreno para
dar essa palavra. Depois de fazer tudo o que o Pai lhe encomendara, finalmente
o Senhor podia dar esta ordem: FAZEI DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES.
Podemos negligenciar este
mandamento? Ou podemos fazê-lo de qualquer jeito, ou da maneira que acharmos
melhor? Não. Devemos buscar toda a diligência e procurar entender bem. O Senhor
ressuscitado nos deu uma ordem e devemos cumpri-la à risca.
O Senhor não nos mandou
juntar gente para fazer reuniões. Os sermões tem o seu lugar e, certamente,
devemos cantar e louvar. Contudo, o fundamental é FAZER DISCÍPULOS. A não ser
que isto esteja bem entendido e praticado dentro de uma clara estratégia, todas
as outras coisas importantes serão a casca de uma fruta oca. Serão um amontoado
de atividades sem conexão, sem propósito e sem valor eterno.
Nesta parte não pretendemos
comunicar tudo o que está envolvido neste mandamento . Mas queremos entender o
essencial.
O
QUE É UM DISCÍPULO?
Comecemos com uma declaração
objetiva: UM DISCÍPULO É ALGUÉM QUE CRÊ EM TUDO O QUE CRISTO DISSE, E FAZ TUDO
O QUE CRISTO MANDA.
É importante entender que no
contexto do Novo Testamento não existe alguém que seja convertido e não seja um
discípulo. Convertido, salvo, discípulo, são todos termos que se referem a uma
mesma pessoa, sendo que, cada termo salienta um aspecto diferente da vida ou
experiência desta pessoa:
Salvo: o que foi liberto da
condenação e do poder do pecado.
Convertido: que passou por
uma transformação de mente.
Discípulo: seguidor,
praticante do ensino do mestre, submisso.
Crente: aquele que crê.
Cada um destes termos tem um
significado diferente, mas todos eles são aplicados a uma mesma pessoa. Se não
entendemos bem isto viveremos em confusão. Por quê? Porque é comum encontrarmos
pessoas que se dizem convertidas, crêem sinceramente que são salvas, mas que,
contraditoriamente a isto, dizem que o seu alvo é serem submissas a Cristo. O
seu desejo é “um dia” serem consagradas e totalmente entregues ao Senhor. Ora,
isto é uma grande confusão, pois como alguém é convertido, se não se entregou
total e incondicionalmente a Jesus Cristo (Mt 7: 21), renunciando a tudo quanto
tem (Lc 14: 33) e a própria vida (Lc 14: 26)? Tudo isso é condição para alguém
se converter.
Sabemos também, e isto
afirmamos com tristeza, que um espírito de falsa profecia semelhante ao que
havia em Israel nos tempos de Jeremias, tem enganado a muitos. Naqueles dias,
quando o povo estava sob a condenação de Deus por causa da sua rebelião, falsos
profetas diziam que havia paz com Deus, levando o povo ao engano (ver Jr 6: 14;
23: 16,17). Este engano é que impedia o povo de experimentar um verdadeiro
arrependimento.
Neste dias Deus está
restaurando o entendimento do evangelho do reino, para que se cumpra a palavra
profética de Ml 3: 18. Aquele que pretende ser um convertido sem ser um
discípulo, não encontrou tal pretensão nas escrituras.
UM
CONVERTIDO É MAIS QUE UM CRENTE. É UM DISCÍPULO.
Podemos nos referir a uma
pessoa que está no reino de deus usando qualquer um dos termos que aparecem nas
escrituras, mas devemos nos acostumar a usar o termo discípulo porque:
1ª É o termo mais abrangente.
Expressa com mais exatidão a realidade da vida de alguém que pertence ao Reino
de Deus.
2ª É o termo que Jesus, os
Apóstolos e os primeiros irmãos escolheram. O termo “discípulo” aparece 260
vezes no N.T o termo “crente” aparece 15 vezes.
O
QUE DEVEMOS FALAR PARA FAZER DISCÍPULOS?
Para responder esta
pergunta, devemos primeiro ler At 2: 22-39. Aqui nós observamos a primeira
investida da igreja, quando ela começa a obedecer o mandamento de Jesus. Qual o
conteúdo da mensagem de Pedro? Esta pregação se divide basicamente em duas partes:
PEDRO
FALA SOBRE JESUS, SUA VIDA E SUA OBRA.
Vs. 22 - Fala dos milagres,
prodígios e sinais (obra tremenda e grandiosa).
Vs. 23 - Fala da sua morte
na cruz (mostrando que o Pai o entregou).
Vs. 24-32 - Fala da sua
ressurreição usando duas provas: as promessas feitas a Davi (vs. 24-32) e o
testemunho deles mesmos, que viram a Jesus ressuscitado (vs. 32).
Vs. 33-35 - Fala da
exaltação de Jesus.
Vs. 36 - Proclama que Jesus
é Senhor e Cristo.
Esta proclamação sobre
Jesus, sua vida, morte, ressurreição, etc…, é o que vai produzir fé no coração
daquele que ouve. Ninguém pode experimentar um novo nascimento, se não for pela
fé do Senhor ressuscitado (Rm 10.9). Esta proclamação não pode ser formal ou
acadêmica. Mas deve ser dada com simplicidade, alegria, autoridade e unção do
Espírito Santo. Aquele que proclama deve estar cheio de fé, para que possa
transmitir fé ao que ouve.
PEDRO
FALA A ELES O QUE FAZER PARA ENTRAR NO REINO DE DEUS.
Quando os que ouviam Pedro
deram crédito a sua palavra e temeram (vs.37), então Pedro lhes deu a segunda
parte da sua mensagem (vs.38). Na primeira parte (vs.22-36), Pedro falou do que
Jesus fez. Agora ele vai falar do que Jesus quer que NÓS façamos.
Aqui há uma indicação clara.
São três passos distintos que cada um deve dar para entrar no reino de Deus.
Podemos dizer que esta é a PORTA do reino. A fé na proclamação de Jesus não é a
própria entrada no reino. A fé é a base, é aquilo que vai me dar poder para
entrar, vai me dar poder para ser um filho de Deus (1Jo 1.12). A fé não é a PORTA
de entrada, ela é o que dá poder para entrar. A porta de entrada do reino se
constitui em:
- Arrepender-se
- Ser batizado em nome de
Jesus e
- Receber o dom do Espírito
Santo.
Vimos então que Pedro falou
de duas coisas. Falou de Jesus e da porta do reino. Isto é o que nós devemos
falar para fazer discípulos.
Falar da obra de Jesus na
esperança de que os homens creiam, sem colocar as condições para ser um
discípulo, produz uma fé que não tem como se expressar, e logo se torna uma fé
morta. Este tem sido um dos principais erros da igreja neste século. Por outro
lado, falar das demandas (exigências) do reino, sem comunicar a graça de Jesus
Cristo, produz uma religiosidade legalista e sem poder. Do mesmo modo que,
estar arrependido e batizado sem ter recebido o dom do Espírito Santo, implica
numa vida infrutífera no desempenho do seu serviço.É necessário comunicar a
Verdade sobre Jesus e os Mandamentos do versículo 38. A Verdade produz Fé para
obediência, os Mandamentos direcionam essa obediência e a Promessa capacita
para o testemunho.Isto é o que nós devemos falar para fazer discípulos.
COMO
SE COMPLETA A OBRA DE FAZER DISCÍPULO?
A obra não termina aqui.
Quando alguém crê, se arrepende, se batiza e recebe o dom do Espírito Santo,
recém entrou pela Porta . Jesus disse que agora é necessário ensiná-lo a
guardar todas as coisas que Ele ordenou. Este é o Caminho do reino (Mt
7.13-14). Sabemos também que o Senhor tem um objetivo, um propósito definido
para nossa vida. Este é o alvo, ou a meta que devemos alcançar.
Estas três palavras: PORTA,
CAMINHO e ALVO, nos ajudam muito a ver de uma forma simples, a obra que o
Senhor nos encomendou. Podemos dizer que um DISCÍPULO é aquele que entrou pela
PORTA do reino, está andando no CAMINHO e buscando diligentemente alcançar o
ALVO. Agora necessitamos entender bem cada um destes três pontos.
2º. O CAMINHO: É todo o
conselho de Deus. É tudo o que necessitamos aprender e praticar para chegar ao
ALVO. Não são estudos teóricos, nem ensinos de costumes e tradições de homens.
É a sã doutrina (Tt 2.1; Mt 7.28). Se constitui-se de instrução para todas as
áreas da vida.
ARREPENDIMENTO
É muito importante
entendermos bem o que é arrependimento. Nós estamos rodeados de conceitos do
mundo e de conceitos religiosos que não definem exatamente nosso problema com
Deus. Ora, se não entendermos bem qual é o problema como podermos saber qual é
a solução? Todo mundo que ouvir o evangelho deve ter esta luz, este
entendimento: qual é o seu problema com Deus, e qual a solução do problema. Para
poder compreender, devemos analisar como tudo começou, como foi a queda do
homem (Gn 3.1-7). Aqui nós temos a descrição da entrada do pecado no mundo.
Geralmente se diz que o pecado de Adão foi a desobediência, mas isto não define
exatamente o problema. Na verdade a desobediência já é um fruto do pecado, é
uma conseqüência do pecado e não o próprio pecado.
A chave para chegarmos a
este entendimento está nas palavras: “…como Deus, sereis conhecedores do bem e
do mal.” (vs.5) e “…árvore desejável para dar entendimento” (vs.6). Por que o
conhecimento era tão tentador para Adão? Por que queria tanto ter entendimento,
a ponto de se arriscar ao castigo da morte que Deus tinha prometido? É simples.
Até aquele momento, ele vivia numa relação de total dependência de Deus,
necessitava da orientação de Deus para tudo, era dirigido por Deus e pela sua
sabedoria (ver Pv 8.22-31). Para que ele queria o conhecimento e a sabedoria
que vinham de uma árvore e não de Deus? Adão queria dirigir a própria vida,
queria fazer sua própria vontade, ser seu próprio Deus. Adão queria
INDEPENDÊNCIA.
Isto não foi algo que Adão
fez, foi uma decisão interior no seu coração. Uma disposição de ser
INDEPENDENTE, de ser o dono de sua própria vida. O pecado foi consumado pela
sua desobediência mas foi gerado por uma atitude interior de rebelião.
Quando Adão pecou, sua
própria natureza humana se degenerou. O pecado se tornou parte de sua natureza,
e, portanto, a herança de toda raça humana, pois todos são descendente dele (Rm
5.12.19). O problema de Adão, agora é o problema de toda raça humana. Qual é o
nosso problema então?
O nosso maior problema aos
olhos de Deus não está nas coisas erradas que fazemos, mas sim na nossa atitude
interior de INDEPENDÊNCIA e rebelião. Todos os pecados que cometemos são conseqüência
desta disposição interior. Quando no meu interior há uma atitude de
independência (sou dono da minha vida, faço a minha vontade), como conseqüência
disto, os meus atos e as coisas que vou fazer no meu dia a dia não vão agradar
a Deus. Entendemos então, que o problema principal é A INDEPENDÊNCIA (o
pecado), enquanto que os atos pecaminosos (os pecados) são a conseqüência.
Aqui cabe uma pergunta: É
suficiente que o homem abandone alguns pecados mais grosseiros (como os vícios,
a orgia e a idolatria), e creia em Jesus para o perdão dos pecados, sem no
entanto resolver o seu problema fundamental que é a independência? A resposta é
NÃO. Deus quer atingir a raiz do problema. Ele quer que mudemos de atitude, que
abandonemos a INDEPENDÊNCIA e nos tornemos DEPENDENTES de Deus. A palavra do
evangelho de Jesus, não é para curar superficialmente a ferida do homem. Deus
quer tratar a causa do problema e não apenas a conseqüência. E para isto Ele
mandou o seu filho Jesus. Ele não veio trazer apenas o perdão dos pecados mas
veio trazer a solução do problema do pecado e da rebelião. E como fez isto?
Pregando o evangelho do reino (Mt 4.23; 9.35; Mc 1.14,15; Lc 4.43; 8.1; 9.60;
16.16). Os apóstolos também pregaram o evangelho do reino (At 8.12; 19.8;
20.25; 28.23,30,31).
O que é o evangelho do
reino? O evangelho do reino é o fim da rebelião e da independência do homem.
Deus quer perdoar, mas também quer governar, quer reinar sobre o homem. E este
é o significado do arrependimento. No grego a palavra que aparece é “metanóia”,
que significa mudança de mente, mudança de atitude interior. Que mudança é
esta? É a troca de uma atitude de INDEPENDÊNCIA para uma atitude de
DEPENDÊNCIA. Da atitude de rebelião (faço o que eu quero) para a atitude de
submissão (pertenço a Deus para fazer a sua vontade). Quando mudamos a nossa
atitude para com Deus, mudam também os nossos atos. Quando mudamos somente os
nossos atos (deixamos de fazer algumas coisas que consideramos muito erradas),
mas continuamos no interior com uma atitude de independência, estamos ainda em
rebelião e necessitamos de arrependimento.
Pelo conceito comum,
arrependimento é um mero sentimento de tristeza pelos pecados cometidos. Agora
Deus está nos revelando algo mais sólido: por meio do verdadeiro
arrependimento, temos o nosso interior totalmente mudado, vivemos uma nova
vida, estamos com uma atitude correta diante do nosso Senhor. ALELUIA!
Toda a pregação de Jesus
estava impregnada dessa mensagem. Jesus não pregava um evangelho
“fofinho”, um evangelho de ofertas, mas
pregava um evangelho contundente e extremamente exigente. Toda a sua pregação
visava levar o homem a um verdadeiro arrependimento, a uma revolução interior.
Ele mostrou de que maneira prática o homem poderia experimentar este
arrependimento.
Que é necessário para se
arrepender e se tornar um discípulo de Jesus? Basicamente quatro coisas:
1º- NEGAR-SE A SI MESMO (Mc
8.34). Não é negar apenas alguns pecados. É...
2º- TOMAR A CRUZ (Mc 8.34).
Mas que é tomar a cruz? É...
3º- PERDER A VIDA (Mc 8.35).
Como ocorre isto? Devo morrer literalmente? Não. Esta é uma realidade
espiritual, é o próprio arrependimento. Até hoje, a vida era minha, eu era meu
dono. Mas agora, eu perco minha vida porque a entrego para Deus. A partir de
hoje Ele é o meu dono. Deus só pode governar a minha vida se eu a entrego
voluntariamente. Mas para fazer isto eu devo estar disposto a perdê-la. Mas
arrependimento também envolve...
4º- RENUNCIAR A TUDO QUE
POSSUI (Lc 14.33). Se eu próprio já não pertenço a mim mesmo, muito mais as
coisas que eu possuía. Agora tudo pertence a Deus. Família, emprego, casa,
móveis, automóvel, salário, poupança, etc, tudo é de Deus.
Mas agora temos mais uma
pergunta a responder: É esta a mensagem que a igreja tem pregado?
Lamentavelmente não. A pregação da igreja tem sido muito mais a de um evangelho
de ofertas do que do evangelho do reino. Mas alguém diria que não. Alguém diria
que ultimamente Deus tem levantado a muitos na igreja falando sobre o reino e
proclamando que Jesus é o Senhor. Bem, isto é verdade. Mas na essência a igreja
não tem mudado muito a sua mensagem. Vamos analisar isto:
Quando Jesus colocava as
condições do reino, Ele sempre começava com “se alguém quer ser meu
discípulo…”, e logo a seguir vinham as condições. Estas eram condições para ser
um discípulo, para ser um convertido, um salvo. Eram condições para entrar no
reino de Deus. Não era uma opção para ser mais consagrado, para crescer na fé,
ou para se tornar pastor. O arrependimento, com tudo o que ele significa e
produz, está na PORTA DE ENTRADA e não no caminho. Muitos estão pregando um
evangelho “fofinho” (creia e mais nada), e depois querem estreitar o caminho.
Mas quem vai querer perder a vida se na entrada já lhe prometeram salvação e
vida eterna sem condição nenhuma? Esta pregação tem enchido a igreja de
religiosos que não estão submissos a autoridade de Jesus. Devemos mudar esta
situação, e o principal para isto é entender que:
A
SUBMISSÃO TOTAL A AUTORIDADE DE JESUS NÃO É UMA OPÇÃO PARA O SALVO, MAS UMA
CONDIÇÃO PARA SER SALVO.
Em face desta verdade
podemos observar que hoje há no mundo três tipos de homem. O primeiro não quer
saber de Deus. O segundo está muito interessado em Deus. O terceiro vive para
Deus. São eles:O incrédulo: Não quer dizer necessariamente ateu. É alguém que
não tem interesse em Deu. Qual é o seu problema? É que governa a sua vida.
Controla todas as áreas de sua vida conforme a sua vontade e para seu próprio
prazer. Tem o EU no centro de sua vida. Ele vive para si mesmo.
O religioso: É muito
diferente do incrédulo. Acredita em Deus, lê a Bíblia, ora, canta, vai a
reuniões, chama Jesus de Senhor, etc. Mas qual o seu problema? O mesmo do
incrédulo. Tem o EU no centro. Vive para si mesmo. E Deus? Deus existe para
abençoá-lo, curá-lo, servi-lo e salvá-lo. É um quebra-galho. Este está pior que
o incrédulo porque está se enganando.
O DISCÍPULO: Não vive mais
para si mesmo. Vive para Deus. Toda sua vida está estruturada em função da
vontade de Deus. Jesus é o SEU SENHOR. Este experimentou um verdadeiro
arrependimento. Que diferença entre um discípulo e um religioso! Que amor! Que
prontidão! Que docilidade! Como cresce e frutifica! Graças a Deus pela
revelação do seu reino!
Você deve ler com atenção os
textos abaixo para ter mais esclarecimento e capacitação para ensinar a outros:
Mt 5.20; 6.25-34; 7.13; 7.21-23; 8.18-22; 9.9; 10.37-39; 11.28-30; 13.44,45;
16.24,25; 19.29; Lc 9.23-26; 9.57-62; 12.29-34; 14.25-33; 18.18-30; Jo
12.24-26; At 3.19; 17.30.
O
BATISMO
Este é outro passo que está
associado à porta do reino. Não é um passo do caminho. Não é para depois de
algum tempo de vida cristã. Está na PORTA. Quando falamos sobre arrependimento
necessitamos esclarecer a diferença entre o que a Bíblia ensina e alguns
conceitos errados que a igreja tem abraçado. Agora, ao falar sobre o batismo,
também necessitamos este esclarecimento, porque este assunto do batismo, também
está carregado de conceitos humanos que retiraram do batismo a sua tremenda
importância e o rebaixaram a um plano inferior, afirmando que não passa de um
mero “símbolo” de nossa morte com Cristo, ou, pior ainda, um simples testemunho
público de nossa fé.
Mas o batismo é mais do que
isto? Afirmamos que sim. O batismo está revestido de sentido e de realidade
espiritual. Isto é o que nos afirma Jesus e os apóstolos. Vejamos passo a passo
o que as escrituras nos ensinam:
A FÉ
E O ARREPENDIMENTO
A fé e o arrependimento são
condições indispensáveis para o batismo (Mc 16.16; At 2.38). Por isso não
devemos batizar crianças. Se alguém pergunta como o ladrão da cruz foi salvo sem
ser batizado, a resposta é que Deus pode abrir exceções, mas nós não temos essa
autoridade. Se você encontra algum irmão que crê ou pratica de uma forma
diferente sobre o batismo, você deve recebê-lo como irmão. O que ele faz, o faz
porque crê assim. Ele age conforme a sua consciência. É uma questão de fé e não
uma questão de vivência ou de pecado. Devemos portanto recebê-lo como irmão. Ninguém
pode se batizar “de novo”. Se alguém crê que o seu batismo não foi válido
(porque era uma criança ou porque não havia verdadeiramente se convertido),
então não foi batizado, foi molhado. Deve portanto se batizar.Se alguém diz:
“Mas eu conheço casos de pessoas que não foram batizadas e vivem em santidade”.
Ou então diz: “Mas Lutero era homem de Deus e cria no seu batismo infantil”.
Nossa resposta deve ser que não podemos nos dirigir pela experiência dos homens,
mas pela palavra de Deus.
A
PALAVRA DE JESUS
(Mt 28.18-20; Mc 16.16)
No texto de Mateus, Jesus
colocou o batismo no início da vida com Ele. Primeiro batizar e depois ensinar
a guardar as coisas que Ele ordenou. Não diz que é para primeiro ensinar e
depois batizar.
O texto de Marcos é mais
forte, e muito claro: “Quem crer e for batizado será salvo”. A igreja vive como
se Jesus tivesse falado: “Quem crer e for salvo, deve ser batizado”. Que
autoridade temos para trocar as palavras do Senhor? Porque a maior parte da
igreja crê que o batismo não é importante para a salvação? Se o batismo fosse
apenas o que a igreja tem ensinado, Jesus nunca diria o que disse. Será que Ele
estava entusiasmado e exagerou um pouco? Sabemos que não. Portanto, vamos
devolver-lhe a autoridade. Vejamos como os apóstolos interpretaram o ensino de
Jesus sobre o batismo.
TEMOS O PERDÃO DOS PECADOS
(At
2.38).
Somos lavados e purificados
(At 22.16). Aqui caberia a pergunta: Mas o que nos purifica do pecado é o
batismo ou é o sangue de Cristo? Certamente que é o sangue de Jesus. Mas
quando? Quando somos unidos a Ele pelo batismo.
SOMOS
SALVOS
(Mc 16.16; 1Pe 3.21).
Somos introduzidos no corpo
de Cristo que é a igreja (1Co 12.13). Quando estávamos no mundo éramos
independentes de Deus e independentes dos homens (ninguém tem o direito de se
meter na vida de ninguém). Agora, não nos tornamos apenas dependentes de Deus,
mas também da sua igreja (submissão de uns aos outros).
É
CHEGADO O REINO DE DEUS
Jesus nos deu a incumbência
de fazer discípulos. Em vista disso, uma pergunta que surge freqüentemente é: o
que devemos falar para fazer discípulos? Para responder a esta pergunta,
devemos primeiro ler At 2:22-39. Aqui nós observamos a primeira investida da
Igreja, quando ela começa a obedecer o mandamento de Jesus. Qual o conteúdo da
mensagem de Pedro? Esta pregação se divide em duas partes:
a) Pedro fala sobre Jesus,
sua vida e sua obra.
v22- Fala dos milagres
prodígios e sinais (obra tremenda e grandiosa)
v23- Fala da sua morte na
cruz (mostrando que o Pai o entregou)
v24-32- Fala da sua
ressurreição usando duas provas: as promessas feitas a Davi (v24-32) e o
testemunho deles mesmos, que viram a Jesus ressuscitado(v32)
v33-35- Fala da exaltação de
Jesus.
v36- Proclama que Jesus é
Senhor e Cristo.
Esta proclamação sobre
Jesus, sua vida, morte, ressurreição, exaltação e senhorio é que vai produzir
fé no coração daquele que ouve. Ninguém pode experimentar o novo nascimento se
não for pela fé no Senhor ressuscitado (Rm.8:9). Isto não pode ser feito de
maneira formal ou acadêmica, mas deve ser dada com simplicidade, alegria,
autoridade e unção do Espírito Santo. Aquele que proclama deve estar cheio de
fé, para produzir fé naquele que ouve.
b) Pedro fala a eles o que
devem experimentar de entrada no Reino de Deus.
Quando os que ouviram Pedro
deram crédito a sua palavra e temeram (v37), então Pedro lhes deu a segunda
parte da mensagem (v38). Na primeira parte ( v22-36) ele falou do que Jesus
fez. Agora ele vai falar do que Jesus quer que nós façamos. "Pedro então lhes respondeu:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para
remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo."
At2:38. Aqui há um indicação clara. São
três realidades distintas que devem ser experimentadas logo no início de nossa
vida com Cristo.
• As duas primeiras são
condições para entrarmos no Reino de Deus.
• A terceira é uma promessa
de Deus aqueles que preenchem as condições.
Podemos dizer que esta é a
Porta do Reino. A fé na proclamação de Jesus não é a própria entrada no reino.
A fé é a base, aquilo que vai me dar poder para entrar, vai me dar poder para
ser um filho de Deus (Jo1:12). A fé não é a porta do reino, ela é o que dá
poder para entrar. A porta de entrada do Reino de Deus constitui em:
• Arrepender-se
• Ser batizado em nome do Senhor Jesus Cristo e
• Receber o dom do Espírito Santo
Vimos então que Pedro falou
de duas coisas: Falou de Jesus e da Porta do Reino. Isto é o que devemos falar
para fazer discípulos. Falar da obra de
Jesus na esperança de que os homens creiam sem colocar as condições para ser um
discípulo, produz uma fé que não tem como se expressar e logo se torna uma fé
morta. Este tem sido um dos principais erros da Igreja neste século. Por outro lado, falar das demandas
(exigências) do reino, sem comunicar a graça Salvadora de Jesus Cristo produz
uma religiosidade legalista e sem poder. Do mesmo modo que estar arrependido e
batizado sem receber o Espírito Santo implica numa vida infrutífera no
desempenho do seu serviço. É necessário comunicar a Verdade sobre o Senhor
Jesus, Os mandamentos e a Promessa do v38. A verdade produz fé para a
obediência, os mandamentos direcionam essa obediência e a promessa capacita
para o testemunho. Vamos ler o seguinte texto escrito por Paulo, o apóstolo, na
carta aos gálatas: Gl 1:6-9 "Estou
admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na
graça de Cristo, para outro evangelho, o qual não é outro; senão que há alguns
que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós
mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos
pregamos, seja anátema. Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se
alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja
anátema". Afinal de contas, existe outro evangelho? Parece que sim. Desde
o início da Igreja começaram a ser pregados outros evangelhos, que Jesus não
pregou nem os apóstolos pregaram (distorções). E hoje em dia isto não é
diferente. É só olharmos para a igreja de hoje, muitos homens, muitas
doutrinas, muitas palavras etc. Antigamente, usava-se muito a palavra crente
referindo-se aos cristãos, e era sinônimo de seriedade, honestidade e
integridade. Hoje, o nome mais comum é evangélico, entretanto, não carrega
sobre si o testemunho de outrora, existe até a terrível expressão de
"evangélico praticante" nas bocas das pessoas.
• Em Mt 28:18-20, depois que Jesus fez toda a sua obra,
vivendo, morrendo e ressuscitando, Ele parece que conclui tudo isto no final do
evangelho dando a grande comissão aos discípulos.
• O livro de ATOS dos apóstolos nos mostra o cumprimento da
ordem dada por Jesus. As cartas escritas no novo testamento são lembranças e
exortações para esclarecer o ensino de Jesus às Igrejas.
• O que Jesus pregou ? O que os apóstolos pregaram ?
Jesus não disse: "Ide,
fazei reuniões, construções, escolas, discipulado, ...". Ele disse:
"Fazei discípulos!".
• O que é um discípulo para Jesus?
• Qual a mensagem que produz discípulos?
Antes de responder a estas
perguntas, é importante dizer que a palavra discípulo é aluno,
estudante,seguidor e a mesma coisa que santo, crente, cristão, convertido, salvo,
entre outras. Entretanto, a palavra crente, por exemplo, aparece 16 vezes no
N.T., enquanto que a palavra discípulo aparece 260 vezes.
A parábola do semeador, Mt
13:13:3-9;19-23
• Quando observamos a parábola
do semeador, verificamos que existem 4 tipos de solo, mas quantas sementes? -
Somente 1 (uma) semente foi semeada.
• Quem é o semeador? – Jesus
Qual é a semente? - A palavra do Reino
• Quem semeia pensa na
colheita. Jesus, pensando na colheita que agradaria ao coração do Pai, semeia
uma semente específica
• A Igreja do N.T. é a
colheita da semeadura dos apóstolos. Compare a Igreja do 1º . século com a
Igreja de hoje. Existe alguma diferença? Por que a colheita está diferente da
Igreja primitiva? - Por causa da semente.
Jesus semeava a palavra do
Reino : Mt 4:23 "E percorria Jesus
toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e
curando todas as doenças e enfermidades entre o povo". Mt 9:35 "E percorria Jesus todas as
cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e
curando toda sorte de doenças e enfermidades". Mt 24:14 "E este
evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim". Lc 4:43 "Ele, porém, lhes disse: É
necessário que também às outras cidades eu anuncie o evangelho do reino de
Deus; porque para isso é que fui enviado". Lc 8:1 "Logo depois disso,
andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando
o evangelho do reino de Deus; e iam com ele os doze" Lc 16:16 "A lei
e os profetas vigoraram até João; desde então é anunciado o evangelho do reino
de Deus, e todo homem forceja por entrar nele". At 8:12 "Mas, quando
creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus e do nome de Jesus,
batizavam-se homens e mulheres". At 19:8 "Paulo, entrando na
sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, discutindo e persuadindo
acerca do reino de Deus". At 20:25 "E eis agora, sei que nenhum de vós,
por entre os quais passei pregando o reino de Deus, jamais tornará a ver o meu
rosto". At 28:23 "Havendo-lhe eles marcado um dia, muitos foram ter
com ele à sua morada, aos quais desde a manhã até a noite explicava com bom
testemunho o reino de Deus e procurava persuadi-los acerca de Jesus, tanto pela
lei de Moisés como pelos profetas". At 28:30-31 "E morou dois anos
inteiros na casa que alugara, e recebia a todos os que o visitavam, pregando o
reino de Deus e ensinando as coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo, com
toda a liberdade, sem impedimento algum". Esta era a semente. Quando Jesus
inicia seu ministério ele diz: Mt 3:2 "Arrependei-vos, porque é chegado o
reino dos céus."
Por que o Evangelho do
Reino? Nós vivemos num planeta enfermo:
• Há uma doença pior que o
câncer, que a AIDS : O Pecado
• Há um remédio que Jesus
trouxe para o pecado : O Evangelho do Reino
O que é o Pecado ? Rm 5:12
"Portanto, assim como por um só homem ( Adão ) entrou o pecado no mundo, e
pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto
todos pecaram" Em Gênesis 3:1-17 vemos como esta doença entrou na raça
humana: "Ora, a serpente era o mais
astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse
à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,
mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis
dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a serpente à mulher: Certamente
não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos
olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Então, vendo a
mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore
desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido,
e ele também comeu. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que
estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si
aventais".
• O homem tinha comunhão
perfeita com Deus
• Relacionamento, alegria,
sem preocupações, abundância.
• O que o diabo ofereceu ?
- Entendimento
• Arriscaram tudo e
desobedeceram pela oportunidade de viver por conta própria.
• Eu vou ser o meu deus. à
Independência de Deus
Ao pecar o homem se tornou
independente e por isso inútil para o propósito de Deus.
* O pecado não é o que o
homem faz, É UMA ATITUDE INTERIOR, UM PRINCIPIO DE VIDA INTERIOR DE
INDEPENDÊNCIA DE DEUS.
( Eu sou dono do meu nariz,
ninguém manda na minha vida )
Há uma diferença entre
pecado e pecados:
O
PECADO
Atitude interior de amar a
sua independência.(Gostar de ser senhor de si mesmo) Os Pecados Atos cometidos por uma pessoa independente de
Deus (mentira, roubo, ira, adultério...)
A desobediência de Adão foi
um fruto de sua rebelião interior. A
Fábrica de pecados à Independência de Deus. Não é preciso fazer força para
pecar, é natural.
O
REMÉDIO PARA O PECADO
Jesus trouxe o remédio para
o pecado : O EVANGELHO DO REINO.
* O REINO que Jesus semeou é
o FIM DA INDEPENDÊNCIA! Deixo de ser o dono da minha vida e Cristo Reina. ARREPENDIMENTO è ; Deixo de ser independente
e passo a ser dependente de Deus
* O Homem está perdido
porque é rebelde, independente de Deus.
Conversão não é cortar
galhos (pecados/atos), mas a raiz (pecado/atitude). Abandonar a independência.
Mesmo que podemos os galhos, se não houver mudança de atitude eles voltam a
brotar. ( continua sendo rebelde )
O
SENHORIO DE JESUS CRISTO
Muitas das pregações dos
apóstolos falam da MORTE de Jesus. Mas
todas falam da RESSURREIÇÃO. Ela aponta, mostra que Jesus é o MESSIAS, o REI,
que veio para ser o Senhor e Dono. Rm 14:9.
At 2:38 - Arrepender (metanóia no original grego) significa mudança de
rumo, mudança de atitude interior. Deixo de ser independente. Passo a ser dependente
de Deus. Mensagem de Jesus para os apóstolos: SEGUE-ME! Mc 8:34,35; Lc 14:33
Arrepender não é abandonar alguns pecados. É morrer para a minha vontade para
fazer (e não para falar) a vontade do Pai. O Evangelho do Reino não foi
estabelecido para salvar o homem, mas para agradar a Deus e colocar Jesus como
Rei e Senhor.
Jesus
= Kyrios = Senhor ( Dono + Governante supremo + Máxima autoridade.
EVANGELHO
DO REINO A PORTA
A mensagem JESUS É O SENHOR
é muito pregada e cantada na igreja hoje, mas não tem muito significado, ou é
apenas um desejo, um alvo a ser atingido algum dia. Quando uma pessoa é salva,
ela entra para o reino de Deus e está debaixo do governo de Jesus Cristo. Ela é
salva da sua independência para ser dependente de Jesus. O senhorio de Jesus
não é uma opção para ser salvo, é uma condição.
Mt 16:24 "Então disse
Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo,
tome a sua cruz, e siga-me". Não podemos prometer a vida eterna para
alguém que não foi tocado no seu ego ( no seu eu ) e continua independente de
Jesus
O Jovem Rico: Mc 10:17-22
"Ora, ao sair para se pôr a caminho, correu para ele um homem, o qual se
ajoelhou diante dele e lhe perguntou: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar
a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? ninguém é bom, senão
um que é Deus. Sabes os mandamentos: Não matarás; não adulterarás; não
furtarás; não dirás falso testemunho; a ninguém defraudarás; honra a teu pai e
a tua mãe. Ele, porém, lhe replicou: Mestre, tudo isso tenho guardado desde a
minha juventude. E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Uma coisa te
falta; vai vende tudo quanto tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu;
e vem, segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste, porque possuía
muitos bens".
• Era rico, possuía muitos bens
• O Deus dele eram suas posses. Seu coração estava nelas.
• Recebeu uma ordem e não obedeceu. ( "'Vai vende
..." )
Zaqueu: Lc 19:1-10
"Tendo Jesus entrado em Jericó, ia atravessando a cidade. Havia ali um
homem chamado Zaqueu, o qual era chefe de publicanos e era rico. Este procurava
ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, porque era de pequena
estatura. E correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque havia
de passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e
disse-lhe: Zaqueu, desce depressa; porque importa que eu fique hoje em tua
casa. Desceu, pois, a toda a pressa, e o recebeu com alegria. Ao verem isso,
todos murmuravam, dizendo: Entrou para ser hóspede de um homem pecador. Zaqueu,
porém, levantando-se, disse ao Senhor: Eis aqui, Senhor, dou aos pobres metade
dos meus bens; e se em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo
quadruplicado. Disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, porquanto
também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o
que se havia perdido".
• Era rico, proeminente.
• Subiu numa árvore para ver.
• Jesus MANDA e ele obedece sem questionar nada. Recebeu Jesus
com alegria.
• Ele se despojou de seus bens sem que Jesus tocasse no
assunto.
• Entendeu o que era ter Jesus como Senhor. Deixou de ser
independente.
A renúncia é uma condição
para se converter. (Ex.: A porta é estreita - não existe a porta média). Nem Jesus nem os apóstolos usavam aquela
famosa frase : "Quem quer aceitar Jesus como seu salvador ?" e sim :
"Negue-se a si mesmo. Renuncie a tudo, inclusive a você" Eles
pregavam uma submissão incondicional a Jesus.Tomar o Jugo; Se alguém quer ser
agradado, mas não se está querendo agradar ao Rei, vai ler Mt 11:28 "vinde
a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei", sem ler o próximo versículo -29 : "tomais sobre vós o meu
jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração; e encontrareis
descanso para vossas almas". Confessar os Pecados 1Jo 1:9 "se
confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça", sem começar do versículo 7 : "se
andarmos na luz como Ele está na luz, temos comunhão uns com os outros e o
sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado". onde
andar na luz significa uma vida transparente diante de Deus e dos irmãos,
porque Deus estabeleceu a Igreja como meio para a cura e tratamento do caráter
do discípulo de Jesus.
Por que quando Jesus ia
transformar pedra em pão seria pecado (Lc 4:3), mas transformou água em vinho
(bebida alcoólica, mesmo: Jo 2:10) e não era pecado? - Pecado é não fazer o que
agrada a Deus. Até o bem pode ser pecado, se Deus não mandou fazer.
Evangelho do Reino X
Evangelho de Ofertas. Evangelho das Ofertas: Evangelho do Reino: A pregação de
todas as promessas e bênçãos de Deus sem as demandas (as exigências e
condições) do reino colocadas por Jesus, o 5º Evangelho segundo os santos
evangelhos, ou seja somente os textos sublinhados. Ex.:
Lc 12.32 ð promessa
Lc 12.33 ð demanda
Mt 11.28 ð promessa
Mt 11.29 ð demanda
Existem promessas, mas
também existem condições, exigências. Crer sem obedecer é ter uma fé morta,
inoperante: vinde a mim não tem valor sem tomai o meu jugo. Ex.:
Mt 4.23
Mt 9.35
Lc 14.33 (ver o jovem rico)
At 28.31
Mc 8.34-36
O homem e a felicidade do
homem é o centro da mensagem. O evangelho das ofertas impõe condições à Deus
para o servi-lo. Jesus, sua vontade,
sua autoridade e seu reino é o centro da mensagem. O homem deve buscar a Deus e
sua vontade. A felicidade é um subproduto (uma conseqüência) Rm 12.1-2. Deus
não é Senhor é um servo a serviço do homem. Deus
é Senhor e nós somos os servos.
Condição para ser salvo:
aceitar a Jesus Cristo como o seu Único e suficiente Salvador. Condição para sermos salvo: submeter ao
senhorio de Cristo. Hb. 5.9 ; At 2.38 ; Mt. 7.21-23. Conversão sem compromisso.
Conversão com as condições para
ser um discípulo. Lc. 14.26,27. Consagração (dedicação total da vida a Deus) é
um passo opcional e progressivo depois da conversão. Consagração é conversão,
conversão é consagração Lc 9.57-62. O Reino é no futuro, na 2º vinda de Cristo.
O Reino é presente e futuro. Cl 1.13. O
reino é no céu. O reino é o governo de
Deus em nossas vidas: Aqui e Agora Mt 6.10 Qual evangelho vivemos? Que semente
estamos plantando? Que o Espírito Santo nos dê graça e coragem para viver e
proclamar o evangelho que Jesus nos trouxe.
JESUS
SUA VIDA E SUA OBRA
1º. JESUS É UM SER ETERNO (Jo 1: 1-3)
Muitos pensam que Jesus é um ser que começou a sua vida
quando nasceu em Belém da Judéia. Mas isto não é verdade. Todos nós começamos
nossa vida quando somos gerados no ventre de nossa mãe. Antes não existíamos.
Mas não foi assim com Jesus. Ele existia muito antes de nascer em Belém. Não
como homem, mas como o Verbo de Deus. O Verbo não foi criado. Ele era Deus e
sempre existiu. Ele fez todas as coisas. Grandioso é Jesus. (Leia também
Cl.1:15-17 e Hb.1:1-3).
2º . TORNOU-SE HOMEM (Fp 2: 5-8 ; Jo 1 : 14)
Que tremenda é esta verdade! O Verbo Eterno, criador de
todas as coisas, se esvaziou de sua glória e assumiu a forma de homem. Imagine
um homem se transformando num verme! Isto ainda seria muito pouco para comparar
com o esvaziamento do Verbo, porque seria uma criatura assumindo a forma de
outra criatura inferior. Mas quando o Verbo se fez carne, foi algo muito mais
tremendo! Foi o próprio Criador assumindo a forma de uma de suas criaturas. A
humilhação de Jesus não começou na cruz, mas começou em Belém da Judéia.
Maravilhoso é Jesus (leia também I Jo.4:2-3; I Tm.3:16; Rm.8:3).
Nunca é demais salientar que nossa fé é no Deus-homem, Jesus
Cristo. Quando o Verbo se fez carne Ele
se esvaziou da glória de Deus (Jo. 17:5). Isto é, Ele se esvaziou dos Atributos
(qualificações e capacidades) de Deus, mas nunca deixou de ser a mesma Pessoa
do Verbo. Ele continuou sendo O Verbo, mas agora em carne humana esvaziado de
Sua glória, mas não totalmente. Ele mantinha em sua humanidade toda glória possível
da verdade da graça de Deus (Jo. 1:14). Isto é um mistério (I Tm.3:16).
3º. SUA VIDA FOI PERFEITA E
IRREPREENSÍVEL (I Pe2:22)
Primeiro Jesus se esvaziou tornando-se homem. Depois, como
homem, continuou se esvaziando. De que forma? Não fazendo nunca a sua própria
vontade. O texto de Fp. 2:8 diz: “...se humilhou, sendo obediente até a
morte...” Qual foi o pecado de Adão? Fez a sua própria vontade. Agora, Jesus,
como último Adão (I Co.15:45), veio para fazer sempre a vontade do Pai (Jo.4:34
e 8:29). Por isso a escritura diz que Ele não cometeu pecado. Porque Ele nunca
fez a sua própria vontade. O diabo tentou a Jesus desde o princípio para que
Ele fizesse a sua própria vontade, mas Jesus permaneceu obediente ao Pai até a
morte e morte de cruz. Santo é Jesus. (Leia também Hb.4:15, 7:26; I Jo.3:5).
4º. SUA OBRA FOI TREMENDA E
GRANDIOSA ( At 10: 38)
Na vida de Jesus, não admiramos somente a sua santidade, mas
também o poder que se manifestou no seu ministério. Ele fez muitos milagres,
prodígios e sinais (At 2: 22). Ele curou enfermos, deu vista aos cegos,
ressuscitou mortos, andou sobre as águas, multiplicou alimentos, pregou às
multidões, fez discípulos e ensinou-lhes como agradar ao Pai. Com que poder Ele
fez isto? Ele não fez nada como Deus. Ele havia se esvaziado da forma de Deus e
vivia como homem. Portanto, Ele necessitava do poder do Espírito Santo para
fazer a obra de Deus. Por isso o Pai se alegrou tanto no seu batismo, porque
ali Ele veio também para receber a unção do Espírito Santo (Mt 3: 13-17). Era
novamente um esvaziamento de Jesus, assumindo a limitação como homem e a sua
necessidade do Espírito Santo para cumprir o seu ministério. Tremendo é Jesus.
(Leia também Jo 20: 30,31).
5º. MORREU PELOS NOSSOS
PECADOS(IICo5:21;Is53:5-6)
Todas as pessoas falam e até
os incrédulos sabem que Jesus morreu pelos nossos pecados. Mas não temos
revelação espiritual enquanto não sabemos porque foi necessária esta morte. Por
que Deus exigiu a vida de seu único Filho?
Para conhecermos o amor de
Deus, é necessário conhecer também sua santidade e justiça. Deus é
perfeitamente justo. Não pode suportar nem mesmo aquilo que para os homens
seria um “pequeno erro”. Sua santidade se ofende com qualquer forma de pecado e
sua justiça exige um castigo e punição (Rm 1:18). Assim é Deus.
Se a exigência é assim tão
grande, e se só um homem totalmente perfeito pode agradar a Deus, então quem
poderá agradá-lo? Será que existe alguém que preenche as condições? A resposta
clara da escritura é não. “... Não há justo, nem sequer um...”(Rm 3:10); “pois
todos pecaram e carecem da glória de Deus”(Rm 3:23). E qual a consequência
disto? “... o salário do pecado é a morte...”(Rm 6:23). Esta é a morte eterna,
o castigo eterno. Quem está sujeito a este castigo? Toda a raça humana.
Quando o Espírito de Deus
nos convence do pecado, da justiça e do juízo, então entendemos como estamos
mal diante de Deus e como é grande a nossa dívida para com Ele. Conhecemos a
nossa culpa e perdemos a paz. Só então começamos a compreender porque Jesus
morreu. Ele morreu para satisfazer a justiça e a sua ira. Por isso Isaías
disse: “... ao Senhor agradou moê-lo...”(Is 53:10).
Se nós somos culpados diante
de Deus como podemos ter paz com Ele? Temos paz quando estendemos que Jesus
pagou o nosso castigo: “... o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele” (Is
53:6). Jesus pagou a nossa dívida, Aleluia! Por isso, agora podemos ter paz com
Deus (Rm r:1). Vejamos abaixo um quadro completo do significado amplo da morte
de Jesus.
1º Consequência do Pecado: O homem ofendeu a santidade de Deus e
provocou a sua ir (Rm 1:18). Por causa
disto o homem está condenado ao castigo eterno
(Rm 6:23). Também o homem se tornou escravo de Satanás e do pecado (Ef
6:23). E mais ainda, o homem perdeu a comunhão com Deus. Não pode mais se
relacionar com Ele (Is 59:2).
2º A Morte de Jesus é a
solução para cada um destes problemas: A morte de Jesus foi Propiciatória (Rm
3:25; Hb 2:17; I Jo 2:2; 4: 10). A propiciação quer dizer que a morte de Jesus
na cruz foi para satisfazer a justiça de Deus. Não que dizer que a sua ira foi
eliminada, mas que foi satisfeita.
A morte de Jesus foi um
sacrifício (Ef 3:24; Ef 1:7). Isto que dizer que a sua morte foi Substitutiva
(I Pe 2: 24; 3:18). Foi uma troca, o justo castigado no lugar dos injustos. Significa
que o nosso castigo já foi pago.
A morte de Jesus foi
Redentora (Rm 3:24; Ef 1:7). Isto
significa que Ele nos Resgatou (Gl 3:13). Ele que não era escravo de Satanás,
foi até o “mercado de escravos” e nos livrou (Hb 2:14,15), nos comprou pagando
o preço de resgate. E que preço foi este? O seu precioso sangue (At 20:28; Ap
5:9).
A morte de Jesus foi
Reconciliadora (II Co 5: 18-21; Cl 1: 21,22). Reconciliar que dizer fazer a
paz. Isto quer dizer que, afastadas barreiras, o homem pode novamente restabelecer
relações com Deus. Como já houve propiciação, sacrifico e redenção, agora Deus
reaproxima o homem d’Ele e faz com que o homem goze novamente de sua amizade e
amor. Amado é Jesus.
6º. JESUS RESSUSCITOU (At 2: 24)
Se a morte de Jesus está
coberta de sentido e de glória, quanto mais a sua ressurreição! As escrituras
nos mostram vários aspectos da ressurreição de Jesus e seu amplo significado.
Vamos ver os principais.
1º A Ressurreição de Jesus é a Sua vitória sobre
a morte (I Co 15: 54-57).
O que é a morte? A morte não
é deixar de existir. A morte física ocorre quando o espírito e a alma deixam o
corpo. Quando se quebra a unidade entre o espírito, a alma e o corpo, então
aconteceu a morte física.Para vencer a morte, Jesus necessitava de uma ressurreição
física, a ressurreição do corpo. Um corpo com carne e ossos, e não um espírito
(Lc 24: 41-43). Este corpo ainda tinha até as marcas da cruz (Jo 20: 20,
24-27). Entretanto era um corpo transformado. Não estava preso ao espaço nem ao
tempo. Podia aparecer e desaparecer (Lc 24: 31; Jo 20: 19,26).Com a
ressurreição física, Jesus passou novamente a ter unidade entre seu espírito,
alma e corpo. Desta maneira Ele venceu a morte ( I Co 15: 54).
2º A Ressurreição é que
Produz a Fé no Senhor (Rm 10:9)
A fé dos discípulos “entrou
em parafuso” depois da morte de Jesus (Jo 20: 19, 25; Lc 24: 21,22). Esta fé
foi restabelecida quando Jesus ressurreto apareceu aos discípulos (Jo 20: 8,
20). Sem a ressurreição física quem creria no crucificado? Mas pela sua ressurreição
Ele foi comprovado como Filho de Deus (Rm 1: 4; At 13: 33) e como Juiz
universal (At 17: 31).
3º A Ressurreição de Cristo
é o Fundamento de nossa união com Ele.
A nossa fé em Jesus não é um
simples pensamento da nossa mente, nem é uma mera aceitação mental das coisas
que ouvimos sobre Ele. Nossa fé n’Ele é poderosa porque nos une a Ele. Toda
nossa vida é “Em Cristo”( Paulo usa essa expressão 164 vezes). O pecador só
pode ser abençoado pela obra de Cristo quando é Unido a Ele. Entretanto, nós
somos homens , e a igreja, apesar de ser um organismo celestial, é um organismo
humano, era necessário ser homem para sempre. Por isso necessitava de um corpo
humano . Sem a ressurreição do corpo, Cristo teria deixado de ser humano. Pela
ressurreição física o senhor se tornou homem eternamente, com um corpo
transfigurado e glorificado. Ele é agora o “homem do céu”(I Co 15: 47), é o
filho do homem que está no meio dos candeeiros (Ap 1: 13), é o Cabeça de uma
nova raça (Ef 1: 22,23). Aleluia!
A ressurreição de Cristo é,
portanto, aquilo que faz a grande diferença entre a fé cristã e uma religião de
homens. Homens como Buda, Maomé, Alan Kardek e outros, que fundaram suas
religiões. Mas onde eles estão hoje? Estão mortos. Isto prova que eles não
venceram o salário do pecado. Os seguidores destes homens não tem nada mais do
que um livro de regras e doutrinas. Eles estão sós. Se este livro não salvou
seus escritores, muito menos salvará seus seguidores. Mas nós não temos uma
religião, um livro de doutrinas morto e sem poder. Temos uma pessoa viva em nós
e nós n’Ele. Esta é a esperança da glória (Cl 1: 27).
4º A ressurreição de Jesus é
a Base de nossa ressurreição
A ressurreição do corpo
somente é possível pela ressurreição do Senhor Jesus. Pela sua ressurreição Ele
glorificou e transfigurou a humanidade n’Ele. Ele é as primícias ( I Co 15:
20,23; Cl 1: 18). Sua vitória sobre a morte garante a nossa própria ressurreição (Rm 8: 11; I Ts 4: 14).
Seu corpo de glória é o padrão de nossos futuros corpos (Fp 3: 20,21; I Co 15:
48, 49. Glorioso é Jesus.
7º. JESUS FOI EXALTADO (At 2: 36; Fp 2: 9-11)
Que verdade gloriosa! Como
gostamos de ler, falar, repetir e até cantar esta palavra! “Todo joelho se
dobrará, toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor”.
Os homens do tempo de Jesus,
inclusive os sacerdotes judeus, julgaram a Jesus como um criminoso, e o
desprezaram. Mas Deus tinha um julgamento totalmente oposto ao dos homens. Que
dia tremendo foi aquele quando Pedro se levantou e falou: Esteja absolutamente
certa, pois, toda casa de Israel de que a este Jesus que vós crucificastes,
Deus o fez Senhor e Cristo”.
Há, entretanto, uma verdade
que deve ser lembrada e bem aclarada: Antes de vir a este mundo o verbo tinha
toda a glória de Deus (Jo 17: 5). Mas era o Verbo de Deus; era Deus; não era um
homem. Agora, o Verbo encarnado em Jesus, depois do sofrimento da cruz e da
ressurreição física, é recebido nos céus como homem. Como homem Ele é exaltado.
como homem Ele se assenta a direita de Deus Pai e recebe um nome acima de todo nome.
Aleluia! Há um homem sentado no trono do universo: Jesus, o filho do homem, o
cabeça de uma raça redimida. Ele é a imagem do Deus invisível. Cl.1:15-16 e II
Tm.6:14-16.
No entanto, nunca esqueçamos do mistério (I Tm
3: 16). Jesus é nosso Deus-homem. Ao ser exaltado Ele recebeu de volta toda
glória como Deus (Jo 17:5). Ele tem toda divindade (Cl 2:9). Ele tinha
reafirmado que só Deus podia ser adorado e cultuado (Mt 4: 10), entretanto Ele
aceitou essa adoração (Mt 14: 33; 15: 9; Jo 20: 28 - ver ainda Hb1: 6 e Ap 5:
8-14). Ele é onipresente (Está em todo lugar - Mt 18: 20 e 28: 20), é
onisciente (Sabe todas a coisas - Jo 21: 17; Cl 2: 2-3) e onipotente (Tem todo
poder - Ap 1: 8). ele é Deus (Tt 2:13; Rm 9:5; cl 2: 2 e I Jo 5: 20).
Que coisas incompreensíveis
acontecem neste grandioso mundo desconhecido que chamamos céu! Nossa mente não
pode imaginar que coisas tremendas acontecem do outro lado do véu. Mas basta
que a igreja compreenda uma coisa: tudo que se opera ali, é feito pela
autoridade de seu Senhor e nada se faz sem a sua iniciativa. Majestoso é Jesus.
(At;2: 33-36).
A
DIVINDADE DE JESUS CRISTO
Como as profecias do Velho
Testamento e o ensino do Novo Testamento demonstram que o Messias judaico é o
próprio Deus. Se existe uma doutrina de grande importância no cristianismo,
essa é a doutrina da natureza de Cristo - Sua divindade e humanidade. É somente nesta axiomática doutrina que está
edificada a fé cristã. As Escrituras cristãs, compostas por 66 livros do Velho
e NovoTestamentos, enfatizam a necessidade de um Redentor para os homens que
estão em pecado. Todos eles estão
mortos, perdidos e sob a ira de Deus, à espera do julgamento final pelos seus
pecados, a não ser que o Salvador os resgate. Esse Salvador não é apenas um bom
mestre, um homem sábio, como alguns supõem. O Redentor da Bíblia cristã é o
próprio Deus, que toma na carne a forma humana e morre pelos pecados do Seu
povo. Ele é o único homem-Deus, uma Pessoa com duas naturezas não misturadas,
mas unidas. Não existe religião alguma com a Divindade de um Redentor e a
complexidade das duas naturezas do Messias. Sim, existiram muitas religiões de
mistério na antiguidade, as quais, de um modo ou de outro, enfatizaram uma
divindade ou um semideus, vindo para salvar os homens, ou ajudá-los de várias
maneiras. Porém nenhuma delas enfatizou a divindade suprema de um Deus
Todo-Poderoso, o qual tomou a forma humana, para salvar do horror de Sua
própria ira alguns que estavam mortos em ofensas e pecados. Neste ponto, Jesus
Cristo permanece exclusivo. Maomé, Krishna, Buda e outras figuras religiosas
jamais fizeram as afirmações que Cristo fez. Eles jamais afirmaram ser Deus.
Jesus Cristo foi o único homem que afirmou ser Deus e manteve essa afirmação,
sempre e sempre. Neste estudo veremos que os escritores bíblicos afirmaram
constantemente que o seu Salvador era Deus em carne. Maomé, Krishna, Buda e
outras figuras religiosas, mantiveram todos a afirmação de serem mais
iluminados do que os outros, ou divinamente tocados, mas nunca que eram Deus.
Como poderiam fazê-lo? Como poderiam eles comprovar suas afirmações? Porventura
eles podiam ressuscitar os mortos? Podiam transformar água em vinho? Podiam
andar sobre o mar? Não! Somente Jesus Cristo e unicamente Cristo, afirmou ser
Deus. O inegável testemunho bíblico é o
fato histórico de que Jesus Cristo, é o único Redentor dos homens, e somente
Ele fez essa afirmação e o registro bíblico torna isso constantemente
conhecido. Começo usando algumas profecias do Velho Testamento, a fim de provar
que o Messias vindouro era Divino. Ele não era especial de alguma maneira
abstrata, mas o próprio Deus. O servo sofredor de Isaías 53 não é apenas um
homem que morre na cruz. Esta seria uma morte sem significação alguma, pois
muitos outros homens já haviam morrido crucificados, muito antes de Jesus
Cristo vir à Terra. Em vez disso, as profecias do Velho Testamento confirmam
enfaticamente e provam a divindade do Messias como Deus. E é importante
salientar que o finito não pode conter o infinito. Seres humanos não
compartilham dos atributos incomunicáveis de Deus, em hipótese alguma. Seres
humanos não podem ser infinitos, eternos, imutáveis, etc. Eles são criaturas
limitadas e não podem se tornar Deus, nem tomar os Seus atributos. Com o
Messias, isso também é verdade. Contudo, Deus pode adicionar-se à natureza
humana, sem misturar Sua divindade com a humanidade. Essa ligação é feita sem a
mistura das duas naturezas. A natureza humana continua a ser humana e a
natureza divina, sempre divina, embora numa só pessoa. O Filho de Deus possui
duas naturezas. É uma Pessoa com duas naturezas. A completa união desta
natureza é um mistério, mas essencial e necessário, conforme a Bíblia ensina.
As Escrituras atestam este fato numa variedade de exemplos. Menciono aqui que
Deus não pode compartilhar Sua divindade na natureza da humanidade do homem.
Isto é importante, quando se consideram os versos referentes ao unigênito Filho
do Pai e provas idênticas. Deus não pode criar outro Deus, nem um homem pode se
tornar Deus. Dizer isso é deixar de pensar, penetrando no reino da fantasia.
Não estamos falando de Zeus ou Hermes, figuras fantásticas criadas, os quais
são homens com extraordinários poderes (como os nossos super-heróis de hoje).
Em vez disso, estamos falando de um ser. Deus não pode compartilhar o Seu Ser
com criatura alguma. Ele só pode compartilhar o Seu Ser dentro de Si mesmo.
Veremos, então, que Jesus Cristo é Deus e que o Filho de Deus é outro oficio,
manifestação ou ministério na economia Divina, agora tendo uma natureza humana.
O mesmo Deus Pai, Filho e Espírito Santo, sendo o Único Deus. Contudo, Deus tomou a natureza humana,
como o homem Jesus Cristo. Aqui, Jesus continua dizendo que é Deus, Aquele que
é o único e todo-poderoso. A Bíblia comprova que isto é verdade? Sim, ela o faz
e de forma poderosa.
No Velho Testamento existe
uma porção de Escrituras que testificam que o Messias judeu que haveria de vir
é Deus. Para os israelitas, o Messias profetizado seria o próprio Deus. Temos
aqui algumas das mais memoráveis Escrituras que foram registradas. A primeira é
Salmo 2:6-12, no qual acontece um diálogo entre Deus e o Seu Filho unigênito:
"Eu, porém, ungi o meu
Rei sobre o meu santo monte de Sião. Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse:
Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por
herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara
de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis,
sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor,
e alegrai-vos com tremor. Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no
caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles
que nele confiam."
Vemos aqui que o Senhor gera
o Seu Filho. Esta é a eterna geração do Filho pelo Pai. Então, o Filho deve ser
adorado, pois "beijar" significa "dobrar os joelhos
diante". Se o Filho não for adorado, Ele ficará zangado e levará os homens
a perecer em seus caminhos. O Filho fica irado, e o único meio de escapar é NELE
confiar para o livramento. Como poderiam o Filho e o Senhor ter essas
qualidades? A resposta é que o Senhor é o Filho, e o Filho é o Senhor, pois
nenhum mero homem seria profetizado dessa maneira. Somente Deus pode acender
Sua ira por causa da falta de adoração ao Seu Divino Ser.
O Salmo 110:1 também atesta
o diálogo entre Deus e Deus. Davi escreve: "Disse o SENHOR ao meu Senhor:
Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos
teus pés." Jesus usa isso lindamente contra os fariseus, quando indaga
como poderia o Messias ser o Senhor de Davi e o seu filho ao mesmo tempo? A
palavra aqui deve ser observada. A tradução literal diz: "Yahweh disse ao
meu Adonai." O termo "Yahweh" corresponde ao nome de Deus,
literalmente declarando "Eu Sou". Sempre que a designação Yahweh é
usada na Bíblia em todo o Velho Testamento, ela se refere ao "Grande Eu
Sou". O título "Adonai" é usado para designar a suprema posição
de Deus como "Senhor". Então, Yahweh está falando para Adonai. Vemos
aqui Deus falando para Deus. O escritor de Hebreus usa este Salmo diversas
vezes para designar o ofício do Messias como o Sumo Sacerdote da ordem de
Melquisedeque. Esta promessa, ou pacto, feito por Deus consigo mesmo o Messias.
Aqui, o Messias é, pelo pacto, destinado à função Messiânica, como o Sumo
Sacerdote de uma melhor aliança. Aqui, Deus fala com Deus. Vemos o eterno
conselho em ação; filho de Davi e, contudo, o Senhor de Davi.
Daniel 7:13 é também um
verso muito importante, onde encontramos o título "Filho do Homem",
não como um título de humanidade, mas de deidade: "Eu estava olhando nas
minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do
homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele." Duas
figuras são apresentadas nesta visão, uma do Ancião de Dias e uma do Filho do
Homem, que vinha nas nuvens do céu, ou a glória shekiná do céu. Quem quer que
seja o Filho do Homem, Ele é Divino. De fato, Ele é tão brilhante em Sua
glória, que brilha em Si mesmo como as nuvens do céu. Compactas nuvens de
glória de brilho divino ilustram ante o Ancião de Dias, quando o Filho do Homem
entra na Corte Divina e os livros do julgamento são abertos. Como veremos, a
designação favorita de Jesus a Si Mesmo é este título: Filho do Homem. Ele
certamente sabe que é o divino Filho do Homem, que compartilha a glória de
Deus. De fato, Ele resplandece com o brilho da glória de Deus.
Em Miquéias 5:2 encontramos
a profecia do local de nascimento do Messias. Mas ela não apenas marca o local
do nascimento da humanidade de Cristo, como também marca a dupla natureza de
que Aquele que vai nascer é eterno: "E tu, Belém Efrata, posto que pequena
entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas
saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Os dias
do Messias são de 'eternidade'. Ao Messias são atribuídos incomunicáveis
atributos divinos - como a eternidade ou a natureza do que é eterno. Somente
Deus é eterno e, contudo, vemos que o Messias é considerado Eterno.
Zacarias 13:7 também designa
o Messias com o título divino de Deus Todo-Poderoso. Quando Cristo estava no
jardim com Seus discípulos e foi preso, cumpriu-se a profecia de que o pastor
seria ferido e as ovelhas se dispersariam: "Ó espada, desperta-te contra o
meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos
Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha
mão sobre os pequenos." A chave aqui é "volverei a minha mão sobre os
pequenos". O Senhor está falando de Si mesmo. Ele é o pastor que vai
estender Sua mão sobre os pequenos [irmãos judeus] e os juntará para trazê-los
de volta. Ele é o Messias e também o Senhor.
Uma das profecias mais
específicas referindo-se ao Messias é Isaías 9:6. Vamos ler o bem conhecido
verso da natividade, referindo-se ao advento do Messias como um menino nascido
e, em seguida, a designação que Lhe é dada: "Porque um menino nos nasceu,
um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o
seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz." Aqui, o Messias é chamado de Maravilhoso! Por quê? Uma resposta pode
ser encontrada em Juízes 13, onde encontramos a narrativa do nascimento de
Sansão. Os pais de sansão, Manoá e sua mulher, encontram-se com o Anjo do
Senhor. Após longa conversa sobre o nascimento de Sansão, Manoá pergunta o nome
do anjo. A resposta se encontra em Juízes 13:18: "E o anjo do SENHOR lhe
disse: Por que perguntas assim pelo meu nome, visto que é maravilhoso?" O
nome do anjo é Maravilhoso! Em geral, os anjos têm nomes como Gabriel ou
Miguel. Contudo, esse anjo tem um nome maravilhoso demais para mencionar. Após
a partida do anjo, Manoá faz uma importante declaração, conforme Juízes 13:22:
"E disse Manoá à sua mulher: Certamente morreremos, porquanto temos visto
a Deus." O anjo do Senhor, cujo nome é Maravilhoso, é Deus. Isso nos
esclarece, quando consideramos Isaías 9:6. O Messias é Deus e o Seu Nome é
Maravilhoso. Contudo, a profecia de Isaías não pára aqui. O Messias não apenas
é chamado Maravilhoso, como Deus, mas também é chamado Deus Poderoso. Se essa
designação não for bastante explícita, a profecia também O chama de Pai da
Eternidade. O Messias não é apenas o Redentor terreno, mas o Deus Poderoso, Pai
da Eternidade. Pai da Eternidade é a designação que Cristo dá a Deus, nos
evangelhos. O Messias é chamado Deus nesse verso profético de Isaías, por três
vezes: uma vez, sutilmente, como Maravilhoso. Uma vez, explicitamente, como
Deus Poderoso e uma vez como o Pai da Eternidade. Portanto, o Messias é Deus!
Junto com Isaías 9:6, como
uma amada profecia referente ao advento, vem a profecia do Emanuel, de Isaías
7:14: "Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem
conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel." Mateus
interpreta o nome Emanuel corretamente, em Mateus 1:23, como sendo 'Deus
conosco'. A profecia referente à narrativa do nascimento de Cristo, conforme
designada e interpretada por Mateus, um meticuloso contabilista e coletor de
impostos, diz que Cristo é Deus. Sim, o Cristo nascido de uma virgem é Deus!
Outra profecia referente a
Cristo é Jeremias 23:5-6: "Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que
levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e
praticará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel
habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR
JUSTIÇA NOSSA. O descendente levantado a Davi será um Renovo justo. O Messias
virá da linhagem de Davi e será exaltado como Deus. Ele também será chamado
"O Senhor, Justiça Nossa." Essa designação é dada exclusiva e
literalmente a Deus, como "Yahweh Tsidkenu". O Messias não somente é
exaltado como Deus, mas também é chamado "O Senhor Justiça Nossa". O
Messias é Yahweh. O Messias é Deus!
A última profecia que
gostaríamos de examinar rapidamente é Malaquias 3:1: "EIS que eu envio o
meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu
templo o Senhor, a quem vós buscais; e o mensageiro da aliança, a quem vós
desejais, eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos." Vemos aqui que o
Messias é identificado como "O Senhor", o qual virá ao Seu templo.
Ele é o Mensageiro da Aliança e o Servo eleito em quem Deus se compraz. Mas Ele
é o próprio Deus. Marcos 1:2 confirma esse verso de Malaquias, quando atesta a
vinda de João Batista: "Como está escrito nos profetas: Eis que eu envio o
meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti." O
mensageiro vem e, em seguida, vem o Senhor. Lucas também diz isso, em Lucas
1:76: "E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de
ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos." Lucas registra que
João Batista será o profeta que preparará o caminho do Altíssimo, o Senhor que
virá ao Seu templo. O Messias é o Altíssimo Deus.
Estas profecias são apenas
uma seção de cruzamento entre aqueles que falam do Messias como sendo divino.
Mas cada um deles credita o Messias como Deus. O Messias, ou o Cristo, que virá
é o Senhor Deus do céu e da terra. As projeções das Escrituras do Velho
Testamento respaldam este assunto. Isso é inegável, visto como o Novo
Testamento confirma as projeções do Velho Testamento como o fato histórico na
vida de Jesus Cristo. O Novo Testamento não deixa qualquer dúvida sobre Cristo
ser o Messias ou que o Messias é Deus. Jesus falou isso de Si mesmo e os
apóstolos falaram sobre Jesus, mesmo depois que Ele subiu ao céu, e em todas as
cartas do Novo Testamento dirigidas às igrejas. Negar esse fato é reinterpretar
a mensagem da Bíblia, desprezando o próprio texto - algo que a maioria das
pessoas que odeia a Cristo faz. Examinar o texto e tratar honestamente com o
mesmo é ver a divindade de Jesus Cristo como o único verdadeiro Deus. João 1:1-3: "No princípio era o Verbo, e
o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se
fez." O Verbo aqui mencionado é Cristo. João utiliza uma efetiva
designação do Logos Eterno, a fim de que sua audiência gentia/romana ficasse
convencida de que o Verbo Eterno, o Eterno Logos, era Aquele que desceu do céu.
Esta seria, e de fato foi, uma ferramenta efetiva no ensino aos gentios
aristotelianos e platônicos sobre o Único Deus Verdadeiro. Vemos aqui que o
Verbo Eterno é o próprio Deus. O texto grego não permite uma tradução de
"um Deus", mas somente de "Deus". As Testemunhas de Jeová
assassinaram o texto grego aqui e também negaram a sua tradução nos versos
seguintes. Por exemplo, se o texto diz "um Deus", então essa tradução
deveria ser usada no restante do capítulo. A mesma construção usada no verso 1
é também usada mais 13 vezes no capítulo, referindo-se ao próprio Jeová. Ora,
se as Testemunhas de Jeová traduzem o verso 1 como "um deus", então
deveriam traduzir os demais 13 versos sobre Jeová com sendo Ele "um
deus". Contudo elas não o fazem porque isso iria prejudicar a sua falsa
ambição teológica. Elas simplesmente negam que Jesus Cristo é Deus, traduzindo
horrivelmente o verso 1 e depois traduzindo corretamente o restante da
passagem, visto como esta se refere a Jeová. Esta é uma interpretação satânica,
a fim de negar a divindade do Verbo. Em vez disso, o Verbo é Deus, vindo de
Deus e Criador de todas as coisas. Ele é o eterno Verbo de Deus, o exato Logos
do próprio Deus, o qual veio à Terra em forma de homem, a fim de salvar Seu
povo. Na mesma passagem de João 1, encontramos o verso 14 declarando: "E o
Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." Ora, João não apenas
afirma que o Verbo é Deus, mas explica que o Verbo mantém toda a glória do Pai,
pois é o unigênito Filho de Deus. O Verbo desceu do céu, habitou entre os
homens, e Sua glória, a glória somente de Deus, brilhou entre os homens, por
algum tempo. Sabemos disso, visto como esse Verbo eterno era a forma do próprio
Deus, conforme Filipenses 2:6-7 explica: "Que, sendo em forma de Deus, não
teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma
de servo, fazendo-se semelhante aos homens." Paulo está falando de Jesus
Cristo. O Messias é Deus, por isso Ele não achou que era usurpação ser igual a
Deus. Ser igual a Deus é ser Deus. Pensem sobre os atributos de Deus e na
incomunicável natureza dos Seus atributos. Somente Deus pode se igualar a Si
mesmo. Mas Deus tomou a forma de homem e foi feito à semelhança de homens, para
salvar os homens dos seus pecados. Paulo
não confunde as palavras sobre Deus manifestado em carne de homem, quando diz
em 1 Timóteo 3:16: "E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade:
Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos,
pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória." Quem foi
manifestado em carne? Foi Deus. Não foi um ser semelhante a Deus, mas o próprio
Deus. Deus tomou a forma de servo. Adotou em Si mesmo uma nova natureza, que
antes não havia adotado: uma natureza humana. Sabemos que Jesus Cristo é o
Salvador dos cristãos. Sabemos, por inúmeras passagens do Novo Testamento, que
os apóstolos acreditavam que "Em nenhum outro há salvação, porque também
debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos
ser salvos." (Atos 4:12). Isto é axiomático para os apóstolos - Jesus é o
Salvador. É o Seu sacrifício que salva os homens. Em Atos 20:28, vemos o
registro de Lucas sobre a obra de Cristo ser atribuída ao próprio Deus:
"Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos
constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com
seu próprio sangue." Esse "Ele" é o próprio Deus. Ele comprou a
igreja com Seu próprio sangue. Deus tem sangue? Sim, Ele tem sangue pela
natureza humana de Jesus Cristo. Ele morre e o seu sangue é considerado como o
sangue de Deus. Eles são sinônimos. Desse modo, os cristãos são remidos da
condenação eterna pelo sangue do próprio Deus. Lucas descreve a obra de Jesus
como aquela que é feita por Deus. Isso é verdade porque Jesus é Deus e todos os
Seus apóstolos o sabiam. De outro modo, teria sido blasfêmia honrar um simples
homem mortal por uma obra que somente Deus poderia fazer. No Livro de Hebreus
vemos o escritor citando muitas passagens do Velho Testamento, comprovando a
divindade do Messias como Deus. Em Hebreus 1:8-9, diz o escritor: "Mas, do
Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de
eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por
isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus
companheiros." Aqui, ele está citando o Salmo 45:7: "Tu amas a
justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de
alegria mais do que a teus companheiros." Vemos aqui Deus falando com
Deus. O Ungido tem um trono e este é o Trono de Deus. O escritor de Hebreus
está provando que Cristo é maior do que Moisés e maior do que os anjos, o que
teria sido um choque para os neoplatonistas, contra os quais ele está
escrevendo. Os platonistas acreditavam em um supremo, único e perfeito Ser.
Esse "Único" tem emanações que fluem do Seu ser perfeito para os
serem inferiores, isto é, Moisés, os anjos e até mesmo os mestres como Jesus.
Mas o autor de Hebreus prova que o Messias é o Único, o próprio Deus eterno,
superior a Moisés e a todos os anjos. Uma das últimas provas gerais do Novo
Testamento para a divindade de Cristo encontra-se em Lucas 22:48, em que Judas
trai o Filho do Homem. Lembrem-se que o título "Filho do Homem" é
usado 80 vezes por Cristo, somente nos evangelhos. Esta é a Sua autodesignação
favorita. "E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do
homem?" Os homens têm-se traído uns aos outros com resultados
catastróficos... Mas neste caso, Judas, um homem, trai o Filho do Homem. Nessa
colocação histórica, o maligno e rebelde servo do pecado trai o próprio Deus.
Judas cuspiu na face Daquele que Daniel descreve como vindo sobre as nuvens do
próprio céu. Isso leva a traição de Judas ao infinito grau de malignidade!
Teria sido melhor para Judas que ele não tivesse nascido, para depois trair o Filho
do Homem com um beijo. Ironicamente, o salmista havia dito que devemos beijar o
Filho para que Ele não se zangue e pereçamos no caminho. Judas beijou o Filho
de um modo perverso e por isso está no inferno, pagando esse pecado, agora e
por toda a eternidade.
Existem muitas passagens do
Novo Testamento que são interpretadas à luz do Velho Testamento como ações
realizadas por Deus, porém atribuídas a Cristo. Algumas dessas espero poder
explicar em seguida. Acho que elas são de muita ajuda para comprovar a Divindade
do Messias. A tentação contra o Senhor
pelos israelitas no deserto é registrada inúmeras vezes. Esse registro é tão
repetitivo que algumas vezes o leitor fica revoltado diante do aparente pecado
dos israelitas nessa narrativa. Será que o leitor conhece bem este assunto, ou
não? Vamos dar alguns exemplos: Números 14:22: "E que todos os homens que
viram a minha glória e os meus sinais, que fiz no Egito e no deserto, e me
tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz..." Em Números
21:5-6, lemos: "E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos
fizestes subir do Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão
nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão vil. Então o SENHOR mandou
entre o povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em
Israel." Os israelitas desafiaram Deus e as serpentes foram o meio de o
Senhor os castigar. No Novo Testamento, Paulo nos admoesta a não tentarmos a
Cristo. Em seguida, ele liga o evento a Cristo, em 1 Coríntios 10:9: "E
não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas
serpentes." Que não tentemos Cristo agora, a fim de não seguirmos os
israelitas que tentaram a Cristo. Sua frase é "como alguns deles também
tentaram", referindo-se aos patriarcas e aos israelitas, que tentaram
Deus. Para Paulo tentar Deus é como tentar Cristo, visto como ambos são
exatamente o mesmo Deus. Outra passagem
do Novo Testamento à luz das profecias do Velho Testamento encontra-se em
Hebreus 110-11: "E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus
são obra de tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como
roupa, envelhecerão..." Esta é uma descrição do Messias, Jesus Cristo. É
uma citação da obra de Deus citada no Salmo 102:26: "Eles perecerão, mas
tu permanecerás; todos eles se envelhecerão como um vestido; como roupa os
mudarás; e ficarão mudados." Aqui vemos novamente a obra de Deus
considerada como obra de Cristo, no Novo Testamento. Em João 12:40-41, diz a
Escritura: "Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, a fim de que
não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure.
Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele." Isso mesmo Isaías
disse, quando falou Dele e de Sua glória. João está citando Isaías 6:9-10. Essa
visão veio a Isaías no capítulo 6: "Então disse ele: Vai, e dize a este
povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.
Engorda o coração deste povo, e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos;
para que ele não veja com os seus olhos, e não ouça com os seus ouvidos, nem
entenda com o seu coração, nem se converta e seja sarado." Aquele que é
santo, santo, santo e se assenta no trono é Cristo, conforme João diz em sua
inspirada palavra. Esta é a significação da visão de Isaías. Os anjos aparecem
nessa visão dizendo: "Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a
terra está cheia da sua glória." (verso 3). Esse Deus Todo-Poderoso é
Jesus Cristo, conforme João 12:40-41. Em Isaías 45:23, lemos: "Por mim
mesmo tenho jurado, já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará
atrás; que diante de mim se dobrará todo o joelho, e por mim jurará toda a
língua." Isso é copiado pelo apóstolo Paulo, em Romanos 14:11:
"Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se
dobrará a mim, e toda a língua confessará a Deus." Esse ato do joelho se
dobrar será feito pelos homens diante do Senhor e esse Senhor é Jesus Cristo.
Paulo atribui o dobrar o joelho dos homens a Jesus Cristo, visto que,
"como eu vivo" e "a mim", estão falando da Redenção de Deus
em Cristo. Uma das clássicas ofertas do evangelho encontra-se em Mateus 11:28:
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei." Nesta graciosa ordem, Jesus diz que os homens devem ir a quem?
Ele diz: "a mim", isto é, ao próprio Jesus.
Em Isaías 45:22, Jesus toma
emprestadas as palavras do profeta: "Olhai para mim, e sereis salvos, vós,
todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro." 'Olhai para
mim' em ambas as passagens são frases paralelas. Jesus afirma sua chamada no
evangelho, como Deus afirma sua chamada em Isaías. Deus é a única fonte de
salvação – e Jesus é Deus! No texto supra citado, vemos Cristo creditar as
palavras de Deus a Si mesmo. Em Romanos 10:13, Paulo escreve a mesma coisa,
referindo-se à Redenção em Cristo: "Porque todo aquele que invocar o nome
do SENHOR será salvo." Em Joel 10:32, o profeta declara: "E há de ser
que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e
em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os
sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar." A Jesus é novamente dado o
mesmo e igual peso em Sua obra e palavras, que é dado a Deus. Somente Deus pode
ser glorificado dessa maneira, a fim de que o resultado não seja a blasfêmia.
Paulo assegura que as palavras em Joel são, do mesmo modo, as palavras de
Cristo. Aos olhos de Paulo, Cristo é Deus. Paulo também afirma isso em Efésios
4:8-9: "Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu
dons aos homens. Ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha
descido às partes mais baixas da terra?" Ele está citando o Salmo 68:18:
"Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens,
e até para os rebeldes, para que o SENHOR Deus habitasse entre eles." O
salmista está falando das obras de Deus; literalmente, "Yahweh
Elohim". Paulo, em seguida, toma essa designação e a interpreta como a
obra de Cristo em Sua ascensão ao céu. Na obra redentora de Cristo, Ele dá dons
aos homens e leva o cativeiro (os que morreram no pecado) cativo (agora livres
em Cristo). A obra de Deus é novamente atribuída a Cristo.
Por que será que todos esses
versos das profecias e idéias do Novo Testamento atribuem as obras de Deus a
Jesus Cristo? Para quem trata fielmente com o texto, logo claramente é visto
que Jesus Cristo é Deus. Ele realiza a mesma obra de Deus e faz a mesma chamada
feita por Deus à salvação, visto como somente Deus pode agir dessa maneira.
Como isso é possível? Vamos mostrar como isso é possível, na próxima seção, que
comprova que Jesus, em seus vários nomes, poder e atitudes, é Deus. Se Jesus
Cristo é Deus, então deveria haver amplas provas no Novo Testamente para
respaldar essa afirmação. Não existem apenas amplas provas, mas elas são tantas
que não é possível registrar todas elas aqui. Apanhei alguns versos
selecionados, que demonstram que Jesus Cristo é Deus, ao contrário da opinião
popular. O nome significa muito na Bíblia. A designação de um nome pode ser
essencial na identificação da pessoa, ou de um evento ou tempo especial. Por
exemplo, "Icabode" foi o nome dado a uma criança nascida no Velho
Testamento, quando Arca da Aliança foi capturada pelos filisteus, quando o sumo
sacerdote Eli morreu. Esse nome significa "Foi-se a glória".
Significativo? Certamente. Desse mesmo modo, o nome de Cristo vai mostrar o Seu
caráter e o Seu Ser. Em 1 João 5:20, Jesus é chamado o verdadeiro Deus e a vida
eterna: "E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento
para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em
seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." Isso
poderia ser mais explícito? Jesus é o verdadeiro Deus. Paulo afirma isso em
Romanos 9:5, onde ele chama Jesus Cristo de "Deus bendito
eternamente": "Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a
carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém." Jesus é o
Deus bendito eternamente." Em Tito 2:13, Paulo chama Jesus de "grande
Deus e nosso Salvador". Ele diz: "Aguardando a bem-aventurada
esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus
Cristo." Em João 20:28, Tomé faz a confissão: "E Tomé respondeu, e
disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!" Jesus não é somente Senhor; Ele também
é Deus! Em João 8:58-59, encontramos uma acirrada discussão entre os fariseus e
Jesus. Esse debate faz aumentar o ódio contra Cristo por parte dos judeus. Diz
o texto: "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão
existisse, eu sou. Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus
ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se
retirou." Por que eles lançaram mão de pedras para apedrejá-lo? Porque
sabiam exatamente o que Jesus estava dizendo. Jesus estava afirmando ser Aquele
que havia libertado os israelitas do Egito. Ele era o "Eu Sou", que
havia falado a Moisés, conforme Êxodo 4, na sarça ardente. Isso fica mais
forte, quando nos lembramos da discussão anterior com eles, em João 5:17-19, em
que Jesus faz algumas declarações que os judeus não puderam suportar: "E
Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. Por
isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava
o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a
Deus. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o
Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai;
porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente." Jesus faz o mesmo
que o Pai faz. Isso porque Ele é Deus e pode realizar as mesmas obras do Pai.
Ele está em pé de igualdade com o Pai e pode realizar as mesmas ações do Pai.
Se Ele não fosse Deus não poderia dizer isso. Os judeus entenderam perfeitamente
e por isso quiseram matá-lo. Em seguida, vem o incidente em que Jesus declarou
ostensivamente que Ele era o "Eu Sou", ou o próprio Yahweh. Deus é glorioso. Somente Ele é gloriosíssimo
e possui uma glória que somente Ele conhece. Isso é parte Dele. Ele não a
divide com os outros. Em João 17:5, Jesus diz: "E agora glorifica-me tu, ó
Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo
existisse." Jesus já possuía a glória divina, antes mesmo que o mundo
existisse. Essa glória só pôde ser atribuída a Cristo porque Ele é "Deus
bendito eternamente". Em João 1:1-3, Jesus é apresentado como possuindo o
atributo da eternidade: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com
Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas
foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Ele é o
verbo que estava com Deus desde o princípio. Isto significa que Ele é eterno.
Ele é também o Criador pode criar tudo do nada. Seu poder criador comprova a
Sua Onipotência. Ele tem os mesmo atributos de Deus porque é Deus.
Em Mateus 18:20, a
onipresença é atribuída a Jesus: "Porque, onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." Isso não significa que a
humanidade de Cristo esteja presente em toda parte, pois assim Ele não seria
realmente humano. Sua humanidade seria predominante em Sua Divindade. Ou então
Sua Divindade seria negada, caso fosse misturada à Sua humanidade. Nos dois
casos, atribuir uma mistura de Suas duas naturezas seria cair numa heresia nada
ortodoxa. Em vez disso, sua Divina Natureza como Deus está presente em toda
parte. Ele pode estar no meio do Seu povo, quando dois ou mais se reúnem em Seu
Nome. Como poderia Ele estar no meio de tantas igrejas em determinados dias, se
Ele não fosse Deus? Cristo não apenas é
onipresente, como outra designação teológica lhe é atribuída - imanência. Em
João 3:13, lemos: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o
Filho do homem, que está no céu." Este verso é muito rico. Jesus não é
simplesmente Aquele que veio do céu, mas, em Sua divindade, Ele permanece no
céu. A frase "que está no céu" demonstra a imanência do Ser Divino.
Não apenas o Filho Divino está andando na Terra, em Sua natureza humana, mas,
ao mesmo tempo, Ele continua enchendo o céu como o Deus imanente de todas as
eras. Visto como Jesus Cristo é Deus, Ele deve, necessariamente, ser
Todo-Poderoso. Tanto Apocalipse 1:8,18 como 11:17, mostram que a Jesus são
atribuídos atributos de onipotência:
"Eu sou o Alfa e o
Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o
Todo-Poderoso."
"E o que vivo e fui
morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da
morte e do inferno."
"Dizendo: Graças te
damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que
tomaste o teu grande poder, e reinaste."
Jesus tem as chaves da morte
e do inferno, o que significa ser Ele o Todo-Poderoso Senhor sobre a morte. O
único que pode ter esse poder é Deus. Deus é o Senhor Todo-Poderoso que
controla o inferno e a morte. Jesus pode se levantar sozinho de entre os
mortos, estando no comando dos que estão mortos e no inferno, como o Senhor
Todo-Poderoso.
Em João 5:17, Jesus é
apresentado como tendo os mesmo atributos do Pai: "E Jesus lhes respondeu:
Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." Ele trabalha do mesmo
modo que o Pai. Novamente, se Ele está realizando as obras do Pai e fazendo a
Si mesmo igual para realizar as mesmas obras do Pai, Ele deve ser Deus para
conseguir isso. Suas obras têm a mesma qualidade das obras do Pai. Os judeus
odiavam essas palavras porque sabiam que Ele estava se fazendo igual a Deus.
Por quê? Porque Jesus é Deus e eles simplesmente odiavam esse fato. Os
evangelhos também registram que Jesus é onisciente. O Filho de Deus comunicou à
natureza humana o conhecimento que a natureza divina possuía, em alguns casos.
Não completamente, mas em variadas porções. Isto só poderia ter sido possível
porque Jesus é Deus. E não é que os escritores achassem que Ele conhecia
algumas coisas, mas todas as coisas, algo que somente Deus poderia conhecer.
Vemos isso em João 1:48: "Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu, estando
tu debaixo da figueira." Pedro Lhe diz em João 21:17: "Tu sabes todas
as coisas." Jesus conhecia detalhes específicos que somente Deus poderia
conhecer. Por exemplo, em Apocalipse 2:3-4 Ele diz: "E sofreste, e tens
paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra
ti que deixaste o teu primeiro amor." Como poderia Jesus conhecer todas
essas obras sobre a igreja de Éfeso? Ele teria de ser onisciente, a fim de
perscrutar o coração, a fim de conhecer a sua paciência, trabalho e
perseverança - para não mencionar sua disposição referente ao amor por Ele.
Jesus conhece todas as coisas porque é Deus.
O autor de Hebreus também
escreve que Jesus, o Filho, é imutável – Ele nunca muda. Hebreus 1:11-12 diz:
"Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa,
envelhecerão, e como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo,
e os teus anos não acabarão." Em Hebreus 13:8 lemos: "Jesus Cristo é
o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." Ele é o mesmo e Seus anos nunca
chegarão ao fim. Ele permanece eternamente. Ele pode permanecer eternamente
porque é Deus. Isso não significa que Ele não atingisse a idade nem crescesse
em Sua natureza humana. Em vez disso, significa que Cristo, sendo o Divino
Filho de Deus, em Sua Divindade jamais mudará. Jesus não somente é Deus, mas
Paulo descreve sua imagem exclusiva como o Único a conter toda plenitude da
Divindade corporalmente. Colossenses 2:9 diz: "Porque nele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade." Quem quiser ver Deus, basta
olhar para Cristo. Ele é a imagem do Deus vivo e essa imagem e perfeição são
manifestadas somente Nele, porque Ele é Deus. Nenhum homem poderia jamais
afirmar isso - e nenhum, a não ser Jesus Cristo, fez isso. Por que nenhum homem
o fez? Porque simplesmente não poderia respaldar sua afirmação através do seu
ser. Nenhum homem poderia ressuscitar a si mesmo da morte, nem manter as chaves
da morte e do inferno, porque não é todo-poderoso, nem onisciente, nem
onipresente. Mas Cristo afirmou isso, respaldou suas afirmações e tudo isso Lhe
foi atribuído, constantemente, pelos autores do Novo Testamento. Sendo Deus,
Jesus Cristo respalda cada afirmação e age como Deus - pois é o Criador.
Colossenses 1:16-17 diz: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há
nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações,
sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele. E ele
é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele." Este
texto é muito rico. Ele criou todas as coisas, sem importar o que sejam: até os
principados e potestades (que podem se referir aos seres angélicos) foram
criados por Ele e também para Ele, para darem toda a glória, louvor e honra que
seu Nome merece. Mas Paulo não pára aqui. Ele diz que todas as coisas subsistem
pelo Seu poder. A Terra, os céus, o universo poderiam cair, se Cristo não os
sustentasse pelo poder de Sua vontade onipotente. Todas as coisas subsistem
NELE, foram criadas por Ele e para Ele.
Jesus também é Aquele que
elege os homens para a salvação. Em João 13:18, Ele elege os apóstolos e
condena o traidor Judas: "Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho
escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo,
levantou contra mim o seu calcanhar." Judas não foi escolhido e por isso
foi apontado como aquele que levantaria o calcanhar contra o Ungido. Em 1
Timóteo 6:15-16, Jesus é chamado de Senhor dos senhores: "A qual a seu
tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso SENHOR, Rei dos reis e Senhor
dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita na luz
inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver, ao qual seja honra e
poder sempiterno. Amém." Ele é o Potentado, significando que é o
Todo-Poderoso... Somente Deus pode viver "na luz inacessível". Isso é
atribuído a Cristo. Ele é o Deus eterno que habita na luz inacessível. Jesus
tem o poder de revelar ou esconder a salvação dos homens. Isso comprova Sua
Divindade porque em todo o Velho Testamento, Deus é o único com poder para
salvar e condenar. Mateus 11:26-27 diz: "Sim, ó Pai, porque assim te
aprouve. Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o
Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o
Filho o quiser revelar." Quando Cristo quer revelar a salvação, Ele o faz
e se quiser escondê-la de outros homens, Ele o fará. A razão pela qual Ele pode
declarar ou esconder a salvação é porque Ele é Deus. Ele tem o direito de dar a
vida, quando o deseja, conforme João 5:21: "Pois, assim como o Pai ressuscita
os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer."
Ele não faz isso com todos. Ele ressuscita apenas os eleitos. Como poderia um
mero homem mortal ressuscitar outro homem? Eu mesmo fico imaginando como isso
poderia ser feito, a não ser que Jesus fosse Deus. Visto como Cristo é
onisciente, Ele pode responder as orações dos santos, o que somente Deus pode
fazer. João 14:13 diz: "E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei,
para que o Pai seja glorificado no Filho." (Confira 2 Coríntios 12:8-9)
Como poderia um homem finito conhecer todas as orações dos discípulos, quando
eles oram em toda parte e em diversas horas? Impossível, a não ser que Jesus
seja Deus. Ele não somente revela a
salvação aos homens e responde as orações, mas também perdoa pecados. Somente
Deus pode perdoar pecados. As passagens de Mateus 9:6; Marcos 2:9-10 e Lucas
5:24 respaldam isso. Ele pode perdoar pecados e somente Deus pode fazer isso:
"Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para
perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama, e vai
para tua casa." Aqui os judeus ficaram admirados de quem seria esse homem
que podia perdoar pecados. Por isso Ele lhes perguntou: "Qual é mais
fácil? dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe:
Levanta-te, e toma o teu leito, e anda?" (Marcos 2:9) Para demonstrar Sua
Divindade, Ele realizou as duas coisas, ambas impossíveis aos homens e somente
possíveis a Deus. Em todo o Velho Testamento, Deus ordena que os homens olhem
para Ele, a fim de serem salvos e que depositem sua confiança Nele. Ele
estendeu Sua mão a um povo rebelde, todo o tempo. Houve os que mantiveram sua
fé e creram em Deus. Contudo, no Novo Testamento Jesus é o objeto da fé. Em
João 14:1, Ele diz: "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede
também em mim." Ele se coloca igual a Deus. A mesma crença que o povo
tinha em Deus deveria agora ser dada a Ele. Crer em Deus é crer em Cristo, pois
ambos são o mesmo Deus. Seu poder é tão imenso e espantoso que Jesus pode
chamar os homens para fora do túmulo, conforme lemos em João 5:28-29: "Não
vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos
sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição
da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação." Jesus
tem tal poder sobre a morte que, o som de Sua voz, pode convocar os cadáveres
em decomposição a atenderem Sua voz. E o Seu poder, no último dia, é registrado
como sendo tão grande que esse dia não será igual a nenhum outro, conforme
Mateus 24:20-21: "E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem
no sábado; porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o
princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver." Ele vai voltar em
poder e glória. O sol, a lua e as estrelas cairão do firmamento e Sua glória
brilhará em todo o seu esplendor. Sua glória será tão radiante que o brilho do
sol vai parecer insignificante. Adorar a Deus é tão importante que o Senhor
gasta tempo, em toda a Bíblia, explicando como isso deve ser feito. Em Êxodo
20:1-7, lemos: "Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o
SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás
outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma
semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas
debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR
teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a
terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. E faço misericórdia a
milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos. Não tomarás o
nome do SENHOR teu Deus em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que
tomar o seu nome em vão." Somente Deus deve ser adorado e nenhum outro
deus deve ser tolerado. Adorar outros deuses é provocar a ira de Deus contra o
pecador rebelde. Deus é enfático e explícito ao dizer que nenhum outro deus
deve ser adorado porque Ele é o único Deus vivo e verdadeiro de todas as eras.
Todos os outros deuses não passam de ídolos mudos. Em Deuteronômio 6:13-16,
Moisés diz: "O SENHOR teu Deus
temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. Não seguireis outros deuses,
os deuses dos povos que houver ao redor de vós; porque o SENHOR teu Deus é um
Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do SENHOR teu Deus se não acenda
contra ti e te destrua de sobre a face da terra. Não tentareis o SENHOR vosso
Deus, como o tentastes em Massá." Deus fica irado quando Seu povo se
desvia para adorar os falsos deuses. Sua ira se acende como um fogo. Juízes
2:12 diz: "E deixaram ao SENHOR Deus de seus pais, que os tirara da terra
do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses dos povos, que havia
ao redor deles, e adoraram a eles; e provocaram o SENHOR à ira." Quando
isso acontece, o Senhor envia o julgamento sobre o pecado do Seu povo. Em
Jeremias 1:16 e 7:18 lemos: "E eu pronunciarei contra eles os meus juízos,
por causa de toda a sua malícia; pois me deixaram, e queimaram incenso a deuses
estranhos, e se encurvaram diante das obras das suas mãos... Os filhos apanham
a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem
bolos à rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me
provocarem à ira." O povo de Deus deve desprezar os deuses estranhos dos
pagãos, como fizeram os amigos de Daniel, segundo lemos em Daniel 3:18:
"E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem
adoraremos a estátua de ouro que levantaste." Paulo observa que existe um
só Deus verdadeiro, em 1 Coríntios 8:5-6: "Porque, ainda que haja também
alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e
muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para
quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas,
e nós por ele." Tudo isso é mostrado para que saibamos que somente Deus
deve ser adorado. Adorar qualquer outro que não seja o Deus vivo e verdadeiro é
quebrar a Lei do Senhor e desobedecer-Lhe com o hediondo pecado da rebelião.
E é importante lembrar que Deus não
divide a Sua Glória com outro deus. Isaías 42:8 diz: "Eu sou o SENHOR;
este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor
às imagens de escultura." Somente é aceitável adorar o Deus verdadeiro e
nenhum outro. Mesmo assim, Jesus é sempre adorado em todo o Novo Testamento e
até mesmo do Velho Testamento, por meio da profecia. Este fato é notável por
duas razões: 1) Jesus permitiu ser adorado, o que significa que Ele é Deus e
sabia disso; 2) Somente Deus deve ser adorado e centenas de Escrituras sobre
este assunto o comprovam. Ele compartilha da glória divina. Deus só divide Sua
glória com Ele. Se Jesus não é Deus, então exatamente neste ponto toda a fé
cristã desmorona e se transforma em nada. Jesus diz aos Seus discípulos que
eles deveriam crer em Deus como o seu objeto de fé. Contudo, em João 14:1 Ele
diz: "Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim."
Crer em Deus é um ato de adoração e confiança em Seu Nome. Jesus ordenou que
creiamos Nele como cremos em Deus. O elemento de fé é o mesmo. Nesta confiança,
Jesus é exaltado. A profecia do Velho Testamento referente ao Filho, no Salmo
2:12 pode ajudar: "Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no
caminho, quando em breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles
que nele confiam." Os que confiam no Filho são chamados de
bem-aventurados. Ele deve ser beijado [isto é, adorado de joelhos] e Nele devemos
confiar porque Jesus é Deus. Jesus Cristo deve ser honrado da mesma maneira
como o Pai, conforme é demonstrado em João 5:23: "Para que todos honrem o
Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o
enviou." Ambos devem ser adorados, o que não seria legítimo, se Jesus não
fosse Deus. Se isso acontecesse estaríamos dando honra a um simples homem
mortal, uma honra que é devida somente a Deus. Não apenas os homens devem
adorar ao Senhor Jesus, mas também os anjos são ordenados a fazê-lo, conforme
Hebreus 1:6: "E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E
todos os anjos de Deus o adorem." De fato, todos os anjos, homens e
criaturas são comandados a dobrar os joelhos para adorá-Lo, conforme Filipenses
2:9-11: "Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome
que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos
que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse
que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai." Também lemos em Apocalipse 5:13: "E ouvi
toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no
mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono,
e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para
todo o sempre". O Cordeiro, Jesus Cristo, deve ser adorado para todo o
sempre! Porque Jesus é Deus! Ele sempre foi adorado: um leproso o adorou,
conforme Mateus 8:2: "E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo:
Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo." Em Mateus 9:18, vemos que um
líder o adorou: "Dizendo-lhes ele estas coisas, eis que chegou um chefe, e
o adorou, dizendo: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe-lhe a tua
mão, e ela viverá." Em Mateus 28:9,17, após Sua ressurreição, as mulheres
O adoraram: "E, indo elas a dar as novas aos seus discípulos, eis que
Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram
os seus pés, e o adoraram. E, quando o viram, o adoraram e alguns duvidaram."
(A idéia de que alguns duvidaram é inacreditável!). Os demônios O adoraram,
como aconteceu com o possesso gadareno: "E, quando viu Jesus ao longe,
correu e adorou-o." (Marcos 5:6) No caminho de Emaús, dois discípulos O
adoraram, conforme Lucas 24:52: "E, adorando-o eles, tornaram com grande
júbilo para Jerusalém." Até mesmo o cego de nascença, quando O encontrou,
O adorou: "Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou." Jesus permitiu que
os homens O adorassem e admitiu essa adoração. Essa era uma razão para um
israelita ser apedrejado e por isso os judeus quiseram apedrejar Jesus.
Demônios, anjos, leprosos, gentios, judeus, Seus próprios discípulos e outros O
adoraram. Sempre e sempre vemos que Jesus foi adorado e todos os que O adoraram
agiram corretamente. Ele merecia essa adoração porque Jesus é Deus! . Aqui
vemos que Jesus, o Filho de Deus, sempre existiu. Ele não é um ser criado na
natureza de Sua Divindade como Filho, mas Ele mesmo usou Sua Divindade para
criar a carne de Jesus Cristo. A Bíblia não apóia o arianismo. Jesus não é o
primeiro ser criado, mas o único Ser auto-suficiente, o Deus que sempre
existiu, infinitamente. Em João 3:13 vemos que o Filho sobe e desce do céu:
"Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que
está no céu." Conforme Sua imanência, vemos que Sua origem é "do
céu" e que do céu Ele "desceu". Isso é reiterado em João 6:38:
"Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade
daquele que me enviou." Se isso não fosse verdade, Jesus teria dito que
nasceu de Maria e José, a fim de fazer a vontade do Pai que O enviou. Ele ainda
atesta que ninguém viu o Pai, exceto Ele: "Não que alguém visse ao Pai, a
não ser aquele que é de Deus; este tem visto ao Pai." (João 6:46) Isso
mostra que Jesus sabia de Sua natureza divina, e que Ele estava com o Pai,
antes da formação do mundo. Somente Ele viu o Pai e sua residência com o Pai é
atestada em João 6:62. Aqui Jesus sobe ao céu, de onde veio: "Que seria,
pois, se vísseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?" Ora,
se estas palavras não são bastante claras, o Eterno Logos do Evangelho de João
diz aos judeus: "Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo,
eu não sou deste mundo." (João 8:23) Se esta declaração fosse falsa, todo
o cristianismo e todos os cristãos, desde o tempo de Cristo até agora, estariam
participando de uma farsa. Eles iriam apresentar-se como sendo o povo mais
estúpido e ignorante de todos os tempos. Em vez disso, os discípulos jamais se
abstiveram dessa declaração porque bem conheciam a verdade da mesma. Não
somente Cristo havia comprovado isso, como eles também a haviam testemunhado a
divindade Dele no Monte da Transfiguração. Sua afirmação permanece, de ter Ele
residido com o Pai, segundo João 8:42: "Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus
fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus; não
vim de mim mesmo, mas ele me enviou." Ele tinha uma íntima relação com o
Pai, o que comprova a Sua eterna Divindade... Também em João 16:28, lemos: "Saí
do Pai, e vim ao mundo; outra vez deixo o mundo, e vou para o Pai." Como o
Pai é Deus, Jesus saiu do Pai e regressou à exclusiva relação com Ele, isso
comprova, maravilhosamente, a Sua pré-existência eterna, como o Filho de Deus.
Se Jesus Cristo não é Divino, então o Pai também não o é, pois ambos são UM. No
reino de Deus o ser inteligente com a mente de Cristo não pode duvidar das
afirmações das profecias referentes a Cristo; dos escritores da Bíblia e dos
seus testemunhos sobre Cristo; dos registros daqueles que se opunham a Cristo
(os quais queriam matá-lo por causa de suas afirmações); dos que O adoraram e
das afirmações do próprio Cristo. A verdade é que as profecias da Bíblia, os
discípulos, os ouvintes, os seguidores, os oponentes e as palavras do próprio
Cristo [pelas quais seremos julgados] apontam para o inegável fato de que todos
sabiam que Jesus Cristo é Deus. Eles O odiavam por causa disso ou então O
adoravam. Jesus sabia que Ele é Deus. Ele confirmou isso através de Suas
palavras, ações e testemunho da verdade. Ninguém pode chamar Cristo de "um
bom Mestre". Essa é a voz de quem não é inteligente. Jesus Cristo não é
"um bom Mestre" nem um "Homem Moral". Isso não está em
questão. Você pode fazer apenas uma escolha: ou Ele é o Senhor do Céu e da
Terra, o Justo Juiz do mundo, ou então Ele não passa de um lunático, um louco,
um enganador pior do que o diabo. Como você vai decidir chamá-lo? Fica
evidente, no material acima, que muita coisa foi esquecida. Parecia-me que em
certos pontos eu fui repetitivo e monótono. Eu até pensei em retirar alguns
pontos deste artigo, em consideração ao leitor e pela possibilidade de ter
usado idéias cíclicas e recorrentes. Mas foi isso exatamente o que eu tentei
fazer. Os que acham que Jesus foi apenas um bom Mestre ou um exemplo de
moralidade, não estão levando em conta os registros bíblicos. As Escrituras
afirmam continuamente a Divindade de Cristo. Este é um fato inegável no
registro bíblico. A Verdade da palavra escrita confirmando essas coisas não
pode ter sido escrita por demônios ou homens perversos. Os demônios são diabos
e os homens maus não iriam registrar a bondade de Cristo de um modo tão
brilhante, nem iriam apresentá-Lo como o poderoso e Divino Filho do Deus Vivo.
Eles não teriam descrito o homem como um ser tão desprezível e maligno,
condenado ao inferno, perdido e amaldiçoado por toda eternidade, se tivessem
escrito estas páginas para enganá-los. Certamente não teriam escritos coisas
ruins sobre eles mesmos e seus companheiros e escrito coisas tão maravilhosas
sobre Jesus Cristo. Isso não faria qualquer sentido. Nem ainda poderia a Bíblia
ter sido escrita por homens piedosos ou santos anjos, sem o poder do Espírito
Santo. Nenhum homem poderia ter escrito um bom livro sem dizer algumas
mentiras, a fim de enganar o leitor, dizendo: "Assim diz o Senhor",
enquanto o que dizem é de sua pura lavra. [NT: Como os carismáticos andam
fazendo agora.] Se o fizessem não iriam se tornar homens bons, de modo algum,
mas demoníacos e malignos, conforme estamos voltando ao ponto anterior. Em vez
disso, a Bíblia é o registro da própria revelação de Deus aos homens, para que
esses homens perdidos em seus pecados possam possa buscar, esperançosamente, o
Redentor dos homens, o homem-Deus, Jesus Cristo. O testemunho de Jesus Cristo como
Deus é o único meio pelo qual importa que sejamos salvos da futura ira divina
(Atos 4:12). A ira do Cordeiro será horrenda contra os que estão perdidos. Eles
correrão para as montanhas, implorando que os montes caiam sobre eles, para se
livrarem da ira do Cordeiro. Contudo, o Senhor colocou ao alcance de todos um
meio para os que desejam escapar da destruição que os aguarda. A resposta se
encontra em Jesus Cristo, o Deus de todas as eras, e somente Rei tem reino,
arrependei-vos,porque é chegado o Reino dos céus.
O
REINO DE DEUS
Reino é uma forma de governo
em que a autoridade reside em um rei. Esse governo se estende sobre todos os
territórios e pessoas que estão debaixo do domínio do rei. Nos tempos bíblicos,
a maioria dos povos era governada por reis. Por isso, as nações eram chamadas
reinos, reino de Deus’ e reino dos céus’ são sinônimas. Quando se diz Reino de
Deus é referente a quem pertence e o Reino dos Céus à sua origem ao contrário
dos “reinos do mundo” oferecidos por Satanás (Mateus 4.8). O sentido da palavra
reino é domínio ou reinado [malkût = hebraico; basileia=grego]¹, diferenciando
de um governo político e para ser mais espirituais e morais. Algumas citações
se referem ao presente do reino e outras apontam para o futuro.
No Antigo Testamento aparece
apenas como ‘Reino do Senhor’ (I Crônicas 28.5; II Crônicas 13.8; Obadias
1.21). Mas o conceito geral que deu origem a estes termos veio do profeta
Daniel anunciando um “domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais
será destruído” (Daniel 7.14) e que os servos de Deus fariam parte deste reino
Divino (Daniel 7.14, 18, 22, 27).
No Novo Testamento a
expressão ‘reino dos céus’ é usada somente por Mateus 31 vezes. Já as
referências ao ‘reino de Deus’ são encontradas em Mateus 4 vezes, em Marcos 15
vezes, em Lucas 32 vezes, em João 2 vezes, em Atos 6 vezes e nas cartas de
Paulo oito vezes, formando um total de 98 citações destes termos sem contar as
inúmeras vezes que se usa apenas ‘reino’.
O povo que vivia sob o
domínio do império Romano ouviu falar de um novo Reino “a qual, em suas épocas
determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis
e Senhor dos senhores” (I Timóteo 6.15).Temos na bíblia vários textos que nos
mostram como é o Reino de Deus: Estes dados revelam a importância do tema para
o ministério de Jesus e dos apóstolos. Podemos resumir dizendo que esta era a
doutrina principal da pregação do evangelho.
-MISTERIOSO: Mateus 13.11
“Ao que respondeu: Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino
dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido” e Marcos 4.11 “Ele lhes
respondeu: A vós outros vos é dado conhecer o mistério do reino de Deus; mas,
aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas”.
-LIBERTADOR: Lucas 11.20
“Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o
reino de Deus sobre vós”.
-UM NOVO TEMPO: Lucas 16.16
“A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado
o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele”.
-IGUALDADE: Mateus 11.11 “Em
verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que
João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele”.
-ETERNO: II Pedro 1.11 “Pois
desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
O reino de Deus tem
características do tempo presente que são:
-COMEÇOU: Mateus 12.28 “Se,
porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino
de Deus sobre vós” e Marcos 9.1 “Dizia-lhes ainda: Em verdade vos afirmo que,
dos que aqui se encontram, alguns há que, de maneira nenhuma, passarão pela
morte até que vejam ter chegado com poder o reino de Deus”.
-ESTÁ PERTO DE NÓS: Mateus
10.7 “e, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus”.
Marcos 12.34 “Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe:
Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém mais ousava interrogá-lo”.
-ESTÁ ABERTO: Mateus 16.19 “Dar-te-ei as chaves do
reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que
desligares na terra terá sido desligado nos céus”. Mateus 23.13 “Ai de vós,
escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos
homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!”.
Neste tempo presente podemos
dizer que o Reino de Deus já teve seu início quando Jesus veio como Rei dos
reis exercendo seu senhorio sobre aqueles que creem. Por isso Jesus deixou bem
claro que o seu reino está próximo também no sentido de perto e não distante
das pessoas como apregoava a lei. Além disso, o Reino de Deus está aberto para
receber mais súditos e todos que quiserem podem participar.
PARA
QUEM É O REINO DE DEUS:
Os textos que declaram para
quem é este Reino são:
OS PEQUENINOS: Mateus 19.14
“Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim,
porque dos tais é o reino dos céus”. Marcos 10.14 “Jesus, porém, vendo isto,
indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis,
porque dos tais é o reino de Deus”. Marcos 10.15 “Em verdade vos digo: Quem não
receber o reino de Deus como uma criança de maneira nenhuma entrará nele”.
TODOS OS POVOS: Mateus 8.11
“Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa
com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus”. Mateus 21.43 “Portanto, vos digo
que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza
os respectivos frutos”.
POBRES: Lucas 6.20 “Então,
olhando ele para os seus discípulos, disse-lhes: Bem-aventurados vós, os
pobres, porque vosso é o reino de Deus”.
LUTADORES: Atos 14.22
“fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e
mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de
Deus”.
Os membros do Reino de Deus
são citados claramente como os pequeninos, comparados com crianças, pessoas
santas e sem maldade no coração. Não serão apenas judeus como pensavam os
fariseus, mas pessoas de todos os povos da terra. Muitas pessoas pobres serão
privilegiadas com entrada no reino para compensar a injustiça que sofreram,
principalmente aqueles que não tiveram oportunidade de conhecer a verdade. Mas
acima de tudo é com muita luta e esforço que se consegue entrar neste Reino.
O
QUE É PRECISO PARA ENTRAR NO REINO DE DEUS:
Para ter entrada no Reino
dos Céus é necessário:
ARREPENDIMENTO: Mateus 3.2
“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. Mateus 4.17 “Daí por
diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o
reino dos céus”. Marcos 1.15 “O tempo está cumprido, e o reino de Deus está
próximo; arrependei-vos e crede no evangelho”.
HUMILDADE: Mateus 5.3
“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”.
Mateus 18.4 “Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior
no reino dos céus”.
OBEDIÊNCIA: Mateus 5.19
“Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim
ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém,
que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus”.
Mateus 21.31 “Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo.
Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos
precedem no reino de Deus”.
JUSTIÇA: Mateus 5.10
“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino
dos céus”. Mateus 5.20 “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em
muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”.
QUEM
NÃO VAI ENTRAR NO REINO DE DEUS:
Algumas práticas que impedem
a entrada no Reino de Deus
PECADOS: I Coríntios 6.9,10
“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis:
nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem
ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o
reino de Deus”. Gálatas 5.21 “invejas, bebedices, glutonarias e coisas
semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos
preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam”. Efésios
5.5 “Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é
idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus”.
CARNALIDADE: I Coríntios
15.50 “Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de
Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção”.
DIFÍCIL PARA OS RICOS:
Marcos 10.23-25 “Então, Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos:
Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Os discípulos
estranharam estas palavras; mas Jesus insistiu em dizer-lhes: Filhos, quão
difícil é [para os que confiam nas riquezas] entrar no reino de Deus! É mais
fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino
de Deus”.
DESOBEDIÊNCIA: Mateus 7.21
“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele
que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Mateus 25.34 “então, dirá o
Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na
posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”.
OLHAR PARA TRÁS: Lucas 9.62
“Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para
trás é apto para o reino de Deus”.
DESCRENTES: João 3.5
“Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do
Espírito não pode entrar no reino de Deus”.
Embora aberto para todos,
existem pessoas que não poderão entrar no Reino de Deus por causa de suas
atitudes. Por isso o apóstolo Paulo apresenta algumas listas de pecados que são
impedimentos à entrada no Reino. Como se trata de um Reino dos Céus, então seus
súditos devem ser pessoas espirituais. Jesus enfatizou que as pessoas apegadas
às riquezas terrenas não conseguirão se interessar por um reino espiritual, o
que dificulta muito sua entrada no Reino. Em geral toda e qualquer
desobediência é empecilho a entrada no Reino, mesmo que religiosamente a pessoa
chame a Deus de Senhor. Uma grande dificuldade para entrar no Reino é não
conseguir renovar sua vida, olhando sempre para o passado, além da incredulidade
que impede de viver uma nova vida. Pela graça de Deus, todos são convidados,
mas somente os obedientes à vontade de Deus conseguirão entrar no Reino
Celestial.
O
REINO DE DEUS NÃO É:
Podemos encontrar alguns
aspectos do que não é o Reino de Deus:
-VISÍVEL: Lucas 17.20,21
“Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes
respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência.Nem dirão: Ei-lo aqui!
Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós”.
-DO MUNDO: João 18.36
“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste
mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue
aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui”.
-DIVIDIDO: Marcos 3.24 “Se
um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode subsistir”.
-PALAVRAS: I Coríntios
4.20 “Porque o reino de Deus consiste
não em palavra, mas em poder”.
-COMIDA OU BEBIDA: Romanos
14.17 “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria
no Espírito Santo”.
Baseado nestes textos que
dizem expressamente o que o Reino de Deus não é, entendemos que não será algo
visível como esperado pelos judeus partidários do messianismo político. O
domínio anunciado por Jesus é no interior de cada cristão. Mas para que não
seja tão subjetivo, o apóstolo Paulo diz que este reino não é apenas em
palavras ou discursos demagógicos, pois precisa ser confirmado pelo poder de
Deus através do Espírito Santo na vida da pessoa. Para que o reino não fosse
exteriorizado por rituais humanos, o apóstolo também ensina que não consiste em
comida ou bebida, nem em qualquer ordenança religiosa, mas na prática da
justiça que promove paz e traz alegria do Espírito.
O
QUE É O REINO DE DEUS?
É o governo de Deus. Deus é
a fonte de toda autoridade. Ele é o rei absoluto do universo por direito
inerente, por ser seu criador, dono e sustentador. Ele é a autoridade suprema
sobre tudo que existe, sobre o que é visível, e o que é invisível, sobre a
criação, os anjos, a humanidade, a história, as nações e os eventos futuros. O
que marca um reino é a pessoa de seu rei, por isso o que não pode faltar em
nossas vidas é presença do Rei Jesus. Todos os reinos do mundo são temporários,
mas o reino de Deus é eterno e infinito. Se Jesus estiver reinando em sua vida,
então você faz parte do Reino de Deus. Mesmo que não consiga saber tudo sobre
este Reino, o que não podemos esquecer é quem é o Rei: Jesus!
Quando fazemos parte do
Reino de Deus precisamos buscar este domínio o tempo todo para não cairmos no
império das trevas. Também devemos esperar o cumprimento final do Reino de Deus
quando Jesus voltar para buscar sua Igreja. Enquanto isso, temos a tarefa de
pregar o evangelho deste Reino chamando mais pessoas. O testemunho de vida é
imprescindível para mostrar a realidade do Reino. Para entrar no Reino
Celestial é preciso se arrepender dos pecados, viver em humildade e obediência
à vontade de Deus. Além disso, precisa caminhar em busca da justiça e se
esforçar o máximo possível para fazer o melhor. Também é preciso mudar de vida
se convertendo ao renunciar o mundo para buscar a Deus.
ESFORÇO: Mateus 11.12 “Desde
os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os
que se esforçam se apoderam dele”.
CONVERSÃO: Mateus 18.3 “E
disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes
como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus”. João 3.3 “A isto,
respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de
novo, não pode ver o reino de Deus”.
RENÚNCIA: Marcos 9.47 “E, se
um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de
Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no
inferno”. Mateus 19.12 “Porque há
eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a
si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o
admitir admita”. Lucas 18.29
“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado
casa, ou mulher, ou irmãos, ou pais, ou filhos, por causa do reino de Deus”.
EXISTEM
DOIS ASPECTOS DO REINO DE DEUS:
Sl 93:1-2 O Senhor reina;
está vestido de majestade. O Senhor se revestiu, cingiu-se de fortaleza; o
mundo também está estabelecido, de modo que não pode ser abalado. O teu trono
está firme desde a antigüidade; desde a eternidade tu existes.
Sl 97:1-2 O Senhor reina,
regozije-se a terra; alegrem-se as numerosas ilhas. Nuvens e escuridão estão ao
redor dele; justiça e eqüidade são a base do seu trono.
Por ser autoridade, um dia
Ele julgara a todos com justiça. Deus é o Rei do Universo e Rei Eterno (Salmos
99:1; 145:13; 146:10).
Deus exerce seu governo
sobre a criação e o universo de um modo
natural. As galáxias, constelações, estrelas, sois, a terra, as distintas espécies
de fauna e de flora, a vida biologia em todas as suas variedades (a célula, a
molécula, o átomo, etc.). Tudo, absolutamente tudo é regido por Deus. Ele criou
todas as coisas por sua palavra. Ele mandou e foram feitas.
Hb 11:3 Pela fé entendemos que
os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi
feito daquilo que se vê.
Ele sustenta todas as coisas
palavra do seu poder (Hb 1:3).A natureza obedece ao governo de Deus de um modo
espontâneo e natural (obviamente não se trata de uma sujeição consciente e voluntária
como no caso do homem).
O
GOVERNO MORAL DE DEUS SOBRE OS HOMENS
O homem é um ser moral,
criado por Deus a sua imagem e semelhança, com atributos de personalidade:
espírito, vontade, intelecto e emoções. Deus exerce governo moral sobre o homem
esperando dele uma sujeição consciente e voluntária. Deus autoridade suprema,
expressa sua vontade ao homem por meio de sua palavra. O homem é um ser criado
com responsabilidade moral e capacidade de decisão, é responsável por obedecer
consciente, voluntária e inteligentemente a palavra de Deus, reconhecendo e
acatando, desse modo, o reino de Deus sobre sua vida.
A
SITUAÇÃO DO HOMEM DIANTE DO REINO DE DEUS
Na criação Deus criou todas
as coisas, criou também o homem e a mulher
a sua imagem em semelhança.Gn 1:26-27 E disse Deus: Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre
as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo
réptil que se arrasta sobre a terra. Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
Gn 2:7 E formou o Senhor
Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o
homem tornou-se alma vivente.
Já mencionamos que o homem,
feito a imagem e semelhança de Deus, tinha espírito e atributos de
personalidade. Além disso, essa imagem divina se via em seus atributos morais.
Em seu estado de inocência perfeita, Adão e Eva refletiam a santidade, a
justiça e o amor de Deus.
DEUS
EXERCE SEU GOVERNO SOBRE O HOMEM
Em pleno exercício de sua
autoridade, Deus governava sobre o homem e sobre a mulher mediante sua palavra:
“frutificai e multiplicai, enchei a terra e sujeitai-a” (Gn1:28-31). O homem
deveria lavrar a terra e cuidar dela (Gn2:15). Podia coer do fruto das árvores
e das plantas. Podia ter relacões sexuais com sua esposa, pois eram uma só
carne (Gn2:24-25).
Aquele que era a autoridade
suprema estabeleceu limites para a conduta do homem, dizendo:
Gn 2:16-17 Ordenou o Senhor
Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que
dela comeres, certamente morrerás.
Tudo era perfeito e bom
enquanto o homem e a mulher viviam submissos a autoridade do Rei Eterno, ou
seja, enquanto viviam sob a autoridade do governo moral de Deus.
A ENTRADA
DO PECADO NA VIDA HUMANA
Enganados por Satanás,
primeiro a mulher e depois seu marido, se rebelaram contra a vontade de Deus,
comendo do fruto proibido e pecaram.
Gn 3:6 Então, vendo a mulher que aquela árvore
era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar
entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também
comeu.
O que é o pecado? Justamente
isso: rebelião contra Deus. É insubordinação a sua autoridade. É fazer a minha
própria vontade, fazer o que eu quero, aquilo que para mim parece bem,
desconhecendo desse modo a autoridade de Deus. Isso é exatamente o que Satanás
quis e ainda quer alcançar em todo homem.
A
CONDIÇÃO ATUAL DO HOMEM
Do mesmo modo que Adão,
todos temos pecado contra Deus, tanto pela herança pecaminosa que recebemos,
como por nossas atitudes pessoas diante de Deus. Cada um vive como quer,
fazendo a própria vontade. As conseqüências dessa rebelião estão a vista de
todos nós: orgulho, temores, ansiedades, depressões, enfermidades, iras,
inseguranças, ódios, crimes, divórcios, mentiras, inimizades, rancores,
problemas familiares, etc. Todos esses são sintomas da morte: morte espiritual,
que finalmente resultará na morte física e logo, a condenação eterna.
Quantos males vieram sobre a
humanidade por não viver sob o reino de Deus! Quão triste é a condição atual
dos homens! Para piorar a situação, o homem não tem em si nenhum recurso para
mediar ou reverter esta situação, que essencialmente é um problema espiritual.
O
EVANGELHO DO REINO DE DEUS
Mr 1:14-15 Ora, depois que
João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia pregando o evangelho de Deus e
dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e
crede no evangelho.
Jesus ia por toda parte
pregando e ensinando sobre o reino de Deus. Esse era seu tema principal e quase
se poderia dizer, seu único tema. Havendo já considerado o que é o reino de
Deus, cabe agora a pergunta: o que é o evangelho do reino?
Evangelho significa boa
notícia (boa nova). Jesus anunciou aos homens a boa notícia do reino de Deus.
Foram boas notícias porque o momento esperado e anunciado pelos profetas havia
chegado. E também são boas notícias porque Deus, em seu amor, mandou seu Filho,
não para condenar o mundo, mas para salvar o mundo.
Nós homens, excluídos da
presença de Deus por nossa rebelião, agora recebemos a boa notícia de que o
reino de Deus chegou sobre nós, e que mediante o arrependimento – uma mudança
total de atitude – e a fé em Cristo, nos é dada a possibilidade maravilhosa de
nascer de novo, por causa da morte e ressurreição de Cristo, para entrar assim
no reino de Deus.
De nossa parte, isso
significa um compromisso total de viver sob o governo de Deus, sujeitando-nos à
autoridade de Jesus Cristo. Da parte de Deus, significa o perdão total de
nossos pecados, uma vida nova, ser feitos filhos de Deus e viver o seu reino
aqui e agora, bem como por toda eternidade.
OS
DOIS REINOS
Todos nós vivemos segundo
certas normas e hábitos, mesmo que não sejam mais que simples modas que mudam a
cada momento. Podemos classificar os seres humanos em dois grupos: os que vivem
como querem e os que vivem como Deus quer. São dois conceitos de governo da
vida que são diametralmente opostos entre si. Nas sagradas Escrituras, estes
dois governos estão identificados como O IMPÉRIO DAS TREVAS e o REINO DE DEUS.
Esses dois termos aparecem na carta de Paulo aos Colossenses onde o apóstolo,
falando de Deus, afirma:
Cl 1:13 e que nos tirou do
império das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado.
A Bíblia também declara que
Satanás é o que domina sobre o império das trevas, enquanto Jesus Cristo exerce
o governo sobre o reino da Luz.
O
IMPÉRIO DAS TREVAS
Aquele que pretende viver
segundo seus próprios critérios se engana. Quando alguém faz o que quer, pensa
que está tudo bem, mas na realidade está se destruindo e caindo na armadilha do
diabo. Por isso devemos levar em conta que a raiz do mal do homem está em sua
rebelião, seu egoísmo, sua pretensa independência de Deus. Ao não levar em
conta a Deus, nem reconhecê-lo como dono e rei sobre sua vida, está seguindo o
mesmo caminho de Satanás e terminará como conseqüência, debaixo de seu domínio.
Satanás é chamado na Bíblia
de “o príncipe desse mundo” (Jo12:31, Ef2:2). Com seus demônios ele exerce uma
força espiritual maligna cujo propósito é transtornar, arruinar e, por fim,
destruir o homem. Por isso há tanta confusão e maldade ao nosso redor, e muitas
vezes no próprio ser humano. A atividade de Satanás no mundo é mostrada em
muitos textos bíblicos, como os seguintes: Ef2:1-2,6:11-13, Jo10:10, 2Co6:3-4.
É importante entender que
nossos recursos humanos não são suficientes para fazer-lhe frente ou evitar
cair em suas garras. Temos que depender de Cristo. “Para isso se manifestou o
filho de Deus, para destruir as obras do diabo” (1Jo3:8). Lucas também
testemunhou de “como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder,
o qual andou por toda parte fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo” (At10:38).
O
REINO DE JESUS CRISTO
Quando as Escrituras se
referem ao reino de Deus, não estão falando do céu ou do lugar onde Deus
habita, senão do governo de Deus. Ele fez o mundo
e como criador, tem o
direito de governá-lo. Seu governo é exercido na luz, com justiça, santidade e
amor. O governo sempre reflete o caráter do governante. Nesse caso, é Jesus
Cristo quem governa com a autoridade que surge de sua morte e ressurreição, pelas
quais revelou o amor e a justiça de Deus, e ganhou o direito de reinar sobre o
mundo inteiro.
Além disso, como Deus criou
o homem a sua imagem, este nunca poderá viver bem ou realizar-se aparte da
vontade de Deus. Sem ela, não se pode ser a pessoa que Deus quer que seja.
Todos nós nascemos no reino
das trevas por sermos descendentes de Adão (Ef2:3), mas Deus quer nos
transportar para seu Reino. Por isso Ele enviou seu Filho, que nos chama a
segui-lo e sermos seus discípulos. A verdadeira conversão é ser livre do poder
das trevas e transportado para o reino da luz.
AS
CARACTERÍSTICAS DE CADA REINO
No mundo natural cada nação
tem suas características que a identificam, bem como a cada um de seus
cidadãos. No mundo espiritual isso também acontece. Tanto o reino das trevas
quanto o reino da luz tem características pelas quais podemos identificar seus
súditos.
A
LEI
A lei é um código de conduta
que rege a vida dos cidadãos de uma cidade, estado, pais ou reino:
A lei do reino das trevas:
viva como quiser. Cada um vive de acordo com a própria vontade. Cada um vive
como quer, faz o que lhe parece mais correto, o que lhe convém, o que lhe dá na
telha.
A Lei do reino da Luz: viva
como Jesus quer. Os discípulos vivem como o Senhor manda, vivem para agradar a
Deus. Não é uma questão de obedecermos quando quisermos, mas obedecermos em
todos os momentos.
O
IDIOMA
A maneira de falar demonstra
o que a pessoa tem no coração (Mt12:34). Observando o idioma que uma pessoa
fala é possível identificar a que reino ela pertence:
O idioma do reino das
trevas: reclamação, murmuração, queixa, lamento. O filho queixa-se contra a
mãe; a mãe queixa-se contra os filhos; a esposa contra o marido e vice-versa.
Reclama-se do governo, do emprego, do patrão, do clima, etc.
O idioma do reino da Luz:
louvor, gratidão. Louvor não significa cânticos ou música. A música é apenas
uma maneira de se expressar o louvor. Louvor é contentamento e gratidão ao
Senhor por tudo.
A
BANDEIRA
As cores e a disposição das
cores na bandeira identificam o país. Normalmente não são necessárias as
palavras, apenas observando a bandeira podemos identificar o país pelo que
vemos.
A bandeira do reino da Luz:
amor. Amar os irmãos, o próximo, e até aos inimigos . Este é o sinal que
identifica um discípulo (Jo13:34-35). Não é a doutrina o cabelo, a roupa, mas o
fatio de nos amarmos uns aos outros.
A bandeira do reino das
trevas: egoísmo. Amo a mim mesmo. Vivo para mim. Me esforço para mim. Penso
apenas em mim. Contanto que comigo esteja tudo bem que importa os outros?
MANIFESTAÇÃO
FUTURA DO REINO DE DEUS
Lucas 21.31 “Assim também, quando virdes
acontecerem estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus”. Lucas 22.18
“pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira,
até que venha o reino de Deus”. Apocalipse 12.10 “Então, ouvi grande voz do
céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a
autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo
que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus”. Sempre haverá algo
misterioso que será revelado apenas com o seu cumprimento futuro. Mesmo assim
somos privilegiados por conhecer e participar deste reino celestial. Aqui na
terra recebemos libertação espiritual de tudo que é maligno e um novo tempo de
Deus se iniciou através da vinda de Jesus e também se inicia na vida de todos
que recebem a Jesus como Senhor. Os membros deste Reino são iguais não tendo
maior ou melhor, pois todos são irmãos e filhos de Deus. Acima de tudo o Reino
de Deus tem caráter escatológico, ou seja, apocalíptico e futuro. Um Reino
eterno que não terá fim..
Jesus disse que o reino “chegou mais perto”.
Ora, se chegou mais perto, já está subentendido que não chegou em sua
plenitude. Mesmo que já vivamos sinais gloriosos do reino entre nós, ainda não
o vivemos em sua perfeição final. Este reino ainda será completamente
instaurado na terra. Daí porque Jesus nos ensinou orar: “Pai nosso que estais
nos céus, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, e que a tua vontade
seja feita na terra como é feita no céu”. Um dia este reino chegará em sua
plenitude. Um dia, na terra, a vontade de Deus será feita plenamente, assim
como isto já acontece no céu, hoje. Um dia os reis deste mundo tirarão as suas
coroas diante de Cristo. Um dia toda língua confessará que Jesus Cristo é o
Senhor!
Por isso, nossa contínua oração ainda deve ser
para que a vontade de Deus seja feita na terra, como ela é feita no céu (Mt
6:10). Esta oração é um pedido para que Deus reine, manifeste sua soberania,
poder e realeza, para que afugente todo inimigo da justiça e do seu governo
divino, para que só o Senhor seja Rei sobre todo o mundo. Isto acontecerá de
maneira plena quando Jesus, o Rei, vier para reaver o que é seu de direito.
Tudo o que ele comprou na cruz. Nesta ocasião todos os relacionamentos serão
transformados. A prostituição e a violência acabarão. Haverá provisão para
todos! Nenhuma mesa terá a falta de pão. Enfermos serão curados e nunca mais
haverá doença ou morte. A poluição terá fim. Justiça e paz reinarão sobre a
terra. Com a chegada do reino, todas as áreas da vida, da sociedade e da
criação, serão alteradas. O que vivemos hoje é o reino do “agora, mais ainda
não”. O reino que hoje sinalizamos, proclamamos, e divulgamos as pessoas, só
veremos manifesto no futuro. No entanto, nunca se esqueça de que, essa aparente
tensão não nos isenta de ansiar e trabalhar pelo reino aqui e agora! Porque
servimos o Rei, somos contra tudo o que ele é contra. Denunciamos injustiças,
violências, prostituição, miséria, etc. Proclamamos a transformação de vidas,
famílias, através do senhorio de Cristo. Fazendo isto não nos tornamos
indolentes. “Não se perturbe o coração
de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos
aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E
se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês
estejam onde eu estiver. (João 14.1-3)
Para nós cristãos, o Reino
de Deus significa: Lar. É a nossa casa. Aqui somos peregrinos e forasteiros (I
Pedro 2.11), somos errantes como os hebreus no deserto em direção a Canaã. O
Reino dos céus para os cristãos é esperança. Como está escrito: Por seu poder,
Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará. (1 Coríntios 6:14). Para
os cristãos é uma realidade futura e uma realidade presente. Visto que
“aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e
Salvador, Jesus Cristo”. (Tito 2:13).
O Reino dos céus é a
manifestação do poder de Deus, revelado por Jesus. É um reino que se manifesta
de forma gradativa a humanidade. Está em constante crescimento. Ao manifestá-lo, o Senhor Jesus, desejou que
ele se manifestasse aqui na Terra assim como no céu (Mateus 6.10). Ou seja, o
desejo do Senhor é que sejamos completamente restaurados e que vivamos de forma
justa e limpa diante de Deus. É um lugar onde há justiça, paz e alegria de
forma constante, abundante. Isso porque é algo que flui do rei para os cidadãos
do reino. “Muitos virão do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul e tomarão
lugares à mesa no reino de Deus” (Lc 13:29). O reino de Deus é uma prioridade
significativa nos ensinos de Jesus. A frase ocorre quase 50 vezes em Mateus, 16
vezes em Marcos, cerca de 40 vezes em Lucas, e três vezes em João. Onde quer
que apareça – seja na oração do Senhor, no Sermão do Monte ou nos outros
ensinos e parábolas de Cristo – o reino de Deus é uma expressão do que Deus fez
pela raça humana na História ao lidar com o problema do pecado e dar uma
conclusão decisiva ao grande conflito com Satanás. O reino de Deus é diferente
de qualquer reino que o mundo já tenha conhecido, e é por isso que ele não é um
reino terreno. O reino de Deus não vem com aparência exterior. Vem mediante a
suavidade da inspiração de Sua Palavra, pela operação interior de Seu Espírito,
a comunhão da alma com Aquele que é sua vida. A maior manifestação de Seu poder
se observa na natureza humana levada à perfeição do caráter de Cristo. Os
evangelhos estão repletos de referências ao reino de Deus, sendo que todas elas
atestam, cumulativamente, que foi inaugurada uma nova ordem em Jesus e por meio
dEle. Dizer que esse reino é de Deus não é simplesmente dizer o óbvio, mas,
sim, afirmar que o reino de Deus não é uma noção filosófica nem um sistema
ético. Não é um evangelho social que proclama pão e água para os famintos ou
igualdade e justiça para os politicamente oprimidos. Ele transcende toda
bondade e ação moral humana, e se centraliza na atividade soberana de Deus no
Filho encarnado, que veio pregar as boas-novas do reino (Lc 4:42-44; Mt
4:23-25). O Messias esperando no Antigo Testamento não é outro senão Jesus, o
“Filho do Altíssimo”; segunda, “Seu reinado não terá fim”. Isso significa que,
pela Sua encarnação, morte e ressurreição, Jesus venceu o desafio de Satanás à
soberania divina e estabeleceu eternamente o reino de Deus. “O reino do mundo
se tornou de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos”
(Ap 11:15). Na luta entre Cristo e Satanás, o inimigo reivindicou vitória após
a queda de Adão e Eva. Mas a missão de Jesus provou a falsidade das
reivindicações dele; Cristo o derrotou em todas as batalhas, e com Sua morte e
ressurreição assegurou a todo o universo o pleno estabelecimento do reino de maneira
que hoje, podemos viver como cidadãos deste reino. A entrada no reino de Deus
não depende do intelecto, nem da posição
da pessoa, ou do fato de alguém possuir riquezas ou não. Lucas, juntamente com
outros evangelistas, enfatiza que a pessoa deve ir a Jesus com uma atitude de
entrega decidida, de dependência absoluta e de confiança infantil; esses são
traços daqueles que entraram no reino de Deus. Eles devem estar dispostos a
renunciar a tudo, se necessário; pois alguma coisa à qual não desejassem
renunciar seria algo que, em certo sentido, não só competiria com Jesus mas, na
realidade, venceria. Jesus e Seus reclamos sobre nossa vida – sobre todos os
aspectos de nossa vida – têm prioridade máxima. Afinal, é somente por meio dEle
que existimos. Portanto, Ele deve ter nossa total lealdade. Ter que deixar os
pais, o cônjuge, ou mesmo os filhos pelo reino de Deus, esse é um compromisso
que exige muito! Jesus não está dizendo que esses atos são exigidos de todos,
mas que se alguém for chamado a deixar essas coisas por amor ao reino de Deus,
vale a pena fazer isso, nas palavras de Jesus deixar que os mortos sepultem os
mortos. Ele está expressando sobre não darmos desculpas que nos impeçam de
segui-Lo quando vier o chamado, independentemente de quão válidas essas
desculpas pareçam ser. Jesus veio proclamando o reino de Deus. Em Sua primeira
proclamação pública em Nazaré (Lc 4:16-21), Jesus afirmou que, por meio dEle,
naquele dia, haviam sido inaugurados o reino e seu ministério de redenção
conforme preditos na profecia messiânica de Isaías. Lucas registrou outra
afirmação que atesta a realidade presente do reino. Indagado pelos fariseus
quanto ao tempo em que viria o reino de Deus, Jesus respondeu: “O reino de Deus
está dentro de vós” (Lc 17:21). Outras traduções sugerem: “O reino de Deus está
entre vocês” (NVI). Quer dizer, com a chegada de Jesus, já chegou o reino com
seus componentes, que incluem: cura dos doentes (Lc 9:11), pregação do
evangelho (Lc 4:16-19), perdão dos pecados (Lc 7:48-50; 19:9, 10) e subjugação
das forças do mal (Lc 11:20). Assim, Jesus fez do reino uma realidade presente
dentro da pessoa, transformando-a em alguém semelhante a Ele. O reino de Deus
também é visto entre a comunidade de cristãos, como uma revelação de justiça e
salvação. Esse aspecto presente é também conhecido como “o reino da graça de
Deus que está sendo agora estabelecido, à medida que corações que têm estado
sobrecarregados de pecado e rebelião se rendem à soberania de sua autoridade e
amor. Estabelecendo assim o caráter irreversível do reino, isto é, a derrota do
pecado e de Satanás e a vitória de Jesus no grande, projeto de Deus, na
aniquilação do mal e o estabelecimento completo do reino e de sua glória, em
toda a sua plenitude.
O
CUIDADO COM A INFÂNCIA
Pv
22.6
“Eduque a criança no caminho
em que deve andar e até o fim da vida não se desviará dele.” É do nosso conhecimento que ao longo dos
milênios o diabo, inimigo astuto, tem travado uma luta incansável no sentido de
conquistar em definitivo a humanidade como seus escravos; é uma forma pessoal
de vingar-se contra o Senhor, tocando na mais querida criação. Estas investidas
iniciaram-se no Éden, enganando e destituindo o homem da pureza e santidade,
sua condição original e com certeza continuará até o momento em que será
aprisionado eternamente.
Nesta última década as
trevas têm se manifestado abertamente, com o surgir de muitas seitas demoníacas
e a divulgação de cultos e sua propagação intensa nos meios de comunicações, a
ponto de não mais serem estranhas ao povo. Entre seus seguidores, encontram-se
pessoas famosas e reconhecidas nacionalmente; é uma forma de status participar
em tais cultos e rituais.
Mas, o foco desta mensagem é
alertá-los para uma nova frente de ataque, o alvo são as crianças , ingênuas,
são facilmente influenciáveis pelo maligno. Quero falar aos corações dos pais,
que estejam atentos, com os olhos abertos e iluminados pelo Espírito Santo
terem o discernimento para agirem sabiamente, sem deixarem-se tomar pela idéia
satânica que as coisas não são tão graves ou pela maldita frase: “Não é bem
assim!” Ou, “Nada a ver!”
Elas serão os adultos de
amanhã. São mentes abertas fáceis de serem moldadas e depois de formadas,
dificilmente serão transformadas. O diabo tem consciência disto e sabe muito
bem o que fazer e tem feito abertamente. Elas têm crescido em meio a uma
cultura altamente espiritualizada.
QUANDO
O SENHOR AFIRMOU:
“Sabemos que somos de Deus e
que o mundo inteiro está debaixo do poder do diabo.” 1Jo 5.19
Visualizava os dias atuais.
Talvez, exista em seu interior o seguinte questionamento: “Onde estão estas
coisas?” A resposta é fácil, no entanto, é necessário que se tenha olhos que
veja segundo a visão do Senhor e todas estas coisas serão “destampadas” à sua
frente.
Quero ressaltar que não sou
contrário à TV ou outras mídias, inclusive, tenho TV! Mas, sou totalmente
contrário ao seu mau uso. O diabo tem sabido usá-las poderosamente para
alcançar as massas com seus propósitos destruidores. Em relação aos pequeninos,
veja o teor dos programas que lhes são direcionados. Entre os aspectos
negativos, destaca-se a sexualidade exacerbada, mas, o enfoque principal não é
este. Quero lhes chamar à atenção para os desenhos animados e filmes, que
aparentemente são inofensivos e inocentes, a criançada gostam e são atraídas
por eles. Você já parou alguma vez para assistir um dos episódios de: Pokemon,
Digimon, He-man, Thunder Cats, e outros mais. Ou filmes como: Harry Porter,
Xuxa e os duendes, etc.
Há também em muitos
programas um feiticeiro (numerólogo, astrólogo, etc.) de plantão. Estes afirmam
que o sucesso está na prática de seus ensinamentos.
SABEM
QUAIS SÃO SUAS MENSAGENS? O QUE QUEREM ENSINAR? NÃO!?
São desenhos animados,
filmes e feiticeiros que apresentam as trevas abertamente e transmitem a idéia
que os demônios podem tanto ser maus, como bons! É isto que as crianças tem
aprendido, a admirar o maligno através dos desenhos e filmes e a possibilidade
de vencê-los com este ou aquele truque. São sedutores e envolventes e desperta
nas mentes em formação à vontade de serem semelhantes a eles. Presas fáceis,
que crescerão dominadas e direcionadas pelos espíritos maus. Em detrimento a
palavra do Senhor, que se torna nula.
O
QUE FAZER NUMA SITUAÇÃO TÃO DIFÍCIL? UMA RESPOSTA É VIGIAR E SANTIFICAR-SE!
Vive-se numa correria muito
grande é preciso trabalhar muito para manter o padrão de vida,
conseqüentemente, as crianças ficam sob a responsabilidade de creches e em
alguns casos, de empregadas domésticas ou babás, geralmente, são profissionais
que desconhecem o Todo Poderoso como Senhor. Há também pais que, para
livrarem-se e ocuparem os filhos, os colocam diante da TV sem a devida
vigilância quanto à programação. Quando a rebeldia, a falta de educação,
desobediência, e outras manifestações ruins, aparecem, surgem as perguntas:
Porque são assim? Porque não gostam do Senhor? Onde errei? Etc.São assim, pois
o inimigo os tem influenciado e construído o caráter!
PAIS, HÁ NA SAGRADA
ESCRITURA UM ALERTA MUITO SÉRIO, VEJA:
“Se eu disser que um homem
mau vai morrer, mas você não o avisar para que mude o seu modo de agir e assim
salve a sua vida, aí ele morrerá, sendo ainda pecador. Nesse caso eu
considerarei você como responsável pela morte dele. Porém, se você avisar o
homem mau, e ele não parar de pecar, ele morrerá como pecador, mas você
viverá.” Ez 33.8,9
É comum aplicar-se estas
palavras a várias situações, mas, deve-se observá-las também em relação às
crianças que foram criadas irresponsavelmente, sem a devida e genuína educação
espiritual ungida pelo Espírito de Deus. Os pais negligentes às ordenanças do
Senhor, hão de responder diante do Trono pelos seus pecados. Pais, estejam
atentos, não crie filhos para o diabo.
OUÇA
O MANDAMENTO DO SENHOR:
“ Guardem sempre no coração
as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos.
Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se
levantarem. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para não se esquecerem
delas; e as escrevam nos batentes das portas das suas casas e nos seus
portões.” Dt 6.6-9
Exemplos de pais que
negligenciaram a criação de seus filhos não nos falta, os encontramos na Bíblia
e também, facilmente vê-se dentro das igrejas. Pastores, Presbíteros e outros
que foram “bons crentes” a vida toda, tem a infelicidade de verem seus filhos
serem rebeldes em relação ao Senhor. Onde erraram?
NO
MENOSPREZAR OS ENSINAMENTOS DIVINOS E SUBESTIMAR O MALIGNO!
O tempo de ser crente ou
como dizem “crentes carnais” na verdade nunca existiu, foi apenas mais uma
lacuna enganosa que o maligno abriu para satisfazer os desejos pecaminosos de
alguns que preferem viverem segundo o mundo. É necessário que o homem crente,
seja acima de tudo santo e que desenvolva comunhão verdadeira com o Senhor,
cheio do Espírito Santo e ouvinte da voz do Mestre, atendendo-O em tudo que é
determinado.
E para que aja vitória na
criação dos filhos é indispensável ser Servo Fiel. Estes, receberão do Espírito
Santo a sabedoria e capacitação necessária para os disciplinarem segundo o
coração de Deus.
É uma missão que deve ser
realizada com todas as forças, e quando se dispõe a isto, ela não é tão penosa
quanta aparenta, pois, a nossa capacitação vem do Alto. Os ensinamentos divinos
devem ser observados e praticados.Sejam abençoados
PAIS,
CRIANDO FILHOS PARA O SENHOR!
Os pais são os representantes
de Deus, e a obra de preparar os filhos tanto para esta vida como para a vida
eterna, pertence aos pais. Porque o lar é a primeira escola, e os pais os
primeiros professores. Já nos tempos do Antigo Testamento Deus instruiu os pais
de família, dizendo: "Estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu
coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa,
e andando pelo caminho, e ao deitar-se e ao levantar-se. Também as atarás como
sinal na tua mão e serão por frontal entre os teus olhos. E as escreverás nos
umbrais de tua casa, e nas tuas portas". Deuteronômio 6:6-9 Mais de mil e
quinhentos anos mais tarde, o apóstolo Paulo escreveu: " Pais, não
provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestações do
Senhor." Efésios 6:4
Quando se deve começar a
educação? Na infância evidentemente. Logo que uma criança é capaz de formar uma
idéia, deve começar sua educação. Educação quer dizer o processo pelo qual a
criança é instruída, desde o berço à infância, da infância à juventude, e da
juventude à maturidade. A Palavra de Deus recomenda: "Ensina a criança no
caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará
dele." Provérbios 22:6 "As lições que a criança aprende durante os
primeiros sete anos de vida, tem mais a ver com a formação do seu caráter, que
tudo o que ela possa aprender nos anos posteriores." Orientação da
Criança, 193. Na verdade os três primeiros anos são os mais expressivos, daí a
importância da companhia da mãe de maneira especial nesta etapa da vida da
criança. Os componentes do relacionamento nos primeiros anos não podem ser
supridos por mães substitutas, ou mesmo por creches. O papel desempenhado pela
mãe nos primeiros anos tem efeito decisivo sobre a inteligência da criança. Em
resumo: o papel dos pais e principalmente o da mãe, na educação dos filhos, é
da mais alta importância e insubstituível.
QUE
LIÇÕES DEVEM SER ENSINADAS AOS FILHOS?
A primeira lição que deve
ser ensinada à criança é que Deus é o nosso pai. O pai e mãe terrestres, são
representantes do Pai celestial. Esta é uma grande responsabilidade que repousa
sobre os pais. Devem ensinar à criança que Deus é amor e que Ele é também a
fonte de todo o bem, devem os pais ensinar ao bebê, à criança e ao jovem, o
amor de Jesus. Outro ensino fundamental a ser ensinado é o amor ao próximo.
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo é das regras
mais importantes da vida.
Em segundo lugar deve-se
ensinar à criança, as lições de obediência e respeito aos pais, bem como o
domínio próprio. Pais que deixam passar vários anos para depois ensinar aos
filhos que devem ser obedientes, estão perdendo a chance de educar, pois depois
dos primeiros anos se torna impossível ensinar lições de obediência. O santo
Livro diz: "A criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe. . .
Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará delícias à tua alma."
Provérbios 29:15 e 17.
Em terceiro lugar deve-se
ensinar á criança, lições sobre saúde. A importância de ingerir alimentos
saudáveis, em horas certas; o asseio pessoa; o dormir em ambiente ventilado; o
evitar o uso de drogas que destroem a saúde, como o fumo o álcool e os tóxicos
em geral. As potencialidades de uma criança podem ser incalculáveis. Se os
filhos forem bem educados, poderão ser uma alegria para os pais, uma bênção
para a comunidade e acima de tudo, honra e glória para Deus.
Um outro elemento que deve
fazer parte da educação da criança é o espírito de serviço. A criança deve ser
estimulada a auxiliar o pai e mãe, estimulada a ser abnegada e dominar-se a si
mesmo. Os nossos filhos são um precioso tesouro que o céu nos confiou. No Salmo
127:3, A Bíblia diz que os filhos são a herança do Senhor. Uma grande educadora
escreveu o seguinte: "Os pais devem ser a mão humana de Deus, preparando a
si mesmos e aos filhos para a vida sem fim. É como se Deus nos dissesse:
Eduquem esta criança para mim, a fim de que ela possa um dia brincar nas cortes
eternas." Poderia citar vários exemplos de crianças que foram educadas
dentro dos padrões da orientação de Deus.
VAMOS
CITAR APENAS DOIS EXEMPLOS:
Moisés - Tornou-se o líder
do povo de Deus. Como historiador, poeta, filósofo legislador e líder - excedeu
todos o homens da antiguidade.
Samuel - Dedicado a Deus
desde a concepção. Serviu a Deus nos dias dos primeiros reis de Israel.
Tornou-se um grande profeta do Senhor. Certa vez numa igreja, o ancião chegou
ao pastor e propôs um severo castigo para dois meninos que estavam estragando
um tapete do tempo. - Deixe os meninos disse o pastor: Uma polegada de meninos
vale mais que quilômetros de tapetes. Amados pais: Nosso filhos são preciosos
presentes de Deus. São a herança do Senhor. Como pais, devemos saber que um dia
Deus vai perguntar: "Onde está o rebanho que te foi confiado, o teu lindo
rebanho?" Jeremias 13:20.
Ou em outras palavras: Onde
estão os filhos que eu te dei? Cada um de nós terá que responder, queiramos ou
não. Permita Deus, que nossa resposta possa ser a que está em Isaías 8.18,
"Eis-me aqui, e os filhos que o Senhor me deu." Repetida em outras
palavras em Hebreus 2:13: "Eis aqui eu, e os filhos que Deus me deu."
Logo Jesus voltará a este mundo para reunir a família da terra com família do
céu. Cada filho da família terrestre deverá receber as boas vindas no lar de
glória. Permita Deus que todos nós, pais e filhos sejamos recebidos por Jesus
quando Ele vier. O meu grande desejo é que vocês pais possam ser abençoados ao
educar.
E um dia Deus os recompense
com a herança do Senhor. Uma Herança Celestial Você está encontrando
dificuldades para educar o seu filho, ou sua filha? Alguma vez já pensou que
talvez seria melhor não tido filhos? Você fica preocupado com o futuro de seu
filho ou sua filha? Havia um príncipe árabe que ficava espantado com as
reclamações que seus colegas casados faziam, relacionadas com a educação dos
filhos. A todos, ele dizia, que tinha seis regras infalíveis para educar os
filhos. Passados alguns anos ele se casou. Depois de um certo tempo de casado,
em conversa com seus amigos, um deles recordou-lhe o assunto das seis regras
infalíveis e perguntou como elas eram aplicadas, já que agora ele tinha filhos.
O príncipe sorriu, e após
alguns instantes condenou-se , dizendo: "eu agora tenho 6 filhos e nenhuma
regra. Educar filhos, quando não se tem filhos é fácil, assim como é mais fácil
educar os filhos dos outros. Embora haja dificuldades no lidar com as crianças,
elas estavam no plano de Deus desde a criação. Em Gênesis 1:27-28, a Bíblia na
Linguagem de Hoje declara: "Tenham muitos e muitos filhos.
" Aquele que deu Eva a
Adão por companheira. . .ordenou que homens e mulheres se unissem em santo
matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem
reconhecidos como membros da família celestial. Na Europa, que é o continente
que foi duramente afetado pelas duas guerras mundiais os pais estão diminuíndo
ao máximo o número de filhos. Na Alemanha, o país que mais sofreu com os
horrores das guerras está se tornando um país de velhos. Em muitos países um
bom número de hotéis aceitam cachorros, mas não concordam em hospedar crianças.
Na Bíblia lemos: "Herança do Senhor, são os filhos; o fruto do ventre, seu
galardão." Salmo 127:3.
Mas o que significa: Os
filhos são a herança do Senhor? O significado da palavra herança é algo passado
para descendentes esperando que eles administrem, como o mesmo empenho dos
antepassados. Os Filhos são a herança do Senhor. Vieram das mãos do Senhor e
são confiados aos cuidados dos pais. E Deus, espera receber os filhos das mãos
de seus pais, na volta de Cristo. Os filhos são entregues aos seus pais como um
precioso depósito, o qual Deus requererá um dia de suas mãos. Devemos dedicar à
sua educação mais tempo, mais cuidado e mais oração. Uma boa parte dos filhos
são apenas colocados no mundo e a partir de então eles próprios tem que tomar
as suas decisões Toda casa, para progredir deve ter uma legislação própria.
Cabe aos pais definir as leis da casa e torná-las conhecidas dos filhos.
Cabe aos filhos seguí-las
totalmente. Deus deu aos pais toda a autoridade necessária para a educação dos
filhos. A Bíblia declara: "Coroa dos velhos são os filhos dos filhos, e a
glória dos filhos são os pais." Provérbios 17:6 "Filhos que desonram
e desobedecem aos pais e não levam em conta seus conselhos e instruções não
podem ter parte na terra feita nova. A terra purificada nãos será lugar para
filhos rebeldes, desobedientes e ingratos. Nenhum transgressor pode herdar o
reino de Deus." LA 294: 2,3. Na Bíblia encontramos uma história de um pai
que tinha sérios problemas com os seus filhos. Esta história está relatada em I
Samuel, capítulo 2.
Eli era sacerdote, juiz e
pai em Israel. Como sacerdote e juiz, Eli ocupava as mais altas posições e
responsabilidades diante de Israel. Nestas funções, ele era olhado como exemplo
e exercia grande influência sobre as tribos de Israel. Como pai Eli tinha
sérios problemas. Ele não governava bem a sua casa: Era um pai transigente, em
vez de contender com eles ou castigá-los submetia-se às suas vontades e os
deixava seguir seu próprio caminho. Não corrigia os maus hábitos e paixões de
seus filhos. Por amar a comodidade, considerou a educação de seus filhos como
algo de pouca importância. Eli não dirigiu sua casa segundo as regras de Deus
para o governo da família. Seguiu seu próprio juízo. Ele deixou de tomar em consideração
as faltas e os pecados de seus filhos em sua meninice, comprazendo-se com o
pensamento de que após algum tempo eles perderiam suas más tendências. Muitos
hoje estão a cometer erro semelhante.
Julgam que conhecem um meio
melhor para educar os filhos. Não procuram a sabedoria de Deus através de Sua
Santa Palavra. Esperam que os filhos fiquem mais velhos, para que assim possam
entende-los. Fazendo assim, os maus hábitos dos filhos são fortalecidos até se
tornarem uma segunda natureza. Os filhos crescem sem sujeição, com traços de
caráter que são para eles uma maldição por toda a vida, e que podem
reproduzir-se em outros. Por causa da negligência de Eli, seus filhos não
seguiram o caminho que deveriam ter seguido. O final para Eli foi muito triste.
Quando soube da morte de seus filhos e do desaparecimento da Arca de Deus, foi
tão grande o susto que Ele levou, que caiu de uma cadeira, quebrou o pescoço e
morreu.
Hoje eu posso estar falando
à pais que estão desesperados por que não sabem mais o que fazer com seus
filhos rebeldes. Ou também posso estar falando para jovens que estão esperando
o primeiro filho, e que estão ansiosos de como devem agir em relação à educação
do bebê que irá nascer, ou então para pais que tem filhos pequenos, e desejam
dar uma melhor educação para seus filhos. Creiam, o maior desejo de Deus, é que
devolvamos os nosso filhos, a herança que Ele nos deu, no dia da volta de
Cristo. Para isso é preciso que busqemos a sabedoria que vem do alto. Com toda
certeza o Pai que está no céu nos dará o conforto. Deus em seu infinito amor
nos mostrará como agir, como falar como os nossos filhos e como ensiná-los no
caminho que conduz à eternidade.
NAMORAR,
FICAR E TRANSAR ?
O
HOMEM UM SER SOCIAL
O ser humano foi criado para
viver em comunhão: primeiro, com o seu Criador (relação vertical); e, depois,
com os seus semelhantes (relação horizontal). Na verdade, esse é o plano divino
para nossas vidas. Foi o próprio Senhor Deus quem declarou: "Não é bom que
o homem esteja só..."(Gn. 2: 18). Lemos, ainda, na Sua Palavra que
"Melhor é serem dois do que um..." (Ec 4:9). Portanto, a solidão se
opõe ao plano divino, e, por isso mesmo, resulta em várias feridas na alma,
tais como: sentimento de desconforto, de inutilidade; auto-estima baixa;
depressão; ausência de laços afetivos; prostração; e, até mesmo, saudade.
Para vencer a solidão,
precisamos de amizade, simpatia, empatia, cooperação, namoro, casamento.
Sentimos necessidade de amizade verdadeira, de alguém que chegue quando todos
saem, isto é, alguém que permaneça ao nosso lado quando mais ninguém está. Mas,
por outro lado, a solidão não pode levar a pessoa a aceitar qualquer tipo de
relacionamento. Quantas vezes já se ouviu: "Ruim com ele (ela), pior sem
ele (ela)..." ? Obviamente tal afirmativa não pode expressar uma verdade,
não é mesmo?
O
QUE É FICAR ?
Atualmente, a palavra
"namoro" está fora de moda...para alguns. Agora, a maioria
adolescentes e jovens "ficam". O que é há de diferente?
Já vimos que o namoro é um
momento muito importante na vida da pessoa. ficar, segundo o que os jovens
definem é “passar tempo com alguém, sem qualquer compromisso. Pode, ou não,
incluir intimidades, tais como: beijos, abraços e mesmo, relações
sexuais." Portanto, o ficar nada tem a ver com o namorar. Infelizmente,
quando um jovem fala sobre "namoro", no sentido sério da palavra,
torna-se, muitas vezes, alvo de piada e gozação, por parte dos colegas. Isso é
um resultado (da distorção dos valores morais que vem sendo feita,
principalmente pelos meios de comunicação). Nossos jovens sofrem a influência
da mídia que apregoa a sensualidade e a liberação dos impulsos, sem censuras
como forma de atuação prazerosa e mais autêntica, mais satisfatória. Tal
comportamento leva à promiscuidade sexual, com suas tristes conseqüências.
Na década de 60 (no Brasil,
a partir de 70/80), começou uma revolução sexual na Europa, enfatizando que
homens e mulheres podiam desfrutar de direitos iguais, inclusive no "sexo
livre". O que importava era a satisfação pessoal; a sensação do momento, sem
a necessidade de qualquer ligação de sentimentos entre os parceiros. A queda,
de lá para cá, foi vertiginosa e, assim, o namoro foi sendo deixado de lado e
houve grande adesão ao ficar. Os jovens são pressionados a abandonar hábitos
conservadores e a adotar as práticas pecaminosas ditadas pela cultura social.
Embora, aparentemente, haja
muitas vantagens no “ficar", as desvantagens, especialmente para a mulher,
são inúmeras também. Entre elas, podemos mencionar o fato de que ela vai ficar
mal vista, mal falada, vai estar sujeita a uma gravidez indesejada, enfim
muitas são as tristezas. É importante que você, mulher, se lembre de que não é
um objeto descartável: usado agora, jogado fora depois. Infelizmente, os jovens
evangélicos são alvo da mesma pressão e da mesma gozação. Por isso, apenas uma
minoria discorda dos padrões e das práticas pecaminosas ditadas pela cultura
secular. Os jovens -homens e mulheres -principalmente os que querem levar Deus
a sério em suas vidas, precisam observar, cuidadosamente, o que Ele diz em Sua
Palavra, antes de envolver-se com alguém. É óbvio que o "ficar" não
deve ser uma prática para esses jovens.
E O
TRANSAR ?
Este é um tema que tem sido
alvo de muitos debates e discussões. Parece que agora, é muito
"careta" quem não transa, não é mesmo? Por isso, as pessoas que ainda
querem ser sérias nos seus relacionamentos, acabam passando por situações bem
desagradáveis. São objeto de gargalhadas de ironias, de dúvida por parte de
colegas, de escola ou de trabalho - de pessoas mais velhas e - pasmem! - de
”irmãos e irmãs” da igreja. Além disso, as jovens ficam com medo de
"perder" aquele rapaz "lindo e maravilhoso" e cedem à
tentação, quando ele diz: "Querida, prove que me ama realmente e transe
comigo... "Este é o golpe mais velho e mais baixo que existe! Ele, na
verdade, não a ama, não está nem um pouco preocupado com ela nem com as
conseqüências que ela - apenas ela - vai enfrentar! Ele só quer se divertir com
o corpo dela! A única resposta para esse convite é a mesma de sempre: "Se
você realmente me ama, poderá esperar pelo casamento.” Muitos jovens cristãos
acabam cedendo às pressões da mídia , dos colegas, dos amigos e começam a achar
que o que todo mundo faz é que está certo e que eles não podem se apresentar
como seres alienígenas. Passam a viver "uma vida dupla: na igreja, são os
'certinhos'; fora dela, agem conforme seus desejos mandarem."
Mas a Palavra de Deus
condena o "transar", pois afirma que a relação sexual é um privilégio
do casamento. Na verdade, ela é a terceira etapa, e não a primeira. "Em Gn. 2:24, lemos: 'Por isso deixa o
homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.'
Desde Adão e Eva, o próprio Deus ordenou que houvesse uma formalização do
compromisso matrimonial, através do 'deixar pai e mãe', com a bênção destes que
são autoridades, sobre nós, enquanto solteiros. Além destas autoridades,
devemos obediência às leis do nosso país. Num segundo passo, o homem 'se une à
sua mulher'. A referência é àquela mulher com quem vai se casar, e não a
qualquer mulher que se olhar na rua. Assim, numa terceira etapa, os dois serão
'uma só carne'. Só após as duas primeiras terem sido cumpridas, é que vem a
hora da relação sexual, e não antes. Esta idéia existe tanto no Velho como no
Novo Testamento, pois este versículo é citado por Jesus (Mt. 19:5) e por Paulo
(I Co. 6: 16)."
Deus não estimula, de jeito
algum, a "transa". Muito pelo contrário. Várias passagens bíblicas,
condenam o relacionamento sexual fora do casamento: At. 15:29; 21 :25; I Co. 6:
13-18; II Co. 12:21; I Ts. 4:3- 5. Entretanto, Hb. 13:4, Deus valoriza o
casamento. Lemos ali: "Digno de honra entre todos, seja o matrimônio, bem
como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros". Deus
também aprova a relação sexual dentro do casamento. "Para o povo judeu, a
relação sem pecado, era aquela em que as pessoas entravam virgens para o
casamento, como descrito em Dt. 22:13-21."
Querida jovem, sei que você
precisa de muita força para enfrentar tudo o que o mundo está exigindo e
oferecendo para você. Entretanto, procure se fortalecer com a Palavra de Deus,
ocupar sua mente e seu tempo com coisas boas e aceitar o desafio de ir contra a
maioria. Lembre-se de que quando sabemos que somos amados pelo que somos, e não
pelo nosso físico, tornamo-nos mais saudáveis mentalmente e nos expressamos
mais livremente, porque já não tememos a rejeição. já não precisamos nos
preocupar em como vamos agradar o nosso companheiro. Lembre-se. também do que
dizem as Escrituras em Eclesiastes 12:1 "Não deixe o entusiasmo da
mocidade fazer com que você esqueça seu Criador. Honre a Deus enquanto você é
jovem, antes que os dias maus cheguem, quando você não vai mais ter alegria de
viver."
A
ORAÇÃO AINDA É ESSENCIAL
Depois de considerar,
racionalmente e não emocionalmente apenas, se a pessoa que você escolheu é
alguém com quem você gostaria de passar toda a sua vida leve o assunto para
Deus em oração. Há um hino que diz que não precisamos perder a paz quando
levamos nossos problemas ao nosso amigo Jesus, pois Ele sempre nos atende em
oração. Espere pelo Senhor (Salmo 27: 14). Ele sempre sabe o que é melhor para
você. Nunca tome uma decisão nunca inicie um envolvimento sem ter certeza de
que Deus está abençoando esse relacionamento, de que é aprovado por seus pais e
de que você ama realmente aquela pessoa. Com certeza, você será bem sucedida na
escolha que fizer.
O
FIM DO NAMORO É O CASAMENTO
A finalidade, o objetivo do
namoro é o casamento; mas o casamento não é o fim do namoro. Na verdade, o
namoro deve continuar pelo resto da vida a dois. O namoro continua sendo muito
importante dentro do casamento. Quando o fim do namoro é o casamento, grandes
são as chances desse casamento desmoronar.
É interessante que, durante
o período de namoro, muitas são as juras de amor eterno, os presentes, os
programas, as roupas bonitas, os penteados cheios de cuidados, os perfumes, as
gentilezas etc. Entretanto, aqueles que consideram que o fim do namoro é o
casamento, abandonam todas ou quase todas essas práticas e passam a agir de
modo totalmente inverso! Essa é uma das razões pela qual os casamentos acabam
durando muito pouco. É preciso continuar perdoando, amando, protegendo e
valorizando o cônjuge. Muitos maridos passam a agir exatamente como agiriam
após haverem "transado" com a namorada - isto é, passam a tratar a
esposa com indiferença, sem qualquer interesse nela. Por outro lado, as
mulheres também, muitas vezes, perdem todo o encanto, pois já não se arrumam
como se arrumavam, já não usam aquele perfume que o namorado tanto apreciava
(quando não ficam mal-cheirosas), esquecem-se de que o seu corpo é "o
templo do Espírito Santo" e deixam de cuidar dele, tornam-se relaxadas com
tudo. Tanto o marido como a mulher precisam estar atentos para que o namoro
tenha sua continuação no casamento. Esposas continuam gostando de ganhar um
presente, de receber flores, de sair para jantar, de ouvir elogios sobre sua
aparência etc., exatamente como quando eram namoradas. Os esposos, por sua vez,
continuam gostando de ver sua "namorada" com os cabelos penteados, limpas,
cheirosas, de comer algo feito especialmente para ele, de ouvir palavras de
amor. "Lembre-se de que a frase Eu amo você! , dita sincera e
freqüentemente, afofa o terreno do relacionamento e pré-dispõe o aprofundamento
de raízes.
O
QUE É ADULTÉRIO ?
O adultério é expressamente
proibido no sétimo mandamento, “Não adulterarás.” (Ex 20.14 e Dt 5.18)
MAS,
O QUE É MESMO ADULTÉRIO?
A definição é claríssima:
“Infidelidade conjugal; amantismo, prevaricação.”
O diabo tem investido alto
na grande missão de tornar o adultério algo comum, normal, aceitável por todos.
Veja-se, por exemplo, os filmes, programas e em especial as novelas nacionais,
o adultério esta sempre presente; transmitindo uma imagem de correto ou de
solução para problemas conjugais; a forma que é traçada as cenas, induzem aos
telespectadores a aceitar e a torcer pelo casal adultero. É o diabo plantando
no subconsciente coletivo a idéia desta prática, é lamentável, mas, tem sido
muito bem sucedido em suas investidas.
No meio cristão, o adultério
tem encontrado lugar, não é raro surgirem comentários estarrecedores desta
prática em igrejas, abalando a boa moral da obra do Senhor.
O
QUE LEVA O SERVO DO SENHOR A CAIR EM TAIS SITUAÇÕES?
A
RESPOSTA MAIS ACERTADA SERIA: “FALTA DE VIGILÂNCIA!”
O Senhor nos alerta a
estarmos vigilantes: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o
espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt 26.41) O diabo está muito próximo (Sede sóbrios e
vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge
procurando alguém para devorar. 1Pe 5.8), ávido por brechas através da quais
acessa o homem e o influencia a agir segundo a carne. O Adultério tem sua
principal causa na falta de vigilância, o pecado abre acesso para a ação
maligna na vida.
Há inúmeros fatores que
facilitam ao cônjuge permitir que pensamentos impuros surjam em suas mentes,
quando alimentados produzem o ato.:
MÁS
COMPANHIAS:
“Felizes são aqueles que não
se deixam levar pelos conselhos dos maus, que não seguem o exemplo dos que não
querem saber de Deus e que não se juntam com os que zombam de tudo o que é
sagrado!” (Sl 1.1 NTLH)
É preciso que saibamos
escolher as pessoas que vamos constituir como amigos. Jamais devemos criar
laços de amizades com pessoas que reconhecidamente são indignas, e, que vivem
segundo os impulsos deste mundo pervertido. Há um provérbio popular que exprime
grande sabedoria e realidade, observe:
“DIGA-ME
COM QUEM ANDAS E DIREI QUEM ÉS!”
Quem são teus amigos?
Companheiros? Confidentes? Conselheiros? Orientadores? Devemos possuir a mente
de Cristo e apenas os cheios do Espírito Santo possui a mente de Cristo e estão
aptos a serem o nosso próximo, muito próximos. É necessário que haja limites e
discernimento no agir.
CONCUPISCÊNCIA
DOS OLHOS:
“Mas eu lhes digo: quem
olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração.”
(Mt 5.28 NTLH)
O Senhor Jesus falando às
multidões faz referência ao adultério e foi taxativo ao afirmar: “Quem olhar
uma mulher (homem) com desejo sexual, já adulterou com ela (ele)” este texto se
aplica com o mesmo valor às mulheres.
Amados de Deus, se não tens
estrutura suficiente para resistir aos desejos que surgem no interior, a melhor
solução é evitar freqüentar determinados locais (praias, piscinas, etc). Jesus
completa dizendo: “Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque,
arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o
corpo inteiro ser atirado no inferno.” (Mt 5.29 NTLH). Na realidade o Senhor
não quer que você extirpe o olho, mas, que saiba usá-lo, que não seja
instrumento de pecado. Se não tens força o suficiente, evite!
FALTA
DE SABEDORIA DO CÔNJUGE:
“Que os dois não se neguem
um ao outro, a não ser que concordem em não ter relações por algum tempo a fim
de se dedicar à oração. Mas depois devem voltar a ter relações, a fim de não
caírem nas tentações de Satanás por não poderem se dominar.” (1Co 7.5 NTLH)
O sexo é uma prática que
deve ser normal no seio do casamento, sua ausência por algum tempo, necessita
do consentimento do cônjuge. Infelizmente, a falta de sabedoria tem encontrado
lugar em muitas vidas e regras quanto à freqüência das relações sexuais são
inventadas e determinadas como lei, a conseqüência é o surgimento de intrigas,
que abrem brechas para a ação do maligno; este possui em suas mãos todo um
universo de sexo a oferecer. Irmãos queridos ouçam as palavras ungidas do
Apóstolo Paulo e deixem que o óleo do
Espírito Santo seja derramado sobre vossas vidas.
A
PALAVRA ADULTÉRIO É USADA TAMBÉM, FIGURADAMENTE PARA EXPRIMIR A INFIDELIDADE DO
POVO ELEITO PARA COM DEUS.
A pratica do sexo é restrita
aos casais casados. Os solteiros que mantém uma vida sexual ativa estão em
pecado e são destituídos da glória do Senhor.
O mandamento do Senhor para
conosco é que sejamos santos! Firmes! (“Portanto, tomai toda a armadura de
Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo,
permanecer inabaláveis.” Ef 6.13) o suficiente para não sermos abalados por
nada que se levante contra a vida, enquanto, passamos por esta terra. Os
costumes comuns aos filhos dos homens, jamais deve, encontrar lugar na vida dos
filhos de Deus.
“Em todas essas situações
temos a vitória completa por meio daquele que nos amou. Pois eu tenho a certeza
de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os
anjos, nem outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o
futuro; nem o mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não
há nada que possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo
Jesus, o nosso Senhor.” Rm 8.37-39
VIRGINDADE,
SAIBA MANTÊ-LA!
É muito natural, hoje em
dia, que um casal de noivos durma junto para testar o relacionamento dos dois:
“Devemos ou não nos casar?” Esta maneira de agir do mundo é correta? Há pessoas
que estão vivendo juntas há 10 ou 15 anos e parece estar dando certo (isto é o
que eles dizem).Vejamos algumas razões que nos mostram que esta maneira de
pensar do mundo está contra os planos de Deus para a nossa completa felicidade
no casamento:
POR
QUE SEXO ANTES DO CASAMENTO NÃO NOS FARÁ CONHECER O VERDADEIRO AMOR?
Quando estamos fora do
centro da vontade de Deus, aquilo que estamos planejando para nossa vida não
pode dar certo. Em 1Tes 4:3 a Bíblia nos diz: “Porque esta é a vontade de Deus,
a vossa santificação; que vos abstenhais da prostituição;” .Deus não aprova o
sexo fora do casamento.O homem pode até dizer que é liberal, que não acha nada
demais haver o sexo pré-nupcial, mas, bem no íntimo de sua alma, ele prefere se
casar com aquela moça pura, obediente à Palavra de Deus e que se guarda para o
seu marido que a conhecerá na noite de núpcias.Muitos desses noivos liberais,
quando conseguem o que querem da noiva ficam achando que ela já praticou sexo
com algum ex-namorado. O que prova o contrário?Moça, procure chegar até seu
esposo de cabeça erguida, sem ter de que se envergonhar, fiel não só a ele mas
principalmente ao Senhor que foi o criador do sexo que é lindo e puro dentro do
casamento.
PORQUE
SEXO ANTES DO CASAMENTO NOS AFASTA DO PERFEITO PLANO DE DEUS?
Não devemos ver o sexo como
um simples prazer de momento, ou como um ato físico, mas como a união entre
duas pessoas numa só. É um ato tão íntimo que podemos dizer que parte de você
fica com ele e parte dele fica com você.Se você já teve relação sexual com
outro, então quando você se casar não poderá dar a seu marido , ou vice-versa,
100% de você porque parte de você já ficou com outro (a). Deus fez você para
ser única e exclusivamente de seu marido. É este o Seu plano.
COMO
ME VEJO APÓS TER RELAÇÃO SEXUAL ANTES DE ME CASAR?
Em 1Cor 7:8,9, a Bíblia nos
diz que é melhor casar-se do que abrasar-se. Ainda em 1Cor 7:32, ela nos diz
que o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor. A Palavra de Deus
chama de fornicação ao sexo pré-nupcial.Tanto o homem como principalmente a
mulher se desvalorizam se fazem sexo antes do casamento. Viver juntos antes de
se casarem, faz com que apareçam um sem número de problemas. A situação se
torna tensa. Surge um clima de insegurança e de desconfiança, aparecem pressões
no relacionamento, auto desvalorização e o que é pior... Aos olhos de Deus,
eles fornicaram.
COMO
ME SINTO APÓS TER RELAÇÃO SEXUAL ANTES DE ME CASAR?
Temos que admitir que o
“sentimento de culpa” que, muitas vezes, vive dentro de nós, se deve ao fato de
sermos pecadores, miseráveis e de não seguirmos os conselhos bíblicos de nosso
Deus Santo que sempre quer o melhor para nós. No livro “Resposta Francas a
Perguntas Honestas” de Jaime Kemp, um jovem diz o seguinte: “Sou crente em Jesus,
filho de pastor e presidente da União de Mocidade da minha igreja. Isto também
é uma das causas do tremendo sentimento de culpa, do qual não consigo me
libertar. Toda esta angústia deve-se a um fato ocorrido há quase um ano e meio
atrás. Por alguns meses, mantive relações sexuais com a esposa do regente do
coral de nossa igreja. Foi uma experiência amarga. O sentimento de culpa
tornou-se insuportável e nos fez terminar com aquele vínculo ilícito. As
conseqüências porém, têm sido terríveis.
Perdi a paz, a alegria em
servir a Deus e a ousadia de testemunhar sobre Jesus. Passei, inclusive, a
sentir dúvidas sobre minha salvação. Por favor, me ajude!” Este exemplo não é,
na verdade, sobre um fato que aconteceu entre dois noivos mas entre um jovem e
uma mulher casada. Mas o que queremos focalizar aqui é o sentimento de culpa
que surge quando estamos fora da vontade de Deus, quando estamos em pecado. Mas
graças ao nosso Deus que nos ama e nos perdoa se confessarmos os nossos pecados
e mostrarmos um arrependimento genuíno (veja 1Jo 1:9).
O
QUE SURGE FATALMENTE APÓS UMA RELAÇÃO SEXUAL ANTES DO CASAMENTO?
Uma Grande Decepção
Geralmente, é mais a mulher que sonha em um dia ficar a sós com a pessoa que
“ama” e se entregar de corpo e alma pensando que vai ter momentos muito
prazeirosos. Mas, com a pergunta: “Para vocês a experiência sexual foi
agradável,desagradável ou uma decepção?”, num levantamento feito em uma clínica
de mães solteiras, chegou-se à seguinte conclusão: 50% disseram que foi uma
decepção; 30% disseram que foi desagradável e revoltante, enquanto só 20%
responderam que foi agradável. 1Tes 4:4,5 nos diz: “Que cada um de vós saiba
possuir o seu vaso em santificação e honra; Não na paixão da concupiscência,
como os gentios, que não conhecem a Deus.”
QUE
RISCOS VOCÊ CORRE SE TIVER RELAÇÃO SEXUAL ANTES DO CASAMENTO?
O sexo antes do casamento é
arriscado sob vários aspectos: doenças venéreas, aids...As doenças venéreas
podem causar infecções sérias, cegueira e até a morte. A aids, depois de muito
sofrimento, causa a morte. E o pior é que pode ser transmitida para os filhos
com os mesmos efeitos. Veja o que pode acontecer com você: “Marta, uma jovem
crente, era noiva de Tiago, presidente do jovem de uma igreja muito
conceituada, de doutrina firme, e de comunhão invejável. Por causa do “amor”
que havia entre ambos e dos carinhos, que cada vez ficavam mais audaciosos,
decidiram dormir juntos e esqueceram qual era a vontade de Deus com relação a
duas pessoas solteiras. E tudo foi mais ou menos assim: MARTA dormiu com TIAGO
que tinha dormido com HELENA e com MARIA que tinha dormido com JOSÉ que tinha
dormido com 5 prostitutas (duas delas tinha AIDS). Por causa de uma noite de
amor e prazer com o noivo crente (ela tinha certeza que não havia perigo
nenhum), Marta contraiu o vírus da Aids.
SERÁ
QUE SUA VIDA PODE MUDAR COMPLETAMENTE APÓS TER RELAÇÃO SEXUAL ANTES DO
CASAMENTO?
Ao visitar um lar de mães
solteiras podemos ver o desespero refletido em cada rosto. São jovens que não
sabem como enfrentar o futuro; não sabem se um dia conhecerão o verdadeiro amor
e se constituirão um lar.A jovem crente deve colocar seu namoro nas mãos do
Senhor. Quando ela começa a pensar que é senhora de tudo, que sabe o que está
fazendo é, então, que o inimigo de nossas almas começa a agir. E é aí que ela
começa a fazer o que não deve e, de repente, pode descobrir que está grávida.A
gravidez pode acontecer com qualquer pessoa e esta pessoa pode, até mesmo, ser
você. E, quando isto acontece, você pode trazer dentro de você uma criancinha
que já a partir do 28o dia de fecundação tem o coração já a palpitar.
No 30º dia, quase todos os
órgãos já começaram a funcionar. Antes mesmo de você descobrir que está grávida
o seu bebê já é uma pessoa e se você pensar em abortar você estará matando o
seu filho. Sl 139:13-16 diz: “Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no
ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão
maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe
muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e
entretecido nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda
informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em
continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.”Quando a gravidez
é descoberta, começam a surgir os problemas: vergonha, despreparo financeiro e
ressentimento mútuo.Mesmo sabendo que Deus nos perdoa, devemos evitar tamanhos
transtornos.
SERÁ
QUE IMAGINAMOS O TAMANHO DOS PROBLEMAS QUE PODEM SURGIR SE NAS RELAÇÕES SEXUAIS
ANTES DO CASAMENTO?
Nunca tenha certeza de que o
rapaz que você “ama” e que diz que a “ama” se casará com você quando souber que
você está grávida. O homem, mesmo aquele liberal, prefere se casar com a moça
que guardou a sua virgindade para ele. Na sua maioria, o homem quer ser o
primeiro.Deus foi, é e será sempre o mesmo. Para Deus não existem frases como:
“Agora é tudo diferente...!”, “Antigamente é que se pensava assim!”, “Agora é
tudo natural, temos que nos conhecer bem para não darmos um passo errado!”.Veja
que problemão você arranjou: Você descobre que está esperando um filho de seu
noivo e ele lhe diz: “Será que este bebê não é de outro?” Ou “Não, não quero me
casar com você, pois não a amo”!. E quanto a seus pais? Como enfrentá-los? E
quanto a igreja? Como encará-la? E quanto a Deus? De todos os problemas, este é
o mais grave! O seu pecado não foi contra ninguém mas somente contra Deus. Veja
o que o rei Davi disse a Deus em Salmos 51:4: “Contra Ti, contra Ti somente
pequei, e fiz o que é mal à Tua vista.”.
SERÁ
QUE A INCOMPATIBILIDADE NO CASAMENTO SURGE QUANDO NÃO ACEITAMOS O PLANO DE DEUS
EM NOSSA VIDA E MANTEMOS RELAÇÕES SEXUAIS ANTES DO CASAMENTO?
Como nos enganamos em pensar
que sabemos o que é o amor! Muitas vezes, nos entregamos de corpo e alma ao
nosso noivo e pensamos que o que estamos fazendo é uma demonstração do amor
verdadeiro. Puro engano!!! O que está havendo entre os dois é apenas uma
atração sexual. O amor verdadeiro é aquele de 1Cor 13 que diz que o amor é
sofredor, é benigno, não é invejoso... é aquele que enfrenta fraldas e louça
suja, cabelo despenteado, bebê chorando por toda uma (s) noite (s) ,
dificuldades financeiras, doenças... e mesmo assim os dois ainda se amam e
seguem juntos enfrentando bons e maus momentos que surgem em suas vidas. Quando
você se casa e vê que está tendo um casamento infeliz é quando então você
descobre que o que você sentia (e provavelmente ele também) era apenas uma
atração sexual.
SERÁ
QUE SEU CASAMENTO E SUA FELICIDADE ESTARÃO AMEAÇADAS SE VOCÊ MANTIVER RELAÇÃO
SEXUAL ANTES DO CASAMENTO?
No livro “Love, Dating &
Marriage” de George B. Eager, ele diz que “o sexo antes do casamento lança a
semente da dúvida e da desconfiança”. Alguns casais que mantiveram relações
sexuais antes do casamento, aparentemente vão bem mas existe no coração do
marido, ou da mulher, ou de ambos, sentimentos de desconfiança, rejeição,
ressentimento, etc. Outros, mesmo casados, continuam procurando o verdadeiro
amor, mantendo relações extra-conjugais. Estes estão sempre procurando novas
experiências. Vejamos alguns versículos que nos mostram o que Deus Realmente
pensa sobre o casamento: 1Cor 6:18; Heb 13:14; 1Cor 6:9,10.Fugi da
prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se
prostitui peca contra o seu próprio corpo. (1 Coríntios 6:18 BRP).
Porque não temos aqui cidade
permanente, mas buscamos a futura. (Hebreus 13:14 BRP) 9 Não sabeis que os
injustos não hão de herdar o reino de Deus? 10 Não erreis: nem os devassos, nem
os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os
ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os
roubadores herdarão o reino de Deus. (1 Coríntios 6:9-10 BRP) Do mesmo modo que
Deus condena a fornicação, Ele nos perdoa se viermos a Ele arrependidos.
Vejamos os versículos:
"Mas, se andarmos na
luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de
Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não
temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados,
e nos purificar de toda a injustiça." (1 João 1:7-9 BRP).
"TODO
O QUE O PAI ME DÁ VIRÁ A MIM; E O QUE VEM A MIM DE MANEIRA NENHUMA O LANÇAREI
FORA."
(JOÃO 6:37)
SEXO,
UM PECADO?
“Nos últimos dias haverá
tempos difíceis. Pois os homens serão egoísta, avarentos, orgulhosos, vaidosos,
xingadores, ingratos, desobedientes... Não terão amor para com os outros e
serão duros, caluniadores, sem domínio próprio; violentos e inimigos do bem.
Serão traidores, atrevidos e cheios de orgulho. Amarão mais os prazeres do que
a Deus. Terão a forma exterior da nossa religião, mas rejeitarão o seu
verdadeiro poder. Afaste-se dessa gente. Alguns deles entram nas casas e conseguem
dominar mulheres fracas, que estão cheias de pecado e que são levadas por toda
espécie de desejos.” 2Tm 3.1-6
O Homem foi criado por Deus
(de forma alguma, uma versão melhorada do macaco, como afirma a ciência), para
a manifestação de Sua glória (Jo 14.15,23); isto é possível quando a criatura reconhece a soberania do
Criador, abandonando o pecado e tomando posse do sacrifício de Cristo (Ef 2.10;
2Co 5.17; 7.1). A vida de retidão transforma o corpo em templo, habitação do
Espírito Santo. A presença do Espírito na vida humana a faz resplandecente e a
agracia com os dons, autoridade e poder para manifestar o Reino de Deus.
O diabo odeia profundamente
ao Criador e criatura. Ele possui perfeita noção do cuidado e da grandiosidade
do amor do Senhor para com a vida humana. Esta situação o deixa profundamente
irado e, planos são traçados no reino das trevas visando à destruição do homem.
O inimigo reconhece que o fim se aproxima, - tem convicção que o Senhor está
voltando – e não perde tempo, trabalha incansavelmente para o desenrolar do
plano destrutivo. As frentes de ações do maligno são amplas, por exemplo:
NA
ÁREA ESPIRITUAL:
A proliferação de cultos
contrários aos princípios Bíblicos é assustador; inclusive o surgimento e disseminação de religiões declaradamente
satânicas. A TV tornou-se um veículo poderosamente usado na propagação de tais
princípios, a cada momento depara-se com um “feiticeiro” de plantão, mostrando
o futuro ou aconselhando as pessoas.
NA
SOCIEDADE:
Os problemas sociais são os
mais diversos possíveis (fome, falta de moradia, emprego, violência, etc.), com
ênfase na degradação moral. O sexo é usado sabiamente pelo diabo e através dele
inúmeras vidas são aprisionadas pelas corrente da imoralidade. Os pecados
sexuais são cada vez mais comuns.
O
SEXO É VERDADEIRAMENTE RUIM?
De formal alguma! É um canal
de prazer deixado por Deus aos homens e quando praticado de forma normal e natural e dentro de uma união conjugal é
totalmente aceitável. O sexo foi criado por Deus visando à procriação, como é
comum a todos os animais. Mas, ao ser humano o Eterno permitiu que além da
idéia principal de procriação, as relações sexuais fossem fonte de prazer e que
naturalmente complementasse a vida conjugal (sexo, abençoado, apenas no
casamento). O diabo aproveitou-se da situação e plantou nos corações a malícia,
que desencadeia toda uma série de desejos imundos, fortes o suficiente para
escravizar o homem. A mulher tornou-se nas mãos do inimigo um objeto, sedutor,
cuja imagem é usada em quase todas as áreas. Na TV, a sensualidade e o erotismo
são usados para aumentar os índices de audiência e para vender todo tipo de
objetos –de pneu a arroz!
VEJA A SEGUIR ALGUNS PONTOS
IMPORTANTES SOBRE O SEXO:
Deve ser praticado pelos
meios naturais: (Rm 1.24-27; 6.19; Ef 4.19; Hb 13.4; 2Pe 2.10). É facilmente
comprovada pela ciência a função de cada órgão de nosso corpo. E os órgãos que foram criados por Deus para
as relações sexuais, são a vagina e o pênis. Um foi feito para o outro.
O sexo oral & Anal - é
fruto da impureza, gerada pela carne. "Ora, as obras da carne são
conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia..." Gl 5.19 (Impureza -
no sentido moral: impureza proveniente de desejos sexuais, luxuria, vida
devassa; Lascívia - Conduta vergonhosa, como sensualidade, imoralidade sexual,
libertinagem, luxúria). É impossível tal prática, sem que a carne esteja
totalmente tomada por sentimentos poucos nobres.
Masturbação - Não resta-nos
dúvidas quanto a pecabilidade desta pratica, ela se enquadra nitidamente entre
os frutos produzidos pela carne (Veja mais sobre masturbação, clique aqui).
Nossa vida é o templo,
habitação, do Espírito Santo e todos os atos pecaminosos cometidos resultam em
sujeiras que invadem a casa do Espírito, provocando o Seu afastamento.
"Fugi da impureza.
Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que
pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo. Acaso, não sabeis que o
vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da
parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço.
Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” 1Co 6.18-20
É preciso a consciência que
a vida não é nossa, somos resgatados pelo Eterno para sermos segundo a Sua
vontade e instrumentos na manifestação de Sua glória. O impulso de pecar tem a
sua origem na mente, são os pensamentos
impuros sugestionados pela carne ou pelo próprio inimigo e a prática destes
produz o pecado. Todos nós estamos sujeitos aos pensamentos contrários à
vontade do Pai, mas, como servos não devemos permitir que eles cresçam e tome
todo o nosso ser. É preciso evitar todas as formas que desperta na vida tais
desejos imundos, por exemplo: sites pornográficos / eróticos; filmes eróticos;
revistas; conversar sobre o tema com amigos e tudo mais que desperta a nossa
carne para os desejos impuros. A recomendação é: "Finalmente, irmãos, tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro,
tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum
louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." Fp 4:8
Sexo, exclusivamente no
casamento: (Mt 5.27,28; 1Co 7.2,5; At 15.29; 1Co 7.2) O Sexo é uma benção
deixada por Deus aos homens para ser praticada exclusivamente dentro da união
conjugal. Sua prática fora do casamento
é pecado!
Inaceitável no namoro /
noivado: (Gl 5.19; 1Co 6.18; Ef 5.3; Cl 3.5) A impureza é um pecado sexual.
Todos os atos impuros praticados entre casais não casados é fruto da carne. A
fornicação é um pecado! Com certeza não vamos encontrar na Bíblia um texto que
literalmente faça alusão às práticas sexuais impuras de uma forma explicita;
mas, no conjunto da Palavra, facilmente vemos que tudo aquilo que é praticado
de uma forma antinatural ou impura é errado.
A Palavra do Senhor é assim
mesmo, simples e de fácil entendimento. Para que todos que a lêem, possam
praticá-la (Mt 11.25; 1Co 2.1-5). As controvérsias existentes no meio cristão
sobre o assunto, têm suas origens em vidas que se deixam influenciar pelos espíritos
maus e buscam dar vazão aos desejos da carne.
Devemos dar lugar ao
Espírito de Deus, jamais aos espíritos malignos. O amor a Deus e a santidade no
viver, é indispensável.
PASTORA
É BÍBLICO?
A presença feminina no
ministério de Jesus. O Novo Testamento dá amplo destaque à presença feminina no
ministério de Jesus. O terceiro Evangelho põe essa realidade em relevo. A lista
é extensa: Maria, mãe de Jesus; Isabel, mãe de João, o Batista; Ana, a
profetisa; a viúva de Naim; a pecadora na casa de Simão; Marta e Maria de
Betânia; Maria Madalena; a sogra de Pedro; a mulher do fluxo de sangue; a
mulher encurvada; Joana, a mulher de Cuza, e Suzana. Algumas dessas mulheres
foram curadas, outras libertas de demônios e ainda outras tornaram-se
seguidoras de Jesus juntamente com os Doze.
Jesus valorizou as mulheres.
Causa admiração quando fazemos um contraste entre o tratamento dado às mulheres
no Novo Testamento e aquele que era praticado no judaísmo do tempo de Jesus. No
judaísmo do primeiro século, a mulher não participava da vida pública. Nem
mesmo lhe era permitido aparecer em público descoberta, sendo dessa forma
impossível ver a sua fisionomia. Não tinha voz nem rosto. A mulher era,
portanto, tida como objeto, uma coisa que poderia ser usada e descartada. Ao contrário
de tudo isso, Jesus não tratou as mulheres como coisa ou objeto. Ele as tratou
como gente! Jesus mostrou que a mulher era um ser especial para Deus e fez com
que elas se sentissem assim. Não são poucas as passagens do Novo Testamento que
dão destaque às mulheres, e o Evangelho de Lucas não foge a essa regra (Lc
1.13,42; 7.48; 8.2,43; 13.12; 16.18; 23.27).
A ordenação de mulheres ao
pastorado (bem como, ao diaconato e presbiterado) não é uma unanimidade entre
as igrejas evangélicas, em algumas denominações há sérias restrições quanto ao
ministério feminino, proibindo-as de exercerem cargos de liderança. É uma visão
que destoa dos princípios bíblico.
É fato que o Apóstolo Paulo
em sua epístola, faz algumas restrições às manifestações das mulheres na igreja,
mas, antes de generalizarmos estas recomendações Paulina é preciso que façamos
uma analise da situação feminina diante da cultura oriental, ainda hoje, as
mulheres são vista como um ser inferior sem voz ativa, eram comercializadas,
proibidas de estudarem, saírem às ruas ou mesmo se mostrarem. Esta visão
cultural justifica por completo a ação do Apostolo, a igreja carecia de
credibilidade diante da sociedade constituída por gentios, a instituição de
mulheres como líderes não seria uma atitude sábia à obra missionária.
Na minha observação, são
elas eximias educadoras, super capazes e inteligentíssimas e púlpito é lugar de
ensino de formação, portanto, sou a favor de mulher pregadora sim, deste que
cheia do Espírito Santo e com vestes formais para o referido lugar. E tem sim
lugar da mulher na igreja e a igreja precisa de mulheres valorosas e com visão
de reino. Agora mulher pastora, bispa, apóstola, ai já é perdermos a noção, a
igreja do Senhor Jesus não tem sacerdotisa uma coisa é uma coisa outra coisa é
outra coisa, porque o marido é pastor ela não precisa ser pastora, e se ela tem
dom de mestra que é perfeitamente possível, não precisa ser necessariamente
pastora ou bispa, que não irar encontrar apoio nas escrituras para isso,
evangelizar, pregar o evangelho esta missão é impostas a todos e todas somos um
corpo.Dizer o que a Bíblia não diz a que é o problema a mulher não foi
constituída para isso, e repito não por falta de qualidade e capacidade, mas
por posição de Deus nas Escrituras.
Na Bíblia encontramos as
mulheres exercendo uma série de atividades eclesiais, por exemplo: Servindo na
igreja (diaconisas), evangelistas, profetisas, pregadoras, obreiras, etc.
Diante de tantos exemplos, não creio no chamado e a unção de mulheres ao
pastorado. Mesmo sendo uma realidade em nossos dias, não temos nenhuma citação ou base bíblica endossando o chamado feminino, ainda
assim é aceitável, em vários setores da igreja, principalmente na
área do ensino, desde que revelado pelo Espírito Santo de Deus, o verdadeiro
edificador da igreja.
ATIVIDADES
EXERCIDAS PELAS MULHERES:
SERVIRAM AO SENHOR E A SUA
IGREJA: LC 1.30-38 “ Então o anjo
continuou: —Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você. Você ficará
grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus. Ele será um grande
homem e será chamado de Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo
rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos
descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará. Então Maria disse para o
anjo: —Isso não é possível, pois eu sou virgem! O anjo respondeu: —O Espírito
Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua
sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. Fique sabendo
que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela
não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de
gravidez. Porque para Deus nada é
impossível. Maria respondeu: —Eu sou uma
serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer! E o anjo
foi embora.”
Rm 16.1-6 “Recomendo-vos a
nossa irmã Febe, que está servindo à igreja de Cencréia, para que a recebais no
Senhor como convém aos santos e a ajudeis em tudo que de vós vier a precisar;
porque tem sido protetora de muitos e de mim inclusive. Saudai Priscila e
Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram
a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as
igrejas dos gentios; saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles.
Saudai meu querido Epêneto, primícias da Ásia para Cristo. Saudai Maria, que
muito trabalhou por vós.”
Fp 4.3 “E a você, meu fiel
companheiro de trabalho, peço que ajude essas duas irmãs. Pois elas, junto com
Clemente e todos os outros meus companheiros, trabalharam muito para espalhar o
evangelho. Os nomes deles estão no Livro da Vida, que pertence a Deus.”
2Rs 4.9,10 “Ela disse ao seu
marido: —Tenho a certeza de que esse homem que vem sempre aqui é um santo homem
de Deus. Vamos construir um quarto pequeno na parte de cima da casa e vamos pôr
ali uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lamparina. E assim, quando ele vier
nos visitar, poderá ficar lá.”
Mt 26.12,13 “O que ela fez
foi perfumar o meu corpo para o meu sepultamento. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: em
qualquer lugar do mundo onde o evangelho for anunciado, será contado o que ela
fez, e ela será lembrada.”
PROFETIZAS:
Miriã: Ex 15.20 “A profetisa
Míriam, que era irmã de Arão...”
Débora: Jz 4.4 “Débora,
mulher de Lapidote, era profetisa...”
Hulda: 2Rs 22.14 “Então, os sacerdotes... foram ter
com a profetisa Hulda.”
Noadia: Ne 6.14 “...
profetisa Noadia e dos mais profetas ...”
Ana: Lc 2.36 “Havia uma
profetisa, chamada Ana...”
Filhas de Felipe: At 21.9
“Ele tinha quatro filhas solteiras que profetizavam.”
Juíza Instituída por Deus em
Israel: Débora: Jz 4.4 “...Era também juíza dos israelitas naquele tempo.”
4- Cooperadora:Priscila: At
18.26 “Ele começou a falar com coragem na sinagoga. Priscila e o seu marido
Áquila o ouviram falar; então o levaram para a casa deles e lhe explicaram
melhor o Caminho de Deus.” Rm 16.3 “Mando saudações a Priscila e ao seu marido
Áquila, meus companheiros no serviço de Cristo Jesus.”
Diaconisa: Febe: Rm 16.1,2
“Eu recomendo a vocês a nossa irmã Febe, que é diaconisa da igreja de
Cencréia.”
Anuciadora das boas novas: Jo.4.
27-29 “Naquele momento chegaram os seus discípulos e ficaram admirados, pois
ele estava conversando com uma mulher... Em seguida, a mulher deixou ali o seu
pote, voltou até a cidade e disse a todas as pessoas: —Venham ver o homem que
disse tudo o que eu tenho feito. Será que ele é o Messias?”
Fp 4.3 “E a você, meu fiel
companheiro de trabalho, peço que ajude essas duas irmãs. Pois elas, junto com
Clemente e todos os outros meus companheiros, trabalharam muito para espalhar o
evangelho.”
Pregando aos judeus no
templo: Ana: Lc 2.37,38 “e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não
deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações. E, chegando naquela hora, dava graças a Deus e
falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.”
Presente na primeira reunião
de oração: At 1.14 “Eles sempre se reuniam todos juntos para orar com as
mulheres, a mãe de Jesus e os irmãos dele.”
PASTOR
É UM DOM:
Ef 4.11 “E ele mesmo
concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres.”
Fica claro que o ofício de
pastor é um dom, semelhante ao de profeta, portanto, não há conotação quanto a
pessoa ser homem ou mulher. O que realmente é necessário é uma vida santa e
pura diante de Deus.
As restrições determinadas
por algumas igrejas às atividades das mulheres como líderes, são frutos de
entendimento humano. O que Deus quer para a Sua igreja verdadeiramente são
homens santos, puros e cheios do poder do Espírito, independente do sexo.
“Vocês, porém, não vivem
como manda a natureza humana, mas como o Espírito de Deus quer, se é que o
Espírito de Deus vive realmente em vocês. Quem não tem o Espírito de Cristo não
pertence a ele.” Rm 8.9
PÁSCOA
É PASSAGEM
Embora o nome
"Páscoa" semanticamente derive do termo “Pessach” (do hebraico
‘passagem’), a festa cristã da Páscoa está muito longe do Pessach descrito na
Bíblia. Apenas para facilitar a
identificação, chamaremos de “Páscoa romana” a festa cristã, e manteremos o
nome “Pessach” para o festival bíblico. O objetivo deste artigo é verificar se
a “Páscoa” cristã é uma festa aprovada pelo Eterno Deus das Escrituras/Bíblia.
ORIGEM
DA PÁSCOA ROMANA
Sabemos que atualmente a
“Páscoa romana” sofre alterações a cada ano. Tal fenômeno é explicado assim, em
Schaff-Herzog Ency. O conhecimento religioso, Vol. 2, p. 682:
“A presente variação de
tempo foi estabelecida pelo Romanismo primitivo misturado com um festival pagão
muito antigo da primavera para a deusa da primavera. Esta data foi fixada no
domingo imediatamente após o 14º dia da lua pascal que aconteceu sobre ou
primeiramente após o equinócio vernal.”
No Concílio de Nicéia, mais
uma vez vemos Roma adulterando as datas das Festas do Eterno Deus de Israel,
para se distanciarem dos judeus, e coincidirem com os cultos aos deuses
venerados pelo rei Constantino e sua turma.
A
“DEUSA” DA PRIMAVERA
A Babilônia "rainha dos
céus," Semeramis, esposa de Nimrod, é a precursora de uma série de “divindades”
de diferentes culturas: Astarte e da Vênus dos gregos, Juno do latin, Ashtoreth
dos Sidonianos, Ishtar dos Babilônios, e de Eostre, deusa da primavera, dos
primitivos Anglo-Saxões. Os druidas possuíam festivais religiosos em sua honra
e ao deus-sol em Abril, chamando de a “Easter Monath”. É desta expressão que
vem a palavra “Pascoa”, que vergonhosamente foi colocada como tradução de
“Pessach” em algumas traduções populares da Bíblia para o Inglês chama-se
‘Easter’ (como a King James, por exemplo).
A deusa Ishtar, ou Eostre,
foi adorada como sendo a deusa do amor e da fertilidade, e como a vida da
natureza. Na mitologia babilônica esta " rainha dos céus " foi
adorada como a deusa do impulso sexual. Na Enciclopédia Hastings de Ética
Religiosa, p. 117, nós lemos sobre essas " antigas páscoas":
“Um banquete de primavera
com celebração, festa. Estas ocasiões eram marcadas com uma grande liberação
sexual.” Esta é a maligna adoração fálica à qual o Eterno Deus de Israel se refere em Isaias 57:5-8 e Ezequiel 16:17.
Os " bosques" mencionados como os "lugares altos" onde
Israel freqüentemente se prostituia em idolatria (Salmos 106:28-39) eram as
imagens e os lugares onde aconteciam esses festivais para a "rainha dos
céus”. A palavra " bosques," encontrada quarenta vezes na versão King
James em inglês vem da palavra hebraica “asherah” e é associada sempre com a
adoração de Astarote, aliás Ishtar, Eostre, Easter, a deusa da primavera.
ORIGEM
DA “QUARESMA”
A chamada "quaresma” é
uma prática de origem puramente babilônica. No inglês, esta época é chamada de
“Lent Season”, e vem da palavra saxônica "Lenct", significando
"primavera. " As religiões pagãs primitivas do México também
comemoram quarenta dias em abril. A origem desta comemoração está nos quarenta
dias no equinócio vernal em Abril, celebrados pelos adoradores do demônio do
Curdistão, em honra ao deus-sol. Esta prática foi trazida da Babilônia em 2000
AC. Sua origem está no “lamento por” Tamuz. O deus-pagão Tamuz era supostamente
a reencarnação do marido de Ishtar/Semíramis, chamado Nimrode. Na primavera,
celebrava-se o renascimento dos mortos. Era um tempo de lamentação seguido por
um dia de alegria. O Eterno Deus condenou Israel por tomar parte nessa
celebração como vemos em Ezequiel. 8:13-14:
Ele me disse, " Ainda tornarás a ver maiores abominações, que estes
fazem. " Então trouxe-me à porta da casa do SENHOR que estava para o
norte, e estavam ali mulheres sentadas chorando a Tamuz.
COSTUMES
MODERNOS DE PÁSCOA
Uma boa pergunta: que
conexão tem colombas pascais, ovos, coelhos e roupas novas com a ressurreição
de Yeshua HaMashiach/Jesus o Messias? Obviamente que a resposta é:
Absolutamente nada! A origem moderna da "Colomba pascal", um bolo
feito em forma de cruz, é suficientemente explicada em Jer. 7:18; 44:17-19:
“As crianças recolhem a
madeira e os pais acendem o fogo e as mulheres preparão sua massa de pão, para
fazer bolos à rainha dos céus e para derramar as oferendas de bebida a outros
deuses, isto eles fazem para provocar Minha ira, diz o SENHOR”
A ira de DEUS está
certamente sendo provocada quando os que se dizem seus seguidores praticam
costumes pagãos em relação à ressurreição de Seu filho amado Jesus Cristo.
OVOS
DE CHOCOLATE
O costume de dar ovos em
Abril provavelmente vem da teologia e dos costumes encontrados entre os
egípcios, persas, gauleses, gregos e romanos, entre os quais o ovo era um
símbolo do universo — o trabalho do ser supremo. Tingir os ovos pode ser
proveniente dos Chineses. Os ovos eram o símbolo sacrificial dos druidas. Roma,
mais uma vez fazendo adições à Palavra do Eterno, consagrou o ovo como sendo o
símbolo da ressurreição do Messias. O papa Paulo V ensinou os povos a orar a
seguinte abominável “oração” na “Páscoa romana”: “Abençoa Senhor, nós te
pedimos, a criatura deste ovo, que possa se transformar em sustento completo
aos teus servos, que comem em memória do nosso Senhor Jesus Cristo.”
Os antigos babilônios
acreditavam que um ovo caiu do céu no rio de Eufrates e os peixes o rolaram à
costa onde as pombas o fizeram chocar e de onde saiu "a rainha dos
céus", Ishtar. Desta forma, o ovo transformou-se num símbolo de Ishtar,
deusa muito adorada pelos antigos, e é usado hoje por cristãos que a chamam ‘ a
mãe de Deus’, enganados e iludidos
pensam que estão celebrando uma festa santa! Não é à toa que as
Escrituras dizem que Satanás se transforma até em anjo de luz quando se trata
de tentar enganar as pessoas!
O
COELHO
A moda do coelho na Páscoa
pode ter sua origem num paganismo antigo originário da região onde hoje fica a
Alemanha. Às crianças eram dito que se fossem boas, um coelho branco colocaria
dentro de suas casas enquanto elas estivessem dormindo, e em segredo, o maior
número de lindos ovos coloridos, em cantos ímpares da casa. Assim,
aparentemente teve inicio a inocente "caça aos ovos de Páscoa" das
crianças. O coelho, para os antigos, era um símbolo da lua (a ligação entre o
sol Venus ou Ishtar), ele que é um animal noturno. A lebre é o único coelho que
nasce com seus olhos abertos. A palavra egipcia para lebre é "un",
que significa " abrir ". Assim a lebre foi associada com a abertura
de uma estação nova, a primavera, em Abril, no equinócio vernal. As lebres e os
ovos eram também usados como simbolismo no Egito na abertura de seu ano novo,
em que os ovos eram quebrados cerimonialmente.
MISSA
DO GALO
Por fim, e os serviços
religiosos ao nascer do sol na “Páscoa romana”? Ser condenação divina ? á que
Deus aprova? Vejamos o que diz a Bíblia. Quando Israel desejou fazer
"serviços ao nascer do sol", o Eterno Deus expressou Sua desaprovação
em Ezequiel. 8:15-18:
" Ainda tornarás a ver
maiores abominações, que estas que
fazem. ". E levou-me para o átrio interior da casa de DEUS, e eis que
estavam à entrada do Templo de DEUS, entre o pórtico e o altar, cerca de vinte
e cinco homens, de costas para o Templo de DEUS, e com os rostos para o
oriente; e eles, virados para o oriente adoravam o sol...... ainda que me
gritem aos ouvidos com grande voz, contudo não os ouvirei.”
Lendo isto na Bíblia e
sabendo que o deus-sol, Ba’al, ou Tamuz, o " marido-filho " de
Semíramis (Ishtar) e o seu culto idólatra estão por trás do princípio da
adoração a praticamente todos os deuses pagãos, o seguidor sincero de DEUS não
pode tomar nenhuma parte em rituais de “Páscoa” feitos por um mundo que rejeita
o Messias/Jesus, pois o Eterno Deus nos proibiu de misturarmos sagrado com
profano, e sabemos sem sombra de dúvida da origem pagã desses costumes:
"não tenha comunhão
alguma com os trabalhos infrutíferos da escuridão, mas antes reprove-os .
" (Ef. 5:11). A Bíblia nos lembra:
"Não seguirás uma
multidão para fazeres o mal;" (Êxodo 23:2). E o próprio Jesus disse:
"porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação"
(Lucas 16:15). Lembremo-nos das palavras de Paulo, de que não devemos misturar o
que é pagão às coisas de Deus: "Não vos prendais a um jugo desigual com os
incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? ou que comunhão
tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre o Messias e Belial/demonio? ou
que parte tem o crente com o incrédulo? E que consenso tem o santuário de Deus
com demônios? Pois nós somos santuário do Deus vivo, como Deus disse: Neles
habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu
povo." (2 Coríntios 6:14-16)
E ainda : "E não vos
conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de
Deus." (Romanos 12:2)
ABUSO:
NÃO TOQUEIS NOS MEUS UNGIDOS!
Dá ouvidos, ó pastor de
Israel, tu que conduzes a José como um rebanho; tu que estás entronizado acima
dos querubins, mostra o teu esplendor -
Salmos 80:1.
Não toqueis nos meus
ungidos, nem maltrateis os meus profetas -
Salmos 105:15
Veio a mim a palavra do
SENHOR, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel;
profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Ai dos pastores de Israel que
se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a
gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a
desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre
elas com rigor e dureza. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e se
tornaram pasto para todas as feras do campo. As minhas ovelhas andam
desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas
andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as busque
- Ezequiel 34:1 -6.
Vendo ele - Jesus - as
multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas
que não têm pastor - Mateus 9:36
"NÃO
TOQUEIS NOS MEUS UNGIDOS"
A vasta maioria dos membros
das assim chamadas "igrejas evangélicas" de todos os matizes - sejam
protestantes, evangélicas propriamente ditas, pentecostais, carismáticas e da
terceira onda - já tiveram a oportunidade, em um ou outro momento, de
presenciar um pastor, presbítero, missionário, evangelista, apóstolo, profeta
ou algo que o valha, subir ao púlpito de uma comunidade qualquer e mandar ver
um sermão acerca de "não toqueis nos meus ungidos". Junto com o
sermão, bastante impróprio, diga-se de passagem, vem um besteirol que beira
realmente às raias do ridículo.
Estes sermões são todos
motivados pelo conceito errado e realmente perverso de que aqueles que servem
ao Senhor nas funções de pastor, presbítero, missionário, evangelista, apóstolo
ou profeta etc, são realmente "servos especiais" que pertencem a uma
categoria que é distinta de todos os outros crentes. Como "servos especiais",
estas pessoas, pois existem homens e mulheres nesta categoria, imaginam que
estão acima de qualquer tipo de crítica e que podem mandar e desmandar na
Igreja do Senhor, porque, segundo eles mesmos, o Senhor lhes concedeu poder e
autoridade "especiais". Por este motivo todo e qualquer criticismo,
não importa a intenção, será confrontado vigorosamente através de vários
mecanismos entre os quais se encontra o famigerado sermão acerca de "não
toqueis nos meus ungidos".
Mas existem mesmos pessoas
especiais para Deus? Existem mesmo pessoas que recebem um batismo com o
Espírito Santo que é mais poderoso do que o batismo com o Espírito Santo que
veio sobre todos os outros cristãos? Existe realmente uma unção que é maior,
melhor, mais poderosa do que a unção com que o próprio Deus ungiu a todos os
crentes no Senhor Jesus Cristo?
Outro dia o autor tomou
conhecimento de que um falso mestre que atende pelo nome de Benny Hinn,
declarou ter visitado os túmulos de duas mulheres fundadoras de igrejas cristãs
do passado e que "coletou", para si mesmo, "a poderosa
unção" que ainda se encontrava naqueles túmulos cheios de pessoas mortas.
Não duvido que ele tenha realmente "coletado" alguma coisa, mas
certamente o que ele coletou não tem nada a ver com o Espírito Santo de Deus.
Este patético senhor e todos seus seguidores, e não são poucos, estão realmente
fora de sintonia com o Deus da Bíblia e com a própria Bíblia como espero
demonstrar neste artigo. Quando confrontado por tais práticas estranhas e
realmente abusivas o senhor Benny Hinn reagiu com as seguintes palavras:
"Se você falar mal de mim, ou contra a unção que está em mim e no meu
ministério, seus filhos irão sofrer as conseqüências". Quão longe este
tipo de atitude se encontra do verdadeiro ensino dos Evangelhos fica a critério
do leitor decidir.
Mas como conseguimos chegar
neste nível de desarranjo espiritual onde um homem que alega ser pregador da
palavra de Deus age como um verdadeiro seguidor do espiritismo kardecista e
procura recolher pretensas unções em cemitérios? Tudo isto acontece por um
simples, mas poderoso fato, que pode ser assim representado: existem algumas
pessoas que se arvoram ares de super-crentes ao mesmo tempo em que existem
também, milhares de outras pessoas que estão dispostas a acreditar e seguir os
super-crentes a qualquer custo, achando que com isto estão seguindo no caminho
de Deus. O autor deseja dizer aqui com todas as letras, apenas que: NÃO EXISTEM
SUPER-CRENTES. Tudo o mais será dito no restante deste artigo.
OS
ABUSADORES
Abuso espiritual, pode
parecer estranho, é um estado de coisas amplamente denunciado nas páginas das
nossas Bíblias. No passado, durante os dias do Antigo Testamento, Deus levantou
inúmeros profetas para denunciarem este tipo de perversidade. No Novo
Testamento, o próprio Senhor Jesus tomou uma boa porção do Seu ministério para
denunciar e confrontar aqueles que abusam espiritualmente de outras pessoas.
Por estes motivos nós faremos muito bem em ouvir o que eles têm a dizer acerca
dos desmandos e abusos que percebemos nos dias de hoje, da parte de homens e
mulheres que são extremamente ágeis e rápidos em se proteger debaixo da couraça
representada pela expressão "não toqueis nos meus ungidos".
O
PROFETA EZEQUIEL
A passagem de Ezequiel 34:1
- 6 é certamente a que melhor descreve, no Antigo Testamento, o assunto que é
objeto deste artigo, a saber: Abuso Espiritual.
1 Veio a mim a palavra do
SENHOR, dizendo:
2 Filho do homem, profetiza
contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus:
Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os
pastores as ovelhas?
3 Comeis a gordura,
vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
4 A fraca não fortalecestes,
a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a
trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
5 Assim, se espalharam, por
não haver pastor, e se tornaram pasto para todas as feras do campo.
6 As minhas ovelhas andam
desgarradas por todos os montes e por todo elevado outeiro; as minhas ovelhas
andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as busque.
Nesta passagem nós
encontramos a palavra do Senhor vindo até o profeta Ezequiel lhe ordenando que
profetize contra "os pastores de Israel". Por esta expressão, como
fica evidente pelo contexto, devemos entender que o profeta não está se
referido literalmente a pastores de ovelhas, e sim a todos os líderes da nação
de Israel. Ele dirige suas palavras aos magistrados e aos príncipes, aos
levitas e aos sacerdotes i.e. a todos aqueles que tinha a responsabilidade de
cuidar do povo de Deus. De zelar sobre o povo de Deus, de protegê-lo e de não
explorá-lo.
Através do profeta Ezequiel
é o próprio Deus quem tem algo a dizer a estes líderes. E Deus fala de uma
posição privilegiada já que Ele mesmo é reconhecido como o pastor por
excelência sobre seu povo - ver Salmos 80:1. E como pastor sobre Seu povo, Deus
é louvado, de forma magistral por Davi no Salmo 23 que começa exatamente com as
palavras "O SENHOR é o meu Pastor, nada me faltará"! Fala o
Deus-pastor de Israel e diz: "Ai dos pastores de Israel"! E nesta
expressão nós encontramos uma vibrante contradição entre como aqueles homens se
viam e como o Deus-pastor os via. Como iremos perceber os problemas causados
por pastores abusadores, existem desde os tempos mais antigos.
Pastores, como líderes,
gostam de pensar de si mesmo como pessoas diferenciadas, acima das outras
pessoas. Gostam de se ver como sendo "especiais", como super-crentes.
Apesar de gostarem de se ver desta maneira, Deus não está nem por um segundo
interessado em participar no jogo deles. Suas palavras são de condenação
absoluta desde o começo: "Ai dos pastores de Israel". Aqueles homens
achavam que as posições que ocupavam eram tão dignificadas que os tornavam,
automaticamente, isentos e imunes a toda e qualquer forma de crítica. Não
entendiam que as posições que ocupavam, bem como as funções que executavam,
realmente, não os isentavam de ter que admitir seus erros, de ter que confessar
seus pecados e de sofrer as graves conseqüências dos juízos de Deus, caso não
se arrependessem. Esta palavra realmente dura da parte do Senhor é motivada
pelo fato de que os pastores não são "donos" do rebanho de Deus e por
este motivo não podem tratar o rebanho de Deus de qualquer maneira e muito
menos de maneiras que sejam abusivas. Pastores, como diz o apóstolo Pedro, não
passam de cooperadores submetidos ao Senhor Jesus que é chamado de Supremo
pastor - ver 1 Pedro 5:4. O motivo porque o Senhor usa tão duras palavras foi
expresso de forma perfeita pelo profeta Jeremias quando diz: "Ai dos
pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! - diz o SENHOR -
Jeremias 23:1. Porque somos ovelhas do pasto do Senhor, é que Ele se mostra tão
aborrecido quando somos maltratados por aqueles que deveriam realmente cuidar
de nós. Todos aqueles que são chamados, pelo SENHOR, para ajudar a cuidar das
ovelhas do Seu pasto, vejam bem como procedem porque Deus não se agrada de
tolos - ver Eclesiastes 5:4! Conforme podemos ver neste texto de Ezequiel, Deus
irá sempre tratar com firmeza aqueles que não viverem à altura dos compromissos
assumidos como pastores e servos a serviço do povo de Deus.
Ezequiel, falando em nome do
Deus-Pastor de Israel, confronta os pastores dos seus dias de várias maneiras.
Em primeiro lugar existe a
pergunta mais básica que precisa ser respondida e que é: por que existem
pastores? A resposta nos vem através de uma pergunta feita pelo profeta: Não
apascentarão os pastores as ovelhas? Pastores existem, primariamente, para
apascentar as ovelhas. Para cuidar das ovelhas. E devem executar estas funções
sem condenar e sem brutalizar as ovelhas. Usando uma linguagem bastante direta,
o profeta acusa os pastores de estarem cuidando de si mesmos em vez de estarem
cuidando das ovelhas: "Ai dos pastores que se apascentam a si
mesmos!". Como se não fosse terrível o bastante ignorarem as necessidades
das ovelhas por estarem por demais ocupados consigo mesmos, estes pastores
ainda tratavam as ovelhas com extrema brutalidade, pois o profeta diz:
"Comeis a gordura, vestis-vos da lã e degolais o cevado; mas não
apascentais as ovelhas" e "dominais sobre elas com rigor e
dureza". O interesse daqueles pastores estava muito mais nos benefícios
materiais que poderiam receber das ovelhas - carne, gordura, lã - do que nos
benefícios espirituais que poderiam e deveriam repartir no cuidado do rebanho.
Para Ezequiel, o interesse daqueles pastores não estava centrado no chamado de
Deus e no pastoreio e sim no poder e no controle que exerciam sobre as ovelhas.
Em segundo lugar existe a
triste constatação de que os pastores estavam negligenciando por completo suas
responsabilidades, mesmo as mais básicas. O profeta diz: "A fraca não
fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não
tornastes a trazer e a perdida não buscastes". Mas que situação tão
terrível! Por que estes homens agiam assim desta maneira? Além da absoluta
falta de interesse verdadeiro pelas ovelhas, eles agiam desta maneira em parte
por ignorância e em parte por preguiça. O despreparo dos pastores é notório e a
preguiça de muitos deles também. Deixa o rebanho pra lá, dizem. O rebanho só me
interessa pelo que posso conseguir dele, o resto é realmente irrelevante.
Pensam e agem assim porque sabem que o povo os tem em alta estima e ninguém vai
realmente querer peitar o "ungido do Senhor".
O resultado direto deste
descaso e ignorância não demora a ser sentido. Ovelhas sem cuidados pastorais e
maltratadas tendem a se espalhar, por não haver pastor, e acabam por tornar-se
pasto para todas as feras do campo. Este é o triste fim de todas as situações
de abuso espiritual que encontramos, mesmo nos dias de hoje: ovelhas dispersas,
abandonadas e sendo devoradas por todos os tipos de "feras". O
profeta constata, em nome do Deus-Pastor de Israel, esta triste realidade ao
dizer: "As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo
elevado outeiro". Ovelhas abusadas só conseguem resistir até certo ponto.
Algumas chegam mesmo a morrer dentro do próprio redil - a comunidade local que
chamamos de igreja. Outras, não agüentando mais os abusos, preferem abandonar o
redil. E os pastores demonstram algum tipo de preocupação? As palavras de
Ezequiel estão repletas de desconsolo neste quesito: "as minhas ovelhas
andam espalhadas por toda a terra, sem haver quem as procure ou quem as
busque". A triste conclusão a que chegamos ao analisar este texto é a
mesma de muitos irmãos que têm nos procurado para nos dizer: melhor ficar sem
pastor, do que sob os cuidados, ou melhor, a falta de cuidados, deste tipo de
pastores denunciados pelo profeta.
Não podemos ignorar que os
pastores abusadores, não desistem de seus atos de abuso, mesmo quando as
ovelhas saem dos seus redis. Estes abusadores perseguem as ovelhas, visando
trazê-las de volta à situação terrível da qual haviam escapado. Quando
encontram resistência por parte da ovelha que saiu, a atitude dos abusadores é,
como o leitor já sabe, mais abuso. Falsas acusações de insubordinação, de insubmissão
e falta de consagração a Deus são apenas o começo. Visando intimidar a
"ovelha desgarrada", pastores abusadores partem para os mais baixos
tipos de manipulação que incluem: dizer que a "ovelha desgarrada"
nunca foi verdadeiramente crente, ou pior, dizer que a "ovelha
desgarrada" vai direto para o inferno. Depois, com a cara lavada, estes
abusadores sentem-se livres para afirmar que suas igrejas são igrejas que
"cuidam realmente" das pessoas e ninguém poderá dizer que não
tentaram trazer a ovelha desgarrada de volta.
Mas é interessante notar,
que nestes encontros, que visam à reconciliação, não existe, por parte dos
abusadores, nem uma palavra de admissão de erros cometidos. Como são os
"ungidos do Senhor" estão muito acima até mesmo da possibilidade de
cometerem o menor pecado. Afinal eles ensinam, que pastores, não cometem erros
nem pecados e não precisam nunca pedir perdão. E quando apertados, costumam
sacar, sem a menor cerimônia, seu texto favorito que diz: Não toqueis nos meus
ungidos! São realmente patéticos nestas horas.
A verdade que muitas vezes
resistimos em reconhecer, e pessoas abusadas sentem esta dificuldade de uma
maneira muito mais aguda, é que existem muitos homens, mas muitos mesmos, que
se intitulam pastores, são até mesmo ordenados, mas que na realidade não são
pastores de verdade. Não possuem chamado, não se submetem ao Senhorio de Jesus
e não se dispõe ser aquilo que devem ser: servos, a serviço do povo de Deus.
Muitos hoje estão no ministério apenas por interesses financeiros e comerciais.
Como "ser pastor" se tornou em apenas mais uma profissão, o
pastor-abusador fará de tudo que estiver ao seu alcance para não perder sua
"boquinha".
O
SENHOR JESUS E OS FALSOS PASTORES
Nos dias em que andou por
este mundo, o Senhor Jesus foi um ferrenho adversário dos falsos pastores.
Jesus se opôs abertamente contra todos aqueles que, chamando-se pastores, se
ocupam realmente somente consigo mesmos e abandonam o rebanho completamente. A
situação do povo de Israel nos dias de Jesus não era nem um pouco diferente
daquela que encontramos nos dias do profeta Ezequiel. O evangelista Mateus nos
diz que: "Vendo ele - Jesus - as multidões, compadeceu-se delas, porque
estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor - Mateus 9:36".
O encontro frontal entre
Jesus e os falsos pastores de Israel dos seus dias, será discutido na parte 3
desta série.
"NÃO
TOQUEIS NOS MEUS UNGIDOS"
Conforme mencionamos
anteriormente, pastores abusadores gostam de pensar acerca de si mesmos, como
sendo super-crentes. Gostam de pensar acerca de si mesmos como pertencendo a
uma casta realmente separada e distinta de todos os outros irmãos. Dentro desta
visão costumam, por um lado, torcer textos bíblicos para beneficiá-los e por
outro lado inventam uma série de normas que são colocadas em prática tão logo
são questionados ou se sentem ameaçados. É importante que deixemos bem claro
que na grande maioria das vezes, este sentimento de que estão sendo ameaçados,
é completamente irracional. Vamos primeiro ver os textos favoritos dos pastores
abusadores quando o assunto é a auto-defesa deles, e em seguida, veremos
algumas das normas mais comuns implementadas em suas defesas. Não podemos nunca
nos esquecer que todos os recursos utilizados pelos pastores abusadores visam
não deixar nenhuma dúvida na cabeça de nenhuma pessoa acerca de quem realmente
manda!
OS
TEXTOS BÍBLICOS FAVORITOS DOS PASTORES ABUSADORES
Os pastores abusadores
gostam de se ver como pertencentes a uma classe toda especial de pessoas. Uma
das maneiras favoritas de se descreverem é atribuir a si mesmos o pomposo
título de "ungido do Senhor". Com isto querem dizer que são objetos
de uma unção toda especial da parte de Deus. Esta "unção" possui
verdadeiro poder mágico de transformá-los em super-crentes. Como tais, estão
imunes de cometer os mesmos erros que todos nós estamos sujeitos a cometer.
Como não cometem erros, não têm nada acerca do que devem pedir perdão. Como não
cometem erros nem pecados, são também inatacáveis e não podem sofrer nenhum
tipo de crítica ou censura. Qualquer pessoa que ouse criticá-los ou condená-los
por práticas abusivas será severamente tratada.
Mas vamos considerar, por
breves instantes, o mito de que a expressão "não toqueis nos meus
ungidos" diz respeito aos pastores abusadores. Mitos nada mais são do que
palavras que assumiram um significado diferente daquele que lhe foi atribuído
pelo autor original. O mesmo é verdade com o mito criado em torno da expressão
"não toqueis nos meus ungidos", como podemos perceber pela evidência
a seguir.
A expressão "ungido do
Senhor" é bíblica e ocorre exatas oito vezes no texto hebraico do Antigo
Testamento. Seis destas oito menções fazem referência ao rei Saul. Uma faz
referência ao Rei Davi e uma diz respeito ao Ungido do Senhor como aguardado
pelo profeta Jeremias. As menções aos reis Saul e Davi, deixam bem claro que os
ungidos do Senhor não eram homens imunes nem a erros, nem a críticas e muito
menos à disciplina por parte do Senhor. Ver a lista completa de versículos que
trazem a expressão "ungido do Senhor" no final deste artigo.
A expressão "teu
ungido" é também bíblica e ocorre seis vezes no texto hebraico do Antigo
Testamento. Destas seis, uma diz respeito ao rei Davi e todas as outras ao
Ungido como esperado pelo povo de Israel. Novamente a referência ao rei Davi é
um claro indicativo que o "ungido do Senhor" era alguém passível de
cometer erros, de sofrer críticas e, no caso específico de Davi, de sofrer
graves conseqüências por pecados cometidos. Ver a lista completa de versículos
que trazem a expressão "teu ungido" no final deste artigo.
A expressão "meu
ungido", da mesma forma que as duas anteriores, é bíblica e ocorre duas
vezes no texto hebraico do antigo testamento. As duas referências dizem
respeito ao Messias ou Ungido como esperado pelo povo de Israel. Ver a lista
completa de versículos que trazem a expressão "meu ungido" no final
deste artigo.
Por sua vez, a expressão
"seu ungido", ocorre onze vezes no texto hebraico do Antigo
Testamento e uma única vez no texto grego do Novo Testamento. Estas onze
referências estão assim distribuídas:
" 5 vezes fazem
referência ao Ungido como o esperado Messias de Israel.
" 3 vezes fazem menção
a Saul.
" 1 vez diz respeito à
Eliabe, irmão de Davi.
" 2 vezes a citação é
referente ao rei Davi.
" 1 vez ao imperador dos
Medos, Ciro.
Desta maneira fica fácil
notar que quando não se refere ao Ungido que representa o Senhor Jesus, os
textos falam de homens que foram tão pecadores como qualquer um de nós. A unção
para ser rei sobre o povo de Israel, conferida a Saul e a Davi, não era nenhuma
garantia de que aqueles homens estavam imunes do poder do pecado, ou que não
poderiam ser criticados e que estariam completamente isentos da disciplina de
Deus. Ver a lista completa de versículos que trazem a expressão "seu ungido"
no final deste artigo.
Por fim restam as duas
referências que trazem de forma explícita a expressão "não toqueis nos
meus ungidos". Estas referências são:
1 Crônicas 16:22 dizendo:
Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas.
Salmos 105:15 dizendo: Não
toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas.
Antes de analisarmos estes
versículos é necessário dizer que os mesmos são idênticos e isto por um bom
motivo. O verso de 1 Crônicas é parte de uma compilação de Salmos que se
estende do verso 7 até o verso 36 do capítulo 16 de 1 Crônicas. Esta compilação
contém partes dos salmos 96, 105 e 106.
Conforme dissemos, os dois
versículos são idênticos, portanto, a interpretação de um servirá como
interpretação para o outro também. A questão mais importante para nós, neste
momento, é definir acerca de quem o salmista está falando? Quem são os ungidos
do Senhor? O contexto deixa isto bem claro, e por ele nós podemos ter certeza
absoluta quem são as pessoas a quem o Senhor se refere como sendo os "ungidos
do Senhor" e de "meus profetas". Salmos 105:8 - 15 diz o
seguinte:
8 Lembra-se perpetuamente da
sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações;
9 a aliança que fez com
Abraão e do juramento que fez a Isaque;
10 o qual confirmou a Jacó
por decreto e a Israel por aliança perpétua,
11 dizendo: Dar-te-ei a
terra de Canaã como quinhão da vossa herança.
12 Então, eram eles em
pequeno número, pouquíssimos e forasteiros nela;
13 andavam de nação em
nação, de um reino para outro reino.
14 A ninguém permitiu que os
oprimisse; antes, por amor deles, repreendeu a reis,
15 dizendo: Não toqueis nos
meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas.
O texto é absolutamente
cristalino. Aqueles que são chamados de "ungidos do Senhor" e de
"meus profetas" são os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. São os
Israelitas. Todos e cada um deles. Ninguém que pertença verdadeiramente ao povo
de Israel é deixado de fora.
Portanto, como dissemos, o
mito de que os pastores constituem-se em os "ungidos do Senhor", como
uma casta distinta e superior a todos os crentes, não passa realmente de uma
invencionice perversa cujo único propósito é munir homens perversos com
mecanismos que os possibilitem abusar de suas ovelhas. Precisamos retornar, de
maneira urgente, ao padrão bíblico do pastor-servo à imitação do próprio Senhor
Jesus.
O
ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DE TERMOS SIDO UNGIDOS POR DEUS
O Novo Testamento ensina
exatamente a mesma coisa que é ensinada no Antigo Testamento. Todos os que
pertencem ao Povo de Deus foram ungidos pelo próprio Deus. Todos os crentes
verdadeiros, sem exceção recebem uma e rigorosamente a mesma unção. Não existem
cristãos mais ungidos que outros cristãos. E, definitivamente, não existem
"ministérios ungidos" e muito menos esta figura preconizada por
falsos mestres, como Benny Hinn, de que é possível possuir "uma
unção" específica, distinta da única unção disponível a todos os cristãos.
O texto de 2 Coríntios 1:21
- 22 diz: "Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é
Deus, que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso
coração". Estes dois versos ensinam claramente que só existe uma unção e
que todos os cristãos são participantes desta unção, pois o repartir da mesma é
um ato do próprio Deus.
Quando Paulo diz que Deus
nos ungiu, ele está dizendo que todos nós que somos genuinamente cristãos,
fomos ungidos diretamente pelo próprio Deus. Nas tradições judaicas era
costumeiro a unção de reis, profetas e sacerdotes quando do início do exercício
das suas funções. Isto pode ser observado em Êxodos 28:41 e 40:15 com relação
aos sacerdotes; em 1 Reis 9:16 e Isaías 61:1 com relação aos profetas e em 1
Samuel 10:1;15:1; 2 Samuel 2:4 e 1 Reis 1:34 com relação aos reis de Israel. A
palavra "ungido" é também usada para se referir, de modo todo
especial, ao Senhor Jesus que é chamado de: Ungido (português) = Cristo (grego)
= Messias (hebraico). Jesus é o ungido por excelência de Deus já que Ele possui
um triplo serviço como Rei, Profeta e Sacerdote. A expressão ungido também é
usada para se referir a todos os crentes e indica que os mesmos são consagrados
ou separados para o serviço de Deus pelo Espírito Santo. É por causa desta
separação ou consagração, que somos chamados e considerados santos por Deus. O
apóstolo João disse em 1 João 2:20: "E vós possuis unção que vem do Santo
e todos tendes conhecimento". A conseqüência desta unção na vida de todos
os cristão pode ser vista em alguns versículos mais adiante, no mesmo texto,
quando João diz:
"Quanto a vós outros, a
unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que
alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as
coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos
ensinou. Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se
manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua
vinda. Se sabeis que ele é justo, reconhecei também que todo aquele que pratica
a justiça é nascido dele. - 1 João 2:27 - 29".
Assim temos que existe somente
uma unção, que todos os crentes receberam esta mesma unção e que Deus mesmo é
aquele que nos unge. Não devemos, portanto, ter medo de desmascarar a qualquer
um que pretenda ser possuidor de algum tipo especial de unção. Unção especial
só existe uma: é aquela com Deus mesmo ungiu a todos os crentes, sem exceção!
Qualquer outra invencionice não passa de pretensão e orgulho humano querendo
aparecer.
MÉTODOS
E NORMAS QUE SÃO GERALMENTE UTILIZADOS POR PASTORES ABUSADORES
O material a seguir contém informações que podem
não ser agradáveis à grande maioria das pessoas.
Pastores que abusam dos seus
rebanhos seguem, normalmente, uma série comum de métodos e normas, visando
estabelecer seu poder, domínio e controle absoluto sobre o povo de Deus. Entres
estes métodos e normas podemos destacar as seguintes como sendo as mais comuns:
Pastores abusadores são
extremamente defensivos quanto aos seus feudos particulares e tendem a agir de
uma forma que é sempre abusiva quando se trata de defender seus próprios
interesses. Os interesses pessoais de pastores abusadores estão, sempre, acima
de quaisquer outros interesses. Não existe nenhum tipo de consideração cristã
que possa intervir quando o que está em jogo for o interesse pessoal de algum
pastor abusador. Em poucas palavras podemos dizer que para defender seus
interesses vale-tudo para pastores abusadores.
Uma das características mais
marcantes deste vale-tudo mencionado no item 1 acima, é a tendência constante
de usar e abusar de passagens bíblicas, dentre as quais a favorita é: "Não
toqueis nos meus ungidos". Pastores abusadores aprendem, de forma bastante
rápida, a manipular a Bíblia visando alcançar seus mais inconfessáveis
propósitos.
Pastores abusadores, porque
possuem uma visão distorcida de si mesmos, literalmente adoram serem exaltados
e tratados com toda a honra, toda a deferência e toda a pompa e circunstância,
que, em suas mentes doentias, imaginam o "ungido do Senhor" merece.
Pastores abusadores são
todos aqueles que acham que os termos usados no Novo Testamento para
descrevê-los, termos como pastores, presbíteros e bispos, são realmente títulos
e indicadores de posição. Nas suas pequeninas cabeças imaginam que os
"títulos" que possuem os habilitam a dominar, governar e até reinar
sobre o povo de Deus. A estes homens falta um mínimo de inteligência para
entenderem que os termos usados no Novo Testamento são meros descritores de
função e não possuem nenhum tipo de conotação hierárquica ou de posição ou
nível. Todos os crentes, sem exceção, estão "EM CRISTO". Esta é a
posição de todos os crentes: estamos todos "em Cristo". Pastores
estão "em Cristo", da mesma maneira que as ovelhas estão "em
Cristo". Não existe nenhuma diferença posicional entre os crentes. O que
existe são funções diferentes. E a função daqueles encarregados de cuidar do
rebanho de Deus é descrita como a de alguém que cuida de ovelhas (pastor); como
de alguém que possui maturidade espiritual para ensinar, admoestar e exortar
(presbítero) e como alguém que possui a função de supervisionar o rebanho de
Deus (bispo). Como pode ser facilmente percebido as três palavras, pastor,
presbítero e bispo, são meras descritoras das funções que precisam ser
executadas e não fazem nenhuma referência a algum tipo de hierarquia que deva
existir na Igreja dos Ungidos do Senhor! Os termos que o Novo Testamento usa de
pastor, presbítero e bispo não descrevem ofícios e sim as funções que precisam
ser desempenhadas por aqueles chamados para cuidar do povo de Deus.
Pastores abusadores gostam
de reprovar de forma pública e privada a todos que consideram desobedientes e
insubmissos. Esta desobediência e insubmissão não têm nada a ver com a Bíblia
ou com a sã doutrina e sim com a vontade pessoal do pastor abusador. As
reprovações privadas tendem a ser bastante desagradáveis, pois os abusadores
sabem que dificilmente alguém irá acreditar nas palavras de alguém que está
rotulado de insubmisso ou desobediente. Esta situação permite aos pastores
abusadores usar os termos que bem quiserem nestas conversas, fazer as alegações
que bem entenderem por mais estapafúrdias que sejam, levantar graves acusações
por mais levianas que sejam e tirar as conclusões que lhes forem as mais
convenientes. É praticamente impossível sobreviver em um ambiente tão hostil.
Mas há muitos que continuam tentando. Somente a eternidade irá revelar a
verdadeira dramaticidade destas conversas perversas e funestas.
Intimamente associado à
reprovação pública está o desprezo público ou o isolamento de certos membros.
Pastores abusadores fazem questão de deixar bem claro quem são as pessoas que
não estão lhes agradando, e por este motivo precisam ser tratadas da maneira
mais fria possível. Irmãos fracos, ao verem o pastor colocar alguém "na
geladeira", seguem o mesmo mau exemplo e também passam a tratar o ferido
da mesma maneira. Esta é uma das situações mais insuportáveis dentro de uma
comunhão que se intitula cristã. Quando um pastor que deveria realmente estar
cuidando da ovelha ferida, vira o rosto e age como se a ovelha não existisse,
está cometendo um dos atos mais cruéis que podem ser praticados.
Pastores abusadores adoram
subir nos púlpitos e disparar contra aqueles que consideram seus desafetos.
Este é sem dúvida um dos piores atos que um pastor pode praticar: usar o tempo
que deveria ser gasto para edificar o povo de Deus para resolver diferenças
pessoais, muitas vezes com uma pessoa somente. Pastores abusadores sabem que o
púlpito é prerrogativa exclusiva deles ou de quem eles convidam, portanto,
sentem-se à vontade para maltratar as pessoas a partir daquela posição
vantajosa. Quando sobem ao púlpito para agredir a quem quer que seja, os
pastores abusadores demonstram apenas que são grandes covardes e como tais são
dignos de uma coisa somente: desprezo absoluto.
Se a igreja possuir algum
tipo de boletim o mesmo será usado por pastores abusadores para destilar
triplamente o mais perverso tipo de veneno do qual se tem notícia. Este tipo de
veneno intoxica a todos nos igreja. Ninguém que saiba ler fica imune desta
contaminação verdadeiramente maligna.
Ameaças de toda sorte são
também parte do arsenal comum a todos os pastores abusadores. Ameaças que vão
desde o simples afastamento de algum ministério, chegando até à excomunhão ou
expulsão que é o termo favorito dos abusadores neste quesito. Da pretensa, mas
real, posição de autoridade, o pastor abusador se sente perfeitamente
confortável para atazanar a vida de suas ovelhas com todos os tipos de ameaças,
com algumas chegando a beirar a imoralidade.
Pastores abusadores costumam
ensinar suas ovelhas que toda insubordinação e desobediência é pecado grave e
que este tipo de pecado é digno das mais severas e pesados formas de
disciplina. Desta maneira, a igreja está plenamente doutrinada e quando algo
acontece todo mundo concorda com a violência praticada. Este é realmente um
ciclo vicioso muito difícil de romper.
Outra característica
bastante marcante entre pastores abusadores é a adoção de dois pesos e duas
medidas como norma para o dia-a-dia. Este tipo de prática é tão comum, tratar
uma mesma situação de duas maneiras diferentes, que a vasta maioria dos crentes
dos dias de hoje já não reage a este estado de coisas. Preferem pensar que as
coisas são assim mesmo. Que não adianta lutar. Que é bobagem se indispor. O
autor entende todos estes argumentos, mas não pode deixar de chamar de covardes
a todos que observam este tipo de prática e não se manifestam pela justiça e
pela verdade! A motivação para o uso de dois pesos e duas medidas está
completamente dependente àquilo que for o interesse do pastor abusador. São
seus interesses pessoais e não a justiça e a verdade que interessam.
Pastores abusivos gostam de
ensinar suas ovelhas idéias que possam causar falsos sentimentos de culpa.
Estes sentimentos, por sua vez, só podem ser aliviados mediante um curvar-se,
quase imoral, diante da vontade do pastor ou, se a pessoa tiver condições, de
polpudas contribuições. Os que não possuem dinheiro acabam por trabalhar como
verdadeiros escravos para o pastor, sua esposa e filhos. Fazem de tudo: reforma
e pintura de casas, cozinham, lavam, passam, cuidam do jardim, das crianças,
fazem faxina, limpeza pesada, lavam carros, servem como motoristas e vai por aí
afora. Pastores abusivos sabem que uma mente bem manipulada por falsa culpa é
capaz de produzir muitas e muitas coisas.
Abusadores gostam de criar
panelas e grupelhos de todos os tipos dentro das igrejas. A alguns eles
estendem a mão e chamam estas pessoas de "amigos pessoais". Este tipo
de "amizade" vai muito além daquilo que dispensam aos outros irmãos
da igreja. O resultado disto é que aqueles que são atraídos para dentro deste
círculo íntimo compartilham o "poder" com o "chefe" e isto
os faz leais até à morte, mesmo diante das maiores imoralidades que se possa
ter notícia. Outros são privilegiados com posições "honradas" e
destaques especiais naqueles ministérios que são considerados os mais
"nobres". Quanta hipocrisia é possível existir dentro de uma igreja é
realmente difícil de se aferir. Mas os abusadores adoram tudo isto e se
divertem enquanto seguem impunes. Mas o SENHOR vê tudo e certamente haverá um
severo ajuste de contas na hora apropriada.
Uma das formas mais medonhas
de abuso espiritual é aquilo que podemos chamar de esoterismo. Esta é a prática
mediante a qual a verdadeira natureza dos ensinamentos, da agenda que está
sendo seguida e das práticas que são adotadas é revelada somente para os mais
"chegados" ou àqueles que progridem, de forma verdadeira, dentro do
movimento a que pertencem. O autor tem tido a oportunidade de observar inúmeras
denominações, algumas históricas inclusive, onde o verdadeiro propósito e
agenda é sustentar e manter a boa vida da classe sacerdotal ou dominante.
Milhares e milhares de "formiguinhas" trabalham como escravos e
contribuem para que um pequeno grupo tenha tudo do bom e do melhor. No dia em
que estes verdadeiros "escravos" do século XXI acordarem, e se derem
conta de que não precisam dos "faraós", este será um verdadeiro dia
de glória.
Amor condicional é outro
método favorito dos pastores abusadores. Só recebem amor aqueles que se
enquadram perfeitamente dentro da vontade absoluta do abusador. Todos os outros
são tratados com desdém e desprezo visível até por quem está apenas visitando o
trabalho.
Abusadores exigem que
qualquer pessoa que queira progredir na hierarquia que comandam, precisa, acima
de tudo, ser um excelente modelo quando o assunto é contribuição. Posições de
liderança são rigorosamente reservadas a pessoas que podem contribuir mais
financeiramente.
Diante desta lista,
verdadeiramente abominável, chega a ser ridículo perguntarmos por que as
igrejas vão mal e estão tão enfermas. A resposta não precisa ser buscada na
existência de demônios territoriais, inimigos da cruz nem em "irmãos
insubmissos". A resposta para muitos dos males que existem na igreja
moderna passa pela qualidade da liderança existente. Passa pela triste
constatação de que os abusadores não estão preocupados com o Povo de Deus e sim
com seus próprios interesses. Se desejamos uma nova Reforma, a mesma precisa
começar, necessariamente, pela remoção de líderes abusadores e sua substituição
por verdadeiros líderes que sejam pastores-servos a serviço do Povo de Deus.
Creio que chegou a hora de
praticarmos uma verdadeira defenestração, espiritual é claro, arrancando as
máscaras dos pretensos "ungidos do Senhor"; virando as costas e dando
adeus aos "faraós modernos" e abandonando por completo aqueles que se
especializaram em, abusar de todos nós. O autor não tem nenhuma dúvida que a
vasta maioria dos problemas que enfrentamos na Igreja do século XXI, está
diretamente relacionada às lideranças canhestras que se encastelaram nas
posições de liderança das igrejas de todas as denominações, o que lhes permite
manter, com mão de ferro, o absoluto controle sobre o Povo de Deus. Precisamos,
urgentemente, pedir que Deus suscite uma nova geração de pastores que possuam
genuínos corações de servos. Corações que estejam realmente no servir o povo de
Deus e não em serem servidos. E, por favor, vamos aprender de uma vez por
todas, que igrejas e ministérios multimilionários, não servem realmente aos
propósitos de Deus de levar o evangelho a todas as pessoas deste mundo.
O
QUE FAZER?
Algumas atitudes práticas
para se livrar de situações de abuso espiritual. Alguns passos práticos para
ajudá-lo a se livrar deste emaranhado de coisas:
Saiba que nada que será dito
a seguir é fácil de ser colocado em prática devido a todos os mecanismos de
dominação e controle que existem e que estão disponíveis aos pastores e igrejas
abusadoras. Todavia, vale à pena tentar.
Em primeiro lugar você
precisa entender como verdade bíblica, que não existem pastores que sejam
"ungidos do Senhor" de uma forma especial. Precisa entender que você,
a simples ovelha, recebeu de Deus mesmo, uma unção que é exatamente igual a que
um pastor recebeu. Portanto não se sinta intimidado nem amedrontado diante das
ameaças. Pastores são tão mortais quanto todos nós, mesmo que gostem de pensar
de si mesmos mais do que convém - ver Romanos 12:3. Discordar de um pastor
abusador pode não ser fácil, mas não trará as conseqüências anunciadas pelo
abusador e seus seguidores.
Depois você precisa entender
que não existe uma diferença de posição quando se compara a um pastor. A
simples ovelha e o mais "exaltado" dos pastores estão exatamente na
mesma posição: ambos estão "em Cristo". Não existe, portanto, nenhuma
diferença na posição. Pastores não estão em posições mais elevadas ao passo que
as ovelhas estão em posições mais inferiores. Isto não existe, é uma invenção
de homens maldosos e aproveitadores. Todos os crentes estão em uma e mesma
posição: estamos todos EM CRISTO. Ver Efésios 4:11 - 16.
Precisa entender também que
a mesma consideração e respeito que você deve ao irmão-pastor é exatamente a
mesma que você deve a todos os outros irmãos. Por outro lado, os pastores devem
exatamente a mesma consideração e respeito a todos os irmãos, sem exceção. Ver
a lista de mandamentos de reciprocidade no final deste artigo. Os mandamentos
de reciprocidade precisam ser praticados por todos os crentes, sejam eles
ovelhas, sejam pastores. Note a quantidade de vezes que o mandamento de amor
recíproco é repetido. Lembre-se, abuso espiritual é fruto absoluto da falta do
amor de Deus na vida do abusador! Mesmo falando em nome de Deus,
pastores-abusadores não possuem o amor de Deus em seus corações.
Além disso, precisa
compreender que não existe nenhuma possibilidade de diálogo com um pastor
abusador. Eles estão irremediavelmente viciados pelo poder e pelo prazer que o
abuso provoca em suas mentes. Não perca tempo tentando argumentar. Não adianta
nada. Não vale à pena. Ouça as palavras do Senhor com relação aos abusadores
dos seus dias: Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar
outro cego, cairão ambos no barranco - Mateus 15:14. No terceiro estudo desta
série iremos analisar o confronto de Jesus com os abusadores de seus dias.
Não, você não irá para o
inferno se decidir abandonar o redil de um pastor abusador. Ou mesmo se decidir
abandonar uma igreja abusadora. Aliás, quero recomendar que você faça
exatamente isto. Não é uma decisão fácil, mas para seu próprio bem, quanto
antes você tomar esta decisão, melhor para você. Lembre-se, o Faraó não gostava
dos judeus, mas precisava deles! O pastor abusador não gosta de você, mas ele
precisa de você. Você não precisa de nenhum pastor abusador. De fato, sem você
não existe pastor abusador. Vire as costas e deixe ele se virar.
Você precisa estar disposto
a obedecer ao Senhor e a ignorar aqueles que, usando o nome do Senhor, desejam
somente escravizá-lo. Lembre-se, em todos os lugares onde o Espírito do Senhor
está existe verdadeira liberdade - ver 2 Coríntios 3:17. Qualquer outra
situação não passa de engodo para manter as pessoas cativas.
Lembre-se também, que na
grande maioria das vezes, pastores abusadores e seus seguidores, agem de
maneira completamente irracional. Agem como verdadeiros pit-bulls, atacando sem
nenhuma justificativa plausível. Uma das maneiras mais comuns deste tipo de
irracionalidade é tratar as pessoas como se elas não existissem. Ai! Como dói
um irmão de muitos anos, de repente, virar o rosto e fingir que você não
existe! Isto é o que eu chamo de atitude irracional. Bem, deixe-me dizer isto
bem alto: NÓS NÃO TEMOS NENHUMA OBRIGAÇÃO DE NOS RELACIONAR COM PESSOAS
IRRACIONAIS! Portanto, não se acanhe, tome uma decisão definitiva, de banir de
sua vida, de uma vez por todas, estas pessoas que te tratam desta maneira.
Não adianta insistir. Falar,
argumentar e até mesmo implorar não surte nenhum efeito em pessoas irracionais.
Tentar convencê-los com argumentos lógicos irá apenas levar você à exaustão. Lidar
com pessoas que agem desta maneira é estar em uma situação onde se é impossível
vencer. Então, se você não pode vencer, pra que perder tempo batalhando?
Faça tudo que estiver ao teu
alcance para evitar se vir aprisionado em situações em que você não tem à
mínima chance de vencer. Fuja destas situações.
Procure alguma comunhão onde
você possa ter suas feridas tratadas por um verdadeiro pastor-servo. Minha
convicção é que Deus, em Sua misericórdia, ainda tem muitos homens deste
calibre, espalhados por todos os lugares. Peça a orientação de Deus. Dependa da
força que o Senhor mesmo pode suprir. Decida servir o Senhor livre de todos os
impedimentos e tropeços que pastores abusadores insistem em colocar no caminho
dos filhos de Deus.
Desde a publicação da primeira
parte deste material, o autor tem recebido inúmeros e-mails com verdadeiras
histórias de horror. Histórias de manipulações perversas, de distorções
terríveis, de comportamentos inomináveis, de abusos espirituais abomináveis. É
nossa firme convicção de que o Deus verdadeiro deseja conduzir suas ovelhas a
pastos verdejantes, às águas de verdadeiro refrigério. Talvez estes artigos
sejam usados por Deus para abrir os olhos de muitos, para que se libertem dos
duros grilhões controlados por pastores e igrejas abusadoras.
O autor gostaria de pedir a
todos os leitores que se unam a ele, em oração, ao Deus de toda misericórdia e
Pai de todas as consolações, para que nos envie tempos de verdadeiro
refrigério. Que o Senhor possa nos ajudar a reformar a igreja do século XXI,
começando pela urgente, urgentíssima, reforma das nossas lideranças pastorais.
PASSAGENS
ONDE OCORRE A EXPRESSÃO "UNGIDO DO SENHOR":
1 Samuel 24:6 e disse aos
seus homens: O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é,
que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR. - SAUL.
1 Samuel 26:9 Davi, porém,
respondeu a Abisai: Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o
ungido do SENHOR - SAUL e fique inocente?
1 Samuel 26:16 Não é bom
isso que fizeste; tão certo como vive o SENHOR, deveis morrer, vós que não
guardastes a vosso senhor, o ungido do SENHOR - SAUL; vede, agora, onde está a
lança do rei e a bilha da água, que tinha à sua cabeceira.
1 Samuel 26:23 Pague, porém,
o SENHOR a cada um a sua justiça e a sua lealdade; pois o SENHOR te havia
entregado, hoje, nas minhas mãos, porém eu não quis estendê-las contra o ungido
do SENHOR - SAUL.
2 Samuel 1:14 Davi lhe
disse: Como não temeste estender a mão para matares o ungido do SENHOR? - SAUL.
2 Samuel 1:16 Disse-lhe
Davi: O teu sangue seja sobre a tua cabeça, porque a tua própria boca
testificou contra ti, dizendo: Matei o ungido do SENHOR - SAUL.
2 Samuel 19:21 Então,
respondeu Abisai, filho de Zeruia, e disse: Não morreria, pois, Simei por isto,
havendo amaldiçoado ao ungido do SENHOR? - DAVI.
Lamentações 4:20 O fôlego da
nossa vida, o ungido do SENHOR, foi preso nos forjes deles; dele dizíamos:
debaixo da sua sombra, viveremos entre as nações.
PASSAGENS
ONDE OCORRE A EXPRESSÃO "TEU UNGIDO":
Crônicas 6:42 Ah! SENHOR
Deus, não repulses o teu ungido; lembra-te das misericórdias que usaste para
com Davi, teu servo.
Salmos 84:9 Olha, ó Deus,
escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido.
Salmos 89:38 Tu, porém, o
repudiaste e o rejeitaste; e te indignaste com o teu ungido.
Salmos 89:51 com que,
SENHOR, os teus inimigos têm vilipendiado, sim, vilipendiado os passos do teu
ungido.
Salmos 132:10 Por amor de
Davi, teu servo, não desprezes o rosto do teu ungido.
Habacuque 3:13 Tu sais para
salvamento do teu povo, para salvar o teu ungido; feres o telhado da casa do
perverso e lhe descobres
QUE
DIREMOS DA MÚSICA?
Em muitos casos não é
possível identificar se o que há em alguns templos é culto ou show. Várias
igrejas estão perdendo sua identidade, passando a ser conhecidas como a “igreja
do Pastor fulano”, “a igreja do cantor sicrano”, “a igreja do jogador beltrano”
etc. Alguns freqüentam estas igrejas porque lá congregam tal atriz ou tal ator.
Já existem Fã Clubes para evangélicos (fã, redução de fanático, do latim fanus,
templo, em referência aos adoradores da deusa Cibele) e bloco carnavalesco
evangélico. Pedem-se autógrafos, e a tietagem é explícita entre os admiradores
das “estrelas evangélicas”.
Hoje o cantor evangélico
ganha Disco de Ouro e participa de grandes festivais. Há algum tempo foi
realizado o Troféu Talento, considerado o Grammy da música evangélica, cujo
objetivo era a premiação aos “melhores” do “show gospel”. Muitos desses
festivais possuem efeitos especiais e são realizados em casas de shows de altíssimo
nível. Em muitos casos há cobrança de ingressos. Os cachês de alguns desses
irmãos cantores são excessivamente elevados, e muitos não cantam se não houver
cachê! Para muitos empresários do ramo, esses cantores são “máquinas de fazer dinheiro”,
e os evangélicos de um modo geral, nada mais são do que potenciais
consumidores.
CAPITALISMO
EVANGÉLICO OU GOSPEL
A grosso modo, capitalismo é
a influência ou supremacia do capital ou do dinheiro. Em outras palavras, é um
sistema pelo qual alguém investe capital ou dinheiro numa atividade produtiva
com o objetivo de gerar lucros. Mas, qual a relação que isso tem com o
Evangelho?
Bem. Com o Evangelho
genuinamente bíblico, nenhuma; contudo, com o evangelho que muitos pregam em
nosso dias, há uma intrínseca convivência. Lamentavelmente, o Evangelho
tornou-se para um grande número de pessoas, num meio totalmente eficaz de
enriquecimento, numa fórmula perfeita de ascensão financeira.
Grandes empresas,
principalmente do ramo fonográfico e editorial, que nunca nutriram nenhum
vínculo que o povo de Deus, infiltraram-se no meio evangélico, buscando dessa
forma ampliar seus lucros; atingir um “mercado” em fase de expansão, afinal só
no Brasil somos mais de 20 milhões! Utilizam-se do Evangelho de forma, muitas
vezes, inescrupulosa, bombardeando os crentes com um marketing estrategicamente
elaborado, fazendo uso de uma linguagem cristã, dando uma roupagem
aparentemente evangélica ou gospel aos seus produtos. É comum ouvirmos falar de
“Plano de Saúde Evangélico”, “Cartão de Crédito Evangélico”, “Shopping
Evangélico” etc. Em um periódico, uma agência de turismo anunciava uma excursão
à “Disney Gospel”. Até Sindicato de Pastores já foi cogitado entre nós!
O capitalismo, sob uma
camuflagem cristã, penetrou no seio da igreja, conduzindo muitos crentes ao
consumismo exacerbado e ao materialismo desenfreado. O desejo pela prosperidade
financeira suplanta, em algumas denominações, o anseio pela intimidade com
Deus. E o pior: a ambição pelo dinheiro ganhou respaldo bíblico. Fazem uso da Bíblia
para justificar suas doutrinas de prosperidade. O dízimo, que deveria ser dado
com o intuito de manter a obra de Deus, tornou-se numa espécie de
“investimento” ou numa “fórmula mágica” para se obter dinheiro de Deus: “Se
você der tudo, receberá em dobro”, dizem alguns; e outros: “O diabo segura a
carteira do crente para ele não dar oferta”.
A famigerada Teologia da
Prosperidade, que é motivo de controvérsia entre as diversas denominações
evangélicas, ganhou terreno e já é naturalmente aceita por inúmeras igrejas. Em
muitos casos é utilizada de forma apelativa, como um chamamento para os que
enfrentam algum tipo de dificuldade financeira ou males físicos: “Se Jesus
estivesse entre nós, hoje, ele sairia num Boeing particular e compraria
emissoras de rádio e televisão para pregar o mais rápido possível a sua
Palavra”, foi o que afirmou um pastor ligado ao movimento. Para muitos que
compartilham essas idéias, Jesus foi um grande milionário e até usava roupas de
grife. Frases tais como “eu peço”, “eu clamo”, “eu imploro”, “eu suplico” foram substituídas por “eu exijo”, “eu
decreto”, “eu determino”, “eu reivindico” etc.. São, no dizer de um escritor
cristão, os “super-crentes”, àqueles que podem tudo, que estão sempre “amarrando
satanás” e que, aparentemente, estão isentos dos dissabores da vida. Todavia
não são poucos os relatos de desapontamentos, quando percebem que a vida não é
nenhum mar rosas e que, tais quais qualquer outra pessoa, estão sujeitas às
mesmas procelas; quando sentem na própria pele, o “espinho na carne”.
A prosperidade financeira
transformou-se numa espécie de “femômetro” (ou “fidemômetro”), capaz de medir o
grau da fé de alguém: se prosperou, a fé é grande; se fracassou, é pequena.
Provavelmente para estes, os crentes da Somália, da Etiópia, de Filipinas, de
Serra Leoa, do Afeganistão etc. são todos fracassados, visto que vivem na
miséria. Ao contrário, os suecos, os japoneses, os americanos (principalmente
estes, que inventaram tal doutrina) são poderosos na fé, uma vez que vivem numa
grande bonança financeira. É muito cômodo a quem tem dinheiro e saúde
proclamar, como um arauto, que a escassez de dinheiro e a enfermidade
significam ausência de fé!
Para esses pregadores, a fé
só é fé se vier acompanhada de bênçãos materiais. Eles dizem - categoricamente
- que se as nossas orações não estão sendo respondidas é porque não temos fé, e
se a temos, ela é deve ser fraca. Não é à toa que muitas pessoas vivem
atormentadas por culpas. Sentindo-se fracassadas espiritualmente, perguntam:
Será que a minha fé é fraca? Será que estou em pecado?
É deveras angustiante
servimos a Deus, crermos na sua Palavra, e ainda assim sermos acusados de falta
de fé. Esses “superpregadores” esquecem-se que, não obstante servirmos a um
Deus Todo-Poderoso, maravilhosamente Poderoso, infinitamente Poderoso, ainda
assim somos humanos, vivemos num mundo onde alegria e tristeza, pobreza e
riqueza coexistem relativamente para cada pessoa. Se a chuva vem para os justos
e injustos, conclui-se que as dificuldades não são diferentes. Conheço pessoas
ímpias que não somente têm dinheiro, como também esbanjam saúde; também conheço
pessoas cristãs, sinceramente cristãs, fiéis a Deus, que além de não terem
saúde, têm escassez de dinheiro, vivem de aluguel, ganham um ínfimo salário.
Também conheço o oposto: pessoas ímpias que não tem nada, vivem na miséria, e
pessoas cristãs que tem saúde e dinheiro. A DIFERENÇA NÃO ESTÁ EM NOSSOS
BOLSOS, EM NOSSOS CORPOS FÍSICOS: ESTÁ DENTRO DE NOSSOS CORAÇÕES. Se Deus é o
nosso estandarte, então as circunstâncias, não importam quais, não impedem que
sejamos verdadeiros filhos seus, e isso mesmo diante da pior tempestade. O que
nos conforta é sabermos que em nenhum instante estaremos sozinhos. O apóstolo
Paulo, diz a Bíblia, tinha um misterioso espinho na carne, e mesmo clamando a
Deus não foi respondido. Vale a pena perguntar: será que ele também não tinha
fé?
Se formos fazer uma análise
dos chamados “Heróis da Bíblia” ou dos “Heróis da Fé”, perceberemos que a vida
para eles não foi tão regalada como afirmam hoje os pregadores dessa teologia.
Na antiga dispensação, é verdade, os homens de Deus, como Abraão, Jó, Salomão,
entre outros, tiveram grandes riquezas; todavia, Moisés, Jeremias, Isaías e
outros profetas não as tiveram. Então pergunto: Será que os primeiros eram
diante de Deus melhores que os segundos?
Se formos analisar a vida
dos homens de Deus, principalmente na Nova Aliança, após o advento de Jesus,
concluiremos, começando por Jesus, que a vida para eles não foi tão abastarda
assim. A Bíblia afirma que Jesus não tinha sequer onde reclinar sua cabeça. O
diabo, quando o tentou, ofereceu-lhe as riquezas do mundo, os tesouros do reino
da terra, mas Jesus o repreendeu. Foi Jesus quem disse que o nosso tesouro deve
estar nos céus, porque lá a ferrugem não o corrói. Por que será que em vez de ter nascido num
esplendoroso palácio, ele nasceu em uma manjedoura (Tabuleiro em que se põe
comida para os animais nas estrebarias)?
Os discípulos de Cristo
também não eram ricos. O único que se deixou levar pela ambição, Judas, teve um
fim deveras trágico. Quando algumas pessoas ricas chegavam para Jesus, como é o
caso de Zaqueu e do jovem rico, foram motivados por ele a dividirem seus bens
com o próximo. A Igreja primitiva tinha esse hábito. Diz a Bíblia que os irmãos
prósperos dividiam com os menos favorecidos socialmente os seus bens. O
apóstolo Paulo não teve, como alguns supõem, uma vida maravilhosa. Muito pelo
contrário, sofreu pelo nome de Jesus, não somente açoites, mas prisões, e mesmo
a morte. Em uma de suas epístolas, diz ter feito tendas para se manter, não
querendo causar peso aos outros. Que diremos de João que, mesmo estando preso
numa ilha, permaneceu firme na fé, sem jamais questionar os desígnios de Deus?
Não estou fazendo apologia
do fracasso, da doença, da pobreza. Não, não é isso! Muito pelo contrário, não
há nada de errado em desejarmos ter uma vida bem sucedida; não vejo nenhum
problema em querermos uma vida com saúde. Tudo isso é bom e importante,
contudo, se porventura nos faltarem essas coisas, nunca devemos achar que por
isso não temos fé.
Nossa fé deve ultrapassar o
limite humano. Se formos agir conforme a lógica, de acordo com o aparentemente
óbvio, estaremos na verdade praticando o contrário da fé. Somos salvos pela fé,
portanto, a fé não é uma “fórmula mágica” que faz surgir do nada aquilo que
necessitamos. Não, não, não é isso. Oferecer algo a Deus é fé: Abel ofereceu a
Deus o mais excelente sacrifício, pelo que, diz a Bíblia, obteve testemunho de
ser justo, tendo a aprovação de Deus (Hebreus 11:4). Agradar a Deus é fé:
Enoque foi transladado para não ver a morte, pois agradava a Deus (Hebreus
11:5). Obedecer a Deus é fé: Noé seguiu os conselhos de Deus, construiu uma
arca sob à zombaria de seus conterrâneos, e desta forma deu continuidade à
espécie humana (Hebreus 11:7). A fé fez
com que Moisés abandonasse o conforto do Palácio de Faraó, para sofrer por seu
povo. Muitos, por sua fé, foram apedrejados, provados, perseguidos, humilhados,
açoitados, serrados pelo meio, mortos ao fio da espada. Outros, pela fé,
tiveram de andar peregrinos, vestidos de peles de ovelhas, necessitados,
aflitos, maltratados. Como diz a Bíblia, homens dos quais o mundo não era
digno. Viviam pela fé, errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas,
pelos antros da terra. Mesmo não tendo a concretização da promessa, eles não
desistiram, perseveraram na fé. E a fé para eles foi sofrer pelo nome de
Cristo. Muitos, movidos pela fé, foram jogados em arenas para serem devorados
por leões. E a fé venceu.
E hoje o que é a fé para
muitos? É viver regaladamente em suas lindas mansões, é ter o carro do ano, de
preferência importado. É possuir saúde, e muitas vezes, fama. Pregar é mais
cômodo pela televisão e no rádio. Para que ir à Índia, à Etiópia, à Somália, ao
sofrido Iraque, aos submundos das favelas, se é possível viver “rompendo em fé”
aqui em meu conforto?
O desejo por riquezas tem
conduzido muitos crentes sinceros ao afastamento do verdadeiro Evangelho, da
pureza e santidade da Palavra de Deus. Com freqüência surgem novos movimentos
que, de início, causam escândalos, porém logo são assimilados, ganham um rótulo
evangélico ou gospel e, por ausência de questionamentos, passam a servir de
modelo até mesmo para os mais conservadores
Deus tem uma grande obra para fazer em nós. Mas Ele não faz
nada em nós separados de Cristo Jesus. Deus não nos trata isoladamente. Toda a
obra que Deus tem para fazer em nossas vidas é em Cristo. Ele nos colocou em
Cristo e toda a experiência dele se tornou a nossa experiência (lembre o exemplo
da folhinha dentro do livro). Como podemos aniquilar a velha natureza? Não
podemos. Mas Deus crucificou o nosso velho homem com Cristo. Como podemos
produzir uma nova vida? Não podemos. Mas Deus nos deu a vida juntamente com
Cristo. Como podemos vencer a Satanás? Em nós mesmos é impossível, mas Deus nos
colocou assentados nos lugares celestiais (acima de Satanás) em Cristo Jesus.
Toda essa tremenda vitória é possível porque nós fomos Batizados em Cristo
Jesus.
O
REINO E A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
Quando Jesus falou sobre o
reino de Deus, mencionou duas certezas: A atividade de Deus na História, por
meio de Cristo, para salvar do pecado a humanidade. E o fim que Deus dará à
História, restaurando os salvos a Seu plano original: que eles vivam com Ele
para sempre na Nova Terra (Ap 21:1-3). A primeira, como já dissemos, chegou por
meio da missão e do ministério de Cristo. Nele, já estamos no reino da graça
(Ef 1:4-9). A segunda parte, a reunião dos santos no reino da glória, é a
esperança futura aguardada pelos que estão em Cristo (Ef 1:10; Tt 2:13). Jesus
e o restante do Novo Testamento associam esse momento histórico em que os fiéis
herdarão o reino da glória à segunda vinda de Cristo. A segunda vinda de Cristo
é a culminação final das boas-novas que Jesus veio proclamar em Sua primeira
vinda. O mesmo Jesus que derrotou o pecado e Satanás no Calvário voltará em
breve para iniciar o processo que erradicará o mal e purificará a Terra da
tragédia que o inimigo infligiu à criação de Deus. Ao aguardarmos a vinda de Jesus,
somos chamados a vigiar, a todo tempo, precisam esperar, vigiar e orar pelo
reino da glória. Entre o ministério e a missão, com o viver e o esperar, com
seu crescimento e o testemunho. A espera pela segunda vinda de Jesus exige a
santificação de nossa vida aqui e agora. O reino de Deus era o pensamento
principal de Lucas enquanto ele escrevia a continuação de seu evangelho, na
forma de uma breve história da igreja primitiva. Nas primeiras linhas desse
relato histórico, o livro de Atos, Lucas declara três verdades fundamentais com
respeito ao reino de Deus. Durante 40 dias entre Sua ressurreição e Sua
ascensão, o Senhor continuou a reforçar o que já havia ensinado aos discípulos
antes de Sua crucifixão: as “coisas concernentes ao reino de Deus” (At 1:3). Os
grandiosos eventos da cruz e da ressurreição não haviam mudado nada no ensino
de Jesus com respeito ao reino; ao contrário, por 40 dias o Cristo ressuscitado
continuou a gravar na mente dos discípulos a realidade do reino. Esteja
esperando que Jesus volte no tempo que Deus julgar apropriado. Após a
ressurreição, os discípulos de Jesus fizeram uma pergunta séria e ansiosa:
“Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?” (At 1:6). Jesus
não respondeu à pergunta, mas corrigiu a perspectiva dos discípulos: Deus
sempre será Deus; sondar Sua mente, predizer Seus planos com precisão, penetrar
Seus segredos não é tarefa para seres de carne e sangue. Ele sabe quando deve vir
o reino da glória, e fará com que isso se realize em Seu próprio tempo (At 1:7;
Mt 24:36), assim como, na “plenitude do tempo” (Gl 4:4), Ele enviou Seu Filho
para inaugurar o reino da graça. Seja uma testemunha do evangelho de Jesus.
Cristo fez com que os discípulos volvessem da especulação sobre o desconhecido
(o momento em que virá o reino da glória) para aquilo que é conhecido e precisa
ser feito. O tempo da segunda vinda de Jesus não é revelado, mas somos chamados
a aguardar aquele glorioso dia e a estarmos ativos até então (Lc 19:13). Isso
significa que devemos estar envolvidos em levar o evangelho de Jesus Cristo
“até aos confins da Terra” (At 1:8). Essa é nossa responsabilidade – não em
nossa própria força, mas pelo poder do Espírito Santo, que Jesus prometeu que
seria derramado sobre todos os que quisessem ser testemunhas daquilo que viram
e ouviram (v. 4-8).
Esses fiéis seguidores de
Jesus ainda tinham concepções muito errôneas sobre a natureza da obra de
Cristo. Contudo, mesmo assim o Senhor os estava usando. Que mensagem pode haver
aqui para nós sobre o fato de não precisarmos compreender tudo plenamente antes
de sermos usados por Deus?
“A insígnia do reino do Messias distingue-se
pela imagem do Filho do Homem. Seus súditos são os humildes de espírito, os
mansos, os perseguidos por causa da justiça e de seu nome. Todas as gerações de
cristãos têm esperado que Jesus volte em seu tempo, E devemos desejar a vinda
do reino de Deus e por ela orar. O reino é de Deus, o que significa que ele
está acima de ações morais humanas, ou seja, ele não é um sistema ético, mas um
reino centralizado na ação do próprio Deus em favor dos seres humanos.
O
REINO DE DEUS E SUA ESTRATÉGIA
Deus também tem uma
estratégia e ela vai se consumar, porque Ele é soberano (Ap. 11:15). De fato,
quando Deus entregou a terra ao homem ele não fez isto por um prazo
indeterminado. Um dia, Ele restaurará para si todas as coisas. Portanto, Deus
está preparando um povo para viver com Ele, porque Ele sempre quis Ter esta
família, um povo para reinar com Ele. Mas este povo precisa começar agora.
Temos portanto, pelo menos
duas razões básicas para nos submetermos a Deus e seus valores: resistir já a
estratégia do diabo e estabelecer já o governo de Deus na terra, a partir de
nossas vidas.
Não devemos esperar que
vamos adorar a Deus lá no céu, que um dia vamos conseguir fazer tudo aquilo que
não fizemos aqui na terra. No céu teremos, apenas, a oportunidade de vivermos
em plenitude aquilo que começamos a praticar na terra.
Portanto, devemos começar a
viver em adoração aqui e agora, pois os que se submetem a Deus e Seus valores
também não terão dificuldade em adorá-Lo.
ADORAÇÃO
COMO ESTILO DE VIDA
A adoração não deve ser
vista como um momento de "culto". Aí está a religião, com sua
liturgia. Ela diz quando e como adorar a Deus. Mas a adoração deve ser vista
como uma maneira de viver, que agrada, traz prazer ao coração do Pai em todo o
tempo. Adorar é agradar ao Senhor com palavras e atitudes, é prostrar-se ante
Seu senhorio.
PRÉ-REQUISITOS
DA ADORAÇÃO
A adoração requer que Ele, o
Senhor, seja maior em nós. Seja nosso principal valor, seja o centro de nossa
vida. Em segundo lugar, a adoração requer que o outro seja maior (Rm.12:3-20).
A
ADORAÇÃO E SUAS FORMAS
A adoração não tem nada a
ver com show, nem tão pouco necessita de cenário. João estava ilhado em Patmos,
e estava em adoração.
A adoração pode ser em forma
de cânticos (talvez a mais conhecida), expressões de palavras dedicadas a Deus
ou atitudes para com o próximo – serviço, hospitalidade, honra, amor, etc.
Engana-se quem pensa que isto não é adoração. Jesus disse que quando fazemos a
um dos pequeninos a Ele fazemos (Mt.25:40). Ou ainda, que quem der um copo
dágua em seu nome jamais perderá o seu galardão (Mc.9:41).
A adoração retrata, de
alguma forma, e não em uma forma, a grandeza do nosso Deus; que Ele, e somente
Ele é digno de toda adoração.
Certamente isto não quer
dizer que não possamos nos congregar para adorá-lo. Aliás, somos até exortado a
fazê-lo. E quando estivermos juntos para adorá-lo, devemos fazê-lo de todo
nosso coração e em toda liberdade do Espírito Santo.
SOMENTE
OS ADORADORES IDENTIFICARÃO E SE OPORÃO À BESTA
Somente aqueles que se
colocam nesta posição, ou seja, de menor para o MAIOR, de servo para o SENHOR,
podem identificar todas as armilhadilhas humanistas de Satanás e seu poder.
Somente a verdadeira igreja, corpo santo de Jesus, conseguirá enxergar através
das táticas e perceber que há um desvio crucial no centro das atenções, e que
não é o Senhor.
Neste momento, uma
verdadeira perseguição será levantada contra a igreja verdadeira, contra os
"lunáticos", "fanáticos" ou "extremistas
radicais". Porque os demais terão um ar de religiosidade, uma aparência de
cristianismo, mas negarão estes valores de submissão, serviço incondicional,
amor legítimo que dá sua vida porque, de fato, nunca estiveram comprometidos
com eles, senão com aquilo que lhes trazia alguma forma de proveito pessoal:
alegria, salvação, bênçãos materias e outras formas de bênçãos, mas nenhum
comprometimento pessoal.
Começa aí a apostasia
predita por Paulo em II Tes. 2:3. "Então será de fato revelado o iníquo, a
quem o Senhor Jesus matará com o sopro da sua boca, e o destruirá pela
manisfestação da sua vinda"(v.8).
Quando a igreja for apertada
pelos valores impostos por Satanás e seus aliados, de fato somente os
autênticos discípulos se manterão firmes. O abandono será muito grande e não
terão percepção clara disto. Continuarão achando que servem ao Senhor e até
mesmo no dia de seu julgamento ficarão surpresos (Mt.7:21-23).
Gostaria de alertar que este
quadro já está bem avançado. Os valores estão mudando e a igreja vai se
amoldando a eles. A base não é mais a palavra de Deus, como regra de fé
absoluta, mas os valores aceitos pela sociedade, tais como: o divórcio, o
consumismo, a vida "fácil", o desrespeito pelas autoridades, a defesa
de si mesmo, etc.
NÃO
ESTAMOS TÃO LONGE DA APOSTASIA. PARECE QUE A IGREJA CRESCE, MAS A QUE PREÇO?
De um evangelho humanista,
aproveitador e interesseiro. Essa igreja não tem fundamento e, por isso mesmo,
está exposta aos vendavais que já começaram a soprar e que tendem a aumentar
muito nestes anos vindouros.
Estejamos atentos para não
sermos confundidos. Exercitemos nossa vida em Cristo praticamente e sem
reservas para ele; uma vida de adoração genuina, completa.
NÃO
DEVEMOS ESTAR DESAPERCEBIDOS DO MOMENTO HISTÓRICO QUE VIVEMOS.
"Vinde... celebremos ao
Rochedo da nossa salvação. Saiamos ao seu encontro com ações de graça,
vitoriemo-lo com salmos" (Sl.
95:1,2)
O projeto de Deus sempre foi
que o seu povo vivesse na terra e fosse dirigido e governado pelo céu. De
Moisés a Samuel o governo de Israel foi a Teocracia, isso durou cerca de 450
anos, até que o povo rejeitasse esta forma de governo e implorasse pela
monarquia (I Sm 8:4-7,19-22). Isto trouxe sérias conseqüências para Israel, a
pior delas foi a divisão da nação. Alguns acreditam que este fato tenha sido
tolerado por Deus, mesmo que contrariasse um de seus maiores objetivos que era
a unidade de seu povo.
O objetivo de Deus era
preparar o caminho para a salvação da humanidade através da nação de Israel.
Contudo, por causa dos desvios do povo judeu e da rejeição de seu Messias,
Jesus Cristo, o reino divino foi-lhes retirado, ou seja, Israel não tem mais a
função de propagar o Reino de Deus (Mt 21.43; Rm 10.21; 11.23). Tal missão cabe
agora à Igreja.
Deus jamais condenaria
nações que não tivessem a oportunidade de conhecerem o seu caráter. Em nenhum
momento vemos Deus querendo salvar somente Israel, pelo contrário, desde o
Éden, Ele arquitetou um projeto para a salvação da humanidade (Gn 3.15). Israel
rejeitou salvação e não recebeu o Cristo (Jo 1”1), proporcionando a outros,
quantos O receberem, o direito de serem chamados de filhos de Deus.
O Reino de Deus foi
estabelecido de forma invisível na Igreja por intermédio do Rei dos reis. O
reino divino pode ser visto nos corações e nas vidas de todos aqueles que se
arrependem, crêem e vivem o Evangelho (Jo 3.3-5; Cl 1.13). Não se trata de um
reino político ou material que, por definição, é transitório e passageiro, mas
sim, é uma operação poderosa, transformadora e eficaz, em outras palavras, é a
presença de Deus no meio de seu povo (Mc 1.27; 2 Co 3.18; 1 Ts 4.1).
JESUS
VOLTARÁ
(Mt
24: 30)
O aspecto futuro do Reino de
Deus está ligado ao reino milenar de Cristo sobre a terra por ocasião da sua
segunda vinda em glória (1Co 15.23-25; Ap 20:1-6). Essa época áurea do Milênio
é ansiosamente aguardada pelo povo israelita (Lc 2:38 e At 1:6,7). Jesus não
lhes tirou esta esperança, apenas não revelou o tempo do seu cumprimento. É
esta esperança que tem impulsionado o regresso dos judeus à sua pátria e também
motiva o seu rápido progresso.
Durante o Milênio, predito
pelos profetas do Antigo Testamento (Sl 89.36,37; Is 11.1-9; Dn 7.13,14), Jesus
Cristo reinará literalmente na terra durante mil anos (Ap 20.4-6). E a Igreja
reinará juntamente com Ele sobre as nações (Mt 25.34; Ap 5.10; 20.6; Dn 7.22).
Será um tempo de paz (Mq 4:2-4; Is 32:17-18), gozo (Is 61:7,10), conforto (Is
40:1-2), sem qualquer pobreza (Am 9:13-15) ou enfermidade (Jl 2:28-29), será um
tempo de completa justiça (Mt 25:37; Sl 24:3-4), obediência (Jr 31:33),
santidade (Is 35:8) e verdade (Is 65:16).
O reino milenial de Cristo
dará lugar ao reino eterno de Deus, que será estabelecido na nova terra (Ap
21.1-4; 22.3-5), a Nova Jerusalém (Ap 21.9-11). Os habitantes serão os
redimidos do Senhor de todos os tempos.
O Reino de Deus é recebido
dentro do ser humano (Mc. 10.15), é a vontade do Pai conhecida e praticada por
amor, devoção, prazer, submissão, dever e gratidão (Rm 5.5; 2 Co 9.13; Lc 18.1;
Jn 2.9). Fazer continuamente a vontade de Deus, nesse Reino, deve ser a nossa
maior prioridade, não importando os obstáculos (At 14.22). O Reino Deus e sua
justiça devem ser o nosso anseio e alvo principal (Mt 6.33).
Para que a igreja seja uma
verdadeira agente do reino, primeiramente ela precisa refletir sobre a sua
relação com Deus, fazer disso a sua prioridade máxima, identificar-se com os
seus propósitos, associar-se a ele em sua obra de restauração da criação. Assim
como aconteceu com Israel, a igreja foi formada para realizar uma missão.
Se ela ignorar essa missão,
nega a sua razão de ser e está sujeita ao juízo de Deus, como aconteceu com
Israel. A missão primordial da igreja no que diz respeito ao mundo é a
proclamação do evangelho do reino, assim como fizeram Jesus e os seus
discípulos.
Apesar da expressão Reino de
Deus não aparecer no Antigo Testamento, o Senhor é apresentado como o Rei de
Israel (Is 43.15), da terra e de todo o universo (Sl 24; 47.7,8; 103.19).
Quando Israel pediu um rei humano, o Senhor manifestou o seu desagrado (1 Sm
8.5-7).
A mensagem central do ensino
neotestamentário é o Reino de Deus. Este foi apregoado por João Batista (Mt
3.2) e confirmado pelo ensino de Jesus Cristo (Mt 6.33) e continuado pelos
apóstolos e igreja primitiva.
O reino de Deus está progressivamente
se revelando. Começou a fazê-lo com a revelação da Divindade em Cristo Jesus,
com a manifestação do Seu mistério, que é a Igreja, mas ainda o fará por
intermédio do reino milenial de Cristo e, por fim, após o Juízo do Trono
Branco, com a retirada dos atuais céus e terra, pois como o reino de Deus é
justiça, paz e alegria no Espírito Santo, sua manifestação plena somente se
poderá dar em novos céus e nova terra onde habita a justiça (II Pe 3:13).
Que bendita esperança! O
Senhor glorificado virá e se manifestará ao mundo. Este será sem dúvida o dia
mais tremendo que esta terra terá conhecido. Para muitos será um dia de terror
e lamentação. Para nós, porém, será um dia de júbilo e de alegria incomparável.
O que a Bíblia ensina sobre esse dia? O assunto é tão amplo e com tantas
implicações, que alguns textos são motivo de discussão, e dão origem a
interpretações diferentes. A maior parte do ensino, entretanto, se refere a
coisas claras e indiscutíveis.
1º A vinda do Senhor foi
predita (profetizada)
Pelos profetas Zc.14:3-5
Por João Batista Lc.3:3-6
Por Jesus Cristo Jo.14:2,3
Pelos anjos At.1:11
Pelos apóstolos Tg.5:7; I
Pe.1:7-13; I Ts.4:13-18
2º A vinda do Senhor será:
Pessoal (e corporal)
Jo.14:3; At.1:10-11
Visível Ap.1:7; I Jo.3:2-3
Literal (real) I Ts.4:16
Repentina (de surpresa)
Mt.24:42-44; I Ts.5:1-3
3º O Senhor virá para:
Ressuscitar os mortos em
Cristo I Ts.4:16; I Co.15:22-23
Transformar os vivos a
imortalidade I Co.15:51-53
Arrebatá-los para
encontrá-lo nos ares I Ts.4:17
Julgar e recompensar os
santos II Co.5:10; I Co.3:12-15
Casar com a noiva
Ap.19:7-9; 21:2; II Ts.2:8
Destruir o anti-cristo II
Ts.2:8
Julgar as nações
Mt.25:31-33
Julgar a todos II Tm.4:1
Acorrentar a Satanás por
mil anos Ap.20:2-3
Estabelecer seu reino
milenar Ap.20:4-6
O Senhor Jesus inaugurou o
reino de Deus e o resultado final é que esse reino será eterno. A cidadania no
reino de Deus depende da confiança infantil e da entrega total, deixando tudo;
não depende de riquezas; ao contrário, elas podem atrapalhar a entrada no
reino. A cidadania no reino de Deus depende de buscarmos esse reino antes de
tudo o mais, e de termos o coração nele, e não nas coisas terrenas. E a
cidadania no reino de Deus depende de aceitarmos o chamado sem darmos desculpas
e sem olharmos para trás. O reino de Deus será plenamente estabelecido com a
vinda literal, visível e em glória do Filho do Homem. Haverá muitos sinais que
anunciarão a proximidade de Sua vinda (falsos cristos (ungidos), guerras,
terremotos, epidemias, fome, perseguição aos cristãos, sinais nos corpos
celestes, angústia entre as nações), e devemos perseverar e vigiar a fim de
estarmos prontos para esse dia, para que ele não venha sobre nós repentinamente,
a ponto de sermos pego de surpresa. Temos que vigiar enquanto aguardamos a
segunda vinda de Cristo, a fim de que estejamos preparados para ela. Para isso,
precisamos andar com Jesus, nos santificando e testemunhando a cada dia. “Certamente
venho sem demora. Amém. Vem Senhor Jesus”Ap.22:20.
Enquanto isso devemos ser
testemunhas de Jesus, a fim de apressarmos esse evento que é a glória da igreja.
Maranata ora vem Senhor Jesus...!!!!
Ministério Avivah | Maranata
MARANATA \n \n Tu és a minha luz \n A minha salvação \n E a Ti me
renderei \n Se ao teu lado estou \n Seguro em Tuas mãos \n Eu nada temerei \n
\n Oh, Tu és Santo ó Senhor \n Oh, Tu és digno de louvor \n \n Só em Ti
confiarei \n Eu nada temerei \n Em frente eu irei \n Pois eu sei que vivo estás
\n E um dia voltarás do céu pra nos buscar \n Para sempre Reinarás, aleluia! \n
\n Vem Jesus, vem Jesus \n Maranata, ora vem Senhor Jesus!
TODA
HONRA, TODA GLÓRIA SEJA DADA AO ÚNICO DEUS, QUE ERA, QUE É, QUE HÁ DE VIR O
DEUS TODO PODEROS, REI DE REIS E SENHOR DE SENHORES BENDITO ETERNAMENTE DESDE
HOJE COMO PARA TODO SEMPRE, AMÉM
O
Senhor já vos tem abençoado
Abraço
fraternal
FRANREZ
SE DESEJAR E SENTIR DE
COLABORAR COM ESTE MINISTÉRIO
DOAÇÕES:
BANCO CAIXA ECONOMICA
FEDERAL
CONTA: 1417067-5
AGÊNCIA: 0081
“Cada um contribua segundo propôs no seu
coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com
alegria.”IICo.9:7.
E-mail:testemunhashoje@gmail.com
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